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Sorocaba / SP
2012
José Marcos Viana Prenholato
Sorocaba / SP
2012
FICHA CATALOGRÁFICA
COLABORAÇÃO ‘’BIBLIOTECA FACENS’’
CDU 00
P926m
Prenholato, José Marcos Viana.
Manutenção industrial orientada pelo planejamento / por José Marcos Viana
Prenholato – Sorocaba, São Paulo: [s.n.], 2012
92f.; 29 cm.
CDU 621.314-77
MANUTENÇÃO INDUSTRIAL ORIENTADA PELO PLANEJAMENTO
Comissão examinadora:
Coordenador (a):
Ass._________________________________
Joel Rocha Pinto
Mestre em Engenharia Elétrica
Sorocaba / SP
2012
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ter me dado o dom
da vida, saúde e força para que este objetivo fosse atingido.
Aos meus pais, por terem me dado amor, educação e todo o apoio
para a realização desse meu sonho.
À minha namorada, pela paciência, apoio, compreensão e força
dedicados nos momentos de maior necessidade na minha vida.
AGRADECIMENTOS
À primeira vista, quero agradecer a Deus por me dar o dom da vida, a perseverança e as
suas bênçãos divinas.
Agradeço aos meus pais, José Carlos e Rita, pela paciente demonstração de amor, afeto,
paciência e pelo grande esforço que eles realizaram para garantir a minha educação.
Agradeço também à minha namorada e companheira Camila, por todo o amor, paciência,
compreensão e apoio dedicados a mim, mesmo nos dias em que eu estive menos agradável.
Agradeço a toda minha família, dentre eles, a minha irmã Márcia e o meu primo-irmão
Marcelo, os meus tios e avôs que apesar da distância, sempre oraram, me apoiaram e torceram por
mim.
Registro os meus francos agradecimentos a todos as pessoas que fazem/fizeram parte desta
minha trajetória, da minha vida e a todos aqueles que me apoiaram, acreditaram no meu potencial e
me ajudaram, desde o começo, na realização deste objetivo, pessoas essas como o Cesar Luiz,
Alexandre, Elisangela, José Fernando, Adelino e Rita.
Deixo a minha gratidão aos meus grandes amigos da república, aos meus companheiros de
trabalho e aos meus grandes amigos da faculdade, que me acompanharam nesta trajetória e me
ajudaram a evoluir. Também tem a minha gratidão o Eng.º Paulo, o Sr. Rodson e o Sr. Felipe,
profissionais dedicados que me ajudaram na coleta de informações para a constituição do estudo de
caso desse trabalho.
A minha gratidão também vai ao meu orientador José Lázaro, por todo o incentivo, dedicação
e paciência doada a mim.
Uma pessoa inteligente resolve um problema, um sábio o previne.
Albert Einstein
RESUMO
PRENHOLATO, J. M. V. Manutenção Industrial Orientada pelo Planejamento.
Sorocaba, 2012 92f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de
Engenharia Elétrica, Faculdade de Engenharia de Sorocaba. Sorocaba, 2012.
This paper aims to study and present the importance of Maintenance Planning and
Control – PCM in a maintenance management system. The new lean manufacturing
techniques and large business competition is requiring for a new concept in the field
of industrial maintenance management organizations. The PCM is a strategic tool in
the design and development of modern and efficient system maintenance. To
develop this study used specialized literature and developed a case study based on
the implementation of a maintenance system oriented by planning an industry of
cement. The results obtained show that the planned maintenance can represents
several advantages, promotes the improvement of systems and optimizes
performance.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 92
15
1 INTRODUÇÃO
Performance Esperada
Desempenho
Nível de alarme
T0 T1 T2 T3
Tempo
Manutenção Corretiva Planejada
1
Manutenibilidade é a característica de um equipamento ou conjunto de equipamentos que
permite, em maior ou menor grau de facilidade, a execução dos serviços de manutenção.
2
Feedback significa realimentação, retorno de algo.
3
Benchmarks são os referenciais de excelência.
4
Hh é a sigla e unidade de medida de homem-hora
27
2.4.3 Mista
PCM –
Planejamento e
Operação
Controle de
Manutenção
Engenharia de
Diretor Industrial
Manutenção
Manutenção Estudos
Execução de
Manutenção
Diretor
Industrial
PCM –
Planejamento e
Operação Manutenção
Controle de
Manutenção
Engenharia de Execução de
Manutenção Manutenção
OFICINAS
ENG.
INSPEÇÃO
MANUT.
INVENTÁRIO CADASTRO
PCM
DOCUMENT. LOGÍSTICA
RECURSOS
COMPRAS
HUMANOS
3.1.2 Tagueamento
Fonte: autor
40
Rec.
Tar. Descrição Depend. Qtde Hh Ferram
Hum.
Realizar Análise Preliminar de Risco Papel e
1 Envolvidos 3 0,05
(APR) Caneta
2 Utilizar EPI's Conforme PD 00102 1 Envolvidos 3 0
Bloquear Equipamento Conforme PD- Cadeado de
3 1 Eletricista 1 0,5
00222 bloqueio
Efetuar a Abertura das Portas de Chave
4 3 Operador 1 0,05
Inspeção do Moinho inglesa 2"
Inspecionar Placas da Parede de
5 4 Mecânico 1 0,05
Entrada
Inspecionar Grelhas da Parede
6 4 Mecânico 1 0,08
Divisória (Lado 1º Câmara)
Inspecionar Revestimento do Casco
7 4 Mecânico 1 0
(Lado 1º Câmara)
Inspecionar Placas da Parede
8 4 Mecânico 1 0
Divisória (Lado 2º Câmara)
Efetuar o Fechamento das Portas do Chave
9 4 Operador 1 0,03
Moinho inglesa 2"
Desbloquear Equipamento Conforme
10 9 Eletricista 1 0,5
PD-00222
Computador
Emitir Relatório de Inspeção 5, 6, 7 e com
11 Mecânico 1 0,08
Conforme PO-00538 8 software
dedicado
Fonte: autor
3.1.7 Programação
...a etapa que define quais são os serviços no dia seguinte, em função das
prioridades já definidas, data de recebimento da solicitação de serviço,
recursos disponíveis [...] e liberação pela produção
3.1.9 Registros
Visa padronizar as atividades para que não haja perda de tempo durante a
execução dos serviços e todos os mantenedores realizem os trabalhos dentro dos
padrões planejados.
A tabela acima pode ser mais bem visualizada também na forma de gráfico,
conforme pode observar-se na Fig. 3.5.
45
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009
Custos Disponibilidade Frequência de Falhas
Satisfação do Cliente Backlog Retrabalho
MTBF MTTR Outros
Não Utilizam
3.3.1.1 MTBF
(3.1)
Onde:
HDO = Horas Disponíveis para Operação;
o (Tempo Final de operação “Falha” - Tempo Inicial de operação).
NF = Número de Falhas.
A importância desse item é indicar o desempenho das máquinas em relação
às ações mantenedoras onde, quanto maior for o seu valor, melhor será para a
manutenção e, consequentemente, para a produção, pois aumenta também a
disponibilidade (VIANA, 2002).
3.3.1.2 MTTR
(3.2)
Onde:
HR = Horas para Reparo;
o (Tempo volta à operação - Tempo inicial da “Falha”).
47
NF = Número de Falhas.
Logo, o MTTR depende basicamente:
Do equipamento ou instalação ser facilmente mantido;
De a intervenção ser feita por profissionais devidamente capacitados;
De a atividade de manutenção ser organizada e planejada.
Viana (2002, p.143) deduz que “quanto menor o MTTR no passar do tempo,
melhor o andamento da manutenção, pois os reparos corretivos demonstram ser
cada vez menos impactantes na produção”. Em suma, o MTTR é está relacionado à
manutenabilidade da máquina.
3.3.1.3 MTTF
(3.3)
Onde:
HDO = Horas Disponíveis para Operação;
o (Tempo Final de operação “Falha” - Tempo Inicial de operação).
NF = Número de Falhas.
Quanto maior for este item, mais positivo será o aspecto da manutenção na
empresa.
(3.4)
Manutenabilidade;
Backlog;
Retrabalho;
Índice de Manutenção Corretiva;
Índice de Manutenção Preventiva;
Treinamento na Manutenção;
Taxa de frequência de acidentes;
Taxa de gravidade de acidentes.
Tais índices serão estratificados nos próximos subcapítulos.
3.3.2.1 Confiabilidade
Onde:
t - é o tempo previsto para reparo;
MTBF - tempo médio entre falhas.
3.3.2.2 Manutenabilidade
Onde:
M(t) - é a manutenabilidade em função do tempo;
e - é a base dos logaritmos neperianos;
- é o número de reparos efetuados em relação ao total de horas de
reparos do equipamento;
t - é o tempo previsto para reparo.
3.3.2.3 Backlog
3.3.2.4 Retrabalho
(3.9)
í
Este indicador tem como objetivo avaliar a qualidade dos serviços prestados
pela manutenção, se definitivos na resolução das falhas ou paliativos, causando
diversos retrabalhos (VIANA, 2008).
Portanto, o melhor dos casos para este índice é quando o mesmo tende a
zero.
Este item identifica o quanto de mão de obra em Hh que está sendo utilizado
em serviços corretivos (BRANCO FILHO, 2006). Esse índice pode ser mais bem
interpretado pela Fórmula 3.10:
(3.10)
çã
53
(3.11)
çã
(3.12)
çã
(3.13)
çã
(3.13)
çã
55
4.4 TPM
Educação e Treinamento;
Controle Inicial;
Manutenção da qualidade;
Escritório;
Meio Ambiente e Segurança.
Essa estrutura, com os tais pilares, podem ser visualizados na Fig. 4.3 abaixo.
TPM
Manutenção da Qualidade
Educação & Treinamento
Manutenção Autônoma
Manutenção Planejada
Segurança, Hig. e MA
TPM Administrativo
Melhorias Focadas
Controle Inicial
Rendimento
Vida Útil
Aumentar Confiabilidade
Velocidade
Disponibilidade
Vibração
Ruído
Temperatura
Reduzir Consumo de Energia
Interrupções
Tempo de Parada
Custo
5 ESTUDO DE CASO
Gerdau;
Braskem.
Entre outros.
As diretrizes da empresa são:
Negócio:
o Afinidade.
Missão:
o Assessorar o cliente a ser referência de classe mundial em gestão
de resultado empresarial.
Visão:
o Ser marca de valor único.
Valor (pessoa certa):
o Perseverança para aprender sempre;
o Disciplina para fazer o combinado;
o Compromisso com o resultado do cliente;
o Atitude pelo exemplo.
A Engefaz se compromete com a melhoria contínua de sua estratégia através
dos seguintes itens:
Resultado - ganho gerado para o cliente.
Excelência - assessorar o cliente que almeja resultado de classe mundial.
Inovação - soluções únicas para o cliente.
5.2 A Empresa X
Ações
Entregar com
Criar algo
Evitar a Obter a a qualidade e Viabilizar a melhoria
Função: inédito, útil e
catástrofe. normalidade. a velocidade contínua.
eficaz.
prevista.
Sistematizar e Pesquisa,
Atuar sobre Corrigir desvios
consolidar a Desenvolver estudo, recurso
Como? passivo de até médio
gestão da pessoas e métodos. e capacitação
relevante. porte.
rotina. diferenciados.
Sensores -
Instrumentação
Sensores –
Instrumentação
Redutor, DMGH
22 , Flender
Bomba de Óleo
Motor da Bomba
– Lubrificação
MOINHO, BOLAS -
BI-CÂMARA Sensores –
Instrumentação
Bomba do
Hidroreostato Trocador de Motor da Bomba
Calor
Motor de Giro
Lento
Bomba de Óleo
Motor da Bomba
– Lubrificação
Fonte: autor
73
QUALIDADE
No caso de quebra/falha
provoque condição insegura No caso de quebra/falha a
No caso de quebra/falha não
pessoal e/ou patrimonial, qualidade dos produtos em
Efeito da falha sobre a 5 afeta a qualidade de produtos
e/ou poluição agredindo o processo é afetada (farinha,
qualidade dos produtos finais ou em processo.
meio ambiente e a clínquer, areia).
comunidade.
PRODUÇÃO
No caso de quebra/falha No caso de quebra/falha a
provoque condição insegura produção/expedição é
pessoal e/ou patrimonial, interrompida ou diminuída e o No caso de quebra/falha não
Efeito da falha sobre o 5
e/ou poluição agredindo o volume é recuperável (não há afeta a produção/expedição.
processo produtivo
meio ambiente e a impacto no fornecimento para
comunidade. o cliente).
GRAVIDADE DA QUEBRA
No caso de quebra/falha
No caso de quebra/falha não
paralisam fornos ou um único
Efeitos sobre o tempo de No caso de quebra/falha pára a fábrica ou fornos ou
4 equipamento que alimenta
reparo, especialização e paralisa toda fábrica. equipamentos que alimentam
outros equipamentos comuns
instrumentação equipamentos comuns.
(gargalo).
CUSTOS DO REPARO
No caso de quebra/falha o
No caso de quebra/falha o No caso de quebra/falha o
custo de reparo está entre
Valores envolvidos nos 3 custo de reparo é acima de custo do reparo é inferior a
R$ 10.000,00 e R$
reparos R$ 30.000,00. R$ 10.000,00.
30.000,00.
A Máximo
B Máxima
disponibilidade
C Foco em
manutenção
baseada em
desempenho
condição
Interrompam Interrompem
Não interrompem a
totalmente a parcialmente a
produção
produção produção
Envolvam riscos
consideráveis
quanto à Afetam
Não afetam a
indiretamente a
segurança pessoal, qualidade
qualidade
patrimonial e
ambiental
Apresentam
custos de Possuem impacto
Possuem impacto
reduzido quanto aos
manutenção e moderado quanto à
aspectos de
complexidade segurança, custos e
segurança, custos e
tecnológica complexidade
complexidade
elevados
Fonte: autor
As Fig. 5.3 e Fig. 5.4, que seguem abaixo, demonstram o resumo e faz uma
comparação entre a revisão de criticidade antiga e nova criticidade:
76
Classificação - ANTES
9%
16% Sem Classe
2%
Classe 1
Classe 2
Classe 3
24%
49% Classe 4
Classe 5
0%
Fonte: autor
Classificação - DEPOIS
18%
23%
Classe 1
Classe 3
Classe 5
59%
Fonte: autor
77
Quadrimestral
Criticidade 5
LUBRIFICAÇÃO
PREVENTIVA
Trimestral
Quinzenal
Semestral
ROTINEIRA
Bimestral
PREDITIVA
Área Classe Equipamento
Semanal
SELETIVA
Trianual
Mensal
Bianual
Anual
Mecânica Moinho de bolas X X X X X X X X X
Mecânica Mancais de moinho de bolas X X X X X X X
Fonte: autor
Ativos de Ordens de
Planos
Serviço Serviço
Equipamento Manutenção
01 Preventiva 01.1
Equipamento Manutenção
03 Preventiva 01.3
Fonte: autor
Fonte: autor
Uma das maiores prioridades solicitadas pela empresa X para o projeto, foi
relacionada ao foco no planejamento das manutenções do tipo seletivas. A Fig. 5.8
mostra o resultado desse item, que é o aumento das MPs Seletivas em 63,62%.
82
646
Fonte: autor
Por meio da análise de vibração apresentado pela Fig. 5.9, pode observar-se
os picos de vibração no sistema. Em outubro/2009, houve a intervenção planejada
no redutor que permitiu o reestabelecimento das funções do equipamento. Em
julho/2011, uma nova intervenção foi realizada. Finalmente, em março/2012,
detectou-se a necessidade de substituição do redutor visando evitar a quebra
irreversível do mesmo.
84
Mar/12 – Substituição
do Redutor
Fonte: empresa X
Fonte: empresa X
Fonte: empresa X
Fonte: empresa X
A. Funcionamento
Após a instalação do redutor reserva, não houve mais ocorrências de falhas,
mas o acompanhamento preditivo deve continuar sendo executado conforme
88
Fonte: empresa X
Fonte: empresa X
R$ 10,00 R$ 9,51
Milhões
R$ 9,00
R$ 8,00
R$ 7,00
R$ 6,00
R$ 5,00
R$ 4,00
R$ 3,00
R$ 2,00 R$ 1,28
R$ 1,00 R$ 0,14
R$ 0,02
R$ 0,00
PLANEJADA NÃO PLANEJADA
Fonte: autor
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS