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e na devoção a santos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Muita reza e pouca missa, muito santo e pouco padre": o dito popular sempre foi
um emblema do catolicismo praticado no Brasil. Em boa medida, continua valendo,
apesar das mudanças que a Igreja Católica e o país sofreram.
Isso significa que a devoção e as promessas feitas a São Judas Tadeu, Santo
Expedito, Santo Antonio de Pádua e outros santos considerados "poderosos", bem
como o culto à Virgem Maria, estão longe de estar em crise.
Como o nome sugere, trata-se de uma santa frequentemente invocada para resolver
pequenos entraves angustiantes da vida cotidiana.
Uma novidade no cenário de manutenção das tradições é o uso cada vez mais
comum de uma "identidade visual" católica em público, a começar por adesivos de
carro representando, por exemplo, a Virgem Maria e o rosário.
"É possível ver isso como uma reação ao crescimento das igrejas evangélicas, que
têm uma identidade pública muito mais forte, em geral", afirma Caldeira. "É uma
forma de mostrar que a Igreja Católica está aí e está viva."
"Em Belo Horizonte, as missas ocorrem toda semana. Não é algo com expressão
maciça, mas é interessante porque jovens de todas as classes sociais vão a essas
missas."