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DIREITO ADMINISTRATIVO RESUMIDO

ROGER R. OLIVER
Direitos autorais © 2021 Roger R. Oliver

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ISBN: 9798702193236
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Índice
Página do título
Direitos autorais
2. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
2.1. VISÕES DIVERGENTES SOBRE FONTES
3. RAMOS DO DIREITO
4. DEFINIÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO
4.1. LEGALISTA, EXEGÉTICO, EMPÍRICO
4.2. RELAÇÕES JURÍDICAS
4.3. SERVIÇO PÚBLICO
4.4. TELEOLÓGICO
4.5. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
4.6. NOÇÕES DE ESTADO E GOVERNO
4.7. PODERES DO ESTADO OU PODERES DA REPÚBLICA
5. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
5.1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
5.2. SENTIDO SUBJETIVO E OBJETIVO
5.3. CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
5.4. ADMINISTRAÇÃO DIRETA
5.5. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
5.5.1. AUTARQUIAS
5.5.2. FUNDAÇÃO PÚBLICA
5.5.3. EMPRESA PÚBLICAS E SEM
5.5.4. SOCIEDADES E EMPRESAS PÚBLICAS
5.6. PARAESTATAIS (TERCEIRO SETOR)
5.6.1. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS):
5.6.2. ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE
PÚBLICO – OSCIP:
5.7. ÓRGÃOS PÚBLICOS
5.7.1. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES
QUANTO À COMPOSIÇÃO (ATUAÇÃO FUNCIONAL)
6. PRINCÍPIOS, AGENTES PÚBLICOS
6.1.1. ROL DOS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
7. ATOS ADMINISTRATIVOS
7.1. ELEMENTOS OU REQUISITOS DE VALIDADE
7.1.1. TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES
7.1.2. APROFUNDAMENTO SOBRE A COMPETÊNCIA:
7.1.3. COMPLEMENTO PARA MOTIVO E MOTIVAÇÃO
7.1.4. EXEMPLO ENVOLVENDO TODOS OS ELEMENTOS:
7.1.5. SILÊNCIO ADMINISTRATIVO É UM ATO?
7.2. ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
7.2.1. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE E LEGITIMIDADE
7.2.2. AUTOEXECUTORIEDADE
7.2.3. TIPICIDADE
7.2.4. IMPERATIVIDADE
7.3. EXEQUIBILIDADE DO ATO
7.4. CLASSIFICAÇÃO
7.5. SIMPLES, COMPLEXO, COMPOSTO
7.6. GERAL E INDIVIDUAL:
7.7. ATOS DE IMPÉRIO, GESTÃO E DE EXPEDIENTE
7.8. EM SENTIDO ESTRITO, AMPLO, OBJETIVO
7.9. EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
7.9.1. ANULAÇÃO OU INVALIDAÇÃO
7.9.2. REVOGAÇÃO (CONTROLE DE MÉRITO)
7.9.3. CASSAÇÃO
7.9.4. CADUCIDADE
7.9.5. CONTRAPOSIÇÃO
7.10. CONVALIDAÇÃO
8. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
8.1. PODER HIERÁRQUICO
8.1.1. DELEGAÇÃO
8.1.2. AVOCAÇÃO
8.2. PODER DISCIPLINAR
8.3. PODER DE POLÍCIA
8.3.1. ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA
8.4. PODER REGULAMENTAR
8.4.1. DECRETO REGULAMENTAR
8.4.2. DECRETO AUTÔNOMO
8.4.3. DECRETO AUTORIZADO (DELEGADO)
8.5. ABUSO DE PODER
9. BENS E SERVIÇOS PÚBLICOS
9.1.1. ESPÉCIES DOS BENS PÚBLICOS
9.1.2. ATRIBUTOS DOS BENS PÚBLICOS
9.2. SERVIÇOS PÚBLICOS
9.2.1. ELEMENTOS DO SERVIÇO PÚBLICO
9.2.2. PRINCÍPIOS DO SERVIÇO PÚBLICO:
9.2.3. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO
9.2.4. FORMAS DE DELEGAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO
Permissão
10. AGENTES PÚBLICOS E RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESTADO
10.1. REGIME JURÍDICO ÚNICO
10.2. ATUALIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL
10.3. RESPONSABILIDADE CIVIL
10.3.1. MODALIDADES DE RESPONSABILIDADES
10.3.2. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
10.3.3. DIREITO DE REGRESSO
10.3.4. TEORIAS
10.3.5. ATUALIZAÇÕES JURISPRUDENCIAIS
11. INTERVENÇÃO DO ESTADO DA PROPRIEDADE
PRIVADA
11.1.1. FORMAS DE INTERVENÇÃO
12. CONTRATOS (8.666/93)
12.1. CLÁUSULAS EXORBITANTES
12.2. CARACTERÍSTICAS
12.3. TEORIA DA IMPREVISÃO
13. CONTROLE
13.1. CONTROLE
13.2. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
14. LEI 8.112/90
14.1. ESTABILIDADE ESPECIAL AOS EMPREGADOS DAS
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
14.2. CARGOS – POSSE – ESTÁGIO PROBATÓRIO
14.3. PROVIMENTO E VACÂNCIA
14.4. FORMAS DE DESLOCAMENTO
14.5. DIREITOS E VANTAGENS
14.5.1. VANTAGENS
LICENÇAS
14.5.2. AFASTAMENTOS
CONCESSÕES
14.5.3. DEVERES E PROIBIÇÕES DO SERVIDOR
14.5.4. RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR
14.5.5. PENALIDADES
14.6. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
15. LICITAÇÕES
15.1. PRINCÍPIOS
15.2. JULGAMENTO OBJETIVO
15.3. DEFINIÇÕES
15.4. OBRAS E SERVIÇOS
15.5. VÁRIOS TÓPICOS
15.6. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS
15.7. VALORES ATUALIZADOS
15.8. ALIENAÇÕES
15.9. MODALIDADES (PARTE 1)
15.10. VALORES – ATUALIZADO
15.11. MODALIDADES (PARTE 2)
15.12. PUBLICIDADE
15.13. DISPENSA E INEXIGIBILIDADE
15.14. FASES DA LICITAÇÃO
16. LEI 8.429/92
16.1. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA IMPORTANTE:
16.2. TIPOS
18. REFERÊNCIAS:
17. CONTATO:
1. SUMÁRIO
2. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Através das fontes (instituto normativo) podemos saber a
origem e procedência das regras e princípios da matéria. Nesse
primeiro momento, tenha em mente que existem as fontes
Primárias e Secundárias:

As Fontes Primárias são compostas por Leis;


As Fontes Secundárias são compostas por
Jurisprudência, Doutrina, Costumes.

FONTES PRIMÁRIAS:
1) LEI

A lei em sentido amplo (lato sensu), em regra, abstrata


e impessoal, é a fonte mais importante da matéria, a qual
fornece as bases para o princípio da legalidade.

Segundo Scatoline e Trindade, temos a seguinte definição para


lei em sentido amplo:

Fonte primária e principal do Direito Administrativo.


Vai desde a Constituição Federal (art. 37) até os demais atos
normativos expedidos como, por exemplo, decretos, resoluções
e regimentos. Assim, a lei como fonte do Direito Administrativo
é a lei em seu sentido amplo, ou seja, a lei feita pelo
Parlamento e também atos normativos expedidos pela
Administração. [i]

Características:

fonte primária;
direta;
imediata.
O que é uma lei em sentido amplo?

Leis em sentido amplo são: CF/88, leis, medidas provisórias,


decretos-leis, tratados internacionais (decretos legislativos), normas
infralegais* (decretos, regulamentos e atos normativos, tais como
resoluções, portarias, instruções).

Súmula Vinculante (STF) tem peso de lei. Ou seja,


ela é de observância obrigatória. Portanto, é jurisprudência,
mas não é fonte secundária, mas fonte primária.

Alguns autores também incluem os tratados e acordos


internacionais do rol de fontes do Direito Administrativo.

Fontes Secundárias:
Jurisprudência
➢ Fonte secundária, indireta ou mediata.
➢ Decisões judiciais reiteradas sobre determinada matéria
administrativa influenciam na interpretação e aplicação do
Direito Administrativo.
➢ Súmulas

Temos a seguinte definição doutrinária para Jurisprudência:


Jurisprudência é a reiteração de julgamentos no mesmo
sentido. A jurisprudência não é seguimento obrigatório. Trata-
se, apenas, de orientação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e da Administração. Entretanto, se o Supremo
Tribunal Federal editar súmula vinculante, esta, por
determinação da Constituição, art. 103-A, será obrigatória para
toda a Administração Pública, direta e indireta, de todos os
níveis da Federação (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios) e para todo o Poder Judiciário. Por exemplo, a
Súmula Vinculante nº 21: “É inconstitucional a exigência de
depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para
admissibilidade de recurso administrativo”.

Doutrina (Livros)
➢ Fonte secundária, indireta ou mediata.
➢ Influência na produção e interpretação normativa.

As doutrinas são teses de doutrinadores que influenciam


nas decisões administrativas, como no próprio Direito
Administrativo.

Costume
➢ Fonte secundária, indireta ou mediata;
➢ Costumes sociais e prática administrativa;
❖ Costume social: influencia na produção e interpretação
normativa;
❖ Prática administrativa (praxe): atua nas lacunas normativas
em razão dos princípios da moralidade e razoabilidade.

Os costumes são condutas reiteradas praticadas pelos


agentes públicos com consciência de obrigatoriedade.
2.1. VISÕES DIVERGENTES SOBRE
FONTES
Segundo Hely Lopes Meirelles, o Direito Administrativo possui
quatro fontes:

Leis → fonte primária, direta;


Doutrina → fonte secundária, indireta;
Jurisprudência → conjunto reiterado de decisões dos
tribunais. Ex.: informativos STF e STJ; fonte secundária,
indireta;

Costumes→ segundo opinião de juristas, cientistas e


teóricos do direito: será fonte secundária, indireta.

Outros autores citam:

Analogia;
Equidade Princípios gerais do direito
Tratados internacionais
Instrução
Circular.

Segundo Maria Di Pietro:


➢ Fontes formais do Direito Administrativo:
✓ A Constituição;
✓ A lei;
✓ O regulamento e outros atos normativos da Administração
Pública.

➢ São fontes materiais:


✓ Doutrina;
✓ Jurisprudência;
✓ Princípios gerais do direito
✓ Costumes
Observação:

Jurisprudência é fonte secundária → não obrigatória


Súmula Vinculante é considerada fonte primária →
obrigatória
3. RAMOS DO DIREITO
➢ Ramo Privado
✓ Autonomia de Vontade
❖ Liberdade
✓ Igualdade entre Partes
❖ Horizontal

➢ Ramo Público
✓ Desigualdade entre as partes
❖ Superioridade
❖ Vertical
✓ Presença do Estado
❖ Interesse Público
4. DEFINIÇÃO DO DIREITO
ADMINISTRATIVO
Alguns critérios definidores do Direito Administrativo são
estabelecidos pela nossa doutrina:

Critério Legalista (muitas vezes chamado de


critério exegético)
Onde o Direito Administrativo é visto como
um conjunto de leis administrativas, as quais
regulam a Administração Pública de um
determinado Estado.
Critério do Poder Executivo
Onde o Direito Administrativo é visto como o
ramo do direito, o qual regula os atos do Poder
Executivo.
Critério do Serviço Público
Direito Administrativo consiste na disciplina
que regula a instituição, a organização e a
prestação de serviços públicos.
Critério das relações jurídicas
Direito Administrativo é um conjunto de
normas que regulam a relação entre
Administração e administrados.
Critério teleológico ou finalístico:
É um sistema formado por princípios
jurídicos, os quais buscam disciplinar a atividade
do Estado para o cumprimento de seus fins.
Critério negativista ou residual:
Consiste no estudo de toda atividade do
Estado, desde que não seja atividade legalista
ou a atividade jurisdicional.
Critério da administração pública:
Onde o Direito Administrativo é visto como
um conjunto de normas, as quais normatizam a
Administração Pública.

Abaixo seguem explicações mais detalhadas de alguns desses


critérios.
4.1. LEGALISTA, EXEGÉTICO, EMPÍRICO
Nessa época, o Direito Administrativo teve por objeto a
interpretação das normas jurídicas administrativas e atos
complementares (leia-se: direito positivo). Assim, estruturou-se a
partir da interpretação de textos legais, proporcionada pelos
Tribunais Administrativos.
A grande crítica do critério legalista foi desconsiderar a carga
normativa dos princípios. Dessa forma só era valorado o que
estivesse em lei.

Do Poder Executivo ou italiano ou subjetivista


Segundo seus defensores, o Direito Administrativo é o conjunto
de princípios regentes da organização e das atividades do Poder
Executivo, incluídas as entidades da Administração Indireta
(autarquias e fundações, por exemplo). A crítica é bem simples. O
Direito Administrativo não se resume à disciplina do Poder
Executivo, afinal, todos os Poderes administram, embora, para
alguns, isso constitua missão atípica. E mais: no Poder Executivo,
nem tudo é objeto do Direito Administrativo, como são as funções de
governo, regidas pelo Direito Constitucional.
Resumindo, o Direito Administrativo seria o conjunto de
princípios disciplinadores da atividade desempenhada pelo Poder
Executivo. Tal critério se revela insatisfatório pelo fato de a função
administrativa ser desempenhada pelos três Poderes do Estado, e
não somente pelo Executivo.
4.2. RELAÇÕES JURÍDICAS
Para seus defensores, o Direito Administrativo é responsável
pelo relacionamento da Administração Pública com os
administrados, bem como disciplinar as relações entre as diversas
pessoas e órgãos do próprio Estado. O critério é válido, porém não
é imune a críticas. O que fazer com o Direito Tributário, Penal,
Eleitoral, Processual, e outros, que mantêm relação com os
administrados? Enfim, não é o Direito Administrativo o único, entre
os ramos, a manter relação com os administrados.
Conforme tal critério o Direito Administrativo seria “o conjunto
de normas que regem as relações entre a Administração e os
administrados” (Di Pietro, 2014, p. 45); apesar de válido, é
insuficiente, haja vista que outros ramos do direito, a exemplo do
direito penal, regem relações jurídicas dos administrados com o
Estado.
4.3. SERVIÇO PÚBLICO
Inspirado na doutrina francesa entende que o Direito
administrativo estuda as regras de organização e gestão dos
serviços públicos, sem distinguir o regime jurídico a que se submete
esta atividade.
Conforme Di Pietro cita em seu livro, para Duguit, serviços
públicos incluem todas as atividades estatais, de direito
constitucional à atividade econômica (sentido amplo), deixando,
portanto, de distinguir a atividade jurídica do Estado e a atividade
material, a serem prestadas aos cidadãos. De sua parte, Jèze
considerou serviço público tão somente a atividade material do
Estado (leia-se: aquela de dentro para fora, com a finalidade de
satisfação das necessidades coletivas – sentido estrito), cercada de
prerrogativas de direito público, excluindo, portanto, os serviços
administrativos (internos) e os serviços industriais e comerciais
(predominantemente privados).
4.4. TELEOLÓGICO
Segundo o qual o Direito Administrativo seria o conjunto de
princípios jurídicos norteadores da atividade do Estado para
cumprimento de seus fins de interesse público.
Também chamado de finalista, segundo o qual o Direito
Administrativo é um conjunto harmônico de princípios que
disciplinam a atividade do Estado para o alcance de seus fins.
O critério é válido, mas, assim como o das relações jurídicas, não é
isento de críticas.

QUAIS SÃO OS FINS DO ESTADO?

Não há uma resposta precisa, matemática, para o que sejam


finalidades do Estado. Na verdade, o Direito Administrativo não se
destina propriamente aos fins do Estado, mas sim ao atendimento
dos interesses da coletividade.
4.5. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO

Princípio da Supremacia do Interesse Público

➢ Poderes da Administração (aprofundado adiante)


➢ Para proteger os interesses públicos

Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público

➢ O Administrador é mero Gestor da coisa alheia


➢ Não pode dispor
➢ Deveres da administração
❖ Poder-dever de agir

Personalidade Jurídica (Órgão público não tem


Personalidade Jurídica)

➢ Sujeito a Direitos e obrigações


➢ Patrimônio próprio
➢ Capacidade processual
❖ Autor
❖ Réu
4.6. NOÇÕES DE ESTADO E GOVERNO
➢ Elementos do Estado
✓ Povo
✓ Território (espaço geográfico)
✓ Governo Soberano

Vontade Suprema do Estado


Não sujeito a vontades externas

➢ Forma de Estado (Federação)


✓ Diversos centros de poder
✓ Entes Federados (juntos formam a República Federativa do
Brasil RFB)

União
Estados
DF
Municípios

✓ Entes Federados possuem:

Autonomia
Independência
Não têm SOBERANIA (a junção de todos os entes é que
forma a República Federativa do Brasil dotada de
soberania)

➢ Forma de Governo → República (Coisa do Povo)


✓ Governante

Eleito
Temporário
Deve Prestar Contas

• Será responsabilizado
➢ Sistema de Governo → Presidencialismo
✓ Separação entre:

Legislativo e Executivo

✓ Presidente – Acumula as duas funções:

Chefe de Estado (atribuições Externas)


Chefe de Governo (atribuições Internas)

➢ Regime de Governo → Democracia


✓ Todo poder emana do Povo

De forma: Direta e Indireta

✓ Democracia

Semidireta
Participativa

Mnemônico: [1]
“O Estado Fede,
a República é fogo,
o Presidente é sistemático,
e o Regime é Democrático.”
4.7. PODERES DO ESTADO OU PODERES
DA REPÚBLICA
➢ Poder Executivo
✓ Função típica:
❖ Administrar
✓ Funções atípicas:
❖ Legislar (Medida Provisória, Lei Delegada)
❖ Julgar (PAD) *há controvérsias – alguns dizem que não é
tecnicamente Função Judiciária de forma atípica, mas sim
administrativa

➢ Poder Legislativo
✓ Função típica:
❖ Legislar (também exerce, de forma típica, o poder de
Fiscalizar)
✓ Funções atípicas:
❖ Julgar (Senado Julga o PR pelo crime de
Responsabilidade)
❖ Administrar (Concurso, concessão de férias)

➢ Poder Judiciário
✓ Função típica:
❖ Julgar
✓ Funções atípicas:
❖ Legislar (Regimento Interno)
❖ Administrar (Concursos, concessão de férias)
5. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
5.1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A administração Pública é o conjunto de entidades, órgãos e
agentes que exercem a atividade administrativa em prol do interesse
público. A expressão Administração pública NÃO possui sentido
unívoco. A Administração Pública pode ter um sentido Subjetivo e
um Sentido Objetivo.

Sentido

➢ Subjetivo
❖ O sentido Subjetivo da Administração Pública compreende
as Entidades (pessoas jurídicas), os Órgãos (unidades
despersonalizadas) e os Agentes (pessoas naturais), ou
seja, seus sujeitos.
❖ Sentido SUBJETIVO = SUJEITOS da Administração
Pública.

➢ Objetivo
❖ O Sentido Objetivo da Administração Pública compreende
as Atividades ou Funções Administrativas exercidas
pelos agentes, ou seja, seu objeto de atuação.
❖ Sentido OBJETIVO = OBJETO de atuação da
Administração Pública.

Sentido SUBJETIVO, FORMAL ou ORGÂNICO: SUJEITOS


da Administração Pública.
Sentido OBJETIVO, MATERIAL ou FUNCIONAL: OBJETO de
atuação da Administração Pública. [2]

A lei define quem compõem a Administração Pública – rol


taxativo.

➢ Por exemplo, a banca pode tentar confundir dizendo que a


Administração Pública é composta por quem exerce
atividade administrativa, estará errado.
➢ Direta (Entes Federados – Pessoas Políticas)
❖ União
❖ Estados
❖ DF
❖ Municípios

➢ Indireta (Entes Administrativos)


❖ Fundações Públicas
❖ Autarquias
❖ Sociedades de Economia Mista
❖ Empresas Públicas
5.2. SENTIDO SUBJETIVO E OBJETIVO
Sentido subjetivo, formal ou orgânico (Administração
Pública): são as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes públicos
que exercem atividades administrativas (ex.: órgãos públicos,
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações estatais);
Sentido objetivo, material ou funcional (administração
pública): é a própria função ou atividade administrativa (ex.: poder
de polícia, serviços públicos, fomento e intervenção do Estado no
domínio econômico).
Sentido objetivo = o que faz
Sentido subjetivo = quem faz
De outra maneira:
A Administração Pública pode ter um sentido Subjetivo e um
Sentido Objetivo.

Subjetivo: (ORgânico/Formal)
Forma SuOR → AGENTES, ÓRGÃOS
Em sentido subjetivo (orgânico/ formal) pode-
se definir administração pública, como sendo o
conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos
quais a lei atribui o exercício da função
administrativa do estado.
Objetivo: (Material/Funcional)
O Mate Funciona → ATIVIDADES E
FUNÇÕES
Em sentido objetivo (material/ funcional) a
administração pública pode ser definida como
a atividade concreta e imediata que o estado
desenvolve, sob regime jurídico de direito público,
para a consecução dos interesses de todos.
5.3. CENTRALIZAÇÃO E
DESCENTRALIZAÇÃO
São formas de prestação do Serviço Público.
Centralização Administrativa

Ocorre na Administração Direta

✓ Seus órgãos e agentes


✓ Uma única pessoa Jurídica envolvida

Descentralização Administrativa
Ocorre quando a Administração Direta descentraliza para a
Administração Indireta, ou para particular, em seu próprio nome
(e própria conta e risco).

Ex.: Concessionárias, permissionárias, autorizatárias (pode


ser pessoa física e jurídica).

Esquema:
Forma Nome Transferência
Por
Administração serviços; ou Execução +
Lei
Direta por outorga Titularidade
legal
Contrato Por
Administrativo; delegação; Execução
Particular
ou Ato ou por Apenas
Administrativo colaboração

Desconcentração Administrativa
É uma técnica administrativa que consiste na criação de
órgãos públicos dentro da mesma pessoa jurídica
Pode ser tanto na Administração Direta como na Indireta.
Não cria nova pessoa jurídica!
5.4. ADMINISTRAÇÃO DIRETA
➢ Pessoas jurídicas de direito público têm:
✓ Capacidade processual
✓ Patrimônio
➢ Entre eles não há:
✓ Hierarquia
✓ Subordinação
➢ Relação de:
✓ Independência
✓ Colaboração
➢ Autonomia (sozinhos não possuem soberania)
✓ Política (legislar)
✓ Administrativa
✓ Financeira
Poderes *Poderes da Administração é outro tópico [3]
✓ União tem:

Poder Executivo
Poder Legislativo
Poder Judiciário

✓ Estado tem:

Poder Executivo
Poder Legislativo
Poder Judiciário

✓ DF tem:

Poder Executivo
Poder Legislativo
Poder Judiciário

✓ Município tem:
Poder Executivo
Poder Legislativo
Atenção! Não tem Poder Judiciário

✓ Administração Direta (U, E, DF, M)


❖ Qualquer ente da Administração Direta, por intermédio de
lei, pode descentralizar criando uma pessoa jurídica da
administração indireta.
• Cria: Aut, FP, EP, SEM
❖ Princípio da Reserva Legal
❖ Serão vinculados à Administração Direta
❖ Relação de Vínculo (Fins)
• Não tem hierarquia
• Não tem subordinação
❖ Tutela Administrativa → não confundir com autotutela
(outro tópico)
• É o Controle Finalístico
• Também chamada de Supervisão Ministerial → feita pelos
Ministérios
5.5. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
As Autarquias são os únicos entes públicos de direito público

Cuidado com a Fundação Pública de Direito Público que


nada mais é do que uma espécie de Autarquia: Fundação
Autárquica

➢ Entes da Administração Indireta são criados através da


descentralização

➢ São Pessoas Jurídicas


✓ Patrimônio próprio
✓ Capacidade processual

➢ Autonomia
✓ Administrativa
✓ Financeira
✓ Não possui autonomia política.

➢ Finalidade
✓ Definidas em lei
✓ Vinculadas
5.5.1. AUTARQUIAS
As Autarquias são Pessoas Jurídicas de Direito Público, as
quais vinculam-se apenas ao ente federativo responsável por sua
instituição (não sendo possível vinculação simultânea). Não existe
hierarquia entre o órgão criador e a Autarquia, mas Supervisão
Ministerial (controle finalístico) por parte do ente que a instituiu.

Características:

Criada diretamente por lei específica

✓ Sem registro em órgão competente. A regra para os outros


entes é o registro.

Finalidade

✓ Atividades típicas do estado


✓ Prestadora de serviço público
❖ Ex. INSS, Banco Central

Espécies

✓ Comuns ou ordinárias
✓ Autarquias fundacionais
❖ ou Fundações Autárquicas
✓ Agências reguladoras e Executivas
✓ Territórios federais (ex. o último existente foi Fernando de
Noronha que era considerado uma autarquia)
Perceba que uma Autarquia pode ser classificada quanto à
sua estrutura, sendo:
Autarquias Fundacionais: são fundações de direito público,
com bens vinculados a um fim benéfico às pessoas em geral. Tais
beneficiários não se ligam à Autarquia Fundacional como membros
ou sócios (como exemplo, temos Hospitais e Universidades).
Autarquias Corporativas (ou associativas): são criadas por
sujeitos ligados com finalidades de interesse público, mas apenas
no que diz respeito aos membros ou sócios (tais como as entidades
de fiscalização das profissões: CRQ, CRC, CREA).

5.5.1.1. AGÊNCIAS REGULADORAS E


EXECUTIVAS
Tais agências continuam sendo autarquias, mas com maior
grau de independência e autonomia.

Tanto as Agências Reguladoras, quanto as Executivas, por


serem autarquias, sujeitam-se às normas constitucionais que
disciplinam esse tipo de entidade; o regime especial vem definido
nas respectivas leis instituidoras, dizendo respeito, em regra, à
maior autonomia.
O controle e a fiscalização estatal sobre essas entidades são
menos incisivos, principalmente no que tange à sua atividade-meio
— o estado se atém ao controle finalístico.

Curiosidade: uma agência executiva pode vir a se


tornar também uma agência reguladora e vice-versa.

AGÊNCIAS REGULADORAS
As Agências Reguladoras (autarquias sob regime especial)
tanto executam, como fiscalizam as empresas permissionárias ou
concessionárias — as quais são responsáveis pela prestação de
serviços públicos delegados.

Alguns exemplos de agências reguladoras são: ANTT,


ANVISA, ANEEL, ANAC.
No que concerne às Agências Reguladores, vale ressaltar que
o Presidente da República indica uma pessoa com reputação ilibada
para ser dirigente da agência reguladora (a escolha é feita de
maneira impessoal, baseando-se em critérios técnicos). A
nomeação ocorre após a aprovação do Senado Federal. Outrossim,
após a exoneração ou término do mandato de um dirigente, haverá
uma “quarentena”, a qual impedirá que um ex-dirigente seja
contratado (incluindo qualquer prestação de serviços) por alguma
empresa do setor privado (que vinha sendo regulada pela mesma
Agência Reguladora) por um período de 4 meses; pois o ex-gerente
poderia se utilizar de informações privilegiadas em benefício da
empresa que o contratasse (praticaria crime de advocacia
administrativa, isso consta na Lei 9.986/00, art. 8º).
Vejamos comigo essa recente questão cobrada pela Banca
CESPE:
Ano: 2018 Banca: CESPE: Julgue o seguinte item,
relativo à organização administrativa da União.
As agências reguladoras são autarquias em regime
especial, o que lhes confere maior autonomia
administrativa e financeira, contudo, não possuem
independência em relação aos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário.
Resposta: Certo

A questão não é tão óbvia como muitos pensam. A banca


Cespe possui questões em três sentidos distintos ao tratar da
Autonomia e Independência das Agências Reguladoras, porém
existe um fator diferenciador que é a palavra "em relação aos
poderes do estado", fator este de extrema importância para acertar
as questões que tratam desta temática.
Pense da seguinte maneira:
Se a banca Cespe afirmar que as Agências Reguladoras
possuem independência, marque certo.
Se ela afirmar que as Agências Reguladoras possuem
autonomia e independência, marque certo.
Mas, se ela afirmar que as Agências Reguladoras possuem
autonomia e independência em relação aos Poderes do Estado,
marque errado.

AGÊNCIAS EXECUTIVAS
Já as Agências Executivas (autarquias ou fundações
públicas), como o nome sugere, executam atividades típicas de
estado. Recebe uma qualificação formal através de decreto
presidencial. Ou seja, após a publicação do ato (Decreto) a
autarquia passa a ser uma Agência Executiva (isso não ocorre com
as Agências Reguladoras, as quais são reconhecidas pelo estado —
após o estado verificar que alguma autarquia se encaixe nos
“padrões” de uma Agência Reguladora, o reconhecimento pode ser
feito).

Um exemplo de agência executiva é o INMETRO.

Quanto às Agências Executivas, cumpre salientar que o


reconhecimento de uma autarquia ou fundação como Agência
Executiva pode ser feito pelo Presidente da República, através de
ato discricionário. Alguns dos requisitos para que o
reconhecimento possa ocorrer é a celebração de contrato de gestão
com um ministério supervisor, a existência de um plano estratégico
de reestruturação, a comprovação de um desenvolvimento
institucional em continuidade.
5.5.2. FUNDAÇÃO PÚBLICA

Pessoa Jurídica de direito privado

✓ Pode ser feita com personalidade jurídica de direito público

Nesse caso será uma Espécie de autarquia

Criação

✓ Autorizada por lei +


✓ Registro (só “nasce”, adquire personalidade jurídica após o
registro)

Lei complementar definirá o campo de atuação


(estabelecido pela CF/**)
Não pode ter fins lucrativos
Ex. Biblioteca Nacional e Funai

Por fim, não confunda Agência Executiva com Agência


Reguladora:
AGÊNCIA EXECUTIVA
São autarquias comuns que estão ineficientes e celebram um
contrato de gestão com o ministério a que está vinculada.
Elas são qualificadas pela celebração de um contrato de gestão
com o ministério que a supervisiona. (Art. 37, §8º da CF).
Esse contrato de gestão tem um prazo determinado e após o
término do contrato essa autarquia passa a ser autarquia em regime
comum.
Ela ganha benefícios para se reestruturar. (ex.: INMETRO).
5.5.3. EMPRESA PÚBLICAS E SEM
➢ Características comuns entre EP e SEM
✓ Pessoa jurídica de direito privado
✓ Criação

Autorizada por lei +


Registro em órgão competente

✓ Finalidades

Prestadora de serviço público (PSP)


Exploradora de atividade econômica (EAE)

✓ Regime Celetista

Justiça do Trabalho

➢ EP/SEM – PSP e EAE


✓ PSP (+ Público)

Responsabilidade civil → Objetiva


Bens Afetos → Públicos
Pode ter direito a benefícios fiscais exclusivos
Imunidade tributária

✓ EAE (+ Privado)

Responsabilidade Civil → Subjetiva


Privilégios → empresas privadas
Sem imunidade tributária

➢ Diferenças entre EP e SEM


✓ Empresa pública (CEF, EBCT)
Capital social

❖ integralmente público

Qualquer modalidade societária

✓ Sociedade de Economia Mista (BB, Petrobrás)

Capital social

❖ Público → controle acionário

Sempre terá 50% +1% das ações da empresa

❖ Privado → também possui partes das ações, mas sempre


inferior a 50%, pois o estado sempre terá o controle
acionário

Modalidade Societárias

❖ Apenas sociedade anônima

Justiça Comum

❖ Apenas estadual
➢ Servidor
✓ Estatuto

Administração direta
Autarquias
Fundações Públicas

✓ CLT

Empresa Pública
Sociedade de Economia Mista
➢ Empresa Pública
✓ Capital → 100% Público
✓ Forma societária → qualquer forma
➢ Sociedade de Economia Mista
✓ Capital → Majoritariamente público

Forma societária → SA – Sociedade Anônima

Sociedade de economia mista é a entidade dotada de


personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por
lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a
voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito
Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.
5.5.4. SOCIEDADES E EMPRESAS PÚBLICAS
As sociedades de economia mista devem necessariamente ter a forma de sociedades
anônimas. Já as empresas públicas podem se revestir de qualquer das formas societárias
admitidas em nosso ordenamento jurídico (LTDA, SA, etc.)
Em relação à composição do capital social, as sociedades de economia mista o seu
capital social é formado por capital público e capital privado, devendo a maioria das ações com
direito a voto ser pertencente ao parceiro público (ente político ou entidade da Administração
Indireta).
Já o capital social das empresas públicas é integralmente público, ou seja, é oriundo de
pessoas integrantes da Administração Pública. Ponto importante se refere ao fato de haver
possibilidade de participação no capital social de outra pessoa administrativa (sociedade
pluripessoal). Neste caso, o controle societário deve permanecer com a pessoa política
instituidora.
As causas em que empresas públicas FEDERAIS forem uma das partes interessadas na
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, serão julgadas pela Justiça Federal,
exceto as de falência, acidente de trabalho, Justiça Eleitoral ou Justiça do Trabalho.
Para as sociedades de economia mista (mesmo as federais), a regra é que suas causas
sejam julgadas pela Justiça Estadual. Um caso específico para as sociedades de economia
mista FEDERAL, segundo o STF, diz respeito à competência da Justiça Comum Federal,
quando a União intervém como assistente ou opoente (Súmula/STF 517).

Personalidade Responsabilidade Imunidade Regime Competência


Criação Finalidades
Jurídica Civil Tributária de Pessoas Jurisdicional
Atividades
Justiça
Autarquias Público Lei Cria Típicas do Objetiva SIM Estatuto
Comum (JF, JE)
Estado
Privado
Não pode
(Regra) Lei
Fundações ter finalidade Justiça
Público Autoriza + Objetiva SIM Estatuto
Públicas Lucrativa LC→ Comum (JF, JE)
(Autarquia Registro
define atuação
Fundacional)
CLT
(***p/ os
Justiça do
Lei PSP → Objetiva PSP → dirigentes
Empresas PSP ou Trabalho
Privado Autoriza + EAE → SIM são cargos
Públicas EAE Justiça
Registro Subjetiva EAE→Não em
Comum (JF, JE)
Comissão -
estatutário)
CLT
Justiça do
(***p/ os
Trabalho
Sociedades Lei PSP → dirigentes
PSP ou PSP → Objetiva Justiça
de Economia Privado Autoriza + SIM são cargos
EAE EAE → Subjetiva Comum
Mista Registro EAE→Não em
(Sempre
Comissão -
Justiça Estadual)
estatutário)
5.6. PARAESTATAIS (TERCEIRO SETOR)
As empresas do Terceiro Setor, também chamadas de
paraestatais, são pessoas jurídicas de Direito Privado
(particulares), não possuem fins lucrativos, mas executam
atividades de interesse público, não exclusivas de Estado,
recebendo fomento do Poder Público. Vale salientar que tais
entidades não fazem parte da Administração Pública.
Recebem tal nome, uma vez que o Terceiro Setor coexiste ao
lado do Primeiro (Estado) e do Segundo (setor privado, criados para
fins lucrativos).

Portanto, as paraestatais não fazem parte da


administração indireta, já que integram o Terceiro Setor.

É importante salientar que a iniciativa de prestar serviços


através de paraestatais virá do setor privado, além disso, não terá
finalidade lucrativa (justamente devido à presença do interesse
público).
Uma vez que algumas paraestatais recebem incentivos públicos
(fomento estatal), existem algumas regras de direito público que
devem ser seguidas, tal como a sujeição ao controle pelo Tribunal
de Contas.
5.6.1. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS):
As organizações sociais mantêm um contrato de gestão com a
Administração Direta para função de cunho social (saúde,
educação, pesquisa, dentre outros). Atenção: tais organizações
recebem delegação do Poder Público através de um contrato de
gestão.
As atribuições e responsabilidades das Organizações Sociais
estarão discriminadas no contrato de gestão, o qual será
elaborado em comum acordo entre o Estado e a entidade
paraestatal.

"Organização social (OS) é a qualificação jurídica dada


a pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
instituída por iniciativa de particulares, e que recebe delegação
do Poder Público, mediante contrato de gestão, para
desempenhar serviço público de natureza social."[ii]

Para ser classificada como uma Organização Social, será


necessário:

Personalidade jurídica de direito privado;


Possuir finalidades não lucrativas;
Deve possuir atividades relacionadas às áreas
educacionais (pesquisa, desenvolvimento tecnológico),
preservação ambiental, cultura e saúde.

Tal classificação é dada pelo Poder Executivo, através de ato


discricionário, o qual depende de aprovação do ministério
responsável pela supervisão e regulamentação da área de atuação
(educação, ambiente, cultura ou saúde).

Serviço Sociais Autônomos – SSA:


Os Serviços Sociais Autônomos ministram assistência ou
ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais (desde
que não possuam finalidade lucrativa, sendo mantidos por dotações
orçamentárias ou por contribuições parafiscais. (Ex.: Sistema S –
Sesi, Sesc, Senai, Senac, Sebrae).
Outro ponto importante: as contribuições para os Serviços
Sociais Autônomos, em sua maioria, são feitas de maneira
compulsória pelos usuários. São as chamadas contribuições
parafiscais. Tal contribuição compulsória pode ser criada por lei
ordinária (não precisa ser lei complementar).
5.6.2. ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE
CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO – OSCIP:
A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
(OSCIP): é outro qualitativo às pessoas de direito privado, que tem
como finalidade social a promoção da assistência social, cultura e
mais. Trabalham através de termo de parceria.

Detalhes:
Mnemônico que possa auxiliar caso esteja confundindo OSCIP
e OS.

OSCIP → Parceria (A Cespe e FCC costumam cobrar


justamente este detalhe);
OS → Contrato de Gestão.

As áreas de atuação da OSCIP, diferentemente das OS, são em


maior número:

Promoção da assistência social, cultura, defesa;


Educação e saúde gratuita;
Segurança alimentar e nutricional;
Defesa e preservação do meio ambiente;
Promoção do voluntariado;
Combate à pobreza;
Experimentos não lucrativos de novos modelos
socioprodutivos, comércio, emprego e crédito;
Assessoria jurídica gratuita;
Promoção ética da paz, cidadania, direitos e valores
universais;
Estudos e pesquisas científicas e tecnológicas.

Para lembrar da diferença de áreas de atuação permitidas entre


OS e OSCIP:

OS o nome é curto, então temos 4 áreas (educação,


ambiente, cultura ou saúde);
OSCIP o nome é extenso, então temos diversas áreas
(educação, ambiente, cultura ou saúde, assistencial,
experimentos socioprodutivos não lucrativos, assistência
jurídica, basicamente muita coisa que envolve finalidades
não lucrativas e com benefícios claros ao progresso e
desenvolvimento da coletividade).

Mesmo assim, existem entidades que foram taxativamente


excluídas da classificação como OSCIP (mesmo que atuem nas
áreas permitidas e sejam sem fins lucrativas):

Sociedade comercial;
Associação de Classe, Sindicatos, Representação de
categoria profissional;
Igrejas (qualquer tipo de instituição religiosa);
Entidades partidárias (do meio político);
Entidades que beneficiaram apenas uma quantidade
muito restrita de membros;
Empresas de Planos de Saúde;
Escolas e hospitais privados não gratuitos e seus
mantenedores;
Organizações Sociais e Fundações;
Organizações creditícias vinculadas ao sistema
financeiro nacional.

ENTIDADES DE APOIO
As entidades de apoio não possuem finalidade lucrativa, e de
direito privado. Os servidores públicos, em nome próprio, instituem-
na para prestação em caráter privado de serviços não exclusivos do
estado.
O vínculo é feito por convênio a entidade terá a nomenclatura
de cooperativa, associação ou fundação.

As entidades atuarão em caráter privado, regidas pelo


direito privado; entretanto, sempre que receberem dinheiro
público, estarão regidas pelo direito público.
Em questão recente, a banca Cespe tentou induzir o candidato
a pensar que uma entidade de apoio fazia parte da administração
indireta. No entanto, como bem sabemos, as paraestatais (terceiro
setor) não entram no rol das entidades da administração indireta,
muito menos da direta.
5.7. ÓRGÃOS PÚBLICOS
➢ Feixe despersonalizado de competências

➢ Divisão interna das competências


✓ Dentro de uma pessoa jurídica da Administração Direta e
Indireta

➢ Características
✓ Não possui personalidade jurídica

Não tem patrimônio público


Não tem capacidade processual (em regra)

❖ Atenção: Órgão Independentes e autônomos


• Tem capacidade processual para impetrar Mandados de
Segurança → em Defesa de suas prerrogativas funcionais

✓ Fruto de desconcentração Administrativa


✓ Criação e Extinção

Submetido a reserva legal → apenas por LEI

✓ São hierarquizados
✓ Podem celebrar contrato de Gestão

CF/88, Art. 87, §8

➢ Teoria do Órgão
✓ A pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio de seus
órgãos públicos
Relação de imputação

❖ Manifestam sua vontade por meio de seus agentes públicos


Bizu:
DescOncentração = cria Orgãos (internOs)
DescEntralização = cria Entidades (Externas)
5.7.1. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES

QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL


Podem ser independentes, autônomos, superiores ou
subalternos.

Independentes

1. Mais alto escalão


2. Não subordinados
3. Agentes Políticos
4. Competência → CF

Autônomos
✓ Hierarquizados
✓ Ampla autonomia

Administrativa
Técnica
Financeira

✓ Órgãos Diretivos

Exemplos (importantíssimo decorar): ministérios,


secretarias.

Superiores

Direção, chefia, controle e decisão


Autonomia Reduzida (Apenas Técnica)

Exemplos: coordenadorias, gabinetes. Os nomes variam


muito, não tem como exemplificar, e não é cobrado em prova.
Subalterno

5. Mera execução
6. Poder decisório reduzido
7. Autonomia extremamente reduzida

QUANTO À ESTRUTURA
➢ Simples
➢ Composto
✓ Dividido em outros órgãos
✓ Não importa o número de cargos, mas sim de órgãos
QUANTO À COMPOSIÇÃO (ATUAÇÃO
FUNCIONAL)
➢ Singulares (unipessoais)
✓ Decisão → um único agente
➢ Colegiados (pluripessoais)
✓ Manifestação conjunta

QUANTO À ESFERA DE AÇÃO


➢ Central
✓ Todo o território
➢ Locais
✓ Apenas em parte do território

Ex.: Esfera Nacional, Estadual, Municipal


6. PRINCÍPIOS, AGENTES PÚBLICOS

Princípios da Administração Pública


Primeiramente, saiba que não existe hierarquia entre os
princípios. Além disso, é possível haver conflitos entre os princípios,
os quais são resolvidos através da ponderação.

A ponderação é aplicada no caso concreto, não existe um


rol.

Aplica-se para a:
✓ Administração Direta;
✓ Administração Indireta;
✓ E para os três poderes.
Existem os princípios expressos e os implícitos:

Princípios Expressos (Art. 37/CF):


Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência

Implícitos:
Todos os demais

Existem diversas classificações para os princípios, uma delas é


a seguinte:

1. Supraprincípios;
2. Princípios Constitucionais;
3. Princípios Infraconstitucionais;
4. Princípios Reconhecidos.
6.1.1. ROL DOS PRINCÍPIOS
ADMINISTRATIVOS

SUPRAPRINCÍPIOS
São os dois princípios que definem todo o direito administrativo.
São as bases.
São princípios implícitos na Constituição.

1) Supremacia do Interesse público:

Superioridade do interesse coletivo


Poderes da Administração

São exemplos a possibilidade de desapropriação para


construção de rodovias e as cláusulas exorbitantes nos contratos
administrativos.
Pontos chaves:
✓ Em caso de conflito, o interesse público deve prevalecer
sempre sobre o interesse privado.
✓ Refere-se ao interesse público primário (interesse da
coletividade).
✓ Exemplos: cláusulas exorbitantes, desapropriação, poder
polícia etc

2) Indisponibilidade do Interesse Público


O interesse público é indisponível.
Nesse sentido, é correto dizer que é vedada a renúncia de
competência. Além disso, existe uma obrigação de agir.

Vedado
Renunciar competências
Deixar de agir
Administrador Público
Gestor da coisa alheia
Deveres da Administração
Exemplos: exigência de aberturas de editais para compras de
produtos (licitações) e para contratação de pessoas (concursos).
Pontos chaves:
✓ Proibição de renúncia ao interesse público.
✓ Dever de atuação administrativa, fiel ao interesse público.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Em nossa Carta Magna existem tantos os princípios implícitos,
quanto os expressos (art. 37 caput, outras partes).
Além dos principais, os quais constam no mnemônico LIMPE,
tenha em mente que existem outros no decorrer da Constituição,
tais como o princípio da razoável duração dos processos, da
participação dos usuários no serviço público, da ampla defesa e do
contraditório.
No artigo 37 de nossa Constituição temos o famoso LIMPE:
CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: [...]

6.1.1.1. LEGALIDADE:
Existem dois sentidos para esse princípio: negativo e positivo.
No sentido negativo, a administração não pode violar a lei (o
direito).
No sentido positivo, temos a legalidade estrita, ou reserva
legal. Significa que a administração só pode fazer o que está
previsto em lei.
Pontos importantes:

Particular (Lato Sensu)

✓ Autonomia de vontade
✓ Pode tudo o que a Lei não proibir
✓ Obrigado fazer ou deixar de fazer somente por lei

Administração Pública (Strictu sensu)

✓ Somente pode agir mediante previsão legal


❖ Lei → Manda → Autoriza
✓ Numa eventual omissão da lei
❖ A Administração deve permanecer inerte

Legalidade dos Legalidade da


Particulares Administração Pública
Pode fazer tudo o que a lei Pode fazer apenas o que a lei
não proíbe. prevê.

6.1.1.2. IMPESSOALIDADE
O agente público deve agir de maneira impessoal. Agir sempre
em nome do Estado (os atos são imputados ao Estado).
Entenda também o outro sentido da impessoalidade, que diz
respeito sobre a função pública, onde o órgão deve agir sempre
buscando fins públicos.
➢ Dever de realizar Concurso Público
✓ Súmula Vinculante nº 13 (para evitar o Nepotismo)
Pode-se dizer que a impessoalidade se desmembra em 2
princípios implícitos:

Isonomia (Princípio Implícito)


Sem distinções preferências
Finalidade (Princípio Implícito)
interesse público
Não pode agir buscando interesse próprio ou de
terceiros
Vedação à Promoção Pessoal

➢ Não pode utilizar a Publicidade dada para se autopromover

Obras, programas, serviços

➢ Atenção se utilizar do Princípio da Publicidade para se


promover fere o Princípio da Impessoalidade. A banca pode
tentar confundi-lo.
➢ Deve constar nome do órgão ou entidade.

➢ Publicidade tem caráter:

Educativo
Informativo
Orientação social
Não pode:
Nome
Imagem
Símbolo da Autoridade ou partido político

6.1.1.3. MORALIDADE
Não existe uma definição exata a respeito, mas o legislador
tentou amenizar as dúvidas. Mesmo assim, os termos utilizados pelo
legislador não foram capazes de definir o que é agir com
moralidade.
Dever de:
➢ Probidade
➢ Honestidade
➢ Lealdade
➢ Boa-fé
➢ Ética
➢ Decoro
A Súmula Vinculante nº 13 (nepotismo) diz que na nomeação
para cargo em comissão/função de confiança:

Não podem ser nomeados cônjuge ou companheiro,


parente em linha reta ou colateral até o terceiro grau
sanguíneo ou por afinidade. Não pode nomear irmão, tio,
sobrinhos, sogra, genro, nora, cunhado. Pode nomear
primos (são parentes de 4º grau).

Não será possível nomear: irmão, tio, sobrinho, sogra, genro,


nora, cunhado, avós, netos etc.
Por outro lado, saiba que os primos poderão ser nomeados
(primo é de 4º grau).

Atenção: para o STF não caracteriza nepotismo a


nomeação de agentes políticos:
Ministros de Estado, secretários estaduais e secretários
municipais).

Resumidamente, observe o seguinte quanto ao impacto deste


princípio:

A atuação administrativa deve se pautar pela boa-fé,


lealdade, moral, ética, probidade;
O ato administrativo, além de legal, tem que ser moral;
Outro fundamento da vedação ao nepotismo – Súmula
vinculante nº 13 (STF);
Deve estar em coerência com as sanções por improbidade
administrativa (CF, art. 37, 4º / Lei 8.429/92);
Gera ação popular contra ato lesivo à moralidade
administrativa (CF, art. 5º, LXXIII).

6.1.1.4. PUBLICIDADE
Com base neste princípio, temos a divulgação oficial indicando
que, como regra, todos os atos devem ser publicados no Diário
Oficial. As exceções não são publicadas no Diário Oficial, tais como
os atos sigilosos e os atos internos.
Toda publicidade deve ter um caráter informativo, educativo ou
servir de orientação social.
Segundo o art. 37, §1º de nossa Constituição, o caráter da
publicidade é ser informativo, educativo ou orientação social. É
vedado nome, símbolo ou imagem que caracterize promoção
pessoal.
Art. 37, § 1º, CF. A publicidade dos atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.

Dever de publicar em órgão oficial

➢ Requisito de eficácia

Exceções

➢ Segurança Pública
➢ Intimidade dos Administrados

Transparência

➢ Tornar acessível
➢ Direito de informação

6.1.1.5. EFICIÊNCIA
O Princípio da Eficiência foi obra do constituinte derivado, foi
incluído por Emenda à Constituição (EC. 19/98).
Eficiência significa produtividade, economicidade. Há ainda
outros princípios na CF/88, como:

Princípio da Razoável duração do processo;


Contraditório ou ampla defesa;
Participação dos usuários (art. 37, §3º, CF).

Pontos chaves sobre o princípio:

Presteza, rapidez, perfeição, rendimento funcional.


Dirigido à atuação dos agentes públicos e à própria
estrutura da Administração Pública.
Um servidor público estável só perderá o cargo, mediante
procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa (CF,
art. 41, § 1º, III)
Agora contará:
Foco na qualidade do serviço;
O serviço deve ser feito de maneira econômica;
Existirá avaliação periódica de desempenho para
os servidores.

6.1.1.6. PRINCÍPIOS INFRACONSTITUCIONAIS


Também chamados de princípios legais.
Observe que é possível encontrar alguns princípios
constitucionais que se repetem. Como foi cobrado pela CESPE, os
princípios que constam tanto na lei, quanto na Constituição são:
Moralidade, Eficiência, Legalidade, Ampla defesa ou contraditório,
cujo mnemônico é MELA.
Constam na lei 9784/99, art. 2º.
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros,
aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público
e eficiência.

Sendo assim, os que constam apenas na lei são:

Finalidade;
Motivação;
Razoabilidade;
Proporcionalidade;
Segurança Jurídica;
Interesse Público.

Mnemônico para memorizar todos:


“SERÁ FÁCIL Pro MOMO”

Segurança Jurídica
Eficiência
Razoabilidade
Finalidade
Ampla defesa
Contraditório
Interesse Público
Legalidade
Proporcionalidade
Moralidade
Motivação

6.1.1.7. DEMAIS PRINCÍPIOS


Muitos estão implícitos, outros estão em leis
infraconstitucionais. Existem diversos que são citados por diferentes
doutrinadores.

Princípio da Razoabilidade
Para o STF, esse princípio decorre do princípio expresso do
devido processo legal.
A atuação do agente deve se pautar pelos padrões de escolha
do homem médio da sociedade, sem cometimento de excessos.
Limitação ao poder discricionário da Administração.
Pontos chaves:
✓ Critério do homem médio
✓ Conduta padrão (levando a maioria)

Princípio da Proporcionalidade
Meios devem ser adequados aos fins do ato administrativo.
Também chamado de princípio da proibição de excessos.
Requisitos:
✓ exigibilidade ou necessidade;
✓ utilidade ou adequação;
✓ proporcionalidade.

Ponto importante: O Agente Público deve observar a


utilização de meios adequados e necessários. Ex.: Suspensão
de até 90 dias

Razoabilidade e proporcionalidade:
❖ São tratados como sinônimos na vasta maioria das
questões

❖ Limitação dos atos discricionários


❖ Proibição do excesso
❖ Atos → Equilíbrio entre Força e Falta
• Meios e fins

Autotutela Administrativa
➢ Súm 473 STF
A súmula 473 do STF também trata desse assunto:
“a Administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.”

Não confundir com tutela administrativa


Controle finalístico
Controle Ministerial

Permite a administração rever seus próprios atos

Anular
Atos ilegais
Revogar
Conveniência e oportunidade
Respeitar os direitos adquiridos

Ressalvada a apreciação judicial

Princípio da Segurança Jurídica


A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e
a coisa julgada (CF, art. 5º, XXXVI).
Ou seja, é a impossibilidade de aplicação retroativa de nova
interpretação.
Reflexos da segurança jurídica:
✓ Decadência em 5 anos do direito de anular um ato
administrativo, quando seus efeitos forem benéficos ao
destinatário e não houver má-fé (Lei 9.784/99, art. 54).
✓ Direito líquido e certo à nomeação do candidato aprovado
dentro do número de vagas – STF.

Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos


➢ Prestação ininterrupta e adequada

Salvo
Emergência
Aviso prévio

➢ Delegatário prestador não pode interromper a prestação

Mesmo que a administração esteja descumprindo sua parte


Somente com decisão judicial transitada em julgado

Pontos chaves:
Deve haver, em regra, a prestação ininterrupta dos serviços
públicos.
O serviço público não pode parar. Com exemplo, temos: o
direito de greve do servidor público deve ser exercido nos termos da
lei, substituição obrigatória em determinados cargos públicos.

Princípio da Autotutela
Entenda como a Revisibilidade do Ato Administrativo.
Dever da administração rever seus próprios atos quanto à
legalidade e ao mérito.
Súmula nº 473 do STF
“A administração pode anular seus próprios atos quando
eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência e oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial” (Súmula 473 do STF).

Jurisprudência: ”...o exercício da autotutela administrativa,


quando implique desfazimento de atos administrativos que afetem
interesse do administrado, modificando desfavoravelmente sua
situação jurídica, deve ser precedido da instauração de
procedimento no qual se dê a ele oportunidade de contraditório, isto
é, de apresentar alegações que eventualmente demonstrem ser
indevido o desfazimento do ato” (RE 594/MG, rel. Min. Dias Toffoli,
21.09.2011, Pleno, unânime, decisão de mérito com repercussão
geral).

Princípio da Tutela
Também chamado de Princípio do Controle.
É diferente do princípio da autotutela.
A Administração Direta (órgãos públicos) controla e fiscaliza as
atividades das entidades da Adm. Indireta (autarquias, fundações,
sociedades de economia mista e empresas públicas).

No entanto, não há hierarquia. Só há tutela, controle ou


supervisão ministerial.

Presunção de legitimidade e veracidade


Presume-se a atividade administrativa de acordo com a lei e
fundamentada em fatos verídicos.
Presunção é relativa (admite prova em contrário).
Consequências:
✓ Ato administrativo produzirá efeito até que seja retirado da
ordem jurídica (anulado ou revogado);
✓ Tal princípio autoriza a realização imediata do ato;
✓ Existirá o controle judicial dos atos administrativos;
✓ Todos os atos administrativos podem ser submetidos à
apreciação judicial;
A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
nenhuma lesão ou ameaça a direito (CF, art. 5º XXXV).

Princípio da Motivação
Em regra, os atos administrativos devem ser motivados.
Os fundamentos podem ser:
✓ de fato;
✓ de direito.
Exceções: previstas na CF e na legislação. Ex: livre nomeação
e exoneração do ocupante de cargos em comissão (CF, art. 37, I -
exoneração ad nutum)

Pontos chaves:

➢ Indicação dos elementos

fáticos
jurídicos

➢ que justificar a prática do ato

➢ Para atos vinculados e discricionários

➢ Exceção → exoneração do cargo em comissão


Forma da motivação:
1) deve ser clara e suficiente.

Contextual, no próprio ato;


Aliunde/ “per relationem”: remete a outro ato. É válida.
Exemplo: com base no PAD xyz.

Princípio da Oficialidade
De acordo com o Princípio da Oficialidade (Impulso Oficial), a
administração pública pode atuar, de ofício, na condução de todas
as fases do processo, inclusive com iniciativa de investigação dos
fatos, podendo produzir provas de ofício e proteger os direitos dos
cidadãos interessados na regular condução do processo. Isso
decorre do entendimento de que o processo tem finalidade pública,
mesmo nas situações em que o particular dá início a sua tramitação.
[iii]
Pontos importantes sobre o Princípio da Oficialidade:
✓ Não depende da manifestação do administrado;
✓ Pode ser conhecido como ''princípio da impulsão oficial'' ou
''princípio do impulso oficial'';
✓ A própria Administração se encarrega de adotar as
providências necessárias para garantir o andamento e a
conclusão do processo;
✓ Oficialidade ou impulso oficial, significando que, depois de
iniciado o processo pelo administrado, compete
à administração movimentá-lo até a decisão final.
Amparo legal:
Lei 9.784, Art. 2º PU. Nos processos administrativos
serão observados, entre outros, os critérios de:
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo,
sem prejuízo da atuação dos interessados; (oficialidade).

Princípio da Proteção à Confiança:


Conforme ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “princípio da
proteção à confiança leva em conta a boa-fé do cidadão, que
acredita e espera que os atos praticados pelo Poder Público sejam
lícitos e, nessa qualidade, serão mantidos e respeitados pela própria
Administração e por terceiros”.

Princípio da Generalidade
Generalidade: também conhecido como princípio
da impessoalidade ou universalidade. De acordo com este
princípio todos os usuários que satisfaçam as condições legais
fazem jus à prestação do serviço, sem qualquer discriminação,
privilégio, ou abusos de qualquer ordem. O serviço público deve ser
estendido ao maior número possível de interessados, sendo que
todos devem ser tratados isonomicamente. [iv]

Princípio da Hierarquia
Organização e estrutura administrativa configurada segundo
uma relação de coordenação e subordinação entre órgãos e
agentes.
As competências administrativas utilizam esse princípio como
base.
É o fundamento para delegação e avocação.

Princípio da Especialidade
Esse princípio está ligado à descentralização administrativa,
onde o Estado cria outras pessoas jurídicas para desempenhar
funções administrativas e prestação de serviços públicos com
objetivo de especializar a atividade.
7. ATOS ADMINISTRATIVOS

ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Um ato administrativo é uma declaração (uma manifestação)
unilateral de vontade da Administração Pública.

Se fosse uma declaração bilateral, não seria ato, seria um


contrato.

Ato é a mesma coisa que fato?

Não são a mesma coisa. Saiba também que ato é diferente de


fato. Ato é uma declaração, fato é um acontecimento.

Exemplo de fato: morte e nascimento das pessoas.

Porém, tanto o ato, quanto o fato são acontecimentos jurídicos.


Por fim, saiba que nem todo o fato jurídico repercutirá na área
administrativa.

Pontos chaves:

Manifestação unilateral de vontade de estado


Direito público (superioridade)

Atos da administração
Atos administrativos → Direito Público
Atos da administração → Direito Privado
Mera execução
7.1. ELEMENTOS OU REQUISITOS DE
VALIDADE
O ato só será considerado válido caso esses elementos
estejam presentes. Amparo legal: Lei 4717/65 – lei de ação popular.
Os elementos do ato são: competência;

1) Competência → Atividade na prática

Competência é a atribuição para o exercício de determinada


atividade.

2) Finalidade → Interesse público → Prevista em LEI (Ex.:


Remoção de Ofício)
3) Forma → Motivação → Penalidade: PAD

4) Motivo → Situação Fática (de fato, caso concreto) e


Jurídica (de Direito) que justifica a prática do ato

Diferente de MOTIVAÇÃO (está dentro do elemento Forma)


→ que é a exteriorização dos motivos – exposição dos motivos
– colocar os motivos no papel.

Para atos vinculados e discricionários:

Vinculados ➙ SEMPRE precisarão de motivo.


Discricionários ➙ Em regra sim. Entretanto, alguns
não precisam motivar, como, por exemplo, para
exoneração de cargo em comissão)

Segunda a teoria dos motivos determinantes, uma vez


declarado o motivo do ato, este motivo deverá ser verdadeiro e
respeitado. Ou seja, em casos onde a declaração do motivo é
facultativa, se o praticante do ato resolver fazer uma declaração
falsa, estará cometendo um ato inválido, pois o motivo deve ser
respeitado.
Exemplo: fazer uma livre exoneração onde a declaração do
motivo era desnecessária, mas o Administrador resolveu mentir,
e o cidadão prejudicado conseguiu provar que o motivo era
falso.

5) Objeto → Conteúdo material do ato → Efeito pretendido

Possui efeito jurídico imediato produzido pelo ato;


O objeto deve ser legal, possível e determinado.

Para exemplificar, imagine que uma determinada lei diga que a


penalidade para certa infração é de até 5% sobre o dano causado
pelo infrator; sendo assim, a autoridade responsável em estipular a
pena terá essa margem de porcentagem para tomar sua decisão
discricionária. Indo mais a fundo, a aplicação da pena terá aspectos
tanto vinculados quanto discricionários. Será vinculado no que
tange à competência, finalidade e forma (aplicação da pena); e
será discricionário no que tange ao motivo e conteúdo (majoração
da pena).

MNEMÔNICOS
CoFiFoMoOb

COmpetência
FInalidade
FOrma
MOtivo
Objeto

FF.COM

Forma
Finalidade
Competência
Objeto
Motivo
Para atos discricionários, apenas o Motivo e o Objeto
serão discricionários.
MO → Discricionário
OB → Discricionário

Atenção: Quando for um ato vinculado todos os


elementos estarão vinculados: CO, FI, FO, MO, OB.
7.1.1. TEORIA DOS MOTIVOS
DETERMINANTES
Segundo essa teoria, os motivos alegados por um agente
devem ser verdadeiros para que sejam válidos.

➢ Motivação não for exigida


✓ Exemplo: Exoneração de Cargo em Comissão

Se mesmo assim a pessoa que realizou o ato motivá-lo


nesse caso será aplicado a teoria.
Sendo assim, o que foi dito deverá ser verdade ou o ato
será inválido.
7.1.2. APROFUNDAMENTO SOBRE A
COMPETÊNCIA:
A competência de um servidor será definida por lei (ou pela
Constituição).
Característica da competência:

Irrenunciável → Poder dever de agir


Intransferível
Imodificável → Prevista em LEI
Imprescritível

A competência admite: Delegação e Avocação.


Delegação:

Delegação, a qual pode ser revogada a qualquer


momento.

✓ É um ato formal, divulgado no diário oficial.

✓ A delegação é parcial e temporária.


A delegação ocorre nas seguintes circunstâncias (Mnemônico
TSETJ):
✓ Técnica;
✓ Social;
✓ Econômica;
✓ Territorial;
✓ Jurídica.
Não poderá haver delegação em casos de (CENORA):
✓ Competência Exclusiva (também chamada de competência
em razão da matéria);
✓ Decisão recurso administrativo;
✓ Atos Normativos;

Bizu:
Delegação em caso de competência privativa pode. O
que não pode é competência exclusiva.
Delegação em caso de processo administrativo pode. O
que não pode é recurso.

Avocação:

Avocação deve ser excepcional e temporária.


7.1.3. COMPLEMENTO PARA MOTIVO E
MOTIVAÇÃO
MOTIVO: é aquilo que deu causa.
MOTIVAÇÃO: é a justificativa.
Motivo: situação de fato e de direito que fundamenta/autoriza a
edição/produção do ato.
Motivação: é a exposição dos motivos, é a declaração, por
escrito, dos motivos do ato.
Exemplo: aposentadoria do servidor público com proventos
integrais
Fato: deve preencher os requisitos de tempo de contribuição e
idade.
Direito: receber proventos integrais caso preencha os requisitos
definidos em lei.
7.1.4. EXEMPLO ENVOLVENDO TODOS OS
ELEMENTOS:
Aplicação de Demissão para o Kid Bengala que realizou a
dança do girocóptero na repartição:
✓ Competência → Chefe da Repartição
✓ Finalidade → Correta, realmente mereceu.
✓ Forma → PAD → aqui consta a motivação (explicação: no
dia tal... e fez a dança do girocóptero em horário de
expediente no meio da repartição)
✓ Motivo → Conduta escandalosa na repartição - Art. 132, Lei
8112/90
✓ Objeto → Demissão
7.1.5. SILÊNCIO ADMINISTRATIVO É UM
ATO?
Na Administração, o silêncio não é considerado como forma de
manifestação de vontade.
De maneira excepcional, o silêncio pode ser um ato
administrativo quando assim a lei fizer a previsão.
Silêncio administrativo:
Regra: Não é ato administrativo
Exceção: Só é ato administrativo se a lei prevê efeitos jurídicos
para aquele silêncio.

Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: TCE-ES Prova:


CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor
Acerca de atos e contratos administrativos, julgue o
item a seguir.
O silêncio administrativo consiste na ausência de
manifestação da administração nos casos em que ela
deveria manifestar-se. Se a lei não atribuir efeito jurídico
em razão da ausência de pronunciamento, o silêncio
administrativo não pode sequer ser considerado ato
administrativo. Gabarito: Certo.

Começamos pela parte conceitual:


Segundo Carvalho Filho, o silêncio administrativo é a “omissão
da Administração quando lhe incumbe manifestação de caráter
comissivo”. Logo, trata-se da ausência de manifestação quando, na
verdade, a Administração deveria ter se manifestado.
Celso Antônio Bandeira de Mello e José dos Santos Carvalho
Filho não consideram o silêncio como ato administrativo, os autores
destacam que se trata de fato jurídico administrativo.
Marçal Filho, por outro lado, dispõe que o silêncio, quando
significar manifestação de vontade da Administração, ou seja,
quando a lei dispuser os efeitos dele decorrente, poderá ser
considerado ato administrativo.
A banca nesse caso não afirmou categoricamente que “o
silêncio administrativo será considerado ato administrativo quando a
lei dispuser os seus efeitos”. Porém, o fato é que, sempre que a lei
não dispuser sobre os efeitos, o silêncio não será ato
administrativo. Assim, o item está correto.
A banca fugiu da polêmica, dispondo apenas que, quando a lei
não dispuser sobre os efeitos jurídicos, o silêncio administrativo não
significa ocorrência de ato administrativo. - Prof. Herbert Almeida
7.2. ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
Os atributos vão qualificar um ato já existente.
São quatro os atributos dos atos administrativos:
Mnemônico PATI:

Presunção de legitimidade e veracidade


Autoexecutoriedade
Tipicidade
Imperatividade

A presunção de veracidade e legitimidade está presente em


todos os atos.
Maria Sylvia Zanella di Pietro afirma que: “A presunção de
veracidade diz respeito aos fatos; em decorrência desse atributo,
presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração.
Assim ocorre com relação às certidões, atestados, declarações,
informações por ela fornecidos, todos dotados de fé pública”. [v]
A autoexecutoriedade não está presente em todos os atos.
A tipicidade (não há consenso, porém, dentre os que
consideram tipicidade como um atributo, está presente em todos).
A imperatividade não está presente em todos os atos.
7.2.1. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE E
LEGITIMIDADE
Tal presunção é juris tantum, ou seja, relativa.
Pode ser subdividida em Legitimidade, conforme a lei;
e Veracidade, conforme os fatos.
O ônus da prova é do administrado. Sendo assim, a presunção
de veracidade e legitimidade está presente em todos os atos.
✓ Legitimidade (Lei)
✓ Veracidade (Verdadeiro)

➢ Relativa:

Admite prova em contrário


Ônus da Prova → Administrado

➢ Nasce apto para produção de efeitos

Até ter sua invalidade decretada

➢ Presente em todos os atos administrativos


7.2.2. AUTOEXECUTORIEDADE
Decorre da presunção de legitimidade. Ou seja, a administração
não depende da anuência do Judiciário para agir.
Lembrando que, essa presunção é relativa.
Não se aplicam a todos os atos administrativos.
Também se subdivide em exigibilidade, do administrado, sendo
um meio de coerção indireta e; executoriedade, da própria
administração administrado, sendo um meio de coerção direta.
Obs.: A autoexecutoriedade depende de expressa previsão
legal ou se justifica diante de necessidade urgente para poder
garantir o interesse público.

➢ Executar diretamente suas decisões

Sem precisar de intervenção judicial (Ex.: Interdição)

➢ Não está presente em todos os atos (Ex.: Multa)

Atenção:
A autoexecutoriedade se divide em: Executoriedade e
Exigibilidade.
1) Executoriedade:
Utiliza meios diretos de coerção (exemplo: dissolução de
passeata, apreensão de mercadorias, interdição de
estabelecimento).
Só pode quando:
(1ª) quando a lei autoriza;
(2ª) quando for urgente a providência administrativa;
(3ª) quando não houver outra via idônea para resguardar o
interesse público ameaçado ou ofendido (Curso, cit., p. 366, Celso
A. B. Melo).

A multa contratual prevista nos contratos administrativos tem


executoriedade.

2) Exigibilidade:
Utiliza meios indiretos de coerção (exemplo: multa,
impossibilidade de licenciamento de veículo enquanto não pagas as
multas de trânsito).
Só pode quando houver previsão em lei.
Lembrando que a autoexecutoriedade não está presente em
todos os atos.
EXEMPLO:
Aplicação de multa: autoexecutória
Cobrança da multa: não é autoexecutória, é necessário recorrer
ao Judiciário.
7.2.3. TIPICIDADE
Os atos são baseados em previsão legal. A doutrina considera
presente em todos os atos, MAS Di Pietro considera que somente
em atos individuais.
➢ Princípio da Legalidade
➢ Para cada efeito pretendido

Há um tipo de ato previsto em lei


7.2.4. IMPERATIVIDADE
Se aplica aos atos que impõem obrigações e/ou restrições.
Não se aplicam a todos os atos administrativos.
Por exemplo, não gozam do atributo de imperatividade os atos
negociais, enunciativos e de gestão.
➢ Poder

Império
Extroverso

➢ Impõe um dever de observância ao administrado

Independentemente de sua anuência

➢ Não está presente em todos os atos administrativos

CNH, licenças, alvarás → são situações que não são


impostas pela administração (faz quem quiser)
7.3. EXEQUIBILIDADE DO ATO
➢ Praticados
✓ Administração Pública
❖ Particular → Atribuição pública → Prerrogativas de Direito
Público

Concessionário
Permissionário

Perfeito: é aquele que está pronto, terminado, que já concluiu o


seu ciclo, suas etapas de formação, tem se um ato perfeito quando
já se esgotou todas as fases necessárias à sua produção. Seu
processo de formação está concluído. A perfeição diz respeito ao
processo de elaboração do ato: Está perfeito o ato em que todas as
etapas de seu processo de produção foram concluídas.
Imperfeito: não completou o ciclo de formação. Ex: ausência
de homologação.
Pendente: perfeito, mas sujeito à condição ou termo para que
produza efeitos.
Eficaz: é aquele que tem aptidão para produzir seus efeitos.
Todo ato perfeito é eficaz, mesmo que sua execução dependa de
termo ou de condição futura.
Ineficaz: é aquele que ainda não tem possibilidade de produzir
efeitos.
Consumado: é aquele que, tendo concluído seu ciclo de
formação, já desencadeou e exauriu seus efeitos jurídicos.

Exemplificação:
Ato perfeito, válido e eficaz: é aquele que completou o seu ciclo
de formação, encontrando-se ajustado às exigências normativas e
estando apto a deflagrar os efeitos que lhes são próprios.
Ato perfeito, válido e ineficaz: é aquele que concluiu seu ciclo
de formação, encontrando-se ajustado às exigências normativas,
mas não está apto a deflagrar seus efeitos típicos, porque depende
de um termo inicial, de uma condição suspensiva de algum ato de
autoridade controladora.
Ato perfeito, inválido e eficaz: é aquele que encerrou seu ciclo
de formação, mas que, apesar de não ter sido produzido em
conformidade com as exigências normativas encontra-se ainda
produzindo efeitos típicos, por não ter sido anulado.
Ato perfeito, inválido e ineficaz: é aquele que completou seu
ciclo de formação, se encontra em desconformidade com a ordem
jurídica e não pode produzir efeitos que lhe não são próprios,
porque depende de um termo inicial, de uma condição suspensiva
ou de algum ato de autoridade controladora.
7.4. CLASSIFICAÇÃO
Ato:
➢ Vinculado → Sem margem de escolha
✓ Requisitos preenchidos
❖ Administração obrigada a praticar o ato (nos termos da lei)
✓ Análise → Lei (Legalidade)

➢ Discricionário → Alguma margem de escolha


✓ Mérito administrativo → Juízo de Conveniência e
oportunidade (Interesse Público)
✓ Liberdade
❖ Valoração dos Motivos
❖ Escolha do Objeto
✓ Prevista
❖ Lei
❖ Conceitos Jurídicos
❖ Indeterminados
✓ Limites
❖ Lei
❖ Princípio

Proporcionalidade
Razoabilidade

✓ Análise
❖ → Lei (Legalidade) e
❖ → Mérito

EXEMPLOS:
Autorização:

Unilateral
Discricionário
Precário

Permissão:

Unilateral
Discricionário
Precário

Licença:

Unilateral
Vinculado

Homologação:

Unilateral
Vinculado
7.5. SIMPLES, COMPLEXO, COMPOSTO
Atos Simples Complexo Composto
Dois atos
Uma
distintos
Manifestação Um único ato
(manifestação +
de Vontade
aprovação)
Um único Dois ou mais Um único
órgão órgão órgão
Deve ter a
- - aprovação de
outro órgão
Ex.: → Portaria
Ex.:
interministerial (Min.
Dispensa de
Da Fazenda + Min.
licitação (deve
Da Justiça)
ser homologada
→Aposentadoria
pela autoridade
(INSS + Aprovação
superior)
do TCU)
Complexo →
SEXO
2 ou mais
órgãos
praticando um
único ato
7.6. GERAL E INDIVIDUAL:
Atos Geral Individual
Sem destinatários Destinatários
determinados Determinados
Generalidade e
Efeitos Concretos
Abstração
Revogados a qualquer Revogados se não
tempo gerado direito adquirido
Discricionários ou
Discricionários
Vinculados
Publicados em meio Publicados em meio
oficial oficial
Exemplo: Decreto Exemplo:
Regulamentar, Instrução Nomeação de 50
Normativa aprovados
7.7. ATOS DE IMPÉRIO, GESTÃO E DE
EXPEDIENTE
➢ Império (ou Extroverso)
✓ Impostos a Particulares
✓ Supremacia

➢ Gestão
✓ Sem supremacia
✓ Atos negociais

➢ Expediente
✓ Atos Internos
✓ Sem conteúdo decisório
7.8. EM SENTIDO ESTRITO, AMPLO,
OBJETIVO
Em Sentido Estrito: Por esse conceito, sendo o ato
manifestação de vontade, ficam excluídos os atos que encerram
opinião, juízo ou conhecimento. Produzindo efeitos imediatos,
ficam excluídos os atos normativos do Poder Executivo, como os
regulamentos. (Pietro, 2014)
*Em Sentido Amplo: Esse conceito é amplo e abrange atos
individuais e normativos, unilaterais e bilaterais (contratos),
declarações de juízo, de conhecimento, de opinião e de vontade.
(Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo, 2014. p.
202)
*Em Sentido Objetivo: Pelo critério objetivo, funcional ou
material, ato administrativo é somente aquele praticado no
exercício concreto da função administrativa, seja ele editado
pelos órgãos administrativos ou pelos órgãos judiciais e legislativos.
(Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo, 2014. p.
202)
*Em Sentido Subjetivo: Pelo critério subjetivo, orgânico ou
formal, ato administrativo é o que ditam os órgãos
administrativos; ficam excluídos os atos provenientes dos órgãos
legislativo e judicial, ainda que tenham a mesma natureza daqueles;
e ficam incluídos todos os atos da Administração, pelo só fato de
serem emanados de órgãos administrativos, como os atos
normativos do Executivo, os atos materiais, os atos enunciativos, os
contratos.
(Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo, 2014. p.
202)

ESPÉCIES
NONEP:
➢ Normativos
➢ Ordinatórios
➢ Negociais
➢ Enunciativos
➢ Punitivos

Normativo
➢ Sem destinatário determinado
➢ Comandos gerais e abstratos
➢ Regulamentar e complementar a lei
➢ Ex.: Decreto, Instrução normativa

Ordinatórios
➢ Atos internos → ordem aos subordinados
➢ Poder hierárquico
➢ Ex.: circulares internas, ordens de serviços, portarias

Negociais
➢ Particular precisa da anuência da administração
➢ Não são

Imperativos
Coercitivos
Autoexecutórios

➢ Tipos de atos negociais, por exemplo:

Licença
Vinculado
Não precário (definitivo)
Fundamentado no poder de polícia administrativa
Ex.: alvará para uma obra, licença para dirigir,
licença para o exercício de uma profissão
Autorização
Discricionário
Precário
Pode ser Revogado
Ex.: autorização para prestação de serviços
públicos, porte de arma de fogo, etc.
Enunciativos

Juízo de valor
Opinião
Declarando um Fato

➢ Sem manifestação de vontade


➢ Ex.: Atestado, certidão, parecer, apostila
*Enunciativos: é aquele pelo qual a Administração apenas
atesta ou reconhece determinada situação de fato ou de direito.
Alguns autores acham, com razão, que esses atos não são atos
administrativos propriamente ditos, porque não produzem efeitos
jurídicos. Correspondem à categoria, já mencionada, dos meros
atos administrativos. Eles exigem a prática de um outro ato
administrativo, constitutivo ou declaratório, este sim produtor de
efeitos jurídicos. São atos enunciativos as certidões, atestados,
informações, pareceres, vistos. Encerram juízo, conhecimento ou
opinião e não manifestação de vontade produtora de efeitos
jurídicos.”
(Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo, 2014. p.
236) [4]
Di Pietro (2016, pg. 270): São atos enunciativos as certidões,
atestados, informações, PARECERES, vistos, etc. Encerram juízo,
conhecimento ou opinião e NÃO manifestação de
vontade produtora de efeitos jurídicos.
Di Pietro (2016, pg. 239): Dentre os atos da administração
distinguem-se os que produzem e os que não produzem efeitos
jurídicos. Esses últimos não são atos administrativos
propriamente ditos, já que não se enquadram no respectivo
conceito. Nessa última categoria, entram:
(...)
4. os atos de opinião, como os pareceres e laudos.

Atos Negociais
PANELA
✓ PERMISSÃO
✓ AUTORIZAÇÃO
✓ NOMEAÇÃO
✓ EXONERAÇÃO A PEDIDO
✓ LICENÇA
✓ ADMISSÃO
Punitivo

Punição
Particular ou agente público.

MNEMÔNICOS:
Versão 1:
ATOS NORMATIVOS - REDE IN REDE RE
1. REgulamento
2. DEliberação
3. INstrução normativa
4. REgimento
5. DEcreto
6. REsolução

ATOS ORDINATÓRIOS - COPA DOI P


1. Circular
2. Ofício
3. Portaria
4. Aviso
5. Despacho
6. Ordem de serviço
7. Instrução
8. Provimentos

ATOS ENUNCIATIVOS - CAPA


1. Certidão
2. Atestado
3. Parecer
4. Apostila
ATOS NEGOCIAIS
1. Licença
2. Permissão
3. Autorização
4. Visto
5. Aprovação
6. Renúncia Administrativa
7. Homologação
8. Dispensa
9. Admissão
10. Protocolo Administrativo
7.9. EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
Pode ocorrer por manifestação de vontade da Administração
Pública, tendo em vista razões de legalidade ou de mérito
administrativo (conveniência e oportunidade). Trata-se do princípio
da autotutela administrativa, que reconhece a prerrogativa de
invalidação dos atos ilegais ou de revogação de atos lícitos, mas
inconvenientes ou inoportunos, pela própria Administração (Súmulas
346 e 473 do STF; art. 53 da Lei 9.784/1999).
Veja a Súmula 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.

O ato poderá ser extinto através da anulação, revogação,


cassação, caducidade e contraposição.

Revogação → Ato Válido


Motivo: Conveniência e
Anulação → Ato
oportunidade (mérito
Ilegal - Inválido
administrativo) Interesse
público
Própria
administração (de
Quem ofício ou a Apenas pela própria
realiza requerimento) administração que praticou o ato
→Judiciário
(provocação)
Apenas atos discricionários
Vinculados
Atos (deve respeitar os direitos
Discricionários
adquiridos)
Retroativos Não retroativos
Efeitos
“Ex Tunc” “Ex Nunc”
7.9.1. ANULAÇÃO OU INVALIDAÇÃO

Vícios de ilegalidade (ato ilegal)

Critério: Legalidade
Feita pela Administração que praticou o ato ou pelo Poder
Judiciário (se provocado)

Quando feita pela Administração será de Ofício ou


a requerimento
Quando pelo Judiciário será apenas por
provocação
Alcança atos vinculados ou discricionários
Efeitos: Retroativos (ex tunc)
Prazo (decadencial): Atos dos quais decorram efeitos
favoráveis ao destinatário → 5 anos (salvo comprovada
má-fé)

Ex.: ato que concede licença para particular que não preenche
os respectivos requisitos legais.
“Lei 9.784/99 - Art. 53. A Administração deve anular
seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade,
e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em
que foram praticados, salvo comprovada má-fé”.
7.9.2. REVOGAÇÃO (CONTROLE DE
MÉRITO)

Mérito administrativo: juízo de conveniência e oportunidade


(ato legal)

Critério de Mérito
Se trata de ato discricionário;
Feita apenas pela Administração que praticou o ato;
Alcança apenas atos discricionários;
Efeitos: não retroativos (ex nunc);
Prazo: em regra, a qualquer momento, mas alguns atos
não podem ser revogados:

Ex.: revogação da autorização de uso privativo da calçada por


restaurante para viabilizar a passagem de pedestres.

Só lembrando, que não podem ser revogados os atos:

✓ Vinculados;

✓ Consumados (que já produziram seus efeitos);

✓ Complexos (apenas por 1 órgão);

✓ Que faça parte de um procedimento administrativos


(cuidado com esse detalhe, pois a licitação é um
procedimento e pode ser revogada, desde que na íntegra);

✓ Declaratórios;

✓ Enunciativos;

✓ Exauriu a competência da autoridade que editou o ato;


✓ Direitos Adquiridos.

Obs.: Os elementos em que o mérito reside são: motivo


e objetivo.
Ou seja, se o ato é discricionário, apenas os elementos
motivo e objeto é que serão vinculados; e os elementos
competência, finalidade e forma permanecerão vinculados.
7.9.3. CASSAÇÃO
Desfazimento do ato por descumprimento dos requisitos de sua
manutenção.
Extinção do ato administrativo por descumprimento das
condições fixadas pela Administração ou ilegalidade superveniente
imputada ao beneficiário.

Associe sempre a cassação a uma penalidade.

Exemplo: cassação da licença profissional quando o


beneficiário do ato descumpre a legislação em vigor; cassação da
licença para dirigir quando o motorista descumpre as regras do
Código de Trânsito Brasileiro.
7.9.4. CADUCIDADE
Extinção do ato pela vigência de uma lei nova, incompatível
com a manutenção de tal ato, que proíba ou torne inadmissível
determinada atividade que antes era legalmente permitida
Lembre-se de velho caduco → Lei velha (Legislação nova é
incompatível)
A caducidade é a extinção do ato administrativo quando a
situação nele contemplada não é mais tolerada pela nova
legislação. O ato administrativo, no caso, é editado regularmente,
Torna-se ilegal em virtude da alteração legislativa.
Justifica-se pela ilegalidade superveniente que não é imputada
à atuação do administrado:
ex.: caducidade da autorização de uso da calçada editada em
favor de determinado restaurante quando a nova legislação proíbe o
uso privativo de calçadas por estabelecimentos comerciais.
Incide exclusivamente sobre:

Atos discricionários e precários, que não geram direito


subjetivos aos particulares.

Não se confunde com caducidade do contrato administrativo.


Caducidade:

Ilegalidade superveniente do ato

Caducidade do contrato de concessão de serviços públicos:

Descumprimento do contrato ou das normas jurídicas pelo


concessionário, possuindo natureza sancionatória.

Vamos a um bom exemplo envolvendo caducidade.


Primeiro veja essa questão de prova:
Prova: CESPE - 2019 - Prefeitura de Campo Grande -
MS - Procurador Municipal
A respeito do regime de concessão e permissão da
prestação de serviços públicos, julgue o item subsecutivo.
A transferência de concessão ou de controle societário
da concessionária sem a prévia anuência do poder
concedente implicará a caducidade da concessão.

O gabarito é CERTO.

Amparo legal:
Lei 8987/1995. Art. 27. A transferência de concessão ou do
controle societário da concessionária sem prévia anuência do
poder concedente implicará a caducidade da concessão.

Conforme explica Mateus Carvalho, é cediço que os contratos


administrativos se caracterizam pelo fato de serem celebrados
intuitu personae, ou seja, firmados com pessoas determinadas
cujas características individuais justificaram a contratação. [...]
Dessa forma, para que seja possível a subconcessão, ou seja, para
que seja subcontratado o objeto do contrato de concessão firmado,
ou para que se admita a transferência do controle acionária da
concessionária, é indispensável a anuência do poder
concedente, sob pena de configurar-se inadimplemento, e sujeito à
declaração de caducidade do contrato, sem prejuízo das sanções a
serem aplicadas. [vi]

Por fim, atente-se a diferença entre a caducidade contida no ato


administrativo e na concessão:
✓ Caducidade do ato administrativo: Trata-se de extinção do
ato administrativo por lei superveniente que impede a
manutenção do ato inicialmente válido.
✓ Caducidade da concessão: É a rescisão unilateral da
avença por motivo de inadimplemento da empresa
concessionária.
7.9.5. CONTRAPOSIÇÃO
A contraposição se refere a um ato que se contrapõe a outro.
Uma exoneração se contrapõe à nomeação.
7.10. CONVALIDAÇÃO
A convalidação consiste na faculdade que a administração tem
de corrigir e regularizar os vícios sanáveis dos atos administrativos.

De acordo com a doutrina, vícios sanáveis são: competência


e forma.

Ratificação: supre o vício de competência;


Reforma: mantém a parte válida do ato e retira a parte
inválida;
Conversão: retira a parte inválida e edita novo ato
válido com outro teor.

Observação para outra classificação:

A ratificação e a confirmação: podem ser consideradas


espécies de convalidação.

Ratificação: Se a autoridade que convalida o ato é a


mesma que o praticou.
Confirmação: será feita por autoridade superior do ato.

Correção de vícios sanáveis


Efeitos retroativos
Podem ser convalidados vícios relativos:
à competência (em razão da pessoa, salvo se
exclusiva);
à forma (salvo quando a lei determina que ela é
elemento essencial de validade).

CO → Salvo: Competência em razão da matéria ou


Competência Exclusiva
FI
FO → Salvo: Forma essencial para validade do ato
MO
OB

Mnemônicos:

FOCO na CONVALIDAÇÃO!
FOrma + COmpetência = FOCO

Forma --> Desde que não seja essencial para a existência do


ato.
Competência --> Desde que não seja exclusiva para a prática
do ato.
Conforme a doutrina, convalida-se atos sanáveis, mas atenção,
a doutrina majoritária entende que esse instituto se aplica aos atos
de Competência quando NÃO exclusiva e Forma quando NÃO
essencial.
Info adicional:

Recentemente, algumas bancas grandes estão se


balizando pela doutrina de Carvalho Filho. Este
entende que o instituto da Convalidação pode ser
aplicado ao elemento Objeto do Ato Administrativo,
mas quando se tratar de Ato PLÚRIMO.

Vamos ver como caiu em prova?


Os atos administrativos podem ser produzidos em desrespeito
às normas jurídicas e, nestes casos, é correto afirmar que é possível
convalidar atos com vício no objeto, ou conteúdo, mas apenas
quando se tratar de conteúdo plúrimo. (CERTO)
No que diz respeito aos requisitos dos atos administrativos, se
houver vício no objeto e este for plúrimo, ainda assim não será
possível aproveitá-lo em quaisquer de suas partes mesmo que nem
todas tenham sido atingidas pelo vício. (ERRADO)

Mais detalhes:
Defeito sanável
Não pode causar prejuízo a terceiros
Não pode causar lesão/violação ao interesse público
É ato discricionário
Produz efeitos "ex tunc"

OBS.: Atos nulos = defeitos insanáveis e não pode ser


convalidado.
Atos anuláveis = defeitos sanáveis e podem ser
convalidados.

Convalidação tácita
O Art. 54 da Lei 9.784/99 - prevê que o direito da Administração
de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis
para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé. Desse modo, decorrido
esse prazo sem que haja a invalidação do ato, considera-se esse
vício convalidado, não comportando mais a anulação do mesmo.

Convalidação expressa

O Art. 55 da Lei 9.784/99 - estabelece que em decisão na qual


se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
poderão ser convalidados pela própria Administração.
Bizu para Convalidação:
Pode convalidar o FOCO: são VINCULADOS
FO: FORMA;
CO: COMPETÊNCIA.
Não pode convalidar O FIM:
O: OBJETO;
FI: FINALIDADE; DISCRICIONÁRIO
M: MOTIVO.

Atualizações Jurisprudenciais Recentes:


TOMADA DE CONTAS. PRAZO DE 5 ANOS. LEI Nº Lei nº
9.784/99/99. NÃO APLICAÇÃO. O prazo decadencial
quinquenal, previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99, não se aplica
para a atuação do TCU em processo de tomada de contas,
considerando que se trata de procedimento regido pela Lei nº
8.443/92, que se constitui em norma especial. STF.
8. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
Pautando-se em prerrogativas oriundas do princípio da
supremacia do interesse público, os Poderes Administrativos
existem para que o Estado alcance suas finalidades de interesse da
coletividade, e se dividem em Poder Hierárquico, Pode Disciplinar,
Poder de Polícia e Poder Regulamentar (Normativo).
Veja a definição de poderes administrativos fornecida por
Carvalho Filho:

“conjunto de prerrogativas de direito público que a


ordem jurídica confere aos agentes administrativos para o fim
de permitir que o Estado alcance seus fins”.

Os poderes administrativos, chamados de poderes


instrumentais, não se confundem com os poderes políticos
(Executivo, Legislativo e Judiciário).

Temos poderes que se manifestam através de atos


vinculados e discricionários.

Ato Vinculado
Para os atos vinculados, não existe margem de escolha: os
requisitos são preenchidos nos exatos termos da lei; o agente tem a
obrigação de agir. Não é uma prerrogativa, mas um dever.
Ato Discricionário
Para tais atos, faz-se presente uma certa margem de escolha.
Existe o Mérito Administrativo. Significa dizer que será realizado um
juízo de conveniência e oportunidade (deve haver interesse público).
Cabe ressaltar, por fim, que os limites são definidos em lei.
Conforme o exemplo dado no capítulo sobre “atos
administrativos”, imagine que certa penalidade, conforme constante
em lei, varie até certo limite de multa (essa margem de escolha será
discricionária). Indo mais a fundo, a aplicação da pena terá aspectos
tanto vinculados quanto discricionários. Será vinculado no que
tange à competência, finalidade e forma (aplicação da pena); e
será discricionário no que tange ao motivo e conteúdo (majoração
da pena).
8.1. PODER HIERÁRQUICO
São chamados de poderes internos. O Poder Hierárquico surge
devido aos diversos níveis de subordinação dentro de determinado
órgão, ou entre órgãos diversos. Através deste poder, é possível
realizar a delegação ou avocação de competência, os quais
consistem em atos discricionários e revogáveis.
Não há hierarquia entre pessoas jurídicas distintas, Poderes da
República, e entre a Administração e administrado
O controle hierárquico pode ocorrer de ofício ou sob
provocação, caso em que os recursos hierárquicos são suscitados.
Sua aplicação, em relação aos subordinados (as pessoas que
tenham relação direta com a Administração), ocorre para tais fins:

Dar ordens;
Fiscalizar atos;
Rever atos;
Anular ou revogar atos;
Delegar e Avocar temporariamente competências
(apenas o exercício).

Perceba que a punição a servidores públicos não consta na


lista, pois, apesar de derivar do mediatamente do Poder
Hierárquico, terá relação imediata com o Poder Disciplinar.

Vale salientar que a delegação e a avocação,


respectivamente, transfere ou atrai apenas o exercício da
competência, caso contrário estaria violando a lei (competência
é intransferível e irrenunciável).

Outro aspecto importante sobre a temática é a importância de


se atentar às autoridades que realizam o ato de avocação ou
delegação; por exemplo, segundo questão recentemente cobrada
pela banca Cespe, um secretário estadual de finanças não pode
delegar parte de sua competência (mesmo que por razões técnicas
e econômicas) a um presidente de empresa pública. Nesse
exemplo, o secretário é da administração direta, e o presidente
(que receberia a delegação) é da administração indireta. Como se
sabe, não existe hierarquia entre administração direta e indireta,
mas apenas um controle específico ao cumprimento das finalidades
(uma supervisão ministerial, um controle finalístico, também
chamado de tutela administrativa).[vii]
8.1.1. DELEGAÇÃO
É a transferência temporária do exercício de atribuições de
determinada função, a qual é delegada a um subordinado.

A delegação pode ser revogada a qualquer momento. É um


ato formal, divulgado no diário oficial. A delegação é parcial e
temporária.

A delegação ocorre nas seguintes circunstâncias (Mnemônico


TSETJ):
✓ Técnica;
✓ Social;
✓ Econômica;
✓ Territorial;
✓ Jurídica.
Não poderá haver delegação em casos de (CENORA):
✓ Competência exclusiva (também chamada de competência
em razão da matéria);
✓ Decisão em recurso administrativo;
✓ Atos normativos;

Dica Fatal: delegação em caso de competência


privativa pode, o que não pode é competência exclusiva.
Delegação em caso de processo administrativo pode, o que não
pode é em fase de recurso.
8.1.2. AVOCAÇÃO
A avocação de competência constitui instituto eminentemente
excepcional e, por conseguinte, também transitório. Isto porque, se
as competências somente podem ser definidas por lei, caso uma
autoridade superior avoque (atribua a si própria) em definitivo uma
dada competência legalmente atribuída a um agente subordinado,
tal avocação equivaleria, na prática, à própria revogação da lei,
usurpando-se, assim, a competência do Poder Legislativo, em
violação ao princípio da separação de Poderes (CRFB/88, art. 2º).

Avocação: deve ser excepcional e temporária.

Com efeito, a Lei 9.784/99, ao tratar do instituto da avocação,


deixou claro que seu caráter deve ser tão somente temporário, e
não definitivo.
Veja como está na lei:
Lei 9.784/99, Art. 15. Será permitida, em caráter
excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados,
a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

Avocação (art. 15 da Lei 9784):


✓ É realizada em caráter excepcional;
✓ Devido a motivos relevantes e justificáveis;
✓ Será temporária;
✓ Competência atribuída a órgão inferior.

Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Auditor


Decorrente do poder hierárquico, a avocação, por um órgão,
de competência não exclusiva atribuída a outro órgão que lhe
seja subordinado é excepcional e exige motivos relevantes e
devidamente justificados. CERTO

Prova: CESPE - 2010 - DPE-BA - Defensor Público


Em decorrência do poder hierárquico, é permitida a
avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior, devendo-se, entretanto, adotar essa
prática em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados. CERTO

Prova: CESPE - 2010 - ANEEL - Técnico Administrativo


Como decorrência da relação hierárquica presente no
âmbito da administração pública, um órgão de hierarquia
superior pode avocar atribuições de um órgão subordinado,
desde que estas não sejam de competência exclusiva. CERTO

Prova: CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia -


Específicos
Somente em caráter temporário e por motivos relevantes
devidamente justificados é permitida a avocação temporária de
competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior. CERTO

A avocação acontece em decorrência do poder hierárquico, é


lícita a avocação por órgão superior.
8.2. PODER DISCIPLINAR
É o poder que confere à administração pública a possibilidade
de aplicar sanções (penalidades) aos que tiverem relação direta ou
indireta com ela. Tais punições podem ser devido a infrações
funcionais (servidores) ou administrativas (particulares vinculados).
Para as punições funcionais, a administração faz uso tanto do poder
hierárquico quanto do poder disciplinar.

Atenção para não confundir o Poder


Disciplinar com o Poder Hierárquico; e muito menos com
o Poder de Polícia. Um ato punitivo à servidor público terá
incidência imediata ao Poder Disciplinar, e mediata ao
Poder Hierárquico.
O Poder Disciplinar advém do Hierárquico, pois a
autoridade que aplica a penalidade está hierarquicamente
acima. Caso não haja vínculo ou hierarquia, possivelmente
será com base no Poder de Polícia ( o qual se aplica a
qualquer cidadão que pratique atividade que possa causar
risco à coletividade).

As pessoas vinculadas ao Poder Disciplinar, dentre outras, são:


✓ Servidores (é uma relação direta);
✓ Particulares que possuírem vínculo jurídico específico (é
uma relação indireta), que acontece, por exemplo, com
contrato administrativo, com as concessionárias,
permissionárias e autorizatárias.
✓ Alunos de escolas.

Em recente cobrança, a banca Cespe tentou induzir o candidato


a pensar que o processamento e julgamento de uma ação de
improbidade administrativa é feito com base no Poder Disciplinar,
mas na verdade ele é feito com base no Poder Judiciário, exercendo
seu poder punitivo do Estado. [viii]
Por fim, cabe dizer que o Poder Hierárquico servirá de
base para que o poder executivo distribua e escalone suas
funções; já o Poder Disciplinar pautará o controle e a punição
interna.
8.3. PODER DE POLÍCIA
Atenção: Não é Polícia Judiciária (infrações penais). Polícia
Judiciário incide sobre pessoas.
O Poder de Polícia incide sobre:

1. Bens;
2. Atividade;
3. Serviços.

Pode ser preventivo ou repressivo.


A Banco pode tentar lhe confundir com o poder disciplinar,
então preste atenção:

Somente exercido por Pessoa Jurídica de Direito Público


Em caso raríssimo existe uma exceção, mas a
banca não cobra e não precisa saber para não
errar a questão!
Tenha em mente: não poderá ser delegado para
pessoa privada!
Fundamento → Poder extroverso de Império (impor)
Supremacia do Interesse Público
Administração impõe condições e restrições:
Para Particular exercer seus Direitos e Liberdades
(dentro dos limites impostos pela administração);
Interesse Público

Dica: Servidor Público do Detran que estiver fora do


horário do expediente e receber uma multa de trânsito, será
com base no Poder de Polícia e não disciplinar, e muito menos
hierárquico.
8.3.1. ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA

Discricionariedade:
É o dever poder de agir da Administração Pública: Desde que
não violados os princípios (por exemplo, o princípio da
proporcionalidade), a Administração terá a opção de escolher se
aplica uma multa, apreende mercadorias, fecha o estabelecimento.
Está prevista em lei.
Autoexecutoriedade
O mesmo que consta no tópico sobre atos administrativos.
Serve para que a Administração possa executar suas decisões
sem intervenção judicial. Por sua vez, divide-se em Exigibilidade e
Executoriedade.
Exigibilidade:
✓ Entenda a exigibilidade como sendo meios de coerção
indireto.
✓ Tais meios estão presentes em todos os atos.
✓ Exemplo de meios indiretos: Multa.
Executoriedade:
✓ São meios de coerção diretos;
✓ Nem todo ato possui;

Exemplo: uso da força.

Coercibilidade

Criar obrigações mesmo sem anuência do particular;


Utilização do uso da força;
Fechar certos estabelecimentos por vender bebidas
alcoólicas, apreensão de mercadorias.

Mnemônico: CAD
A PENALIDADE SERÁ FUNDAMENTADA NO
PODER DISCIPLINAR OU DE POLÍCIA?

Para os servidores será o Poder Disciplinar. Entretanto,


cuidado, pois um servidor, fora do horário de expediente, que
levar uma multa, cairá no Poder de Polícia.
Agora, para os particulares com vínculo, será uma penalidade
baseada no Poder Disciplinar. Caso não haja vínculo, será uma
penalidade pautada no Poder de Polícia.
8.4. PODER REGULAMENTAR
O Poder regulamentar (também chamado de Poder Normativo)
consiste na faculdade que a Administração possui de editar normas
(atos administrativos normativos), desde que não usurpe a
competência do Legislativo.
Quando o que está se regulamentando é uma lei (emanada do
legislativo), o chefe do poder executivo exerce seu poder
regulamentar, devendo este regulamento ser obedecido por todos
os poderes. Contudo, alguns atos, apesar de seu caráter normativo,
não estão regulamentando lei preexistente, tendo sua origem no
Poder Hierárquico. Exemplo: Regimento Interno (produto do Poder
Hierárquico.
Os atos administrativos normativos são expedidos não só pelos
Chefes do Executivo, como também por diversos órgãos e
autoridades da administração (direta e indireta). Por exemplo, os
ministros de estados expedem instruções para a execução das leis,
decretos e regulamentos; temos também as instruções normativas
editadas pela Receita Federal.

O Poder Normativo é mais amplo do que o Poder


Regulamentar. É correto dizer que o Poder Normativo é gênero.
Portanto, ao exercerem o Poder Regulamentar, também
exercem o Poder Normativo.[ix]

O Poder Regulamentar será exercido através de Decretos e


Regulamentos, mais conhecidos como decretos de execução ou
decretos regulamentares, eles surgem com o intuito de suprir as
lacunas em uma lei (fornecendo regras mais específicas e
detalhadas para uma melhor execução das atividades); e Decreto
Autônomo, de competência dos Chefes dos Executivos, tais
decretos geram obrigações primárias, oriundas da própria CF/88,
não são pautados em lei existente.

Pontos-chaves:
O Poder Regulamentar é frequentemente considerado
como o mesmo Poder Normativo;
O Poder Regulamentar, na sua concepção tradicional, é
considerado uma prerrogativa do Chefe do Executivo;
Os Decretos Regulamentares, expedidos pelo Chefe do
Executivo, não podem inovar e nem alterar o ordenamento
jurídico;
Contudo, constitucionalmente previsto, o Decreto
Autônomo é capaz de inovar em determinadas matérias
delimitadas pela constituição.

Apesar de contrariar a doutrina majoritária, algumas


questões de prova consideram Poder Regulamentar e
Poder Normativo como sinônimo.
8.4.1. DECRETO REGULAMENTAR

Toda Lei pode ser regulamentada.

Não pode inovar no ordenamento Jurídico, isso significa dizer


que o Decreto Regulamentar não pode criar, alterar, contrariar, ou
extinguir uma lei.
Amparo legal para o Decreto Regulamentar:
CF/88 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente
da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem
como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução;

O Poder regulamentar é a competência do Chefe do Poder


Executivo para a edição de decretos e regulamentos visando à fiel
execução das leis. Difere do poder normativo, pois este é o que
fundamenta os atos normativos de qualquer outra autoridade
administrativa; São espécies de atos decorrentes do Poder
Regulamentar.

Decreto:
❖ Executivo;
❖ De execução;
❖ Competência exclusiva dos chefes do poder Executivo (ou
seja, não é possível delegar);
❖ É criado para Complementar e Regulamentar uma lei (para
dar fiel execução).

Utilizando mais uma vez a doutrina de Carvalho Filho,


é correto dizer que um Decreto Regulamentar pode fixar
obrigações subsidiárias.
Isso será possível se mantermos o mesmo raciocínio explicado:
o decreto é para manter a fiel execução da lei. Ora, se a lei diz que
um determinado grupo de pessoas têm direito ao benefício “X”, mas
a lei faltou especificar quais documentos (ou obrigações) é preciso
apresentar antes de receber o benefício, o Decreto é expedido para
suprir a lacuna. Portanto, será lícito que um Decreto Regulamentar
exija a apresentação de determinados documentos para que o
benefício possa ser corretamente disponibilizado. Esse exemplo
tratou de uma obrigação acessória.
Compilando as regras mais importantes sobre os Decretos
Regulamentares (também chamado de Decreto de Execução), e
que caíram em provas recentemente:
✓ Regras jurídicas, abstratas e impessoais, editadas em
função de uma lei, possibilitando a fiel execução da Lei a
que se referem;
✓ Essa competência não é passível de delegação;[5]
✓ Restringe-se aos limites e conteúdo da lei, não podendo
restringir, nem ampliar, muito menos contrariar, as hipóteses
nela previstas;
✓ Somente as leis que devam ser executadas pela
Administração (leis administrativas) podem sofrer
regulamentação;
✓ Estas leis administrativas podem ser regulamentadas
mesmo que seu texto não preveja expressamente. O poder
regulamentar não depende de autorização do legislador
ordinário, pois decorre diretamente da CF;
✓ São ditos atos normativos secundários;
✓ Compete ao Congresso Nacional sustar os atos normativos
por Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar.
8.4.2. DECRETO AUTÔNOMO
O Decreto Autônomo é de competência privativa do Presidente
da República, mas é possível ser delegado para Ministro de Estado,
Procurador Geral da República, Advogado Geral da União.
Ademais, esses decretos não possuem em regra destinatários,
portanto são de caráter geral.

Esses decretos autônomos podem ser delegados,


mas o mesmo não ocorre com os Decretos de Execução
(Decreto Regulamentar).[x]

O documento poderá dispor sobre:[xi]


✓ Organização e Funcionamento da Administração Federal;
✓ Não pode implicar aumento de despesas, nem criar ou
extinguir órgão público; mas pode extinguir cargos e funções
quando vagos.

Observação sobre a organização e funcionamento:


Reserva de Administração de Regulamento: Espaços de
atuação que o legislador constituinte outorgou para
regulamentação pela Administração Pública, nos quais é
vedada a intromissão do Poder Legislativo, sob pena de
inconstitucionalidade.

O Presidente da República terá competência para dispor


diretamente mediante decreto sobre organização e funcionamento
da Administração federal quando não implicar em aumento de
despesa, criação ou extinção de órgão público; sobre extinção de
funções ou cargos públicos, quando vagos. Tal competência surgiu
com a emenda constitucional n° 32/2001.

Pontos que você precisa levar para a prova:

Esse decreto independerá de lei;


São atos primários;
Será para matérias que somente podem ser reguladas
por ato administrativo;
São classificados como regulamentos independentes
internos;
Esta competência pode ser delegada.
8.4.3. DECRETO AUTORIZADO
(DELEGADO)
Alguns doutrinadores indicam um terceiro tipo de Decreto que é
o Decreto Autorizado, também chamado de Regulamentos
Autorizados, o qual se materializa quando a lei autoriza a
Administração Pública a editar regulamentos que disciplinam
questões não previstas em lei.
Jamais pode versar sobre matéria reservada à lei. Assim, a lei
define os contornos e o executivo terá competência para editar
regulamentos de ordem técnica (operacional).

Exemplo: Agências Reguladoras (Anatel, ANP) - a lei define


os limites e condições e autoriza a Anatel a possibilidade de
editar regulamentos de ordem técnica (que tipo de
equipamento, que tipo de sinal, etc).

Segundo o STF: Essa delegação não pode implicar em


uma delegação da função legislativa, nomeada de delegação em
branco.

Pontos-chaves para lhe acompanhar na prova:


✓ Conceito: aquele que complementa disposições da lei em
razão de expressa determinação nela contida;
✓ A lei, estabelecendo as condições e os limites da matéria a
ser regulamentada, deixa ao Executivo a fixação de normas
técnicas;
✓ É um ato secundário (deriva de uma lei que o autoriza),
entretanto inova o Direito nas matérias em que a lei lhe
confere essa atribuição;
✓ Não podem tratar de matérias reservadas à lei.

Já ouviu falar sobre o fenômeno da deslegalização?


Caso não tenha conhecimento sobre o que seja esse
fenômeno, saiba que as bancas o adoram.
Segundo parte da doutrina, a edição de um Decreto Autorizado
fere o princípio constitucional da separação de poderes, o qual
dispõe que o poder de legislar é uma atribuição do Poder Legislativo
e não do Executivo. Por outro lado, parte da doutrina alega que,
embora esse Decreto Autorizativo não tenha amparo constitucional,
é uma necessidade dos tempos modernos, cuja avalanche de leis é
maior do que o Poder Legislativo pode suportar. Por tal motivo, o
Executivo recebeu essa incumbência de editar os Decretos
Autorizados. Atente-se que a delegação é parcial, referente à
regulamentação técnica previamente discriminada em lei.
Por fim, vamos a uma tabela comparativa entre Regulamentos
Autorizados e Regulamento de Execução:[xii]
Regulamentos
Regulamentos de Execução
Autorizados
Sem previsão Há previsão legal: CF/88, art.
constitucional. 84, IV.
Completam a lei, suprem
Não inovam o direito. Criam
lacunas. Acrescentam
excepcionalmente obrigações
conteúdos omissos. Inovam o
acessórias, mas jamais inovam.
direito.
É de competência privativa do
São editados por órgão
Chefe do Poder Executivo. Não
administrativos que possuam
pode ser delegado a outra
perfil técnico para tal.
autoridade.
Não tratam apenas de assuntos
Dispõem sobre assuntos
de ordem técnica, podem tratar de
técnicos.
assuntos administrativos.
8.5. ABUSO DE PODER
O abuso de poder pode ser de forma: comissiva, omissiva,
dolosa e culposa.
Comissiva: exacerbando seus limites legais. ex: aplica
demissão quando deveria aplicar advertência nos termos da Lei
8112.
Omissiva: Não cumprindo seu dever legal, exemplo: deveria
conceder aposentadoria para servidor que reúne todos os requisitos,
mas é omisso e não se manifesta sobre o pedido.
Dolosa: Por vontade própria. Exemplo: tinha conhecimento que
era errado, mas por vingança cometeu o abuso por se tratar de
inimigo.

Culposa: Por ato involuntário, ou mera alegação de


desconhecimento de imposição negativa, exemplo: Auditor Fiscal da
Receita que, desconhecendo a lei, barra importação de produto
legal, que poderia/deveria entrar no Brasil.
Gênero: abuso de poder
Espécies: excesso de poder e desvio de poder (ou desvio de
finalidade)
Excesso de poder: quando o agente excede os limites de sua
competência
Desvio de poder: quando o agente pratica ato com finalidade
diversa da que decorre da lei

Modalidades
Excesso → fora da competência
Desvio → dentro da competência
Finalidade diversa
Lei
Interesse Público
Omissão
quando não faz, entretanto tinha o dever
de fazer
Esquema:

Abuso de Poder se divide em Desvio e Excesso de Poder:


Desvio: Vício de Finalidade (má-fé, por exemplo,
ato feito para beneficiar alguém);
Excesso: Vício de Competência (pode ter sido
feito de boa-fé, o servidor apenas não tinha
competência; ou pode ter sido feito de má-fé,
punindo um cidadão sem ter competência para
tal).

Possível cobrança de prova sobre abuso de poder:


REVISTA PESSOAL REALIZADA POR AGENTES DE
EMPRESA ESTATAL (PESSOA JURÍDICA DE DIREITO
PRIVADO - COMPANHIA PAULISTA DE TRENS
METROPOLITANOS (CPTM). É ilícita a revista pessoal
realizada por agente de segurança privada. Para o Superior
Tribunal de Justiça, a CF/88 e o CPP, somente as autoridades
judiciais, policiais ou seus agentes estão autorizados a
realizarem a busca domiciliar ou pessoal. STJ. 5ª Turma. HC
470.937/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em
04/06/2019 (Info 651).

Atualização recente na jurisprudência.


Não confundir com a próxima atualização jurisprudencial.

Atualização Jurisprudencial 2: Revista Pessoal por Agente


de Segurança Privada
REVISTA PESSOAL REALIZADA POR AGENTES DE
EMPRESA ESTATAL (PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO -
COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS (CPTM).
É ilícita a revista pessoal realizada por agente de segurança
privada. Para o Superior Tribunal de Justiça, a CF/88 e o CPP,
somente as autoridades judiciais, policiais ou seus agentes estão
autorizados a realizarem a busca domiciliar ou pessoal. STJ. 5ª
Turma. HC 470.937/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em
04/06/2019 (Info 651).
9. BENS E SERVIÇOS PÚBLICOS

CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS


1) IMPRESCRITIBILIDADE
Nenhum bem público se sujeita a usucapião.

✓ Súmula 340 do STF: todos os bens públicos, inclusive os


dominicais, não podem ser usucapidos.
Exemplificando na prática:
Existe uma família na zona rural de Minas Gerais que se
adaptou em uma escola municipal desativada (imóvel público),
construiu sua casa dentro do terreno da escola e moram lá há mais
de 30 anos.
Pergunta: caso o município resolva reativar a escola, essa
família terá algum direito à indenização pelas reformas e
benfeitorias realizadas no imóvel?
Não terá direito a nenhuma indenização. Terão que fazer as
malas e sair do imóvel.

Súmula 619 do STJ:


Aquele que ocupa imóvel público é mero detentor (e não
possuidor), como consequência, não tem direito a nenhuma
indenização pelas acessões ou benfeitorias.

2) IMPENHORABILIDADE
Impossibilidade de penhora.

3) NÃO ONERABILIDADE
Bens públicos não podem ser gravados com direitos reais. Não
podem ser dados como garantias.

Não é possível ônus reais: hipoteca, penhor.


9.1.1. ESPÉCIES DOS BENS PÚBLICOS
Tópico também chamado de Classificação dos Bens Públicos.

Bens de Uso Comum do Povo

O art. 99 do Código Civil elenca três categorias de bens


públicos: os de uso comum do povo, os de uso especial e os
dominicais.
São bens de uso comum do povo todos aqueles bens de
“utilização concorrente de toda a comunidade”, usados livremente
pela população, o que não significa “de graça” e sim, que não
dependem de prévia autorização do Poder Público para sua
utilização, como por exemplo, rios, mares, ruas, praças.

São bens de uso comum do povo: os rios, os mares, as


ruas, as estradas, as praças (relação não exaustiva – não
taxativa).

Características:
✓ Uso coletivo;
✓ Bens afetados;
✓ Uso gratuito ou remunerado.

Bens de uso especial:


Os de uso especial são aqueles destinados ao “cumprimento
das funções públicas”. Têm utilização restrita, não podem ser
utilizados livremente pela população, sejam eles bens móveis ou
imóveis, tais como repartições públicas, veículos oficiais, museus,
cemitérios, entre outros.
Art. 99, II, CC. Art. 99. São bens públicos:
(...)
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos
destinados a serviço ou estabelecimento da administração
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de
suas autarquias;
Características:
✓ Instalação/serviço;
✓ São afetados (possuem uma destinação);
✓ Exemplos: escola pública, logradouro onde se localiza a
repartição pública (prédios do TJ), veículos oficiais,
aeroporto, cemitério, dentre vários outros.
Os bens de uso especial são usados para prestação de
serviços públicos pela administração pública ou conservados pelo
poder público com finalidade pública.
Eles podem ser classificados como diretos que são os bens
que compõem o aparelho estatal (conforme os exemplos acima:
escola pública, logradouro onde se localiza a repartição pública etc).
Já os bens de uso especial indiretos, o ente não utiliza os
bens diretamente, mas os conservam com o intuito de garantir a
proteção a determinados bens jurídicos de interesse da coletividade.
Exemplos: terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e as terras
públicas utilizadas para proteção do meio ambiente e terras
devolutas."[xiii]

Bens Dominicais
Já, os dominicais (ou dominiais), são aqueles que integram o
patrimônio da Administração Pública (federal, estadual, distrital ou
municipal). Patrimônio esse utilizado com fins econômicos, como
imóveis desocupados, que não possuem destinação pública. São
bens que a Administração Pública utiliza como se fosse o seu
“senhorio”, inclusive obtendo renda sobre eles. [xiv]
Características:
✓ São bens não afetados (não têm uma destinação);
✓ Bens disponíveis;
✓ Exemplos: prédios e veículos desativados, dívida pública.

PONTOS IMPORTANTES
AFETAÇÃO
Afetação é o mesmo que ter uma destinação ou finalidade
pública.
Os bens afetados são:
✓ os bens de uso comum; e
✓ os bens de uso especial.
Formas de Desafetação
Pode ser feita por:

Lei;
Ato administrativo;
Fato da natureza
Prédio desabado
Incêndio em escola ou hospital (caso o prédio
não seja restaurado, passará a ser um bem
dominical).
9.1.2. ATRIBUTOS DOS BENS PÚBLICOS
Tópico também chamado de “Características dos Bens
Públicos”.
Em regra, os bens públicos são inalienáveis. O regime jurídico
dos bens públicos abrange quatro características principais: [xv]
✓ Alienabilidade;
✓ Impenhorabilidade;
✓ Imprescritibilidade;
✓ Não-onerabilidade.

1) ALIENABILIDADE CONDICIONADA:
Os bens públicos para serem alienados devem preencher os
seguintes requisitos determinados em lei:

Prova da desafetação do bem;


Autorização legislativa específica, em se tratando de
bens imóveis, e procedimento administrativo, quando se
tratar de bens móveis;
Avaliação prévia feita pela Administração Pública;
Procedimento licitatório. Para os bens imóveis, o
procedimento a ser adotado é a concorrência, para os
móveis, o leilão.

A Administração Pública pode, em vez de alienar, atribuir aos


particulares o uso do bem público, sua gestão. Os instrumentos
normais são autorização de uso, permissão de uso, concessão de
uso, concessão de direito real de uso e cessão de uso.

2) IMPENHORABILIDADE:
Tendo em vista que os bens públicos são impenhoráveis, o
Código de Processo Civil prevê um procedimento especial para
execução contra a Fazenda Pública, que se faz mediante
precatórios (art. 100, da CF).
3) IMPRESCRITIBILIDADE:
Os bens públicos, móveis ou imóveis, não podem ser
adquiridos pelo particular por usucapião, independentemente da
categoria a que pertencem.

4) NÃO-ONERABILIDADE
É consequência da impenhorabilidade, já que se o bem não
pode ser penhorado, também não pode ser dado em garantia para
débitos da Administração Pública.

9.1.2.1.1. Alienação de Bens Públicos


Se for uma alienação de bem imóvel, será necessária uma
autorização legislativa (lei).
Se for uma alienação de bem móvel, não será necessária uma
autorização legislativa.

Bens Absolutamente Inalienáveis


Os bens absolutamente inalienáveis por natureza são:
✓ Praias;
✓ Mares.
Os bens absolutamente inalienáveis por lei são:
✓ Terras indígenas;
✓ Terras devolutas necessárias para preservação dos
ecossistemas.

Bens Relativamente Inalienáveis


São relativamente inalienáveis os bens de uso comum e os de
uso especial. Não podem ser vendidos enquanto estiverem
afetados.

Bens alienáveis
São alienáveis os bens dominicais. Ou seja, os bens não
afetados, livres.
9.2. SERVIÇOS PÚBLICOS

CONCEITO
Serviço Público é a atividade material que a Lei atribui ao
Estado para que exerça diretamente ou por seus delegados, sob
regime total ou parcialmente público.

CLASSIFICAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO:


a) Quanto à Essencialidade
✓ Propriamente ditos: são os essenciais, exclusivos do
Estado, indelegáveis. Exemplo: Segurança Pública, tutela
jurisdicional.
✓ Utilidade Pública: não essenciais, delegáveis. Exemplo:
telefonia, energia.
b) Quanto aos Destinatários

✓ Universal / geral / “uti universi”.

Não é possível quantificar (dizer quanto cada pessoa


utilizou);
Não indivisíveis;
Não específicos;
São custeados por impostos.

✓ Individual / singular / “uti singuli”.

São divisíveis;
São específicos;
São custeados por taxa.

Universais Singulares
Destinatários Indeterminados Determinados
Indivisíveis, não Divisível,
Divisibilidade
específico específico
Impostos Taxa (preço
Custeio
(contribuições) público)

Os Serviços Públicos são toda atividade executada pelo


Estado de forma a promover à sociedade uma comodidade ou
utilidade, usufruída individualmente pelos cidadãos, visando ao
interesse público. (por Matheus Carvalho)
9.2.1. ELEMENTOS DO SERVIÇO PÚBLICO

Elemento Subjetivo
O serviço público é sempre incumbência do Estado. É permitido
ao Estado delegar determinados serviços públicos, sempre através
de lei e sob regime de concessão ou permissão e por licitação. É o
próprio Estado que escolhe os serviços que, em determinado
momento, são considerados serviços públicos. Ex.: Correios;
telecomunicações; radiodifusão; energia elétrica; navegação aérea e
infraestrutura portuária; transporte ferroviário e marítimo entre portos
brasileiros e fronteiras nacionais; transporte rodoviário interestadual
e internacional de passageiros; portos fluviais e lacustres; serviços
oficiais de estatística, geografia e geologia – IBGE; serviços e
instalações nucleares; Serviço que compete aos Estados -
distribuição de gás canalizado;

Elemento Formal
O regime jurídico, a princípio, é de Direito Público. Quando,
porém, particulares prestam serviço em colaboração com o Poder
Público, o regime jurídico é híbrido, podendo prevalecer o Direito
Público ou o Direito Privado, dependendo do que dispuser a lei. Em
ambos os casos, a responsabilidade é objetiva. (os danos causados
pelos seus agentes serão indenizados pelo Estado)

Elemento Material
O serviço público deve corresponder a uma atividade de
interesse público.
9.2.2. PRINCÍPIOS DO SERVIÇO PÚBLICO:
Faltando qualquer desses requisitos em um serviço público
ou de utilidade pública, é dever da Administração intervir para
restabelecer seu regular funcionamento ou retomar sua prestação.

Princípio da Adequação
O Serviço Público deve ser adequado, para tal será preciso
satisfazer as exigências impostas pela Lei nº 8987/95, art. 6º. São
elas:
✓ Regularidade.
✓ Generalidade.
✓ Continuidade.
✓ Segurança.
✓ Atualidade (modernidade).
✓ Cortesia no atendimento.
✓ Modicidade das tarifas.

Princípio da Permanência ou Continuidade


Também conhecido como Princípio da Prestação.
Impõe continuidade no serviço.
Os serviços não devem sofrer interrupções.
O poder público não poderá escusar-se da prestação dos
serviços públicos.

Continuidade: prestação ininterrupta (regra), com


exceções.

Deve-se tomar cuidado com as exceções constantes no §3º,


do art. 6º da lei das concessões e permissões (Lei nº 8987/95).
A descontinuidade não ocorrerá em casos de:

1. Situações de emergências.
2. Após aviso:
1. Ordem técnica ou segurança das instalações;
2. Inadimplemento.
Jurisprudências:
✓ Para casos de fraudes no medidor só haverá o corte do
serviço público (água, luz) depois da instauração de um
processo administrativo, para que a pessoa tenha a
possibilidade de se defender. Ou seja, é vedada uma
apuração unilateral.
✓ Também não pode cortar/interromper por débito
consolidado do anterior usuário. Ou seja, as dívidas do
antigo morador de um apartamento não poderão servir de
base para o cancelamento do serviço público do atual
morador.

Princípio da Generalidade
Impõe serviço igual para todos; devem ser prestados sem
discriminação dos beneficiários;

Generalidade: serviço prestado a maior quantidade de


pessoas possível.

Princípio da Eficiência
Exige atualização do serviço, com presteza e eficiência;

Também conhecido como Princípio da Economicidade:


eficiência e gasto razoável na prestação do serviço

Princípio da Modicidade
Exige tarifas razoáveis; os serviços devem ser remunerados a
preços razoáveis;

Modicidade: taxas baixas, preços módicos e razoáveis que


sejam acessíveis ao público.

Princípio da Cortesia
Traduz-se em bom tratamento para com o público.

Cortesia: educação na prestação


Demais Princípios
Tenha em mente que existem diversos Princípios que são
trazidos pela nossa vasta gama de doutrinadores. Tais como:

✓ Princípio da Atualidade: técnicas modernas, busca pela


melhoria do serviço;

✓ Princípio da Submissão e controle: forma de garantir os


demais princípios;

✓ Princípio da Isonomia: é vedado o tratamento


diferenciado, via de regra.
9.2.3. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO
1) Titularidade é diferente de prestação.
A titularidade será sempre de uma pessoa de direito público, ou
seja, é indelegável.
Já a prestação do serviço (nem todos) pode ser delegada a um
particular.

Prestação é a execução do serviço público.

2) Titular conserva os poderes:


✓ Fiscalização;
✓ Regulamentação (ou normatização);
✓ Intervenção.
Não tem poder sobre as pessoas do delegatório.
3) Formas de prestação:
a) é prestado de forma direta, centralizada.
b) indireta ou descentralizada. Pode ser pela outorga ou
delegação (formas de delegação: concessão, permissão e
autorização).
9.2.4. FORMAS DE DELEGAÇÃO DO
SERVIÇO PÚBLICO

Concessão
Amparo legal: art. 2º da Lei 8987/91.
É o contrato entre a Administração Pública e uma empresa
particular, pelo qual o governo transfere ao segundo a execução de
um serviço público, para que este o exerça em seu próprio nome e
por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário, em regime
de monopólio ou não.

É a delegação da prestação, mediante licitação na


modalidade de concorrência, para pessoa jurídica ou consórcio
de empresas por prazo determinado.

Características de concessão:
✓ É um contrato administrativo que exige licitação na
modalidade concorrência;
✓ Concessionário: Pessoa jurídica (PJ) ou consórcio de
empresas;
✓ Prazo: é sempre determinado;
✓ Uso obrigatório do bem de acordo com a finalidade que
pode atender interesse público ou privado.

É formalizada por contrato administrativo (art. 4º, Lei


8.987/95).

Atenção: não se caracteriza como descontinuidade do


serviço a sua interrupção em situação de emergência (não
pressupõe aviso prévio) ou após prévio aviso, quando:

Lei 8987/95 - Capítulo II - DO SERVIÇO ADEQUADO,


art. 6º:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de
segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o
interesse da coletividade.

A própria lei prevê a possibilidade de descumprimento


contratual e as respectivas sanções:
Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato
acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de
caducidade da concessão ou a aplicação das sanções
contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art.
27, e as normas convencionadas entre as partes.

É permitida a alteração unilateral da tarifa por


parte do poder concedente?

Curiosidade através dessa questão recente:

CESPE, 2020, SEFAZ-DF, Auditor Fiscal

Acerca da concessão de serviços públicos, julgue o item que se


segue.
Concessão de serviço público é um contrato administrativo pelo
qual a administração pública delega a terceiro a execução de um
serviço público, para que este o realize em seu próprio nome e por
sua conta e risco, sendo assegurada ao terceiro a remuneração
mediante tarifa paga pelo usuário, que é fixada pelo preço da
proposta vencedora da licitação e não pode ser alterada
unilateralmente pelo poder público ou pela concessionária.
Gabarito: Errado.
A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da
proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de
revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato. (art. 9o da lei
8.987/95). Ocorre que, o contrato de concessão, assim como os
demais contratos administrativos estão sujeitos às cláusulas
exorbitantes previstas na lei 8.666/93, como, por exemplo, a de
alteração unilateral.
Nesse sentido os ensinamentos de Matheus Carvalho:
"Ademais, importa saber que a concessão de serviço
público é um contrato administrativo e, como tal, se submete ao
regime geral dos contratos previsto na lei 8.666/93 com todas
as suas obrigações e garantias.

Estão implícitas nos contratos de concessão, as cláusulas


exorbitantes previstas na referida lei, assim como devem ser
respeitadas as regras de manutenção do equilíbrio econômico
financeiro do contrato, entre outras regras expostas na lei geral de
contratos administrativos (2017, p. 658). [xvi]
Amparo legal (Lei 8.666/93, Art. 58):
O regime jurídico dos contratos administrativos instituído
por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a
prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para
melhor adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;

Lei 8.987/1995, Art. 9º, § 4º:


Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o
seu inicial equilíbrio econômico-financeiro, o poder
concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à
alteração.

Portanto, é possível a alteração unilateral da tarifa por parte do


poder concedente, respeitando os termos do contrato administrativo
e demais regras cabíveis.
Permissão
É ato administrativo discricionário e precário mediante o qual é
consentida ao particular alguma conduta em que exista interesse
predominante da coletividade.

Pontos-chaves:
✓ É formalizada por contrato de adesão (art. 40, Lei 8.987/95);
✓ Ato unilateral, discricionário, precário, mas com licitação
(qualquer modalidade);
✓ Interesse predominantemente público;
✓ Prazo indeterminado, mas pode ser revogado a qualquer
tempo sem dever de indenizar.
10. AGENTES PÚBLICOS E
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

Agentes Públicos
São pessoas físicas que possuem:
✓ Mandato; ou
✓ Cargo; ou
✓ Emprego; ou
✓ Função.
Adquirem tal status por meio de:
✓ Eleição;
✓ Nomeação;
✓ Designação;
✓ Contratação; ou
✓ qualquer outra forma de vínculo ou investidura.

Ainda que de forma transitória ou não remunerada

Classificação/espécie de Agentes Públicos:

✓ Agentes Políticos
✓ Servidores Públicos (Agentes Administrativos)

Estatutários
Empregados Públicos
Temporários

✓ Particulares em colaboração

Agentes honoríficos
Delegatários
Credenciados
Agentes Políticos
✓ Mais alto escalão
✓ Competência → haurida da CF/88
✓ Possuem algumas regras diferenciadas
✓ Não hierarquizados a outros agentes (em regra)

✓ Ex.:

Chefes do poder Executivo e seus auxiliares imediatos:

❖ Presidente da República

Ministros de Estado

❖ Governador

Secretário Estadual

❖ Prefeito

Secretário Municipal

Membros do poder Legislativo

❖ Senador
❖ Deputado
❖ Vereador

Membros da Magistratura e MP

❖ Juízes, Desembargadores, Promotores, Procuradores


❖ Mas há controvérsias doutrinárias
❖ Porém as bancas tendem mais para o lado de que são sim
Agentes Políticos.
Atualização Jurisprudencial: Foro Por Prerrogativa de
Função para Procuradores do Estado

FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO ALÉM DAS


HIPÓTESES PREVISTAS NA CF. É inconstitucional dispositivo da
Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de função,
no Tribunal de Justiça, para Procuradores do Estado, Procuradores
da ALE, Defensores Públicos e Delegados de Polícia.
A CF/88, apenas excepcionalmente, conferiu prerrogativa de
foro para as autoridades federais, estaduais e municipais.
Assim, não se pode permitir que os Estados possam,
livremente, criar novas hipóteses de foro por prerrogativa de função.
STF. Plenário. ADI 2553/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac.
Min. Alexandre de Moraes, julgado em 15/5/2019(Info 940).

Servidores Públicos
Estatutário (Para Administração Direta, Autarquias,
Fundações Públicas de Direito Público)

➢ Vínculo → Estatuto (Ex.: Lei 8.112/90)


➢ Titular → Cargo Público

Provimento efetivo

✓ Concurso Público
✓ Estágio probatório
✓ Estabilidade

Em Comissão

✓ Livre nomeação
✓ Livre exoneração
✓ “ad nutum”
✓ Não tem concurso, estágio probatório nem estabilidade
Empregados Públicos (Celetistas)

Vínculo → CLT
Titular → Emprego Público

➢ Em regra para Empresas Públicas e Sociedades de


Economia Mista

Os dirigentes são estatutários (comissão)

➢ Concurso Público
➢ Não tem estágio probatório
➢ Não tem estabilidade

Temporário
Contratação temporária para atender à necessidade
excepcional definida em lei.

Necessidade transitória
Excepcional interesse público
Não confundir com Direito do Trabalho → não é celetista
Vínculo → Contrato + direito do Art. 7º CF

➢ Processo Seletivo Simplificado (PSS)


➢ Não tem cargo nem emprego

Titular → Função Pública

➢ Ex.: Agentes endêmicos, recenseadores do IBGE

PARTICULARES EM COLABORAÇÃO

Atenção: os cartórios e notários para a maioria das


bancas se enquadram nessa categoria, mas não se esqueça de
que, diferente dos exemplos abaixo, eles não trabalham de graça.
✓ Agentes Honoríficos

Transitória
Não remunerada

Equiparado a funcionário público para fins penais

❖ Atenção: Essa equiparação é só para fins penais!

Ex.:

❖ Mesários eleitorais
❖ Jurados → tribunal do júri

✓ Delegatários

Particulares que exploram serviços Públicos

❖ Próprio nome
❖ Própria conta e risco

Ex.:

❖ Concessionários
❖ Permissionários
❖ Autorizatários

✓ Credenciados

Representar
Praticar um ato
10.1. REGIME JURÍDICO ÚNICO

Servidor vínculo com a Administração Pública através de:

✓ Estatuto, ou

Adm Direta, Aut, FP

✓ CLT

EP, SEM

❖ *dirigentes (cargo em comissão)

Estatutário

Cargo Efetivo
Definição: é um conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional da Administração Pública que
devem ser acometidas a um servidor.
Acesso aos Cargos Públicos (CF/88, artigo 37, I):
a) Aos brasileiros que preencham os requisitos
previstos em Lei. (norma de eficácia contida)
b) Aos estrangeiros na forma da Lei. (norma
constitucional de eficácia limitada).

Regra: exige Lei.


Exceções: professores estrangeiros universitários, portugueses
equiparados.
Criação de Cargos Públicos: somente por Lei!
Extinção de Cargo Público:
Regra: por Lei!
Exceção: extinção por Decreto (autônomo) de cargo público
VAGO!

Cargo efetivo → Atribuições técnicas


Cargo em comissão

✓ Escolha ➙ efetivo ou não


✓ Atribuições:

Direção
Chefia
Assessoramento

✓ Livre nomeação e exoneração

“ad nutum”

Função de confiança

✓ Escolha ➙ apenas efetivos


✓ Atribuições:

Direção
Chefia
Assessoramento

✓ Livre nomeação e exoneração

“ad nutum”

Vedação ao Nepotismo (Súm. 13 STF)


➢ Súmula Vinculante 13

Vedação ao nepotismo
Princípio
Moralidade
Impessoalidade

➢ Nomeação

Cargo em comissão
Função de confiança

Não pode
Cônjuge/companheiro
Parente até 3º grau

➢ Veda designações recíprocas

Nepotismo Cruzado

➢ Alcance

Administração Direta (três Poderes)


Administração Indireta

➢ STF

Essa vedação não alcança cargos Políticos


Secretários
Estaduais
Municipais (mulher do Prefeito)

Acumulação de Cargos
➢ Vedada

Cargo
Emprego
Função

Adm Direta, Indireta


Soc. Controladas
➢ Exceção

Professor + Professor
Professor + Téc. Científico
Saúde + Saúde

Compatibilidade de horários
Máx. 60 horas - STJ

Cargo Público e Mandato eletivo

Afastado
Remuneração ou Subsídio
Pode optar

➢ Vereador

Compatibilidade de horários
Sem → afastado
Com → não será afastado

➙ Afastamento

O tempo de serviço é contado para todos os efeitos


Salvo para promoção por merecimento
Benefícios previdenciários (valores $)
Será calculado como se estivesse em exercício

A greve é um direito de todos os servidores


públicos?
NÃO.
Tenham em mente que: servidores que atuam diretamente na
área de segurança pública (policiais federais e estaduais e distrital)
NÃO possuem o direito à realização de greve. Ou seja, se houver tal
paralisação, ela será considerada ilegal.
Complementando:
O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou
modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores
públicos que atuem diretamente na área de segurança pública.
STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin,
red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017
(repercussão geral) (Info 860).
É obrigatória a participação do Poder Público em mediação
instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança
pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos
interesses da categoria.
STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin,
red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017
(repercussão geral) (Info 860).
Por fim, destaca-se que, até que venha legislação ulterior
regulando a matéria, aplica-se aos servidores públicos CIVIS a
legislação que regulamente o direito de greve da iniciativa privada.

Existem determinadas categorias para quem a greve é


proibida.

Os policiais militares podem fazer greve?


NÃO.
A CF/88 proíbe expressamente que os Policiais Militares,
Bombeiros Militares e militares das Forças Armadas façam greve
(art. 142, 3º, IV c/c art. 42, § 1º). O art. não menciona os policiais
civis. Em verdade, não existe nenhum dispositivo que proíba
expressamente os policiais civis de fazerem greve

Diante disso, indaga-se: os policiais civis


possuem direito de greve?

NÃO.
Apesar de não haver uma proibição expressa na CF/88, o STF
decidiu que os policiais civis não podem fazer greve. Aliás, o
Supremo foi além e afirmou que nenhum servidor público que
trabalhe diretamente na área da segurança pública pode fazer
greve.
Veja a tese que foi fixada pelo STF:
Mediação
Apesar de os policiais não poderem exercer o direito de greve,
é indispensável que essa categoria possa vocalizar (expressar) as
suas reivindicações de alguma forma. Pensando nisso, o STF
afirmou, como alternativa, que o sindicato dos policiais possa
acionar o Poder Judiciário para que seja feita mediação com o
Poder Público:
Nesta mediação, os integrantes das carreiras policiais serão
representados pelos respectivos órgãos classistas (ex: sindicatos,
no caso de polícia civil, federal etc.; associações, no caso de polícia
militar) e o Poder Público é obrigado a participar.[xvii]
10.2. ATUALIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL

Atualização Jurisprudencial: Remarcação de Curso de


Formação Agente Penitenciário Feminino Lactante

CURSO DE FORMAÇÃO. CANDIDATA LACTANTE. É


constitucional a remarcação de curso de formação para o cargo de
agente penitenciário feminino de candidata que esteja lactante à
época de sua realização, independentemente da previsão expressa
em edital do concurso público.
STJ. 1ª Turma. RMS 52.622MG, Rel. Min. Gurgel de Faria,
julgado em 26/03/2019 (Info 645).
10.3. RESPONSABILIDADE CIVIL

Responsabilidade Civil
Dever de Indenizar

Elementos Básicos

➢ Conduta → Ação ou Omissão


➢ Dano
➢ Nexo Causal → Relação entre a conduta e o dano

Elementos de vontade

➢ Dolo → Má-fé
➢ Culpa
✓ Negligência
✓ Imprudência
✓ Imperícia

Evolução Histórica
1ª Irresponsabilidade Estatal

✓ Também chamada de teoria regalista ou regaliana, ou


feudal;
✓ Segundo essa teoria, o Estado não responde;
✓ Teoria típica de Estado absolutista (monárquico).

2ª Teoria Civilista

✓ Também chamada de responsabilidade Subjetiva;


✓ O Estado responde se demonstrada a culpa.
3ª Teoria Publicista

✓ Também chamada de Teoria do Risco Administrativo;


✓ Responsabilidade Objetiva;
✓ O Estado responde independentemente de culpa.
10.3.1. MODALIDADES DE
RESPONSABILIDADES
a) Responsabilidade Objetiva:
✓ São 3 requisitos:

Conduta + Dano + Nexo


Independe da demonstração de culpa

b) Responsabilidade Subjetiva:
✓ São 4 requisitos:

Conduta + Dano + Nexo + Culpa


10.3.2. RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESTADO

SÚMULA Nº 634 Superior Tribunal de Justiça: Ao particular


aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na Lei de
Improbidade Administrativa para o agente público.

Responsabilidade por Ação.

Teoria do Risco Administrativo


Responsabilidade Objetiva
Base → CF/88, Art. 37, § 6

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito


privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem
a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.

✓ Para que seja responsabilidade objetiva será necessário


que o ato tenha sido praticado por Pessoa Jurídica de
Direito Público ou Privado, neste último caso, o ente privado
deve ser prestador de Serviço Público – PSP.

❖ Alcance

Adm. Direta (U, E, DF, M)


Autarquias
Fundações Pública
EP/SEM → Prestadoras de Serviço Público
Delegatários de Serviço Público

✓ Concessionárias
✓ Permissionárias

EP/SEM

✓ PSP → Objetiva
✓ Explorem Atividade Econômica (EAE) → Subjetiva

Delegatários de Serviço Público

✓ Respondem de forma objetiva


• Terceiros

Usuários
Não usuários

Exemplo de Pessoas Privadas: Concessionárias,


permissionárias e Autorizatárias.
Jurisprudência: Concessionária responde objetivamente por
danos aos usuários e não usuários do serviço.
Exemplo 1: Uma empresa de ônibus responderá pelos danos
causados aos seus usuários (acidente), e também aos não usuários,
nesse último caso seria para os acidentes causados por
imprudência do motorista que bate em carros de terceiros.
Exemplo 2: Um veículo na estrada que bateu em um animal de
grande porte (vaca) terá direito a indenização. A concessionária da
estrada responderá objetivamente e não o dono da vaca. O mesmo
acontece para estilhaços da estrada que danifica a lataria do carro.
Prosseguindo com o parágrafo 6º do art. 37 da CF/88.

Respondem pelos danos causados pelos seus agentes

✓ Nessa qualidade (ou seja, o agente deve estar em exercício


do cargo ou em razão do cargo). Cuidado com esse “em
razão do cargo”. Deve-se perguntar: se retirasse a condição
de servidor público, o dano teria ocorrido?

✓ Exemplo de homicídio com arma da corporação: um policial


que, num dia de folga, mata uma pessoa utilizando a arma
da corporação. Nessa situação o Estado responderá
objetivamente, pois se não fosse a condição de ele ser
policial, não teria aquela arma. O mesmo se aplica para
atropelamento com viatura fora do expediente.

✓ O Estado responde objetivamente, mas teria direito de


regresso, ou seja, entrará com ação contra o servidor que
praticou o ato. O Direito de Regresso está explicado logo à
frente.

Esquematizando:

Danos causados por agentes públicos → Nessa qualidade

✓ Em exercício das funções;


✓ Extrapolar competências, atos ilegais;
✓ Fora das funções → valer-se delas;
✓ Aparência de estar em exercício;
• Funcionário de fato,
• Agente putativo,
• Não confundir com Usurpador de Função.

Usurpador de Função

✓ Atos são inexistentes


✓ Não é responsabilidade do Estado
✓ Gera ato inexistente:
Os atos inexistentes, são aqueles que têm aparência de
vontade de manifestação da Administração Pública. Como
exemplos, temos o usurpador de função que é o caso em que
alguém que não é servidor público pratica atos como se fosse. Do
ato emanado do "usurpador" nenhum efeito se produzirá, sendo
essa a principal diferença entre ato nulo e ato inexistente. Outra
distinção relevante entre o ato nulo e o ato inexistente é que
este não tem prazo para que a administração ou o Judiciário
declare a sua inexistência e desconstitua os efeitos que ele já
produziu, vale dizer, constatada, a qualquer tempo, a prática de
um ato inexistente, será declarada a sua inexistência e serão
desconstituídos os efeitos produzidos por esse
ato. Diferentemente, a anulação, regra geral, tem prazo para ser
realizada. Na esfera federal, os atos administrativos eivados de vício
que acarrete a sua nulidade, quando favoráveis ao destinatário, têm
o prazo de cinco anos para ser anulados, salvo comprovada má-fé
(Lei 9. 784/1999, art. 54).
Embora dos atos inexistentes não decorra nenhum efeito,
eventuais terceiros de boa-fé podem vir a ser indenizados pelo
Estado em razão de que este deveria ter cumprido o seu dever de
vigilância e não permitido que alguém usurpasse função pública.
Ou seja, no ato inexistente nenhum efeito produzido pode ser
validamente mantido, nem mesmo perante terceiros de boa-fé.
Diferentes dos atos nulos, estes sim podem ser validados perante
terceiros de boa-fé.

Condutas

✓ Ilícitas
✓ Lícitas (também gera dever de indenizar → Ex.: polícia atira
em um bandido magrinho, o tiro vara-o e acerta um
inocente.

Danos

✓ Materiais
✓ Morais
✓ A imagem
10.3.3. DIREITO DE REGRESSO
✓ O Terceiro indeniza o Estado
❖ Apenas pode indenizar o Estado
❖ Não pode colocar o Servidor como réu, nada do tipo

Simplesmente indeniza o Estado

✓ O Estado depois de pagar o Terceiro, entra com Ação


Regressiva contra o Servidor
❖ O Estado precisa comprovar Dolo ou Culpa por parte do
Servidor

✓ Excludentes
❖ 1 - Culpa Exclusiva da vítima

Única responsável pelo evento danoso

❖ 2 - Caso fortuito e força maior

Eventos

✓ Imprevisíveis
✓ Inevitáveis

Observação → Divergência Doutrinária

✓ Caso fortuito e força maior


• Sinônimos
✓ Distinção
• Força Maior → Excludente
Observação para o caso fortuito
Se a Banca diferenciar, ou trouxer sozinho, não será
excludente, veja um exemplo:

✓ (Cespe 2012) O caso fortuito, como causa excludente da


responsabilidade civil do Estado, consiste em acontecimento
imprevisível, inevitável e completamente alheio à vontade
das partes, razão por que não pode o dano daí decorrente
ser imputado à Administração. Gabarito: Errado
STJ – Edição nº 61: “A Administração Pública pode responder
civilmente pelos danos causados por seus agentes, ainda que estes
estejam amparados por causa excludente de ilicitude penal.”

✓ Atenuantes
❖ Culpa

Recíproca
Concorrente

Vítima contribuiu para o evento danoso


❖ Culpa da Vítima

Exclusiva

✓ Exclui
✓ Afasta

Recíproca

✓ Atenua
✓ Reduz

❖ Culpa de terceiro

Não é excludente
Não confundir culpa de terceiro com culpa da vítima
✓ Culpa exclusiva da vítima → excludente
✓ Culpa exclusiva de terceiro → não é excludente
✓ Exemplo: Perseguição policial, por causa de um terceiro
(bandido) a polícia bateu no carro de um particular (vítima).

❖ Prazo Prescricional

5 anos (quinquenal)
10.3.4. TEORIAS

Risco Administrativo

✓ Responsabilidade objetiva
✓ Admite excludentes
❖ Exemplos: culpa exclusiva da vítima, caso fortuito e força
maior.
✓ Admite atenuante: culpa concorrente
✓ Essa é a regra adotada no Brasil
Exceções do Risco Administrativo: Para essas exceções será
considerado o Risco Integral.

Risco Integral

✓ A Responsabilidade será Objetiva


✓ Exemplos:
❖ Danos → Atividades nucleares
❖ Atentado Terrorista → Aeronave BR
❖ Acidente de trabalho do servidor público
❖ Danos ambientais (controvertido)

Culpa Administrativa

✓ Responsabilidade Subjetiva
✓ Omissão
✓ Omissões antijurídicas
✓ Negligência
✓ Atuação regular da administração
❖ Teria sido suficiente para evitar o dano
✓ Exemplos
❖ Danos causados

Enchentes
Multidões

❖ Dependendo das variações de cada situação

Força maior/caso fortuito


Responsabilidade por omissão

• Subjetiva

Exceções:
Responsabilidade objetiva mesmo em caso de omissão

✓ Pessoas e coisas sob custódia do Estado


❖ Dever de garantir sua integridade
❖ Ex.:

Preso

• Agredido por outros presos


• Cometer suicídio

Atendimento hospitalar deficiente

✓ Atos Legislativos e Atos Jurisdicionais

Sem responsabilidade Estatal

Salvo
Atos Legislativos:
De efeitos concretos
Lei declarada inconstitucional
Atos Jurisdicionais:
Erro Judiciário
Prisão Além do tempo da sentença
Juiz agir com
Dolo
Fraude

Falta objetiva na prestação judiciária


De maneira injustificada
Recusa
Retardo
Omissão
Providência que deva determinar

O STF entendeu que a responsabilização objetiva do Estado


em caso de morte de detento apenas ocorrerá caso haja
inobservância do dever específico de proteção contido no art. 5º,
inciso XLIX, da CF/88 (RE 841526/RS).
Não haverá responsabilização do Estado se o Tribunal de
origem decidir que não houve morte devido à omissão do Poder
Público e que o Estado não tinha como impedir que o preso
retirasse sua própria vida.
Tendo o acórdão do Tribunal de origem consignado
expressamente que ficou comprovada causa impeditiva da atuação
estatal protetiva do detento, rompe-se o nexo de causalidade entre a
suposta omissão do Poder Público e o resultado danoso. [xviii]

Veja como foi cobrado em prova (Ano: 2020, Banca: FCC,


Órgão: TJ-MS, Cargo: Juiz Substituto):

Em conhecido acórdão proferido em regime de repercussão


geral, versando sobre a morte de detento em presídio − Recurso
Extraordinário n° 841.526 (Tema 592) – o Supremo Tribunal Federal
confirmou decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul,
calcada em doutrina que, no tocante ao regime de
responsabilização estatal em condutas omissivas, distingue-a
conforme a natureza da omissão. Segundo tal doutrina, em caso de
omissão específica, deve ser aplicado o regime de
responsabilização objetiva; em caso de omissão genérica,
aplica-se o regime de responsabilização subjetiva.

Mnemônico:

Omissão específica: responsabilidade civil objetiva.


Omissão genérica: responsabilidade civil subjetiva.

Caso um marginal jogue uma pedra contra um


ônibus, ferindo um passageiro, a empresa de
transporte é a responsável pelo dano?

No Brasil a empresa de ônibus é a que será


responsável.
A empresa de transporte coletivo responderá pelo dano. Pagará
indenizações às vítimas. Para só depois tentar recorrer e provar
quem foi o responsável pela pedrada. Essa segunda ação contra o
verdadeiro responsável se chama ação de regresso.
Esse assunto foi pacificado pelo STF, através da Súmula 187:
A responsabilidade contratual do transportador, pelo
acidente com o passageiro, não é elidida por culpa de
terceiro, contra o qual tem ação regressiva. – Súmula
Vinculante 187
Isso se chama responsabilidade objetiva. Como regra, a
empresa de ônibus é responsável por qualquer dano causado não
só aos usuários do transporte público, como também aos terceiros
(não usuários).

Quando um preso é morto por outro preso


dentro do presídio, o estado brasileiro tem o
dever de indenizar a família da vítima?

Sim.
Nesse caso o estado responde objetivamente.
Pode-se dizer que o estado tem o dever de custódia, sendo
responsável pela integridade dos detentos.

O estado brasileiro responde pelo dano sofrido


por vítimas de balas perdidas?

Nem sempre.
Vou dar 1 exemplos:
1) Uma pessoa está tomando banho de Lua numa madrugada
qualquer em cima de uma laje no meio da favela e é atingida por
uma bala perdida. Nesse caso o estado não terá o dever de
indenizar a vítima, pois uma ação direta para impedir o fato não
seria possível.
2) Um tiroteio entre policiais e bandidos acaba atingindo uma
pessoa. Nesse caso o estado responderá pelos danos causados. A
jurisprudência vem entendendo que mesmo que o tiro tenha saído
da arma de um criminoso, o ato está ligado diretamente ao
confronto, o qual deveria, em tese, não ter terminado daquela
maneira.
Em detalhes mais específicos, isso é chamado de omissão
culposa.
Deixe nos comentários qualquer observação a respeito do
assunto explanado.

Existe um prazo prescricional para que um


cidadão entre com ação de reparação de danos
contra o estado brasileiro?

Sim.
Atualmente o prazo é quinquenal (5 anos), conforme consta no
Decreto 20910/32.
Havia divergência de opiniões, a qual foi pacificada pelo STJ
em 2018.
10.3.5. ATUALIZAÇÕES
JURISPRUDENCIAIS
Preste atenção nessa recente atualização jurisprudencial
envolvendo o ajuizamento de ação contra o Estado. Pode ser
cobrança de prova.

A teor do disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal


(CF) (1), a ação por danos causados por agente público deve
ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito
privado prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima
para a ação o autor do ato, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. RE
1027633/SP, rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 14.8.2019.
(RE-1027633)

Para o STF essa é uma dupla garantia (Teoria da Dupla


Garantia).
A vítima não pode entrar com ação diretamente contra o agente
público.

Outra atualização: Responsabilidade Civil por Infrações dos


Cartórios
O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães
e registradores oficiais que, no exercício de suas funções,
causem danos a terceiros, assentado o dever de regresso
contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de
improbidade administrativa. O Estado possui responsabilidade
civil direta, primária e objetiva pelos danos que notários e
oficiais de registro, no exercício de serviço público por
delegação, causem a terceiros. STF. Plenário. RE 842846/RJ,
Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 (repercussão geral)
(Info 932)
11. INTERVENÇÃO DO ESTADO DA
PROPRIEDADE PRIVADA
O que justifica a intervenção estatal na propriedade privada?
Fundamento:
1) Princípio da Supremacia do Interesse Público.
2) Função Social da propriedade privada.
✓ Em nossa constituição é dito que a propriedade deve
atender a sua função social, ou seja, implica submissão ao
interesse da coletividade.
11.1.1. FORMAS DE INTERVENÇÃO
a) Restritivas
São as que alcançam a posse:
✓ Servidão;
✓ Requisição;
✓ Ocupação;
✓ Limitação Administrativa;
✓ Tombamento.
b) Supressiva
É a única que retira a propriedade:
✓ Desapropriação.

SERVIDÃO ADMINISTRATIVA
Exemplos: esgoto, cabos, dutos, poste.
Tem natureza de direito real público.
Gera direito de indenização, inclusive a juros compensatórios.
Servidão Administrativa: direito real público, o qual autoriza o
poder público a usar a propriedade imóvel para permitir que haja a
execução de obras ou de serviços que sejam de interesse público.
Ex.: utilizar a propriedade para colocar postes de energia ou postes
de sinalização. Em regra, não gera direito à indenização, havendo
um caráter específico e incide sobre coisas determinadas, e atinge o
caráter exclusivo da propriedade. Poderá gerar indenização quando
demonstrada a ocorrência de dano.

REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
Tem previsão constitucional (Art. 5º, XXV)
A requisição administrativa ocorrerá nas hipóteses de iminente
perigo público. Por exemplo, em caso de catástrofe o estado pode
requisitar uma escola particular para abrigar as pessoas. Outro
exemplo, seria a utilização de um hospital inteiro para amparo de
vítimas.
A requisição envolve não só imóveis, mas também bens móveis
e serviços.
Tem direito a indenização? Sim.
É uma indenização condicionada. Indenização ulterior em caso
de dano. Ou seja, indenização posterior.
Não confundir com a servidão pública. A requisição é um direito
pessoal.

OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
A Administração Pública pode ocupar temporariamente seu
imóvel caso tal ato seja de interesse público.
Um exemplo clássico é a ocupação de espaço em imóvel
particular para instalação de um canteiro de obras durante a
construção de obras públicas. Outro exemplo envolve a realização
de provas para concursos públicos e realização de eleições que
acontecem em escolas/universidades, públicas e privadas.
Envolve direito pessoal e temporário.

O PROPRIETÁRIO TEM DIREITO A


INDENIZAÇÃO?

Assim como na requisição administrativa, a ocupação


temporária apenas ensejará direito a indenização condicionada e
posterior se houver dano.
Qual é a diferença basilar entre ocupação
temporária e requisição administrativa?
Na requisição administrativa, há uma situação de necessidade,
ou seja, um iminente perigo público. Na ocupação temporária, não
há perigo público, bastando o interesse público que justifique essa
ocupação. [6]
Atenção:
Tanto a servidão administrativa, quanto a ocupação temporária
constituem modalidade de intervenção da administração pública
sobre determinado bem imóvel privado para atendimento de
interesse público, mediante indenização de prejuízos efetivamente
suportados. Ocorre que apenas a servidão constitui um "ônus real
de uso", isto é, um direito real (Cf. art. 1.378, CC)

LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS
O que são Limitações Administrativas?
São limitações que derivam de normas (lei, decreto) e
restringem o exercício da propriedade.

Exemplo: normas municipais sobre o direito de construir


que impede a construção de casas que invadam a calçada.
Outros exemplos, em algumas cidades litorâneas os prédios
beira-mar não podem ser pintados de qualquer cor; em São
Paulo, por exemplo, há restrições sobre placas e outdoors
luminosos (poluição visual).

Estas normas são feitas com fundamento em qual Poder


Administrativo?
Tem como fundamento o Poder de Polícia. Erroneamente,
alguns alunos são levados a acreditar que essa limitação, por se
fazer de leis e decretos, baseia-se no Poder Regulamentar. A Banca
Cespe fez essa cobrança em várias provas. Então não caia nessa
pegadinha. A Limitação Administrativa tem seu fundamento no
Poder de Polícia.
Uma pessoa que seja impedida de construir um prédio
comercial com 5 andares por estar numa zona onde tal construção é
limitada a 3 andares, terá direito a indenização pelos prejuízos
sofridos?
Não terá direito a indenização, pois essas são limitações de
natureza legal/normativa. É uma norma de caráter geral.

TOMBAMENTO
Tem o propósito de proteger o patrimônio cultural.
É possível o tombamento de bens corpóreos (móveis e
imóveis), incorpóreos, bens públicos.
Cobranças mais aprofundadas sobre o assunto constará em
outras matérias (direito ambiental).
No Direito Administrativa raramente caem perguntas cobrando
mais do que o básico sobre essa temática.
Tombamento: procedimento administrativo através do qual o
poder público vai reconhecer o valor histórico, paisagístico, cultural,
científico de uma coisa ou local, situação na qual passarão a ser
preservados.

DESAPROPRIAÇÃO
Formas
1) Desapropriação comum/ordinária
Consta na CF/88, Art. 5, XXIV.
Ocorrerá por:
✓ Utilidade pública;
✓ Necessidade pública;
✓ Interesse social.
2) Desapropriação especiais
Ocorrerá em:
✓ Propriedade urbana;
✓ Propriedade rural;
✓ “confisco”.
Quem tem competência para legislar sobre o assunto?
A União. Competência privativa da União.
Não confunda com o poder de execução de uma
desapropriação, esse sim pode ser feito em âmbito municipal se
preciso for. Ou seja, o prefeito pode desapropriar um imóvel.

É possível a desapropriação apenas do subsolo?


Sim. Também é possível a desapropriação do espaço
aéreo.

Fases da Desapropriação
Existem duas fases: declaratória e executória.
A Desapropriação Declaratória é realizada pelo Poder
Executivo através do decreto de desapropriação.

Existe uma exceção: pode ser criado por lei pelo Poder
Legislativo.

Prazos de caducidade para a Desapropriação por Decreto:

5 anos para utilidade ou necessidade pública;


2 anos para interesse social

Fase executória
A desapropriação pode ser executada não apenas pela própria
Administração (Direta ou Indireta), mas também pela prestadora de
serviço público.
Obs.: Uma concessionária tem a competência para executar
uma desapropriação, mas não para publicar/declarar o ato de
desapropriação.

É possível haver desapropriação imediata de


terreno privado para construção de uma obra
pública?

Primeiro vamos contextualizar.


Em certa cidade, existe um terreno privado de tamanho e
localização ideal para a construção de um hospital público.
O prefeito poderá iniciar a obra pública sem que ao menos
tenha contactado o dono do imóvel privado?
Sim. Mediante depósito prévio e declaração de urgência, o juiz
determina liminarmente a emissão da desapropriação provisória da
posse.
Na definição de Celso Antônio Bandeira de Mello, temos:
“Imissão provisória de posse é a transferência da posse do
bem objeto da expropriação para o expropriante, já no
início da lide, concedida pelo juiz, se o Poder Público
declarar urgência e depositar em juízo, em favor do
proprietário, importância fixada segundo critério previsto
em lei.” – BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de
Direito Administrativo. 26 ed. São Paulo: Malheiros. 2008,
p. 874.

Note que nesse caso o poder público pode iniciar a obra antes
mesmo que o proprietário do imóvel tenha sido citado.
Está previsto na Lei de Desapropriação (DECRETO-LEI Nº
3.365, art. 15). Esse ato chama-se imissão provisória na posse.
A imissão Provisória na Posse é um instituto do Direito
Administrativo, descrito no Art. 15 da (Lei de desapropriação), que
ocorre durante o procedimento expropriatório, como assevera a
doutora em Direito Maria Sylvia Zanella di Pietro. A imissão
provisória na posse ocorre com a transferência da posse do bem
objeto da expropriação para o ente expropriante, de forma precária,
no início da lide, concedida pelo magistrado (juiz) caso alegue
urgência e deposite em juízo o valor arbitrado pelo magistrado,
estabelecido conforme critério previsto na lei supra. Caso o depósito
seja realizado, o juiz mandará imitir o expropriante provisoriamente
na posse do(s) bem(s). [xix]

Defesa na Desapropriação
Na Desapropriação temos o contencioso limitado, em que o réu
somente pode discutir duas matérias na contestação, que são:

Impugnação do valor;
Vício do processo.

Não será possível discutir sobre o mérito. Ou seja, perante o


juízo, o réu não poderá alegar que não havia utilidade pública ou
que exista outro imóvel mais adequado para a construção. Nem
mesmo poderá alegar vício de finalidade.
Quanto ao vício de processo, isso raramente ocorre (vício na
competência, legalidade), na grande maioria das vezes, a discussão
será sobre o valor pago pela Administração Pública.
Isso não quer dizer que o prejudicado não tenha como recorrer.
Ele poderá entrar com outra ação para tentar anular o ato
administrativo.

Indenização
A indenização deve ser justa, prévia e em dinheiro.
Incide juros moratórios e compensatórios.
Haverá atualização monetária, ainda que mais de uma vez.
Além disso, a indenização compreende os honorários
advocatícios. Esse honorário será sobre a diferença do valor
ofertado e o valor da condenação, mais juros moratórios e
compensatórios.

RETROCESSÃO
E se após todo o processo de desapropriação a Administração
não realizar a obra pública?
Nesse caso, supondo que tenha ocorrido em âmbito municipal,
e que o mandato do prefeito tenha acabado, o próximo prefeito
dificilmente construirá uma obra pública em terreno adquirido pela
gestão anterior. Sendo assim, o imóvel será colocado à venda.
Pois bem. Se isso acontecer, poderá haver uma retrocessão.
Retrocessão é o direito de preferência do proprietário
desapropriado na aquisição do imóvel, na hipótese de alienação
pela Administração.

TREDESTINAÇÃO
Quando acontece uma destinação diversa da sugerida no início
do processo de desapropriação.
É válido quando a finalidade pública permanecer.
12. CONTRATOS (8.666/93)

Lei 8.666/93, Arts. 54 a 80


Contrato Administrativo → diferente de contrato da
administração

➢ Ajuste firmado entre a Administração Pública e um


particular, regulado basicamente pelo direito público, e tendo
por objeto uma atividade que, de alguma forma, traduza
interesse público.

Características
➢ Características:

✓ FORMALIDADE

❖ Em regra, deve ser formal e escrito.

Pode ser verbal para comprar de (até R$ 8.800,00), de


pronto pagamento (regime de adiantamento) → valor já
atualizado 2019

❖ Resumo do contrato (independentemente do valor) deve


ser publicado na imprensa oficial, no prazo de 20 dias,
contados do 5º dia útil do mês subsequente ao da assinatura
do contrato.

Não é um requisito de validade, mas sim condição de


eficácia → se não for publicado:

✓ Não produzirá efeitos.


✓ Entretanto, continuará válido

✓ BILATERALIDADE

❖ Também chamado de sinalagmático. As obrigações das


partes são recíprocas, ou seja, a execução da atividade de
uma das partes enseja o adimplemento contratual pela
outra.

❖ Contratos de adesão

❖ Interesses opostos → diferente de convênios

✓ INTUITU PERSONAE (PESSOALIDADE)

❖ Como regra, deve ser prestado por quem firmou o contrato


(Pessoa física ou jurídica)

❖ Também chamado de persona, os contratos administrativos


devem ser celebrados com o vencedor do procedimento
licitatório, não podendo ser transferido a terceiro, salvo
previsão no edital (art. 72, Lei nº 8.666/93).

Pode haver a subcontratação parcial de obra, serviço ou


fornecimento:

✓ Deve estar previsto no edital + contrato + dentro do limite


autorizado pela administração em cada caso

✓ COMUTATIVIDADE

❖ Equivalência entre as obrigações ajustadas pelas partes.


Em outros termos, significa dizer que haverá obrigações
recíprocas e pré-determinadas para ambas as partes.
❖ Aquele que gera direitos e deveres previamente
estabelecidos para ambas as partes (é vedada a celebração
de contratos aleatórios com a Administração - isto é, com
efeitos imprevistos).

Exceto nos casos de Supremacia do Interesse Público

✓ ONEROSIDADE

❖ Geram ônus financeiro

❖ Como regra, não são admitidos contratos gratuitos firmados


com o poder público, devendo o particular ser remunerado
pela execução da atividade ou entrega do bem objeto do
acordo firmado.
[...] Por sua vez, Matheus Carvalho aponta as seguintes
características constantes em todos os contratos administrativos:
comutativo; consensual; de adesão; oneroso; sinalagmático;
personalíssimo; e formal.
Comutativo se refere ao contrato que previamente estabelece
direitos e deveres às partes; vale salientar que no Direito
Administrativo inexiste contrato sujeito a risco.
Consensual se apresenta pela formalização contratual pelo
simples consenso entre as partes, no Direito Administrativo
caracterizar-se-á o consenso a partir da abertura do envelope de
documentação.
O simples consenso das partes já formaliza o contrato. Não se
faz necessária a transferência do bem para ele se tornar perfeito.[xx]
De adesão, de igual teor à característica de natureza de
contrato de adesão, já exposta anteriormente. Em regra, não se
admite gratuidade no contrato administrativo, ou seja, é oneroso. Ou
seja, são aqueles que não admitem a rediscussão de cláusulas
contratuais. As cláusulas são impostas por uma das partes (poder
público) e à outra parte (particular) cabe apenas aderir ou não à
avença.
Sinalagmático é a reciprocidade de obrigações entre as partes
dispostas no contrato. Personalíssimo, de igual teor, da
característica de natureza intuitu personae apresentada
anteriormente. Formal, se refere a forma do contrato administrativo,
disposta na legislação vigente, a qual se torna indispensável para a
regularidade contratual.[xxi]
12.1. CLÁUSULAS EXORBITANTES
Amparo legal: Art. 58, Lei 8666/93
São prerrogativas da Administração Pública. Elas não precisam
estar expressas no contrato administrativo como ocorre com as
cláusulas necessárias (artigo 55), já que elas decorrem da Lei e da
supremacia do interesse público. Portanto, são cláusulas implícitas.

Mnemônico para o concurseiro FARAÓ EXIGE


RESTRIÇÃO:

➢ Fiscalizar os contratos
✓ Alegação de falha na fiscalização não é suficiente para
eximir o contratado de ser responsabilizado por má
execução de obra

➢ Aplicar sanções
✓ Motivadamente pela inexecução total ou parcial do contrato
❖ Advertência
❖ Multa → única que pode acumular com as demais sanções
❖ Suspensão temporária para licitar ou contratar
❖ Declaração de inidoneidade para contratar ou licitar

➢ Rescindir unilateralmente
✓ Alta relevância, amplo conhecimento, apenas pela
autoridade máxima
✓ Caso fortuito ou força maior
❖ O contratado recebe ressarcimento de gastos
Prejuízos, devolução das garantias, pagamento dos custos
de desmobilização

➢ Alterar unilateralmente (deve ser motivada)


✓ Limites:
❖ Por acréscimo ou diminuição de seu objeto: até 25% do
valor inicial atualizado do contrato
❖ Reforma de edifícios ou equipamentos: até 50% de
acréscimo
❖ Exceção:

Supressões resultantes de acordo entre as partes podem


extrapolar esses limites → o contratado pode aceitar ou
não

❖ Somente cláusulas de execução, regulamentares ou se


serviço → não pode alterar o equilíbrio econômico-financeiro
✓ Tipo
❖ Qualitativa → modificação do projeto ou das especificações

Não pode alterar a natureza do contrato → pode alterar o


modo de execução, a técnica

❖ Quantitativa → acréscimo ou diminuição quantitativa do


objeto

➢ Ocupar bens (nos casos de serviços essenciais – bens


móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do
contrato)

➢ Exigência de garantia
✓ Garantia para assegurar a fiel execução do contrato
✓ É discricionária
✓ Modalidades de garantia (opção do contratado):
❖ Caução em dinheiro ou títulos da dívida pública
❖ Seguro garantia
❖ Fiança bancária

✓ Definido em lei, o edital não pode restringir as hipóteses de


escolha
✓ Como regra, a garantia não poderá exceder a 5% do valor
do contrato
✓ Em contrato de grande vulto (acima de 82,5 milhões) com
alta complexidade e riscos financeiros consideráveis, o limite
é de até 10%
❖ Não se confunde com garantia da proposta (até 1% do
valor estimado do objeto)

Garantia da proposta é exigida na licitação, de todos os


licitantes

➢ Restrição à oposição da exceção do contrato não


cumprido
✓ O particular não pode deixar de cumprir a sua parte do
contrato, alegando que a administração descumpriu
✓ Somente após 90 dias de atraso é que o contratado pode
demandar a rescisão do contrato administrativo ou, ainda,
paralisar a execução dos serviços, após notificação prévia.
✓ Em caso de calamidade pública, grave perturbação da
ordem interna ou guerra, o particular não poderá opor a
exceção do contrato não cumprido, mesmo diante de atraso
de pagamento superior a 90 dias.
O contrato deve, necessariamente, conter o FINNAL
SUJO:

➢ Finalidade
➢ Número do Processo
➢ Nome das Partes
➢ Ato da Lavratura
➢ SUJeiçãO dos Contratantes à 8.666
12.2. CARACTERÍSTICAS

INSTRUMENTO DE CONTRATO
➢ Obrigatório → concorrência e tomada de preços;
✓ Será obrigatório também nos casos de inexigência e
dispensa, cujos valores estejam compreendidos nessas
modalidades.
➢ Facultativo → Demais casos e compras com entrega
imediata e integral.
✓ Nesse caso será substituído por carta-contrato, nota de
empenho, ordem de serviço.

Duração dos Contratos (Art. 57):


➢ Os prazos dos contratos não podem ser indeterminados
➢ Como regra, são restritos a vigência de 1 exercício
financeiro
➢ Exceções:
✓ Projetos incluídos no PPA → máximo 4 anos
✓ Serviços continuados: até 60 meses
❖ Excepcionalmente por mais 12 meses → total 72 meses
✓ Serviços de aluguel de equipamentos e informática: 48
MESES
✓ Serviços do Art. 54, V – Segurança nacional, forças
armadas, alta complexidade Técnica e pesquisa científica:
120 MESES

RESPONSABILIDADE DO CONTRATADO
➢ Danos a terceiros ou à própria Administração
✓ Decorrente de culpa ou dolo → o contratado que terá a
obrigação de indenizar (subjetiva)
✓ Decorrentes do “só fato da obra” → da Administração
(objetiva)
➢ Responsabilidade pelos encargos:
✓ Fiscais, comerciais e trabalhista* → contratado
❖ Trabalhista → excepcionalmente, pode haver a
responsabilidade subsidiária da Administração, por culpa in
vigilando ou culpa in eligendo;
✓ Previdenciários → contratado ► responsabilidade solidária
com a Administração

FORMAS DE EXTINÇÃO DO CONTRATO


➢ Naturalmente
✓ Cumprimento do objeto

➢ Impossibilidade material
✓ Óbice intransponível para a execução do contrato,
normalmente quando há o desaparecimento do objeto

➢ Impossibilidade jurídica
✓ Perda das condições jurídicas em que o contrato foi
firmado, geralmente em decorrência do falecimento ou
falência do contrato

➢ Anulação
❖ Ilegalidade nas cláusulas do contrato ou no procedimento
licitatório ➙ Não é na execução, pois seria rescisão
✓ Pode ser realizada pela própria Administração ou pelo
Poder Judiciário
✓ Produz efeitos ex tunc
✓ A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato
✓ A Administração deve indenizar o contratado pelo que
houver executado e por outros prejuízos regularmente
comprovados, exceto se o contratado tiver contribuído para
a ilegalidade
❖ Danos emergente → não cobre lucros cessantes (alguns
doutrinadores entendem que cobre sim)

➢ Rescisão
✓ Desfaz contratos válidos
✓ Efeitos ex nunc
✓ Pode ser:
❖ Unilateral

Rescisão por causa imputável ao contrato pode gerar:

✓ A assunção imediata do objeto do contrato, no estado e


local em que se encontrar, por ato próprio da Administração;
✓ A ocupação provisória de bens móveis, imóveis e serviços
vinculados ao objeto do contrato (na hipótese de serviços
essenciais);
✓ A execução da garantia contratual, para ressarcimento da
administração, e dos valores das multas e indenizações a
ela devidos; e
✓ A retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite
dos prejuízos causados à Administração
❖ Amigável ou Judicial

Falta de pagamento (atraso superior a 90 dias)

✓ Se não houver acordo (amigável) o contratado deve entrar


com ação judicial pleiteando a rescisão (judicial)

Não liberação da área, local ou objeto para a execução do


contrato
Suspensão do contrato por mais de 120 dias
Supressão de valores contratuais em patamares não
toleráveis
12.3. TEORIA DA IMPREVISÃO
A Teoria da Imprevisão se relaciona aos eventos excepcionais e
imprevisíveis que provocam desequilíbrio da equação econômico-
financeira do contrato.
Os fatos previsíveis, porém, de consequências incalculáveis,
não provocados pela vontade das partes, podem levar à alteração
ou à rescisão do contrato.
Para tal situação, a lei 8.666/93(art. 65, II, “d”) nos diz: as partes
pactuam inicialmente entre os encargos do contratado e a
retribuição da administração para a justa remuneração da obra,
serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio
econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem
fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências
incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado,
ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe,
configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.

ÁLEAS
Álea ordinária ou empresarial (álea = risco).
Decorre da própria flutuação do mercado, está presente em
qualquer tipo de negócio; → não permite o reequilíbrio do contrato.
Álea administrativa
Possibilidade de alteração unilateral dos contratos pela própria
Administração, o fato do príncipe e o fato da Administração, e, →
Permite o reequilíbrio.
Álea econômica
Circunstâncias externas ao contrato, estranhas à vontade das
partes, imprevisíveis, excepcionais, inevitáveis, que causam
desequilíbrio muito grande no contrato (calamidade pública,
enchente, greve) → Permite o reequilíbrio.

Tais Áleas abarcam (não precisa estar previsto no edital):

Fato do príncipe
São atos gerais do Estado que oneram indiretamente o
contrato.
Devem ser imprevisíveis, extracontratuais e extraordinários, a
ponto de exigir o reequilíbrio econômico-financeiro ou impedir a
execução do contrato
Acarreta a revisão da equação econômico-financeira, por
acordo entre as partes

Exemplo: Edição de LEI que aumenta muito os impostos de


certo setor

Fato da Administração
São atos ou omissões da Administração que incidem
diretamente sobre o contrato.
O contratado pode rescindir ou pedir que o contrato seja revisto,
solicitando o reequilíbrio econômico-financeiro.
Acarreta a revisão da equação econômico-financeira, por
acordo entre as partes

Ex.: falta de pagamento (atraso superior a 90 dias), não


liberação da área, suspensão do contrato por mais de 120 dias,
supressão de valores contratuais além do limite de 25%.

Caso fortuito e força maior


São imprevisíveis ou inevitáveis que impedem ou oneram a
execução do contrato.
Acarreta a revisão da equação econômico-financeira, por
acordo entre as partes.

Ex.: Evento humano (greve), evento da natureza (enchente).

Interferências imprevisíveis
São fatos imprevistos (não mapeados), preexistentes, que
oneram, mas não impedem a execução.
Acarreta a revisão da equação econômico-financeira, por
acordo entre as partes.
Ex.: identificação, durante a execução, de circunstâncias
não prevista no projeto da obra (escavação de túnel → aparece
uma pedra muito difícil de perfurar no meio do caminho)

NÃO CONFUNDA FATO DO PRÍNCIPE COM


FATO DA ADMINISTRAÇÃO: [xxii]
Fato do príncipe é uma ação estatal de ordem geral, a qual
não está relacionada diretamente ao contrato administrativo,
mas que produz efeitos sobre este, onerando-o, dificultando ou
impedindo a satisfação de determinadas obrigações, acarretando
um desequilíbrio econômico-financeiro.
O fato da administração é uma das causas que impossibilitam
o cumprimento do contrato administrativo pelo contratado. Ele pode
ser definido como toda ação ou omissão do Poder Público,
especificamente relacionada ao contrato, que impede ou retarda sua
execução.

ATUALIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL:
IRREGULARIDADES DO ESTADO-MEMBRO
EM CONVÊNIO FEDERAL
Em caso de irregularidades do Estado-membro em convênio
federal, a União somente poderá inscrever o ente no SIAFI, no
CADIN e no CAUC após o término do processo de prestação de
contas especial, observados os princípios constitucionais da ampla
defesa e do contraditório.
O cadastro restritivo não deve ser feito de forma unilateral e
sem acesso à ampla defesa e ao contraditório. Isso porque, muitas
vezes, a inscrição pode ter, além de motivação meramente
financeira, razões políticas.
Assim, ao poder central (União) é possível suspender
imediatamente o repasse de verbas ou a execução de convênios,
mas o cadastro deve ser feito nos termos da lei, ou seja, mediante a
verificação da veracidade das irregularidades apontadas. Isso
porque o cadastro tem consequências, como a impossibilidade da
repartição constitucional de verbas das receitas voluntárias.
A tomada de contas especial, procedimento por meio do qual se
alcança o reconhecimento definitivo das irregularidades, com a
devida observância do contraditório e da ampla defesa, tem suas
regras definidas em lei.
Ao final, é possível tornar o dano ao erário dívida líquida e
certa, e a decisão tem eficácia de título executivo extrajudicial.
STF. Plenário. ACO 2892 AgR/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin,
red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 11/9/2019 (Info
951).
13. CONTROLE
Atualmente é preciso de: licitação para alienar controle acionário
de Empresas Públicas:
A alienação do controle acionário de empresas públicas e
sociedades de economia mista exige autorização legislativa e
licitação. Por outro lado, não se exige autorização legislativa
para a alienação do controle de suas subsidiárias e controladas.
Nesse caso, a operação pode ser realizada sem a necessidade
de licitação, desde que siga procedimentos que observem os
princípios da administração pública inscritos no art. 37 da
CF/88, respeitada, sempre, a exigência de necessária
competitividade. STF. Plenário. ADI 5624 MC-Ref/DF, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, julgado em 5 e 6/6/2019 (Info 943).
13.1. CONTROLE
➢ Extinção do Ato

Anulação
Revogação

➢ Classificação

Anulação

✓ Controle:
❖ Posterior
❖ Legalidade
❖ Interno → Autotutela
❖ Externo → Judicial

Revogação

✓ Controle
❖ Posterior
❖ Mérito
❖ Interno → Autotutela

➢ Anulação → ato Inválido (Ilegal)

Realizada

✓ Administração praticou o Ato


❖ De ofício
❖ Requerimento
✓ Poder Judiciário
❖ Provocado

Analisa a Legalidade:

✓ Competência
✓ Finalidade
✓ Forma
✓ Motivo
✓ Objeto

Efeitos → Retroativos à data da prática do ato

✓ Ex Tunc

Prazo (efeitos favoráveis ao destinatário)

✓ Decadencial ou boa-fé
❖ 5 Anos (boa-fé)
✓ Sem efeitos favoráveis ou má-fé
❖ Qualquer momento

➢ Revogação → Conveniência e Oportunidade (Mérito


Administrativo)

Realizada apenas pela administração que praticou o ato


Somente Atos discricionários
Efeitos

✓ Não retroativos → ex nunc

Prazo

✓ Qualquer momento
❖ deve respeitar os direitos adquiridos

Não pode revogar atos

✓ Vinculados
✓ Consumados
✓ Integram um procedimento

➢ Classificações

Quanto ao momento do exercício

✓ Controle prévio (preventivo ou “a priori”)


❖ Antes da prática ou conclusão
❖ Requisito do ato
❖ Exemplos:

Aprovação Prévia do Senado Federal (CF/88, Art. 52)

Da escolha:
• Magistrados
• Ministros do TCU
• Governador de Território
• Presidentes e diretores do B.C.
• PGR
• Cargos → Lei determinar
Pelo Poder Judiciário

• Mandado de segurança Preventivo


• Atenção: Com esse exemplo fica constatado que o Poder
Judiciário excepcionalmente faz o controle prévio. Fique
atento com essa exceção!

✓ Controle Concomitante
❖ Durante a realização do ato
❖ Fiscalização

✓ Controle Posterior → subsequente, corretivo, “a posteriori”


❖ Após a prática ou conclusão do ato
❖ Consequências:

Convalidação → correção do ato


Anulação → nulidade
Revogação → conveniência e oportunidade
Cassação → descumprimento
Eficácia
Manutenção

❖ Exemplos:

Homologação de concurso ou licitação


Sustação de atos normativos do P.E. (CN)
Anulação → Decisão Judicial

Quanto ao aspecto controlado

✓ Controle de legalidade e legitimidade


❖ Conformidade com a lei (sentido amplo)

CF
Leis e atos normativos
Atos impositivos
Princípios (Moralidade, Impessoalidade...)
Súmulas vinculantes

❖ Alcança atos

Vinculados
Discricionários

Analisa se é Legal ou Ilegal

❖ Pode ser exercido:

Praticou o ato → controle interno


Poder Judiciário (Função Jurisdicional)

• Por provocação
• Controle externo

Poder Legislativo (expresso na CF)

• Controle externo

❖ Resultados

Anulação

• Ilegalidade
• Efeitos retroativos

Convalidação

• Defeitos sanáveis
• Efeitos retroativos
• *retificação

Confirmação

• Dar validade
• *ratificação

✓ Controle de mérito (Conveniência e Oportunidade)


❖ Mérito administrativo
❖ Apenas atos discricionários
❖ Pode ocasionar a revogação do ato

Efeitos não retroativos

❖ Exercido:

Praticou o ato → regra


Poder Legislativo (CF)

• Ex.: aprovação prévia de Ministros


Não pode revogar ato dos outros

*poder Judiciário não revoga atos dos outros

Quanto a Amplitude

✓ Controle Hierárquico
❖ Decorrência do poder Hierárquico
❖ Dentro da estrutura de uma pessoa jurídica
❖ Subordinação hierárquica → órgãos e agentes
❖ Escalonamento vertical → órgãos e agentes
❖ Controle
• Permanente
• Irrestrito
• Pleno
Alcança a Legalidade ou Mérito

✓ Controle Finalístico (Tutela Administrativa/Supervisão


Ministerial)
❖ Direta → Indireta
❖ Controle específico ao cumprimento das finalidades

➢ Espécies de Controle

Controle Administrativo

✓ Administração sobre seus próprios atos (controle interno)


✓ Fundamento
❖ Autotutela → Súmula 473 do STF

Rever seus próprios atos

• Anular → Ilegais
• Revogar → Conveniência E Oportunidade

STF → Desfazimento de ato

• Desfavorável para administrado

Prévio procedimento
Contraditório

Controle

• Legalidade e Mérito

De ofício
Requerimento

❖ Tutela

Controle Finalístico
• Direta → Indireta

Controle Legislativo

✓ Função Típica → Apenas nos casos expressos na CF


(separação dos Poderes)
❖ Legalidade
❖ Mérito (não gera revogação)

Ex.: Prévia aprovação de nomes de ministros

❖ Controle Parlamentar Direto

Parlamentares
Mesas
Comissões

❖ Congresso Nacional (CF/88, Art. 49)

Sustar Atos do poder executivo


Julgar anualmente as contas do P.R.
Fiscalizar e controlar atos

• P.E.
• Indireta
❖ Art. 50 da CF/88 → CD, SF, Comissões

Convocar
Ministros de Estado
Titulares de órgãos subordinados à Presidência
da República;

• Para prestar pessoalmente informações

Ausência injustificada

• Gera crime de responsabilidade


Também pode ser pedido escrito de informações

❖ Art. 52 → Senado Federal

Aprovação Prévia
Da escola de nomes
Exoneração do PGR

• Autorizar operações externas de natureza financeira


❖ Fiscalização
• Contábil
• Financeira
• Orçamentária

União

• Legalidade
• Economicidade
• Aplicação de subvenções
• Renúncia de receitas

Controle interno → cada poder faz o seu


Controle Externo → Congresso Nacional

• Com auxílio do TCU

✓ Prestação de contas

Pessoa Física
Pessoa Jurídica

• Utilize
• Arrecade
• Guarde
• Gerencie
• Administre

Dinheiro
Bens
Valores

❖ Da União

✓ Art. 71 → Competências do TCU


❖ Apreciar → contas anuais do PR

Quem Julga é o CN

❖ Julgar

Contas

• Administradores
• Demais responsáveis

✓ Sustação
❖ Atos Administrativos

Diretamente pelo TCU (dará ciência)

❖ Contrato Administrativos

Pelo Congresso Nacional

✓ Decisões (débito ou multa) → título executivo

✓ Relatório ao CN
❖ Anual
❖ Trimestral

Controle Judicial
✓ Função Jurisdicional (Função Típica)
✓ Apenas sob o aspecto da Legalidade
✓ Alcança atos
❖ Vinculados
❖ Discricionários
✓ Anulação
✓ Poder Judiciário Não revoga ato dos outros
✓ Regra → controle corretivo (posteriori)
❖ Pode ser prévio

Mandado de Segurança Preventivo

✓ Somente mediante provocação do interessado


13.2. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
➢ Atos Administrativos

Fiscalização
Orientação
Previsão

➢ DL 200/67 → Controle → Princípio Fundamental

Todo ato deve possibilitar mecanismos de controle

Classificação

➢ Quanto à origem
✓ Controle Interno
❖ Dentro do próprio poder

❖ Âmbito hierárquico ou órgãos especializados

Autotutela

❖ Prevalece: Direta → Indireta

Tutela Administrativa

✓ Controle finalístico
✓ Supervisão ministerial

Há divergências doutrinárias, mas para as provas, com a


devida cautela, pode-se considerar correto se a banca
disser que é controle interno, já que a própria CF diz isso.

❖ Art. 74 da CF

Cada um dos poderes deve elaborar seu próprio sistema


de controle interno

❖ Finalidades:

✓ Metas do PPA
✓ Execução de programas
✓ Orçamento da União

✓ Legalidade
✓ Resultados
✓ Aplicação de Recursos

3 - Operações da União
4 – Apoiar o controle externo

❖ Responsáveis → sempre que souberem de alguma


irregularidade

Dar ciência ao TCU

✓ Se não o fizer → responderá SOLIDARIAMENTE

❖ Denunciar ao TCU (partes legítimas)


Cidadão
Partido Político
Associação
Sindicato

✓ Controle Externo
❖ Um poder → outro poder
❖ Exemplos:

Decisão Judicial → Anulação


Congresso Nacional

✓ Sustar atos normativos do P. E.


✓ Julgar as contas do P.R.
✓ Fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo (e
Indireta)

Ministério Público

✓ Controle Externo da Atividade Policial

✓ Controle Popular
❖ Ação Popular (lesão ao patrimônio público, moralidade...)
❖ Denúncia ao TCU
❖ Mandado de Segurança
14. LEI 8.112/90

AGENTES PÚBLICOS
Os Agentes Públicos são Pessoas Físicas que exercem uma
função pública. Ainda que transitoriamente e sem remuneração.

Espécies:

➢ Agentes Políticos
➢ Servidores Públicos (Agentes Administrativos)
✓ Estatutário (8.112/90)
✓ Empregado público
✓ Temporário
➢ Particulares em colaboração
✓ Honorífico
✓ Delegatário
✓ Credenciado

SERVIDORES PÚBLICOS (AGENTES


ADMINISTRATIVOS)

Estatutário
➢ Vínculo → estatuto
➢ Titular → cargo público
✓ Efetivo
❖ Concurso público
❖ Estágio probatório
❖ Estabilidade
✓ Em comissão
❖ Livre
Nomeação
Exoneração
Ad Nutum

❖ Não tem concurso


❖ Não tem estágio probatório
❖ Não tem estabilidade

Empregado Público (celetista)


Vínculo → CLT
Titular → emprego público

Concurso público
➢ Sem estágio probatório
➢ Sem estabilidade

Temporários
✓ Atender necessidade temporária de excepcional interesse
público
✓ Vínculo → contrato
✓ Titular → apenas exerce uma Função Pública
✓ Processo seletivo simplificado

Lei 8.112/90 → Estatuto dos servidores Públicos civis federais

Alcança (Atenção: não é qualquer Autarquia ou Fundação,


tem que ser federais)

➢ União
➢ Autarquias Federais
➢ Fundações Públicas Federais

Servidor Público
➢ Pessoa legalmente investida em Cargo Público
➢ Após investidura → quando toma posse
✓ Não é após nomeação!
❖ Mas sim após tomar posse, e só depois entra em exercício,
portanto também não é após o exercício!
14.1. ESTABILIDADE ESPECIAL AOS
EMPREGADOS DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS
Atualização Jurisprudencial sobre: Estabilidade Especial aos
Empregados das Fundações Públicas

ESTABILIDADE FUNDAÇÕES DE DIREITO PRIVADO. A


estabilidade especial do art. 19 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) não se estende aos
empregados das fundações públicas de direito privado,
aplicando-se tão somente aos servidores das pessoas jurídicas
de direito público.

O termo “fundações públicas”, utilizado pelo art. 19 do ADCT,


deve ser compreendido como fundações autárquicas, sujeitas ao
regime jurídico de direito público.
Exemplo: empregados da Fundação Padre Anchieta não gozam
dessa estabilidade do art. 19 do ADCT em razão de se tratar de
uma fundação pública de direito privado.
Fonte: STF. Plenário. RE 716378/SP, Rel. Min. Dias Toffoli,
julgado em 1º e 7/8/2019 (repercussão geral) (Info 946).
14.2. CARGOS – POSSE – ESTÁGIO
PROBATÓRIO
➢ Cargo Público
✓ Atribuições e responsabilidades → Passados para um
Servidor

➢ Cargo Público
✓ Acessíveis
❖ Brasileiros

Nato
Naturalizado

❖ Exceção → Estrangeiros

Professores
Técnico
Científica

Universidades Federais
Instituições de Pesquisa

✓ Criação e extinção*
❖ Lei
❖ Exceção:

Decreto autônomo do PR (Art. 84, Vi, CF/88)


Extinguir Cargo ou Funções ➙ Quando vagos

✓ Possuem Denominação Própria


✓ Vencimentos
❖ Lei 8.112/90 → Veda Serviços Gratuitos
✓ Provimento
❖ Efetivo (Concurso Público → Estágio Probatório →
Estabilidade)
❖ Em comissão

Função de
Cargo em Comissão
Confiança
Apenas para
Qualquer pessoa
Efetivos

Ambos:

Livre escolha

Exercer atribuições de direção, chefia ou


assessoramento.

➢ Provimento

Concurso Público (Cargo Efetivo)

✓ Provas ou Provas e Títulos


✓ Validade

Até 2 anos
Prorrogação

❖ Uma vez por igual período

✓ Concurso não expirado e com candidatos aprovados e não


nomeados → pode novo concurso?

8.112/90 ► Não pode


CF/88 ► Pode: prioridade na nomeação

✓ Aprovado dentro das vagas → Direito subjetivo à nomeação

✓ Reserva de vagas para deficientes

Até 20%

Requisitos básicos para a investidura

✓ Comprovação → na Posse

“Nasci com Nível e aptidão, aos 18 gozei e quitei”

❖ Nacionalidade brasileira (exceção → cargos para


estrangeiro: prof. téc. Ou científico)
❖ Nível de escolaridade
❖ Aptidão física e mental
❖ 18 anos
❖ Gozo dos Direitos Políticos
❖ Quitação → Obrigações

Eleitorais
Militares

✓ Podem ser exigidos outros requisitos

Atribuições do cargo

➢ Posse e Exercício
Perda do prazo para tomar posse → é tornado sem efeito
Não há penalidade
Se já tiver tomado posse e não entrar em exercício → é
exonerado
Não é demissão, apenas exoneração

➢ Posse → investidura

Procuração Específica
Se vier na prova apenas “procuração” também
está certa
Apenas no caso de provimento por nomeação
Declaração
Bens e valores
Estar ou não em exercício em outro cargo
Inspeção médica oficial

➢ Jornada de Trabalho (limites → pode variar, existem leis


específicas para certos cargos)

Semanal → 40h
Diárias → 6h até 8h
Estágio Probatório Estabilidade
No cargo No Serviço Público
(devido a cada novo cargo)
(Apenas uma vez)
8.112/90 → 24 meses
STJ → 3 anos CF → 3 anos

Critérios a serem observados


(Acadiprore):
Assiduidade
Capacidade de iniciativa
Disciplina Avaliação especial de
Produtividade desempenho
Responsabilidade

Não habilitado → Exonerado

➢ Estágio probatório (3 anos)


✓ Nos últimos 4 meses

Submetido à homologação da autoridade competente

➢ Servidor em estágio probatório não pode abrir a MATRACA


✓ Mandato classista (não é mandato eletivo! Mandato eletivo
pode)
✓ Tratar de interesse particular
✓ Capacitação

➢ Servidor estável
✓ Perda do cargo
Sentença judicial transitada em julgado
Processo administrativo

• Ampla defesa

Procedimento de avaliação periódica de desempenho

• Lei complementar
• Ampla defesa

Corte de excesso de despesas com pessoal


14.3. PROVIMENTO E VACÂNCIA
Começo o capítulo enfatizando uma recente Atualização
Jurisprudencial: Envolvendo servidores que ingressam
imediatamente na última classe. Pode ser cobrança de prova.
É inconstitucional lei que preveja a possibilidade de o
indivíduo aprovado no concurso público ingressar
imediatamente no último padrão da classe mais elevada da
carreira. Essa disposição afronta os princípios da igualdade e
da impessoalidade, os quais regem o concurso público. Por
essa razão, o STF declarou a inconstitucionalidade do § 1º do
art. 18 da Lei nº 8.691/93. STF. Plenário. ADI 1240/DF, Rel. Min.
Cármen Lúcia, julgado em 28/2/2019 (Info 932).

Provimento:

➢ Cargo preenchido
➢ 7 hipóteses (Rol Taxativo):
❖ Nomeação
✓ Cargo

Efetivo
Em Comissão

✓ Única forma originária


✓ Essas abaixo são forma derivadas ou secundárias
❖ Promoção → forma híbrida (provimento e vacância)
✓ Carreira
❖ Readaptação
✓ Sofreu Limitação

Física ou mental (incompatível com as atribuições do


cargo)

• Outro cargo:
✓ Atribuições afins
✓ Habilitação
✓ Nível de escolaridade
✓ Equivalência de vencimentos
• Se não houver cargo vago:
✓ Fica como excedente
❖ Reintegração
✓ Demissão invalidada

Decisão administrativa ou judicial

✓ Ressarcimento de todas as vantagens e direitos


✓ Hipótese de Cargo:

Extinto

• Fica em disponibilidade

Ocupado

• O atual ocupante:
✓ Será reconduzido (sem indenização)
✓ Aproveitado
✓ Disponibilidade
❖ Reversão
✓ V de Velho
✓ Retorno do Aposentado

1 – De Ofício:

• Insubsistentes os motivos da aposentadoria por invalidez


• Se não houver cargo vago:
✓ Fica como excedente
2 – Mediante solicitação (no interesse da administração)

• Aposentadoria voluntária
• Deve ser Estável na atividade
• Aposentadoria → têm no máximo 5 anos, após se
aposentar, para fazer o pedido
• Haja cargo vago
✓ Mais de 70 anos → Não poderá
❖ Aproveitamento
✓ Disponibilidade
❖ Recondução
✓ Retorno ao cargo anterior
✓ Deve ser estável
✓ Hipótese:

Ocorreu reintegração do anterior ocupante


Inabilitação no estágio probatório

Vacância:

➢ Cargo fica vago


➢ 7 hipóteses (Rol Taxativo):
❖ Exoneração → Não é penalidade/sanção.
✓ 1 – A pedido do servidor
✓ 2 – De Ofício

Não habilitado no Estágio Probatório


Não entrar em exercício no prazo

• 15 dias da posse

Cargo em Comissão
✓ Previsto na CF:

Avaliação Periódica de desempenho

• Lei complementar
• Ampla defesa

Corte de despesas com excesso de pessoal

❖ Falecimento
❖ Demissão → Penalidade/Sanção
❖ Promoção
❖ Aposentadoria
✓ Invalidez
✓ Compulsória → 70 anos
✓ Voluntária → tempo de contribuição
❖ Readaptação
❖ POC Inacumuláveis (Posse em outro cargo inacumulável)
✓ Não pede exoneração. POC → mantém o vínculo com o
cargo antigo para voltar se for preciso
14.4. FORMAS DE DESLOCAMENTO

Formas de deslocamento:

➢ 1 - Remoção
✓ Outra unidade, no âmbito do mesmo quadro (mesmo
órgão)
✓ Com ou sem mudança de sede
✓ Lembrar da remoção interna dos servidores antes de sair o
edital do INSS

Hipóteses:

De Ofício

❖ No interesse da Administração
❖ Independente de aceitação
✓ Ajuda de custo → Despesas de instalação
• Até 3x remuneração
A pedido

❖ No interesse da Administração
✓ Ato discricionário
❖ Independente do Interesse da Adm (ato vinculado)
✓ 1 - Acompanhar cônjuge
• Quando o cônjuge foi removido de ofício então o parceiro
tem direito de acompanhar o cônjuge
• Alcança servidor Civil/Militar
• Qualquer poder (E, J, L), qualquer nível (U, E, M, DF)
• Segundo jurisprudência do STJ: estende para EP e SEM

✓ 2 - Saúde (Junta Médica Oficial)


• Servidor
• Cônjuge
• Dependentes
✓ 3 - Processo seletivo
• Interessados maior do que o número de vagas
• É o famoso Processo de Remoção Interno.

2 – Redistribuição

Para outro órgão

➢ Dentro do mesmo poder

Prévia aprovação do órgão geral do SIPEC


Apenas para cargo efetivo
No interesse da Administração
Equivalência de vencimentos
Vinculação

➢ Responsabilidade
➢ Complexidade
➢ Mesmo nível de escolaridade
➢ Especialidade
➢ Hab. Profissional

Compatibilidade

➢ Atribuições
➢ Finalidade
Substituição (Raramente cai em provas)

➢ Cargo ou função de direção


➢ Natureza especial
➢ Substitutos
✓ Deve estar definido no regimento interno

Omissão: que define é o dirigente Máximo do órgão

✓ Substituto:

Acumula a função antiga com a nova


Optar por uma das remunerações
Quando a substituição ultrapassar 30 dias

❖ Receberá uma retribuição pelo período excedente


14.5. DIREITOS E VANTAGENS
Começo o capítulo enfatizando uma recente Atualização
Jurisprudencial: Envolvendo a Revisão Anual dos Vencimentos.
Pode ser cobrança de prova.
O não encaminhamento de projeto de lei de revisão anual dos
vencimentos dos servidores públicos, previsto no inciso 10 do artigo
37 da Constituição Federal de 1988, não gera direito subjetivo à
indenização. Deve o Poder Executivo, no entanto, se pronunciar, de
forma fundamentada, acerca das razões pelas quais não propôs a
revisão”. (RE) 565089

Remuneração

✓ Vencimentos + Vantagens

Subsídio

✓ Parcela Única
✓ Existe outras vantagens

Proventos (Inativo)

✓ Aposentado
✓ Disponibilidade

Características:

✓ Irredutibilidade
❖ Vencimentos + vantagens de caráter permanente
✓ Isonomia
❖ Atribuições iguais ou assemelhadas
✓ Teto remuneratório
❖ Poder

Executivo → Ministro de Estado


Legislativo → Congresso Nacional
Judiciário→ STF

❖ Parcelas excluídas do Teto:

Indenizações
Gratificação Natalina
Adicionais → periculosidade, insalubridade, penosidade
Adicional → HE, Noturno, Férias

Perda da Remuneração

✓ Perde o dia → falta injustificada


✓ Perde parcela proporcional:

Atraso
Ausência
Saída antecipada

❖ Pode ocorrer a compensação de horários

Critério da chefia imediata

• Discricionário
• Mês subsequente

Caso fortuito e força maior


• Terá compensação de horário

Descontos

✓ Imposição legal
✓ Mandado Judicial
✓ Consignação em folha de pagamento

Arresto, Sequestro, Penhora

✓ Apenas em caso de Prestação de Alimentos


❖ Com Decisão judicial

Reposições e Indenizações ao Erário

✓ Parceladas
❖ Não pode exceder a 30 dias (pode ser a cada 20 dias, 15
dias, no máximo mensalmente)

Mínimo 10% → Remuneração/Venc./Provento


Exemplo: se recebe 10.000 → o mínimo a ser descontado
será 1.000,00 - podendo ser superior

✓ Pagamento Indevido → se for referente ao Mês anterior


❖ Deverá ser pago em Parcela única

✓ Servidor em débito

Demitido
Exonerado
Cassação
❖ Quitar em 60 dias

Inscrição em dívida ativa

ATUALIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL
RECENTE
O STF entendeu que o teto remuneratório de Procuradores
Municipais é o subsídio de desembargador do Tribunal de Justiça.
Isso porque, a expressão "Procuradores", contida na parte final do
inciso XI do art. 37 da Constituição da República, compreende os
procuradores municipais, uma vez que estes se inserem nas
funções essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto
de 90,25% (noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento)
do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF. Logo, não
estariam submetidos aos limites impostos aos demais servidores do
Poder Executivo, não sendo o teto para os Procuradores Municipais
o subsídio do Prefeito. Plenário. RE 663696/MG, Rel. Min. Luiz Fux,
julgado em 28/2/2019 (Info 932)
14.5.1. VANTAGENS
✓ Não serão computadas/acumuladas

Para concessão de acréscimos pecuniárias ulteriores

✓ Mesmo título
✓ Idêntico fundamento

Espécies:

1 - INDENIZAÇÕES
Nunca se incorporam ao vencimento

TIPOS:

Ajuda de Custo

• Despesas de instalação (Remoção de Ofício)


✓ Mudança de domicílio (Permanente)
• Até 3x remuneração
• Vedado → duplo pagamento
✓ Marido e mulher: apenas 1 recebe

Falecer na Nova Sede

• Concedido em até 1 ano após o óbito → ajuda de custo


para família retornar
• Não se apresentar na nova sede
✓ Restituir em 30 dias (para diárias são 5 dias)
Diárias

• Deslocamento temporário (afastar da sede)


• Sem pernoite → metade
• Exigência permanente do cargo → não tem direito
• Restituir em 5 dias quando:
✓ Não se afastar
✓ Retornar antes

Indenização de Transporte

• Despesas com meio próprio de locomoção


✓ Execução de serviços externos
✓ Atribuições do cargo

Auxílio-Moradia

• Ressarcimento de despesas comprovadas com


• Aluguel de moradia
• Hospedagem
✓ 1 mês após a comprovação da despesa

Mudança de Residência

✓ Cargo em comissão
✓ Função de confiança
• DAS 4,5,6 - Natureza Especial – Ministro de Estado (ou
equivalente)
• Requisitos:
✓ Sem imóvel funcional
✓ Não ser ou ter sido (12 meses antecedentes):
• Proprietário
• Promitente comprador
• Cessionário
• Promitente cessionário
✓ Ninguém que resida receber auxílio-moradia (SEM duplo
pagamento)
✓ Município
• Não ser na mesma região ou região limítrofe
• Não ter residido → nos últimos 12 meses
✓ Deslocamento não tenha sido devido alteração de lotação
ou nomeação para cargo efetivo
✓ Limite → 25% do valor do Cargo em comissão/Função de
Confiança/ME
• Independentemente do valor

No mínimo R$ 1.800,00 é assegurado (PISO)

• TETO: nunca ultrapassar 25% Ministro de Estado


✓ Recebe pagamento por mais um mês nos casos de:
• Falecimento
• Exoneração
• Imóvel Funcional
• Aquisição do imóvel pelo servidor

2 – GRATIFICAÇÕES
❖ Em alguns casos incorporam, nos termos da LEI
❖ TIPOS:

Gratificação Natalina

• 1/12 da remuneração de dezembro por mês de exercício no


ano
✓ Ou fração maior ou igual a 15 dias
• Pagamento
✓ Até 20/12
• Em caso de Exoneração
✓ Proporcional
• Não considerada para cálculo de nenhuma outra vantagem
pecuniária

Gratificação por encargo de curso ou concurso

• Hipóteses
✓ Instrutor → 2,2%
✓ Banca examinadora → 2,2%
✓ Logística de preparação e de realização de concurso
público → 1,2%
✓ Participar de aplicação, fiscalização ou avaliação → 1,2%
• Regra → Não ultrapassar
✓ 120H Anuais
✓ Acréscimo (prorrogação) de até +120H
• Cálculo da % → sobre o maior vencimento básico da
Administração Federal (não é calculado sobre o vencimento
do servidor que receberá a gratificação)
• Sem prejuízo das atribuições do cargo
• Não incorpora

SÚMULA VINCULANTE 15: O cálculo de gratificações e


outras vantagens do servidor público não incide sobre o
abono utilizado para se atingir o salário mínimo.

3 – ADICIONAIS
❖ Em alguns casos incorporam, nos termos da LEI
❖ TIPOS:
Adicional de Insalubridade /Periculosidade /Penosidade

• Sobre o vencimento
• Mais de um → optar por um deles
• Cessa com a eliminação
• Gestante/lactante → afastada desses locais ou atividades
• Raio-X/Subst. Radioativas → exame a cada 6 meses

Adicional Por Serviço Extraordinário

• 50% da hora normal


• Situações excepcionais/temporárias
✓ Máximo 2h por jornada

Adicional Noturno

• Entre 22h e 05h


✓ Hora reduzida → 52m 30s
✓ 25%

Adicional de Férias

• 1/3 da remuneração
• Principais Regras
✓ A cada 12 meses tem 30 dias de férias
✓ Pode acumular no máx.: 2 períodos (no interesse do
serviço)
✓ 1º período aquisitivo → 12 meses de exercício
✓ Vedado → Levar faltas em conta das férias
✓ Parcelamento → até 3 etapas
• Requerimento + interesse da administração
✓ Pagamento
• Até 2 dias antes do início
✓ Exoneração → recebe proporcional por mês de exercício
ou fração maior do que 14 dias
• Raio-X ou Substâncias Radioativas:
✓ 20 dias por semestre
✓ Vedada: acumulação
• Interrupção (O período restante goza de uma só vez):
✓ Calamidade pública
✓ Comoção interna
✓ Convocação jurídica, serviço militar, serviço eleitoral
✓ Necessidade do serviço

✓ Vantagens Pecuniárias → Não serão


computadas/acumuladas
❖ Para concessão de acréscimos pecuniárias ulteriores

Mesmo título
Idêntico fundamento
LICENÇAS

Se concedida dentro de 60 dias do término de outra da


mesma espécie

➢ Será considerado como PRORROGAÇÃO e não outra


licença.
➢ TIPOS:

1 - SAÚDE DE PESSOA EM FAMÍLIA


Abrangência:

Cônjuge/companheiro
Pais/Padrasto/Madrasta
Filhos/Enteados
Dependentes → Constam no assento pessoal

Características:

Assistência indispensável, e que não possa ser


simultânea (cargo);
Condições (a cada período de 12 meses, por no máximo
150 dias;
Os primeiros 60 dias o servidor recebe a remuneração, e
Isso não impede que a licença seja maior do
que 60 dias, podendo chegar a 90 dias, porém
apenas os primeiros 60 dias serão remunerados;
Será considerada prorrogação se concedida dentro de
60 dias do término de outra da mesma espécie;
Será vedado exercer atividade remunerada nesse
período.

2 - AFASTAMENTO DO CÔNJUGE
Deslocado → Mandato Eletivo
➢ Sem remuneração
➢ Prazo indeterminado (pois é sem remuneração)

Pode → exercício provisório

3 - SERVIÇO MILITAR
Conclusão → 30 dias para reassumir o cargo

4 - ATIVIDADE POLÍTICA
1º momento → Sem remuneração

• A partir da escolha em convenção partidária até a véspera


do registro
• Não será computado como tempo efetivo de exercício

2º momento → Com remuneração

• A partir do registro da candidatura até 10 dias após as


eleições → esse período não pode ultrapassar 3 meses
(após esse prazo não será remunerado)
• Será considerado como tempo de serviço apenas para
aposentadoria e disponibilidade

5 - CAPACITAÇÃO
No Interesse da Administração;
Cada 5 anos (quinquênio) de efetivo exercício
Até 3 meses (participar de curso);
Com remuneração;
Não acumulável → se já trabalha a 15 anos e nunca
tirou, se concedido, terá direito, a 3 meses apenas;
Não pode → por quem esteja no Estágio Probatório.
6 – TRATAR DE INTERESSES
PARTICULARES
No interesse da Administração (discricionário)
Prazo → até 3 anos
Sem remuneração
Interrompida a qualquer momento
Não pode → por quem esteja no Estágio Probatório

7 – DESEMPENHO DE MANDATO
CLASSISTA
Não se confunde com Mandato Político
Hipóteses:

➢ Participação em (categoria entidade fiscalizadora)


✓ Confederação
✓ Federação
✓ Sindicato
✓ Associação de classe
➢ Gerência ou Administração → sociedade cooperativa de
servidores

Sem remuneração
Prazo → Mandato (Reeleição → Prorrogação)
Não pode → por quem esteja no Estágio Probatório
Limites (Número de associados)

➢ Até 5.000 → 2 servidores


➢ 5.001 até 30.000 → 4 servidores
➢ + 30.000 → 8 servidores

8 – TRATAMENTO DA PRÓPRIA SAÚDE


Pedido
Ou de Ofício (pois tem gente que morre mais não
abandona o serviço → nesses casos a própria
administração concede)
Perícia Médica Oficial

➢ Inferior 15 dias (1 ano) → pode ser dispensada


➢ +120 dias (12 meses) → por junta médica (vários
médicos)

Com remuneração
Prazo máximo contínuo 24 meses, se ultrapassar:

➢ Readaptado
➢ Aposentado por invalidez

9 – LICENÇA GESTANTE
120 dias consecutivos
Com remuneração
Início

➢ A partir do 1º dia do nono mês (salvo prescrição médica)


➢ Parto (prematuro)

Natimorto

➢ Decorridos 30 dias
➢ Exame médico (apta → reassume)

Aborto → 30 dias remunerados (atestado médico oficial)


Amamentação (até 6 meses de idade)

➢ Durante a jornada → -1h


✓ Pode parcelar → -30m (manhã) -30m (tarde)

10 – LICENÇA PATERNIDADE
Nascimento ou Adoção
5 dias

11 – LICENÇA
Servidora que adotar ou obtiver guarda judicial
Idade da Criança:

➢ Até 1 ano → 90 dias


➢ + de 1 ano → 30 dias

Servidor em estágio Probatório → não pode abrir a


Matraca

➢ Não pode:
✓ Mandato Classista
✓ Tratar de Int. Particulares
✓ Capacitação
14.5.2. AFASTAMENTOS

1 - SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU


ENTIDADE
Podendo ser:

União
Estados
Municípios
DF

➢ Cargo em Comissão/FC (sempre que for a União cedendo


para Estados/DF/M, a remuneração é paga pelo órgão
cessionário – no órgão em que estiver, ou seja o órgão que
estiver usufruindo dos serviços do servidor)
✓ Órgão que recebeu o Servidor: cessionário
✓ Órgão que envia o Servidor para outro: cedente
➢ EP/SEM → optar pela remuneração
✓ Cessionária reembolsa → se o servidor for cedido pela
União e optar por permanecer com a remuneração que a
União paga, o órgão cessionário (que ficou com o servidor)
terá que reembolsar já que não está pagando nada ao
Servidor.
➢ Cessão → Portaria publicada no D.O.U.

➢ Servidor do Poder Executivo


✓ Autorização expressa do PR

Pode ter exercício em órgão da Administração Federal


Direta → sem quadro próprio

• Fim determinado
• Prazo certo
2 – MANDATO ELETIVO
➢ Contribui para a seguridade como se estivesse em
exercício
✓ Mandato Eletivo Federal, Estadual ou Distrital:

Será afastado

✓ Mandato Eletivo Municipal (Prefeito ou Vereador)

Será afastado
Pode optar pela remuneração
Para vereador + compatibilidade → não será afastado e
receberá a remuneração + subsídio do vereador.

3 – ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR


Não aplicado para carreira diplomática
Autorização

✓ PR, Presidente dos Órgãos do PL, Pres. STF

Período Máximo → 4 anos

✓ Nova ausência somente depois de decorrido igual período


do último afastamento
✓ Servidor beneficiado (Exoneração ou Licença interesses
particulares)

Somente decorrido igual prazo do afastamento ou


ressarcimento

✓ Regulamento

Hipóteses
Condições
Forma
Remuneração

✓ Servir em organismo Internacional

Brasil participe ou coopere

❖ Perda total da remuneração

4 – PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA DE
PÓS-GRADUAÇÃO (NO PAÍS)
✓ Com remuneração
✓ No interesse da administração
✓ Apenas se → Não for possível fazer simultâneo com a
função ou através de compensação de horário
CONCESSÕES

Ausentar-se do serviço

✓ Doar sangue

1 dia

✓ Alistamento ou recadastramento eleitoral

Período necessário → se fizer em 1 dia, será de 1 dia


Limitado a 2 dias

✓ Casamento ou Falecimento

8 dias consecutivos

❖ Cônjuge/companheiro
❖ Pais/madrasta/Padrastos
❖ Filhos/Enteados/Menor sob guarda

Horário Especial

✓ Estudante

Incompatibilidade de horários

❖ Compensação
✓ Deficiente

Servidor → sem compensação


Cônjuge/Filho/Dependente

❖ Com compensação
✓ Instrutor ou Banca Examinadora

Matrícula em Instituição de Ensino

✓ Mudar de sede → no interesse da administração


✓ Independente de vaga

Servidor
Cônjuge
Filho/enteado/menor

✓ Entidade privada → vai para outra privada


✓ Entidade pública → vai para outra pública

Suspensão do Estágio Probatório

✓ Licença

Doença em pessoa da família


Afastamento do cônjuge
Atividade política

✓ Afastamento → pós-graduação
✓ Curso de formação

DIREITO DE PETIÇÃO
Defesa

✓ Direito
✓ Interesse legítimo
Requerimento

✓ Dirigido para a autoridade competente para decidir


✓ Encaminhado por intermédio da autoridade que estiver
imediatamente acima do requerente:

Requerente (eu) → Chefe (meu chefe encaminha) →


Autoridade (decidir)

✓ Despachado → 5 dias
✓ Decidido → 30 dias
✓ Assegurada → vista do processo/documento

Repartição → servidor/procurador

✓ Prazo fatal e improrrogável

Salvo força maior

Pedido de reconsideração

✓ Autoridade

Expedido o ato
Proferido a decisão

✓ Não pode ser renovado


✓ Despachado → 5 dias
✓ Prazo 30 dias contados a partir da ciência ou publicação
✓ No caso de provimento (concordância)

Efeitos retroagem:
❖ Data do ato impugnado
✓ Interrompe a prescrição (quando cabível)
✓ Assegurada → vista do processo/documento

Repartição → servidor/procurador

✓ Prazo fatal e improrrogável

Salvo força maior

Recurso – cabível:
Indeferimento do pedido de reconsideração
Decisões sobre recursos sucessivamente
interpostos

✓ Dirigido à autoridade imediatamente superior que proferiu o


ato ou decisão
✓ Encaminhado por intermédio da autoridade que estiver
imediatamente acima do requerente → seu chefe encaminha
o recurso
✓ Prazo 30 dias contados a partir da ciência ou publicação
✓ Não tem efeito suspensivo

Entretanto, poderá ser concedido efeito suspensivo → A


critério da autoridade competente

✓ No caso de provimento (concordância)

Efeitos retroagem:

❖ Data do ato impugnado


✓ Interrompe a prescrição (quando cabível)
✓ Assegurada → vista do processo/documento

Repartição → servidor/procurador
✓ Prazo fatal e improrrogável

Salvo força maior

Prescrição do Direito de Requerer

✓ 5 anos
❖ Demissão
❖ Cassação
❖ Interesse Patrimonial
❖ Créditos

Relações de trabalho

✓ 120 dias
❖ Demais casos

A Administração deverá rever seus atos (qualquer tempo)

✓ Ilegalidade
14.5.3. DEVERES E PROIBIÇÕES DO
SERVIDOR

DEVERES DO SERVIDOR
Atribuições → Zelo e dedicação
Ser leal às instituições que servir
Observar Normas

✓ Legais
✓ Regulamentares

Cumprir ordens superiores

✓ Salvo → manifestamente ilegais

Atender com Presteza

✓ Público em geral
❖ Prestando informações
• Salvo sigilo
❖ Expedição de certidões
• Requeridas
• Defesa de direito
• Esclarecimento de situações de interesse pessoal
• Requisições
• Defesa da Fazenda Pública

Dar conhecimento de irregularidades


✓ Ciência em razão do cargo
❖ À autoridade superior

Suspeita de envolvimento

✓ Autoridade competente para apuração

Zelar

✓ Economia do material
✓ Conservação do patrimônio público

Guardar sigilo dos assuntos da repartição


Manter conduta compatível com a moralidade
administrativa
Ser Assíduo e Pontual
Urbanidade
Representar contra

✓ Ilegalidade
✓ Omissão
✓ Abuso de poder

PROIBIÇÕES
Ausentar-se do serviço

✓ Sem prévia autorização

Retirar documento ou objeto

✓ Sem prévia anuência


Recusar fé a documentos públicos

Opor resistência injustificada ao

✓ Andamento de processo
✓ Execução de serviço

Promover manifestação na repartição

✓ Apreço
✓ Desapreço

Cometer atribuições → a pessoa estranha à repartição

✓ Atribuições sua
✓ Atribuições do seu subordinado

Coagir ou aliciar subordinados

✓ Filiarem-se
❖ Associação
• Profissional
• Sindical
❖ Partidos políticos

Manter sob chefia imediata (Cargo em comissão, Função


de Confiança)
✓ Cônjuge/companheiro
✓ Parente até 2º grau

Valer-se do cargo (detrimento da função pública)

✓ Proveito pessoal ou outrem

Participar de Gerência ou Administração, ou exercer


comércio

✓ Salvo (ser sócio pode):


❖ Acionista
❖ Cotista
❖ Comandatário
✓ Essa proibição não se aplica
❖ Conselho de administração ou fiscal
• Em que a União participe do capital social
• Sociedade cooperativas → e membros
❖ Ou quando esteja em gozo de licença para tratar de
interesses particulares

Atuar como procurador ou intermediário em Repartições


Públicas

✓ Salvo benefícios previdenciários ou assistenciais


❖ Para cônjuge/companheiro
❖ Parente até 2º grau
Receber → Propina, comissão, presente, vantagem

✓ Em razão das atribuições

Aceitar de estado estrangeiro

✓ Emprego
✓ Pensão

Usura

Proceder de forma desidiosa

Utilizar Recursos Materiais ou Pessoais

✓ Atividades particulares

Cometer a outro servidor

✓ Atribuições estranhas ao cargo


❖ Salvo emergência

Exercer atividades incompatíveis com


✓ Cargo ou função; e
✓ Horário

Recusar-se

✓ Atualizar dados cadastrais quando requisitado

Acumulação

Em regra, é vedada a acumulação de:

Cargo Público
Emprego Público
Função Público

Abrange
✓ Adm Direta
✓ Adm Indireta (subsidiárias)
✓ Soc. Controladas

Exceções
❖ Professor + Professor
❖ Professor + Técnico ou Científico
❖ Saúde + Saúde
✓ Deve haver compatibilidade de horários
✓ Acumular com Aposentadoria:
❖ Pode com cargo acumulável na atividade
❖ Cargo eletivo
❖ Cargo em comissão

Servidor não pode:


✓ 2 cargos em comissão
❖ Salvo interinamente
• Mas deve optar por uma das remunerações
✓ Remunerado
❖ Órgão de deliberação coletiva

Servidor que já esteja atuando em dois cargos efetivos


(legalmente permitido)
✓ Mais um cargo em comissão:
❖ Sem compatibilidade → afastado de ambos;
❖ Com compatibilidade → acumulam-se.
14.5.4. RESPONSABILIDADE DO
SERVIDOR

Esferas

✓ Civil
✓ Penal
✓ Adm
➢ Independentes
➢ Podem cumular-se
➢ Podem tramitar juntas

Absolvição Criminal

➢ Negada
✓ Existência do fato
✓ Autoria
✓ Atenção: Por falta de provas não serão afastadas as
outras esferas. Por absolvição criminal (conduta não
considerada criminosa) que não envolva inexistência de fato
ou inexistência autoria também não afasta, a conduta pode
muito bem não ser considerada crime, porém na esfera
administrativa é possível, por exemplo, demissão.
➢ Responsabilidade administrativa será:
✓ Afastada

Servidor ► dano → Terceiro ► indeniza → União


(Responde Objetivamente)
União ► Ação Regressiva → Servidor (Responde
Subjetivamente)

➢ Dolo ou Culpa

Obrigação de Reparar o Dano

➢ Estende-se ao Sucessores → até o limite da herança

Não pode ser responsabilizado

➢ Dar ciência
✓ Crimes
✓ Improbidade administrativa

RESPONSABILIDADES ADMINISTRATIVA:

Penalidades:

➢ Advertência
➢ Suspensão
➢ Demissão
➢ Cassação
✓ Aposentadoria
✓ Disponibilidade
➢ Destituição
✓ Cargo em Comissão
✓ Função de Confiança
Para a aplicação → serão consideradas:

➢ Natureza e gravidade da infração


➢ Danos ao serviço Público
➢ Circunstâncias
✓ Atenuantes
✓ Agravantes
➢ Antecedentes Funcionais

Ato de Imposição

➢ Mencionará
✓ Fundamento Legal
✓ Causa da Sanção
14.5.5. PENALIDADES

➢ 1 – Advertência (Leve)
❖ Inobservância dos deveres
✓ Por escrito
✓ Reincidência → Suspensão
✓ Cancelamento do Registro → após 3 anos (caso não
pratique outra falta. Não possui efeitos retroativos)
✓ Hipóteses:
❖ Decorar apenas as Hipóteses de Suspensão

➢ 2 – Suspensão → sem remuneração


❖ Até 90 dias
✓ Reincidência em advertência
✓ Ou cometer falta que não justifique mais grave
✓ Conversão em multa → Conveniência para o serviço
❖ 50% por dia

Vencimento ou remuneração

❖ Critério da chefia imediato


❖ Obrigado a permanecer em serviço

✓ Hipóteses de suspensão:
❖ Reincidência em advertência
❖ Não justifique demissão
❖ Cometer atribuições estranhas → outro servidor

Atenção! Se cometer atribuições estranhas a outra pessoa,


que não seja um servidor, será apenas advertência.
❖ Atividades incompatíveis

Cargo ou Função
Horário

❖ Recusa → Inspeção Médica

Até 15 dias
Cumprida a determinação

• Cessam os efeitos

✓ Cancelamento do Registro → após 5 anos (caso não


pratique outra falta. Não possui efeitos retroativos)

Mnemônico:
adverTRÊncia - cancelada em TRÊs anos (ou
ADV3RTÊNCIA)
su5pen5ão - cancelada em 5 anos

➢ 3 - Demissão
✓ Abandono de Cargo → ausência
❖ Ausência intencional por mais de 30 dias consecutivos
❖ PAD Sumário, é um rito mais célere, já que é muito simples
e rápido comprovar (Visto em momento oportuno)
✓ Inassiduidade Habitual → faltas
❖ Faltas injustificada por 60 ou mais dias interpoladamente
dentro do período de 12 meses
❖ PAD Sumário, é um rito mais célere, já que é muito simples
e rápido comprovar (Visto em momento oportuno)
✓ Incontinência Pública (fora do serviço, tira fotos com
traficantes armados para ostentar suas amizades)
✓ Conduta escandalosa na repartição (Girocóptero do Kid
Bengala)
✓ Insubordinação grave
✓ Ofensa física a servidor ou particular
❖ Salvo legítima defesa
✓ Revelação de segredo
❖ Em razão do cargo
✓ Acumulação Ilegal
❖ Servidor notificado para apresentar opção no prazo
improrrogável de 10 dias
❖ Omissão → instauração de PAD Sumário

Opção até o último dia do prazo para defesa

• Boa-fé (automaticamente em pedido de exoneração do


outro cargo)

➢ 4 – Cassação → aposentadoria ou disponibilidade


✓ Na atividade → praticou falta punível com demissão

➢ 5 – Destituição → do Cargo em Comissão ou Função de


Confiança
✓ Infração sujeita a Suspensão ou Demissão

Demissão e destituição de Cargo em Comissão

➢ Podem gerar
✓ Indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário
✓ Incompatibilidade → 5 anos
✓ Não pode retornar ao serviço público

Competência para aplicação das penalidades:


Prescrição:

➢ Ação disciplinar:
❖ Advertência → 180 dias
✓ Não confundir com o cancelamento do registro, que são 3
anos
❖ Suspensão → 2 anos
✓ Não confundir com o cancelamento do registro, que são 5
anos
❖ Demissão/cassação/destituição → 5 anos
✓ Não há prazo para cancelamento de registro, nesse caso o
vínculo é desfeito.

➢ Crime → Prazo da lei penal

Início → fato tornou-se conhecido


Interrupção da prescrição

➢ Abertura da sindicância punitiva (observação abaixo)


➢ Instauração do PAD

Atualização Jurisprudencial (2020):

Súmula 635: “Os prazos prescricionais previstos no artigo


142 da Lei 8.112/1990 iniciam-se na data em que a autoridade
competente para a abertura do procedimento administrativo
toma conhecimento do fato, interrompem-se com o primeiro ato
de instauração válido – sindicância de caráter punitivo ou
processo disciplinar – e voltam a fluir por inteiro, após
decorridos 140 dias desde a interrupção.”

Observação: Existem diversos tipos de sindicâncias (abertura


do procedimento administrativo), como por exemplo, as meramente
investigativas, ou podendo ser uma que visa a analisar uma
evolução patrimonial para só depois instaurar um procedimento
punitivo. Perceba que o procedimento de caráter punitivo é o que
será capaz de interromper a prescrição.
Além disso, para que haja interrupção do prazo prescricional, a
instauração deve ser feita perante a autoridade competente.

Atualização Jurisprudencial (2020):


Hoje, independentemente de ter abertura de inquérito policial, a
própria comissão do PAD pode identificar que aquela infração
configura crime e já aplicar os prazos do art. 109 do Código Penal
(são prazos maiores do que os prazos que estão nas leis
administrativas).

O prazo prescricional previsto na lei penal se aplica às


infrações disciplinares também capituladas como crime
independentemente da apuração criminal da conduta do
servidor. Para se aplicar a regra do § 2o do art. 142 da Lei no
8.112/90 não se exige que o fato esteja sendo apurado na
esfera penal (não se exige que tenha havido oferecimento de
denúncia ou instauração de inquérito policial). Se a infração
disciplinar praticada for, em tese, também crime, deve ser
aplicado o prazo prescricional previsto na legislação penal
independentemente de qualquer outra exigência. STJ. 1a
Seção. MS 20.857-DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho,
Rel. Acd. Min. Og Fernandes, julgado em 22/05/2019 (Info 651).
14.6. PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR
➢ Modalidades:
✓ Sindicância
❖ Resultado

1 - Arquivamento
2 - Penalidade

• Advertência
• Suspensão até 30 dias

3 - Instauração de PAD

✓ PAD (*detalhado mais à frente)


❖ Aplicação de todas as penalidades
❖ Obrigatório

Suspensão +30 dias


Demissão
Cassação
Destituição

✓ PAD Sumário (*detalhado mais à frente)


❖ Hipóteses:

Abandono de cargo
Inassiduidade habitual
Acúmulo ilegal
Autoridade que tiver ciência da irregularidade

➢ Será obrigada a instaurar o PAD

Assegurada ao acusado ampla defesa

➢ Assistência por advogado → facultativa


➢ Súmula Vinculante 5 → falta de defesa
✓ Técnica por advogado não ofende a CF
Atualização Jurisprudencial: PAD e a AUSÊNCIA DE
DEFESA TÉCNICA NA OITIVA DAS TESTEMUNHAS

EXECUÇÃO PENAL. PROCEDIMENTO


ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. AUSÊNCIA DE
DEFESA TÉCNICA NA OITIVA DAS TESTEMUNHAS.
O Plenário do col. Pretório Excelso, em julgamento do
RE n. 398.269/RS, Rel. Exmo. Min. Gilmar Mendes, DJe
26/2/2010, concluiu pela inaplicabilidade da Súmula
Vinculante n. 5 aos procedimentos administrativos
disciplinares realizados em sede de execução penal,
ressaltando a imprescindibilidade da defesa técnica nesses
procedimentos, sob pena de afronta aos princípios do
contraditório e da ampla defesa, aos ditames da LEP e à
legislação processual penal. (HC 484.815/RS, Rel. Ministro
FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 11/04/2019,
DJe 22/04/2019)

Afastamento preventivo

➢ Até 60 dias (prorrogável por igual período)


➢ Sem prejuízo da remuneração
PAD – Processo Administrativo Disciplinar

➢ Aplicação de todas as penalidades


➢ Obrigatório
✓ Suspensão +30 dias
✓ Demissão
✓ Cassação
✓ Destituição
➢ Comissão → serve para apuração da infração (a comissão
não aplica a pena)
✓ Relatório final → acatado pela autoridade (salvo provas em
contrário nos autos)
✓ Composição → 3 servidores estáveis
❖ Presidente da comissão:

Cargo efetivo de mesmo nível ou superior ao do acusado


Nível de escolaridade igual ou superior

✓ Não podem participar


❖ Cônjuge/companheiro
❖ Parente até 3º grau

➢ Fases do PAD
✓ 1 - Instauração → publicação do ato que constituir a
comissão
✓ 2 - Inquérito Administrativo → instrução, defesa, relatório
❖ Instrução (Provas)
❖ Defesa

Sempre escrita
10 dias (se houve 2 ou mais indiciados será um prazo
comum de 20 dias)

❖ Relatório sempre conclusivo → Inocência ou


responsabilidade

Ilícito Penal → cópia dos autos ao MP

✓ 3 – Julgamento
❖ Decisão em 20 dias
❖ Mais de 1 indiciado e diversidade de sanções

A autoridade competente para a aplicação da mais grave


aplicará todas as outras também

➢ O prazo para conclusão do PAD não poderá exceder 60


dias prorrogável por igual período

➢ Servidor Respondendo ao PAD


✓ Aposentadoria voluntária ou Exoneração a pedido
❖ Somente após a conclusão do PAD ou cumprimento da
penalidade

PAD Sumário

➢ Segue as mesmas regras do PAD Ordinário (visto logo


acima) abaixo estão as exceções:
➢ Hipóteses:
✓ Abandono de cargo
✓ Inassiduidade habitual
✓ Acúmulo ilegal
➢ Fases
✓ Instauração
❖ Ato que constituir a comissão → 2 servidores
✓ Instrução Sumária
❖ Indicação
❖ Defesa
❖ Relatório
✓ Julgamento
➢ Constituição da Comissão
✓ Termo de indiciação → 3 dias
✓ Defesa escrita → 5 dias
➢ Prazo para conclusão → 30 dias
✓ Prorrogável por mais 15 dias → podendo chegar a 45 dias

Diferença entre os RITOS:

Revisão do PAD

Qualquer momento

✓ De ofício
✓ Requerimento

Aduzirem

✓ Fatos novos

OU
✓ Circunstâncias

Justificar:

✓ Inocência
✓ Inadequação da penalidade

Qualquer pessoa da Família


Falecimento
Ausência
Desaparecimento

✓ Curador → incapacidade mental

Ônus da prova

✓ Requerente

Simples alegação de injustiça

✓ Não constitui fundamento

Revisão → não pode agravar a penalidade


REVISÃO: NÃO AGRAVA - NÃO APLICA O reformatio in pejus;
RECURSO: AGRAVA - APLICA O reformatio in pejus;
Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: EBC Prova: Analista -
Advocacia
Um empregado público submetido a procedimento
administrativo disciplinar do qual resultou punição
interpôs recurso administrativo dirigido ao superior hierárquico do
agente público que lhe aplicará a sanção. Nessa situação, o servidor
deve estar ciente de que a administração, ao conhecer do recurso
interposto, poderá aplicar, no exercício da autotutela, sanção mais
grave, assim como deve estar ciente de que não incide na esfera
administrativa, por este fundamento, a vedação do reformatio in
pejus. (C)
Não confunda com detalhes da lei 8112:
LEI Nº 9784: Art.54 § 1 O recurso será dirigido à autoridade que
proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco
dias, o encaminhará à autoridade superior
LEI Nº 8112: Art.107: § 1 O recurso será dirigido à autoridade
imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a
decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais
autoridades. § 2 O recurso será encaminhado por intermédio da
autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente

Recapitulando pontos importantes:

PAD ordinário.
→ Comissão de 3 servidores estáveis, presidida por um deles.
O presidente da comissão deverá ser ocupante de cargo
efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade
igual ou superior ao do indiciado.
Prazo de 60 dias, prorrogável uma vez + 20 dias para
julgamento = 140 dias.
*A lei só faz essas exigências de escolaridade e nível
hierárquico para o presidente da comissão, mas nada fala sobre
seus demais integrantes.
Comentar sobre o prazo = Instauração + inquérito = 60 dias,
prorrogáveis por mais 60 dias; Julgamento = 20 dias.
O “julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do
processo”. O prazo de 20 dias é, portanto, um prazo impróprio.

PAD Sumaríssimo
→ Possui as fases de instauração, instrução e julgamento.
→ Comissão: dois servidores estáveis.
Prazos:
→ Instauração e instrução: 30 dias, prorrogáveis por mais 15
dias.
→ Defesa: 5 dias.
→ julgamento: 5 dias.
*O desenvolvimento do PAD submetido ao rito sumário é bem
parecido com o PAD ordinário. Possui as mesmas fases de
instauração, instrução e julgamento. Porém, o rito sumário, como o
próprio nome indica é mais célere.
15. LICITAÇÕES

ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Antes de começar → Leia a 8.666/93 por completo será
fundamental para qualquer concurso.

Lei 8.666/93 → Licitações


Indisponibilidade

Normas Gerais
Contratação

➢ Obras
➢ Serviços
➢ Inclusive
✓ Publicidade
✓ Compras
✓ Alienações
✓ Locações
✓ Concessões
✓ Permissões

Lei Nacional → Toda a Administração Pública

Regra → Dever de licitar

➢ Adm
✓ Direta (3 Poderes)
✓ Indireta
➢ Fundos Especiais
➢ Entidades controladas

➢ EP/SEM → submetidas ao dever geral de licitar


✓ Lei 13.303/16 → Lei Própria
✓ Lei 8.666/93 → Aplicação Subsidiária

Contrato é:

➢ Todo Ajuste entre Administração e Particulares


✓ Acordo de Vontade

Vínculo
Obrigações recíprocas

Dever de Licitar → Deve ser interpretado de forma ampla

➢ Não apenas natureza contratual


✓ Alcança

Todo ajuste com obrigações recíprocas

Qualquer cidadão pode acompanhar um processo licitatório

➢ Desde que não perturbar ou impeça o desenvolvimento da


licitação
Procedimento licitatório

➢ Ato administrativo formal


✓ Respeitar todas as formalidades, todas as exigências

Contrato Administrativo

➢ Bilateral
✓ Não confundir com ATO, que é Unilateral

Objetivos

➢ Isonomia
➢ Proposta mais vantajosa (nem sempre será o mais barato)
➢ Desenvolvimento nacional sustentável
✓ Aspectos:

Econômico
Ambiental

Tipos de Licitação
Mesmo que Critérios
Na modalidade Concurso são outros critérios

1 – Menor Preço
2 – Melhor Técnica
Exclusivamente para atividades
predominantemente intelectuais
3 – Técnica + Preço
Bens e serviços de Informática
4 – Maior → Lance ou Oferta
Alienações
Concessão direito real de uso

Modalidades → Procedimentos
Concorrência
Tomada de preços
Convite
Concurso
Leilão
15.1. PRINCÍPIOS

1 - Isonomia (igualdade)

➢ Vedado
✓ Privilégios
✓ Discriminações

➢ Exceções → tratamento diferenciado


✓ A - Critérios de desempate
❖ Produzidos no País
❖ Produzidos por empresa brasileira
❖ Invistam

Pesquisa
Desenvolvimento técnico

❖ Acessibilidade

Deficientes
Reabilitados

❖ Sorteio

Regra: Princípio da isonomia


Exceção: Tratamento diferenciado nos casos de:

► Critério de desempate:
* Produzidos no Brasil.
* Produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
* Produzidos ou prestados por empresas que invistam em
pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.
* Produzidos ou prestados por empresas que comprovem
cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com
deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam
às regras de acessibilidade previstas na legislação.
* Sorteio.
✓ B - Margem de preferência
❖ Produtos manufaturados ou Serviços nacionais → que
atendam as Normas técnicas brasileiras
❖ Acessibilidade → contratam número mínimo de deficientes

❖ Margem → Ato do Executivo Federal

Até 25%
Máx. 5 anos

✓ C - ME/EPP
❖ Tratamento privilegiado/favorecido

Na forma da lei

► Margem de preferência:

* Produtos manufaturados e para serviços nacionais que


atendam a normas técnicas brasileiras.
* Bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que
comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para
pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e
que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

*** A margem de preferência será fixada por ato do presidente


do Poder Executivo Federal no limite máximo de até 25%, sendo
que não pode ultrapassar o prazo máximo de 5 anos da margem
fixada.
2 – Legalidade

➢ Atos previsto no ordenamento jurídico

3 - Impessoalidade

➢ Isonomia
➢ Julgamento Objetivo

4 – Moralidade e Probidade

➢ Atuação ética

5 – Publicidade

➢ Todos os atos do procedimento licitatório


➢ Exceção
✓ Conteúdo das propostas

6 – Vinculação ao instrumento convocatório

✓ Edital
✓ Carta-convite
➢ Observar regras previstas
✓ Pena de nulidade
✓ Não podem
❖ Contrariar a lei

7 – Julgamento Objetivo

➢ Proposta Vencedora
✓ Critérios objetivos
✓ Previamente definidos

8 – Competitividade (implícito)

➢ Veda bens e serviços sem similaridade


✓ Marcas, características, especificações exclusivas
➢ Salvo quando tecnicamente justificável

9 – Sigilo das propostas

➢ Até o momento da abertura

10 – Adjudicação Compulsória

➢ A administração não é obrigada a contratar


➢ Mas se for contratar
✓ Deve ser com o vencedor
Resumo

Princípios Expressos (L8666, art. 3º):


- Legalidade;
- Impessoalidade;
- Moralidade;
- Publicidade;
- Probidade administrativa;
- Igualdade;
- Vinculação ao instrumento convocatório; e
- Julgamento objetivo.

Princípios implícitos:
- Competitividade;
- Procedimento formal;
- Sigilo das propostas; e
- Adjudicação compulsória.

Fonte: prof. Erick Alves. Estratégia Concursos.


15.2. JULGAMENTO OBJETIVO
Em termos práticos, o que exatamente significa dizer que a
licitação terá um julgamento objetivo?
Com uma questão de prova correta da banca CESPE é
possível aprender muita coisa (CESPE - 2019 - Prefeitura de Campo
Grande - MS - Procurador Municipal):

Considerando essa situação hipotética, julgue o


próximo item. O princípio do julgamento objetivo visa afastar o
caráter discricionário quando da escolha de propostas em
processo licitatório, obrigando os julgadores a se ater aos
critérios prefixados pela administração pública, o que reduz e
delimita a margem de valoração subjetiva no certame.

Veja o que diz o doutrinador José dos Santos Carvalho Filho em


seu livro:[xxiii]

O princípio do julgamento objetivo é corolário do


princípio da vinculação ao instrumento convocatório.
Consiste em que os critérios e fatores seletivos previstos
no edital devem ser adotados inafastavelmente para o
julgamento, evitando-se, assim, qualquer surpresa para os
participantes da competição. Nesse sentido, é
incontrastável o art. 45 do Estatuto. Quis o legislador, na
instituição do princípio, descartar subjetivismos e
personalismos. E isso não apenas no julgamento final, mas
também em todas as fases onde exista espécie de
julgamento, de escolha, de modo que os atos da
Administração jamais possam ser ditados por gosto
pessoal ou favorecimento.
15.3. DEFINIÇÕES

Obra:

➢ É toda
✓ Construção
✓ Reforma
✓ Fabricação
✓ Recuperação
✓ Ampliação
➢ Execução:
✓ Direta
✓ Indireta

Serviço

➢ Que gere uma utilidade para a administração


✓ Demolição
✓ Conserto
✓ Instalação
✓ Montagem
✓ Etc.

Compra

➢ Aquisição remunerada de bens


➢ Fornecimento
✓ Uma vez ou parcelado
➢ Alienação
✓ Transferência de domínio a terceiros
Grande vulto

✓ Obras
✓ Serviços
✓ Compras
➢ Concorrência vezes 25 (tem que confirmar)
✓ 3.300.000,00 x 25 = 82.500.000 (82,5 Milhões)

Seguro-Garantia

➢ Garantir o fiel cumprimento


✓ Obrigações que foram assumidas pela empresa

Execução direta

➢ Pela própria Administração


➢ Próprios meios

Execução Indireta

➢ Terceiros
➢ Regime:
✓ 1 – Empreitada por preço global
❖ Execução por preço certo e total
✓ 2 – Empreitada por preço unitário
❖ Execução por preço certo de unidades determinadas
✓ 3 – Tarefa
❖ Mão de obra para pequenos trabalhos
Preço certo
Com ou sem fornecimento de materiais
Trabalhador autônomo ou pequenas empresas

✓ 4 – Empreitada Integral
❖ Integralidade do empreendimento
❖ Todas as etapas
❖ Inteira responsabilidade da contratada

Até a entrega

Projeto Básico

➢ Elementos caracterizador
✓ Obra ou serviço
➢ Indicação dos estudos técnicos preliminares
✓ Viabilidade técnica
✓ Tratamento impacto ambiental
➢ Custo, métodos, prazos

Projeto Executivo

➢ Elementos
✓ Execução completa
➢ Normas da ABNT

Imprensa Oficial

➢ Veículo oficial de divulgação


✓ União → D.O.
✓ E/DF/M → definido na respectiva lei

Contratante

➢ Órgão ou entidade signatária

Contratado

➢ PF ou PJ signatária do contrato com a administração

Comissão

✓ Permanente
✓ Especial
➢ Receber, examinar, julgar
✓ Documentos
✓ Procedimentos
❖ Licitação
❖ Cadastramento

Produtos manufaturados nacionais

➢ Território nacional
✓ Processo produtivo básico
✓ Regras de origem
❖ Definido pelo P.E. Federal
Serviços Nacionais

➢ Prestados no País
➢ Condições
✓ Definido pelo P.E. Federal

Sistemas de tecnologia da informação e comunicação


estratégicos

➢ Descontinuidade provoque dano significativo à


Administração
➢ Pelo menos um requisito (informações críticas)
✓ Disponibilidade
✓ Confiabilidade
✓ Segurança
✓ Confidencialidade

Produtos para pesquisa e desenvolvimento

➢ Científica
➢ Tecnológica
15.4. OBRAS E SERVIÇOS

Sequência
Projeto básico
Projeto executivo
Execução

Execução de cada etapa → uma etapa por vez

➢ Prossegue para a próxima etapa apenas quando houver a


Conclusão e Aprovação das Etapas anteriores
➢ Salvo → Projeto Executivo
✓ Concomitante com a execução

➢ Obras/serviços
✓ Requisitos para serem licitados:
❖ Projeto básico aprovado
❖ Orçamento detalhado
❖ Previsão de recursos orçamentários
❖ (quando for o caso) Produto esperado → nas metas do PPA

Vedado:

➢ Incluir no objeto a obtenção de recursos financeiros para


execução
✓ Salvo: nos casos de empreendimentos executados e
explorados sob o regime de concessão
Vedado

➢ Inclusão no objeto da licitação de fornecimento de


materiais e serviços
✓ Sem previsão de quantidade
✓ Quantitativos → fora previsões reais

Vedado

➢ Bens e serviços
✓ Sem similaridade
✓ Exclusivas
❖ Marca
❖ Características
❖ Especificações
➢ Salvo
✓ Tecnicamente justificável

Infringência dessas Vedações

➢ Nulidade dos contratos


➢ Responsabilidade
✓ Para quem deu causa

Atualização monetária das obrigações de pagamento

➢ Não computada
✓ Para fins de julgamento das propostas
Qualquer cidadão

➢ Requerer
✓ Quantitativo
❖ Obras
❖ Preços unitários

Dispensa e inexigibilidade

➢ Também observam essas regras

Vedado

➢ Retardamento imotivado da execução


✓ Existente previsão orçamentária
➢ Salvo
✓ Insuficiência financeira
✓ Motivo de ordem técnica

Proibidos de participar → de forma direta ou indireta da


Licitação, Execução ou Fornecimento:

➢ Não podem participar:


✓ Servidor/dirigente → órgão ou entidade
✓ Responsável pela licitação
✓ *Autor do projeto básico ou Jurídico (* é permitido a
participação como consultor técnico)
❖ Pessoa física ou jurídica
❖ Empresa isolada ou em consórcio
Responsável pela elaboração do projeto
Ou quando o Autor do projeto seja:
Gerente
Acionista
5% capital com direito a voto
Controlador
Responsável técnico
Subcontratado

❖ *Permitida Participação (Licitação ou Execução)

Como consultor técnico, na função de:


Fiscalização
Supervisão
Gerenciamento
Exclusivamente a serviço da Administração

❖ Participação Indireta

Qualquer vínculo
Autor do projeto

• PF/PJ → Fornecimento

Formas de Execução:

➢ Direta
✓ Não confunda → aqui entra a administração Direta e
Indireta
❖ U, E, M, DF, Aut., FP, EP, SEM
➢ Indireta
✓ Empreitada Preço Global
✓ Empreitada Preço Unitário
✓ Tarefa
✓ Empreitada Integral

Obras e serviços que possuam os mesmos fins

➢ Possuem projetos padronizados


➢ Salvo quando não atender às peculiaridades

Requisitos básico para a elaboração do Projeto básico e


executivo

➢ Segurança
➢ Funcionalidade e adequação
➢ Economia
✓ Execução, operação, conservação
➢ Possibilidade de utilização (existentes no local)
✓ Mão de obra
✓ Materiais
✓ Tecnologia
✓ Matéria-prima
➢ Facilidades existentes para (sem prejuízo da durabilidade)
✓ Execução
✓ Operação
✓ Conservação
➢ Normas técnicas
✓ Saúde
✓ Segurança do trabalho
➢ Impacto ambiental
15.5. VÁRIOS TÓPICOS

Modalidade para Serviços Profissionais Especializados


➢ Preferencialmente concurso
✓ Salvo casos de inexigibilidade

➢ Empresa
✓ Apresentar relação de integrantes de serviço corpo técnico
❖ Deverá realizar pessoal e diretamente
❖ Ex.: Durante o concurso, apresenta os melhores
profissionais do mundo, e quando vai executar o serviço leva
uns trabalhadores qualquer.

Das compras – Deve ter:

➢ Caracterização do objeto
➢ Indicação dos recursos orçamentários
➢ Pena:
✓ Nulidade
✓ Responsabilização

➢ Sempre que possível


✓ Princípio da padronização
✓ Sistema de registro de preços
✓ Condições
❖ Aquisições e pagamento

Semelhantes às do setor privado

✓ Subdivididas em parcelas
❖ Economicidade
✓ Preços praticados
❖ Âmbito órgãos e entidades da administração

➢ Devem também observar


✓ Especificação completa
❖ Sem indicação de marca
✓ Definição (estimativa de uso/consumo)
❖ Unidades
❖ Quantidade
✓ Condições
❖ Guarda
❖ Armazenamento

Recebimento de material

➢ Acima de R$ 176.000,00 (atualizado)


✓ Confiado a comissão
❖ De no mínimo 3 membros

Publicidade mensal

➢ Compras feitas pela


✓ Administração
❖ Direta e indireta
➢ Salvo: segurança nacional
15.6. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS
➢ Ata de preços
✓ Contratações futuras
➢ Precedido
✓ Ampla pesquisa de mercado
➢ Ata:
✓ Publicada trimestralmente
✓ Vale por até 1 ano (já incluídas as prorrogações)
➢ Regulamentado por DECRETO
➢ Conforme Lei 8.666/93 (apenas na modalidade
concorrência):
✓ Art. 15, § 3o O sistema de registro de preços será
regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades
regionais, observadas as seguintes condições:
❖ I - seleção feita mediante concorrência;
❖ II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização
dos preços registrados;
➢ Mas, atenção:
✓ Lei do pregão – Lei 10.520:
❖ Para Bens e serviços comuns → Admite-se a modalidade
Pregão
➢ Estipulação prévia do sistema
✓ Controle
✓ Atualização
➢ Validade do registro
✓ Até 1 ano → incluídas suas prorrogações

Observações

➢ Não é necessária a indicação da dotação orçamentária


✓ Exigida na formalização do contrato
➢ Não obriga a Adm a firmar contratações
❖ Adm pode usar outros meios para achar algo mais barato
(licitação), mas o beneficiário do registro terá preferência:

Quando houver igualdade de condições (mesmo preços)

➢ Informatizado → quando possível


➢ Impugnar preço (incompatibilidade com mercado)
✓ Qualquer cidadão

RECAPITULAÇÕES IMPORTANTES SOBRE


A ATA DE REGISTRO DE PREÇOS:
Serve para futuras e eventuais contratações.
Validade de 1 ano (nesse prazo já estão incluídas
eventuais prorrogações).
Regulamentada por decreto.
Formação: pregão e concorrência (tipo menor preço).
Não precisa indicar dotação orçamentária.
15.7. VALORES ATUALIZADOS

Obras e Serviços de Engenharia

➢ na modalidade convite
✓ até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);
➢ na modalidade tomada de preços
✓ até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e
➢ na modalidade concorrência
✓ acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil
reais); e

Demais Compras ou Serviços

➢ na modalidade convite
✓ até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);
➢ na modalidade tomada de preços
✓ até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil
reais); e
➢ na modalidade concorrência
✓ acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta
mil reais).
15.8. ALIENAÇÕES

Alienações

➢ Interesse Público Justificado


➢ Precedida de Avaliação dos Bens

➢ Bens Imóveis
✓ Necessária a Autorização Legislativa para imóveis da
Administração direta, autárquica e fundacional (EP, e SEM
não precisam)
✓ Avaliação
✓ Modalidade → Concorrência
❖ Leilão:

Dação em pagamento
Procedimentos Judiciais

✓ Licitação Dispensada nos casos de IMÓVEIS


❖ Dação em pagamento
❖ Doação → Adm Pública (qualquer esfera)
❖ Permuta (troca) → Outro Imóvel

Finalidade Precípua
Observar valor de mercado

❖ Investidura

Venda → Adm Pública (Qualquer esfera)


Programas Habitacionais
Regularização Fundiária
➢ Bens Móveis
✓ Não é necessária autorização legislativa
✓ Avaliação Prévia
✓ Licitação:
❖ Modalidade: varia

✓ Dispensada:
❖ Doação → fins e uso de interesse social
❖ Permuta → entre Adm Pública
❖ Venda de Ações → negociadas em bolsa
❖ Venda de Títulos
❖ Venda de Bens
✓ Produzidos
✓ Comercializados

Adm Pública (Finalidades)

❖ Venda de Materiais e equipamentos sem uso

Para outro ente da Adm Pública

Transferência de Títulos

➢ Propriedade ou Direito Real de Uso


➢ Dispensada:
✓ Outro órgão/entidade da administração
✓ Pessoa Natural
❖ Cultura mínima
❖ Ocupação
Mansa
Pacífica

❖ Exploração direta
❖ Sobre área rural

Venda de bens Móveis

➢ Isolada ou Globalmente
➢ Até 1,43 milhão → leilão ou concorrência
➢ Acima de 1,43 milhão → concorrência

Venda de Imóveis

➢ Habilitação
✓ Recolhimento de 5% da avaliação

Imóveis

➢ Oriundos → dação em pagamento ou procedimentos


judiciais
✓ Avaliação
✓ Comprovação da necessidade ou utilidade
✓ Modalidade
❖ Concorrência ou leilão

A regra é sempre concorrência, porém é admitido o


leilão
15.9. MODALIDADES (PARTE 1)

Modalidades → Procedimentos

✓ Concorrência
✓ Tomada de preços
✓ Convite
✓ Concurso
✓ Leilão
➢ Vedada (para o Administrador)
✓ Criação → nova modalidade
✓ Combinação das Existentes
➢ Valores:

➢ Concorrência
✓ Participar → qualquer interessado
❖ Requisitos mínimos → até a fase inicial de habilitação
preliminar
✓ Mais complexa qualquer valor
✓ Obrigatória:
❖ Compra/alienação → Imóveis (Regra)

Exceto se derivada de ação judicial ou dação em


pagamento, podendo ser concorrência ou leilão.

❖ Concessão de direito real de uso


❖ Licitações internacionais (Regra)
❖ Registro de Preços

Podendo ser concorrência ou leilão

❖ Contratos de parceria público-privado


❖ Valores “Altos"

➢ Tomada de Preços
✓ Participar
❖ Cadastrados
❖ Condições para cadastro → até o 3º dia anterior
(recebimento das propostas)

➢ Convite
✓ Participar:
❖ Convidados

Interessado do ramo Pertinente (Cadastrado ou não)


No mínimo 3 (e não exatamente 3)

❖ Demais cadastrados → Manifestarem interesse em até 24h


anteriores à proposta
✓ Não obtenção do número mínimo de licitantes

Limitações de mercado
Manifesto desinteresse

❖ Justificar circunstâncias

pode prosseguir

❖ A cada novo convite com objeto idêntico ou Assemelhado

Deve convidar no mínimo mais 1

✓ Enquanto existirem cadastrados não convidados

Exemplo: Convite → 3

✓ Novo Convite → 3 + 1

Novo Convite → 4 + 1 (assim sucessivamente)


15.10. VALORES – ATUALIZADO

Obras e Serviços de Engenharia

➢ na modalidade convite
✓ até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);
➢ na modalidade tomada de preços
✓ até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e
➢ na modalidade concorrência
✓ acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil
reais); e

Demais Compras ou Serviços

➢ na modalidade convite
✓ até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);
➢ na modalidade tomada de preços
✓ até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil
reais); e
➢ na modalidade concorrência
✓ acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta
mil reais).

Couber Convite → pode Tomada


Em qualquer hipótese → Concorrência

Consórcios Públicos (Limites de Valores)


➢ Até 3 entes → Dobro
✓ Engenharia
❖ Convite → até 660 Mil
❖ Tomada de Preço → até 6,6 Milhões
❖ Concorrência → acima de 6,6 Milhões
✓ Demais Compras e Serviços
❖ Convite → até 352 Mil
❖ Tomada de Preço → até 2,86 Milhões
❖ Concorrência → acima de 2,86 Milhões

➢ + de 3 entes → Triplo
✓ Engenharia
❖ Convite → até 990 Mil
❖ Tomada de Preço → até 9,9 Milhões
❖ Concorrência → acima de 9,9 Milhões
✓ Demais Compras e Serviços
❖ Convite → até 528 Mil
❖ Tomada de Preço → até 4,29 Milhões
❖ Concorrência → acima de 4,29 Milhões

Administração Federal Direta

➢ Meios operacionais bélico da União


✓ Compras e Serviços
❖ Manutenção
❖ Reparo
❖ Fabricação
✓ Limites (Valores)
❖ Utilizar os mesmos valores de Obras e Engenharia
Divisão em Parcelas

➢ Viabilidade → técnica e econômica


➢ Licitação distinta → modalidade de acordo com objeto
➢ Exemplo (caso seja mais viável):
✓ Para uma iniciar uma construção, a administração licita com
A;
✓ Depois para adquirir parte da fiação, licita com B;
✓ Depois para adquirir outros acabamentos, licita com C.

➢ É diferente de Fracionamento (que é vedado)


✓ Para utilizar modalidade inferior
❖ Licita só 100 mil, depois mais 100 mil, etc. → para utilizar
tomada de preço em vez de concorrência (vedado)

Ingressar:

➢ Concorrência → até a fase inicial de habilitação preliminar


➢ Tomada de Preços → terceiro dia anterior
➢ Convite → 24h
15.11. MODALIDADES (PARTE 2)

Concurso

➢ Escolha de um trabalho → técnico, científico, artístico


➢ Vencedor recebe
✓ Prémio
✓ Remuneração

Leilão → Venda

➢ Maior Lance (Igual ou superior à avaliação);


➢ Pagamento à vista ou entrada de no mínimo 5% (definida
no edital);
➢ Ampla divulgação com antecedência de no mínimo 45 dias;
➢ Móveis (inservíveis)
✓ Atenção: esses bens móveis de forma conjunta não podem
ultrapassar 1,43 milhão;
❖ Se ultrapassar esse valor será utilizado concorrência;
❖ Bizu: para outros casos não (imóvel, produtos) pode
ultrapassar esse valor.
➢ Produtos Legalmente;
➢ Imóveis
✓ Não é qualquer Imóvel, deve ser oriundo de:
❖ Dação em pagamento;
❖ Procedimentos Judiciais;
❖ Atenção:

A regra é utilizar a concorrência, mas nesses 2 casos


pode-se utilizar o Leilão.
15.12. PUBLICIDADE

Local de Realização

➢ Onde situar a Repartição


✓ Salvo motivo justificado
✓ Não impede a participação de licitantes de outros locais

Publicidade

➢ Edital Obrigatório
✓ Concorrência
✓ Tomada
✓ Concurso
✓ Leilão
✓ Convite → Não é obrigatório
❖ Carta-convite

+
❖ Afixação na repartição

➢ Para os casos de Edital Obrigatório


✓ Resumo do Edital
❖ publicar no mínimo 1 vez no diário Oficial – municipal,
estadual, ou da união

+
❖ Jornal Diário
❖ Obs.: Além dessas 2 hipóteses que são obrigatórias, a Adm
pode usar outros meios também (internet)
➢ Antecedência Mínima entre
✓ Publicidade e Propostas ou evento

✓ 45 dias:
❖ Concurso

Qualquer caso

❖ Concorrência

Técnica ou Técnica + Preço


Empreitada Integral

✓ 30 dias:
❖ Concorrência

Demais casos

❖ Tomada

Técnica ou Técnica + Preço

✓ 15 dias:
❖ Tomada

Demais casos

❖ Leilão

Qualquer caso
✓ 5 dias úteis:
❖ Convite

➢ Prazos contados
✓ Última publicação
✓ Expedição do convite
✓ Efetiva disponibilidade

➢ Modificação do Edital
✓ Divulgação
❖ Mesma forma do original
✓ Reabre o prazo
❖ Salvo → se não afetar a formulação das propostas

➢ Impugnar Edital (Irregularidades)


✓ Qualquer cidadão
❖ Até 5 dias úteis da abertura dos envelopes de habilitação
❖ Adm tem até 3 dias úteis para analisar
15.13. DISPENSA E INEXIGIBILIDADE

Contratação Direta

➢ Para os casos de Dispensa (dispensada ou dispensável)


✓ Existirá sempre o Processo Licitatório
❖ Apresentar todas as justificativas e documentos. Realizar a
comprovação, por exemplo, de situação emergencial,
calamitosa.
❖ Justificar:

Razão da escolha
Preço adotado

❖ Documento de aprovação dos projetos de pesquisa

➢ Dispensa:

✓ Dispensada (Art. 17)


❖ Não haverá licitação
❖ É para Alienação (Precedido de Avaliação)

Bizu: “DISPENSADALIENAÇÃO” tudo junto.

✓ Dispensável (Art. 24)


❖ Licitação é possível

Faz se quiser (Discricionariedade)


Hipóteses:

➢ Até 10% do convite


✓ Obras/Eng.: 33 mil
✓ Compras/Serviços: 17,6 mil
➢ Guerra ou grave perturbação da ordem
➢ Emergência ou calamidade pública
✓ Bens Necessários à situação calamitosa
✓ Prazo
❖ Obra deve ser concluída em no máx. 180 dias
❖ Vedada prorrogação
➢ Licitação Deserta → Não acudirem interessadas
✓ Não puder ser repetida sem prejuízo
➢ Quando a União tiver que intervir no domínio econômico
➢ Licitação Fracassada (2 hipóteses):
✓ 1 - Todos os preços apresentados são manifestamente
acima do valor de mercado
❖ DEVE haver Nova tentativa → se a situação se repetir

Dispensável

✓ 2 - Licitantes Inabilitados
❖ Reabre prazo

Não é dispensável

➢ Aquisição por PJD Público


✓ Bens/Serviços → Produzido/Feito pela própria Adm Pública
❖ Empresas criadas com fim específico antes da Lei 8.666/93
existir
➢ Comprometimento da Segurança Nacional
✓ Mediante Decreto do PR (Ouvido o Conselho de Defesa
Nacional)
➢ Compra/locação de Imóvel
✓ Finalidades precípuas
✓ Preços de mercado
➢ Remanescente de Obra/Serviço/Fornecimento
✓ Rescisão contratual
❖ Ordem de classificação
❖ Mesmas condições
➢ Compra Hortifrutigranjeiros, pão, gêneros perecíveis
✓ Pelo tempo necessário para a realização da licitação
➢ Contratação de instituição brasileira
✓ Pesquisa/Ensino/Desenvolvimento Institucional
✓ Recuperação do Preso
➢ Aquisição através de Acordo Internacional
✓ Aprovado pelo CN
✓ Manifestamente Vantajoso
➢ Aquisição/Restauração de obras de arte ou objetos
históricos
✓ Autenticidade comprovada
✓ Não é para qualquer órgão/entidade
❖ Deve ser compatível com as Finalidades
➢ Impressão de Diário Oficial/Formulário padronizado e
Serviços de Informática
✓ Pessoa Jurídica de Direito Público
❖ Contrata diretamente com órgão ou entidade da Adm
Pública

Criada para esse fim específico

➢ Inexigibilidade
✓ Inexigível (Art. 25)
❖ Inviabilidade de competição

Rol Exemplificativo

✓ Fornecedor Exclusivo

Vedada: Preferência por Marca

✓ Profissional de Notória Especialização

Vedado: Publicidade e Divulgação

✓ Artista Consagrado

Pela crítica especializada ou opinião pública


15.14. FASES DA LICITAÇÃO

Fase Interna

➢ Previsão dos recursos orçamentários


➢ Comissão
✓ Em regra, são 3 membros, no mínimo 2 servidores
✓ Exceções
❖ Convite → pequenas unidades e exiguidade de pessoal

Pode substituir por um único servidor;

❖ Pregão → não há comissão. É conduzido por um único


pregoeiro e auxiliado pela equipe de apoio.
➢ Escolha
✓ Modalidade
✓ Tipo
✓ Forma de execução
➢ Elaboração do instrumento convocatório

➢ Análise e parecer
✓ Assessoria jurídica

Fase Externa

➢ Edital → torna pública


➢ Habilitação
✓ Docs. e requisitos
➢ Classificação (Julgamento)
✓ Seleção da proposta vencedora
➢ Homologação
➢ Adjudicação
✓ Entrega do objeto ao vencedor

Habilitação

➢ Hab. Jurídica
✓ Pessoa física:
❖ Identidade
✓ Para Empresa Individual:
❖ Registro comercial
✓ Para Sociedades Comerciais:
❖ Ato constitutivo
❖ Estatuto
❖ Contrato social
✓ Sociedade civil:
❖ Inscrição dos atos const.

Diretoria em exercício

✓ Estrangeiro:
❖ Decreto de autorização
✓ Quando a atividade exigir:
❖ Autorização para funcionamento
✓ Comprovar regularidade Fiscal e Trabalhista
❖ Inscrição CPF ou CGC
❖ Inscrição no cadastro de contribuintes (Onde estiver:
Estadual, Municipal)
❖ Regularidade com a fazenda

Nesse caso não apenas “onde estiver”, serão em todos os


âmbitos:
✓ Federal
✓ Estadual
✓ Municipal
❖ Regularidade com a Seguridade social e FGTS
❖ Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas

➢ Qualificação Técnica
✓ Inscrição na entidade profissional (CREA, CRC, CRQ)
✓ Comprovação de aptidão
❖ Indicação

Instalações
Aparelhamento
Pessoal Técnico

✓ Deverão participar da obra/serviço


✓ Substituição → por profissional com experiência

Equivalente ou superior

Para casos de grande vulto + alta complexidade técnica


(extrema relevância ou possa comprometer a continuidade

✓ A lei pode exigir que também demonstre:

Metodologia de execução

✓ Comprovação
❖ De que tem conhecimento das

Informações e condições locais para cumprimento

✓ Requisitos previstos em Lei Especial


➢ Qualificação econômico-financeira
✓ Balanço patrimonial, demonstrações contábeis
❖ Do último exercício social
✓ Certidão negativa de falência ou concordata
✓ Garantia de até 1% do valor do objeto
❖ Caução
❖ Seguro-garantia
❖ Fiança bancária

➢ Regularidade
✓ Fiscal
✓ Trabalhista

➢ Observar as restrições do trabalho de menores

➢ Quanto aos Documentos


✓ Original
✓ Cópia autenticada
❖ Cartório
❖ Servidor
❖ Publicação em órgão oficial

✓ Podem ser Dispensados


❖ Convite
❖ Concurso
❖ Leilão
❖ Fornecimento de bens

Prova entrega
➢ Certificado de Registro cadastral
✓ Substitui esses documentos
✓ Informações do sistema informatizado
✓ A parte deve declarar fato impeditivo da habilitação

➢ Empresa estrangeiras
✓ Documentos equivalentes
❖ Consulado → Autenticado
❖ Traduzidos → Tradutor Juramentado

➢ Não será exigido para habilitação


✓ Prévio recolhimento
❖ Taxas emolumentos
❖ Salvo aquisição do edital

Editais extensos → várias páginas

✓ Os gastos com as cópias podem ser cobrados

Registros Cadastrais

➢ Habilitação
➢ Validade → Máximo 1 ano
➢ Amplamente divulgado
✓ Permanentemente aberto
➢ Chamamento público → mínimo anualmente
✓ Atualização
✓ Ingresso de novos
➢ Permitido utilizar registro de outros órgão ou entidades
➢ Inscrição
✓ Elementos exigidos para habilitação
➢ Classificação por categorias
✓ De acordo com a especialização
✓ Grupos → qualificação técnica e econômica
➢ Aos Inscritos
✓ Será fornecido certificado → renovável
➢ Registro → deixar de satisfazer exigências
✓ Alterado
✓ Suspenso
✓ Cancelado

Procedimento e Julgamento

➢ 1º passo → Será Iniciado


✓ Abertura do processo administrativo

❖ Minutas → previamente examinadas e aprovadas por


assessoria jurídica

Editais
Contratos
Acordos
Convênios
Ajustes

➢ Valor estimado acima de 150 milhões


✓ Precedido de audiência pública

➢ Licitações simultâneas (objetos similares)


✓ Intervalo não superior a 30 dias
➢ Licitações sucessivas (objetos similares)
✓ Anterior a 120 dias após o término do contrato

➢ Indicação obrigatória no Edital


✓ Objeto
✓ Prazo e condições
✓ Sanções
✓ Local
✓ Condições para participação
✓ Critério
❖ Julgamento
❖ Aceitabilidade
❖ Reajuste
✓ Condições para pagamento
✓ Instruções e normas → recurso
✓ Condições
❖ Recebimento do objeto

➢ Anexos do Edital
✓ Projeto básico ou executivo
✓ Orçamento estimado
✓ Minuta do contrato
✓ Especificações comp.
✓ Normas de execução
➢ Administração
✓ Não pode descumprir normas e condições
❖ Vinculação ao instrumento convocatório

➢ Impugnar edital → qualquer cidadão


✓ Protocolar
❖ Até 5 dias úteis antes da abertura dos envelopes de
habilitação
✓ Julgamento até 3 dias úteis

✓ Licitante → impugnar termos da licitação


❖ Até 2ª dia útil anteceder abertura das propostas →
concorrência
❖ Abertura das propostas

Convite/tomada
Concurso

❖ Realização → Leilão

✓ Impugnação tempestiva → não impede a participação


❖ Até o trânsito em julgado da decisão

✓ Inabilitação do licitante
❖ Preclusão de participar das fases subsequentes

✓ Concorrências de âmbito internacional


❖ Edital deve se ajustar

Política monetária
Comércio no exterior

❖ Permitido → cotar preço em moeda estrangeira

Pagamento ao licitante BR → efetuado em Reais após


conversão
➢ Procedimento → Processar e Julgar
✓ Inabilitação
❖ Devolução dos envelopes fechados (propostas)
✓ Habilitação
❖ 1 - Abertura dos envelopes → Propostas

Ato Público
Após a fase de habilitação e abertura das propostas não
cabe desclassificação por motivos de inabilitação

✓ Salvo fato superveniente ou conhecido após o julgamento

Após a fase de habilitação não cabe desistência das


propostas

✓ Salvo motivo justo por fato superveniente


❖ 2 - Verificação da conformidade das propostas
❖ 3 - Julgamento e Classificação

Mediante critérios objetivos previamente definidos

✓ Vedado critério

Sigiloso
Secreto
Subjetivo
Reservado

❖ 4 - Homologação e Adjudicação

✓ Não será considerada → Oferta / Vantagem


❖ Não prevista no edital ou convite
✓ Não admitida proposta
❖ Preço
Simbólico
Irrisório
Valor zero
Incompatíveis

✓ Insumos
✓ Salários
❖ Salvo → matérias / instalações → próprio licitante

Renunciar remuneração

✓ Tipos de Licitação → salvo concurso


❖ Menor preço
❖ Técnica

Exclusivamente: atividades predominantemente


intelectuais

❖ Técnica + Preço

Exclusivamente: atividades predominantemente


intelectuais
Bens e serviços de informática

❖ Maior lance ou oferta

Alienação
Concessão de bem real de uso

✓ Propostas desclassificadas
❖ Não atendam exigências
❖ Manifestamente inexequíveis
❖ Todos licitantes → Inabilitados ou todas as propostas foram
desclassificadas

Prazo → 8 dias úteis

✓ Nova documentação
✓ Novas propostas

➢ Revogação da licitação
✓ Interesse público + fato superveniente

➢ Anulação da licitação (de ofício ou requerimento)


✓ Ilegalidade
✓ Sem indenização
❖ Salvo

Já executado

Não deu causa

✓ A anulação da licitação induz nulidade do contrato

➢ Não pode celebrar contrato


❖ Preterição da classificação → sem observar a ordem de
classificação
❖ Terceiros estranhos
✓ Nulidade
➢ Comissão → Permanente ou Especial
✓ Mínimo 3 membros
❖ Pelo menos 2 devem ser servidores do órgão
❖ Responsabilidade Solidária
❖ Investidura

Máximo 1 ano
Vedada recondução da totalidade

✓ Um ou outro membro da comissão anterior pode ser


reconduzido, mas não todos
✓ Concurso
❖ Comissão especial
❖ Servidores ou não
16. LEI 8.429/92
✓ Lei 8.429/92

Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos


nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de
mandato, cargo, emprego ou função na administração
pública direta, indireta ou fundacional e dá outras
providências.

Sujeitos Ativos (particular)

➢ Agente Público (Próprio – quem pratica)


➢ Particular (Impróprio)
✓ Induzir, concorrer, beneficiado
❖ Direta ou indiretamente

SÚMULA Nº 634 Superior Tribunal de Justiça: Ao particular


aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na Lei de
Improbidade Administrativa para o agente público. – 2019

Sujeitos Passivos (Pode ser atingido pelo ato de


improbidade)

➢ Administração
✓ Direta
✓ Indireta
➢ Empresa incorporada ao patrimônio público
➢ Entidade cuja a criação ou custeio
✓ +50%
❖ Patrimônio
❖ Receita anual
➢ Entidade que recebe subvenção, benefício, incentivo
✓ Custeio e Criação → menos de 50% (patrimônio ou
Receita anual)
✓ Porém, nesses casos a sanção patrimonial estará
❖ Limitada à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos
cofres públicos

Exemplo: se o dinheiro público aplicado a certa empresa


for de 100 mil, por mais que certo dano de improbidade
ultrapasse 500 mil, estará limitado a 100 mil

Disposições Gerais

➢ Agentes Públicos
✓ Observar aos seguintes princípios:
❖ Legalidade
❖ Impessoalidade
❖ Moralidade
❖ Publicidade
❖ Atenção: o princípio da Eficiência não consta de forma
expressa, porém deve sim ser observado

Lesão ao patrimônio público

➢ Integral ressarcimento do dano

Enriquecimento ilícito
➢ Perda de bens e valores
✓ Acrescidos ilicitamente

Lesão ao patrimônio ou Enriquecimento Ilícito (Dinheiro


Envolvido):

➢ A autoridade administrativa vai representar ao Ministério


Público para que se proceda a indisponibilidade dos bens.
✓ Atente para o fato de que o MP vai proceder
❖ Solicitar ao Juiz que faça a indisponibilidade dos bens.

Se a Banca vier dizendo que o MP efetivamente vai


decretar a indisponibilidade, estará errada.

Sucessor

➢ Sujeito às cominações desta lei


✓ Até o limite do valor da herança
16.1. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA
IMPORTANTE:
Lembrando que o Pacote Anticrime alterou recentemente o
entendimento de existir ou não acordo nos atos de improbidade.
A antiga redação previa que era vedado: Acordo, Conciliação e
Transação.
Porém, essa vedação foi suprimida da Lei de Improbidade e
passou a ser admitido, de modo expresso na lei, a celebração de
acordos.

Com a recente mudança operada na Lei 8.429/92 pela Lei


13.964/19 (Pacote Anticrime), segundo o art.17, § 1º, muito
embora não se admita TAC nas ações de improbidade, agora
"As ações de que trata este artigo admitem a celebração de
acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei."

Veja:
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será
proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica
interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida
cautelar.
§ 1º As ações de que trata este artigo admitem a
celebração de acordo de não persecução cível, nos termos
desta Lei.

Portanto, poderá haver acordo se o infrator colaborar com a


justiça, como: recompor os cofres públicos, oferecer provas contra
outros agentes, etc.
16.2. TIPOS

Pode configurar improbidade:

➢ Ação
➢ Omissão

Enriquecimento ilícito:

➢ Conduta dolosa.
➢ Perda da função pública.
➢ Deve perder os bens ilícitos.
➢ Suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos.
➢ Multa de até 3X o valor do acréscimo patrimonial.
➢ Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de
10 anos.

Prejuízo ao erário:

➢ Conduta dolosa ou culposa.


➢ Perda da função pública.
➢ Pode perder os bens ilícitos.
➢ Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos.
➢ Multa de até 2X o valor do dano.
➢ Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 5
anos.

Atentam contra os princípios administração:


➢ Conduta dolosa.
➢ Perda da função pública.
➢ Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos.
➢ Multa de até 100X a remuneração do agente.
➢ Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 3
anos.

Concessão ou Aplicação Indevida de BFT (Benefício


Financeiro ou Tributário) (Incluído pela Lei Complementar
nº 157, de 2016):

➢ Conduta dolosa
➢ Perda da função pública
➢ Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos
➢ Multa de até 3X o valor do benefício financeiro ou tributário
concedido
18. REFERÊNCIAS:

[1] Professor Talles do Alfaconcursos


[2] Fonte: Professor André Barros e Saulo sites
[3] Será visto com mais detalhes logo à frente
[4] (Atos Enunciativos) DI PIETRO DIZ, FCC COBRA
[5] CF, art. 84, parágrafo único
[6] Fonte: CP Iuris

[i] Scatoline e Trindado, Manual Didático de Direito Administrativo, 8ª Edição


[ii] Di Pietro, 2018, p. 729
[iii] Prof. Matheus Carvalho, Manual do Direito Administrativo.
[iv] https://www.tecnolegis.com/ estudo-dirigido/ tecnico-judiciario-trt23-2011/ direito-
administrativo-servicos-publicos-principios.html
[v] Pietro, Maria Sylvia Zanella di. Direito administrativo, São Paulo, Atlas, 24. ed.,
2011, págs. 199 e 200
[vi] Matheus Carvalho, 2017, p. 661
[vii] CESPE, PGE-BA, Procurador do Estado
[viii] CESPE, PGE-BA, Procurador do Estado
[ix] Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, 2020, Direito Administrativo Descomplicado
[x] CF, art. 84, parágrafo único
[xi] Amparo legal: CF/88, VI, a e b.
[xii] Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, 2021, Direito Administrativo
Descomplicado
[xiii] Prof. Matheus Carvalho
[xiv] http://www.migalhas.com.br
[xv] https://www.direitonet.com.br/resumos
[xvi] Carvalho, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 4. ed. Salvador:
Juspodivm, 2017
[xvii] Fonte: Dizer o Direito, 2018
[xviii] STJ. 2ª Turma. REsp 1305259/SC, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado
em 08/02/2018.
[xix] https://pt.wikipedia.org/ wiki/Imiss%C3%A3o_Provis%C3% B3ria_na_Posse#
cite_note-2
[xx] Carvalho, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 4ª Ed. Salvador:
Juspodivm, 2017, p. 541
[xxi] Fonte: Jusbrasil, Paulo Byron
[xxii] Prof. Diogo Moreira Netto, postado por Joana Rebelato no Qconcursos
[xxiii] José dos Santos Carvalho Filho, Manual de direito administrativo, 2018, p. 315
17. CONTATO:
E-mail: rroliverlivros@gmail.com
1. SUMÁRIO
2. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
2.1. VISÕES DIVERGENTES SOBRE FONTES

3. RAMOS DO DIREITO

4. DEFINIÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO


4.1. LEGALISTA, EXEGÉTICO, EMPÍRICO
4.2. RELAÇÕES JURÍDICAS
4.3. SERVIÇO PÚBLICO
4.4. TELEOLÓGICO
4.5. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
4.6. NOÇÕES DE ESTADO E GOVERNO
4.7. PODERES DO ESTADO OU PODERES DA REPÚBLICA

5. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


5.1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
5.2. SENTIDO SUBJETIVO E OBJETIVO
5.3. CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
5.4. ADMINISTRAÇÃO DIRETA
5.5. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
5.5.1. AUTARQUIAS
5.5.2. FUNDAÇÃO PÚBLICA
5.5.3. EMPRESA PÚBLICAS E SEM
5.5.4. SOCIEDADES E EMPRESAS PÚBLICAS
5.6. PARAESTATAIS (TERCEIRO SETOR)
5.6.1. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS):
5.6.2. ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE
INTERESSE PÚBLICO – OSCIP:
5.7. ÓRGÃOS PÚBLICOS
5.7.1. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES

6. PRINCÍPIOS, AGENTES PÚBLICOS


6.1.1. ROL DOS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS

7. ATOS ADMINISTRATIVOS
7.1. ELEMENTOS OU REQUISITOS DE VALIDADE
7.1.1. TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES
7.1.2. APROFUNDAMENTO SOBRE A COMPETÊNCIA:
7.1.3. COMPLEMENTO PARA MOTIVO E MOTIVAÇÃO
7.1.4. EXEMPLO ENVOLVENDO TODOS OS
ELEMENTOS:
7.1.5. SILÊNCIO ADMINISTRATIVO É UM ATO?
7.2. ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
7.2.1. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE E LEGITIMIDADE
7.2.2. AUTOEXECUTORIEDADE
7.2.3. TIPICIDADE
7.2.4. IMPERATIVIDADE
7.3. EXEQUIBILIDADE DO ATO
7.4. CLASSIFICAÇÃO
7.5. SIMPLES, COMPLEXO, COMPOSTO
7.6. GERAL E INDIVIDUAL:
7.7. ATOS DE IMPÉRIO, GESTÃO E DE EXPEDIENTE
7.8. EM SENTIDO ESTRITO, AMPLO, OBJETIVO
7.9. EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
7.9.1. ANULAÇÃO OU INVALIDAÇÃO
7.9.2. REVOGAÇÃO (CONTROLE DE MÉRITO)
7.9.3. CASSAÇÃO
7.9.4. CADUCIDADE
7.9.5. CONTRAPOSIÇÃO
7.10. CONVALIDAÇÃO

8. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
8.1. PODER HIERÁRQUICO
8.1.1. DELEGAÇÃO
8.1.2. AVOCAÇÃO
8.2. PODER DISCIPLINAR
8.3. PODER DE POLÍCIA
8.3.1. ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA
8.4. PODER REGULAMENTAR
8.4.1. DECRETO REGULAMENTAR
8.4.2. DECRETO AUTÔNOMO
8.4.3. DECRETO AUTORIZADO (DELEGADO)
8.5. ABUSO DE PODER

9. BENS E SERVIÇOS PÚBLICOS


9.1.1. ESPÉCIES DOS BENS PÚBLICOS
9.1.2. ATRIBUTOS DOS BENS PÚBLICOS
9.2. SERVIÇOS PÚBLICOS
9.2.1. ELEMENTOS DO SERVIÇO PÚBLICO
9.2.2. PRINCÍPIOS DO SERVIÇO PÚBLICO:
9.2.3. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO
9.2.4. FORMAS DE DELEGAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO

10. AGENTES PÚBLICOS E RESPONSABILIDADE CIVIL DO


ESTADO
10.1. REGIME JURÍDICO ÚNICO
10.2. ATUALIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL
10.3. RESPONSABILIDADE CIVIL
10.3.1. MODALIDADES DE RESPONSABILIDADES
10.3.2. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
10.3.3. DIREITO DE REGRESSO
10.3.4. TEORIAS
10.3.5. ATUALIZAÇÕES JURISPRUDENCIAIS

11. INTERVENÇÃO DO ESTADO DA PROPRIEDADE PRIVADA


11.1.1. FORMAS DE INTERVENÇÃO

12. CONTRATOS (8.666/93)


12.1. CLÁUSULAS EXORBITANTES
12.2. CARACTERÍSTICAS
12.3. TEORIA DA IMPREVISÃO

13. CONTROLE
13.1. CONTROLE
13.2. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

14. LEI 8.112/90


14.1. ESTABILIDADE ESPECIAL AOS EMPREGADOS DAS
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
14.2. CARGOS – POSSE – ESTÁGIO PROBATÓRIO
14.3. PROVIMENTO E VACÂNCIA
14.4. FORMAS DE DESLOCAMENTO
14.5. DIREITOS E VANTAGENS
14.5.1. VANTAGENS
14.5.2. AFASTAMENTOS
14.5.3. DEVERES E PROIBIÇÕES DO SERVIDOR
14.5.4. RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR
14.5.5. PENALIDADES
14.6. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

15. LICITAÇÕES
15.1. PRINCÍPIOS
15.2. JULGAMENTO OBJETIVO
15.3. DEFINIÇÕES
15.4. OBRAS E SERVIÇOS
15.5. VÁRIOS TÓPICOS
15.6. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS
15.7. VALORES ATUALIZADOS
15.8. ALIENAÇÕES
15.9. MODALIDADES (PARTE 1)
15.10. VALORES – ATUALIZADO
15.11. MODALIDADES (PARTE 2)
15.12. PUBLICIDADE
15.13. DISPENSA E INEXIGIBILIDADE
15.14. FASES DA LICITAÇÃO

16. LEI 8.429/92


16.1. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA IMPORTANTE:
16.2. TIPOS

17. CONTATO:

18. REFERÊNCIAS:

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