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Ebook - Da Execu - o Ao Agravo No Processo Penal
Ebook - Da Execu - o Ao Agravo No Processo Penal
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO
PROCESSO PENAL
DOUTRINA / LEGISLAÇÃO
JURISPRUDÊNCIA / PRÁTICA
1ª Ed. 2017
Leme / SP
Supervisão, Diagramação e Capa:
Habermann Editora
ISBN: 978-85-89206-68-6
E-mail
habermanneditora@hotmail.com
Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por siste-
mas gráficos, microfílmicos, reprográficos, fotográficos, fonográfico, videográfico.
Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer
parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições aplicam-se tam-
bém às características gráficas da obra e à sua editoração.
A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafo do Código Penal) com
pena de prisão e multa busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 à 110 da Lei 9.610, de
19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).
SOBRE O AUTOR
ARLINDO PEIXOTO GOMES RODRIGUES é Doutor em Ciências
Jurídicas Públicas, em Direito Penal e Processo Penal, da Universidade do Minho,
na cidade de Braga em Portugal. É Mestre em Direito pela Universidade Paulista e
Bacharel pela Faculdade de Direito de São João da Boa Vista/SP;
Foi Professor de Direito Penal III, Direito Processual Penal V, Prática Jurídica
Penal da Universidade Paulista de Campinas - Campus Swift e Vitalli. Professor de
Direito Processual Penal e Direito Penal da Universidade Paulista Campus de São
José do Rio Pardo;
Foi Professor de Prática Jurídica Criminal e da Pós Graduação da Universidade
da Fundação de Ensino Octávio Bastos de São João da Boa Vista;
Foi Professor de Concurso Preparatório para Exames da Ordem dos Advogados
do Brasil e de Concursos Públicos;
Foi Professor da Escola Superior da Advocacia, Núcleo de Pirassununga;
Foi Professor do Curso de Pós Graduação em Direito Penal e Direito Processual
Penal da FAEP – Formação e Aperfeiçoamento Educacional e Profissional da ci-
dade de Araras – Estado de São Paulo.
Atualmente é professor de Direito Penal e Direito Processual Penal da Universi-
dade Paulista Campus de São José do Rio Pardo, e Coordenador de Prática Jurídica e
Estágio da Referida Instituição de Ensino.
Autor dos livros: “A Legítima Defesa como Causa Excludente da Responsa-
bilidade Civil”, publicado pela Editora Ícone; “Curso de Prática Jurídica Criminal”,
pela Editora Lawbook; pela Editora BH publicou “Teoria e Prática do Procedimento
Ordinário no Direito Processual Penal”, “Manual Prático dos Recursos no Direito
Processual Penal” e “Da Prova no Direito Processual Penal”.
Pela Habermann Editora publicou as obras “Das Prisões - Teoria e Prática e
meios impugnativos”, “Comentários às Alterações da Legislação Penal e Processual
Penal”, “A Defesa do Acusado no Processo Criminal, 1ª e 2ª edição”, “A Proteção da
Vítima no Processo Criminal”, assim como coordenou a obra “Soluções Práticas do
Dia a dia do Advogado”, e “Estudos Esquematizados de Processo Penal”.
Advogado Militante em São João da Boa Vista/SP e região.
Autor: Arlindo Peixoto Gomes Rodrigues
Editora: Habermann
ISBN: 978-85-89206-64-8
Edição: 1ª ano 2017
Quantidade de páginas: 624
Formato: 21cm x 30cm
Download: https://get.adobe.com/br/reader/
CAPÍTULO I
DIREITO PROCESSUAL PENAL
1 - Visão histórica......................................................................................................................10
2 - Conceito do direito processual penal..........................................................................11
3 - O ato ilícito.............................................................................................................................12
4 - O “Jus Puniendi”.................................................................................................................... 12
5 - Conteúdo do processo penal..........................................................................................13
5.1 - O processo penal tem suas finalidades, em duas grandes vertentes....13
6 - Relações do processo penal com as demais ciências...........................................14
7 - Relações do processo penal com outros ramos do direito................................14
8 - Fontes do direito processual penal............................................................................. 15
9 - Aplicação da lei processual no tempo e no espaço...............................................16
10 - A interpretação da lei processual..............................................................................16
11 - Princípios do processo penal...................................................................................... 17
11.1 - Principais princípios..............................................................................................18
11.2 - O interesse..................................................................................................................21
11.2.1 - O conflito de interesses.....................................................................................21
11.2.2 - A relação jurídica.................................................................................................21
11.2.3 - O processo.............................................................................................................. 22
CAPÍTULO II
NOÇÕES BÁSICAS DE ELABORAÇÃO DE PETIÇÕES
1 - Conceito.................................................................................................................................. 24
2 - Escrevendo uma tese defensiva: a técnica ANEFE................................................26
3 - A técnica ANEFE..................................................................................................................28
4 - Estrutura básica de uma petição..................................................................................31
5 - Esquema prático...................................................................................................................32
CAPÍTULO III
DA PRISÃO COM O TRÂNSITO EM JULGADO
(Lei 7.210/ 84 - EXECUÇÃO PENAL)
CAPÍTULO IV
DO AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL
1. Considerações........................................................................................................................ 80
1.1. Contrarrazões do recurso de agravo em execução penal...........................81
2. Jurisprudência........................................................................................................................82
2.1. Questão não apreciada pela corte de origem, por ser cabível, na espé-
cie, agravo em execução desnecessidade, na espécie, de exame apro-
fundado da prova.........................................................................................................82
2.2. Agravo em execução interposto pelo conselho penitenciário..................83
2.3. Progressão para o regime aberto concedida pelo juízo das execuções
criminais..........................................................................................................................83
2.4. Habeas corpus. execução penal. indeferimento de livramento condi-
cional. questão não apreciada pelo tribunal a quo. exigência de inter-
posição de agravo em execução.............................................................................85
2.5. Agravo em execução de corréu provido por critério objetivo: abolitio
criminis. identidade de situações: incidência do art. 580 do código
de processo penal. recurso provido.....................................................................86
2.6. Ilegitimidade ativa do ministério público estadual. inicial ratificada
pelo procurador-geral da república. afastamento da incidência do
art. 127 da lep por órgão fracionário de tribunal estadual. violação
das súmulas vinculantes 9 e 10 do stf. procedência.....................................86
3. Prática........................................................................................................................................88
3.1. Agravo em execução penal.......................................................................................88
3.2. Contrarrazões de agravo em execução penal...................................................95
CAPÍTULO I
1 - Visão histórica
No Direito Romano os crimes eram divididos da seguinte forma: Deli-
tos Públicos - praticados contra a segurança da cidade e o parricídio, e os
Delitos Privados - praticados contra particulares. Já na antiguidade pre-
valecia a ideia de que os crimes seriam públicos ou particulares, o que até
hoje se mantém quando falamos ainda em ação penal pública e ação penal
privada. Os antigos ainda mantinham a ideia da existência de crimes que
afetavam toda a coletividade, os chamados delitos públicos, e os chamados
delitos particulares, que afetam tão somente a pessoa, que hoje são apura-
dos pela ação penal privada.
No primeiro delito, os delitos públicos, a aplicação da sanção era severa
e nenhuma garantia era dada ao acusado, ficando a punição a cargo do jul-
gador, que julgava apenas com o polegar. Já nos Delitos Privados, a função
do Estado era apenas de árbitro, onde se prestigiava a conciliação entre as
partes e a penalidade era aplicada apenas em último caso. Observe-se que
desde a antiguidade havia uma procura em relação a composição de danos,
da qual ainda hoje é preservada quando tratamos do instituto da transação
penal, que é tutelado pela Lei dos Juizados Especiais, quando prevê que a
indenização ou reparação dos danos é uma forma de transação penal, e no
caso de ação penal pública condicionada, uma vez reparado o dano, o direi-
to de representação também desaparece.
No Direito Germânico, os crimes privados eram punidos com a Vingan-
ça Privada e, mais tarde, pela Composição. A chamada vingança priva-
da, nada mais é do que a conhecida Lei de Talião, ou do olho por olho
e dente por dente, evoluindo posteriormente para a composição dos
danos como forma de reparação do dano e de despenalização, uma vez
que em determinados crimes a vítima não objetiva a prisão do cida-
dão, mas sim deseja ser ressarcida dos danos causados.
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3 - O ato ilícito
Como se sabe, um ato humano pode gerar consequências na órbita da
vida em sociedade, podendo conter uma sanção meramente moral, uma
sanção civil ou uma sanção de natureza penal. São com estes últimos atos,
os quais infringem dispositivos do Código Penal, amparados pelo Código
de Processo Penal, que dá às partes o caminho para a aplicação da pena
correspondente ao crime infringido. O ato ilícito, pois, pode atingir várias
esferas, sendo que uma tem direta interferência sobre a outra. Quanto à
sentença penal transitada em julgado, quando de natureza condenatória, se
transforma na esfera cível em título executivo, ao passo que, se o acusado
for absolvido por alguma excludente de ilicitude (legítima defesa, estado de
necessidade, estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de um
direito), uma vez reconhecida, retira da vítima o direito à ação civil.
4 - O “Jus Puniendi”
Como regra geral, o direito de punir pertence ao Estado, que o procura
através do Ministério Público nas ações penais públicas incondicionadas e
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litam no foro em segredo de justiça, tal como ocorre, por exemplo, com os
delitos sexuais ou de drogas.
Princípio do Contraditório: diretamente relacionado com o princípio
do “due process of law”, segundo o qual o acusado goza do direito de ampli-
tude de defesa e contrapor-se a qualquer prova contra ele produzida.
Assistência Jurídica Gratuita: todo o acusado necessita de um defen-
sor. Este defensor pode ser contratado pelo acusado ou pode ser nomeado
pelo Estado. Esta é a defesa técnica que, ao lado da autodefesa, formam o
princípio constitucional da ampla defesa. Além de ter uma defesa por ad-
vogado inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, o acusado
tem o direito, mormente se preso estiver, de estar presente na audiência de
produção de provas, sob pena de nulidade do processo.
Princípio da Iniciativa das Partes: “Nemo judex sine actore”. Não há
juiz sem autor. Não existe prestação jurisdicional sem a movimentação da
máquina estatal judiciária por iniciativa das partes envolvidas, que se dá a
partir da propositura de denúncia, e o procedimento investigatório se inicia
após a ocorrência de um crime.
Princípio do Ne Eat Judex Ultra Petita Partem: o juiz não pode sen-
tenciar sobre aquilo que não foi pedido pela parte. Com a denúncia, a apre-
ciação do juiz apenas se dará sobre aquilo que foi pedido pela parte, pois o
PEDIDO delimita a atuação do órgão jurisdicional.
Princípio da Identidade Física do Juiz: o juiz que deu início à instru-
ção probatória deve julgar a lide. Pelas novas reformas do processo penal,
o juiz que conduziu a audiência de produção de provas fica vinculado ao
processo, devendo proferir a sentença. Aquele que presidiu a audiência de
colheita das provas, fica vinculado ao processo, e deve proferir a decisão.
Princípio do Devido Processo Legal: dogma constitucional, pois nin-
guém poderá ser condenado sem a existência do processo previsto em lei.
Princípio da Inadmissibilidade das Provas Obtidas por Meio Ilícito:
prova produzida por meio ilícito não é admitida em nosso ordenamento ju-
rídico. É a chamada Teoria da árvore dos frutos envenenados (Fruits of the
poisons tree). O nosso regramento processual sobre a prova ilícita proíbe
de forma expressa a utilização de provas produzidas por meios ilícitos ou
derivadas destas.
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11.2 - O interesse
Um dos principais elementos de sustentação do processo é o INTERESSE.
O interesse é uma relação existente entre os homens e os bens que, de-
pendendo das circunstâncias ou acontecimentos, pode ser maior ou menor.
O Estado, como se viu anteriormente, tem o dever de manter íntegra a
relação entre as pessoas que formam uma coletividade; para tanto, se vale
da imposição de normas sancionadoras para garantir a paz social.
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11.2.3 - O processo
A paz social volta a reinar na sociedade com a aplicação do direito objetivo
ao caso concreto, através da pronta atuação do Poder Judiciário e isto se faz
através do que denominamos de PROCESSO.
Processo é o meio para a composição da lide, através da aplicação da lei
ao caso concreto, sendo seu instrumento indispensável.
Sabemos que o Estado é o detentor do monopólio da jurisdição e da admi-
nistração da justiça, chegando à inexorável conclusão de que ninguém pode
fazer justiça pelas próprias mãos, sob pena de responder pelo delito constan-
te do artigo 345 do Código Penal - exercício arbitrário das próprias razões.
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Assim, uma visão moderna do processo pode derivar duas óticas diferen-
tes: a primeira de forma objetiva, que é identificada pelo procedimento
(caminhos ou atos coordenados a se conseguir um objetivo fim), e outra
visão subjetivista, ou seja, uma relação jurídica com a presença de duas
partes: uma ativa e outra passiva.
Na ótica subjetiva podemos destacar os sujeitos processuais, na visão
de Liebman, o processo é actum trium personarum, ou seja, constatamos
a presença de três pessoas juiz, autor e réu. Aqui se faz necessário um
apontamento, visto que no direito processual penal a defesa do acusa-
do é essencial, considerada até como um direito indisponível, que não
pode ser alijada sob qualquer pretexto.
A finalidade do processo é a preservação da paz social, com a proteção dada
pelo Direito Objetivo da vida, integridade física, moral, do Estado, da família,
aplicando-se ao violador a norma e a sanção previstas pelo Direito Objetivo.
Temos então a ação. Como se sabe, são três as condições da ação: Possi-
bilidade Jurídica do Pedido, Legitimação e Interesse de Agir. Ausentes
qualquer uma dessas condições, temos a carência da ação.
De outro lado, temos também para validação do processo os denomina-
dos Pressupostos Processuais, os quais têm grande importância porque
deles dependem o desenvolvimento válido e regular do processo.
Como todo o ato jurídico, o processo exige agente capaz (no processo
penal o réu deve ter idade igual ou superior a 18 anos e não pode ser
inimputável), objeto lícito (não há crime sem lei anterior que o defina
e nem pena sem prévia cominação legal) e forma prescrita em lei (no
caso o procedimento devidamente previsto em lei). O processo, portan-
to, deve estrita obediência a certas circunstâncias que, na sua ausência, cau-
sam a nulidade do processo.
Dividem-se os pressupostos processuais em duas grandes categorias:
pressupostos objetivos, que dizem respeito ao processo e os pressupos-
tos subjetivos, que guardam relação com as partes do processo.
Dentre os pressupostos objetivos, destacam-se: inexistência de litis-
pendência, coisa julgada, uma petição apta, a citação, e o mandado.
Temos por exemplos: a investidura do juiz, a delimitação de sua com-
petência e sua imparcialidade e em relação às partes: capacidade de ser
parte, capacidade de estar em juízo (ad processum), e a capacidade
postulatória.
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CAPÍTULO II
NOÇÕES BÁSICAS DE
ELABORAÇÃO DE PETIÇÕES
1 - Conceito
Como professor universitário, ao ministrar aulas de Prática Jurídica, per-
cebi que os alunos estavam “viciados” na utilização dos famosos livros de
modelos de petições. Constatei, ainda, que tal conduta é prejudicial ao alu-
no, pois sempre diante das dificuldades da vida prática, os alunos de ontem
e profissionais do hoje procuram nos livros de modelos a solução para os
diversos problemas do cotidiano forense e todos nós sabemos que não exis-
tem tantos modelos assim, mormente em situações especificas.
Observei que, quando ministrei as aulas, os alunos sempre pediam para
que eu adotasse um livro de preferência com os célebres “modelinhos” de
petição. Nas minhas aulas prego que o aluno deve sempre aprender a fazer,
pois os alunos e futuros profissionais do Direito não devem se pautar exclu-
sivamente em livros de modelo, pois, algumas vezes, não possuem a solução
para determinado problema prático, quando “bate o desespero”.
Após avaliar vários aspectos, os quais foram discutidos com os alunos e
profissionais do Direito, alcancei um método o qual atingiu tamanho sucesso
entre os alunos, e por esse motivo foi copiado por alguns professores de Prá-
tica Jurídica Penal, que indevidamente assumiram a “paternidade da criança”;
talvez porque o método seja extremamente eficiente e, afinal de contas, esta-
vam protegidos pela máxima “nada se cria, tudo se copia”. Porém, se essa téc-
nica facilita que o estudante aprenda e assimile, que seja adotada e copiada,
aliás, aqui é pouco relevante o mestre, mas o que importa é a lição.
Prego aos meus alunos que o importante não é decorar determinado mo-
delo de petição como se ele fosse uma verdade absoluta; o primordial que o
aluno e futuro profissional do direito saiba quais são os requisitos que de-
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vam ser colocados em uma petição, como se fosse um roteiro a ser seguido.
Esse roteiro possui nove passos, que são:
1) Endereçamento;
2) Numeração do processo e do cartório;
3) Nome do requerente;
4) Nome da peça;
5) Narração dos fatos;
6) Posição pessoal;
7) Fundamentação;
8) Pedido;
9) Encerramento da peça;
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sor ministrando uma aula expositiva. Ali está o mestre, que pretensamente
sabe tudo e os alunos que pretensamente sabem nada. Aqui está o erro,
somos seres humanos, em constante aprendizado, e o ensino nada mais é
do que uma troca de experiências, de histórias de vida. Abandonar a arro-
gância e prepotência de saber tudo e ter a humildade de dizer que aquilo
não se sabe, adotando a humildade, e por outro lado perder a vergonha de
perguntar, tornando o ensino mais dinâmico, talvez seja a solução para a
falência da educação.
O primeiro erro é o tablado. Não deve haver entre alunos e professores a
distância; uns devem ser amigos e companheiros dos outros. O tablado ser-
ve de distanciamento, colocando o professor em um padrão inatingível de
inteligência, de autoridade; e o aluno, no patamar de baixo, já demonstran-
do de início quem manda, colocando-o em grau de inferioridade, que ficará
registrado na sua memória para o resto de seus dias. Muitos abandonam
brilhantes carreiras porque foram humilhados, situação esta que deixa no
limbo um profissional excelente.
O segundo erro, é a aula expositiva. O professor fala durante todo o tem-
po que compreende a aula; os alunos são apenas ouvintes, sem qualquer
participação, e quando surge alguma dúvida, a qual o aluno resolve questio-
nar ao professor, fica com medo de ser ridicularizado pelos seus colegas ou
até mesmo pelo mestre, causando outro problema sério, a timidez.
Vejamos: se o professor deseja mudar, deseja inovar. O que acontece? Os
alunos logo dizem que o professor não deu aula, que o professor ficou en-
rolando, que deu “trabalhinho” o qual nunca será lido e que será guardado
dentro do armário do mesmo, devidamente encaminhado para reciclagem
no final do ano letivo, quando arrumamos nossos armários.
A cultura da aula expositiva está arraigada aos costumes dos alunos e
passou a ser uma constante. Essa cultura produz professores estressados e
alunos tímidos, cerceando qualquer iniciativa do docente em querer mudar.
Professores não requisitam mais que os alunos leiam textos. Professores
não requisitam mais que alunos escrevam nas provas, optando pelas fami-
geradas provas de múltipla escolha que, de tão mal formuladas possuem,
às vezes, várias opções corretas. Alguns concursos públicos ainda seguem
esta opção, gerando uma nova espécie de alunos: os “concurseiros”, mais
temidos que os alunos orientais nos vestibulares de instituições públicas.
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Saímos, então, da sala de aula e passamos a examinar este aluno nas lides
forenses. O futuro advogado terá dificuldades em escrever, será tímido em
audiências, deixando de questionar pontos fundamentais da demanda; será
ansioso, inseguro; com medo de errar, prejudicando seu cliente.
Diante disso, pensando e refletindo muito a respeito de como incutir no
aluno a técnica de colocar no papel suas ideias, criei a técnica da ANEFE,
que nada mais é do que uma observação dos aspectos simples da vida, afir-
mar ou negar, explicar, fundamentar e encerrar.
3 - A técnica ANEFE
Antes de explicar esta técnica, necessário lembrar que o aluno é um ser
humano, brilhante, com uma história de vida própria, com sua individua-
lidade, com seus erros e acertos. Alunos brilhantes, muitas vezes são cer-
ceados pelos professores despreparados que, com medo de responder às
perguntas, muitas vezes rotulam estes alunos de “complicados”, “aluno pro-
blema”, “indisciplinado” etc. Os pseudos-sábios que se travestem de profes-
sores deviam, primeiramente, se preparar adequadamente antes de exerce-
rem a profissão de docentes. Deviam ouvir mais, estimular mais a leitura,
deixar de lado os trabalhos escritos via computador (no qual um finge que
faz e o outro finge que lê), fazendo com que os alunos adquiram o hábito da
leitura e de escrever. Muitas vezes o professor assume a posição de pai, e
assim sendo deve ter carinho, afeto e paciência para com seus alunos.
A técnica ANEFE é composta de quatro fases principais:
a) afirmar ou negar algo (AN);
a) explicar a razão de sua afirmação ou negação (E);
b) fundamentar seu ponto de vista (F) e
c) encerrar a frase ou pensamento (E).
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Não ficou incompleto? Obviamente que sim, porque a pessoa que o con-
vidou deseja saber qual a razão de você não sair com ela para saborear a
pizza. Aí é que entra a segunda fase da técnica ANEFE, que é a justificativa:
- Não sairei com você hoje, porque já tenho um compromisso agendado
anteriormente.
Essa técnica pode ser usada em cartas, petições, recursos, ações, disser-
tações, TCC, e-mails, que, singelamente, possui os quatros itens necessários
à elaboração de um pensamento: afirmação ou negação de alguma coisa
(AN), a explicação de seu ponto de vista, de sua afirmação ou negação (E),
as razões, os fundamentos de sua negativa ou afirmação (F) e o pedido final
de seu texto – encerramento (E).
Passe, ao escrever uma petição, um recurso, um artigo ou uma carta, a
utilizar a técnica ANEFE da construção da frase, respondendo a quatro in-
dagações:
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5- NOME DA PEÇA;
8- PEDIDO FINAL;
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5 - Esquema prático
ENDEREÇAMENTO......
Referência processo número..............
Nome da pessoa................................................... com-
parece à presença de Vossa Excelência, (COLOCAR O FUNDAMENTO LE-
GAL...........), para apresentar/interpor (COLOCAR O NOME DA PEÇA), ........
pelos seguintes motivos:
1 – NARRAR OS FATOS;
2 – UTILIZAR A TÉCNICA ANEFE.
Diante o exposto, requer.......(PEDIDO).......
Cidade, data e assinatura.
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CAPÍTULO III
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Observações:
O regime fechado caracteriza-se pelo cumprimento da pena corporal em
estabelecimento prisional denominado penitenciária, onde o agente fica re-
cluso durante todo o tempo. Já no regime semiaberto, um pouco menos rígi-
do, o condenado cumpre a sua reprimenda em estabelecimento agrícola ou
industrial, onde trabalha durante o dia, sendo somente recolhido à noite. Já
no regime aberto, o agente cumpre a pena em estabelecimento aberto, tra-
balhando durante o dia, e recolhendo-se à noite na casa do albergado. Lem-
bre-se, ademais, que em nosso país adota-se o sistema progressivo, pelo
qual o sentenciado passa de um regime mais severo para um regime menos
severo, depois de cumprido pelo menos mais de um sexto da reprimenda
imposta e desde que possua bom comportamento carcerário. A título de
observação adota-se o sistema vicariante onde o juiz deve aplicar pena ao
imputável e medida de segurança ao inimputável sendo vedado a aplicação
de ambas de forma concomitante. No caso de prática de crime hediondo
para obter a progressão deverá cumprir 2/5 (dois quintos) da reprimenda
se primário ou 3/5(três quintos) se reincidente.
Lembre-se que no Brasil, quando da aplicação da pena, adota-se o siste-
ma vicariante ou unitário, segundo o qual o juiz deve aplicar a pena ou,
alternativamente, a medida de segurança. Com a reforma da parte geral do
Código Penal, foi abolido o regime do duplo binário ou dualista, pelo qual
o juiz, além de aplicar a pena, deveria também aplicar a medida de segurança.
Para os crimes culposos (pouco importa o quantum de pena aplicada) ou
dolosos cuja a pena não ultrapasse os quatro anos de reclusão há possibili-
dade de substituição da pena privativa de liberdade pela pena restriti-
va de direitos,1 conforme se observa do gráfico abaixo:
Condenação superior a um ano: uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas
penas restritivas de direitos;
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pena e que não seja reincidente específico (LEP, 131). O termo reincidente
específico está previsto na Lei de Crimes Hediondos e consiste na reinci-
dência de qualquer dos crimes previstos em referido mandamento legal.
Portanto, reincidente específico é aquele acusado que pratica qualquer cri-
me previsto na Lei de Crimes Hediondos e a finalidade de tal instituto é a de
impedir o livramento condicional. Caso o indivíduo pratique em concurso
de crimes um crime hediondo e outro crime que não seja hediondo, deverá
cumprir 2/3 (dois terços) do crime hediondo e 1/3 (um terço) se primário
ou metade, se reincidente, do crime remanescente.
Neste sentido temos que o reincidente específico é aquele indivíduo pra-
tica dois ou mais crimes, em que o crime anterior e o posterior são da mes-
ma natureza, isto é, ambos previstos na Lei de Crimes Hediondos, pouco
importando qual seja o bem jurídico atingido pela conduta delituosa. Tra-
ta-se de reincidência específica aquele que pratica qualquer crime previsto
na Lei de Crimes Hediondos, qual seja, depois de condenado por crime he-
diondo, vem a praticar qualquer outro crime hediondo.3
c) Detração: é o desconto, na pena imposta, do tempo de prisão que o
sentenciado ficou preso temporária ou preventivamente. É admissível a
detração da pena por prisão decorrente de outro processo em que o réu
foi absolvido, desde que o delito pelo qual o réu cumpre pena tenha sido
praticado anteriormente ao seu encarceramento.4 Outro entendimento con-
duziria à esdrúxula hipótese “(...) de ‘conta corrente’ em favor do réu, que,
absolvido no primeiro processo, ficaria com um ‘crédito’ contra o Estado, a
ser usado para a impunidade de posteriores infrações penais”. 5
d) Remição: trata-se de um direito do detento em descontar da pena os
dias que trabalhou. No Brasil, adota-se o seguinte critério: para três dias
trabalhados, descontar-se um dia de pena (LEP 126). Tem-se entendido
que, para obter este benefício deve o sentenciado efetivamente ter exercido
3 “Progressão de regime e livramento condicional. Apenado com duas condenações por tráfico
de entorpecentes, nas quais o regime fixado foi o integralmente fechado. Impossibilidade de
progressão em face da Lei nº 8.072/90. Impossibilidade também do livramento condicional, pois
reincidente específico segundo a regra do art. 83, inc. I do CP. Negaram provimento ao agravo.”
(TJ-RS; AG-Ex 70009360884; Ijuí; Primeira Câmara Criminal; Rel. Des. Marcel Esquivel Hoppe;
Julg. 08/09/2004).
4 (TJ-RS; AG-Ex 70013693601; Vacaria; Primeira Câmara Criminal; Rel. Des Manuel José
Martinez Lucas; Julg. 18/01/2006).
5 (in Luiz Régis Prado, Curso de Direito Penal Brasileiro, 3ª ED., Editora Revista dos Tribunais, São
Paulo, 2002, vol. 1, pág. 470). 3. Recurso improvido. (Superior Tribunal de Justiça STJ; REsp 650405;
RS; Sexta Turma; Rel. Min. Hamilton Carvalhido; Julg. 30/06/2005; DJU 29/08/2005; Pág. 455).
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alguma atividade laboral.6 Anote-se, por fim, que a prática de falta grave faz
com que o detento perca todos os dias remidos. Também cabe a remição
quando o condenado frequenta cursos profissionalizantes, estuda durante
o cumprimento da pena.
e) Suspensão Condicional da Pena – Sursis – Benefício previsto no
Código Penal. A pena é suspensa mediante o cumprimento de determinadas
condições, quando não for superior a dois anos (LEP 156).
f) Unificação de Penas – o tempo de cumprimento da pena corporal
no Brasil não pode ultrapassar trinta anos. Por esse instituto, as penas são
juntadas em um mesmo processo. Além disso, quando o agente pratica dois
ou mais crimes com as mesmas circunstâncias de lugar, tempo e modo de
execução, os crimes subsequentes podem ser considerados juridicamente
como continuidade do primeiro. É o que prevê o artigo 71 do Código Penal,
ao contemplar a figura do crime continuado.
g) Anistia – não é exercida pelo poder jurisdicional, mas concedida pelo
Congresso Nacional através de Lei, pela qual o Poder Público deixa de punir
certas condutas delituosas. É de caráter geral.
h) Graça – também não é exercida pelo Poder Judiciário. Trata-se de um
perdão de caráter individual concedido a determinada pessoa pelo Presi-
dente da República.
i) Indulto – é um ato de caráter geral do Poder Público, um perdão coleti-
vo ou uma redução de pena, concedido independentemente de provocação,
em certas ocasiões, por exemplo, às vésperas do Natal.
SUMÁRIO
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cumprir a pena que lhe foi cominada, mas ainda encontra-se doente. Deve
o juiz colocá-lo em liberdade ou deve esperar a sua recuperação? Neste
sentido temos que: EXECUÇÃO PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO
DE RECURSO ORDINÁRIO. ART. 157, § 2º, INCISO I, DO CÓDIGO PENAL.
DOENÇA MENTALSUPERVENIENTE. MEDIDA DE SEGURANÇA SUBSTI-
TUTIVA. DURAÇÃO. Havendo medida de segurança substitutiva da pena
privativa de liberdade, a sua duração não pode ultrapassar o tempo de-
terminado para cumprimento da pena (Precedentes). Ordem concedida.
(Superior Tribunal de Justiça STJ; HC 54.057; Proc. 2006/0026902-8; SP;
Quinta Turma; Rel. Min. Felix Fischer; Julg. 12/09/2006; DJU 16/10/2006;
Pág. 394).
Neste sentido observe-se o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:
HABEAS CORPUS. 1. SENTENÇA CONDENATÓRIA. EXECUÇÃO. SU-
PERVENIÊNCIA DEDOENÇA MENTAL. CONVERSÃO DE PENA PRI-
VATIVA DE LIBERDADE EM MEDIDA DESEGURANÇA. INTERNA-
ÇÃO. MANUTENÇÃO. TEMPO DE CUMPRIMENTO DA PENAEXTRA-
POLADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 2. ORDEM CONCEDIDA.
1. Em se tratando de medida de segurança aplicada em substitui-
ção à pena corporal, prevista no art. 183 da Lei de Execução Penal,
sua duração está adstrita ao tempo que resta para o cumprimento
da pena privativa de liberdade estabelecida na sentença condena-
tória, sob pena de ofensa à coisa julgada. Precedentes desta Corte.
2. Ordem concedida.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tri-
bunal de Justiça: “A Turma, por unanimidade, concedeu a ordem
de habeas corpus, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora.”
Os Srs. Ministros Og Fernandes, Sebastião Reis Júnior e Alderita
Ramos de Oliveira (Desembargadora convocada do TJ/PE) vota-
ram com a Sra. Ministra Relatora. Presidiu o julgamento o Sr. Mi-
nistro Og Fernandes.
Outras Informações
Não é possível que a medida de segurança, aplicada em razão da
superveniência de doença mental no decorrer da execução penal,
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Agravo provido
(Agravo em Execução nº 70012821963, 8ª Câmara Criminal
do TJRS, Giruá, Rel. Des. Fabianne Breton Baisch. j. 30.11.2005,
unânime).
“não existe no CP ou na LEP a figura da suspensão do livra-
mento condicional por quebra de obrigação constante da
sentença concessiva, sendo ela admissível somente na hipótese
do artigo 145 da LEP – prática de outra infração durante o seu
curso”(TJPR, RT 704/378).
“PROCESSO PENAL. PENA. EXECUÇÃO. LIVRAMENTO CONDICIO-
NAL. COMPARECIMENTO TRIMESTRAL EM JUÍZO. DESCUMPRI-
MENTO. SUSPENSÃO CAUTELAR. MANDADO DE PRISÃO. EXPEDI-
ÇÃO. CONTRADITÓRIO. SUPRESSÃO. DEFESA. CERCEAMENTO. O
procedimento relativo à execução penal é judicial (art. 194 da LEP)
e, portanto, regido pelo princípio da legalidade, demanda, em favor
das partes e acusados em geral, o exercício do contraditório, para
assegurar ampla defesa. A jurisprudência desta Corte Superior é
iterativa no admitir a suspensão cautelar do livramento con-
dicional quando o liberado pratica nova infração. A suspensão
cautelar do livramento, com expedição de mandado de prisão,
sem a oitiva do liberado ou de seu defensor, porque lhe subtrai
direito subjetivo, constitui constrangimento ilegal. Ordem con-
cedida, para determinar o recolhimento do mandado de prisão e,
bem assim, que a Defesa Técnica seja ouvida, em prazo a ser fixado
pelo Juízo da Execução, sobre o descumprimento das condições do
livramento condicional.” (HC 28.503/RJ, Rel. Ministro PAULO MEDI-
NA, SEXTA TURMA, julgado em 02.03.2004, DJ 29.03.2004 p. 281).
Grifo nosso.
SUMÁRIO
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“Art. 50........................................................
VII– tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefô-
nico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com ou-
tros presos ou com o ambiente externo.
SUMÁRIO
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SUMÁRIO
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Comentário: trata-se de crime próprio (uma vez que somente pode ser
praticado pelo Diretor de Presídio ou agente público). É um crime contra a
Administração da Justiça, sendo crime omissivo puro (que se perfaz com
a simples abstenção da realização do ato, independente de ocorrência do
resultado) e somente punido a título de dolo. Tem sua consumação aperfei-
çoada quando o agente público ou o Diretor do presídio tem conhecimento
de que o detento possui o parelho celular, e diante desta situação deixa de
coibir tal comportamento. Tem pena cominada de detenção de até um ano,
permitindo a suspensão condicional do processo e tem sua competência
fixada junto ao Juizado Especial Criminal, permitindo a transação penal.
Este crime visa proteger a Administração Pública. Deve ser consignado que
este crime não admite a tentativa, uma vez que se trata de crime omissivo
puro (ou pratica o ato ou não), permitindo o concurso de agentes. Trata-se
de crime apurado mediante ação penal pública condicionada. Trata-se de
novatio legis incriminadora, razão pela qual, somente tendo aplicabilidade
SUMÁRIO
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§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicial-
mente em regime fechado.
SUMÁRIO
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4 - Prática
4.1 - Progressão de regimes
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS
EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE ___________ – ESTADO DE
____________.
_ Referência Execução Criminal número_______
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local e Data.
Advogado e OAB.
SUMÁRIO
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SUMÁRIO
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rencial é que o recurso aqui comentado não possui efeito suspensivo por
expressa disposição legal do artigo 197 da Lei de Execuções Penais.
Recebido pelo juiz da Vara de Execuções o agravo interposto pelo prejudi-
cado, o agravante terá o prazo de dois dias para apresentação das razões de
seu inconformismo. Posteriormente, será aberta vista dos autos, por igual
prazo, à parte contrária para apresentação de sua resposta e respectiva inti-
mação, em uma peça denominada de contrarrazões ou contra minuta de
agravo em execução penal.
Nesta peça, como em todas as peças de contrarrazões ao recurso, deve ser
requerida a MANUTENÇÃO da decisão proferida e o IMPROVIMENTO do re-
curso apresentado.
Com a resposta ao recurso, os autos vão conclusos ao juiz da Vara das
Execuções Criminais para que se decida se mantém ou reforma a decisão re-
corrida. Neste caso, caso o juiz mantenha a decisão os autos serão enviados
à Instância Superior. Reformando a sua decisão, a parte então vencedora
que agora com esta decisão se torna sucumbente, caso deseja a manutenção
da decisão deverá peticionar ao Juízo requerendo o envio dos autos ao Tri-
bunal, sem a necessidade de interposição de novo agravo, em homenagem
ao princípio da celeridade e da economia processual.
Aqui cabe uma observação: vários incisos do artigo 581 do Código de
Processo Penal cuidam de hipóteses e casos de competência da Vara das
Execuções Criminais (como o livramento condicional, medida de segurança,
conversão de pena de multa, unificação de penas, concessão de sursis pelo Juiz
da Vara das Execuções), estes incisos que tratam de matérias afetas a Lei de
Execução Penal estão revogados por esta lei. Na prática forense caso o re-
corrente apresente o recurso em sentido estrito ao invés do agravo em exe-
cução penal, pelo princípio da fungibilidade, não havendo má-fé e estan-
do o recurso no prazo, o recurso correto será recebido e processado como
se correto fosse ao caso concreto.
197, da Lei de execuções penais e de 05 (cinco) dias, pois a ele se aplicam, subsidiariamente,
as disposições referentes ao recurso em sentido estrito. (TJ-GO; AG-ExPen 27-1/352; Proc.
200603916451; Itumbiara; Primeira Câmara Criminal; Rel. Des. Geraldo Salvador de Moura;
Julg. 01/03/2007; DJGO 15/03/2007) CPP, art. 586 LEI 7210-1984, art. 197 Súm. nº 700 do STF.
SUMÁRIO
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5.3 - Jurisprudência
Progressão para o Regime Aberto Concedida pelo Juízo das Execuções Cri-
minais.
HABEAS CORPUS. PROGRESSÃO PARA O REGIME ABERTO CONCE-
DIDA PELO JUÍZO DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS. ACÓRDÃO PROFE-
RIDO EM AGRAVO EM EXECUÇÃO QUE DETERMINOU A REALIZA-
ÇÃO DE EXAME CRIMINOLÓGICO. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE.
ORDEM CONCEDIDA. 1. Com a nova redação do art. 112 do Lei de
Execuções Penais, dada pela Lei n.º 10.792/03, para a progressão
de regime prisional basta atestado de bom comportamento car-
cerário, salvo quando o magistrado, com base nas peculiaridades
concretas do caso, exigir a realização de exame criminológico, o
que não ocorreu na espécie. Precedentes. 2. A necessidade do exa-
me criminológico não pode ser justificada apenas com base na
gravidade em abstrato do delito, devendo haver, na decisão que a
requer, demonstração, com base em dados concretos obtidos du-
rante a execução da pena, de que referida perícia se faz mister ao
processo de ressocialização do sentenciado. 3. “Se o Magistrado
singular não considerou necessário o exame criminológico, enten-
dendo presentes os requisitos indispensáveis à progressão de regi-
me, não pode o Tribunal a quo condicionar a concessão do bene-
fício justamente à realização do referido exame”. (STJ, HC 60181/
SP, 5.ª Turma, Rel. Min. GILSON DIPP, DJ de 05/02/2007.) 4. Ordem
concedida para restabelecer a decisão monocrática que deferiu a
progressão do Paciente para o regime prisional aberto.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade
dos votos e das notas taquigráficas a seguir, prosseguindo no jul-
gamento, por maioria, conceder a ordem, nos termos do voto da
Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima e
Jorge Mussi votaram com a Sra. Ministra Relatora. Votaram ven-
cidos os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho e Felix Fischer,
que denegavam a ordem. (Superior Tribunal de Justiça; HC 134967
/ SP; HABEAS CORPUS; 2009/0079075-0; Ministra LAURITA VAZ;
QUINTA TURMA; 06/10/2009; DJe 01/02/2010).
SUMÁRIO
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6 - Prática
6.1 - Agravo em execução penal
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS
EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE _____________ – ESTADO DE
____________.
SUMÁRIO
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Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local e Data.
Advogado e OAB.
SUMÁRIO
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DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Agravante: ___________
Agravada: ___________
- Referência Execução Penal número _________
Vara das Execuções Criminais da Comarca de _______– Estado de ______
EGRÉGIO TRIBUNAL!
COLENDA CÂMARA!
ÍNCLITOS JULGADORES!
I - PRELIMINARMENTE
SUMÁRIO
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II – NO MÉRITO:
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Egrégio Tribunal !
Colenda Câmara !
Nobres Julgadores !
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DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
nal, sem qualquer gravidade e sem colocar em risco a paz e harmonia so-
cial e apenas e tão somente dez minutos antes do seu horário permitido;
12. Deve ser acrescido que esta conduta, pela ausên-
cia de lesividade a qualquer bem jurídico tutelado não pode e nem deve
ser levada pelo Poder Judiciário como uma causa obrigatória de revogação
do benefício, como já não foi em primeira Instância, devendo ser mantido o
agravamento das condições impostas, nos termos fixados em decisão fun-
damentada, ante a ausência de qualquer outra conduta do sentenciado
que evidencie que o mesmo tornará a delinquir.
13. Neste passo adverte o professor NEY DE MOURA
TELES: “ é de todo conveniente que ao juiz da execução penal seja concedida
a mais ampla liberdade de decisão, para determinar a revogação quando ab-
solutamente necessária para a realização dos fins da execução penal”
(Direito Penal, Volume 2, Editora Atlas, p. 1984).
14. Com o devido respeito, um atraso de dez ou
vinte minutos, não se revele como motivo ensejador de revogação de
um benefício, MORMENTE QUANDO O SENTENCIADO JÁ CUMPRIU QUASE
TODA A SUA PENA, e sem que este ato tivesse causado qualquer viola-
ção ou ameaça a qualquer bem jurídico tutelado.
Deve ser levado em conta que, para a aplicação de
pena, penalidade, sanção ou revogação, tanto no âmbito do Direito Penal,
quanto do Direito Administrativo, ou nossa vida em coletividade, deve ser
observado, sob pena de cometermos flagrantes injustiças o princípio da
proporcionalidade ou da razoabilidade, em que a punição nunca deve ser
maior que a falta cometida. Neste diapasão, o MM Juiz adotou posição cor-
reta em agravar as condições do benefício, deixando de advertir o senten-
ciado (uma punição branda) ou revogar o benefício (posição mais grave),
adotando a solução adequada que foi o agravamento das condições (posição
média, compatível com a falta cometida, que não teve nenhum reflexo crimi-
noso na conduta do sentenciado).
Adotando-se a postura do Ilustre Promotor de Justiça
estaríamos, com o devido respeito, incidindo no excesso de execução, qual
seja, indo além do decidido na sentença, no acórdão ou na lei, prejudicando o
sentenciado que cumpre a sua pena, procurando atentar-se a finalidade des-
ta, qual seja, a sua reinserção no convívio social, submetendo o agravado a
SUMÁRIO
79
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
tratamento mais rigoroso por uma falta leve e sem qualquer repercussão
social. Certamente, com o provimento do agravo, o sentenciado irá ser sub-
metido a sanção administrativa não prevista em lei, indo além do que
esta fixa, revogando-se um benefício por atraso de minutos.
Lembra o autor RENATO MARCÃO que: “é necessário
que a sanção seja individualizada e proporcional a conduta, aferindo caso a
caso a natureza e gravidade da infração praticada, a circunstâncias do fato
e a pessoa do faltoso” (Curso de Execução Penal, Editora Saraiva, 2007, p. 46).
Não se perca de vista que na aplicação de qualquer
sanção (como a revogação do benefício) a própria Lei de Execução Penal, em
seu artigo 57, recomenda ao juiz e ao aplicador do Direito, um temperamento
recheado de cautela, pois deve ser observado a natureza da infração pratica-
da, as circunstâncias e consequências do fato, a pessoa do faltoso e o tempo
que resta de cumprimento da pena.
O fato praticado pelo sentenciado não enseja a revoga-
ção obrigatória do livramento condicional, uma vez que a falta praticada não
se trata de crime praticado antes do benefício ou crime praticado durante
o período de prova.
A conduta do sentenciado não reflete, de maneira al-
guma, sua inaptidão para o retorno ao convívio social. Tampouco demonstra
a ausência de mérito para a continuidade do benefício, e tal decisão, como
foi tomada pelo Juiz, demonstrou estar cercada por parâmetros da individu-
alização da pena, qual seja: a imposição de sanção média, acima do mínimo
(repreensão ou advertência) e abaixo da máxima (revogação do benefício).
Portanto, Senhores Julgadores, não é qualquer con-
duta que enseja a revogação do benefício, sendo necessário que esta con-
duta reflita que o sentenciado não está apto ao retorno social, fato este que
não ficou demonstrado nos autos, cuja a prova fica a cargo do Ilustre Mem-
bro do Ministério Público que nada comprovou a respeito, batendo-se na
prática do crime (aliás já julgado) e pelo atraso de singelos minutos...
15. Assim sendo, requer as Vossas Excelência que
seja julgado IMPROVIDO O PRESENTE RECURSO E MANTIDA, VIA DE
CONSEQUÊNCIA A DECISÃO AGRAVADA, visto que, como já suscitado, não
existem elementos suficientes para a revogação do livramento condi-
cional do sentenciado, que já teve sua situação agravada, tudo como
forma de distribuição de Justiça.
SUMÁRIO
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DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
CAPÍTULO IV
1. Considerações
Trata-se de um meio impugnativo das decisões proferidas no cur-
so da execução criminal, ou seja, quando o Estado obtém o título executivo
através de uma sentença condenatória.
Este recurso não é previsto no Código de Processo penal, mas sim
na Lei de Execução Penal – 7210/84 – das decisões proferidas em sede do
Juízo das Execuções.
Este recurso é semelhante ao recurso em sentido estrito, pois
possibilita ao Juiz das Execuções Criminais reformar a sua decisão, tendo
assim o denominado juízo de retratação.
Este recurso é previsto no artigo 197 da Lei de Execuções Penais,
sendo um recurso cabível tanto para a acusação, quanto para a defesa.
O prazo para interposição deste recurso é de cinco dias, muito
embora não haja na lei prazo para este recurso. Processa-se da mesma
forma que o recurso em sentido estrito e tem seu cabimento somente
nas questões atinentes a benefícios, como por exemplo: da decisão que
declara extinta a punibilidade, decide a soma ou a unificação de penas,
que determina a progressão ou a regressão de regimes, questões relativas
a detração e remição de penas, suspensão condicional da pena, livramento
condicional, incidentes de execução, saídas temporárias.
Vale salientar em questão de ordem prática que, uma vez indeferi-
do qualquer pedido relativo a questão de execução da pena, cabe ao inter-
essado recorrer, através do duplo grau de jurisdição, através do agravo em
execução penal.
SUMÁRIO
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SUMÁRIO
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DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
afetas a Lei de Execução Penal estão revogados por esta lei. Na prática
forense caso o recorrente apresente o recurso em sentido estrito ao invés
do agravo em execução penal, pelo princípio da fungibilidade, não hav-
endo má-fé e estando o recurso no prazo, o recurso correto será recebido
e processado como se correto fosse ao caso concreto.
2. Jurisprudência
2.1. Questão não apreciada pela corte de origem, por ser
cabível, na espécie, agravo em execução desnecessidade,
na espécie, de exame aprofundado da prova.
HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. PROGRESSÃO DE REGIME.
TESE DE CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. QUESTÃO
NÃO APRECIADA PELA CORTE DE ORIGEM, POR SER CABÍVEL, NA
ESPÉCIE, AGRAVO EM EXECUÇÃO DESNECESSIDADE, NA ESPÉCIE,
DE EXAME APROFUNDADO DA PROVA. QUESTÃO DE DIREITO. VI-
ABILIDADE DO WRIT ORIGINÁRIO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
EVIDENCIADO. 1. Não há impedimento ao conhecimento do writ
pelo Tribunal a quo, nem se vislumbra, na espécie, inadequação da
via eleita, uma vez que a análise da questão sub examine prescinde
de qualquer incursão na seara probatória, tratando-se de questão
de direito, consubstanciada na tese do preenchimento dos requis-
itos legais, nos termos do art. 112 da Lei de Execução Penal, segun-
do a redação dada pela Lei n.º 10.792/2003. 3. Ordem concedida,
para determinar que o eg. Tribunal de origem aprecie o mérito do
habeas corpus originário, decidindo como entender de direito.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade
dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, con-
ceder a ordem, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os
Srs. Ministros Arnaldo Esteves Lima, Napoleão Nunes Maia Filho,
Jorge Mussi e Felix Fischer votaram com a Sra. Ministra Relatora.
(Superior Tribunal de Justiça; HC 143510 / SP; HABEAS COR-
PUS; 2009/0147569-0; Ministra LAURITA VAZ; QUINTA TUR-
MA; 29/10/2009; DJe 30/11/2009).
SUMÁRIO
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3. Prática
3.1. Agravo em execução penal
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS
EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE _____________ – ESTADO DE
____________.
SUMÁRIO
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SUMÁRIO
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Nestes Termos,
Pede Deferimento
Agravante: ___________
Agravada : ___________
- Referência Execução Penal número _________
COLENDA CÂMARA!
ÍNCLITOS JULGADORES !
SUMÁRIO
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I - PRELIMINARMENTE
SUMÁRIO
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SUMÁRIO
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II – NO MÉRITO:
Consoante se observa do Parecer do Conselho Penitenciário, en-
cartado aos autos às fls. 29, observa-se claramente que o agravante cum-
priu o lapso temporal exigido por lei, apresentando bom comportamento
carcerário, e não há qualquer falta grave praticada pelo mesmo nos últi-
mos doze meses.
Todavia, por incrível que possa parecer, o beneficio do Indulto re-
querido pelo agravante não foi acolhido, uma vez que, segundo o Parecer
do Conselho Penitenciário do Estado de São Paulo, o agravante praticou
crime hediondo, fato este que não lhe permite a concessão do beneficio.
Com o devido respeito, a motivação para a não concessão do
benefício encontra-se totalmente equivocada, uma vez que conforme se
observa do documento em anexo o agravante foi condenado pela prática
de homicídio simples, e como é sabido, apenas o homicídio qualificado é
considerado como crime hediondo.
Como é sabido, a Lei 8.072/90 apenas classifica como crime hedi-
ondo o homicídio qualificado, e não o homicídio simples e muito menos o
homicídio privilegiado qualificado. Assim:
São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipifica-
dos no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal,
consumados ou tentados: Redação(ões) Anterior(es)
SUMÁRIO
94
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
dio qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV e V); (Inciso acrescentado
conforme determinado na Lei nº 8.930, de 6.9.1994, DOU 7.9.1994)
Nestes Termos,
Pede Deferimento
_________________________________
Advogado/OAB__________
SUMÁRIO
95
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Nestes Termos,
Pede Deferimento
SUMÁRIO
96
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Egrégio Tribunal !
Colenda Câmara !
Nobres Julgadores !
SUMÁRIO
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DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SUMÁRIO
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DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SUMÁRIO
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DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SUMÁRIO
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DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Nestes Termos,
Pede Deferimento
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Advogado/OAB__________
SUMÁRIO
101
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
CAPÍTULO XXXIII
SÚMULAS DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Súmula 3
Compete ao tribunal regional federal dirimir conflito de competencia verifi-
cado, na respectiva região, entre juiz federal e juiz estadual investido de juris-
dição federal.
Súmula 6
Compete ao tribunal regional federal dirimir conflito de competencia
verificado, na respectiva região, entre juiz federal e juiz estadual inves-
tido de jurisdição federal.
Súmula 7
A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
Súmula 9
A exigencia da prisão provisoria, para apelar, não ofende a garantia con-
stitucional da presunção de inocencia.
Súmula 13
A divergencia entre julgados do mesmo tribunal não enseja recurso especial.
SUMÁRIO
102
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Súmula 18
A sentença concessiva do perdão judicial e declaratoria da extinção da
punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatorio.
Súmula 21
Pronunciado o reu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal
da prisão por excesso de prazo na instrução.
Súmula 22
Não ha conflito de competencia entre o Tribunal de Justiça e Tribunal de
alçada do mesmo estado-membro.
Súmula 33
A incompetencia relativa não pode ser declarada de oficio.
Súmula 37
São cumulaveis as indenizações por dano material e dano moral oriun-
dos do mesmo fato.
Súmula 38
Compete a justiça estadual comum, na vigencia da constituição de 1988,
o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento
de bens, serviços ou interesse da união ou de suas entidades.
Súmula 40
Para obtenção dos beneficios de saida temporaria e trabalho externo,
considera-se o tempo de cumprimento da pena no regime fechado.
SUMÁRIO
103
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Súmula 41
O superior tribunal de justiça não tem competencia para processar e
julgar, originariamente, mandado de segurança contra ato de outros tri-
bunais ou dos respectivos orgãos.
Súmula 42
Compete a justiça comum estadual processar e julgar as causas civeis em
que e parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu
detrimento.
Súmula 51
A punição do intermediador, no jogo do bicho, independe da identifi-
cação do “ apostador” ou do “banqueiro”.
Súmula 52
Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangi-
mento por excesso de prazo.
Súmula 53
Compete a justiça comum estadual processar e julgar civil acusado de
pratica de crime contra instituições militares estaduais.
Súmula 59
Não ha conflito de competencia se ja existe sentença com transito em
julgado, proferida por um dos juizosconflitantes.
Súmula 62
Compete a justiça estadual processar e julgar o crime de falsa anotação
na carteira de trabalho e previdencia social, atribuido a empresa privada.
SUMÁRIO
104
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Súmula 64
Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução,
provocado pela defesa.
Súmula 73
A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em
tese, o crime de estelionato, da competencia da justiça estadual.
Súmula 74
Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do reu requer pro-
va por documento habil.
Súmula 75
Compete a justiça comum estadual processar e julgar o policial militar por
crime de promover ou facilitar a fuga de preso de estabelecimento penal.
Súmula 78
Compete a justiça militar processar e julgar policial de corporação estad-
ual, ainda que o delito tenha sido praticado em outra unidade federativa.
Súmula 81
Não se concede fiança quando, em concurso material, a soma das penas
minimas cominadas for superior a dois anos de reclusão.
Súmula 83
Não se conhece do recurso especial pela divergencia, quando a orien-
tação do tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida.
SUMÁRIO
105
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Súmula 86
Cabe recurso especial contra acordão proferido no julgamento de agravo
de instrumento.
Súmula 90
Compete a justiça estadual militar processar e julgar o policial militar
pela pratica do crime militar, e a comum pela pratica do crime comum
simultaneo aquele.
Súmula 91
Compete a justiça federal processar e julgar os crimes praticados contra a
fauna.
(*) Na sessão de 08/11/2000, a Terceira Seção deliberou pelo CAN-
CELAMENTO da Súmula n. 91.
Súmula 98
Embargos de declaração manifestados com notorio proposito de pre-
questionamento não tem carater protelatorio.
Súmula 104
Compete a justiça estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação
e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino.
Súmula 107
Compete a justiça comum estadual processar e julgar crime de estelion-
ato praticado mediante falsificação das guias de recolhimento das con-
tribuições previdenciarias, quando não ocorrente lesão a autarquia federal.
Súmula 122
Compete a justiça federal o processo e julgamento unificado dos crimes
conexos de competencia federal e estadual, não se aplicando a regra do
art. 78, II, “a”, do codigo de processo penal.
SUMÁRIO
106
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Súmula 140
Compete a justiça comum estadual processar e julgar crime em que o
indigena figure como autor ou vitima.
Súmula 147
Compete a justiça federal processar e julgar os crimes praticados contra
funcionario publico federal, quando relacionados com o exercicio da função.
Súmula 151
A competencia para o processo e julgamento por crime de contrabando
ou descaminho define-se pela prevenção do juizo federal do lugar da
apreensão dos bens.
Súmula 164
O prefeito municipal, apos a extinção do mandato, continua sujeito a
processo por crime previsto no art. 1. do Dec. Lei n. 201, de 27/02/67.
Súmula 165
Compete a justiça federal processar e julgar crime de falso testemunho
cometido no processo trabalhista.
Súmula 171
Cominadas cumulativamente, em lei especial, penas privativa de liber-
dade e pecuniaria, e defeso a substituição da prisão por multa.
Súmula 174
No crime de roubo, a intimidação feita com arma de brinquedo autoriza
o aumento da pena.
SUMÁRIO
107
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Súmula 191
A pronuncia e causa interruptiva da prescrição, ainda que o tribunal do
juri venha a desclassificar o crime.
Súmula 200
O juizo federal competente para processar e julgar acusado de crime
de uso de passaporte falso e o do lugar onde o delito se consumou.
Súmula 203
Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segun-
do grau dos juizados especiais.
Súmula 208
Compete a justiça federal processar e julgar prefeito municipal por des-
vio de verba sujeita a prestação de contas perante orgão federal.
Súmula 209
Compete a justiça estadual processar e julgar prefeito por desvio de ver-
ba transferida e incorporada ao patrimonio municipal.
Súmula 211
Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição
de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo tribunal a quo.
Súmula 216
A tempestividade de recurso interposto no superior *tribunal de justiça
é aferida pelo registro no protocolo da secretaria e não pela data da en-
trega na agência do correio.
SUMÁRIO
108
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Súmula 234
A participação de membro do ministério público na fase investigatória
criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o ofereci-
mento da denúncia.
Súmula 240
A extinção do processo, por abandono da causa pelo autor, depende de
requerimento do réu.
Súmula 243
O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às in-
frações penais cometidas em concurso material, concurso formal ou
continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo so-
matório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite
Súmula 244
Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de este-
lionato mediante cheque sem provisão de fundos.
Súmula 267
A interposição de recurso, sem efeito suspensivo, contra decisão conde-
natória não obsta a expedição de mandado de prisão.
Súmula 273
Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se
desnecessária intimação da data da audiência no juízo deprecado.
Súmula 280
O art. 35 do decreto-lei n° 7.661, de 1945, que estabelece a prisão administrativa,
foi revogado pelos incisos LXI e LXVII do art. 5° da constituição federal de 1988.
SUMÁRIO
109
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Súmula 304
É ilegal a decretação da prisão civil daquele que não assume expressa-
mente o encargo de depositário judicial.
Súmula 305
É descabida a prisão civil do depositário quando, decretada a falência da
empresa, sobrevém a arrecadação do bem pelo síndico.
Súmula 337
É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do
crime e na procedência parcial da pretensão punitiva.
Súmula 338
A prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas.
Súmula 342
NO procedimento para aplicação de medida sócio-educativa, é nula a de-
sistência de outras provas em face da confissão do adolescente.
Súmula 347
O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão.
Súmula 348
Compete ao superior tribunal de justiça decidir os conflitos de competência en-
tre juizado especial federal e juízo federal, ainda que da mesma seção judiciária.
Súmula 367
A competência estabelecida pela ec n. 45/2004 não alcança os processos
já sentenciados.
SUMÁRIO
110
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Súmula 376
Compete a turma recursal processar e julgar o mandado de segurança
contra ato de juizado especial.
Súmula 383
A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de
menor é, em princípio, do foro do domicílio do detentor de sua guarda.
Súmula 390
Nas decisões por maioria, em reexame necessário, não se admitem em-
bargos infringentes.
Súmula 415
O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo
da pena cominada.
Súmula 419
Descabe a prisão civil do depositário judicial infiel.
Súmula 428
Compete ao Tribunal Regional Federal decidir os conflitos de competência
entre juizado especial federal e juízo federal da mesma seção judiciária.
Súmula 438
É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão
punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da
existência ou sorte do processo penal.
SUMÁRIO
111
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Súmula 439
Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde
que em decisão motivada.
Súmula 440
Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de re-
gime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção impos-
ta, com base apenas na gravidade abstrata do delito.
Súmula 441
A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional.
Súmula 442
É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a
majorante do roubo.
Súmula 443
O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo cir-
cunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para
a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes.
Súmula 444
É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso
para agravar a pena-base.
Súmula 455
A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no
art. 366 do cpp deve ser concretamente fundamentada, não a justifican-
do unicamente o mero decurso do tempo.
SUMÁRIO
112
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Súmula 471
Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da
vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da lei n.
7.210/1984 (lei de execução penal) para a progressão de regime prisional.
SUMÁRIO
113
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
CAPÍTULO XXXIV
SÚMULAS DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL
SÚMULA Nº 2
Concede-se liberdade vigiada ao extraditando que estiver preso por pra-
zo superior a sessenta dias.
Observação
- Verifica-se na leitura do acórdão do HC47663 (DJ de 27/11/1970), do
Plenário, que a aplicação da Súmula 2 está obstada pelo art. 95, § 1º, do
Decreto-Lei 941/1969. Em decisão monocrática exarada na Ext 890 (DJ
de 29/8/2003), o Ministro Relator entendeu que a Súmula 2 não mais
prevalece em nosso sistema de direito positivo, desde a revogação, pelo
Decreto-Lei 941/1969 (art. 95, § 1º), do art. 9º do Decreto-Lei 394/1938,
sob cuja égide foi editada a formulação sumular em questão. Nesse sen-
tido veja também as decisões monocráticas Ext 766 (DJ de 29/11/1999)
e Ext 870 (DJ de 8/10/2003), bem como os acórdãos HC 73552 (DJe nº
30/2009) e Ext 1121 AgR (DJe n° 71/2009), ambos do Plenário. - Regi-
mento Interno do Supremo Tribunal Federal de 1980, art. 213.
SÚMULA Nº 3
A imunidade concedida a deputados estaduais é restrita à justiça do estado
Observação
O Tribunal Pleno declarou superada a Súmula 3 no julgamento do RE 456679.
SÚMULA Nº 4
Não perde a imunidade parlamentar o congressista nomeado ministro de
estado
SUMÁRIO
114
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Observação
A Súmula 4 foi cancelada no julgamento do inq 104 (RTJ 99/477).
SÚMULA Nº 145
Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna im-
possível a sua consumação.
SÚMULA Nº 146
A prescrição da ação penal regula-se pela pena concretizada na sentença,
quando não há recurso da acusação.
SÚMULA Nº 147
A prescrição de crime falimentar começa a correr da data em que deve-
ria estar encerrada a falência, ou do trânsito em julgado da sentença que
a encerrar ou que julgar cumprida a concordata.
SÚMULA Nº 155
É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da ex-
pedição de precatória para inquirição de testemunha.
SÚMULA Nº 156
É absoluta a nulidade do julgamento, pelo júri, por falta de quesito obrigatório.
SÚMULA Nº 160
É nula a decisão do tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não ar-
güida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
SÚMULA Nº 162
É absoluta a nulidade do julgamento pelo júri, quando os quesitos da
defesa não precedem aos das circunstâncias agravantes.
SÚMULA Nº 206
É nulo o julgamento ulterior pelo júri com a participação de jurado que
funcionou em julgamento anterior do mesmo processo.
SUMÁRIO
115
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 208
O assistente do ministério público não pode recorrer, extraordinaria-
mente, de decisão concessiva de “habeas corpus”.
SÚMULA Nº 210
O assistente do ministério público pode recorrer, inclusive extraordi-
nariamente, na ação penal, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598 do código
de processo penal.
SÚMULA Nº 245
A imunidade parlamentar não se estende ao co-réu sem essa prerrogativa.
SÚMULA Nº 246
Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão
de cheque sem fundos.
SÚMULA Nº 344
Sentença de primeira instância concessiva de “habeas corpus”, em caso
de crime praticado em detrimento de bens, serviços ou interesses da
união, está sujeita a recurso “ex officio”.
SÚMULA Nº 351
É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação
em que o juiz exerce a sua jurisdição.
SÚMULA Nº 352
Não é nulo o processo penal por falta de nomeação de curador ao réu
menor que teve a assistência de defensor dativo.
SÚMULA Nº 366
Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não
transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia.
SUMÁRIO
116
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 367
Concede-se liberdade ao extraditando que não for retirado do país no
prazo do art. 16 do decreto-lei 394, de 28/4/1938.
SÚMULA Nº 388
O casamento da ofendida com quem não seja o ofensor faz cessar a qual-
idade do seu representante legal, e a ação penal só pode prosseguir por
iniciativa da própria ofendida, observados os prazos legais de decadên-
cia e perempção.
Observação
A Súmula 388 foi revogada pelo Tribunal Pleno no julgamento do HC
53777 (RTJ 83/735).
SÚMULA Nº 394
Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competên-
cia especial por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação
penal sejam iniciados após a cessação daquele exercício.
Observação
- Na sessão plenária de 25/8/1999 a Súmula 394 foi cancelada, com
efeito “ex nunc”, nos seguintes julgamentos: Inq 687 QO (RTJ 179/912),
AP 315QO (RTJ 180/11), AP 319 QO (DJ de 31/10/2001), Inq 656 QO (DJ
de 31/10/2001), Inq 881 QO (RTJ 179/440), AP 313 QO (RTJ 171/745).
- Veja Súmula 451.
SÚMULA Nº 395
Não se conhece de recurso de “habeas corpus” cujo objeto seja resolver
sobre o ônus das custas, por não estar mais em causa a liberdade de lo-
comoção.
SÚMULA Nº 396
Para a ação penal por ofensa à honra, sendo admissível a exceção da ver-
dade quanto ao desempenho de função pública, prevalece a competência
SUMÁRIO
117
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 423
Não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso “ex offi-
cio”, que se considera interposto “ex lege”.
SÚMULA Nº 431
É nulo o julgamento de recurso criminal, na segunda instância, sem
prévia intimação, ou publicação da pauta, salvo em “habeas corpus”.
SÚMULA Nº 448
O prazo para o assistente recorrer, supletivamente, começa a correr ime-
diatamente após o transcurso do prazo do ministério público
Observação
No julgamento do HC 50417 (RTJ 68/604), o Tribunal Pleno, por maio-
ria de votos, resolvendo questão de ordem, decidiu pela revisão prelim-
inar da redação da Súmula 448.
SÚMULA Nº 451
A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao
crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional.
SÚMULA Nº 452
Oficiais e praças do corpo de bombeiros do estado da guanabara respon-
dem perante a justiça comum por crime anterior à Lei 427, de 11/10/1948.
SÚMULA Nº 453
Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do códi-
go de processo penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao
SUMÁRIO
118
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 497
Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena impos-
ta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação.
SÚMULA Nº 498
Compete à justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o
julgamento dos crimes contra a economia popular.
SÚMULA Nº 499
Não obsta à concessão do “sursis” condenação anterior à pena de multa.
SÚMULA Nº 521
O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de este-
lionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão
de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.
SÚMULA Nº 522
Salvo ocorrência de tráfico para o exterior, quando, então, a competência
será da justiça federal, compete à justiça dos estados o processo e julga-
mento dos crimes relativos a entorpecentes.
SÚMULA Nº 523
No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a
sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
SÚMULA Nº 524
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do
promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
SUMÁRIO
119
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 554
O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebi-
mento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.
SÚMULA Nº 555
É competente o tribunal de justiça para julgar conflito de jurisdição en-
tre juiz de direito do estado e a justiça militar local.
Observação
- No julgamento do CJ 6155 (RTJ 90/20), em sessão plenária, o Senhor
Ministro Relator propôs revisão da Súmula 555. Da leitura do acórdão
referente ao CJ6195 (RTJ 94/1034), proferido em sessão plenária, veri-
fica-se que, em face da Emenda Constitucional 7/77, passou esta Corte a
entender que não mais vigora o princípio contido na Súmula 555, quan-
do haja, no Estado-Membro, Tribunal Militar de segundo grau, caso em
que cabe ao Tribunal Federal de Recursos julgar conflitos de jurisdição
entre juiz de direito e auditor da Justiça Militar local. - Sobre conflito de
competência veja Constituição Federal de 1988, art. 102, I, “o”; art. 105,
I, “d” e art. 108, I, “e”.
SÚMULA Nº 564
A ausência de fundamentação do despacho de recebimento de denúncia
por crime falimentar enseja nulidade processual, salvo se já houver sen-
tença condenatória.
SÚMULA Nº 568
A identificação criminal não constitui constrangimento ilegal, ainda que
o indiciado já tenha sido identificado civilmente.
Observação
A Súmula 568 está superada, considerando que a Constituição Federal de
1988, em seu art. 5º, LVIII, determina que o civilmente identificado não
SUMÁRIO
120
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 592
Nos crimes falimentares, aplicam-se as causas interruptivas da pre-
scrição, previstas no código penal.
SÚMULA Nº 594
Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, indepen-
dentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal.
SÚMULA Nº 603
A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz sin-
gular e não do tribunal do júri.
SÚMULA Nº 604
A prescrição pela pena em concreto é somente da pretensão executória
da pena privativa de liberdade.
SÚMULA Nº 608
No crime de estupro, praticado mediante violência real, a ação penal é
pública incondicionada.
SÚMULA Nº 609
É pública incondicionada a ação penal por crime de sonegação fiscal.
SÚMULA Nº 610
Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não
realize o agente a subtração de bens da vítima.
SUMÁRIO
121
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 611
Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das
execuções a aplicação de lei mais benigna.
SÚMULA Nº 690
Compete originariamente ao supremo tribunal federal o julgamento de “ha-
beas corpus” contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais
Observação
- Embora na publicação da Súmula 690 conste como precedente o HC
79570, trata-se do HC 79570 QO (DJ de 1º/8/2003). - Verifica-se na lei-
tura do acórdão do HC 86834 (DJ de 9/3/2007), do Tribunal Pleno, que
não mais prevalece a Súmula 690. Nesse sentido veja HC 89378 AgR (DJ
de 15/12/2006) e HC 90905 AgR (DJ de 11/5/2007).
SÚMULA Nº 691
Não compete ao supremo tribunal federal conhecer de “habeas corpus”
impetrado contra decisão do relator que, em “habeas corpus” requerido
a tribunal superior, indefere a liminar.
SÚMULA Nº 692
Não se conhece de “habeas corpus” contra omissão de relator de ex-
tradição, se fundado em fato ou direito estrangeiro cuja prova não con-
stava dos autos, nem foi ele provocado a respeito.
SÚMULA Nº 693
Não cabe “habeas corpus” contra decisão condenatória a pena de multa,
ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecu-
niária seja a única cominada.
SÚMULA Nº 694
Não cabe “habeas corpus” contra a imposição da pena de exclusão de
militar ou de perda de patente ou de função pública.
SUMÁRIO
122
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 695
Não cabe “habeas corpus” quando já extinta a pena privativa de liberdade.
SÚMULA Nº 696
Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional
do processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz,
dissentindo, remeterá a questão ao procurador-geral, aplicando-se por
analogia o art. 28 do código de processo penal.
SÚMULA Nº 697
A proibição de liberdade provisória nos processos por crimes hediondos
não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo.
SÚMULA Nº 698
Não se estende aos demais crimes hediondos a admissibilidade de pro-
gressão no regime de execução da pena aplicada ao crime de tortura.
Observação
No julgamento do HC 82959 (DJ de 1º/9/2006) o Plenário do Tribunal
declarou, “incidenter tantum”, a inconstitucionalidade do § 1º do artigo
2º da Lei 8072/1990. Nova inteligência do princípio da individualização
da pena em evolução jurisprudencial. Nesse sentido veja HC 86194 (DJ de
24/3/2006), HC 88801 (DJ de 8/9/2006) e RE 485383 (DJ 16/2/2007).
SÚMULA Nº 699
O prazo para interposição de agravo, em processo penal, é de cinco dias,
de acordo com a lei 8038/1990, não se aplicando o disposto a respeito
nas alterações da lei 8950/1994 ao código de processo civil.
SÚMULA Nº 700
É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do
juiz da execução penal.
SUMÁRIO
123
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 701
No mandado de segurança impetrado pelo ministério público contra de-
cisão proferida em processo penal, é obrigatória a citação do réu como
litisconsorte passivo.
SÚMULA Nº 702
A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos restringe-se
aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos,
a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.
SÚMULA Nº 431
A extinção do mandato do prefeito não impede a instauração de proces-
so pela prática dos crimes previstos no art. 1º do decreto-lei 201/1967.
SÚMULA Nº 704
Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido pro-
cesso legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu
ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.
SÚMULA Nº 705
A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência
do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.
SÚMULA Nº 706
É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal
por prevenção.
SÚMULA Nº 707
Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer con-
tra-razões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo
a nomeação de defensor dativo.
SUMÁRIO
124
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 708
É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da
renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para
constituir outro.
SÚMULA Nº 709
Salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão que provê o recur-
so contra a rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo recebimento dela.
SÚMULA Nº 710
No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da
juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.
SÚMULA Nº 711
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanen-
te, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
SÚMULA Nº 712
É nula a decisão que determina o desaforamento de processo da com-
petência do júri sem audiência da defesa.
SÚMULA Nº 713
O efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aos
fundamentos da sua interposição.
SÚMULA Nº 714
É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do
ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a
ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do
exercício de suas funções.
SUMÁRIO
125
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 715
A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento,
determinado pelo art. 75 do código penal, não é considerada para a con-
cessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime
mais favorável de execução.
SÚMULA Nº 716
Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a apli-
cação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do
trânsito em julgado da sentença condenatória.
SÚMULA Nº 717
Não impede a progressão de regime de execução da pena, fixada em sen-
tença não transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão
especial.
SÚMULA Nº 718
A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não con-
stitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que
o permitido segundo a pena aplicada.
SÚMULA Nº 719
A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena apli-
cada permitir exige motivação idônea.
SÚMULA Nº 721
A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro
por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constitui-
ção estadual.
SUMÁRIO
126
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA Nº 723
Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continu-
ado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento
mínimo de um sexto for superior a um ano.
SÚMULA Nº 727
Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao supremo tribunal fed-
eral o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite re-
curso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito
dos juizados especiais.
SUMÁRIO
127
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
CAPÍTULO XXXV
SÚMULAS VINCULANTES
SÚMULA VINCULANTE Nº 9
O disposto no artigo 127 da Lei nº 7.210/1984 (lei de execução penal)
foi recebido pela ordem constitucional vigente, e não se lhe aplica o lim-
ite temporal previsto no caput do artigo 58.
SÚMULA VINCULANTE Nº 10
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a incon-
stitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua
incidência, no todo ou em parte.
SÚMULA VINCULANTE Nº 11
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio
de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte
do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob
pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da auto-
ridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem
prejuízo da responsabilidade civil do estado.
SÚMULA VINCULANTE Nº 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento inves-
tigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, di-
gam respeito ao exercício do direito de defesa.
SUMÁRIO
128
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SÚMULA VINCULANTE Nº 24
Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º,
incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.
SÚMULA VINCULANTE Nº 25
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modali-
dade do depósito.
SÚMULA VINCULANTE Nº 26
pPra efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime
hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucio-
nalidade do art. 2o da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo
de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e
subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fun-
damentado, a realização de exame criminológico.
SUMÁRIO
129
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
CAPÍTULO XXXVI
SEÇÕES E SUBSEÇÕES DA
JUSTIÇA FEDERAL DO BRASIL
TRF DA 1ª REGIÃO
No Estado do Pará: Belém, Santarém, Altamira, Castanhal e Mar-
abá. No Maranhão: São Luiz, Caxias e Imperatriz. Em Minas Gerais: Belo
Horizonte, Juiz de Fora, Uberaba, Divinópolis, Governador Valadares, Ip-
atinga, Lavras, Montes Claros, Passos, Patos de Minas, Pouso Alegre, São
João Del Rey, São Sebastião do Paraíso, Sete Lagoas, Varginha e Uberlân-
dia. Em Goiás: Goiânia, Araguaína, Anápolis, Luiziânia, Rio Verde e Apa-
recida de Goiânia. Na Bahia: Salvador, Feira de Santana, Vitória da Con-
quista, Jequié, Guanambi, Barreiras, Campo Formoso, Eunápolis, Itabu-
na, Juazeiro, Paulo Afonso e Ilhéus. No Acre: Rio Branco. No Amapá:
Macapá. No Amazonas: Manaus e Tabatinga. Em Mato Grosso: Cuiabá,
Cáceres, Sinop e Rondonópolis. No Piauí: Teresina e Picos. Em Tocan-
tins: Palmas. Em Rondônia: Porto Velho e Ji-Paraná. Em Roraima: Boa
vista. No Distrito Federal: Brasília. Nos Estados em que houver Varas
Federais apenas nas Capitais, os Juízes federais exercem sua jurisdição
em todo o território estadual. E, pelo visto, apenas os Estados de Tocan-
tins, Acre, Amapá e o Distrito Federal.
TRF DA 2ª REGIÃO
No Estado do Espírito Santo: Vitória, Linhares, e Cachoeiro de
Itapemirim. No Estado do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Angra dos
Reis, Barra do Piraí, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Campos,
Itaboraí, Itaperuna, Magé, Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis, Rezende,
São João do Meriti, Teresópolis e Três Rios.
SUMÁRIO
130
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
TRF DA 3ª REGIÃO
No Estado de São Paulo há, atualmente, 27 Subseções: 1ª) São Pau-
lo; 2ª) Ribeirão Preto; 3ª) São José dos Campos; 4ª) Santos; 5ª) Campinas;
6ª) São José do Rio Preto; 7ª) Araçatuba; 8ª) Bauru; 9ª) Piracicaba; 10ª) So-
rocaba; 11ª) Marília; 12ª) Presidente Prudente; 13ª) Franca; 14ª) São Ber-
nardo do Campo; 15ª) São Carlos; 16ª) Assis; 17ª) Jaú; 18ª) Guaratinguetá;
19ª) Guarulhos; 20ª) Araraquara; 21ª) Taubaté; 22ª) Tupã; 23ª) Bragança
Paulista; 24ª) Jales; 25ª) Ourinhos 26 ª) Santo André; 27 ª) São João da Boa
Vista. Além disso, criaram-se Varas Federais em Avaré, Mogi das Cruzes,
Caraguatatuba, Registro, Americana, Andradina e Jundiaí.
Ao que tudo indica, em breve será instalada a Subseção de Botucatu.
Em Mato Grosso do Sul, temos: Campo Grande, Coxin, Ponta
Porá, Naviraí e Dourados.
TRF DA 4ª REGIÃO
No Estado do Paraná: Curitiba, Londrina, Campo Mourão, Cas-
cavel, Foz do Iguaçu, Maringá, Francisco Beltrão, Guarapuava, Lajeado,
Paranaguá, Ponta Grossa, Apucarana, União da Vitória, Jacarezinho, Pato
Branco, Toledo e Umuarama. No Estado de Santa Catarina: Florianópo-
lis, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville,
Lages, Caçador, Mafra, Brusque, Concórdia, Rio do Sul e Tubarão. No Rio
Grande do Sul: Porto Alegre, Bagé, Bento Gonçalves, Canoas, Canoas do
Sul, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Santa Cruz do
Sul, Santa Maria, Santana do Livramento, Santo Ângelo, Erechim, Caraz-
inho, Cachoeira do Sul, Santa Rosa, Cruz Alta, Santiago e Uruguaiana.
TRF DA 5ª REGIÃO
No Estado de Pernambuco: Recife, Caruaru, Garanhuns, Goiana,
Salgueiro, Palmares, Petrolina, Serra Talhada, Ouricuri e Petrolina. No
Estado de Alagoas: Maceió, Arapiraca e União dos Palmares. No Esta-
do de Sergipe: Aracaju, Estância e Itabaiana. No Estado do Ceará: For-
taleza, Crateús, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Sobral, Quixadá,
Iguatu e Tauá. No Estado da Paraíba: João Pessoa, Campina Grande e
Souza. No Estado do Rio Grande do Norte: Natal, Mossoró e Caicó.
SUMÁRIO
131
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
CAPÍTULO XXXVII
SUBSEÇÕES DO ESTADO
DE SÃO PAULO
SUMÁRIO
132
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SUMÁRIO
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DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SUMÁRIO
134
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
tácio, Santo Expedito, São João do Pau d’Alho, Taciba, Tarabaí, Teodoro
Sampaio e Tupi Paulista.
SUMÁRIO
135
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SUMÁRIO
136
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
SUMÁRIO
137
DA EXECUÇÃO AO AGRAVO NO PROCESSO PENAL
Referências
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Janeiro: Forense, 1945.
BETENCOURT, Cesar Roberto. Manual de Direito Penal: Parte Geral. 4ª
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BORGES DA COSTA. Comentários ao Código de Processo Penal. 3ª ed.,
São Paulo: Revista dos Tribunais, 1982.
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Brasileiro. v. 1. São Paulo, Freitas Bastos, 1942.
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
CARNELUTTI, Francesco. Direito Processual Civil e Penal. Volume I e II.
Campinas: Péritas Editora e Distribuidora Ltda, 2001.
COSTA Jr. José. Comentários ao Código Penal. v. 1, 1a ed. São Paulo: Sarai-
va, 1986.
DELMANTO, Celso. Código Penal Comentado. Atualizado e ampliado por
Roberto Delmanto, 3ª ed. São Paulo: Edição Renovar, 1991.
DEMERCIAN, Paulo Henrique e MALULY, Jorge Assaf. Curso de Processo
Penal. São Paulo: Atlas, 1999.
ESPÍNDOLA Fo, Eduardo. Código de Processo Penal Brasileiro Anotado.
Campinas: Bookselleer Editora e Distribuidora, 2000.
FARIA, Bento. Código de Processo Penal. Rio de Janeiro: Record e Jacinto, 1960.
FERREIRA, Manoel Cavaleiro. Lições de Direito Penal: A Lei Penal e a Teoria
do Crime no Código Penal de 1.982. v. I. 2 ed. Editorial Verbo: Lisboa, 1986.
FIGUEIRA Jr.; DIAS, Joel e RIBEIRO LOPES, Maurício Antônio. Comentários
sobre a Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1995.
FRANCO, Alberto Silva e outros. Código Penal e sua Interpretação Juris-
prudencial. 5ª ed. revista e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995.
SUMÁRIO
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