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SEMANA DO ÍNDIO

Nesta semana procuramos trazer sugestões para as


crianças vivenciarem a cultura indígena, tão importante
na nossa história enquanto brasileiros.
Boa leitura a todos!

“TAROBÁ E NAIPI
LÁ VÃO ELES RIO ABAIXO
SE AMAVAM DE GRANDE AMOR. NUMA CANOA PASSANDO.
TAROBÁ ERA VALENTE, E MBOI FICOU RAIVOSO,
NAIPI, LINDA COMO A FLOR. FOI NA TERRA PENETRANDO.
BEM À BEIRA DO IGUASSU, FENDEU A TERRA POR DENTRO,
OS DOIS, CONTENTES, MORAVAM, E SE SOLTA E SE DESATA
ENTRE OS ÍNDIOS BEM SOB O LEITO DO RIO,
CAINGANGUES, QUE DESABA EM CATARATA!
QUE O DEUS MBOI VENERAVAM.
CAIU A LEVE CANOA… ARTE: SURYARA
DEUS EM FORMA DE SERPENTE, SUMIRAM OS NAMORADOS…
MBOI, FILHO DE TUPÃ, MAS O RIO OS SEGUROU,
QUIS NAIPI PARA SERVI-LO, PARA SEMPRE TRANSFORMADOS:
CONSAGRADA COMO IRMÃ.
ELE, EM ÁRVORE FRONDOSA,
O RIO TAMBÉM CORRIA ELA, EM ROCHA SOBRANCEIRA,
COMO SERPENTE NO CHÃO, AMBOS NA BEIRA DO ABISMO
E O PAJÉ JÁ PREPARAVA DAS ÁGUAS DA CACHOEIRA.
A GRANDE CONSAGRAÇÃO.
SÃO OS SALTOS DO IGUASSU!
NAIPI! NAIPI! ONDE ANDA O CAINGANGUE OS CHAMARÁ,
A QUE PARECE UMA FLOR? CONTEMPLANDO A QUEDA GRANDE:
AI… FUGIU COM TAROBÁ, – OLHEM! NAIPI-TAROBÁ!…
FUGIU COM SEU GRANDE AMOR.
(RUTH SALLES)
* Para nós adultos, refletirmos juntos

O “DIA DO ÍNDIO”:
MEMÓRIA E RESPEITO À CULTURA INDÍGENA

Como a Pedagogia Waldorf nos orienta para a busca da verdade, é pertinente a


reflexão para esse material e o que essa data nos revela.
No próximo dia 19 de abril será comemorado o “dia do índio”. A data foi escolhi-
da internacionalmente em 1940 durante a realização do Congresso Indigenista
Interamericano, realizado no México. No Brasil, a data foi instituída oficial-
mente em 19 de abril de 1943 por meio do Decreto-Lei nº 5.540, assinado pelo
presidente Getúlio Vargas.
De lá para cá, especialmente após a ascensão da Lei nº 11.645 de 2008, tornou
obrigatório o ensino de história e cultura indígenas nas escolas brasileiras. O
problema é que, frequentemente, a maneira como a questão é apresentada as
crianças e jovens é inadequada pois é comum encontrar nas escolas come-
morações com fantasias, crianças pintadas artificialmente, músicas infantis
inapropriadas e atividades culturais sem sentido. No entanto, especialistas
questionam a maneira como algumas dessas práticas são conduzidas e afir-
mam que, além de reproduzir antigos preconceitos e estereótipos, não geram
aprendizagem alguma. “O indígena trabalhado em sala de aula hoje é, muitas
vezes, aquele indígena de 1500 e parece que ele só se mantém índio se perma-
necer daquele modo. É preciso mostrar que o índio é contemporâneo e tem os
mesmos direitos que muitos de nós, ‘brancos'”, diz a coordenadora de Educa-
ção Indígena no Acre, Maria do Socorro de Oliveira.
Portanto, o 19 de Abril, foi instituído com sentimento de resistência e de luta
por direitos indígenas no mundo, e não instituída como uma forma de homena-
gem. Consequentemente, uma maneira adequada de trazer o dia do índio para
as nossas crianças seria falar da importância e da diversidade dos mesmos.
Já que o Brasil é uma terra indígena, devemos honrá-la, respeitando sua raiz
histórica de forma verdadeira, com decência e carinho perante nosso povo.
Índio não é tudo igual e não fala só a língua tupi. Existem mais de 300 etnias,
que falam mais de 300 idiomas. É importante saber que os indígenas são dife-
rentes no Sul, no Nordeste, no Norte, no Sudeste e no Centro-Oeste. São vi-
sões diferentes de mundo e de cultura. Essa diversidade é importante para a
formação do Brasil e entendimento do país enquanto território nacional.

Fonte: http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/1893-por-que-dia-19-e-dia-do-indio
* Para toda a família

SUGESTÕES DE BRINCADEIRAS

• PROCURAR E BRINCAR COM SEMENTES, PENAS E DEMAIS ELEMENTOS DA NATUREZA;


• DANÇAR E BRINCAR DE ÍNDIO: PESCAR, CAÇAR, PINTAR, CONFECCIONAR UTENSÍLIOS OU
ARCO E FLECHA;
• PRODUZIR TINTA NATURAL;
• PINTAR O ROSTO E BRAÇOS COM TINTA DE URUCUM;
• CONFECCIONAR COLARES, PULSEIRAS E COCARES (FOLHAS, MIÇANGAS, MACARRÃO
PINTADO, SEMENTES, PENAS E ETC).

SUGESTÕES DE CULINÁRIA
• Cozinhar milho;
• Arroz colorido com urucum ou açafrão da terra;
• Assar batata doce;
• Cozinhar mandioca;
• Peixe assado com ervas;
• Pipoca.
RECEITINHA DE TINTA NATURAL

VOCÊ VAI PRECISAR DE :

• POTE/RECIPIENTE COM TAMPA;


• 100 ML DE COLA BRANCA;
• 100 ML DE ÁGUA;
• CAFÉ – PARA A COR MARROM;
• URUCUM – PARA A COR VERMELHA/LARANJA;
• AÇAFRÃO – PARA A COR AMARELA.

MODO DE PREPARO:
Dissolva o pigmento primeiro na água e
depois acrescente a cola. Você pode
ajustar a intensidade da cor com mais
pigmento, de acordo com a sua
preferência e então é só se divertir!
* ENVIAREMOS AS MÚSICAS CANTADAS SEPARADAMENTE

MÚSICAS
“FOI TUPÃ “MORA NA OCA
FOI TUPÃ, FOI TUPÃ, TAMBOR ELE TOCA
SOU TABAJARA E USA COLARES, PULSEIRAS, COCARES
SOU TABAJARA LÁ NA TERRA DE TUPÃ, O ROSTO ELE PINTA
TEM PAPAGAIO, ARARA MARACANÃ URUCUM É SUA TINTA
TODAS AVES DO CÉU E SAI PARA PESCA
QUEM NOS DEU FOI TUPÃ. COM ARCO E FLECHA
FOI TUPÃ, FOI TUPÃ, FOI TUPÔ. FAZ MIRA NUM ZUM, FISGA MAIS UM”.

“ UM, DOIS, TRÊS INDIOZINHOS


“ELE MORA NA TRIBO QUATRO, CINCO, SEIS INDIOZINHOS
CONTENTE E FELIZ
SETE, OITO, NOVE INDIOZINHOS
CAÇANDO E PESCANDO
E COMENDO RAIZ DEZ NO PEQUENO BOTE
O SOL É O GUARACI IAM NAVEGANDO PELO RIO ABAIXO
A LUA É JACI QUANDO O JACARÉ SE APROXIMOU
E A LÍNGUA QUE ELE FALA E O INDIOZINHO NO PEQUENO BOTE
É O TUPI-GUARANI” (3X). QUASE, QUASE VIROU
MAS NÃO VIROU.”
A HISTÓRIA DE MANÍ - LENDA DA MANDIOCA
Esta história aconteceu há muito tempo atrás, lá na Amazônia, em uma tribo indígena.
Nessa mesma tribo indígena, certa vez nasceu uma indiazinha muito bela e delicada. Ela era
neta do cacique. Os pais deram à menina o nome de Maní. Maní era uma indiazinha
diferente. Tinha a pela clara, muito branquinha, lindos e longos cabelos negros. Mas a india-
zinha tinha a saúde frágil e mesmo assim, era muito alegre, transmitia muito alegria e todos
gostavam muito dela, de tê-la pertinho. Um dia Maní ficou doente. Os pais da menina fica-
ram muito tristes e, preocupados, chamaram o pajé. O pajé era o médico da tribo. Passaram-
se alguns dias, até que chegou o dia em que a indiazinha não conseguiu se levantar da rede.
O pajé correu pra acudir, levou ervas e bebidas, fez muitas rezas.
Mesmo assim, nem os segredos da mata virgem, nem as águas profundas evitaram a morte
de Maní.
Os pais de Maní enterraram o corpo da menina dentro da própria oca onde moravam, pois
isso era o costume dos índios Tupi. Assim, todos os dias regavam a cova com água, e
infelizmente, com muitas lágrimas, pois era uma menina muito querida por todos.
Depois de algumas luas grandes, os índios perceberam que uma planta desconhecida come-
çou a brotar no local onde Maní havia sido enterrada. A plantinha cresceu e se encheu de
folhas verdes rapidamente. Mas não dava frutos. Então a mãe de Maní resolveu pedir para
cavar porque a terra ao redor já estava se rachando. Os índios cavaram para retirar a plan-
tinha e descobriram que ela tinha grandes e belas raízes de cor marrom. Que surpresa eles
tiveram ao partir a raiz: ela era branquinha por dentro!
A mãe chamou o arbusto de maníva, em homenagem à filha. Os índios passaram então a
utilizar a planta para fabricar farinha e cauim, uma bebida, e também resolveram experi-
mentar cozinhar as suas raízes para comerem. A planta ficou conhecida também como maní
-oca e depois, mandioca e tornou-se o símbolo de alegria e abundância para os índios. Foi
assim que a Maní-oca transformou-se em principal e sagrado alimento daquela tribo.

IMPORTANTE:Para esta semana é aconselhável contar para as crianças apenas uma história, então, podem
substituir o conto de época pela lenda, para não sobrecarregar as crianças de imagens e alimento anímico.

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