Disciplina: Abordagens técnicas e métodos de estudos: teoria e prática Professor: Gilson Antunes Aluno: Frank Araújo Atividade avaliativa: Desenvolver uma análise técnica Link de vídeo do youtube: https://youtu.be/ZwhPhs5SapY Obra: Toteando Compositor: Salomão Habib Interprete: Lucas Imbiriba Toteando é uma composição em homenagem a Tó Teixeira, compositor e violonista paraense do séc. XX, obra de ritmo binário e melodia envolvente. Inicia com uma introdução imitativa de efeito de caixa, cruzando a 5° e 6° cordas na sétima casa do braço do instrumento. Com o polegar da mão direita se realiza grupos rítmicos em semicolcheias, a princípio, “golpes” para baixo nas duas primeiras semicolcheias, acentuando-se a terceira semicolcheia que é “golpeada” em sentido ascendente sendo a última semicolcheia do grupo “golpeada” para baixo. Em seguida uma melodia nos é apresentada em colcheia, em contraposição aos grupos constantes de semicolcheia, criando uma polirritmia. No tema da parte A, a notória predominância de passagens melódicas cromáticas, favorecem a alternância dos dedos indicador e médio da mão direita, sendo usado geralmente o dedo anelar somente para completar as notas dos acordes ou para rasgueios. Em relação a mão esquerda, um ligado e um glissando destacam-se no encadeamento dos acordes. As técnicas de ligado e glissando voltam a ter destaque pontual na parte A’ também na condução de acordes, dessa vez enfatizando terças paralelas. Na seção B o cromatismo melódico permanece privilegiando a alternância de dedos na mão direita, seguido de arpejos e ataque simultâneo das notas dos acordes. Essa combinação é mantida, preferencialmente, em decorrência da sequência descendente que desenvolve o tema da seção. Quanto a mão esquerda, inversões, mudanças rápidas de posições, flexibilidade, independência e abertura de dedo são encontradas. Quando a seção repete, mudanças de articulação e sutis alterações nos motivos ritmos nos permitem manter o foco na audição e nos preparar para o retorno da parte A. Es que surge um interlúdio trazendo consigo a reminiscência da polirritmia da introdução, sendo explorado em ostinato por todo esse trecho. Gradações de dinâmica criam o interesse na melodia que é repetitiva, com duas notas por grau conjunto. Servindo como elo para a parte C da obra que é em ritmo de baião e explora arpejos de mão direita e mudanças timbristicas que variam desde o som mais afirmativo, próximo a boca do instrumento, até os mais estridente, próximo a ponte. A agradável melodia da parte B retorna, seguida do A’ que conduz a uma ponte. Nesse momento, o uso do dedo anelar da mão direita é exigido. A técnica de tambora/tambor é usada em semicolcheias, sendo a terceira semicolcheia do grupo atacada com o dedo indicador de baixo para cima dando destaque as notas da ponta dos acordes. O clímax da ponte é alcançado com os rasgueios do acorde que contem a nota mais aguda da obra preparando a volta da parte B através de oitavas paralelas descendentes. A seção A retorna sucedida do interlúdio que finalizará em uma corda solta que se repetirá até ressurgir a introdução da obra, dessa vez como sendo o seu final.