Introdução: Em primeiro lugar. O Velho Testamento nos causa admiração por diversas razões, mas, particularmente, devido à existência de leis, costumes e circunstâncias culturais muito diferentes das que vivemos agora. É o caso das “cidades refúgio”, para as quais um assassino acidental poderia fugir e obter acolhimento (Nm.35.6). Em segundo lugar. Cincos livros da bíblia fazem menção das cidades de refúgio; Genesis, êxodo, número, Deuteronômio e Josué antes de entrarmos diretamente no assunto vão rever o contexto geral da bíblia. A lei de Moises estabelecida por Deus decretava que uma morte tinha que ser compensada por outra morte. No antigo testamento a lei era dente por dente, olho por olho. Êxodo 21:23-26 23 – Mas se houver morte, então darás vida por vida, 24 – Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, 25 – Queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe, dente por dente, mão por mão, pé por pé, 26 – E quando alguém ferir o olho do seu servo, ou o olho da sua serva, e o danificar, o deixará ir livre pelo seu olho. A lei vigente e predominante em toda a região da Mesopotâmia que abrangia o território das tribos, povos e nações do Oriente Médio daquela época era o Código de Hamurabi. E uma das cláusulas penais em caso de homicídio era a Lei de Talião “em latim. Cujo o significado era “Lei Igual”. Ou seja, a mesma questão do olho por olho, dente por dente. Enquanto a lei era cumprida de uma forma total pelos outros povos, tribos e nações. Deus deu a mesma lei para o Seu povo e para o estrangeiro que habitasse no meio de Israel. Porém com uma cláusula de absolvição. “Quem ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá; porém, se lhe não armou ciladas, mas Deus o fez encontrar nas suas mãos, ordenar-te-ei um lugar para onde ele fugirá”; (Êxodo 21.12,13). Deus criou um lugar de refúgio para onde o homicidas culposo pudessem ficar, permanecer até provar a sua inocência. Essa era a chance de absolvição. Entre as 48 cidades dadas aos levitas de Israel, seis cidades foram indicadas por ordem de Deus, Esta determinação constava na lei ditada por Deus a Moisés. Vemos, nessa questão, a providência divina para proteger aqueles que matassem alguém por acidente. Entretanto, o assassino intencional não teria direito à proteção das cidades de refúgio. Ele seria morto pelo seu crime. Destas seis cidades três se encontra de um lado do Jordão as quais foram escolhidas por Moises e as outras três do outro lado do Jordão em Canaã escolhidas por Josué. Em terceiro lugar. O porquê da existência destas cidades? Era costume no Oriente antigo, o parente mais próximo, homem, vingar a morte do parente, matando o assassino, sem considerar as circunstancias. Em quarto lugar. Para quem foi edificada estas cidades. O homem que cometesse uma morte por acidente. Dt 19.5-6 este deveria fugir para cidade mais próxima e ficar lá até ser julgado. Depois deveria ser mandado de volta para a cidade de refúgio até a morte do Sumo Sacerdote. Em quinto lugar. O criminoso não podia deixar a cidade de refugio pois se deixasse a proteção da cidade de refúgio o pecador estava sujeito a ser encontrado pelo vingador, que tinha todo o direito de lhe matar, sem ser considerado culpado de nada. ( jamais se afaste da igreja) Números 35:26-27 26 – Porém, se de alguma maneira o homicida sair dos limites da cidade de refúgio, onde se tinha acolhido, 27 – E o vingador do sangue o achar fora dos limites da cidade de seu refúgio, e o matar, não será culpado do sangue. – Porém, se de alguma maneira o homicida sair dos limites da cidade de refúgio, onde se tinha acolhido, E o vingador do sangue o achar fora dos limites da cidade de seu refúgio, e o matar, não será culpado do sangue. Até quando o criminoso deveria permanecer na cidade? Pois somente a morte do sumo sacerdote poderia livrar o criminoso e ele poderia voltar para a sua casa (Números 35:24-25) – Então a congregação julgará entre aquele que feriu e o vingador do sangue, segundo estas leis. – E a congregação livrará o homicida da mão do vingador do sangue, e a congregação o fará voltar à cidade do seu refúgio, onde se tinha acolhido; e ali ficará até a morte do sumo sacerdote, a quem ungiram com o santo óleo. A morte do Sumo Sacerdote é uma figura da morte de Cristo na cruz, liberando o pecador de sua culpa para voltar para a pátria celestial, sua morada eterna. As seis cidades de refúgio é a figura da Igreja é do próprio Cristo. Rm 8.1
(Hebreus 2:3) – Como escaparemos nós?
Ao estudarmos as histórias bíblicas, principalmente a do Velho Testamento, precisamos entender o que elas têm em comum com a nossa realidade. “O Senhor é o nosso refúgio e fortaleza” (Salmo 46.1). “Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento. ” (Salmo 32.7). Aleluia! Vejamos a seguir os nomes das cidades de refúgio e seus significados para nós hoje 20:7-8
QUEDES. Lugar santo
CIDADE DE REFUGIO PARA OS IMPUROS.
(Êxodo 3:5) – E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de
teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.
SIQUÉM- Significa Ombro
CIDADE DE REFUGIO PARA O CANSADO.
(Mateus 11:28) – Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei.
HEBROM Significa Comunhão.
1. Refúgio para o que está longe volta.
– (1 Coríntios 1:9) – Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a COMUNHÃO de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. BEZER Significa Fortaleza
Refúgio para o Fraco.
– (2Timóteo 2:1) – TU, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há
em Cristo Jesus. V- RAMOTE . Significa lugar exaltado . Refúgio para o humilhado. (Lucas 14:11) – Porquanto qualquer que a si mesmo se EXALTAR será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. (Tiago 4:10) – Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos EXALTARÁ.
GOLAM Significa Lugar separado.
2. Refúgio para quem está sendo envolvido pelo mundo.
(I João 2:14) – Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno. I João 2:15 – Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16 – Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. Nota: não se envolva com este mundo fuga para a cidade de Golam. Aplicação: Com a criação das seis cidades de refúgio Deus queria proporcionar para o pecador arrependido: santidade, comunhão, segurança. Exaltação, separação, pois: (Salmos 46:1) – DEUS é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.