Você está na página 1de 68

Geografia A

1 1.

ano
Caderno de Atividades
Índice

3 Os espaços organizados
Unidade
pela população
3.1 As áreas rurais em mudança

O ESSENCIAL A SABER Ficha 1   As características da agricultura


em Portugal   4

ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO Ficha 2  A


 agricultura portuguesa
e a União Europeia   6

APLIQUE UMA TÉCNICA Ficha 3   A diversidade das estruturas agrárias   8

ESTUDO DE CASO Ficha 4   Os


 impactos dos programas
europeus no setor agrícola   10

3.2 As áreas urbanas: dinâmicas internas

O ESSENCIAL A SABER Ficha 5   As áreas urbanas   12

ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO Ficha 6  A


 renovação e a reabilitação urbanas   14

APLIQUE UMA TÉCNICA Ficha 7  A


 planta funcional de uma cidade   16

ESTUDO DE CASO Ficha 8   Os problemas urbanos   18

3.3 A rede urbana e as relações cidade-campo

O ESSENCIAL A SABER Ficha 9   As


 áreas metropolitanas e as cidades
de média dimensão   20

ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO Ficha 10   As cidades portuguesas no contexto


da rede urbana da União Europeia   22

APLIQUE UMA TÉCNICA Ficha 11   A


 área de influência de uma cidade   24

ESTUDO DE CASO Ficha 12   A dinamização das cidades de média dimensão   26

2
4 A população, como se
Unidade
movimenta e comunica
4.1 A diversidade dos modos de transporte e a desigualdade espacial das redes

O ESSENCIAL A SABER Ficha 13   A diversidade dos meios e redes de transporte   28

ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO Ficha 14   Os


 contrastes socioeconómicos no Mundo   30

APLIQUE UMA TÉCNICA Ficha 15   Os


 acidentes de viação em Portugal   32

ESTUDO DE CASO Ficha 16   As redes de transporte rodoviário e ferroviário   34

4.2 A revolução das telecomunicações e o seu impacto nas relações interterritoriais

O ESSENCIAL A SABER Ficha 17   A


 Internet em Portugal e na Europa   36

ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO Ficha 18   A Internet no Mundo   38

APLIQUE UMA TÉCNICA Ficha 19   A


 Internet e a escolaridade   40

ESTUDO DE CASO Ficha 20   A


 cartografia da Internet   42

5 A integração de Portugal na União Europeia:


Unidade
novos desafios, novas oportunidades

O ESSENCIAL A SABER Ficha 21   A construção europeia   44

ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO Ficha 22   O


 funcionamento da União Europeia   46

APLIQUE UMA TÉCNICA Ficha 23   Os


 contrastes de desenvolvimento na UE   48

ESTUDO DE CASO Ficha 24   O ambiente na Europa   50

O ESSENCIAL A SABER Ficha 25   Teste


 global 1   52

O ESSENCIAL A SABER Ficha 26   Teste global 2   56

O ESSENCIAL A SABER Ficha 27   Teste


 global 3   60

3
3.1 As áreas rurais em mudança

O ESSENCIAL A SABER

Ficha 1 As características da agricultura em Portugal


1 Leia com atenção as frases que se seguem e escolha a opção que completa corretamente cada afirmação.

1.1 Os sistemas de cultura correspondem…

a) … apenas à policultura e à monocultura.

b) … à forma como se associam as plantas, os animais e as técnicas de produção.

c) … à forma como se dispõem as plantas no espaço agrícola.

d) … à forma como se associam as plantas, as técnicas de produção e a ocupação das terras.

1.2 A morfologia agrária relaciona-se com…

a) … o aspeto dos campos (dimensão e forma das explorações, tamanho da propriedade, …).

b) … a forma como se pratica a agricultura numa exploração agrícola.

c) … a forma como se organiza o povoamento no espaço agrícola.

d) … o aspeto dos campos quanto às culturas que neles são feitas.

1.3 A agricultura moderna caracteriza-se por…

a) … produções para autoconsumo, utilização de maquinaria e técnicas modernas de produção.

b) … produtividade e rendimento elevados, com recurso à mecanização e a técnicas modernas.

c) … produção para o mercado local, utilização de técnicas tradicionais de produção e elevada mecanização.

d) … elevada produtividade, baixo rendimento e utilização de técnicas modernas com recurso à mecanização.

1.4 A atribuição de subsídios pela PAC à produção de azeite não se deve ao facto de a União Europeia procurar…

a) … criar condições que contribuam para a manutenção da população rural.

b) … promover a dieta mediterrânica.

c) … substituir culturas tradicionais por produções mais rendíveis.

d) … valorizar o azeite em termos nutricionais.

1.5 O clima é um dos fatores naturais que mais condicionam a agricultura porque…

a) … a estação quente coincide com o período do ano de maior humidade e precipitação.

b) … as baixas temperaturas do inverno não permitem as culturas temporárias.

c) … a precipitação distribui-se de forma muito irregular no tempo e no espaço.

d) … só permite a prática da agricultura de sequeiro.

1.6 O relevo e a altitude são fatores importantes na atividade agrícola porque…

a) … favorecem a formação de solos ricos devido à maior precipitação.

b) … desencadeiam influências no clima ao nível da temperatura e da precipitação.

c) … impossibilitam a prática da atividade, obrigando à construção de socalcos.

d) … permitem o aparecimento de culturas dispostas em andares.

4 Unidade 3
2 Leia o texto que se segue e complete a afirmação com a opção correta.

Em 2002, a Comissão Europeia apresentou uma proposta que iria revolucionar a forma como os produtos alimentares
passaram a ser produzidos e subsidiados no espaço da União Europeia. Com essa proposta, acabavam os incentivos
à produção concedidos em função do produto e das quantidades produzidas, e passaram a ser remunerados
os alimentos seguros, as produções de qualidade, a saúde animal e um ambiente são.

2.1 Uma das medidas de política agrícola que justificaram a mudança da nova proposta foi, por exemplo, …

a) … a concessão de apoios à criação intensiva de gado.

b) … o incentivo a uma agricultura economicamente mais rendível.

c) … o incentivo a uma produção com maior rendimento agrícola.

d) … a concessão de apoios a produções agropecuárias segundo métodos artesanais, com elevada qualidade.

3 Observe a figura seguinte, que representa um sistema de cultura muito frequente em Portugal.

3.1 Identifique o sistema de cultura ilustrado.

Sistema de monocultura extensiva: montado.

3.2 Caracterize este sistema de cultura.

Referir a utilização de uma única cultura em parcelas de grande dimensão, em que o cereal é cultivado em regime
de sequeiro, com recurso a pousios, e ao qual se associa ainda a exploração de sobreiros para extração de cortiça.
3.3 Refira a região do País onde este sistema de cultura predomina. Justifique a sua resposta.

Alentejo: propriedade de grandes dimensões (latifúndio); relevo sob a forma de planície; clima seco

(sistema de sequeiro) e presença do sobreiro, espécie característica desta região.

Os espaços organizados pela população 5


3.1 As áreas rurais em mudança

ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO

Ficha 2 A agricultura portuguesa e a União Europeia

1 Analise o quadro seguinte, que apresenta alguns indicadores sobre a importância da agricultura em vários Estados-
-membros da União Europeia.

Ano de 2012

Comércio do setor de alimentos,


Comércio internacional Produção
bebidas e tabaco
de culturas
agrícolas
Exportações Importações Exportações Importações (milhões
Balança Balança
(milhões (milhões (milhões (milhões de euros)
comercial comercial
de euros) de euros) de euros) de euros)

União Europeia 1 686 295 1 791 618 99 600 92 791 209 811
Bélgica 347 627 342 001 30 260 25 993 3767
Bulgária 20 793 25 484 2542 2105 2673
Rep. Checa 121 863 109 539 5056 6165 2855
Dinamarca 82 154 71 559 14 846 9301 4149
Alemanha 1 095 175 908 497 58 123 63 610 27 313
Estónia 12 550 13 762 1076 1284 429
Irlanda 91 143 48 870 9265 6431 1896
Grécia 27 618 49 192 4257 5503 6716
Espanha 228 782 260 577 32 127 25 296 24 743
França 442 809 524 435 53 406 41 558 45 019
Itália 389 725 378 760 28 474 32 858 25 384
Chipre 1352 5677 228 931 348
Letónia 10 985 13 416 2026 1822 750
Lituânia 23 070 25 075 3841 2973 1834
Luxemburgo 15 113 21 442 956 1930 192
Hungria 80 889 74 188 6612 3970 4339
Malta 3308 5135 185 553 50
Países Baixos 510 352 460 148 59 718 39 879 12 409
Áustria 129 679 138 942 9212 9620 3237
Polónia 142 762 152 569 16 671 11 546 12 036
Portugal 45 324 56 234 4621 7453 3369
Roménia 45 006 54 626 3353 4105 9008
Eslovénia 25 038 24 933 1427 2246 593
Eslováquia 63 431 60 870 2817 3592 1196
Finlândia 56 855 59 451 1433 4005 1785
Suécia 134 304 126 537 6434 11 135 3015
Reino Unido 367 441 537 173 22 082 45 525 10 707

6 Unidade 3
1.1 Mencione os três países da União Europeia que apresentam: (Valores em milhões de euros.)

a) uma balança comercial mais excedentária; Alemanha (186 678 €); Países Baixos (50 204 €) e Irlanda (42 273 €).

b) uma balança comercial mais deficitária; Reino Unido (–169 732 €); França (–81 626 €) e Espanha (–31 795 €).

c) a balança comercial de produtos agrícolas mais deficitária; Reino Unido (–23 443 €); Alemanha (–5487 €) e Suécia
(–4701 €).
d) a balança comercial de produtos agrícolas mais excedentária. Países Baixos (19 839 €); França (11 848 €)
e Espanha (6831 €).
1.2 Revele a posição de Portugal, em termos de balança comercial dos produtos agrícolas, no contexto da União Europeia.

Portugal ocupa a 23.ª posição (é a 5.ª balança mais deficitária).

1.3 Indique os quatro países com maior produção de culturas agrícolas e os quatro países com menor produção. Justi-
fique a diferença de valores encontrada.

Com maior produção: França, Alemanha, Itália e Espanha. Com menor produção: Malta, Luxemburgo, Chipre e Estónia.
Referir a grande diferença de dimensão entre os países como o fator principal.
1.4 Caracterize a situação de Portugal relativamente à produção agrícola.

Portugal ocupa a 13.ª posição, o que se explica pela sua dimensão territorial e pelos condicionalismos naturais
e também humanos que impedem uma agricultura de maior rendimento.
1.5 S abendo que a balança comercial também pode ser calculada através da diferença entre as exportações e as impor-
tações, responda às questões. A realizar pelo aluno.

1.5.1 C
 om base nos dados das duas primeiras colunas do quadro, construa um gráfico de barras que mostre a
balança comercial dos produtos agrícolas nestes países.

•  Escolha a escala adequada aos valores das importações e das exportações;

•  Construa uma barra para cada país e divida essas barras em duas, com cores distintas.

1.5.2 P
 artindo da análise do gráfico, elabore um comentário sobre a situação da agricultura em Portugal no con-
texto da União Europeia.

U3P7H1

Os espaços organizados pela população 7
3.1 As áreas rurais em mudança

APLIQUE UMA TÉCNICA

Ficha 3 A diversidade das estruturas agrárias

1.ª etapa:  Análise estatística de dados.


1 Leia com atenção o texto que se segue e analise os dados do quadro abaixo representado, que o ajudam a compreen-
der os contrastes referidos no texto.

Um dos graves problemas estruturais da agricultura portuguesa é a grande fragmentação das parcelas, quer em termos
fundiários (propriedade) quer em termos de exploração. Isto é ainda agravado pelo elevado número de blocos de cada
exploração, em certas regiões do País. Por conseguinte, ao minifúndio do Noroeste opõe-se o latifúndio alentejano.

Dimensão da
Superfície das N.º de blocos
N.º de exploração SAU (ha)/
Região agrária explorações por
explorações SAU/ /bloco
agrícolas (ha) exploração
/exploração
Entre Douro e Minho 48 866 312 756 6,4 4 1,6
Trás-os-Montes 61 712 619 172 10,03 9,1 1,1
Beira Litoral 49 161 222 136 4,52 6,3 0,72
Beira Interior 33 727 503 126 14,92 6,1 2,45
Ribatejo e Oeste 39 538 543 222 13,74 3,9 3,52
Alentejo 31 425 2 205 930 70,2 2,4 29,25
Algarve 12 347 165 189 13,38 5,6 2,39
Região Autónoma dos Açores 13 511 130 463 9,66 6,1 1,58
Região Autónoma da Madeira 13 580 7138 0,53 3,8 0,14
Portugal

1.1 C
 alcule os valores totais do número de explorações e da superfície total das explorações para Portugal, a partir dos
dados do quadro.
Número de explorações: 303 867; superfície das explorações agrícolas (ha): 4 709 132 ha; dimensão
da exploração SAU / exploração: 15,5 ha; número de blocos por exploração: 5,3; SAU (ha)/bloco: 2,63 ha.
1.2 Calcule a dimensão média das explorações por região agrária e preencha os espaços do quadro.

1.3 Calcule a SAU/Bloco e preencha os respetivos espaços do quadro.

2.ª etapa:  Representação cartográfica de dados.


2 Elabore, a partir dos dados calculados, um diagrama de dispersão para os dois conjuntos de valores:

a) Dimensão média das explorações (SAU/Exploração) — mapa A;

b) Número médio de blocos por exploração — mapa B.

3 A partir dos diagramas de dispersão elaborados, divida os dois conjuntos de valores em quatro classes, respetivamente.
A realizar pelo aluno.
4 Elabore uma legenda para cada um dos mapas, utilizando o gradiente de cor (cores mais claras para valores mais bai-
xos e cores mais escuras para valores mais elevados).
A realizar pelo aluno.

8 Unidade 3
5 Construa os dois mapas com a representação dos valores e de acordo com a divisão de classes efetuada.
A realizar pelo aluno.
N N

Oceano Oceano
Atlântico Atlântico

0 60 km 0 60 km

6 Elabore um comentário com as principais conclusões.

A realizar pelo aluno. u3p9h1 u3p9h2



Os espaços organizados pela população 9
3.1 As áreas rurais em mudança

ESTUDO DE CASO

Ficha 4 Os impactos dos programas europeus no setor agrícola

1 Analise os documentos que se seguem.

Doc. 1 — Apoios Níveis de execução trimestral Repartição dos apoios


Em milhares de euros
do PRODER já somam 80 %
70 %
66 % 78 915
Assistência
3900 milhões 60 % técnica

de euros 50 %
40 % Total
145 285
Promoção
do conhecimento
6 767 265
O PRODER terminou o primeiro 30 %
20 % 654 220
semestre deste ano com 32 mil 10 %
Dinamização
das zonas rurais
projetos aprovados, que 0%
totalizam um apoio público de DM J S DM J S DM J S DM J S DM J S DM J 4 484 783
Promoção
1 404 062
Gestão sustentável
3,9 mil milhões de euros. 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 da competitividade do espaço rural

A programação financeira do plano apontava para um gasto público de 4,3 mil milhões de euros (verbas europeias mais a
comparticipação do Estado), pelo que esta despesa pública está praticamente esgotada.
Ao contrário das ajudas diretas às explorações, que chegam diretamente dos cofres de Bruxelas e que visam suportar o nível de
rendimento dos agricultores, os apoios do PRODER têm como objetivo promover o investimento no setor e manter a sustentabilidade
do mundo rural, e vigoram num plano plurianual (2007/2013). Mas enquantoU3P10H1as ajudas diretas não têm qualquer comparticipação
pública (o que chega de Bruxelas é entregue por inteiro ao agricultor), no caso do PRODER é, primeiro, exigido que o candidato ao
apoio suporte uma parte do investimento e, depois, que o Estado assuma também uma comparticipação percentual no projeto. Por
isso é que os 3,9 mil milhões de euros de apoios públicos já contratados correspondem, globalmente, a um investimento total de 6,7
mil milhões de euros no quadro de ações que estão previstas no programa.
O PRODER funciona na base de cinco eixos fundamentais de atuação. O primeiro, e mais importante, é o da promoção da
competitividade do setor, representando um investimento total (privado e público) de cerca de 4,5 mil milhões de euros para:
o investimento na modernização e capacitação das empresas; a instalação de jovens agricultores; o desenvolvimento do regadio;
o apoio à silvicultura, entre outros. O segundo eixo em termos de importância é o da gestão sustentável do espaço rural, em que
se incluem ações como a conservação e o melhoramento dos recursos genéticos, a valorização ambiental dos espaços florestais
e o ordenamento e a recuperação dos povoamentos rurais. A dinamização das zonas rurais é o terceiro dos enfoques do PRODER,
entrando aqui as ações que visam a diversificação de atividades nas explorações agrícolas, o desenvolvimento de atividades turísticas
e de lazer, serviços básicos para a população rural e implantação de redes de banda larga no espaço agrícola. Por fim, há ainda apoios
para ações nas áreas da formação especializada, da cooperação para a inovação setorial, dos serviços de apoio às explorações agrícolas
e para a criação e o funcionamento de redes temáticas de informação e divulgação.
Público, 16/08/2013 (adaptado)

Doc. 2 — Instalação de jovens agricultores: não perder uma oportunidade gerada pela crise
A crise económico-financeira que atravessamos está, entre outras coisas, a levar muita gente a procurar os apoios comunitários
ao investimento, na mira de se lançar numa atividade empresarial centrada na agricultura ou no complexo agroflorestal. Este
movimento é particularmente visível no que respeita aos jovens agricultores, cujo pedido de apoios à primeira instalação tem
crescido em espiral: 4879 entre 2000 e 2009; e 5048 entre 2010 e 2012. Ou seja, nos últimos três anos, em que as consequências
da crise mais se fizeram sentir, principalmente na falta de oportunidades de emprego, instalaram-se mais jovens agricultores do que
nos 10 anos anteriores. É sabido que a agricultura portuguesa é uma das mais envelhecidas da União Europeia e que, pior ainda,
o processo de envelhecimento se acelerou na última década. Com efeito, segundo o INE (Estatísticas Agrícolas 2011), os agricultores
com menos de 45 anos representavam apenas 7,7 % do total em 2009, contra 11,4 % em 1999. Por outro lado, enquanto a redução
do número total de produtores agrícolas foi de 27,4 % (de 409 308 para 297 361), a dos agricultores naquele escalão etário foi de
53,3 % (de 63 791 para 29 806). Sabemos bem que o contexto económico em que vivemos comporta uma visão do mundo e uma
compreensão da economia global a que dificilmente se adaptarão as gerações mais velhas, sobretudo aquelas que têm um fraco
nível de instrução e formação. Sendo assim, tal acréscimo da instalação de jovens agricultores é uma boa notícia e um bom
resultado do atual PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural), que importa continuar e consolidar. No entanto, mais do que
congratular-se por este facto, bom seria que as entidades oficiais responsáveis aprofundassem o conhecimento deste processo:
saber o perfil dos jovens em processo de instalação, quais as suas necessidades, o acesso ao conhecimento e a eficiência da
formação e informação de que dispõem, como estão enquadrados nas respetivas fileiras setoriais e na orientação para o mercado,
qual a sua distribuição geográfica e subsetorial, qual a sua dimensão económica, etc.
Público, 18/07/2013 (adaptado)

10 Unidade 3
Doc. 3 — Investimento de jovens agricultores Doc. 4 — Potencial rejuvenescimento
já vale 16 % do capital aplicado no setor Todos os jovens agricultores que conseguiram fundos do
O investimento médio anual feito pelos jovens programa de apoio ao desenvolvimento no período de 2007-
agricultores que conseguiram obter fundos do PRODER já -2013 têm, no mínimo, o 9.º ano de escolaridade e 65 %
vale 16 % do capital investido no setor agrícola. terminaram o ensino secundário. O retrato, que consta num
relatório divulgado na página oficial do programa, contrasta
Entre 2007 e os primeiros três meses de 2013, os
com o perfil do agricultor português, marcado por uma faixa
candidatos com mais de 18 anos e menos de 40, que
etária mais elevada e baixas qualificações. Apenas 16 % dos
conseguiram verbas do programa de apoio ao
agricultores em geral têm o 9.º ano e a qualificação mais
desenvolvimento rural, investiram mais de 735 milhões
frequente é o ensino básico (62 %). Já os jovens que se
de euros em projetos agrícolas (a que se somam 211
candidataram e conseguiram obter fundos do PRODER
milhões em prémios de instalação). Este montante
trazem uma bagagem diferente.
corresponde a um valor de investimento médio anual de
150 milhões de euros, que, de acordo com o estudo A maioria (65 %) tem o ensino secundário concluído e 35 %
«Os jovens agricultores no PRODER», divulgado na página continuou a estudar, nomeadamente em cursos
oficial do programa, equivale a 16 % do total da tecnológicos, bacharelatos e licenciaturas. Cerca de 90 % dos
Formação Bruta de Capital Fixo no setor agrícola, para jovens que só têm concluído o ensino secundário também
o período 2009-2011 — tendo em conta os dados não têm formação agrícola específica.
provisórios do INE.
A maioria dos candidatos apoiados são homens (60 %) e mais
Os montantes mais elevados por superfície agrícola de mil operam na região do Douro, onde o universo de
utilizada (SAU) foram investidos na zona do litoral, com agricultores recenseados também é mais elevado. Se, em
destaque para as regiões de Entre Douro e Vouga média, os agricultores recenseados têm 62 anos, os jovens
(Arouca, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, São com candidaturas aceites completam 30 anos. Esta
João da Madeira, Vale de Cambra) e Pinhal Litoral circunstância, aliada à elevada formação, traz indícios de um
(Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós), «rejuvenescimento muito significativo, com grande potencial
na produção de pequenos frutos, como o morango de transformação do setor agrícola», lê-se no estudo. A aposta
ou frutos silvestres, aves e ovos. Quanto ao investimento em atividades não tradicionais, como as plantas aromáticas,
total, os maiores montantes concentram-se nas zonas do também é uma tendência seguida pelos candidatos,
Douro (produção de frutos) e Dão-Lafões (aves e ovos). identificados como «indivíduos com maior capacidade de
risco e inovação».
Contas feitas, os jovens agricultores do PRODER deram um
contributo de 235 milhões de euros para o valor acrescentado É na produção de fruta que mais se aposta: esta é a principal
bruto do setor, o que equivale a cerca de 8 % do total. atividade financiada pelo PRODER não só em número de
projetos, mas também em valor de investimento (202 milhões
No total, são seis mil os jovens apoiados pelo programa,
de euros). Seguem-se a vinha e o vinho, as hortícolas e flores e
o que corresponde a cerca de um terço dos beneficiários.
a pecuária, todas com um peso de 13 % no total. No que toca
Aos seus projetos estão associados 10 mil empregos.
ao vinho, os fundos não contemplam a plantação de vinha, o
No período em análise, é no Algarve que mais dinamismo que pode explicar o diminuto investimento (22 milhões). As
se verifica, com a criação de mais de mil empregos, atividades hortícolas e flores tiveram 132 milhões de euros de
seguido do interior norte e centro. investimento.
Estes jovens pesam apenas 2 % do total de agricultores Público, 20/08/2013 (adaptado)
recenseados em Portugal, mas as suas explorações já
Jovens agricultores instalados 7950
valem 4 % do total da superfície agrícola: utilizam em
média uma área de 22 hectares, cerca do dobro da área
4900
das explorações agrícolas no seu conjunto. As maiores 3800
extensões de terreno explorado estão no Alentejo. 2120
1000
Público, 20/08/2013 (adaptado)
2008 2009 2010 2011 2012

Género Formação
1.1 Elabore um texto em que apresente: 35 %
A realizar pelo aluno. Ensino pós-
• os principais condicionalismos da mão de obra agrí- 65 % -secundário
cola em Portugal; Ensino
60 % 40 % secundário

• a importância dos programas europeus como o Atividades produtivas


PRODER na modificação do perfil do agricultor por-
13 %
tuguês; 7%
Hortícolas
Olival 13 % 31 %
e azeite e flores Frutos
Vinha
• as áreas de intervenção do PRODER e o seu impacto 4% 7 % e vinho
13 %
na modernização da agricultura portuguesa. Aves Apicultura
Pecuária
e ovos 12 %
Outros

Os espaços organizados pela população 11


3.2 As áreas urbanas: dinâmicas internas

o essencial a saber

Ficha 5 As áreas urbanas

1 Leia atentamente as frases que se seguem e escolha a opção que completa corretamente cada afirmação.

1.1 Em Portugal, uma vila pode ser elevada à categoria de cidade quando…

a) … ultrapassa os 10 000 habitantes.

b) … tem mais de 8000 eleitores e possui 50 % de uma listagem de infraestruturas predefinidas.

c) … ultrapassa os 10 000 habitantes e possui 50 % de uma listagem de infraestruturas predefinidas.

d) … tem mais de 8000 eleitores e possui uma série de infraestruturas predefinidas.

1.2 A distribuição das áreas funcionais no espaço urbano está condicionada…

a) … pela maior ou menor quantidade de monumentos históricos e edifícios públicos.

b) … pelas características ambientais dos vários espaços.

c) … pelas diferentes condições de acessibilidade dos espaços urbanos.

d) … pela quantidade de espaços verdes e de lazer.

1.3 O CBD é uma importante área funcional caracterizada por…

a) … uma elevada acessibilidade.

b) … uma grande concentração de atividades relacionadas exclusivamente com o comércio a retalho.

c) … uma predominância da função residencial da classe alta.

d) … uma redução gradual ao longo dos anos.

1.4 A periurbanização corresponde…

a) … à vontade de as pessoas viverem na proximidade do seu local de trabalho.

b) … à vontade de as pessoas se afastarem da confusão da cidade e de viverem em contacto com a Natureza.

c) … à vontade de as pessoas se dedicarem à agricultura.

d) … à vontade de as pessoas estarem junto das suas origens.

1.5 O centro das cidades está a perder a sua população residente porque…

a) … as pessoas preferem viver perto do seu local de trabalho.

b) … as habitações estão muito degradadas e o preço do solo é muito elevado.

c) … as pessoas preferem viver no espaço rural.

d) … as habitações são muito modernas e, portanto, muito caras.

1.6 Os programas urbanos como o RECRIA têm como objetivo…

a) … ajudar as autarquias a valorizar as suas cidades.

b) … criar infraestruturas e espaços verdes nas cidades.

c) … reestruturar totalmente partes antigas das cidades.

d) … colaborar com proprietários de imóveis degradados, para ajudar na sua reabilitação.

12 Unidade 3
2 Observe a figura que se segue.

2.1 Defina renda locativa.


Renda locativa
Terciário Renda que corresponde ao preço do solo.
Indústria
Setor residencial

2.2 E xplique a variação do preço do solo no espaço


urbano.

O preço dos terrenos é mais alto no centro

da cidade, porque corresponde à área de maior

centralidade e de maior acessibilidade.

CBD Distância ao centro

2.3 Justifique o aparecimento de áreas de preço do solo elevado fora do CBD (centros secundários).

Referir a existência de infraestruturas de transporte e de parques de empresas fora dos centros das cidades que
promovem a procura desses espaços, fazendo assim aumentar aí o preço do solo.
2.4 Estabeleça a relação entre a variação da renda locativa e a distância ao centro.
u3p13h1
A renda locativa diminui à medida que aumenta a distância ao centro.

3 Leia o documento seguinte, que evidencia uma tendência que se vem acentuando há décadas em Portugal.

Doc. 1 — Lisboa e Porto estão a perder população


Três quintos da população portuguesa residiam, em 2011, em lugares urbanos com mais de dois mil habitantes, revela o Retrato
Territorial de Portugal divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Mas as principais cidades estão a perder população.
A concentração de população em lugares urbanos registou um aumento de seis por cento face a 2001, com reforço
populacional no litoral continental, em especial nas áreas metropolitanas de Lisboa (AML) e Porto (AMP) e no Algarve.
No entanto, tem-se assistido a perdas populacionais nos centros urbanos de Lisboa (-2,9 %) e Porto (-9,7 %), em detrimento
dos municípios circundantes que integram aquelas áreas metropolitanas e outros para além dos limites administrativos das
mesmas.
No caso dos municípios contíguos à Área Metropolitana de Lisboa, registou-se, entre 2001 e 2011, um «expressivo crescimento
populacional» em Arruda dos Vinhos (mais 29,4 %), Benavente (24,8 %) e Sobral de Monte Agraço (13,8 %), enquanto quatro
dos 18 municípios da AML — Lisboa, Moita (-2,1 %), Amadora (-0,4 %) e Barreiro (-0,3 %) — perderam população.
Estas perdas, alega o INE, «foram compensadas» por acréscimos verificados nos restantes municípios metropolitanos, com
destaque para Mafra (mais 41,1 %), Alcochete (35 %), Sesimbra (31,8 %), Montijo (30,8 %) e Cascais (20,9 %).
Diário de Notícias, 02/07/2013 (adaptado)

3.1 Caracterize a tendência descrita no documento.

Referir que a concentração da população se faz principalmente no litoral, junto das áreas metropolitanas, reforçando

os valores de alguns dos seus concelhos e mesmo de outros que lhes são contíguos.

3.2 Nomeie o processo que corresponde a uma expansão urbana para além das áreas suburbanas.

Periurbanização.

Os espaços organizados pela população 13


3.2 As áreas urbanas: dinâmicas internas

ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO

Ficha 6 A renovação e a reabilitação urbanas

1 Observe a figura que se segue e analise o documento 1.

Doc. 1 — A renovação urbana


Uma boa parte da renovação urbana tem sido feita através de projetos isolados de substituição de um edifício por outro.
Isto não significa que estas ações estejam desenquadradas de instrumentos de ordenamento do território, uma vez que,
atualmente, os Planos de Pormenor, os Planos de Urbanização e os Planos Diretores Municipais definem as áreas onde
a renovação urbana deverá ter lugar e segundo que normas. [...] Muita desta renovação casuística ocorre em áreas
de habitação degradada ou onde os edifícios são de má qualidade construtiva e tem lugar, por vezes, lado a lado com
casos de reabilitação — grande incidência nas «áreas históricas» de Lisboa, mas também relevante num grande número
de aglomerados urbanos do norte e sul do País.
Os casos de renovação urbana de maior impacto localizam-se em Lisboa, nomeadamente em áreas industriais obsoletas, de
que o projeto da Expo 98/Parque das Nações é o exemplo emblemático.
Uma situação particular corresponde ao Programa Polis, em curso, o qual, pelas características de alguns dos seus projetos,
também se integra na renovação urbana, embora tenha um leque de intervenção muito mais amplo.
Gaspar, Jorge; Simões, José Manuel — Geografia de Portugal, vol. iv (adaptado)

1.1 A partir da análise do documento 1 e da figura, elabore um texto explicando: A realizar pelo aluno.

• em que consiste a recuperação do património urbano;

•  a importância da recuperação urbana na qualidade de vida das cidades;

•  as formas de recuperação do património mais frequentes.

14 Unidade 3
2 Analise atentamente o documento 2 e consulte sites sobre a recuperação do património urbano.

Doc. 2 — «Bairros críticos»: obras de requalificação no bairro da Cova da Moura


As obras de requalificação da Cova da Moura (Amadora) custarão mais de 100 milhões de euros. O Alto da Cova da Moura, com
cerca de 7000 habitantes, é uma das três zonas contempladas pelo projeto de reabilitação e reinserção urbanas «Bairros
Críticos», lançado pelo Governo e desenvolvido por sete ministérios, autarquias, organizações locais e as próprias populações.
A falta de avanços na definição de projetos tem, no entanto, preocupado quatro associações do bairro, que receberam hoje o
secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades para discutir as ações de requalificação e reinserção urbanas
a realizar ainda este ano.
Após o encontro, o secretário de Estado anunciou que os trabalhos incluem a realização de estudos e levantamentos das
condições de habitação pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). Seguir-se-á a elaboração de um plano de
pormenor, o lançamento de um concurso público internacional e o arranque das «obras de estruturação», pré-avaliadas em
mais de 100 milhões de euros. Sem especificar os moldes em que se irá desenvolver a requalificação, adiantou ainda que os
planos que vierem a ser definidos para a Cova da Moura serão uma «solução inteligente», sem envolver «nenhum dos dois
extremos — reabilitar tudo ou derrubar tudo».
Expresso, 10/09/2007 (adaptado)

2.1 Identifique a forma de recuperação do património urbano referida no texto.

Renovação urbana.

2.2 Caracterize este tipo de intervenção, investigando o seu impacto nas cidades portuguesas.

Referir aspetos que incidam: sobre a existência de intervenções que procuram a substituição das estruturas existentes, através

da demolição das habitações antigas e da construção de novos edifícios; sobre a ocorrência de alterações nas malhas urbanas;

sobre a construção de infraestruturas como as vias de comunicação; e sobre a implementação de novas funcionalidades.

2.3 Explique de que forma estas intervenções influenciaram ou não a qualidade de vida das populações aí residentes.

Referir melhorias na qualidade de vida das populações: habitação com maior conforto, com eletricidade, água

canalizada e saneamento básico, acesso a novos bens e funções, entre outras.

2.4 Investigue sobre o programa «Bairros Críticos», referido no documento, e apresente as suas principais características.

A realizar pelo aluno.

2.5 Comente a frase destacada a negro no documento.

A realizar pelo aluno.

3 Consulte páginas da Internet da União Europeia acerca da reabilitação urbana e faça uma investigação sobre:
A realizar pelo aluno.
a) a importância dos programas comunitários para estas intervenções;

b) os programas comunitários de maior sucesso em Portugal, nesta área.

4 Com base no seu conhecimento do meio, faça uma investigação sobre o que se tem feito ao nível da recuperação
do património urbano na cidade onde vive e elabore um cartaz de divulgação dos exemplos bem-sucedidos.
A realizar pelo aluno.

Os espaços organizados pela população 15


3.2 As áreas urbanas: dinâmicas internas

APLIQUE UMA TÉCNICA

Ficha 7 A planta funcional de uma cidade

1 Leia o documento seguinte.

Doc. 1 — O levantamento funcional


Todas as cidades são constituídas por lugares onde se concentram atividades e funções que servem a população urbana.
Do vulgar comércio de rua até ao comércio do centro da cidade, a quantidade e a diversidade de atividades são muito
variáveis. O centro, lugar da concentração do comércio de nível mais alto, é o ponto fulcral da atividade urbana, aquele para
onde quotidianamente se dirige grande número de pessoas, para trabalhar, fazer compras ou simplesmente para passear.
Para melhor se conhecer esses lugares e as funções por eles desempenhadas é necessário realizar um levantamento funcional
sobre o que existe nos vários edifícios. Após o levantamento dos estabelecimentos, procede-se à cartografia desses elementos
de acordo com uma classificação previamente acordada e que serve de legenda à planta funcional.

2 Observe com atenção a planta funcional do centro da cidade da Amadora.

Vestuário, calçado e acessórios


Desporto, lazer e cultura
Higiene, saúde e beleza
Equipamento para o lar
Alimentação e bebidas 0 60 m
Cafés, restaurantes e similares
Serviços pessoais
Bancos e seguros
Outros
Fonte: GECIC, Universidade de Lisboa

3 Selecione uma ou mais ruas do centro da cidade onde vive ou estuda.


A realizar pelo aluno.
4 Delimite as ruas que selecionou numa planta à escala de 1:10 000 ou numa escala maior (por exemplo, 1:5000).
A realizar pelo aluno.
16 Unidade 3
U3P16H1
5 Proceda ao levantamento das funções existentes nos pisos térreos dos edifícios das ruas em estudo, servindo-se da
legenda que se segue.
A realizar pelo aluno.
FUNÇÃO RESIDENCIAL   Igrejas
  Residências   Museus e bibliotecas
  Bancos e seguros
comércio
  Escritórios
  Vestuário, calçado e acessórios
  Clínicas e centros de saúde
  Higiene, saúde e beleza
  Outros serviços
  Alimentação e bebidas
  Desporto, lazer e cultura FUNÇÃO INDUSTRIAL

  Equipamento para o lar   Indústrias


  Stands de automóveis e motociclos   Oficinas de reparação

Restauração OCUPAÇÃO DE ESPAÇOS ABERTOS

  Cafés, restaurantes e similares   Jardins e parques


  Terrenos desocupados
Serviços
  Instalações desportivas
  Serviços pessoais
  Outros
  Serviços autárquicos
  Escolas

6 Construa a planta funcional da área de estudo, à semelhança da planta da cidade da Amadora.


A realizar pelo aluno.
7 Apresente algumas conclusões acerca da organização funcional da área que estudou.

A realizar pelo aluno.

Os espaços organizados pela população 17


3.2 As áreas urbanas: dinâmicas internas

ESTUDO DE CASO

Ficha 8 Os problemas urbanos

1 Observe as figuras e analise os documentos seguintes.

Doc. 1 — A qualidade do ambiente urbano


Em termos urbanos, falar de ambiente ultrapassa claramente a questão dos espaços verdes e dos níveis de poluição, para
incluir aspetos do edificado, de segurança, de conforto e de qualidade de vida nas cidades. Assim, muitas vezes, confunde-se
qualidade do ambiente urbano com qualidade de vida.
Fizeram-se enormes progressos no saneamento básico e na produção de energia (com a redução substancial do uso do carvão
para aquecimento industrial e doméstico) no século xx, os quais, em paralelo com os progressos da Medicina e com a evolução
da legislação laboral e urbanística, contribuíram para a redução drástica verificada nas taxas de mortalidade e para o aumento
da esperança média de vida. No entanto, nos últimos anos aumentaram os riscos ou a sensação de insegurança urbana, ao
mesmo tempo que cresceu a exigência quanto à qualidade de vida. As pessoas querem ter melhor ar para respirar, águas mais
limpas, um sistema de recolha de resíduos eficaz, segurança nas ruas e bons transportes. E tudo isto são questões ambientais,
uma vez que assistimos ao alargamento do conceito de ambiente e à aproximação entre a qualidade do ambiente e a
qualidade de vida, sendo a segurança uma das suas dimensões.
As pessoas preocupam-se com a ideia de serem vítimas de um qualquer facínora, de estar no caminho de um engenho
mortífero ou de uma calamidade natural, mas principalmente temem pela sua saúde, angustiam-se com a possibilidade
de perderem o emprego e de não receberem a pensão de reforma.
A tendência para o aumento das alergias e de doenças do foro respiratório, o crescimento de situações psíquicas, do stress
associado ao ruído e à pressão da vida atual são uma fonte de preocupação.
Teresa Barata Salgueiro, Geografia de Portugal, vol. ii, 2005 (adaptado)

18 Unidade 3
Doc. 2 — A saúde ambiental
Dentro de alguns anos, o nosso planeta contará com mais habitantes em áreas urbanas do que em áreas rurais. A urbanização
desenfreada, sem mecanismos regulatórios e de controlo, típica dos países periféricos, trouxe consigo enormes repercussões
na saúde da população. Problemas como a insuficiência dos serviços básicos de saneamento, a recolha e seleção do lixo e
condições precárias de habitação, tradicionalmente relacionados com a pobreza e o subdesenvolvimento, somam-se agora à
poluição química e física do ar, da água e da terra, problemas ambientais antes considerados «modernos». Novamente, é sobre
as populações mais carenciadas que recai a maior parte dos efeitos negativos da urbanização, gerando uma situação de
extrema desigualdade e iniquidade ambiental e em saúde. Para reverter esse quadro, é preciso que haja uma reincorporação
das questões do ambiente nas políticas de saúde e a integração dos objetivos da saúde ambiental numa ampla estratégia de
desenvolvimento sustentável.
Uma abordagem mais integrada, com mecanismos intersetoriais que possibilitem um diálogo amplo entre as partes, trará
enormes benefícios na conquista de melhores condições de vida nas cidades. A saúde ambiental tem hoje o desafio de
promover uma melhor qualidade de vida e saúde nas cidades e a oportunidade de enfrentar o absurdo quadro de exclusão
social, sob a perspetiva da equidade.
Nélson Gouveia, Biblioteca Virtual em Saúde, 2007 (adaptado)

Doc. 3 — Chuva intensa «inunda» Lisboa


A zona baixa de Sacavém, o Alto da Boa Viagem e Linda-a-Velha foram as zonas da capital mais afetadas pela chuva intensa
que se fez sentir ontem de manhã. Várias inundações e trânsito muito congestionado obrigaram os bombeiros a trabalho
redobrado.
A chuva que caiu na manhã de ontem provocou inundações e vários congestionamentos no trânsito.
Uma fonte dos Bombeiros de Sacavém disse que o mau tempo provocou inundações nos pisos térreos de várias casas na zona
baixa de Sacavém e obrigou ao corte da Estrada Nacional 10, uma situação que já está «normalizada». A mesma fonte garantiu
que «não há registo de bens danificados nem de pessoas em perigo», afirmando tratar-se de «uma situação normal quando
ocorrem as primeiras chuvas após o verão». O acesso para a Segunda Circular, na zona de Sete Rios, que esteve fechado ao
trânsito desde as 7h30 devido a uma inundação, causou alguns constrangimentos ao trânsito.
A PSP tem ainda registo de inundações no final da Calçada de Carriche, nas saídas para Odivelas e para a A8. A chuva e o vento
forte provocaram também estragos e inundações nos concelhos de Salvaterra de Magos e Abrantes, sem provocar feridos.
A mesma fonte adiantou que, em Fornos, freguesia do concelho de Salvaterra de Magos, o mau tempo destelhou casas e
provocou cortes de linhas de alta tensão e de telefones. No concelho de Abrantes, a intempérie provocou várias inundações.
O Primeiro de Janeiro, 01/10/2007 (adaptado)

2 Elabore um texto em que refira os principais problemas que se colocam atualmente nas cidades portuguesas.

A realizar pelo aluno.

3 Elabore um dossiê em que caracterize:


A realizar pelo aluno.
• os principais problemas da cidade/vila onde vive;

• a posição da autarquia local sobre esses problemas;

• as soluções que lhe parecem mais adequadas para a resolução dos problemas identificados.

Os espaços organizados pela população 19


3.3 A rede urbana e as relações cidade-campo

O ESSENCIAL A SABER

Ficha 9 As áreas metropolitanas e as cidades de média dimensão

1 Analise o quadro e leia atentamente as frases que se seguem, escolhendo a opção que completa cada afirmação de
forma correta.

Unidades territoriais: População com curso Estudantes Postos de trabalho em N.º de feiras
PIB per
regiões médio ou superior universitários atividade de I&D (% face e exposições
capita (€)
metropolitanas (‰ de residentes) (% de residentes) ao total de emprego) internacionais
Lisboa 10 286 79 36,1 0,1 35
Porto 7623 50,2 21 0,03 22
Barcelona 13 679 87,5 23,9 0,28 56
Madrid 15 584 137,2 29,6 0,53 62
Málaga 7819 88,9 34 0,04 0
Sevilha 8192 89,6 32,4 0,29 16
Valência 10 854 96,3 39,9 0,22 17
Bilbau 12 531 111,5 49,7 0,26 30
Saragoça 12 267 114,5 45,6 0,21 4

1.1 A posição hierárquica das cidades mede-se, na maioria dos casos, pela sua dimensão demográfica,…

a) … pois um maior número de habitantes é sinónimo de uma maior centralidade.

b) … que está relacionada com a capacidade de atrair população e atividades económicas.

c) … porque uma cidade com maior número de habitantes tem sempre uma maior área de influência.

d) … pois um maior número de habitantes significa maior dinamismo do tecido industrial.

1.2 Um dos indicadores de internacionalização das metrópoles é a organização de feiras e de exposições internacionais…

a) … porque reflete o grau de visibilidade das cidades e a sua capacidade organizativa.

b) … porque só as cidades médias têm a capacidade de organizar tais eventos.

c) … porque a capacidade de organizar feiras e exposições internacionais só se encontra nas cidades industriais.

d) … porque só Madrid e Barcelona apresentam valores mais elevados do que Lisboa nesse indicador.

1.3 A análise dos dados apresentados no quadro permite concluir que…

a) … Lisboa e Barcelona têm idêntica posição hierárquica, fruto dos valores semelhantes na maioria dos indicadores.

b) … Madrid é a cidade que ocupa o topo da hierarquia, dado que regista os valores mais elevados nos diferentes
indicadores.

c) … os elevados valores da cidade de Lisboa evidenciam a sua capacidade de projetar o País no contexto ibérico.

d) … os valores registados na cidade do Porto permitem posicioná-la no terceiro lugar da hierarquia das cidades ibéricas.

1.4 A grande concentração das atividades e da população nas áreas metropolitanas deve-se…

a) … à obtenção de deseconomias de aglomeração, uma vez que os custos são inferiores aos benefícios.

b) … às desvantagens económicas, que derivam de uma concentração excessiva.

c) … à obtenção de economias de aglomeração, uma vez que existem infraestruturas diversificadas.

d) … à obtenção de economias de aglomeração, pois a população e as empresas beneficiam das mesmas infraes-
truturas, sendo possível racionalizar os investimentos.

20 Unidade 3
2 Leia o documento seguinte e analise o mapa que o acompanha.

Doc. 1 — Uma «nova cidade»


A integração de três pequenas cidades, Vila Real, Régua e Lamego, constitui uma urbe de 40 km de extensão, que junta os
serviços e a Universidade de Vila Real ao entreposto comercial e vinícola e ao potencial turístico e patrimonial de Lamego. Esta
«nova cidade» tem cerca de 45 mil habitantes (freguesias urbanas) […] Portugal tem uma lacuna expressiva de aglomerações
urbanas com este nível populacional e as autarquias percebem a necessidade de focos urbanos para o desenvolvimento das
regiões rurais, sabendo que há funções urbanas que reclamam grande densidade para serem sustentadas.

N N

A2
4-I
P3
Vila Real

Oceano
Atlântico

ro
ESPANHA Dou
Rio

P3
A24-I
Peso da Régua

ouro
Rio D
Lamego

0 60 km 0 5 km
P3
4-I
A2

2.1 Identifique o tipo de cidades que existe em número escasso em Portugal.

Cidades de média dimensão.

U3P21H1
2.2 Refira duas desvantagens resultantes da lacuna de aglomerações urbanas com dimensões como a referida no texto.

Agravamento do congestionamento das áreas metropolitanas e perda de competitividade económica no quadro

internacional.

2.3 Justifique, com base no princípio das economias de aglomeração, a frase destacada no texto.

Referir que muitas funções, para se instalarem e manterem em determinadas cidades, necessitam que exista uma

considerável concentração de atividades económicas, as quais têm um efeito multiplicador, pois geram a fixação

de população e de outras atividades económicas.

2.4 Explique em que consiste a complementaridade entre as três cidades.

Referir o potencial que decorre da existência de diferentes funções em cada uma das cidades e que se complementam

(universidade, entreposto comercial e turismo), permitindo dessa forma a criação de uma cidade de maiores

dimensões, constituída pelas três cidades.

Os espaços organizados pela população 21


3.3 A rede urbana e as relações cidade-campo

ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO

Ficha 10 As cidades portuguesas no contexto da rede urbana da União Europeia

1 Analise os mapas e os documentos que se seguem.

N N
Crescimento Número de habitantes
Estabilidade + 500 000
Baixa 100 000 a 500 000
50 000 a 100 000
– 50 000
Mar
do Norte

Mar
Aberdeen do Norte
Dundee
Edimburgo
Glasgow
Tyne and Wear
Amesterdão
Belfast
Kingstown-
Leeds -Upon-Hull
Manchester Haia
Liverpool Shefield
IRLANDA Derby Leicester Roterdão
Stroke-and-Trend
Nothingham
Birmingham Northampton
Swansea Cardiff Luton
ALEMANHA
Bristol
Londres
Plymouth Portsmouth
Southampton
Oceano
Atlântico
BÉLGICA

FRANÇA
0 130 km 0 47 km

Doc. 1 — Rede urbana portuguesa: uma visão internacional


U3P22H1
Existem diversos tipos de redes urbanas. As principais diferenças decorrem de três fatores: importância relativa de cada uma
das aglomerações (avaliada tanto do ponto de vista demográfico como funcional); extensão U3P22H2
e intensidade das respetivas áreas
de influência e grau de internacionalização.
Do ponto de vista dos primeiros critérios, é possível identificar dois tipos opostos de redes urbanas. Num extremo, colocam-se
as redes urbanas fortemente centralizadas e rigidamente hierarquizadas, em que a aglomeração principal se destaca não só
pela elevada população mas sobretudo pelo leque diversificado e qualificado de atividades, recursos e funções de nível
nacional que concentra. A rede urbana francesa, estrategicamente comandada por Paris, constitui um exemplo clássico desta
situação extrema. No polo oposto colocam-se as redes urbanas cujas aglomerações principais mantêm uma posição
demográfica relativamente equilibrada e uma complementaridade funcional e económica significativa. A rede urbana da
Holanda, de natureza polinuclear, ilustra bem esta situação. Neste caso, Amesterdão, Haia, Roterdão e Utrecht, embora com
totais populacionais diferentes, completam-se de tal forma, que constituem, no seu conjunto, uma região urbana
relativamente coesa e com visibilidade própria: o Randstad. A rede urbana portuguesa aproxima-se do primeiro modelo.
O peso de Lisboa, demográfico, mas sobretudo funcional, é bem conhecido. A AML concentra pouco mais de 26 % da
população do continente, mas cerca de 43 % das bibliotecas e dos hospitais privados e mais de metade das atividades
de I&D ou do investimento direto estrangeiro.
João Ferrão, Janus, 2001 (adaptado)

22 Unidade 3
Doc. 2 — Lisboa: demasiado grande para o País, mas excessivamente pequena a nível
internacional?
A ideia de que a área de Lisboa concentra um volume exagerado de recursos nacionais — sejam eles humanos ou
institucionais, físicos ou imateriais — contrasta, paradoxalmente, com os resultados de diversos estudos que lhe atribuem uma
posição de alguma modéstia em termos internacionais: a capital do País ocupará uma posição de quinta ou sexta ordem na
hierarquia urbana europeia e um lugar de segundo nível, próximo de Barcelona e atrás de Madrid, no seio da rede ibérica. Ou
seja, uma visão internacional de Lisboa sublinha a sua pequenez, não a sua excessiva dimensão. Por outro lado, é sabido que as
novas oportunidades e exigências associadas à adesão de Portugal à Comunidade Europeia beneficiaram sobretudo a capital
do País, através das dinâmicas públicas e privadas que, por essa via, foram reforçadas ou mesmo criadas de novo. No final do
século xx, Lisboa é a única cidade portuguesa onde é possível reconhecer, com significado, as tendências mais marcantes dos
processos contemporâneos da globalização, das migrações internacionais ao sistema financeiro, das práticas culturais à
sociedade da informação. Pode, assim, afirmar-se que, de um ponto de vista funcional, Lisboa é grande a nível nacional,
periférica em termos europeus e quase inexistente no mundo global. A solução para as assimetrias da rede urbana não pode,
portanto, basear-se na diminuição da distância que a separa das restantes cidades do País através de estratégias ativas de
dispersão geográfica de recursos do mais diverso tipo, já que esta opção inviabilizaria a obtenção das economias de escala
necessárias a uma presença mais qualificada de Lisboa nas redes europeias. A solução não passa, também, pelo
prosseguimento da via tradicional de crescimento à custa do resto do País, até porque esse modelo «moderno» de
desenvolvimento há muito deixou de ser possível.
João Ferrão, Janus, 2001 (adaptado)

1.1 A partir da análise dos mapas e dos documentos anteriores, elabore um texto em que refira:
A realizar pelo aluno.
•  os tipos de redes urbanas existentes na União Europeia;

• a caracterização e exemplos dos vários tipos de redes;

• a situação da rede portuguesa nesse contexto.

2 Analise o mapa que se segue.

Gijón
N Corunha Santander Bilbau
Hierarquia Oviedo
Vitória Pamplona
Leão
Nível 1 Vigo Burgos
Saragoça
Nível 2
Braga Valladolid
Nível 3
Porto Barcelona
Nível 4
Nível 5 Salamanca

Madrid
Valência

Lisboa Badajoz
Oceano Alicante
Atlântico Córdova Múrcia
Cartagena
Sevilha
Granada
Huelva
Jerez de la Frontera Málaga Almeria
0 47 km
Cádis
Algeciras

2.1 Elabore um dossiê temático sobre:


A realizar pelo aluno.
•  a hierarquia urbana da União Europeia;

• a inserção das cidades portuguesas nas redes urbanas ibérica e europeia;

• o papel dinamizador das cidades médias; U3P23H1


• a aplicação de programas comunitários para a dinamização do território português.

Nota: Inicie a sua investigação consultando os sites www.dgterritorio.pt e www.eurocid.pt.


Os espaços organizados pela população 23
3.3 A rede urbana e as relações cidade-campo

APLIQUE UMA TÉCNICA

Ficha 11 A área de influência de uma cidade

1 Leia o texto que se segue e observe atentamente o mapa com as centralidades e a rede hierárquica superior em Portugal.

Doc. 1 — A área de influência


A área de influência é um espaço dentro do qual se estabelecem laços de atividade entre o aglomerado urbano e a área
que o envolve. Nesse espaço sobrepõem-se diferentes tipos de fluxo de direção e intensidade variáveis: bens, pessoas, capitais
e informação. A extensão desta área está diretamente relacionada com o nível hierárquico das funções que existem no
aglomerado urbano, bem como com o seu nível de acessibilidade.

1.1 C
 aracterize o acesso a funções especializadas
N na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Total de serviços
especializados
Referir o predomínio da cidade de Lisboa
em 1999
10 000 e da sua área metropolitana, com maior

2500
concentração de população e que polariza

Fluxo fortemente a região, onde se destaca a maior


residência ž
ž hospital geral
diversidade de atividades de base tecnológica,
(função de
hierarquia IV;
1998) de indústrias, serviços e I&D. Referir ainda a

Limite
importância local e regional detida por algumas
de concelho

cidades de menor dimensão, como Santarém,

Rio Maior, Torres Vedras, Torres Novas, Tomar,

Abrantes e Entroncamento.


Oceano
Atlântico

0 60 km

Fonte: Medeiros, C.A. (dir) – Geografia de Portugal

1.2 E xplique de que forma as áreas de influência das cidades portuguesas evidenciam os desequilíbrios da rede urbana
nacional.

Referir que os desequilíbrios acompanham as características da rede urbana dominada pelas duas áreas
U3P24H1
metropolitanas e pelas cidades que são capital de distrito e/ou sede de concelho.

24 Unidade 3
2 Elabore um questionário para aplicar no local onde vive ou outro à sua escolha, para determinar o acesso aos bens
banais e aos bens raros pela população inquirida.
A realizar pelo aluno.
Exemplo de questionário:

Da lista de funções que se seguem, refira o lugar onde costuma obtê-las.

Advogado Lavandaria
Agência de viagens Livraria
Automóvel Médico
Banco Mercearia
Cabeleireiro Mobiliário
Café Notário
Calçado Oculista
Cinema Oftalmologista
Decoração Ourivesaria
Discoteca Papelaria
Eletrodomésticos Perfumaria
Escola do 1.º ciclo Pronto a vestir
Escola secundária Relojoaria
Farmácia Restaurante
Imobiliária Seguros
Jornal Universidade

2.1 Classifique os bens e serviços como raros ou banais.

2.2 E labore uma matriz de frequência para cada um dos dois grandes grupos de bens (bens raros e bens banais), de
acordo com o exemplo que se segue, e preencha os espaços da matriz de acordo com a legenda.

Legenda (%) 75-100 Lugar 1 Lugar 2 Lugar 3 Lugar (...) Lugar (...)
50-75
Mercearia
25-50
Papelaria
0-25
Escola do 1.º ciclo
Restaurante
Cabeleireiro
Café
(...)
(...)

2.3 C
 artografe os resultados encontrados, utilizando um mapa com uma escala adequada à representação que irá
realizar.

2.4 Elabore um relatório com base na recolha e no tratamento da informação que realizou.

Os espaços organizados pela população 25


3.3 A rede urbana e as relações cidade-campo

ESTUDO DE CASO

Ficha 12 A dinamização das cidades de média dimensão

1 Analise os documentos que se seguem.

Doc. 1 — As cidades médias no sistema


urbano nacional
As cidades médias surgem como protagonistas no
quadro da interação a diferentes escalas, da regional
à internacional. Constituem polarizações urbanas que
visam garantir uma base territorial equilibrada,
contrariando a polarização bicéfala das áreas
metropolitanas, por um lado, e, por outro, a rarefação
de áreas afastadas das zonas de maiores dinâmicas
territoriais. Desenvolvem-se como âncoras na
estruturação do território e são espaços de articulação
privilegiada entre políticas nacionais e locais, garantindo
equidade e coesão nacional.
O adjetivo «médias» atribuído hoje às cidades tem mais
que ver com a sua posição e função relativa no território
nacional do que com qualquer quantificação numérica.
As «cidades médias» surgem como aglomerados muito
diversos, com dimensões variáveis, localização geográfica
distinta e com uma distribuição territorial heterogénea.
Na sua maioria, encontram-se integradas no interior de
conurbações não metropolitanas e/ou na esfera de
influência direta das áreas metropolitanas. As restantes
situam-se em territórios com perda demográfica e
económica, sendo capitais de distrito, como é o caso de
Évora.
Sistema Urbano Nacional. Cidades Médias e Dinâmicas Territoriais,
DGOTDU, 1997 (adaptado)

Doc. 2 — Criação de rede de cidades de média dimensão


O presidente da Câmara Municipal de Viseu defendeu a criação de uma rede de cidades de média dimensão que ajude ao
desenvolvimento do interior do País e contrarie a litoralização.
Ao intervir, em Viseu, na conferência «O turismo no interior de Portugal e o papel das cidades médias», o autarca
considerou que se tem descurado o potencial destas cidades. Lembrou que o Centro é «a única região do País onde não
há polarização», ao contrário do que acontece com o Porto e o Norte e com Lisboa e o Sul, e que «cada uma das cidades
encontrou o seu desígnio sem colidir» com as restantes. «Encontraram modelos de desenvolvimento, mas isso tem de ser
complementado», acrescentou.
Na sua opinião, as cidades de média dimensão têm um papel fundamental, num país onde se continuam a registar
assimetrias regionais. «É um país raquítico, com duas cabeças», e se todos os portugueses fossem viver para Lisboa
«ficaria uma cidade chinesa pequenina e, aparentemente, eram resolvidos muitos problemas, mas isso não era
desenvolver o País».
Por seu lado, o presidente do Turismo do Centro de Portugal também aludiu ao «desequilíbrio entre litoral e interior», num
país que, «inclinado para o litoral, se começa a inclinar para sul».
Lamentou que as verbas destinadas ao turismo se destinem sobretudo ao Algarve, a Lisboa e à Madeira, considerando que
os «23 % do território nacional que correspondem à região Centro não estão a ter, nem de perto, nem de longe, a
contrapartida do que é o esforço nacional».
Público, 03/07/2012 (adaptado)

26 Unidade 3
Doc. 3 — Marketing territorial: um instrumento Doc. 4 — Cidades do conhecimento
ao serviço da promoção das cidades de média dimensão: o caso de Coimbra
O desenvolvimento de estratégias de afirmação das A cidade de Coimbra é uma cidade média, à escala
cidades tem vindo a constituir-se como uma nacional, com uma população de cerca de 140 mil
preocupação crescente por parte dos responsáveis habitantes, marcada, por um lado, pela estagnação,
políticos e económicos. Esta preocupação verifica-se nos últimos anos, das empresas e pelo declínio da
tanto na perspetiva de ultrapassar situações de declínio população e, por outro lado, por possuir um conjunto
socioprodutivo de cidades com tradição industrial, como de recursos e características considerados pré-
na necessidade de estimular processos de -condições favoráveis para a criação de uma Cidade do
internacionalização no contexto da integração europeia Conhecimento, nomeadamente a presença secular de
e da crescente interdependência económica entre uma Universidade, possuindo, assim, uma base cultural
diferentes aglomerações urbanas. e histórica forte, profundamente enraizada, e o
marcado carácter terciário da sua economia,
Para as cidades de dimensão média, a consolidação
elementos indissociáveis. Estas características
de uma imagem de mercado suscetível de atrair
conjugadas criam, portanto, as condições favoráveis
investidores depara com a maior concorrência que
à emergência de um paradigma de desenvolvimento
ocorre nos períodos de crise, quando os investimentos
baseado no conhecimento, o que estará na origem
interessantes escasseiam, e com o facto de não
de grande parte das transformações e evoluções
preencherem a dimensão critica satisfatória para disputar
experimentadas pela cidade de Coimbra nos últimos
posições no mercado internacional. Todavia, se é certo
anos, em especial na estrutura económica-produtiva,
que, para determinados tipos de investimentos que
destacando-a face a outras cidades médias, como,
procuram predominantemente a proximidade dos
por exemplo, Aveiro, Braga, Évora ou Faro.
centros de decisão política e económica, próprios das
cidades capitais, as aglomerações de média dimensão Com efeito, na estrutura económico-produtiva
não possuem argumentos locativos bastantes, já em marcadamente terciária, dominada até há pouco
relação a outros investimentos, com procura dinâmica tempo pelo comércio por grosso e a retalho, começam
na última década, estas cidades podem oferecer a emergir e a ganhar relevância setores intensivos em
vantagens associadas à descentralização, a ambiências conhecimento, como o da saúde, e ligados às TIC. Esta
urbanas de maior qualidade, à presença de espaços transformação não pode ser dissociada da atuação das
regionais com potencial de crescimento, etc. instituições de ensino, investigação e de transferência
do saber e tecnologia, como a Universidade de
No passado, a promoção das cidades médias teve
Coimbra e o Instituto Pedro Nunes. Efetivamente,
origem, sobretudo, em intervenções da administração
as bases do conhecimento de Coimbra refletem a
central, de acordo com a política regional tradicional, que
tendência geral de maior abertura à comunidade,
negociava investimentos e os encaminhava para áreas
na sequência do reconhecimento crescente das
territoriais-problema. No presente, a iniciativa de
potencialidades económicas e de desenvolvimento
promoção tem de partir dos principais interessados ao
territorial destas instituições. O papel tradicional de
nível territorial (regiões, cidades), através da divulgação
formação das instituições de ensino, bem como as
das suas capacidades e beneficiando dos ensinamentos
potencialidades relativas ao reforço do capital humano
de experiências positivas neste domínio.
presente e à atração de recursos humanos
O desafio que se coloca, então, a estas cidades na ótica qualificados repercutem-se no capital humano de
de assegurarem a captação dos investimentos e das Coimbra, que não só revela uma evolução positiva das
atividades que melhor se traduzam na criação de qualificações e do número de trabalhadores
empregos e de riqueza é o de acederem aos circuitos qualificados, como mantém uma posição de destaque
económicos dominantes, onde possam evidenciar à escala nacional.
perante os decisores (empresários, consultores, líderes
Em suma, os três vetores: os recursos endógenos
de opinião) as vantagens que oferecem justamente nos
instalados e facilitadores do conhecimento, a maior
domínios que correspondem aos novos fatores de
abertura das bases do conhecimento à comunidade,
localização e que importa visibilizar.
e a atuação em conjunto de alguns agentes locais,
João Ferrão, Eduardo Brito Henriques e António Oliveira das Neves, a par da reestruturação económica e social em
Repensar as Cidades de Média Dimensão, 1994 (adaptado) Coimbra, possibilitarão que a cidade tenha condições
para ser bem-sucedida na Sociedade do
Conhecimento. Para tal, será necessário fomentar
as ações de desenvolvimento baseado no
1.1 Elabore um texto em que apresente:
A realizar pelo aluno. conhecimento, rompendo com as dificuldades
• o papel desempenhado pelas cidades de média e lentidão que caracterizam a atuação das entidades,
dimensão no sistema urbano português; e promover as redes de cooperação e parcerias
a diferentes escalas.
• os argumentos que concorrem para o desenvolvi- Paula Casaleiro, Cidades do Conhecimento de Média Dimensão —
mento de uma rede de cidades médias a nível nacional; oportunidades e desafios a partir do caso de Coimbra, XII Colóquio
Ibérico de Geografia, 2010 (adaptado)
• as estratégias de desenvolvimento e de marketing
urbano utilizadas para a promoção destas cidades.
Os espaços organizados pela população 27
4.1 A diversidade dos modos de transporte e a desigualdade espacial das redes

O ESSENCIAL A SABER

Ficha 13 A diversidade dos meios e redes de transporte


1 Observe a figura seguinte.

1.1 Explique o que entende por transporte multimodal.


N
Valença Vila Verde de Raia Utilização de vários modos de transporte numa só
Quintanilha
Viana do Castelo Chaves
Bragança
Braga
deslocação. Por vezes, é necessário recorrer a vários modos
Porto Vila Real
de transporte para que a mercadoria e/ou os passageiros
Aveiro Viseu
Vilar Formoso
possam chegar ao seu destino (por exemplo, a chegada
Guarda
Figueira da Foz Coimbra
de avião ao aeroporto seguida da utilização do transporte
Castelo Branco
Oceano Leiria
rodoviário). A multimodalidade propicia ainda a redução
Atlântico Marvão
Santarém Portalegre
dos custos e dos tempos de operação nas exportações.
Elvas
LISBOA

Setúbal Évora

Sines Vila Verde


de Ficalho
Beja

Aeroporto
Porto Vila Real
Rede rodoviária de Santo António
Faro
Rede ferroviária
Corredores multimodais
Novo corredor multimodal

Corredores rodoviários 0 80 km

1.2 D
 escreva estruturas da distribuição espacial dos vários corredores multimodais em Portugal Continental, tendo em
conta a localização dos corredores mais importantes.

Os corredores multimodais organizam-se segundo duas grandes orientações: corredores norte-sul (um no litoral

e outro no interior) e corredores oeste-este (que ligam o litoral ao interior e cruzam os corredores de orientação
U4P147H2
norte-sul).

1.3 C
 om esta estrutura de distribuição espacial, será que o desenvolvimento das regiões mais interiores será benefi-
ciado? Justifique a sua resposta.

Em termos meramente teóricos, sim, uma vez que há vários corredores de orientação oeste-este. Contudo,

há extensas áreas do interior sem a proximidade de um corredor multimodal. Para além disso, estes corredores

servem, sobretudo, para ligar as regiões mais desenvolvidas de Portugal, situadas no litoral, às redes transeuropeias,

com poucos efeitos nas regiões do interior. É preciso, porém, não esquecer que o desenvolvimento de algumas

cidades do interior não é alheio à presença destes corredores, como o exemplificam os casos de Vila Real, Viseu

e Évora, por exemplo.

28 Unidade 4
2 Observe atentamente a figura, que representa o Plano Rodoviário Nacional 2000, e escolha a opção que completa
corretamente cada afirmação.
N
2.1 A rede rodoviária portuguesa apresenta… Classificação da rede
rodoviária nacional ESPANHA
a) … fraca assimetria regional.
Rede de autoestradas
Itinerário
b) … pouca densidade. principal (IP) Bragança
Viana do Castelo
Itinerário
c) … maior densidade no litoral norte e centro. complementar (IC) A28
A3
Braga A24
A4
Outros itinerários
d) … um contraste Norte/Sul na densidade da Itinerário
Vila Real
rede. principal (IP) Porto

Itinerário
Viseu
2.2 Os contrastes que se observam retratam… complementar (IC)
Aveiro A25
A1 Guarda
a) … uma forte assimetria Norte/Sul e litoral/inte- A17
Coimbra
rior.
Leiria Castelo Branco
b) … um território com uma rede rodoviária equili- A23
A1
brada. Oceano
A8
A5
Atlântico Santarém Portalegre
c) … uma forte assimetria litoral/interior.

d) … uma forte assimetria Norte/Sul. A6


Lisboa Évora
2.3 As assimetrias observadas estão relacionadas… A2

a) … com a densidade populacional e o desenvol- Beja


vimento económico.
A2
b) … apenas com o desenvolvimento económico.

c) … apenas com a densidade populacional.


A22
0 55 km
Faro
d) … com o desenvolvimento da indústria.

2.4 A
 rede rodoviária nacional tem a seguinte estru- 2.7 Os itinerários complementares…
tura…
a) … complementam a rede fundamental.
a) … caminhos, estradas e autoestradas.
b) … são estradas secundárias de nível nacional
b) … caminhos municipais e estradas secundárias. U4P26H1
e podem ser autoestradas.

c) … rede fundamental, rede secundária e estradas. c) … estabelecem ligações intermédias entre a rede
fundamental e os principais centros urbanos e as
d) … rede fundamental, rede complementar e autoestradas das duas áreas metropolitanas.
estradas nacionais.
d) … são as autoestradas das áreas metropolitanas
2.5 A rede fundamental é constituída por… mais as estradas secundárias de acesso às auto-
estradas.
a) … estradas.
2.8 As estradas nacionais…
b) … autoestradas.
a) … fazem parte da rede complementar.
c) … itinerários principais.
b) … são estradas municipais.
d) … estradas e autoestradas.
c) … são estradas regionais e municipais.
2.6 A rede complementar é constituída por…
d) … são estradas secundárias.
a) … estradas municipais.
2.9 As estradas nacionais podem ser…
b) … estradas.
a) … de um só tipo, ou seja, secundárias.
c) … caminhos.
b) … as principais estradas do concelho.
d) … itinerários complementares.
c) … estradas regionais e estradas municipais.

d) … as estradas regionais.
A população, como se movimenta e comunica 29
4.1 A diversidade dos modos de transporte e a desigualdade espacial das redes

atividades de investigação

Ficha 14 Os contrastes socioeconómicos no Mundo


1 Observe as figuras seguintes, criadas a partir do software Gapminder. A primeira figura representa a relação entre a
riqueza produzida e o número de carros, camiões e autocarros por cada mil pessoas, a nível mundial. A segunda
representa a relação entre a riqueza produzida e os utilizadores de Internet por cada 100 habitantes, a nível mundial.
A realizar pelo aluno.

30 Unidade 4
1.1 Descarregue o programa Gapminder — é grátis e de utilização intuitiva — em: http://www.gapminder.org.

1.2 Instale o programa.

1.3 Selecione diferentes variáveis no eixo das ordenadas e abcissas e analise os resultados.

1.4 Tenha sempre em conta que:

• o tamanho dos círculos é proporcional à população de cada país;

• a legenda das cores representa grandes regiões mundiais, que estão representadas no canto superior direito
(a Europa, por exemplo, está representada a cor de laranja, à semelhança da Ásia).

2 Analise as duas figuras e responda às seguintes questões.

2.1 Qual é a relação que se observa na primeira figura?

O que se pode observar é que quanto maior for o rendimento (medido pelo PIB) maior será também o número

de carros, camiões e autocarros por mil habitantes.

2.2 Qual é a relação que se observa na segunda figura?

O número de utilizadores de Internet aumenta proporcionalmente ao aumento do rendimento per capita.

2.3 Justifique as duas respostas anteriores.

A relação é algo óbvia, pois quer o acesso a meios de transporte quer o acesso a tecnologias dependem muito

da disponibilidade financeira para os adquirir. É nos países mais desenvolvidos e com maiores rendimentos

(PIB per capita) que há essa maior disponibilidade para adquirir este tipo de bens.

2.4 Analise em particular a situação de Portugal, identificando no software o círculo que representa o nosso país.

O aluno deverá selecionar Portugal no gráfico e verificar o seu posicionamento relativamente aos outros países.

Portugal vai surgir na área dos países mais desenvolvidos, mas afastado dos países que estão no topo ao nível

do desenvolvimento, quer da Europa quer da América do Norte.

A população, como se movimenta e comunica 31


4.1 A diversidade dos modos de transporte e a desigualdade espacial das redes

aplique uma técnica

Ficha 15 Os acidentes de viação em Portugal


1 Observe os dados do quadro, sobre os acidentes de viação em Portugal entre 1975 e 2012.

1.1 C
 om os dados do quadro, elabore gráfi-
Acidentes de viação com vítimas, feridos e mortos
cos lineares com a evolução do número
Ano Acidentes com vítimas Feridos Mortos de acidentes, de feridos e de mortos.
A realizar pelo aluno.
1975 33 109 40 576 2676 1.2 Analise a evolução registada quanto a:
1976 30 568 36 264 2594
a) variação global;
1977 30 062 35 047 2153
1978 32 637 35 957 2173 b) anos em que a situação foi mais grave;

1979 33 331 37 837 2186 c) anos de melhoria relativa.


1980 33 886 41 101 2262
1.3 H
 averá uma relação direta entre o
1981 33 560 44 574 2269 número de acidentes e o número de feri-
1982 35 324 47 116 2126 dos e mortos? Justifique a sua resposta.

1983 31 285 39 545 2177 Entre os números de acidentes e de

1984 29 255 39 365 1841 feridos há alguma concordância, uma vez


1985 29 156 39 560 1875
que os acidentes, regra geral, dão origem
1986 30 485 41 100 1982
a feridos, com ou sem gravidade. Já com
1987 38 656 54 517 2296
1988 41 915 59 532 2534 o número de vítimas mortais a relação
1989 43 499 61 519 2375 não é evidente, exceto na última parte

1990 45 110 63 329 2321
do período. O número de vítimas mortais
1991 48 953 69 535 2475
1992 50 851 70 986 2372 tem vindo sempre a descer,

1993 48 645 66 710 2077 independentemente de alguns «picos»


1994 45 830 62 163 1926
nos números de acidentes e de feridos.
1995 48 339 65 827 2085
Para este facto concorrerá a maior
1996 49 265 66 627 2100
1997 49 417 66 516 1939 segurança que há nos veículos mais

1998 49 319 66 603 1865 recentes, a par de uma maior



1999 47 966 65 327 1750
consciencialização da população para
2000 44 159 59 924 1629
as questões da segurança rodoviária.
2001 42 521 57 044 1466
2002 42 219 56 585 1469
2003 41 495 55 258 1356

2004 38 930 52 009 1135

2005 37 066 49 249 1094
2006 35 680 47 137 850
2007 35 311 46 318 854
2008 33 613 43 933 776

2009 35 484 46 414 737
2010 35 426 46 561 741
2011 32 541 42 162 689
2012 29 867 38 250 573

32 Unidade 4
Ficha 15 Os acidentes de viação em Portugal (pág. 32)
1 1.2 a) O período compreendido entre finais da década de 80 e o princípio do século xxi é caracterizado por um número

verdadeiramente elevado de acidentes. O número de feridos acompanha o número de acidentes, mas o número de

vítimas mortais tem vindo a baixar de forma muito sustentada ao longo do tempo.

b) S obretudo a década de 90, no que diz respeito aos acidentes e aos feridos. As décadas de 70 e de 90, no que respeita

às vítimas mortais.

c) C
 laramente os últimos anos deste período, em que se regista uma queda muito acentuada e conjunta dos acidentes

e das vítimas mortais.


2 Observe os mapas, que representam os acidentes de viação com vítimas por concelho, entre 1991 e 2012, em Portugal.

1991 2001 2009

2010 2011 2012

Acidentes de viação
188–4900
83–188
43–83
21–43
0–21
Sem dados

Fonte: Pordata

2.1 Quais são as regiões do País mais afetadas pelo flagelo dos acidentes rodoviários?

São sobretudo as regiões do litoral.

U4P30H1

2.2 Qual é a relação entre os acidentes e a rede rodoviária nacional?

O número de acidentes coincide com as regiões de maior densidade da rede rodoviária.

2.3 L ocalize o seu município de residência e conclua sobre o estado atual da sinistralidade rodoviária e a respetiva evo-
lução desde 1991.

A realizar pelo aluno.


A população, como se movimenta e comunica 33
4.1 A diversidade dos modos de transporte e a desigualdade espacial das redes

ESTUDO DE CASO

Ficha 16 As redes de transporte rodoviário e ferroviário


1 Observe atentamente o seguinte mapa, que representa o transporte de alta velocidade na Europa.

N
Rede ferroviária
de alta velocidade
320–350 km/h
300 km/h
250 km/h
200–230 km/h
< 200 km/h

Oceano
Atlântico

0 260 km

1.1 Justifique a seguinte afirmação:

«Se, em termos económicos, se fala de uma Europa a duas velocidades, no caso do transporte ferroviário será mais
correto falar numa Europa a várias velocidades.»U4P31H1

As disparidades na Europa em termos do transporte ferroviário são muito grandes e refletem bem a qualidade dos

comboios e das vias de circulação. As velocidades de circulação são muito variadas e os contrastes regionais são muito

acentuados, não só à escala europeia, mas também a escalas mais regionais, como é o caso da Península Ibérica.

1.2 Em termos de velocidade do transporte ferroviário, qual é o principal contraste que se observa?

Há um claro contraste oeste-este: entre uma Europa Ocidental numa situação mais favorecida e uma Europa de Leste

ainda numa situação de desenvolvimento muito débil da sua rede ferroviária, sobretudo no que diz respeito à velocidade.

Mas há também um claro contraste entre o centro, mais desenvolvido, da Europa e o restante território europeu.

1.3 P
 lanifique um itinerário de uma viagem de comboio que gostasse de fazer pela Europa, não esquecendo de se
informar dos preços das viagens.
A realizar pelo aluno.

34 Unidade 4
2 Observe o mapa seguinte, que representa a rede europeia de estradas em 2012.

Oceano
Atlântico B
D

C
E

0 340 km

2.1 Delimite no mapa as áreas de maior densidade da rede de transportes.


A realizar pelo aluno.
2.2 Trace no mapa os principais corredores e eixos que saem de Portugal em direção à Europa.
A realizar pelo aluno.
U4P32H1
2.3 Identifique os principais sistemas urbanos assinalados pelas letras (de A a E).

A — Paris; B — Londres; C — Madrid; D — Berlim; E — Lisboa.

2.4 Trace no mapa uma viagem de um habitante do Porto até Paris.


A realizar pelo aluno.
2.5 Um português residente em Faro, em direção a Paris, seguirá o mesmo caminho que o habitante do Porto? Justifique.

Não, pois se o fizer não seguirá o percurso mais direto e mais rápido.

2.6 Qual das cidades portuguesas, Lisboa ou Porto, está mais acessível em relação a Madrid?

Lisboa, pois a partir da capital existe um percurso mais direto até Madrid.

2.7 Que diferenças e semelhanças observa entre os mapas das redes ferroviária e rodoviária?

Os dois mapas refletem os mesmos contrastes já referidos entre o Ocidente e o Leste, assim como entre o centro

e o resto da Europa. A principal diferença está na densidade das redes, que é maior no caso rodoviário, pois os

investimentos são muito maiores e o modo rodoviário, por ser mais flexível, chega a muitos mais locais relativamente

ao modo ferroviário.

A população, como se movimenta e comunica 35


4.2 A revolução das telecomunicações e o seu impacto nas relações interterritoriais

O ESSENCIAL A SABER

Ficha 17 A Internet em Portugal e na Europa


1 Analise o mapa seguinte e escolha a opção que completa corretamente as afirmações.

1.1 A
 distribuição espacial da percentagem
N de alojamentos cablados em Portugal
Percentagem
de alojamentos
caracteriza-se por…
cablados em 2011
a) … um contraste Norte/Sul.
> 100 %
75 %–100 % b) … um contraste Noroeste/Sudoeste.
50 %–75 %
25 %–50 % c) … um contraste Litoral/Interior.
0 %–25 %
0% d) … um contraste Oeste/Este.

1.2 O
 s contrastes na distribuição espacial
da percentagem de alojamentos cabla-
dos em Portugal refletem…
ESPANHA
a) … as características físicas do territó-
rio.
Oceano
Atlântico
b) … a densidade populacional.

c) … a densidade populacional e o
dinamismo económico.

d) … o desenvolvimento agrícola.

0 60 km

Fonte: ICP–ANACOM

2 Será a relação entre a percentagem de alojamentos cablados e a densidade populacional uma relação direta?
Justifique a sua resposta.

U4P33H1
Não é uma relação direta, uma vez que há exceções, sobretudo no litoral centro, onde a densidade populacional é elevada

mas não é acompanhada por valores compatíveis de alojamentos cablados. No entanto, é nas áreas metropolitanas

de Lisboa e Porto, as áreas de maior densidade populacional, onde se registam os valores mais elevados de alojamentos

cablados.

3 Justifique o facto de alguns concelhos do interior registarem elevadas percentagens de alojamentos cablados.

Esses concelhos do interior são, na sua maioria, capitais de distrito com uma densidade populacional relativamente

elevada e algum dinamismo económico, como são os casos de Évora e Viseu, por exemplo.

36 Unidade 4
4 Observe os gráficos que se seguem, com a cobertura de modem por cabo nos países da UE, em dezembro de 2010.

Cobertura de modem por cabo na UE27


Em dezembro de 2010
Cobertura total Cobertura em zonas rurais

Países Baixos 95 % Bélgica 60 %

Bélgica 92 % Luxemburgo 52 %

Portugal 85 % Portugal 51 %

Hungria 84 % Países Baixos 51 %

Luxemburgo 76 % Bulgária 45 %

Estónia 69 % Roménia 40 %

Roménia 68 % Dinamarca 34 %

Bulgária 60 % Irlanda 23 %

Dinamarca 60 % Eslovénia 21 %

Alemanha 60 % Áustria 19 %

Letónia 57 % Reino Unido 18 %

Espanha 55 % Alemanha 14 %

Reino Unido 50 % UE27 14 %

UE27 45 % Espanha 12 %

Eslovénia 45 % Letónia 5%

República Checa 43 % Suécia 3%

Áustria 43 % Lituânia 1%

Irlanda 42 % França 1%

Finlândia 41 % Eslováquia 1%

Suécia 38 % Polónia 1%

Polónia 35 % Itália 0%

Eslováquia 35 % Grécia 0%

Lituânia 31 % Chipre 0%

França 29 % Finlândia 0%

Chipre 28 % Estónia 0%

Itália n. d. República Checa n. d.

Grécia n. d. Malta n. d.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60
Fonte: IDATE, Broadband Coverage in Europe, 2011

4.1 C
 omente a situação de Portugal no contexto europeu relativamente à cobertura de modem por cabo, na cobertura
total e nas regiões rurais em particular.

Nestes indicadores, Portugal está, sem dúvida, numa situação privilegiada. Assim, na cobertura total, está em terceiro

U4P34H1
lugar, logo atrás dos Países Baixos e da Bélgica e muito acima de países desenvolvidos como a Dinamarca

e a Alemanha. Mesmo na cobertura em zonas rurais, Portugal atinge valores muito elevados à escala europeia,

ficando novamente na terceira posição. De referir que a cobertura em zonas rurais é nula ou quase nula em países

como a França, a Suécia e a Espanha, enquanto em Portugal atinge os 51 %, valor quase igual ao do Luxemburgo

e igual ao dos Países Baixos.


A população, como se movimenta e comunica 37
4.2 A revolução das telecomunicações e o seu impacto nas relações interterritoriais

ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO

Ficha 18 A Internet no Mundo


1 Observe as imagens seguintes, que representam o tráfego mundial de Internet em 1969 (A) e nos dias de hoje (B).

SRI UTAH

UC58 EUA
UCLA

U4P37H1

> 10 000 000


1 000 000
100 000
10 000
1000
100

Fonte: Carna Botnet, tráfego de Internet registado entre junho e outubro de 2012.

1.1 Identifique as grandes regiões do Mundo com maior número de utilizadores de Internet.

Europa Ocidental, EUA, região de São Paulo e Rio de janeiro, Japão, Coreia do Sul, Sudeste Asiático, costa oriental
U4P37H2
da Austrália e Nova Zelândia.

1.2 Identifique as regiões do Mundo consideradas como «buracos negros» em termos de utilização da Internet.

Quase toda a África, a região central e interior da América do Sul (Amazónia), a parte setentrional da América do Norte,

o interior da Ásia e o interior da Austrália.

38 Unidade 4
2 Observe o mapa global da Internet em 2012.

AMÉRICA DO NORTE
ÁSIA
EUROPA

Oceano
Atlântico

Oceano ÁFRICA
Pacífico

AMÉRICA DO SUL
OCEÂNIA

Oceano
Índico

0 2000 km
Fonte: TeleGeography

Banda larga internacional usada (Gbps) Capacidade de tráfego até dezembro 2012 (Gbps)

0 10 500 5000 + 0 10 500 +

2.1 De acordo com o mapa, justifique o facto de a língua inglesa ser dominante na Internet.

Essa circunstância pode explicar-se pelo facto de a maior parte dos fluxos ocorrer entre os países anglo-saxónicos.
U4P38H1

2.2 Relacione este mapa com o mapa dos cabos submarinos e o mapa do tráfego aéreo presentes no seu manual.

São praticamente idênticos e as semelhanças justificam-se pelas intensas relações comerciais e culturais entre as

regiões.

2.3 J ustifique a lógica geográfica representada neste mapa, tendo em conta as regiões entre as quais se processam os
maiores fluxos de informação.

A lógica é a de ligar as regiões mais desenvolvidas do Globo, ou seja, as que estabelecem os maiores fluxos financeiros

e comerciais.


A população, como se movimenta e comunica 39
4.2 A revolução das telecomunicações e o seu impacto nas relações interterritoriais

APLIQUE UMA TÉCNICA

Ficha 19 A Internet e a escolaridade


1 Observe a figura seguinte, com a relação entre os utilizadores mundiais de Internet e o número médio de anos
de escolaridade entre as mulheres a partir dos 25 anos.
A realizar pelo aluno.

D A

1.1 Descarregue o software Gapminder em http://www.gapminder.org.

1.2 Instale o programa num computador.

1.3 E scolha como variável no eixo das abcissas o número médio de anos na escola das mulheres acima dos 25 anos.
Escolha também uma escala linear (lin).

1.4 Escolha para o eixo das ordenadas os utilizadores de Internet por 100 habitantes.

1.5 Trace um eixo vertical no gráfico correspondente aos nove anos de escolaridade (traço vermelho).

1.6 Trace um eixo horizontal nos 50 % de utilizadores de Internet (traço azul).

1.7 Em resultado destas marcações, fica com quatro quadrantes no gráfico:

• O quadrante com elevado número de utilizadores de Internet e elevado número de anos na escola;

• O quadrante com baixo número de utilizadores de Internet e baixo número de anos na escola;

• O quadrante com baixo número de utilizadores de Internet e elevado número de anos na escola;

• O quadrante com valores relativamente elevados de utilizadores de Internet, mas com valores reduzidos no
número de anos de permanência na escola.

40 Unidade 4
2 Identifique cada um dos países que fazem parte de cada setor do gráfico, bastando para isso, no programa, colocar
o ponteiro do rato em cima do círculo correspondente.
A realizar pelo aluno.
3 Atribua uma cor a cada setor do mapa e cartografe e pinte cada um dos países desse setor com a cor correspon-
dente.
A realizar pelo aluno.

Oceano
Glacial Ártico

Oceano
Pacífico

Oceano
Atlântico

Oceano
Oceano
Índico
Pacífico

0 2200 km

4 Analise o mapa acima representado.

4.1 Qual é a relação entre as duas variáveis?


U4P36H1
No geral, há uma relação direta entre as duas variáveis. Quanto maior é o número de anos na escola das mulheres com

mais de 25 anos maior é o número de utilizadores de Internet.

4.2 Quais são os países que fogem a esta relação?

Singapura, com um número relativamente elevado de utilizadores de Internet, mas com um número médio de

permanência das mulheres na escola relativamente baixo. Por outro lado, a Rússia tem um número elevado de anos
de permanência na escola, mas um número relativamente reduzido de utilizadores de Internet.
4.3 Em que setores se encontram estes países?

Singapura encontra-se no setor D, enquanto a Rússia se posiciona no setor C.

4.4 Caracterize em termos de desenvolvimento os países dos setores A e B.

No setor A encontram-se os países mais desenvolvidos, com um elevado número de anos de permanência das mulheres
na escola e, ao mesmo tempo, um elevado número de utilizadores de Internet. É o caso da maioria dos países da Europa
e da América do Norte, assim como da Oceânia e do Japão. No setor B encontram-se os menos desenvolvidos (baixo
número de anos na escola e também de utilizadores de Internet). É o caso da maioria dos países africanos.
4.5 Caracterize os países em C e D.

O setor C corresponde aos países em que o número de anos de escolaridade é elevado, mas que têm alguns problemas
de desenvolvimento económico que não lhes permite um grande investimento em tecnologias. Estão neste caso,
sobretudo, países que fizeram parte do Bloco Soviético. O setor D corresponde aos países em que, apesar do
relativamente elevado número de utilizadores de Internet, a frequência da escola pelas mulheres atinge valores mais
reduzidos. Estão neste caso alguns países árabes.
A população, como se movimenta e comunica 41
4.2 A revolução das telecomunicações e o seu impacto nas relações interterritoriais

ESTUDO DE CASO

Ficha 20 A cartografia da Internet


1 Observe as figuras seguintes, que mostram a distribuição mundial das redes sociais, em 2009 e em 2013.

2009 (junho)
Redes sociais
Facebook
Orkut
Friendster
V Kontakte
Nasza-Klasa
Wretch
Odnoklassniki
QZone
Cyworld
Lidè
Iwiw
Hyves
Maktoob
Zing
One
Hi5
Mixi 0 2800 km

2013 (junho)
N

Redes sociais
Facebook
QZone
V Kontakte
Odnoklassniki
Cloob
Drauglem
Fonte: Alexa/Google Trends for Websites

1.1 A
 nível mundial, ocorreram profundas e muito rápidas alterações na estrutura espacial das diferentes redes sociais.
Identifique as principais diferenças entre 2009 e 2013.

Um reforço do domínio da rede Facebook e, ao mesmo tempo, uma diminuição na diversidade da oferta. Em suma,
U4P39H1
muito menos redes sociais em 2013 devido à conquista de mercado protagonizada pelo Facebook.

42 Unidade 4
2 Observe as imagens seguintes, que mostram duas formas de representar a Internet, bem como a importância relativa
de cada rede social ou site. O que aqui se representa não é o fluxo de dados e informação, mas sim a importância rela-
tiva de cada rede ou site. Explore também o seguinte site, com o «mapa da Internet»: http://internet-map.net.

2.1 Quais são as redes sociais e os sites que dominam o Mundo na atualidade?

Google e Facebook.


U4P40H3

3 Comente a seguinte afirmação:

«A globalização das redes sociais não é um dado adquirido, apesar de algumas serem claramente de utilização mais
generalizada.»

Apesar de haver uma clara influência de algumas redes, ainda há casos de redes mais regionais que ganharam o seu espaço

em detrimento das redes mais globais.



A população, como se movimenta e comunica 43
5.1 A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades

O ESSENCIAL A SABER

Ficha 21 A construção europeia


1 Observe o quadro que se segue e complete-o, utilizando a lista de países (atenção: nem todos fazem parte da União
Europeia).

L ista de países: Albânia, Alemanha, Andorra, Áustria, Bélgica, Bulgária, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Croácia, Dinamarca,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia,
Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Macedónia, Malta, Moldávia, Montenegro, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal,
República Checa, Roménia, Sérvia, Suécia, Ucrânia e Vaticano.

País Adesão População Capital


Alemanha Membro fundador 1952/1958 81 932 161 Berlim
Bélgica Membro fundador 1952/1958 11 128 246 Bruxelas
França Membro fundador 1952/1958 65 433 340 Paris
Itália Membro fundador 1952/1958 59 539 717 Roma
Luxemburgo Membro fundador 1952/1958 530 946 Luxemburgo
Países Baixos Membro fundador 1952/1958 16 754 962 Amesterdão
Dinamarca 1973 5 591 572 Copenhaga
Reino Unido 1973 63 695 687 Londres
Irlanda 1973 4 586 897 Dublin
Grécia 1981 11 092 771 Atenas
Portugal 1986 10 514 844 Lisboa
Espanha 1986 46 773 055 Madrid
Áustria 1995 8 429 991 Viena
Finlândia 1995 5 413 971 Helsínquia
Suécia 1995 9 519 374 Estocolmo
Chipre 2004 863 945 Nicósia
Eslováquia 2004 5 407 579 Bratislava
Eslovénia 2004 2 057 159 Liubliana
Estónia 2004 1 322 696 Talin
Letónia 2004 2 034 319 Riga
Hungria 2004 9 920 362 Budapeste
Lituânia 2004 2 987 773 Vilnius
Polónia 2004 38 535 873 Varsóvia
Malta 2004 419 455 La Valeta
República Checa 2004 10 510 785 Praga
Bulgária 2007 7 305 888 Sófia
Roménia 2007 20 058 035 Bucareste
Croácia 2013 4 269 062 Zagreb

2 Dê exemplos de países da UE onde exista mais do que uma língua oficial.

Bélgica, Holanda ou Espanha, entre outros.

44 Unidade 5
3 Quais são as condições essenciais que os países devem ter para poderem aderir à UE?

Estas condições, conhecidas como «critérios de Copenhaga», incluem a existência de uma economia de mercado livre, uma

democracia estável e um Estado de Direito, bem como a aceitação de toda a legislação e regulamentação da UE.

4 Mencione os principais objetivos da Política Externa e de Segurança Comum (PESC).

Salvaguardar os valores comuns, os interesses básicos e a independência da União Europeia; reforçar a segurança da União

Europeia e dos seus membros, sob todas as formas; manter a paz e reforçar a segurança internacional; desenvolver e consolidar

a democracia e o Estado de Direito, bem como o respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais. A PESC deixou

de ser, no entanto, um dos pilares da União Europeia com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, em 1 de dezembro de 2009.

5 Observe o mapa seguinte, que mostra os países que usam o euro, e responda às questões.

N
Estados-membros
da UE que usam Islândia
o euro como
moeda nacional Suécia

Estados-membros Finlândia
da UE que não
usam o euro como
moeda nacional
Estónia

Dinamarca Letónia
Irlanda
Holanda
Reino Lituânia
Unido
Polónia
Bélgica Alemanha República Checa
Oceano Luxemburgo
Atlântico
Eslováquia
França Áustria
Hungria Mar
Itália Croácia Roménia Cáspio

Portugal
Bulgária
Espanha

Mar
Mediterrâneo Eslovénia
Grécia

0 238 km
Malta Chipre

5.1 Identifique os Estados da zona euro.

Portugal, Espanha, França, Irlanda, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Alemanha, Áustria, Itália, Grécia, Eslovénia,

Eslováquia, Chipre, Malta, Letónia, Estónia e Finlândia.


U5P42H1
5.2 Identifique os Estados europeus que não fazem parte da zona euro.

Reino Unido, Dinamarca, Suécia, Lituânia, Polónia, República Checa, Hungria, Croácia, Roménia e Bulgária.

5.3 F azer ou não parte da zona euro significa apenas que há países que cumprem e outros que não cumprem determi-
nados critérios económico-financeiros? Justifique a sua resposta.

A frase não é verdadeira. Há países que cumprem todos os critérios mas não fazem parte da zona euro por opção

própria. É o caso, por exemplo, do Reino Unido e da Suécia.


A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades 45
5.1 A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades

ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO

Ficha 22 O funcionamento da União Europeia


1 Assinale no quadro as funções das instituições europeias, após uma investigação sobre o tema.

Banco
Conselho Conselho Parlamento Comissão Tribunal de Tribunal de
Descrição Central
Europeu da UE Europeu Europeia Justiça Contas
Europeu
Apresenta
propostas de
X
regulamentos
da UE

É composto
por um
X
representante, por
Estado‑membro

Fixa as taxas de
X
juro de referência

Controla as
X
despesas da UE

É eleito pela
X
população

Decide as leis
(regulamentos/ X
/diretivas) da UE

Nomeia
o presidente X
da Comissão

Gere a UE X

Representa
os interesses X
dos cidadãos

Representa
os interesses dos
Estados‑membros X
e dos seus
governos

Decide sobre
a interpretação X
das leis europeias

Determina
as orientações X
políticas

46 Unidade 5
2 Preencha os espaços com os números que correspondem às diferentes personalidades que fazem parte da história
da União Europeia.

4 Presidente
 do
Parlamento Europeu

1 Herman
 Van Rompuy 1 Presidente do
(Bélgica) Conselho Europeu

2 José Manuel Durão 3 Ministro


 dos
1 2
Barroso (Portugal) Negócios
Estrangeiros francês
4 Martin
 Schulz entre 1948 e 1952
(Alemanha) e um dos fundadores
da Comunidade
3 Robert
 Schuman Europeia do Carvão
(França) e do Aço

2 Presidente da
Comissão Europeia

3 4

3 Preencha os espaços com as diferentes áreas políticas nas quais os Estados-membros cooperam no âmbito da UE,
para que fiquem no ramo correto.

Política económica Política externa

Normas sociais Política comum


Política externa
Moeda única. mínimas de segurança
comum.
vinculativas. e defesa.

Defesa do consumidor Justiça e assuntos internos

Rotulagem Normas Livre circulação Política comum


dos géneros alimentares de pessoas em matéria
alimentícios. vinculativas. (Schengen). de asilo.

Proteção do ambiente Política agrícola e estrutural


UE

Normas Combater Política estrutural


Desenvolvimento
ambientais as alterações de apoio
rural.
comuns. climáticas. às regiões.

Livre circulação de pessoas (Schengen) Rotulagem dos géneros alimentícios

Desenvolvimento rural Política externa comum

Normas ambientais comuns Normas alimentares vinculativas

Moeda única Normas sociais mínimas vinculativas

Combater as alterações climáticas Política comum em matéria de asilo

Política estrutural de apoio às regiões Política comum de segurança e defesa


A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades 47
5.1 A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades

APLIQUE UMA TÉCNICA

Ficha 23 Os contrastes de desenvolvimento na UE


1 Observe atentamente o quadro seguinte, que mostra o PIB per capita (2012) e a taxa de mortalidade infantil (2011)
nos países da União Europeia.
A realizar pelo aluno com a ajuda do manual.

Taxa de
mortalidade
Países PIB per capita (PPS)
infantil
(permilagem)
Anos 2011 2011
UE27 — União Europeia (27 países) 25 201,0 3,9
Alemanha 30 530,2 3,6
Áustria 32 323,6 3,6
Bélgica 29 645,3 3,3
Bulgária 11 599,6 8,5
Chipre 23 608,5 3,1
Dinamarca 31 467,0 3,5
Eslováquia 18 497,6 4,9
Eslovénia 21 006,6 2,9
Espanha 23 973,1 3,1
Estónia 17 252,4 2,5
Finlândia 28 685,0 2,4
França 27 271,2 3,5
Grécia 20 191,9 3,4
Hungria 16 363,9 4,9
Irlanda 32 646,6 3,5
Itália 25 125,3 3,2
Letónia 14 672,8 6,6
Lituânia 16 659,8 4,2
Luxemburgo 66 809,4 4,3
Malta 21 879,2 6,3
Países Baixos 32 722,1 3,6
Polónia 16 217,1 4,7
Portugal 19 673,6 3,1
Reino Unido 27 511,2 4,2
República Checa 20 145,4 2,7
Roménia 12 547,5 9,4
Suécia 31 686,2 2,1
Fonte: Pordata, 2013

48 Unidade 5
1.1 C
 onstrua um gráfico em que relacione a mortalidade infantil e o PIB per capita. Verifique as diferentes unidades em
que as variáveis vêm expressas.

1.2 D
 epois de concluído, deverá dividir o gráfico em quatro setores, traçando uma linha na média do PIB e outra linha
na média da mortalidade infantil, à semelhança do que fez no exercício da Ficha 19.

2 Cartografe os resultados num mapa da Europa, de acordo com as quatro classes definidas na questão anterior.
A realizar pelo aluno com a ajuda do manual.

U3P7H1

Oceano
Atlântico

0 238 km

A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades 49


5.1 A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades

estudo de caso

Ficha 24 O ambiente na Europa


1 Observe o mapa seguinte, que representa as taxas de reciclagem nos diferentes países europeus.

N
Taxas de reciclagem
23 %
> 60 %
50 %–60 %
40 %–50 %
30 %–40 %
20 %–30 %
10 %–20 % 49 % 33 % Média
< 10 % UE
42 %
39 %

42 % 9%
36 %
5%
39 %
51 %
Oceano
Atlântico 58 % 62 % 21 %
47 % 16 %
9%
35 % 63 %
51 % 21 %
1%
4%
19 %
33 % 36 % 0%

18 % 1%

0 350 km
13 %
Fonte: EEA

1.1 Qual é a relação, mais ou menos evidente, que existe entre o desenvolvimento económico e as taxas de reciclagem?

Quanto maior é o desenvolvimento económico, maiores são as taxas de reciclagem.

U5P47H1
1.1.1 Quais são os países que ficam fora dessa relação?

A Finlândia e a Islândia.

1.2 O contraste centro/periferia pode aplicar-se neste contexto? Sim, esse contraste é bem visível.

1.3 E o contraste Oeste/Este? Justifique a sua resposta.

De certa forma, também, uma vez que as taxas de reciclagem a leste são muito baixas ou quase nulas.

1.4 Com que países Portugal tem mais afinidades?

Com a Grécia e a República Checa.

50 Unidade 5
2 Observe o mapa seguinte, que representa os principais impactos e efeitos passados e projetados das alterações
climáticas nas principais regiões biogeográficas da Europa.

Oceano
Atlântico

Ártico
Europa Setentrional
(região boreal)
Noroeste da Europa
Mares europeus
Zonas de montanha
Europa Central
e Oriental
Região mediterrânica

Fonte: AEA, CCI e OMS 0 480 km

Ártico — Diminuição da cobertura de gelo do mar Ártico; perda elevado risco de queda de rochas; deslocação para terrenos mais
da capa de gelo da Gronelândia; risco mais elevado de perda de elevados de plantas e animais; redução do turismo relacionado
biodiversidade. com o esqui no inverno; aumento do risco de erosão dos solos;
Europa Setentrional (região boreal) — Diminuição da camada U5P48H1 elevado risco de extinção de espécies.
de neve e gelo em lagos e rios; aumento da quantidade de energia Europa Central e Oriental — Aumento das temperaturas
obtida por via hidroelétrica; decréscimo do consumo de energia extremas; redução da precipitação estival; aumento das
para fins de aquecimento; aumento do turismo (verão); aumento inundações fluviais no inverno; aumento da temperatura da
do caudal dos rios; crescimento florestal mais elevado; aumento água; maior variabilidade dos rendimentos das culturas;
do rendimento das culturas; deslocação das espécies para norte; aumento do perigo de incêndios florestais; redução da
maior risco de danos provocados por tempestades de inverno. estabilidade florestal.
Noroeste da Europa — Aumento da precipitação no inverno; Região mediterrânica — Diminuição da precipitação anual;
aumento do caudal dos rios; deslocação para norte das espécies diminuição do caudal anual dos rios; aumento dos incêndios
de água doce; aumento do risco de inundações costeiras. florestais; diminuição dos rendimentos das culturas; aumento
Mares europeus — Aumento do nível médio das águas do mar; da procura de água para fins agrícolas; aumento do risco de
aumento das temperaturas da água do mar à superfície; deslocação desertificação; menos quantidade de energia produzida por via
das espécies para norte; aumento da biomassa de fitoplâncton; hidroelétrica; aumento do número de mortes devidas a vagas
aumento dos riscos para unidades populacionais de peixes. de calor; aumento das doenças transmitidas por vetores;
Zonas de montanha — Aumento das temperaturas elevadas; diminuição do turismo de verão; risco mais elevado de perda
redução da massa glaciária; redução do permafrost nas montanhas; da biodiversidade.

2.1 P
 ortugal surge em duas regiões biogeográficas distintas na Europa. Num contexto de alterações do clima, quais
serão os principais impactos para Portugal?

A diminuição da precipitação e do caudal dos rios, o aumento dos incêndios, etc. Todas as referentes às regiões

mediterrânicas.

2.2 Quais são as regiões da Europa que sofrerão maiores impactos negativos?

As regiões mediterrânicas.

2.3 Quais são as regiões da Europa que, num contexto de alteração do clima, terão impactos menos negativos?

A Europa Setentrional.


A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades 51
O ESSENCIAL A SABER

Ficha 25 Teste global 1


1 Estabeleça a correspondência entre os conceitos e as respetivas definições, colocando na última coluna o algarismo
que considere correto.

Definição Conceito Algarismo

1. Relação entre a humidade absoluta de um certo volume de ar


e o ponto de saturação desse mesmo volume de ar, sem a variação da a) Regime fluvial. 2
temperatura.

2. Variação do caudal ao longo do ano. b) Rede hidrográfica. 9

3. Porção de atmosfera horizontalmente homogénea quanto à temperatura


c) Humidade relativa. 1
e à humidade.

4. Quantidade de água que passa numa determinada secção do rio por unidade
d) Caudal de um rio. 4
de tempo.

5. Área drenada por um rio e todos os seus afluentes e subafluentes. e) Bacia hidrográfica. 5

f ) Perfil longitudinal
6. Transferência de reservas hídricas de umas bacias hidrográficas para outras. 8
de um rio.

7. Quantidade máxima de vapor de água que um certo volume de ar pode conter. g) Massa de ar. 3

8. Linha que, ao longo do leito do rio, une os pontos de menor cota (altitude), h) Capacidade
7
desde a nascente até à foz. higrométrica.

i) Perfil transversal
9. Conjunto formado pelo rio principal, afluentes e subafluentes. 10
de um rio.

10. Linha de interseção de um plano vertical com o vale, perpendicularmente


j) Transvase. 6
à direção deste.

2 Leia atentamente as frases que se seguem e escolha a opção que completa cada afirmação da forma correta.

2.1 O mapa ao lado representa as unidades geomorfológicas do território português, que são…

a) … maciço antigo (A), orlas mesocenozoicas (B) e bacias cenozoicas


do Tejo e Sado (C). N

b) … maciço antigo (B), orlas mesocenozoicas (A) e bacias cenozoicas


do Tejo e Sado (C). Maciço antigo
Orlas
c) … maciço antigo (A), orlas mesocenozoicas (C) e bacias cenozoicas mesocenozoicas
Bacia cenozoica
A
do Tejo e Sado (B). do Tejo-Sado

d) … maciço antigo (C), orlas mesocenozoicas (A) e bacias cenozoicas


do Tejo e Sado (B). B

2.2 Os problemas do setor agrícola podem ser resolvidos por meio…


C
Oceano
Atlântico
a) … do rejuvenescimento da mão de obra através de reformas antecipadas.

b) … da concretização de programas de alfabetização para os mais idosos.

c) … da valorização das técnicas artesanais, que permitem uma prática


ESPANHA
agrícola «amiga» do ambiente.
0 55 km D
d) … do desmantelamento das cooperativas agrícolas.

52
2.3 O
 desenvolvimento sustentado de uma região agrária como o Alentejo deve implicar um conjunto de medidas,
tais como…

a) … a concessão de subsídios compensatórios para o aumento da área deixada em pousio.

b) … a extensificação das atividades agrícolas de produção vegetal e animal, com abandono de terras e aumento
de incultos.

c) … a intensificação de práticas agrícolas ligadas ao cultivo de produtos deficitários na União Europeia, com o uso
de práticas agrícolas modernas.

d) … a valorização das dinâmicas locais, com o aproveitamento da tradição industrial de produtos como a salsicha-
ria, o vinho, o queijo e o «turismo verde».

2.4 A utilização do meio de transporte aéreo no tráfego nacional de mercadorias…

a) … é reduzida, praticamente sem significado.

b) … só tem significado no transporte de mercadorias muito volumosas.

c) … tem vindo a ser substituído pelo modo ferroviário.

d) … só tem expressão no território continental.

2.5 O tipo de expansão urbana associado ao aumento da acessibilidade designa-se por…

a) … suburbanização.

b) … desconcentração.

c) … ruralização.

d) … descentralização.

2.6 A cidade de Lisboa está a perder a sua população porque…

a) … as pessoas preferem ir viver para o espaço rural.

b) … as habitações são muito modernas e, portanto, muito caras.

c) … as pessoas preferem ir viver para próximo do seu local de trabalho.

d) … as pessoas vão viver para as áreas suburbanas, onde a habitação é mais barata.

2.7 O elevado número de movimentos pendulares para Lisboa está relacionado sobretudo com…

a) … o menor número de habitantes e a maior capacidade de emprego no concelho de Lisboa.

b) … a qualidade dos transportes públicos e o afastamento em relação à cidade.

c) … o maior número de habitantes e a menor capacidade de emprego de cada concelho de origem.

d) … o número de pessoas com transporte próprio e o afastamento em relação à cidade.

2.8 O programa RECRIA tem como objetivo…

a) … ajudar as autarquias a valorizar as suas cidades.

b) … criar infraestruturas e espaços verdes nas cidades.

c) … reestruturar totalmente partes antigas de cidades.

d) … colaborar com proprietários de imóveis degradados, para ajudar na sua reabilitação.

53
O ESSENCIAL A SABER

2.9 O Tratado da União Europeia (Tratado de Maastricht), assinado em 1992, pretende…

a) … uma união efetiva e global dos Estados-membros.

b) … atingir uma cidadania europeia e a plena concretização do mercado único.

c) … atingir a integração a nível económico e a adoção de uma moeda única.

d) … o desenvolvimento de uma política externa comunitária.

2.10 Os países que aderiram à UE em 2007 foram…

a) … Malta e Roménia.

b) … Roménia e Hungria.

c) … Roménia e Bulgária.

d) … Suécia e Hungria.

3 Observe as figuras seguintes, que apresentam os gráficos termopluviométricos das estações meteorológicas de
Braga e de Beja.

T (˚C) P (mm)
A B
220

200
T (˚C) P (mm)
90 180

80 160 70 140
70 140 60 120
60 120
50 100
50 100
40 80
40 80
30 60
30 60

20 40 20 40

10 20 10 20
0 0 0 0
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D

3.1 Caracterize o regime térmico e pluviométrico da estação B. N

ESPANHA
3.2 E stabeleça a correspondência entre os dois gráficos e os respe-
tivos lugares.
U6P55H1
3.2.1 Justifique a sua resposta anterior.
U6P55H2
3.3 Identifique o principal fator responsável pelas diferenças de
valores da precipitação registadas nas duas estações meteoro-
lógicas.

4 Analise a figura ao lado, que representa a localização da área


de influência da barragem do Alqueva.
Oceano
4.1 Refira três funções das barragens. Atlântico

4.2 E xplique a importância da barragem do Alqueva, salientando


as potencialidades de desenvolvimento da região.

4.3 A
 presente dois impactos negativos no ambiente resultantes da
construção da barragem do Alqueva. Alentejo
Albufeira do Alqueva
Área de intervenção
do empreendimento 0 35 km

54
U6P55H3
5 Observe com atenção a seguinte figura, que apresenta a estrutura etária da população agrícola portuguesa, e leia a
afirmação seguinte.

«A qualidade dos recursos humanos constitui uma das fragilidades da agricultura portuguesa.»
N

Norte
Oceano
Atlântico
Açores

Centro
ESPANHA

15–24 anos
Lisboa
25–34 anos
0 90 km 35–44 anos
Alentejo
Madeira 45–54 anos
55–64 anos
0 90 km
0 100 km 65 e mais anos
Algarve

5.1 Identifique os grupos etários predominantes no setor agrícola em Portugal.

5.2 Refira duas causas demográficas do fenómeno social identificado neste setor de atividade económica.

5.3 Comente a afirmação, considerando as principais características da mão de obra agrícola portuguesa.
U6P56H1
6 Analise a figura seguinte, que evidencia a distribuição das cidades no contexto ibérico.

6.1 C
 aracterize as regiões
N metropolitanas da Penín-
sula Ibérica, no que res-
peita à sua população.

6.2 C
 omente a posição das
cidades portuguesas na
hierarquia urbana ibérica.

Mar
Mediterrâneo

0 125 km

Oceano Cidades (hab.)


Atlântico > 100 000
50 000–100 000
25 000–50 000
Rede viária principal
Açores Regiões
Madeira metropolitanas
(milhões de hab.)
4–5,25
2–4
1–2
<1

U6P56H2
55
Ficha 25 Teste global 1 (pág. 52)
3 3.1 O regime térmico do gráfico B caracteriza-se por uma amplitude térmica relativamente elevada, com valores de tempe-

ratura mais elevados em julho e agosto e valores mais baixos em janeiro. Por seu lado, o regime pluviométrico denota

valores reduzidos de precipitação e a existência de uma estação seca entre junho e setembro.

3.2 O gráfico A é o de Braga e o B, o de Beja.

3.2.1 Em Braga, a precipitação ao longo do ano é bastante superior e o período seco bastante mais curto relativamente

a Beja.

3.3 Braga, situada no noroeste de Portugal, tem influências atlânticas muito mais marcadas e que se traduzem por valores

de precipitação mais elevados, ao mesmo tempo que a amplitude térmica é mais reduzida. Ao contrário, em Beja, a sua

influência marcadamente mediterrânica confere-lhe um clima mais seco, com valores muito mais baixos de precipitação,

uma estação seca bem marcada nos meses mais quentes e uma amplitude térmica mais elevada.

4 4.1 Produção de eletricidade, regularização dos caudais e a constituição de importantes reservas hídricas.

4.2 É uma importante reserva de água (para a atividade agrícola e para o abastecimento doméstico) dentro de uma região

de clima mediterrânico, com estação seca muito prolongada. Além disso, é um importante foco de atração turística, na

medida em que potencializa muitas atividades ligadas aos desportos de água e ao lazer.

4.3 Alteração microclimática e submersão de bom solo agrícola.

5 5.1 Grupo de 65 e mais anos.

5.2 A quebra da natalidade e o abandono dos campos por parte dos mais novos conduzem ao envelhecimento da população

rural.

5.3 A mão de obra agrícola portuguesa é envelhecida e pouco qualificada. A falta de população mais nova na agricultura,

para além de uma menor capacidade física para a realização do trabalho, tem constituído um entrave à modernização e

à revitalização do sistema produtivo, com uma menor capacidade de inovação. A juntar a isto há ainda a baixa qualifi-

cação profissional, pois existe uma clara relação entre a idade do agricultor e o nível de instrução, ou seja, quanto maior

a idade, menor o grau de instrução. Estas características levam a que os níveis de rendimento e produtividade agrícola

se mantenham muito baixos.

6 6.1 A região metropolitana de Madrid é a região de maior população, considerada como de nível 1. Seguem-se as regiões

de nível 2: Lisboa e Barcelona. No nível 3 encontram-se as regiões correspondentes a Sevilha, Valência e Porto. Por fim,

vêm as regiões de nível 4: Bilbau, Málaga e Saragoça.

6.2 Em Portugal, não há nenhuma cidade com a importância de Madrid. Lisboa está ao nível de Barcelona, ou seja, a primeira

cidade portuguesa tem uma importância semelhante à da segunda cidade espanhola. De resto, ao contrário de Espanha,

em Portugal não há uma rede urbana equilibrada e nota-se uma quase ausência de cidades médias. Este tipo de cidades

(equivalentes a Coimbra ou Braga) é bastante comum em Espanha, onde se encontram relativamente bem repartidas

pelo território, mesmo no interior.


O ESSENCIAL A SABER

Ficha 26 Teste global 2


1 Analise os mapas que se seguem, que apresentam a variação da temperatura média em Portugal Continental em
duas estações do ano distintas, e escolha a opção que completa cada afirmação de forma correta.

A 20 ˚C 21 ˚C 22 ˚C 24 ˚C B 9 ˚C 8 ˚C 7 ˚C
19 ˚C 23 ˚C 25 ˚C
Bragança Bragança
N 26 ˚C N
Montalegre Montalegre
Mirandela
Mirandela Viana do
27 ˚C 7 ˚C
Braga Moncorvo Castelo Braga Moncorvo
28 ˚C
Porto Régua Porto Régua 8 ˚C

Oceano Viseu 28 ˚C Viseu


Atlântico Guarda Guarda
Aveiro
10 ˚C
9 ˚C
Coimbra Castelo Coimbra Castelo
Branco Branco
Leiria
18 ˚C 11 ˚C
ESPANHA ESPANHA
17 ˚C
Portalegre
Santarém
17 ˚C Santarém Campo Campo Maior
Maior 9 ˚C
18 ˚C Lisboa Lisboa
Évora Évora
19 ˚C Setúbal
20 ˚C 9 ˚C
21 ˚C
Beja Beja
Oceano
Atlântico
27 ˚C
21 ˚C 10 ˚C
20 ˚C 23 ˚C 25 ˚C 26 ˚C
0 60 km 12 ˚C 0 60 km
19 ˚C Lagos Lagos
18 ˚C Faro Faro
22 ˚C 24 ˚C 12 ˚C 11 ˚C

1.1 As estações do ano representadas são…

a) … verão em A e outono em B.

b) … inverno em A e verão em B. U6P58H1


c) … verão em A e inverno em B.

d) … primavera em B e verão em A.

1.2 Os fatores geográficos que explicam a variação espacial em A são…

a) … o relevo e a continentalidade.

b) … a continentalidade e as correntes oceânicas.

c) … a latitude e a continentalidade.

d) … a latitude e o relevo.

1.3 O fator geográfico que explica a variação espacial em B é…

a) … o relevo.

b) … a continentalidade.

c) … a latitude.

d) … a longitude.

56
1.4 O principal contraste nas temperaturas em A é…

a) … Norte/Sul.

b) … Nordeste/Sudeste.

c) … Litoral/Interior.

d) … Nordeste/Sudoeste.

1.5 O principal contraste em B é…

a) … Norte/Sul.

b) … Litoral/Interior.

c) … Noroeste/Sudeste.

d) … Nordeste/Sudeste.

2 Interprete a carta sinóptica que se segue, que representa uma situação típica de uma determinada estação do ano
em Portugal, e escolha a opção que completa cada afirmação da forma correta.

N
1008

1021
1006

1002
1003
10

2
12

1003 1002 101


1008

1003
10
16

10
12

6
101
10
20

08 20 1014
10

10 10
24

1014
10

12 24
10 10
28

1011
28
10
1033
Isóbaras 0 400 km
Fonte: Met Office

2.1 A situação representada é típica de…

a) … inverno.

b) … primavera. U6P59H1


c) … verão.

d) … outono.

2.2 A situação meteorológica nos Açores e na Madeira está a ser condicionada por…

a) … um anticiclone.

b) … uma depressão barométrica.

c) … uma frente fria.

d) … uma frente oclusa.

57
O ESSENCIAL A SABER

2.3 Em Portugal Continental, a situação meteorológica está condicionada por…

a) … um anticiclone.

b) … uma baixa pressão.

c) … uma frente oclusa.

d) … uma frente quente.

2.4 No que diz respeito à temperatura, o principal contraste verifica-se entre…

a) … o Norte e o Sul, com o Sul mais quente.

b) … nas terras altas e nas terras mais baixas, com as segundas mais quentes.

c) … o litoral e o interior, com o segundo mais quente.

d) … o litoral e o interior, com o primeiro mais quente.

2.5 O vento é…

a) … mais forte no litoral ocidental.

b) … mais forte no litoral algarvio.

c) … mais forte nas terras altas.

d) … mais forte nas regiões do interior.

2.6 O estado de tempo provável para as próximas horas será…

a) … chuva no Norte e Centro.

b) … céu limpo com nortada no litoral ocidental.

c) … céu muito nublado em todo o território do continente.

d) … chuva na região Sul.

3 Observe o gráfico seguinte, que mostra a evolução da taxa de crescimento natural e da taxa de crescimento migra-
tório em Portugal.

Taxa de crescimento natural e taxa de crescimento migratório, por NUT III


1,2 Taxa de crescimento natural:
Diferença entre o número de
Algarve nascimentos e o número de óbitos
0,9 por cada mil habitantes, numa
Oeste dada população, num dado
Península período de tempo.
Pinhal de Setúbal
Lezíria
0,6 Interior Pinhal
Taxa de crescimento migratório

do Tejo Saldo migratório:


Norte Litoral
Médio Diferença entre o número de
Tejo Baixo indivíduos que entra e o número
Vouga Entre Douro
0,3 e Vouga de indivíduos que sai de um país
Serra Alentejo R. A. ou uma região num dado período
da Estrela Central da Madeira Cávado de tempo.
Beira
Interior Minho-Lima PORTUGAL
0,0 Sul Alentejo Grande Crescimento efetivo:
Litoral Ave
Lisboa Contabilização dos indivíduos que
nascem e que morrem, que entram
-0,3 Pinhal Baixo Tâmega
Interior Alto Baixo e que saem num dado país num
Sul Alentejo Alentejo Mondego dado período de tempo.
Douro
-0,6

-0,9

-1,2
-1,4 -0,9 -0,4 0,1 0,6 1,1
Taxa de crescimento natural Fonte: INE, 2009

58
3.1 Comente a seguinte afirmação:

«O gráfico mostra uma relação direta entre a taxa de crescimento natural e a taxa migratória, mas também entre
o crescimento efetivo positivo e negativo.»

3.2 C
 omo se justificam os valores elevados de crescimento natural na Península de Setúbal e no Algarve e a elevada taxa
de crescimento migratório?

3.3 Que características têm as regiões no mesmo quadrante da Península de Setúbal e do Algarve?

3.4 Caracterize as regiões no quadrante inferior esquerdo.

4 Analise o mapa seguinte, que representa os incêndios florestais em Portugal, por município, em 2012.

Número de incêndios
florestais em 2012
158–783
64–158
31–64
11–31
0–11
0 38 km Sem dados

Fonte: Pordata

4.1 Relacione a área ardida em 2012 com as principais manchas florestais.


Regra geral, a área ardida é tanto maior quanto maior for a mancha florestal.
4.2 Que contraste se pode observar em Portugal no que diz respeito à área ardida?
Um claro contraste Norte/Sul, com o vale do Tejo a marcar o limite.
4.3 Quais são as regiões que, em 2012, tiveram um maior número de incêndios florestais?
O Norte e o Centro. U6P60H1
4.4 Quais são as regiões que registaram menor número de incêndios florestais?
O Alentejo, sobretudo a parte mais interior.
4.5 C
 omo se justifica que, sendo o interior do Alentejo uma das regiões mais quentes e secas do País, tenha registado
um número relativamente baixo de incêndios?
A quase ausência de floresta.
4.6 Relacione o número de incêndios em Portugal com a cobertura florestal, a ocupação do solo e as condições climáticas.

59
Ficha 26 Teste global 2 (pág. 56)
3 3.1 O gráfico mostra uma relação entre a taxa de crescimento natural e a taxa migratória, pois à medida que aumenta o

crescimento natural aumenta também a taxa de crescimento migratório. Assim, em média, quanto maior for o cresci-

mento natural maior será a capacidade atrativa da região em relação a imigrantes. Assim, quanto maior for o cresci-

mento natural maior será a tendência para o aumento do crescimento efetivo. Pelo contrário, nas regiões de menor

crescimento natural, a probabilidade de se registar um crescimento efetivo negativo é maior.

3.2 São regiões de grande capacidade de atração de mão de obra, pois são dotadas de algum dinamismo económico. Por

isso, atraem não só a população portuguesa do interior, mas também a população de outros países em busca de melho-

res condições de vida.

3.3 São regiões de grande densidade populacional, dinamismo económico e com crescimento natural e efetivo positivos.

3.4 As regiões deste quadrante são as mais deprimidas em termos económicos e sociais. Estão em grande risco de deserti-

ficação, perdendo população para os grandes centros. Têm baixo dinamismo económico e a população é envelhecida.

O crescimento natural é negativo, assim como a taxa migratória, pois são regiões pouco atrativas à imigração.

4 4.6 Neste ano de 2012, o número de incêndios foi tanto maior quanto maior era a cobertura florestal e a densidade popula-

cional. A relação com as condições climáticas não é evidente, uma vez que é nas regiões mais quentes e secas que se

registou menor número de incêndios, ao contrário do que aconteceu nas mais frescas e húmidas.
O ESSENCIAL A SABER

Ficha 27 Teste global 3


1 A nalise os mapas
N ao lado, que N
2012 representam a evolução do índice 2001 2012
de envelhecimento em Portugal
(continente e regiões autónomas)
entre 2001 e 2012, e escolha a
opção que completa cada uma das
afirmações de forma correta.

1.1 A
 s regiões portuguesas com
população mais jovem são…

a) … o Norte e a Madeira.

b) … o Norte Litoral e os Açores.

c) … o Sul e a Madeira.

d) … o Interior Norte e o Centro.

Índice de 0 65 km Índice de
envelhecimento, envelhecimento,
em percentagem em percentagem
223,5–731,1 223,5–731,1
175,5–223,5 175,5–223,5
135,4–175,5 135,4–175,5
101,1–135,4 101,1–135,4
33,8–101,1 33,8–101,1
Sem dados Sem dados

Fonte: Pordata Fonte: Pordata

1.2 As regiões portuguesas com a população mais envelhecida são…

a) … o Baixo Alentejo e Trás-os-Montes.

b) … o Norte e Centro Interior e o Baixo Alentejo.


U6P62H1 U6P62H1
c) … as regiões de Lisboa e do Porto.

d) … o Centro e o Sul.

1.3 A distribuição espacial do índice de envelhecimento apresenta um contraste…

a) … Norte/Sul.

b) … Litoral/Interior.

c) … Nordeste/Sudoeste.

d) … Litoral Norte e Centro e o resto do País.

1.4 O maior envelhecimento do interior do País explica-se…

a) … pelo maior desenvolvimento económico dos grandes centros urbanos do litoral e consequente êxodo rural.

b) … pelo menor desenvolvimento do interior devido às migrações.

c) … pelo menor desenvolvimento económico do interior e aumento da mortalidade.

d) … pelo maior desenvolvimento do litoral e diminuição da esperança de vida.

60
2 Analise o mapa seguinte, que representa a radiação solar na Terra em W/m2, e escolha a opção que completa cada
afirmação da forma correta.

150 120 90 60 30 0 30 60 90 120 150 180


N
60 60
60

80 60
60

80
60 60
60 100
40 80 100 80 40

80
140
120
140 D 100
100 120 160 140
120 180 120
160 180
140 200 120
20 180 220 140 20

C 140

160
160

0
20
100 120
16

0 0
0

120

20 180
160

16
20 Watts/m2 180 20
160 160 160

0
> 220
200 a 220
0

140
18

180 a 200 140


14

40 160 a 180 140 120 40


120
120
140 a 160
120 a 140 100 80 100
100
80 100 a 120 80
80 a 100
< 80 0 2400 km
170 150 90 60 30 0 30 B 60 90 120 150

2.1 O lugar A regista valores de radiação solar mais baixos relativamente às regiões envolventes porque…

a) … os raios solares incidem de forma mais oblíqua.

b) … na ZCIT a cobertura nebulosa é um fator importante.


U6P63H1
c) … a floresta amazónica faz muita sombra.

d) … é uma região mais fria, logo, com menor radiação solar.

2.2 No ponto C, registam-se os maiores valores de radiação solar porque…

a) … os raios solares incidem mais na vertical.

b) … o relevo não é tão movimentado, logo, há maior exposição aos raios solares.

c) … é a zona dos anticiclones subtropicais, onde o céu está quase sempre sem nebulosidade e os raios solares
são pouco oblíquos.

d) … a influência do Mediterrâneo a norte origina valores elevados de radiação solar.

2.3 No ponto D, a radiação solar é…

a) … baixa, porque a obliquidade dos raios solares é elevada devido à latitude.

b) … baixa, porque a obliquidade dos raios solares é elevada devido à continentalidade.

c) … alta, porque a radiação solar aumenta com a latitude.

d) … baixa, porque é uma região de relevo muito acidentado.

2.4 No ponto B, a radiação solar é…

a) … baixa, devido ao frio.

b) … baixa, devido à grande obliquidade dos raios solares.

c) … alta, pois quanto maior é a latitude maior é a radiação solar.

d) … baixa, pois a neve e o gelo da Antártida refletem a radiação solar.

61
O ESSENCIAL A SABER

3 Observe os mapas seguintes, que representam a hipsometria, a precipitação e o escoamento de Portugal Continen-
tal, e escolha a opção que completa cada afirmação de forma correta.

Oceano
Oceano Atlântico
Oceano Atlântico
Atlântico

ESPANHA
ESPANHA
ESPANHA

0 72 km

0 68 km

0 60 km
Escoamento (m3)
> 2200 300 a 400
1800 a 2200 200 a 300
Precipitação (mm) 1400 a 1800 150 a 200
> 2000 601 a 800 1000 a 1400 100 a 150
1601 a 2000 500 a 600 800 a 1000 50 a 100
Altitude > 1000 200 a 500 1001 a 1600 600 a 800 25 a 50
< 500
(metros) 801 a 1000 < 25
500 a 1000 0 a 200 400 a 600

3.1 O Norte Litoral e o Centro são as regiões de maior escoamento porque…

a) … o relevo é mais acidentado e a precipitação é mais elevada.

U6P64H1
b) … a precipitação é mais elevada.

c) … são as regiões mais planas, mas também mais chuvosas.

d) … é lá que se situam os rios mais importantes.

3.2 No norte de Portugal, os contrastes espaciais no escoamento são…

a) … litoral/interior, pois chove mais no interior.

b) … litoral/interior, pois os rios têm mais caudal no litoral.

c) … litoral/interior, devido à orientação e exposição do relevo.

d) … norte/sul, pois o Norte é mais chuvoso do que o Sul.

3.3 O escoamento depende…

a) … só da quantidade de precipitação.

b) … da orientação e exposição do relevo.

c) … da exposição das vertentes e da radiação solar.

d) … do relevo (orientação e exposição) e da precipitação.

3.4 Os contrastes no escoamento no Algarve são…

a) … no litoral/interior, pois a proximidade do mar dá origem a valores de precipitação mais elevados.

b) … no interior, pois é lá que o relevo é mais acidentado e os valores de precipitação são mais elevados.

c) … no litoral ocidental, pois está mais próximo da região do Atlântico, que é mais chuvosa.

d) … na região do Guadiana, pois é um dos principais rios.

62
4 Observe o mapa seguinte, que representa as regiões urbanas e rurais da Europa por NUT III, em 2010.

N
Regiões urbanas e rurais da Europa, em 2010
Predominantemente urbana
Intermediária (perto da cidade)
Intermediária remota
Predominantemente rural (perto da cidade)
Predominantemente remota
Sem informação

Oceano
Atlântico

0 625 km
Fonte: ESPON, UHI e EDORA, 2010

4.1 Identifique as regiões da Europa predominantemente rurais. O interior de Portugal e Espanha, o sudoeste
de França, quase toda a Irlanda, o sul da Grécia, a Europa do Norte e parte do Leste europeu.
4.2 Identifique as regiões da Europa predominantemente urbanas.
Benelux, norte de Itália e sudeste de Inglaterra.
4.3 H U6P65H1
 averá alguma relação entre o ser predominantemente rural e o menor desenvolvimento económico associado a
um contexto mais periférico? Justifique a sua resposta.

4.4 Será Portugal um dos países mais rurais da Europa? Justifique a sua resposta.
Sim. E de regiões predominantemente remotas. Portugal dispõe apenas de duas grandes áreas urbanas, de dimensão
relativamente reduzida à escala europeia: as regiões de Lisboa e do Porto.

63
Ficha 27 Teste global 3 (pág. 60)
4 4.3 Sim, pois às regiões predominantemente urbanas correspondem as regiões mais desenvolvidas da Europa, como, por

exemplo, a região mais central da Europa, entre as regiões de Londres e do norte de Itália, passando pela parte mais

ocidental da Alemanha.
O Projeto Desafios de Geografia A Fontes fotográficas
destinado ao 11.o ano de escolaridade,
do Ensino Secundário, é uma obra coletiva, P. 5 Paisagem agrícola — Istockphoto
concebida e criada pelo Departamento de Investigações P. 14 Parque das Nações — Agência LUSA
e Edições Educativas da Santillana, sob a direção
P. 18 Tráfego intenso na cidade — Istockphoto
de Sílvia Vasconcelos.
P. 47 Retrato de Herman Van Rompuy — Michiel Hendryckx
P. 47 Retrato de Durão Barroso — Johannes Jansson
EQUIPA TÉCNICA P. 47 Árvore — Istockphoto
Chefe de Equipa Técnica: Patrícia Boleto
Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
Fotografia da Capa: Getty Images
Conceção da Imagem da Capa: Paulo Oliveira
Ilustrações: Paulo Oliveira
Paginação: Sérgio Pires e Sofia Veterano
Documentalista: Paulo Ferreira
Revisão: Ana Abranches, António Brás e Catarina Pereira

EDITOR
Jorge Silva

© 2014

Estrada da Outurela, 118


2794-084 CARNAXIDE

APOIO AO PROFESSOR
Tel.: 214 246 901
Fax: 214 246 909
apoioaoprofessor@santillana.pt

APOIO AO LIVREIRO
Tel.: 214 246 906
Fax: 214 246 907
apoioaolivreiro@santillana.pt

Internet: www.santillana.pt

Impressão e Acabamento: Lidergraf

ISBN: 978-989-708-611-3

1.a Edição
1.a Tiragem

Depósito Legal: 370132/14

A cópia ilegal viola os direitos dos autores.


Os prejudicados somos todos nós.

Você também pode gostar