Você está na página 1de 26

RELATÓRIO III: CIRCUITO RLC COM ONDA QUADRADA

Campo Grande/MS
Setembro de 2021
2

SUMÁRIO
OBJETIVOS...............................................................................................................................3
I-INTRODUÇÃO TEÓRICA.....................................................................................................4
II-MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................................7

II.1 – Constante de tempo e frequência de oscilação do circuito RLC.................................7

II.2 – Transição do regime subcrítico para o crítico.............................................................8

II.3 – Transição do regime subcrítico para o supercrítico.....................................................8


III-RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................................................9

III.1- Constante de tempo e frequência de oscilação do circuito RLC.................................9

III.2- Transição do regime subcrítico para crítico...............................................................11

III.3- Transição do regime subcrítico para supercrítico......................................................13


IV-CONCLUSÃO.....................................................................................................................14
V-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................15
3

OBJETIVOS

O objetivo desta prática é o estudo do comportamento da voltagem em um capacitor,


no domínio do tempo, num circuito RLC (resistor-indutor-capacitor) em série alimentado
por uma fonte de corrente contínua de forma pulsada (onda quadrada) sob diferentes
condições de amortecimento.

a velocidade do som e como


ocorre a propagação do pulso
longitudinal sobre a barra
de metal
4

I-INTRODUÇÃO TEÓRICA

As ondas mecânicas são uma


perturbação que se propaga em
um meio
elástico, ou seja, a propagação da
onda em um meio material
acontece por meio da
propagação da energia da onda
por meio das vibrações das
partículas constituintes
do meio. Na propagação das ondas
mecânicas ocorre o transporte de
dois tipos de
energia: energia cinética e
potencial.
Uma onda mecânica é chamada de
longitudinal, quando as vibrações
das
5

ondas são paralelas à direção de


propagação. Por ser uma onda
longitudinal, seu som
se propaga por meio de pequenas
variações do meio material. Uma
onda é transversal
somente quando produz vibrações
que são perpendiculares à direção
de propagação.
Em um solido as perturbações
podem fazer, não somente as
ondas longitudinais e
transversais, mas também as
ondas de torção.
São as propriedades de inércia e
de elasticidade do meio material
que vão
6

definir a velocidade em que a


onda mecânica vai se propagar.
Essa elasticidade do
meio que vai dar o início as forças
restauradoras, já a inércia define
como o meio
material vai responde essas forças.
Dependendo do meio material a
velocidade do som varia, se
propagando mais
rápido ou mais lento. De modo
geral, a velocidade do som se
propaga de forma mais
eficaz em sólidos do que em
líquidos, e se propaga de maneira
mais eficaz em líquidos
do que em gases. A temperatura
em que o meio se encontra
também interfere na
7

velocidade do som.
Quando se solta uma barra
verticalmente, pode-se ver que
essa barra “pula”
ao atingir o solo, ou seja, quando
ela é solta e se choca contra o
piso, ocorre um pulso
de compressão em sua parte
inferior. Como o pulso se propaga
pela barra acaba
atingindo sua parte superior, e
assim é refletido, retornando à sua
parte inferior.
Quando esse pulso atinge a parte
inferior da barra, acaba que
restaurando a forma
original dela, por isso, ela exerce
uma força sobre o piso. Então o
piso acaba
8

exercendo uma força sobre a


barra, fazendo assim a barra saltar
para cima
As ondas mecânicas são uma
perturbação que se propaga em
um meio
elástico, ou seja, a propagação da
onda em um meio material
acontece por meio da
propagação da energia da onda
por meio das vibrações das
partículas constituintes
do meio. Na propagação das ondas
mecânicas ocorre o transporte de
dois tipos de
energia: energia cinética e
potencial.
9

Uma onda mecânica é chamada de


longitudinal, quando as vibrações
das
ondas são paralelas à direção de
propagação. Por ser uma onda
longitudinal, seu som
se propaga por meio de pequenas
variações do meio material. Uma
onda é transversal
somente quando produz vibrações
que são perpendiculares à direção
de propagação.
Em um solido as perturbações
podem fazer, não somente as
ondas longitudinais e
transversais, mas também as
ondas de torção.
10

São as propriedades de inércia e


de elasticidade do meio material
que vão
definir a velocidade em que a
onda mecânica vai se propagar.
Essa elasticidade do
meio que vai dar o início as forças
restauradoras, já a inércia define
como o meio
material vai responde essas forças.
Dependendo do meio material a
velocidade do som varia, se
propagando mais
rápido ou mais lento. De modo
geral, a velocidade do som se
propaga de forma mais
eficaz em sólidos do que em
líquidos, e se propaga de maneira
mais eficaz em líquidos
11

do que em gases. A temperatura


em que o meio se encontra
também interfere na
velocidade do som.
Quando se solta uma barra
verticalmente, pode-se ver que
essa barra “pula”
ao atingir o solo, ou seja, quando
ela é solta e se choca contra o
piso, ocorre um pulso
de compressão em sua parte
inferior. Como o pulso se propaga
pela barra acaba
atingindo sua parte superior, e
assim é refletido, retornando à sua
parte inferior.
Quando esse pulso atinge a parte
inferior da barra, acaba que
restaurando a forma
12

original dela, por isso, ela exerce


uma força sobre o piso. Então o
piso acaba
exercendo uma força sobre a
barra, fazendo assim a barra saltar
para cima
Estudando o comportamento da voltagem em circuitos RC e RL, quando alimentados
com uma fonte de onda quadrada, pôde-se observar que o capacitor e o indutor têm
comportamentos opostos quando um transiente positivo de tensão é aplicado. A voltagem no
capacitor (inicialmente descarregado) inicialmente é zero e vai aumentando à medida que o
tempo passa, enquanto que a voltagem no indutor começa com o valor máximo e vai caindo
à medida que o tempo passa. A taxa com que a voltagem (ou a corrente) varia em cada
circuito depende da constante de tempo do circuito. O estudo a seguir refere-se ao que se
passa quando colocamos um resistor, um capacitor e um indutor em série em um circuito
como o mostrado na Figura 1 abaixo.

Figura 1- Circuito: resistor(R), indutor (L) e capacitor (C) em série.

Fonte: Retirado do roteiro do professor.

No instante que a chave é posicionada na posição “A”, uma voltagem V B é aplicada


ao circuito e quando a chave é posicionada na posição “B”, a fonte é desconectada. Neste
caso, as cargas se movem usando a energia que foi armazenada no indutor e no capacitor
quando a fonte estava ligada. Quando a chave é colocada na posição “A”, pela Lei das
Malhas a conservação de energia é dada pela Equação 1:
13

di (t) q (t )
V B= + Ri ( t ) + (1)
dt c
Substituindo-se i = dq/dt, obtemos a Equação 2:
d2 q ( t ) dq ( t ) q ( t )
L· + R· + = VB (2)
dt
2
dt c
A solução geral dessa equação diferencial é a solução qh da equação homogênea
associada, somada a uma solução particular qp da equação completa, ou seja:
q (t)=qh (t )+ q p (t) (3)
A solução particular da Equação 2 é qp = aVB, que ao ser substituída na Equação 2
leva a a = C, ou seja:
q p ( t )=CV B (4)
A equação homogênea associada à equação diferencial descrita na Equação 2 é:
2
d qh (t ) dqh (t ) q h ( t )
L· + R· + =0 (5)
d t2 dt c
Para encontrarmos a solução da equação diferencial representada pela Equação 5,
observemos que ela envolve funções cujas derivadas primeira e segunda são proporcionais a
elas mesmas. As funções que satisfazem a essas condições são a função exponencial e as
funções seno e cosseno. Como podemos representar as funções seno e cosseno por
exponenciais complexas, vamos supor uma solução geral do tipo, dado pela Equação 6:
rt
q h ( t )=be , (6)
onde b e r são constantes, de forma que:
d qh (t )
=r q h( t), (7)
dt
e:
2
d q h(t ) 2
2
=r qh (t ) (8)
dt
Assim, para que a equação diferencial descrita na Equação 5 seja satisfeita devemos
ter:
2 2
r +2 αr+ ωo =0, (9)
Onde:
R
α= , (10)
2L
e
1
ω o=
, (11)
√ LC
Resolvendo a Equação 9 encontramos parar os seguintes valores:
14

r 1=−α −√ α 2−ω2o , (12)

r 2=+ α −√ α −ωo ,
2 2
(13)

Temos, com isso, três regimes diferentes de soluções:


a) Regime supercrítico: neste caso >0 e a solução corresponde à soma de duas
exponenciais que decaem com o tempo.
b) Regime crítico: neste caso =0 e a solução corresponde à soma de uma exponencial que
decai com o tempo (t) e uma função linear em t.
c) Regime subcrítico: neste caso <0, as raízes r1 e r2 são complexas, a solução
corresponde a oscilações amortecidas. Para o caso subcrítico podemos escrever a solução
geral da Equação 2 como:
q ( t )=CV B + e−αt (c 1 e j ω t +c 2 e− j ω t ) ,
' '

(14)

com j=√−1 e:
ω '=√ ω2o−α 2 , (15)

Apenas no regime subcrítico oscilações são observadas no sistema. Na Equação 14 o


termo CVB corresponde ao valor da carga para um tempo muito grande e, portanto, podemos
associá-lo à carga máxima que o capacitor pode acumular. As constantes c1 e c2 são
determinadas a partir das condições iniciais do problema (t=0), por exemplo, q (t=0)= 0 e i(t
=0) = 0. Para t ⟶ ∞ , podemos escrever q = CVB. Tomando a parte real da Equação 14 e
substituindo as condições iniciais, a solução da equação diferencial pode ser escrita como:
q ( t )=CV B [ 1−e cos ( ω t ) ] . (16)
−αt '

Como a voltagem VC no capacitor é proporcional à carga, podemos escrever:


V C ( t ) =V B [ 1−e cos ( ω t ) ] .
−αt '
(17)

A Equação 16 nos mostra que a carga no capacitor é composta de duas partes. Uma
parte oscilante, que é chamada de transiente (ou transitório), cuja frequência f’ = ω’/2 é
aproximadamente a frequência de ressonância do circuito, que é modulada por uma função
exponencial decrescente, que tende a zero. A outra parte é fixa, que é a carga que o capacitor
terá após cessado o efeito do transiente. Novamente, para observarmos as oscilações no
regime subcrítico devemos usar um gerador de sinais, que ao invés de gerar uma voltagem
no circuito variando de 0V a VB, como assumimos em toda a discussão do problema, gera
uma onda quadrada com amplitude variando de –V0 a V0. O efeito dessa mudança altera a
condição inicial do problema. A nova condição inicial para a carga do capacitor quando o
circuito é chaveado para a posição “B” passa a ser q(t =0) = - CV 0 e não “zero”, como
assumimos na discussão anterior. Isto faz com que a solução descrita pelas Equações 16 e 17
seja modificada para:
15

q ( t )=CV 0 [ 1−2 e cos ( ω t ) ] , (18)


−αt '

e
V C ( t ) =V 0 [ 1−e cos ( ω t ) ] . (19)
−αt '

Assim a parcela da carga total que oscila no tempo, nos pontos de máximo ou
mínimo da função “cosseno”, é dada em módulo por:
q oscilante ( t )=q0 e−α t .n
(20)
onde qo =2CV0 e os instantes de tempo tn são aqueles que fazem cos( ω’tn)= 1, ou seja:
T'
t n=n , n={ 0,1,2,3 , … } ; (21)
2

com:
' 2π
T= '
; (22)
ω
T’ é o período das oscilações da voltagem no capacitor. Assim, para os instantes de tempo
tn, podemos escrever:
|𝐕𝐂(𝐭𝐧)| = 𝚫𝐕𝐞-𝛂𝐭𝐧, (23)
com ΔV = 2Vo.
16

II-MATERIAIS E MÉTODOS

O Estudo foi realizado em três etapas, utilizando o simulador de circuitos elétricos


LTSpice, ver. XVII, de licença gratuita. Para as montagem experimental, objeto do estudo
do comportamento do um circuito RLC(resistor-indutor-capacitor) alimentado por uma fonte
de corrente contínua de forma pulsada (onda quadrada), utilizou-se um resistor, e variou-se a
resistência em cada etapa de estudo, um indutor de indutância, L= 88mH, um capacitor de
capacitância, C=10nF, o gerador de sinais, com amplitude de -5V a 5V, com um tempo entre
mínimo e máximo de tensão de 1ns, estável por 3ms e um período de 3ms.
Calculou-se a constante de amortecimento, αteórico, obtido como previsto pela Equação
R
10, α = , substituindo os valores temos:
2L

270
α= = 1,53·103 Ns/m (i)
2· 0,088 H
Materiais
 Resistores de 270Ω, 1.483 Ω, 2.966Ω, 5.932Ω e 11.865 Ω;
 Indutor de 88mH;
 Capacitor de 10nF;
 Gerador de tensão pulsada;
 Osciloscópio.

Metodologia
II.1 – Constante de tempo e frequência de oscilação do circuito RLC

a) Construiu-se a montagem experimental, em simulador, de um circuito RLC em série,


conforme Figura 2, utilizando um resistor de resistência, R= 270.

Figura 2-Circuito RLC em série, usando gerador de sinais, com resistor, R = 270Ω, indutor, L = 88mH e
capacitor, C = 10nF, para estudo da tensão no capacitor, VC, em função do tempo.

Fonte: Próprio autor utilizando software gratuito LTSpice. (LTspice®)


17

b) Selecionou-se um gerador de tensão pulsada e executou o simulador para um tempo de


3ms, suficiente para um semiperíodo com cerca de 10 picos de amplitude de oscilação
de tensão no capacitor, maiores que 5V.
c) Com a função osciloscópio clicou-se no ramo do gerador até o terra, sendo apresentado
pelo simulador a tensão no gerador.
d) Posteriormente mediu-se com o osciloscópio sobre o ramo do capacitor até o terra,
sendo apresentado as curvas de carga e descarga do capacitor.
e) Foram exportados os dados e, a partir deles, construído um gráfico em escala linear da
tensão no capacitor, VC, em função do tempo, t, e comparado se o comportamento obtido
corresponde ao previsto pela Equação 19.
f) A partir do gráfico II.1.e, construiu-se um gráfico em escala linear dos módulos das
amplitudes máximas em função dos respectivos tn, e verificado se o comportamento está
de acordo com a Equação 23. Foi determinado o valor da constante  da Equação 23, e
comparado com o valor da constante de amortecimento, , obtido pela Equação 10 com
valores de R, L e C dados a partir das características dos componentes.
g) A partir do gráfico obtido no item II.1.e, determinou-se o período de oscilação, T, da
curva de tensão do capacitor em função do tempo. E a partir deste valor determinou-se a
frequência angular,  =2/T(rad/s), comparando com o valor previsto pela Equação 15.
h) Determinou-se o valor da oscilação natural do circuito o pela Equação 11, utilizando
os valores de R, L e C para o regime subcrítico.
i) Comparou-se os valores das frequências de oscilação obtidos nos itens II.1.g e II.1.h;

II.2 – Transição do regime subcrítico para o crítico

a) Utilizando o mesmo circuito da Figura 2, migrando o circuito de um regime subcrítico


para o regime critico de amortecimento, foram reajustados os valores de resistência para
as seguintes condições, α = ωo/4, α = ωo/2 e α = ωo.
b) A partir dos dados exportados do simulador LTSpice, das reconfigurações, construiu-se
um gráfico das respectivas curvas, e discutidos os comportamentos no item III.2 deste.

II.3 – Transição do regime subcrítico para o supercrítico

a) Utilizando o mesmo circuito da Figura 2, migrando o circuito de um regime subcrítico


para o regime supercrítico de amortecimento, sendo reajustado o valor de resistência
para a seguinte condição, α = 2ωo.
18

b) A partir dos dados exportados do simulador LTSpice, construiu-se um gráfico da


respectiva curva, e discutido o comportamento da tensão no capacitor no item III.3 deste
relatório para os regimes crítico (α=ωo) e supercrítico (α =2ωo).
19

III-RESULTADOS E DISCUSSÕES

III.1- Constante de tempo e frequência de oscilação do circuito RLC


Á partir da configuração construída em ambiente simulado, da Figura 2, com o
software LTSpice, obteve-se o as curvas de tensão no gerador e no capacitor conforme a
Figura 3, referente a um período de oscilação completo do circuito RLC:

Figura 3- Representação das curvas da tensão, do gerador de sinais, Vg, e da tensão no capacitor, VC, por um
período completo.

Fonte: Próprio autor utilizando software gratuito LTSpice. (LTspice®)

A partir dos dados exportados pelo simulador, construiu-se um gráfico da relação da


tensão no capacitor, Vc, e do gerador, Vg em função do tempo, t(ms), para o estudo do
comportamento do circuito RLC no regime de oscilação subcrítico, conforme Figura 4.

Figura 4-Tensão no capacitor, VC, e no gerador de sinais, Vg, em função do tempo, t, por um
semiperíodo de oscilação.

Fonte: Próprio autor, utilizando software Origin.

A Figura 4 mostra um aspecto muito interessante, próprio de circuitos RLC operando


em regime subcrítico. À medida que o capacitor se descarrega, parte de sua energia é
transferida para o indutor e parte é dissipada pelo resistor. Depois que o capacitor é
completamente descarregado, o indutor descarrega a energia armazenada no ciclo anterior,
carregando novamente o capacitor e dissipando parte dessa energia através do resistor.
20

Dessa forma, temos uma transferência periódica de energia entre o capacitor e o indutor, que
é amortecida pelo resistor. A Figura 4 mostra, portanto, todas as características do
comportamento descrito pela Equação 19.
A partir do gráfico da Figura 4, construiu-se um gráfico em escalar linear dos
módulos das amplitudes máximas, |Vc(tn)|, em função dos respectivos tempos, t n, conforme
Figura 5, para o estudo do comportamento e determinação constante de amortecimento, .

Figura 5 – Amplitude máxima de oscilação, Vc(tn), em função do tempo, tn.

Fonte: Próprio autor utilizando software Origin.

A onda quadrada corresponde à excitação do circuito. Durante um certo tempo a


carga do capacitor mostra um comportamento oscilante que decai exponencialmente. Após
esse tempo, o circuito sai do regime transitório e entra no regime permanente, com o
capacitor carregado com o valor máximo de carga, justamente o comportamento apontado
pela Equação 23, para cada instante de tempo, tn.
A Figura 5 nos permite observar um comportamento de decaimento exponencial com
o tempo, ou seja, a amplitude máxima decai com o tempo. Pela regressão exponencial
obtivemos a Equação 24 que representa a melhor curva dos dados experimentais, como pode
ser observado:
−1
.t n
¿ V c (t n)∨¿ 9,93· e 0,66 + 4,99 (24)
−1
.t
Tomando que a equação é do tipo ¿ V (t )∨¿ 2V e . n
+ y 0 , temos pela Equação 24 que:
c n 0

t = 6,6·10-4s (ii)

A determinação experimental de α pode ser feito usando-se os mesmos métodos


empregados para a determinação dos tempos de decaimento de circuitos RC e RL, quando 
= 1/, portanto temos que a constante de amortecimento é:
21

 = 1,52·103 Ns/m (iii)


Considerando o valor de referência, (i), de 1,53·103 Ns/m, obteve-se um valor com
erro associado para (iii),
|1,53 ·10 3−1.52· 103|
E(%) = ×100= 0,65% (iv)
1,53 ·103
A diferença de (iv) para o valor teórico é aceitável mesmo pra uma simulação, por ter
intervalos de tempo muito pequenos, da ordem de 10 -3s, e grande possibilidade de alguma
imprecisão devido a arredondamentos.
Na Figura 4 os pontos indicados são de elongação máxima (amplitude) em cada uma
das 9 oscilações acontecidas no intervalo de tempo compreendido entre t = 0,09901ms até t
= 1,79ms, portanto um intervalo de 1,69·10-3s. Temos então que o período de oscilação, T =
1,87·10-4s, e a frequência, f = 5,35 kHz. Pela Equação 22, temos que a frequência angular de
oscilação, 𝝎 = 𝟐𝛑/𝐓 (𝐫𝐚𝐝/𝐬), é: 33.599(rad/s).
Com forme a Equação 15 reescrita, temos:

√( )
2 2
1 R
ω '= −( ) (25)
√ LC 2L
Substituindo os valores temos:
𝝎’ = 33.675 (rad/s) (v)

Considerando o valor de referência, (v), obteve-se um valor com erro associado:

|33.675−33.599|
E(%) = ×100= 0,23% (vi)
33.675

A diferença de (vi) pode ser atribuída a uma média insuficiente de pontos


selecionados, como amplitudes máximas, e/ou devido arredondamentos.
1
A frequência de oscilação natural do circuito, ω0, obtido pela Equação 11, ω o= ,
√ LC
com valor de 33.709 (rad/s) em relação aos valores de 𝝎 e 𝝎’, tem uma discrepância
máxima de menos de 1%.

III.2- Transição do regime subcrítico para crítico

Utilizando o mesmo circuito, da Figura 2, para realizar uma transição do regime


subcrítico para crítico, estabelecemos 3 condições, reajustando um novo valor para a
resistência, como se segue:
 A condição (α=ω0 /4);
22

 A condição (α=ω0 /2);


 A condição (α=ω0 ).
Onde respectivamente seus valores obtidos foram:
2L
R= R= 1.483  (vii)
4 √ LC
2L
R= R= 2.966  (viii)
2 √ LC
2L
R= R= 5.932  (ix)
√ LC

Reconfigurando o circuito RLC com os novos valor de resistência, R, obteve-se o


gráfico da Figura 6, com regime crítico de amortecimento.

Figura 6-Tensão no capacitor, VC, e no gerador de sinais, Vg, em função do tempo, t, por um semiperíodo de
oscilação, em regime crítico de amortecimento na condição, A: ¿❑0 /4 , B: ¿❑0 /2 e C: ¿❑0 .

Fonte: Próprio autor utilizando software Origin.

Comparando os gráficos da Figura 6 fica evidente que se um sistema elétrico, capaz


de oscilar, for excitado (retirado da sua condição de equilíbrio) esse sistema vai oscilar em
uma frequência particular, e pode ser mais de uma, que se chama frequência natural do
sistema. Introduzindo uma resistência no circuito LC, ideal, a cada oscilação parte da
energia é perdida na resistência, de tal forma, que o sistema (carga, corrente e tensões)
continua oscilando, mas as amplitudes, ou valores de pico, tanto da carga, quanto da
corrente, ou tensões, vão diminuindo, até se anularem. Tal sistema é dito amortecido.
Quando existe um amortecimento a frequência com que o sistema vai oscilar até parar, é
menor que sua frequência natural de oscilação. Quão menor vai depender basicamente da
intensidade do amortecimento.
23

Isso pôde ser melhor observado através do gráfico da Figura 6, onde aumentando a
resistência do circuito e por consequência aumentando o coeficiente de amortecimento, a
iminência do sistema em parar de oscilar em Figura 6.A e B, e em C quando a resistência
aumenta o suficiente para que o circuito assuma um regime crítico de amortecimento.
III.3- Transição do regime subcrítico para supercrítico
Utilizando o mesmo circuito, da Figura 2, para realizar uma transição do regime
subcrítico para supercrítico, estabelecemos a condição α=ω0, reajustando um novo valor para
a resistência:
4L
R= R= 11.865  (x)
√ LC

Reconfigurando o circuito RLC para o novo valor de resistência, R, obteve-se o


gráfico da Figura 8, com regime crítico de amortecimento.

Figura 7-Tensão no capacitor, VC, e no gerador de sinais, Vg, em função do tempo, t, por um semiperíodo de
oscilação, em regime crítico de amortecimento na condição de ¿ 20.

Fonte: Próprio autor utilizando software Origin.

O limite entre o amortecimento subcrítico e supercrítico é quando α = ωo, ou seja, o


fator de amortecimento e a frequência de ressonância estão em equilíbrio. Considerando o,
neste caso, α > ωo, temos a condição de amortecimento supercrítico. Também nesta
condição a corrente no circuito se comporta monotonicamente, sem oscilação, mas de forma
menos intensa que o amortecimento crítico, que decai mais rapidamente a situação de
equilíbrio. Sob esta condição o capacitor demora um tempo maior para ser totalmente
carregado.
24
25

IV-CONCLUSÃO

Foi mostrado que as equações formuladas, as simulações e as aplicações praticadas


em laboratório são perfeitamente coesas entre si, atingindo resultados experimentais
satisfatórios na análise de nosso circuito RLC com aplicação de uma equação diferencial
ordinária como base de resolução teórica e seus respectivos casos de amortecimentos.
Estando em concordância com a hipótese formulada, com erro associado abaixo de 1%, ou
seja, dentro de uma margem considerável, levando em conta intervalos de tempo muito
pequenos, da ordem de 10-3 s, e grande possibilidade de alguma imprecisão devido a
arredondamentos, ou alguma imprecisão de configuração de período para um semiperíodo
de oscilação.
Quanto à resposta temporal, pode-se afirmar que os dados obtidos no osciloscópio
são confiáveis visto que a constante de amortecimento teórica e a constante experimental
tiveram uma concordância algébrica de 100%. Portanto, com base na comparação feita entre
o valor teórico esperado e o valor obtido experimentalmente em todos os resultados, pode-se
dizer que o experimento foi bem realizado.
Concluiu-se que quando o amortecimento é modificado através do ajuste do valor da
resistência do paralelo dos elementos do circuito, a amplitude máxima da resposta é tanto
menor quanto maior for o amortecimento. Quando existe um amortecimento subcrítico, a
resposta torna-se oscilatória, enquanto nas formas de amortecimento crítico e supercrítico
não oscila.
26

V-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1]- Transientes em Circuitos RC e RL, https://www.google.com/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwi0 17TH
jcjvAhVrF7kGHVROBwwQFjAAegQIARAD&url=https%3A%2F%2Fcaxias.ufrj.br%2Fimages%
2FLab_Didatico%2FFisica%2FFISEXP_3%2FExp_3-

[2]- Transientes_em_circuitos_RC_e_RL_alimentados_com_onda_quadrada.pdf&usg=AOvVaw0l
mzpY1oV5t-HkfGYY62L5, consultado em 15/03/2021.

[3]- Robert L. Boylestad, Introdução à Análise de Circuitos, 12ª. Edição, Pearson Prentice Hall,
2012.

[4]- Young, Hugh D.; Freedman, Roger A., Física IV - Ótica e Física Moderna, 12a ed. São Paulo,
Addison Wesley, 2008;

Você também pode gostar