Conceituação e Consequências do Tribunal do Juri no Brasil

Tribunal do Juri é a instituição do Poder Judiciário brasileiro a que compete o

julgamento dos crimes culposos ou dolosos contra a vida. É composto de duas fases:
juízo de acusação e juízo de causa.

No juízo de acusação, o juiz trabalha para identificar se o crime é para ser julgado
pelo Tribunal do Juri. Essa fase se inicia com o oferecimento da denúncia e termina com a
pronúncia, impronúncia (verificação de que o crime não é da competência do Tribunal do
Juri), desclassificação ou absolvição do acusado
.
O juízo de causa se dá quando há a admissão da acusação apresentada na
primeira fase, ou seja, começa com o trânsito em julgado da sentença de pronúncia e
finaliza-se com a sentença por parte do Juiz.

Esse instituto, ou seja, o Tribunal do Juri, é composto por 25 cidadãos, dos quais 7
são escolhidos para formar o conselho que será responsável pela condenação ou
absolvição do réu. Assim, é sob juramento que os membros do Tribunal tomam a sua
decisão, baseados na sua consciência e não na lei. Disso é que resulta o juramento, pelo
qual os cidadãos juram analisar as acusações com imparcialidade e isenção o máximo
possível.

Esse colegiado popular realiza o julgamento ao responder quesitos, que são as

perguntas que o presidente do júri faz aos jurados sobre o fato criminoso e demais
circunstâncias essenciais ao julgamento. Os jurados decidem sobre a matéria de fato e se
o acusado deve ser absolvido. Assim, o júri responde quesitos sobre materialidade do
crime (se o delito aconteceu), autoria (se o acusado cometeu o delito que lhe está sendo
imputado), se o acusado deve ser absolvido, causas de diminuição da pena e atenuantes,
causas de aumento e qualificadoras etc. Após isso, os jurados dão o veredito e juiz age
em conformidade com sua deliberação, aplicando a sentença, ou de condenação ou de
absolvição, segundo a vontade popular.

Referências:

CF, 1988, Artigo 5°, inciso XXXVIII;

CPP, 1941, Decreto-lei n.º 3.689/41.