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Universidade Pedagógica
Departamento de Mátemática
Direitos de autor (copyright)
Este módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. Caso haja necessidade de
reprodução,
deverá ser mantida a referência à Universidade Pedagógica e aos seus Autores.
Universidade Pedagógica
Rua Comandante Augusto Cardoso, nº 135
Telefone: 21-320860/2
Telefone: 21 – 306720
Fax: +258 21-322113
Agradecimentos
Índice
Visão geral 7
Bem-vindo ao módulo de Cálculo Diferencial em R(n) ................................................... 7
Objectivos do curso .......................................................................................................... 7
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................... 8
Como está estruturado este módulo .................................................................................. 8
Ícones de actividade .......................................................................................................... 9
Acerca dos ícones .......................................................................................... 9
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)............................................................................... 10
Avaliação ........................................................................................................................ 10
Unidade I 11
Espaços Métricose Topológicos ..................................................................................... 11
Introdução .............................................................................................................. 11
Lição n01 12
Espaços Métricos ............................................................................................................ 12
Introdução .............................................................................................................. 12
Espaços Métricos ................................................................................................... 12
Métrica ou função distância definida num conjunto. Espaço métrico . 13
Espaços Vectoriais ............................................................................... 15
Distância Em Espaços Euclidiano ....................................................... 16
Noções Métricas e Topológicas ........................................................... 19
Distância entre Conjuntos. Diâmetros ................................................. 19
Bolas Abertas e Fechadas .................................................................... 23
Sumário ........................................................................................................................... 27
Exercícios........................................................................................................................ 27
Lição n02 28
Subconjuntos particulares de Espaços métricos ............................................................. 28
Introdução .............................................................................................................. 28
Conjuntos abertos ................................................................................ 28
Proposição de separação de Haussdorff ............................................. 32
Conjuntos fechados.............................................................................. 33
Teoremas sobre conjuntos fechados: ................................................... 34
Vizinhança ........................................................................................... 36
Sucessões em espaços métricos ........................................................... 40
Sumário ........................................................................................................................... 51
Exercícios........................................................................................................................ 52
Lição n0 3 52
Espaços Topológicos ...................................................................................................... 53
Introdução .............................................................................................................. 53
ii Índice
Unidade II 76
Funções de Várias Variáveis........................................................................................... 76
Introdução .............................................................................................................. 76
Lição n0 4: 77
Funções de Várias Variáveis- Introdução ....................................................................... 77
Introdução .............................................................................................................. 77
Gráfico de uma função ........................................................................ 82
Curvas de Níveis .................................................................................. 82
sumário............................................................................................................................ 86
Exercicio ......................................................................................................................... 87
Chave de Correcção ........................................................................................................ 88
Lição n0 5: 92
Limites e continuidade de Funções ................................................................................. 92
Introdução .............................................................................................................. 92
Cálculo de Limites Envolvendo Algumas Indeterminações ................ 98
Continuidade de Funções................................................................... 100
Sumário ......................................................................................................................... 102
Exercícios...................................................................................................................... 103
Lição n0 6: 105
Derivação Parcial .......................................................................................................... 105
Introdução ............................................................................................................ 105
Interpretação Geométrica das Derivadas Parciais ............................. 111
Universidade PedagógicaDepartamento de Mátemática iii
Lição n0 7: 119
Derivadas Parciais de ordem Superior. Equação de Clairaut (ou teorema de Schwartz).119
Introdução ............................................................................................................ 119
Derivadas parciais da 2ª ordem ......................................................... 119
Sumário ........................................................................................................................ 123
Exercicio ...................................................................................................................... 124
Lição n0 8 127
Planos Tangentes, Aproximação Linear e Funções Diferenciáveis. ............................. 127
Introdução ............................................................................................................ 127
Planos Tangentes ............................................................................... 128
Aproximação linear ........................................................................... 129
Exemplo ............................................................................................. 130
Funções Diferenciais ......................................................................... 131
Diferenciais ........................................................................................ 132
Sumário ......................................................................................................................... 135
Exercicios...................................................................................................................... 136
Chave da Correcção ...................................................................................................... 138
Lição n0 9 140
Regra de Cadeia ............................................................................................................ 140
Introdução ............................................................................................................ 140
Regra de Cadeia ................................................................................. 140
Sumário ......................................................................................................................... 146
Exercícios...................................................................................................................... 147
Lição n0 10 152
Derivadas de funções Implícitas. .................................................................................. 152
Introdução ............................................................................................................ 152
Sumário ......................................................................................................................... 161
Unidade IV 163
Transformações. Campos Escalares e Vectoriais ......................................................... 163
Introdução ............................................................................................................ 163
iv Índice
Unidade V 187
Aplicações de Derivadas ............................................................................................... 187
Introdução ............................................................................................................ 187
Visão geral
Bem-vindo ao módulo de Cálculo
Diferencial em R(n)
O presente módulo de Cálculo diferencial em R(n) versa sobreconteúdos
ligados à matemática que tem como objectivo principal a formação específica
dos estudantes do curso de Licenciatura em Ensino de Matemática. Este
módulo foi projectado para fornecer uma compreensão construtiva e intuitiva
dos conceitos básicos sem sacrificar a precisão matemática. Assim, os
principais resultados são determinados cuidadosa e completamente, e sempre
que possível, as explicações são intuitivas ou geométricas,esperando-se que
com o presente módulo se tenha um passo para o alcance dos objectivos.
Objectivos do curso
Quando terminar o estudo do módulode cálculo diferencial em R(n) você será
capaz de:
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Outros recursos
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários sobre a
estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários serão úteis
para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo.
Ícones de actividade
Acerca dos ícones
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo de
aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova
actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a seguir, cada um com
uma descrição do seu significado e da forma como nós interpretámos esse
significado para representar as várias actividades ao longo deste curso /
módulo.
10 Visão geral
(excelência/
autenticidade)
Actividade Auto-avaliação Avaliação / Exemplo /
Teste Estudo de caso
Avaliação
Para a avaliar o nível de assimilação da matéria, serão realizados trabalhos
individuais e colectivos, ao longo do semestre. Dois exames serão realizados: o
normal e o de recorrência somente para estudantes que tiverem admitido após a
realização de dois testes escritos, no mínimo.
Unidade IDepartamento de Mátemática 11
Unidade I
Espaços Métricose Topológicos
Introdução
Nesta unidade você vai aprender os conceitos fundamentais sobre a topologia
onde se destacam, espaços métricos, topológicos e normados.
Lição n01
Espaços Métricos
Introdução
Caro estudante, esta é a lição nº 1 sobre o cálculo diferencial em R(n),
nela você vai aprender os conceitos fundamentais sobre os espaços
métricos onde se destaca a Métrica ou função distância definida num
conjunto. Esta lição poderá ser estudada em 2 horas, incluindo a
resolução deexercícios.
Espaços Métricos
Caro estudante, vamos começar o nosso estudo apresentando a definição do
conceito de limite e convergência.
1. limite e convergência
lim f l
x a
A1 : d ( x, y ) 0 se x y e d ( x, y ) 0 se x y
.
14 Lição n01
real , isto é d1 ( x, y) x y
métrica.
Resolução
A1: d ( x, y) x y 0 se x y e d ( x, y ) 0 se x y
Espaços Vectoriais
Definição: Seja um conjunto X de elementos quaisquer e um corpo
comutativo k de elementos diz-se que o conjunto X é um espaço
vectorial sobre o corpo K, quando se verificam as seguintes condições:
1)
2) x y x y
3)
4)
16 Lição n01
designada , onde .
usual de .
i)
ii)
Unidade IDepartamento de Mátemática 17
iii)
Portanto, se , então,
com
Unidade IDepartamento de Mátemática 19
onde .
por: onde .
Exemplos 1:
A, B temos:
20 Lição n01
Exemplo 1:
Exemplo 2:
com
Exemplo 3:
denota-se
Exemplo 1:
Exemplo 2:
com
Exemplo 3:
Para que possa perceber a essência do que foi apresentado até agora, vamos
caro estudante apresentar duas actividades resolvidas
1. Mostre que em :
a) é uma métrica
b) é uma métrica
Resolução:
.
Exemplo:
com
denota-se
.
Exemplo
com
Acompanhe!
Unidade IDepartamento de Mátemática 25
1. Mostre que em :
é uma métrica
Actividade resolvida
é uma métrica
Resolução:
Resolução:
HIPÓTESES: , bolas
abertas.
TESE:
Demonstração:
Seja
Portanto
Sumário
Nesta lição você aprendeu os conceitosde espaços métricos bem como as
propriedades fundamentais que definem uma métrica. Foi também abordada a
questão espaços normados e vectoriais.
Exercícios
1. Seja d uma métrica de um conjunto não vazio X. Demonstre
pontos qualquer ,
tem-se:
de .
Chave da Corrção
Por serem exercícios de demonstrações não serão apresentadas as respectivas
correcções. Contudo, as ideias poderão ser retiradas dos teoremas e exemplos
ora apresentados.
28 Lição n02
Lição n02
Subconjuntos particulares de Espaços métricos
Introdução
Nesta lição você vai estudar os subconjuntos especiais de espaços métricos,
onde se destacam os conjuntos abertos e fechados com os seus respectivos
teoremas. Também serão abordados os conceitos de vizinhanças. Esta lição
poderá ser estudada em 4horas incluindo o tempo da resolução dos exercícios.
Conjuntos abertos
tal que .
Unidade IDepartamento de Mátemática 29
Exemplo
Caro estudante, vamosapresentar em seguida alguns teoremas que se
apoiam da definição anterior
Demonstração:
X é aberto, visto que toda a bola aberta com o centro num dos seus
pontos está contida em X
Demonstração:
Como , e
Demonstração:
Demonstração:
que , portanto
com e portanto,
Demonstração:
. Então
Conjuntos fechados
representa-se por .
34 Lição n02
Demonstração:
Demonstração:
Demonstração:
é um conjunto fechado.
. Verifica-se que:
, mas :
36 Lição n02
Demonstração
O complementar de S é:
Vizinhança
, isto é:
de A, isto é, se a é .
por .
38 Lição n02
representa-se por .
Deste modo, o nosso espaço X pode ser representado como a união do interior,
do exterior e da fronteira de A:
(fecho): .
Unidade IDepartamento de Mátemática 39
Em relação a
Em relação a
Resolução:
int X 1,5 X X não é aberto;
front X 1,5
pontos isolados
Não é compacto e é conexo
40 Lição n02
1
b) X x x n N 1, 0
n
Resolução
pontos isolados x x n N
1
n
X 1,0
X X X não é fechado
X é limitado, não compacto newm conexo.
, tem-se: , isto é:
ou equivalentemente:
ii) Para toda a bola aberta existe um número inteiro positivo tal
Proposição 1:
Demonstração:
, o que é absurdo.
termos é limitado.
Proposição 2:
Demonstração:
Fixemos e seja .
Proposição 3:
Demonstração:
Se , então: . Como
para .
Proposição 4:
Demonstração:
d ( x, x0 ) 1
Em escolhamos um ponto tomemos r1
2 2
n
d ( x, xn 1 ) 1
Continuando neste processo, obtém-se com rn
2 2
onde .
. c.q.d.
Proposição5:
Demonstração:
Proposição6:
Demonstração:
Da nossa suposição, existe uma bola aberta que não contém outro
termo da sucessão diferente de x, contudo, como x é o limite da sucessão, a
tal que, sempre que p e q são maiores que , tem-se que isto é
Por outras palavras , diz-se que uma sucessão é sucessão de cauchy se os seus
termos se aproximam um dos outros arbitrariamente quando n cresce
.
Unidade IDepartamento de Mátemática 45
Proposição 7:
Demonstração:
temos
Proposição 8 :
Demonstração:
para quaisquer .
Proposição 9 :
Demonstração:
convergente em X.
Caro estudante a lição já vai muito longa pelo que aconselhamos a um repouso de
cerca de 1 (uma) hora. Depois disso poderá retomar a sua lição. Em seguida
apresentamos as aplicações contínuas
Unidade IDepartamento de Mátemática 47
Aplicações contínuas
se:
1. , ou
equivalentemente:
Teorema 1:
Demonstração:
Se em X, mostremos que :
tal que .
que cada bola aberta com centro em não está contida nela:
e formemos a sucessão
tal que e . .
o que
Teorema 2:
contínua se somente se .
. Fixando e
Nota variando poderá não servir.
Demonstração:
- Se é aberto;
aberto que contém x, por isso, existe uma bola contida nesta imagem
para quaisquer e
de X
Exemplo
que
Sumário
Nesta lição você estudou sobre os conjuntos abertos e fechados e os seus
respectivos teorema, vizinhança e sucessões em espaços métricos e aplicações
continuas.
Exercícios
1. Seja um espaço métrico e uma aplicação que satisfaz a
condição . Mostre que T é contínua em X
Auto-avaliação ( isto é, mostre que qualquer que seja , existe um tal que
implica )
. Mostre que:
a) é fechado em X.
b) é aberto em X.
Chave da Correção
Por serem exercícios de demonstrações, não serão apresentadas as respectivas
correcções. Contudo, as ideias poderão ser retiradas dos teoremas e exemplos
ora apresentados.
Dicas: caro estudante, realmente não é aconselhável a apresentação das
soluções dos exercícios de demonstrações contudo, é fundamental sempre
começar com a definição de cada tópico por exemplo, para o exercício nº 3
começamos por procurar saber o que é um espaço métrico, quais são as suas
propriedades.
Lição n0 3
Espaços Topológicos
Introdução
Nesta lição você vai aprender os espaços Topológicos onde se destaca a sua
definição, espaços de funções contínuas, propriedades de intersecção finita e o
teorema do ponto fixo. Serão também objectos de estudo, os espaços
compactos e conexos. Esta pode ser estudada em três horas e meia com um
intervalo de 30 minutos.
Acompanhe!
Espaços topológicos
1) X e pertencem a classe .
54 Lição n0 3
à .
Exemplo 2:
qualquer .
56 Lição n0 3
Demonstração:
Mas,
Logo,
Onde
Como
Seja e , com
Então, e sendo
ponto fixo .
2) Agora vamos supor que exista um outro ponto
Espaços Compactos
.
Unidade IDepartamento de Mátemática 59
B.
O ponto não
pretence a nenhum dos
discos
Exemplo :
, então e
Demonstração:
Unidade IDepartamento de Mátemática 61
Demonstração:
i)
ii)
Demonstração:
que A não tem nenhum ponto de acumulação. Então para cada , existe uma
Exemplo 1:
Exemplo 2:
i) A é compacto.
Espaços conexos
Definição: chama-se arco ou caminho ligando a dois pontos a e b de um
ou e .
entao:
Unidade IDepartamento de Mátemática 65
1) X
não pode ser representado como união de dois conjuntos não vazios,
abertos e disjuntos, ou equivalentemente;
2) X
Demonstração:
i)
Sendo X conexo, suponha-se que não verifica a condição II, então existem
e .
ii)
. Assim, e
.
66 Lição n0 3
não é conexo.
Exemplo 2:
Demonstração:
Demonstração:
S
eja X um subspaço de R, suponhamos que X não é um intervalo e
mostremos que ele não é desconexo:
A
gora mostremos que X, sendo intervalo, então é conexo
c.q.d.
Demonstração:
Teorema: Seja f uma função real contínua sobre um conjunto conexo, então, f
toma todos os seus valores entre o seu ínfimo e o seu supremo nesse conjunto.
Demonstração:
Demonstração:
Seja Xespaço conexo por arcos: suponhamos que X não é conexo, então
abertas e não vazias, o que contradiz o teorema (6) segundo o qual a imagem
Demonstração:
e , tem-se:
Transformações Lineares
Definição: Sejam V e W dois espaços vectoriais sobre o mesmo corpo k.
Exemplo:
Ora vejamos:
, com T e S como
Agora, como facilmente se pode verificar, num espaço vectorial com produto
interno, a aplicação que a cada vector x faz corresponder um número real não
Deste modo, todo o espaço com produto interno pode considerar-se um espaço
normado.
definida por:
Demonstração:
cauchy e , de quando .
com
Demonstração:
Solução;
Sumário
Nesta lição você aprendeu sobre os espaços conexos, compactos, conjuntos e
funções convexas de espaços vectoriais
Exercícios
1. Mostre que se A é subconjunto de B, então todo o ponto de
acumulação de A é também ponto de acumulação de B, isto
é, .
Auto-avaliação
2. Prove que se A e B são subconjuntos de um espaço
topológico , então .
.
indique as vizinhanças:
i) Do ponto “ e “
i) Do ponto “ c “.
1 1 1
a) , b) 1,0 c) 0, d) 0,1
2 2 2
Chave de correcção
3 i) a, b, e 3ii) X , a,c,d , a, b, c, d , a, b, e , a,c, d , e
EXERCICIO 4
EXERCICIO 6
Unidade II
Funções de Várias Variáveis
Introdução
Caro estudante, esta é a segunda unidade do módulo, aqui nos iremos debruçar
sobre o estudo de domínios e gráficos de funções de várias variáveis, limites e
continuidade de funções, bem como o cálculo de derivadas parciais e suas
aplicações. A unidade é composta por 3lições
Lição n0 4
Funções de Várias Variáveis-
Introdução
Introdução
Caro estudante, vai aprender nesta lição os conceitos básicos inerentes ao
capítulo em epígrafe; sobre as funções de mais do que uma variável onde se
destacam os conceitos de domínio e contradomínio da função, gráficos de
funções e linhas de níveis. Esta lição pode ser estudada em duas horas.
conjunto de em .
Acompanhe!
Exemplo
Resolução
Resolução
Resolução
Como a função dada envolve uma raiz quadrada e como é sabido, uma raiz
quadrada só tem sentido quando o radicando for não negativo então o seu
domínio é:
Representação geométrica
Resolução
Neste caso temos uma fracção cujo numerador contém uma raiz quadrada.
Toda a fracção só tem sentido se o denominador for diferente de zero. Por
outro lado, como se disse anteriormente, o radicando não toma valores
negativos.
Representação geométrica:
80 Lição n0 4
Por exemplo:
Resolução
Assim:
equivalente x y 2
xox com a concavidade voltada para a direita, visto que y 2 tem um coeficiente
positivo ( a 1 0 ). Os valores que satisfazem a condição dada, são todos os valores
exteriores à parábola.
82 Lição n0 4
Curvas de Níveis
Exemplo
Resolução:
tem a forma:
6 k 3x
ou y
2
função ;se .
Resolução:
Para
Para
Para
1. Seja
a) Estime
Actividade resolvida
b) Estime
Resolução:
a)
b)
c) é definida se
então a representação analítica do domínio é:
Representação geométrica
86 Lição n0 4
sumário
Nesta lição você aprendeu os conceitos de domínio e contradomínio da função,
gráficos e linhas de nível.
Exercicio
1. Seja
Auto-avaliação a) Estime
a)
b)
x 3y
c) f ( x, y )
x 3y
y x2
d) f ( x, y )
1 x2
Chave de Correcção
EXERCICIO 1
a)
a) é definida se
então:
A representação analítica do domínio é:
Representação analítica
Representação geométrica
EXERCICIO 2
a) f é definida se então:
Unidade IDepartamento de Mátemática 89
Representação geométrica
b)
Representação geométrica
c)
Representação geométrica
90 Lição n0 4
d)
Representação geométrica
d)
Representação geométrica
Unidade IDepartamento de Mátemática 91
Exercício 3
a)
b)
92 Lição n0 5
Lição n0 5
Limites e continuidade de Funções
Introdução
Caro estudante, vai nesta lição aprender os conceitos de limites e continuidade
de funções várias variáveis onde se destaca particularmente o cálculo de limite
e o estudo de continuidade. Esta lição pode ser estudada em duas horas
Acompanhe!
0 0: f ( x, y) L sempre que x, y D e
0 x a y b
2 2
sendo, , então
Exemplos
Resolução:
( não existe)
Resolução:
Unidade IDepartamento de Mátemática 95
Seja no ponto
Seja no ponto
96 Lição n0 5
Seja no ponto
Seja no ponto
xy 2
Exemplo 3: Determine se existir lim
( x , y ) (0,0) x 2 y 2
Resolução:
Como nos exemplos anteriores, podemos mostrar que o limite pelo caminho de
iteração é 0. Isso não prova a existência do limite igual a 0. O limite ao longo
de uma recta qualquer que passa pela origem é 0, também obtemos o limite 0,
isso também não prova a existência do limite igual a 0, mas ao longo das
Exemplo 4
Usando a definição de limite, prove que lim 3x 2 y 7
x 1
y 2
trabalhando com a desigualdade que envolve , podemos obter uma pista para
encontrar . Temos
f ( x, y) 7 3x 2 y 7 3x 3 2 y 4 3( x 1) 2( y 4
3 x 1 2 y 2 .
como x 1 x 1 y 2 e y 2 x 1 y 2 , podemos
2 2 2 2
concluir que 3 x 1 2 y 2 3 2 5 . Assim, se tomarmos , temos
5
que se 0 x 1 y 2 , então
2 2
f ( x, y ) 7 3 x 1 2 y 2 3 2 logo, lim 3x 2 y 7
5 5 x 1
y 2
2 xy
Prove por definição que lim 0
x 0
y 0 x2 y2
Actividade
x3 x 2 y 2 xy 2 x 2 2 x 4
Calcular lim
x 2
y 1
xy x 2 y 2
Exemplo x3 x 2 y 2 xy 2 x 2 2 x 4 0
Resolução: lim ( substituindo as x e y
x 2
y 1
xy x 2 y 2 0
por 2 e 1 respectivamente).
x3 x 2 y 2 xy 2 x 2 2 x 4 x x 2 xy 2 2 x 2 xy 2
lim lim
x 2
y 1
xy x 2 y 2 x 2
y 1
x y 1 2 y 1
x 2 x 2 xy 2 x 2 xy 2 4
lim lim 2
x 2
y 1
x 2 y 1 x 2
y 1
y 1 2
x y 1
Calcular o lim
x 0
y 1
x 1 y
Resposta: 0
Actividade
Continuidade de Funções.
Nesta secção, vamos definir e exemplificar a continuidade de funções de duas variáveis.
2 xy
2 , x, y 0, 0
Verificar se f ( x, y ) x y
2
é continua em (0,0).
0
x, y 0, 0
Exemplo Resolução:
No 2º exemplo apresentado na definição de limites de uma função de
2 xy
várias variáveis, provamos que lim 0.
x 0
y 0 x2 y2
Portanto, como f (0, 0) 0 e coincide com o limite da função então
temos que,
2 xy
lim f (0, 0) . Assim a função é contínua no ponto (0,0).
x 0
y 0 x2 y 2
2 xy
2 , x, y 0, 0
Verificar se f ( x, y ) x y
2
é continua em (0,0)
0 x, y 0, 0
Actividade
Resposta: Não é contínua
Demonstração
Como f (u ) é continua em g ( x0 , y0 ) , dado 0 , existe 1 0 tal que
u D( f ) e u g ( x0 , y0 ) 1 f (u ) f g ( x0 , y0 ) .
( x, y ) x0 , y0 f g ( x, y ) f g ( x0 , y0 ) , portanto, f g é
continua em x0 , y0 .
C.q.d.
Resolução:
A função f ( x, y ) ln x 2 y 2 4 é composta das funções f (u ) ln u e
Exemplo
g ( x, y ) x 2 y 2 4 .
Sumário
Nesta lição, você aprendeu os conceitos de limites e continuidade de funções
onde se destaca o calculo de limites e a análise de continuidade num ponto.
Exercícios
. Determine o limite, se existir, ou mostre que o limite não existe.
Auto-avaliação
x 2 y 3x 2 4 xy 12 x 4 y 12
11. lim
x 2
x 3
xy 3x 2 y 6
y x 2y x 2 x3 3 3 xy 1
12. lim 13. lim 14. lim
x4 4 x x y 4 y
x 1
x 0
x 0
xy x x 1
x 1
xy 1
1
xsen , y0
15. f ( x, y ) y P(0, 0)
0 y0
x 2 yx
2 , x y
x y2
16. f ( x, y ) P(1,1)
x y x y
1
4
x3 3xy 2 2
17. f ( x, y ) , P(1, 2)
2 xy 2 1
104 Lição n0 5
x 4 3 y 2 x 2 2 yx 3
, x, y 0, 0
x2 y 2
2
18. f ( x, y ) P (0, 0)
0 x, y 0, 0
3x 2 y , x, y 0, 0
19. f ( x, y ) P(0, 0
01 x, y 0, 0
CHAVE DE CORRECÇÃO
1 3 2
10. 0 11. 13. 14.
2 6 3
Lição n0 6
Derivação Parcial
Introdução
Caro estudante, nesta lição vai aprender sobre os conceitos de derivadas
parciais. Nela serão abordados com destaque as derivadas parciais da primeira
ordem e a interpretação geométrica. Esta lição pode ser estudada em duas três
horas incluindo a resolução de exercícios.
Objectivo
Definir correctamente o conceito de derivada parcial da primeira ordem;
s
Calcular as derivadas parciais a partir da definição;
Acompanhe!
Derivadas Parciais
106 Lição n0 6
variável x:
f
f x(a, b) f x (a, b) a, b
x
Assim,
Onde
Onde
Agora suponhamos que deixamos somente y variar enquanto mantemos fixo o valor
de x.
de variável y:
e denota-se por:
Assim,
Unidade IDepartamento de Mátemática 107
Onde
Onde
mesma forma que a derivada abaixo recebe o nome de derivada parcial da função
em relação a variável .
Também podem ser usadas as derivadas ordinárias no cálculo das derivadas parciais.
ponto
Exempl Resolução:
o:
Considerando y como a variável fixa, teremos
Então,
Então,
Unidade IDepartamento de Mátemática 109
temperatura, .
110 Lição n0 6
Resolução
Actividade
Resolvida
Caro estudante, as regras da derivação para a função de uma variável são válidas para
as derivadas parciais, pelo que aconselhamos a rever o módulo do cálculo
infinitesimal.
Achar e se
Exemplo
inclinação da tangente em é .
é g (b ) fx (a, b )
Se , ache e e interprete
essesnúmeros como inclinação.
Exemplo
Resolução:
parábola no ponto é ,
Unidade IDepartamento de Mátemática 113
tangente em é
Sumário
Nesta lição você aprendeu o cálculo das derivadas parciais por definição e por
aplicação das regras de derivação. Também foi objecto de estudo a
interpretação geométrica das derivadas parciais.
Exercícios
ordem. z x 2 y 2
Auto-avaliação
h
a) Achar f v e f t b) lim
t t
18. u x12 x22 xn2 19. u sen( x1 2 x2 3x3 nxn )
28. Achar , se
29. Se , determine e e
interprete esses números como inclinação. Ilustre ou com um
Chave da Correção
Unidade IDepartamento de Mátemática 117
118 Lição n0 6
xi
18. u x i 1, 2, , n
x x xn2
i 2 2
1 2
Lição n0 7
Derivadas Parciais de ordem Superior. Equação
de Clairaut (ou teorema de Schwartz).
Introdução
Caro estudante, nesta lição vai aprender sobre o cálculo das derivadas parciais
de grau superior assim como aplicação da equação de Clairaut. Esta lição pode
ser estudada em duas horas, incluindo a resolução de exercícios.
Continue a acompanhar!
Assim, se então:
120 Lição n0 7
Achar , e , se f ( x, y ) x 3 x 2 y 2 2 y 2
Exemplo Resolução:
Sendo
Para será:
Para será:
Por fim,
Unidade IDepartamento de Mátemática 121
2 z 2 z
Caro estudante no exemplo anterior, observou que as e tem o
xy yx
mesmo resultado, isto são iguais 6xy 2 . Esta coincidência não é casual é
suportada pelo Clairaut, no seu teorema que diz o seguinte:
Teorema:
Suponhamos que seja definida numa bola aberta que contenha o ponto
. Se as funções e forem continuas em , então:
Demonstração
Achar e , se
Exemplo Resolução:
Sendo
Assim:
. . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .
Sumário
Nesta lição você aprendeu as derivadas parciais de ordem superior bem como a
equação de Clairaut.
Exercicio
1. Use a tabela de valores de para estimar
os valores de
Auto-avaliação
definição se
CHAVE DE CORRECÇÃO
126 Lição n0 7
Unidade IDepartamento de Mátemática 127
Lição n0 8
Planos Tangentes, Aproximação Linear e Funções
Diferenciáveis.
Introdução
Caro estudante, nesta lição vai aprender sobre os planos tangentes
aproximação linear e funções diferenciáveis. O tema sobre funções
diferenciáveis é muito importante visto que nele apresentam-se algumas
aplicações na resolução de problemas da vida quotidiana, como é o caso do
cálculo aproximado de áreas e volumes. Esta lição pode ser estuda em duas
horas e meia, incluindo a resolução de exercícios.
Continue a acompanhar!
128 Lição n0 8
Planos Tangentes
Suponhamos que a superfície tem a equação onde
Se é outra curva qualquer que esteja contida na superfície e que passa pelo
Fazendo e então:
Unidade IDepartamento de Mátemática 129
A equação será:
Aproximação linear
É sabido que uma equação do plano tangente ao gráfico de uma função de duas
variáveis no ponto é:
é denominada
linearizaçãode em e a aproximação
é chamada
aproximação linear, ou aproximação pelo plano tangente.
Exemplo
Resolução:
A aproximação linear é:
Unidade IDepartamento de Mátemática 131
Funções Diferenciais
0quando
Dada a função .
N Exemplo
a) Mostre que é diferenciável no ponto .
Resolução:
Dada a função
132 Lição n0 8
a)
ou
Diferenciais
quantidade .
Unidade IDepartamento de Mátemática 133
de para
Se determine
a) dz
Exemplo
b) Se xvaria de 2 a 2.05 e y varia de 3 a 2.96 compare os valores dz e .
Resolução:
a)
Por isso,
134 Lição n0 8
b) Tomando , então
Para teremos
Resolução
O diferencial de V é
Para achar o erro máximo no volume, tomamos os maiores erros nas medidas
Sumário
Nesta lição você aprendeu a determinação da equação do plano tangente, aproximação
linear assim como as funções diferenciáveis. Destacou-se o cálculo dos valores
aproximados a partir da linearização e resolução de problemas matemáticos
136 Lição n0 8
Exercicios
1 -3. Determine uma equação tangente à superfície no ponto
especificado.
Auto-avaliação
Use essa tabela para determinar a aproximação linear da função altura da onda
17. Se varia de a ,
compare os valores de .
Chave da Correcção
Unidade IDepartamento de Mátemática 139
7.
8.
140 Lição n0 9
Lição n0 9
Regra de Cadeia
Introdução
Caro estudante, nesta lição vai aprender a regra de cadeia, que é a extensão da
regra de derivação de funções composta para uma função de uma variável.
Nela serão apresentados, para além dos exercícios de cálculo, problemas de
aplicação que exigem uso desta regra. Esta lição pode ser estudada em três
horas, incluindo a resolução de exercícios.
Regra de Cadeia
No módulo sobre o cálculo infinitesimal, estudamos que para uma função de
é .
Unidade IDepartamento de Mátemática 141
Para as funções de mais do que uma variável, a regra de cadeia tem diversas
funções, cada uma delas fornecendo uma regra de diferenciação de funções
compostas.
função diferenciável de t e
Demonstração:
z f x f y x y
1 2
t x t y t t t
z f x f y x y
lim lim 1 2 =
t 0 t t 0 x t y t t t
f x f y x y
lim lim 1 lim 2 lim
t 0 x t t 0 y t t 0 t t 0 t
Considerando onde e ,
determine no ponto .
Exemplo
Resolução:
Sendo , e
Se , onde e , encontrar e
Exemplo Resolução:
Sendo , e
Assim,
Regra geral
e,
Onde
, onde , , e
Exemplo
Resolução:
Exemplo
Se , onde , e
encontrar quando .
Resolução:
Sendo Se , , e ,
então
Como a função u depende de mais de uma variável que são x , y, z e por sua
vez as variáveis x , y , z também dependem de mais de uma variável que são
r, s , t, então teremos as suas derivadas parciais respectivamente,
Sumário
Nesta lição você aprendeu a regra de cadeia e sua aplicação na resolução de exercícios.
Unidade IDepartamento de Mátemática 147
Exercícios
A seguir caro estudante, apresentamos os exercícios de auto avaliação,
resolva-os. Em caso de dificuldade, volta a estudar a lição e acompanhar os
Auto-avaliação exemplos apresentados.
1. Achar , se
2. Achar , se
3. Achar , se
4. Achar , se
Achar e ,s
148 Lição n0 9
5. Achar , se
6. Achar , se
7. Achar , se
8. Achar e , se
9. Achar , se
10. Achar e , se
11. Achar e , se
, , , , ,
e , determine e
.Mostre que
c) O comprimento da diagonal.
19. Dois barcos que saíram ao mesmo tempo do ponto A vão, um ruma a norte
e outro ruma ao nordeste. As velocidades respectivas dos barcos são:
Chave da Correção
e sent 1 et cos 2 t cos t sent 2et sent cos t cos t sent
dw 2t
6.
dt
Unidade IDepartamento de Mátemática 151
Unidade III
Derivadas de Funções Implícitas
Introdução
Caro estudante, nesta unidade, que por sinal, é composta por uma única lição
vamos tratar das derivadas de funções implícitas, onde se irá destacar as regras
derivação e também a derivação de sistemas de equações.
Objectivos
152 Lição n0 10
Lição n0 10
Derivadas de funções Implícitas.
Introdução
Caro estudante, nesta lição vai aprender as regras de derivação de funções
implícitas para as funções duas ou três variáveis, esta derivação é a extensão da
regra de derivação de funções implícitas para uma função de uma variável.
Esta lição pode ser estudada em três horas, incluindo a resolução de
exercícios.
F
F F dy F x, y
x x
dy
Segue, 0 logo, , com Fy x, y 0
x y dx dx F Fy x, y
y
Unidade IDepartamento de Mátemática 153
Achar para .
Exemplo Resolução:
Caso II: Suponhamos que seja definida implicitamente como uma função
portantovem,
154 Lição n0 10
Assim,
Logo,
Analogamente,
Achar e se .
Exemplo Resolução:
E para ,
F ( x, y , z ) 0
implicitamente pelo sistema (1)
G ( x, y, z ) 0
dy dz
Para obter as derivadas e vamos derivar (1) em relação a x. usando a regra
dx dx
F dx F dy F dz
x dx y dx z dx 0
de cadeia, temos ou
G dx G dy G dz 0
x dx y dx z dx
156 Lição n0 10
F dy F dz F
y dx z dx x
(2). O sistema (2) é um sistema de equações lineares paras
G dy G dz G
y dx z dx x
dy dz
as incógnitas e . Assim, nos pontos em que o determinante do sistema é
dx dx
diferente de zero, ele tem solução única. Sua solução pode ser obtida através da regra
de Cramer, temos
F F F F
x z x z
G G G G
x z x z
dy (3)
dx F F F F
y z y z
G G G G
y z y z
F F F F
y x y x
G G G G
dz y x y x (4)
dx F F F F
y z y z
G G G G
y z y z
f1 ( x1 , x2 , xn )
f 2 ( x1 , x2 , xn )
.......................
f n ( x1 , x2 , xn )
Unidade IDepartamento de Mátemática 157
f1 , f 2 , , f n
por é definida pela
x1 , x2 , xn
f1 f1 f
1
x1 x2 xn
f 2 f 2 f
f1 , f 2 , , f n 2
expressão x1 x2 xn (5).
x1 , x2 , xn
.........................
f n f n f
n
x1 x2 xn
dy dz
Usando a notação introduzida em (4), podemos expressar as derivadas e como
dx dx
F,G F,G
dy x, z dz y, x
e
dx F , G dx F,G
y, z y, z
Acompanhe!
Resolução
F ( x, y , z ) 0
As funções dadas são definidas pelo sistema onde
G ( x, y, z ) 0
F ( x , y , z ) x 2 y 2 z 2 e G ( x, y , z ) x y 2 .
F F
F , G x z 2x 2z
2z
x, z G G 1 0
x z
F F
F , G y z 2y 2x
e 2 y 2x
y, z G G 1 1
y z
F,G
dy x, z 2z
Assim 1
dx F,G 2z
y, z
F,G
dz y, x 2 y 2 x y x
e
dx F,G 2z z
y, z
2 y
x
Unidade IDepartamento de Mátemática 159
F ( x, y , u , v ) 0
implicitamente pelo sistema onde F e G são funções
G ( x, y, u, v) 0
diferenciáveis.
F ( x, y , u , v ) 0
Mantendo v como constante e derivamos o sistema , obtemos
G ( x, y, u, v) 0
F x F y F u F v
x u y u u u v u 0 u v
. Como 1 e 0,
G x G y G u F v 0 u u
x u y u u u v u
F x F y F
x u y u u
vem . Utilizando a regra de Cramer
G x G y G
x u y u u
F F F F
u y x u
G G G G
x u y y
e x u ,
u F F u F F
x y x y
G G G G
x y x y
( F , G) ( F , G)
x (u , y ) y ( x, u ) ( F , G)
e desde que 0.
u ( F , G ) u ( F , G ) ( x, y )
( x, y ) ( x, y )
( F , G) ( F , G)
x (v, y ) y ( x, v ) ( F , G)
e com 0
v ( F , G ) v ( F , G ) ( x, y )
( x, y ) ( x, y )
x u 2v 0
Sabendo que o sistema define as funções diferenciáveis x x(u, v) e
y 2u v 0
, determinar as derivadas parciais de x e y em relação a u e v.
Exemplo:
Resolução:
F F F F
u y x u
G G 1 0 G G 1 1
x u y 2 1 y u 0 2 2
1 e x
u F F 1 0 u F F 1 0
x y 0 1 x y 0 1
G G G G
x y x y
( F , G) 2 0 ( F , G) 1 2
x (v, y ) 1 1 y ( x, v ) 0 1
2 e 1.
v ( F , G) 1 0 v ( F , G) 1 0
( x, y ) 0 1 ( x, y ) 0 1
x u 2v
derivadas parciais das funções explícitas
y 2u v
CHAVE DE CORRECÇÃO
x x y y
2 , 2 ,
u 2 x 2 y u
2
2x 2 y2
x y y x
2 2
v 2 x 2 y v 2 x 2 y 2
2
Sumário
Nesta lição única você aprendeu o cálculo das derivadas parciais de funções
implícitas.
Em seguida vamos apresentar as actividades de auto avaliação
x 2 u 2 y 2 0 x u v 3
a) 2 , b)
x y v 0 y 3uv v 0
2 2 2
CHAVE DE CORRECÇÃO
162 Lição n0 10
y2 1 2 x3 y 2x y 2 y x
1. a) 3x
2
; b)
3z 1 3z 1
2 2
2z 2z
1 2 x yz 1 xz
c)
xy 2z
zx x y zx x y
2. a) ; b) ;
yz yz yz yz
2uv 2 yv 2 xu 3x 2v
3. a) 2 , 2 , 2 e 2
3x y 2 xy 3x y 2 xy 3x y 2 xy 3x y 2 xy
b) 1 , 1, 3v, 3u 2v
Unidade IDepartamento de Mátemática 163
Unidade IV
Transformações. Campos Escalares e
Vectoriais
Introdução
Caríssimo estudante, nesta unidade você vai estudar as transformações de Campos
escalares e campos vectoriais. Nela, são apresentados os diversos operadores com
destaque para o conceito de gradiente de uma função e as derivadas direcionais.
Lição n011
Transformações. Campos escalares
e Vectoriais.
Introdução
Caro estudante, nesta lição vai aprender os conceitos de gradiente de uma
função, a divergência e o rotacional de uma função e algumas aplicações do
gradiente. Esta lição pode ser estudada em três horas, incluindo a resolução de
exercícios.
que:
Unidade IDepartamento de Mátemática 165
f f f
Em : f i j k
x y x3
Propriedades
Nota
1)
2)
3)
Demonstração da propriedade 1)
166 Lição n011
Hipótese
f e h são funções
Tese
Demonstração
n
f g
f g ej por definição do gradiente de uma função
j 1 x j
n
f n
f
ej ej Propriedadesdo somatório
j 1 x j j 1 x j
Encontre o gradiente de
Resolução:
Exemplo
Usando a fórmula de gradiente para uma função de três variáveis
vem,
Dai,
Divergência
de
Propriedades:
Encontre a divergência de
Resolução:
Exemplo
Usando a fórmula da divergência para uma função vectorial dada
vem,
Rotacional
função vectorial de
Encontre o rotacional de
Resolução:
Exemplo
Usando a fórmula de rotacional para a função vectorial dada vem,
Onde,
Tese
170 Lição n011
Demonstração
Resolução:
Dai,
Laplaciano
: Encontre o laplaciano de
Resolução:
Exemplo
Usando a fórmula de laplaciano para uma função vem,
172 Lição n011
Vem,
Sumário
Na lição que ora finda, você aprendeu as transformações dos campos vectoriais em escalares e vice-versa.
Também foram apresentados os operadores de Laplace.
Exercícios
Auto-avaliação
4-
. Calcule o rotacional para
Unidade IDepartamento de Mátemática 173
5-
8– 9. Encontre o jacobiano
8. Se
9. Se
Chave de Correcção
1.
2.
3.
4.
5.
6.
8
174 Lição n012
Lição n012
Derivadas Direccionais
Introdução
Caro estudante, nesta lição iráaprender as derivadas direcionais, isto é, aquelas
que são calculadas segundo a direcção de um vector. Este conceito está
associado ao conceito de gradiente de função. Esta lição pode ser estudada em
três horas, incluindo a resolução de exercícios.
Derivada Direccional
um ponto interior de
De um vector
Se é diferenciável no ponto
então a derivada nesse ponto segundo qualquer vector unitário
é dada por:
176 Lição n012
Resolução:
Sendo ,
Vem,
Logo:
Unidade IDepartamento de Mátemática 177
Resolução:
Sendo , , .
Onde,
178 Lição n012
O módulo de será ,
Dai vem,
Logo:
Se .
a) Determine a taxa de variaçãono ponto na direcção do ponto
Exemplo .
Resolução:
Sendo
Determinamos o vector .
Onde,
O módulo de será ,
180 Lição n012
Dai vem,
Logo:
Portanto,
Portanto,
Logo,
78
Actividade : ponto é de .
Resolução:
Assim:
k- constante da proporcionalidade
d x a y b z c d x 0 y 0 z 0 ,
2 2 2 2 2 2
k
Inversamente proporcional: T ( x, y, z )
x y2 z2
2
a)
184 Lição n012
Sumário
Nesta lição você aprendeu o cálculo das derivadas direcionais. em seguida,
apresentamos os exercícios de auto avaliação. Resolva – os. Esperamos que
você não tenha dificuldade na resolução dos mesmos. Contudo, em caso de
dúvidas volta a rever a parte teórica e os exemplos apresentados. Se as dúvidas
continuarem consulte o seu Tutor à distância.
Exercícios
direcção de
, onde T é medido em e em
metros.
direcção ao ponto
8. Suponha que você esteja escalando um morro cujo formato é dado pela
9.Seja uma função de duas variáveis que tenha derivadas parciais contínuas e
Chave de Correcção
c)
Unidade IDepartamento de Mátemática 187
Unidade V
Aplicações de Derivadas
Introdução
Caro estudante, nesta unidade você vai aprender as aplicações das derivadas no
estudo de funções. Também serão objectos de estudo algumas aplicações das
derivadas na tomada de decisões em resolução de problemas em economia e
gestão. Esta unidade poderá ser estudada em 6 horas.
Lição n013
Extremos de Funções de Várias
Variáveis.
Introdução
Caríssimo estudante, nesta lição vai aprender os conceitos de extremos de
funções, a condição necessária e suficiente para existência dos extremos e sua
aplicação no estudo de funções. Esta lição pode ser estudada em três horas,
incluindo a resolução de exercícios.
quando
Demonstração
Teste da 2ª derivada
Suponha que as derivadas parciais de f sejam contínuas numa bola aberta de
1. Se e , então é um mínimo
local.
2. Se e , então é um máximo
local.
Estudar os extremos de
Resolução:
Exemplo:
Para estudar os extremos da função temos que
achar as 1ªs derivadas parciais e igualar a zero afim de encontrar os pontos que
possivelmente poderão ser extremos de z.
Unidade IDepartamento de Mátemática 191
Seja
Se
Se
Substituindo os valores de y numa das equações teremos,
Se
Se
Portanto, temos 4 pontos estacionários, onde possivelmente a função tem
extremos.
Para
Portanto,
Para
Para
Unidade IDepartamento de Mátemática 193
Para
Portanto,
Vamos em seguida apresentar uma actividade que vai ajudar aperceber até que
ponto os extremos de funções são aplicáveis na resolução de problemas
matemáticos.
Actividade:
Resolução:
é:
Fazendo vem,
função .
Extremos Condicionados
Multiplicadores de Lagrange
Assim:
Onde e
Dai
Para
Portanto, será:
200 Lição n013
Logo:
Para
Portanto, será:
Logo:
Problema de Aplicação
Para que possa perceber a importância deste tópico vamos, em seguida, apresentara
seguinte actividade resolvida.
Acompanhe!
Unidade IDepartamento de Mátemática 201
Resolução:
Sumário
Nesta lição, você aprendeu o cálculo dos extremos de uma função de duas
variáveis, aplicação das derivadas na resolução de problemas matemáticos-
Exercícios
Terminada a parte teórica, vamos apresentar as actividades de auto - avaliação.
Aconselhamos a resolvê-los todos. As dúvidas que eventualmente possam
surgir, poderão ser resolvidas com uma leitura cuidadosa do texto e os
exemplos apresentados.
Unidade IDepartamento de Mátemática 203
1. 2.
vértices .
10.
11.
tem exactamente um ponto crítico, onde f tem um máximo local, porém este
não é um máximo absoluto.
ponto .
17.Determine três números positivos cuja soma é 100 tal que seja
máximo.
18. Determine o volume da maior caixa rectangular com arestas paralelas aos
eixos e que pode ser inscrita no elipsóide
CHAVE DE CORRECÇÃO
206 Lição n013
.
Unidade IDepartamento de Mátemática 207
Lição n014
Aplicação de derivadas Parciais na
Administração e Finanças.
Introdução
Caro estudante, nesta lição vai aprender algumas aplicações de derivadas na
resolução de problemas em economia e administração. Esta lição pode ser
estudada em três horas, incluindo a resolução de exercícios.
Custo Marginal
Se a função de custo-conjunto para produzir as quantidades x e y de
dois bens é dada por C Q( x, y ) então as derivadas parciais de C
são as funções de custo marginal.
Em economia e finanças custo marginal é a mudança no custo
total de produção advinda da variação em uma unidade da
quantidade produzida. Por outras palavras, podemos ainda dizer
que o custo marginal representa o acréscimo do custo total pela
208 Lição n014
C
é o custo marginal com relação a x
x
C
é o custo marginal com relação a y
y
Na maioria das situações, o custo marginal é positivo.
Exemplo
Resolução
C x ln(5 y )
Custo marginal com relação a x é : ln(5 y )
x x
C x ln(5 y ) C x ln(5 y ) x
ln(5 y ) :
x x y y 5 y
C 15 2 x xy 5 y
2 2
4x y
x x
C 15 2 x xy 5 y
2 2
x 10 y
y y
C
x 3000 10 6000 63000 Mt
3000,6000
Unidade IDepartamento de Mátemática 209
Superfície de Demanda
Se existem dois bens relacionados para os quais as quantidades demandadas
são x e y e os respectivos preços são p e q, então as funções de demanda podem
ser representadas por x f ( p, q) e y g ( p, q) , supondo que as quantidades
demandadas x e y, dependam somente dos preços p e q dos dois bens. Se uma
função de duas variáveis independentes é contínua, ela pode ser representada
por uma superfície, denominada superfície de demanda.
Demanda Marginal
Se as funções de demanda para dois bens relacionados são x f ( p, q)
e y g ( p, q) então as derivadas de x e y são as funções de demanda marginal:
x
é a demanda marginal de x com relação a p;
p
x
é a demanda marginal de x com relação a q;
q
y
é a demanda marginal de y com relação a p;
p
210 Lição n014
y
é a demanda marginal de y com relação a q;
q
Em seguida, apresentamos três exemplos para uma melhor fixação das ideias
a
As funções de demanda para dois bens relacionados são dadas por x e
p2q
a
y com a 0 , calcule as funções de demanda marginal
pq
Resolução
x 2a y a
3 ; 2
p pq p pq
x a y a
2 2 ; .
q pq q p q2
x y
Como 0 e 0 , os bens são competitivos
q p
Exemplo 3
Se as funções de demanda para dois bens relacionados são dadas por x aeq p e
y be p q com a 0, b 0 então as funções de demanda marginal são
x y
aeq p b e pq
p p
x y
aeq p be p q
q q
Unidade IDepartamento de Mátemática 211
x y
como 0 e 0 , os dois bens são competitivos.
q p
Funções de Produção
A produção da maior parte dos bens requer o emprego de pelo menos dois
factores de produção. Por exemplo, trabalho, terra, capital, materiais ou
máquinas. Se a quantidade z de um bem é produzida usando-se as quantidades
x e y, respectivamente de dois factores de produção, então a função de
produção z f ( x, y ) dá a quantidade de produto final z quando as quantidades
x e y dos insumos são simultaneamente usadas. Para tal representação ser
economicamente significativa, supõe-se que as quantidades dos insumos
possam ser variadas sem restrições, pelo menos dentro da faixa de interesse e
que a função de produção seja contínua
Produtividade Marginal
Se a função de produção é dada por z f ( x, y ) , então a derivada parcial de z
em relação a x é a produtividade marginal de x ou o produto marginal de x e
derivada parcial de z em relação a y é a produtividade marginal de y ou
produto marginal de y.
3 1
Se a função de produção é dada por z 4 x 4 y 4 , calcular a produtividade marginal
de x e de y.
Exemplo: Resolução
z
1 1
z 3
3
3x 4 y 4 3x y 4
4
x y
z z
Observe que é positiva, mas diminui quando x aumenta. Analogamente, é
x y
sempre positiva, mas diminui quando y aumenta.
212 Lição n014
Rendimento em Escala
Os rendimentos em escala descrevem a variação na quantidade produzida,
resultante de um acréscimo proporcional em todos os insumos. Se a quantidade
aumentar na mesma proporção que os insumos, então os rendimentos em
relação a escala serão constantes; se a quantidade produzida aumentar numa
proporção maior do que os insumos, os rendimentos em escala serão
crescentes; se a quantidade produzida aumentar numa proporção menor do que
os insumos, os rendimentos em escala serão decrescentes.
Ou seja:
p 36 3x x 40 5 y y x 2 2 xy 3 y 2
P 36 x 3x 2 40 y 5 y 2 x 2 2 xy 3 y 2
p 4 x 2 8 y 2 2 xy 36 x 40 y
Unidade IDepartamento de Mátemática 213
p p
8 x 2 y 36