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freudiano
O que Lacan designa como imaginário: É algo que lhe é familiar, que possui algum
investimento que o torne familiar.
No primeiro momento onde investimos libido em algo que não seja o “eu”, há a
aquisição do eu – estádio do espelho. O seio não é um objeto “não eu”, ele é um objeto
ligado ao sujeito. Tal objeto é desligado do sujeito na fase oral, com este desligamento
ele se torna uma falta.
Na operação especular o “eu” investe de libido no “eu imaginário”. Porém, nem todo
este investimento de libido passa para o outro lado, algo desta libido sobra. A porção
de libido que não foi investida acaba sendo projetada do outro lado do espelho como
uma falta.
O falo serve como divisor do corpo simbólico como um todo, determinando aqueles
que o tem dos que não o tem.
Segundo Lacan: “Assim o órgão erétil vem simbolizar o lugar do gozo”, isso significa
que o gozo é aquilo que não encontra representação. O representante adequado da
pulsão é o falo, pois ele é exatamente aquilo que falta tanto no feminino quanto no
masculino. Devido ao fato de o falo ser faltante em todos nós, adquirimos um “eu” não
pleno. Esta parte que falta é preenchida pelo gozo, que é uma energia fluida e é ele que
articula todos os conflitos simbólicos.
O gozo é sempre insuficiente porque existe um “grande pai” que está excluído da esfera
da representação e que condensa em si este gozo pleno.