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OBS: Na linha do tempo do universo em que conhecemos essa história, esse livro
acontece entre o fim de “DIABLO” e durante o andamento de “WOLF” (lançamento
futuro) portanto, alguns fatos devem ficar em aberto propositalmente.
Aproveitem a leitura!
Com carinho,
Maeve.
AINDA NÃO CONHECE DIABLO E OLÍVIA?
Diablo Ward foi criado em um mundo onde não havia espaço para dor ou medo.
Capturado, ainda na infância, por um homem impiedoso foi subjugado, atirado em meio ao
caos e violência sendo treinado para ser um assassino cruel e obscuro.
Toda sua vida foi destruída por eles, mas seu juramento nunca seria esquecido. (...)
Vingança.
Moldado como a criação do mal, até que um belo presente é entregue em suas mãos com
um único intuito. Ele foi escolhido para fazê-la sofrer.
A menina doce e inocente lhe mostrará o caminho que tem esperado por tantos anos.
Ela é a chave de tudo; ele jamais a deixará ir embora.
Peças de um jogo perigoso, Diablo e Olívia – seu belo passarinho, vão lutar juntos, para
ganhar essa guerra.
Pessoas que nunca conheceram o amor... sem valores, sem remorso, sem nada, ainda
assim, lutando para sobreviver.
Entre dor, maldade e sacrifícios, reivindicarão da própria sanidade para, enfim,
encontrarem paz.
PRÓLOGO
Caindo. Caindo....
— DIABLO!
O suor e a queimação em minhas vísceras quando despertei
de mais um pesadelo do caralho eram verdadeiros.
Assim como o terror debilitante de perdê-la.
Tantas maneiras diferentes, cada vez mais sangrentas e
assombrosas fizeram parte dos meus sonhos nas últimas semanas
e em nenhuma delas a sensação que corroía meu peito ao vê-la
morrer foi diferente.
Sempre assim, esmagador e sufocante.
Torci meus olhos lentamente, abrindo-os com relutância, para
encontrar o semblante preocupado de Olívia em cima de mim.
O peito dela subia e descia em harmonia com seus olhos que
brilhavam de pavor.
Respirando fundo, tentei fazer com que ela se deitasse ao
meu lado para se acalmar e então voltarmos a dormir, mas suas
pernas estavam travadas ao meu redor.
— Deus! Já é a terceira vez em menos de uma semana,
Diablo. Por que não me diz o que está te aterrorizando tanto? Você
acorda suando, aos berros como louco. Fale comigo... me deixe te
ajudar...
Meus músculos ficaram um pouco mais tensos. Os nervos se
dissipando para dar luz a outros pensamentos com a posição dela
sobre mim. Com os cabelos tão selvagens, voz firme e determinada.
A visão era deliciosa de se ver, mas definitivamente, eu não
gostava dela me segurando como se tivesse algum controle.
— Olívia...
— Me fale! Fale comigo... talvez se...
Interrompendo-a, agarro seus quadris, e rolo seu corpo
trocando nossas posições. Com ela debaixo de mim, tão quente e
viva, meu mundo pareceu entrar em sintonia novamente.
Os últimos resquícios de terror em meus sonhos,
adormeceram e assentaram em meu subconsciente.
— Não tente entrar em um lugar tão fodido como minha
mente, passarinho. Eu já disse que está tudo bem, então, é nisso
que deve acreditar. — Murmurei, deslizando minhas mãos por seu
estômago, trazendo meus dedos para cima em direção ao seu colo,
até alcançar minha marca gravada em seu pescoço. — Nada disso
é importante. Porém, se ainda quiser me ajudar com alguma coisa...
— Sua mente vai de zero a “vamos resolver qualquer assunto
com sexo” tão rápido. — Resmungou, rolando os olhos. Sorri para
ela, sentindo meu lado predador aflorar.
— Quando se trata de você, esposa. Com certeza. Meus
pensamentos podem ficar sujos em questão de segundos.
Me inclinei para beijá-la, sentindo seu gosto doce em minha
língua. Um sabor que eu nunca me enjoaria.
Quando nos afastamos, sua respiração estava rápida e
descompassada, mas os olhos, ainda tentavam me desvendar de
alguma forma.
Sua mão passou suavemente por minha bochecha, os dedos
pequenos e delicados me tocando como se eu fosse algo valioso.
— Eu te amo, Diablo.
Suspirando, voltei a me deitar e puxei seu corpo sobre o meu,
alisando seus cabelos para acalmá-la.
— Vou te proteger com a minha vida, passarinho. Para
sempre. — Sussurrei, depois de muito tempo, quando senti que ela
estava perto de adormecer.
Essa era a única coisa que eu não me importava nenhum
pouco de compartilhar com ela nesse momento.
O resto, eu teria que lidar sozinho.
— Isso... isso não pode estar certo. E se não foi ela que
escreveu? E se alguém...
Olívia balançou a cabeça e vi as linhas de frustração em sua
testa.
No meio da manhã naquele dia, mais uma bomba explodiu
sobre minha cabeça.
Sem Rose no café da manhã, todos nós acreditamos que ela
havia saído para dar algumas voltas na cidade antes de
acordarmos, só muito mais tarde, quando Olívia foi a seu quarto e
encontrou um bilhete de sua mãe, dizendo que estava partindo, pois
precisava de um tempo sozinha. Que entendemos que ela havia ido
embora.
— Eu confirmei com a equipe de segurança. Ela saiu logo
pela manhã, com uma mala. Também verifiquei com um funcionário
da rodoviária que confirmou que ela comprou uma passagem para
Austin. Sua mãe é adulta, Olívia. Terá de confiar, que ela sabe o que
está fazendo.
— E todos os perigos que ela irá correr sozinha lá fora?
Todas as pessoas que podem desejar fazer mal a ela por ser filha
de quem é. Isso... isso não pode ser seguro.
Eu queria dizer que ela não deveria se preocupar. Mas todas
as possibilidades eram muito reais.
No entanto, eu duvidava que Rose estava sozinha nesse
momento. Por mais estranho que fosse tudo isso, eu podia sentir
que sua partida não foi algo pensado de uma hora para outra.
Sem querer revelar tudo isso a Olívia, desviei meus olhos e
fui até o closet. Peguei uma das minhas camisas, a vesti e demorei
certo tempo encaixando cada um dos botões.
Por anos, ditei minha vida baseada em regras que me
afastaram cada vez da humanidade e quase me tornaram
exatamente como o homem que mais desprezei na vida.
Eu ainda não me sentia como alguém sentimental.
Provavelmente, nunca sentiria.
Por muitas vezes, era difícil tentar lidar com minha mente
caótica e violenta em meio a calmaria de Olívia.
No entanto, quanto mais tempo passamos juntos, mais
natural se torna o fato de que eu me importo com o que ela sente.
Vê-la infeliz, se tornou algo que eu não consigo ignorar.
Totalmente vestido, caminhei até onde ela estava sentada na
cama e levantei seu rosto com a ponta dos dedos.
— Tudo bem. Eu planejava fazer uma visita a Wolf para
resolver algumas pendências. Com isso, acho que vou adiantar e
verificar se ele sabe alguma coisa sobre ela. Se foi escolha dela
partir, baby, não há o que possamos fazer. Ela viveu como
prisioneira por muito tempo. Mas vou garantir que ela esteja segura,
tudo bem?
— Toda vez que tocamos no nome de Wolf, ela foge. Eles
não se veem desde o nosso casamento, segundo ela. Por que
acredita que ele saberia alguma coisa? — ela questiona,
desconfiada. Como se soubesse que estou escondendo algo dela.
— É apenas uma intuição. Portanto, vou pegar um voo ainda
essa noite e irei até a casa dele... só para verificar.
Envolvo meus dedos ao redor de sua nuca, trazendo seu
rosto mais para perto.
Seus olhos atormentados fixam nos meus.
— Tudo bem, — murmurou, com os lábios colados em minha
boca — Obrigada...eu... Obrigada.
Segurei seu rosto entre minhas mãos, para que ela me
olhasse com firmeza e acreditasse em minhas palavras.
— Sua mãe é uma mulher forte, Olívia. Assim como você, ela
pode enfrentar muitas coisas.
— Eu espero que esteja certo.
Aproveitando mais alguns momentos com meu filho antes de
partir, me sento com ele no jardim.
Bruce o cachorro idiota de Daniel, está correndo ao nosso
redor, brincando com os jatos do irrigador.
— Vêm aqui! — ele ordena, com sua voz infantil, muito sério.
Quando o cachorro pega a bolinha em sua boca e corre para longe.
Com passos apressados, ele tenta correr atrás dele e me
chama quando percebe que não consegue alcançá-lo com tanta
rapidez.
Eu assobio, fazendo Bruce trotar até nós e Daniel pula de
alegria exibindo um sorriso sincero.
Ele brinca com seu bicho de estimação, alegre e inocente e
isso faz meu peito inchar.
Daniel se distrai, olhando para o ponto atrás de mim e vejo
que a babá que está substituindo a licença de Sra. Reynard – que
se afastou com problemas de saúde -, aparece com um prato cheio
de frutas cortadas em cubos.
A jovem loira de olhos amarelados, olha para mim, antes de
colocar o prato de comida sobre o tapete de Daniel e algo me diz
que o tipo de olhar, não é tão inocente e educado quanto quando ela
está com Olívia.
— Posso te servir alguma coisa, senhor?
— Não. Obrigado.
Com um aceno, ela se afasta silenciosamente e deixo o fato
passar sem importância.
Em uma cidade minúscula como essa, certamente existem
muitos patrões que costumam foder empregadas, nas costas de
suas mulheres.
Não é o meu caso.
Olívia aparece no limiar da porta, com os cabelos soltos e um
vestido longo florido e cada vez que olho para ela, é como se meu
mundo fodido estremecesse.
— Ei, meu amor... — Ela se aproxima, e se senta ao meu
lado, estendendo os braços para pegar Daniel em seu colo, que
vem correndo até nós com a boca cheia e sua cara toda lambuzada
de morango.
Beijando seus cabelos escuros, ela faz cosquinhas em sua
barriga fazendo-o gargalhar, mas como o esperado, ele não
consegue ficar muito tempo parado, então logo, pula de seu colo
para correr pela enorme área arborizada nos fundos de nossa casa.
O pôr do sol já começa a acontecer além no horizonte, caindo
sob a linha do lago Caddo.
Minha esposa coloca sua mão pequena contra minha perna,
e eu capturo seus dedos nos meus.
A aflição ainda é nítida em seu rosto, e como egoísta fodido
que sou, coloco minha mão livre nos fios soltos de seus cabelos e
puxo suavemente, trazendo seus olhos aos meus.
Seu rosto ganha um tom cor de rosa, quando ela entende onde
estão meus pensamentos e com um sorriso distorcido, me inclino
para dizer:
— Meus chicotes devem estar com uma saudade imensa da
sua pele, baby.
— Oh... — ela emite, sem desviar os olhos — Isso é um
problema.
— Um problema, que planejo resolver assim que voltar.
— Vou aguardar ansiosamente, marido.
— Eu espero que sim, meu belo passarinho.
08
FIM...
BÔNUS
(...)
— Uma última palavra? — pergunta, com a faca
ensanguentada contra sua garganta.
O homem robusto se debate, lutando contra suas amarras.
— Você é tão louca quanto seu pai — ele comete o erro de
dizer.
Minha bela rosa sorri, seus dedos cavando o cabo da faca
como se ele pudesse fundir em sua pele.
— Você não faz ideia... — ela diz, subindo em seu colo.
Usando a sua arma para terminar a própria obra.
Com uma assinatura precisa sobre seu peito exposto e
torturado, antes de finalizar, cortando sua garganta de um lado ao
outro.
OITO.
Quando termina, salta a poça de sangue, formando um
tapete vermelho líquido ao seu redor e segue até mim.
Suas pernas estão bambas. O olhar nebuloso.
Toda a sua altivez começa a se esgotar quando dou um
passo à frente, para alcançá-la.
Ela falha, caindo direto em meus braços.
O sangue em todo seu corpo, se agarrando a minha pele
instantaneamente.
— S-sinto muito — gagueja, com a faca ainda em suas mãos
e claramente atormentada — Sinto muito.
— Shii... eu estou aqui. Estou aqui.
Levantando sua cabeça, nossos olhos se encontram. Toda a
dor e escuridão misturada dentro dela me deixa em êxtase.
— Não me deixe. Por favor, não me deixe.
Segurando seu rosto em minhas mãos, me inclino para beijá-
la. O encontro suave, muito necessário para seu estado nesse
momento.
— Não vou a lugar algum. Não enquanto não terminarmos.
— Eles vão me odiar. Todos vão me odiar.
Retiro a faca de suas mãos delicadamente, jogando-a para o
lado.
— Eles não vão. Ninguém irá, se não quiserem ter um
problema comigo.
— Você promete?
— Sim, bela rosa. Eu prometo.
EM BREVE...
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