Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HUMANOS
RECURSOS HUMANOS
Lívia Almada
Universidade Federal de Minas Gerais
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
The aim of this research is to understand how organizational change, specifically the
implementation of the Individual Performance Evaluation in the Minas Gerais State
government, affects the employees’ level of stress. Therefore, this descriptive and ex-
plicative study, a survey was developed and standardized questionnaires were applied
to 679 respondents, which 247 are from Secretaria de Estado da Saúde (SES), 248
from Secretaria de Estado da Educação (SEE) and 184 from Secretaria de Estado
do Planejamento e Gestão (SEPLAG). The data analysis indicates that resistance to
change influences stress at work. In other words, individuals who better accept the or-
ganizational change tends to have low levels of occupational stress, represented by the
physical and mental exhaustion and individuals who are resistant to organizational
change are more likely to have high levels of occupational stress. Results offer relevant
implications to theory and practice of Human Resource Management.
KEYWORDS
10 R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa)
ANTÔNIO LUIZ MARQUES, RENATA SIMÕES GUIMARÃES E BORGES, LÍVIA ALMADA
R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa) 11
RESISTÊNCIA À MUDANÇA ORGANIZACIONAL E ESTRESSE NO TRABALHO
12 R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa)
ANTÔNIO LUIZ MARQUES, RENATA SIMÕES GUIMARÃES E BORGES, LÍVIA ALMADA
estressora para um indivíduo e, para outro, Dessa forma, para se proteger de po-
não. Já para a psicologia social, a constru- tenciais ameaças, o trabalhador reage com
ção dos valores dos indivíduos emerge de comportamento de resistência, o que pode
uma situação concreta e socialmente cons- levar ao fracasso das mudanças propos-
truída, determinando o que as pessoas vão tas (SEIJTS; ROBERT, 2011). Lines (2005)
entender como sendo fonte de pressão. e Chreim (2006) apontam a resistência do
Assim, a cultura e a construção dos valores funcionário como uma das principais cau-
dos indivíduos são determinantes da sua sas de insucesso de programas de mudan-
saúde (LHUILIER; GROSDEVA, 1992). ça. Além de comprometer o processo de
Os estudos sobre psicopatologia do tra- mudança, a resistência do funcionário traz
balho focam nas relações entre trabalho para a organização altos custos (HAN-
e saúde mental. Dejours (1992) estudou NAN; FREEMAN, 1984; KOTTER, 1995).
o sofrimento e o prazer proporcionados Segundo Dahl (2011), muitas pesquisas so-
pelo trabalho, independentemente da do- bre os custos das mudanças têm se dedica-
ença mental que possa ser estabelecida. do a averiguar os custos para as organiza-
Seu objetivo é compreender como os indi- ções. A pesquisa de Mas (2008) revela que
víduos mantêm-se saudáveis mentalmente, insatisfação e conflito no local de trabalho
por meio de suas estratégias defensivas. Os reduzem a produtividade. Pesquisas em psi-
estudos sobre o estresse no trabalho tam- cologia aplicada também têm revelado que
bém são tangenciados pela abordagem psi- a satisfação no trabalho e a produtividade
copatológica, sendo apontados como uma do empregado são altamente dependentes
alternativa do adoecer psíquico (BILLIARD, da sua saúde mental (ADLER; MCLAU-
1996). GHLIN; ROGERS et al., 2006). Wang, Beck
e Berglund et al. (2004) constataram que
Estresse Ocupacional e Mudança a depressão, uma das principais manifesta-
Organizacional ções do estresse, aumenta o absenteísmo
O estresse ocupacional é aquele de- e reduz a produtividade dos trabalhadores.
corrente da reação do indivíduo a algum Certo grau de estresse tem sido consi-
evento que o atinge no ambiente de tra- derado necessário para manter o indivíduo
balho (FRENCH, 1983). Resulta, em geral, em alerta no local de trabalho e para atingir
de alguma ameaça, associada às excessivas nível de produtividade adequado. Entretan-
mudanças no ambiente de trabalho, que o to, quando o estresse atinge níveis muito
trabalhador não está psicologicamente pre- elevados, sintomas de insônia e depressão
parado para internalizar de forma positiva. emergem. Nesse momento, o estresse se
Mesmo que as mudanças sejam positivas e torna um sério problema para o indivíduo
os funcionários percebam que os resulta- (KARASEK; THEOREL, 1990; COOPER,
dos das mudanças podem trazer consequ- 1998). Nixon et al. (2011) realizaram uma
ências positivas para sua vida profissional, meta-análise nas principais publicações in-
o processo de mudança gera incertezas e ternacionais, para investigar como os es-
turbulências no ambiente organizacional tressores ocupacionais estão relacionados
(ELIAS, 2009; PECCEI; GIANGRECO; SE- com os sintomas físicos (estresse físico). Os
BASTIANO, 2011). autores concluíram que certos aspectos
R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa) 13
RESISTÊNCIA À MUDANÇA ORGANIZACIONAL E ESTRESSE NO TRABALHO
14 R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa)
ANTÔNIO LUIZ MARQUES, RENATA SIMÕES GUIMARÃES E BORGES, LÍVIA ALMADA
2001; MARQUES; CHAVES; DIAS, 2005; Para um efeito esperado médio (ES = 0,15),
MARQUES; BORGES; MORAIS, 2011; a probabilidade de ocorrer um erro tipo I,
SINKOVICS; ZAGELMEYER; KUSSTATS- definida em 5% (α = 0,05), e um power de
CHER, 2011). Consequentemente, esses 95% (1 - β = 0,95), calculou-se uma amos-
trabalhadores podem encarar as mudanças tra mínima de 138 respondentes para cada
como mais uma fonte de estresse no tra- secretaria pesquisada.
balho. Portanto, a principal hipótese desta Na Tabela 1, visualiza-se a distribuição da
pesquisa estabelece que os servidores que amostra por cargo ocupado em cada se-
percebem as mudanças como positivas e cretaria pesquisada.
cooperam com sua implantação tendem a Após a análise dos outliers e da exclusão
apresentar níveis de estresse significativa- dos dados ausentes, a amostra obtida foi
mente mais baixos que os servidores que de 679 respondentes no total. Os servi-
percebem as mudanças como negativas e dores participantes foram distribuídos da
resistem a elas. seguinte forma: 248 na Secretaria de Esta-
do da Educação, 184 na Secretaria de Es-
MÉTODO tado do Planejamento e Gestão, e 247 na
A presente pesquisa possui natureza Secretaria de Estado da Saúde. Com isso,
descritiva e explicativa, pois descreve os fe- a amostra em cada secretaria foi sensivel-
nômenos estudados para, em seguida, iden- mente superior ao número mínimo calcu-
tificar possíveis relações de causa e efeito lado, atendendo os critérios estatísticos de
(CRESWELL, 2013). Portanto, esta pesqui- representatividade da amostra (HAIR; AN-
sa possui uma abordagem quantitativa, cujo DERSON; TATHAM, 2007).
método utilizado para coleta de dados foi A distribuição da amostra, considerando
o survey (BABBIE, 1999). seu local de trabalho, pode ser considera-
da equitativa entre a Secretaria de Estado
População e Amostra da Educação (SEE), 38,6%; Secretaria de Es-
A população pesquisada é composta pe- tado do Planejamento (SEPLAG), 29,7%; e
los servidores alocados no poder execu- Secretaria de Estado da Saúde (SES), 31,7%.
tivo do estado de Minas Gerais, em espe-
cial os funcionários de três secretarias de Coleta de dados
estado: Secretaria de Estado da Educação A coleta dos dados foi realizada por
(SEE), Secretaria de Estado da Saúde (SES), meio de um questionário padronizado. O
e Secretaria de Planejamento e Gestão uso de questionário possui a vantagem de
(SEPLAG). Estima-se, a partir de dados não apresentar um custo baixo, uma vez que
oficiais, que 140.000 servidores trabalhem consiste em um instrumento que pode ser
para as três secretarias. Para garantir que enviado pelo correio ou, simultaneamente,
os servidores selecionados representas- entregue a um grande número de infor-
sem a população de cada órgão envolvi- mantes. Além disso, oferece a possibilidade
do na pesquisa, adotou-se o processo de de evitar potenciais vieses do entrevista-
amostragem estratificada por secretaria. dor, pois o entrevistado tem a liberdade
Utilizou-se o software GPower® versão de responder as questões sem a presen-
3.1.2 para calcular o tamanho da amostra. ça intimidadora de outra pessoa. E os in-
R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa) 15
RESISTÊNCIA À MUDANÇA ORGANIZACIONAL E ESTRESSE NO TRABALHO
16 R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa)
ANTÔNIO LUIZ MARQUES, RENATA SIMÕES GUIMARÃES E BORGES, LÍVIA ALMADA
PER, 2000). O OSI consiste de seis escalas ocorre de você se sentir nervoso por
(fontes de pressão, comportamento tipo A, razões que nem sempre têm uma expli-
lócus de controle, estilos de enfrentamen- cação óbvia.
to, satisfação no trabalho e saúde) divididas • Há momentos no trabalho em que você
em 25 subescalas medidas em 167 itens. sente que a vida é dura demais para você.
A escala denominada saúde é a que foi • Na realização de seu trabalho, você tem
utilizada nesta pesquisa. Ao todo, 14 itens percebido uma redução da sua autocon-
medem a escala saúde, que é representa- fiança e se questionado quanto a sua
da por duas subescalas: sintomas mentais e própria capacidade.
sintomas físicos. • Você tem vivenciado longos períodos
O instrumento utilizado para medir o nos quais se sente triste e melancólico
comportamento do indivíduo diante de por razões que simplesmente não pode
uma mudança organizacional foi o Inventá- explicar.
rio de Medida de Resistência à Mudança, • Há momentos em que tarefas simples se
validado por Marques e Borges (2011) para avolumam e você se sente sobrecarre-
o contexto público. Tomando como base gado, a ponto de pensar que poderia ter
os estudos de Judson (1980), Baron e Gre- uma estafa física ou mental.
enberg (1989), Hernandez e Caldas (2001) • Com que frequência você tem a sensa-
e Moura (2002), os autores identificaram ção de terrível cansaço ou exaustão sem
fatores individuais e organizacionais que in- razão aparente.
fluenciam a decisão individual de cooperar • Quanto ao trabalho e à vida em geral,
ou resistir à mudança. Quatro itens com- você se descreveria como um “preocu-
põem a variável resistência individual à mu- pado”?
dança organizacional, que apresentou um
alfa de Cronbach igual a 0,93. As perguntas Estresse físico
foram adaptadas para que os participantes • Insônia
interpretassem que a mudança organiza- • Dores de cabeça
cional era, especificamente, a implantação • Sensação de exaustão
da avaliação de desempenho individual. To- • Falta de interesse sexual
das as questões, excetuando aquelas refe- • Tremedeira muscular
rentes aos dados funcionais, foram obtidas • Sensação de desânimo ao acordar de
por meio de escala do tipo Likert de seis manhã
pontos, tratadas como intervalares. Alguns • Tontura
autores, como Byrne (1995), afirmam que Decisão individual de cooperar ou resistir
os problemas potenciais advindos do uso à mudança
de variáveis ordinais como intervalares po- • Você cooperou ativamente com a im-
dem ser minimizados com o uso de cinco plantação do processo de ADI na orga-
ou mais categorias. Os itens apresentados nização por meio de sugestões espontâ-
no questionário são: neas sobre como ele poderia dar certo.
• Você divulgou espontaneamente os be-
Estresse mental nefícios trazidos pela ADI.
• Durante um dia comum de trabalho, • Você considera que, apesar de não ter
R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa) 17
RESISTÊNCIA À MUDANÇA ORGANIZACIONAL E ESTRESSE NO TRABALHO
Ensino fundamental 95 14
Ensino médio 210 31
Superior 170 25
Pós-graduação 204 30
18 R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa)
ANTÔNIO LUIZ MARQUES, RENATA SIMÕES GUIMARÃES E BORGES, LÍVIA ALMADA
(estresse físico e mental). Com isso, deno- contingente de 8.400 servidores com ele-
minou-se estresse global o resultado da vado desgaste físico. Nesse sentido, ações
média das respostas relativas ao desgaste que diminuam o estresse desses indivíduos
mental e ao desgaste físico. De acordo com são notadamente necessárias.
estudos anteriores, para facilitar a inter- Tomando como referência as médias do
pretação, foram definidos três níveis de in- estresse físico, mental e global, observa-
tensidade de estresse: baixo (médias entre se a maioria dos indivíduos (79,2%) com
1,00 e 2,99), moderado (médias entre 3,00 baixo nível de estresse geral. Entretanto,
e 3,99) e alto (médias entre 4,00 e 6,00). A 13,8% apresentam estresse geral mode-
Tabela 3 mostra os resultados dos níveis de rado e 4,0% apresentam estresse intenso.
estresse dos servidores. Em termos globais, 93,6% dos servidores
Como mostra a Tabela 3, os resultados apresentam perfil saudável em relação à va-
indicam que 79,2% dos pesquisados estão riável estresse no trabalho. Porém, um con-
na faixa de baixo estresse mental no tra- tingente de 5.600 servidores, ou 4,0% da
balho; 13,1% apresentam estresse mental amostra, tende a apresentar estresse em
moderado; e 6,3% apresentam estresse nível intenso, demandando ação gerencial
mental elevado. Analisando os dados de para redução desse percentual.
forma agregada, verifica-se que 93,6% dos Em síntese, a maioria dos servidores
pesquisados apresentam perfil saudável em tem um perfil saudável em relação a estres-
relação à variável analisada. Porém, consi- se ocupacional, físico e mental. Porém, 4,0%
derando a população de mais de 140.000 da amostra apresenta estresse em nível in-
servidores que a amostra desta pesquisa tenso, demandando ação gerencial para a
representa, 6,3% é um percentual elevado, redução desse percentual. Caso nenhuma
já que pode abranger 8.820 indivíduos com ação seja tomada para minimizar o desgas-
elevado nível de estresse mental. te mental e físico desses servidores, este
O desgaste físico apresenta-se pratica- fenômeno poderá provocar níveis acentua-
mente igual ao desgaste mental. Obser- dos de absenteísmo e de licença médicas e
va-se também que 79,2% dos pesquisados um elevado custo para a sociedade e para
apresentam baixo nível de estresse físico. as finanças do estado.
Outros 14,4% apresentam sintomas em Em relação à mudança organizacional, os
grau moderado e apenas 6,0% registram resultados indicam que a maioria dos res-
alto grau de desgaste físico. Novamente, pondentes apresenta uma relativa neutrali-
considerando a população de aproximada- dade em relação à implementação da avalia-
mente 140.000 servidores que esta amos- ção de desempenho (M = 3,24, D.P. = 1,19).
tra representa, 6,0% pode constituir um A variável que mede o comportamento do
R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa) 19
RESISTÊNCIA À MUDANÇA ORGANIZACIONAL E ESTRESSE NO TRABALHO
20 R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa)
ANTÔNIO LUIZ MARQUES, RENATA SIMÕES GUIMARÃES E BORGES, LÍVIA ALMADA
R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa) 21
RESISTÊNCIA À MUDANÇA ORGANIZACIONAL E ESTRESSE NO TRABALHO
22 R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa)
ANTÔNIO LUIZ MARQUES, RENATA SIMÕES GUIMARÃES E BORGES, LÍVIA ALMADA
REFERÊNCIAS
ADLER, D.; McLAUGHLIN, T.; RO- BYRNE, B. M. One application of Management, [S. l.], v. 35, n. 1, p.
GERS,W.; CHANG, H.; LAPITSKY, structural equation modeling 37-55, 2009.
L.; LERNER, D. Job performance from two perspectives: exploring EVERS, A.; FRESE, M.; COOPER, C.
deficits due to depression. Ame- the EQS and Lisrel strategies. In: L. Revisions and further develop-
rican Journal of Psychiatry, [S. HOYLE, R. H. (Org.). Structural ments of the Occupational Stress
l.], v. 163, n. 9, p. 1569-1576, 2006. equation modeling: concepts, Indicator: LISREL results from
ARNETZ, B. B.; LUCAS, T.; ARNETZ, issues and applications. Lon- four Dutch studies. Journal of
J. E. Organizational climate, oc- don: Sage Publications Inc., 1995. Occupational and Organiza-
cupational stress, and employee CINITE, I.; DUXBURY, L. E.; HIGGINS, tional Psychology, [S. l.], v. 73, p.
mental health: mediating effects of C. Measurement of perceived or- 221-240, 2000.
organizational efficiency. Journal ganizational readiness for change FRENCH,W. L. Organization deve-
of Occupational and Environ- in the public sector. British Jour- lopment: theory, practice, rese-
mental Medicine, [S. l.], v. 53, n. nal of Management, [S. l.], v.20, arch. Texas: Business Publication,
1, p. 34-42, 2011. p. 265-277, 2009. 1983.
BABBIE, E. Métodos de Pesquisa CHREIM, S. Managerial frames and GUYTON, A. C. Tratado de fisiolo-
de Survey. Belo Horizonte: Edi- institutional discourses of chan- gia médica. Rio de Janeiro: Inte-
tora UFMG, 1999. ge: employee appropriation and ramericana, 1976.
BARON, R. A.; GREENBERG, J. Beha- resistance. Organizational Stu- HAIR, J. F.; ANDERSON, R. E.; TA-
vior in organizations: unders- dies, [S. l.], v. 27, n. 9, p. 1261-1287, THAM, R. L. Análise Multiva-
tanding and managing the human 2006. riada de Dados. Porto Alegre:
side of work. 3. ed. Londres: Allyn COOPER, C. L. Theories of organi- Bookman, 2007.
and Bacon, 1989. zational stress. New York: Ox- HANNAN, M. T.; FREEMAN, J. Struc-
BILLIARD, I. Les conditions histori- ford University Press, 1998. tural inertia and organizational
ques et sociales de l`apparition COOPER, C. L.; BRAMWELL, R. S. change. American Sociological
de la psychopathologie du tra- Predictive validity of the strain Review, [S. l.], v. 49, p. 149-164,
vail em France (1929-1952). In: components of the Occupational 1984.
BILLIARD, I. Les histoires de la Stress Indicator. Stress Medici- HERNANDEZ, J. M. C.; CALDAS, M.
psychologie du travail. Paris : ne, [S. l.], v. 8, p. 57-60, 1992. P. Resistência à mudança: uma re-
Octarès, 1996. COOPER, C. L.; SLOAN, S.; visão crítica. Revista de Admi-
BONO, J. E.; GLOMB, T. M.; SHEN, W.; WILLIAMS, S. Occupational nistração de Empresas, [S. l.],
KIM, E.; KOCH, A. Building posi- stress indicator. Windsor: Nfer v. 41, n. 2, p.31-45, 2001.
tive resources: effects of positive -Nelson, 1988. JUDSON, A. S. Relações Humanas
events and positive reflection on CRESWELL, J. W. Research design: e mudanças organizacionais.
work stress and health. Academy qualitative, quantitative, and mixed São Paulo: Atlas, 1980. p. 27-175.
of Management Journal, [S. l.], methods approaches. Thousand KAPLAN, H. L.; SADOCK, B. J. Com-
v. 56, n. 6, p. 1601-1627, 2013. Oaks: Sage Publications, Inc., 2013. prehensive group psycho-
BRAGA, C. D.; PEREIRA, L. Z.; MAR- DAHL, M. Organizacional change and therapy. Baltimore: Williams &
QUES, A. L. O Consumo de ener- employee stress. Management Wilkins Co., 1993.
gia de quem faz Energia: estudan- Science, [S. l.], v. 57, n. 2, p. 240- KARASEK, R.; THEORELL, T. Heal-
do o stress ocupacional e seus 256, 2011. thy work: stress, productivi-
efeitos nos gerentes de uma em- DEJOURS, C. A loucura do traba- ty, and the reconstruction of
presa brasileira do setor de ener- lho: estudo da psicopatologia do working life. New York: Basic
gia elétrica. In: ENCONTRO DA trabalho. São Paulo: Cortez-Obo- Books, 1990.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ré, 1992. KOTTER, J. P. Leading change: why
PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUI- ELIAS, S. M. Employees` commitment transformation efforts fail. Har-
SA EM ADMINISTRAÇÃO, 32., in times of change: assessing the vard Business Review, [S. l.], v.
2008, Rio de Janeiro. Anais… Rio importance of attitudes towards 73, n. 2, p. 59-67, 1995.
de Janeiro: ANPAD, 2008. organizational change. Journal of LAZARUS, R. S. Personalidade e
R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa) 23
RESISTÊNCIA À MUDANÇA ORGANIZACIONAL E ESTRESSE NO TRABALHO
adaptação. Tradução de Álva- dança e suas relações com Personnel Review, [S. l.], v. 40, n.
ro Cabral. 3. ed. Rio de Janeiro: o comprometimento, qua- 2, p. 185-204, 2011.
Zahar, 1974. lidade de vida e estresse no PORRAS, J. I.; ROBERTSON, P. J. Or-
LEVI, L. Sociedade, stress e doença trabalho: estudo da reforma ge- ganizational development: theory,
– investimentos para a saúde e rencial do governo de Minas Ge- practice, and research. In: DUN-
desenvolvimento: causas, meca- rais. 2011.181 f. Tese (Professor NETTE, Marvin D.; HOUGH, Le-
nismos, consequências, preven- Titular) - Universidade Federal aetta M.; TRIANDIS, Harry Cha-
ção e promoção. In: CONGRES- de Minas Gerais. Belo Horizonte: ralambos. Handbook of indus-
SO DE STRESS ISMA – BR, 3.; UFMG, 2011. trial and organizational psy-
FÓRUM INTERNACIONAL DE MARQUES, A. L.; BORGES, R. S. G.; chology. 2nd. ed. Palo Alto, CA:
QUALIDADE DE VIDA NO TRA- MORAIS, K.Validando um modelo Consulting Psychologists Press,
BALHO, 5., 2005, Porto Alegre. de medida de resistência à mu- c1990-c1994. 4v.
Anais... Porto Alegre: [s. n.], 2005. dança em organizações públicas. ROSSI, A. M. Autocontrole: novas
LHUILIER, D.; GROSDEVA, T. Stress Anais do III Encontro de Ges- maneiras de controlar o stress.
et conduite de système comple- tão de Pessoas e Relações de Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos,
xe. Le Travail Humain, [S. l.], v. Trabalho, João Pessoa, 2011. 1991.
55, n. 2, p. 155-469, 1992. MAS, A. Labor Unrest and the Quality SEIJTS, G. H.; ROBERTS, M.The impact
LINES, R. The structure and function of Production: Evidence from the of employee perceptions on chan-
of attitudes toward organizational Construction Equipment Resale ge in a municipal governement.
change. Human Resource De- Market. The Review of Econo- Leadership & Organization
velopment Review, [S. l.], v. 4, n. mic Studies, [S. l.], v. 75, n. 1, p. Development Journal, [S. l.],
1, p. 8-32, 2005. 229-258, 2008. v. 32, n. 2, p. 190-213, 2011. DOI:
MALHOTRA, N. K.; KIM, S. S.; PATIL, MOURA, G. G. Comportamentos 10.1108/01437731111113006.
A. Common method variance in de resistência à mudança da SELYE, H. Stress without distress.
IS research: a comparison of alter- média gerência diante da Filadelphia: Lippincott, 1974.
native approaches and a reanalysis implantação da NBR ISO 9000. SINKOVICS, R. R.; ZAGELMEYER,
of past research. Management 2002. Dissertação (Mestrado) - S.; KUSSTATSCHER, V. Between
Science, [S. l.], v. 52, n. 12, p. 1865- Programa de pós Graduação em merger and syndrome: the inter-
1883, 2006. Engenharia da Produção, Faculdade mediary role of emotions in four
MARCONI, N. A evolução do perfil de Ciências Econômicas, Univer- cross-border M&A. Internatio-
da força de trabalho e das remu- sidade Federal de Santa nal Business Review, [S. l.], v.
nerações nos setores público e Catarina, Florianópolis, 2002. 20, p. 27-47, 2011.
privado ao longo da década de NIXON, A. E. et al. Can work make VILHENA, R. Rumo à segunda ge-
1990. Revista do Serviço Pú- you sick? A meta-analysis of the ração do choque de gestão. In:
blico, [S. l.], v. 54, n. 1, p. 9-45, relationships between job stres- VILHENA, R. et al. (Org.). O
2003. sors and physical symptoms. Choque de Gestão em Minas
MARKS, M. L. Surviving a merger. Work & Stress, [S. l.], v. 25, n. 1, Gerais: políticas da gestão públi-
Electric Perspectives, [S. l.], v. p. 1-22, 2011. ca para o desenvolvimento. Belo
24, n. 6, p. 26-35, 1999. OSBORNE, D.; GAEBLER, Ted. Rein- Horizonte: Editora UFMG, 2006.
MARQUES, A. L.; CHAVES, R. C.; ventando o governo: como o WADDELL, D.; SOHAL, A. S. Re-
DIAS, A. T. Validando um instru- governo empreendedor está sistance: a constructive tool for
mento de medida de Resistência transformando o setor pú- change management. Manage-
à Mudança. In: ENCONTRO DA blico. Brasília: MH Comunicação, ment Decision, [S. l.], v. 36, n. 8,
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE 1994. p. 543-548, 1998.
PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUI- PECCEI, R.; GIANGRECO, A.; SEBAS- WANG, P. S. et al. Effects of major
SA EM ADMINISTRAÇÃO, 29., TIANO, A. The role of organiza- depression on moment-in-time
2005, Brasília. Anais... Rio de Ja- tional commitment in the analysis work performance. American
neiro: ANPAD, 2005. of resistance do change: co-pre- Journal of Psychiatry, [S. l.], v.
MARQUES, A. L. Resistência à mu- dictor and moderator effects. 161, n. 10, p. 1885-1891, 2004.
24 R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte v. 15 n. 1 p. 8-24 jan./mar. 2016. ISSN 1984-6975 (online). ISSN 1517-8900 (Impressa)