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Disp.

e Tradução: Rachael
Revisora Inicial: Marcia
Revisora Final: Rachael
Formatação: Rachael
Logo/Arte: Dyllan

A frustração de Hope Sanderson é crescente que ela não pode conseguir que Ace Tyler,
o Xerife da cidade de Desire a note. Sua insistência de que ele é muito escuro para ela só a torna
mais determinada a tê­lo. Afinal, ela tem suas próprias necessidades escuras, necessidades que
só ele pode cumprir.

DEDICAÇÃO 
Para todos os leitores maravilhosos por seus comentários e e­mails. Obrigado a todos
vocês.

Revisoras Comentam...

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Marcia:  Meninas, eu definitivamente vou me mudar para Desire, é claro, depois que
descobrir onde diabos ela fica, e espero não demorar muito pra descobrir, pois tenho medo de
não chegar a tempo de conseguir agarrar um desses homens maravilhosos para mim... Nossa...
Eles deixam qualquer um aos delírios... Bom, falando sobre a história eu juro que passei a maior
parte do tempo sem saber o que eu queria mais, se agarrar ou esmurrar o Ace... Céus, o homem
é um contraste intrigante do maravilhoso ao irritante, e fica quase impossível decidir se você o
ama ou o odeia. Já Hope, essa sim, é a pentelha mais engraçada e corajosa que já vi, que está
decidida   a   conseguir   esse   cara   durão,   quase   o   levando   a   loucura   com   suas   travessuras   e
trapalhadas,   nos   fazendo   rir   quase   a   história   inteira...   Amei...   Espero   que   vocês   também
gostem... Boa leitura.  

Rachael:  Nossa, esse livro é incrível, aliás essa cidade é demais. Eu já estou de malas
prontas, mas ainda não descobri onde ela fica... Mas deixa eu descobrir para ver se o Ace não
tem que mudar a plaquinha também!!!!! Hahahaha Gente, a Hope é incrível, ela sabe o que quer,
não tem vergonha dos seus desejos e sabe que o Ace é o homem que vai dar tudo e muito mais
que ela precisa. Já Ace ama a Hope, mas não acha que ela entenderia os desejos escuros dele.
Típico macho, eu sei tudo e a mulher é a flor frágil. Afff... ele custou mas cedeu e aceitou o amor
da Hope, mas acha que pode deixar de lado o lado dominante dele para cuidar dela. É claro que
como uma moça terrível ela mostra que quer ser cuidada e dominada. Será que ele entende a
lição??? Ou ela vai precisar desenhar?

Capítulo Um
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Ace Tyler cuidadosamente educou suas feições para um leve olhar divertido, dispondo
seu pênis a se comportar quando o riso suave de Hope o agitou de forma tão eficaz quanto um
afago. Esperando que os óculos de sol que usava em deferência à luz do sol escondesse o que
ele não queria que ela visse, ele manteve os olhos afastados, observando sua cidade e tentando
o seu melhor para fechar o som de sua voz.
Do lado de fora do Lady Desire, o clube de Hope Sanderson e sua irmã, Charity, aberto a
apenas semanas atrás, ele bloqueou a maior parte da conversa acontecendo a alguns metros de
distância,   tentando   sufocar   suas   fantasias   envolvendo   a   pequena   bola   de   fogo   mantendo   a
ordem dentro.
Vários dos homens estavam conversando na calçada em frente ao clube depois de ver
suas  esposas  em segurança  no  interior,  onde as mulheres  realizavam um  chá de  bebê  para
Rachel   Jackson.   Que   os   homens   se   divertiam   na   companhia   um   do   outro   era   evidente,   e
ninguém parecia estar com pressa de partir.
Boone Jackson espiou dentro. “Nós já compramos uma porrada de coisas para o bebê.
Por que diabos Erin tinha necessidade de fazer um chá de bebê para Rachel? Eu não entendo. O
que mais pode um bebê precisar? O que diabos está faltando?”
Só   então   um   “Awwww”  coletivo   veio   de   dentro   no   rebuliço   das   mulheres   sobre   as
roupas pequenas demais para acreditar.
Jared Preston, cunhado de Boone e Chase e um dos maridos de Erin cruzou os braços
sobre o peito e sorriu, erguendo uma sobrancelha. “Então você vai lá e diz a elas que sua festa é
uma ideia estúpida.”
Boone sacudiu a cabeça, acenando com as mãos e, para diversão de Ace, ainda deu uns
passos para trás. “De jeito nenhum. Eu não vou lá. Olhe para elas. Elas iam me linchar.” Ele
atirou um olhar para seu irmão.
Chase também recuou, sacudindo a cabeça. “Nem olhe para mim. Eu não vou mexer
com Rachel  ou Erin sobre isso. Rachel pode estourar a qualquer momento, e ela está ranzinza
como o inferno.”

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Sentindo pena de Boone e Chase e se divertindo com sua relutância em criar confusão
com as mulheres, Ace tocou no ombro de Chase. “Eu sei que você está preocupado com Rachel,
mas o médico está observando­a de perto.”
Boone   fez   uma   careta.   “Assim   como   nós,   e   isso   a   está   deixando   louca.   Ela   está
desconfortável o tempo todo agora. Erin é a única de nós corajosa o suficiente para ir de igual
para igual com ela e obrigá­la a descansar. Ficamos morrendo de medo de fazê­la entrar em
trabalho   de   parto   ou   ferir   seus   sentimentos.   Tudo   a   faz   chorar   ultimamente.   Fico   feliz   por
parecer que Erin não nos culpa por isto.”
Jared tocou seu ombro. “Erin sabe que vocês são bons maridos. Ela está fazendo o que
pode para interferir por vocês. Ela se sente mal por não ter confiado em vocês para cuidar de
Rachel. Ela conhece Rachel e sua rabugice recente e diz que se ela pôde levá­la através de seus
anos de adolescência, ela pode fazê­lo agora também. Ela está tendo dificuldade em deixar ir.
Basta terem paciência com ela.”
Duncan   olhou   para   dentro,   um   sorriso   profano   se   espalhando   em   seu   rosto.   “Nós
vamos fazer o nosso melhor para manter Erin ocupada. Não se preocupe, Rachel vai ficar bem.
Com todos nós a olhando, nada vai ter a chance de dar errado. Não vamos deixar.”
Ace   olhou   quando   Clay   e   Rio   Erickson   se   aproximaram,   carregando   duas   caixas
grandes e vestindo sorrisos enormes.
Clay riu suavemente. “Você não vai tentar nos manter fora do clube, não é, Ace? Essas
mulheres lá dentro vão tirar seu couro, especialmente minha esposa.”
Ace assentiu, sentindo a abordagem de Hope atrás dele. O formigamento na parte de
trás  de  seu pescoço acompanhava a agitação em sua virilha sempre  que ela chegava perto.
Virando­se ligeiramente, ele a viu pelo canto do olho, enquanto falava com Clay.
“Jesse já me disse que os esperasse com o material para os jogos que elas vão estar
jogando.”
Rio, irmão de Clay e o outro marido de Jesse, sorriu. “Sim, Jesse e Kelly doaram os
prêmios. Eles têm trabalhado em lubrificantes que você nem acreditaria. Quanto tempo você
acha que esta coisa vai durar? Eu tenho alguns de meus próprios jogos em mente para minha
esposa um pouco mais tarde.”

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Hope veio até a porta, parando ao lado de Ace e lhe dando um aroma irresistível de
baunilha, um aroma que agora nunca falhava em incitá­lo. “Olá, cavalheiros. Obrigada, Clay e
Rio, por trazer os prêmios. Vocês se importariam de levá­los lá pra dentro? Jesse vai mostrar
onde   colocá­los.”   Movendo­se   para   o   lado   para   deixá­los   passar,   ela   roçou   em   Ace,   e   ele
automaticamente colocou uma mão em suas costas para firmá­la, seu pau endurecendo ainda
mais quando ela estremeceu.
Clay e Rio sorriram e entraram, Clay piscando para Hope por cima do ombro. “Isso vai
me dar a chance de roubar um beijo de Jesse.”
Boone chicoteou a cabeça. “Pro inferno com isso. Estou entrando também. Posso roubar
um beijo e me certificar de que Rachel está bem.”
Ace forçou um sorriso, relutantemente tirando a mão das costas de Hope e recuando
um   passo.   Ele   viu   como   os   outros   homens   do   lado   de   fora   seguiram   o   exemplo,   cada   um
ansioso para estar com suas esposas novamente. Eles também estariam verificando o clube, já
que a maior parte deles nunca tinha estado lá dentro antes.
Ace viveu nesta cidade a maior parte de sua vida, e ainda aquecia seu coração ver o
quão a sério as pessoas levavam seus relacionamentos e o quão loucamente apaixonados seus
amigos estavam.
Perguntando­se pela milésima vez por que teve que se apaixonar por alguém tão jovem,
tão malditamente ingênua, ele propositadamente evitou olhar para Hope, satisfazendo­se em
respirar profundamente e encher os pulmões com seu perfume.
Deixado sozinho lá na frente com ela, Ace lutou contra a agitação em sua virilha, e
observou as pessoas que subiam e desciam a rua num esforço para impedir­se de olhar para ela.
Ele conseguira evitá­la tanto quanto possível, desde que ela voltara para a cidade meses atrás,
mas ela continuava tornando isso mais difícil de fazer. Ela era fogosa e impulsiva, e ele coçava
tentar domá­la. Que desafio do caralho seria. Tentando se livrar da imagem mental de curvá­la
e fodê­la por trás, Ace limpou a garganta.
“Divertindo­se na festa?”

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Hope sorriu para ele, mostrando as covinhas. “Sim, está boa. Rachel está tão animada
com o bebê. Ela disse que Boone e Chase mal a deixam fazer algo e estão sempre pairando.”
Suspirando, ela arrastou os pés. “Ela os ama tanto.”
Ace assentiu, seu olhar constantemente atraído de volta para ela, não importando o
quão duro ele tentasse não olhá­la. A imagem mental dela carregando um bebê que ele tivesse
plantado dentro dela apertando sua virilha ainda mais. “E eles a amam. Certamente levaram
tempo suficiente para ficarem juntos.”
Ela apertou a mandíbula enquanto desviava o olhar. “Sim, bem, alguns homens são um
pouco mais lentos do que os outros.”
Arqueando   uma   sobrancelha,   ele   se   virou   completamente   para   encará­la,   satisfação
queimando em seu estômago quando ela virou um rosa apropriado. Ele se perguntou o quão
vermelha ela ficaria se ele lhe dissesse tudo que queria fazer com ela.
Mas, novamente, qual seria o ponto?
“Sim, bem, alguns homens sabem o que é bom para eles e o que não é.” Ele sabia que ia
irritá­la se ela soubesse o quão facilmente ele poderia dizer o que ela estava pensando. Sendo
xerife de Desire, Oklahoma, ele teve que aprender a ler as pessoas. Ler Hope, porém, não tinha
nada a ver com ser xerife e tudo a ver com ser homem.
Um homem que a amava, que a queria mais a cada dia. Um homem que sabia que a
melhor coisa que ele poderia fazer por ela seria ficar longe dela. Ele mal podia aguentar ver seu
rosto quando quebrou todas as suas ilusões. Ultimamente, porém, isso ficava cada vez mais
difícil. Ele a queria tanto que não dormia uma noite inteira direto desde que ela tinha voltado
para a cidade. Sonhando com sua, ele despertava suado e excitado toda noite maldita.
Hope olhou por cima do ombro, um olhar melancólico no rosto enquanto olhava para
os  outros.  “E  alguns  homens   são  muito   estúpidos  para   conhecer  uma  coisa  boa  quando   as
veem.” Ela se virou para encará­lo, os olhos segurando uma ponta de tristeza, antes de se virar
para ir embora.
Ele   alcançou   e   agarrou   seu   braço   antes   que   pudesse   parar   a   si   mesmo,   sabendo
malditamente bem que a melhor coisa a fazer era deixá­la ir. Puxando­a fora da porta, ele a
ergueu até os dedões dos pés e ainda ficou um pé mais alto. “E algumas mulheres não sabem

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quando estão tentando morder mais do que podem mastigar. Cristo, você é tão pequena que eu
poderia quebrá­la ao meio.”
Estreitando os olhos, ela agarrou a frente de sua camisa em seu pequeno punho. “Você
pode tentar, Xerife.”
“Inferno.” Soltando­a de volta em seus pés, ele se afastou, lutando contra o desejo de
jogá­la por cima do ombro e ir para casa com ela. “Com essa sua boca, eu sempre me esqueço
do quão malditamente pequena você é. Você é uma garotinha brincando de ser adulta. Eu já te
disse que não sou bom para você. Você não poderia sequer começar a lidar com o que quero de
uma mulher, e eu sou muito danado de  áspero e malvado para alguém como você. Apenas
esquece isso, Hope, antes que alguém se machuque.”
Ela ia rasgar seu coração se ele deixasse.
Ela   surpreendeu   o   inferno   fora   dele   quando   se   ergueu   de   volta   e   o   esmurrou   no
estômago.   “Eu   vou  te  machucar.   Estou   cansada   de   você   me   dizendo   que   sou  uma   maldita
criança. Só porque sou menor do que você não quer dizer que não posso lidar com qualquer
coisa   que   você   servir.   Inferno,   a   maior   parte   do   mundo   é   menor   do   que   você,   seu   grande
idiota.”
Cruzando  os braços sobre o peito, ele olhou para ela. “Você acabou de agredir  um
oficial da polícia. Você sabe que pode ir para a prisão por isso?”
A   descarada   pequena   pirralha   sorriu.   “Você   vai   me   revistar,   Xerife?   Você   quer   me
algemar?” Ela colocou as mãos atrás das costas, a ação empurrando seus pequenos seios para
fora, os mamilos seixosos cutucando a frente da blusa e lhe dando água na boca. “Eu tive uma
fantasia sobre essas suas algemas por um bom tempo.”
Seu pênis saltou. Só de imaginar suas mãos algemadas atrás das costas com ela nua na
sua frente, e suas mãos se movendo sobre seu corpo para explorar cada um de seus segredos,
teve seu pau duro feito pedra em um instante. Virando­se, ele passou a mão pelo rosto.
Como diabos ela o agitava tão facilmente?
“Eu já te disse. Eu levo mulheres para a cama, não pirralhas teimosas.” Ele se virou para
ela de novo, curvando­se até ficar em seu nível, de propósito mantendo as feições duras e frias.
“Mulheres que são maduras o suficiente para saber o que querem. Mulheres que conhecem a

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partitura. Mulheres que gostam disso quente e áspero e podem tomar o que quer que eu lhes
dou e não têm um ataque quando não conseguem o que querem. Não uma menina que corre
por   toda   a   cidade,   arriscando   sua   vida   tentando   chamar   minha   maldita   atenção   dirigindo
malditamente rápido. Se minha mulher se arriscasse desse jeito ou tivesse um fodido acesso de
raiva, ela a colocaria sobre os joelhos tão rápido que ela não saberia o que a tinha atingido.”
Hope cruzou os braços sobre o peito e deu um passo atrás enquanto erguia o queixo, os
sinais mistos de submissão e rebeldia o deixando voraz para tê­la.
Ela o dirigia louco.
Olhando­o por debaixo dos cílios, ela olhou para dentro antes de sussurrar. “Eu sei o
que preciso. Eu sei o que você precisa. Não sou estúpida. Quero selvagem e áspero e tão quente
que queime os lençóis.” Ela desviou o olhar, o rosto corando. “Eu… Eu sei o que preciso e do
que você quer em uma mulher.”
 “O que?” Ele arqueou uma sobrancelha e esperou. Para sua grande diversão, o silêncio
se estendeu. Ele nunca soube que Hope tivesse tido uma perda de palavras.
Ela o olhou antes de desviar o olhar novamente, o rosto ficando mais vermelho nesse
momento, fascinando­o. “Eu acho que só preciso empurrar de volta.”
Levantando uma sobrancelha, ele se endireitou, sacudindo a cabeça. “Você gosta de
jogar.   Como   com   excesso   de   velocidade.   Eu   lhe   disse   quando   recebeu   as   multas   que   você
precisava   de   uma  surra   danada  de  boa.  Se   você   fosse   minha  mulher,  seu   rabo  teria  ficado
vermelho cada vez que você recebesse uma multa do caralho.”
Só de pensar de colocar seu rabo nu sobre o colo, deslizar as mãos sobre os globos
macios, e a espancá­la até que seus sucos escorressem por suas pernas fez suas bolas doerem.
Ela seria sua morte.
Hope armou um quadril, deslizou a mão por seu peito e sorriu maliciosamente. “Ouvi
dizer que você gosta de bater em meninas más.”
Sim, ela ia matá­lo, com certeza. E ainda o deixava puto que ela soubesse sobre sua
necessidade   de   ser   dominante   na   cama,   mas   em   uma   cidade   como   Desire,   poucas   coisas
permaneciam em segredo. “Eu faço. Até que gritem pelo lançamento. Você nunca seria capaz de
lidar com isso, garotinha, então simplesmente pare de me empurrar.”

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Hope sorriu, mas seu rosto ficou vermelho, a combinação ativando sua luxúria a novas
alturas. “É isso o que acontece com os homens que vêm aqui. Suas amantes nos mostram como
obtê­los tão excitados que eles acabam implorando para gozar. Eles não se importam com quem
está assistindo ou o que os outros estão fazendo. Ficam tão envolvidos com suas amantes e sua
necessidade que nem sequer vêm ou ouvem mais nada.”
Ace cerrou a mandíbula como fazia todas as vezes que pensava em Hope estando ao
redor de homens nus, especialmente submissos que permitiam que as mulheres fizessem o que
quisessem com eles. Alguém tão ousada e descarada quanto Hope teria dificuldades em ficar
longe disso.
Ela e sua irmã, Charity, abriram este clube quando voltaram para casa da faculdade,
para surpresa de todos na cidade. O clube era apenas para mulheres, uma contrapartida para o
clube dos homens, Club Desire, que era parte da cidade há anos. Lady Desire hospedava várias
reuniões   onde   as   mulheres   podiam   se   reunir   e   oferecer   ou   pedir   conselhos   sobre
relacionamentos.   Em   uma   cidade   onde   ménages   e   relações   dominante/submisso   eram
abundantes, as mulheres de Desire tinham abraçado o clube de coração.
O clube também tinha festas de lingerie e loção para o corpo, como também aulas de
autodefesa e dança do ventre. As Dommes entravam com seus subs para responder perguntas e
mostrar às mulheres como dar a seus homens mais prazer.
Os   homens   da   cidade   pareciam   estar   satisfeitos   com   os   benefícios   do  Lady   Desire,
apreciando o que suas mulheres aprendiam e felizes por terem o apoio que precisavam, mas
mesmo   assim   mantinham   um   estreita   vigilância.   Qualquer   coisa   que   envolvia   as   mulheres
estaria sob um constante escrutínio numa cidade como esta.
Como   no  Club   Desire,   apenas   aqueles   ainda   solteiros   podiam   participar   ou   tocar   os
envolvidos   em   qualquer   demonstração.   Estava   fora   das   regras   da   cidade   que   uma   pessoa
casada, homem ou mulher, tocasse qualquer outra pessoa de qualquer forma sexual, e os clubes
tinham que obedecer essas regras.
Como  xerife,  era sua responsabilidade  se certificar  de  que  ninguém quebrasse  essas
regras.
Então, desconhecido para as mulheres, ele verificava.

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Boone e Chase foram quem tornaram o edifício desocupado no clube para as mulheres,
e depois de descobrir para que elas queriam usar o espaço, eles armaram algo na caixa elétrica e
de alguma forma convenceram Hope que ela tinha um problema. Com as mulheres fora do
caminho, eles fizeram um painel de acesso do lado de fora que tinha um cadeado. E o pintaram
de   um   cinza   fosco,   fazendo­o   parece   algo   que   as   mulheres   simplesmente   ignorariam.
Funcionou. Nem Hope, nem Charity jamais manifestaram qualquer curiosidade sobre ele.
Ace tinha uma das chaves e verificava dentro regularmente.
Ele   tentava   se   convencer   de   que   fazia   isso   como   xerife,   mas   no   fundo   sabia   que   o
pequeno pedaço de feminilidade na frente dele e sua atitude atrevida eram as principais razões.
Ele não conseguia entender por que ela tinha aberto um clube como este, e as possibilidades o
comiam vivo. Se ela tocasse um dos homens que vinham aqui, ele bateria em sua bunda tão mal
que ela não ia poder se sentar. Ele não dava uma merda para o que as regras diziam sobre ser
solteiro.
O fato de que ele não tinha o direito de fazer porra nenhuma sobre isso não ia impedi­
lo. Ela estaria sobre seu colo tão rápido...
“Eu quero que você faça isso comigo.”
Ace chicoteou a cabeça ao redor. Perdido em pensamentos, ele tinha esquecido sobre o
que estavam falando. “O que você disse?”
Hope corou de novo, seus grandes olhos castanhos abatidos. “Eu quero que você me
deixe  tão  louca  de necessidade  que  eu  faria  qualquer  coisa que  você  quisesse.”  Ela deu  de
ombros   e   olhou   para   cima,   colocando   uma   mecha   de   cabelo   solta   atrás   da   orelha,
surpreendendo­o ao notar que sua mão tremia. “Eu sei que você acha que não sei nada sobre
tudo isso, mas você está errado. Já fiz isso antes, mas não era você. Eu quero isso com você.”
Nós   se   formaram   em   seu   estômago   quando   as   implicações   de   sua   afirmação   se
situaram. Ele apertou os dentes com tanta força que doeram e teve que relaxar seu queixo antes
de poder falar. “Você fez o que antes?” Por que diabos ele tinha perguntado? Ele realmente não
queria ouvir. Inferno, ele iria a loucura se soubesse o que ela tinha feito. Ele iria a loucura se ele
não o fizesse. Porra. Ela ia deixá­lo louco.

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Erguendo o queixo, os olhos brilhando em desafio, mesmo enquanto passava os braços
em volta de si mesma, ela disse. “Eu estive com homens dominantes antes. Sempre fantasiei
sobre isso e sabia que você não esperaria  nada menos. Eu fantasiava sobre isso. E tentei. E
gostei. Muito. Mas nunca pude realmente me deixar ir. Não me senti… Especial, do jeito que sei
que me sentiria com você.” Sua voz baixou, e ele teve que se esforçar para ouvi­la. “Eu sonho
com isso.”
Estendendo a mão, ele agarrou seu braço, tentando ignorar o quão suave sua pele se
sentia ou o quão maravilhoso ela cheirava. “O que diabos você os deixou fazer com você?”
Hope empurrou sua mão, e se virou para onde os homens se aproximavam de dentro
do clube. “Realmente, Ace, a menos que você esteja interessado em mim, não é da sua conta, é?”
Virando­se para olhá­lo por cima do ombro, ela levantou uma sobrancelha. “Ou você decidiu
torná­la seu negócio?”
A necessidade de saber o que tinha sido feito com ela o agarrou como garras afiadas em
seu estômago. Vendo a abordagem dos outros, ele manteve a voz baixa, cerrando os punhos
para não agarrá­la novamente. “Eu te pego as sete. Você e eu vamos ter uma pequena conversa,
e você vai me contar tudo.” Ele se afastou quando os outros começaram a sair, não mais no
clima para sua camaradagem.
Ele entrou em seu caminhão e fez o pequeno percurso de volta para o edifício que
alojava o escritório do xerife, erguendo a   mão   em   reconhecimento   a   várias   pessoas   que   o
saudaram. Não parou para falar com ninguém quando parou em seu espaço de estacionamento
e saiu, batendo a porta atrás dele. Foi direto para o escritório, cobrindo o chão rapidamente em
sua necessidade de ficar sozinho. Uma vez lá, fechou e trancou a porta atrás dele e caiu na
cadeira atrás da mesa, estremecendo quando seu pênis protestou contra o movimento.
Algo tinha que ser feito. E logo.
Ele   queria   respostas   e   de   alguma   formar   tinha   que   manter   as   mãos   longe   dela   no
processo. Ele tinha tentado lhe dizer muitas vezes que nunca ia funcionar entre eles, mas Hope
era o tipo de mulher que se metia em coisas sem pensar.
Se ela soubesse o que ele exigia de sua mulher, ela olharia para ele com nojo.

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Pior que isso, no entanto, ela ia evitá­lo como uma praga. Talvez fosse melhor assim.
Com certeza seria muito mais fácil evitá­la se ela fizesse seu melhor para ficar o inferno fora de
seu caminho.
Doeria. O olhar de repulsa em seu rosto quando ela enfrentasse a verdade sobre ele ia
doer como o inferno, mas ele não conseguia ver nenhuma maneira de contornar isso.
Foda­se.
Uma vez que a assustasse, seria o fim de tudo.
Maldição. Por que diabos isso tinha que doer tanto?

Capítulo Dois
Nua em seu quarto, Hope não conseguia ficar parada. Ela não se lembrava de ter estado
tão excitada desde a noite em que tinha perdido a virgindade no banco traseiro do carro de
Todd Rigg apenas algumas semanas após a graduação.
Ace tinha dado em Todd uma porradaria por isso, e Todd havia partido de Desire para
trabalhar em Tulsa logo depois.
Até hoje ela não sabia como Ace tinha descoberto sobre isso.
Nenhum dos homens com quem ela já tinha saído podia se comparar a Ace, e os dois
homens dominantes com quem ela tinha dormido durante seu último ano na faculdade a havia
educado e até emocionado, mas ela tinha estado fantasiado sobre Ace o tempo todo. Ela nunca

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conseguia encontrar a conexão que precisava, e ambas as vezes tinha se afastado frustrada.
Embora seu corpo tivesse sido satisfeito, sua fome nunca pudera ser apaziguada.
Parecia que o único homem no mundo que fazia seus joelhos enfraquecer era um xerife
de 1,96 metros, teimoso com um corpo cheio de músculos espessos e uma parede de gelo ao seu
redor, que ela não conseguia resistir bater contra.
Vai entender.
Ele tinha essa qualidade dominante duro­como­pregos que muitos homens jogavam ter,
mas nunca podiam combinar o suficiente com um coração de ouro, que ele tentava tão duro de
negar. Ela sacudiu a cabeça, sorrindo para si mesma. Homens assim podiam ser encontrados
em abundância ao andar por qualquer rua de Desire, mas no mundo lá fora, eles tinham sido
um pouco mais difíceis de encontrar.
Ela havia crescido em uma casa onde tinha três pais, todos os quais governavam sua
casa com um punho de ferro envolto em veludo. Embora eles sempre estivessem em carga na
superfície, a felicidade de sua mãe era tudo para eles, e eles absolutamente a adoravam. Em
troca, sua mãe sempre tinha sido loucamente apaixonada por seus maridos e fazia tudo que
podia para agradá­los.
Mesmo suas brigas eram cheias de amor. Hope riu para si mesma quando pensou em
algumas das brigas que seus pais tiveram ao longo dos anos. Mesmo quando discutiam, seu
respeito   e   devoção   ao   outro   era   aparente.   Ela   tinha   tido   como   certo   o   quão   felizes
relacionamentos assim podiam ser.
Ela queria um casamento assim.
Ir para a escola a fez perceber o quão difícil seria encontrar um homem como os homens
com quem ela tinha crescido ao redor. As qualidades de alfa misturada com ternura amorosa
era uma combinação irresistível.
O xerife de Desire, Oklahoma, tinha ambas aos montes. E ela o queria tão mal.
Ele tinha se mudado para Desire ainda adolescente com seu pai e sua madrasta, quando
seus meios­irmãos, Law e Zach, ainda estavam na escola alguns anos  à frente dela. Seu pai
havia sido eleito xerife da cidade, e quando ele saiu para se mudar para Dallas anos atrás, a
cidade elegeu Ace como seu sucessor.

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Seu pai desde então já tinha se divorciado e recasado, novamente, e viajava muito com
sua nova esposa depois de ter passado sua companhia de petróleo para seus três filhos. Ele a
tinha   herdado   e   era   inteligente   o   suficiente   para   saber   que   não   sabia   nada   sobre   como
administrá­la, então um conselho a comandou até que seus filhos pudessem assumir. Law e
Zach amavam o negócio, mas Ace não queria ter nada a ver com ele e só se importava em ser
um bom xerife.
Ninguém podia preencher o uniforme de xerife como Ace. Dane­se se ele não parecia
uma fantasia erótica naquela camisa bege e calça preta. As botas que ele usava o fazia parecer
ainda mais alto. Com aquele tom castanho legal do chapéu, e um coldre na cintura, ele parecia
duro e áspero, e absolutamente irresistível.
Sabendo que ele não o estaria usando esta noite, ela deu de ombros interiormente. Ele
ficava danado de bom em tudo que usava, e se ela jogasse suas cartas direito, poderia tê­lo nu
qualquer   dia  desses,   de   qualquer   maneira.  Mal  podia   esperar  para   ver   o  corpo   que   aquele
uniforme escondia. Imaginá­lo a mantinha acordada à noite.
Olhando no relógio, ela amaldiçoou e correu para o armário. A limpeza após o chá de
bebê de Rachel demorou mais do que ela esperava, mesmo com toda a ajuda que tiveram. Ela
tinha ficado conversando enquanto as mulheres observavam os homens carregarem todos os
presentes, e acabou perdendo a noção do tempo.
Imaginando se poderia ganhar uma surra de Ace por estar atrasada, ela decidiu não
arriscar. Ele já a considerava imatura por causa de sua velocidade, mas ela só tinha feito isso
estava desesperada. Ela não queria fazer joguinhos, mas tinha tentado tudo que podia pensar.
Como ele sabia que ela só tinha feito isso para chamar sua atenção?
Bem, tinha saído pela culatra para ela de qualquer maneira. Teria que pagar as multas
malditas,   as   taxas   de   seu   seguro   subiram,   e   tinha   recebido   um   sermão   de   seus   pais.   Ela
praticamente tinha perdido as esperanças de que algum dia Ace a notasse, até esta tarde.
Não   saber   exatamente   onde   eles   iriam   causou   um   pequeno   dilema,   até   que   ela   se
lembrou de um vestido casual pendurado em seu armário que era perfeito para quase qualquer
ocasião. A noite fresca proibia que o usasse sozinho, mas ela tinha um xale que sua mãe e pais
lhe deram no Natal que ficaria perfeito com ele.

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Ela adorava cores brilhantes, e este vestido não era exceção. Um vermelho fogo, ele se
agarrava a suas curvas leves lindamente e a fazia parecer sexy como o inferno. Ela colocou o
vestido sobre a cama e foi para sua gaveta de roupa íntima e fez uma pausa.
Ela estaria com Ace. Para que diabos ela precisava de sutiã ou calcinha? Ter os seios
pequenos tornava fácil ficar sem sutiã, mas também a deixava um pouco insegura. Esperando
que ele não ficasse muito desapontado com seus menos que seios fartos, ela empurrou o sutiã e
calcinha de volta na gaveta, os olhos se demorando nos cintos de liga.
Sorrindo, ela pegou uma preta sexy que tinha encontrado na loja de lingerie de Erin e
Rachel. Tinha pensado em Ace quando a comprou, jurando não usá­la para ninguém além dele.
Deslizando­a agora com as meias de seda preta que havia comprado para ir junto, ela se
agitou   com   entusiasmo.   Um   gemido   escapou   quando   deslizou   o   vestido   sobre   os   seios.   A
sensação   do   material   macio   escorregando   sobre   os   mamilos   seixosos   a   fez   estremecer,   seu
estômago apertando só de pensar em ter as mãos de Ace sobre eles.
A   invés   de   ter   um   zíper   nas   costas,   o   vestido   tinha   cerca   de   uma   dúzia   de   botões
decorativos na frente, o que tornava mais fácil para ela vesti­lo e despi­lo, quando não tinha
ninguém   por   perto   para   fechá­lo.   Enquanto   o   abotoava,   ela   imaginou   Ace   lentamente
desabotoando cada um para expor seus seios ao seu olhar, deslizando as mãos por sua pele e se
inclinando para tomar um mamilo em sua boca quente.
Ele ficaria decepcionado com ela? Ela realmente poderia lidar com as necessidades de
um homem como ele? Ela o quis tão mal que não conseguia sequer imaginar algo dando errado.
Ela tinha comparado cada homem que tinha conhecido com ele, e encontrado todos eles em
falta.
Ace era o homem de seus sonhos, e ela não podia simplesmente sentar e deixar que ele
encontrasse outra pessoa. Ele lhe pertencia.
Vendo um flash de movimento com o canto do olho, ela se virou e sorriu para sua irmã,
que caminhava lentamente para o quarto enquanto lia seu suprimento infindável de livros e
mordiscava uma cenoura.
“Bem, Charity, o que você acha?”

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Charity ergueu os olhos do livro e piscou, engolindo antes de responder. “Você está
ótima, Hope. Você sempre está. Ace não vai saber o que o atingiu.” Drapejando­se sobre os pés
da cama de Hope, ela cuidadosamente marcou a página e colocou o livro de lado. “Eu sabia que
você ia cansá­lo, eventualmente. Todo mundo sabe que ele é louco por você.”
Hope   fez   uma   careta   e   voltou   ao   armário   para   pegar   seus   saltos   mais   altos.   “Eu
exatamente não o desgastei ainda.” Encontrando os sapatos que procurava, ela pegou a bolsa
combinando e voltou para o quarto. “Eu lhe disse sobre experimentar e que tinha estado com
homens dominantes e —”
“Ace Tyler, sendo o tipo de homem que é, e preocupado com você, embora tente negar,
quer saber de tudo.” Charity tomou o último pedaço da cenoura, mastigando pensativamente.
Sorrindo, Hope transferiu algumas coisas para a bolsa. “Acertou de primeira. Ele quer
falar sobre isso, o que significa que planeja me grelhar. Ele provavelmente está louco com si
mesmo, porque  tem  que  saber,  mas ao  mesmo  tempo  não  quer  saber.  Eu  aposto  que  ele  se
arrependeu de ter me pedido isso assim que o fez.”
Escorando o queixo nas mãos, Charity dobrou os joelhos, balançando as pernas de um
lado para outro enquanto observava Hope. “Então, o extremamente grande e frio­como­gelo
xerife vai estar com raiva de si mesmo — e de você — e você está animada por sair com ele
porque?”
Hope deu de ombros. “Ao contrário de algumas pessoas, estou disposta a ir atrás do que
quero. Ele é tudo que eu sempre quis em um homem, Charity, e nunca me perdoaria se não
desse tudo o que tenho antes que alguém o leve.”
Ela   amou   sua   irmã   profundamente,   mas   às   vezes   queria   sacudi­la.   Quebrava   seu
coração ver Charity tão resignada a ficar sozinha, afastando um homem que era louco por ela.
Agarrando seu livro, Charity rastejou fora da cama e se levantou, parecendo mais uma
adolescente em seu jeans rasgado e camiseta enorme do que uma graduada da faculdade e
proprietária   de   um   negócio.   “Não   me   importune   por   não   ir   atrás   de   Beau.   Ele   só   está
interessado em diversão e jogos, não em um relacionamento sério. Ele é o caminho para um
coração­partido, algo que eu certamente não preciso na minha vida. Divirta­se com Ace. Eu só
vim para lhe dizer que a mamãe mandou o jantar, mas vou colocar o seu fora.”

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Hope soltou um suspiro e se sentou na beirada da cama, olhando tristemente enquanto
Charity saía do quarto. Ela desejava que Beau Parrish visse através da rispidez de sua irmã e
percebesse o quanto Charity se importava com ele.
Assustava Hope pensar que ele sabia disso e simplesmente não sentia o mesmo. Beau
era dono de nada menos do que a única loja de brinquedos para adultos de Desire, e seria o
homem perfeito para acender Charity e ensiná­la a jogar. Encantador e muito danado de um
colírio para os olhos para o seu próprio bem, ele olhava para sua irmã como um cão faminto
olhando para um osso.
Charity tinha descartado todas as suas investidas até agora, e Hope desejava que sua
irmã apenas desse uma chance a Beau antes que ele partisse para outra pessoa, se já não tivesse.
Talvez   ela   devesse   fazer   algo   para   colocá­los   juntos…   Uma   batida   na   porta   do
apartamento interrompeu seus devaneios e a teve subindo para seus pés. Os nervos e excitação
lutando pela supremacia enquanto saía de seu quarto, atravessava a pequena sala, e chegava à
porta da frente.
Respirando fundo, o que não fez nada para acalmá­la, ela enxugou as palmas úmidas
no vestido antes de agarrar a maçaneta e abrir a porta. Como sempre, seu coração saltou à vista
do xerife de Desire.
Ele usava calça preta e uma camisa azul claro de botão que se esticava sobre o peito
enorme enquanto ficava lá com as mãos nos quadris. Suas feições já duras, endureceram ainda
mais quando olhou para ela. Os olhos castanhos escuros se estreitaram quando seu olhar se
moveu sobre ela, do topo de sua cabeça até os dedões dos pés, antes de voltar para seus seios.
Encontrando seus olhos, ele arqueou uma sobrancelha, deixando­a saber sem palavras que ele
sabia que ela não estava usando sutiã.
Não se preocupando em se cobrir e muito ciente de que seus mamilos cutucavam a
frente do vestido, ela sorriu, esperando que seus nervos não aparecessem. “Oi, Ace. Espero que
você esteja me levando em algum lugar para comer. Estou morrendo de fome.”
Os lábios de Ace se contraíram, a expressão suavizando levemente. “Você está sempre
com fome. Não sei onde coloca isso. Você deve consumi­la pulando de um lado para o outro do
jeito que faz. Pegue um suéter ou algo assim e diga a Charity que está saindo.”

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Hope levantou uma sobrancelha. “Mandão como sempre.”
Ace surpreendeu o inferno fora dela fechando a distância entre eles e segurando seus
ombros. Inclinando­se, ele ficou direito em seu rosto. “Sempre. Lembre­se.” Quando ela ainda
hesitou, ele se endireitou, cruzou os braços sobre o peito e arqueou uma sobrancelha daquela
forma arrogante que a girava apesar de suas melhores intenções. “Eu sei que você não gosta de
obedecer ordens. Eu dou muitas ordens e não tenho intenção de mudar. Ordens que eu espero
ter obedecidas. É por isso que eu disse que nós deveríamos ficar longe um do outro. Quer
mudar de ideia sobre esta noite?”
Hope não abandonaria seus planos para esta noite por nada. “Eu adoraria ver o que
você faria se eu te chutasse na canela.”
Ace se curvou novamente, os olhos brilhando. “Experimente.”
“Eu prefiro tocá­lo.” Deslizando a mão por seu peito, ela brincou com um botão. “Mal
posso esperar para você me beijar.” Exultante com a surpresa que relampejou em seus olhos, ela
se virou. “Com licença. Vou buscar meu xale e dizer a Charity que estamos saindo.” Bom, ela o
surpreendeu. Ela teria que manter o xerife na ponta dos pés, até que deixasse claro que ela era a
única mulher para ele.
Virando­se para olhar por cima do ombro, ela sorriu quando viu a maneira faminta
como ele olhava para sua bunda. O que lhe faltava em seios ela com certeza compensava nessa
área, algo que Ace parecia apreciar.
Ele olhou para cima, seus olhos se estreitando quando viu que ela o tinha pegado.
Sim,   o   xerife   definitivamente   tinha   gostado   do   que   viu.   Ela   piscou   para   ele   e   foi
encontrar Charity.

* * * * *

Hope ficou de lado enquanto Ace abria a porta de sua caminhonete pick­up enorme,
um choque afiado de necessidade chiando através dela quando ele colocou as mãos em sua
cintura   e   a   ergueu   sobre   o   assento   de   couro.   Sem   uma   palavra,   ele   colocou   seu   cinto   de
segurança, deixando as mãos se demorarem em seus quadris alguns segundos a mais do que o
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necessário, olhando para seus lábios o tempo todo. No sorriso lento de Hope, ele pareceu vir a
seus   sentidos.   Carranqueando   para   ela,   ele   chicoteou   as   mãos   para   trás   e   se   endireitou,
fechando   a   porta   com   mais   força   do   que   a   necessária   e   deixando­a   se   sentindo   roubada.
Colocando a mão sobre onde a dele tinha estado, ela estremeceu com os nervos e necessidade.
Observando­o circular a frente do caminhão, ela lambeu os lábios, que ainda formigavam de
seu  olhar.  Se  seus  lábios formigavam só  de   um olhar,  como  seria   quando  ele   realmente   os
tocasse com os dele?
O poder e autoridade em cada passo proposital enviou sua pulsação acelerada ao vê­lo
chegar perto do caminhão. Ele abriu a porta e deslizou no assento ao seu lado, escorregando um
olhar em seu caminho antes de ligar o motor potente.
“Bife, ok?”
Seu estômago estava tão amarrado em nós, que ela sabia que nunca conseguiria comer
nada de qualquer maneira. Assentindo, ela rasgou seu olhar longe para olhar pela janela.
“Claro. Eu amo bife, mas pensei que você ia me levar para o hotel.” Ela alcançou e
arrastou um dedo por seu braço, e deu seu sorriso mais sedutor, enquanto por dentro tremia
como uma virgem. “Eu meio que esperava que você tivesse reservado uma daquelas cabines
privadas.” O pensamento a tinha deixado quase louca o dia todo.
Ela tinha ouvido todos os tipos de histórias sobre o que se passava dentro daquelas
cabines e queria experimentar por si mesma com Ace. As cabines tinham cortinas pesadas ao
redor delas e eram reservadas com semanas, às vezes meses, de antecedência. Ninguém podia
entrar nelas enquanto estivesse fechada. Até mesmo o garçom tinha que esperar por um sinal
das pessoas dentro antes de entrar.
Estreitando os olhos, ele olhou intencionalmente para a mão em seu braço. “Este não é
esse tipo de encontro, e você sabe muito bem. Você e eu vamos ter uma conversinha. Você vai
me dizer o que eu quero saber, e eu vou te explicar de uma vez por todas por que isso nunca vai
funcionar entre a gente.”
Resignada, ela puxou a mão e cruzou os braços sobre o peito. “Diga­me agora.”
“Não.”
Tomada de surpresa em sua resposta afiada, ela franziu a testa. “Por que não?” 

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“Porque   quero   ver   seu   rosto   quando   conversarmos,   e   quero   minhas   perguntas
respondidas primeiro.”
Hope   teve   dificuldades   em   afastar   seu   olhar   dele   enquanto   dirigia.   Ele   mostrava   a
mesma confiança e controle fácil ao dirigir, como fazia com todo o resto. Ela só podia imaginar
que tipo de amante ele seria. Um amante confiante e controlado, que tinha uma propensão para
dominar suas amantes… Isso a excitava toda vez que pensava nisso.
Odiando o silêncio prolongado, ela enrolou as mãos para não tocar sua coxa e tentou
conversar. “Eu ouvi sua sirene hoje. Aconteceu alguma coisa, ou você pegou um apressado?”
A expressão de Ace endureceu. “A última pessoa apressada que eu peguei foi você.
Hoje algum idiota invadiu o campo atrás do clube dos homens. Quando alguns dos homens
correram para detê­lo, ele decolou, mas não antes de fazer um inferno de um monte de danos.”
“Não ouvi nada sobre isso. Você o pegou?”
Um músculo trabalhou na mandíbula de Ace. “Não. Ele se foi antes que eu chegasse lá,
e ninguém conseguiu dar uma boa olhada em sua placa.”
Ainda franzindo a testa, Hope se virou para ele. “Não sei por que não ouvi sobre isso.”
“Você provavelmente estava mergulhada em uma banheira cheia de bolhas de baunilha
quando aconteceu, o que é exatamente como deveria ser.” Ace entrou no estacionamento de
uma churrascaria em uma cidade vizinha. Circulando até ela, ele a ergueu do banco, soltando as
mãos assim que seus pés tocaram o chão. “É melhor conversar em um lugar como este. Se
formos vistos comendo juntos em Desire, todo mundo vai ter a impressão errada, e eu não
quero que nossa discussão seja interrompida ou ouvida.”
Dinheiro foi trocado de mãos para ter certeza de que eles fossem acomodados longe o
suficiente dos outros clientes para dispor de privacidade. Ace a acomodou na cabine e tomou o
assento à sua frente, de costas para a parede, e de frente para a sala. Ele acenou com o menu de
longe e pediu bife para o jantar e chá gelado para ambos, debruçando­se adiante quando a
garçonete se afastou.
“O que você quis dizer esta tarde quando disse que esteve com homens dominantes
antes? Não se afaste de mim. Ninguém pode nos ouvir. Eu quero uma resposta. É melhor você
não ter feito algo estúpido.”

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Um   arrepio   a   atravessou   em   seu   comando   frio,   e   ela   imediatamente   se   virou   para
encará­lo, tentando não mostrar o quanto esse tom baixo de aço a excitava. Ela tomou um gole
de água e rapidamente estabeleceu o copo de volta para que ele não visse o quanto sua mão
tremia. Franzindo o nariz para ele, ela se inclinou para trás.
“Eu sou uma menina grande, caso você não tenha notado, e eu te disse para não me
tratar como uma criança.”
“E  eu  te   disse  que  quero   uma resposta.  Se  você  não   pode   lidar   com  uma  conversa
comigo, o que a faz pensar que pode lidar com estar na minha cama?”
Deus, ela mal podia esperar. Só de ouvi­lo dizer isso enviou um arrepio através dela e a
teve esfregando as coxas quando seus sucos as revestiram. Não disposta a recuar e correr o risco
de perdê­lo, ela se inclinou para frente também. Sua felicidade dependida de fazer isso direito.
“Ficarei muito feliz em te dizer o que quer saber, mas você poderia perguntar isso mais
agradável. Não sou um suspeito que você está grelhando.”
Para sua surpresa, Ace alcançou e segurou suas mãos, deslizando os polegares sobre a
frente de seus dedos, enviando chiados alarmantes de prazer quente correndo por seus braços e
indo direto para seus seios. Seus olhos castanhos escureceram e afiaram, com uma intensidade
reluzindo neles que chamou cada instinto feminino nela. Ele segurou firme quando ela tentou
se afastar, a força gentil em seu aperto saindo direto de suas fantasias.
“Hope, eu não sou bom. É isso que eu venho tentado te dizer. Você precisa de um
homem agradável que vai te dar toda a suavidade que você precisa. Agora, me diga o que
quero saber. Agora. Ou nós vamos.”
Hope   se   debruçou   em   direção   a   ele,   mantendo   a   voz   em   um   sussurro.   “O   que   eu
poderia te dizer? Se eu não disser nada, você se afasta de mim. Uma vez que eu disser o que
quer saber, você vai querer partir. Eu teria que ter um incentivo para falar. Que tal uma chance
de te mostrar? Para provar que estou certa sobre nós.”
Os olhos de Ace brilharam como lascas de gelo, suas mãos apertaram as dela. Ele não
falou por tanto tempo, que ela se perguntou se tinha empurrado muito longe. Finalmente, para
seu imenso alívio, ele assentiu uma vez, apertando a mandíbula.
“Uma chance. Fale.”

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Não querendo fazer uma cena ou parecer imatura lutando, ela se obrigou a relaxar em
seu aperto. Exultante, ela o olhou nos olhos, tentando não mostrar a excitação em sua pequena
vitória, mesmo quando vibrações atravessaram sua boceta e clitóris, e seus seios doeram mal
por   seu   toque.   Lutando   para   manter   a   voz   de   tremer,   ela   respirou   fundo   e   soltou   o   ar
lentamente antes de falar.
“Eu cresci em Desire, lembra? Sei tudo sobre diferentes tipos de relações. Eu costumava
fantasiar sobre me submeter a um homem na cama, mas as mulheres em Desire são vigiadas
muito de perto e geralmente consideradas fora de limites. Depois do que você fez com Todd
Riggs,   ninguém   se   aproximava   de   mim,   então   não   havia   ninguém   com   quem   eu   pudesse
experimentar, especialmente quando o que eu queria era você, e você nem sequer olhava para
mim.   Blade,   Royce,   e   King   não   me   deixavam   chegar   nem   perto   do   clube.   Eu   tive   vários
desentendimentos com seu mordomo, Sebastian.” Sorrindo, ela se aproximou mais. “Quando
fui para a faculdade, decidi satisfazer minha curiosidade.”
Mantendo as mãos nas suas, ele preguiçosamente corria os dedos sobre suas juntas,
enviando mais daqueles chiados de calor por seu braço e deixando seus mamilos ainda mais
sensíveis contra o material do vestido.
Embora ele mantivesse seu toque suave, sua mandíbula estava apertada. “Então, você
encontrou alguém para experimentar. O que você aprendeu?”
Sua pulsação saltou na labareda de calor em seus olhos. “Aprendi que eu gosto. Eu
gosto da dor erótica. Eu amo me submeter. Eu queria ter certeza que ia antes de…” Dando de
ombros, ela desviou o olhar, amaldiçoando o fato de que seu rosto queimava. Como ele podia
fazê­la se sentir tão tímida e insegura com ele quando ela tinha sentido tudo, menos isso com os
outros homens, mesmo os que a tinham dominado?
“Antes de voltar e decidir que queria isso comigo?”
Precisando de honestidade entre eles, Hope olhou direto em seus olhos. “Eu já sabia
que queria você antes de partir. Eu sabia o que você precisava de uma mulher, de mim, e quanto
mais   eu   imaginava,  mais   comecei   a  precisar   disso   também.   Os   homens   que   conheci   jamais
puderam me ter completamente, porque eu pensava em você o tempo todo. Eu sou o que você

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precisa, Ace, e você é o homem que eu preciso. Ninguém jamais conseguiu tirar você da minha
mente.”
A garçonete veio com a comida, impedindo­o de responder. A julgar pelo olhar em seu
rosto, era provavelmente uma boa coisa. Soltando suas mãos, ele se endireitou, olhando para
ela, pensativo, a mandíbula apertada, até que a garçonete saiu novamente. Ele suspirou, sua
expressão   abrandando.   “Você   não   sabe   o   que   está   pedindo,   Hope.   Desire   é   uma   cidade
pequena, onde todos conhecem os negócios dos outros. Eu não tenho relações. Eu fodo. Eu não
sou o que você está procurando.”
“Então, foda­me.” Ignorando seu olhar surpreso, ela se inclinou perto. “Eu quero você,
Ace, e se não der certo com a gente, não vou usar isso contra você.” A labareda em seus olhos a
teve se contorcendo na cadeira. Seu jeito de olhar direto através dela a deixava nervosa e de
língua­presa, algo que nunca havia experimentado com ninguém. Ela lutou continuamente para
não mostrar, mas o conhecimento de seu efeito sobre ela reluzia em seus olhos.
Um músculo trabalhou em sua mandíbula. “Eu sou o xerife, Hope. Eu faço cumprir as
leis e regras em Desire. Eu acredito nelas, mas não consigo me ver deixando uma mulher fugir
das coisas que os outros homens deixam suas mulheres se safar. Isso já colocou várias delas em
perigo.”
“Mas   que   tal   o   sexo?   Não   me   diga   que   você   nunca   faz   sexo   porque   eu   não   vou
acreditar.”
Rasgando um pão no meio, ele olhou para cima enquanto passava manteiga. “Eu tomo
meu prazer em outro lugar.”
Hope agarrou seu chá gelado, escondendo um sorriso quando Ace colocou a metade da
manteiga sobre o prato de pão. “Eu sei disso, e me irrita que você nem sequer pense em fazer
sexo   comigo.   Seríamos   ótimos   juntos.   Você   não   acha   que   é   capaz   de   um   relacionamento
duradouro?”
Os olhos de Ace seguraram um toque de tristeza antes dele desviar o olhar para pegar
outro pãozinho. “Você é muito jovem para lidar com o que eu exijo de uma mulher. Você tem
que aceitar isso.”

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Ela sabia que se recuasse nem que fosse a menor quantidade, ele acabaria com isso
agora. Usando em sua vantagem, ela sacudiu a cabeça. “Não. Eu não vou aceitar isso. Você não
tem ideia de como seria com a gente se nem sequer está disposto a nos dar uma chance.”
Ace se endireitou e esfregou uma mão pelo rosto. “Hope, eu vou te machucar, e você
vai acabar me odiando.”
Hope tocou sua mão, erguendo os olhos. “Estou machucada agora.”
Ele suspirou com resignação, mas seus olhos escureceram e se estreitaram. “Você não
vai ficar feliz. Eu não vou mudar.”
Esperançosa, as borboletas em seu estômago levantaram voo. “Eu não sou imatura, e
não sou estúpida.” Puxando a mão, ela cortou seu bife, olhando para ele. “E você, meu querido
xerife, está cheio de merda. Você e eu somos perfeitos um para o outro. Eu não quero te mudar,
Ace, em nada.” Indo para quebrar, ela pegou sua mão, cobrindo com a dela. “Estou notando
que você não está dizendo que não quer me ver porque não se importa comigo.”
Ele  cortou  um  pedaço  de   seu   próprio   bife,  propositadamente  desalojando  sua  mão.
“Isso não significa que podemos fazer isso funcionar. Eu sou muito exigente e possessivo. Isso a
deixaria louca. Você iria se rebelar. Eu iria dominá­la. E você se ressentiria que eu pudesse. Não
posso mudar quem eu sou, nem por você,  especialmente  por você. Eu remaria sua bunda por
excesso de velocidade ou simplesmente porque eu quero, e não seria sempre uma surra erótica.
Você ficaria puta e partiria. Eu já vi isso muitas vezes. Não vou aturar essa merda.”
Estabelecendo seu garfo, ela se debruçou adiante, todo o apetite pela comida se foi. Seu
apetite por ele, no entanto, continuava a crescer mais forte. “Eu te conheço há muito tempo,
Xerife,  e   sei   que   por  dentro   você   é  amoroso  e   terno.  Você   poderia   me  espancar,  mas   seria
porque você me ama. Eu não vou fazer jogos, bem, às vezes eu farei, mas acho que é algo sobre
mim que você pode ficar viciado. Eu não vou jogar, no entanto, com meus sentimentos ou os
seus. Eu não vou ficar louca e partir. Eu vou lutar com você.” Frustrada em sua risada, ela o
encarou. “Droga, Ace. Eu pensei que você estivesse levando isso a sério.”
Recostando­se,   ele   suspirou.   “Hope,   você   diz   isso   agora,   mas   quando   esse   seu
temperamento surtar, seria outra história. Confie em mim.”

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“Todos os homens de Desire dirigem suas mulheres malucas. Por que eu deveria ser
diferente? Todos eles não brigam?”
Arqueando uma sobrancelha novamente, ele deu um sorriso frio que enviou um arrepio
por   sua   espinha.   “Vamos   falar   sobre   o   porque   viemos   aqui.   Com   quantos   desses   homens
dominantes você esteve e há quanto tempo?”
Ela tomou um gole de água antes de responder. Tinha jurado lhe dizer a verdade e o
faria. Não queria segredos entre eles. “Dois. Eu os conheci em um clube que eu sabia que era
seguro. Já faz quase dois anos desde que tive relações sexuais.”
“Como você sabia que era seguro?”
Hope   suspirou,   esperando   que   ele   não   fosse   perguntar,   mas   é   claro   que   o   xerife
inquisitivo trataria de cada detalhe. “Eu fui para a escola com Brett Madison. Você conhece os
Madisons. Eles trabalham com Boone e Chase.”
“Eu sei quem são os Madisons. Continue.”
“Brett   é   alguns   anos   mais   velho   do   que   eu,   e   nos   encontramos   em   uma   aula   de
negócios. Ficamos amigos, então, é claro, falamos sobre família. Quando eu lhe contei sobre
minha família e que tenho três pais, ele ficou surpreso e me contou que ele e seus irmãos tinham
compartilhado mulheres no passado, mas apenas por sexo, e que desejava que houvesse uma
maneira que todos eles pudessem viver com uma mulher.” Tomando outro gole de chá, ela
sorriu. “Seus irmãos quiseram me conhecer, para me fazer perguntas sobre minha família. Eu
lhes disse tudo sobre Desire, e eles ficaram atordoados ao saber que havia um lugar onde as
pessoas realmente viviam do jeito que queriam.”
Um   músculo   trabalhou   na   mandíbula   de   Ace.   “Eles   quiseram   que  você  fosse   essa
mulher?”
Sorrindo no ciúme que ele não foi capaz de esconder, Hope sacudiu a cabeça. “Não.
Somos   apenas   amigos.   Eles   se   sentiam   como   malucos   por   causa   do   que   queriam   e   não
conseguiam parar de me fazer perguntas sobre Desire. E também começaram a tomar conta de
mim e Charity. Eles costumavam passar muito tempo em um clube, tipo o Club Desire. Quando
eu lhes disse o que eu estava procurando, eles me ajudaram a encontrar os homens certos.
Foram junto comigo e ficaram no térreo no caso de que eu me encontrasse em algo além do que

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esperava.” Ela sorriu para ele, determinada a fazê­lo entender. “Eles cuidaram de mim, Ace,
como uma irmã. Eles me olharam de perto. Mesmo quando Brett terminou a escola, eles não
vieram para cá até que eu e Charity o fizesse porque queriam tomar conta da gente.” Rindo, ela
se endireitou e pegou o garfo novamente. “Eu lhes disse que eles se encaixariam bem aqui. Eles
estão felizes e bem ajustados com a cidade.”
Ace a estudou por vários segundos, fazendo­a se contorcer na cadeira. “Por que você
não fez sexo em dois anos?”
Encontrando seus olhos novamente, ela lambeu os lábios secos. “Porque eu também
aprendi que não podia deixar ir do jeito que preciso, pois nenhum dos homens que deixei me
dominar era você.” Lembrando sua frustração, ela sorriu. “Além disso, eles não ficaram muito
satisfeitos com suas restrições, e Sloane e Cole Madison foram  muito  claros sobre o que seria
permitido e o que não.”
Ace levantou uma sobrancelha nisso e tomou um gole de seu próprio chá gelado. “Que
tipo de restrições?”
Ela   não   tinha   contado   com   a   intensidade   do   olhar   de   Ace   quando   praticou   essa
conversa   no   espelho   em   casa.   Ela   tinha   dificuldade   de   desviar   o   olhar   de   suas   mãos,
imaginando como se sentiriam sobre seu corpo. Forçando­se a encontrar seus olhos, ela pôde
sentir seu rosto queimar ainda mais quente. “Eles não estavam autorizados a tocar minha…
Bunda.” Ela se virou para se certificar de que ninguém podia ouvir. “Quero dizer, eles podiam
me espancar, mas não podiam — eu não os deixaria…” Ela não era uma puritana, de forma
alguma, mas falar assim com Ace provava ser um inferno de muito mais difícil do que ela tinha
imaginado.
“Você não os deixaria violar seu ânus?”
Aliviada que ele tivesse entendido, ela assentiu e desviou o olhar. Ela deveria saber que
ele não teria dificuldade em dizer isso e não podia acreditar que ela fez. “Certo.”
“Com absolutamente nada?”
Hope sacudiu a cabeça. “Não.”

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Ace se recostou, os olhos encobertos. “Eu não permitiria quaisquer restrições. Se há algo
que uma mulher com quem estou sinceramente não gosta, será levado em consideração, mas ter
algo fora dos limites sem sequer explorar as possibilidades não seria permitido.”
Hope brincou com a prataria, forçando­se a encontrar seus olhos, apesar de seu rosto
queimar   mais   quente   do   que   nunca.   “Eu   sei   disso   sobre   você.   E   posso   aceitá­lo.”   Se   ele
soubesse.

* * * * *

Ace lutou contra o desejo de ajustar as calças, onde seu pau pressionava contra o zíper.
“Não acho que você percebe no que está se metendo. Uma relação Dom/sub é muito mais
intensa do que eu acho que você imagina. Em uma relação de longo prazo, os laços são mais
fortes do que muitos casamentos. É por isso que só tenho encontros de uma noite.” Ele não
achava que ela precisava saber que até esses tinham se tornado praticamente inexistentes, pois
haviam se tornado tão insatisfatórios que não parecia valer mais a pena o esforço.
Hope assentiu, a ansiedade em seus olhos impossível de resistir. “Você acha que não
vejo   o   que   se   passa   ao   meu   redor?   Todos   os   homens   que   conheço   em   Desire   são   muito
arrogantes para seu próprio bem, mas o amor que têm por suas mulheres é mais forte do que
qualquer coisa que já vi. As mulheres ficam frustradas como o inferno com seus homens, mas
são totalmente dedicadas a eles. Engano é raro, divórcio ainda mais raro. As relações em Desire
são fortes porque todos os envolvidos dão tudo de si e vivem suas vidas da maneira que lhes dá
mais prazer.”
Ace assentiu. “Verdade. Mas todo mundo entra nisso sabendo o que querem. Você é
muito jovem para saber o que quer. Nós dois vamos acabar nos machucando.”
“Porra, só porque você é treze anos mais velho do que eu não significa que não somos
perfeitos um para o outro.” Hope estendeu a mão para tocá­lo, e automaticamente ele virou a
mão para embalá­la. “Não posso passar o resto da minha vida lamentando por não ter tentado.
Não é?” Não, ele não podia. Deus o ajude. Ela era seu calcanhar de Aquiles, e ele sabia que não
seria forte o suficiente para ver outro homem vir e varrê­la fora de seus pés.
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Além disso, ele já havia concordado em tentar, e ele odiava como o inferno voltar atrás
em sua palavra.
Sinalizando pela conta, ele se recostou, a excitação nos olhos de Hope decidindo seu
destino. Olhando­a por longos minutos, ele se perguntou o que diabos ela tinha que o puxava
tanto. Se tivesse um gosto dela, talvez ele pudesse se livrar dessa necessidade implacável, e lhe
provar que ele seria sempre muito exigente e possessivo para ela. Em tudo. Acenando, ele fez
uma careta em seu sorriso excitado e rapidamente adicionou, “Eu estabeleço o ritmo. Não você.
Vermelho.”
“Vermelho?”
“É sua palavra segura. Assim que você usá­la, isso termina.” 
“Eu não quero uma palavra segura.”
“Muito ruim. Minhas regras, lembra?” 
“Eu não vou usá­la.”
“Vamos ver. Vamos sair daqui.” 
“Nós vamos fazer sexo?”
“Não. Estou te levando para casa.” 
“Droga, Ace.”
“Estou no comando, lembre­se. Sua primeira lição é de paciência.”

Capítulo Três
Ele estava tentando matá­la.
Não, ele estava tentando deixá­la louca.
De   qualquer   forma,   ele   a   provocava   com   seus   olhares   escuros,   enchendo   seus
pensamentos com imagens eróticas do que faria com ela, e ela não podia continuar à esperar
muito mais tempo.

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Hope compassou em seu escritório no clube, desejando ter algo a fazer para tirar sua
mente fora do xerife da cidade, mas já havia terminado seus telefonemas e até passado por um
frenesi de limpeza, mas ainda não tinha conseguido se livrar dessa energia inquieta. Graças a
Deus   Charity   tinha   cuidado   da   maior   parte   da   papelada,   porque   Hope   não   conseguia   se
concentrar em uma coisa maldita. Ela não tinha dormido quase nada, passando a maior parte
da noite rodando, e girando, e sonhando com Ace.
Depois do jantar na outra noite, ele havia dirigido até sua casa em relativo silêncio, a
expressão pensativa enquanto faziam seu caminho de volta para a cidade. Ele a acompanhara
até a porta e a beijado na testa, parecendo um pouco preocupado.
“Vou estar em contato. Seja boa.”
Ela há muito tempo se entendia com ficar excitada em uma ordem de ser uma “boa
menina”. Embora não se deixasse  ser ordenada e nunca tivesse sido  um capacho, ouvir tal
comando em uma conotação sexual nunca falhava em excitá­la.
Com ele, foi praticamente orgástico.
Ela   sabia   que   seria   diferente   com   Ace,  especial,   mas   não   contava   com   o   quão   forte
reagiria em até mesmo o toque mais casual. Pensar em como seria quando ele finalmente a
tocasse   intimamente   a   mantinha   no   limite,   tão   carente   e   frustrada   que   ela   estalava   com   as
pessoas ao redor.
Ela simplesmente não sabia por quanto tempo mais poderia esperar até que ele fizesse
alguma coisa. Nem mesmo se masturbar conseguia aliviar seu tormento. Só piorava.
Ela absolutamente doía por ele.
“Já que não há mais nada aqui que precisa ser feito, estou indo para a livraria. Quer vir
comigo?”
Hope   se   virou   na   voz   de   sua   irmã   e   sacudiu   a   cabeça.   Ela   e   Charity   devoravam
romances eróticos como se fossem doces, mas ela simplesmente não conseguiria ler nada agora.
Só faria a dor piorar. “Não. Vá em frente. Vou sair daqui a pouco de qualquer maneira. Talvez
eu vá até a Indulgences para ver Jesse e Kelly. Eu sei que Kelly tem estado chateada.”

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“Sim. Mas Blade não vai deixá­la insistir nisso. O médico disse que por causa de todo o
tecido cicatricial, poderia ser difícil ela engravidar, mas não impossível. Se eu conheço Blade, ele
vai fazer tudo que for humanamente possível para engravidar Kelly.”
Hope se estatelou em sua cadeira. “O médico disse para ela dar mais algum tempo. Eles
não têm tentado a muito tempo. Nossos pais foram ao clube para jogar cartas e disse que Blade
está mais silencioso do que o normal e que ele está fazendo o seu melhor para manter a mente
de Kelly fora disso.”
Charity sorriu. “Conhecendo  Blade, isso deve ser interessante. Por falar em homens
bonitos e dominantes, você ouviu algo sobre o xerife?”
“Não, mas quando o fizer, vou chutá­lo nas bolas.” 
“Palavras corajosas.”
Hope engasgou e olhou para cima, atordoada ao ver Ace se movendo para a porta atrás
de sua irmã. “Eu não sabia que você estava aí.”
Os lábios de Ace se contraíram. “Obviamente. Olá, Charity.”
Charity sorriu de volta, piscando para Hope. “Olá, Xerife. Acho que vou indo. Estava
tentando convencer Hope a vir até a loja comigo, mas ela está muito ocupada com mau humor.”
Hope olhou para sua irmã. “Eu nunca fico de mau humor.”
Charity riu, ganhando um sorriso indulgente de Ace. “É claro que você faz. É parte de
seu charme. Até logo. Vou fechar a porta da frente ao sair.” Acenando os dedos, ela passou por
Ace, deixando os dois sozinhos.
Assim que a porta da frente se fechou, Ace baixou seu grande corpo na cadeira em
frente de sua mesa. E ficou lá sentado olhando para ela, pensativo, os olhos encobertos, pelo que
parecia uma eternidade, batendo o dedo no queixo. “Venha cá.”
Surpresa no tom que ela nunca o tinha ouvido falar antes, ela hesitou.
Ele se recostou, os braços nos descansos, esticando seu uniforme ainda mais apertado
sobre o peito duro enquanto esperava. Depois de alguns segundos, uma sobrancelha arrogante
subiu, mas ainda não disse nada.
A excitação fez seu coração bater mais rápido enquanto ela esperava que ele fizesse seu
movimento. Ela mal podia esperar para ter suas mãos sobre ela.

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Ainda em silêncio, ele se levantou e voltou para a porta.
Onde diabos ele estava indo? Em pânico, ela saltou fora da cadeira. “Espere!”
Ace parou e se virou, mas ainda não disse nada.
Respirando fundo, ela lentamente se aproximou, olhando até encontrar seus olhos. “Eu
pensei que você ia me tocar.”
Ele inclinou a cabeça, um pequeno sorriso frio tocando em seus lábios. “Era essa minha
intenção.”
Quando ele se virou novamente para sair, ela correu até ele e agarrou a manga de sua
camisa. “Mas você não veio atrás de mim.”
“Eu não tolero superação da parte inferior.” 
“O quê?”
“Quando eu disser para você vir para mim, você deve vir para mim. Você quer ser
dominada, mas recusa a instrução mais simples. Não desperdice meu tempo, Hope, fingindo
ser algo que você não é.” Ele sorriu tristemente, correndo um dedo levemente por seu rosto.
“Não se venda barato. Eu não sou o homem certo para você, e tentar ser o que você acha que eu
preciso, só vai nos tornar miseráveis.”
Apavorada, Hope agarrou seu braço. “Não, Ace. Por favor. Você não entende.”
“Hope, pare com isso. Você precisa de um homem que é capaz de um inferno de muito
mais   ternura  do  que  eu   sou.   Se   é   isso   que   você   está  procurando,  você  não   vai  encontrá­lo
comigo. Se você fosse minha, você não teria nenhuma palavra a dizer no que eu faço com você e
seria   esperado   que   obedecesse   meus   comandos   sem   hesitação.   Eu   te   disse   que   isso   não   ia
funcionar. Não acho que você sabe o que quer.”
Hope correu para impedi­lo de sair, sabendo o quão facilmente ele poderia empurrá­la
de lado. “Não, maldito seja. Estou tentando. Eu quero isso, e estou disposta a lutar por isso.”
Por que ele não podia entender sua necessidade de que ele apenas a agarrasse e tomasse o que
queria? Droga. Ela queria lhe dizer, mas simplesmente não sabia como. O que ele ia pensar se
soubesse que ela tinha desejos ainda mais escuros do que os dele?
Ele a olhou por tanto tempo, que o medo amarrou seu estômago. Se ele terminasse isso
agora, ela não sabia o que ia fazer. Finalmente, ele suspirou e relutantemente assentiu. “Pense

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sobre o que você realmente quer, Hope, antes de fazermos isso de novo. Estarei em contato. Seja
boa.”
Um grande amontoado se alojou em sua garganta quando ele se virou e começou a se
afastar. “Ace, não está terminado, não é?”
Ele parou, sem se virar. “Eu não acho que você está pronta para isso, Hope, e acho que
você vai ficar muito desapontada.”
Hope   fechou   os   olhos   quando   uma   onda   de   necessidade   a   invadiu,   e   seus   olhos
estalaram abertos quando Ace continuou.
“Você tem que pensar sobre isso. É algo que você quer fazer?” 
O amontoado cresceu, ameaçando sufocá­la. Ela não podia deixá­lo ir embora agora,
quando finalmente o tinha convencido a vê­la. Maldita teimosia. Se ela entrasse em seu caminho
de conseguir o que queria, ela nunca se perdoaria. “Por favor. Não desista de mim. Mais uma
chance. Eu sei o que estou fazendo.” Ela queria desesperadamente que ele voltasse e lhe desse o
que seu corpo e coração ansiavam.
O ponteiro dos segundos do relógio em seu escritório assinalou alto enquanto esperava
sem fôlego por sua resposta. Ela engoliu em seco, tentando se livrar do nó em sua garganta
enquanto   seu   estômago   se   transformava   em   gelo.   Lágrimas   picaram   seus   olhos,   e   ela
rapidamente as piscou longe, não querendo perder a menor nuance de sua expressão.
Finalmente,   ele   se   virou   para   ela,   o   olhar   em   seu   rosto   tão   frio   e   proibitivo   que
enfraqueceu seus joelhos.
Em todos os anos que o conhecia, ela nunca o tinha visto assim. Ele acenou a cabeça
uma vez. “Mais uma chance. É isso. Ou você faz o que eu digo ou vai ter que admitir que isso
nunca vai funcionar.”
Soltando o fôlego que estava segurando, ela sorriu tremulamente, só para ter seu sorriso
caindo quando ele se virou e foi embora.
Ao ouvir o som da porta da frente abrir e fechar novamente, ela se moveu de volta para
sua mesa e caiu na cadeira.
“Paciência, ele disse. Ok. Eu posso ser paciente.” Soltando a cabeça em suas mãos, ela se
amaldiçoou. Se tivesse feito como ele tinha exigido de imediato, ela provavelmente teria tido

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alívio   do   tormento   furioso   dentro   dela.   Precisava   se   sentir   perto   dele   e   sabia   que   com   um
homem como Ace, uma conexão física seria de extrema importância.
Olhando para cima, ela olhou em direção à porta da frente. “Paciência não é um dos
meus pontos fortes, Xerife, mas eu serei maldita se deixá­lo cair fora.” Suspirando, ela pegou a
bolsa, resignada a passar outra noite sozinha.
Isso definitivamente não estava acontecendo do jeito que ela havia planejado.

* * * * *

Vestida com moletom confortável e meias grossas, Hope se reclinou no sofá, lançando
os canais. Ela ocasionalmente olhava para Charity, que estava sentada enrolada em uma cadeira
próxima lendo um dos livros que tinha comprado esta tarde. “Não há nada de bom na tv.”
Charity   nem   olhou   para   cima   enquanto   acenava   uma   mão   em   direção   à   pilha
impressionante de romances eróticos na mesa de café. “Leia um desses.”
Ainda   passando   os   canais,   Hope   se   deslocou,   procurando   uma   posição   mais
confortável. “Não, obrigado.”
Ler um desses agora, enquanto ela ainda pensava em Ace, ia levá­la a loucura. Depois
de  mais  alguns   minutos  procurando   sem  sucesso   algo  para  tomar  sua  mente  fora dele,  ela
apunhalou o botão de desligar em frustração e jogou o controle sobre a mesa de café. Sentando­
se, ela pegou o livro de cima.
“Para o inferno com isso. O quanto pior pode ficar?”
Meia hora mais tarde, Hope já estava totalmente absorta na história.
Quando uma batida soou na porta, ela franziu a testa na interrupção e olhou para sua
irmã. “Mamãe e os papais disseram que viriam esta noite?” Uma vez que o apartamento que ela
e   Charity   moravam   era   logo   acima   da   lanchonete   que   seus   pais   possuíam,   às   vezes   eles
passavam por lá depois que fechavam para a noite.
Charity sacudiu a cabeça, olhando no relógio. “Não. Eles fecharam uma hora atrás. É
provavelmente Ace.” Ela começou a ler de novo, deixando Hope para atender a porta.

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Hope já tinha tido esse pensamento e tão rápido quanto o descartado. “Não. Ace não
vai vir aqui esta noite. Ele está meio chateado comigo.”
Charity levantou a cabeça e piscou. “Não estou surpresa. Você poderia deixar qualquer
um maluco. Então, você vai atender a porta ou não?”
Hope   sorriu   e   sacudiu   a   cabeça   quando   o   nariz   de   sua   irmã   desapareceu   no   livro
novamente. Levantando­se, ela virou o livro que estava lendo de face para baixo na mesa de
café.
“Droga, Hope. Use um maldito marcador.”
A caminho da porta, Hope olhou por cima do ombro e mostrou a língua. “Você deveria
ter atendido a porta.” Rindo baixinho, ela abriu a porta, seu riso morrendo quando viu Ace de
pé do lado de fora. “Ace?” Olhando para a irmã, ela manteve a voz baixa. “Eu pensei que
depois desta tarde —”
Ele avançou, forçando­a a andar de volta para o apartamento. “Você sempre abre a
porta sem verificar e ver quem está do lado de fora?”
Hope revirou os olhos. “Eu moro em Desire, Oklahoma, Ace. Não há estranhos aqui —”
Ela se virou para se afastar, ganindo quando Ace agarrou seu braço e a puxou bruscamente.
“Ei!”
Ele a sacudiu uma vez, encarando ela e Charity, que olhou para cima com surpresa.
“Vocês não ouviram sobre as mulheres que foram machucadas por aqui? Nós não estávamos
cuidando delas da maneira que deveríamos. Tudo isso mudou. Se eu pegar qualquer uma de
vocês duas abrindo essa porta sem verificar, eu vou bronzear seus traseiros. Fui claro?” Ele
fechou e trancou a porta atrás dele antes de conduzi­la para a sala.
Hope   esfregou   o   braço   quando   ele   o   soltou,   não   porque   doía,   mas   por   causa   do
formigamento delicioso onde ele o tocara. Um flash mental rápido dele virando­a sobre seu colo
a fez involuntariamente apertar as bochechas de sua bunda. “Ace, nós vamos verificar, mas
você realmente não tem que colocar todo o seu lado troglodita em nós.”
O sorriso de Ace enviou um arrepio através dela quando a virou e a ergueu até a ponta
dos pés. “Você vive em Desire, Oklahoma, lembra? Você viveu aqui a vida inteira. Você e sua

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irmã conhecem as regras desta cidade,” liberando seus ombros, ele agarrou seu queixo, “e por
Deus, você vai cumpri­las.”
Charity se levantou com seu livro e alisou a mão por sua bata. “Foi bom vê­lo de novo,
Xerife. Estou indo para meu quarto agora e deixando os dois para resolver isso.”
Os  olhos de  Ace se estreitaram.  “Estou falando sério. Você vai estar sobre  os meus
joelhos se não olhar antes de abrir a porta. A menos que Beau queira fazer isso.”
Os olhos de Charity faiscaram quando ela abriu a boca para dizer algo, só para encaixá­
la fechada novamente. Sorrindo serenamente, ela ergueu o queixo e se virou. “Boa noite.”
Hope esperou Charity entrar no quarto e fechar a porta atrás dela antes de se virar para
Ace e agarrar seu braço. “Como você sabe sobre Beau? Ele disse algo? Ele está interessado em
reivindicar Charity?” Ela sorriu quando música veio do quarto de Charity, com a certeza de que
ela e Ace não seriam incomodados. “Vamos, diga­me. Ela não vai ouvi­lo.”
Ace riu. “Eu tento saber tudo que se passa na minha cidade. Se ele disse algo ou não
isso não é da sua conta. Fique fora disso.” Movendo­se para o sofá, ele estendeu a mão e pegou
o livro que ela tinha deixado na mesa. “Hmm.”
Droga. Ela alcançou para tomar o livro dele, mas ele habilmente a evitou, bloqueando
sua tentativa, sem sequer olhar para cima.
“Você faz o chá doce como sua mãe, não é? Eu vou tomar um copo dele.”
Amaldiçoando baixinho, ela se virou para ir na cozinha pegar seu chá, sabendo que só
se envergonharia numa luta inútil pelo livro. Servindo a bebida, ela olhou para a sala e o viu
lendo   o   livro   onde   ela   tinha   deixado   aberto.   Lembrando­se   da   parte   em   que   tinha   estado
envolvida, ela tremeu, derramando chá na bancada. “Droga.” A heroína estava no processo de
conseguir uma surra sólida por discutir com seu amante. Hope tinha uma suspeita sorrateira de
que o herói estaria tomando a bunda da heroína muito em breve.
Ace olhou por cima do ombro em direção à cozinha. “Algo errado?”
Desviando   os   olhos   para   limpar   a   bagunça,   ela   sacudiu   a   cabeça.   Nervosa   como   o
inferno, ela teve que limpar a garganta antes de falar. “Não. Só desajeitada.” Ela levou o chá de
volta para ele, se perguntando o que ele estaria pensando de seu material de leitura. “Por que
você veio esta noite? Depois desta tarde, eu não esperava vê­lo.” A excitação baixa que ela

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vinha sofrendo há dias queimou para a vida assim que abriu a porta, e só estava ficando cada
vez mais forte, mas ela estava nervosa como o inferno, esperando que ele não tivesse mudado
de ideia. Ele tinha vindo, pelo menos era alguma coisa.
Aceitando o chá, Ace tomou um gole e murmurou sua aprovação antes de deixá­lo em
um suporte na mesa de café. Ele ainda tinha o livro aberto na mão quando bateu de leve em sua
coxa. “Venha cá.” E continuou a ler, nem sequer olhou para ela.
Sua pulsação saltou. Não disposta a lhe dar uma desculpa para ir embora de novo, ela
rapidamente se sentou em seu colo, emocionando­se na mudança dos músculos duros sob suas
coxas. Trêmula ao ser segurada por ele pela primeira vez, ela agarrou seus ombros, apenas para
tê­lo segurando suas mãos em uma dele e as colocando em seu colo.
“Você e sua irmã leem muito isso?”
“O tempo todo. Eu deveria dizer a Beau o tipo de livros que Charity lê. Talvez isso lhe
dê algumas ideias.”
“Hmm.” Ace colocou o livro de lado e pegou o controle remoto.
“Não há nada que valha a pena assistir.”
“Eu não vim aqui para assistir televisão. Não sei ainda quanto barulho você faz quando
está excitada, e não quero que Charity pense que estou te matando.” Ele ligou a tv, ajustando o
volume, e jogou o controle de lado.
Caramba,  ele  tinha que saber que dizer  algo  assim a afetaria. Hope sacudiu a sério
agora, sua excitação crescendo a cada segundo. Embora seu corpo se tornara superaquecido, ela
estremeceu quando ele agarrou a bainha da blusa de seu moletom e a ergueu sobre sua cabeça,
nunca tirando os olhos de seus seios enquanto a jogava na cadeira próxima. Ela ficou feliz por
não estar usando sutiã, mas temeu que ele pudesse estar decepcionado com seus seios menos
do que fartos. Droga, ela nunca tinha se importado com o que alguém estivesse pensado antes,
mas com Ace ela queria ser perfeita.
Ele tomou suas mãos em uma e as levantou acima de sua cabeça, enquanto a deitava de
costas contra o braço do sofá ao lado dele. Com a outra mão, ele começou a deslizar os dedos
levemente sobre seu estômago.
“Lindo.”

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Ela se sentiu bonita em seus braços, sua necessidade crescente no flash de calor em seus
olhos   quando   ele   deslizou   os   dedos   entre   seus   seios   e   sobre   seu   peito   e   ombros.   “Eu   sou
pequena.” Ela não tinha intenção de dizer isso, e lamentou no momento em que as palavras
saíram de sua boca. Droga, ela não conseguia se lembrar de jamais ter estado tão nervosa.
A mão enorme de Ace cobriu um pequeno monte e massageou suavemente. “Delicada.”
Sua expressão suavizou, um sinal de que ele tinha entendido que seu tremor viera de mais do
que excitação. Um sorriso curvou seus lábios quando ela ofegou. “E muito sensível. Vamos ter
que ser cuidadosos.”
Testando   seu   agarre,   ela   se   contorceu   de   excitação   ao   descobrir   que   não   conseguia
quebrar seu aperto. “Não muito cuidadoso, eu espero.”
Ainda segurando seus pulsos firmemente, ele pegou o chá gelado na mesa e tomou um
gole antes de tocar o fundo frio do copo em um mamilo eriçado.
Cerrando as mãos, ela fechou os olhos com um gemido quando ele moveu o copo frio
de lá para cá sobre um mamilo e depois o outro, sem pressa, o olhar indo de seus seios para seu
rosto e de volta. Apesar do frio, fogo correu de seus mamilos para sua boceta, e ela cavou os
calcanhares no sofá, balançando os quadris para tentar aliviar a pressão. Fazê­lo também movia
sua bunda de um lado para o outro sobre seu pênis, que parecia crescer a cada passagem.
Ace gemeu asperamente e deslizou de debaixo dela, deitando contra o encosto do sofá
e, ainda segurando suas mãos, cobrindo suas coxas com uma das suas densamente musculosas.
“Você   continua   me   provocando   com   essa   bunda,   e   vai   se   encontrar   em   um   monte   de
problemas.” Inclinando­se sobre ela, ele colocou o copo de volta na mesa e a observou com os
olhos brilhando enquanto os dedos traçavam seus mamilos frios, correndo­os pela parte inferior
de seu braço até seus pulsos que ele segurava firmemente na outra mão, e abaixo novamente.
“Ace, a luz.”
Restringindo sua luta, ele dedilhou os dedos sobre um mamilo. “Eu quero assim.” O
aço em seu tom baixo enquanto a acariciava foi melhor do que qualquer fantasia que ela já tinha
tido, e reacendeu um pouco de sua apreensão.

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De   repente   ela   não   conseguia   respirar,   não   conseguia   puxar   ar   suficiente   para   os
pulmões. A sofisticação que tentara adotar caiu sob sua carícia, até que se tornou nada além de
uma massa trêmula de necessidade, uma mulher vulnerável nos braços de seu homem.
Mantendo  os olhos firmemente  fechados contra não  somente  a luz, mas contra Ace
vendo demais, ela apertou as coxas, oprimida pelo pulsar requintado em sua boceta e clitóris.
Ela não usava calcinha também, e queria muito mal que ele tirasse sua calça de moletom e a
fodesse. Oh, Deus. Pela primeira vez em sua vida, ela se perguntou se poderia lidar com o que
ele queria dela. Já queimando descontroladamente.
Ele   correu   os   dedos   sobre   cada   um   de   seus   seios.   “Você   gostaria   que   eles   me
pertencessem?”
Hope estremeceu, a rouquidão baixa em seu tom atraindo­a ainda mais em sua teia de
sedução. “Sim. Eu pertenço a você. Por favor, Ace.”
“Por favor o quê?”
“Por favor me tome. Foda­me. Faça algo. Qualquer coisa. Não posso mais aguentar.”
Sua risada suave a fez estremecer. “Você está tremendo, e eu apenas comecei a explorá­
la. Eu já te disse que você vai ter que aprender a ter paciência. Este corpo é meu ou não?”
“Sim, oh Deus, sim.”
“Se me pertence, posso fazer o que quiser com ele. Se eu não puder, eu não o quero. Eu
sou um canalha de primeira classe, Hope, e não estou prestes a dar nenhuma desculpa para
isso. O que vai ser? Você está pronta para admitir que não sou o que você quer?” Ele beliscou
cada um de seus mamilos um pouco mais forte do que antes, enviando fragmentos de prazer
branco­quente para sua fenda.
“Não. Você é exatamente o que eu quero. Eu sou sua. Eu sou sua. Por favor, Ace, eu não
aguento mais.”
“Você está tentando me convencer de que é capaz de se submeter a mim e ainda assim é
indisciplinada   e   exigente.   Se   você   quiser   me   pertencer,   você   vai   precisar   de   treinamento
extensivo, especialmente na paciência. Eu mal te toquei e você já está chorando por liberação.”

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Seus olhos estalaram abertos para procurar os dele, desesperada para alcançá­lo, mas
tinha dificuldades para organizar seus pensamentos. “Eu não sei como. Ensine­me, Ace. Eu vou
fazer o que quiser, vou ser o que quiser, só não pare. Faça­me sua.”
Ele baixou a mão, deixando­a desolada, e se inclinou sobre ela para beliscar levemente
seu lábio inferior, os olhos duros e frios, mas segurando uma possessividade feroz que chamou
algo dentro dela. “Eu posso despertá­la desse jeito e deixá­la se eu escolher. Posso amarrá­la e
levá­la à beira do lançamento e deixá­la lá, só para voltar e fazer de novo. E de novo. Tantas
vezes   quanto   eu   quiser.  Nunca  exija   de   mim   e  nunca  pense   em   me   dizer   o   que   você   pode
aguentar e o que não pode. Você tem uma palavra segura que pode usar quando já não puder
mais tomar isso.”
“Mas se eu usá­la, nós acabamos.” 
“Acabamos.”
Hope mordeu o lábio e se arqueou para ele. A força de sua excitação a alarmando. “Ace,
eu não tenho nenhuma experiência com necessidade como esta. Por favor, seja paciente comigo.
Eu queimo por toda parte.”
Ace acariciou sua mandíbula. “Eu sei, bebê. Você é incrivelmente responsiva.”
Sua ternura  suavemente  falada derreteu  seu coração e aliviou seus medos apenas o
suficiente   para   permitir   que   ela   recuperasse   o   fôlego.   Deixando   tudo   que   sentia   por   ele   se
mostrar em seus olhos, ela sorriu, choramingando quando ele tocou a língua na ponta de seu
seio.
“Só com você.”
Ace   raspou   levemente   os   dentes   sobre   um   mamilo,   puxando   um   ofego   dela.   “Por
enquanto. Quero ver o resto do que agora me pertence. Levante­se.” Ele rolou seu peso fora
dela e puxou um papel do bolso da camisa e lhe entregou. “Este é o relatório do meu médico.
Estou seguro.”
Levou   um   momento   para   suas   palavras   penetrar.   “O   quê?   Você   quer   que   eu   me
levante?”
Ace sorriu lentamente. “Eu quero explorar tudo em você, e quero você de pé para esta
parte. Você vai me obedecer, ou estou saindo?”

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Um pouco atordoada, ela pegou o papel dele e o jogou de lado, impaciente. “Eu estou
segura,   também.   Tenho   um   pronto   para   você.”   Ela   não   queria   interromper   o   que   estavam
fazendo, mas algumas coisas tinham que ser resolvidas. Ela se levantou trêmula do sofá com a
intenção   de   pegá­lo,   estremecendo   quando   ele   traçou   a  linha  de   suas  costas  com   um   dedo
quente e puxou seu cós.
Ele se sentou, observando­a com olhos semicerrados. “Tire a calça primeiro. Quero vê­la
andar nua.”
Piscando para ele em surpresa, ela abriu a boca para perguntar por que, estalando­a
fechada novamente quando sua sobrancelha subiu. Assentindo, ela enganchou os polegares no
cós  da   calça  de  moletom,   baixou­a  lentamente   até  o   chão,  e   a  chutou  para   fora.   Seu   corpo
queimou mais quente, formigando em cada parte que seu olhar tocava quando ele a olhou da
cabeça aos pés.
“Sem calcinha? Bom. Vá pegar o papel para mim. Lentamente.”
Ela não poderia ter andado rápido nem se sua vida dependesse disso. Seus membros
sacudiam tanto que lhe custou cada pingo de concentração apenas para colocar um pé à frente
do outro, mais ciente de seu corpo do que jamais tinha sido. Provavelmente parecia ridícula
andando nua, exceto pelas meias grossas, mas não se atreveu a dizer nada. E nem se incomodou
em   tentar   se   esconder,   sabendo   que   ele   não   permitiria   de   qualquer   maneira,   e   ela   queria
desesperadamente agradá­lo. Atravessou a sala até sua bolsa, enfiou a mão no bolso lateral, e
puxou o envelope.
“Eu queria te dar isso mais cedo, mas você partiu.”
Ace abanou os dedos. “Venha aqui e me dê agora.” Hope cruzou de volta para ele no
mesmo passo medido e lhe entregou o envelope.
Sem tirar os olhos de seu corpo, ele o dobrou e colocou no bolso da camisa. Inclinando­
se para trás, ele descansou os braços no encosto do sofá e fez um gesto em direção a seu corpo.
“Tudo isso me pertence?”
Os   dois   homens   dominantes   com   quem   ela   tinha   estado   antes   empalideciam   em
comparação com o homem sentando à sua frente. “Sim.” Ela nunca tinha estado tão excitada,

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nunca tão consciente de seu corpo do que naquele momento. Era isso o que ela precisava, o que
desejava há anos.
Ace.
A protuberância em seu jeans lhe disse que ele estava tão ligado com isso quanto ela, o
que enviou sua própria excitação subindo rapidamente.
Ele estendeu a mão, que ela prontamente tomou, e a puxou mais perto para ficar na
frente   dele.   “Abra   as   pernas.”   Ele   se   endireitou   novamente,   os   olhos   segurando   os   dela
firmemente enquanto esperava.
Hope tragou fortemente e tomou uma respiração profunda e instável antes de espalhar
os pés cerca de uns trinta centímetros longe. Sabendo que ele podia ver seus sucos revestindo o
interior de suas coxas, ela automaticamente levou as mãos para cobrir seu monte.
“Não. Mãos em seus lados. Espalhe as coxas um pouco mais.” Respirando fundo, Hope
assentiu   hesitante,   cerrando   as   mãos   em   seus   lados.   Estremecendo   quando   os   olhos   dele
arrecadaram seu corpo, e abriu as pernas alguns centímetros mais largas.
Inclinando­se para frente, ele deslizou um dedo levemente sobre suas dobras nuas. “Por
que você está depilada?”
Hope chupou o ar em seu toque. “Eu fiz isso antes de ir ao clube. Pensei que uma
submissa deveria estar nua lá.”
“Por que você a mantém assim? Pensei que você tinha dito que não fazia sexo há dois
anos.”
Hope sorriu tremulamente. “Eu gosto do modo como se sente.”
Ace assentiu. “Eu quero que você se mantenha depilada para mim. Não quero que nada
bloquei minha visão. Abra­se para mim. Possuo toda você esta noite, e quero ver tudo que me
pertence.”
Hope fechou os olhos com um gemido, suas palavras e ações cumprindo todas as suas
fantasias. Embora ele mantivesse a voz baixa e com o ruído de fundo da televisão e da música, o
tom   de   aço   em   sua   voz   se   transmitia   alta   e   clara.   Inclinando­se,   ela   separou   suas   dobras,
mordendo um gemido quando os dedos deslizaram sobre seu clitóris.
Ace se sentou tão perto que ela podia sentir sua respiração no cerne inchado. “Quieta.”

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Só então ela percebeu que tinha choramingado. Seu clitóris se sentia enorme, o feixe de
nervos   pulsando   com   a   necessidade   de   seu   toque.   Quando   veio,   ela   clamou,   seus   joelhos
dobrando na onda intensa de prazer.
Ace a pegou. “Levante­se. Senão não tenho como examinar minha propriedade. Firme
os joelhos.”
A demanda afiada intensificou suas necessidades mais escuras, sua luxúria tão forte
que ela não conseguia parar de tremer. Suas feições endureceram, fazendo­a determinada a não
desapontá­lo. Ela nunca mais lhe daria uma desculpa para se afastar dela de novo.
“Sinto muito.” De pé novamente, ela trancou os joelhos e mais uma vez se abriu para
ele,   concentrando­se  em   tentar   permanecer  imóvel.  Faria  qualquer   coisa  nesse  ponto  —  até
mesmo implorar — por seu toque.
Mais uma vez ele  tocou um dedo   áspero  em seu clitóris, movendo­o levemente  em
círculos. “Não se atreva a gozar. Se o fizer, eu vou embora.”
Com um dedo áspero e calejado, ele controlou cada fibra de seu ser.
Seu peito arfava enquanto ela lutava para conseguir ar suficiente em seus pulmões.
Seus braços e pernas tremiam com o esforço que levava lutar contra seu orgasmo. “Eu não
posso. Por favor. Não posso segurá­lo.”
Ace retirou a mão e se recostou, os olhos se arrastando por seu corpo antes de levantar
para   segura   o   dela.   “Não   sei   quem   foram   esses   outros   Doms,   mas   sua   formação   é
definitivamente carente.”
Hope tragou o ar. “Eu só vi cada um deles uma vez. Quero ser treinada só por você.
Quero ser sua, Ace, ser treinada e possuída só por você.”
Os olhos de Ace queimaram quente. “Vamos ver se você pode ser treinada. Mantenha
as pernas abertas. Quero explorar mais de você. E. Não. Goze. Dobre os joelhos.”
Hope olhou para ele incrédula. Ela sacudia tanto que tinha dificuldades de ficar de pé.
“Eu vou cair.”
  “Vou fazer isso mais fácil dessa vez. Segure em meus ombros.” Ace a ergueu sem
esforço aparente, colocando­a sobre seus joelhos espalhados e deixando sua fenda escancarada.

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Hope olhou em seus olhos enquanto se agarrava em seus ombros maciços. “Obrigada.
Vou ficar melhor assim, eu prometo.”
Os   lábios   de   Ace   se   curvaram,   aquecendo­a   por   dentro   até   que   ele   falou.   “Haverá
penalidades para esse tipo de coisa no futuro.” Seu sorriso caiu e ele ficou sério mais uma vez.
“Embora eu duvide que vamos chegar a esse ponto antes de você perceber o que vou fazer com
você.”
Seu   corpo   inteiro   tremeu   quando   ele  deslizou  uma  mão   ao   redor  do   baixo   de  suas
costas   para   mantê­la   no   lugar,   enquanto   a   outra   deslizava   entre   suas   coxas   amplamente
espalhadas. Empunhando sua camisa com as mãos, ela esperou sem fôlego que seu dedo a
penetrasse.   E   estremeceu,   gemendo   quando   ele   circulou   sua   abertura,   os   olhos   tremulando
fechados.
“Abra os olhos e os mantenha em mim.”
Hope os estalou abertos, um tremor de medo a percorrendo em seu tom. Sua frieza
firme e controle de ferro a excitava, mas também a enchia de apreensão, fazendo­a se preocupar
que não tinha a experiência ou habilidade para se conter o suficiente para agradá­lo.
Mantendo os olhos nos dele, ela gemeu quando o dedo entrou em sua boceta, seus
sucos escorregadios facilitando seu caminho.
“Isso é meu?” 
“Sim. Para sempre.”
“Posso fazer o que eu quiser com ela, sempre que eu quiser?” 
“Sim.”
Seus olhos se estreitaram. “Você me pertence pelo tempo que isso durar?” 
Hope se inclinou para frente e tocou seus lábios nos dele, só agora percebendo que eles
nunca tinham se beijado. “Sim. Tudo que eu sou é seu.” 
Escovando   os  lábios  nos  dela,   ele   lentamente   retirou   o   dedo   espesso,   somente   para
deslizar   fundo   novamente.   Seus   golpes   ficaram   mais   rápidos   enquanto   ele   curvava   o   dedo
dentro dela e esfregava um lugar que roubou seu fôlego, cada golpe a conduzindo mais e mais
perto da borda.

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Hope se agarrou a ele, sua respiração  saindo irregular enquanto  tentava se segurar,
quase chorando quando seus lábios se ergueram dos dela. “Oh, Deus. Eu vou gozar. Ace, não
consigo pará­lo.”
Ace se retirou e deu um tapa forte em sua bunda, os olhos ferozes. “Eu disse que não.”
Hope saltou, a picadura afiada atordoando­a. O calor se espalhou, deixando sua bunda
e fenda queimando, as terminações nervosas vindo à vida e se tornando mais sensíveis do que
antes. Seu domínio a emocionou, sua atitude fria de comando ainda melhor do que em suas
fantasias mais loucas. Envolvendo os braços ao redor de seu pescoço, ela enterrou o rosto sob
seu queixo, seu cheiro de alguma maneira simultaneamente a centrando e levando sua excitação
mais alta. Ela se meneou em seu colo, tentando esfregar o clitóris contra ele, o que lhe valeu
outro   bofetão.   Agarrando   seus   ombros   mais   apertados,   ela   esfregou   o   rosto   contra   sua
mandíbula, necessidade crua a arranhado quando ele a posicionou de forma que nada tocasse
sua fenda enquanto a mantinha bem aberta.
“Ace, eu tenho que gozar. Não consigo parar isso.”
“Demandas novamente? Drapeje­se sobre meu colo.”
Ela se sentou com um suspiro. “Você vai me espancar?” O pensamento de estar nua
sobre seu colo a encheu com partes iguais de ansiedade e antecipação.
Os   olhos   de   Ace   se   estreitaram   e   viraram   gelo.   “Você   está   me   interrogando?   Não
importa o que vou fazer. Eu lhe dei uma ordem, e quero que obedeça. Agora, Hope, ou estou
saindo por aquela porta agora para nunca mais voltar.”
Sua própria necessidade escura e seu amor feroz por ele não lhe dava escolha. Deus, ela
doía em todos os lugares. Tão graciosamente quanto possível, ela levantou e se colocou em seu
colo, a respiração vindo mais rápida enquanto esperava pelo toque de sua mão. Cinco bofetões
afiados aterrissaram em sucessão rápida, bofetões duros que surpreenderam o inferno fora dela
e deixaram as bochechas de seu traseiro em chamas.
  “Nunca mais questione meus mandamentos.” Ele entregou mais um bofetão que ela
não esperava, assustando­a em clamar. “E não se aperte quando eu espancá­la.”
Hope enterrou o rosto na almofada quando o fogo se espalhou, as terminações nervosas
em seu traseiro e fenda ganhando vida com ímpeto. “Eu vou tentar não fazer isso de novo. Oh,

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Ace,   espanque­me   mais.”   Os   formigamentos   de   alerta   de   um   orgasmo   se   aproximando
rapidamente a surpreendeu a se contorcer. De uma surra?
“Esse rabo é virgem?” 
“Sim.” Oh, Deus.
“É meu?” 
“Sim.”
“Tudo?” 
“Sim.” 
“Mostre­me.”
Confusa, Hope virou a cabeça para olhá­lo. “Mostrá­lo? Eu não entendo.”
Ace correu a mão sobre seu traseiro em chamas, acendendo fogo por todo seu corpo.
“Espalhe as bochechas de sua bunda e me mostre o que você está me dando. Mostre­me essa
abertura apertada que eu posso explorar ou preencher tanto e sempre que eu quiser.” Em seu
olhar surpreso, ele arqueou uma daquelas sobrancelhas arrogantes novamente da maneira que
sempre tinha mais de seus sucos fluindo. “Você está me dando, não é?”
Assentindo tremulamente, Hope engoliu em seco, sacudindo como uma folha com uma
excitação tão intensa que a assustou. “S–sim.”
“Então me mostre. Apresente meu presente para mim.”
Sabendo que não tinha outra escolha além de usar sua palavra segura, Hope estendeu a
mão   e   agarrou   as   bochechas   de   seu   traseiro,   respirando   fundo   enquanto   trabalhava   sua
coragem antes de poder espalhá­las. Suas mãos em seu traseiro renovaram o fogo, fazendo suas
bochechas queimar tudo de novo.
“Mais largo.” Ele deslizou a mão entre suas coxas para espalhá­las vários centímetros
mais.
Enterrando o rosto em chamas novamente, ela as puxou além tão largo quanto pôde,
recuando no beliscão de seu buraco traseiro. Isso era muito íntimo, e a fazia se sentir muito
vulnerável. Lágrimas picaram seus olhos enquanto sensação após sensação a bombardeava e a
enchia ao ponto de transbordar.
“Eu disse mais largo.”

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Será que ele sabia o que lhe fazia quando falava com ela desse jeito? “Eu não posso.
Dói.”
“Vai doer um inferno de muito mais se você não me obedecer. Pelo menos eu posso ver
como conseguir sua atenção. Sempre que você se comportar mal, eu vou pegar um chicote para
ele.” Ele correu o dedo levemente sobre sua abertura enrugada.
Estremecendo ao ser tocada onde nunca ninguém tinha tocado antes, e alarmada com
sua ameaça, Hope rapidamente obedeceu, espantada com a elevada intimidade e tensão erótica
que agora enchiam a sala. Cada golpe do dedo sobre o tecido delicado levando mais e mais de
sua luta até que ela enterrou o rosto no travesseiro novamente, dando­se a ele.
“Isso é meu para fazer o que eu quiser. Pertence a mim e só a mim?” Sua voz segurava
uma extremidade agora que não tinha estado lá antes.
Trêmula, Hope virou a cabeça para lamber os lábios, a voz um sussurro. “Sim. É seu.”
“Levante­se.”
Hope soltou seu traseiro e sacudiu a cabeça ao redor, piscando. “O quê?”
“Levante­se.”
Sentando­se, Hope agarrou seu braço. “Eu sinto muito.”
Ace a ajudou a ficar de pé e enfiou a mão no bolso da frente do jeans, franzindo a testa
para ela. “Pelo quê?”
“Pelo que for que eu fiz de errado.”
Ace agarrou a parte de trás de seu pescoço e roçou os lábios com os dela. Endireitando­
se levemente, ele a encarou, com os olhos mais suaves do que ela os vira em anos. “Você não fez
nada errado. Nada.” Ele aplicou pressão, forçando seus lábios abertos para deslizar a língua
dentro.
Hope se abriu completamente para ele, segurando seus ombros enquanto se apertava
contra ele, roçando os mamilos contra seu peito.
Ace parou, levantando a boca da dela, os olhos estreitados, mas brilhando em diversão.
“Eu disse que você podia fazer isso?”
Hope engoliu pesadamente e piscou novamente. “Fazer o quê?”

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Suspirando, ele se sentou no sofá, arrastando­a de volta para seu colo, e pela primeira
vez, ela notou um pequeno tubo em sua mão. “Eu disse que você podia esfregar os mamilos
contra mim?”
“Mas eu pensei —”
Sacudindo a cabeça, ele puxou um mamilo. “Não, você não pensa. Você simplesmente
faz tudo que se sente bem. Tenho a sensação de que você vai ter que ser bastante amarrada para
sua formação.”
O puxão afiado percorreu toda a distância até seu clitóris, agora tão inchado e sensível
que ameaçava deixá­la louca. Só de pensar ser contida e à mercê de Ace quase a fez gozar ali
mesmo.
“Amarrada? Eu nunca fui amarrada.”
“Você vai ser.” Estabelecendo­a no colo, ele posicionou sua cabeça no ombro e permitiu
que ela o visse destampar o tubo e aplicar uma quantidade generosa do lubrificante claro no
dedo médio. Ele retampou e o jogou de lado antes de deslizar o braço direito por baixo de suas
pernas.
Tremendo, Hope baixou o olhar, incapaz de rasgá­lo longe da visão de seu antebraço
musculoso mantendo suas pernas levantadas.
“Hope, olhe para mim.”
Ele   esperou   até   que   ela   encontrasse   seu   olhar   antes   de   falar   “Eu   vou   explorar   seu
pequeno   rabo   apertado.   Preciso   ver   o   quanto   você   se   ajusta   a   isso   e   preciso   saber   o   quão
apertada você é. Quero seus olhos em mim o tempo todo. O medo que eu vejo neles agora me
pertence. A vulnerabilidade neles quando perceber que entrei em uma parte sua que ninguém
jamais entrou antes, sua parte mais privada, também é minha. Assim é a surpresa e impotência
quando você perceber que, exceto por usar sua palavra segura, não há nada que pode fazer para
me impedir de empurrar fundo, alongando­a, ou acariciando seu ânus o tanto que eu quero.”
O fôlego de Hope engatou, seu estômago cerrou quando as implicações da demanda de
Ace afundou.
Ele lhe dissera isso. Ele queria tudo.

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Ela   contava  com  lhe   dar   seu   corpo.   Ela   contava   com   lhe   dar   seu   amor.  Ela   só   não
contava com lhe dar o seu mais profundo eu. Ela havia mantido essa parte escondida dos outros
homens, sem dificuldade, mas parecia que Ace tinha outras ideias.
Ela lambeu os lábios secos e respirou trêmula. “Ace, eu não sei como fazer isso.”
Ele sorriu ternamente, deslizando a mão sob seus cabelos para embalar seu pescoço,
segurando­a com um braço musculoso. “Basta manter os olhos abertos e em mim, bebê. Eu
cuido do resto.”
Hope assentiu e tragou fortemente, sua pulsação disparando quando Ace se inclinou
sobre ela, o rosto a meros centímetros do seu enquanto levantava suas pernas mais altas. No
primeiro   toque   do   lubrificante   fresco   em   seu   buraco   traseiro,   ela   sacudiu   em   seus   braços.
Cerrando a mão na frente de sua camisa, ela lutou para manter os olhos abertos quando o dedo
grosso começou a pressionar para dentro, beliscando enquanto a esticava.
A quantidade generosa de lubrificante facilitou seu caminho, como fez sua posição, mas
seu corpo, no entanto, lutou contra a invasão. A pressão implacável do dedo forçou o anel
apertado de músculos a se retirar, lhe permitindo entrar, o nível de vulnerabilidade em ter seu
ânus violado roubando seu fôlego.
Choramingando em sua garganta enquanto lutava para se adaptar a tal sensação tão
estranha, ela sabia que o medo do qual ele havia falado tinha que estar se mostrando claramente
em   seu   rosto.   A   intimidade   gritante   em   tal   ato   a   surpreendeu   e   ela   se   apertou   nele,
involuntariamente tentando lhe negar a entrada, mesmo quando sua mente gritava por sua
possessão.
Ele sorriu tranquilizador, mesmo quando seus olhos escureceram, afiando quando a
encarou. E continuou a pressionar o dedo grande firmemente dentro dela com uma dureza que
a fez mais do que ciente de que ela não poderia pará­lo.
Ele o retirou parcialmente, só para deslizá­lo mais fundo, e não importando o quão
firme ela cerrava, ela não conseguia atrasá­lo em nada.
Suas palavras voltaram para ela, e a vulnerabilidade da qual ele a havia advertido a
golpeou duro, de alguma forma, apenas adicionando  à sua excitação intensa e  à intimidade
surpreendente do que ele lhe fazia. Excitava­a ainda mais que ele soubesse o que ela estaria

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experimentando. Sem hesitar, ela abriu as pernas mais largas, em um ato de aceitação, um ato
de submissão, mordendo o lábio contra os gemidos que não conseguia sufocar.
Ace deslizou o dedo profundamente. “Você é tão malditamente apertada. Tão quente.
Você tem alguma ideia do quão duro meu pau está só de pensar em tomar sua bunda? Da
próxima vez que eu a tiver assim, será em algum lugar onde você possa gritar.”
  Quando   ele   tocou   o   polegar   em   seu   clitóris   inchado,   ela   estremeceu,   ofegando
enquanto se movia em seu dedo. Assim que ele começou a acariciá­lo, todas as suas inibições
desapareceram em uma névoa de luxúria. Ela queimava mais quente do que nunca, a sensação
de algo dentro de seu traseiro adicionando ao erotismo absoluto de sua posse.
Ele era seu dono.
Sua mente parou de funcionar, seu corpo agora completamente sob seu controle. Ele
controlou a onda que manteve edificando dentro dela, lentamente intensificando seu poder.
Seus  olhos  se  fecharam  na onda intensa de  necessidade,  só para  estalar  abertos  novamente
quando ela se lembrou de que tinha que mantê­los nele.
Ace sorriu com indulgência. “Boa menina. Agora você pode gozar. Eu quero sentir sua
bunda apertar meu dedo.”
Hope   não   precisou   de   nenhuma   persuasão   adicional.   Seu   orgasmo   lavou   sobre   ela,
tornando todos os outros orgasmos que ela já teve pálidos em comparação. Seu clitóris pulsava
sob sua carícia, seu corpo inteiro sendo varrido em ondas escaldantes de intenso prazer. A força
dele   forçando­a   a   comprimir   contra   o   dedo   pressionado   em   seu   interior,   aumentando   a
sensação de estar sendo esticada lá. Seu grito foi rapidamente sufocado quando Ace cobriu sua
boca   com   a   dele.   Oh,   Deus!   Nada   jamais   se   sentiu   tão   bom.   Os   golpes   em   seu   clitóris
desaceleraram, prolongando seu orgasmo até que ela soluçou, as picadas afiadas continuaram
por tanto tempo que se tornaram dolorosas. Quando ele levantou a cabeça, ela implorou.
“Por favor, Ace. Não mais. Por favor, faça­o parar. É demais.” 
“Demandas novamente?”
Abrindo   os   olhos,   que   nem   percebera   que   tinha   fechado,   ela   ofegou   pelo   ar,
estremecendo enquanto cada centímetro de seu corpo gritava em êxtase. “Não. Sinto muito. É
só que — eu não posso — Oh, meu Deus. Não vai parar. Ajude­me. Não sei o que fazer.”

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Ace teve pena dela e parou de acariciar seu clitóris e esperou, observando com olhos
semicerrados até que ela se estabeleceu. Seus lábios se curvaram antes de beijá­la levemente,
reunindo­a contra o peito. “Você sabe, é claro, que se eu quiser, posso continuar acariciando seu
clitóris até você soluçar e apenas continuar. E você já chora por misericórdia. Treiná­la vai levar
o resto de minha vida.” Ele imediatamente se endireitou, colocando alguma distância entre eles,
seu olhar endurecendo novamente como se tivesse percebido o que tinha acabou de dizer.
Hope sorriu  fracamente,  acariciando  sua mandíbula,  precisando  que  ele  lhe sorrisse
novamente.  “Promete?”   Seu  sorriso  se  tornou  um  ofego   quando  o  dedo   em  seu  traseiro  se
moveu.
“Não seja uma espertinha. Posso me sentar aqui e brincar com sua bunda a noite toda,
se eu quiser, lembra?”
O rosto de Hope queimou, mas ela não desviou o olhar. “Eu nunca sobreviveria a isso.”
Ace sacudiu a cabeça em diversão e aliviou o dedo fora de seu  ânus e esfregou seu
bumbum. “Estou começando a me perguntar.” Seus lábios se contraíram enquanto seus olhos
começaram a baixar. “Você é quente como o inferno, mas eu não a chamaria exatamente de
submissa. Você ainda luta contra isso. Durma um pouco. Você está exausta.”
Hope se sentou em alarme, bem acordada, mas letárgica e desajeitada. “E você? Você
não quer fazer sexo?”
Ace a ajudou a ficar de pé e suspirou. “Eu sou muito exigente, muito escuro para você,
Hope. Eu a fiz gozar porque sou egoísta e queria ver como você fica quando tem um orgasmo.
Eu queria ouvir os sons que você faz quando goza. Joguei um pouco, isso é tudo. Você nem
sempre vai conseguir gozar tão rápido, e se o clima me convir, de modo nenhum. Você mesma
disse que não podia aguentar mais.” Com os braços ao seu redor,  ele esfregou suas costas,
olhando profundamente em seus olhos. “Deixe isso pra lá, Hope. Por favor. Antes que um de
nós saia machucado.”
Hope entrou em pânico. “Ace, não! O que posso fazer para fazê­lo entender que você é
exatamente o que eu quero? Você sabe o quão bom isso foi para mim esta noite? Você não vê o
quanto eu gosto de você?”

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Os lábios de Ace firmaram, as mãos ainda em seus quadris, enquanto ele olhava para
ela. “Eu acho que você gosta de mim, assim como eu gosto de você, mas eu não acho que você
sabe no que está se metendo. Esta noite foi só uma pequena amostra. Eu preciso que você me
prometa que vai pensar sobre isso.”
Hope se aconchegou contra ele. “Não há nada em que pensar.” Olhando para longe, ele
parecia estar perdido em pensamentos, o comprimento de seu silêncio assustando Hope até a
morte. Finalmente, ele olhou para ela, seu olhar deslizando por sua forma ainda nua.
“Traque atrás de mim e vá para a cama. Eu entrarei em contato.”

Capítulo Quatro

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O ar da noite fria não fez nada para esfriar o ardor de Ace. Neste ponto, ele duvidava
que qualquer coisa aquém de afundar seu pênis em Hope pudesse.
Sentado na varanda da frente da casa que dividia com seus irmãos, ele correu o polegar
de cima a baixo do copo de chá gelado que segurava, tentando bloquear a imagem do rosto de
Hope quando ele passou o copo sobre seus mamilos. Ele já estava sentado ali por mais de uma
hora e seu pênis ainda pressionava dolorosamente contra seu zíper.
Ela era perfeita.
Afinal, qual seria o ponto em ganhar a rendição de uma mulher que não tinha algum
combate nela?
Porra, ele sabia que isso aconteceria. Ele sabia melhor e ainda tinha deixado ela chegar
até ele. Sua atitude ousada o fez esquecer, por vezes, o quão doce e malditamente frágil ela era.
Se ele não a amasse, sua vida seria um inferno de muito mais fácil. Ela era uma fraqueza
que ele simplesmente não podia dispor.
Ele virou a cabeça no som familiar do caminhão de seu irmão subindo a estrada de
terra. Bom. Esperançosamente eles poderiam ajudá­lo a obter sua mente fora dela.
Quando Law e Zach voltavam para casa eles sempre já tinham visitado o clube, um
lugar que Ace cuidadosamente evitava. Como xerife, ele sentia que seria impróprio para ele ir
lá, e particularmente não gostaria de estar no clube fodendo outra mulher quando os pais de
Hope viessem para jogar cartas.
Ele olhou para o relógio quando Zach saiu do lado do passageiro e subiu os degraus
para a pequena varanda. “Em casa um pouco cedo esta noite, não?”
Zach   suspirou  e  caiu  na cadeira  ao  lado  dele.  “Só  não   estava  no   humor  esta  noite.
Cansado, eu acho.”
Ace piscou. “Isso é um fato?”
Law entrou na casa, voltou com duas cervejas, e jogou uma para Zach. “Royce e King
estavam ocupados com os clientes, mas nós vimos Blade.”
Algo em seu tom alertou Ace de que seu irmão tinha algo diferente de conversa fútil em
sua   mente.   Mantendo   o   rosto   suave,   ele   deu   de   ombros.   “Ele   é   um   dos   proprietários.   E
geralmente está lá, mesmo que ele e Kelly finalmente tenham se mudado para sua casa.”

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Law tomou um longo gole de sua cerveja e suspirou. “Blade com certeza mudou.”
Ace assentiu, se perguntando onde isso estava indo. “Sim. O amor faz isso com um
homem.”
Zach se recostou na cadeira, apoiando os pés na grade. “Jesse foi ver Kelly, então Clay e
Rio vieram para o clube.”
Ace esperou, tomou outro gole de seu chá e não disse nada.
Law compassou de um lado para outro, e finalmente se encostou na grade da varanda.
“Algumas mulheres incríveis têm vindo para a cidade ultimamente.”
Zach olhou intencionalmente para Ace. “E há algumas que já são daqui.” 
Ace ignorou o olhar de seu irmão. “É preciso uma mulher especial para aguentar os
homens de Desire.”
A sobrancelha de Zach subiu. “Incluindo você?”
Ace teve que conscientemente relaxar sua mandíbula cerrada para tomar outro gole de
chá. “Especialmente eu. As mulheres querem ser independentes agora, e muitas delas nunca
iriam querer respeitar as regras desta cidade.”
Zach piscou. “Mas as leis aqui protegem as mulheres. Elas são todas em seu benefício.
As leis desta cidade as mantêm seguras e castigam os homens por abusar delas ou enganá­las.”
Ace deu de ombros. “Muitas mulheres não vêm dessa forma. É preciso um tipo especial
de pessoa para viver aqui, macho ou fêmea. O que funciona para nós não funciona para o resto
do mundo.” Em um esforço para mudar de assunto, ele forçou um sorriso. “Então vocês dois
não encontraram ninguém que quisesse transar hoje?”
Law se endireitou, acenando a mão no ar com desdém. “Sim. Ela era boa, também,
mas…”
Zach tomou outro gole da cerveja. “Quando você vê Clay e Rio e a forma como eles
falam sobre Jesse — não falando sobre sexo como costumava ser. Quero dizer, você pode dizer
o quanto eles a amam. Eles falam sobre as coisas que ela gosta e como é bom ter uma mulher em
casa. Como ela os enlouquecem e o prazer que sentem de fazer pequenas coisas para ela. É a
mesma coisa com Blade. Alguma coisa está acontecendo com ele, porque ele tem estado ainda
mais quieto do que o normal, mas se você menciona Kelly, seus olhos brilham.”

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Law se sentou no corrimão, só para ficar de pé e começar a compassar novamente.
“Vimos os Prestons e os Jacksons na cidade. Boone e Chase estão nervosos como o inferno e não
ficam mais do que alguns metros longe de Rachel. Jared, Duncan e Reese têm esses sorrisos
ridículos na cara e parecem que encontraram o pote de ouro no final do arco­íris.”
Ace começou a ficar com torcicolo de ver seu irmão compassar de um lado para o outro.
“Vocês tiveram uma chance com Rachel quando Boone e Chase não se aproximaram dela.”
Law deu de ombros. “Eu gosto muito de Rachel, mas a faísca não estava lá. Eu vejo isso
entre os outros. Inferno, eu vejo isso entre você e Hope por anos. Eu quero essa faísca.”
Ao   pensar   em   Hope,   Ace   desviou   o   olhar.   “Às   vezes,   a   faísca   não   é   suficiente,
especialmente se um homem quer demais.”
Os lábios de Law se contraíram. “A generosidade das mulheres nunca deixam de me
surpreender. Elas parecem dispostas a dar tudo de si desde que tenham o amor do homem.”
Zach parecia perdido em pensamentos, o silêncio se esticou. De repente, ele se sentou
para frente. “Jesse veio para a cidade por causa de Nat. Kelly veio por causa de Jesse. Erin veio
por causa de Rachel. Esses homens tiveram sorte. Eles escavaram essas mulheres até, e todos
estão felizes como moluscos. Até onde eu sei, nenhuma dessas mulheres já viveram o estilo de
vida que vivem agora. E essas mulheres não têm mais irmãs. Passamos anos sem que novas
mulheres aparecessem aqui, e essas que vieram foram todas tomadas.”
Ace assentiu. “E você quer encontrar uma mulher assim.” Zach deu de ombros e olhou
para a noite.
Law abriu a boca para dizer algo, aparentemente mudando de ideia, e se virou para
voltar para dentro, voltando com bebidas frescas. Suspirando, ele se debruçou contra a grade e
compartilhou um olhar com Zach. “Nós estivemos em todos os tipos de clubes em Dallas e
vimos todos os tipos de mulheres, mas não encontramos o que eles têm.”
Surpreso, Ace olhou para cima. “Eu não sabia que vocês estavam procurando.”
Law deu de ombros. “Nós também não. Conversamos um pouco sobre isso esta noite.”
Ace olhou para cada um deles, pensativo, mais do que um pouco surpreso com o desejo
súbito   de   seus   irmãos   por   um   relacionamento.   “Nenhum   desses   homens   encontraram   suas
esposas em um clube. Elas simplesmente apareceram quando eles menos esperavam. Rachel

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sabia o que queria, mas Jesse, Kelly, e Erin não estavam procurando nenhum relacionamento e,
certamente, não o tipo que encontraram. Mas seus homens as amam e se certificam de que elas
saibam disso. Todos eles acabaram com mais do que qualquer um esperava. Vocês só têm que
encontrar uma mulher que compartilhe essa faísca que falaram. Se a amarem, certifiquem­se de
que ela saiba disso. E esperem como o inferno que ela possa amá­los de volta.”
Zach terminou sua cerveja e se levantou. Sorrindo de leve, ele tocou o ombro de Ace.
“Talvez   você   devesse   seguir   seu   próprio   conselho.   Hope   é   uma   boa   mulher,   e   ela   já   está
apaixonada por você.”
Ace se levantou e foi até a grade, se perguntando como diabo essa conversa tinha se
tornado sobre ele e Hope. “Eu sou muito dominante, muito possessivo para alguém como ela.
Não   posso   mudar,   e   ela   é   muito   de   uma   bola   de   fogo   para   viver   com   isso.”   Olhando   a
escuridão, ele suspirou. Tinha pensado sobre isso tantas vezes, especialmente desde que ela
tinha voltado para casa. Não seria justo com ela prometer que ia mudar. Não podia. Não iria.
“Tentei como o inferno convencê­la que nós não somos bons um pro outro, mas ela é muito
malditamente teimosa. Vou ter que encontrar um jeito de provar isso para ela.”
Law   sorriu.   “Desculpe­me   se   eu   não   lhe   desejo   boa   sorte   com   isso.   Vocês   dois
pertencem um ao outro. Você precisa de alguém tão ardente quanto ela. O que diabos você faria
com uma mulher que apenas se enrolasse toda vez que você ficasse furioso?”
Zach assentiu. “Vai precisar um homem forte para mantê­la na linha. Ela é impulsiva e
brincalhona, e corre de cabeça em apuros, lançando isso aos pássaros.”
Ele teve uma imagem mental de Hope saltando ao redor do clube, sua personalidade
borbulhante fazendo todos ao seu redor sorrir. “Sou muito escuro para ela. Vocês sabem disso
tão bem quanto eu.”
“Você a ama. Talvez precise de alguém como ela. Se Hope Sanderson não puder levá­lo
a iluminar­se, ninguém mais pode.”
Ace terminou seu chá e se virou para voltar para dentro, sabendo que não conseguiria
dormir   muito   esta   noite.   “Ou   ela   poderia   se   sentir   miserável   se   perguntando   por   que   se
enganchou com alguém como eu. E se arrepender.”

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Capítulo Cinco
Hope não conseguia tirar o sorriso do rosto enquanto ela e Charity preparavam a sala
principal para a demonstração marcada para esta noite. O que ela e Ace tinham feito na noite
anterior a convencera mais do que nunca que ele era o único homem para ela. Seu corpo ainda
formigava, mas mais do que isso, ela se sentira mais perto dele do que com qualquer outro
homem. Ela o amava tão malditamente tanto, e rasgava seu coração vê­lo tão frio e sozinho.
Ela vivia para aqueles raros sorrisos dele e jurou para si mesma que faria tudo ao seu
alcance para fazê­lo feliz.
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Instalando o palco, ela abriu espaço para os adereços que a dominatrix estaria trazendo
com ela e não pôde deixar de se perguntar quantos brinquedos Ace teria em seu arsenal e com
que frequência ela poderia levá­lo a jogar.
As dúvidas de Ace de que eles poderiam ser felizes juntos tanto a frustrava quanto
assustava. Ele quase nunca mudava de opinião sobre qualquer coisa, e se ela não conseguisse
fazê­lo mudar de ideia sobre ela… Não, ela não ia pensar nisso. Tinha esperado muito tempo
por ele para sequer contemplar perdê­lo antes mesmo de tê­lo realmente.
O que lhe faltava em paciência mais do que compensava em determinação. Ela só teria
que desbastar suas dúvidas até que elas se desintegrassem a seus pés. Depois disso, ela passaria
o resto de sua vida fazendo­o feliz e lhe mostrando o quanto ele significava para ela.
“Você tem esse sorriso estúpido no rosto desde que levantou esta manhã. Posso assumir
que é devido a nosso visitante tardio?”
Hope virou a cabeça na abordagem de sua irmã. “Absolutamente. O xerife Tyler veio
para   me   mostrar   que   eu   nunca   poderia   lidar   com   um   homem   como   ele   e   que   nós   somos
absolutamente errados um pro outro.”
Charity ativamente fez notas para si mesma. “Então, como foi que ele fez isso?”
Hope olhou para o pequena palco onde a dominatrix estaria fazendo sua demonstração,
prometendo tomar muitas notas e usar algumas das técnicas em Ace na primeira oportunidade.
Sorrindo,   ela   se   voltou   para   sua   irmã.   “O   Xerife   falhou.   Grande   momento.   Nossa,   se   você
soubesse o que esse homem pode fazer com uma mão...”
“Por favor, me poupe os detalhes.”
Hope torceu o nariz para sua irmã demasiadamente­séria. “Não seja ciumenta. Assim
que Beau convencê­la a se divertir um pouco, você vai sair por aí sorrindo o dia todo, também.”
Riscando   outro   item   fora   de   sua   lista,   Charity   sacudiu   a   cabeça.   “Não.   Não   vai
acontecer. Quero um homem real, não um rapazinho que quer jogar o tempo todo. Não quero
falar   sobre   isso.”   Sorrindo,   ela   acotovelou   as   costelas   de   Hope.   “Então,   o   xerife   ainda   está
protegendo você de si mesmo, hein?” No aceno de Hope, seu sorriso caiu. “Hope, você não está
atrás dele apenas porque ele está jogando de difícil, não é? Ace é um homem muito sério, e ele
não vai aceitar de bom grado seus jogos.”

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Surpresa que Charity sequer pensasse isso, ela a abraçou tranquilizadora. “Você é tão
preocupada. Eu estive apaixonada por Ace eternamente, e você sabe disso. Mas ele  é muito
sério. Eu o entendo simplesmente como te entendo. Vocês dois precisam aprender a relaxar um
pouco. Divertir­se com a pessoa por quem vocês estão apaixonadas não faz o seu amor menos
real. Eu acho que vocês dois já teriam descoberto isso por agora.”
Charity sacudiu a cabeça, seus lábios se contraindo. “O xerife Tyler não vai saber o que
o atingiu, mas eu acho que ele vai ter algumas surpresas próprias.”
Hope beijou o rosto de sua irmã, quase pulando fora de sua pele com a emoção de ver
Ace novamente. “Estou contando com isso.”

* * * * *

Distraidamente assistindo o show acontecendo no pequeno palco, Hope passeava em
torno do clube, certificando­se de todos se divertiam e que as garçonetes acompanhavam os
pedidos. Do outro lado da sala, Charity fazia o mesmo. Tinham ambas ido para o negócio como
patos para a água, e ambas o apreciava imensamente. Charity gostava de organizar e manter os
livros, enquanto Hope fazia mais dos planejamentos para os eventos.
Claro, quem não apreciaria demonstrações como esta? Os dois homens nus em exibição
disputavam a atenção de sua senhora, lhe implorando pelo lançamento para a atenção extasiada
do público.
Jesse   Erickson   se   inclinou   para   sua   irmã,   Nat,   enquanto   Hope   passava.   “Vou
experimentar alguns desses em Clay e Rio. Você viu o que ela fez para impedi­lo de gozar?
Porra, eu mal posso esperar para chegar em casa esta noite.”
Hope   sorriu   quando   passou.   A   maior   parte   das   mulheres   aqui   tiveram   variações
sonoras da mesma coisa e pareciam desfrutar disso imensamente. O clube rapidamente tinha se
tornado um sucesso, e ela e Charity só tinham que ter certeza de que continuasse assim.
Olhando novamente para os homens no palco, ela sorriu em sua devoção óbvia por sua
senhora. Ela continuou olhando para eles, tão curiosa quanto todo mundo sobre os homens nus

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na sala, e não pôde deixar de compará­los com Ace. O Xerife Tyler, porém, tinha um corpo que
seria difícil de bater.
Droga. Onde diabos ele estava?
Ele não tinha chamado o dia todo. Por causa do show, que ele sabia que ela tinha esta
noite, ela imaginara que ele ligaria, ou passaria por lá, ou  algo, se só para importuná­la ou
ameaçá­la com uma surra se ela tocasse em quaisquer um dos outros homens. Ou, para lembrá­
la de que só as mulheres solteiras poderiam tocá­los.
O fato de que ele não o fez a deprimia. Isso só lhe dava a constatação de que ele não a
havia reivindicado. Droga.
Passeando pelo clube, ela fez seu caminho até a janela e moveu a pesada cortina de lado
para espiar. E sorriu quando reconheceu os carros enchendo o estacionamento bem iluminado
do  Club Desire  situado do outro lado da rua. Os homens que se casaram no  último ano não
frequentavam o clube tão frequentemente agora, mais do que satisfeitos em ficar em casa com
suas novas esposas. Esta noite suas esposas tinham vindo ao Lady Desire, curiosas por aprender
tudo que podiam sobre como agradar seus homens, e, como ela esperava, seus homens estavam
perto. A atividade no Club Desire era crescente.
Assim era a cidade que ela vivia, e ela não conseguiu evitar de desejar que ela tivesse
um alguém específico para vigiá­la.
Localizando Rio Erickson e Jared Preston olhando pela janela do clube dos homens, ela
riu, sabendo muito bem que eles relatariam tudo que vissem para os outros lá dentro.
“O que está acontecendo?”
Hope se virou na abordagem de Erin Preston. “Os homens estão observando pela janela
do  Club Desire. Assim que isso acabar e a porta se abrir, eles estarão correndo pela rua para
chegar a todas vocês. É engraçado como o inferno ver isso.” Ela tentou manter a melancolia de
sua voz, suspeitando que havia falhado quando os olhos de sua mais nova amiga brilharam
com simpatia.
Erin   tomou   um   gole   de   sua   taça   de   vinho,   e   agradou   Hope   que   ela   se   sentisse
confortável   em   tomar   um   drink   aqui.   Depois   de   ter   sido   drogada   alguns   meses   atrás   com

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bebidas contaminadas, Erin não tomava nada além de água engarrafada quando ia a qualquer
lugar.
Sorrindo agora, Erin levou sua própria cabeça perto da janela, sorrindo e acenando para
Jared, um de seus maridos. Com uma risada suave em suas travessuras, ela sacudiu a cabeça e
afastou­se da janela. Gesticulando em direção ao palco, ela sorriu quando a mulher vestida de
couro finalmente teve pena e usou um vibrador em um de seus submissos e lhe deu a liberação
que ele esteve implorando. “Estou meio que ansiosa para voltar para eles, também. Porra, quero
ver se consigo que Duncan faça esses sons. Esta noite vai ser muito interessante.”
Desviando o olhar do palco, Erin olhou em torno do clube. “Eu acredito que este clube
foi uma ótima ideia. Não apenas por coisas como esta, embora isso seja mais do que vale o
preço da adesão, mas para ter um lugar para conversar sem ser ouvida. Quero dizer, ninguém
jamais entenderia o quão malditamente difícil pode ser equilibrar três maridos.” Erin colocou
uma mão na cabeça, fechando os olhos. “Toda vez que digo isso, acho difícil de acreditar. Uma
mulher tem que ser louca para viver do jeito que eu faço.”
Rachel, a irmã muito grávida de Erin, se juntou a elas, parecendo um pouco pálida.
“Sim, posso ver o quão sofrido é para você. Três homens comendo na palma da sua mão e tudo
mais. Você está passando por um inferno de um lote insuficiente de lingerie ultimamente. Se
não possuíssemos a loja de lingerie, você estaria falida.”
Erin   sorriu.   “Sim.”   Colocando   um   braço   em   volta   da   irmã,   ela   franziu   a   testa   em
preocupação. “Você está muito pálida. Vou chamar os homens, e vamos levá­la para casa.”
Rachel  fez uma careta.  “Hope, eu realmente  sinto muito por isso, mas eu só estava
vindo buscar Erin. Estou em trabalho de parto. Já estou por cerca de duas horas agora, mas as
contrações estão começando a ficar mais próximas.”
Erin puxou o celular, levando Rachel para uma cadeira perto. “Por que diabos você não
disse nada?”
Os lábios de Rachel se curvaram. “Vamos, você realmente não esperava que eu partisse
antes que terminassem, não é?” Estremecendo, ela colocou a mão sobre o abdômen. “Mas não
acho que posso esperar mais. Chame Boone e Chase para mim.”

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Erin já havia começado a discar. “Estou chamando Jared. Ele vai dizer a Boone e Chase
e mantê­los equilibrados para trazê­los até aqui.”
Hope pegou seu próprio celular. “Vou chamar Ace. Ele pode dar uma escolta para o
hospital, assim podemos chegar lá mais rápido.” Acenando  para Charity  do outro lado, ela
sorriu para os tons cortados de Erin enquanto esperava Ace atender.
“Tyler.”
Apenas o som de sua voz profunda enviou um calafrio através dela. “Ace, é Hope.
Rachel está em trabalho de parto, e as contrações estão realmente próximas. Você pode seguir
para o hospital com —”
“Estou a caminho.”
Hope piscou quando ele desligou, olhando fixamente para o telefone. “Bom.”
Charity correu com várias das outras mulheres correndo para se juntar a elas. “Rachel
está em trabalho de parto? Você já chamou Boone e Chase?”
Hope   assentiu.   “Erin   está   cuidando   disso   agora.   Desde   que   o   show   já   acabou,  leve
Mistress Liza e seus rapazes para o quarto de trás. Os homens vão invadir por aquela porta a
qualquer momento.”
Charity concordou. “Nada os manterá fora. Eu cuido disso.” Em poucos segundos os
homens vieram embarricados pela porta da frente, o olhar em seus rostos fazendo os outros
membros do clube correrem para sair de seu caminho. As outras mulheres se apressaram para
fora da porta até que só um grupo coeso de mulheres que vivam em Desire permaneceu.
Boone chegou em Rachel primeiro, o rosto como granito, com os passos de Chase logo
atrás. Ajoelhando­se em frente a sua esposa, Boone forçou um sorriso. “Ei, querida, eu a deixo
fora de minhas vistas e olha o que acontece. Eu pensei que você ia me esperar.”
Rachel  se agarrou a ele, o pânico em seu  rosto desaparecendo  quando  ela viu seus
maridos. “Nós só queríamos mantê­lo na ponta dos pés.”
Chase, parecendo mais do que um pouco pálido, beijou sua testa enquanto Boone se
levantava e a erguia nos braços. “Dói, bebê? Que pergunta estúpida. Claro que sim. Vamos ter
este bebê, e eu vou te dar a melhor massagem nos pés do mundo.”

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Rachel gemeu através de outra contração enquanto Boone seguia para a porta. “Eu vou
cobrar isso de você, cowboy.”
Hope ergueu o olhar quando Ace entrou pela porta, o xerife facilmente cortando uma
fileira no meio da multidão. Por uma fração de segundo, seus olhos se encontraram. Ela não
teve dúvidas de que eles pensaram a mesma coisa.
Qual seria a sensação de terem um bebê juntos?
O contato foi quebrado quando Charity correu de volta, prometendo cuidar de tudo.
Dentro   de   instantes,   vários   caminhões   e   veículos   variados   correram   pela   noite   em
direção ao hospital atrás do SUV de trabalho de Ace.
Hope se virou para olhar o caminhão de Boone e Chase logo atrás deles, levantando a
voz para ser ouvida acima da sirene. “Quero isso com você, Ace. Quero o que eles têm. Quero
que nós façamos uma família juntos.”
Ace sempre parecia formidável em todos os momentos, mas vestindo seu uniforme, ele
parecia   ainda  mais.  A  carranca  em   seu   rosto  teria   assustado   o  inferno  fora  da   maioria  das
pessoas, e até conseguira intimidá­la em ocasiões. Esta era uma dessas ocasiões. “Rachel tem
dois homens que mimam o inferno fora dela. Se é isso que você está procurando, eu não sou o
homem certo para você.”
Hope sorriu para cobrir sua apreensão. “Não quero dois homens, apenas um grande.
Um que sabe como usar algemas. Você é um grande simplório sob toda essa rudeza, e você sabe
disso. Eu não tenho nenhuma dúvida de que você e eu podemos cuidar bem um do outro.”
Se possível, seu rosto endureceu ainda mais. “Não sou o que você precisa, Hope, e
quanto mais cedo você perceber isso, melhor vai ser para nós dois.”

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Capítulo Seis
Ace ficou logo após a porta da sala de espera do hospital, não de todo surpreso com o
número de pessoas que a enchia apesar da hora tardia.
Ele tinha se mudado para Desire com sua família ainda na adolescência, e em apenas
algumas semanas tinha aprendido que, em tempos bons ou ruins, os moradores de Desire se
juntavam.
Ele nunca tinha visto nada como isso antes ou depois.
Hope, claro, desfilava como uma bela borboleta de pessoa em pessoa rindo e brincando,
abraçando um ursinho de pelúcia que ela tinha corrido até a loja de presentes para comprar. Ela
brilhava,   os   olhos   escuros   centelhando,   o   cabelo   longo   e   escuro   brilhando   sob   as   luzes
florescentes. Seu sorriso largo frequentemente relampejava, brilhante contra sua pele de oliva e
exibia   suas   covinhas.   Uma   mulher   confortável   em   sua   própria   pele,   sua   familiaridade   com
todos aparente.
Inferno, ela tinha crescido nesta cidade, e metade das pessoas aqui provavelmente se
lembravam dela em fraldas. Uma das queridinhas da cidade, ela era tratada como uma irmã
mais nova pela maioria dos homens nesta sala.

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Ace só podia imaginar o que pensariam dele se soubessem algumas das coisas que ele
queria fazer com ela, algumas das coisas que ele já tinha feito.
Embora cuidadosamente evitasse olhar para ela, ele sempre sabia sua localização exata
e com quem ela falava. Ele ouviu com metade de uma orelha quando ela falou com a mãe no
celular. Gracie e seus maridos não poderiam deixar a lanchonete até depois que fechassem, mas
ela estaria esperando ansiosamente por notícias.
Nat Langley e Erin Preston riram de algo que um dos homens disse, ambas desfrutando
da atenção de seus homens. Próximo a eles se sentavam Jesse Erickson, irmã de Nat, e Kelly
Royal, falando em voz baixa uma com a outra. Blade observava Kelly, o rosto ilegível, como
sempre,   enquanto   Clay   e   Rio   conversavam   com   os   outros,   seus   olhares   frequentemente   se
deslizando para sua esposa.
Hope continuava a flutuar de grupo em grupo, enquanto sua irmã, Charity, sentava­se
em silêncio, ouvindo a conversa de Jesse e Kelly e ocasionalmente acenando com a cabeça.
Ace não sabia ao certo como acontecia, mas sempre que todos se reuniam assim, os
homens   de   alguma   forma   arrebanhavam   as   mulheres   para   o   meio   e   as   cercavam.   Era
exatamente o tipo de coisa que os homens em Desire faziam, os costumes e regras desta cidade
tão entranhadas em suas personalidades que eles provavelmente nem sequer pensavam nisso.
Notando   sua   própria  posição,  ele   percebeu,   sem   nenhuma   surpresa,   que   tinha  feito
exatamente a mesma coisa. Vendo a abordagem de Hope pelo canto do olho, involuntariamente
ele ficou tenso. Varrendo o olhar sobre o resto da sala, ele suspirou na agitação inevitável de seu
pênis   sempre   que   ela   se   aproximava.   Ele   a   manteve   em   sua   visão   periférica   enquanto   ela
terminava o telefonema para sua mãe e fechava o celular.
Inclinando­se para frente, ela o atraiu com uma brisa de baunilha enquanto sussurrava,
“Você está me dando um gelo porque eu disse que quero ter seu bebê junto com esse corpo
magnífico?”
Rangendo   os   dentes,   Ace   amaldiçoou   baixinho.   Olhando   para   ter   certeza   de   que
ninguém a ouvira, ele a olhou, lutando contra a ereção  inconveniente  e inevitável. “Eu não
estou te dando um maldito gelo. Ontem à noite foi só um jogo meio egoísta de minha parte.
Você vai continuar com isso até alguém se machucar, não é?”

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Hope brincou com um dos botões de sua camisa. Olhando­o por debaixo dos cílios, ela
sorriu timidamente, fazendo sua mão coçar para remar seu belo rabo. “Eu pensei que tinha te
mostrado ontem à noite que posso tomar tudo que você tem pra repartir, Xerife.”
Ace sorriu friamente. “Ontem à noite foi muito pouco explorando. Mesmo assim você
hesitou. Você nunca seria capaz de aceitar o que eu quero de você, e nunca se contentaria com
um homem que você não pode envolver ao redor de seu dedo mindinho.”
Os olhos de Hope relampejaram no modo que eles fizeram quando ela era até inútil.
“Experimente. Eu te desafio. Hoje à noite eu vou para sua casa e durmo lá.”
Sacudindo a cabeça, Ace lutou contra a imagem da cabeça dela apoiada em seu ombro
enquanto   dormia.  Sabendo  que   esse  tipo  de  intimidade   só   pioraria  as  coisas,  ele  sacudiu   a
cabeça. “Não. Eu não faço festas­do­pijama.”
“Então eu irei só para o sexo.” Sua voz caiu para um tom sedutor enquanto ela corria os
dedos sobre seu estômago, fazendo os músculos lá apertar. “Ou qualquer jogo que você queira
jogar. Você pode me envolver em torno de seu dedo mindinho. Ou, melhor ainda, envolver­se
em torno de mim.”
Furioso com o fato de que os músculos de seu estômago estremeceram sob seus dedos,
ele agarrou sua mão para afastá­los. Tinha que fazer algo para mudar sua opinião sobre ele,
logo, antes que ela conseguisse enredar seu caminho ainda mais perto. Se ela soubesse que já
tinha seu coração, nada conseguiria pará­la.
Tê­la indo lá esta noite lhe daria a oportunidade que precisava.
E lhe daria uma desculpa para apenas mais um gosto.
“Tudo bem. Ligue­me quando terminar aqui, e virei buscá­la.” Ele não podia deixar
passar a oportunidade de ouvir seus gritos de êxtase novamente, os ecos deles o mantiveram
acordado toda a noite. Agarrando seu braço  quando ela sorriu em triunfo e teria saído, ele
encontrou­se cheio tanto com satisfação pelo flash de apreensão em seus olhos quanto remorso
que tivesse que ser assim. “Vista uma daquelas roupas de moletom que você usava ontem à
noite.   É   mais   fácil   para   tirá­la   e   vai   mantê­la   aquecida   a   caminho   de   casa.   Sem   sutiã   ou
calcinha.”

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Hope surpreendeu o inferno fora dele ao voltar e se inclinar para ele. “Tome cuidado,
durão. Se você começar se preocupar com eu ficar quente, pode me dar a impressão de que há
ternura sob essa casca dura e que você está começando a se apaixonar por mim.”

* * * * *

Hope   escondeu   um   sorriso   no   olhar   atordoado   nos   olhos   de   Ace,   antes   que   ele
rapidamente o mascarasse e se virasse para onde Chase corria para a sala. Graças a Deus ele
tinha concordado em vê­la novamente. Lavada com a vitória, ela se virou para sorrir para a
exuberância de Chase.
“É uma menina!”
Em meio a parabéns e tapinhas nas costas, Chase sorriu com orgulho, os olhos úmidos
com lágrimas não derramadas. “Todo mundo poderá vê­las em poucos minutos. Obrigada por
esperarem.”
Nat avançou e beijou seu rosto. “Você está brincando? Nada menos do que uma bomba
nos teria feito partir. Mal posso esperar para vê­las. Qual é o seu nome?”
Chase puxou Erin para seu lado e beijou sua testa. “Rachel queria chamá­la de Theresa
Rose por sua mãe e Erin.”
Hope piscou para conter as lágrimas quando a Erin sempre forte e estável respirou
fundo e começou a soluçar.
Jared, Duncan e Reese, todos vestiram olhares semelhantes de alarme, e se apressaram
para o lado de Erin. Reese chegou nela primeiro e a puxou contra o peito, embrulhando os
braços em torno dela para abraçá­la. Sorrindo, mas com os olhos cheios de preocupação, ele
abriu espaço para seus irmãos lhe oferecer conforto. “Parece que ser uma nova titia a afligiu.
Desculpe­nos por um minuto.”
Hope enxugou os olhos quando os homens levaram Erin para um canto onde Reese se
sentou e a puxou sobre o colo enquanto Jared e Duncan pairavam sobre ela. Não querendo
intrometer­se em um momento tão particular, ela virou a cabeça, sorrindo quando Ace felicitou
Chase.
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Sacudindo a cabeça, Ace riu. “É apenas justiça poética que o pior paquerador da cidade
agora tem uma filha.”
Chase sorriu timidamente quando os outros riram em acordo. “Ela terá Boone e eu nos
certificando de que nenhum homem jamais venha farejar ao seu redor.”
Nat bateu de leve no braço de Chase. “Boa sorte com isso, e você terá todos nós para
ajudá­lo. Ela nasceu aqui, assim como Hope e Charity, e todos nós vamos cuidar dela do mesmo
jeito que sempre cuidamos dessas duas.” Ela bateu de leve no ombro de Hope e piscou para
Charity. “Charity sempre foi uma boa menina, mas Hope tem sido um punhado. Chase, eu não
consigo mais esperar. Quando poderemos vê­las?”
Isabel Preston veio correndo pela porta, segurando um enorme urso branco de pelúcia
com um grande laço amarelo amarrado no pescoço. “Ela já teve o bebê? Está tudo bem?”
Ben Preston, um de seus maridos, entrou logo atrás dela, carregando uma girafa de
pelúcia e um grande buquê de flores com pelo menos uma dúzia de balões amarrados ao redor
dele. “Devagar, Isabel. O bebê não vai a lugar nenhum.”
Ela se virou para dar a seu marido um olhar mordaz. “Eu sou a avó honorária, e se você
não dirigisse como uma tartaruga, nós poderíamos ter estado aqui há meia hora atrás.”
“Se você não quisesse parar na loja para comprar presentes antes de virmos para cá, nós
teríamos estado aqui ainda mais cedo.”
Hope sorriu quando todos riram, todos, menos Ace, que tinha se afastado dos outros e
ficado olhando para a maneira como Jared, Duncan e Reese confortavam Erin. Ela esperou até
que ele se virou para olhá­la, alarmada na angústia crua que viu em seus olhos. Aproximando­
se dele, ela estendeu a mão para tocar seu braço, tentando não demostrar sua dor quando ele
habilmente a evitou.
Inclinando a cabeça em sua direção, ele murmurou baixinho. “O que você acha que
essas pessoas iam pensar de mim se soubessem que tipo de coisas eu gostaria de fazer com
você?”
Forçando um sorriso, ela alcançou para tocá­lo novamente, encorajada quando ele a
deixou. “Eles sabem que sou uma mulher adulta, e duvido que exista muitas pessoas nessa
cidade que não sabem como me sinto sobre você. Você não é um homem cruel só porque gosta

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de dominar. Você não acha que as pessoas que vivem em Desire iam entender, especialmente
quando a maioria deles são do mesmo jeito?”
Um   músculo   trabalhou   na   mandíbula   de   Ace   quando   ele   examinou   os   rostos   das
pessoas na sala. “Diga a Rachel e Boone que passo para vê­los amanhã.”
Hope correu para frente quando ele se virou para ir embora. “Não se esqueça de nosso
encontro.”   Ela   prendeu   o   fôlego   quando   ele   fez   uma   pausa,   e   não   o   liberou   até   que   ele
concordou secamente.
“Venho buscá­la à meia­noite.”
“Bom, Xerife. Quero ver o quão bom você é com essas algemas.”

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Capítulo Sete
Hope correu da janela assim que Ace parou em frente da lanchonete no andar de baixo.
Ela agarrou os sapatos e se sentou no sofá para calçá­los, sorrindo como uma idiota para sua
irmã, que saía da cozinha comendo uma tigela de cereais.
“Ele  está aqui. Não  me espere  acordada.  Se eu tiver sorte, ele vai me deixar  ficar.”
Charity engoliu um bocado, acenando com a colher. “Eu pensei que você tinha dito que ele não
deixa ninguém dormir lá.”
Hope terminou de amarrar os sapatos e saltou para cima, agarrando um casaco para
usar por cima da roupa de moletom. “Não, mas para mim ele vai fazer uma exceção.” 
Charity parou perto de Hope, passando uma mão por seus cabelos. “Eu acho que você
deveria desacelerar, Hope. Você sempre entra em tudo cheia de vapor sem se preocupar com as
consequências. Eu sei como você se sente sobre Ace, mas por favor, tenha cuidado. Ele é um bom
homem, mas ele já lhe disse inúmeras vezes que vocês não servem um pro outro. Receio que
você possa se machucar.”
Abraçando sua irmã, Hope riu suavemente. “Às vezes eu acho que você deveria ter sido
a mais velha.” Segurando os ombros de Charity, ela sorriu. “Relaxe. Eu sei o que estou fazendo.
Não posso ser como você, Charity. Não posso esperar que algo aconteça. Eu quero Ace, e farei o
que for preciso para tê­lo.”
“Hope —”
“Vamos, Charity, você conhece Ace quase toda sua vida. Ele é um dos homens mais
doces do mundo, e você sabe disso.” Quando Ace bateu na porta, uma corrida de umidade
cobriu suas coxas, sua antecipação de vê­lo novamente a deixando tonta. Agarrando o casco, ela
correu para atender. “Deseje­me sorte.” Ela abriu a porta, pegando o flash de surpresa em seu
rosto quando ela se lançou para ele. “Oi, Xerife.”

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Ele a pegou facilmente como ela sabia que ele faria. Seus lábios se curvaram quando ela
envolveu os braços e pernas ao redor dele e segurou firme, seu pequeno sorriso a enchendo com
uma profunda satisfação.
“Isso é uma completa saudação.”
“Sim.” Mantida contra o corpo duro de Ace, Hope mordiscou seu lábio inferior, dando
um suspiro de alívio quando ele moveu os lábios nos dela. Não levou muito tempo para o alívio
se tornar algo muito mais quente quando Ace tomou sua boca, seu beijo ainda mais profundo e
mais possessivo do que na noite anterior.
Ele a tinha beijado na noite passada, mas tinha feito isso cautelosamente, não tomando
muito, mas também cuidadoso para não dar muito.
Ela sequer tinha percebido isso até agora.
Ela   o   beijou   avidamente,   despejando   tudo   que   podia   nisso,   num   esforço   para   lhe
mostrar   em   ação   o   que   ele   não   acreditaria   em   palavras.   Depois   de   alguns   segundos,   ela
esqueceu que estava tentado convencê­lo de algo.
Uma grande mão em seu traseiro a segurou no lugar enquanto a outra deslizou sob seu
cabelo, ambas massageando suavemente. Erguendo a cabeça, ele usou a mão em sua nuca para
segurá­la quando ela teria seguido.
“Um inferno de uma saudação.”
Hope sorriu, a cabeça ainda girando de seu beijo. “Estou cheia de surpresas.”
Ace a baixou de pé, batendo levemente em seu bumbum antes de fechar seu casaco.
“Assim como eu, garotinha, como você está prestes a descobrir. Você verificou antes de abrir a
porta?”
Hope tremulou os cílios para ele. “Não. Eu fui ruim. O que você vai fazer sobre isso?”
Ele correu a mão por seu traseiro. “As opções são enormes.”

* * * * *

Hope mal conseguia ficar quieta a caminho da casa de Ace e tinha dificuldade de tirar
os olhos dele. Vestido com jeans escuro e camiseta preta, o cabelo longo demais enrolado sobre
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o colarinho, ele parecia a fantasia erótica de toda mulher. “Se você está me levando para seu
rancho, eu posso assumir que Law e Zach voltaram para Dallas?”
Ace lhe lançou um olhar, os lábios se curvando. “Eles saíram esta manhã.” 
Virando tanto quanto o cinto permitia, Hope o encarou, desejando poder vê­lo melhor,
mas a semiescuridão a impedia. “A maioria dos irmãos em Desire partilham as esposas. Acho
que nunca realmente pensei nisso, mas agora que faço, parece meio estranho que você não faz.”
Ace   terminou   de   virar   uma   esquina   e   virou   a   cabeça.   “Eu   já   te   disse   que   não
compartilho. Nunca. Sou muito egoísta.”
“Possessivo.”   Ela   escondeu   um   sorriso   em   seu   tom,   se   perguntando   se   ele   já   tinha
percebido que falava com as mulheres em tons mais suaves. Será que ele não sabia que sua voz
profunda baixava e suavizava quando falava com ela, mesmo quando latia demandas ou lhe
dizia que cara durão ele era?
Atirando­lhe um olhar frio, ele assentiu. “Eu sou. Por quê? Você decidiu que quer Law
e Zach, também?”
Perguntando­se se ele tinha ouvido a insegurança em sua própria voz, Hope lhe deu
um sorriso brincalhão, tentando aliviar seu humor. “Não. Só você. Receio que você tenha me
arruinado para qualquer outro. Agora eu só tenho que fazer o mesmo com você. Um dia desses,
querido, você vai perceber que não pode viver sem mim.”
Olhando para frente, Ace resmungou baixinho enquanto virava na estrada de terra que
levava à sua propriedade. Soou tipo ‘é disso que tenho medo’, mas ela temeu perguntar. Ele não
disse mais nada até que pararam em frente da casa e ele desligou o motor. Empurrando o banco
para trás, ele se virou para ela. “Venha cá.”
Hope   saiu   do   cinto   e   subiu   em   seu   colo,   abraçando­o   quando   seus   grandes   braços
vieram ao seu redor. E se perguntou brevemente se alguma vez se acostumaria a ter sua força
embrulhada em volta dela desse jeito. Em seus braços, ela se sentia segura e quente de formas
que tanto a surpreendia quanto encantava.
Os lábios de Ace roçaram seu cabelo. “Preciso de você esta noite. O gosto que tive de
você só aguçou meu apetite por mais.” Com um dedo sob seu queixo, ele ergueu seu rosto. Os

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olhos  brilhando  na luz fraca que vinha da varanda, a ternura  cintilando  neles uma atração
irresistível. “Pode ser suficiente para você?”
Hope  se  inclinou  para  frente  para  roçar   os lábios  em  sua mandíbula   forte   antes   de
morder seu queixo. “Por enquanto, mas, eventualmente, eu quero tudo. Leve­me para dentro.
Não posso esperar mais.”
Ace   estreitou   os   olhos,   mas   não   conseguiu   esconder   a   diversão   neles.   “Demandas
novamente?”
Esfregando os seios contra seu peito, Hope mordiscou seu lábio inferior, excitando­se
quando o controle em seus quadris apertaram. “Sou uma menina má. Acho que você deveria
me espancar.”
Ace sacudiu a cabeça. “Eu estou no comando aqui, lembra?”
Hope cobriu suas mãos com as dela e continuou a se esfregar contra ele. “Foi apenas
uma sugestão, mas se você não quiser me espancar —”
“Droga, Hope. Eu vou remar sua bunda apenas para ensiná­la a parar de apertar e parar
de atender a maldita porta sem verificar primeiro.”
Hope sorriu e estendeu a mão para abrir a porta. “Ótimo. Você precisa me ensinar uma
lição. Vamos.”
A mandíbula de Ace apertou, seus olhos endureceram em um olhar que a assustou um
pouco. “Você acha que isso é algum tipo de jogo. Não é. Esta noite não vai ser um piquenique
para você. Eu fui muito fácil com você ontem à noite, um erro que não vou repetir. Depois de
hoje não vai existir nenhuma dúvida em sua mente de que não pode haver nada entre nós.”
Hope   apoiou   a   cabeça   em   seu   ombro   quando   ele   a   ergueu   e   foi   para   a   casa.   Não
importava   o   que   ele   dissesse,   ela   confiava   nele   plenamente.   Devido   a   essa   confiança,   suas
palavras a deixavam apreensiva, mas não com medo. A apreensão adicionava um elemento
escuro em sua excitação, Tornando­a mais potente, mais… Erótica. Correndo os dedos pelos
cabelos enrolados sobre seu colarinho, ela acariciou sua mandíbula. “Sempre haverá algo entre
nós, Ace, e você sabe disso. Agora se apresse. Quero essa surra que você prometeu.”

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Ace   levou   Hope   para   a   casa,   chutando   a   porta   atrás   dele   antes   de   deixá­la   de   pé.
Cuidadoso para manter sua expressão fria, enquanto seu desejo por ela queimava quente, ele
pegou seu casaco antes de trancar a porta atrás dele. Cruzando os braços sobre o peito, ele lhe
deu seu olhar mais intimidante.
“Dispa­se.”
Hope  olhou  ao   redor   da  sala,  não  parecendo   tão  intimidada   quanto   deveria.  “Você
poderia dizer que só homens vivem aqui, mas eu tenho que dizer, é um inferno de muito mais
limpo do que eu pensei que seria.”
Ace   rangeu   os   dentes,   frustrado   que   ela   não   parecesse   estar   levando­o   a   sério   o
suficiente e, relutantemente, divertindo­se com seu estratagema. “Eu lhe disse para se despir.”
Hope chutou fora seu tênis e parou. “Tudo bem seu eu ficar com as meias? Meus pés
ficam muito frios.”
Esfregando uma mão no rosto, Ace silenciosamente contou até dez. Ele se sentou para
tirar as botas, franzindo a testa para ela, determinado a limpar esse olhar presunçoso de seu
rosto. “Você está em tantos problemas esta noite. Mantenha suas meias malditas, mas quero o
resto fora agora. Quando terminar, vá para meu quarto, última porta à direita.” Ele sacudiu os
dedos impacientemente. “Dê­me as roupas.” Ele tinha aprendido há muito tempo que tomar as
roupas   de   uma   mulher   e   colocá­las   onde   ela   não   pudesse   ver   aumentava   sua   sensação   de
vulnerabilidade. Com Hope, ele precisava de todas as vantagens que pudesse conseguir até que
aprendesse sobre seu corpo e suas respostas bem o suficiente para controlá­la.
Era hora de ver se Hope podia aguentar um pouco de dor erótica. Ele não poderia
suportar por muito mais tempo de estar com ela e se segurar em cheque, e se a assustasse, eles
poderiam acabar com essa coisa toda esta noite.
Cada vez maldita que estava com ela, ela roubava outro pedacinho de seu coração, e
isso tinha que acabar antes que ela o tivesse completamente. Se ela fosse embora depois, iria
matá­lo.
Ele tinha uma leve suspeita de que já era tarde demais.

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* * * * *

Hope se apressou para seguir as demandas de Ace e correu para seu quarto, onde uma
luz baixa queimava, e se atirou em sua cama. Sorrindo, ela se virou para a porta, apenas para
encontrá­la vazia. Seu sorriso murchou. “Ace?”
Ouvindo seus passos vindo pelo corredor, ela relaxou, posicionando­se de costas no
meio da cama.
Quando ele apareceu na porta, ela se alarmou que suas mãos estivessem vazias. “Fique
nessa posição.”
Hope se sentou, observando enquanto ele puxava uma mochila de debaixo da cama.
“Onde estão minhas roupas? O que tem aí? Você não vai se despir? Eu mal posso esperar para
vê­lo nu. Você vai me deixar tocá­lo?”
Ajoelhando­se ao lado da cama, Ace a encarou, a mandíbula apertada. “Você nunca vai
sobreviver a esta noite.” Ele levantou o dedo quando ela começou a falar. “Quieta. Nem mais
uma palavra. Você não fala de novo a menos que eu te faça uma pergunta. Deite­se e não mova
um músculo, a menos que eu te diga. Você entendeu?”
“Sim, claro que entendi. Não sou estúpida.”
Hope voltou para sua posição, seu senso de antecipação fazendo­a tremer toda. Seu
tremor piorou quando ele agarrou seus pulsos e começou a firmar seus braços acima da cabeça.
“O que está fazendo? Você vai me prender?”
Ace amarrou seus pulsos na cabeceira da cama com uma corda aveludada. “Você quer
que eu te amordace?”
Hope   piscou,   se   perguntando   se   ele   falava   a   sério.   “É   claro   que   não.”   Puxando
experimentalmente em seus vínculos, ela percebeu que, embora macio o suficiente para não
machucá­la, a corda se manteve firme.
Inclinando­se sobre ela, ele levemente beliscou um mamilo. “Então fique quieta. Nem
mais uma palavra.”
Hope mordeu o lábio para conter o gemido que ameaçou escapar. Com os braços acima
da cabeça, seus seios pequenos se ergueram e se tornaram completamente vulneráveis a tudo
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que   Ace   quisesse   fazer   com   eles.   Ela   nunca   tinha   sido   contida   antes   e   achou   a   adição   da
sensação de desamparo ainda mais excitante.
“Ace, eu nunca fui presa.”
Ace   se   debruçou   sobre   ela,   acariciando   o   mamilo   que   ele   tinha   acabado   de   puxar,
aumentando sua consciência de que não havia nada que ela pudesse fazer para detê­lo. “Você
está usando sua palavra segura?”
Hope tentou se sentar, esquecendo momentaneamente que não podia. “Não! Só estou
nervosa.”
Segurando seu olhar, ele se curvou para tomar o outro mamilo entre os dentes afiados,
mordendo­o levemente antes de soltá­lo. “Você vai estar completamente assustada antes que eu
termine   com   você.   É   só   dizer   sua   palavra   segura   e   tudo   para.   É   por   isso   que   não   quero
amordaçá­la, mas eu vou se você continuar falando.”
Tentando seu melhor para não mostrar o quanto ele a assustou ao ver seus dentes se
fechar em seu mamilo, ela cavou os calcanhares no colchão quando a dor ligeira teve mais de
seus sucos vazando de sua fenda.
Ela gemeu e chupou uma respiração afiada. “Vou ficar quieta.”
Ace lambeu o mamilo, sorrindo quando ela o ergueu novamente. “Você não tem que
ficar quieta. Eu quero ouvir cada pequeno som que você faz, mas sem mais conversa a menos
que   eu   te   pergunte   algo.   Agora,   vamos   ter   que   fazer   algo   sobre   sua   incapacidade   de   ficar
parada.” Ele ergueu suas pernas para o peito, mantendo­as juntas, eficazmente erguendo seu
traseiro da cama. “Você vai aprender a parar de apertar quando eu espancá­la. Nessa posição
eu posso te bater, e você não vai poder apertar tanto. Quero que você veja como isso se sente.”
Hope gritou quando ele entregou um bofetão afiado em seu traseiro, involuntariamente
empurrando contra seu aperto para endireitar as pernas, sem surpresa ao descobrir que não
podia endireitá­las em nada. O bofetão doeu mais do que os de ontem à noite e começou a
queimar quase que imediatamente. Mordendo o lábio, ela não disse nada quando o calor se
propagou, inflamando toda sua fenda. Seus sucos revestiram suas coxas, vazando ainda mais
quando ele entregou mais dois bofetões.

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Mantendo   suas   pernas   altas,   ele   esfregou   levemente   seu   bumbum,   tornando­o   mais
quente e espalhando o calor. “Se você insistir em apertar sua bunda, está será a posição que eu
vou ser forçado a usar para espancá­la. Se eu tiver que bater em você assim, sua boceta também
será espancada.”
Hope estremeceu em seu tom, o olhar frio em seus olhos lhe dizendo que ele queria
dizer isso. Não querendo correr o risco de ser amordaçada, ela não falou. Seu clitóris pulsava
continuamente e eles só estavam aqui há alguns minutos. Sua boceta cerrava freneticamente
com a necessidade de ser preenchida, mas algo na expressão de Ace lhe disse que ia demorar
bastante antes que ela tivesse qualquer alívio. Ela não tinha ideia de qual seria a sensação de ter
sua boceta espancada e não sabia se queria saber.
Ace   tomou   a   decisão   de   suas   mãos.   Erguendo   suas   pernas   ainda   mais   altas,   ele   a
espancou novamente. Dessa vez os dedos entraram em contato com sua fenda.
Hope   engasgou   na   sensação   e   lutou   furiosamente   contra   seu   aperto.   Doeu,
especialmente   em   seu   clitóris   sensível,   fazendo­o   queimar   e   pulsar   pior   do   que   antes.   Não
conseguia parar de empurrar contra a retenção de Ace, choramingando em frustração. Toda sua
fenda aqueceu e vibrou, tornando­se tão sensível que ela sabia que o menor toque a mandaria
sobre a borda. Debatendo­se sobre o travesseiro com os olhos fechados fortemente, ela tragou
pelo ar, seus gemidos se tornando choradeiras quando o calor se espalhou e intensificou.
“Eu posso fazer isso quantas vezes eu quiser. Você quer outro? Mais cinco? Dez? Eu
posso espancar sua boceta até você gozar, gritando meu nome, o prazer e a dor se misturando
até que você não saiba qual é qual.”
Hope agarrou suas restrições, seu peito arfando enquanto ela arqueava as constas. “Por
favor, não. É muito. Sim, faça­o.”
Ace deslizou um dedo grosso em sua boceta escorregadia. “Se você ficar comigo, vai
acontecer. Nós só começamos, amor. Posso fazer a mesma coisa com seu rabo. Posso espalhá­la
e usar um chicote em seu pequeno buraco apertado e depois fodê­la lá. E eu vou. Pense sobre
isso.”

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Hope apertou o cerco contra o dedo dentro dela, pasma que o pensamento dele fazendo
essas coisas com ela a excitava ainda mais. Ela queria. Ela queria experimentar cada um de seus
desejos escuros e que ele a ajudasse a explorar os seus próprios.
A maneira como seu corpo reagia a suas ameaças eróticas, a convenceu ainda mais de
que eles eram um casal perfeito. “Sim. Eu quero tudo isso com você, mas estou com um pouco
de medo. Podemos ir devagar?”
Ace piscou e começou a acariciar sua boceta, o dedo empurrando bem no fundo dela.
“Tem certeza que está com medo? Você não parece com uma mulher que está com medo.”
Incapaz de parar apertar no dedo, Hope gemeu. “Só um pouco. Oh, Ace. Se sente tão
bom. Eu vou gozar. Sinto muito. Não consigo pará­lo.”
Ace parou sua carícia íntima. “Concentre­se, amor. Ouça minha voz e bloquei todo o
resto. Segure­o de volta. Respire devagar. Se você gozar, eu vou espancar sua boceta de novo.”
Hope choramingou. “Eu não sei como segurá­lo. Eu quero que você me espanque lá,
Ace. Por favor. Eu preciso disso.”
Retirando­se dela, Ace deslizou o braço fora de sob suas coxas para inclinar­se sobre
ela,  usando  a  coxa  densamente   musculosa para  segurar  suas  pernas  no  lugar.  Apoiando­se
sobre o cotovelo ao lado dela, ele a reuniu contra ele, deslizando uma mão calmante sobre seu
estômago. “Respire fundo, bebê. Force­o de volta. Você pode fazê­lo. Eu sei que você pode.”
Hope   virou   seu   corpo   em   direção   ao   dele,   prontamente   aceitando   a   força   que   ele
oferecia.   Isso   acabara   por   ser   mais   difícil   do   que   ela   imaginara.   Estar   nua   enquanto   ele
permanecia vestido na noite anterior tinha sido bastante difícil, mas tendo a desvantagem de
também estar contida a levava longe de sua zona de conforto. Estar à mercê de Ace também a
despertava de maneiras que ela nunca experimentara, nem com os outros homens com quem
tinha estado.
Desapontada consigo mesma, ela ergueu os olhos para encontrá­lo a observando, os
olhos afiados e, para seu assombro, amorosamente possessivos. “Você não está bravo?”
Ainda esfregando seu estômago, Ace roçou os lábios de leve nos dela, mordiscando
suavemente. “Claro que não. Cabe a mim ensiná­la.”
Surpresa com seu tom suave, ela piscou. “É mesmo?“

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“É. Agora que você já se instalou um pouco, vamos ver se pode impedir­se de cerrar
essa bunda apertada enquanto eu a espanco.”

* * * * *

Ace a virou de bruços, resistindo ao desejo de puxá­la sobre seu colo. Tê­la sobre seu
colo seria muito íntimo e só ia aumentar sua possessividade em relação a ela, o que já havia se
tornado demasiadamente forte.
Deslizando a mão sob seus quadris, ele a ergueu sobre um travesseiro e ajustou sua
posição. E correu a mão sobre os globos deliciosos, mal resistindo ao desejo de se curvar e dar
uma mordida enquanto se movia entre elas. Nunca tinha visto uma bunda mais linda em sua
vida. Nesta posição, teria acesso completo, mas o mais importante, ela não conseguiria ver seu
rosto. Quando a virasse de costas novamente, ia vendá­la.
Hope já tinha visto demais do que ele desesperadamente lutava para manter escondido.
Se ela tivesse a menor ideia do quanto ele a queria, ela nunca desistiria da ideia deles ficarem
juntos.
Ouvir os sons suaves que ela fazia, ver uma mulher tão vivaz nessa posição submissa,
tinha seu pênis pressionando dolorosamente contra o zíper. Correndo a mão sobre seu traseiro
novamente, ele sorriu em seu tremor. Sua receptividade incrível o fazendo querer amarrá­la em
sua cama por dias e explorar completamente cada centímetro dela.
“Assustada?” Ele olhou para a tigela na mesa de cabeceira, parcialmente escondida pela
luminária.
 “Não.”
Ele sorriu na resposta antecipada e bateu em sua bunda, encantada com a abundância
firme   sob   sua   mão.   Jurando   a   si   mesmo   fazer   desta   uma   noite   que   nenhum   deles   jamais
esqueceria, ele fez de novo, seu pênis saltando em seu grito necessitado e no jeito como ela
mexia o rabo para ele, convidando­o a fazê­lo novamente.
“Mentirosa. Você é uma mulher inteligente, Hope, e uma mulher inteligente sentiria
medo. Não minta para mim de novo.”
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Hope torceu para olhar para ele por cima do ombro. “Mas é você. Eu não tenho medo
de você, Ace.”
Ace   sorriu   friamente,   lutando   contra   seu   próprio   desejo   na  confiança   e   necessidade
absoluta em seus olhos. “Você terá.” Deslizando a mão por seu traseiro delicioso e quente, ele
sorriu  novamente  na  umidade   cobrindo   suas  coxas.  A   pirralha  adorava  isso.  Agora   seria  o
momento perfeito para levá­la mais longe de sua zona de conforto.
“Você   apertou   a   bunda   quando   eu   te   bati.   Você   vai   ter   que   aprender   que   eu   não
permito isso.” Como esperava, ela viu quando ele pegou a tigela na mesa e retirou o conteúdo.
“O que é isso?”
Flexionando a mandíbula em um esforço para esconder sua diversão e onda de luxúria
em sua apreensão, ele o ergueu, deixando­a obter o efeito completo.
“Gengibre.” Quando se acomodou de volta entre suas coxas espalhadas, ele segurou
uma mão em suas costas para mantê­la de contorcer.
Hope poderia até querer  se submeter,  juntamente  com seu  corpo, mas sua força de
vontade a impedia de se submeter completamente. Que desafio seria ver a que distância ele
poderia levá­la até que as necessidades de seu corpo anulasse tudo. Ficaria cada vez mais difícil,
o desafio seria interminável.
“O–o que você vai fazer com isso?”
O pênis de Ace veio para atenção extasiada no tremor em sua voz. “Pensei que você não
tinha permissão para falar. Você terá que ser espancada por isso… Vamos dizer, cinco bofetões.
Mas   primeiro   vou   inserir   isso   em   sua   bunda.   Se   você   apertar,   ele   vai   liberar   óleos   que
queimam.”
 “O quê? Você vai colocar isso dentro de mim?” 
“Você está usando sua palavra segura?”
“Vá pro inferno.”
“Vamos  fazer  disso  dez   bofetões.  Você  gostaria  de  acrescentar  mais alguma  coisa?”
Hope enterrou o rosto no travesseiro, outra razão que ele a teria de costas em breve. “Não.”
Ele   sorriu   em   sua  resposta   abafada.   “Ótimo.   Então,   podemos  cuidar   disso   antes   de
continuarmos.”

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* * * * *

Hope  enterrou   o  rosto   no   travesseiro,  não   acreditando   no  que   Ace  estava  prestes  a
fazer. Ela esperava ser espancada, inferno, tinha esperado ansiosamente por isso, mas agora ele
queria ter certeza de que ela não apertaria as bochechas de sua bunda quando fizesse isso.
Como ela deveria fazer isso?
Ser espancada no passado não exigira nada de sua parte, mas Ace queria que ela fosse
uma participante ativa em sua própria submissão. Ele a tinha feito se abrir para ele, e agora
esperava que ela se concentrasse em não apertar o traseiro enquanto ele a espancava!
Agarrando­se na restrição suave, ela teve que virar o rosto de lado antes que sufocasse,
só para ofegar quando viu sua grande mão segurando a raiz de gengibre perto de sua cabeça.
A   pele   exterior   já   tinha   sido   removida   para   revelar   o   gengibre,   a   carne   pálida   do
tamanho de um dedo brilhando com umidade. Ele havia deixado a base maior intacta, a pele
mais   escura   e   muito   mais   áspera   comparada   com   o   resto.   “Toda   vez   que   você   apertar   no
gengibre, seu ânus vai ficar mais quente até queimar. Quanto mais você apertar, mais quente
fica.”
Hope estremeceu quando ele passou a mão por suas costas e se acomodou entre suas
coxas novamente.
“Oh, Deus.”
Enterrando  o rosto  de novo no travesseiro,  seu fôlego  engatou quando  ele deslizou
lentamente o pedaço de gengibre através do anel apertado de músculos e dentro dela. A frieza a
surpreendeu   depois   de   sua   advertência,   e   foi   necessário   uma   tremenda   quantidade   de
concentração para não apertar contra ele. Ela se perguntou se alguma vez se acostumaria com a
sensação de algo invadindo seu ânus. Ace sempre parecia querer tocá­la lá como se parecendo
saber  que  era  o que  a fazia se  sentir mais impotente.  Sempre  parecia  tão  impertinente,  tão
decadente, e ela mal podia acreditar no quanto exaltava todos os seus sentidos.
“Boa menina.”

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Hope tremeu, impotente, como sempre fazia quando ele falava com ela desse jeito e
focou­se em não apertar.
Ela só podia imaginar como parecia com seu bumbum no ar, as pernas abertas e um
pedaço de gengibre saindo de sua bunda. Nesta posição, ele podia ver tudo, fazer tudo que
quisesse e, exceto usando sua palavra segura, ela estaria impotente para detê­lo.
Sua própria reação a atordoou e a fez feliz que tivesse salvado seu buraco traseiro para
ele.
“Hmm, muito bom.”
Hope   involuntariamente   apertou   em   sua   voz,   e   imediatamente   parou,   ofegante,
enquanto esperava pela queimadura.
As   mãos   de   Ace   cobriram   as   bochechas   de   sua   bunda   e   começaram   a   massagem
suavemente. “Concentre­se, bebê. Quero que você conte cada bofetão de sua surra. Cinco em
cada bochecha.”
Hope virou a cabeça, tragando pelo ar. E assentiu, sem falar, com medo de ganhar­se
uma surra ainda maior. O gengibre em seu traseiro não se sentia mais frio. Na verdade, tinha
começado a aquecer e formigar, e ela temeu apertá­lo novamente. Era tão bom, a sensação como
nenhuma outra em sua experiência, mas ela não queria que ficasse mais quente. Mais umidade
vazou dela, envergonhando­a no quanto gostava disso.
“Boa menina.”
Hope cerrou  involuntariamente,  ê prendeu  o fôlego quando o formigamento quente
ficou mais forte.
Ace correu os lábios sobre as bochechas de seu bumbum. “Você não está concentrada,
amor. Eu ainda nem comecei suas palmadas e você já está apertando.”
Hope se emocionou com suas palavras de carinho, se perguntando se ele sequer tinha
percebido que as usara ou que o tom de sua voz tinha mudado, tornando­se mais profundo e
ainda mais íntimo. Ela não podia pensar nisso agora. Era preciso toda sua concentração para
manter sua boceta e ânus de apertar.
O primeiro bofetão aterrissou, surpreendendo­a e reacendo o calor. Por mais duro que
ela tentasse, não conseguia impedir­se de apertar no gengibre. Respirando profundamente, ela

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fechou os olhos, incapaz de parar de menear os quadris e balançar. O efeito do gengibre dentro
dela a assustou, o calor adicionado rapidamente a libertando de todas as inibições.
“Ace, por favor, se apresse. Está formigando.”
Ace deslizou as mãos de cima a baixo de suas coxas, aparentemente, sem nenhuma
pressa   para   terminar   sua   surra.   “Vai   Ficar   mais   quente.   E   nem   posso   deixá­la   gozar.   Você
precisa aprender a ter paciência.”
Chutando as pernas, ela mexeu mais, sua risada suave a enfurecendo. “Droga, Ace. Eu
vim aqui para ser fodida. Você não pode fazer isso comigo.”
Mais   dois   bofetões   afiados   aterrissaram,   um   em   cada   bochecha.   “Até   que   use   sua
palavra segura, eu posso fazer o que quiser com você. Agora, eu acredito que você tem dez
bofetões vindo.”
“O quê?” Ela se contorceu inquieta, chutando os pés. “Só mais sete. Você já me deu
três.”
“Você não contou, mel, então eles não contam.”
Nunca em sua vida ela tinha ficado tão ciente de sua bunda, mas sua boceta e clitóris
também   exigiam   atenção.   Em   sua   posição   atual,   ela   não   podia   se   esfregar   contra   nada,   e
precisava desesperadamente de alívio. O calor em sua fenda e as picadas incríveis fazia quase
impossível pensar mais, o que tornava ainda mais difícil se concentrar.
“Sinto muito. Um. Dois. Três. Por favor, Ace, eu preciso gozar.”
Cinco   bofetões   em   rápida   sucessão   caíram   sobre   sua   nádega   esquerda,   fazendo­a
queimar. Ace apertou a mão sobre o calor, tornando­o pior quando se estende para seu clitóris e
boceta já inflamados.
Empunhando   as   mãos,   ela   mordeu   o   travesseiro   para   conter   seus   gritos   enquanto
contava.
“Eu tenho outros usos para o gengibre, sabe. Você pode imaginar como vai se sentir ter
um pedaço dele pressionado contra seu clitóris?”
Hope quase gozou só de pensar nisso. “Ace, por favor. Estou implorando. Não aguento
mais.”
Uma mão esfregou as bochechas de sua bunda, e ele rosnou. “Use sua palavra segura.”

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Hope   tentou   balançar   os   quadris,   tão   perto   de   gozar   que   mal   podia   suportar.
Concentrar­se em não apertar  e  não gozar provou ser quase impossível. Temer que não teria
êxito só a frustrava ainda mais. Com a frustração veio a raiva, que ela puxou como uma tábua
de salvação.
“Beije minha bunda.” 
“Com prazer.”
Hope   estremeceu   novamente   quando   os   lábios   dele   se   moveram   sobre   seu   traseiro
acalmando   a   queimadura   de   sua   surra.   O   gengibre   se   deslocou   em   seu   ânus   quando   ele
empurrou um dedo em sua boceta novamente.
“Eu também posso colocar um pedaço bem grosso de gengibre em sua boceta e só me
sentar e apreciar o show. Você vai se contorcer nos lençóis, chorando e implorando para que eu
a deixe gozar.”
Hope olhou por cima do ombro e lhe deu um clarão. “Eu te odeio. Se você não me foder
logo, eu vou gritar.”
Ace curvou o dedo dentro dela, acariciando sua boceta e controlando suas contorções
com uma mão em suas costas. “Você está gritando agora. Você ainda tem mais cinco bofetões
antes de eu virá­la e colocar a venda.”
“Venda? Oh, Deus. Ace, eu estou tão perto. Por favor, deixe­me gozar. Droga, seu filho
da puta. Eu preciso disso.”
Ace retirou o dedo de sua boceta e bateu em seu rabo novamente. Enquanto ela lutava
contra   o   calor,   ele   lentamente   fodeu   sua   bunda   com   a   raiz   de   gengibre,   tornando   os
formigamentos quentes ainda mais quentes. “Não. Eu te disse que não posso deixá­la gozar.
Vamos ver se você pode ser uma boa menina. Só as boas meninas podem gozar.”
Hope seria tão boa quanto ele quisesse se ele simplesmente lhe desse o alívio de uma
excitação tão forte que mudou a forma como ela pensava sobre sexo. Ela nunca tinha conhecido
tal prazer incrível, nunca soube que poderia consumi­la totalmente. O calor em seu ânus ficou
mais forte, mas não importa o quanto ela tentasse, não conseguia parar de apertar.
Felizmente, Ace escolheu esse momento para administrar os outros quatro bofetões em
seu rabo balançando.

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Hope rapidamente os contou, morrendo para tê­lo fodendo­a.
“Eu tive clemência de você dessa vez, mas poderia atrasar cada tapa por uma meia hora
se   eu   quisesse   e   continuar   movendo   o   gengibre.   Pense   nisso   da   próxima   vez   que   apertar
quando eu espancá­la.” Ele deslizou a raiz de gengibre fora dela lentamente, movendo­o em
círculos quando o retirou.
Hope apertou nele, lutando para mantê­lo dentro. “Por favor, Ace. Eu me sinto vazia.”
A queimação se tornara conhecida, mas para sua surpresa, só aumentava seu desejo.
Ace não falou por vários segundos. Inclinando­se sobre ela para colocar o gengibre de
volta na tigela, ele beijou seu ombro. “Você gosta do gengibre, não é mesmo, bebê? Você gosta
de ter algo em sua bunda. Você gosta dele quente. Eu tenho um monte de fantasias sobre esse
rabo bonito.”
Hope estremeceu quando o jeans da calça roçou seu bumbum e a parte de trás de suas
coxas. Tão sensível que mal podia suportar, ela corcoveou contra ele. “Maldito seja, Ace. Eu
preciso  gozar. Foda­me, porra.” Ela gritou quando Ace  a virou de costas, reposicionando  o
travesseiro sob seu traseiro.
“Eu não vou te foder esta noite. Não estamos prontos para isso.”
Um arrepio a atravessou em seu tom. “V–você não me quer?”
Um músculo trabalhou na mandíbula de Ace. “Querer não tem nada a ver com isso.
Quando isso acabar —”
  “Pare.” Hope lutou contra seus vínculos. “Não quero mais ouvir sobre esse final. Eu
quero que você me tome. Estou disposta a dar tudo de mim para você, Ace, e espero o mesmo
de você.”
Ace se debruçou completamente sobre ela, o hálito quente em seu rosto quando uma
mão se estabeleceu em cada lado de sua cabeça. “Você não tem o direito de esperar mais do que
o que eu te dou.”
Hope se arqueou, roçando os mamilos em seu peito. “Por que você acha que vim aqui?”
Ace beliscou um mamilo. “Para se submeter a mim.”

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Mordendo   de   volta   o   gemido,   ela   balançou   os   quadris   e   sorriu,   arqueando­se   em
direção a ele precisando tornar esta uma ocasião memorável para os dois. “Então, me domine,
Xerife, se puder.”
Uma sobrancelha subiu enquanto  a mão dele deslizava por seu corpo. Ele roçou os
dedos sobre seu estômago e sorriu quando os músculos estremeceram sob seu toque. “Oh, eu
posso, bebê. Até você perceber a verdade e ver isso do meu jeito.”
O   gemido   que   ela  tinha  estado  segurando   escapou  quando  os  dedos  traçaram   suas
dobras nuas. Frustrada que ele não pudesse ver o quão perfeitos eles seriam um pro outro, ela
encontrou seu olhar. “Ou você.”
Seus   olhos   relampejaram   com   algo   que   desapareceu   antes   que   ela   pudesse   ler.
“Palavras corajosas. Seja boa, enquanto vou lavar o gengibre de minhas mãos antes de tocá­la
em qualquer outro lugar.” Mantendo as mãos livres de seu corpo, ele trabalhou seu caminho,
beijando levemente cada mamilo antes de deslizar a língua por sua barriga. Sorrindo em sua
tentativa de esfregar o clitóris contra ele, ele empurrou suas coxas separadas. “Mantenha­as
abertas  até  eu voltar. Não  quero  te  pegar  esfregando  as coxas juntas, ou vou espancar  sua
boceta nua. Duro.”
Hope o observou pegar a tigela e sair, balançando os quadris no travesseiro em um
esforço para combater a dor insuportável. O beijo leve em cada de um de seus mamilos tinha
sido como uma série imaginária de puxões em seu clitóris.
Deus, ela não podia suportar muito mais disso.
Pareceu  uma eternidade  até Ace  voltar, mas na realidade  foi provavelmente  apenas
alguns minutos, que lhe dera apenas tempo suficiente para puxá­la de volta a partir da borda.
Ela apostava qualquer coisa que tinha sido essa sua intenção o tempo todo.
Sentando­se na beirada da cama, ele tirou as meias e ficou de frente para ela enquanto
agarrava a bainha da camiseta para puxá­la sobre a cabeça. “Boa menina. Aposto que foi difícil
ficar assim. Estou orgulhoso de você.”
Hope tragou quando ele veio em sua direção, o peito nu brilhando na luz baixa.
Ele era magnífico!

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Suas roupas escondiam um peito mais largo do que qualquer um que ela já tinha visto,
cada polegada dele e os braços carregados com músculos compactados. Ele não tinha quase
nenhum cabelo no peito, a pele era lisa e tão bonita que ela mal podia esperar para colocar as
mãos nele. Ele tinha um inferno de um pacote de seis, o estômago plano lhe deu água na boca.
Quando ele se ajoelhou ao lado da cama, ela não conseguia tirar os olhos dele.
“Deus, você é lindo.”
Ele piscou, sua surpresa aparente. “Você é a única linda aqui, bebê. Vamos ver o quão
bom você olha toda espalhada para eu brincar.” Ele segurou seu olhar enquanto pegava algo ao
lado da cama e deslizava a mão sob sua coxa, puxando­a para ele. E fixou uma faixa escura logo
acima de seu joelho dobrado. Prendeu a uma tira comprida, que aparentemente descia sob o
colchão e saía do outro lado. “Vou contê­la com suas pernas bem abertas.” Passando para o
outro lado da cama, ele sorriu friamente quando acendeu a luminária no outro criado mudo, a
luz mais brilhante fazendo­a ainda mais desconfortável. “Terei acesso total a seu clitóris, sua
boceta e sua bunda. Seus seios estarão livres, erguidos e desprotegidos. Vou poder fazer o que
eu quiser e não há uma coisa que você possa fazer para me impedir. Tem certeza de que quer
isso?”
Hope não conseguiu deixar de balançar os quadris enquanto ele firmava a outra perna
da mesma forma. Experimentalmente, ela puxou para dentro com uma perna só para ter a outra
perna   puxada.   Deitada,   os  braços   acima   da   cabeça   e   as  pernas   escancaradas,   ela   realmente
estava em exibição e disponível para tudo que ele quisesse fazer com ela.
Ela adorou!
Arqueando as costas, ela se ergueu em oferecimento. “Absolutamente. Não quero pará­
lo. Tome o que quiser.”
Ele se levantou, segurando uma larga faixa de tecido preto. Sem dizer uma palavra, ele
levantou sua cabeça do travesseiro e a vendou, soltando­a assim que a tinha no lugar.
Um puxão afiado em seu mamilo a pegou de surpresa, o sentimento mais forte já que
ela não pôde antecipá­lo. Clamando, ela estremeceu, sua boceta vazando mais umidade. Sua
fenda se tornou encharcada com seus sucos, os mamilos sensíveis e necessitados. Seu clitóris

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pulsava, sua bunda ainda queimava de sua surra, e seu ânus ainda segurava um leve calor de
formigamento do gengibre.
A combinação enviou seus sentidos bobinando. Debatendo­se na cama tanto quanto
podia, ela gemeu roucamente, temendo por sua sanidade.
Uma mão segurou seu queixo enquanto lábios quentes se moviam sobre seu rosto. “E
agora, amor, nós começamos.”

Capítulo Oito
Estar contida e aberta escancarada lhe dava uma sensação de liberdade que ela nunca
experimentara antes, e nada do que tinha esperado. Ela poderia se soltar completamente e ceder
a tudo que ele fizesse com abandono. Sem participação de volta, sem acusação, sem olhares de
desgosto.
Apenas a liberdade de explorar e desfrutar dos prazeres a ser encontrado. Liberdade
para se deixar ir e se render ao homem que amava mais do que qualquer coisa.
Saber  que   ele  podia ver   tudo  e  tocá­la  do   jeito  que   quisesse,   enchia Hope  com um
sentido ainda mais forte de vulnerabilidade, mas também a conectava a Ace de formas que ela
não esperava. Ainda bem que ela tinha sido vendada, pois lhe permitia se esconder um pouco,
se ver em outro lugar, um estado alterado em que todos os seus sentidos estavam exaltados
enquanto ela alegremente se colocava completamente em suas mãos capazes.
Cada pincelada da mão em sua pele aquecida parecia ampliada, e sem poder vê­lo, ela
nunca   sabia   onde   o   próximo   toque   seria.   A   antecipação   de   esperar   por   qualquer   sensação
erótica que ele lhe entregaria a seguir ameaçou dirigi­la louca.
“Hmm.  E olhe  para  o  que  eu   ganhei  para  explorar.  Eu  consigo  ver   o  que  acontece
quando eu acaricio você aqui.”
Hope gemeu quando os dedos roçaram levemente o interior de sua coxa. “Ou belisco
aqui.”

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Antecipando um beliscão em seu mamilo, ela sacudiu e clamou quando ele comprimiu
seu clitóris ao invés.
“Ou beijo aqui.”
Não sabendo o que esperar, Hope se arqueou, seu corpo apertando quando ele beijou
seu mamilo, tomando tempo para lamber e mordiscar suavemente. Ela congelou quando os
dentes afiados se fecharam sobre ele, só para se contorcer de novo quando a língua quente
aliviou a picada. Incapaz de se manter quieta, ela se debateu sob ele, uma choradeira escapando
quando ele ergueu a cabeça.
Colocando uma mão quente em seu estômago, ele murmurou baixinho para ela até que
ela se estabeleceu mais uma vez.
Ocorreu­lhe que ele falava com mais frequência ao fazer amor com ela do que jamais
fez, sua voz como uma tábua de salvação para estabilizá­la. Seu tom tinha uma qualidade única
agora que ela nunca ouvira antes. Escura e íntima, de aço, mas indulgente, que fluía sobre ela
como mel quente, e desencadeava uma chuva de faíscas ao longo de seu corpo.
Já loucamente apaixonada por ele, ela achou esse seu lado absolutamente irresistível. E
queria dar tudo para ele, ser tudo para ele, avidamente querendo sua atenção e seu foco apenas
sobre ela.
Onde quer que ele acariciava, dos braços e ombros, até seu peito e barriga, ele deixava
um rastro de calor. Ela arqueou, silenciosamente implorando por sua atenção em seus mamilos,
o que ele cruelmente ignorou. Não mais capaz de se debater de lado a lado, ela puxou nas
restrições em seus pulsos para se erguer.
“Por favor, Ace.”
“Talvez eu devesse espancar sua boceta.”
Hope   estremeceu,   mordendo   o   lábio   para   não   responder.   Ace   riu.   “Você  está
aprendendo. Boa menina.”
Algo tocou seu rosto, uma pincelada leve de algo tão suave quanto as asas de uma
borboleta. “O que é isso?” Percebendo seu erro, ela imediatamente estalou a boca fechada. O
objeto se moveu para seus lábios e roçou sobre eles.
Ace bateu em seus lábios com ele. “Abra.”

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Não   sabendo   o   que   esperar,   Hope   separou   os   lábios,   sua   mente   girando   quando   a
necessidade dentro dela se estabilizou e permaneceu estável.
“Chupe­o.”
Oh, Deus, como seria se ele lhe dissesse isso com seu pênis tocando em seus lábios?
Obedientemente Hope fechou os lábios sobre o objeto pequeno e plano, e começou a
chupar, os músculos de seu estômago apertando quando ela empurrou contra os ligações em
seus joelhos para se erguer em oferecimento. Usando a língua, ela explorou a peça flexível que
parecia do tamanho de um dólar de prata e tinha um leve sabor de couro.
“É um pequeno chicote.” Ele tirou a ponta de sua boca e a trouxe acentuadamente em
seu mamilo.
Seu grito surpreendeu até mesmo ela, o desespero evidente quando a picada em seu
mamilo   percorreu   toda   a   distância   até   seu   núcleo.   Incapaz   de   vê­lo,   ela   choramingou,
desprevenida quando o pequeno pedaço de couro desceu entre as bochechas de sua bunda.
“Também é bom para um pequeno buraco traseiro apertado.”
Hope se contorceu, a picada despertando cada terminação nervosa em seu traseiro e
fazendo­a ansiar sua atenção lá.
“Você é uma menina inteligente. Eu aposto que você pode descobrir outro bom lugar
para ele ser usado.”
Seu clitóris palpitou mais forte só de pensar nisso. Já mantida à beira do orgasmo por
tanto tempo, ela sabia que não poderia levar isso. “Por favor, não. Ahh! Oh Deus!”
O aguilhão em seu clitóris foi como nada que ela podia imaginar. Doeu ainda pior do
que quando ele usou a mão, mas o formigamento erótico que se seguiu valeu a pena. Seu corpo
inteiro chiou, os formigamentos irradiando quentes e afiados. Seu corpo apertou, seus gritos
encheram o quarto, enquanto ela lutava contra as restrições. Corcoveando sobre os lençóis, ela
clamou repetidamente enquanto uma série de pequenos orgasmos disparavam através dela, um
após o outro. Puxando contra os vínculos, ela gemeu impotente enquanto ele acariciava seu
clitóris, muito levemente, para fazê­la ultrapassar completamente, mas isso mantinha aqueles
formigamentos surpreendentes correndo através dela.

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Ele distribuiu seu orgasmo em pequenos jorros quando lhe convinha, sem lhe dar o
alívio que ela desejava.
Hope nunca teria acreditado que ele pudesse ter esse tipo de controle sobre seu corpo.
Perturbou­a perceber que o que ele tinha dito sobre a ligação entre um Dom e um sub era
verdade. Cada toque de sua mão, cada som que ele fazia, cada nuance de seu humor parecia
ampliado e se tornara o foco de sua atenção. Todo o resto desapareceu ao fundo. Ela nunca
tinha imaginado antes que uma conexão tão íntima pudesse existir e sabia que, com o passar do
tempo, cresceria ainda mais forte.
Ela queria isso com ele e faria qualquer coisa para consegui­lo.
A forma como suas mãos se moviam sobre seu corpo agora a tinha lutando contra seus
títulos para se aproximar. “Você sabe, é claro, que sua bunda deve ser esticada. Caso não tenha
percebido ainda, bebê, eu sou definitivamente um homem de bunda, e a sua tem que ser a mais
deliciosa que eu já vi. Quero foder seu cu virgem mais do que já desejei qualquer coisa em
minha vida.”
O   traseiro   de   Hope   formigou   com   vigor   renovado,   sua   imaginação   sobrecarregada.
“Sim. Leve­me. Estique­me. Foda­me. Vou te dar o que quiser. Vou fazer tudo que quiser.”
A   cama   mexeu   quando   Ace   se   inclinou   sobre   ela,   segurando   sua   cabeça   nas   mãos
enquanto   a   beijava   longa   e   profundamente,   seu   beijo   de   alguma   maneira   tanto   explorador
quanto possessivo. Quando ele ergueu a cabeça, ela pôde sentir seu olhar intenso enquanto se
mantinha acima dela. “Sim, bebê. Eu acredito que você faria. Por um tempo.”
Algo em seu tom a alertou para um significado mais profundo, mas ela não conseguia
se   concentrar   o   suficiente   para   descobri­lo.   Arqueando   tanto   quanto   podia,   ela   clamou,
gemendo em desespero quando seus lábios viajaram o centro de seu corpo, desviando­se com
frequência suficiente para lhe trazer lágrimas de frustração aos olhos.
A cama imergiu quando ele se ajoelhou entre suas coxas mais uma vez. “Você gosta da
ideia de ter seu rabo esticado, não é mesmo, bebê?” Quando ele deslizou o pequeno chicote
sobre suas coxas internas, Hope choramingou, a venda úmida com suas lágrimas. “Mas hoje eu
vou cuidar dessa boceta.” Ele deslizou um dedo espesso através de seus sucos para dentro dela
e começou a acariciar.

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Hope gemeu, contorcendo­se descontroladamente nas restrições. “Maldito seja, foda­
me.”
A risada de Ace acompanhou uma batida afiada em seu clitóris com o chicote. “Você é
tão impaciente, bebê. Ainda estou explorando.”
Hope gritou, a picada em seu clitóris sensível trazendo mais prazer do que dor. Seu
clitóris se sentia inchado dez vezes seu tamanho normal e parecia ter seu próprio batimento
cardíaco. Já no limite do orgasmo, ela puxou freneticamente nos laços prendendo seus pulsos.
Se pudesse ter uma mão livre ela poderia se tocar e acabar com esse tormento sem fim. Seus
gritos de desespero encheram o quarto, ficando mais altos quando Ace curvou o dedo dentro
dela e bateu em seu clitóris com o chicote novamente.
Suas pernas sacudiram. Os dedões dos pés enrolaram, seu corpo inteiro esticou como
uma faixa elástica prestes a quebrar. O chicote tocou seu clitóris de novo, escovando de um lado
para o outro. Ela choramingou e balançou contra ele, precisando de qualquer tipo de contato
que Ace lhe desse.
  “Você   está   tão   linda,   bebê.   Quero   ver   seus   olhos.”   A   cama   moveu   quando   ele   se
debruçou sobre ela novamente para tirar a venda.
Abrindo os olhos, ela respirou seu cheiro, esfregando o rosto contra sua mandíbula na
necessidade de tocá­lo.
Ele pareceu entender sua necessidade e embrulhou os braços à sua volta, os lábios se
movendo sobre seu rosto, antes de levantar a cabeça e olhá­la. “Você tem que ser a mulher mais
naturalmente submissa que eu já vi, e sem dúvida a mais responsiva.” Curvando­se, ele tomou
um  mamilo  na  boca  e   chupou.  Forte.  Seus  lábios  se  curvaram  em   sua  reação,   facilmente   a
segurando quando ela corcoveou contra ele em um esforço de chegar mais perto. “É difícil
acreditar que posso produzir esses sons de uma boca tão inteligente.”
O olhar em seus olhos roubou seu fôlego. Quente. Possessivo. Indulgente. Amoroso.
Ela faria qualquer coisa que ele quisesse se ele só a olhasse desse jeito de novo. Ela
alegremente lhe daria tudo. “Ace, eu preciso de você.”

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Procurando seu rosto, ele se inclinou para o lado e deslizou a mão por seu centro até
sua fenda. Evitando cuidadosamente seu clitóris, ele separou suas dobras. Depois de vários
longos segundos, ele assentiu. “Sim, bebê. Esta noite eu acho que nós precisamos um do outro.”
Ele acariciou seu clitóris, o toque quase um sussurro, mas foi tudo que precisou para tê­
la clamando e se contorcendo de novo. Com um sorriso, ele afastou a mão e se levantou, os
olhos arrastando por seu corpo enquanto alcançava o fecho da calça.
Hope parou, não querendo perder nada, seu corpo inteiro tremendo enquanto oscilava
à beira do orgasmo. Seus olhos se arregalaram quando ele baixou a calça e a jogou de lado.
Inferno santo. Ela mal podia acreditar no comprimento e espessura de seu pênis que se esticava
em   direção   ao   estômago.   As   coxas,   amarradas   com   músculos,   se   agruparam   e   flexionaram
quando ele se moveu para o criado mudo, formando um quadro perfeito para tal obra­prima.
Ela assistiu fascinada enquanto ele vestia um preservativo, os olhos segurando os dela
enquanto o rolava. Ela não conseguia ficar quieta, seus quadris balançando na antecipação de
sua posse.
Ace   se   moveu   para   ficar   aos   pés   da   cama   e   pegou   o   chicote,   seu   sorriso   de   pura
maldade enquanto assistia sua contorção frenética. “Mas não terminamos ainda, não é? Você
não fez outra demanda? Com sua boceta depilada, a fenda fica mais sensível. Eu teria cuidado
se fosse você em quantos golpes em seu clitóris você vai ganhar.”
Hope gemeu quando mais de seus sucos fluíram. Seu clitóris vibrou em antecipação.
Quem teria imaginado que ela não só toleraria, mas convidaria tal coisa?
“Sim! Faça­o!” Ela não conseguia parar de lutar contra as restrições, a alça firme delas a
excitando ainda mais. Quando outra chicotada aterrissou, ela gritou, lutando com mais força.
Não duro o suficiente para realmente machucar, o golpe em seu clitóris picou só o suficiente
para deixá­la seu sentido. O calor que se seguiu e os formigamentos afiados a levaram a pensar
que teria um orgasmo, mas apenas a puxou para mais e mais perto da borda.
Para um lugar onde nada mais existia para ela além de Ace.
O calor em seus olhos enquanto ele a observava lutar, a intenção escura neles enquanto
deslizavam sobre seu corpo a acariciava como um sopro quente e calmante. Ele empunhou seu
pênis   e   o   acariciou   uma  vez,   duas   vezes,   antes   de   rastejar   graciosamente   sobre   a   cama,  os

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movimentos como os de uma pantera à espreita. Ele se acomodou entre suas coxas novamente,
as mãos quentes escorregando sob seu traseiro enquanto os polegares separavam suas dobras.
“Aberta e toda minha.”
Hope   estremeceu   quando   a   cabeça   do   pênis   pressionou   contra   sua   abertura
escorregadia. “Toda sua. Para sempre.”
Ace   se   inclinou   sobre   ela,   afundando   seu   pênis   nela,   estirando­a   magnificamente,
centímetro por centímetro incrível. “Pelo menos esta noite você é, e estou tomando o que é
meu.”
Lutando para aceitá­lo, sua carne interna estremeceu, ordenhando­o enquanto entrava.
Ela percebeu que espalhada assim, não tinha como abrandar suas punhaladas, um fato que só a
excitava ainda mais. Agarrando­o com sua boceta, ela clamou, ofegante,  a voz quase rouca
agora enquanto  seu pênis grosso a acariciava intimamente. De repente,  tornou­se muito, os
formigamentos combinando para se tornar uma grande onda de prazer que lavou sobre ela,
caindo para o que parecia uma tempestade elétrica.
Ela gritou lamentosamente, seus gemidos torturados se misturando com os sussurros
de aprovação de Ace. Sua vista borrou, seu corpo inteiro sendo arrastado pela enormidade do
prazer que a percorria.
Ace   continuou   a   empurrar,   indo   um   pouco   mais   fundo   a   cada   estocada,   até   que   a
encheu completamente.
Hope desceu devagar, registrando o fato de que o saco dele tocava seu traseiro. Pasma,
ela o olhou. “Você está dentro de mim. Você está totalmente dentro de mim.”
Ace riu, sua voz ainda mais profunda e íntima. “Sim, bebê. Aquecido como uma mão
em uma luva.”
Desejando poder envolver os braços e pernas ao redor dele, ela ofegou quando Ace
começou a acariciar novamente. Suas estocadas firmes e profundas a deixando sem nenhuma
dúvida de que  estava no  comando, e para sua surpresa  intensa, seu desejo  rapidamente  se
construiu de novo. “Ace, eu não posso gozar novamente. Eu nunca faço.”
Ace sorriu e deslizou a mão entre seus corpos, pressionando um dedo calejado em seu
clitóris. “Você vai dessa vez.”

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Hope sacudiu a cabeça, balançando os quadris quando, para seu assombro, seu corpo
começou a se reunir novamente, o clitóris tão sensível que quase doía. “Eu não posso. Eu — Oh
Deus!”
Ace a fodeu mais rápido agora enquanto o polegar encontrava seu alvo. Cavando em
um lugar dentro dela, ele lentamente acariciou seu clitóris, tornando o formigamento quente lá
quase insuportável.
Em segundos, e pela segunda vez, ela gritou de novo, a voz agora quase nula. Seu corpo
apertou, prazer e dor combinados em algo tão totalmente estranho que a alarmou. Seu corpo
corcoveou como se tentando se livrar disso, para escapar da felicidade quase insuportável.
Ace bombeou profundamente, o rosto uma máscara dura enquanto buscava sua própria
liberação, seu corpo estremecendo ao redor dele.
Ainda trêmula de sua liberação, ela olhou com olhos arregalados quando ele jogou a
cabeça   para   trás,   espremia   os   olhos   fechados   enquanto   empurrava   profundamente   e   se
segurava lá, o pênis pulsando dentro dela.
Enterrando o rosto em sua garganta, ele alcançou e soltou as restrições em suas pernas,
lhe permitindo fechá­las ao redor de seus quadris. Erguendo­se um pouco dela, ele cobriu sua
boca com a dele enquanto soltava seus pulsos das restrições. Ele massageou seus braços duros
antes de rolar com ela, seu pênis ainda enterrado lá no fundo.
Hope deitou em seu peito enorme, ronronando como um gato quando ele esfregou suas
costas e ombros, trabalhando o caminho até seu traseiro e coxas.
“Vou dar banho em você. Quero  ter certeza de que todo o gengibre se foi, e quero
massagear seus músculos doloridos. Você não está acostumada a ser amarrada.”
Hope gemeu. “Não. Não vou me mover. Vou ficar aqui em cima de você para o resto de
minha vida.” Virando o rosto, ela beijou seu peito lindo. “Eu nunca soube que poderia ser
assim. Você controlou tudo completamente. Tudo que eu podia fazer era ficar lá e tomar o que
você fazia comigo.” Quando ele endureceu, ela rapidamente olhou para cima. “Eu adorei tudo.
Se você me dissesse que eu poderia ficar tão excitada ao ter minha boceta chicoteada, eu teria
pensado que você era louco.”

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Os lábios de Ace se curvaram enquanto ele corria a mão por seu cabelo. “Não é sempre
assim. Algumas pessoas gostam do chicote mais forte, tão forte que corta.”
Hope estremeceu. “Ai.” Ela olhou para ele através dos cílios. “É algo que você quer
fazer comigo?”
Sacudindo   a   cabeça,   Ace   alcançou   sob   ela,   reposicionando­a   para   que   ele   pudesse
golpear   um   mamilo   e   sorrindo   quando   ela   gemeu.   “Não.   Eu   não   tenho   vontade   de   vê­la
sangrar. Eu queria te mostrar esta noite que, às vezes, a dor pode trazer mais prazer do que
você pode imaginar.” Ele puxou seu mamilo. “E também queria experimentar você um pouco.
Sua reação ontem à noite me intrigou. Não pensei que você tomaria ser amarrada tão bem, nem
achei que você ia gostar de ter seu clitóris chicoteado. Mas estava curioso.” Suspirando, ele
baixou a cabeça para o travesseiro. “Eu realmente pensei que seria demais para você.”
“O que você teria feito se eu não tivesse gostado? Espere!” Ela empurrou contra seu
peito para se sentar. “Você queria que eu usasse minha palavra segura, assim você teria uma
desculpa para terminar tudo.”
Beliscando seu mamilo, Ace se sentou e beijou sua testa. “Um monte de bem isso me
faria.”   Ele   ignorou   seus   resmungos   enquanto   a   levava   para   o   banheiro.   Uma   vez   lá,   ele   a
colocou de pé e começou a encher a banheira, surpreendendo­a ao adicionar sais de banho que
tinha assentado em um pote na beirada.
Reconhecendo­os como sendo da Indulgences, ela tentou conter seu ciúme.
Ace retirou o preservativo e se limpou, aparentemente à vontade com ela. “Posso ler
esse olhar. É de baunilha. Eu o consegui com Kelly esta tarde. Para você. Entre na banheira.”
Pelo tempo que Ace a banhou e secou completamente, Hope já tremia de necessidade
de novo, mas se tornara tão letárgica que mal podia ficar de pé. Seus ossos se sentiam como
geleia, e ela não conseguia parar de tremer enquanto ele a ensaboava, enxaguava, e enxugava
cada   centímetro   dela   entre   beijos   longos   e   drogados,   e   carícias   brincalhonas,   e   não   tão
brincalhonas, tudo enquanto a segurava firme e ajustava seu corpo como ele desejava.
“O que você fez comigo? Eu acho que derreti.” Afundando­se contra ele, ela envolveu
os braços em sua cintura, aconchegou­se na toalha que ele tinha embrulhado ao seu redor e

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esfregou a barriga contra seu pênis. E deixou a cabeça cair em seu ombro quando ele a ergueu
contra o peito, pesada demais para levantá­la novamente.
Ace   inclinou   a   cabeça   para   beijar   sua   testa,   com   um   sorriso   indulgente   enquanto   a
levava de volta para o quarto. “Você está derretendo em cima de mim.”
Hope fez beicinho, amando o fato de que ele parecia mais relaxado do que ela jamais
vira. “Eu não fiz você derreter, no entanto.”
Ace riu. “Eu já derreto o suficiente perto de você. Além disso, você andaria em cima de
mim se eu mostrasse qualquer sinal de fraqueza.”
Aconchegando­se contra ele, Hope bocejou. “Eu quero cuidar de você, também.”
Sua risada a fez sorrir. “Você cuidou de minhas necessidades muito bem esta noite.” Ele
a deitou delicadamente na cama e puxou a colcha sobre ela antes de se virar e ir em direção ao
banheiro.
Deitada em sua cama, ela forçou os olhos abertos, não prestes a perder a visão da bunda
nua de Ace.
O que provou valer muito bem o valor do esforço.
Apertada e musculosa, tinha que ser a melhor bunda que ela já tinha visto. Apoiando a
cabeça na mão, ela assistiu enquanto ele saía do quarto, jurando para si mesma dar uma boa
mordida nela na primeira oportunidade que tivesse.
Quando voltou, ele jogou suas roupas na cama, soprando um beijo para ela antes de ir
para o banheiro.
“Bela bunda, Xerife.”
Ace  virou a cabeça  e piscou, seus passos nunca vacilando. “Você também, pirralha.
Mantenha­se quente. Vou ajudá­la se vestir quando voltar. Vamos comer alguma coisa antes de
eu levá­la para casa.”
Ela sorriu mesmo quando seu estômago deu um nó em miséria. “Eu realmente não
estou com fome. Acho que prefiro apenas ir para casa e cair na cama. Tenho alguns planos para
amanhã cedo.” Hope manteve o sorriso no lugar, não o deixando cair até que Ace fechou a
porta do banheiro atrás dele. Esta noite ela tinha se sentido mais perto dele do que nunca, mas

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aparentemente ele não sentira o mesmo. Ela tinha esperado que ele tivesse mudado de ideia e
fosse querer que ela passasse a noite em sua cama.
Ele já a havia avisado que nunca deixava ninguém ficar, mas ela não tinha acreditado.
O xerife Tyler parecia ser um homem de palavra.
Jogando as cobertas de lado, ela saiu da cama e foi se vestir, não prestes a esperar por
ele para jogá­la fora. Ela esperou o chuveiro começar antes de se vestir, puxando a roupa de
moletom   quente   para   cobrir   seu   corpo   rapidamente   da   refrigeração.   Escutando   o   som   do
chuveiro   ligado,   ela   tentou   não   imaginar   como   o   corpo   de   Ace   ficava   todo   molhado   e
ensaboado enquanto ia para a sala e se sentava no sofá para colocar os sapatos. Desejava ter o
direito de entrar lá e se juntar a ele para descobrir por si mesma.
Com  o  coração  pesado,   ela  foi  até  a  janela  e   abriu   a  cortina.  A   única   luz  vinha  da
varanda da frente. A lua, uma mera lasca no céu da noite, se escondeu atrás das nuvens, apenas
para  aparecendo   brevemente   antes  de  desaparecer  de   novo.  Lembrando­a  de  como   Charity
escondia sua própria luz do resto do mundo.
E como Ace escondia seus próprios desejos. Mesmo alguém com tão pouca experiência
quanto ela pôde ver que ele se conteve.
Ouvindo o chuveiro parar, Hope se afastou da janela, um sorriso lento se espalhando
em seu rosto enquanto planejava seu próximo passo.
Se ela tivesse seu caminho, não  demoraria  muito  antes dela satisfazer  cada um dos
desejos escuros do xerife.

Capítulo Nove
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A pequena pirralha estava fazendo seu melhor para deixá­lo fora de sua mente.
Ela estava agindo de forma diferente desde a outra noite, a noite em que ele a levara
para sua casa.
Diferenças sutis que o deixavam louco.
Certo de encontrá­la esperando em sua cama, ele saiu do banheiro e ficou surpreso ao
encontrar a cama vazia. Ele foi para a sala, chamando seu nome, surpreso e mais do que um
pouco confuso ao encontrá­la lá, já vestida e pronta pra sair. Mordendo de volta uma maldição,
ele voltou para o quarto para se vestir.
Ela não o tinha seguido.
Hope obviamente tinha respeitado sua decisão e tornara fácil para ele se preparar para
partir sem nenhum dos argumentos que ele esperava.
E  por  que  diabos  ela  tinha  feito  planos  para  a manhã  seguinte,  ao   invés de   querer
dormir em sua cama?
Ele estava puto desde então.
O que o enfurecia ainda mais era que ela não tinha feito nada, exceto seguiu suas regras
e ele não podia dizer ou fazer uma coisa maldita sobre isso sem parecer um idiota.
Desde então, ela tinha sido tão extrovertida e borbulhante como sempre, esvoaçando ao
redor como uma borboleta, ainda mais do que o habitual. Ela nunca o procurava agora e ficava
cada vez mais difícil para ele chocar­se acidentalmente com ela.
Porra, ele sentia sua falta.
Ele   verificou  com  a viúva  que  apenas  recentemente   tinha  contratado  para  trabalhar
tanto como despachante quanto secretária, e soube que Beau Parrish queria vê­lo. Assentindo,
ele saiu pela porta da frente do pequeno edifício que alojava o departamento do xerife, parando
nos degraus da frente para colocar seus óculos de sol. Ele teria que parar na loja de Beau antes
de poder realizar uma das tarefas mais agradáveis de ser xerife.
Desde que as pessoas tomavam conta uma da outra aqui, o crime na cidade se tornara
praticamente inexistente. Exceto pelas acrobacias que as crianças faziam, tipo o idiota que tinha

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danificado o campo atrás do clube dos homens ou um problema ocasional com o Club Desire,
era geralmente entediante.
Ele queria mantê­la assim.
O   fato   de   que   três   das   mulheres   da   cidade   e   mais   novas   moradoras   tinham   sido
atacadas   sob   sua   supervisão   ainda   o   atormentava.   Por   causa   disso,   ele   e   seus   agentes
observavam os estranhos mais de perto. Os homens de Desire também puxaram as coleiras
invisíveis nos pescoços de suas mulheres, mantendo todas elas um pouco mais perto.
Ele   apertou   a   mandíbula   quando   o   pensamento   dele   tendo   a   responsabilidade   de
apertar uma coleira invisível no pescoço de Hope fez seu pênis saltar. Ele teria que manter um
forte   poder   sobre   a   trela   para   mantê­la   fora   de   problemas   e   ia   passar   o   resto   de   sua   vida
tentando domar uma mulher que nunca seria domesticada. Cristo, ele ficou duro só de pensar
nisso.
Empurrando a enxurrada de pensamentos eróticos para trás, no momento, ele sorriu,
levantando a mão em saudação quando o SUV de Boone parou atrás dele.
Chase abriu a janela quando ele se aproximou. “Ei, Xerife, você vai ter que mudar a
placa de novo.”
Ace riu suavemente quando chegou na janela traseira do passageiro, olhando para ver a
mais nova adição à sua família dormindo pacificamente em seu assento no carro. “Sim, estou a
caminho para fazer isso agora. Parece que estou mudando­a bastante ultimamente.” Ele sorriu
para Rachel, que parecia cansada, mas radiante. “Todas essas novas pessoas continuam vindo
para a cidade e decidindo ficar. A última vez que mudei, foi para Erin.”
Rachel   ajustou   o   cobertor   leve   sobre   a   pequena   Theresa.   “Sobre   o   que   vocês   estão
falando?”
Do banco da frente, Chase estendeu a mão para acariciar seu joelho. “É função do xerife
manter o controle de quantas pessoas vivem aqui. Tem sido assim desde o início. Você já notou
a placa quando dirige para a cidade? É trabalho de Ace mantê­la atualizada.” Apontando para o
bebê, ele sorriu. “Agora ele tem que acrescentar mais uma.”
Ace   assentiu.   “É   um   dos   aspectos   mais   felizes   de   ser   xerife.   É   deprimente   quando
alguém morre e tenho que subtrair um. Eu queria estar lá, mudando­a quando você passasse

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por lá, mas me atrasei. Estou indo lá daqui a pouco.” Ele se moveu para o lado, um pouco
surpreso quando Beau Parrish apareceu ao seu lado.
“Bem, se ela simplesmente não parece um anjinho.” Sorrindo, ele piscou para Rachel.
“E o mesmo acontece com sua mãe. Oi, querida.”
Rachel sorriu. “Oi, Beau. Ela não é linda?”
Beau inclinou a cabeça. “Absolutamente. Ela vai quebrar corações por toda a cidade
antes que vocês percebam.” Ele sorriu e felicitou Boone e Chase. “Deve haver algum tipo de
ironia quando o maior paquerador da cidade tem uma menina.”
Boone se virou para seu irmão. “Eu te disse que suas paqueras iam colocá­lo em apuros
um dia.”
Depois de mais alguns minutos de conversa fútil, Ace acenou para eles, escondendo sua
curiosidade até os Jacksons ir embora. Uma vez que partiram, ele se virou para Beau. “Talia me
disse que você queria me ver. Eu estava a caminho de sua loja. O que foi?”
Caminhando com Ace de volta pela calçada, a expressão de Beau endureceu, algo que
Ace raramente tinha visto. “É melhor você fazer algo com sua mulher. Ela veio até minha loja
mais cedo me fazendo todos os tipos de perguntas sobre algumas das mercadorias.”
Ace   piscou,  atordoado.   “Hope   esteve   aqui?   Droga,  ela   não   é   minha   mulher.   O   que
diabos ela perguntou? O que ela estava olhando?”
O rosto  de Beau  relaxou, e seu sorriso  reapareceu.  “Se ela não  é sua mulher,  como
diabos você sabia de quem eu estava falando, e por que está tão interessado?”
Ace apertou a mandíbula. Hope seria sua morte. “Cospe.”
Beau deu de ombros. “Você sabe que eu fico de olho nela e Charity. Hope é como uma
irmã para mim. O que me deixou tão desconfortável quanto o inferno quando ela entrou na loja
e perguntou sobre os plugs anais.”
“O quê?”
“Você me ouviu. Agora, Ace, você sabe que não sou nem um pouco tímido e acho que
todo mundo deveria ter brinquedos para brincar, mas porra, eu não quero discutir a grande
variedade de plugs anais e os prós e contras de cada um com uma mulher que um dia pode
muito bem ser minha cunhada! Você precisa fazer algo.”

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Inclinando­se   contra   o   caminhão,   Ace   cruzou   os   braços   sobre   o   peito.   Ele   sabia   do
interesse de Beau na irmã mais nova de Hope há algum tempo e tinha esperado que Beau a
reclamasse desde que ela havia voltado para casa da faculdade. Sabendo malditamente bem que
não tinha o direito de perguntar, ele fez de qualquer maneira.
“Você está reivindicando Charity?”
Beau fez uma careta. “Ainda não. Ela está convencida de que tudo que eu quero é jogar
e não levar a vida a sério. Para alguém tão jovem, ela é completamente muito séria. Engraçado,
não?”
“O que é engraçado?”
Beau sacudiu a cabeça. “Você é muito sério e está apaixonado pela irmã que gosta de
jogar. Eu gosto de jogar e estou apaixonado pela séria.”
Ace se endireitou. “Não tenha quaisquer ideias sobre Hope.”
Beau riu. “Nós deixaríamos um ao outro loucos. Como eu disse, ela é como uma irmã
para mim. Uma irmã pé­no­saco, mas uma irmã assim mesmo.” Solenemente, ele baixou a voz.
“Então é melhor você fazer algo sobre isso. Ela não pode vir aqui e me perguntar qual plug anal
é o melhor e se eu posso recomendar um vibrador para ela. Ela  é sua mulher. Mantenha­a o
inferno fora de minha loja, a menos que você venha com ela.”
Ace suspirou e começou a entrar no caminhão. “Ela não é minha mulher, e ela pode
comprar   lá   como   qualquer   outra   pessoa.”   Ele   entrou   no   caminhão   e   o   ligou,   rapidamente
baixando a janela quando Beau começou a se afastar. “Ela comprou alguma coisa?”
Beau  se virou, seu  sorriso  de menino bonito  quase fazendo  Ace ceder  ao  desejo  de
esmagá­lo. “Se ela não é sua mulher, isso é estritamente confidencial, Xerife.”
Ace subiu a janela de novo, amaldiçoando uma sequência deprimente  quando Beau
virou e se afastou. E não parou de praguejar até que chegou ao limite da cidade. Observando o
tráfego, ele fez uma rápida meia­volta e parou na frente da placa. Saindo, ele tilintou as chaves
na mão, enquanto olhava para cima.
Desire, Oklahoma
População 397
A primeira vez que tinha visto a placa, o número não tinha sido muito menor.

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Por   causa   dos   estilos   de   vida   que   as   pessoas   da   cidade   abraçavam,   os   forasteiros
ficavam sob escrutínio, e quando diziam ou faziam alguma coisa para insultar alguém, eles
rapidamente se tornavam párias e eram expulsos da cidade.
Ele tinha ficado intrigado com as regras de Desire desde o primeiro dia. Tinham se
mudado  para   cá  quando  seu   pai  se  casara   novamente  depois  de  herdar   a  propriedade   e  a
companhia de petróleo de um avô que ele nunca conhecera. Através de seu pai, que por si
mesmo elegeu xerife, ele aprendera mais das complexidades dos regulamentos e costumes da
cidade e se tornara ainda mais intrigado.
Mas por mais estranhas que as leis de Desire pareciam ser, ninguém podia discutir com
os resultados.
Assim   como   faziam   a   mais   de   cem   anos   atrás,   os   homens   defendiam   e   protegiam
ferozmente   as   mulheres   que   viviam   aqui.   Os   argumentos   resultantes   eram   uma   fonte   de
diversão,   mas   ninguém   podia   negar   o   quão   bem   o   sistema   funcionava.   Tanto   quanto   os
métodos, por vezes, irritavam as mulheres, ele nunca em sua vida viu um grupo mais feliz de
fêmeas.
Colocando a mente de volta na tarefa à mão, ele abriu a placa de plástico que cobria o
número da população e sorriu quando pensou na pequena Theresa toda empacotada em seu
cobertor rosa enquanto mudava o sete pelo oito. Tinha acabado de trancar a caixa e começava a
voltar para a caminhonete quando um pequeno carro vermelho passou disparado por ele.
Rangendo os dentes, ele pulou em seu veículo e decolou, levantando uma chuva de
terra e pedras. Ligando a sirene, ele apertou as mãos no volante para aliviar a coceira nelas para
virar Hope sobre seus joelhos e remar sua bunda.
A pirralha se mataria nessa estrada um dia.
Ao  ver o olhar aflito  em seu rosto quando  ela olhou no espelho  retrovisor, ele não
conseguiu evitar o sorriso frio de se espalhar em seu próprio rosto. Parecia que ela finalmente
percebera que tinha ido longe demais.
Aliviado quando ela desacelerou, ele parou logo atrás dela em sua parada na beira da
estrada enquanto ela saltava do carro e corria em direção a ele.

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Ele saiu do caminhão para ir até ela antes que outro carro vindo pudesse bater nela.
Conseguir   um   aperto   em   seus   braços   agitados   não   provou   ser   fácil,   mas   ele   conseguiu,
praticamente arrastando­a para o lado da estrada enquanto ela falava sem parar.
“Ace, eu sinto muito. Juro que não estava tentando chamar sua atenção. Eu nem sequer
o vi até que passei por você. Fui fazer compras e deixei a cidade no final da manhã e então
passei muito tempo olhando as roupas de bebê — você sabe que Rachel está voltando para casa
hoje — e perdi a noção do tempo. Tenho uma mulher que vai se encontrar comigo no clube, e
vou estar atrasada para meu compromisso, e Charity não pode ir, porque está no dentista. É a
mesma mulher que estava no clube na outra noite, quando Rachel entrou em trabalho de parto
e as mulheres querem que ela volte. Temos um monte de perguntas para ela e —”
Ace levantou a mão. “Basta! Jesus, você está lesada hoje. Eu não dou a mínima para o
quanto   de   pressa   você   está.   Eu   estou   colocando   meu   pé   sobre   esse   excesso   de   velocidade
maldito. Estou cansado de você arriscando sua vida e acelerando por esta estrada sempre que
lhe convir, e não vou tolerar mais isso.”

* * * * *

Imagine só. A única vez que ela não queria chamar sua atenção, de alguma maneira,
tinha conseguido. Hope tinha lhe dito a verdade. Estava com pressa, porque tinha ficado um
bom   tempo   escolhendo   o   presente   perfeito   para   o   bebê   Theresa,   e   realmente   tinha   um
compromisso, mas ela poderia sempre tirar um tempo para falar com o bom xerife.
Especialmente   quando   ele   parecia   tão   danado   de   bom   em   seu   uniforme   e   decidira
colocar seus pés no chão.
Mas ela não queria uma multa maldita.
Agora ela tinha um dilema, mas simplesmente poderia virá­lo em seu proveito. Dando
um passo mais perto, ela correu um dedo por seu peito. “Mas Xerife, você e seus agentes já me
deram um monte de multas. Vou perder minha licença se eu ganhar outra. Além disso, as taxas
do meu seguro já subiram.”

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Ace estreitou os olhos com desconfiança e agarrou a mão se movendo levemente em
seu peito. Seus lábios se curvaram em um sorriso que só poderia ser descrito como mal. “Você
deveria ter pensado nisso antes de entrar acelerada em minha cidade.”
Em todos os lugares que seus corpos se tocavam, calor chiou e as lembranças do que ele
tinha   feito   com   ela   na   outra   noite   enfraqueceu   seus   joelhos.   Rebatendo   seus   cílios,   ela   fez
beicinho   enquanto   esfregava   seu   corpo   contra   o   dele,   emocionando­se   quando   seu   pênis
pressionou contra seu estômago. “Deve haver alguma outra maneira que você possa me ensinar
uma lição. Eu realmente preciso de minha carteira de motorista.”
“Me parece que você estava atrasada porque teve que parar na loja de Beau esta manhã.
O que você comprou?”
Hope   deu   de   ombros   negligentemente,   baixando   os   olhos   para   que   ele   não   visse   o
triunfo   neles.   Crescida   aqui,   ninguém   sabia   melhor   do   que   ela   como   todos   os   homens   se
juntavam. Ela sabia que Beau ia correndo contar a Ace assim que saísse da loja, que foi a única
razão dela ter parado lá, em primeiro lugar.
“Apenas algumas coisas. Ace, sobre a multa —” 
“O. Que. Você. Comprou?”
Tocando sua manga, ela o olhou suplicante, mal conseguindo conter o riso. “Ace, por
favor. Não há alguma outra coisa que você possa fazer para me castigar além de uma multa? Eu
posso   parar   no   mercado   e   comprar   um   pouco   mais   de   gengibre.”   Fingindo   considerar,   ela
assentiu. “Já sei. Você pode me espancar. Aqui mesmo.” Puxando seu braço livre, ela escondeu
um   sorriso   em   seu   olhar   de   espanto   quando   ela   se   drapejou   sobre   o   tronco   de   seu   carro.
Olhando   para   ele   por   cima   do   ombro,   ela   meneou   o   rabo.   “Estou   pronta.   Você   pode   me
espancar e então eu posso manter minha licença. Mas você pode se apressar? Senão vou chegar
atrasada para meu compromisso.” Ela sabia que tentar ordená­lo seria o caminho certo de fogo
para aumentar seu castigo.
Caramba,   ele   era   tão   malditamente   quente,   especialmente   nesse   uniforme.   Se   ele
soubesse quantas fantasias ela tinha com ele nesse uniforme bege e as algemas…

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O calor gelado nos olhos de Ace fez seus mamilos eriçarem. Ele arqueou a sobrancelha,
olhando seu traseiro enquanto dedilhava as algemas, a curva de seus lábios lhe dizendo que ela
tinha alcançado águas profundas.
Seu estômago apertou na avaliação fria em seus olhos, e ela percebeu que simplesmente
poderia ter mordido mais do que podia mastigar.
Ele se moveu rápido para um homem tão grande, e antes que percebesse, ele já tinha
seus pulsos puxados atrás das costas e algemados. Ele deslizou um braço sob sua barriga e a
ajudou a se endireitar antes de conduzi­la para o lado da SUV de seu marcante xerife e longe da
estrada. Com uma mão em seu ombro, ele a segurou contra a lateral do caminhão onde nenhum
motorista em transcurso pudesse vê­la e levantou sua camiseta quase até os ombros. Com um
movimento dos dedos ele desabotoou o sutiã, expondo seus seios. “O que você comprou na loja
de Beau?”
Necessidade, afiada e quente, a atravessou como um raio quando o olhar de Ace se
moveu sobre seus seios. Deus, ela queria que ele a tocasse tão mal, mas lembrando­se de seu
voto de tornar isso um pouco mais difícil para ele, ela sorriu, sabendo por experiência o que isso
faria a um homem de Desire.
 “Meio pervertido, hein, Xerife? Mas tenho que admitir, estas algemas costumavam ser
uma grande parte de minhas fantasias.”
Os olhos de Ace se estreitaram. “O que quer dizer com ‘costumavam ser'?”
Hope deu de ombros, tentando esconder o fato de que estava vivendo uma de suas
fantasias   agora.   “Não   te   vi   mais.   Então   imaginei   que   você   já   tivesse   se   cansado   de   mim.”
Sorrindo, ela se debruçou contra o caminhão. “A menos que você queira uma rapidinha agora?”
O olhar em seu rosto a teria feito dobrar de tanto rir se ele não tivesse escolhido esse
momento para beliscar seus mamilos. “Você gosta de brincar com fogo, não é mesmo, bebê?”
Hope se perguntou se ele já havia percebido que usava palavras de carinho com ela
sempre que ficava excitado. Rebatendo os cílios, ela sussurrou com voz rouca, “Assim como
você.”

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Puxando­a contra ele, ele emaranhou a mão em seu cabelo e puxou sua cabeça para trás.
“Você vai se atrasar para seu compromisso. Diga­me o que você comprou na loja de Beau, e vou
te dar uma surra, em vez de uma multa.”
Hope fez beicinho, esperando que a excitação não tivesse se mostrado em seus olhos.
“Isso é chantagem.”
Ace traçou um dedo de leve sobre seu mamilo, fazendo­a ofegar. “Esta é uma palavra
feia. Estou apenas tentando ajudá­la, mas se você quiser a multa e a surra…”
Apertando as coxas fechadas contra a corrida de necessidade centrada lá, Hope gemeu.
“Não. Não posso ter outra multa. Oh, Ace, faça alguma coisa.”
Curvando, ele chupou seu mamilo na boca, usando a língua para acariciá­lo. Ele teve
que   segurá­la   quando   seus   joelhos   cederam.   Erguendo   a   cabeça,   ele   segurou   seu   seio
novamente, deixando o ar frio tocar o mamilo úmido. “Diga­me o que você comprou na loja de
Beau, e vou fazê­la gozar e te dá essa surra esta noite, em vez de uma multa agora.”
A cabeça de Hope caiu para trás, o desejo inundando seu sistema quando ele tomou o
outro   mamilo   na   boca   e   o   soltou   para   o   ar   fresco   e   puro.   “Oh,   Ace.   É   tão   bom.”   Embora
soubesse que eles estavam bem escondidos de quem passava, ser exposta fora dessa maneira a
excitava de formas que ela nunca tinha pensado. Ser algemada pelo xerife grande e forte, e
acariciada por ele enquanto lhe prometia espancá­la quase a fez gozar ali mesmo.
Ele se inclinou, roçando os lábios nos dela, seus fôlegos se misturando. “Diga­me.”
Outro puxão em seu mamilo a fez clamar. “Um plug anal e um vibrador. Oh, Ace, por
favor.”
“Você usou algum deles?”
Arqueando­se contra ele, Hope tremeu. “Não. Eu acabei de comprá­los. Eles estão no
meu carro.” Ela quase derreteu quando Ace abriu sua calça e deslizou a mão dentro e em sua
calcinha úmida. 
“Vou   usar   o   plug   em   você   esta   noite   para   seu   espancamento.   Você   vai   aceitar   seu
castigo como uma boa menina, ou vou ter que te dar uma multa?”
Hope forçou os olhos aberto para encontrar o calor dos dele. O fato de que ele não
apenas jogava junto com seu jogo, mas elevava as apostas a convenceu mais do que nunca de

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que ele era o homem certo para ela. “Não posso receber outra multa, Xerife. Farei o que você
quiser, desde que você não me dê uma multa.”
Seus dedos se moveram levemente, muito levemente sobre seu clitóris. “E sem mais
excesso de velocidade?”
Hope tentou arquear para fazer um contato melhor, mas  é claro que ele lhe negou.
Caramba, ninguém fazia preliminares ou fantasias melhor do que Ace. “Sem mais excesso de
velocidade. Eu prometo.”
Firmando   o   aperto   em   seu   cabelo,   ele   forçou   sua   cabeça   para   cima.   “Se   eu   pegá­la
acelerando de novo, vou amarrá­la em minha cama e provocá­la a noite toda… Mas não vou
deixá­la gozar. Seja uma boa menina e obedeça os limites de velocidade, e eu vou cuidar bem de
você.”
Hope choramingou quando o dedo moveu em círculos sobre seu clitóris, não duro ou
rápido o suficiente para permitir que ela gozasse. “Eu serei boa, eu prometo.”
Ace se inclinou, o hálito quente em seu ouvido. Ele acariciou seu clitóris um pouco mais
forte. “Boa menina. Goza para mim.”
As pernas de Hope acabaram completamente sob seus golpes implacáveis enquanto se
desfazia  em   seus   braços.  As  ondas  afiadas  de   liberação   lavando  sobre   ela  uma   após  outra,
enquanto   ele   a   segurava   no   lugar   para   sua   carícia   íntima.   Só   quando   ela   pensou   que   não
aguentaria mais, ele aliviou seus golpes, finalmente permitindo que ela descesse.
Reunindo­a contra o peito, ele abriu as algemas e endireitou suas roupas, o tempo todo
a segurando firme.
Hope passou os braços em volta de seu pescoço, enterrando o rosto em sua garganta
enquanto ele a levava de volta para seu carro. Fraca e trêmula, ela apertou os lábios em seu
queixo. “Que tal aquela rapidinha? Eu sei que você está usando uma pistola, mas não era ela
que estava pressionando contra minha barriga.”
Ace a deixou de pé. “Você está bem para dirigir?” 
“Sim, mas —”
“Vou segui­la de volta.” Ele bateu em seu nariz, deslizando uma mão por seu quadril
enquanto ela entrava no carro. “Eu não quero uma rapidinha, mas hoje à noite depois de sua

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surra, eu vou afundar meu pau nessa sua boca espertinha. Dê­me as coisas que você comprou
em Beau.”
Hope relutantemente lhe entregou a sacola. “Eu poderia ter usado esse vibrador antes
de ir esta noite para me aliviar um pouco.”
Ace   fechou   a   porta   e   esperou   até   que   ela   abrisse   a   janela.   “Não.   Agora   dirija   com
cuidado para sua reunião.”
“Minha reunião! Droga, Ace. Esqueci tudo sobre ela. Beije­me.” 
Obedientemente,   Ace   se   inclinou   para   escovar   os   lábios   com   os   dela.   “Dirija   com
cuidado. Estarei bem atrás de você. Vou buscá­la às sete esta noite. Agasalhe­se.”
Hope assistiu enquanto ele voltava para o caminhão e esperou até que entrasse antes de
sair. Satisfeita com o progresso que tinha feito com Ace, ela sorriu para si mesma pelo espelho
retrovisor, quase transbordando de expectativa pela noite adiante.

Capítulo Dez
Ace desligou o telefone, um pouco atordoado. Ele não podia acreditar que seus irmãos
realmente tinham comprado outro imóvel e planejavam se mudar. Não era longe, do outro lado
da cidade, mas ainda assim.
Eles devem estar dando muita consideração a se casar. Tinha que ser alguém de fora da
cidade, porque ele não sabia de uma única mulher em Desire que eles expressassem qualquer
interesse.
Ligeiramente desconcertado com a notícia, ele voltou para o quarto para terminar os
preparativos para a chegada de Hope. Ela tinha jogado com ele esta tarde, o tipo de jogo que o
havia deixado duro como pedra, o tipo de provocação que ele nunca tinha realmente tomado
tempo para explorar.

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Porra, ela era tão natural em jogar, mas ele não sabia exatamente até onde poderia levar
isso. Ele teria que elevar as apostas, parte dele esperando assustá­la, a outra parte temendo o
olhar em seu rosto quando o fizesse.
Tinha levado uma quantidade tremenda de força de vontade para não fazer o que ele
queria fazer com ela esta tarde. Ele teria adorado nada mais do que manter as algemas nela e
despi­la de suas roupas, não algo que ele pudesse ter feito à beira da estrada.
Ele   se   perguntou   o   que   ela   pensaria   dele   se   soubesse   que   pensamentos   escuros
passaram por sua cabeça quando a algemou e mostrou seus seios. Ele queria rasgar sua blusa e
sutiã, e não erguê­los com cuidado fora do caminho. Ele queria sua bunda nua e tomá­la por
trás quando ela se deitou sobre  o tronco de seu carro, e, novamente, não algo que o xerife
pudesse ser pego fazendo à beira da estrada.
Mas, porra, ele queria.
Ele tinha tomado cuidado até agora para não deixá­la ver muito de suas fomes escuras,
mas se ela queria jogar do jeito que tinha esta tarde, ela precisava saber o que lhe reservava. Ele
já tinha lavado os itens que ela havia comprado em Beau e os acrescentado a suas próprias
compras recentes.
Acariciando os dedos sobre os itens que se alinhavam em sua mesa de cabeceira, ele
pensou no dia em que se tornara xerife. Naquele dia ele tinha jogado todos e cada um de seus
próprios brinquedos no lixo, pensando que ele poderia mudar.
Ele sabia melhor, é claro, mas pensou que desde que agora era o xerife, pelo menos
deveria tentar. Não tinha funcionado, e com Hope a necessidade de dominar se tornara mais
forte do que nunca.
Ela o tinha tão amarrado em nós que a coisa mais inteligente que ele poderia fazer seria
se   afastar   dela.   Uma   imagem   do   jeito   como   ela   o   olhou   esta   tarde   quando   praticamente   o
desafiou a espancá­la ainda ardia em sua mente. Quem diabos ele estava enganando? Ele não
podia se afastar, só pegar os pedaços de seu coração quando ela o fizesse. Enquanto isso, porém,
se a pirralha queria jogar, ele certo como o inferno poderia acompanhá­la.
Parte dele se preocupava que ela gostasse do que ele ia fazer com ela esta noite. Parte se
preocupava de que ela não gostasse.

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Mas a excitação de vê­la novamente corria por suas veias, e ele só teria que lidar com o
que acontecesse. Com seu pau já ativado, ele escorregou em sua jaqueta de pele de carneiro e
pegou as chaves com pressa para chegar até ela.

* * * * *

Hope se vestiu bem parecida com a última vez e manteve sua maquiagem o mínimo.
Sorriu enquanto afofava o cabelo, e olhou para o relógio pela décima vez em poucos minutos.
Rindo de si mesma, ela calçou os sapatos e foi até a janela a tempo de ver Ace parar.
Escorregando em seu casaco, ela correu para o quarto de Charity para lhe dizer adeus.
Encontrou sua irmã sentada de pernas cruzadas em sua cama em calças de moletom e
uma enorme camiseta, o cabelo  escuro puxado  para trás em um rabo­de­cavalo e os  óculos
empoleirados no nariz. Cercada pela contabilidade do clube e vários papéis, Charity olhou para
cima quando Hope abriu a porta.
“É o xerife?”
Inclinada contra a porta, Hope sorriu na imagem que sua irmã fazia. “Você sabe que
pode fazer isso no escritório. É noite de sexta­feira. Você deveria sair e se divertir em vez de
ficar enfiada aqui fazendo trabalho extra.”
Charity sacudiu a cabeça, acenando para longe. “Você tem diversão o suficiente para
nós duas. O que Beau pensou de você indo lá para comprar brinquedos quando ele sabe que
você está vendo o xerife?”
Hope mordeu o interior da boca para não rir do tom indiferente de Charity. Ela sabia
malditamente bem que sua irmã tinha ficado pensando nisso desde que lhe disse que tinha
comprado lá. “Ele ficou meio confuso no início, mas quando eu lhe disse que eram para você,
ele mostrou aquele seu sorriso e foi realmente útil.” Ela não tinha feito nada disso, claro, mas
tinha mencionado a Beau o quanto sua irmã precisava jogar.
O rosto de Charity ficou branco e, em seguida, vermelho brilhante, os olhos enormes
enquanto olhava para Hope com horror. “Você não fez isso!” Saltando da cama, ela enviou

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papéis   voando   enquanto   corria   atrás   de   sua   irmã.   “Eu   vou   matá­la!   É   melhor   você   estar
mentindo.”
Hope   fugiu,   rindo,   esquivando­se   dos   móveis   em   seu   caminho   para   a   porta   justo
quando Ace bateu. Arremessando a porta aberta, ela se jogou para ele, certa de que ele ia pegá­
la. Rindo, ela se aconchegou nele. “Tem uma mulher selvagem lá que diz que vai me matar.”
Ace a pegou facilmente e entrou no apartamento, pegando um travesseiro no meio do
ar. Seus olhos se arregalaram quando viu Charity se aproximando, chicoteando os óculos fora
para dar um clarão em sua irmã. “O que ela fez agora?”
Esfregando­se contra Ace, Hope amaldiçoou o fato de que seus casacos a impedia de
sentir mais de seu corpo rígido. “Por que você sempre acha que a culpa é minha?” Soltando a
cabeça em seu ombro, ela mostrou a língua para sua irmã indignada.
Ace acariciou seu traseiro em advertência. “Porque sempre é. O que você fez?”
Charity ficou vermelha de novo e sacudiu a cabeça. “Nada. A mamãe e nossos pais
deveriam tê­la espancado quando criança.” De repente seus lábios se curvaram em um de seus
raros sorrisos isso­não­é­bom. “Xerife, eu realmente apreciaria se você pudesse me ajudar com
ela e levá­la na mão. Ela fica pior a cada dia. Ela está criando problemas em torno da cidade
para mim e dizendo mentiras. Ela dirige como uma louca. Já é difícil tentar mantê­la longe dos
subs que vêm no clube…”
Ace agarrou o queixo de Hope, forçando­a a olhar para ele. “Você está tocando os subs
no clube, também?”
Hope não tocara um único deles, e Charity sabia. Como proprietária do clube, ela não
colocaria a mão em nenhum dos homens que vieram com suas amantes. Além disso, ela já não
se considerava solteira, não importava o que Ace dissesse. Mas nada disso ia impedi­la de se
divertir um pouco. Piscando inocentemente, Hope sorriu docemente. “Não há nada de errado
com isso. Ninguém me reivindicou ainda, e os homens são muito atraentes quando imploram.”
Ace acenou para Charity. “Eu vou cuidar dela. Tranque quando eu sair.” Virando­se,
ele levou Hope degraus abaixo e para o caminhão. “Você tem causado problemas de novo?
Vamos ver o quão bonito ele fica quando seu rabo estiver em chamas e você implorando para
gozar.”

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Hope   enterrou   o   rosto   em   seu   pescoço,   amando   seu   cheiro   quente.   “Eu   estou   em
apuros, Xerife?” Ela trabalhou seu caminho dentro de seu casaco para esfregar os seios contra
seu peito.
Ace  abriu  a  porta  do  passageiro,  parando  com  ela   nos  braços.  “Você  não   acha  que
deveria estar?”
Um pouco cismada que ele não parecesse ciumento, Hope se inclinou para trás para
olhá­lo. “Você não está bravo?”
Ele a empacotou para dentro, prendendo o cinto de segurança. “Eu não poderia castigá­
la se estivesse bravo, não é mesmo?”
Hope abriu a boca, imediatamente estalando­a fechada quando ele empurrou a porta
fechada e circulou a frente para entrar do outro lado. Ela mal podia acreditar no quanto doía
pensar que ele não se importava se ela tocasse outro homem ou não. Será que ele pensava que
ela não se importava o suficiente com ele?
“Ace, você sabe que eu nunca tocaria outro homem, não é?” 
“Hmm.”
Aborrecida   e  um  pouco   alarmada  na resposta  reservada,   Hope  o  encarou,  só  agora
recebendo uma lufada de outra coisa que cheirava delicioso.
“Que cheiro é esse?” 
“Comida.”
“Oh.” Olhando  para  ele,  ela desejou  poder  vê­lo  melhor, mas a  única luz vinha da
iluminação das ruas por onde passavam e a luz baixa do painel. Insegura de seu humor, ela
começou a ficar nervosa. Ele não a tinha deixado no apartamento, por isso ele não poderia estar
realmente   bravo   com   ela,   não   é?   O   silêncio   tenso   se   esticou,   deixando­a   mais   e   mais
desconfortável. Respirando fundo, ela sorriu. “Você trouxe as algemas?” Alcançando para tocar
seu braço, ela rebateu os cílios para ele. “Quando eu estava na escola, eu costumava fantasiar o
tempo todo sobre ser algemada pelo xerife de Desire.”
Ace   a   olhou   e   arqueou   uma   sobrancelha   antes   de   virar   e   olhar   para   a   estrada
novamente. “É mesmo?”
Hope estremeceu com o gelo em seu tom. “Ace, o que há de errado?”

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Ace   virou   na   estrada   que   levava   para   sua   casa.   “Nada   que   não   será   cuidado   nas
próximas horas.” Ele parou na frente da casa e desligou o motor.
Hope mal teve tempo de desfazer o cinto antes de Ace agarrar seus braços, virá­la em
direção a ele enquanto os forçava atrás das costas. Ela ergueu o rosto quando a mão dele foi
para   sua   nuca,   olhando­o   com   uma   mistura   de   alívio,   fascínio,   e   necessidade   indescritível
enquanto ele baixava a cabeça.
Ainda segurando suas mãos com uma, ele separou seus lábios com os dele e saqueou
profundamente, puxando­a contra o peito. Não até que ouviu o estalo ela percebeu que ele a
tinha algemado.
Hope se derreteu nele. Ela precisava desse sentimento de proximidade com ele, essa
conexão   maravilhosa.   Cada   vez   que   ele   a   tocava,   ela   ficava   em   chamas,   mas   sua   distância
gelada acrescentava um elemento de perigo e criava uma estado de alerta que tornava tudo
ainda mais quente.
Ela se tornou mais consciente de cada pequena mudança de seu corpo contra o dela,
cada fôlego. Seu cheiro a intoxicando. O mais leve toque de sua língua na dela criando um
puxão de resposta em seus mamilos e clitóris.
Ace levantou a cabeça, encarando­a durante vários segundos, os olhos brilhando com
posse prisma. Ele encostou suas costas sobre o assento e saiu para vir ao redor pegá­la.
Quando   ele   abriu   a   porta,   ela   começou   a   sair,   guinchando   quando   ele   a   levantou
facilmente e a jogou sobre o ombro. Ele fechou a porta, pegou a comida na parte de trás, e
entrou na casa com ela, o som da fechadura clicando extremamente alto no silêncio tenso. Com
ela ainda drapejada sobre o ombro, ele abriu o saco e colocou a comida no forno para mantê­la
aquecida, sem dizer uma palavra.
Hope   piscou   em   descrença   enquanto   ele   calmamente   completava   sua   tarefa,   jamais
perdendo o controle sobre ela. “Ace, desça­me. Eu vou esperá­lo no quarto.”
Ele a ignorou como se ela não tivesse falado e se dirigiu para o quarto, desligando as
luzes no caminho.
Espere torceu, tentando ver enquanto a luz baixa do quarto iluminava seu caminho,
mas Ace apenas apertou seu domínio enquanto entrava e fechava a porta atrás dele. Hope lutou

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para se levantar quando ele calmamente tirou os sapatos e os lançou de lado. Gemendo quando
a mão acariciou seu bumbum, e se arqueou.
 “Ace, eu quero tocá­lo.”
Seu silêncio contínuo a instabilizou, contribuindo para a atmosfera erótica.
Apertando as coxas para aliviar a dor que se instalara lá, ela ofegou quando ele ajustou
sua aderência e sentou na beirada da cama, jogando­a sobre o colo. Com as mãos algemadas
atrás das costas, ela não conseguia se equilibrar e tinha que confiar em seu aperto para mantê­la
estável. Empolgada com a ideia da surra que sabia estaria levando, Hope se contorceu.
“Você vai me espancar por tocar os outros homens?”
Ace agarrou a bainha de sua calça de moletom e a arrastou até seus joelhos e depois
fora. “Não. Sua surra é por mentir sobre isso e pelo excesso de velocidade.” Ele correu a mão
pelo fio dental vermelho rendado que ela tinha comprado especialmente para esta noite. “E por
usar calcinha. Eu não te disse para não usá­las quando estivesse comigo?”
Ela nem sequer teve a chance de falar antes da mão descer em seu traseiro, vários vezes
em sucessão rápida. Gritando, ela lutou contra seu aperto em vão. “Ace, isso dói!” Seu rabo se
sentia   como   se   estivesse   em   chamas,   ficando   pior   quando   ele   pressionou   a   mão   em   suas
nádegas quentes, segurando o calor. “Como você sabia que eu estava mentindo? Espere! Você
quer dizer que estou sendo espancada por mentir, mas não por tocar esses homens? Que tipo de
porcaria é essa?”
Ele soltou as algemas, mantendo­a sobre o colo enquanto rapidamente a despia e tinha
suas mãos algemadas novamente antes que ela percebesse.
Desprevenida, ela ganiu quando vários bofetões afiados caíram em seu traseiro mais
uma vez.
Ace a virou e jogou sobre a cama colocando­a de bruços, segurando­a com uma mão
firme no baixo de suas costas quando ela começou a se debater. “Estou fazendo o que quero
fazer com você. Não era isso que você queria, bebê?”
Hope não podia negar que cada toque, cada palavra que ele dizia, a excitava.

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Saber que ele poderia fazer o que quisesse com ela, mas que ele queria fazê­lo, a fez
jogar todas as inibições de lado em uma ânsia de agradá­lo. Ela queria que ele tomasse o que
quisesse dela, desesperada para lhe dar tudo que ele quisesse.
Isso… A realizava de alguma forma.
Mas ela não podia simplesmente tornar isso fácil.
Excitava­a   lutar,   especialmente   quando   sabia   que   nunca   conseguiria   escapar,   não
importava o quanto tentasse. “Minha bunda dói. Eu vou fazê­lo pagar por isso.”
Ace se inclinou para roçar os lábios em seu rosto enquanto corria os dedos sobre seu
traseiro. “Você está em grandes apuros esta noite, garotinha.”
A   boceta   de   Hope   apertou,   umidade   revestiu   suas   coxas   quando   ela   estremeceu,
incapaz de acreditar no quão facilmente ele a excitava.
Ela só precisava de outra coisa para tornar esta noite completa, e se perguntou como ele
tomaria isso. “Ace, eu preciso de algo de você.”
A mão se moveu sobre seu traseiro quente para o centro, onde ele deslizou os dedos
pela maciez que encontrou lá. “Vou cuidar de cada uma de suas necessidades, mas depois de
sua mentira, você vai ter que esperar.”
Hope se contorceu inquieta, tentando conseguir seus dedos onde ela precisava. “Não é
isso que quero dizer. Ace… Por favor, não me deixe usar minha palavra segura.” Gemendo
quando seus dedos pararam, ela se virou para esconder o rosto no travesseiro, imediatamente o
trazendo de volta. Não acostumada a ficar tão nervosa com nada, ela teve um momento difícil
para enfrentá­lo enquanto se consumia com tal necessidade, mas não queria se esconder. Não
podia. Ele precisava saber.
“Saber que posso parar o que você faz comigo com uma palavra…” Merda. Ela não
sabia bem como terminar.
Ace esfregou seu traseiro novamente. “Isso a impede de deixar ir todo o caminho, não
é? Você realmente quer que eu tome tudo que eu quero e não ter nenhuma palavra a dizer sobre
qualquer coisa que eu faça?” Curvando­se, ele beijou seu ombro, a voz baixa e suave. “Você tem
certeza que é isso o que quer? Você vai estar totalmente indefesa.”
Hope precisava ter certeza. “Mesmo que eu implore para você parar?” 

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Sorrindo   friamente,   Ace   alcançado   na   mesa   de   cabeceira   e   pegou   a   venda.   “Nem
mesmo se você gritar para eu parar. Tenha absoluta certeza. Agora.”
A borda afiada em sua excitação teria decidido por ela, mas o olhar no rosto de Ace a
fez absolutamente certa. Ela nunca tinha visto muito esse olhar antes, de alguma forma, quente
e frio ao mesmo tempo, mas a necessidade  que chamejou em seus olhos a transformou em
massa.
Seu olhar aguçou e se estreitou. “Não haverá absolutamente nenhuma clemência e nem
voltar atrás.”
Sorrindo tremulamente, ela se contorceu, gemendo no atrito do lençol em seus mamilos.
Ela nunca antes tinha expressado sua mais selvagem fantasia, e a necessidade de fazê­lo agora
teve as palavras caindo de sua boca. “Não pense mal de mim. Eu preciso disso, Ace. Eu preciso
ser tomada. Eu… Preciso lutar com você. Eu quero ser forçada. Oh, Deus, você vai pensar que
eu sou algum tipo de pervertida, não é?”
Seus  olhos brilharam com surpresa  e depois arderam com um calor que a queimou
quando seus lábios se curvaram em um sorriso mais bonito do que ela já tinha visto. “Não
quando suas necessidades correspondem às minhas.” Ele correu a mão pelas bochechas de sua
bunda. “Minha.”
Os músculos do estômago de Hope apertaram quando ele pegou a chave do bolso da
calça e abriu as algemas novamente, os olhos ferozes com intento. “Ace, o que está fazendo?
Você não está me deixando ir, não é?” Alívio a deixou vertiginosa quando Ace levantou suas
mãos acima da cabeça.
Jogando as algemas de lado, ele pegou a corda aveludada que tinha usado na outra
noite. “Não quero tê­la se machucando puxando contra as algemas de metal, e hoje você vai
puxar.   Com   estas   você   vai   poder   puxar   o   quanto   quiser   que   não   vai   se   machucar.”   Ele
habilmente a conteve e a vendou antes de deslizar um dedo levemente por suas costas e fazê­la
estremecer. Seu tom suave tinha uma camada subjacente de gelo que enviou um calafrio através
dela. “Você não vai a lugar nenhum por um bom tempo, garotinha. Você tem algumas coisas
por ser castigada, lembra?”

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Incapaz de ver, os sentidos de Hope aumentaram. Ela ofegou quando Ace deslizou as
mãos por baixo dela e a virou de costas, as coxas ainda vestidas com o jeans segurando as suas
bem abertas. Ela automaticamente lutou para fechá­las, mesmo sabendo que não conseguiria. A
sensação de vulnerabilidade em sua incapacidade de fazê­lo adicionando­se a sua excitação,
assim como fez estar nua, com ele ainda completamente vestido. Sua ansiedade por não saber o
que ele ia fazer a tinha se contorcendo inquieta. Deus, ele parecia entendê­la tão bem.
“Fique quieta.”
A cama mexeu, e ela ouviu Ace movendo ao lado, o som da gaveta do criado mudo
abrindo e fechando novamente fazendo sua pulsação saltar. Esperar que ele a tocasse se tornou
uma tortura, seu corpo tremia com o esforço de ficar quieta.
De repente, ficou o silêncio, exceto pelo rasgo de papel alumínio.
A respiração de Hope saía ao arrancos enquanto esperava, sua mente girando com as
possibilidades. Ela não tinha ideia de onde ele estava agora, mas só podia imaginar a imagem
que ela fazia, espalhada amplamente e amarrada, impotente contra o que fosse que ele decidisse
fazer com ela.
Oh, Deus. Sua boceta queimava, desesperada por sua atenção. Ela precisava fechar as
coxas para aliviar a dor e começou a movê­las lentamente, esperando que ele não notasse.
“Você   fecha   as   pernas   mais   um   centímetro   e   eu   vou   chicotear   seu   clitóris.”   Hope
congelou, seu clitóris pulsou em resposta à sua ameaça. Suas pernas sacudiram enquanto ela
lutava   para   mantê­las   separadas.   Vários   segundos   mais   se   passaram   em   completo   silêncio,
esticando seus nervos ao ponto de ruptura. Tentar regular a respiração se provou impossível,
seu fôlego engatava em cada som suave.
Ela   estremeceu   quando   algo   tocou   seu   mamilo,   o   mais   leve   dos   toques,   mas
extremamente eficaz em obter sua atenção, o contato leve o suficiente para empurrá­la para a
borda novamente. Cavando os calcanhares no colchão, ela se ergueu, balançando os quadris em
frustração.
“Ace!”
 “Quieta. Nem uma palavra ou vou amordaçá­la.”

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Não tendo certeza se deveria responder ou não, ela mordeu o lábio. Pensou ter sentido
outra escovada leve em seu mamilo, mas por ter sido tão leve, ela se perguntou se tinha apenas
imaginado. Incapaz de parar seu corpo de arquear para obter um melhor contato, ela não estava
preparada para o bofetão em sua coxa. Torcendo incansavelmente contra o calor erótico, ela
choramingou em sua garganta.
“Por favor, faça algo.”
Ace levantou seu traseiro sobre um travesseiro, ajustando­a para sua satisfação, as mãos
quentes e firmes, enquanto se moviam sobre ela  à vontade. “Quieta. Quanto mais você fala,
mais você vai ter que esperar.”
Hope gemeu, se perguntando se ele podia ler sua mente. Ela não queria poder resistir.
Ela queria que ele a usasse, que a provocasse impiedosamente e tomasse seu prazer. Ainda
assim, a necessidade de lutar era forte, mas sua esperança desesperada de que ele superasse sua
resistência era ainda mais forte.
“Não. Não faça. Solte­me.”
Ace   bateu   em   seu   clitóris   muito   suavemente   e   deslizou   os   dedos   por   sua   fenda
encharcada. “Você teve sua chance de ficar quieta e não o fez. Você desistiu de sua palavra
segura.”
Com a quantidade de umidade cobrindo suas coxas, Ace tinha que saber o quanto tudo
isso a excitava. “O que você vai fazer comigo?”
Rindo, Ace bateu em seu clitóris nitidamente com o chicote de novo, rindo baixinho
quando   ela   choramingou.   “Tudo   que   quero   fazer.”   Ela   torceu   inquieta   quando   as   mãos   se
moveram   sobre   suas   coxas,   precisando   que   ele   a   tocasse   mais   intimamente.   Seus   gemidos
quebrados encheram o quarto quando ele empurrou seus joelhos para trás, espalhando­a ainda
mais.
“Agora   eu   tenho   você   onde   eu   quero.”   Depois   de   reposicioná­la  no   travesseiro,   ele
correu os dedos sobre o interior de suas coxas. “Lindo.”
Apertando as mãos na corda aveludada, Hope estremeceu quando os chiados fracos de
seu toque viajaram direto para sua fenda. Tudo agora estava disponível para ele, seus seios, seu

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clitóris, sua boceta e bumbum, tudo em exibição para ele, e vulnerável a tudo que ele quisesse
fazer com eles. A cama se moveu, e ela ouviu os sons inconfundíveis dele se despindo.
Quando a cama baixou novamente e ela sentiu o corpo de Ace se mover ao seu lado, ela
automaticamente se virou para ele, emocionada no roçar de sua carne nua na dela. Os pêlos de
suas coxas fazendo cócegas nela, a atmosfera altamente carregada fazendo a sensação muito
mais forte. Ela ofegou de surpresa e luxúria branca­quente quando dedos fortes se fecharam
sobre seus mamilos e beliscaram, rolando­os entre os polegares e indicadores.
Ele os soltou também de repente, mas a sensação permaneceu. “Vou colocar braçadeiras
em   seus   mamilos,   não   muito   forte,   só   o   suficiente   para   ter   sua   atenção.”   Ele   os   beliscou
novamente, fazendo­a ofegar. “Você responde bem a uma quantidade pequena de dor.”
Esse tom quase clínico a deixava louca. “Quantidade pequena? Isso dói. Não os prenda.
Por favor, Ace, não coloque braçadeiras neles. Eu juro que serei boa.” As palavras escaparam
antes   que   ela   pudesse   detê­las,   e   ela   mordeu   o   lábio,   esperando   como   o   inferno   que   ele
percebesse  que  ela realmente  não  queria  que  ele parasse.  Ela  não  tinha ideia do  por que  a
excitava tanto implorar assim, mas fazia. Ela já tinha tido braçadeiras usadas nela antes, porém,
e elas doíam pra caramba.
Isso   a   deixou   um   pouco   nervosa,   mas   ela   confiava   nele   para   saber   seus   limites.
Fechando as coxas, ela as esfregou para aliviar a dor, parando quando percebeu seu erro quase
imediatamente.
O braço de Ace foi por baixo de suas coxas, rapidamente erguendo­as e espancando sua
bunda várias vezes, um bofetão afiado após do outro. Ele as apertou de volta contra seu peito,
inclinando­se levemente sobre elas para mantê­las no lugar, seu tom incrédulo. “Então você
acha que vai se safar de fechar as pernas quando eu te disse para mantê­las abertas? E fazendo
exigências de novo?”
Hope   não   podia   endireitar   as   pernas   o   mínimo,   não   importando   o   quão   duro   ela
empurrasse contra seu braço. Os outros homens com quem ela fez sexo não tinham sido tão
duros quanto ace, nem em força nem temperamento, algo que tornou­se bem claro. Ofegando
quando algo tocou seu buraco traseiro, ela lutou furiosamente.
“O que é isso? O que você está fazendo?”

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Ele beliscou sua panturrilha, a dor aguda a assustando. “Eu não tenho que te dizer, mas
eu vou uma vez que isso vai deixá­la saber o que está reservado para você. É um tubo cheio de
lubrificante.”
Ofegando quando ele inseriu algo estreito em seu buraco e forçou o lubrificante frio
dentro dela, Hope congelou. Surpresa no quão estimulante tinha achado o jogo anal, ela não
conseguiu deixar de se alarmar, perguntando­se o que Ace havia planejado.
Ele já a havia advertido antes que era algo que ele amava, e ela tinha uma forte suspeita
de que se passasse tanto tempo com Ace quanto gostaria, sua bunda estaria recebendo bastante
exercício.   Seu   tom   frio   começou   a   preocupá­la,   obrigando­a   a   lembrá­lo   que   ela   não   tinha
nenhuma experiência nessa área. Ele removeu o tubo, ainda segurando suas pernas altas.
“Ace, você sabe que eu nunca tive nada —”
“Em sua bunda. Exceto meu dedo e o gengibre. Você esquece, bebê, que este traseiro é
meu   agora.  Só  meu.   Meu   pau   está   duro   como   o   inferno   só   de   pensar   em   foder   esse   rabo
apertado, e o fato de que você é virgem não é a única razão que me impede de tomá­lo. Você
não está pronta, então não me empurre. Vou tomar seu traseiro em breve.”
Se   Hope   já   ouviu   algo   tão   erótico   antes,   ela   não   se   lembrava.   Seu   ânus   e   boceta
apertaram no pensamento dele tomando­a lá. Ela tanto o temia quanto antecipava, incapaz de
sequer imaginar qual seria a sensação de ter o pênis grande de Ace sendo trabalhado em sua
bunda.
“Mas primeiro você precisa ser esticada, não é mesmo, bebê?”
Deus. Quando ele usava essas palavras de carinho nesse tom tão frio a dirigia selvagem.
Sua ameaça de esticar seu traseiro vulnerável a deixando ainda mais selvagem.
Maldição, ele era bom nisso.
Rindo, ele equilibrou algo em seu buraco traseiro novamente. “Você está encharcada,
então nem tente me dizer que não me quer tomando seu rabo. Da  última vez eu assisti seu
rosto. Dessa vez eu vou assistir seu  rabo  enquanto  eu o abro  com este plug  anal que você
comprou de Beau. Você foi esperta ao pegar um pequeno.”
Hope não pôde manter seu traseiro de se agarrar desesperadamente ao plug, enquanto
ele pressionava insistentemente, o lubrificante facilitando o caminho para violar sua abertura.

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Um calafrio a atravessou quando ele continuou a pressioná­lo para dentro, esticando seu buraco
traseiro com o plug em forma de cone. Seus mamilos ainda formigavam de suas ministrações, e
seu clitóris se sentia pesado e inchado. Debatendo a cabeça de um lado para o outro, ela não
conseguia entender o quão afiados seus sentidos se tornaram.
  Seu ânus queimava enquanto esticava, a intimidade esmagadora de ter seu traseiro
invadido   fazendo­a   estremecer.   Quentes   pequenos   chiados   de   prazer   varreram   sobre   ela,
ganhado   força   quando   centralizaram   em   sua  fenda.   “Você   realmente   gosta   de   ter   seu   rabo
cheio, não é, bebê? Isso é bom, porque vou desfrutar dessa bunda sempre que eu puder. É isso
aí. Só mais um pouco. Eu sei que você quer gozar, mas você não pode ainda. Você tem sido
ruim, lembra?”
Tremendo, ela tentou resistir contra ele quando seu corpo se reuniu. “Não posso pará­
lo.   Oh.   Estou   gozando!”   Agarrando­se   a   isso,   ela   gritou   em   frustração   quando   ele   recuou,
retirando o plug dela, assim que seu orgasmo começou. O alívio que ela havia antecipado virou
angústia,   seu   orgasmo   cortado   apenas   o   suficiente   para   deixá­la   suspensa   em   um   estado
tortuoso de necessidade. “Maldito seja, Ace. Eu te odeio. Deixe­me em paz. Ajude­me. Foda­me,
seu bastardo.”
Ace estalou a língua e pressionou o plug novamente. “Não. Você vai ter que aprender,
mel, que posso fazer você gozar, mesmo contra sua vontade, ou posso puxá­la de volta. Seu
orgasmo está em minhas mãos agora, querida. Logo você vai ver que não tem outra escolha
senão   se  render   para  conseguir   o  que  quer.”   Ele   bateu   em  seu  clitóris  ultrassensível  muito
levemente, rindo em seus gritos choramingados de necessidade.
Hope sacudiu mais duro agora, incapaz de escapar do prazer e ao perceber que o alívio
não viria tão cedo. O plug em forma de cone continuou a pressionar nela até que se estreitou
acentuadamente e a base se ajustou confortavelmente contra ela. ofegando, ela lutou para se
adaptar   à   sensação   de   estar   plenamente   esticada,   ao   alcance   de   um   orgasmo   que   Ace
continuava a lhe negar.
“Essa é minha garota. Você deveria ver o quão bonito você está com seu rabo plugado.”
Ace   baixou   suas   pernas,   mantendo­as   bem   abertas   para   sentar­se   entre   elas.   “É   um   bom   e
pequeno. Assim que você se acostumar com esse, vou usar o maior que eu comprei para você.”

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O plug se sentia muito maior do que parecia no pacote e parecia crescer cada vez que se
movia   dentro   dela.   Hope   arqueou   em   direção   a   ele,   gemendo   quando   o   plug   moveu
novamente. Seu corpo estava tão sensível agora que ela podia até mesmo sentir o calor de seu
corpo quando ele se debruçou sobre ela. Choramingando, quando as mãos se fechadas em seus
seios, ela balançou os quadris, clamando quando seu clitóris roçou em seu pênis.
Ace tomou um mamilo na boca, fechando os dentes sobre ele para chupar suavemente.
Ela gemeu em frustração quando ele o soltou, só para gritar quando ele prendeu um clipe suave
nele,   não   um   dentado   como   ela   esperava.   Aliviada,   ela   absorveu   a   dor   do   beliscão   forte,
prendendo o fôlego enquanto lutava para se ajustar.
“Respire, bebê. Vai se sentir muito bom em apenas alguns segundos. Essa é minha boa
menina.”
Ela se concentrou em sua voz enquanto ele sussurrava baixinho, e incrivelmente, a dor
aguda diminuiu. A pressão erótica combinada com sua voz baixa e profunda a embalou mais
fundo em outro lugar. Outro mundo.
Deus, parecia incrível.
Estava dando tanta atenção ao clipe em seu mamilo que se surpreendeu quando Ace
prendeu o clipe no outro. A dor a invadiu de novo, e ela imediatamente começou a respirar da
forma como ele a instruíra.
Ace esfregou seu estômago de leve. “Boa menina. Você merece uma recompensa.” Ele
deslizou por seu corpo, mordiscando e beijando o caminho até seu centro e erguendo suas coxas
sobre os ombros.
Embora levasse um esforço tremendo, Hope permaneceu imóvel. “Por favor, Ace, eu
tenho que gozar. Por favor. Faça­o.” Ela estremeceu no beliscão afiado em sua coxa.
“Você simplesmente não podia esperar, não é mesmo, bebê? Eu ia te dar a liberação que
seu pobre corpo tanto deseja por tomar os clipes tão lindamente. E assim que eu te louvo, você é
ruim de novo. Agora, você simplesmente vai ter que sofrer um pouco mais.”
Segurando suas coxas firmemente, ele a ergueu, pressionando contra o plug com os
polegares para deslocá­lo novamente. Seu cabelo sedoso roçou o interior de suas coxas quando
ele baixou a cabeça para rodar a língua sobre suas dobras nuas.

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Hope empurrou contra seu aperto, tentando conseguir que ele tocasse seu clitóris, mas
ele habilmente o evitou, rindo contra sua fenda enquanto passava a língua sobre suas dobras
novamente antes de deslizá­la em sua boceta.
O murmúrio de aprovação em seu sabor vibrou contra sua carne sensível, dirigindo sua
necessidade   ainda   maior.   A   língua   varreu   os   sucos   que   continuaram   a   fluir   dela   como   se
faminto por seu gosto.
Ela   chutou   nele,   cavando   os   calcanhares   em   suas   costas,   oprimida   por   todas   as
sensações. Debater­se impotente causava um puxão em seus mamilos do peso das braçadeiras.
Seu traseiro queimava de apertar no plug, e seu clitóris estava em chamas. Ter as mãos fortes de
Ace em seu corpo fornecia tremores ainda mais deliciosos.
Ele tomou seu tempo, segurando­a imóvel enquanto a devorava. Erguendo a cabeça, ele
pressionou mais no plug em sua bunda, firmando seu aperto quando ela se contorceu. “Fique
quieta. Eu não terminei ainda. Isso é sobre o que eu quero, lembre­se. Você só tem que ser uma
boa menina e ficar quieta enquanto eu tomo o que eu quero.”
Hope estremeceu, seu orgasmo se construindo a cada segundo que passava. Saber que
ele faria mesmo isso, que ia continuar comendo­a pelo tempo que lhe conviesse, a fez se sentir
mais desejada, mais um ser sexual do que nunca. Ela existia apenas para agradá­lo e não tinha
escolha   senão   deixá­lo   fazer   tudo   que   quisesse,   todo   seu   comportamento   o   de   um   homem
indiferente do que ela precisava.
Ela sabia melhor.
Ace Tyler sabia exatamente do que ela precisava e se importava muito. Estava em seu
aperto, em sua voz.
Ele levantou a cabeça ligeiramente, o hálito quente em sua fenda. “Goza. Eu quero mais
desse suco doce.”
O   corpo   de   Hope   apertou,   arqueando­se   quando   ele   chupou   seu   clitóris,   gozando
exatamente como ele exigira.
Como se ela tivesse escolha.
Faíscas  dispararam atrás de seus olhos quando  uma onda incrível  de  liberação  caiu
sobre ela, seu corpo tremendo  incontrolavelmente enquanto ela continuava e continuava. O

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onda   coroou   e   caiu,   o   fluxo   poderoso   parecendo   durar   para   sempre,   mas   através   disso,   a
atenção de Ace nunca vacilou.
A língua se movia de seu clitóris para sua boceta e de volta, até que o prazer se tornou
tão intenso que beirava a dor. Alcançando, ele removeu os clipes de seus mamilos, o sangue
correndo de volta para eles enviando­a caindo novamente.
Seus   gritos   para   que   ele   parasse   ficaram   sem   resposta   enquanto   ele   continuava   a
banquetear­se nela. Gasta, ela caiu fracamente, choramingando baixinho. Seu corpo tremia no
colapso de suas defesas ao seu redor.
Ele deve ter saboreado sua rendição, pois só então levantou a cabeça para beijar suas
coxas. “Essa é minha menina.” Ele trabalhou de volta por seu corpo, beijando e beliscando ao
longo do caminho, e ela nunca sabia o que seria. Ou onde.
Seus beijos a aqueceram, seu afeto por ela aparente em cada escovada de seus lábios.
Não importava o que ele dissesse, o grande xerife a amava. Com os braços dele ao seu redor, ela
se sentia segura e protegida, como se nada no mundo pudesse invadir o mundo que ele tinha
criado só para os dois.
Seus   beliscões   afiados   a   excitaram,   cada   um   uma   lembrança   de   quem   estava   no
comando, e cada um construindo sua necessidade por ele mais uma vez.
Sua   pele   formigava   onde   ele   tocava,   cada   beijo   causando   um   calor   lânguido,   cada
beliscão afiando seus sentidos.
Correndo  as mãos do alto de seus braços para os pulsos, ele entrelaçou seus dedos
juntos e lentamente começou a pressionar o pênis dentro dela.
Hope automaticamente envolveu as pernas ao redor dele, ofegando quando o plug em
seu traseiro se deslocou.
Ace segurou seu queixo antes de deslizar a mão para cima e empurrar a venda fora do
caminho. “Eu quero ver seus olhos enquanto eu te tomar.”
Lágrimas   de   felicidade   e   rendição   escorreram   em   seu   cabelo.   Atenção   e   desejo
combinados, fazendo­a flexível e necessitada em suas mãos capazes. Sua necessidade por ele
quase a afligindo — não apenas pela proximidade física, mas pelo laço emocional.

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Ace lhe deu ambos, uma combinação tão potente que encheu as partes solitárias dela
que tinha estado vazias a tanto tempo e que só ele poderia preencher. Quando ele entrou em
seu   corpo,   os   golpes   lentos   e   suaves   a   enchendo   e   mexendo   o   plug   em   seu   traseiro,   ela
automaticamente o agarrou, surpreendendo­se ao encontrar as mãos livres. Ela as envolveu ao
redor de seu pescoço, enredando os dedos em seu cabelo sedoso, e com um gemido, o respirou.
Ele   deslizou  os  dedos   por   baixo   de   seu   pescoço,  o   polegar   traçando   levemente   seu
queixo.   Seu   rosto   parecia   ter   sido   esculpido   em   granito   enquanto   lentamente   continuava   a
empurrar seu pênis grosso dentro dela. Com um gemido, ele se afundou até o cabo. Deslizando
a outra mão ao redor dela, ele ergueu suas nádegas, os dedos pressionando contra o plug. Seus
olhos chamejaram e escureceram, segurando­a quando mais uma vez começou a se mover.
Hope nunca se sentira tão tomada. A sensação de ser totalmente possuída teve mais
lágrimas   caindo.   Era  isso  o   que   ela   sempre   precisara.   Era  isso  o   que   ela   sempre   soube   que
poderia encontrar apenas com Ace.
O paraíso.
O resto do mundo desapareceu até que nada mais importava, exceto ele. Eles.
A plenitude esmagadora roubou seu fôlego, sua boceta e ânus esticados incrivelmente
para acomodar o pênis de Ace e o plug.
Seu   aperto   aumentou   sobre   ele,   enquanto   ele   a  levava,   segurando­o   pelo   pescoço   e
ombros fortes para manter­se ligada à terra. “Tão cheia. Ace, é tão bom. Não deixe isso acabar.”
Ele manteve seu pescoço arqueado, assistindo seus olhos enquanto fazia amor com ela,
a mão massageando suavemente com os dedos enfiados em seu cabelo. Os olhos semicerrados
brilhavam com possessividade, mais profundos e mais escuros do que nunca. Lentamente, seus
lábios se curvaram no sorriso mais vilão que ela já vira, culminando sua luxúria. “Toda minha.
Você   está   ordenhando   meu   pau,   e   eu   aposto   que   está   ordenhando   o   plug   em   sua   bunda
também. Quando eu finalmente foder essa bunda, você vai saber o que é estar cheia, bebê.”
Embrulhada   em   seu   abraço   apertado,   seus   movimentos   ficaram   restritos,   a
incapacidade de se mover fazendo­a queimar ainda mais quente. Escavando os calcanhares em
suas nádegas tensas, ela se deu para ele, mais do que disposta a deixá­lo fazer o que quisesse
com ela. Sua buceta e bumbum queimavam, os formigamentos crescendo mais quentes a cada

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impulso delicioso. A fricção em seus mamilos, ainda incrivelmente sensíveis das braçadeiras,
enviando raios branco­quentes para seu centro.
Seu corpo cresceu mais apertado, tremendo incontrolavelmente quando os arrepios de
advertência cresceram, mas ela sabia que dependia dele se ela ultrapassava ou não. O não saber
adicionando outra camada em sua submissão. “Por favor, Ace. Eu te imploro.”
“Sim, bebê. Goza para mim.”
Bastou  apenas  essas  palavras  sussurradas  em  seu  ouvido  para  quebrar  as faixas   de
contenção   que   ele   segurava,   e   ela   gritar   quando   seu   orgasmo   explodiu.   Explosões   de   calor
cintilante dispararam de sua boceta e ânus para cercar todo seu ser. Ondas sucessivas dele a
atravessaram, forçando seu corpo a prender tanto o pau de Ace quanto o plug em seu traseiro.
O choque disso, da sensação de se sentir ainda mais cheia, desencadeando outro orgasmo para
se juntar ao primeiro, até que ela não conseguia dizer onde um começava e o outro terminava.
Quando   seus   gritos   cresceram   roucos,   ela   começou   a   chutar   as   pernas,   seu   corpo
sobrecarregado com sensações. Ficou pior quando Ace se inclinou e tomou um mamilo na boca,
chupando   suavemente.   Ela   ofegou   em   sua   estocada   profunda,   emocionando­se   quando   seu
grande corpo tremeu sob suas mãos. Ela nunca soube que poderia suportar tal prazer, incapaz
de nada além de um grito rouco quando ele se segurou profundamente enquanto apertava o
plug em seu traseiro, tão cheia que mal podia pensar.
Sua vista borrou, a voz quase sumida até que ela nem sequer tinha forças para segurá­lo
mais e soltou os braços em seus lados. Quando finalmente começou a descer, ela enterrou o
rosto em seu pescoço, respirando seu cheiro maravilhoso enquanto tentava recuperar o fôlego.
Ele murmurou baixinho contra sua testa. “Você foi maravilhosa, bebê. Essa é minha
menina. Bom, Respire fundo. Fácil, mel.”
Seu   beijo   trouxe   lágrimas   aos   seus   olhos   mais   uma   vez,   fazendo­a   se   perguntar   se
alguma vez pararia de chorar de novo. Ela tinha acabado de ter a experiência mais erótica, a
mais bela e gratificante de sua vida, e estava triste que tivesse chagado ao fim.
Seu   corpo,   porém,   provavelmente   não   poderia   tomar   mais.   Afundando­se   em   seus
braços, Hope levantou o rosto para beijar sua mandíbula, emocionada quando ele inclinou a
cabeça  para tomar seus lábios. Abrindo­se para ele  completamente,  ela suspirou quando  os

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lábios se moveram sobre os dela possessivamente, mas com uma gentileza que derreteu seu
coração.
Erguendo a cabeça, seus olhos estavam ternos e indulgentes quando se moveram sobre
seu rosto. “Deixe­me cuidar de você, bebê, e depois você pode dormir.”
Hope beijou seu ombro, deleitando­se no calor e força a cercando. “Você já cuidou de
mim. Você me tornou uma pilha de macarrão molhado.”
Ace riu e curvou para beijar cada um de seus mamilos enquanto lentamente se retirava
dela. “Não foi isso que eu quis dizer. Fique aqui que vou pegar um pano quente.” Ele rolou seu
corpo flácido de bruços antes de Hope perceber sua intenção. E colocou uma mão em suas
costas para mantê­la no lugar, quando ela teria rolado para cima, deslizando­a para baixo sobre
seu traseiro. “Fique assim ou vou avermelhar sua bunda de novo.”
Hope congelou, atordoada quando ele gentilmente, mas com firmeza, abriu suas pernas
e separou as bochechas de sua bunda. Lutando  para seus cotovelos, ela olhou por cima do
ombro em alarme. “Ace, o que está fazendo?” Ela ofegou, as mãos empunhando no travesseiro
enquanto ele gentilmente retirava o plug de sua bunda.
Ace correu a mão por seu traseiro novamente e se inclinou para beijar de leve em seu
ombro. “Cuidando de você. Não se mexa. Eu já volto.”
Bem acordada agora, Hope apertou as pernas fechadas, gemendo baixinho na ternura
entre elas. Caindo para trás sobre o colchão novamente, ela ficou lá abraçada ao travesseiro e
ouvindo a água correr no banheiro adjacente. Quando a água parou, ela se virou, olhando por
cima do ombro para ver o retorno de Ace.
Ele se sentou na beirada cama ao lado dela e a virou de costas. Um pano quente foi
colocado   sobre   seus   seios   e   imediatamente   começou   a   aliviar   a   dor   em   seus   mamilos.
Espalhando suas pernas, ele usou outro pano para limpá­la gentilmente, a mão entre suas coxas
mantendo­as abertas até que ele terminasse de limpar seus sucos e o lubrificante delas.
Desconfortável, Hope segurou o pano cobrindo seus seios. “Ace, eu prefiro fazer isso eu
mesma.”
Ace levantou a cabeça enquanto terminava, olhando para ela inexpressivamente. “Eu
cuido do que é meu. É parte do pacote que você disse que queria tanto. Você mudou de ideia?”

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Hope se esticou, sorrindo quando os olhos dele brilharam novamente. “Eu pensei que
você disse que não era terno. Isso pareceu muito terno para mim. Nenhum dos homens com
quem fiz sexo nunca —”
Ace pegou o pano em seus seios e se levantou, todos os traços de ternura se foram. “Eu
não quero ouvir sobre nenhum dos outros homens que te foderam. Eu não sou nada terno. Eu
sou possessivo. Eu já te disse que cuido de minhas posses.” Ele jogou um cobertor leve em cima
dela e saiu do quarto sem olhar para trás, provavelmente com a intenção de mostrar para ela o
bastardo insensível que ele era.
Mas ela tinha visto seus olhos.
Sorrindo para si mesma, Hope aconchegou­se sob as cobertas, confiante de que ele a
amava. Não sabendo por que ele tentava tão duro negar, ela sabia que tinha um montão de
trabalho pela frente e que teria que ser paciente, o que definitivamente não era seu forte.
Mas ela faria o que tivesse que fazer, a fim de ter Ace.
Uma consciência deliciosa de ser completamente tomada permeou sua fenda e seios e
deixou   seus   membros   pesados.   Ouvindo   o   chuveiro   começar,   Hope   se   virou   de   lado   e   se
encolheu nas cobertas. Ela só ia descansar um pouquinho antes que tivesse que levantar e se
vestir para Ace levá­la para casa.

Capítulo Onze
Quando o som do vento uivando penetrou sua consciência, Hope automaticamente se
aconchegou no calor que a cercava. Lembrando­se de que não teria que estar no clube até o final
da tarde, ela manteve os olhos fechados e cochilou de novo.
“Saia.”
Hope se sobressaltou no que soou como um fechar de porta, e começou a se sentar, só
para ter faixas rígidas se apertando  ao seu redor. Piscando  os olhos abertos, ela levantou a
cabeça, chocada ao encontrar­se encarando o rosto de Ace. Franzindo a testa, ela piscou e olhou

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em volta, confusa ao ver que já era de manhã. A última coisa que lembrava era de ter fechado os
olhos por um minuto enquanto esperava Ace sair do chuveiro.
“Esta é sua cama.” Lembrando, ela franziu o cenho. “Você acabou de me dizer para
sair?”
A luz fraca da manhã que se arrastava pelo quarto lhe permitiu ver tudo claramente,
mas era fraca o suficiente para criar uma intimidade reservada aos amantes. De alguma forma,
ela tinha acabado em cima de Ace, as pernas em cada lado de seus quadris, o rosto ainda quente
de   ter   estado   deitado   em   seu   peito.   Nua,   ela   estremeceu   um   pouco   quando   se   sentou,
escarranchando­o, o ar fresco da manhã fazendo seus mamilos eriçarem.
Despenteado e sexy, Ace sorriu ternamente, deslizando as mãos de suas coxas até a
cintura antes de continuar subindo e cobrir seus seios. “Esta é definitivamente a minha cama. E
uma vez que você está nela, você está à minha mercê. Eu definitivamente não te disse para
sair.” Seus olhos aguçaram, já alertas.
Inclinando­se  adiante,  ela  se  agarrou  a seus   ombros,  gemendo   com  prazer   letárgico
quando ele massageou seus seios. A fricção da palma se movendo lentamente sobre os mamilos
tenros, construindo lentamente um peso baixo em seu abdômen. Esfregando sua fenda contra
seus abdominais planos, ela gemeu de novo, sorrindo quando seu pau duro tocou seu traseiro.
Ela foi de boa vontade quando ele a baixou sobre o peito, aconchegando­a enquanto as mãos
foram   ao   redor   para   massagear   as   bochechas   de   sua   bunda.   Sorrindo   inocentemente,   ela
rebolou.
“Já que estou à sua mercê, o que vai fazer comigo, Xerife?”
Deslizando as mãos lentamente até suas costas, ele a puxou mais alto. “Vou me afundar
nessa boceta apertada de novo e ouvir suas lamúrias.” Ele a puxou para um beijo, os lábios
quentes e firmes sob os dela. As mãos se movendo de cima a baixo de seu corpo, pausando para
investigar pontos sensíveis no caminho, o que a teve se contorcendo contra ele.
Ela emaranhou as mãos em seu cabelo espesso, gemendo em sua boca quando os dedos
roçaram sua fenda. Quando um dedo espesso circulou sua abertura úmida, ela estremeceu e
apertou seu agarre.

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“Eu amo esses suaves pequenos gemidos que você faz quando está excitada. Você já
está  tão   molhada.”  Ace   passou  os  braços  em   volta  dela   e  se   sentou,   dobrando  as  pernas   e
posicionando­a para se recostar contra elas. Mantendo uma mão em seu estômago, ele alcançou
para pegar um preservativo na gaveta do criado mudo.
Hope não conseguia tirar os olhos da visão de seu pênis ereto, que parecia crescer mais
bem diante de seus olhos. Sentando­se, ela embrulhou as mãos em torno dele, emocionando­se
quando ele saltou. Uma gota de umidade apareceu na ponta, deixando­a com água na boca para
prová­la. Ela deslizou as mãos de cima a baixo do calor espesso em suas mãos, fascinada com
sua textura aveludada.
Ace lhe entregou o preservativo. “Coloque­o em mim.”
Ela aceitou com um sorriso, deslocando­se inquieta quando as mãos foram para seus
quadris, acariciando­a gentilmente. “Estou por cima agora, grandalhão.”
Ace se sentou e a ergueu pela cintura até que ficaram no nível dos olhos. “Não importa
onde eu a coloco, eu sou maior. Eu também sou mais cruel.” Ele mordeu seu lábio inferior,
fazendo­o picar. “Coloque­o para que eu possa me afundar nessa boceta apertada. Se você me
der qualquer borda, eu vou curvá­la e foder sua bunda.” Ele baixou as pernas para colocá­la de
volta em suas coxas, os olhos encobertos enquanto se reclinava contra os travesseiros.
Sorrindo travessamente, ela se inclinou para beijá­lo, provocando­o, passando a língua
sobre seus lábios antes de começar a trabalhar o caminho para baixo em seu corpo, beijando e
lambendo uma trilha para sua barriga e além, criando um espaço para ela entre suas coxas. “Eu
quero te lamber primeiro.” Abrindo a boca, ela tomou a cabeça de seu pênis dentro e rodou a
língua em torno dela. Deleitando­se em seu gosto, ela tomou mais, mantendo os olhos nele o
tempo todo.
Reclinado sobre os travesseiros, Ace a assistiu, olhando cada centímetro de um macho
dominante. Ele estendeu a mão para acariciar seu cabelo. “Eu disse que você podia fazer isso?”
Hope sacudiu a cabeça e começou a chupá­lo suavemente, precisando fazê­lo se sentir
bem,   precisando   se   submeter   a   ele,   mas   ao   mesmo   tempo   percebendo   o   quanto   se   sentia
poderosa quando os músculos de suas coxas tremeram sob suas mãos.

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“Chega.” Curvando­se, ele a ajudou a sentar e tomou seu pênis na mão. Embora seus
olhos brilhassem, a ameaça neles era inconfundível. “Tome cuidado. Você está tentando minha
paciência esta manhã.”
Suas   mãos   tremiam,   fazendo­a   se   atrapalhar   enquanto   rolava   o   preservativo.   Seus
mamilos desejando sua atenção, formigando sob seu olhar atento enquanto ela completava sua
tarefa. “Você não pode ir muito longe me ameaçando com algo que eu já quero.” Ela segurou
em seus braços quando ele a ergueu novamente e a guiou, baixando­a sobre seu pênis. Hope
estremeceu quando ele a encheu, ainda ligeiramente tenra da noite anterior.
“Você   realmente   quer   Law   e   Zach   ouvindo   você   gritar   quando   eu   abrir   esse   rabo
apertado?”
Os olhos de Hope se abriram de repente, e ela chicoteou a cabeça ao redor, aliviada ao
ver a porta do quarto fechada. Mantendo a voz em um sussurro, ela agarrou seus antebraços
mais apertado. “Eles estão aqui? Como você sabe que eles estão aqui? Oh, inferno. Acordei
quando pensei ouvir você dizer a alguém para sair. Foram eles, não foi? Eles me viram nua?”
Ace deslizou as mãos por seus lados para acariciar seus mamilos com os polegares. “Eu
os ouvi chegar cerca de uma hora atrás.” Ele a ergueu e baixou novamente, sorrindo em seu
gemido. “Tive certeza de que você estava completamente coberta antes de Law enfiar a cabeça
aqui dentro. Agora fique quieta para que meus irmãos não ouçam os sons que você faz quando
goza.”
Ela não tinha ideia de como poderia estar por cima e ainda ser dominada, mas o aperto
de Ace não deixava nenhuma dúvida de quem estava no comando. Quando as mãos foram para
seus quadris e ele pegou seu clitóris entre os dedos, Hope clamou, incapaz de contê­lo.
Ace riu baixinho. “Você vai precisar de muito treinamento. Como vai lidar ao estar no
restaurante do hotel em uma das cabines privadas se você não consegue deixar de fazer tanto
barulho?”
Mordendo o lábio quando o pênis acariciou um ponto particularmente sensível dentro
dela, ela conteve outro gemido. Inclinando­se para frente, ela aplainou as mãos sobre seu peito.
“Você vai me levar lá?” Ela apertou em seu pênis quando ele continuou a golpeá­la, jogando a
cabeça para trás em abandono. A pressão em seu clitóris quase a desfez várias vezes, mas a cada

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vez Ace parecia saber e aliviava seu aperto. Lembrando a tempo de manter a voz baixa, Hope
gemeu. “Ace, por favor.” Oscilante sobre ele, ela não tinha escolha senão deixá­lo controlar seus
movimentos.
Ele se endireitou, balançando as pernas para o lado da cama, com uma mão em suas
costas facilmente segurando­a no lugar, enquanto com a outra cobria seu abdômen, usando o
polegar para separar suas dobras e golpear seu clitóris. “Por favor, o quê, bebê? Por favor, foder
sua bunda? Por favor, levá­la para uma cabine privada? Ou, por favor, te faça gozar?” Seu tom
frio, quase desinteressado, enviou um tremor através dela e poderia tê­la enganado se não fosse
o olhar torturado em seu rosto e o brilho em seus olhos.
Ele usou um braço para sustentar seu peso, até que ela estava suspensa em suas coxas e
empalada por seu pênis. Ela não tinha nada para se segurar agora que não mais podia alcançar
seus ombros. “Sim. Tudo isso.”
Os olhos de Ace se estreitaram. “Ainda fazendo exigência?” Ele circulou seu clitóris
repetidamente com o polegar calejado, parando cada vez que ela começava a tremer.
Mudando   as   pernas   incansavelmente,   Hope   se   sentia   como   um   banquete   colocado
diante   dele.   Choramingando   quando   ele   começou   a   movê­la   em   seu   pau   novamente,   ela   o
apertou, em desespero, a atenção em seu clitóris e as estocadas fortes a mantendo na borda.
Sacudindo a cabeça, ela o agarrou. “Implorando. Por favor, Ace. Deixe­me gozar. Por favor.”
Sua   voz   soava   baixa   e   necessitada   para   seus   próprios   ouvidos.   Ela   não   se   importava.   Ela
precisava gozar e faria qualquer coisa para conseguir que Ace a deixasse.
Ele a recompensou aplicando mais pressão em seu clitóris. “Eu gosto de como você
implora, bebê. Penso que vou ter que fazê­la implorar muito no futuro.”
Os músculos do estômago de Hope estremeceram, e seu abdômen apertou quando ele a
levou mais e mais alto. Ela não fez comentários sobre sua referência ao futuro, extasiada que ele
até mesmo tivesse pensado sobre isso. “Quando eu — Oh! Quando eu me acostumar com isso,
não vai ser tão fácil me fazer implorar. Oh! Eu vou gozar, Ace.”
“Eu sei, bebê. Goza para mim.”
Seu   corpo   apertou   quando   ela   gozou,   o   prazer   não   tão   acentuado   quanto   na   noite
anterior, mas a ondulação lenta e quente tão satisfatória quanto. Enquanto ainda no auge do

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orgasmo,   ela   observou   o   rosto   de   Ace,   emocionando­se   quando   ele   se   empurrou
profundamente e jogou a cabeça para trás, fechando os olhos com um gemido profundo. Saber
que ela poderia dar tal prazer a ele lhe deu tanta satisfação quanto seu próprio orgasmo.
Ainda dentro dela, ele a reuniu perto, esfregando os mamilos com seu peito enquanto
inclinava sua cabeça e cobria sua boca com a dele.
Finalmente tendo a chance de tocá­lo, ela envolveu os braços ao seu redor e o puxou
para perto. Quando ele levantou a cabeça, ela enterrou o rosto em seu pescoço, fechando os
olhos enquanto ele corria as mãos de alto a baixo de suas costas. “Eu poderia ficar assim para
sempre.” Só então seu estômago roncou, e ela fez uma careta na risada de Ace.
Abraçando­a, ele escovou seu cabelo de lado para beijar seu queixo. “Eu acho que não.
É melhor eu alimentá­la antes que você se definhe para nada.”
Hope mordiscou seu ombro, brincado. “Essa é outra referência a minha estatura?”
Ace se levantou, e com as pernas ainda embrulhadas em volta dele, levou­a com ele
para o banheiro. “Preciso conseguir meu entretenimento onde posso encontrar.”
Rebolando em seu pau, Hope riu. “Eu sei como mantê­lo bastante entretido, Xerife.”
Ace se retirou e lentamente a colocou de pé. “Sim, eu acredito que sim.” Solene, ele fez
um gesto para o chuveiro. “Bebê, você significa muito para mim, mas não quero que você se
machuque. Você não é do tipo que pode me aturar por muito tempo.”
Entrando no chuveiro, Hope sorriu. “Isso é o que você pensa. Venha se juntar a mim.
Eu vou lavá­lo.”
Ace se livrou do preservativo e sacudiu a cabeça. “Não. Eu vou tomar banho no outro
banheiro. Fique à vontade. Eu te encontro na cozinha.”
Hope   assentiu   tristemente   e   o   observou   sair,   já   sentindo   a   distância.   Cada   vez   que
pareciam estar ficando mais íntimos, Ace colocava esse muro entre eles, e ela não conseguia
deixar de se pergunta por que ele pensava que ela ia ficar cansada de sua possessividade.
Ela ajustou o spray e começou a se lavar. Se ela se apressasse, poderia falar com Law e
Zach antes de Ace terminar seu banho. Talvez eles pudessem lhe dar algumas das respostas que
ela precisava.

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* * * * *

Ela não teve tempo para secar o cabelo, nem mesmo saber se Ace tinha um secador, e
correu para a cozinha. Ela sorriu quando Zach a encontrou na porta com xícara de café. “Ah,
um homem segundo meu coração.”
Zach sorriu e fez um gesto em direção à mesa onde ele e Law tinham um grande café da
manhã à espera. “Não deixe Ace ouvir você dizer isso. Ele ia começar a me bater, e eu odiaria
ter que machucá­lo.”
Law se virou do fogão, levando uma grande panela cheia de ovos mexidos. “Bom dia,
querida. Estou esperando ele vir e  me  bater por ter enfiado minha cabeça esta manhã. Sinto
muito, Hope. Eu não sabia que você estava aqui.”
Zach puxou uma cadeira para ela e começou a empilhar os ovos em seu prato. “Ace
nunca traz mulheres para casa. Nenhum de nós fazemos. Eu acho que é melhor nós termos
aquela casa construída rápido. Parece que você pode estar morando aqui em breve.”
Hope olhou de um para o outro. “Que casa?”
Zach sorriu. “Nós compramos metade da propriedade do velho Sheldon. Ainda há uma
casa lá, mas conseguimos obter a terra dividida, então estamos levando a metade desocupada.”
“O Sr. Sheldon era o dono da sorveteria, não é? Foi ele quem perguntou a minha mãe
como ela podia ir à igreja quando vivia em pecado com três homens. Fodido idiota.”
Zach assentiu, o rosto sombrio. “Sim, ele não era a mais agradável das pessoas. Eu
sentia pena de sua esposa e filhos, no entanto. Quando o tiramos do negócio, eles sofreram
também. Sua esposa era uma mulher agradável, um pouco tímida, e sempre nos perguntamos
se ele batia nela. Ela negou cada vez que um de nós perguntou. Ace conversava muito com ela,
mas ela não quis ficar para trás quando seu marido foi obrigado a sair da cidade.”
Hope ainda era  muito  jovem  para se  lembrar  de  muita  coisa sobre  isso, mas  podia
muito bem se lembrar de sua mãe chorando e da indignação de seus pais. “E sobre a casa? Eles
não querem vendê­la?”

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Law trouxe um prato cheio de torradas. “O advogado disse que não estava à venda
ainda, pelo menos até que descubram o que eles querem fazer com ela. O velho Sheldon nunca
voltaria para Desire, então vamos continuar a pressionar até que eles nos vendam a coisa toda.”
Zach  passou  manteiga  em   um  pedaço   de   torrada  e   entregou   a  ela.  “Enquanto  isso,
temos   um   arquiteto   elaborando   alguns   planos.   Vamos   ter   Boone,   Chase   e   os   Madisons   a
construindo para nós. Temos que sair daqui para dar a você e Ace um pouco de privacidade.”
Hope   tomou   um   gole   de   café   e   sacudiu   a   cabeça.   “Não   sei.   Eu   gostaria   de   poder
acreditar nisso. Mas seu irmão é o homem mais cabeça­dura que eu conheço.”
Zach se sentou e encheu seu próprio prato. “Você tem esse direito, mas você passou a
noite. Isso tem que significar alguma coisa.”
“Sim,   significa   que   ambos   caímos   no   sono.”   O   tom   áspero   de   Ace   apunhalou   seu
coração. Ele alcançou através da mesa para seu café e o tomou. “Não fiquem enchendo sua
cabeça. Ela já vai se machucar como está. Isso é sobre mim. Não o torne pior. Eu recebi um
telefonema   e   tenho   que   sair.   Alguém   disparou   em   algumas   janelas   na   cidade.   Parece   que
começaram com o clube dos homens de depois foram para o seu, Hope.” Quando todos eles se
levantaram, horrorizados, ele jogou o casaco para Hope. “Vamos. Seus pais já estão no clube
limpando a bagunça.”
Hope assentiu e se apressou para colocar o casaco e os sapatos. A meio caminho para a
porta, ela olhou por cima do ombro e viu Law e Zach a olhando tristemente. “Adeus. Obrigada
pelo café da manhã.”
Zach   levantou   a   mão.   “Da   próxima   vez   talvez   você   tenha   a   chance   de   comê­lo.
Estaremos lá em alguns minutos para ajudá­la a limpar.”
Ace a apressou com uma mão em suas costas. “Vamos.”

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Capítulo Doze
Furioso que não podia ficar para ajudá­la, Ace tirou fotos e deixou seus agentes, Linc e
Rafe,  para   trás   à  procura  de  balas,  enquanto   ele   atravessava  a  rua   para  o  Club   Desire  para
investigar os danos lá.
Felizmente, Hope e Charity tinham bastante ajuda para limpar o vidro. Dois de seus
pais, Garrett e Drew Sanderson, vieram para ajudar, deixando Finn na lanchonete com sua mãe.
Clay e Rio Erickson vieram para ajudar, espantando as mulheres fora do caminho, justo quando
Law e Zach entraram pela porta com Beau logo atrás deles.
Sloane, Cole e Brett Madison tiraram as medidas para substituir as janelas, enquanto
Boone e Chase faziam o mesmo do outro lado da rua no clube dos homens.
Desde que ambos os clubes estavam fechados e, felizmente, vazios quando aconteceu,
ninguém   tinha   se   machucado,   mas   Ace   não   conseguia   conter   sua   fúria   que   isso   tivesse
acontecido na porra da sua cidade e como alguém poderia facilmente ter sido ferido.
O fato de que ninguém viu nada, mas que várias pessoas ouviram o que parecia com
um rugido de caminhão o irritava ainda mais. O tiroteio ocorreu nas primeiras horas da manhã,
quando a maioria das pessoas ainda estavam confortavelmente em suas camas, e quando foram
verificar, o atirador já tinha ido.

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Levou várias horas antes que ele pudesse voltar para Hope, longas horas que ele odiou
estar longe dela. Rafe e Linc lhe garantiram que o clube tinha sido limpo e que estava seguro, e
que tinham enviado Hope e Charity de volta para seu apartamento.
Pensamentos do que poderia ter acontecido se uma delas estivesse dentro do clube no
momento em que algum idiota disparou nas janelas passou por sua mente o dia todo. Ele lutou
uma batalha constante para não ir até Hope, jogá­la sobre o ombro, e levá­la para seu rancho
onde estaria segura.
Nesse humor, ele não tinha nada que ir para ela, mas não ia sossegar até que visse por si
mesmo que ela estava bem.
Ele faria uma visita rápida, e então obteria o inferno longe dela. Ter isso acontecendo
quando a intimidade de dormir com ela e segurá­la nos braços a noite toda ainda estava fresca,
ele não confiava nada em si mesmo. Ele queria assustá­la, não apavorá­la com seu humor negro
e mau temperamento.
O sol tinha começado a descer quando ele parou na frente da lanchonete. Ele desligou o
motor e se ficou sentado lá, forçando­se a se acalmar antes de subir até o apartamento de Hope.
Ele não tinha dormido muito na noite anterior. Quando tinha saído do chuveiro, ele a
encontrara   profundamente   adormecida   e   ganhara   nada   mais   do   que   um   grunhido   quando
tentara acordá­la para comer. Enquanto ela dormia pacificamente ao seu lado, ele passara a
maior parte da noite observando­a. Quando ela o abraçara como se tentando se aproximar, ele a
erguera com cuidado para deitá­la em cima dele, esperando que o movimento não a acordasse,
não muito certo de como explicaria que ele a queria ainda mais perto.
Ele queria muito tomar banho com ela, quase insistira nisso, mas na suave manhã, o
olhar recém­feito­amor em seu rosto apertou um punho ao redor de seu coração. A intimidade
de   ter   dormido   com   ela   e   feito   amor   com   ela   novamente   pairava   no   ar,   e   ele   precisava
desesperadamente fugir dela para reconstruir a porra do muro que ela continuava derrubando
à vontade.
Com   sua   personalidade   borbulhantes   e   atitude   endiabrada,   ela   de   alguma   forma
iluminava alguns dos lugares escuros dentro dele e aquecia partes dele que tinham estado frias
por mais tempo do que ele gostaria de se lembrar.

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Medo do que poderia ter acontecido com ela pesava como um bloco entalhado de gelo
em seu estômago. Ele poderia tê­la perdido tão facilmente, e ela nunca teria ficado sabendo o
que significava para ele. Sua necessidade de dominá­la, para que soubesse que pertencia a ele,
para tê­la focada somente nele, atava seu estômago e ao mesmo tempo agitava sua virilha.
Abrindo   a   porta,   ele   respirou   fundo   o   ar   frio   da   noite,   tentando   forçar   de   volta   as
imagens eróticas correndo em sua mente. Se ele fizesse com ela o que queria agora, ela correria
gritando pela noite.
“Ei, Xerife.”
Chicoteando a cabeça ao redor, Ace olhou para o rosto amado de Hope. Instável que
estivesse tão perdido em seus pensamentos que ela tivesse conseguido se esgueirar até ele, ele a
puxou contra ele. “O que você está fazendo aqui fora?”

* * * * *

Surpresa com seu tom, Hope, ainda assim, se aconchegou nele. “Eu olhei pela janela e te
vi. O que você está fazendo sentando aqui? Você já comeu?”
“Eu peguei um sanduíche. Eu falei com Cole Madison. Ele me disse que substituíram as
janelas. Você e Charity estão bem?”
Hope sorriu e tentou rastejar em seu colo, mas o volante a impediu. “Sim, estamos bem.
Foi só vidro. Mas Beau veio para verificar Charity.” Ela saltou, assustada quando Ace a agarrou
pelos ombros não­muito­gentilmente e se levantou, inclinando­se sobre ela ameaçadoramente.
“Não foi só vidro. Você poderia ter se machucado, porra. Você não leva nada a sério? Se
você estivesse dentro do clube —”
Hope empurrou nele. “Mas eu não estava, não é? Ninguém estava. Nossa, eu poderia
ter sido atingida por um raio quando tivemos aquela tempestade na semana passada, mas não
fui. Anime­se, pelo amor de Deus.”
Ace a ergueu fora de seus pés, sacudiu­a uma vez e com uma maldição, colocou­a de
volta no chão. “Você não entende essa porra, não é? Isso é tudo algum tipo de jogo para você.

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Não   é   mesmo.   Você   poderia   ter   se   machucado.   Ou   pior,   droga.   Você   não   percebe   o   quão
facilmente você poderia ter sido tirada de — foda­se.”
Hope agarrou seu braço quando ele teria se virado. “Tirada de você? É disso que você
tem medo? É por isso que me mantém no comprimento do braço e se recusa a ceder ao que você
realmente quer? Você acha que vou deixá­lo como sua mãe deixou seu pai, não é?”
Ace descartou sua mão. “Você não sabe do que diabo está falando. Eu te dei o sexo
bizarro que você queria, não foi? Não era isso que você queria de mim, Hope?”
Ela ofegou na lâmina fria de dor que cortou seu estômago, mas não foi nada comparado
com   a   angústia   nos   olhos   de   Ace.   Com   percepção   repentina,   ela   percebeu   que   ele   estava
fazendo seu melhor para afastá­la. Novamente.
“Você sabe melhor do que isso, Ace.”
O grande e mau xerife, tinha um ponto fraco. Ela.
Ela tinha falado com Law e Zach enquanto  a ajudavam  na limpeza hoje, e eles  lhe
disseram   que   ele   não  se  deixava   chegar   muito   perto  de   ninguém,  exceto   seu   pai  e  irmãos,
mantendo todas as mulheres à distância.
Fodê­las era uma coisa, mas a intimidade de realmente passar a noite embrulhados nos
braços um do outro, era outra completamente diferente.
Uma vez que ela olhou suas ações a partir dessa perspectiva, as coisas fizeram muito
mais sentido.
O fato de que ele havia tentado protegê­la de seus desejos escuros, apenas reforçava sua
crença de que ele a amava. Ele ainda não acreditava que ela precisava desesperadamente dele
exatamente do jeito que era, e ela sabia pelo olhar em seu rosto que não tinha muito tempo para
convencê­lo.
Sabendo o quanto iria irritá­lo, ela manteve seu tom brincalhão. “Você gostou de jogar
também, não é, querido? Por que não voltamos para sua casa e jogamos esta noite? Law e Zach
já me disseram que têm planos para hoje e não vão estar em casa até amanhã de manhã.”
Ace sacudiu a cabeça asperamente. “Não. Eu só vim para verificá­la. Mandei Linc para
casa mais cedo para dormir um pouco porque ele vai estar trabalhando até tarde hoje. Vou

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cobri­lo às três da manhã, então vou pra casa descansar um pouco. Vou estar ocupado tentando
encontrar quem está fazendo isso. Talvez seja melhor acabarmos com isso agora.”
Se ela não o conhecesse tão bem, teria caído de joelhos em agonia em sua demissão.
Entendendo seus motivos, ela concordou. “Claro, Ace. Quando você quiser jogar, me avise.”
O olhar atordoado em seu rosto em sua aceitação fácil e o flash de dor que se seguiu
confirmou  o que  Hope  já sabia. Limpando  a garganta, ele  rapidamente  o mascarou,  e suas
feições de tornaram puro granito.
“Adeus, Hope.”
Hope não se moveu enquanto o assistia ir embora. Seu coração pesado enquanto olhava
para ele até que o perdeu de vista. Só então correr para dentro para chamar Law.

* * * * *

Quase quarenta e cinco minutos depois, ela estremeceu de nervoso quando parou na
casa  de   Ace   no  momento   em  que  Law   e  Zach  se   afastavam.  Ela   saiu   e  fechou   a  porta   tão
silenciosamente quanto possível e correu para Law, pulou na borda corrente, e se debruçou
para beijar seu rosto. “Obrigada.”
Law riu. “Ele tomou banho e foi direto para a cama. Deve estar dormindo agora. Espero
que ele tenha ouvido o caminhão e não seu carro, mas é melhor sairmos daqui antes que ele
acorde ou se pergunte por que estamos demorando tanto para sair.”
Zach sorriu. “Boa sorte, querida. Não estaremos em casa até amanhã ao meio­dia.”
Hope acenou e fez seu caminho para a porta da frente, grata por Law e Zach deixarem a
luz da varanda acesa. Ela desceu a estreita passagem para a varanda de madeira, fazendo uma
careta quando um dos degraus rangeram. E congelou, quase sem respirar enquanto esperava
para ver se Ace viria correndo com a arma. Quando ele não fez, ela continuou, grata de que
nenhuma das outras tábuas fizesse qualquer ruído.
A Senhora Sorte deve ter estado do seu lado, pois a porta de tela não fez nenhum som
quando ela lentamente a abriu. Não teve tanta sorte com a porta da frente, mas esperou que o
leve som não tivesse sido suficiente para acordá­lo.
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Ela   colocou   a   bolsa   no   sofá   antes   de   silenciosamente   tirar   os   sapatos   e   jaqueta.
Mordendo o lábio, ela decidiu que era melhor se despir aqui onde não iria acordá­lo.
Ela queria que ele acordasse e a encontrasse nua em sua cama, com os lábios sobre seu
pênis.
A   excitação   que   chiava   desde   que   falara   com   Law   antes   se   fortaleceu   enquanto   se
despia, e ela mal podia esperar para surpreender o xerife.

* * * * *

Ace ouviu seus irmãos partirem e se virou para o lado, sabendo que não conseguiria
dormir esta noite. Pensamentos sobre Hope mantinham seu pau duro, sua mente correndo, e
fazendo o sono impossível. Ele tinha tomado a decisão certa em não tê­la vindo aqui esta noite,
porém.   Ver   aquelas   janelas   quebradas   e   as   balas   que   Rafe   tinha   encontrado   o   fez   querer
envolver­se em torno dela para protegê­la do resto do mundo. Sua raiva com o que poderia ter
acontecido o fez querer fodê­la longa e profundamente, sentir seu tremor ao redor dele, ouvir os
sons doces que ela fazia. Ele precisava senti­la selvagem em seus braços, segura e feliz, e muito
viva.
Ela lhe pertencia, e ele nem sequer pôde ficar para ajudá­la na limpeza.
Foda­se.
Batendo no travesseiro, ele virou novamente, ficando quieto quando ouviu um rangido.
Vivia nesta casa há vinte e cinco anos e sabia que tinha vindo do segundo degrau da varanda da
frente.
Sentando­se,  ele  atirou o lençol de  lado  e silenciosamente  pegou a arma  do  criado­
mudo. A raiva dentro dele virou gelo quando ouviu a porta da frente ser aberta.
Eles   raramente   trancavam   as   portas   por   aqui,   mas   começaram   meses   atrás   quando
alguns problemas apareceram na cidade. Evidentemente, Law e Zach esqueceram de trancá­la
quando saíram, e alguém tinha ficado esperado do lado de fora.

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Ele  levantou,  evitando  automaticamente  as  tábuas   que   rangiam  em  seu   quarto  e   se
moveu silenciosamente para a porta. Felizmente, seus olhos há muito tempo tinham se ajustado
à escuridão e ele sabia onde cada peça de mobília estava em sua casa.
Entreabrindo a porta, ele ouviu atentamente, parando quando ouviu o que parecia um
farfalhar de roupas. Mal conseguindo sufocar uma risada quando ouviu uma pancada e uma
fala mansa, mas inventiva, amaldiçoando.
Hope.
Ele conheceria essa voz em qualquer lugar. A extensão de seu alívio quase o trouxe de
joelhos. Cerrando a mandíbula, ele se virou para abrir a gaveta da cômoda, colocar a segurança
de volta, e guardar a arma dentro. Prendendo o fôlego, ele fechou­a de novo e se moveu para
ficar atrás da porta. Ele deveria saber que ela não desistiria tão fácil. Se ele não estivesse tão
irritado, poderia ter visto, mas ele estava pronto para acreditar no pior. Afinal, ele tinha estado
esperado por isso, não tinha?
Sua própria excitação feroz e o humor negro que o atormentava garantia uma noite que
ela nunca iria esquecer.
Ele respirou fundo quando a porta do quarto se abriu lentamente. Estava mais do que
pronto para ela.

* * * * *

Nua e já excitada, Hope na ponta­dos­pés entrou no quarto de Ace, prendendo o fôlego
quando silenciosamente se aproximou da cama. Ela não podia nem ver sua mão na frente do
rosto e teve que sentir seu caminho, esperando como o inferno não se chocar em mais nada. O
dedão do pé doía de batê­lo no pé do sofá, e não queria acordar Ace por batê­lo de novo na
cama.
Dando pequenos passos, estendeu a mão à sua frente, tateando pela cama. Ela sorriu em
antecipação quando sua mão tocou a colcha.
Uma faixa dura veio ao redor de sua cintura, erguendo­a fora do chão, assustando­a
tanto que ela gritou por Ace.
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“O que temos aqui?” A voz profunda vibrou em seu  ouvido, enviando  um calafrio
através dela.
Com o coração batendo quase fora do peito, ela se afundou contra ele em alívio, sua
pulsação   disparando   quando   o   fato   dele   a   segurando   contra   seu   corpo   duro   nu   penetrou.
“Droga, Ace. Você assustou o inferno fora de mim. Eu pensei alguém tivesse invadido aqui.”
A outra mão deslizou por seu corpo dos seios até sua fenda. “Alguém invadiu. Um
alguém muito nu arrombou minha casa no meio da noite. Tenho que lidar duramente com ela.” 
Ela se meneou contra ele, as coxas já revestidas com seus sucos, ofegando quando ele
deslizou um dedo dela. “Sim.”
“Eu não queria sujeitá­la a meu humor esta noite. Você simplesmente não podia deixar
isso assim, não é mesmo? Esta é sua última chance de dar o fora daqui.”
Caindo   a   cabeça   contra   seu   ombro,   ela   rebolou   o   traseiro   contra   o   pau   duro   que
empurrava contra ele. E apoiou os pés contra seus joelhos quando o dedo começou a se mover.
“Eu quero tudo de você, Ace. Não apenas pequenas partes. Posso lidar com você, Xerife, em
todos os seus humores. E não estou indo a lugar nenhum.”
“Vamos ter que ver isso, então. Se você ficar, você vai me dar cada fodida coisa que eu
quero.”
Conhecendo­o bem, Hope virou o rosto para beijar seu queixo. “Você não espera que eu
torne isso fácil para você, não é? Se você quiser minha submissão, cara durão, você vai ter que
ganhá­la. Você vai ter que tomá­la.”
Ele tirou o dedo de sua fenda, correndo­o pelo centro de seu corpo e deixando um
rastro úmido. “Meu prazer.”
Tremendo   de   emoção,   Hope   guinchou   quando   ele   se   virou   e   sentou   na   beirada   da
cama, jogando­a facilmente sobre o colo. Sem uma palavra, ele começou a espancá­la, vários
bofetões afiados em fila.
Hope gritou, chutando as pernas. “Por que você está me espancando?” Desconcertada
que não pudesse ver nada. Ela poderia muito bem estar vendada.

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Ace   fez   uma   pausa   para   esfregar   suas   nádegas,   espalhando   o   calor   e   fazendo­a   se
contorcer em seu colo. “Eu não tenho que ter uma razão, eu faço, exceto que eu amo esse rabo
apertado. Isso me pertence, não é mesmo?”
Ela se deleitava em sua posição vulnerável, mas não era suficiente. Sabendo de seu
humor, Hope não podia sequer começar a imaginar que tipos de coisas ele queria fazer com ela,
mas   sua   confiança   absoluta   nele   a   compelia   a   empurrá­lo.   Por   ambos.   Suas   necessidades
selvagens   tinham   que   ser   apaziguadas,   e   nenhum   deles   ficaria   satisfeito   até   que   ambos   se
soltassem completamente. Ela queria, precisava, que ele tomasse o que queria dela e a fizesse se
submeter a cada uma de suas demandas.
Com sua cobiça por ele malditamente perto  da fúria sem controle, queimando  mais
quente do que o calor da surra se estendendo por sua fenda, ela fez algo garantido para acordar
a besta dominante dentro dele.
Ela mordeu sua perna. Forte.
“Sua pirralha!” Ele a espancou com mais força, vários bofetões nítidos por todo o seu
traseiro até que ela soltou. “Você está realmente em apuros agora. Eu juro, você puxaria até o
rabo   de   um   leão.”   Levantando­se,   ele   a   ergueu   sobre   o   ombro   e   virou   em   torno   da   cama,
jogando­a sem cerimônia  sobre  ela.  Com uma  mão  em  sua barriga,  ele  a segurou no  lugar
enquanto acendia a pequena luminária em cima do criado­mudo e começava a vasculhar na
gaveta. “Você vai aprender a não puxar essa merda comigo.”
Hope lutou contra ele, sua luxúria espiralando fora de controle quando ele rapidamente
prendeu suas mãos acima da cabeça. “Isso é o que você pensa. Eu não tenho medo de você.” Ela
lutou   para   se   libertar   de   suas   amarras,   sabendo   que   ficaria   seriamente   desapontada   se
conseguisse fazê­lo. O tempo todo, observando Ace enquanto ele ia até o armário para pegar
uma mochila.
Ele a trouxe, deixando­a no chão ao lado da cama, e começou a tirar as coisas de dentro
e colocar perto de seus pés. “Vamos ver que boca espertinha você tem quando estiver cheia de
pau.”
Hope sorriu. “Sim, sim, sim. Você ameaçou isso antes, e eu sequer tive um gosto. Você
está cheio de merda.”

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A afronta atordoada em seu rosto foi impagável. Sua mandíbula apertou enquanto ele
alcançava na bolsa de novo. “Eu estou fodendo cada buraco que você tem hoje. Você vai estar
usando essa boca espertinha para implorar daqui a pouco.”
“Foda­se.”
“Não,   querida.   Vou   foder  você.”   Ele   venceu   suas   lutas   com   facilidade   alarmante,
prendendo seus dois tornozelos em uma barra de extensão, eficazmente mantendo­os cerca de
três pés de distância.
Hope gritou, debatendo­se e  o socando  quando  ele desamarrou  seus  pulsos. A  luta
fazendo com que a colcha se agrupasse e esfregasse contra sua fenda, deixando­a ainda mais
selvagem. Ela estapeou o peito nu de Ace quando ele segurou um de seus pulsos para anexar
uma munhequeira nele. Vendo o gancho no punho, ela soube o que ele planejava e lutou mais.
“Solte­me, seu filho da puta.”
Ace riu enquanto levantava a barra de extensão com uma mão e prendia a munhequeira
nela. “Você teve sua chance e não a tomou. Depois desta noite, você não vai ser tão rápida em
me provocar.”
Seu pulso e pernas tinham sido anexados à mesma barra de extensão, deixando­a quase
imóvel.   Desesperada   agora,   e   com   sua   fenda   vazando   mais   umidade   do   que   nunca,   ela   o
esmurrou no estômago com a outra mão antes que ele pudesse agarrá­la.
Ace riu de novo. “Você luta como uma garotinha.”
Hope amaldiçoou quando ele conseguiu prender a munhequeira em seu outro pulso e
enganchá­lo na barra de extensão. “Eu vou pagar isso na mesma moeda.”
Ace puxou o travesseiro sob sua cabeça e se levantou, colocando­o na beirada da cama.
“Estou morrendo de medo. Venha cá e vamos ver se não podemos fazer algo sobre essa boca.”
Ele a arrastou facilmente para o lado da cama e colocou sua cabeça no travesseiro. Segurando a
barra de extensão alta e controlando seus braços e pernas com uma mão.
Ele agarrou algo aos pés da cama. “Agora você vai ser uma boa menina e chupar meu
pau até que eu goze. Se seus dentes tocarem meu pau, sua boceta vai arder como o inferno.”
Suas lutas se provavam inúteis, mas ela congelou em suas palavras e olhou para vê­lo
segurando o pequeno chicote que tinha usado na outra noite. “Você vai chicotear meu clitóris?”

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“E sua bunda. Até que eu goze. Vai doer como o inferno se você usar esses dentes.
Vamos ver o quão boa você é com essa boca.”
Tremendo de excitação, Hope ainda não conseguiu resistir lutar. Ele já havia provado
ser um adversário mais do que capaz, e ela se emocionou que o nível de tensão erótica no
quarto tivesse disparado. “Eu não vou chupar seu pau.”
Ace arqueou uma sobrancelha e riu novamente, o tom baixo e conhecedor dirigindo­a
selvagem. “Sim, você vai. Agora. Abra bem para que eu possa foder essa sua boca espertinha.”
O   pênis   tocou   seu   rosto   e   ela   automaticamente   se   virou   para   ele,   lembrando­se   no
último segundo de manter a boca fechada. Quando o chicote desceu duro em seu clitóris, ela
gritou, lhe dando a oportunidade que ele precisava.
Com a cabeça na beirada da cama e Ace de pé acima dela, Hope fechou os lábios ao
redor da cabeça de seu pau quando ele o empurrou em sua boca, gemendo quando o agulhão
afiado em seu clitóris se estendeu.
“Chupa.”
Outra batida afiada em seu clitóris e ela soube que estava perdida.
Ele não bateu com força, mas agora que seu clitóris queimava, ele nem precisava. O
toque mínimo mantinha sua atenção focada lá, o que tornava difícil se concentrar em chupá­lo.
Cada vez que ela perdia a concentração, ele batia em seu clitóris novamente.
Saboreando a umidade que vazava da ponta, Hope chupou avidamente enquanto ele
acariciava quase até sua garganta. Ela não tinha escolha, de qualquer maneira, o que enviava
sua excitação crescente. Forçada a servi­lo dessa maneira, dele usar sua boca para seu prazer,
lhe dava a liberdade de se soltar, a liberdade que ela encontrara apenas com ele.
Graças a Deus que ele a entendia tão bem.
Quando as formigadas em seu clitóris começaram a desvanecer, ela parou de chupar e
usou a língua. Outra batida afiada em seu clitóris a teve gemendo ao redor seu calor espesso.
“Eu disse chupar. Mostre­me o que você pode fazer com essa boca inteligente. Que está
boa e quieta agora. Talvez você precise ter sua boca cheia de pau mais frequentemente.” Ele
começou a se mover novamente com estocadas lentas e curtas contra sua língua.

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A necessidade de desafiá­lo ainda a persuadiu a raspar os dentes sobre ele. Sorrindo ao
redor de seu pênis quando ele silvou, ela não estava preparada quando ele empurrou a barra
mais perto de seu peito e bateu a ponta do chicote em seu buraco traseiro e, surpreendendo o
inferno fora dela, seguiu rapidamente com outro em seu clitóris. “Se você não quer meus dentes
em seu clitóris, é melhor não fazer isso de novo.”
Hope   gemeu,   chupando­o   novamente,   desesperada   para   fazê­lo   gozar.   Sua   fenda
vibrava ardentemente do clitóris até sua bunda, uma sensação que nunca tinha experimentado
antes e que ameaçava sua sanidade. A necessidade de fechar as pernas e esfregar as coxas a
tinha lutando novamente, só para ofegar quando o final do chicote circulou a abertura de sua
boceta.
“Você gosta de brincar com fogo, não é, bebê? Sim, isso. Chupe um pouco mais forte.
Essa é uma menina.” Ele se debruçou ligeiramente sobre ela, com seus golpes cada vez mais
profundos. “Essa é uma boa menina. Mantenha esses lábios bem fechados em torno de mim.
Quando eu gozar, quero que você trague cada gota.”
Hope estremeceu quando ele traçou o final do chicote sobre seu clitóris, provocando­a
impiedosamente quando ela o chupou profundamente. Estimulada por seus gemidos baixos e a
rouquidão torturada em sua voz, ela gemeu, emocionada quando seu pênis saltou na vibração.
Seu gemido profundo lhe deu um aviso de uma fração de segundo antes de seu pênis
saltar novamente e encher a boca dela com sua semente.
Ela engoliu avidamente, sugando­o suavemente enquanto seu grande corpo estremecia.
Nem   um   pouco   tímido   em   mostrar   seu   prazer,   ele   gemeu   longo   e   baixo   enquanto
gozava em sua garganta. Fazendo­a desejar seu próprio orgasmo ainda mais. Quando ele se
retirou de sua boca, ela tentou seguir, mas ele segurou a barra firmemente, não lhe permitindo.
Ele soltou o chicote e correu a mão por seus seios. “Você é boa pra caralho nisso. Vamos
ver o quão boa você é em ficar quieta.”
Arqueando   em   seu   toque,   Hope   gemeu.   “Eu   não   sou   boa   nisso.   Faça­me   gozar.”
Aproveitando­se de seu lapso momentâneo de atenção, ela dobrou os joelhos e esfregou a barra
de extensão contra seu clitóris. Com seu clitóris já quente e formigando, o primeiro toque da
barra lisa se sentiu incrível. Mantendo as pernas dobradas, ela usou os pulsos para controlar a

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barra e começou a movê­la para trás e para frente sobre o pacote inchado de nervos. Oh, Deus.
Tão perto.
“Inacreditável­porra!”   Ace   puxou   a   barra   alta   novamente,   ignorando   seu   grito   de
indignação. “Você não tem a porra da paciência mesmo, não é? Vai demorar bastante antes de
você conseguir gozar, pirralha.” Com uma mão sob seu traseiro e a outra sob seus ombros, ele a
ergueu mais uma vez, virando­a completamente ao redor até que sua bunda estava na beirada
da cama.
Uma vez que a acomodou no lugar, ele ergueu a barra novamente e pegou o chicote. E
bateu em seu buraco apertado fortemente uma vez. “Você acha que vai se safar de esfregar seu
clitóris? Você não goza até que eu diga que pode gozar.”
Hope engasgou na picada em seu buraco traseiro, o que rapidamente se transformou
em calor escaldante. Mordendo o lábio, ela esperou sem fôlego pela batida em seu clitóris. E
lutou para esconder dele o conhecimento de que mais uma batida e a enviaria sobre a borda. Se
ele soubesse, ele nunca lhe daria. Seus olhos se arregalaram em choque quando ele riu e jogou o
chicote de lado.
“Você não pensou que eu ia deixá­la gozar tão cedo, não é? Eu nem sequer brinquei
com esses pequenos mamilos sensíveis ainda.”
Necessidade a agarrou, uma força tão grande que ela não tinha nenhuma esperança de
segurá­la de volta. Só ele poderia fazer isso. Ela sabia que ele seria um amante dominante, mas
não contava com ele controlando seus orgasmos tão completamente. Contorcendo­se inquieta,
ela estremeceu ao vê­lo chegar em sua bolsa de instrumentos de tortura.
Ele se endireitou, rindo de seu olhar de espanto quando ele levantou uma pena longa.
“Não é o que você estava esperando?” Segurando a barra para manter seus braços e pernas fora
do caminho, ele arrastou a pena levemente sobre o interior de suas coxas, os olhos queimando
em seus gemidos. “Você sabe o que faz para mim vê­la desse jeito?” Ele arrastou a pena por seu
corpo para sacudi­la de um lado para o outro sobre seus mamilos. “Você faria qualquer coisa
para ser fodida agora, não é? Qualquer coisa por um pequeno golpe em seu clitóris?”
Hope balançou os quadris, seus gritos desesperados agora. “Ace, foda­me, maldito.”

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Ace soltou a pena e entregou três bofetadas afiadas em sua fenda, uma delas atingindo
seu clitóris, rindo quando ela clamou. “Você não está em posição de exigir nada, pirralha.”
Debatendo­se   ainda   mais,   Hope   ofegou   através   da   série   de   pequenas   explosões   de
prazer que irradiavam de seu clitóris. Seus mamilos estavam eretos, implorando pela atenção
de Ace. Seus sucos fluíam, sua excitação mantida em tal borda afiada por tanto tempo que doía.
“Ace,  não  mais.  Não  aguento   mais.” Ela  se  debateu  de   um  lado   para  o  outro, lágrimas   de
frustração obscurecendo sua visão. Ouvindo o rasgo de chapa, ela estremeceu de alívio e baixou
o olhar.
Os olhos de Ace encontraram os dela enquanto ele rolava um preservativo, e com um
arranque, ela percebeu que ele tinha tirado a barra. Seus olhos se estreitaram. “Você não se
atreva   a   se   mover.”   Assim   que   terminou,   ele   agarrou   a   barra   novamente   e   soltou   seus
tornozelos. “Solte suas pernas e trabalhe as torções fora.”
Hope   obedeceu   imediatamente,   frustrada   que   Ace   se   posicionou   entre   suas   coxas,
eficazmente a impedindo de esfregá­las. Ela não conseguiu parar de gemer quando ele ergueu
seu   traseiro   mais   completamente   sobre   o   travesseiro   e   se   inclinou   sobre   ela,   tomando   um
mamilo entre os dentes enquanto erguia a barra acima de sua cabeça e soltava seus pulsos. Ela
ouviu   a   barra   bater   no   chão   e   imediatamente   afundou   os   dedos   em   seu   cabelo   espesso,
ofegando quando sentiu a cabeça do pênis na entrada de sua boceta.
Erguendo a cabeça, ele beliscou suavemente seu outro seio antes de recuar para olhar
para ela e segurar seus quadris firmemente. “Goza para mim.”
Hope   estremeceu   desamparada   agora,   os   olhos   presos   por   seu   olhar   encoberto
enquanto   ele   a   enchia   completamente,   desencadeando   seu   orgasmo   com   uma   estocada
deliberada.
Ela   gritou   silenciosamente   enquanto   gozava   duro,   o   choque   roubando   seu   fôlego.
Tragando   pelo  ar,  ela  gritou  novamente,  um  grito  de  alívio   e  felicidade   inimaginável.  Seus
gritos continuaram quando Ace tocou seu clitóris com movimentos leves e plumosos que o
fizeram pulsar em êxtase. Embrulhando as pernas ao seu redor, ela balançou os quadris contra
os dele, estendendo seu orgasmo até que não aguentava mais. Não até que caiu fracamente lhe
ocorreu que Ace não tinha se movido.

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Virando a cabeça, ela piscou os olhos abertos, seu corpo ainda trêmulo no rescaldo. Sua
pulsação saltou no olhar de satisfação masculina em seu rosto enquanto segurava seus quadris
altos.
“Você é tão fodidamente linda.”
Hope sorriu e arqueou, gemendo quando o pênis mudou dentro dela. “Assim como
você. Isso foi magnífico.” Ela se esticou, ofegando quando ele beliscou um mamilo.
Seus olhos se estreitaram, seus traços endureceram novamente. “Você não acha que já
terminei com você, não é? Há ainda a questão de foder esse seu rabo apertado. Você realmente
não achou que ia se sagar por se esgueirar aqui, não é mesmo, bebê?” Agarrando seus quadris
mais apertado, ele começou a se mover, estocadas longas e lisas que a tiveram se debatendo
mais uma vez. “Eu tinha minha arma. Eu poderia ter atirado em você.” Com precisão incrível,
ele   cavou   em  um  ponto  dentro  dela   que   logo   a  teve   à  beira   do  orgasmo   de  novo.  A  cada
impulso rápido, ele raiava com ela. “Nunca. Mais. Tente. Se. Esgueirar. Em. Cima. De. Mim.
Novamente.”
Inacreditavelmente, o corpo de Hope se reuniu novamente, seu desejo por ele parecia
não ter fim. Sem pensar, ela estendeu a mão para esfregar o clitóris em sua necessidade de
liberação, e seus olhos estalaram abertos quando ele estapeou sua mão, as punhaladas nunca
vacilando.
Suas feições endureceram ainda mais, a expressão tão fria quanto gelo, mas os olhos
queimando em desafio. “Quem disse que você podia se tocar? Eu acho que já é hora de você
aprender quem manda aqui.” Ele se retirou dela tão de repente, que deixou sua boceta cerrando
freneticamente   no   vazio.   E   a   virou   de   bruços   em   um   movimento   tão   rápido   que   a   deixou
atordoada. Ele a ergueu de joelhos, com o pau duro contra suas nádegas enquanto a segurava
no lugar.
Hope chutou seus pés, puxando as cobertas sobre a cama enquanto tentava escapar
para o outro lado. Ela tanto ansiava quanto temia o que ele estava prestes a fazer, mas mais uma
vez precisava dele para forçá­la. “Não. Você não vai foder minha bunda.”
“Oh, sim, bebê. Eu vou.” Puxando­a de volta, ele empurrou um dedo espesso coberto
com lubrificante em seu ânus, fazendo­a gritar em surpresa e alarme. “Você não vai poder me

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parar,   mas,   novamente,   você   não   quer,   não   é?   Você   quer   que   eu   a   tome,   que   a   force   a   se
submeter a mim, não é?”
“Não! Você não vai tomar minha bunda.” 
Ace congelou. “Hope?”
Sua bunda agarrou desesperadamente ao seu dedo quando ele o retirou. Ela precisava
tão mal que ele a levasse lá, que forçasse seu pênis dentro dela e a fizesse entregar a parte mais
privada   de   si   mesma   para   ele.   Ela   pensou   que   ele   tivesse   entendido   sua   necessidade,   mas
parecia que ele tinha que ter certeza de que seus protestos eram apenas parte de sua fantasia.
Subindo de joelhos, ela se inclinou para trás contra ele, virando a cabeça para esfregar o
rosto em seu peito. E sorriu quando seus braços vieram ao redor dela para acariciar seus seios,
afagando levemente seus mamilos. “Eu não disse V­E­R­M­E­L­H­O, disse? Mas se você quiser
minha bunda, não espere que eu torne isso fácil para você. Fode ela se puder.” Afastando­se, ela
saltou para o outro lado da cama, só para tê­lo pegando­a pelo tornozelo e puxando de volta.
Ele   deitou   em   cima   dela,   seu   peso   pressionando­a   contra   o   colchão,   facilmente
superando   suas   lutas.   “Você   acha   que   pode   escapar   de   mim,   pirralha?”   Sentando­se
ligeiramente, ele apertou mais do lubrificante na ponta dos dedos e usou as coxas duras para
espalhá­la largamente.
Hope estremeceu quando ele violou sua abertura proibida novamente e empurrou mais
do lubrificante frio dentro.
“Dois dedos. Sim, bebê. Vamos lubrificá­lo realmente bem para meu pau deslizar direto
para dentro. Eu vou abrir essa bunda bem larga e fodê­la até que você nunca mais esqueça a
quem você pertence.”
Sorrindo contra os lençóis lisos, Hope se perguntou se ele já tinha percebido com que
frequência falava de sua relação no futuro. “Grandes palavras, Xerife. Você não está fodendo ela
ainda.”
“Um pauzão entrando em uma bunda virgem. Dessa vez você vai gritar meu nome
quando gozar.” Ele se endireitou, ficou de pé ao lado da cama de novo e a puxou de joelhos.
Com   uma   grande   mão   pressionou   suas   costas   e   a   segurou   no   lugar   para   apertar   mais

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lubrificante dentro dela. “Esse pequeno rabo apertado vai queimar ao meu redor. Você vai me
implorar para foder duro.”
Chutando   nele,   Hope   tentou   continuar   lutando,   mas   a   sensação   de   seus   dedos
acariciando­a tão intimamente a roubou da razão. Quando eles se retiraram, ela choramingou,
apenas   para   clamar   quando   a   cabeça   de   seu   pênis   começou   a   pressionar   em   sua   abertura
apertada.
Tremendo, Hope lutou para aceitar sua invasão enquanto calafrios subiam e desciam
por sua espinha. “Não. Você não vai tomar minha bunda.”
Ace riu e apertou mais duro, forçando o anel apertado de músculo a se retirar. “Parece
que já estou. Foda­se, você é tão apertada. Respire, bebê. Não, mel, não aperte. Eu só tenho a
cabeça dentro. Deixe­me entrar toda a distância dentro de você.”
Seus gemidos altos soavam desesperados e necessitados até para seus próprios ouvidos
quando   ela   empunhou   as   mãos   no   lençol   e   forçou   os   músculos   a   relaxar   sob   sua   invasão
implacável. Contente de estar firmemente segura quando tentou se afastar, ela deslizou para o
mundo escuro do prazer erótico. Ela segurou o fôlego, calafrios correndo de cima a baixo de sua
espinha enquanto o pênis invadia sua bunda um centímetro espesso de cada vez.
Ela nunca se sentira tão tomada antes. O calor duro pressionando nela a fazendo se
sentir mais vulnerável e indefesa do que nunca, o domínio absoluto do que Ace fazia com ela
mais do que ela poderia jamais ter imaginado. Queimou quando ele a encheu, o sentimento de
ser tomada nunca tinha sido tão extremo quanto foi agora.
“Essa é uma boa menina. Esse pequeno rabo apertado é todo meu agora. Eu posso levá­
lo sempre que eu quiser, e não há nada que você possa fazer para me impedir.” A mão veio
para cobrir seu abdômen, os dedos espalmados largos para um cair sobre seu clitóris. “Tudo
isso é meu. Posso fazê­la gozar quando eu quiser e te negar sempre que eu optar.”
Hope   tragou   pelo   ar,   seus   gemidos  altos  e   frenéticos   quando   Ace   brincou   com  seu
clitóris,   sem   tocá­lo   o   suficiente   para   fazê­la   ultrapassar,   mas   mantendo­a   direto   na   borda.
Calafrios continuaram a atormentar seu corpo, crescendo mais forte a cada minuto. Parecia tão
estranho, tão invasivo, que ela apertou nele, lutando para impedi­lo de ir mais fundo.
“Queima. É muito grande.”

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Sua voz, uma lixa, caiu sobre ela. “Está entrando, bebê. Não vou forçar tudo em você
esta   noite,   mas   estou   fodendo   sua   bunda.   Você   não   tem   nenhuma   escolha   senão   tomá­lo,
lembra? Você não está em posição de me parar.” Ele começou a acariciar, golpes rasos que o
levaram ainda mais fundo. “Esta bunda é minha. Eu posso usá­la como eu quiser. E agora, eu
quero fodê­la. Vê como o lubrificante me faz deslizar direto dentro? Você não pode parar isso,
bebê. É meu. Quando eu estiver pronto, vou beliscar seu clitóris e fazê­la gozar bem forte. Aí
você vai ordenhar meu pau com esses músculos apertados, não vai?”
“Não.”
Ace se inclinou sobre ela, o corpo duro quente contra o dela quando ele mordeu seu
ombro. “Sim, você vai, se você quer ou não. Seu corpo vai me obedecer, ainda que você não faz.
Ainda.”
Hope estremeceu quando o pênis foi mais fundo, cada impulso lenta e suave tomando
um pouco mais dela.
Mais de sua bunda. Mais de seu coração. Mais de sua alma.
Ela se agarrou às suas palavras como uma tábua de salvação, precisando da conexão
especial de sua voz tanto quanto precisava de seu toque. Com ele em volta dela, uma mão
brincando com seu clitóris e a outra segurando um seio e levemente beliscando um mamilo, ela
o sentia em todos os lugares.
Ele a dominava tão facilmente e controlava suas respostas tão completamente, que ela
não tinha outra escolha senão render. Acariciando seu pescoço, sua respiração áspera lhe disse o
quanto isso o afetava. “Tudo meu.”
Hope   arqueou   o   pescoço   para   lhe   dar   melhor   acesso,   ofegando   quando   seu   pênis
empurrou mais fundo. “Seu, para usar como quiser.”
Ace a recompensou com um estalido em seu clitóris. “Agora esta bunda está sendo
completamente fodida.” Ele comprimiu seu mamilo antes de soltá­lo e endireitar, mantendo o
dedo em seu clitóris quando começou a empurrar. “Tão fodidamente apertado. Este rabo vai ser
muito fodido no futuro, bebê.”
Hope engoliu sua resposta quando ele começou a se mover mais rápido, a queimadura
em seu buraco ficando mais quente enquanto ele esticava e invadia sua abertura mais privada

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com uma eficácia que a sacudiu. Embora ele não tenha lhe dado todo seu pênis, o atrito e
abundância roubaram seu fôlego, até que tudo que ela podia fazer era segurar. Terminações
nervosas  vieram   à  vida sob  seu  assalto   enquanto   seus  sucos literalmente  encharcaram  suas
coxas. Tomada como nunca antes, ela gemeu alto quando ele começou a manipular seu clitóris.
“Goza, bebê. Ordenhe meu pau.”
Sobrecarregada na sensação, Hope não conseguiu mais se conter. E gritou o nome de
Ace quando o orgasmo rolou através dela, uma força que fez seu corpo chiar por toda parte.
Forçando­a a pressionar em seu pênis, e a sensação ardente de estar cheia acrescentando outra
série de pequenos orgasmos ao longo do primeiro. Os golpes implacáveis em seu clitóris tinha
sua bunda e boceta cerrando desesperadamente enquanto seus mamilos formigavam no atrito
da forragem se esfregando contra eles.
Sua cabeça girou vertiginosamente, seu corpo inteiro apanhado na onda de felicidade
que lavou sobre ela. Ela clamou fracamente quando Ace se segurou quieto, seu gemido áspero a
enchendo de satisfação que ele tivesse encontrado a suprema alegria em seu corpo.
Nenhum deles se moveu por longos minutos, sua respiração irregular os únicos sons no
quarto.
O corpo de Hope ainda tremia quando Ace se retirou e correu a mão por seu traseiro.
Ela sorriu quando seus lábios tocaram uma das bochechas de sua bunda, mas estava cansada
demais para levantar a cabeça. Ouvindo­o entrar no banheiro, ela cochilou, só para vir acordada
quando ele passou um pano quente entre suas pernas. Ela franziu a testa e tentou se afastar,
mas ele a segurou firme.
“Isso é meu agora. Fique quieta.”
Cansada demais para entender a aspereza em seu tom, Hope se aconchegado contra o
travesseiro. Ela descobriria isso amanhã.

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Capítulo Treze
Hope acordou, um pouco desorientada a princípio por se encontrar sozinha na cama de
Ace. Um brilho tênue que entrava pela janela lhe disse que era o início da manhã antes mesmo
dela olhar no relógio. Alcançando para correr a mão em seu lado da cama, ela franziu a testa ao
encontrar o lençol frio ao toque.
Sentando­se, ela olhou ao redor. “Ace?”
Sua mão roçou em seu travesseiro e tocou um pedaço de papel. Sorrindo, ela leu sua
caligrafia forte.
Fui trabalhar. Mergulhe na banheira. Ace.
Sacudindo   a   cabeça,   ela   riu   enquanto   rastejava   fora   da   cama.   Nenhum   floreio   ou
declarações doces de amor dele. Forte e direto ao ponto, como sempre. Ela se lembrou dele
dizendo algo sobre ter que trabalhar às três. Era depois das seis agora, então ele já tinha ido há
algum tempo.
E ela já sentia sua falta.
Estremecendo   do   frio,   ela   vestiu­se   rapidamente.   Já   descobrira   que   Ace   gostava   de
dormir num quarto frio, o que não a incomodava desde que ele estivesse lá para se aconchegar

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contra ele. Pela manhã, no entanto, era totalmente desconfortável. O aquecedor soprou, e ela se
perguntou se ele o tinha aumentado para ela antes de sair. Mas ainda parecia frio sem ele aqui.
A casa parecia muito vazia, então ela decidiu ir para casa e tomar seu banho. Além
disso,   ela   queria   colocar   roupas   limpas,   e   não   essas   que   estava   usando   na   noite   anterior.
Perguntando­se o que Ace diria se lhe pedisse para deixar algumas roupas aqui, ela fez uma
careta. Não queria empurrá­lo nesse momento. Ela já tinha feito progressos notáveis ao fazer o
xerife cabeça­dura ver as coisas à sua maneira, e não queria arruinar tudo. Esperaria até que ele
sugerisse.
Ela levou a nota com ela quando foi para a cozinha. Encontrando uma caneta, ela a
virou o papel e sorriu enquanto escrevia sua própria nota atrás dele. Apoiou­o ao lado do porta­
guardanapo e partiu, cuidadosa em trancar a porta atrás dela.
Enquanto dirigia para casa, ela procurou por ele nas ruas de Desire, mas não o viu.
Esperando   encontrá­lo   na   lanchonete,   ela   correu   para   chegar   lá,   sorrindo   quando   viu   sua
enorme SUV estacionada em frente. Parou no meio­fio e rapidamente desfez o cinto, sorrindo
ao vê­lo pela janela.
Ele não a tinha visto ainda, e ela queria entrar e surpreendê­lo antes que ele pudesse se
virar.
Saindo do carro, ela distraidamente notou o som de um caminhão se aproximando, mas
não tirou os olhos de Ace que falava com sua mãe. Ela começou a ir para a parte traseira de seu
carro para dar a volta nele, feliz ao ver que a lanchonete estava cheia.
Sua mãe ergueu os olhos nesse momento, e o olhar de horror em seu rosto surpreendeu
Hope. Ela parou e começou a se virar para ver o que tinha assustado tanto sua mãe, alarmada
ao ver um caminhão dirigindo muito perto dela. No instante seguinte, o espelho lateral bateu
nela, e ela saiu voando, seu corpo batendo em seu próprio carro antes de bater no chão.
Atordoada, ela ficou lá, ouvindo, enquanto o caminhão fugia, mal podendo acreditar no
que tinha acabado de acontecer. Ela ouviu gritos e o som de pés correndo enquanto tentava se
sentar, segurando a cabeça na dor latejante em sua têmpora.
“Não se mexa! Hope, Oh, Deus. Fale comigo, bebê. Onde você se machucou? Rafe, vai
atrás daquele caminhão, porra!”

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Ace, olhando como ela nunca viu antes, se inclinou sobre ela, as mãos se movendo
sobre seu corpo. Sua mãe se ajoelhou perto de sua cabeça, enquanto seus pais se amontoaram
ao redor, cada um tentando alcançá­la.
“O que aconteceu? Aquele caminhão bateu em mim?”
Sua mãe começou a chorar. “Sim. Eu vi que ele chegou muito perto. Oh, Hope. O quão
ruim você está machucada, querida?”
Seus pais começaram a falar todos de uma vez, suas vozes frenéticas enquanto todos
falavam com ela ao mesmo tempo, e ela ouviu um deles chamando a ambulância.
“Não. Estou bem. Só bati minha cabeça.” Agarrando o braço de Ace com uma mão e o
de mãe com a outra, ela tentou se sentar. “Só me ajude e vou ficar bem.”
A fúria impotente no rosto de Ace enquanto observava Rafe decolar atrás do caminhão
a teve estendendo a mão para seu braço. “Vá em frente. Eu estou bem.”
Ace   parecia   sombrio.   “Você   não   está   bem,   e   eu   não   vou   deixá­la   dessa   vez.   A
ambulância está a caminho.”
Alarmada com o número de pessoas que estava ao redor olhando para ela, Hope lutou
para se sentar novamente, frustrada por seus pais. “Deixe­me. O chão está molhado, e eu não
gosto de me sentir como uma espetáculo à parte.”
Hunter Ross olhou sobre o ombro de Ace, sua expressão dura suavizando. “Nós vamos
nos livrar de todas essas pessoas. Você está bem, querida?”
Hope assentiu, ofegando na dor. “Só uma dor de cabeça. Obrigada, Hunter.”
Ace segurou sua mão enquanto sua mãe a recolhia nos braços. Seus pais se ajoelharam
com eles enquanto esperavam a ambulância chegar, mas Hope não conseguia tirar os olhos de
Ace. Ele parecia mais duro e mais frio do que ela já tinha visto.
Ela   estremeceu   na   miséria   em   seus   olhos   quando   ele   a   olhou,   e   ela   podia   sentir   a
distância entre eles crescer a cada segundo que passava. Ela não entendeu nada disso e tentou
sorrir para ele, doendo para ele sorrir de volta para ela. Embora apertasse o aperto em sua mão,
ele desviou o olhar, como se incapaz de encontrar seus olhos.
“A ambulância está  aqui.” Curvando­se, ele  roçou seu  queixo com os lábios. “Sinto
muito, bebê.”

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Embora ele se levantasse e ficasse com ela enquanto os paramédicos a carregavam na
ambulância, ele não encontrou seus olhos novamente.

* * * * *

Horas mais tarde, o médico liberou Hope, lhe dizendo como teve sorte que não tivesse
quebrado nada. Diagnosticando­a com apenas uma concussão leve, ele a dispensou. “Eu falei
com o Dr. Hansen, e ele me garantiu que você ficaria melhor em casa, onde há várias pessoas
para cuidar de você.”
Quando sua mãe começou a avançar, Charity a mandou de volta para seu assento e se
aproximou do médico. “Eu moro com ela. Se você me der as instruções para seus cuidados, eu
terei certeza de que ela será assistida.”
Hope compartilhou um sorriso com sua mãe quando Charity bombardeou o médico
com perguntas. “O médico vai ficar feliz em se livrar de mim quando ela terminar. Onde estão
minhas roupas?”
Ela enxotou seus pais cerca de uma hora atrás, sabendo que eles precisavam voltar para
a lanchonete, que a deixaram sozinha com sua mãe e irmã.
Aceitando   as   roupas   de   sua   mãe,   ela   olhou   para   cima.   “Onde   está   Ace?”   Embora
tentasse manter a mágoa de seu tom, ela não conseguiu administrá­la. “Eu pensei que ele estaria
aqui.”
Sua mãe bateu de leve em seu braço. “Se você tivesse visto o olhar no rosto de Ace
quando te carregamos para a ambulância, você não teria que perguntar. Ele se sente culpado
como  o  inferno  que  outra  mulher  tenha se  machucado, literalmente,  sob sua  supervisão. O
enfureceu   ainda   mais   que   tenha   sido   você.   Você   viu   o   jeito   como   ele   chegou   em   você
imediatamente, mas seus pais entraram no caminho. Acho que ele percebeu que não tinha te
reivindicado ainda e isso o atingiu duro. Ele vai ter que enfrentar isso antes de vê­la novamente.
Não me surpreenderia nada descobrir que ele bateu o inferno fora de alguém antes de chegar
em casa, e que já tenha falado com seus pais sobre reivindicá­la.”

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* * * * *

Deitada no sofá, Hope passou os canais, entediada até a morte. Seus pais já tinham o
almoço pronto quando voltaram, que ela comeu com Charity e sua mãe. Depois de assegurá­los
que estava bem, sua mãe voltou relutantemente para a lanchonete. Desde então, sua mãe ou um
de seus pais vinham para verificá­la a cada hora.
Uma vez que o clube estava fechado hoje, Charity se ofereceu para jogar cartas com ela,
mas a cabeça de Hope doía muito para se concentrar, o que também significava que ela não
conseguia ler. Entediada, irritada,  e sentindo  pena de si mesma, por Ace  não  ter  ligado ou
passado   por   lá,   ela   esmurrou   a   almofada   do   encosto   e   tentou   ficar   em   uma   posição   mais
confortável.
Doía­lhe por todo lado.
Ela ainda precisava de um banho, mas não tinha vontade de se levantar para tomar um.
Sentir­se suja apenas deixava seu humor ainda pior.
Ela não culpava Charity por sair para pegar alguns filmes para assistir. Ela teria dado
uma desculpa para sair também, se tivesse que se tolerar. Ela não tinha dormido muito na casa
de Ace, e isso começava a cobrar. Quando a imagem na televisão começou a borrar, ela desligou
e fechou os olhos, decidindo tirar um cochilo enquanto esperava Charity. Sua dor de cabeça
parecia estar aliviando e não demorou muito para que ela começasse a cair no sono e sonhar
com Ace.
“Hope? Vamos, mel. Acorde. Deixe­me ver esses belos olhos castanhos.”
Hope piscou, sorrindo quando o rosto de Ace encheu sua visão, até que se lembrou.
“Seu filho da puta. Saia daqui.”
Uma das sobrancelhas de Ace subiu. “Isso é jeito de falar com seu futuro marido?” Suas
mãos escorregaram para debaixo dela, erguendo­a cuidadosamente antes de virar e se sentar no
sofá, embalando­a no colo.
Hope piscou e colocou a mão na cabeça. “Devo estar sonhando. Não, eu fui atingida na
cabeça mais duro do que eu pensava e estou tendo alucinações.” Ela alcançou com a mão para
beliscar o outro braço, mas Ace a deteve.
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“Pare com isso. Deus sabe que você vai ter contusões suficientes como está. Você está
acordada e bem, exceto por estar dolorida por toda parte.” Inclinando­se, ele roçou os lábios nos
dela. “Graças a Deus você tem uma cabeça dura. Estive pensado em você o dia todo. Liguei
para a lanchonete várias vezes para saber de você, mas não quis ligar para cá no caso de você
estar dormindo. Eu tive várias coisas para fazer para poder estar aqui com você esta noite.
Deixei Linc e Rafe por conta e vim assim que pude. Como se sente?”
Ainda tomada de surpresa em sua referência a ser seu marido, Hope franziu o cenho
para ele. “Como eu fui atropelada por um caminhão. Você disse algo sobre se casar?”
Seus olhos se estreitaram daquela forma arrogante que ela tanto amava. “Eu disse. Nós
vamos. Assim que você estiver se sentindo melhor.”
Hope se aconchegou nele. Se isso era um sonho, ela não queria acordar. “Você não me
pediu.”
Ace correu a mão gentilmente em seu lado. “Eu não vou arriscar. Não sei como vivi sem
você  por  tanto   tempo,  mas  agora  que   tive,  não  posso   desistir  de   você.”  Ele  surpreendeu  o
inferno fora dela quando a puxou para perto e enterrou o rosto em seu cabelo. “Quando vi o
olhar de horror no rosto de sua mãe, me virei no momento em que você gritou meu nome e saiu
voando pelo ar. Eu pensei que seria a última coisa que ouviria você dizer. E então, não tive o
direito de tomá­la de seus pais e segurá­la eu mesmo. E foi minha culpa. Sinto tanto.”
Hope embrulhou os braços ao seu redor, escondendo uma careta quando ele a abraçou
ferozmente. “Ace, querido.. Eu estou bem. Eu te amo, sabe. Você não vai se livrar de mim tão
facilmente.” Ela se alarmou quando um tremor passou por seu corpo grande.
Ele levantou a cabeça, os lábios pairando sobre os dela. “Eu te amo tão malditamente
tanto que não posso aguentar. Eu juro, vou fazer tudo ao meu alcance para ser o tipo de marido
que você precisa. Droga, estou te machucando.” Ele afrouxou seu abraço, esfregando uma mão
de cima a baixo em suas costas. “Você é tão malditamente pequena. Eu nunca vou te machucar,
bebê.”
Hope sorriu e o beijou profundamente,  um pouco surpresa quando  ele recuou  para
atender seu beijo ternamente. Seu beijo a aqueceu, tão doce que trouxe lágrimas aos seus olhos.
“Eu sei que você nunca vai me machucar, Ace. Que coisa para dizer.”

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Ace desviou os olhos e começou a brincar com seus dedos. “Como está se sentindo?
Charity me disse que você estava ranzinza e que sua cabeça doía.”
Ela se afundou contra ele, sorrindo. “Não mais. Você finalmente viu que eu estava certa
o tempo todo, algo que você terá que se acostumar, e que devemos ficar juntos. Eu te amo. Você
me ama. Nós vamos nos casar. A vida não poderia ficar melhor.”
“Exceto que você está dolorida como o inferno de ser atropelada por um caminhão. O
que diabos você estava fazendo lá, afinal? Eu te deixei na cama com todas as cobertas enroladas
em você.”
Hope   se   aconchegou   nele,   seu   cheiro   limpo   e   fresco   a   lembrando   de   que   ela   ainda
precisava de um banho. Pela primeira vez ela notou que ele obviamente tinha se banhado após
o trabalho e se trocado. “Eu me senti sozinha sem você, então decidi voltar para casa para tomar
banho.” Ela torceu o nariz para ele. “Eu ainda não fiz, mas agora que você está aqui é melhor eu
tomar banho.”
Ace se levantou com ela ainda em seus braços. “Vamos, vou te dar um banho e uma
massagem.”
Hope esfregou o rosto nele. “Eu definitivamente estou ansiosa por essa massagem. Ei, a
propósito, você pegou o cara que me atropelou?”
Um músculo trabalhou em sua mandíbula forte. “Ainda não, mas é só uma questão de
tempo. Rafe encontrou o caminhão no lado da estrada, com o motor ligado, mas o motorista
tinha sumido. Nós vamos encontrá­lo, e quando o fizermos, ele vai pagar pelo que fez com
você.” Uma vez no banheiro, ele a colocou de pé e começou a preparar seu banho.
Um pouco assustada pelo tom de Ace, Hope começou a se despir. “Você acha que é o
mesmo cara que tem causado todos esses problemas por aqui?”
  “Não faço ideia. Não tivemos nenhum relato de qualquer coisa acontecendo a noite
passada, mas ele já disparou em suas janelas. Você e Charity vão ser vigiadas de perto até
descobrirmos o que diabo está acontecendo.”
Ace  a  banhou,  lavando­a  suavemente,  sua  expressão  se   tornando  mais  dura   a  cada
contusão que ele via. Quando ela se levantou, ele a ajudou a sir da banheira e gentilmente a
afagou seca.

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“Hope, já estou em casa.” A voz de Charity, misturada com diversão, veio da sala de
estar. “Vejo que você tem companhia.”
Hope sorriu e gritou de volta. “Estou aqui com meu noivo. Vamos sair daqui a pouco.”
Ace   não   sorriu   de   volta   como   ela   esperava.   Ao   invés,   ele   se   sentou   na   beirada   da
banheira e deslizou a mão suavemente pela variedade bem impressionante de contusões sobre
seus quadris e bumbum. Se possível, seu rosto endureceu ainda mais. Ele tragou pesadamente e
olhou para ela.
“Será que eu causei algum desses?”
Nada do que ele pudesse ter dito a teria chocado mais. Horrorizada, Hope envolveu os
braços ao redor de seus ombros e o puxou contra os seios. “Não! Ace, eu caí de bunda. Isso tudo
é dessa manhã. O que você fez comigo na noite passada foi maravilhoso. Nenhum destes são de
você, mas se você e eu contundirmos um ao outro durante o sexo, Xerife, eu sou uma menina
grande. Posso lidar com isso.”
Charity começou a bater na porta. “Seu noivo? Ace propôs? Xerife, minha irmã está
preto e azul por toda parte. É melhor você não estar tentando ter sorte.”
Olhando para Hope, Ace assentiu uma vez, mas ainda parecia sombrio. “Eu já estou
com   sorte.   Fale   com   sua   irmã.   Quando   terminar,   vá   para   seu   quarto.   Eu   vou   te   dar   uma
massagem e te dar seu anel.” Ele se levantou e enrolou uma toalha grande e seca em torno dela
antes de abrir a porta e recuar quando Charity correu para dentro.

* * * * *

Ace deixou as duas sozinhas e foi para a sala pegar sua mochila, um pouco surpreso ao
encontrar Beau Parrish de pé perto da janela. “O que está fazendo aqui?”
“Elas estão em perigo?”
Agarrando  sua mochila, ele se afundou em uma cadeira. “Eu não sei, mas não vou
arriscar.   Vou   dormir   aqui   esta   noite.   Devemos   ter   algumas   respostas   amanhã.   Estamos
esperando os resultados das impressões.”

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Afastando­se da janela, Beau veio se sentar no sofá, olhando em direção ao banheiro
onde as mulheres conversavam animadamente. “Você e Hope realmente vão se casar?”
Ace assentiu e se recostou, fechando os olhos. Inferno, ele estava cansado. Não dormira
mais que uma hora ou duas na noite anterior, e após a descarga de adrenalina quando Hope foi
atingida, ele tinha ido sem parar o dia todo. “Sim, assim que ela se sentir mais forte.”
“Parabéns.”
Ace abriu os olhos. “Obrigado. Como você e Charity estão indo?” Beau fez uma careta.
“Ela ainda está tentando manter distância entre nós. Estou tentado convencê­la a me deixar ficar
aqui esta noite, mas se você vai ficar…”
Ace deu de ombros. “Vou vigiá­las esta noite, mas acho que hoje foi um acidente. Não
há   nenhuma   maneira   que   alguém   pudesse   saber   que   ela   estaria   lá   naquele   momento.   Ela
geralmente ainda está dormindo aquela hora, e se ela vai para a lanchonete tomar o café da
manhã, ela desce as escadas da parte de trás e vai direto para a cozinha. Eu acho que ele bateu
nela por acidente.”
“Então por que diabos ele não parou?”
Ace esfregou uma mão no rosto, frustrado e exausto. “Não sei. Isso me leva a acreditar
que é a mesma pessoa, mas não é o mesmo caminhão. O caminhão que ele estava hoje era de
aluguel.”
Beau se sentou para frente, olhando para cima quando as mulheres saíram do banheiro.
“Então, se ele alugou, você não pode descobrir quem é?”
Ace olhou por cima do ombro para ver Hope se aproximar, usando um roupão grosso e
felpudo. Estendendo a mão, ele a puxou para o colo e envolveu os braços ao seu redor. “Ele o
alugou sob nome falso. Já verificamos o nome que ele usou. É um homem de noventa anos em
uma casa de repouso, um que foi visto tomando o café da manhã no momento por pelo menos
duas dúzias de pessoas.”
Hope o abraçou. “Eu quero meu anel.”
Charity sacudiu a cabeça e se sentou na outra cadeira, tão longe de Beau quanto podia.
“Ela sempre foi gananciosa.”

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Hope esticou a língua para sua irmã. “Eu quero o anel no meu dedo antes que ele mude
de   ideia.   Ele   acha   que   sou   muito   pequena,   e   eu   tenho   medo   que   ele   me   jogue   de   volta.”
Olhando para ele, ela sorriu com adoração. “Eu quero testemunhas.”
Correndo a mão de leve sobre seu quadril coberto com o roupão felpudo, ele não pôde
deixar de pensar sobre as contusões sob sua mão. “Eu não vou deixá­la escapar, bebê.” Ele
alcançou na mochila ao lado da cadeira e remexeu até a mão se fechar sobre a pequena caixa.
Entregando­a a ela, ele  beijou seu cabelo  enquanto  ela a abria, amando  a sensação  de tê­la
segura e quente em seus braços.
“Eu imaginei que uma mulher com tanto fogo quanto você deveria ter um anel que
combinasse.” Um fogo que poderia facilmente ter sido extinto hoje.
Sorridente em seu grito animado, ele tirou o anel de rubi da caixa e o colocou em seu
dedo, levantando sua mão para beijar a palma. “Venha e me deixe te dar aquela massagem,
assim você pode ir dormir. Vou ter que acordá­la várias vezes esta noite.”
Hope saltou, tentando esconder seu estremecimento, mas Ace viu. “Tá brincando? Eu
tenho que ir dizer a mamãe e a nossos pais.”
Charity  acenou   de   volta.  “Eles   estarão  aqui  mais  tarde.   Vá  e   deixe   Ace  te   dar  essa
massagem.   Xerife,   você   parece   abatido.   Eu   vou   acordá­la   esta   noite.   Você   deve   dormir   um
pouco.”
Sabendo que estaria revivendo ver Hope ser atropelada pelo caminhão cada vez que
fechasse os olhos, ele sacudiu a cabeça. “Não. Eu farei isso. Não tenho que estar lá até mais
tarde amanhã. Rafe e Linc estão cuidando de tudo e sabem onde me encontrar se acontecer algo.
Pare de pular antes que se machucar ainda mais.”
Hope se inclinou sobre ele, lhe dando uma pitada sedutora das curvas sob o roupão.
“Posso ver que você e eu vamos bater de frente um bocado.”
Ace empunhou a mão na frente do roupão e cuidadosamente a puxou de volta para seu
colo. “Sua cabeça dura já teve tudo que pode tomar hoje.” Seu celular tocou, interrompendo­o
de dizer mais alguma coisa. Ainda segurando Hope com uma mão, ele alcançou ao lado da
cadeira onde tinha deixado o celular em cima da mochila.
“Tyler.”

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“Ace, é Linc. Acabei de receber um telefonema aqui que você poderia estar interessado.
Um homem ligou e disse, ‘eu não tive a intenção de atingir a garota', e desligou.”
Ace encontrou os olhos de Hope. “Foi tudo o que ele disse?”
A raiva de Linc veio alta e clara. “Sim. O filho da puta desligou antes que eu pudesse
dizer   qualquer   coisa.   Estamos   tentando   rastrear   a   chamada   agora,   mas   no   identificar   de
chamadas aparece como de um desses telefones pré­pagos. Ele provavelmente já o descartou.
Há tantas impressões no caminhão que vai demorar uma eternidade para separá­las, então eu
duvido   que   vai   ser   de   alguma   ajuda.   Uma   cópia   da   fita   de   segurança   da   locadora   está   a
caminho. Vamos torcer para que possamos conseguir algo dela.”
“Eu quero esse bastardo. Deixe­me saber no segundo em que a fita chegar aí.” 
“Farei. Como está Hope?”
“Dolorida e atrevida.” Em seu sorriso, ele firmou seu aperto para puxá­la mais contra
seu peito, jurando a si mesmo que faria de tudo a fim de ser o tipo de marido que ela precisava.
“Devo estar fora da minha mente por me casar com alguém como ela.”
“Merda, não! Parabéns.”
Quando Hope fechou a mão em um punho e bateu em seu peito, ele quase a retaliou
beliscando sua bunda até que se lembrou. Ao invés, ele a abraçou mais perto. “Obrigada. Pode
me ligar se ouvir qualquer outra coisa.” Ele desligou, ouvindo distraidamente Hope e Charity
falar sobre os planos do casamento.
Cristo, ele a amava. “Vamos, mel. Deixe­me te dar uma massagem e depois você pode
falar tudo que quiser.”

* * * * *

Hope   olhou   intencionalmente   para   a   mochila   e   se   inclinou   para   sussurrar   em   seu


ouvido. “Há surpresas para mim lá dentro?”
Ace assentiu. “De fato, há.” Ele passou a vasculhar por algo e voltou com um frasco.
“Jesse enviou isto. Ela disse que Clay e Rio usaram para esfregá­la quando ela estava ferida.”

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Aceitando o frasco de óleo de massagem de baunilha perfumado, Hope se inclinou para
sussurro em seu ouvido de novo. “Você sabia que este material é aromatizado, também?”
“É mesmo?”
“Sim. Vamos. Eu quero minha massagem.”
Uma vez em seu quarto, Ace fechou e trancou a porta atrás deles. “Deixe­me pegar uma
toalha para que eu não derrame essa coisa nos lençóis.”
Hope o ajudou a estender a toalha sobre o lençol, desfez o roupão e o deixou cair em
uma poça aos seus pés, e subiu para isso, gemendo quando seus músculos protestaram. “Você é
bom nisso?”
Os   lábios   de   Ace   se   contorceram.   “Não   tive   nenhuma   reclamação.   Fique   quieta.”
Esticada de bruços, Hope fechou os olhos, estremecendo quando o óleo chuviscou sobre suas
costas. A cama mergulhou, e ela sentiu o jeans da calça de Ace roçar sua perna pouco antes de
suas mãos caírem sobre suas costas e começarem a espalhar o óleo.
“Quer   relaxar?   Você   está   enrolada   mais   apertado   do   que   um   tambor.   Não   vou   te
machucar.”
Hope franziu o cenho e olhou por cima do ombro para ele. “Não tenho medo de que
você me machuque. Estou nua, em uma cama, e suas mãos em cima de mim. Estou excitada,
idiota, não com medo.” Esperando por algum tipo de retaliação por tê­lo chamado de idiota,
Hope se calou quando Ace beijou seu ombro.
“Meu erro. Vou cuidar de você, bebê. Apenas fique aí e me deixe fazer todo o trabalho.”
Derretendo sob suas mãos, Hope gemeu quando ele lentamente, metodicamente, soltou
todos os músculos em suas costas. “Isso é tão bom.” Surpresa que tivesse arrastado as palavras,
ela sorriu contra o travesseiro, vindo alerta quando ele separou suas coxas e chuviscou mais
óleo sobre elas.
Ace  manteve sua massagem suave  enquanto lentamente  trabalhava os músculos, os
dedos escorregadios deslizando facilmente sobre sua pele.
Hope   tentou   ficar   quieta,   mas   não   conseguiu.   Seus   sucos   revestiram   suas   coxas,   se
misturando com o óleo perfumado. Sua boceta cerrava cada vez que os dedos de Ace roçava

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sua fenda, aumentando sua excitação enquanto soltava seus músculos tão completamente que
ela tinha dificuldade de se mover. Quando ele roçou sua fenda de novo, Hope gemeu.
“Ace.”
“Eu te machuquei?” Seu toque suavizou imediatamente.
“Não. Eu preciso gozar. Cada vez que você coloca as mãos em mim, você me provoca.”
Ace riu baixinho. “Estou tentando fazê­la se sentir melhor, não excitá­la.”
“Você está conseguindo ambos. Nem sequer pense em parar até que me faça gozar.
Você tomou meu vibrador.”
“Eu o trouxe comigo.”
Hope se virou para olhar por cima do ombro. “É mesmo?“
Ace pressionou contra suas costas até que ela se deitou de novo. “Sim. Agora fique
quieta para que eu possa terminar com este lado e virá­la.”
“Eu bati minha bunda duro.”
Ele se curvou para beijar seu traseiro. “Eu vejo, e ele está preto, azul, roxo e algumas
cores que eu nunca vi antes. Graças a Deus ele é bem acolchoado.” Hope tentou virar de novo,
mas a mão em suas costas a impediu. 
“Por acaso você está tentando dizer que tenho uma bunda grande?”
Óleo chuviscado em seu traseiro. “Não. Só uma bem acolchoada. É perfeita. Agora fique
quieta para que eu possa terminar. Você deveria ir dormir.”
“Eu vou, eu prometo, assim que você me fazer gozar.” 
“Você é uma pirralha.”
 “Sim, mas você me ama do mesmo jeito.” 
“Deus me ajude.”
“Pense   em   como   você   ficaria   aborrecido   com   alguém   que   não   briga.”   Hope   disse
brincando, mas falando sério, preocupada, às vezes, que ele não fosse entender sua necessidade
de ser dominada.
“Com você, não acho que o tédio seja um problema que eu vou ter.”
“Pode apostar sua grande bunda que não. Vou mantê­lo em seus dedões, Xerife.”
“Ou levar­me à morte. Você, por favor, pode ficar quieta? Quero que você relaxe.”

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“Faça­me.”
Ace deslizou um dedo através de seus sucos e circulou a abertura de sua boceta. “Se
você ficar calma e quieta, vou usar o vibrador em você quando te virar e fazê­la gozar bom e
duro. Se continuar mexendo e falando, você não vai ter nenhum alívio com nada.”
Hope gemeu quando seu clitóris pulsou em resposta a sua promessa. “Eu serei boa.”
Ace suavemente massageou as bochechas de sua bunda. “Você é sempre  boa, bebê.
Exceto quando você é má.”
“Eu gosto de ser má.”
Ace suspirou. “Sim, bebê. Eu sei.”
Sua   resposta   plana   a   preocupou,   mas   ela   se   manteve   quieta,   exceto   pelos   gemidos
suaves quando ele carinhosamente massageava cada centímetro de seus quadris e bumbum.
Seu toque firme virando seus ossos à água quando ele massageou suas coxas novamente antes
de partir para suas panturrilhas e pés.
Ela nunca tinha pensado antes em seus pés como zonas erógenas, mas nas mãos de Ace
eles eram.
Ele   acariciou   seus   dedos   acima   do   arco,   quase,   mas   não   completamente,   fazendo
cócegas. Ao invés, seu toque firme enviou sua pulsação acelerada e um puxão de resposta em
seu clitóris.
A sensação de ter os dedos trabalhando o óleo entre cada dedo do pé quase a fez gozar.
“Ace, oh, Deus. Como diabos você faz isso?”
  “Shh.” Ele terminou com seus pés antes de voltar para suas panturrilhas de novo.
“Hora de rolar, mel.”
Hope sentia como se estivesse flutuando e ficou grata por sua força quando ele a ergueu
e virou cuidadosamente. “Estou com tesão, mas não consigo me mover. Você me derreteu de
novo.” Seu coração saltou uma batida enquanto o observava destampar o óleo.
Seu   sorriso   indulgente   dirigiu   sua   necessidade   mais   alta.   “Se   não   estou   enganado,
querida, este é exatamente o jeito que você gosta. Agora, calada. Tenho trabalhar a fazer.”
Quando   ele   terminou   suas   pernas,   ela   tremia   incontrolavelmente.   “Aaace…   Faça
alguma coisa.”

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Subindo entre suas coxas, ele as escorou nas dele próprio, espalhando­as, e sorriu para
ela enquanto despejava um pouco mais de óleo sobre sua barriga.
“Você é absolutamente a mulher mais impaciente que eu já conheci.” Hope franziu o
cenho para ele. “Não quero ouvir sobre qualquer uma de suas outras mulheres.” Ela levantou a
mão esquerda e bateu no anel com o polegar. “Você me pertence agora. Não é minha culpa se
você é tão sexy. Você me deixou toda arrepiada, e não está fazendo nada sobre isso. Pensei que
os homens em Desire deveriam manter suas mulheres satisfeitas.”
Ace   começou   a   massagear   seus   seios,   com   especial   atenção   aos   mamilos   sensíveis.
“Você será bastante satisfeita, pirralha. Isso se sente bom, mel? Dói em algum lugar?”
Hope agarrou seus antebraços, emocionando­se no jogo de músculos lá enquanto as
mãos se moviam sobre seus seios. “Se sente maravilhoso.” O óleo os cobrindo tornava fácil suas
mãos  deslizarem,  a carícia suave se arrastando  para seu clitóris. Empurrando­o contra suas
coxas, ela balançou, mas não conseguiu aliviar a dor lá. “Meu clitóris está pulsando. Acho que
ele precisa de uma massagem. Estou vazia por dentro. Ace, por favor, me tome.”
“Não. A última coisa que você precisa é sexo. Apenas relaxe. Vou cuidar de você, bebê.”
Espere gemeu de frustração quando as mãos deixaram seus seios, apenas para sorrir
com antecipação quando viu o vibrador em sua mão. “Isso me pertence, Xerife.”
Ace o ligou e sorriu quando o tocou contra um mamilo. “Eu o utilizo melhor.”
Hope fechou os olhos com um gemido, frustrada porque a mão de Ace em sua barriga a
impedia de se mover enquanto ele levemente descia o vibrador por seu corpo. Quando ele o
passou muito levemente sobre suas dobras, ela clamou, se contorcendo.
“Relaxe, mel. Vou te dar o que você precisa.”
Ele desligou o vibrador e o jogou de lado, sussurrando para ela quando choramingou.
“Shh, vou cuidar de você, bebê.” Ele deslizou um dedo escorregadio dentro nela, infalivelmente
encontrando   seu   lugar   mágico.   A   outra   mão   pressionou   suavemente   contra   seu   monte,   o
polegar deslizando repetidamente sobre seu clitóris e enviando­a em órbita.
Ace manteve suas pernas separadas, suas coxas sobre as dele enquanto manipulava seu
clitóris, prolongando seu orgasmo e lançando­a rapidamente em outro.

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Trêmula,   ela   estendeu   a   mão   para   ele,   dando   um   suspiro   de   alívio   quando   ele   a
segurou. E estremeceu quando ele se inclinou para beijar suas dobras e trabalhar o caminho
acima de seu corpo para seus lábios.
“Ace…”
“Shh.” Ele roçou os lábios nos dela, embalando­a suavemente contra ele. “Eu te amo,
bebê. Vá dormir.”
Hope não conseguiu nem levantar o braço para detê­lo quando ele levantou, e teve que
forçar os olhos aberto para resmungar. “Ace, não vá.”
“Não vou a lugar nenhum. Só quero te cobrir antes que fique fria.” Ele puxou o lençol e
o colocou sobre ela, acomodando­se ao seu lado e apagando a luz. “Quando você dormir, eu
vou ao outro quarto um pouco. Quero verificar com Rafe e Linc. Chame se precisar de mim.”
Aconchegando­se contra seu calor, ela assentiu sonolenta. “Dorme comigo esta noite.”
“Eu vou, bebê.”
 “Ace, você não quer fazer amor?”
“Hoje não, mel. Uma vez que você não estiver mais tão dolorida, eu farei amor com
você tanto quanto você quiser.”
“Promessa?”
“Promessa. Agora dorme.”
Ela não precisou de mais persuasão.

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Capítulo Quatorze
Hope acordou  na manhã  seguinte,  desapontada ao  encontrar  o outro  lado  da cama
vazia. Com um suspiro, ela se aconchegou no travesseiro ao seu lado, que ainda carregava um
leve rastro do cheiro de Ace.
Desde que ela estava na cama sozinha, ela conseguia pensar em nenhuma razão para
permanecer lá. Rolou e se sentou, gemendo quando seus músculos protestaram. Ficando de pé,
ela olhou para cima quando a porta do quarto foi aberta.
Charity estava na porta, sua expressão cheia de preocupação enquanto olhava a nudez
de Hope. “Ui. Você está muito colorida, querida. Você está bem?”
Hope endireitou e pegou o roupão jogado aos pés da cama. “Estou bem. Assim que eu
tomar um banho quente, tenho certeza que vou ficar ainda melhor. Sabe quando Ace saiu?”
Charity   entrou  no  quarto   e  começou  a arrumar  a  cama  de  Hope.  “Cedo.”  Vendo   a
toalha e o lençol manchados de óleo, ela eficazmente o tirou ao invés. “Ele parecia o inferno,

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Hope. Não acredito que ele dormiu muito. Você, por outro lado, dormiu como os mortos. Estive
te visitando desde que Ace saiu e você nem sequer se moveu.”
Hope tirou um sutiã e calcinha da gaveta, segurando­os longe do corpo para não sujá­
los de óleo. “Ace ficou me acordando para me fazer perguntas. Acho que em algum momento
da madrugada eu lhe disse que se ele me acordasse de novo eu ia bater nele.”
Juntando   os   lençóis,   Charity   começou   a   sair   do   quarto.   “Tenho   certeza   que   isso   o
assustou.”
Virando­se, ela sorriu para a entrada vazia e gritou atrás de sua irmã. “Sabe, você está
se transformando em uma jumenta muito inteligente. Devo estar passando isso para você!”
 “Deus me livre.”
Rindo, Hope correu para o banheiro, ansiosa para ver Ace de novo em seu uniforme.

* * * * *

Vestindo jeans e uma blusa de mangas compridas para esconder suas contusões, Hope
entrou no Departamento  do Xerife, parando  para se apresentar   à nova despachante  de Ace
antes de fazer o caminho para seu escritório.
Encontrando a porta aberta, ela entrou, vindo a um impasse no choque em seu coração.
Ele estava sentado atrás da mesa fazendo a papelada, ao levantar os olhos para ela, o flash de
calor e emoção neles foi como uma explosão em seus sentidos. Quando ele rapidamente os
fechou,   ela   sorriu,   decidindo   jogar   leve   no   momento.   “Xerife,   eu   gostaria   de   reportar   uma
pessoa desaparecida.”
Ace soltou a caneta que estava usado sobre a mesa, a cadeira rangendo quando ele se
recostou. Um leve sorriso se arrastado em seus lábios. “É mesmo? Quem está faltando?”
Hope fechou a porta, trancando­a com um clique deliberado. “Meu amante. Ele estava
na cama comigo ontem à noite, mas quando acordei esta manhã, ele tinha ido.”
Arqueando uma sobrancelha, Ace entrelaçou os dedos sobre o estômago plano. “Talvez
ele tenha ido para o trabalho.”

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Movendo­se   pela   sala,   ela   circulou   a   mesa,   olhando­o   várias   vezes   enquanto
preguiçosamente pegava as coisas e as colocava de volta no lugar. “Não, não pode ser isso. Ele
não me deixaria sem me dar um beijo de adeus, não é mesmo?”
Os   olhos   de   Ace   centelharam,   emoção   a   atravessando   que   ele   gostasse   de   sua
provocação. “Talvez seu amante não quis perturbá­la quando você dormia tão pacificamente.
Ou, talvez, ele tenha te dado um beijo de adeus e você dormiu por isso.”
Hope moveu alguns papéis de lado para se sentar no canto da mesa, sua perna roçando
a coxa dele enquanto ela a balançava de um lado para o outro. “Sério? Você acha? Fico me
perguntando onde ele me beijou.”
Ace alcançou para pegar sua mão, seus lábios se curvando. “Provavelmente seu ombro.
Como se sente?”
Correndo os dedos sobre o dorso de suas mãos, ela fez beicinho. “Deserta. Acordei toda
macia e perfumada  do  óleo  e não  tinha ninguém  lá para senti­lo.” Sacudindo  a cabeça, ela
soltou um suspiro. “Uma coisa dessas poderia dar a uma mulher um verdadeiro complexo de
inferioridade.” Ela correu a ponta do dedo sobre um anel que ele usava na mão direita, um anel
que ela nunca o tinha visto usar antes.
Os olhos de Ace escureceram. “Eu senti toda aquela suavidade ao meu lado a noite
toda. Acho que eu deveria compensá­la por deixá­la sozinha, no entanto.”
Intrigada, Hope sorriu e ergueu as mãos dele para seus seios. “Sério? Como?”
Ace virou os pulsos para pegar suas mãos, sorrindo em sua carranca quando ele apenas
roçou os lábios sobre os nós de seus dedos. “Tenho um presente para você, um que eu acho que
você vai gostar.”
Ainda sorrindo, ela se inclinou mais perto, correndo a mão por seu peito. “Você parece
o pecado nesse uniforme, Xerife. Meu presente tem alguma coisa a ver com essas algemas?”
Seus olhos brilharam, mas ele rapidamente desviou o olhar. Um músculo trabalhou em
sua mandíbula quando ele abriu uma das gavetas da mesa e pegou uma caixa. E entregou a ela,
o rosto desprovido de qualquer expressão. “Acho que você vai gostar de usar isso mais do que
algemas.”

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Hope aceitou a caixa, não de todo surpresa ao ver que suas mãos tremiam. Algo sobre
Ace parecia um pouco fora hoje, uma distância que ela queria muito fechar. “Não sei. Isso tem
que ser muito bom para competir com ser algemada por você.”
Ela olhou para baixo e abriu  a caixa, perdendo  o fôlego no belo  colar dentro. Uma
corrente de ouro segurava um pingente de rubi de corte­quadrado, a pedra quase exatamente
correspondente ao anel que ele lhe dera, e o anel que ele agora usava.
“Oh, Ace! É lindo. Isso significa que eu pertenço a você.”
Lágrimas turvaram sua vista enquanto ela o agarrava. Já exaltada por se casar com ele,
isso acrescentava ainda mais. Cada Dom em Desire dava a seu sub um colar para combinar com
o anel que usava. Dando­lhe este, Ace proclamava a Desire ser seu Dom, como também seu
marido.
Ace parecia estranhamente desconfortável. “Sim, você faz. Mas eu não consegui uma
gargantilha. Aí pensei que este se adequava melhor em você.”
Segurando­o para ele, Hope piscou para conter as lágrimas. “Você o coloca em mim?”
Assentindo, Ace o pegou dela, olhando para ele e passando o polegar sobre a pedra. “Se
você gostar de outra pedra, eu posso mandar mudar. Eu apenas queria que combinasse com seu
anel.”
Hope pulou para seu colo, levantando o cabelo para ele prender o colar em volta de seu
pescoço. “Eu pensei que você disse que tinha escolhido um rubi porque gostava de meu fogo.
Você mudou de ideia?”
Ace prendeu o colar e a abraçou. “Claro que não. O que quer que você goste está bom
para mim. Como você está hoje, além de se sentir deserta?”
Hope rebolou em seu colo, envolvendo os braços em seu pescoço e erguendo o rosto
para um beijo. “Um pouco dura, mas, novamente, assim está você.” Ela riu, rebolando mais
uma vez, sua calcinha umedecendo quando seu pênis continuou a endurecer sob sua bunda.
Ace a agradou, beijando­a profundamente, as mãos gentis em sua cintura. Enfiando os
dedos em seu cabelo, ela respondeu ao beijo com entusiasmo, derramando sua necessidade por
ele ali. Ela esfregou os seios contra seu peito e emaranhou a língua com a dele em uma dança
erótica que logo tinha ambos respirando com dificuldade.

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Suas mãos apertaram brevemente quando ela rebolou novamente. Ele quebrou o beijo,
seu sorriso uma oferta. “Estou sempre duro quando estou perto de você. Por que não vai para
casa e descansa hoje? Posso dizer pelo jeito que se move que você ainda está dolorida.”
Uma pequena semente de medo plantou­se em seu estômago. Ace ficou olhando longe
dela como se sentindo desconfortável de encontrar seu olhar. “Ace, tem algo errado?”
Sua   expressão  endureceu.  “Além  do   fato   de  que  as  mulheres   em  Desire  continuam
sendo machucadas sob minha guarda? Ou você quer dizer o fato de que eu sou o xerife maldito
que nem sequer pode manter sua própria mulher segura?”
Erguendo­a de seu colo, ele se levantou se afastou dela. “Por que você não vai para casa
e descansa? Estou com um humor péssimo hoje.”
Alcançando   para  tocar  seu  braço,   ela  fechou  a  distância   entre   eles   novamente,   pelo
menos fisicamente. “Ace, eu não me importo com seus maus humores. Eu os tenho também,
sabe. Eu deveria ficar longe de você quando estiver zangada ou triste? Além disso, nada disso é
culpa sua. Você não pode estar em todos lugares ao mesmo tempo, e você certo como o inferno
não pode antecipar o que os outros vão fazer.”
Ace assentiu, não parecendo nem um pouco convencido. “Eu tenho trabalho a fazer.”
Mais do que um pouco preocupada, Hope colocou as mãos em seu peito e o olhou
através dos cílios. “Vou te ver esta noite?”
Sacudindo  a cabeça, Ace se afastou dela e se moveu para a janela. “Não. Estou em
patrulha esta noite. Vá para casa e vá com calma. Eu te ligo amanhã.”
Hope foi por trás dele e esfregou suas costas. “Mas você já está cansado. Como vai
trabalhar o dia todo e depois a noite toda?”
Ele olhou por cima do ombro. “Vou para casa dormir um pouco por algum tempo e
depois eu volto.”
“Eu vou para sua casa e —”
“Não, Hope. Eu disse que preciso dormir um pouco, algo que não vou fazer se você
estiver lá.”
“Mas —”

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“Não.” Ele se virou para tomá­la nos braços e beijou sua testa. “Você vai ser uma esposa
que importuna o tempo todo?”
Franzindo o nariz, Hope colocou as mãos em seus ombros e se esfregou contra ele. “Se
eu sair da mão, eu acho que você vai ter que me espancar.”
“Vá para casa, mel. Eu te ligo amanhã.” Ainda instável, Hope deixou seu escritório.
E a semente começou a crescer.

* * * * *

Hope se virou para olhar o relógio no criado­mudo por mais ou menos a quarta vez.
Gemendo, ela enterrou o rosto no travesseiro, sabendo que não conseguiria dormir até que
falasse com Ace.
Amaldiçoando­se por sua insegurança, ela pegou o celular. Depois de ligar a luz baixa
ao lado da cama, ela escorou um travesseiro atrás dela e encarou o telefone. Correndo o dedo
sobre a pequena tela, ela debateu sua decisão, e sabia que não tinha escolha.
Droga. Ele a estava deixando louca. Ela sabia que nunca conseguiria dormir até que
ouvisse sua voz.
Ela   discou   o   número,   puxando   um   travesseiro   para   o   peito   enquanto   o   esperava
atender.
“Tyler.”
“Ace? Oi, sou eu. Hum, Hope. Hum… Você está bem?”
“Claro.   Por   que   não   estaria?   O   que   há   de   errado,   mel?   Por   que   você   ainda   está
acordada? Você está com dor?”
Hope se virou de lado, ainda abraçando o travesseiro. “Não, eu mergulhei na banheira
antes de vir para a cama.”
“Dor de cabeça?”
“Eu tomei uma aspirina e ela se foi, Ace. Eu estou bem. Liguei para falar sobre você.”
Afastando o travesseiro, ela se sentou. “Você conseguiu dormir?”
“Sim. Hope, o que é isso? O que há de errado?”
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Esperando que seu hábito de falar o que lhe dava na telha não lhe custasse perder o
único homem que já amara, ela respirou fundo e deixou sua raiva livre. “É isso o que diabos eu
quero saber. Você não me quer mais?”
Ace amaldiçoou. “Do que diabos você está falando agora? Ainda esta tarde eu te dei o
pingente para combinar com meu anel. E não te pedi para casar comigo?”
  “Mas o colar não significa nada para você!” Hope tragou um soluço. “Você não me
tocou.”
“É claro que toquei.” O cansaço em sua voz a convenceu mais do que qualquer coisa
que seus instintos estavam certos.
“Olha, Ace, eu sei que tem algo errado. Se você tem um problema comigo, cospe­o.”
O   silêncio   pesado   a   assustou   mais   do   que   ela   gostaria   de   admitir.   O   suspiro   de
frustração que se seguiu não a fez se sentir nada melhor.
“Sinto muito, Hope. Eu sabia que tinha lidado com você errado.” 
“Você não lidou comigo em nada.”
“É disso que se trata? Você foi atropelada por um caminhão, Hope.”
“Eu sei disso, droga! Eu só preciso me sentir perto de você. Você está me fazendo soar
como alguma maníaca por sexo —”
“O que você está usando?”
Seu tom sedoso limpou um pouco de sua apreensão. Franzindo a testa, ela olhou para si
mesma   e   fez   uma   careta.   Bem,   ela   poderia   mentir,   não   poderia?   Recostando­se   contra   os
travesseiros, ela sorriu. “Estou usando uma camisola preta sexy. É toda de renda, assim você
pode ver tudo. Isto é, você poderia ver tudo, se você estivesse aqui.”
A risada suave de Ace a aliviou um pouco. “Mentirosa. Você está usando uma dessas
grandes camisetas de algodão que você gosta de dormir.”
Hope disparou.  “Como  você  sabe  disso?” Saindo  da cama,  ela foi até  a janela para
espiar pelas persianas. “Como você sabe com o que eu durmo? Todas as vezes que eu dormi
com você, eu dormi nua.”
“Claro que sim. Não importa como eu sei com o que você dorme.” Sua voz assumiu
uma ligeira extremidade. “Você mentiu para mim, bebê.”

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Hope estremeceu em seu tom, e seus mamilos eriçaram contra a grande camiseta de
algodão que usava. Ela lambeu os lábios repentinamente secos. “Então, o que vai fazer sobre
isso?”
Outro daqueles silêncios ensurdecedores a enervou.
Ace  suspirou. “Bebê,  eu estou em patrulha. Tenha uma boa noite de sono  e vamos
conversar amanhã. Boa noite, mel.”
Depois   que   ele   desligou   ela   olhou   para   o   telefone,   colocando­o   cuidadosamente   no
criado­mudo, assim ela não cederia à tentação de jogá­lo na parede. Mentalmente repassando a
conversa,   ela   tentou   afastar   o   sentimento   desconfortável   de   que   falar   com   Ace   não   tinha
mudado nada.

* * * * *

Quando   Ace   entrou   no   estacionamento   do   restaurante   do  Hotel   Desire  duas   noites


depois, Hope mal podia conter sua excitação.
Ela esperou que ele visse ao redor por ela, e ficou sentada lá, olhando para ele, quando
ele abriu a porta para ajudá­la a sair.
Olhando para ele, ela mal podia acreditar que ele era seu.
Sorrindo, ela estendeu a mão para agarrar punhados de seu cabelo para puxá­lo para
mais perto.
Ele se inclinou perto, tocando seus lábios com os dele. “Nunca, nem por um minuto,
duvide do quanto eu te amo.”
Segurando­o,   ela   estremeceu   na   sensação   de   suas   mãos   apertando   em   sua   cintura.
Encontrando seu beijo, ela se serviu dele, desesperada para se render a ele.
Cedo   demais,   Ace   interrompeu   o   beijo,   as   mãos   gentis   ao   levantá­la   do   assento,
deslizando­a pelo comprimento de seu corpo para deixá­la de pé.
“Você tem certeza de que está bem? Sem mais dores de cabeça?”

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Com os braços ao redor um do outro, eles atravessaram o estacionamento. “Ace, eu já
disse que estou bem. Ouça, o cara não estava indo tão rápido. Eu já tive contusões antes e devo
ter novamente. Anime­se, está bem?”
Ela passou a mão para agarrar um punhado de seu belo traseiro. “Eu acho que já te
mostrei, Xerife, que sou forte.”
Ace agarrou sua mão, segurando­a na dele. “Mas você não está lidando com ternura tão
bem assim, não é?”
Intranquila, ela o olhou por debaixo dos cílios e cutucou seu estômago duro. “Eu posso
lidar com ternura. Só não se atreva a desistir, porque está com medo de me machucar.”
Abrindo a porta, ele a conduziu ao restaurante. “Não seja ridícula. Pensei que tínhamos
concordado que eu estava no comando.”
Hope levantou a mão em saudação a várias pessoas que conhecia. “Vamos comer em
uma cabine privada? Eu vesti esse vestido com botões de propósito.”
“Não. Vamos. Você não comeu desde o café da manhã.”
Atordoada,   Hope   piscou   para   ele   enquanto   a   acomodava.   “Como   diabos   você  sabe
disso?”
Com   um   pequeno   sorriso,   Ace   tomou   seu   próprio   assento   e   abriu   o   menu.   “Eu   te
conheço melhor do que você conhece a si mesma. Confie em mim para cuidar de você, bebê. O
que você gostaria de comer?”
Algo  em sua  voz a aborreceu.  Ela empurrou  o menu  de  lado  e se  inclinou em  sua
direção.  “Ace,  eu  te juro  que  eu estou  bem.  Você está  me assustando. O  que  eu realmente
preciso de você é saber que as coisas não mudaram.”
Ace sorriu com indulgência, batendo levemente em sua mão enquanto olhava de volta
no menu. “Vamos nos casar logo, bebê. Tudo está bem e vai ficar ainda melhor. Agora, o que
você gostaria de comer?”

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Capítulo Quinze
Uma semana depois que o caminhão a atropelou, Hope estava saindo de sua mente. Ela
sabia que não conseguir pegar o cara que fez isso frustrava o inferno fora de Ace, mas se ele não
fizesse amor com ela logo, ela ia explodir.
“O   que   diabos   há   de   errado   com   você?   Você   está   apaixonada   e   noiva   de   um   dos
homens mais sexys do planeta verde de Deus e está agindo como se alguém tivesse roubado seu
brinquedo favorito.”
Hope olhou para cima da bagunça que ela tinha feito em sua mesa para dar um clarão
em sua irmã. “Se Ace não parafusar meus miolos logo eu vou machucá­lo.”
Charity piscou e se estatelou na cadeira em frente à mesa de Hope. “Eu não te entendo.
Você   está   louca   porque   ele   não   está   parafusando   você   depois   que   foi   atropelada   por   um
caminhão? Você está toda preta e azul!”
Hope deu de ombros. “As contusões já quase se foram.” Recostando­se, ela suspirou.
“Eu sei que parece loucura, mas ele não me tocou de nenhuma forma sexual desde que me deu
aquela massagem. Ele é tão gentil comigo, é como se tivesse medo que eu possa quebrar.”
“O que há de errado com isso?”
Hope se endireitou e brincou com um clipe de papel. Durante toda a semana ela tinha
mantido seus medos para si mesma. Tinha que falar com alguém ou ia explodir. “Na noite do
acidente, você se lembra de quando ele estava no banheiro comigo?”
“Sim. Então?”
“Bem, ele estava examinando as contusões e ficou com um olhar muito estranho, quase
que derrotado, em seu rosto. De qualquer maneira, ele me perguntou se ele teria causado algum

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daqueles hematomas. Tivemos um pouco de sexo meio áspero na noite anterior, quero dizer, foi
fabuloso —”
“Poupe­me.”
Jogando o clipe de volta na mesa, Hope se inclinou para trás de novo, apoiando os pés
em cima do canto. “De qualquer maneira, ele pareceu realmente chateado com isso. Eu lhe disse
que provavelmente vamos dar algumas contusões um ao outro, mas que eu sou uma menina
grande. Inferno, eu fico contundida o tempo todo me chocando nas coisas. E gosto de sexo
crespo. Claro, há momentos que lento e fácil pode ser bom, mas não quero que ele pense que
não posso aguentar. Droga, Charity, eu quero Ace de volta. O que ele disse aquela noite vai me
deixar   louca   até   que   a   gente   faça   amor   novamente.   Eu   posso   entender   que   ele   queria   ser
cuidadoso por um tempo, mas eu preciso me sentir perto dele de novo.”
“Mas ele vem para levá­la para jantar quase todas as noites.”
“E eu adoro estar com ele. Mas fora os beijos alucinantes, ele não me toca. Estou te
dizendo, algo está errado.”
Charity sorriu e se inclinou para trás. “Então, faça algo sobre isso. Eu nunca vi você
sentar e esperar  que algo  aconteça antes. Talvez ele esteja esperando  você fazer o primeiro
movimento, assim ele vai saber que você está se sentindo melhor.”
Hope suspirou e assentiu, seu estômago apertando. “Eu sei, mas estou com medo, e isso
me irrita.” Tomando uma decisão, ela se levantou. “Depois que o clube fechar esta noite, eu vou
lá.”

* * * * *

Horas mais tarde, e excitada da demonstração desta noite, Hope ligou para Ace.
Ele atendeu no segundo toque. “Tyler.”
“Eu sou uma mulher com muito tesão que precisa de uma grande dose de atenção.”
 “Isso é um fato?”

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“Sim. Eu tenho escutado um homem implorar a sua amante para deixá­lo gozar pela
última hora. E me lembrei de como se sente ao estar nessa posição e disposta a fazer de tudo
para gozar.”
 “Lembrou­se disso, mesmo?”
“Como   eu   poderia   esquecer?   Eu   sei   que   já   faz   muito   tempo,   de   fato,   parece   uma
eternidade,   mas   fiquei   me   perguntando   se   você   saberia   onde   eu   posso   obter   algum   alívio.
Alguém roubou meu vibrador de novo. Eu estava pensando em comprar outro.”
“É melhor não.”
Hope se inclinou para trás e fechou os olhos em seu tom escuro. Este era o homem que
sentia falta tão desesperadamente. O alívio a enfraqueceu, e ela teve que engolir o nó em sua
garganta antes de falar. “Ou o quê?” Seu coração saltou uma batida quando ele não respondeu
imediatamente.
“Ou você vai desejar não ter feito.”
Forçando uma leveza que não sentia, ela riu baixinho. “Isso não soa muito intimidante,
Xerife.”
“Eu vou intimidá­la bastante quando vê­la. Você já terminou por esta noite?”
“Sim. E você?”
“Você me pegou saindo do banho.” 
“Então você está nu e molhado?”
“Estou. Você está em casa?”
Hope olhou ansiosamente para a casa branca do rancho, a varanda da frente com as
duas cadeiras confortáveis e suspirou. “Não. Não estou em casa.” Indo em direção aos degraus
da varanda, ela imaginou algumas flores na frente, do tipo que sua mãe tinha. Por sua vida, ela
não conseguia lembrar o nome delas.
“Onde diabos você está?”
Sorrindo, Hope fez seu caminho até os degraus em silêncio, saltando o segundo, que ela
já sabia que rangia, e se acomodou em uma das cadeiras da varanda da frente. “Escondendo de
você. O que você faria comigo se me encontrasse?” Ela tinha que manter a voz baixa para que

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ele não a ouvisse lá de dentro, mas os ruídos de fundo que ela ouviu lhe disse que ainda agora
ele estava se lançando em roupas. Outra gaveta bateu.
 “Xerife? Eu fui uma menina má, me escondendo de você. Você vai me espancar?”
“Porra, Hope. Eu não gosto de você correndo por aí à noite. Onde diabos você está? Eu
estou indo te buscar.”
“Por quê? Você não quer me ferrar mais.”
Silencie reinou, o som ensurdecedor dele lhe dizendo que Ace se deteve. Seu suspiro
cansado puxou seu coração. “É claro que eu te quero, bebê. Agora me diga onde você está para
que eu possa ir e te pegar. Eu vou te trazer para cá e fazer amor com você agradável e lento, tão
lento que você achar que morreu e foi para o céu.”
“Eu não vou quebrar, sabe.” 
“Onde você está?”
“Sentada em sua varanda.”
Quando   o   telefone   clicou   em   seu   ouvido,   ela   sorriu,   fechando­o   casualmente   e
prendendo no bolso da jaqueta, olhando para cima quando a porta da frente foi aberta.
Vestindo apenas um par de jeans que ainda não tinha abotoado, Ace ficou na porta com
as mãos nos quadris, um pequeno sorriso brincando em seus lábios.
“Não é um esconderijo muito bom.”
Hope o olhou de cima a baixo, dos ombros largos ao peito forte, para os abdominais
apertados e além, e sorriu. “Eu não estava tentando muito duro.” A protuberância atrás do
zíper do jeans pareceu crescer sob seu olhar, segurando sua atenção, até que ela relutantemente
desviou o olhar, seguindo a trilha longa do jeans para seus pés descalços. Um Deus grego teria
ciúmes do corpo de pé à sua frente. Era difícil de acreditar, às vezes, que ele finalmente lhe
pertencia.
“Como no inferno pode até seus pés parecer sexys?”
O sorriso de Ace cresceu. “Eu acho que ser atingida na cabeça revirou seu cérebro. Você
vem?”
Hope se recostou na cadeira e apoiou os pés na pequena mesa. “Não sei. O que você
tem para oferecer?”

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Os olhos de Ace chamejaram no desafio, mas imediatamente esmaeceram enquanto ele
sorria com indulgência. Avançando, ele a ergueu alto em seus braços. “Eu vou tirá­la dessas
roupas e devorá­la.”
Quando  ele começou a entrar, ela colocou a mão em seu peito quente. “Eu poderia
achar isso agradável.” Ela alcançou até beijar seu queixo. “Senti sua falta.”
Ace entrou na casa, fechou e trancou a porta antes de levá­la corredor abaixo até seu
quarto, chutando a porta fechada atrás dele. “Eu senti sua falta também. Deus me ajude, mas eu
não acho que posso desistir de você agora. Não consigo mais nem dormir à noite sem você.” Ele
a deitou na cama e deslizou a mão dentro de sua jaqueta, a boca cobrindo a dela.
Hope enfiou os dedos em seu cabelo ainda úmido, segurando­o para ela, seus sentidos
girando. E gemeu em sua boca, arqueando quando a mão cobriu um seio. A língua explorava
sua boca como se a beijasse pela primeira vez. Já tremendo, o poder do beijo em seus sentidos a
puxava no calor de seu amor. Ela o sentia a cada golpe de sua língua, a cada deslizamento de
seus lábios nos dela.
A mão deixou seu seio para se mover sobre seu estômago, acariciando gentilmente, a
outra mão escorregou debaixo dela para puxá­la ainda mais perto. Um beijo levando a outro e
outro, cada um mais devastador para seus sentidos do que o último.
Hope se agarrou a ele como uma tábua de salvação, inclinando a cabeça quando seus
lábios deixaram os dela para roçar levemente em seu queixo e seu rosto.
“Eu amo essas covinhas.” Seu tom suave e baixo, tão diferente e ainda tão familiar,
lavou sobre ela.
Virando a cabeça para sorrir para ele, ela passou uma das pernas ao redor de sua coxa.
“Hmm. Eu amo você.”
Ace levantou a cabeça e afastou o cabelo de seu rosto. “Eu amo você também, bebê,
provavelmente mais do que deveria.”
“Impossível.” Varrida em um turbilhão de calor e desejo, ela se envolveu em torno de
Ace, cada vez mais impaciente por ter que soltá­lo para que ele pudesse remover outro item da
roupa.

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Ele deslizou a mão dentro de sua jaqueta e ao redor dela para erguê­la contra ele. E
removeu a jaqueta lentamente, a boca nunca deixando a sua. Quando ele a jogou de lado, ela
tirou os sapatos, rapidamente enganchando a perna ao redor dele novamente. Ele interrompeu
o beijo para puxar seu suéter sobre a cabeça, a boca explorando a curva de seus seios assim que
os descobriu.
Desajeitadamente puxando os braços fora das mangas, ela impacientemente o jogou de
lado para afundar os dedos em seu cabelo de novo. Ela tremia em seus braços, estremecendo
quando as mãos percorreram seu corpo com carícias lentas e firmes que a moldaram contra ele.
Os músculos de seu estômago estremeceram sob a mão que ele deslizou dentro de suas
calças.   Ele   tomou   seu   tempo   em   desabotoá­la,   dirigindo­a   selvagem   enquanto   a   trabalhava
lentamente abaixo de suas pernas e fora. Ela sacudiu contra ele, esperando que ele rasgasse seu
sutiã e calcinha, morrendo por senti­lo contra sua carne nua.
Ao   invés,   ele   soltou   seu   sutiã,  puxando­o   tão   lentamente   que   ela   pensou   que   fosse
enlouquecer. Os lábios cobrindo cada centímetro de pele exposta, os beijos quentes deixando­a
queimando com necessidade. Em vez de fazê­la esperar como normalmente fazia, ele lhe deu o
que   ela   queria   imediatamente,   usando   a   língua   e   os   lábios   em   seus   mamilos,   lentamente
chupando um e depois o outro em sua boca, criando um calor lânguido que fluía através dela, e
fazendo seus movimentos desajeitados.
Tirando o sutiã completamente fora de seu corpo, ele o jogou de lado, imediatamente
puxando­a contra ele. Com uma mão emaranhada em seus cabelos, ele inclinou sua cabeça para
trás para arrastar os dentes por seu pescoço e sobre o declive de seu ombro, enquanto a mão
cobria seu abdômen. Os lábios desceram para seus seios enquanto ele a virava de costas mais
completamente e deslizava os dedos dentro de sua calcinha para cobrir seu monte.
Os   gemidos   da   Hope   cresceram   continuamente   quando   a   boca   se   fechou   sobre   um
mamilo. Ela passou as mãos por seus ombros, alisando os músculo duros e fazendo seu melhor
para puxá­lo para mais perto, ofegando quando os dedos se moveram mais baixos para deslizar
por sua fenda.
“Você está sempre molhada e pronta para mim, não é mesmo, bebê?”

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Gemendo, ela balançou os quadris. “Sempre. Você está vestindo muitas roupas. Eu te
quero nu contra mim.” Frustrada que não podia alcançar seu pênis, ela se contorceu inquieta.
“Calma, amada. Eu disse que queria devorá­la.” Ele rapidamente a livrou da calcinha e
deslizou abaixo, os lábios deixando um rastro de calor no centro de seu corpo enquanto ele
abria espaço para os ombros largos entre suas coxas.
Hope juntou as mãos no travesseiro, ofegando quando ele ergueu suas coxas sobre os
ombros, e gritou ao primeiro toque da boca em sua fenda. Ela gemeu, se debatendo de um lado
para o outro enquanto ele usava a boca nela, gentilmente, mas firmemente dirigindo­a mais e
mais perto da borda. Ele não a provocou do jeito que normalmente fazia, não mesmo. Ela não
podia nem recuperar o fôlego enquanto ele a levava ainda mais alto e a lançava sobre a borda
tão facilmente que a assombrava.
Ela ouviu o rasgo de chapa enquanto ele a lambia gentilmente, e antes que ela pudesse
descer completamente, ele se acomodou sobre ela.
Apoiando seu peso nos cotovelos, ele se curvou para beijá­la, os lábios ainda com seu
sabor. Embrulhando os braços ao seu redor, ele a ergueu enquanto lentamente entrava nela.
Uma vez que a encheu completamente, ele se segurou profundamente, levantando a cabeça
para olhar em seus olhos.
“Você se sente tão bom, bebê. Você está bem?”
Correndo as mãos sobre ele, Hope cavou os calcanhares em seu bumbum apertado,
silenciosamente o persuadindo a se mover. “É claro que estou bem. Deus, é tão bom tê­lo dentro
de mim. Eu amo quando você me cerca assim. É uma sensação incrível, como se não existisse
mais nada.” Aquietando­se quando a mão dele apertou sua bunda, ela esperou sem fôlego que
o dedo tocasse seu buraco traseiro.
Ao   invés,   ele   a   puxou   para   mais   perto   e   começou   a   empurrar,   golpes   lentos   e
deliberados, destinados a lhe dar mais prazer.  A fricção  do  pênis se movendo dentro  dela,
enchendo­a repetidas vezes, a tinha muito rapidamente se aproximando de outro orgasmo, os
movimentos firmes e seguros não lhe dando nenhuma chance de se manter.

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Seu aperto  firme a mantinha contra ele, os lábios movendo  sobre seu cabelo e testa
enquanto ele fazia amor com ela, os movimentos suaves e controlados como sempre, mas seu
silêncio a perturbou.
“Ace, eu não consigo me segurar. Eu quero agradá­lo, também.”
Ele murmurou baixinho, a velocidade das estocadas aumentando. “Você faz, bebê. Só
me deixe te dar o que você precisa.”
Qualquer pensamento racional fugiu conforme o corpo poderoso de Ace ondeava no
dela de novo e de novo. Seu orgasmo bateu com força, lavando sobre ela em um onda gigante
que a deixou ofegante e apegada impotente contra ele.
Ele a puxou para ele enquanto empurrava profundamente uma última vez, o gemido
baixo retumbando em seu ouvido quando ele encontrou sua própria liberação.
Ela correu os dedos por seus cabelos, segurando­o perto, enquanto os tremores ainda
atormentavam seu corpo. Embora ele mantivesse a maior parte de seu peso fora dela, era bom
tê­lo cobrindo­a dessa maneira, seu corpo pressionando o dela contra o colchão.
Ele se retirou e virou para se deitar ao seu lado, puxando­a ligeiramente sobre ele com o
braço ainda enganchado ao seu redor. “Quando você quer se casar?”
Aconchegando­se   mais  perto,   ela  apoiou   o   queixo   em   seu   peito   e   sorriu,   ainda   um
pouco atordoada. “Estou pronta para agarrá­lo a hora que quiser, Xerife, mas minha mãe quer
organizar uma festa. Tudo bem pra você?”
A mão de Ace moveu preguiçosamente de cima a baixo de suas costas. “Sua mãe já
trabalha duro o suficiente. Vamos ter uma festa no hotel. Diga a ela para falar com Ethan e
Brandon o que ela quer e vou pagar por tudo.” Ele sacudiu a cabeça quando ela começou a
protestar. “Hope, você sabe malditamente bem que eu disponho disso, e não há necessidade de
sua  mãe   e  seus   pais  se  preocuparem  com  custos  ou  trabalho.  Diga­lhes   que   vou  me   sentir
melhor se eles encomendarem o que querem e aproveitar a festa. É o mínimo que posso fazer
por tomar sua menina.”
“Mas Ace —”
“Eu vou falar com eles. Só compre um vestido bonito.” Sentando­se, ele esfregou seu
estômago e balançou as pernas para o lado da cama.

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 “Não vamos poder viajar, no entanto, para uma lua de mel, pelo menos não ainda. Não
posso deixar a cidade, com esse idiota correndo por aí. Você já se machucou, e eu não quero que
ele tenha a chance de machucar mais ninguém. Vou pegar esse bastardo não importa quanto
tempo leve. Nós continuamos entrando  em becos sem saída e parece  que estamos de mãos
atadas até que ele ataque de novo. Quando fizer, eu vou estar esperando.”
Hope ficou de joelhos atrás dele e apertou­se contra suas costas, deslizando os lábios de
um lado para o outro sobre seus ombros. “Podemos ter uma lua de mel aqui mesmo em Desire.
Mal posso esperar para experimentar o plug anal maior que você me prometeu.” Mordendo
levemente o lóbulo de sua orelha, ela sorriu quando ele estremeceu. “Beau tem um monte de
brinquedos legais em sua loja.”
Ace virou a cabeça para beijá­la de leve. “Você tem alguma objeção à maneira que eu fiz
amor com você esta noite?” Desviando o olhar, ele se levantou.
Hope se moveu para os pés da cama enquanto ele ia em direção ao banheiro. “Claro
que não! Eu amo tudo que você faz comigo.”
Ace   sorriu.   “Ótimo.   Vou   ser   um   homem   casado.   Tenho   que   manter   minha   mulher
feliz.” Ele entrou no banheiro, fechando a porta entre eles.
Franzindo o cenho para a porta fechada, Hope puxou a colcha ao redor dos ombros e se
sentou de pernas cruzadas para esperar por ele. Algo estava errado, e seu estômago deu um nó.
Sem rodeios, ela confrontou Ace assim que ele saiu do banheiro.
“Ace, algo está errado?”
Ele sorriu tranquilizador e a ergueu contra ele. “Claro que não, mel. O que poderia estar
errado? Você pode estar pronta em duas semanas?”
“Absolutamente.” Perdida em seu beijo, Hope empurrou suas preocupações de lado.
Logo ela se casaria com o homem que amava mais que tudo. Ele finalmente tinha feito amor
com ela de novo. O que poderia estar errado?

Capítulo Dezesseis
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Algumas   noites   depois,   Hope   reclinou   nua   no   tapete   em   frente   à   lareira   de   Ace,
observando a luz do fogo jogar sobre suas características. Ela arqueou, convidando seu toque, e
estendeu a mão para ele, alisando­as sobre seu peito lindo.
“Sabe, Xerife, eu ainda não vi esse plug anal novo.”
Ace correu a mão por seu corpo, sorrindo de leve quando ela tremeu. “Eu pensei que
você deveria estar aprendendo paciência.” Os dedos brincaram com seu estômago brevemente
antes de subir para seus seios e usar os dedos talentosos para enviar tiros de prazer correndo
para sua fenda.
Levantando­se, ela tocou os lábios em seu peito e segurou seu pênis, Abrindo as coxas
em convite. “Caso você não tenha notado, não sou muito boa com paciência.”
Inclinando­se para trás, Ace sorriu, os olhos escurecendo enquanto se deslizavam por
seu corpo. “Já notei.” Descansando os braços no sofá atrás dele, ele esperou em expectativa.
Quando ela fez uma pausa, hesitante, ele arqueou uma sobrancelha e sorriu.
Desconcertada   que   ele   parecia   querer   que   ela   tomasse   a   iniciativa,   ela   prontamente
aceitou,   considerando   esta   a   oportunidade   perfeita   para   fazer   algumas   de   suas   próprias
explorações. Ajoelhando­se, ela beijou e lambeu o caminho através de seu peito, sorrindo contra
a pele quente quando o pênis saltou em sua mão. A única luz no cômodo vinha da lareira, a luz
das chamas bruxuleantes dançando sobre sua pele e fazendo­a brilhar como cobre. Ela queria
saborear cada centímetro dele.
Arqueando nas mãos que deslizavam por suas costas, ela deixou o cabelo escovar suas
coxas enquanto se movia lentamente por seu corpo. Acariciando seu pênis continuamente, ela
manteve o toque leve e provocante, se perguntando por quanto tempo ele a deixaria se safar
disso até que, ou puxava sua mão ou exigia mais.
Com o calor do fogo em suas costas e Ace à sua frente, ela ficou enrolada em um casulo
de calor e desejou poder ficar ali para sempre.
Ela   lambeu   a   barriga   dura   de   Ace,   emocionando­se   quando   os   músculos   tensos
estremeceram sob sua língua. Ele permaneceu em silêncio, no entanto, não expressando suas
demandas usuais. As mãos continuavam a se mover sobre ela, gentis e certas, mas sem aquela

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ferocidade que demonstrava antes. Mesmo então, ela sabia que ele se continha, mas agora ele se
continha ainda mais. Determinada a forçar uma reação dele e sacudir seu controle de ferro, ela
se   moveu   abaixo,   estendendo­se   sobre   a   colcha   na   frente   dele,   apresentando­se   a   ele.
Contorcendo­se, ela propositadamente lhe deu uma boa visão de sua bunda, esperando obter
uma reação. Ela deslizou a mão mais abaixo, segurando seu saco e massageando suavemente
enquanto tocava a ponta da língua na cabeça de seu pênis, lambendo a gota de umidade que
aparecia lá. Nisso, ela podia agradá­lo e, para agradá­la, fingir que ele havia exigido isso dela.
As mãos foram para seus cabelos, os dedos se emaranhando através dele, apertando
ligeiramente quando ela tomou o pênis na boca, apenas para soltar sua pressão novamente. Seu
gemido profundo reverberou através dela, e ela apertou as mãos em suas coxas enquanto o
levava mais fundo.
Os  pêlos em suas coxas provocavam seus mamilos quando  ela se movia contra ele,
enviando   pequenos   choques   de   prazer   através   dela.   Ela   esfregou   as   próprias   coxas   juntas
enquanto a necessidade continuava a se construir, a dor baixa que se estabelecera lá, crescendo
a   cada   segundo   que   passava.   Esperando   a   reprimenda   para   manter   as   coxas   abertas,   ela
escondeu seu desapontamento quando não veio.
Incapaz de ficar quieta, ela se contorceu e começou a chupar Ace mais fundo em sua
boca, os lábios esticados para acomodar sua espessura. Deleitando­se em seu gosto e na maneira
como   suas   coxas   tremiam,   ela   o   chupou   um   pouco   mais   forte,   acariciando   uma   unha
suavemente sobre seu saco.
Ace não disse nada, correndo as mãos em seus cabelos e ombros, mantendo o toque
suave. Ele moveu seu cabelo de lado para ver o que ela fazia com ele, mas não fez nenhum
movimento para impedi­la ou instruí­la de qualquer forma.
Saber  que  este homem grande  e forte  era todo dela nunca deixava de excitá­la. Ser
capaz de explorá­lo desse jeito, tocá­lo como e onde ela quisesse a excitava ainda mais.
E   também   a  deixava   um   pouco   incerta,   talvez   até   um   pouco   insegura,   que   ele   não
parecia tão intenso como de costume, e ela não tinha ideia do que ele estava pensando.
Lembrando­se de algo que aprendera no clube, ela decidiu jogar um pouco e ver se
conseguia uma reação dele. Esperando que ele assumisse o comando a qualquer segundo, ela

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apertou   sua   coxa   com   uma   mão   e   deslizou   a   outra   mão   que   o   segurava   mais   abaixo.
Perguntando­se a que distância ele a deixaria ir, e querendo lhe dar o tipo de prazer que ele
tinha lhe dado, ela gradualmente trabalhou o dedo em direção a seu ânus.
Ace   soltou   seu   cabelo   para   agarrar   seu   pulso   e   puxá­lo   suavemente   para   longe.
Deslizando as mãos sob seus braços, ele a levantou, puxando­a de seu pênis para se sentar em
cima de suas coxas. “Por que você não sobe aqui, bebê?” Hope envolveu ambas as mãos em seu
pênis, deslizando­as lentamente de cima a baixo de seu comprimento. “Eu estava jogando.”
Ace sorriu levemente. “Eu percebi, mas você não prefere ter meu pau em sua boceta ao
invés de sua boca?”
Hope que tinha fantasiado ser forçada a chupá­lo como ele havia ordenado antes, de tê­
lo segurando­a lá e ordenando­a para fazê­lo com aquela voz escura que ele não usava com ela
por um bom tempo agora. “Eu gosto de chupá­lo. Você não gosta?”
“É   claro   que   sim,   mas   eu   prefiro   fazer   amor   com   você.”   Ele   alcançou   onde   vários
preservativos estavam à espera na mesa de café. “Eu quero estar dentro dessa boceta apertada e
quente e senti­la se desmanchando ao meu redor.”
Hope agarrou o preservativo, mas ele já havia começado a rolá­lo. “Eu queria te mostrar
uma coisa que aprendi no clube. Por que você me parou?”
 “Porque isso é algo que eu faço com você, não o contrário.” 
Um pouco apagada, mas aliviada ao  ouvir o aço  em sua voz novamente,  Hope fez
beicinho. “Você não me toca mais lá.”
Ace terminou de rolar o preservativo e a ergueu, baixando­a centímetro por centímetro
sobre seu pênis. “Você precisa de um pouco de atenção lá, bebê? Venha cá, amada, deixe­me
cuidar de você.”
Gemendo enquanto seu comprimento espesso lentamente a enchia, Hope agarrou seus
ombros para se firmar, sua boceta apertando­o sofregamente. Ela suspirou seu nome quando ele
a encheu, fechando os olhos em êxtase quando seu calor a envolveu dentro e fora.
Acomodando­se até o cabo, Ace passou um braço ao seu redor, correndo os dedos por
seus sucos lisos para reuni­los. “Fico feliz que você gosta que brinque com sua bunda. Eu tenho
um monte de planos… Agora relaxe seu traseiro, mel, e vou cuidar de você.”

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Hope se moveu em seu  pênis, agarrando­o desesperadamente  enquanto  o montava,
distraída com os dedos brincando em sua fenda. “Ace, diga­me. Você tem um monte de planos?
Planos para minha bunda? Eu quero que você me mostre cada um deles. Eu gosto quando você
me toca lá, Ace. Eu gosto de tudo que você faz comigo.” Cada vez que ele pressionava nela lá,
ela estremecia em expectativa, prendendo o fôlego para o momento em que ele fosse penetrá­la.
Ela mal podia esperar  para que  ele  a fodesse lá de novo. Ele tinha feito tão  lentamente  na
primeira vez, gentil, porque ela nunca tinha feito isso antes. Mas agora ela o queria quente,
selvagem e faminto por ela.
Ace   aparentemente   decidiu   provocá­la   um   pouco,   fazendo­a   esperar   enquanto   a
encorajava a continuar se movendo. “É isso aí, bebê. Faça o que é bom.” Ele equilibrou o dedo
em sua abertura proibida e começou a pressionar firmemente. “Leve­me dentro de você, bebê.”
Ele trabalhou lentamente o dedo dentro dela, a outra mão acariciando suas costas quando ela
estremeceu. “Isso mesmo. Bom e lento.”
Hope  cavou  as  unhas  nele  enquanto   subia  e  descia,  fodendo­se  tanto  em  seu   pênis
quanto   seu   dedo.   Ela   adorou   o   desafio   e   liberdade   de   estar   no   topo,   mas   se   perdendo   na
sensação de Ace todo ao seu redor, ela não conseguia manter o ritmo. Justo quando conseguiu o
ângulo que queria, ela perdeu. Seu traseiro e boceta se mantiveram apertando nele, como se
estivesse tentando sugá­lo, e ela choramingou em frustração, movendo­se mais rápido. Era tão
bom tê­lo dentro dela desse jeito, ter seu pênis se movendo sobre sua carne tenra, mas algo
estava faltando.
“Ace, ajude­me. Eu não sei o que fazer para você. Não consigo fazer direito.”
Ace sussurrou baixinho para ela, as palavras abafadas contra seu pescoço quando ele a
inclinou   para   trás,   sustentando­a   com   uma   mão   em   seu   cabelo.   “Estique   as   pernas,   mel.
Envolva­as ao meu redor.” Quando ela obedeceu, ele usou a mão em seu traseiro para movê­la
contra ele, escorregando o dedo profundamente em seu ânus e o segurando lá.
Agarrando   seus   ombros,   Hope   balançou   os   quadris,   ajudando   seus   movimentos.
Quando abriu os olhos, o encontrou olhando para ela, os olhos cheios de prazer e amor, mas
sem a intensidade que ela havia se tornado tão acostumada a ver.

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“Ace, isso se sente bom para você? Por favor, me diga o que você quer que eu faça.” Ela
apertou no dedo em seu ânus, mais uma vez maravilhada na invasão primorosa.
Os   golpes   de   Ace   aumentaram   de   velocidade,   o   pênis   proporcionando   uma   fricção
deliciosa contra aquele ponto sensível dentro dela. Roçando os lábios nos dela, ele mordiscou
suavemente seu lábio inferior.
“Você se sente incrível, mel. Você sempre faz. Só faça o que se sente bom.”
Hope   não   teve   chance   de   dizer   mais   nada   quando   ele   tomou   seus   lábios,   abrindo
prontamente para seu beijo. Ela o beijou avidamente, despejando todo seu amor e paixão nisso,
num esforço de se sentir mais perto dele. Com seu corpo em chamas e os sentidos bobinando,
ela firmou seu aperto sobre ele em desespero. Seus gemidos crescendo em intensidade quando
ele a levou para a beira, os golpes curtos e rápidos e o dedo se movendo em seu traseiro a
mandaram voando.
Ele já conhecia seu corpo tão bem que podia catapultá­la para o orgasmo rapidamente,
seu toque exatamente o que seu corpo precisava para cair sobre a borda.
Ela gemeu enquanto gozava, apertando ao seu redor.
Mais   algumas   estocadas   rápidas   depois,   e   ele   se   juntou   a   ela,   o   gemido   baixo   dele
vibrando contra seu peito enquanto a puxava contra ele.
Nenhum dos dois falou por vários minutos, e a irritou ver que Ace nem sequer parecia
estar sem fôlego.
Ele a segurou perto, correndo a mão de cima a baixo em suas costas. “Você está bem,
mel?”
Segurando­o, ela virou a cabeça para beijar seu ombro, um gemido escapando quando
ele deslizou o dedo fora de seu traseiro. “Claro. Por que você está me tratando como se eu fosse
feita de vidro?”
Ace beijou seu cabelo. “Não seja ridícula.”
Hope empurrou contra seu peito, inclinando­se para trás para olhá­lo. “Eu sou ridícula
agora, é? Estou cansada de você me dizendo que estou sendo ridícula.”

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Ace a puxou de volta contra ele e a segurou, a mão acariciando suas costas novamente
como se para acalmá­la. “Você não é feita de vidro. Você é a mulher que vai ser minha esposa
muito em breve, e eu quero bebê­la um pouco. Você me negaria isso?”
Quando ele disse isso assim, ela realmente se sentiu ridícula. “Oh, Ace. Eu te amo tanto.
Mal posso esperar até estarmos casados. Eu esperei por você eternamente.”
Ace   riu.   “Você   é   muito   jovem   para   ter   esperado   eternamente.   Você   está   quente   o
suficiente?”
Hope se aconchegou contra ele. “Muito quente. Eu te amo, Xerife.” 
“Eu te amo também, bebê.”

* * * * *

Ao longo dos próximos dias, o sentimento de que algo incomodava Ace continuou a
crescer, deixando Hope inquieta e irritada. Ela odiava este sentimento de estar… Desconectada
com ele de alguma forma. Embora ele tivesse sido tão amoroso e terno quanto uma mulher
pudesse querer, ela não conseguia se livrar do sentimento de que as coisas tinham mudado
entre eles, e não sabia como consertá­las.
Ela   sabia   que   ele   estava   preocupado   com   a   pessoa   que   parecia   gostar   de   causar
problemas em Desire. Isso o enfurecia. Rafe e Linc não estavam nada mais felizes, e a tensão em
toda a cidade poderia ser cortada com uma faca.
Os homens tinham passado a semana inteira tendo reuniões e encontros na rua para
falarem em voz baixo uns com os outros, enquanto assistiam as mulheres que iam para seu dia­
a­dia.
Movendo­se na cozinha, Hope não conseguia manter seus pensamentos de voltar a Ace.
Ela não conseguia deixar de comparar a forma como ele fazia amor com ela antes do acidente,
antes de lhe pedir para casar com ele, com a forma distante que ele tinha agido com ela na
última semana.
A profunda conexão que tinham compartilhado se foi, e ela desesperadamente a queria
de volta.
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Ela fechou os olhos ao se lembrar de seu olhar quando a tomava antes. A forma como
ele praticamente a devorava — Jesus, ela nunca tinha experimentado nada assim antes.
E tudo se foi.
O som da porta do apartamento se abrindo empurrou­a de volta ao presente.
“Eles devem ter mudanças programadas ou algo assim. Esta é a sopa de legumes do
papai Finn?”
Hope   olhou   para   cima   da   panela   de   sopa   que   ela   tinha   estado   mexendo   distraída
quando Charity entrou no apartamento. “Sim. Quem tem mudanças programadas?”
Charity   tirou   o   casaco   e   o   pendurou   no   cabide,   farejando   o   ar   quando   entrou   na
pequena cozinha. “Os homens. Eu imaginei que você soubesse sobre isso. Toda vez que ando
pelas ruas, vejo homens simplesmente de pé pelas esquinas. Isso está trazendo um monte de
conversas   interessantes.”   Ela   pegou   tigelas   e   colheres   e   começou   a   arrumar   a   mesa,   rindo
baixinho. “Eu acabei de  passar a tempo  de ouvir Kelly  perguntar  a Blade  o que  ele estava
vendendo e lhe oferecendo cem dólares por um bom tempo.”
Imaginando o sempre frio e controlado Blade, coproprietário do Club Desire, o clube de
propriedade de Doms que ensinavam outros Doms, ser abordado na esquina de uma rua por
sua esposa seria uma visão que valia a pena ver.
Rindo, Hope se virou para sua irmã. “Uma pena que perdi isso. O que ele disse?”
Charity foi até a geladeira para pegar o jarro de chá gelado. “Bem, a princípio você
poderia dizer que ele ficou chocado e estava fazendo o seu melhor para não rir, mas, quando
Kelly   começou  a  circular   em  torno   dele,   examinando­o,  todo   mundo   perdeu   isso.  Ele   usou
aquela voz fria dele, você sabe qual, e disse a Kelly que um encontro com ele lhe custaria muito
mais do que cem dólares. Kelly fingiu pensar sobre isso e alcançou para sentir sua bunda. Daí
disse a ele, ‘Ok, você tem um bumbum agradável, vou te dar cento e cinquenta’.”
Hope riu tanto que lhe trouxe lágrimas aos olhos. “Eu até posso imaginar a cara de
Blade! O que ele disse a isso?”
“Ele começou a rir e a abraçou, prometendo vingança. Deus, você pode ver o quanto ele
a ama. Em seguida ele a jogou por cima do ombro e se dirigiu para casa.”

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Enquanto Hope servia a sopa, ela não conseguiu deixar de se sentir um pouco invejosa.
“Eu gostaria que Ace fizesse algo assim comigo.”
Charity usou as luvas para tirar o pão do forno e o trouxe para a mesa. “Do que você
está   falando?   Tenho   certeza   que   nosso   bom   xerife   cuida   de   você.   Você   vai   se   casar   com   o
homem no próximo final de semana.”
Hope olhou para a sopa, mexendo os legumes ao redor. Ela mal podia esperar para
casar com ele, mas a incomodava que ele parecia… Diferente. Concordando, ela olhou para
cima. “Sim. A mamãe e nossos pais finalmente finalizaram o bufê no hotel.”
Charity partiu um pedaço de pão e franziu o cenho. “O que foi? Você e Ace brigaram?”
Hope   suspirou   e   sacudiu   a   cabeça.   “Eu   quase   desejaria   que   tivéssemos.   Algo   está
errado, e serei maldita se consigo descobrir isso. Ele já até perdeu um pouco da intensidade,
como se talvez não me quisesse mais tanto assim.”
Charity olhou para ela, preocupada. “Você acha que ele mudou de ideia?”
Hope deu de ombros, os nós em seu estômago apertando. “Ele é muito carinhoso e
doce. Parece está impaciente para se casar, de modo que não é isso.” Hope suspirou e mexeu a
sopa. “Ele faz amor comigo todas as noites, e  é incrível. Eu nem sequer tenho a chance de
recuperar o fôlego. Ele simplesmente me arrasta longe.” Carrancuda em sua sopa, ela cerrou a
mandíbula. “Eu acho que ele faz isso de propósito.”
Charity   tomou   outra   colherada   de   sua   sopa,   franzindo   a   testa.   “Ele   conversa   com
você?”
Quebrando o pão em pequenos pedaços sobre sua tigela de sopa, Hope assentiu. “Ele
está muito puto que não pegou o cara que me atropelou, e acha que é a mesma pessoa que
estragou o gramado no campo atrás do clube dos homens e disparou nas janelas de ambos os
clubes. Ele está tentando conseguir a aprovação para contratar mais agentes. Rafe e Linc vão
sair qualquer dia desses para persuadir a mulher que ambos estão apaixonados a viver aqui.”
“Isso significa que Ace vai estar trabalhando sozinho.”
Hope assentiu. “E mesmo quando Linc e Rafe voltarem com a mulher que querem se
casar, eles  não poderiam nem estar com ela juntos, se tiverem que tomar turnos diferentes.
Então, Ace está tentando conseguir a aprovação para aceitar pedidos de agentes a mais.”

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Charity assentiu. “Parece a coisa certa a fazer. Não acredito que ele tenha problemas
para obter a aprovação do conselho da cidade. Inferno, somos nós que estaremos votando nisso.
Ele não está preocupado com isso, não é?”
Espere deu de ombros. “Ele não parece estar, mas não falou comigo. Ele me conta sobre
seu dia e pergunta sobre o meu.”
 “Então o que diabos há de errado? Ele soa como o homem perfeito. Eu vi o jeito que ele
é com você. Ele te trata como uma boneca de porcelana e é um perfeito cavalheiro.”
Hope olhou para cima de sua sopa, o estômago se agitando com raiva e medo quando
Charity confirmou o temor que tinha estado pairado no fundo de sua cabeça por dias. “Desde o
acidente, ele tem sido cuidadoso comigo, muito cuidadoso.”
Charity assentiu. “É claro que ele seria. Você não esperava que ele a maltratasse quando
você estava toda machucada, não é?”
Hope   soltou   a   colher   em   sua   tigela   e   se   recostou.   “As   contusões   já   desapareceram,
Charity. Eu só espero que nada mais tenha.”
Charity sacudiu a cabeça. “Você mesma disse que o ato de amor era ótimo. Se Ace está
feliz e você está feliz, não balance o barco. Desista de seus jogos estúpidos e faça uma vida com
o homem que ama.”
Hope saltou de sua cadeira. “Droga, Charity, só porque você não gosta de jogos no
quarto, não pense que o resto de nós não queremos também. Você não consegue entender?
Domínio no quarto não é apenas um jogo para Ace. É o modo como ele vive. Eu aceito isso nele,
inferno, eu amo isso nele. Minha necessidade de submeter no quarto  é tão forte quanto sua
necessidade de dominar. Eu não posso tê­lo desistindo de uma parte de si mesmo, só porque ele
acha que eu não posso lidar com isso. Nós dois precisamos disso, Charity, e se ele mudar, ele
sempre vai se sentir como se estivesse faltando alguma coisa nele.”
Sentando­se, ela soltou a cabeça em suas mãos. “Assim como eu, e isso vai estragar
tudo.   Vamos   acabar   ressentidos   um   com   o   outro.”   Levantando   a   cabeça,   ela   afastou   uma
lágrima,   esfregando   o   estômago,   que   queimava.   “Por   que   ele   não   pode   acreditar   em   mim
quando lhe digo que preciso da mesma coisa que ele?”

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Charity   colocou   a   própria   colher   para   baixo   e   tomou   um   gole   do   chá   gelado,
recostando­se na cadeira para encarar Hope atentamente. “Você está realmente falando sério
sobre isso? Digo, você espera que Ace a domine quando faz sexo? Você realmente quer que ele a
espanque e Deus sabe lá mais o quê?”
Hope se levantou novamente, inquieta demais agora para se sentar e relutantemente
divertida com a pergunta de sua irmã. “Claro. Sabe, Charity, às vezes é difícil acreditar que
você cresceu na mesma cidade que eu, sem falar a mesma família.” Sacudindo as sobrancelhas,
ela   riu   do   rosto   vermelho   de   Charity.   “Eu   planejo   passar   muito   tempo   me   metendo   em
encrencas só para ganhar uma de suas surras. Deus, ele é bom nisso.”
Caindo para trás em sua cadeira de novo, ela embrulhou a mão em torno de seu copo
de chá, correndo o polegar de cima a baixo do lado frio. “Eu não sei o que faria se ele já estiver
decidido   que   sou   delicada   demais   para   lidar   com   ele.”   Olhando   para   sua   irmã,   ela   bufou
deselegante. “Dá pra acreditar nisso? Eu? Delicada? Inferno, eu nem mesmo sei se é isso ou não.
Ele não diz uma palavra, e cada vez que insinuo, ou mesmo toco no assunto, ele pergunta o que
há de errado com nossa forma de fazer sexo agora. Isso me faz sentir como uma idiota.”
“Você poderia viver com a forma como o sexo é entre vocês agora?”
Hope assentiu. “Claro. Eu amo Ace. Mas não posso viver com ele tentando mudar uma
parte tão vital de si mesmo por mim, especialmente quando não é necessário. Sinto como se
tivesse só uma parte dele, Charity. Não posso viver com isso. Eu quero tudo.”
Charity parou com uma colherada de sopa a meio caminho da boca. “Então vá pegá­lo.
Não consigo imaginar que seria muito difícil para você ganhar­se uma dessas surras.”
O fogo em seu estômago desapareceu, substituído por uma emoção que ela não sentia
desde a manhã que o caminhão a atropelou. Sorrindo, ela correu para terminar sua sopa.
“Oh, eu acho que com um pouco de ajuda eu posso fazer melhor que isso.”

* * * * *

Hope sorriu no olhar frio de Sebastian. “Você tem uma irmã em algum lugar que eu
possa contratar para meu clube?” Ela poderia jurar que seus lábios tremeram, mas não sabia ao
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certo. Tinha tentado passar por ele várias vezes ao longo dos anos, quando era muito curiosa
sobre o clube, mas ele era danado de bom em seu trabalho. Depois disso, ela tentava entrar só
porque lhe disseram que não podia.
Sebastian olhou abaixo do nariz para ela, mas o brilho em seus olhos arruinou seu olhar
de superioridade. “Senhorita, você sabe que não tenha permissão à admissão, e nem tente me
dizer que está aqui para ver a Sra. Royal, porque ela não está no local.”
Hope fez seu melhor para parecer insultada. “Eu ouvi as histórias sobre como Rachel
entrou. Dê­me algum crédito. Eu não usaria uma história que já foi feita.”
Cruzando   os   braços   sobre   o   peito,   o   mordomo   sempre­adequado   arqueou   uma
sobrancelha. “Claro que não. Que história você planeja usar esta noite? É melhor ser boa. O
xerife não vai ficar satisfeito por você ter aparecido aqui.”
Hope sorriu. “Pode deixar que eu me preocupo com o xerife. Posso falar com Blade,
Royce ou King?”
“Senhorita —”
“Pare de me chamar de Senhorita. Você sabe malditamente bem qual é o meu nome.
Inferno, você enfaixou meus joelhos quando eu caí de bicicleta.”
Sebastian continuou como se ela nem tivesse falado. “Senhorita Sanderson, você sabe
muito bem que os Mestres são muito ocupados.”
“Sim, bem, o clube não foi aberto para a noite ainda, e eles não têm nenhuma aula este
mês. Eu sei que Blade provavelmente não está aqui ainda, mas os outros dois estão. Preciso ver
um deles.”
“Os Mestres —”
“Quem é Sebastian?” A voz profunda de King Taylor veio de algum lugar atrás de
Sebastian alguns segundos antes dele abrir a porta larga e sorriu quando a   viu   “Hope!   Ei,
querida. Parabéns pelo noivado. Estarei lá com os sinos.” Seu sorriso caiu. “O que está fazendo
aqui? Você não está tentando entrar no clube de novo, não é? Ace sabe que você está aqui?”
Hope esticou a língua para as costas de Sebastian quando ele se afastou e King encheu a
porta.
Literalmente.

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Embora   não   fosse   tão   alto   quanto   Ace,   King   tinha   músculos   mais   espesso   do   que
qualquer   homem  que  ela   já  conhecera.  Ela  tinha  ouvido  anos  atrás  que  seu   pai  costumava
chamá­lo de fraco e King realmente tinha tomado levado a sério. Ninguém em sã consciência
jamais diria isso para ele agora.
Hope sorriu na desconfiança em seu rosto. “Preciso de um favor.” 
Os olhos de King se estreitaram. “Que tipo de favor? E ele vai me causar problemas
com o xerife?”
Desde que ela o conhecia a maior parte de sua vida, seus traços duros não a assustaram,
mas ela sabia que  ele  podia ser bastante intimidante  quando  precisava.  Como  Ace,  ele  não
poderia ser chamado de bonito, mas algo nele tinha as mulheres se alinhando em bandos para
estar com ele. Esse exterior forte com o coração de ursinho de pelúcia deveria ser irresistível.
“Não. Mas você pode chamá­lo daqui a pouco e me delatar. É sobre isso que quero falar
com você.”
Ele estendeu a mão para pegar a dela. “Entre, mas me reservo o direito de chamar Ace
se eu não gostar disso.”
“Se você fizer este favor para mim, você vai chamá­lo de qualquer maneira.”

* * * * *

Sentado em seu escritório, Ace falava com Rafe, que tinha entrado para aliviá­lo. “Eu
odiaria como o inferno pensar que esse cara vai se safar do que ele fez.”
Rafe tomou seu último gole de café e levantou para reabastecer sua xícara. “Parece que
vai, a menos que ele faça mais alguma coisa e nós o peguemos.”
Ace jogou a caneta sobre a mesa com mais força do que a necessária. “Eu odeio isso. Eu
vou  encontrar  esse  filho  da   puta.  Fique   alerta.   Qualquer   pessoa  nova  na  cidade   é  para   ser
assistida. Se eles não gostarem, eles podem partir.”
Rafe colocou a xícara sobre a mesa e se sentou novamente. “Isso não vai ser realmente
popular para os negócios aqui.”

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Cerrando a mandíbula, Ace se virou para encontrar os olhos de Rafe. “Eu não dou uma
merda. Minha prioridade é proteger os moradores de Desire. Algo que não tenho sido muito
bom ultimamente.”
Rafe assentiu. “Fico feliz que você tenha tido a aprovação para contratar mais agentes. É
difícil manter a cidade coberta vinte e quatro/sete com apenas nós três. Com você se casando,
vai ser bom ter um dia de folga para passar com sua esposa. Linc e eu podemos lidar com isso
enquanto você estiver em sua lua de mel.”
Ace  sacudiu  a cabeça,  forçando  abaixo  a culpa que sentia por não  levar  Hope para
algum lugar agradável como ela merecia. Ele teria que fazer o seu melhor para compensá­la por
isso. “Nós não vamos sair em lua de mel até que eu pegue esse cara.”
Rafe   pareceu  que  queria  dizer   alguma   coisa,  mas  mudou   de  ideia  e   assentiu.  “Nós
vamos pegá­lo logo.”
“Sim.” Toda vez que ele imaginava Hope deitada no chão depois de ser atropelada, ele
queria socar algo. O dano já tinha sido feito à propriedade, e ele não tinha um único suspeito.
Acostumado a estar no comando, ele odiava essa sensação de impotência.
Rafe pegou sua xícara. “Ele não fez nada desde que atropelou Hope. Talvez isso o tenha
abalado. Certo como o inferno o chateou o suficiente para ligar.” 
“Talvez. Eu prefiro que ele não cause mais problemas, mas me irrita que, a menos que
ele faça outra coisa e nós o pegarmos, ele pode simplesmente sair impune.”
A expressão de Rafe endureceu. “Eu sei. Uma das razões que Linc e eu viemos para
Desire, além de querer viver onde as relações ménage são aceitas, foi de como a cidade é segura.
Queremos começar uma família aqui, e desde que ambos trabalhamos na aplicação da lei, nós
queríamos fazer a nossa parte. Esse cara vem e cuspe na nossa cara e vai embora.”
Ace se recostou e juntou as mãos sobre o estômago. “Tem que ter algo a ver com os
clubes. Ele não fez nada para qualquer outro negócio na cidade.”
“Talvez ele apenas não teve a chance. Os clubes são os maiores negócios aqui, e desde
que eles não estão na Main Street, ele pode ter imaginado que não teria tantas testemunhas lá.”

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 “Verdade, mas não temos nada mais para continuar. Não posso simplesmente cruzar
minhas mãos e esperar que esse cara cause mais problemas. Eu já falei com Royce no clube, e ele
está passando seus arquivos para qualquer um que tenha apresentado queixas.”
Rafe   se   levantou.   “E   quanto   a   Hope?   Ela   não   está   lá   tempo   suficiente   para   fazer
inimigos.”
Ace   esfregou   a   mão   no   queixo.   “Eu   sei.   Logan   Securities   verificou   todos   os   seus
membros.” Ainda o irritava que ela não tivesse ido até ele. “Vou falar com eles sobre qualquer
coisa  que  possa  ter   aparecido   em  suas  verificações  de  antecedentes.   Vou  ter  que  falar  com
Hope, também. Talvez ela tenha tido ameaças que não me contou.” Sua mandíbula apertou. Se
ela   tivesse   mantido   algo   assim   dele…   Inferno.   Ele   tinha   que   esperar   que   um   sermão
funcionasse.
Rafe fez uma pausa antes de sair para a porta. “Uh oh. Você tem certeza que é o tipo de
conversa   que   você   quer   ter   uma   semana   antes   do   casamento?”   Rindo   baixinho,   ele   saiu,
fechando a porta atrás dele.
Ace permitiu que seus lábios se curvassem, o sorriso caindo assim que a porta se fechou
atrás de Rafe. Antes dela ser atropelada pelo caminhão, ele não teria hesitado em nada de lhe
dar uma surra de sopro para levá­la a lhe contar tudo. Ele se recostou, fechando os olhos com
um gemido enquanto imaginava seu rosto quando ele invadiu seu rabo pela primeira vez.
O êxtase em seu rosto quando ele esticou sua bunda e usou os clipes em seus mamilos.
Os sons que ela fazia quando gozou depois que ele a fez esperar por seu lançamento.
Seus olhos quando ele falou sobre foder seu traseiro.
A visão de sua bunda rebolando quando a raiz de gengibre entrou em vigor. 
A sensação de seu rabo apertado cerrando em seu pau.
Como   tinha   desde   que   ela   havia   sido   atropelada   pelo   caminhão,   as   imagens   foram
imediatamente substituídas pela visão dessa mesma bunda coberta de contusões e seu terror de
que ele tivesse colocado algumas delas lá. A descoloração de sua pele cremosa, a obscenidade
de seu traseiro tão bonitinho estar vermelho e ferido o deixava com o estômago revirando cada
vez que imaginava.

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Ele tinha se assegurado de que poderia se acostumar a fazer amor baunilha. O prazer de
fazer amor com ela seria suficiente, mas ele não podia negar que sentia falta dos orgasmos
incrivelmente fortes que tinha quando a dominava. Tinha visto a surpresa e alegria em seu
rosto e sabia que ela nunca tinha experimentado esse tipo de prazer antes também.
Foda­se.   Ele   sentia   falta   disso   e   sentia   falta   da   conexão   extraordinária   que   tinha
experimentado com ela nesses momentos. Quando dominara mulheres no passado, havia uma
proximidade especial, mas com Hope, a mulher que ele amava, a força do vínculo o atordoava.
Ele tinha esperado ansiosamente nutrir essa proximidade e liderá­la em uma vida de
submissão, criando um laço com ela que seria inquebrável.
Sem isso, ele sentia um mal­estar que simplesmente não passava. Desde que seu turno
já tinha acabado, ele se levantou e saiu, querendo estar com Hope assim que possível. Dirigiu
para casa pensando nela e suas tentativas de levá­lo a dominá­la de novo. Nada o faria mais
feliz do que atendê­la.
Seu pênis se mexeu. Talvez no futuro. Se ele conseguisse tirar essas imagens de sua
cabeça.
Uma vez que chegou na casa, ele correu para dentro. O silêncio nunca o tinha realmente
incomodado   antes,   mas   agora   que   Hope   tinha   estado   aqui,   a   casa   parecia   clamar   por   sua
presença.  Seria bom tê­la voltando  para casa depois do  trabalho todos os dias. Quando  ele
trabalhasse no turno da noite, seria bom entrar, tomar banho, e rastejar ao lado de seu corpo
quente e macio, e senti­la se enrolar nele.
Esperando   ansiosamente   para   fazer   amor   com   ela   esta   noite,   ele   tomou   um   banho
rápido. Tinha acabado  de se secar quando  seu celular  tocou. Pensando  que  seria  Hope, ele
correu em direção a ele, desapontado ao ver que era do Club Desire. Mantendo a decepção fora
de seu tom, ele respondeu.
“Tyler.”
“Ei, Xerife. Tenho meio que um problema, e acho que você é a pessoa perfeita para
cuidar dele para mim.”
“King? O que foi? Ele voltou?” Foda­se. Segurando o telefone no ouvido com o ombro,
ele começou a pegar as roupas para vestir. 

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“Não, nada disso. Tenho um problema com uma mulher que diz que é uma sub e tem o
perfeito direito de estar aqui. Ela está no antiga sala de jogos de Blade e se recusa a sair.”
Ace abotoou o jeans e pegou o telefone do ombro, um pouco atordoado. “Sebastian
normalmente   não   cuida   disso   para   você?   Eu   vou   ai,   mas   não   entendo   por   que   você
simplesmente não a tira de lá.” Ele olhou no relógio e mentalmente gemeu quando viu que isso
ia tirá­lo de Hope e não resistiu à provocação. “Qual é o problema, ela é maior do que você?”
King riu. “Muito engraçado. Não, ela é apenas uma coisinha, mas dane­se se não tem
uma grande boca nela. Ela diz que não vai sair com ninguém além de você.”
Ace   agarrou   uma   camiseta,   começando   a   ter   uma   sensação   estranha   na   boca   do
estômago. “Quem é ela?”
“É sua noiva, Xerife.”
Ace caiu na cama. “Hope?” 
“Você tem mais de uma?”
“Eu estarei aí logo.” 
“Imaginei que você estaria.”
Saltando de pé, Ace desconectou e enfiou o telefone no bolso para terminar de se vestir.
O que diabos Hope estava fazendo? Merda. Todas aquelas sugestões malditas. Ele deveria saber
que ela era impulsiva o suficiente para puxar algo assim.
Ele terminou de ser vestir e, agarrando a jaqueta, correu para a porta. Ele tinha visto a
sala em que ela estava antes, e imaginá­la nele agora teve seu pau tão duro quanto uma rocha,
porra. De alguma forma, ele tinha que tirá­la de lá antes que lhe desse vontade de usar alguns
dos equipamentos lá e lhe ensinar uma lição que ela nunca esqueceria.
Minutos depois, ele entrou no estacionamento e encontrou um espaço vazio. Jogando a
mudança   de   marcha   para   a   vaga,   ele   percebeu   que   estava   resmungando   para   si   mesmo,
principalmente amaldiçoando, e se obrigou a respirar fundo antes de sair.
Ele simplesmente falaria com ela com calma e a tiraria de lá. Uma vez que estivesse de
volta em casa, ele faria amor com ela e satisfaria esta necessidade furiosa.
A quem ele estava enganando?

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Ele queria espancar seu pequeno rabo por fazer algo assim, e depois fodê­la longo e
duro   por   trás.   Se   alguém   precisava   de   um   caralho­no­cu   para   aprender   quem   estava   no
comando, esta era Hope. Sua virilha apertou, seu pau empurrou dolorosamente contra o zíper
só de pensar nisso. Ele saiu e se apressou pelo estacionamento, subindo os degraus da frente.
Talvez ele deveria levá­la para jantar primeiro e se acalmar.
Sebastian abriu a porta antes mesmo de Ace chegar lá. “Boa noite, Xerife. Estivemos
esperado por você.”
Ace apertou a mandíbula. “Onde diabos ela está?”

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Capítulo Dezessete
Hope pegou outro item e o ergueu. Parecia algum tipo de corrente, talvez braçadeiras
de mamilo, mas as extremidades eram maiores.
“O que é isso?”
King o tomou de suas mãos e o colocou de volta no armário, fechando a porta com um
clique decisivo. “Pare de mexer em tudo. Só Deus sabe como Ace alguma vez vai levá­la a se
comportar. Duvido que até mesmo Kelly venha aqui e pegue nas coisas.”
“Você disse que este costumava ser a sala de jogos privada de Blade. Ele provavelmente
tem uma em sua nova casa agora, então ele não usa mais isso.”
King cruzou os braços musculosos sobre o peito igualmente maciço. “Você teria que
perguntar isso a ele.”
Nervosa demais para se sentar, Hope continuou a passear pela sala. “Você e Royce têm
uma sala de jogos?”
King saltou adiante e bateu em sua mão quando ela começou a chegar para um dos
plugs anais que estavam alinhados em uma prateleira do menor para o maior. “Claro que temos
uma sala de jogos. Pare de tocar nas coisas.”
Hope esticou a língua para ele e se afastou, deslizando as mãos pelo couro fresco da
grande mesa no centro da sala.
“Você a compartilham?”
Estreitando os olhos, King deu um passo a frente quando ela pegou uma das tiras que
pendiam nos cantos. “Desde que compartilhamos as mulheres, só faria sentido compartilhar
uma sala de jogos.”
Hope rapidamente deixou cair a mão e se moveu para olhar os espelhos que enchiam
uma parede. “Você não fica ciumento quando Royce está tocando a mesma mulher com quem
você está fazendo amor?” Ela passeou lentamente para a outra parede forrada com ganchos que
tinham uma variedade de dispositivos de suspensão pendurados neles.

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King  a seguiu,  aparentemente  pronto  para  pará­la se  ela pegasse  um dos pequenos
chicotes que ela estudava curiosamente. “Eu não faço amor. Eu faço sexo. E, não, eu não fico
ciumento. Nós trabalhamos bem junto.”
“Trabalham? Isso não soa como diversão.” 
“Oh, isso é.”
“Você e Royce nunca quiseram se casar e se estabelecer com uma mulher?”
Sua risada profunda segurava um toque de tristeza. “Você pode imaginar uma mulher
que iria assumir não um, mas dois Doms? Acontece, mas é raro. Não encontramos ninguém que
sequer tenha considerado se casar. Ela teria que ter muita coragem.”
Hope torceu o nariz para ele. “Desculpe, eu já fui tomada.”
King riu. “Eu não te tocaria nem em uma aposta. Ace deve precisar de ter sua cabeça
examinada por pensar que pode domesticar uma gata selvagem como você.”
“Estou começando a pensar a mesma coisa.”
Hope ofegou e se virou na fala profunda e arrastada de Ace, sorrindo maliciosamente.
“Xerife. O que você está fazendo aqui?”
King começou a sair do quarto, batendo de leve no ombro de Ace a caminho de fora.
“Graças a Deus. Ela é toda sua.”
Ace tirou os olhos de cima dela só o tempo suficiente para olhar para King. “Sim, ela é.
Obrigada por ligar.”
“A qualquer hora.” Atirando um olhar por cima do ombro, ele sorriu de leve. “Tchau,
Hope. Espero que você saiba o que está fazendo.”
Ace   não   falou   novamente   até   que   King   saiu   do   quarto.   Seus   olhos   se   estreitaram,
segurando o dela enquanto avançava, fechando­a a cada passo. “O que exatamente você  está
fazendo, Hope?”
Luxúria  queimou baixo em sua barriga  na determinação  em seu rosto  enquanto  ele
continuou se aproximando. “Estou tentando fazer com que meu homem me note.” Acenando
com a mão, ela sorriu. “Pensei que este poderia ser o lugar perfeito para chamar sua atenção.”
Seus olhos queimaram quando ela deu um passo atrás. “Por que você sente que não tem
toda a minha atenção?”

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De repente se sentido extremamente vulnerável, Hope deu de ombros. “Sinto sua falta.”
Ace parou. “O que quer dizer, você sente minha falta? Eu estou sempre aqui para você,
bebê. Vamos nos casar em menos de uma semana.”
Ela odiava essa insegurança. Não poderia viver desse jeito. “Você tem certeza que é isso
o que você quer?”
“Claro que é isso o que eu quero.” Seus olhos endureceram em duas lascas escuras de
gelo. “Você mudou de ideia? Decidiu que se casar comigo não é o que você quer, afinal?”
Hope deu um passo mais perto. “Eu quero você, Ace. Eu te amo.” Indo para quebrar,
ela respirou fundo. “Por que você não faz amor comigo do jeito que costumava fazer? Você não
me quer mais daquele jeito?”
“Não seja ridícula.”
O   temperamento   de   Hope   estalou.   Aliviada   finalmente   por   estar   colocando   isso   às
claras e morrendo de medo de perdê­lo, ela tremeu, tentando não demostrar. “Mais uma vez eu
estou sendo ridícula! Escute seu… Seu… Idiota! Não fui eu que entrou nisso e mudou as regras
sem avisar. Você está me deixando louca. Se você decidiu que não me quer mais, é só dizer,
maldito. Se você está preocupado com o que as pessoas aqui vão dizer, eu digo a todos que eu
deixei você.”
Ace   fechou   a   distância   entre   eles   em   dois   passos.   Agarrando­a   pelos   ombros,   ele   a
ergueu até os dedões dos pés. “Idiota? Eu estou te deixando louca? Você tem rebolado esse rabo
para mim a cada chance que consegue, quando você sabe malditamente bem o quanto isso me
excita, e eu não posso fazer uma fodida coisa sobre isso. Não te quero mais? Eu fico por aí com
um pau duro do caralho pensando sobre as coisas que quero fazer com você. Eu sou o xerife
maldito, e não consigo manter a porra da minha mente em meu trabalho por sua causa.”
Hope olhou boquiaberta para ele. Ela nunca o tinha visto assim. Nunca. “Ace, eu —”
“Eu estou  sempre  em controle. Sempre. Você não pode ser do tamanho que eu sou e
perder o controle, e eu decidi há muito tempo que nenhuma mulher teria o poder sobre mim
que as esposas do meu pai tiveram sobre ele. E o que eu fiz? Eu acabei me amarrando a uma
pirralha de pequeno­porte que me vira do avesso a cada oportunidade.”

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Deixando­a   de   pé,   ele   se   afastou,   esfregando   uma   mão   pelo   rosto.   Mantendo­se   de
costas para ela, ele colocou as mãos nos quadris e baixou a cabeça. “Está tudo bem com a gente,
Hope. Eu te amo. Você me ama. Nós vamos nos casar. O sexo é bom. Tudo vai ficar bem. Não
faça um Deus­nos­acuda por nada.” Sua monotonia lhe disse que tudo estava longe de estar
bem.
Furiosa, Hope se virou, caçando algo para acertá­lo. Correndo para a parede, ela pegou
um dos plug anais e o jogou nele.
Ace girou, obviamente sentindo a ameaça. O olhar atordoado em seu rosto quando se
abaixou poderia ter sido engraçado em outro momento, mas agora ela estava muito furiosa para
apreciá­lo.
“Você   jogou   um   plug   anal   em   mim?”   Ele   abaixou   quando   outro   plug   anal   passou
voando por sua cabeça e começou a ir atrás dela.
Hope não confiou no brilho em seus olhos e rapidamente correu ao redor da mesa,
mantendo­a entre eles. “Irônico, não? Você está agindo como um cu, então…”
Fogo disparou dos olhos de Ace. Sua mandíbula apertando repetidamente à medida
que ele avançava. “Você está prestes a ter o seu fodido.”
Dando   um   passo   involuntário   para   trás   em   seu   tom,   Hope   ergueu   o   queixo,
determinada a ter isso agora. O medo de perdê­lo a fez hesitar por uma fração de segundo,
quase fazendo­a desistir.
Até que ela olhou em seus olhos.
Neles   ela   viu   o   amor   que   ansiosamente   procurava,   mas   também   viu   a   posse   crua,
branco­quente em intensidade.
A combinação lhe tirou o fôlego.
Isso a convenceu mais do que qualquer coisa que ela tinha que ir até o fim. Este era Ace.
Este era o homem que ela amava, e ela queria tudo.
Em um instante, o olhar desapareceu, mas ela o tinha visto e o queria ver de novo.
Queria atiçar o fogo até que queimasse fora de controle e ele a levasse para o caminho que
ambos precisavam.

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Levantando uma sobrancelha, ela lhe deu o olhar mais arrogante. “Sério? Eu acho que
não. Eu acho que eu poderia muito bem me safar fazendo o que eu quiser.”
Seus olhos chamejaram novamente. “Você acha mesmo, não é?”
Hope   sorriu,   um   sorriso   projetado   para   realmente   assinalá­lo.   “É   claro.   Você   é   tão
apaixonado por mim que me deixaria escapar de qualquer coisa.”
Os   olhos   de   Ace   endureceram.   De   pé,   com   as   mãos   nos   quadris,   ele   olhava   cada
centímetro do macho dominante. Ele se moveu lentamente em volta da mesa em direção à ela,
forçando­a a circular a mesa para mantê­la entre eles. Luxúria queimou brevemente quando ela
se afastou. “É isso que você acha que é o amor? Estar tão cego pelo que sinto por você que não
vejo por sua proteção? Que tudo que faço é mimá­la? Eu já te disse que não sou esse tipo de
homem.”
“Poderia ter me enganado. Não é isso o que você acha que é o amor? Você diz que me
ama e me trata como sei eu fosse uma boneca que tem medo de quebrar. Eu sou uma mulher,
Ace, caso você não tenha notado.” Olhando­o com cautela, ela quase foi pega quando ele fingiu
ir para a direita. Ela teve que se mover rápido para escapar dele e sabia que só tinha sido capaz
de fazer isso porque ele permitiu.
Ele estava brincando com ela, então ele deveria ter seus próprios planos, uns que ela
esperava seriamente acompanhasse os dela.
“Oh, eu já notei.” Parando de repente, ele sacudiu a cabeça, o olhar de derrota e tristeza
em seus olhos atou seu estômago. “Eu não consigo tirar isso da minha cabeça.”
Hope piscou e deu um passo em direção a ele. “Não consegue tirar o que da cabeça?”
Ace suspirou e apoiou as mãos na mesa para se debruçar mais perto dela. “Todas as
contusões. Você é tão malditamente pequena, e quando me lembrei da noite anterior e o que eu
tinha feito com você, fiquei morrendo de medo de que algumas delas fossem de mim. Eu te
amo, Hope, provavelmente mais do que deveria. Você vai arrancar meu coração de mim, e não
há uma maldita coisa que eu possa fazer sobre isso. Eu sei que você disse que gosta um pouco
áspero, mas por minha vida, eu não posso fazer isso.”
“Oh, Ace.” Sacudindo a cabeça tristemente, ela cobriu suas mãos com a dela. “Eu não
sei de que outra forma eu posso convencê­lo de que posso aguentá­lo, especialmente se você

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está com medo. Eu te amo. Eu sei que você nunca me machucaria. Mas nenhum de nós pode
continuar negando algo que é uma parte tão grande de nós. Claro, eu amo fazer amor do jeito
que temos feito desde o acidente, mas há algo dentro de mim que quer ser tomada, também.” Ela
deu um passo atrás, o rosto queimando. “Eu quero que você tome todas as escolhas de minhas
mãos. Eu quero que você me leve, me use para seu prazer. Eu quero gritar ‘não' e você me
ignorar. Eu quero que você me faça gozar quando eu digo que não quero. Eu quero que você
me   vire   sobre   seus   joelhos   e   me   espanque.”   Ela   sorriu   no   flash   de   algo   insuportavelmente
quente em seus olhos. “Eu sei que  é o que você quer, também. Não me importo com uma
contusão ou duas, inferno, eu poderia machucar você também. Eu confio em você totalmente,
Ace, com tudo que sou. Seu amor por mim e seu carinho arraigado pelas mulheres não vão
deixá­lo me machucar do modo que você tem medo.” Alcançando para tocar sua mão de novo,
seu coração saltou quando ele a virou para embalá­la.
Hope piscou as lágrimas ardendo em seus olhos. “Por favor, Ace, não se contenha de
mim. Eu quero tudo de você. Eu preciso que você queira tudo de mim. Eu aceito que você quer
me dominar. Eu preciso que você aceite que eu preciso me submeter a você. Eu sei o que quero,
Ace, e tenho sido honesta com você sobre isso. Por favor, não me faça sentir vergonha por pedir
o que preciso.”
Ace a juntou perto, puxando­a através da mesa para seus braços. “Oh, bebê, eu nunca
quis fazer isso. Eu sinto tanto. Hope, você é tão malditamente pequena. Se eu te machucar…”
Levantando­a, ele a beijou profundamente, os braços a apertando enquanto varria sua boca com
a língua de novo e de novo, enredando­se com a dela até que sua cabeça girou. Ele ergueu a
cabeça, os olhos cheios de amor e paixão. E algo que a alarmou. Indecisão.
Hope ligeiramente empurrou contra seu peito até que ele a soltou, odiando vê­lo tão
vulnerável por causa de seu medo por ela. “Você não tem. Você não vai.” Ela desabotoou a
blusa enquanto se afastava, colocando a mesa entre eles novamente. Deslizando a blusa de seus
braços, ela a jogou para ele e se virou lentamente. “Olha, sem contusões.”
Ace pegou a blusa que o atingiu no peito, seus lábios se contraindo quando a olhou.
Seus olhos se prenderam nos dela por vários segundos, alívio, amor, paixão, e uma sugestão de
medo se misturaram em um olhar que derreteu seu coração.

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Finalmente, ele sorriu, os olhos encobertos. “Eu não acredito em você. Deixe­me ver o
resto.”
Hope chutou fora de seus tênis e agarrou o fecho de seu jeans. “Coloque as mãos sobre
a mesa. Não quero você pulando aqui enquanto estou enrolada em minha calça.”
“Desculpe­me?”
Emocionada no aço em seu tom, Hope escondeu um sorriso. “Faça­o.” 
“Não. Dê­me a calça.”
Hope sorriu. “Talvez você devesse tirar sua calça. Eu poderia foder sua bunda com um
dos dildos naquela estante ali. Ei, isso faria de você minha cadela?”
Ace sorriu friamente. “Você realmente está procurando problemas, não é?”
Brincando   com   o   zíper   da   calça,   Hope   tremulou   os   cílios.   “Você   sabe   onde   posso
encontrar algum? Tenho este quarto o tempo que eu precisar. Já que é de Blade, eles não o
reservam. Ei, eu tive uma ideia. Talvez você possa descer e encontrar um Dom que faça isso
com nós dois.”
O olhar em seu rosto era inestimável e umedeceu sua calcinha em um instante. “Dê­me
essa porra dessa calça agora, antes que eu a rasgue fora de você.”
“Eu não confio em você.”
“Eu sempre soube que você era inteligente.” 
“Você vai me espancar, Xerife?” 
“E mais um pouco.”
“Não, eu não acho que você me quer mal o suficiente. Seu pau está duro?” 
“Você vai descobrir.”
Hope teve uma chance e tirou o jeans tão rápido quanto pôde, um pouco surpresa que
ele não aproveitou a oportunidade para vir atrás dela. “Eu não vou tirar as meias.”
“As meias você pode manter. Dê­me a calça.” 
“Eles não vão servir em você.”
“Me. Dê. O. Caralho. Da. Calça.”
Hope a jogou nele  e fez beicinho. “Por que você não  veio aqui enquanto  eu  estava
tirando?”

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Ace sorriu friamente. “Eu sabia que você estava esperando. Além do mais, estou me
divertindo com o strip. Tira o sutiã. Quero ver esses mamilos.” Ele se virou de costas para ela,
jogou sua blusa e o jeans em um banco e foi para o gabinete que ficava contra a parede.
Hope assistiu curiosamente quando ele o abriu e leu o conteúdo. “Muito bom. Blade
tem bom gosto.” Ele pegou vários itens que ela não pôde ver, apenas para colocá­los de volta na
estante, o som de metal tinindo despertando sua curiosidade, até que ele finalmente encontrou
algo que o satisfez. Virando­se, ele sacudiu o que soou como algum tipo de corrente em sua
mão. Olhando sob a mesa, ele sorriu. “Perfeito.”
Hope seguiu seu olhar para uma série de ganchos de metal e correntes embutidas no
chão. Ela os vira no clube que tinha ido antes, e sabendo para o que eram usados, começou a
ficar um pouco nervosa, o que só aumentou sua excitação.
Olhando para cima, ele arqueou uma sobrancelha. “Você não tirou esse sutiã ainda?”
Ele empurrou uma alavanca no lado da mesa, deslizando as extremidades separadas até que
um espaço de cerca de um metro de largura aparecesse no final.
Intrigada e mais excitada a cada segundo, Hope não conseguiu desviar os olhos quando
ele   se   moveu   para   o   outro   lado   e   puxou   uma   almofada   que   estava   escondida   embaixo.
“Adivinha o que vou fazer com você.”
Hope zombou. “Você não tem medo de que possa me ferir?”
Ace alcançou atrás dele por um chicote que parecia com o que ele tinha em casa, mas
que não usava nela há bastante tempo. “A única dor que você vai sentir, será em seus mamilos,
seu rabo, e seu clitóris. Este chicote foi projetado para picar, não ferir, e você vai sentir os efeitos
dele por um bom tempo. Ele fará o que eu vou fazer com você muito mais gratificante. Para
mim, é claro.”
“Ooooh, Xerife, você está me assustando.”
Ace riu. “Você não está de toda assustada, mas quando eu terminar com você, eu acho
que você vai pensar duas vezes antes de achar que  pode ir muito longe me desafiando  de
novo.” Seus olhos se estreitaram. “Tira o sutiã.”
Hope fingiu considerá­lo, brincando com o fecho na frente, tendo cuidado em manter
um olho nele. “Ou o que?”

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“Ou eu vou rasgá­lo fora.”
“Você vai ter que me pegar primeiro.”
Ace saltou por cima da mesa antes que ela pudesse piscar, não deixando nada entre
eles. “Dê um passo e esse sutiã e essa calcinha vão ser rasgadas de você. Eu não gosto de você
usando essas coisas malditas perto de mim, de qualquer maneira. Tire o sutiã e o dê para mim.
Agora. Eu não vou falar de novo.”
O tom de aço causou um arrepio através dela, sua voz mais profunda e mais escura do
que ela já ouvira antes. Apanhada na fantasia que ele trouxe à vida, Hope lentamente desfez o
sutiã e tão lentamente quanto o removeu. E o lançou para ele com um sorriso sedutor, correndo
as mãos pelo corpo até alcançar os seios, segurando­os e beliscando os mamilos, eficazmente os
escondendo de seu olhar. “Isso é tão bom. Às vezes acho que poderia gozar só de ter meus
mamilos tocados.” Embora ela tenha se masturbado várias vezes em sua vida, ela nunca tinha
se tocado na frente de ninguém. Ter Ace assistindo­a agora, sabendo que provocava ambos,
adicionava um elemento a isso que nunca tinha estado lá antes.
Seus olhos escureceram, se estreitando ainda mais. “Eu te disse que poderia fazer isso?”
Necessidade se construiu em um ritmo alarmante com o olhar em seus olhos quando
ela se tocou. Pequenas alfinetas afiadas de consciência viajaram através de seu corpo indo direto
para sua fenda, onde seus sucos já tinha encharcado sua calcinha. Ela beliscou os mamilos um
pouco mais forte, gemendo no prazer primoroso. Excitava­a estar diante dele usando apenas a
calcinha, enquanto ele permanecia completamente vestido, a vulnerabilidade disso aumentava
seus sentidos. Mantendo os olhos nele, ela sacudiu a cabeça enquanto continuava a brincar com
seus mamilos.
“Eu não pedi.”
A mandíbula de Ace apertou, os olhos afiados em laser. “Você realmente tem alguma
ideia do que está pedindo?”
Hope correu a mão pelo corpo, enfiando­a dentro da calcinha para tocar um dedo no
clitóris inchado, seus joelhos curvando na sensação. “A pergunta é, Xerife, você tem?”
Ace   atacou   —   ela   não   podia   pensar   em   nenhuma   palavra   melhor   para   isso   —   de
alguma maneira fechando a distância entre eles num piscar de olhos. Ele arrancou sua mão da

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calcinha e a puxou contra ele, erguendo­a contra o peito. Ele se moveu tão rápido que ela mal
teve tempo de piscar. Ele a olhou, os olhos semicerrados enquanto a levava de volta para mesa.
“Eu sei o que você está conseguindo.”
Hope agarrou pelo ar quando ele a colocou na mesa e rapidamente a virou de bruços,
momentaneamente apavorada que fosse cair. Ela deveria saber melhor.
Ele a segurou facilmente, colocando­a de cara na mesa com os seios na abertura que ele
tinha feito alguns minutos antes. Com uma mão em suas costas para segurá­la, ele a ignorou
chutando e gritando  e prendeu  uma cinta ao redor de sua cintura para segurá­la no lugar.
“Você pode gritar o quanto quiser. Estes quartos são à prova de som. Só eu posso ouvi­la, e
depois do showzinho que você acabou de fazer, eu não estou ouvindo.”
As mãos firmes em seu corpo sempre lhe deram um pouco de emoção, mas agora, a
emoção se tornara mais intensa enquanto ele ajustava seu corpo a seu gosto, firmando seu pulso
em uma cinta acima de sua cabeça e testando para ter certeza de que estava firme antes de
circular a mesa para o outro. Seu toque quase clínico agitando algo dentro dela, sabendo que ele
não sentia nada menos. Uma vez que terminou com suas mãos, ele se moveu para as pernas.
Certificando­se de posicionar seu abdômen na almofada no final, ele eficazmente levantou seu
traseiro vários centímetros.
Hope chutou seus pés, até conseguindo acertá­lo algumas vezes enquanto puxava nas
tiras em seus braços. “Solte­me, maldito.”
Ele venceu suas lutas com facilidade alarmante, cintando cada uma de suas pernas  à
mesa com capa de couro direto abaixo dos joelhos e novamente em seus tornozelos.
“Não.”
Precisou de algum esforço, mas ela conseguiu esfregar as coxas. Sua boceta e clitóris
pulsavam impiedosamente, suas coxas já estavam cobertas com seus sucos. “Isso foi estúpido.
Você me amarrou com as pernas juntas. Parece que você não está me fodendo, depois de tudo.”
Sua risada foi interrompida quando algo clicou e suas coxas foram separadas, as peças da mesa
se separaram com suas pernas presas firmemente nelas. “Como você sabe fazer isso? Você já
fodeu alguém nessa mesa?”

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Ace correu a mão por seu traseiro, e ela podia sentir seu olhar em sua fenda, agora
aberta e erguida para seu prazer. Seu clitóris, boceta e bunda estavam agora completamente
vulneráveis, e amarrado como estava, ela não podia virar a cabeça longe o suficiente para ver
nada. Sua fenda se tornou tão sensível e carente que até o ar pairando nela era insuportável.
“Estúpido. Idiota. Você me chamou de alguns nomes ruins, bebê. Zombou de mim, me
desafiou, discutiu comigo, e abertamente me desobedeceu. Certamente você tem acumulado
algumas punições, não é mesmo? E, não, mas Blade e os outros me mostraram estes quartos
quando abriram. Eu não estive aqui desde então.” Ele correu a mão por seu traseiro de novo.
“Mas tenho uma memória muito boa.”
Ela não conseguia parar de tentar mexer o traseiro, mas não conseguia se mover quase
nada.   Ela   precisava   esfregar   o   clitóris   contra   algo,   mas   todos   os   balanços   do   mundo   se
provaram inúteis, desde que Ace se certificara de não haver nada em que se esfregar, exceto o
ar. Quando ele desapareceu de vista, ela olhou em volta freneticamente, mas não conseguiu vê­
lo.
“Ace? Onde você está?”
Sua pergunta foi respondida um momento depois, quando dor atravessou seu mamilo.
“Oh! Ace, dói.”
“Respire, bebê. Você se lembra de como fazê­lo.” Sua voz veio de sob a mesa.
Ela ouviu outro clique, mas se tornou muito distraída com a respirando  para tentar
descobrir de onde vinha. Apenas quando a dor se tornou suportável, seu outro mamilo sofreu o
mesmo destino. Gemendo contra o couro, Hope puxou inutilmente nas restrições.
“Cuidado, bebê. Você vai se machucar.” A voz de Ace veio bem do lado de seu ouvido,
e   ela   se   virou   para   ele   involuntariamente.   “Seus   mamilos   estão   presos   a   uma   corrente.   A
corrente está presa a um gancho no chão. Se você tentar se levantar, ela vai puxar seus mamilos
bonitinhos.”
É claro que Hope teve que verificar isso por si mesma, estremecendo e clamando no
puxão em seus mamilos quando levantou mal um centímetro. Umidade fluiu dela na atração
erótica para sua fenda, e incapaz de resistir, ela fez de novo.

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Ace deslizou a mão pelas bochechas de sua bunda. “Claro, você vai amar a forma como
isso se sente.” Curvando­se, ele correu os lábios por seus ombros, trabalhando o caminho para
suas costas e seu bumbum. “Agora vamos começar a trabalhar no resto de você.”
Hope estremeceu quando ele se moveu para baixo de seu corpo. “Ace, me alivia um
pouco. Faça­me gozar.” Cada puxão em seus mamilos só fazia a necessidade piorar, mas ela não
conseguia parar de se mover.
Ace desapareceu atrás dela, e ela ouviu movimentos, mas não podia dizer o que ele
estava fazendo. Sem aviso, ele espalha as bochechas de sua bunda bem larga e inseriu algo cerca
de um centímetro em sua abertura proibida.
“Ace! O que está fazendo? Oh, Deus.” Ela apertou na coisa, choramingando quando
uma grande quantidade de lubrificante frio se atirou dentro dela.
“Eu preciso ter certeza de que você está realmente bem lubrificada, bebê. Você vai ter
um cu fodido que nunca vai esquecer.”
“Sim! Faça isso. Fode minha bunda, Ace.”
Ace riu friamente. “Você vai ter que esperar por isso. Você não foi chicoteada ainda. Eu
acho   que   deveríamos   começar   com   seu   pequeno   buraco   apertado.   O   que   você   acha?   Não
importa. Vamos ver o quão alto você grita.”
Hope mal teve tempo para processar suas palavras antes do chicote descer duro em sua
abertura   apertada.   Ela   gritou   na   picada   afiada,   que   foi   imediatamente   seguida   por   uma
queimadura branco­quente que trouxe lágrimas aos seus olhos e a fez saltar, puxando os clipes
presos a seus mamilos.
Antes que ela pudesse tomar um fôlego, Ace usou o chicote em seu traseiro erguido,
não tão forte quanto poderia ter feito, mas forte o suficiente para picar. E continuou usando. O
chicote   desceu   repetidamente,   atingindo   cada   centímetro   quadrado   de   seu   bumbum,
intercalados com batidas em suas coxas internas.
Seu traseiro foi ficado cada vez mais quente, as picadas despertando sua carne como
nunca  antes,  só  para  se  tornar  tão  quente   que  ela  sentia  como   se  seu  traseiro  estivesse   em
chamas. Seus gritos enchiam o ar à medida que ele continuava, cada golpe levando­a mais e
mais perto da borda e desbastando suas defesas. Quando o chicote pousou em buraco traseiro

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de novo, ela gritou, tentando respirar através da dor enquanto ele voltava a trabalhar em sua
bunda e coxas. Antes de parar, mais duas batidas em seu buraco traseiro o deixou queimando
quase insuportavelmente e apertando desesperadamente com a necessidade de ser preenchido.
“Lindo.” Ace correu as mãos por seu traseiro e coxas internas, reacendendo o calor.
“Você vai ficar quente por um bom tempo. Cada vez que eu te tocar, isso vai trazê­lo de volta.
Não tão tagarela agora, não é?”
Coberta de suor, Hope se afundou contra o couro. Fraca e trêmula, mas mais excitada
do que podia se lembrar, e se tornou ciente dos gemidos choramingados que ela continuou a
despejar e que era incapaz de parar. Formigamentos corriam através dela, quentes e afiados, de
seus mamilos para seu clitóris até sua bunda e boceta e de volta. Ela nunca esteve mais ciente de
seu corpo, e seu corpo nunca esteve tão altamente sintonizado para o sexo como agora.
A voz de Ace soou baixa em seu ouvido. “É isso aí, bebê. Respire. Você tem a bunda
mais bonita que eu já vi em minha vida. Meu pau está doendo com a necessidade de estar
dentro desse rabo apertado e tomar o que é meu.”
“Ace, oh, Deus. Eu acho que estou gozando. Não sei. Não para. Ajude­me.”
Correndo as em suas costas, ele sussurrou para ela, acariciando­a suavemente, apenas
ocasionalmente deslizando uma mão quente por sua bunda ou coxa interna, fazendo­a queimar
mais uma vez e fortalecendo sua consciência.
“Deixe ir, Hope. Não tente lutar contra isso. Eu não vou deixá­la. Eu quero tudo. Você
vai se submeter completamente, entregar tudo que você é para mim. Eu não serei negado esta
noite.” A cadência escura em sua voz vibrou através dela, enviando um formigamento através
de sua pele. “Agora eu vou chicotear seu clitóris, bebê. E você vai adorar.”
A   necessidade   de   lutar   contra   ele   surgiu   dentro   dela.   “Não.   Não   faça.   Eu   não   vou
aguentar.”
Os lábios de Ace tocaram seus cabelos enquanto a mão alcançava por baixo da mesa
para puxar a corrente, enviando solavancos de raios para adicionar à queima em seu centro.
“Você   sabe   que   precisa   disso,   bebê.   Não   vou   parar,   não   importa   o   que   você   diga.   Você
provocou essa necessidade em mim de propósito, e eu não vou parar agora até estarmos ambos
satisfeitos.”

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Trêmula, Hope esfregou o rosto contra seu queixo. “Ajude­me. Não me deixe parar.
Estou com medo.” Ela gemeu quando o peito nu dele tocou suas costas. Um som ao seu lado lhe
disse que ele tinha pegado algo que ela não conseguia ver. Segundos depois ela sentiu algo frio
e duro contra seu buraco traseiro, que imediatamente começou a empurrar dentro dela.
“Tudo que você tem a fazer é confiar em mim, bebê. Não há como parar o que vou fazer
com você agora.”
Hope clamou quando isso empurrou dentro dela, lutando, mesmo sabendo que não
poderia detê­lo. “Não. Pare. Tire isso. É muito grande.”
Ace se manteve pressionando. “Meu pau é ainda maior. Este vai ajudar a esticá­la um
pouco mais. Você vai ficar feliz por eu ter feito isso quando eu foder sua bunda. Agora seja uma
grande menina e relaxe esse rabo para que eu possa enchê­lo.”
“Queima.” O puxão afiado em seus mamilos a lembrou para ficar quieta, mas estava
ficando cada vez mais difícil. Sua bunda que já formigava por causa do chicote, fazia a queima
de ser esticada ainda mais quente. Ela tragou pelo ar quando Ace empurrou o plug o resto do
caminho, soltando um suspiro de alívio quando sentiu a base imprensar contra ela.
“Já lamenta ter me empurrado?”
Seu traseiro agarrou o plug firmemente, fazendo­a se sentir ainda mais cheia. “Nunca.”
“Você vai. Seu rabo formiga agora, não é? Quando eu enfiar meu pau nele, você vai
realmente sentir isso.” Ace correu a mão por seu traseiro de novo, parecendo saber o quão
sensível e quente se tornara, porque manteve o toque mais leve do que o normal. O fato de que
ele sabia tudo o que ela experimentava aumentava sua excitação, seu conhecimento e confiança
fortes afrodisíacos.
Ela não seria capaz de esconder nada dele, especialmente se ele sabia o que ela sentiria
antes   mesmo   dela   sentir.   Ela   não   conseguia   parar   de   apertar   no   plug,   choramingando   na
abundância em seu ânus e em sua excitação quase dolorosa.
“Agora, vamos ver quanto tempo eu posso fazer seu clitóris chicoteado se manter antes
de você gozar.”
Hope gemeu, o latejar em seu clitóris ficando pior em suas palavras. “Ace, eu não sei se
eu posso fazer isso.”

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Ace se inclinou para beijar seu ombro e estendeu a mão para deslizar um dedo em sua
boceta, beliscando­a quando ela o apertou. “Claro que você pode. Lembre­se, você não tem
escolha. Você disse que confia em mim.” Sua voz se aprofundou enquanto ele movia o dedo
dentro e fora dela, pressionando o plug com cada impulso interior. “Você disse que é toda
minha. Eu nunca antes tomei uma mulher que me pertencia completamente e que ainda vai me
pertencer quando sairmos daqui juntos. Eu quero tudo de você, Hope, e antes de sairmos daqui,
eu vou ter.”
“Mas, Ace, oh, Deus, você já me tem —” 
“Ainda não, bebê, mas eu vou.”
Não compreendê­lo completamente deu a Hope apreensão por um momento, mas ela
não teve tempo para insistir nisso quando Ace endireitou, retirou­se dela e se afastou. Ela o
sentiu de pé entre suas coxas abertas, sentiu o toque de sua roupa quando ele se moveu. Não
conseguindo mais conter seus gemidos, ela esperou sem fôlego pelo primeiro ataque em seu
clitóris tenro, não tendo ideia de como ia suportar.
Ela apertou as pernas contra o couro, usando a alavanca para balançar os quadris tanto
quanto pôde, pasma com a dor incrível que se instalou lá. Ela só podia imaginar como parecia, o
rabo no ar e sua fenda bem aberta enquanto ela rebolava. Ela não se importava mais.
Hope   só   se   importava   em   aliviar   esse   tormento.   Ela   soltou   o   fôlego   que   estava
segurando, o movimento puxando as correntes em seus mamilos e provocando outro gemido
profundo. Que terminou em um ofego quando algo pressionou em sua boceta, fazendo­a sentir­
se ainda mais cheia.
“Eu acho que você vai gostar deste pequeno ovo. Você já teve um em sua boceta antes?”
Seus   gritos   soaram   lamentáveis   para   seus   próprios   ouvidos,   crescendo   mais   altos
quando o ovo começou a vibrar. Um sopro duro em seu clitóris quase a deixou sem sentidos. A
picada e ardor quase imediatas enviado chiados afiados através dela e fazendo­a apertar nos
objetos   a   enchendo.   Uma   série   de   pequenas   ondas   lavaram   sobre   ela,   uma   após   a   outra,
roubando seu fôlego.

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“Eu   lhe   fiz   uma   pergunta.”   O   dedo   dançou   levemente   sobre   seu   clitóris,   parando
quando ela clamou na ondulação afiada que a puxou em suas garras. “Oh, não, você não vai.
Ainda não.”
  “Deixe­me gozar, maldito seja. Oh! Eu comecei a gozar. Seu filho da puta.” Puxando
freneticamente nas restrições, ela apertou no ovo e no plug, mas não conseguiu recapturar o
sentimento. “Bastardo, me solte.”
Mais duas batidas em seu clitóris ela estava perdida. “Responda­me.”
Hope   gritou,   implorando   por   socorro,   o   pulsar   infinito   e   doloroso   em   seu   clitóris
mantendo­a equilibrada em uma borda afiada que ela simplesmente não conseguia ultrapassar.
Ela lutou como uma selvagem, seus gritos roucos soando animalescos e torturados.
“Sim. Por favor. Ajude­me.”
“Não, bebê. Você ainda está lutando comigo.”
“Eu não estou. Eu juro que não estou.” Ela gemeu quando suas mãos acariciaram suas
coxas internas.
“É claro que você está. Dê­se a isso. Eu não vou parar até que eu tenha sua rendição
total.”
Fora de sua mente com o prazer e necessidade, Hope esfregou o rosto contra o couro,
sem surpresa que tivesse molhado com suas lágrimas. Gemidos e soluços se misturavam. “Eu
não   sei   o   que   você   quer.”   Seu   clitóris   queimava,   como   em   uma   tortura   requintada,   as
formigadas afiadas centradas lá quase a dirigindo louca.
Ace tocou seu clitóris, o toque não duro o suficiente para lhe dar o que ela precisava.
“Você vai.”
Hope se contorceu novamente, lutando para se esfregar contra os dedos e soluçando
quando   ele   tirou   a   mão.   “Ace.   Por   favor!   Eu   estou   implorando.”   Seu   interior   apertou   e
estremeceu, oscilando à beira do orgasmo por tanto tempo que ela mal conseguia respirar.
Ace bateu seu clitóris com o chicote, renovando a sensação. “Eu sei. Isso não é sobre o
que você quer, lembra­se? É sobre o que eu quero de você.”
Contorcendo­se inquieta, Hope gritou com mais duas batidas em seu clitóris. Ele não
bateu com força, mas tão sensível quanto seu clitóris já se tornara, foi mais do que suficiente

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para quebrar a última de suas defesas. Tremendo incontrolavelmente e tragando pelo ar, ela
caiu, incapaz de lutar mais. Não importava o que ela disse ou fez, ela não conseguia obter
nenhum alívio. Choramingando nos dedos dançando sobre seu clitóris, ela fechou os olhos em
rendição, incapaz de fazer qualquer coisa além de aceitar o que ele lhe desse.
Plenamente consciente de todos os seus movimentos, ela se tornou totalmente alheia a
tudo ao seu redor. Tudo que importava era Ace.
“Seu clitóris está tão bonito, bebê. Vermelho, inchado e brilhando com seu creme.” Ele
circulou o dedo nele mais uma vez, arrancando um gemido baixo dela, antes de arrastar no ovo
dentro dela. “Eu gosto de usar isso dentro de você. Quando sairmos para jantar na próxima vez,
eu vou fazê­la usar um desses o tempo todo.”
Não sabendo se deveria responder ou não, nem muito certa se conseguiria, ela gemeu
quando ele puxou o ovo, posicionando­o direto em sua abertura.
As   ondulações   que   passaram   por   ela   foram   como   pequenos   orgasmos   que   só
continuaram   vindo.   Seu   corpo   apertou   no   ovo   e   no   plug,   tremores   intermináveis   correndo
através dela. Ela sentiu o movimento de Ace ao seu lado, sentiu sua presença ali, ainda que ele
não a tocasse.
“Boa menina.” Depois de um puxão em seus mamilos, ele correu as mãos por suas
costas antes de se mover para ficar entre suas coxas. Ela nem sequer vacilou quando o chicote
atingiu seu clitóris novamente, absorvendo o calor e depois o picar com um choramingo.
“É isso aí, bebê. Sem mais luta de você. Seja uma boa menina e goza para mim antes de
eu tomar seu rabo.”
Um dedo escorregadio se moveu contra seu clitóris, infalivelmente lhe dando o toque
exato que precisava para ultrapassar. Uma onda corrente enorme de sensações lavou sobre ela,
e ela não teve escolha senão deixar que a levasse, já sem forças. Ela choramingou por isso,
fechando os olhos contra sua força, enquanto lágrimas de liberação corriam por seu rosto.
“Essa é minha boa menina.”
Espere estremeceu quando ele desligou o ovo vibratório e o retirou de sua boceta, mas
não   pôde   conter   um   gemido   quando   ele   trabalhou   o   plug   fora   dela,   deixando   seu   ânus
apertando desesperadamente no vazio.

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Um dedo espesso firmemente pressionou mais lubrificante em seu  ânus, acariciando
suavemente, sua buraco traseiro não mais combatendo sua invasão. “Você é toda minha agora,
não é, bebê.” Ele retirou o dedo e agarrou um preservativo. “Dessa vez você vai tomar todo o
meu pau nesse rabo. Fique boa e solta para mim. Deixe­me entrar.” Ele equilibrou a cabeça do
pênis em sua abertura e começou a empurrar dentro dela.
Incapaz   de   conter   um   grito   no   beliscão   e   queimadura,   Hope   estremeceu.   Calafrios
percorreram  sua  espinha, a pressão  implacável em  sua abertura  forçando  os músculos  a se
retirar.
“Boa   menina.   Sua   bunda   é   tão   apertada,   mel.   Você   está   me   matando.”   Seu   tom
profundo e áspero enviou uma emoção através dela, trazendo lágrimas de alegria a seus olhos
mais uma vez. Sua bunda estava na posição perfeita para ele levá­la à vontade, e a sensação de
seu pau grosso pressionando firmemente era quase mais do que ela podia suportar. Esticando­a
mais  do  que  ela  pensou que  poderia  ser  esticada,  enchendo­a mais do  que  ela pensou que
poderia ser preenchida.
E ele continuou lhe dando mais.
Ela   só   deixou   ir,   fraca   demais   para   tentar   lutar   contra   ele,   e   ficou   lá,   impotente   e
vulnerável, enquanto o pau grosso de Ace pressionava continuamente em seu ânus, enchendo­a
implacavelmente   com   seu   calor.   O   domínio   do   ato   cumprindo   uma   necessidade   nela,   uma
necessidade mais forte do que ela poderia ter imaginado. Ela não podia pará­lo. Ela não tinha
nenhuma defesa contra a invasão de sua abertura mais vulnerável.
Ela pertencia a ele sem reservas.
Dando­se   a   dele,   ela   ficou   lá,   pasma   quando   ele   lhe   deu   mais.   Ela   nunca   tinha
considerado que esse nível de submissão existia, ela só pensava em lhe dar prazer e entregar­se
completamente a seus cuidados. Ela não tinha percebia o quanto ansiava por sua posse total até
que ele entrou fundo, incrivelmente fundo, e ela sentiu seu saco contra seu traseiro.
“Minha.”
Se não estivesse tão sintonizada com ele, ela duvidava que tivesse ouvido seu rugido
profundo e quase irreconhecível.

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Parecia tão estranho, tão malcriado e decadente ser preenchida de tal modo. Perdida em
um mundo onde nada mais existia além da voz de Ace e o calor duro enchendo seu ânus, Hope
estremeceu, os calafrios de cima a baixo em sua espinha nunca parando.
As   mãos   apertaram   em   seus   quadris,   e   ele   começou   a   empurrar,   a   cada   impulso
proclamando sua propriedade. “Este rabo é todo meu agora, para usar como eu quiser, sempre
que eu quiser. Você é minha, bebê, e eu nunca vou te deixar ir.”
Hope derivava em outro lugar, um lugar onde nada importava além do prazer e dor
combinados se tornando um e o mesmo. Tomada como nunca antes, vulnerável e usada para
seu prazer, ela absorveu tudo, existindo somente para seu comando.
“Goza.”
Uma onda profunda veio de algum lugar dentro dela, levando­a ao longo enquanto isso
a segurava em seu aperto possessivo e a consumia. Seu ânus se agarrou ao calor espesso, seu
corpo rendendo­se a seu mestre, ordenhando­o até que seu grunhido quase desumano lhe disse
que ele tinha se juntado a ela. Ela caiu contra o couro quente enquanto as ondulações corriam
através de seu corpo, sua mente uma lousa em branco.
Sua submissão foi completa. Ela nunca se sentira tão realizada.

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Capítulo Dezoito
Ace se inclinou sobre o corpo trêmulo de Hope, lutando para conseguir ar suficiente em
seus pulmões. Ele nunca em sua vida tinha gozado tão duro que seu corpo inteiro sacudiu. Suas
pernas pareciam espaguetes cozidos, e ele se perguntou brevemente se o topo de sua cabeça
tinha soprado.
Ele não podia ficar ali, no entanto. Hope precisava dele agora. Retirando­se dela, ele fez
uma careta em seu gemido lânguido. Cuidou rapidamente do preservativo e se moveu para seu
lado, beijando seu cabelo e ombros enquanto a libertava das correias e alcançava embaixo para
remover os clipes tão suavemente quanto pôde, debruçando­se perto para absorver seu tremor.
“Você foi magnífica, bebê. Deus, eu te amo. Venha cá. Eu preciso te abraçar.” Juntando­
a em seus braços, ele se sentou com ela num banco próximo, tirando o cabelo úmido de sua
testa. Ele a segurou perto, dobrando­se para tocar seus lábios com os dele, um pouco assustado
que ela não abrisse os olhos.
“Bebê, olha para mim.”
Seu alívio que ela abriu os olhos durou pouco quando viu as lágrimas neles. Medo foi
como uma faca rasgando em sua barriga. “Oh, Deus, bebê. Eu te machuquei. Eu juro que nunca
vai acontecer de novo. Eu sinto tanto.” Enterrando o rosto em sua garganta, ele a balançou, sua
mente correndo. O quão mal ele a tinha machucado?
A  mão  de  Hope  em  seu  cabelo  teve   sua cabeça  arrebatando.  “Você  está  brincando,
certo? Oh, Ace. Foi incrível. Eu nunca soube que poderia ser assim.”
Afundando­se   em   alívio,   Ace   sorriu   com   ternura,   seu   amor   por   ela   enchendo   seu
coração até que ele pensou que fosse explodir. “Você tem certeza de que está bem?”

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 “Melhor do que bem.” Sua mão caiu para o lado. “Só que eu não acho que consigo sair
daqui. Não posso acreditar no quão incrível foi. Prometa­me que vai fazer isso de novo.”
Ace riu suavemente, cheio com uma alegria que nunca esperou encontrar. “Em nossa
noite de núpcias. Por esta noite, porém, eu vou cuidar de você.”
Apertando­a contra o peito, ele a embalou tão suavemente quanto um bebê, correndo as
mãos sobre ela até que parou de tremer. Ele a deitou de volta no banco para vesti­la antes de
rapidamente vestir suas próprias roupas de novo.
“Eu quero ir para sua casa.” 
“Sim, bebê. Estamos indo para casa.”
Hope se aconchegou contra ele, fazendo­o se sentir com três metros de altura. “Casa. Eu
gosto do som disso.” Alcançando para acariciar seu queixo, ela sorriu, derretendo seu coração
completamente. “Eu te amo, Ace.”
Amor e posse o agarraram pelo pescoço. Ele não sabia o que tinha feito para merecê­la,
mas jurou passar o resto de sua vida mantendo­a feliz e segura.
Depois de vestir os dois e entre carícias e beijos lentos, Ace levou Hope pelos degraus
do clube, sorrindo em sua tentativa de manter os olhos abertos.
Sebastian os encontrou no final, a expressão fria, mas os olhos escuros brilhando. “Eu
confio, Xerife, que você vai cuidar dessa pequena desordeira.”
Ace sorriu para Hope, cheio de amor tão forte que lhe tirou o fôlego. “Absolutamente.
Ela é toda minha.”
Sebastian assentiu. “Então ela não vai mais causar problemas?” 
Hope sorriu. “Você me conhece melhor do que isso.”
Ace estreitou os olhos, seus lábios se contraindo em uma tentativa de conter um sorriso.
“Se ela o fizer, eu cuidarei dela.”
O mordomo inclinou a cabeça enquanto abria a porta. “Sim, Xerife, eu acredito que você
vai.”

* * * * *

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Hope não conseguia tirar o sorriso do rosto.
Assistindo Ace dirigir de volta para casa, seu sorriso cresceu com carinho, como se ele
não   conseguisse   parar   de   tocá­la.   Quando   chegaram,   ele   a   levou   direto   para   cima,   mal
reconhecendo  os sorrisos de seus irmãos. Ele a levou para o banheiro, onde rapidamente  a
despiu e a empurrou no chuveiro enquanto tirava sua própria roupa antes de se juntar a ela.
Hope gemeu  sob suas mãos, seu corpo  ainda ultrassensível.  Ela se deleitou  em sua
atenção gentil enquanto ele lavava cada centímetro de seu corpo antes de apressadamente se
lavar.
“Deixe a água quente correr por você um pouco. Vou enviar Law e Zach para buscar
alguma comida.” Ele se inclinou para beijá­la novamente, seu sorriso indulgente. “Eu tenho que
cuidar da minha mulher.”
Demorou   só   alguns   minutos   antes   de   Hope   se   sentir   solitária.   Ela   saiu   e   se   secou,
enrolou uma toalha à sua volta e foi à procura de seu noivo.
Ace estava esperando por ela do lado de fora da porta do banheiro. “Eu mandei Law e
Zach buscar a comida. Estava voltando para secá­la. Da próxima vez, me espere. Venha cá. Eu
quero ver seu clitóris.”
Alarmada, ela deu um passo atrás. “Ace, está tão sensível que não acho que posso—”
“Quando eu disse que ia cuidar de você, eu quis dizer isso. Você é minha agora, Hope, e
você vai lidar com tudo o que isso implica. Deite­se.”
Mesmo depois de tudo que ele tinha feito com ela, seu corpo respondeu imediatamente
a seu tom de aço. Pasma que seu clitóris já vibrava em antecipação, Hope o obedeceu, pela
primeira vez notando o tubo em sua mão.
Ace   a   ajudou   sobre   a   cama,   posicionando­a   de   forma   que   suas   pernas   ficaram
penduradas na beirada e se ajoelhou entre suas coxas, alargou­as e muito gentilmente se curvou
para beijar seu clitóris. “Você foi uma boa menina hoje. Fiquei muito orgulhoso de você.”
Hope empunhou as mãos nas cobertas. “Você sabe malditamente bem o que faz comigo
quando fala assim. Droga, Ace, eu estou muito dolorida.”
“É para isso que a pomada serve. Vou fazer ficar tudo melhor, bebê, eu prometo. Você
só se recoste e relaxa.”

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Ele lambeu seu clitóris, a boca quente se fechando sobre ele e chupando com cuidado.
Mantendo o toque leve, ele usou a língua ao redor do clitóris até sua boceta, levantando suas
pernas para lamber seu buraco traseiro dolorido antes de levantar a cabeça.
Pasma com a sensação, Hope se encontrou perto de gozar de novo, mas não sabia se
poderia suportar. Ela choramingou baixinho em sua garganta quando Ace se moveu para se
sentar na cama ao lado de seu quadril.
Ele esguichou uma quantia generosa de pomada nos dedos antes de jogar o tubo de
lado e usar a outra mão para separar suas dobras. “Uma vez que eu massagear isso nele, bebê,
seu clitóris vai se sentir muito melhor.”
Ele esfregou gentilmente a pomada fresca sobre seu clitóris, o gel escorregadio grosso o
suficiente   para   aliviar   o   atrito   dos   dedos   se   movendo   sobre   ele,   seu   toque   deliberado   o
suficiente para fazê­la gozar novamente quase ridiculamente rápido. Enquanto ainda descia de
seu orgasmo, Hope trilhou a cabeça de um lado para o outro quando Ace levantou suas pernas
e esfregou outra camada espessa da pomada ao redor de seu buraco traseiro.
Gasta, exausta e fraca, Hope mal se moveu quando Ace a empacotou em um roupão
espesso e a levou para a cozinha.
Law e Zach já tinham voltado e começaram a servir a comida. Zach se inclinou para
beijar seu rosto. “Ei, querida, você parece exausta.”
Hope sorriu quando Ace se sentou, mantendo­a em seu colo. “Estou. Seu irmão me
esgotou hoje.”
Law encheu um copo de chá gelado e começou a dar para ela, mas Ace tomou dele e o
segurou em seus lábios ele mesmo. O olhar de surpresa no rosto de Law quase a fez engasgar
com o chá. Ele se curvou para beijar sua testa antes de ir ajudar Zach a servir o resto da comida.
 “Bem, eu acho que é melhor eu e Law conseguirmos essa casa construída bem rápido.
Quando vocês voltarem da lua de mel, nós vamos embora.”
Ace fez uma careta. “Não vamos sair em lua de mel ainda. Não com esse canalha ainda
à solta.” Ele inclinou a cabeça para beijar o cabelo úmido de Hope. “Sinto muito, mel, mas eu
prometo que quando pegá­lo, você e eu vamos partir para onde você quiser.”

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Hope se aconchegou nele. “Meu voto  é para um lugar quente, onde não temos que
vestir roupas.”
Rindo, Ace tomou seu prato e talheres e os empurrou  de lado. “Feito. O assado de
panela da sua mãe é incrível. Você sabe cozinhar assim?”
Espantada quando ele segurou uma garfada do assado de sua mãe para seus lábios,
Hope   assentiu.   “Pode   apostar,   mas   Charity   é   melhor   nisso.”   Ela   abriu   a   boca,   obediente,
enrolando­se contra ele em aceitação nesta exibição nova e deliciosa de domínio.
Ace se inclinou perto, o hálito quente em seu ouvido fazendo­a estremecer de prazer
quando a mão se moveu sobre seu traseiro, longe da vista de seus irmãos. “Eu já descobri no
que você é boa, querida, ser minha mulher, e isso é mais do que suficiente para mim.”

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