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Anatomia- Teórico

Posição anatómica:

➢ Corpo na posição ereta.


➢ Cabeça e olhos voltados para o observador.
➢ Pés assentes no chão, unidos e voltados para observador.
➢ Braços colocados lateralmente ao tronco e as palmas da mão voltadas para o
observador.

Prono/ decúbito ventral- corpo voltado com a face para baixo (de ventre).

Supino/ decúbito dorsal- corpo voltado com a face para cima (de costas)

Plano anatómico: superfície plana imaginária que atravessa o corpo


na posição anatómica.

PLANOS SAGITAIS - dividem o corpo verticalmente em partes


direita e esquerda PLANO SAGITAL MEDIANO - divide o corpo ou
órgão verticalmente em duas partes (direita e esquerda) iguais.

PLANOS CORONAIS - dividem o corpo verticalmente em partes


anterior e posterior.

PLANOS TRANSVERSAIS (AXIAIS ou (HORIZONTAIS) - dividem o


corpo horizontalmente em partes superior e inferior.

Termos direcionais:

Superficial- mais próximo da superfície do corpo

Profundo: mais afastado da superfície do corpo

Cavidades e Membranas do corpo Humano

Cavidades do corpo - espaços dentro do corpo que ajudam a proteger, separar e suportar os órgãos internos.

Membranas - camadas finas de tecidos epitelial e conjuntivo que delimitam as cavidades do corpo (serosas) e cobrem
ou separam certas regiões, estruturas ou órgãos (mucosas e sinoviais).
Cavidade dorsal

1. Cavidade cranial - formada pelos ossos do crânio e contém o cérebro.

2. Canal vertebral - formado pelas vértebras e contém a espinal medula.

Membranas: MENINGES

Cavidade ventral

1. Cavidade torácica - circundada pelas costelas, músculos do peito, esterno e vértebras torácicas, separada
inferiormente da CAP pelo diafragma.

1.1. Cavidade pericárdica - espaço que circunda o coração.

1.2. Cavidades pleurais - espaços que circundam os pulmões.

1.3. Mediastino - espaço entre as cavidades pleurais que se estende desde o esterno à coluna vertebral e desde o
pescoço ao diafragma.

Mediastino

É uma das partes da cavidade torácica;

• Situa-se entre as regiões pleuropulmonares;

• Divide-se em:

– Mediastino superior;

– Mediastino inferior: • anterior; • médio; • posterior.

2. Cavidade abdominopélvica - estende-se desde o diafragma até à virilha e é circundada pela parede abdominal e
músculos e ossos da pélvis.

2.1.Cavidade abdominal - porção superior da CAP.

2.2.Cavidade pélvica - porção inferior da CAP.

Membranas: (ver membranas serosas)

- Peritonieu

- Mesentério

Orgãos da cavidade ventral


Cavidade torácica Cavidade abdominal Cavidade pélvica
Pulmões Estômago Bexiga
Traqueia Intestino delgado Orgãos reprodutivos internos
Coração Fígado Porções do intestino grosso
Timo Maior parte do intestino
Esófago grosso
Vasos sanguíneos Baço
Vesícula biliar
Pâncreas
Rins
Membranas serosas: membranas que cobrem os órgãos das cavidades torácica e abdominal, assim como revestem as
paredes do tórax e abdómen.

Constituição:

Camada parietal: reveste as paredes das cavidades;

Camada visceral: cobre e adere os órgãos;

Líquido seroso: reduz a fricção entre as 2 camadas.

1. PLEURA: membrana serosa das cavidades pleurais.

2. PERICÁRDIO: membrana serosa da cavidade pericárdica.

3. PERITONEU: membrana serosa da cavidade abdominal (rins, duodeno, pâncreas e supra-renais são retroperitoniais).

1 Pleuras
• Pleura Parietal

• Pleura Visceral

• Entre as pleuras existe:

-Cavidade pleura

-Líquido pleural

• Mediastino: separa as cavidades pleurais

2 Peritonieu e Mesentérios
O peritoneu é uma membrana serosa constituída por duas camadas:

-Visceral: Cobre as vísceras

-Parietal: Cobre a parede abdominal.

-Os órgãos que estão em contacto com a parede abdominal são considerados retroperitoneais: duodeno, pâncreas,
cólon ascendente e descendente, recto, rins, glândulas supra-renais e bexiga.

O mesentério é constituído por duas camadas de peritoneu divididas por uma


camada de tecido conjuntivo permitindo a passagem de nervos e vasos para os
órgãos.

-Omento menor: Liga a pequena curvatura do estômago e a primeira porção do


duodeno ao fígado e ao diafragma.

-Omento maior: Liga a grande curvatura do estômago ao cólon transverso.


Divisão do abdómen em quadrantes:
– Plano mediano • Hipocôndrio direito – Vesícula, parte do fígado e parte do rim
dto.
– Plano transverso através do umbigo (L3-L4)
• Epigastro – Parte do fígado, estômago, pâncreas e duodeno
– Quadrante superior direito
• Hipocôndrio esquerdo – Baço, ângulo esplénico do cólon,
– Quadrante superior esquerdo
parte do rim esq. e parte do intestino delgado
– Quadrante inferior direito
• Flanco direito – Cego, cólon ascendente, ângulo hepático,
– Quadrante inferior esquerdo parte do rim dto e intestino delgado

Regiões do abdómen: • Umbilical – Jejuno, ílio, parte do duodeno, cólon, rins e


maioria dos grandes vasos abdominais

• Flanco esquerdo – Cólon descendente, parte do rim esquerdo


e intestino delgado

• Inguinal (ilíaca) direita – Apêndice, parte do cego e intestino


delgado

• Hipogastro – Bexiga, parte do intestino delgado e parte do


cólon sigmóide

• Inguinal (ilíaca) esquerda – Parte do intestino delgado, cólon


descendente e cólon sigmóide

Sistema esquelético
Componentes:

➢ Ossos (206 num adulto); são estruturas vivas e dinâmicas e desempenham uma variedade de funções no corpo
humano
➢ Articulações
➢ Cartilagens

Funções
• Suporta e protege o corpo
• Participa na movimentação
Produz elementos sanguíneos (eritrócitos, leucócitos, plaquetas) Armazena
minerais (cálcio e fósforo
• Conhecidos pela sua força e capacidade de regeneração ao longo da vida,
os ossos permanecem muito tempo depois da morte do indivíduo.

• O esqueleto muda consoante o sexo (p.ex: pélvis), idade, etnia…
• Cada indivíduo tem a sua conformação de seios perinasais
• • Inicialmente o esqueleto é formado por cartilagem
Cartilagens:
Inicialmente o esqueleto é constituído por cartilagens e membranas fibrosas

• Gradualmente as cartilagens do esqueleto vão sendo substituídas pelo osso


• Na idade adulta o esqueleto fica praticamente todo ossificado

• Só algumas cartilagens permanecem no esqueleto adulto (p.ex nariz, orelhas, costelas, laringe, traqueia e brônquios)

Classificação dos ossos:


• Os ossos variam na forma e no tamanho

• A forma única de cada osso destina-se a uma necessidade particular e específica

• Os ossos classificam-se pela sua forma em longos, curtos, planos(achatados), irregulares e sesamóides

• Os ossos diferem na distribuição de tecido ósseo compacto (+ resistente) e esponjoso (trabéculas, lacunas- fazem
com que os ossos não sejam tão pesados).

Ossos longos Ossos curtos Ossos Ossos irregulares Ossos sesamóides


planos/achatados
-Os ossos longos -Os ossos curtos são -Os ossos planos Os ossos irregulares não -Forma parecida com sementes de
possuem um corpo quase cúbicos são finos, se enquadram nas sésamo
longo e duas -Possuem uma fina achatados e categorias anteriores -São ossos que não contam para os
extremidades camada de osso usualmente curvos pois: -Formas 206
- Nem toda a gente tem
distintas compacto -Duas camadas complexas -Consiste
-Variam de localização
-A classificação é envolvendo uma paralelas de osso em osso esponjoso com - desenvolvem-se no meio de
baseada na forma e massa de osso compacto e uma uma fina camada de tendões e articulações
não no tamanho esponjoso camada de osso osso compacto Ex:Rótula(pertence aos 206, é
-Osso compacto no Ex: ossos do carpo e esponjoso entre Ex: ossos da bacia, grande e está sempre no mesmo
exterior com osso tarso elas vértebras, omoplata, sítio)
esponjoso e Ex: Ossos crânio, esfenoide, ét 5moide -Desenvolve-se junto ao tendão
medula óssea no esterno e costelas rotuliano e à articulação do joelho~
interior Ossos crânio, - Tem um papel importante no
Ex: fémur, falanges, esterno e costelas afastamento do tendão da região
articular (dando uma maior
tíbia, rádio,
establilidade e dinâmica.
clavícula

Componentes de um osso longo:

Diáfise

• A diáfise (tubular) é a porção longa do osso

• “Colar” de osso compacto que envolve uma cavidade central de medula


vermelha

• No adulto esta cavidade contém também gordura

Epífises

• As epífises são as extremidades dos ossos

– Epífise Proximal

– Epífise Distal

• A superfície articular das epífises estão cobertas por cartilagem


Placas epifisárias

• Constituída por cartilagem hialina


• Localizadas entre a epífise e a diáfise
• O crescimento ósseo em comprimento ocorre na placa epifisária
• Quando o crescimento para a placa ossifica

Membranas:

• Periósteo- recobre a superfície externa do osso


– Contém fibras nervosas e vasos sanguíneos e linfáticos
• Endósteo- recobre as superfícies internas do osso

Processo de ossificação:

Osso curto: do centro para a periferia

Osso longo:

Esqueleto axial Esqueleto


apendicular
Cabeça Membros inferiores
Coluna e superiores
Costelas externas -Responsáveis pelo
- Parte óssea do movimento e
esqueleto locomoção
OSSOS DO CRÂNIO E FACE

CRÂNIO (8)

- Frontal (1)

- Parietais (2)

- Temporais (2)

- Occipital (1)

- Esfenóide (1)

- Etmóide (1) 2)

OSSOS DA FACE (14)

-Nasais (2)

-Maxilares (2)

-Lacrimais (2) (dentro da orbita)

-Palatinos (2) (forma o céu da boca-palato)

-Zigomáticos (malares) (2)

Conchas nasais (2) (conchas nasais inferiores)

-Mandíbula (1) (Único que se move)

-Vómer (1) (osso delgado e longo)

• As conchas nasais superiores e médias fazem parte do etmóide

Suturas:

Sutura Coronal: une o frontal com os


parietais;

Sutura Sagital: une os dois parietais na


parte superior do crânio;

Sutura Lambdóide: une os parietais com o


occipital;

Sutura Escamosa: une os parietais com os


temporais na parte lateral do crânio (tem
forma de escama; temporal sobrepõem
parietal)

-sutura frontonasal

-sutura internasal

-suturamaxilozigomática
Ossos suturais:

• São supranumerários (não contam para os 206 ossos)


• Nem todos têm, e nem todos têm os mesmos.
• Formam-se nas linhas suturais.
• tamanho do crânio durante o parto e que o cérebro sofra um crescimento rápido durante a infância.
• Sutura metópica- Divide o frontal em dois, existe nos primeiros meses de vida.

Fontanelas- Espaços entre os ossos do crânio preenchidos por membranas de tecido conjuntivo fibroso, presentes
no recém-nascido, mas que acabarão por se transformar em suturas por ossificação intramembranosa

-Permitem a modificação do tamanho do crânio durante o parto e que o cérebro sofra um crescimento rápido
durante a infância.

• Fontanela Anterior:

-Entre os parietais e o frontal;

• Fontanela Posterior:

-Entre os parietais e o occipital;

• Fontanela Ântero-lateral:

-entre o frontal, o parietal, o temporal e o esfenóide;

• Fontanela Póstero-lateral:
-Entre o parietal, o occipital e o temporal;

Seios Perinasais (SPN)

• Espaços dentro de alguns ossos do crânio, preenchidos por ar, funcionando como extensões da parte
respiratória da cavidade nasal
• É a caixa de ressonância para a nossa voz
• Vão permitir que o crânio seja mais leve
• O ar circula pelos seios

À orifícios que fazem comunicação entre os seios e a cavidade nasal.

Sinusite: Inflamação dos seios perinasais

-ite significa inflamação.


Osso Hioide

Composição: Corpo + Corno menor (2) + Corno maior (2)

• Não se articula com nenhum outro osso.


• Encontra-se suspenso, ligado à apófise estilóide do temporal por ligg. e mm., entre a mandíbula e a laringe.
• Suporta a língua e serve de ponto de inserção de mm. da língua, pescoço e laringe

Cavidade Nasal

• Septo Nasal
• Placa perpendicular do Etmoide
• Vómer
• Cartilagem Septal

A Coluna Vertebral
• 33 vértebras
o 7 cervicais (C)
o 12 torácicas/dorsais (T/D)
o 5 lombares (L)
o 5 sagradas (fundidas) (S)
o 4 coccígeas (Co/Cx)
• Discos intervertebrais
• Buracos intervertebrais

Funções da coluna Vertebral

• Protege a espinhal medula e os nervos raquidianos;


• Suporta o peso do corpo
• Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça
• Exerce um papel importante na postura e locomoção
• Serve de ponto de fixação de costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso
• Proporciona flexibilidade ao corpo, podendo fletir-se para a frente, para trás e para os lados e ainda girar

Curvaturas
Curvaturas tem
• Cervical → Curvatura Secundária haver com a fase
• Torácica → Curvatura Primária embrionária,
• Lombar → Curvatura Secundária devido ao
• Pélvica (sagrada) → Curvatura Primária posicionamento do
o Sacro + cóccix bebé

Normalmente, numa vista posterior a coluna não apresenta curvaturas; quando esta
apresentar→ Escoliose

Curvatura torácica exagerada → Cifose/ Hipercifose (convexa)

Curvatura lombar exagerada → Lordose/ Hiperlordose (côncava)

Estrutura geral de uma vertebra

• Corpo
• Arco vertebral
o Pedículos
o Lâminas
• Buraco vertebral (passa o canal vertebral)
o Apófise espinhosa
o Apófises transversas (2)
o Apófises articulares superiores (2)
o Apófises articulares inferiores (2)
o Incisura vertebral superior
o Incisura Vertebral Inferior
o Buraco intervertebral (passam nervos para fora da coluna)

Vertebras Cervicais

• 7 vértebras
• Vértebra proeminente (C7)
• Buraco transversal (passam as artérias vertebrais)
• Apófise espinhosa bífida (C2-C6)
• C1 não tem apófise espinhosa
• Apófise espinhosa de C7 não é bífida e é maior que as restantes
• Corpo é mais pequeno

Atlas (C1)

• Não tem corpo vertebral


• Massas laterais
o Faceta articular superior
 Articulação com os côndilos do occipital
o Faceta articular inferior
 Articulação com o Axis
• Arco anterior
o Faceta do dente
o Tubérculo anterior
• Arco posterior
o Tubérculo posterior (“parece o início de uma espinha”)

Axis (C2) ▪ Ligamento transverso segura o dente para


• Apófise odontóide (dente) rodar a cabeça.
o Faceta articular anterior ▪ Atlas roda com eixo no dente.
o Faceta articular inferior (ou posterior) ▪ Faceta- só o local
▪ Apófise- Estrutura toda
Vértebras Torácicas

• 12 vértebras
• Articulam com as costelas
• Maiores do que as vértebras cervicais
• Aumentam de tamanho de T1 para T12
• Apófises espinhosas longas, obliquadas para baixo e mais pontudas.
• Facetas articulares para as costelas (cada costela articula com 2 vértebras- Articulação costovertebral)
o Cabeça da costela
 Faceta costal superior
 Faceta costal inferior
o Tubérculo da costela
▪ Faceta costal transversal
Vértebras Lombares

• 5 vértebras
• Vértebras maiores e mais volumosas da coluna vertebral
• Apófises espinhosas mais horizontais e mais robustas
• Apófises articulares superiores dirigem-se medialmente
Permitem movimento da coluna
• Apófise articulares inferiores dirigem-se lateralmente

• Apófise acessória
• Apófise mamilar

Discos Intervertebrais

• Entre C1, C2 e as fundidas não tem discos


• Constituídos por fibrocartilagem
• Interior tem um núcleo mucoso

Sacro

• 5 vértebras sagradas (fundidas no adulto)


• Face dorsal (posterior)
• Face pélvica (anterior)

• Base do sacro
o Apófise articular superior
o Promontório
• Porção lateral
o Face auricular
o Tuberosidade sagrada
• Crista sagrada mediana
o Fusão das apófises espinhosas
• Crista sagrada lateral
• Crista sagrada intermédia
• Canal sagrado
• Apófises articulares superiores
• Linhas transversas
• Buracos pélvicos (buracos sagrados anteriores)
Saída dos nervos
• Buracos dorsais (buracos sagrados posteriores)
• Corno sagrado
• Hiato sagrado
• Ápice do sacro

Cóccix

• 4 vértebras coccígeas fundidas


• Apófises transversas
• Cornos coccígeos

Esqueleto Torácico

• Esterno
• Costelas
• Cartilagens costais
• Vértebras torácicas
Esterno

• Manúbrio
o Incisura jugular
o Incisuras claviculares
o Ângulo esternal
• Corpo
o Incisuras costais
• Apófise xifoide
o Ângulo costal

Costelas (osso longo)

• 12 pares de costelas
o Costelas verdadeiras (7)
o Costelas falsas (3)
▪ Costelas flutuantes (2)
• Cabeça
• Tubérculo costal
• Colo, ângulo, corpo
• Sulco costal
• Espaços intercostais

Cartilagens costais

• Cartilagem que liga as costelas ao esterno

Cintura Escapular e Membro Superior


• Clavícula
• Omoplata
• Úmero
• Rádio
• Cúbito [Ulna]
• Ossos do carpo
• Metacarpianos
• Falanges

Cintura Escapular
• Articulação acrómio- clavicular
• Clavícula • Articulação esterno-costo-clavicular
• Omoplata • Articulação glenoide

Clavícula (Vista superior- forma de S)

• Extremidade esternal (liga-se ao esterno)


• Extremidade acromial (liga-se ao acrómio)

Omoplata (Escápula)

• bordo medial
• bordo lateral
• bordo superior

• ângulo inferior
• ângulo lateral
o cavidade glenóide
• ângulo superior

• face costal
o fossa subescapular
• apófise coracóide

• face dorsal
o espinha da omoplata
o fossa supra-espinhosa
o fossa infra-espinhosa
• acrómio

Úmero

• cabeça do úmero Colo- região mais estreita


• colo anatómico do osso
• colo cirúrgico
• tubérculo maior
• tubérculo menor Servem para inserções musculares
• sulco intertubercular ou goteira bicipital (passa o tendão do bicípite)

• corpo do úmero
o tuberosidade deltoideia (inserção do deltoide)

• côndilo do úmero (parte com cartilagem)


o capítulo (+lateral- rádio (não se vê posteriormente)
o tróclea (+medial- cúbito)
• fossa olecraniana (para o olecrânio)
• fossa coronóide (articula c/ cúbito)
• fossa radial (articula c/rádio)
• epicôndilo medial
• epicôndilo lateral

▪ -Supinação: rádio fica lado a lado com o cúbito II


▪ -Pronação: rádio cruza com o cúbito X

Cúbito (Ulna)

• olecrânio (ponto proximal)


• apófise coronóide (ponto distal)
• incisura troclear (liga-se á tróclea do úmero)
• incisura radial (lateral: liga-se ao rádio)

• corpo do cúbito
o face posterior
o face anterior
o face medial
o bordo interósseo
o bordo posterior
o bordo anterior
• cabeça do cúbito
o circunferência articular (maior)
Revestida por cartilagem
o apófise estilóide (menor)

Rádio

• cabeça do rádio
o circunferência articular
o colo do rádio
• corpo do rádio
o tuberosidade do rádio
o bordo interósseo
o face posterior
o face anterior
o face lateral
o bordo posterior
o bordo anterior
• apófise estilóide (lateral)
• incisura cubital (medial, está em contacto com o cúbito)

▪ Face articular carpiana

Ossos do carpo

• escafóide lateral
• semilunar
Proximais
• piramidal
• pisiforme medial

• trapézio lateral
• trapezoide
Distais
• grande osso
• unciforme – gancho do unciforme medial
Metacarpo e falanges

• Ossos metacarpianos I-V


o base
o corpo
o cabeça
• Ossos dos dedos das mãos
o Falange proximal
o Falange média (só 2º ao 5º dedo)
o Falange distal

o Base da falange
o Corpo da falange
o Cabeça da falange
Cintura pélvica e membro inferior
• Ossos coxais
• Fémur
• Rótula
• Perónio
• Tíbia
• Ossos do tarso
• Metatarsianos I-V
• Falanges

Cintura pélvica

• Os ossos coxais unidos anteriormente na sínfise púbica e posteriormente com o sacro, formam uma
estrutura com a forma de bacia, denominada pelve, que serve de suporte à coluna vertebral e às vísceras
pélvicas
• Cada osso coxal é constituído por 3 ossos que no recém-nascido se encontram unidos por cartilagem:
o ÍLIO (superior)
o PÚBIS (ântero-inferior)
o ISQUIO (póstero-inferior)

Sínfise Púbica

• Articulação entre os dois ossos coxais


• Constituída por fibrocartilagem
• Arco do púbis: convergência dos ramos inferiores do púbis

Acetábulo

• Fossa profunda formada pelo ílio, ísquio e púbis


• Forma a articulação da anca com a cabeça do fémur

Buraco Obturador

• Formado pelo ramo do ísquio e pelo púbis

- Sacro nas mulheres é mais projetado para trás

- Incisura= depressão
Osso Coxal

• Crista ilíaca (tuberosidade ilíaca)


• Asa do ilíaco
• Espinha ilíaca ântero-superior
• Espinha ilíaca ântero-inferior
• Espinha ilíaca póstero-superior
• Espinha ilíaca póstero-inferior
• Acetábulo
• Incisura Isquiática maior
• Incisura Isquiática menor
• Espinha isquiática (ou ciática)
• Ramo do Ísquio
• Ramo inferior do púbis
• Ramo superior do púbis
• Buraco obturador
• Faceta púbica ou faceta auricular

Fémur

• Cabeça do fêmur
• Colo do fêmur (anatômico)
• Trocânter maior
• Trocânter menor
• Linha trocantérica
• Colo cirúrgico- linha imaginária

• Corpo do fêmur
o linha áspera (insere músculos da coxa)
o tuberosidade glútea
o fossa intercondiliana (ligamentos cruzados estão dentro)
• Côndilo medial
o epicôndilo medial
• Côndilo lateral
o Epicôndilo lateral
• Face (superfície) rotuliana (articula com a rótula)

Rotula (Patela) Meniscos- Tipos de Cartilagem


▪ Osso sesamoide
▪ Esta na face rotuliana do fémur
▪ Tem cartilagens atras

• Base da rótula
• Ápice da rótula
• Face articular
• Face anterior

Tíbia

• Face articular superior


• Côndilo medial
• Côndilo lateral
o face articular peronial
• Eminência intercondiliana
o tubérculo intercondiliano medial
o tubérculo intercondiliano lateral
• Corpo da tíbia
• tuberosidade da tíbia (aqui vemos se é a face anterior)
• Maléolo medial
• incisura peronial
• Face articular inferior
• Face articular do maléolo

Osgood Schlatter-quando a rótula sobe e deixa de estar na lace rotuliana

Perónio (fíbula)

• Cabeça do perónio
o face articular da cabeça do perónio
o ápice da cabeça do perónio

• Corpo do perónio

• Maléolo lateral
o face articular do maléolo
o fossa do maléolo lateral

Ossos do Pé

• Arcos plantares
o Arco longitudinal medial
o Arco longitudinal lateral
o Arco transversal

Ossos do Tarso

• Astrágalo (2º maior)


• Calcâneo (maior; no calcanhar)

• Navicular (À frente do Astragalo)


• Cubóide (À frente do calcâneo)
• Cuneiforme medial
• Cuneiforme intermédio À frente do navicular
• Cuneiforme lateral

Metatarso e falanges

• Ossos metatarsianos I-V


o base
o corpo
o cabeça
• Ossos dos dedos dos pés
o Falange proximal
o Falange média
o Falange distal
o Base da falange
o Corpo da falange
o Cabeça da falange
o Ossos sesamóides

Articulações
• Ligações entre dois ossos - pode movimentar-se ou não
• Ligamentos são componentes das articulações

Termos de Movimento (costumam estar em pares)

• FLEXÃO: diminuição do ângulo formado pelos ossos


• EXTENSÃO: aumento do ângulo formado pelos ossos

• ABDUÇÃO: afastamento de um osso relativamente à linha média do corpo, geralmente no plano frontal
• ADUÇÃO: aproximação de um osso à linha média do corpo, geralmente no plano frontal
• CIRCUNDUÇÃO: sucessão de movimentos de flexão, abdução, extensão e adução, na qual a extremidade de
uma parte do corpo se move em círculos

• INVERSÃO: movimento medial das plantas dos pés


• EVERSÃO: movimento lateral das plantas dos pés

• FLEXÃO DORSAL: dobrar o pé na direção da parte superior (dorso do pé) – Flexão do pé


• FLEXÃO PLANTAR: dobrar o pé na direção parte inferior (planta do pé)- Extensão do pé

• PRONAÇÃO: movimento do antebraço que coloca a palma da mão na parte posterior ou inferior (cruza rádio)
• SUPINAÇÃO: movimento do antebraço que coloca a palma da mão na parte anterior ou superior

• ELEVAÇÃO: movimento superior de uma parte do corpo (ex: fechar a boca, art.temporomandibular)
• DEPRESSÃO: movimento inferior de uma parte do corpo (ex: abrir a boca)

• PROTRACÇÃO: movimento anterior de uma parte do corpo no plano transversal (ex: projectar a mandíbula
anteriormente)
• RETRACÇÃO: movimento posterior de uma parte do corpo no plano transversal

• ROTAÇÃO: Um osso roda em torno do próprio eixo


o Lateral
o Medial
imóvel

semimóvel

movel

Rádio/cúbito:

• Articulação Sinovial-cabeça do rádio + Incisura radial


• Articulação Fibrosa- membrana interóssea entre os 2
• Articulação Cartilaginosa- parte distal de ambos

Articulações Fibrosas

• Gonfose (Anfiartrose)
o Ligação do dente ao osso
• Suturas (1º-anfiartrose; 2º sinartrose)
o Sinostose=fusão de 2 ossos (ex.: ossos do crânio)
• Sindesmoses (Anfiartroses)
o Entre 2 ossos, existe uma membrana (ex.: Rádio/cúbito; Tibia/perónio)
Articulações Cartilaginosas

• Sínfise
o Ex.: sínfise púbica; entre as vértebras
o Normalmente são discos
• Sincondrose
o Cartilagem hialina das placas epifisárias
o Quando osso fundo chama-se Sinostose- passa a ser linha epifisária

Articulações Sinoviais

Estrutura

• Ossos revestidos por cartilagem articular (hialina e ocasionalmente fibrocartilagem) que reduz a fricção e
absorve os choques.
• Cápsula articular: circunda a articulação; encerra a cavidade sinovial; une os ossos; composta por uma
cápsula externa fibrosa e uma membrana sinovial interna. (no interior da membrana sinovial tem líquido
sinovial)
• Membrana fibrosa: tecido conjuntivo denso irregular; liga-se ao periósteo dos ossos;
o Flexível - permite movimentos consideráveis;
o Resistência - evita que os ossos se desloquem.
• Ligamentos- feixes de fibras dispostas paralelamente (> resistência)
• Membrana sinovial: tecido conjuntivo laxo c/ fibras elásticas; por vezes acumula tecido adiposo;
• Líquido sinovial:
o fluido secretado pela membrana sinovial;
o recobre as superfícies no interior da cápsula articular;
o constituído por ácido hialurónico e líquido intersticial;
o reduz a fricção
o fornece nutrientes e remove desperdícios;
o contém células fagocíticas;
o a movimentação reduz a sua viscosidade.
• Ligamentos acessórios (melhor exemplo- articulação do joelho):
o Extracapsulares: localizados no exterior da cápsula articular
▪ Ex: ligg. colaterais (peronial e tibial) do joelho.
o Intracapsulares: localizados no interior da cápsula articular, mas não estão incluídos na cavidade
sinovial;
▪ Ex: ligg. cruzados anterior e posterior do joelho.

• Discos articulares (meniscos):


o almofadas de fibrocartilagem localizadas entre as superfícies articulares que se encontram ligadas à
cápsula fibrosa;
o permitem um encaixe mais forte dos ossos
o ajudam a manter a estabilidade da articulação;
o direcionam o líquido sinovial para áreas de maior fricção.

• Irrigação sanguínea e nervosa:


o nervos que inervam os músculos que movimentam a articulação
o ramos de artérias e veias vizinhas à articulação sinovial;
o as superfícies articulares são alimentadas pelo líquido sinovial, todos os outros tecidos são
alimentados pelos capilares.
Membro Superior tem todo o tipo de articulações sinoviais.

Articulações Sinoviais

• Plana
o Só deslizam
o Superfícies articulares são planas
o Ex.: Ossos do tarso/carpo; Vértebras (entre as apófises)
• Trocleartrose
o Só abre e fecha
o Só frente e trás
o Ex.: tróclea do úmero e a incisura troclear do cubito; falanges (articulações interfalangicas)

• Trocoide
o Desliza sobre o próprio eixo
o Anel de ligamentos que estabiliza a articulação
o Ex.: dente do áxis, rádio e a incisura radial do cubito (ligamento anular)
• Condilartroses
o Normalmente é um côndilo e uma cavidade com a forma inversa desse côndilo
o Ex.: escafoide e semilunar com a face articular radial; occipital (côndilos) e o atlas; cabeça dos
metacarpos e falanges (articulação metacarpofalangicas)
• Sela
o Movimentos de grande amplitude
o Ex.: ossos do carpo e metacarpos (trapézio e metacarpo proximal)
• Enartrose
o Esfera (cabeça de um osso) e o sítio redondo onde articula
o Quanto mais envolver a cabeça do osso, mais limitado é o movimento
o Fazem movimentos quase todos
o Ex.: Cabeça do úmero e cavidade glenoide; Acetábulo e cabeça do fémur.

Luxação- Deslocação do Osso

- Faça as devidas correspondências (a cada letra pode corresponder mais do que uma articulação)

1. atlanto-occipital (a) plana

2. intervertebral (corpos) A. Articulação fibrosa (b) trocleartrose

3. coxo-femural (anca) B. Articulação cartilaginosa (c) sindesmose

4. esterno-clavicular C. Articulação sinovial (d) enartrose

5. Carpometacarpica (1º dedo) (e) sínfise

6. radio-cubital proximal 1. __C__ /___g__ (f) sela

7. radio-carpica 2. __B___ /__e___ (g) condilartrose

8. radio-cubital 3. __C___ /___d__ (h) trocoide

9. gleno-umeral (ombro) 4. __B___ /___e__ (i) sincondrose

10. cotovelo 5. __C___ /__f___ (j) sutura

6. __C___ /__h___

7. __C___ /___g__

8. __B___ /___i__

9. ___C__ /__d___

10. __C__ /___b__

Músculos
MIOLOGIA: ciência que estuda os músculos

• Cada músculo é composto por:


o Tecido muscular;
o Tecido conjuntivo;
o Tecido nervoso.

Funções principais dos músculos:

• Movimento: a contração dos músculos auxilia o movimento; não só na nossa locomoção como também no
movimento de fluidos corporais (sangue e linfa);
• Produção de calor: as fibras musculares estão em constante atividade, assim, os músculos são a principal
fonte de calor do nosso corpo;
• Postura e sustentação do corpo
• Respiração: é pela ação muscular que as dimensões da caixa torácica se alteram e com isso criam pressões
diferentes e faz com que o ar seja inspirado ou expirado dos pulmões.
• Comunicação: conjunto de músculos que temos na faringe e na laringe, na região da boca e da língua que
produz os sons
• Contrição de vasos e órgão: os vasos sanguíneos têm mecanismos de vasoconstrição, isso só é possível
porque as paredes dos vasos têm músculos que permite que se contraia, assim como o órgão
• Batimento cardíaco: têm tecido muscular cardíaco que contrai para existir sístole

Tipos de tecido

• Tecido muscular liso


• Tecido muscular cardíaco
• Tecido muscula esquelético

Propriedades do tecido muscular

• Irritabilidade: o tecido muscular é sensível aos estímulos, aos impulsos nervosos;


• Contractilidade: o tecido muscular responde aos estímulos contraindo-se longitudinalmente ou encurtando-
se;
• Extensibilidade: quando o estímulo diminui e as fibras musculares estão relaxadas, elas podem ser estiradas
até mesmo além do seu tamanho de repouso pela contração de um músculo antagonista;
• Elasticidade: as fibras musculares, após terem sido estiradas, tendem a recuar ao seu tamanho original de
repouso.

Estrutura dos músculos esqueléticos:

• Tendão: é composto por tecido conjuntivo denso e tem por função unir o músculo ao periósteo de um osso;
• Músculo: composto por vários fascículos e é envolvido pelo epimísio;
• Fascículo: conjunto de fibras musculares envolvidas por uma bainha de tecido conjuntivo, o perimísio;
• Fibra muscular: células do tecido muscular; cada fibra é envolvida por uma bainha de tecido conjuntivo, o
endomísio;

Estrutura dos músculos esqueléticos:

Fáscias:

• Fáscia superficial (fora) : camada de tecido conjuntivo que dá suporte á pele e une a pele às estruturas
subjacentes; é rica em tecido adiposo; (Envolve todos os músculos com uma)
• Fáscia profunda: (dentro) camada de tecido conjuntivo que passa profundamente e que dá sustentação aos
vasos e nervos. (passa entre os músculos)

Arquitetura muscular (organização das fibras musculares):

• Paralelos: as fibras musculares estão dispostas paralelamente ao maior eixo do músculo; estes músculos
podem diminuir muito o seu comprimento quando contraídos;
• Concêntricos ou Esfíncter: as fibras musculares estão dispostas em torno de uma abertura; Ex.: Entre o
estomago e o duodeno; ílio e colon
• Convergentes: as fibras musculares encontram-se orientadas em forma de leque; ex. fibras convergem para
um ponto.

• Peniformes ou Penados: as fibras musculares estão dispostas obliquamente a um tendão central que
percorre o músculo
o Bipeniforme: músculo que tem feixes dos dois lados do tendão ;
o Semipeniforme: músculo que só tem feixes de um dos lados do tendão;
o Multipeniforme: músculo cujos feixes se dispõem em muitos locais em torno do tendão central
• Digástrico: 2 ventres musculares em sequência
• Bicipital: 2 ventres musculares lado a lado, 1 tendão que se divide em 2 ventres e em 2 tendões
• Tricipital: 3 ventres musculares
• Quadricipital: 4 ventres musculares

3 flexores: Braquial; bicípite, braquiorradial

1 extensor: tricípite; ancóneos (extensores do cotovelo)

Classificação funcional dos músculos:

• Agonistas: quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento;


• Antagonistas: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista;
• Sinergistas: ajudam os agonistas; Ex.: Agonista- bicípite; Sinergista- braquiorradial, branquial
• Fixadores: fixam articulações e dão-lhes flexibilidade. Ex.: Ancóneo

➢ A extremidade menos móvel de um músculo é a origem;


➢ A extremidade mais móvel de um músculo é a inserção

Os músculos designam-se de acordo com:

• Forma; (bicipital-2 cabeças)


• Inserções; (braquiorradial)
• Localização; reto do abdómen)
• Tamanho; (grande peitoral; pequeno peitoral)
• Orientação dos feixes; (obliquo externo do abdómen; reto do abdómen)
• Função (pronadores; extensores; elevador da omoplata)
Principais articulações sinoviais

Articulação do joelho

• Tróclea-bicôndilo-meniscartrose
o Formada pelo fémur, tíbia e rótula
o Superfícies articulares
▪ Tróclea femural + face posterior da rótula
▪ Côndilos femurais+ pratos tibiais
o Os ossos da articulação do joelho são unidos pela cápsula articular e por ligamentos:
• Ligamento Rotuliano (Anterior) - porção central do tendão do quadricípete femural que se prolonga da
rótula até à tuberosidade anterior da tíbia.
• Ligamentos posteriores
o Ligamento Popliteu Oblíquo
o Ligamento Popliteu Arqueado
• Ligamento Lateral Tibial - Insere-se no côndilo interno do fémur e na tuberosidade interna da tíbia. É
intimamente aderente ao menisco interno.
• Ligamento Lateral Peroneal - inserido no côndilo externo do fémur e na cabeça do perónio. Não se insere no
menisco externo.
• Ligamento Cruzado Anterior (LCA) -porção anterior da eminência da tíbia e face interna do côndilo externo
do fémur.
o Impede o movimento de deslizamento anterior da tíbia ou deslizamento posterior do fémur
(Movimento de gaveta anterior), além da hiperextensão do joelho.
• Ligamento Cruzado Posterior (LCP) – porção posterior da eminência da tíbia e na extremidade posterior do
menisco externo e do côndilo interno do fémur.
o É estirado durante a flexão da articulação joelho. Impede o movimento de deslizamento posterior da
tíbia ou o deslocamento anterior do fémur (Movimento de gaveta posterior).
• Além dos ligamentos, o joelho possui também outra estrutura importantíssima na sua estabilização,
biomecânica e absorção de impactos: os meniscos interno e externo.
o Lâminas fibrocartilagíneas que aprofundam as superfícies articulares (pratos tibiais) da tíbia.
• Sinovial – muito extensa, é a mais complexa de todas as sinoviais. supra-meniscal e infra-meniscal.
• Bolsas sinoviais: bolsas supra, pré e infra-rotuliana e bolsa da pata de ganso
• Movimentos – flexão/extensão
Articulação coxo-femoral
• Enartrose
o Superfícies articulares: cabeça do fémur e a acetábulo.
• Cápsula Articular - mais espessa nas regiões proximal e anterior da articulação, onde se requer maior
resistência.
• Ligamento Iliofemoral - bastante resistente, anterior à articulação. Prolonga-se da espinha ilíaca ântero-
inferior e termina em dois feixes, com inserção no pequeno e grande trocânter
• Ligamento Pubofemoral - Insere-se no ramo superior da púbis; distalmente, insere-se no pequeno trocânter
(é ântero-inferior)
• Ligamento Isquiofemoral - feixe triangular de fibras resistentes, que nasce na porção inferior do rebordo
acetabular e funde-se com a cápsula no grande trocânter (é póstero-superior).
• Ligamento Redondo - É um feixe triangular, que se insere na cabeça do fémur e na cavidade do acetábulo.
• Debrum Acetabular - É uma estrutura fibrocartilagínea inserida na margem do acetábulo, tornando assim
mais profunda essa cavidade. circunda a cabeça do fémur e auxilia na manutenção da estabilidade articular.
• Forma várias bolsas serosas profundamente aos músculos e tendões periarticulares:
o Bolsa ilio-pectínea (ou bolsa do psoas-ilíaco)
o Bolsa trocantérica
o Bolsa dos músculos glúteos
o Bolsa do obturador interno
o Bolsa do obturador externo
o Bolsa do quadrado crural
o Bolsa do piramidal
• Movimentos: Flexão, extensão, abdução, adução, circundação, rotação interna e externa.
Articulação do Ombro

Articulação Gleno-umeral

• Classificada como uma enartrose. As faces articulares são a cabeça hemisférica do úmero (convexa) e a
cavidade glenóide da escápula (côncava).
• A articulação gleno-umeral é formada pelas seguintes estruturas:
o Cápsula Articular
o Ligamentos ativos: músculos da coifa dos rotadores
o Ligamentos passivos:
▪ Ligamento Córaco-umeral - Insere-se na apófise coracóide e ao nível do úmero no tubérculo
maior e menor
• Ligamentos Glenoumerais - entre o debrum glenoideu e o tubérculo menor e colo cirúrgico do úmero:
Ligamento Glenoumeral Superior, Ligamento Glenoumeral Médio, Ligamento Glenoumeral Inferior
• Ligamento Transverso do Úmero - é uma estreita lâmina de fibras curtas e transversais que unem tubérculo
maior e menor, mantendo o tendão longo do bicípete braquial na goteira bicipital.
• Ligamento coraco-glenoideu – ligamento extra-capsular, que parte da apófise coracóide e se insere no
debrum glenoideu
• Debrum Glenoidal - é uma orla fibrocartilagínea inserida em torno da cavidade glenóide. Tem importante
função na estabilização glenoumeral e quando lesado proporciona uma instabilidade articular facilitando o
deslocamento anterior ou posterior do úmero (luxação).

• Bolsas sinovais: bolsa subacromial e subdeltoideia (por vezes unidas)

• Movimentos: Flexão, extensão, abdução, adução, circundação, rotação interna e externa.


Articulação Cotovelo

• BITRÓCLEO-CÔNDILO-TROCARTROSE
• A articulação do cotovelo é na realidade formada por 3 articulações:
o articulação umerocubital (trocleartrose);
o articulação úmero-radial (condilartrose);
o articulação rádio-cubital superior (trocóide)
o Nota: a goteira côndilo-troclear funciona como uma segunda tróclea

• Meios de união – as superfícies articulares do cotovelo são reforçadas por uma cápsula articular e 6
ligamentos de reforço:
o Ligamento anular
o Ligamento anterior
o Ligamento posterior – é constituído por vários feixes: feixes úmero-olecranianos oblíquos, feixes
úmero-umerais e feixes úmero-olecranianos verticais, que preenchem a zona do olecrâneo e fossa
olecraneana
o Ligamento lateral interno – 4 feixes: feixe anterior, feixe médio, feixe posterior (com vértice na
epitróclea e inserção na apófise coronóide e olecrâneo) e feixes arciformes (ou ligamento de Cooper,
que une a apófise coronóide ao olecrâneo)
o Ligamento lateral externo – é constituído por 3 feixes: feixe anterior, feixe médio e feixe posterior,
com vértice no epicôndilo e inserção nas extremidades anterior e posterior da incisura radial e face
externa do olecrâneo
o Ligamento quadrado de Denucé

• Sinovial – reveste a superfície interior da cápsula articular


• Bolsas sinoviais: olecraneana
• Movimentos – flexão/extensão (articulações úmero-cubital e úmero-radial) e pronação/supinação
(articulações úmeroradial e rádio-cubital superior)

Sistema Cardiovascular
• Componentes:
o Sangue
o Coração
o Vasos sanguíneos
• Funções:
o O coração bombeia o sangue através dos vasos sanguíneos
o Sangue
▪ transporta nutrientes e O2 para as células
▪ remove desperdícios e CO2 das células
▪ participa na regulação da homeostasia dos
fluídos
▪ participa na defesa contra agentes
infeciosos

Localização do Coração

• Aproximadamente 2/3 da massa do coração estão à


esquerda da linha mediana
• O Coração localiza-se entre os pulmões, no mediastino
inferior médio.
Mediastino

• É uma das partes da cavidade torácica;


• Situa-se entre as regiões pleuropulmonares;
• Divide-se em:
o Mediastino superior;
o Mediastino inferior:
▪ anterior;
▪ médio; (Aqui está o coração)
▪ posterior.

• Membrana que envolve o coração- Pericárdio


• Membrana que reveste os pulmões- Pleura

Esqueleto do coração

• Consiste em anéis de tecido conjuntivo fibroso que circunda as válvulas cardíacas e separam as aurículas dos
ventrículos.
• O músculo cardíaco insere-se no tecido conjuntivo fibroso
• As fibras musculares estão organizadas para que, quando os ventrículos contraem, seja produzido um
movimento em espiral e a distância entre o vértice e a base do coração diminua.

Pericárdio

• Camada fibrosa externa (pericárdio fibroso)


• Pericárdio seroso
o Lâmina parietal
o Lâmina visceral (Epicárdio)
o Cavidade pericárdica
▪ Liquido pericárdico
 Evita a fricção entre as lâminas

Parede Cardíaca

A parede do coração tem três camadas:

• Epicárdio
• Miocárdio
• Endocárdio

Câmaras cardíacas (4)

• 2 aurículas (superiores)
• 2 ventrículos (inferiores)

• O sangue circula entre estas câmaras.


o O lado direito do coração não comunica com o esquerdo
o Sangue vai das aurículas para os ventrículos
• Parede do Ventrículo esquerdo é mais espessa, tem de exercer mais força para levar o sangue para todo o
corpo (circulação Sistémica).
• Artérias coronárias- irrigam o coração
• Seio coronário
o Faz a drenagem do sangue desoxigenado do coração para a aurícula direita
o Atravessa a parede da aurícula para o sangue entrar na circulação sistémica
• Buraco oval- no embrião é a passagem de sangue entre as duas aurículas
• Fossa oval- No nascimento o buraco oval fecha e forma uma fossa

Fluxo de sangue no coração

• Sangue chega ao pulmão


o Veia cava superior
o Veia cava inferior
o Seio coronário
• Sangue entra na aurícula direita
• Passa pela válvula tricúspide para o ventrículo direito
• Quando o ventrículo contrai a válvula semilunar abre e as auriculoventriculares fecham para que o sangue
não regresse à aurícula.
• Está no ventrículo direito e passa pela válvula semilunar pulmonar.
• Sai para o tronco pulmonar que se divide em 2 ramos
o Artéria pulmonar esquerda
o Artéria pulmonar direita
• Este sangue vai para os pulmões onde é oxigenado e depois retorna ao coração
• Chega ao coração pelas veias pulmonares, veias pulmonares transportam o sague até à aurícula esquerda
• Passa pela válvula bicúspide/mitral para o ventrículo esquerdo
• Sangue sai do ventrículo esquerdo pela válvula semilunar aórtica.
• Sangue vai para a Artéria Aorta e é distribuído por todo o corpo, pelas artérias sistémicas

Resumo:

• VCS, VCI e Seio coronário à aurícula direita


• Pela válvula tricúspide ao ventrículo direito
• Para os pulmões através do tronco pulmonar
• Através das veias pulmonares à aurícula esquerda
• Pela válvula mitral (bicúspide) para o ventrículo esquerdo e deste para a aorta

Fluxo do sangue através do coração

Válvulas Auriculo-Ventriculares

• Direita- Tricúspide
• Esquerda- Bicúspide/Mitral
Válvulas Semilunares

• Semilunar Aórtica (+ posterior)


o Está no meio do coração
o 2 orifícios (osteos) das artérias coronárias
o Válvulas enchem e formam uma espécie de “tampão”

• Semilunar Pulmonar (+ anterior)


o Válvulas enchem para formar uma espécie de “tampão”

Músculos papilares → Cordas tendinosas

• Contrai a parede dos ventrículos


• Puxam as cordas tendinosas e provocam o encerramento das válvulas
• Por isso é que quando há sístole ventricular se dá o fecho das válvulas Auriculo-Ventriculares

Vasos Sanguíneos: Artérias

• Transportam o sangue a partir do coração, para fora do coração


• As suas paredes são constituídas por 3 (túnicas) camadas:
o Túnica íntima
o Túnica média (Elasticidade; Contratilidade)
o Túnica externa (adventícia)

• Maioria é sangue Oxigenado


• Exceção: Artéria Pulmonares (sangue: desoxigenado)

Artérias → Arteríolas → Capilares → Vénulas → Veias → Veias Cavas (e seio coronário)

Vasos Sanguíneos: Veias

• Transportam sangue para o coração


• As suas paredes têm 3 camadas:
o íntima
o Média
o Externa (adventícia)
• Têm menos tecido elástico e musculo liso que as artérias (são menos espessas)
• Contêm válvulas que previnem o refluxo, para evitar o retorno venoso
• Músculos têm um papel importante, ajudam a que o sangue flua em direção ao coração
o Quando o músculo contrai, comprime a veia

Rotas circulatórias

• Sangue oxigenado desde o ventrículo esquerdo, através da Aorta para todo o corpo
• Retorna sangue desoxigenado até à aurícula direita pelas veias cavas e seio coronário.
• A Aorta está dividida em parte ascendente, arco e parte descendente. De cada secção ramificam-se artérias
que suprem todo o corpo.
Circulação Pulmonar

• A partir do ventrículo direito através das artérias pulmonares envia o sangue desoxigenado até aos alvéolos
• Retorna sangue oxigenados dos alvéolos até à aurícula esquerda através das veias pulmonares.

• 1º órgão a ser irrigado → Coração

Aorta

• Aorta nasce no ventrículo esquerdo e divide-se em: • Sai Ventriculo Esquerdo e inflete
o Aorta Ascendente para a esquerda e para trás
o Arco aórtico (arco da Aorta) • Passa junto à coluna vertebral e ao
o Aorta Descendente esófago
▪ Aorta torácica
Diafragma → Hiato Aórtico (passagem da Aorta)
▪ Aorta Abdominal

• No fim da Aorta Abdominal esta divide-se em:


o Artéria Ilíaca comum (esquerda)
o Artéria Ilíaca comum (direita)
Artérias Coronárias (2- Direita e Esquerda)

• Irrigam o coração
o Artéria coronária direita
▪ Ramo interventricular posterior ( segue o septo anteriormente)
▪ Ramo marginal ( acompanha o lado direito)
o Artéria coronária esquerda
▪ Ramo interventricular anterior ( segue o septo posteriormente)
▪ Ramo circunflexo ( segue o lado esquerdo)

Coronária entupida deixa de irrigar o coração → Enfarte do Miocárdio

Artérias da Cabeça e Pescoço

- Arco aórtico (3 artérias superiores)

• Tronco Braquicefálico (braquio= braço/ cefálico= cabeça)


o Art. Carótida Comum direita (divide-se em interna e externa)
o Art. Subclávia direita ( vai para o membro sup.)
▪ Art. Vertebral direita (passa pelos buracos transversais das apófises transversas cervicais)
• Art. Carótida comum esquerda
o Divide-se + tarde em:
▪ Interna- vai para o encéfalo e irriga o cérebro
▪ Externa- vai irrigar pescoço, face e boca
• Art. Subclávia esquerda (vai para membro sup.)
▪ Art. Vertebral esquerda ((passa pelos buracos transversais das apófises transversas cervicais)

Vascularização do Cérebro

• Órgão altamente vascularizado


o Rede densa de ramificações arteriais
o Requer 15% do débito cardíaco
o Utiliza 25% do total de O2 consumido pelo corpo
• Uma interrupção brusca do suprimento sanguíneo ao cérebro durante poucos minutos origina danos
neurológicos permanentes (AVC)
AVC (acidente vascular cerebral)

• Em Portugal: 1º causa de morte e de incapacidade nos idosos


• Divide-se em:
o Isquémicos – Oclusão do vaso (mais frequente em idosos; células amarelas)
o Hemorrágicos – Rotura do vaso (mais frequente em jovens)

Suprimento Arterial

Junção das vertebrais

Todas as artérias cerebrais estão em comunicação

• Comunicante anterior
• Comunicante posterior
o Direita
o Esquerda

Artérias que asseguram o suprimento sanguíneo ao encéfalo

• Artérias carótidas internas (direita e esquerda)


• Artérias vertebrais (direita e esquerda)

Territórios Cerebrais Vasculares

• Artéria Cerebral Anterior (junto à linha média)


• Artéria Cerebral Média (lateral)
• Artéria Cerebral Posterior
Polígono de Willis (Círculo Arterial do Cérebro)

• Permite a auto-regulação da pressão sanguínea entre:


o Sistema arterial Carotídeo e VértebroBasilar
o Hemisfério direito e esquerdo
• Circulação colateral no caso de oclusão progressiva de um vaso
• Envolve o quiasma ótico e a hipófise na superfície ventral do cérebro

Anastomose- ligação entre dois vasos

Estabelece anastomoses entre os sistemas da Art. Carótida Interna, da Art. Vertebral e entre os dois sistemas da Art.
CI de cada lado.

• Apresenta sete lados


o Dois posteriores
▪ Artéria cerebrais posteriores
o Dois externos
▪ Artérias comunicantes posteriores
o Dois ântero-externos
▪ Artérias cerebrais anteriores
o Um anterior
▪ Artéria comunicante anterior

Aorta Torácica

• Ramos viscerais
o Irrigam os órgãos torácicos
Coração não está incluído
▪ Ramos pericárdicos
porque já é irrigado pelas
▪ Ramos brônquicos
coronárias.
▪ Ramos esofágicos
▪ Ramos mediastínicos
• Ramos parietais
o Irrigam a parede torácica
▪ Artérias Intercostais posteriores (músculos intercostais)
▪ Subcostal (músculo subcostal)
▪ Artéria frénica superior (Diafragma)
Aorta Abdominal

• Ramos viscerais
o Irrigam os órgãos abdominais
o Ramos pares
▪ Artérias supra renais (+ superiores ao tronco celíaco)
▪ Artérias renais (Após o tronco celíaco, uma mais acima, direita + abaixo por causa do fígado)
▪ Artérias gonadais (finas, 2 no centro; último par, acima da mesentérica inf.)
 Artérias ovaquianas
 Artérias testiculares

o Ramos ímpares
▪ Tronco celíaco (+ superior)
 Art. Esplénica (Baço)
 Art. Gástrica esquerda (Estômago)
 Art. Hepática comum (Fígado)
▪ Artéria Mesentérica superior (Entre as renais, +superior)
▪ Artéria Mesentérica inferior (última do lado esquerdo)
• Ramos parietais
o Irrigam a parede abdominal

Angioplasia Renal- serve para dilatar a artéria renal em caso de estenose

Tronco celíaco

• Artéria Gástrica Esquerda


• Artéria Hepática
o Art. Hepática própria
o Art. Gástrica direita
o Art. Gastroduodenal
• Artéria Esplénica
o Art- Pancreática
o Art. Gastroepiploica esquerda
o Art. Gástrica

Artéria Mesentérica Superior

• Irriga colon ascendente (parte dele), todo o Intestino delgado e


parte do colon transverso

Artéria Mesentérica Inferior

• Irriga colon descendente, parte do colon transverso (ângulo),


sigmoide e reto.

Artérias dos Membros Superiores

• Artéria subclávia (passa atrás da clavícula)


• Artéria axilar (passa na axila)
• Artéria braquial
o Artéria radial
▪ Arcada palmar profunda(liga-se à cubital)
o Artéria cubital
▪ Arcada palmar superficial (liga-se à radial)

▪ Artérias digitais (dedos)


Artérias dos Membros Inferiores

• Artéria Ilíaca Comum


o Artéria Ilíaca interna
o Artéria Ilíaca Externa
• Artéria Ilíaca Externa
• Artéria femural
• Artéria poplítea
o Artéria tibial anterior (vai para a frente)
o Artéria tibial posterior
▪ Artéria peronial
▪ Artérias plantares
 Arcadas plantares
 Artérias digitais

Veias
Circulação Sistémica: Veias

• Retorno do sangue do corpo para a aurícula direita


• 3 Grandes veias
o Seio Coronário (Coração) (recolhe sangue desoxigenado)
o Veia cava superior (cabeça, pescoço, tórax, membros superiores)
o Veia cava inferior (abdómen, pelve, membros inferiores)
• Tipos de veias
o Superficiais, profundas, seios

• Veias mais pequenas convergem em veias cada vez maiores até à de grande calibre, pequenas ajudam a
formar as grandes.

Drenagem Venosa do Encéfalo

• A drenagem venosa do cérebro é indireta:


o Os capilares drenam em pequenas veias situadas na pia mater ou no espaço subaracnoideu
o As veias cerebrais não são adjacentes às artérias
o As veias cerebrais e os seios durais não possuem válvulas
• Anastomoses abundantes (anastomoses- ligações entre vasos)

• Veias Corticais:
o No interior do cérebro e cerebelo
o Drenam o sangue do encéfalo para os diferentes seios venosos
• Veias (Seios) Durais:
o Externos ao encéfalo, entre as camadas da dura mater (2 camadas: Interna- Meníngea; Externa-
Perióstea. Entre estas duas formam-se os seios venosos durais)
o Sagital superior e inferior, recto, transverso e sigmoide
o Drenam nas veias jugulares internas

3 membranas protetoras do Encéfalo

• Dura mater – membrana + Externa= 2 camadas( meníngea e Perióstea)


• Aracnoide
• Pia mater
Seios Durais

• Seio sagital superior


o Está no meio; de acordo com o plano sagital mediano
• Seio sagital inferior
o Também é sagital medial, está abaixo do seio sagital superior
• Seio reto
o Ligação entre os seios sagitais, superior e inferior
• Seio transverso
o É posterior
o Divide os seios sagitais em 2
• Seio sigmoide
o É bilateral e posterior
o Faz tipo um “S”

• Seio cavernoso
o Vai drenar uma parte para os seios transversos, outra parte drena para as jugulares internas
o Existe no interior do encéfalo

Veias do Coração

As veias coronárias desembocam no seio coronário ou na aurícula direita

Veias da Cabeça e Pescoço

• Veias jugulares internas:


o Drenam os seios venosos da porção anterior da cabeça e pescoço
• Veias jugulares externas e veias vertebrais:
o Drenam a porção posterior da cabeça e pescoço
Veia jugular interna
Convergem na veia subclávia
Veia jugular externa

(3) Tronco venoso braquiocefálico direito

(3) Tronco venoso braquiocefálico esquerdo

Veia Cava Superior

Veias do Tórax

• Os troncos venosos braquiocefálicos, esquerdo e direito e a veia ázigos desembocam na Veia Cava Superior

• Veia Ázigos (lado direito)


o Chega sangue que vem das veias intercostais
• Veia Hemiázigos
o Corre paralela à ázigos, têm anastomoses (veia hemiázigos acessória) entre elas, mas apenas a
ázigos se liga à veia cava superior

Veias do Abdómen e Pelve

• As v. lombares ascendentes, provenientes do abdómen juntam-se às veias ázigos e hemiázigos


• As veias provenientes dos rins, glândulas suprarrenais e gónadas entram diretamente na Veia Cava Inferior
• As veias provenientes do estômago, intestinos, baço e pâncreas, entram na Veia Porta, que transporta o
sangue até ao fígado para ser submetido a metabolização

Sistema Porta

• Sangue que vem das veias do estômago, intestinos, baço e pâncreas vai para a VEIA PORTA.
• Na VEIA PORTA é conduzido para o fígado, onde é submetido a metabolização
• Do fígado sai pelas veias hepáticas e daí vai para a Veia Cava Inferior (posteriormente para a Aurícula direita)
• As veias hepáticas desembocam na Veia Cava Inferior
Veias dos Membros Superiores

• Veias profundas do antebraço: (relacionadas e adjacentes às artérias adjacentes)


o Pequena cubital e radial, que se unem no braço na veia umeral. Esta por sua vez desemboca na veia
axilar
• Veia superficiais:
o Veia basílica (mais interna)
o Veia cefálica (mais externa)
o Veia cubital superficial
o No prolongamento da veia basílica temos: veia axilar → veia subclávia
o A veia cefálica drena para a veia axilar

Veias da bacia e membros inferiores

• Veias profundas (relacionadas com as artérias)


o Veia Peroneal + Inferior
o Veias tibiais anterior
o Veias tibiais posterior
o Veia poplítea
o Veia femural
o Veia ilíaca externa + Superior
• Veias superficiais:
o Pequena safena (do pé até à parte de trás do joelho)
o Grande safena (toda a perna na parte de trás)

• Como é que as veias conseguem transportar o sangue no sentido do coração contra a gravidade?
o A existência de válvulas permite que isso aconteça, e o facto de elas passarem por dentro dos
músculos a contração muscular também ao comprimir as veias e o sangue tem que se movimentar,
como as válvulas não deixam o sangue retornar tem que avançar na direção do coração.

SISTEMA RESPIRATÓRIO

➢ Assegura o suprimento constante de oxigénio para que as células do corpo possam desempenhar suas
atividades metabólicas em condições aeróbias
➢ Assegura também uma maneira eficiente de remover o dióxido de carbono.
➢ Além do suprimento de oxigénio e remoção do dióxido de carbono, o sistema respiratório torna possível a
vocalização (o facto de podermos falar é assegurado pelas estruturas do sistema respiratório)

Órgãos:

 Nariz (também a cavidade nasal)


 Faringe
 Laringe
 Traqueia
 Brônquios
 Pulmões

Divisão estrutural Divisão funcional- agrupamos não pela localização mas sim pela
função que desempenham no processo da respiração
Porção Porção inferior Porção condutora- conduzem Porção respiratória
superior o ar até aos alvéolos
Nariz Laringe • Traqueia • • Inclui todas as cavidades e Consiste nos álveolos pulmonares
Faringe Árvore brônquica • estruturas que transportam que são a unidade funcional do
Alvéolos pulmonares • os gases para e dos álveolos sistema respiratório, onde ocorrem
Pulmões pulmonares as trocas gasosas entre o ar e a
corrente sanguínea

Nariz e Cavidade Nasal

 O ar entra no sistema respiratório através das que conduzem ao vestíbulo do nariz (região mais alargada
após as narinas)
 A parte inferior do vestíbulo contém pelos que ser em para reter as maiores partículas que podem entrar no
sistema respiratório durante a inspiração.
 É de referir: a imagem do crânio/cabeça óssea e nós sabemos que na face temos a abertura (em forma de
pêra)- abertura pisiforme- e corresponde à entrada na cavidade nasal. No entanto, exteriormente, temos
um conjunto de ossos, cartilagens e tecido conjuntivo que dão forma à pirâmide nasal, nomeadamente o
nosso nariz.

Qual é a relação entre a cavidade nasal e as restantes cavidades que temos na face?

Então o ar entra nas nossas narinas e vai em direção à abertura e essa abertura conduz então à cavidade nasal (que
está divida em duas partes através do septo nasal), após percorrer a cavidade nasal, e sai para trás para a faringe.
(Mas também pode entrar pela cavidade oral e do mesmo modo seguir para a faringe)

Só que este trajeto que temos, vai ultrapassar alguns obstáculos (na cavidade nasal) e quais são eles? As conchas
nasais (o ar tem de passar pelos espaços existentes entre as conchas).

➢ Acima da concha nasal superior (CNS) vamos ter o espaço


chamado- recesso esfeno-etmoidal
➢ Entre a CNS e a CNM- meato nasal superior
➢ Entre a CNM e CNI- meato nasal médio
➢ Entre a CNI e o pavimento da cavidade nasal- meato nasal
inferior
➢ O osso que está acima da cavidade nasal é o etmoide e uma das
particularidades do etmoide é que ele tem uma placa crivosa,
ou seja, tem bastantes orifícios que servem para passar os fascículos olfativos do nervo otico que se vão
distribuir pela parte superior da cavidade nasal, criando aqui a zona olfativa.
➢ O palato é o pavimento da cavidade nasal é simultaneamente a parte de cima da cavidade oral.

Septo nasal:

 Placa perpendicular do Etmóide (osso)


 Vómer (osso)
 Cartilagem septa

Trajeto do ar
➢ A passagem pelos cornetos humidifica e aquece o ar.

Seios Perinasais (SPN)- Espaços dentro de alguns ossos do crânio, preenchidos por ar, funcionando como extensões
da parte respiratória da cavidade nasal.
Seios Frontais

 2 cavidades que se encontram entre as lâminas externa e


interna do osso frontal, posteriores aos arcos
superciliares e à raiz do nariz
 Raramente são simétricos e estão separadas pelo septo
do seio frontal
 Mais proeminentes nos homens do que nas mulheres

Drenagem:

 Ducto frontonasal
 Parede lateral do meato nasal médio (não é preciso saber)

Células Etmoidais

Drenagem

➢ Células etmoidais anteriores


 Infundíbulo
 Ducto frontonasal
➢ Células etmoidais médias
 Parede lateral junto à bolha etmoidal
➢ Células etmoidais posteriores
 Parede lateral do meato nasal superior (não é preciso saber)

Seios Maxilares

 Maiores dos SPN


 Forma de pirâmide
 Ocupam os corpos das maxilas

Ápice – Estende-se em direção ao zigomático

Base – Forma a parte inferior da parede lateral da cavidade nasal

Teto – Formado pelo pavimento da órbita

Pavimento – Formado pelas apófises alveolares da maxila

➢ Drenagem

Ostium maxilar
 Porção superior dos seios maxilares
 Abre-se no meato nasal médio (não é preciso saber)

Seios Esfenoidais

 Encontram-se no corpo do esfenóide


 Divididos pelo septo dos seios esfenoidais

Drenagem
Cartilagens Ímpares Cartilagens Pares
Tiroideia (forma de Aritnoideia –
armadura) ancoração das cordas ➢ Abertura do seio esfenoidal
Cricoideia (forma de vocais  Parede anterior do seio
anel – liga a tiroideia Cuneiforme –  Recesso esfeno-etmoidal (não é preciso saber)
á traqueia)) Epiglote associada à cartilagem
(forma de colher, aritnoideia
elástica) Corniculada – Faringe
associada á cartilagem
aritnoideia
Faringe
Nasofaringe Orofaringe Laringofaringe
Localizada-se imediatamente atrás É continuação da nasofaringe, Estende-se desde a orofaringe,
da cavidade do nariz e é contínua estendendo-se desde o palato mole acima, até o esófago, abaixo.
com ela através das coanas até o começo da laringofaringe Comunica-se anteriormente com a
laringe.
➢ As coanas nasais são aberturas existentes entre a nasofaringe e a
cavidade nasal
➢ A abertura da cavidade para a orofaringe chama-se fauce
➢ A nasofaringe comunica com a cavidade nasal
➢ A orofaringe comunica com a cavidade oral
➢ A laringofaringe está relacionada com a laringe

Laringe

A laringe une a laringofaringe com a traqueia, situada abaixo dela. O ar


que vai para os pulmões ou deles é proveniente passa através da laringe.

Qualquer substância sólida que entra na laringe, é geralmente expelida por uma tosse violenta

É um tubo irregular que une a faringe à traqueia

É constituída por um invólucro exterior de nove cartilagens hialinas ligadas por músculos e ligamentos. Seis
cartilagens são pares (muito relacionadas com o movimento das cordas vocais) e três são ímpares.

As cartilagens mantêm o lúmen da laringe sempre aberta.


Traqueia

➢ Tubo rígido que liga a laringe aos brônquios


➢ 12 mm de diâmetro; 10 a 12 cm de
comprimento
➢ 15 a 20 peças de cartilagem hialina em forma
de C que possui rigidez (são abertos e na parte
da frente tem o músculo traqueal que lhe
possui alguma mobilidade e também porque
atrás temos o esófago)
➢ Parede posterior composta de músculo liso –
músculo traqueal
➢ Mucosa com epitélio pseudoestratificado
ciliado e células caliciformes
➢ Submucosa com glândulas seromucosas
➢ Na terminação inferior da traqueia cartilagem é
em forma de K (carina- bifurcação da traqueia
em brônquios)

Árvore brônquica

Brônquios principais ou primários

Brônquios lobares ou secundários

Brônquios segmentares ou terciários Porção condutora


Bronquíolos

Bronquíolos terminais

Bronquíolos respiratórios

Ductos alveolares Porção respiratória


Sacos alv eolares Alvéolos
➢ Temos 2 brônquios principais ou primários que resultam da divisão da traqueia (um para cada pulmão).
Depois temos os brônquios secundários/lobares que se dirigem cada um a cada lobo, ou seja, p.ex no
pulmão drt temos 3 e no esq 2. Em seguida, temos os segmentares ou terciários ou lobulares que se vão
ramificando em brônquios cada vez menores. A dada altura estas ramificações vão ter diâmetro inferior a 1
mm e só aqui é começamos a considerar bronquíolos. Depois temos os bronquíolos terminais onde termina
a porção condutora. Iniciamos a porção respiratória com os bronquíolos respiratórios que estão ligados aos
canais dos ductos alveolares, cujo ao redor se formam os sacos alveolares que são conjuntos de alvéolos.

Pulmões:

➢ Os pulmões têm forma semelhante à de um cone, com o ápice ultrapassando o espaço superior da cavidade
torácica, atrás da clavícula.
➢ A base de cada pulmão é larga e côncava e descansa sobre a superfície convexa do diafragma.
➢ Uma depressão chamada hilo é encontrada na face mediastinica do pulmão (por onde entra o brônquio, +
artéria pulmonar e as veias pulmonares)

• Órgãos pares
• Morfologia cónica
• Ocupam a cavidade torácica com exceção do mediastino
• Diferem no tamanho
• Constituídos por tecido conjuntivo elástico (Parênquima
pulmonar)
• Incisura cardíaca (pulmão esquerdo)- marca da presença do
coração
• Impressão cardíaca (pulmão direito)

Constituição do pulmão:

• Base
• Vértice ou Ápex
• Faces:

– Costal (superfície do pulmão que está voltada para as costelas)

– Diafragmática (parte inferior que repousa sobre o diafragma)

– Mediastínica (superfície interna que está voltada para o mediastino)

• Hilo Pulmonar: Brônquio principal, artéria pulmonar e veia pulmonar

Face Costal:

• Engloba a face anterior e posterior;


• Forma convexa;
• Une-se à superfície medial pelo bordo anterior e posterior;
• Une-se à superfície diafragmática pelo bordo inferior;

Face Mediastínica:
• Relaciona-se com a raíz pulmonar (o conjunto das estruturas que
atravessam o hilo);
• Possui 2 porções:
• – Anterior ou Zona Mediastínica
• – Posterior ou Zona Vertebral

Face Diafragmática:

• É a mais inferior;
• Assenta no diafragma;
• É côncava

Bordos

• Anterior: – Entre a superfície costal e a medial


• Posterior: – Entre a superfície costal e medial, na face posterior do pulmão
• Inferior: – Linha de transição entre a superfície costal e a diafragmática

Lobos dos Pulmões Pulmão Direito:

• Lobo superior
• Lobo médio
• Lobo inferior

Pulmão Esquerdo:

• Lobo superior
• Lobo inferior
• Língula: vestígio do lobo médio

Fissuras

Pulmão direito:

• Fissura oblíqua
• Fissura Horizontal

Pulmão Esquerdo:

• Fissura oblíqua

Lóbulos/segmentos do pulmão
Pulmão direito

-Lobo superior (2)

• Apical 3
• Posterior 4
• Anterior 5

– Lobo médio (6)

• Lateral 7
• Medial 8

– Lobo inferior (9)

• Apical 10
• Basal medial 12
• Basal lateral nnn 14
• Basal anterior 13
• Basal posterior 15

Pulmão esquerdo

-Lobo superior

• Apical 17
• Posterior 17 II
• Anterior 18
• Lingular superior e Lingular inferior 19 20

– Lobo inferior

• Apical superior 22
• Basal medial 24
• Basal anterior 25
• Basal lateral 26
• Basal posterior27

Relações do pulmão direito:

• Diafragma
• Veia cava superior (situa-se mais à direita)
• Esófago
• Coração (impressão cardíaca)
• Timo
• Costelas
• Lobo direito do fígado

Relações do pulmão esquerdo:

• Diafragma
• Artéria Aorta (está do lado esquerdo)
• Esófago
• Coração
• Timo
• Costelas
• Fundo gástrico
• Lobo esquerdo do fígado

Vascularização dos pulmões:

➢ Os alvéolos são supridos por ramos da artéria pulmonar (sangue pobre em O2), enquanto pequenas artérias
brônquicas, ramos da parte torácica da aorta (sangue rico em O2) suprem os brônquios.
➢ Temos de pensar que tanto chega sangue oxigenado aos pulmões (circulação sistémica) mas também chega
sangue para ser oxigenado (circulação pulmonar)
➢ Assim, as artérias pulmonares carregam sangue que deverá ser oxigenado nos alvéolos, enquanto o sangue
das artérias brônquicas providencia a nutrição dos tecidos pulmonares.

Pleuras

➢ Cada pulmão é envolvido por um saco de paredes duplas chamado pleura (ambas de membrana serosa). A
porção da pleura que adere firmemente aos pulmões é a pleura visceral (ou pulmonar) e, a porção que
reveste as paredes da cavidade torácica é a pleura parietal.
➢ Entre estas duas camadas, há uma cavidade pleural extremamente delgada, que é preenchida pelo fluído
pleural. Este é secretado pela pleura e age como lubrificante para reduzir o atrito entre as duas camadas
durante os movimentos respiratórios.

• Pleura Parietal
• Pleura Visceral
• Entre as pleuras existe – Cavidade pleural - Líquido pleural
• Mediastino: separa as cavidades pleurais

Movimentos da parede torácica:

Uma das principais funções da parede torácica e do diafragma é alterar o volume do tórax e, consequentemente,
deslocar o ar para dentro e para fora dos pulmões

Direções:

• Vertical
• Lateral
• Antero-posterior

Elevação e depressão do diafragma:

• Alteram significativamente as dimensões verticais do tórax


• Depressão resulta da contração do diafragma
• Elevação resulta do relaxamento

Diafragma
Porção lombar

• Pilar direito
• Pilar esquerdo

Porção costal

Porção esternal

• Hiato aórtico
• Hiato esofagiano
• Buraco da veia cava inferior

Origem: interior da costelas, esterno e vértebras lombares;

Inserção: tendão central do diafragma;

Função: inspiração: deprime o pavimento do tórax

Músculos das paredes torácicas:

Músculos intercostais

• Externos
• Internos
• Intimos

Subcostais

Tranverso do torax:

Origem: esterno e apêndice xifoide;

Inserção: segunda a sexta cartilagens costais;

Função: diminui o diâmetro do tórax

Movimentos respiratórios:

➢ Os músculos torácicos estão quase totalmente envolvidos no processo respiratório;

➢ São quatro os principais grupos musculares associados á grelha costal:


• Escalenos: elevam as duas primeiras costelas durante a inspiração;
• Intercostais externos: também elevam as costelas durante a inspiração;
• Intercostais internos, subcostais e transverso do tórax: contraem-se durante a expiração forçada

Sistema linfático
Componentes:

• Linfa,

• Vasos linfáticos,

• Tecido linfático,
• Gânglios linfáticos,

• Amígdalas,

• Baço,

• Timo,

• Medula óssea.

Funções:

• Manter o equilíbrio hídrico nos tecidos, drenando o excesso de líquido extracelular


• Devolução de proteínas ao sistema circulatório
• Absorção de gorduras (intestino delgado)
• Proteção contra microrganismos e substâncias estranhas (imunidade)

Equilíbrio hídrico:

Apenas 85% do fluido que passa dos capilares para os tecidos é reabsorvido pelos capilares, os restantes 15% são
absorvidos e devolvidos à circulação sanguínea pelo sistema linfático (p.ex o que resulta de um edema, que é uma
acumulação de líquido entre as células e então esse líquido é drenado e devolvido à circulação sanguínea através do
sistema linfático)

Absorção de gorduras:

No intestino delgado, vasos linfáticos especiais, os quilíferos que absorvem os lípidos alimentares que não são
absorvidos pelos capilares sanguíneo

Defesa:

Os microrganismos e outros corpos estranhos são filtrados da linfa pelos gânglios linfáticos, e do sangue pelo baço.

Circulação da Linfa:

O sistema linfático está intimamente relacionado anatómica e fisiologicamente ao


sistema cardiovascular.

O líquido intersticial que banha as células acumula-se entre elas, e o excesso entra
nos capilares linfáticos onde o fluido é designado por linfa, que é conduzida de novo
ao sangue pelos vasos linfáticos.

Nós vemos que os capilares linfáticos se iniciarem em diferentes regiões, os tais


espaços intersticiais. Não há uma circulação da linfa análoga à circulação sanguínea,
não há um circuito continuo.

Linfa:

• É o principal componente do sistema linfático.


• Fluido límpido e incolor semelhante ao plasma, mas com baixo teor de proteínas
• A sua composição varia de local para local
• A linfa que sai dos gânglios linfáticos contém um elevado nº de linfócitos
• À medida que a linfa entra e sai dos capilares, respetivas filtrações até que depois vai ter a um vaso que vai
conduzi-lo ao sistema circulatório, ou seja, há o circuito da linfa num determinado sítio que a linfa vai
atravessar os gânglios.
• Também pode conter macrófagos, hormonas, bactérias, vírus, restos celulares e células cancerígenas (este é
uma das características principais porque muitos tumores mutastizam, pq estas células cancerígenas podem
seguir na linfa, são devolvidas à circulação sanguínea e provoca tumores secundários noutras regiões.
• Composição geral:
– Água; – Iões, nutrientes, gases e algumas proteínas (origem plasmática);
– Hormonas, enzimas, produtos de excreção, etc. (origem celular).

Capilares linfáticos:

• São vasos microscópicos situados nos espaços intercelulares


• Encontram-se por quase todo o corpo, excepto:

– SNC,

– Medula óssea,

– Tecidos sem vascularização (cartilagens, epiderme, córnea).

• Iniciam-se em pequenas estruturas tubulares em fundo de saco (como não são continuidade de nada [de um
outro vaso] eles iniciam-se ali e então têm uma estrutura em fundo de saco e a partir daí é que vão
reencorporar a linfa e conduzi-la ao longo dos capilares e depois dos vasos naquele sistema da circulação
• Diferem dos capilares sanguíneos por:
– Não possuírem membrana basal,
– As suas células epiteliais estarem ligeiramente sobrepostas e fracamente ligadas umas às outras.
• São mais permeáveis do que os capilares sanguíneos;

• O epitélio funciona como uma série de válvulas


unidireccionais, permitindo a entrada de fluido
para os vasos, mas impedindo o seu retorno ao
espaço intersticial

• Quando a pressão é maior no fluído intersticial


que na linfa circulante, as células endoteliais da
parede do capilar separam-se ligeiramente e o
fluído entra no capilar linfático;
• Quando a pressão é maior no interior do
capilar, as células da parede deste aderem-se
mais firmemente e o fluído não pode retornar
ao fluído intersticial.
• Quando queremos fazer uma drenagem intersticial, por exemplo, vamos aumentar a pressão de maneira
que a pressão do capilar seja maior no exterior que no interior. As paredes dos capilares vão abrir no sentido
do fluido entrar para o capilar

Vasos linfáticos

Os capilares linfáticos unem-se para originar vasos linfáticos, de maior calibre.

• Constituição das paredes dos vasos linfáticos:


– Tunica interna- Endotélio e válvulas + membranana elástica,

– Tunica média- Músculo liso + fibras elásticas,

– Tunica externa -Fina camada de tecido conjuntivo fibroso

• Assemelham-se estruturalmente às veias sanguíneas, mas têm paredes mais finas e apresentam mais válvulas,
que asseguram um fluxo unidireccional;
• Existem gânglios linfáticos ao longo dos diversos vasos linfáticos, cuja função é a filtração da linfa
• São os músculos que circundam os vasos que ao comprimirem aumentam a pressão e permitem o fluxo da
linfa
• Geralmente acompanham o trajecto das veias e artérias e partilham uma bainha de tecido conjuntivo
• A intervalos regulares drenam para gânglios linfáticos, onde a linfa é filtrada, bactérias são fagocitadas e
células imunitárias monitorizam a presença de antigénios na linfa
• A linfa passa por vários gânglios linfáticos antes de ser drenada para a corrente sanguínea

Troncos linfáticos

• A dada altura os vasos linfáticos vão convergir para vasos de maior calibre- os troncos linfáticos
• Os vasos que entram no gânglio são aferentes e os que saem eferentes
• Os vasos eferentes dos últimos gânglios que se encontram em cadeia unem-se para formar os troncos
linfáticos (serão 5 tipos):

– Troncos jugulares (na região do pescoço)

– Troncos subclavios, (junto à artéria veia subclávia)

– Troncos broncomediastínicos,(na região do


mediastino/torax)

– Tronco intestinal, (abdómen)

– Troncos lombares. (região lombar/ parede do


abdómen)

Temos de pensar que toda a linfa que vem de


diferentes partes do corpo vai convergir nestes troncos

Os principais troncos linfáticos drenam a sua linfa em dois canais principais: –

Canal linfático (direito)- região superior- cabeça/pescoço, membro superior direito e broncomediastinico direito:

• Tronco jugular direito,

• Tronco subclavio direito,

• Tronco broncomediastínico direito,

Canal torácico- os tronos jugular, broncomediastinico e subclávio do lado esquerdo e aqueles que vem da parte
inferior do corpo que inclui a drenagem dos membros inferiores, abdómen

• Inicia-se imediatamente abaixo do diafragma, anteriormente à coluna vertebral (L12).

Tanto o canal linfático direito como o torácico acabam nas veias subclávias (drt e esq respetivamente) e é aqui que a
linfa é devolvida à corrente sanguínea.
Canal Linfático Direito

➢ Drena linfa proveniente da parte superior direita do corpo:

– Lado direito da cabeça, pescoço, tórax e membro superior direito.

➢ Esvazia-se na veia subclávia direita

Canal torácico

➢ É o principal canal colector do sistema linfático;


➢ Recebe linfa do lado esquerdo da cabeça, pescoço e tórax, membro superior esquerdo e parte inferior do
corpo;
➢ A dilatação terminal do canal torácico chama-se cisterna do quilo
➢ Esvazia toda a sua linfa na veia subclávia esquerda.

Circulação linfática

➢ Passagem da linfa faz-se sequencialmente do líquido intersticial aos capilares linfáticos, aos vasos linfáticos,
aos troncos linfáticos, ao canal torácico ou ao canal linfático direito e às veias subclávias

Fluxo Linfático

➢ A linfa circula a velocidade e pressão inferiores às do sistema venoso


➢ Mecanismos de compressão dos vasos:
– Contracção de músculos esqueléticos vizinhos
– Contracção dos músculos lisos das paredes dos vasos linfáticos
– Modificações da pressão intra-torácica durante a respiração

Gânglios linfáticos

➢ Ao longo dos vasos linfáticos encontram-se pequenas formações com aspecto cilíndrico, ovóide ou esférico,
os gânglios linfáticos;
➢ Estão distribuídos por todo o corpo, geralmente em grupos.
➢ Existem cerca de 450 gânglios linfáticos no corpo
➢ Cada gânglio é coberto por uma cápsula.

• Gânglios cervicais e da cabeça (≈ 70)

– Cabeça e pescoço

• Gânglios axilares (≈ 30)

– Membros superiorese superfície torácica

• Gânglios torácicos (≈ 100)~

– Parede e órgãos torácicos

• Gânglios abdomino-pélvicos (≈ 230)

– Abdómen e pélvis

• Gânglios inguinais (≈ 20)

– Membros inferiores e pélvis superficial

➢ A linfa entra num gânglio através de vários vasos linfáticos aferentes;


➢ A linfa flui através dos seios linfáticos e deixa o gânglio através de um ou dois vasos linfáticos eferentes;
➢ Os gânglios filtram a linfa que passa durante o seu retorno ao sistema circulatório.

Classificação dos Gânglios Linfáticos

➢ Superficiais

– Localizam-se na hipoderme, abaixo da pele

➢ Profundos

– Dispersos ao longo de todo o corpo

➢ Habitualmente ambos tipos se localizam no tecido adiposo adjacente aos vasos sanguíneos

Tecidos linfóides

➢ Agregados de linfócitos no tecido conjuntivo das membranas mucosas de vários órgãos.


– Difuso;
– Nódulos linfáticos

Tecido Linfático Difuso

➢ Sem forma nem limites bem definidos (liga-se ao tecido circundante),


➢ Localização:
– Profunda em relação à mucosa,
– Em redor dos nódulos linfáticos,
– No interior do baço.

Nódulos Linfáticos

➢ Agregados de tecido linfóide,


➢ São numerosos no tecido conjuntivo laxo dos aparelhos digestivo, respiratório e urinário,

– Ex: Placas de Peyer no intestino delgado

➢ Também existem no interior dos gânglios linfáticos e no baço.

Nódulos são diferentes de gânglios!!!!!!!!!

Órgãos Linfáticos

Primários:

– Medula óssea vermelha

– Timo.

Secundários:

– Gânglios linfáticos,

– Amígdalas,

– Baço.

Medula Óssea Vermelha

➢ Envolvida na hematopoiese e na imunidade.


➢ Local onde os linfócitos B se tornam imunocompetentes.
➢ Crianças:

– Ocupa os espaços medulares de quase todo o esqueleto,


➢ Adultos:

– Limitada a parte do esqueleto axial e cabeças proximais do úmero e fémur.

Timo

➢ Massa sem vasos aferentes e eferentes


➢ Localiza-se no mediastino superior e cobre o topo do coração e grandes
vasos
➢ Divide-se em córtex e medula
➢ Local de diferenciação dos linfócitos em células T
➢ É muito mais pequenos em termos de proporção em adulto do que
numa criança

Amígdalas

➢ São aglomerados de tecido linfóide em redor da entrada da faringe, controlando os invasores que entram
pela boca. Envolvidos por uma cápsula de tecido conjuntivo sem vasos aferentes

3 grupos de amígdalas:

– Palatinas

– Faríngeas

– Lingual

Baço

➢ Localiza-se na região externa do hipocôndrio esquerdo, dentro da cavidade abdominal.


➢ É o maior órgão linfático, tendo o tamanho aproximado de um punho fechado e o peso de 140 a 180g
➢ É irrigado pela artéria esplénica (ramo do tronco celíaco) e vai drenar para a veia porta-

Funções fisiológicas:

– Armazenamento de hemácias;

– Destruição das hemácias velhas, alteradas ou parasitadas;

– Filtração do sangue e retenção de microrganismo e outros corpos estranhos


a serem fagocitados; – Colocar linfócitos B e linfócito T em contacto com os
antigénios.

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