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quinta-feira, outubro 25, 2012

Vanivani o dono das araras vermelhas>Estímulos


literários> 25/10/12

"As lendas mostram o segredo da vida de cada um dos povos que a contam."
Proposta de trabalho
AQUI

"As lendas ensinam que as histórias têm que ser guardadas no coração e
mostram um outro jeito de pensar."
Noite estrelada e de lua cheia.
Ao redor de uma fogueira o velho e sábio da tribo contava aos seus filhos e
netos as mais belas e fantásticas histórias sobre o seus antepassados e de como
surgiram os bichos, as estrelas, os alimentos , o comportamento dos homens, os
fenômenos da natureza...
Essas histórias narradas de forma poética foram passadas de geração em
geração e por meio delas ficamos sabendo muito da cultura , das tradições e das
raízes do povo indígena.
A participação dos índios na vida brasileira é muito importante de ser
ressaltada.
São vários os traços e complexos de cultura legado a nós pelos indígenas.
Podemos perceber facilmente a presença de vários traços da cultura indígena
difundidos em nossa sociedade.
Como via de exemplo podemos destacar os aspectos culinários incorporados às
nossas mesa como a mandioca, a moqueca, a utilização do milho para preparo
de deliciosos quitutes.
Hábitos como banhar em rios, andar descalço, descansar de cócoras, que são
facilmente observados principalmente no interior do país.
O uso da rede, de cestas, o tabaco, instrumentos musicais, o alçapão, processos
de caça e pesca, o anzol, a música, conhecimento de plantas são todos exemplos
do legado nos deixado de procedência indígena.
A língua de maior expressão no Brasil no período pré-colonizador entre as
diversas sociedades indígenas era o Tupi-guarani, mas o mesmo era dividido em
outros grupos fundamentais.
O tupi foi suplantado pela língua portuguesa em decorrência do choque
cultural , uma vez que a lingüistica Tupi não satisfazia as necessidades sociais
daquele novo estado de cultura.
No entanto, nota-se que o tupi enriqueceu o português implantando-se
numerosos vocabulários de origem indígena.
http://notremdadiversao.blogspot.com.br/2010/06/projeto-o-respeito-raca-
indigena.html?zx=229e0f06f7470786
A filiada Nancy Caruso Ventura lança três livros com contos indígenas da aldeia
Kamayurá, no Xingu, belamente ilustrado por Bruno Gomes.
Os contos, transmissão da cultura e dos valores humanos, são diariamente
contados, ao entarder, pelo Pagé às crianças da aldeia.
Os três contos tem como proposta pedagógica: ética, cidadania, pluralidade
cultural,meio ambiente e, principalmente, a mudança de paradigmas, isto é,
respeito aos verdadeiros primeiros habitantes deste continente.
Livros:
As iamaricumas e o jacuí(respeito a religiosidade)
A anta os tracajás e as estrelas (perseverança)
Vanini o dono das araras vermelhas( respeito e retribuição)
http://www.sinesp.org.br/canal.asp?
cod=3&cod_idioma=1&cod_conteudo=4421&tipoINICIO=&codConteudoINICIO=442

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Os índios da aldeia próxima ao Morená gostavam de se reunir, à tarde, para


conversar.
 Um dia, apareceu entre eles uma linda ave vermelha.
Era uma arara!
Ela gostou tanto de mostrar sua beleza entre aqueles índios que acabou
voltando muitas vezes.
O Sol, encantado com a arara, perguntou ao seu irmão, Lua, se ele a conhecia.
Lua depois afirmou que aquela ave pertencia a Vanivaní.
Então, os dois foram até ele e lhe pediram uma de suas araras de presente.
Vanivaní tenderia ao pedido mediante algumas condições.
Essa é uma das famosas lendas que são contadas na aldeia do povo Kamayurá

Texto by krika
Os índios, na aldeia próxima ao Morená,sentavam-se em grupos para conversar,
todas as tardes.
Certa tarde destas, apareceu uma ave vermelha. O Sol avistou-a novamente por
vários dias.
Até que chamou seu irmão,Lua, para ver  a ave tão bela e colorida. Lua logo  a
reconheceu  como a arara vermelha de Vanivaní.
Curiosos e deslumbrados com a beleza da ave, foram ao encontro de Vanivaní
em sua aldeia.

Os irmãos pediram uma delas. Vanivaní deu uma de suas aves com a condição de
que o dono das araras teria que arranhar Sol e Lua, retirando um pouco do
sangue deles para fazer novas araras vermelhas. Os irmãos concordaram.
Vanivaní pegou a mandíbola de um peixe ,esfregou sue sdentes em cada um dos
irmãos,nas costas, até obter sangue suficiente para fazer dez bolinhas.
No dia seguinte, Vanivanó demonstrou o procedimento: Cada bolinha de sangue
era modelada na forma de uma ave,e ,conforme, a modelagem acontecia, a ave
ganhava vida e começava a gritar, anunciando que  estava pronta pra voar. Os
visitante receberam 5 araras, agraderem e partiram de volta à aldeia.
Começaram a fazer mais araras com o sangue de suas mulheres...Logo não
tinham onde colocá-las. Teriam que arrumar um lugar de morada para
elas...Escolheram perto do rio, assim elas teriam facilidade em tomar água.
Ficaram tão ocupados com esta atividade que abandonaram suas mulheres e um
papagaio na aldeia, sózinhos.
Vanivaní cansou de esperar que os irmãos lhe dessem um presente....Resolveu
buscar as araras de volta. Na aldeia soube do empenho deles na construção de
um lugar para as araras. Vendo as mulheres sozinhas, convidou-as para
acompanhá-lo. Elas foram.
Chegando a sua aldeia Mavutsinim perguntou  a ele por que havia trazido as
esposas de Sol e Lua. Ele respondeu que eles gostaram das araras e as levaram,
sem deixar nada em troca. Assim ele conheceu as esposas e convido-as a morar
com ele.
No Morená a confusão começava.
Papagaio contou aos irmãos o ocorrido. Eles resolveram buscar suas mulheres,
pensando que elas haviam sido raptadas. Chegaram silenciosamente na aldeia
de Vanivaní, viram suas esposas conversando animadamente , perceberam
então que elas estavam ali espontaneamente.
Assim resolveram pegar um pedacinho de cera de abelha e modelaram vários
mutucas. Este voaram até elas, sugaram o sangue e voltaram para Sol e Lua,que
tiraram o sangue dos mutucas e saíram à procura da árvore aputereóp.
Vanivaní percebendo a presença dos mutucas, pegou as mulheres, as araras e
desceu rio abaixo até bem longe dali.
Quando os irmãos encontraram a árvore,eles derramaram  o sangue em seu
tronco,cobriram e passaram ali a noite. No dia seguinte o sangue havia se
transformado em duas lindas mulheres.Cada um pegou a sua esposa e
retornaram no Morená.
Vanivaní viajou para muito longe até refazer uma  nova casa e sentir-se seguro.
Até hoje os índios acreditam que se Vanivaní não tivesse ido embora e levado as
araras vermelhas,elas ainda estariam morando perto do Morená.
Arara vermelha
Leitura Informativa
A arara-vermelha (Ara chloropterus) é uma ave de grande porte, com cores
exuberantes e cauda longa. Esta bela espécie pertence à família dos
psitacídeos, possui como característica fazer muito barulho, com seus gritos
estridentes que podem ser ouvidos a grande distância.
De fácil convívio, a arara-vermelha, tem facilidade para imitar a voz dos seres
humanos.
Além de sua cor vermelha característica, a arara-vermelha possui outras cores,
o que torna esta ave bem colorida.
Suas asas são azuis com uma faixa verde e a plumagem vermelha se destaca na
região da cabeça, pescoço e cauda.
Seu bico é encurvado, com a mandíbula superior recurvada sobre a inferior.
Esta forma de bico é uma adaptação à alimentação que é à base de sementes e
frutos em geral.
Os machos possuem o bico mais comprido e estreito.
São aves dóceis que medem de 73 a 95 cm de comprimento, e pesa até 1,5 kg.
As fêmeas geralmente são menores.
Apesar de serem aves com excelentes vôos, preferem fazer “acrobacias” e
trepar em galhos.
Se locomove muito bem entre os ramos das árvores, devido ao formato das
patas e do bico em forma de gancho.

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