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XXV SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Inovação E Sustentabilidade Na Gestão De Processos De Negócios
Bauru, SP, Brasil, 7 a 9 de novembro de 2018
1 INTRODUÇÃO
A cada ano são lançados milhares de novas tecnologias com estratégias de marketing que
fazem com que o aparelho recentemente utilizado não sirva mais. Antigamente os produtos
duravam dezenas de anos, hoje duram menos de um ano, dependendo do produto.
(ZWICKER, LÖBLER, et al., 2016).
Somente nos Estados Unidos são gerados 200 milhões de toneladas de todos os tipos de lixo
por ano, uma média de 745 kg por habitante. Mesmo quando comparado a capital do Brasil,
que é a que mais desperdiça lixo, esse número é alarmante; Brasília produz 438 kg de lixo por
habitante por ano. Os países africanos tem uma media de consumo 40 vezes menor do que a
americana. Segundo pesquisadores, se todos consumissem igual aos americanos,
precisaríamos de cinco planetas para obter os recursos necessários. (HECK, 2008).
Os detritos eletrônicos podem liberar toxinas se incinerados. Os aparelhos mais
antigos contêm produtos químicos venenosos com toxinas e metais pesados como mercúrio e
o cádmio. Grande parte desses resíduos vai parar em países pobres.(WAGNER, 2008).
A indústria de eletrônicos no Brasil está crescendo exponencialmente a cada ano,
desenvolvendo atualizações para seus produtos em períodos bem curtos. Desse modo, o país
já está entre os maiores produtores de lixo eletrônico no mundo, com 1,4 milhão de toneladas
por ano, o que equivale a 7 kg por habitante. De acordo com a ONU, o Brasil é o país no
mundo que mais descarta equipamentos ultrapassados na natureza. (REUTERS, 2010)
Segundo Boechat (BOECHAT, 2015), os equipamentos eletrônicos geralmente trazem em
seus componentes uma grande quantidade de materiais perigosos, podendo causar sério
impacto no meio ambiente quando descartados incorretamente. O impacto pode ser
econômico também, uma vez que a maioria destes materiais podem ser reciclados e
retornados ao processo de fabricação, economizando energia e recursos naturais.
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Segundo De Brito (2003) - apud (LAVEZ, SOUZA e LEITE, 2011), os principais atores da
logística reversa são: as empresas integrantes da cadeia de suprimentos tradicional, as
especializadas em operações de reaproveitamento nas cadeias reversas e as instituições
governamentais. Destaca-se a importância de integrar as cadeias tradicionais com as reversas
de modo a garantir uma maior eficiência nas quantidades retomadas de materiais.
Em termos gerais, a logística reversa consiste em reutilizar e reaproveitar produtos e resíduos
que se encontram no fim da cadeia dentro do ciclo dos produtos, ou seja, que não pode mais
ser aproveitado pelo consumidor. E através de processos específicos e dependendo de cada
material, retornar para a cadeia de forma que possa ser reconstruído ou reaproveitado,
agregando valores ao produto.
Os primeiros conceitos de logística reversa se iniciaram na década de 80, definido como bem
do consumidor para o produtor. (ROGERS e TIBBEN-LEMBKE, 2001). Para Coelho, L.
(2009), logística direta é poder levar ao produtor, depois aos centros de distribuição para
enfim alcançar o publico–alvo, o consumidor. A logística inversa faz o caminho contrário:
recolhe produtos dispersos e que poluem o meio ambiente e os reencaminha para as origens,
dando tratamento e reutilização.
Nos anos 2000, aconteceu a ampliação do conceito de logística reversa como forma de
destinar adequadamente os produtos após o consumo, além de poder controlar os resíduos, a
princípio inúteis nas empresas.
A preocupação com o meio ambiente focando-se em projetos desta natureza nas empresas ou
organizações proporcionará um alto ganho para toda a sociedade. Permite com isto, além de
preservar o meio, proporcionar benefícios às gerações futuras. Reconhece-se também que as
empresas, como não tem o olhar para este aspecto, desconhecem as possibilidades de retorno
financeiro e econômico. (GUARNIERI, 2011).
Destaca-se aqui um novo paralelo com novo contexto, cujos efeitos de uma operação que
incide sobre terceiros são chamados de “externalidades econômicas”. (JASINSKI e
ALMEIDA, 2014). Levando-se em consideração que estes terceiros não tinham participação,
essas externalidades podem ser positivas ou negativas e atingem a sociedade como um todo,
pois provoca poluição do ar e da água, além de erosão do solo que dificilmente podem ser
reparados. Podem ser apenas compensados, a partir de impostos.
Para uma empresa, adotar a logística reversa possibilita uma grande contribuição sob o
aspecto social. Gera empregos, com a criação de cooperativas de mão de obra que, a
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Na primeira fase, os componentes críticos do lixo eletroeletrônico são separados, como por
exemplo, os painéis de vidro de televisores e monitores, os gases CFC, contidos em
geladeiras, baterias, lâmpadas, entre outros. (E-WASTE GUIDE, 2009).
Após o desmonte e desestruturação dos eletroeletrônicos, estes são enviados para a segunda
subetapa, onde acontece a fragmentação dos equipamentos. Geralmente, sobra apenas a
carcaça dos resíduos, onde são separados de acordo com a cor e o material que é composto.
(UNEP, 2009).
Na última subetapa deste processo, conhecido como pré-processamento, os resíduos
fragmentados são agrupados e encaminhados para a reciclagem. Deste modo, a destinação e
venda destes materiais se torna simples e viável para a reintrodução deles como matéria prima
em novos equipamentos e produtos. (E-WASTE GUIDE, 2009).
O ultimo processo (reciclagem) se dá a partir da fase anterior (fracionamento dos resíduos), e
assim, inicia-se o processamento final, onde há a restauração dos metais.
Aqueles materiais que não podem ser reciclados terão os aterros sanitários controlados para
resíduos classe I como destino final, ou então, coo processados, caso haja resíduos ou
elementos classificados como perigosos e que podem causar riscos à saúde pública ou ao
meio ambiente.
Baseado em Musetti (GONÇALVES e MUSETTI, 2008), até a publicação da PNRS (Política
Nacional de Resíduos Sólidos), havia no país duas leis responsáveis pela regularização dos
cuidados indispensáveis ao meio ambiente: era a Política Nacional do Meio Ambiente e
também a Lei de Crimes Ambientais. Leis essas que abrangem o gerenciamento de resíduos
sólidos, porém, estas não promovem o incentivo à reciclagem, culminando na falta do
incentivo fiscal e também de programas de coleta seletiva.
Após aprovada a PNRS, houve uma nítida evolução do gerenciamento e gestão de resíduos
sólidos no Brasil e a logística reversa como enfoque principal. E ainda, organizado pelo
Ministério do Meio Ambiente (MMA), foi originado o Comitê Orientador para a
implementação de Sistemas de Logística Reversa.
Um grande avanço nesta área é a logística reversa que, de acordo com a definição dada na lei,
é uma ferramenta que proporciona desenvolvimento econômico, além do social, tendo como
característica destinar e proporcionar a coleta, e, consequentemente, restituição de resíduos
sólidos ao setor empresarial para posterior reaproveitamento, num sistema cíclico, porém
produtivo, dando destinação final adequada à manutenção do meio ambiente.
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Nosso país acabou sendo o primeiro país da América a adotar a resolução 451/2008 do
CONAM (Conselho Nacional dos Resíduos Sólidos), publicando em 2010 a Lei Federal
número 12.305/2010 que determina: “de acordo com a PNRS tem a obrigação de realizar a
Logística Reversa, as empresas que fabricavam materiais perigosos ao meio ambiente, devem
se responsabilizar pelo recolhimento dos mesmos, descartados pelos consumidores”.
(Ministério do Meio Ambiente, 2012)
Devem estas empresas também, divulgar ao público consumidor, onde descartar este lixo
eletrônico para que possa ser devolvido à empresa, utilizando-se assim da logística reversa.
(Brasil, 2010)
A lei 12.305 instituiu a PNRS, lei esta que se encontra integrada à PNMA, articulando-se com
a PNEA (Política Nacional de Educação Ambiental) e também com a PFSB (Política Federal
de Saneamento Básico). Esta lei, em seu Art. 9° - Na gestão e gerenciamento de resíduos
sólidos, observa-se o seguinte: “reduzir o volume e periculosidade de resíduos sólidos,
priorizando a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem, o tratamento dos resíduos
sólidos e disposição final ambientalmente adequada aos rejeitos”. (Ministério do Meio
Ambiente, 2012).
Na própria lei, está estabelecido o prazo limite – Agosto de 2014 – para a implementação da
logística reversa e de outros itens relativos à reciclagem e reutilização de resíduos sólidos,
sendo como exemplo, o fim dos lixões tão utilizados em todo território nacional. (Brasil,
2010).
Segundo Leite (LEITE, 2009), faz parte do ciclo de vida útil de um material, as fases de
concepção, definição, produção, operação e obsolescência. É objetivo da logística reversa dar
um final, “fechar” esse ciclo.
No Brasil, segundo a ABEPRE, existem cerca de 320 itens na legislação vigente a
respeito de resíduos sólidos e possíveis poluentes, problemas que possam causar à população
e ao meio ambiente, além de outros casos ambientais de reutilização e de reciclagem. Porém,
não há algo relacionado a formas adequadas de se gerenciar especificadamente os
equipamentos eletrônicos que não possuem mais utilidade ou as quantidades máximas que se
devem produzir esses resíduos por empresa. Isto infelizmente acarreta num descaso imenso
por parte de diversas empresas que acumulam cada vez mais lixo eletrônico em montanhas de
sucatas e aterros sanitários. Apenas nos últimos três anos, que foi possível observar alguma
importância por parte das autoridades e do poder público, através de projetos de leis.
(ALVES, SANTOS e SILVA, 2015). No entanto, um projeto de lei, sujeito a apreciação no
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senado plenário, criado em 2015 pelo Sr. Felipe Bornier (Lei N° 2.940, de 2015), institui
normas para o gerenciamento e destinação final do lixo eletrônico.
Existem inúmeros problemas relacionados ao lixo eletrônico que influenciam a vida ambiental
e as populações do Brasil e do mundo todo. Como por exemplo: o descarte inadequado dos
equipamentos eletrônicos e forma de geri-los; pouca fiscalização e rigor das autoridades; falta
de iniciativas para conscientizar e sensibilizar a população, entre outros.
Esses resíduos, quando descartados em “lixões”, tornam-se um sério risco para o meio
ambiente, pois possuem em sua composição metais pesados altamente tóxicos. Em contato
com o solo, estes produtos podem contaminar o lençol freático e lavouras de plantações;
também podem poluir o ar, caso sejam queimados. Além do risco de causarem doenças em
catadores que sobrevivem da venda de materiais coletados. (TRIGUEIRO, 2012).
Hoje, o lixo eletrônico cresce três vezes mais que o lixo convencional e, segundo a
Organização das Nações Unidas (ONU), a situação é mais preocupante nos países
emergentes. Principalmente no Brasil, campeão na geração de lixo eletrônico por habitante:
meio quilo por ano. (TRIGUEIRO, 2012).
O prejuízo causado pelo problema do lixo eletrônico tem evoluído cada vez mais em países
considerados emergentes, tendo o Brasil como o primeiro ranqueado, pois como são países
que aumentam em grandes quantidades a produção de tecnologias e de forma mal planejada
ou pouco organizada, não quantificam ou avaliam planos para reaproveitar os componentes
dos equipamentos que se tornam obsoletos ou quando acaba a vida útil deles. A tendência é de
que isto aumente nos próximos anos, caso nenhuma mudança radical ou determinante seja
feita quanto à forma que as empresas coletam e descartam os resíduos eletrônicos; e também,
se as autoridades agirem mais veementemente de forma a cobrar que as empresas respeitem as
leis e normas, ou até mesmo puni-las pelo descaso.
Legislações ambientais são editadas, de forma crescente, envolvendo os diferentes aspectos
do ciclo de vida do produto e aplicadas às diversas etapas do retorno dos produtos, e tendem a
responsabilizar as empresas produtoras pelo equacionamento do retorno dos produtos, depois
de decretado o fim de sua vida útil. Essas legislações impõem o uso de selos verdes para
identificar produtos que estão em conformidade com as exigências ambientais e os produtos
de pós-consumo, que podem ou não ser descartados nos aterros sanitários, e as restrições ao
uso de produtos que utilizaram matérias-primas secundárias no seu conteúdo. (LEITE, 2003).
Muitas empresas não implantam sistemas de coleta e reaproveitamento dos equipamentos
eletroeletrônicos. As empresas que gerem os processos de reciclagem e reuso desses
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materiais, ou seja, dos ciclos finais de vida útil dos equipamentos, ou durante as fases da
logística reversa não realizam procedimentos corretos quanto ao planejamento e controle,
quanto à distribuição dos resíduos de forma a reutilizá-los para construir novos equipamentos
ou serem fundidos, e consequentemente, reciclados de outra forma. E ainda, o descarte
indevido ou feito em locais incorretos, o que acontece em inúmeras empresas até os dias
atuais.
Empresas privadas das áreas de TI, computação e eletrônica do Brasil todo e cooperativas de
catadores também afirmam não receberem incentivos do governo para melhor gerenciamento
desse material, incentivo este que poderia ser dado em forma de cursos para capacitar os
trabalhadores para melhor manuseio do material, equipar as cooperativas com ferramentas
para facilitar desmontagem, armazenamento e tratamento do mesmo.
“Tudo é passível de ser reciclado", afirma Ronylson Freitas, diretor da Reciclo Ambiental,
empresa do setor. (Terra, 2014) A diferença - continua ele - é que alguns produtos são mais
difíceis de serem decompostos e reutilizados. Então por que não se recicla tudo? “Falta
conscientizar a população sobre a possibilidade e a necessidade de dar destinação correta à
sucata eletrônica”, diz o empresário.
Não só no Brasil, como no mundo todo, faltam programas de incentivos ou alertas que
possam informatizar e sensibilizar a sociedade, no que diz respeito a manter o máximo de
tempo os equipamentos eletrônicos em posse de seu usuário, já que se torna muito difícil
separar e descartar os componentes desses produtos. Porém, como os equipamentos
eletrônicos estão ficando obsoletos cada vez mais rápido, essa ideia se torna muito
complicada para ser implantada nas mentes dos jovens.
Há melhoras quanto à gestão de resíduos eletrônicos, segundo a ONU, porém os números são
assustadores. O lixo eletrônico cresce 4 % ao ano, e a UIT (União Internacional de
Telecomunicações) indica cuidado por parte dos governos através de leis locais com atenção
ao tratamento e correto descarte. Aponta o relatório que dois terços da população mundial
pertencem a países que possuem legislação especifica. (CANALTECH, 2017)
Países como EUA, respondem por 14 % do lixo eletrônico que é produzido no mundo
e se responsabilizam pela reciclagem de apenas um quarto deste montante. Ultrapassado
apenas pela China, que produz 16% deste total (no mundo), mas em compensação possui uma
população três vezes maior. 18% do lixo na China é descartado de forma correta.
(CANALTECH, 2017)
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de dezembro de 2012 a Instrução Normativa Ibama nº 13, originando assim, a chamada Lista
Brasileira de Resíduos Sólidos, a qual busca padronizar terminologias e nomeações para a
declaração dos materiais descartados no pais. Deste modo, as informações de geração,
distribuição e destinação dos resíduos sólidos de empreendimentos e serviços nos setores
público e privado, ou seja, as fases da LR, se tornam mais facilmente identificáveis e
viabilizam a confecção de levantamentos estatísticos e posteriores comparações. Tudo isto
com o principal objetivo de aperfeiçoar a gestão e o gerenciamento de resíduos sólidos no
Brasil. (PORTAL RESIDUOS SÓLIDOS, 2015).
“Essa medida facilita também o manuseio do banco de dados do Sistema Nacional de
Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR, com a gestão menos confusa dos
resíduos.” (PORTAL RESIDUOS SÓLIDOS, 2015)
Na Lista Brasileira de Resíduos Sólidos foi implementado uma estrutura muito parecida com
a lista europeia, em relação a capítulos e itens, sendo modificadas apenas as fontes geradoras
de lixo incluindo os resíduos contidos na lista antiga de resíduos do Cadastro Técnico Federal
(CTF) e na ABNT NBR 10004 de 2004. O intercambio de informações no que diz respeito à
Convenção de Basileia também é facilitado pela aplicação desta lista. (PORTAL RESIDUOS
SÓLIDOS, 2015)
Mencionado anteriormente, ao contrário da legislação brasileira, a responsabilidade estendida
do produtor não é encontrada na legislação federal dos EUA. Porém, ainda que não muito
claro, existem alguns estados e cidade que possuem leis próprias empregando
responsabilidade estendida do produtor para certos produtos. Há 24 estados com leis desta
especificidade relacionadas aos eletrônicos no território dos Estados Unidos, sendo que para
mercúrio a regra é valida em 17 estados e, para baterias, 9 estados. (EARTH911.COM., s.d.)
3 CONCLUSÃO
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deste mercado, por parte do Estado, e o controle dos equipamentos eletrônicos e elétricos,
podemos constatar que há certo grau de discernimento, conscientização e evolução dos
indivíduos. A partir deste conceito, e com o objetivo individual de que cada pessoa deve se
desenvolver como ser humano, acrescentar algo de valor no mundo e preservar o meio
ambiente evitando a sua degradação e desmatamento das florestas, os projetos/ideias novas e
revolucionárias vêm surgindo e progredindo. Assim sendo, aparentemente o planeta ganha
uma sobrevida em relação ao futuro próximo, devido a essas pessoas que possuem um
pensamento de sustentabilidade global e com o sonho de ver seus filhos crescendo com saúde
e em meio à harmonia com a natureza (já num futuro mais distante).
Rodrigues (RODRIGUES, 2007) sugere como solução para reduzir o quantitativo de lixo
eletrônico e/ou material a ser descartado pelo consumidor, por exemplo, prolongar a vida útil
dos bens de consumo, o que não se vê atualmente. De forma a alcançar este objetivo de forma
eficaz seria adotando politica publica de aumento de responsabilidades por parte de
produtores, aliando responsabilidade – retorno, nos equipamentos e peças pós-consumo e
proporcionando maior durabilidade dos mesmos.
Segundo Gleysson Machado (MACHADO, 2013), a Política Nacional de Resíduos Sólidos
obriga setores públicos e privados a elaborarem seus planos de gerenciamento de resíduos. A
própria lei institui a responsabilidade compartilhada na logística reversa.
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