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Trabalho de Sociologia

TEMA: A COERÇÃO DO FATO SOCIAL DE DURKHEIM

Alunos:

Joab Dieb Menezes

Carla Mirela

Bia Pinho

Turma: 1° TAB

Turno: Manhã

Sede: Aldeota
O sociólogo, filósofo e antropólogo David Émile Durkheim (1858 – 1917)
desenvolveu em vida uma teoria fortemente inspirada pelo Positivismo de Auguste
Comte (1798 – 1857) que reconhecia a sociedade como um grande organismo vivo e
sentiente, capaz de “aprender” por meio valores socio-culturais difundidos e aceitos
por seus membros, esses valores, chamados de coesão social pelo próprio Durkheim
nem sempre estão livres de problemáticas, visto que a medida que uma sociedade
evolui seus costumes e ideias mudam, mas nunca desaparecem, deixando vestígios
residuais que mesmo após muito tempo ainda nos afetam; temos como exemplo o
racismo, machismo e capacitismo, valores disseminados e aceitos na antiguidade que
hoje em dia são repudiados e mal-vistos.

Integrando a teoria de Durkheim no contexto da nossa sociedade brasileira e


compreendendo a influência da ideologia positivista em nossa cultura e sociedade
podemos chegar a um questionamento extremamente pertinente; “até que ponto a
coerção dos fatos sociais e a ideologia da ordem e progresso podem realmente
cooperar para a saúde da sociedade e dos indivíduos que a compõem?” .

O lema “Ordem e Progresso”, presente na bandeira da República Federativa do


Brasil é uma reliteração abreviada de uma das teses de Auguste Comte; “ L'amour pour
principe et l'ordre pour base; le progrès pour but” ou "O Amor por princípio e a Ordem

por base; o Progresso por fim", que indica de forma simples e didática o ideal positivista
de uma sociedade onde a ordem e o progresso andam lado a lado, complementando
uma a outra na manutenção da justiça, progresso social e no desenvolvimento
nacional e individual. Entretanto, o significado de “Ordem e Progresso” é mal
compreendido por grande parcela da sociedade brasileira, vítima da deturpação
histórica que ocorreu durante eventos como a ditadura de 1965 – 1985 que usava do
lema como propaganda nacionalista durante seus discursos opressores, dando mais
atenção a “ordem” do que ao progresso, fazendo com que o lema positivista seja mal
interpretado até os dias de hoje como um símbolo conservador e surpreendentemente
anti-progressista

Na canção “Cálice” do músico Chico Buarque nos deparamos com uma crítica velada
a ideologia previamente citada, que fica clara nos seguintes versos; “Como é difícil
acordar calado; Se na calada da noite eu me dano; Quero lançar um grito desumado;
Que é uma maneira de ser escutado” onde o cantor cita a opressão sofrida pelo povo,
que na época era coagido a se manter calado em prol de ideais que supostamente
deveriam manter a ordem e progresso do país ; podemos concluir então que a
ideologia da ordem e progresso e a coerção dos fatos sociais deixam de cooperar com
a saúde da sociedade quando tais ideais começam a atacar, reprimir, diminuir ou
incitar ódio a determinados núcleos sociais seja por possuírem pensamentos, culturas
ou características diferentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

https://escolaeducacao.com.br/emile-durkheim/

https://www.todamateria.com.br/durkheim/amp/

https://www.google.com/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/auguste-
comte.htm

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ordem_e_Progresso

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Positivismo

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ditadura_militar_brasileira

https://www.culturagenial.com/musica-calice-de-chico-buarque/

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