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EAD

Desenho como parte


de um Sistema de
Significação
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1. OBJETIVO
• Identificar e analisar o desenho como parte de um siste-
ma de significação.

2. CONTEÚDOS
• Signo.
• Significante.
• Significado.
• Significação.

3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE


1) Tenha sempre à mão o significado dos conceitos expli-
citados no Glossário e suas ligações pelo Esquema de
Conceitos-chave para o estudo de todas as unidades
deste CRC. Isso poderá facilitar sua aprendizagem e seu
desempenho.
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2) Leia os livros da bibliografia indicada, para que você am-


plie seus horizontes teóricos.

4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na Unidade 3, estudamos a diferença entre o desenho pictó-
rico e o desenho linear.
Nesta unidade, veremos como o desenho se insere em um
sistema de significação. Para tanto, estudaremos alguns conceitos
que são próprios da semiótica.

5. CONCEITOS GERAIS
Algumas informações são muito importantes, para que en-
tendamos o desenho como um elemento pertencente a um siste-
ma de significação. As designações-chaves que compõem os sig-
nos, que são o conceito e a imagem acústica, inicialmente, foram
utilizadas por Saussure (1995), porém foram substituídas, ainda na
própria teoria saussuriana:
[...] por outras que tornam mais evidente a oposição que as separa
e que permitem uma aplicação mais adequada quando o signo não
é vocalizado. No lugar daquelas propôs, respectivamente, signifi-
cante e significado (TEIXEIRA COELHO, 1989, p. 20).

Ou seja, uma vez que conceito e imagem acústica dão conta


apenas de signos vocalizados, Saussure os substituiu por outros
mais adequados, justamente para abarcar signos mais amplos.
Surgem, então, o significante e o significado.
Muitas pessoas acreditavam que as palavras serviam para
dar nome às coisas. As palavras que utilizamos para nomear as
coisas são, na realidade, signos linguísticos. De acordo com Ferdi-
nand Saussure (1995), o signo linguístico é uma entidade psíquica
de duas faces que une um conceito e uma imagem mental.
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Assim, quando estamos conversando com alguém, a pessoa


que nos ouve começa a criar imagens mentais de acordo com seu
caráter psíquico. O signo mesa, por exemplo, nos remete a um
móvel que, entre outras características, possui quatro pés e uma
superfície plana que pode ser utilizada para colocarmos objetos.
Mas, cada um imaginará uma mesa diferente. Alguns a imagina-
rão com muitos detalhes, outros a imaginarão bem simples. Isso
porque cada um de nós, em função de nossas experiências, criará
uma imagem mental diferente por causa do caráter psíquico de
cada um.
Saussure (1995), em seu livro Curso de Linguística Geral, de-
nomina o conceito de significado e a imagem mental de significan-
te. Por exemplo, o significado da palavra "boi" possui b-o-i como
significantes; já o significado de "bull" possui por significante b-u-
-l-l, em inglês. Assim, utilizaremos significado para os conceitos e
significante para as imagens mentais.
Enquanto Saussure (1995) definiu o signo como uma entida-
de de dupla face – significante e significado –, Peirce (1990, p. 46)
defini signo, ou representâmen, da seguinte maneira:
[...] aquilo que, sob certo aspecto ou modo, representa algo para
alguém. Dirige-se a alguém, isto é, cria, na mente dessa pessoa, um
signo equivalente, ou talvez um signo mais desenvolvido. Ao signo
assim criado denomino interpretante do primeiro signo. O signo
representa alguma coisa, seu objeto. Representa esse objeto não
em todos os seus aspectos, mas com referência a um tipo de idéia
que eu, por vezes, denominei fundamento do representâmen.

A semiótica é uma doutrina de natureza essencial e das


variedades fundamentais de cada semiose possível; a semiose é
uma ação, uma influência que seja ou coenvolva uma cooperação
de três sujeitos, como, por exemplo, um signo, seu objeto e o seu
interpretante – sendo o interpretante, segundo Eco (1991, p. 10),
um “[...] evento psicológico que 'ocorre' na mente de um possível
intérprete".

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Para Peirce (1990), um signo é qualquer coisa que esteja no


lugar de algo sob determinados aspectos ou capacidade. Quem faz
essa mediação entre um signo e seu objeto é um interpretante. Do
mesmo modo, o interpretante – aquilo que é determinado pelo
signo ou pelo próprio objeto por meio da mediação do signo –
não pode ser considerado simplesmente como uma interpretação
particular, singular do signo.
De acordo com ele (PIERCE, 1990), entender o conceito
de interpretante de um signo é extremamente importante. O
interpretante não deve ser confundido com "intérprete", uma vez
que é o interpretante que garante a validade do signo mesmo na
ausência do intérprete. O interpretante pode assumir diversas
formas; logo, segundo a definição de Eco (1974, p. 19),
[...] o interpretante é o significado de um significante, entendido na
sua natureza de unidade cultural ostentada através de outro signifi-
cante para mostrar sua independência (como unidade cultural) em
relação ao primeiro significante.

6. SIGNIFICAÇÃO
Um fato importante de ser mencionado é que só existe pro-
cesso de significação quando existe um código.
[...] código é um sistema de significação que une entidades pre-
sentes e entidades ausentes. Sempre que, com base em regras
subjacentes, algo materialmente presente à percepção do destina-
tário está para qualquer outra coisa, verifica-se a significação (ECO,
1991, p. 6).

Todo processo de comunicação entre seres humanos


pressupõe um sistema de significação como uma condição
necessária. Em outras palavras:
[...] há sistema de significação (e portanto código) quando existir
uma possibilidade socialmente convencionada de gerar funções
sígnicas, independentemente do fato de serem os funtivos de tais
funções unidades discretas, chamadas 'signos', ou vastas porções
discursivas, contando que a correlação tenha sido estabelecida,
precedente e preliminarmente, por uma convenção social (ECO,
1991, p. 2).
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Com relação à convenção social, Eco (1974) nos dá a seguinte


descrição:
Se a mulher fosse unicamente o corpo físico com que o marido
mantém relação sexual para produzir filho, não se explicaria por
que todos os homens não se acasalam com todas as mulheres. Por
que é obrigado por algumas convenções a escolher uma (ou mais,
segundo os costumes), segundo regras de escolha muito precisas
e inderrogáveis? Porque é apenas o valor simbólico da mulher que
a torna contrastante, dentro do sistema, com as outras mulheres.
A mulher, no momento em que se torna "mulher", não é apenas
um corpo físico: é um signo que conota um sistema de obrigações
sociais (LÉVI-STRAUSS, 1947, apud ECO, 1974, p. 7).

Para Eco (1974), toda cultura é, na verdade, comunicação


e, portanto, só existe humanidade e sociabilidade, quando se
estabelecem relações comunicacionais. Como cada um utiliza
determinadas definições segundo suas necessidades mais
imediatas, a comunicação humana pode ser entendida como o
intercâmbio verbal de pensamento ou ideia. Ou seja, é por meio
de um processo comunicativo que os indivíduos expressam suas
ideias; mas, a comunicação também pode ser o processo pelo
qual compreendemos os outros; ainda podemos sustentar que
comunicação é um processo que torna comum para dois ou mais o
que era monopólio de um ou de poucos.
Para que você possa compreender melhor os conceitos
apresentados, observe as Figuras 1 e 2.

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Figura 1 Tristeza, Jacques-Louis David, 1773.

Figura 2 Cabeça de Marat morto, Jacques-Louis David, 1793.

Como vimos, Saussure (1995) resolveu mudar os nomes dos


elementos que compõem um signo, passando de conceito para
significado e de imagem acústica para significante, por causa do
fato de que os termos anteriores davam conta apenas de signos
vocalizados. Logo, significante e significado passaram a abarcar
também outros tipos de signos, mais amplos.
Em um desenho, que é um texto não verbal, encontramos
a presença de uma enunciação. Nós, diante de um desenho, po-
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demos tratar dessa instância (a enunciação) de duas maneiras di-


ferentes: resgatar a enunciação e, a partir daí, dotar o enunciado
de sentido; ou então, partir de marcas sígnicas encontradas, para
reconstruir a enunciação em termos culturais, ideológicos, sociais
e psicológicos.
Aproveitando a análise que Duarte (2000, p. 129) fez de uma
fotografia que registra o momento em que Cândido Portinari pinta
o retrato do Barão de Itararé (Aporelly), temos o seguinte:
[...] um enunciador, o pintor retratista; um contexto de enunciação,
a sala de redação do jornal, A Manha; o enunciado (texto) repre-
sentado pela pintura contendo o retrato de um homem; e o refer-
ente do texto pictórico, o homem que posa para o retratista.

Uma vez que uma fotografia, um quadro, um desenho etc.


são textos, devemos levar em consideração suas especificidades.
Como aponta Duarte (2000), é preciso reconhecer que diferentes
sistemas de signo pretendem informar e comunicar algo.
Segundo Floch (1985), o sentido é o resultado da união de
dois planos que toda linguagem possui: o plano da expressão e o
plano do conteúdo. É no plano da expressão que todas as qualida-
des sensíveis são selecionadas e articuladas para se manifestar. Já
o plano do conteúdo é onde nasce a significação, onde o sentido
nasce de lacunas diferenciais por meio das quais cada cultura, para
pensar o mundo, ordena e conecta suas ideias e histórias.
Ora, após essas observações, analisemos os dois desenhos
feitos por Davi (Figuras 1 e 2), em que nos deparamos com dois
enunciados com significados diferentes. Diante de Tristeza (Figu-
ra 1), cada um de nós terá uma experiência diferente, mas todas
girarão em torno de uma experiência comum, a de tristeza. Isso
porque, mesmo variando de intensidade, em cada experiência há
um elemento que será comum a todas elas, pois a primeira signi-
ficação não é livre. Enfim, isso talvez explique por que, embora se
trate de uma tristeza – por vezes idealizada, abstrata –, ao olhar-
mos para tal significante, ele nos remete a um determinado signi-
ficado e não a outro.

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Figura 3 A morte de Marat, Jacques-Louis Davi, 1793.

Se levarmos em consideração a estrutura sígnica de Peirce


(1990), temos que acrescentar à nossa análise um terceiro ele-
mento: o interpretante. Sabemos que o interpretante é um evento
psicológico que ocorre na mente de um eventual intérprete, que
faz a mediação entre o signo e seu objeto. Aparentemente, essa
mediação pode parecer complicada, mas não é.
O desenho ou mesmo a pintura de um objeto, como sabe-
mos, não é, evidentemente, o objeto real, mas sua representação.
Essa representação é um signo – composto de significante e signi-
ficado. Então, quando um determinado sujeito olha para o dese-
nho Cabeça de Marat morto (Figura 2), ocorre um evento psicoló-
gico, segundo a definição de Eco (1991). Esse evento psicológico é
o interpretante do signo (desenho). Ou seja, forma-se outro signo
que pode ser mais desenvolvido que o primeiro, uma vez que não
consegue representar o primeiro signo em todos os seus aspectos.
É por isso que cada um de nós tem opiniões tão diferentes, quando
olhamos para o mesmo desenho, ou quadro. Porém, apesar dos
eventos psicológicos, e embora haja três tipos de intenção a partir
da "[...] interpretação como pesquisa da intentio auctoris, inter-
pretação como pesquisa da intentio operis e interpretação como
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imposição da intentio lectoris” (ECO, 2004, p. 6), não devemos nos


esquecer do sentido literal, pelo menos em um primeiro momento
da interpretação, e também de que a arte não é o resultado de
uma expressão puramente individual.
No caso específico da Cabeça de Marat morto, estamos dian-
te de um signo envolto por elementos que nos remetem a uma
determinada significação histórica. Pierre Francastel (1982), não
exatamente se referindo a esse quadro, diz que toda linguagem
plástica exige cultura e interpretação, da mesma forma que as lin-
guagens verbais.
Desse modo, significação não deve ser confundida com o sig-
nificado que o signo carrega consigo, pois ela "[...] é a efetiva união
entre um certo significado e um certo significante" (TEIXEIRA CO-
ELHO, 1989, p. 22-23). Assim como o exemplo que Eco (1974) reti-
rou de Lévi-Strauss – que a mulher, no momento em que se torna
"mulher", não é apenas um corpo físico, mas um signo que conota
um sistema de obrigações sociais –, o mesmo ocorre com o de-
senho da Cabeça de Marat morto: o desenho conota uma série
de ideais personificados pela figura de Marat. Em outras palavras,
personifica a imagem de mártir que morreu por sua causa, que
morreu pelos ideais da Revolução Francesa.
Todavia, um indivíduo que não tenha a mínima noção dos
ideais da Revolução Francesa estará diante de um signo sem signi-
ficação alguma. A partir do momento em que alguém explica que
a "[...] Revolução Francesa principia como uma revolta dos cor-
pos constituídos pela oposição aristocrática e passa em seguida a
ser substituída por uma revolta da burguesia, que recebe o apoio
maciço do campesinato [...]" (FALBEL, 1993, p. 33), o indivíduo
está apto a unir ao significante o significado, conseguindo, pois,
a significação do signo. Logo, embora significação seja algo que
se manifeste de maneira individual (fica a cargo do indivíduo), ela
depende de um significado conhecido.

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Em um determinado momento, não haverá mais a necessi-


dade de acrescentar informações ao signo, pois ele já passou a
fazer parte de um sistema de significação. Eco (1974) afirma que
no momento em que um australopiteco usa uma pedra para arre-
bentar a cabeça de um babuíno ainda não existe cultura. A cultura
nasce quando, por exemplo, um ser pensante consegue estabele-
cer uma função para alguma coisa. Em seguida, esse mesmo ser dá
um nome ao objeto e especifica sua função, mesmo que não seja
em voz alta. E, finalmente, quando:
[...] reconhece-o como o "calhau que corresponde à função X e
cujo nome é Y" (sem necessidade de usá-lo como tal uma segunda
vez: basta reconhecê-lo). Como se notou, essas três condições nem
mesmo implicam a existência de dois seres humanos: a situação
também é possível para Robinson, náufrago solitário. Porém é
necessário que quem use o calhau pela primeira vez considere a
possibilidade de transmitir a informação adquirida ao seu próprio
eu do dia seguinte e, portanto, elabore um artifício mnemônico.
Usar uma vez o calhau não é cultura. Estabelecer que e como
a informação pode ser repetida e transmitir essa informação
do náufrago solitário de hoje ao mesmo náufrago solitário de
amanhã, isso é cultura. O solitário transforma-se em remetente
e destinatário de uma comunicação. É claro que uma definição
como essa (em seus termos absolutamente simples) pode implicar
uma identificação entre pensamento e linguagem: é o mesmo que
dizer, como aliás o faz Peirce, que também as idéias são signos.
Mas o problema só se propõe de forma extrema se fincarmos pé
no exemplo-limite do náufrago que comunica consigo mesmo. Há,
porém, um modo de traduzir-se o problema em termos não de
idéias mas de veículos sígnicos observáveis tão logo os indivíduos
se façam dois (ECO, 1974, p. 6).

Assim, a partir do momento em que se conceitua o possível


uso de um determinado instrumento, esse mesmo instrumento
passa a ser signo concreto de um uso virtual.
Trata-se, por conseguinte, de afirmar [Barthes, 1964 a] que, do
momento em que existe sociedade, toda função se transforma,
automaticamente, em signo daquela função. Isso é possível a partir
do instante em que existe cultura. Mas a cultura existe unicamente
porque isso é possível (ECO, 1974, p. 7).

Segundo as observações de Eco (1974), podemos concluir


que, a partir do momento em que um sujeito pensante estabelece
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uma relação – não entre um signo e uma dada função, mas sim
entre um signo e uma dada informação –, no caso, entre a Cabeça
de Marat morto (Figura 2) e o fato histórico, elabora, também, um
artifício mnemônico (mental) que pode ser recuperado em outro
momento. Isso é outro exemplo possível de cultura.

Figura 4 Mulher com um turbante, Jacques-Louis David, 1794.

Segundo Teixeira Coelho (1989), da mesma maneira que na


teoria de Saussure (1995) existe uma solidariedade – uma rela-
ção de existência – entre significante e significado (sem o qual não
existe signo), o mesmo acontece com a expressão e o conteúdo,
ou seja, sem uma relação desses dois elementos não existe função
semiótica, porque um pressupõe a existência do outro. Ele destaca
ainda que: "[...] a expressão só é tal porque exprime um conteúdo
e o conteúdo só é tal porque é conteúdo de uma expressão" (TEI-
XEIRA COELHO, 1989, p. 32).
Uma relação entre expressão e conteúdo diz respeito ao
modo particular pelo qual os paradigmas do conteúdo e os para-
digmas da expressão estão ligados uns aos outros. Um bom exem-
plo de relação entre expressão e conteúdo é a denotação – um
signo denotativo veicula o primeiro significado derivado do rela-
cionamento entre um signo e seu objeto; já o signo conotativo põe

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em evidência significados que vêm agregar-se ao primeiro naquela


mesma relação signo/objeto.
Observando o desenho Mulher com um turbante (Figura 4),
forçosamente falaríamos que o primeiro significado que deriva do
relacionamento entre o signo e seu objeto é o de que uma mulher
está usando um turbante. No entanto, usando as palavras de
Teixeira Coelho (1989), os significados que vêm agregar-se nessa
mesma relação poderiam ser, assim como na obra Tristeza (Figura
1), a melancolia.
Atribuir um título a uma gravura é fazer uma análise subjetiva
da obra. Portanto, na relação entre expressão e conteúdo obtemos
um conteúdo denotativo, quando nos baseamos no sentido
primeiro; e obtemos um conteúdo conotativo, quando analisamos
a obra subjetivamente.
Enfim, analisar um desenho como parte de um sistema de
significação é levar em consideração que ele integra um sistema de
pensamento, que todo signo figurativo não é um substituto, mas o
meio. Nesse contexto, Francastel (1982, p. 117) destaca que:
É com o objeto figurativo e não com o real que se trava o diálogo e
esse objeto é o produto, não de um em si, mas de uma experiência
móvel e necessariamente coletiva, do mesmo modo que de resto
os valores que a língua maneja.

7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) O que é um signo?

2) Um desenho é um signo?

3) A palavra “desenho” é um signo? Por quê?

4) O que é um sistema de significação?

5) O significado de um desenho surge em função de que fenômeno?


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8. CONSIDERAÇÕES
Com esta unidade chegamos ao final de nossos estudos
sobre o desenho como um sistema de significação e, também, ao
fim de nossos estudos sobre o desenho.
Acreditamos que o estudo deste Caderno de Referência de
Conteúdo tenha contribuído de maneira significativa para sua
formação e que, a partir de agora, você tenha muitos elementos
para acrescentar às suas leituras de imagens.

9. E-REFERÊNCIAS

Lista de figuras
Figura 1 Tristeza, Jacques-Louis David, 1773. Disponível em: <http://www.wga.hu/art/d/
david_j/6/601david.jpg>. Acesso em: 30 ago. 2012.
Figura 2 Cabeça de Marat morto, Jacques-Louis David, 1793. Disponível em: <http://
www.wga.hu/art/d/david_j/7/701david.jpg>. Acesso em: 30 ago. 2012.
Figura 3 A morte de Marat, Jacques-Louis Davi, 1793. Disponível em: <http://www.wga.
hu/art/d/david_j/3/301david.jpg>. Acesso em: 30 ago. 2012.
Figura 4 Mulher com um turbante, Jacques-Louis David, 1794. Disponível em: <http://
www.wga.hu/art/d/david_j/7/705david.jpg>. Acesso em: 30 ago. 2012.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


DUARTE, E. B. Ponto de vista: à sombra da enunicação. In: PINO, D. del (Org.). Semiótica:
olhares. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.
ECO, U. (1991). Os limites da interpretação. Tradução de Pérola de Carvalho. São Paulo:
Perspectiva, 2004.
FALBEL, N. Fundamentos históricos do romantismo. In: GUINSBURG, J. O Romantismo. 3
ed. São Paulo: Perspectiva, 1993.
FLOCH, J. M. Petites Mythologies de L’œil et de L’esprit: pour une sémiotique plastique.
Paris: Editions Hadès-Benjamins, 1985.
FRANCASTEL, P. A realidade figurativa. Tradução de Mary Amazonas Leite de Barros. São
Paulo: Perspectiva, 1982.
PEIRCE, C. S. Semiótica. Tradução de José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva,
1990.

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132 © Estudo de Elementos Representativos: Desenho

SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. Tradução de Antônio Cheline et al. São Paulo:
Cultrix, 1995.
TEIXEIRA COELHO NETO, J. Semiótica, informação e comunicação. São Paulo: Perspectiva,
1989.

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