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GERENCIANDO SERVIÇOS DE REDES WINDOWS E LINUX UTILIZANDO O

NAGIOS.

Edson Santos 1
Gilberto Silva ²
Jandaraí Bastos ³

RESUMO

Este documento abordará a instalação e funcionamento do sistema de


gerenciamento de rede Nagios e suas funções, instalado no sistema operacional
Linux distribuição Debian 7.9. Serão abordados pacotes necessários para instalação
da aplicação, script de instalação automatizado e exemplos de serviços Windows e
Linux sendo monitorado pela ferramenta. Será visto também, integração do plugin
NagiosQL que utilizará o banco de dados MySQL.

Palavras-chave: Nagios, NagiosQL, Serviços de Rede.

1
*Estudante – Graduando em Tecnologia de Gestão de Redes de Computadores. Centro Universitário
Jorge Amado. E-mail: edsonsantos910@gmail.com

**Estudante – Graduando em Tecnologia de Gestão de Redes de Computadores. Centro Universitário


Jorge Amado. E-mail: gilberto-santos-1@hotmail.com

***Estudante – Graduando em Tecnologia de Gestão de Redes de Computadores. Centro


Universitário Jorge Amado. E-mail: janbastos_net@hotmail.com
2

1 INTRODUÇÃO

Segundo Pessoa (2010), a ferramenta de monitoramento Nagios, foi


elaborada para trabalhar com redes de computadores, com o objetivo de localizar
problemas e informar os mesmos aos seus gerentes de monitoramento, servidor
responsável pela gerência do monitoramento, a estrutura do Nagios é constituída
por plugin de checagem, Nagios Core, plugin notificação e NDO.

2 NAGIOS E SEUS PLUGINS

De acordo com Pessoa (2010), o Nagios é uma poderosa ferramenta de


monitoramento, porém ele por se próprio não faz o monitoramento dos hosts,o
monitoramento é feito através dos plugins do Nagios, que permitem um
monitoramento eficaz da rede, os plugins são elaborados para realizar tarefas
designadas a uma determinada tarefa, no caso do Nagios o monitoramento, analisar
um trafego, enviar notificações de rede analisar pings, e monitorar protocolos e
serviços como; SMTP, HTTP, POP3 entre outros. Os plugins do Nagios podem ser
elaborados em qualquer tipo de linguagem de programação tornando assim sua
implementação mais acessível em termos de customização da ferramenta.

2.1 Agente

O agente faz a comunicação com o plugin, o agente é instalado no cliente que é


necessário para o monitoramento de CPU, estatísticas de ping e entre outros
serviços, os agentes são instalados no cliente através de software, que atende as
requisições dos plugins, que logo após instalados no cliente é possível coletar
informações desta maquina de acordo com a funcionalidade que o plugin
implementa, os principais agentes mais utilizados do Nagios são SNMP(Simple
Network Management Protocol),MRS (Monitoring Routers and Switches),
NRPE(Nagios Remote Plugin Executor), MLM (Monitoring Linux/Unix Machines),
NSClient (agente para monitorar Windows), NSC(Nagios Console Monitor).
Pessoa(2010)
A figura 1 abaixo exibe o NSClient instalado em um desktop Windows.
3

Figura 1: Instalação NSClient Windows


Fonte: Os Autores

2.2 Banco de Dados Utilizado pelo Nagios

Segundo Pessoa (2010), o banco de dados do Nagios é onde ficam


armazenadas as informações coletadas no monitoramento, esse banco de dados
pode ser em arquivos em MySQL ou arquivo de texto em formato de log, por padrão
para tornar o banco mais simples é utilizado arquivo de texto em formato de
logs,porém especialistas afirmam que o desempenho em relação ao MySQL (banco
de dados relacional) é bastante perceptível, pois a velocidade de acesso a um
arquivo de log é lenta pois é necessário a utilização de ferramentas de acesso de
logs para obter essas informações,e não é possível obter informações
customizadas, diferente do Nagios implementado com MySQL que o acesso aos
dados é em tempo ágil,e sua customização é possível implementar para obter
resultados satisfatórios do gerenciamento,o MySQL é utilizado quando se há uma
necessidade de integração do Nagios com outras ferramentas disponíveis no
mercado.
4

2.3 Requisitos Necessários de Hardware

Para Pessoa (2010), o Nagios a partir de 2009 passa a se chamar Nagios


Core devido a sua versão comercial o Nagios 11, porém mesmo com sua versão
comercial o Nagios é disponibilizado gratuitamente, não tem limite de hosts e nem
de serviço que será monitorado com o Nagios, o que define o seu limite é o seu
hardware, quanto mais robusto for, mais capaz o mesmo será de monitorar grandes
e variáveis quantidades de hosts e serviços. O Nagios em comparação com outro
software que não possui suporte a multiprocessador, é muito eficiente, pois por
depender de plugins estes mesmos são executados como processos separados e a
medida que o recurso for necessário o sistema operacional aloca o processo para o
processador que estiver com recurso disponível.

2.4 Arquivos de Configuração

Segundo Pessoa (2010), os arquivos de configuração do Nagios possuem


funções distintas situados em /usr/local/nagios/etc/objects/:
O arquivo localhost.cfg, situado em /usr/local/nagios/etc/objects/localhost.cfg,
situam-se as dos hosts Linux.
O arquivo de configuração commands.cfg, neste arquivo é configurado informações
pertinentes a configuração para notificações por email e senha dos softwares
agentes para monitoração.
O arquivo windows.cfg indica a configuração dos hosts Windows.
O arquivo cgi.cfg indica o caminho, os diretórios, onde estão armazenados os
arquivos principais de configuração do Nagios Core, além de usuários de acesso ao
Nagios e suas permissões conforme indica a figura 2, este arquivo situa-se em
/usr/local/nagios/etc/.
5

Figura 2: Arquivo de configuração de usuários e diretórios de arquivos de configuração.


Fonte: Os autores.

A figura 3, indica os paths dos arquivos de configuração do Nagios Core,


essas informações estão presentes no arquivo nagios.cfg.
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Figura 3: Arquivo nagios.cfg


Fonte: Os autores.

Ambas imagens abaixo, figuras 4 e 5 mostram os hosts Linux e Windows


configurados e com suas respectivas imagens customizadas.
7

Figura 4: Mapa do Nagios Core Instalado e customizado no Debian/Linux


Fonte: Os autores.
8

Figura 5: Mapa Nagios Core instalado e customizado, monitorando host Windows.


Fonte: Os autores.

Conforme indica a figura 6, na opção Services do mapa no Nagios, podemos


visualizar todos os serviços monitorados tanto em hosts Linux, quanto em Hosts
Windows.
9

Figura 6: Nagios Core Serviços Monitorados Linux e Windows.


Fonte: Os autores.

O Nagios Core, permite que seja realizada customização da home da


ferramenta e dos hosts de acordo o desejo do gestor. A figura 7 abaixo ilustra a
home do Nagios customizada com o logo da Unijorge, indicando a atividade de
instalação da ferramenta para o Projeto Integrador.
10

Figura 7: Página Home do Nagios customizada.


Fonte: Os autores.

3 MANUAL DE INSTALAÇÃO DO NAGIOS

De acordo Silva (2014) para instalação do Nagios Core na distribuição Linux /


Debian 7 é necessário realizar os seguintes procedimentos abaixo, foi tomado
apenas como exemplo a instalação da versão 4.0.6:

1- Preparar o repositório Debian para realizar o update e upgrade do sistema


operacional em /etc/apt/sources.list, adicionar as seguintes linhas:

deb http://ftp.br.debian.org/debian whezzy main
deb-src http://ftp.br.debian.org/debian whezzy main
deb http://security.debian.org/ whezzy/updates main
deb-src http://security.debian.org/ whezzy/updates main
11

deb http://ftp.br.debian.org/debian whezzy-updates main
deb-src http://ftp.br.debian.org/debian whezzy-updates main

2- Após atualizar o repositório executar os seguintes comandos abaixo com o


usuário root.
#apt-get update
# apt-get upgrade 

3 – Realizar o download das dependências do Nagios.


# apt-get install apache2 php5 build-essential libgd2-xpm-dev
snmpsnmpdlibnet-snmp-perllibgd-tools xinetdrcconf -y

4- Criar usuário e grupo nagcmd


# useradd -m -s /bin/bashnagios #onde "-m" é para criar a home e "-s" indica o
shell do usuário a ser utilizado.
# passwdnagios
# groupaddnagcmd
# usermod -a -G nagcmdnagios    # "-a" para acrescentar o grupo ("-G") nagcmd
# usermod -a -G nagcmdwww-data    # Adiciona o usuário www-data, já existente
no sistema ao grupo nagcmd 

5- Criar diretório onde serão baixadas e armazenadas os pacotes do Nagios Core


4.0.6 e seu plugin 2.0.1
# mkdir /usr/src/nagios#mkdir – cria diretório
# cd /usr/src/nagios #cd – acessa o diretório criado
#wget <http://tenet.dl.sourceforge.net/project/nagios/nagios-4.x/nagios-4.0.6/nagios-
4.0.6.tar.gz>  #wget – baixa o arquivo do Nagios

Após baixar o arquivo nagios-4.0.6.tar.gz  descompacte o arquivo através do


comando tar –zxvf nagios-4.0.6.tar.gz onde –z significa a extensão do arquivo gzip, -
x significa extrair, -v verbose e –f signfica file de arquivo.
# tar -zxvf nagios-4.0.6.tar.gz
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6 - Após descompactar o pacote acesse o diretório descompactado nagios-4.0.6 e


execute a instalação compilando-a.
# cd nagios

# ./configure --prefix=/usr/local/nagios --with-command-group=nagcmd --


enable-nanosleep --enable-event-broker --with-snmp --with-net-snmp --with-
snmpwalk --with-snmptranslete --with-snmpget
# make all
# make install
# make install-init
# make install-commandmode
# make install-config
# make install-webconf
# cp -R contrib/eventhandlers/ /usr/local/nagios/libexec/
# chown -R nagios:nagios /usr/local/nagios/libexec/eventhandlers 

7- Crie um usuário para acessar o Nagios através da interface Web, por padrão é
configurado o usuário nagiosadmin, mas pode ser outro de sua preferência.
# htpasswd -c /usr/local/nagios/etc/htpasswd.usersnagiosadmin    # "-c" cria o
arquivo de senhas.
Após executar este comando acima, será solicitada a senha a ser configurada,
lembre-se que esta senha será para acessar o Nagios via navegador. 

8- Baixe os plugins e descompate-o da mesma forma que descompactou o pacote


do Nagios.
# wget https://www.nagios-plugins.org/download/nagios-plugins-2.0.1.tar.gz
# tar -xzvf nagios-plugins-2.0.1.tar.gz 

9- Inicie a compilação dos plugins


# cd nagios-plugins-2.0.1
# ./configure --with-nagios-user=nagios --with-nagios-group=nagios -with-snmp
-with-snmpd -with-snmpwalk
# make
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# makeinstall 

10- Para verificar se o Nagios está configurado corretamente execute o comando


abaixo
# /usr/local/nagios/bin/nagios -v /usr/local/nagios/etc/nagios.cfg 
11 - Insira o Nagios na inicialização do Sistema Operacional através do comando:
# ln -s /etc/init.d/nagios /etc/rc2.d/S99nagios 

12 –Por fim, reinicie o serviço Apache e aplicação Nagios:


# /etc/init.d/apache2 reload
# /etc/init.d/nagios start 

A partir daí pode acessar a aplicação através do navegador inserindo o endereço


http://localhost/nagios ou http://endereço_ip_do_server_nagios/nagios

13 – Para acrescentar suporte para envio de notificações por email, instale a


aplicação sendEmail, pode ser postfix, zimbra ou qmail, aqui utilizamos o SendEmail
como exemplo:
# apt-get install sendEmail
# apt-get install openssllibcrypt-ssleay-perllibio-socket-ssl-perl 

Após instalação configure o arquivo commands.cfg conforme mencionado no tópico


anterior em:
# nano /usr/local/nagios/etc/objects/commands.cfg
A partir decommand_line /usr/bin/sendEmail acrescente tudo em uma única linha
define command {
 command_name notify-service-by-email
 command_line /usr/bin/sendEmail -s servidor_smtp -f e-mail_do_remetente -xu c
onta_de_envio -xp senha_para_autenticacao -t $CONTACTEMAIL$ -o tls=yes -u 
"** $NOTIFICATIONTYPE$: 
$HOSTALIAS$/$SERVICEDESC$ esta com o status $SERVICESTATE$ **" -m "*
**** Nagios *****\n\nNotification Type: $NOTIFICATIONTYPE$\n\nService: $SER
VICEDESC$\nHost: $HOSTALIAS$\nAddress: $HOSTADDRESS$\nState: $SERV
ICESTATE$\n\nDate/Time: $LONGDATETIME$\n\nAdditional Info:\n\
14

n$SERVICEOUTPUT$\n"
                 }

Caso ocorra a seguinte mensagem de erro no envio de e-mail:


invalid SSL_version specified at /usr/share/perl5/IO/Socket/SSL.pm
The SSL_version is being coded as "SSLv3 TLSv1" and the regular expression is faili
ng. I hacked it as a workaround as follows... change:

Acesse o script em# nano /usr/share/perl5/IO/Socket/SSL.pm  e apague o $ no


final da linha m{^(!?)(?:(SSL(?:v2|v3|v23|v2/3))|(TLSv1[12]?))$}i

Reinicie o serviço
#/etc/init.d/nagios restart

E acesse o Nagios pelo endereço informado anteriormente.

4 SCRIPT DE INSTALAÇÃO NAGIOS

Abaixo todo conteúdo do código para instalação remota do Nagios3, seguindo


a mesma premissa da instalação do Nagios conforme visto no tópico anterior, foi
desenvolvido o script a seguir:

#!/bin/bash
echo "Para realizar a instalacao do Nagios3 e necessario que esteja logado com
usuario root"
if [ $USER != root ]
then
echo "Acesso Negado!"
break
else
echo "Atualizando repositorio ..."
sleep 5
apt-get update
apt-get upgrade -y
15

apt-getdist-upgrade -y
echo "Instalando Nagios3"
sleep 5
apt-get install nagios3
sleep 3
echo "Nagios3 esta pronto para configuracao"
fi

5 UTILIZAÇÃO DO PLUGIN NAGIOSQL – INTEGRAÇÃO DO NAGIOS COM


BANCO DE DADOS MYSQL

5.1 MySQL

De acordo Neto (2015), atualmente o MySQL possui ferramentas e


características importantes na versão 5.5, alta compatibilidade com outras
linguagens de programação C/C, Java, Delphi, PHP entre outras, devido a
tecnologias como ODBC e JDBC que são padrões de grupo de interfaces que
possibilitam o acesso das linguagens de programa aos SGBDs.
Para Neto (2015), o SGBD MySQL não necessita de um grande hardware
para sua execução, tanto cliente em caso haja um front-end como servidor, ambos
são capazes de ser executados com as funcionalidades mínimas. Para se ter uma
noção utilizando 512Mb de memória RAM, processador de 800Mhz e 40GB de disco
rígido. Obviamente a utilização dessa configuração não é costumeira e nem
aconselhável.
Segundo Neto (2015), o SGBD MySQL é multiplataforma, podendo citar
Sistemas Operacionais como Windows (9x, Me, NT, 2000, XP, Vista e Seven), e
plataformas Unix.
Toda a estrutura transacional na configuração InnoDB é suportada, incluindo a
tecnologia “Lockrow” que bloqueia a linha que está sofrendo alteração impedindo
outro usuário de realizar alguma modificação até que a primeira modificação seja
confirmada através de um “commit”.
Segundo informações de Neto (2015), o MySQL da suporte a TRIGGERS a
partir da versão 5, que são disparadores ou gatilhos que sempre que ocorre uma
tentativa de modificação dos dados de uma tabela protegida por ele, são acionados.
16

Utilizada com o objetivo de manter os dados consistentes ou para as alterações


serem expandidas de uma determinada tabela para outra. Como exemplo pode citar
uma TRIGGER desenvolvida para controlar quem alterou uma determinada tabela,
sendo assim, quando qualquer modificação é efetuada, a TRIGGER é acionada e
grava o histórico de alteração em uma tabela de alteração, podendo ser data/hora e
o usuário.
Para Neto (2015) o MySQL possui suporte a Views onde os objetos
armazenados no SGBD são definidos pelo usuário de acordo uma consulta
especifica, a cada solicitação de chamada de execução de uma view. Além disso,
possui suporte a Índices similarmente como um livro, tendo como objetivo de agilizar
consultas.
De acordo Neto (2015) outros suporte são;
• Suporte a multi-threads – diretamente do Kernel utiliza threads, significando
que pode utilizar múltiplas CPUs.
• Suporte a Replicação – é presente em bancos de dados distribuídos, como
estratégia de backups entre computadores em locais diferentes, podendo ser
inteiramente ou em partes.
• Suporte a Stored Procedures – Stored Procedure ou Procedimento
armazenado, coleção de comandos SQL para utilização do banco de dados.
• Suporte a Storage Engines como MyISAM, InnoDB entre outros. A
storageengine, pode ser entendida como um grupo de regras que o SGBD irá
aproveitar na modificação dos dados e das tabelas. O formato InnoDB, que é
utilizado na maior parte dos dos SGBDS relacionais, oferecendo suporte a
transações, chaves estrangeiras, travamento de linhas , entre outros. Porém,
comparando ao formato MyISAM este formato é um pouco mais lento, pois é voltado
para velocidade sem suporte a transação. O MySQL utiliza por padrão o formato
MyISAM.
• Suporte a diversos tipos de campos com e sem sinal ENUM, SET, YEAR,
FLOAT, além tipos como inteiros 1, 2, 3, 4 e 8 entre outros.
• Suporte a multiusuários oferecendo a usuários diretos e administradores,
tratando as concorrências entre tais.
• Suporte a Restore e Backup inclusive através do seu próprio software
gráfico.
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• Segurança através de um sistema de senhas e privilégios que é muito


seguro e flexível, permitindo a verificação baseada em máquinas ou estações. Em
tese, teoricamente as senhas são criptografadas. Também, o MySQL vem com
funções como database () pré definidas que responde o nome do banco de dados,
current_user () que exibe o usuário atual entre outras. Toda a modificação do
MySQL pode ser realizada através do seu prompt de comando, ou através de muitos
aplicativos gráficos para estas modificações, o SQLyog, PHPMyAdmin e o MySQL
Administrator, sendo este ultimo desenvolvido pelos criadores do MySQL são
exemplos de aplicações para administração do SGBD através de ambiente gráfico.

5.2 NagiosQL

De acordo Tavares (2009), o plugin NagiosQL trata-se de uma interface via


web no qual permite que o Nagios Core seja configurado sem ser necessário
acessarmos os arquivos de configurações através do Shell do Linux, utilizando linha
de comando. É possível criar services, hosts e grupos para monitoração através de
formulários.
Para Almeida (2015), são necessários instalar os seguintes pacotes para
instalar o NagiosQL além do Nagios Core é necessário MySQL Server, apache2,
php5, php5-MySQL. Após instalação obteremos a seguinte figura abaixo ao acessar
a ferramenta através do endereço http://ip_do_servidor/nagiosql/.
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Figura 8: Instalação através da interface web


Fonte: Os autores.

Figura 9: Concluindo Instalação do NagiosQL


Fonte: Os autores.

Assim como o plugin orienta na figura 11, Almeida (2015) aconselha remover
o diretório de instalação através do comando rm –rf /var/www/nagiosql/install/e
acrescentar no arquivo do código de inicialização em /etc/init.d/nagios3 as duas
primeiras linhas seguinte:
chown -R www-data:nagios /etc/nagios3/spool/ -R
chmod -R 775 /etc/nagios3/spool/
return $ret
}
stop () {
19

Figura 10: Tela de autenticação NagiosQL


Fonte: Os autores.

6 SERVIÇO WINDOWS MONITORADO – DHCP

Dynamic Host Configuration Protocol ou Protocolo de Configuração Dinâmica


de Host (DHCP), é um protocolo de redes de computadores utilizado para que os
hosts obtenham configurações TCP/IP automaticamente. Alecrim (2005).
Para TANEMBAUM (2010, 348), da mesma forma que os protocolos BOOTP
e RARP, o serviço DHCP necessita de um servidor que atribuirá endereços IP a
qualquer host que solicitar configuração automática TCP/IP, sendo IPv4 ou IPv6,
não sendo necessário o servidor se encontrar na mesma LAN no qual o host cliente
se encontrar. Pois, é sabido que o servidor DHCP pode não está disponível por
difusão, será necessário um agente para que ocorra a retransmissão DHCP em
cada LAN denominado DHCP Relay a figura 11 a seguir esclarece um cenário
exemplificando a informação citada acima.
“Para encontrar seu endereço IP, uma máquina recém-
inicializada transmite por difusão um pacote DHCP
DISCOVER. O agente de retransmissão DHCP em sua LAN
intercepta todas as difusões do DHCP. Ao encontrar um pacote
DHCP DISCOVER, ele envia o pacote como um pacote de
unidifusão ao servidor DHCP, talvez em uma rede distante. O
único item de informações que o agente de retransmissão
precisa ter é o endereço IP do servidor DHCP.”
20

Figura 11: Operação do DHCP


Fonte: TANEMBAUM, S, Andrew. Redes de Computadores, Quarta Edição

6.1 Entendendo o Funcionamento do DHCP

Para ficar melhor no entendimento, pegaremos como exemplo a forma como


um computador se conecta a uma nova rede. Normalmente quando um dispositivo
desktop ou notebook se conecta a uma rede, ele não sabe qual configuração de
rede utilizar, porém se sua placa de rede estiver configurada para obter
configurações TCP/IP automaticamente, o dispositivo não saberá quem é o servidor
DHCP, e então o mesmo enviará uma solicitação em broadcast, para que o servidor
enxergue que uma máquina-estação, está desejando ingressar na rede e sendo
assim, o servidor passará as informações de configurações necessárias, sendo que
o endereço IP informado a máquina solicitante será um IP disponível aleatoriamente.
A máquina obtendo este endereço informado pelo servidor, logo este IP não ficará
mais disponível na rede por um determinado período e situação. Alecrim (2005).
Segundo Alecrim (2005), o protocolo DHCP poderá ser configurado para
operar das seguintes formas:
Manual: através da utilização do MAC address, endereço físico da placa de rede do
host, é reservado um endereço IP para o host que possui um determinado MAC.
Assim, este IP estará reservado exclusivamente para este dispositivo. Este recurso é
utilizado normalmente em servidores, impressoras, relógios de ponto, switches
gerenciáveis entre outros dispositivos importantes na infraestrutura que precisam ter
IP fixo para fácil acesso as suas configurações.
Devido o MAC ser único para cada dispositivo, é garantido que o dispositivo obtenha
sempre o mesmo IP.
21

Automática: um determinado pool de endereços IP é definido na configuração do


servidor DHCP para ser utilizada na rede, por exemplo, uma rede classfull
192.168.1.1 a 192.168.1.254. Desta forma, quando um computador realizar uma
consulta na rede, o IP que estiver disponível sempre será ofertado a ele.
Dinâmica: bastante similar ao automático, a diferença está na reserva por um tempo
pré- determinado, por exemplo, uma máquina ficará com a reserva de IP por
algumas horas.

7 SERVIÇOS LINUX MONITORADOS - SAMBA

Segundo De Paula (2002), o serviço SMBD, é o software que permite


compartilhamento de arquivos e impressoras entre sistemas operacionais Windows
e Linux. O compartilhamento é permitido através do daemon smbd tanto no modo de
compartilhamento quanto no modo usuário. O modo menos recomendável e mais
simples, o modo de compartilhamento cada recurso compartilhado é necessário
configurar uma senha. Diferente do modo de compartilhamento o modo usuário,
cada usuário possui um login e senha e os privilégios de acesso são diferenciados
de acordo o administrador do serviço.
De acordo De Paula (2002) partindo da versão 2.0 o serviço Samba já da
suporte para autenticação, como em domínios Windows NT, que neste caso, o
controle de acesso é administrado pelo Controlador de Domínio.
Para De Paula (2002), o nmbd é outro componente integrante do pacote
Samba, sendo o servidor de nomes NetBios. Sendo responsável por resoluções de
nomes NetBios sobre IP. Os sistemas Linux, fornecem um recurso adicional através
do suporte a arquivos do tipo smbfs, sendo possível utilizar em sistemas Linux
arquivos compartilhados em ambiente Microsoft, como se fossem arquivos
armazenados localmente.
A figura 12 abaixo podemos observar alguns serviços Windows e Linux sendo
monitorados através do sistema de gerenciamento de rede Nagios Core.
22

Figura 12: Serviços Windows e Linux Monitorados.


Fonte: Os Autores

8 IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO

Atualmente, manter um ambiente atualizado é sinônimo de estar um passo a


frente a qualquer tipo de negócio ou situação. Para tanto, é necessário garantir o
bom funcionamento dos dispositivos de rede antecipando-se de eventuais falhas,
seja de hardware ou softwares.
Neste artigo, foi realizado um estudo de uma das ferramentas de
monitoramento open source existente denominada Nagios Core, software livre, ideal
para pequenas e médias empresas que não possuem muitos recursos financeiros
para investir em softwares mais robustos que na maioria são pagos. Por isso, nem
sempre implantar sistema de gerenciamento de rede significa que haverá custo
elevado.
REFERÊNCIAS

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<http://www.infowester.com/dhcp.php> Acessado em 17 de outubro de 2015.

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Directory do Windows Server.
Disponível em <http://fabioled.blog.com/2011/11/23/integracao-de-servidor-linux-
samba-com-active-directory-do-windows-server/> Acessado em 20 de outubro de
2015.

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<http://www.vivaolinux.com.br/dica/O-que-e-samba> Acessado em 06 de novembro
de 2015.

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MORIMOTO, Carlos E. (2005). LDAP. Disponível em


<http://www.hardware.com.br/termos/ldap> Acessado em 19 de outubro de 2015.

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TANEMBAUM, S, Andrew. Redes de Computadores, Quarta Edição; tradução


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Disponível em <http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Nagios-Configuracao-do-
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outubro de 2015.

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