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REALIDADE
Através de estas cinco aberturas na caixa, entram todo tipo de estímulos. Todos se
concentram em seu interior e passam por processos diferentes relacionados com a
informação que se encontra na memória desta pessoa e em base ao seu desejo. O
resultado que recebe é certa imagem da realidade, que é projetada sobre um tipo de
“tela cinematográfica” que se encontra na parte posterior do cérebro. Esta imagem
que se desenha na parte posterior do cérebro é nossa imagem da realidade. Em
outras palavras, segundo a sabedoria da Cabalá, a pessoa é quem determina sua
percepção da realidade.
O que há na realidade fora de nós? Não sabemos.
Nós vemos um mundo cheio de uma infinidade de detalhes, mas não podemos saber
o que são estes detalhes por si mesmos, em sua essência. A única coisa que sabemos
é como os percebemos. Também o Criador, do qual nos fala a sabedoria da Cabalá, é
segundo a forma na qual o captamos em nossa percepção (em condições muito
específicas que detalharemos na continuação) e não como é realmente. O Criador,
tal como é por si mesmo, se chama na sabedoria da Cabalá “Sua Essência”, e a
sabedoria da Cabalá não trata Dela de maneira alguma.
Resumindo os três enfoques sobre a percepção da realidade até o momento e o
enfoque da sabedoria da Cabalá: segundo a física clássica, a realidade tem uma
existência objetiva fora de nós. Segundo Einstein, a imagem da realidade é um
assunto relativo, que depende do observador. Segundo a física quântica, a imagem
da realidade é uma média entre as qualidades do observador e as qualidades do que
se encontra fora dele. Segundo a sabedoria da Cabalá, a realidade fora de nós não
tem imagem alguma. O indivíduo é quem define a imagem de sua realidade.
Por que é tão importante este conhecimento sobre o indivíduo que determina sua
imagem da realidade? A conclusão que surge destas palavras é que uma mudança
interna do indivíduo conduz inevitavelmente a uma percepção diferente da
realidade. E efetivamente é assim que se revela a realidade espiritual – da mudança
que ocorre dentro de nós.
Teste-se:
Segundo a sabedoria da Cabalá, como é criada a imagem da realidade no indivíduo?
Teste-se:
Que temos que fazer para captar a imagem da realidade espiritual?
Resumo da Lição
Pontos Principais
Perguntas e Respostas
Teste-se:
Qual é a intenção com a finalidade de receber, e qual é a intenção com a finalidade
de doar?
UM MUNDO COMPLETO FORA
Grande. Nos Estados Unidos da América, tudo é grande – os espaços são imensos, as
torres que arranham seus céus são altas, as possibilidades também para quem entra
por suas portas, e se não forem suficientemente grandes, sempre se pode aumenta-
las um pouco mais.
Há algo comovedor nesta ansiedade pelo grande. Talvez porque é tão básica, e talvez
porque ao final do dia tem lugar no coração de cada um de nós. Além disso, a loucura
de grandeza americana não é senão outro exemplo da perseguição constante e inútil
de toda a humanidade por algo maior. Tal como dizem os anciãos de Manhattan:
“não importa quão grande é o arranha céu, nunca será suficientemente grande”.
Segundo a sabedoria da Cabalá, é natural que queiramos mais. A verdade é que não
há algo mais natural que isso. O Criador (a natureza) nos criou para que desfrutemos
de todo o bem da Criação. Mesmo assim, em vez de receber tudo, recebemos
somente um pouco. Em vez da imagem ampla e completa da realidade, nos é revela
uma imagem restrita e parcial. Pensem, nem ao menos sabemos o que acontecerá
dentro de alguns minutos! Não é de se assombrar que profundamente, em cada um
de nós ainda há uma sensação de que se pode mais. Não é em vão, ao longo da
história, tentamos descobrir partes adicionais da imagem completa, entender mais
profundamente a realidade na qual vivemos.
A vontade de revelar mais profundamente além de nossas ferramentas sensoriais
comuns, nos conduz a um beco sem saída. Não importa quanto mais se expanda
nossa imagem da realidade, a final de contas, esta imagem seguirá sendo muito
limitada. Por que? Pois o mecanismo de nossa percepção da realidade está dirigido
por nossa intenção egoísta, a intenção com a finalidade de receber. Todo o tempo
estamos centrados em nós mesmos, no benefício que ganharemos em toda ação, e
por isso, nossa percepção da realidade se limita aos limites de nós mesmos.
Como nosso desejo e nossa memória trabalham segundo a intenção com a finalidade
de receber, estamos limitados como células individuais, à percepção de uma imagem
limitada e estreita de toda a realidade. Para sentir toda a realidade, a realidade
espiritual, devemos ampliar nossas capacidades sensoriais. (Ver gráfico 7)
Assim, “conectar-se a os desejos dos demais” não é algo tão fácil. Para fazê-lo,
devemos sentir seus desejos como se fossem os nossos. E a única maneira de fazê-lo
é mudar a intenção que se sobrepõe ao desejo – da intenção interna-egoísta, com a
finalidade de receber, à intenção com a finalidade de doar. Somente com a intenção
com a finalidade de doar poderemos sentir o desejo exterior. E somente conectando
a nós os desejos do próximo, poderemos descobrir a imagem da verdadeira
realidade.
Segundo a sabedoria da Cabalá, a regra “Ama a teu próximo como a ti mesmo”, não
é uma lei moral com o propósito de nos obrigar a tratar bem ao próximo, mas uma
lei da natureza que temos que cumprir para descobrir a realidade espiritual
completa. Assim como o Criador controla a Criação como sendo um só corpo, que
todas suas partes estão conectadas entre si em laços invisíveis de amor, assim
também nós temos que conectar-nos entre nós, segundo a regra de “Ama a teu
próximo como a ti mesmo”. A correção da intenção “com a finalidade de receber”
para “com a finalidade de doar”, de fato, é a correção de nossa atitude para com o
próximo, de um objeto que uso para minhas próprias necessidades a uma
verdadeira parte de mim mesmo. E como temos dito, a correção da atitude para com
o próximo é a condição da revelação da realidade espiritual.
Agora podemos entender qual é o benefício na forma na que percebemos a
realidade. Precisamente a imagem da realidade que separa o nosso “eu” de tudo o
que se encontra fora de nós, nos permite fazer o trabalho de conexão e assemelhar-
nos ao Criador. Se tivéssemos sido criados em uma imagem de realidade na qual
existe somente “eu”, não poderíamos realizar a correção necessária, e se fossem
criados em uma imagem de realidade na qual todos já estivéssemos conectados em
um só desejo comum, nos faltaria o desejo independente de mudar a intenção.
Teste-se:
Que relação há entre os desejos do próximo e a percepção da realidade espiritual?
QUE JUSTO!
Teste-se:
O que é a doação segundo a sabedoria da Cabalá?
Resumo da Lição
Pontos Principais
O desejo de receber por si mesmo não é nem bom, nem ruim; é a matéria da
Criação. O bem e o mal se medem unicamente em relação ao uso que damos ao
desejo de receber, em benefício próprio ou em benefício do próximo.
O uso do desejo de receber em benefício próprio se chama “intenção com a
finalidade de receber”. O uso do desejo de receber em benefício do próximo, se
chama “intenção com a finalidade de doar”.
Cada pessoa em nosso mundo trabalha segundo a intenção com a finalidade de
receber. Para mudar a intenção com a finalidade de receber, temos que estudar
a sabedoria da Cabalá.
Corrigindo nossa atitude para com o próximo, da intenção com a finalidade de
receber a intenção com a finalidade de doar, conectamos a nós os desejos do
próximo, ampliamos nossos vasos de recepção e captamos a realidade espiritual
no Kli (vaso) corrigido.
A diferença entre a sabedoria da Cabalá e outros métodos morais é que na
sabedoria da Cabalá não se reprime o desejo sem corrigir a intenção.
Termos
Perguntas e Respostas