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Em maio de 2017, A doou um automóvel a B, pessoa com quem mantinha uma relação
extraconjugal, sem o conhecimento de C, sua mulher. B registou a sua aquisição
A-B: doação nula arts. 953.º, 2186.º; 286.ª (289.º: este artigo regula os efeitos entre
as partes, mas neste caso excecional não produz os efeitos em relação a 3.ºs nos
termos do artigo 291.º do CC)
B-D: venda válida: exceção ao princípio “Nemo plus iuris…”. D adquire um direito que
B não possuía na sua esfera jurídica aquando da venda
b) Suponha agora que C soube de tudo em março de 2020 e logo intentou ação judicial. A
resposta seria a mesma da alínea anterior?
Não. C teria agora o direito de obter a nulidade da doação ente A-B e o direito de obter a
nulidade da venda B-D, por ainda a não ter passado o prazo (a moratória) de 3 anos após a
celebração do 1.º negócio e a propositura da ação de nulidade (art. 291.º, 2).
c)O que mudaria na sua resposta à alínea b) se B e D fossem grandes amigos de infância e sempre
tivessem mantido estreita convivência?