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RIISPOA 2017....................................................................................................................................................................................3
DECRETA:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Este Decreto dispõe sobre o regulamento da inspeçãoindustrial e sanitária de produtos
de origem animal, que disciplina afiscalização e a inspeção industrial e sanitária de produtos de
origemanimal, instituídas pela Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, epela Lei nº 7.889, de 23 de
novembro de 1989.
CAPÍTULO II
DO ÂMBITO DE ATUAÇÃO
Art. 2º A inspeção e a fiscalização de estabelecimentos deprodutos de origem animal que
realizem o comércio interestadual ouinternacional, de que trata este Decreto, são de competência do
Departamentode Inspeção de Produtos de Origem Animal - DIPOA edo Serviço de Inspeção Federal - SIF,
vinculado ao Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento.
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serviços junto ao Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento, conforme o disposto na
legislaçãoespecífica do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária- SUASA, de acordo com o
disposto na Lei nº 8.171, de 17 de janeirode 1991, e na Lei nº 9.712, de 20 de novembro de 1998.
Parágrafo único. A inspeção e a fiscalização a que se refereeste artigo abrangem, sob o ponto
de vista industrial e sanitário, ainspeção antemortem epost mortem dos animais, a recepção, a
IV - nos estabelecimentos que produzam e recebam ovos eseus derivados para distribuição ou
industrialização;
VI - nos estabelecimentos que extraiam ou recebam produtosde abelhas e seus derivados para
beneficiamento ou industrialização;
Art. 8º Para os fins deste Decreto, entende-se por estabelecimentode produtos de origem
animal, sob inspeção federal, qualquerinstalação industrial na qual sejam abatidos ou
industrializadosanimais produtores de carnes e onde sejam obtidos, recebidos, manipulados,beneficiados,
industrializados, fracionados, conservados,armazenados, acondicionados, embalados, rotulados ou
expedidos,com finalidade industrial ou comercial, a carne e seus derivados, opescado e seus derivados, os
ovos e seus derivados, o leite e seusderivados ou os produtos de abelhas e seus derivados incluídos
osestabelecimentos agroindustriais de pequeno porte de produtos deorigem animal conforme dispõe a
Lei nº 8.171, de 1991, e suasnormas regulamentadoras.
Art. 9º Para os fins deste Decreto, entende-se por produto ouderivado o produto ou a matéria-
prima de origem animal.
II - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle APPCC- sistema que identifica, avalia e
controla perigos que sãosignificativos para a inocuidade dos produtos de origem animal;
III - análise fiscal - análise efetuada pela Rede Nacional deLaboratórios Agropecuários do
Sistema Unificado de Atenção à SanidadeAgropecuária - SUASA ou pela autoridade sanitária
competenteem amostras coletadas pelos servidores do Ministério da Agricultura,Pecuária e
Abastecimento;
VII - espécies de caça - aquelas definidas por norma doórgão público federal competente;
XII - higienização - procedimento que consiste na execuçãode duas etapas distintas, limpeza e
sanitização;
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limitem aos programas de pré-requisitos,BPF, PPHO e APPCC ou a programas equivalentes reconhecidos
peloMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
Art. 11. A inspeção federal será instalada em caráter permanentenos estabelecimentos de carnes
e derivados que abatem asdiferentes espécies de açougue e de caça.
§ 2º Nos demais estabelecimentos previstos neste Decreto, ainspeção federal será instalada em
caráter periódico.
Art. 12. A inspeção e a fiscalização industrial e sanitária deprodutos de origem animal abrangem,
entre outros, os seguintes procedimentos:
espécies animais;
VII - avaliação das informações inerentes à produção primáriacom implicações na saúde animal
e na saúde pública ou dasinformações que façam parte de acordos internacionais com os
paísesimportadores;
XIII - verificação dos meios de transporte de animais vivos eprodutos derivados e suas matérias-
primas destinados à alimentaçãohumana;
Art. 14. A inspeção e a fiscalização previstas neste Decretosão de atribuição do Auditor Fiscal
Federal Agropecuário com formaçãoem Medicina Veterinária, do Agente de Inspeção Sanitária eIndustrial
de Produtos de Origem Animal e dos demais cargos efetivosde atividades técnicas de fiscalização
agropecuária, respeitadasas devidas competências.
Art. 15. Os servidores incumbidos da execução das atividadesde que trata este Decreto devem
possuir carteira de identidadefuncional fornecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§ 1º Os servidores a que se refere este artigo, no exercício desuas funções, devem exibir a
carteira funcional para se identificar.
§ 3º O servidor poderá solicitar auxílio de autoridade policialnos casos de risco à sua integridade
física, de impedimento ou deembaraço ao desempenho de suas atividades.
TÍTULO II
DA CLASSIFICAÇÃO GERAL
Art. 16. Os estabelecimentos de produtos de origem animalque realizem comércio interestadual
e internacional, sob inspeçãofederal, são classificados em:
I - de carnes e derivados;
II - de pescado e derivados;
IV - de leite e derivados;
VI - de armazenagem; e
I - abatedouro frigorífico; e
será realizado na unidade de beneficiamento de produtos não comestíveisde que trata o art. 24.
I - barco-fábrica;
§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por barco-fábricaa embarcação de pesca destinada
à captura ou à recepção, à lavagem,à manipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem eà
expedição de pescado e produtos de pescado, dotada de instalaçõesde frio industrial, podendo realizar a
industrialização de produtoscomestíveis e o recebimento, a manipulação, a industrialização,
oacondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a expedição deprodutos não comestíveis.
§ 4º Para os fins deste Decreto, entende-se por estação depuradorade moluscos bivalves o
estabelecimento destinado à recepção,à depuração, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenageme à
expedição de moluscos bivalves.
I - granja avícola; e
§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por granja avícolao estabelecimento destinado à
produção, à ovoscopia, à classificação,ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição
deovos oriundos, exclusivamente, de produção própria destinada à comercializaçãodireta.
§ 3º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade debeneficiamento de ovos e derivados
o estabelecimento destinado àprodução, à recepção, à ovoscopia, à classificação, à industrialização,ao
acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição deovos ou de seus derivados.
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§ 4º É facultada a classificação de ovos quando a unidade debeneficiamento de ovos e
derivados receber ovos já classificados.
I - granja leiteira;
II - posto de refrigeração;
IV - fábrica de laticínios; e
V - queijaria.
§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por granja leiteirao estabelecimento destinado à
produção, ao pré-beneficiamento, aobeneficiamento, ao envase, ao acondicionamento, à rotulagem, à
armazenageme à expedição de leite para o consumo humano direto,podendo também elaborar derivados
lácteos a partir de leite exclusivode sua produção, envolvendo as etapas de pré-beneficiamento,
beneficiamento,manipulação, fabricação, maturação, ralação, fracionamento,acondicionamento,
rotulagem, armazenagem e expedição.
§ 4º Para os fins deste Decreto, entende-se por fábrica delaticínios o estabelecimento destinado
à fabricação de derivados lácteos,envolvendo as etapas de recepção de leite e derivados, de
transferência,de refrigeração, de beneficiamento, de manipulação, de fabricação,de maturação, de
fracionamento, de ralação, de acondicionamento,de rotulagem, de armazenagem e de expedição de
derivadoslácteos, sendo também permitida a expedição de leite fluido agranel de uso industrial.
CAPÍTULO V
DOS ESTABELECIMENTOS DE PRODUTOS DE ABELHASE DERIVADOS
Art. 22. Os estabelecimentos de produtos de abelhas e derivadossão classificados em:
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§ 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por entreposto debeneficiamento de produtos de
abelhas e derivados o estabelecimentodestinado à recepção, à classificação, ao beneficiamento, à
industrialização,ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e àexpedição de produtos e matérias -
primas pré-beneficiadas provenientesde outros estabelecimentos de produtos de abelhas e
derivados,facultando-se a extração de matérias-primas recebidas de produtoresrurais.
§ 3º É permitida a recepção de matéria prima previamenteextraída pelo produtor rural, desde que
atendido o disposto nesteDecreto e em normas complementares.
II - casa atacadista.
CAPÍTULO VII
TÍTULO III
Art. 26. Os estabelecimentos classificados neste Decreto comocasa atacadista serão vinculados
ao Ministério da Agricultura, Pecuáriae Abastecimento mediante procedimento de relacionamento.
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Art. 27. Para fins de registro e de controle das atividadesrealizadas pelos estabelecimentos, o
Ministério da Agricultura, Pecuáriae Abastecimento estabelecerá, em normas complementares,
asdiferentes atividades permitidas para cada classificação de estabelecimentoprevista neste Decreto,
inclusive para os estabelecimentosagroindustriais de pequeno porte de produtos de origem animal,
mencionadosna Lei nº 8.171, de 1991, e em suas normas regulamentadoras.
Parágrafo único. Para o estabelecimento já edificado, alémdos documentos listados nos incisos
do caput, deve ser realizada
Art. 29. A construção do estabelecimento deve obedecer aoutras exigências que estejam
previstas em legislação da União, dosEstados, do Distrito Federal, dos Municípios e de outros órgãos
denormatização técnica, desde que não contrariem as exigências deordem sanitária ou industrial previstas
neste Decreto ou em normascomplementares editadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
eAbastecimento
Art. 30. Atendidas as exigências fixadas neste Decreto e nasnormas complementares, o Diretor
do Departamento de Inspeção deProdutos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária
eAbastecimento emitirá o título de registro, no qual constará o númerodo registro, o nome empresarial, a
classificação e a localização doestabelecimento.
Art. 32. O relacionamento do estabelecimento deve obedecerao mesmo critério previsto para o
registro dos estabelecimentos, noque for aplicável.
Art. 34. Nos estabelecimentos que realizem atividades eminstalações independentes, situadas
na mesma área industrial, pertencentesou não à mesma empresa, poderá ser dispensada a
construçãoisolada de dependências que possam ser comuns.
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Art. 35. Qualquer estabelecimento que interrompa seu funcionamentopor período superior a
seis meses somente poderá reiniciaros trabalhos após inspeção prévia de suas dependências,
suasinstalações e seus equipamentos, observada a sazonalidade das atividadesindustriais.
§ 4º No caso do alienante, locador ou arrendante ter feito acomunicação a que se refere o § 1º, e
o adquirente, locatário ouarrendatário não apresentar, dentro do prazo máximo de trinta dias,
osdocumentos necessários à transferência, será cassado o registro ou orelacionamento do
estabelecimento.
II - localização em terreno com área suficiente para circulaçãoe fluxo de veículos de transporte;
III - área delimitada e suficiente para construção das instalaçõesindustriais e das demais
dependências;
XIV - barreiras sanitárias que possuam equipamentos e utensíliosespecíficos nos acessos à área
de produção e pias para a higienizaçãode mãos nas áreas de produção;
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XXII - água potável nas áreas de produção industrial;
XXIII - rede diferenciada e identificada para água não potável,quando a água for utilizada para
outras aplicações, de formaque não ofereça risco de contaminação aos produtos;
XXIV - rede de esgoto projetada e construída de forma apermitir a higienização dos pontos de
coleta de resíduos, dotada dedispositivos e equipamentos destinados a prevenir a contaminação dasáreas
industriais;
XXVI - local para realização das refeições, de acordo com oprevisto em legislação específica
dos órgãos competentes;
III - instalação específica para necropsia com forno crematórioanexo, autoclave ou outro
equipamento equivalente, destinadoà destruição dos animais mortos e de seus resíduos;
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I - cobertura que permita a proteção do pescado durante asoperações de descarga nos
estabelecimentos que possuam cais outrapiche;
III - local para lavagem e depuração dos moluscos bivalves,tratando-se de estação depuradora de
moluscos bivalves; e
Art. 52. As exigências referentes à estrutura física, às dependênciase aos equipamentos dos
estabelecimentos agroindustriaisde pequeno porte de produtos de origem animal serão disciplinadasem
normas complementares específicas, observado o risco mínimo dedisseminação de doenças para saúde
animal, de pragas e de agentesmicrobiológicos, físicos e químicos prejudiciais à saúde pública e
aosinteresses dos consumidores.
Art. 55. Os estabelecimentos devem possuir programa eficaze contínuo de controle integrado
de pragas e vetores.
§ 2º Quando utilizado, o controle químico deve ser executadopor empresa especializada e por
pessoal capacitado, conformelegislação específica, e com produtos aprovados pelo órgão reguladorda
saúde.
Art. 56. É proibida a presença de qualquer animal alheio aoprocesso industrial nos
estabelecimentos elaboradores de produtos deorigem animal.
Art. 57. Para o desenvolvimento das atividades industriais, todosos funcionários devem usar
uniformes apropriados e higienizados.
§ 3º Os funcionários que trabalhem nas demais atividades industriaisou que executem funções
que possam acarretar contaminaçãocruzada ao produto devem usar uniformes diferenciados por cores.
Art. 58. Os funcionários envolvidos de forma direta ou indiretaem todas as atividades industriais
devem cumprir práticas de higienepessoal e operacional que preservem a inocuidade dos produtos.
Art. 59. Deve ser prevista a separação de áreas ou a definiçãode fluxo de funcionários dos
diferentes setores nas áreas decirculação comum, tais como refeitórios, vestiários ou áreas de
descanso,entre outras, de forma a prevenir a contaminação cruzada,respeitadas as particularidades das
diferentes classificações de estabelecimentos.
Art. 60. São proibidos o consumo, a guarda de alimentos e odepósito de produtos, roupas,
objetos e materiais estranhos às finalidadesdo setor onde se realizem as atividades industriais.
Art. 62. O SIF determinará, sempre que necessário, melhoriase reformas nas instalações e nos
equipamentos, de forma amantê-los em bom estado de conservação e funcionamento, e minimizaros
riscos de contaminação.
Art. 66. O responsável pelo estabelecimento deve implantarprocedimentos para garantir que os
funcionários que trabalhem oucirculem em áreas de manipulação não sejam portadores de doençasque
possam ser veiculadas pelos alimentos.
Art. 67. Os reservatórios de água devem ser protegidos decontaminação externa e higienizados
regularmente e sempre que fornecessário.
Art. 68. As fábricas de gelo e os silos utilizados para seuarmazenamento devem ser
regularmente higienizados e protegidoscontra contaminação.
Art. 69. É proibido residir nos edifícios onde são realizadasatividades industriais com produtos de
origem animal.
Art. 71. Será obrigatória a higienização dos recipientes, dosveículos transportadores de matérias-
primas e produtos e dos vasilhamesantes da sua devolução.
Art. 72. Nos ambientes nos quais há risco imediato de contaminaçãode utensílios e
equipamentos, é obrigatória a existência dedispositivos ou mecanismos que promovam a sanitização com
águarenovável à temperatura mínima de 82,2º C (oitenta e dois inteiros edois décimos de graus Celsius) ou
outro método com equivalênciareconhecida pelo Departamento de Inspeção de Produtos de
OrigemAnimal.
CAPÍTULO III
DAS OBRIGAÇÕES DOS ESTABELECIMENTOS
II - disponibilizar, sempre que necessário, pessoal para auxiliara execução dos trabalhos de
inspeção, conforme normas específicasestabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
eAbastecimento;
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VIII - arcar com o custo das análises fiscais para atendimentode requisitos específicos de
exportação ou de importação deprodutos de origem animal;
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Parágrafo único. Para fins de rastreabilidade da origem doleite, fica proibida a recepção de leite
cru refrigerado, transportadoem veículo de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas não
vinculadas,formal e comprovadamente, ao programa de coleta a graneldos estabelecimentos sob
inspeção federal.
Art. 76. Os estabelecimentos devem apresentar toda documentaçãosolicitada pelo SIF, seja de
natureza fiscal ou analítica, e,ainda, registros de controle de recepção, estoque, produção, expediçãoou
quaisquer outros necessários às atividades de inspeção e fiscalização.
Art. 77. Os estabelecimentos devem possuir responsável técnicona condução dos trabalhos de
natureza higiênico-sanitária e tecnológica,cuja formação profissional deverá atender ao disposto
emlegislação específica.
Parágrafo único. O SIF deverá ser comunicado sobre eventuaissubstituições dos profissionais de
que trata o caput.
Art. 78. Os estabelecimentos sob SIF não podem receberproduto de origem animal destinado
ao consumo humano que nãoesteja claramente identificado como oriundo de outro estabelecimentosob SIF.
Art. 79. Nos estabelecimentos sob SIF, é permitida a entradade matérias-primas e resíduos de
animais provenientes de estabelecimentosindustriais e varejistas sob inspeção sanitária, para fins de
comérciointerestadual e internacional de produtos não comestíveis, desdeque atendidas as condições
previstas em normas complementares.
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Art. 83. O SIF, durante a fiscalização no estabelecimento,pode realizar as análises previstas neste
Decreto, no RTIQ, em normascomplementares ou em legislação específica, nos programas deautocontrole
e outras que se fizerem necessárias ou determinar as suasrealizações pela empresa.
CAPÍTULO I
DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE CARNESE DERIVADOS
Art. 84. Nos estabelecimentos sob inspeção federal, é permitidoo abate de bovídeos, equídeos,
suídeos, ovinos, caprinos, avesdomésticas e lagomorfos e de animais exóticos, animais silvestres
epescado, atendido o disposto neste Decreto e em normas complementares.
§ 2º O abate de que trata o § 1º pode ser realizado desde queseja evidenciada a completa
segregação entre as diferentes espécies eseus respectivos produtos durante todas as etapas do processo
operacional,respeitadas as particularidades de cada espécie, inclusivequanto à higienização das
instalações e dos equipamentos.
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DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 19/08/2020 | Edição: 159 | Seção: 1 | Página: 5
Órgão: Atos do Poder Executivo
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput , inciso IV,da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e na Lei nº 7.889, de
23 de novembro de 1989,
DECRETA:
Art. 1º O Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, passa a vigorar com as seguintes alterações:
"Art. 1º ...................................................................................................................
..........................................................................................................................................
I - serão orientados:
1. do federalismo;
"Art. 2º ...................................................................................................................
................................................................................................................................" (NR)
...........................................................................................................................................
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XXI - inovação tecnológica - produtos ou processos tecnologicamente novos ou
significativamente aperfeiçoados, não compreendidos no estado da técnica, e que proporcionem a
melhoria do objetivo do processo ou da qualidade do produto de origem animal, considerados de acordo com
as normas nacionais de propriedade industrial e as normas e diretrizes internacionais cabíveis;
a) apurar o desempenho do serviço de inspeção federal local junto aos estabelecimentos sob
inspeção em caráter permanente; e
XXVI - condenação - destinação dada pela empresa ou pelo serviço oficial às matérias-primas e
aos produtos que se apresentarem em desconformidade com a legislação para elaboração de produtos
não comestíveis, assegurada a inocuidade do produto final, quando couber;
XXX - inutilização - destinação para a destruição, dada pela empresa ou pelo serviço oficial às
matérias-primas e aos produtos que se apresentam em desacordo com a legislação;
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§ 2º A inspeção federal em caráter periódico consiste na presença do serviço oficial de inspeção
para a realização dos procedimentos de inspeção e fiscalização nos demais estabelecimentos registrados
ou relacionados e nas outras instalações industriais dos estabelecimentos de que trata o § 1º, excetuado o
abate." (NR)
..........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
§ 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de carne e produtos
cárneos o estabelecimento destinado à recepção, à manipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à
armazenagem e à expedição de carne e produtos cárneos, que pode realizar a industrialização de
produtos comestíveis." (NR)
...........................................................................................................................................
§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por barco-fábrica a embarcação de pesca destinada
à captura ou à recepção, à lavagem, à manipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e
à expedição de pescado e produtos de pescado, dotada de instalações de frio industrial, que pode realizar
a industrialização de produtos comestíveis.
................................................................................................................................." (NR)
...........................................................................................................................................
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§ 3º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de ovos e derivados
o estabelecimento destinado à produção, à recepção, à ovoscopia, à classificação, à industrialização, ao
acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de ovos e derivados.
..........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
§ 3º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de leite e derivados
o estabelecimento destinado à recepção, ao pré-beneficiamento, ao beneficiamento, ao envase, ao
acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de leite para o consumo humano direto,
facultada a transferência, a manipulação, a fabricação, a maturação, o fracionamento, a ralação, o
acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a expedição de derivados lácteos, permitida também a
expedição de leite fluido a granel de uso industrial.
................................................................................................................................." (NR)
...........................................................................................................................................
§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por entreposto de produtos de origem animal o
estabelecimento destinado exclusivamente à recepção, à armazenagem e à expedição de produtos de
origem animal comestíveis, que necessitem ou não de conservação pelo emprego de frio industrial,
dotado de instalações específicas para a realização de reinspeção.
§ 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por casa atacadista o estabelecimento registrado no
órgão regulador da saúde que receba e armazene produtos de origem animal procedentes do comércio
internacional prontos para comercialização, acondicionados e rotulados, para fins de reinspeção, dotado
de instalações específicas para a realização dessa atividade.
...........................................................................................................................................
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§ 5º Nos estabelecimentos de que trata o § 1º, é permitida a agregação de produtos de origem
animal rotulados para a formação de kits ou conjuntos, que não estão sujeitos a registro." (NR)
III - vistoria in loco do estabelecimento edificado, com emissão de parecer conclusivo em laudo
elaborado por Auditor Fiscal Federal Agropecuário com formação em Medicina Veterinária; e
I- abatedouro frigorífico;
III - barco-fábrica;
§ 2º Para os demais estabelecimentos de que trata este Decreto, serão obrigatórias as etapas
previstas nos incisos I e IV do caput .
"Art. 30. Atendidas as exigências estabelecidas neste Decreto e nas normas complementares, o
Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa
Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitirá o título de registro, que
poderá ter formato digital, no qual constará:
I - o número do registro;
II - o nome empresarial;
IV - a localização do estabelecimento.
"Art. 31. O título de registro emitido pelo Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento é o documento hábil para autorizar o funcionamento dos estabelecimentos.
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serviço de inspeção de produtos de origem animal da jurisdição na qual o estabelecimento está
localizado.
"Art. 33. A ampliação, a remodelação ou a construção nas dependências e nas instalações dos
estabelecimentos registrados, que implique aumento de capacidade de produção ou alteração do fluxo
de matérias-primas, dos produtos ou dos funcionários, e as alterações nas dependências ou instalações dos
locais de reinspeção ou de armazenamento de produtos de origem animal importados dos
estabelecimentos relacionados poderão ser realizadas somente após:
"Art. 34. Nos estabelecimentos que realizem atividades em instalações independentes, situadas
na mesma área industrial, pertencentes ou não à mesma empresa, a construção isolada de dependências
comuns de abastecimento de água, tratamento de efluentes, laboratório, almoxarifado e sociais poderá ser
dispensada.
................................................................................................................................" (NR)
...........................................................................................................................................
a) planos de ação;
b) intimações; ou
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"Art. 41. Não será autorizado o funcionamento de estabelecimento que não esteja
completamente instalado e equipado para a finalidade a que se destina, conforme:
................................................................................................................................." (NR)
..........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
................................................................................................................................." (NR)
..........................................................................................................................................
................................................................................................................................" (NR)
...........................................................................................................................................
§ 2º Quando utilizado, o controle químico deve ser executado por empresa especializada ou por
pessoal capacitado, conforme legislação específica, e com produtos aprovados pelo órgão regulador da
saúde." (NR)
..........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
V - manter atualizados:
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VI - quando se tratar de estabelecimento sob inspeção em caráter permanente, comunicar ao SIF
a realização de atividades de abate e o horário de início e de provável conclusão, com antecedência de, no
mínimo, setenta e duas horas;
..........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
b) adulteração;
XVIII - disponibilizar, nos estabelecimentos sob caráter de inspeção periódica, local reservado
para uso do SIF durante as fiscalizações;
a) com antecedência de, no mínimo, cinco dias úteis, a pretensão de realizar atividades de abate
em dias adicionais à sua regularidade operacional, com vistas à avaliação da autorização, quando se tratar
de estabelecimento sob caráter de inspeção permanente;
b) sempre que requisitado, a escala de trabalho do estabelecimento, que conterá a natureza das
atividades a serem realizadas e os horários de início e de provável conclusão, quando se tratar de
estabelecimento sob inspeção em caráter periódico ou, quando se tratar de estabelecimento sob
inspeção em caráter permanente, para as demais atividades, exceto de abate; e
XX - comunicar à unidade competente, com antecedência de, no mínimo, setenta e duas horas,
a previsão de chegada de produtos de origem animal importados que requeiram reinspeção.
............................................................................................................................................
§ 3º A disponibilização de pessoal de que trata o inciso II do caput poderá ser atendida por pessoa
jurídica credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nos termos do disposto nas
normas complementares, para atendimento às exigências específicas de mercados importadores.
................................................................................................................................" (NR)
..........................................................................................................................................
................................................................................................................................" (NR)
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Parágrafo único. Para fins de rastreabilidade da origem do leite, fica proibida a recepção de leite
cru refrigerado, transportado em veículo de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas não vinculadas,
formal e comprovadamente, ao programa de qualificação de fornecedores de leite." (NR)
"Art. 78. Os estabelecimentos sob SIF não podem receber produto de origem animal destinado ao
consumo humano que não esteja claramente identificado como fabricado em outro estabelecimento sob
SIF.
..........................................................................................................................................
I - estabelecimentos registrados nos serviços de inspeção dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios; e
..........................................................................................................................................
"Art. 84. Nos estabelecimentos sob inspeção federal, é permitido o abate de bovinos, bubalinos,
equídeos, suídeos, ovinos, caprinos, aves domésticas, lagomorfos, animais exóticos, animais silvestres,
anfíbios e répteis, nos termos do disposto neste Decreto e em normas complementares.
................................................................................................................................" (NR)
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Parágrafo único. Os animais que chegarem em veículos transportadores lacrados por
determinações sanitárias, conforme definição do órgão de saúde animal competente, poderão ser
desembarcados somente na presença de um servidor do SIF." (NR)
...........................................................................................................................................
I - incinerados;
................................................................................................................................" (NR)
"Art. 100. As necropsias, independentemente de sua motivação, devem ser realizadas em local
específico e os animais e seus resíduos serão destinados nos termos do disposto neste Decreto e nas
normas complementares." (NR)
"Art. 107. O SIF deve coletar material dos animais destinados ao abate de emergência que
apresentem sinais clínicos neurológicos e enviar aos laboratórios oficiais para fins de diagnóstico e adotar
outras ações determinadas na legislação de saúde animal." (NR)
"Art. 113. Antes de chegar à dependência de abate, os animais devem passar por banho de
aspersão com água suficiente ou processo equivalente para promover a limpeza e a remoção de
sujidades, respeitadas as particularidades de cada espécie." (NR)
"Art. 117. Quando forem identificadas deficiências no curso do abate, o SIF poderá determinar a
interrupção do abate ou a redução de sua velocidade." (NR)
"Art. 120. A insuflação é permitida como método auxiliar no processo tecnológico da esfola e
desossa das espécies de abate.
................................................................................................................................." (NR)
"Art. 132. Sempre que requerido pelos proprietários dos animais abatidos, o SIF disponibilizará,
nos estabelecimentos de abate, laudo em que constem as eventuais enfermidades ou patologias
diagnosticadas nas carcaças, mesmo em caráter presuntivo, durante a inspeção sanitária e suas
destinações." (NR)
Parágrafo único. Incluem-se, mas não se limitam às afecções de que trata o caput , os casos de:
.................................................................................................................................." (NR)
§ 1º Os animais reagentes positivos a testes diagnósticos para brucelose devem ser abatidos
separadamente.
................................................................................................................................." (NR)
"Art. 162. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite devem ser condenadas,
sempre que houver comprometimento sistêmico.
§ 1º As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite aguda, quando não houver
comprometimento sistêmico, depois de removida e condenada a glândula mamária, serão destinadas à
esterilização pelo calor.
§ 1º-A As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite crônica, quando não houver
comprometimento sistêmico, depois de removida e condenada a glândula mamária, podem ser liberados.
................................................................................................................................" (NR)
30
"Art. 165. As carcaças de animais com neoplasias extensas, com ou sem metástase e com ou
sem comprometimento do estado geral, devem ser condenadas.
................................................................................................................................." (NR)
................................................................................................................................." (NR)
"Art. 175. As carcaças de aves ou os órgãos que apresentem evidências de processo inflamatório
ou lesões características de artrite, aerossaculite, coligranulomatose, dermatose, dermatite, celulite,
pericardite, enterite, ooforite, hepatite, salpingite e síndrome ascítica devem ser julgados de acordo com os
seguintes critérios:
...........................................................................................................................................
§ 1º Para os estados anormais ou patológicos não previstos no caput a destinação será realizada
a critério do SIF.
"Art. 175-A. Nos casos de fraturas, contusões e sinais de má sangria ocorridos no abate, por falha
operacional ou tecnológica, as carcaças de aves devem ser segregadas pelo estabelecimento para
destinação industrial.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às contusões extensas ou generalizadas e aos
casos de áreas sanguinolentas ou hemorrágicas difusas, hipóteses em que a destinação será realizada pelo
SIF nas linhas de inspeção." (NR)
§ 1º ........................................................................................................................
..........................................................................................................................................
................................................................................................................................." (NR)
"Art. 190-A. As carcaças de ovinos acometidas por infecção intensa por Sarcocystis
spp (sarcocistose) devem ser condenadas.
§ 2º Nos casos de infecção moderada, caracterizada pela presença de cistos em até dois pontos
da carcaça ou dos órgãos, a carcaça deve ser destinada ao cozimento, após remoção da área atingida.
§ 3º Nos casos de infecção leve, caracterizada pela presença de cistos em um único ponto da
carcaça ou do órgão, a carcaça deve ser liberada, após remoção da área atingida." (NR)
"Art. 198. As carcaças de suídeos que apresentarem odor sexual devem ser segregadas pelo
estabelecimento para destinação industrial." (NR)
"Art. 204-A. É vedado o abate e o processamento de anfíbios e répteis que não atendam ao
disposto na legislação ambiental." (NR)
31
"Art. 204-B. As carcaças, as partes e os órgãos de anfíbios e répteis que apresentem lesões ou
anormalidades que possam torná-los impróprios para consumo devem ser identificados e conduzidos a
um local específico para inspeção.
Parágrafo único. As carcaças, partes e órgãos de anfíbios e répteis julgados impróprios para
consumo humano serão condenadas." (NR)
"Art. 204-C. Nos casos de aproveitamento condicional, o pescado deve ser submetido a um dos
seguintes tratamentos:
I - congelamento;
II - salga; ou
"CAPÍTULO I-A
................................................................................................................................" (NR)
"Art. 207-B. Quando o desembarque do pescado oriundo da produção primária não for realizado
diretamente no estabelecimento sob SIF, deve ser realizado em um local intermediário, sob controle
higiênico-sanitário do estabelecimento.
b) não sejam de caráter industrial, facultados a lavagem superficial do pescado com água
potável, sua classificação, seu acondicionamento em caixas de transporte e adição de gelo, desde que haja
condições apropriadas para estas finalidades." (NR)
"Art. 209. Sem prejuízo das disposições deste Capítulo, os controles do pescado e dos seus
produtos realizados pelo estabelecimento abrangem, no que for aplicável:
................................................................................................................................." (NR)
.........................................................................................................................................
§ 3º Os pescados de que tratam os incisos de I a III do caput devem ser avaliados quanto às
características sensoriais por pessoal capacitado pelo estabelecimento, com utilização de tabela de
classificação e pontuação com embasamento técnico-científico, nos termos do disposto em normas
complementares ou, na sua ausência, em recomendações internacionais.
................................................................................................................................" (NR)
I - o tipo de pesca;
II - o tempo de captura;
V - os requisitos das embarcações que podem realizar as atividades de que trata o caput .
§ 2º Na recepção, o pescado objeto das atividades de que trata o caput deve ser submetido
pelo estabelecimento ao controle de qualidade, com análises sensoriais e avaliação de perigos químicos,
físicos e biológicos." (NR)
"Art. 214. É permitida a destinação industrial do pescado que se apresentar injuriado, mutilado,
deformado, com alterações de cor, com presença de parasitas localizados ou com outras anormalidades
que não o tornem impróprio para o consumo humano na forma em que se apresenta, nos termos do
disposto em normas complementares ou, na sua ausência, em recomendações internacionais." (NR)
§ 1º Nos casos em que o pescado tiver infestação por endoparasitas da família Anisakidae , os
produtos poderão ser destinados ao consumo cru somente após serem submetidos ao congelamento à
temperatura de -20oC (vinte graus Celsius negativos) por sete dias ou a -35oC (trinta e cinco graus Celsius
negativos) durante quinze horas.
§ 2º Nas hipóteses de que tratam o caput e o § 1º, podem ser utilizados outros processos que,
ao final, atinjam as mesmas garantias, com embasamento técnico-científico e aprovação do Departamento
de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento." (NR)
"Art. 217. O pescado, suas partes e seus órgãos com lesões ou anormalidades que os tornem
impróprios para consumo devem ser segregados e condenados." (NR)
§ 1º O estabelecimento que recebe ovos oriundos da produção primária deve possuir cadastro
atualizado de produtores.
................................................................................................................................." (NR)
I - pertençam à propriedade que esteja sob interdição determinada por órgão de saúde animal
competente;
..........................................................................................................................................
V - estejam sendo submetidas a tratamento com produtos de uso veterinário durante o período
de carência recomendado pelo fabricante;
33
VI - recebam alimentos ou produtos de uso veterinário que possam prejudicar a qualidade do
leite; ou
VII - estejam em propriedade que não atende às exigências do órgão de saúde animal
competente." (NR)
............................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
................................................................................................................................." (NR)
I - ............................................................................................................................
.........................................................................................................................................
c) teor mínimo de proteína total de 2,9g/100g (dois inteiros e nove décimos de gramas por cem
gramas);
d) teor mínimo de lactose anidra de 4,3g/100g (quatro inteiros e três décimos de gramas por
cem gramas);
..........................................................................................................................................
h) densidade relativa a 15°C/15°C (quinze graus Celsius por quinze graus Celsius) entre 1,028 (um
inteiro e vinte e oito milésimos) e 1,034 (um inteiro e trinta e quatro milésimos);
................................................................................................................................" (NR)
§ 1º Somente o leite que atenda às especificações estabelecidas no art. 249 pode ser
beneficiado.
.................................................................................................................................." (NR)
..........................................................................................................................................
................................................................................................................................." (NR)
"Art. 258. Na conservação do leite devem ser atendidos os seguintes limites máximos de
temperatura do produto:
34
II - conservação na unidade de beneficiamento de leite e derivados antes da pasteurização: 5º C
(cinco graus Celsius);
..........................................................................................................................................
"Art. 267-A. A extração da matéria-prima por produtor rural deve ser realizada em local próprio,
inclusive em unidades móveis, que possibilite os trabalhos de manipulação e acondicionamento da
matéria-prima em condições de higiene." (NR)
"Art. 308-A. Para os fins deste Decreto, pururuca é o produto cárneo obtido da pele de suínos,
com adição ou não de ingredientes, submetido ao processamento térmico adequado, e que pode ser
fabricado com gordura ou carne aderidas." (NR)
"Art. 308-B. Para os fins deste Decreto, torresmo é o produto cárneo obtido da gordura de
suínos, com adição ou não de ingredientes, submetido ao processamento térmico adequado, e que pode ser
fabricado com pele ou carne aderidas." (NR)
..........................................................................................................................................
"Art. 322. Para os fins deste Decreto, produtos não comestíveis são os resíduos da produção
industrial e os demais produtos não aptos ao consumo humano, incluídos aqueles:
35
§ 1º As disposições deste Decreto não se aplicam aos produtos fabricados a partir do
processamento posterior dos produtos de que trata o caput , tais como:
II - os produtos opoterápicos;
IV - os insumos laboratoriais;
VIII - os fertilizantes;
IX - os biocombustíveis;
X - os sanitizantes;
§ 4º Não se incluem na definição do caput os produtos de que trata o inciso II do caput cujo uso
seja autorizado para consumo humano, nos termos do disposto neste Decreto ou em normas
complementares." (NR)
..........................................................................................................................................
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º aos produtos condenados de que trata o art. 481." (NR)
"Art. 330. Após sua obtenção, os produtos de origem animal não comestíveis não podem ser
manipulados em seções de elaboração de produtos comestíveis." (NR)
"Art. 333. Para os fins deste Decreto, pescado fresco é aquele que não foi submetido a qualquer
processo de conservação, a não ser pela ação do gelo, mantido em temperaturas próximas à do gelo
fundente, com exceção daqueles comercializados vivos." (NR)
36
Parágrafo único. A temperatura máxima de conservação do pescado resfriado deve atender ao
disposto em normas complementares ou, na sua ausência, ao disposto em recomendações internacionais."
(NR)
..........................................................................................................................................
§ 4º O produto de que trata o § 2º será denominado peixe salmourado congelado para conserva
e o produto de que trata o § 3º será denominado peixe salmourado congelado." (NR)
"Art. 379. Para os fins deste Decreto, queijo minas padrão é o queijo de massa crua ou
semicozida obtido por meio da coagulação do leite pasteurizado com coalho ou com outras enzimas
coagulantes apropriadas, complementada pela ação de bactérias lácticas específicas, com a obtenção de
uma massa coalhada, dessorada, prensada mecanicamente, salgada e maturada." (NR)
"Art. 383. Para os fins deste Decreto, queijo provolone é o queijo obtido por meio da coagulação
do leite pasteurizado com coalho ou com outras enzimas coagulantes apropriadas, complementada pela
ação de bactérias lácticas específicas, com a obtenção de uma massa filada, não prensada, que pode ser
fresco ou maturado.
................................................................................................................................." (NR)
"Art. 385-A. O uso e a comercialização, exclusivamente para fins industriais, da gordura láctea
extraída da água utilizada na operação de filagem durante a elaboração de queijos são permitidos,
asseguradas a identidade e a qualidade do produto final no qual será utilizada." (NR)
"Art. 427. Todo produto de origem animal comestível produzido no País ou importado deve ser
registrado no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa
Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
................................................................................................................................." (NR)
"Art. 427-A. O registro dos produtos será realizado em sistema informatizado específico
disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
I - produtos regulamentados; e
"Art. 427-B. Os produtos definidos nos art. 308-A, art. 308-B, art. 322, art. 410, art. 416, art. 418, art.
420, art. 422 e art. 423 são isentos de registro.
37
§ 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá procedimentos
simplificados para respaldar o trânsito e certificação sanitária dos produtos tratados neste artigo para o
atendimento às exigências de exportação." (NR)
.........................................................................................................................................
................................................................................................................................." (NR)
§ 1º .........................................................................................................................
..........................................................................................................................................
................................................................................................................................" (NR)
"Art. 431. Todos os ingredientes e os aditivos apresentados de forma combinada devem dispor
de informação clara sobre sua composição e seus percentuais nas solicitações de registro.
..............................................................................................................................." (NR)
..........................................................................................................................................
"Art. 442. Os rótulos podem ser utilizados somente nos produtos registrados ou isentos de
registro aos quais correspondam.
§ 2º Na venda direta ao consumidor final, é vedado o uso do mesmo rótulo para mais de um
produto.
§ 3º Para os fins do § 2º, entende-se por consumidor final a pessoa física que adquire um
produto de origem animal para consumo próprio." (NR)
..........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
38
§ 5º Na rotulagem dos produtos isentos de registro deverá constar a expressão "Produto Isento
de Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento", em substituição à informação de que
trata o inciso IX do caput ." (NR)
"Art. 444. Nos rótulos podem constar referências a prêmios ou a menções honrosas, desde que
sejam devidamente comprovadas as suas concessões na solicitação de registro e mediante inclusão na
rotulagem de texto informativo ao consumidor para esclarecimento sobre os critérios, o responsável pela
concessão e o período." (NR)
"Art. 446-C. O uso de informações atribuíveis aos aspectos sensoriais, ao tipo de condimentação,
menções a receitas específicas ou outras que não remetam às características de qualidade é facultado na
rotulagem, nos termos do disposto no inciso XVIII do caput do art. 10.
"Art. 447. O mesmo rótulo pode ser usado para produtos idênticos que sejam fabricados em
diferentes unidades da mesma empresa, desde que cada estabelecimento tenha o produto registrado.
§ 1º Na hipótese do caput , as informações de que tratam os incisos II, III, IV, V e IX do caput do
art. 443 deverão ser indicados na rotulagem para as unidades fabricantes envolvidas.
§ 2º A unidade fabricante do produto deve ser identificada claramente na rotulagem, por meio
de texto informativo, código ou outra forma que assegure a informação correta.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos condimentos e às especiarias." (NR)
"Art. 458. Quando se tratar de pescado fresco, respeitadas as peculiaridades inerentes à espécie
e às formas de apresentação do produto, o uso de embalagem pode ser dispensado, desde o produto seja
identificado nos contentores de transporte.
39
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica ao pescado recebido diretamente da
produção primária." (NR)
.........................................................................................................................................
II - ..........................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
IV - .........................................................................................................................
a) ............................................................................................................................
.........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
VII - ........................................................................................................................
.........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
§ 3º ........................................................................................................................
..........................................................................................................................................
V - se tratar de ensaios para detecção de analitos que não se mantenham estáveis ao longo do
tempo.
§ 4º Para os fins do inciso II do § 3º, considera-se que o produto apresenta prazo de validade
exíguo quando possuir prazo de validade remanescente igual ou inferior a quarenta e cinco dias, contado
da data da coleta." (NR)
.........................................................................................................................................
§ 6º Na hipótese de que trata o § 5º, deve ser considerado o resultado da análise fiscal.
................................................................................................................................" (NR)
"Art. 474-A. O solicitante, quando indicar assistente técnico ou substituto para acompanhar
análises periciais, deverá comprovar que os indicados possuem formação e competência técnica para
acompanhar a análise pericial, conforme os critérios definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
40
§ 1º Na hipótese de o assistente técnico ou substituto indicado não atender aos requisitos de
formação e competência técnica de que trata o caput , o pedido de realização de análise pericial da amostra
de contraprova será considerado protelatório.
§ 1º Aplica-se à contagem do prazo de que trata o caput o disposto nos § 1º e § 2º do art. 525,
considerada, para este fim, como data da cientificação oficial a data de assinatura da ata de análise pericial
de contraprova.
..........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
.................................................................................................................................." (NR)
§ 1º Na reinspeção, os produtos que forem julgados impróprios para o consumo humano devem
ser condenados, vedada a sua destinação a outros estabelecimentos sem autorização prévia do SIF.
................................................................................................................................" (NR)
III - seja observado o disposto no inciso XVI do caput do art. 73." (NR)
"Art. 482-A. As disposições dos art. 481 e art. 482 não se aplicam aos produtos de origem animal
importados não internalizados, cuja destinação observará o disposto no art. 489." (NR)
"Art. 482-B. A reinspeção de produtos de origem animal nacionais que tenham sido exportados
e retornarem ao Brasil, por processo regular de importação, será realizada obrigatoriamente em
estabelecimento sob SIF." (NR)
41
"Art. 484. As matérias-primas e os produtos de origem animal fabricados em estabelecimentos
sob inspeção federal, quando devidamente registrados ou isentos de registro:
II - podem ser objeto de comércio internacional para países que não possuem requisitos
sanitários específicos.
................................................................................................................................" (NR)
..........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
§ 4º A internalização de produtos de que trata o caput poderá ser autorizada para a realizaçãode
correção dos dados apostos na rotulagem, especificamente em relação ao importador, quando
tecnicamente cabível, exclusivamente em estabelecimento sob SIF." (NR)
"Art. 491. Os certificados sanitários para produtos de origem animal destinados ao comércio
internacional devem ser redigidos em vernáculo e em idioma aceito pelo país de destino.
..........................................................................................................................................
42
II - a documentação comprobatória de respaldo da certificação, conforme estabelecido em
normas complementares." (NR)
§ 3º Não serão expedidas novas partidas de matérias-primas ou de produtos até que seja
atendido o disposto no § 1º.
§ 4º Nos estabelecimentos de abate em que não seja possível separar o material condenado
oriundo do Departamento de Inspeção Final e das linhas de inspeção de post mortem do material condenado
pelo estabelecimento nas demais operações industriais, a certificação sanitária de que tratao caput fica
dispensada e o trânsito desses produtos será respaldado pela declaração de condenação de que trata o
art. 490 emitida pelo estabelecimento." (NR)
"Art. 495. Se houver evidência ou suspeita de que um produto de origem animal represente risco
à saúde pública ou tenha sido adulterado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento adotará,
isolada ou cumulativamente, as seguintes medidas cautelares:
..........................................................................................................................................
§ 4º As medidas cautelares adotadas cujas suspeitas que levaram à sua aplicação não forem
confirmadas serão levantadas.
"Art. 495-A. O SIF poderá determinar que o estabelecimento desenvolva e aplique um plano de
amostragem delineado com base em critérios científicos para realização de análises laboratoriais, cujos
resultados respaldarão a manutenção da retomada do processo de fabricação quando a causa que
motivou a adoção da medida cautelar for relacionada às deficiências do controle de processo de
produção.
Parágrafo único. As amostras de que trata o caput serão coletadas pela empresa e as análises
serão realizadas em laboratório próprio ou credenciado, observado o disposto no art. 475." (NR)
43
I - construir, ampliar, remodelar ou reformar instalações sem a prévia aprovação do projeto, para
os estabelecimentos de que trata o § 1º do art. 28, ou sem prévia atualização da documentação
depositada, para os estabelecimentos de que trata o § 2º do referido artigo, quando houver aumento de
capacidade de produção ou alteração do fluxo de matérias-primas, dos produtos ou dos funcionários;
..........................................................................................................................................
VII - expedir produtos sem rótulos ou produtos que não tenham sido registrados no
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
...........................................................................................................................................
XIII - não cumprir os prazos previstos nos documentos expedidos em resposta ao SIF relativos a
planos de ação, fiscalizações, autuações, intimações ou notificações;
..........................................................................................................................................
XVII - utilizar produtos com prazo de validade vencida, em desacordo com os critérios
estabelecidos neste Decreto ou em normas complementares;
...........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
XXIII - expedir para o comércio internacional produtos elaborados sem atenção ao disposto nas
normas complementares relativas à exportação de produtos de origem animal;
............................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
XXXI - não realizar o recolhimento de produtos que possam incorrer em risco à saúde ou que
tenham sido adulterados;
XXXII - deixar de fornecer os dados estatísticos de interesse do SIF nos prazos regulamentares;
XXXIV - apor aos produtos novos prazos depois de expirada a sua validade;
XXXVI - iniciar atividade sem atender exigências ou pendências estabelecidas por ocasião da
concessão do título de registro;
XXXVII - não apresentar produtos de origem animal sujeitos à reinspeção obrigatória no local de
reinspeção autorizado;
44
XXXIX - prestar ou apresentar informações, declarações ou documentos falsos ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
..........................................................................................................................................
II - apresentem-se adulterados;
................................................................................................................................." (NR)
"Art. 504. Para efeito das infrações previstas neste Decreto, as matérias-primas e os produtos
podem ser considerados alterados ou adulterados.
I - fraudados:
II - falsificados:
45
c) as matérias-primas e os produtos que tenham sido elaborados de espécie diferente da
declarada no rótulo ou divergente da indicada no registro do produto;
§ 1º Enquanto as normas de que trata o caput não forem editadas, o Departamento de Inspeção
de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento poderá:
I - autorizar que produtos julgados impróprios para o consumo, na forma que se apresentam,
sejam submetidos a tratamentos específicos de aproveitamento condicional ou de destinação industrial que
assegurem a eliminação das causas que os motivaram, mediante solicitação tecnicamente
fundamentada; ou
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos casos de aproveitamento condicional de que
tratam o art. 172 e o art. 204-C." (NR)
..........................................................................................................................................
II - ...........................................................................................................................
a) para infrações leves, multa de dez a vinte por cento do valor máximo;
b) para infrações moderadas, multa de vinte a quarenta por cento do valor máximo;
...........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
§ 4º As sanções de que tratam os incisos IV e V do caput poderão ser aplicadas de forma cautelar,
sem prejuízo às medidas cautelares previstas no art. 495." (NR)
"Art. 508-A. Os produtos apreendidos nos termos do disposto no inciso III do caput do art. 508 e
perdidos em favor da União, que, apesar das adulterações que resultaram em sua apreensão,
apresentarem condições apropriadas ao consumo humano, serão destinados prioritariamente aos
programas de segurança alimentar e combate à fome.
I - infrações leves as compreendidas nos incisos I a VII e inciso XXXII do caput do art. 496;
II - infrações moderadas as compreendidas nos incisos VIII a XVI, inciso XXXIII e inciso XXXIV
do caput do art. 496;
III - infrações graves as compreendidas nos incisos XVII a XXIII e incisos XXXV a XXXVII
do caput do art. 496; e
IV - infrações gravíssimas as compreendidas nos incisos XXIV a XXXI e incisos XXXVIII a XLIV
do caput do art. 496.
46
...........................................................................................................................................
§ 2º Aos que cometerem outras infrações a este Decreto ou às normas complementares, será
aplicada multa no valor compreendido entre dez e cem por cento do valor máximo da multa, de acordo
com a gravidade da falta e seu impacto na saúde pública ou na saúde animal, observadas as
circunstâncias atenuantes e agravantes previstas no art. 510." (NR)
§ 1º .......................................................................................................................
..........................................................................................................................................
VIII - o infrator comprovar que corrigiu a irregularidade que motivou a infração, até o prazo de
apresentação da defesa;
§ 2º ........................................................................................................................
..........................................................................................................................................
................................................................................................................................" (NR)
"Art. 513. Para fins de aplicação das sanções de que trata o inciso III do caput do art. 508, será
considerado que as matérias primas e os produtos de origem animal não apresentam condições higiênico-
sanitárias adequadas ao fim a que se destinam ou que se encontram alterados ou adulterados, sem
prejuízo de outras previsões deste Decreto, nos casos definidos no art. 504.
................................................................................................................................." (NR)
"Art. 514. A sanção de que trata o inciso IV do caput do art. 508 será aplicada nos seguintes casos,
sem prejuízo a outras previsões deste Decreto, quando caracterizado risco ou ameaça de natureza
higiênico-sanitária:
...........................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
VII - utilização de produtos com prazo de validade expirado em desacordo com os critérios
estabelecidos neste Decreto ou em normas complementares ou apor aos produtos novos prazos depois
de expirada a validade;
.............................................................................................................................................
...........................................................................................................................................
47
XIII - prestação ou apresentação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de
informações incorretas ou inexatas referentes à quantidade, à qualidade e à procedência das matérias-
primas, dos ingredientes e dos produtos;
...........................................................................................................................................
XIX - não realização de recolhimento de produtos que possam incorrer em risco à saúde ou que
tenham sido adulterados;
"Art. 515. A sanção de que trata o inciso IV do caput do art. 508 será aplicada, nos termos do
disposto no art. 517, quando o infrator:
..........................................................................................................................................
XIV - não apresentar para reinspeção produtos de origem animal sujeitos à reinspeção
obrigatória; e
Parágrafo único. A penalidade de que trata o inciso IV do caput do art. 508 será aplicada também,
nos termos do disposto no art. 517, sem prejuízo de outras previsões deste Decreto, nos seguintescasos,
quando caracterizado o embaraço à ação fiscalizadora:
II - expedição para o comércio internacional de produtos elaborados sem atenção ao disposto nas
normas complementares relativas à exportação de produtos de origem animal;
48
IV - não apresentação dos produtos de origem animal sujeitos à reinspeção obrigatória no local
de reinspeção autorizado;
§ 1º A suspensão de atividades oriunda de embaraço à ação fiscalizadora poderá ter seu prazo de
aplicação reduzido para, no mínimo, três dias, em infrações classificadas como leves ou moderadas ou na
preponderância de circunstâncias atenuantes, excetuados os casos de reincidência específica.
§ 2º As penalidades tratadas no caput terão seus efeitos iniciados no prazo de trinta dias, a partir
da data da cientificação do estabelecimento.
§ 3º Após início dos efeitos das sanções de que trata o caput , o prazo de aplicação será
contado em dias corridos, exceto nos casos de que trata o § 1º, em que a contagem do prazo será feita em
dias úteis subsequentes.
§ 5º A interdição de que trata o caput será aplicada de forma parcial ao setor no qual ocorreu a
adulteração, quando for possível delimitar ou identificar o local da ocorrência, ou de forma total, quando não
for possível delimitar ou identificar o local da ocorrência, mediante especificação no termo de
julgamento.
§ 6º Caso as sanções de que trata o caput tenham sido aplicadas por medida cautelar, o período
de duração das ações cautelares, quando superior a um dia, será deduzido do prazo de aplicação das
sanções ao término da apuração administrativa." (NR)
§ 3º As sanções de que trata este artigo deixarão de ser aplicadas ao término do processo de
apuração, caso já tenham sido aplicadas por medida cautelar." (NR)
49
§ 1º Para os fins de deste artigo, considera-se idêntica infração aquela que tenha por objeto o
mesmo fato motivador, independentemente do enquadramento legal, que tenha sido constatada pela
fiscalização.
Parágrafo único. Para fins de apuração administrativa de infrações à legislação referente aos
produtos de origem animal e aplicação de penalidades, será considerada como data do fato gerador da
infração a data em que foi iniciada a ação fiscalizatória que permitiu a detecção da irregularidade, da
seguinte forma:
..........................................................................................................................................
§ 4º A cientificação será nula quando feita sem observância das prescrições legais.
"Art. 525. A defesa e o recurso do autuado devem ser apresentados por escrito, em vernáculo e
protocolizados na representação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mais próxima junto
à unidade da federação onde ocorreu a infração, no prazo de dez dias, contado da data da
cientificação oficial.
§ 1º A contagem do prazo de que trata o caput será realizada de modo contínuo e se iniciará no
primeiro dia útil subsequente à data da cientificação oficial.
§ 2º O prazo será prorrogado até o primeiro dia útil subsequente caso o vencimento ocorra em
data que não houver expediente ou o expediente for encerrado antes da hora normal." (NR)
I - fora do prazo;
"Art. 526. O Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal da unidade da jurisdição na qual
a infração seja constatada, após juntada ao processo a defesa, deve instruí-lo com relatório e o Chefe do
Serviço deve proceder ao julgamento em primeira instância.
Parágrafo único. O recolhimento de produtos que coloquem em risco a saúde ou que tenham
sido adulterados também poderá ser divulgado." (NR)
50
"Art. 531-A. Para fins do disposto no art. 55 da Lei Complementar nº 123, de 2006, consideram- se
atividades e situações de alto risco as infrações classificadas como grave ou gravíssima, nos termos
estabelecidos neste Decreto ou em normas complementares, praticadas por microempresas ou empresas
de pequeno porte de produtos agropecuários." (NR)
"Art. 532-A. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deve atuar em conjunto com
o órgão competente da saúde para o desenvolvimento de:
"Art. 536. Os casos omissos ou as dúvidas que forem suscitadas na execução deste Decreto serão
resolvidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa
Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento." (NR)
II - do art. 21:
a) o inciso IV caput ; e
b) o § 4º;
a) o inciso I do caput ; e
b) o § 1º;
VI - o § 1º do art. 35;
IX - o art. 94;
X - o art. 104;
51
XVI - o art. 215;
XXXVI - os incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII do caput do art. 513;
52
Instrução Normativa nº 5 de 14/02/2017 / MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento
(D.O.U. 15/02/2017)
CAPÍTULO I
III - possui área útil construída não superior a duzentos e cinquenta metros quadrados.
§ 1 Não serão considerados para fins do cálculo da área útil construída os vestiários,
sanitários, escritórios, área de descanso, área de circulação externa, área de projeção de
cobertura da recepção e expedição, área de lavagem externa de caminhões, refeitório,
caldeira, sala de máquinas, estação de tratamento de água de abastecimento e esgoto,
quando existentes.
53
Art. 3 Para efeito do § 2 , art. 6 da Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006, o
estabelecimento de produtos de origem animal é classificado como de alto risco.
CAPÍTULO II
Art. 4 A área do terreno onde se localiza o estabelecimento deve ter tamanho suficiente
para construção de todas as dependências necessárias para a atividade pretendida.
Art. 5 A área útil construída deve ser compatível com a capacidade, processo de produção
e tipos de equipamentos não excedendo o limite estipulado no inciso III do segundo artigo
desta normativa.
Art. 6 Devem ser instaladas barreiras sanitárias em todos os pontos de acesso à área de
produção.
Parágrafo único. A barreira sanitária deve possuir cobertura, lavador de botas, pias com
torneiras com fechamento sem contato manual, sabão liquido inodoro e neutro, toalhas
descartáveis de papel não reciclado ou dispositivo automático de secagem de mãos,
cestas coletoras de papel com tampa acionadas sem contato manual e substância
sanitizante.
II- opédireito deve ter altura suficiente para disposição adequada dos equipamentos,
54
permitindo boas condições de temperatura, ventilação e iluminação;
III - os pisos, paredes, forro, portas, janelas, equipamentos, utensílios devem ser
impermeáveis, constituídos de material resistente, de fácil limpeza e desinfecção;
V - todas as aberturas para a área externa devem ser dotadas de telas milimétricas à prova
de insetos;
§ 2 Nos estabelecimentos que não possuem forro, o teto deve atender aos requisitos do
inciso III do caput deste artigo.
Art. 12. Devem ser instalados exaustores ou sistema para climatização do ambiente
55
quando a ventilação natural não for suficiente para evitar condensações, desconforto
térmico ou contaminações.
§ 2 Produtos diferentes podem ser armazenados em uma mesma área desde que não haja
interferência de qualquer natureza que possa prejudicar a identidade e a inocuidade dos
produtos.
§ 3 As câmaras frias podem ser substituídas por equipamentos de frio de uso industrial
providos de circulação de ar forçada e termômetro com leitura externa, desde que
compatíveis com os volumes de produção e particularidades dos processos produtivos.
Art. 14. A guarda para uso diário das embalagens, rótulos, ingredientes e materiais de
limpeza poderá ser realizada nas áreas de produção, dentro de armários de material não
absorvente e de fácil limpeza, isolados uns dos outros e adequadamente identificados.
Art. 15. A área de expedição deve possuir projeção de cobertura com prolongamento
suficiente para proteção das operações nela realizadas.
Art. 16. A iluminação artificial, quando necessária, deve ser realizada com uso de luz fria.
§ 2 É proibida a utilização de luz colorida que mascare ou produza falsa impressão quanto
a coloração dos produtos ou que dificulte a visualização de sujidades.
Art. 17. A água deve ser potável, encanada e em quantidade compatível com a demanda
do estabelecimento.
56
§ 1 Em caso de cloração para obtenção de água potável, o controle do teor de cloro deve
ser realizado sempre que o estabelecimento estiver em atividade.
Art. 18. A lavagem de uniformes deve atender aos princípios das boas práticas de higiene,
seja em lavanderia própria ou terceirizada.
§ 3 Os sanitários devem ser providos de vasos sanitários com tampa, papel higiênico, pias,
toalhas descartáveis de papel não reciclado ou dispositivo automático de secagem de
mãos, sabão liquido inodoro e neutro, cestas coletoras de papeis com tampa acionadas
sem contato manual.
Art. 20. As redes de esgoto sanitário e industrial devem ser independentes e exclusivas
para o estabelecimento.
§ 1 Nas redes de esgotos devem ser instalados dispositivos que evitem refluxo de odores e
entrada de roedores e outras pragas.
57
§ 4 Todas as dependências do estabelecimento devem possuir canaletas ou ralos para
captação de águas residuais, exceto nas câmaras frias.
Art. 21. A sala de máquinas, quando existente, deve dispor de área suficiente,
dependências e equipamentos segundo a capacidade e finalidade do estabelecimento.
Parágrafo único. Quando localizada no prédio industrial, deverá ser separada de outras
dependências por paredes inteiras, exceto em postos de refrigeração.
CAPÍTULO III
Seção I
Da Estrutura Física
Art. 23. O estabelecimento deve possuir área de recepção de tamanho suficiente para
realizar seleção e internalização da matéria prima para processamento separada por
paredes inteiras das demais dependências.
§ 3 O estabelecimento que recebe leite em latões deve possuir área destinada a lavagem e
higienização dos mesmos, localizada de forma a garantir que não haja contaminação do
leite.
Art. 24. A higienização interna dos tanques dos caminhões deve ser realizada em local
coberto, dispondo de água sob pressão e dos produtos de limpeza necessários, podendo
ser realizada na área de recepção.
Art. 25. O posto de lavagem externa e lubrificação de veículos, quando existentes, devem
ser afastados do prédio industrial.
Art. 26. O laboratório deve estar convenientemente equipado para realização das análises
microbiológicas e físico-químicas necessárias para o controle da matéria-prima e processo
58
de fabricação.
§ 3 Os estabelecimentos que não produzem leite para consumo direto ficam dispensados
de instalar laboratório para realização das análises microbiológicas, desde que as análises
de matéria-prima e de produto sejam realizadas em laboratórios externos.
§ 2 As câmaras frias podem ser substituídas por equipamentos de frio de uso industrial
providos de circulação de ar forçada e termômetro com leitura externa, desde que
compatíveis com os volumes de produção e particularidades dos processos produtivos.
§ 3 A etapa de salga por salmoura deve ser realizada em câmara fria ou equipamento de
frio de uso industrial próprios, permitindo-se apenas a realização da secagem nos mesmos
ambientes.
Art. 28. Quando se tratar de fabricação de produto defumado, o defumador deve ser
contíguo a área de processamento.
§ 1 O defumador deve ser abastecido por alimentação externa de forma a não trazer
prejuízos a identidade e inocuidade dos produtos nas demais áreas de processamento.
Art. 29. O estabelecimento deve possuir sistema de provimento de água quente ou vapor
59
para higienizar as dependências, equipamentos e utensílios.
Seção II
Art. 30. Para realizar o pré-beneficiamento de leite cru refrigerado, são necessários os
seguintes equipamentos:
II - resfriador a placas;
IV - tanque de estocagem.
III - industrializem apenas leite da propriedade rural onde está instalado o estabelecimento,
sendo permitida a refrigeração em tanque de expansão.
Art. 31. A pasteurização do leite deve ser realizada por meio da pasteurização rápida ou
pasteurização lenta.
60
§ 2 Entende-se por pasteurização lenta o aquecimento indireto do leite de 62ºC a 65ºC
(sessenta e dois graus centígrados a sessenta e cinco graus centígrados) por 30 (trinta)
minutos, mantendose o leite sob agitação mecânica, lenta, em aparelhagem própria.
Art. 32. Para realizar o beneficiamento de leite para consumo direto, são necessários os
seguintes equipamentos:
IV - envasadora.
§ 1 O leite destinado à pasteurização para consumo direto deve passar previamente por
clarificadora ou sistema de filtros de linha que apresente efeito equivalente ao da
clarificadora.
§ 5 O leite pasteurizado para consumo direto deve ser envasado em sistema automático ou
semiautomático em circuito fechado, com embalagem adequada para as condições
previstas de armazenamento e que garanta a inviolabilidade e proteção apropriada contra
contaminação.
Art. 33. Após a pasteurização, seja para consumo direto ou para elaboração de produtos
lácteos, devem ser realizadas as provas de fosfatase alcalina e peroxidase do leite, que
deverão apresentar resultados negativo para a primeira e positivo para a segunda.
Art. 34. A higienização de caixas de transporte reutilizáveis de leite e produtos lácteos deve
ocorrer em área exclusiva e coberta.
Art. 35. Para fabricação de leite fermentado e bebida láctea fermentada, são necessários
61
os seguintes equipamentos:
I - fermenteira;
§ 2 Quando utilizada a injeção direta de vapor, deve ser utilizado filtro de vapor culinário.
§ 3 Quando a legislação permitir a fabricação de queijo a partir de leite cru, fica dispensado
o uso de equipamentos de pasteurização.
§ 4 A pasteurização lenta para a produção de queijos não necessita ser realizada sob
agitação mecânica.
I - tacho de dupla camisa e coifa voltada para o exterior; e II - equipamento para lacrar a
embalagem, assegurando a inviolabilidade do produto.
Parágrafo único. O estabelecimento que produz creme e massa para elaborar requeijão
deve possuir ainda os equipamentos listados nesta Instrução Normativa para produção de
queijo e creme de leite.
Art. 38. Para fabricação de creme de leite, são necessários os seguintes equipamentos:
I - padronizadora ou desnatadeira;
62
II - tanque de fabricação de camisa dupla; e
Parágrafo único. Quando o estabelecimento produzir apenas creme de leite cru de uso
industrial não é obrigatório o tanque de fabricação de camisa dupla.
II - batedeira; e
§ 1 O estabelecimento que produz creme para produção de manteiga deve possuir ainda
os equipamentos listados nesta Instrução Normativa para produção de creme de leite,
exceto a envasadora.
§ 2 A água gelada utilizada no processo de fabricação de manteiga pode ser obtida pelo
uso de tanque de refrigeração por expansão, o qual deverá ser instalado de forma a
impossibilitar o risco de contaminação cruzada.
Art. 40. Para fabricação de doce de leite, são necessários os seguintes equipamentos:
I - tacho de dupla camisa e coifa voltada para o exterior; e II - equipamento para lacrar a
embalagem que assegure inviolabilidade do produto.
II - tanque de camisa simples com injetor de vapor direto. Parágrafo único. Quando
utilizada a injeção direta de vapor, deverá ser utilizado filtro de vapor culinário.
CAPÍTULO IV
Seção I
Da Estrutura Física
63
Art. 42. O estabelecimento agroindustrial de pequeno porte de produtos das abelhas e
derivados deve receber, no máximo 40 toneladas de mel por ano para processamento.
Art. 43. O estabelecimento deve possuir área de recepção de tamanho suficiente para
realizar seleção e internalização da matériaprima para processamento separada por
paredes inteiras das demais dependências.
§ 2 O estabelecimento que recebe matéria-prima a granel deve possuir área para limpeza
externa dos recipientes.
§ 3 As melgueiras podem ser mantidas na área de recepção desde que seja telada e a
extração do mel seja realizada no mesmo dia da recepção.
§ 1 As áreas devem ser separadas por paredes inteiras das demais dependências.
§ 2 O estabelecimento que recebe pólen apícola, própolis, geleia real e apitoxina deve
possuir equipamentos de frio provido de termômetro com leitura externa.
Art. 45. O laboratório deve estar convenientemente equipado para realização das análises
necessárias para o controle da matéria prima e produto.
§ 2 A higienização dos saches deve ser realizada em área própria separada das demais
dependências por paredes inteiras ou, quando na mesma dependência, em momentos
distintos do beneficiamento.
64
§ 3 O beneficiamento de própolis e a fabricação de extrato de própolis devem ser
realizadas em área própria separada das demais dependências por paredes inteiras ou,
quando na mesma dependência, em momentos distintos do beneficiamento.
Art. 47. O estabelecimento que recebe mel a granel deve possuir área destinada à lavagem
de vasilhame.
Seção II
Art. 48. Para realizar a extração de mel, são necessários os seguintes equipamentos:
I - mesa desoperculadora;
II - centrífuga; e
III - baldes.
I - baldes;
II - filtro ou peneira com malhas nos limites de 40 (quarenta) a 80 (oitenta) mesh, não se
permitindo o uso de material filtrante de pano;
IV - torneira.
§ 3 Quando utilizada tubulação, esta deve ser de aço inoxidável, a exceção das tubulações
flexíveis de bomba de sucção as quais poderão ser de material plástico atóxico.
65
§ 5 Quando o estabelecimento realizar mistura de produtos para fabricação de compostos
de produtos das abelhas, deve possuir homogeneizador.
Art. 50. Para produção de pólen apícola, são necessários os seguintes equipamentos:
I - bandejas e pinças;
II - soprador; e
Parágrafo único. Para produção de pólen apícola desidratado é necessário ainda a estufa
de secagem.
I - derretedor de cera;
II - filtro;
III - forma; e
IV - mesa ou bancada.
Art. 52. Para produção de extrato de própolis, são necessários os seguintes equipamentos:
I - recipiente de maceração;
II - filtro;
IV - recipiente de estocagem.
Art. 53. Para beneficiamento de geleia real, são necessários os seguintes equipamentos:
I - cureta; e
II - mesa ou bancada.
Parágrafo único. Para a produção de geleia real liofilizada, é necessário ainda o liofilizador.
66
Art. 54. O pólen apícola, própolis, geleia real e apitoxina devem ser armazenados em
equipamentos de frio provido de termômetro com leitura externa.
Art. 55. Para o processamento de produtos de abelhas silvestres nativas podem ser
utilizadas as mesmas dependências industriais e equipamentos utilizados para produtos de
abelhas Apis mellífera, no que couber a tecnologia de fabricação.
CAPÍTULO V
Seção I
Da Estrutura Física
Art. 57. O estabelecimento deve possuir área de recepção de tamanho suficiente para
realizar a seleção e internalização da matéria prima para processamento, instalada em sala
ou área coberta e isolada das áreas de processamento por paredes inteiras.
§ 3 Deve ser previsto recipiente com acionamento não manual da tampa para coleta e
armazenamento de resíduos provenientes da operação.
Art. 58. A higienização das caixas de transporte de matéria prima, quando realizada no
estabelecimento, deve ocorrer em área exclusiva, próxima a área de recepção, dotada de
ponto de água corrente e local coberto para secagem.
Parágrafo único. A higienização das caixas de transporte de matéria prima pode ser
realizada na área de recepção, desde que em momento distinto do recebimento dos ovos.
67
§ 1 Para a fabricação de produtos líquidos de ovos, o estabelecimento deve possuir
dependência exclusiva para quebra de ovos, com temperatura ambiente não superior a 16º
C (dezesseis graus centígrados).
§ 3 A higienização das embalagens primárias deve ser realizada no dia de sua utilização.
Art. 61. O estabelecimento deve possuir sistema de provimento de água quente ou vapor
para higienizar as dependências, equipamentos e utensílios.
Seção II
Art. 63. A lavagem e secagem dos ovos de galinha, quando realizadas, devem ser
executadas em máquina lavadora e secadora, específica para este fim.
68
Art. 64. Para a produção de ovos de galinha, são necessários os seguintes equipamentos:
I - câmara escura dotada de foco de luz incidente sob os ovos, para a operação de
ovoscopia;
III - recipiente com acionamento não manual da tampa para coleta e armazenamento de
resíduos provenientes da operação.
Art. 65. As operações de ovoscopia, classificação por peso, lavagem e secagem podem
ser realizadas por processos equivalentes aos dispostos nos arts. 63 e 64 desta Instrução
Normativa.
Art. 66. As embalagens primária e secundária para ovos de galinha e ovos de codorna e
derivados devem ser de primeiro uso.
Parágrafo único. A embalagem secundária pode ser reutilizada, desde que fabricada com
material impermeável, resistente e que permita limpeza e desinfecção.
II - peneira ou filtro;
V- tanque de recepção;
IX - tanque pulmão;
X - envasadora; e
69
forçada e termômetro com leitura externa
Art. 68. Para produção de ovos de galinha e ovos de codorna imersos em salmoura ou
outros líquidos de cobertura, são necessários os seguintes equipamentos:
IV - cesto perfurado;
VI - máquina trincadora;
70
IX - balança; e
X - medidor de pH.
II - termômetro.
CAPÍTULO VI
Art. 69. O proprietário do estabelecimento é responsável pela qualidade dos alimentos que
produz e somente pode expor à venda ou distribuir produtos que:
I - não representem risco à saúde pública, não tenham sido fraudados, falsificados ou
adulterados;
Art. 71. O cumprimento das exigências constantes nesta Instrução Normativa não isenta o
estabelecimento de atender às demais exigências sanitárias previstas na legislação
vigente.
71
"Art. 7
.............................................................................................................
.................................................................................................
................................................................................................" (NR)
Art. 73. Esta instrução Normativa entra em vigor na data da sua publicação.
Art. 74. Fica revogado o parágrafo único do art. 12 da Instrução Normativa n 16, de 23 de
junho de 2015.
BLAIRO MAGGI
72
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO
GABINETE DO MINISTRO
Considerando a Resolução MERCOSUL GMC, nº 80/96, que aprovou o Regulamento Técnico sobre as
Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
Art. 3° Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a sua publicação.
ARLINDO PORTO
ANEXO
1.1 Objetivo
1.2. Âmbito De Aplicação: O presente Regulamento se aplica, onde couber, a toda pessoa física ou
jurídica que possua pelo menos um estabelecimento no qual se realizem algumas das seguintes atividades:
elaboração/industrialização, fracionamento, armazenamento e transporte de alimentos destinados ao
comércio nacional e internacional.
O atendimento a esses requisitos gerais não excetua cumprimento de outros regulamentos específicos
relacionados aquelas atividades que venham ser determinadas, segundo os critérios estabelecidos no País.
2 - DEFINIÇÕES
73
2.1 Estabelecimento de Alimentos Elaborados/Industrializados: é o espaço delimitado que compreende o
local e a área que o circunda, onde se efetiva um conjunto de operações e processos que tem como
finalidade a obtenção de um alimento elaborado, assim como o armazenamento e transporte de alimentos
e/ou matéria prima.
2.2. Manipulação de Alimentos: são as operações que se efetuam sobre a matéria prima até o produto
terminado, em qualquer etapa do seu processamento, armazenamento e transporte.
2.3. Elaboração de Alimentos: é o conjunto de todas as operações e processos praticados para a obtenção
de um alimento terminado.
2.4. Fracionamento de Alimentos: são as operações pelas quais se fraciona um alimento sem modificar
sua composição original.
2.6. Boas Práticas de Elaboração: são os procedimentos necessários para a obtenção de alimentos inócuos
e saudáveis e sãos.
2.8. Adequado: entende-se como suficiente para alcançar o fim que se almeja
2.11. Desinfecção: é a redução, por intermédio de agentes químicos ou métodos físicos adequados, do
número de microorganismos no prédio, instalações, maquinaria e utensílios, a um nível que impeça a
contaminação do alimento que se elabora.
OBJETIVO: estabelecer os princípios gerais para a recepção de matérias primas destinadas à produção de
alimentos elaborados/industrializados, que assegurem qualidade suficiente para não oferecer riscos à
saúde humana.
3.1.1. Áreas inadequadas de produção, criação extração, cultivo e colheita não devem ser produzidos,
cultivados, nem colhidos ou extraídos alimentos ou crias de animais destinados à alimentação humana em
áreas onde a presença de substâncias potencialmente nocivas possam provocar a contaminação desses
alimentos ou seus derivados em níveis que representem risco para a saúde.
3.1.2. Proteção contra a contaminação com resíduos/sujidades: as matérias primas alimentícias devem ser
protegidas contra a contaminação por sujidades ou resíduos de origem doméstica, industrial e agrícola,
cuja presença possa alcançar níveis que representem risco para a saúde.
3.1.3. Proteção contra a contaminação pela água: não se devem cultivar, produzir, nem extrair alimentos
ou crias de animais destinados à alimentação humana, em áreas onde a água utilizada nos diversos
processos produtivos possa constituir, por intermédio dos alimentos risco para a saúde do consumidor.
3.1.4. Controle de pragas e enfermidades: as medidas de controle, que compreendem o tratamento com
74
agentes químicos, biológicos ou físicos, devem ser aplicados somente sob a supervisão direta do pessoa!
que conheça os perigos potenciais que representam para a saúde.
Tais medidas só devem ser aplicadas da conformidade com as recomendações do organismo oficial
competente.
3.2.1. Os métodos e procedimentos para colheita, Produção. extração e rotina de trabalho devem ser
higiênicos, sem constituir perigo para a saúde, nem provocar a contaminação dos produtos.
Os recipientes que são reutilizados devem ser feitos de material que permita a limpeza a desinfecção
completas. Aqueles que foram usados com matérias tóxicas não devem ser utilizados posteriormente para
alimentos ou ingredientes alimentares.
3.2.3. Remoção de matérias primas inadequadas: as matérias primas que são inadequadas para consumo
humano devem ser separadas durante os processos produtivos, de maneira a evitar-se a contaminação dos
alimentos.
Deverão ser eliminadas de modo a não contaminar os alimentos, matérias primas, água e meio ambiente.
3.2.4. Proteção contra a contaminação das matérias primas e danos á saúde pública: devem ser tomadas
precauções adequadas para evitar as contaminações químicas, físicas ou microbiológicas ou por outras
substâncias indesejáveis. Além disso, medidas devem ser tomadas com relação à prevenção de possíveis
danos.
3.3. Armazenamento no local de produção: as matérias primas devem ser armazenadas em condições que
garantam a proteção contra a contaminação e reduzam ao mínimo os danos e deteriorações.
3.4. Transporte.
3.4.2. Procedimentos de manipulação: os procedimentos de manipulação devem ser tais que impeçam a
contaminação dos materiais.
OBJETIVO: estabelecer os requisitos gerais (essenciais) e de boas práticas de elaboração a que deve
atender todo estabelecimento que pretenda obter alimentos aptos para o consumo humano.
4.1.2. Vias de trânsito interno: as vias e Áreas utilizadas pelo estabelecimento, que se encontram dentro
do seu limite perimetral, deverão ter uma superfície compacta e/ou pavimentada, apta para o tráfego de
75
veículos. Devem possuir escoamento adequado, assim como meios que permitam a sua limpeza.
4.1.3.1. Os prédios e instalações deverão ser de construção sólida e sanitariamente adequada. Todos os
materiais usados na construção e na manutenção deverão ser de natureza tal que não transmitam nenhuma
substância indesejável ao alimento.
4.1.3.2. Para a aprovação dos projetos se deverá ter em conta a disponibilidade de espaços suficientes à
realização, de modo satisfatório, de todas as operações
4.1.3.3. O fluxograma deverá permitir uma limpeza fácil e adequada, e facilitar a devida inspeção da
higiene do alimento.
4.1.3.4 Os prédios e instalações deverão ser de tal maneira que impeçam a entrada ou abrigo de insetos,
roedores e/ou pragas e de contaminantes ambientais, tais como fumaça. poeira, vapor e outros.
4.1.3.5. Os prédios e instalações deverão ser de tal maneira que permitam separar, por dependência,
divisórias e outros meios eficazes, as operações susceptíveis de causar contaminação cruzada.
4.1 3.6. Os prédios e instalações deverão garantir que as operações possam realizar-se nas condições
ideais de higiene, desde a chegada da matéria prima até a obtenção do produto final assegurando, ainda,
condições apropriadas para o processo de elaboração e para o produto final
Os pisos deverão ser de materiais resistentes ao impacto, impermeáveis, laváveis e antiderrapantes não
podendo apresentar rachaduras, e devem facilitar a limpeza e a desinfecção. Os líquidos deverão escorrer
para os ralos (sifonados ou similares), impedindo a acumulação nos pisos.
As paredes deverão ser construídas e revestidas com materiais não absorventes e laváveis e apresentar cor
clara. Até uma altura apropriada para as operações deverão ser lisas, sem fendas, e fáceis de limpar e
desinfetar. Os ângulos entre as paredes, entre as paredes e os pisos, e entre as paredes e os tetos ou forros,
deverão ser de fácil limpeza. Nos projetos deve-se indicar a altura da faixa que será impermeável
Os tetos ou forros deverão estar construídos e/ou acabados de modo que se impeça a acumulação de
sujidade e se reduza ao mínimo a condensação e a formação de mofo. Devem. ainda, ser fáceis de limpar.
As janelas e outras aberturas deverão ser construídas de forma a evitar o acúmulo de sujidades, aquelas
que se comuniquem com o exterior deverão estar providas de proteção contra insetos. As proteções
deverão ser de fácil limpeza e boa conservação.
As escadas, montacargas e estruturas auxiliares, como plataformas, escadas de mão e rampas deverão
estar localizadas e construídas de forma a não causarem contaminação
4.1 3.8. Nas áreas de manipulação dos alimentos todas as estruturas e acessórios elevados deverão estar
instalados de maneira que se evite a contaminação direta ou indireta dos alimentos, da matéria prima e do
material de embalagem por intermédio da condensação e bem como as dificuldades nas operações de
limpeza.
4.1.3.10. Os insumos, matérias primas e produtos finais deverão ser depositados sobre estrados de
76
madeira ou similares, separados das paredes para permitir a correta higienização da área.
4.1.3.11. Deverá ser evitado o uso de materiais que dificultem a limpeza e a desinfecção adequadas, por
exemplo a madeira, a menos que a tecnologia empregada torne imprescindível o seu uso, e não constitua
uma fonte de contaminação.
4.1.3.12. Deverá dispor de um abundante abastecimento de água potável, com pressão adequada e
temperatura conveniente, um apropriado sistema de distribuição e adequada proteção contra a
contaminação.
4.1.3.12.2 O Órgão governamental competente poderá admitir variações das especificações químicas e
físico-químicas diferentes das estabelecidas quando a composição da água for uma característica regional
e sempre que não se comprometa a inocuidade do produto e a saúde pública.
4.1 .3.12.3 O vapor e o gelo utilizados em contato direto com os alimentos ou com as superfícies que
entrem em contato com estes não deverão conter qualquer substância que cause perigo à saúde ou possa
contaminar o alimento.
4.1.3.12.4 A água não potável utilizada na produção de vapor, refrigeração, combate a incêndios e outros
propósitos correlatos não relacionados com alimentos deverá ser transportada por tubulações
completamente separadas de preferência por cores, sem que haja nenhuma conexão transversal nem
sifonada, refluxos ou qualquer outro recurso técnico que se comuniquem com as tubulações que
conduzem a água potável.
Deverão ser colocados avisos nos quais se indique que o pessoal deve lavar as mãos depois de usar as
mencionadas dependências.
4.1.3.15. Instalações para a lavagem das mãos em dependências de fabricação: deverão ser previstas
instalações adequadas e convenientemente localizadas para a lavagem e secagem das mãos sempre que
assim o exija a natureza das operações. Nos casos em que se manipulem substâncias contaminantes, ou
quando o tipo de tarefa requeira uma desinfecção adicional à lavagem, deverão existir também instalações
para a desinfecção das mãos. Deverá dispor-se de água fria ou fria e quente, assim como de elementos
adequados para a limpeza das mãos. Deverá haver um meio higiênico apropriado para secagem das mãos.
Não será permitido o uso de toalhas de tecido. No caso do uso de toalhas de papel. deverá haver, em
número suficiente. porta-toalhas e recipientes coletores As instalações deverão estar providas de
tubulações devidamente sifonadas que levem as águas residuais aos condutos de escoamento.
77
4.1.3.16. Instalações de limpeza e desinfecção: quando for o caso, deverão existir instalações adequadas
para a limpeza e desinfecção dos utensílios e equipamentos de trabalho. Estas instalações deverão ser
construídas com matérias resistentes à corrosão, que possam ser limpos com facilidade e deverão, ainda,
estar providas de meios adequados para o fornecimento de água fria ou fria e quente em quantidade
suficiente.
4.1.3.18. Ventilação: torna-se necessário que exista uma ventilação suficiente para evitar o calor
excessivo, a condensação de vapor, a acumulação de pó, para eliminas o ar contaminado. A corrente de ar
nunca deve fluir de uma zona suja para uma zona limpa. As aberturas que permitem a ventilação (janelas,
portas etc.) deverão ser dotadas de dispositivos que protejam contra a entrada de agentes contaminantes.
4.1.3.19. Armazenamento de resíduo e materiais não comestíveis: deverão existir meios para o
armazenamento dos resíduos e materiais não comestíveis, antes de sua eliminação pelo estabelecimento.
De forma que se impeça a presença de pragas nos resíduos de matérias não comestíveis e se evite a
contaminação das matérias primas, do alimento, da água potável, do equipamento, dos prédios e vias
internas de acesso.
4.1.3.20. Devolução de Produtos: no caso de devolução de produtos, estes deverão ser colocados em
setores separados e destinados A finalidade, até que se estabeleça seu destino.
4.1.4.1. Materiais: Todos os equipamentos e utensílios nas áreas de manipulação de alimentos, que
possam entrar em contato com estes, devem ser de materiais que não transmitam substâncias tóxicas,
odores nem sabores, e sejam não absorventes à corrosão e capazes de resistir a repetidas operações de
limpeza e desinfecção. As superfícies deverão ser lisas e estar isentas de imperfeições (fendas,
amassaduras etc.) que possam comprometer a higiene dos alimentos ou sejam fontes de contaminação.
Deve ser evitado o uso de madeira e outros materiais que não se possa limpar e desinfetar adequadamente,
a menos que não tenha certeza de seu emprego não será uma fonte de contaminação. Deverá ser evitado o
uso de diferentes materiais com a finalidade de evitar corrosão por contato.
4.1.4.2.1. Todos os Equipamentos e utensílios deverão estar desenhados e construídos de modo que
assegurem a higiene e permita uma fácil e completa limpeza e desinfecção e, quando possível, deverão ser
visíveis, para facilitar a inspeção. Os equipamentos fixos deverão ser instalados de modo que permitam
fácil acesso e uma limpeza profunda além do que deverão ser usados, exclusivamente, para as finalidades
sugeridas pelo formato que apresentam.
4 1.4.22 Os recipientes para matérias não comestíveis e resíduos deverão estar construídos de metal ou
qualquer outro material não absorvente e resistente, que facilite a limpeza e eliminação do conteúdo, e
suas estruturas e vedações terão de garantir que não ocorram perdas nem emanações. Os equipamentos e
utensílios empregados para matérias não comestíveis ou resíduos deverão ser marcados com a indicação
do seu uso e não poderão ser usados para produtos comestíveis.
4.1.4.2.3. Todos os locais refrigerados deverão estar providos de um termômetro de máxima e mínima ou
78
de dispositivos de registro da temperatura. para assegurar a uniformidade da temperatura na conservação
das matérias primas dos produtos e durante os processos industriais.
5.2.1. Todos os produtos de limpeza e desinfecção deverão Ter seu uso aprovado previamente pelo
controle da empresa, identificados e guardados em local adequado. Fora das áreas de manipulação de
alimentos. Ademais, deverão Ter uso autorizado pelos órgãos competentes.
5.2.2. Para impedir a contaminação dos alimentos, toda área de manipulação de alimentos, os
equipamentos e utensílios, deverão ser limpos com a frequência necessária e desinfetados sempre que as
circunstâncias assim o exijam.
Deve-se dispor de recipientes adequados, em número e capacidade necessários para depósitos de dejetos
e/ou materiais não comestíveis.
5.2.3. Devem ser tomadas precauções adequadas, para impedir a contaminação dos alimentos. quando as
dependências os equipamentos e utensílios forem limpos ou desinfetados com água e detergentes. ou com
desinfetantes ou soluções destes.
Os detergentes e desinfetantes devem ser convenientes para o fim pretendido. devendo ser aprovados pelo
organismo oficial competente. os resíduos destes agentes que permaneçam em superfícies susceptíveis de
entrar em contato com alimentos, devem ser eliminados mediante lavagem minuciosa, com água potável,
antes que as áreas e os equipamentos voltem a ser utilizados para a manipulação de alimentos.
Deverão ser tomadas precauções adequadas. em termos de Limpeza e desinfecção. quando se realizarem
operações de manutenção geral e/ou específica em qualquer local do estabelecimento, equipamentos,
utensílios ou qualquer elemento que possa contaminar o alimento.
5.2.4. Imediatamente após o término da jornada de trabalho, ou quantas vezes seja necessário. deverão ser
rigorosamente limpos o chão, incluídos os condutos de escoamento de água, as estruturas de apoio e as
paredes das áreas de manipulação de alimentos.
5.2.6.As vias de acesso e os pátios que fazem parte da área industrial deverão estar permanentemente
limpos.
5.3. Programa de higiene e desinfecção: Cada estabelecimento deverá assegurar sua limpeza e
desinfecção. Não deverão ser utilizados nos procedimentos de higiene substâncias odorantes e/ou
desodorizantes, em qualquer de suas formas, nas áreas de manipulação dos alimentos, com objetivo de
evitar a contaminação pelos mesmos e dissimulação dos odores.
O pessoal deve ter pleno conhecimento da importância da contaminação e dos riscos que causam devendo
estar bem capacitado em técnicas de limpeza.
5.4. Subprodutos: os subprodutos deverão ser armazenados de maneira adequada e aqueles subprodutos
79
resultantes da elaboração que sejam veículos de contaminação deverão ser retirados das áreas de trabalho
quantas vezes seja necessário.
Deve-se ter especial cuidado em impedir o acesso das pragas e resíduos. Os resíduos deverão ser retirados
das áreas de manipulação de alimentos e de outras áreas de trabalho, todas as vezes que seja necessário e,
pelo menos uma vez por dia.
Imediatamente depois da retirada dos resíduos dos recipientes utilizados para o armazenamento, todos os
equipamentos que tenham com eles entrado em contato deverão ser limpos e desafetados.
5.6. Proibição de animais domésticos: deverá ser impedida a entrada de animais em todos os locais onde
se encontrem matérias primas, material de envase, alimentos terminados ou em qualquer das etapas de
industrialização.
5 7.1. Deverá ser aplicado um programa eficaz e contínuo de combate ás pragas. Os estabelecimentos e as
áreas circundantes deverão ser inspecionados periodicamente, de forma a diminuir ao mínimo os riscos de
contaminação
5.7.2. Em caso de alguma praga invadir os estabelecimentos deverão ser adotados medidas de erradicação.
As medidas de combate, que compreendem o tratamento com agentes químicos e/ou biológicos
autorizados, e físicos, só poderão ser aplicadas sob supervisão direta de pessoas que conheçam
profundamente os riscos que estes agentes podem trazer para a saúde, especialmente se estes agentes
podem trazer para a saúde, especialmente se estes riscos originarem-se dos resíduos retidos no produto.
5.7.3. Somente deverão ser empregados praguicidas se não for possível aplicar-se com eficácia outras
medidas de precaução.
Antes de aplicação de praguicidas se deverá ter o cuidado de proteger todos os alimentos, equipamentos e
utensílios contra a contaminação. Após a aplicação dos praguicidas autorizados deverão ser limpos
minuciosamente, o equipamento e os utensílios contaminados. a fim de que antes de serem novamente
utilizados sejam eliminados todos os resíduos.
5.8.1. Os praguicidas, solventes ou outras substancias toxicas que possam representar risco para a saúde
deverão ser etiquetados adequadamente com rótulo no qual se informe sobre a toxidade e emprego. Estes
produtos deverão ser armazenados em salas separadas ou armários, com chave, especialmente destinado a
finalidade, e só poderão ser distribuídos e manipulados por pessoal autorizado e devidamente treinado, ou
por outras pessoas, desde que sob supervisão de pessoal competente. Deverá ser evitada a contaminação
de alimentos.
5 8.2. Salvo quando for necessário para a higiene ou a elaboração, não se deverá utilizar ou armazenar na
área de manipulação de alimentos, nenhuma substância que possa contaminá-lo
5.9. Roupa e Objetos Pessoais: não deverão ser depositados roupas nem objetos pessoais nas áreas de
manipulação de alimentos.
6.1. Ensinamento de higiene: a direção do estabelecimento deverá tomar medidas para que todas as
80
pessoas que manipule alimentos recebam instrução adequada e contínua em matéria de manipulação
higiênica dos alimentos e higiene pessoal, a fim de que saibam adotar as precauções necessárias para
evitar a contaminação dos alimentos. Tal instrução deverá contemplar as partes pertinentes do presente
Regulamento.
6.2. Condições de saúde: as pessoas que se saiba ou se suspeite que padecem de alguma enfermidade ou
mal que provavelmente possa transmitir-se por intermédio dos alimentos ou sejam portadores, não
poderão em nenhuma área de manipulação ou operação de alimentos se existir a possibilidade de
contaminação dos mesmos. Qualquer pessoa que esteja afetada deve comunicar imediatamente à Direção
do estabelecimento que está enferma.
As pessoas que mantêm contato com os alimentos durante seu trabalho devem submeter-se aos exames
médicos por intermédio dos órgãos competentes de saúde antes do seu ingresso e, depois, periodicamente.
Também deverá ser efetuado exame médico nos trabalhadores em outras ocasiões, quando existam razões
clínicas ou epidemiológicas.
6.3. Doenças contagiosas: a Direção tomará as medidas necessárias para que não se permita a nenhuma
pessoa que se saiba, ou se suspeite que padece ou é agente de uma doença susceptível de transmitir-se aos
alimentos, ou seja, portadora de feridas infectadas, infecções cutâneas, chagas ou diarréia, trabalhar, sob
nenhum pretexto, em qualquer área de manipulação de alimentos ou onde haja possibilidade de que esta
pessoa possa contaminar direto ou indiretamente os alimentos com microorganismos patogênicos até que
o médico lhe dê alta. Qualquer pessoa que se encontre nestas condições deve comunicar imediatamente à
Direção do estabelecimento seu estado físico.
6.4 Ferimentos: nenhuma pessoa portadora de ferimentos poderá continuar manipulando alimentos, ou
superfícies em contato com alimentos, até que se determine sua reincorporação por determinação
profissional.
6.5. Lavagem das mãos: toda pessoa que trabalhe em área de manipulação de alimentos, devera lavar as
mãos de maneira frequente e cuidadosa, com agentes de limpeza autorizados e em água fria ou fria e
quente potável. As mãos deverão ser lavadas antes do início do trabalho, imediatamente depois de lavar
os sanitários. após manipulação de material contaminado, e sempre que seja necessário. Deverá lavar-se e
desinfetar-se as mãos imediatamente depois de haver manipulado qualquer material contaminante que
possa transmitir enfermidades. Deverão ser colocados avisos que indiquem a obrigação de lavar-se as
mãos. Deverão se realizado controle adequado para garantir o cumprimento destas exigências.
6.6. Higiene Pessoal: toda pessoa que esteja de serviço em uma área de manipulação de alimentos deverá
manter-se em apurada higiene pessoal, em todas as etapas dos trabalhos. Deverá manter-se uniformizado,
protegido, calçado adequadamente e com os cabelos cobertos. Todos os elementos do uniforme deverão
ser laváveis, a menos que sejam descartáveis, e manter-se limpos, de acordo com a natureza dos trabalhos
desenhados. Durante a manipulação das matérias primas e dos alimentos, devem ser retirados todo e
qualquer objeto de adorno como anéis, pulseiras e similares.
6.7. Conduta Pessoal: nas áreas onde sejam manipulados alimentos deverá ser proibido todo ato que possa
originar uma contaminação dos alimentos, como comer, fumar, cuspir ou outras práticas anti-higiénicas.
6.8. Luvas: se para manipular certos alimentos, forem usadas luvas estas deverão ser mantidas em
perfeitas condições de limpeza e higiene: O uso das luvas não dispensa o operário da obrigação de lavar
as mães cuidadosamente.
6.9. Visitantes: consideram-se como visitantes todas as pessoas não pertencentes às áreas ou setores onde
se manipulem alimentos. Serão tomadas precauções para impedir que os visitantes contaminem os
alimentos nas áreas onde estes são manipulados. As precauções podem incluir o uso de roupas protetoras.
Os visitantes devem cumprir as disposições recomendadas nos itens 5.9,6.3, 6.4 e 6.7 do presente
Regulamento.
6.10. Supervisão: as responsabilidades do cumprimento, por parte de todo o pessoal, com respeito aos
81
requisitos assinalados nas seções 6.1 a 6.9. é de responsabilidade. específica dos supervisores
competentes.
7.1.1 O estabelecimento não deve acertar nenhuma matéria prima ou ingrediente que contenha parasitas
microorganismos ou substâncias tóxicas, decompostas ou estranhas. que não possam ser reduzidas a
níveis aceitáveis, pelos procedimentos normais de classificação e/ou preparação ou elaboração.
7.1.2. As matérias primas ou ingredientes deverão ser inspecionados e classificados antes de seguirem
para a linha de fabricação/elaboração, e, se necessário, deverão passar por controles laboratoriais. Na
elaboração só deverão utilizar-se matérias primas ou ingredientes limpos e em boas condições.
7.1.3. As matérias primas ou ingredientes armazenados nas dependências do estabelecimento deverão ser
mantidos em condições que evitem a sua deterioração, proteja-os contra a contaminação e reduza as
perdas ao mínimo. Deverá se assegurar a adequada rotatividade dos estoques de matérias primas e
ingredientes.
7.2.1. Deverão ser tomadas medidas eficazes para evitar a contaminação do material alimentício por
contato direto ou indireto com o material contaminado, que se encontre nas fases iniciais do
processamento.
7.2.2. As pessoas que manipulem matérias primas ou produtos semi-elaborados e que apresentem o risco
de contaminar o produto acabado, não devem entrar em contato com nenhum produto acabado enquanto
não tenham trocado a roupa de proteção usada durante o aludido procedimento e que esteve em contato ou
foi manchada com as matérias primas ou produtos semi-elaborados. Além destes procedimentos que
inclui em consequência, o uso de outra roupa limpa, essas pessoas devem cumprir o determinado nos itens
6.5. e 6.6.
7.2.3. Existindo a probabilidade de contaminação, as pessoas devem lavar bem as mãos entre uma e outra
manipulação de produtos, nas diversas fases de elaboração.
7.2.4. Todo o equipamento que entrou em contato com matérias primas ou com material contaminado
deverá ser rigorosamente limpo e desinfetado antes de ser utilizado para produtos não contaminados.
7.3.1. Como princípio geral, na manipulação dos alimentos só deverá ser utilizada água potável.
7.3.2. Desde que autorizado pelo órgão competente, poderá utilizar-se água não potável para a produção
de vapor e outros fins análogos, não relacionados com os alimentos.
7.3.3. A água recirculada pode ser novamente utilizada desde que tratada e mantida em condições tais que
seu uso não apresente risco para a saúde. O processo de tratamento deverá manter-se sob constante
vigilância. Excepcionalmente, água recirculada que não recebeu novo tratamento poderá ser utilizada
naquelas condições em que seu emprego não represente risco à saúde nem contamine a matéria prima ou
produto acabado.
Para a água recirculada deverá haver um sistema separado de distribuição que possa ser facilmente
identificado. Os tratamentos de água recirculada e sua utilização em qualquer processo de elaboração de
alimentos, deverão ser aprovados pelo órgão competente.
As situações particulares indicadas nos itens 7.3.2. e 7.3.3, deverão estar em concordância com o disposto
82
4.1.3.12.4. do presente Regulamento.
7.4. Elaboração
7.4.1. A elaboração deverá ser realizada por pessoal capacitado e supervisionada por pessoal tecnicamente
competente.
7.4.2. Todas as operações do processo de produção, incluída a embalagem, deverão realizar-se sem
demoras inúteis e em condições que excluam toda a possibilidade de contaminação, deterioração ou
proliferação de microorganismos patogênicos e causadores de putrefação.
7.4.3. Os recipientes deverão ser tratados com o devido cuidado, para evitar toda possibilidade de
contaminação do produto elaborado.
7.4.4. Os métodos de conservação e os controles necessários deverão ser tais que protejam contra a
contaminação ameaça de risco à saúde pública e contra a deterioração dentro dos limites da prática
comercial corretas.
7.5. Embalagem
7.5.1. Todo o material empregado na embalagem deverá ser armazenado em locais destinados à
finalidade, e em condições de sanidade e limpeza. O material deve ser apropriado para o produto que vai
ser embalado para as condições previstas de armazenamento, não devendo transmitir ao produto
substâncias indesejáveis que ultrapassem os limites aceitáveis pelo Órgão competente. O material de
embalagem deverá ser satisfatório e conferir proteção apropriada contra a contaminação.
7.5.2. As embalagens ou recipientes não deverão ter sido utilizados para nenhum fim que possa causar a
contaminação do produto.
Sempre que seja possível, as embalagens ou recipientes deverão ser inspecionados imediatamente antes
do uso, com o objetivo de que se assegure o seu bom estado e, se necessário, limpos e/ou desinfetados;
quando lavados, deverão ser bem enxutos antes do envase. Na área de embalagem ou envase só deverão,
permanecer as embalagens ou recipientes necessários.
Em função do risco inerente ao alimento, deverão ser mantidos registros apropriados da elaboração,
produção e distribuição, conservando-os por um período superior ao da duração mínima do alimento.
8.1. As matérias primas e os produtos acabados deverão ser armazenados e transportados em condições
tais que impeçam a contaminação e/ou a proliferação de microorganismos e protejam contra a alteração
do produto e danos aos recipientes ou embalagens.
Durante o armazenamento deverá ser exercida uma inspeção periódica dos produtos acabados, com o
objetivo de que só sejam liberados alimentos aptos para o consumo humano e se cumpram as
especificações aplicáveis aos produtos acabados, quando estas existam.
83
8.2. Os veículos de transporte pertencentes à empresa alimentícia ou por esta contratados deverão estar
autorizados pelo órgão competente.
Os veículos de transporte deverão realizar as operações de carga e descarga fora dos locais de elaboração
dos alimentos, devendo ser evitada a contaminação destes e do ar pelos gases de combustão.
Os veículos destinados ao transporte de alimentos refrigerados ou congelados devem dispor de meios que
permitam verificar a umidade , quando necessário, e a temperatura, que deve ser mantida dentro dos
níveis adequados
D.O.U., 08/09/1997
84
RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 275, DE 21 DE OUTUBRO DE 2002 (*)
85
adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente,
determino a sua publicação:
Art. 2º As empresas têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de
publicação, para se adequarem ao Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais
Padronizados aplicados a Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos,
constante do Anexo I desta Resolução.
86
ANEXO I
1. ALCANCE
1.1. Objetivo
2. DEFINIÇÕES
87
2.7. Programa de recolhimento de alimentos: procedimentos que permitem efetivo
recolhimento e apropriado destino final de lote de alimentos exposto à comercialização
com suspeita ou constatação de causar dano à saúde.
3. REFERÊNCIAS
88
Básicos de Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Importados
Pertinentes à Área de Alimentos.
4.1.3. A freqüência das operações e nome, cargo e ou função dos responsáveis por
sua execução devem estar especificados em cada P O P.
89
4.1.4. Os funcionários devem estar devidamente capacitados para execução dos
POPs.
4.1.6. Os POPs devem estar acessíveis aos responsáveis pela execução das
operações e às autoridades sanitárias.
4.1.7. Os POPs podem ser apresentados como anexo do Manual de Boas Práticas
de Fabricação do estabelecimento.
90
4.2.4. Os Procedimentos Operacionais Padronizados devem estabelecer a
freqüência e o responsável pelo manejo dos resíduos. Da mesma forma, osprocedimentos
de higienização dos coletores de resíduos e da área de armazenamento devem ser
discriminados atendendo, no mínimo, aos tópicos especificados no item4.2.1.
91
documentos e devem ser datados, assinados pelo responsável pela execução da operação
e mantidos por um período superior ao tempo de vida de prateleira do produto.
ANEXO II
NÚMERO: /ANO
A – IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
1 – RAZÃO SOCIAL
2 – NOME FANTASIA
8 – E-mail:
20 – CATEGORIA DE PRODUTOS:
Descrição da Categoria:
Descrição da Categoria:
92
Descrição da Categoria:
Descrição da Categoria:
Descrição da Categoria:
21 – RESPONSÁVEL TÉCNICO: 22 – FORMAÇÃO ACADÊMICA:
24 – MOTIVO DA INSPEÇÃO:
( ) SOLICITAÇÃO DE LICENÇA SANITÁRIA
( ) COMUNICAÇÃO DO INÍCIO DE FABRICAÇÃO DE PRODUTO DISPENSADO
DA OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO
( ) SOLICITAÇÃO DE REGISTRO
( ) PROGRAMAS ESPECÍFICOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
( ) VERIFICAÇÃO OU APURAÇÃO DE DENÚNCIA
( ) INSPEÇÃO PROGRAMADA
( ) REINSPEÇÃO
( ) RENOVAÇÃO DE LICENÇA SANITÁRIA
( ) RENOVAÇÃO DE REGISTRO
( ) OUTROS
93
1.4.2. Em adequado estado de conservação (livre
de defeitos, rachaduras, trincas, buracos e
outros).
1.4.3. Sistema de drenagem dimensionado
adequadamente, sem acúmulo de resíduos.
Drenos, ralos sifonados e grelhas
colocados em locais adequados de forma a
facilitar o escoamento e proteger contra a
entrada de baratas, roedores etc.
94
revestimento.
1.8.2. Existência de proteção contra insetos e
roedores (telas milimétricas ou outro
sistema).
1.8.3. Em adequado estado de conservação
(livres de falhas, rachaduras, umidade,
descascamento e outros).
1.9. ESCADAS, ELEVADORES DE SERVIÇO, MONTACARGAS E
ESTRUTURAS AUXILIARES
1.9.1. Construídos, localizados e utilizados de
forma a não serem fontes de contaminação
1.9.2. De material apropriado, resistente, liso e
impermeável, em adequado estado de
conservação.
1.10. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E VESTIÁRIOS PARA OS
MANIPULADORES
1.10.1. Quando localizados isolados da área de
produção, acesso realizado por passagens
cobertas e calçadas.
1.10.2 Independentes para cada sexo (conforme
legislação específica), identificados e de
uso exclusivo para manipuladores de
alimentos.
1.10.3. Instalações sanitárias com vasos sanitários;
mictórios e lavatórios íntegros e em
proporção adequada ao número de
empregados (conforme legislação
específica).
1.10.4. Instalações sanitárias servidas de água
corrente, dotadas preferencialmente de
torneira com acionamento automático e
conectadas à rede de esgoto ou fossa
séptica.
1.10.5. Ausência de comunicação direta (incluindo
sistema de exaustão) com a área de
trabalho e de refeições.
1.10.6. Portas com fechamento automático (mola,
sistema eletrônico ou outro).
1.10.7 Pisos e paredes adequadas e apresentando
satisfatório estado de conservação.
1.10.8 Iluminação e ventilação adequadas.
1.10.9 Instalações sanitárias dotadas de produtos
destinados à higiene pessoal: papel
higiênico, sabonete líquido inodoro anti-
séptico ou sabonete líquido inodoro e anti-
95
séptico, toalhas de papel não reciclado para
as mãos ou outro sistema higiênico e
seguro para secagem.
1.10.10 Presença de lixeiras com tampas e com
acionamento não manual.
1.10.11 Coleta freqüente do lixo.
1.10.12 Presença de avisos com os procedimentos
para lavagem das mãos.
1.10.13 Vestiários com área compatível e armários
individuais para todos os manipuladores.
1.10.14 Duchas ou chuveiros em número suficiente
(conforme legislação específica), com água
fria ou com água quente e fria.
1.10.15 Apresentam-se organizados e em adequado
estado de conservação.
1.11. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS PARA VISITANTES E OUTROS:
1.11.1. Instaladas totalmente independentes da
área de produção e higienizados.
1.12. LAVATÓRIOS NA ÁREA DE PRODUÇÃO:
1.12.1. Existência de lavatórios na área de
manipulação com água corrente, dotados
preferencialmente de torneira com
acionamento automático, em posições
adequadas em relação ao fluxo de
produção e serviço, e em número suficiente
de modo a atender toda a área de produção
1.12.2 Lavatórios em condições de higiene,
dotados de sabonete líquido inodoro anti-
séptico ou sabonete líquido inodoro e anti-
séptico, toalhas de papel não reciclado ou
outro sistema higiênico e seguro de
secagem e coletor de papel acionados sem
contato manual.
96
exteriores revestidas por tubulações
isolantes e presas a paredes e tetos.
1.14. VENTILAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO:
1.14.1. Ventilação e circulação de ar capazes de
garantir o conforto térmico e o ambiente
livre de fungos, gases, fumaça, pós,
partículas em suspensão e condensação de
vapores sem causar danos à produção.
1.14.2 Ventilação artificial por meio de
equipamento(s) higienizado(s) e com
manutenção adequada ao tipo de
equipamento.
1.14.3 Ambientes climatizados artificialmente
com filtros adequados.
1.14.4 Existência de registro periódico dos
procedimentos de limpeza e manutenção
dos componentes do sistema de
climatização (conforme legislação
específica) afixado em local visível.
1.14.5 Sistema de exaustão e ou insuflamento
com troca de ar capaz de prevenir
contaminações.
1.14.6 Sistema de exaustão e ou insuflamento
dotados de filtros adequados.
1.14.7 Captação e direção da corrente de ar não
seguem a direção da área contaminada para
área limpa.
1.15. HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES
1.15.1. Existência de um responsável pela
operação de higienização
comprovadamente capacitado.
1.15.2 Freqüência de higienização das instalações
adequada.
1.15.3 Existência de registro da higienização.
1.15.4 Produtos de higienização regularizados
pelo Ministério da Saúde.
1.15.5 Disponibilidade dos produtos de
higienização necessários à realização da
operação.
1.15.6 A diluição dos produtos de higienização,
tempo de contato e modo de uso/aplicação
obedecem às instruções recomendadas pelo
fabricante.
1.15.7 Produtos de higienização identificados e
guardados em local adequado.
97
1.15.8 Disponibilidade e adequação dos utensílios
(escovas, esponjas etc.) necessários à
realização da operação. Em bom estado de
conservação.
1.15.9 Higienização adequada.
1.16. CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS:
1.16.1. Ausência de vetores e pragas urbanas ou
qualquer evidência de sua presença como
fezes, ninhos e outros.
1.16.2 Adoção de medidas preventivas e
corretivas com o objetivo de impedir a
atração, o abrigo, o acesso e ou
proliferação de vetores e pragas urbanas.
1.16.3 Em caso de adoção de controle químico,
existência de comprovante de execução do
serviço expedido por empresa
especializada
1.17. ABASTECIMENTO DE ÁGUA:
1.17.1. Sistema de abastecimento ligado à rede
pública.
1.17.2 Sistema de captação própria, protegido,
revestido e distante de fonte de
contaminação.
1.17.3 Reservatório de água acessível com
instalação hidráulica com volume, pressão
e temperatura adequados, dotado de
tampas, em satisfatória condição de uso,
livre de vazamentos, infiltrações e
descascamentos.
1.17.4 Existência de responsável
comprovadamente capacitado para a
higienização do reservatório da água.
1.17.5 Apropriada freqüência de higienização do
reservatório de água.
1.17.6 Existência de registro da higienização do
reservatório de água ou comprovante de
execução de serviço em caso de
terceirização.
1.17.7 Encanamento em estado satisfatório e
ausência de infiltrações e interconexões,
evitando conexão cruzada entre água
potável e não potável.
1.17.8 Existência de planilha de registro da troca
periódica do elemento filtrante.
1.17.9 Potabilidade da água atestada por meio de
98
laudos laboratoriais, com adequada
periodicidade, assinados por técnico
responsável pela análise ou expedidos por
empresa terceirizada.
1.17.10 Disponibilidade de reagentes e
equipamentos necessários à análise da
potabilidade de água realizadas no
estabelecimento.
1.17.11 Controle de potabilidade realizado por
técnico comprovadamente capacitado.
1.17.12 Gelo produzido com água potável,
fabricado, manipulado e estocado sob
condições sanitárias satisfatórias, quando
destinado a entrar em contato com
alimento ou superfície que entre em
contato com alimento.
1.17.13 Vapor gerado a partir de água potável
quando utilizado em contato com o
alimento ou superfície que entre em
contato com o alimento.
99
dependências de acordo com o ramo de
atividade, volume de produção e
expedição.
1.20.2 Áreas para recepção e depósito de matéria-
prima, ingredientes e embalagens distintas
das áreas de produção, armazenamento e
expedição de produto final.
OBSERVAÇÕES
100
2.2.1. Em número suficiente, de material
apropriado, resistentes, impermeáveis; em
adequado estado de conservação, com
superfícies íntegras.
2.2.2 Com desenho que permita uma fácil
higienização (lisos, sem rugosidades e
frestas).
2.3. UTENSÍLIOS
2.3.1. Material não contaminante, resistentes à
corrosão, de tamanho e forma que
permitam fácil higienização: em adequado
estado de conservação e em número
suficiente e apropriado ao tipo de operação
utilizada.
2.3.2 Armazenados em local apropriado, de
forma organizada e protegidos contra a
contaminação.
2.4. HIGIENIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS, E DOS MÓVEIS E
UTENSÍLIOS
2.4.1. Existência de um responsável pela
operação de higienização
comprovadamente capacitado.
2.4.2 Freqüência de higienização adequada
2.4.3 Existência de registro da higienização.
2.4.4 Produtos de higienização regularizados
pelo Ministério da Saúde.
2.4.5 Disponibilidade dos produtos de
higienização necessários à realização da
operação.
2.4.6 Diluição dos produtos de higienização,
tempo de contato e modo de uso/aplicação
obedecem às instruções recomendadas pelo
fabricante
2.4.7 Produtos de higienização identificados e
guardados em local adequado.
2.4.8 Disponibilidade e adequação dos utensílios
necessários à realização da operação. Em
bom estado de conservação.
2.4.9 Adequada higienização.
OBSERVAÇÕES
101
clara, adequado à atividade e exclusivo
para área de produção.
3.1.2 Limpos e em adequado estado de
conservação.
3.1.3 Asseio pessoal: boa apresentação, asseio
corporal, mãos limpas, unhas curtas, sem
esmalte, sem adornos (anéis, pulseiras,
brincos, etc.); manipuladores barbeados,
com os cabelos protegidos.
3.2. HÁBITOS HIGIÊNICOS:
3.2.1. Lavagem cuidadosa das mãos antes da
manipulação de alimentos, principalmente
após qualquer interrupção e depois do uso
de sanitários.
3.2.2 Manipuladores não espirram sobre os
alimentos, não cospem, não tossem, não
fumam, não manipulam dinheiro ou não
praticam outros atos que possam
contaminar o alimento.
3.2.3 Cartazes de orientação aos manipuladores
sobre a correta lavagem das mãos e demais
hábitos de higiene, afixados em locais
apropriados.
3.3. ESTADO DE SAÚDE:
3.3.1. Ausência de afecções cutâneas, feridas e
supurações; ausência de sintomas e
infecções respiratórias, gastrointestinais e
oculares.
3.4. PROGRAMA DE CONTROLE DE SAÚDE:
3.4.1. Existência de supervisão periódica do
estado de saúde dos manipuladores.
3.4.2 Existência de registro dos exames
realizados.
3.5. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL:
3.5.1. Utilização de Equipamento de Proteção
Individual.
3.6. PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DOS MANIPULADORES E SUPERVISÃO:
3.6.1. Existência de programa de capacitação
adequado e contínuo relacionado à higiene
pessoal e à manipulação dos alimentos.
3.6.2 Existência de registros dessas capacitações.
3.6.3 Existência de supervisão da higiene
pessoal e manipulação dos alimentos.
3.6.4 Existência de supervisor comprovadamente
capacitado
102
OBSERVAÇÕES
103
diferentes tipos de matérias-primas e
ingredientes.
4.2. FLUXO DE PRODUÇÃO:
4.2.1. Locais para pré - preparo ("área suja")
isolados da área de preparo por barreira
física ou técnica.
4.2.2 Controle da circulação e acesso do pessoal.
4.2.3 Conservação adequada de materiais
destinados ao reprocessamento.
4.2.4 Ordenado, linear e sem cruzamento.
104
produto final.
4.4.2 Existência de programa de amostragem
para análise laboratorial do produto final.
4.4.3 Existência de laudo laboratorial atestando
o controle de qualidade do produto final,
assinado pelo técnico da empresa
responsável pela análise ou expedido por
empresa terceirizada.
4.4.4 Existência de equipamentos e materiais
necessários para análise do produto final
realizadas no estabelecimento.
4.5. TRANSPORTE DO PRODUTO FINAL:
4.5.1. Produto transportado na temperatura
especificada no rótulo.
4.5.2 Veículo limpo, com cobertura para
proteção de carga. Ausência de vetores e
pragas urbanas ou qualquer evidência de
sua presença como fezes, ninhos e outros.
4.5.3 Transporte mantém a integridade do
produto.
4.5.4 Veículo não transporta outras cargas que
comprometam a segurança do produto.
4.5.5 Presença de equipamento para controle de
temperatura quando se transporta
alimentos que necessitam de condições
especiais de conservação.
OBSERVAÇÕES
105
5.2.3. Higiene e saúde dos manipuladores:
5.2.3.1 Existência de POP estabelecido para este
item.
5.2.3.2 POP descrito está sendo cumprido.
5.2.4. Manejo dos resíduos:
5.2.4.1 Existência de POP estabelecido para este
item.
5.2.4.2 POP descrito está sendo cumprido.
5.2.5. Manutenção preventiva e calibração de equipamentos.
5.2.5.1 Existência de POP estabelecido para este
item.
5.2.5.2 POP descrito está sendo cumprido.
5.2.6. Controle integrado de vetores e pragas urbanas:
5.2.6.1 Existência de POP estabelecido para este
item.
5.2.6.2 POP descrito está sendo cumprido.
5.2.7. Seleção das matérias-primas, ingredientes e embalagens:
5.2.7.1 Existência de POP estabelecido para este
item.
5.2.7.2 POP descrito está sendo cumprido.
C – CONSIDERAÇÕES FINAIS
D – CLASSIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Compete aos órgãos de vigilância sanitária estaduais e distrital, em articulação com o
órgão competente no âmbito federal, a construção do panorama sanitário dos
estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos, mediante sistematização
dos dados obtidos nesse item. O panorama sanitário será utilizado como critério para
definição e priorização das estratégias institucionais de intervenção.
( ) GRUPO 1 - 76 A 100% de atendimento dos itens
106
( ) GRUPO 3 - 0 A 50% de atendimento dos itens
LOCAL: DATA: / /
(*) Republicada por ter saído com incorreção, do original, no D.O.U. nº 206, de 23-10-
2002, Seção 1, pág. 126.
107
MNISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO.
GABINETE DO MINISTRO
Considerando a necessidade de adequação das atividades do Serviço de Inspeção Federal - SIF aos
modernos procedimentos adotados no controle higiênico-sanitário das matérias-primas e dos produtos de
origem animal;
Art. 1° Instituir o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC a ser implantado,
gradativamente, nas indústrias de produtos de origem animal sob o regime do Serviço de Inspeção Federal
- SIF, de acordo com o MANUAL GENÉRICO DE PROCEDIMENTOS, anexo à presente Portaria.
§ 2° Os manuais específicos por produto e o de auditoria do Sistema APPCC serão submetidos à consulta
pública com o objetivo de receber sugestões por parte de interessados, antes de serem aprovados pela
Secretaria de Defesa Agropecuária - DAS.
Art. 2° Incumbir a SDA de instituir Comitês Técnicos com a finalidade de coordenar e orientar à
execução das atividades de implantação do Sistema APPCC nos estabelecimentos de carne, leite, ovos,
mel e produtos derivados, ficando convalidados os Comitês Técnicos Intersetoriais - CTI, anteriormente
instituídos nos estabelecimentos de pescado e derivados.
ARLINDO PORTO
SUMÁRIO
Introdução
Objetivos
Campo de Aplicação
Condições Gerais
Definições
INTRODUÇÃO
Face a este contexto, às novas exigências sanitárias e aos requisitos de qualidade, ditados tanto pelo
mercado interno quanto pelos principais mercados internacionais, o governo brasileiro, juntamente com a
iniciativa privada, vem desenvolvendo, desde 1991, a implantação em caráter experimental do Sistema de
Prevenção e Controle, com base na Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle- APPCC, do inglês
"HAZARD ANALYSIS AND CRITICAL CONTROL POINTS - HACCP".
Este Sistema é uma abordagem científica e sistemática para o controle de processo, elaborado para
prevenir a ocorrência de problemas, assegurando que os controles são aplicados em determinadas etapas
no sistema de produção de alimentos, onde possam ocorrer perigos ou situações críticas.
Este Sistema, hoje adotado pelos principais mercados mundiais, basicamente assegura que os produtos
industrializados:
c) atendam às legislações nacionais e internacionais, no que tange aos aspectos sanitários de qualidade e
de integridade econômica.
Destaca-se também a exigência dos Estados Unidos e da União Européia, em seus conceitos de
equivalência de sistemas de inspeção, da aplicação de programas com base no Sistema de APPCC. Nos
Estados Unidos, o sistema foi tornado mandatório, a partir de Janeiro de 1997, para as indústrias cárneas
com implementação gradativa.
Este Manual pretende contribuir, de forma clara e objetiva, com as indústrias de produtos de origem
animal de grande, médio e pequeno porte, visando propiciar os benefícios do sistema de APPCC, que
entendemos sejam os seguintes:
109
b) orientar para uma atenção seletiva nos pontos críticos de controle;
OBJETIVOS
O objetivo deste Manual é fornecer às indústrias sob Inspeção Federal as diretrizes básicas para
apresentação, implantação, manutenção e verificação do Plano de Análise de Perigos e Pontos Críticos de
Controle -APPCC, assegurando que os produtos:
CAMPO DE APLICAÇÃO
Este Manual, elaborado de acordo com os princípios do Sistema APPCC, aplicase aos estabelecimentos
de produtos de origem animal que realizam o comércio interestadual e/ou internacional.
A inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal tem seus fundamentos técnico-científicos e
jurídicos, procedimentos e mandamentos administrativos inseridos em lei específica, mais precisamente
Lei 1283, de 18/12/50 (D.O.U. de 19/12/50).
Esta lei, por sua vez, dá lastro aos Decretos 30.691, de 20/3/52 e 1255, de 25/6/62, o primeiro, aprovando
o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) e o segundo,
alterando-o. Mais recentemente, a Lei 7889, de 23/11/89 (D.O.U. de 24/11/89), além de disciplinar as
sanções relativas às infrações à legislação dos produtos de origem animal, veio redefinir as áreas de
competência da União, dos Estados e dos Municípios na fiscalização dos produtos em tela.
Conforme dispõem estas leis, a União, mais especificamente, o Ministério da Agricultura, através do seu
órgão especializado (DIPOA), tem a competência da inspeção industrial e sanitária dos produtos de
origem animal nos estabelecimentos que realizam o comércio interestadual e internacional, enquanto que,
para os estabelecimentos que realizam o comércio intermunicipal e municipal, a competência dessa
inspeção é, respectivamente, das unidades da Federação e dos Municípios.
CONDIÇÕES GERAIS
Para a implantação do Sistema de APPCC na indústria sob inspeção federal, alguns requisitos são básicos:
O dirigente da empresa deve estar sensibilizado para os benefícios e dificuldades relativos às mudanças
110
de comportamento necessárias ao sucesso, na adoção da gestão pela qualidade em sua empresa.
Comprometimento da Direção da Empresa com o Plano Para que o Sistema de APPCC tenha sucesso, a
Direção da empresa deve estar comprometida com o plano. Esse comprometimento implica conhecimento
dos custos e benefícios, decorrentes da implantação do mesmo, incluindo também a necessidade de
investimento na educação e na capacitação do corpo funcional com relação ao Sistema de APPCC.
Capacitação
Implantação e Execução
A empresa deve fornecer as condições previstas neste Manual para que o Sistema de APPCC seja
implantado e cumprido. Os procedimentos de controle da qualidade, baseados no APPCC, devem ser
específicos para cada indústria e cada produto.
Responsabilidade
É de responsabilidade da Direção-Geral e do nível gerencial das empresas assegurar que todo o corpo
funcional esteja conscientizado da importância da execução das atividades do Programa ou Plano de
APPCC.
DEFINIÇÕES
Sistema APPCC
É um sistema de análise que identifica perigos específicos e medidas preventivas para seu controle,
objetivando a segurança do alimento, e contempla para a aplicação, nas indústrias sob SIF, também os
aspectos de garantia da qualidade e integridade econômica.
Baseia-se na prevenção, eliminação ou redução dos perigos em todas as etapas da cadeia produtiva.
1. identificação do perigo;
4. monitorização;
5. ações corretivas;
6. procedimentos de verificação;
7. registros de resultados.
Perigo
Causas potenciais de danos inaceitáveis que possam tornar um alimento impróprio ao consumo e afetar a
saúde do consumidor, ocasionar a perda da qualidade e da integridade econômica dos produtos.
Genericamente, o perigo é qualquer uma das seguintes situações:
111
- presença inaceitável de contaminantes biológicos, químicos ou físicos na matéria-prima ou nos produtos
semi-acabados ou acabados;
- não conformidade com o Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) ou Regulamento Técnico estabelecido
para cada produto.
Risco
Análise de Risco
Ponto de Controle
Limite Crítico
Valor ou atributo estabelecido, que não deve ser excedido, no controle do ponto crítico.
Desvio
Falha no cumprimento ou não atendimento de limite crítico, denotando este estar sub ou sobrepassado.
Medida Preventiva
Procedimentos ou fatores empregados nas etapas ou processos de produção que visam controlar um
perigo à saúde, de perda da qualidade de um produto ou alimento ou de sua integridade econômica.
Monitorização
Seqüência planejada de observações ou medições devidamente registradas para avaliar se um PCC está
sob controle.
Ações Corretivas
112
Verificação
Uso de métodos, procedimentos ou testes, executados sistematicamente pela empresa, para assegurar a
efetividade do programa de garantia da qualidade com base no sistema de APPCC aprovado.
Plano APPCC
Documento escrito que descreve os procedimentos e os compromissos a serem assumidos pela indústria
de produtos de origem animal, através do programa de controle de qualidade dinâmico, fundamentado nos
princípios do Sistema APPCC.
Leiaute (Lay-out)
Diagrama Operacional
Fluxograma da Produção
Organograma
É uma representação gráfica ou diagrama que mostra as relações funcionais entre os diversos setores da
empresa.
Garantia da Qualidade
Todas as ações planejadas e sistemáticas necessárias para prover a confiabilidade adequada de que um
produto atenda aos padrões de identidade e qualidade específicos e aos requisitos estabelecidos no sistema
de APPCC.
Controle da Qualidade
Consiste nas técnicas operacionais e ações de controle realizadas em todas as etapas da cadeia produtiva,
visando assegurar a qualidade do produto final.
Lote
Uma coleção de unidades específicas de uma matéria-prima ou produto com características uniformes de
qualidade, tamanho, tipo e estilo, tão uniformemente quanto possível, identificado de forma comum e
única, sempre produzido durante um ciclo de fabricação ou não mais de um período de produção.
Valor ou atributo mais estreito ou restrito que o limite crítico e que é parâmetro utilizado para reduzir o
risco.
113
APPCC
O Plano APPCC é desenvolvido por meio de uma seqüência lógica de etapas, assim distribuídas:
Essa equipe deve ser selecionada cuidadosamente. Seus possíveis integrantes podem incluir: gerente,
microbiologistas, compradores, técnicos especializados, capatazes, chefes de seções específicas e
operários, coordenados por um responsável técnico do controle da qualidade, devidamente capacitado em
APPCC.
Deve-se ressaltar, ainda, que os integrantes da equipe devem ser pessoas com grande poder de
convencimento, liderança e capacidade de multiplicação dos conhecimentos obtidos e formadores de
opinião, de modo a possibilitar a penetração dos conceitos contidos no programa nos diversos setores do
estabelecimento industrial e a facilitar a sensibilização de todo o corpo funcional para a importância desse
plano.
- no de registro no SIF;
- categoria do estabelecimento;
- destino da produção:
114
. mercado nacional;
B - Organograma da Empresa
. Direção Geral
Responsável da empresa, que deve estar comprometido com a implantação do plano de APPCC,
analisando-o e revisando-o sistematicamente, em conjunto com o pessoal de nível gerencial.
Responsável pelo gerenciamento dos diversos processos da empresa, incluindo produção, compras,
vendas e garantia da qualidade, participando da revisão periódica do plano junto à Direção Geral.
Responsável pela implantação do Plano de APPCC
É muito importante ressaltar ainda que, na implantação do Plano de APPCC, é fundamental a participação
e o envolvimento de todas as pessoas dos diferentes setores da empresa no desenvolvimento do programa.
A integração dos setores e a conscientização das pessoas quanto à sua importância é essencial para o
sucesso do mesmo.
a) Relativas ao técnico:
- estar motivado para a importância do Plano de APPCC e totalmente comprometido com seus resultados,
evidenciados no desempenho de suas funções e atribuições durante a execução de todo o processo;
- ter perfil multiplicador, de modo a repassar para outros participantes do corpo técnico todo o
conhecimento obtido durante a fase de capacitação (3a etapa);
- ser o elemento de contato direto para os assuntos referentes ao Plano junto à Direção-Geral da Empresa
e ao Serviço de Inspeção Federal;
115
b. Relativas à Empresa:
- possibilitar total acesso do técnico à Direção-Geral e prover todo o apoio necessário para a execução de
suas atividades;
3ª ETAPA
Nesta fase, a equipe de trabalho responsável pela elaboração do plano deverá realizar estudos visando
analisar a situação do estabelecimento e traçar a estratégia para alcançar os objetivos finais.
Em verdade, estes pré-requisitos referem-se a aspectos que na maior parte já foram disciplinados pelo
DIPOA ou estão em fase de disciplinamento e que, na prática, são controlados nos estabelecimentos sob
inspeção federal. A inclusão neste Manual representa tão somente uma chamada com referência a sua
importância dentro do Sistema APPCC.
O objetivo deste estudo é fazer um diagnóstico da estrutura física existente, sua adequabilidade aos
processos dos produtos elaborados, identificando possíveis ocorrências de contaminações cruzadas.
1.1 Recepção
Neste item, a equipe de trabalho deve analisar possíveis alterações das matérias-primas em decorrência do
tempo de espera para descarga e da infraestrutura existente para o desenvolvimento dos trabalhos.
Entende-se por fase de preparação da matéria-prima qualquer etapa do processo industrial em que o
produto sofra algum tipo de manipulação.
Nesta etapa, a equipe deve centralizar a atenção na temperatura ambiental, nas possíveis alterações
sofridas pelas matérias-primas com relação ao tempo de espera nas diferentes fases tecnológicas da
produção, nos equipamentos envolvidos e suas possíveis implicações com a qualidade higiênico-sanitária
do produto final.
Também, nestes setores, deve-se atentar para as possíveis alterações sofridas pelos produtos em
decorrência de condições inadequadas de estocagem.
116
1.5 Setor de elaboração
O enfoque deve ser dirigido aos riscos de contaminações cruzadas entre matérias-primas e ingredientes
destinados a elaboração de produtos com diferente microbiota. O tempo de retenção do produto em
processo e a temperatura de manutenção são outros aspectos a serem considerados no controle do
crescimento de microrganismos indesejáveis no produto final.
A embalagem, em alguns casos, pode carrear microrganismos aos produtos elaborados, comprometendo a
inocuidade dos mesmos. Também as implicações dos tipos de embalagens na vida de prateleira pretendida
para os produtos e as condições de distribuição e exposição no varejo devem ser consideradas, assim
como o tratamento a que estas embalagens são submetidas antes do uso.
A temperatura ambiente do setor de embalagem, por questão de conforto dos operários, nem sempre é
aquela desejável à proteção dos produtos, propiciando, algumas vezes, o crescimento de microrganismos.
Portanto, nesta situação, o curto tempo de retenção dos produtos nesta fase do processo é de suma
importância para o controle de germes indesejáveis.
É importante considerar, durante a estocagem dos produtos, a compatibilidade dos mesmos com a
temperatura de armazenamento recomendada para garantir a qualidade higiênico-sanitária desejável.
Outro fator deste mesmo item diz respeito à possibilidade de contaminação cruzada.
1.8 Expedição
Pelas mesmas razões expostas no item 1.6, o trânsito do produto pela expedição deve ser tão rápida
quanto possível, evitando-se assim que o mesmo sofra algum tipo de alteração. Da mesma forma, devem
ser propiciadas facilidades operacionais visando agilizar o fluxo do produto pelo setor.
Além dos aspectos relacionados com a manutenção das instalações propriamente ditas e suas implicações
na higiene ambiental, a natureza do material utilizado na construção de pisos, paredes e teto, considerando
a eficiência dos procedimentos de limpeza e sanificação, deve receber especial atenção da equipe
responsável pela elaboração e implantação do plano APPCC.
A distribuição dos equipamentos acessórios (redes de água, vapor e frio) na área industrial não deve estar
disposta sobre equipamentos utilizados no processamento de alimentos para evitar possíveis fontes de
contaminação, principalmente quando são utilizados equipamentos abertos na industrialização dos
produtos.
A disposição da rede coletora de águas residuais também deve ser analisada, particularmente quanto à
distância entre os ralos, à disposição dos equipamentos e ao fluxo dessas águas.
3. Equipamentos
A natureza dos equipamentos, as características das superfícies que entram em contato com os produtos, a
possibilidade de transferência de odores aos alimentos, as facilidades de montagem e desmontagem com
vistas aos procedimentos de limpeza, sanificação e as dificuldades para inspeção visual são aspectos a
serem considerados visando à elaboração e implantação do plano APPCC.
4. Água de abastecimento
Um dos mais importantes aspectos envolvidos na produção de alimentos é, sem dúvida, a qualidade da
água de abastecimento, além do controle da qualidade e quantidade do gelo utilizado. Os aspectos
117
físico-químicos e a qualidade microbiológica, a origem da água utilizada, sua vazão (se for o caso) e a
capacidade de estocagem devem ser analisadas com relação às necessidades dos diferentes processos
industriais.
Os manipuladores de alimentos são, muitas vezes, responsáveis pela veiculação aos alimentos de
microrganismos causadores de enfermidades ao homem. As condições de saúde dessas pessoas, a higiene
pessoal (roupas, cabelos, unhas, etc.) e os hábitos higiênicos (antes, durante e após os trabalhos, ao sair e
ao retornar ao serviço, após a utilização de sanitários, antes e depois das refeições) são fatores que devem
ser considerados com vistas à elaboração do plano. A educação sanitária deve ser voltada à manutenção
de hábitos e atividades higiênicas, treinamento sistemático do pessoal e condições de saúde do pessoal.
Os operários devem ser examinados periodicamente por serviço médico e serem certificados como aptos a
manipular alimentos.
4. planta de situação do estabelecimento com identificação dos locais de colocação de produtos (área
externa) e armadilhas (áreas internas);
7. Limpeza e sanificação
Deve constar do plano a relação dos produtos empregados com as respectivas autorizações de uso pelo
DIPOA e, ainda, métodos de controle de limpeza de superfície.
A aferição periódica dos instrumentos de controle de temperatura, peso e outros parâmetros relacionados
com os padrões de identidade e qualidade dos alimentos constitui-se em outro pré-requisito à implantação
do plano APPCC.
9. da matéria-prima e ingredientes
118
10. Procedimentos de recolhimento do produto final
No estabelecimento industrial de produtos de origem animal devem existir formas para recolhimento do
produto final no mercado de sua destinação, através de um setor ou responsável para assegurar o
cumprimento das ações necessárias, caso sejam detectados problemas para a saúde pública, perda de
qualidade ou de integridade econômica após a distribuição dos produtos.
c) identificação do lote do produto comercializado, que pode ser de um dia ou do turno da produção,
desde que seja obtido sob condições uniformes de controle a partir do recebimento da matéria-prima;
e) controle dos registros que devem ser arquivados, ordenadamente, por um período de pelo menos dois
anos, após vencido o prazo de validade do produto;
A Empresa deve ter política e procedimentos para resolução das reclamações dos consumidores e/ou
importadores sobre seus produtos. Deve ser mantido um registro de todas as reclamações e das ações
tomadas pelo setor competente.
Deve haver previsão dos procedimentos para que, quando uma reclamação gerar dúvidas quanto ao
sistema de garantia da qualidade, as atividades envolvidas no processo de elaboração do produto sejam
revistas para aplicação de ações preventivas, corretivas e incrementação dos procedimentos de vigilância.
Na implantação do plano de APPCC, a empresa deverá garantir condições para que todas as pessoas
sejam capacitadas, facilitando a sua participação em treinamentos para a sua correta aplicação. A
capacitação deve ser de forma contínua para propiciar atualização e reciclagem de todos os envolvidos.
b) perigos para a saúde pública ocasionados pelo consumo de alimentos de origem animal;
d) lay-out operacional;
e) programas de higiene;
119
5ª ETAPA - Seqüência lógica de Aplicação dos Princípios do APPCC
Nesta etapa estão listados os doze passos que serão necessários à implantação da APPCC. Os passos de 6
a 12 referem-se aos sete princípios básicos do plano.
A Equipe APPCC deverá ser reunida após sua capacitação técnica para definir todos os demais passos
para a implantação do plano.
Nestes passos deverão ser providenciadas todas as informações que servem para descrever, identificar o
produto e o uso pretendido. Para isto serão utilizados os formulários cujos modelos estão nas FIGURAS 1
e 2.
O diagrama operacional de cada produto deverá conter todas as etapas do produto, de forma seqüencial,
clara e simples.
Deverão acompanhar o diagrama todas as adições feitas antes, durante e após o processamento, bem como
informações detalhadas de cada etapa do processo. Uma vez estabelecido o diagrama operacional, deverá
ser efetuada uma inspeção no local, verificando a concordância das operações descritas com o que foi
representado. Isto irá assegurar que os principais passos do processo terão sido identificados e permitir
ajustes quando necessários com base nas operações verdadeiramente observadas. O diagrama operacional
poderá seguir os modelos das FIGURAS 3 (A, B, C e D).
6º Passo (Princípio 1)
120
- Listar e identificar os perigos, analisar os riscos e considerar as medidas preventivas de controle.
A análise dos riscos envolve a listagem e identificação dos perigos que podem ocorrer em toda cadeia
produtiva, além das medidas preventivas de controle. Uma vez que devem ser considerados todos os
aspectos da produção, desde a obtenção da matéria-prima até o produto final, será necessária uma análise
para cada estabelecimento e para cada produto elaborado.
Todos os perigos identificados, associados a cada etapa do processo, devem ser listados e sua severidade
avaliada (FIGURAS 4, 5 e 6). Os riscos devem ser analisados em relação à sua importância para a saúde
pública (considerada a ligação epidemiológica do produto em análise com enfermidades transmitidas por
alimentos - ETAs), à perda da qualidade de um produto ou alimento e à sua integridade econômica. As
medidas preventivas para controlar os perigos identificados devem ser listadas.
Para a elaboração de um produto de qualidade, é fundamental que os riscos analisados possam ser
prevenidos, reduzidos a níveis aceitáveis ou eliminados.
Na análise dos riscos, a equipe responsável pela elaboração e implantação do Plano APPCC deve
considerar os seguintes pontos:
- Hábitos do consumidor: uso que se espera do produto, baseado na utilização normal pelo consumidor
final;
- Consumidor: pode ser o público alvo em geral ou um segmento particular da população (crianças,
adultos, idosos, enfermos, estabelecimentos industriais e comerciais, etc.).
7º Passo (Princípio 2)
121
A análise dos perigos consiste em fazer uma série de perguntas para cada etapa de elaboração do produto,
usando como referência o diagrama da árvore decisória para identificação do ponto crítico (FIGURA 7).
As perguntas são respondidas em seqüência e formuladas para cada etapa do processo de elaboração.
O primeiro procedimento relacionado com a identificação dos pontos críticos é a elaboração do diagrama
operacional do produto, conforme as determinações constantes nos passos de números 4 e 5.
No diagrama operacional do produto serão identificados os pontos onde os perigos devem ser prevenidos,
reduzidos ao mínimo ou eliminados (FIGURA 8), pois qualquer perda de controle pode resultar em perigo
à saúde pública, perda da qualidade ou quebra da integridade econômica.
A correta identificação de cada PCC pode ser obtida com o auxílio dos formulários cujos modelos são
apresentados nas FIGURAS 9 (A e B). A seqüência de passos culmina com a numeração do ponto crítico.
Os perigos que não podem ser controlados no estabelecimento devem ser listados e identificados
conforme o modelo da FIGURA 10.
8º Passo (Princípio 3)
Os limites críticos são os valores que separam os produtos aceitáveis dos inaceitáveis, podendo ser
qualitativos ou quantitativos. Como exemplos podem ser citados:
a) tempo;
b) temperatura;
c) pressão;
d) pH;
e) umidade;
f) atividade de água;
g) acidez titulável;
h) concentração salina;
j) viscosidade;
l) preservativos;
m) textura;
n) aroma;
o) peso líquido.
O estabelecimento desses limites deverá ser baseado no conhecimento disponível em fontes, tais como:
a) Regulamentos e legislação;
122
b) Literatura científica;
f) Normas internas de cada empresa, desde que atendam aos limites estabelecidos na legislação.
9º Passo (Princípio 4)
A monitorização deve ser capaz de detectar qualquer desvio do processo (perda de controle) com tempo
suficiente para que as medidas corretivas possam ser adotadas antes da distribuição do produto.
Quando se constatar um desvio nos limites críticos estabelecidos, serão imediatamente executadas as
ações corretivas para colocar o PCC novamente sob controle.
As ações corretivas devem ser específicas e suficientes para a eliminação do perigo após a sua aplicação.
Dependendo do produto que está sendo elaborado, as ações corretivas podem ser, por exemplo:
123
a) recalibrar equipamentos;
b) rejeitar a matéria-prima;
c) reprocessar.
Para cada PCC devem estar estabelecidas uma ou mais ações corretivas, claramente assinaladas, de tal
modo que o operador do processo saiba exatamente o que fazer e esteja autorizado a adotá-las.
A verificação será executada por pessoas da própria empresa, independentes da atividade relacionada com
os procedimentos de vigilância, ou por auditores externos, a critério da empresa. A determinação da
freqüência dos procedimentos de verificação é da responsabilidade do dirigente da empresa.
a) revisão do plano APPCC (pré-requisitos, normas regulamentares, obediência aos princípios da APPCC,
etc.);
b) registros do APPCC;
g) amostragem e análises físicas, químicas, microbiológicas e sensoriais para confirmar se os PCCs estão
sob efetivo controle;
h) avaliação da execução do plano, sempre que ocorra uma alteração na técnica de elaboração do produto
que, nesta condição, terá de ser reavaliado pelo Serviço de Inspeção Federal.
b) Inspeção de matéria-prima;
c) Tempo e temperatura;
124
d) Inspeção do produto;
e) Pesagem;
Os registros devem estar acessíveis, ordenados e arquivados durante umb período de pelo menos dois
anos após o vencimento do prazo de validade dos produtos comercializados.
6ª ETAPA
Após a elaboração do plano APPCC, a empresa remeterá ao DIPOA, através da representação estadual do
órgão, em 2 vias, datilografadas ou em disquete:
- Identificação e organograma da empresa com definições das funções e atribuições dos colaboradores,
com apresentação dos currículos do pessoal de nível médio e superior em cargos de chefia;
- Diagrama operacional de cada produto com identificação e descrição dos perigos, dos controles de
pontos críticos, com o estabelecimento dos limites críticos, procedimentos de monitorização, das ações
corretivas, dos procedimentos de verificação e do sistema de registros (modelo de resumo proposto na
FIGURA 11);
- Características do produto quanto ao pH, à atividade de água, à concentração de sal, à umidade, etc.;
As empresas deverão elaborar o plano genérico de APPCC, constando toda linha de produção de
produtos, com cronograma de implantação progressiva de acordo com prioridade estabelecida.
Qualquer modificação do plano deverá ser comunicada oficialmente ao comitê para revalidação. Durante
a implantação, a equipe de APPCC do SIPA poderá oferecer esclarecimentos à empresa e propor
correções no plano estabelecido.
O plano será implantado após a apresentação da documentação e aprovação pelo DIPOA. Após a
aprovação, a validação do plano ficará condicionada ao resultado de auditoria específica, liderada por
125
profissionais médicos veterinários pertencentes ao DIPOA.
A primeira auditoria deverá ser conduzida preferencialmente no prazo de 30 dias após a comunicação da
implantação do plano por parte da empresa.
Nos casos de não aprovação, o programa será revisto pelo estabelecimento e reavaliado pelo DIPOA.
Uma vez aprovados, os planos terão prazos determinados para implantação, que serão estabelecidos em
específico para cada setor (pescados, carne e leite).
Após a aprovação e implantação do plano, o DIPOA exercerá as prerrogativas que lhe conferem os textos
legais pertinentes para realizar auditoria no plano de cada estabelecimento. Somente o DIPOA poderá
validar e realizar auditorias nos Planos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT. Normas de gestão da qualidade e garantia da qualidade - Diretrizes para seleção e uso. Rio de
Janeiro, 1990. 6p.
CAMPOS, V. C. Controle da qualidade total (no estilo japonês). 6a ed., Bloch, Rio de Janeiro, 1995.
229p.
FAO. Capacitação de capacitadores na aplicação do Sistema ARPCC. São Paulo, l996. 100 p. Apostila de
curso.
FERREIRA, J.R. e GOMES, J.C. Gerenciamento de laboratórios de análises químicas. Folha de Viçosa,
Viçosa (MG), 1995. 378 p.
ICMSF. El sistema de analisis de riesgos y puntos críticos: su aplicación a las industrias de alimentos.
Acribia, Zaragoza, 1991. 332 p.
INTERNATIONAL LIFE SCIENCE INSTITUTE. A simple guide to understanding and applying the
HACCP concept. ILSI Europe, jan. 1993. 17 p.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria no 58, de 17mai93. Diário Oficial
da União, 101: 7228-7232. Brasília, DF.
ROFIQUA. Manual de análise de perigos e pontos críticos de controle. SBCTA, Campinas, s.d, s.p.
126
SOCIEDAD COLOMBIANA DE CIENCIA Y TECNOLOGIA DE ALIMENTOS.
Seccional Antioquia. Aseguramiento de la calidad com el Sistema HACCP. Medellin, 1991. 83p.
DESCRIÇÃO DO PRODUTO
1. NOME DO PRODUTO
2. CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO PRODUTO FINAL (ex.: pH, AW,
etc.)
3. FORMA DE USO DO PRODUTO /CONSUMIDOR
4. CARACTERÍSTICAS DA EMBALAGEM
5. PRAZO DE VALIDADE
6. ONDE O PRODUTO SERÁ VENDIDO
7. INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO
8. CONTROLES ESPECIAIS DURANTE A DISTRIBUIÇÃO E
COMERCIALIZAÇÃO
*FONTE:FAO/WHO
NOME DO PRODUTO
MATÉRIA INGREDIENTES
INGREDIENTES LÍQUIDOS**
PRIMA** SECOS**
OUTROS
AROMATIZANTES** CONSERVADORES**
INGREDIENTES**
MATERIAL DE
EMBALAGEM**
*FONTE:FAO/WHO
DIAGRAMA OPERACIONAL
NOME DO PRODUTO: QUEIJO MINAS (FRESCAL)
6. Seleção
127
7. Resfriamento
17. Pasteurização
19. Coagulação
20. Corte
21. Enfonnagem
22. Dessoragem
24. Embalagem
25. Estocagem
26. Transporte
27. Comercialização
*FONTE: FAO/WHO
DIAGRAMA OPERACIONAL
NOME DO PRODUTO: SALSICHA
*FONTE: FAO/WHO
TRANSPORTE DO GADO
¯
RECEPÇÃO E DESCANSO DO
·
GADO
¯
128
BANHO DE ASPERSÃO PCC
¯
IÇAMENTO (praia de vômito) ·
¯
SANGRIA ·
¯
ESFOLA PCC
¯
PRÉ EVISCERAÇÃO /
PCC
EVISCERAÇÃO
¯
FAZES PREPARATÓRIAS DA
·
INSPEÇÃO
¯
DIVISÃO DA CARCAÇA ·
¯
TOALETE
¯
LAVAGEM DA CARCAÇA ·
¯
RESFRIAMENTO PCC
¯
EXPEDIÇÃO E TRANSPORTE PCC
PCC*
RECEPÇÃO
¯
LAVAGEM
¯
PESAGEM
¯
ACONDICIONAMENTO
¯
EXPEDIÇÃO
PERIGOS BIOLÓGICOS
PERIGOS BIOLÓGICOS
CONTROLADOS POR
IDENTIFICADOS
129
*FONTE: FAO/WHO
PERIGOS FÍSICOS
PERIGOS FÍSICOS
CONTROLADOS POR
IDENTIFICADOS
130
*FONTE: FAO/WHO
PERIGOS QUÍMICOS
PERIGOS QUÍMICOS
CONTROLADOS POR
IDENTIFICADOS
*FONTE: FAO/WHO
131
FIGURA 8 DETERMINAÇÃO DO PCC*
Pergunta 4
Pergunta 1
132
Existem Existe
medidas Pergunta 2 Pergunta 3 uma etapa
Perigo
Esta Poderia o
identificado preventivas subseqüente
para o etapa foi perigo que
e categoria
controle dos especialmente identificado poderia
(Biológico,
desenvolvida ocorrer
Químico. ou perigos eliminar o
identificados? para em níveis perigo ou
Físico)
Se eliminar ou maiores reduzir
Determinar se
não, não é reduzir que os sua
é
a provável aceitáveis
completamente um ocorrência a
PCC. ocorrência de ou poderia níveis
controlado
Verificar um aumentar, aceitáveis?
Etapa do pelo
perigo a um alcançando Se não, este
processo ou programa de como esse
perigo nível níveis é um Número
componente pré- aceitável ? Se indesejáveis? PCC e deve do PCC
da requisitos. Se pode ser
fórmula sim, controlado não, Se ser
antes passar para a não, não é identificado
indica
ou depois Pergunta 3. um como
"Pré/Prog",
desta Se PCC; passar tal na última
descrever e
etapa e passar sim, este é para o coluna. Se
passar
para o um : próximo sim,
para o próximo
próximo PCC e deve perigo não é um
perigo
perigo ser;- identificado. PCC,
identificado.
identificado Se
Se não, passar identificado. identificar a
Se sim, como sim, passar próxima
para a
descrever tal na última; para a etapa e
Pergunta 1.
e passar para coluna. Pergunta 4 passar ao
a próximo
Pergunta 2. perigo
identificado.
* FONTE: F AO/WHO
133
134
135
136
137
- Ponto importante de contaminação
QUADRO RESUMO
NOME DO PRODUTO
Listar quaisquer perigos biológicos, químicos ou físicos que não são controlados no estabelecimento
PERIGOS PREVIAMENTE
IDENTIFICADOS E MEDIDAS PREVENTIVAS PARA
PROCEDENTES DE FONTES CONTROLE DO PERIGO (ex.: instruções de
EXTERNAS AO cozimento, educação do consumidor, etc.)
ESTABELECIMENTO
138
DATA APROVADO POR:
FONTE:FAO/WHO
NOME DO PRODUTO
FONTE:FAO/WHO
D.O.U., 16/03/1998
139
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 07/05/2021 | Edição: 85 | Seção: 1 | Página: 127
Órgão: Ministério da Saúde/Gabinete do Ministro
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do
parágrafo único do art. 87 da Constituição, resolve:
ANEXO
Art. 2º Este Anexo se aplica à água destinada ao consumo humano proveniente de sistema de
abastecimento de água, solução alternativa de abastecimento de água, coletiva e individual, e carro-pipa.
Art. 3º Toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente por meio de
sistema, solução alternativa coletiva de abastecimento de água ou carro-pipa, deve ser objeto de controle
e vigilância da qualidade da água.
Art. 4º Toda água destinada ao consumo humano proveniente de solução alternativa individual de
abastecimento de água está sujeita à vigilância da qualidade da água.
I - água para consumo humano: água potável destinada à ingestão, preparação de alimentos e à
higiene pessoal, independentemente da sua origem;
II - água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido neste Anexo e que não
ofereça riscos à saúde;
VII - solução alternativa individual de abastecimento de água para consumo humano (SAI):
modalidade de abastecimento de água para consumo humano que atenda a domicílios residenciais com
uma única família, incluindo seus agregados familiares;
VIII - rede de distribuição: parte do sistema de abastecimento formada por tubulações e seus
acessórios, destinados a distribuir água potável até as ligações prediais;
IX - ligações prediais: conjunto de tubos, peças, conexões e equipamentos que interliga a rede
de distribuição à instalação hidráulica predial do usuário;
X - instalação hidráulica predial: rede ou tubulação de água que vai da ligação de água do
sistema de abastecimento até o reservatório de água do usuário;
XII - controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de atividades exercidas
regularmente pelo responsável pelo sistema ou por solução alternativa coletiva de abastecimento de
água, destinado a verificar se a água fornecida à população é potável, de forma a assegurar a manutenção
desta condição;
XIII - vigilância da qualidade da água para consumo humano: conjunto de ações adotadas
regularmente pela autoridade de saúde pública para verificar o atendimento a este Anexo e avaliar se a água
consumida pela população apresenta risco à saúde;
XIV - plano de amostragem: documento que inclui definição dos pontos de coleta, número e
frequência de coletas de amostras para análise da qualidade da água e de parâmetros a serem
monitorados;
XV - evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde
pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no
padrão clínico epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a
magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou
agravos decorrentes de desastres ou acidentes;
XVI - evento de massa: atividade coletiva de natureza cultural, esportiva, comercial, religiosa,
social ou política, por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional de pessoas, de
origem nacional ou internacional, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos
riscos à saúde pública exijam a atuação coordenada de órgãos de saúde pública da gestão municipal,
estadual e federal e requeiram o fornecimento de serviços especiais de saúde, públicos ou privados;
XVII - carro-pipa: veículo equipado com reservatório utilizado exclusivamente para distribuição
e transporte de água para consumo humano;
XIX - plano de ação: conjunto de ações, procedimentos e protocolos que visam corrigir, no
menor tempo possível, situações de risco a saúde identificadas em SAA ou SAC;
XX - situação de risco à saúde: situação que apresenta risco ou ameaça à saúde pública
decorrente de desastres, acidentes ou mudanças ambientais, ou ainda por alterações das condições
normais de operação e manutenção de sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água para
consumo, que alterem a qualidade ou quantidade da água de consumo oferecida à população; e
141
XXI - povos e comunidades tradicionais: grupos culturalmente diferenciados e que se
reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam
territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e
econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.
Art. 6º São competências da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em seu
âmbito administrativo, além de outras que sejam pactuadas pelas Comissões Intergestores:
V - informar à população, de forma clara e acessível, sobre a qualidade da água para consumo
humano e os riscos à saúde associados, de acordo com o disposto no Decreto nº 5.440, de 4 de maio de
2005, ou em instrumento legal que venha substituí-lo;
VII - promover ações em articulação com órgãos públicos que tenham relação com o
abastecimento de água para consumo humano, tais como órgãos ambientais, gestores de recursos
hídricos e entidades de regulação de serviços de saneamento básico.
Art. 7º Para os fins deste Anexo, as competências atribuídas à União serão exercidas pelo
Ministério da Saúde e entidades a ele vinculadas, conforme estabelecido nesta Seção.
III - estabelecer diretrizes nacionais da vigilância da qualidade da água para consumo humano;
V - gerenciar o Sisagua;
VII - executar ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano de forma
complementar à atuação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
I - estabelecer diretrizes para as ações da qualidade da água para consumo humano em aldeias
indígenas, a serem implementadas pelos respectivos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI),
considerando a realidade local, os aspectos epidemiológicos, socioambientais e etnoculturais;
142
II - planejar e implementar, por meio dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), ou
mediante parcerias, as ações de qualidade da água para consumo humano nas aldeias indígenas,
incluindo a operação, a manutenção, o monitoramento e a adoção de boas práticas;
III - avaliar e implementar ações para minimização ou eliminação de potenciais riscos à saúde
relacionados ao abastecimento de água para consumo humano em aldeias indígenas; e
IV - inserir no Sisagua, os dados sobre o abastecimento de água para consumo humano das
aldeias indígenas, por meio dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
I - exercer a vigilância da qualidade da água para consumo humano nas áreas de portos,
aeroportos e passagens de fronteiras terrestres, conforme os critérios e parâmetros estabelecidos neste
Anexo, bem como diretrizes específicas pertinentes; e
a. no Programa Vigiagua;
III - estabelecer as prioridades, objetivos, metas, prazos para inserção de dados no Sisagua e
indicadores de vigilância da qualidade da água para consumo humano a serem pactuados na Comissão
Intergestores Bipartite (CIB;
1 - no Programa Vigiagua;
143
III - manter atualizados no Sisagua os dados de cadastro, controle e vigilância das formas de
abastecimento de água para consumo;
IV - autorizar o fornecimento de água para consumo humano, por meio de sistema ou solução
alternativa coletiva de abastecimento de água, considerando os documentos exigidos no Art. 15 deste
Anexo;
VIII - emitir parecer sobre o plano de amostragem elaborado pelos prestadores de serviço em até
30 dias após o recebimento;
XI - determinar ao responsável por SAA ou SAC, quando verificadas não conformidades que
apontem para situações de risco à saúde, que:
XII - intensificar as ações do Programa Vigiagua quando ocorrerem eventos de massa, situações
de risco a saúde ou eventos de saúde pública relacionados ao abastecimento de água para consumo
humano;
XIII - realizar as ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano nas áreas
urbanas e rurais, incluindo comunidades tradicionais, aglomerados subnormais, grupos vulneráveis e
comunidades indígenas localizadas na sede do município e em terras indígenas não homologadas, neste
caso de forma articulada com o respectivo Distrito Sanitário Especial Indígena;
XIV - avaliar o atendimento dos dispositivos deste Anexo, por parte do responsável por SAA ou
SAC, notificando-os e estabelecendo prazo para sanar a(s) irregularidade(s) identificada(s);
XVI - solicitar aos prestadores de serviço as informações sobre os produtos químicos utilizados
no tratamento de água para consumo humano e sobre os materiais que tenham contato com a água para
consumo humano durante sua produção, armazenamento e distribuição.
Parágrafo único. Caso a autoridade de saúde não se manifeste no prazo determinado no Inciso
VIII, importará a aprovação tácita do plano de amostragem até manifestação em contrário.
144
Seção V - Do responsável pelo sistema ou por solução alternativa coletiva de abastecimento de
água para consumo humano
VIII - exigir dos fornecedores, laudo de atendimento dos requisitos de saúde (LARS) e da
comprovação de baixo risco a saúde (CBRS), para o controle de qualidade dos produtos químicos
utilizados no tratamento da água, considerando a norma técnica da ABNT NBR 15.784;
X - manter avaliação sistemática do SAA ou SAC, sob a perspectiva dos riscos à saúde, com
base nos seguintes critérios:
XI - encaminhar à autoridade de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
os dados de cadastro das formas de abastecimento e os relatórios de controle da qualidade da água,
conforme o modelo estabelecido pela referida autoridade;
XIII - fornecer à autoridade de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
os dados de controle da qualidade da água para consumo humano, quando solicitados;
XIV - comunicar aos órgãos ambientais e aos gestores de recursos hídricos as características da
qualidade da água do(s) manancial(ais) de abastecimento em desacordo com os limites ou condições da
respectiva classe de enquadramento, conforme definido na legislação específica vigente;
XVI - contribuir com os órgãos ambientais e gestores de recursos hídricos, por meio de ações
cabíveis para proteção do(s) manancial(ais) de abastecimento(s) e da(s) bacia(s) hidrográfica(s);
145
XVII - proporcionar mecanismos para recebimento de reclamações, e manter registros
atualizados sobre a qualidade da água distribuída e sobre as limpezas de reservatórios, sistematizando-os
de forma compreensível aos consumidores e disponibilizando-os para pronto acesso e consulta pública,
em atendimento às legislações específicas de defesa do consumidor e acesso à informação;
1 - na saída de cada filtro ou após a mistura da água filtrada, caso seja comprovado o
impedimento da realização do monitoramento individual de cada unidade filtrante;
2 - na saída do tratamento;
3 - no(s) reservatório(s);
4 - na rede de distribuição; e
Art. 15 O responsável por SAA ou SAC deve requerer, junto à Autoridade de Saúde Pública
Municipal, autorização para início da operação e fornecimento de água para consumo humano, mediante a
apresentação dos seguintes documentos:
III - laudo de análise dos parâmetros de qualidade da água previstos neste Anexo; e
IV - plano de amostragem.
Seção VI - Do responsável pela distribuição e transporte de água potável por meio de carro-
pipa
Art. 16 Compete ao responsável pela distribuição e transporte de água potável por meio de
carro-pipa:
I - solicitar à autoridade de saúde pública autorização para transporte de água para consumo
humano e cadastramento do carro-pipa;
146
V - portar o documento exigido no Inciso XIX, Art. 14 deste Anexo e a autorização para
transporte de água potável emitida pela autoridade de saúde pública, durante o deslocamento do carro-
pipa;
VII - garantir que o tanque utilizado para o transporte de água potável contenha, de forma
visível, a inscrição "ÁGUA POTÁVEL" e os dados de endereço e telefone para contato.
III - indicar os laboratórios de referência nacional para realização das análises de vigilância da
qualidade da água para consumo humano;
I - coordenar, em âmbito estadual, as ações laboratoriais, sob sua competência, necessárias para
a vigilância da qualidade da água, de forma articulada com a Rede Nacional de Laboratórios de Saúde
Pública;
III - indicar os laboratórios de referência regional e municipal para realização das análises de
vigilância da qualidade da água para consumo humano; e
Art. 20 As análises laboratoriais para controle da qualidade da água para consumo humano
podem ser realizadas em laboratório próprio, conveniado ou contratado, desde que estes comprovem a
existência de boas práticas de laboratório e biossegurança, conforme normas da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária e demais normas relacionadas, e comprovem a existência de sistema de gestão da
qualidade, conforme os requisitos especificados na NBR ISO/IEC 17025.
Art. 21 As análises laboratoriais para vigilância da qualidade da água para consumo humano
devem ser realizadas nos laboratórios de saúde pública.
Art. 22 As metodologias analíticas para determinação dos parâmetros previstos neste Anexo
devem atender às normas nacionais ou internacionais mais recentes, tais como:
I - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, de autoria das instituições
American Public Health Association (APHA), American Water Works Association (AWWA) e Water
Environment Federation (WEF);
§ 1º O Limite de quantificação (LQ) das metodologias utilizadas deve ser menor ou igual ao valor
máximo permitido para cada parâmetro analisado.
§ 3º Outras metodologias que não estejam relacionadas nas normas citadas no caput deste
artigo podem ser utilizadas desde que sejam devidamente validadas e registradas conforme os requisitos
especificados na NBR ISO/IEC 17025.
Art. 24 Toda água para consumo humano fornecida coletivamente deverá passar por processo de
desinfecção ou adição de desinfetante para manutenção dos residuais mínimos, conforme as
disposições contidas no Art. 32.
Art. 25 A rede de distribuição de água para consumo humano deve ser operada sempre com:
Art. 26 A instalação hidráulica predial ligada ao sistema de abastecimento de água não poderá
ser também alimentada por outras fontes.
Art. 27 A água potável deve estar em conformidade com padrão microbiológico, conforme
disposto nos Anexos 1 a 8 e demais disposições deste Anexo.
§ 2º Nos sistemas de distribuição, as novas amostras devem incluir no mínimo uma recoleta no
ponto onde foi constatado o resultado positivo para coliformes totais e duas amostras extras, sendo uma à
montante e outra à jusante do local da recoleta.
§ 4º O resultado negativo para coliformes totais das recoletas não anula o resultado
originalmente positivo no cálculo dos percentuais de amostras com resultado positivo.
148
§ 5º Não são tolerados resultados positivos que ocorram em recoleta, nos termos do § 1º do Art.
27.
§ 7º Quando houver interpretação duvidosa nas reações típicas dos ensaios analíticos na
determinação de coliformes totais e Escherichia coli, deve-se fazer a recoleta.
§ 1º Entre os 5% (cinco por cento) dos valores permitidos de turbidez superiores ao VMP
estabelecido no Anexo 2 para água subterrânea, pós-desinfecção, o limite máximo para qualquer amostra
pontual deve ser de 5,0 uT.
§ 1º Quando for identificada média geométrica móvel dos últimos 12 meses de monitoramento
maior ou igual a 1.000 Escherichia coli/100mL, deve-se avaliar a eficiência de remoção da Estação de
Tratamento de Água (ETA) por meio do monitoramento semanal de esporos de bactérias aeróbias.
§ 8º Entre os 5% (cinco por cento) das amostras que podem apresentar valores de turbidez
superiores a 0,3 uT o limite máximo para qualquer amostra pontual deve ser menor ou igual a 1,0 uT pa ra
filtração rápida.
149
§ 9º Caso a concentração de oocistos seja inferior a 1 oocisto/L e a média geométrica móvel se
mantenha superior ou igual a 1.000 Escherichia coli/100mL deve-se realizar o monitoramento de esporos de
bactérias aeróbias pelo período de um ano.
§ 11º Havendo comprovação de que todos os filtros rápidos do sistema de tratamento produzam
água com turbidez inferior a 0,3 uT, de maneira sistemática, dispensa-se a realização dos ensaios exigidos
neste artigo.
§ 12º Para SAA e SAC com tratamento por filtração em membrana, deve-se obter um efluente
filtrado com turbidez menor ou igual a 0,1 uT em pelo menos 99% das medições realizadas no mês.
Art. 30 Para sistemas e soluções alternativas coletivas de abastecimento de água com captação
em mananciais superficiais, no controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração,
cloraminação, da aplicação de dióxido de cloro ou de isocianuratos clorados devem ser observados os
tempos de contato e as concentrações residuais de desinfetante na saída do tanque de contato, em
função, quando cabível, dos valores de pH e temperatura, expressos nos Anexos 3, 4 e 5.
§ 2º No caso da desinfecção com o uso de ozônio, deve ser observado o produto concentração
e tempo de contato (CT) de 0,34 mg.min/L para temperatura média mensal da água igual a 15º C.
§ 3º Para valores de temperatura média da água diferentes de 15ºC, deve-se proceder aos
seguintes cálculos para desinfecção com ozônio:
I - para valores de temperatura média abaixo de 15ºC: duplicar o valor de CT a cada decréscimo
de 10ºC; e
II - para valores de temperatura média acima de 15ºC: dividir por dois o valor de CT a cada
acréscimo de 10ºC.
§ 4º No caso da desinfecção por radiação ultravioleta, deve ser observada a dose mínima de 2,1
mJ/cm2para 1,0 log (90%) de inativação de cistos de Giardia spp.
§ 2º No caso da desinfecção por radiação ultravioleta, deve ser observada a dose mínima de 1,5
mJ/cm2.
§ 3º No caso da desinfecção com o uso de ozônio, deve ser observado o produto, concentração
e tempo de contato (CT) de 0,16 mg.min/L para temperatura média da água igual a 15ºC.
§ 4º Para valores de temperatura média da água diferentes de 15ºC, deve-se proceder aos
seguintes cálculos para desinfecção com ozônio:
I - para valores de temperatura média abaixo de 15ºC: duplicar o valor de CT a cada decréscimo
de 10ºC; e
II - para valores de temperatura média acima de 15ºC: dividir por dois o valor de CT a cada
acréscimo de 10ºC.
§ 5º A avaliação da contaminação por Escherichia coli no manancial subterrâneo deve ser feita
mediante coleta mensal de uma amostra de água em ponto anterior ao local de desinfecção.
150
§ 6º Na ausência de tanque de contato, a coleta de amostras de água para a verificação da
presença/ausência de coliformes totais em SAA e SAC, supridos por manancial subterrâneo, deverá ser
realizada em local a montante ao primeiro ponto de consumo.
§ 7º Caso o SAA ou SAC seja suprido também por manancial superficial, deverá seguir as
exigências para desinfecção deste tipo de manancial.
Art. 32 É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre ou 2 mg/L
de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de cloro em toda a extensão do sistema de
distribuição (reservatório e rede) e nos pontos de consumo.
Art. 33 No caso do uso de ozônio ou radiação ultravioleta como desinfetante, deverá ser
adicionado cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter residual mínimo no sistema de distribuição
(reservatório e rede) e no ponto de consumo, de acordo com as disposições do Art. 32.
Art. 35 Para a utilização de outro agente desinfetante, além dos citados neste Anexo, deve -se
consultar o Ministério da Saúde, por intermédio da SVS/MS.
Art. 36 A água potável deve estar em conformidade com o padrão de substâncias químicas que
representam risco à saúde e cianotoxinas, expressos nos Anexos 9 e 10 e demais disposições deste Anexo.
§ 1º Caso os níveis de triagem de beta total sejam superados, deverá ser subtraída a
contribuição do emissor beta K-40 (isótopo de Potássio com massa atômica 40 u).
§ 5º A CNEN avaliará sobre a potabilidade do ponto de vista radiológico, com base na dose total
estimada devido à ingestão de água contendo todos os radionuclídeos presentes.
§ 6º Até que a CNEN avalie a potabilidade da água do ponto de vista radiológico, nenhuma
medida de restrição ao abastecimento com base no aspecto radiológico deve ser adotada, considerando
as elevadas incertezas que podem estar associadas às técnicas para determinação de alfa e beta total.
Paragráfo único. Para os parâmetros ferro e manganês são permitidos valores superiores ao VMPs
estabelecidos no Anexo 11, desde que sejam observados os seguintes critérios:
151
I - os elementos ferro e manganês estejam complexados com produtos químicos
comprovadamente de baixo risco à saúde, conforme preconizado no Inciso VIII do Art. 14 e nas normas da
ABNT; e
II - as concentrações de ferro e manganês não ultrapassem 2,4 e 0,4 mg/L, respectivamente. Art.
39 A soma das razões das concentrações de nitrito e nitrato e seus respectivos VMPs,
estabelecidos no Anexo 9, não deve exceder 1.
§ 1º O critério definido no caput deste artigo é expresso pela seguinte inequação: (Concentração
nitrato/VMP nitrato)+(Concentração nitrito/VMP nitrito) £1.
§ 2º O critério definido no caput deste artigo não exime o cumprimento dos VMP estabelecidos
individualmente para nitrito e nitrato.
Parágrafo único. A média móvel de que trata o caput deste artigo deve ser computada
individualmente para cada ponto de amostragem.
I - caso pelo menos um analito seja quantificado, considerar, para a soma dos componentes
com resultados menores que o LD ou o LQ, os valores de LD/2 e LQ/2, respectivamente;
II - caso nenhum analito apresente resultado quantificado e pelo menos um analito seja menor
que o LQ considerar o maior valor de LQ; e
III - caso os resultados de todos os analitos sejam menores que o LD, considerar o maior valor
de LD.
Parágrafo único. O somatório dos LQ de todos os analitos individuais deve ser no máximo igual
ao VMP estabelecido para o somatório.
Art. 42 Os responsáveis por SAA e SAC devem analisar pelo menos uma amostra semestral da
água bruta em cada ponto de captação com vistas a uma gestão preventiva de risco.
Art. 43 Para minimizar os riscos de contaminação da água para consumo humano com
cianotoxinas, os responsáveis por SAA ou SAC com captação em mananciais superficiais devem realizar
monitoramento para identificação e contagem de células de cianobactérias, de acordo com a Tabela do
Anexo 12, considerando, para efeito de alteração da frequência de monitoramento, o resultado da última
amostragem.
152
I - Quando os resultados da análise prevista no § 1° deste artigo revelarem que a concentração
de clorofila-a é igual ou superior a 10 μg/L, deve-se proceder a nova coleta de amostra para análise do
fitoplâncton;
III - O monitoramento de clorofila-a descrito no § 1º deste Artigo pode ser substituído pelo
monitoramento mensal de cianobactérias no ponto de captação, atendendo o limite de contagem de
células de cianobactérias menor ou igual a 10.000 células/mL.
§ 7º Em função dos riscos à saúde associados às cianotoxinas, é vedado o uso de algicidas para
o controle do crescimento de microalgas e cianobactérias no manancial de abastecimento ou qualquer
intervenção que provoque a lise das células.
Art. 44 Os responsáveis por SAA e SAC devem elaborar anualmente e submeter para análise da
autoridade municipal de saúde pública, o plano de amostragem de cada sistema e solução, respeitando os
planos mínimos de amostragem expressos neste Anexo.
2. edifícios que alberguem grupos populacionais de risco, tais como hospitais, creches, asilos e
presídios;
153
4 . locais com sistemáticas notificações de agravos à saúde tendo como possíveis causas os
agentes de veiculação hídrica.
§ 3º Em todas as amostras coletadas para análises bacteriológicas, deve ser efetuada medição
de cor, turbidez e residual de desinfetante.
Art. 46 Serão aplicadas as sanções previstas na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, e na Lei nº
8.078, de 11 de setembro de 1990, além de normativas estaduais e municipais aplicáveis, aos responsáveis
por SAA ou SAC que não observarem as determinações constantes neste Anexo, sem prejuízo das sanções
de natureza civil ou penal cabíveis.
Art. 47 Cabe ao Ministério da Saúde, por intermédio da SVS/MS, e às Secretarias de Saúde dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, assegurar o cumprimento deste Anexo.
Art. 48 Sempre que forem identificadas situações de risco à saúde, os responsáveis pelo SAA ou
SAC e as autoridades de saúde pública devem, em conjunto, elaborar um plano de ação e tomar as
medidas cabíveis, incluindo a eficaz comunicação à população, sem prejuízo das providências imediatas
para a correção das não conformidades.
Art. 49 A Autoridade de Saúde Pública poderá exigir dos responsáveis por SAA e SAC a
elaboração e implementação de Plano de Segurança da Água (PSA), conforme a metodologia e o
conteúdo preconizados pela Organização Mundial da Saúde ou definidos em diretrizes do Ministério da
Saúde, para fins de gestão preventiva de risco à saúde
Art. 50 É facultado ao responsável por SAA ou SAC solicitar à autoridade de saúde pública
alteração dos parâmetros monitorados e da frequência mínima de amostragem, mediante apresentação
de:
§ 1º A autoridade de saúde pública deve emitir parecer sobre a solicitação prevista no caput
deste Artigo, no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, com base em análise fundamentada nos
documentos referidos nos incisos I e II deste artigo.
§ 5º Quando observada a não implementação do PSA por parte do responsável por SAA ou SAC,
será exigido o cumprimento integral do plano de amostragem estabelecido neste Anexo.
Art. 51 O Ministério da Saúde promoverá, por intermédio da SVS/MS, a revisão deste Anexo no
prazo de 5 (cinco) anos ou a qualquer tempo.
Art. 53 Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos Municípios.
Art. 54 Fica estabelecido o prazo máximo de 12 (doze) meses, contados a partir da data de
publicação deste Anexo, para que os órgãos e entidades sujeitos à aplicação deste Anexo promovam as
adequações necessárias à implementação do monitoramento de esporos de bactérias aeróbias.
Art. 55 Fica estabelecido o prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir da data
de publicação deste Anexo, para que os órgãos e entidades sujeitos à aplicação deste Anexo promovam as
adequações necessárias para o alcance do novo VMP para o parâmetro dureza.
ANEXO 1
Formas de
abastecimento Parâmetro VMP(1)
NOTAS:
155
(3) Indicador de eficiência de tratamento.
ANEXO 2
Número de
Tratamento da água VMP(1) amostras Frequência
0,5 uT(2) em 95% das amostras. 1,0 uT no
Filtração rápida (tratamento restante das amostras mensais coletadas 1 A cada
completo ou filtração direta) 2horas
.
A cada
Filtração em Membrana 0,1 uT(2) em 99% das amostras. 1
2horas
1,0 uT(2) em 95% das amostras. 2,0 uT no
Filtração lenta restante das amostras mensais coletadas 1 Diária
.
1,0 uT(2) em 95% das amostras. 5,0 uT no
Pós-desinfecção (para águas restante das amostras mensais coletadas
subterrâneas) 1 Semanal
.
NOTAS:
(2)Unidade de Turbidez
ANEXO 3
NOTAS:
NOTAS:
ANEXO 5
158
C Temperatura Temperatura Temperatura Temperatura Temperatura Temperatura Temperatura
(1) (5ºC ) (10ºC ) (15ºC ) (20ºC ) (25ºC ) (30ºC ) (35ºC )
0,1 108 77 63 55 49 45 41
0,2 54 38 31 27 24 22 21
0,3 36 26 21 18 16 15 14
0,4 27 19 16 14 12 11 10
0,5 22 15 13 11 10 9 8
0,6 18 13 10 9 8 7 7
0,7 15 11 9 8 7 6 6
0,8 13 10 8 7 6 6 5
0,9 12 9 7 6 5 5 5
1,0 11 8 6 5 5 4 4
1,1 10 7 6 5 4 4 4
1,2 9 6 5 5 4 4 3
1,3 8 6 5 4 4 3 3
1,4 8 5 4 4 3 3 3
1,5 7 5 4 4 3 3 3
1,6 7 5 4 3 3 3 3
1,7 6 5 4 3 3 3 2
1,8 6 4 3 3 3 2 2
1,9 6 4 3 3 3 2 2
2,0 5 4 3 3 2 2 2
2,1 5 4 3 3 2 2 2
2,2 5 3 3 2 2 2 2
2,3 5 3 3 2 2 2 2
2,4 4 3 3 2 2 2 2
2,5 4 3 3 2 2 2 2
2,6 4 3 2 2 2 2 2
2,7 4 3 2 2 2 2 2
2,8 4 3 2 2 2 2 1
2,9 4 3 2 2 2 2 1
3,0 4 3 2 2 2 1 1
NOTAS:
ANEXO 6
159
0,6 27 34 41 49 59 69 81 19 24 29 35 41 49 57 14 17 20 25 29 35 40
0,7 24 29 36 43 51 61 71 17 21 25 31 36 43 50 12 15 18 22 26 30 35
0,8 21 26 32 39 46 54 63 15 19 23 27 32 38 45 11 13 16 19 23 27 32
0,9 19 24 29 35 42 49 57 14 17 21 25 29 35 40 10 12 15 17 21 24 29
1,0 18 22 27 32 38 45 52 12 15 19 23 27 32 37 9 11 13 16 19 22 26
1,1 16 20 24 29 35 41 48 11 14 17 21 25 29 34 8 10 12 15 18 21 24
1,2 15 19 23 27 33 38 45 11 13 16 19 23 27 32 8 9 11 14 16 19 22
1,3 14 17 21 26 30 36 42 10 12 15 18 21 25 30 7 9 11 13 15 18 21
1,4 13 16 20 24 29 34 39 9 12 14 17 20 24 28 7 8 10 12 14 17 20
1,5 12 15 19 23 27 32 37 9 11 13 16 19 22 26 6 8 9 11 13 16 18
1,6 12 15 18 21 25 30 35 8 10 13 15 18 21 25 6 7 9 11 13 15 17
1,7 11 14 17 20 24 28 33 8 10 12 14 17 20 23 6 7 8 10 12 14 17
1,8 11 13 16 19 23 27 32 8 9 11 14 16 19 22 5 7 8 10 12 14 16
1,9 10 13 15 19 22 26 30 7 9 11 13 16 18 21 5 6 8 9 11 13 15
2,0 10 12 15 18 21 25 29 7 9 10 13 15 18 20 5 6 7 9 11 12 14
2,1 9 12 14 17 20 24 28 7 8 10 12 14 17 20 5 6 7 8 10 12 14
2,2 9 11 14 16 19 23 27 6 8 10 12 14 16 19 4 6 7 8 10 11 13
2,3 9 11 13 16 19 22 26 6 8 9 11 13 16 18 4 5 7 8 9 11 13
2,4 8 10 13 15 18 21 25 6 7 9 11 13 15 18 4 5 6 8 9 11 12
2,5 8 10 12 15 17 21 24 6 7 9 10 12 15 17 4 5 6 7 9 10 12
2,6 8 10 12 14 17 20 23 5 7 8 10 12 14 16 4 5 6 7 8 10 12
2,7 8 9 11 14 16 19 22 5 7 8 10 12 14 16 4 5 6 7 8 10 11
2,8 7 9 11 13 16 19 22 5 6 8 9 11 13 15 4 5 6 7 8 9 11
2,9 7 9 11 13 15 18 21 5 6 8 9 11 13 15 4 4 5 6 8 9 11
3,0 7 9 10 13 15 18 21 5 6 7 9 11 12 14 3 4 5 6 7 9 10
C
(1) Temperatura (20ºC ) Temperatura (25ºC ) Temperatura (30ºC )
NOTAS:
ANEXO 7
NOTAS:
161
(1) C: residual de cloro combinado na saída do tanque de contato (mg/L).
ANEXO 8
NOTAS:
ANEXO 9
162
TABELA DE PADRÃO DE POTABILIDADE PARA SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS INORGÂNICAS QUE
REPRESENTAM RISCO À SAÚDE
Parâmetro CAS(1) Unidade VMP(2)
Antimônio 7440-36-0 mg/L 0,006
Arsênio 7440-38-2 mg/L 0,01
Bário 7440-39-3 mg/L 0,7
Cádmio 7440-43-9 mg/L 0,003
Chumbo 7439-92-1 mg/L 0,01
Cobre 7440-50-8 mg/L 2
Cromo 7440-47-3 mg/L 0,05
Fluoreto 7782-41-4 mg/L 1,5
Mercúrio Total 7439-97-6 mg/L 0,001
Níquel 7440-02-0 mg/L 0,07
Nitrato (como N)(3) 14797-55-8 mg/L 10
Nitrito (como N)(3) 14797-65-0 mg/L 1
Selênio 7782-49-2 mg/L 0,04
Urânio 7440-61-1 mg/L 0,03
TABELA DE PADRÃO DE POTABILIDADE PARA SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS QUE REPRESENTAM RISCO À
SAÚDE
Parâmetro CAS(1) Unidade VMP(2)
1,2 Dicloroetano 107-06-2 μg/L 5
Acrilamida 79-06-1 μg/L 0,5
Benzeno 71-43-2 μg/L 5
Benzo[a]pireno 50-32-8 μg/L 0,4
Cloreto de Vinila 75-01-4 μg/L 0,5
Di(2-etilhexil) ftalato 117-81-7 μg/L 8
Diclorometano 75-09-2 μg/L 20
Dioxano 123-91-1 μg/L 48
Epicloridrina 106-89-8 μg/L 0,4
Etilbenzeno 100-41-4 μg/L 300
Pentaclorofenol 87-86-5 μg/L 9
Tetracloreto de Carbono 56-23-5 μg/L 4
Tetracloroeteno 127-18-4 μg/L 40
Tolueno 108-88-3 μg/L 30
Tricloroeteno 79-01-6 μg/L 4
Xilenos 1330-20-7 μg/L 500
TABELA DE PADRÃO DE POTABILIDADE PARA AGROTÓXICOS E METABÓLITOS QUE REPRESENTAM
RISCO À SAÚDE
Parâmetro CAS(1) Unidade VMP(2)
2,4 D 94-75-7 μg/L 30
Alacloro 15972-60-8 μg/L 20
116-06-3 (aldicarbe)
Aldicarbe + Aldicarbesulfona
1646-88-4(aldicarbesulfona) μg/L 10
+Aldicarbesulfóxido
1646-87-3 (aldicarbe sulfóxido)
309-00-2 (aldrin)
Aldrin + Dieldrin μg/L 0,03
60-57-1 (dieldrin)
Ametrina 834-12-8 μg/L 60
1912-24-9 (Atrazina)
Atrazina +
S-Clorotriazinas (Deetil-Atrazina - Dea, 6190-65-4 (Deetil-Atrazina - Dea)
1007-28-9 (Deisopropil-Atrazina - Dia) μg/L 2,0
Deisopropil-Atrazina - Dia e
3397-62-4 (Diaminoclorotriazina -
Diaminoclorotriazina -Dact) Dact)
Carbendazim 10605-21-7 μg/L 120
Carbofurano 1563-66-2 μg/L 7
Ciproconazol 94361-06-5 μg/L 30
163
Clordano 5103-74-2 μg/L 0,2
Clorotalonil 1897-45-6 μg/L 45
2921-88-2 (clorpirifós)
Clorpirifós + clorpirifós-oxon μg/L 30,0
5598-15-2 (clorpirifósoxon)
50-29-3 (p,p'-DDT)
DDT+DDD+DDE 72-54-8 (p,p'-DDD) μg/L 1
72-55-9 (p,p'-DDE)
Difenoconazol 119446-68-3 μg/L 30
Dimetoato + 60-51-5 (Dimetoato)
μg/L 1,2
ometoato 1113-02-6 (Ometoato)
Diuron 330-54-1 μg/L 20
Epoxiconazol 135319-73-2 μg/L 60
Fipronil 120068-37-3 μg/L 1,2
Flutriafol 76674-21-0 μg/L 30
1071-83-6 (glifosato)
Glifosato + AMPA μg/L 500
1066-51-9 (AMPA)
Hidroxi-Atrazina 2163-68-0 μg/L 120,0
Lindano (gama HCH) 58-89-9 μg/L 2
Malationa 121-75-5 μg/L 60
Mancozebe + 8018-01-7 (Mancozebe)
μg/L 8
ETU 96-45-7 (Ampa)
Metamidofós + 10265-92-6 (Metamidofós)
μg/L 7
Acefato 30560-19-1 (Acefato)
Metolacloro 51218-45-2 μg/L 10
Metribuzim 21087-64-9 μg/L 25
Molinato 2212-67-1 μg/L 6
Paraquate 4685-14-7 μg/L 13
Picloram 1918-02-1 μg/L 60
Profenofós 41198-08-7 μg/L 0,3
Propargito 2312-35-8 μg/L 30
Protioconazol + 178928-70-6 (Protioconazol)
μg/L 3
ProticonazolDestio 120983-64-4 (ProticonazolDestio)
Simazina 122-34-9 μg/L 2
Tebuconazol 107534-96-3 μg/L 180
Terbufós 13071-79-9 μg/L 1,2
Tiametoxam 153719-23-4 μg/L 36
Tiodicarbe 59669-26-0 μg/L 90
Tiram 137-26-8 μg/L 6
Trifluralina 1582-09-8 μg/L 20
TABELA DE PADRÃO DE POTABILIDADE PARA SUBPRODUTOS DA DESINFECÇÃO QUE REPRESENTAM
RISCO À SAÚDE(4)
Parâmetro CAS(1) Unidade VMP(2)
2,4,6 Triclorofenol 88-06-2 mg/L 0,2
2,4-diclorofenol 120-83-2 mg/L 0,2
Ácidos haloacéticos total(5) - mg/L 0,08
Bromato 15541-45-4 mg/L 0,01
Cloraminas Total - mg/L 4
Clorato 7775-09-9 mg/L 0,7
Clorito 7758-19-2 mg/L 0,7
Cloro residual livre 7782-50-5 mg/L 5
N-nitrosodimetilamina(7) 62-75-9 mg/L 0,0001
TrihalometanosTotal(6) - mg/L 0,1
NOTAS:
164
(1) CAS é o número de referência de compostos e substâncias químicas adotado pelo Chemical
Abstract Service.
(3) A soma das razões das concentrações de nitrito e nitrato e seus respectivos VMPs, deve
atender ao disposto no Art. 38.
(4) Análise exigida de acordo com o desinfetante utilizado e oxidante utilizado para pré-
oxidação.
(5) Ácidos haloacéticos: ácido monocloroacético - CAS = 79-11-8, ácido dicloroacético - CAS =
79-43-6, ácido tricloroacético - CAS = 76-03-9, ácido monobromoacético - CAS = 79-08-3, ácido
dibromoacético - CAS = 631-64-1, ácido bromocloroacético - CAS = 5589-96-8, ácido bromodicloroacético -
CAS = 71133-14-7, ácido dibromocloroacético - CAS = 5278-95-5, ácido tribromoacético - CAS = 75-96-7.
(6) O monitoramento será obrigatório apenas onde se pratique a desinfecção por cloraminação.
ANEXO 10
NOTAS:
(1) A frequência para o controle de cianotoxinas está prevista na tabela do Anexo 13.
ANEXO 11
NOTAS:
ANEXO 12
ANEXO 13
166
Superficial
Epicloridrina(4) ou 1 Mensal 1(6) 1(6) 1(6) Mensal
Subterrâneo
Superficial
Cloreto de ou 1 Semestral 1 1 1 Semestral
Vinila(7)
Subterrâneo
Demais Superficial
parâmetros (8) ou 1 Semestral 1(6) 1(6) 1(6) Trimestral
(9) Subterrâneo
NOTAS:
(2) Para sistemas que realizam a fluoretação ou desfluoretação da água. Os demais sistemas
devem realizar o monitoramento de fluoreto conforme a frequência definida para demais parâmetros.
(3) Quando houver pré-oxidação com agente diferente do desinfetante incluir o monitoramento de
subproduto em função do oxidante utilizado.
(5) Deve ser monitorado apenas pelos SAA e SAC que fazem o uso de polímero que apresenta essa
substância em sua constituição. A coleta de amostra deve ser realizada durante o período em que esse
polímero for utilizado no tratamento de água.
(6) Quando o parâmetro não for detectado na saída do tratamento (resultado da análise menor
que o limite de detecção) fica dispensado o monitoramento na água distribuída, à exceção de substâncias
que potencialmente possam ser introduzidas no sistema.
(7) Cloreto de Vinila deve ser monitorado na rede de distribuição, mesmo que não seja
encontrado na saída do tratamento, tendo em vista a possibilidade de serem liberados de materiais a base
de plástico PVC.
(9) Quando o parâmetro for detectado na saída do tratamento, deve-se monitorar com
frequência trimestral na saída do tratamento e no sistema de distribuição.
ANEXO 14
Saída do
Tratamento
(Número
Parâmetro Tipo de de Sistema de distribuição (reservatórios e rede)
Manancial amostras
por
unidade de
tratamento)
População abastecida
10.000 a 50.000 a 80.000 a 130.000 a 250
<5.000 5.000a10.000
50.000 80.000 130.000 250.000 340
Subterrâneo Semanal
167
Escherichia
-
coli
ANEXO 15
Residual de Superficial
desinfetante(1) ou 1 1 Diário
Subterrâneo
Superficial
ou
Demais parâmetros Subterrâneo 1 - Semestral
-
NOTAS:
168
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 26/12/2019 | Edição: 249 | Seção: 1 | Página: 133
Órgão: Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Diretoria Colegiada
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que
lhe confere o art. 15, III e IV, aliado ao art. 7º, III e IV, da Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, VI,
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 255, de 10 de
dezembro de 2018, em reunião realizada em 17 de dezembro de 2019, resolve:
Art. 1º Esta Instrução Normativa estabelece as listas de padrões microbiológicos para alimentos
prontos para oferta ao consumidor.
Art. 2º Para efeito desta Instrução Normativa são adotadas as seguintes definições:
I - alimento pronto para oferta ao consumidor: alimento na forma como será disponibilizado ao
consumidor, destinado à venda direta ou qualquer outra forma de distribuição, gratuita ou não;
II - alimento comercialmente estéril: alimento com atividade de água acima de 0,85, exceto
bebidas alcoólicas, não adicionado de conservadores, exceto carnes curadas enlatadas, submetido a
esterilidade comercial e acondicionado em embalagem hermética, estável à temperatura ambiente;
III - alimento estável à temperatura ambiente: alimento que, devido à sua natureza, mantém a
segurança e características originais, mesmo quando armazenado em temperatura ambiente, desde que a
integridade da embalagem seja mantida;
V - alimento pronto para o consumo: alimento proveniente da indústria de alimentos que não
requer a adição de outros ingredientes, e para o qual não há indicação, previamente ao consumo, da
necessidade de tratamento térmico efetivo ou outro processo de eliminação ou de redução de micro-
organismos de preocupação à saúde humana a níveis seguros;
VIII - esterilidade comercial: condição atingida por aplicação de calor suficiente, isolado ou em
combinação com outros tratamentos apropriados ou tecnologia equivalente, para tornar o alimento isento
de micro-organismos capazes de se reproduzir em condição ambiente de armazenamento e distribuição
do produto;
169
X - limite microbiológico m (m): limite que, em um plano de três classes, separa unidades
amostrais de "Qualidade Aceitável" daquelas de "Qualidade Intermediária" e que, em um plano de duas
classes, separa unidades amostrais de "Qualidade Aceitável" daquelas de "Qualidade Inaceitável";
XI - limite microbiológico M (M): limite que, em um plano de três classes, separa unidades
amostrais de "Qualidade Intermediária" daquelas de "Qualidade Inaceitável";
XIII - tratamento térmico efetivo: tratamento térmico realizado previamente ao consumo dos
alimentos até que seu ponto frio atinja a temperatura de 75°C ou combinação tempo-temperatura
equivalente, comprovadamente eficaz na redução de formas vegetativas de micro-organismos de
preocupação à saúde humana a níveis seguros; e
XIV - ultra alta temperatura (UAT) ou ultra high temperature (UHT): processo utilizado para
esterilização comercial de alimentos por meio do aquecimento a temperaturas elevadas e, imediatamente,
do resfriamento.
Art. 3º Os alimentos, com exceção dos alimentos comercialmente estéreis, devem atender aos
padrões microbiológicos estabelecidos no Anexo I desta Instrução Normativa.
§ 1º Para produtos cárneos mistos das categorias 5 e 6 do Anexo I desta Instrução Normativa,
devem ser cumpridos os padrões microbiológicos da categoria específica menos restritiva.
I - caso o resultado para coliformes totais seja "Presença em 250mL", deve-se realizar a
pesquisa de Escherichia coli em 250 mL; e
II - caso o resultado para esporos de clostrídios sulfito redutores seja "Presença em 50 mL",
deve-se realizar a pesquisa de esporos de Clostridium perfringens em 50 mL.
IV - alimentos com combinação de pH menor ou igual a 5,0 e atividade de água menor ou igual
a 0,94;
V - alimentos que tenham recebido tratamento térmico efetivo ou outro processo equivalente
para eliminação de Listeria monocytogenes e cuja recontaminação após este tratamento não seja possível,
tais como os produtos tratados termicamente em sua embalagem final;
VIII - águas envasadas, águas carbonatadas, refrigerantes, cervejas, cidras, vinhos e produtos
similares;
170
IX - açúcares e produtos para adoçar;
X - mel;
Art. 5º Para fins de enquadramento de produto não caracterizado explicitamente nas categorias
gerais e específicas constante no Anexo I desta Instrução Normativa deve ser considerada a similaridade
da natureza do alimento e do processo de fabricação.
Art. 6º Os alimentos comercialmente estéreis, incluindo leite e derivados UAT (UHT), fórmulas
infantis líquidas comercialmente estéreis e fórmulas enterais líquidas comercialmente estéreis devem
cumprir os padrões microbiológicos estabelecidos no Anexo III desta Instrução Normativa.
Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em vigor no prazo de 12 (doze) meses a partir da data de
sua publicação.
Art. 8º Os produtos fabricados até a entrada em vigor desta Instrução Normativa deverão
cumprir os padrões microbiológicos estabelecidos pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 12, de 2
de janeiro de 2001, até o fim de seus prazos de validade.
1. FRUTAS E DERIVADOS
2. HORTALIÇAS, RAÍZES,
TUBÉRCULOS, FUNGOS
COMESTÍVEIS E
DERIVADOS
a) Nozes, amêndoas,
castanhas, amendoins,
nibs de cacau,
sementes comestíveis, Salmonella/25g 10 0 Aus -
adicionadas ou não de
outros ingredientes,
com coberturas ou não,
para consumo direto
Escherichia coli/g 5 2 10 102
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a) Vegetais em
conserva, acidificados
(pH menor ou igual a
4,5), com líquido de Salmonella/25g 5 0 Aus -
cobertura, adicionados
de conservadores, não
comercialmente
estéreis
Enterobacteriaceae/g 5 1 102 103
Bolores e leveduras/g 5 1 103 104
b) Vegetais em
conserva, com líquido
de cobertura,
refrigerados, não Salmonella/25g 5 0 Aus -
comercialmente
estéreis
Enterobacteriaceae/g 5 1 102 103
Bolores e leveduras/g 5 1 103 104
c) Tofu, sufu e similares,
refrigerados Salmonella/25g 10 0 Aus -
a) Carnes ou miúdos
crus, temperados ou
SalmonellaEnteritidis/25g 5 0 Aus -
não, refrigerados ou
congelados
Salmonellatyphimurium/25g 5 0 Aus -
Escherichia coli/g 5 3 5x102 5x103
Aeróbios mesófilos/g, exceto
miúdos 5 3 105 106
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b) Produtos cárneos
crus à base de carne
moída ou picada de
aves, temperados ou
não, embutidos ou não,
refrigerados ou
congelados Salmonellaenteritidis/25g 5 0 Aus -
(hamburgueres,
almôndegas,
empanados crus de
rotisseria, linguiças
frescais)
Salmonellatyphimurium/25g 5 0 Aus -
Escherichia coli/g 5 3 5x102 5x103
Aeróbios mesófilos/g 5 3 105 106
c) Produtos cárneos
semielaborados,
temperados ou não,
empanados Salmonella/25g 5 0 Aus -
refrigerados ou
congelados (nuggets,
steaks, fingers)
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 2 102 104
menor
Escherichia coli/g 5 2 10 102
6. CARNE BOVINA,
SUÍNA E OUTRAS
Micro-
Categorias Específicas n c m M
organismo/Toxina/Metabólito
a) Carnes cruas,
maturadas ou não,
temperadas ou não,
refrigeradas ou Salmonella/25g,para carne 5 0 Aus -
congeladas, embaladas bovina e outras carnes
a vácuo ou não, miúdos,
toucinho e pele
Salmonella/25g,para carne 5 1 Aus -
suína
Escherichia coli/g, para carne
bovina e outras carnes 5 2 10 102
b) Carne moída,
produtos cárneos crus
moldados, temperados
ou não, refrigerados ou Salmonella/25g,para carne
bovina e outras carnes 5 0 Aus -
congelados
(hamburgueres,
almôndegas, quibes)
Salmonella/25g,para carne
suína 5 1 Aus -
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Estafilococos coagulase
positiva/g 5 2 102 104
Salmonella/25g,para carne
suína 5 1 Aus -
menor
Escherichia coli/g 5 2 que 102
10
e) Carnes e produtos
cárneos crus salgados
miúdos internos, Salmonella/25g 5 0 Aus -
externos e pele
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 2 102 103
menor
Escherichia coli/g 5 2 que 102
10
f) Produtos cárneos
cozidos, curados ou
não, defumados ou não,
dessecados ou não,
embutidos ou não, Salmonella/25g 10 0 Aus -
refrigerados ou não
(mortadela, salsicha,
presunto, fiambre,
morcelas, patês,
galantines)
Clostridium perfringens/g 5 1 102 103
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 1 102 103
menor
Escherichia coli/g 5 2 que 102
10
g) Gorduras e produtos
gordurosos de origem Salmonella/25g 5 0 Aus -
animal (banha e bacon)
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 1 5x102 3x103
menor
Escherichia coli/g 5 2 que 102
10
7. PESCADOS
Micro-
Categorias Específicas organismo/Toxina/Metabólito n c m M
www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-n-60-de-23-de-dezembro-de-2019-235332356 176
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O limite máximo de
histaminas deve ser 100
Histamina (mg/Kg), somente mg/kg (cem miligramas por
a) Pescados (peixes, quilograma) de tecido
crustáceos, moluscos) e para peixes com elevado teor
miúdos (ovas, moela, de histidina (Carangidae, muscular, tomando como
bexiga natatória) crus, Gempylidae, Istiophoridae, base uma amostra composta
Scombridae, Clupeidae, por 9 (nove) unidades
temperados ou não, amostrais e nenhuma
frescos, resfriados ou Engraulidae, Coryfenidae,
congelados Pomatomidae, unidade amostral pode
Scombresosidae) apresentar resultado superior
a 200 mg/kg (duzentos
miligramas por quilograma).
Salmonella/25g 5 0 Aus -
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 2 102 103
b) Moluscos bivalves
vivos e equinodermas,
tunicados e Salmonella/25g 10 0 Aus -
gastrópodos vivos,
consumidos crus
Escherichia coli/g 5 1 2,3 7
O limite máximo de
c) Produtos à base de histaminas deve ser 100
carne moída ou picada Histamina (mg/Kg), somente mg/kg (cem miligramas por
de pescados, para peixes com elevado teor quilograma) de tecido
temperados ou não, de histidina (Carangidae, muscular, tomando como
refrigerados ou Gempylidae, Istiophoridae, base uma amostra composta
congelados Scombridae, Clupeidae, por 9 (nove) unidades
(hamburgueres, Engraulidae, Coryfenidae, amostrais e nenhuma
almôndegas, Pomatomidae, unidade amostral pode
empanados crus, Scombresosidae) apresentar resultado superior
linguiças cruas) a 200 mg/kg (duzentos
miligramas por quilograma).
Salmonella/25g 5 0 Aus -
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 2 102 103
177
Escherichia coli/g 5 3 50 5x102
8. OVOS
Micro-
Categorias Específicas organismo/Toxina/Metabólito n c m M
9. LEITE E DERIVADOS
Micro-
Categorias Específicas n c m M
organismo/Toxina/Metabólito
a) Leites pasteurizados Enterobacteriaceae/mL 5 0 10 -
Enterotoxinas estafilocócicas
b) Queijos (ng/g) 5 0 Aus -
Salmonella/25g 5 0 Aus -
Estafilococos coagulase 5 2 102 103
positiva/g
Escherichia coli/g,para queijos
5 2 102 5x102
ralado ou em pó
Escherichia coli/g,para queijos
com umidade abaixo de 46% 5 2 10 102
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 2 102 103
178
e) Produtos lácteos em pó, incluindo leite,
Enterotoxinas estafilocócicas
compostos lácteos, soro de leite e concentrados (ng/g) 5 0 Aus -
proteicos de leite ou de soro
Salmonella/25g 10 0 Aus -
Enterobacteriaceae/g 5 0 10 -
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 1 10 102
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 2 10 102
Enterobacteriaceae/g 5 2 10 102
i) Sobremesas lácteas e leite geleificado
Salmonella/25g 5 0 Aus -
pasteurizados, refrigerados, com ou sem adições
B. cereuspresuntivo/g 5 2 102 5x102
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 2 102 5x102
Enterobacteriaceae/g 5 2 10 102
j) Misturas em pó para o preparo de bebidas de Enterotoxinas estafilocócicas 5 0 Aus -
base láctea (ng/g)
Salmonella/25g 5 0 Aus -
Enterobacteriaceae/g 5 1 10 102
Estafilococos coagulase 5 1 10 102
positiva/g
10. GELADOS COMESTÍVEIS
Micro-
Categorias Específicas organismo/Toxina/Metabólito n c m M
Bolores e Leveduras/mL,
a) Refrigerantes e outras bebidas carbonatadas exceto bebidas fermentadas 5 2 10 102
179
c) Sucos desidratados e pós para o preparo de
Salmonella/25g 5 0 Aus -
bebidas
Enterobacteriaceae/g 5 2 10 102
d) Sucos concentrados adicionados de
conservadores ou congelados Salmonella/25mL 5 0 Aus -
Enterobacteriaceae/mL 5 2 10 102
Bolores e Leveduras/mL 5 2 102 103
e) Sucos e outras bebidas submetidas a
processos tecnológicos para redução microbiana, Salmonella/25mL 5 0 Aus -
que necessitam de refrigeração
B. cereuspresuntivo/mL,
somente para bebidas à base 5 1 102 5x102
de cereais, sementes e grãos
Enterobacteriaceae/mL 5 2 10 102
Bolores e Leveduras/mL 5 2 10 102
f) Sucos e outras bebidas "in natura" ou
reconstituídas Salmonella/25mL 5 0 Aus -
Enterobacteriaceae/g 5 2 10 102
Bolores e Leveduras/g 5 2 102 103
Aplicar os parâmetros de
produtos não-estéreis,
c) Suplementos em cápsulas, drágeas e conforme estabelecido na
comprimidos Farmacopeia Brasileira (n=5;
c=0).
16. AÇÚCARES, ADOÇANTES E SIMILARES
Micro-
Categorias Específicas organismo/Toxina/Metabólito n c m M
menor
a) Açúcares, edulcorantes e adoçantes de mesa
Bolores e Leveduras/g 5 2 que 102
sólidos 10
menor
b) Edulcorantes e adoçantes de mesa líquidos Bolores e Leveduras/g 5 1 que 102
10
c) Melado, melaço, caldas, xarope Bolores e Leveduras/g 5 2 50 102
181
26/12/2019 INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 60, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2019 - INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 60, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2019 - DOU - Imprensa Nacional
Enterobacteriaceae/g 5 2 10 102
Bolores e Leveduras/g 5 2 10 102
19. CEREAIS, FARINHAS, MASSAS ALIMENTÍCIAS E
PRODUTOS DE PANIFICAÇÃO
Micro-
Categorias Específicas organismo/Toxina/Metabólito n c m M
Enterobacteriaceae/g 5 2 10 102
Bolores e leveduras/g 5 1 10 102
d) Chocolates, incluindo chocolates brancos,
Salmonella/25g 10 0 Aus -
bombons e similares, com recheio perecível
Estafilococos coagulase
positiva/g 10 1 102 103
Estafilococos coagulase
positiva/g 10 1 102 103
www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-n-60-de-23-de-dezembro-de-2019-235332356 183
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26/12/2019 INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 60, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2019 - INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 60, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2019 - DOU - Imprensa Nacional
Clostridium perfringens/g,
somente para preparações 5 1 102 5x102
com carnes
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 2 102 10³
Escherichia coli/g 5 2 10 20
b) Alimentos preparados prontos para o consumo
contendo produtos de origem animal, elaborados Salmonella/25g 5 0 Aus -
sem emprego de calor, consumidos crus
Estafilococos coagulase 5 1 102 103
positiva/g
Escherichia coli/g 5 2 10 102
c) Alimentos preparados prontos para o consumo
contendo exclusivamente produtos de origem Salmonella/25g 5 0 Aus -
vegetal, elaborados sem emprego de calor
Escherichia coli/g 5 2 10 102
d) Sanduíches Salmonella/25g 5 0 Aus -
B. cereuspresuntivo/g 5 1 102 5x102
Clostridium perfringens/g ,
somente para alimentos com 5 1 102 5x102
carnes
Estafilococos coagulase 5 2 102 103
positiva/g
Escherichia coli/g 5 2 5x10 5x102
e) Doces e sobremesas Salmonella/25g 5 0 Aus -
Estafilococos coagulase
positiva/g 5 2 102 5x102
Micro-
Categorias Específicas organismo/Toxina/Metabólito n c m M
Bacilluscereuspresuntivo/g,
somente para alimentos à base 5 1 102 5x102
de cereais ou molhos
Clostridium
perfringens/g,somente para 5 1 102 5x102
alimentos com carnes
Estafilococos coagulase 5 2 102 103
positiva/g
Escherichia coli/g 5 2 10 20
23. ALIMENTOS A SEREM CONSUMIDOS APÓS
ADIÇÃO DE LÍQUIDO
Micro-
Categorias Específicas organismo/Toxina/Metabólito n c m M
www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-n-60-de-23-de-dezembro-de-2019-235332356 184
16/17
a) Com emprego de calor Salmonella/25g 5 0 Aus -
Escherichia coli/g 5 3 102 103
b) Sem emprego de calor Salmonella/25g 5 0 Aus -
Escherichia coli/g 5 2 10 102
24. ÁGUAS ENVASADAS
Micro-
Categorias Específicas organismo/Toxina/Metabólito n c m M
ANEXO II
ANEXO III
185
186
MI NISTÉ RI O D A A G RI C U L T U R A, PEC U Á RI A E A B A ST E CI M E N T O
G A BI N ET E D O MI NIST R O
IN S T R U Ç Ã O N O R M A TI V A Nº 22, D E 24 D E N O V E M B R O D E 2005
O MI NIS T R O D E ES T A D O D A A G RI C U L T U R A, PE C U Á RI A E A B A S T E CI M E N T O, no uso da
atri b u i ç ã o q u e lh e c o n f er e o art. 8 7 , P ar á g r af o ú n i c o , in cis o II, d a C o n stitu iç ã o , te n d o e m v ist a o D e cr et o
n º 3 0 . 6 9 1 , d e 2 9 d e m a r ç o d e 1 9 5 2 , e s u a s alt er a ç õ e s q u e r e g u l a m e n t a m a L ei n º 1. 2 8 3 , d e 1 8 d e
d e z e m b r o d e 1 9 5 0 , q u e dis p õ e s o b r e a i n s p e ç ã o i n d u str ial e sa n it ária d o s p r o d u t o s d e o rig e m a n i m a l, a
L e i n º 7. 8 8 9 , d e 2 3 d e n o v e m b r o d e 1 9 8 9 , q u e dis p õ e s o b r e a i n s p e ç ã o in d u stri al e s a n it ária d o s p r o d u t o s
d e orig e m a ni m al e d á o utras pr o vid ê n cias, a L ei nº 8.0 7 8, d e 1 1 d e sete m b r o d e 1 9 9 0, q u e disp õ e so br e a
pr oteç ã o d o co n s u m i d or e d á o utras pr o vid ê n cias, e o q u e co n sta d o s Pr o ces s o s n o s 2 1 0 0 0.0 0 5 1 7 2/0 1 - 2 9,
2 1 0 0 0.0 0 5 4 3 2/2 0 0 2- 5 7 (in c or p or a d o) e D o c u m e n to n o 7 0 0 0 0.0 1 0 2 7 1/2 0 0 2 - 2 9 ( ap e n sa d o), resolv e:
A r t. 1 º A p r o v ar o R E G U L A M E N T O T É C N I C O P A R A R O T U L A G E M D E P R O D U T O D E O R I G E M
A N I M A L E M B A L A D O, e m anexo.
A r t. 3 º E st a I n str u ç ã o N o r m a ti v a e n tr a e m vi g o r n a d at a d e s u a p u b li c a ç ã o .
A r t. 4 º Fic a r e v o g a d a a P o r t aria nº 3 7 1 , d e 4 d e s et e m b r o d e 1 9 9 7 .
R O B E R T O R O D RI G U ES
ANEXO
R E G U L A M E N T O TÉ C NI C O PA R A R O T U L A G E M D E PR O D U T O D E O RI G E M A NI M A L
EMBALADO
1. Â M BI T O D E A P LI C A Ç Ã O
O p r e s e n t e R e g u l a m e n t o T é c n i c o d e v e s er a pli c a d o à r o t ul a g e m d e to d o p r o d u t o d e o r i g e m a n i m al q u e
s eja d e sti n a d o a o c o m é r ci o i nt er esta d u al e int er n a ci o n al, q u al q u er q u e s ej a s u a o ri g e m , e m b al a d o n a
a u s ê n ci a d o clie n t e e p r o n t o p ar a o f erta a o c o n s u m i d o r.
N a q u el e s c a s o s e m q u e as c ar a ct erístic a s p arti c u l ar e s d e u m p r o d u t o d e o ri g e m a n i m al r e q u er e m u m a
r e g u l a m e n t a ç ã o e s p e c í f i c a , a m e s m a s e a p li c a r á d e m a n e i r a c o m p l e m e n t a r a o d i s p o s t o n o p r e s e n t e
R e gula m ento Técnico.
2. D E S C RI Ç Ã O
2.1. D E FI N I Ç Ã O
P a r a ef eito d e a p lic a ç ã o d e st e R e g u l a m e n t o T é c n i c o , e n t e n d e - s e p o r:
2 . 2. 1. E m b a l a g e m p ri m ár i a o u e n v o lt ó rio p ri m á r io: é a e m b al a g e m q u e e st á e m c o n t at o d ir et o c o m o s
p r o d u t o s d e o rig e m a n i m a l.
187
2 . 2. 2. E m b a l a g e m s e c u n d ári a o u p a c o t e: é a e m b al a g e m d e sti n a d a a c o n t er a( s) e m b a l a g e m ( n s)
pri m ária(s).
2 . 2. 3. E m b a l a g e m t er ci ária o u e m b a l a g e m : é a e m b a l a g e m d e stin a d a a c o n t er u m a o u v ár ia s e m b a l a g e n s
s ec u n d árias.
2 . 3. P r o d u t o d e O r i g e m A n i m a l e m b a l a d o : é t o d o o p r o d u t o d e o ri g e m a n i m a l q u e está c o n ti d o e m u m a
e m b alag e m pr o nta p ar a ser of erecid a ao co n su m i d or.
2 . 7. M a t ér i a- p ri m a ali m e n t ar : é to d a s u b st â n ci a d e o ri g e m v e g et al o u a n i m a l, e m e sta d o b r u t o , q u e, p ar a
s er u tiliz a d a c o m o ali m e n t o , n e c e ssita s o f r er tr ata m e n t o e/ o u tr a n sf o r m a ç ã o d e n at u r e z a físic a, q u í m i c a o u
biológica.
2 . 8. A d iti v o A li m e n t ar: é q u al q u er in g r e d i e n t e a di ci o n a d o i n te n ci o n al m e n t e a o s p r o d u t o s d e o ri g e m
a n i m al, se m p r o p ó sit o d e n u trir, c o m o o b jeti v o d e m o d ific ar a s c ar a ct erísti c a s físic a s, q u í m i c a s,
b i o l ó g i c a s o u s e n s o r iais, d u r a n t e a f a b r i c a ç ã o , p r o c e ss a m e n t o , p r e p ar a ç ã o , tr at a m e n t o , e m b a l a g e m ,
a c o n d i ci o n a m e n t o , ar m a z e n a g e m , tr a n s p o rte o u m a n i p u l a ç ã o d e u m p r o d u t o d e o ri g e m a n i m a l. Ist o
i m p lic ar á dir eta o u i n d ir eta m e n t e f a z er c o m q u e o p r ó p r i o a d iti v o o u s e u s p r o d u t o s se to r n e m
c o m p o n e n t e s d o p r o d u t o d e o r i g e m a n i m a l. E s t a d e f i n i ç ã o n ã o i n c l u i o s c o n t a m i n a n t e s o u s u b s t â n c i a s
n u tritiv a s q u e s ej a m i n c o r p o r a d a s a o p r o d u t o d e o ri g e m a n i m a l p ar a m a n t er o u m el h o r ar s u a s
p r o p rie d a d e s n u trici o n ais.
2 . 9. A l i m e n t o : é t o d a s u b stâ n ci a, el a b o r a d a, se m i - el a b o r a d a o u b r u t a, q u e s e d e sti n a a o c o n s u m o h u m a n o ,
in cl u í d a s a s b e b i d a s, o c h i cl ete e q u ais q u e r o u tr a s s u b st â n ci a s u tiliz a d a s n a f a b r ic a ç ã o , p r e p ar a ç ã o o u
tr at a m e n t o d o s ali m e n t o s, p o r é m s e m i n cl u ir o s c o s m é t ic o s, n e m o ta b a c o , n e m a s su b st â n ci a s u tiliz a d a s
u nica m e n te co m o m e d ica m e n to s.
2 . 1 1 . A l i m e n t o e n r i q u e ci d o : é t o d o ali m e n t o q u e te n h a si d o a d i ci o n a d o d e s u b stâ n ci a n u tr ie n t e c o m a
fin ali d a d e d e r ef o r ç ar o s e u v al o r n u tritiv o .
2 . 1 2 . P r o d u t o d e O r i g e m A n i m a l: é to d a s u b st â n ci a d e o rig e m a n i m a l, el a b o r a d a, s e m i- el a b o r a d a o u b r u ta,
q u e s e d e sti n a a o c o n s u m o h u m a n o o u n ã o .
2 . 1 4 . D e n o m i n a ç ã o d e v e n d a d o p r o d u t o d e o ri g e m a n i m a l: é o n o m e e s p e cífic o e n ã o g e n éri c o q u e in d i c a
188
a v er d a d eir a n at u r e z a e a s c ar a ct erístic a s d o p r o d u t o d e o rig e m a n i m a l c o m e stí v el o u ali m e n t o . S er á
fix a d o n o R e g u l a m e n t o T é c n i c o E s p e cífi c o q u e e st a b el e c er o s p a d r õ e s d e id e n ti d a d e e q u ali d a d e i n er e n t es
a o pro d uto.
2 . 1 6 . L o t e: é o c o n j u n t o d e p r o d u t o s d e u m m e s m o ti p o , p r o c e s s a d o s p el o m e s m o f a b r ic a n te o u
fracio n a d or, e m u m es p a ç o d e te m p o d eterm i n a d o, s o b co n diçõ es es s en cial m e n te ig u ais.
2 . 1 8 . 3. P a i n el s e c u n d ár i o : é a p art e d o r ót u l o, n ã o h a b it u al m e n t e v isí v el a o c o m p r a d o r, n a s c o n d i ç õ e s d e
e x p o siç ã o à v e n d a, o n d e d e v er ã o est ar e x p r ess a s as i n f o r m a ç õ e s f a c u lt ativ a s o u o b r ig at ó ri as, a critéri o d a
a u t o ri d a d e c o m p e t e n t e, b e m c o m o a s etiq u et as o u o u tr as i n f o r m a ç õ e s es cr itas q u e c o n st a m d a
e m b alage m.
2 . 1 9 . D e s t a q u e : a q u il o q u e r e s s a lt a u m a a d v e r t ê n c i a, f r a s e o u t e x t o . Q u a n d o f e it o p o r e s c r it o , d e v e r á
m a n t e r f o n t e i g u a l a o t e x t o i n f o r m a ti v o d e m a i o r l e tr a e x c l u i n d o a m a r c a , e m c a i x a a lt a e e m n e g r it o ,
q u a n d o d e v er á ser f eito d e f o r m a cl ar a e l e g í v el.
3. P RI N CÍ PI O S G E R AI S
3 . 1. O s p r o d u t o s d e o ri g e m a n i m a l e m b a l a d o s n ã o d e v e m s er d e s cr ito s o u a p r e s e n t ar r ó t u lo q u e:
a ) u tili z e v o c á b u l o s , s i n a i s , d e n o m i n a ç õ e s , s í m b o l o s , e m b l e m a s , il u s tr a ç õ e s o u o u tr a s r e p r e s e n t a ç õ e s
g r áfi c a s q u e p o ss a m t o r n ar a s in f o r m a ç õ e s f als a s, in c o r r et as, in s u f ici e n t es, o u q u e p o ss a i n d u zir o
c o n s u m i d o r a e q u í v o c o , err o, c o n f u s ã o o u e n g a n o, e m r ela ç ã o à v er d a d eir a n at ure z a, c o m p o si ç ã o,
p r o c e d ê n ci a, tip o , q u ali d a d e, q u a n ti d a d e, v ali d a d e, r e n d i m e n t o o u f o r m a d e u s o d o p r o d u t o d e o ri g e m
a ni m al;
189
f) in d i q u e q u e o p r o d u t o d e o ri g e m a n i m a l p o s s u i p r o p r i e d a d e s m e d i ci n ais o u ter a p ê u tic a s;
g ) a c o n s el h e s e u c o n s u m o c o m o e sti m u l a n t e, p ar a m el h o r ar a s a ú d e, p ar a p r e v e n ir d o e n ç a s o u c o m a ç ã o
c u r ati v a.
3 . 3 . Q u a n d o o s p r o d u t o s d e o r i g e m a n i m a l s ã o f a b r i c a d o s s e g u n d o t e c n o l o g i a s c a r a c t e r í s ti c a s d e
difer e nt e s lu g ar e s g e o gr áfic o s, p ar a o bt er pr o d ut o s d e orig e m a ni m a l c o m pr o prie d a d e s s e n s ori ais
s e m e l h a n t es o u p ar e ci d a s c o m a q u el a s q u e s ã o típ ic a s d e c er ta s z o n a s r e c o n h e ci d a s, n a d e n o m i n a ç ã o d o
p r o d u t o d e o ri g e m a n i m a l d e v e fig u r ar a e x p r e ss ã o "ti p o ", c o m l etr as d e i g u al ta m a n h o , r e al c e e
v isi bili d a d e q u e a s c o r r es p o n d e n t es à d e n o m i n a ç ã o a p r o v a d a n o r e g u l a m e n t o vi g e n t e n o p aís d e c o n s u m o .
3 . 4. A r o t u l a g e m d o s p r o d u t o s d e o rig e m a n i m al d e v e s er f eita e x cl u si v a m e n t e n o s e st a b el e ci m e n t o s
p r o c e s s a d o r e s, h a b ilita d o s p el a a u t o r i d a d e c o m p e t e n t e d o p aís d e o rig e m , p ar a el a b o r a ç ã o o u
fr a ci o n a m e n t o . Q u a n d o a r o t ul a g e m n ã o e sti v er r e d i g i d a n o i di o m a d o p aís d e d e sti n o , d e v e s er c o l o c a d a
u m a eti q u et a c o m p l e m e n t ar, c o n t e n d o a i n f o r m a ç ã o o b ri g at ó ri a n o id i o m a c o r r es p o n d e n t e c o m c ar a ct er es
d e ta m a n h o , r e al c e e v isi bili d a d e a d e q u a d o s. E st a eti q u et a p o d er á s er c o l o c a d a ta n t o n a o rig e m c o m o n o
d e stin o . N o ú lti m o c a s o , a a p lic a ç ã o d e v e s er ef et u a d a a n t es d a c o m e r ci aliz a ç ã o .
4. IDI O M A
4 . 1. A i n f o r m a ç ã o o b ri g at ó ri a d e v e estar es cr ita, s e n d o q u e e m u m a d a s f a c e s d a e m b al a g e m d e v e h a v er o
m e s m o r ót ul o e x at a m e nt e re pr o d u zi d o e m to d o s os s e u s d et al h e s n o i di o m a ofici al d o p aís d e c o n s u m o ,
c o m c a r a c t e r e s d e t a m a n h o , r e a l c e e v i s i b i li d a d e a d e q u a d o s , s e m p r e j u í z o d a e x i s t ê n c i a d e t e x t o s e m
o utros idio m a s.
5. IN F O R M A Ç Ã O O B RI G A T Ó RI A
C a s o o pr es e nt e R e g u l a m e nt o T é c ni c o o u u m r e g ul a m e n t o té c ni c o es p e cífic o n ã o d e ter m i n e al g o e m
c o n tr ári o, a r o t u la g e m d e p r o d u t o d e o rig e m a n i m a l e m b al a d o d e v e a p r e s e n t ar, o b r ig at o ria m e n t e, a s
seg uintes infor m açõ es:
- li s t a d e i n g r e d i e n t e s : a li s t a d e i n g r e d i e n t e s d e v e s e r i n d i c a d a n o r ó t u l o e m o r d e m d e c r e s c e n t e d e
q u a n ti d a d e, se n d o o s a d itiv o s cita d o s c o m f u n ç ã o e n o m e e n ú m e r o d e I N S ;
- c o n t e ú d o s lí q u i d o s : o ( s ) c o n t e ú d o ( s ) lí q u i d o ( s ) d e v e m s e r i n d i c a d o ( s ) n o p a i n e l p r i n c i p a l d o r ó t u l o d e
a c o r d o c o m o R e g u l a m e n t o T é c n i c o E s p e cífi c o ;
- id e n tific a ç ã o d a o ri g e m ;
190
- n o m e o u r azã o so cial e en d er eç o d o i m p o r tad or, n o caso d e pr o d uto s d e orig e m a ni m al i m p o rtad o;
- c ar i m b o o fi cial d a I n s p e ç ã o F e d er al;
- C N PJ;
- id e n tific a ç ã o d o lo t e;
- d ata de fabrica çã o;
- p r a z o d e v ali d a d e;
- i n d i c a ç ã o d a e x p r e s s ã o : R e g i s t r o n o M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a S I F / D I P O A s o b n º - - - - / ------ ; e
6. A P R E S E N T A Ç Ã O D A I N F O R M A Ç Ã O O B RI G A T Ó RI A
a) q u a n d o e m u m R e g u l a m e n t o T é c n i c o d e I d e n ti d a d e e Q u ali d a d e f o r est a b el e ci d o u m a o u m ai s
d e n o m i n a ç õ e s p ar a u m p r o d u t o d e o ri g e m a ni m al, d e v er á s er u tiliz a d a p el o m e n o s u m a d e s s a s
d en o min açõ es;
b ) p o d er á s er e m p r e g a d a u m a d e n o m i n a ç ã o c o n s a g r a d a, d e f a n t a sia, d e f á b ri c a o u u m a m a r c a r e g istr a d a,
s e m p r e q u e s eja a c o m p a n h a d a d e u m a d a s d e n o m i n a ç õ e s ( n o m e ) i n d i c a d a s n a alí n e a a;e
a) to d o s o s i n g r e d i e n t e s d e v er ã o c o n st ar e m o r d e m d e cr e s c e n t e d a r e s p e cti v a p r o p o r ç ã o ;
191
li s t a d e i n g r e d i e n t e s , s e m p r e q u e v e n h a a c o m p a n h a d o i m e d i a t a m e n t e d e u m a li s t a, e n t r e p a r ê n t e s e s , d e
seus ingredientes e m orde m d ecrescente de prop orção;
c) q u a n d o para u m ingre diente co m p osto for estab elecid o u m n o m e e m u m R e g ula m e nto T é c nico
e s p e cífic o , e r e p r e s e n t e m e n o s q u e 2 5 % ( v i n t e e ci n c o p o r c e n t o ) d o p r o d u t o d e o rig e m a n i m a l, n ã o s er á
n e c e s s ári o d e cl ar ar s e u s i n g r e d i e n t e s, c o m e x c e ç ã o d o s a d iti v o s ali m e n t ar e s q u e d e s e m p e n h e m u m a
função tecnológica no produto acabado;
d ) a á g u a d e v e s er d e cl ar a d a n a list a d e i n g r e d i e n t e s, e x c et o q u a n d o f o r m a r p ar te d e s alm o r a s, x ar o p e s,
c al d a s, m o l h o s o u o u tr o s si m il ar es, e e stes in g r e d i e n t es c o m p o st o s f o r e m d e cl ar a d o s c o m o t ais n a lista d e
in g r e d i e n t es n ã o s erá n e c e s s ári o d e cl ar ar a á g u a e o utr os c o m p o n e nt e s v ol át eis q u e se e v a p or e m d ur a nt e a
fabricaç ã o;
e) q u a n d o s e tr atar d e p r o d u t o s d e o ri g e m a n i m a l d e si d r ata d o s, c o n c e n tr a d o s, c o n d e n s a d o s o u e v a p o r a d o s,
q u e n e c e ssita m d e r e c o n stitu iç ã o p ar a s e u c o n s u m o , p o r m e i o d a a d i ç ã o d e á g u a, o s in g r e d i e n t e s p o d e m
s e r e n u m e r a d o s e m o r d e m d e p r o p o r ç ã o ( m / m ) n o p r o d u t o d e o r i g e m a n i m a l r e c o n s tit u í d o . N e s t e s c a s o s ,
d e v erá ser in cluíd a a seg uinte ex pressão:
6 . 2. 3. D e cl ar a ç ã o d e A d i ti v o s A li m e n t ar es n a Li st a d e I n g r e d i e n t e s O s a d iti v o s ali m e n t ar e s d e v e m s er
d e cl ar a d o s f a z e n d o p ar te d a lista d e in g r e d ie n t es. E sta d e cl ar a ç ã o d e v e c o n star d e:
a) a f u n ç ã o p ri n ci p al o u f u n d a m e n t al d o a d itiv o n o p r o d u t o d e o ri g e m a n i m a l; e
b ) s e u n o m e c o m p l et o o u s e u n ú m e r o I N S ( S iste m a I nt er n a ci o n al d e N u m e r a ç ã o ), o u a m b o s. Q u a n d o
h o u v er m a is d e u m a d iti v o ali m e n t ar c o m a m e s m a f u n ç ã o , p o d e s er m e n ci o n a d o u m e m c o n ti n u a ç ã o a o
o u tr o, a g r u p a n d o o s p o r f u n ç ã o . O s a d iti v o s ali m e n t ar e s s er ã o d e cl ar a d o s d e p o is d o s in g r e d i e n t e s. A l g u n s
p r o d u t o s d e o rig e m a n i m a l d e v e m m e n ci o n ar e m s u a lista d e in g r e d i e n t e s o n o m e c o m p l et o d o a d itiv o
u tiliz a d o . E sta sit u a ç ã o d e v e s er in d i c a d a e m R e g u l a m e n t o T é c n i c o E s p e cífi c o .
6.3. C o n teú d o s Líq uid o s A te n d er o estab elecid o n o R e g ula m e n to T é c nico esp ecífico.
6 . 4. I d e n tific a ç ã o d a O r i g e m
- en dereço co m pleto;
6 . 5. I d e n tific a ç ã o d o L o t e
6.5.1. T o d o rótulo d e v erá ter i m p resso, grav a d o o u m arc a d o d e q u alq u er o utro m o d o, u m a in dicaç ã o e m
192
c ó d i g o o u li n g u a g e m cl ar a, q u e p er m it a i d e n tific ar o l ot e a q u e p ert e n c e o p r o d u t o d e o rig e m a n i m a l, d e
f o r m a q u e s eja v isí v el, le g í v el e i n d el é v el.
6. 5. 2. O l ot e s er á d et er m i n a d o e m c a d a c a s o p elo f a bri c a nt e, pr o d ut or o u fr a ci o n a d or d o p ro d ut o d e
o r i g e m a n i m al o u ali m e n t o , se g u n d o s e u s crit ério s.
6 . 5. 3. P a r a in d i c a ç ã o d o l o te, p o d e s er u tiliz a d o :
b ) a d at a d e f a b ri c a ç ã o , e m b a l a g e m o u d e p r a z o d e v ali d a d e, se m p r e q u e a( s) m e s m a ( s) in d i q u e( m ) , p el o
m e n o s, o di a e o m ê s o u o m ê s e o a n o ( n e st a o r d e m , e m c o n f o r m i d a d e c o m a alín e a b d o s u b ite m 6 . 6.l.
a) d e v e s er d e cl ar a d o o p r a z o d e v ali d a d e;
b ) d o p r a z o d e v ali d a d e d e v e c o n st ar, p el o m e n o s:
- o d ia e o m ê s p ar a p r o d u t o s q u e t e n h a m p r a z o d e v ali d a d e n ã o s u p eri o r a tr ê s m e s e s;
- o m ê s e o a n o p ar a p r o d u t o s q u e te n h a m p r a z o d e v ali d a d e s u p er i o r a tr ês m e s e s. S e o m ê s d e
v e n c i m e n t o f o r d e z e m b r o , b a s t a r á i n d i c a r o a n o , c o m a e x p r e s s ã o " f i m d e . ...... " ( a n o ) ;
c) o p r a z o d e v ali d a d e d e v er á s er d e cl ar a d o p o r m e i o d e u m a d a s s e g u i n t es e x p r e ss õ e s:
- " c o n s u m i r a n t e s d e . .. " ;
- " v á l i d o a t é . .. " ;
- " v a l i d a d e . .. " ;
- " v e n c e . .. " ;
- " v e n c i m e n t o . .. " ;
d ) a s e x p r e ss õ e s esta b el e ci d a s n o ite m c d e v e r ã o s er a c o m p a n h a d a s d e:
- p r a z o d e v ali d a d e; o u
- u m a i n d i c a ç ã o cl ar a d o lo c al o n d e c o n sta o p r a z o d e v ali d a d e;
6 . 6. 1. T o d a i n f o r m a ç ã o d e v e s er cl ara e p re cis a.
193
e) o d ia, o m ê s e o a n o d e v e m s er e x p r e ss o s e m al g aris m o s, e m or d e m n u m é ric a n ã o c o dific a d a, c o m a
r ess al v a d e q u e o m ê s p o d er á s er in d i c a d o c o m l etr as o n d e e ste u s o n ã o i n d u z a o c o n s u m i d o r a err o. N e st e
c a s o , é p er m iti d o a b r e v i ar o n o m e d o m ê s p o r m e i o d a s tr ê s p ri m eir as letr as d o m e s m o ;
6 . 6. 2. N o s r ót u l o s d a s e m b a l a g e n s d e p r o d u t o s d e o rig e m a n i m a l q u e e x ij a m c o n d i ç õ e s e s p e ci ais p ar a s u a
c o n s er v a çã o, d e v e s er in cluíd a u m a leg e n d a co m car acter es b e m legív eis, in dica n d o as pr eca u ç õ es
n e c e s s ári as p ar a m a n t er s u a s c ar a ct erístic a s n o r m a i s, d e v e n d o s er in d i c a d a s as t e m p e r at u r as m á x i m a e
m í n i m a p ar a a c o n s er v a ç ã o d o pr o d ut o d e ori g e m a ni m al e o te m p o q u e o f a bric a nt e, pr o d ut or o u
fr a ci o n a d o r g ar a n t e s u a d u r a b ili d a d e n e ss a s c o n d i ç õ e s. O m e s m o d is p o sitiv o é a p li c a d o p ar a p r o d u t o d e
o r i g e m a n i m al q u e p o d e s e alter ar d e p o is d e a b er ta s s u a s e m b al a g e n s.
6 . 7. P r e p ar o e i n str u ç õ e s s o b r e o u s o d o p r o d u to
6 . 7. 1. Q u a n d o n e c e ss ár i o, o r ó t u l o d e v e c o n t er a s in str u ç õ e s s o b r e o m o d o a p r o p r i a d o d e u s o, in cl u í d o s a
r e c o n stit ui ç ã o , o d e s c o n g el a m e n t o o u o trat a m e n t o q u e d e v e s er d a d o p el o c o n s u m i d o r p ar a o u s o c o r r e t o
do produto.
7. R O T U L A G E M F A C U L T A TI V A
7.1. D a r otulag e m p o d e co n star q u alq u er inf orm a ç ã o o u repr ese ntaçã o gr áfica, assi m co m o m atéria
e s c r it a, i m p r e s s a o u g r a v a d a , s e m p r e q u e n ã o e s t e j a m e m c o n tr a d i ç ã o c o m o s r e q u i s it o s o b r i g a t ó r i o s d o
prese nte reg ula m e n to, in cluíd o s os referen tes à d e claraç ã o d e pro p ried a d es e as inform a ç õ es en g a n o sas,
e sta b el e ci d o s n o ite m 3 - Pr i n cí pi o s G e r ais.
7.2. D e n o m i n a çã o d e Q u alid a d e
7 . 2. 2. E s s a s d e n o m i n a ç õ e s d e v er ã o s er f a cil m e n t e c o m p r e e n sí v eis e n ã o d e v er ã o d e f o r m a al g u m a l e v ar o
c o n s u m i d o r a e q u í v o c o s o u e n g a n o s, d e v e n d o c u m p r ir c o m a t ot alid a d e d o s p ar â m e t r o s q u e i d e n t ific a a
q u ali d a d e d o p r o d u t o d e ori g e m a n i m a l.
8. A P R E S E N T A Ç Ã O E DI S T RI B UI Ç Ã O D A I N F O R M A Ç Ã O O B RI G A T Ó RI A
194
su a f or m a m ais relev a nte e m c o nju nto co m o d ese n h o, se h o u v er, e e m c o ntr aste d e cores q u e asseg ur e
s u a c o r r et a visi b ilid a d e.
8 . 2. O t a m a n h o d a s letr a s e n ú m e r o s d a r ot u l a g e m o b r i g at ó ri a, e x c et o a in d i c a ç ã o d a d e n o m i n a ç ã o ( n o m e )
d e v e n d a d o p r o d u t o d e o ri g e m a n i m al e d o s c o n t e ú d o s líq u i d o s, n ã o s er á i n f eri o r a 1 m m .
9. C A S O S P A R TI C U L A R E S
A s u nid a d es p e q u e n as, cuja s u p erfície d o p ain el prin cip al p ar a r otulag e m , d e p ois d e e m b alad as, for
in f eri o r a 1 0 c m 2 , p o d er ã o fic ar is e n t as d o s r e q u isito s e st a b el e ci d o s n o ite m 5 - I n f o r m a ç ã o O b r i g at ó ria,
c o m e x c e ç ã o d a d e cl ar a ç ã o d e, n o m í n i m o , d e n o m i n a ç ã o d e v e n d a e m a r c a d o pr o d u to. N o s c a s o s
e sta b el e ci d o s n o ite m 9 . 1, a e m b a l a g e m q u e c o n ti v er as u n i d a d e s p e q u e n a s d e v er á a p r e s e n t ar a to tali d a d e
d a inf or m a ç ã o o brig atória exigid a.
Q u a n d o n o p r o c e s s o te c n o l ó g i c o d o p r o d u to d e o ri g e m a n i m a l f or a d i ci o n a d o g o r d u r a v e g et al, d e v e s er
in dica d o n o p ain el prin cip al d o r ótulo lo g o ab aix o d o n o m e d o pr o d uto, e m car a cteres u nif or m es e m
c o r p o e c o r s e m i n ter c al a ç ã o d e d iz er e s o u d es e n h o s, letr as e m c ai x a alta e e m n e g r ito , a e x p r e s s ã o :
C O N T É M G O R D U R A V E GE T A L.
A r o t u l a g e m d e sti n a d a a e m b al a g e n s d e p r o d u t o s d e o rig e m a n i m a l tr a n s g ê n i c o s e o r g â n i c o s d e v e m
at e n d er a o R e g u l a m e n t o T é c n i c o E s p e cífic o .
D . O . U ., 2 5 / 1 1 / 2 0 0 5
195
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 27/07/2021 | Edição: 140 | Seção: 1 | Página: 7
Órgão: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Gabinete da Ministra
Art. 1º A Instrução Normativa MAPA nº 22, de 24 de novembro de 2005, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
"ANEXO
1. o nome do produto de origem animal deve ser indicado no painel principal do rótulo, em
caracteres destacados, uniformes em corpo e cor; sem intercalações de desenhos e outros dizeres;
2. o tamanho da letra utilizada deve ser proporcional ao tamanho utilizado para a indicação da
marca comercial ou logotipo, caso existam.
c) conteúdos líquidos: os conteúdos líquidos devem ser indicados no painel principal do rótulo
de acordo com o regulamento técnico específico;
d) identificação da origem;
j) identificação do lote;
k) prazo de validade;
l) indicação da expressão "Registro no Ministério da Agricultura SIF/DIPOA sob nº-----/ ------ ",
nos produtos sujeitos ao registro; ou
196
..................................................................................................................................
6.2.1..........................................................................................................................
6.2.2...........................................................................................................................
...................................................................................................................................
d) a água deve ser declarada na lista de ingredientes, exceto quando fizer parte de salmouras,
xaropes, caldas, molhos ou outros similares, e estes ingredientes compostos estarem declarados como tais,
na lista de ingredientes; não é necessário declarar a água e outros componentes voláteis, que se
evaporem durante a fabricação;
........................................................................................................................ (NR)''
9.1. As unidades pequenas, cuja superfície do painel principal para rotulagem for inferior a 10
cm2, depois de embaladas, são isentas dos requisitos estabelecidos no item 5 - Informações Obrigatórias,
exceto quanto à declaração da denominação de venda e marca do produto.
9.2. O rótulo da embalagem que contiver unidades pequenas, deve apresentar o rol de
informações obrigatórias do item 5, deste Anexo.
9.3. A informação no rótulo do produto de origem animal, com adição de gordura vegetal,
requer a indicação da expressão ''CONTÉM GORDURA VEGETAL'', logo abaixo do nome do produto, em
caracteres uniformes, tanto no corpo, como na cor das letras, sem intercalação de dizeres ou desenhos e
com letras em caixa alta e em negritos.
9.4. A informação no rótulo dos produtos de origem animal não destinados à alimentação
humana requer, além do carimbo oficial de inspeção competente, a declaração ''NÃO COMESTÍVEL'', logo
abaixo do nome do produto, em caracteres uniformes, tanto no corpo, como na cor das letras, sem
intercalação de dizeres ou desenhos e com letras em caixa alta e em negritos.
197
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO
DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO ANIMAL
COORDENADORIA DE INSPEÇÃO SANITÁRIA DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
-CISPOA-
DEFINIÇÕES:
2- INSTALAÇÕES:
Tudo que diz respeito à construção civil, envolvendo também sala de desossa, sala de
processamento, câmaras frigoríficas, salas anexas, envolvendo também sistema de tratamento de água,
esgoto, geração de vapor, etc.
3- EQUIPAMENTOS:
Tudo que diz respeito ao maquinário, trilhos, mesas e demais utensílios utilizados no pro-
cessamento.
4- OPERAÇÕES :
Tudo que diz respeito às diversas etapas dos trabalhos executados para a obtenção das
carnes e seus subprodutos.
5- CARNE:
Por produto cárneo entende-se as massas musculares maturadas e demais tecidos que as
acompanham, incluindo ou não a base óssea correspondente, procedentes de animais abatidos sob
inspeção veterinária.
basalto regular polido ou semi-polido, adequadamente rejuntado com material de alta resistência, ou
outros que venham a ser aprovados. Todos os esgotos serão lançados nos condutores principais por meio
de sifões.
Os estabelecimentos que adotarem canaletas no piso com a fi-
nalidade de facilitar o escoamento das águas residuais, poderão ser estas cobertas com grades ou cha-
pas metálicas perfuradas, não se permitindo, neste particular, pranchões de madeira. As canaletas de-
vem medir 0,25m (vinte e cinco centímetros) de largura e 0,10m (dez centímetros) de profundidade,
tomada esta em seus pontos mais rasos. Terão fundo côncavo, com declive mínimo de 3% (três por
cento) em direção aos coletores e suas bordas reforçadas com cantoneiras de ferro.
A rede de esgotos em todas as dependências devem ter disposi-
tivos adequados, que evite refluxo de odores e a entrada de roedores e outros animais, ligados a tubos
coletores e este ao sistema geral de escoamento, dotado de canalização e instalações para retenção de
gorduras, resíduos e corpos flutuantes, bem como de dispositivos de depuração artificial.
O diâmetro dos condutores será estabelecido em função da su-
perfície da sala, considerando-se como base aproximada de cálculo a relação de 0,15m (quinze centí-
metros) para cada 50m2 (cinqüenta metros quadrados), devendo os coletores serem localizados em
pontos convenientes, de modo a dar vazão, no mínimo, a 100 l/h/m2 (cem litros/hora por metro qua-
drado), não sendo permitido, sob hipótese alguma, o retorno das águas servidas.
O piso das câmaras serão construídos de material resistente, im-
permeável e de fácil higienização, com caimento em direção às portas, não sendo permitido a existên-
cia de ralos no seu interior.
199
Normas Técnicas Entreposto de Carnes e Derivados
ca cabíveis. Por isso, no seu projeto e construção será prevista ampla área de janelas, com esquadrias
metálicas, de preferência basculantes e com vidros claros.
A iluminação artificial far-se-á por luz fria, com dispositivo de
proteção contra estilhaços ou queda sobre produtos, observando-se um mínimo de intensidade lumino-
sa de 300lux nas áreas de manipulação, de 500lux nas áreas de inspeção e de 100lux nas câmaras,
considerando-se os valores medidos ao nível das mesas, plataformas ou locais de execução das opera-
ções. Exaustores também poderão ser instalados para melhorar a ventilação do ambiente, fazendo uma
renovação de ar satisfatória.
1.4 TETO:
No teto serão usados materiais como: concreto armado, plásti-
cos, cimento amianto ou outro material impermeável, liso e de fácil higienização. Deve possuir forro
de material adequado em todas as dependências onde se realizem trabalhos de recebimento, manipula-
ção e preparo de matérias-primas e produtos comestíveis. Não é permitido o uso de madeira ou outro
material de difícil higienização como forro. O forro poderá ser dispensado quando a estrutura do te-
lhado for metálica e de boa conservação, ou quando forem usadas telhas tipo calhetão fixadas direta-
mente sobre vigas de concreto armado, e quando de madeira, estas deverão ser pintadas com tinta óleo.
1.6 CARROS:
Os carros para produtos comestíveis serão construídos em mate-
rial inoxidável ou plástico adequado, sendo que os carros para produtos não-comestíveis poderão ser
construídos em chapa galvanizada e pintados de cor vermelha com a inscrição “NÃO COMESTÍVEIS”.
1.7 CORREDORES :
Quando existirem , deverão ter largura mínima de 2 metros.
200
Normas Técnicas Entreposto de Carnes e Derivados
b) Sistema de climatização de maneira a permitir que a temperatura da sala mantenha-se entre 14°C e
16°C durante os trabalhos;
c) O uso de janelas nesta seção não é recomendado, pois a existência destas prejudicará enormemente
a sua climatização. Caso for interesse da Empresa a iluminação natural da seção, poderão ser utiliza-
dos tijolos de vidro refratários;
d) Para facilitar a climatização da sala é conveniente que pelo menos as paredes e o teto possuam iso-
lamento térmico;
e) As paredes e o teto poderão também ser totalmente em isopainéis metálicos, protegidos da oxidação
com tinta especial, de cor clara;
f) As portas serão metálicas e com dispositivo de fechamento automático, devendo ser mantidas sem-
pre fechadas. É recomendável o uso de portas isoladas;
g) Ser localizada contígua às câmaras de resfriamento, de maneira que as carcaças ao saírem das câm a-
ras com destino à sala de desossa não transitem pelo interior de nenhuma outra seção, bem como manter
proximidade com o túnel de congelamento, a expedição e a seção de higienização e depósito de caixas e
do depósito de embalagens.
h).Possuir seção de embalagem secundária independente da sala de desossa, podendo para isto ser
utilizada uma antecâmara, desde que esta possua dimensões que permitam a execução dos trabalhos de
embalagem secundária, sem prejuízo do trânsito dos demais produtos neste setor;
i) Lavatórios de mãos e higienizadores conforme as normas técnicas.
202
Normas Técnicas Entreposto de Carnes e Derivados
com condimentos deverão estar claramente identificados. Os condimentos e ingredientes estarão ade-
quadamente protegidos de poeira, umidade e ataque de insetos e roedores, devendo ficar sempre afas-
tados do piso e paredes para facilitar a higienização da seção. Cuidados especiais deverão ser dispen-
sados aos nitritos e nitratos pelo perigo que os mesmos representam.
Esta seção poderá ser substituída por área específica dentro da
sala de desossa, desde que aprovado pela CISPOA.
3) OUTRAS SEÇÕES:
203
Normas Técnicas Entreposto de Carnes e Derivados
3.6 - ALMOXARIFADO:
Será de alvenaria e com acesso independente ao das diversas
seções da indústria, podendo ter comunicação com estas através de óculo para passagem de material.
Terá área compatível com as necessidades da indústria e deverá ter no mínimo duas dependências
separadas fisicamente por paredes, sendo que em uma delas serão depositados apenas produtos quí-
micos usados para a limpeza e desinfecção das dependências da indústria, detergentes e sabão de uma
maneira geral, venenos usados para combater vetores, sendo que estes ficarão em armário ou caixa
chaveada e identificada, além de graxas lubrificantes.
204
Normas Técnicas Entreposto de Carnes e Derivados
3.8 - UNIFORMES:
Todo pessoal que trabalha com produtos comestíveis, desde o
recebimento até a embalagem, deverá usar uniformes próprios aprovados pela CISPOA.
O pessoal que trabalha com produtos comestíveis deve usar uni-
forme branco que consiste em calça, jaleco, gorro e/ou capacete, bota e avental impermeável, este
quando a atividade industrial exigir.
O pessoal que exerce outras atividades não relacionadas à pro-
dutos comestíveis deverá usar uniforme colorido que consiste em bota, calça e jaleco ou macacão.
205
/ Inspeção -Animal / manual_l eite
Folha de rosto
© 2022 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial
ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos
direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.
1ª ed. Ano 2022.
Equipe técnica: Alexandre Campos da Silva, Carla Susana Rodrigues, Caroline Del Negri Sartoretto de Oliveira, Elisângela
Luiza de Souza Marques, Luciana Meneghetti dos Santos Maraschin, Marina Lobato Ramos Vermelho, Mayara Souza Pinto,
Milene Cristine Ce, Ralf Augusto Silva Marins, Sérgio Antônio Bogdano Bajaluk, Verlaine de Souza Lima.
Folha resumo
Macroprocesso: Objetivo:
Inspeção de Orientar a execução das atividades de inspeção e fiscalização de leite e derivados no âmbito do
produtos de Serviço de Inspeção Federal assegurando a eficácia dos controles oficiais e promovendo a
origem animal e uniformidade dos procedimentos executados pelos servidores do Departamento de Inspeção de
vegetal Produtos de Origem Animal
Processo:
Fiscalizar
estabelecimentos
e produtos de
origem animal e
vegetal
206
Segurança e Servidores que atuam na inspeção e fiscalização de leite e derivados noâmbito
qualidade dos do Serviço de Inspeção Federal 1
alimentos
207
A Coordenação Geral de Inspeção do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal é responsável pela
elaboração, atualização e envio para aprovação deste manual, tendo responsabilidade quanto aos procedimentos
descritos no documento
1. Definições e conceitos
1.1 ABREVIATURAS
AFFA – Auditor Fiscal Federal Agropecuário
AI – Auto de infração
PC – Ponto de controle
208
PGA-SIGSIF – Plataforma de Gestão Agropecuária do Sistema de Gerenciamento do Serviço de Inspeção Federal
2. Responsabilidades
O presente manual possui vigência e prazo indeterminado e será revisado sempre que necessário, no mínimo anualmente,
pela Coordenação Geral de Inspeção do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (CGI/DIPOA) e aprovada
pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA).
A gestão desse manual está sob a responsabilidade da CGI que prestará auxílio ao público alvo leitor Dúvidas e/ou sugestões
quanto à aplicação deste manual devem ser submetidas ao Departamento responsável.
A publicação e atualização das versões na plataforma oficial da SDA para acesso pelo público alvo será de responsabilidade
da Secretaria representada pelo DIPOA.
3. Objetivo
O objetivo deste manual é orientar a execução das atividades de inspeção e fiscalização de leite e derivados no âmbito do
Serviço de Inspeção Federal assegurando a eficácia dos controles oficiais e promovendo a uniformidade dos procedimentos
executados pelos agentes públicos do DIPOA.
209
Assim, servirá de guia aos agentes públicos do Serviço de Inspeção Federal (SIF/DIPOA/SDA) na execução de suas
atividades de inspeção e fiscalização de leite e derivados, no âmbito do SIF.
4. Procedimentos
O SIF é responsável pela fiscalização nos estabelecimentos industriais elaboradores de produtos de origem animal
registrados no DIPOA, conforme determina a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a Lei nº 7.889, de 23 de novembro
de 1989, regulamentadas pelo Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, que aprovou o Regulamento de Inspeção Industriale
Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA).
De acordo com o RIISPOA, a inspeção e a fiscalização de leite e derivados abrangem a verificação do estado sanitário do
rebanho, do processo de ordenha, do acondicionamento, da conservação e do transporte do leite, bem como das matérias-
primas, do processamento, do produto, da estocagem e da expedição, das instalações laboratoriais, dos equipamentos, dos
controles e das análises laboratoriais.
Dessa forma, a inspeção e a fiscalização não se resumem às etapas de industrialização, podendo utilizar fer ramentas que
permitam a avaliação dos procedimentos executados ao longo de todo o processo produtivo.
Conforme Decreto nº 9.013 de 2017, todos os estabelecimentos sob SIF são obrigados a implementar os programas de
autocontrole, que se definem como programas desenvolvidos, com procedimentos descritos, implantados, monitorados e
verificados pela indústria, com vistas a assegurar a inocuidade, a identidade, a qualidade e a integridade dos seus produtos.
Devem incluir as Boas Práticas de Fabricação (BPF), o Procedimento Padrão de Higiene Operacional (PPHO) e a Análise de
Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou outros equivalentes, reconhecidos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), mas não necessariamente se limitar a estes programas.
Esse manual apresenta de forma consolidada os itens dispostos em legislação específica que, portanto, devem ser
cumpridos pelos estabelecimentos registrados no SIF, bem como verificados pelo SIF por meio da aplicação da Norma
Interna DIPOA nº 1, de 8 de março de 2017.
Os procedimentos descritos neste documento são resultado da experiência de trabalho de diversos profissionais da área de
fiscalização de leite que atuaram ou atuam no SIF do DIPOA.
Os procedimentos descritos a seguir devem ser seguidos para que se possa alcançar o objetivo da inspeção e fiscalização
do leite e seus derivados.
Este Manual contém as referências legais, normativas e as diretrizes de base para a atuação dos agentes públicos.
A frequência da fiscalização nos estabelecimentos de leite e derivados é realizada de forma periódica e definida de acordo
com o cálculo do Risco Estimado associado ao estabelecimento (R) que considera o volume de produção, o risco inerente
ao produto e o desempenho do estabelecimento conforme disposto no Manual para cálculo do risco estimado associado a
estabelecimentos (https://wikisda.agricultura.gov.br/pt-br/home L ) para Cálculo do R. Os valores de R determinam a frequência
de fiscalização mínima, podendo ser anual, semestral, bimestral ou quinzenal.
210
Conforme disciplinado no Ofício Circular DIPOA nº 82, de 22 de dezembro de 2021, os documentos referentes à fiscalização
e às análises laboratoriais a serem executados pelos Serviços de Inspeção Federal devem ser formalizados em processos
no Sistema Eletrônico de Informações (SEI).
As não conformidades identificadas devem ser registradas nos campos específicos do Formulário da Verificação Oficial
(VOEC), anexos II e III da Norma Interna DIPOA nº 01 de 2017, conforme determinações do Ofício Circular DIPOA nº 82, de 22
de dezembro de 2021, e as ações fiscais adotadas devem ser firmadas através dos documentos padronizados que constam
no Manual de Procedimentos de Apuração de Infração.
A descrição de cada não conformidade constatada durante os procedimentos de fiscalização deve ser objetiva, clara e
específica, de modo que todos sejam capazes de compreender objetivamente qual é a não conformidade em causa e, dessa
forma, ser possível atuar sobre tal.
A análise dos volumes recebidos, produzidos e comercializados podem revelar indícios de que o estabelecimento está
trabalhando de forma incompatível com a capacidade declarada nos memoriais aprovados, produzindo produtos em
desacordo com o autorizado e incompatíveis com a estrutura aprovada no registro do estabelecimento ou, ainda, recebendo
matéria-prima de origem não permitida.
Nestes casos, o agente público deverá adotar as ações fiscais cabíveis para restabelecimento do aprovado pelo DIPOA.
As orientações sobre os lançamentos dos dados estatísticos constam no Manual Mapas Estatísticos da Plataforma de
Gestão Agropecuária do Sistema de Gerenciamento do SIF (PGA-SIGSIF).
a. Mapa de Comercialização; e
b. Mapa de Produção.
Deverá ser avaliado o atendimento ao inciso IV do artigo 73 do Decreto nº 9.013, de 2017, que estabeleceu como obrigação
dos responsáveis pelos estabelecimentos fornecer os dados estatísticos de interesse do SIF, alimentando o sistema
informatizado do MAPA até o décimo dia útil de cada mês subsequente ao transcorrido e sempre que solicitado.
Estes dados devem ser confrontados com os registros de entrada e saída nos estabelecimentos de leite e derivados.
O SIF deverá observar as orientações para a verificação oficial do lançamento dos mapas estatísticos que constam nas
orientações emitidas pelo DIPOA (Ofício-Circular DIPOA nº 62, de 08 de julho de 2021).
Para aprovação do registro de estabelecimentos na área de leite e derivados devem ser considerados os requisitos gerais
necessários para a aprovação das instalações industriais de acordo com o previsto no D ecreto nº 9.013, de 2017, e em
normas complementares.
A Portaria MAPA nº 393, de 09 de setembro de 2021, deve ser utilizada como referência para os procedimentos de registro,
construção, cancelamento, reforma e ampliação dos estabelecimentos.
211
A aprovação de um estabelecimento significa que este reúne as condições necessárias ao desenvolvimento das atividades
para as quais é aprovado. A aprovação resulta na concessão de um número de registro que identifica o estabelecimento
aprovado e o classifica conforme as atividades que foram autorizadas para seu funcionamento.
O agente público do SIF deve avaliar se o projeto do estabelecimento a ser fiscalizado se encontra devidamente aprovado e
cumpriu todos os requisitos quando da sua aprovação e classificação. Esta avaliação inclui confrontar as capacidades
previstas de processamento, fluxo e instalações aprovadas com o verificado in loco na fiscalização.
Em caso de não cumprimento do estabelecido, o agente público deverá verificar se existem prazos acordados e
documentados previstos para conclusão de obras ou instalação de equipamentos. Inexistindo tais documentos que
comprovem as solicitações pelo estabelecimento, deve-se adotar as ações pertinentes, observando principalmente se a
situação coloca em risco a condição higiênico-sanitária dos produtos elaborados.
Os estabelecimentos de leite e derivados, de acordo com as suas atividades, deverão ser registrados nos serviços de
inspeção de modo que atendam as seguintes classificações, conforme o Decreto nº 9.013, de 2017:
a. Granja leiteira;
b. Posto de refrigeração;
d. Queijaria.
Se o agente público verificar que a classificação do estabelecimento de leite e derivados não está de acordo com o registrado
no processo de registro ou em relação aos dados que constam nos Sistemas SIGSIF e PGA-SIGSIF, o estabelecimento deve
ser notificado para adequação desta classificação.
Os agentes públicos irão avaliar se as instalações e equipamentos estão de acordo com o declarado nos memoriais
aprovados pelo DIPOA. Eventuais não conformidades devem ser registradas e devem ser adotadas as medidas cautelares e
demais ações fiscais que forem necessárias.
Além do disposto no Decreto nº 9.013, de 2017, as particularidades em relação às instalações e aos equipamentos da
indústria de leite e derivados devem ser avaliadas de acordo com os critérios definidos pela Portaria DIPOA nº 04, de 03 de
janeiro de 1978, e pela Portaria MAPA nº 368, de 04 de setembro de 1997.
Todos os produtos fabricados devem ser previamente registrados no sistema PGA-SIGSIF, inclusive, com as seguintes
informações, conforme a Portaria MAPA nº 558, de 30 de março de 2022, e atendendo ao disposto na Instrução Normativa
MAPA nº 22, de 24 de novembro de 2005, e o artigo 443 do Decreto 9.013, de 2017:
c. Composição do produto com indicação dos ingredientes, em ordem decrescente de quantidade, informado o nome ou
número INS e função do aditivo. Os aditivos permitidos para uso em leite e derivados são os previstos nos regulamentos
212
técnicos específicos dos produtos. Quando estes remeterem à legislação específica, deve ser verificado em normas
publicadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
d. Descrição do processo de fabricação de forma ordenada e abrangendo a obtenção ou recepção da matéria -prima,
processamento contemplando tempo e temperatura dos processos tecnológicos utilizados, acondicionamento,
armazenamento e conservação do produto, bem como as especificações que conferem as características distintivas do
produto;
e. Parecer do órgão regulador da saúde sobre o uso de alegações de propriedade funcional ou de saúde, quando existirem
tais alegações no rótulo;
f. Reprodução fidedigna e legível do rótulo, em suas cores originais, com a indicação de suas dimensões e do tamanho dos
caracteres das informações obrigatórias do rótulo. O rótulo pode apresentar variações em suas dimensões, cores e
desenhos, mas todas as variações devem ser encaminhadas para fins de registro; e
De acordo com o número de registros de produtos que o estabelecimento possui na plataforma PGA-SIGSIF, essa verificação pode
ser realizada por amostragem. As orientações sobre a fiscalização deste item serão descritas no elemento de controle da
formulação de produtos.
Deve ser realizado o prévio levantamento dos registros com o objetivo de compará-los com as informações do mapa de
produção, de modo a direcionar o processo de fiscalização. Por exemplo: fiscalização da produção de um produto novo ou
de maior risco sanitário ou que venha apresentando indícios de falta de controle de acordo com fiscalizações anteriores.
Os rótulos registrados, além das exigências específicas de rotulagem, devem possuir um número de registro composto por
um número sequencial e o número de registro do estabelecimento.
Recomenda-se que produtos com mesma composição e mesmo processo de fabricação sejam registrados sob o mesmo
número. Quando os produtos apresentarem composição distinta ou divergências na descrição do processo de fabricação,
estes devem obrigatoriamente serem registrados em processos distintos.
Se o produto possuir Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ), a aprovação é automática na plataforma PGA- SIGSIF.
Caso o produto não possua RTIQ, deverá ser submetido à análise pelo DIPOA para aprovação.
Para as especificações gerais de rotulagem deve se observar o disposto no Capítulo III do Decreto nº 9.013, de 2017, bem
como o estabelecido na Instrução Normativa MAPA nº 22, de 24 de novembro de 2005, alterada pela Portaria MAPA nº 240,
de 23 de julho de 2021, além das normativas específicas dos demais órgãos fiscalizadores, como Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA/MS), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Ministério da Saúde e
Ministério da Justiça, entre outras pertinentes.
É preciso observar também o atendimento à declaração de presença ou ausência de glúten (Lei nº 10.674, de 16 de maio de
2003, e Resolução – RDC ANVISA/MS nº 40, de 8 de fevereiro de 2002), a rotulagem obrigatória dos alimentos que causam
alergias alimentares (Resolução - RDC ANVISA/MS nº 26, de 2 de julho de 2015) quando couber e a apresentação da
informação nutricional complementar (Resolução – RDC ANVISA/MS nº 54, de 12 de novembro de 2012) se aplicável.
Quando o creme de leite cru refrigerado de uso industrial for comercializado em sacos plásticos, a embalagem utilizada deve
ser de único uso, grau alimentício e termo soldável.
213
O produto deve ser comercializado exclusivamente entre indústrias para ser processado, sendo proibida a venda ao
consumo direto.
Deve constar no painel principal do rótulo as seguintes expressões: “PRODUTO SEM TRATAMENTO TÉRMICO” e “PRODUTO
DE USO EXCLUSIVO DA INDÚSTRIA”.
Deve atender aos mesmos requisitos de composição e qualidade, aditivos e contaminantes do RTIQ de Creme de Leite a
Granel de Uso Industrial, e ser conservado com temperatura igual ou inferior a 5ºC.
Considerando que o teor de matéria gorda do creme de leite é variável, a indicação da quantidade de gordura no rótulo do
produto é opcional, sendo responsabilidade do fabricante a conformidade entre a informação declarada e a composição do
produto.
O creme de soro de leite cru refrigerado de uso industrial é o creme obtido a partir do desnate do soro de leite, que deve
atender aos mesmos critérios do creme de leite cru de uso industrial comercializado em sacos plásticos.
É permitida sua utilização como ingrediente opcional na elaboração de manteiga comum e de outros derivados lácteos com
previsão de uso de gordura láctea em sua fabricação, desde que comercializados exclusivamente no Brasil. O creme de soro
de leite deve ser declarado na lista de ingredientes do rótulo, e o produto final deve atender a todos os requisitos do RTIQ.
4.4.3.3 Manteiga
Para a manteiga, as expressões “com sal” ou “sem sal” podem constar adicionalmente à denominação de venda completa, como
chamada ou “splash” adicional.
Quanto ao teor de Extrato Seco Desengordurado (ESD), o teor máximo de 2% estabelecido na Portaria MAPA nº 146, de 07 de
março de 1996, refere-se à manteiga sem sal. Para a manteiga com sal, o teor máximo de ESD a ser considerado é de 4%.
Não é permitido o uso de aditivos alimentares conservantes como, por exemplo, ácido sórbico e seus sais (sorbato de cálcio,
de sódio ou de potássio). Os aditivos alimentares de uso permitido em manteiga são somente aqueles expressamente
previstos em seu RTIQ.
4.4.3.4 Ghee
De acordo com o Codex Alimentarius, o Ghee é o produto obtido exclusivamente de manteiga, creme ou leite. Por tratar-se de
produto sem RTIQ, é exigida a análise prévia pelo DIPOA para registro do rótulo.
Não devem constar no rótulo outras denominações, tais como “Butter oil”, “Manteiga de garrafa” ou “Manteiga clarificada”,
por tratar-se de produtos distintos.
Devem ser utilizadas as referências do Codex Alimentarius para definição, composição, denominação e fatores de qualidade
do produto, que devem estar detalhadamente descritos no processo de fabricação, incluindo as análises que serão
realizadas e respectivos parâmetros.
Não é permitido o uso de aditivos, com exceção dos provenientes da manteiga. Podem ser utilizadas especiarias ou ervas
aromáticas, que farão parte da denominação de venda do produto.
A adição do conservante ácido sórbico e seus sais de sódio, potássio e cálcio não é permitida para bebida láctea sem
adição, bebida láctea fermentada e bebida láctea fermentada com leites fermentados. Pelo princípio de transferência, pode
214
ocorrer a presença desse aditivo no produto final pela utilização de ingredientes que contenham ácido sórbico (como os
preparados de frutas), desde que o aditivo atenda o limite estabelecido pela RDC ANVISA/MS nº 08, de 06 de março de 2013,
no preparado de frutas.
4.4.3.6 Produtos com adição de preparados de frutas (como iogurtes, bebida lácteas, leites fermentados
equeijos petit suisse)
A denominação de venda do produto deverá corresponder ao ingrediente utilizado para caracterizá-lo “ipsis litteris”, de modoa
assegurar informações corretas, claras e precisas sobre a sua composição (exemplo: Iogurte Integral com Polpa de
Morango”; “Iogurte Integral com Preparado de Morango”; “Iogurte Integral com Pedaços de Morango”. O uso do preparado de
frutas como ingrediente característico impede a utilização de expressões como “com polpa de fruta” ou “com pedaços de
frutas” na denominação de venda ou em “splash”.
Quando o sabor do produto for conferido apenas pela adição de aromatizante, sempre que for utilizada a expressão “sabor”
no rótulo deverá constar de forma completa, em caracteres uniformes em corpo e cor (exemplo: “sabor morango”). Poderá
ser aceita a imagem da fruta mesmo quando esta não é utilizada, para indicação do sabor do produto, desde que figure
claramente, junto à imagem da fruta, que se trata de “imagem para indicação de sabor”. É ressaltado que esta informação,
neste caso, deve estar facilmente visível ao consumidor.
No rótulo, não poderá ser destacada a presença da manteiga, nem poderão constar comparações do “produto a base de
manteiga e margarina” com a “manteiga”.
Na sua fabricação podem ser utilizados os aditivos previstos tanto para a manteiga quanto os aditivos previstos para a margarina.
Os padrões microbiológicos devem atender aos requisitos previstos nos RTIQs dos dois produtos (manteiga: Portaria MAPA
nº 146, de 07 de março de 1996; e margarina: Instrução Normativa MAPA nº 66, de 10 de dezembro de 2019), e serão
considerados os parâmetros mais restritivos.
É o produto elaborado a partir da ricota, sendo este o ingrediente preponderante na base láctea, podendo ser adicionado sale
temperos.
Podem ser utilizados os aditivos previstos no RTIQ de Queijos, para queijos de muito alta umidade (Portaria MAPA nº 146, de
07 de março de 1996).
Se forem adicionados condimentos, a denominação deverá contemplar estes ingredientes (Exemplo: “Creme de Ricota com
Cebola” ou “Creme de Ricota Condimentado”).
4.4.3.9 Permeado
A matéria-prima deve ser mencionada junto à denominação de venda (“Permeado de Leite” ou “Permeado de Soro de Leite”).
Quando o produto for apresentado em pó, esta forma de apresentação deve ser incluída junto à denominação de venda
(“Permeado de Leite/Soro de Leite em Pó”)
215
4.4.3.10 Concentrado protéico
É um produto que pode ser obtido a partir do leite ou do soro de leite, devendo a matéria-prima ser mencionada junto à
denominação de venda, bem como o percentual de proteína (Exemplo: “Concentrado Protéico de Leite - 80%” ou “Concentrado
Protéico de Soro de Leite - 80%”).
Quando o produto for apresentado em pó, esta forma de apresentação deve ser incluída junto à denominação de venda (Exemplo:
“Concentrado Protéico de Leite/Soro de Leite em pó - 80%)”.
As proteínas hidrolisadas também são “Concentrados Protéicos”, porém a denominação de venda deve ser “Concentrado Protéico
de (Leite/Soro de Leite) Hidrolisado - 80%” ou “Concentrado Protéico de Leite/Soro de Leite Hidrolisado em pó -80%”,
conforme aplicável.
Este produto pode ser obtido a partir do leite ou do soro de leite, devendo a matéria-prima ser mencionada junto à
denominação de venda (“Isolado Protéico de leite” ou “Isolado Protéico de soro de leite”).
Quando o produto for apresentado em pó, esta forma de apresentação deve ser incluída junto à denominação de venda
(“Isolado protéico de leite/soro de leite em pó”).
É um produto semelhante ao doce de leite, mas com composição predominante de soro de leite.
Uma vez que o produto não possui RTIQ, não há restrição quanto ao conteúdo máximo de sacarose.
Na sua fabricação podem ser utilizados os aditivos previstos na Resolução ANVISA/MS nº 388, de 05 de agosto de 1999,
("Regulamento Técnico que aprova o uso de Aditivos Alimentares, estabelecendo suas Funções e seus Limites Máximospara
a Categoria de Alimentos 19 - Sobremesas”) em seu item 19.2.1. “Outras sobremesas (com ou sem gelatina, com ousem
amidos, com ou sem gelificantes) prontos para o consumo”.
Deve ser atendido o disposto no RTIQ de queijo processado (Portaria MAPA nº 356, de 04 de setembro de 1997).
A denominação de venda deverá ser a definida no RTIQ, podendo figurar a expressão “Fondue de Queijo” como “splash”.
Será denominado “massa coalhada” o produto obtido por coagulação do leite por meio de coalho e ou outras enzimas
coagulantes apropriadas, complementada ou não pela ação de bactérias lácticas específicas.
Quanto à composição, características sensoriais, requisitos físico-químicos, aditivos e coadjuvantes de tecnologia, higiene
(considerações gerais, critérios macroscópicos, microscópios e microbiológicos), pesos e medidas e métodos de análise e
amostragem, deve ser atendido o disposto no Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Massa para elaborar
Queijo Mussarela (Portaria MAPA nº 366, de 04 de setembro de 1997).
216
Este produto não pode ser utilizado para substituir queijos em produtos lácteos, a exemplo do “queijo processado”.
4.4.3.15 Queijos
Em caso de utilização de película protetora, a etapa de colocação da película deve fazer parte da descrição do processo de
fabricação, em atendimento ao inciso II do art. 429 do RIISPOA (Decreto nº 9.013 de 2017). Além disso, os aditivos utilizados
na película, sejam eles conservantes ou corantes, devem atender à Portaria MAPA nº 146/1996 e devem estar dispostos no
campo de composição do produto e na lista de ingredientes do rótulo. Quanto a informação sobre a retirada da película
antes do consumo do produto, esta pode constar no rótulo, sendo uma informação de responsabilidade dos fabricantes.
A maturação dos queijos deve realizada em temperatura superior a temperatura de conservação do produto, de forma a
propiciar as trocas físicas e químicas desejáveis à sua identidade.
É permitida a maturação de queijos já embalados. Quando acondicionados em embalagens secundárias, não é permitida a
maturação concorrente na mesma câmara de queijos que sejam maturados sem embalagem.
O queijo processado (ou fundido) deve compor pelo menos 50% da composição final do produto, não podendo ser utilizados
aditivos que não sejam permitidos pelo RTIQ do queijo processado.
Não é permitida a fabricação de requeijão adicionado de gordura vegetal e/ou amido, por não atender ao RTIQ do produto
(Portaria MAPA nº 359, de 04 de setembro de 1997).
Produtos adicionados com gordura vegetal e/ou amido e que contenham em sua composição final mais de 50% de produtos
lácteos ou produtos lácteos compostos devem ser enquadrados no artigo 366 do Decreto nº 9.013 de 2017 como “Mistura
de Requeijão e Gordura Vegetal” ou “Mistura de Requeijão e Amido” ou “Mistura de Requeijão e Gordura Vegetal e Amido”.
Para as misturas “Mistura de Requeijão e Amido”, “Mistura de Requeijão e Gordura Vegetal” e “Mistura de Requeijão e
Gordura Vegetal e Amido ” deve ser atendido o seguinte:
São queijos cujo processo de fabricação inicia-se pelo fracionamento de peças inteiras já registradas.
O rótulo do produto fracionado deve possuir todas as informações obrigatórias correspondentes ao aprovado para a peça
inteira, no que couber.
217
É o queijo obtido a partir de leite de vaca pasteurizado e maturado durante pelo menos 10 (dez) dias, em câmara com
temperatura acima de 10°C.
Podem ser utilizados os aditivos previstos no RTIQ dos Queijos (Portaria MAPA nº 146, de 07 de março de 1996).
A denominação de venda não poderá fazer referência a queijos com denominação reconhecida (a exemplo do “Queijo Minas
Frescal”).
É o queijo obtido a partir do leite de vaca pasteurizado e maturado durante pelo menos 60 dias.
Podem ser utilizados os aditivos previstos no RTIQ dos Queijos (Portaria nº 146/96).
É o queijo obtido a partir do leite de vaca pasteurizado e maturado durante pelo menos 10 dias, em câmara com temperatura
acima de 10°C.
Podem ser utilizados os aditivos previstos no RTIQ dos Queijos (Portaria MAPA nº 146, de 07 de março de 1996).
A denominação de venda deste produto será “Queijo de Leite de (espécie) Fresco” ou “Queijo de Leite de (espécie) Maturado”,
conforme a sua correspondência, não sendo permitida qualquer referência a denominações reconhecidas, incluindo a
marca.
Os aditivos permitidos são aqueles previstos no RTIQ dos Queijos (Portaria MAPA nº 146, de 07 de março de 1996).
Por meio dos valores de nutrientes declarados na tabela de informação nutricional, deve ser verificada a classificação do
queijo quanto ao teor de umidade e de matéria gorda no extrato seco, conforme Portaria MAPA nº 146, de 07 de março de
1996.
A forma e o peso do queijo devem estar de acordo com a descrição do produto apresentada pelo Codex Alimentarius.
Devem ser observados os ingredientes permitidos para cada tipo de queijo conforme disposto no Codex Alimentarius.
Já quanto ao uso de aditivos permitidos, deverá ser atendido o disposto na Portaria MAPA nº 146, de 07 de março de 1996,
não sendo permitido o uso dos aditivos previstos nas normas do Codex Alimentarius.
218
Na denominação de venda, é necessário constar a indicação “tipo”, conforme item 3.3 da Instrução Normativa MAPA nº 22,
de 24 de novembro de 2005. E, toda menção que constar no rótulo do produto referente ao tipo de queijo também deverá
utilizar a indicação “tipo”.
Apresentamos no ANEXO deste Manual os resultados obtidos pelo PROJETO DE COOPERAÇÃO PARA CONHECIMENTO
TECNOLÓGICO DE PRODUTOS TÍPICOS EUROPEUS QUE SÃO REGISTRADOS NO MAPA – AGRI0118, que foi desenvolvido em
parceria entre o MAPA e os Diálogos Setoriais Brasil – União Europeia do Ministério da Economia.
O documento é uma referência auxiliar nas atividades de inspeção e fiscalização do MAPA, em atendimento a programas
oficiais de Controle e na análise de etapas dos processos de fabricação dos produtos importados e dos produtos nacionais
semelhantes aos Europeus.
b. Queijos franceses: Cream Cheese Boursin, Brie, Camembert, Chevrotin, Comté, Morbier, Reblochon, Saint-Poulin,
Roquefort, Crottin, Saint-Marcellin; e
c. Queijos italianos: Asiago, Burrata, Caciocavallo, Caciotta, Caprino Romano, Mozzarela di Buffalo, Fontina, Gorgonzola,Grana
Padano, Parmigiano-Reggiano, Mascarpone, Quartirolo, Provolone, Taleggio, Pecorino.
4.4.3.16 Produtos lácteos (queijos, iogurtes, manteigas, leite em pó etc.) de outras espécies
Para produtos que possuam RTIQ correspondente ao produto elaborado a partir de leite de vaca, a análise do produto similar
obtido de leite de outras espécies seguirá os padrões definidos nos respectivos RTIQs, conforme aplicável.
São admitidas variações dos requisitos físico-químicos e sensoriais de acordo com a espécie.
Para o registro de produtos orgânicos, deve constar, junto com o croqui do rótulo, a documentação comprobatória da
qualidade orgânica do produto, emitida pelos organismos que controlam a qualidade orgânica (Certificadoras ou Sistemas
Participativos).
A indicação “orgânica” ou outras expressões equivalentes previstas na legislação não devem fazer parte da denominação de
venda do produto, por se tratar de um atributo de qualidade.
A consulta sobre os organismos que controlam a qualidade orgânica (Certificadoras e Sistemas Participativos)
credenciados no MAPA e o cadastro de produtores orgânicos pode ser feita no seguinte endereço:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/arquivos-
organicos/copy18_of_ENDEREOSDECERTIFICADORASEOPAC.pdf L
219
As análises laboratoriais são necessárias para cumprir os requisitos relacionados à conformidade dos produtos de origem
animal.
O Serviço de Inspeção Federal (SIF) deve verificar a grade de sorteio enviada pela assessoria técnica do Serviço de Inspeção
de Produtos de Origem Animal (SIPOA) para coleta de amostras em atendimento aos programas oficiais do DIPOA:
b) Programa de Controle de Listeria monocytogenes em produtos de origem animal prontos para consumo; e
As análises a serem realizadas devem estar previstas em legislação, e estão listadas na grade de programação
encaminhada ao SIF e ao SIPOA.
O agente público deverá avaliar se o estabelecimento está incluído na grade de sorteio e se o estabelecimento fabrica a
categoria de produto a ser coletado.
Caso nenhuma destas informações esteja de acordo, o agente público deverá entrar em contato com o gestor do programa
no SIPOA e enviar solicitação de alteração, inclusão ou exclusão das informações, adequando a realidade do
estabelecimento ao programa. É preciso verificar a conformidade do lançamento de dados nos Mapas Estatísticos da
Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA-SIGSIF).
Os procedimentos para coleta de amostras estão descritos no Manual de Coleta de Amostras de Produtos de Origem Animale
no Manual Instrutivo do PNCRC/MAPA . Os manuais estão disponíveis no Sistema informatizado de gerenciamento de manuais
de processos da SDA/MAPA (https://wikisda.agricultura.gov.br/pt-br/home L ).
Os resultados das análises laboratoriais devem ser compilados de modo a propiciar uma formação de histórico por
estabelecimento, produto e os resultados de cada um dos parâmetros.
Deve ser realizada a avaliação dos laudos e dos resultados dos ensaios analíticos.
As avaliações desses resultados devem ser, principalmente, em relação ao atendimento aos regulamentos técnicos de
identidade e qualidade e a demais legislações pertinentes, devendo ser adotadas as providências e as ações cabíveis em
casos de resultados fora dos padrões.
Os prazos para coleta de amostras para os programas oficiais nem sempre coincidem com a frequência mínima de
fiscalização do estabelecimento. Na medida em que for possível, as coletas de amostras devem ser realizadas
concomitantemente com a fiscalização do estabelecimento.
4.5.2 Particularidades quanto aos Certificados Oficiais de Análises (COA) e demais laudos de análises
Devem ser aplicados os seguintes critérios pelo SIF na interpretação dos resultados para o teor de acidez:
a. Para os resultados de acidez titulável entre 0,12 e 0,14 g ácido láctico/100 ml de leite fluido (UHT, cru e pasteurizado)
quando aplicada a metodologia AOAC (Instrução Normativa MAPA nº 30, de 26 de junho de 2018, manual de métodos
oficiais), estaria justificada a não destinação do leite conforme previsto na Portaria MAPA nº 392, de 9 de setembro de 2021,e
os produtos devem ser autuados e retidos apenas quando existirem outras evidências de fraude além da análise de acidez; e
b. Para os resultados laboratoriais entre 0,12 a 0,14 g de ácido lático/100 ml em análises que não tenham sido realizadas
pela metodologia AOAC (Instrução Normativa MAPA nº 30, de 26 de junho de 2018, manual de métodos oficiais) e,
independentemente da metodologia utilizada, para os resultados de análises abaixo de 0,12 g de ácido lático/100 ml e acima
de 0,18 g de ácido lático/100 ml devem ser seguidas as determinações dispostas na Portaria MAPA nº 392 de 2021.
220
4.5.2.2 Produtos lácteos com adição de ácido sórbico/sorbatos e ácido benzoico/benzoatos
Conforme padronizado pela CGAL, os resultados nos Certificados Oficiais de Análise (COA) são expressos da seguinte
forma:
a. NÃO DETECTADO: Quando o resultado observado na análise for inferior a 5 mg/kg (considera-se que o analito não está
presente na amostra);
b. DETECTADO: Quando o resultado observado na análise estiver entre 5 e 30 mg/kg (significa que o analito está presente na
amostra, mas em quantidade abaixo do que é possível quantificar); ou
c. VALOR NUMÉRICO INTEIRO: Quando o resultado observado na análise for maior ou igual a 30 mg/kg (significa que o
analito está presente na amostra na concentração informada).
De acordo com os dados disponíveis no Codex Stan 192-1995 (revisado em 2017), não são esperados efeitos adversos à
saúde pelo consumo de produtos lácteos contendo baixos níveis de ácido sórbico/sorbato e ácido benzóico/benzoato. Com
base na informação disponível, consideramos que valores entre 5 e 30mg/kg, expressos no COA como DETECTADO, não
representam risco à saúde pública.
Entretanto, recomendamos que esse resultado seja tratado como suspeita de adulteração por emprego de aditivo alimentar
diferente daqueles expressos na formulação do produto.
Com relação à interpretação dos resultados das análises laboratoriais para pesquisa de ácido sórbico/sorbato e ácido
benzóico/benzoatos em produtos lácteos, sugerimos que:
I. Ácido sórbico/sorbato:
▸ O uso de ácido sórbico/sorbato é permitido em alguns produtos lácteos, como por exemplo, doce de leite, requeijão e
queijo ralado, desde que sejam observadas as quantidades definidas nos RTIQs. Dessa forma, somente resultado de
análise laboratorial acima do limite máximo estabelecido pelo respectivo RTIQ deve ser considerado como desvio, sendo
necessário adotar ações fiscais;
▸ Para produtos que não possuem RTIQ ou em cujo RTIQ não conste a previsão de uso de ácido sórbico/sorbato, quando
for constatado por meio de análise laboratorial resultado entre 5mg/kg e 30mg/kg, expresso no COA como DETECTADO,
deve ser iniciado processo de investigação junto ao estabelecimento para identificar a possível origem do aditivo;
▸ Nesse caso, atentar para a formulação do produto, uma vez que o aditivo é permitido na elaboração de enzimas e aditivos
alimentares em quantidade suficiente para se atingir o objetivo esperado, conforme se verifica no anexo II da RDC
ANVISA/MS nº 53, de 07 de outubro de 2014. No caso de haver previsão de uso de ácido sórbico/sorbato como parte
da composição de algum ingrediente utilizado no processo de fabricação do produto lácteo, o resultado DETECTADO
pode configurar a transferência deste conservante para o produto lácteo, não sendo necessário adotar ações fiscais.
Caso não seja demonstrado que o ácido sórbico/sorbato tenha sido transferido ao produto lácteo pelos ingredientes,
enzimas e aditivos alimentares utilizados, cabe ação fiscal; e
▸ Para produtos que não possuem RTIQ ou em que no RTIQ não conste a previsão de uso de ácido sórbico/sorbato e for
constatado resultado superior a 30mg/kg, deve ser considerado, além da investigação acima proposta, a adoção das
medidas cautelares previstas no art. 495 do Decreto nº 9.013 de 2017, por suspeita de adulteração (alínea d, inciso I,
parágrafo único, art. 504 do Decreto 9.013 de 2017).
▸ O uso de ácido benzóico/benzoato não está previsto nos RTIQs dos produtos lácteos, contudo, assim como o ácido
sórbico/sorbato, o ácido benzóico/benzoato é permitido na elaboração de enzimas e aditivos alimentares em
quantidade suficientes para se atender ao objetivo esperado, conforme se verifica no anexo II da RDC ANVISA/MS nº 53,
de 07 de outubro de 2014;
▸ Para resultado expresso no COA como DETECTADO, deve ser iniciado processo de investigação junto ao estabelecimento
para identificar a possível origem do aditivo no produto lácteo. Observar se na formulação do produtolácteo são utilizados
ingredientes ou aditivos alimentares em que é permitido o uso de ácido benzóico/benzoato, o quepoderia indicar a sua
transferência para o produto. Além disso, há relatos de ocorrência natural, em baixos níveis, de ácido benzóico em leite
e produtos lácteos; e
221
▸ Para resultados acima de 30mg/Kg deve ser considerado, além da investigação acima proposta, a adoção das medidas
cautelares previstas no art. 495 do Decreto nº 9.013 de 2017, por suspeita de adulteração (alínea d, inciso I, parágrafo
único, art. 504 do Decreto 9.013 de 2017).
Cumpre destacar que ambos os aditivos são previstos na RDC ANVISA/MS nº 08/2013, que dispõe sobre o uso de aditivos
alimentares para produtos de frutas e de vegetais e geleia de mocotó, em concentrações até 0,1g/100g. Por isso, para
produtos lácteos com adição de frutas, vegetais ou geleia de mocotó, deve ser observado se o valor reportado no COA para
ácido sórbico/sorbato e ácido benzóico/benzoatos não é superior ao valor máximo permitido para o respectivo ingrediente
utilizado no produto, respeitando a proporção do ingrediente no produto lácteo.
A SDA/MAPA conta com importantes ferramentas de controle do leite produzido no país e o Programa Nacional de Qualidade
do Leite (PNQL), a ser atendido pelos estabelecimentos, promove a avaliação sistemática da sua conformidade. Aqualidade
do leite cru refrigerado é fundamental para a agregação de valor do produto e competitividade do setor e tambémestá sob
vigilância do Serviço de Fiscalização Federal (SIF) em todo o país desde 2005. Estas normas foram atualizadas aos
estabelecimentos sob inspeção oficial do Brasil em 2018 (Instrução Normativa MAPA nº 76, de 26 de novembro de 2018 e
Instrução Normativa MAPA nº 77, de 26 de novembro de 2018).
A Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite (RBQL) é o conjunto de laboratórios distribuídos em
áreas geográficas de abrangência estratégica, com a finalidade precípua de monitorar e, dessa forma, contribuir para o
aperfeiçoamento da qualidade do leite, em consonância com os objetivos do Programa Nacional de Melhoria da Qualidade
do Leite (PNQL).
Os procedimentos sobre a fiscalização deste programa serão abordados no item 3.7.3 “Verificação documental”, subitem
3.7.3.2.7 “Controle de matéria-prima”.
Cada demanda deve ser tratada em processo eletrônico próprio e individual, contendo o histórico da sua tratativa de forma
independente e ordenada e, então, este processo deve ser relacionado ao processo da fiscalização de rotina.
No caso de denúncias, o denunciante deve ser orientado a encaminhar a denúncia aos canais de Ouvidoria do MAPA. A
equipe de ouvidores é capacitada para realizar a tratativa apropriada sobre a denúncia, de acordo com as normas que regemo
assunto. Caso o agente público do DIPOA receba a denúncia diretamente, ele mesmo deve proceder com o seu
encaminhamento imediato à Ouvidoria do MAPA e não dar publicidade ao conteúdo da denúncia ou a elemento de
identificação do denunciante.
a) Endereço eletrônico: ouvidoria@agro.gov.br , quando a manifestação for recebida originalmente por correio eletrônico;
b) Sistema Eletrônico de Informações – SEI: Iniciar processo do tipo “Ouvidoria:Denúncia” em nível de acesso “Restrito”, conforme
orientações contidas em ato normativo do Núcleo Gestor do Processo Administrativo Eletrônico – Nuproc/Mapa,e encaminhar
para a unidade OUV-OUVIDORIA, nas demais hipóteses; ou
c) Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo Federal, nos canais da Ouvidoria divulgados no portal do MAPA
(https://www.gov.br/agricultura/pt- br/canais_atendimento/ouvidoria) ou através do link da Plataforma Integrada de
222
Ouvidoria e Acesso à Informação - Fala.BR, desenvolvido e mantido pela Controladoria-Geral da União
(https://falabr.cgu.gov.br/publico/Manifestacao/SelecionarTipoManifestacao.aspx?ReturnUrl=%2f).
Os procedimentos a serem adotados diante do recebimento de laudos de análises do Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária devem seguir as orientações específicas do DIPOA.
Uma vez lhe atribuída a demanda, o agente público do DIPOA deve adotar as providências pertinentes, conforme as
orientações descritas no respectivo processo eletrônico, inclusive as do SIPOA que coordena as ações, e observando o sigilo
necessário ao caso.
O método de inspeção baseado no risco propõe priorizar as inspeções com ênfase no processo e nos controles
implementados pelos estabelecimentos, que tem como intuito monitorar os pontos críticos de controle e mitigar os riscos
de ordem higiênico sanitária ou de adulterações.
O agente público responsável pelo SIF deverá avaliar a documentação que está disposta nos sistemas do MAPA.
Antes de iniciar a fiscalização/verificação in loco, é importante que o agente público conheça previamente os programas de
autocontrole do estabelecimento.
Quando do conhecimento desses programas do estabelecimento, é necessário que seja realizada uma análise crítica,
avaliando se os mesmos encontram-se embasados técnica e cientificamente, bem como dentro dos conceitos estipulados
para cada programa (PPHO, BPF, APPCC, Rastreabilidade, entre outros) e se estão descritos de forma a contemplar todos os
procedimentos executados no estabelecimento, contendo as frequências de monitoramento e verificação, os limites
previstos, as medidas corretivas e preventivas para as possíveis não conformidades encontradas, as formas de registro e
uma avaliação sobre a eficiência do programa quando pertinente.
Uma vez conhecidos os programas de autocontrole, é possível proceder a um prévio levantamento de dados sobre o
estabelecimento e a sua situação.
d. Demandas de Ouvidoria e/ou de outros órgãos, como sobre a situação, os produtos e as atividades do estabelecimento;
f. Histórico de fiscalizações anteriores, bem como possíveis pendências em planos de ação ou na resolução de não
conformidades.
223
A coleta e a análise prévia de dados são capazes de otimizar o tempo da fiscalização, bem como servir de base para o
agente público responsável direcionar a sua atuação.
O roteiro de fiscalização de estabelecimentos de leite e derivados está dividido em: área externa, área de recepção, área de
produção e área de estocagem e expedição. Os pontos a serem observados durante a fiscalização estão descritos a seguir.
Os elementos de inspeção que são essencialmente documentais como, por exemplo, a avaliação da aferição e calibração de
equipamentos, o plano APPCC e a certificação sanitária serão abordados no item Verificação Documental.
i. Verificar se há pavimentação na área de circulação de veículos e pessoas e ajardinamento nas demais áreas. As vias de
trânsito interno devem ter superfície pavimentada, além de possuir o escoamento adequado para não empoçar água, bem
como meios que permitam a sua limpeza. O uso de brita ou outro material similar não deve ser aceito para as áreas de
circulação de veículos ou pessoal, à exceção para estabelecimentos de pequeno porte (§1º, art. 4º da Instrução Normativa
MAPA nº 05, de 14 de fevereiro de 2017);
ii. Verificar se há delimitação por muros ou cercas de tela que evitem a entrada de pessoas estranhas ou animais;
iii. Verificar as condições da área para lavagem externa dos caminhões, quando essa atividade não for terceirizada; e
iv. Verificar se há indícios de instalações utilizadas como residência ou alojamento no perímetro delimitado do
estabelecimento.
b. Água de abastecimento
i. Verificar condições de manutenção, higiene externa e interna (quando for possível o acesso) e proteção dos reservatórios
de água; e
ii. Verificar a presença e o funcionamento do dosador de cloro, se está em local protegido, de forma que a dosagem seja
feita anteriormente ao ingresso da água no reservatório.
i. Inspecionar o ambiente externo visando identificar condições favoráveis ao abrigo ou proliferação de pragas como, por
exemplo, material em desuso, produtos de devolução, lixeiras, lenha para a caldeira, fontes de mau cheiro, vazamento de
leite e crescimento de mato;
ii. Verificar por amostragem as armadilhas e iscas externas quanto à adequação, número suficiente, localização,
identificação e as condições de manutenção;
iii. Verificar a existência de barreiras ao acesso de pragas e animais maiores (delimitação por muros e cercas);
iv. Verificar se as áreas externas próximas às portas possuem iluminação por lâmpadas que não atraiam insetos, quando houver
atividade noturna no estabelecimento; e
224
v. Observar se há evidências de infestações por pragas (presença de carcaças, animais vivos, fezes, ninhos, urina, penas
etc.).
ii. Verificar o acondicionamento de lixo e resíduos industriais em local próprio e adequado, em reservatórios com tampa e
acionamento indireto, adequadamente conservados e identificados, com frequência adequada de retirada; e
iii. Verificar se a área de higienização de caixas plásticas apresenta condições de higiene, com limpeza eficiente das caixas.
e. PSO
i. Verificar se o depósito e a higienização de caixas plásticas e garrafas retornáveis apresentam fluxo adequado, com
frequência adequada de substituição da água do equipamento.
ii. Verificar se a cobertura se estende por toda extensão do tanque dos caminhões;
iv. Verificar a existência de protetores nas lâmpadas que ficam localizadas sobre os tanques dos caminhões, balões de
estocagem, tanques de equilíbrio ou qualquer outro equipamento que possibilite de alguma forma acesso à matéria prima;
vii. Verificar se os equipamentos são mantidos em condições aceitáveis de manutenção e funcionamento (termômetros,
válvula de desvio de fluxo, termo registrador, tanque de equilíbrio, painel de controle etc.), incluindo sua aferição e calibração;
ix. Verificar as condições de manutenção do veículo transportador de leite cru refrigerado, tais como:
▸ Mangueira coletora constituída de material atóxico e especificada para entrar em contato com alimentos e resistir ao
sistema de higienização “Cleaning In Place” (CIP), apresentar-se íntegra, internamente lisa e fazer parte dos
equipamentos do veículo;
▸ Refrigerador ou caixa isotérmica de material não poroso, de fácil limpeza para o transporte de amostras que devem ser
mantidas em temperatura de até 7 °C (sete graus Celsius), sem congelamento, até a chegada ao estabelecimento;
▸ Dispositivo para proteção das conexões, bem como de local para guarda dos utensílios e aparelhos utilizados na coleta;
▸ Veículo transportador de leite em latões deve dispor de meio de proteção dos latões contra o sol e a chuva; e
▸ Borrachas das escotilhas e proteção do suspiro dos caminhões-tanque devem estar íntegros e em condições adequadas.
225
b. Água de abastecimento:
Verificar se o estabelecimento possui água potável em volume suficiente para efetuar a limpeza dos caminhões após o seu
descarregamento.
i. Inspecionar a área de recepção visando identificar condições favoráveis ao abrigo ou proliferação de pragas;
ii. Verificar por amostragem as armadilhas e iscas externas, quanto à adequação, número suficiente, localização,
identificação e se estão em boas condições de manutenção;
iii. Observar se a área da recepção possui iluminação por lâmpadas que não atraiam insetos, quando houver atividade noturna
no estabelecimento; e
iv. Verificar se há evidências de infestações (presença de fezes, ninhos, urina, penas etc.).
i. Verificar se as condições de limpeza e sanitização nas áreas externas e superfícies que não entram em contato com o
alimento são adequadas;
ii. Verificar se os equipamentos são limpos e sanitizados antes do uso e se existem registros de monitoramento;
iii. Observar se há uso adequado do sistema CIP (tempo, concentração de solução, temperatura);
iv. Verificar se há definição de frequência para desmontagem de equipamentos e tubulações que requerem limpeza manual
periódica e se essa frequência está sendo cumprida. Avaliar se a desmontagem é realizada em local adequado. Sempre que
possível, solicitar a desmontagem do equipamento para verificação da limpeza interna;
vi. Verificar a limpeza externa do caminhão, com atenção para as escotilhas, escada, tubulação de saída do leite; e
vii. Verificar se não há introdução de leite “novo” antes do completo esvaziamento e higienização dos silos ou balões de
estocagem e avaliar a frequência com que são lavados.
i. Verificar se há apresentação adequada do pessoal: uniformes limpos, proteção de cabelos, unhas aparadas, não pintadas e
ausência de adornos; e
ii. Verificar se os hábitos de higiene são adequados, contemplando a higienização das mãos na frequência e forma corretase
sem detecção de atitudes anti-higiênicas.
f. PSO:
ii. Avaliar se há uso de utensílios exclusivos e identificados para limpeza de superfícies de contato com alimento;
226
iii. Verificar se há uso de botas ou calçados exclusivos para limpeza manual da parte interna dos tanques dos caminhões; e
iv. Verificar se o bocal da mangueira de descarga está protegido e sem contato com o piso, assim como agitador do leite no
tanque e demais utensílios que entram em contato com a matéria-prima.
i. Observar se o estabelecimento realiza avaliação sensorial ao abrir as escotilhas dos tanques, observando o aspecto e
coloração do leite e a ausência de sujidades;
ii. Observar se o estabelecimento realiza coleta amostras de todos os compartimentos dos caminhões-tanque para
realização das análises de recepção do leite;
iii. Verificar se o leite é descarregado somente após a finalização das análises de recepção;
iv. Verificar se o leite cru refrigerado ou leite fluido a granel de uso industrial proveniente de outros estabelecimentos com SIF
ou SISBI é identificado através de etiqueta lacre e boletim de análise;
v. Verificar se as matérias-primas recebidas estão devidamente identificadas quanto à sua origem, permitindo assim a
rastreabilidade; e
vi. Realizar a coleta de amostra fiscal para o monitoramento da qualidade do leite cru refrigerado estocado, adotando os
seguintes procedimentos:
▸ A cada fiscalização de fins de verificação do autocontrole, coletar amostras de leite cru refrigerado estocado;
▸ O frasco contendo a amostra deve ser acondicionado em invólucro lacrado e encaminhada pelo estabelecimento para o
laboratório da RBQL; e
▸ Os procedimentos para coleta dessa amostra estão descritos no Manual de Coleta de Amostras de Produtos de Origem
Animal do DIPOA.
h. Controle de temperaturas:
i. Nos estabelecimentos que recebem leite cru refrigerado apenas na temperatura máxima de 7 °C, verificar de que forma é
tratada essa excepcionalidade disposta na Instrução Normativa MAPA nº 77/2018. Podem ser considerados como
excepcionalidades as não conformidades pontuais, tais como, chuvas intensas, falta de energia elétrica, interrupções de
tráfego, problemas mecânicos no caminhão. Verificar se há um plano de ação estabelecido e em execução, que inclua
adequação de rotas, avaliação da eficiência dos tanques de expansão e dos tanques isotérmicos dos caminhões, entre
outros.
ii. Verificar se outras matérias-primas recebidas pelo estabelecimento atendem às temperaturas máximas definidas em RTIQ
específico como, por exemplo, soro de leite, leite a granel de uso industrial e creme de leite;
iii. Verificar se as amostras de leite cru de produtores são mantidas à temperatura máxima de 7 °C;
iv. Verificar se o leite cru estocado atende à temperatura máxima estabelecida na legislação, considerando as possíveis
variações decorrentes do processo de descarregamento ou da produção (Exemplo: Leite que é recebido à 7°C e ingressa
diretamente para a produção), bem como se a empresa está adotando medidas previstas em seu autocontrole; e
v. Verificar se as demais matérias-primas são mantidas em temperaturas que atendam à legislação e ao descrito no
programa de autocontrole.
227
i. Programa de APPCC:
i. Verificar se os Pontos de Controle Crítico (PCCs) estão identificados e são mensuráveis, de acordo com o definido no
plano APPCC do estabelecimento; e
ii. Avaliar os procedimentos de monitoramento e verificação realizados in loco pela empresa ou realizar a mensuração do
limite crítico diretamente.
i. Verificar se a empresa possui programa de Boas Práticas Laboratoriais (BPL) descrito e implantado;
▸ Manual de bancada;
iii. Avaliar se o laboratório dispõe dos equipamentos para a realização das análises previstas na legislação e se estão em
funcionamento, atentando para os seguintes aspectos:
▸ É obrigatório o uso de crioscópio, não sendo aceitos equipamentos que realizam leitura indireta da crioscopia;
▸ Devem ser atendidas as especificações do fabricante do crioscópio quanto à temperatura do ambiente para operação; e
▸ De acordo com a especificação do fabricante, deve ser realizada a leitura do resultado de pesquisa de antibióticos em
leitor específico.
iv. Verificar se o manual de bancada está à disposição dos analistas, se este contempla todas as análises realizadas no
laboratório e se as metodologias atendem a legislação ou se, no caso da utilização de outros métodos, estes são validados
segundo protocolos oficiais, conhecidos e aplicados os seus desvios, incertezas metrológicas, correlações e correções em
relação aos respectivos métodos oficiais. Os registros de validação dos métodos de ensaio e respectivos resultados,
estatísticas aplicadas, incertezas metrológicas e desvios devem ficar disponíveis na forma de relatório, devidamente
assinado por profissional competente;
vi. Observar se os procedimentos de segurança são seguidos dentro do laboratório e se os analistas utilizam Equipamentos
de Proteção Individual (EPI) adequadamente;
vii. Verificar se o laboratório dispõe de reagentes para a realização das análises previstas na legislação e se estão dentro do
prazo de validade;
viii. Verificar se as amostras e reagentes são descartados conforme previsto no programa de BPL;
ix. Observar se os analistas demonstram domínio das técnicas realizadas. Acompanhar a realização da coleta de amostra e
pelo menos de uma análise completa de seleção da matéria-prima e do leite estocado em silos. Recomenda-se a repetição
das análises quando houver resultados não conformes, procedendo-se com a verificação da aferição/calibração dos
equipamentos;
x. Verificar se o estabelecimento está realizando análise de no mínimo dois grupos de antimicrobianos a cada recepção de
leite;
228
xi. Verificar se há cronograma para realização das análises de pesquisa de fraude nas amostras individuais de produtores e
se o cronograma contempla de forma alternada todas as análises disponíveis para pesquisa de fraude em período
determinado em seu autocontrole;
xii. Avaliar se o produtor é comunicado de eventual não conformidade e se é realizada análise completa na captação
subsequente do leite cru do produtor que apresenta não conformidade, conforme disposto no art. 39 da Instrução Normativa
MAPA nº 77/2018, e se houve correção da não conformidade;
xiii. Verificar se reagentes e meios de cultura são controlados em relação a temperatura e condições de armazenagem, data
de validade etc.; e
xiv. Verificar se os registros das análises anteriores estão disponíveis no laboratório e se são compatíveis com a rotina
observada no momento da fiscalização.
k. Rastreabilidade:
i. Verificar se são coletadas amostras individuais de produtores de leite cru refrigerado coletado a granel; e
ii. Avaliar se a empresa efetua o controle dos silos de destino do leite após a recepção, com registros de hora de entrada e
saída do leite e CIP dos silos.
i. Verificar se as instalações estão de acordo com o último projeto aprovado pelo SIPOA/DIPOA e ainda:
▸ Se as seções em que ocorrem manipulação, processamento ou estocagem de produtos comestíveis estão isoladas das
salas e compartimentos que manipulam, processam ou estocam produtos não comestíveis;
▸ Se as seções em que ocorrem manipulação de matérias-primas ou produtos acabados em diferentes fases de produção
estão separadas uma das outras para prevenir ou reduzir contaminações adicionais. Exemplos: áreas sujas e limpas,
embalagem primária e secundária;
▸ Se as instalações em geral, incluindo as estruturas, salas e depósitos estão mantidas em condições aceitáveis de
manutenção e possuem dimensões compatíveis com o processamento, manipulação ou armazenamento dos produtos;
▸ Se as instalações para produtos em pó são dotadas de pressão positiva, com ar tratado e filtrado;
▸ Se há filtros culinários nas linhas de injeção direta de vapor como, por exemplo, no aquecimento do soro para produção
de ricota e no aquecimento da água para filagem da mussarela;
▸ Se há pias para lavagem e sanitização das mãos dentro da área industrial em número suficiente, bem posicionadas e
supridas.
ii. Verificar se as barreiras ou bloqueios sanitários dispõem de lava botas, preferencialmente que limpem o solado das botas,
lavatórios de mãos com acionamento não manual, solução detergente, papel toalha descartável ou outro modo de secagem
eficiente, solução sanitizante, lixeira com tampa com acionamento indireto e tapete sanitário de material inerte, seco e
sanitizado periodicamente. Em estabelecimentos em que a produção ocorre inteiramente em circuito fechado poderá ser
avaliada a ausência de um ou mais elementos, conforme descrito no memorial aprovado.
iii. No caso de uso de máscaras, verificar se estas são disponibilizadas antes do lavatório de mãos e, no caso de luvas, estas
são disponibilizadas depois da higienização das mãos;
iv. Nas seções do estabelecimento onde são fabricados produtos com baixa atividade de água (exemplo: leite em pó, queijo
ralado), verificar se a higienização se faz pela substituição dos calçados ou pelo uso de proteções especiais para eles;
229
v. Observar se o forro ou teto, paredes e piso são de material durável, impermeável e de fácil higienização e sem necessidade
de reparos;
vi. Verificar se há equipamentos com eventuais desgastes que comprometam a eficiência da limpeza, observar as condições
do acabamento, natureza e os materiais constituintes das soldas, se há uso de lubrificantes apropriados e possível
transferência de resíduos e odores aos produtos;
▸ Identificar o fluxo de entrada e saída do leite a fim de constatar se a válvula de desvio de fluxo e o sensor que a aciona
estão localizados no final do retardo;
▸ Se dispõe de termo registrador, se está em funcionamento e se as temperaturas registradas são condizentes com os
termômetros digital e da saída da seção de pasteurização;
▸ Testar o funcionamento da válvula de desvio de fluxo e do alarme sonoro através das seguintes etapas:
▸ Verificar se a temperatura programada para acionamento da válvula é coerente com a temperatura mínima de
pasteurização;
▸ Fechar a torneira de fluxo de vapor para produção de água quente e verificar se ocorre o retorno do leite para o tanque de
equilíbrio, em qual temperatura a válvula foi acionada e se soou o alarme sonoro.
ix. Observar se há correto escoamento de água, presença de sifão nos ralos e ou na rede coletora e ausência de refluxo de
esgotos industriais;
x. Observar se a iluminação é suficiente para a realização das atividades de monitoramento e verificação do autocontrole e
se as lâmpadas e luminárias representam risco aos produtos;
xi. Observar se o uso de ventiladores nas áreas de produção propicia fluxo de ar do meio externo para o interno ou geram
partículas no ambiente que causam risco de contaminação nos produtos. Ressalta-se que o uso de ventilador onde há
produtos expostos não é permitido; e
Quando a condensação não afeta a segurança do produto e as condições sanitárias é desnecessária qualquer ação por
parte do SIF. Por exemplo, a ocorrência de condensação na face interna da tampa de um recipiente de aço inoxidável ou em
tubulações aéreas onde não haja exposição de produtos.
Quando alguma forma de condensação é consequência esperada de certas operações, verificar se o estabelecimento aplica
ações que assegurem que essa condensação não altera o produto ou cria condições sanitárias inadequadas. Verificar se o
estabelecimento controla essa condensação através da limpeza e sanitização ou da secagem das superfícies onde essa se
forma. Por exemplo, a condensação em câmara de estocagem de produtos embalados ou a condensação na parte inferior
dos beliches da câmara de salga.
Quando a condensação provoca a alteração dos produtos, criando condições sanitárias inadequadas e/ou interferindo na
inspeção. Por exemplo, a formação de condensação de paredes e forro diretamente sobre o produto.
230
b. Água de abastecimento
i. Avaliar a rede de alimentação e distribuição de água, na planta e in loco, quanto à identificação dos pontos de coleta,
localização eventual dos eliminadores de vácuo (vacuum breakers) e bloqueio das linhas de distribuição;
ii. Verificar o controle diário de cloro da água, alternadamente, nos pontos de coleta indicados no programa de autocontrole;
iii. Verificar o atendimento à frequência das análises de rotina e inspeção previstas no programa de autocontrole;
v. Comparar os registros de controle diário de água de abastecimento realizados pelo estabelecimento com os resultados
obtidos pela verificação do SIF;
vi. Observar a existência de água com pressão e temperatura adequadas nas áreas de processamento de produtos e demais
setores, como sala de limpeza de equipamentos, utensílios e recipientes; e
i. Verificar se há evidências de infestações (presença de insetos, fezes, ninhos, urina, penas etc.);
ii. Observar a integridade de telas, presença de telas nos exaustores, fechamento de portas, ausência de frestas etc.; e
iii. Observar se as aberturas por onde passam tubulações que atravessam para a área externa estão adequadamente
vedadas/ preenchidas.
i. Verificar as condições gerais de higiene de instalações, equipamentos, tubulações aéreas, canaletas, exaustores (inclusive
de dependências anexas);
ii. Verificar se os equipamentos são desmontados na frequência prevista para realização de limpeza e sanitização; e
iii. Verificar se os equipamentos são limpos e sanitizados antes do uso e se há registros de monitoramento. Sempre que
possível, solicitar a desmontagem do equipamento para verificação da limpeza interna.
i. Observar se há apresentação adequada do pessoal: uniformes limpos, proteção de cabelos, unhas aparadas, não pintadas,
ausência de adornos;
ii. Observar se os hábitos de higiene são adequados, contemplando se a higienização das mãos ocorre na frequência e na
forma correta e sem detecção de atitudes anti-higiênicas; e
iii. Observar se há desconforto térmico dos operadores que represente risco ao produto (suor, por exemplo);
iv. Verificar se há uso adequado de máscaras e luvas onde houver necessidade. Observar que não é adequado o uso de luvas
de cano curto para manipular produtos que estejam mergulhados em líquido, como queijo em soro.
f. PSO
231
i. Verificar se os equipamentos e utensílios usados no armazenamento de produtos não comestíveis estão instalados e são
operados de forma que não propiciam qualquer risco de contaminação aos produtos comestíveis, além de serem
identificados como de uso exclusivo para essa finalidade;
iii. Verificar se há manipulação de caixas, testeiras e outras embalagens secundárias nas áreas de processamento onde há
produtos expostos;
v. Verificar se nas etapas de manipulação e processamento, as operações são executadas de forma a prevenir a
contaminação do produto, evitando acúmulo de produto, contaminações cruzadas, contra fluxos e embalagens
desprotegidas;
vi. Verificar se há separação e identificação adequadas de produtos quanto a sua natureza, temperatura e embalagens;
vii. Verificar eventual presença de resíduo de peróxido por meio de análise para detecção desta substância n o leite UHT,
imediatamente após o envase; e
viii. Verificar condições de operação (higiene e temperatura das soluções de limpeza) nas máquinas de lavagem de caixas,
bem como a eficiência da higienização das caixas pós-lavagem.
i. Verificar se os ingredientes são manipulados e empregados de acordo com as instruções de uso, na formulação aprovadae
mantidos no local de preparação do produto, identificados adequadamente e em quantidades suficientes ao seu consumo por
períodos restritos;
ii. Verificar se os ingredientes são armazenados em local separado, mantidos em condições higiênicas e, se preparados
previamente, adequadamente identificados, em quantidade suficiente em porções para cada uso;
iii. Verificar se na ocorrência de desvios quanto ao emprego de ingredientes são tomadas todas as medidas corretivas e
preventivas cabíveis que evitem sua recorrência;
iv. Verificar se a embalagem original que acondiciona o ingrediente é retirada em local adequado ou não traz risco para o
produto;
v. Verificar se o estabelecimento possui local adequado para guardar ingredientes de uso diário em caso de sobra, a fim de
evitar o retorno para o depósito; e
vi. Verificar se os ingredientes e produtos com embalagens rompidas são reavaliados quanto ao seu destino adequado.
i. Controle de temperaturas
i. Verificar se as temperaturas de referência para o controle das etapas do processo são fundamentadas em bases técnico-
científicas e dispositivos regulamentares;
iii. Verificar se os instrumentos de controle do processo estão corretamente identificados quanto à aferição e fator de
correção;
iv. Verificar se a frequência dos registros de controle de temperatura está de acordo com o programa de autocontrole do
estabelecimento;
232
v. Verificar se há compatibilidade no cotejo sistemático dos controles de temperatura realizados pelos estabelecimentos
com os resultados de temperatura observados pelo SIF;
vi. Verificar se há adoção de medidas corretivas e preventivas pertinentes no caso de observação de não conformidades
pelo estabelecimento, e se possuem embasamento técnico-científico; e
j. Programa de APPCC
i. Verificar se os PCC estão identificados e são mensuráveis, de acordo com o definido no plano APPCC do estabelecimento;
e
ii. Avaliar os procedimentos de monitoramento e verificação realizados in loco pela empresa ou realizar a mensuração do
limite crítico diretamente.
ii. Verificar se estão sendo realizadas as análises físico-químicas e microbiológicas dos produtos acabados ou em fase de
produção, conforme definido no programa de autocontrole.
i. Verificar se os produtos são fabricados de acordo com o memorial descritivo registrado, com geração de registros
comprobatórios, e comparar os memoriais de fabricação com o produto que está sendo elaborado; e
ii. Acompanhar, desde a coleta, uma análise físico-química de parâmetros cuja técnica permita a análise in loco de pelo
menos um produto final.
m. Rastreabilidade e recolhimento
ii. Verificar os registros durante o processo produtivo em suas diversas etapas de forma a permitir identificar o produto final
desde o silo de origem.
▸ Verificar a integridade e manutenção do piso, portas, paredes e forro (quando existente), drives e prateleiras de estocagem
(quando utilizados). Não caracteriza não conformidade que as paredes sejam constituídas de chapas metálicas e que a
área seja desprovida de forro, tendo em vista o produto já estar devidamente embalado;
▸ Verificar a iluminação, que deve ser adequada em todos os pontos da área de estocagem, de forma a permitir a adequada
identificação de produtos e visualização das condições higiênicas do produto embalado e do ambiente; e
233
▸ Verificar as condições de ventilação da área de estocagem de forma que não haja desconforto térmico. Mesmo para
produtos conservados à temperatura ambiente, a ventilação deve ser adequada, uma vez que o aumento da temperatura
ambiente pode ocasionar modificações no produto (por exemplo: reação de maillard em leite em pó).
▸ Verificar as condições de conservação de piso e paredes, bem como das portas e óculos, atentando para adequada
manutenção de sua vedação. A condensação externa junto às portas após um período fechadas, indica deficiência de
vedação com consequente perda de frio;
▸ Verificar as condições de conservação e operação dos forçadores de ar (evaporadores). A eventual presença de oxidação
pode levar à dispersão de resíduos de ferrugem, os quais normalmente podem ser observados no forro próximo aos
forçadores, bem como se depositar sobre os produtos presentes na câmara, com especial risco para aqueles ainda não
embalados (particularmente nas câmaras de salga e secagem);
▸ Verificar se as câmaras são dotadas de termômetros aferidos ou calibrados para leitura da temperatura de operação, que
deve ser condizente com a finalidade da operação nela executada (salga, secagem, maturação ou estocagem);
▸ Verificar se possuem termômetros de registro de variação de temperatura (máxima e mínima) ou outro meio que permitaa
verificação da flutuação da temperatura durante determinado período de tempo;
▸ Observar a inclinação do piso da câmara fria de estocagem que deve ser preferencialmente no sentido das antecâmaras,e
destas às seções contíguas, para que as águas servidas sejam escoadas por desnível até a canaleta ou ralo existente.
Poderá ser permitida a instalação de ralos devidamente sifonados nessas duas dependências (câmara e antecâmara)
quando for inviabilizada a declividade mencionada para instalações frigoríficas; e
▸ Verificar se o piso possui caimento adequado para águas residuais provenientes de higienizações periódicas e se os ralos
se encontram devidamente protegidos e sifonados.
b. Água de abastecimento
i. Verificar a eventual presença de pragas e vetores, bem como indícios da sua presença (teias de aranha, fezes de roedores
etc.). Atentar para as estruturas superiores que, pela altura elevada, são de difícil monitoramento e costumeiramente
apresentam elevada incidência de teias de aranhas;
ii. Atentar para as possibilidades de acesso de pragas e vetores a este setor, devendo o local estar devidamente protegido e
vedado, na medida do possível, uma vez que em grandes depósitos de estocagem as portas para entrada e saída de produtos
permanecem abertas devido ao trabalho contínuo. Nestes casos, deve-se verificar a existência de armadilhas (nãotóxicas) no
interior do depósito, as condições e o numerário das mesmas, conforme consta do programa de autocontrole daempresa; e
iii. Verificar se não há aberturas na junção entre as paredes e o teto ou forro dos depósitos.
Verificar se as instalações referentes à estocagem não frigorificada e expedição são mantidas em condições satisfatórias
de higiene. Atentar para as áreas entre os drives e as prateleiras e abaixo dos mesmos, tendo em vista a dificuldade inerente
de higienização pela natureza da estrutura e a dinâmica relacionada ao trânsito de produtos.
234
i. Observar se os funcionários desta área mantêm hábitos higiênicos adequados conforme descrito anteriormente para as
outras áreas; e
ii. Atentar que os funcionários atuantes na seção de estocagem não frigorificada e expedição podem fazer uso de uniformes
com cor diferenciada em relação aos funcionários da fabricação propriamente dita. Tal medida serve para auxiliar o controle
de fluxo dos funcionários, de forma a evitar o ingresso na área de produção.
f. PSO
i. Observar se a organização dos produtos estocados permite a circulação adequada de frio (câmara fria), se estão
separados por lote, quando possível, e se apresentam adequada identificação;
ii. Verificar se as matérias-primas e produtos estão armazenados em temperaturas compatíveis com a sua natureza
(resfriadas, congeladas), de forma organizada, que permita bons procedimentos de inspeção;
iii. Verificar identificação das matérias-primas recebidas quanto à sua origem, permitindo assim a rastreabilidade;
iv. Verificar a estocagem de produtos de retorno do comércio, devendo atender ao estabelecido nas normas de destinação
do leite e derivados frente aos desvios detectados em matérias-primas e produtos.;
v. Observar se os produtos são armazenados de forma a liberar para a produção ou expedição primeiramente os mais
antigos;
vi. Verificar se há perfeita identificação de produtos retidos, em análise ou que por qualquer motivo não devam ser
comercializados; e
vii. Observar os procedimentos de carregamento, verificando os procedimentos pré-embarque efetuados pela empresa,
atentando para as condições do veículo transportador e a organização da carga no interior do mesmo, a fim de avaliar a
possibilidade de danos ao produto durante o transporte.
i. Verificar se as matérias-primas apresentam as embalagens íntegras e, se rompidas, ainda estão protegidas por película
plástica; e
ii. Verificar se as matérias-primas e produtos são mantidos em temperaturas compatíveis com a sua natureza (resfriadas,
congeladas) e de forma organizada que permita bons procedimentos de inspeção.
h. Controle de temperaturas
i. Verificar a temperatura das câmaras de produtos refrigerados, avaliar a variação de temperatura dessas câmaras através
da leitura das indicações de temperaturas máximas e mínimas registradas em respectivo termômetro instalado na câmara
fria ou através de termo registradores digitais, cotejando os valores observados com a temperatura de conservação dos
produtos indicada em seu rótulo;
ii. Atentar para o fato de que leituras de temperatura máxima muito acima da temperatura de conservação do produto
indicam deficiência de funcionamento do sistema de frio, não conformidade no isolamento da câmara fria ou erro
operacional com a permanência da câmara aberta (em tempo muito maior que o razoável);
iii. Quando for realizada a mensuração de temperatura através de ensaio destrutivo com o uso de termômetro específico (de
preferência modelo “espeto”), essa deve ser realizada em unidade do produto selecionada aleatoriamente e ocorrer com a
inserção da extremidade do termômetro no centro do produto/peça; e
235
iv. Quando na mensuração da temperatura de um produto for observado que o fabricante estabeleceu uma temperatura de
conservação inferior à indicada no respectivo RTIQ, a temperatura indicada no rótulo deve ser respeitada para a conservação
do produto.
Verificar se os itens pertinentes a esta fase (estocagem e expedição) constam no APPCC e acompanhar o monitoramento
caso haja um PCC.
j. Rastreabilidade e recolhimento
i. Verificar se os produtos estão devidamente identificados e organizados de forma a permitir sua correta sua
rastreabilidade; e
ii. Verificar se o estabelecimento mantém amostras dos produtos elaborados para acompanhamento de “shelf-life”, sendo
recomendado que todos os lotes sejam representados, na quantidade mínima necessária para a realização das análises físico-
químicas e microbiológicas durante sua vida de prateleira, conforme definido no autocontrole do estabelecimento.
Neste item estão descritos os procedimentos de fiscalização que devem ser efetuados nos equipamentos usualmente
encontrados nos estabelecimentos de leite e derivados:
▸ Casa de máquinas
▸ Banco de gelo
▸ Resfriador a placas
▸ Tanques e silos
▸ Filtros de linha
▸ Tubulações e conexões
▸ Bombas
▸ Pasteurizador a placas
▸ Batedeira de manteiga
▸ Tanques de salga
▸ Ejetores de vapor
236
▸ Tanques de expansão
Na avaliação da caldeira, além de observar seu estado de conservação, verificar a organização do material utilizado como
combustível para produção de vapor (se funcionar por queima a lenha), bem como o uso de substâncias químicas para
abrandamento da água, as quais devem ter seu uso autorizado pelo órgão competente.
No caso de produção de água gelada através do uso de banco de gelo, deve ser verificado se o equipamento se encontra
devidamente tampado, bem como verificar a temperatura da água. Em sistemas que operam adequadamente (temperatura
da água a no máximo de 1 °C, sendo considerado ideal até 0,5 °C), a eventual incapacidade de resfriamento do leite à
temperatura exigida na legislação pode estar relacionada a uma ou mais das causas a seguir: falta de isolamento da
tubulação de transporte da água gelada ou do leite, capacidade de resfriamento insuficiente do sistema, uso concomitante
de água gelada para diferentes processos (Exemplo: recepção do leite e pasteurização, pasteurização e produção de
manteiga ou mussarela ou produtos fermentados), velocidade de passagem da água ou do leite pelo resfriador, número
insuficiente de placas no resfriador etc.
Deve ser verificado se o mesmo dispõe de termômetro devidamente aferido ou calibrado na saída do leite refrigerado, que
não deve sair à temperatura superior à regulamentar do produto, e as condições de manutenção do equipamento, atentando-se
para eventual vazamento entre as placas (indicando não conformidades ou defeitos no seu isolamento) e entre as conexões.
A fim de evitar eventual perda de frio, recomenda-se que as tubulações de transporte do leite até os tanques e silos de
estocagem sejam encamisadas.
Deve ser observado se possuem termômetro ou sensor de temperatura acoplados ao mesmo e se estão devidamente
aferidos e calibrados. Nos casos de ausência de termômetros nos tanques e silos, deve -se verificar se o estabelecimento
realiza o monitoramento, demonstrando que a empresa detém o controle da conservação do produto. No que tange aos
tanques de estocagem, se estão com a saída de suspiro devidamente protegida, não expondo o interior do tanque ao tempo.
Deve-se observar as condições de conservação externa e interna dos tanques e silos. Para inspeção interior, recomenda-se o uso
de lanterna. Deve-se verificar o funcionamento do agitador dos tanques e silos, bem como a vedação das escotilhas e
condições de conservação e higiene das borrachas de vedação.
Observar presença e integridade da malha de aço inoxidável, bem como as condições de conservação e limpeza.
Observar isolamento (se necessário), condições de conservação (presença de eventuais vazamentos). Recomenda-se uso
de lanterna para visualizar longos segmentos de tubulação. Deve ser observado se há costuras ou soldas grosseiras, sem
polimentos, onde se formarão focos de contaminação.
237
4.7.2.5.7 Bombas
Quando não estiverem em uso, requerer seu desmonte para verificar condições de limpeza e manutenção. Quando em uso,
verificar a adequada vedação (ausência de vazamento).
a. Identificar o fluxo de entrada e saída do leite a fim de constatar se a válvula de desvio de fluxo e o sensor que a aciona
estão localizados no final do retardo. Se o fluxo não estiver indicado na tubulação ou na sua entrada, deve-se buscar a informação
junto ao operador do equipamento. Caso ainda não seja esclarecido, quando da realização do enxague pós- produção deve ser
solicitada a abertura de uma das entradas da tubulação de retardo do pasteurizador para verificar osentido do curso da
água;
c. Verificar se dispõe de termo registrador em funcionamento e se as temperaturas registradas são condizentes com os
termômetros digital e da saída da seção de pasteurização; e
d. Testar o funcionamento da válvula de desvio de fluxo e do alarme sonoro através das seguintes etapas:
f. Verificar se a temperatura programada para acionamento da válvula é coerente com a temperatura mínima de
pasteurização;
g. Fechar a torneira de fluxo de vapor para produção de água quente, verificando pelo retorno do leite para o tanque de
equilíbrio em qual temperatura a válvula foi acionada e se soou o alarme sonoro; e
h. Verificar se o equipamento dispõe de termômetro ou sensor na saída do leite pasteurizado (início do retardo) e na saída
do pasteurizador. Cotejar a temperatura da saída do leite pasteurizado, com a indicação do termômetro digital e com a
indicação do termo registrador. As leituras devem ser equivalentes.
O tanque de dupla camisa deve dispor de sistema uniforme de aquecimento e resfriamento, termo registradores e
termômetros, devidamente aferidos ou calibrados.
No caso de pasteurização lenta para produção de leite pasteurizado de cabra atentar para legislação de referência,
especificamente quanto à injeção de vapor no espaço situado acima do nível do leite ("head space").
O equipamento de ultra alta temperatura pode ser de três tipos: com injeção direta de vapor (mais comum), infusão direta de
vapor ou indireto.
Além de verificar o binômio de aquecimento (temperatura x tempo) na sala de comando, nos sistemas com injeção ou
infusão direta de vapor no leite deve ser verificada a regulagem da câmara de vácuo pós-esterilizador.
238
Tal verificação deve ser feita observando-se em painel as temperaturas do leite antes da entrada da injeção/infusão de vapore
da saída dele da câmara de vácuo, onde a temperatura de saída deve ser igual ou menor a de entrada. Do contrário, uma
temperatura maior de saída indica que parte do vapor adicionado ao leite não foi retirado, ficando neste sob a forma de água
condensada.
É importante lembrar que, devido à retirada de gases solúveis presentes no leite (como carbonatos) e que contribuem para o
abaixamento do ponto de congelamento do leite, em uma câmara devidamente regulada, espera-se um aumento máximo do
índice crioscópico da ordem de 0,005 °H.
Durante a verificação dos registros de monitoramento do processo de ultra alta temperatura, deve-se relacionar os achados
anteriormente citados com a crioscopia do leite antes (já adicionado de estabilizantes, quando forem utilizados) e após o
processo térmico.
Para os equipamentos que operam com esterilização da embalagem a partir de banho de peróxido, deve ser verificado o
funcionamento dos compressores e sopradores de ar que secam o peróxido antes do contato do leite com a embalagem.
Para tanto, o procedimento consiste na observação junto ao visor do filme na plataforma superior da máquina de envase, o
que dá indício da efetividade da operação, uma vez que não se espera a presença de gotas ou gotículas de peróxido junto à
face interna da embalagem.
Outrossim, independentemente do tipo de esterilização de embalagem (geralmente baseado no uso conjunto ou único de
peróxido), deve ser efetuado procedimento de análise do leite recém-envasado para detecção de resíduos de peróxido
(tomando-se o cuidado de enxaguar a embalagem coletada antes de sua abertura, a fim de eliminar resquícios externos de
peróxido que possam ocasionar contaminação cruzada e indicar um resultado falso positivo).
Deve-se observar a vedação (tampa, saída de tubulações etc.), bem como o estado de conservação externa e interna
(presença de soldas salientes internas, micro furos etc.) do pasteurizador e a presença de termômetro ou sensores de
temperatura devidamente instalados e aferidos. O transporte do creme pasteurizado para a batedeira para a produção de
manteiga deve se dar por circuito fechado (tubulação ou mangote).
Deve ser verificado se o monitoramento da pasteurização do creme contempla o horário em que o produto atingiu a
temperatura prevista de pasteurização e o horário final do processo, estabelecido no autocontrole do estabelecimento.
A análise da fosfatase pode ser realizada para verificar a efetividade da pasteurização do creme, atentando para a
necessidade de diluição do creme em água destilada na proporção de 1:10 antes da análise.
Deve-se verificar condições internas (soldas salientes, estados das pás de malaxagem), estados das borrachas e a vedação
da porta. Para batedeiras contínuas, verificar eventuais vazamentos e estado interno do equipamento (roscas e hastes
internas, fixação das peças etc.).
Deve-se realizar análise de umidade após a bateção a fim de verificar o atendimento aos padrões regulamentares.
Verificar as condições de conservação interna, quando possível, e externa dos concentradores e torre de secagem, inclusive
das conexões entre a torre de secagem e o vibrofluidizador.
239
Verificar a presença de pressão positiva com ar filtrado na sala de envase nos processos onde o produto em pó é exposto.
Verificar se o estabelecimento possui controle para o risco físico do envase de produtos em pó, seja por detector de metais,
seja pela verificação da integridade do filtro para envase ou por meio do monitoramento das partes móveis da máquina de
envase.
Recomenda-se o acompanhamento da análise de umidade do leite em pó que está sendo envasado a fim de verificar o
atendimento aos padrões regulamentares.
Deve ser verificada a condição do revestimento (geralmente de teflon), que com o tempo começa a descamar, sendo que em
casos de risco de contaminação física da massa a ser filada há necessidade de paralisar o equipamento para manutenção.
Verificar o estado de conservação, em especial de parafusos e junções de metal que costumam apresentar problemas de
oxidação.
Verificar as condições de polimento da superfície interna da cuba, bem como o estado de conservação das liras e a eventual
presença de vazamento de óleo ou graxa no eixo de acoplamento das liras.
Verificar as condições internas do tacho, presença de vazamento de vapor e eventual presença de vazamento de óleo ou
graxa no eixo de acoplamento das liras.
Equipamento que tem por finalidade o aquecimento do leite destinado à fabricação de queijos através do sistema de ejeção
de vapor. Admitido somente em Unidades de Beneficiamento de Produtos Lácteos que fabriquem queijos e que não
ultrapassem o limite de recepção diária de 5.000 litros de leite.
a. Seção de vapor, com válvulas de bloqueio, purgador, filtro e ejetor em aço inoxidável;
b. Seção de recepção, com tanque de recepção em aço inoxidável provido de tampa e passador;
d. Seção de retardamento, que poderá ser tubular, em aço inoxidável, ou em recirculação no próprio tanque de recepção; e
240
e. Seção de resfriamento, com trocador de calor tipo cascata, fechado ou aberto, em aço inoxidável nas partes de contato
com o leite.
O leite deve ser aquecido entre 68-70°C por 2 a 5 minutos, resfriado a 30-32°C e apresentar prova de fosfatase negativa.
Proibido seu uso como meio de refrigeração do leite e derivados líquidos nos estabelecimentos de leite e derivados sob
Inspeção Federal e SISBI, com exceção daqueles classificados como estabelecimento agroindustrial de pequeno porte de
produtos de origem animal.
A verificação dos autocontroles deve ser realizada conforme definido na Norma Interna DIPOA nº 01 de 2017, incluindo a
avaliação in loco e a avaliação documental do estabelecimento.
Deve ser observado se há compatibilidade entre os registros de autocontrole gerados e o que foi verificado na fiscalização in
loco.
A verificação oficial in loco, deve ser cotejada com a verificação documental, para fins de auxiliar no diagnóstico das não
conformidades constatadas (por exemplo: programa de autocontrole incompleto, não conformidades de monitoramento,
não conformidades de registro, não conformidades na execução de medidas corretivas e correta destinação de produtos no
caso de identificação de não conformidades).
b. Normalidade: constatar que o procedimento se refere à operação normal e de acordo com o previsto no programa de
autocontrole;
c. Aprovação: verificação de que a operação e os documentos foram aprovados por pessoa autorizada;
d. Registro: comprovar que o registro dos procedimentos foi adequado, a documentação é hábil e houve correspondência; e
Para realização da fiscalização documental é necessário solicitar os programas de autocontrole da empresa e os seus
respectivos registros, como planilhas, laudos, certificados etc. Estes registros devem corresponder ao período das
atividades fabris entre a última fiscalização e a atual.
Verificar se os programas de autocontrole contemplam todas as medidas da empresa que garantam o controle daquele
elemento, com as respectivas medidas corretivas e preventivas, assim como a previsão de medidas sobre o produto, quando
for o caso.
Verificar se o programa de autocontrole contém informações sobre a quem cabe a execução de cada programa e se
apresenta de forma clara qual a responsabilidade imputada ao Controle de Qualidade e ao Responsável Técnico da empresa, bem
como aos demais integrantes da equipe gerencial e operacional.
Se houver serviços terceirizados, verificar se foram informados em cada programa, como por exemplo: serviços de
manutenção, serviços de lavanderia, serviços de controle de pragas, entre outros.
241
Avaliar se a legislação citada nos programas de autocontrole está atualizada. Se for verificado citação de normas revogadas, deve-
se notificar a empresa.
Verificar se os programas de autocontrole estão embasados na legislação nacional ou, quando não houver norma vigente, se
possuem embasamento técnico e científico, fundamentados com base nos princípios e diretrizes do Codex Alimentarius,
naquilo que couber.
O efetivo funcionamento dos autocontroles é fundamental para que as não conformidades observadas in loco sejam
solucionadas de forma eficaz e sejam prevenidas as recorrências.
A amostragem sobre os registros de controle deve ser com base na Norma Interna DIPOA nº 01 de 2017.
Avaliar se os registros apresentam o monitoramento realizado, com as respectivas medidas corretivas (com prazo para
cumprimento, se necessário e aplicável), bem como a verificação da efetividade da ação aplicada, e se estão datados e
assinados.
É recomendável que as planilhas utilizadas para registro de monitoramento, ação preventiva e corretiva, possuam
identificação (nome e numeração, por exemplo) e sejam correlacionadas ao respectivo programa de autocontrole.
Deve-se avaliar se os registros estão sendo realizados na frequência estipulada no programa de autocontrole e se possuem
elementos que comprovem a sua autenticidade, ou seja, sem evidências de adulterações desses registros.
A frequência de registros, monitoramento e verificação é estipulada pelos responsáveis pelos programas de autocontrole.
Para se questionar a frequência estipulada, é importante observar a sua fundamentação, bem como levantar evidências de
que não é efetiva.
No caso de uso pelo estabelecimento do registro eletrônico ou mesmo o uso de aplicativo para registro das planilhas do
autocontrole, o estabelecimento deve garantir a segurança, integridade e a disponibilidade da informação, conforme
disposto no §2º-A do artigo 74 e o artigo 76 do Decreto nº 9.013, de 2017.
Verificar se o sistema eletrônico mantém registro de alterações, porventura efetuadas, e se são registradas no banco de
dados (cadastro, inclusão e alteração) de forma que não seja possível editar estas informações posteriormente,
possibilitando adulterações dos registros de monitoramento e de medidas.
Diante da observação de uma não conformidade in loco, a verificação documental deve observar, inclusive, se:
I. O monitoramento da área onde se constatou a não conformidade está contemplado no programa de autocontrole;
IV. As medidas preventivas propostas são concretas, mensuráveis e indicam de fato o que será alterado em seus
procedimentos, para evitar a reincidência das não conformidades apontadas (devem indicar quais planilhas de
monitoramentos serão criadas/alteradas, quais frequências de monitoramento ou limites serão modificados, quais as exatas
modificações nos autocontroles que serão implementadas, quem será treinado, entre outros);
V. Há previsão de medida corretiva descrita com prazo para execução e se os prazos previstos são compatíveis com o risco
ou facilidade de correção; e
Caso os itens acima sejam atendidos, há evidências de que a empresa detém o controle do processo industrial e não deve
ser registrada a não conformidade. Caso contrário, devemos avaliar se a deficiência é no programa de autocontrole ou nos
registros.
242
Assim, ao finalizar a fiscalização, o Serviço de Inspeção obterá um diagnóstico sobre a capacidade da empresa em garantiro
desempenho dos seus programas de autocontrole.
A descrição de cada não conformidade constatada durante os procedimentos de avaliação documental deve ser objetiva,
clara e específica, de modo que todos sejam capazes de compreender objetivamente qual é a não conformidade em causa e,
dessa forma, ser possível atuar sobre tal.
A avaliação documental que implicar em constatação de não conformidade que represente risco à saúde pública e/ou às
demais garantias previstas ao consumidor deverá resultar em adoção das ações fiscais cabíveis e proporcionais aos
achados.
Na avaliação documental que implicar em constatação de não conformidades que não representem risco à saúde pública
e/ou às demais garantias previstas ao consumidor, serão apontadas as não conformidades e solicitado o plano de ação ao
estabelecimento.
O cumprimento do plano de ação será acompanhado, remotamente, pela equipe de inspeção, solicitando ao
estabelecimento o envio de evidências, inclusive registros fotográficos, quando cabível, que comprovem a eficácia das
medidas adotadas. A verificação in loco dessas medidas adotadas será realizada na próxima fiscalização do
estabelecimento ou quando houver necessidade de deslocamento de agentes públicos para coleta de amostras para
atendimento aos programas oficiais.
O programa deve contemplar a manutenção preventiva e corretiva. O importante é que o estabelecimento, em seu todo, seja
mantido conforme projetado, construído e instalado.
Há que se considerar que todo o estabelecimento sob controle do DIPOA passou pela fase de aprovação do projeto e que a
instalação do SIF foi precedida de um laudo de inspeção. Nesse contexto, a preocupação do SIF está voltada para a
manutenção, uma vez que se trata de componente básico das BPFs.
Na rotina, desde que não ocorra imprevistos que exijam reparos imediatos ou situações que possam comprometer a
inocuidade do produto, a indústria deve dispor de um programa de manutenção do estabelecimento, concebido com o
objetivo de manter toda a indústria em perfeito funcionamento, ou seja, um trabalho feito no sentido de preservar as
características originais das instalações e equipamentos, tanto no que se refere à estrutura, como ao acabamento e à
funcionalidade. Tudo com o propósito de garantir a elaboração dos produtos em conformidade com o processamento
programado.
O programa de manutenção deve estabelecer procedimentos de monitoramento que possam identificar, tão rapidamente
quanto possível, as situações emergenciais que exigem ações imediatas. Estes programas devem prever também as formas
de procedimento para conter os riscos decorrentes da própria atividade de manutenção, como parada de áreas ou
equipamentos ou linhas de produção por proximidade ou risco, e ainda procedimentos mínimos de PPHO após manutenção
de equipamentos ou instalações. Da mesma maneira, o SIF deve estar preparado para identificar essas situações. É
importante, por ocasião da execução das tarefas de verificação, considerar as eventuais deficiências e suas consequências
diretas e imediatas. É fundamental correlacionar causa e efeito.
Aos procedimentos de inspeção das instalações e equipamentos pode-se atrelar também, a avaliação da higiene ambiental
de alguns setores, desde que não estejam contemplados em outros programas. Há, portanto, alguma flexibilidade com
relação aos modelos de registros de verificação por parte da indústria, até mesmo para atender às particularidades do
macroprocesso e da própria empresa.
Para a manutenção das condições sanitárias, o estabelecimento deverá possuir uma iluminação de boa qualidade e
intensidade suficiente nas áreas de processamento, manipulação, armazenamento e inspeção de matérias primas e
produtos. Estas mesmas condições de iluminação são necessárias na verificação dos procedimentos de limpeza de
243
equipamentos e utensílios, bem como nas barreiras sanitárias, vestiários e sanitários para a avaliação da eficiência dos
procedimentos de higienização.
A intensidade da iluminação deve permitir a visualização de eventuais contaminações presentes nas matérias primas e
produtos. O tipo de lâmpada utilizada, assim como a sua disposição no estabelecimento, não deve permitir distorções de cor nos
produtos e a existência de áreas de sombreamento. A existência de luz natural não dispensa o uso de luz artificial.
Dependendo do tipo de lâmpada utilizada deve ser providenciada a proteção desta para evitar estilhaços em caso de quebra
(para lâmpadas de led os protetores não são necessários).
A área industrial será dotada também de suficiente ventilação natural, através de janelas ou aberturas adequadas.
Supletivamente, quando os meios acima não forem suficientes, e as conveniências de ordem tecnológica assim indicarem,
poderá ser exigida a climatização ou instalação de exaustores.
A adequada ventilação é fundamental para o controle de odores, vapores e da condensação, visando prevenir a alteração
dos produtos e surgimento de condições sanitárias inadequadas do ambiente.
A aferição (verificação da calibração) é desenvolvida dentro das atividades de rotina do estabelecimento, onde os
instrumentos de controle do processo (termômetros, por exemplo) são aferidos em espaço de tempo pré -determinado e
com base em padrão estabelecido. A aferição é feita no próprio estabelecimento e, quando se detecta uma não
conformidade no instrumento, devem ser adotados procedimentos previstos para impedir seu uso, ou quando for o caso,
registrar o seu fator de correção a fim de evitar que a produção seja monitorada de forma imprecisa. Os registros da aferição
devem estar disponíveis para a verificação oficial. A etapa de calibração dos instrumentos é realizada independentemente
das ações executadas na aferição. É realizada, preferencialmente, para o ajuste dos instrumentos aos padrões referenciais
(“standard”), servindo de balizamento para a aferição. O instrumento deve ser enviado para instituições especializadas e
credenciadas por organismos oficiais, para realização destes serviços. A empresa inspecionada deverá apresentar os
respectivos certificados de calibração, os quais serão avaliados pelo SIF.
b. No programa escrito e implantado de manutenção corretiva e preventiva, constam a descrição dos setores, a frequência
de monitoramento nos setores e a relação de todos os equipamentos com a respectiva frequência de manutenção
preventiva, bem como as ações corretivas em relação a instalação, equipamento e ao produto, se couber (exemplos: no caso
de ...: Paralisar produção, setor..; até....: Avaliar, analisar produto, descartar...);
e. Os registros das condições de higiene dos vestiários e sanitários são monitorados no mínimo diariamente (Avaliar a
necessidade de monitoramento por turno) e se o monitoramento dos vestiários inclui a organização dos armários, inclusive
internamente, com possibilidade de separação adequada de calçados e botas civis;
f. Há registros da verificação da barreira sanitária (água límpida com fluxo contínuo e torneiras sem fechamento manual,
sabão líquido e toalha de papel não reutilizável) e do uso correto da barreira sanitária por todos os funcionários (verificar seo
horário de monitoramento é compatível com a entrada dos funcionários);
g. Há registros que comprovem o monitoramento da iluminação nas áreas de processamento, manipulação, armazenamentoe
inspeção de matérias-primas e produtos.
h. O programa contempla o controle de odores, vapores, condensação, conforto térmico, bem como a limpeza ou troca de
filtros de ar condicionado, filtros de ar, exaustores etc;
244
j. Há registros de verificação de eventual condensação e adoção de ação corretiva adequada para o risco ao produto
decorrente do tipo de condensação. Critérios de risco:
ii. Alto risco: Onde há produto exposto ou embalado, sendo a condensação um risco sanitário ou risco à integridade deste produto.
l. Há programa escrito de aferição e calibração dos instrumentos de controle dos processos em funcionamento,
contemplando a validade das calibrações e aferições em todos os instrumentos, descrevendo os procedimentos de aferiçãoe
calibração;
n. As atividades de calibração estão sendo realizadas em instituições especializadas, credenciadas oficialmente e providas
das devidas certificações; e
o. Há cotejo rotineiro entre as temperaturas mensuradas, simultaneamente, por termômetro e termo registrador.
O abastecimento de água pode ser oriundo de rede pública ou rede de abastecimento da própria indústria. A fonte de água
da rede de abastecimento da própria indústria pode ser de manancial subterrâneo ou de superfície. O conhecimento prévio
da fonte de abastecimento é essencial à elaboração da forma de verificação.
Rede pública: quando a água de abastecimento é oriunda da rede pública, a atenção deve voltar-se apenas para o sistema de
armazenamento e distribuição, de forma a identificar eventuais não conformidades que possam propiciar a contaminação
da água. Evidentemente, também resultados de análise laboratorial de amostras obtidas no ponto de entrada fornecem
informações valiosas. Durante a revisão dos registros, em qualquer situação, deve-se atentar para os resultados das análises
laboratoriais e o cumprimento do cronograma de remessa de amostras para análise.
Eventualmente pode ser necessária uma nova cloração da água quando forem constatados níveis de cloro residual livre
abaixo das normas vigentes. É importante frisar que, sempre que se tem conhecimento de um resultado de análise em não
conformidade com a legislação, isso deve desencadear uma inspeção do processo e coleta de amostra para mensuração do
cloro residual livre.
Rede privada: quando se tratar de instalações de tratamento das próprias indústrias, certas particularidades têm de ser
consideradas em decorrência do tipo de manancial de origem da água.
Tratando-se de água de superfície, deve-se iniciar a inspeção pelo sistema de tratamento. Neste caso, a análise rápida da
turbidez nos pontos de entrada e de saída do sistema de tratamento, com a comparação dos resultados, permite extrair
conclusões valiosas. Também os registros gerados pela estação de tratamento devem ser analisados.
Mananciais de superfície exigem algum tipo de acompanhamento da chamada bacia contribuinte do manancial, de forma a
se obter informações sobre possíveis fatores causadores de poluição (proximidade de indústrias poluidoras, práticas
agrícolas e consequente uso de agrotóxicos, depósitos de resíduos de qualquer tipo etc.). O recolhimento dessas
informações e o seu registro constituirá o histórico que servirá de base para a fixação da frequência das análises de controlee
seu monitoramento
Mananciais subterrâneos implicam em observações relacionadas com a localização, profundidade e meios de proteção dos
poços, para prevenir a infiltração de água da superfície, recomendando-se cuidados para que essas águas não alcancem os
poços, a menos que sejam percoladas através de pelo menos 6,5 m de solo. Águas profundas, normalmente, sofrem apenas
245
um tratamento parcial (desinfecção). De qualquer maneira, é necessário dispor de análise laboratorial que servirá de base
para definição do tratamento adequado e de seu monitoramento.
a. Cloração da Água
O sistema de cloração, incluindo o ponto onde o cloro é adicionado, deve possibilitar e garantir a dispersão do cloro, de
forma homogênea, por todo o volume de água do reservatório, conforme tempo mínimo de contato e pH definidos em
legislação específica. O pH da água, na distribuição, deve ser mantido na faixa de 6,0 a 9,5. O sistema de cloração deve ser
do tipo automático (eletrônico ou com pastilhas) e recomenda-se dispositivo que alerte o responsável pelo tratamento
quando, acidentalmente, cessar o funcionamento (alarme sonoro e visual).
A rede de distribuição de água potável do estabelecimento deve ser projetada, construída e mantida de forma que a pressão
de água no sistema seja sempre superior à pressão atmosférica. Esta condição é importante porque impede o contra fluxo
de água e a consequente possibilidade de entrada, por sucção, de água contaminada no sistema. Ainda assim, por razões
diversas, eventuais quedas de pressão podem ocorrer em algum ponto, ocasionando contra fluxo e risco de introdução de
água poluída na rede. Para prevenir tal não conformidade, as saídas de água nunca podem ser submersas, como, por
exemplo, em cubas de enxágue de formas. Em situações especiais, caso seja impossível atender a essa condição, deverão
ser instalados dispositivos eliminadores de vácuo (“vacuum breakers”), os quais evitam a sucção de água. O estabelecimento
deverá ter aprovada uma planta da rede hidráulica com detalhes que mencionem a localização dos dispositivos eliminadores
de vácuo.
A rede de distribuição de água deve estar livre de pontos ou trechos de tubulação onde a água não circule livremente, isto é,
fins de linha bloqueados, que normalmente ocorrem quando se elimina algum ponto de saída de água e a tubulação que o
alimentava persiste. São situações que se constituem em potenciais focos de contaminação do sistema e que, portanto,
devem ser eliminados.
I. O programa de autocontrole contempla a origem da fonte de água da empresa (rede pública ou rede privada, subterrânea,
superficial);
II. O programa de autocontrole descreve os tratamentos realizados para garantir a potabilidade da água e se estes são
adequados, de acordo com a origem da fonte de abastecimento;
III. Os pontos de coleta de água estão estabelecidos no programa de autocontrole e contemplam os principais pontos de
abastecimento de água potável da indústria;
V. O programa de autocontrole contempla a limpeza dos reservatórios com frequência, descrição de procedimentos e
verificação posterior à limpeza através de análise microbiológica, com os respectivos registros;
VI. O programa de autocontrole contempla o monitoramento das condições dos reservatórios (limpeza e manutenção) no
intervalo entre as limpezas programadas;
VII. O programa de autocontrole contempla ações corretivas no caso de não conformidades em análises diárias e periódicas,
devidamente registradas e verificadas;
VIII. As ações corretivas incluem a avaliação de conformidade dos produtos, quando e se for pertinente;
IX. Há avaliação da rede de alimentação e distribuição de água, na planta e in loco, quanto à identificação dos pontos de
coleta, localização eventual dos eliminadores de vácuo (“vacuum breakers”) e bloqueio das linhas de distribuição;
246
X. Nos estabelecimentos que dispõem de sistema de recirculação de água, como por exemplo nos trocadores de calor, se
ela mantém suas características originais de qualidade; e
XI. No caso de água reutilizada, se ela é mantida livre de patógenos e coliformes fecais.
O programa de controle integrado de pragas deve ser planejado visando dois objetivos principais:
a. Evitar que o recinto industrial apresente um ambiente favorável à proliferação de insetos e roedores; e
Para atender o primeiro objetivo, este elemento de inspeção deve contemplar procedimentos dirigidos à área externa. O
acúmulo de água, resíduos de alimentos, abrigos e focos de reprodução de insetos devem ser observados. Para atender o
segundo objetivo, a atenção deve ser dirigida para proteção de janelas com telas, portas de vaivém, cortinas de ar etc., ou
seja, os chamados meios de exclusão. A presença de insetos no recinto industrial é uma evidência de que há não
conformidades no sistema.
Insetos noturnos são atraídos por Radiação Ultravioleta (UV) emitida por lâmpadas de vapor de mercúrio. Tais lâmpadas,
portanto, devem ser evitadas, especialmente nas proximidades das aberturas do estabelecimento. Lâmpadas de vapor de
sódio emitem quantidade reduzida de radiação UV e, por isso, devem ser preferidas. Dispositivos de eletrocussão,
frequentemente utilizados pelas indústrias, utilizam luz UV para atrair insetos. Tais equipamentos devem ser instalados em
locais que não permitam a sua visualização a partir da área externa, especialmente nas barreiras sanitárias. A correta
localização destes dispositivos também é importante para evitar a eventual contaminação de matérias-primas, produtos,
ingredientes e embalagens e, portanto, não é recomendada sua instalação nos setores de produção, depósitos de
ingredientes e embalagens de uso diário.
A indústria deverá monitorar diariamente o controle de pragas. Neste monitoramento deverá ser realizada a inspeção do
ambiente interno para verificar indícios da presença de pragas, pela observação de pêlos e fezes ou do consumo de iscas
(áreas externas) ou pelo monitoramento com armadilha autocolante (áreas internas). A utilização de dispositivos de captura
de roedores no interior da indústria é uma forma de monitorar a eficiência do programa. No ambiente externo será verificadaa
presença de condições favoráveis ao abrigo ou proliferação de pragas e se a distribuição dos porta-iscas é compatível com
o mapa de localização deles. Todos os achados deverão ser registrados em formulário próprio. A revisão dos registros da
empresa serve não só para comprovar que o monitoramento do programa está sendo realizado na forma prevista, mas,
sobretudo, para avaliar as medidas corretivas adotadas quando desvios são identificados.
I. Há programa de controle de pragas escrito e implantado, contendo o mapa de localização das iscas. A distribuição das
iscas deve evitar o acesso das pragas, com a formação de um anel sanitário. Verificar no mapa se não há isca com veneno
em setores com presença de produtos;
II. Há monitoramento diário do controle de pragas, com registro dos achados e ações corretivas;
III. Há registros do monitoramento realizado pela empresa terceirizada, na frequência estabelecida, bem como o
licenciamento da empresa junto ao órgão competente. No caso de o controle ser realizado pelo laticínio, este deve
apresentar o registro de capacitação para realizá-lo. Nessa situação, deve ser dada atenção ao local de armazenamento de
venenos, que deve estar fechado a chave;
IV. Há relatório de avaliação de eficácia do programa, incluindo no programa de autocontrole a avaliação desse relatório e a
adoção de ações frente a tendências de infestações; e
V. Os produtos químicos utilizados estão regularizados. Verificar se são utilizados blocos parafinados dentro de porta-iscas
em razão de que rodenticidas em pó podem contaminar o ambiente pela ação de ventos e rodenticidas peletizados ou
247
sementes impregnadas se saírem dos porta-iscas serão atrativos para outras pragas, como pombos e outros pássaros.
A verificação oficial deste programa é conduzida através da observação direta das áreas de inspeção, por inspeção visual. Durante
a execução dessa inspeção, leva-se em consideração o espaço tridimensional em que está inserido o equipamentoou parte,
de forma que sejam observadas, além do equipamento envolvido, as estruturas superiores (forro/teto, tubulações, vigas, etc.)
paredes, piso (drenagem de águas residuais, caimento, etc.), enfim, todos os aspectos que de uma forma ou deoutra possam
comprometer a inocuidade do produto que será processado.
Este elemento deve contemplar procedimentos de limpeza e sanitização que serão executados antes do início das
operações (pré-operacionais) e durante as operações (operacionais). O monitoramento e a verificação oficial devem ser
executados logo após a conclusão dos procedimentos de limpeza e tem como objetivo avaliar se foram corretamente
executados. Isso é válido também para os procedimentos operacionais. Em alguns processos, há particularidades que
dificultam a identificação do momento mais oportuno para a verificação dos procedimentos de limpeza inseridos durante as
atividades operacionais. Os programas tecnicamente concebidos devem prever a limpeza de alguns equipamentos durante a
execução das operações. Nestes casos, os equipamentos envolvidos devem ser submetidos a uma limpeza e sanitização
mais completa e eficiente e, se for o caso, removidos da linha de produção. A verificação deverá ser executada tendo como
base o programa de limpeza e sanitização ou outros programas, dependendo de como a empresa aborda o assunto nos
seus programas de autocontrole.
A revisão documental deve focalizar o programa escrito e os registros diários (inclusive registros gerados pelos
equipamentos, como por exemplo, discos de termo registradores), atentando -se para os achados registrados e para as
medidas corretivas aplicadas no caso da identificação de desvios e de não conformidades de aplicação do programa.
Medidas corretivas devem ser aplicadas não apenas com relação aos equipamentos, instrumentos e utensílios de processo,
mas também considerar que o produto foi processado em equipamentos apresentando condições sanitárias insatisfatórias.
Deficiências críticas ou repetitivas exigem a revisão do programa e a introdução de medidas preventivas.
II. Os registros contemplam as ações corretivas e a verificação da conformidade da higienização após a correção, por
funcionário diferente do que executou a higienização; verificar também os registros gerados pelos próprios equipamentos,
como por exemplo, discos de termo registradores;
III. O programa de autocontrole inclui ações preventivas que evitam a recorrência dos desvios observados com frequência; e
IV. Há registros do controle da eficiência da higienização dos equipamentos (por exemplo: esfregadura em superfície de
equipamentos – “swab test”).
Todo o pessoal que trabalha direta ou indiretamente na obtenção, preparação, processamento, embalagem, armazenagem,
embarque e transporte de produtos alimentícios, as superfícies que contatam com alimentos e material de embalagem,
devem ser objeto de práticas higiênicas que evitem a alteração dos produtos.
A limpeza sistemática das mãos e antebraços, das superfícies e de recipientes de acondicionamento, contempladas com a
seguinte desinfecção, são requisitos básicos para garantia da inocuidade dos produtos. Deve-se avaliar se as barreiras
sanitárias não permitem acúmulo de funcionários em horários de maior fluxo.
A higiene pessoal cotidiana e exercício sistemático de hábitos higiênicos, como não espirrar ou falar sobre matérias-primase
outros, contribuem, sobremaneira, para a preservação da sanidade do produto.
248
Os operários devem lavar as mãos e antebraços à entrada e saída das seções, em intervalos regulares e sempre que for
necessário. Em determinados setores, os funcionários devem estar paramentados com avental plástico visando evitar a
contaminação de produtos.
Nos setores pertinentes devem existir pias para lavagem e sanitização das mãos em número suficiente, bem posicionadas e
supridas.
Os uniformes e acessórios usados pelos funcionários no trabalho devem ser de cor clara, trocados diariamente, ou se for o
caso, com mais frequência, em razão do local de trabalho e da condição higiênica.
Deve-se verificar nos programas de autocontrole os procedimentos previstos para utilização de uniformes para visitantes,
especialmente pessoas do controle de qualidade e administração, quando entram em áreas de processamento.
O controle de saúde do funcionário é condição vital para a sua participação na indústria de alimentos, uma vez que doenças
infecciosas, lesões abertas, purulentas, portadores inaparentes ou assintomáticos de agentes causadores de toxiinfecções
ou outra fonte de contaminação, podem causar risco a inocuidade do produto. Essas pessoas devem ser afastadas da
função, enquanto persistirem os riscos.
O estabelecimento deve colocar à disposição do SIF toda a documentação referente ao controle da saúde dos funcionários
para consulta, quando necessário, e fornecer regularmente uma relação das pessoas, por seção, com a validade regular dos
atestados de saúde.
Os funcionários só podem iniciar seus afazeres após o devido treinamento, devendo ser formal e específico à função que irá
realizar, o qual deve prever os PSOs necessários para garantir a inocuidade do produto por ele manipulado, bem como
informações sobre os autocontroles desenvolvidos pela empresa e seu papel na boa execução das operações.
Os funcionários responsáveis pelo monitoramento e verificação dos autocontroles devem ser treinados especialmente para
exercer suas funções e registrar os dados encontrados, bem como devem receber instruções específicas de qual ação tomar
em caso de desvios.
Recomenda-se a utilização de simulações para teste da exequibilidade dos procedimentos propostos, que poderá ser
utilizado como ferramenta eventual em verificações oficiais, sempre que justificado.
Esses treinamentos devem ser baseados em programas escritos e devidamente registrados, de forma que seja possível sua
auditoria a qualquer momento.
I. Há registros do controle da eficiência da higiene dos funcionários (por exemplo: “swab test” de mãos);
III. Há registros de que os funcionários não apresentam doenças que os incompatibilizem com a fabricação de alimentos,
por meio de apresentação de comprovação médica atualizada;
IV. O SIF não deve exigir qualquer procedimento dos médicos responsáveis por esta avaliação de aptidão em manipular
alimentos, especialmente de exames clínicos ou laboratoriais utilizados pelos médicos para qualquer conclusão.
V. Há registros de que os funcionários são orientados a informar o supervisor caso apresentem algum problema de saúde
que seja um risco ao alimento e de que foram afastados da função;
249
VI. O programa de autocontrole contempla e há registro de treinamentos dos funcionários, especificando frequência,
conteúdo, lista de presença, sendo pré-requisito para o início das atividades admissionais; se os conteúdos abordados são
adequados às funções a serem executadas; e
VII. O programa de autocontrole contempla as práticas sanitárias a serem executadas por funcionários e visitantes.
Neste item, a equipe de fiscalização deve focalizar os procedimentos efetuados nas diversas etapas das operações
industriais que possam levar risco ao produto.
Na avaliação deste elemento de inspeção deve ser observado se o programa contempla o controle dos procedimentos
efetuados pelos funcionários que possam causar contaminação cruzada, bem como as ações corretivas relacionadas às
não conformidades nestes procedimentos.
e. Uso de utensílios em contato com o produto e com áreas contaminadas sem higienização intermediária;
f. Procedimentos realizados pós tratamento térmico que podem levar à contaminação do produto final (lecitina em leite em
pó instantâneo, fatiação e embalagem de queijos);
Tudo aquilo que entra na composição e em contato direto com os produtos deve ser avaliado, sistematicamente, quanto à
sua inocuidade.
Os estabelecimentos devem dispor na recepção de matéria-prima, de documentos que informem detalhes sobre a sua
origem, obedecendo à legislação vigente.
Considerando as Instruções Normativas MAPA nº 76 e 77/2018, cumpre estabelecer os itens a serem verificados como
parte da verificação do elemento de controle da matéria prima, como segue:
I. Se o plano foi inserido no "Formulário padrão para envio do PQFL” disponível no sítio eletrônico do MAPA. Nesse caso, a
empresa deverá disponibilizar o mesmo ao SIF em meio digital para instauração de processo SEI;
II. Caso o plano de qualificação esteja em execução, mas não esteja no formulário padrão para envio do PQFL, poderá o SIF
conceder um prazo de dez dias (o mesmo prazo concedido para apresentação de plano de ações corretivas em decorrência
de fiscalização), para que a empresa o apresente no devido formulário;
III. O processo SEI deve ser relacionado ao processo de fiscalização do estabelecimento, considerando que o plano de
qualificação de fornecedores é parte do elemento de controle da matéria-prima, ingredientes e embalagem;
250
IV. Paralelamente, no processo de fiscalização do estabelecimento, o SIF deverá informar no elemento de controle da
matéria-prima se o PQFL foi ou não apresentado (anexo III da Norma Interna DIPOA nº 01 de 2017) e proceder com a
avaliação dos demais pontos relativos ao elemento de controle;
V. No despacho do processo do plano de qualificação, o SIF deve informar o e-mail de contato do estabelecimento para queo
setor responsável pela avaliação do plano possa encaminhar a resposta diretamente ao estabelecimento;
VI. O SIF pode adicionalmente fornecer informações sobre o volume de recebimento de leite pelo estabelecimento e
resultados das análises da RBQL (médias geométricas de Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Padrão em
Placas (CPP) do estabelecimento, porcentagem de produtores fora do limite legal definido, entre outras que o SIF tiver
disponível);
VII. O processo deve ser encaminhado pelo chefe do SIPOA à chefia da Divisão de Desenvolvimento Rural (DDR/SFA) do
estado onde está localizado o estabelecimento;
VIII. Verificar se as atualizações do PQFL foram disponibilizadas pela empresa à DDR/SFA para inserção no referido
processo;
IX. Caso a empresa não disponha de plano escrito ou caso seja informado que ele não está em execução, deverão ser
tomadas as ações fiscais pertinentes, com base nos arts. 6º a 9º da Instrução Normativa MAPA nº 77/2018; e
X. A DDR/SFA é a unidade responsável pela avaliação in loco da execução dos planos, inclusive com auditorias nas
propriedades rurais, cabendo a DDR/SFA notificar o SIF sobre a não execução do PQFL para as devidas ações fiscais.
b. Quanto aos Relatórios de análises laboratoriais emitidos pela Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL).
i. Nos estabelecimentos que recebem leite diretamente de produtores rurais devem ser observados os relatórios de análises
laboratoriais emitidos pela Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL);
ii. A maioria dos laboratórios da RBQL disponibiliza login e senha para consulta on line dos relatórios. Os laboratórios da RBQL
que não possuem plataforma digital enviam esses relatórios mensalmente por correio eletrônico para o e-mail institucional
informado pelo Auditor Fiscal Federal Agropecuário (AFFA) ao laboratório;
iii. O relatório apresenta, por categorização de cores, os produtores que estão com médias geométricas fora dos padrões
para Contagem Padrão em Placas (CPP). Esta gradação de cores visa facilitar a identificação dos produtores que devem ser
objeto de atenção pelos estabelecimentos ou de suspensão da coleta de acordo com a sequência dos resultados das
análises realizadas pela RBQL:
▸ A cor amarela indica os produtores com o primeiro mês de média geométrica fora do padrão;
▸ A cor laranja indica os produtores com o segundo mês de média consecutiva fora dos padrões;
▸ A cor vermelha indica os produtores que estão com média geométrica pelo terceiro mês consecutivo fora dos padrões; e
iv. Diante das informações do relatório da RBQL, devem ser verificadas as seguintes situações na fiscalização in loco:
▸ Para produtores com a terceira média geométrica trimestral consecutiva fora do padrão, indicados em cor vermelha no
relatório da RBQL:
-Se receberam visita técnica e apresentaram um resultado para CPP, em amostra analisada pela RBQL, abaixo de 300.000
UFC/ml. Nesse caso, mesmo com a terceira média geométrica trimestral consecutiva fora do padrão não é preciso
interromper a coleta do leite. Essa situação irá perdurar enquanto o resultado mensal de CPP se mantiver abaixo de 300.000
UFC/ml ou a média geométrica trimestral for restabelecida.
251
▸ Produtores que tiveram a coleta de leite interrompida e retornaram a entrega de leite ao estabelecimento após a
correção da não conformidade, mesmo que a próxima média geométrica trimestral consecutiva continue acima de
300.000 UFC/ml, se o resultado mensal para CPP estiver abaixo desse valor, a coleta não será novamente interrompida.
v. Enquanto o mês não finalizar, a média geométrica não é definitiva. O estabelecimento pode enviar mais de uma amostra
de cada produtor dentro de um mesmo mês. Assim, a avaliação do SIF quanto ao atendimento da interrupção da coleta só
poderá ser realizada a partir do décimo dia útil do mês subsequente a coleta, com todas as análises concluídas e relatórios
emitidos pelo laboratório da RBQL;
vi. No mês em que houver entrada de novos produtores, seus resultados estarão indicados no relatório destacados em cor
azul. Na fiscalização in loco deve ser verificada a comprovação da realização das visitas técnicas a esses produtores e o
resultado de análise de CPP;
vii. Na fiscalização in loco verificar se os produtores novos, que ainda não fazem parte do cadastro da empresa junto ao
laboratório, estão atendendo o disposto na Instrução Normativa MAPA nº 77, de 26 de novembro de 2018;
viii. A equipe de fiscalização deve atentar para estabelecimentos que apresentem não conformidades constantes de coleta,
verificando se as não conformidades estão relacionadas a amostras de produtores com não conformidades de qualidade.
Considerando que é de responsabilidade do estabelecimento programar a coleta das amostras em tempo hábil para que, em
caso de perda da amostra, possa ser realizada uma nova coleta, caberá ao SIF a tomada de ações fiscais pertinentes pelo
não atendimento da frequência mensal de coleta de amostras de todos os produtores de leite;
ix. Em caso de ausência de resultado mensal para composição da média geométrica trimestral, o resultado de cada mês
subsequente substituirá a média geométrica até o restabelecimento da média geométrica trimestral calculada, conforme
parágrafo 1ºA do art. 7º da Instrução Normativa MAPA nº 76, de 26 de novembro de 2018;
x. Além dos resultados das análises de CPP, deve-se verificar se o estabelecimento está realizando as coletas de amostras
na periodicidade correta determinada na legislação e se está coletando amostras de todos os produtores, verificando se as
não conformidades de coleta correspondem frequentemente aos produtores que estão com médias geométricas fora do
padrão; e
xi. Também deve ser verificado, quanto à avaliação do leite cru refrigerado pela RBQL:
▸ Se o estabelecimento está enviando amostras de todos os tanques (produtores) individuais e coletivos consecutivamente
em frequência no mínimo mensal, conforme art. 40 da Instrução Normativa MAPA nº 77/2018, de acordo com o escopo
dos laboratórios da RBQL validados pela CGAL. No caso de amostras perdidas ou recusadas pelo laboratório ou não
coletadas, a empresa deverá providenciar nova coleta DENTRO DO MESMO MÊS;
▸ Se estão sendo monitoradas as médias geométricas dos resultados de Contagem de Células Somáticas (CCS) e de
Contagem Padrão em Placas (CPP) e os parâmetros da composição centesimal, a fim de identificar e corrigir as
violações citadas no art. 44 da Instrução Normativa MAPA nº 77/2018. Verificar a comprovação de visitas técnicas nas
propriedades que apresentaram resultados de CCS, CPP ou composição centesimal fora dos padrões estabelecidos
dentro do período avaliado;
▸ Se os produtores com a terceira média geométrica trimestral consecutiva de CPP fora do padrão tiveram a coleta do leite
interrompida ou se receberam visita técnica e apresentaram um resultado para CPP, em amostra analisada pela RBQL,
abaixo de 300.000 UFC/ml. Nesse caso, mesmo com a terceira média geométrica trimestral consecutiva fora do padrão
não é obrigatória a interrupção da coleta do leite. Essa situação irá perdurar enquanto o resultado mensal de CPP se
mantiver abaixo de 300.000 UFC/ml ou a média geométrica trimestral for restabelecida. Esse procedimento também
deve ser seguido para os produtores que tiveram a coleta de leite interrompida e retornaram a entrega de leite ao
estabelecimento após a visita técnica e correção da não conformidade; e
▸ Se para todos os novos produtores incluídos no período avaliado, existem relatórios de visita técnica comprovando a
implementação de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) e comprovação de resultado de amostra de CPP dentro do padrão
252
regulamentar, emitido pela RBQL no mês da inclusão ou no mês anterior, conforme art. 49 da Instrução Normativa MAPA
nº 77/2018.
c. Quanto às capacitações
▸ O titular e o responsável pela recepção do leite no tanque comunitário (art. 18 da Instrução Normativa MAPA nº
77/2018);
▸ Os responsáveis pela coleta do leite na propriedade rural (art. 24, item I da Instrução Normativa MAPA nº 77/2018);
▸ O supervisor das atividades de coleta nas propriedades, em treinamento pela RBQL e outros (parágrafo único do art. 24
da Instrução Normativa MAPA nº 77/2018); e
▸ O técnico responsável pela assistência ao produtor (parágrafo único do art. 44 da Instrução Normativa MAPA nº
77/2018).
Conforme previsto no item VI do art. 48 da Instrução Normativa MAPA nº 77/2018, verificar sempre que houver
procedimento de transvase estabelecido e sempre que houver recebimento de leite cru refrigerado de produtores
transportado em carreta ou bi trem:
▸ Se o procedimento está descrito em seu programa de autocontrole conforme disposto no artigo supracitado;
▸ Se há comprovação de que a operação não prejudica a qualidade do leite daquela linha ou rota. Caso os resultados de
análise de controle da empresa ou oficiais do leite cru refrigerado não atendam ao art. 52 da Instrução Normativa MAPA
nº 77/2018 e ao art. 8º da Instrução Normativa MAPA nº 76/2018, verificar se a empresa possui estudo avaliando os
dados de qualidade do leite na propriedade dos produtores que fazem parte da linha e comparando a evolução da CPP
entre a propriedade e a indústria com e sem a realização do transvase;
▸ Se é mantida a rastreabilidade do leite, com coleta de amostras individuais de todos os produtores e adequada
conservação até a chegada ao estabelecimento processador, conforme art. 25 da Instrução Normativa MAPA nº
77/2018;
▸ Se há comprovação de que o caminhão que efetua as coletas nas propriedades é adequadamente higienizado conforme
descrito nos autocontroles da empresa (local, frequência, monitoramento, verificação); e
▸ Verificar se o procedimento não causa prejuízo ao atendimento dos arts. 22, 27, 28, 30 e 31 da Instrução Normativa MAPA
nº 77/2018 e art. 8° da Instrução Normativa MAPA nº 76/2018.
i. Se o estabelecimento está enviando as amostras de leite cru refrigerado antes do seu processamento para RBQL com
frequência no mínimo mensal;
ii. Se o estabelecimento está avaliando os resultados e adotando as ações corretivas em caso de não conformidades;
iii. Em relação a coleta de amostras fiscais pelo SIF para fins de monitoramento da qualidade do leite cru refrigerado antes
do seu processamento, devem ser adotados os seguintes procedimentos:
▸ Coleta de pelo menos uma amostra de leite cru refrigerado antes do seu processamento no mínimo a cada fiscalização
de rotina ou de verificação do autocontrole;
▸ A amostra deve ser coletada em usinas de beneficiamento e fábricas de laticínios (não coletar em posto de
refrigeração);
253
▸ Para esta coleta, selecionar preferencialmente leite cru refrigerado que esteja com maior tempo de estocagem ou
imediatamente antes da produção;
▸ Em caso de indisponibilidade de leite cru refrigerado estocado para a coleta de amostra fiscal, poderá ser coletada
amostra de caminhões transportadores na recepção;
▸ Os procedimentos para coleta dessa amostra estão descritos no Manual de Coleta de Amostras de Produtos de Origem
Animal do DIPOA; e
▸ A amostra devidamente embalada, lacrada e identificada deve ser encaminhada pelo estabelecimento para o laboratório
da RBQL, podendo ser enviada na mesma caixa das amostras da empresa, para aproveitamento de frete.
Além das ações referentes à matéria-prima, os procedimentos da inspeção oficial contemplam também as condições de
armazenamento. Para a verificação dessas condições é necessário atentar para os seguintes aspectos:
▸ Identificação do produto;
As condições de manipulação dos produtos embalados, em todas as fases do processo, devem ser cuidadosamente
observadas. As operações de transferência desses produtos entre dependências e por ocasião da recepção e da expedição,
bem como o seu manejo nos locais de estocagem, inclusive câmaras frias, caso não sejam executadas de forma adequada,
podem ser causa importante de danos à embalagem e, consequentemente, exposição do conteúdo a todo tipo de perigo
(biológico, físico e químico). Neste caso, a operação de empilhadeiras deve merecer particular atenção, pois não é raro o
garfo desse equipamento atingir e romper as embalagens dos produtos. Também estrados em más condições, notadamente
os de madeira, podem constituir riscos às embalagens (lascas de madeira, pregos salientes etc.).
O armazenamento das embalagens deve ser praticado de forma a evitar que eventuais perigos biológicos, físicos ou
químicos sejam introduzidos nessa etapa. Assim, esse material deve ser mantido em ambiente limpo, seco e protegido de
poeira, insetos, roedores ou de outros fatores que possam acarretar a contaminação ou alteração por produtos químicos.
As embalagens primárias, ou seja, aquelas que entram em contato direto com os produtos, exigem cuidados especiais. Em
razão da sua função, devem ser tratados da mesma forma que os produtos alimentares. Assim, as embalagens primárias
devem ser armazenadas em local separado dos demais depósitos, protegidas de contaminações ambientais, além de serem
previamente autorizadas para o uso a que se destinam, inócuas e sem perigo de alterar as características originais do
produto.
Para os ingredientes são exigidas as mesmas condições ambientais e os mesmos requisitos de identificação previstos para
as matérias-primas. Embalagens dos ingredientes danificadas ou com presença de manchas podem significar condições
inadequadas de armazenamento. Por necessidade da manutenção de sua inocuidade e qualidade, os ingredientes devem tero
seu uso permitido pelo órgão competente, acondicionados em embalagens fechadas, mantidos em ambientes separados,
próprios a sua melhor conservação, protegidos de inconvenientes microbiológicos e ainda possuir indicações oficiais
perfeitamente comprovadas para o seu emprego.
Embalagens primárias ou secundárias de ingredientes danificadas ou com alterações no seu aspecto original, significam
condições inadequadas de manipulação ou armazenamento e implicam na sua desclassificação para o uso previsto.
▸ O programa de autocontrole contempla os critérios e análises para seleção da matéria -prima e atende a legislação em
vigor, com resultados confiáveis. Se os parâmetros para aceitação são claros e há procedimentos para as situações
onde os parâmetros de aceitação não são atendidos. Se há descrição de ações preventivas;
▸ Os registros de análises de matérias-primas contemplam todas as análises obrigatórias para a seleção conforme exigido em
norma específica;
254
▸ Há registro de que as matérias-primas e produtos com desvios foram destinados conforme definido em norma específica,
com as ações corretivas adotadas sobre a origem do desvio, de acordo com o estabelecido no seu programa de
autocontrole;
▸ Há registro do controle das condições de funcionamento e higiene dos veículos de transporte de matérias -primas e
produtos;
▸ O programa de autocontrole contempla medidas corretivas e preventivas no caso de desvios no uso de ingredientes;
▸ O programa de autocontrole contempla o controle da utilização de ingredientes com uso permitido pelos órgãos
competentes e com utilização conforme formulação registrada;
▸ Há registros da avaliação quanto ao destino adequado dos ingredientes e produtos com embalagens rompidas; e
O controle de temperaturas é essencial à indústria de alimentos para garantir a inocuidade e qualidade dos produtos e, por
esta razão, deve merecer uma atenção especial. A referência isolada à temperatura significa que se trata daquela mensurada
no ambiente, ou seja, nas câmaras em geral, na sala de preparação de produtos (quando aplicável) e outros ambientes, ao
passo que a temperatura da matéria-prima ou produto é quase sempre objeto de Ponto de Controle (PC) ou Ponto Crítico de
Controle (PCC).
Os estabelecimentos devem dispor de registros de temperaturas na forma de cartas contínuas ou em formulários com
anotações registradas no menor intervalo de tempo possível. Nas câmaras frigoríficas, em geral, os intervalos de registros
deverão ser regulares e coerentes com as atividades da indústria, devendo dispor de dispositivo de controle da variação de
temperatura. O registro da variação, em tempo reduzido, permite identificar a tendência de eventuais desvios e conduzir às
medidas de controle que evitem o crescimento exponencial de patógenos.
a. As temperaturas de referência para o controle das etapas do processo são fundamentadas em bases técnico-científicas e
dispositivos regulamentares, quando não contempladas em legislação. Atentar para temperatura da câmara de maturação
de queijos, verificando se é compatível com a característica e o registro do produto;
e. Há compatibilidade no cotejo sistemático dos controles de temperatura realizados pelo estabelecimento com aqueles
realizados pelo SIF; e
f. Há adoção pelo estabelecimento de medidas corretivas e preventivas para as não conformidades observadas.
Este elemento de inspeção tem por objetivo avaliar a implantação da APPCC. Inicialmente, é preciso conhecer todas as suas
particularidades, específico para cada processo, a forma de monitoramento, os limites e a frequência com que os
procedimentos de controle são executados.
O plano APPCC deve se encontrar de acordo com as recomendações do Codex Alimentarius: Princípios Gerais da Higienedos
Alimentos (General Principles Of Food Hygiene) ou CXC 1-1969, contendo a aplicação prática de todos os seus
255
princípios.
e. Há adoção de ações corretivas quando o limite crítico é excedido, de forma a retomar o controle do processo e garantir a
inocuidade do produto elaborado, incluindo aqueles produzidos entre os monitoramentos;
III. Há não conformidades na identificação dos perigos ou na identificação dos PCC, no monitoramento e na definição das
medidas preventivas e corretivas; e
As empresas devem possuir um programa contemplando plano de amostragem para análises físico-químicas e
microbiológicas, respeitando o disposto na legislação nacional, bem como às exigências para certificação dos diferentes
países ou blocos econômicos.
As análises devem seguir plano de amostragem elaborado pela empresa, contemplando, para cada um dos produtos
elaborados, as frequências e as pesquisas a serem realizadas, de tal forma que a empresa consiga garantir a inocuidade e a
qualidade dos seus produtos.
256
b. Há manual de bancada à disposição dos analistas, contemplando todas as análises realizadas no laboratório, com
metodologias reconhecidas cientificamente. No caso da utilização de outros métodos diferentes dos oficiais, estes devem
ser validados segundo protocolos oficiais, conhecidos e aplicados os seus desvios, incertezas metrológicas, correlações e
correções em relação aos respectivos métodos oficiais. Os registros de validação dos métodos de ensaio e respectivos
resultados, estatísticas aplicadas, incertezas metrológicas e desvios devem ficar disponíveis na forma de relatório,
devidamente assinado por profissional competente.
d. Há plano de amostragem para análises físico-químicas e microbiológicas de todos os produtos acabados, contemplando
as frequências e parâmetros a serem analisados conforme estabelecido em legislação, visando garantir a inocuidade e
qualidade dos produtos;
e. Há plano de amostragem para análise de resíduos de antimicrobianos de todos os grupos de antimicrobianos com kits
disponíveis no mercado, contemplando as frequências para cada um;
f. A frequência de análise de resíduos de antimicrobianos em leite, estabelecida nos autocontroles da empresa, está
embasada em critérios técnicos, considerando a frequência de uso do antimicrobiano na região de coleta do leite;
g. Há cronograma para realização das análises de pesquisa de fraude nas amostras individuais de produtores e se o
cronograma contempla de forma alternada todas as análises disponíveis para pesquisa de fraude em período determinado
em seu autocontrole;
h. Há comunicação de eventual não conformidade ao produtor e se é realizada análise completa na captação subsequente
do leite cru deste produtor que apresenta não conformidade, com a correção da não conformidade;
i. No caso de detecção de antibiótico, não é necessária a realização de análise completa do leite do produtor na captação
subsequente;
k. As matérias-primas e produtos com resultados não conformes foram encaminhados para as destinações e estas são
compatíveis com a legislação vigente, com os respectivos registros; e
l. As análises realizadas no laboratório interno ou externo seguem a frequência definida no registro dos produtos e no
autocontrole da empresa, e contemplam todos os parâmetros previstos em legislação.
Este elemento de inspeção visa não só a inocuidade dos produtos, mas também a prevenção à fraude econômica.
A empresa deve possuir um Programa de Controle de Formulações, que atenda a legislação vigente, contemplando registros,
medidas preventivas e corretivas, a fim de evitar que seus produtos estejam sendo elaborados em desacordo com a
formulação aprovada. No programa deve constar ainda monitoramento laboratorial para os parâmetros estabelecidos pela
legislação.
a. Os produtos são elaborados de acordo com o memorial descritivo aprovado pelo DIPOA, com geração de registros
comprobatórios;
b. Há estudo de recorrência para observação de tendência a obter produtos em desacordo com os padrões estabelecidos
oficialmente;
c. Há registros de controle de entrada e utilização dos ingredientes que permita a rastreabilidade do produto;
257
d. O programa contempla medidas preventivas, corretivas e destinação adequada para os produtos nos casos em que sejam
constatados erros de fabricação ou formulação;
f. Os resultados de análises dos programas oficiais são condizentes com os resultados das análises do autocontrole da
empresa.
O estabelecimento deve ter procedimentos descritos e implantados de rastreabilidade dos produtos de origem animal, bem
como da matéria-prima e ingredientes que lhe deram origem, em todas as etapas da produção e distribuição. O exercício da
rastreabilidade pode ser efetuado a partir do produto final elaborado até sua matéria -prima ou a partir da matéria-prima
utilizada até o produto elaborado.
A avaliação da rastreabilidade deve ainda compreender as etapas de segurança definidas pelo estabelecimento no sentido
de resguardar seu processo produtivo do uso de matérias-primas não autorizadas ou habilitadas para determinado produtoou
mercado.
a. O programa de rastreabilidade com procedimentos descritos e implantados contempla o controle desde as matérias-
primas e os ingredientes até a expedição e distribuição dos produtos;
b. Há programa de recolhimento e, em caso de não conformidade detectada que motive o recolhimento, há comprovação de
que a produção foi devidamente recolhida e se procedeu a destinação adequada; e
c. Consta no programa de autocontrole a comunicação ao consumidor em casos de risco à saúde pública, conforme
legislação específica.
A certificação sanitária dos produtos fabricados em estabelecimentos sob inspeção periódica atualmente é realizada pelas
centrais de certificação, com base na Declaração de Produtos de Origem Animal (DCPOA).
O AFFA deve observar os procedimentos para certificação estabelecidos na legislação de referência, sendo de
responsabilidade da empresa demonstrar, documentalmente, o atendimento às exigências contidas no Certificado Sanitário,
respaldando sua emissão.
a. Verificar se foram emitidos Certificados Sanitários Internacionais (CSI) ou Nacionais (CSN) (essa informação pode ser
obtida em consulta ao SIGSIF); e
b. Verificar se a empresa estava habilitada para o mercado de destino do produto e se havia garantias para emissão dos
certificados (DCPOA ou acompanhamento in loco, atendimento às exigências contidas no CSI com a respectiva comprovação
(Exemplo: análises laboratoriais específicas) e habilitação de matérias-primas e ingredientes de origem animal quando pertinente).
258
Os atos administrativos e ações fiscais necessários quando da inspeção e fiscalização dos produtos de origem animal
devem estar de acordo com as competências específicas atribuídas às carreiras oficiais.
A competência é o círculo definido por lei dentro do qual os agentes podem exercer legitimamente sua atividade.
A competência do Auditor Fiscal Federal Agropecuário (AFFA) está definida na Lei nº 10.883, de 16 de junho de 2004, e suas
alterações. A competência dos cargos efetivos das Atividades Técnicas de Fiscalização Federal Agropecuária está definida
no Decreto nº 8.205, de 12 de março de 2014.
Encontramos, ainda, algumas atribuições específicas de atividades, conforme a competência da carreira, descritas no
Decreto nº 9.013, de 2017, e suas alterações, na Portaria MAPA nº 307, de 14 de maio de 2021, na Norma Interna DIPOA/SDA
nº 01 de 2017, e no Ofício nº 88/2019/CRISC/CGPE/DIPOA/SDA, de 03 de outubro de 2019.
O ato administrativo pode ser definido como a exteriorização da vontade de agentes da administração pública ou de seus
delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender
ao interesse público.
Os atos administrativos devem estar voltados ao interesse público e possuem as seguintes características:
a) Imperatividade: Significa que os atos administrativos geram obrigação a todos que se encontrem sob sua abrangência. Da
imperatividade exige-se o cumprimento do ato sobre o qual não se pode recusar a cumprir quando emanado em conformidade
com a lei;
b) Presunção de Legitimidade: Significa que os atos administrativos possuem a presunção de que detêm conformidade com
as devidas normas legais; e
c) Autoexecutoriedade: Significa que o ato administrativo, tão logo praticado, pode ser imediatamente executado e seu
objeto imediatamente alcançado, sem necessidade de tutela judicial.
A Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da
Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor
cumprimento dos fins da Administração.
Alguns dos atos administrativos que podem ser firmados em decorrência da inspeção e fiscalização nos estabelecimentos
industriais são os formulários VOECs, o termo de intimação, o auto de infração, o termo de apreensão, o termo de liberação,o
termo de coleta de amostras, o termo de condenação, o termo de suspensão, o termo de interdição e o termo de
desinterdição.
O agente público tem o poder-dever de agir. Os poderes administrativos são outorgados aos agentes do poder público para
lhes permitir atuação voltada aos interesses da coletividade.
A conduta do agente público do MAPA durante a sua atuação é normatizada e consta na Portaria MAPA nº 249, de 22 de
fevereiro de 2018, com base no Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994.
O agente público deve conhecer e cumprir as boas práticas formalmente descritas e recomendadas, visando desempenhar
suas responsabilidades com competência. O convívio no ambiente de trabalho deve estar alicerçado na cordialidade e na
segurança de todos.
É importante que o agente público também respeite as regras internas quando estiver presente no ambiente industrial durante
as suas atividades.
O poder de polícia consiste na prerrogativa conferida ao agente público para, com base na lei, restringir ou condicionar a
liberdade e a propriedade em favor dos interesses da coletividade.
A adoção de ações fiscais pelo agente oficial, no exercício do seu poder de polícia, deve observar, inclusive, a
impessoalidade, a legalidade, a proporcionalidade e a razoabilidade necessárias.
Assim, as ações devem ser proporcionais e tecnicamente relacionadas aos fatos que as motivaram.
259
O poder discricionário, conferido ao agente público, é a prerrogativa de eleger, entre várias condutas possíveis perante os
fatos constatados, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse da coletividade.
Dessa forma, cabe ao agente oficial, em sua atividade de inspeção e fiscalização, avaliar cada
O Título XI do Decreto nº 9.013, de 2017, e suas alterações, trata das responsabilidades, das medidas cautelares, das
infrações, das penalidades e do processo administrativo.
O Manual de Procedimentos de Apuração de Infração é um guia prático sobre a lavratura do Auto de Infração e a instrução
do processo administrativo.
No ato administrativo, a descrição de cada fato constatado durante os procedimentos de inspeção e fiscalização deve ser
objetiva, clara e específica, de modo que todos sejam capazes de compreender objetivamente qual é o fato em caus a e,
dessa forma, ser possível atuar sobre tal. O agente público responsável por firmar o ato deve possuir consciência sobre as
evidências por ele constatadas e registradas, evitando subjetividade e divagação. Os elementos de convicção necessários,
tais como registros fotográficos, laudos de análises laboratoriais ou outros documentos, devem ser anexados ao ato
administrativo com a finalidade de comprovação e elucidação dos fatos.
Apesar dos atos administrativos serem dotados de presunção de veracidade e legitimidade, cabendo ao interessado a prova
dos fatos que tenha alegado, cabe também ao agente público, representando uma das partes no processo, o direito à prova
como forma a garantir a observância do devido processo legal. A prova é o meio lícito para demonstrar a verdade ou não do
fato.
A fotografia e as gravações de vídeo consistem na captura dos elementos visuais e no registro dos fatos ou coisas que
pretende representar, sendo um meio legítimo e, portanto, hábil para provar a veracidade dos fatos em que se fundamenta a
ação.
As fotos tiradas e vídeos gravados durante as fiscalizações devem ser utilizados com o objetivo de integrar os elementos de
convicção que instruem o processo administrativo. Assim, a utilização dos equipamentos eletrônicos no ambiente industrial, tais
como celulares ou câmeras, deve se restringir à necessidade, como para a obtenção dos elementos de convicção.
A seguir, no Quadro Sinóptico de Enquadramento, apresentaremos alguns exemplos de fatos descritos e o enquadramento
específico possível de ser utilizado caso o Auditor Fiscal Federal Agropecuário (AFFA) entenda pela emissão de auto de
infração.
ENQUADRAMENTO OBSERVAÇÃO
Constatou-se que a empresa realiza a
1 expedição de produtos apresentando Art. 496, inc. IV Trata-se dos casos em que a
as temperaturas (especificar as não conformidade é
temperaturas constatadas constatada na expedição dos
relacionando-as a cada produto produtos.
identificado), fora do padrão
informado no rótulo ou no
260
regulamento (especificar o rótulo ou o
regulamento, como for aplicável): A considerar as temperaturas
(descrever os padrões de temperatura e a manutenção das
informados no rótulo ou no condições de conservação dos
regulamento para cada produto). produtos, pode ser plausível,
geralmente, considerar
estarem em condições
inadequadas.
Constatou-se que o produto Art. 496, inciso XVI
2 (especificar qual o produto) na Uma pequena oscilação de
(identificar em que local, câmara ou temperatura durante o
seção fabril, se encontrava o produto) processamento industrial é
apresentava as temperaturas possível de ocorrer em
(especificar as temperaturas condições normais de
mensuradas), em desacordo com o processo.
previsto em (especificar o ato legal ou
A não conformidade de
normativo que padroniza a
temperatura em produtos é
temperatura e a temperatura em si
caracterizada quando não
prevista)
corresponde aos limites
previstos oficialmente.
Art. 496, inc. IX
3 Constatou-se que a (identificar em que Uma pequena oscilação de
local, câmara ou seção fabril) temperatura durante o
apresentava as temperaturas processamento industrial é
(especificar as temperaturas possível ocorrer em condições
mensuradas), em desacordo com o normais de processo.
previsto em (especificar o ato legal ou Contudo, a oscilação da
normativo que padroniza a temperatura em ambientes,
temperatura e a temperatura em si com fins de conservação a
prevista) frio, não poderá exceder os
limites previstos oficialmente.
A não conformidade de
temperatura em ambientes é
caracterizada quando não
corresponde aos limites
previstos oficialmente.
A considerar as condições dos
4 Constatou-se condensação na câmara Art. 496, inc. IX produtos e a manutenção de
(identificar qual é a câmara). higiene da câmara, pode ser
plausível, geralmente,
Ou
considerar uma inobservância
261
quais dados e em qual período não infrações anteriores Decreto 10.468/2020,
foram lançados) nos mapas ao Decreto
estatísticos da Plataforma PGA- 10.468/2020) considerando que não havia
SIGSIF. um artigo mais específico, a
Ou penalidade seria aplicada
como previsto no §2º do art.
Art. 496, inc. XXXII 509.
(para infrações
posteriores ao
Decreto
10.468/2020)
9 Constatou-se no (s) Certificados Art. 496, inc. XVI Para se considerar risco à
Oficiais de Análises - COA (s) (para micro- saúde, é preciso constarem
(identificar e anexar os COAs) o (s) organismos evidências de risco sobre a
seguinte (s) resultado (s) indicadores) segurança ao consumo dos
microbiológico (s) fora dos padrões lotes dos produtos implicados.
regulamentares: (identificar os Ou A detecção de micro-
produtos e os respectivos parâmetros organismos indicadores de
Art. 496, inc. XXVI
microbiológicos com resultados fora higiene do processo produtivo
(para micro-
dos padrões) não costuma ser referência de
organismos
risco à saúde. A detecção de
patogênicos)
micro-organismos patogênicos
262
necessária uma avaliação
Art. 496, inc. IX (para mais abrangente do lote, como
resultados de uma amostragem
análises não representativa, por exemplo,
conformes em leite para se obter as evidências
cru como matéria- necessárias.
prima)
Para as análises
microbiológicas do produto é
considerada a sua temperatura
de conservação prevista no
RTIQ. Logo, resultados
microbiológicos fora dos
padrões em produtos cuja
temperatura de conservação
no momento da análise supere
a recomendada no rótulo, mas
atenda a prevista no RTIQ, são
considerados válidos.
Incluem-se os resultados de
análise de crioscopia, seja em
produto acabado (inciso XVI),
ou em leite cru como matéria-
prima (inciso IX).
263
previsto no Regulamento (especificar
qual é o regulamento) ou no registro Para infrações posteriores ao
do produto. Decreto 10.468/2020, deverá
haver descrição do ingrediente
e/ou aditivo e sua função, de
acordo com as alíneas do
inciso I do art. 504.
264
18 possui Programa de Autocontrole autocontrole é exigência
(especificar qual ou quais programas) sanitária para o
descrito e implementado. funcionamento da empresa.
Constatou-se não conformidades nos Art. 496, inc. IX Por exemplo: Constatou-se o
autocontroles relativos a coleta e recebimento de matéria-prima
transporte do leite: (Especificar qual (Especificar a matéria-prima)
ou quais foram as não conformidades apresentando temperatura
constatadas); (Especificar a temperatura) em
desacordo com os padrões
19 regulamentados (Especificar
os padrões); ou Não
cumprimento do prazo
máximo para coleta do leite
(Especificar o constatado e os
padrões); ou Coleta de leite do
produtor apresentando média
de CPP ou CCS fora do padrão
regulamentar (Especificar o
constatado e os padrões).
Constatou-se que o estabelecimento Art. 496, inc. IX
não encaminhou amostras pertinentes
ao PNQL: (Especificar qual ou quais
20
amostras não foram encaminhadas
para análise)
Constatou-se que o estabelecimento Art. 496, inc. IX
não efetua a análise do leite de novos
produtores vinculados ao
21
estabelecimento: (Especificar qual ou
quais os produtores e qual ou quais
análises não foram efetuadas)
Constatou-se que o estabelecimento Art. 496, inc. IX
recebe leite de produtores sem vínculo
com o estabelecimento: (Especificar
22
qual ou quais produtores e como se
constatou a ausência de vínculo com
o estabelecimento)
Constatou-se não conformidades nos Art. 81, inc. III Considerando que não há um
23 procedimentos de rastreabilidade dos inciso específico no artigo 496,
produtos fabricados pela empresa a penalidade seria aplicada
(especificar o produto e descrever a como previsto no §2º do art.
não conformidade específica que 509.
levou à perda da rastreabilidade)
Constatou-se o produto (especificar o Art. 496, inc. XI
24 produto) sem comprovação de
origem, devido a (especificar o motivo,
por exemplo: ausência de nota fiscal
ou outro documento de comprovação
da origem)
Constatou-se no (s) Certificados Não se aplicaria Se o fato já foi anteriormente
25 Oficiais de Análises - COA(s) o(s) constatado e está sendo
seguinte(s) resultado(s) tratado pela fiscalização,
microbiológico(s) ou físico-químicos sendo a liberação dos lotes de
fora dos padrões regulamentares, em produtos condicionada a
lotes de produtos cuja liberação resultados de análises, pode-
se considerar que a tratativa
265
estava condicionada aos resultados sobre o fato está em
das análises. continuidade de trâmite.
Observa-se que os produtos
não conformes não estão
sendo expedidos ao consumo
dessa forma.
O estabelecimento não permitiu o A penalidade poderia ser
26 acesso do SIF ao programa de Art. 76 aplicada como previsto no §2º
autocontrole ou a seus registros. do art. 509 ou conforme o
Ou
enquadramento no art. 496, a
496, inc. XVIII depender da situação.
Observação 1: Para o enquadramento no inciso XVIII, do artigo 496 do Decreto nº 9.013, de 2017, o auto de infração deverá
especificar que a infratora se recusou a fornecer de qualquer meio as informações solicitadas pelo SIF, de forma que fique
configurada a sonegação. Além disso, deverá descrever o contexto em que a impossibilidade de acesso ao programa de
autocontrole e/ou de seus registros ocorreu, apresentando elementos suficientes no processo para configurar a ocorrência
do embaraço, ou seja, de que a atitude cometida pela infratora foi realizada com vistas a dificultar, retardar, impedir, restringir
ou burlar os trabalhos de fiscalização.
Observação 2: Como o § 7º do artigo 510 do Decreto nº 9.013, de 2017, determina que, para fins de punição, deve prevalecer
apenas um dispositivo legal, correspondente ao mais específico para a irregularidade descrita, os casos de sonegação de
informação por parte da empresa devem ser tratados com base no inciso XVIII do artigo 496 do Decreto nº 9.013, de 2017,
por ser específico para essa motivação. Dessa forma, a avaliação do embaraço à fiscalização deve ser considerada como
circunstância agravante (inciso VI do § 2º, do artigo 510 do Decreto nº 9.013, de 2017), o que irá acarretar a incidência de
outros dispositivos legais para fins de definição das penalidades cabíveis: art. 508, § 1º; artigo 515, parágrafo único, inciso VIe
artigo 517, do Decreto nº 9.013, de 2017.
266
5. Base legal e documentos de referência
5.1 BASE LEGAL
TIPO DE IDENTIFICAÇÃ ÓRGÃO DATA DA
ASSUNTO
NORMA ODA NORMA EMISSOR PUBLICAÇÃO
Lei n° 1.283, de
Presidência da Dispõem sobre a inspeção industrial e
LEI 18 de dezembro 18/12/1950
República sanitária de produtos de origem animal.
de 1950
Decreto nº
1.171, de 2 Presidência Aprova o Código de ÉticaProfissional
DECRETO 02/06/1994
de junho de da República do Servidor Público Civil do Poder
1994 Executivo Federal.
267
PORTARIA Portaria nº MAPA 22/02/2018
Fica aprovado o Código de Conduta
249, de 22 de
Ética dos Agentes Públicos do
fevereiro de
Ministério da Agricultura, Pecuária e
2018
Abastecimento - MAPA, na forma do
Anexo desta Portaria.
Instrução
Normativa nº
INSTRUÇÃO Plano nacional de controle de resíduos
42, de 20 de MAPA 20/12/1999
NORMATIVA em produtos de origem animal
dezembro de
1999
Instrução
Procedimentos de controle da Listeria
INSTRUÇÃO Normativa nº 9,
MAPA 08/04/2009 monocytogenes em produtos de origem
NORMATIVA de 8 de abril de
Animal prontos para o consumo
2009
268
compulsória pelos laboratórios
integrantes da Rede Nacional de
Laboratórios Agropecuários do
Sistema Unificado de Atenção a
Sanidade Agropecuária.
Instrução
Normativa nº
22, de 24 de
INSTRUÇÃO novembro de Regulamento técnico para rotulagem
MAPA 24/11/2005
NORMATIVA 2005 (alterada de produto de origem animal embalado
pela Portaria nº
240, de 23 de
julho de 2021)
Os alimentos perecíveis,
industrializados ou beneficiados,
Resolução CISA
acondicionados em embalagens, terão
– MA - MS nº
RESOLUÇÃO MAPA-MS 31/07/1984 impressas, no rótulo, instruções para a
10, de 31 de
sua conservação nas fases de
julho de 1984
transporte, comercialização e
consumo.
269
PORTARIA Portaria nº 368, MAPA 04/09/1997 Aprovar o Regulamento Técnico sobre
de 4 de as Condições Higiênico-Sanitárias e de
setembro de Boas Práticas de Fabricação para
1997 Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de
Alimentos.
Instrução
Aprovar os procedimentos de
INSTRUÇÃO Normativa nº
MAPA 11/01/2021 reinspeção de produtos de origem
NORMATIVA 118, de 11 de
animal comestíveis importados.
janeiro de 2021
Portaria nº 354,
Aprovar o Regulamento Técnico para
de 4 de
PORTARIA MAPA 04/09/1997 Fixação de Identidade e Qualidade de
setembro de
Doce de Leite.
1997
270
outubro de
2000
Instrução
Aprovar o Regulamento Técnico de
INSTRUÇÃO Normativa nº
MAPA 23/08/2005 Identidade e Qualidade de bebida
NORMATIVA 16, de 23 de
láctea, em anexo.
agosto de 2005
271
Instrução MAPA 13/12/2006 Instituir critério de avaliação da
INSTRUÇÃO
Normativa nº qualidade do leite in natura,
NORMATIVA
69, de 13 de concentrado e em pó, reconstituídos,
272
dezembro de com base no método analítico oficial
2006 físico-químico denominado Índice CMP,
de que trata a Instrução Normativa nº
68, de 12 de dezembro de 2006.
Instrução
Aprovar o Regulamento Técnico para
INSTRUÇÃO Normativa nº
MAPA 12/06/2007 fixação de Identidade e Qualidade de
NORMATIVA 26, de 12 de
leite aromatizado
junho de 2007
Instrução
Aprovar o Regulamento Técnico de
INSTRUÇÃO Normativa nº
MAPA 12/06/2007 Identidade e Qualidade de leite em pó
NORMATIVA 27, de 12 de
modificado
junho de 2007
Instrução
Aprovar o Regulamento Técnico de
INSTRUÇÃO Normativa nº
MAPA 12/06/2007 Identidade e Qualidade de composto
NORMATIVA 28, de 12 de
lácteo
junho de 2007
Instrução
Adotar o Regulamento Técnico de
Normativa nº
INSTRUÇÃO Identidade e Qualidade de Leites
46, de 23 de MAPA 23/10/2007
NORMATIVA Fermentados, anexo à presente
outubro de
Instrução Normativa
2007
273
novembro de transporte, seleção e recepção do leite
2018 cru em estabelecimentos registrados
no serviço de inspeção oficial, na forma
desta Instrução Normativa e do seu
Anexo.
Instrução
Normativa nº Estabelece requisitos e procedimentos
INSTRUÇÃO para o registro de provas zootécnicas
78, de 26 de
NORMATIVA
novembro de MAPA 26/11/2018 visando o controle leiteiro e avaliação
Instrução
Normativa nº
94, de 18 de Aprova o regulamento técnico que fixa
INSTRUÇÃO setembro de os Padrões de Identidade e qualidade
MAPA 18/09/2020
NORMATIVA 2020, alterada para o soro de leite e o soro de leite
pela Portaria nº Ácido.
386, de
25/08/2021
Portaria nº 352,
Aprovar o Regulamento Técnico para
de 4 de
PORTARIA MAPA 04/09/1997 Fixação de Identidade e Qualidade de
setembro de
Queijo Minas Frescal
1997.
274
PORTARIA Portaria nº 353, MAPA 04/09/1997 Aprovar o Regulamento Técnico para
275
de 4 de Fixação de Identidade e Qualidade de
setembro de Queijo Parmesão. Parmesano,
1997 Reggiano, Reggianito e Sbrinz
Portaria nº 355,
Aprovar o Regulamento Técnico para
PORTARIA de 4 de MAPA 04/09/1997
Fixação de Identidade e Qualidade de
setembro de
Queijo em Pó
1997
Portaria nº 357,
Aprovar o Regulamento Técnico para
de 4 de
PORTARIA MAPA 04/09/1997 Fixação de Identidade e Qualidade de
setembro de
Queijo Ralado.
1997
Portaria nº 358,
Aprovar o Regulamento Técnico para
de 04 de
PORTARIA MAPA 04/09/1997 Fixação de Identidade e Qualidade de
setembro de
Queijo Prato.
1997
Portaria nº 359,
Aprovar o Regulamento Técnico para
de 04 de
PORTARIA MAPA 04/09/1997 Fixação de Identidade e Qualidade do
setembro de
Requejão ou Requesón.
1997
Portaria nº 360,
Aprovar o Regulamento Técnico para
de 04 de
PORTARIA MAPA 04/09/1997 Fixação de Identidade e Qualidade de
setembro de
Queijo Danbo.
1997
Portaria nº 361,
Aprova o Regulamento Técnico para
de 04 de
PORTARIA MAPA 04/09/1997 Fixação de Identidade e Qualidade de
setembro de
Queijo Tilsit.
1997
Portaria nº 362,
Aprovar o Regulamento Técnico para
de 04 de
PORTARIA MAPA 04/09/1997 Fixação de Identidade e Qualidade de
setembro de
Queijo Tybo.
1997
Portaria nº 363,
Aprovar o Regulamento Técnico para
de 04 de
PORTARIA MAPA 04/09/1997 Fixação de Identidade e Qualidade de
setembro de
Queijo Pategrás Sandwich.
1997
Instrução
Aprovar o Regulamento Técnico de
Normativa nº
INSTRUÇÃO Identidade e Qualidade de Queijo Petit
53, de 29 de MAPA 29/12/2000
NORMATIVA Suisse, conforme consta dos Anexos
dezembro de
desta Instrução Normativa.
2000
Instrução
Adotar o Regulamento Técnico de
Normativa nº
INSTRUÇÃO Identidade e Qualidade de Queijo Azul,
45, de 23 de MAPA 23/10/2007
NORMATIVA na forma do Anexo à presente
outubro de
Instrução Normativa.
2007
Portaria nº
Dispõe sobre os requisitos de
537, de 24 de
PORTARIA MAPA 24/02/2022 identidade e qualidade, da Gordura
fevereiro de
Láctea de Uso Industrial
2022
Resolução nº
Aprovar a Regulamentação
11, de 12 de
RESOLUÇÃO CONMETRO 12/10/1988 Metrológica, que com esta baixa, para
outubro de
fiel observância.
1988.
Os atos legais e normativos atualizados do MAPA podem ser acessados através do link:
278
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=abreLegislacaoFedera
l&chave=50674&tipoLegis=A L
Os atos legais e normativos emitidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA/MS) constam no E-book
Biblioteca de Alimentos:
http://antigo.anvisa.gov.br/documents/33880/4967127/Biblioteca+de+Alimentos_Portal.pdf/f69da6 15-cd56-44f0-850e-
cd816221110d?version=1.6 L
Os atos legais e normativos atualizados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA/MS) e do Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) podem ser acessados através dos links:
ANVISA/MS: http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/ L
INMETRO: http://www.inmetro.gov.br/legislacao/ L
DATA DA
IDENTIFICAÇÃO DO DOCUMENTO EMISSOR ASSUNTO
PUBLICAÇÃO
279
microbiológicos de POA comestíveis
e água de abastecimento de
estabelecimentos registrados e
relacionados no SIF e de produtos de
origem animal comestíveis
importados (PACPOA)
Ofício-Circular nº
20/2021/CGI/DIPOA/SDA/MAPA
CGI/DIPOA/SDA/MAPA 22/06/2021 Perguntas e Respostas 1ª edição
encaminhado pelo processo SEI nº
21000.048084/2021-75
Aprovar os procedimentos de
fiscalização, reinspeção e controles
especiais aplicáveis aos produtos de
origem animal comestíveis
Norma Interna nº 01/DIPOA/SDA/2018 de
DIPOA/SDA/MAPA 20/12/2018 exportados para o Brasil
20 de dezembro de 2018
provenientes de estabelecimentos
estrangeiros
submetidos ao Regime de Alerta de
Importação - RAI.
280
62/2021/DIPOA/SDA/MAPA encaminhado oficial feita pelos SIFs e SIPOAs dos
pelo processo SEI 21000.059280/2020-94. mapas estatísticos lançados no
SIGSIF.
A consulta e a obtenção das diretrizes atualizadas do MAPA podem ser realizadas através dos links:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/defesa-agropecuaria L
https://sigsif.agricultura.gov.br/primeira_pagina/extranet/SIGSIF.html L
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/PGA-SIGSIF.html L
Os links externos aqui inseridos encontravam-se disponíveis na data de publicação do presente instrumento.
6. Disposições Gerais
Este manual possui caráter orientativo, sendo destinado aos agentes públicos que atuam na inspeção e fiscalização de
estabelecimentos registrados no DIPOA/SDA, tendo sido elaborado a partir da base legal vigente.
As sugestões para aprimoramento ou possíveis correções deste documento devem ser direcionadas ao Departamento
responsável, para alinhamento das melhores práticas de mercado, legislação vigente e/ou regulamentações, que não
tenham sido contempladas na versão vigente.
7. Histórico de revisões
Conteúdo
Versão Data Motivo
alterado
Elaboração
1 do 22/02/2022 Elaboração do documento
documento
item Atualização das orientações gerais sobre conduta do agente público e tomada
11/04/2022
4.8.1 de elementos de convicção
281
Conteúdo
Versão Data Motivo
alterado
8. Anexos
ANEXO IDENTIFICAÇÃO
ANEXO
Projeto de cooperação para conhecimento tecnológico de produtos típicos
europeus registrados no MAPA
/manual_leite/manual_leite_anexo.pdf
282