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Introdução

O presente tranbalho tem como a educação romana e suas características, que constituí
como um dos temas mais importantes no ramo educacional, pois, é através deste tema
que poderemos compreender os tipos de educação que eram utilizados na Roma. A
educação como sendo a fonte e uma das vias para o desenvolvimento constitui-se como
um tema muito importante para academia e para a sociedade, pois, é através da
educação que o individuo se afirma como um sujeito capaz de resolver os probelmas
sociais por meio do diálogo com vista a chegar num determinado consenso sobre um
certo assunto, todos os elementos apresentados acima constituem um marco importante
da educação. No entanto, para entendermos as questões de educação é necessário
apresentar certas civilizações que foram sendo consideradas pioneiras a introduzir a
educação que neste trabalho falar-se-a sobre a educação romana e suas características.

Objectivos

Geral

 Compreender a educação romana.

Específicos

 Identifificar as fases transformaçõ da educação romana;


 Identificar as características da educação romana;
 Explicar o processo de sistematização da educação romana.

Metodologia

Neste trabalho usou-se os seguintes procedimentos metodológicos inerente para este:


método de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, onde fez-se a consulta de
manuais, artigos e livros que descrevem a cerca do tema em estudo, conteúdos estes que
estão relacionados ao tema que os autores desenvolveram.
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A EDUCAÇÃO ROMANA E SUAS CARACTERÍSTICAS

A educação romana é um tema importante de se destacar. Foram eles os primeiros a


promover um sistema de ensino oficial, a partir de um organismo centralizado e sob
responsabilidade do Estado. Isto não significa, porém, que o acesso à educação se dava
igualmente a todas as crianças em idade escolar. Pelo contrário. O sistema de educação
romano era um sistema de privilégios em que poucos tinham acesso à escola, (FUNARI,
2002, p. 83).

Os romanos tinham uma mentalidade prática; procuravam alcançar resultados concretos


adaptados os meios aos fins. Enquanto os gregos julgavam e mediam todas as coisas
pelo padrão da racionalidade, da harmonia ou da proporção, os romanos julgavam tudo
pelo critério da utilidade ou da eficácia. “Por isso os romanos sempre consideraram os
gregos como um povo visionário e ineficiente, enquanto os gregos consideravam os
romanos como bárbaros sórdidos, com força de caráter e valor militar, mas incapazes de
apreciar os aspectos superiores da vida”. O ideal romano de educação O ideal romano
de educação decorre, principalmente, da concepção de direitos e deveres. O cidadão
romano tinha os seguintes direitos: O direito do pai sobre os filhos (pátria potesta); O
direito do marido sobre a esposa (manus); O direito do senhor sobre os escravos
(potestas dominica); O direito de um homem livre sobre o outro que a lei lhe dava por
contrato ou por condenação jurídica (manus capere); O direito sobre a propriedade
(dominium), aos tais direitos correspondiam os deveres. E para cumprir seus deveres o
cidadão romano precisava possuir uma série de aptidões e virtudes. Desenvolver tais
aptidões era o papel da educação em romana. (idem).

Evolução da educação romana e suas características

Na perspectiva de FUNARI (2002, p. 40), para compreender a educação romana e as


suas respectivas características é necessário ter em conta que a educação romana esta
dividida em quatro fases que são: educação romana na aidade antiga, média, moderna
e contemporanea.

Educação romana na antiguidade

Educação na romana antiga se destacou pelo pioneirismo, estabelecendo um sistema de


ensino oficial, com o controle do Estado, com decisões centralizadas, que organizavam
o conteúdo que era apresentado nas escolas, porém não eram todos os cidadãos que
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tinham direito a escola, espaço frequentado somente pelos mais ricos, (FUNARI, 2002,
p. 80).

Assim, a educação era variável, tanto conforme as classes sociais, como


conforme aos gêneros. Os plebeus pouco tinham acesso à educação formal e
por isso cresciam sem instrução, não aprendendo a ler nem a escrever. Em
contrapartida os filhos das camadas mais altas da sociedade tinham amplo
acesso à escola e a uma formação complexa. Já as filhas dos homens e
mulheres abastados também frequentavam a escola, porém tinham direito a um
conhecimento mais restrito. Em seu currículo escolar aprendiam lições básicas
de cálculo, de leitura e de escrita e frequentavam a escola somente até os doze
ou treze anos de idade, quando eram dispensadas e liberadas para os
casamentos. Já os meninos conseguiam continuar os estudos até mais tarde e
seus conhecimentos eram mais complexos. Estudavam gramática, literatura,
religião, história, geografia, astronomia, matemática, retórica e noções de
agricultura, (FUNARI, 2002, p. 83).

A educação romana era também dividida em níveis, iniciando no ensino primário e


chegando ao ensino superior. Os mais pobres, quando instruídos, concluíam usualmente
apenas o ensino primário, que instrumentalizava os jovens para a escrita e cálculos
básicos, (idem).

O processo de educação do homem foi fundamental para o desenvolvimento dos grupos


sociais e de suas respectivas sociedades, razão pela qual o conhecimento de sua história
e experiências passadas é essencial para a compreensão dos rumos tomados pela
educação no presente, (CASSANI, 1952, p. 40).

Na perspectiva de GARCIA (2011, p. 19), os jovens abastados tinham amplo acesso à


educação. No ensino primário, assim como os mais humildes, aprendiam o básico do
latim e das operações matemáticas.

Já o ensino médio e o ensino superior eram voltados para o domínio da composição


literária, com destaques para a gramática do latim, a poesia e a literatura de forma geral.
Especificamente o ensino superior privilegiava a formação para uma boa oratória, a
partir de matérias que instrumentalizavam os alunos para eloquência e para atuação em
tribunais. Isso se dava porque os homens das classes mais altas eram destinados à vida
pública, a partir da atuação tanto no direito como na política. Por isso, precisavam
defender ideias de forma consistente e clara. Outro traço importante da educação
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recebida era a formação para a arte militar, destinada ao comando de tropas. Assim,
eram formados para atuarem diretamente na vida pública. Marcas dessa educação,
voltada tanto para a oratória como para as atividades militares, podem ser observadas na
formação de imperadores romanos, como Júlio César e Marco Aurélio, (ANDRADE,
2017, p. 37).

Educação romana na idade média

Os estudantes romanos eram formados de acordo com o pensamento conservador da


época e a educação desenvolvida em consonância com os rígidos dogmas da Igreja
Católica. Cabe ressaltar que até o século XVII os valores morais e até mesmo os ofícios
responsáveis pela garantia da subsistência eram transmitidos em grande parte dentro dos
próprios círculos familiares, sendo que esses valores e códigos de conduta eram
profundamente influenciados pelo pensamento religioso. Em contrapartida, com as
Reformas Religiosas e o Renascimento inicia-se uma nova era para o Ocidente e é
marcada pelo ressurgimento dos ideais atenienses nos discursos sobre os objetivos da
Educação. O conhecimento era tipo como um corpo sagrado, essa matriz de pensamento
permaneceu dominante e foi grande responsável pela concepção do papel da educação
desde o desaparecimento do Antigo Regime até a constituição dos Estados Nacionais: o
conhecimento passa a ser organizado para ser transmitido pela escola, através da
autoridade do professor enquanto sujeito detentor do saber e mantenedor da ordem e da
disciplina, (ALTONI, 1937, p. 42).

Educação moderna na idade moderna

A partir de meados do século XIX, portanto, o modelo hierarquizado e autoritário de


educação que caracterizou as instituições escolares até então passou a ser questionado
por educadores como Maria Montessori, na Europa, e John Dewey, nos Estados Unidos.
Impulsionados pelo desenvolvimento dos estudos de psicologia sobre aprendizagem e
desenvolvimento humano, e com críticas a pedagogia tradicional e a forma como os
conteúdos curriculares eram impostos aos alunos, esses e outros educadores passaram a
reivindicar a participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem. Desta forma e
como mencionado anteriormente, essas propostas resgataram princípios atenienses de
educação ao valorizar a experiência anterior do aluno e seus conhecimentos prévios à
aprendizagem escolar, (CÂMARA, 1979, p. 25).
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A sistematização da educação romana

Como é possível notar a educação romana foi responsável pela primeira


sistematização do ensino. Uma das principais inovações foi a construção de um
sistema de ensino que ficasse sob a responsabilidade do Estado. mas também
apresentava uma significativa segregação social. A escola era um lugar para
aprender desde os conteúdos mais básicos para a vida cotidiana, no ensino
primário que chegava tanto aos meninos pobre e ricos como às meninas rica,
aos conteúdos mais elaborados cuja formação indicava a participação ativa na
vida pública romana, destinada apenas aos jovens mais abastados da sociedade,
(GARCIA, 2011, p. 90).

A educação prática na Roma e da mulher em Roma

A educação prática na Roma teve, sobretudo, caráter prático, familiar e civil, destinada
a formar em particular o civis romanus, superior aos outros povos pela consciência do
direito como fundamento da própria “romanidade”. Os civis romanus era, porém,
formado antes de tudo em família pelo papel central do pai, mas também da mãe, por
sua vez menos submissa e menos marginal na vida da família em comparação com a
Grécia, (ANDRADE, 2014, p. 87).

A mulher em Roma era valorizada como mater famílias, portanto reconhecida


como sujeito educativo, que controlava a educação dos filhos, confiando-os a
pedagogos e mestres. Diferente, entretanto, é o papel do pai, cuja auctoritas,
destinada a formar o futuro cidadão, é colocada no centro da vida familiar e por
ele exercida com dureza, abarcando cada aspecto da vida do filho (desde a
moral até os estudos, as letras, a vida social), (GARCIA, 2011, 96).

Para as mulheres, porém, a educação era voltada a preparar seu papel de esposas e mães,
mesmo se depois, gradativamente, a mulher tenha conquistado maior autonomia na
sociedade romana. O ideal romano da mulher, fiel e operosa, atribui a ela, porém, um
papel familiar e educativo, (idem).

Objectivos da educação romana

O objetivo da antiga educação romana era basicamente ensinar aos meninos e


meninas, membros da tradicional elite senatorial, o respeito aos costumes
transmitidos pelos ancestrais, o mos maiorum, que pode ser compreendido
como um conjunto de regras de conduta, morais e políticas, (BITLAR, 2011, p.
101).
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Conclusão

Esta é a parte final deste trabalho, na qual concluiu-se em poucas palavras que a
educação romana é um tema importante de se destacar. Foram eles os primeiros a
promover um sistema de ensino oficial, a partir de um organismo centralizado e sob
responsabilidade do Estado. Isto não significa, porém, que o acesso à educação se dava
igualmente a todas as crianças em idade escolar. Pelo contrário. O sistema de educação
romano era um sistema de privilégios em que poucos tinham acesso à escola.

Também, concluiu-se a educação romana foi responsável pela primeira sistematização


do ensino. Uma das principais inovações foi a construção de um sistema de ensino que
ficasse sob a responsabilidade do Estado. mas também apresentava uma significativa
segregação social. A escola era um lugar para aprender desde os conteúdos mais básicos
para a vida cotidiana, no ensino primário que chegava tanto aos meninos pobre e ricos
como às meninas rica, aos conteúdos mais elaborados cuja formação indicava a
participação ativa na vida pública romana, destinada apenas aos jovens mais abastados
da sociedade
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Referências bibliográficas

ALTONI, E. H. História da educação romana. Cambridge: URJ2ª Ed; 1937.

ANDRADE, Ama Luíza Mello Santiago de. Educação na Roma Antiga. 5ª Ed; Porto
Alegre: 2014.

CâMARA, J. M. História romana. 4ª Ed; Porto: Atlas, 1979.

CASSAN. J.L. Aportes al estudiodel processo de la romanizacion de Espana. Buenos


Aires: Cuadernos de História, 1952.

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

GARCIA, Alfrânio da Silva. A educação e o destino do latim peninsul. São Gonçalo:


UERJ, 2011.

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