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poesia

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@hoje.em.casa

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Meu nome é

e comecei minhas atividades neste livro em


.

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o
ninho
do
beija-flor

1
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o ninho do beija-flor
(FRANCISCA JÚLIA DA SILVA)

Edméa, certa manhã,


Indo ao pomar, sorrateira,
Para colher à macieira
A apetecida maçã,

Entre dois galhos franzinos


Ocultos, viu – que primor! –
Um ninho de beija-flor
Com dois ovos pequeninos.

Chegou-se mais para o ver,


E, porque não visse ainda
Coisa tão fina e tão linda,
Bateu palmas de prazer.

Nada de certo há que exceda


Em primor e perfeição
A esse ninho de algodão
Forrado de paina e seda.

Mal ocultos no frouxel


Os ovos olha e examina:
Têm a casquinha tão fina
Como a uva moscatel.

2
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Que vivo desejo a abrasa
De o ninho poder furtar!
Mas deixa-o em seu lugar
E volta enfim para casa.

“Se o furtar, – pensa – que dor,


Que angustiosa agonia
Há de sofrer todo o dia
O pobre do beija-flor!”

E foi-se, deixando o ninho,


Sem de leve lhe tocar,
Naquele mesmo lugar
Onde o fez o passarinho.

Assim procede o cristão


Que dos seus atos se preza.
E Edméa, a par da beleza,
Tem muito bom coração.

3
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Edméa, certa manhã,
Indo ao pomar, sorrateira,
Para colher à macieira
A apetecida maçã,

4
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Edméa, certa manhã,

Indo ao pomar, sorrateira,

Para colher à macieira

A apetecida maçã,

5
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Entre dois galhos franzinos
Ocultos, viu – que primor! –
Um ninho de beija-flor
Com dois ovos pequeninos.

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Entre dois galhos franzinos

Ocultos, viu – que primor! –

Um ninho de beija-flor

Com dois ovos pequeninos.

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Chegou-se mais para o ver,
E, porque não visse ainda
Coisa tão fina e tão linda,
Bateu palmas de prazer.

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Chegou-se mais para o ver,

E, porque não visse ainda

Coisa tão fina e tão linda,

Bateu palmas de prazer.

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Nada de certo há que exceda
Em primor e perfeição
A esse ninho de algodão
Forrado de paina e seda.

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Nada de certo há que exceda

Em primor e perfeição

A esse ninho de algodão

Forrado de paina e seda.

11
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Mal ocultos no frouxel
Os ovos olha e examina:
Têm a casquinha tão fina
Como a uva moscatel.

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Mal ocultos no frouxel

Os ovos olha e examina:

Têm a casquinha tão fina

Como a uva moscatel.

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Que vivo desejo a abrasa
De o ninho poder furtar!
Mas deixa-o em seu lugar
E volta enfim para casa.

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Que vivo desejo a abrasa

De o ninho poder furtar!

Mas deixa-o em seu lugar

E volta enfim para casa.

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“Se o furtar, – pensa – que dor,
Que angustiosa agonia
Há de sofrer todo o dia
O pobre do beija-flor!”

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“Se o furtar, – pensa – que dor,

Que angustiosa agonia

Há de sofrer todo o dia

O pobre do beija-flor!”

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E foi-se, deixando o ninho,
Sem de leve lhe tocar,
Naquele mesmo lugar
Onde o fez o passarinho.

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E foi-se, deixando o ninho,

Sem de leve lhe tocar,

Naquele mesmo lugar

Onde o fez o passarinho.

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Assim procede o cristão
Que dos seus atos se preza.
E Edméa, a par da beleza,
Tem muito bom coração.

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Assim procede o cristão

Que dos seus atos se preza.

E Edméa, a par da beleza,

Tem muito bom coração.

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o
relógio

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o relógio
(FRANCISCA JÚLIA DA SILVA)

Preso à parede, sozinho lá,


Alvo dos olhos de toda gente,
Minutos e horas, eternamente,
Alma do tempo, batendo está.

Na intimidade de todo lar


Se as alegrias são verdadeiras,
As horas correm, voam ligeiras
Para a ventura não demorar.

Gelam os risos, e quando enfim


Dor ou tristeza nos olhos chora,
Calmo, o relógio para e demora,
A hora parece que não tem fim.

23
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Preso à parede, sozinho lá,
Alvo dos olhos de toda gente,
Minutos e horas, eternamente,
Alma do tempo, batendo está.

24
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Preso à parede, sozinho lá,

Alvo dos olhos de toda gente,

Minutos e horas, eternamente,

Alma do tempo, batendo está.

25
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Na intimidade de todo lar
Se as alegrias são verdadeiras,
As horas correm, voam ligeiras
Para a ventura não demorar.

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Na intimidade de todo lar

Se as alegrias são verdadeiras,

As horas correm, voam ligeiras

Para a ventura não demorar.

27
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Gelam os risos, e quando enfim
Dor ou tristeza nos olhos chora,
Calmo, o relógio para e demora,
A hora parece que não tem fim.

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Gelam os risos, e quando enfim

Dor ou tristeza nos olhos chora,

Calmo, o relógio para e demora,

A hora parece que não tem fim.

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a
utilidade
da
chuva

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a utilidade da chuva
(FRANCISCA JÚLIA DA SILVA)

Enquanto a chuva caía


Batendo contra a janela,
À pequenina Arabella
A linda mamãe dizia:

- Esta chuva pertinaz,


Tão grossa, incômoda e espessa,
Talvez a ti te pareça
Que só prejuízos traz.

De fato, às vezes, atrasa


De uma forma impertinente
O serviço dessa gente
Que vive fora de casa.

Tu mesma estás a chorar,


Cheia de raiva e de queixa,
Porque a chuva não te deixa
Ir à rua passear.

Como a viva claridade


Do sol ardente, que brilha,
Esta chuva, minha filha,
Tem a mesma utilidade.

31
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Às plantas que, de calor,
Estão murchando, infelizes,
Ela dá pelas raízes
Vida, frescura e vigor.

Chove há três dias; por isso,


Até onde o olhar se perde
O campo todo está verde,
E as plantas cheias de viço.

Tanto à chuva, que jorrou,


Como ao sol, que os campos doura,
A tudo a Mão criadora
Docemente abençoou.

32
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Enquanto a chuva caía
Batendo contra a janela,
À pequenina Arabella
A linda mamãe dizia:

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Enquanto a chuva caía

Batendo contra a janela,

À pequenina Arabella

A linda mamãe dizia:

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– Esta chuva pertinaz,
Tão grossa, incômoda e espessa,
Talvez a ti te pareça
Que só prejuízos traz.

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– Esta chuva pertinaz,

Tão grossa, incômoda e espessa,

Talvez a ti te pareça

Que só prejuízos traz.

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De fato, às vezes, atrasa
De uma forma impertinente
O serviço dessa gente
Que vive fora de casa.

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De fato, às vezes, atrasa

De uma forma impertinente

O serviço dessa gente

Que vive fora de casa.

38
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Tu mesma estás a chorar,
Cheia de raiva e de queixa,
Porque a chuva não te deixa
Ir à rua passear.

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Tu mesma estás a chorar,

Cheia de raiva e de queixa,

Porque a chuva não te deixa

Ir à rua passear.

40
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Como a viva claridade
Do sol ardente, que brilha,
Esta chuva, minha filha,
Tem a mesma utilidade.

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Como a viva claridade

Do sol ardente, que brilha,

Esta chuva, minha filha,

Tem a mesma utilidade.

42
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Às plantas que, de calor,
Estão murchando, infelizes,
Ela dá pelas raízes
Vida, frescura e vigor.

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Às plantas que, de calor,

Estão murchando, infelizes,

Ela dá pelas raízes

Vida, frescura e vigor.

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Chove há três dias; por isso,
Até onde o olhar se perde
O campo todo está verde,
E as plantas cheias de viço.

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Chove há três dias; por isso,

Até onde o olhar se perde

O campo todo está verde,

E as plantas cheias de viço.

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Tanto à chuva, que jorrou,
Como ao sol, que os campos doura,
A tudo a Mão criadora
Docemente abençoou.

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Tanto à chuva, que jorrou,

Como ao sol, que os campos doura,

A tudo a Mão criadora

Docemente abençoou.

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o
remédio

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o remédio
(OLAVO BILAC)

A Amelinha está doente,


Chora, tem febre, delira;
Em casa, está toda gente
Aflita, e geme, e suspira.

Chega o médico e a examina.


Tocando a fronte abrasada,
E o pulso da pequenina,
Diz alegre: “Não é nada!

Vou lhe dar uma receita.


Amanhã, o mais tardar,
Já de saúde perfeita
Há de sorrir e brincar.”

Vem o remédio. Amelinha


Grita, faz manha, esperneia:
“Não quero!”
O pai se avizinha,
Mostrando-lhe a colher cheia:

50
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“Toma o remédio, querida!
Dar-te-ei como recompensa,
uma boneca vestida
De seda e rendas, imensa…”

- “Não quero!”
Chega a titia:
“Amélia é boa, não é?
Se fosse boa, teria
Toda uma arca de Noé…”

- “Não quero!”
Prometem tudo:
Livros de figuras cheios,
Um vestido de veludo,
Brinquedos, joias, passeios…

Teima Amelinha. Faz manha.


E diz o pai, já com tédio:
- “Menina! você apanha,
Se não toma este remédio!”

E nada! a menina grita,


Sem querer obedecer.
Mas nisto, a mamãe aflita,
Põe-se a chorar e a gemer.

51
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Logo Amelinha, calada,
Mansa, a colher segurando,
Sem já se queixar de nada,
Vai o remédio tomando.

- “Então? mau gosto sentiste?”


Diz o pai… E ela, apressada:
– “Para não ver mamãe triste,
Não sinto mau gosto em nada!”

52
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A Amelinha está doente,
Chora, tem febre, delira;
Em casa, está toda gente
Aflita, e geme, e suspira.

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A Amelinha está doente,

Chora, tem febre, delira;

Em casa, está toda gente

Aflita, e geme, e suspira.

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Chega o médico e a examina.
Tocando a fronte abrasada,
E o pulso da pequenina,
Diz alegre: “Não é nada!

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Chega o médico e a examina.

Tocando a fronte abrasada,

E o pulso da pequenina,

Diz alegre: “Não é nada!

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Vou lhe dar uma receita.
Amanhã, o mais tardar,
Já de saúde perfeita,
Há de sorrir e brincar.”

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Vou lhe dar uma receita.

Amanhã, o mais tardar,

Já de saúde perfeita,

Há de sorrir e brincar.”

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Vem o remédio. Amelinha
Grita, faz manha, esperneia:
“Não quero!”
O pai se avizinha,
Mostrando-lhe a colher cheia:

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Vem o remédio. Amelinha

Grita, faz manha, esperneia:

“Não quero!”

O pai se avizinha,

Mostrando-lhe a colher cheia:

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“Toma o remédio, querida!
Dar-te-ei como recompensa,
uma boneca vestida
De seda e rendas, imensa…”

61
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“Toma o remédio, querida!

Dar-te-ei como recompensa,

uma boneca vestida

De seda e rendas, imensa…”

62
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— “Não quero!”
Chega a titia:
“Amélia é boa, não é?
Se fosse boa, teria
Toda uma arca de Noé…”

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— “Não quero!”

Chega a titia:

“Amélia é boa, não é?

Se fosse boa, teria

Toda uma arca de Noé…”

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— “Não quero!”
Prometem tudo:
Livros de figuras cheios,
Um vestido de veludo,
Brinquedos, joias, passeios…

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— “Não quero!”

Prometem tudo:

Livros de figuras cheios,

Um vestido de veludo,

Brinquedos, joias, passeios…

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Teima Amelinha. Faz manha.
E diz o pai, já com tédio:
— “Menina! você apanha,
Se não toma este remédio!”

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Teima Amelinha. Faz manha.

E diz o pai, já com tédio:

— “Menina! você apanha,

Se não toma este remédio!”

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E nada! a menina grita,
Sem querer obedecer.
Mas nisto, a mamãe aflita,
Põe-se a chorar e a gemer.

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E nada! a menina grita,

Sem querer obedecer.

Mas nisto, a mamãe aflita,

Põe-se a chorar e a gemer.

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Logo Amelinha, calada,
Mansa, a colher segurando,
Sem já se queixar de nada,
Vai o remédio tomando.

71
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Logo Amelinha, calada,

Mansa, a colher segurando,

Sem já se queixar de nada,

Vai o remédio tomando.

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—“Então? mau gosto sentiste?”
Diz o pai… E ela, apressada:
— “Para não ver mamãe triste,
Não sinto mau gosto em nada!”

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—“Então? mau gosto sentiste?”

Diz o pai… E ela, apressada:

— “Para não ver mamãe triste,

Não sinto mau gosto em nada!”

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a
boneca

75
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a boneca
(OLAVO BILAC)

Deixando a bola e a peteca,


Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.

Dizia a primeira: “É minha!”


— “É minha!” a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.

Quem mais sofria (coitada!)


Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.

Tanto puxavam por ela,


Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.

E, ao fim de tanta fadiga,


Voltando à bola e à peteca,
Ambas por causa da briga,
Ficaram sem a boneca...

76
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Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.

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Deixando a bola e a peteca,

Com que inda há pouco brincavam,

Por causa de uma boneca,

Duas meninas brigavam.

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Dizia a primeira: “É minha!”
— “É minha!” a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.

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Dizia a primeira: “É minha!”

— “É minha!” a outra gritava;

E nenhuma se continha,

Nem a boneca largava.

80
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Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.

81
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Quem mais sofria (coitada!)

Era a boneca. Já tinha

Toda a roupa estraçalhada,

E amarrotada a carinha.

82
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Tanto puxavam por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.

83
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Tanto puxavam por ela,

Que a pobre rasgou-se ao meio,

Perdendo a estopa amarela

Que lhe formava o recheio.

84
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E, ao fim de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas por causa da briga,
Ficaram sem a boneca...

85
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E, ao fim de tanta fadiga,

Voltando à bola e à peteca,

Ambas por causa da briga,

Ficaram sem a boneca...

86
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a
formiga

87
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a formiga
(OLAVO BILAC)

Cautelosas e prudentes,
O caminho atravessando,
As formigas diligentes
Vão andando, vão andando...

Marcham em filas cerradas;


Não se separam; espiam
De um lado e de outro, assustadas,
E das pedras se desviam.

Entre os calhaus vão abrindo


Caminho estreito e seguro,
Aqui, ladeiras subindo,
Acolá, galgando um muro.

Esta carrega a migalha;


Outra, com passo discreto,
Leva um pedaço de palha;
Outra, uma pata de inseto.

Carrega cada formiga


Aquilo que achou na estrada;
E nenhuma se fatiga,
Nenhuma para cansada.

88
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Vede! enquanto negligentes
‘Stão as cigarras cantando,
Vão as formigas prudentes
Trabalhando e armazenando.

Também quando chega o frio,


E todo o fruto consome,
A formiga, que no estio
Trabalha, não sofre fome...

Recorde-vos todo o dia


Das lições da Natureza:
O trabalho e a economia
São as bases da riqueza.

89
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Cautelosas e prudentes,
O caminho atravessando,
As formigas diligentes
Vão andando, vão andando...

90
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Cautelosas e prudentes,

O caminho atravessando,

As formigas diligentes

Vão andando, vão andando...

91
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Marcham em filas cerradas;
Não se separam; espiam
De um lado e de outro, assustadas,
E das pedras se desviam.

92
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Marcham em filas cerradas;

Não se separam; espiam

De um lado e de outro, assustadas,

E das pedras se desviam.

93
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Entre os calhaus vão abrindo
Caminho estreito e seguro,
Aqui, ladeiras subindo,
Acolá, galgando um muro.

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Entre os calhaus vão abrindo

Caminho estreito e seguro,

Aqui, ladeiras subindo,

Acolá, galgando um muro.

95
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Esta carrega a migalha;
Outra, com passo discreto,
Leva um pedaço de palha;
Outra, uma pata de inseto.

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Esta carrega a migalha;

Outra, com passo discreto,

Leva um pedaço de palha;

Outra, uma pata de inseto.

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Carrega cada formiga
Aquilo que achou na estrada;
E nenhuma se fatiga,
Nenhuma para cansada.

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Carrega cada formiga

Aquilo que achou na estrada;

E nenhuma se fatiga,

Nenhuma para cansada.

99
Material de uso exclusivo de j.gulartefeijo@gmail.com; pedido: 13411.
Vede! enquanto negligentes
‘Stão as cigarras cantando,
Vão as formigas prudentes
Trabalhando e armazenando.

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Vede! enquanto negligentes

‘Stão as cigarras cantando,

Vão as formigas prudentes

Trabalhando e armazenando.

101
Material de uso exclusivo de j.gulartefeijo@gmail.com; pedido: 13411.
Também quando chega o frio,
E todo o fruto consome,
A formiga, que no estio
Trabalha, não sofre fome...

102
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Também quando chega o frio,

E todo o fruto consome,

A formiga, que no estio

Trabalha, não sofre fome...

103
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Recorde-vos todo o dia
Das lições da Natureza:
O trabalho e a economia
São as bases da riqueza.

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Recorde-vos todo o dia

Das lições da Natureza:

O trabalho e a economia

São as bases da riqueza.

105
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