Você está na página 1de 50

Detecção de partículas em Física

de Altas energias

A H
Ana Henriques
i

CERN
Sumário
• Os princípios de interacção das partículas com a matéria

• Os vários componentes de um detector:

- Calorímetro electromagnético
g e hadrónico
- Detector de traços interno
- Espectrómetro de muões

• Integração num detector global

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Q i as partículas
Quais tí l que podemos
d detectar?
d t t ?
• Partículas carregadas
g : e , e , p, π , μ
+ − ± ±

• Partículas neutras: γ , n, π , ν
0

• Partículas com semi-vida muito curta não são observadas de


forma directa, o que detectamos serão os produtos da sua
desintegração (muito frequente em experiencias de física de
altas energias)

• Diferentes tipos de partículas vão interagir de forma


diferente com o material qque constitue o detector.
CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN
Qual a função de um detector numa experiência de Física de altas energias?

QuickTime™ and a
QuickTime™ and a
TIFF (LZW) decompressor TIFF ((LZW)) decompressor
p
are needed to see this picture. are needed to see this picture.

Em geral não se ‘vê’ as partículas criadas pela colisão mas sim os seus produtos finais (partículas
carregadas.neutras,
d t ffotões)
tõ ) que vão
ã ser detectadas
d t t d através
t é d da sua iinteracção
t ã com a matéria
té i que constitue
tit
as várias partes do detector .

QuickTime™ and a
QuickTime and a
QuickTime™ TIFF (LZW) decompressor
d
TIFF (LZW) decompressor are needed to see this picture.
are needed to see this picture.
Qual a função de um detector numa experiencia de Física de altas energias?

Um detector ideal será aquele que permite detectar e medir as propriedades das partículas emergentes e
assim
i reconstruir
t i completamente
l t t o evento
t . Um
U detector
d t t deve
d tter:

-Um ângulo
g de ‘visão máximo (com
( boa ggranularidade e sem espaços
p ç mortos).
)

r
-Efectuar medidas de momento e energia das partículas (p, E) => massa r E 2 − p 2c 2
E = m ⋅ c + p 2c 2 ⇒ m =
2 2 4

c2
F = q ⋅v ⋅B = m ⋅ v2
R

-Detectar e identificar a trajectória das partículas (carga) r


⇒ q ⋅B ⋅R = m ⋅v = p

-Ter uma resposta rápida de forma a medir o tempo de vida da partícula (semi-vida)

Isto só e possível utilizando vários sub-detectores complementares


As componentes
p de um detector num colisionador de ppartículas

Partícula incidente
Protão (7 TeV)
(ex: no LHC Protão (7 TeV)

Detector
Câmara Calorímetro Calorímetro Espectrometro
de traços electromagnético hadrónico de muões

fotões

muões

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Interior Exterior
Princípios
p de detecção
ç
• Só é possivel medir as características duma partícula se elas interagirem com o material
do detector => criar um sinal mensurável (sinal eléctrico,luminoso,…)

As partículas carregadas vão interagir por: e-


p
• Ionização
Colisões com os átomos do material absorvedor arrancando electrões e
t
transferindo-lhes
f i d lh partet da
d sua energia
i inicial
i i i l
O número de colisões e consequente perda de energia é proporcional a densidade de electrões do meio

e- γ
• Excitação p p
Excitação do material absorvedor com libertação de fotões / luz p
que vão transportar parte da energia da partícula incidente

• Mudança da trajectória das partículas


– Curvando-as
Curvando as com um campo magnético,
magnético medindo a sua perda de energia
– dispersão, mudança de direcção, absorção
CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN
Interacção das partículas neutras (fotões)
Para ser detectado o fotão tem de criar ou transferir a sua energia para partículas carregadas

QuickTime™ and a
TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.

da QuickTime™ and a
essor TIFF (LZW) decompressor
icture. are needed to see this picture.

QuickTime™ and a
TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.

Os e+- assim formados vão por sua vez emitir novos fotões por efeito de Bremsstrahlung.
E t ciclo
Este i l vai-se
i converter
t numa cascata
t dde partículas
tí l electromagnética
l t éti
CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN
Cascata electromagnética

Átomo de chumbo
Bloco de Matéria,
e.g. Chumbo

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Interacção das partículas hadronicas carregadas (p,π,k) ou neutras (n)

A interacção de hadrões energéticos


(neutros e carregados) com a matéria é
determinada por processos inelásticos, QuickTime™ and a
i.e., excitação nuclear que leva à TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.
fragmentação e emissão de partículas
secundárias => >

Formação de uma cascata hadrónica!

Os neutrões para serem detectados tem


de criar partículas carregadas através
de processos elásticos (En > 1GeV) e
inelásticos (En < 20 MeV)
QuickTime™ and a
TIFF (LZW) decompressor
are needed
d d tto see thi
this picture.
i t

cascata hadrónica
O Princípio
p de detecção
ç dos Calorímetros
Mecanismo básico em calorimetria:
Formação de cascatas electrómagneticas
Formação de cascatas hadrónicas

Transformação da energia da cascata em:


Ionização ( carga)
Excitação (cintilação e luz de Cerenkov)

Método destrutivo
destrutivo, ii.e.,
e Partícula e energia são absorvidas.
absorvidas
Resposta do detector ∝ E
funciona para partículas carregadas (e+/- e hadrões)
…em em complementaridade às medidas de momento p
funciona para partículas neutras (n, fotões)
…única forma de obter directamente informação da
i é i de
cinética í l neutras
d partículas
CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN
Calorímetros homogéneos
Toda a energia absorvida no detector é detectada,
ex: ‘crystal
‘ ’ (calorímetro
l calorimeters’
l i ( l í electromagnético
l é i ded CMS (PbWO4):
)

sinal

Fotodíodo

Crystal (BGO, PbWO4,…)

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Calorímetros de amostragem
O material activo (menos denso ) é intercalado com um material absorvedor muito denso:
O que se detecta e uma fracção da energia absorvida , proporcional à energia
incidente das partículas (ex: calorímetro electromagnético de ATLAS, todos os
calorímetros hadrónicos em LHC)

…mas tem de ser calibrado


com feixes de energia
conhecida !!!

Detectores - câmaras de fios e cintiladores


Blocos densos, e.g., feitos de chumbo CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN
Calorímetros de amostragem

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Calorimetros de ATLAS
Tile barrel Tile extended barrel

LAr hadronic
end-cap (HEC)

LAr EM end-cap (EMEC)


LAr EM barrel

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN

LAr forward calorimeter (FCAL)


Calorímetro electromagnético de CMS

61200 barrel crystals 14648


endcap
crystals
y
10m3 crystals
10 t l

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


A função dos detectores de traços
-Permite medir a carga e momento das partículas carregadas produzidas na colisão (na
presença de um campo magnético).

- A sua trajectória vai ser reconstruída medindo vários pontos no espaço.

Usam se materiais / detectores pouco densos de forma a minimizar a dispersão das


Usam-se
partículas e medir a sua trajectória (momento) com o maior rigor.

F = q ⋅v ⋅B = m ⋅ v2
R
r QuickTime™ and a
TIFF (LZW) decompressor

⇒ q ⋅B ⋅R = m ⋅v = p
are needed to see this picture.

QuickTime™ and a
QuickTime
TIFF (LZW) decompressor Q i kTi ™ and
QuickTime™ da
are needed to see this picture. TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.
QuickTime™ and a
TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.

QuickTime™ and a
TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.
QuickTime™ and a
TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.
Os vários tipos de detectores de traços

– Detectores de cintilação:
- Orgânicos
- Inorgânicos
- Gases

- Detectores de ionização:
• Câmaras de deriva
• MWPC (‘multi wire proportional chamber’)
• TPC (Time projection chamber’
• Detectores de silício

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Principais técnicas usadas nos detectores de traços
1)) Detectores de cintilação
ç ((baseados na excitação
ç dos seus átomos)) quando
q partículas
p carregadas
g os
atravessam emitem luz na zona dos ultravioleta e luz visível. Também muito usados em calorímetros:
- Gases nobres Total reflection
g
- Cristais inorganicos
- Cintiladores orgânicos
Scintillating
material

Quando a luz das fibras cintilantes e


•Fotomultiplicador (PM) converte detectada individualmente pode reconstruir-se o
Cristais cintiladores: o signal luminoso em sinal electrico trajecto da partícula

Inde
Wavelengt Decay
x of Scinti
Scintillator Density h time
refr Pulse
composition (g/cm3) of max.Em. Constant
acti height1)
(nm) (µs)
on
NaI(Tl) 3.67 1.9 410 0.25 100
CsI 4.51 1.8 310 0.01 6
QuickTime™ and a
CsI(Tl)
Cs ( ) 4.51
.5 1.8
.8 565 1.0
.0 455 TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture
picture.

CaF2(Eu) 3.19 1.4 435 0.9 50


190/220 0,0006 5
BaF2 4.88 1.5
310 0.63 15
BGO 7.13 2.2 480 0.30 10
CdW04 7.90 2.3 540 5.0 40
PbWO4 8.28 2.1 440 0.020 0.1
Principais técnicas usadas nos detectores de traços (cont)
2) Detectores de ionização. A partícula no seu percurso arranca electrões do detector. Um potential eléctrico criado
entre o ânodo / cátodo obriga os electrões a deslocar-se para o anodo e os ioes (+) para o catodo

Catode (-)
++
Sinal ++
-- -- +
-
+ HV Gas
‘Drift tube’ (Geiger counter) MWPC (‘multi wire proportional chamber’) TPC (‘time projection chamber’
Premio Nobel: G.Charpak, 1992

QuickTime™ and a
E
B
MWPC
+-
Anode (+) wires Cathode (-): pads or wires
gives r,φ
+-+-
TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.
+----- --
--
++-
y
QuickTime™ and a
TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.
x
+
- z = vdrift t
A medida do tempo de deriva (entre a
passagem da partícula e a chegada dos
electrões ao anodo) e convertida num raio Erro limitado pela dist. entre anodos 100-400V/cm
atraves duma correlacao raio-tempo => Tempos de deriva ~ 10-100 µs
Erro no momento e origem do traco
“Drifting tubes”

QuickTime™ and a
TIFF ((LZW)) decompressor
p
are needed to see this picture.

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Espectrometro de muões de ATLAS

Precision chambers: Trigger


T i chambers:
h b
- MDTs in the barrel and end-caps, - RPCs in the barrel,
- CSCs at large rapidities in the - TGCs in the end-caps
i
innermostt end-cap
d stations
t ti
CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN
Precision alignment system
câmaras de muões de ATLAS

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


MWPC ITC (ALEPH)
Inner Tracking Chamber

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


ALEPH TPC

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


QuickTime™ and a
QuickTime
TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.

QuickTime™ and a
TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Detectores de ionização: ‘Silicon Microstrip’
Semicondutor (Si)

Creation of electron-hole pairs


by ionising particle 0.2 - 0.3 mm

E
Silicon wafers, doped

•Mesmo objectivo que os detectores de -


ionização de gás
díodo
q as ‘stripes’
•Aqui p funcionam como
os fios (ânodo ) das câmaras de fios
mas com muito melhor resolução em +
posição ( até 10 µm).

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


“Silicon
Silicon Microstrip detectors
detectors”...
OPAL VDET

Future ATLAS tracking detector


ALEPH VDET

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Conceito do campo magnético em detectores

QuickTime™ and a
TIFF (LZW) decompressor QuickTime™ and a
are needed to see this picture. TIFF (LZW) decompressor
are needed to see this picture.

Principais características: Principais características:


Campo magnético homogéneo dentro do “coil” Campo magnético perpendicular ao momento
Espaço reduzido (=>custo)
Elevados B em grandes volumes
Grandes quantidades de material (>Z)
Inferior quantidade de material no interior (<Z)
B não uniforme
Ex: de experiencias que usam um solenoid:
Exemplo de experiencias que usam um toroid:
-CMS (4Tesla=4x104Gauss) no LHC
-ATLAS (2T) para o detector de traços interno -ATLAS (~0.5T) no LHC para o espectrómetro de muões
- L3 (0.5T) e DELPHI (1.2T) no LEP

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


CMS solenoid:
supercondutor ATLAS barrel toroid:
length 12.5 m supercondutor
Free bore diameter 6m length 25 m
Central magnetic induction 4T Inside diameter 9.5 m
Nominal current 20 kA Central magnetic induction 0.4 T
Stored energy 2.7 GJ Nominal current 20.5 kA

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


ATLAS Trigger,
Trigger DAQ , Controls Calo
MuTrChOther detectors
40 MHz Trigger
rigger 40 MHz DAQ
FE Pipelines
LV

2.5 μs
D
L1 E
75 kHz Lvl1 acc = 75 kHz T Read
Read-Out
Out Drivers
120 GB/s
ROD ROD ROD R/O Read-Out Links
RoI RoI data = 1-2% 120 GB/s
Read-Out Buffers
RoI
LVL2 ~ 10 ms requests
RoI Builder ROB ROB ROB
Read-Out Sub-systems
L2 Supervisor ROIB L2SV
ROS D
L2 N/work
H A ~2+4 GB/s
L2P L2N
~2
2 kH
kHz L2 Proc Unit T Dataflow Manager
L Lvl2 acc = ~2 kHz A Event Building N/work
DFM EBN F
Sub-Farm Input
T Event Filter ~ sec L
B/s
SFI Event Builder
~4 GB O
EFP EB
Event Filter EFP W
Processors EFP EFN Event Filter N/work
EFP EFacc = ~0.2 kHz
SFO Sub-Farm
Sub Farm Output
~ 200 Hz ~ 300 MB/s
CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN
CMS Trigger
gg ‘ DAQ
Q
Pi i l
Principle

Implementation
40 MHz

Fully scalable: 100kHz


8 x (12.5 kHz DAQ units)

100Hz
CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN
Sala onde chega a electrónica de aquisição
Various counting rooms (USA15,
(USA15
SDX1,US15)

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Sala de aquisição de dados na superfície
(no presente só raios cósmicos…)
cósmicos )
ATLAS Control Room

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Raio cósmico detectado em ATLAS

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Conceitos de detectores diferentes
Colisionador- 4π Alvo fixo

QuickTime™ and a
QuickTime™ and a TIFF (LZW) decompressor
TIFF (LZW) decompressor are needed to see this picture.
are needed to see this picture.

Ex: Ex:
- ATLAS e CMS no LHC - ALICE e LHCb no LHC
- DELPHI,ALEPH,L3,OPAL no LEP - NA48 no SPS

ângulo
â l sólido
ólid máximo
á i Ângulo
 l de d aceitação
it ã limitado
li it d
Compacto, Acesso difícil Acesso
CERN High school para manutenção mais
teachers 2007 fácil
Ana Henriques/CERN
As 4 experiencias do LHC
((enterradas a ~ 90m de p
profundidade)) Colisionador 4π
Alvo fixo
Atlas

Alice
CMS
LHCb

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


CMS

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


ATLAS

22 m

44 m

7000 t CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


The ATLAS Detector

ATLAS superimposed to
the 5 floors of building 40

Diameter 25 m
Barrel toroid length 26 m
34 Countries End-cap end-wall chamber span 46 m
151 Institutions O
Overall
ll weight
i ht 7000 T
Tons
1770 Scientific Authors CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN
LHCb
Cb
LHCb

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN
Referências
• Christian
Ch i ti JJoram ett all Particle
P ti l D Detectors;
t t L t
Lectures ffor Postgraduates
P t d t Students
St d t and
d Summer
S
Students, CERN 1998, 2003, 2005
• Sascha Schmeling , Pedro Guevara, High Schools Teachers Program CERN 2003-2006

• Werner Riegler, Particle Detector lectures for CERN summer students 2007

QuickTime™ and a
TIFF ((LZW)) decompressor
p
are needed to see this picture.

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


43
Algumas ffotos
Al t dad Instalação
I t l ã e testes
t t de
d
uma experiência do LHC (ATLAS)…
(ATLAS)
Calorimetros end cap em posicao garagem

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


End cap Toroids
End-cap

Cryo tower CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


September ‘06

calorimetros Inner tracker

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN

TGC muon wheel LVL trigger cabling


‘inner
inner tracker’
tracker

May 29

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


Pixel

June 28

CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN


beam pipes
VA-C

Ion
pump

VA-A
CERN High school teachers 2007 Ana Henriques/CERN

Você também pode gostar