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Como são escorregadias e traiçoeiras as palavras, que uma vez pronunciadas ou escritas, logo

nos obrigam a enunciar outras, a fim de esclarecermos as primeiras, e assim por diante.

Eu sou um Tata Kambondo que não pertence a lugar algum, sim, eu me pertenço hoje me dia,
sou de uma raiz tradicional, tenho zelador, fui confirmado em uma Nzo, mas hoje me encontro
em casa com minha mãe que precisa de mim e eu dela, da minha namorada, meus filhos e
poucos e maravilhosos amigos.

Não estou de volta a Nzo que fui confirmado, pois em meio aos meus defeitos, tenho uma
qualidade que poucos dos que gostam de falar mal tem, que é a vergonha na cara e que é
costumeiramente confundida por quem está de fora com rancor e mágoa!

Não estou em nenhum outro lugar para não ter o desconforto de passar pelas mesmas coisas
que passei antes.

Acredito que tudo de ruim que nos acontece é culpa somente nossa, não posso colocar a culpa
de nada em ninguém, pois eu permiti que fizessem as coisas, logo o culpado sou eu!

E para finalizar, como pode eu uma pessoa tão ingrata e outros adjetivos pejorativos estar no
mesmo ambiente que os puros estão? Não pode! O passado é bom porque é mudo!

A minha fé continua a mesma, aliás está mais firme.

A minha personalidade é a minha e não a dos outros.

O meu caráter está do mesmo jeito, ruim para quem gosta de julgar por si e ótimo para eu e a
minha mãe, namorada e filhos e alguns poucos que se sentaram no meu sofá!

Minha religião sempre será o Candomblé ... Sempre!

Vou repetir para ver se aprendem:

Se não pode ajudar com nada, não se preocupe com a vida do próximo!

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