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"As lendas indígenas são parte fundamental do folclore brasileiro bem como uma das
várias contribuições que a cultura indígena legou para o Brasil. Enquanto parte do
folclore, essas narrativas são entendidas como manifestações culturais e populares que
foram passadas de geração a geração por meio da oralidade. "
→ Lenda do curupira"
O curupira é o protetor da floresta.
O curupira é um ser mítico que é descrito frequentemente com baixa estatura, tendo
também olhos vermelhos e pés ao contrário, pois seus calcanhares estariam virados para
a frente. Ele também é descrito com os cabelos vermelhos e dentes verdes, tendo ainda
uma grande força física.
Na lenda, o curupira é um protetor da floresta que persegue aqueles que a destroem.
Existem relatos que apontam um grande temor entre os indígenas a respeito do curupira
porque ele aterroriza e mata os seus desafetos. Para fugir da fúria do curupira, muitos
indígenas oferecem-lhe fumo e cachaça.
→ Lenda da iara
"Também chamada de mãe d’água, a iara é uma figura mítica com forma de sereia, isto
é, um ser que é parte mulher e parte peixe. Ela mora no fundo de um grande rio e é
marcada por sua grande beleza, bela voz e por suas riquezas. Ela usa essas qualidades
para seduzir qualquer homem que navegar o rio em que ela reside.
Quando a iara seduz um homem, ela o leva para a sua morada, no fundo do rio, e ele
não é visto novamente. Na lenda, ela é a filha de um pajé que foi lançada ao rio pelo
próprio pai, sendo salva pelos peixes e transformado-se na sereia.
→ Lenda do boto-cor-de-rosa
"A lenda do boto-cor-de-rosa é muito tradicional na região Norte, local de forte presença
da cultura indígena. Nela é apresentado o boto cor-de-rosa, um animal encontrado em
muitos rios da região amazônica, mas que é conhecido na lenda como capaz de assumir
a forma humana, transformando-se em um homem com aparência muito bonita.
Quando o boto se transforma em um homem, ele abandona o rio e vai para festas das
comunidades ribeirinhas para seduzir qualquer mulher que ele encontrar. Outras
características desse ser são seu envolvimento por meio de conversa e seu charme.
Na lenda, ele é descrito usando roupas e sapatos brancos, assim, ele passa pela festa
seduzindo alguma mulher para deitar-se com ele. Ao concluir o seu objetivo, o boto
retorna para o rio e não aparece mais. A mulher seduzida engravida e gera um filho sem
pai.
→ Lenda da mandioca"
"A mandioca é um dos alimentos mais importantes da culinária indígena, e existem
diferentes lendas que apresentam a origem dessa importante planta. A versão mais
popular trata da filha de um pajé que apareceu grávida repentinamente.
Ao ser questionada pelo pai, ela disse que ninguém havia a engravidado. O pajé
acreditou na filha apenas após receber a confirmação em sonho de que ela estava
falando a verdade. Nove meses depois, nasceu uma menina que foi chamada de Mani.
Com um ano de vida, Mani faleceu repentinamente e foi enterrada no interior da oca
onde vivia.
Conforme a tradição do seu povo, sua sepultura foi regada e lá nasceu uma planta até
então desconhecida, a mandioca. Com o tempo, os indígenas aprenderam a manusear a
mandioca, tornando-a parte fundamental de sua alimentação.
→ Lenda do boitatá"
"Na lenda, o boitatá é uma cobra de fogo que protege os campos daqueles que tentam
incendiar o mato de maneira criminosa. Além disso, ele é descrito como um ser de
muitos olhos, e desses olhos saem chamas. Os olhos foram obtidos dos homens
devorados pelo boitatá. Essa lenda esteve presente entre os indígenas no século XVI. "
→ Lenda da vitória-régia"
"A lenda da vitória-régia fala da indígena Naiá, que era apaixonada pela Lua (Jaci). Ela
viu o reflexo da Lua em uma lagoa, jogou-se nas águas e morreu afogada. Assim, ao ver
o esforço de Naiá para chegar a ela, a Lua decidiu transformá-la na vitória-régia, a
estrela das águas.
→ Lenda do saci-pererê"
"O saci-pererê é um ser que reside na floresta, sendo conhecido por pregar peças nos
seres humanos. Ele é um garoto negro, pequeno e que tem apenas uma perna. Usa um
gorro e uma roupa vermelhos. Uma de suas principais características é ser um espírito
zombeteiro.
→ Lenda do uirapuru"
"Essa lenda fala um jovem indígena que era apaixonado pela esposa do pajé de sua
tribo. Desolado por não poder ter o seu amor correspondido, o jovem foi transformado
no uirapuru por Tupã, adquirindo um belo canto. Devido a isso, ele então poderia estar
perto de sua amada, encantando-a com o seu belo canto.