Você está na página 1de 1206

; o.

/
'
^A.-UD.-A.N INSTITUTE
GLOSSÁRIO
IA SO- A SIÁTICO
ACADEMIA LMò í:vh:.x\li^ó i>E LISBOA

(iLOSSAUlO

LUSO-ASIÁTICO
Monsenhor SEBASTIÃO RODOLFO DALGADO
PrafcMor 4» flMcnio m VwetíàUe àe Letni
da UBiTmidade ie LiabM

VOLUME I

COIMnUA
1MFKEN8A DA UNIVFJtôlDADE

1919
610430
^^ 7,
^Y
6lc LVtvv7c«/iwi;;K? Sc^fiâot

Abalizado filólogo, etnólogo e arqueólogo

Stn k:fcmHnfic <Se muita cott>tòcu»çâc,

mpnizoòc e aiahòãc

'Ú>c<Uca

& an4òu
PRKFÍrT<

tFoi de pouca dura a dominação dos portugueses no Oriente ; aca-


bon-se com a rapidez com que se adquiriu. Já nEo tremula o pendão
das quinas r do Hugli, ha cidade de Bombaim, no Malabar,
na costa de '>
.. ..............1,em Ceihlo, Malaca e Ormuz. Do iip-"<'^ -m-

pArio qn^ «Tgufra, como por encanto, o esforçado braço de

Albuquerque terribil, Castro forte,

80 restam uns pequenos retalhos, que vicissitudes políticas farUo talvez


passar para outras naçOes.
^ nem por isso ficará de todo olvidado o glorioso nome da
" ^~ ' ' as portas do Oriente, foi a primeira a
i-'Ute. conquistando terras para o rei e

ganhando almas para Cristo.


«As colossais fortalezas com que se depara a cada passo, e que são
'

-< na Africa; o padroado ec! que. se bem que


i cobre uma vasta área; e o> .., .. .us poi '<">'«<«s que

por toda a índia, atestam eloquentemente u sua \


. lumi-
nosa, quo, embora efémera em várias partes, exerceu todavia poderosa
Í!iflut'*i.i ,• (i. i\<.ii V "vtígios duradouros por todo o Oriente.
^Mi- 'Io do tempo, e, ainda mais d»' a,

.1 ;u ( à.» lio- Ào as fortalezas, e dissiparflo os


restos do poderio temporal. O padroado, coartando-se ainda mais,
desapan»cerá por fim sob o coDJnqto do várias circunstftncias. Os mes*
" '"
' '
iK passario, por > ou social, p<' ^ns

.ões, e, como vi ..._.. ,..,...% olhos em L ., . e


CeiUo, os Correias ser&o Carrie, os Coutos serio Coat, e os Soares
e Oomes sorflo Swarees e Gomeessc.
11 dAo se romjwrUo por >
m
.. 1 . .. ...,;•'"'• "ío se apagará to'

;i (-(UKinistu dos ioses, que se dibi


vm PREFACIO

posteriores, pela sua acçflo civilizadora toda especial e pela sua politic,
altamento igualitária o fusionista.
«A iníiuêucia que a língua lusitana exerceu no Oriente zombará certa-

mente da acçllo corrosiva do tempo o dos esforços dos homens, e será


um monumento vivo o perene da dominação e civilização portuguesas.
«È quando porventura, pelo perpassar de sóculos, o português nHo
fôr falado na pátria do Valmíqni e Viassa, contudo os vocábulos da bela
língua de Camões, adoptados o naturalizados nos idiomas indígenas, nâo
perecerão jamais, mas perdurarão juntamente com os mesmos idiomas».
Assim escrevia eu em 1900 na introdução ao Dialecto Indo-português
de Ceilão; o já havia uma dezena de anos que começara a estudar, com
maiores ou menores intervalos, a influência da língua portuguesa na
Ásia meridional, sob o duplo aspecto dos seus crioulos e dos vocabulá-
rios indígenas, bem como a reinfluência nela exercida pelos idiomas ver-
náculos.
E desde então tenho prosseguido na labuta, com mais ou menos
actividade, mas sempre com o mesmo ardente zelo e irremitente entu-
siasmo, derivados primariamente da entranhada dedicação a Portugal e
do empenho pela sua glória.
Os resultados não terão, quiçá, correspondido à aspiração e à expec-
tativa mas creio que não será descabido mencioná-los, para justa, em-
;

bora modesta, satisfação : Dialecto Indo-português de Ceilão, — de Goa,


— de Damão, — do Norte, — de Negapatão ; Influência do Vocabidário
Português em línguas asiáticas ; Contribuições para a lexicologia luso-
-oriental; Gonçalves Viana e a lexicologia portuguesa de origem asiático-

-africana, o o Glossário Luso-asiático, de que sai agora o primeiro


volume.
Qual seja o valor real desta última publicação os competentes o
dirão, e também aA^aliarão a soma de trabalho que tem acarretado,
assim na perlustração da nossa vastíssima literatura oriental, como na
investigação etimológica de tantas centenas de vocábulos, perteifcentes
a tantas e tão desvairadas línguas. Por mim, posso afirmar que, a des-
peito de toda a boa vontade e diligência, nâo é completa ou perfeita ;

nem isso seria de esperar em semelhantes assuntos.


O meu projecto inicial era tratar da nossa inteira lexicologia colonial,
asiática e africana ; e, neste sentido, tinha principiado a coligir aponta-
mentos e a coordenar o trabalho. Considerando porém, por nm lado,
que se antolhavam muitas dificuldades etimológicas com respeito aos
idiomas da África Oriental, e por outro, que a obra assumiria, à vista
do pleno traçado, grandes dimensões, achei prudente circunscrever-me
somente à Ásia, para que o barco não naufragasse no meio da derrota.
E por muito ditoso me darei se a Providência me prolongar a vida até
PREFACIO IX

levar ao cabo o presente ompreeadiraonto, assim limitado, atentos os


embaraços de elaboração e de impress&o, mormente nos tempos anormais
que s.

A ,
:ual (da qual esperam os optimistas quo ponha a huma-
nidade na posso do eldorado) tem entravado a comunicaçilo com certos
países, dificultado a aquisição de livros estrangeiros, e tornado demo-
rada e irro^ular a corrospondCncia postal, particularmente com a índia.
A Academia das Seiências levou a sua benovolôncia ao extremo de
dispensar o respectivo parecer para o Glossário, reputan<lo-o comple-
mento da Influência. O Dr. David Lopes teve a amabilidade do lhe
tecer antecipado elogio numa das sessões e de me subministrar muitos
' - i mentos com relação ao árabe. A Dirocçílo da Sociedade do
"
'a, abrindo excepção por motivos especiais, pormitiu-me consulta
domiciliária dos livros da sua rica biblioteca. O Sr. Inspector das
Bibliotecas Eruditas facilitou-me a leitura de algumas oJ)ras da Biblio-
teca Nacional. O vSr. Director da Faculdade de Letras requisitou, a
meu podido, várias espécies da referida Biblioteca. O Sr. J. A. Dias
Coelho, habilíssimo chefe do quadro do revisto da Imprensa Nacional,
também agora se prontificou a rever as provas mais de uma vez. O
Sr. Cândido Augusto Nazaré, ilustrado director da tipografia, envidou
toda a sua diligencia para que a improssilo fOsse possivelmente rápida
e esmerada. Amigos o homens do letras da índia obsequiaram-me com
a soa valiosa colaboração nas consultas que lhes fiz, tais como : os
Srs. Amâncio Gracias, alto funcionário da fazenda pública ; António
''
<> Moniz, magistrado em Damfto; Cristóvão Pinto, antigo depu-
, l.rnesto Fernandes, oficial da alfândega de Nova Goa; Dr. José
Maria da Costa Alvares ; Padre Ludovico FerrSo, missionário do Pa-
droado ; P. E. Pieris, juiz do Jafna e autor da erudita história da domi-
nação portuguesa em CeilSo, o qual, som relaçOos pessoais, pós à minha
disposição a sua cooperação no tocante às línguas sin '
tamul.
A «'stos e todos os mais que de qualquer modo ni« ,
ain o sou

auxílio deixo aqui consignado o meu inolvidável reconhecimento.

I i'ut.í.<i V. .,,.., .1.,,. A., f<UK

S. R DALOADO.
INTRODUÇÃO

I. — Influência do Oriente em Portugal

A influôncia de Portugal no Oriente, conquanto muitos escritores


«'gt^ • '— ins nacionais se limitem a encarar a sua dominaçSo
coh alto e de poucos resultados benéficos, apresenta-se-
•008, qoaodo detidamente perscrutada, com uma feição e um cunho
to<l' 'lar, e ai- o simpática — influôncia que outras
uai; ,„, ,
!•' se ropu: :adas e liberais, nrto lograram at»'« o
dia do hoje atingir com toda a orientaçfto moderna *.

Um facto da actualidade e do palpável evidOncia, que só por si

roj- •
*
padrão glorioso e um aferidor seguro dessa relação entre
os re» e os conquistjidos, é o reconhecimento legal e efec-
tivo da igualdade política e social, sem nenhuma restrição, de todos os
coloniais— lieos ou africanos — com os eu-
ropeus—~íii .,- 'í*' \'''iria>< fiil/inla»; k>^t r-ain'iMrsm

vastas, ricas e ilustradas ^.

Na concepção geral dos portugueses, o no seu consequente proceder,


-
as suas co? '
'o são d-: '
- '
'
os de exploração: pelo
contrário. .- .os de I is, para sua glorificação,
em diforontes climas, com raças, cores, castas, usos e costumes dissi-
mP 11, mas nem por isso menos port .le alma e coração,
s. !. , .rem a sorte do outras colónias nta.., .,.,.. >rento8. É tambOm
jM)r i'»t'' motivo que um portuguOs, nascido na índia ou na Africa de
pais europeus, não so peja de chamar-so Índio ou africano.
Sr-m !'
?tranlieza ou aHgurar-so um facto insuliuiu »'

A iiifluênviR 'Ía no Ar. ma rSrça


íiiila

;ij». — Hcyliger.1, trace* Hf I pp. tí e H


• • ,
'*'""" "'*" ^'•'.••'.' ....».•
p lo tolcrantt .. ^ - -.-...

diu sun ^c nSo podintn coiuiderar de*-


lal» puro Mtigtt» ariano». —
XII INTEODUgAO

rocento. iutuito primordial, o móvel absorvente doB primeiros desco-


bridores e conquistadores era dilatar os confins tomporais e espirituais
do reino, o vincular o Ocidente o o Oriento com os suaves laços de amor '.
Eis uma prova de subido valor, que é ao mesmo tempo um corolá-

rio : o rei do Portugal nao se dedignava do ser tratado pelos rajás ami-
gos do ^íalabar como seu ?Vwd!o — tratamento de que ôles, ajusto título,

mais se ufanavam, o que nenhum soberano de outra naçSo se dignou ou


mereceu receber do qualquer potentado da Ásia ou da Africa até o

presente, vivendo nós, aliás, em uma ópoca em que tanto se preconiza


a liberdade, a igualdade e a fraternidade do género humano ^. *
E nfto consta quo algum vice-rei ou governador estrangeiro tenha
jamais chamado minha filha a uma indígena, como o grande Afonso do
Albuquerque chamava indistintamente às naturais de Goa qii" ""^ -in-
vertiam e casavam com os seus soldados o marinheiros '.
Estes e outros factores análogos da política colonial demonstram
exuberantemente que, se os portugueses sabiam fazor-se temer dos ini-
migos e tratá-los com dureza, também possuíam o condão de ganhar os
ânimos, associando-se sem reserva e até identificando-se com os indíge-
nas, mormente se já pertenciam à mesma fó o eram pelo mesmo facto
irmàos *.

É precisamente esse íntimo e assíduo convívio que chamava a aten-


ção dos estrangeiros, naturalmente mais exclusivistas. «Os Portugueses,

* «A tenção principal que elRey dom Manuel seu senhor tiuera neste descobri-

mento, fora desejar a communicação dos Reys Gentios daquellas partes. Porque me-
diante ella e o commercio que he hum vso que procedeo das necessidades dos homens,
e fica hum vinculo de amizade pêra se communicarem hus com os outros : resultaria
desta communicação o amor, e este amor daria, as orelhas facilmente aos naturais
a que a fê de Christo fosse por elles acceptada». —
João de Barros, Déc. I, ix, 5.
* de Cochim a Afonso e Francisco de Albuquerque] que por
«Pedindolhe [o rei
seruiço d'elRey de Portugal seu irmão, pois elle tao lealmente defendia suas
cousas té offerecer a vida por ellas e perder todo o seu estado : consultassem entre si

como ali ficasse algum delles com mães gente do que ficaua ordenada à feitoria». —
«Pois não tinha por trabalho os perigos que passaua em defender aquelle seu reyno,
que era d'elRey de Portugal seu irmão». Déc. I, vii, 3 e 7. —
3 «Conteutauase com o dote que lhe AfFon.so d'Alboquerque daua, e mimos que

lhe fazia, chamando a estes taes esposos ^renroí, e às molheres filhas». — Déc. II,

V, U.
»E já a este tempo haveria em Goa quatrocentos e cincoenta casados, todos
i- ri idos delRey, e da Rainha, e dos Senhores de Portugal, e eram tantos os homens
que queriam casar, que se nào podia Afonso Dalboquerque valer com os requeri-
mentos, e elle não daua licença senão a homens honrados». Comnientarioê, iii, —
cap. 2.
* «A qual obra [reversão de Frei António do Loureiro ao cativeiro do rei de

Cambaia] acreditou tanto nossas cousas, que não tardou muito vermos quanto apro-
veitou com elles, hauendo sermos homens que tínhamos duas partes hua pêra muito :

temor, e outra pêra grandemente amar por mal, sermos mui esquiuos vingadores de
:

oíFensas e por bem, em extremo fiéis na amizade, e cumpridores da nossa palaura».


:

— Déc. II, vil, 3.


INTRODUÇÃO xr.:

escrevia Pyrard de Lavai om 1615, tiram um espantoso lucro em toda


a p •
com 08 naturais, que
os ;í. ^ ^... w...v,3 08 seus raarinhoir"« "
pilotos HJk) ímilos, ou gentios ou mouros». Viagemy i, p. 368.
que dessa expansibílidiulo social e intimidade igualitária, a

da
parte dos portugueses nos povos asiático*; d, reversamente, influência
los, uflo menos poderosa, dos orientais no» filhos de
. ...,.^... V, ,
... seu intermédio, no resto da Europa.
A primeira está expendida e exemplificada em outra obra. Para
delinear a segunda, socorrer-me hei das autorizadas e eloquentes pala-
\Tas de Cor. ''
V '

lO que <

,
se passou no domínio da sciencia, da arte,

da industria e da economia politica ; as profundas modificações que a


partir d'essa epocha solemne revolucionaram as relações coramerciaos
ontre o ^•'••"nt.. ^ o Occidonte. . . constituiria assumpto n!lo de uma sim-
ples (•(. mas de muitas, as quaes ainda assim haviam de
;, ser
iii>-ii!!iriente8 para tfto complexa exposiç?
" ' ' !iica sem par na nisiuna ae iv >s,

imp .) ama revolucfio profunda era ton as ^

que com a geografia se relacionam. A ethnologia teve entflo noticia de


nov os, para preencher o quadro das suas classificações

incoin 1- ia:-. •' ""e'^istiea só se tornou possivel como disciplina de m>'-


thodo riy<»roso, depois que esteve do posse do enorme material que
conhecimento de tantas sciencias, até então ignoradas, lho forneceu.

outi - : . _ .
,
Lfa

fauna, outra flora, outros céus, outras terras e outros mares, ofierece-
ram novos •
rvaçáo n'um campo novo, inexplorado at<^

alii. F ron>iiMu..iui-:^. . .n.i.»: a nova botânica, a nova zoologia, a nova


anthropologia, a nova goographia, a nova ethnologia assentes na base
definitiva, que lhes fornecoa o critério comparati\
' '
'
' !'• mais Cl • 8-

sa\..... . .... , . , .m na sua ^^-^ - -- . , - :> o


curiosidades da Ásia. mas também viuham providos de novas ideas.
variali-s > c O aventuras; vinham tr.r
.:......;..... ... ••.•...;!
in.-i.ln<, ,^, ui "II ite do^ i|u.-

ii.iM M;; 1
pai», h i pela sua
lii.: .

'
ill r. 'I tlinnnn <m
XIV INTRODUÇÃO

lares o oxcôntricos, e às vezes os ridiculizassem, do mesmo modo que


eles o faziam na índia aos reinóis recenchegados. E por isso que Fran-
cisco llodriguoB Lobo escrevia em 1619, referindo-se aos hidiáticos:
«NSo sabem dar hum passo sem palanquins, bajús, catanas, bois, larins
; e outras palavras,
e bazarucos que deixam em jejum o entendimento
dos ouvintes, sem por isso os seus ficarem melhor acreditados» *.

Mas, evidentemente, não mereciam censura; nao era por afectação


calculada, era por mera espontaneidade, proveniente da prolongada
prática,que se sorviam na sua conversação de termos peregrinos. Não
levavam, de certo, às costas, à maneira do caracol, como nos atesta
Tomás Ribeiro (nas Jornadas) que o fazem os ingleses, a sua casa, o
sou home: adaptavam-se ao ambiente em que viviam; faziam-se índios
com os índios, chinesescom os chineses, japões com os japões, naires
com os naires, brâmanes com os brâmanes. Praticavam a seu modo o
que S. Francisco Xavier exercitava, à imitação de S. Paulo: Omnibus
omnia factus sum.

11.— Influência de idiomas asiáticos na língua portuguesa

O Conde Angelo de Gubernatis, transviado pelo patriotismo desre-


grado e pelo pouco conhecimento da literatura portuguesa, abalançou-se
a exarar, referindo-se aos seus patrícios, esta afirmação paradoxal» :

«Mas ao menos esta parte exterior da sua vida [dos brâmanes] os nos-
sos viajantes, recordando-se de ser povo de artistas, quiseram todos,
dum modo ou doutro, representar ;
pelo contrário, mais grosseiros o
mais ávidos que os nossos, os portugueses, à excepção de pouquíssimos,
gozaram-se *sibaríticamente da índia e a depredaram;, sem ver, sem in-
vestigai' mais longe» ^.

Não podia haver apreciação flagrantemente mais injusta e dispara-


tada. Aqueles que ao Conde se afiguraram «pouquíssimos» constituem
uma legião, como demonstra a bibliografia desta obra, além de muitos
livros inacessíveis ; o a índia depredada ainda hoje se recorda com gra-
tidão e saíidade dos benefícios materiais e espirituais que deveu à acção
civilizadora dos portugueses sibaHticos ^.

1 Corte na Aldeã, Dial. ix.

Storia dei Viaggiatori Itáliani, p. 321.


2

3 «Pelo que respeita à influência da colonização portuguesa sobre


os costumes
dos habitadores indígenas, bastará dizer que desde o princípio os missionários por-
tugueses pregaram o cristianismo e fundaram escolas cristãs. Inútil é acrescentar
. .

que a obra dos missionários introduzia ao mesmo tempo os primeiros elementos da


civilização europeia e as ideas dos conquistadores, emquauto os costumes começa-
vam a abrandar-se sob o influxo do cristianismo». — Heyligcrs, op., cit., p. 12.
«Os liolandeses e os seus cessaram de ser lembrados pelos siugaleses da
feitos
fegiâo baixa ; mas os chefes do sul e do oeste perpetuam com orgulho o honorífico
INTRODUÇÃO XV

E, com todo o seu putriotísmo e erndiçflo, não poderia o oriontalistn


os um viajantt' nacional — seja Marco Polo, Conti,
\ ... ,.. ^.... ussetti ou Valle — que tivesse vivido em contacto mais
intimo e dirocto com todas as camadas de homens c conhecido melhor a
organização social e politica, as religiões, as tradições, a psicologia e os
' ' 'i índia, entendida no sentido mais lato, do qu»» Duarte Bar-
da Orta, Diogo do Couto, Gaspar Correia, Fernão Men-
i

des, Gaspar da Craz, Jacinto do Deus, Francisco de Sousa e tantos


outros. Jofio de Barros, sentado na Casa da índia, em Lisboa, sabia
do O.i^r.t.. euj particular da índia, muito niíiis, nomeadivmonte com
^>

rolii ogratia e à história antiga, do que muitíssimos viajantes de


nomeada, antigos o moderno-
Os /.* ' <.
'

as i.cíidas, a Chronica dos Ueis de bis-


' '

naga, a / ,
, oquios, Os Lusíadas, as Cartas de Japão, o
Vergel das Plantas, o Oriente Conquistado, a Conquista de Ceylão, a
Xoticia Summaria da Cochinchina, etc., sSo monumentos imorredouros
de fino . -' '^» > de observação, de ávida curiosidade de saber, de pa-
ciente ii. .lo, de exame maduro e imparcial, de estudo bem dige-
rido, de inlbrmaçOes pormenorizadas e em primeira mâo, de tilo subido
''
valor, íj principalmente aproveitado os viajantes estran-
geiros, <
^ jres, e doles nfto podem prescindir, segundo o
I
. /o dos orientalistas despreocupados e conscienciosos, os que tratarem
devidamente da índia, da Indo-China e do e-xtremo Oriente*. As suas

título de dom qoe lhes foi concedido pelos primeiros con(]uistadores, e ainda ante-
f>dein ao« seu£ antigos patronímicos os sonoros nomes ciistilos dos portugueses». —
'" '"
Sir .' , Ceylon.
.rca de cartinhas por oníde simsynam os meninos, e pa-
Irecercm estamdo u arca e orde-
,
,o8 a ler e esprever, e avcrá na , , j .

cscolla pertode cem moçoe, e aam deles Hlhoa de panicaees, e d omeens bonrrados;
sào muito agudos c toiri: que lhe emsynam e cm pouco tcDjpo, e sam todos - ' i

c-ristSo«a. Afoimn di? —


me. Cartou, i. p 44 .

doutrinar nas cousas


't' :
ria, VIM, cap. 5Í03.
18 populações catbolicaa, que ainda por li estSo, c-m terras onde ha longos
r'iemoe o dominio, e ainda unem á veneraçio pela sna crença o respeito
'
do nosso paiz, provam quilo fundu haviam puiit-tradu a palavra o u itifluio

-K.

:i8 cbronicas que tiot forào


ioM de i'entco) foi por esta maneira». Uòc. II, ti, 2. — «E segundo oe
I
.. L ;»yf<* di/'tn 'dr quem ««>* '
* ttta rtlaçâo)». Déc. II, vi, 4.— «"- '"

tTH'i A. ím. - , I .ii>. 1,4 cm siia- •»


per uoniu antigo lho cham&o S« :

'l.i-< ^ cm tua propria lingua ondt o vimoê*. Die HI, it,

1 1

' «NAo é, talvez, ex que para o estudante da história do <

Ciiiquisfn M.> KeruAo «it .^,., ...,..j , <,-imouto sobrelevada em valor p«la grauUt ..>-
iii< a MiiL.il' >.i, o A/(t/uitrafwa». — P. E. Pieris, Introduction ao livro Ccmifuista dt
XVI « INTRODUÇÃO

traduções, a sua inclusão em colecções especiais, as constantes e elogio-


sas referôncias comprovam-no de sobra *.
Nenhum botânico podo versar a flora oriental sem ter à vista a ina-
preciável obra do nosso- Orta, como se colige de Cristóvão da Costa,
Bóncio, Piso, Rheede, Rúnfio ^. A Dócada V é um tratado dos princi-
pais sistemas religiosos da índia, escrito com tanta minudência, clareza
o precisilo, que qualquer indianista dos nossos tempos se nílo dedigaaria
de o subscrever. É Diogo do Couto quem nos ensina, confirmado no
século passado por CaldwoU, que o «venerável» pariá Valuvar compôs
1:330 aforismos poético-religiosos, e quais são os assuntos de que tra-
tam. É tambOm êle o primeiro orientalista que identificou, como reco-

nhece Ynlo, a de Barlaam e Josaphat com a de Buda, do


lenda cristã
que agora outros reclamam a honra, por nós nâo curarmos pugnar por
nossas lídimas glórias ^.

Factos desta ordem são infalíveis indicadores da familiaridade dos


portugueses, em geral, com os povos, línguas, literaturas e lendas do
Oriente. D. João de Castro Fernão Mendes, Lopo de Sousa Coutinho,
*,

António Galvão, Diogo do Couto, João Ribeiro, Gabriel Rebelo, eram


tão bons escritores como valorosos soldados sabiam empanhar com igual
;

habilidade a pena e a espada. O próprio grão Épico, com o «braço às


armas feito», tinha a «mente às musas dada», como demonstrou mais de
uma vtíz na índia. Os mesmos negociantes, a pedido de João de Barros e
outros sequiosos do orientalismo, consigníivam nos seus cadernos, em-
bora em linguagem tosca, informações históricas, descrições de vários
géneros e impressões pessoais, tão interessantes e valiosas, que reconhe-
cem agora os ingleses que o livro editado pelo Dr. David Lopes é indis-

i Cumpre notar que se uão pretende com isto contestar ou depreciar o grande

merecimento de vários viajantes estrangeiros. Os italianos, em particular, atenta a


sua curiosidade e ilustração, se se achassem nas circunstâncias dos portugueses,
fariam, de certo, outro tanto ou talvez mais. Tratamos, porem, de factos incontro-
vertíveis e de documentos históricos — «E Josepe [cristão de S. Tomé] foi ter a
Roma e a Veneza, e do que lá disse da sua christandade e costumes, ós Italianos que
nisto são mães curiosos que nós, fizerão hu summario que está incorporado em hu
volume latino intitulado Nouns Orhis». Déc. I, v, 8. —
Também, se não fossem os ita-
lianos,perderíamos alguns dos nossos manuscritos, que só conhecemos por suas tra-
duções. Vid. Collecção de Noticias para a historia e geographia das Nações Ultra-
marinas.
* «Garcia da Orta é talvez o primeiro europeu que examinou e descreveu cri-
ticamente laca na índia, e dá as propriedades e os usos assim da matéria corante

como da resina com tal minuciosidade, que se pode citar o passo como da pena dum
escritor do século xx em lugar do do xvi» — Watt, The Commercial Products,
p. 1054.
í Vid. o artigo ágama na presente obra.
* «Alleyxos de carvalho me dixe de parte de vosa s. que lhe mãdase allyxandrc
em parsyo, la lhe mando haindaque has escreturas destes mouros teuhoas por menos
autentes que as nosas». — Fida de D. João de Castro, edição de Fr. Francisco de
S. Luís.
INTRODUÇÃO

peusável a quem queira tratar do extinto reino de Bisnaga, que rcpro-


sontou am papel tAo importante na história de índia *.

!* '
* ' - i: -r>
^ j^j índia — assunto muiiu uiumíiuu — era
.- a estudá-las e rebatô-las, visto que, doutro

modo, não haveria verdadeira evaugolizaç&o nem conversões aos milha-


r E que os nossos evangelizadores as perscriftavam, consta das
•>.

Curtas do S. Francisco Xavier, das Cartas de Japão, das Relações An-


nuaes, da Noticia do Gentilismo, e áo tantas outras obras impressas que
conhecemos, alôm das que ficaram, por nossa incúria, em manuscrito,
''
' '" iiicisco Negrfto, Padre Manuol Barradas, Padre Fer-

Confrontem-se os antigos indiam'stas nacionais com os estrangeiros


los XVI o xvii, e depreendor-so há claramente quo os nosaos os
am totó coelo pela cópia de vocábulos vernáculos, pela exactidão
iriçOes e pela precisão d<' definições, o que os outros hauriram
os seus conhecimentos imediatamente das fontes portuguesas, e ropro-
'
- 08 termos peregrinos com idênticas formas, que dopois foram
ias por ortografias peculiares.
Fenómeno bem explicável. Pouco depois da chegada dos portugue-
•i sua fala, modificada o simplificada, tornou-se /ííi^íMa /mnca
.... úrio de comunicação entre os europeus e os naturais, entre
o8 europeus de diversas nacionalidades e entre os próprios indígenas de
ontes idiomas; e fraccionou-se rapidamente em numerosos crioulos,
* ^
s fora do domínio portuguOs ; o que se nilo deu, pelo
. amplitude, com nenhuma língua das nações que poste-
riormente figuraram no teatro político do Oriente '.

' Vid. Chrouieu do9 JieU de fíitnagá; Sewell,A Forgotten Empire.



«Quanto k genealogia de Brainá e doutros idvlos fabulosos dos índios, e ao que
* ' -ia, remeto o leitor aos livros do Padre Frei Francisco Ne-
' '

lU X da Crónica das cousas feitas pela sua Ordem na India,

i.-... O r '^a

.1 em poiíi ia

Tio e das cousas dos gentios indianos, c mostra que faia com bom tuudamento».
tr'> '! -Il.i Valle, Viuggi, carta de 22 de Março de 1G23.
portuRuôs é mais ou monos entendido por todas as classes na ilha de

nd. Vid. LftcUccto Intio polo autor.


-i. ~' i.ir, vos direi o que mu
I

;i. . .... — , ........v.^ ao seu princlpe


erdeiro (de Nixnmojiál, que ent4>nce8 era bom* m de 30 annot, muito forçoso, bem

* >rta, i ol. xxzvi.

Perguntava um padre português, em ltí€3, a uns missionários franceses que de


Surrate pretendiam ir para a China: «Mas em passando de Surrato em que Ungoa
se bio VV. S8. de explicar? Na PorttÊffueãa, ^ue he a mais tamierealf nio ;
porqne a
xviii INTRODUÇÃO

As dições vernáculas, iuseridas no português oriental e importadas


em larga escala pelos seus crioulos, deviam naturalmente transmitir-se,
se bem que em menor número, ao português continental e nele oncorpo-
rar-so para sempre, enriquecendo assim consideravelmente o seu voca*
bulário o testemunhando a repercussão da influôncia asiática, aere pe-
rennius *.

III. — Influência de idiomas asiáticos em outras línguas europeias

Logo que os portugueses iniciaram as suas conquistas no Oriente,


acompanharam-nos muitos indivíduos doutras nações, principalmente da
Itália, como artilheiros, comerciantes, viajantes e aventureiros, alguns
dos quais desertaram o combateram contra os seus protectores, como
em Calecut;
Nas obras que escreveram ou que trasladaram dos originais portu-

gueses, de que se apropriaram, reproduziram, de ordinário, os vocábulos


asiáticos na forma e no sentido em que os conquistadores comummente
os empregavam, como se ve nos livros de Empoli, Sassetti, Balbi, Lin-
schoten, Beaulieu, Pyrard, Tavornier, etc. Alguns chegaram até a copiar

os erros tipográficos dos nossos autores ^. Quando se desviaram das


fontes,erraram amiúde na feição vocabular ou na significação, como
Barthema e Carletti. Vid. ágama e corja no Glossário ^.
Quando os holandeses, os ingleses, os franceses e os dinamarqueses
seguii'am na esteira dos portugueses, e se apoderaram de vários retalhos
e estabeleceram feitorias, adoptaram o mesmo processo de se servir,

mais ou menos fielmente, dos termos orientais, tais quais tinham passado

nâo sabem, nem aprendem. A Latina e a Franceza totalmente se ignora pelos natu-
rais». —
P. Manuel Godinho, Relação, p. 45.
1 «De todo este tracto e communicação com tantos príncipes africanos e orien-
taes, antigos e modernos, continuado por longos séculos dentro e fora da Peninsula,
necessariamente haviam de vir, e eíFectivamente vierào, aos idiomas das Hespanhas,
e em particular ao portuguez, muitos vocábulos, frases, formas e idiotismos das lín-
guas daquelles povos, assim como nos vierão usos, costumes e praticas, que ainda
entre nós se conservâo». — Cardeal Saraiva, Glossário.
' Por exemplo: aedição dos Colóquios (de Garcia de Orta) tem eZevt poí
1."

eZenzcomo nome malabárico de lanha (q. v). Linschoten, em 1Õ89, e Rúnfio, em 1690,
transcrevem elexi no mesmo sentido, mas o segundo conjuntamente com lenni. Dellon
(1670), porem, substitui-o por elenir, propriamente ilanlr.
3 „A palavra chakka da língua do Malabar foi invariavelmente transcrita Jaco
em português. Escritores italianos reproduziram-na por:' c.iake (MarignoUi, séc. xiv),
ciccara (Conti, 1444), ciaccara (Barthema, 1510), giava (Sassetti, 1586J, ^tacca
cat-iii,

(Fr. Vincenzo Maria, 1655), ciaca (Fra Paoliuo, 1786).


O Padre Charlevoix conhecia sem dúvida as Cartas de Japão dos nossos missio-
nários ;mas, por seguir. o Padre Crasset, estropeia muitos vocábulos japoneses, como:
iambus por iamabuxis, xenxus por jenxus, xodocins por jodoxus, conikus por conixtis.
INTKOUUÇÀO nx

pelo cadinho portuguCs, o que ouviam do viva voz ou lioin nos livros,
como 80 podo verilicar nos seus autores e no decurso d{>8te Glossário ^
Os • ros quo vinham a I^isboa, qne ora oiitHo um ompório
oriental. , . oT OU examinar produtos ou animais asiáticos (africanos

'
r ' i
'iros), levavam consigo, como ora de esporar, nomos qne aqui
vogavam e transmitiam uos seus patrícios'.
No decurso do tempo, alguns dCstes vocábulos. in..i> \ in;^;ui/ado8,
foram acomodados à índole e à ortografia da respectiva língua e à
etimologia popular ; e por isso ficaram enormemente desfigurados, a
ponto de se lhes náo conhecer a verdadeira dorivaçJlo ou de se dar
incorrecta. Assim temos: bois d'aigle o eagle-wood por /;au de ágiiila;
liJte-de-mer e beech-de-mer por bicho do mar; bayadere por bailadeira;
itrós por alcatraz; cutter por catur; coí por catre; rwacrec por maca-
itu; viort-dechien por mordexim ; pant^que por pataca; mangouste por
inangng; hrvf por boi (tporta-sombreiro») ; main por mão («pOso in-

diano i)
^'
. que tintiam sido outrora daqui exportadas, ou tinham
cá SI ....as portugueses, foram modernamente importadas no país,
por escritores eruditos e dicionaristas solícitos, com trajos exóticos e
burlescos, tais como : aligator por lagarto ou lagarto de água ; babouches
'^
por ; .
que, foneticamente, só existe em francOs (os ingle-
ses [
lentemente) por formão; litcki por lichia ou lechia;

rajah por rajá ou raja ; schah por xá ; shogun por xogum .


Nfto sendo as palavras, que os estrangeiros adoptaram por via do

' "Li Ití dos n"- ludianog, SC bem que


Bcjain por. a fontcB ' um intcrniódio por-
tuguês». — Yuie,
A Gioêsary, p. xv.
' Genoa passaram desde ciit;'. ...
«Veneza e ^,.4; ,-.. uiqimnto Lisboa, .,. , *

tomando-lhet o lagas, so tomou a primeira cidade comercial do mundo, onde aibiiam


"
f^ nier-

'l>.
cit,

tucnmcniaflo nos respectivos vocábulos.


* «A velha orto^rapbia portugueza
dos nomes oricutacíi era sonicamentc muito
ta. Xá e ."
'

<x. "" iana c arábica, como Xer-


r >r m>5 <\A '
o«*-rioí<, pnr/'m, que a sua

-, tanto pelo

mcuto de incerteza na leitur.^ -


Fi calho, Col

I' •

.•
1- ia,

'^,

"•
Hãu Oases, M portugueses ou franceses ou germânicos, e se nio se extasiariam melhor
-- ''
' V —representa, na língun original, uma í<'' '•- -ija
'

com a du nosso x iniciul mas o ; c 'S

oácuUlinlas ^lòt^> opU/u pv>r sU, que é fouema inglês, sem valor em portu^^iu:».
XX INTRODUÇÃO

português, moros sons sem sentido, mas representativos de ideas e desi-


gnativos de objectos, ó evidente que deveram o seu conhecimento pri-
mordial a Portugal e às suas colónias, e indirectamente se sujeitaram á
influência de línguas asiáticas.
Vái-ios desses vocábulos sRo derivados pelos lexicógraíbs estrangei-
ros imediatamente do português. Há, porém, muitos cuja etimologia vRo
buscar directamente ao Oriente, em desacordo com o testemunho da
história, legítimo aferidor de etimologias. O presente trabalho, restrin-
gindo-se, de ordinário, ao inglês e ao francês, indica as formas que os
vocábulos de origem asiática, recebidos, em regra, pelo canal português,
assumiram nessas línguas *.
Mas não somente para as línguas vivas da Europa e para o latim
moderno, mas também para a própria nomenclatura scientífica, princi-
palmente botânica, transitaram com o cunho português numerosos ter-
mos orientais ou de significação oriental, tais como : Lacerta aligator
= lagarto, «jacaré, caimão» ; Herpestes mungos = mangus , «icnêumon da
índia meridional»; Abada = bada, «rinoceronte da Indo-China e Malá-
sia»; Áreca catechu = areca {cate e cáckii), v arequeir nv Pijier betei
', = bé-
tele; Mangifera indica = manga, «mangueira»; Cocus nucifera = coco,
«coqueiro»; Psidium pyriferum=pêra, «goiabeira» 2.

IV. — Nomes portugueses dados a objectos orientais

Quando Vasco da Gama e os seus companheiros e sucessores trans-


puseram o cabo Nam, passaram o Bojador e penetraram no mar tene-
broso, viram uma quantidade de avos e peixes quo nunca tinham visto,
e não sabiam como lhes chamariam, Kecorrendo então às analogias e às
suas observações pessoais, deram-lhes (como Adão no Éden) nomes que
julgaram mais apropriados, e que posteriormente foram adoptados pelos
mareantes doutras nações. E assim surgiram alcatrazes, antenais, man-
gas -de-veludo, feijòes-fvades, rabos-de-junco, rabos- forcados, pintados,
brigadeiros, almas-do-mestre ;
peixe bonito, voador, albacora, serra, pâm-
pano, madama, etc.

1 As abcmações e a aualogla mostrarão que outros idiomas europeus, se possuem


tais palavras, deverão admitir idêntica procedência, particularmente o holandês.
«Logo que Portugal, e sobretudo Lisboa, se tornou o empório central dos produtos
da índia, os negociantes holandeses começaram e mantiveram com essa capital um
comércio muito activo e sempre em incremento, de sorte que era por seu intermédio
que se fazia a venda destas mercadorias nos outros países da Europa«. Hejli- —
gers, op. cit., p. ò.
Semelhantemente, muitos nomes geográficos denunciam o crisol português,
*

como Ceilão, Calecut, Goa, Bombaim, Bengala, Cochinchina, Barmâ {Biiinâma, que
:

é sua corrução), Japão. Outros vogam traduzidos, como Cabo de Boa Esperança :

=^ Cape of Good Hope, ou simplesmente Cape; Costa da Pescaria jPísAery Coast. =


INTRODUÇÃO xxi

E quando nport«rnm h índia, acharam-se em nra país totalmente


costouie», religiões diyersas; flora, faana,

. .
'
>. pesos o medida-
iL-. í. ..- ir o registar na-
teiros e memorandos.
Do uns poucos já conheciam os nomes, transmitidos pelos árabes (ou
~ rianos) e correntes na Europa ou somente na península
. por exemplo : a?íi7, arroz, açúcar, alcajifor, laranja
limão, gengibre, canela, cravo. Mas que fariam com os outros ?

A analofria \ a voz prestar-lhes o seu valioso auxílio: um


fruto, que se as.v va a um papflo, foi chamado coco, e a árvore

que o produzia teve o nomo genérico do palmeira ; um fruto saboroso,


(jue tinha uns longes de figo, denominou-so fgo da índia; um outro,
• - da América e parecido com a pOra, designou-se por pêra,
' 1

da sua naturalidade era goiaba ; a curcuma, quo tinha


ais
vis.i'» i
' açafrão, ficou sendo açajrão da terra; a insígnia do hindu roge-
'
'
o, que se podia por linha on linhas ; qaem
., ,... enos e dos noóíit ia bem o nome áo pai dos
<»*> ,• am metal, que era como cobre, mas branco, podia sem impro-
pr,. ir i' donominar-se cobre branco.
.\ '
=so, a flora possuía várias esp» ci'> ijii>- unhara propriedades
caril' is o conspícuas, das quais tiraram olas os seus nomes: uma
an'ore, cujas floros se murchavam durante o dia, denominou-se árvore
utra, que deitava dos ramos raízes compridas, nomeou-se ari'ore
u .<; outra, de folhas muito amargas mas medicinais, foi conhecida
por amargoseira ; uma flor, que servia para engraxar o calçado, cha-
de sapato; outra, que desabrochava à hora da merenda, teve
mou-se flor
'
"^ ' ' — <^a ; uma fruta, que era como uma estrela, desi-

'/a ; outro fruto, que servia para contas do ro-


.-ário, alcouhon-se fruta de conta. Identicamente, pau-de-cobra, pau-rosa,

'
. .
^ produto também snbministrava nome porfn-
^\i<'-s : iii'irmrlo de fíenffala, fava de Malaca, amendoeira da índia,
./.' ('I:i,:'i. /; / 'ui, ãveUl do índia, mal de Ormuz {•fí\án&*), mal
'/' :

'
nalógico e atributivo se seguiu, pdsto que em
menor escala, na fauna : cobra de capelo, cobra alcatifa, cobra cuspi-
fh'>r<t. rnlrtt de ratou; bicho de palmeira, bicho de mar, lagart
I'l'ls.HUru duillinicO, pássaro do ",,/ iw! r,' mni-r i,.>; r,' iifdr.i I

d' rn, peixe pâmpano.


Outras palavras portuguesas adquiriram na índia signiticaçTies espe-

ciais, como: c€uta, na accpçfto de tclasse social do regime bramAnico» ;

^ Pau»/erro é traduçlo do maiaio kájfu bin


XXII INTRODUÇÃO

sombreiro por «guarda-sol grande» ;


pano pintado por «chita»; bailadeira
omnlher quo dança por proíissílo»; bacia, «prato que se tange com uma
baqueta; espada preta, «íilfange tiraorense» ; mouro, «maometano» ; co-
munidade de aldeia, «peculiares associações agrícolas»; lavrador de pal-
meiras, 9 indivíduo que extrai seiva delas» *.

V. - Carácter sematológíco e morfológico


dos vocábulos adoptados

Nao tendo os portugueses na sua língua palavras para designar


objectos desconhecidos, nem bastando o processo de analogia, de deno-
foi necessário adoptarem
tação característica e de procedência geográfica,
os nomos correntes na respectiva localidade, que primeiramente foi o
Malabar ^. E o nome que foi uma vez adoptado aplicou-se, era regra, ao
idêntico ou semelhante objecto doutras regiões, ainda que estas possuís-
sem seus termos vernáculos. Assim, encontramos pagode, andor, p>alan-
quim, bétele, caixa, manga, chuname, nSo somente na índia,mas igual-
mente na Indo-China, na' Malásia, na China, no JapUo. <P
Os referidos termos peregrinos podem agrupar-se, para maior cla-
reza, em certas classes principais :

I. Nomes de objectos inanimados, tais como : a) os de tecidos, que


sâo numerosíssimos e, loxicológicamente, difíceis ; b) de embarcações de
diversas regiões, os quais também não são poucos, e alguns deles obso-
letos nas próprias localidades ; c) de moedas, pesos e medidas, em parte
antiquados e de procedência incerta ; d) alguns de metais e pedras pre-
^
ciosas ; e) uns poucos de vestuários *
; f) muitos de drogas medicinais
^
e industriais ; g) alguns de instrumentos músicos ; h) uns poucos de
documentos ^ ; i) de louça ^
j) de artigos culinários
;
*.

II. Alguns da fauna da Ásia meridional, cemo : abada, ganda, ema,


nilgau, chitela, bibió, manduco, talagóia, mangus, nore, martinlio ; —e
copiosíssimos do reino vegetal e dos seus produtos ^.

m. Alguns nomes de geografia física : canie, patana, atol, cantor.

^ Vid. também boiada, brinco, cangalha, cartaz, caseiro, carruagem, descendente,


dobrado, enganchado, enrolado, fama, fechado, vigiador.
*oChamamoslhe betre, porque a primeira terra dos Portuguezes conhecida foi o
Malavar. Todos os nomes que virdes, que Ham sain portugueses, sam malavares
.
.
;

assi como betre, chuna, que he cal, maynato, que be lavador de roupa, patamar, que
he caminheiro, e outros muytos». — Garcia da Orta, Colóquio de Betre.
3 Calaim, tutenaga, tambaca ; babagore, jagonça, manica, perose.
* Cabaia, baju, quimâo, camarabando, dotim, chole, papuses, patola.
* Habana, murdangn, baba, gumata, xinga, goto.
6 Chapa, cartaz, formão, potto, goguensi, goxuim,
"^
Pires, bule, chávena, baião, anehão.
* Canja, caril, apa,foguéu, bringe, balchão, papar im, bibica chau-chau.
9 Só com relaçSo ao coqueiro, temos os seguintes : ala, churta, ide, murindo, sura,
INTRODUÇÃO

coêana, horwh, culna ; — uns poucos do geografia política : cai;abè, pra-


gana, p" a, corla, fu, cheu.

IV ., ..uenos nioteorológicos : monqão, tufão, macaráu,


êamatra, vara, elefante, terral; — e de doonoas :morrlexim, héri-béri, pa-
nicale, naru.
V. Nomes (le raslas : hramcmr.i, i fmronus, Huuron, udiri'n, iiunuas,
ehaliáê, poleàs, pariá* ; — de dignidades : samorim, rajá, xá, paxá, mo-
deliar, bendará, mandarim, aitau, dairi, cubo, Jacata, tono; — de profis-
sões tí II v, chatins, banianes ; Jiaiques, lascarins, sipais,
aravhes , ... ,...,.zes, cules, bole.

VI. Nomes de religiões, com sufixos portugueses : bramanismo, hin-


duUmo, biLditmOy jainismo, xintoismo, lamaismo, tauismo ; de seus deu- —
ses: Brama, Vixnu, Xiva, Ganes, Cali, Amida, Xaca, Camis; do seus —
templos: pagodes, varelas, terás, dágabas, mias; — de seus ministros e
religiosos : gurus, botos, saniassis, jogues, faquires, bonzos, bicos, tala-
rolins, Jotoqués, icoxus; — do suas festividades, cerimónias
c ,.,,.., Ao culto: sigmó, dosseró, calo, 'firnJi >>ii-<í h,,,n tirin, lu-ng.

sado, tulossi, suriapano, olli, morchéis.


VH. Uma grande quantidade de termos técnicos das associações
- '^.^ aldeanas de Goa, muitos dos quais silo do uso restrito em por-

V6-se da sucinta enumeração que as palavras recebidas designam,


! iide, objectos materiais, e sfto todas substantivos. Mas
„.., ,:.vo.
ins destes vocábulos, porOm, transportados para a Europa, nllo
conservaram a sua significação originária, ou tiveram outra acessória,
como: ehatim, veniaga, pagode, corja, caurim, bailéu, amouco, sumbaia,
canja.
O» portugueses, todavia, não se contentaram com os tormos impor-
tados ; formaram dr-les muitos derivados : substantivos, adjectivos e ver-
bos íotiio. por <'x<'inplo : chatinar, chatinagem, guazilado, nuindarinadOy
inttifliniii' t' . nii'li h Uado, tanadaria, gancaria, ganrarial, bonzeria, bon-
.:<'/./ nagodento, mutrado, fotewlo, enjangado, embangueado (de bangue),
' '
'
mpolear, encachar, engunar, eu-
ro.

Derivados botAnicos s&o sem conto manga mangueira, manguei- : >


'(i, urecnl ; raju'^ cajueiro, rajual ; jaca^jaqueira^

. . , ^ ualniar, tuil mt-i m ,,itl niéiv.il fnií iiiiii-.>!fn }„i nJiii


^
hnal ; pateca > [Mitecal.

<i^a,ffmm,fttuueo, cajtUó, dobrado, jagra, tenga, lanha, 9600 bárico, manaar»,


/trcot, cAirda, eaim, aUnga, terlo^ leriura, manducar, kívnidor,
/ , etc.
> I r>i ao qactn, entro «>« Icxicógrafbs, os regintn mais, com loogM explioa-
çòes. l'. rxit«tM utu ^IdSMirin eipucial
XXIV INTRODUÇÃO

VI. — Valor lexicológico dos vocábulos importados

Quanto ao tempo, convêm dÍ8criminar os termos orientais em


I.

antigos ou obsoletos, e modernos e contínuos.


As palavras vivem na linguagem falada eraquanto designam objectos
que actualmente existem so estes desaparecem, são mortas, ou históri-
;

cas, 86 constam de algum documento. Ora, desde os nossos descobri-


mentos e conquistas ató hoje se tem operado, no Oriente da influôncia
portuguesa, variadas o profundas mudanças em diversos sentidos : so-

ciais, políticas, administrativas, fiscais, industriais, comerciais, monetá-


rias, navais, etc. E nestas vicissitudes sucumbiram e afloraram nume-
rosos vocábulos.
Conquanto sejam correntes na região da sua origem, se cessaram as
relações desta com Portugal (como aconteceu com o JapRo, Maluco,
Ormuz), só podem ser conhecidos pela nossa antiga literatura oriental,
verdadeiramente nacional ou pela moderna, escassa e pouco lida, a
;

qual por vezes o^ apresenta com feição tão exótica e estrangeirada que
mal se podem identificar, kouli ou cooli (= cule), schah (=xá),
como:
kimono (=quimão), litcM (=lichia), pwnA'aA (= pancá), suitee {=sfxú),
haschich (= haxixe), bangaloivs, hengaloios, bungaloivs (= bangalós).
Os termos modernos nâo entraram no continente com novos objec-
tos, mas geralmente pelos livros de funcionários e viajantes não os ;

conhece, por isso, o povo. Alguns devem a sua introdução à literatura


francesa e inglesa, principalmente periódica.
II. Quanto ao lugar, uns são comuns à metrópole e às colónias,
assim no sentido como na forma vocabular outros somente na forma;

(como corja, chatim, canja, veniaga) ; outros são comuns às colónias


asiáticas e africanas orientais (como achar, canudo, jagra, machila, sa-
raça) ; outros são regionais, os quais pertencem ao respectivo crioulo,
como se verá no Glossário.
Os produtos, os artefactos, as drogas e outros artigos, que em tanta
quantidade e diversidade entravam em cada monção no Tejo e se espa-
lhavam pelo país inteiro, vinham ordinariamente acompanhados dos seus
nomes vernáculos, que corriam de boca em boca por todo o povo.
Assim se introduziram na fala comum abada, andor, bengala, biombo,
bule, chá, chávena, charão, catana, catre, caurim, chita, coco, jangada,
pires.
Os indiáticos falavam constantemente, conforme o testemunho de
Francisco Rodrigues, nos bois, larins, bazarucos, e outras cousas por
eles vistas mas não importadas. Tais palavras, porém, não se propaga-
vam, por lhes falecer o substracto.
Mas dado o ensejo, também diriam, com ares de superior competên-
cia «Aquele comerciante é agudo e subtil como um chatim da índia
: :

homem de tretas, sem consciência, sem Deus». Ou: «Que cor/a de roupa
INTRODUÇÃO xxv

to compraste! Aquilo ta foste logrado». Ou: fCui-


nfto vale um caurim;
dado com aquela como um amoueo do Malabar não
snjt^íto ! Está feito ;

- '- 1 --. ...-..,, .Qhj que folguedo


.
. .
Qjj
:ia: tal algiizarra, tal bam-

bochatai. Dôsto modo a gente aprenderia a empregar figuradamente


•ressOes o outras semelhantes, como «a^ema, sumbaia, veniaga,

Muitíssimos vocábulos nRo tiveram, contudo, ocasião de vir para a


Europa; mas tambtan nilo permaneceram na sua restrita pátria, esten-
dernin-so. miTcO dos portugueses, por toda a zona da nossa actividade
na Ásia e iiw nix Africa e na America •.

llouve outros que somente eram correntes na área da sua lingua,


porque os olij ctos .jn-' <U'si^'n;!vam nílo eram conhecidos fora do país,
como os aoiUtS dv iXTtuS ÍUUcionáriox nc-i^ <!.« v.'<tM:'irio i.ni.irí.i^ Mtii-

mais, árvores e seus produtos, etc


III. Quanto ao ttso, uns sSo vulgares o outros literários ou erudi-
tos. Vulr^ares ou vivo» denomino os termos que sSo ou foram de facto
usados pelos portugueses ou seus descendentes em qualquer parte do
Oriente on em detenuinada localidade. Os literários sáo os que figuram
nos livros dr.»s nossos orientalistas e que, por sua natureza, náo seriam
..Tiir,i.Mr;i(ios na lin;j;uagem falada.
iOs tratadistas da índia, da Pérsia, da China, do JapSo, e dou-
tros países, 08 quais descrevem as religiões, as instituições políticas e
ha, a flora, a fauna ; e tudo isso com os seus nomos ver-
los nos livros ou dos especialistas*. Tais termos ocor-
rem unicamente no autor ou nos autores que tratam do mesmo assunto,
o às vezes nos lugares onde se náo praticava a língua portuguesa.

Vil. —Tratamento fonológico, morfológico, sematológico


e etimológico dos vocábulos importados

Na adopçfto das palavras orientais, os portugueses antigos tiveram


em vista dois [
^ de alto- valor glotolúgico : representar
.te o seu som e i>.^,, :..... -.o, quanto o alfabeto nacional, sem novas
letras ou sinais diacriticos, e as informações cuidadosamente colhidas, na
falta de conhecimento pessoal, o comportavam ; e ao mesmo tempo dar-
lhes uma feiçilo pr- '
* • • •

« '• *
lo.

O que 08 nosso> lis

'
<"iiroo: bate, $ttrn, jagrtt, raMr», ftila. gutlHn, tJfiixa, atfr, $ombrriro, titfptate.

'. mo'jnri'
- uUlO «io Ur, . .. , .
."..
.-.., ^

par da Crus, Jaciuto (Ih Deu«, Frrniu de <. rfulas, Fedro 1

(M autorM da Noticia da CothmcJitHa o dan ^-Atciat >i,j <,,n(t(iêmo, «te


xxvi INTRODUÇÃO

filólogos, consideram, consciente ou inconscientemente, como defeito,


proferindo sem discernimento formas estrangeiras e grotescas, é na rea-
lidade uma virtude, engendrada pelo purismo da lingua portuguesa e
pelo verdadeiro nacionalismo *. Um termo peregrino não pode encorpo-
em uma língua sem se despir do seu carácter heterogéneo, do
rar-se
mesmo modo que um estrangeiro nâo pode naturalizar-se sem se sujeitar
ás leis do país. Se as palavras de origem latina fossem escritas e pro-
feridas como na sua fonte, teríamos latim, mas não português. A filo-

logia superficial encontraria, sem dúvida, mais facilidade na inves-


tigação etimológica, mas a língua perderia muito do cunho evolutivo,
seria indefinida'.
A justa combinação, porém, de ambos os princípios fundamentais
acarretavam-lhes algumas vezes sérias dificuldades de carácter fonoló-
gico. Sabiam muito bom os nossos escritores que diversas línguas ver-
náculas, mormente as monossilábicas, tinham mais fonemas, sons aspi-
rados, letras dobradas sonantes, tons ou modulações de voz ; os quais
nao podiam, em, geral, enunciar e reproduzir na escrita, e se o pudessem,
nao seriam entendidos. Nilo ignoravam, por exemplo, que os persas
diziam e escreviam khcm'. <jComo o pronunciariam e transcreveriam?
A par de algumas variantes {chan, han, kan, can, cam), prevaleceu a
forma cão —
Idalcão, Rumecão, Cedecão ^. Garcia da Orta, Diogo do
Couto, Frei Jacinto de Deus explicam o motivo, se bem que tenham a
forma corrente por corrução do protótipo. Os dois primeiros conheciam
que morxi transliterava exactamente o concani modxi; nao puderam,
contudo, reagir contra mordexim, forma menos etimológica, mas, em
compensação, mais portuguesa. Fernão Mendes ouvira, mais o melhor
do que os viajantes modernos, os japoneses dizerem kimonó ; como po-
rém nílo escrevia para japõefe, mas para portugueses, e não queria passar
por tolo (que o tachariam de mentiroso, já o provia), ortografou quimão;

1 «Orta dá estes nomes [asiáticos] como os pôde apanhar de ouvido, e nas irre-
gulares transcrições do seu tempo, quer dizer com muita incorrecção». Conde de
Ficalho. — Bem entendido o sistema de transcrição, embora «m tanto inconsistente,
e tida em conta a oscilação da ortografia antiga, as incorrecções não são tantas e
tamanhas como se afiguram à primeira vista. Orta reproduziu as palavras como vul-
garmente se enunciavam ou como se deviam proferir em português mas sabia notar;

leves variantes fonéticas «Todos lhe chamam afiom, scilicet, os Mouros, donde os
:

tomaram os Gentios, e nós corrompidamente lhe chamamos am^^am». Col. xli. Nem —
todos os vocábulos persas e árabes são pronunciados nas línguas da índia da mesma
maneira que no solo da sua naturalidade.
2 Assim lunch, pronunciado à inglesa, não será nunca português, se não escre-

vermos lanche; e sport será sempre inglês, se não ortografarmos, como proferimos,
esporte ; tvuriste só será português tornando-se turista, como o é em castelhano.
* «Hospedados los dos europeos en la tienda dei Khan (se pronuncia Jan) ójefe

dei aduar, esperaron la celebracion de la ceremonia». —


Alfredo Opisso, El Asia
Mtisulmana, p. 27.
INTKODUÇÀO xiTu

o quimâo 6 a verdadeira reprosentaçilo nacional do kimonó, qn«, por


mais quo so repita, Bera sempre vocábulo estran^oiro •.

joii lOS

estab<'lecer as soguintos regras:


I. O i final na?alizou-9C. Ex.: m. '«M/Zm, lango-
tim, biffarim^. Houve tanibôm nas :. ;Jor do muitas pala-
vras. Ex.: palantpiim, bonzo, biombo, nnfiào. Excep<;âo : o t final de
poucas vozes tomou / de encosto : caril, candi\, sandil, cauril, cacheri\.
' '*
II. A ' '
ãl (nff. ani\ om\ on', un') convi^rton-so em
noutra dit<': _
«u//ão, 'ão, /brwao, ffudsio, balao, vancdio.
O mesmo se deu com au, ao ou at? final. Ex.': aitfio, /ao, bat'S.0, g^O,
pardiO, ajifísio. ^".ão.
III. As cousoantos w. ...... ....<^...> as que a fonologia portuguesa
admite, tiveram e ou o do encosto. Ex.: hate, cato, ou cate, chito, cá-
telt, late, moto. Em vocábulos malaios cai normalmente o q final, que
''" ^'
' '
!dn, calamhâ, champada, bento, pucho. Tam-

I\'. As consoantes dobradas tornaram-se singulares. Ex.: chaiim,


béXune, buú areca, aca ou acca.
V. As i .......... ..^piradas mudaram-se em inaspiradas. Ex.: born-

gue, bate, Oande, tandini, aúar, gará. O h inicial e medial suprimiu-se


em regra, e o final, sempre. Ex.: {h)indu, (h)azar, {h)ucá, {h)amal;
' ' haihaVJ'' '
'
' •• - \.jangá^ '
ih.


o A ii:. ,
^
s), que ; .
f.

Ex.: facharão, faxí, fanjo, figuri, fotoqué; fão.


VI. As cacuniinais ten tomaram-so, normalmonto. dentais. Ex.:
chita, moXo] utv"r\" ^ •'>'"" '-"•n'""' V "^ '''' >" ''•"" -•''" -" .•/./#.,

Gate ou Oatte
\'\l. () d e o l cacuminais tiveram trOs tratamentos : a) do r portu-
'
' '

puí^s, !• r r r r' '


h^ d q l

outro : purvém ou pudvém, morexim ou mordexim ; gueri oa


j, !,:>•. o d, antecedido de nasal, ó sempre dental: canúU, cand^,

* U mesmo proceMo de dar feiçlo portuguesa foi acgui<io no continente coin


r-*—- V ••" -•--.*• ' ..i..-.. .-.>..»•,...,.. .1..
r. -^pfito aos vocábnloo • -' •

i|'i.i'' j
1'T língua.

1 ( >toal peUge-
iiili..i< ."
!.! ••
o «om reprcien-
UiU.í. U lM«MH'^^. j.;.. - itooilcnte fooAçio.
E o que e&pliea a gen' certos vocÃbult^ que figuram nesta obra.
* Op «uropvus prcXtrcm r ,
'
> luuie» propendi oi a ccnseryar o mu origiliAriu.
XXVIII INTRODUÇÃO

VIII. Cha inicial do vocábulos mala])í'irico8 trnnsmuda-so por vezes


omja. Ex.: \à.ngada, jaoa, ja//m; também \mc(lo. Chi passa a cha.
Ex.: C\i2ithn, chdireta, charuío (por intermédio do inglês cheroot).
IX. Recorreu-se amiúde ao suarabacti ou anaptixe de a, e, o, u,
para substituir o a surdo (quasi mudo) dos idiomas áricos. Ex. pa<a- :

mar, hattdicar, mordexim, canQquim, mandQvim, manducar.


X. O a breve medial do concani e marata, que se avizinha mais do
nosso o breve aberto, transcreveu- se por essa vogal, em conformidade
com a })rolaç?lo. Ex.: jQno (cone. Jan), moto (cone. math), hòio (cone.
hhaf), formcío (persa farman, pron. 2^horman no Concão).
XI. O i e u átonos, seguidos de vogal, ortografam-se e e o, som
mudança fonética. Ex. :• haneane por baniane, pareá por pariá, chdleá
por chaliá; bedoim por heduim, catoalia por catualia, goazil (p. us.)
por guazil. Item u átono preconsonântico : poleá por puliá, modeliar
por miideliar.
XII. Identicamente, escreve-se algumas vezes qu o gu por c e g,
antes de a o o. Ex.: areq[u)a, jaq{ti]a, coq{u)o, mang(u)a, adig{u)ar.
XIII. Ocorre amiúde nos escritores antigos g por gu, eh por c ou
h'h, qh por kh, i por j oj por i, s por ss ou ç, u por íj o vice-versa.

Ex.: qerindão, qémio, inQe, frange ; chorombim (= curumbim), laschari


(= lascari), machie (= maquie) ; chan, chanchana (= khankhana), cheripo
(=kherÍ2)0) ;
qhatri (^khatri), (\hoxteÍ7^a; laca, \agra, brin\e, doiuco
= dójlco; agomja = agomia, channju = chanoiu, xaja = xaia; jousis, ca-
Sapo, basim, damasim, lammane.
Dao-se várias outras modificações fonéticas, principalmente nas lín-
guas monossilábicas (que exprimem por frases uma idea simples) as ;

quais se não podem reduzir a regras gerais, mas que se podem exami-
nar no corpo do Glossário.
Convém aqui notar que em algumas edições antigas se suprime a
cedilha inicial, e algumas palavras vem erradas, por falta de revisão
cuidada ou falha na cópia. Ex.: Camorivi, Candil, Carapo, Caleti; ata-
baqiie por atalaque, arimono por norimono, gorsa por gorca, catopa -por
catapa.
Em conclusão, podo-se afirmar que houve desde o princípio duas
correntes: uma erudita, que tendia a guardar a forma típica; outra
popular, que acomodava as palavras exóticas à índole do idioma pró-
prio. A primeira circunscreveu-se à investigação etimológica e à termi-
nologia scientifica ; a segunda, oscilante às vezes, generalizou-se, encor-
porou-se na língua e produziu algumas variantes, como em cátele o
bétele.

Com relação à morfologia, cumpre encarar o género e o número que


os portugueses deram aos termos de origem asiática, quando os oncor-
poraram na língua.
Quanto ao género, a regra que seguiram não foi a de conservar o
INTHOBUVAO XXII

ori^^inárío (à oxcopçílo do noutro, que nfto podiam representar), mas a


de adaptar o vocábulo à gramática nacional.
1. Consoante esta norma, silo femininos todos os nwin, :^ ^^u^. i. uui-
nam em -a álono. Ex.:
a a chita (neut.), ^(/ri^a (masc), a a/a/t^a (nout.),

a bichara (masc). Exceptuam-se os nomes que denotam o sexo. Ex.: o


cornara, O ImiKt, O hmnlara, Ojacata, O chua, O halala, O ijanida.
2. Há muitos substantivos, terminados em a, que sáo indiferente-
mente masculinos ou femininos. Ex.: o mantra, a mantra; o purana, a
purana ; O xastra, a xoêtra ; O linga, a linya ; o dacma, a dacma ; O
jangada (nnin«-gunrda), a jangada ^. Mas O Veda, o gotra.
3. O» nomes de qualquer outra terminação consideram-so masculi-
nos. Ex.: o bate (ueut.), O cate (masc), o babaré (masc), ojambulão
'
irai (fera.), O caril (fem.), O cati (fem.), O fenim (fem.),
u , O ineru (neut.). Exceptuam-se: a funé, a I'mxp. ^ilaulé
(embarcações) a apõ (designações de mulliere:-
; a bicuni,
4. Uns poucos substantivos tem um e outro género. Ex.: o cassabé,
a caêêobé; a mangoHtno (ant.), O jnangostão ; O alitl (ant.), a alia, con-
formo o soxo 08 zaiôii, 38 zaiòs (como em concani) o adia, a adia.
; ;

Alguns nomes designativos do sexo tem femininos irregulares.


Ex.: o fará-, a ,0 chardó, a chardina; O dessai, Sidessaina (do
cone. deêu(/in). i v ... : cafre, cajra; brâmine, brámina.
Quanto ao número, igualmente se seguiu a morfoloÊria portuguesa.
Mas há algumas particularidades a notar :

1. Um ou outro ' '


líivo tem duas loniuis iio juuiai, (•(huo: hh-
rião"^ duriõej/, ou </" outo) mangostão > mangostòes, ou mangos-
;

tdes (Orta, Erédia) ; diuti> diutis, ou diutiÒH (do cone).


2. Vários nomes concanis, nfto perfeitamente aportuguesados, tomam
no plural portuguôs a forma do plural indígena. Ex. : bendó, bendé.t
^'bendú, hrwli'H; ãmbãdó, ãmbãdé = anibaddó, amhaddés, ou, melhor,
ambaró, ambaréê ; gãvdô, gãrdéê «= gaudó, gaudés; dãlêm, dãUth - dalém,
dilinê ; dãCi, dãlif/ò — dali, daliòa.
3.Alguns 8ul>stantivos se empregam, em um e outro número, na
forma do plural vernáculo, juntando-se-lhe no plural o sufixo -h. Iíx.:
ranã, canranãs; karãò, "I, ca-
'

• ,•.,.'... ..'^...jHth ^ champim, charn/»'"-'



— n"-
gonfí, angtinâê; hardó, hanU ^ a rare {Orin)-
i Alguns nomes não se usam no singular, e o seu plural ó for-
'
ase vernácula: íôy, rôyo •» rrtiO«; chiròuti, çhirliulit/õ -^

' lato é : houve duas corrcnttts di . Uma ciiigiu-ao à i

^(i('«a; a outrn guioií-sc pulo g«''nrro dt. .^^ incluindo o tieutru i. ^ .

* Estes subsltiiitivo» »^^) comummenti' u.HMdos no plaral; uias ein português nio
poderiam considerar-sc como tais sem o safixo distintivo.
5. Ocorre plural do plural do alguns vocábulos, como: boiá, hoiás,
hoiazes; gará, garás, (jarazes; cancana, cancanas, cancanases (JMmXgííw).

Quanto a sematologia, era natural quo os portugueses empregassem,


em regra, os vocábulos no mosmo sentido que os indígenas lhes atri-v
buíam. As deíiniçõos e as descrições que os autores dão, uma e mais
vezes, sao, de ordinário, correctas e cabais. Se erram algumas vezes,
ó por deficiência da informação nas cousas que lhe nllo caíam debaixo
da vista.
Houve, sem dúvida, no lapso do tempo, modificações de certos signi-
ficados primordiais, simultâneas ou sucessivas. Os portugueses altera-
ram ou ampliaram as atribuições de certos funcionários e oficiais mu- ;

daram o valor e a matéria de diversas m*oedas ; e introdn/Ir.-nn nutras


modificações, conservando porém
nomes vernáculos.
os
Os autores, não tratando do assunto ex professo (como
fez António

Nunes com moedas, pesos e medidas da Ásia o da Africa Oriental),


tomam as dições nas mesmas acepções que vogavam na sua época e no
seu sítio, não podendo, por conseguinte, haver acordo entre todos. Tam-
bém não dão sempre uma definição compreensiva de todos os casos,
mas restritiva à matéria que versam. Por exemplo, Fernão Mendes
atribui à altírna ora uma côr, ora outra ;em uns passos a faz capa dos
religiosos budistas, em outros, a dos cortesãos do Japão. Figuram umas
poucas palavras cujo sentido se não completa ou se não determina sem
outra palavra, subentendida, como caril, que os europeus entendem por
«arroz, molho e acepipes». No português indiano se diz arroz-carU,
como em concani. Idêntico facto se deu com opala, que é de origem
sânscrita, mas por si somente significa «pedra». Também os franceses
e 08 ingleses dizem cobra em lugar de cohra de capelo. Cf. bengala,
rota, guno, lascar, leros.
Figuram vários vocábulos peregrinos em certos livros ou cartas sem
nenhuma explicação. Os autores julgaram escusado interpretá-los, por
serem conhecidos dos leitores.

Pelo que respeita à etimologia, raros são os escritores que, como


Garcia da Orta, João de Barros, Diogo do Couto, Fr. Jacinto de Deus,
indicam o étimo exacto. Contentam-se, pela maior parte, com reproduzir
fielmente a palavra, até com a sua prosódia, que, normalmente, era
dispensável (como lanchara, patola, pataca, ballâtes, balâlas, dissâva,
lacsamána), e com Alguns nem mencionam
indicar o berço ou a pátria.
a naturalidade, ou se limitam a declarar «como eles dizem» ou «como
eles chamam»; o que não implica necessariamente que o termo é cor-
rente na região de que se trata; vale por «como se diz» (on dit, em
francês). Outros, como Fernão Mendes Pinto e os missionários, levam
consigo na bagagem vocábulos de diferentes procedências para toda a
parte aonde vão.
INTKODLVAO xxxi

Isso nflo q (!<>:<> dizor quo raaitos dos nossos indianistas nflo conhe-
ciam a m-na porfoitamento, porque a '

ouviam -_— :.
J
. . u apurado. Mas iião a podiam
reproduzir com exactidão pela fonética portuguesa, nem tinham por
con- socorror-se de ortografias exóticas, que o leitor ordinário
^"^
ria.

iito, convõm observar que nos séculos xvi e xvii eram mais
conhecidos o estavam mais vulgarizados em Portugal do que nos nossos
tempos '
quo depois caíram em desuso, tais
como, cc .... ., res e dicionaristas antigos : achar,
babariy late, baju, catana, caurim (no sentido próprio), bento, guingão,
canequim, cotonia, cheila, cacha, etc. Os indianistas, aos quais seme-
lhantes •
• '
^ eram de uso quotidiano, podiam, portanto, disponsar-se
de os ih r ou do apontar a sua procedência.

VIII. — Lexícologia luso asiática nos dicionários portugueses

Atontas as multíplices dificuldades, do fácil intuiçSo, nflo ó de admi-


~ " ' •

' -• — *
-ito às terras com que man-
icionais, religiosas e comer-
ciais, nfto tenha até hoje tido o merecido tratamento nos nossos dicio-
o nos mais copiosos e modernos. As deficiõncias e
- -.- — . liversas espécies.
I. £m primeiro lugar, há omissilo de centenas de vocábulos, anti-
gos e actuais, que figuram nos livros e nos periódicos continentais e
coloniais, como mostra a pr -' 'tra *.

Bento IVr.'ira. liliitiau. rial, e Morais registam numerosíssi-


mos vocábulos asiáticos e africanos, muitos dos quais não foram insertos
nos did' mais compreensivos dos últimos tempos, j)ôsto que in-

cluam I...... ..os modernos. Não se sabe bem o motivo: se por não
terem sido notados, so por nfto so acharem justificados, ou se para não
avolumarem. Em todo caso, é uma falta grave'.

' Tail »ão, tótoentc d* letra a, o« segointc* : abeari, abolim, achim, açoca, cular,
a-id'- ' -- -T. ájfua de }— >' ----- -'- ,i/«nj^, orna-
uã anehaci, iwa, anjpirft,

/a,

. . . . A
eaurora, avaeart, uvtl^ Avrtta, avildar, c outros, que turio dado* uo
• Oiuit«m-se, r ' '• •• • '

formão, de tAut* :

.t<:

.• *
corrente na ladin u» «rniiiio do i-iâo d<*

U...,.\ i;..l.,,. 1 M. 1..-.I,.


.la¥Og«
ixxii INTRODUÇÃO

Sao registados truncados alguns vocábulos, como hessi por cáiu- :

-héasi; billis por belichaparo ; adào })or á7'vore da fruta de Adão.


II. Em segundo lugar, os Icxicógrafos modernos inserem uma quan-

tidade de termos supérfluos e descabidos, principalmente botânicos, de-


rivados das línguas das nossas colónias, o até das estrangeiras, somente
porque os mencionou algum autor, scientífico por erudição ou por igno-
rância,quando há em português os seus correspondentes, muito usados
e expressivos. Se fôssemos recolher todos os nomos que os naturais
da,o à sua íiora e fauna, ou que figuram nas obras botânicas de Garcia
da Orta, Rheede, Rúnfio, Lopes Mendes, Watt. teríamos uma espécie . .

de calepino multilingiiístico, e nRo um dicionário da língua portuguesa.


Nota-se, além disso, redundância de variantes — às vezes meia dúzia
— dum mesmo vocábulo, sem se discernir se com efeito estiveram em
uso tais formas, ou provieram de erros do imprensa, dos copistas ou de
algum autor pouco cuidadoso, ou se são devidos à diversidade da orto-
grafia antiga *.

Variantes fonéticas de muitas palavras foram convertidas em vocá-


bulos semanticamente independentes, como : babaré, babaréu e babaiés
(evidentemente erro tipográfico); aleia («elefante sem dentes») e aliás
(«fêmea de elefante»).; Z^<b^o («certa embarcação da costa do Monomo-
tapa») e lúzio («espécie de embarcação da índia») ;
gorgoli («vaso com
água, em que se imerge o tubo do cachimbo para esfriar o fumo») e
gurguri («espécie de narguilhé, usado pelos baneanes e mouros da Africa
Oriental»); majigu oumangus («animal carnívoro de Ceilão»), manguço
ou mangusto («animal mamífero e carnívoro da Ásia e da Africa»), wfm-
goose («espécie de raposa de Moçambique») e mongu («sub-gónero de
mamíferos quadrúmanos do género máki»); boi/ («criado, serviçal») e
bóya («portador de machila»)^.
III. Por um motivo ou outro, figuram nos dicionários vários vocá-
bulos foneticamente mal representados. Temos, por exemplo, bringe,
bringue e brinie como três dições diferentes, quando na realidade não há
senão bringe. A falta de cedilha em Çandil (vid. sadi)^ em um passo de
João de Barros, produziu um
novo termo, designativo duma moeda de
Ormuz. Por ocorrer no Vergel de Fr. Jacinto de Deus arimono por
norimono, Bluteau incluíu-o no seu Vocabulário, e os dicionaristas pos-
teriores, sem mais investigação, foram-no copiando

com o epíteto de

na índia; caçanar ou catanar, «sacerdote dos cristãos siríacos do Malabar», dos ouais
tanto falam os nossos indianistas.
' Jacra,jacre, jogara, jagra, xàgara, lagra (faltou lagra, uauu ^jur x r. ouíw dos
Santos) ; mangu, mangus, manguço, mangusto, mongu, mongoose, babália, babaliá, babol,

babul; mordexi, mordexim, mordicim, morexim ; goderim, godorim, godrim, goirim ; cole
cólí, cooli, culi (faltou cuk; que é mais autorizado).

2 Também: baty, balim e bantim; canje e canja; feez efen; b/garimebiguairim]


garajau e gorjau; guazil e gozil.
INTRODUÇAo xixm

antigo. Por ter algumas vezes, nos livros antigos, u o som de «, ins-

creveu-se calvete «m lagar de caluete. A troca tipográfica do uma letra

oc.s^: ; í; a \ ^ Vi^&o do goling por goting*.


São ta froqíiontos os erros prosódico», como: lanchara (lan-

chara, l daimio (daímeóy Cartas de Jajião), arimono, badúr,


ábadaf betély mirza, cotónia, sanscrito, aarangúi, agár-agár, bàdi, aba-
riaré, pattern, chudéne, chalé, láule, Jâu '
"n, ambáro (=ambaró),
couces, cér i= It'll, fedi'a ou fedeia (
7'í'í/aí anácara, poli
i-páli).
Ilá certas palavras, de tal modo desfiguradas, que se nSo podem
identificar do significado, como: baty
com segurança, por deficiência
(•antiga embaroaçfto indiana»), talvez por bantini; ifol (larvoreta da
índia Portuguesa»), talvez por tefol ou tirfol; lassacuane por /<M«a-
mari' '
' '^'lios \tOT fanões; nanchni, cuma
das :
,,

Figuram, alôm disso, várias formas estrangeiradas, como babirusa :

(wm babirussa), litchi (^^lichia), firman ('^Jotnnão), kouca (=^ucá), rack


[^araca, urraca), derviche {» daruès), haschiche {= haxixe), cachoobong
(— cacfiubâo), muUah («»» mula), iman (= tmamo), harém («= arame ou ha-
rão), cash {^caxa ou caixa).
Por fim, levam o qualificativo do antigos inúmeros vocábulos, que
nunca foram usados em Portugal, e nunca cessaram de ser usados nas
colónias, onde se originaram somente porque foram lidos em algum ;

livro antigo, sem mais averiguação. Como, por exemplo, xendim, mai-
nato, macuá, bandel, nele, langotim.
IV. TambOra nâo faltam algumas incorrecçOes morfológicas, como:
plural pelo singular : argarises por argaris, caladaris por caladari, cur-
' ''5
ca9, ro' s '
s z .isculino pelo r
'
^imai^
nata^ ^ ,
-

^
abariaré ; ;
^
o polo
substantivo : jacatá.
V. Quanto à sematologia, us inexactidòis silo por centenas e de

.te, consignam-se vocábulos com a doclaraçfio de csigni-


ficaç&o incerta», como andone, bringe, lágima, loia, carajá, passeivâo*.
'

A V ' '
rto, a in '
' • dicio-

nnrista i . - ute da : tal ou

'
visim t«mos ,1 ', (/ por bangaçal, babaié* por bcíbar^4, cktmpo por chiripo,
'uneão, êondrá por r,i por ^'<i jT^o,
j(
'
"

If por mandacar, w .u»»ol»,jogw>


]': '
tce por guerh(, juncu) por /'cindo, cangur por canga, chamuHÒo pOr ekn
na<'iv-. • • ''' ' ""' •'•.i^."'-'i rtiiKi.' 11.11 tu/ii//^ },.i'.ii II, ir },ttilíni niliHtfJn fiof »UIII-

•o/« naja por

'»•
Mr.;
joio), laerc, pucho, roçamitii. i-')i.

o
xixiv INTRODUÇÃO

de nao saber depreender o sentido do contexto. Somente as autorida-


des, quando passara ordens aos subordinados, como os governadores,
08 feitores, os vedores, nflo interpretam os termos vernáculos que em-
pregam, por ser inteiramente desnecessário no caso. Pela mesma razão,
nâo se explicam as pautas aduaneiras. Mas raro 6 o historiador nacional
que se sirva duma dição peregrina sem indicar mais duma vez o seu
significado. Acontece, porôm, que certas palavras ocorrem amiúde numa
mesma obra seria então descabido que fossem explicadas em cada
;

passo. E o que é algumas vezes obscuro em um autor fica elucidado


por outros *.

Umgrande número de definições sEo demais genéricas e vagas, as


quais, por isso, não permitem identificar o significado «uma árvore da :

índiap «um animal da Ásia»; «uma embarcação oriental» «um tecido


; ;

que vinha da índia».


Não liá dúvida que em certas circunstâncias não se pode bem pre-
cisarou caracterizar o vocábulo, particularmente com relação a tecidos
o embarcações antigas. 3.fas muitas vezes a indecisão procede da falta
de estudo das fontes legítimas. Não é difícil designar o nome botânico
recorrendo aos livros da especialidade, ou declarar algumas proprieda-
des características com o auxílio dos autores. Que o vocábulo designa
«árvore» ou «animal», o próprio contexto do livro o indica; e o dicio-
narista,. dizendo o mesmo, nada adianta.
Abundam definições, em especial nos dicionários modernos, que
são totalmente erradas ou disparatadas. O cego tradicionalismo tem bas-
tante prejudicado os dicionaristas dos nossos tempos, mais pressurosos,
assim como a falta da devida orientação induzira em muitas inexactidões
os antigos^.

* Eis uma prova Lê-se na Chronica


: de D. João III, por Francisco de Andrada
(i, cap. 40, 1.' ed.), gutedras de cairo. Morais regista gidedras de Coiro e pregunta o
que significa. Vieira inscreve gntedra e declara que é de «significação incerta» :

Outro dicionarista nicdtino consigna ^rwíedra como termo antigo e inédito e reputa-o
sinónimo de polaina. Gaspar Correia, a quem de perto segue Francisco de Andrada,
Diogo do Couto e outros indianistas lêem gvndra. Gntedra é, portanto, erro tipográ-
fico. Vid. Candura.

E outra: Morais insere muxara e limita-se a citar um passo da Déc. IX. Vieira
diz-nos : «Significação incerta; talvez asylo, abrigo». Outro lexicógrafo afirma que é
«agasalho, asilo». Mas Simão Botelho interpreta muxara por «tença», e António Bo-
carro por «soldo» ; e tal é o sentido do termo em árabe, «salário, ordenado».
2 Eis uma amostra do pano: adão (fruta de Adão) é «árvore da índia Portu-

guesa»; bandel (porto) é «bairro destinado à habitação dos estrangeiros»; ^^rwião (ar-
mazém) na índia Portuguesa» jagra (açúcar da seiva de palmeira)
é «casa tóriea, ;

é «açúcar feito do coco,na Ásia»; necodà (arrais) 6 «chefe militar na índia: reimão
(tigre de Malaca) é «animal que não tem habitação certa» talagóia (iguana) é ;

«peixe de Dio»; vangana (arrozal regadio) é «planta da índia»; amholim (tecido) é


«árvore da índia»; baé (senhora) é «mulher cristã de canarim» covid (côvado) é «me- ;

dida chinesa»; jacatá (rei feudal, no Japão) é «o mesmo que japonês^:, mundaçó
AlCJunS \ < 'I .1 iiiiiut», III it'll tiiinii ii' iiiMi ' 111'-:» iiii ai^iiiin iHj<iu, SaO I6lt08
sinónimos, como Jaca, : tfruto do jaqueira ou arvoro de pâo, também
chamada doriâo»; olla (folha do palmeira), to mesmo que ollaria» (fá-
brica «1«> loi'
'
rro) ; cachari (pilau), to niosmo qoe caril*.
Certos \ sflo de tal modo definidos, quo so nflo dá indício
da sua origí^m asiútira, corao:/tt«<? (japonês), tpoquena ombarcaçAo do
remos» \jangá (malaio), tospécie de embarcação chata, que serve prin-
•'••* -' •
— ortar madeiras»; guimjao (malaio), «tecido fino
«tapume ou tabique '
de sOda»; í<'o/;í6o (japonês),
móvel. .» .baju (malaio), •casaquinho curto semelhante à roupinha da
. ;

Beira Alta»; ou: «si' chama assim, na provím-ia do Alinho, às roupinhas


usadas pelas mulla'res»;/orwd!o (persa), «escritura ou carta rial».

Várias definiç5<>s sâo demasiado restritas, e por isso não abrangem


todos os significados. Um dicionário diz, referindo-se a Fernão Men-
des, quo altirna é «nome Índico de uma vestidura sacerdotal da Ásia, a
qual ó do côr verde e tambôm serve de insígnia declasse». Mas o autor
narra em outro lagar (cap. 164) : «Havia huma grande soma de Sacer-
"

dotes [i
'
listiis] com habir- "
< e suas altimas de damasco
roxo*. '
..:. . _-.;a que a/f<nia é ., do vestidura sacerdotal no
Oriente». Mas o autor da Peregrinarão tambCm alude à altirna do in-

trodutor da cOrte de Calaminha o às dos cortesflos do rei de Bungo, no


I... jt,,

, lito aos nomos de árvoi --striçílo geográfica provêm dos


escritores que delas trataram com relaç.=lo a certa zona ; o que nfto quere
uilo soja mais ampla, ou que a espécie e o seu nomo
:-- s».

lie ca-

. . . »»'e dá
o nome de djfrílo*; faiuM ifanòt», moeda) é «quiUte»; gued^e (cimento) é «madeira
fnrtp, i'~-
'"
- - ' - ' ' '
'• ' • ' ' '
que 80 mete na Uka
'iii.'ii'i\' va por cada caaahabi-
-iir

tu-
gneaa; cobrador de rendas, ua Índia*; jono (rédito da mesma) é «terreno forciro,
•'titrf 'X •-"- •• '••':-• «• -• :
»•"— -.:..».. .i-.
-nciro) é '<^ -
quc
• 1. : : : morado é
' i

Malabar, da raça mui itándegn) r> -«certo direito

i dicionartata loo qoe havia &o(<m em Satari, e loi^t definiu o termo : «Mrvl-
'rua

.MI. .
.

diauati,
XXXVI ,
INTRODUÇÃO

VI. So a fonoloíçia o a sematologia do vocabnlário luso-asiático dei-


xam tanto a desojar, bom se podo calcular a sorte da sua etimologia.
E é fácil de explicar : os escritores nHo indicam muitas vozes o berço
dos vocábulos e, em gerixl, o seu étimo exacto ; os lexicógrafos nílo tem
conhocimento cabal da nossa literatura colonial e nenhum das línguas
asiáticas, e, para nilo serem taxados do plagiários ou por se julgarem
mais sabedores, coartam, ostondom oa alteram os significados dados
pelos antecessores, mais lidos nas fontes, o assim ocasionam grande de-
trimento às derivações.
Em 1.° lugar, há numerosos vocábulos cuja pátria se náo aponta
absolutamente, ou se designa sob as rubricas «termo asiático», ou «orien-
tal», ou «indiano» ; como so a Ásia, o Oriente o a índia tivessem uma
língua só ou meia dúzia, e nfío, centenas dolas. Assim, por desconheci-
mento da história filológica, passam por europeus termos como andor,
bailéu, biombo, cassa, catre, jangada, mavaréu, veniaga. Fnné ò «pequena
embarcação asiática», quando na realidade é «japonesa». G^awtfro é termo
da «marinha asiática», quando de facto é da «macaísta ou chinesa».
Xendini é termo asiático», mas nflo o conhecem sonão os concanis e os
mar atas.
Em 2." lugar, atribuom-so derivações latinas ou gregas a muitas pa-
lavras orientais, como se efectivamente tivessem existido na língua tais

étimos, ou fossem formadas pelos portugueses na localidade com ele-

mentos europeus. Assim : tufão (árabe ou chinês) vem do gr. tuphon


(ou antes typhon) ; basim (propriamente bassim ou bacim, do bengali,
«tecido de algodão de Bengala»), do baixo gr. hombaxion, de bombax;
veniaga (malaio), do veniagar e este do lat. venum agere (como se ve-
niagar n3,o fosso derivado do veniaga) ; babaiés (isto é, babares, do con-
cani), do gr. babazo ; biombo (japonês), do lat. bis-umbo; aripar (malaiala),
do lat. ripa; datura (sânsc), do lat. datura; lintea («tecido chinês»), do
lat. linteiaf; manucódio (malaio), do lat. manus -\- cauda (quanto pode
a etimologia sónica!); nacibo («fado, sina», do árabe), por nascibo, de
nascer?; bailéu (mal.), de bailar f; batuque (cafreal), do rad. de bater?.
Em 3.° lugar, derivam-se certos vocábulos, designativos (pelo menos
originariamente) de objectos asiáticos, doutras línguas europeias, impli-
cando-se desta maneira que os portugueses os receberam desses idiomas
«não lhes deram; como: cassa (mal.), do fr. casse; saraça (mal.), do
cast, zaraza; gudào (mal.), do ingl. go-doum,' bule (mal.), do ingl. bowl;
jangá (mal.), do cast, jangua
; babaréu (cone), do fr. bavarderie; bões

(cone.) do ingl. bound; macaréu (guzarate), do fr. macrée; catre (<cá-


tere<Ccátele, malaiala), do cast, catre; bringe (persa), do germânico, por
intermédio do brinde (!) ; catana (jap.), do italiano. E para remate, filia-se
cairo (dravídico) em Cairo, cidade do Egipto ! *.

^ «En etimologias ay poquissima seguridad, y han hecho dezir muchos disparates


a hombips doctos». — Faria e Sousa, lAisiada-s ' " '
de Camoens, tom. ii, col. 93.
INTRODUVAO xxxvu

asorem-se nos dicionários etimolópricos, sob ama só


'I, palav aSj atribuindu-

- .. - .. . V, ... ,>.w v,.._ ... orraila. -^--.i.. . ..<..., .. ,i,...iicaç;lo indiana)


encabo^-a-se no balão ouropoa ; caixa (moeda asiática) acasala-so com
eaúeay do lat. capsa ; calão (bilha, na índia) emparoliia-so com calão,
i'), para so or' '
'
- •
uliano) mete-so
maiius; vai :
l) pr«nde-80 ao
Ut. txtra; chalé (alcaçaria) une-se com chaU, do fr. chalet.
^
r, manda-so às vezos comparar, para vocábulos porta-
jjuralelas estrangeiras ; náo se sabe cora certeza o mo-
;• mera erudiçáo, se para sugerir influôncia estrangeira, ou
para insinuar, ao contrário, a nacional, mais conforme à verdade.
'' * ito que os nossos escritores modernos, e particularmente
08 i tenham sempre em vista que era terminologia antiga da
Asia meridional nós somos mestres, não discípulos ; exportadores, nfio
importadores. É ^ov isso que os estrangeiros que pretendem tratar,
com sciôncia e consciência, de semelhantes assuntos, recorrem, de pre-
ferencia, às fontes portuguesas: tais como Yule, Burnell, Whitworth,
Wilson, Watt, Dovic, Bóncio, Piso, Rheede, Rúnfio.
Na \ ' '
;,
que tem qu(5 fazer chita (neo-árico) com o fr. chite,

funce (j ^ 1 o fr. fonce, macart^u, (guz.) com


macréef Que ne- o fr.

cessidade há de comparar o cast, charol, para se preferir charão a xa-


rão, 80 todos os nossos oriefltalistas antigos ortografam, charão, e se
charol ó, com muita probabilidade, uma variante de charão > charon >
cfuxrolf Porque ó que se manda comparar murza, que nílo existe, com
o persa mirza, que também nJo existe senSo na forma ou mirzã, riiirzã,

e ó o étimo? Que comparação pode haver entre águila (raalaiala), que


ó apau», e águia, que é «ave»? A mesma que entre um Ovo e um
espdto *.

Em 6.° lugar, aponta-se erradamente uma língua oriental ou ameri-


cana como fonte do vocábulo português, por desconhecimento da sua
história; como: abada (mal.) do árabe ãbida; ema (mal.) do árabe
neâma ; andor (malaiala) do persa handul ; catre (malaiala) do porsa
katel ; A '
nâo
' ' '
"
'
'
my
existe ^ ; , ^ , ; rota
(mal.) do concani ;
peru (ave) «de origem dravidica (talvez do tamul)» ;

curumhlm í-- nu- iii tiiuita) identiticado com o tupi curamí, com os signi-
' '
lho, uioluque».

r, os ótimos indicados sAo, do ordinário, incorrectos on


incort08 na sua forma, n&o se sabendo se n^presentam a fonaçAn origi-
n.'iria <Mi .1 .
' '
*

Nilo Sc
' *
ia
IH-"! ,''.>.: lar as a. uo
.

^ Ou estraug«irM «í quo confutidiram a noflM átfttUa (Mm lat ttquiln, » trnnslti-


xxxviii INTRODUÇÃO

passou na soa transiçJlo o quo nRo é de soraonos importlncia em glo-


;

tologia. Por exemplo: atahay por atalik (vid. atahaque) charada por *
',

tçarodó (vid. charodú) ; airjiun por ajíun; ariKjiir. por '(inuj: cliil por chhif ;

pula por phul (vid. /w/a) ; rontó por roniô.


Em 8." lugar, desloca-so o significado do divorsos tormos, especial-
mente de flora o fauna, duma regia.0 para outra ; o que obscurece a sua
verdadeira pátria e entrava a investigarão da sua origem. E verdade
que os portugueses uniram a índia, a Africa e a América na sua acção
civilizadora, e transportaram plantas, animais, trajos o iguarias duma
parte ])ara outra, ou os seus nomos para os aplicar a olncctos simi-
lares. Mas o etimologista tem de saber filiá-los.

So longana ó aplanta sapindácea do Brasil» (';como se pode esperar


que provenha do cliinOs lonrj-ien f Se benteca é aárvore da Gniné^ ^ como
se filiará o nomo no malaiala bendi/ckn, «teca branca»? Se pangolim 6
«mamífero africano» ^ quem irá buscar a sua origem à Malásia? Se
mongoose è «es})ócie de raposa de Moçambique» como se há-de ligar ^^

ao mangus («icnéumon») indiano, domais a mais aparecendo trajado tao


estravagantomente ? Se mogarim é nome brasileiro de «uma espécie de
rosa branca, muito aromática» ^ que tem que fazer com o concani mo-
gar'im e sânsc. mudgara ? Se alná é usado no norte do Brasil, deve ser
uma especialidade local, e não prendor-se ao árabe al-haluã, que deu
«alfóloa» no português continental, e outra forma o outro significado no
asiático. Se arache é epitetado «termo africano» ^ quem pode adivinhar
que se liga ao singalês ãrachchi, e Nigomho, a que se aludo na abonaçRo,
é uma província de Ceilão ?
Se os portugueses levaram da América o ananás, o caju, a goiaba,
a papaia, a ata, a aaiona, o tabaco, que se vulgarizaram e em parte se
tornaram espontâneos, não é nas línguas da índia que se há-de procurar
a origem dos seus nomes, recebidos juntamente com as plantas. Pare-
Ihamente, não se há-de indagar em tupi ou guarani a etimologia de ha-
nana, de mogarim, de café, de manga, de ema, de haju, áe jangada, se
bem tenham sua vivenda ou estejam em uso no Brasil^.
que*
Parece-me que se pode concluir do que fica exposto que a lexicolo-
gia colonial, tal qual figura nos nossos dicionários mais copiosos e eti-

mológicos, precisa dum grande varejo, e que a causa fundamental, e ao


mesmo tempo principal, da maior parte dos defeitos e imperfeições está
no desconhecimento ou no desprezo das legítimas fontes de estudo, e na
etimologia empírica, que se estriba inteiramente na horaofonia critério —

1 A etimologia demonstra que atahaque. eme eu iiHo encoiMtrpi em neuluiin escri-


tor, está por atalaque.
2 «A
descrição de Phikenet, que a [juia^ laemuica cmn América, ueve rejei- ii

tar-se como um dos muitos enigmas da literatura de juta, se não se aceitar como
mais uma das muitas provas da estreita associação da índia e da América realizada
pelos espanhóis e pelo» portugueses». —
Watt, The Commercial Products, p. 411.
IMKUUL', A"' XXZIZ

pouco soj^uro e aada scientifico, como está do sobra demonstrado pela


"• '
--va*.

reconhecer, com o sisudo Bluteau, que cde toda a


emproza literária a mais molesta, e embaraçada ho a de hum Vocabulá-
^"^
rio»). as faltas o as incorre cçòes
(como 6-. I ^i"! '!'< """ «" 'i^'> ii'Mfis-

Biitam e perpetuem.

IX. — Fontes e dificuldades de estudo

K óbvio que a cortidílo e os primeiros traços bio;^ráfif03 dos vocá-


bulos orientais ó no Oriente que, em regra, se devem buscar. Mas, para
isso, importa primeiro averiguar se de íaeto o termo ó oriental e a que
regifto do Oriente pertence, e qual foi a derrota que seguiu na sua via-
'^
gens u
tanto, que se me afigura indispensável ao estudo da
lexicologia asiática — e o mesmo se dirá da africana > —ó percorrer com
paciência as obras de todos os nossos escritores, e as principais dos es-
trari ' •''"e quo com reconhecida competência trataram das cousas da
Ai-'.. onal, e colhOr aí os vocábulos exóticos cora a sua definição
ou descrição e com a sua pátria ou derivaçil<*.
' " " ' '

I' '' •
coiu mais
fid» .

^ . "'s malaias
e japonesas, cujos fonemas pouco ou nada diferem dos portugueses, mas
os complii'ados alfabetos indianos e as locuçftes dos idiomas monossilá-
bicos. Alôm disto, interpretam uma e mais vezes as expressóes pere-
grinas que empregam, e indicam amiúde o seu berço e às vezes a sua
etimologia.
'• -
- ' ' '
'
,> o
eHti^ \ . ,
- jile-
_

mento há dificuldades momentosas a superar, as quais demandam muita


])«'! na invr- 'nto adequado, pelo menos nos i

SiíUô ... '•^ - '"1' ""ias tarefa árdua que —


senão, iraçflo dos competentes,
nem sempre íácil de alcanç

nil
^ ,
^ .
'

J^'
ras veses revista pelos aut< ipresenta todos correctamonto orto-
grafulos, ou por Ci i»iii, ou por ! 's compositores, oa

' ^ \ elymrtlojfid * nmii ^«^iitnciíi on nnU*» ri^mn àm JM*inncia histórica ; quRod o


(ti' .'.e« chcgHr a iimí« do
TC
XV INTRODUÇÃO

A falta de uma codilha (Candil), o a de ama vírgula entro duas pala-


vras (lacre [,]pucho), ou a notaçtlo do i por^' (brinie), ou de ge \)0T (/ue

(inge, frange), etc., ocasionaram a inserção nos dicionários de vocábulos


que jamais existiram. O próprio Gonçalves Viana, filólogo tão atilado,
incluiu nas suas Apostilas, pelo que leu nas correspondências da índia
publicadas em diários do Lisboa, como vocábulos novos : hompim por
bongiii, mosteiro por norteiro, naixó por voixó, nandrenine por nanche-
nim, tio-lio por lio-lio ',

É de suma conveniência, portanto, o conhecimento das ortografias


antigas, o confronto de textos paralelos e o auxílio da etimologia, para
se apurar a forma vocabular e a ortografia correctas e relegar as
erradas *.

Ocorre uma quantidade de termos nas pautas aduaneiras aim-;l^ e


nos sistemas tributários, os quais não se interpretam por serem então
assaz sabidos no local. Outros há — como coco, areca, hétele, caixa,
catana, cule, pagode, almadia, parau, jjangaio, manga — que são ambu-
latórios em toda a periferia da influência portuguesa na Ásia, na Africa
e até na América. Muitos dos referentes a tecidos e embarcações —
como bengala, serampuri, hertangil, bofetá; sanguicel, catur, cotacoulão
— são antiquados ou geográficos, os quais não vem nos dicionários
vernáculos manuais, compostos ordinariamente para uso de escolas ou
de missionários, e comummente deficientes. Por último, a identificação
das dições da China e da Indo-China oferecem maiores obstáculos, atenta
a índole das suas línguas, e a incorrecção das reedições, que, preten-
dendo emendar o texto da primordial, por vezes o corrompem '.

* Lê -se na Década I, ix, 3, da edição de 1628 «Viue todo o gentio debaixo de


:

palmares e areaes que he a fazenda de que viuem». Não duvido que mais de um leitor
desprevenido tenha julgado que João de Harros escreveu um despropósito, ou que
eom efeito os gentios do Malabar vivem debaixo dos areais, que fazem parte da sua
fazenda. Ponha-se porém areca/s em lugar de areais, e tudo se explica perfeitamente.
Mas 08 tipógrafos conheciam melhor areais que arecais, e julgaram que deviam cor-
rigir o original. E há numerosos exemplos semelhantes.
' E a inobservância destes preceitos que tem muito prejudicado os dicionaristas
modernos, que puseram a sua principal mira em recolher dições ou formas inéditas,
mas com pouco critério.
^ Na primeira edição da Peregrinação lemos sempre, uma dúzia de vezes, bada

ou badus; mas em algumas edições posteriores (por exemplo, na de 1725) substitui-se


bada por abada, como mais correcto Mas a forma abada, que é protética, não vigo-
!

rava no tempo de Fernão Mendes, e bem sabia êle que o seu étimo era o malaio
bada[q\.
«A monosylaba po (assim nos mais) do onze modos faz onze palavras, que signi-
ficam ouzo cousas diversas, e é cousa admirável que cada monosylaba, sem alteração
alguma material, é nome, pronome, substantivo, adverbio, participio, e verbo. a . .

diversidade porém para significar tantas cousas vem tomada de a pronunciar com
voz, toada, acento plano, carregado, depresso, levantado ou circumflexo, da voz espi-
rada ou não espirada [com relação ao chinês]». —
Fr. Jacinto de Deus, Vergel (ed.
de Macau), p. 98.
INTRODUÇÃO XI t

Sucede tambôm, nfto raro, quo um dado vocábulo, peregrino om


ias da mesma
: _ -„ .,. ...... ..io 80 podendo , ,

precisar, sem demorada pesquisa, de qual doles proveio para a nossa


língua Pode ij^ualmonto acontecer que o que se afigura como étimo
tenha n-
*.

— ^'
lide por ótimo a palavra cuja oriír "
iTocura, sendo
facto, <•'
nto comprovatio om outra obra \i •() que os por-
tugueses transportaram diversos termos indígenas duma terra para ou-
tra. - completamente naturalizados *.
I
. .» linha de conta que vários nomes de dignitários,
em! ., pesos o medidas de certas regiões nilo pertencem às suas
resjH'ctiva» línguas, como se poderia inferir dos nossos historiadores,
-1* c ,. I'
1
'
1
1
- . -
-jto duvidoso se os termos bale
(ár. uãztr), dados como títulos

de autoridades, vogavam com efeito na língua indígena do Malabar, ou


- pelas colónias estrangeiras, ou somente foram
:

hesitaria em
... ,
— n'ueses
supor que mandarim, nSo provindo do nosso verbo mandar,
por intérpretes árabes e judeus. Quem

deve ser palavra chinesa? Todavia, a história mostra que os portugueses


- ir
o rr- ' - ' - ,
tantos outros termos concernentes à
Chi dravídicos passaram para Pegu e
itulos

para a ^lai crioulo do Macau recebeu um considerável número


das suas diçòes peculiares, nEo da China, mas de Malaca. Em Timor
são correntes várias expressões privativas do português de Goa '.
É claro que o cometimento é laborioso e inçado de estorvos ; mas
deve-se admitir que é o único processo racional e frutífero. Os lexicó-
:--'"- -
r


1 rj^Q^ aprr -' - '
"rio
lUais 0.\n ;àO
da sua pátria, ^ilerece especial mençAo Rafael Bluteau, que nfio somente
ira oriental, entJlo existente e
,v. ..; termos ali correntes, e manteve
aqui, em Lisboa e nos arredores, relações, a que alude algumas vezes,
com os indiá ticos, assim para melhor se inteirar da lexicologia, como

Vocabulário.

» l',t ou
outra, »< . lò-

rica, o vocábulo típico nio é nu fonética e » -nte idêntico em


(,,f«,., ..- ,,i; .. ._ ..'..: I...:., •''-•
,|,,^,, ,,,„,. j, (o o tnCínv


1 iU
XLII JA i JÍUJ^UUAO

X. — Organização do Glossário

O método quo a(io])tei aa organização do presente Glossário foi o


seguinto :

1. Transcnm ])riiiiciru da Injlutintu m) Vocabulário Portuyuês os


vocábulos quo, por motivos ospociais, tinham sido aí incluídos.
2. Percorri dopois, uma ou mais vozes, toda a nossa literatura orien-
tal, antiga e moderna, a que })udo ter acesso, atento o meu estado vale-
tudinário ; colegi em verbetes do cada vocábulo um ou dois (excepcional-
mente mais) passos do cada obra em que figuravain, verdadeira ou
presumidamente, palavras asiáticas (eao princípio também africanas), o
assim consegui recolher em primeira mâo um enorme cabedal vocabular.
Identicamente procedi com respeito às obras dos viajantes, missio-
nários e tratadistas estrangeiros do maior nomeada: italianos, franceses,
ingleses, espanhóis, holandeses, latinos.
3. Passei em seguida a examinar a correcçHo das poucas etimolo-
gias que eram assinadas por certos escritores, e a investigar as outras,
assim pelo conhecimento pessoal de algumas línguas, como pelo auxílio
de dicionários, mais de um do cada uma, e dos glossários, particular-
mente do do Yule & Burnell. Se o significado se apresentava claro e
preciso, era alguma língua europeia que mo servia de chav^e. Se o sen-
tido era obscuro ou extensivo e a forma fácil, como acontecia em ma-
laio e japonês, recorria imediatamente à língua do berço.
4. Perlustrei também, quanto vinha ao meu propósito, os dicioná-
rios nacionais, antigos e modernos mais autorizados e copiosos, bem
como alguns estrangeiros. Ncão descurei revistas e jornais indianos,
onde poderia fazer qualquer colheita, nem as correspondências que do
Oriente vinham para os diários de Lisboa.
5. Os vocábulos que, em consequência dêsto processo, mo pareceu
possuírem elementos seguros e suficientes para sua inscriçílo, passei a

limpo, em separado, com margem para serem aperfeiçoados. Os outros


ficaram de remissa para ulteriores indagações de significado ou de deri-
vação.
6. As repetidas pesquisas foram sucessivamente apurando uma
considerável quantidade. As consultas aos competentes em casos parti-
culares, e as listas enviadas a amigos e literatos obsequiosos deram
algum resultado ou me puseram na pista. O número dos vocábulos
refractários tornou-se assim muito reduzido.
Explicado sucintamente o processo de elaboração do Glossário, come-
çado há meia dúzia de anos, com labor incessante e com os materiais e
com a preparação derivada do anterior trabalho, eis o seu resultado e a
sua justificação:
Foram pescados no mai-e magnum da literatura portuguesa oriental
milhares de vocábulos, um grande número dos quais não foram até hoje
INTEODUÇAO

rGgÍ8t;idos nos dicionários, e qao^ por om motivo ou outro, tom direito


at' ', E foram i
!onte abonados com :<

da 811U a ou do > da sua naturalidade.


Incluíram-se na obra vozes de origem arábica, quo ponotraram na
' ' "
1
da ind; •
'-,>c-

: ... . , _ -^ .rem na i .^ . . . , . r-

monte por outra via. e das quais há tratados proficient(38, nacionais e


ost; ;ziram-80, com a respectiva ressalva, as quo adquiri-
ram -ii, :.,,:,., ,,u acepçílo, ou se tornaram m oito vulgarizadas. Algu-
mas entraram só com o intuito de se lhes apontar a origem sfinscrita.
Por idêntico motivo foram incluídorx*ortos termos do gíria portuguesa.
I'' ' ' -^ nos (li ' M-ao do aasiáti-
cu?*^ , ;daafou. , ., . ,
squo puderam
ser idtMitiíicados e elucidados ou corrigidos. Os outros, cuja procedên-
cia, forma ou significação nJo era clara ou segura, foram omitidos.
F ' ••
lalmente muitas das palavras que figuram em alguns
dos s como usadas pelos indígenas, e nSo pelos portu-
gueses. For exemplo : Orta refere (Col. de Beire) que o rei Nizamoxá
o pa-

r-
-- j- „. . . .„..; ....... . ^.:^^és ter-

mos n.1o so podem considerar portugueses, nem ciri (êireh), que ôle nos
diz ser nome malaio de betre. Usou-so neste assunto de certa latitude,
• " • ~" '*; a divisória*. '
*

os e 08 dos povos deles


derivados, se nflo ofereciam algum iaterêssc espocíal. Tais vocábulos,
idos, dariam por si só
: , — «... ^ s silo explicados pelos
nossos iudianistas, registados por Blutean. e tratJidos com vasta eriídi-

çflo por Yule«& BnrnoU ao mu Glossári'


'*
llect''" - -
ia etimolo^^ia e no cm s-

tico, a
'

is, qu»'. ou devido k iia

ntftrador (Ic \ quore diser «preparador c


fill'

ipos do dia em que os


ni: li: .
11 rezam a« , fi"r, hácrr, vtatfarrb e êob, qyte
'
M, »ò p4ii\,... .,„.. ... i. ..,.>« o« emprega pnra explicar m
V 6 tuntê : «Ditem Oê ParceoA que tree vex<'it bn»tn faxer ora-
"
rh,r

em ai todoias pa'
, I- i 13,. ,1.. ...V . .
U
Hl itra antoa «le laii^ar na oauia, • que ulia-

BiAo Aiti
XLiv INTKUDuyAO

OU a Orro de cópia ou de composição, ora obscura ou inexacta ; como :

Çalete por colete, catapa por catopa, gorca por gorsa, guémio por
gémio.
Fixou-se com o conjunto das citações, e tambôm com a intervenção
da etimologia, a variante fonética mais usnal ou mais correcta, pondo
de parto as incorrectas, que,aliás, vão indicadas nas mesmas citações.

Com idônticos recursos se determinou a prosódia e a morfologia de


várias dições, erradamente representadas nos dicionários, com acentua-
ção, género e número.
Com os esclarecimentos fornecidos pelos materiais e pela proveniên-
cia, formou-se um conceito cabal dos vocábulos, e deu-se uma definição
possivelmente precisa. Se alguns tecidos e embarcações nâo foram con-
venientemente caracterizados, foi porque faltaram elementos necessários,
e nâo por descuido *. Na colisão, preferiu-se uma definição extensiva à
restritiva, e a designação genérica, nos pesos e medidas variáveis, à
específica e exclusiva.
Procurou-se, em regra, evitar longas descrições, enumeração de di-

versos usos e produtos industriais, e noções históricas dos objectos desi-


gnados, assim para se não estender o trabalho, primariamente lexicoló-
gico, já de si volumoso, como para se não privarem as abonações do
seu interesse, visto que isto se havia de fazer, em grande parte, com o
sou auxílio e detrimento ^.

Quando porém houve razão de particular importância, desenvolve-


rani-se largamente as questões de sematologia, de etimologia, de evolu-
ção formativa ou de trausmisssão de vocábulos, a fim de se esclarecer
a matéria complicada ou restabelecer a verdade deturpada'.
Pôs-se muita diligência em investigar e apurar, à vista da documen-
tação histórica e prefixação do berço, a etimologia scientífica de cada
vocábulo, atentas as vantagens práticas na determinação fonética e se-
mântica *.

E patente que em semelhantes assuntos nem sempre se pode esperar


uma derivação corta e incontestável, por vários motivos : obscuridade ou
indefinidade do significado no texto, indeterminação do berço do rocá-
bulo, falta de base ou ligação histórica, similaridade de som ou de sen-

* Algumas desumidas do contexto, nem sempre claro, ou da etimolo-


definições,
gia, nem sempre emenda.
certa, são susceptíveis de
2 Em certas definições e indicações de propriedades e efeitos preferi as dos au-

tores mais competentes às que eu poderia formular.


* Vid. abada, amoiico, andor, aznlaque, baju, batnbu, bandel, bramanismo, budismo,

canga, canja, cátele, catur, casta, caurim, charão, chatim, coco, cor in. cuIp. dóaico, gen-
jangada, macaréu, machíla, pagode, palanquim.
gibre, guingão,
* «Canons for etymology. 1. Before attempting an etymology, a.secriauí the earl-

iest form and use of the word and observe chronology. 2. Observe history and
;

geograjdiy : borrowings are due to actual contact». — Skeat, An Etymological


Dictionary.
INTRODUÇÃO XLT

tido tio palnvTft» diferentes. Tevo-se porém o cuidado de declarar se a


proreníência «ra somente provável ou duvidosa oa incerta. Por estos
''fou, merco de novos elementos, algu-

Jalgou-se, do ordinário, supérfluo explicar a derivaçfto ou a compo-


sivfto do étimo, expor os seus divtTsos sentidos, ou apontar todas as
liii;;uas indígenas em que se encontrava um dado vocábulo, quando disto
nio redundava nonhunia vantagem real. Indicou-se, todavia, o sentido
literal, Be diferia do dos nossos autores.
Quando v;"lo conjuntas duas liuguas {peraa-ár. ou árabe-persa) a pri-
meira denota o étimo e a segunda a origem remota. O mesmo se en-
tende, algumas vezes, por cone. -mar. ou mar.-conc, mas, em geral, que
a diçJlo se encontra em ambos os idiomas. Se silo mencionadas paralela-
mente duas ou mais línguas, é por se nâo poder discernir de qual delas
proveio o termo. Quando ó indicado o étimo do étimo, nâo se deve
concluir que o primeiro tem sempre o mesmo sentido, principalmente
com relaçílo ao sAnscnto. A notaçJlo genérica «neo-árico» ou «draví-
dico» quere dizer que a dição se encontra em quasi toda a família lin-

guistica. O étimo sAnscrito de algumas palavras introduzidas em por-


tuguês não implica que foram imediatamente recebidas daquela língua,
mas que é corrente ipsis Uteris et sermi em toda a ^roa da influência
bramAnica *.

Tomou-se por norma n&o inserir nenhum vocábulo que nilo fosse
escudado por alguma abonaçAo. pelo menos •
ira. E era natural
que assim se fizesse, visto o trabalho todo \> .- na literatura. Se
alguns termos sfto arrevesados ou estranhos, o nílo propriamente adap-
tados pelo autor, sirva o Glonsário de comentário para êlo e de esclare-
'^" " * -a o seu leitor.
t. à primeira vista, excessiva tanta abonaçAo de cada vocá-
bulo, pois que 08 glossaristas se contentam ordinariamente com poucas
. Mas a verdade é que se não pode cabalmente conhecer a
^ ^ ^Táfica e etimológica, os motivos da adopç.lo, a evoluçflo foné-
o aso no espaço e no tempo, e outras particularidades
tica e semântica,
dos vocábulos, sem copiosa documentação histórica o scicntifica, que
constitui a sua biografia '.

«As derivaçOei doa DOtne< sSo más de acertar nas próprias rcgidesoode naee-
t

moa, onde tabeinosUmbem as lingoas que fari ($ir) nas estranhas onde escaM*-
:

mente sabemos htun vocábulo, quanto maia a derívaçlo dcUe". Garcia da Orta, —
Col. LVItl.
'* os nos- 'i»a se informs i^temaa
^«'li; ^ na zona : Kmpre»
radoa desse tj -

gam, por issn, oa tcnnoa sAnscritos na mesma forma quo 6 usada nas Unguas da fa-
niílin dravtdii- por exemplo: Budào por Hutia («» Buddha), K<wU« por Veda,

;iU;4tam primAriamento « uso do termo, e só secundAríamcnte a


txvi , INTRODUÇÃO

Duas sao as ordens cronológicas de abonaçõos : uma portuguesa,


que abrange as obras originais ou traduzidas a segunda encerra indis-
;

tintamente 08 livros escritos em qualquer língua estrangeira, ainda que


alguns autores sejam portugueses. Julgou-se conveniente copiar as cita-

ções tais quais se acham nas suas fontes, guardando-se até a mesma
ortografia antiga *.

As abonaí;ões estrangeiras tem mais do uma utilidade : consignam


certos» termos que se nao depararam na literatura nacional impressa ;

corroboram ou desenvolvem as nacionais denotam a importância, a ne-


;

cessidade ou a conveniência dos respectivos vocábulos declaram ou ;

insinuam a fonte donde os receberam patenteiam a superioridade dos


;

nossos escritores no sou tratamento ; mostram a evolução fonética e


semântica por que certas palavras orientais passaram na respectiva
língua antes de assumir a actual forma ou significação. É inegável que
tudo isso é de subido valor para a filologia e para a influência por-
tuguesa.
Aconteceu porém mais de uma vez que, não tendo tomado aponta-
mento de palavras asiáticas que figuravam em livros estrangeiros, por
nao as ter encontrado nos nacionais, quando depois se me depararam já
não podia tornar a lê-los. O mesmo se deu com alguma dição, que me
nao pareceu suficientemente aportuguesada, mas que vi posteriormente
mencionada por outros escritores ou registada nos dicionários.
Prosseguindo na leitura da literatura nacional e estrangeira, concer-
nente h lexicologia colonial, colhi novos vocábulos ou novas abonações
de particular merecimento, os quais se nao puderam intercalar no corpo
da obra, por estar já impressa a parte correspondente. Ficam, portanto,
reservados para o Suplemento, juntamente com os termos obscuros ou de
somenos importância. Notar-se hao aí quaisquer incorrecções de monta
que haja no Glossário e se conheçam até então ^.

importância do autor. As citações dos periódicos visam principalniente à actuali-


dade e à popularidade do vocábulo.
1 E bem possível que algumas citações niío se conformem totalmente com os
originais, devido a reiteradas cópias e à ausência
do texto no acto de revisão. Algu-
mas das abonações seguem a cronologiív dos sucessos, como as de Fernão Mendes
Pinto e Gaspar Correia. Foram encurtados os títulos compridos de certas obras cita-
das, 03 quais se podem ver na Bibliografia. Quanto aos autores, foram ordinaria-
mente dados os nomes primeiro e último ; com relação a certos, preferiram-se os dois
últimos apelidos, pelos quais são mais conhecidos.
2 Identicamente procederam Yule & Burnell no seu monumental Glossário, que
me serviu de modelo e de que muito me utilizei. Em português nào há nenhuma
obra semelhíiute. O Glossário do Cardeal Saraiva, além de ser muito limitado, pouco
valor scientífico tem quanto à lexicologia asiática. (Vid. Gonçalves Viana e alcxico-
logia portuguesa de origem asiáiico-africana, pelo autor). Gonçalves Viana incluiu,
nas suas Apostilai e Palestras Filolnjicas, grande número de termos coloniais, não
registados nos dicionários portugueses, apontou os étimos de muitos, e emendou a
prosódia, a scmatologia e a etimologia de vários outros. Cândido de Figueiredo
INTRODUÇÃO itTir

XI. — Noções das línguas orientais e da sua influência


na portuguesa

Na Introdoçflo ji Influência do Vocabulário Português traton-se lar-


gamente das línguas da Ásia meridional na generalidade e sucintamente
de cada ama delas em particular, bem como dos motivos especiais por
que a língua portuguesa exerceu nelas a sua iníluOncia directa ou indi-
recta. TambGm foi apenso um mapa lingúístico-goográfico.
Para so nilo repetir o que já está desenvolvido, direi aqui tilo somente
o qno do piTto ^ ' «na com o prosente trabalho.
As línguas :i. ^ que subrainistraram termos à portuguesa sJlo :

1 >a família árica, ramo indo-árico : concani, marata, guzarate,


iitndustani, bengali o singulPs. — Ramo eránico : persa moderno.
2. Família drav'f'' nlaiala, tamul, canarês, túln o telúgn.

3. Da família ii.. -a, ramo tibeto-birniânico : birmanês e tibe-


tano. — Hamo mon khmer : cambojano. — Ramo siamo-chinês : siamõs,
anamita, tonquin&s.
4. Da família nialaiopolinósí-i • tn.-ilí.in ÍMv.nr« toti, n (ril/.i; — as
doas últimas sfto línguas de Tim<
5. Da família semítica: árabe oriental.
6. ChinPs.
7. J;i{K)nê8.

8. Línguas da Africa Oriental, restritamente .


A ca entre o número dos idiomas asiáticos, que roco-
bera:.. , ^ , . tuguesas, e o dos que deram, explica-se pela influôn-
cia mediata qoe a nossa língua exerceu em muitos dCles, como panjabi,
sindi, nepali, assamos; sundanês, madures, macaçarôs, nicobarês. Era
natural que os -' loses tomassem certo ' ''
' * to dos
povos rom qiii< '
i, como molucanos, > ; mas
como tais palavras se encontram em malaio, o Oste era língua franca
é de presumir que dfde se servissem nas suas relaçOoe

Eni , -, é proporcionalmente recíproca a inflnôncia. Quanto


mais influiu a língua ])ort«igue8a no vocabulário duma dada língua asiá-
a fl-


:i\

oa Norto, no Onzarate, em CoilAo, no Arquipélago Malaio e, religiosa*


meute, no JnpfVo; do que dflo testemunho os vocabulários dos respectivos

B''im .'int ir,

tua!"

n.i India c cuU tnomlêticia


nXo 6 notória, como machtUi, pangaio, hattiqme, mantió, cchtthm
XLvai INTRODUÇÃO

idiomas. Inversamente, também é dOsses idiomas que lho proveio maior


8oma de vocábulos.
Goa, Damão, Dio, Macau o Timor, por sorem as actuais colónias
portuguesas no Oriento, a influência das suas línguas indígenas ou dos
seus crioulos ó contínua o ininterrupta a das outras regiões ó unica-;

mente histórica, excepto a zona do Padroado Português, onde o clero


nacional continua a entremear na sua linguagem falada e na sua cor-
respondência diçõos vernáculas.
O persa esteve em grande voga na índia no período da dominação
maometana : ora a língua da corte o dos tribunais, oficial e literária. Os
tratados dos portugueses com os potentados muçulmanos eram exarados
em português e em persa*. Numerosos termos persianos, em particular
administrativos, infiltraram-se "necessariamente nos idiomas vernáculos,
inclusive dravídicos, e em indo-inglês. Era, portanto, natural que mui-
tíssimos vocábulos dessa procedência se introduzissem directa ou indi-
rectamente na língua portuguesa. Mas nâo^Lhe comunicou senão pou-
quíssimos, posto que seia de supor que mais alguns vogassem em certas

partes, como em Ormuz, Congo, Comerão.


O árabe ó a língua sagrada dos islamitas da índia, onde há escolas
para seu ensino. Os portugueses estiveram em contacto com os árabes
em algumas regiões ; a sua língua era ao princípio o meio de comunica-
ção daqueles com os indígenas da índia. O persa moderno está exten-
samente eivado de vocábulos árabes, não há nenhuma palavra dessa
origem que não tenha ou não possa ter cabimento no seu vocabulário.
Explica-se, portanto, analogamente, a introdução, mediata ou imediata,
no português oriental de várias dições da língua semítica. Mas não
houve troca documentada.
A civilização chinesa impressionou vivamente os portugueses por sua
novidade e singularidade. Os nossos escritores, como Fernão Mendes,
Castanheda, Barros, Orta, Frei Gaspar, Padre Lucena, Padre Semedo,
Frei Jacinto, tecem grandes elogios à sua administração pública, letras,
artes, indústria, flora 2. A descrição destas, com menção de nomes ver-

1 • Concluídos estes capítulos se passarão dous estromentos em Parseo e Portu-


guês, hum para darem ao Embaixador, e outro pêra ficar em estado. . . Deste jura-
mento se fizerão dous autos em Parseo e Português». — Diogo do Couto, Déc. V, i, 9.

2 «Hum escrauo Chij que comprei pêra interpretação destas cousas sabia tam-
bém leer e escreuer nossa linguagem, e era grande contador de algarismos». —
Déo. I, IX, 2.

«São os Chins homens muy sutis em comprar e vender, e em officios mecânicos;


6 emletras não dam vantagem a alguns outros, porque tem leis escritas, conformes
ao direito comum, e outras muito justas. damse lá gráos e muytas honrras aos
. .

letrados, e elles sam os que governão o rei e a terra. Nas pinturas que fazem vem
pintadas cátedras, e homens que estão lendo, e ouvintes que estão ouvindo quanto ;

mais que, pêra vos convencer seu gram saber, abasta que a arte de emprimir sempre
foi lá usada, e nam ha em memoria de homens acerca deles, quem a enventou». —
Garcia da Orta, Col. xvii.
JNTUODUVAO uix

nácolos, importou p.i. ssa lingua nma notável quantidade^ de ter-


mos chineses. A nossa colónia de Macau tambôm concorrea bastante
' .^
-!.. por ^ '
'

como p'
portuguesas recebeu ; como padre, papa, : mista, leilão, pipa,
e, talvez, pdo c dado.
. .. ....v...uente, as línguas da Indo-China dera... ,......- v. .^ » vuiitin-
'-•, polo menos literariamente, do que receberam da portuguesa, a
ir pelos seus dicionários '.

'
' ' '
" loio (ie li\T0s, novas;

V lá pelos autores ant ..

mas não tantas quantas os desconhecedores da nossa literatura oriental


V O principal órgilo transmissor é o inglôs, nio como se pro-

X I ] .
^ Alfabetos e transcrições *

£ a^ra ponto aBSt>nto entre os sanscritólogos, após as investigações


do Dr. BQhler, que a escrita era conhecida na índia no
^ -^ de Cristo, posto que nâo fosse então, nem muito tempo
ia para fins literários. É de origem semítica do tipo
t enicio, semelhante ao da estala moabita, introduzida por mercadores por
"

Os ni 'OS documentos que possuímos sâo


. ,
-íi do inij , . Açoca (século in aiitrs tie rr!sf(»V

que já apresentam numerosos cambiantes gráficos


lo, a sistematização e a íidaptaçflo dos caracteres 8»"mi-
I
. :,,!,, ^rico deram em resultado, no 8i''culo v da era
ido pelo nome do 6rã/(//íí («relativo a Brahmái),
o qual i>ode considerar- se como o verdadeiro alfabeto nacional da Índia.

7ari («urbano») oa devanãf/arl («da cidade de Deus»), no


'
)s os m "s lit»»rários da língua
,....s,. .,

1'ara me restringir às línguas que figuram no presente trabalho, se-

i
Entre m eríâtÍA« ««UiTain em uAo outrora muitos termo* poriufrueaet, e é po*>

.i«i,
JA eram coi Nia XYi e ivii.
- Li-> " '-- ''—\ immgatoi.
pijama {j U^»,/i9'«'
* Vid. Lijiucnctu, j;p. UiXl'ULlMi.
o
L . INTRODUÇÃO

gaora o alfabeto devanagárico, alôm do sâascrito, o hiudi, © hindastani


(conjuntamente com o árabe-persiano), o marata, o concani (em parte)
e o guzarate, com pequenas variantes. O bengali, o singalôs, o telúgu,
o canarôs com o túlu, c o inalaiula tom próprios, que diferem do deva-
nágari grálicamente, e nâo fonética ou metodicamente. Muitos dOstes
idiomas, porôm, nao usara no vocabulário vernáculo de todos os fonemas
do devanágari, e algumas há que tem um ou outro fonema especial ou
fonemas e letras a mais.
Entre as línguas dravídicas só o alfabeto do tamul difere considera-
velmente do nagárico, assim por falta de muitas letras, como pelo acres-
centamento de algumas consoantes, e mais polo om])rôgo de certas con-
soantes para representar dois ou três fonemas.
Serve-se do alfabeto árabe-persiano, alôm do hindustani, o malaio *.

O birmanês, o tibetano, o cambojano, o javanês, tem alfabetos pe-


culiares, derivados primitivamente do Índico, mas ao presente muito
modificados.
O chinês, o anamita e tonquinês e o japonês empregam idiógrafos
chineses. A vista das diíiculdados que oferece o conhecimento desses
caracteres, os missionários católicos do Anão inventaram um esmerado
sistema de transcrição em alfabeto romano, denominado quôc ngu, para
representar fielmente todos os sons e tonalidades do idioma. Este sis-
tema é igualmente seguido pelos filólogos e, segundo Lajonquière, pelos
próprios indígenas da Cochinchiua 2.
O chinês não tem um sistema de transcrição comummente seguido
pelos sinólogos. Além disso, um mesmo idiógrafo é diferentemente
enunciado conforme as províncias e conforme a linguagem é mandarina
ou vulgar. Não há, portanto, perfeita uniformidade na reprodução das
dições chinesas em alfabeto romano. No Glossário tem-se seguido, em
regra, o dialecto de Pequim, que representa a língua literária, e o de
Cantão, mais conhecido dos nossos escritores.
O Congresso dos Orientalistas, realizado em Genebra em 1894, adop-
tou, quanto ao devanágari, um sistema uniforme de transcrição, que
desde então tem sido geralmente seguido pelos sanscritólogos. O mesmo
pode e convêm aproveitar-se para a transcrição dos outros alfabetos que
tem idêntica origem, com notação peculiar, facilmente inteligível, das
letras privativas. Importa, portanto, conhecer a transcrição dos alfa-

betos devanagárico, tamul e árabe-persiano.

1 O baixo malaio, mais dilatado, escreve-secomummente em caracteres romanos.


* Por falta de tipos especiais omito ura ou outro sinal diacrítico nos étimos
dessa origem.
INTRODUV'AO

Transcrição do alfabeto devanagárico

Vogais :

7 f, ^ at, vi Oy it au.

Guturais:
Lii , INTRODUÇÃO

ao do zz om italiano ; j oxploBivo (como em inp;lCs) e 2 (ou dz) *. Dis-


tingo-os na transcrição.
Por motivos ponderosos
VI. o especiais, faço as seguintes altera-
ções na transcrição acima dada: eh, chh por c, eh; x (palatal) por ç

(excepto om sfinscrito) e por s (excepto em sânscrito).


VII. Em todas as línguas áricas o acento recai na última sílaba,
se fôr longa, ou na penúltima, longa ou breve, se a última fôr breve.
Em singulOs porOm o acento podo protrair-se à antepenúltima, ainda que
seja breve, como annàsiya, «ananás»*.

Transcrição do alfabeto tamui

M'
INTRODUÇÃO MU

I\'. A regra tamálica de sonoras mediais é ignalmento observada


no malaiala, mas com letras distintas, excepto A* medial, que sOa^ muito
fraco, quasi como A, e transcreve-so por um sinal especial, que ou
omito.
As consoantes peculiares sao /, r, n. A primeira, que existo
ate no mal.iiala, cpronuncia-se diferentemente em diferentes d ia-
;..iw... , diz Caldwell. Conforme Osto autor, o seu som normal asseme-
Iha-se ao do r inglCs em farm, mais líquido e pospalatal. Segundo Per-
cival, é uma mistura de r, / e do francas J. O telúgo substitui-o por d
caturainal, e o canar* '
iiminal.

VI. Or duro, I
' usado em tamnl-malaiala, tem o som
médio entre as cacuminais d e h como no inglês crack.
VII. O n, última letra do alfabeto, nao se diferença foneticamente
de u dental ; nâo tem, por isso, notação discriminativa.
VIII. Algumas das vogais tem cambiantes particulares ante certas
consoantes, que acho desnecessário descrever. O ditongo ai é de pouca
ocorrôncia, e pronuneia-se comummente ei.

IX. As línguas dravidicas nâo possuem palavras de sílaba tónica,


com a elevação da voz ; enunciam-se na mesma toada, distinguindo-se
sílabas lonj:^as, breves e brevíssimas. Mas do ordinário profere-se com
mais ênfase a primeira sílaba, qn '
' •'
^vnse do vocábulo.

Transcrição do alfabeto árabe persa-híndustaní

•te.) ^ eh
nv INTRODUÇÃO

III. Algumas das letras arábicas tem som diferente em persa e hin-
dustaui, como: th = 8; dh = z; ç? = hindust. z; t, 2 = hindQSt. t, z.

IV. O referido Congresso dos Oriuntalistas tambôm fixou a transcri-


ção do alfabeto arábico, que ou sigo, proferindo as variantes optativas.
Mas substituo d por z, para e%'itar a confusão com o á do hindustani, e

w por V, ou u, para manter a harmonia com a transcrição do alfabeto


devanagáiico *.

V. Sendo alguns étimos arábicos reproduzidos das transcrições an-


tigas, devem naturalmente diferir às vezes da transcrição aprovada.
Também as vogais breves árabe-persianas, bem como as semivogais v e
y, sao amiúde proferidas diversamente em diferentes regiões, e por con-
seguinte, diversamente transcritas.
VI. O malaio nflo emprega no vocabulário vernáculo as seguintes
letras arábicas : th, li, kh, z, sh, s, d, U z, ', gh, f; e tem a mais as
seguintes : eh, ng, p, g, tI ou n?/.

Vn. Os autores holandeses, conformando-se com a índole da sua


língua, transcrevem por tj, dj, nj, as letras eh, j, n do malaio e das
outras línguas do Arquipélago, as quais se pronunciam exactamente
como em dovanágari.

1 Na transcrição portuguesa, v ou lo é tradicioiíalmeute representado por u, de


que mais se aproxima, e sh por x, que lhe corresponde. O sh doutras línguas tem
igualmente o mesmo valor.
BIBLIOGRAFIA

AsKKv (Miguel Vicente de). Vid. Ki^ousk e Dello.n.


Absbo (O. de VaiicoDcelos). Importância capital do tãoêkito como bate da glottologia
áriea Lisboa, 1878.
ínvfstufaçSí) tohre a eararier Ha ntyilútarJin ária-hindu. Lisboa, 1878.
3/.; IL — Chrestomathia. Lisboa, 1883.
A i
^ lia. Paris, 1885.
O Ânimiêmo emjeral e sua rrpnMntação entre o* Chintêe*. Lisboa, 1889.
'

Curto Integral dr c '' '


' de abfrtura. Lisboa, 1903.
- '
'

Aromo (P. Baltasar). J In Boi. S. G. L., iv.

Aroaso (P. Gaspar). Viagem da nau 6'. Francisco, in Hist. Tragico-maritima,


vol. Tl.

AoosTtnHo de Sajit* Mabia (Fr.). Historia tia Fundação do real convento (k Santa
w... / /j^ <fc Goa. Lisboa, 1699.
. .. .

Ali Indianas e Pitrtuguetat. 2.» e«l. Lisboa, 1881.


Subsídios par" ''ingrafia e para n estudo da sua

Frmão Mrntlea 1'into e. o Japào. Lisboa, 1906.


ALauQcrr' *'"'n*o de). Cartas, 6 tom. Lisboa, 1hsí-i;m.>.
AlguH» l "do Arrhivo Nacional <la Torre do Tombo áceroa das nutrgaçiies e
• '2.

Af^' Tragico-maritima, vol. ix.

ALMkitiA (Fortunato de). 1'ortugal r as Coldnias I'ortutjitrtas. Cihu um apêndirt sobre


a Hist/tria da (íeografia e nma nota bibliftgr(\^-' '- -t f? -" '- "-• < -7' -

d'<» Df/ji dítminios. Coimbra, 1918.


A«MAD« i^rmo que Turn's puz^rãa lui jurtaUza ti»' Dtu
lia» ;•
'

Chrrmira dei iiry D. Joàn Hl. 4 partes. liaboa, 1618.


hom João dr Castro. Li.^.>
AkDftADA (Jacintu Freire do). Vida dr ...l. ...

An>aADa (José loicio de). Memoria dos feitos macaenses contra os piratas da Ckima:
'-I .'''•'' <.•.'<." Lisboa, lf<36. "

.Airvi. viii. 1' \ !.'). Aotir> /

Aunuc* '! '' . l íiramarino \f...:. , ....,- i . ...

Annate 3/in > <. & voL Lisboa, 1840-1844. Os tcmioa relativos à índia silo da Mê-

fXtrtiÊjfWMas na Asia, pelo desirmbar-


noa Amute*.
o SAcaAHHrro (Fr.), l 'a, r PeregrinOdjUo Ih-ftta </m/* a»s Acantos

t.a vol. Usboa, 1748.


:
J rgf ."iiixi- xts ò'anêkrit'£ngtisb Dictiononj. 1 o., mi, ií^w
LVi lilHLIOGKAFIA

ÂRAOÃ0 (A. C. Teixeira de). Descrição geral e histórica das moedas. 3 vol. Lisboa,
1874-1880.
Archivo Portuguez-Oriental, em 6 fascículos o 2 suplementos, por J. H. da Cunha
Rivara. Nova Goa, 1857 e seguintes.
Ârchivo Pittoresro. Semanário illustrado. 11 vol. Jjisboa, 1857-1868.
Archivo de Pharmacia e Scienctas Acccssorias da índia Portuyneza. 5 vol. Nova Goa,
1864-1868.
Arte Palmarica, escripta por vm dos padres da Companhia de Jesus. Apud B. F. da
Costa.
Azevedo (António Emílio de Almeida). As Communidades de Goa. Lisboa, 1890.
Balbi (Gaspare). Viaggin deUe Indie Orientali. Venetia, 1590.
Balsemão (Eduardo Augusto de Sá Nogueira Pinto de). Os Poi-tuguezes no Oriente.
Feitos gloriosos praticados pelos portuguezet no Oriente. 3 vol. Nova Goa, 1881.
Barbosa (Duarte). Livro. Edição da Academia {Noticias, vol. ii).
A Descriptiim of the Coasts of East Africa. and Malabar in the brginning of Í6th
century. Translated fro^n an early Sjjanish manuscript (de 1624) by the Hon. Henry
E. J. Stanley. London, 1866. A tradução castelliaua contêm nuiitas interpolações
e alterações, devidas ao tradutor.
Barbosa íAgostinho). Dictionarium Lusitanico-Latinum. Bracharae, 1611.
Barbosa (D. José). Epitome da Vida do Senhor D. Luis Carlos Ignacio Xavier de
Menezes, Primeiro Marquez do Louriçal, duxis vezes Vice-liey e Capitão General
. . .

dos Estados da índia. Lisboa, 1743.


Barbuda (C, Lagrange Martins deK Huma Viagem de duas mil léguas. Estrahida da
Revista Universal Lisbonense —
e enriquecida com varias peças, por Fillppe Nery

Xavier. Nova Goa, 1848.


Barradas (P. Manuel). Descripção da Cidade de Columbo., iu Hist. Tragico-maritima,
vol. II.

Barreto (P. Manuel*. Moçambique e Madagascar, in Boi. S. G. L., iv

Barros (João de). Décadas da Asia. Edição de 1613.


Barth (A.). The Religions of India. 4." edição. Loudon, 1906.
Barthema ou Varthema (Ludovico). Itinerário, apud Ramúsio, vol. i.

Bazin. Chine Moder^e. Arts, Littérature, Moeurs, Agriculture, Hisioire Naturelle, In-
dustrie, etc. Paris, 1853. (In Univers Pittoresque).

Bell (C. A.). Manual of Colloquial Tibetan. Calcutta, 1905.


Bbllot (P. J. B.). Vocabulaire Arahe-français. Beyrouth, 1899.
Petit Dictionnaire Français-arabe. Beyrouth, 1900.
Belsabe (M: B.). An J-tymological Gujarati-English Dictionary. Ahmedabad, 1904.
Ben-Batdta, Viagens do celebre arabe Ahu-Abdallah, mais conhecido pelo nome
de Ben-Batuta, traduzidas por José. de Santo António Monra. 2 vol. Lisboa,
1840.
Bernier (Francois). Voyages, contenant la description du Grand Mogol. 2 vol. Paris,
1830.
BiKBR (Júlio Firmino Júdice). Collecção de Tratados e concertos de pazes que o Estado
da índia Portugueza fez com os Reis e Senhores com que teve relações nas partes da
Asia e Africa Oriental. 14 vol. Lisboa, 1881-1887.
Bldteau (Padre D. Rafael). Vocábrdario Portuguez e Latino. 8 vol. e mais 2 de Sup-
plemento. Lisboa, 1712-1728.
Bocage (Manuel Maria de Barbosa du). Obras Poéticas. 3 vol. Lisb.ja, 1849-1850.
BocARBo (António). Livro das Plantas das fortalezas da índia, in O Chronista de Tis-
suary (Ms. da Biblioteca de Évora).
Década 13.* da Historia da índia. Lisboa, 1876.
Bolelim da Sociedade de Geografia de lAsboa. Collecção inteira.
BoNTius (Jacobus). Historia Naturalis et Medica Indiae Orientalis. Publicada no livro
de Piso. *k
IIIBLIOGRAFIA

boT! Eaiado da íméiOf in Svbêidio* pnra a Historia fia India


!

lioR Enuuoa «oAre a Ettatitti<n dfu Pf*»ê*s»õeg Foritêçut»u

ViVf '"-iin êoa GrutinS ihi Tiiãiit Orir-, ^inia rntlumi-s. in

itHK'N III l.l.^D'M, l.Wt).

A I < 16 iÍ4- Março <fc ÍS08. Lisboa,


1
•.«»•'

r.i. '"liarlt's IMuTIpp"!. A Dictionary of inix«l Tilun>i M.nlras. IS'^4

$ na India. Lisboa, 188.'

Brit : liáU>ria do ^'ascinirtUo, Vida t Marty riv do Ve». Padrr


J -2.

BiauoL-r iK ). ItUrofluction à rUittoirt du Buddhitm^. Imiien. Paris, 1884.

. \..l 1.

' * de Noiiciat.
Calii ^
ir of the Dravidian or South imlian
F*im>ly of LanguageM, 2.* edição. London, 187Ó.
CauArí* (IwUÍs del. 0# Lusiada» Li»boa, 1905.
("axpt (Tli'tii.ifli. A Dictionary. Ewflixh and Aíaráthi, Bombay. 1873.
Cak! ulos portvfftiçMCM deri-
V _ ^
•>.

Qamxhu (p. AiiCotiio Francisco). Batalha» da Compaidiia deJetut. Lisboa, 1894.


— — B«Uxtiout dellit I'rf'i-inria del Giappone. Romn '»''•'
In Hiit. Trofii otuaridma, x.

C*«i< riwni Ijatino-lutitanicwu et vicevtrta Lutitanico-latinum.


{ . I.

Cari>c«o Ji'.Moa (Joio). S*ttttidio9 para a materia meilica e therapeiifica. 2 vol. Lisboa,

1ÍW2-1W.').
CAaiKMK) f5(anuel Godinho). Helaçõo de naufrágio da nau Santiago. In Hist. Trágico-
IV.

'lo Galeão S. Lourenço. Rid., x.


( ur' .« <j>ie at padre* e irmàoê da Companhia de Jetuê etcreverão dos lieynot de Japão
•> • <• ií'.98.
* Liti,:-

Caam n and Sinhalese. Dictionary. Colombo, 1809.


<'j>''Tv ' >* Descobrimentos e Conquistas da índia.

C-AS: (Josó Kii '-1(1 dos trahalhos executados pela direcção dos ttt m
I .''oa na A. ... . >ui^mesti, In liol. S. O. L., xaii.
('a« ). ás Posstsm''es I'ortutftiemis na Oceania. Lisboa, 1867.
Caw , IWli, 1908

a Goa I. -2.

'• '•"" ;..;/,


;
I noftre <
idf lA» Mar

I AnfftiHsed Words. Colombo, 1901


'5 vol Tari-», I7r»l
'
^ _.,..., n j,,., -
i':o7

Cu li>ill» ( l{í>l>« rt I
lí/l I^itgi ^ti5

íV.P'«i'. -'
,1 í A'. •/« I 'iiirt.ia p'T i».iv>d Lo|»«« i.!"!'
Lvin BIBLIOGRAFIA

Clouoh (Rev. R.). -A Dictionary of the. Sinhile^e and English Languages. Colombo,
1830.
Clóbio (Caroli Chisii).Rariomm Planlarum Historia. Antuérpia, 1601.
CoBnoLD (George A.), lieligion in Ja-pon. London, 1824.
Coelho (F. Adolfo). Diccionurio Manual Etyviologico (la. Lingua Portugueza. Lisboa.
Collecção de Bandos. Vid. Xavier (Filipe N('ni).
Collecção de Noticias para a historia e gc.ographia dds Nações Ultramarinas. Lisboa»
1812-1841.
Comnientarios de Afonso (V Albuquerque. 4 partos. Lisboa, 1774.
CoKCEiçÃo (Fr. António da). Tralad4j dot rios de Cuama. In O Chronista de Tissuary,
n, 1696.
CoND£ DE Aknoso. Joruadus pclo Mundo. — I. Em. Caminho de Pekini. — II. Em Pekim.
Porto, 1895.
Conde db Ficalho. Nomes vulgares de algumas plantas africanas. In Boi. S. G.
L., II, e III.

Flora dos Lusiadas. Lisboa, 1886.


Garcia da Orta e o seu tempo, Lisboa, 1886. Vid. Okta.
Conquista do Keyno de Pegu (por Manuel de Abreu Mousinho). Em apêndice à Pere-
grinação de F. M. Pinto.
CoNTi (Nicolo de). Viaggio. Apud Ramúsio, vol. i.

CoRKEiA (Duarte). Jielação do aleuanlamento de Ximhará (no Japão). Lisboa,


1643.
Correia (Gaspar). Lendas da índia. 4 em 9 tomos. Lisboa, 1858.
C0K8A1.1 (Andrea). Lettere. Apud Ramúsio, vol. i.
Corvo (João de Andrade). Estudos sobre as Províncias Ultramarinas. 4 vol. Lisboa,
1888-1887.
CosMAS. Descriptions des Plantes et des Animaux des Indes Orientales par Cosmas Mo-
nachus autrement Indicopleustes. In Relations, etc., i.

Costa (Bernardo Francisco da). Manual pratico do Agricultor Imuanu. 2 vol. Lisboa,
1872-1873.
Metnoria sobre a gntta-percha extrahida da Euphorhia-neriifolia e sobre a Areca-
-catechu. Nova Goa, 1890.
Costa (Cristóvão da). Tractado de las Drogas y medicinas de las índias Orientales.
Burgos, 1578.
C08TA (P. Diogo da). Descoberta de Angola e Congo. In Boi. S. G. L., iv.
CouTiNuo (André Ribeiro). Relação da, expugnação da praça de Bicholhii em 27 de
Maio de 1726. Lisboa, 1728.
Coutinho (Lopo de Sousa). Historia do Cerco de Diu. Lisboa, 1890.
Coutinho (D. Francisco Inocêncio de Sousa). Breve e utU idea do Commercio, vc^-onn.
ção e conquistas da Asia e da Africa. Publicada no Panorama, vol. x.

Couto (Diogo Décadas da Asia, IV-XII.


do).
Dialogo do Soldado Pratico Portuguez. Ed. de 1790.
Dialogo do Soldado Portuguez. Ed. de 1790.
Vida de D. Paulo de Lima. Lisboa, 1903.
('ovARBi';viA8 (Dom Sebastião de). Tesoro de la Lengua Castellana o Espanda, 2." cá.

2 vol. Madrid, 1674.


Crespo (Joaquim Heliodoro Calado). Cousas da China. Lisboa, 1890.
Crasset (P. João). Historia da Igreja do Japão. Vertida em, português, da tra-
dução italiana, por D. Maria Antónia df S. Boaventura Meneses. 3 vol. Tvis])oa,
1749.
Crepin^(P.). Nouveau VorabuLaire Françats-ronh/nois et Tonkinois-français. raris,
190Ò. «
Cruz (Fr. Gaspar da). Tractado em que se contam muito por estenso as cousas da China'
Évora, 1569.
UIULIOGRAFIA in

CtnniA (Oerson da) ContributioM to the $tudy of Indo-Portu^uttt Numitmatica. 2 fasc.


'" "
Bomb.r
TJi' Bombay. Bombay. 1900.
Dai < i Souinarajftn). A History of Imlia from the earliest times. Vol. i. Bom-

Daloado (D. G.). CUtsêificação Botanira das plantas e drogas desrriplas nas mColo-
qtdoê da India», de (7 - -^^^a. Bombay, 1894. - -

— —
.
Vires Plautannii . m ou VirtwUs das Plantas do Malabar, extra-
hidas do ' Uortus h*éii*:us ifalaòarints» de Henrique Vou Rheede. Bastorá.
1896
Flora de Goa e Sarantvadi. Lisboa, 1896.
Dai.- — .v-;.>...:.í i' i u-, .
Dirdonario Konkam yu,iuyues. Bombaim, 1893.
nkani. IJsboa. 1905
'.ra, 1913.

alves VitttM t a lexicologia portuguesa de. origem asiático- africana. Coimbra,

Daxtrbs (Frederik Charles). The Portuguese in India — being a history of the Rise
and decline of their East'^ T ,,ndon, 1894.
Dautbxmkk (J.) L<i Chin' p-
De Império Magui Hngolu tive India Vera. Commeniariis e. variis auctorHms congcstis.
Logdani Bataviorum, liVU.
Dbllos. Narração d*i hufuiêição de Goa, escripta em francês por...; veriiiía em portu-
g> 7o
.; Vi-
ceoie de Abreu. Nova-Goa, 1866.
HeUttion <fun fot/age dfs Indes Orientai.-. - ... i'aris, 1685.

Dktic (Mareei). I tiitionunire Ktimologique des tnots d' origine orientale. Em saplemento
a< ''ré.

hintoriques de. VArchipd Indien (Sedjarat Malayou). Part« i.

T>>«- ....,„. ,
'... ...... é 1 agico-maritima, vol. iii.

lo Contemporâneo da Lingua Portugiuxa. 2 vol. Lisboa, 18 •-

LH' '
la Ijcngua Casfellann por la Ueal Âcatlrinia KsjhíhuIi. lo.' edição
y, .>'.!.

Dicrioftario da lAugim Portuguesa, publicado pela Ac<micinia das iSciatcias *l« Lisboa.
Tomo I. Lisboa, 17H8.
DocTOB (S<^rabsliaw Biramji). The Student's Enlarged English- Persian Dictionary.

lift Pertinn and English Dictionary. 8.» ed. Bombay, 1915.


riit Teto-Portuguts. Lisboa, líK)?.

X -. -- ....ííaOU lÀvrvt dtlM IfourÒrji iCoHci-fjan ili- \íiiiilimi.iit.m i

ditos, da Academia). 4 vol. Lisboa, 188'.'

Dow ' '


'
'
'
• •

,r U <
liriiiju>u^{jtograpi%^f
I

Uide, 1869.
! _
,, ; :, 1^. ^
. _..
!u,. 1914
Dvstatx (I^iuis). La Pene, In L' Uniters Pittoresqme Pari», 1841.
>i
Din >
1 ^y MoMTs, hsstitmtiomê et Vérémtmiet des peuples </-• í iui
I

- Emvou (Joio lie). Viagrm ás índias Orintt> oUrr^ ét Noticias,


f'-r-
Lx lilHLlOGKAFIA

Enaclt (Louis). IJInde Pittoreeque. Paris, ISGO.


Ekkdia (Manuel Godiuho de). Declararam de. Mahuii < jiuun <_// iritna com <> \^nitiay.

Bruxelas, 1881.
Favhk (Abbé P.). Didionnaire Malais-français. 2 vol. Vieunc, 1875.

Feio (Bento Teixeira). In Hisf. Tragico-maritima, vol. x.


Fehquson (Donald). Letters from Portuguese Captives in Canton. Bombay, 1902.
Fernandes (Francisco Xavier Ernesto). Memoria Historico-economica do Estado da
India Portugveza. In Bol. S. G. L., xiv.
Regimen do sal e ahakari e alfandegas na India Portugveza. Ibid , xxii-xxiii.
India Portvgueza. Estudos econotnico-sociaes. Bastorá, lOO.^.

Figueiredo (Cândido de). Novo Dicionário da Lingua Portuguesa. Lisboa, 1899.


2.» éd. 1913.
Fonseca (José Nicolau da).Ân Historical and Archeological Sketch of the city of Goa.
Bombay, 1878.
Fka Paolino (da S. Bartolomco). Viaggioi alle Indie Orientali. Roma, 1796.
Fuyer (John). A New Account of East India and Persia. Edited with notes and an
introduction by William Crooke. 3 vol. London, 1909-1915.
Galvão (António). Tratado dos Descobrimentos antigos e modernos. Lisboa, 1731.
Gaspar de S. Beunakdino (Frei). Itinerário da índia. Li.sboa, 1812.
Gazetteer of the Bombay Presidency. Botanical volume. Bombay, 1886.
Gíméral Beaulieu. Mémoires du Voyage aux hides Orientales. In Relation de divers
voyages.
GiP. Jacob e Dulce (Scenas da vida intima). Margão, 1896.
Godinho (P. Manuel). Relação do Novo Caminho que fez por terra e wiar, vindo da
índia para Portugal. 2." ed. Lisboa, 1842.
Glossary. Vid. Yule & Buknell.
Góis (Damião de). Chronica d'el Rey D. Manuel. Lisboa, 1506.
Chronica do Principe Dom João. Coimbra, 1905.
Gomes (Francisco Luís). Os Brahainanes. Lisboa, 1866.
Gomes (José Benedito). Afonso d' Albuquerque. Lisboa, 1916.
Gonçalves Viana. Classificação Summaria das linguas. Lisboa, 1897.
Apostilas aos dicionários portugueses. 2 vol. Lisboa, 1906.
Palestras Filolójicas. Lisboa, 1910.
GosHAL (Bojendra Nath). A Dictionary of the Bengalee Language. Calcutta, 1890.
Gouveia (Fr. António de). Jornada do Arccbisjjo de Goa Dom Frey Aleixo de Menezes.
Coimbra, 1603.
Relaçam, em que se tratam as guerras' e aa grandes victorias que alcançou o grande
Rey da Persia Xá Abbas, etc. Lisboa, 1606.
Ghacias (Caetano Francisco Xavier). Flora Sagrada da Índia, ou Mythologia das
Plantas Indianas. Margão, 1912.
Gracias (João Baptista Amâncio). Subsídios para a historia economico-fina^iceira da
índia Portugueza. Nova Goa, 1909.
Gracias (J. A. Ismael). A índia em 1628 e 1624. Excertos das Memórias do viajante
italiano Pietro delia Valle. Nova Goa, 1915.
Grose (Jean-Heuri). Voyage aux Indes Orientales. (Tradução do inglês). London,
'
1758.
Guarda (Cosme da). Vida e Acções do famoso e felicíssimo Sevagy, da índia Oriental.
Lisboa, 1730.
GcBERNATis (Angclo dc). Storia dei Viggiatori Italiani alie Indie Orientali. Livorno,
1875.
Gli Scritti dei Padre Marco de la Tomba. Firenze, 1878.
Guerreiro (João Tavares de VelezV Jornada, que Antonio de Albuquerque Coelho,
Governador, e Capitão General da Cidade do Nome de Deos de Macao, na China,
fez de Gnn até chegar á dita Cidade no anno de 1708. Lisboa, 1732.
lilBLIOGUAFIA lxi

GvKKRBtBO (P. F :.tn Annual da* covtn» qae fiteram oa padrtt da


Companhia de vr,.-.«, ,.... j-.irUê da India Oriental. no» annos dt GOO e 60i, . •

6&J t 603, 604 e 605, 606 t 607, 607 t 608. Lisboa, 1602, 1G05, 1607, 1609,
1011.
ÍJtT^v-trs f.Tos^ Marin Teixeira) A-^ Cnmmvniflndf* Indinnnt dmt I'^lhas f^f>nqiii»la$.

Halos (P. J. B du). I >e*eripli>>n . Politique d


<ique de VEmpirt de la Chun d. dc La iartune Lfunuist. 1 vui. io-foL Paris,

Hi- I. An Old Pahlavi-Patand Glottary, lex

i-t ...^.,., Ho$hn'''>i r • .^tspji Asa, revised and ad.<. »"


,

on the Pahlav hy Martin Hawj. Stuttgart, 1871)


Ui.r '
'
'fh the Upper Pi ovuiccd oj luu
- "^.

JIkthirx ^J. C). Japanete- Kngiith and Engl ish- Japanese FHetionary. Tokjo, 1907.
Beraldo. Diário de Nova Goa.
Hesbklot (D'). Bibltothhque Orientale ou Dictiouuaire Univertel. Maestricht, 1776.
HaTxtoKas (J. C. Th ). Draces '! lia dana let principalea langue* de* Jnde*

Orientale* Neerlandai*e*. La 1 •.

Hi*tori<i Tragico-maritima, compilada por Henrique Gome* de Brito. 12 vol. 2.* ed.
Lisboa, 1904-1909.
HcsTsa (W. W.). The Imperial Gazetteer of India. 14 vol. 2.» ed. London, 1385.
Ho»
" TI ). Ui*tory of the Mongol* from the 9th to the Í9th century, ò vol.
! x»H
Ind '.o de varias viagens, tradozidas em latim. 12 partes em 4 vol.
1 : - i.

Jacisto OB Decs (^)- Vergel de Planta*, e Flore* da Província da Madre de Deo»


'f " '
" ' iãdoa. Lisboa, 1690.
Ind /»/ry. lieiny a collection of narmliv^a nf Vf»fi^ti (o India.,,
1 I B U. .Major. Lo.
Jajc' .
-i i"" — , et par Xavier ^. ^^, .

Japan, Indo- Chine, Ceylon. Paris, 18M. In L'Univer* Pittore*que (Asie, viii).
JuA.x DB Pbrsia. IMacione* de Don fua " /'i dividida em tret libro*, donde ' . . . *e
trntan Iom mait* nntahlfM d* Persia \ i I'VH.

, <* )i vol Paris, 1660.


Kumiobb (P. Dinis L. Cottinoaa de). Iio*qui^o Hiatorico de Goa {An Hiititrical Sketch
n-' f 'radusido por Miguel Vicente de Abr' V ijoa, 18{>8.
Im '
'eyclo]>,'die. 31 vol Paria.
'

'I.

r et le chrit-

iiifiifnir J \i.l i'.Mtlcchery, 1

LaVA>H4 |Juã" í>«|<llsí.if. Ill ff-

Lk (tars DB I.A Ik>t'T.i.ATK > ! I


ixU»o$u d
!

/.«/(' >mb*idio* {<[ .

Letirt* Ckinoi*e*, Indienntê «t Varlart*. A Montitur Paw, par wn kentdictin I./ottdre«,


1776.
Ltitrea Èdifiamteê et Cwrietsae*, 34 RteueO*, Paris, 1717-177 i

L>K- /g Jean Unpm* de Limchot líuUamioiê «um In-

LuBOA \ò. C ;. Uifjid i t> ly Prmdemcy. (Id Gatetíetr <^ tikê B. P.)
txn BIBLIOGRAFIA

Litterae S. J. d. Aa. Í586 et 1587. Romao, 1589.


LtUerae Societatii Jesu annorum 15ÍH) et 1501. Romae, 1594.
Litterae S. J. e Regno Sinarum 1610 et 1011. Augustae Vindelicarum, 1615,
LiTTEÉ (E.). Dictionnairc. de La Laiiyue Française. Paris, 1885.
LoBO (Francisco Rodrigues). Corte na Âlde.a. Lisboa, 1774.
Lopes de Mendonça (Henrique). Os Qrphãos de Calecut. Lisboa, 1897.
Âffonso de Albuquerque (drama). Lisboa, 1898.
Lopes Mendes (A.). A Lídia Portwjueza. 2 vol. Lisboa, 1880.
Apoidamejitoa sobre a província de Salary. 1864. In Descripção do Coqueiro, de
F. N. Xavier.
Lopes (Tomé). Navegação ás índias Orientaes. Na Collecçâo de Noticias, tom. ii.

Navigatione verso le Indie Orient ali. Apud Ramúsio, vol. i.

LoTi (Pierre). Ulnde {sans Ics anglais). Paris, 49.» ed. 1900.
Loureiro (Adolfo). No Oriente. De
Nápoles á China. 2 vol. Lisboa, 1896-1897.
Lucena (P. JoÃo). Historia da Vida do Padre Francisco de Xavier. Lisboa,
1600.
Macdonell (Arthur). A History of Sanskrit Literature. London, 1905.
Vedic Index of names and subjects, by Arthur Macdonell and Arthur BerriedaU
Keith. 2 vol. London, 1912.
Macedo (João de). Estudos Coloniaes. In Boi. S. G. L., vii.
Maffei (P. Giovan Pietro). Le Istorie delle Indie Orientali, tradotte da latino in lingua

toscana. Firenza, 1589.


Mabsden (H.). Memoirs of a Malay Family. London, 1830.
Maktins Velho (A. A), Estudos sobre o Oriente. Progresso da civilisação aryana. To-
mar, 1880.
Mascarknhas (Joào Carvalho). Memorável Relação da perda dando Conceição. la Hist.
Tragico-maritima, viii.

Melo (D. Francisco Manuel de). Apologos Dialogaes. Lisboa, 1721.


Melo (^lanuel de). Notas Lexicologicas. Rio de Janeiro, 1889.
Mendoça (Fr. Joan Gonçalez de). Historia de las cosas mas notahiles, ntos e costumbres
dd grau Iteyno de la China. Anvers, 1596.
Meneses (D. Luís de). Historia de Portugal Restaurado. 4 vol. Lisboa, 1751-1759.
Meneses (Francisco de Sá de). Malaca Conquistada. Lisboa, 1779.
Meneses (João Rodrigues de Sá e). Rebelion de Ceylan, y los progressos de sua con-
quista eii el gobierno de Constantino de Saá, y Norona. Lisboa, 1681.
Meneses (D. Manuel de). Chronica de D. Sebastião. Lisboa, 1730.
Mesnier (Pedro Gastão). O Japão. Estudos e impressões de viagem. Macau, 1874.
Viagem de s. €£c.«« o sr. Visconde de Sam Januário, governador geral da índia
portugueza ás praças do norte, Bombaim, Damão, Diu, Pragana, Surrate, etc. Nova
Goa, 1871.
Methold (Willem). Relation des Royaumes de Golconda, Tannassery, Pegu, Aracan.ln
Relations, i.

Michel (Fr.). Choix de Poésies Orientalea; íraduites en vers et en prose par M. M. . .

recueiUies par M. FV. Michel. Tome i. Paris, 1830.


MiCHELL (C. B.). A Siamese- English Dictionary. Bangkok, 1892.
Molesworth (J. T.). A Dictionary, Maráthi çind English. Bombay, 1857.
MoNCLAio (Padre). Expedição de Francisco Barreto. In Boi. S. G. Ij., iv.
MoNiz (António Francisco). Historia de Damão. 3 vol. Bastorá, 1900-1904-1910
MoNTERRoio Mascarenhas (José Freire). Epanaphora Indica. 4 partes. Lisboa, 1746-
-1748.
Mohais (António da Silva). Diccionario da Lingua Portugueza. 2 vol. 2.* ed. Lis-
boa, 1813.
Morais (Venceslau de). Dai-Nippon. Lisboa, 1897.
' Cartas do Japão. 3 vol. Porto, 1904-1906.
mBLIOGRAFIA . liui

Monu^fA). VoeabiUaire FVattcaU'Cambodffitn et Cambodgien-Fntnçoiê. Paris, 187S.


Nacmuc 'T^ ' ' ' ' " icriK. ifo»i '
' '
. Paris.
Nãvtgaç<i irt» Cabra > j^r ktim piloto portuffHtít. Na
< a.
N&ZAi mtóyfio de). Mitra* Luaii i Hol. íS. G. L., zii e scgs.
Najueí (José Maria do Canno). Xumistnatica da índia Portvguexa. Nova Goa,
1890.
NsDTujai ( Padre t. Jttiiaç3/t da Jornada que /et ao Império da China Franciêoo Xavier
A '754.
Noci ,
í Poriugueaa em 1SS7. Lisboa, TROO
ífoticia Hummaria do Gentilitmo da índia. lu CoUeeção de Noticias, :

"'- lia
Notrr • ^ ~ arias dai Per? Miasam de Cochinchina, princijnaiíug c cm-
U ot Padre» da '
t de Jesus. Lisboa, 1694.
Ao/í 1 e exacta) dob . s de Thamas Kvuli Khan Schah da Pertia
it <ram Mogôr.lA- ,iJ

NuKss (António;. Lytro dos Pesos da Ymdia, e assy Medida* e Mohedcu. In Sub-
sídios. *
Oooatco. Les Voyage» en Asie au Xiv sihcU du Bienheuretix Odoric de Pardenont, pu-
l' ne introduction et d>

OC Tissuary. Pevisi- Nova Goa,


l^^,^-:-,'
O Invtt*íd,rUj lio Thesouro do J,^, ceyl&j (RepJ* do .nH/iof -'«/r/ r j"nia •£ucj"rão i4<r

ètrtgue» em Ceylão a Simão Botelho V.^^ da fazenda quando la foy o Viso Rey
Dom Afonso de Noronha ? ano de 561). Iq Historia e Memoria» da Academia.
Vol. LTII.
OuvBiKA (Fr. Nicolau de). Livro das Grandeza» de Lisboa, 1620.
Olivrika Martixb 'J. p.). Portugal no» mares. 2.* ed. Lisboa, 1902.
Olitkiba MABCABBBaAS 6 Amtuhes Mdktkibo. Atravez dos Mares. Becordaçòes da índia.

I. -:»8.

0'N> -y) Africa Oriental Portvguexa. In Boi. 8. G. L., iii.

Da i e do trabalho em Moçambique. Ibid., iv.


n Orirnt. f^'vista da '' ,~:^.r,.. ,\^^},.:,i..^;..., .1., r.../.., /',,•/.,„.,.
;

> El Asia Musulmana. Im.


hazn Ama "^.
OiiT. it Ureia i..., j
— .'iímples e Drogn» il^ T'"!!-- V.]',.' i„..i.t ..ii i,<>l..

de Ficalho. 2 rol. Lisboa, 1891-1895


> '
> de Bebu» Emrnanueits . . LiOrt liuoúccim. ó \>A. touim-

<i I
/• •'
'
iia.

UvililJCl \Li ,. -j.. . - .:,., ludie Orviílrnlalí Aiiiiil Tlniun'-'t't \ "1 m


OTnN»Toa (J.). A Voyage to SuroU. London,

empire, d^apris de» documenta cMnnis. Paris, 18&'<. lo Univers Pittoresque.


Pau». (Unlloram). An Fn' - ' ' '
•- ' " ' " ' iry. ('aloutU, 188a
Pwiriv*!. íK<v. PK Tn .t;i

pKRKiaA '

Pbmkika I
loverufu Dom T.ui» de

Ataíde. Coimbra, 1616.


PHMIKA <V " ^ ;»....„.;. • •
LxiT , BIBLlOGliAFIA

Pbrestrelo (Manuel dc Mesquita). Naufrágio da náo S. Bento. In Historia Trágico-


-marítima, i.

PiEBis (P. E.). Ceylon: The Portuguese Era, being a History for the period J505'16Ò8.
PiGAFKTTA (Autónio). Viaggio atorno il mondo, ^/jmc/ Kamúsio, i.

Pina (Rui de). Chronica d'EUiei I). João 11. 17^2.


PiNHKiBo (José do Nascimento). Ilestauração social e económica do Estado da índia.
In lid. S. G. L., XX.

Pinto (Augusto A. de Macedo). Breves Estudos referentes á Pragana Nagar-Avely.


Bombay, 18í»í!.

Pjnto (Cristóvão). O Antigo Imperialismo Portuguex e as leis modernas do governo


colonial. In li. />. G. L., xx.
Estudos de Politica Portngueza. Lisboa, 1893.
Les Indighies de Vinde Poi-tugaise. Lisbonne, 1906.
Pinto (Fernão Mendes). Peregrinação. Lisboa, 1614. As abonações são transcritas de
diversas edições, havendo, por isso, variedade de ortografias.
Pi8o (Gulielmus), De Indiae Utriusque re naturali et medica. Amsiclaedami, 1658.
'''''' ^^''
Pi.iHius.* Cn/í Plinii Secnndi Veronensis Naturalis Historiae Parisiis,

1516.
Interpretatione et notis illustravit Joannes Harduinus. 5 vol. Paiisiii, IGbõ.

Primor e Honra da Vida Soldade^sca no Estado da índia. Editado por Fr. António
Freire. Lisboa, 1630.
Polo (Marco). Delle Cose de' Tarfari e delle Indie Oricntali. Apud Ramúsio, |vol. ii.

Vid. YULE.
Prostes (Henrique). A Primeira exposição nacional em Siam. In Boi. S. G. L., iv.

Pyrard dk Laval (Francisco). Viagem. Tradução de Cunha Rivara. Nova Goa,


1858-1862.
QoEiBoz (Eça de). O Mandarim. Porto, 1880.
Queiroz (P. Fernão de). Historia da Vida do Venerável Irmão Pedro de Basto. Lis-
boa, 1699.
Co?i(f lista Temporal e Espiritual de Ceylão. Com muytas oídras proveitosas noti-

cias pertencentes á disposição e governo do Estado da índia. Colombo, 1916.


QuERioL (Nuno de Freitas). As Missões Catholicas em Africa. In Boi. S. G. L., u.
Rahi;sio (Gio. Battista). Delle Navigationi e Viaggi. 3 vol. Venetia, 1583, 1563,

1565.
Raynal (Abbé W. F.). Histoire Philosophique et Politique des Établissements des Eu-
ropéens dans les devx Lides. 1770.
Regulamento das Communidades de Goa. Approvado por Portaria do Governo Geral.
N.° 591. Nova Goa, 1886.
Raymond (Xavier). Vid. Jancigny.
Reeve (Rev. W
). A Dictionary Canarese and English. Bangalore, 1858.

Rebelo (Gabriel). Informação das Cousas de Maluco, dada ao Senhor Dom Constan-
tino. In Collecção de Noticias, vol. vi.

Reinaud (M.). Relations des Voyages faits par les árabes et les persans dans Vinde et à
la Chine dans le ix.^ siecle de Vere chrétienne. 2 tomos. Paris, 1845.
Relations de divers voyages curieujc, qui n'ont point été puhliées ; ou qui out été traduiíes
d'Hacluit, lie Parchas, et d'antrcs voyageurs Anylois, Hollandois, Portugais, AUe-
mands, Espagnols. 4 partes. Paris, 1663-1672.
Relations du Japon. Ibid.
Relation de la Chine. Ibid.
Relatório da Commissão encarregada de demarcar os terrenos da Provinda de Salary.
4 partes. Nova Goa, 1866-1869.
Resende (Garcia de). Chronica do Príncipe Dom João, depois segundo do nome Rey
de Portugal. Lisboa, 1622.
M/sceZíanea. Apensa à Chronica.
BIBLIOGRAFIA

RbasvsbsiçIo (Fr. Clemente d*). Tratado de agriadtura. Ájmd B«raardo da Costa.


Bevuta Lmaiiama (dirigida por J. Leite de Vascouceloa). Lisboa, 16 vul ~T '

e wp
Rri ' i Malaharietu. Amstelotl, 1686.
RiB» 'alidade Histórica da ilha (U Cfilào. In CotUcrão de .Vo^',i'aí.
RiMíBo (Toniia). A Indiana, aUre-aeio em verto. Porto, 1873.
Jornada*. Parte I. Coimbra, 1874. Parte II. Entre palmnnis v.Miiiii.ra, K"^l4.

BiCKZi ((». L. Domeiíy de». Oréanie. 3 vol. Paria, 1836. In Univerg Pittorftqut.
RivAiiA (.loaíj' ioro da Cuuha). Vid. Archive. O Chrottista e Ptrakd.
Brad'"! li Contmunidad* s 'hta Ahieaê do Estado da índia. Nova Groa,
1870.
Roteiro daV't.iyt»/i .^ Vasco da Gama. l.<l. w.: 1838.
Row Tomaa!. Mémoires. In Relations de diverse» voyages.
iSir
'
'irÍMOT Âmboinense. 6 vol. Amsterdam, 1741.

cie» do Coqueiro. Nova Goa, 1893.

SAOAmrnK (Haldoniero Garcia). A» ei Extremo Oriente. De Toldo ai Peki». Madrid,


1916.
SAirr-PiEMui (Bernardin de). La Chatanxkre Indien$u, 1791.
''
Sali'í huiian Caste "
Konkani or Goan Castes. Bombay,
1.

Saxtos (Kr. João dos) Ethiopia Orientai. '1 vol. Lisboa, 1892.
s.v.,v4 ,( uv.i.ul T) Ir,,,,.,.:..,, <!.. « Lttía). Obras completas. 10 vol. Lisboa, 1876-

5?Ai8trTi . 1»74.
8mastia> '
Indie Orientali di Monsignor Sebastiani Fr. Giu-
seppe di ò. Maria. Venetia, 1683.
SxJiKoo (P. Álvaro). Império de la China, e cultura evangdiea en el per los Religiosos
de la Compakia de Jesus, sacado de las noticias dei Padre Álvaro Semedo de la
propria Cmnpnhia, por Manuel ," Sousa. Lisboa, 1731.
SuAKBsrsAB (John). A Dictionary . i' and English. London, 1817.
.*»aKLi,B»:AR (W (í.). Malt]iKii'i!iti)i l wi . (',,r' . SÍDi^apore, 1912.
8lLVA (P S«-ti.i>íi~" ^I.lri.l ,\ii.í: ij,. ,i,i /; ; i iiriri dr Porluovi-z-tetttm M.-íc.iu.

18H9.
Smõrs ( P. íi.ircia». iJ'><r>ji'ria (if h'i</oi'I r ikii^í, in /..•. .s, i,. /, , iv

S«KAT (Walter W). Ah Elymol^jgical Dictionary o/ the English Ixutguage. Ozibrd,


it^y».

Sloav (W. H.). a Praticai Method of the Burmese Language. Rangoon, 1901.
SoAaKS (.loaquim Pedro Celestino). Bosquejo da» Possessões Portuguexas no Oriente.
' ' :i, 1851.
mrntvs Comprobativos do Bosquejo. Lisboa, 186dw
t....
1862.
Chine. 2 vol. Paris, 1782. » etàla
Nocaa (Kr. JoAo de). Vetítgws da lingua nraf-ira em P'trtugal, mi lextco etymologico,
nugmentado e annotado por Kr. José de Santo Antonio Moura, Lisboa, 18JK).
Sousa (Fr. Luí» d(>).Historia de S. Domingos 4 vol.: o vol. iv por Fr. Lacas de Santa
: (6.

>om Joêf^ Ttrrrim lisboa, 1H44.


S«n »* iMaiiWfi de Faria e] :a 3 Vf>l Lioboa, 1666-167.^.


<,.,.. ,!• r .t,.. ;,.,!, li. I
Orií.. ' " •/'«•" íhriMt,, t,fl,,t I', i, Iret ,ui /..-
1. Lisboa.

Spti'-f,â. i .N. . i./iiíj* /.--.../ . in laponia


. Eaifio Ámh^sio òpinoia, latine rtJdtta a P. Hermanno
Lxvi BIBLIOGRAFIA

Hubsiãios yara a Historia da India Portiigueea, comprthtndtndo os livros de. Simão

Botelho e António Nunes, Lembranças das Cousas da índia. Lisboa, 1868.


e

SwETTKNHAM (FiHiik A.). Vocnhulart/ of the Euf/lish and Malay Languages. Yol. i. En-
glish-Malay. Singapore, 1885. Vol. ii, Malay- English. Leyden, 1910.
Tabeud {,]. L.). Dir.lionarium Latinam- Anamiticuin. Serauipore, 1838.
Tavekniek (Jean Baptiste). Les aixvoyagcs en Turquie, en Perse, el aux Indes. 6 vols.
Ruen, 1712.
2'a-ssi-yang-kuâ. Arcliivos e annaes do Extremo Oriente, por J. F. Marques Pereira.
Lisboa, 1 899-1 ÍK)2.
Tbixkiua (Pedro de). Relaciones del Origen, Descendência y Succession de los Seys de
Prrsia. y de Hormuz, y de vn Yiage hecho per el mismo Autor dende la India Oriental
hasta Italia por tierra. Ambres, 1610.
The Travels of Pedro Teixeira. London, 1600,
Apenso à Peregrinação de F. M. Pinto.
Tenbe[r<) (António). Itinerário.
Tekky (Edward). Voyages aux Indes Orientales. In Relations.
ToRRiE (João Stuart da Fonseca). Ettalistica da índia Portugtieza. [Nova Goa,
1879.
TitiGAULT (P. ísic.). Vita Gasparis Barzaei Belgi e Societate lesu B. Xavierii in Índia
Socii. Antwerpiae, 1610.
Ursis (P. ÍSabatino de). P. Mathais líicci S. J. Publicação commemorativa do terceiro
ceritrnario da sua morte. Roma, 1910.
Vali>e (Piotro drlla). Viaggi. 3 vol. Venetia, 1(!81. O vol. i é da edição de Roma de
1663.
Vaqdinhaò ^.]...-,i uos Santos). Timor. In ilol. 6. G. Z/., ii e m.
Vasconcelos (José Leite de). De Campolide a Melrose. Relação de uma viagem de
estudo. Filologia, Etnologia, Arqueologia. Lisboa, 191Õ.
Vasconcelos (Jorge Ferreira de). Comedia Enfrosina. Lisboa, 1786.
Viaggio <£• impresa che fecc Soleyman Bassa nel 15S8 contra Portoghesi per racquistare
la citta di Div in India. Traduzido, in Boi. S. G. L., v.
Viegas (Manuel Ferreira). Estudo Económico e financeiro da índia Portugueza. Ibid.,
XXVII.
ViEiHA (D. Fr. Domingos). Grande Diccionario Portuguez ou Thesouro da Lingua
Portugueza. 5 vol. Porto, 1871.
Vieira (P. António). Arte de Furtar, Espelho de Enganos. Amsterdam, 1652.
Xavier Dormindo e Xavier Acordado. Lisboa, 1694.
ViNCENzo Maria (Fr.). 7Z Viaggio alie Indie Orientali dei Padre Fr.— di Santa Cate-
rina de Siena. Venetia, 1683.
Viterbo (Fr. Joaquim de Santa Rita de). Elucidário das palavras, termos e frases,
etc. 2 vol. Lisboa, 1798.
Watt (George). The Commercial Products of Índia. London, 1908.
Webster. Complete Dictionary of the English Language. London, 1884.
Whitwortíi (George Clifford). An Anglo Indian Dictionary. London, 1885.
Wilkinson (H. J.), ^n Abridged Malay -English Dictionary. Kuala Lumpur, 1904,
Williams (Monier). A Sanskrit-English Dictionary. Oxford, 1899.
Williams (S. Wells). An English and Chinese Dictionary, in the court dialect. Macao,
1844.
Wilson (H. H.). A Glossary of Judicial and Revenue Terms... of British India.
London, 1855.
WiNKEL (Dr.). Le Royaume de Jogjakarta (Java). In Bol. S. G. Z,., ii.
Xavier (Alfredo Augusto Caldas). Provinda de Moçambique, distrito de Inhambane.
In Boi. S. G. L., II, 1877.
Xavier (Filipe Néri). CoUecção de Bandos das Novas Conquistas. 2 vol. Panffim»
1840-1850.
O Gabinete Litterario das Fontainhas. 5 vol. Nova Goa, 1846-1855.
BIBLIOGRAFIA liv;;

Xatiu (Filipe Nérí>. Boêçu^o UUtorieo da» CnrnmunidadtM. Nova Goa, 18r>2. 2.* ed.
"
"" " "
-
rtea.

di S. Fraiyàtfo
X va Goa, l."*»!.

do Coqueiro, arrv. ...„


') —
>iova Goa, 18Gtí.
do £x.»« Vie^rti Marqurz de Alortta ao êe» »ucee*»or o Ex.^o Vice-
irquej de Távora. 2.* ediçSo. Anotada por Filippe Nery Xavier. Nova Goa,

i»rtrn»a doê direito» do» Gão-caria», Gào-ear«a, e do»»eu» privilegio». Nova Goa,

Xavuh (Filipe Néri, ãlbo). CoUecção de Lei* Peeuliare» da» Communidade» d^ Âldecu.
N '•
1878. '

Xav rn-iscn). KpitOJarum omnium libri quatu/>r. Bonouiae, 1887.


Yas' r.
y). Gloêario I de la» jc '

(
</>tina«. Dorf'Kj' M-ia/c/- '/ !e

origen oriental. Granada, 18Õ6


YcLE <H»'nry). Cathay and the iVay intmrr, I'-my « C"'iik((//( uj\>íi'iir<.m. A'
China New edition revised by Henri i V.rdier. 4 vol. Loudon, 1915.
Í ircti Polo. 5 vol. London, 1875.
Yii y Yule and Arthur Buruell). Hobgon-Joò»on, being a Glossary
roUoquial word» and phrate». London, 1866. 2.* ed. por William
. I..- .V, . ..,, .A, obra é citada nas abonaçôes resumidamente por «G2a««aryD.
Zisauta (F.). A School Dictionary Eitglish and Canarese. Mangalore, 1889.
AI{|{i;VlATlIRAS

•dj.
GLOSSÁRIO
LUSO-ASI-A.TICO
1860. —
«Here the roots of the broad-
leafed wild plaintain (Musa tfxtilis) pe-
netrate the soil amoDg the broken rocks».
ABAT 4 (s. m.). É o nome que os — Emerson Teunent, Ceylon, i, p. 88.
adoptaram nas Filipinas 1886. — «L'abaoa, on chanvre de Ma-
nille, "'•>; très-belle matière blan-
viie
che, - ; brillante; le filament de
jute I... .....^.le à fniviilior». Littré, —
a outras línguas europeias,
Lin Suppí^mfut.
.... designar uma espécie do bana-
ABADA, BADA (auiis correcto, mas
•ira. Musa textiltH, Neos, e a sua
" i-se o t* r auti«iuado Kiuoeeroute ponta
; s. f.). ;
'to de Dili, dOsse animal, da qual se fabricam
no m\ iio de Bor-
diversos artefactos. Do mal. bãdaq,
:

com eliminaçilo do q, quasi impercep-


.... iOm conhecida por tível, e prótese de a. Castelhano
' de Manila», encontra-»e
^'
bada, ingl. e fr. abada.
- parte.s '
'Asia, e ató
Dois termos peregrinos emprega-
>. Os \i(n. introduzi-
ram os nossos escritores antigos,
i;i em 185<) uu norte da penin- que trataram das cousas do Oriente,
ulcânica de Celebes. Pigafetta
.r um paquiderme, des-
.
'
'

faz-lhe alus&o sem a nomear,


I
'

.'lo na Europa: bada ou


!
r
' " ' ''
modo de ahada e ganda. O segundo teve uso
'

- das suas
muito restrito e duraçfto breve. O
o Das
primeiro, porôm, expandiu-se aotá-
'^' •'^-
'
' . e
•rtaçâo.
.s,

J. — .E «- mt;uu8 nas ubra:» du seus via-


S. < usitri j.-..: homens de sciCncia.
3 e
y. e Jianf ia
Tem-se ultimamente sascitado nu-
'iialva, e
lo dife-
8. . . A import.
sema-
UUt tulogia, li :o-

logia da j
ou ,

nftú apareceriam oa facilmente se


p ' • nm se fossem consultada*
M fiia-
iT». — ins fofit»»s do estudo, que

se dedirnn ]«•
•- •-'•- .!«
/,
^
'
íl-

lie tal.
^ê Priíu. II .uu- ui- . i. wi-».' duWdado
II-
do si^rniHcado do vocábulo. Mas os
.: ti- -
„ •
• •
ru-
lt I-W-
ía-
ABADA, BADA ABADA, BADA

imel Godinho de Eródia, Faria y Também aparece a dição escrita


Sousa e outros, dizem uurmimemente abbada, i)or mero capricho, creio eu,
que abada 6 sinónimo de «rinoce- ou talvez por atracção de abbade,
ronte». O mesmo declaram autores com que não tem nenhuma relação.
estrangeiros, como Linschoten, Car- Em
quarto lugar, tem-se sugerido
lotti, Cocks, 13óncio. Estflo de acordo como étimo mais provável a voz ár.
lexicògrafos nacionais, como Agosti- ãblda (feminino), que significa: con-
tinho Barbosa, Bento Pereira, Mo- forme Belot, «besta ruiva»; conforme
rais, Constâncio, Adolfo Coelho, João Lane, «animal silvestre»; conforme
de Deus, Cândido de Figueiredo (na Kasimirski, «animal que se tornou
1.* ediçclo *), e os dicionários da Aca- bravo, espantadiço, e que facilmente
demia e Contemporâneo, llafael Blu- se escapa». Não é pois o nome do
teau, a quem seguem Vieira e La- rinoceronte, mas de uma alimária
cerda, é o primeiro, que eu saiba, a indeterminada pela espécie. O nome
contestar a identidade e a latinizar próprio árabe-persa do rinoceronte ó
a palavra portuguesa «por nflo haver karkaddan *. Além disso, a palavra
nome próprio latino». Diz êle que abada não era certamente conhecida
abada ó «fera da Africa nas terras em Portugal antes do descobrimento
de Benguella ou nas terras de So- da índia, e os nossos indianistas in-
fala». dicam claramente a sua pátria.
Tem-se também opinado que abada Contra a derivação malaia se tem
6 tam somente o nome da «fêmea do levantado algumas dificuldades. Afir-
rinoceronte». Tal restrição, porem, ma-se que bUdaq é o nome privativo
é inadmissível: os nossos historiado- do rinoceronte de Samatra. Mas tal
res nâo a autorizam, nem os dicio- asserção ó desmentida pelos lexicò-
naristas a consignam. Entre as au- grafos. Wilkinson atesta que bãdaq
toridades estrangeiras, citadas no é «nome genérico tio rinoceronte e
Glossário Anglo-Indiano, não se vêem do tapir», e declara que bãdaq Jièm-
mais que duas que limitem o sentido pit ou bãdaq kèrbau é a designação
à fêmea, por confusão do género do «rinoceronte de Samatra». Swet-
gramatical com o sexo: Barker em tenham interpreta o ingl. rhinoceros
Í58õ e um dicionário castelhano de pelo mal. bcidak, sem nenhuma res-
1726. trição. Outros ramos da família lin-
Em segundo lugar, tem-se preten- guística empregam o termo no mesmo
dido masculinizar o vocábulo, à imi- sentido, tais como: javanês (loarak),
tação dos franceses, porque, dizen- achinês, bata, sundanês, daiaque (bã-
do-se «a abada», se excluiria o ma- dak), búgui e macaçarês (bãdu).
cho. Como se não houvesse outros Objecta- se que a consoante final
termos análogos, tais como girafa, do étimo não aparece em abada. Mas
zebra, pantera, gazela, águia, lontra, também, não aparece em pucho do
foca, baleia, abelha, mosca; ou como mal. púchuq, em calamba ou calambá
86 a gramática portuguesa permi- do mal. kalámbaq.
tisse que os nomes de animais ter- Alega-se, finalmente, que o a ini-
minados em -a fossem masculinos ! cial de abada não é representado no
Em terceiro lugar, não falta quem vocábulo da origem. Mas a normal
considere esdrúxula a palavra, acen- e primitiva forma portuguesa é bada,
tuando abada, não sei com que fun- empregada por Fernão Pinto (doze
damento se em coerência com a ori-
:

gem, que o não justifica se em dis-


; * «Le même pays nourrit le bochan mar-

criminação de abada (derivado de que autrement appelé kerkedenn. Cet ani-


aba), que o não exige. mal a une seule corne au milieu du front...
Le kerkedann est inférieur par sa gros-
seur à I'elephant, et sa couleur tire vers
1 Mas na 2.» diz que abada é «fêmea do le noir», — Soleimão (851), ajmd Heinaud,
rhinoceronte; pachiderme análogo áquelle». JRelations des Voyages, i, p. 28.
An.MíA, J$AJ >A 8 BADA, BADA
vezes I, Gaspar da Cruz, Lacena, tigres arymoi». —
Manuel Q. de Erédia,
.loAo <lo8 Santos, FernJo Guerreiro, Declararam de Malaca, fl. 10.
•E uella se criSo grandes elepbantes,
S.'issrtti e outros. O a é acrescOncia rioocerotes ou badaa». —W rií>.
fl.


,

f*ul>s.-(j'. 'o do 1613. «Sf) faltam na :

n-i::,.,,.. -_ .o, à ledes, unças e abadas». — i

de que há numerosos exem- radas. Hist, tragico-maritima, ii, p. to7.

. -
.

língua, como abentenina, ada-


1650. —
O beijoim amendoado desce pelo
,
rio abaixo do reino de Lao.s, como as jioh-
gttf atambor, álacre* alantema, ala- ta.i de abadas*. —
P. António F. Cardim,
' '• da liatalhas, p. 257.

. na 1679. ti A —
vista de animaes ferozes,
Tigres, Elefantes, Badas, e Bufaros, cau-
de 11'S) substitui-se-ihe aòarfa, como —
sava terror, e espanto». Fr. Jacinto de
mais corrocta! E alligator {iMcerta Deus, Vergel, p. 279.
alligator, Linn.) é corruçJlo inglesa 1684. —
-SapSo, Cayolac, Marfim, pon-
do port, lagarto, usado outrora por tas de Abada, e Cânfora de Sião». P. —
FemSo de Queiroz, Hitt. de Pedro de Basto,
«crocodilo».
p. III.

\^Ai. ha outros maytos aoi* — «Onde 1880. —


«Os productos que constituem
; iiiiiyto peyores ainda qae aves, como
'
principalmente o commercio de importação
f.iutes. badas, liões».
i
«Donde — d'aquella província [Moçambique] sao
maríim, pontas de abada, cera, gergelim,
:

l.i:t.i lartirJlo com oitenta mil ba- i

das AjH.sestea sacerdotes mais atráa


- caoutchuc, etc.».— Boi. S. G. L., tir, p. 444.
hiirii
'.

p»quen• -rio quarenta carros ' '


1579. —
oOra ci fem Lisboa] si trova la
lu duas bad ida carro». Fer- -^ — Bada, Banda [talvez Ganda]
altriínenti
nV. Pinto, /V .app.il.lOTe 131. antichi detta Kinoceronte, ancora
dagli
''' arias qne chamam che in Persia ella ritiene il nome antico*.
ri.i
!

^';i-

i

„Jus, daB quaes os ma- — F. Sassetti, UUere, p. 122.




1

t li •- '-•' aa testa sem ponta, he 1585. «Ay en ella muchos Elefantes


r i:il' . r rinis malhados de 9,T\.c\ y Abadas, que son vnos animales de
- i j- . i .
- - t m8 todos, ou- grandeza de dos grandes toros, y tieneu
'
: . virtude, se ia sobre cl oxico, vn cuerno pequeíio de los :

1' irreimas: e depois de quales vi yo vno en Lisboa, que esta agora


A ; .; t
I

i;."i 11.1 itra alimária mayor». — en Madrid donde lo van a ver por cosa muy
•' i-par da Cruz, Tractado da China, estraõa, y nunca vista en nueatra Europa*.

1 1

Fr. Joan G. de Mendoça, Hist, de la


l.'>'.' .1' '

,7.em China, p. 356.


1689. — «En ce mesme pays [Bengala]
.3 c liulii vem se trouve le K -. et en a grana
il

:a oi de Aba- nombre, il e«t it>8 Pnrtagais Aba-


da . — 1'. Monclaio, in Boi. S. da. Sa come, sa eh a ir, -
^. 17. et le reste du corps, sc
1 " .'{-" ' ' la do rio, et pourtant est en gra- ontro iis
• i! i qne pelo ludiensv. — Linschote; p. 30.
""- ' - ' . --rbadé, 1592. — «Now this Auutn is a beast

iam pfla which hath one home only in her forehead,
Maiiií» 1 Ij Lafii".->", V/l'/, (rayico- and is thought to ' • ' •
'
>'••

IT, p. 71. and is highly esti '

.T?.-T-.-..r..,,t... ,.„ Badas».— these parts as a \u ... ....


IV 1. . .
;, IS. agaimit poyson». — Barker, i

! ' '
:....'..-, badas, bufaros, 1606. — «Ove portauo le -
luxie
\ • - *». — Fr. João dos Santos, per vendere a' í'in«-8Í, parti 'o ..
/.'/< 1 1 " -!^l/, I. II. .lit. moiti comi delia Bada, noce-

'
j ' .

It'll I. _,( t ,
q„e gjy J^g roQto». Carl«'tti. iV<i</.

Abadas '. ~ i .^. Hemardiuo, 1611. — «Bada, miimal fiTociisimO. dc-


/'|r,. r íri.<,
p. 7U. cho per otro
!' !'. —«Tomou o camínlin prra Odi\, En uuestr<>9
ll, rrort.- i|.. ! pe II, qi: t{.ida,
qtjf» pnr •

\ ..

Bada • los
mn* pr
Badaa.
'lO ( imrr'
Bada
1618. — «E OS mftttos prodoy riu.<i;(Ki-
madeira, oade se criio elepoaotes, bodas, j
sertoe y lufares uiuy rrni>'U>«,y »i>iuarjo>*,
ABÁSSI ABCARl

— Covarrúvias, Tcaoro de la Lengua Cas- do valor do uns trezentos réis, que


tellana.

«... nornbre de Tigres, qnel-
corria na Pérsia. Fora mandada
1620.
qucs Adybadas, ou Kinoceros, Buities cunhar pelo Xá Abbas II, de quem
Sauvages, Porc-Espys, Civettes» (em Sa- tira o nomo, em cOrca do 16(X).
matra). — GíMicral Heaiilieu, 97.
3/t'níoíre, p.
1631. — «De Abada, sive Rbinocerotc-». 1630. —
«Desfazendo o concerto cobrei
— Bontius, Nattiralis,
2Iist. 50. p.
o meu dinheiro, que vinha a ser cincoenta
1666. — «Y delos era parte un Rinoce- abássis, moeda da terra, que na nossa
rot, ó Abada
[ganda dos outros escrito- fariam nove mil reis». —
P. Manuel Go-
res]; que despuéá se perdiò en el Mediter- dinho, Relação, p. 127.
râneo, embiaudole eIRey D. Mauuel ai Papa 1697. —
«Correrão muytoe a offerecer,
con otras cosas raras de la índia». Faria — quem quinhentos Abacís, quem mil, quem
y Sousa, Asia Portuguesa, i, p. 167. quatro mil, e alguns com todos os seus ca-
1675. —
«Mil cânones tirados de mil bedaes. Abaci grande he moeda da prata,
juntas de bueyes: y de Abadas; y otras que vale duzentos e quarenta reis. Ha
tantas do bufanos cargados de municio- outros Abacís pequenos, que valem cento
nes». —
Jd., Ill, p. 422. s
e vinte reis». —
P. Francisco de Sousa,
1608. —
«Hum c(3po de Abada
guarne- Oriente Coiiquistado, I, v, 1.

cido de pedraria». Fr. António de Gouveia, 1<j30. — «The Abassee is in our mo-
lídaçam da Persia^ fl. 177. ney sixteene pence». — Herbert, in Glos-
1611. — «O seu tributo era um vaso de sary, s. V. gosbeck.
abada». — In Dice, da Academia. 1666. —
«Le Garde
prend pour son droit
1618. — «A Cbina brought me a present de chaque passager, un abassy qui vaut
of a cup of a abado (or black unecoms dix-huit sols». —
Thevenot, Voyages, iii,
home) with sugar cakes». — Cocks, in p. 3.
Glossary. abassys qu'on apporte de Per-
«Les
1674. —
«I saw an Unicorn's Horn, not se, ne passent que par dix-neuf^ec/ms, qui
that of the Rhinoceros, of which Cups are sont environ séze sols et demia.—Jd., p. 55.
made and profered for Sale here, and are 1673. —
«They [gente de Calecut] have
relied on to discover Poyson, if poured into yet a correspondence with Persia, as may
them». —
Fryer, East India, r, p. 291. appear by their Absees, a Sixteen pen-
ny piece of Silver, current among them».
ABARIARI. Espécie de tafecira ou — Fryer, East India, t, p. 143.
chita indiana. Parece que é o mes- 1676. —
«Deux Mamoudis font un Abas-
mo que auhrah, mencionado numa sl. La reale ou I'ecu de France vaut

tarifa inglesa de Bengala. É incerta


trois abassis et un Chayet». Taver- —
nier, Voyages, i, p. 167.
a etimologia conjecturo, porém, que
;

o vocábulo é adjectivo, como cacebi * ABCÁRI, s. m. (hindust. -persa ab-


(q. V.), a qualificar tafecira, e que kcirl «negócio do águas (ardentes),
se prende ao persa abri (de abr, destilaria») *. Este vocábulo entrou
sânsc. abhra, «nuvem»), «undulante, em indo-português em consequência
variegado». Ambar'i, derivado do do tratado anglo-português de 1878,
ár. âmbar, quere dizer, nas línguas que introduziu nas nossas possessões
asiáticas, «perfumado com âmbar», o sistema tributário de destilação e
e anibara é, em sânscrito, «firma- venda de espíritos indígenas, vigente
mento, roupa». na índia Britânica, a que os ingle-
1525. oTafecyra abaryary caceby ses chamam abkary. Cessando o tra-

vali a corja vymte e sete tamgas e mêa». tado, continua o regime, mas modifi-
— Lembranças das cousas da índia, p. 50. cado conforme as exigências locais.
ABAS. Peso que serve no Oriente 18h6. —
«A fiscalisação das rendas do
para a avaKaçao de pérolas. Tira sal e abkari é regulada actualmente pelo
tratado auglo-portuguez de 26 de dezembro
a origem do nome de um xá da Pér-
sia. Não encontrei o termo nos nos-
de 1878». —
Lopes Mendes, A índia Por-
tugueza, i, p. 138.
sos escritores. Vid. abassL 1900:

^ 1676. — «Dans tou»-les lieux d'Orient «Maldiçoado, maldiçoado «bkHry,


Privou todos do nosso cajurin.
ou se fait la pêche de perles, on ne parle
que d'abas, et un abas fait sept octa- Canção de Damão, apud A. F. Moniz,
ves de carato. —
Tavernier, Voyages, i,
Hi^t. de Damão, i, p. 267.

p. 328.
"''"""^
ABASSI. Era uma moeda de prata conViLl'a protdia°i's?e.r^''''
\
\ IM.'('I.'ÍÍ A \}l K
ABOTJM

1S'.'2. -- 'I .iWkarl, ou ipsi uonien Abeoedaria iuipi>sui, quum


il>i -«vstrma in :
ilo con- et qtiitlam Malaicc oani quixjue vocaut
sumo s'llir ftt{iiiilHOsa8tt. Daun murit, h. e. Ilerba discipulorum». —
("rÍ!it<'.v;"íi -. p. 41. Herbarium Anttjoinmse, xi, cap. 35.
ol)Karl para «Tabula... Abecedariam exliibet,
in o im- quae sine dubio celebcrriuiae Acmellae
]• - iiii'i». — «ji'sc 1 iiiiifiro, JitU. Zeylanensium .species, ui eadem forte sit

.V. <i
'
"'
/., XN. p. 141.
^'iriu.itro n- — •• que cons-
planta».
«Abecedaria
Iffitl.

(Bot.). Nom vulgaire


ih.ilho (' ás qua- aux Indes Oricntales du Spilanthes Acmel-
t, ,. ,,. ,
.
-ii' _ ...lailo : ca- la, Linn., plante de la famille de Cômpo-
niiiili" li' a lifr.i adua- 8«'e8, appell/'C «'galemcnt Cresson de I lie
li'ir.i .1.,^.. 1 ^...,. ji do abkary de Fiuuci , Ilerhe de Malacca». T.a (Iraii- —
•z e o monopólio do sal, que com- de Encyclopidie.
aeu fabrico».— F. X. r ernan-
>

xjii, p. 170.
* ABED ALE. E nome genérico do
— «De todas as industrias exis- religioso muçulmano; faquir. Do ár.
tfiitfs ii.i lol'iiia a <|iie constitue ubere do abdãl, que Littró deriva de abd, «ser-
Kst.i<l<i, ( a <!<• abKary, lavra do coqueiro
:'i rax. —
Manuel F. Viegas, tfrúi., xztii,
vo», e AUah, T^'"><'. servo de =
;.;i.
Deus.
J.

1911.— '0 contos de 134t) — «Ali


conhecimento do Vi-tive
rois, dos ' ntam o pro- sir Abdallah haver casado com Gadeja,
.lu< f.p i\n abkary •. — J. E. L'astcl Branco, Soltana das ilhas» (Maldivas). Ben-Ba- —
tuta. Viagens, p. 323.
'?\ii. — •Mt'zes
volvidos ia a Londres 1615. —
Ha entre elles [maometanos ma-
plenipotenciário do ministério das labares] gente, a que chamam Abedal-
' ' rrum accordo com les, que tom feito voto de pobreza, e que
a questão do ab- também andam em peregrinação pelo mun-
Kary — " anuiu ua India». A Naçâo^ — do». —
l*yrard de Lavai, Viagem, i, p. 287.
de de Março
1 í
«Os gentios também tem destes Aba-
1!^79. —
u Natives who have exjiressed
dai I es, que sào como eremitas, e chamam-
ti r riewB are, we believe, unanimous se JiHjiies (q. v.)». Id., i, p. 288. —
HI a^cribinpr the increase of drinking to 18'.t7 —
nlíeconhecel-o-hia como um
our abkapy system». Yule, in Glossary. — Abedade, ou santo musulmano, dos que
fazem voto de pobreza e pennanecem á
ABECEDARIA. O Sr. Cânilido do
porta da.s mesquitas, recebendo a.s esmolas
I ,_Mitii '«lo regista vocábulo com dos devotos». —
Lopes de Mendonça, 0$
a: ta^'fio do im'-dito e defino-o: Orphnos de Calecut, p. 96.
«I'lantu indiana,a quo so atribuo 1611. —
«Abdala, vale siervo de Dios,
és Arábigo corrompido d«'l Hebreo, en cuya
a propriodado do desonvolvtT a lin-
lengua tíebed vale servus, famulus, minis-
s o facilitar-lhos a
ter. y El Deu.s, juntos estos dos vocá-
. .

liiintio (juoui <lou tal bulos, con alguna corrupcion, formaron los
IK' ao i>piUtnthes armella, Linn., Arábigos el nombre de Abdala». — Co-
varruvia.s, Tesoro de la I.euqihi L\istrUana.
da índia in8ular. Outros
i:

"
ii;_'ona

iM'8 portuguoso» sflo «agriilo do


1695 — oAbdal, /" '
de
I

V Amour dr l)iru,i\\ú fai: Ura-


I'ard» e «janil)U)» *. ordinaircs. . . II y a plusifiirc» <1 Kntluisias-
_ tes parmi les MahonictnnH, et j>armi les
l..'..'i „T ut;„.. A H C Daria a sub-
Indifus, I«'.s«|uel« tou.-*, m do
iixta Malaicc <Iici po-
discernement, sont rci n" h*
/. iiKi, I tiiiji (iicitur
l.io-
menu ncuple». Hcruelot, — ih'jdntficque
(Jrirutale.
rig,
m ac ginbrum ndtjuirant lin- • ABOLIM (cone. nbi>nm, pi.). K o
m in Hneui capitula vol rndicu- nonu" (IMO 80 dá em Cíoa h flor, muito
. vel rum Finanga ma.sticandas
l)'*nt, ut .Arahimn litrrav facilias estimada, de Crosmndra undulaefo-
ac lia, Salisb. V >
om
jue quo a.H mulii ça.
t.i ^uam Ò pruuuuciautur. llauc ub rem
1908. — «Como cm Lahann, como na ín-
dia H- '' ' '-•" '' • '•• lor»'
«Ma-itigam-sc as flórea como remédio
*
ama: ,ii. ^i m^ ia-.
contra a d.'.r .ti- .1. nf.-^ N'.. Isini um-m Acai.:.... . iiiiiA

agriio mesmo Astorccm >llm daei


cru». D (. ; (rriíinldn'. > i .inii-
ABUNHADO ACA

pi'cios). — Alberto de Castro, Flores de co- abunhada ...os homens que estiverem
ral, p. 253. fora do dito Cassahé, que forem abunha-
d08 ...os ditos capitães, ouvidores e mais
ABRAEMO. Era uina moeda estran- officiaes, a quem for requerido pelo dito

geira, que antigamente corria em Goa Padre Procurador, ou útil senhorio, lhes
facão entregar conforme ao costume de
e valia 420 réis. É claramente deri- —
vado do nome próprio ár. Ibrahim = abunhaçao».
Archive, VI, p. 864.
Alvará do vice-rei, in

Abrílo. 1701. — «Os foreiroB eâo todos chris-


tãos, e todos tem conveniência em que os
1554. — oE
veuezeanos, soltanis e
seus abunhados tãobcm o sejão». —
abraemos valem 7 tamgas, que são 420
reis». —
António Nunes, Lyvro dos pesos,
Ibid., Suppl., II, p. 172.
1718. — «lovadio as Aldeãs da jurisdi-
p. 32.
ção de Damão, e levou prizioneiros os
ABUNHADO (abunhaçao; abunha- Chenimbins [curumbins], e Abunhados,
dio; abunhar), s. o adj. «Trabalha- que as cultivavão, e com elles os gados». —
D. José Barbosa, Epitome da Vida, p. 18.
dor indiano, que, nascido em terras 1726. — «Abunhado. Termo da índia
do um senhorio, ó obrigado a viver Portuguesa, na província do Norte, de que
o trabalhar nollas». C. de Figueire- Baçaim he a capital, he aquelle, que, nas-
cido nas terras de qualquer senhorio, tem
do. Acresconte-se e nao pode ser
:

de ajudar a sua cultura, por meio de certa


expulso sem culpa. porção delia, com que o Abunhado se
Os colonos tem na índia vários sustenta são castigados como desertores,
:

nomes e diversas obrigações confor- se abandonam a Aldêa em que nasceram,


e o senhor obriga por justiça á restituição
mo as regiões. Em Goa chamam-se
do seu abunhado, mas não o pode ven-
manducares (q. v.) e em Damão ma- der, nem castigar, e assim não os compre-
chins. Em
Baçaim prevaleceu ou- hende a vileza do captiveiro». Bluteau,—
trora o nome de abunkado, de que Swppkmento.
se derivam ahunhadio, abunliar e 1728. —
«Deve-se ordenar aos foreiros
de Baçaim e Damão que cada hum faça
abunhaçao. Em
indo-inglês sao co- huma torre ou casa forte na sua aldeã e ;

nhecidos por ri/ots, e tem código que de seus abunhados sejão ao menos
especial, que regula os seus deveres vinte que tenhão ai-mas de fogoo. O —
Chronista de Tissuary, i, p. 52.
e direitos.
Oahunhadio corresponde, na sua
1850. — «Em Damão, em vista da res-
posta do Desembargador Procurador da
essência, ao colonato do direito ro- Coroa e Fazenda... na qual declarava
mano, pelo qual certos homens, cuja que em Damão não existiam abunhados
situação legal era intermediária en- ou servos Ascripticios, por tanto não de-
viam ser consentidos, foram declarados
tre a liberdade e a escravidão, se livres do serviço que prestavam». F. N. —
obrigavam à cultura de certo ter- Xavier, O Gabinete Litterario, iv, p. 28.
reno, que não podiam abandonar por 1871. —«Abunhar, v. a. e n. ant. Vi-
seu arbítrio o de quo não podiam ver com parcimonia, parcamente, como
abunhado, da porção da terra que tem
ser privados contra sua vontade. para sua sustentação». —
Dice, de Domin-
Vid. La Grande Encyclopédie *. gos Vieira.
O étimo da palavra deve ser o
fundamento,
-persa, bunt/ãd, «alicerce, ACA (acca ou hacca). É a porção
fundo» (adoptado em hindustani, ma- da renda ou da colheita, devida ao
rata, guzarate e coneani) como em funcionário hereditário do distrito ou
Goa mujid, «fundo, capital», deu da aldeia, na índia. Do marata-conc.
mundkãr, aportuguesado em man- hakka <éir. haqq, «direito».
ducar. Bunyãdi thalkari, em ma- Tem-se empregado o termo com
rata, significa «proprietário originá- certa latitude, como sinónimo de
rio». «pensão ou paga hereditária», con-
1611. — «Nem se lhes faça outra avexa- forme se vô das abonações.
ção alguma á dita gente mesquinha e Filipe Néri Xavier descreve nos
seguintes termos as acas que vigo-
* Parece que o ahunhadio se asseme-
ravam, e ainda hoje vigoram em
lha, na sua condição, ao antigo malado por- parte, nas Novas Conquistas de Goa:
tuguês. a Acca ou hacca (Tença ou Soldo).
ACA AÇADACAN

lo do8 tos, seguado os sei:- 'riam ter


:^o, 68-
pr(Bnptos para o •. — Çol-
Ueçào de fiandoi, ii, [>, i i"
e mais ofii- 'liêf

i 1 -sustento da
;ii iH's, j>ara • AÇADACAN, açadecão,acedecan,
^'.'iit.' arip.a la. concessSo era so- A açedecãO- ('ar^o corrcspoiuK'nte ao
bro 08 foros das AldOas, ou sobre de condestabre do reino. O vocá-
08 direitos das Alfandegas». —O bulo ó do persa, asadkhãn, composto
Gab. LitterariOy IV, p. 30. do ár. asad, «tigre», e do turco- persa
khãn, «] '. Os nossos india-
1764. — •Aoca, quer dizer, soldo ou
com
.,..,.... _ /•// 7 ,
.U liaiKÍ^s '. ?I8. '
nistas < ;ii-no ref«>rOncia
lo-8»' dl! •••a a um dignitário de Idalcão, que re-
:1 Acc;i 'es- sidia ordinariamente em Pondá, nas
ao
1
Novas Conquistas.
t :í. .'. 'lice,

p. 11.
1844. — «Os Sar-Dessaifl oio sSo obri-
1532. —
«O Acedeoão homem de
grande estado, assy como em Portugal he
por po8suir«"ui Inamas, que são
i. 9, í !
marquez, e por sua dinidade nenhuma
iMtirainentebeus particulares, e patriíno- cousa o Idalcão pode determinar, nem fa-
a prcstart-in serviço, como silo pela
zer cousa do estado do reyno sem o Ace-
iii.it >,
]

de
jK.--..- Accas, que percebem da Fa- decAo nom dar voz, que he o principal do
zendas. — Ibid., p. 41. conselho». —
Gaspar Correia, Lenda», lu,
lK4f>. — «Kâo ha Dessae ou Sar-Dessae
j

p. 463.
— «O
[

1 Ilacca ou .\cca ; esta ^ da essen-


1Õ35. Ydalcâo não entrou nella
-^saiaiío: quer dizer, tença. sol- ••
[batalha],mas sempre esteve na goarda de
'
'
'i do
Sefallarym, que agora se chama Açada-
'

.^rir-i »<>r;u' pt-ms >er-


ii'-as
cAo, que he senhor de Billgão». Chro- —

i

ha de fazer». — An- nica de Bisnaga, p. 38.


1538. —
«Desta poderosa Armada era o
liafn Tiiiirjinni'i'. |i. J47.
Haxá avisado todos os dias por cartas de
1886. — « . . • titulo de pençáo alimenti-
IlidalcSo, e do ^'amorim Rey de Calecut
..:.. I...I..,; 1.. .1.. ..,,.. ..,.».... r......!.;-!!., (>«)m
por Inezemaluco e pelo AcedecAO. —
Fernão Peregrinação, cap. 12.
Piut<>,
•} "• 1554. —
"No qual entra o dinheiro que
I «'ndes, A índia Portugueza^ ii,
foy do AçadecAo*. Simão Botelho, —
Tombo, p. 40.
-«1 — «Em lugar <i ;irem aa
1555. — «E
vindo ter a esta cidade por
pessoa y- '•"]
L-és como reiír ou sala-
fallecer o AcedeoAo,
ji-naa como hakas ou direi-
neste negocio, e no reino, não j'
todas as coudivflr.s». — Antó- |

ver effeito». Archive Portugnêo-k-. — .*,


I.; <ie Ax«v«do, A» CommuHidadtê de Goa, fase. V, p. 267.
.... ... i".'>é; _ „ \a nrogente er^ '«^•>>''1''1<^ com
,,,,; __ \
com Aci n vi-
ÍICCílS, -I...!. I
'ou-
,: . '.

os
tinh". Hist. (/ . p. bíj.
iea,
ir» 70. - 1.1 - . <» testamento,
/. , jucjí du tal, 111 l>
A. ,1 '«'chan [=Ara-
idor, 1'iivo vm
AC A DAR. K o «merccoario dos an-
todos muita itidiuaçã»*. Ji'.u' — lic 15;irr"S,

IVc. IV, VII, 'i «O cnr- ( Açade-


a tença ohan <

A F. N. Condest,,
XaviíT. no Keiuu dt !

assenta A in .

pa- o» «••ulKirc'i» lari'" de i

A cida- lf.8'.» :

ri (-8, • uaricB». — C'-'WCtxt!" «Ir iUxn- •'iit»m oAo (inp«<lir»


! 1, • <iur» auvrra

Ar dií Tai V<.... ...... A.rJrci* fr»* ' '• ""hm


(^a« «u» tonn i» (Jo* •>••

'u Hao- Prtméào
FrMiciavo <i< '>
COd.i' C*rto 4» Z>iN, M -"

lares, c
,,.. ._»,)XO l^i. — «Vagando o .nr : Acco-
:a o decan do reino (qae
cau- rcsi). iili" ao do Coude.'
AÇAFRÃO DA ÍNDIA 8 ACHAR

deu [o Idalcão] a elle». — Diogo do Couto, ACEAI. Antigo poso de Lara, oquí-
Dóc. IV, VII, 6.
valonte a dez maticais. Do persa
«... lhe daria logo na mão setecentos
shãJu (que signitica propriamente
mil pagodes de ouro, e o titulo de Acce-
decan». —
Id., VII, n, 7. «rial, rógio»), com prótese de a.
1G13. —
«Este Acedecãohe senhor do Shãhi é tambôm uma moeda de co-
todas as terras que estão desta serra para bre da Pérsia, que valia uns dez réis.
o mar, que são muytaa, e de grandes ren-
dimentos». —
Francisco de Andrada, Chro- 1525.- Dez matyquaes fazem hum
nica de D. João III^ iii, fl. 12. aoeay»- - - Lembranças das Cousas da In-
dia, p. 52.
AÇAFRÃO DA ÍNDIA. AÇAFRÃO DA
TERRA. CROCO INDIANO. GENGIBRE ACHAR (s. m.). É o nome que se
DE DOURAR. Sao outros tantos no- dá à conserva de vários frutos e raí-
mes portugueses do Curcuma longa, zes em vinagre ou em salmoira (in-
Linn. Na índia diz-se simplesmente glCs em ásio-português,
pickles),
açafrão. Tem muitos usos, especial- indo-iuglês, indo-francOs {achar ou
mente como condimento o matéria achais) e em muitas línguas india-
corante. nas. O vocábulo é do origem persa,
1516. — «... tamarinhoB, açaf ram achar, provavelmente encontrado
indyo, cera, fero, açuquar, muyto aros, e pelos portugueses no malaio e intro-
quoquos» (cocos). —
Duarte Barbosa, Li- duzido em outras línguas indianas,
vro (2.* ed.), p. 271. directa ou indirectamente. Conforme
1554. —
«O baar de açafrão da Im-
o Conde de Ficallio, o termo é co-
dla he em tudo como o da pimenta quanto
ao peso». —
António Nunes, Lyvro dos pe- nhecido em cozinhas de Portugal, e
sos, p. 18. segundo Rafael Blutoau, era antes
1554. — tlmge [= ingo, q. v.], açafrão muito usado '.
da terrai alhos e cebolas sequas). — Si- Yule & Burnell acham muito pro-
mão Botelho, Tombo, p. 59.
1563. — «Entanto traze um pouco de vável prender-se o persa achar ao
açaf ram da terra •. — Garcia da Orta, lat. acetaria, empregado por Plínio
Col. XVIII.
(xix, 19). Bluteau traduz achar por
1578. —
«El Açafram de las índias
acetaria, fundado na mesma autori-
(tenido de algunos autores por el Curcu-
mani o Meimiran ..) es vna medicina muy dade.
vsual en las índias, assi para tenir, como
para enfermidades de los ojos, e para la 1563. — «Fazem
delle [anacardo] quan-
sarna». —
Cristóvão da Costa, Tractado, do he verde, conserva em sal pêra comer
p. 257. (a que chamão qua achar) e vende-se na
1693. —
«Nomen generale harum trium praça como azeitonas acerca de nós». —
Bpecierum Latinum est Curcuma et Crocus Garcia da Orta, Col. v.
Indicus, juxta Portugallicum SafFrân de <fE também as [caraiidas] lançam em
terra, h. e. Crocus terrestris •; sic quoque vinagre e azeite, a que chamam acliar».
in cunctis aliis Indicis Unguis nomen obti- — Id., Col. XIII.
nuit a luteo suo colore». Rumphius, — 1577. — «Alguma pimenta em acliar,
Herb. Amboinensc, viu, cap. 16. alguns panos de fraudes ou godomecim, ou
1770. —
«Le safFran dMnde que les alcatifa». —P. Luís Fróis, Cartas de Ja-
médecius appelknt Carcumaest une plante pão., 397.
I, fl.

dont les feuilles ressemblent à celles de 1712. — «Por esta palavra achar en-
I'ellebore blanc... Sa racine quiestamère, tendem os Portuguezes humas raizes ou
et qu'on a lougtemps regaidée comme ape- frutos, como pepinos, sinouras, etc., que
ritive étoit employee autrefois jjour la gué- postos de molho em vinagre, se comem
rison de la jaunisse. Les tndiens s'en ser- crus e despertão appetite. Também se fa-
vent pour teindre en jaune, et elle entre zem vários manjares em Achar, v. g. Me-
dans I'assaisonnemeut de presque tous xilhocns em Achar». — Bluteau, Vocabu-
leurs mets». —
líaynal, Histoire, p. 305. lário.
1786. —
aMagjiel in lingua Malabarica, 1736. —
«Não usem nas suas comidas de
Açafrão Indico in Portoghese, Zaffrano arroz cozido sem sal, misturando-lhe de-
Malabarico, Curcuma in lingua Samscrit». pois o sal por modo de achar como coa-
— Fra Paolino, Viaggio, p. 361.

' «Cabeça de porco d^ achar ; que esteve


' Ô
autor interpreta mal a palavra por- de conserva em achar, ou na conserva de
tuguesa terra, que eitá por «paia». vinagre, sal, etc.». Morais (1811).
ACIIKM A PA I.I

II iii,i>ii' i<i-'A«jnt;tii '-^'iiii'in'-


-t'rvp [o btlimbtml haja e »p '
> «ia balança»». — Carta
'' » Kuropa, r^yiay iu i- . . ... J.idia, i, p. 2yõ.

r C. da
• AÇOCA. Arvoro Saraca Indica,
lit» Linn. Silo lindas as suas flores, que
las
in-
oní portup:uí^8 se chamam «flores do
-n- diabo», nao sei ])or qye motivo, tal-
V». vez por serem oferecidas aos ídolos;
e rija a sua madeira. Do cone. ãxokj
sansc. oçokQf literalmente «sem dor».
l'"'!. .1» ~ r< hen to8 novos de bamba
.? !,i-. '!:; I conserva, achar, 1898:
> ;;i;,i i;.i Iii ;ia». —
José Pinhei- •Como a langainea flor de SMka desbotada.
ro. ISU. ií>'. U J.., XX, p. 33. Erma do aroma jk, fiqaei desamparada*.
1908. — «Achar, acepipe de caril, con- Lopes de Mendonça, À. de Albuquerque, p. 40.
:i agua salgada*. — Alberto de 1912. —
«Na ethymologia sanskrita Asok
ioi"^ — «Del
ores de coral, p. 138.
cia
' '
'(n-
significa «livre ou isento de dôr». Cae- —
serva de aj-uear. y •
vi-
tano Glacias, Mora Sagrada, p. 45.

:
". ."'0
y sal, para cuiufr a iKimau < iju»' •iinr* AÇÚCAR. A
fonte primordial do
ah an». — CristovSo da Costa, Tractado,
vocál)iilo o sânsc. çarkarã, «areia
t'

1598. — «Sur ces navires d'Armada, ga- grossa, saibro, cascalho». Os idio-
r..c f.ii t
de guerre on donne à
aia^^oaax mas neo-áricos fizeram dfde xãkar^
z cuit avcc de I'eau et du sãkar^ itãkhar; o o malaiala trans-
..'-, de I'eau ií^.iki- riu iiõissmi
formoa-o em chakkara, que deu o
achar ou fn/
1 et vinaigre, i
indo-portuguOs Ja^rf/ kj. v.). As for-
- que Ton vend i Paris chez les dro- mas prácritas j)roduzirani shakarem
^'i -t«'S». — Linsciíutrn, Jlutnire, p. 113. persa, sakku)' e sakkaron em grego,
I'tJl. — «Quod gt'iuid cdiditurae com-
e mrrharum em latim e sukkar ou
:ii nomine Achar
ludi vuc;iiit«. — Bon- ;

tii- //' Xaturalis, p. 23. an-sukkar em Árabe, origem imediata


- " bases «int eelebris
. . . istins da palavra nas línguas europeias.
Achar <! e in Eu- V. GlonMiry e Devic.
'iir pala-
Tambí^m cande ou càndi (em açú-
)iief cum
-KO ylro- car cande) é do sÃnsc. khauda, por
intermódio do ])ersa-ár. qand.
«Thej Tmalheres da India! sing,
' us,
,ir» seil in aruu-
1

IH liifiii |D. — r rv< r.<i>: imitdf dinil _ ...,Jocandi-


1,
dum: dentibus fragile*. — Plintus, Nat.
• Hae nti"—>• '^ro crudae co- Jlitturia, XII, cap. 8.
nÍ!<i a 'IS, qui cum 1898. — «liut th<! Arabii- word may be
ir tanqiiaii. ..., mi ad Oryzauí "if Arvaii .'liL'iii ff Sk Ih.uul to cut or
— Kuniphius, líerb. Amijoinmse, a piece;
It, An
-•Dal midollo dfir albero [i-o- Ktyut. Dictinrtmry, Supp
«•Itii.i >i f;i laciara, d' '. di-/- •"
ATI MT
emoliente. «.Morlío medetur »a<'n>, ai
ACHARÃO. \ (Itnrdo
. ACHFIM '
' •
iça clmit'sa.
HuccuH cum momeuto piperis biba-
turn. Rhoede. Do cone. ãdãTi.
q. v. Jul-
;.' i-»e que df era [
•> ante» 1879. — «Adali, M. /. Em BoUnie»,
ao n<>ni«» giij.
ta Ach^'" .. .
li1itiit:t i!;k r:iijiilia (Imm v< rliiii.l.^. :i ritlr I. in-

' <>m que o vocábulo nflo tem nenhu

lOlo - .'il .11 e me praz qne do


ADÁO, ADDÁO 10 ADEM
antídoto contra a mordedura da cobra de deiras». —
Ilipácio de Brion, índia Por- A
capelloo. —
Domingos Vieira, Diocionario. tugueza, p. 19.
1915. —
«Trata-se da festa de benisi-
ADAMANES (s. m. pi.). Atabales mento da espiga nova em Taleigão, com
usados na índia. Do persa damãma. o conhecido addáo E finalmente a 24
.

é a oferta ao Cabido na Sé e em Pangim


1633. —
«Ao nascer e pôr do Sol se to- ao governador geral e ao arcebispo-patriar-
cam todos os dias na fortaleza [de Surrate] ca, acompanhada do tradicional addáo,
os adamanes, que são uma casta de ruidosa folia com um tanto de marcial, que
atabales, os quaes na guerra servem de já tem decaido bastante do seu antigo apa-
tambores aos Mouros». —
P. Manuel Godi- rato». —
Ismael Gracias, A índia, p. 170.
nho, líelação^ p. 31.
ADAU. O vocábulo deriva do cone.
* ADAR. Local destinado-ao viveiro ãdãv (sánsc. ãdãna), que significa
ou sementeira de bate ou arroz em «ganiio, lucro, receita». Bluteau re-
Damíío. Do guzarate-sânsc. adhãra. gista-o, no Suplemento do seu dicio-

1901. —
«O tradicional candó ou poda,
nário, mas dá-lhe um significado
feita pelos colonos para obterem a cinza muito restrito, que deve ter encon-
que serve de estrume aos adares ou se- trado em algum escritor, se o não
menteiras, tem concorrido muito para o de- recebeu, como parece mais provável,
jjloravel estado do arvoredo e principal-
— directamente da índia, assim como
mente das tecas». José Pinheiro, Boi. S.
G. L.f XX, p. 30.
vários outros referentes às comuni-

ADATIS m). «Musselina da ín-


(s.
dades agrícolas. A
palavra não está
em uso no português de Goa.
dia». O. de Figueiredo. Littró tam-
bém diz o mesmo. Yule & Burnell 1727.— «Adão. Termo dos Portuguezes
atestam que adãti é tecido de Ben- da índia. São as contas geraes do proveito
liquido, que fica aos Gancares [accionistas
gala e supõem que o vocábulo pro-
das comunidades], pagos os foros, contri-
veio do hindust. adha, «meia lar- buições Reaes, e mais despezas, e he o que
gura». Adatis deve ter originaria- se reparte». Bluteau.
mente sido plural, sendo depois consi-
ADEM. Parece que as palavras
derado singular, do mesmo modo que
adem e pato não tinham antigamente
aconteceu com argaris.
em português os sentidos em que
* ADÁO, ADDÁO. palavra provêm A actualmente são tomadas. Pato, de
do cone. ãdãv, que, em geral, designa origem arábica (bat) significa «gan-
«esgrima», e, em particular^ uma fes- so» em ásio português e em várias
tividade religioso-civil, que se cele- línguas indígenas em que se intro-
bra nas Ilhas de Goa com o simula- duziu (vid. Influência), emquanto
cro de esgrima, por ocasião da no- adem, ou ade, do.lat. anas, ó sinó-
vidade de arroz. As letras dobradas nimo de «pato» em geral; e nesta
dôste vocábulo e doutros análogos, acepção ó empregado o termo por
nâo perfeitamente aportuguesados, nossos indianistas.
denotam a consoante cacuminal da 1569. — «Agasalhamdous ou três mil
origem e a sua fonação peculiar. adens, mais ou menos segundo he ha era-
Cf. hattcar e hôtto. barcaçam; algtias d'estas são de senorios
andam nellas seus criados: apacentam
e
1850. — «Addau. He a folia que acom- estas adens da maneira seguinte». —
panha os conductores de bate novo que da Fr. Gaspar da Cruz, Tractado da China.
Aldeã Taleigão levam para a Sé Prima- 1755. —
«São os Chinas aíFectivos nas
cial, em 24 de Agosto, pelo privilegio que criaçõens de gados, não só vacum e Enfa-
tem para esse nm For(al), cap. 44. :
— ras, mas de Cabras, Ovelhas, Gallinhas,
Tombo Geral, 10».p. —
F. N. Xavier, O Capoens, Ades, e porcos O modo de

. .

Gab. Litterarío, iv, p. 38. tirar e criar as Ades he mui celebre».


1886. —
«E o adáo ou festividade da co- In Ta-ssi-yang-kuó, 11, 111, 3.
lheita do arroz, que tem logar todos os an- 1902. — «O adem é também chamado
nos no dia 24 de agosto». Lopes Men- — pato real em portuguez. Mas convém notar
des, A índia Portiigueza, p. 45. que em macaista se designa por ade quasi
J908. —
«Na epocha da colheita faz-se todos os palmipedes que tanto abundam
a festa Adáo, que tem logar a 24 de na China, isto é, nào só o pato domestico,
agosto, em que entram guerreiros e baila- como o pato bravo, o ganso, etc.». Ibid. —
ADIBE, ADIVE 11 ADIGAR, DIGAP

AT lA. O
hadyia signi- Ar. lobos e porcos». —
Castanheda, Historia,
iti, cap. 147.
t .. :j ao superior ou
feito

15G3. aMtslhor he ser adibe solto,
-ire que ensinou o alcorflo». que galgo preso em trela d'ouro». Gas- —
\ > iiiuio introdu/.iu-se no hindustani, par Correia, Lmda$, i, p. 279.
!• quo o tomou linrros, í» no malnio, 1602. —
«... dando a comer meu san-
•••

'- gue aos tubarões no mar, aos adlbea no


• ••"•
^' ''"s, gra-
reino de Fez, e as gralhas da índia». —
:
:
'= ' '-'-;j:o, se- Diogo do Couto, D^c. IV, vt, 7.
^'iiiulo o BOQ costume, na sua pere- 1613. —
«SSo muytos elephantes, badas,
ii.t.ic fvrr..j p cobras fjrandes, e muyta
griuaçAo para várias partos.
^ e adibes». — Manuel de
1530.- r " ... —
1615.
, .uraçam de Malaca, fl. 18.
.,


«Toda terra fdo Malabar] é
odiá ou
também cheia de raiM'~,i- íadibes) que
cap. 19. de noite att^ vem ;i pa-
1541 — «r.h»^ mnnfl'^u hnr"-' ^Hl<5t. que teos das casas, e — .
.

vali.t -^ r'';.-,.,^-, lhe Pyrard de Lavai, Viavem, i, p. o3y.


que ciitrr
'.i.:.-i,;

' • Ti ir;i., ^:.iva 1712. —


«Em Goa chamão Adibe ou
para ii3<i — Id., cap. 64. Adive á Raposa, ou (como querem outros)
uer entre huma a huma espécie de lobo que frequenta
ill
l.'»ri<>.

peças ricas que


si
aquelas partes». Bluteau. —
f) le
— Id., cap. 183. 1842. —
«Os mattos sâo habitados por
u logo de maudar à el tigres, búfalos bravos, macacos, adibes,
K<
1

i a> cartas quo lavava, raposas, veados». — Annaea maritimos,


(<>!:. ha- p. 270.

ul."i' h^ iites 1700. —


«Le jonr suivant ils furent fort
se Uui c.- iii*j liiui anti- Burpris, lorsque voulant prendre ce corps
go..— J(. IV, p. 3r)5. {>our le porter à I'Eglise, ils trouverent que
1>27 — Odia. asiático: si- es Adibes, qui sout une espece de re-
n preHfiif»' leoe aos Reis nards, I'avoient dévoré, et qu'il n'en res-
Mi tier» •

1 .-e lhes vai fal-


toit que la carcasse» (na índia). Ltttrcê —
adiá. Os bárbaros Edifiantts, v, p. 32.
ou .<
1782. —
«Adive, espèce de Renard dea
ira- Indes, connu vulgaircment sous le nom de
U"uri>.s iiriciita<'á iiif ciiain.io xa- Chien marron». —
Sonnerat, Voyages, ti,
.
çaffucUe**. — Cardeal Saraiva, p. 260.

1786. «L'Adibe, Curukm in lingo*
Malabar... è una specie di volpi, o cani
selvatici. Tutto il Malabar è ripieno di
ADIBE. ADIVE (ár. addhib). É o
questi animali. Non si può sepelire un
nn'8mo qu»í charal íq. vM, Caniê au- morto fuori di Chiesa. (juesti animali lo
'> já era co-
'
'
'

distcrrano, laccrauo e divorauo». Fra —


ites da via- Paolino, Viag(jit\ p. 156.
111
:.'• de Vasco da <iama, e<^comum-
,

1829. —
«I giaccali e adivi non son
molto dissimili da qu'^stft rn»?;a di caui.
-isado na índia Portuguesa.
'
Essi escono nella '
hi e
andam om handos, uivam .* n'avirinano in grai abi-
i '\\ <iual-
./ Oubor-
l'./-se que seguem a pista do tigre
' ' presa, a fim de lhe apanhar
ADIGAR, DIGAR. K do tnmnl-
•malaial. adhiyãri, sânso. «
O adibe representa na fa-
-i.

«aquele que possui autoridadt .


u papel da rapusa
nistrador, director». No sul da índia
era, o ainda lioj'
l.')l<i — aT>4ipni« d«» morUt itiramno com tos, o titulo do <

parece que em certas ri-giòt?» desi-


. be
1
\<' \\" ! «pi.ir, I- iiiy iio co- gnava outras autoridades, como mi-
^ adlbes*. — l)uart« Dar. nistro, governador de distrito, ma-
'f. Km (/VilJlo adikãr
'

gisti
11' -l'> adibes, inouaa, rapo-
.

ou "rn o título do* dois


'•.-". — lemio Pinto, Partgrima-
73 primt-ii
_ it.wi... ».rr.v..- v-#of, adiues, Mu. \ •
ADOLIM 12 AFONSA

pregada por Gaspar Correia e Fran- equivalente a duas ceiras (q. v.), ao
cisco do Andrada. V. Glossary. norte de Goa. Do mar. adhoU, que
1507. — «Auia
de entregar os arrene-
deriva do sânsc. ardha, «meio».
gados que pêra la
la estauão, e outros se
fogisscm, e o Digar de Chaul ficaua fia-
1727. —
«A Aldeã Vadalla e suas Pa-
lyary e Gouvary tem de torrão 75
dor per ysso». —
Gaspar Correia, Ijendaa,
carias.,
muras, 4 paras e 4 adolins de hatte, e
I, p. 744. algumas palmeiras bravas ... A Aldeã Ma-
1519. —
«Tolheo as nauegações, e nom tunguem tem de torrão 75 muras, 4 paras
lhe daua licença seuào com lhe darem
muyto dinheiro, que lhe dauãoosdigares
e três adolins de batte». —
Arch. Port.-
Oriental, Suppl., ii, p. 289.
[de ComorimJ, que são senhores dos luga-
res, e pagão muyta renda ao senhor da ADUFA. Emprega- se o termo em
terra, que he ElRey de Bisnaga». /(/., ii, —
indo-portuguôs por «resguardo de
p. 568.
1534. —
«Foy falar com o adigar, e janelas», feito ordinariamente de con-
em segredo lhe disse qut; se nom fiasse do chas semi-transparentes do marisco
ladrão». —
Id., iii, p. 555.
bhing, em lugar de vidraça. V. ca-
1554. —
Com o adiguar corymale, ca-
repo. Também se diz adufo em Goa.
tinenbiar, e com todos pulas., mares e Re-
gedores da dita terra [Coulão] concerta- Adufaria é o «conjunto de adufas.
ram estes capítulos». Simão Botelho, — 1915. —
«A oleação da gradaria, adu-
Tombo, p. 36.
portas foi renovada duas vezes».
«Esta dita ola é fFeita pelos escrivães do faria e
Reey grande e asynada por eles, e pelo

Ultimo Relatório da egreja de Assagâo
adiguar da terra que aquy estaa, e pe- (em Goa), p. 25.
soa do Reey grande», /d., p. 38.
1616. —
«Desembarcaram em Veadala ADVIPATEL. Contribuição que se
[Ceilãoj com seguro dos Adigar es, que pagava nas Novas Conquistas de Goa
são os principaes da terra«. Diogo do — pelo pasto consumido pelo gado fo-
Couto, Déc, X, III, 13. rasteiro. Do concani-mar. ãdvipatti.
1613. —
«O Manoel de Frias que o
gouernador mandou, por capitão e feitor 1886. — «Os rendeiros e seus agentes,
de Choromandel arrendou a pescaria
. . .
encarregados de cobrança das rendas de-
aos Digares por preço de mile quinhen- nominadas advipatel, ou de pasto consu-
tos cruzados. O digar de Dabul tendo
. .
mido pelo gado dos balagateiros e outros,
noticia disto buscou maneiras com que também afugentavam os negociantes de
mandou dar auiso has suas fustas*. Fran- — fora da provincia». —
Lopes Mendes, A Ín-
cisco de Andrada, Chron. de D. João Hl, i, dia Porttigueza, ii, p. 15.
fls. 54 e 55
1685. — «Os Modeliares, Apuames, Adi- * AFONSA (indo-ingl. afoos). É o
gares, e outros grandes entre elles, ves- nome duma variedade de manga de
tem camisa e gibão, que os de casta baixa

João Ribeiro, Fata-
enxerto, em Goa. As mangas da ín-
não podem trazer».
lidade histórica, i, p. 16. dia Portuguesa são consideradas as
1544. —
«Fac te comem et humanum melhores, e a afonsa ocupa entre
cúm isti Genti praebeas, turn praesertim estas o primeiro lugar *. enxertia A
Magistratibus eorum et Praefectis Pago-
foi introduzida pelos portugueses e
rum, quos Adigar es vocant».— S. F. Xa-
vier, Lib. I, epist. 26. muito aperfeiçoada pelos frades. As
1582. —
«E questo Capitano è da loro variedades de árvores enxertadas e
chiamato Adicariu. —
G. Balbi, Viaggio, seus frutos distinguem-se em geral
fl. 87.
1786. —
«Molti Adhigári o ministri
por nomes portugueses, às vezes fe-
d'un distretto». —
Fra Paolino, Viaggio, minizados por causa da concordân-
p. 337. cia.
1803. —
«'The highest officers of state
Outras variedades com denomina-
are the Adigares or Prime Ministers.
They are two in number». Percival's — ções portuguesas, que existem na
Ceylon, in Glossary. índia, sao Bispa, Carreira, Colaça,
:

1861. —
«... may have been but the con- Costa, D. Bernardo, D. Filipe, Dou-
summation of a revenge provoked by the
discovery of the treason concocted by the
Adigar in confederaucy with the repre-
sentative of the British Crown». Ten- — * 1829. —
«Goa è rinomata per le sue
belle e saporose manghe, d'una fragranza
nenty Ceylon, i, p. xxxviii.
delicatissima». —
Lazzaro Papi, apud Gu-
* ADOLIM. Medida de capacidade, bernatis, Storia, p. 280.
AGA 18 ÁGAMA
Esta dizer
i. Fernandina, Ferrfto, Bem- p:i r

lior, e a«- .IO Agá,


'-^ Mal-ouruda, Xialag;e8ta, .

'o. Aos
ite, Papel, Papel branco, I
- a<>B Ba-

" ' < •
!.i, Sal- mesiin) uiiui — Bluteau,
latiiia, I

l,vjo. — .... !'


' '- - ' ^ - ida),
iemada, Xavier, etc.
kaikamant (tei.i ^i# e

1782. — «Devem ser aiiu j'osias a t<>daa aghas (subali-in'-' i-um •• :•• in-^i.ucçSo m
ootras a affonsa, e carreira assim branca
'
nulitar)u. —
Olivfira Mascarenhas, Atra-
-..
r n fgj..
- 1 .. : -

vez dos mares., p. 24.


:;i, mon- Ití95. — «Aiudi
lAga dea Jaunissaires
i, secre- chez lea Turcs est leur Colonel et le Capi ;

a para Aga est le Capitaiue de la porte du Ser-


......... .iveis de rau». —
Herbeíot, Biblwtheque OrieiUaU.
lies, e que lhe bSo infe- Agá. nMot qui en ture oriental signifie
, <M(ir;i. hiifara, gorge, chu- priuiitiveuicnte frère ainé, qni en suite a
iiiente da Kessur- eté employe en ture ottoman daus le sens
de chef, maitre, seigneur et qui parfois ré-
vêm
as mangas, a que foud même simplement à notre monsieur.
j)rnnunciauo a tere-
1 1 se donne comme titrc eu Turquie auz

. ii . ; .jue dizem ser su- officiers et à certains ires civi- t"

go, e taes sio as les». — La Grande Ene


1 as lie
I

Goa». Adolfo Loareiro, — 1915. — «An Aga might be one occu-


'. I, p. 149. pying a confidential position in the Sul-
— «La qualité des fruits varie tan's seraglio or merely retired official, an
selon la variété des arbres, tels army officer, or a big landowner». Tit- —
ingue Affonsa, la Femandhia, •BUs, de 10 de Abril,
. la 0>ilara, la Carreira, la Mon-
i'i, la man." , Beaucoup de
etc. (8. m.). É palavra sâns-
ÁGAMA
igais et '
aiment mieux la crita, que literalmente quere dizer
:.:_;• jue la in' uifur pêche». Cristó- — «chogada, vinda», e quo no sentido
\V I'::'', Let df I'ltide Fortu-
Ittdty'fure
trauslato se emprega por «conheci-
: .p. 2Ò.
•16. — «The old man was like a per- mento, livro sagrado ou religioso», e
-' Alfnn^f> • -not a trace
'
restritamente por t tratados misticos
omp4Jsition».
e mágicos».
— J ,. ... . , . ............ ....UÇ0.
O termo •

AGÁ. Senhor, chefe; oficial mili- brâmanes, i' .

tar na Turquia. Do turco agkã, de designar as suas escrituras canóni-


origem mong^'jlica. cas.
1552 — «Mandou a hum Turco capitio O Conde Ângelo de Gubernatis,
de PondA. ío Haga». ' ' '.' ' - — na *-

(aat.inh. p. 104.
de Ma-

\')>VA, jM iiicipal (P-


li .1). A H ,.qa
.Mahauícd, Tar patrícios pouco souberam da sabedo-
' -
,,,,;c seu». João de — ria bramftnica, porque somente viam
, 9.
a sua pantomima, acrescenta: «Mas
ilcliau dera a elle So-
r da sua
.> iiiiio Agè a<{iiL*llas terras de arreuda- ao !

iii. lit'.,. — /./ . IV, p 419. vida rdando-


!'.)..' l \ '
.: " OS se de ser povo de artista», quiseram
Mzta
todos, dum modo ou doutro, repre-
A pro- .liut,

ses « li- sentar ; pelo contrário, mais grossei-


- Kr. Luís Ut) SuuAa, An^acê de ros e mais ávidos que os nossos, os
íl p. W). portugueses, à excepção d»» pouquís-
.,•.,,. ..II
"
licn-
simos, gozaram-se si bar
'
tia ' '

X..-Í !,• »ilo


índia o a depreilaram, ^ -^^^m
jã da
air procurar mais longe» !
'"
,
lírhtrilO do Isso só se exi " '

causada p»»lo p>


i Milícia Tur-
be nos cxcr- invade
Se o <
, . •
AGAMA 14 AGAMA

mente as obras de Duarte Barbosa, do dravidico mãn-kãy, fruto (mã-ma-


Castanheda, JoJlo de Barros, Garcia rani, árvore), e amba é nome iudo-
da Orta, Gaspar Correia, Feruilo da árvore e do fruto. Sassetti
-árico
Pinto, Diogo do Couto, Camões, e de (1584), que Gubernatis parece supor
dezenas doutros, facilmente se con- ser o j)rimeiro a descrever a cólera
venceria de que n?lo eram pouquís- indiana (quando já o tinham feito,
simos, mas numerosos, os escrito- com mais proficiência, Gaspar Cor-
res portugueses que devassaram o reia era 1543 e Garcia da Orta em
Oriente e forneceram h Europa, pela 1563), aponta como uma das causas
maior parte em primeira mâo, in- do mal «moita carne di porco», sendo
formações copiosas, minuciosas e notório que os hindus e os muçulma-
exactas, em presença das quais as nos detestam o porco. E Carletti
dos seus nacionais ficam a perder de (1599) observa que «se encontra ai
vista, nao obstante os seus mereci- uma erva própria para o remédio
mentos reconhecidos. dele, chamada, com o mesmo nome,
Se percorresse, por exemplo, a mordescimi) Aqui há dois erros.
.

Década V, veria que o seu erudito Primeiro, não se conhece nenhuma


autor expende pormenorizadamente, erva eficaz para a cura de cólera ;
com admirável clareza e precisão, os se houvesse, não causaria a epide-
principais sistemas religiosos da ín- mia tanta devastação. Segundo, qual-
dia, e revela factos que só moder- quer erva que se aplique não se pode
namente chamaram a atençílo dos chamar simplesmente mordexim, mas
orientalistas. É êle quem nos ensina, «erva de mordexim», do mesmo mo-
confirmado por Caldwell, que o «vene- do que se não diz cobra, mas «pau
rável» pariá Valuvar compôs 1:330 de cobra».
aforismos poético-religiosos, e quais O próprio Gubernatis, com todos
silo os assuntos de que tratam. E os seus conhecimentos do orientalis-
também ele quem primeiro identifi- mo, mostra saber muito menos das
cou, como reconhece Yule, a lenda línguas orientais do que os nossos
cristã de Barlaam e Josaphat com historiadores dos séculos xvi o xvii.
a de Buda, do que outros agora re- A
prova está no capítulo quinto do
clamam a glória ^ seu livro, onde fervilham desconcha-
Além disto, os italianos que foram vos linguísticos. Eis alguns exem-
para a índia depois dos portugue- plos, para pano de amostra Prende :

ses, e muitos com o seu auxílio e o dravídico-malaio parau ow. paro


protecção, não hauriram os seus co- (embarcação) ao sânsc. para, que
nhecimentos das fontes orginárias, significa «a outra banda, o lado
receberam-nos, na generalidade, dos oposto»! Liga o malaio-javanes^'wnco
portugueses, assim como outros via- (embarcação) ao verbo sânsc. gam,
jantes estrangeiros, que se não pe- «ir», pelo seu derivado (?) «Jan^a?a
jam de o confessar. E
quando pre- che vale rápido, veloce», —
significa-
tendem ser cometem mui-
originais, dos que nenhum dicionário consigna
tos erros crassos. Barthema, por e que fee não podem aplicar aos na-
exemplo, que esteve no Malabar em vios chineses. Pigafetta refere que
1510, diz que há ali «outro fruto o palácio do imperador da China tem
que se chama Amba, e o seu pé se sete muros com uma porta cada um,
chama mangar). Isso ó um dispa- e que a cada porta está um guarda,
rate. Manga é forma portuguesa satuhoram, tendo o primeiro um
grande azorrague, satubagan e o ;

«Professor Muller attibutes the first


* sábio orientalista rectifica os termos
recognition of identity of the two stories peregrinos pelos sânscritos Çatáhd-
to M. Laboulaye in 1839. But in fact I find
that the historian de Couto has made the
rana e Çatabkãgana, sem indicar os
discovery long before». Marco Polo, ii, seus significados. Ora em sânscrito,
p. ao8. cata ó «cem» e harana é «apreensão,
ÂÕ.iT?.AnATí 1^ AoruEs

iititlo do composto do que act •


se fazem na
«o que leva ou ar- Euro[)a di\' -ndicaçòes indus-
rebatA cemt; çatahhãga, e nfto cata- triaos». C. de Figueiredo.
^' T, que não existe, signitica Assim a prosódia como a definiçAo
ua parte». Ma» os vocábulos sflo inexactas. O malaio ágar-ágar 6
- "

m Fer- '

o nome da al«ra marinha Sphcrococ-


: :• i
'
ulio de cuê lirhenoldfH, de que se prepara
Krt'dia, se vivessem êátu, cum>, : geleia suculenta, que os chineses em-
horan por ôrang, c homem»; cf. órang- pregam na sua sojta de ninho de pás-
-útan =
liomem do mato bagan, por saro. «Usa-se também como cola e
=
;

h(i//<ni. "látego»: sátu-onmg \im aplica-se à sOda e ao p-r os "


i

lioni.ui. ,'<,itu-báJiaji = um açoite. A tornar transparentes». O An-


SHXta porta está um leio, de nome glo- Indiano.
mfnJiorhnnn, que o ilustre sauscritó- A6ATI. Arvore Sesbania grandi-
It.L'o r»L'iiii<iuz a Çatahariman, que Jiora, Pers. «Cultivada especialmente
" possui cem cavalos pelos hindus ; tem flores brancas ou
;o em malaio sátu- da côr de rosa, Comem-se as flores
-hdrniKin quere dizer ium tigre ou e as vagens como hortaliça». D. G.
leopardo». A sétima estSo dois ele- Dalgado, Mora. É do malaiala, mas
taiitt'8 brancos, que se chamam Ga- não O encontro nos dicionários ; em
locução que o Conde nào concani ó ãgãjcfó. Kúnfío diz: «Ma-
lo padrão sânscrito, se está labarice Abatjr».
<i''\ iii.unente ortografada, se designa

machos ou fômeas e se brancos ou 1770. —


«On la [bétde] cultive comme la
vigne, et on lai donne, pour la soutenir, un
corpulentos mas qualquer dicioná- ; petit arbre, appellé Agati, sur lequel ellc
io diz que gája-putek 6 «ele-
'
se plait sing^lièremeutu. —
Rejnal, Hit-
aaco». toirtfp. 168.
17%. — «L'albero Jfèro o Maagneira^
161?. — «Est^s lirroB sSo repartidos por I'albero di Tamarindi, I'Agati, le^no il

<.'.]' naes nero..<». — Fra Paoliuo, Vioggio, 3bO. p.


i-j '
aSo
r--, ;t-t : i:^ ,.. jiurtcá, e eates em AGERU. E vocábulo recolhido por
• •itia- ..;i'' .nt.i • í;;i,,s j>or esta maneira. Domingos Vieira com o sentido de
>• !- rá, que «Io oa cor-
> - .lo puraná, que sSo
«nome dado pelos l)rahmane8 ao he-
I

• oito chamadod Aga- liotropio indico». Procede do cone.


articulos». —
Diogo do ãjeru. «Attribnem-se ás folhas tenras
• .
.. ,,. J.
a propriedade de sarar os carbúncu-
A gama. Mot saii-scrit si^nifiaDt «ap-
bolhas, etc.». 1). G.
lo?, leicenços,
'o, Flora.
• AiiERES. Duarte Barbosa men-
ciona agereM como o nome de uma
Kn-
das castas do Malabar ; mas nflo
cydopédif
está correcta a trnns«'ri<;Ao do ina-
AGARA (s. iii.). iMndfir.i <la China laial. (1.

e il<> .lapao, tumbOm conhecida por étimo c -^


/ / de cheiro», C. de Figueire-
'>a alguns outros ofício» designailos por
A'K K o mesmo que dguila (q. v.). outro vocábulo janto a ãxõr''
I'> sftnsc. nquru ou a</an< neo- > 1616. — .
-i; 1.) M. malainl.
'/ / / 1.: .. ^... o acento. . ,

]
I • ilominante deve rocair na segunda
vi' '
-'ineira, conforme

AGAFx AG\
AGOMIA 16 AGREM

* AGI. Romeiro de Meca. Do persa consta do Roteiro. V. Dozy, s. v.


Aãy7<ár. hãjj. Gozavam tais ro- gumia.
meiros de muita consideração entre Atribuem-se ao vocábulo dois éti-
os seus correligionários. mos árabes kommiija, conforme Do-
:

zy, de komm, «manga de vestido» por


1552. —
«Peytou a liuin capado que
se trazer o punhal na manga ejan-
,

auia nome Agehabedela, grande pri-


;

uado dei rey». —


Castanheda, Historia^ bii/a, conforme o capitão Burton [Ca-

VIII, cap. 67. mões, Commentary), de janh, «lado,


1615. —
«Os que já foram á Arabia e por se trazer no cinto. V. Glossai-y.
visitaram o sepulchre de Mafoma na Meca,
são mui respeitados e honrados de toda a 1498. —
«E elles andavam ao longo da
gente [das Maldivas], sejam elles de qual- praia com tavollachinhas azagaias ago-
quer qualidade, pobres ou ricos, e ha entre mjas e arcos e fundas com que nos tira-
elles muitos que são pobres. São chamadoe vam as pedras*». —
Roteiro de Vasco da
Agy, e para serem conhecidos e differen- Gama, p. 37.
çados dos outros, trazem todos roupões de 1542. —
«Com os braços arregaçados, e
algodão mui alvos, com contas na mão, sem huma gomia tinta no sangue do mesmo
cruz». —Pyrard de Lavai, Viagem, i, p. 147. moço na mão». — Fernão Pinto, Peregrina-
1G63. —
«Os que visitam esta sua santa ção, cap. 136.
cidade e casa de Meca antepõem em seus 1552. —
«Não fez mais que dar-lhe com
nomes este de Agi, e por elle são conheci- uma agomia pelo bucho de hum braço».
dos o invejados; como agora, se um se cha- — João de Barros, Déc. I, vjii, 8.
mava d'antes Mamudxá, depois se nomeia 1552. —
«Pelejão com agomías, lan-
Agi Mamudxáw. — P. Manuel Godinho, ças e zagunchos« (em Narsiuga). Casta- —
Mdação, p. 70. nheda, Historia, ii, cap. 16.
oA confirmação que trazem aquelles bár- oE deulhe a sua agomia, e seu escudo
baros para crermos esta comniunicaçao da que lho leuasse». —
Id., vm, cap. 142.
sua alagôa, é fundada em certa historia 1557. —
«Deixando na praia muitas es-
de um ag( ou romeiro de Meca». /d., — padas guarnecidas de ouro, e prata, e ago-
p 186. mias, e vestidos de brocado. —
Commen-
1840 — «Hag-ge he huma dignidade tarios, 1, cap. 31.
privativa dos que vão à peregrinação de 1566. —
«Todos com terçados cingidos,
Mecca, o qual nome significa peregrino». punhados (sicj e agomias» (em Quíloa).
— Moura, em Ben-Batuta, i, p. 6. — Damião de Góis, (Jhron. de D. Manuel /,
1631. —
«Nam qui banc peregrinatio- I, cap. 57.
nem semel absoluerint, deiuceps Hoggei, «Dandolhe huma agomiada por hum
id est, Sancti appellanturo. —
De Império braço». — Id., cap. 13.
Magni Mogolis, p. 113. 1898. —
1674. —
«And hardly restrained from
((Vasilhas de ouro em pó, jarrões e agoniiai,
running a Muck (which is to kill whoever Qaalro enormes leões de ouro e pedrarias».
they meet, till they be slain themselves) Lopes de Mendonça, A. de Albuquerque, p. 54«
especially if they have been at Hodge,
a Pilarinage to Mecca, and thence to Jud- # AGRA (singalês-sânsc. ãkara,
dah». —
Fryer, East India, i, p. 230. «mina» ). Davam os portugueses este
AGOMIA, gomia. «Arma curva, nome, durante a sua dominação em
usada no Malabar faca de ponta re-
;
Ceilão, às minas de Sofragâo, e o de
curvada, que usam em Portugal al- vidana das agras ao capataz dos ho-
guns trabalhadores do campo». C. mens que extraíam a pedraria. O
de Figueiredo. «Faca curva de que vocábulo não aparece no Glossário
usão os Mouros». Morais. «Arma de oficial de Ceilão.
Mouros. He uma faca, que de ordi- 1685. —
«Da pedraria se nâo valião, e
nário he torta para dentro aqui lhe ; assim se achão somente vinte e cinco jpa-
chamão alguns faca de fouce». Blu- ravenias em Sofregão dos que o officio era
de a tirarem, e o fazião quinze dias no
teau. «Arma oífensiva dos Mouros, anno, tendo hum capataz, a quem chamão
e Naires do Malabar, como huma Vidana das agras... Tanto que S. Ma-
faca;, e de ordinário com volta para gestade foi Senhor de Ceilão, não faltou
dentro». Dice, da Academia. portuguez, que quiz ser Vidana das
A arma, como se vê, não é pecu- agras». João Ribeiro, Fatalidade histó-
rica, 1, cap. 10.
liar do Malabar, e era conhecida dos
portugueses, que nâo explicam o AGREM. Este termo ocorre muitas
termo, antes de lá chegarem, como vezes na Peregrinação de Fernão
ÂGUILA, AQUILA ÁGUILA, XqUILA

Pinto, no sentido de «púlpito doi» l»n- ! Rui de Brito, in Carias de A. de Albu-


ijucrque, ». 218.
. O sen
lôítj.
iii,
— «'lambem nase [em Champa,
rum, do ,
costa da Cocliinchina] inuyto Jenho aloea,
t OQ ãgára, crasu, quartot, que ({ue hos índios ctiamaom Aguila calam-
. na composiçilo de várias locu- bua». —
Duarte liarbosa, Livro, p. 381.
L-onio stguiulo elemento.
153Í). —
«Trouxe hum rico presente de
paos de Aguila, e calambaa, e sinco quin-
1544. — «Foj nrc«*s3ario mudar o taes d<! bíiijoiui de boiiina.s, c hua carta ea-
aarcm. uai «r.i <> ini!iiit<->. n.ira huin ter- crita em folha de palmeira*. — Fernio
127. Pinto, 1'eregrinarno, cap. 13.
: auma de na- 15f)2. —
•.\s aruores sam grandes, e co-
yàu... aubio iiuin agrerrif que era o púl- uío sam velhas cortamnas e tirãolhe hole-
pito-. — Cap. l(ií*. gno aloes, que he ho seu am«'go, o cerne,

AGUADOR. ásio-portuguOs Km e ho de fora se chama aguila». Casta- —


nheda, Historia, m, cap. (53.
ia, gomil». 1554. —
«Cânfora, aguila, mirabulanos
que se dá sequos*. —
Simão Hotelho, Tmubo, p. 49.
na» aiiandtgas de Goa à «água de 15<i3. —
«Páos daguila, o sândalo
'< 's». I Ainda hoje vem com ôase moydo desfeito em agoa rosada». Gas- —
par Correia, l^wlns, ui, p. 714.
nos manifestos das embarca-

1563. —
ftTom [Saniatraj as de sandaio
um obsequioso inlbr- ' branco, aguiia,'bciJoim, e as que dão a
pamilru, tú\u paniin.
cânfora, como as da ilha Hurneo». JoSo —
de IJarros, Dec. Ill, v, 1.
!Íru, tum.panmrain, malaial.y>aniMír. 15G3. —
«Em Ceilão ha hum pao que
1788. — «Cada cai^u de agua de pe- cheira (ao qtial nós chamamos aguíla
ru, duas taufías «• tiiuta rt-is». — Cdlec- brat'a) ; e cheira asi como entre nós chei-
' " /('«, I, p. H. ram muytos paoa; e j;i este pao foy por
mercadoria a IJengaia, e chamavamlhe
uj li.A, ÀQUILA (pau de—). É aguila //r,í»v7ii.— í;^'
>rta, Col. xxx. -> i
'

' pau, usado como incenso, de Aqui- «IluMia^


J.'ií)G. — leiradesan-
...:.. »...// dalo, Aaquiia, c d .... ,....s cheirosos».
.;^„^ Roxb., OU do .4/oí-
ichum, Loureiro, indí-
— Damião de Góis, Chronica de D. Ma-
ntifl, 11, cap <>.

•hina. Kra muito 1572 :

i na Kuropa. V. • Ei« corre 4> • .<7.i<i .


'
• ' " 'hama,
•• de Ficalho, Col. xxx, Bluteau Cuj» inHtA be du ><>

t , X. 1».
ni-
s chama A águila «pau cliei-
— «A costa de .Malaca, onde se
1577.
acha a estimada Aguila, e prezado Ca-
a i>or lambû. — Primor
'

e lí/iririi, fl. 10<!.


Orta 1601. — «Ilumas coutas daguillé com
i-ihe um colóquio muito era- crus e estreujos douro, em quatro myll
sob o título de / •' réis». — Tomás Mater iu l'ire.s, lars, liol.
q. V.).
í>. G. L., XVI, 715. p.
escritores po
lOOU. — Infinita aguila brava mui
.118 s ror- •
tão oxcellente cheiro, que parece
dl!
— Fr. .lojo dos Santos, Ethiopia
.1».

'8 08 nomes da substância, Or nt it 179.


ai, I,
I».

""' ^' 1613. — «De arvores aromáticos p odo-


' " ' aloén
.

rifero» he a Aguila, arvore 'ssa


d.' foihn* rof)!'. de Olvvrirn: .
iie-
" a
.lem
ilacjii.ll.i e.i-i.i I , -ur-
'ruj que deu gahúint ou tada |>or tempo «lo 3 1 de
.. . . ... ......aio *. i '.
,'o

1515. — «Sio
inercadorct; traaem aqui
I-

aguiila levam daqujr* (Malaca). — ditta arv<' /


i

hcla-
da

raçam de .1. .

^, tem h>.'K>. — •ii» na oj pau


I.:. .1,.. nr, I . ./.i/)<li>. (JUC areca,
- I*. António F. Uardim, liata-

^ut, uâu aubsiste » dúvida (^. — «I'rodujiein a aguiUa cheirosa,


Al EU IS AITAU, AITAO

o estimado sândalo, e precioso calainba». «A isto respondeo Aiep, ou padre, que


— Fr. Jacinto de Deus, Vergel^ p. 264. ha dous modos de viuer». —
Id., fl. 96 v.

545. —
"Les insulairos traittent avec
Ics Cliinoi» dc8 soyes, de bois d'Aloe, AITAU, AITÃO (mais É o tí-
us.).
d'Aquila, de Clou de Girofle, de bois de tulo do almirante chinOs. seu tri- O
Giroíle, de bois de Saudale et d'autres bunal tinha jurisdição sobre a gente
Marcbandises». — Cosmas ludopleustes,
do mar e sôl>re os estranp^eiros. Do
in lielaiions, i, p. 20.
1549. — «Illi Ídolo suo freti, quod in chin, hae-tao, «chefe do mar».
puppi cereis cx odoriíeris e.x Aquilano
— 1534. —
«Estes perguntarão outro tanto
ligno incensis suniniè venerabaiitnr". S.
a oytão que teem carrego do mar e dos
F. Xavier, Lib. iii, Epist. 18.
— Questo fcalauibuco] è difFerente
estrangeiros». —
Cristóvão Vieira, apud
1583. Ferguson, Letters, p. 80.
dal legno aloe, che quà domandauo paio
F. — 1.542. — «Tinha apelado para o tribunal
d'aguila, secondo il piú e 'I nicno». do Aytau da Batampina na Cidade de
Sassetti, Lettere, p. 2Ul. Pequim que era o supremo Almirante so-
1585. — «TaiJíbien los Japonês lleuan a
bre 08 trinta e dous Almirantes. o qual . .

vender alli suaplata... los de la laua y Almirante por jurisdição particular tinha
Pegu, il paio dei Aguila». —
Fr. Joan G.
alçada sobre toda a gente forasteira, e
de Mendoça, Hist, de la China, p. 363.
1589. —
nLe bois appellé^^aZo d'AguIia
mareante que vinha de fora». Fernão —
Pinto, Peregrinação, cap. 85.
y [Champa] abonde, comme aussi le bois «Estes nove estrangeiros sejão remetti-
odoriferaut de calamba». — Liuschoten, dos por appelação ao tribunal do Aytau
Histoire, p. 39.
dos Aytaus na Cidade de Pequim». —
«Le bois d' Aloe qu'on ajípcUe es Inde lã., p. 86.
Calamba ou Falo d'Aguiiia, se trouve «Mandou logo um Aytâo, que he como
principalement en Malacca, Sumatra, Cam- Almirante entre nós, com hua Armada de
baia et Siam et lieux voisins». Td., p. 123.— trezentos juncos, e oytenta vancòcs de re-
1770. —
«Du bois d'aigie, qui est mo». —Id., cap. 221.
plus ou moins parfait, selon qu'il est plus
— 1555. —
«Outro Aytam que rege as
ou moins résineux», Raynal, Histoire, ii,
cousas da guerra». —
Carta doP. Belchior
p. 41. Nunes, apud Cristóvão Aires, Fei-não Men-
1786. — «Certi legni preciosi, come il
des Pinto, p. 86.
Sândalo, VAghil o Icguo di Aquila, Varasu, 1555. —
«Outro por nome Aytam, que
il legno di cânfora, ridotti in pezzi lunghi

un palmo si niettono in una fossa quadran-


rege as cousas do mar». —
Cartas de Ja-
pão,
gulare». —
Fra Paolino, Viaggio, p. 202.
I, fl.


35.
«Outra dignidade abaixo desta
1854. —
«.The eagte-wood, a tree
1569.
fde j4/icAaci] he ha do capitam moor, a quem
yielding uggur oil, is also much sought for A
chamara em ha sua lingua Aitão. este
its fragrant wood, which is carried to Sil-
Aítâo compete mandar que se faça pres-
het, where it is broken and distilled».
tes ha gente de guerra, e todo o que for
Hooker, in Glossary.
necessário de nauios, mantimentos e todos
1875. —
«The fragrant wood called
os mais aparelhos». —
Fr. Gaspar da Cruz,
«aloes» in Proverbs, vii, 17, etc., was the
Tractado da China, cap. 16.
Aquillaria Agallocha, the Hebrew word
for which, ahalini or ahaloth, is evidently
1583. —
«Acontecendo neste tempo de
perder o oflicio o dito Tutão areceiando
derived rather from the Tamil-Malayâlam
que não folgaria o seguinte Tutão delles
form of the wood, aghil^ than from the
estarem naquella cidade, os mandou fora
Sanskrit agaru, though both are ultima-
encomendando-os ao Aitâo de Cantão com
tely identical». —
Caldwell, Camparative
huma sua chapa». —
P. Sabatino de Urcis,
Grammar, p. 92.
P. Mat hens lUcci, p. 15.

* ÂIER. Padre, mestre. Do tam. 1635. —


«Eu Aitão tenho sabido por
informações que os portugueses tem eahido
aiyar, plural de aiyan. Aiyar é tra- em muitas culpas, por não obedecerem ás
tamento honorífico dos brâmanes em justiças dos chinas». —
António Bocarro,
Madrasta. Déc. XIII, p. 724.
1668. —
«E os mandou para Cantão, com
1608. —
«Sua habitação [do P. Roberto ordem aos AitâOS, que são Veadores da
de NobiliJ he em hum bairro de gente nobre, fazenda». —
Fr. Jacinto de Deus, Vergel
e pêra conciliar maior respeito, nunca sae de plantas, p. 117.
de casa, nem se deixa ver, nem fallar de 1701. —
« Aytão he o juiz dos estran-

toda a pessoa, nem em qualquer tempo, geiros». —


P. Francisco de Sousa, Oriente
senam depois de ir lâ duas vezes, ou três Conquistado, II, iv, 1.
rogando ao topaz [intérprete, mordomo] 1585. —
«El sesto es el Aytão que es
que o deixe fallar com o Aier, que quer proueedor general, y presidente de consejo
dizer senor». —
P. Fernão Guerreiro, Be- de guerra, a quien toca a hazer gente
Id^am, fl. 84. quando ay necessidad, preuenir nauiofl,
ALAHVK IO ALARVE

,;i4t;in«*nt^>«, V municiono» pêra las arma- nós cora as significações de rústico,


• ^
\ Ac bruto e assim dizemos córae como :
;
s-

Mci.i, y
hum alar rev. Fr. .loílo de Sousa.
V. heduim.
111

|i.
<f.

76.
li'" .M'MKllic.l, lll.-dOl tU (/« Ml
H98. —
«Vj neste canijnho pcra o Cairo
.

.1 ^i»o.^ mujtae vezes os salteam ladrões que ba


, ,, 1
.n delia
nnquella terra os quaes .som alarves e
!'• I'ar-
outros»». —
lioteiro de Vasco da (i^ima, p. 89.

pcuetrino uolla
iie i ío-
l.')i;j. —
«He, ao derodor da dieta ylha,
muytofl alarues, que se chamam Macha-
.i...^P. MafTri.
iiianyr, que uou sam mouros, nem judeus,
•; htorie, p, 2.i" iM-m cristaãos, nem sam sobj^eitos a nyn-
gem, sahio por hum pedaeode pam que lhe
ALÀCAR. V. lái-ar. dam, byram cstroyr a ea.sa de Mequa, se
ALAQUECA.LAQUECA. Nomeorien- necessário for». In Cartas de A. de Al- —
il da corualina, variodade de calce- buquerque, IH, p. 368.
Do ár. aVaqlqa. 151G. —
"Pelo certam dela hc tudo abi-
.

tado dalarues». Duarte Barbosa, Li- —


'.. — .Ah\ p r:i vcmder as mercado- vro, p. 2M.
r alaqueqas c anill, 1520. — aFez logosobr'isso ajuntamento
' naos'i. —A de Albu- com os Alcaides, e pricipaes do seu Kegno
.
1, p 1*GG. e com o9 Alarves, e Èn.\onvios, e Colo-
! 1)1*111 liiirar que chatnaoni to3 seus Coinarípiaãos». — Rui de Pina,
Ak húa pedra dala- Chi-on. de D. João //, p. 97.
.1 pedra bramjua lei- J5U. —
«Na terra não ha cidades, nem
Diiarte Barbosa, Li- fíouoaçÕes; mas viuem no campo em tendi-
hões, a modo dalarues». D. Joào de —
ciquequas \i\o fino Castro, Jtotein} do Mar lioxo, p. 74.
.. — Ijn. 51. 1552. —
«Com o qual fundamento en-
l.il... I
I.:-.'. .;ii;tM, ala- trado nesta enseada acodirão logo ft ribeira
>|Ueca, rri^ta-. i"':
'
. — Fernão do mar hús pouens de Mouros a que elles
j'liiii. l^errijriíi i km. cliainão Baduijs cuja vida he pastorar o :

I.,p3. — u(] i. contas de ala- gado e andar no campo a modo que dize-

'(uas». — i.«y/' («' <' Ilalthazar Jorge, it iiidào os Alarues». Joào de —
S. G. L, IV, p. ijyo. , I>éc. I, VII, 2.
n I- i.' '••'-' flala- i.i.M. —
«De Judá até Otor vivem mui-
os tas cabildaíi d<- Alarves. Otor lie huma
, '.
.-..U- cidade de Cliristãos; de Aeintura, e dali
. Ill, <;ij). UM até Suez pelo Sertão tudo .são Alarves,
Al aqueça »e vende por conto que vivem naquelles desertos». Commeu' —
-António Nunes, Lyvro do$pe- tarioê, IV, cap. 17.
1627. —
Na qual estii huma grande ca-
. de nÓ4 va, euSohamourf», alarve, ou outra qual-
\ ai hum I

3uer pessoa, que ouze a entrar dentro». —


UMMI-
l* oão Vfascarenhas, llist. tragioo-maritima,
icia da VII, p. 43.
\L1V. I IG.tô — «Partidos elles veio o sol sa-
A virtude atribuída ú laquooa '
hiiidn. p de entre os matos ajuntaram-se
era muito «abida». '
.
alarves, que vie-
pos
utos, o (pie nos
iado». - José de (Tabreira,

IGliJ. .1 <
as
.IIX
que habitâo •> tur-
• •11
^ f .iii'i Hl iiiiiM <• cu ena c arábios, irro
'•». - Linschotcn, Hit- ao loiígr» do i, e
alarves. sen-
I.V.m;. — <>I,;i|>i>l. Ill apud eosduni quoque %>>!< n<>H I
rto
mriiiKr^.-ri '
iiii <'i '/i' vi II II I iimiilti

— P. Manuel
ALARVL. 11. l'o ar.
1 .
.'*)" "«r.iriu de
ulanib ou labe*. «A huu.H i p.i--.ir.\i> j'jiraa
,

palavra Alarve be muitu usada eutre ooita de Berbòris, e por iaeo cuiu mau prç*
ALBETOÇA, ALÇA

priedade os CastcUianos lhe chainuo Ala- deniia. Mas os nossos indianistas em-
rabes. Os Alarves da costa do Berbéria
pregam o termo como muito conhe-
andão sempre lio campo, scin outro domi-
cilio, que o das suas tendas, que levão de cido, sem nenhuma explicação; nem
huma parte para a outra, buscando pasto as línguas indianas conhecem nenhu-
para si, e para o seu gado». Blutoau, — ma embarcação com tal nome, que
vocabulário.
parece ser de origem arábica, pro-
ALBACORA, Albecora. É o nome vavelmente al-botsa, conforme opina
do ThinmiH (tl/iacora, Lowe.
j)eixtí Kngelmann. Pelo contrário, em Por-
O Sr. Cândido de Figueiredo dá du- tugal havia barcos denominados alhe-
bitativamente por étimo o ár. al- toças. «Apeados todos, diz Francisco
-hacor. ]\Ias liozy declara que n^o de Andrada (Chron. de D. João III,
encontrou a palavra com este sentido fl. 119 v) no caiz [em Lisboa] El-
em nenhum dicionário árabe *. Alguns Rey tomou a princesa polia mão, e
escritores derivam o vocábulo de alva assy a leuou ató a meter na alhe-
cõr. toça, e dentro nella lhe beijou ella a
1563. —
«... leuando o piloto por popa mílo».
do nauio húa linha com seu anzolo pcra
tomar os peixes, a que os mareantes cha- 1520. —
«E ao passar do Tejo ouve logo
mão Albecóras, que são do tamanho e hu singular recebimento d'albetocas,
feição do Atu, veyo cair no anzolo bu des- barcas, bateis, e outros navios muitos que
tes peixes Agulha». —
João de Barros, pêra a dieta passagem foram ali vyndos,
Déc. III, III, 1. toldados, e concertados com muita perfei-
1Õ69. —
«Chaniâo a estes peixes Albe- çam e riqueza». —
Rui de Pina, Chron, de
córas {albecora piseis) peixe velocíssimo D. João IT, p. 130.
e tanto que por mais enfunada que vá 1530. —
«Em Cochym Antonio de Sal-
huma nao cora todas as velas, a vai se- danha fez carauellas nouas e duas albe-
guindo e isto quasi toda a carreira, salvo toças pêra cada huma tirar hum basilisco
110 Cabo de Boa Esperança». —
P. Mon- por proa e oito peças grossas jiolas bandas
claio, in Boi. S. G. L., iv, p. 495. e por popa». —
Gaspar Correia, Lendas,
1882. «A agulha, alvacora, arenque, III, p. 335.
badejo» (peixes de Cabo Verde). —
Ibid., 1542. —
«Mandaua a Cochym dar pressa
IH, p. 98. que se acabasse hum galeão, e quatro ca-
1579. — «These (flying fishes) have two rauellas que se la fazião, que começara
enemies, the one in the sea, the other dom Estevão, e mandara fazer muy fortes,
in the aire. In the sea the fish which is como albetoças, que se podião remar, e
called Albacore, as big as a salmon». cada huma podia tirar por proa hum basi-
Letters from Goa, by T. Steven, in Glos- lisco, e seis peças grossas polas bandas».
sary. — Id., IV, p. 243.
J582. — «Pigliavisi un'altra sorte di 1552. —
«Guardauão aquele rio em duaa
pesce che domaudano albucore, detta galeotasehua albetoça». — Castanheda,
-Pelcunns sarda ; questa è migliore, con tutto Historia, viu, cap. 158.
che alida». —
F. Sassetti, Lettere, p. 174. 1556. —
«As pessoas que haviam d'es-
1620. —
»... ayant remarque plusieurs tar em os bateis, de mantas e atbetoças,
fois les Bonitos et Albacores s'y debat- e outros navios». —
Lopo de Sousa Couti-
tre grandement».— General Beaulieu, Mc- nho, Ilist. do cerco de Diu, p. 23.
•moire du Voyage, p. 5. 1589 :

: 1673. —
«Of these sort we saw good «Nada Antonio de Sá trns estas tarda
.store flying from Bonitos and Albecores, Que huma grande albctofn vay mandando».
who were hunting them». —
Fryer, East F. de Andrada, O Primeiro Cerco de
India, I, p. 36. Diu, II, 28.

- 1750.— «L'Albacore est à peu prés ALÇA. Emprega-se esta palavra na


de la même espèce que le Bonite, quoique
plus gi-and. On en prend qui pesent depuis índia no sentido peculiar de «lucro
«0 jusqu'a 90 livres. Ce sont aussi les Por- proveniente de subarrendamento, e
tugais qui I'ont nommé Albacore, à da venda de objectos miúdos das co-
cause de sa blaucheur». —
Grose, Voyage. munidades agrícolas.
ALBETOÇA. «Certa embarcação
indiana», diz o Diccionario da Aca-
1771, « — abolindo-se inteiramente
. .

a indecorosa negociação, que até agora se


fez, sob o bárbaro nome de Alças do bate
Crooke (em Fryer) pretende que o ár.
i

de Dastam —
comprando-se debaixo desta
ál-bukr, «camelo novo, vitela», a que prende denominação o arroz por menos dos pobres
I

"P port, bácoro, seja o étimo. para depois ser vendido por mais em nome
j
ALrATDE 21 ALCATÍÍAZ

«ic i'l.iiiitai, in
••s-

ii.toi do

. N.
V, p. 1 13.
lf-.iiTt:l do

reudamento». —
p. 1.
js. .i casta da
ie viuvas e or-
iiiirji». — ijij», Jacui t Unlet, p. 48.

ALCAÇUZ INDIANO, ALCAÇUZ DA


AMÉRICA, ALCAÇUZ SILVESTRE, JE
QDIRITI. - ií

Abrus />/•' , ,
'11

'íil/I nas línguas indianas. V. fruta


nta.
•^ — "As f^'Ihas ínhptn a alcaçuz; a
ti< caa.sar iu-
fl na pclle ou
i

li tiatal.v G. Dalgado, Flora,

ALCAIDE. CapitAo de fortaleza.

nJe do mar, ca-


ào porto. Aicaidaria, oilcio de
. .uár*. Termos lavados de Portugal

ira a índia. Do ár. cd-kãid.

1507, — «Por alcayde Kuy do Brito,


ALCORÃO 22 AIXOKAO

1589. — «Nous. . . vismes de rechef I'eau de S. Bernardino (1609), Itinerário


quelquenombre d'oisoaux appoUez
verte, et da índia, p. 216,
Alcatrases, et beaucoup de Loups de
nier, certains iudiccs de la Coste d'Afri- 1516. —
«Estes Mouros [de Quíloa] fa-
que». — Liuschoteu, llistoire, p. 166. laom arauya e tem a ceita do Alcoram,
1620. — «... comine aiissi de.s oiseaux crêem muito cm Mafamedc». Duarte Bar- —
que les Portugais aj)pellent Alcatras ou bosa, lAvro, p. 238.
Margants, qui ont Ic corps blaiic et lo bout 1552. —
«Foy a mayor injuria e offensa
des aisles noires sculement». —
General que se podia fazer a hum mouro, por lhe
Beaulieu, Mánoire, p. 6. ser tão defeso em seu alcorão come-
1G73. —
«We met with three feathered rem j)orco8». Castanheda, Historia, viii, —
Harbingers of the Cape, as Pintado Birds, cap. 19.
Mangofaleudos \Man(jas-de-veludo\ Albe- 1554 —
«Estes mouros pregão continua-
trosses; the lirst remarkable for their mente o alcorão de Mafoma». Carta —
painted Sports of black and white; the de Fernão Pinto, aptid Cristóvão Aires, i,
last in that they have great Bodies, yet p. 65.
not proportionate to their Wings, which 1557. —
«Dissessem ao Key, que ele, e
mete out twice their length». —
Fryer, Cogeatar, e liexnordim, c todos os Gover-
East India, r, p. õl. nadores da Cidade jurassem no seu Alco-
17Ó0. —
«Les Albatrosses sont de la rão de terem e manterem tudo aquillo
grosseur d'un Autriche, quoiqu'ils n'ayant que tinham assinado». Comment anos, i, —
pas d'autre resscmblance avec cet animal. cap. 36.
Les Portugais Icur donnerent en conse- 15G3. —
"E lhe começou a rezar as ora-
quence le nom d'Alcatraz, d'ou par cor- ções de Mafamede e de seu alcorão...
ruption on les appelle Albatrosses». — Com o qual modo foy correndo as terras, e
Grose, Voyayc, j). 16. chamava ao alcorão, e fazia todos os
1754. — An Albatrose, a sea-fowel modos de caciz santo». — Gaspar Correia,
was iihot off the Cape of Good Hope, which Lendas, 11, p. 348.
measured 17 1/2 feet from wing to wing». 1572:
— Ives, in Glossary. «Gregos, Thraces, Ai-menios, Georgiano.<!,
Bradando-vos estão, que o povo bruto
ALCISTA. K aquele que percebe rtZ-
Lhe obriga os caros fiUios ao.s profanos
ças. Preceitos do Alcorào (duro tributo!)'!.
Camões, Limiadas, vii, 13.
1909. —
«Estes syndicateiros em Goa
1608. — «Destes [Mulas] tem alguns a
são cenhecidos dos colonos pelo nome de
cargo o serviço delia [m-esquitaj, e o bra-
aicistas, era virtude de se denoming^-
alça a ditferença entre a renda que pagam
darem o Alcoram de dia e de noite con-
e a que recebem». —
Manuel Ferreira Vie- forme suas horas». —
Fr. António de Gou-
veia, Hdaçam da Persia, fl. 38.
gas, in Boi. S. G. Z/., xxxii, p. 427.
1916. —
«... pondo-se assim em mere-
1G13. —«Raramente se occupão nos es-
crittos de Alcorões salvo algum Mída
cido relevo mais por esta forma de parasi-
tismo social a acrescentar ao dos alcistas ou Cnsis de Arabia». —
Manuel G. de Eré-
dia, Dcclaraçam de Malaca, fl. 39.
e outros que medram desde longe enxer-

Ileraldo, de 4 de 1627. —«Estes Cádis são homens ve-
tados nas gãocarias».
Abril.
lhos, ricos e lidos no Alcorão». —
José
Mascarenhas, Hist, trágico -mar itima, viu,
ALCORÃO. Em duas acepções se p. 79.

toma o vocábulo: «livro sagrado dos


maometanos», geralmente chamado
1529. — «Derribava as mesquitas, e al-
corões: fazia delias estrebarias para o
moçafo pelos escritores antigos e ;
seu exercito». —
António Tenreiro, Itine-
«torro donde os almoadens chamam rário, cap. 5.
os muçulmanos à oração, minarete». 1552. —«E sem nenhua vergonha lhe
cometeo que fizessem chamar no alcorão
Do al-qofan, no primeiro sen-
ár.
de Diu por rey de Cambaya ao Turco». —
tido o segundo é por extensão,
;
Castanheda, Historia, viii, cap. 194.
«lia duas maneyras de Alchorao; 1554. — «E que nos allcorões o cha-
Ima delias significa summa, ou copia massem nome de Rey do guzerate, asy co-
de preceytos, e mandamentos, o este
mo se chamaua o sultão hadur em seu tem-
po». — Simão Botelho, Tombo, p. 225.
lie o que tem nas suas Mesquitas es- 1.557. — «E no alcorão da mesquita
cripto na lingoa Arábica. A segunda
I

mandou arvorar huma bandeira e pôr dez


maneyra de Alchorao lie o que res-
1

homens para vigiarem dali o campo». —


Coinmentarios, i, cap. 21.
ponde entre elles a torre de sinos: e —
1 1563. «E ainda sobre esta matiuada
este modo de fallar não he tão pró- de bacias, este Mouro que estaua por ata-
j

prio, mas secundário». Fr. Gaspar I


laya ua torre, a que elles chamão Alço-
ALDEANO AI.KIA

rAO, feitooainril. Iirri'loii n]r,i >fft- indianas si.» v. ...... .i- i. ;_.!. ....i^ ,-,,1
t il '•<, niatalosi i rot^ Deo. Ill,
Portufral, e oripináriameiíte eram or-
"lo de «
de
rvam ai, -tos.
'oaldeano.
— «Os foroiroa ma
iplo do dito abu.so i

Saccadores Aideancs uo
.. —
F. N. Xavirr (filho),
e u t'lifs alcorões *.'(/. n> XXXVI.
i> ,.t. j).
,

I
1872. —
Os escrivães aldeanos formu-
lem as relações i: entreguem aos sacadores
para estes fazerem a arrecadação». Id., —
p. íhí.
19(M5. — «Devemos todavia conjecturar
qiio niio ('•
aldeanos castfU''";-""" pois
ainda é usaiio na índia por' tbr-
; I li c . . a T ,11 ,..•,-,. olt- ina aldeano. al)Mii.i.l;i nor
'

l{o-
il'> Alcor ludo

"(."um aji Aldeanos «ia Ca-


if'sda Persia altas mará», '

Aideanas». —
alcorões, ijue Gonçalves Viana, Apuslila*, i, p. 3.

1

tort'S das 8Ínos. liM5. «Km agcsto nma série de actos


qut; 8c' .vens. A eram projectados e levados a cabo, taes
3 s-riiif^ (r A nn din <>nmn handitismos, descontentamento de
s aideanoa »• estudantes». —O
. (Ití 2.") tio N'>\triihro
1:*Hj — «Para lembr ma entre
Vu- nSIrt p^re»»^»e a fjue p«la- muitas, o desatino que afastar,
issarem <>s fundos d;i5 ;• > lo-
aldeanas para con um
r'.'uud ij.iino agrícola pouco accessivci ao povo».
: ,

are te- — Id., de 14 de Fevereiro.


M.Ia
ALEGRETE. Kste termo, qne no
quer dizfT ucanteiro de
t.!

ua índia Portuguesa ae em-


.

prega para designar o «vaso de barro


em que se cultivam Horesi.
* ALEJA. K espécie de tafetá lig-
ALDAVANE, Aldravane (gaz. Aai-
tra<lo, às v- de al-
K árvore in-
i

godílo. mais da ín-


. 1 : // wa cordifolia ,
dia. Os nossos escritores antigos nfto
!io Ó ttsodo em DamAo.
^/.
o mencionam, pelo menos sol) esta
designa<.'ao ; mas referem -se-llio via-
i;jr. aldra- jantes il:
»\»9&, '

Mendes, A India íne


Ynle, <• aa-
tem Inileja, que deve ter sido
....j.orittdo.

tsv^ — «Alejat, \2coriaâ c 15 peças»


de Uoa). — Ánnaea íiarUi'
:<-ga

•I, thoir
i Utaê
aldravane, •-!«:-.
''k ill-
>. Itnl. S a. /.,., XXIX, I»

termo Ó corrente V u,:


como
1712. — .Vn Allejah petticoat striped
......- .>«ul)!(tAntivo e
with grcoo au gold aud white». —
In Gioe-
íivo, por «oldoílo». A» alileias j
tàry
ALTA 24 ALIA

# ALENGA. Caldeira em roda de tes, e dos machos os menos sH.© os


árvore, ou cova grande para se plan- que os tem» *. Km singalês há muitos
tar o coqueirinho, E termo muito nomes para o elefante: o que não
usado era Goa, e derivado do cone. tem denies é alii/ã, mais usado, has-
alem . tiyã, gajendrayã; e o de dentes ó co-

XVI n. — «Então se abrem alengas nhecido por (Ptã\ a fêmea chama-se


de sufficicnte altura, em que os taes cocos a'tiinn ou hastinní.
86 semeiem... No fundo das alengas se • Os portugueses, que já conheciam
lance sal misturado com cinza em siifli- na índia o animal com dentes e lhe
ciente quantidade». —
Arte palmar ica, i,
davam o nome europeu com o seu
p. 14G.
1782. —
«E melhor cinzal-o [o palmar] género próprio, ouvindo que os indí-
uo tempo de entrar o inverno e cobrir ou- genas chamavam coinmumente aliyã
tra vez as alengas da mesma terra». — ao seu paquiderme, entenderam que
Fr. C. da líessurrcií-ão, Tratado, ii, p. 285.
tal era a denominação especifica de
«Fazendo-llie uma pequena alenga
para que a agua da chuva o não espalhe». «todo o elefante sem dente, quer soja
— Id., p. 286. macho quer fêmea», como declara o
1852. —
aAlltm ou Alenga Excava- — aludido autor, que emprega o vocá-
ção, cova de redor do pé de palmeira para
regar, e estrumar». —
F. N. Xavier, Bos- bulo como masculino e feminino, con-
quejo histórico, IV, p. 1. forme o sexo.
1886. —
«E ainda hoje, em relação á Os outros escritores, porém, con-
agricultura, se expõem á sua immediata
sideram o nome como feminino e si-
acção as raizes das palmeiras, abrindo-lhes
em roda as alengas ou caldeiras». Lo- — nónimo de «elefanta». Várias seriam
pes Mendes, A índia Porlitgiieza, i, p. 35. as razões da restrição do sentido: a
terminação feminina de alia, o facto
ALGODOEIRO DO MATO. É o mes- de nenhuma elefanta de Ceilão ter
*
mo que paiiheira.
dentes e a existência do termo ele-
ALGUAZIL, A palavra arábica al-
fante para designar o macho.
-uazh' {vizir em tnrco) deu em portu-
1609. — «... dous dentes que lhe saem
guês três formas: aguazil, «antigo
fora seys, ou sete palmos, os quaes nam
empregado administrativo e judicial; muda em toda a vida, nem os tem as aliás,
oficial de diligências»; alguazil e gua- ou fêmeas, mas só os Elephantes machos».
zil (sem o artigo), «governador» Os .
— Fr. Gaspar de S. Bernardino, Itinerário
nossos indianistas empregam-na no da índia, p. 163.
1613. — «Em logar de azemolas se ser-
último sentido, e preferem a forma vem alli [em Ceilão] dealéas». — P.Ma-
guazil (q. v.). Aiguazilado é o cargo nuel Barradas, in Ilíst. traqico-maritima,
de alguazil. 11, p. 79.
«E muitas vezes se espantaram os pa-
1510. — «Tem
continoa guerra estes dres de ver o que nesta parte fazem os
alguazis huns com os outros e tomam os
aléas mansos e de carga, já acostumados
lugares huns ós outros». —
A. de Albuquer- a andar entre gente» ^. —
Id., p. 81,
que, Cartas, i, p. 22.
1512.— «Fycou lhehum filho moço he
1615. —
«Os vidanás das aliás com que
os [elefantes] caçam, serão postos pelo ca-
começou entender primeiro em seu aigua- pitão geral, visto serem necessárias para
zilado». — LI, p. 85 os serviços dos arraiaes; e o capitão geral
«A mim me pareceo voso seruiço fazer dará ordem ao vidaná, para acudir com as
com el Rey de cananor que todavia tlrase aliás de caca necessárias para a dos ele-
este seu alguazil de cananor e posese
outro». —
Id., p. 85.
1557. —
«Grande senhor e Capitão en-
tre todos os Alguazis, e Capitães». — 1 Emerson Tennent (1860) corrobora
plenamente a asserção do nosso escritor :
Commetdarios, i, cap. 60.
«E que o faria Alguazil mór, e Ca- a curious fact that, whilst in India
o It is

pitão de toda a gente da terra». Ibid., — and Africa both sexes have tusks... not
one elephant in a hundred is found with
11, cap. 22.
tusks in Ceylon, and the few that possess
ALIA. E uma peculiaridade singu- them are exclusively males». —
Ceylon, ii,
lar dos elefantes de p. 263.
Ceilão, já no-
^ Em ambas as edições o vocábulo ocorre
tada pelo Padre Manuel Barradas em
invariavelmente acentuado aVea e aléa;
1613, «que nenhuma fêmea tem den- mas suponho que o autor escreveria aleá.
At^tApat? ALMADTA

J3 auiAusar" ~ ifQC. aa li,ni, — .. j rwu.i <• iros r).i{(ir.-( doiiro


cada huin om tros grãosd'aljofre». —
'"
'is i'ires, Aíaífriaes, ia Jiol. S. G. Z..,
.
7 lá.
Í..13. — -O '• ''- '- •'- ":-. do
;'J. mar. . . siio p» •
• »»,

I lias, e todas — P. Manuel li -, >,..,-' "ia-


;</., p 70S. ritima, ii, p. 1'3.
I .', iin. ritilin 1('iS5. — Os i|i"' i'liiiiinilo iior iniiulo.
'
vâo
indo as }> i
"f-
II. •. . . O : nO-
O primeiro lie o melhor; a eete
:

cíllofar de primeira joeira». —


João Kibeiro, Fatalidade hUtorica, i,

.'7. — "Fnrnntriímns nmn alia on ele- cap. 22.


de cem - ti- 1H83. — «... sendo também muito pro-
•rruhnr-'. — c»ira<la3 «•< jifdrnn dr Jua e os <tího« de gato,
''(•m como as pero-
que denomi-
nas,
', clúuuuiti' alias, i\ic >,ciiiu u;iuialjôfares, c quu são muito vulga-

—V Cavdini, Hilttione res» (em Ceilão). — Adolfo Loureiro, ^o
Oriente, i, p. 236.
1G75. — «The Lusitanians call it AIJo-
faí*", which iu Arable sounds as
as much
ALJÔFAR, aljofre ( nome colectivo). Jnlfar, tlie Port in Sinu Pérsico where the
Parolas miúdas. Do ár. al-jauhar. O most excellent Pearls are caught*. —
termo era conhecido muito antes do Fryer, Kast India, ii, p. 3«:4.
os ALMADIA (fr. almadle). Embarca-
ção pequena, estreita e
nionúxila,
uo menciona um documento de comprida ; canoa. Do árabe africano
. em qoe o'*^-— "'.''• orixa al-'mattta, «jangada». Paroce que o
ico sontido. termo vogava na Africa austral (on-
1-4D7. —
«A» mor* atloria» eia»» canella de está em uso em landim) ao tempo
• crsvo f aljôfar c ouro». lioteiro de — • dos descobrimentos portugueses,
'. ,..G.
aljôfar, e p«ro|aí, que me sendo depois levado para a índia,
l.T, ondo penetrou no malaiala. Agosti-
as nho Barbosa, porOm, diz, no seu di-
r.iiiii.-r" tie Auijoida,
cionário portugn»"s-latino (IGll), que
I

iT nr va- as talmadum sflo embarcações de


ra pouca fabrica, que se usflo ua índia».
i'l> .lll«/i»". .-\. 'II- .\1HU juii ijiii-, C-iíi tUMf
1\ 14i:,. _.Temli ai-
I, p.
1'.lé-. „ .V 1...,., c. madias Ihum <\>-

Privietra,
'ivietra, cjài». 20.

i — «F.lii (^.Ihf ân feiM trnfo entii ejis.l 14^7. - «Knfc c«( —


Cita jente folg.nva muito
e nos traziam .'<o.'« mu
.in eui almadias •!*'<' *''

Cn to vio Vieira, amtd Ferguson, iMter,, — i*"/<<>o de Va»ci> da <


1

I — ail Rei mai


l.SíHl. "in apa-
i-ora
«...ar
fiit' 'eonr/*, d.
de Ci'iLu>». — Juiio da liar- .
-^ '"
1
t
- - ,
T^ '
nini

'Hê Doe. da Torre


art.'. .. tt''ir< ". IS i-.ii

1;>7.'

e cocoí». — iotne Lupct, Aaiiyuvi'.


7.
ALMADIA 2n AfMADlA

1507. —
«Ho3 zambucos todos se per- 1635. —
«E como entram pelo rio, des-
deram com toda a jente e todas as al ma- carregam em outras embarcações ligeiras
dias alagiiadas, e o mar era coalhado c muito CDUipridas, a que chamam alma-
d omens afogados e rnolheres e miniiios». dias [em Manamotapa], e cm cada uma se
— A. de Albuquerque, Cartas, i, p. 3. recolhem vinte até vinte e cinco fardos de
151G. — «Ila lugar que
liuu chauiaora roupa, de vinte e cinco corjas cada nm'>.
Angoya, que be por bonde se bos Mouros — António Bocarro, Déc. XIII, p. 534.
seruem com muytas ai madias de trazer 1697. —
«Píncbêram a caracora de agua,
os panos, e outras mercadorias». Duarte — e a Hzerão virar, se bem que a não mete-
Barbosa, Livro, p. '23»3. rão no fundo, porque era da formadas al-
1531. —
«De cada bum bomem que fôr madias da índia, e canoas do Brazil, que
em ai mad ia e cotia por este rio [Man- depois de cbeyas de agua virão, e nadão».
dovij acima levará o escrivão bum leaU. — — P. Francisco de Sousa, Oriente Conquis-
Afonso Mexia, Precalços dos ojfficiae^ do tado, I, III, 2.
Mandnvim. 1712. —
«Almadia
(Termo da índia).
1553. — «Os
negros deste terra [Cabo Embarcação pequena de que usão os cana-
Verde]... vierão a elle em suas alma- rins nos rios». —
Bluteau, Vocabulário.
dias com mão armada e tenção de fazer 1895. —
Almadias, embarcações miú-
algum dano se pudessem». —
João de Bar- das e monoxilas». —
Lopes de Mendonça,
ros, Déc. I, I, 15. Os Orphãos de Calecut, p. 103.
155G. —
«Antonio da Silveira mandou 1898. — «Compravam aos egypcios dif-
luna al madia, e em elladois bomens para ferentes objectos que estes removeram
que os trouxessem». —
Lopo de Sousa Cou- para alli nas suas ligeiras almadias». —
tinbo, Jlist. do cerco de Diu, p. 197. — Oliveira Mascarenhas, Atravez dos ma-
1557. —
«Fora ter a bum porto da liba res, p. 29.
de S. Lourenço, e em surgindo viei'am duas 1444. — «E fanno d'esse battelli piccoli
almadias com alguns negros a bordo da al modo di almadie per jjescare». — Ni-
náo». —
Commentarios, i, cap. 9. colo di Conti, apud Ramúsio, i, fl. 339.
1563. —
«Muyto proveito acbamos nelle 1582. —
«Fabricano alcune barcbe [em
[óleo de côcoj para o espasmo, ou dores de CocbimJ, daloro cbiamate Almadie tutte
junturas, antiguas, scilicet, metendo o pa- di un pezzo, lequali usanno caricbe cou
cienteem buma almadia pequena, mais buomini, e roba di questa città fino in Goa».
que de comprimento de bomem, ou em bu- — G. Balbi, Viaggio, fl. 74 v.
ma gamella grande; e nelle quente deixão 1589. —
«Se confiant à leur dexterité à
dormir e estar o paciente, c milagrosa- nager ils s'aventurent sur la riviere en des
mente aproveita». —
Garcia da Orta, Almadies qui sont barquettes faites
Col. XVI. d'une seule piece de bois creuse au milieu,
1567. — «Nesta paragem tomou em híia si petite qu'à peine peuvent elles conte-
almadia alguns negros que consigo trou- nir un homme». — Linscboten, Histoire,
xe, e que foram os primeiros mouros que p 77.
vieram a Portugal». —
Damião de Gois, XVII. —
«Un' almadia (certa sorte di
Chron. de D. João, p. 21. barche simili alie feluche di Napoli, piíi
1572: basse e piú luugbe, annate di molti remia.
«As embarcações eram na maneira
Mui velozes, estreitas, e compridas:
— P. Vincenzo Maria, apud Guberuatis,
Storia, p. 248.
As volas, com quo vem, eram do esteira
D'umas folhas de palma bem tecidas». 1625. —
«Lo pregai; cbe mi mandasse
Camões, Lusiadom, \, 40. da Damàu vna barca di quelle leggieris-
«Uns vão nns carregadas,
almH<lini« sine, cbe cbiamano Almadie, cbe per la
Um corta o mar a nado diligente». loro velocità non temono tanto de i Cor-
id., I, 92. sari». — Pietro delia Valle, Viaggio, iii,

— «Muitas embarcações a que cba-


1609. p. 93.
mam almadias» (em Sofala). — Fr. João 1653. — «De Cbaul m'embarquai sur
dos Santos, Ethiopia Oriental, i, p. 115. une almadie». — Le Gouz de la Boulaye,
«N'este bosque achámos muitos cafres Voyages.
cortando alguns paus grossos para fazerem 1666. —
«On pourait y aller par mer en
d'elles embarcações, como fazem ordina- viugtquatre heures, sur une Almadie, qui
riamente, inteiras de imi só pau cavado est une espece de Brigantin, dont les Por-
por dentro... cbamam-se estas embarca- tugais se servent pour trafiquer le long
ções almadias». —
Id., p. 163. de la cote». —
Tbevenot, Voyages, in, p. 38.
1613. —
«Chegou bum tone (que por ou- 1676. —
«Particulièrement depuis Da-
tro nome se chama almadia)». Fran- — man jusqu'a Rajapour, la plupart dc voya-
cisco de Andrada, Chron. de D. João III, geurs font le chemin par mer, et prenant
IV, fl. 83. uu Almadier qui est une barque arame,
— «O rei lhe enviou grande copia
1615. ils vont terre à terre jusques à Goa». —
de almadias ou bateis carregados de Tavernier, Vayages, in, p. 148.
viveres». — Pyrard de Lavai, Viagem, i, «Les Indiens de la cote da Malabar ap-
p. 316. pellant almadie uu uavire d'une carêne
"-^
AI.OKS A! '

nloes,
tar
culeralnrta<l! <i<iú, oieu- Uétim. d<: l . 101.
ser». — /.ti ' 15r)2. — . •
sansriip de dragSo,
de que ha muito na i
'
i lio Aloes
ALMÍSCAR. É sabido que o <^tímo que se i-hnma çaotri lar <> nome
de O ár. a/-///íVA*. ^fas o (lesta ilha <>iide seapanliu". — t astauheda,
Historia, 11, caj». 39.
mujfhk (sânsc.
;/«.v _
-;i 7;»/.>f-
1553. —
«l'or«'m asnatu:
Jta, testículo), represei! trt< lo pelo lat. per si dá, sSo maceiras d'..
muêcii.f. •'' '-^ ;-......Lv >-.,. q t., ,..,.
raa, dragoeiro», de que coiii. irni m
nimo. f^iiede dragão, e dã o melhor aloe <

sabe, donde geralmente todo por ra/..M- -.•


orca- nome da ilha se chama âSocotoríno». Jo5o —
ou- III
de Barros, Déc. II, i, 2.
m. liar, almíscar, (> pérolas». — 15^. —
«De aloes ha poucas cousas
''
A" r. A. Vatiral, cap. it. qne dizer que sejiio uotavoi-;. fa/ se do .

\b\6 — «Lfuaiia aiai-ar < inaifiin e ar- sumo de huma herva dep' . e he
r z r almisquyry '• n!-:rMa pt«lraiia». — chamada em Portuguez  >yi, da
. 1, p. \2b. qual herva ay muita quantidade em Cam-
re ff ncha em bava e em Bengala e em nmitas outras
h," stem partes, mas a de Çocofora he muito maia
d< jiiaes e por isso o chamam aloes ço-
;

louvada. . .

na !iuas uasi- cntrino». —


Garcia da Orta, Col ii.
da tos ; e de- 1572:
p<)i.< |iu' saciíi iiiaiiiiro:*, (.•..111 lia materia,
tVorAs defronto estar <lo Roxo eaireito
coiiit'llies. . . e aly lhe cortaom dere<lor SocotorA co'o amaro aloe famosa».
*
M-yxaiidoas
'
'
aq:. CamSes, Lutiadat, x, 137.
</aimÍ8-
9)'
quc- (*'.-, ' i — i>níirte IJar- C. 70. — «Aloe sevllae similitudinem
habet maioiibus et is foliis ex
b"8a, í.i' r<' |

obliquo striata... L.i ;ia ex índia

poií-clanas. s- afíertur... Usos in multis et principalis


quere, e alvum solvere; cnm poeue sit sola medica-
que llie vt-i
i

mcntorum, quae id per se prestato. Pli- —


..u:.'ll:i e '-- L .a, nius, Nat. Historia, xxvii, cap. 5.
í4 , --. _ :

1554. —
«Nasce ru detta isola Socotorá]
I, p. Mi.
• Aimiaoar, âmbar, bejoim, eccellente aloe chiamato çocotrino».
|


lila»- — Diogo do Couto, Dia- Nicolo de Conti, ajnn^ Rainúsio, i, fi

r,v '>7. IGOl. «Vulgarcm aloên spoM
iá tinha pn.sto em venientem obsetvare memini i: li

r, almíscar e pe- Vlyssiponensis mtiris areis, qii i^ .

di — Job»' de Cabreira^ est ad proximum templum in iK-, .-ii- mi


Jli . X, p. 40. tunio. —
Clusius, Itariornm Plant, llintoria^
p. CLIX.
ALOÉS. iO aloes, como todos sa-
l»»'iu. <• <• <\icro concreto de diversas ALPAM.
«Desipnac.'ilo vulgar do

t*sp<'rits dii ;: -uen) Al^>^ da familia


uma planta malahárica (Jhagantia
WaUicfiit) que se considera elHcaz
das Liliareae. Os o < no- . .

me», prego aloés o lai. contra as úlctiras e mordeduras de


pa- ,

cobras». C. de Fi: '


lo
!•'<• •Ill derivar do svriaco altaiy».
é do malaiala,
II. O mais
•,
Comi .1' F " '•
1.

tstiuial itorá. O lenho


usado tambt^m em concani, aZ/xlm,
tihjrs .Ml
'

.1
/

.,,,>''/ i ,. tem nenhuma ao Indo de pahinarã. D. G. Dn' " '


'

rolai,'.!'» <i>iii . -'.: 'ii'irii. V. erva regista «Iruta trilha» como nom
babosa .
tu;.'ii''s. Hora o \lres.
17h»;. _ -^i M..i..i.^.: .1 I. r..,i;..„
- "Aloes li.kii' •11) a \

\'l«'?n «Mil í 'nriihiva


Alpam, •

!'ara ii mo.
: A 1'auliuo, yiaffi/Í0, p. ITU.
hl

ALTIRNA. Vem o v- i

guns «lii-ionArios cn-v ->

D elle Ismça no fogim bfli pooi de «espécie de v«


..,, M,..'..Mf.... \ W
•iivcm h «abor, ruby-
ALTIRNA 28 AMAÇAll

aduzerasn,o do ForaSo Mendes Piato, esmola, porque tem próprio de que se sus-
que emprega o tormo com referOucia tentão». —
Peregrinação, cap. 110.
inití. —
«Ilavia [num pagode de Cala-
à capa que traçam ou sobraçam os miuhà, no interior da Indo-China] liíia
religiosos budistas (que, em rigor, grande soma de Sacerdotes com hábitos
nao silo sacerdotes, visto que nào há pardos, e suas altirnas do damasco roxo,
sobraçadas, como jil disse algumas vezes,
sacerdócio sem sacrifício) da Oliiiin
a modo de estôlas, os quaes por serem mais
o Indo-Cliiua. sábios que todos os outros das vinte e qua-
O vestuário do indo-ária coui|n'i -.^^ tro seitas deste Império, trazem huma
desde os tempos primitivos de duas certa divisa de cordões amíirellos, com que
peças : uma, de que se cingem da andão cingidos».

hl., cap. 164.

cintura para baixo, e a outra, quo é ALUA, alvá (s. m.). O ár. al-haluã
uma espécie de toga ou cabaia, que ou al-halãua transmudou-se em «al-
às vezes se substitui, por causa do féloa» no português continental e em
calor ou para maior comodidade, por alua ou alvá no oriental. Na índia
um chalo leve, que se traz a tira- designa «doce feito de leite, açúcar,
colo. A primeira nomeia-se em sâns- amêndoas pisadas e manteiga», e em
crito antarlt/a, «veste interior», e a Goa, «doce de côcc ralado, jagra,
segunda, uttartya, «veste superior castanhas de caju e gergelim» *.
ou exterior». O pAli, língua sagrada 1.520, —
«E nestas jUias de Adu, e Coay-
dos budistas do Sul, tem ambas as du, e nas outras d arredor, que ssaão sete*
dições (antanyam, uttar'iyam), com patajias, naão fazem nada por arroz e com ;

peixe, jagra, e atuas da terra sse man-


os mesmos sentidos e os seus reli-
;
tém» (nas Maldivas).
giosos trazem em geral ambas as Torre do Tombo, p. .õ50.

Alguns Doe. da

peças, sendo a superior, amarela, em 1727. —


«Aloâ. Doce mais commum de
volta do busto. Vestem, alem disso, todo o Oriente compõem se de farinha de
\

arroz, manteiga, e jagra, que he o assucar


às vozes uma camisola. O conjunto
da palmeira. Os Portuguezes da Asia o es-
das três peças tem o nome técnico timão tanto como os Orientaes. Alguns es-
de tichivaram, isto é, «três trapos». crevem e pronuncião Alua». Bluteau, —
Na Indo-Cliina, China e Japào o Siipjdemento.
budismo ortodoxo, que foi sempre 1880. —
nQuerê manda um pôco de alua
mas nora pôde, paciência». —
Dialecto de
oportunista, passou por grandes mo- Macau, in Boi. S. G. L., ii, p. 1G9.
dificações, e é natural que as diver- 1899. —
«D'entre os citados doces india-
sas categorias dos religiosos se dis- nos distingue-se a alua (na índia diz-se
tingam, como observam alguns dos aiuáj muito usado em todo o Oriente como
um verdadeiro confortativo para as pessoas
nossos escritores, pelo seu trajo, par- fracas. A mais afamada é a de Mascate,
ticularmente pelas suas capas. que se exporta em tigelinhas de barro, em-
Não se pode bem precisar de que quanto a de Macau é feita na forma de ti-
idioma apanhou Fernão Mendes o jolos rectauguleres».

Ta-ssiyaiig-kuó, de
Dezembro.
termo ; creio porém que esse se deve
ligar próxima ou remotamente ao AMÂÇAR. No sentido peculiar da
páU uttari//am, sendo muitos termos índia, amaçar ó o que no continente
litúrgicos correntes em todas as lín- se diz «fazer maçagens» ; e ama-
guas. Note-se, contudo, que o sin- çador é «maçagista». As maça-
galês tem talani, «espécie de tecido gens são muito usadas, e antiquís-
fabricado do casca de árvores» simas no Oriente no Japão há
;

(Cloughi. maçagistas cegos, de um e outro


sexo, que se apregoam de manha
1543. —«... a fora outra muy grande pelas ruas.
copia de Daroezes [religiosos budistas de
Pequim] que servem de fora, que não estão 1866. — «Os conductores do palanquim,
atados ao voto de profissão, como os de
denti'0, os quaes por insignia do sacerdócio
andão vestidos com suasaltirnas verdes 'Conforme Cândido de Figueiredo, abiá
sobraçadas, que são como entre nós as es- é «bebida, us.ao N. do Brasil, e formada
teias, e as cabeças rapadas e contas ao por um cozimento fermentado de arroz e
pescoço por onde rezão; mas não pedem algumas gotas de limào/).
AMAI. AMAKGUStlKA

an de Jaraz ou hamal
pie)». — nirist<'\ n •
i*i!
'

jfcnrs de VIi _'.

r»Tif>t 19ir,._ , sdoGuza-


'lave failcii iu tlie t'^timation of the
I
;ii)d do Tiiejiia! diitieo such as —
o...kii.^ Ha-
(1. nnals
(H.1 ij.. I iic lituãuntau IhíicWf de fiew, de Abnl.
Ap'>t.
• AMANÃO. K medida de capaci-
« AMACATA.
denominaçAo de É dade em Ceilão, equivalente a seis
iVeirA liudista no Japflo, conforme alqueires. Do sing, amuna.
S. Fraucisí-o Xavier. Do jaj). ama,
«frtirat, e kata, «pessoa, individuo».
1611. —
«Faz-se cada hum anno para
eirey sete, oito mil amanóea de areca,
ir>41'. — •Tem dentro cinco Collegios alie vem a montar quinze c vinte mil par-
priíK-ipaes e tnAÍs de dtizeutas casas de aos». —
Doe. da Indin, 11, 82.
l?i,Ti • J . rJ.is outros 0"'i.i' tr ,ili-« fui.' lli.' ir.i4. —
«podem ir ao"" """1 "',L. oog
ti xu. e (if ug nas mesmas aid'
I atau. > —
-\ ., j.
'.
In-lhes d'ellaa hu;.. .. ie
M. 8t •
mais ou menos, c r
•iem generis feminarnin, ei merecer, com sua li' le

.
^

Juas Hamacutas Dominant». Jd., more». — Jldd., iii, p. 62.


,ib. Ill, C|)ist 18. 163b. — «Com
a obrigaçSo de pagar ca-
da anno de páreas quatro elephatites de
AMAL (liiudustani-ár.
hamid). Con- cinco covados ca<la num, mil amanões
ílutor de j>al;in(iiiim ; carregador, de areca, e duzentos fjart* de canella». —
O9 palanquins silo transportados no António Bocarro, Déc. xiii, p. 709.
Mil da índia por hoís ou boiás, no
1685. —
«O principal género he aréca,
'•••
que vai bem em toda a índia, e cada hum
uur '
X. paga conforme está lanyado no 1
li, quem a dous amanoes. irou, ou
'

não uieacio cada ai


que oâ nu^hoã ebcrituietj
-
tia*.
nam. I,cap. ii.
IT)*?*' - .0= amaes, que pSí^ firnrrcta-
IyTO. —
«De I'areque, que la Compagnie
achete, h raison de ri- - * -• ''nmmo-
nan, et qu'rlle v<'n(l
les lieux-mèmes. . .». — .1,., .,«1. u.,-
111 ftirvu' > 111.11' ili.ts
p. 167.
• if'- amaes, a-iim
• AM AN ATA (niarata-eonc. amanãt),
Verha de receita ou despesa eventual,
— «Ao 3B<Èhanâar, pcra as terrado» que nilo entra na conta regular.

ati 17'.>2 — «O rendimento, (|ue a Fazenda

i'rti \ .
F. L. Gome», 0$ UraAa; ai Fiuenda». — Loii. dr tían-

AMARGOSEIRA. ARVORE AMAR-

ou margottier. Diz-se tambCm


-Kii
Hamals
.v.). (.
.••ses da _

; ,l
j't*a ou martfom a bals:i;
l;tu». - u .iill.Mir-*, I» Foral d»ê tuoé r .Momvtxiica cAorouí/cT. T
AMBALÓ, AMBARÓ 30 ÂMBAR

admittida officialmente na Pharma- raado Âmbares) es grande y gruesso».

copêa da índia, sendo chamada nas


— Cristóvão da Costa, Tractado, p. 293.
1586. —
«I Temerindi, I'Ambale, e
pliarmacias manjosa (a casca cortex mille altri frutti-j. F. Sasseti, Lettere, —
margosae), o quo claramonte se de- p. 270.
riva da palavra portiigueza amar-
ÂMBAR, ambre (aat.), alambre
gosa». Conde de Ficalho, nos Coló-
(ant.).Substância sólida, geralmente
quios de Garcia da Orta, xl.
de côr parda e de cheiro semelhante
1695. — «Latino Amara Indica, Malaice ao do almíscar. O termo ó anterior
Papari, Portugallice Mârgosa, <iiiasi
Amargosa, h. e. Amaritics, ob saporem
aos descobrimentos. Duarte Barbosa
omnium partium amaram». — Rumphius, o Castanheda descrevem três espécies
Herb. Amboinense, ix, cap. 56. de âmbar, produzido nas ilhas Mal-
1782. «lis lavent le malade avec de
div^as. Do ár. anhar ou al-anbar.
I'eau froide, ensuite ila le frottcnt rude-
ment avec de la feuille de Margosier, 1500. —
«Habitão nella mercadores ricos
et appliqueut sur les escorcluues de feuil- que commerce ão em ouro, prata, âmbar,
les du même arbre». Sonnerat, Voyages,— almíscar, e pérolas». Navegação de P. —
p. 118. A. Cabral, cap. 5.
1,
— «... nel quale vi devon essere
1786. 1516. —
«Acha-se também aquy [nas
alcune foglie di Vepa o di Amargo- Maldivas] muyto ambre em grandes pe-
seina». — Fra Paolino, Viaggio, 189. p. daços, dele branquo, e dele pardo, e outro
— «Adjacent to the Church stand
183-1:. preto». —
Duarte Barbosa, Livro, p. 352.
a number of tamarind and margosa 1548. —
«Ramal de contas de alam-
trees». — Chitty, Ceylon Gazetteer, in Glos- bres». —
Espolio de Baltazar Jorge, in
sary. Boi. S. G. L., IV, p. 290.
1912. —
«General wiew of Temple and 1548. — «Hum pouco d'ambre aval-
grounds with worshippers preparing for liado em trezentos réys». — Tomás Pires,
ceremony of circumambulating the temple ibid., XVI, p. 706.
in their dress of margosa leaves'^. 1552. —
«Estas aues se ameíjoão em
The Times of India, de 11 de Dezembro. huas rochas questão nas mesmas ilhas ao
longo do mar, e ali deitão híi esterco que
AMBALÓ, AMBARÓ (pi. -és). É o no- he ho âmbar: e he de três qualidades,
me de fruto e árvore Spondias man- ho primeyro he branco e este he muyto
gifera, Willd. Do concani ãmbãdó, ár- fino e vai mais que todos porque se
. . .

vore e fruto; ciinhãdé, plural; malaial. acha pouco e com muyto mór trabalho que
os outros dous que sam pardo e preto, que
amhalam. Comem-se os frutos madu- —
se fazem de branco». Castanheda, His-
ros e dos verdes se faz conserva em
;
toria, IV, cap. 35.
açúcar, em água e sal, e também hal- 1557. —
«Mandou-lhe Afonso Dalbo-
chão (q. V.). Denominam-se por ve- querque, depois de serem na náo perguntar
por ambre (porque nesta ilha [de Be-
zes catonas, não sei por que motivo.
dalcuria] ha muito)». — Comirientarios, i,

1563. — «Não he fruta de que se usa na cap. 53.


mezinha, mas he boa pêra temperar os co- 1563. —
«No cabo da qual ilha contra o
meres cora azeda, fazendoos mais apetito- Leste, descobrio o porto, a que os natu-
sos em madura cheira bem, e com ser raes chamão Bemaro, onde fez resgate de
;

madura retém em si o azedo mais apeti- muita quantidade de ambre». João de —


toso, chamam-se âmbares, e tem uma Barros, Déc. III, i, 1.
amêndoa cartilaginosa». Garcia da Orta, — 1563. —
«E mandou pêra a Rainha hum
Col. VII. pedaço d'ambre do tamanho de meo coua-
1782. —
«As melhores forquilhas são as do e grossura de hum homem pela cinta,
de ambareira, que além do fim para metido em prata». —
Gaspar Correia, Len-
que se põem, dão também fructo de muita das, I, p. 132.
serventia». —
Fr, C. da Ressurreição, Tra- 1563. — «Âmbar
dizem os arábios, e
tado, II, p. 286. ambarum os Latinos, por o costume da va-
— tf-AnvaUs, Ambaddés [Corá
1846. riação latina e uso, e as outras nações e
no Brazil)». — F. N. Xavier, O Gabinete lingoas, quantas eu sei, todas a chamam
Litterario, 249. i, p. assi, ou varião pouco». — Garcia da Orta,
1873. — «O amballó {Spondias lutea) Col. III. — «O ambre de que falia Orta é
em malabar ambaliam é, como fica dito, o âmbar cinzento, uma concreção intestinal
da mesma familia da mangueira, mas de
j

do cachelote [Physeter macrocephalus»). —


género ou subfamilia differente e visinha». Ficalho.

B F. da Costa, Manual do agricultor, 1567. —
«Grande trato Dambar, que
ir, p. 141. se —
acha no mar». Damião de Góis, Chron.
1578, — «El aibol que da el fructo (11a- de D. Manuel, iv, cap. 27.
AMiiii ni AMBULÍA
- '">•*, e AMBÓ. «Arvore da índia portu-

. — l-'i. Jouo Uo6


.<

ijautos,
eata
guesa». C
de Figueiredo. E o nome
indo-árico (sânsc. amra, mar. amhã,
I, p. KS7.
mm. — «U tjuf iH'lla h.i pela praia do cone. ãmbô^ que ó oótimo)'
mar... sâo pen-In?, nli-fnr, coral preto, j
e mauyueira, que silo de or.
alambre, que Is do qual eu vi vidica. NSo é usado pelos nossos es-
!

alpuu. e se uie am o que era, i

cri tores. X<1o é claro se Diogo do


11. Ill ua mio o Umi.ira. ncui com o pé lhe I

t cara». —
P. Manuel Harradas, Uist. tra- Couto se refere a esta fruta ou a ou-
'/i'. iiiritiina, p. 93. ii, tra qualquer.
!:;;•-. — aHanuo aucora molto ambra- —
ttano, et mare lo
133.1. «Quando a Alamba amadurece
ca. ,1; il-' 1' ' ' il

t"a iij.'li'' <» lo raccolgono». na estaçSo do outono, faz-se o seu fruto


Mari .. \\'\^>. uy,.,(i híuiiÚbÍO, II, fl. 57.
amarelo, o qual comem como a maçã, cor-
tando-a al.'uns com a faca, e outros chu-
AMBARRAJA fs. m.). Personagem pando-a muito bem, cuja doçura tem
da corte na Malásia. Do mal. haniba- misturado algum azedo. Beu-Batuta, —
Viagem, ii, p. 22.
«servidor do rei».
-r~tja,
1614. —
«Todo o mato [de Amboíno] he
.

1539. — n Acompanhado de may tos Ou- de arvores de fruitas... ambos fermo-


rnh'iloes e Amboprajas, que he a raais zissimoB, de grandes, e saborozos». —
imlir.' gente da corte». — Fernão Pluto, Déc. VIII, 1, 2o.
1\ v'/r' nação, cap. 15. 1886. —
«A mangueira, mangifera indica,
].'•;trabalho das quaes obras— «No de Linneu, ou ambó, como se denomina
'1 Affonso d'Alboqucrque de em concany, é a rainha das arvores fructi-
i
*
.J pouo de Malaca chamada feras». — Lop< s Mendes, A índia Portu-
Amijarages, que quer dizer escrauoe gutza, I, p. 170.
.[:
i • f-omo na verdade o erSo d'elRey
: 1444. — • Anchora si troua [no Malabar]
I !! .!i
. 'ar raySo de manti-
'

vn' altro frutto, che si domanda Ambat


! :

ros, Dec. II, VI, 6. molto verde, simile alia noce, maggior
1.'. ante para espiarem
'
però dei pérsico la sua scorza è amara^

:

,:
. ;
A do8 mais esforça- ma quel de dentro ha sapor di mele».
di}» ambarrcijcis >. /d, cap. 174. — Nicoio di Conti, apitd Ramúsio, i, fl. 341,
1510. —
È quiui vn'altro frutto che si
ÂMBETI
vocábulo reco- (s. m.). É chiaina Amba, pit^de suo il chiama si

lhido por Domingos Vieira cora o si- maugait. — Barthema, 161. ihid., fl.

1578. — nLlamase este fructo en Cana-


lo de «nome in' o de '

rin, Ambo; cin parsio, y Turco. Aiuhat>.


.s plantas cujas j
co — C'ris(<)vão Costa. Tractado, p. 311).
(la
mem » 1623. — «.('loò Ambe, ò come altroue

Em
concaiU ãmheti é, segundo dicono, Manghc-. - Pi. tm delia Valle,
Viaggi, iii, p. 31.
D. G. Dalgado, o nome duma planta
'
lifrái- 'a
>' '', '

Linn., AM60LIM. K U'CKU) (u" M-d.i l>or-


a ', : . '
,
.o se de- dado, na Índia Do mar. ambaru,
li 1 a «janil)eiro do mato». «E fo- persa amaru.
lii.s lontusis cataplasma contícitur, 1615. —
«Com iiiuita> i,i/.iiuias, mantei-
qaod caititi raso in febribus contiuuis gas, conrama», v ambolins» ' Diogo —
do Couto, Déc. Vlll, I, 11.

AM6ULIA. Conforme Domingos


Vieira, «geuero de plantas ar»'
•ijii-xL. ... ,
.-j)as de farinha de cas da índia ; ó emprogada ei
nachinim, cozidas em água e aze- cocçfto contra as fobres». Sc ó
- '-'
das, i! ,j,^^ çn^ pQjj. mesmo quo o cone. ãinhun. t^

cani («' .e pelo mes- a planta à família das mci i-

mo Dc: iiii no portuguOs neaê —


Limuophiht ijratioloúien, Hr.,
locai. 1, ' <I" 11 rt.is cl.is- Columnea fniUamira, Uoxb. In de- —
s 's pobres da Indi. cocto data antifebrilis ost, iu lacte

cita ^8 te mosmo
I'' 1
•alavra o fignifioadlQ
1'. 1::^. do «ai V uri: da ludiu*.
AMIDA d2 AMIDA

acido vertigines sedat». Ilheede, Ilor- Oriente crão tantos, Camis, Fotoquès, Xa-
càs, Ammidas, e muytos outros, para
tun Jllalahurirus.
que o nome do verdadeiro Deos se não
# AMEIXA DA ÍNDIA. Y.janqoma. equivocasse com o dos falsos, ainda que
# AMENDOEIRA DA ÍNDIA. K com- Xavier pregasse em diftcrentes línguas,
bretiicea Termimtlia caiappa, Linn., sempre o nomeava na língua Portugueza».
originária da Malásia. «Oome-se a
— P. A. Vieira, Xavier Dormindo, p. 395.
1697. —
«Quem adora o Sol, e a Lua,
amOndoa, que gOsto agradável.
tern quem vários animaes, especialmente os lo-
O fruto d'esta e da 7'. chebula for- bos, quem alguns dos Camis, antigas di-
mam OS myrabolanos de commercio». vindades do Japão, quem os Fotoquès, ído-
los transplantados da China, dos quaes os
D. Gr. Dalgado, Flora. principaes forão Amida e Xaca». P. —
1881 .
— «Sob este nome cultivam iia ilha Francisco de Sousa, Oriente Conquistado, i,
IV, 1.
do S. Thiago e na de S. Thome, esta co-
nhecida arvore, originaria da India». — 1701. —
«Ambas se pretendem salvar
Conde de Ficalho, Jhl. S. G. L., n, p. 70i). pelos merecimentos de Amida, que foi ,

1908.— «... de amendoeiras da o principal objecto das pregações de Xaca,


India». — Alberto de Castro, Flores de a quem «ttribuio propriedades, e honras
coral, p 249. divinas, fazendo principio, donde sahírâo
todas as criaturas, e fim em que todas se
# AMIDA. O termo é japonês, de- hão de resolver, dizendo que este era o
rivado do sânsc. amita, «ilimitado, verdadeyro santo Fotoque, que estava em
todas as cousas, dando-lhe ser e vida, e
infinito», por via do páli (aviito), ou,
que devia ser adorado de todos os homens».
como querem outros com mais ra- — Id., u, IV, 2.
zão, de amitãbka «infinitamente es- 1559. —
«Príncipes sectarum auctotes
plendoroso». Toma-se por epíteto (ut ostendimus) Xaca et Amida nume-
rantur: Bonzii ac Bouziae cinerei coloris,
do Buda ou por personificação do
et maxima populi pars Amidam; relíqui
paraíso; mas o povo considera Amida tametsi Amidam non aspernantur, tamen
como divindade. Os nossos escrito- Xacam praecipuè colunt». S. F. Xavier, —
res atribuem-llie o género feminino. Lib. IV, Ei)íst. 2.

Vid. Xaca o Fotoqué.


1588. —
nPredicano alia plebe douersi
supplicheuolmeute adorare alcuni antichí
1541. —
«... conforme ao quarto pre- giuutatori, Amida, e Xaca». P. Maffei, —
ceito da deosa Amida, que foy a primeira jLe Islorie, p. 490.

de quem estes cegos [chineses] tomarão 1675. —


«Su mayor Paraíso es el de Xa-
suas superstições, e suas erronias». Fer- — ca, particular Autor de los Fotoquès; aun
não Pinto, Peregrinação, cap. 112. que el mismo diò el primer lugar a Amin-
1549. —
«E que por este pouco que os da otro Filosofo, de cuya virtude para
nossos olhos nos mostravão delle, se julga- llevar las almas a la gloria, escríbiò inu-
ria ser elle o verdadeiro Deos, e não Xaca, merables libros». — Faria y Sousa, Asia
nem Amida, nem Gizom, nem Camom, Portuguesa, ii, p. 764.
que não forão mais que homens muyto ri- 1754. —
"On va même indiíFéremment
cos, como as suas escrituras coutavão dei- de toutes les Sectes aux Temples d'Aml-
tes». — Id., cap. 212. da, qui est la principale Idole des Foto-

«Foy necessário para reduzirem
se ellas ques«. P. de Charlevoix, Hist. duJapon,
á perfeição do seu primeiro nacer
ser, I, p. 185.
Amida de todas ellas, a qual tinhão que 1770. —
«Mais les Boubsdoistes [budis-
nacera oitocentas vezes, para dar ser per- tas] adorent de plus un Am
ida, espéce
feito a oitocentas espécies de cousas que de médiateur entre Dieu et les hommes.
•avia no mundo». —
Id., cap. 213. lis adorent d'autres divinités mediatrices
1551. —
«outros adorão outro idolo, que entre les hommes et Amida». Raynal, —
se chama Amida huns o pintão como ho-
: Ilistoire, I, p. 103.
mem, e outros como molher». — P. Cosme 1786. — «Ammettono per primo loro dio
de Torre, Cartas de Japão, i, fl. 17 v. Budha, Shakya, Gódama, o Amida, che
1608. —
Nella habita hum Bonzo com son tutti epíteti Samscrdamíci dei dio Mer-
alguns discípulos, tido, e estimado dos cúrio». —
Fra Paoliuo, Viaggio, p. 231.
ignorantes por grande santo, e aiuda por 1844. —
«lis [as Tantras] renferment
Amida viuo, e como a tal o veneram». — d'abord le Buddhísme, et j'oserais presque
P. Fernão Guerreiro, Belaçam, fl. 126. dire, tous les Buddhísmes representes cna-
1650. —
N'aquelle paço se não adorava cun par leurs symboles les plus respectés:
o pagode Amida, senão o verdadeiro Se- savoir, leBuddhísme primitif par le nom
nhor do céu e da terra». —
P. António Car- de Cak^'amuni celui des Buddhas celestes
dim, Batalhas, p. 27. par le nom d'Amitabha".
5

Burnouf, —
1694. —
«Como as seitas, e deoses do Introduction à VHist. du Buddhisme, p. 545.
AMOUCO 33 AMOUCO

( ublnirti, lidiyii/it in Ju-

>Amitâbha.
AMOUCO 34 AMOUCO

somente pode st^r o efoito da aberra- mas sim em Java. O sflnscrito amo-
çflo mental, ou do fanatismo, no sen- kya, «insolúvel», passando à língua
tido de ir bem aeompanliado para a vernácula, reduzir-so-ia a ãmoq, por
outra vida. Há alguns escritores que motivo do dissilabismo da família
atribuem 6ste fenómeno ao abuso do lingiiística malaia, e seria, na sua
ópio. evolução semântica, empregado no
Quanto à etimologia, o vocábulo sentido tócnico. V. Contribuições pa-
provêm do mal. ãmoq, que Crawfurd ra a lexiologia.
{Malay Dictionary) regista como 15J6. —«Se algum destes Jãos adoece
amuk primordialmente
e considera de qualquer doença, promete ha ho seu
javanês. Significa «arremetida fu- Deps que dandolbe saúde dela, tomaraa
outra mais honrada morte por seu serviço;
riosa, homem ])ossuído de fúria».
depois que he sam toma húa adargua na
Emproga-se, porém, ordinariamente mam, de huas colubrinas que haantre eles
coiXLOVQTho^mengãmoq, «investir com mnyto boas, e saindo has praças e ruas
furor». mata quantos acha, homens e mulheres, e
meninos, e ha ninguém perdoa; a estes
Yule & Burnell supõem, todavia, chamaom eles Guaniçoa, e como ho vem
quo ó à índia continental, e especial- logo bradaom as gentes, dizendo Guanicio,
mente ao Malabar, que se dove atri- Guanicio, porque se guardem, e has frechas
buir a origem do amouquismo, outrora e lançadas ho mataom» '. — Duarte Bar-
bosa, Livro, p. 373.
ali frequento, e do seu nome e su-
«Estes Nay res quando asentaom uiuen-
;

gerem o malaial. amar-kkan, «guer- da com Elliey, ou outra qualquer pesoa de


reiro», do amar, «combate, guerra». que hamde receber soldo, prometem de
Reconhecem, contudo, quo há di- morerem por ela, e esta ley he antre eles
guardada dos mais, alguus ho nom cum-
vergência fonética entre amouco e
prem, mas he isto de geral obrigaçam asy:

amarkkan, e pode-so acrescentar que que se em algua guera mataom seu Rey
também os significados não sáo bem ou Senhor, se se eles achaom presentes,
idênticos. Além disto, a costumeira fazem o que podem até morte e se se nom
;

achaom ahy, ainda que uenhaom de casa,


de Calecut, que alegam, nRo so ins-
uem busquar aquela pesoa que ho matou,
pirava na vindictividade, nom proce- ou Rey que ho mandou matar, e ahy por
dia da fúria era simplesnionte um
; mais que sejaom hos contrários, cada lum
lance arrojado para se ganhar um sem tornar atras faz tanto até que ho ma-
taom: se algua pesoa se teme, toma destes
trono.
Nayres huu ou dous, ou aqueles que se
O Conde de Gubernatis, por seu atreuem ha manter, ha que dá hfia certa
lado, tem por certo que a palavra contia pequena, pêra que ho guardem :

amouco procede do sânsc. aniokya, ninguém por amor deles lhe ousa fazer mal,
por que eles e toda sua linhagem vingaom
«o que se nâo pode soltar, indissolú-
ha injuria que ha ho tal fose feita, ainda
vel», visto que o amouco se ligava que seja contra Rey». — Id., p. 328.
por um voto ou juramento, que tinha 1540. — «Incitando [a rainha de Aru]
de cumprir a todo o custo *. O vocá- os seus a se fazerem Amoucos, e tra-
zendo-lhes á memoria com muytas lagri-
bulo sânscrito, porém, não está em —
mas a obrigação que para isso tinhão».
uso na língua do Malabar. Demais, Fernão Pinto, Peregrinação cap. 27.
, —
«O
sabemos de Castanheda que o termo Jorge Mendes foy o primeiro que subiu
corrente na região era ckaver. pelas escadas, acompanhado de dous dos
nossos, que como Amoucos, hião deter-
Nâo quero com isto dizer que se
minados a morrerem ou a fazerem cousa
não possa genealógicamente relacio- com que se sinalassem». Cap. 119. — «Com
nar amouco com amokya. Mas a sua
procedência não seria imediata, nem
se realizaria na índia própria, onde Guaniço ou, antes, ganiço, é do mal.
*

ganas, que significa «mata-homens». A tra-


nenhum idioma moderno o emprega, dução inglesa de H. Stanley, citada por
Yule & Burnell, substitui giianiços, guani-
cio por Amouco, e estes concluem daqui
1 «Amocco, certamente dalla voce in- «que a palavra amuk devia ser comum-
diana amokya ossia quegli che nou si puô mente usada nos países malaios antes de
sciogUere che anche i poeti vedici hanuo lá chegarem os portugueses, cerca de
già adoperata». Storia, p. 211. 1511».
AMMÔUCO 85 AMOUCO
qnj^fs palavrn*. *» mo^trns dr> rtmor rln ' ppflrm da vida, rapando as barhns de híla
.1. que he o sinal do hof • r-
a morrer, a que
f/l

d> •> com qii.


l.-v

t:r
q' . •Ml.<• a fnti-s (JMI' .-if

Ui . c-hainn o vulgar da
Aiiiouv^ute V ap. 174.
".

>I. —
«... licaudo 08 Nayrcs de Co-
i-lr
AMOUCO 36 ANA

1582. — «Vi quali essendo


sono alcuni, i 1875. —
«Such also was a cuBtom [de
detti Amocchi i sono una
quali [sic] morrer com o chefe] among the Spanish
sorte di f^'cnte, clic sono cliiainati Chiaui, Iberians, and the na4ne of these Amuki
& non aono di quei Goutili di S. Thoniè mà signified «sprinkled for sacrifice» The . . .

delia costa delia Chiaua [Java] clie stiifi same practice was common in Japan, when
di uiucr si mettono con una lor arma in the friends and vassals who Mere under
mano, laqualc chaniano disse in strada; the vow committed hara kiri at the death
& amazzano quanti ne capitano frà le ma- of their patrono. —
Yule, Marco Polo, ii,
ni, fino che sono ancora esai amazzati«. — p. 332.
G. Balbi, Viag</in, fl. 90.
1584. — «La
forza loro consiste iu una
AMOUCADO (pouco usado;. Feito
manicra di soldati che domandano amuc- am ou CO.
chl, che sono obbligati a niorire à volontà 1626. — «Outros dizem que se entaipou,
dei loro re, e rimangono in questo obbligo e como hum Brazil emperrado e amou-
tutti quelli soldati che iu una guerra per- caâo se deixou estar um dia, e outro dia,
dono il lor rc e il lor gene ale, de' quali i
sem comer, nem beber cousa
e muitos dias,
si serve il re poi ne' casi urgenti, mandan-
doue, hora uno sciame, hora im altro, con-
alguma desta vida». —
P. Manuel de Men-
donça, Sermòes.
forme alia necesBitàu. F. Sassetti, Let- —
tp.re, p. 224. AMRITA. «A ambrósia da immor-
1588 — Tutta
la moltitudine de' Nairi talidadcí, na mythologia bralimâni-
fiiorisce uello studio dell' arte militare, ma
la principal Iode f 'attribuisce a vn cert' or-
ca». C. àQ Fi{2;ucirodo. Em sânscrito,
dine di soldati, che si chiamano Amocí...
amrta, si<íniíica: como adjectivo,
e li l?è sono stimati piu, ò meno potenti «náo-morto» {a, «não»
mrUx, «mor- -f
secondo che hanno maggior, o minor nu- to» =
gr. am(b)rotos), «imortal» co-
mero d'Amoci». — P. Maft'ei, Le Istorie,
mo substantivo masculino, «cnto
:

p 47.
— imortal, deus»; como su])Stantivo
1676. «Derrière ccs palissades s'etoit
cache un coquin de Bantamois qui étoit feminino (amrtã), «bebida alcoólica» ;

revenu de la Mecque et joiioit à Mocca, como substantivo neutro, «néctar da


c'est-a-dire en leur langage, que quelqu'un imortalidade, am})rósia». Os deuses
de la canaille des Mahometans qui est de
acharam-na, conforme a mitologia,
retour de la Mecque, s'avise de prendre
son crie [cris] eu main qui est une forme entre outras preciosidades, quande
de poignard il court par les rues et tue
. . .
revolveram o oceano *.

tous ceux qu'il rencontre qui ne sent point


1886. — «Sustenta uma amphora con-
de la loi de Mahomet jusqu'a ce qu'on tue
— tendo amerute ou licor da immortali-
lui-même». Tavernier, Voyages, iv^p. 267.
1782. —
«Les Malais naturellement fé- dade». — Lopes Mendes, A índia Fortu-
gueza, it, p. 68.
roces aiment beaucoup I'opium; cette bois-
1912. - «Crêem os indus que, quando
son les rend furieux quand ils enont pris
une certaine quantité ils ne counaissent
;
Amrita (ambrosia) foi da terra levada
pelos deuses para céus, caivam sobre esta
plus de t'reiu et se vouent à la mort; c'est
une espèce de maladie qu'on pourrait ap- arvore [amargoseiraj umas suas gottas». —
peller rage. lis courrent les rues un crit Caetano Gracias, Flora Sagrada, p. 28.
dans main, en criant amoc, ce qui vaut dire 1782. —
«Amourtam, liqueur qui pro-
en Malais, je mets tout à mort: dans cet curoit rimmortalité». —
Sonnerat, Voya-
état, les yeux pleins de feu leur sortent de
ges, ir, p. 279.

la tête, leur bouche écume, ils agitent ANÁ OU anná (hindust. ãnã ou
leurs deux bras et tuent tout ce qu'ils trou-
vent sur leur passage». Sonnerat, Voya- — ãnaJi, mar. ãnã, cone. ãtió). IS^ome
ges, ir, p. 101. que^ se dá às vezes à actual tanga
1786. — "Questi miserabili ebrj di opio da índia Portuguesa, equivalente à
sciolto negli acidi, chiamansi amocchi, IG." parte de rupia. «Não havendo
e sogliono esser o Nairi, od alcuni Muha-
medaui, i quali espongono la lor vita per
moeda do um cmna, é somente di-
la persona del lie, del Padrone, del tem- nheiro de contagem». Yulo & Bur-
plo, del partito clie presero in una lite, o nell.
per pura vendetta che vogliono fare di
qualche ultraggio ricevuto... Gli am- 1891. — «Ora applicada a estas 280:000
mochi non distingono I'amico dall' iuimi-
co, e tagliano in pezzi quel che incon-
trano. La miglior maniera di difendersi «Alimento dos deoses, na mythologia
1

dagli ammochi è di gittare polvere ed da índia ; corresponde a ambrosia dos


arena in loro occhi». — Fra Paolino, Viag- gregos. Usado na linguagem poética». Do-
ffio, p, 352. mingos Vieira.
ANArAUDO ANANAS

com sal (..lia -.,,,, i V. ,.i -ju. li.

.». — Christóvâo Pintí), I


acfiur) e veiidese na praça eoiiH'
áeerea de nós; e quando he a. ., ,..... .

1^ st<»u desejo do possuir I delle em modo


de cáustico para as alpor-
ui:i Ic ciinclla mif h'Vava- I
(>as: e toda a índia também nsa dellc pêra
^, hiivia- pôr sinal no.s pano» misturado com cal».—
annas Ciarcia da Urta, Col. v.
— Oliveira Masc:ireDha.4, AtrU'
>

.'>. 1878. — «O anacardo faz-.se uma ar-


I ret, I».
54. vore alta e direita. A não ser para mar-
. .

liHj;;. - -Fni tributada desde 1827 a 10 car a roupa, não sei que mais algum uso
annas ^allào». Ernesto Fernan-
poi" — se faça desta arvore. Mas infelizmente des-
des, Hegititen do »al, iti liol. S. O. L., xxiii, prezaodo-8e este nogso produeto natural
!> -JW. nós mesmos consumimos o nitrato, porque
1!mh; —
«lV»r fim se contenta com unia no commercio não encontramos o bihón. —
III' dia <!•' seid anás a cada um». Hipá- — B. F. «la Costa, Munuttl dt> nf/riculfor, ii,
cio de Itrion, Duu« mil U-ffuaif, p. 124. p. lõO.
1910. —
<Os quaes eram pagi>s a dois
ann. por dia. — António F. ANAFIL ullo huma ,
.si. , ., .lo
Ml '

'não, III, p. 1<6. trombeta íguíil e diroita mas som


l;'ii da exploraeilo se
iieço voltas, <lo «[uo usavio os Míturos».
deverá ••
o preço de 7 annás
por
r

— Bliitean. Do ár. an-naflr, em turco


iiiftr.i eimiio'» J. E. Castel Branco,
// / N. Ir. L., sxix, p. 311. ajjapn.
!' \ ta.xa para a lavra ser/i in- 1587. —
«Vinham tangendo huús ana-
ii-" a toda a arvore, um anná
fJ8, que elles traziam dizendonos que fos-
diantada por cada nioz,e(pii-
— semos pêra deutrou. Roteiro de Vasco da —
nipia aunualu. O Ultra- Gama, p. 24.
. . _. , Outubro. 1516. —
«Ucm acompanhado de muytos
AN ACARA. grandes Senhores que todos trazem con-
de tambor «Espoei»»
sygf» Na;/res com muytos atambores gran-
M-la cavalhiria no
Orionto». des e jiequenos, trombetas ha maneira
'>8 Viíúra. O étimo ó o ár. danafis, e ti-autas». Duarte Barbosa, —
ra, admitido om porsa, sendo, JJtrro, p. HG.
• anatara a acoutuaçilo cor- 1529. —
«Trazião consigo trombetas,
;

anafil es, atabales, grandes, e pequenos».


< n3o anâcara, romo f'le os- — António Tenreiro, /f/níra ri/K, cap 17.
ei'rVf. 1557. —
«As gritas dos Mouros, e oa
ANACARDO. K o noinr do fruto »> tangeres dos atabaques, e anafis eram
tantos (pie não avia homens, que se enten-
da ár\'oro ISemecarpus anacardium,
Ijion. f. Diz-8t> tmnbOm bilfó o fava
dessem hum com outro». CommentarioSf —
I, cap 2H.
de Malaca. Em concaiii bibó (" a ár- 1572:
von' c hlbat o 8<«u fruto. Emprcfjja- •Com toncHB navegando,
nii rHl)o<;<a, e
AdhHii aunoroaoa vAo tocando*.
-R(» o sumo do fruto om marcar a
CamOea, Lutiado
sendo por isso a arvoro de- 1589
'
l..~ :. < s marking-
I i
'

• A* lunti poios nres já «'estendem,


' .1/. consiTva
1
O ••mm, o o cunbfto oa are* fendem*.
f ranciaco de Andrada, O Prbntint
Cerco de Diu, %, (fl. 06 »).

Kil 1. - «AAafil, género de trom]ieta


. tm, igual, e direeha sin bueltas, de que usa-
i.i. »lia- vaii los M III de metal como las do-
ftiva (If
mas, y I.i |»Iatatt. —
Covarruvias,
'••\<ire Teaiirii ih /.< i.injiia Cattelltana.
iiOS-
i.ivan ANANÁS. Fruto, e planta (tambiMu
, !
(|ua ha, ipic vieram primeiro d*- Ma- dita anananeiro), Ananag êativa,
,.i.. I'lTiiur >'• <\'í !if>t;i^ tfri'.'ii dei-
.4, e Einn. O n()me o a planta sAo ame-
rii-aiioH, introdu/i<los p»»loH jnirtu-
gueses na Asia, (>nd«« a planta osíA
p»«rfoitameate naturalizada. Do pe-

O ruano nanaê, secundo CAndido de


Sr, .To"o Tãrdoso Jánior confunde '

•'do, ou do br;i
'

I o caju, Anacardium
">8, II, p. 19. IS, conforme Vui
ANANAS S8 AvrífAfT

Wobster, no seu (licioiu'irio in}i;l0s, ANÁRICO (adj.). Ulotoló}^icumente,


deriva o vocábulo do nialaio una- : o (jun não pertence k laraília lin-
('•

nas, arias, 7ianas, nina.s. guística áricu ou indo-europeia. Etno-


lógicamento, é o que não pertence
15G3. —
«Aveis de escrever desta frutM,
ao i)ovo árico ou, mais restritamente,
que cliamam ananaz, porque certo que
he rey das plantas nu sabor, e muyto mais ao povo indo-árico. Do sfmsc, anã-
no cheiro». —
Garcia da Orta, Col. i viii. rya. O prefixo negativo an- nSo é
1596. —
«No ultimo e supremo lugar de privativo do grego, como supõem
todas aa frutas quero pôr os ananazes,
alguns lexicfigraíbs ; é proto-árico,
que pelas índias [ocidíintais] chamam /»"-
nhãs, com mais acertado nome que nós, representado })or an- em sânscrito e
pela muita semelhança exterior que tem». grogo (sendo a- forma abreviada
— P. Gaspar Afonso, Hist, tragico-mariti- antes de consoante), in- em latim,
ma, VI, p. 51.
1616. —
«Todo o paiz é coberto de ar- un em germânico. V. árico.
vores de fructo, laranjas doces e azedas.
romans, cocos, ananazes, e outras fruc-
.

1897. —
«Pertencem também a esta di-
visão dos flexivos os idiomas chamsidos ha-
tas da índia». —
Pyrard de Lavai, Viagem, míticos, 08 denominados semíticos, e, ao
II, p. 125. que parece, os idiomas eaucásicos, mesmo
172Õ. —
«Do alto da serra correm varias os anáricos, isto é, não aparentados com
fontes e ribeiras, que continuão todo o ve-
os fali ados por povos áricos ou indo-euro-
rão, de cujas aguas se valem para nas
quebradas da serra semearem também
peus». —Gonçalves Viana, Mappa dialec-
figueiras, ananazes, etc.». —O Chron.
tologico, p. 7.

de Tissuary, iv, p G3. *ANCHACI. Juiz provincial na


1782. —
«O ananaz, figueira, pimen- China. Do chinês án-cha-sz'^
teira, jíimbo, jaqueira, mangueira, e outras
innumeraveis espécies de ditierentes plan- 1534. —
«Estes dous mandaris que per-
tas». —Fr. C. da Ressurreição, Tratado, guntarão hum era o cfiãcy outro o an-

11, p. 315. chaçy que eram os may ores de Cantão».
1578. —
«Este peregrino pomo [ananás] Cristóvão Vieira, apud Donald Ferguson,
(cujo origen dizen, ser en el Brasil, de donde Letters, p. 80.
llevaron los primeros a las índias Ocei- 1536. — «E farse ão tres cartas ao çeuy
dentales). Los primeros destes fructos,
. . pacliency anchaçy». — Vasco Calvo, ihid.,
que se dierou en las índias, valieron (ai p. 100.'
menos precio) a diez ducados cada vno e : 1540. —
«Esta noyva, segundo depois se
agora (no porque mengoassen en su olor, y soube, era filha do Anchací de Colem,
sabor, sino por la mucha abundância, que que he como Corregedor entre nós». —
por todas aquellas partes ay delias) valeu Fernão Pinto, Peregrinação, cap. 47.
lo mas caros a dos reales». Cristóvão da— «Passando este mes e meyo o Anchaci
Costa, Tractado, p. 250. do Feyto, que era hum dos Juizes, perante
1583. —
«L'ananas mi pare a me Ia os quaes isto corria ordinariamente, julgou
piu gustosa frutta che cisia... Questa a requerimento do Procurador da Justiça».
pianta è qui [Cochira] forastiera venuta — Id., cap. 85.
dal Verzino [Brasil], e condottaci iu Porto- 1552. —
«Ha outros officios menores que
gallo non vi visse». —
F. Sassetti, Lettere, estes, que se chamão pwcÃa/ícis, amecha-
p. 223. cis, toeis, itaos, pios». —
Castanheda, His-
1588. — «Ma di queste sorti di
tutte toria, IV, cap. 27.
piante si dà il primo luogo u quella che il 1555. — «E tem hum que he chamado
volgo chiama Ananaze» (no Brasil). — en casi que tem cargo da justiça do cri-
P. Maffei, Le Istarie, p. 61. me que he como capitão da cidade». P. —
1658. —
(iNana Brasilianis; Ananás, Belchior Nunes, apud Cristóvão Aires, F.
Lusitanis. Eoque magis quod à fide di-
. . M. Pinto, p. 86.
gnis senibus Incolis testatum est, primum 1569. —
«Outra dignidade abaixo desta
hunc fructum ex his Piovinciis ad Pe- [de tutão] he ha justiça mor que na sua
ruviam, inde ad índias Orientales de- lingua chamam Anchasl. E iuda que ha
latum fuisse». —
Piso, Indiae Utriusque, outros muitos oficiaes de justiça, este he
p. 194. sobre todos, e por elle são distribuídos os
1676. —
Le Tonquiu a aussi quantité despachos aos outros». —
Fr. Gaspar da
d'ananas et d'oranges». Tavernier, — Cruz, Tractado da China, cap. 16.
Voyages, v, p. 222. 1611. —
«Como fez com o Pu-Chin-Si
1786. —
«L' Áspide è amante degli ana- {\iá. ponchaci) e Ngan-Cha-Si de Can-
nas per cagion deli' odore grato che esa- tão, 5landarins dos grandes na província
lano, e quindi i giardini dove crescono de Cantão». —
P. Sabatino de Ursis, P.
molti Ananas, hanno molte serpi». — Matheus llicci, p. 57.
Fra Paoliuo, Vicíygio, p. 179. 1585. — «El quinto es Anchasi, que es
ANTOHA íHINA 39 ANDOR

\o l:l iu>: iiiiiii». • . — Marco Polo,


G. de ^ de la
•>• "'•"' ."^.•.í de
lita poi lAnoaslo, il fer cunimun cm nt
..- 'li.- -i'l i,,i .i.ffi, d'un }>"'- 'l'"- nt
T.
aU-

íer, parce qne,
ujettes & se faus-
iuiportansa*. •— aer». — Lcttrts . XIV, p. 12.
.0. 1782.— «Le. aux ou $ommt$
aoDt des niacbint-e éuunues... Leors an-
'SCHACILADO. É o termo qne crex sent de bois, leurs voiles de nattcs, et

para designar leurs cables de rotina». Sonnerat, Voya- —
yes, II, p. 27.

1640. — «Por aquelle rio iâo para diver- ANDONE. Domingos Vieira ins-
lo« Anchacilados, e smho-
He Iniptrio.. — Prreyriuaçào, creve o vocábulo da segninto ma-
neira tAnt. (Segundo Moraes, tal-
:

quÍDto por uome Lensacotay,


I
frio]
vez corrupção <le Brandone ou Bran-
....,.,.>,i,. .. í.i.ii, ião de todos os Chins, ^

Anchacilado de
>
dão (!). Na na, os
andones ropi' o visí- ;

. I'lulrioge- vel (1). Palavra oriental, de signilica-


r Anchaci- çào incerta (!), e completamente obli-
,

lados de iotuarcas*. — Ibid., cap. 113.


terada». O que Morais diz (na 2.' ed.)
'

"•"HAO. 1'sa i»ortu- é: Andones, s. m. pi. «poserão na


.'ito luií' iii, an- rua sobre arvores muitos andones
') por thoiào rompo- poijueiio, accegos^. Cart, do Japão». O passo
Do chiuOs cantoiíciíse ham,
.
citado está assim concebido: «Por
j»a», e cliòum, amaina». O ma- toda a rua larga, que vae até a cruz,
1. icm anchong. puseram os ]»(Htii;ruezes arvores mui
] --0 — ..Eu iii III III. IA ilii> amchôm di altas «Ic liutna })arte. e da outra, o
n'elles muitas lanternas e andones
accesos». Tom. i, fl. 117.
1 jtoi. .>. 'r y. , w, p i»>y.
o — 'Amchom, uma espécie de Bastava dizer simplesmente, por
'•niíochinez)». — Ta- significado : Lâmpada. Do jap. an-
don.
• ANCORA CHINA. Chama-so assim ANDOR. «Espécie de andas portá-
ia d(» teis, sobre que vflo homens ou ima-
^f ser- gens de divindades na Asia, ou de
t'ln d© semelhantes ãJM.-ora». Christo, ou ^ r'atholi-
cos, nas pro, «Pa- .

»e assentou que na pri-


diola ornamentada, em que se levam
•« . .

'mí»So de honi vento, mlJxwfi»'-


'
L'ens nas proci'^ '=-"«= "" i:»"!'-'' •
'
"'

s». C. de F;
Us povos do 11,

por luxo ou por u-

TOM de íos de diver> ios


.1^, *ta- aoH ombros ou .. < ,- .
'>*

a ^8se fím destinados, a c»'


ir
• I^ naui de •
•«-
I í-.f.. ':,

is ou por sen'm as i de
.. .uodo muradas,^ que n» do
i'ode atravessar. E um m •0-

ào —
já mencionado n
xuaia económico, uuus ftCj^uro«
ANDOK 40 ANDOR

mais senhoril e mais a<lai)tado ao Primeiramente, o termo andor não


clima e ao solo. Os mais luxuosos e é coevo de andas. Os escritores qui-
confortáveis oram o apanágio dos nhentistas, como Duarte Barbosa,
reis e das altas personaj^ens, e o seu Castanheda, João do Barros, Gas-
uso era determinado por leis espe- par Correia, Damião de Góis, tem-
ciais, civis e eclesiásticas, e sujeito no por estranho, e explicam-no, em
a várias restrições. geral, por meio de «andas». Diz o
Os nomes que transportes
tais Roteiro de Vasco da Gama (p. 34)
tem em português,recebidos das «Alj trouxeram ao capitam mor Imas
línguas indígenas, silo andor, palan- andas domeès em que os honrrados
quim, machila, doltm, catre, cadeiri- costumam em aquella terra dandar,
nha. e alguns mercadores se as querem
O mais antigo destes veículos, co- ter i)agam por elle a elrey certa
nhecido no Malabar, é o andor, já cousa». Também, nenhum dos auto-
mencionado pelo seu nome em 1500, res alegados em abonação é anterior
e depois largamente descrito j)elos à época das conquistas asiáticas.
cronistas. Era uma espécie de ma- As mais antigas menções da pala-
chila ou maca, com o fundo acol- vra são de um piloto português, que
choado, pendurada em um grosso descreve a Navegação de Pedro Al-
varal, ordinariamente de bambu es- vares Cabral em 1500, cujo teor so-
piniioso, e conduzida aos ombros por mente- conhecemos pela tradução ita-
dois ou quatro carregadores. Da cana liana da colecção de Ramúsio, e de
pendia de um lado e do outro um João de Empoli, que narra em carta
pano, que resguardava do sol e da a um italiana a sua Viagem ás Índias
chuva, mas que se disjjensava quando Orientaes em 1503. Refere- se o pri-
ia ao lado o boi com o «sombreiro meiro ao veículo do samorim e o se-
de pó alto». gundo ao do rei de Coulão, e ambos
Mas os andores de todos os luga- os consideram «uma espécie de an-
res e de todos os tempos nSo seriam dor». Julgo porém que isso não im-
do mesmo feitio, como o não eram os plica que os preditos transportes
palanquins, considerados superiores, eram uma espécie de outros conhe-
nem teriam, na boca dos portugue- cidos na Europa com o mesmo nome.
ses, o mesmo nomo om toda a parte. Empoli fez várias viagens ao
Actualmente são pouco usados na Oriento até 1517, quando morreu em
índia Portuguesa, pelo menos com a Cantão, e não se sabe o ano em que
mesma denominação. escreveu a sua carta. Não havendo
llá outros andores, em forma de em italiano a voz andor, nem sendo
padiola, como os da Europa, em que de presumir que a ouvisse em PorT
são levadas não somente imagens dos tugal, é natural que aludisse a ou-
deuses ou santos, mas também ho- tros andores comuns do ^Malabar,
mens, posto que raramente, por ve- que amiúde teria ^nsto.
neração ou exibição. O mesmo se deve entender da dis-
Quanto à origem do vocábulo an- tinção feita pelo piloto português,
dor, que existe unicamente em por- que esteve três meses em Calecut e
tuguês, há divergência entre os lexi- se inteirou com muita discrição dos
cógrafos. Uns não lha conhecem, usos e costumes do país.
outros, mais modernos, como o Dic- Para se admitir a derivação do
cionario Contemporâneo, derivam-no persa, não basta que haja andúl
do verbo andar ; outros, como Pr. nessa L'ngua, convêm saber a época
João de Sousa e o Diccionario da
Academia, da voz pórsica andul ou, dul na acepção de «carruagem portátil», e
antes, handiíl *. omite a etimologia na de «cbarola». Cân-
dido de Figueiredo tira-o, dubitativamente
ua 1.^ edição, de andar e andnl, e na 2.* do
* Domingos Vieira deriva andor de an- cone. andor.
"4! A V tí/»|>

' dos ni<

ia;.'.
ANDOR 42 ANDOU
de Einpoli, Viagem, cap. 9. —É claro que que naquella terra nSo se costuma andar a
alude ao andor religioso. cavallo, e andão nestes andores, que
1505. —
'<I1 Re se fa portare in vna Bsm como leytos dandas, senão que sam
]^arra quale chiainano Andora portata descobertos, e quasi rasos, tão baixas tem
da hoiniui». —Carta de D. Mauuel ao rei as goardas». —
Castanheda, Historia, iv,
de Custeia, in Glossary. cap. 16.
1513. —
«El Rey do pejiu leua gramde 1557. — «Levaram Timoja em hum an-
couteintamento de vosa amizade, quer vosos dor por toda a cidade [de Goa] com mui-
tratos e vosa jeinte e vDsa ajuda; em seu tas festas».— Commentarios, ii, cap. 23.
reyuo recebe vosa jemte que vay de ma- 1563. — «Veo á feitoria em hum andor,
laca, aão trazido.s em andor cubertos de que homens trazião ao hombro, que são
panos d ouro e da lhes grandes dadiuas». humas canas voltadas pêra cima e arcadas,
— Afonso de Albuquerque, Cartas, i, e delias pendurados liuns panos largos de
p. 138. meia braça e de comprido braça e meia, e
1516. — «Sae elRey [do Malabar] em nos cabos paos que sosteem o pano pendu-
huii andor, que leuaraom (sic) dous ho- rado na cana; e encima deste pano hum
meins com suas almofadas de seda em que colchão de sua grandura, tudo isto feito de
vay encostado; e lio andor lie de pano de panos de seda e fio d'ouro, com muitos la-
seda pendurado em liua cana de imiyta jie- uores e franjas e borlas, e a cana, os cabos
draria, tam grosa como lifiu brayo de huu guarnecidos de prata tudo muito loução, e
gordo homem, com huas uoltas que de seu de tanta riqueza, como som os senhores
nacimento ilie afeiçoam pêra aquilo, a qual que nelles andão, que vão assestados sobre
cana dous homeins leuaom ha hos hombros este colchão, e se querem, deitados em al-
de que vay ho dito andor pendurado.;. — mofadas, e de quantas gentilezas querem.
Duarte Barbosa, Livro (2.' ed.), p. 320. O Catual veo assi em hum destes ando-
1525. —
«Não poderá ninguém trazer res». —
Gaspar Correia, Lendas, i, p. 102,
tocha, andor,sombreiro, sem nossa licen- "ElRey vinha assentado em hum an-
ça ou do nosso Governador». Foral de — dor... e o pano em que vinha assentado
.

D. João III, in Archivo, v, p. 132. laurado de fio d'ouro com muytas franjas e
1525. —
«Todos os capitães deste reyno borlas pendentes, e da compridão de huma
se servem de andores e palanques, que braça, e meia de largura, postos os cabos
são como andas, as quaees trazem homeès em nuns paos de marfim que o fazem estar
as costas, os quaees não podem andar nellcs, aberto, pendurado era huma cana da gros-
convem^a saber, nos andores se são [tal- sura de hum homem, que no meio faz
vez se não homeès de cavalleiros pêra cima,
)
huma volta arcada, que nam toca em quem
e nos palanques capitães e pessoas princi- vay assentado; e almofadas de seda feitas
paes, e ha sempre na corte onde elrey está da feição e largura do pano«. Id., i, —
vinte mil andores e palanques». Chro- — p. 171.
nica de Bisnaga, p. 74. «1566. — «Na mesma hora, que Vasco da
«E estas raolheres [do reij não são vis- Gama desembarcou, ho fez ho Catual tomar
tas por homem nenhuu. .e quando quer
.
em hum andor, que sam a modo de andas
que camynhão vão os andores em que descobertas, que levão quatro homens aos
ellas vão cerrados e sellados, de maneira hombros por estado, estes sam tão destros
que vistas nào podem ser». —
Ibid., p. 90. neste officio que ho que vai no andor,
1547 —
«O novo Roolim [chefe dos bu- posto que elles vão ás vezes correndo,
distas de Pegu] foy levado daqui deste lu- quasi não sente que o movem, a par dos
gar em hum riquíssimo andor de ouro e quaes vai outro homem com hum Sombreiro
pedraria, que oito principaes senhores do desparavel, posto em huma haste comprida
reyno levavão aos hombros». Fernão — pêra lhe tomar o sol e a chuva». Da- —
Pinto, Peregrinação, cap. 169. mião de Góis, Chron. de D. Manuel, r,
1552. —
«Vindo o recado do Çamorij que cap. 39.
fosse, sahio Vasco da Gama com doze pes- 1565. —
«As três horas depois do meio
soas em terra, onde o recebeo hum homem dia me sahi com todos os christâos e com
nobre, a que elles chamão Catual, acom- o Secretario de Mioxindono, e sua gente
panhado de duzentos homens a pé e . . .
metido em hu andorzinho pequeno» —
outros de o trazer aos hombros em hum P. Luís Fróis, Cartas de Japão, i, fl. 192.
andor, porque em toda aquella terra Ma- 1572:
labar nào se seruem de bestas, hum dos «Mas um tiroque cora zunido voa.
quaes andores foi também apresentado De sangue o tingirá no andor sublime».
a Vasco da Gama pêra ir nelle». — João Camões, Luniadas, x, 17.
de BarroSj Déc. I, iv, 8.
1574. —
«Mando a todos os panditos [mé-
«El-Rey [de Cananor] vinha em hum dicos] e phisicos gentios que não andem
andor dos que elles vsào, às costas de por esta cidade e arrabaldes delia a ca-
certos homens muy bem vestidos a seu
modo com panos de seda. — vallo nem em andores epalanquins». —
Id., I, v, 4. Alvará do governador da índia, de 15 de
1552. —«Depiúá de recebido [Vasco da Dezembro.
Gama] foi tomado em hum andor. por- . . 1577. —
«Trazem sombreiros de pé, an-
ANDOR 43 AVVÍA<)

dores, palauquiaâ». — Primor f Honra, a).

111.
1855. — «Os andores sSo hoje rftros e
uso he )
los
'S, c aos 1 ,.'io

til-

mesmo carro com estes |


) de
11 i.n,.i'> de
iilOu. F. íi. Xa-
1 ".ri

o leuão ang 1S84. «Era uma outra — ]• pie


— ,
Fr. An- ^..... , _ 3>. — já andava na rua, e na qual c im
tÓBio de UoaveÍH, Jornada do Arcebispo, grande andor, com muito» > 11-

fl. 12fi. rados, ostcutaodo-se na part s . .


'

,;i _ „ . fui-' lo inuigem da divindade hindu Este an- .

andores « II) 'te dor era levado por muitos homens, com
rm Poiti.
.

.Ld(!Íriisu. — lanternas, queimando fogos de Bengala e


r de S, li ', Itinerário, fazendo uma vozeria infernal". Adolfo —
Loureiro, No Oriente, ii, p. 229
'Tam diant" qnatro tm einco 1623. —
«Qiieste Reti son diflferenti da
I lideres -» (ido- i Palaneliini e da gli Andor: perche in
<) — P. \ ragico- que|)f> dalla cauna, che si porta in spalla,
'«la, ii, ;.'. I'.'i . Hir, nou reti, ma bare li guisa di

.')
aS*') indo subindo a serra de
]

1 doue vn' huomo assiso con le


,

strde, ò por dir meglio, mezzo col-


'•'
i suoi cossini và molto commoda-
ii'> andor <iu\<- ia (wi- iiiiiitt;. E sono auco i Palachini, e gli An-
•> Bocarro, Déc. XIII, dor diftVrenti fra di loro, perche ne gli
Andor la cauna con che si porta, cume
O. — «O megrao empreenderam Do- anche nelle reti, c dritta; ma ne i Palan-
U.r.r... A.. <,>.,- ,. •..•, .1.. .,,..-» •'••• '*" •• '^dità di chi và dentro...
iruata in alto». Pie- —
... . .... >
-Í.V.V'» "'» P- í«^-
17»3U. —
«Uf the same niture as palan-
keens, but of a different name, are what
they call andolas these are much .

1' '!
j •
III ( ^tpiidf mio) aqaelle cheaper, and le»s ostocmcdu. Grose, in —
andor, tSo GUtsary *

lii- tão j)<>uco

.iuciiico ile Melo, Apologo» ANFIÃO. K o mesmo í\u(' ojiio,


produto Papaver somniferum,
de
U'l2. - ile Linii. «O amfiam he o que chama-
andor t lia
mos oj)io)). Garcia da Orta, Col. viii.
;>> uele
; a toda
«Anjiam. Assim chamão na índia ao
itjuiu Fuiu, Trattado* Opiot. Bluteau. 1' rro- '
;
'

gos o nomo de nu »*,


.).o quo os latinos, coiuo i \ e-
para •

la
ram opion, e do qno l - ;/,(»-
ar
a. ram qfiun [ou afyunj. De qfiun os
•iijçuozos Índia derivaram
da
'. o d#»poÍ8 por uma altero<;flo
Mirnl aujiami}. Conde de
XL.
i
weligiosoH I&18. —«Mando to« também hum mouro
" '
nfyam e manoira
'
! .%

yam ii'uu lie oiitra . )

^ - - í" .......^^ .,. rii. ...«,*...


cotturoaae a comer, oa reis, e seuhore» em

^ V uutraji libunaeOfii em valanuuim.


ANFIAO 44 ANGELIM

cantidade de avellâ; a gente baixa come corum eet'). — Bon tins, iíísíoría Naturalis,
menos, porque custa caro... Tomé PireB, — p. 42.
ajitiã Cardinal Saraiva, vi, p. 420. 1676. — «On seme princ5j)alement quan-
ir)l(j. —
ciUeiíios por exjiericncia no an- tité de pavots dont on tire TOpium ou
flam que a nioor parte dos Mouros e lu- rAphion, comme I'appellent les Turcs».
dio.s comem, que se ho Icyxaseiu de comer
— Tavernier, Voyages, i, p. 120.
uior(!riaom, e se ho comesem hos que nun-
qua ho comêraom moreriaom também». — *ANGANA m., pi. anganana).
(s.

Duarte Barbosa, JÀvro ('2" ed.), p. 281. Eirn oil ])átio defronte da casa na
«Também leuaom anflam a que nós índia. Do cone. cingan {\A. ãyiganã),
chamamos opeo». Id., j). 375.— sânsc. angaua.
1554. —
«E a Renda de anfíflo e bari-
gue e sabão». —
Simão Botelho, Tombo 173fi. — «Mandámos ao.s ditos naíuraes
da Índia, p. 53. da índia, e também a todos os moradores
15(j3. —
«O amftam he copio Dixe- . nos sobre ditos districtos ainda portugue-
ramos que dfstas durmideiras se fazia o zes, que não tenham nos quintaes das suas
amflam, dando cutiladas nas durmideiras casas, nem nos anganans, nem em seus
por onde corria o amfiam». Garcia da — palmares e fazendas, a planta chamada
Orta, ViA. XL Tidnssi •, e cm qualquer parte donde a hou-
1557. — «Levam esta roupa de Cambaia, ver, a arranquem logo». Edital da In- —
e Anfião, sândalos, e agoa rosada». — quisição de Goa, apud Lopes Mendes, A
Comnieutarios, i, cap. 14. Índia Portugueza, i, p. 158.
15G3 —
«Somente cadahum tomaua hum
grão de Anfiâo tamanho como hum gruo ANGELIM (indo-ingl. angely-wood).
de pimenta, o qual acertou de leuar no Nome português de Artocarpus hir-
sevo hum Mouro (jue ali ia, por ser entre suta, Lamk. E árvore de madeira
elíes tão costumado o vso daquella mezinha
que nào sabem andar sem ella». João de — muito valiosa e largamente utilizada
Barros, Déc. Ill, v, 3. no Malabar. Do tam. afíjili, malaial.
« .o que lhe causava o Anfiam que
. aniiili ou ãyini. Diz-se também ja-
tomava (que he o oi»io), com que os Índios queira brava.
se embebedão». —
Jd., Déc. IV, ix, 6.
1615. — «Accrescente-se que a maior 1514. —
«Entregues a martim fernandez
parte mascam ópio [nas Maldivas] ou aiTI- mestre da nao belem cemto e trynta seys
phião, como ll»e elles chamam^ que os couados de tauoado danrigeiim». In —
embriaga e adormece». — Pyrard de La- Cartas de A. de Albuquerque, vi, p. 219.
vai, Viagem, i, p. 168. 1541. —
«Pinhaes, arvores de ange-
1616. —
"Foi tomar todos os portos por- llm, como na índia, para se poderem fa-
que lhe não entrasse arroz, nem AnflôO». zer infinidade de navios». Fernão Pinto, —
— Diogo do Couto, Déc VII, n, 11. Peregrinação, cap. 53.
1701. —
oVirão muytos campos de pa- «Nas partes altas [de Siamej tem arvo-
poulas, de cujo çurao se faz o anfião tão redos espessos de muyta madeira de An-
celebre em todo o Oriente, i)elas muytas gel im, de que se podem fazer milhares de
forças, que põem mas quem se costuma a
:
navios de toda a sorte». Id., cap. 189. —
elle, o não deve deyxar sub pena de morte». 1563. —
«São de tauoado dangelim,
— P. Francisco de Sousa, Oriente Conquis- pao muy forte». —
Gaspar Correia, Leií-
tado, II, 1, 2. das, 1, p. 405.
1825. —
«O anfião era de Malwa: o 1635. —
«Engenhamos uma das taboas
director abriu o preço 1 :000 rupias a cai-
:
do fundo de um caixão de angelim». —
xau. —José luácio de Andrade, Cartas, i, José Cabreira, Hist, tragico-maritima, x,
p. 96. p. 45.
1841. — «Os acontecimentos extraordi- 1701. — "Nos matos de Cochim andava
nários que têm tido logar na China, por oIrmão Gaspar Paes cortando madeira de
causa do commercio do Ópio ou Anfíâo, Angelim, muito estimada pela sua notá-
são hoje já demasiado conhecidos». An- — vel largura, e incorruptibilidade». — P.
naes Maritimos, p. 300 Francisco de Sousa, Oriente Conquistado,
1586. —
«La seconda è I'anile, o vero II, I, 1.
indico; la terza è Tanfione, cioê, I'oppio, 1767. —
«Ha nesta Ilha [de Larantuca
con quale si sostentano». F. Sassetli, — na Oceania] muita madeira, ainda que ne-
apud Gubernatis. Stoiia, p. 225. nhuma de Tequa, nem Angelim». —
1598. — «Amfíon, so called by the Fr. Lucas de Santa Catarina, Hist, de
Portingales, is by Arabians, Mores, and S. Domingos, iv, p. 6f>9.
Indians called Affion, in latine Opio or 1782. — "A 8.» é a planta chamada
Opium The Indians use much to eat
.

Amfíon». —
Linschoten, in Glossary.
1631. —
«Affion, ac quibusdam Ann- ^ Ttãossi é objecto de culto entre oa
phion, Arabibus, et ludis, Opium Grse- bindus.
ANIL

yj ciiiiio «' o ar. nu im jM>r ui-mi, ,

on annlr contoruit? Dozy, do perfa


IS, f 11' • - iiaiij CI tii;^^ 'y *• "^

7}7/, sAnsc. nl/i de 7u/a, «azul».


C. da 1. >>, Tratado, n,
digo.
>. » aPAtrpon6s«o, anqeli ou ja-
1514. — «Tanto (i rhei^oa hijè
i.riv-.,, _ T,,j.ea Menoeii, A Judia
d amt.i 'iiho
de c;. - e
. liii.';ir>> liuinldoi, J trazt-r aniii • atdi^i'/'^ihiji (jm- vss.i al-
><

*,

:IT».
loe
— teza niaukda levar» A. de Albuquerqae, —
Carlat, iv, p. IhiK
p, 342.
Cncbin un
1516. —
«Aufiain, Anil fino de taboleta,
e outro mai.s bayxo Anil nadadtjr,
'n fait
inuyto bom, per faruzola fananu 30». —
Duarte Barbosa, Livr", p. "WS.
Mt
u
1554. —
«') anil se p»'za por màos da
tara, e venl' -'• i" r f;ii'! i.-. e cada fardo
-cur dccclarbrcu. '
tem -10 II
'
mea, Lyvro
.
p. 106.
do» petos,
lui -'- - >-'ii luuchos l4>s bueijuee de — i<
nAnil não iie simple medicinal,
vano, Hrasil, y AngeHfti". Faria y — lf>63.
senani mercadoria Saliei que o anil be
-
usa, Atia Portuguesa, in, p. 432.
assim chamado dos Arábios e Turcos, e de
todaâ as lingoas, e someute o Guzarate,
• ANGRACÀ (s. m.). É uma espó-
que be oude se faz, o chama yali, e (X)rém
ití do blusa ou cabaia de alpodão, já ap^ra o cltauia nU. He herva que se se-
'S tra- i: rcce com a que nós ehamainoe
usa. É ( unt. Garcia da Orta. Tol. vii. —
Do iiiOi). —
«As molhares [do.'- ^
de -

de chogó, q. v.<í
8. ToméJ sào por estremo hoi im
-i-ui.i.âwst. angrãk/iã {cone. tÍ7Í- li
'

>-8-

(5), de (iiig. «cor|>0)>, e rãkhf 1 .iiO


anil. nie eo-
bveiii le Gou-
veia, ,/.'//- f.c. .... .-...- '..-y..-. .:. .... <

•^ cores por 1614. « —irem dar os trabalhadores


. .

anaracás vns fardos de anIU. Dioju^o do —


.Déc. Yll, vnr, 1.
., ].; — .,11 AniK i.or (.litro nome /n^i-
P l«l go, » Ko de Cam-
^- .f> Tpstnariri dns xavram ou baia •
, Lavai, Via-
gem, ii, p >it>4.

1652. "Dei xâo — paf.'sar por estima^-à'


'< Mcmlc», <1 Jn- de anll| o pacote. de 6a- .

tarea; e rint?ín p.)r < il. qnc


i ricos) vem '

P. Al
ft)». — 10ii3. -M.. s-
marM. sf»m «9 terrft!» es; .

> algo-

que
.-aa». —
ANIL. 5>ii]>!«tAiicia
1". Manu'-l Li"<liiiii.
t/.ul, «'XT anileira - Imiino- ir>84. - nO Anil.
' • -/«/, i.iiju. '. ANILA B ódar
il. F,m uma listn d»' morfa- 'o.

1701.
...1 —— .
«Ac minas mai« rendosa* d«
.•:,> .. «.»»!, , erva de aufíAo, e
: «auil, ftiiil uuit roini, r Francisco
'• 'iê Ti»- >M,/,, II I. I.
•m pói. V. (> ' '

aa
/, 1, p. 158. O II raco- >»o
ilitHÚdo por «anil nadador <. te;
•II-

'ic anil /.

ill ot ad)'! Vtl

li» 1'out trauaui»


ANJUAO 4tí ANONA
transporte par tons les ondroits du monde» 1515. — «E 72 quintaes, 2 arrobas, 24
— LiuBchoten, Histoire, p. 20. arrates de amgyam». —Doe. da Torre
1G31. — Secondo Ánnii, quod vulgo do Tombo, a2)U'l AmÃiicio Graciaa, Subsí-
glostmn vocant, tiiictuiae species toti Eu- dios, p. 16.
ropae jam notissima et usitatissima». — 1554. —
«Anjuâo, pucho, mirra, en-
Dt Império Magni
Mogoli», p. 5)9 censo, anil. .». . —
Simão Botelho, Tombo
1(563. —
«.. comme aussi dans I'achat da India, p. 49.
de I'anll ou indigo qui se recueille tout 1563. —
«E como a qualquer arábio lhe
autour d'Agrau. —
Beruier, Voyages, ii, mostraes esta goma, dos índios chamado
p. 77. imgu ou imgara, por o mesmo nome a no-
meão que vos disse [alfiht ou antil\\ e a
* ANISTA. A palavra chinesa háng arvore de que se tira ou mana se chama
ou sháng significa «negociante ou anjuden, e outros o nomeão angeidam».
mercador» mas os estrangeiros in- — Garcia da Orta, Col. vii.
;

terpretam-na por «comerciante que


1832. —
"Por carga de anjuão (folhas
de) O 2 02 I».
: : —
Collecçào de Bandos, i,
era antigamente intermediário oficial p. 133.
entre os negociantes europeus e chi-
ANNAVI. Catequista em Ceilão.
*
neses». Anista ó formação portu-
guesa de /iáw^, adoptada pelos estran-
Do tamul-malaial. annãvi, «mestre,
pedagogo». Quasi todas as igrejas da
geiros.
ilha tem seus annavis nas capelas
1825. —
«Era 1813 mandou o governo filiais.
chinez vigorar a lei concernente aos anis-
tas, a tini de cohibir o contrabando feito 1707. — «Mas também os ermidarios
pelos iuglezes». —
José Inácio de Andrade, Annavés, que são os que ensiuão, e fa-
Cartas, p. 147. zem os exercícios das ermidas, declaram
«O governo para não tratar dii'ecta- espontaneamente os seus ministérios». —
mente com os estrangeiros, nomeou certo P. Manuel de Miranda, in O Chron. de
numero de negociantes probos, e abasta- Tissuary, iii, p. 206.
dos a quem chamou Anlstas, para nego-
ciarem com os estrangeiros». —
Id., p. 164.
ANON . Fr uto de ANONEIR K—Ano-
1870. — Estipulou
afora outros arti-
se, na reticulata, Linn. Na Madeira cha-
gos. a
.suppressão dos cong-hang ou ma-se-lhe nona. O primeiro indianista
sociedades dos anistas». —
In Ta-ssi-
que menciona anona é o P. Vincenzo
yang-kiió, i, p 24.
1898. —
«Depois da guerra entre a Chi- Maria, cuja obra foi publicada em
na, Inglaterra e França foi abolida a ins- 1672. O P. Gaspar Afonso (1596)
tituição dos Hongs, ou agentes oficiaes, diz que em S. Domingos lhe chamam
negociantes intennediarios entre os nego-
coração «pela semelhança que tem
ciantes europeus e chinezes». Joaquim —
C. Crespo, Cousas da China., p. 15. com um coraçílo em tudo, por fora,
1782. «Les Annístessont des riches e muito mais por dentro, na brancura
négocians associes au uombre de sept ; ils e candura da massa, como Nosso
ont le privilege exclusive du commerce de
Senhor quer os humanos». {Iliat.
Canton, et vendent aux autres la permis-
sion de faire le commerce soit en gros, soit tragico-maritíma, vi, p. 49). Cf. o
en détailn. —
Sonnerat, Voyages., ii, p. 10. nome inglês bullock's heart, a par de
soursop. Quanto à pátria e à etimo-
* ANJIRA.E termo usado nas pau- logia do vocábulo, vid. ata.
tas aduaneiras da nossa índia, no
sentido de «figo j)assado)), que se 1782. —
«Vê-se outra quasi similhante
á precedente [aleira] no fructo com o no-
importa em grande quantidade da me de anoneira; é elle maior, mais
Pérsia. Não se lhe chamou/'^o, por- agreste, menos saboroso, mais áspero seu
que ^^o é ali sinónimo do «banana». âmago, e tirando para o encarnado sua
Do cone. anftr, persa anjlr, sánsc. au- casca exterior». —
Fr. C. da Ressurreição,
Tratado, ii, p. 338.
fira. 1873. —
«A fructa é exteriormente ao
1788. — «Por
cada carga de Anjíras,
principio verde e quando madura de côr
huma tanga dous reis e meio». CoUec^ào — roxa castanha, de pelle lisa, trazendo pin-
tadas areolas polygonaes Ao paladar. . .
de Bandos, i, p. 54.
não se encontra a sensação tão suave e lú-
brica como a da ata, mas um tanto fariná-
* ANJUÃO. É o fruto da árvore
cea, sem comtudo deixar de sev agradável».
que produz a assa-fétida (q. v.). Do — B. F da Costa, Manual do agricultor, il,
ár. anjudan. p. 164.
APA 47 A T' \

. 1 de
luhe-
la. itin'"rt'i, \

•^
tutnam OS ftottot cultivar. . 1554. - «E la!' apas e dos
anoneira(ano- queijos». — Siiii.i" i»"ir ' '
p 53.
— «Alguns a
,

[K's McDiles, Â J563. ci •> pilo a


que chamão apaa». — L..>.^.a Ja Orta,
Ool. VII.
ÂNTENAL (s. m., derivado de an- 1572. — «O ramo das apas, e foaueoê,
tena). É sinónimo de alcatraz ou que seraa livre». — Archive Fort. -Orien-

'udo Di ' rulans,


tal, II, p. 197.
/
'

iá e Viti:
i

le o si-
1GI6. —
«Fazem farinha de um
pio de
1
uma arvore, a que chamam sagú,
da qual
de «ave mantiiua», e Josó farinha todos aquelles povos fazem bollos
no seu Diccionario
. >ijuete, e apas». —
Pyrard de Lavai, Violem, i,
p. 670.
f^ortuguez-francez, traduz antenal
jtor tantóual, albatros: oiseau de
1687. — aNos
dias de grande solemni-
dadc mandava
o Santo fazer algumas
mer». VC-se das abouaçôes que o apaSi isto he, bolos a modo dos beipus do
termo era muito conhecido outrora. Brasil». —
P. Francisco de Sousa, Oriente
Conquistado^ I? iv, 1.
IMl. — oVii lOíco muitos An- "
'
«Apas Bolos C' rinha de
te naes, e out a que chamão >a, arroz e azeite de c todos os
liurflhoêu — —
.

iirK^ue Dias, Hitt. trágico-


III Orientaes». Bluteau, VocalnLario.
mnritima, 3% i, p. 1842. —
«Um boUo, a que chamam apai
— <
l'«u«3 ante- ' • ^
feito de farinha de arroz, qn- le-
na! ipl < c )nah- vam em marcha, os (aipais) por
' ' '
--rcs 3 e mais dia.s, sem uecessui.uu- (U> al-
'9, gum outro alimento». Annae* Mariiimoê, —
p. 19«.
K .;la 1850. —
«Esta sorte de apas |de que
; .. .^ ... .V ... C O f ' '
M'''»>au] se chamam nc--* *•' "-' <po-

,

, nem negar u. leoa: pois aã apaS nt« :

V... assadas». —
F. N. \., ,.^., ^ Ga-
'] beau- binete Littemrío, iv, p. 160.
< - oisous, 1866. —
«Qi!:>-'.i.' ' .::.v.v '-•.5 para fa-
lit Antenaies». zer uma jornu' r apas
].. 166. ciriMihir.-^ de I .
"> "ioli-

ANYALLÔ (pi. anvalléê). É o nome lus), do um pa. roe


•a (le iiin cari — F.
mira"
.

qut' 96 dá na índia ao tmanfg, p. 231.


Cmhlico íq. V.) fruto de </ T (lia uma apa, pe-
Faz-se nt har do fructo; a casca e queiiu pà' das fon-
te»».
— '!• p. 19.
nd«<*' '""••"••"
It,
fructo siio -
t

veitam contra a
-^"ro-
1886. — «(.'out u caril u^-a ari
>
w- ou apa mui delgada feita >. ^ de
tr-ria... D. <J. I» — Lopes Mendes, A h*dia Por-
CUflC. ãi'i>r '
". ;
p 54
an'ore. •lum '
apas, qae ^ uma
espécie <i d»( arroz ou trigo,
ICI- t«in que cuuier para vários dias». — /</., ii,
an- p. 138
1898 —«Apa, bolo .! Toi,
trigo, tinrliini, í^tc , oiu •

co-
sido a de barro».
APA. B"li» circiii.ir
de vA- cliato
•'•< 'Spécitjs do lanuha n.lt< fermeu*
>•
— I >
WII.
n«-
.como de arroz, trigo, nacAinrm, •os.
> que na índia Portu
'

(i]**i ^ »»«*«do f»ín II


!

harina,
" -..mo
CO appam. Em landim c^ ^ ai-

".giiima cpAo*.
1562. — k£ Msi totnoa com hum íarA> 1. '.'1'
APTA 48 ARA

alie volte è condito con zucchero o con 1886. —


«Aptelra ou apta... & de
nitíloM. — Fia Paolino, Viaygio^ p. 138. madeira nmi ibrte, mas de inferiores di-
«Nympha do céu ou do
men.sões. —
Lopes Mendes, A Índia Por-
APSARÁ. tugueza, ii, p. 248.
pariíísodos índios». C. de Figuei- 1910. — «SentavH-se no chão eemi-nú e
redo. A
palavra sânsc. apsaras (no- obsequiava todos, que para ali iam obter
justiça para as suas petições vérbaes, com
minativo apsarã) é composta de cr/>,
«iigua» (cf. lat. aqn(í) e de sara.,
tabaco e folhas de apteira». António —
F. Moniz, Ilist. de Damão, ui, p. 199.
«movente». O Ramáyana atribui a 1912. —
«A casca de Apta é muito
sua denominação ao facto de terem adstringente e usa-se nas diarrheas e dy-
saído da água, quando os deuses ba-
senterias chrunicas». Caetano Gracias, —
Flora Sagrada, p. 52.
teram ou remexeram o oceano.
— '
* APTAGUIR. Sombreiro ornumea-
li) 12. espclhando-sp no sagrado
«...
Ganges e no poético leito de Golcouda en- tado, debaixo do qual andaiu altos
tre mágicos jjerfume s de komalas e moga- personagens nas procissões. É uma
rins e meigos cânticos das lindas Apsá- espécie do pálio dos hindus. Do con-
ras». —
Caetano Giacias, Flora Sagrada,
cani-mar. ãptãgir, persa ãftãbylr,
p. lU.
11)16. — «Também teve igual imposto, «quita- sol».
de cujo oduto o bramanismo com as suas
pj 1874. —
«Em volta do pai lio eatreita-
ca&tas, as suas apsarás, o cortejo luzido vam-se os Choiiris e mortcheis ... o pen-
de toda a plêiade dos que intervinham nos dão, aftaguip ou suriapana». Tomás —
qeus complicados ritos, se alimentava ex- Ribeiro, Jornadas, ii, p. 138.
clusivamente». —
Heraldo, de 14 de Abiil. 1674. «— and Oftagary (a Screen
1786. — «Mando una Apsarastri, cioè . .

of Silver and Velvet with Sarcenet Bor-


una Ninfa, accioccliè colle sue lusinghe ders) to keep off the Suu«. Fryer, East —
distonasse I'auimo di Vishvamitra dalla India, II, p. 36.
conteniplazione». — Fra Paolino, Viaggio,
p 811. * APUAME (sing, appuhãmi). Tra-

APO tamento honorífico, dado a um fun-


(s. f. ). Eraprega-se este termo
cionário superior de Ceilão.
nu Macau para designar a mulher
cliinesa da classe baixa. Em chinês 168Õ. —
«Assentarão fosse hum Apua-
yó 2)ô quere dizer «mulher velha». me do Imperador, e delle bem visto, por
ser homem de prendas, e qualidades entre
1667. —
«Sucedeo porem, que indo ves- elles, discreto e grande amigo nosso». —
pora da Paschoa 9 de Abril hualorchaem João Ribeiro, Fatalidade histórica, i, cap. b
q'liiaoduas apôs hu soldado ou cryado da «Os rnodeliares, Apuames, Adigares,
terra e dous remadores; estando para des- e outros grandes entre elles, vestem ca-
embarcar em terra; de cima da terra tira- misa e gibão, que os de casta baixa não
rão frechas e espingardas; e hu pelouro podem trazer». — Id., cap. 16.
deu nil soldado, matou-o; e como as duas
ÁQUILA. V. ágiiila.
apôs estavão já em terra, vieram os sol-
dadoa-^liinas, cortarão-lhe as cabeças; os ARÀ Medida de capaci-
(s. m.).
dous remadores remarão e trouxerão a lor- dade para secos em Damão, equiva-
cha ao meyo do Rio; de onde vierão para lente a duas mãos. Do beng. ãdJiã.
Macâo sem as apôs». —
In Ta-ssi yang-
-kuó, de Dezembro de 1899. 1516. —
Leuaom no ja'-roz] depois de
«Só pôde intra na classe de apô. — debulhado e limpo, metido em fardos de
Dialecto de Macau, ibul. propia palha dele, todos saom de hua me-
dida, ara, cada huu quatro alqueires e
APTA (s. m.), APTEIRA. São os meio, e uai cada huu cento e sincoenta, e
nomos de Bauhínia racemosa, Lamk. duzentos rs. segundo a calidadc do aros».
Fazem-se «canudos» ou cigarros com — Duarte Barbosa, Livro, p. 299.
1777. — «A dez rupias o Ara do bate
suas folhas, que d<ão um gosto espe- Dangui». —
Apud A. F. Moniz, Hist, de
cialao tabaco. Do mar. apta, ãptó Da7não, i, p. 155.
em concani. 1886. — «/\rá, que se divide em 30 pa-
ras (q. v.). E medida ideal e unidade prin-
1872 — «Vê-se nome de
outra com o cipal». — Lopes Mendes, A índia Fortu-
ametá produz umas folhas
laptá], a qual gueza, ii, p. 255.
encarnadas... de suas folhas se servem 1901. —«Sendo no mercado de Damão,
para fumar na falta de figueira [bananei- por exemplo, o preço medio de cada ará
ra]». —
Fr. C. da Resurreiyão, Tratado, ii, de género da qualidade superior de 25 ru-

i

p. 347*
j
pias». Boi. S. G. L., p. 35.
AliACA AKACA

ARACA, ARRACA, ORRACA. UR- nho, qu< orpaqua, mais forte, e


que repr. ..m o iiusso vinho de vuaa,
RACA. O
vocáltulo ár. 'arati slgni-
mas corta miiyto, mais que a sura». —
pn'>[»rinn)»Mitt? «transpirarão» ; Kr. António de Gouveia, Jornada tio Ârce-
•m o termo para in- biapo, fi, 03.

. lO ou seiva «la tama- Ití09. —


«O segando vinho se faz eetil-
laudo esta sura azeda em um engenho a
•'
ii;i» e, depois, «bebida ospirituosa,
modo de lambique, a que chamam bati, e
- * í -riladof. Os nossos escri- todo o licor que d'alli sahe cstillado o (•

111 por nrraca o «ospí- segundo vinho, a que chamam uppaca».


iti ; . ! ; A fornia — Fr. João dos Santos, Ethiopia Oriental,
I, p. 296.
.•11^ na índia
<><[•[ ;h te
urracOf do cone. urãk, corruçâo
:;t
1615. — «O outro viulio, que é branco,
e a que chamam Oppaca nâo vale mais
'iiraq • Os ingleses dizem arrack
>
de dez bazarucot, e é ordinariamente usado
11 e os franceses, araque ou
' / '. pela gente de baixa condição«. Pyrard —
\ Dozy. Cf. fenim, xarào e
. .
de Lavai, Viagem, ii, p.Gl.
1634. - «A renda das uppacas em mil
'
patacôes». —
António Bocarro, Livro, in
1 '>14. — «Trexe fardos d arroz e duas O C/t ron islã, iv, p. 33.
::i *I OPPaqua '
">«demaateí- 17'J8 — «Os que se
costnmâo a usar de
A. dl Cartas, ir, UPPaca, a preferem ao vinho da Europa,
!'• ÍL'0. porém se lhes vem a faltar inchào e mor-
• Reçeby d'aluaro lopez. trinta para» rem». —
Bluteau, Supplemento.

-^, e 174;"». — «Sobre elle beben ' '
i ses]
o seu cha ou uppaca, ne- ma.- r
.^ de
.... :. ..-y nhum princijiio a usão para siinjih's be-
'8, orracas, arn./.fs. ear- bida». — In Ta-gsi-yamj-kuó. II, iv, 5.
-. — Carta régia, \u Arc/iivo 1829. — Mas nunca omittem o seu caril
II, p. 1'^.
e bebem UPPaca». Cottineau de Klo- —
:i Til iiil.-i das orraquas, giien, liotiqut^jo historiai df Gi>a, p. 162.
. da íjual ha y Ires —
«Da sura dcstillada sahc a iir-
1H42.
liu" hc asy como
paca, espécie de aguardente, que em mais
rraqua -^a cozida hila subido gráo .-^e cliama Fenimn. Annae» —
'('i(* hl" i;i8 e três ve- MarHiiims. p. 268.
- forte (jue OPraqua». — 1843. «Distilado tira-se-lhe um licor, ou
.
Trmih.;, p. r»0.
aguardente, a que chamam appaca«. O —
1 e me praz fazer- Panorama, p. 312.
!o por fstn faf'o p — «Ordenareis ao rendeiro da UP-
1915.
Paca que accrescentc 10 reis era cada
canada do dito género que vender». — In
tcrrai de liayaiui". — Ar- O Oriente Purtvguez, xn, 39. p.
191f> — «O direito de distillaçâo. será .

'>
imperial de espirito... do infe-
meiraâ.
\ mill' ^i.i • qiianui»
(uppaca>ó 1 — O Ul- «/i tiMiiá*».
III ;
iiaiuar, de 21 de Agosto.
lie oppaqua». — Gar- 1514 — «Mitto ad vot impetratam à
VI. lavi ut a
iiii meu feitor nam com- .• doinen-
salitrc, breu, OPPa- t.iiifij, Orro. ... '•
II

q u íi . uenhua cousa». — Ar- edicta sanc< i

gitant...». —> i . .\;i\ ti»).


m
ir
lhe pedio
.1 rtiiil:i lii
A Kei,
i-:i!*.i
que
il:i>
1578. — «Desta» p;i doa

^ • '' " •>•" -^ •"^-


— Christóvilo
'

" ' , . «rpaca». da Costa,


1 •V.iliii a Ciinãda df UPPaCBi ..„ ^ p li)0
que 1589. — «La deuxii'me
SP fuít df <Tttf liiiiii-iir Si
n.^ V, p. bi. Vr.i .1

1 [suuio «m sura] II • ,'],


,

w dupvi», u íaxciu outro género de vt> iisohoten,

i=urraea.
I
Orraea è mera variante ortográfica de
taudo
16ol.
militum, et
Àpaooo
— -1
:

*uu viuu adu<»tu ludicO|


4
ARACHE 50 ARAME
haec ulcera cacoiithia, et mali moris, et 1603. —
«As aldeãs mais pequenas se
saepe insanabilia efficiuntur». Bontius, — darão e repartirão pelos Modeliares, Ara-
Hist. Naturalig, p. 119. ches, capitães, e outra gente da milicia».
1G31. — et Oracca quae ignis vi
<» . . . — llegimento do rei, in Archivo, vi, p. 805
ex ilia sura per Alcnibycum extrjuiitur 1616. —
«Em breve espaço lhe matou
haec vehementissima est, verum ad robur mais de duzentos, em que entrarão os prin-
illius enervandum, solent uvas passas ei cipaes Modeliares, e Araches». — Diogo
miseere, atque ita suaviorem et blandio- do Couto, Déc. VII, ix, 6.
reni efiicere». —
Di Império Magni Mogo- 1635. —
«Pagando a cada, lascarim um
lis, p. 98. larim, e aos araches, que são os capi-
1666. —
«lis gardaient lour arec ou tães, dous, com que nenhum ficou que não
eau-de-vie de sucre noir dont ils étaient apparecesse». — António Bocarro, Déc.
très-friands». —
Bernier, Voyages, i, p. 188. XIII, p. 276.
1690. —
«Pluriina itaque liujus liquoris 1685. —
«O Modeliar assim como teve a
copia in Amboiiia nou liauritur, sed majore ordem, logo mandou avisar a gente que
cum reditu Siuensibus venditur, qui ex havia de levar em sua companhia, fazendo
illo Areccam, seu spiritum Vini Indicum eleição principalmente de três Araches
couficiunt». —
Rumphius, Herbarium Am- seus confidentes, e mal affectos ao Prin-
hoinensc, i, cap. 3. cipe, por favorecer tanto aos Portugue-
1750. —
«lis ne trovent pas le vin as- zes». —
João Ribeiro, Fatalidade histórica,
sez fort pour erx, et ne boivent d'eau-de- II,cap. 9.
-vie d'Arrack, que lorsqu'elle a etc dis- 1707. —
«Mandou com ordens secretas
tillée par trois fois». — Grose, Voyage, ajuntar três ranchos de lascares, Ara-
p. 244. ches, e capitães, e outra gente da mili-
1770. —
L'arrack est une cau-de vie cia». —
P. Manuel de Miranda, in O Chro-
faiteavec du ris, du sirop, du sucre et du nista de Tissuary, iii, p. 162.
vin de cocotier, qu'on laisse feimenter en- 1675. —
«Poniendose Manuel Mexia en
semble, et qu'ensuite on distile». Ray- — una emboscada, salió delia a dar sobre un
nal, Histoire, i, p. 199. Arache bien acompanado (tà valiente
1786. —
«Cousagravasi il vino di coco que en el cerco proximo nos havia cortado
dagl' Indiani chiamati Tagaram od Alpa- 29 cabeças)». —
Faria y Sousa, Asia Portu-
ca». —Fra Paoliuo, Viaggio, p. 136. guesa, m, p. 52.
1791. —
«II fit signe à sa femme, qui
# ARADO. Nome do uma medida
apporta sur la uatte deux tasses de coco
ct une grande calabasse pleiue de punch agrária de Damão. O seu étimo é o
qu'elle avait prepare pendant le souper, hindust. harãtar, «campo que um
avec de I'eau, de I'aprack, du jus de ci-
arado pode lavrar em um dia».
tron, et du jus de canne de sucre». Ber- —
nardiu de Saint-Pierre, La Chaumiere In- 1886. — Os
terrenos são medidos por
dienne. arados por unddós. Entende-se por
e
1800. —
«I don't imagine that the Goa arado 5 vigas de terreno, tendo cada viga
arrack is of so good quality as that 20 bambus quadrados de 4 covados cada
made at Batavia or Colombo». The Jour- um». —
Lopes Mendes, A índia Portugueza,
nal B. B. R. A. S., xni, p. 115. II, p. 244.
1825. —
«Les premieres castes des sou-
dras, sans même en excepter les femmes et * ARAME, harão. É o que actual-
les enfans boivent publiquement de I'ar- mente dizemos harém : aposento ocu-
rack, I'eau de-vie du pays, et de toddy ou pado pelas mulheres muçulmanas,
jus de palmier». —
P. Dubois, Moeurs des
zenana, gineceu. Do ár. haram, ha-
peuples de I'Inde, i, p. 169.
1860. —
«In the later times has been rim, «sagrado».
added the privilege of distilling arrack 1552. — «E estas [mulheres] com suas
from the juice of the coco-nut palm». tendas logo junto das do Xeque Ismael. A
Tennent, Ceylon, ii, p. 16. este aposento chamâo arame: e he muy

ARACHE. Capitão de exército in-


suntuoso e rico». —
Castanheda, Historia,
in, cap. 145.
dígena em Ceilão *. Corresponde ao 1603. —
-(E nos meteo no arame, que
naique da India meridional. Do sing. he a casa de suas molheres cousa não acos-
ãrachchi ^. tumada, nem feita até então a pessoa al-
guma». —
Fr. António de Gouveia, Jor-
nada do Arcebispo, fl. 155.
1 «An office in the native militia of the 1608. —
«Os paços onde o Xá tem suas
rank of sergeant». Clough. molheres, a que chamão Arame (que em
2 Domingos Vieira diz ser «termo afri-

cano» e abona com um passo de Portugal ches». Negombo é uma província de Cei-
líestaurado : «Hum dos capitães da gente lão e a «gente preta» são os singaleses ou
preta de ISigombo a que chamam Ara- chingalás, conforme os antigos escritores.
p( t\r
\ í »T
AUECA
Parsio qnfr il... .
Do mar. hardã, cone. hardò, har-
•.

pi.
<'(lViici (jllc li<' sern hi\ -

uciu
dé, sânsc. hur'italii.Servo para fazer
áCUS tinta e curtir coiros contêm grando ;

u:.. r.T ^llas iiioiinTosj». — quantidade de tanino. O termo ó


III.- • rsia, fl, Gl V. usado no português de Goa conforme
Itti —
"n.Mii tile a quer de inais extcu-
ç5o, que a do HarAo <ui Sorrallio». Joa- — o tipo concani. Garcia da Orta em-
quim (' Soarrs, Doc. Coinprobatiros, p. 21. prega-o no plural e na forma urare.
isjl —
«As que pertencem aos abasta- 15G3. —
«A primeira [espécie de mira-
<1.">. \;\> •' ''•-fzade férreos harens,

bólanos] cliamam arare (e isto no povo,


<i"-^ 'pi; a é permittido lançar a
porque os fi.>ic<..-i lhe chamam aritiqui) e
vistiiu. ..^ .....icio de Andrade, Cartas,
.
estes sam redondos e purgam a cólera». —
p. 18. Col. XXXVII.
1623. — «Volse condurla nel suo Ha- 1842.— «Arda, 200 ditas» (sacas).—
vàm^ Gynaeceo; e tenerla quasi ap-
Ò Annaeit Maritimus, p. 362.
preaso di se, come vna delle altre Concu-
bine». — Pietro della Valle, Viaggio, in,
1909. —
« Terminalia chebula, myrahO'
lano quebidico, hoddé, tem 30 [nomes] e
p. 40.
I'i'.') .pjiartement des fenimea
I.
assim outras». —
O Oriente Portuguez, n.
p. 372.
ill'/ ii - Ui iriit.iiix s'appelle aussi Ha-
rám; et le quartier ou elles logent dana
1631. —
nAb hac província agnomen
acccpit species mirabolanorum quae otHci-
loí voyages, et dans ics campemeuts. porte
nÍ8 Kehnli dicuntur: Árabes et Persae
;'i->i le même noui. Lorsque le Harám hunc fructum vocant Alilah, et ludi cor-
íiche, est fort dangereux à ccux qui
il
rupte Arare» (!).'— Z>e h^n,,,-:,, Mn.nà
111

II. .-I'uf pas de service, de se pré.senter sur


Mogolis, p. 63.
,;i 1. iiti)). —
Herbelot, BtblioUitque Orien-
tal':.
ARECA (malaial. adekka ou (ujak-
«ARCO. Na sua acepção peculiar, kti, talvez do can. (ojíki ou adi/cê). È
arco ó uina moeda anliga da íudia, o fruto de AREQUEIRA, Areca cate-
mais conhecida polo nome de roda, chu, Linn. Indo-ingl. areca-nut, mais
q. V. usado betel-nut; indo-fr. arec, are-
1616. — «Abaixo desta moeda [lazartico] que, aréquier. A areca é um dos in-
' • ' '703 de cobre sem cunho gredientes do afamado masticatório
i.im Apco, e aâo mister oriental, de que tanto falam os nos-
....... para
wv..- , ,,.,,.. t iita uma tanga». — sos indianistas e os estr. -. '

Pyrard de Lavai, Viagem, 11, p. 56.


Atribuem se-lhe muitas proj .s

*ARCf nz. reii/ilo). Pequena higiénicas. V. bétele. A a7-eca era


e leve ,; m com duas rodas e
(
antigamente conhecida dos europeus
quatro i)ilares, que sustentam o tol- pelo nome de avelã indica ou da ín-
do, pintada de encarnado e amarelo, dia, que depois foi suplantado pela
e tirada por um ou dois bois ligeiros. denominação portuguesa.
Usa-se em Bombaim e no Guzarate.
1510. — «... tãdbem que mandassem
lt'r/í «>?eiam tambom [em nãos a charaniandell e a malaqua, pêra
a modo d«' caches; trazerem chjm {'í) e harequa» Carta —
ciiv..olln8, tiradiís por do rei de ('oi-him, iu Cartau de A. de Al-
\»<>\é d(! boas corc.-4, cn- buquerque, IV, p. 43.
.•,,.,. -.Lr,,) ..í ,1,. Kj-onze l.Ol.'J. —
«Ob VO80S oficiaes nam tratam
^ibo eles arecaSf nem arroíes, nem cocos». —
//,•,/ , 1, i;::t

liua fruyta tamanha co-


- miaom Areoa, e coinem-
na com o betelo».
,

— Duarte Harbosa, Li-


vro, p. 347.
qimai tutte sono 1525. — «I'm outro t i

i di >rtn. di cfilor areca, da feieào de li


, .
Mij
111 ill. -li.u, con ti< muito dura, o faz muito bom bafo». —
III I i il l.i, quanti.) i. Chronica de Itisnaga, p. S5.
dí.no». — Pietro dcUu Xaile, Vtugyio, lu, l.''»31. — «Do candil iUi arcc .

p. 16. venha para di^ntro on vá ii.irn ! i

»ó vez :>• IcvarA


• ARDA. E mirabólano qaól)alo, Afonao , recalrog ..

fruto de lermiiuilia chebula, Betz. Mancioivi.


ARECA 52 ARECA

1534. —
«Tem este Aynão muitos sen- fortificare i denti». — Pietro della Valle,
deyros tem qunquos [cocos e areqa que Viaggio, in, p. 29.

|

não tom toda a terra da China». Cristó- — 1652. «Au Touquiu toute la conver-
vão Vieira, apud Ferguson, Letters, p. 79. sation commence par la, et on ii'entre point
1563. «Porém estos tinlião outra dilie- en matière que Ton n'ayt donné et receu
rença, cá erão de lias paos, a que clia- de r Areca». —
Relation de la Chine, p. 18.
mão areca tão direitos, compridos e del- 1676. —
oElle piloit des feiiilles de be-
gados, como pinheiros». —
João de Barros, tle, parmi lesqucUes elle m61oit de noix
Déc. III, II, 8. d'Areque avec la semence de perle que
15G3. —
'<E outras coisas, que chamão Ton avoit fait dissoudre». — Tavernier,
areca, cortada mcuda, que he do tama- Voyages, iv, p. 260.
nho de huma castanha». —
Gaspar Cor- 1G90. —
«Ubique, ubi lingua Portugal-
reia, Lendas, i, p. 17. lica est in usu, vocatur aequo vii'idis ac
1563. — «No Malavar lhe chamam j?ac/ siccata nux Arequa
seu Areca, et ar-
e os Naires (que sam os cavalleiros) are- bor Arequera». —
Rumphius, Herbarium
ca, he donde os PortuT;uczes tomaram o Ambninense, i. cap. 5.
nome». —
Garcia da (írta, Col. xxii. 1770. — «L'areque, qui croit sur une
1566. — «Com esta folha [bétele] usâo espèce de palmier, est un fruit qui u'est
hum pomo tamanho quomo nozes cortado pas rare, dans le plupart des contrées de
em pedaços, a que chamão arequa, que I'Asie, et qui est très-commum à Ceylan:
dão humas palmeiras delgadinhas, altas, e il est ovaire, et ressemble assez à la date,

muito limpas». —
Damião de Góis, Chron. s'il u'etoit pas plus serre par les deux
de D. Manuel, i, cap. 41. bouts». —Raynal, Histoire, i, p. 167.
1577. —
«As honras mais geraes e cos- 1786. — «Son assai ricchi e comercianti
tumadas são darem os senhores ás pessoas con pepe, con cardamomo, con Pacca od
que querem honrar betle, areca, com sua Areca, che è una noce Indica, la quale
mão». —
Primor e Honra, fl 8. serve di cibo agl'Indiani». —
Fra Paolino,
1616. — «Ha também alli certas arvores Viaggio, p. 76,
do género das palmeiras, que dão a areca, «Areca couferma i denti, corrobora le
que se mastiga com obetel«. Pyrard de — gengive, ferma lo sputo di sangue, il vo-
Lavai, Viagem, ii, p. 124. mito, e il scioglimento de ventre». Id., —
1617. — «Costumam trazer o Bethle, p. 358.
que he hua folha como de hera, cujo sumo 1569. —
«Aqui [em Zanzibar] vi a pri-
de qualidade he quente musturado com meira vez as arequeiras arvores na In-
certo frutto chamado areca, que tem o dia tão frescas e estimadas pello fruito
sabor da maçã de cypreste, temperado que se come com o Betele. São da fei-
. .

com pouca cal de ostras amassada com ção de palmeiras ainda que mais frescas».

agua rosada». Conquista de Pegu, cap. 13. — P. Monclaio, in Bol. S. G. L., iv, p. 599.
1520. — «Queste genti masticano quasi 1886. —«0 porte d'este vegetal \are-
sempre vn frutto che chiamano Areca, il queira] é de uma elegância encantadora.
quale è alia similitudine d'vn pêro». — Pi- As folhas reunidas em numero de seia a
gafetta, apud Ramúsio, i, fl. 358. sete, guarnecidas do lado do peciolo cora-
1578. —
«Este arbol (el quale en el Ma- mum de foliolos estreitos e dobrados na
labar, en donde ay Ia mayor abundância extremidade, são de côr verde-cscura e do
delias, se llama ^?ac, y a su fructo, que es comprimento de 2 a 3 metros. O sendy, ou
el que se vsa en medicina Areca)...». o ramo superior, constituo o elegante ca-
Cristóvão da Costa, Tractado, p. 94. pitel d'esta vistosa columua natural, cujas

1584. —
«Mangiando questi ad ogni ora virentes folhas, em forma de ramalhete,
coroam magest'^samente o espique de mad-
quella foglia di erba tanto eccellente, che
domaudano betle, che è astringente e dis- dy» (nome concani da arvore). Lopes —
seccativa in gran maniera, con quel frutto Mendes, A índia Portugueza, i, p. 235.
che domaudano areca, che anticamente ARECAL. Plíiiitaçcão ou mata de ai'e-
chiamavasi avellnna indica». —
F. Sassetti,
qiieiras.
a2nid Gubernatis, Storia, p. 191.
1586. — «Their friends come and bring 1536. — "Por respeito destes are-
gifts, cocos, figges arrecaes and other quaes palmares he a milhor cousa que
e
fruits». — Fitch, in Glost<ary. ha na terra da China». —
Vasco Calvo,
1598. —
«lis oignent leur teste et leur apud Ferguson, Letters, p. 96.
front de Sandal, pour sentir bon, et man- 1552. —
«Quasi por este modo viue todo
gent continuellement des facilles de Bet- o gentio debaixo dos palmares e arecaes
tele avec de la chaux et certaine herbe que he a sua fazenda de que viuem». —
nommée Arecqua». — Linschoten, His- João de Barros, Déc. I, ix, 3.
toire, p. 64. 156(i. —
«Ha cidade de Melinde jaz de
1623. — «Qui chiamano Fatifd, e in al- longo da praia cm hum campo raso cercada
tri luoghi Areca: frutto secchissimo, che de i^almares e arequaes». —
Damião de
dentro par quaei tutto legno; e per esser Góis, Chron. de D. Manuel, i, cap. 38.
di natura stringente, I'hanuo per buono à 1609. —
«Cercados de arecaes, e ou-
A REPA AR KL

u'>s >an- lu67. " Ni; 111 .11 — 1 ,11 ' a.> 1
'- : .1 > '

I
III- .1

tumãi) aos pagodes . com<» a festa da


<•< areoais, Arequeira, nem a.>; í- ^ ' <\. v.>.
ais». — Diopo 1'rimeiro Concilio d»; <• iv, p. 13.

tio I 1101.— «A • '""•' <'""


> oasis no deserto, assim comprida, o
cri' <^nl ii:ir.i :i1>ii".i i''>iitr:i leve, e d.- i

a.-i caí, fru


O ni miolo III
a I 1». — F. L. Gomes, vel ao gosto. A festa se faz (i

ih ; Abre-se hiia cova, na qual o ^

L--(,> — • Lma i\e areq/ieiras Uramanç lança dinhevro, arcran, v ll« reá,
«'>
c!::i: : Ia oiu n> cirecal, e em e sândalo, e os devotos arvoriio hua a re

!

coi, . li. F. tia Costa, Manned aueyra dizendo em altas vozes.


do M, p VJO. Ui, isto he, entrudo, entrudo». P. — 1

r.Hj'. — I >.-'acani-6e os apecaes, cisco de Sousa, Oritnte Conqitislado^ II, '»-•


qu-' -' '• • -ri ninÍ3 1>oiiitas e agra-
ui vôr-se. Er- » AREL. Chefe dos pescadores, pi-
•zpnas de me- loto ou capitílo do porto no Mala-
iinos,
bar. Do malaíal. arayal. Conto iam-
-de
lír:uii, IJit IS iíi! i'ju'is, p 'jh.
bôm emprega a forma ariole. O arei
1911. — «O arecal one no concelho de homem poderoso.
era às vezes
" >• '•
iidimeuto liquido de 200 ru-
ire. .» J. E. Castel
. Branco,
1510. —
"Mando que dees ao Arell
dos mucuaaa oyto quintaes e hunia arr<jba
III /' •' .> '. L.y XXIX, p. 2Í<9.
de cobre em paguarnento de huma bom-
barda e três camarás de metall». A. do —
Arequeira. Alôm da significação
Albuquerque, Cartas, iv, p. 270.
própria e primária, a palavra are- 1514 —
Nos espreuemos a Antonio
tptt'ini famlM'm <• finprega para de- Reall, arei de Cochim, encomendando-lhe
sI;.Miitr iiiii.t .•>|.,'.ie de aeçòes das que trabalhe de meter em costume que os
chrístãos da lerra, e asy gentios naueguem
comunidadf-s agrícolas em certas al- —
em nossas naaos e nauios». Carta régia^
deias de Goa. ibid f III, p. 231.

I'^SO — •Aoiòf.=? das rnminimidades das 1515. —


me vos alteza cspreue
«No que
sobre acrescentamento do soldo de
o
Al: ijuacs se
arell, eu o pus naquele quando se tornou
.iis ;.-it. Ma.'» •:•
c ele serve bem e t

christào . .

f.-l
jente e mando na terra, porque t

macuas, pescadores e marinheií. .- •

., Ta n> fila, A/e-


(jueiros, tudo he debaixo de sua jurii
-F.N. Xa e mando; e ainda me parece oif
.. /, IV, p. 35.
f/àiirarfg crearam
trazi^r todolos seus pareir arés
de caiicut e o de porca e o de c. :, _
>. arequelras e
a serem christuosu. A. de Albuquerque, —
"S do ac^'oes, eiijo
ibid 270.
I ", — Ix>pes Mendes, A
,

l.*J28.
1, p.
— «E o arei com annaila de to-
. p. i:>3.
itrf (\\w trazia, gente d'espingardas e fro-
pit.'il
r.'i')

r<-
i pelo mar/>. Gaspar Cor- —
. Ill, p. 279.
arequeu'ci ru(/i'/. ^^l

1.a'>2. "E tendo esta gcnt»'
4 de Abril.
darem nn fortaleza hum Arei -
uii! de 1'ortii:
Festa da arequeira. Kntende-se
tor . 7. >ntrnii
por »'^ta I<»iu(;;\t) a l'»*stividado liiiidu lezuii. l.i
'

que se c<'lfl»ra no e(|uinóxio venial l.'ifiO - «r

sol) o iKUii.' dr fi'illi, e na qual se dr < •

o
arvora uma arffjin'ira, <-omo os cris-
'

Uos o fa/em na snix fairut ii\. v.), e


se brinca uni carnaval desbragado,
sendo por isso proibida pelns auto*
ri.!-r^ -.-
f'-^«*tft de
arcMjuoir.-i
Aso
AIÍELHANA M ARIA

nauios e os deita fora». Francisco de — prata d'agoa mãos, e, em cyma cada um


Andrnda, Chron. de I). João Hl, i, fl. 30 v. sua peça, que erão duas manilhas dos pés
1G15. —
«Ha no caminho os estados de e duas dos braços, e huma arelhana com
hum rei, que se chama Ariol». — Pyrard huma joya para o pescoço, e hum fio de
de Lavai, Viaffem, i, p. 293. perolasu.— Gaspar Correia, Ijcndas, ii,

161G. — oAo que se fizeram muitas fes- p. 377.


tas, e foi a lingua fiel dellea D. 1'edro 1536. — «Os [naires] que são riqos tra-
Real, Arei Mór de Cochim». — Diogo do zem no pescoço arelhanas d'ouro, e ar-
Couto, Dóc. X, V, 1. recadas nas orelhas». — Id., m, p, 765.
«Mandou dous Capitães Malavarcs,bons 1012. — «O Camareiro mór tirou huma
Cavalleiros, pêra irem assistir o Aríole, arelhana de ouro que valeria quinhen-
?[ue fica da outra parte do rio, fronteiro á tos cruzados, e Ih'a deuu. — Diogo do
ortaleza. E os repartio pelos Arioles
. . Couto, Déc. VI, 11.X,
e ííaires destes rios pêra lhes queimarem 1727. — «Arelhana de ouro, ou prata.
todos os Paraos que uelles houver». Id., — He a modo de hum cordão de muitos fios,
XII, IV, 5. com cadea sem fuzis, e com muitas voltas,
1701. —
«Arei nas terras de Cochim e com que se faz hum trancelim para o cha-
Porca, vai o mesmo que cabeça de algum peo, e no fim tem seus extremos do mesmo
povo: e na costa de Travancor dizem ^ra- metal. Também arelhana de ouro, ou
ze?», e corresiiondc entre U(3s, não a Conde, prata, de que usão os Príncipes Gentios
senão aos (luadrilheyros do lugar». P. — na índia, e os seus vassallos, serve de cin-
Francisco de tíousa, Oriente Conquistado, gidouro, sobre o longhim, que lie o primeiro
II, I, 1. pano immediato á carne, nas pontas tem

«A proa do batel capitaina o
1894. dous canudos, chamados Muges, em que
arei de Cochim, cujos pannos alvejavam metem seu dinheiro, ou diamantes, e hum
abaixo do tronco indeciso de contornos, no outro se tarraxa ás avessas, segundo o
escuro como a noite, dirigia a navegação, costume da índia». —
Bluteau, Supple-
evitando os baixos, aproveitando as cor- mento.
rentes, assigualando os sitios perigosos».
— Lopes de Mendonça, Os Orphãos de Ca- ARGALA. «Espécie de cegonha da
lecut, p. 133. índia». C. de Figueiredo. E o Lejj-
1588. —
«II Signore dei liiogo, che nella
Os ingle-
toptilus argala de Linneu.
lor fauella è nouiato Arei, haueua ragu-
ses chamam-lhe comummente adju-
nato quiui molto richezze». P. Maffei, —
Le Istorie, p. 3G3 tant. O termo provêm do hindust.
1590. — "Inter hos Arei erat (nomen haãgílã, que literalmente quero di-
est optimatium his locis)». — Litterae S. J., zer «traga-ossos». V. Glossary.
p. 904.
1823. — «... swarmed with gigantic
ARELHANA. Os lexicógrafos re- birds, the hurgila, from «hur», a bone,
gistam o vocal) ulo como antigo e do and «gilana», to swallow, larger than the
largest turkey, and twice as tall as the he-
procedtMicia asiática, e atribuem-lhe
ron». —Heber, Narrative, i, p. 55.
dois significados principais: «cordão
de prata on do oiro quo se punha à ARGARIS, ARGARISIS. Aparecem
roda do cliapóo como ornato ; espé- estes vocábulos na lista do panos des-
cie de cinturão asiático onde se traz pachados na alfândega de Goa em
o dinheiro ou se enfiam as adagas» 1G30 para Portugal, publicada por
(Dice. Contemp:). Bluteau descreve-o Cunha Eivara no Chronista de íis-
largamente, segando o seu costume. suary (i, p. 157). Parece que estSo
A palavra provêm do malaial. ara- por argasis e argasises, e provêm
rlriana (leia-se aranhanna), «cadeia do hindust. -persa gazi, «estofo ordi-
de ouro ou de prata que se traz em nário de algodão», com o artigo
volta da cintura» (Stolz); cinturão, árabe ai-. Primitivamente, argaris
cinto. E o mesmo que muiíz em con- seria plural de argari, considerado
cani. depois singular. Cf. boiazes.

1513. — «Mando que pagues a duarte 1727. — «Arganízes. Pano de algodão


barbosa vinte e três pardaos e meo por estreito, e grosso, fabricado na índia, de
huua arelhana e quatro perlas que com- dous palmos de largo, de cor azul, e branco,
prou pelo dito dinheiro. Arylhana de . servia para o reyno de Angola». — Blu-
pedraria que eu aquy comprey j^era man- teau, Sypplemento .

dar a el Rey. —
A. de Albuquerque, Car-
tas, v, pp. 474-475. ÁRIA. Em sânscrito a palavra
1514. —
«Trazião nas mãos bacias de ãrya, como substantivo, é designa-
ARIA C6 AKIA

ilo étnicA das trOs primeiras classos j^naçSo de «família indo-enropeia»,


!idendo-se por hido-europen a
ia proto-árica, já extinta sem
J* e do- i» ou iai»uument08, de que derivam as
.is;, ahoi.^ .. - ...,...- laJos. actuais, e restringindo-se o termo
Como' adjectivo, ãrya («=árico) árico ao indo-erâneo. V. Brugmami
Vitivo aos árias», e o Meillet. Note- se, porGm, que o no-
h. oa«»tH, ao nome, me proposto parece excluir o erâneo
à ea-^ _'nifica «no- ou o persa e que árico é mais sim-
'>rt?, • - *• ples, sendo por isso i:>r' foridn dof al-
'
,
Goorrr.^ficaraente, Art/ãvarta, no- guns filólogos.

lerno, é o «país dos Os


ingleses ailui'iai.iuj, i<>ii><».iiiU'
o Iliináiai.i ãt»' o Vín-
a índole da sua lingua, a forma
•« 6 os franceses a aryen, como

-tantivo e adjectivo. Os alemães


N I
]
1 1 1 í 1
-

C!|>i" jrática: dizem Arier ca Arianer (subst.) e


.'slico ^zoiuie),
arisch (adj.). Em
portuguCs, as for-
I, Erãni, Iran. mas legítimas sSo ária como substan-
tivo masculino e árico como adjectivo.
Na sua tumular (58() antes
inscriçílo
'! ''-">), Dário ehama-se *Ariya, Ariano denuncia influência estran-
tra — Arya, doscendente de
geira ; mas, como adjectivo, pode
passar.
]\ conforme o testemunho de

1 medos eram antiga-', «os Foi corrente por longo período a


teoria da unidade étnica dos povos
mente chamados Arias por todos os
povos». V. Macdonell (Index), Glos- que falam línguas áricas, inferida
« Tm Grande. Enctfclopédie.
ttiirif
como corolário da comunidade gloto-
t afini-
16gica. Muir arvorava-a em axioma

,::'**ft. do na sua primeira edição {Original


,;
^ Texts), moditioando-a pos-
sân.sento e persa antigo com o grego,
latim e outras líiiíruas europeias ovi-
: ate no sentido de mera pre-

dcnriíMi (i-sii'- 1<>L'(» a ri'M"»ssitindo do sunção, em deferência aos antropó-


logos.

.

, I
1866. -«*»>!. ..._
1; u 1 1 1 1 I /. I • - '
ill-

aventurou em pnncipios do século pre uVate iK)nto muito t. .• ó


' ' •//(•«; outros pro- '
< ' ' '•" ' '-^ de
rar
>a, e alguns a

!<• aryano*
a (Li Ur ta r y *

Adolfo l*ictet (Leê Uri- p. I6y.


- 1^'>í>). que IS-s .O-i Apwa^ tv i> (ís Aryaa
hin.l
do vo-
.i.i 1

tau «• eihnologos (1<

<
.1, Is aryas». - •IrtS

Abi. . \>. 37.


Vi f<>>Miii1iiiri.i ,1,1 Tiiiill,<iii<i !> tt:i1uvrn iiiKi 1iii;;ua «la fainiiia
arloa «!«> k'
•• rniuo hiu-

.Ift

cm
qualiti' li Arya >'» Aryas u-»-

iin-' .Ii' ])!n> li.\iit<

ikuu> w di llui.iua.. — /./ .


i».
H»'J.

IK^a —
«As raf.as •listiit<ta« da Intlia
iiltsl. du iSuiidJtuiité^ p. ,1'JO. ftio a nogr:\, % atuarulU, tourauiaua o a
ARIA 56 ARI MONO

anyana». — Adolfo Loureiro, No Oriente, dígena dos drávídas c em tanta maneira


I, p. ir)2. preponderante e arianizada». — Ilcral-
1884. —
«Cinco séculos autos da nossa do, de 10 de Setembro.
era, quando o buddhisnio ganhou prodo- 1858. —
«Thus all India was brought
niinio sobro a religião degenerada dos under the sway physical or intellectual
aryas, lienares tornou-se sob o nome de and moral of the alien race it was thou- ;

Varauasi, por ter sorvido de theatro às roughly Aryanized». Whitney, in —


primeiras praticas de liuddha. . .». — Id., Glossary.
II, p. 21)5.
1897. — «Famila Arica: liuguas árl- AR1ANIZAÇÃ0, Eoduçilo à civiliza-
cas, japMticas, iiido'eurojyeiaa, iiido-geriuá- çfio indo-árica.
nicas, i ndo-célticas As linguas áricas
. . .

— Gonçalves Via- 1875. *The lock at the back of the
são quasi todas cultas».
head, corresponding to the tail of the Chi-
na, Classificação summaria das línguas,
nese, seems to h.ave been considered as a
p.8.
sign of Aryanlsation, or submission to
1898. — «Dizem conspícuos autores que,
Ar\'an customs, and admission within the
ahi j)elo século xv, anteriormente á era
christã, os aryas entraram no Hindustao,
pale of the Aryan protection». Caldwell, —
Comparatire Grammar, p. 115.
oceupando priuioiramente o reino de Di-
1916. —The flesh and blood of the po-
Ihy». —
Oliveira Mascarenhas, Atravez dos
pulation was almost renewed, and social
mares, p. 8G.
1ÍK)0. — «Em épocha muito anterior ao
transformation as epoch-making as the first
Aryanlsation itself» —
The Modem Be-
alvorecer da história existia em região
rietv, de Março.
ignorada da Asia ou da Europa um povo,
conhecido hoje pela denominação de povo Com OS vocábulos ai'ia, árico e
ariano ou povo dosarias». António — ariano se formam alguns compostos,
de Y nsvoncclos^Grammática Hintórica, p. 9.
1902. —
«Foi apenas a nau que nos le- como proto-ária, proto-árico, pre-
vou, aos portuguezes de Malaca, a descer- -árico. PROTO-ÂRIAS sSo os primei-
mos á condição de degenerados, polluindo ros ou primitivos ái^ias, quando vi-
o nosso sangue aryano, esquecendo as
— viam em um núcleo comum, onde
nossas tradições europeias. Oliveira Mar-
tins, Portugal ?ios mares, p. 225. quer que este se loc<alize. Assim se
1902. —
Dirigia-se mais ás massas ary- diz o estado da civilização dos proto-
:

anas, e era escrito em línguas d'elles». -árias ; a religião dos proto-árias.


2'a-ssi-i/ang-kuó, II, iii, 5.
1903. —
«Já existia [o sati] pelo noroeste
PROTO-ARIO ou PROTO-ARIANO
da índia ao tempo da invasão de Alexan- (subst.). Lingua-mae dos dialectos
dre Magno, mais de três séculos antes de áricos ou arianos ou indo-ouropeus.
Christo, e foi tomado a outros povos, pois (Adj.). Relativo ao proto-árico ou à
não era dos Aryas vedioos». Ibid., II, — época em que ôste era L'ngua viva.
IV, 5.
1906. —
«Já 03 velhos brahmanes de PRE-ÂRICO (adj.). Anterior ao pe-
pelle branca e crauco luzidio, descenden- ríodo árico como raça pve-árica, ci-
:

tes directos dos povos aryanos, rece- vilização ])re-árica.


biam como hoje as offertas, que os crentes
traziam a Vichuú ou a Sivah». Hipácio — 1878. — «Que todos provêem de um
de Brion, Duas mil léguas, p. 104. idioma proto-árico,
indubitável...
é
1915. —
«A immensidade do Himalaya Como se foram separando as linguas desen-
despertou os primitivos árias, a saírem volvidas dessa proto-árica?». Vas- —
do planalto de Pamir e das raizes do Hiu- concelos Abreu, Importância, p. 32.
ducush, a se emigrarem e se domiciliarem 1903. —
«Poder-se há, talvez, em ciên-
no oeste e sul». —
Benedito Gomes, Afonso cia, considerar que todas essas línguas são
d' Albuquerque, p. 18. dialectos de língua commum, a que chama-
mos proto-ário; mas nada sabemos dela
ARIANIZAR (v. tr.). Submeter u senão por conjecturas e síntese científica».
civilização árica. Diz- se particular- Id., Curso integral, p. 10.
mente das raças anáricas da índia 1875. — «Tra
vocali dblle lingua
le

com protoariana eravi pure la sonante na-


relação à influência dos indo-
sale». —
Oreste Nasari, Elementi di Gram-
árias. Neste sentido também se diz matica Sanscrita, p. 5.
bramanizar.
— "Assim se arlanizaram atra- ARIMONO. É
registada a palavra
1900.
^ nos como antiquada e
dicionários
vés dos séculos as vastíssimas regiões aci-
ma indicadas». — António de Vasconcelos, cora o significado «cadeirinha, pe-
op. 10.
cit.,-p. queno- vehiculo, fechado e portátil»
1916. — «Eram uma poderosa tribu in- (Vieira). Morais e Vieira acentuam
ARM ATUIU A 67 ARROZ

arimono. Pareço quo aritnono está serem usadas nas egrejas no do-

uií^s norimono (q. v.). Só-
' • •
n V .. D. G. Dalgado.
'

1 uin escritor encontrei o I


.;ima ai-nnitoria j>or
e 08 lexicógrafos nJlo ci- servirem as lólhafi para adornar as
< >. igrejas.
166& — «Em huad arimono* (qae tfiíK). — «ín Horto Malab . . .
describitar
''ina, ^H])OiH'U^'ihns Soterttijoe
is Armatoira seu Pal-
— II .> .11 ui in 111- 1 'iii-i, I ' ;"'/' ! . 11. 111;;. ma d'igrcsia». — linmphiua, Herbarium
Ainholiome, I, cap. 20.
ARIPO. Joeirnmento das areias da
raia, onde foram enterradas as os- ARMEZIM. «lie hum tafetá ligeiro,
- '•—.1 apanhar pérolas e aljôfar, que vem de Bengala ha Arraozim ;

Evidentemente, o vocá- I. lisos, e outros de varias cores. Na


como Pauta dos Portos secos, e molhados
pro- se faz menvflo deste pano». Bluteau,

;

arippu, fjoeira, ba-


<lo nialaial. SxtppL «Tafetá ligeiro, que vinha
ui- •. O principal lugar onde se de Bengala e de lá trouxe o no-
iatica este processo tambOm se de- me». Cardeal Saraiva. Concluir-se-ia
nomina Ari/XK ARIPAR, V. int., e daqui quo a pátria da fazenda 6 Ben-
âBlPEIRO i^ào derivados portugueses. gala e que o seu nome provOm da
língua vernácula.
1618. — •Fomos Bahir destes matos janto
" """ ' ^r'--'-, ^''|ue caminhamos Mas o indo-inglês tem armoseen
e as cu» que an- e armosine, que Yule diz ser uma
Atreito (los 1'ara- espécie de sCda que nAo pode definir.
1 faziT as pescarias
>..- P. .Mamu'1 Har- Na segunda ediçilo, porCun, se de-
laritima, n, p. 94. fine: tSOda encorpada, quasi inva-
ii:irtos muita gente riavelmente preta. É usada para
o que cavando, fitas de chapéu e bandas nos fune-
lii'II:i iirsinr o
rais pelos que nJlo sAo da família do
ai .1(1

I>. M- defunto». Também se sugere aí que


U'. < > ijiif jiliguei e ouvi dizer, a derivaçilo é de Ormuz.
\nii\ aripando ncutas praias NAo deve fazer dificuldade .i v..-
iite duas luil pessoas». Id., — ferença da vogal inicial, pois que
Camfles chama i\ cidade Armusa (x,
113) e S. Francisco Xavit-r, Armu-
zia (lib. I, carta xiri). *Annu:ntim
autem est insula inter ostium sinus
duríuor the prooress Persici)). .len'mimo Osório, De liehus,
II, p. 108. Na C// •
",a
(l.').^,')) também aj :;i
• I v. ir li Iht'iii
— «El rev todobts anos merca treze
"1 Arlpo».
mill cavallos d'Armuz e da terra»

ARMATÓRIA DAS IGREJAS. PAL



(p. 69). — tTrelado do comtrato .•

MA DA IGREJA. Silo nonx's do unia «onçerto quo o ulor Dom


rvoro da Índia — Cycas eirvinalis,
Duarte de Moru"
d Arnntz ^
oiii td rf»v

un. «Dá-8«i-lhe o nome do palma


Doc. (fit . , . . .

i cgreja pela razSo de suas folha» ,

Vth< cianibcllotti, ormlalnl,


I. ric a<j isetta*. — G. Uaibi, Viaggio,
• .Ap<»«nr ffVnti paíirra err
ARROZ.palavra portuguesa ar-
.\

iOZy (íryza notira^ Linn <l*íriva do .

Ar. ar-ruzz, que presuiuivelmente se


'
uiiugui Viena. liga ao tarn. ariMi (an* em malaialai.
ARROZ 58 ARROZ

«arroz descascado», da raiz ari, 1554. — «ElRey de Baticalaa he obri-


guado paj^uar de páreas a Elltey uo.so se-
«limpar ou separar». Mas o gr. oryza,
nhor dons mill fardos d'arroz chanba-
do que procedera o ital. riso, fr. riz çal cada ano». —
SimSo Botelho, Tombo,
e iugl. rice, prende-se imediata- p. 243.
mente, conforme Yule, ao sânsc. 15G3. — «Mandou grande avondança de
cousas de refresco para toda 'armada, e
vrlhi. V. Glossary.
dous mil fardos de arros châobaçal, e
Constituindo o arroz a base da mil f/iraçal, e duzentos fardos d'acuquar».
alimentaçflo dos povos da índia me- — Gaspar Correia, Lendas, i, p. (i\)4.
ridional, numerosos silo os termos 1585. —
«Quinze fardos de arroz geri-
çal para os enfermos, e doze candins de
vernáculos que lhe dizora respeito,
arroz chambaçal, para os servidores,
alguns dos quais entraram no portu- se os já não tiver comprado do arroz, que
guês luso-oriental. As suas varieda- vem de Bengala». —
Archivo Port.-Orien-
des contam-se por centenas segundo tal, V, p. 1022.

Lopes Mendes {A índia Portugueza,


:

1G13. — «Em BaticaU fez o feitor Diogo


Cerveira também muyto arroz giraçal e
I, p. 50), as mais cultivadas om Goa chambaçal, enfardelado, muyto açúcar,
silo vinte sois, a sabei", asgó, as fjuy, e ferro».— Francisco de Andrada, Chron.
babry, belló, bilare, calaqui,
beily, de D. João IH, 81.
ii, íl.

1589. — «Le meilleur appellé Gira-


riz
calló ou cavaco,
caró-asgó, caró-
sal est de plus haut prix que celuy qu'ils
quendaló, calassó, carguntó, cotom- appellent Chambasal, et y a encore
barsal, dangó, dongorem, dovem-bim, d'autres sortes de Riz de moindre valeur».
dovi-patny, girisal, normaré, concho- — Linschoten, Histoire, p. 73.
ró, conchory, savó-quendaló, sirtô,
1711. —
«On cueille icy [MaduréJ diver-
sos especes de ris; le meilleur est celai
sirty, suncoly e tambri-patny. qu'on nomme Chámba et Pijanam; le
Os nossos escritores antigos men- premier croist et meurit dans I'espace de
cionam particularmente quatro va- sept móis». — Lettres Edifiantes, xm, p. 5.

riedades do arroz chambaçal, gira-


;
II. —
ARROZ GIRAÇAL. É palavra
çal, pacharil e pulot, que vou espe-
concani-marata, jiresal (Jirãsanna-
cificarseparadamente. nelii em canarôs) composta áejirém,
L — ARROZ CHAMBAÇAL*. O vocá- «cominhos», e sãl, «arroz» arroz =
bulo é híbrido, composto do dravi- cominho, isto ó, arroz^ que se asse-
dico chambã (chambã-nellu, malaiala-
melha a cominhos. E muito fino,
-tamul) e do neo-árico sãl (concani-
branco, perfumado e saboroso os ;

-marata), do sânsc. çãli, «arroz» em


nossos autores consideram-no de pri-
geral. Etimologicamente, chambã é
meira qualidade. Escreve-se também
«arroz do superior qualidade, com giriçal e geriçal. .

grãos brancos e bem cheirosos, se-


meado em Julho, transplantado em 1510. —
«E cada dose dias lhe dareis
Outubro e ceifado em Fevereiro». oito paras d aroz geraceil». A. de Al- —
buquerque, Cartas, ii, p. 85.
H. H. Wilson, Glossary. Os nossos 1516. —
«Cadano daa esta terá duas no-
indianistas,porém, reputam-no infe- uidades: ho primeiro he giracai, e he
rior às outras variedades o que se ; milhor, ho segundo he chamado acal ^, ha
podo explicar ou por deslocação do ho outro chamaom quanagas, ho outro pa-
cliary, e cada huu tem muyto diferente
nome ou por superioridade regional, —
preço». Duarte Barbosa, Livro (2.» ed.),
tendo cada região qualidades supe- p. -^ye.
riores e inferiores. 1563. — «O Rey lhe mandou de presente

1509. — «Meyo
para d aroz chambaçal
em cada huum mes». —
Alvará do vice-rei 'Acal —
se não está por açaí, como gi-
in Alguns Doe. da Torre do Tombo, p. 206.
— racai está por giraçal —
significaria «in-
1510. «Darros chanboçall três tempestivo», isto é, arroz produzido fora
mil e cento e cinquo páreas» [ =
paraas]. da estação pluviosa: sânsc. akãla, neo-árico
— In Cartas de A. de Albuquerque, p. Ib. akãl. Se é açaí, seria talvez arroz para cuja
cultura não é necessário pagar mais con-
tribuição, em interpretação do hindust.
í Chambaçal também se dizia outrora de asal-beriz, «contribuição ou foro originá-
uma espécie de^aca, q. v. rio»,
ARROZ 59 ARROZ

! fartfos rf'arrA* giraçal, e cem far- 1512. — «E caidam os dansd-^rcs das


'• aspar Correia, cousaí" >-rviço, p< pagar
r>9 mr»' á vossa - arroz
' ' .' uam por i he
to». — Afonso . .e,
I, p. 55.
: <;ehi de aluaro lopez almaxarife doe
m;tt:im'nt<>8 de cochym trinta ; i»z '

'— «SaxneSo mnito arroz, e hSa paohari e três fardas daroz e


ia- ' Glraçal, o me-
'
.seiscJ'tos eoquos». — Ibid , v, p. -uo.
ulia, df que sv 1727. — «Pacharil. Nome
que se di
jMiu- w iiit». Diogo do — ua India Oriental ao arroz, que se vende
i: V, IX, 2. com a casca, todo o arroz, que se come e
^' ^ • ' '• rírmz de qno ha I

'
uave^ra no Norte de Goa, se chama Arroz
mi; r he o gipiçal . Pacharil, dirterente do cozido, ou Geri-
d. "'•-'le se gasta uo Sul. O Pacharil be

811 branco, menos sadio, mas niaisgos-


G •lue ,o — Gtriçal. Bluteau, iSupple-
ItKJò. — «A i^ _'iioz três galli- ;
mfntii.— É confusa a descrição e errada
nh n- tiiil.i dia e •.
y eriçai em aiías- a distinção.
ta- \ iitónio tiocarro, Déc. Xlll, 1842. — «Arroz pacharil, 3.658 sac-
l> casD. — Annaes Maritlmog, 362. p.
— «Giraçal. He o nome da me- 1 1912. — «Serviam-se de arroz pacha-
-fix (!.^ n-r :; df toda a C-osta da rll, caril de gallinha, peixe frito e acepi-
pes». — O Ultramar, de 8 de Agosto.
j

•ia nas várzeas '

d:. -a Costa do Ca- 1695. — Sesta species est fíra$ Dyha-


nará-. — lilutiuu, ->.
l'P mento. tan, Portugallice Ârroê Patsjari, etijus
TTT— ARROZ granum minimum est, coctiumjue gratum
PACHARIL. Outra va- spirat odorem, estque pingue, et visco-
3 de arroz
'
tino, raas inferior sum». —
Rumphius, Herbarium Amboiuenêe,
;n por alguns !a VIII, cap. 30.
et icia ao Mala-
IV. —
ARROZ PULOT. i> r>|M-cie de
bar. i:/mpregava-8e o termo algumas
arroz da ludia insular, muito gluti-
vezes ou em algumas regiões para
noso. Do mal. púlot ou puliit. Tam-
denotar o arroz giraçal, como se de-
liOm se escreve pulo ou pulu.
pr

do Rm
• •
,

T.i que em >


l.')63. —
«Do arroz que comemos, vos
quero dizer que vem da Java a Malaca
caai 86 chama, jiresãi ou sãl traduz-
hum arroz que chauiauí pulot, o qual co-
se no I""-»" """'M local por pacharil, zi
"

'-• com o baft'o da aguoa,


não e-
L.
voga a voz qiraeal. !í
........ ai ús mslos e he tam húmido
'
-ua». —
Tl;
• java-
111'/. (M ari'iz -• ^.<ir/, ir;ii. tli
cora razão, pois nào é conht'cido D 'ou trás linguas do Are le
•>"''•' na lingua vornAcula. O ar-
fíde ter da«lo este pulol» . — < unar de
do na índia por refogado icalho.
1613. — 'V .V..1..-.. Mutro género de
arros azeyt Pu loth, de «jue
hn l.r.. .. .1. ... . • , ,.,.
é quasi semj)re par/iarii.
»; t.. 6
c ...nto h origem do vociihulo nJIo
uA . . . .i .^....„.ii».

pode assinar com segurança, por — .Manuel (y. de Krédia^ Oteiaraçam <k
M.lJnra. fl 10
ir
.1 r-i-- iz !>'.) 1 1 > F.
ite d»'> U malninla Cardint, liataUia», p. 227.
'"•'' qur ser o ótimo,
IHW riN?!'. h:\ «mi l.i-'hon n Qproz
,
pi.i.i
r carroz mal cozido». É
i<*a Latine
ÁRVORE DA FRUTA DO PÃO 60 ARVORE DE GRALHA

ARROZCARIL. Quere dizer «arroz 1916. — oÉ a arvore de pflo, ,Arlo-

e caril», isto é, refeiçíto completa carpus incifia, irmã da jaqueira. E uma


. .

arvore ornamental e o seu fructo dá um


do índio, constante do arroz, caril e jantar completo, frugal está claro, desde
acopipes. A loeuçílo é ainda hoje cor- a sopa até á sobremesa-'. —
O Ultramar, de
rente na índia Portuguesa, o inter- 28 de Setembro.
preta a do concani sãt-kodJã. V. caril. ÁRVORE DA RASPA, raspadeira,
folhas da raspa. E por estes nomes
1577. —
«O seu comer he como de gente
barbara: os Mouros he tudo bringe: e os conhecida na índia a urticácea/'Yc««
Gentios arros caril, não lia cutre elles aspérrima, Roxb., e a razão é que
potageus, nem as delicadezas de nossos as suas folhas sorvem para raspar e
manjares». —
Primor Honra, fl. 9 v.e.
polir a madeira em lugar da lixa.
«. . duas panelas cm que lhe fazem
.

arros caril, o qual comem em folhas de «Radix cum aceto e nuce Indica con-
figueira [bananeira] que são os bacios da fecto coutusa, et mane jejuno von-
terra». —
Ibid., fl. 14 u. triculo assumpta viscerum ardorem
1915. —
«Ainda tem íi]gm\s laques de compescit». Rheede.
rupias, 6 terra de arroz e caril e de
bailadeiras». —
O Ultramar, Dezembro 13. ÁRVORE DE CATO. É o nome que
191G. —
«Para mim quinze pardaos e
os portugueses deram à Acacia su-
arroz caril basta, e meus pacs deixa-
ram-me o sufficieute». —
Ibid., Julho 24:.
ma, Kurz, ou Mimosa suma, Roxb.,
por se fazer dela o cato, q. v. É
ÁRVORE DA FRUTA DO PÃO. É tambôm conhecida por «pau ferro».
Artocarpiis incisa, Linn. árvore A
ó indígena das Ilhas do Pacífico,
ÁRVORE DE GRALHA; ÁRVORE DE
RAÍZES FIGUEIRA DE BENGALA ou
onde a fruta serve em lugar de pao. ;

Em francos arhre^ a pain, em inglês


DA ÍNDIA. São denominações verná-
culas de Fictis Beiujalensis, Linn.,
bread-fruit tree. É tambôm cultivada
ou, com mais propriedade, Ficus In-
em Cabo Verde. Vid. Boi S. G. L.,
dica, Roxb. Uiz-se igualmente em
III, p. 651.
Goa vodo ou ollo, do cone. vad,
1838. —
«Esta arvore [do pão], cujo sânsc. vaia. Os ingleses chamam-lhe
fructo é tão útil, senão absolutamente ne- banyan-tree, e os franceses arhre de
cessário aos habitantes de muitas ilhas dos
mares do Sul, foi pa'incipalmente preconi-
banians. E
uma das árvores sagra-
sada como producção das ilhas de Sand- das da índia.
wich». —
O Panorama, de 17 de Fevereiro. Esta gigantesca ai\uif irm a pe-
1883. —
«Ha uma grande abundância ramos
culiaridade de lançar dos seus
em Bancau, Bucole e nas outras jurisdic- raízes compridas, que penetram no
ções arvores que 'produzem a fructa do
pâo, que é de grande alimento para estes solo e com o tempo formam novos
1)0V()S». —
José Vaquinhas, Timor, in Boi. troncos grossos. As gralhas acoi-
S. G. L., IV, p. 312. tam-se de preferência na sua basta
1884. —
«... junto do qual está uma ai'-
ramagem e alimeutam-se dos seus
vore immensa, de cujo fructo um javauez
me dil um exem})lar. Julgo ser a celebre frutos, que silo como figos miúdos.
arvore chamada do pão». —
Adolfo Lou- Daqui provêm os seus nomes por-
reiro, No
Oriente, n, p. 174. tugueses *.
1886. —
Costumam os botlos cultivar. .

— «Aqui [em Cambo, perto de Me-


arvore do pâo [artocarpns incisa), la- 1569.
raugeira, roniãseira. .». Lopes Mendes,
. — linde] foi a primeira vez que vi buas ar-
A índia Portiu/ueza, i, p. 237. vores que ha muytas na índia (ficus ethio-
1902. —
«O dr. Gomes da Silva divide pica similis iíidicis) as quaes do alto lanção
assim as fructas do sul da China; .Fecu- . .
raizes para o cluTo e assim multiplicão
lentas ou polposas: banana, castanha, mujto e he muyto para ver huas jái>re8a8
f ructa-pào». —
Ta-ssi-yang-kuó, II, iii, 3. e outras começarem a prender e outras
1908. —
«Arvore da fruta de pâo... descendo para baixo». — P. Monclaio, in
Esta bella arvore produz uma fruta oval, Boi. S. G. L., IV, p. 501.
muito parecida com a nossa jaca, embora
de dimen.sões menores, e a qual quando
torrada dá farinha de que se faz pão na 1 Há outra fruta de gralha, que é o pro-

Oceania, donde lhe veio o nome portuguez». duto de Melasfoma malabathricum. Viil. D.
—O Oriente Portuguez, v, p. 308. G. Dalgado, Flora, p. 76,
ARVORE DE GRALHA Gl ARVORE DOS SOMimEIRC^

Maldtva grande bre Dommé Arvore de Rays, e'est k


ah.M.i.,.,, ; .
a quo os i)or-
. i, dire arbre de ra.in.s 1, .m, 1 .^t merveil-
tu. igueira da India, leux à voir». — 1 '>ire. p. 105.
q. ;i h. _'iiiiraii. — l*y- líjHi). — «On I
, ,
HfT. et ar-
nU'! ':• I... .0. bre <ie$ lianiaus. et arbre de raolnes,
ir.:..» ilfjmis figos, h cause de Ia facilitt^ que ses branches,
que na lii>i n du gralha, mas qui portent des grands fíiamens, ont à
potiros. — i; Kl' i o, lílii t. traj ico - pren(Jre racine, et par eon.sequant à re-
ta,
a, X, p.
^. lUl. produire d'autres brauches». — Thevenot,
arvores de gralha \'o>iíi<ics, III, p. 7G.
001» que - '.
terra, 1G7'1 —
«We pitched our Tent under a
> oiitrn*» r: pron- Tree, that besides its Leafs, the Hranches
'< own Ki'ots, therefore called by the

,:ili>, Arbor de Rais». Fryer, —


; " t!"iK-" il"inic |ii 0- l\ast India, i, p. 2G5.
<'
gralha, i)<ir({iip na 1G7G. — «Les Persans Tappellent Lul,
i fruto, que por den- les Portugais Arber de Reys
{ancore
r í>> figo na côr, e na de raizes], et les Francois I'^lr^re de lia-
;rHuiiiirii it"> mnrtiiili08«. — l*. Fraucisco rti irce quo le.-i Hanianes, out fait
ie Sousa, Oriente ('Diiijiiiafailo. II, i, :?. 1' lis une Pagode avec uu Cara-
1717 i.'.,t,,. . ,.^ ,. .,;^
arvores que ali •uipagné de plusieurs
furs p(
petita
lias, a que elia- c tangs pour se
S( laver. " — Tavernuier, V'(oya-
.1..' lie pay.s arvo- (jes. II, p. 433.
res dos s; por costumarem 180i>. —
«Their gn'atest cnneniy (i. e.
. ns ..MIS Pa-
.i.-ll.'.s of buildings) is the Uanyci' Trr,,, Lord —
g rt, que Valentia, iu Glossary.

íy, p. rJ.
ÁRVORE DO PAGODE. L o nome
com o ^e outra admirável portujíiK-s tio pimpolo (q. v.), ou Fi-
nume de arvore de gralha; costumam CU8 reliijiosa, Liiin. A árvore é sa-
planta! vm i)n!niari « ininiaiuente humi-
:i
grada para os liiiuius, que, ])or isso,
d' iidim» — Fr. C.
d II, p. 340. a plantam ao pó dos pagodos. Os
'
— "Ad'nam o Oilih). (jue n<'>8 cha- franceses cbamam-llie fgnier des pa-
arvore de gralha, '^>!ir<- n rpial godes.
1883. — «As arvores de pagode
>. — «D- iid«i complcta-
(yícM* indica) a (iu»í os inglezes chamam
banian tree, formam um grande macissode
.

este 8er\ ikiÍízub fixas) as


verdura, com a» tolhas verdenegras e lus-
arvores do gralha que os Gentios pe-
trosas, e multiplicam os seus troncos pelas
Iftf» •ill- . , ,
1, riilo arrn?tqii''ni, V. S.*
riii/.w fiiií. lançam dos ramos superiores,
'••3
1108
s vezes um fixsciculo lie colum-
in». — f
n, .> ii:i>i ciitli.ilraf.'. i'i i|]iic:is. so-
I. i:l8
ido [A'ixnu] com «i. ite,
"'bre huma follia
re d e gralha)».— F. N.
I,p. )i2ò. —
O autor taz contusão com S
árvore de gndha.
u, p.
1H84. — nObserva-se
H'2.
em Samara uma
lao a canna grande arvoro do pagode conhecida
o do gralha (<>//<')
por /' KMict) bran-
, que chegam a vir co)». ; , in llol. S.
F. da CoaUí, Manual G. /.., IV, jt. !>.'>.

i. 30.
Arvore dos sombreiros ou pal-
meira DAS vassouras. K Cori/pha
''- I
,.......,«
llipÃciu do Hrion, Duas
.1.^ o
guarda-cliuvas dns lolha.*», e coutas
do rosário, das sementes- T") r:,
Dalgado, Flora, p. 198.

1'tiuiui», Iu^h11i!< Ai
cata»- I{
«Lludv proUuil uu certain sr- I, cap 7.
ASAS DE PEIXE 62 ASSANE

Arvore triste, é Nycuinthes 1840. —


«Exceptuam-se as barbatanas
(vulgarmente chamadas azas) de tubarão,
arhor trigtis, Linn., tnmbOm conhe- —
viola, buxos de peixes estrangeiros».
cida por «árvore da noite» e parizá- Ibid., p. 192.
taco. Garcia da Orta trata no Coló- 1843. — «Barca Marquez de Hastings,
quio VI «do arvore triste», e explica procedente de Bombaim, conduzindo :

1.287 |;zco« de algodão; 140 de azas de


o motivo do nome: «Dizom que esta
peixe». — Annaes Maritimos (parte ofli-
arvore foi filha de hum homem, cial), p. 30.
grande senhor, chamado Parizataco ; «146 picos de azas de viola e tubarão».
e que se namorou do sol, o qual a Ibid,, p. 37.

leixou, depois de ter com ella coii-


1884. — (í^eguiu-se uma fabrica de aza
de peixe. E asquerosa e de cheiro nau-
versaçílo, por amor doutra e oil a se ;
seabundo. Consiste na preparação de bar-
matou, o iby queimada (como nesta batanas de tubarão, que é acepipe muito
terra se costuma) e da cinza se ge- estimado na China». —
Adolfo Loureiro,
rou esta arv^ore, as flores da qual No Oriente, ii, p. 116.

avorrecem o sol, quo em sua pre-


1886. —«Os homens empregam-se em
pescar ao anzol tubarões e peixe viola, e
sença nao parecem». em colher. ninhos de andorinhas do mar,
. .

15G3. — «E também me lembra que


o
que exportam para a China, onde são muito
apreciados, bem como as azas daquelles
arvore triste, que estilam a agoa delle —
molhando os panos nella, he boa pêra os peixes». Lopes Mendes, Â índia Pariu-
olhos». —
Id., Col. de beire.
gueza, ii, p. 216.

1609. —
«Tem muitas arvores tris- 1900. «Aza de peixe. As quaes
azas não passam de barbatanas de tuba-
. .

tes, que todas as noites verão c inverno


rão, iguaria muito apreciada pelos chins
carregam de flor branca, ao modo de flor
e que é importada em grande quantidade
de jasmim, que cheira suavissimamente, e
de Java, Singapura, Piuão, Bombaim e
quando sae o sol, lhe cae toda, e tornando
a noite lhe nasce outra de novo». — Golfo Pérsico. Os clúns de Macau comem
em grande quantidade d'esta iguaria, que
Fr. João dos Santos, Ethiopia Oriental, ii,
p. 271.
é também reexportada para os portos pró-
1G16. — «A
arvore que se dá nas índias
ximos da província de Cantão E uma sub-
stancia gorda e cartilaginosa, considerada
Orieutaes, e chamam Triste,
é assim
chamada porque não floresce senão de pelos gastrononios como estimulante c tó-
noite». —
Pyrard de Lavai, Viagem, ii, nica». —Ta-ssi-yaug-kuó, de Abril.
1909. —
«Renda de buchos e azas de
p. 3tíõ.
1Õ78. — «Llamase este arbol, en Cana-
peixe. Foi creada em 1842». Amâncio —
rin, Parizataco: en Malay o Singadi : ylos Uracias, Subsidias, p. 152.
Portugueses Arbol Triste». Cristó- — ASSA-FÉTIDA. Goma resinosa de
vão da Costa, Tractado, p. 220.
1598. —
«L'arbre qu'on appelle Triste Ferula Joetida e F. alliacea, Boiss.
d'autant qu'elle ne fleurit que de nuict Os nossos escritores antigos cha-
tout le long d'aunee, peut estre mis en-
mam-lhe ingo (q. v.). A assa-fétida
tre les miracles». —
Linschoten, Uistoire,
entra como condimento em várias
p. 107.
1631. — «Quod haec arbuscula noctu comidas indianas. V. anjuão.
flores expandat, iude eam Lusitani Ar-
vore da Notte vocant». — Bontius, i//s<.
1563. — «Saibamos do que se chama
Naturalis, 49.
Altiht e anjuden, assa-fetida, doce e
\).

1673. — «... a Tree called Arbor odorata. Pois sabey que a cousa mais
. .

tristis, which withers in the Day, and nsada que ha em toda a índia e per toda-
blossoms in the Night». —
Fryer, East In-
Ims partes delia he esta assa fétida,
assi pêra mezinhas como pêra cozinha. —
dia, I, p. 116.
Garcia da Orta, Col. vii
ASAS DE PEIXE. São as barbata- 1510. —
«Turbitti, galanga, spico nardo
nas de tubarão e de peixe viola, que assa fétida, e lacca». — Barthema, apud
constituem um importante artigo de Eamúsio, i, fl. 157.

comércio indiano com a China, onde


ASSANE, assono. Lopes Mendes
sâo muito estimadas.
menciona estes termos, que repre-
1774. — «As azas de tubarão, e os ces- sentam o cone. axon (sânsc. asanà),
tos de galinhasde fora, e da Província, que designativo de três espécies de árvo-
passarem pelo dito caminho para Salcete,
toca o seu direito de Alfandega ao dito res de madeira ãxaii ou pãle-ãxan,:

caminho de Guddy». —
Colkcção de Ban- «tanoma quino, mareta branca» {Pto-
dos, I, p. 22. carpus marsupium, Roxb.) ãxan ou ;
ATA 6d ATA

mãrfiy «mnreta» {Terminaiia tomen- Nas esculturas de Bharhut, nas


' - " '' ' ~- teãxan, «benteca» • talhas de Mutlira e nas pinturas mu-
rais de Ajanta representa-se uma
HUB
assono
'iiveira (Junningham ideutiíica-a com Anona
squamosa, filia o seu nome indiano
~«). — «As i'ssrln;i;i^ ":ii-
at ou ãtã no sânsc. ãtrapya, e man-
>S<-i : asson '1' a),
iluyuaa, II, tém que 08 portugueses, introduzin-
do-a na índia, nílo fizeram mais que
levar carvflo para Newcastle.
Max Mailer, porOm, põe em dú-
vida a existência do vocábulo ãtra-
\trtu.a «iiiracào, pya no sânscrito verdadeiro ; e Yule
i.. - Jd., p. 247.
& Burnell sugerem que so tOm in-
• ASSUAI. «Ileroe, valentão, va- ventado nomes sânscritos para mui-
'
• . Os dSo este nome in(lif:en«i8 tos objectos só conhecidos nos últi-
U8 comjianheiros de guerra quo
(
mos séculos. Fundados na autoridade
i tem cortado varias cabeças dos do botfinico holandês Rhi'ode * e em
limigos» Katael das Dores. Do teto um vocabulário de Manila, presumem
iMuáin, adjectivo. estes autores que a ata e o seu nome
!"-'
foram ])ara a índia do México por
" '.cm (!<• adonio a<'8 valen-
\^-- Assoáes, quando se oc- via das Filipinas, emquanto a anona
rasu. — Annate Mari- e o seu nome foram de T' ola
P 181. por via do Cabo de Boa ;a. i

os valenides,
i
V. Glossary, s. v. mstard ajjjfle.
iiado.oassuaes,
iJo Cumpre contudo notar que se a
as Ano7ia squamosa entrou pelas Fili-
não levou consigo o nome de
-^,

— porque as línguas malaias lho


.

lllli.l <lir<iliii íiA "II i-iiiau.

J< uliEi), Timor, iu liol. S. G. L.,


nào dflo tal nome, mas o de nona, e
bom pode ser que ate ou atie do vo-
'S. — aNem semprA o qac feria oa cabulário de Manila seja de introdu-
;,,;,,.;.r,. ^
.,.,, u,.. ,i..,.,.„a cabeça.
• lo um
<;* l-rna. A planta ó também
,1 se dii
i do Brasil, onde se chama
i lun valen- igualmente ata ou ateira.

rol, p. 154.
.
i, FU>re» de
1745. —
«Das que há na Asia o ou pro-
vei na America, adondo hho iniiyto maia
ATA. Fruto de ATEIRA — Anona '^
•'
Atn*;, '' ' a.i, Jambos*. In —
»(piamojta, Linn. DA-í»»*-!he tnnihf-ni •<' no pau oa-

nome de Iruta do < A ata tra nteira, cujo
"1 .1 íorma ovóide glu intei-
ute hranea, contendo uns bagos •is-
* ... lea-
*
s de um. . .

!'» 11?!! «:
is Conde). TTw-
rdo Frau- ía». — F. N. Xavier, O OlH
-, '
•-- - .
')'
l^•a. -A —
I, n 249.
ateira (Anona êquamoM)
£ muito intricada a questão da
porque pro<lu£ um fructo, <{ue dá ans UTt»
•• '
'.; e de ' • '
de jaca, leva em algomaa paragena da coHa

é«to botânico qui« no Malabar «e


I >ii
mu
cliauia à» Tcxcs à ata jaca de
'. como aconteceu com o ci^n Manila», o à aoona y" i, «jaca
a goiaba. portuguesa*.
ATABALE 64 ATABAQUE

de Malabar os nomes de manil-jaca e ma- á noiva se lança primeiro ao pescoço doa


nil-p<mnt)8, parecendo importação de Ma- tangedores». —
Manuel G. Cardoso, liist.
nila; faz 8C uma arvore de mediana esta- trágico -mar itiina, iv, p. 53.
tura, nãr) passando de 5 a 5 ^ metros de 1608. —
«Antes delia ouue muitas ma-
altura. E sylvestre e brava em Jamaica». neiras de fogos no adro da igreja, que de
— H. F. da Costa, Manual do agricultor, ii, muito longe se viam com grande estrondo
p. 1;.7. de atambores, e atabaies (jue em terra
1672. —
«The plant of the Atta in 4 dos Christãos se não pudera fazer mais
or years comes to its greatest size».
f)
— compridamente». —
P. Fernão Guerreiro,
P. Vinceuzo Maria, in Glossary. Itelaçam, fl. 7.
1713. —
«Nous avons aussi, mais seulc- 1612. —
«Começarão os estromentos bel-
mcnt dans nos jardins, quelquea ates et licos de tambores, pifaros, trombetas e
quelques goyaves» (em Madure). Ldtres — atabaies». —
Diogo do Couto, Vida de
Edifiantes, xii, p. 87. De Paido, p. 45.
«Com grandes gritos, vozearias, taba-
ATABALE (niiiis us. no plural). linhos, trombetas c outros estromentos».
Tambor oriontal, timbale. Do ár. - /(/., p. 74.

aijhi. termo ora conhocido em Por-


1515. —
«Pagues a Jerónimo e a Diogo
e a Rodrigo todos três atabaleiros, o
tugal antes do descobrimento da iriãtimento que lhe for devido». A. de —
índia. ATABALEIRO, tocador de ata- Albuquerque, Cartas, vi, p. 48.
balo. ATABALINflO, tamboril. ATA- 1.553. —
«Aos atabaleiros, que estão
BALINHEIRO, o que toca atabalinlio.
no paço, outro tanto». João de Barros, —
Déc. 11, X, 7.

1445. —
«Huns sao atabales Mouris-
1554. — «...todos cheos databaley-
ros com 03 atabalies polias bordas dos
cos, os outros huma espécie de violetas —
daquellas que nós tocamos com arco». — cadafalsos da parte de fora».
Resende, Chron. de D. João 11, fl. 81.
Garcia de
Luís de Cadamosto, Navegação Primeira, —
1634. «Anda com toda a dita gente da
cap. G8.
fortaleza huma trombeta, e três ataba-
lõOO. —
«Os Mouros principiarão a ar-
leiros». —
António Bocarro, Livro, in O
rombar as paredes da casa, de modo que
Chron. de Tissuary, iii, p. 223.
no espaço de meia hora a deitarão toda
por terra, ao som de trombetas e ata-
1685. —
«Os que se seguem são casta
mais baixa: atabalinheiros vão á guer-
bafes». —
Navegação de P. A. Cabral,
ra para os tocar, e se recolhem com a sua
cap. 17.
1Õ13. —
«E, se tangiam os atabalies
companhia». —
João Ribeiro, Fatalidade
em ha terra firme, ouuem nos na ilha». — histórica, i, cap. 10.

In Cartas de A de Albuquerque, iii, p. 368. ATABAQUE. Tamboril oriental.


1520. —
«Tinha quatro cadafalsos en- Parece que o étimo ó o persa tahlak,
vestidos na parede, dous de cada banda
para manistreos, e lut mui grande aa mão com a protético, que também pode
direita da entrada jiera bastordas, c ata- estar polo artigo árabe ai. ATABA-
bales». —
Rui de Fina, Chronica de QUE IRO, tangedor de atahaque.
D.João II, )). 118.
1511. — «N'esta lantcaa se embarcou 1515. —
Per este vos mando que des ao
António de Faria, e chegando ao caiz com ojar (V) por nome tijava duas /a razoZas de
grande estrondo de trombetas, chararael- cobre pêra fazerem huum atabaque». —
las, atabalies, pifares, atambores. .». . A. de Albuquerque, Cartas, iv, p. 245.
Fernão Pinto, Peregrinação, cap. 68. 1512. —
«Per este vos mando que des
1552. —
«Cessou o estrondo das trombe- a dezoito halagates e a seis atabaquel-
tas e atabaies e começarão entrar na ros que handam com Lourenço Preguo em
pratica, depois que se tractarão as corte- guarda da Ilha de goa a cada huu huu par-
sias, e ceremonias da primeira visita». — dao». — Id., V, p. 244.
João de Barros, Dóc. I, v, 3. 1525. — «Vem
muytas molheres tam-
1552. —
E chegados a ela tangerão as gendo muytas trombetas, e atabaques,
trombetas de gouernador, e os seus ata- charamellas, e não como as nossas». —
baies». —
Castanheda, Historia, iii, c. 26. Chronica de Bisnaga, p. 108.
1557. —
«Mandou logo trazer a bandeira 1552. — «... acompanhado com grande
atabaies, e ajun-
real, e as trombetas, e numero de vassallos, estrondo de bozinas,
tou toda a gente da Armada». Commen- — atabaques e outros tangeres a seu modo
tarioi, II, cap. 25. por festa» (no Congo). João de Barros,—
1565. — «Tamjem anoitecer huns
ate Déc. L h 9-
atabaies como os das nossas canas». — 1554. «. —
e com muytos instrumentos
. .

Itinerário do Mestre Afonso, in Ânnaes Ma- de marfim, e atabaques, e outros estro-


ritimos, IV, p. 53. mentos cantando iodos muytos louuores dei
1585. —
«Tangem se entretanto muitos Rey de Portugal». —
Garcia de Resende,
9tabales, e tudo o que se hade oíferecer Chronica de D. João II, fl. 103.
ATALAIA G5 ATALAIA
ir»f)7 — «Oa ?rit4>a (\nm Ifoumg,
'
t* os tun- on do aviso», c Embarcação, de que
''•''
" •
..-
ti .

usam na índia, que ho barco do re-


t. ii-
mo, e muito lepoiro». Viterbo.
eap. 28. Nilo ó fácil discernir se os portu-
'•'"»
-«E . ,^
ata- guosos estondí-nun, por analogia, o
inhos. < lea do
t»'rmo quo recoberum dos árabes
'. 1. Muiu laii», iti Din. .>. (t. Lé.,
[at-tula'a), ou se adoptaram algum
... /.). _ -í >> ...,i., ....., .>.. ,„.;f.. t., ,.,»„.„. vernáculo. Pelo modo como os nos-
lhe hú atat !ii
sos escritores o interpretam e cir-
Í?ÍV. r^:i> ,
... .IS
cunscrevem a Diu e ao Canará, pa-
'que e
- , .1, (.'ruz,
rece que ó do origem indígena. Kâo
so conhece, porém, actualmente ne-
!«>8. ou ataba- nhuma embarcação indiana com se-
queCf torinmi'is d* s occoí de
melhante nome e significado, a nSo
crrnri'lf hnrri^:í. • a; 1boca, onde
— Fr. Luís de ser atãti, derivado do sânso. aftãla
nfjftx. ti,p 415. ou attrt{i{kã)y que quero dizer tan-
'S dar superior de casa, tOrre ou posto
de observação», e é usado em gu-
Lio» lie ii -•>.

.1, Os Or}- a- zarate, marata e hiudustani. £ muito


' y -^ natural que o barco de vigia tivesse

ATABAQUC. liegistam alguns di- um lugar alto, destinado a ôsse


fím.
mários o vocábulo como tormo
'ii-
1512. —
«Iliam se laançar ao monte dely
t^ e quall quer atalaya ou parao que vinha
por Domingos de goa pêra cananor, pegavam logo com

'

. ••i (t .•ii< 1 tu ti >f u í»in


elles». A. de Albuqu(>rque, Cartas, i,
p. 44.
• Fazia saber que se fazyam allj quinie

ATALÁ nãos como as no.sas, afora outros navyos de


• (s. Setim indiano,
m.).
', . -
..rpado do que o ordinário.
rrcmo que se chamam a/a^a^u. — lbíd.,ui,
p. lí>9.
muito asado om indo-por- 1514. — «Chegaram quatro ataiayas
'
'hi8 ò cor- »1'
'
láa goa, as quaes vinham a çur-
r. -CA de diogo fernaudoa'». Id., —
I, .,.,^
i,

Kiicarlatfl de Damasco, alca- 1516. —


»Tem muytos uauios de remos
' '
.
' — Joaquim muy concertado.^ c apontados, soma deles
1.. 440. muy pequenos e Iip*"iros em estremo, ha
' '
ataiayas» (em Diu).—
/yi'Ti), p. 275.
, vir •]<<!- ntnlpln^ ni]g
S,

j
.. i».
— Castanheda, Htttnria, i, cap. 26.
«Metidos no porto vararílo a nao em
terra e salvnranse em dua.s ataiayas». —
lã iti, Tip A 1
,

15.. is
tyrf •
j.re
AM.ãr.l.
«, que
.1! con-
>; iljua». —
.Au 21u. — T;ivuri. /c*, v, IM Ir.: 'iiS

ataiayas, is
I'

art<'iii:iri;i airaiicoiiu — ('i>miiif!iii.irfis, I,

ATALAIA. Al^m dos siguiHcados. cap. 34.


'•'-•' r....: •

•....;.i^o,
'

>yn»
•iro do remos, que sorvia do vigia j
J^nda», i, p.' ôíifií
6B ATAPATO

# ATALAQUE. Clieí»; distrital em ATAWBOR, tambor. K outro nome


algumas partes da Insulíndia. Do de hétele. somente usado pelos nos-
raal. ata8-lãki, «homem principal, sos primeiros indianistas. Do ár. at-
maioral». -tainhul <
persa tambíil sfinsc. tãni-<
— «Os que em Solor são Sangue bula, corrente em idiomas neo-áricos •,
1(532.
de Pates (q. chamao pelas outras Ilhas
v.), 1326. —
«Depois trazem o tambul que
Atalaque». — Fr. Luís de Sousa, Hist, ellestem em grande estimação, e com que
de S. r)omingos, iii, p. 281. obsequeão os que os vem visitar; e quando
«Santa Luzia, na povoação Sicca, onde o Soltão o dá a algum, equivale a hum do-
era Atabaque D. Cosmo, muito bom nativo de ouro, e a huma pelliça». Ben- —
Cbristão». —
Id., p. 287. Batuta, Viagens, i, p. 113.
1767. —
«Ha em cada povoação hum 1498. —
«Na qual talha lançava bagaço
maioral, a que chamão Âtacabel ou Ata- de huas ervas que os homens desta terra
laque, a que se sogeitam, no governo, e comem pel) a calma, a qual erva chamam
castigo, e o seguem como a seu Capitão». atambor». —
lioteiro de Vasco da Gama,
— Fr. Lucas de Santa Catarina, ibid., iv, p. 59.
p. 658. 1502. —
«Tinha á roda da cabeça huma
grande toalha de seda á Mourisca, e a
*ATOL. Grupo circular de ilhas
boca chea de atambor que não cessava
baixas de coral, também circulares, de mastigar». —
Tomé Lopes, Navegação
que circunscrevem uma laguna, e de (2.' ed.), p. 172.
que se observam espécimes nas ilhas 1505. —
«Aqui [em Quíloa) se cria tam-
bor, que tem a folha como a era, e criamse
Maldivas ^. Foi Darwin o primeiro
como ervilhas, todas tem páos ao pé». —
que tornou sciontííico o vocábulo, In Boi. S. G. L., XVII, p. 358.
que na língua vernácula se pronun- 1563. — «Somente sabei, que Avecina

cia atoJu e que Yule julga derivado chama ao betre tembul, e parece ser vo-
cábulo hum pouco corrupto, porque todos
da preposição singalesa atui (etul), lhe chamão tambul e não íem6wZ.>. Gar- —
«dentro de». Os nossos escritores cia da Orta, Colóquio de beire.
charaam-lhe patana, q. v. 1298. —
«Di continuo portano in bocca
— vna foglia chiamata Tembul per certo
J615. «São divididas [as ilhas de Mal-
habito et delettatione, et vannola masti-
diva] em treze provincias, a quo chamam
cando, et sputano la spuma, che la fa». —
Atol Ions, que é uma divisão natural, se- Marco Polo, apud Ramúsio, ii, fl. 56.
gundo a situação dos logares, de forma que
cada Atol Ion é separado dos outros, e
1510. —
«E mangia ancora certe foglie
d'herbe lequali sono come foglie de melan-
contem em si uma grande multidão de
— Pyrard de Lavai, Viagem, gole, che alcuni chiimano tambor».

ilhotas». i,
Barthema, ibid., i, fl. 157.
p. 8.5.
1858. — «Atol Ion. Assim se chamara os
1588. —
«Quiui era presente vn vecchio,
che teneua iu mano vn piatto d' oro, eutroui
pequenos grupos de ou subdivisões
ilhas,
Malabarico, onero dei
do grande archipelago de Maldiva». Cu- — foglie dei Betele
Tambul Arábico, le quali foglie li prin-
nha Eivara, ihid., p. 82.
cipi Indiani masticano, perche fanno buon
1880. —
«Occasionalraente eram arre-
íiato, leuano la sete, e nettano lapituita».
messados fcôcosj ás praias em ditferentes — P. Maffei, Le Istorie, p. 53.
regiões na extensa corda de innumeras
ilhas baixas e atolls, conhecidas com o É
nome de Maldivas». —
Conde de Ficalho,
*ATAPALA (sing, attã-pãla). a
Flora dos Lusiadas, p. 86. guarda dum dignitário em Ceilão.
1842. —
«I have invariably used in this
1635. —
«Logo acudiu a sua atapala,
volume the term atoll, which is the name
given to these circular groups of coral
que são os da guarda do dissava». An- —
tónio Bocarro, Déc. xiii, p. 407.
islets by the inhabitants in the Indian
Ocean, and is svTionymous with lagoon Nome
islands. —
Darwin, in Glossary.
* ATAPATO (sing, atapattu).
do capitão da guarda do rei de Cei-
lão.
* «As quaes iilias são huma das cousas
admiráveis do mundo, comprehendendo
cousa de duas mil ilhas, das quaes cem, 1 Os nossos antigos escritores dizem
ou perto disso, são juntas, e esféricas como muitas vezes atambor por tambor. «O Hei
o circulo, e tem huma entrada como a manda tanger seu atambor, que sendo
porta, pela qual somente entrão os na- ouuido de qualquer parte que seja logo
vios». — Ben-Batuta (1343), Viagens, ii, todos se afastão». —
Gaspar Correia, Len-
p. 264. das, III, p. 765.
ATI A 6" AVACAKI
)>']>' - Sn dinntoira o sou ataoato. '
Cvavr^.->., ,'•
raract-Tísfl (litTo do tipo

J.,
d
AVAiNlA 68 AN

meliácea sub-arl)nstiva, muito comum airiiora piú che, mai exorbitanti» Pietro —
delia Valle, Viaggi, iii, j). 417.
cm (jroac nO]\Ialabar. E acrescenta: 2G66. «— . ni en un mot personne à
. .

((As raizos desta planta tCem sido qui un paysan, artisan on marchand se
ultimamente! muito (exportadas de pui.see plaindre dans les avanies et ty-

Savaiitvadi para a Allomariha, onde rannies qii'ils leur font tròs-souvent«. —


Bernier, Voyages, i, p. 313.
Silo usadas nas broncliites e dysen-
1G()(). —
«Et alors outre qu'ils seroient
terias». exposez à des coups de baton, on leur fe-
Quanto à etimologia, parcce-me rait encore une grosse avante, et on en
que o vocábulo so liga ao cone. oii- a fait à quelques-uns de plus de diz mil

kãrl, no sentido de planta emética»,


livres». — Thcvenot, Voyages, iii, p. 5.
I(j99.— í-ll leur faut neanmoins d'assez
do onk, ((V(')mito», assim denominada grands fonds pour pouvoir entretenir leurs
pelos médicos indígenas com referên- Catechistes, et subvenir à une infinite de
cia aos seus efeitos. frais et d'avanles,qu'on leur fait» (em
Madur(3). —Lettres Edifiantes, i, p. 18.
Í563. — «Ha
também nesta ilha luima
arvore pequena, e porem de maior canti- AVATAR. Encarnação dos deuses
dade que estoutra frutice tem as folhas e
; hindus, e em particular as do Vixnu.
u flor como murta, e dá a fruta como mur- Ivopes Mendes descreve largamente
tinhos, e do mesmo sabor, mais estiticos,
— os dez avatares de Vixnu e dá '

e chamão esta herva avacari». Garcia


da Orta, Col. xxviii. suas estampas. Emprega-se o termo
lyOl). —
«Por exemplo a citada n%r&ja- em português metaforicamente por
wla alata, chamada por Garcia da Orta «transformação». Do sânsc. avatãra,
avacari, de mncaré que significa nau-
seas, se em))rega aqui na dysenteria». — literalmente «descida», subentenden-
O Oriente Portvguez, vi, p. 377. do-so «do céu h terra».

AVANIA. ((Vexaçclo, que os turcos, 1837. —


«Cada uma destas incarnações,
ou avatares, como clles lhe chamam, ge-
faziam aos cliristílos affronta pú-
rou uma diferente deidade, que tem culto
;

blica (Gr. moderno abania)». C. de particular». —


O Panorama, de 8 de Julho.
F'igueiredo. Devic acha difícil a eti- 1850. —
«Contam- se vinte e quatro En-
mologia desta palavra, que primiti- carnações de Vissunú, sob a denominação
vamente níío significava, segundo de Autar». —
F. N. Xavier, O Gabinete
Litterario, r, p. 39.
C4e, ((desprezo», que é o sentido do 1886. — «Na Harypurana, terceira parte
ár. hauãn, que também se aponta da Fíirana emanada do Vedão [Veda],
por étimo, mas simplesmente tributo, vem descritas as dez encarnações de Vish-
multa, soma apagar, direito de pas- nu chamadas Avatars, (jué os chitaris
[pintores] representam muitas vezes a ca-
sagem. Presume ôste etimologista pricho, e quasi sempre incorrectamente».
que o «fr. avante, port, avania, ital. — Lopes Mendes, A índia Portugueza, ii,

avonia, baixo grego, abania, corres- p. 72.

ponde a um termo do Levante aivãnl, 1906. — «Vichnú acha-se representado


em todas as suas manifestações ou avata-
que não está nos dicionários, e que res dezenas de vezes repetidas». Hipá- —
parece ligar-se ao velho termo de cio de Brion, Duas Mil Léguas, p. 39.
que veio o latino angaria, «serviço 18 sO. —
«Parece condemnado a identi-
ficar-se com alguma das encarnações (a va-
forçado {corvée))^.
táras) de Vishnu ou com o lingam». —
16(i3. — «Temia o que
depois succedeu, António de Almeida Azevedo, As Commu-
segundo de lá escreveram, que os turcos nidades de Goa, p. 44.
de Alepo mandassem em minha busca, ou 1904. —
«... por tal forma actuaram na
o vice-bachá de Alexandria me fizesse al- sensibilidade do nosso singular Fernão
guma avania, quer dizer em lingua turca, Mendes que determinaram o seu novo
vexação e tirannia». —
P. Manuel Godi- avatar no sentido da exaltação mystica».
nho, lielação, p. 230. — Cristóvão Aires, F. M. Pinto, p. 11.
1.^80. —
« esser buona cosa à i mer-
. . 1912. o Robespierre, Marat, Saint Just,

canti, che arriuano in qnesta città di dar Carrier, Fouché, Tallian, ha mais de um
in gola ai Sangiaccn di Giuba, & suoi Emin-, século (iestroncados e em pó ou, pelo me-
perche s(mo facili à lasciarsi persuadere nos, em pó ainda mexem, sob avatarS
le uanie, che quei Mori leuano à i pas- tragicamente caricaturaes». O Dia, de —
saggieri». —G. Balbi, Viaggio. fl. 17 v. 31 de Dezembro.
162Õ. —
«Alcuni dissero ciò non conuc- ! 1916. —
«Esta consciência de existen-
jiire per le auanie de' Turchi, che erano i cias anteriores, vaga lembrança de varies
AVi:.L «O AVtL

avataras, M-
AVESTA 70 AVILDAR

evacuar as tripas e o estômago so- #AVÉSTICO. Referente à língua ou


mente e purga muito bera, sem ne-
;
à doutrina do Avesta. Como subs-
nhum perigo, nem damno. E muytos tantivo, designa o idioma do Avesta.
a misturam com oxpresam de tama-
rinlios e por exjieriencia achei ser
1878. «.— deram nascimento ao grande
. .

; império persa, á. religião de Zoroastro, á


muito boa. E se Avicena entende antiga lingua persa, em que foi escripto o
deste óleo, que he bom nutrimento, Avesta c se denomina o antigo baktrio,
diz vordado».
ou mais vulgarmente o zende». Vascon- —
celos Abreu, Investigações, p. 25.
O Conde de Ficalho comenta :
«Em alguns textos avesticos lê-se
«Nas propriedades medicinaes do também iudra». — Id., p. 40.

óleo, Orta distingue o óleo dos cocos 1903. — «O


estudo do Avestá, o dos
cuneiformes, o do budismo e páli, o do
frescos do óleo de copra, louvando
sánscrito, prosseguem ainda hoje por im-
muito o primeiro como uma excel- pulso dado por esse gónio privilegiado». —
lente «mezinha purgativa», que elle Id., Curso hdexfral, p. 22.
receitava varias vezes. Na.o propria- 1903. «Etimologicamente, porém, Arya
era o nome do povo que habitava entre
mente o óleo, mas o sueco espre-
a índia e Persia, do paiz Airya, occupado
mido da amêndoa pisada ou raspada pelos adoradores de Ormuz... como é
— o que se approxima da preparaçflo chamado Airyanen vaézzíS, .4r/anMm semen,
indicada —
tem sido recommendado no Avasta ou Avesta».
-yang-kuó, II, iv, 5.
In Ta-ssi- —
como fortificante, aperiente, e em 1912. —
«Tiele sugeitou á severa critica
certos casos activamente purgativo». a excêntrica theoria de Darmesteter, e
A «espressilo da amêndoa pisada chegou a concluir que o Avesta data de
ou raspada» denoraina-se «leite de 800 a 1000 annos antes da era christã». —
coco», que ninguém conhece na ín- O Oriente Poríugiies, ix, p. 176.
dia por
«activamente purgativo».
c. 1030. —
«He saya that he has endea-
voured to correct his account by means
Orta fala de duas espécies de óleo of the Abasta, which is the religious
de coco quanto à matéria, processos code (of the Zoroastrians)». AI-Biruni, —
in Glossary.
e usos.
1884. —
«And this religion, that is, all
the books of Avesta and Zend, written
# ÍNDIA. E o nome an-
AVELÃ DA with gold ink upon prepared cow-skins,
tigo da areca, dado por analogia, co- was deposited in the archives of Stakhar
mo ^^o à «banana», j9e/'rt à «goiaba». (Istakhar or Persopolis) of Papak». —
Dosanibhai Framji, ibid.
1516. — «Verde [bótelej he sustancial, 1885. —
«Avesta- Reunion des trois
. .

com avelana India, ou areca, e com a premiers livres du Zendavesla; ces trois
call». — Tfimé Pires, Carta a elrey, apud premiers livres sout le Vendidad, le Yaçna,
Cardeal Saraiva, vi, p. 42r). et le Vispered». —
Littré.
IfjGS. —
«Do que chamamos em Portu- 1914. —
«Indra who is the principal
gal avelam da India falemos, pois me God of the Indian pantheon is rejiresented
dixestes no hrtre que he muyto usada as a fiend in the Avesta». Dalai, A —
acerca de todos». —
Garcia da Orta, History of India, i, p. 24.
Col. XX.
1578. —
«Llaman los Arábios, Faufd... # AVILDAR, ãbãldar. persa ha-
y los Portugueses Auelan da India, vãldãr significa literalmente «ocu-
y Areca». —
Cristóvão da Costa, Tracta- pador de cargo de confiança» os ;
do, p.94.
1585. —
maratas deram-lhe o sentido de «co-
«... con quel frutto che doman-
dano areca che anticaamente chiamavasi mandante de fortaleza ou governador
avellana Indica» —F. Sassetti, Lettere, de praça forte». No exército indí-
p. 239. gena da índia Britânica havildar
(do hindust. havildar) corresponde
AVESTA (s. m.). Nomo dos livros
a «sargento». Nas duas últimas abo-
sagrados dos antigos persas e actuais
naçòes avildar é «autoridade fiscal».
parses, atril)uídos a Zoroastro e co-
mummente conhecidos dos europeus 1631. —
«Só escrevi ao Avildar deste
por «Zend-avesta» (q. v.). Do ant. Conquão, que é o capitão de Pondá Tor- . . .

nei a escrever a este Avildar e Capitão


persa abasta, avistãlc em páhlavi, que eu não avia de romper a guerra». —
que signilica «lei». O Chronista de Tissuary, i, p. 91.
AZ AU AIA 71 AZ, AU A IA

.:a, — "Trazem tambrm


l.'»!»;. nas mãoe
azagaias; e niuyt. ar.im.s > r- frr-chas
mcSa»». — Duarte 1

l.ViO -«... ac ,

Ai., ••<. <li.|l<'s com aiLo-. e tict-lias, e outioá


azagayas, e eseu(l<>.s». — Kui de
— CufiUiO tiu (iuatll;^ Vuiu dl l*iua, Chroii. de Jt. João II, jt. \'.i.

Ibil. — «Eutre elles [abexins] nam ha


1» 1 1. - «C'listifiiiii K aa- outro género de annas, que Azagayas,
dna Avildares unaiKi" nas quaes trazem afigurada a lantM t<iin
i> (jiic iiuin que nosso senhor Jesu Christo foi ferido».
'.,
e 08 ditos — D. .JoSo de Castro, Roteiro do Mar lioxo,
ic huus p. 75.
liizenda 15Õ4. —
• Vimos sahir de um mato para
11.., !>.•?•. — Mar- onde estávamos um ajun*- • ]<' cafres,

';ào de liando», i, que traziam entre si a • nu, com i

r um molho de zagaias h- oi.,.. segundo . i

1813. — «Estes fi'iros continuaram a se- seu costum»;).». —


Manuel Perestrelo, Hi«t.
rníii ri ri ••iiíliil. ,•; HiTiiifi' :i .Imif i il:i Ka- Trayiro-marititna. p 88. i,

por I.ÕÕ7. — «Achou


ainda muitos mouros
/\ ^ ; se. com azagaias, e ada<^as que esperaram,

! ,
:

oontri- e troiLxe-os todos á espada». Commenta-


I . s Mari- rios, I, cap 10.
timof, p. I.
^

lf)Gl. —
"Furam de cima feridos de tan-
I»i7i. — tiSfotfiars or Centurions, Subi- tas azagaiadas e frexas, que foi neces-
dart, Havaldars, civil Governors, Ge- sário remarem atrás». Henrique Dias, —
ii.-i;il3 ..I h"i-lif i".- 1". -)i 'p-ip. — Frver, Easl Hi»t. Tragicn-maritima. iii, p. 1(.>0.
India, II, |>. 4 15tíy. —
«O que mais pode e mais tem
acaba tudo com Principes a quem peitâo,
AXERI, xeri lui.u- cwi:,. i.>;. An- e cll' azagayap e mafar como
'

t.pa moeda do prata de Diu, do va- lhe \ .ide». 1'. Monclaio, in liol. —
on 12 pero(jÍ8 ou
!<) réis S. G. L., IV, p. 543.
t' x. Provável monte do persa 1572:

êheri, derivado do êher «leão», que tlfat os Moaroc que «ndnvam pela praia,
Pi>r lho flpfpHflcr a «irTin despíri la,
'tindustani também se aplica ao
.•t. A moeda teria numa face a
Ou
o ou de tigre, donde
(^amftea, LiuiatUu, i, 88.
nome. V. atiá.
— «Todos foram mortos ás aza-
1Ó77.
16M. — •'íO fMpa» d*>stai! se faz huuin gayadas». — I*rinujr e Ifnnm. 22 f fl.

axery, 'i rata que ora liiW. — «As ináigni.)- ii>it3o[de


iDfrc. 1 tiolioxery Massapa]. e da sua j
.A uma
'

lios das azagaia ;»-to, uçi s>de


'TO do» uma vai lis ou m*-' una
'•>. — ir .ici.io dos
d, I, p. VM'>.
AZAGAIA (fr. aumgaye, ingl. a««a- M.i... --...À i.i.ir.i . 1.
' nzagaya
'/at, aMseijais, zagaia. Lança curta. tem IO pahno.s lif cfin c* usâo
•.• to dentas lan^-as d« u. .....< .--..«. — M«-
G. de Er«''«lia, I)ecluraç(tm<le Malaca,

«i'.irn armas usam só dardos, a


.un azagayas, que elles atiram
se formam os derivados azatjaia<ia e 'ramentco. — Pyrard de Lavai,
-n.
— p«Depois
'
'.
(izagaiar. ,

1622. toiios os «-af


lllfí - ..í*rir.i nffrn.lnr f.--!!! quaiitidadr P«nvo.T;.T'i jiintoji nos vieram com
undo a rft:iL:u:n°«la com mui-
azagaiadas < J. F. de
IX, p 61
••m innv

train atirar rooi h&aa


19, .lU.- ti

moor» :\ paiwagflim,
tpii' nas oil uM'.s i-iu nil"' w achou fe-t
AZEBRE 72 AZULACRE

sempre, o que se deve a bom soldado, sa- rins fque são os moradores desta fralda do
bia desta com duas zagaiadas perigo- mar) o chamão cafecomer, e os Castellianos
sas». —
Bernardo Feio, Jíifl. Troyico-ma- acihar, e os Portuguezes azevre ; faz-se
ritima, x, p. 137. do çumo de huma herva depois de seco, e
16G7. —
«Por ciitre os paus espingar- é chamada em portuguez herva- babosa».
deão, freclião ou azagaiâo muito a seu —
— Garcia da Orta, Col. ii. Em concani
salvo aos que prctondeui cliegar».— P. Ma- kãnttelcumvar, planta; sabar, azevre.
nuel Barreto, Aloçatiibif/ue e Madagascar, 1G03. —
«Junto da praya ha poços, de
in Boi. S. G. L., IV, p. .'JH. que bebem os Arábios, que perto delia tem
1620. —
«lis out pour vne Assagaye suas pouoações, dão muito azeure, ou
et vn are assez foible, avec la trousse». — aloes, ehe o melhor que se sabe, por onde
Géuéral Beaulieu, Mémoircs, p. 8. —
he muito nomeado oSocotorino». Fr. An-
167G. —
oils ont pour armes, Pare et la tónio de Gouveia, Jornada do Arcebisjw,
flécbe, le mousquct et la pique, et une za- fl. 135.

Saye qui est un baton de cinq ou six pieds 1(509. —


«Cria-se também grande abun-
e long ferre au bout qu'ils lauceut avec dância de herva babosa, da qual se colhe
adresse contre I'ennemi». —
Tavernier, muito aloó, a que nesta costa chamam aze-
Voyages, iv, p. 204. vre». —
Fr. João dos ÍSantos, Ethiojjia
1898. —
"Assagai- A word (like/c-
• • Oriental, i, p. 450.
tish) introduced into Africa by the Portu- 1G09. — «Também
nasce aqui a erua
guese». —
Skeat, An Etymol. Dictionary. Aloés ou Baboza, a quem outros chamão
Azeure Sacatorino, da qual a experiên-
AZAR. Moeda do Ormuz, do valor cia tem mostrado seu preço, e valor» —
de 150 Do
persa hazãr, «mil»,
róis. Fr. Gaspar de S. Bernardino, Itinerário,
pois o azar representa mil dinares. p. 100.
1616. —
«Couramas, e ambolins, sangue
V. laque e sadi.
de Dragão, zeure, e outras couzas». —
1515. — «Dees
a quatro molheres que Diogo do Couto, Déc. VIII, i, 11.
oje se fizeram xpaãs [cristãs] huu pano a 1G54. —
«Untão-lhe atetacomazebre,
cada bua pintado e hun azar a cada huua e logo que lhe toca o beyço da criatura, e
delas». — Afonso de Albuquerque, Cartas, gosta o sabor amargoso, já toma antojo ao
VI p. 279. leyte». —
D. Francisco de Melo, Apologos
1553. — «Hiimxarafij vai da nossa moeda Dialogues, p. 37.
trezentos reaes, e dous azares vai hum
xarafij». — João de Barros, Dec. II, x, 7.
AZEITE DE PAU. É
por este no-
1554. «Tem cada pardao destes 2 aza- me conhecido em Macau
o óleo de
res, e cada azar JO çadis, cada çadim amendoim, Arachis hypogoea, Linn.
100 dinares». — António Nunes, Lyvro dos —
pesos, p. 25. 1670. «O demais era muita farinha,
1554. —
«Per dous mil e cincoenta nove açúcar, azeite de pao, e ordinário». —
leques, catorze azares, seis çadis». — Ta-ssi-yavg-kuó, 1, ii, 11, —
«Os inglezes
Simão Betelho, Tombo, p. 87. chamam também a esse óleo Wood oil, á
«Ao sacador mouro dous leques, e ses- nossa moda. Sendo o óleo ou azeite extra-
senta azares mais por causa das quebras hido do amendoim, não sei o motivo porque
das moedas». —
Id., p. 103. se lhe chamou azeite de pau». —
Nota
1517. —
«Le monete di Ormuz sono sa- do editor.
& mezzo saraffi d'oro,
raffi, quali chia-i
AZULACRE. Damião de Góis em-
mano azar». — Corsali, ap?íd Ramúsio, i,
fl. 188. prega o termo no seguinte passo :

1580. — «Una
lecca sono Asari 100... «Depois deste veo hum embaixador
Asar uno poi fa sadini diedi». G. Balbi, — dei Key de Campar, que fora genro
Viaggio, fl. 51 v.
dei Rey de Malaca, e outro de hum
AZEBRE, azevre, zevre. É
o mes- dos Reis da ilha de Çamatra mais
mo que aloés. Do ár. as-sehar. Cf. o vizinlio áquella cidade com recado a
esp. acibar. Afonso Dalbuquerqne, quomo o que-
1541. — «A terra [de Socotorá] natural- ria visitar em pessoa, e fazersse vas-
mente he prove, e nella nam achão outras sallo dei Rey de Portugal, pêra o
mercadorias que azeure e sangue de
dragão». — D. João de Castro, Hoteiro do que deu seguro, com que se logo
Mar Roxo, p. 18. veo a Malaca, onde se lhe fez grande
1554. — «O haar de azeure çacatorino recebimento. Ho qual depôs de terem
he como o de beijoim». — António Nunes, assentadas pazes, deu a Afonso Dal-
Lyvro dos pesos, p. 8.
15G3. —
«Digo que o aloes ou aloa é la-
buquerque oito fardos do leniio aloes,
tino e grego, e os Arábios o chamão cebar, e aguila, e dous fardos dazulacre».
e 08 Guzarates e Decanis areá, e os Cana- Chronica de D. Manuel, iii, cap. 19.
AZULAí^líK 73 «ABA

— Note-se qno nflo eram dois cmbni- a fruta que se colhia na soa terra».
^ uni só (lo Coiin -f, jii, caj). 37.

Samatra. () 1 . . Líora a ( í aspar Correia :

(^iie vem
azulacreJ Se a a ser «O rey de Campar era casado com
nnlavra ó composta de azul o lacre, huma íillia do Rey do ^íalaca. e se . .

orno parece, siírniHcaria literalmente veo ao rio do Muar que he perto de


^'
'íca, e d'ahy mandou hum messi-
ao Oouernador com presente
)

tal substância é produto da re- de fardos de calamhuqo, cousa


f/oíM
illiM ií)'.>, iiiMiiiviiMlrniMitt- (Ih de muyto i)reço, cousa que em todas
as partes de Malaca se nom acharia
ra at-riara (\\w c, outra tal». Lendas, ii, p. 2()4.
", o mesmo que Conclui- se daqui que o autor da
Mas
o citado lexicóíçrafo nflo
. Oirovica forjou a locuoflo aztdacre
^.~ta o vocábulo na sua 2.* edição para abranger o lacre de Castanheda
ia 1813 (depois da qual não houve e a massa de verniz de Barros e para
•utra do próprio autor), nem se faz designar, talvez, o «charão».
ni! em Samatra, nem o cronista
ia o seu nome. Vejamos,
o que dizem os nnfn.s Ms-
.

itriadores a ôste respeito


Fernflo Lopes de CastamuMia, a («BÃBÂ, IU. 1\ .|..« .... i........... do
iiiem <r»^rn1nHMite sef^ue de perto forma cónica, usado em Timor». C.
arra assim o lacto: de Figucirt'do. É do teto h('d>a.
-.. ^on ao gouernador * BABÁ indo-portuguôs
(s. m.). No
Jeiro dei rey de Campar gáurio ' é o tratamento do carinho
u pequeno reyno na ponta a um rapaz, como tambCm em con-
'• ilha de çamatra defronte cani entre os cristflos do (íoa. Mas
ha nele se nflo ma-
a, nflo nas línguas neo-áricas hãhã designa
iredos (jue dflo lenho aloes, primariamente «pai», <'omo em persa
que na índia ehamflo calambuco. .
e turco, ]»ô8to que se aplique ocasio-
„i ..^,y nalmente aos meninos. V. bai.
^ Malaca. e ele lhe dou . .

te porn el rey de Portuf^al 1345. —


«NSo foi o pieu desejo, desdo
- e apuila, que cheguei a esta illm f Ceilão) seuSo vi-
sitar o v»Mipravol p«'> (If Adão, a que elle^
'orui. III. "'
n i' .',
1 llanah»
ap. iSii.
'1.

•lOflO d»- I »;ii I "i> I fjfi (- ; niMucv (ii* l;)it> — «i>. Mouros que iir ii;i
'nnipar, cujo Keyno ho nn ilhn í
'n- pcfíuada de n Adan», ha que
i. . . mandou hum y
' '

Acianibaba». Duarte —
so d*AllM)(|uerqu(5 :
!.'.>.; r.^ui liTia pedrada dhomeni, que
irdos do lonho aloe, o de hâa massa dizem os niouroH (ju»* hr do iio.sso padre
'ii espécie de lacre que entro olles A.'- '•tnit.. Baba AdSo«.
II, i-ap. 22.
do renu'z. Dizendo que aijuoUa
< í.
•^rue
; •,.. na N -,
l ;,rs .f..liri iiiii nrior
ra a fruita da sua terra< I, !
Mirrai da sua onleui, a m
i. 7. \)a\)fi. mil' iiiii r iIiTicr. 1> "ii

mos ao que <]|x o tilho do 1

lor de Mala<a c Mandou :

iMit». — «... IH" If traílaiit pas iixiiiin


>
nmparl hum mensa^^oiro a qiir i]r baba et dr bnhnqy, >\>- JH'rr, de
t.» - n. i.p. 35.
'Baba l fattier,

'
íifío. e douH de huma ma
.« -o faz do saiifi^ue do drafr'^""
Tve de veniíz pêra cousas pin
mandou-lho dizer, quo aquelia era (iáu tlu Um Mtfíi diaviiiica
BABARE 74 BABUCHE

but is often used by elders as a term of 1G13. — «E assim um destes dias ama-
endearment». —
The Modern Jievietc, de nhecemos entre babaies (sic) e vozes de
Abril. gente, e de atabaliuhos, que de todas as
partes soavam, e se viam á muita pressa
* 6ABAG0RE. E o nome hindustani chamar a gente para a guerra». P. Ma- —
(Bãbu(jfiun) da calcedónia de Cam- nuel Barradas, Hist. Tragico-maritima, ii,
baia. p. 114 3.
1697. — «O sino com que toeão [os ca-
1516. — «Aqiiy achaom também grande narinsj a rebate he bater com a mão na
soma de babagoure, que nós cljamamos boca, fazendo certo estrondo, a que os Por-
calsadonia, que saom liPias pedras de híias tuguezes chamão babaré. Babaré he
areias pardas e branquas que eles fazem palavra composta de Babn, que significa
muyto redondas, e furadas trazemuas lios menino, e de Arc, adverbio de chamar ; e
Mouros nos braços. .. saom pedras de pouca como 03 soldados Portuguezes, que muitas
ualia porque lia hy muytas». Duarte — vezes experimontão esta fúria Canarina,
Barbusa, Livro, p. 279. lhes ouvem repetir esta palavra, com que
se appelidão huns aos outros para acodi-
BABARÉ, babaréu (p. us.) *. É ter- rem todos à pendência, por isso lhe cha-
mo corrente em iiido^portugiiês, don- —
marão babará». P. Francisco de Sousa,
de passou para a Africa Oriental., Oriente. Conquistado, II, i, 1.
por «rebate, alarme», equivalente à 1727. —«Babaré, ou Babareo he
palavra de Goa, e suas vizinhanças, e vai
cucuíada do ^lalabar, de que tanto
o mesmo que gritar à que dei Key. Nos . .

falam os nossos cronistas. Dar ba- meloaes são contínuos os Babares, os


haré 6 «dar rebate, pedir socorro» 2. quaes se tocào (como elles dizem) da mes-
E costume em várias partes da ín- ma sorte, que em Portugal se dá uma vaya,
surriada, ou matraca, e daquella origem
dia, quando uma pessoa se acha em
veyo a ser em Portugal applicado o Ba-
perigo, gritar em voz contínua, ba- bará em sentido semelhante ao da índia,
tendo ao mesmo tempo na boca cora mas entre nós he termo baixo». Bluteau, —
'
a palma da mHo direita. ôste A Supplemcnto

.

1886. «As mulheres da casa e da vi-


grito se chama bób em concani e boimb
zinhança, que são convidadas para fazer
em marata. A
exclamação que de babará — carpir — estão lamentando em
ordinário se repete é bãbã-rê! em altos gritos o passamento». — Lopes Men-
concani, bãp-rê ! em hindustani vo- des, A índia Fortugueza, 265. p.
1913. — «Babaré, m.
:

Alarme,
(des.).
cative de bãb (q. v.) ou hãj) «pai».
rebate, aviso de que há ladrões na vizi-
Babaré corresponde, portanto, às nhança. Barulho de grande chusma de
frases portuguesas: «aqui del-rei !», pretos, bem ou mal intencionados, na
«ó da guarda!». Em
indo-inglês diz- Africa portuguesa». — Cândido de Figuei-
redo, 2.» edição.
se bobbery-bob. No sentido figurado,
babaré é «alarido, gritaria». Com- BABIRUSSA. É um
animal singular
forme Bluteau, o termo era usado que se encontra em
Celebes e algu-
no seu tempo em Portugal. mas outras partes do arquipélago
1608. — «Hua vez veioaqui a fazer mil malaio, o qual pertence ao género de
babares, lan^'ando tantas pragas ao
e javali, mas tem pontas como o veado
íilho, como se o não fora ja seu».
não Guerreiro, lielaçam, fl. 104 v.
P. Fer- — — Sus bahirussa, Linn., Babirussa
alfurus, Cuvier. A palavra é com-
posta de duas malaias, bâbi, «porco»,
1 Morais considera babaré e babaréu vo-
e riLsa, «veado».
cábulos diferentes, e Vieira liga babaréu ao
francês ta L-ardej-iV. Bluteau reputa os, com 1658. — «Quadrupes hoc inusitatae figu-
razão, sinónimos. rão monstruosis bestiis asciúbunt Indi,
2 Morais regista, com o sentido de «dar quod adversae speciei animalibus, Porco
rebate de ladrões na vizinhança», a lo- scilicet et Cervo, pronatum putent. ita . .

cução tocar babaré, que eu nunca ouvi na lit primo intuitu quator cornibus juxta se

índia, mas pode ser qne algum escritor positis videatur armatum hoc animal Ba-
a tenha impropriamente empregado. E by-Rou8sa». —
Piso, em apêndice a Bón-
Vieira diz que babaré é «nome indiano de cio.
um instrumento próprio para tocar a re- BABUCHE. V. papus.
bate» O que se toca frequentemente nos
!

meloais e nos canaviais é o búzio (cor?io'),


como sinal de vigia c para afugentar os 3 Domingos Vieira cita este passo e de-

adibes, mas não se chama babaré. riva babaiés do grego babazo !


BACAL 75 BAÍJIA

BABUL. I. " nome de Acacia ara- |


Correia, Ltndoê, ii, p. 94. — E assim mais
'
"' ' vexo.i.
' '
'
!ii-iuar.
j
1900. — «A buccal of this place told
/.Tiim-i me he would let
me have 500 bags to-mor-
la «árvore tU* «ioma da rowu. Wellington, iu Glotsary.
j

1 aadeira ó torto; a casca I

BACAR. «Arin.nzem, de ]>ano8, na


Ó adstriii*;oiite». D. G. Dalgado,
Ilidia ])ortU}íuf'sa. (Talv(>z por Orro
Mora.
de cópia, do escrita ou de coinposi-
lv>fl — «Bahut (11 halnUa. é arvore
.
ç«1o,por barar ou bazar}». C. de Fi-
na«ce e se
{•uein'do. liacar nSo tem nada que
I'ladp. seu
como cxcellente com fazer com o hazar ; áo liiiidust. ba- (>,

.13 .1 vnprir, p as 8uas khãr {vakhãr om marata e guzarato),


It. desde «armazfim, celeiro». Os nossos escri-

plu-
ii;ào
tores nílo empref;am baztir por «ar-
ao gatl.) lanigerc
t\e^,AIndiaPor- mazOm» mas por «mercado, praça».
.u, II, p. 20U. Para «armazCnn» temos gudao, ban-
':

'12. — «f'omn l«»nha /' nm combustível (joqal, pataia.


' babul' —
'./'f. p. 41. BACARÉU, macaréu. Nome de uma
1

-iBablia...
ili qiit.stn i
IXMlueaa es[)écie de veado Cervu- —
luK aureus, conforme Jerdon, Cer-
'
.spolue-
ana se- vuH Muntjak, couforme Molesworth.
!• _'ue, Em indo-in^lOs cliama-se barking-
in- -deer e no de Bombaim, baikree. O
!»e-
seu étimo parece ser o marata-conc.
'iia

:.. Ma- b/tevkretii ; mas Yule indica o ^uz.


bekrl, que nSo vejo nos dicionários.
r/li;inliiiff'! (in'on y A palavra é onomatopaica.
on
de 16G3. — «Nos matos [de Damilo] ha in-
.'bn- Baboul, pour y don- finita catM (]<'. IclircH, coreis, tnrrua,
veados,
ct:; et en suite on lea dis- javalis, bacareos, ^^u/.cia.^, pavdes, ro-
I'uoeijiblc». — Theveuot, Voyage», ui^ ías». —
P. Manuel Godinho, Relação, p. It».
r
•'> IGS."). —
«Muita caí-a, javalis, veados,
meHu, gazelas, corças, macareos, porco
• BACAL Negociante do
(dosus.). espinho» (em Ceililo). .li>à,) Kibfiro, Fa-—
'
ten <'(;o
'. talidade. Histórica, I, cap. VJ.
iiueiros m- ;i
1(>88. —
«Nestes montes [da China] pas-
tilo muitas corças, macareos, e vcatlosu.
ii<m, undo havi:i portas da
— Fr. Jacinto do Deus. I'-ryc/, p. "JSl.
^;numinadni} dos bacais, e foi
r '
l>ido do9 mouros. Suhstituíram- Bachá V. bajrá.
'"•8, CO- BACHAO. É o fruto do Mi
ist.-Ar. foetidii, espécie d(» ninn.i,'n.
laca. Do mal. bãcJioi
achoés,
Mu-
nii< I if. dl- I'.ri'di.i, I hci'ir<i,ii<) ilr Malaca,
ti, 10.

BACIA. Xuma das suas acepçOes,


'I'M! a peculiar ao Oriente, Ooncalvos Viana
tn [ApoHtila») define o vocAl»ulo : «<prato

Mesto
.. V ^,

luais nsado.
ibciLu iiutu pv;i|Uouu |M>«li^uu. — Citupar j
lõ<l<). - '{UaI iicumpaub-ula il<-
badagAs 76 BAGAITA

infinidade de sinos, bacias, tambores, torium, ut inviscrem míseros illoe Chris-


búzios, e sestros, fes liiun tào desacostu- tianos qui .superfiierunt latrocinio et cru-
mado estrondo, que aterra tremia debaixo delitati Badegarum». — Id., epist. 18.
dos pés». —
Fernão Pinto, Peregrinação, l.OSy. — «Ricorsero a' piíi vjcini populi
caj». Kil. di Narsinga, nomati Badagi, e si lamen-
1553. — «Mandou /lac/!n>«a«(t [almirante tarano con loro dclie ingiurie riceuute da'
malaio] tanger todolos seus sinos, que são Portoghesi». — P. .Maffei, Le Istorie, p. 579.
de metal ao modo de bacias grandes, e 17()0. — «i'ette qui termine le
Villc,
delles tacs, que o sou tom (juaivlo são mui- Royaume de Travancor du côté du Sud,
tos em bua frota se ouue no mar liúa le- u'est pas plus à convert que le reste du
guoa». — João do Barros, Dec. II, ix, 2. pays lies courses des Badages, qui vicn-
IHSO. — «Obedecem [os habitantes de nent presque tous lea ans au Royaume de
Hainão] ao panando ou marchando
sinal, Madure faire le dégast dans les terres du
ao som da bacia». — António F. Cardim, Roi de Travancor». — /,-"»•"- /'-/•/.>.,/...•

Batalhas, 229.
p. v, p. 38.
1900. — «Em macaista chama-se á bá-
tega bacia e ao tocar bátega bater-bacia».
«BÀDÍ, m. Pequeno punhal dos
— Ta-»si-yang-ktió, I, ii, 11. indígenas de Java». C. de Figuei-—
redo. Conforme o mal. bádeq, «pe-
Bada. V. abada.
quena faca», a grafia correcta seria
*BADAGÀS, badegás. É o antigo bdde.
nome do povo de Bisnaga. O vocá-
bulo ó corruçao do tam. vaãar/ar
BADULAM. Domingos Vieira re-
gista o vocábulo com o sentido de
(canarês badaga), que literalmente
«arbusto de Ceylao». Parece que é
significa aliabitanto do Norte». A
língua badaga dos nossos escritores
o mesmo que o sing. bhaduvaUJ, que
ó o telúgu. Os badagás faziam fre-
designa duas plantas Jasminum —
sambac, Ait. (mogarim), e Gaertne-
quentes incursões no sul da índia
ria racemosa, lioxb., que em portu-
6 maltratavam em especial os cris-
guês se chama, conforme D. G. Dal-
tãos,
gado, Do7n Jorge.
1687. —
«Agradecido o Rey Xaga Rajâ
Em
ao seruiço que lhe fizerão os Bada-
bom «BADHAMÚ, s. m. Botânica,
gaz, gente sempre estimada, por ualente, espécie de milho miúdo, que se dá
e rebelada a.o Nayque de Madure...». — era Ceylão». Domingos Vieira. O ter-
P. Fernão de Queiroz, Conquista de Ceylão,
mo singalês correspondente 6 bada-
p. 41.
1691. —
«Entrarão por essa parte subi- -iringu.
tamente com poderoso, e furioso exercito
Baé. V. bai.
os Badagás, gente barbara por natureza,
fera, e cruel por costume, e por trato, e *BAGA. E uma ('ml)arcaç{lo pe-
por exercicio da mesma vida, a qual sus-
— quena do Arquipélago Malaio. Do
tentão de saltear, roubar, e matar». P.
A. Vieira, Xavier Dormindo, p. 299. mal. bãgan, «barco de passagem».
1697. —
«Descerão neste tempo os Ba- 1616. —
«Acharam uma embarcação pe-
degás, gentios por seyta, soldados por quena, a que chamam baga, quasi ala-
exercicio, e por desatfeyção inimigos ca- gada, e dentro nella um homem». Diogo —
pitães da Fé de (jhristo, do Sertão de Bis- do Couto, Vida de D. Paulo, p. 94.
naga sobre os (Jhristãos da Pescaria». —
P. Francisco de Sousa, Oriente Conquistado, * BAGAITA. A palavra deriva do
I, It, 1. mar. bãgcãt, que vem do persa bã-
1721. —
«Acharão Bracmanes daquellas
ghãt, e significa «horta, pomar».
terras aos quaes fallou nas suas lingoas
Tamul e Badagá o Padre André Freytas». 1832. —
«Foros de Bagaitas (Várzeas)
— Fernão de Brito, Hist, do Ven. João de 100 xerafins». —
CoUecção de Bandos, i,
Brito, p. 34. p. 131.
1514. —
«Ego ad Comorinum Promonto- 1843. —
«Para este se encabeçar do ren-
rium contendo, eòque naviculas deduco xx dimento das Bagaitas daquella Provín-
cibariis onustas, ut miseris illis subveniam cia, pagando desde logo no The.wuro a
Neophytis, qui Badagarum acerrimo- quantia de três mil e duzentos xeratíns».
rum Christiani uominis hostium terrore — Ibid., II, p. 17.
perculsi, reliclis vicis, in desertas insulas 1853 — «A
Fazenda possue mais na
se abdideruut». —
S. Francisco Xavier, provinda de Peruem os bens denominados
Lib. I, epist. 6. Bagaitas, que são prédios, que sendo fo-
«Profectus itinere terrestri ad Promou- reiros aos antigos dominantes, ou a senho-
lUiiinAMO 77 BAG UE

província pan o gnavA os «direitos de nbjflctn« miá-


Ma-
lOS
prácritos), «hortaliça», e do árabe
NÇARINS. Figura a palavra bãb^ «imposto». niarata tem, neste O
•ias de .loflo de Barros co-
sentido, bhãjtdajit, composto de bhãjl
'
•! do (fuzarate.
e do persa dast^ «mAo>.
aros (q. v.), de
1771 - fi;.
rta. Os hufjan-
inados — l 1)08
•s amliulantes, V...- , , mel,
cam em cereais e gado mas ; — Mar(juê8 de Pombal, in
•m ojainismo, comendo ' , ; .. liando», r, p. 10.

e peixe. Podem con-


>•
— «A rendu
I7t<u. (!<• Bagibabo, quer
dizer de lenha, eatí>, d-- ]>:isto do gado, e
'ues no sentiílo ferro, etc.«. — Ihid., i, p. '1T,\

:•» que o étimo 1837. — «O iid.iro r. do Bagibabo por


si ou por seus doa será obrigado
do vocábulo,
— hindust.
'
on
banjãrl,
òa/íí/, doade
se
a aferir
p 161.
em t' iles diaS'». — Ibid.,
1841. — «Mas 8Ó sim os Passos (ou Por-
ms) e as muitas alcavallas, ou direitos
-ite iieino de Guzai
• 1"
>s a qiip «•Arrcsp<tnde o nome de —
terra, a
\ 'D ( coustituiam na reali-

hS»
tfs:
— 208.
-o». Ihid., p.

cuuiftn carne e Ibi'J. "1 'am "s [direi-

que nSo comem tos] das extin' Bagibabo».


coUoa «jue ú^ttàiit: Váti*",
' s
— Díc. IV, T, 1.
— Annats Moi mw
1843. — oN' -isivel bem definir
* BAGATA (s. m.). É o homem que o qii'
- ' • . meudos
tiMii trato eoni o demónio na índia. do bi i (juc em
'

cone. bhagata; algu.u..^ i'-'- •••"" . — Ibid.,


p. 132.
to, cultor». 18Õ2. — <4 Bagibabo _ H. «vom-

1701. — «Excepto a de invocarem o de- posto de multas, <1


valas». —
F. N. X.i\ .. .,
ica-
rico
io de bagatas, e fciticei-
y'or^-0/l>H^^/, Suppi., n, doa Commimidades, iv, p. 2.

11''
• BAGO. V '
vra, sem nt-iihu-

Bagata, qne C. de Figueiredo re- ma espiH'iti' uere dizer, na


com at!
i ii' termo de gí- índia Portuguesa, o «gomo de jaca»
1i.i o com o :-i„ii.ii. iido de (ibruxa- ou, antes, «osaeopolposoqueenvolve
ria», dove ter a mesma origem. o caroíM)». Tambôm Oste se diz sim-
plesmente «castanha".
• BA GERI. K nome neo-árico (W/rT)
indiano Panicum — mT;{ — ..A fnitri niii svco

i- 12 — «BagerI, 30 eandU*. — An-


CUBI
• > consta defcene-
nAIIADUK 78 li AH AR

iii.^Ki tic- ./ Í.N.XM//7/. vol. II. Nt'ste sen- com o sentido de «herói, valentes.
tido Ó actuulmento corrente na índia É do hindustani-persa bahãdur, de
o termo mistigiiidade., derivado do origem mongólica. Os nossos escri-
antigo portuguôs mltttu-o, na acepçflo tores menciouam-no em especial com
de «misto». liens de mistigiddade relação a um soberano de Caml)aia.
silo os que pertencem em comum a Ilá na índia inglesa uma ordem mi-
dois ou mais proprietários ou herdei- litar para os indígenas com o título
ros. de hahidur. V. Glossário Anglo-
Bague ó do cone. hhãg (stâusc. - Indian o.

hhãga) que quere dizer «participação 1345. —«Tendo-lhe chegado a noticia,


na propriedade ou no negócio co- que Almalek Maçaud o visitara na sua pri-
mum». Bagueação ó a «distribuição são antes da sua morte, o matou também,
assim como a Almalek- Bahadar, que era
pelos interessados do que ó comum».
hum dos valorosos, honrados e e-xcellen-
1G04. — «19
a. cjuc visto a companhia tes». — Bcu-Batuta, Viagens, ii, p. 322.
uilo tirará cidade de Macáo os deus ter- 1554r. —«Embaixador d'elRey bador,
ços da carga das barcas qne fossem a Ti- Rey de Cainbaya». —
Simão Botelho, Tom-
mor a saccar sândalo, que era o que se ha- bo, p. 134.
via de repartir por bagueação entre os 1556. — «Reinando em Cambaia Sultão
pobres, ficaria na escolha da cidade de Badur, rei muito poderoso e rico...». —
Macáo o largarem á companhiíf o sândalo Lopo de Sousa Coutinho, Hist, do Cerco de
dos ditos dous terços pelo preço que na Diu, p. 19.
chegada corresse em Macáo, para ficar 15G3. —
«Eu conheci o irmão dclrey
todo estancado na mào da companhia pois Dely, na corte de Sultão Bhadur, rey de
não era em prejuizo dos moradores ou
;

; Cambaya». —
Garcia da Orta, CoU. x.
a companhia se obrigaria a levar dos. ditos 1589 :

moradores o seu dinlieiro, repartido na uCambaya, Keyno grande e populoso,


forma da bagueação a responder para Nas partes d'Oriente situado,
Timor com o jiremio do risco, por que até Em riquezas e em armas poderoso,
agora o costumavão dar . .
Foy de Sultão Baadur senhoreado».
«20.* que querendo os moradores de
Francisco de Andrada, O Primeiro
Cerco de Diu, l, 7.
Macáo entrar nesta companhia, o poderão
fazer no tempo limitado nestas condições, 1850. —
«A investidura de Rajá Baha-
e os que tiverem porção nesta companhia, dar consistia em conceder, poi um For-
nào entrarão nos dous terços da baguea- mão Imperial, sendo da 1.* ordem, alem do
ção das viagens para Timor, que ficarão JSicco (sello) o uzo de Estandarte de Pião».
para os pobres e entrando no bague por
;
— F. N. Xavier, CoUecção de Bandos, apên-
si, ou com nome alheio, perderião a porção dice II, p. 64.
que no dito bague metessem, ametade 1905. —
«O titulo de Raja Bahadar
para quem denunciasse, e a metade para com a sua investidura foi concedido ao go-
a fazenda da companhia». O Chronista — vernador e capitão geral deste Estado,
de Tissuary, n, p. 126. Francisco da Cunha e Menezes, por Grão
1852. — —
Bago. Parceria, sociedade». Mogol, Xá Alama, por seu formão de 10 de
— F. N. Xavier, Bosquejo Histórico das outubro de 1791». Ernesto Fernandes,
Communidadts, iv, p. 2, índia Portiigueza, p. 157.

«BAGUIÁ (sing, hãgiyã). Partidá-


BAHAR, baar, bar. Peso indiano,
rio, fautor, em Ceilão. generalizado pelos árabes, o qual
varia, conforme as regiões, e as mer-
1685. — «Bágueás são como entre nós cadorias (vid. picota), de 141 a 330
os partidários, que o Rei de ordinário man-
dava que viessem ás nossas terras a matar quilogramas. Do cir. bahãr, que pro-
algum Portugutíz que achassem na sua al- vêm do neo-árico bhãr, sansc. bhãra *.
deia, ou soldado que hia, e vinha dos ar- V. a erudita nota preliminar de Fél-
raiaes e os religiosos, que estavão admi-
;
ner nos Subsidias, pp. vi-vii.
nistrando os sacramentos á christandade
que havia nas suas terras, e muitos perde- 1054. —
«De todo o metal quer seja
rão a vida neste ministério». João Ri- — ouro e prata da,rá de cada bhar, que im-
beiro, Fatalidade Histórica, ii, cap. 19. porta trinta e quatro 7nâos e meia e algu-

BAHADUR, hhádur, bádur. É o


título que alguns reis muçulmanos 1 Em sânscrito: 1 bhãra 2:000 palas =
de ouro, 1 pala ^^ 4 karxas, 1 karxa=18
da índia tomavam para si e também
conferiam a seus súbditos conspícuos,
mãxas, 1 mãxa 10 yunjas, 1 gunja 1 -| =
grãos.
BAHAU 70 HAÍ

..tA tuvtt», nm qnjirto He mSo*. Plaea de — «Avia nnti(ramentc homens tSo ricos,
.•Seaeromc- 'I ivâo por barea de j)a^od««,
'

(|uintaes o bar». hl., —


l><i-. V ili. 1. .<!.
ro 1609. — «Cem bares <lo marfim, que
'.XI". — ii'H' irij cir I uix'c «Kt itiiiiiilf tem cada um rlt-zaseis arrobas».— Fr. Joio
do.s Santos, Ethiopia Oriental, i, p. 308.
-v.:.> »;..! u.;.i..,i.. ......to IG13. —
«... dando hum pano azul de
:l- I
(\'íiiil)aya que valia hinn cruzado por hum
,.. >. -^ . , ..rt> bar de cravo que tinha quatro quin-
ly. taesu. —
Francisco de Andrada, i^hron. de
Kinte lhe deu licença I). João II í, I, fl. 27.
i»e» de caiiella, aiic elle 16.')2. —
«Vinlianos de Madure o Salitre
(
'Mcbiniu. — Tome Lopes, trazido por particulares a duas patacas o
bar, que sSo dezaseis arrobasu. p. A. —
- que pêra o bár de Vieira, Arte de Furtar, p 39.
c trinta arráteis dn
-
1687. —
«K nos dentes não se igualSo
1 lanciaco de Almeida, com 05 [elefantes] africanos em que jA ;

LeiuLu, 1. p líUl. se achou dente de meyo bar. que são dous



1

1512 "A -i'v!;! dofl chia» vali afaçola quintaesu. —


P. Fernão de Queiroz, Con-
t' nuimzc curza-
qiiista dl' ('ei/lào. \). 0(5.

— A.
a, lie h(i
de Albuquer-
bahar 1697. — «Cada bar
ordinário passa de
cinco (juiutaes dos nos.sos, deduzida a pa-
lavra de liaros, vocábulo Grego, que signi-
fica carga (!)». 1* —
Francisco de Sousa,
Oriente Conquistaò^, I, ui, 1.
1883. —
«Bar ou bahar é um peso
faes». — Duarte Bar- oriental: p<ide ter lõO kilos ou apenas 6,
ou ainda menos ; 50U bares de pimenta
;imbos pazes entre sy são 2:000 (juintacs, diz um chronista; o
.,..»• o Achem desse logo bar de ouro, diz Fernão Meodes. vale
!)ares de ouro que fazem
ínf,-nu,< ii.ii cruzados».
40Í000 reis». —
Gabriel Pereira, Boi. S.
G. L., IV, p. 288.
ip.
lia
13.
despeza
1578. — «... y la [cânfora] de la China
se vende por Bares (que tiene el Bar a
^>ahares
'" qiiiiitaes".
<le
ciTca de sey.scieiíta» libras)». —
Cristóvão
da Costa, 'Jracíafh», p 250.
III,cap. 04.
bnni qno fie lenhorCapI- '
1580. —
«I quali Bar, si grandi, come
piccoli sono frassole 20, & ogni fra.<»sola è
n páreas dos di- |
man =
mâo) dii-ci, chc sariano rnani 200
{
'Mires do cairo de
il Bar... l'i sono Bari di moiti pesi e
baap-. Archivo Port.- — con moita difterenza». G. Baibi, Vioggio, —
(_»';

"
fl 51.
i-S

1.^)87. — «In queir isola Zeilan si vende


ni.. Rnr> ,1.11 1 .,11 fíniicancila, che sono
.'{. — «El Rey do Parem lhe daria a
h ..
ic, a sei e sette para-

reali I'uno». F. Sas- —



bahar qua-
<h-
'

setti, /.títere, .Í^B.


.Joà<» de Barros,
11,
l.'.hD „I..- Rhnrn <1i- Tulvr.- se vend
I

bar (que s&o quatro qutn« II con-



>

— Guicta
d'Orta, Coll. xi.ix. «O t! lie Por-
u> pcrV> do Boitccutofl arráteis*. — tugal». — Linschotcn, Uittoirt^
, .

ItiO.

II.

>. — «Faz cada bahar três (|uiutae0, 6AÍ. Do mesmo modo quo babá
r I..U ..
^cxoito arrutei» uc dooso |)ura o menino, bui ò o tratamento
de Uóis, Vhron. de D. Ma- (I<< carinho na índia rortU};uef(a para
da '

1677. — «Mandou premente sete baroa


OU
<

<é\t. vliif,- ,. (iiuto* quiiitacs». ;

'\ / r ó voeativd da UM-snia pa-


,,»,, ...:m.,I,,ii t.nra 1 .il.i8 o tratametiti. n .o .• jm'cu-
liar tis cristfts, com" «.• Blu-
tivtu, <* r»'p«'t»'m «' * '
)g;
T602. - «O bar lip de cinco
h He
ild Couto. corrrsjudiil'' :io .

lintiies c m<'i<>>

k. IV, III, 1. ou ao ingl. mi9êf com a lUivreuvA tio


BAILADEIRA 80 BAILADEIRA

que se dá tumhôin às imillicres ca- está toda a felicidade dus iníieis destas
partes são libertas de tudas as tyranias e
sadas novas. vitupérios acima ditos; são molheres pu-
1727. — «Baê, com hum acento. Ile o blicas que por dinheiro se não nogão a nin-
nome, que se dá na índia ás mulheres dos guém, as quaes audào bem ataviadas e
Canaring Christãos, e por elle se distin- acompanhadas; chamào lhe balhadei-
guem das Gentias». —Bluteau, Supple- ras, por que balhão, cantão, tangem, volv
mento. teão, muito bem ao seu modo». Primor e—
187i. — «E ,

um poeta apaixonado por Honra, fl. 9.


alguma bahé de olhos pretos c panno 1585. —
«Nem haverá nos ditos caza-
paló ou biijúo. — Tomás Ribeiro, Jorna- mentos bailadeiras, autos de Pagodes,
das, II, p. 93 cantigas suas, e couzas semelhantes», —
«Seriam d'esta aldeia, bahy, um gentio Terceiro Concilio de Goa, iu Archivo, iv,
e uma gentia que ha três dias foram mor- p. 139.
tos pelas feras alem no valle dos cajuei- 1603. —
«No segundo sobrado hiâo mui-
ros V». — Id., p. 281. tas molheres, das que chamão bailadei-
ras dos Pagodes, que todas são publicas,
EAICURÍ. Enfeito iju.- a» iuulliores deshonestas, e ganhão com suas torpezas
hindus trazem nos cotovelos. Do pêra o Pagode, as quaes hião dansando e
cone. bãykhuri, quo no plural ó bày- cantando, e bailando». —
¥r. António de
Gouveia, Jornada do Arcebispo, fl. 39.
kliuvyô. 1613. —
«E nesta [procissão] que aqui
1874. — «Em volta docotovelo baicu- estivemos sahio a procissão com muitas e
rÓ8 ou vonças de ouro pulido». — Tomás grandes luminárias diante atravessadas
em táboas nào poucas bailadeiras (que
Ribeiro, Jornadas, ii, p. 104. ;

os Pagodes para este eftcito sustentão) e


BAILADEIRA (balhadeira, p. us.). vários tangeres». —
P. Manuel liarradas,
Hist. Tragico-mar itima, u, p. 107.
E a mulher que na índia dança por
1697. —
«Bayladeiras se chamão na
profissão. Vive geralmente ao pé do índia as mulheres publicas, que habitâo
pagode o exerce a prostituição. O nos pagodes ; por que todas baylão, e can-
célebre chinês Iliuon Thsang, pere- tão. .. Recolhiàose também neste pagode
as viuvai?, que se não atrevião a queymar
grino budista do século vii, faz men-
vivas com os maridos como costumam al-
çflo de bailadeiras que cantavam guns destes bárbaros». —
P. Francisco de
constantemente num pagode de Mul- íáousa, Oriente Conquistado, II, i, 1.
Os franceses e os ingleses trans-
tane. 1709. —
«Para poderem celebrar os seus
casamentos com assistência dos seus Bot-
formaram bailadeira em bayadere, tos e balhadeiras, mas a portas fecha-
que alguns portugueses empregam das, e í^em assistência dos Chri.stãos». —
por nrto conhecerem na língua ver- Carta régia, in Archivo, Suppl. ii, p. 217.
nácula termo equivalente Em indo- !
1729. —
«Me pareceo ordenarvos expul-
da Ilha de Santo Estevão a estas
seis logo
-inglGs usa-se mais dancing-girl, ou
balhadeiras, e faoaes observar a ley de
nautch-girl, que também significa o 20 de Outubro de 1700». —
Carta régia,
mesmo. Em concani chamam-lhe ka- ibid., p. 312.
lãvant owkalvant, «artista». V. Gon- 1825. —
«As bailadeiras são dança-
çalves Viana, Palestras. rinas da segunda ordem recebem egual
;

educação; mas não ficam sendo propria-


1525. —
«Quando quer que vera a festa dade dos pagodes» [como as devadassis,
de quoalquer destes pagodes trazem luís q. V.]. —
José Inácio de Andrade, Cartas,
carros triuufaes que amdão sobre suas ro- r, p. 48.
das, onde amdão bailhadeyras t outras 1850. — «Bailadeiras. Dançarinas
niolheres com tamgeres ao i)agode, o ydol- dos Pagodes mulheres publicas».
; F. N. —
lo». — Chronica de Bisnaga, p. 100. Xavier, O Gabinete Litterario, iv, p. 219.
1526. — aOs
liayladores e Bayladei- 1866. —
«A baiadeira dança na praça
ras que vierem festejar á Aldôa, hirão publica, canta no pagode, e prostitue-se
primeiro festejar a casa do principal Gan- —
em casa». Francisco Luís Gomes, Os Bra-
car». —
Foral de D. João III, in Archivo, hamanes, 184,
p.
v, p. 132. 1877. — «As bailadeiras formam na
— «Tangendo bacias e sestros se-
1561. índia uma instituição monstruosa, anómala,
gundo seus costumes, e diante bailadei- aos olhos dos christãos. Como as sacerdo-
ras, e chocarreiros». — «Vinhào ao ter- tizas de Vesta, ellas alimentam no templo
reiro muytas molheres bailadeiras, com o fogo sagrado, e, como as bacchantes das
seus tangeres, que a ysso ganhão sua vida». saturnaes, são votadas aos prazeres lasci-
— Gaspar Correia, Lendas, ii, pp. 77 e 363. vos dos seus voluptuosos senhores». To- —
.1577. —
«As balhadeiras, em que más Ribeiro, Jornadas, ii, p. 102.
BAINHA ^1 BAJU
!Kv<4 da Cidade de Mf leytav no R^vtía do Gha-
-^ '.»« leu... Estava '"lo, •
'

com apparato I. ly-


Adt'ltu Lourciru, ^>t' tJrtrntt. tos si'iiliort'S, rjiiinzo
Bainhaas, < s, e oa-

yores, o
o Finto,

16IG. -- «Veiidobu o pescador tSo pros-


pero e obedecido, tomou o titulo de Ba-
II abbeys in nha, que quer dizer Goueruador». Diogo —
- •" whom do Cnuto.
: their ItilT. — «Ahi fem Pegu] ficarão seia
Banhas (que s&o os senhores Titulares
lias partes)». —
Conquitta de Ptgu,
I II.

«Ao Banha Dala (que era maior se-


nhor de 1'egu)». Ibid., cap. iv. —
re «Em brovos dias vierâo cia :

. I oO quinze Bainhas, os quae^ -áe-


mos) são senhores litulareb». Ibid.^ —
R cTt*' <! >iin*" Indiane delia cap. xii.
•Ill- 163.'>. —
nSahiu o Banha com muitos
it! carros de fogo, c seiscentos rodelieiros pe-
lue trazia, para abrasarem a tran-
.1 e a egreja». António Bocarro, —
Dt.c. XIII, p. I2y.
1883. — «Vinha para fazer as pazes en-
f

Banha, regulo de
1676.
_.....
— «lis n'earcnt \^va plútôt tfjucbé
••-; Tautre,
) ntc haviam che-
. ......I .. .-..:. .
- i>iiiiião Pato, 1'ortugue-
it {ilua 2H-1
""• — x..,^, ....,, ,.y..ye4, HI, !.'-->.. tece chiamar a se i suoi
>
Bagnià & Sanini ai Decagini suo, che
i

,il ~ uj] V nvíiíf I Snriifi- iin finfrc ..,.,,.. veniuano, cosi ad uno gli facessero
r in prigione». Q. Balbi, Viaggio,—
MH «Dopo andorno Bagiá ('tV), che sono

i

1 t
u- quegli che noi diciumo Duchi». /d,,
g.ii- . — i..>;. 1... /'/ .
•. II, |). lb. á.119.
IT"*-' - •

- li-niinf^ par SPS 1f>75 — nAl BaAa, que pidia premio
ada en la Fortaleza,
os». — Farin y Sousa,
A»iu l't>i(iígu'iiu, lii, p. 238.

• BAINHEIRO. K uraa a.>..., da


p. lU.
Ill*' trfuip« d»» jwnn^n familia das nnacardiácfaa — Odina,
'
.b. U I!' lA»
urigem . se
lu- ter usado ita índia a madeira desta
árvore para baiuiias.
't. — «Le» PortiiRaiji tlf-tif^naient les
BAJU. O voeál)ulo pertence ao
.1.. ri...t.. 1.. f.. '......; I..

do português foutinentol. O
'•'•xico

Sr. Cândido de 1': -•; -|o regista-o ••

rtt et avee U* como tormo de M com o sen-


'' '
fite

• BAINHA, banha. É o nome de


alto de estado em
funcioitário I
iraneo diz que <se chama
IVgu. Do hirmaiiA» ba-yin,
tá e """iiicia <lo Minho, áa
pnlavrn tem duas li<;<>e8 nos I s pelas mulheres».

)S808 escritures. V. clw o •

1546. — «Era Capttio hum do


'
Rey por uomc Mooipi>ca8»vr, Balnhaa Minho era mui usado o bajú, roupa
IJAJU R'_> hA.W

ciirta quo vestiTio as mulheres, e lho dre Favre diz que em persa 6 (.^bazu
chegava ató á cintura com pequenas nom d'un vétomont pour se bagnei-
abas. Hoje lhe chamão rotipinJiasv. et qui s'attache à la ceinture». H.
Fr. JoUo de Sousa deriva baju do N. van d>)r Tuuk opina que o persa
árabe badjú e define -o «certa espécie bãju, «braço» (sânsc. bãhu) ó o éti-
do roupão de que as inulheres muito mo do vocábulo malaio, por isso que
usavao, e de que algumas ainda originariamente bãJú não ora outra
usâo nas nossas Províncias, aondo cousa senão een kleedimjstuk met
lhe da,o este nome»; e abona-o com armen, «uma peça -'^ '""tido com
Damiilo do Góis «El Roy do Cali-
: braços», mangas !

cut estava vestido cora um BaJu Yulo & Burnell tem por certo
branco do seda e ouro, sentado em quo o étimo do ingl. badjo ou bajoo,
um Cateh). Morais, que lhe attribui «jaqueta malaia», 6 o mal. bãju^ e
a mesma origem, diz que é «vestido, os autores que citam parece que o
que cobro o corpo, de mangas cur- confirmam plenamente *. O termo en-

tas e fralda até o joelho na Asia


: contra-se nos principais idiomas da
trazem-no homens e mulheres no
; Malásia, como javanês, bataque,
Brazil só estas, e algumas aí lhe daiaque, macaçarCs e búgui.
chamam bajór). Vieira regista ambas É, portanto, daquela região que
as formas, bajó e bajú, abona-as com 08 portugueses introduziram o trajo
Castanheda *, e observa que o termo e o nome na índia e os trouxeram
é «usado" nos Cantos populares do para a Europa.
Archipefago Açoriano». Bluteau tem
1515. —
«Vos mãdo que des a estes oyto
baju por «palavra da índia», e dá- jaós carpinteiros dei Rey noso senhor a
Ihe o significado de «camisa de meio cada huu duas camisas e dous pares de ce-
corpo de Escumilha, ou Beatilha, de roulas dos panos das ilhas a cada huu seu
que usão as Senhoras». baju hamarello«. —
Afonso de Albuquer-
que, Cartas, vi, p. 229.
Os autores„da Chronica de Bisnaga 1551. —
«Estes reys de Malabar... ás
(1035) escrevem bajuri e notam «que vezes se vestem de huus roupas curtas que
são como camisas e a fralda». No chamão bájus de seda ou brocado». —
português de Goa emprega-se o ter- Castanheda, Historia, i, cap. 14.
1557.
mo especialmente na frase pano-baju, Menambaco

«Os homens deste Keyno [de
era Samatra] são muito bem
designativa de certa espécie do trajo dispostos, e alvos, andam sempre bem tra-
feminino, em distinção áQ pano-paló, tados, vestidos em seus bajus de seda-. —
outro tnijo puramente indígena'. Commentarios, m, cap. 37.
1613. —
«E o corpo de boa estatura,
Os dicionários de árabe e de persa cuberto de baju fino ou camisa curta do
que consultei não registam badju ou cassa, e cingido por la cinta com pano de
bazu com o significado de «roupão, Choromandel, com volta que descobre a
jaqueta», ou cousa parecida. O Pa- perna direita». —
Manuel G. de Erédia,
Declaraçam de Malaca, fl. 20.

1616. «As mulheres |em Goa] ficam
1 «Tinha de Ceilão] vestido um
[el-rei com as suas roupinhas ou bajús, mais ra-
bajo [nào bajó] de seda, que he hua ves- ras e finas que o mais delicado crepe de
tidura de feição de jaqueta çarrada». — câ».— Pyrard de Lavai, Viagem, ii, p. 96.
«Elles [os reis das ilhas de Maluco] ... se 1619.— «Não sabendo dar hum passo
vestem ao modo Malayo e os bajus são de sem palanquins, bajús, catanas, bois, la-
seda rica com botões douro». rins, e hazarucos ; e outras palavras, que
2 nNos trajos das mulheres christàs de deixão em jejum o entendimento doa ou-
Damão e Diu se eucoutra a palavra, e até
em Goa, com a forma de sarass, designan-
do, salvo o erro, o pano-baju das brámines ' «Over this they wear the ladjoo,
ealsetanas christãs».— Alberto de Castro, which resembles a morning gown, open at
Flores de Coral, 192.
p. Em Macau diz-se the neck, but fastened close at the wrist^
«saia e báju» «Baju. — Casaco de forma
:
and halfway up the arm». Marsden.
especial que usavam antigamente as mu- «They wear above it a short-sleevec
lheres de Macau e ainda hoje usam as da jacket, the baju, beautifully made, ani
classe baixa». —
Ta-ssi-yang-kuó, de De-
j

often very tastefully decorated in finfl


zembro de 1899.
I

j
needlework» —Bird.
BALAGATE 83 BALAGATEIRO

pnr i«5<o 03 sent ficarem melhor «leiro, nioiito». V. Garcia da Orta,


' Itodrigues LÔ- Coll. X.

ir)_x> —«('a Ba-


lagatcs, Bal<' '. '"u-
tu". - Juãu uiilliasu.— Fr. NivoUu do Ulivcira, G'ran-
t, cap. 16. dtrotr de Lishoa, fl 13
va 1667. — -.. <• baiagate
ijâ-
e outros, podr^ -« — In Ta-
11-
tsi-yang hnK dr i'c\ r.. .!.• lyoo.
1727. — Baiagate Zalinn, e Bala-
gate Zagari, são 1 is da India
<i<- pan(>-ba|ú biancoí e azuis, n iros, que se
11, — w e quintal),
rWT'i'.a Tia Costa
'

diZlT o UlO.NUlO». F. N. —
"'''• Littmirio, i, p. 1^1

de festa trazem
li ml nil Ulli;i tira ...tra-
\ is nif- van duzc; - e cin-
III bajú coeuta a^.. Í. VIII.
pauno, o (juai vi stnn i*fiiij>rt.' com a cap. 123.
I i>ara f<»ra». — Jos«' Vaqiiiuiias,
L-, IV, p. 478. «BALAGATEIRO. balgateiro. E o
.<E~tnti« :\ In mai«on cHes [aa nomo que se dá ao luibitante de Goa
-te
ise
que comerceia com o Baiagate, que
t Baiu tica a este de Goa. Este comércio se
!e reate em grande escala por meio do
fa/.ia
•a deux boiadas ; mas agora está muito redu-
v*. p. G3.
-et zido, por várias causas.

•, O'H- D""''!!!?! de
tia-
1776. —
«A roupa, e mais cousas, que
Íiereni pelo ciininlio de 1'odrem, e Supem
lU Beaulieu, Mi-
razidas pel-.s Balgateiro9, ou merca-
dores de fóra. ' lo Torofo
«... et les déponillerent de
deVirnoy». — ,i, p. 21.
.1.. „.,/....> ..r. i.,;^^..,.f r,m hom-
ct aux
1842. — <.Mer\ud":,á ;iuclaiudo os cha-
:.
mados balaqateiros, ou homcus que
.>«t line
IS do Halagate)». Annate —
.,j, p. 146.
_ .M-
'

-
1>,>M, '
ntes,
encarreirados de-
tiee ÍJi("lã<' fil.l

balagateiroa e ou-
:,< B.i'.ljiis
ittavaiii os nej^ociautes
i;i». — l.#«.)pes Mendes, ii
J,,,.. _

nunt Atiiit^iitcimt, I, cap. t.


I 1
-
i jA
1'' .i.i , «u-
BÂLA6ATE. BALAGATINUO. ten-
tean «11/ qn-' iKilit'inte €lie o IK-

(!<• u!ii:: ' castas, i

11. r . ...... ..... ,


., .Ti'i, n.

.». vocábulo

17

iiiiniro, «»'(.

K.l.
• vaU»r. -

do p«'r-
cacima», o neo-árico ghãf, «destUa- 1 L., xxnt, p. 2^4.
BALAIS 84 BALANÇO

1915. _«... os cristãos de


brâmanes balais, jacintos, çafiras». — Damião de
Bardes negociantes de panos, conhecidos Góis, Chronica do D. Manuel, ii, cap. 11.
em Salcôte per hardescares balagatei- 1563. —
«Ha outra espécie que chamam
ros». - Tleraldo, de 23 de Dezembro. baiax, que he algum tanto roxa, este
he de menos preço». —
Garcia da Orta,
BALALA,
belala (mais correcto). Col. xLiv. —
«Barbosa também as [cores]
É indivíduo da casta agrícola na di.stingue, dando sobre a sua procedência
algumas noticias interessantes, indicando
índia meridional. Do tam. velalãr. —
a origem do nome balax ou haluss».
1602. — «A
coarta casta he a dos Ba- Conde de Ficalho.
latas que são os lavradores. Estes são 1763. —
«Balax. Pedra preciosa, que é
tão estimados, que podem os Keys casar espécie de rubi, tem maior grandeza, e de
com suas filhas e estes também jepar-
. . côr de rosa». —
José Monteiro de Carvalho,
tem em duas partes, a que chanião Va- citado na Revista Lusitana, viu, p. 297.
langa [tamul-malaial. vakmlcail, e Elange 1298. —
«Quiui [em Balaxiam] si trouano
[leia se elangne; tamul-malaial. idankai]: quelle pietre pretiose, che si chiamano
que quer dizer os da mão direita, e os da Balassi, molto belli, et di gran ualuta,
esquerda». —
Diogo do Couto, Déc. V, et nascono ne' monti grandi». Marco —
VI, 4. Polo, in Ramúsio, ii, fl. lU.
1608. —
«Outro Belala mestre com ex- 1589. —
«Autres sont nommez Ballax
traordinário feruor, veio pedir que o ensi- qui sont de moindre prix, de coulenr in-
nassem». —
P.Fernão Guerreiro, iíeíaçam, carnat». —
Linschoten, Histoire, p. 139.
fl. 87 V. 1614. —
«E frà le gioie, ve n'erano an-
1687. —
«He gente pobríssima [a de Ja- che molte che noi altri stimiamo poço, co-
fanapatàol, e por extremo fraca, porque me Turchine, Ba
asei, Smeraldi». Pie-
I

são Balalaz de diuersa casta dos Chin- tro delia Valle, Viaggio, i, p. 87.
galaz; e a origem dizem ser de Bramenes 1616. —
«lis auoient des rubis bailais,
da terra firme, gente que nunca se deu des émerauds, et autres pierreries à ven-
bem com as armas; porque nunca as pro- dre». —
Thomas Row, Relations, p. 16.
fessarão». —
P. Fernão de Queiroz, Con- 1596. —
«... viles pyropos, Hiacinthos,
quista de Ceylào, p. 38. Spinellos, Balasios, Granates, et Robas-"
«Não se mande pilar o arroz a Belâ- SOS venundantes». — India Orierdalis, in,
las, nem a gente honrada, por lhes ter p. 98.
dado grande opressão este nouo costume «.
— Id., p. 898, * BALANÇAS. É uma t-^prLitjde
I860. — «A Ve Hale of the first class caranguejo do Malaca. Do mal. ha-
would shrink from the communication with langkas.
a Veil ale of a lower order, with as much
sensitiveness as he would avoid contact 1613. —
«E se acha hua espécie de can-
with a washer or a Chalia». Emerson — grejo não visto no mundo, porque he can-
Tenuent, Ceylon, ii, p. 158. grejo com rabo de comprimento de hum
palmo chamado balances, e tem hua cu-
É o nome antigo
BALAIS, balax.
berta em forma lunar onde naquelle con-
duma espécie de rubi ou, antes, uexo tem os olhos, e por baixo no concavo
de espinela côr de rosa. O termo é tem cinco pés de cangrejo, e o ventre re-
asiático, como indicam vários escri- cheado de granos de ovas de que fazem
tores, corrução, conforme Yule, «de iguaryas». —
Manuel G. de Erédia, Decla-
raçam de Malaca, fl. 33.
Balakhslã, forma popular de Bada- 1902. —
«Convém notar entre 09 crus-
klisln, pois que estes rubis vinham táceos o grande Limulus designado pelos
das célebres ntinas situadas no Oxo macaistas com o nome de balancaz (do
creoulo malaio-portuguez hlancas e do
snperior,em um dos distritos sujei- malaio blangkas)y>. —
Ta-ssi-yang-kuó, II,
tos a Badakhshan». V. Glossário m, 3.
Anglo indiano .

— «Os BALANÇO. Embarcação malaia de


1.516. Balaches
são outra es-
pécie de Rubis mas não tão duros ; a sua dois mastros. Provavelmente do mal.
côr he rosada, e alguns quasi brancos nas- balang, que normalmente devia dar
cem em Balassia (que lie hum Reyno da balão, q. v.
terra firme, além de Pegu e de Bengala)».
— Duarte Barbosa, Livro (2.* ed.), p. 378. 1552. —
«Foy em hum balance que se
1552. — «Nace também nesta ilha (de rema de pangaio, e por isso não levam
Ceilão] muyta pedraria, assi como rubis mais que hum soo remeiro». Castanheda, —
muyto vermelhos e brancos, balais,
finos, Historia, v, cap. 35.
jacintos, çafiras». —
Castanheda, Historia, 1602. —
«Metendose cada hum em seu
II, cap. 22. balanço, com dez ou doze homens cada
1566. — «Ha muita pedraria s. rubins, hum, tomarão o remo em punho, e forão
balAo 85 uai.au

f>aMar (em Malaca). — Gaspar Correia, Lendas,


>ar(i«£ III. p. ('21.
> CoaM^ Dec Iv, n, cinco lanch
:\ ze
,5, buscar».
.1)
!'•
— . lo,
BALÃO . («a«'ã<>. cap. 15.
/-: >_'. — «Ií»!VOU quantas manrhuaa e
balões avia cm M nio
O de remos, <le í)aso monòxila, íre-
boas almadiasu. — i ia,
,^ :
" -rite mencionada pelos nos- Vil, cap. í>i<.

•res com rela<,"i\o à índia e I 155;i. — «Mas ainda com balões que
à (rarosestei-
cidadc*. —
.Pm;;. il.' I. 11. IX. O.
liamoDto o vocábulo, que empregam 1570.— Simão Sodré com outo
em toda a zona da sua intensa in-
I

'
balões (4"i >•> ' ii'is barcos leues)». —
floí^ncia, e que aparece em diversas Jd., Dóc. IV, IX, 12.
• • ' '•^" nO baífiO que no tt----^ '>if a

li:
andava arrendada. '"B
a .

• trazer da puuta . ar
rmédio. Iro,mando que o : «r

O conci.... . >-, ,...w..i.. i. .IX .... .. ^ ,.trio". — ProvUão do ^ . -..>r,

in Archivo, v, p. 11G9.
fyãnv, que Yule sup^ere por ótimo, I

— «Ilua
grande quantidade de
1(300.
baloens, que embarcaçoeus peque- sã-^
^. "•
nas». —
P. João Lucena, Historia, v, cap. 7.
- . .


j

origem na Jnjiuènda, mas (jue agora 1G13. «E pêra <> serviço de pescbarya
e trattode r>osus'ri dn bailees e namban-
•aspeito imj)ortado) ; o bengali, baii- - de mão a força
gues, com rem"
lia (usado principalmente em Chati- de braço:^. nnii' _ roa com armonia
cujo signifi- io".. — Manuel G. de Eré-
'
g.' /.
'
' '
de vó:'
r ao do balão; dia. / de Malaca, fl. 26.
161G. — u Encarregou a João Pereira,
'O. Acho muito provável
que com alguns batt'-is pavezados, man-
.. o .V i\'0 de baldo seja o Malabar cliua^, e balões com que deo bua madru-
o verdadeiro étimo o tamul-ma- ffada naquellas maquhias e com muito ua-
trabalbo de todos queimaram tudo».
'

Li t"ita do tronco or, e

d ti) ; e tal é o
— Diogo do Couto, Déc. IX, cap. 27.

to fundamental da palavra. E
«Neat« tempo da terra para a Annada
•1 que 08 malaios recebessem BalAea, Cal'luxe» crncar vimoti.
7 directamente dos indígenas do Meneses, Malaca Cxtnquiátada, m, M.
" ' '

B .
'
'os 1635.— »C\ X, se me-
p. .U teu n'um baláo — An-
tónio Hocarro, 1).:, AlH, p, KA»,
d, nomes do outras embarca- 1635. —
«Desembarcando os que esta-
'

vam na na- * « ra
Esteudea-se depois o termo a baião, c< : ti-
*
>>. — Jii>,c (!!• t ;ioifir;i, jii»i iiuijiCO-
ma, X, p. 38.
7 ^;- I- — v"^ *' '
""(a
taiua, I

•,
-Jii e Sui.... ., d-

de luxo, cujo uso nilo era per- < • do Sousa, Oriente


vÔ '
''õeS| i-'tto he,
.1-
barg;i
versa» parles IT
,
de modestos :; bem 1'

andores, e baiu<
< )S, ás vezos com acres-
do vicp-rei, ill
^ <lo ambos os 1,S62. — «O 1

iro, rotim on tafic". porem -^

I'.i..
ijalões, •

pelo no ver u que achavio» j


disp
BALCHAO 86 BAMBU

casa, e governada por uma espécie de es- pequenos, pisados e misturados com sal,
parella. Porque lhe chamam balão não sei aguardente, pimenta, malagueta, etc., e
eu, nem ninguém m'o soube dizer». lu — conservado crú. Quando se emprega nos
Ta-sai-yang-íxiió,de Otitubro dn 181)0. guisados é que se frege uma pequena por-
1582. —«Dopo mczo giorno ci trouammo ção, que se mistura com o refogado, etc.
sul porta di Cochi done ne vennero apresso Is'a India usa-se d'osse baixâo para pre-
alcune barche da loro dctte balloni, le- parar o balxão de mangas, o de bilimbis, de
quali sono fatte di [)ozzo di legno intiero». tomatc-o. —
Ta-88i-yang-kuô, de Fevereiro.
— G. Balbi, Viaygio, fi. 74.
BALE. Este termo ocorre no Ro-
1673. —«The President commanded his
own Ba loon (a liarge of State of Two teiro de Vasco da Gama ])or «go-
and Twenty Oars) to attend me».
East India, i, p. 182.

Fryer, vernador» . — E do malaial. bãli<^{xv.
vali.
1860. —
«The ballams are usually
hollowed out of the trunk of the Angdy or 1498. — «E mandou [o rei de Calecut]
Angelica tree... These canoes are gene- hum homem que se chama Bale, o qual
rally brought from the coast of India, he como alquaide». —
lioteiro, p. 54.
chiefly from Mangalore and Calicut». — 1886. —
«It stands properly for a go-
Emor.son Tenncut, Ceylon, ii, p. 549. vernor of the highest class in the Turkish
Balon. Bateau de plaisance de Surate, system, superior to a Pasha. Thus, to
três élevó et à forme arrondie. Cest aussi the common people of Egypt, the Khedive
le nom que Ton donne aux pirogues de is still a Wrdi». — Glossary.
Siam qui sont três longues et três étroi-
tes». — La Grande Encyclopedic. BALI. V. páli.

#BALATE. —O vocábulo provêm 6ALÓ. E


registado o vocábulo em
do m.il. htílati, que quere dizer «es- um com o significado de
dicionário
trangeiro». Mas Barros dá-lhe o si- «árvore da índia Portuguesa». o E
gnificado do «escravo», isto é, es- nome concani (bãló^ ou bãvó) de «ca-
cravo estrangeiro. nafístula», q. v.

1563. —«E quanto aos que se chamauào 1563. —


«O arvore delia chamão nesta
criados d'el Rey per este vocábulo Amba- terra canarim bahó». Garcia da Orta,—
rages, e assi aos escrauos do mesmo Rey, Col. XIV.
que de Malaca, comprados por dinheiro, a
que elles chamão Ballátes, viuerião de- BAMBU^ (às vezes bambum, bam-
baixo da obrigação de serviço, e liberdade buns, na índia). E o nome de várias
que tinhão em poder delle». —João de espécies de Dambusa : Bambusa vul-
Barros, Déc. III, i, 9.
garis Schrad.
^
B. arundinacea ,
;

* BALCHÃO. E termo do indo-por- Willd.; B. stricta, Eoxb.; B. arundo,


tuguês, derivado do mal. nhalãchan, Dalz. & Gibs. Bambu macho é o
o qual passou ao indo-inglês sob as bambu maciço, sem furo no meio;
formas de halachong e blachong. usa-se também como sinónimo de
Designa um acepipe, composto de bambu espinhoso de que se fazem
camarão picado e fermentado, de varais de macliilas e palanquins.
bilimbins; ou âmbares (qq. vv.), e de Bambu ó igualmente uma medida
especiarias picantes. Marsden cha- linear, equivalente a 18 palmos ou
ma- lho «espécie de caviar», e Craw- 9 mãos (q. v.) na índia, por se em-
furd identilica-o com o r/arum ro- pregar comummente o bambu para a
mano. V. Glossário Anglo-indiano. medição. Com relação à China, os
Por balckão também se entende a nossos escritores por bambu enten-
própria conserva de camarão. dem também o «açoite de bambu».
1873. —
«Além d'isso servem [os bilim- Os primeiros portugueses, no começo
binsj para a preparação de acepipes (bal- do século XVI, designaram, como
chão) apetitosos». —
Bernardo da Costa,
observa o Conde de Ficalho, o bambu
Manual do Agricíãtor, ii. p. 216.
1896. —
«Balchão de bilimbins, mas pelo nome genérico de «cana» ou
com moderação, disse o doutor com cm- «cana da índia». O bambu tem largo
phase». —
Gip, Jacob e Dulce, p. 110. uso e innúmeras applicações na
1900 — «O ballchâo de Macau ó muito
índia e particularmente no estremo
empregado como ten>pero para certos gui-
sados ou acepipes. E uma massa ou an- Oriente depois do coqueiro, ó a
;

tes molho composto de camarões muito planta do mais utilidade. O nome


TU MTU' ST It \ M I

euro- itjii. — •

frnii-

Cês, ba i| grande
A oiij
obscura. Marsdeii n-L'ista-o eorao

á... (1
Uambú». ~ i .
calo da costa oci<lental do Samatra. !>. 17G.
Wilson tem-no por caiiarOs, e como H>32. — «F..V . oinliritc (Tcrnl tr:l7i'Tiiío

diante mais
tal o coiisipua Keeve, mas os nomes
de h II mas
ii< i i- ^ ru (túiu bidurtO e ' '

bambusi qm-ju' "io leves de nie-


,' . que o ótimo mais
;

near e fortes j)ara r». Fr. Luís —
[• i'[ ê o marata ?a7/;íZ»í7 i*anihCm de Sousa, Anuaes dr h. João IIÍ, p. 105.
i

em
.

gazarate). n'""" <"*"•'"*''•" ^ m'-


1635. —
"Houve que por lanças e bam-
bus, e pela mesma parede ]ior uào leva-
gar da planta. rem cordas, foram subindo pelos muros*.
A for Ocorre aos — António Bocarro, Déc. iin, p. 20i».
nossos is, seria en- l(yTit) — «Chamaram os padres a <»stas
pela pouca cu
Tà'.fálmente U8a<la no ConcSo, como ,

I
de canna ^-
supòfia Yule & Burnell e declara iibuS". — P. António i. Lar-
Linschoten, e o actual concani mãn ;:: >-.
p. 6.S.
(.•ilo ; ou lu^4. — «> le furor, e rayva,
ia boca esquecido já (jue representava,
'la índia, ameaçava,
Ju- jMir' inversamente, 5ow-
'.
um bambu u mataria».
Uii.ii -•
.....ilacJlo de Mombaim, — 11 i,i..i. «1. iw^iíeiroz, IJ int. de Pedro de
(.[!!, ít:.' rafaram Duarte Barbosa, Basto, p. 155.
Si :.
I

11 r
''
'

Orta ver- '


. :
1701. —
«Ordenou os meninos e as mu-
lheres em dua-i fileiras dyante da p<' t.i
!: '
o de Mmn- com seu> hamhú*
ir»nnhos ni-; mana,
d»*usa Munii>á». V. Gérson isto he, t "lan-
...iia, The Origin of Bombay. cisco df , , - , II,

I . — Bambu, planta. IT, 1.


174.3 São os bambus ]nnn.'l>i c.iii:if(
!
CAuaa que ha na India,
li'ias mui' . e muito
i ; I grosa.s como laia perua de
— Daarte Barbosa, Livro e ei
tini.~i

i rns, que que sr iiHu podeui in-iu c.scai.'ir, nem bater


n bam- em brecha He caii:! bambu hiinin viva
buzes al- seiH'
dá :

. L^vuiiLa, llUt. Trágico- tiro dii luuaijuctc, otr\ St I-


25 dados». —
D. .lose liar da
l'-l Bambus •
sSo Vida, pp. 21 e 23.
11)1 tr:i ^ .1'. i. 1 , ta», 17*<2. — «Hn trwi e!«p*»ri«»<» de bam-

11, 1- r.u.
i como o can-

: rei-

árabes, de diffe*

' • prc-
D. Jiȋo III, IT, II. 94. iiam-
car-

bambú
am o» Índios oode ua«co, matnttk».
BAMBU 88 BAMBU

apas para se alimentarem, e dizem ser ex- are over-grown with them; for which rea-
tremamente nutritiva". Lopes Mendes, — son often impassable». —
Fryer, East In-
A Ilidia Portiiijtieza, ii, p. 142. dia, II, p. 74.
1B'j8. —
«O bambu, que depois do ar- 1676. — sorte de canne nommée
«Une
roz é para os chinczes o producto mais Bamboue que Ton plie de bonne heure
precioso do reino vegetal. .». Joaquim . — pour lui faire prendre au milieu la forme
C. Calado, Covins da China, p. 180. d'un arc, soutiont la converte du Pallan-
1900. —
«Não ha i)lanta na China, que quin». — Tavernier,
Voyages, iii, p. 37.
tenha tantas a])plica^'õc3 como as diversas 16ÍK). — «Ex
rcctis ejus [arundinis] sti-
qualidades do bambu, cvija cultura tanto pitibus tectorum ligna, et ex crassissimis
os chins como os japonezosteem desenvol- aedium poste-: fabricantur et sepos, quae
vido e melliorado A meza, as cadeiras,
. . vehem(!ntissimos edunt ictus et sonitua,
08 biombos e os armários são feitos de quum incêndio comburuntur, quando no-
tronco ou hastes de bambu; de bambu tum ejus nomen Bambu
facile exaudi-
sSo os pausinhos com que comem, e de tur(!)'). — Rumphius, Herbarium Amboi-
libras de bambu é o cesto que contém o nense, vi, cap. 7.
arroz e o envolucro do bule de chá, e a 1782. «Le bambou
est une espèce de
«steira do chão e o sloi'c das janellas... roseau, qui jjousse une multitude de ra-
Com lenha de bambu foi cozinhada a co- meaux, d'un bois noueux, très-dure et
mida, e para dizer tudo, até de bambu é croux en-dedans, reconvert d'un induit qui
o papel do guardanapo em que o china se ressomble au plus beau vernis». Sonne- —
limpa». — Ta-ssi-yaug-kuó, do Abril. rat, Voyages, i, p. 33.
1585. — «Dove se ha da tirare la cor- 1875. —
«Of all the fibres yielding plants
tina, rizzano certi pezzi di canne che e' known to botanical science, there is not
chiamano bambu, addoppiatti gli uni e gli one so well calculated to meet the press-
altri». —F. Sassetti, Ldíere, p. 148. ing requirements of the paper trade as
1586. —«Ali these houses are made of Bamboo, both as regards facility and
canes, which they call Bambos, and bee economy of production, as well as the
covered with Strawe». —
Fitch, in Glos- quantity of paper-stock which can be ma-
sary. nufactured therefrom». —
Routledge, em
1589. —
«S'ils ne le veulent pas tuer, ils Watt, The Commercial Products, p. 109.
le font inhumainomeut battre dos et ven-
tre par leurs serviteurs à grands coups de II. — Bambu, medida.
Bambus, qui est un roseau fort espais»
1553. — «Tomou [o tanador morj huma
(em Goa). —
Linschoten, Histoire, p. 60.
canna de quinze palmos por elle medidos,
*En la coste de Malabar notamment en
que são três varas portuguezas de cinquo
Choromandel croist une espece de roseau
palmos cada vara, e ordenou e mandou que
d'extreme grosseur, par los Indiens ap-
pellé Mambu, et par les I'ortugais Bam-
com a dita canna se medissem todalas as
bu, dans loquei il y a certaine moelle ou
terras da dita Aldeã». —
Archivo Port.-
Oriental, iii, p. 253.
matiere telle qu'on void es plumes que les
Indiens nommont Saccar Mamhu, c'est à
s. XVIII. —
«Quanto á distancia, que os
naturaes absolutamente dizem que deve
dire Sucre de Mambu laquelle est fort
ter da distancia ou comprimento de um
propre à I'usage de la medecine, et est fort
recherchée des Árabes, Perses, et Mores bambu, isto é, nove mãos em quadro». —
qui I'appellent Tahaxir». Id., p. 10. — Arte Palmarica, i, p. 151.

o A medição de terras nos títu-
1640. —
«Lo más común, y más usado
1842.
los e documentos do dominio d'elles vem
[papel] en Ias impressiones es de un arbol
(que en la índia Uamau Bambu, y CM expressada por bambus». —
Annae» Ma-
rítimos, p. 280.
los Chinas) pisado, y ai íin obrado como
el nuestro». —
P. Semedo, Império de la
1873. —
«E se a esta circumstancia
reuno a de que o bambu da medição dos
China, p. 36.
palmares (ou cova) é de 18 mãos, ainda
1653. — «Un esclave porte le parasol ou mais se me fortalece a opinião». Ber- —
ãombrero comme rappellent les Portugais, nardo da Costa, Manual do Agricultor, ii,
lequel est três grand et emmanché à un p.ll.
bambou, qui sert dans les rencnutres à
— 1886. —
«O bambu, vara ou canna,
maltraiter les eunemis». Le Gouz de la nesta ilha correspondo a 10 mãos de ex-
Boullaye, Voyages.
— «Inter tensão, sendo cada mão igual a 0"',44». —
1658. tot variae
figurae, et Lopes Mendes, A índia Portugueza, i,
magnitudinis Aruudinetes in iucultis In- p. 191.
diarum regionibus luxuriantes, duae dan- 1915. — «De
sorte que o nosso clássico
tur species Mambu, Lusitanis corrupto bambu de palmar, de 18 mãos ou 9 jar-
Bambu.. .». — Piso, Mantissa Aroinatica, das é espaço minimo». —
O Ultramar, áe,
p. 185. 28 de Outubro.
1674. —
«Bamboos are so general, «Bambou. Mesure de longueur ou de
that by the way of Excellency they call all capacite en usage aux Indes et à Mada-
Sticks and Canes Bamboos; the Woods gascar. Comme mesure de longueur, le
BAKíBU BANANA

bambou égale va P.^pa 3-,395ÍU «BAME. Antigo teHdo da fndia,


Orandt Encyclopl' que nJo se sabe de
III. — Bambu, ;ii;»nir. V ..t-i .'ue nilo vem d^- ^ i

L^ia, parece- me que se liga ao


V.m — Bambu <9 el açote... Snn
,
? de Bieto pnl-

o desde a piMita du u
eii
;i mioatéadodaoutr ..

j-eso horizontalmente», isto é, 3i mOos. A


a\ i . . r. Scuicdu, i;/ij_'triy at ia Lnina. teria tal largura, o o soa
'
i

j.p. IJ'- 127. M'ria completado pelo» inHiL'''-

BAIBUAL. Bosque de bambus. nas por outra palavra, de-


"a oavema, do tpano ou rouD.-iB. coium ^

3 bam- vastr, lugo<


buaes M • l '-> '->' i-r.-.na, — «Mauiaztíó grandes c pequenos,
ZXc/a-
1615.
r,!-//. .í^ M O' fl. 31. espicéa. — Doe. da índia,
bames, . . •. iii,
'i,.;:i. — «c'(.rn;i '•

-so bambual,
355
mato». —
p.
vm 1«17. — «Doctins bons, mantazes gran-
.• .i;i .
Mtra iiii' ivel
Di..-.. a<. (V,ntM.
_
I
.
V I. ^ III, 7.
des, bames, espicea. — Carta Régia, . ».
l,;;.:, ..
i; ,,:--;, \ :i ;.!.• O trahalho do
ibid., IV, p. 11.
i v.iK't-r.jdaf-"'''-'"'". que
lambuaesfor' uiui BANACA (s. m.). Nada menos de
,-,,.,, , ,, • ' -.-"í esji.;...- ::ata-
quatro vezes figura a palavra em um
-' que tem maia rea-
s6 lugar (que tambOm ocorre em ou-
Y. > . .'1-i

ptlt I t' 'i , .-..». AutúuioBo-


carr... 1>.'>- mw, ;.. Vi. tr; - da obra do Padre F<'
_ ir,-4 .. I iili.ló armado cilada em hum dt ^ com o sentido de «
'
,

bambual '^ !' FornSodeQuei- vâo» do capitão geral de Ceilão.

— «A Bambual sorvirâo Parece que, por erro do autor, está


fstf
pl.ar o~ i- !• hra»l«>á Bambuaes ]»or canara (q. v.), que significa o

^l > Cauara, >. O singalôs não possui vo-


,,, MS, P fH>: > semelhante.
Itis". — "Os seua Escrinie». a qne cha-
d«*». — i>. Jv>»c liarboia, hpitomc da \ nta, uião Banâca», 4 8ua íronii

p 22 zeuibargadored da Illia..
queria dar, ou ti:
BAMBU EIRA. LC se a palavra em informana; niaii'; .
-^J

V.
''
>s si- falasse com o bi. u . .

E com ser este dar, o


g, .hu.. '" ' " . > oaii Cl ' ' "'le
• planta que produz bambus», «cad.i •ido... 1' a
um dos rebentos que nascem da { , "••reiíd .
.| .• ^ O
mesma raiz de bambu». Nfto consta (11 IS Ban&ca». — tnn-
-..'.».
, ,
'
' ' iripro- qu.
«O meauio ao Banfioa <1<) Geral, bas-
Pa-
tando lhe um ••'in .l>.;i> .^r liar'.i. i
u es-
,quo cri\iles». - 'O
'*
. . apli- diante do (•' . .

1 como correspondente banácas*. — id., pp. bob e yw.


grupo ou pe- BANANA. Fruto da BA'-'
1
^•
^.. IIA híim- — Mit;f(i siifiifutmn e M. f»' <',

Linu. InglCs banana^; francês 6a-

dos a grande distAncia uns dos


-sivamente deitem
fain, liU.tmo,
.>« íjnf» oHtAo do- 'i

... . ,,>.* ou
'.i8

J.

se denoDi; \
a. Q. L, XV, p. HiX
BANANA 90 BANANA
•nane, hananier. BANANAL ó a plan- divas Quellas». — Pyrard de Lavai, Fta-
tação do bananeiras. gem, i, p. 103.
O nome portugiiOs do fruto, mais 1607. — "Lançavâo
as cascas dos figos

antigo, o mais vulgarizado na Ásia,


Indices ou bananas Brazilicas». P, —
Francisco de Sousa, Oriente Conquistado,
6 «íigo da índia» (q. v.), queposte- I, III, 2.

riormonte íbi suplantado em Portu- 1727. — «Banana so chama por des-


gal pelo de «banana». Garcia da
prezo o frouxo, e para pouco». — Bluteau,
Suj)plemento.
Orta atribui-llio origem africana 1745. —
«Das que há na Asia e eu pro-
(Coll. XXLI) : «Tambom ha estes íi- vei na America adoude são muito mais
guos em Guiné, chamamlho bana- gostozas, tem [a China] bastantes: Coquei-
ros, Jacas, Mangas, Atas, Goyabas, figos
nas». E o Condo de Ficallio comenta: a que lá cliamão Bananas, Papayas que
«É possivel que tenha razHo a pa- ; se dizem Mamoeus».
lá —
In Ta-aai-yang-
lavra nilo é seguramente asiática, e -kuó, II, III, 3.
também nRo parece ser amoricanai». 1593. —
«As arvores cortao-nas cada
três annos para melhor frutificarem, e creio
Os nossos escritores, referindo-se à eu que estas são as bananeyras do
África ocidental o à America empre- nosso São Thomé». —
Fr. Pantaleào de
gam geralmente a voz banana. No Aveiro, Itinerário, p. 59
Brasil também voga o mesmo termo. 1782. —A
figueira da terra, ou por ou-

Mas Yule cita a autoridade do aba- tro termo bananeira». Fr. Clemente —
da Uessurreiyão, IVatado, ii, p. 345.
lisado arabista Eobertson Smith, quo 1873. —
«A bananeira (Musa) tam-
nota nao so })odor considerar como bém, e mais geralmente chamada na índia
acidental a coincidência deste nome e figueira, em Malabar bala, e em concani

do árabe banana, «dedo», e que, alem


quelli, 6 uma arvore monocolytidonia da
familia das Musaceas». Bernardo da —
da denominação literária mauz, podia Costa, Manual do Agricultor, ii, p. 209.
o fruto ser popularmente conhecido 1911. —
«Onde se encontram numerosos
em alguma parto como «dedo» e e bons exemplares de mangueiras, cajuei-
;
ros, brindoeiros, goiabeiras, larangeiras,
ncrescenta que é possível qne os
bananeiras»... «O bananal que.
árabes levassem o fruto e o nome chega a dar o Jucro de 2:500 rupias por
para a África ocidental. Não é po- hectare». —
José Emílio Castel Branco,
rem de crer que o vocábulo transi- Boi. S. G. L., XXIX, p. 358.

tasse da Arábia para lá sem deixar


1589. —
«... tels que sont les Citrons,
Limons et Oranges agredouces, et des
vestígios nos idiomas da costa orien- Bananes qu'aucuns estiment estre ces
tal. fruicts que les Egj-ptiens et Syriens ap-
pellent Muse qui sont figues de bon ali-
1575. — «La da terra se trazem algu- ment». —
Linschoten, Histoire, p. 199.
mas vjezes Bananas e outras {sic) que 1585. —
«In Guinea vocantur Bana-
chamão figos do Congo que fazem adoecer nas, reliquae minores ac vulgatior spe-
especialmente aos que vera de novo e aos cies Bacovos » . — Eumphius, Herbarium
outros ajudào hum pouco». —
Garcia Si- Amboinense, viii, cap. 1. —
Este autor men-
mões, in liol. S. G. L., IV, p. 342. ciona, entre as variedades malaias, ^marj^
1576. — "Porém a commua e generalis- salpicado e pissang soldado. Pisang
sima [fruta] de todo o anno e em grande é «banana» em malaio.
abundância, não só por estas índias, mas 1606. —
«Quamplurimae mulieres inue-
também pela nossa, por todo o Guiné e niuntur, Betelle, Areccam, Melones aquá-
Brazil, por onde ba, e nós vimos mais cas- ticos et Vannanas vendentes». — índia
tas e melhores que estas, e a que chamam Orientalis, iii, p. 98.
plátanos, e na nossa índia, figos, e no Bra- 1652. — «Au Bresil ils appellent Ba-
zil bananas». — P. Gaspar Afonso, Hist. nanas, en Sirie et à Damas ils I'appel-
Tragico-maritima, vi, p. 50. lent Musa». —
Relation de la Chine, p. 20.
1583. — "Não ha nesta terra fruta mais 1710. —
«Les principaux fruits de ce
que bananas, micefos e baá de que fa- País sont la Mangue, qui est une espece
zem azeite». —
Baltasar Afonso, Boi. S. G de Pavie ; la Bangne, qui rcssemble à la
L., IV, p. 376. Figue». — Lettres Edifiantcs, 399. x, p.
1585. —
«Tem [Angola] muytos rios, 1786. — «II riso cotto mette sopra una si
fontes, palmares e bananaes, que he a foglia larga di fico banano, che serve
melhor fruta da terra». P. Diogo da— di piatto». — Fra Paolino, Viaggio, 113. p.
Costa, ibid., IV, p. 37G.
1615. —
-Ha bananas, a que os Por- BANAZA. Conforme Fernão IVÍen-
tuguezes chiamam na \uá\9i figos e nas Mal- des Pinto, é um quadrúpede extra-
BANDARIU 91 BANDEL

ordinário .í». ralãniinhflo, no interior 1564. — «E a earuqna e einffuouty, que


'
sSo huns direitos que se arrecadão do
ti, I me foi possível
guado, e dos bandarys qtif> tirão çura«.
er a que língua — Simio Botelho, Torr
.V. Uouçalves 1632. «Ficou em — ., que o§
Viana, ApondUut, i, p. 147. Gentios erSo da casta Bandarim*. —
Fr. Luís de Sousa, Hint. de. S. I tomingoê,
1" "Tl.
— Estando eu assistente neste
iTf< ciir- uir a elle todas aa 'nua
e OB pés tirar o siiinmo, a que >

1.1. .^ui.i, u.i- jialmoiras da nngsa horta,


' |iient a tira se uninoa Bandartm, ou
Suilro». —
Fr. Jacinto de Deus, Vergd^
de huDi ^•^-
"lia tem
P-
1(',^7 — cSaO -..
08 qUP Iw.m
. .
,,
,.
luMir ou
s, e sur leiras (a
dos nari ^sic, por A
j.er- Bandarisi». — P. Fernão de «Queiroz,
\ õão ConqiiK^ta (Jf, Ceylãfí. p. 16.
• os
a àO passos : Ií28. —
«Servem também ["em Chaul]
se chamavSo
({ue 234 bandarinSi soldado» que merecem
banazas>. — t'trtyrinacao, cap. 166. muito pelo bom serviço que fazem, e pelo
"
muito valor». O Cnronista de TUstiary, —
• BAN" '
""*" '

' uma árvore de Ma- i,p. 35.


laca — t m atrocarpus. Do
siir.i
1850. —
«Bandary: Homem que tira
ás i)altneirasu. F. N. Xavier, Ga- — O
mal. bingkuaitg.
iiitctt' l.i'ltrario, iv, p. 22-3.
im3 ~ ui\ imI ,r, bancalé, dringo. . lí<í<6. — «A eit " ; sura é feita
p 'it'i-, !i;\ i! .
'.'iveis ravzes de que se por um individuo ' '
bandary».
— Manuel — Lopes
:

io». Mendes, A imita Fortuguexa, i,

.\íalaca,&.31. p. 186.
1890 —«.. i»ode talvez
->

Bancão. V. vancào. nos bhandaris, embora c


'
'
P
lida

1 1 ricaçilo indiana». — O. de Figuei- A..,


1916.
,

—«
..o c-.„
. e
;. 11.
tuem
redo. n niii.1 ..vf.Mi.;,. ,
.._. ...
^
-rior,
bandaris n - so
Nflo encontrei nenhuma abonaçio <•

,
. : iui siíio as fuiuiad ra> das
da maior parte das aldeias de
<

nome antigo desta terra».


,
ir, —
dhuii, .j

do Hindustani bãn-
V. (7Jo*-
Heraido, de 4 dt- AWril
1673
after tli-

Of Badarines (that Innkt
Cocoe) with t"
' i

*ári o . 1

other \N' '*).. Fryer,/. —


p 171.
• BANDAR (SI ira). Título I,


1760. «There is also on the island
'i •
f>riiuij>o «ju (U. .11..-/ .lo nobre em kept up a sort of militia cotnpoa<>d i>f the
< • ililo. Os nossos eticritores prefe- land-tillnrH, ami bandarees, whon*» liv-
r. ! .
r,
confor-

l»i87. — «Ficou i)or curador e defensor BANDEL I indo-ingl. bunder). Pdrto,


1.'... !.• .. p:^«._^~^ . ..-.- 1 . I

; sítio ] dura
' por ui . ou
ca«lii do esiraugoiros. I>i» p«•^^a txtn-
.. . .c ('andea dar, «porto, cai»», adoj)tail<' ixlos
< ' '
iiindar, com UU,UUU hoin«^SB. idiomas modonioa da India.
- /
Nos |>ortos '
*
. qu«" <raiu
BANDARIM. Indivíduo da cnsta »Mnj>óri«>s de »' li.nvia qnar-
.rados, i

tr;iir .su '.a. Do para


, ,
.., :i

uuirata-oouc. bhandUn. porária uu permanente dos negocian*


BANDEL 92 BANDEL

tes estrangeiros de cada nacionali- 1541. —


«N'este porto do Bandel to-
dade ou religião, a iiin do que mSo piloto as naos dos mouros quando vão

seguissem seui estorvo os seus usos


pelo Estreito dentro». —
Gaspar Correia,
Lendas, iv, p. 168.
e costumes e praticassem o sou culto. 1554. — «Ao homem que tem cuidado de
Cada grupo tinha de ordinário soo ir aos bandeys da banda d'alem [em Or-

chefe, coniiecido geralmente por xa-


muz] a ver as íTazenuas que vem nas caffi-
handar (q. v.), que era ao mesmo
las...». —
Simão Botelho, Tombo, p. 104.
1563. —
«K por quanto ao Bandel de
tempo seu representante perante a Angon que he hum porto da terra firme da
autoridade da terra, e mantinha a Persia, onde vem ter todalas cáfilas do in-
terior dos seus Keyno.s, era vindo hum Ca-
ordem e dirimia pequenos litígios — João de Barros, Déc. III, ui,
jjitão». 9.
entro os seus. Assim temos nhandel 1565. — «Parti dormuz em liHa terrada
dos portugueses», «.handel dos que- hna sexta feira xxv de Junho para o ban-
dos guzarates».
lins», (ibandei del gombruc chamado assim em lingua
parsia e turquesea que quer dizer alfan-
Outros portos, que n3,o -tinham —
dega ou lugar honde se pagão direitos».
tanta importância e onde nílo havia Itinerário do Mestre Aftbnso, in Aimaea
colónias distintas, eram especificados Marítimos, (1844), p. 217.
pelo nome do sítio, como abandel de 1577. —
«Chegado ao bandel de Ma-
çulepatão, foy levado á cidade do GoUe-
Comorílo», nhandel de Chatigão», ou
condá e do bandel até onde elliey está
Porto Grande, ahandel de Ugolim» morrerão quatro asnos». Primor e Honra, —
(situado na margem direita do riò fl. 2'7.

Hugli) ou rorto Pequeno. 1589. —


«... darlhe e a doarlhe ame-
Neste último Bandel se tinha es- tade de toda a parte, que lhe a elle cabe
aver erdar por morte do dito seu pay Xe-
tabelecido no sóculo XVI uma feitoria que Raxete no rendimento do bandel de
com numerosa colónia portuguesa, Ma.'icate, e direitos delle pêra sempre». —
que exercia largo tráfico, e se tinha Archivo Port.-Oriental, v, p. 1247.
construído a primeira igreja católica — «Fera se a Cosmim, que he o
1(>V2. ir
Bandel, onde o navio do trato ja era
de Bengala. A
colónia passou por chegado». — Diogo do Couto, Déc. VII,
muitas vicissitudes ; mas ainda hoje
subsiste o nome Bandel, como pró- «Forão até o Bandel, que era perto
prio da localidade, e bem assim al- da barra, e derão em dous navios de alto
guns dos muitos privilégios e isen-
bordo». — Id., iii, 14.
1635. —
«Para o que o mandaria por ou
ções, concedidos pelo Grilo Mogol no bandel de Comorão, ou na fortaleza
Xá Jehan (em atenção à santidade de Ormuz». —
António Bocarro, Déc. XIII,
de Fr. João da Cruz, comprovada p. 33.
«O padre João Gomes, vigário do ban-
por milagres) e a majestosa igreja —
del dos portuguezes. .». Id., p. 519.
.

com o anexo mosteiro dos antigos 1663. —


«Na terra firme da Persia ap-
agostinianos, onde reside presente- parecia o Comorão, em cujo bandel tive-
mente o superior das missões portu- mos já um porto, que no anno de 1602 se
defendeu de quinze mil persianos, e hoje
guesas. Durante o ano o em parti-
cular por ocasião das festividades
está presidiado por elles». P. Manuel —
Godinho, lielação, p. 80.
concorrem muitos católicos o ató 1674. — «We fortify our Houses, have
protestantes e hindus, por ser o san- Bunders or Docks for our vessels, to
which belong Yards for Seamen, Soldiers,
tuário da maior devoção e de mais
and Stores». —
Fryer, East India, i, p. 289.
recordações históricas. Quando ou 1676. —
«Nous lui demandâmes une
era vigário geral de Bengala, ia lá mule et de I'argent autant qu'il étoit be-
muitas vezes de Calcutá, onde mo- soin pour sé rendre au Bander, et se
mettre sur les premiers vaisseaux qui par-
rava, pelo caminho de ferro *.
tiroient pour Surate». —
Tavernier, Voya-
1529. — «. .que se chama Bandel, ges, III, p. 183.
que em —
nossa lingoa quer dizer porto».
António Tenreiro, Itinerário, cap. 2. Bandel de Ugulim.
1674. —
«Mas ainda se conhecem nelle
[Mogor] desejos de nos fazer guerra, como
' V. O Chronista de 7'issiiary, i, pp. 60- já poz em etfeito na povoação do Golym,
61 Historical Facts relating to the Âgusti-
; que em Bengala tiuhão os Portuguezes, a
nian Convent of Bandell. Calcutta, 1899. qual mandou destruir e assolar ha três an-
BANDIM »8 BANEANES

Q()f na ..'1 ]^ !• '


1»v4ndo OS one forSo '
8pl!íi> ri'i-'u^TiiT'is, alJoãs, oâ n^arwu, jodoc,
capt. 'c tern, poito •: ha faxend»».

bem :
l»-
—A >a-
*fUi * iiAí^à^-. — Ula-
•735
;ma

I'roti»Soi o«

diSo a>>;-- ^
. laniar a Jo j><:>rt" «1" ti

jtM que o imperador


Igreja do Bandel de
-. — /i»-
.. ^ — -.
..^AS, apud
.0 Azevedo, As (Jommtatudadts de

18UU. — «Em Mai^o e • ~ al-


ii hi- liA var^eas possaidas j' ntes
'

andys, ou lueio*, como


— Id, p. 88.
p BANDO. Morais e Vieira registam
o termo como asiático e com o signi-
,. , ,1 - />, ,^ '--.do de tvalado H- -'"'a». De
:o, o concani tem > sânsc.
'
• ' ' '
bandha. • ; mas
vai aio é a' portu-
C- i V.. gaês local.

1635— .Joio LeiUo, que hs * BANDRASTAL. Quarteirio habi-

,, js. \)v> bhattdtituiUtai, «bairro


I

!•;.««." — "O ?;\!-L'.i't.i in.ii >r. OS D^ffil- ,},i ...á».

:'.;34. —
«Kende o Bandarestar do
^^•^
I
Sangens em cada anuo coni'nne o arren-
-»cl Frr- ,iauuiit.> uur «^stA :";:. sç^sonta i)ardáo8».
'
B.: rp, ia O CkromUta

i de
vem
.'.'.
lit Uiar o au-
itr*» tanto *>m ««tm* pêra «eu» ,nma #*(ra. das
,-..

j

. . V -, • •, e Ca-
conaer-
\ •-
:

!•• ' BandiqaP- m te cobravam direitot


ra'.i, í:

- •
Mj o«
" -u M
i<-a<> das
BAN MM i impoato
-'>:ii u»> «-ffr »• ii<'in« - de Oail*
ui-aatal*— Conde d> (d. zvi,

BANEANES, baniaSM. Kigorosa-


• > t'Tuio licsi^n.i, em
especial
111 .i beat de rait qae ato ^; *^'^ jaiaas «lo («azarate ou
BANEANES 94 BANEANES

Cambaia qoe exercem a mercancia *. homens' a que chamão Baneanes, do


mesmo Gentio do reyno de Cambaia gente :

Mas 03 europeus aplicam-no muitas


tão religiosa na secta de Pythagoras, que
vezes, por am])liaçilo, a qualquer co- até immundicia que crião em si nàomatão,
merciante hindu, cio mesmo modo nem comem cousa viua», — João de Bar-
que chatim ao dos países dravídicos. ros, Dí-c. I, IV, 6.
«Surat era prouida de gente fraca, a
Antigos viajantes entenderam por
a que cbamào Baneanes, hom(^s dados a
hanianes os sectários da religião officios mechanicos, principalmente a arte
hindu ou bramfmica. de tecer panos de algodão». —
Id., IV,

As características maia notáveis IV, 8.


1552. — «Ha outros gentios a que cha-
dos jainas silo o seu tacto comercial mão Baneanes, que não comem cousa
e o seu exagerado amor a toda a nenhna que padeça morte, e tem por ley
sorte de animais. Os mais puritanos de a não matar, nem ver quando a matão,
coam a água que bebem, sopram o e 08 pobres lhes leuão aues vi nas e dizem-
Ihes que as querem matar, e eles as com-
chão que pisam, e cobrem a face
prão por mais do que valem porque as não
com uma rede, para nSo ingerir, matem, e depois soltão». —
Castanheda,
molestar ou aspirar algum animál- Historia, iii, cap. 130.
culo. Mas nem por isso sâo mais 1563. —
«Se são ricos comem muyto delia
^. [de assa-fétida], como são os Baneanes,
virtuosos
e todo o gentio de Cambaya». —
Garcia da
Os nossos indianistas, excepto Orta, Col. vu.
Orta, dizem que «todos os baneanes «O demónio pôs certa superstição em
seguem a doutrina de Pythagoras» as molheres e filhas dos Baneanes, que
são os que vivem segundo o costume pita-
(Bluteau), quando a verdade ó que
górico, e he que quando morre algum pa-
Pitágoras hauriu da índia grande rente, quebram as molheres todas as ma-
parte da sua doutrina. Y. Leopold nilhas que tem nos braços, as quaes são
Scliroeder, Pythagoras und die In- vinte ao menos». —
Id., Col. xxii.

der Richard Garbe, The Philosophy


;
1566. —
«A hi [em Narsinga] outros ho-
mens, que tem por sanctos, a que chamam
of Ancient India. —
Baneanes». Damião de Góis, Vhron.
Em sfinscrito, vanij é «mercador» de D. Manuel, r, cap. 6.
e vanlg-Jitna «homem de negócio» ;
1567. —
«Costumão em alguns lugares
desta Provincia os infiéis Baneanes em
em guzarate, vãniyo, sing., e vãniyãn,
observância da sua falsa religião, em a
pi. (quo parece ser o étimo imediato), qual tem por grande peccado matar cousa
«negociante, negociantes». Outras viva peitar aos pescadores, carniceiros, e
línguas áricas, tais como marata e caçadores gentios, que não cacem, nem pes-
concani, tem vãni.
quem, nem matem animaes em os dias das
suas festas». —
Primeiro Concilio de Goa,
1516. —
oHa neste regno [de Guzarate] in Archivo, iv, p. 58.
outra sorte de Gentios, que chamam Brâ- 1602. —
«Os Baneanes são todos da-
manes [leia-se Baneanes], e saom muy dos á mercancia, em que também precede-
grandes mercadores e tratantes uiuem rão a todos, por sua grande abelidade, e
entre os Mouros, com que fazem todo seu
;

agudeza». —
Diogo do Couto, Déc. IV,
trato, estes nunca comem carne, nem pes- 1,7.
cado, nem nenhna cousa que mora [morra], 1609. — «Os moços christãos da índia,
nem rnataom, nem menos querem uer ma- particulannente os de Diu, armam aos pás-
tar,por asy lho defender sua idolatria». — saros, e tomam algum
vivo, vão-se aos bra-
Duarte Barbosa, Livro, p. 267. menes ou baneanes gentios, dizendo que
1552. —
«Entre os quaes vierão certos lhe comprem aquelle pássaro vivo». —
Fr. João dos Santos, Ethiopia Oriental, ii,
p. 311.
1 «Os Guzarates são. . . grandes merca- 1632. —
«Surat povoado de gente vil, e
dores e naturaes de huma Provincia cha- fraca, que cliamão banian es, tecedores,
mada Cambaya... Estes Guzarates nào polia mór parte, de panos de algodão». —
comem cousa alguma que padeça morte, Fr. Luís de Sousa, Annaes de D. João III,
nem igualmente pão». —
Navegação de P. p. 299.
A. Cabral, cap. xiv. 1552. —
«Haverá em Cochim, e seu dis-
2 «Por outra parte saom grandisimos tricto, mais de cincoeuta mil mercadores
onzeiros, e falsificadores de pesos e medi- entre Christãos, e Banianes de bom
das, e doutras muytas mercadorias e moe- trato». —
P. António Vieira, Arte de furtar,
das, e muy grandes mentirosos». —
Duarte p. 436. '

Barbosa, p. 268. 1701. — «Ha outros géneros de gentios,


BANEANF.S 95 BANG AÇA L

ft qnp rhRmi<» Baneanes, '>!» que Dioeo-


•• jwr ttla
viva». —
i'. 1 dt' bousa, Vrtcnte Conquis-
tai!
ip-., -- „( »s Br ;
"
r ;
-
s n to-
das as classed (1 Ba-
neíT- -- nt«'.s

do ralo,
. ... .1 en-
i. a fim d«>
... o Andrade,
í ar (as. i, p. 20.
IhS'] — «Os hnnianf^s, (iiic Drofcs^ain
a iiia.xiina (.'.:

cor l--.~:l ^ :!
.

uiíi -na para iroui todo» ob seres


;>! .\dolfo Loureiro, No Orientr,

' baniane é, em fegra, sor-


úiii.., iNíiuiito e de niA fé». — Oliveira
Ma.xiaifnhas, Atravez dos Mares, p. 111.
IHJl "Os banianes de Din, que —
exclusivamente í^e d»'iii<nm no conimercio
em Africa. . i .sos agen-
tes de vend;- >. — José
riiihfiro, Jioi. ò. U. /. , -xx, [<. -U3.
144.'). — «Euui vua sorte di sacerdoti
cliianiuti Bancam (sic) questi si coute-
teutaii" dvna sola donna, la quale per
'
' ' '
' -.
di brucciarsi col marito
'<». —
Nicolo di Couti,

] I1U9 hominum, quod


v.^ r. ili Baneanes
aj; — Jeróoimo Osório, De Jie-
bu... .,,.._'
l.x-^ 1 i •« K>s Qentilicos, princi-
jialiii-nti- ] - il'- (aiiilia\a. v l"- PitiiLfori-
ros Baneanes I

y ri.i:;.ii ordinal i:.' .

Cocta. 'irn't'i'l-'. \< .>-l.

1'-' M; nil Baniane fort ruíé


I " ! '-ns est fine et
ca dent*. — Lin-
1' '-^ i uour of the Towne
' t
<
:- .1 Bannyan, and <>ne of
til t people ihiit obiifvue the
Iaíw ot !'_) tíiaj^oraíi». — June», in Glos-
sary.
\h]C) — «Ces Ili "V '
idiis
<i . -fi!!,'- |>our lest \ Ba-
nliiii ' s " ition
li' -
ieur

It, A rrnnti, qualli

>
• '
BANQAÇAL 96 BANGUE

cidade dos bacacés, que sSó os que ven- BANGALÓ. Dá-se este nome na
dem mel azeite bctre especia-
iiiíinteijEía,
índia à casa grande e abarracada ou
i-ias, e panos, porque aquelles que aa ditas
cousas vends em ditos bacacés, quere- à casa campestre. O termo ó neo-
mos que livremente as vendão». Carta — -árico, baiif/alã ou banglã: hangló
Ht'ffia, in Archivo, iv, p. 43. —
«Parece que em coucani, bungalow em inglOs.
deve ser bacaçáes, ou bancaçáes, ou hanya-
çaes, que significava naquelle t(!mpo qual- 186G. —
«O bangaló visto de perto
quer lugar de venda; e hoje mais estricta- dava idéa do luxo oriental e estylo leve e
mente estancia de madeira». Cunha Ri-— gracioso da architectura indiana». Fran- —
vara. cisco Luís Gomes, Os Brahamanes, p. 15.
1553. —«Ninguém se mouesse nem bo- 1882. —
«Eísta chácara fez-me recordar
lisse com os seus bagançaes ', que são com saudades os bangalós da índia, on-
como lógeas ao longo da ribeira, onde ti- de passei os melhores dias da minha vida».
nhílo recolhido mercadorias». João de — — Lopes Mendes, Bui. S. G. Z,., xii, p. 251.
Barros, Déc. II, iii, 4. 1883. —
«No meio de jardins e de par-
1563. —«ricando grande despojo nos ques os seductores bangalows, que são

bengaçaes, que erão fardos d'arros, e os palácios campestres indianos». Adolfo
d'aeuquar, e ferro». —
Gaspar Correia, Loureiro, No Oriente,., i, p. 139.
Lendas, i, p. 620. — «Os bangalós, officinas ru-
1886.
15'J2. — "Sem primeiroao sorgidouroir raes, pertencem ás planta-
e os viveiros
e luguar di>s Portuguezes que esta de ri- ções .— Lopes Mendes, A Índia Portu-
. . ».

beiro da dcinarcação té á fortaleza, onde gueza, 38. ii, p.


poderão fazer seus bengaçaes, e vende- 1898. — «Na cidade nova, abundam os
rem suas fazendas e mercancias». Carta — bungalows, de bom gosto, espaçosos e
Jiégia, in Archivo, iii, p. 363. confortáveis». — Oliveira Mascarenhas,
1609. —
«Ao longo da praia d'esta ci- Atravez dos Mares, p. 29.
dade [de Goa] estão as alfandegas, e logo 1906. —
«Todos os bengalows, quer
abaixo uns formosos armazéns de manti- os particulares, quer aquelles onde se ins-
mentos, a que na índia chamam banga- tallam as lojas e armazéns, são isolados no
çal, que respondem ao Terreiro do Trigo». meio de grandes jardins, fechados por mu-
— Fr. João dos Santos, Ethiopia Oriental, ros ou grades». —
Hipácio de Brion, Duas
M, p. 273. mil léguas, p. 31.
1615. —
«Quando pois era chegado al-
BANGUE s. m. Folhas secas e
gum navio ou algum mercador á sua ilha,
elle lhe mandava dar um bangaçal, ou hastes tenras de cânhamo (Canabis
armazém para metter sua fazenda». Py- — sativa, Linn.), que se fumam ou co-
rard de Lavai, Viagem, i, p. 234. mem, e tem a vii'tude de embebe-
1635. —
«Mandei também fazer uma
dar, como o ópio. Indo-inglês e indo-
casa, a que chamávamos bangaçal, que
é nome da índia, aonde se recolhe o man- -írancês bang, bangue. Do neo-áricc
timento». —
José de Cabreira, Hist. Trá- bhãrig, Scinsc. bhangã. O vocábulo
gico -marilima, X, p. 45. iutroduziu-se nas línguas da Africa
1687. —
«Os priucipaes erão os Dissâvas
austral. O uso de bangue ó antiquís-
Portuguezes; que de mais tinhão banga-
Çães, ou feyras publicas, aonde vendião simo na íudia.
pelo mayor preço, e por estanque». P. — 1554. «E a— Renda de anfião e ban-
Fernão de Queiroz, Conquista de Ceylão,
p. 604.
gue, e sabão». — Simão Botelho, Tombo,
1829. —
«Havia um grande Bazar, e o p. 53.
1557. —
«Aforo enfatiota para sempre
Bangaçal, ou estancia de madeiras na
sua área que hoje occupa a Igreja e o Con- as rendas das orracas, azeite, bangue, e
vento de S. Caetano». —
Cottineau de Klo-
anfião de Tanná das minhas terras de Ba-
çaim». —
Archivo Port.-Oriental, v, p. 306.
guen, Bosquejo Histórico de Goa, p. 21.
1673. —
«Their Bank Soils, or Custom- 1563. —
«Agora vos satisfarei com di-
House Keys, where they land, are two».— zervos que cousa he o bangue, scilicet,
Fryer, East India, i, p. 80. a arvore e a semente. Faz-se do pó . .

1878. —
«Bangaçal formerly meant a destas folhas pisadas, e ás vezes da se-
mente e alguns lhe lanção areca verde ;
place of sale or store, but it is now res-
tricted to a place where only timber is
;

porque embebeda e faz estar fora de si». —


sold». — José Nicolau da Fonseca, Sketch Garcia da Orta, Col. viii.
1609. —
«Em toda esta cafraria se cria
of Goa, ^. 191.
uma certa herva que os cafres semeiam, a
que chamam bangue, a qual é da pro-
* Alguns dicionaristas, fundados
neste pria feição do coentro espigado. Muitos . .

passo, inserem bayançal e omitem banga- cafres ha que com este bangue se sus-
çal, quando é historicamente manifesto tentam muitos dias sem comer outra cousa,
que Barros deslocou a nasal. mas se comem muito junto, embebedam-se
BAN'IAKA BANTIM

'^m ellc do tal modo, como se bebcMeni tuguês; banyan em indo-iufílôs. O


'». — JoSo doa Santos, Ethiopia j

! vocábulo df8Í{;nava originúríauiente


Hf»
<•« vida» a Álvaro o justillio dos IxtJilane» (q. v.). VA.ju-
:<•, H» reiulas, de tlia em in<lo-j»ortugiiôs por «casaco».
, b;u;ai o sarragnn (Ieia-8<! A palavra '• de iiijporta<;ao moderna.
Carta AVy/u, in iJoc. da
1 \r. ]H44>. —
«Espécie df baniana ou cutSo
• (. — «Oa banhanecas [iia Africa oci- justo ao corpo». —
Filipe Nrri Xavier, O
• |U«' •'
•'M'clleutc, iiabinctr LUterario.
>. pangue, que 11)15. —
nTanjbôuí usam aqui chamar
!uz iMiia baniana á cami.sula, termo que dSu veio
(lora». ainda registado nos dicionários». lle- —
raUio, de 51 de juuhi).

i..,v..i.ti .. .i<.;^ .,ri,.-. /f.ng • BANTA. Bioco ou sendal com


:fiang, <> i. ..•!
que as mulheres muçulmanas cobrem
'JUC 60 t. 1.., ;;.io
o rosto, ou tao somente uma parte,
:

ID, Duat mil Leguna ho Uinduttãv,


dos oliios [tara hnixo. Do i)ers{i band,
Bangue una sâusc. bandIt <

itra
:iiy ordinária en-

diver»o8 ert'ectos,
16G3. — «O rosto na<) descobrem nunca
fora de casa, trazendo coberto com um
n para se oinidar de
sendal, ou gnarda-cara de sedas de cavallo,
lir sin penHaniicuto
- doruiieudo en varie-
:
a <pie chaniam bantá». P. Manuel Go- —
dinho, Jielaçãn da 1'trsia, j). 85.
ues: otros para
> truhaucs: otroa
1G70. —
»Portauo il volto sempre co-
*?s«. Cristóvão — perto de vna maschera tessuta di peli sot-
tilissimi di Canallo, che a loro non diâi-
'
I.

culta il vedere, & a gl'altri impedisce il


'

les
"<Mi
de« .If
..'ut
]icc
es
de
conoscerle». —
Fr. Vincenzo Maria, Viag-
gii>. p. 50.
,un r,( > K-iiiJicr, pill vcrizóes,
I'Arecqui'. poor enyvrer BANTIM. Bergantim, brigue, es-
ir> oeusM. — Liuacboteu, His-
p»'cialníi'nte nii Malásia. Do mal. ban-
"•••'•''•"=•':, which tiHíj, «emban-açrin mercante de dois
t< liig (the mastros».
. V .-,; li. Uipju.
1G02. —
"Mandarão com muita pressa
negociar alguns Bantis, v três Bateis
lUH- :»iifri> ..firte

c,
das naoa». —
Diogo do (.outo, Déc. IV,
VIII, 11.
le
• Despedio hum bantim muito ligeiro».
HI
— W.. VI, v, 1.
: •r-
1G13. —
«Kl. 'de
:'• rrsinotiK Kiihstanro
outras embarc:i m-
' hnntis ,
.11- jnnu imu 2
ii'l G. de Erédia,
...^..., il2G.

d
uuil a
I'ro-
1629. — "E com outros tre» ou quatro
navios «|uc havia cm Malaca, •• •"•' '•' ja-

— «Wifu. bavo Tou oaten


léas e bantins, <|itc alli í<c .m
I. wiffl,
— In O hmuiata di
urmaru. ( i „ ,. i,

p.7.
r 16S5. — «Quatro i;al.o(us dr coberta,
um <-alamutc, (I -, e seis
Janeiro.
bantins» —A
7 dt*
c. zm,
BANQUEIRO. Homem habituado ao p. 85.
itniif • Um aanguicul, cinco bantin«,(iMnja-
lia... Ajuntando uma armatiii <>•

'"kb Manumnínpji bangiioiro! tn^ do chatiii- c bantin* c : .ir<.

to para qualquer uca^siilui*.

\iituui" li<'ijirto, íi n.in-


tim
• BANIANA. Camisola cm Asio-poi
7
lUNUA 08 BARCA DE OURO

BANTINEIRO. Dono ou tripulante crudo, con sueco di naranzi et limoni :

questi huomini pelosi si chiamano Be-


do òaritwi. .

nuian». Pigafetta, ajíwrZ Ramúsio, i,
1616. —
«1>. António lhos perguntou se fl. .'{64.

virSo Pedro Velho, que era lium homem da


terra, bantineiro de Malaca, havido por BANZÉ. «Esta palavra de jíria,
oavalleiro». —
Diogo do Couto. Vida de que querc! dizer «folgança, funçflo» o
1). J'avlo, p, 102.
tambcm «desordem, tumulto», pode
«Tomado D. Autonio d'isto, falou- se
com os bantineiros de Malaca, e convo- ser o japonês banzai «viva!», como
cou soldados .seus amigos por toda a ar- me sugere Z. Consigliori Pedroso».
mada». — Id., p. 134. Gonçalves Viana (Apostilas). O mes-
#bAnua, bénua (s. m. c ].). O mo filólogo diz nas Palestras «De :

todos estes mesmos [vocábulos japo-


vocábulo é malaio, bánua ou bá-
neses] os únicos que ficaram verda-
iimm ; significa própriamonto «país,
deiramente portugueses são biombo,
iTgiSlo», a oranfj-banua, «aborígene»,
bonzo, catana e banzé, se na reali-
com referências às tribos selvagens
dade representa o japonês banzai I
da península malaia. «E por isso que
«viva!».
Benuas tem sido empregado poios
europeus como nome próprio daque-
A expressão japonesa banzai si-
gnifica literalmente «dez mil anos»,
las tribos». Glossário Anglo-índiano.
e usa-se na saiidaçao ao Micado ou
O nosso Erédia atribui-Uies proprie-
imperador. Mas quem a teria trans-
dades maravilhosas, que teria ou-
mitido à gíria portuguesa o por que
vido, em pequeno, ao pbvo do Ma-
motivo? Os nossos escritores nâo a
laca.
mencionam.
1613. — «Em as mattas daquellè sertão
habitão Banuâs, gente agreste como 1897. —
«Aproveitam-se avidamente os
aquelles satyros de Pliuio, lib. 1, cap. 2. mínimos pretextos, aqui nas cidades como
E estes Ba
nu as, ade vinhos como outros alem nas aldeias, para pomposas glorifica-
de Thuscia, habitão no monte Gunoledam». ções e o grito banzai! — —
freme entre a
— Manuel Gr. de Erédia, iJeclaraçam de
;

turba. De banzé vem por certo este grito,


Malaca, fl. 11. ou dele deriva o termo portuguez mas ;

«Affinnão estar naquelle monte de Gu- aqui com uma significação respeitosa, im-
noledam certa cavidade, como aquellas ponente, de commemoração festiva». —
covas pitias e sibbillas, onde aquellas ba- Venceslau Morais, Dai-Nippon, p. 202.
nuâs sylvestres aprendem as artes magi-
cas, etem trato com o demónio. .. E os BARATA. Como termo oriental,
banuas sylvestres da mesma maneira, e quere dizer «letra sacada sobre o
com a mesma arte e palavras, de homens
tesouro, ou ordem de pagamento
se transformão em tigres e lagartos ou co-
cordillos, e era outros animaes e aves e passada à fazenda pública». Do
peixes, alem de ser adevinhos . . . E a este persa-turco barãt.
propósito farei menção do primeiro Bispo
de Malaca... querendo evitar o grande
1554. «Da qual divida se ffez barata,
que he a obrigação do dito Rey [de Or-
dano que fazião aquelles banuas sylves-
tres do sertão em se transfigurar de ho-
muz] assinada com sua chapa» (q. v.). —
mes em tigres arymos, que de noy te vinhào Simão Botelho, Tombo, p. 86.
ao povoado de Malaca, mattar meninos e
1666. — «Plusieurssont écrivains, sous-
(k-rivaius et appliqueurs de cachets sur les
mulheres... solemnemente escomungou
aquelles tigres arymos e daquellè ponto bar attes ou papiei-s pour recevoir de I'ar-
gent, sur quoi ils savent bien griveler pour
de escomuuhào, imnca mais tygres entra-
rão nas povoações». —
Id., fl. 32.

dépêcher les barattes». Bernier, Voya-
1902. —
«Já disse com melancholia que ges, í, p. 298.

ainda hoje ha portuguezes em Malaca, mas * BARCA DE OURO. Nomo de barra


que esses portuguezes sàocomoosorang-
— Oliveira de ouro, de forma de barca, que
-benuasu. Martins, Fortxigal
"nos mares, p. 225. outrora corria como moeda no co-
1520. — «Fu referito per cosa vera, che mércio do extremo Oriente. Holan-
alia ripa d'vn fiume habitauano huomini dês Goldschuyt, inglês shoe of gold.
pajfjosi, et alti di statura, et valenti nel
^
con archi, et spade di legno
Os nossos escritores chamam-lhe co-
cal cjbattere
mummente pão de ouro (q. v.) tam-
que Bd^ ^" palmo, et come amazzano gli ;

'^ni gli mangiauauo súbito il cuore bém dizem ouro de pão, para denotar
IIAKOAXIM BAKU <)

«n]>f»rí<»r qaalidado do motal. Ort


'
'à l»arr.i de |>rata.
.! linvi-i !'"-nêdetánj,...
Barcas '!>' da China que |

Ir-

tv, p. 'J;6Ò.

ill'
JiARLAQlJE 100 lUSTAO

ct'mu) (' <» nialaiul. v.arakka, 1884. —


«Barlaque. K o casamento
gcutilico que consiste em ligar-se um ra-
«l)om, doce»; em túlu harika, «duro paz a uma rapariga; muitas vezes é o ra-
(fruto)». Barkó em cone, barkã em paz obrigado a casar com uma rapariga do
mar., quere dizer, com relação à jaca, certa e determinada família; o que geral-
«mole, flácido, isto é, o mesmo que mente acont(^ce com os régulos que pre-
tendem barlaquear-se». —José Vaqui-
g eriçai. nhas, Timor, iu liol. S. G. L., iv, p. 584.
1886. — «.Móvcm
é o côco barico ou 1884. —
«O barlaque é a compra de
doce, isto o côco perfeito, mas destituído
é,
mulher, que vale tanto mais quanto maior
de substancia oleosa e por isso constitue for a jerarchia a que pertence. Se for chris-
ura alimento gostoso e salubre».
;

Lopes — tão, casa-sc com uma e barlaqueia-se



Mendes, A Índia Poriíujueza, i, p. 174. com quatro». Jacinto Pereira de Castro,
XVIII. —
«As jaquciras devem ser de Annaes do Conselho Ultramarino, \). 11.
boa casta, e d'eatas, dizem alguns, qite me- 1908. — «No português de Timor: Bar-
lhores são as bar iças do que as geriçaes. laque, casamento gentílico. Barla-
Outros seguem a opinião contraria. Mas o queado, casado, dc Berláki, tomar mu-
certo é que hão jacas baricas que exce- lher». — Alberto de Castro, Flores de Coral,
dem ás geriçaes, e hào geriçaes, que exce- p. 139.
dem muito ás banlcas». Arte Palmarica, — BASIM. o termo figura, sem abo-
I, p. 159.
1782. — «O
que quer fazer o planta- nação, nos dicionários portugueses,
mento d'esta arvore, ou seja das baricas, desde o de Morais, com o significado
ou gerissaes, ou carnudas, deve procurar a de «lençaria de algodão Bengaleza».
semente da melhor qualidade, doçura e
grandeza». —
Fr. Clemente da Ressurrei-
O de Vieira deriva-o do francês ba-
ção, Tratado, ir, p. 300.
sin e o de Cândido de Figuoiredo do
1873. — «A [jaca] barica
é consistente baixo grego bombaxion, de bombax !
e dura; seus bagos se separam inteiros e O nome do tecido de Bengala ó na
podem ser cortados a gerissal é molle e os
sua pátria que se deve naturalmente
•,

bagos tão brandos e sumarentos, que não


se prestam ao corte e mettem-se inteiros buscar. E o bengali tem bãsi, «cui-
na bocoa». —
Bernardo da Costa, Manual dadosamente lavado (aplicado a pa-
do Agricultor, ii, p. 148. nos que são bem lavados com sabão)»
1612. —
«Le fruit [jacaj est encore meil-
Biiojendra Ghosal. Bãsi deriva-se do
.

leur que nos melons, la poulpe ou chair


qui est la plus dure passe pour la meil- bãsa, sânsc. vasa, que quere dizer
leure les Portugais I'appellent Cocobarca».
; «roupa, vestido». Basim designaria
— Relation dc la Chine, p. 22. originariamente «tecido de algodão
1658. —
«Questa è gustosissima, di sa-
lavado», em distinção do cru. E a
pore di latte, alquanto piu dolce, anzi
quando sii di cocho Barca (specie parti- exacta ortografia seria, por conse-
colare) sembra vna massa di zuccharo, e guinte, bassim ou bacim.
latte, cundensata». —
Fr. Vincenzo Maria,
Viaggio, p. 359. # BASTÃO. Designava-se por este
«La prima detta Giacha Barcha, che nome no Oriente o fuste ou pecíolo
è Iq migliore, piii dureuole, di maggior
do cravo, q. v.
prezzo, di pasta piu soda, e gustosa. L'al-
1535. — oE deixou cargo ao seu escrauo
tra Giacha, Pappa, ò Girasole, la quale per
essere piu commune, troppo molle, quasi
que alimpasse o crauo e vendesse o bas-
a troqo de cotonias». — Gaspar Cor-
disfatta, onde a' forastieri causa nausea, e
— tão
abborrimento, è di molto minor stima».reia, Lendas, 663. iii, p.
Id., p. 381. 1554. — «O baar de bastão do crauo
*BARLAQUE (s. m.). vocábulo é asy mesmo é em tudo ho do beijoim, car-
o

mesmo que o malaio bêrlãki, com- damomo, e cubebas». António Nunes,
Lyvro dos Pesos, p. 7.
posto de «marido», e de bèr,
lãki, 1563. —
«Ruano. E o que os Castelha-
prefixo verbal. Berlãki é, portanto, nos chamão /?/s<e, e os Portuguezes bas-
«tomar marido, casar-se uma mu-

tam donde he ? Orta. Sam os páos donde
estes cravos pendem, como as flores pen-
lher», íío português de Timor, po- —
dem dos páos meudos». Garcia da Orta,
rém, emprega-so barlaque como Col. XXV.
substantivo, no sentido do «compra 1589, —
«Quant aux moindres [cravos]
de mulher segundo o rito gentílico» parmi lesquellcs il y a quelque poussiere
et ordure, appellez Baston, on en vend
;

e forma-se o verbo harlaquear-se^


le hare sept ou huit Caixas». —
Liuscho-
«comprar mulher». ten, Histoire, p. 35.
IH]

ruiiHiUC bos por més, quatro tamguas para


et hi
]

Kl |itiig.tiit«'iituiii Lusitani
lit,
htttan. O eilitor (R(jdrigo Fólner)
H ;wi;, 1rates Sagtlgruns solent nota que «pareço quo devo ser t ba-
.lit». — i*Uo, Mantiééa Aromática, te» isto é, arroz com casca». Mas
.

tal uilo O, como se deprc-nde do con-

BASTÃO ' também ama medida texto e da verba que segue cE ao :

' '' '


'
. o l.M-ino .!
- • ' condestabre trynta e oyto mil e no-
vecentos e vinto reis por ano, em
— «Eiu que entra mantimento». E om outra
XVI. estas ilhas «!(> Dyve fazem
,ii: vli'ò> Tini.iH.'i .!. :il. --Milão, e assim finos parte (p. 237;: «Vj a seys obreiros
bastões a pei;a, fterreiros que soruem na fl'erraria, a
:] r..;M >,'íla. . .
dous pardaos por mOs, e seu manti-
Baston mhu tazi-aM '-n: • '
alquei-
mento d'arroz, pexe, lenha, pela ma-
i« .-. K um baston i". "-aes de
— In Boi. »> 111. pp. 350
neira acima». Demais, os farazes, de
que fala Simão liotelho, nào pode-
riam, por vários motivos, praticar
BASTARDO (s. m.)- Moeda do ca-
j)or si o longo processo, seguido om
uu ostanlio, mandada cunhar |

lalaoa por Afonso de Alhuqut-r-


Goa, de reduzir o arroz cora casca,
i

a arroz limpro, pronto para cozer.

;rou duas sortes: a liua i


1736. — «Le Nabab me fit saluer à son
'. e a outra que continha
tour, et m'envoya le Battiam: c'est la
I

uourriture de chaque jour, qui consiste eu


•<, chamou soldo c a outra de 1

bastardos». — JoSo de Bar- j


luie mesure de ris, une demi-mesure d'uue.
sorte de pois du Pays, du beurre, et qua-
'í<. i
''•('. ií, VI, 6
Í557. «K outras [moedas] — que pesa-
I

j
tre pieces de monnoye de cuivre faisant
la valeur d'uu sol, pour acheter du poivre,
\ani dez snMos, puzeram nome bastar-
dos» —
<J >hi limitar iog, iii, cap. 3"J.
du sei, et du bois». — Ijcttres Édijiantat,
XXIV, p. 219.
BASTIÃO. K o nome da moeda de !
«BATA, f. (gir.). Map. (Or. ind.).
}>rata, do valor do 3<X) réis, qne j
O. de Figueiredo. Se com efeito o
I). Luís de Ataíde mandon cunhar i

termo é do origem indiana, o seu éti-


m Goa com a otígie de S. Sebastião, j
mo deve sor o neo-árico hãt sânsc. <
1618. — «Xerafiin.
que por outro no- a i
hasta, «mao». O malaio tom hatang
'

lie chamào Bastiões, sãohumas moedas no sentido de «mao. cabo de instru-


13 na índia por mandado dos Vice-
' '
i
mento».
tem de valia cada huma «iellas

Manuel fiarbosa. iii Archivo
j

* BATALÓ p. ill.;, lliiulu puiuHn»


ilal V, p. 328 por couK'r com pessoa de diferente
. —
«Dom Luis de Athaide some ;

casta, ou cousas proibidas. Do cone.


afterward.s, not content with the
''••icy, sent into circulation bãtló, pretérito perfeito do bãtunfc,
coin, valued at about mar. bãtuetn, que vem do hiudust.
'....1 .-..n.-d
bastião, after battã, «troca». V. castas.
iire»3 bore». it —
K Shrl.h nlTrn,, If)fi7. — «Os gentios se distinguem por
í^es ede maior ou menor di-
ca.stas
. lade, e tem por mais baixr.s ns Chris-
JiA'I'A. Ka(.'ãn, cuijictlona.s ;
j^i'aU- tãos, e guardam tam super-' iite,

ticarilo, j)roj)ina. Do liindust. UkiUi, que nenhum da ca-nta mai.s .i . co-

'ihatha ou bliãtã, adoptado em ma- mer ou beber com os da maia baixa, logo
' perde sua casta, e premineucias dcUa. e . .

• {hhatUi, bludã) o t»m indo-lnglôs a este que nasi comco chamílo cm sua lin-
'). O
termo portu{;ui>8 corres- goa Batalo |leia-se batahi], a saber ho-
, usado pelos escritoros an- j
mem coustituiflo fi>ra da casta», Primeiro —
mautimi'iitn \'. Infhihi- 1 .
Concilio de Goa, in Archivo, iv, p. 8.

BATÃO. E sinónimo indiano do


ágio; biitta em indo-inglês. A pala-
l<ulo uma vez (p. 233): «E para dous | vra deriva do hindust. battau (tam-
f'irazes (q. v ), dous pardaos a am- j
bém baftâ ou bãttâ), do qual provém
BATCAR 102 BATE

o mar ata vatuv o o concani vãfãv. *BATCARISMO. Sistema agrícola


O termo mais usado, nojite sentido, do batcares e manducares ou de pro-
pelos nossos infli.inlKt.is surraja- i'>
prietários e colonos a qualidade de ;

gem (q. v.). hatcar ; sua prepotência.

1554. —«E aliem diso tem batâo, qne


1916. —
«Não sendo possível restaurar
já o battcarismo, nem o gauncarismo,
he çarrafagem ou caibo, qnc uão Iic certa».
— Aut<')nio Nunes, Lyvro dos Pesos, p. 38.
que fazia a distribuição equitativa das
várzeas da aldeia pelos respectivos colo-
«Alem diso tem seu batão, que he çar-
rafagem ou caibo, Beguudo tempo». /cí., — nos, cumpre atender a outra maneira de
restabelecer ou criar o credito agrícola
p. 40.
local». —Heraldo, de 4 de Abril.

BATCAR (battcar), batcará {hatt- BATE (concani-mar. hhãt). Arroz


cará). Proprietário de j)rédip rústico, em casca ou em erva. O termo é
especialmente de palmar. É usado o corrente em indo-português e no por-
termo em Goa. Do cone. hhãtkãr,
, tugur3s de Goa. Arroz, por si só,
*
derivado de bhãt, «palmar». Cf. òa- quere dizer «o descascado ou cozido» .

thiás e vid. manducar. As línguas vernáculas também pos-


suem nomes distintos. V. arroz.
1852. —
«Bathacaro. —
Senhor, pro-
prietário, douo de Batha ou Palmar». 1531. — —
«Somente levará o Tanadar de
F. N. Xaviei', Bosquejo Histórico, iv, p. 2. cada candil de bate meo leal». Afonso —
1872. —
«O solo plantado de coqueiros Mexia, Precalços dos offiviaes do Mandoim.
recebe o seu nome de ijalraar {batt) e o 1554. —
«O mura de batee tem três
cultivador ou dono, o do palmareiro (batt- candis, que he arroz com casca». Antó- —
tsar)». —
Bernardo da Costa, Manual do nio Nunes, Lyvro dos Pesos, p. 40.
Agricultor, i, p. 140. 1563. —
«Por razão do qual, que elles
1886. —«Todas as partes de que se com- chamão bate, se chama o Keyno Bateca-
põe o coqueiro são igualmente de reconhe- lou, que interpretão o Reyno do arroz». —
cida utilidade e por isso os battacapes,
; João de Barros, Dée. Ill, ii, 1.
ou palmareiros, na sua linguagem meta- 1574. —
«... que jiassa tirar em bate,
phorica appellidam esta arvore o Patxyà- que he arroz com casca, daquella Forta-
ruqhá —
rei das arvores». —
Lopes Men- leza, e da de Baçaim, e Chaul pêra as ter-
des, A índia Porlugueza, i, p. 171. ras de Cambava, o que seus Capitães virem
1890. —
«Nas Novas Conquistas é cos- que he necessário». Apud Diogo do —
tume, pela festa de Ganesh, levarem os ar- Couto, Doe. IX, cap. 28.
rendatários ao battcar (proprietário) um 1634. —
«O deposito que tem de manti-
cacho de bananas, de arecas ou outros mentos, são vinte e seis muras de bate,
fi'uctos conforme a producção do prédio cada mura tem três candis de Goa, e o
arrendado». —
Antfinio de Almeida Aze- bate he arrôs dentro na casca, em que
vedo, As Comiaunidades de Goa, p. 94. nasce, que o faz durar muito tempo», —
1909. —
No arrendamento de proprie- António Bocarro, Livro, iv, p. 224.
dade particular desapparecem o alcista, o 1(587. —
«A Vidâna de Vintena, sem
saucar e o colono, para darem logar ao corrupção, Vitienu, cuja versão he. Terra
batcará e ao mandcam. —
Manuel F. que tem muito bate ou arroz com casca, ;

Viegas, Boi. S. G. L., xxvii, p. 427. ocupa 27 legoas em circumferencia».— P.


1010. —
«Aqui sob a denominação de Fernão de Queiroz, Conquista de Ceylão,
saneares, que segundo os documentos offi- p. 48.
ciaes, desappareceram da scena das suas «E tendo junto muyto bate (assim cha-
depredações; mas ha-os ainda nesta vasta mão em Goa ao arros com casca, e no Sul
província de Goa sob o nome de battca- se chame nele) não se contentando com o
res». —
António F. Moniz, Historia de que buscauão ». Id., p. 396.. . . —
Damão, m, p. 301. 1760. —
«Obrigou a sup. [licante] fazer
1912. —«Mas quando amanhã tiver de provimento na dita Praça de trinta cumbos
a semear como várzea do seu batcará, de bate em cada ano». Documento pu- —
ainda mais fugirá de ser seu manducar». —
blicado no Heraldo, de 1 de Dezembro de
O Ultramar, de 7 de Novembro. 191Õ.
191(3. —
«... que lhes dê a impressão 1777. — «A dez rupias o Ará de bate
ou a ilusão gozosa de pequeno battcar Dangue e a oito rupias o bate caráy>.
-


(de munddcar que daqui havia saidoj». —
A2)ud António Francisco Moniz, Historia
Heraldo, de 4 de Abril. de Damão, i, p. 155.
1878. —
«The bátkará is the very type 1912. —
«N'esse quarto frequentes ve-
of a Groa country gentleman, simple in his zes se rocolhia batte na época da co-
tastes, but of cultivated mind». J. N. da —
lheita». —
O Ultramar, de 28 de Julho.
Fonseca, Sketch of Goa, p. 16. 1589. —
«Quand il [arroz] est encore en
1". \ ri(; \ 1 íí:\ u \i Tt : \

. p. 73. itónio Xi .

itH.i - n . . ilo for .1 *•...., j,. .•5^,

Fish called />' teoftlie c. lúíjO. —


«Vâo diante moças que lhe
]' rt, >\ (I'l ,i\ •• •1! I [Miii ami Batty, Itvãn a espada e o betch' om bátegas, e
sortf "f Ik'ut', am! tlio Wine <tt" tini"! sulirc o ourou. —
(jalíiii'1 lífhêlo, /«-
lut * i.i>>e, called TodJyu.— V ' '
'
' '.7j» de MaJuco, j». lâã.

India, I, p. 173. lhe trazem dez baty-


gds, u.iiias de latão rasas... e
BÁTEGA (bátíca). Na acepção de el> em outras bátegas».
ue está
abiK termo ó obsoleto
.tal", o
— Li...,..i. Lendas, iii, p. 71.>.
- ireia,

'

1613. «Bátegas <le latào, que s5o


no i' V, mas vigora no Oriente, bacias, cheyas de arroz cozido». Fran- —
e em o sentido
ásio-portugu»*'» com cisco de Audrada, Chron, de D. J(jão III,
adicional de «bandeja» e nas formas iit, cap. 24.
de bática e báíic. Os nossos escritores «Acharão muytos
ídolos douro, e de
prata grandes e pequenos, caudieiros, bá-
-no às vezes ; o que i

tegas, campainhas, e outras cousas de


no seu tempo, não i
serviço do pajíode». —
Id., iv, fl. 101 v.
ura muito eoniiecido on que tinha 1615. —
De bordo dos navios com tam-
>.

bores, batigas, e caldeiras, fizeram tão


adquirido novos signlíicados. Dá-se
grande bulha, que os afuguentaram». —
geralmente por étimo o ár. hãtya; Pyrard de Lavai, Viagem, i, p. •272.
/y observa que a inserçílo de 1617. —
«... apresentar huuia salva de
liar e a etimologia está longe ouro, a que os naturaes chamam bátega,
i

de ser certa. Seria conveniente saber na qual os Reys, do Oriente costumam


trazer o Bethle». — Conquista de Peyu,
se a palavra era conhecida em Por- cap. XIII.
tugal antes do descobrimento da ín- 1650. — «Vigia toda a noute com bá-
menciona, como uns dos
dia. Viter])o tega e soldados». — António F. Cardim,
Batalhas, p. 22í>.
étimos possíveis, abatica, que na
índia he o nome, que se dá á bacia».
1668. —
«Mezes ha que não vem a Ma-
cao Mandaris j)or terra com os seus cori-
— V. Fr. Joào de Sousa. bantes das bateqas... Veyo da Caza
branca por terra hii Tagim de nove bats-
BATEGADA emprega-su vm a<)i> gadas lá pola tarde ás sinco horas á porta
sentidos: por «bátega cheia», e por ua Cidade junto á nossa Igreja». In TVi- —
s8Í-yaitg-knó, I, ii, 12.
«pancada na bátfgu cora uma va- 1727. — «Batica. He o nome que na
queta, modo de badalada, como
a índia se dá à Bacia. Huma batica de
sinal ou como salva». V. bacia. prata, de cobre, etc.». Bluteau, Supple- —
mcnio.
1525. — «Trazem uae mão» hHas báte- 1745. —
«24 tambores ou baticas de
gas d oaro do tamanho de huu baril d au- cobre que acompanlulo estas trombetas».
g<i;i as mãos». — Chronica de fíitnaffa, — In Ta-sst-yaiig-ktió, de Julho de 1900.
p. U»9.
«Lanção todos [os patinhos] a pasto por
1535. —
«Tanto que entrou honde elle humas taboas, donde ao ]>or do sol e tocada
estava, lho apre.nentou húa bátega douro, em cada embarcação huma batiga, ao
lia l.\av:i hna adaga cheia de peço- som delia se recolhem». Ibid., II, ni, 3. —

<• II.

nha...— If>i,l.. ). 10 1882. «Avultam as variadas espécies


»As qua«.'."4 vem em hfia.-* bá- de bandejas usadas no paiz TSiame], e cai-
tegas ([Ui- - d ouro». — Jbid., xas para bethel; bátegas, bules, etc».
p. 70 Henrique Frostes, in liol. iS. (
1540. — '•) Bateqas I Diu, 2 doira- p. 39'J.
das. 1 Bátega )• com 12 1883. —
«A grande bátega, ou (,fi-
bátegas pe(jii>-ria- .>. a^uida íam, pende de um lado do tectu. eniquaiito
tí-rra». — E8pt>I{o dt ilaltUa.ar J<^rge, in do outro está situada uma sÍ! \.loift)

Hol. S. O. L IV. p. 2<»0 Loureiro, Xo_ Oriente, i. p. •'•

I),
.

o diante
ItSht;. —
«Á frente .!•
hHri a'. •>'!• '.; i.H redon- locam-se os ca<;adores <

xiiiffa {(\. V ), bátegas <>' «.i-n, (.- ,•


nnivlas v
.

i IS, f biiUi lia.-,


atabaqucf*, e fazendo uma gritaria infer-
bátegas !<• prata».

C.i; I.::,i.. .1,


1

14»;.
nal.. — Lope-^^ ^' ' ' ' ' ' '" •' -

gncza, p. 51.
l.'j.M N ,u iiSo ha
dinlifiri. aiiii.i iluilii, r o ii< i|Ui- .se usa c
pratic.i III- .Ic bátegas, t>a(.'i.>á e outras
couí«ab de serviço, que sio du huum metal • «Fuxilcira», diz C'aíilauLcda,iii,c.ip. » J.
BATI 104 BAVINA

1907. —
«Sobre uma cadeira, ao lado da sapal, que ee cria no rio extravasado da
cova, tuna imagem de 8. JoãOj e perto uma Várzea». — l?luteau, Supplemenlo.
botica, ou bacia de metal, para recolher
08 donativos». —
O Oriente Porhiguez, iv, BATUQUE. «Dansa especial entre
p. 90. 08 negros de Angola; acto de batu-
1008. — («Levao resto do preço n'uma car, de martelar, de fazer l)ulha. (Do
batiga de latão ou cobre». —
Alocrto de rad. de bater f)^. C. de Figueiredo.
Castro, Flores de Coral, p. 17tí.
O vocábulo não deriva de bater^ ó
*BATEGARIA. Multidão de bátegas. de origem africana, provávelmento do
landim batclnupie, «tambor, baile»,
15G9. —
«Vsam de infinidade de vasi-
lhas de latão e da China se enche toda a
:
nem é privativo de Angola na Africa ;

Jaca e Siani destas vasilhas a que na ín- Oriental também liá batuque. Na ín-
dia chamam Bategaria, e sam em cada dia, batuque é sinónimo do vernáculo
espécie miiy perfeitas». —
Fr. Gaspar da
gumate (q. v.), instrumento que de
Cruz, Tractado da China, cap. 11.
ordinário acompanha o canto e a
«BATHIÁS, m. pi. Negociantes in- dança popular, conhecidos por ???(m-
dianos estabelecidos na Africa orien- i/d.'BATUCAR é tocar o gumate. BA-
tal.Assim escrevem geógraphos, TUCADA ó toque de gumate.
sem explicarem o emprego, talvez 1877. — «Em todas as raças se encon-
arbitrário, de h em lai palavra». As- tram instrumentos unisioos, marimbas, gai-
sim aparece o vocábulo inscrito na tas de canna, batuques, etc.». Caldas —
1." edição do dicionário de Cândido Xavier, Boi. S. G. L., ii, p. 83.
1882. —
«Um tambor ou batuque em
de Figueiredo, sendo eliminado da tom grave era tangido á mão pela mais
2.* Explica-se o emprego do h pela velha do rancho». —
Henry 0'Neil, A/r.
intenção de representar o t cacumi- Or. Portuffueza, ibid., in, p. 208.
nal do guz. hhãtiyo, mar. hhãtyã,
1882.— «Acompanhadas por todas ves-
tidas de gala, tocando batuque e dau-
nome duma casta mercantil guza- sando». — José Vaquinhas, Timor, ibid., iv,
rate. Outros autores dobram as le- p. 483.
tras em idênticos casos sistema — 1883. —
«AqueUa gente, com a mira na
pequena paga, entregava-se com ardor ao
geralmente seguido, por conveniên-
trabalho, fazendo grande algazarra e ba-
cia tipográfica, desde os antigos mis- tendo com as raspadeiras no costado de
sionários e de que ocorrem numero- ferro do vapor, como acompanhamento de
sos exemplos na presente obra. Os batuque aos cantos uacionaes, que en-
que ouvem tais fonemas cacuminais toavam os que nadavam em volta do va-
por». — Adolfo Loureiro, No Oriente, i,
(í, ã, n, l) julgam que os não devem
p. 114.
confundir cora os seus res])ectivos 1896. —
«Preparação já elle tinha feito
dentais portugueses. ás 4 horas da tarde ao som do batuque
e tambores dos brincom» (em Goa). Gip, —
* BATI Alambique indiano.
(s. m.). Jacob e Dulce, p. 87.
Do cone. bhãtfK^hmãnst. hliattl. E 1904. —
«Em occasiões festivas ao velho
batuque substituiu a musica, os vinhos
pouco usado. generosos occuparam o logar da aguar-
1554. — «Butiquas a'orraqua e cura e
dente nativa, os doces de assucar affronta-
ram os da jagra». —
dos bates do xarao». —
Simão Botelho,
Ernesto Fernandes,
Regimen do sal, etc., in Boi. S. G. L., xxir,
Tombo, p. 54.
— «O segundo vinho se faz esti- p.387. ,
1609.
lando esta sura azeda em um engenho a 1907. —
«Consiste na queda de indivi-
modo de lambique, a que chamam bati». — duos que, a som da batucada, deitam- se
na terra, como se fossem mortos, e a som
Fr. João dos Santos, Ethiopia Oriental, i,
da 2.* batucada Icvantam-se todos ao
p. 296.
1852.— «Batty. — Alambique, ordina- mesmo tempo». — O Oriente Portnguez. iv,
riamente de barro». — Filipe Néri Xa-
é p. 89.
1908. -^ «Mas estruge o batuque, á
vier, Bosquejo Histórico, iv, p. 2.
airosa moda serpentina de Cailaco, mal
BATI. E também o nome de «sa- imitada comtudo». —
Alberto de Castro,
Flores de Coral, p. 221.
pal» em Goa, mas pouco usado. Do «Vêem batuques festejar a pessoa do
cone. hJiãfi. Emboóte (Governador)». —
Id., jj. 223.

1727. — «Bati. Palavra da índia. He o BAVINA. Mulher que se dedica ao


I'vAXA KV» li AX A

pervioo .
india- I
como o Baxá to: e o da Pales-
nos. l)u I
\* ,7.. tina, que coi;. DiuytA parte da
I».— Fr. WutaÍL'ãi> do Aveiro, /dnr-
i'niuMi e bailadetra.
l-^-M
B.'ivf nns
á caaias». — LolUcrni Baxas ãv ll.Unloi.iii
Iirt- ri iiiriiii:*.... — Yr A; . i-ia,
101.
uarta.4, cinenentA
-, t.- Ill 111, Slil-
Baxá oit
^ litTiiardino, mn' v<trf>. ji -«'"^

— «Hnni
- >'• hill.
'
inprcador Monro levava
'• ' -fáa. ' - '

tVz
< . -.w ..._w : ...-, Ba-
ches Ml». — Uiofro do Couto, hial. J......

.1. V ,M-,v, ,. ^:i.

desconten- t) foi o
de Cambaya
, bachá
im tinha com o Vice-Hei da India». Pyrard —
. ..i m- de Laval, Viagtynt, n. n Jl'i.
?». — I ..opes
1627— «Tabaco oral daquella
'

esquadra. tant<» qu' ucou, fui logo


tra d^r conta .lu Baxá uu Kci, que tudo é
,ro, niesma v<*usa [em Argel] da preza que tra-
Wua da Aldeia, e ás írrri- i
zia». —
J. C. Mascarenhad, IlUt. Tragico-
'•. — Auu'tuio
de Almeida ruaritima, viii, j> 1.3

Aiif vedo, ^4 C'ommi(ni<ia(/e« de Ooo, p. 85.


j

1634. — «K* Baxá,


DAvi
BAXA. iS r »i • /If- ' n"^ ®»t* P**r "^ — An-
lu a forma arábica {haí<l ,
iJocarro, Licru, iu c ( hrouitta <l
iIh fxi.ri'i, q, V. riovernador ou .
•'i^'y, m, p 124.
(^ título
bono- .<5
i'i52. — «O Enipcrador dos Turcos tem
, .
j
hmna pelo.sia coberta c<>u> hum sendal
'

j
vcrdf. por onde
onue ve,
vê, e oiive
Olive tn
til "OS
1.^29.— «He senhoreada pelogrSoTur- Bachás tu/.m, e dizem, qi iiii-
i

'
.,.
<'IIe tern
,^ hnm |M)r Báxá
|)0r Gover-
Oover-
j

^<^
*^<^ -ino».
-lho».
' 1*.
i'. Ant.iuo — > ici
it-ira,

i

i». Antt'inio Trnreiro, Itinera- j


.^r/' . p. 259

17. — «TotnarSo..^quatrocentos mil cm- ^...1.11


ficasse com ellc
. ^
I

Í.
»i ha-
hax?S ••'•'•I '•

— P. Manuel Go-
ia». — Kemio Pinto, Pertyrinwulo, \. tV un aitro :ino
\

a I -i; / . .
—o l^ilhl.
«H«> Turco den a capitania moor i
Itiôe. — «li Bos^.; I ul
'itH- iii.iii.liiiia aa India ao Co- g^uemo di .|i. 'li

— i'astanlie- —
j

^'^'
"•^ ró». i" *•

•t. IfiTn
n. «t de '

dc l.n V •in-
itt li^urti i:h4tr^e>".

V 12.
iJcc III, ÍV.:/. ,
nio. ul.
-Vfl-'V q»ie qner dixor Conselheiro, he ' deri'nt,(i»m <i

I k do Duque, e Baxia
i. n«'r. IV. V. ir:

•SCnn>ta lo^n o Va\l qi

• BAXADO. Offcio on iiirisdioilo (!.

1688.— «A hSa fnz Baxá«, fiie h« di-

ucv.< <i;i.i I fuin -la» » lii'vijofl. p IM,


BAZAR lOG BAZAR

BAZAR. No Oriente, ó mercado em das boticas onde se vendem as cousa-s por


geral e às vezes feira. Dtl persa hã-
miúdo». —
Simão Botelho, Tombo, p. 124.
1556. —
«Estão em hum alto á maneira
zãr, «mercado })ermaneiite ou rua de da fortalc7,a, junto do bazar, que he a
lojas». As outras acepções ])ortu- praça». —
Lopo de Sousa Coutinho, Hist,
guesas, consignadas nos dicionários, do Cerco de l)iu, p. 112.
silo modernas, algumas das quais
— «Então o arménio mandou hum
ir>6.'5.

seu criadocom que mandou ba-


elle, ptílo
provieram doutras línguas euro- zar, que he a praça». — Gaspar Correia,
peias *. Lendas, 823. — «As miudezas de ba-
i, p.
Os lexicógrafos derivam bazaj' ime- zar do comer se comparavão por huma
moeda d'estanho, a que chamão calaym».
diatamente do árabe. Mas vô-se das
— Id., II, p. 256.
abonações que a palavra era desco- 1563. —
«Bazar quer dizer luguar don-
iiliecida ])ara os nossos indianistas, de se vendem as cousas». Garcia da —
que explicam o seu sentido, mas Orta, Gol. XLV. —
«Estando huma tarde no
muito vulgarizada na índia. Se efec- bazar (a que nós chamamos praça ou
feira). . .». — /d ,
liv.
tivamente os mouros a introduziram 1558. —
f-No Bazar [de Mombaça], id
na península, o que não consta, de- est, na praça, corre huma moeda de prata».
via estar esquecida no seu tempo. E — P. Monclaio, in Boi. S. G. L., iv, p. 500.

ó improvável que a importassem, se


1613. —
«O menos que cada sabbado se
vende no bazar [de Ceilão] são cem par-
a sua acepção primária é, como di- dáos de aljôfar». —
P. Manuel Barradas,
zem os dicionários, «mercado orien- Hist. Tragicn-maritima, ii, p. 85.
tal» '^.
Convêm saber que muitos dos 1615. —
«Junto a este arraial esteve
termos persas, o ató árabes, entra- hum mercado, ou bazar, como lhe cha-

mam na índia». Diogo do Couto, Déc. XI,
ram em português nos sóculos xvi X, 32.
e XVII por via da índia, onde o persa 1615. — «Os seus mercados, a que elles
era a língua da corte e oficial dos chamam Bazar [no Malabar] são tão
cheios durante o dia inteiro de toda a sorte
reis muçulmanos, que nessa exara-
de povo, que mal se pode passar». Py- —
vam os seus tratados com as au- rard de Lavai, Viagem, i. p. 340.
toridades portuguesas. V. Influên- 1651. —
«Fabricou a Cidade no Bazar
cia, p. LXix, e Contribuições. de Santa Catharina, hum espaçoso cães,
cujo material cobrião varias alcatifas». —
1514. — «E
que o que daly por diante Jacinto F. de Andrada, Vida., p. 324.

fizesse união nos bazares ou tirasse san- 1687. «A mayor parte dos outros mo-
gue a qualquer pessoa, fosse morto a açoi- radores são mercadores Mouros, e Parauaz
tes o mesmo dia». —
Fernão Pinto, Pere- da Costa da índia, que para uenderem suas
grinação, cap. 115. mercadorias, tem ali hila grande rua, que
«El Rey se recolheo, e os Bazares se lhes serue de feyra, ou uazar, como cá
levantarão, e todas as janellas e portas dizem».— P. Fernão de Queiroz, Conquista
das casas se fecharão». —
M., cap. 167. de Ceylão, p. 47.
1554. —
oA Renda do bazar, que he 1701. —
«Advertirão na falta de algúa
gente de serviço, que tinha ido ao bazar,
isto he, feira estável, comprar arroz para
1«A palavra propagou-se para o Oci- comer». —
P. Francisco de Sousa, Oriente
dente em árabe e turco, e, com sentidos Conquistado, II, i, 2.

especiaes, em línguas europeias, e para o 1712. —


«Bazar. Na índia, e em outras
Oriente na índia, onde foi geralmente terras do Oriente, e particularmente na
adoptada nos idiomas vernáculos». Glos- Persia he huma espécie de ríia comprida,
sary. larga, e abobedada, em que
se ajuntão os
«No litoral do Algarve chamam bazar homens de negocio, ou he a praça, e caba-
a uma disposição de estacaria ligada por nas, em que se vende hortaliça, peixe e
varas transversaes, formando corredores outros mantimentos. — Bluteau.
extensos em que se seca a mo.xama, ou 1883. —
«Depois do almoço desci ao ba-
tiras de atum de revés. Dizem bazar, ou açar do hotel, que occupa o rez-do-chão.
bazar de moxama». Revista Lusitana, xviii, É um grande armazém de fato, roupa
p. 74. branca, mobilia, objectos de escriptorio,
* Bento Pereira (1674) i-egista tão so- malas e petrechos de viagem». Adolfo —
mente bazar de peixe e explica que é «rua Loureiro, No Oriente, r, p. 148.
onde se vende» o que é evidentemente
; 1578. —
«... por quanto la placa entre
alusão ao «Bazar de peixe» ou de «Santa aquella gente (principalmente dei Mala-
Catarina» da cidade de Goa, frequente- bar) se llama Bazar». Cristóvão da —
mente mencionado pelos nossos cronistas. Costa, Tractado, p. 153.
BAZAR 107 BAZAK

15.%. — »IA Mnrono foA oaurins] per


te cose solainente,
bazarro». — F.

^raya, vt litngatn
.\' cid^ui-, i<i est, furuin ruruiu
.
— /" ln\i>frio Magni Mttgoliê,

1638. — «We came into n Bussar, or


rv t'lir.. MivL.f place». — \V. liurtou, ill

mmdosi d'ordiiiario li

Bazzarri, come aiii'o


ri!f ia \ ::l ! iiitA aflul.ifi.

1Ó4««1. — ...^ ff Cfc uoiiibre iii-

rr'"vnMf '!''• 'S rrí^ns de bazar


l>our la
i paix et
áiiUà 1.1 gucrrcu. — licruicr, \'ot/affes, i,

ft8.
l».
IGfiii. — «Le» Bazards oi» Marcli»'>s
Boot dans une grande rui- ({ui est an pied
de la uiontagnc». Theveuot, Voyages, —
iti, p Ib.
lt)76. — «II V a (I*>s Bazara on Halles
pour 1«*8 niarciiatidi-ics tini sont hien bâ-
tis". — Taveruier, loya^/es, i, p. T''

II. Por bazar tarahOm semi'imui


no M.ahibar, pelo menos entre os
de S. Tomé, uma ]•
~

,, em oposiçAo aos In^


, ,
.

onde nflo havia mercado. Diogo áo


Couto toraa-o por sinónimo de «ci-
dade)), talvez no sontido de empó-
rio.

• • Ill'TlilloS ll<> ( '')1!'


liA/Ali 108 1$ AZ Ali

uuel Pcrestrelo, Hist. Trayico-fnarilima, i, 1839. — «Ao bezoartico, assim chamado


j). 118. vulgarmente na Europa, deram os nossos
1ÕG3. —
«A segunda casca dollc [do cô- antigos escriptores o nome d(! pedra ba-
»•(>das Maldivas] lie nmyto mais cflicaz zar. Ainda nos lembra o tempo em que os
contra a ])eçohha, qtic a pedra Besoar, rapazes, passando pelas boticas, pergunta-
que vem dafjuoUas partes oiieiítacs. que vam se nella havia pedra bazar». O —
se cria no biiclio de lina alimária, a que os Panorama, n." 1 12.
Parseos chanião Pascan. —
João de Bar- 1578. —
«Dela qual \pie.dra BezaJiar'l
ros, Díc. III, iir, 7. aftirmam una et uiua voce... que es ei
1563. — «Muito me maravilho não me mas vniversal y potentissimo antidoto con-
))erguntardes polia pedra bezar, pois tra todos los venenos... Llamase esta pie-
lietauí louvada de todos os Arábios, o com dra propriamente entre los Parsios, Ára-
muita rezam». — Garcia da Orta, Col. xlv. bes, y Coraçones Pazar: tonian el nonibre
1601.— "Huma pedra de vazar, em dei animal en que se engendra, el qual se
quoatro mill réys». — Tomás Pires, Boi. S. llama Pazan. Otros llaman a esta piedra
O. L., XVI, p. V>\. Dtlzahr, otros mas corrompidamente le
1Õ65. — «Amim deume a vida todo este llauian Bezar : y el vulgo dela índia, y
tempo hua pequena de pedra bazar que muchos Portugueses corrompcndole de
. . .

leuaua de cada dia bebia hua pequena des- todo el nombre le llaman piedra dei
feita em hua ])0uea dagoa». Itinerário — Bazar». — Cristóvão da Costa, Ti-actado,
de Mestre Afonso, in Annaes Marítimos p. 153.
(1845), p. 29. 1580. — «Sono stato molte settimaue
1609. —
«Na Cidade Coraçone onde se senza rispondere alia lettera di V. S., as-
vendem as melhores lhe chamam pedra pettaudo di averle mandato la pieira
Pazar do animal Pazfio, e dizem os Per- Bazar». — F. Sassetti, Lettere, 128. p.
sianos que este he seu verdadeyro nome, 1589. — «Es Indes elle estnommée Pe-
que na sua lingoa significa Raynha contra dra do Bazar, c'est-à-dire du marche,
veneno: e com muyta razão, porque de to- car Bazar en langue Indienne siguifie
das as contrapeçonhas que das parteb marche». —
Linschoteu, Histoire, p. 140.
Orientaes temos, de nenhuma a experiên- 1611. —
«Bezar, piedra que se cria en
cia dá mais verdadeyro testemunho que las entranas, e cn las agellas de cierta Ca-
delia, cuja virtude he potentissima, e ver- bra monteza en las índias, la quale vale
dadeyro antidoto contra todos os males, e contra todo veneno, y enfermidad de ta-
enfermidades da vida... Este nome Pa- bardillo, y qualquier otra maligna, y pe-
zar he o seu próprio, e o de Bazar im- çoíiosa». —
Covarrúvias, Tesoro de la Len-
próprio, e corrupto». —
Fr. Gaspar de gua Castellana.
S. Bernardino, Itinerário da índia. p. 167. 1631. — magnus Xaabes, Impe-
«... ut
1614. — «Pelas duas pedras bazares ratorum Persarum ultinms, mortuus anno
orientaes que pezarão quoarenta grãos em 1628, inibi vigiles locaverit, ut omnes istos
mill — Tomás Pires,
rs». 724.
Zoo. c/<., p. lapides Bazahar qui certum poudus ex-
1613. — «Badas, tigres arymos, antas e cederent, sibi viudicaret». Bontius, Hist. —
grandes cabras e bojiôs de pedra ba- Nafuralis, p. 47.
zar». — Manuel G. de Erédia, Declara- 1681. —
«Lapides Bezaares : gossi-
çam de Mafaca, 1. 10. pini panni omnis generis». JJe Império —
1635. — «Também já tinha posto em Magni Mogolis, p 89.
terra toda a i)edraria, âmbar, almiscar, e 1658. —
«Prima di partire, mi regalo di
pedras bazares». —
José de Cabreira, due Bazuari bellissimi». Fr. Ain- —
Trayico-maritima, x, p. 40.
Ilist. cenzo Maria, Viaggio, p. 135.
1650. —
«E eram ervas babosas as quaes 1665. — «The King of Bantam sends K.
causaram taes agonias, que a não alivia- James 1 two beazar stones». Sains- —
rem que as comeram com bazares, e
os bury, in Glossary.
vomitar, morreram por ser peçonha». — 1676. —
«Le Besoar vient d'une Pro-
Bernardo Feio, ihid., p. 106. vince du Royaume de Golconda tirant au
1652. —
«E se não tiverem pedra de Nord-Est. II se trouve parmi la fiente qui
baazar, que pevides de cidra tanto mon- est dans la pause des chevres qui broutent
tão». —P. António Vieira, Arte de Fvrtar, un arbisseau, dont j'ai oublié le nom». —
p.22. Tavernier, Voyages, iv, p. 78.
1687. —
«Na [Ilha] das Vacas hâ hfías ca- 1786. —
«... capre silvestri, che por-
bras, que degoladas no mez de Julho, tra- tano il Bezoar». —
Fra Paolino, Viaggio,
zem nos buchos excelentes pedras ba- p. 36.
zares». —
P. Fernão de Queiroz, Co?i- 1870. —
«La langue portugaise nous a
qui-vtade Ceylão, p. 4o. fourni quelques mots relatifs aux moeurs
1694. —
«Ao menos llie rogavam qíie le- de ITnde et de la Chine [bézoard, haya-
vasse 03 Bazares, os Unicórnios, as pe- dere, mandarin, caste, fetiche). — Brachet,
dras de Porco Espim, e os outros defensi- «Diction, étymologiqtie, p. lvi.
vos mais finos, e aprovados». '— P. António 1908. —
«Bezoar. —
This is the pad-
Vieira, Xarier Dormindo, p. 182. '^ahr or pazahr of the early Persian writ-
nA7.A!M^•0 BA7ARttíV>

'I'"

t, The Cominereial

BAZAREIRO. Mercador de baaar»


(} t.riiM» • . .
na índia Portu-
.'ute

l<SõO. — «Bazareiros do bazar de


'i:n». — CoUccçào dt liando^, i,

hazsu». — Lopea tleutles, A índia l'i

yneza, ii, j>. 15.

BAZARUCO. Antiga moeda miúda


il;i Portuguesa, de valor va-
ímliri
riável de diversos metais, como
e
coUre, estanho, chumbo e tutanaga.
Os httziiru'ds (|ii>' Afonso de Albu-
(jU'Tijiie lu.iinlou cuuliar em Goa
l')10; e qae também se chamavam
liaU (q. V.) valiam dois réis. Na gí-
ria portuguesa, hazaruco é sinónimo
de
() rrente em Goa
quando os portugu«?8es a coníjuis-
t;iram, mas a sua etimologia nilo é
assaz clara. Uns o derivam de bãzãr-
'
'
) ; mas nílo
nomo *. Ou-
tros o tiram do catizi: lu-ruka,
«riH>fd;i baixa», e i. ...... .a conlir-
iii.K.-.u'. .1 frase «vílem assem» deHo-
r o nome
'"
* '
íiÉDA ilA I'.KDA

e prata». —
F. N. Xavier, l) Cabimte Lit- áquclles, que ou nao servira© nunca
tvrario. iv, p. 228. em guerra, ou depois de algum em-
líUU. —
«Cliamava-se bazaruco toda
prego Civil, cuidarflo só em gover-
a moeda do calaini, o entre o povo, (• syuo-
niino do, dinheiro — Num
tem Jiazarac. — nar o estado nas suas conversações ;

O cambio ou dinheiro nieudo passava por e sem que so saiba a origem, sao
esta dcnoniinaoão». —
António Francisco todos elles chamados Bedas, por ven-
Moniz, Historia de Jiamão^ m, p 318.
1582. —
«Tali uionetc sono cliiamate
tura por allusílo irrisória ao Ven[erá-
Basarucohi, «lei quali 18 fauno vnven- vel] Beda, Escritor famoso».
tinno di cattiva moueta». —
G. Balbi, O termo nao ó actualmente usado
Viaggio, fl. 69 v. na índia, nem o encontrei nos escri-
1584. —
«Costa una frutta di quests duo
tores antigos. Em
todo caso, a sua
basal ucchi, ehe sono uno di questi ven-
tini". — F.
Sassetti, Letterc, p. 230. origem deve ser indiana, llá muitas
lãSít. —
«.. et à chacun payent deux
. palavras concíini-maratas, fonetica-
Bazanucs de la valeur d'uu double liard mente similares, mas nenimma com
au profit du Capitaine et de I'ecrivain».
o sentido indicado, que nSo é muito
Linschoten, llistoire, p. 56.
1(;73. _ .()f Copper, a Buserook,^ 20 preciso, tais como : hhed, «tímido,
of which make a Fanan». — Fryer, East cobarde» ;«parvo, estúpido»
ved, ;
India, I, p. 139. bedô {bedã), «rípio», que podia ser
*BAZARUCADA. Porção de haza- empregado no sentido figurado. Mas
riLCOs. julgo que o verdadeiro étimo é o
1781. —
«Cobrar os foros destas Aldeãs canarês vê/] a, nome duma casta ín-
por oito soluções recebendo no seu paga- fima, que vive de caça, e cujos mem-
mento a quarta parte em bazarucada». bros eram muitas vezes empregados
— CoUecção de Bandos, i, p. 26. como soldados, que pouco valeriam
1844. -^ «Mandou o Vice-líei Conde da
Ega para occorrer á grande falta que ha- em comparação com os portugueses.
via da moeda provincial d'onro, prata e ConvOm igualmente notar que em
bazarucada, cunhar 40 mil xerafins de Ceilão há uma gente selvagem, su-
bronze com a mistura d'uma parte de tu- posta descendente dos aborígenes e
tanaga». —
Annaes Maritimos, p. 57.
1910. —
«Na monção do anuo 1781 veio conhecida pelo nome de bedas ou ved-
pela primeira vez remetida de Goa baza- das, sing, vedda. «Das terras do
rucada em cobre de tangas e meias tan- Vani, que são do Reino de Jafana-
gas». —
A. F. Moniz, loc. cit., iii. p. 321.
patão, para as de Trequimalé estão
* BAZEMAL (ant.). Figura o vocá- dous rios, que dividem humas das
bulo tròs vezos no Tombo da índia, outras, estão dez legoas de costa, e
sem nenhuma explicação. O seu edi- pouco mais de oito pela terra dentro:
tor, Rodrigo Félner, dá-lhe dubita- estão despovoadas, cobertas de mato
tivamente o significado de «certo di- fechado nellas vive uma casta de
:

reito ou rendimento». Se o seu étimo gente, a que chamâo Bédas: são na


ó, como suponho, hãjhmãl (mar. hãjh^ cor quasi como nós, e alguns ruivos,
«colheita ou novidade de frutos e flo- bem assombrados a lingua nenhum ;

res», e ár. mcd, «mercadoria, fazen- Ciiingalá, ou outra nação da índia


da»), hazemal designaria «direitos de a entende, somente huns com outros
flores, frutos, e outros objectos se- se communicão». — João Ribeiro,
melhantes». Fatalidade Histórica, cap. 24 *.

1554. — «Do bazemall do dito taná


[Taná, terra próxima de Bombaim], que ' «Faltando-lhes em largo tempo a po-
andava apartado, e agora anda com o man- licia da Corte, e comunicação das gentes,
dovim [alfândega] de baçaim». «E o man-. .
entre aquellas Serranias, se fizerão de t"do
vira do dito tanua com o bazemall»...
bárbaros, seluaticos, e são os Bedas, que
«E o mandovim e bazemall do dito tauaa
— uai tanto como brutos». P. Fernão de —
66 arrecadou por elRey nosso senhor». Queiroz, Conquista de Ceylão, p. 13.
Simão Botelho, Tombo, pp. 139, 142 e 144. Les Bedas établis à la partis septeu-
BEDA (s. m.). Bluteau inscreve o trionale de I'isle et dans le pays moina
abondant, sont partagés en tribus qui se
vocábulo do seguinte modo (Supple- regardent comme une seule famille». —
mento) «Isome, que em Goa se dá
: Kaynal, llistoire, i, p. 67,
nrr. \T?TM 111 liiíGAtííM

. a d<} tra-

Unto balho tumpulboriu foiu salário ou


I fit «Qa« kúm«M eram estes
sem Ale. «Proliibo aos ditos Com-
i

* - -
•- -rines «e
Dixe- mandantes para que mais as- [or-
• -"'fn
({Mis] passom, excepto o único caso
ilti Begarins j»ara transp<írt«ís. para
^ ''<'>•
serv; '

çâo (í- - i»a

índia Portuguesa com o novo sea-


liadoil. .111 1>m:;i Arabio, significa ho-
estes :
tido.

151-. ..; ^
taua sobre bcuastary pêra comer o9 by-
i>,
garys e <>utra gcute». Affontío de Albu- —
lilio.-, Autliores
(juerqiu', ('artag, v, p. 2G7.
Badoies. iik>- 1,',_)(•) -- n. Canrarfs desta Ilha de
Ljudos pt-li'd moradores
. begarins, que sSo
ibadores, á sua ciiata cada aao para
ir os murna o i-hiijias iln« ('nva<í desta
rvi-
, _ .inas
_ mil (.'uin-riio
veieb subievcuí». — Furai de D. Joio III,

'- qUP in ArcJtivo, v, p. 120.


ir»r)2 — «Acertarslo hum
inuii n: "
dia sessenta
para Mo ::i»'
Bigairins de irem da parte de Como-
juúoins a tia^...>... <. ..w4va rim para a fortaleza c.i de con- '

por terra». Garcia da — chas de ostras e de It fazerem


cal». —
Castauheda, Hint'i-ia, \. »ap. 38.
;-<
uõri
IHliinB,
naturjur!»
,itr.' }j<'
di - se
:ilim
1554. —
«E a quatro beiguaryns,
que seruemM" s portugueses. . .».
iiie viue — Simão Rit. •, p 47.
Ip (iou-
I5«í3. — o. .w.,,,,,.idores, a que elles
— Gaspar
i .

cliatnão biguarins» Correia,


laente à Leiíflan. lf>7.
ii, p.

iiuduls».
.sHar-
I(;i4. — «Krilo vii* coitados, conardes, e
biguarins, de <|iif if.'< r.iziàn routa al-
i- r. Àgo«tiuiiu de 8auU Maria, llutoria. gna» — Diogo do i
\'I. ii, p. 1.
17.12. — *.'ii. .' begarins
hoy» e oii' pa-
gar&o na p«r
Baduinl l". Mallei, /^citffy-
cabeça» — .isento do Cou»«lhu da fazenda
, ^

do 0..a

li. q.'t'lns
•HH-
— reiro ufnii » ;tin-, • "»yy.

T>- 1.. .1,,..,.,,., ;i vA;,.',...

^'
ta..-.Kr. VinceuzoMaria, Viag- | , .-ralineiite porém u««-»e de

^*-
BEGARIM bigarim <'m<»nAP nando),
í

--••• j '• - 1

da» /'oMfMòM i*ortmfuaMê,
< persa begãr^ «trabalho íor* I «•«, /A^w/wr/o

». Apalavra perdeu a sua «i- P í^^ _ ^


^ ' ""
" ii:ir:» L'.tlili.i:
Ui'^iit'iv 1l-> BKI.K)T\Í

Ulaudeza Thomas Beg, I'.inhaixador d'el-


jx'H Mmules, A
índia Portugue.za. n, p. 27. -Rey da J'er.sia Chà Hassein». D. Josó —
ISXXi —
nMsil correspondia ás liniiiildfis Barbosa, Epitome da Vida, p. 23.
saudações quo mouros, cherul>ÍK [curum- 158íí. —
"... hauendo prima in quello
l)iiis] ou begarins nu; dirigiam». Hi- — giorno preso una nostra conserua di cui
píu.io de 15rion, Duas mil Icgtias. p. 14. era patrone Chogia Bichii»- —
G. Balbi,
IGÍO. —
«Chi uoii puol andar a piedi, si Viaygio, fl. 5 v.
fà portare in certe reti nell' ostrouiità le- 1615. —
«Non v<4euano che intrassemo
gate ad vua caua luolte grossa. Ogn' vno seuza licenza del Beig, ò Goueruatore,
Icua quattro, ò sei liuomini, detti Bega- e Capitano». —
Pietro dellaValle, Viaggi,
rlní, secoudo la maggior, ò minor como- I, p. 116.

ditíi de' Viandanti, acciò lo portino». — 1675. —


«The Warrior blustering in
Fr. Vincenzo Maria, Viaggio, p. 126. the Title of Begue, and the Gown-man
1G7Õ. —
«I took a I'ilgrimage, with one priding himself in the courteous Name of
other of the Factors, Four Peons, and Two Mij-za». —
Fryer, East India, ui, p. 116.
Biggereens, or Porters only». Fryer, — 1695. —
«Begh, que Ton ecrit aussi
East India, ii, p. 30. Bek, et que Ton prononce souveut Bey, est
1800. —
«The bygary system is not un mot Turc, qui signifie proprement Sei-
bearable it must he abolished entirely».
: gneur: mais on I'applique en-^articulier à
— Wellington, in iSlonsary. un Seigneur de haniere, que Ton appelle
— «The
lt)lG. evils of the Begar sys- aussi dans la memo langue Saugiakbeghi».
tem, encouraged by Europeans from igno- — Herbelot, Bibl/otheque Orientale.
rance or indolence are graphically des-
cribed». —
The Modern Heview, da Maio. * 6EGUME. Senhora maometana ;

princesa, infanta. Do persa begam,


BEGUE, beque. Título honorífico iemiuino de beg oii begue, q. v. O
eutre os maometanos, correspondente termo é usado na índia Inglesa.
a «dom» ou «senhor», posposto ao
1608. —
«A todas [as mulheres do Xá]
nome próprio. O termo é persa-tureo preside húa a que chamam Begunii que
beg, originariamente turqnestano. lie tanto como Iffante». —
António de Gou-
Crooke deriva-o do antigo persa baga veia, lielaçam da Persia, fl. 44 v.

o relaciona-o com o sâusc. bhaga, «Tem o Xá muyto grande sugeiçam a


esta Zeina Begúmsua Tia». —
M, ti. 114.
«senhor». 1916. —
«Mas o nome de Razia Begum
eleva-se mais alto do que o Kutub-Minar,
1513. — «I)«>jn-iiun-() em II' arrecadar OS
na admiração e veneração dos povos». —
seis centos pardaos de cojibequy que
devia a el Rey». —
Aftbnso de Albuquer-
Ileraldo, de 9 de Abril.
1631. —
«Nisi soror Sha-Tamae, Be-
que, Cartas, v, p. 48.
1520. —
«Nós, O çamorym, rrei de Cale-
gen Sultana, exulis Regis miserta. .». .

De Império Magni Mogolis, p. 177.
cute, ftazemos saber a vossa alteza, como
fyzemos paz com lio voso capytam mor
1653. —
«Begun, Reine, ou espouse
affonso d albuquerque, e com coje byquym du Schali». —
Le Gouz de la Bouilaye,
Voyages.
voso serujdor, o qual coje vay byquym —
aguora pêra lia». —
Ihid., iv, p. 31.
1666. «Des deux filies, Tainée s'appe-
Begum-Saheb,
1552. —
«Na frontaria do arrayal esta-
lait
cesse maitresse».
c-est-à-dire la prin-
— Bernier, Voyages, i,
uão dons soidiores principais, hum se cha-
p. 5.
maua Indobeque que era Mogor, outro
— «The
Estacolim, Grego de nação». Castanheda, — 1824.
in return,
Kheláts which they got
werç only tit for May-day, and
Historia, cap. 85.
viii,
1563 (1500). —
«Hum destes Mouros
made up
of the
[I fancy] from the cast-off finery
Begum». — Rehev, Narrative, i,
tinha hum irmão chamado Cogebequi,
p. 453.
homem nmyto principal. . . Este Cogebe-
qui era como^ cabeça mór antre os Mouros
naturaes da terra». — BEIJOIM, benjoim (mais correcto,
Gaspar Correia, Len-
das, I, p. 189. mas menos
usado). Incenso tirado de
1571. —«Bec responde à dignidade de Stirax benzoin, Dryander. «G. da
Conde». —João de Barros, Déc. IV, iv, 16. Orta, diz D. G. Dalgado (Claesifi-
1608. —«E dos que neste ministério
cação Bota7iica), foi o primeiro euro-
seruiam ao Xá era hum, e nam menos prin-
cipal este chamado Assadbegue». Fr. —
peu que escreveu com precisão sobre
António de Gouveia, Helaeam da Persia, a origem desta droga». Distingue o
fl. 55 V.
nosso botânico três espécies de ben-
«O Capitão Murad begue ajuntou três
mil Curdes entre vassalos e parentes».
joim: —
amendoado, pj'eto e de boni-
Zd., 1|. 81. nas; as quais são actualmente co-
1718. —«Chegou a Goa em huma náo nhecidas pelos nomes da sua i^roce-
nKI.IOIM nrrriÁMK

tra» —
' o Ar.<S
í

in.H' - - ».\> (lru_;,i^ lao


<* Java». Kr. benjoi», ingl. benja- j

noa Laos sJlo -


muito be n^ to,
li». que é leite de certas i
/.08

1850 — «ChesrAnin^ depAi"? d«» vinte e


niiiit<>
' '- !'•
altas, cujas folhas
laraiigeira, nem
.

ii.< n. Diin na
•m

•' — António F. Cardim,


i

fíatalhas,
jitu'ij — iJ.ju-Kiituta, > luyciin, r - ;•/•
16;'*2. — «Bem pode elle [dinheiro] sa-
hir da mais iminiind.-t cloaca, respira nelle
obeljolm
-tn., _ A-,,-
bemjoim de Ikíhihus; aitula que venha
entre on-xofrc, ha-lhes de cheirara âmbar,
"• — «. . inbar. beljoim,
algalia, e almiscar». P. António Vieira^ —
-' '^Ao aki.... — l^uvtyação Arte de Furtar, p. 264.
15.
de P. A.
1695. — ". . . nem Âmbar, nem Almis-
O r'lv. P beijoimo troca-
car, ou Bejuim de bottinas, mas em huma
. ,>

. posto que iiilo


Navota de ouro o Incenso da Arabia». —
Id., Xavier Dormindo, p. 27.
Lopea, Aai-e-
oap. 20.
1 - liie
1510. —
«Vna spetiaria picna di mus-
• — •... quintaes de cobre, duas — chio, e benzui, e d'altri odori suavissimi».

.raçolasj de beljoy, sois pecas


liarthema, apud Ramúsio, 151. i, fl.

1582. — «Quiui dentro


/<•
<i -» — lu Cartas de A. de Albu- negotiano si
grandissimi trafichi di Muschio, Belzuin,
• mayto boõ beijoim, que
i'
i gioie diuerse». G. Baibi, Viaqqio, —
:.iruore, a que os Mouros cha-
Ii'

in "«». —
Duarte Harbusa, Livro, 1Õ8D. — «Ce pays [Siame] produit force
Benioin qu'on envoye à Malaca, et dela
.TroaxR hu rico presente de en divers autre-s endroits Liuschoten, . —
'
' Hintoire, p. 32.
1 'I'xia e cinco quintaes
'

«' í«». — Fernão finto,


BEIRAJfE. Antigo pano fino do
;. ló.
uro, prata, beijoim, que nlgodtlo, de várias cores, fabricado na
res». —
Castanheda, Uit- índia. Do persa bairam, bairnnã. Es-
\
teve muito om voga nos séculos xvi
e XVII. Bluteau tanibOm regista bei-
raminho. Afonso de Albuquerque
menciona beirames de romã.
; — «A rr.nl^ \ imlM v.l .1..
todftS,
') tem 1510. «Recebi. —
dezaseys cutonyas . .

> Diais brancas e oyto tafociras listradas de sedob


tanti. h»' .iT nii- c oyto camisas do tatcciras e onzo camisas
benjuy, , r.-to, na brancas do beiramos». — In Cartas de
te he ite menos Afonso do Albuquerque, vi, [i. 412.
i ilha do Çama- 1511. —
«K mais lhe entregares [entre-
vos; a Cííte gareis] treze belramees deromãu.—ld.,
i^-j ' '' e vai dez v, p. 153.
c^mu c«U>utrov. — Garcia da nUi'cobc (ic gaa. mais treze
tristà . .

X. beiramos líomà curados». </'Ibid. —


«E muyto beijoim om ^ran- 15K^. —
«Toiíiou duas nana de chaull
"let». — Gaspar t'orroia, Lrmias, i, carregados do beirames, «* húua de ur-
muz de cavalos «> aljôfar». /</., i, p. 166. —
^. — «O ebeirosf» beijoim, a qae os 1516. —
«Do ('haul o Dabul lho trazem
. . ";
-belJoIm iiiii\ ta soma lii- boiramos e boatilhas».
, i».i m, l>iiiirtc Harliosa, I.nni, p. 275.
')Otrames ho .-
os
^. — "Ha nesta ilha doSamatra, em I terra, c «cu
i : \'
iM,,-.r... .I..II.
beijoim muito l>om, '
'm
> de Góis, Chrxm. de • •(>-

II IXTtilt
boijoim, 1
«es ro-
{'ijnUj^Dial.
p y? !•'>- e gtoi-
>lm i.K ••< i!f, como as
• alU,
Dáse
BEIRAME lit BELARBEGIIE

liada cm trezentos reys-. — Toma? Pires, BEIRO (teto bélru). Canoa monó-
Ma(criaP8, etc., in Bol. vi,
xila de Timor. «Este pequeno barco
p. 70.').

1552. —
<<Hu pano tilo compriJu como
único de coustrucçao indígena é feito
hu beirame, em que estauão pintadas do tronco do uma árvore, o qual se
todas aa batalhas».
suas Castanheda, — mantém sobro as aguas por seus
Historia, cap. 62.
iii,
braços de bambu». Rafael das Do-
1553. —
(«Cada hum segundo 8e atreuia
res.
assim tomaua jÍs costas o fardo de seda, de
beirames, áo. patólas até irem dar com
— 1843. —
olla outras embarcações mais
a prata e Cruz». João de Barros, D6c. II, pequenas a que chamam beiros, que são
IV, 1. uma espécie de canoas feitas de um só pau
1554. —
«E para seis beirames para escavado, sobre as quaes nas extremida-
seys sobrepelizes. .». . — Simão Botelho, des do seu comprimento atravessam dois
Tombo, p. 129. bambus, ou quaesquer varas de madeira
1563 (1498).— oE o vedor da fazenda ao leve». —
Ânnaes Marítimos (parte oficial),
outro dia veo ao Capitão mór e lhe trouxe p. 141.
vinte peças de pano branco muito fino com 1908. —
«Corridas de cavallos timores,
chapas d'ouro, a que elles chamão bei- regatas de beiros, exercícios de natação
rames». — Gaspar Correia, Ijtndas, i,
dos estudantes, combate de gallos, cheio de
p. 100. gloria e sangue, dividem o dia». Alberto —
1602. —
«Os Guzarates são todos dados de Castro, Flores de Coral, p. 218.
á mercancia, cm que se estremarão de to-
dos os do Oriente, cujas louçainhas ja em * BÊL (hot.). V. cirifoJe e marme-
temjio dos Romanos erão miiito (s'.iiuadas, leira da índia.
as quaes hião ter a elles por via do mar
roxo, como se vê em Arriano autor grego
1912. — nComo agente therapeutico, o
no tratado que fez sobre aquella uauega- bêl e sobre tudo o seu fructo, ninguém
ção, na qual nomea muitas e diversas sor-
melhor tem conhecido e mais apreciado do
tes de roupas, como são ganisse, monoche, que os Índios». —
Caetano Gracias, Flora
sagmatogeiíp, milochine, que diz serem muito Sagrada, p. 24.

finas e de algodão pello que a nós parece


:
1908. — «It is ali but universally known
que erão os canequins, hofetàs, beirames, by its Sanskrit name bilva, a vrord which
sahagaqis, e outros». Diogo do Couto, — appears in some form, such as bel or hael,

Dec. IV, I, 7. in most modern languages. The fruit is


1630. «Estavam tão abertas as costu- generally called sriphal». — Watt, The
ras da nao, que em mui pequeno espaço Commercial Products, p. 26.
levava a nao meio beírame, e em partes *BELADI. V. gengibre.
duas meadas de fiado de algodão». Hist. —
Tragico-maritima, ix, p. 116. # BELARBEGUE. Begiie superior,
1727. —
Beiraminhos. Pano de Al-
'

cliefe dos begucs (q. v.). A palavra


godão, de três palmos de largo, que vem
da índia, e serve para roupa branca del- é turca, heglar-beg, «begue dos be-
;

les ha mais íinos, e mais grossos». Blu- — gues».


teau, Sujyplemento.
1894. —
«Dois pannos de beírame, de
1,593. —
«A outros [faz o Grão Turco]
Berlebis, Chauses, cabdis [cadis], que
uma pureza alviniteute, onde realçavam
são como Corregedores, e justiças mores
as largas chapas de ouro». Lopes de — das Cidades». —
Fr. Pantalcão de Aveiro,
Mendonça, Os Orphõos de Calecut, p. 41.
1908. —
«Tecido svntigo da índia, hoje
Itinerário, p. 13.
1609. — «O
principal he este Alauerde-
mal identificado. E o conhecido mote da
. .

han, de o Xà mais se fia, e a quem


quem
redondilha do Camões
tem feito Belarbegue, que quer dizer
:

Coifa de beirame
Namorou Joane».
cabeça de todos os grandes^. Fr. Antó- —
nio de Gouveia, Belaçavi da Pei'sia, fl. 27.
Alberto de Cnsfro, Flores de
Coral, p. 133.
«Todos deram mostras de grande con-
tentamento, e alegria pela resolução que
1510. —
«Bairami, Namone, Lizari, Xâ tinha tomado em particular Alauerde-
Ciantari, Doazar, et Sinabaffi». Barthe- — hau Soltam de Xiraz, como general, e Be-
ma, ajnid Ramúsio, i, fl. 165. larbel, que era de todo o Reyno da Per-
1589. —
«... des de Beyramenes sia». — Id., fl. 114 V.
couleur rouge grands et petits qu'on peut 1670. — «A
questi Sangiacchi presie-
comparer aux fines toiles de Cauibray». — dono diecinoue Bassa, ò Begilerbel».
Linschoten, Histoiíe. p. 36. — Fr. Vincenzo Maria, Viaggio, p. 39.
1750. —
«La Compagnie anglaise y en- 1695. —
«Beghiler Beghi, ou Bey-
voie beaueoup d"étofí"es, et surtout des Bi- ler Bey. Cest chez lesTurcs le Gouver-
rampauts et Chdlots pour la Guinée». ueur d'une Province de I'Empire Othoman,
-*- Grose, Voyage. et on lui donne ce titre, à cause qu'il com-
líKIJrilF.fAI.! IK' nEN'DARA

<'U bei- ;•
fit mia j

. ince».— , muyto
/•• '• •*'•••« .1 i'-". f se faz
que cortâo coni'i
BELÉRICO
:

adj.). V. mlrabólano. ^ P. Feruâo pao».— .,


, -.i^,^,-
1X> ár. 6Wi/<r; < persa betileh. n»z, Conquiêía de Ce;/lão, p. 120.

. «BELIís. III). M!,- .•renda; RENDARA, bendará. Viador d.* fa-


saoriíici»» liindii. !) .ila veli, />^mia governador do estado, era
;

s&nâc. bali, corrente nos prácritos. Malaca. Do mal. béndãhara, c tesou-


reiro», jav. Ãeíí(/ara <sílnsc. bhan-
íca- (lãri. Os portugueses conservaram
com algumas restrições dos
',

.'•/ vm.
1. archa- 1510. —
oTftn dado o mando e governa-

-o, o fam a Bendara, seu tio, e este Bon-
CS- dara, tem tomado j)oss(' de tudo». Al- —
..i ter giins Doe.da T<>rre do Tuinbo, p. 221,
P. Fernão 1.^9. —
«Bendara de Malaca, que he
- , _ Jão,p. 121. supremo no mando, na honra, e na justiça

. . .

dos Mouros». «Aonde o Bendara, Go-


BELI. Soldado indígena em Cam-
« vernador do Reyno, me estava esperando».
liaia. Do í,'uzarate beã, «camarada, — Fernão Pinto, Pertgrinaçào, capp. 14
ajudante». Os lexicógralos, a come- e 15.

çar por Bento Pereira, registam be-


1552. — «Fizerão os cliine aaber a che-
gada do capitão mor a elrey de Malaca, e
lis. (ípppsoa ladina*, dorivado do a 8CU tio o regedor, que na lingoa mala^'a
íírah" /////.v. Mas nílo nesse sentido t*» se chama bendara» Castanheda, UU- —
ju»' a diçflo é empregada na abona-
toria, II, cap. 113.

•.•à".
1553. —
«Perguntou que gente era, e
donde vinha, e que mercadoria traziSo, e
1535. «Mostron fcfnnde niagua de o nSo isto da parte do Bendara, gov(>rnador
"
8oUia<li»s da -
da cidade». —
João de Barros, Déc. II,
:ii belis, que, IV, 3.
'«•.1 (.') iicii.i 111.- j.oderiam levar 1.057. - «Chegada esta nova a Malaca,
— AnUínio ÍJocarro, Déc. xiii, o Bendará, (|ne governava o Reyno pelo
Key, qae era .seu .-«obrinho. .». «Havia . ^
em Malaca einco di;,'nidade8 principaes:. . .

. BELICH APARO. Vdichchappadu, a segunda de Bendará, i<t" ^"^ V.-ador


•lii , quere dizer torácuio da fazenda, e governava o !> ve-
zi's Bendará tem estes <i ~, de
'
-
, mat* na abonaçSo abaixo
q. v.) e de Bendará».—
86 o termo por «sacerdote
Ill, capp. 10 c 18.
.

"••era da i:>úê 0''>1<J) 'O —


d«; Ma- bendara
lara, qiip ora o ro^rcilor ipic in.indava tudo,
l>or-
l60.').-*Beliohaparo lie o qaetcm o e
.1o
:.>...!. A ! ^ . .\_- . II-
''6 ()ue titiii.lo tVilo, ouu< rào
.ir Corroía, l.^vfa». n, p IG;!.
(•on-
—o Ohrouialade TíMuary, tiuti na-
• •» e
• K;ii-li of tin-.-.»' sliiiiM'n ha.H All
ará
Volichaoad. ..'í.l,.-,! (.. if

IHl » ilU'lI l'.'' IMIilIl-


.(;).i(l
Id , n. j> 25.'J.

lELICHECAU (malaial. cedi-tik-


i). Pederneira de fuzil, no Ma- —
inam Bendara-. i le Ui>ís,
Chron .Ir n Vpu,,'. :

I sta
rid:i xrUí
i
Caria iiryia, ttt Arv^tvOf
Mgii
RENDO I1fi BENGALA

itiOj. «... <JIU' llf Jiniici;i(^-iin nn> ii.iiti- — iiO|,i;> Mendes, A Judia Porlugueza, i,

ra(5S, de que liC! governador o


Tvnieyàíi^ e p. 238.
o Bendará de todos os Chilis [Icia-se 1813. —
«The banda (Hibiscus escu-
quilis],que são mercadores de toda ucjindla lentus) is a nutritious vegetable». For- —
eosta de Choromandelu. Diogo do Couto, — bes, in Glossary.
Déc. IV, II, 2.

«Afonso de Alboquerque. logo
BENGALA. Bastão de cana de
1C13.
começou a engrandecer a ("hristandade, e
. .

Bengala —
Arundinaria Wightiana,
favorecer a todos aquelles que se querião Nees qualquer pequeno bastão
; ;

baptizar e ser do grémio da Egreja como (aut.) insígnia militar. Do nome geo-
foi aquellc Bendara leal com sua famí-
gráfico Bengala.
lia, que permanece até o presente sua caza
com muyta fidelidade e Christandjide, e o O termo indiano, designativo de
dito cargo nestes tempos, seu neto D. Fer- objecto comum, que mais vulgarizado
nando leal». — Manuel G. de Erédia, De- está no português continental é sem
claraçam de Malaca, fl. 42.
dúvida bengala no sentido de «bastão,
1634:
bordão». Dizia-se a princípio «cana
«O principal .sogeito no governo
De Mahomet, e privança, era o B«ndárk, de Bengala» e denotava uma espécie
Magistraiio supremo...».
de cana ou bambu maciço muito
Francisco de Meneses, Malaca
Conquistada, ill, 6. apreciado no Oriente e na Europa,
1571. —
<<Hi vero uon oratione tantúm, diferente da Cana Indica, Linn.,
sed muneribus etiam Regis patruum. penes «erva conteira» em português, de
quem erat totius regni modeiatio (Ben- cujas sementes se fazem contas de
daram appellabant eum, qui muuus id
gerebat) corruperunt». Jerónimo Osório, — rosários.
De Rehus, ii, p. 439. Com o correr do tempo supri-
1878. —
«Le roi Iskender-Chah avait miu-se a palavra cana, e o nome da
un bendahari (majordome) nonimé Sang pátria representou o do produto, co-
Radjouna Tapa». —
Marcel Devic, Legen-
mo aconteceu com várias outras de-
des de VÂrchipel Indien, p. 118.
nominações, especialmente de tecidos,
BENDI. «Arvore indiana (thespe- como cambraia, holanda, saragoça,
sia populnea)». C. de Figueiredo.
damasco, casimira; e por fim aca-
E o nome concani {bhendl) do que
bou por abranger no seu conceito
em português é conhecido por «pau-
qualquer pau que se traz na mão
-rosa», q. v.
para apoio ou ostentação, como o
1846. — nBenteca; Elu (Páo de cadeira); francês canne e o inglês walking-
Bendy (Páo de rosa)». — F. N. Xavier, stick. Idêntica evolução se deu na
O Gabinete lAtterario, i, p. 256.
índia com respeito à rota, q. v. ^
*BENDÓ (pi. lendés). É o nome O uso de bengala como pau de
que em indo-portuguOs se dá ao apoio parece que começou era Por-
fruto e à planta Hibiscus esculentus, tugal ou foi generalizado pelas ve-
Linn. Usa-se mais quiabo^ de origem lhas, conforme o testemunho de Lin-
africana, quimbundo kilôbu. Do cone. schoten (p. 30): «Semblablement y
hhenãó (pi. bhenãé), mar. bhendã. E croissent des roseaux, appellez par
uma das hortaliças mais saudáveis les Portugais Cannes de Bengale,

e estimadas come-se de diversos


;
solides par dedans, non guere moins
modos. Os que aparecem nas praças gros que les roseaux d'Espagne
de Lisboa são muito pequenos. ployables comme I'Osiere ou les
branches de Saulx en leur verdeur,
1615. —
«Dão-se aos doentes excellentes
marbrez et bigarres de diverses
caldos feitos de diversas sortes de carnes
cosidas com Bendés, que é um fructo couleurs comme au pinceau. lis ser-
refrigerante, do tamanho dos nossos pepi- vent de bastons aux vioilles de Por-
nos». —Pyrard de Lavai, Viagem, ii, p. 8. tugal».
1846. —
«Abóboras da terra, Bendés
(quiabos). Mostarda». —
F. N. Xavier, O
Gabinete Litterario, i, p. 249.
1886. —
«Cultivam as seguintes plantas 1 Gonçalves Viana [Apostilai) presume
hortícolas: kiabos ou bendés {hibiscus es- que pengalim {pingalim) é deminutivo de
çulentue), gonçalinho [cucumis acutangula)». bengala, com mudança da letra inicial.
BESGALA BENGALINA
1 -.')•.
'la (11 In'I a P- rlmral, e direi
a - te Ben-
qal. tc iia ca-
Apud Jofto dc

1.)-.'- I'',...:
1
'
r
J
com o
ana de
Bengala •
lliar
parrt Tr:i-, t. a no
cliim).

i.H,' ..1 ''1' bua


oana de Bengala . de
f'lir ' ' — KtTiian rmiM, J'cre-

1. * 11. . -prllio r hua cana de


Bengala. —
I. 111:. Pr.'i-. '.•
> i^'n^i .•..'''

/
'i-
.
i-a.'.
I, il
-

:.'.V.I.
I*.

1»'1J N ina de Ben-


gala Com i|u^ 1 OS inai'iuhei-
roto. — \)'\<>ix>> >i« . VII, VII, 2.
IGlfi — ..Ha r 15. iiL-al 1^ ca-
na'i '!•• ii! ; ., iia e
la _ -- 1 uJo
•ircunfe-
.1 porosas,
i 1 1- .
.• que se unom
:- ' ! r, e coin tiido
II jtaia bordões dc
hater em quem
se
ida arranca as
corpo aonde
liam p-jr mais delgadas
II la aparência, e natu-
iina-
'oio,
' : ••111 toda
a I . . -Py-
ra; • • •"'_;• ' '",7"". 1, *< •.
i'
1»;;, ! — «Um dos «iflíciaes enfadado pe-
;: u db uma bengala para os fazer rcti-
rar». — p. Cardim, Hitit. T)'<ufico-niaritima,
^, i-
i«r).

1'.'-' —^«CAin cinco mil cruzados se



• 'i 1 -•< :
tos-
i em
/i-r-
íar, p. 01.
ITl'.' — ,f^on/ifiln (' «- Indi... ^
mo nome.
I I'sa o
I curta e
:ii''l' (Lia
'1' 1

lys
•mo

l^ó^ -- ..I
gala (•'" 1, •
BENTO 118 BKKI-IJERI

mada bcngalina em Goa seria tal- peraa da partida, uão tendo já cm casa
;
mais que huiu bento de seus papeys, uio
vez levada de Bengala. arder na nao em lula hora quanto da ín-
1873: dia leuaua». —
Id., p. 266,
«NtiB paisagens divinas, 1697. —
«Abrindo diante delle hum
cm miragens feitíceirus bento (assim chamamos na índia os es-
eu via sempre palmeiras
e campos e benirHlinaK». critórios grandes) o convidara a tomar húa
TomAs Ribeiro, A Indiana, p. 49. Cruz, que nclle estava, prophetizando-lhe
— «Aiuda quando o portu-

grandes fortunas». P. Francisco de Sousa,
1874. hoje,
Oriente Conquistado, I, iii, 2.
guez visita estas montuosas paragens, es-
tas brenhas adustas, pergunta. ás folhas
1727. —
«Bento. Vid. Vento.. Diz-se .

de huns contadores pequenos, que vem da


. .

vermelhas das bengatinas se não guai-- índia». —


liluteau, Supplemcnto.
dam ou nào retratam o sangue do conde «Vento. Peça movei, que vem da ín-
d'Alva». —
Id., Jornadas, ii, p. 203,
dia, acharoada, como hum Escritoriuho,

Beniaga. V. veniaga. com huma só porta». — Id.


BÊR, bôr (s. m.). Zizi/pkus Jujuba,
BENTECA. É o^ nome duma árvore
de madeira da índia — Lagerstroe- Lamk. Indo-ingl. ber-tree. indo- Em
mia parvijiora, Roxb. Ingl. benteak, -port. denominam-se maçãs os frutos

(cone. nãijó), e L. lanceolata, Wall. e maceira a árvore. Do cone. bór,

Entende-se, porem, comummente em «fruto», bôr, «árvore» ; liindust. ber

Goa por benteca a Briedelia retusa, ou bir ; sânsc. badara. Tamhôm se

Spreng. (phãtarphod em concani). chama jííytí&a e maceira da Índia.


Do malaiaía vendikku ou bendikku, 1563. — «Ber, que são as maçaãa que
lit. «teca branca». cá usamos». — Garcia da Orta, Col. v.
1846. — «Peras (goiaba), Borans (ma-
1782. —
"Da mesma qualidade e serven- çans), caju, Jambolans». —
F. N. Xavier,
tia são as plantas chamadas marêta e ben- O Gabinete Litterario, i, p. 248.
teca; é preciso couduzil-as para este paiz 1904. —
«Flora damaneuse : Limoeiro,
[GoaJ na forma de teca da terra firme«.— macieira, mangueira...». —
A. F. Moniz,
Fr. Clemente da Ressurreição, Tratado, ii, Hist, de Damão, ir, p. 177.
p. 326. 1578. —
«Este arbol, se llama en Cana-
1846. —
"Benteca; Elu (Páo de ca- rin bor : en Decaniu Ber: y en Malayo
deira) Bendy (Páo de rosa)».
; F. N. Xa- — Vidaras. Destas Maçanas son mayores,
.

vier, O Gabinete Litter ario, i,*p. 250. y mejores las de Malaca, que las dei Mala-
1898. —
«As essências que ahi se encon- bar, y a todas exccden, las dei Balagate».
tram sâo a mareta, nano ou benteca,
— — Cristóvão da Costa, Tractado, p. 111.
comhió, santonon. Oliveira Mascarenhas, 1623. — «...
qui lo chiamomo Ber».
ma
Atravez dos Mares, p. 180. — Pietro delia Valle, Viaggi, lu, p. 28.
BENTO (ant.). Grande escritório
1908. —
«The grafted ber is called
poyndi'K —Watt, The Commercial Products,
ou pequeno contador oriental. Do p. 1143.
mal. bentog. Cf. bada de bãdaq, pu-
* m.). Indivíduo duma
BERBAIA (s.
cho de puchoq.
das baixas de Ceilão, cujo
castas
1616. —
«Mas entre outras cousas gran- ofício ó tanger o bombo e os ataba-
de numero de pequenos armários de todos
les. Do sing, bevavãyã,
os feitios, feitos ao modo dos de Alemanha,
e são a cousa mais linda e mais bem aca-
bada que ver-se pode, porque são todos de
1687. —
«Os Berbayas são tecelões, e
os que tocão ataliales, que em Ceilão fazem
madeira exquisita, mosqueada, e marche-
hum som muito belicozo. Rei)artem-se i)e-
tada de marfim, madre-perola, e pedras
las quatro Dissâuas, e que he tão bayxa
preciosas. Em vez de ferro põem-lhe ouro.
casta entre eles, que nem os Pachas po-
A isto chamam os Portuguezes Escritórios dem comer em suas casas». —
P, Fernão
da China». —
Pyrard de Lavai, Viagem, ii,
de Queiroz, Conquista de Ceylão, p. 16.
p. 154.
1687. —
«Nem em Ceylao avia risco, de BÉRI-BÉRI, s. m. «(Termo da ín-
que este ceuo da cobiça corrompesse a in-
tegridade da justiça: assim por se uão dia). HumaParalysia bastarda, ou
agradecer, ja como data, mas como diuida, entorpecimento, com qu© fica o corpo
como porque os sagoates de Ceylâo, mais como tolhido». Blutoau. Teem-se
seruiâo, jiara a despenca, ou rouparia, do apontadO' várias etimologias do vo-
que pêra os bentoz». —
P. Fernão de
cábulo, sendo a mais aceita a do
Queiroz, Conquista de Ceylão, p. 80.
«Foy se embarcar a Cochim, e em ues- sing, beri (propriamente bceri), «de-
BKRI BKRI ní> HKRir/)

111.. ;
'
' '>'i'''i;i 1 .1 li I !. i III' i.m;. .. .

\' r.u . ! . M > u <Io«!ii;a prt^valerr «Kstado actual


iuaiu al
; e o nm-
laio teni a voz hiH-biri para a de-
notar. E hem possível quo o torrno
teiiha passatlo. como diversos t)Utro8,
se é ((Tie

ia ilha o
euipi. u'aiu neste sentido, o que nllo
cohíita dos lexicóí^ralbs, mas .íoao
Riboiro parece indicar. Ceylon (rlos-
S'lr ocábulo sem apontar
a o:

ini3 — .E as vezfs o [vinho de Hipa\


cie fogo, como agua ar-
ontra o frio de bere-
bere .\l,inu«l G. de En'dia, iJedara-
^am <! Mal ara, i\. 19.
It.lt; — «A nossa ;íeiit(' Ilia adoecendo
il.i .l.i.-iKTi
"
f]no iJkuii;!-. bepebepo que —
hf i i. e pernaft, de que
• 111 rem». Diogo do
C'.ur I '-c \ iti, i, •_'.>

It)^ l — «... inconveniente que mais se


'
Ma-
BERTANGI 120 BESPIÇA

c. 70. —
«Eaiidem multis natnram, aut [galinhas] por um bertangé preto, que
certo similem habere beryl li vidcntur, in ali vale o mais dois tostões». Fr. João —
India origineui habentes: raj'o alibi re- dos Santos, Ethiopia Oriental, i, p. 52.
perti. l*r()l)atissiini sunt ex iis, qui viri-
. «O defunto [macua] se amortalha quasi

.

ditatein puri maris iinitantur». Plinius, ao nosso modo envolto em um bertangi


Natm-alis Historia, lib. xxxvii, cap. 5. com muitas tiras do mesmo
preto, e atado
1589. —
«11 y a en jdnsicurs endroits bertangi». —
Id., p. 255.

des Indes certain mat(nial scmlilable & 1611. — «Mandou Nuno Velho soltar ura
Crystal de montagne, maia (jui ne pent dos negros, para que se fosse á sua caza, e
estre appídló Crystal, car il n'y a point en desse no\ as dos outros, e com uma tira de
tout Levant. On le nomine Beryls, il ne Bretangil vermelho, e um jjedaço de
differe gueres du Crystal». — Linschoten, cobre se nouve o cafre por satisfeito da
Histoire, p. 138. prisão». —
João Baptista Lavauha, Hist.
— '.Tdlomeu già aveva osservato,
177G. Tragico-maritima, v, p. 77.
che Pugnatil a tempo suo
a ritrovanoli si 1612. —
«A oitava duvida, sobre os mil
Berllli», — Fra Paolino, Viagyio, p. 77. quinhentos cincoenta e três xerafins, hua
tanga e quarenta réis, que se liquidou va-
BERTANGI, bertangil, bretangil. lerem as noventa e cinco corjas de ber-
Sao nomes dum tecido de algodão tangis». Carta líégia, in Documentos —
da índia, ii, p. 27 v.
(azul, preto, vermelho), qne antiga-
1622. «Eseoou-lhe aonde tinha afe- —
mente se exportava de Cambaia para rida, e untando-lhe com uma pouca gor-
a África Oriental, e também aí se dura de vaca lha atou com um pedaço de

fabricava em algumas localidades. bertangil». Francisco Vaz de Almada,
Hist. Tragico-maritima, ix, p. 67.
Por mais que trabalhei, nSo pude 1712. — «Bertangil, ou Bertangi,
saber a origem do vocábulo, nem ou Bretangil. Panno de Algodão que os
mesmo se 6 asiático ou africano. Cafres tecem. Ha grandes, e pequenos,

1512. — «. . de caoutos, de tagadis, de


azues e pretos». Bluteau. —
bretamglS'). — In Cartas de A. de Al-
EESPIÇA, bispiça, vespiça, espicé.
buquerque, V, p. 248.
1514. —
«Per este vos mando que des Diferentemente ortografado, figura o
[deis] a tomas queimado home de mjnha termo nos nossos indianistas antigos,
goarda quatro mil reacs e dous bertã- com o sentido de o tecido de algodão
gys». — 49.
Id., VI, p.
pano cru». Não estou
1635. — «E deixou cargo ao seu escrauo
grosseiro,
que alimpasse o crauo e vendesse o bastão certo da sua etimologia; é possível
a troqo de cotonias e bertangys verme- que seja composto do sânsc. reçaou
lho, e roupa fina» (em Chaul). Gaspar — vesa (hindust.-conc. bkes), «vestuá-
Correia, Lendas, in, p. 663.
1546.— «Colcha de tafesira deCam- rio», e vasa, apeça de vestuário». A
baya forrada de bretangll vermelho». — fazenda servia de saiote ou dotim,
Espolio de Balthazar Jorge, in Boi. S. G. q. v.
L., IV, p. 290.
1563. — «Daua muita quantidade de 1510. —
«Sesêta panos bepiças pêra
ouro a troco de híis pannos de Cambaya da cobertores das camas dos doentes do es-
sorte que elle ali trouxera: que erão ves- pritall» (de Cananor). In Cartas de A. —
picias, mantazes, e bertangijs azues, e de Albuquerque, vi, p. 398.
vermelhos». — João de Barros, Déc. Ill, 1512. —
«... e aos piães a cada hu seu
III, 3. pano de bispiça de que lhe faço mercê».
1569. —
«Afora este [traio] ha outrode — Id., V, p. 176.
roupa preta, Bertangil, matares [man- oAsy vos mando que lhe pageys quorèta
tazes], tafeeiras [tafeciras] que também bispiças a três fanoes bispiça que lhe
com as contas de mistura fazem grosso mãdei tomar pêra dar aos catares e pagar-
resgate». —
P. Monclaio, liol. S. G. L.,j\, Ihes estas bespiças e cotonias pelos pre-
p. 5i8. ços de ca ou õ dinheiro». Id., p. 192. —
1585. —
«Entretanto se amortalha o de- 1513. —
«Por este vos mando que des a
functo, quasi ao nosso modo, em um ber- manoell de sampaio dez vespiças de que
tangil ar.ul, cingido por muitas partes faço mercê ê nome de sualteza aos negros
cora tiras do mesmo bertangil». Ma- — que trabalham è pangim». Id., v, p. 377. —
nuel Godinho Cardoso, Hist. Tragico- 1563. «Dana muita quantidade de ouro
maritima, ir, p. 52. a troco de huus pannos de Cambaya da ^
1601 .
— « Bertangins azues
de mais e sorte que elle ali trouxera que erão ves- :

cores, hão de ter sete covados de comprido, piças, mantazes, e bertangijs azues, e
e cinco sexmas de larguo». Carta de lei, — vermelhos». —
João de Barros, Déc. líl,
in Archivo, vi, p. 744. m, 3.
1609. — «Dentro em Sofala dão doze 1617. — « . . . bames, espicés, chandés
HETAL 121 BETELE

>\>' Vardrtrá, arftnflfirAs*. — Carta Jiétfia,


I
mosos, o qual húu 8«
"
chama VitollS"- —
I. Ill, p. 355. Chronica d' ' *^.

tis, maiitazes f^ran- I


1(J14. —
" i 'los se chamava

(i<'s. [>;lIl(<^*. espicés, L-liaml'' j


Vithelá (iniiiai p iii ; is braços, e huma

Jlfid, IV. p. 11. s/i cabeça. » está airima'io a dous idolos


jMtiueiios (|ue tem a cada parte». Diogo —
palavra aparece no
!
'
'
do Couto, l>éc. VII, III. 12.
w.. bandido de tigueirodo,
I

I
1GH7. — "Ouu(! hum Fagnde de menor
com o 8Íj;nificado de «grande Ar\'ore nome e veneração que o do Mature, dedi-
cado ao seu Deos Perumal Betai ; í|ue
U'l' das Malucas, quo dá bOa
conforme crem, e relatfio da aua vida em
!

in;. ;a eonstru(;(^*'s». Tanibcm I


tudo foi semelhante a Priajio. Os (icntioa
Devic o vocábulo. Não sei
re^'ista de Concão de Goa lhe chamào Betâlu c
I

pòrOni se algum nosso escritor o em- sua escultura he a mais torpe, que se pode
representar aos olhos humanos, digna só
pregou jamais, liéni ó simplesmente I

de ser rcuerenciada por brutos, que t»in a


«icno» em nialaio, e kãyubési é
I

I iiensualidade por bem auenturança». P. —


«pau ferro», e é assim que os nos- I
FernSo de Queiroz, Conquista de Cey/âo,
sos indianistas disseram. p. 33.
18íK). —
«Nos pagodes em que os gurmta,
• BESTEIRO. Ocorre mais de uma '

ministros de castas inferiores, se tem man-


v.v. o vocábulo na obra do Padre ; tido contra os brahmanes, e pertencom-
lhes todos os de Vetai, depois de invoca-
Fernílo Queiroz, com relaçílo a á(^ I

ções solemnes, o deus entra lhes no corpo,


Jafanapatão, no sentido de «embar- I

que se contorce em movimentas epilépti-


cação pequena e ligeira». Qual será cos, ao som de uma musica infernal e falia
o luntivo da denoniinaçflo? Talvez a j
pela bocca d'elles». —
António de Almeida
ariali»;.'ia com besta na forma ou na
! Azevedo, As Communidadrs de. Goa, p. 33.

rapidez. O barco de\na ser peculiar BÉTELE, bétel, betle. bétere, be-
da região. I tre. K o nome
da fôlba de Piper betle,
1687. — «A toda a pressa mandou re- Linn. Por betle tambOm se entendo
cado ao Caí*.s, íjne st' metesse gente no '

o afamado mesticatório da índia e


besteyro da Ijrrcja (emb.ircação pe-
da Indo-China, por constituir o seu
quena e Jigejra), com mais duas mau- I

cliuas' —
Conquista de Ceylào. p. .^)13. !
invólucro em forma de canudo e o
PaitiM '.
1,1 «staa ordens de Columbo, I , seu ingrediente principal, sondo os
(!.'_' 1 ;t .M 111 i:, armou quatro [embarca- outros a areca, o cato, a cal de os-
- - iiiiiiibesteypOf c outras pcra sua
tras e, às vezes, substâncias aromá-
'.

. 1 —Ibi4, Tito
" ' fazer na prava hí5a barraca, ticas. Atribuem-se-lhe muitas pro-
m
os companheyros, e o bes-
• priedades benéficas, o mascara-nu,
toyeo j>i . /.i á sua cabeceyra, eom a cliaue como na Europa se faz com o tabaco,
do cadeado sua mão». lòid., p. r)41. em — liomens e mulberes, especialmente
«D Coutinho, que de Malaca
I)ioi,'o
viera a NefxapatSo, carregou ali quatro depois das refei<;íies o de civili-;
<'•

h^i-tAun^s i sua custa, com que soccor- dade oferecC-lo aos visitantes. O seu
.. Id., p. 702 - oferecimento e aceitação é sinal d(«
-m Valauê r]oiis besteyros;
amizade o do acordo ou pacto. V.
u, coui liuni Saufjuicrl . em
'm bestaypos «mu .bifaiiHpat.1o
ntftmbor.
;

dnus >: com doiis besteyros; Oétimo de bétele é o malaiala r<'/-


em Tu • dous beste vros; em tila, composto de
verti, «simples», e
! 'ite-caloii quHtroa.
;

— Jd., p. tíM. Ua, cfOlha», isío é, fOlha por antono-


• BETAL. K ama divindade liindu, másia. As línguas neo-aricas tam-
iposta p<»rsoniHca';.T'> d«» fVixna, bém Ibe cbamam /aí//, «fôlba», dnnd<'
mito v< rit'rnda p
i- o indo-inglés patrn, e á plant
'
s do ConcAo. li ,
. 1 lu -r<*/. de fOlba».
«tre])adeira '

II, como Pría|)o da mitologio greco- porOm, pãn ò igualmente o nome d(»
* Os seus ministros sfto da
. tabaco, como em Goa, distingue-se
sudrn. Do cone. hefãl, mar. ii?n objecto do outro, quando é n«
-

lio, com as lotMK.'^'s 11'

l.ij.i — "ii'ia iliiM iiiiiii'."» II. i «I'l.iiii- iiit


pãn, flfòlbas tb- i-oiucr». <

imda do tiorte tem trcs pagode» muy fer- chem-pãn, «fOlhn tie fumar»
BETELE 122 BETELE

landim tamlx'-"" ^.' ': i^- 1536. —


"0 Key do Repelim ostana em
suas casas com sua gente, e fazia zomba-
«tabaco».
ria de os nossos auerem de chegar a suas
As formas UctcLc c bcLcre são as casas, porque elle tinha dado o betele a
mais antigas ; betle o hetre silo as todos 08 seus, que era o sinal de todos
suas contivicçõcs, sondo hetle nK»der- morrerem ante ellc". Gaspar Coireia, —
Lendas, iii, p. 76H.
namentc niais usado ua India. Bonto
1546. — «... o betere,
que são hiujias
Pereira tam])óm regista béter. O vo- folhas de tanchagem, (jue elles costumam
cábulo catre passou igualmente por comer continuamente, jtorque lhes faz bom
idC'utico processo ^ bafo, e purga as humidadcs do estômago».
— Fernão Pinto, Peregrinação, cap. 177.
IftOO. — «Tanto homcus como mulheres 1552. —
«Tinha na mão iium prato d'ouro
trazem todo o dia na boca hiima folha de com folhas de betelle que elles vsão re-
betele, (luc tem a prcpriadade de a fa- moer, para lhes confortar o estômago». —
zer vermelha, e os dentes negros os que :
João de Barros, Déc. I, iv, 8.
não fazem isto sào homens de baixa extrac- 1550. —
"Aqui [em Zanzibar] vi a pri-
ção. Quando algum morre, os que devem meira vez as arequeiras arvores na índia
trazer luto tingem os dentes de preto, e tão frescas e estimadas pello fructo que se
não comem desta folha durante alguns me- come com o betele o qual ia trepando
zes». — Navegação de P. A. Cabral, cap. 12. por ellas ao modo de eras». P. Monclaio, —
1502. —
«É porque era costume quando in Boi. S. G. L., IV, p. 499.
se acertauão o.s j)reços das compras e ven- 1563. — "O nome em malaA'ar he betre,
das, dar-se betei le aos mercadores, e elle e em decamim j-iam [aliás jiaw'] ; cem ma-
o não tiidia, em lugar de betere, jjera laio ciri". —
Garcia da Orta, Col. do
todos 08 que aly cstauão presentes lhe betre.
mandou dar mil cruzados meudos em ouro». 1566. — "Ho qual betelle he huma fo-
— Gaspar Correia, Lendas, i, p. 314. lha tamanha, quorno de tanchagem, e quasi
1513. — «Que
hão de saber estes taes da mesma feição, cresce como a era ape-
do negocio da india enearrados em cochim guada as arvores, ou em latadas». Da- —
e em eananor, cheos de betele, de negras mião de Góis, Chron. de D. Manuel, i,
e a destro e sestro V». Afonso de Albu- — cap. 41.
querque, Cartas, i, p. 408. 1572:
1516. —
"Ha ho qual betele nós cha-
mamos folio índio, que tem a folha como «Bem junto deHe um velbo reverente,

tanchage« 2. —
Duarte Barbosa, Livro,
Co'os giolhos no cbilo, de quando em quando
Lhe dava verde folha de herva ardente
p. 286. Que a seu costume estava ruminante».
1516. —
«i'olio índio he o betelle. O Camões, Liutíada», vn, 58.
milhor de qá he do reyno de Goa. Ver-
de, he substanciall, com avelaua índia, ou
. .

— «Quando o Rey, ou senhor quer


1577.
restituir a honra a algum dos flagellados,
dalhe betie, pano, cabaya, ou touca». —
areca, e com a call . . • Faz grandemente
digerir, conforta o cérebro, arreiga os den-
tes, que os homêes de qá, que ho comem Primor Honra, e 8 fl. u.

saara de oytenta anos, e tem todos os 1585. — «E ey por bem e mando que lhe
dentes gerallmente sem sejâo pagos seus ordenados pela renda de
betre desa cidade de Goa». — Carta Bé-
lhe falecer al-
gum». —
Tomé Pires, Carta a elrey, apud
in Archivo, 36.
Cardeal Saraiva, vi, p. 425. gia., iir, p.
1602. — «Mas achasse [acha-ae] que
,
foi
1525.— "Este betre he erva que híla
tem a folha como a folha de pimenta, ou a sempre tão continuada dos estrangeiros,
era da nossa terra, esta folha comem sem- que andaua entre elles por adajo, vamonos
pre». — Chronica de Bisnaga, p. 85. recrear ás frescas sombras de Goa, e a

1526. —
«Qualquer peão que for com re- gostar da doçura do seu betre». Diogo
cado que com[)rir a nosso serviço e arre- do Couto, Déc. IV, X, 4.

cadação de nossas rendas, dar-lhe-hão cada HJ13. — «Povoado


de Monancabos do
dia que lá estiver sem o despacharem, betre, planta aromática pêra
tratto de
duas medidas de arroz para seu comer e mastigar com mistura de cal, e areca pêra
hum real para betre«. Foral de — conservação do estômago». Manuel G. —
D. João III, in Archiro, v, p. 130. de Erédia, Declaraçam de Malaca, i\. 10.
1616. —
«Usam também dia e noite mas-
car Betei como fazem todos os índios».
• «A forma het{e)re explica-se perfeita- — Pyrard de Lavai, Viagem, u, p. 96.
mente. Suprimido que seja o e da segunda 1617. —
«Costumão trazer o Bettele,
sílaba de bétde, resulta betle. e ti è grupo que he hua folha como de hera, cujo sumo
de sons intolerável em português». Gon- — de qualidade he quente». Conquista de —
çalves Viana, Apostilas. Pegu, cap. 13.
2 Yule nota: « Folium indicum of drug- 1635. — «E
lhes offerecem logo sacrifí-
gists is, however, not òeíeí, but the wild cio de betre
e areca».- António Bo- —
cassia». carro, Déc. xiii, p. 151.
TM Tl! I 19ÍÍ III Tl- 1 i-

as ' .•/

tV.lha ,i.

]'
BETUNE 124 BI BI

tie (lérohée, ils font mourir un homnic» sal, semear aros, nem uivem de outra
e
(no Malabar). — Thevcuot, Voyayes, iii, cousa». —
Duarte Barbosa, Livro, p. 337.
p '2G7. 1894. —
«Tinham que tornear o arrozal
1G74 — «Betéle
os una planta cuj-as miasmatico, do meio do qual um misero
yon cal y areca, niaz-
liojas j)ulv(írizaclas betune, ocupado na plantação, erguia a
can y chiii>an Io» Índios para coiiacrvar los cabeça bronzeada e tonsa, com um gesto
dientes, tortalecer lo estômago, y induzir de espanto». —
Lopes de Mendonça, Os
la Vonus humana». —
Faria y Sousa, Asia Orphàos de Calecut, p. 191.
Portuffuesa, ii, p. 080.
ll!7(). —Nabab témoigna que notre
/«Le Bezoar. V. hazar.
compliment ne lui avoit pas d(''j)lu, et ajiros
qu'il nous eut fait presenter le Betié
BÍA, BIBLÁ. vSíío os nomes que,
nous ))rimc8 conge de lui et rentrâmcs conforme Lopes Mendes, se dao em
dans la Vilie». —
Tavernier, Voyages, m, Damão a uma árvore de madeira
p. 248.
{Pterocarpus marsupium, Roxb.),
1770. —
«Le betel est une plante qui
que em concani se chama ãsan ou
lanipe et qui grimpe comme le lierre.--
On ne peut pas se separer avcc bienséance pãle-ãsan (vid. assane), e em porlu-
pour quelque tema, sans se donner mutuel- guês, segundo D. G. Dalgado, ta-
lenient du betel dans une bourse: c'est
noma quino ou quino de Amboina.
un present de raniitié qui soulage I'ab-
sence. Personne n'oserait parler à son su-
Biá é do guz. hiyo, e hihlà do ma-
périeur, sans avoir la bouclie parfumée de rata-guz. biblã.
betel». —
liaynal, Histuire, i, p. IfiS.

«Biá ou biblá... arvore de
1782. —
«Le Betel est la feuille d'une
1886.
grandes dimensões, servindo a madeira
plante du genre du poivre: on la place au
para construcção dos madeiramentos das
pied d'un arbro, sur lequel il grimpe; la
casas, mas pouco apreciada por ser acces-
i'euille ressemble à cello du poivrier. On
la prepare avec de la noix d'Areque et un
sivcl á humidade'). — A índia Portuguesa,
11, p. 249.
peu de chaux brulée, faite de coquillages».
— Sonnerat, Voyages^ i, p. 48.
1898. — «A madeira é jfòrte e durável.

— A casca é adstringente. El d'esta arvore


1786. «Sono assai richi e commer-
cianti con pepe, con cardamomo, con Pacca
que se extrahe o kino no Canará». D. —
G. Dalgado, Flora, p. 57.
od Areca, cho è una noce Indica, la quale
serve di cibo agi' Indiani col Bettila, fo-
1886. —
«Pterocarpus marsupium, blo
glio aromático». —
Fra Paolino, Viaqgio,
or bib la. This tree is found only in large
forest tracts. To get at the leaves, an ex-
p. 76.
1860. — «In the chewing of the areca
cellent fodder, professional cattle breeders
often do great damage to the trees. Its
nut with its accompaniments of lime and
timber is valuable for building purposes,
betel, the native of Ceylon is uncons-
being second only to teak». Bombay Ga-
ciously applying a specific to correct the
zetteer, Botanical vol., p. 394.
defective qualities of his daily food. In . .

Ceylon, its use is mentioned as early as «BIBAS. Usa-se o termo em Ma-


the fifth century before Christ when «be-
cau, para designar as «nêsperas».
tel leaves» formed the present by a prin-
cess to her lover». —
Emerson Tennent, 1902. «0 dr. — Gomes da Silva divide
Ceylon, i, pp. 139 e 438. as fructas do sulda China:... «Astrin-
1908. —
«The name Betel or Betle is gentes marmello, bibas, vompite, guya-
:

Malayan [sic) in origin and simply means va» Segundo Debeaux, o nome de bl-
. . .

«a leaf», and came to English through the bass, dado pelos europeus, vem do chincz
Portuguese Betre». — Watt, The Com- Pi-po, pelo qual é conhecida a nespera,
mercial Products, p. 83. alem da designação mais vulgar de tsen-
pi-tzen. —
Ta-ssi-yang-kuó, II, iii, 3.
BETRAL. Plantação de hétele.
* BIBI (hindustani-persa hxbi). Se-
1604. — «Bosques
serrados de arecais, nhora, princesa muçulmana,
betrals, jaqueirais». —
Diogo do Couto,
— «A significação de Bibí he en-
Déc. V, vi", 4. 1330.
tro elles a forra». —
Ben-Batuta, Viagens,
* BÉTUNE (malaial. vettuvan). No- I, p. 343.

mo duma casta baixa do Malabar, 1563. —


«... e outro menor por nome
Melique Abrahemo, de outra sua mollier
que se ocupa em fabricar sal e em Chan de biby, irmãa de Nizamaluco». —
cultivar arroz. João de Barros, Déc. IV, vn, 2.
1612. —
«Recolheo no- seu navio o Cid
1516. —
«Ha nesta terá de Malabar Ali, e a Bebi (sic) com a sua fazenda. .

outra ley dos Gentios mais baixa ha que e ao Cid e Bebi mandou agazalhar e cor-
chamaom Betunes cujo oficio he fazer roo com elles muito bem. e a Bebi foi
.
.
BlÇÁ BICARNASINGA

presa pela Iu<|


HICHO DO MAU 126 BICO

* BICHARA. Consulta, confcrOncia; portugueses deram à holothuria e


iiit.rrogatório. Sânsc. vicJíãra, prác. que 08 franceses e os ingleses cor-
vic/nlr, Inchara. romperam em biche-de-iiier e bech-

1540. — «Se
ajuntarão todos em liuma -de-mer. Pesca-se principalmente nos
consulta, a que elles chaniílo bichara». mares da OcoAnia, e exporta-se, soco
— Fernão Pinto, Peregrinação, cap. 52. e fumado, para a Cliina, onde ó re-
«BICHO. F'igura o termo na lite- putado afrodisíaco e empregado na
ratura luso-indiana com o signiticado composição de muitos guisados e pe-
de «criado de pouca idade», como a tiscos.

palavra bo// em indo-inglOs. Linscho- 1840. — «Fornecem as suas praias gran-


tcn (1589) intercala algumas estam- de abundância e variedade de bicho do
píis coloridas na sua interessante
mar, que secco compram os Chinas por
bom preço para as suas iguarias». Ân- —
obra, com legendas portuguesas, en- naes Maritimos, p. 40.
tre as quais aparece a de bicho, que 1881. —
«A pesca é fácil [em Timor]
figura como pagem, no cortejo do quando espraia a maré, e apanham o bi-
fidalgo a cavalo ou em palanquim. cho do mar nas restingas e donde ha
pedras». —
José Vaquinhas, Timor, in Boi.
1629. — «Declaro
que um bicho por S. G. L., II, 740.
p.
nome Manuel que serve na Igreja aos pa- 1898. — «Bicho do mar. Holuthuria,
dres que serva oito annos, e depois lhe dei nome que os jiortuguezes deram e pelo
a sua liberdade». — In O Oriente Portu- qual é conhecido, se bem que alguns escri-
gucz, V, p. 27. tores inglezes lhe chamem «sea slugs». —
1764 —
"Paguei huma tanga quinze Joaquim Calado Cres[>o, Cousas da China,
reis, a quatro bichos (rapazes, termo an- p. 232.
tigo damanense) meyo dia para alimpar as 1900. —
«Bicho do mar. E uma es-
ruas e deitarem fora o eujow. —
Ihid., p. 99. pécie de Holothuria, chamada pelos ma-
laios Tripang, pelos chinezes (pelas suas
* BICHO DE PALMEIRAS. É o que se qualidades aphrodisiacas) hai-san, oxthoi-
cliama no ])ortuguOs de Goa «liarda», san, conforme os dialectos, e significa ^'Íh-
e tschãiú em concani —
Sciurus pal- -seng do mar, nome que os portuguezes pri-
mitivamente lhe deram. E do feitio d'uma
juarum.
enguia grossa, cujo comprimento chega a
1589. —
«Par ces mesmes arbres cou- dez pollegadas inglezas e a largura a duas;
rent certaines bestiolettes qu'ils nomment excedendo muitas vezes estas dimensões».
Bichos de Paimeíras, cest à dire — Ta-ssi-yang-kuó, de Abril.
bestioles de la Palme, semblables à des 1860. « — the preparation of the ho-
. . .

furets, ayant la queue comme celle de 1'es- luthuria, which are found on the coral po-
curien, le poil tacheté, lesqucUes on re- lypi, and are captured to be dried in the
cherche pour plaisir et passetemps». — sun, and exported to China under the name
Linschoten, Hiatoire, p. 86. 0Í tepang [trepang] and bicho de mar».
1658. —
«L'lndia non abonda d'alcun —Emerson Tenneut, Ceylon, ii, p. 5770.
aniniale piíi dei Palmerino Chiamasi 1908. —
«Bêche-de-mer. These .
.

perciò Pahncrini, perche nelle Palme hà edible sea-slugs are found on the coast of
il nido, I'origiue, I'abitatione, ed il pascolo, the Mediterranean, the Eastern Archipe-
nutrendosi delle foglie piíi tenere, e delli lago, Australia, Mauritius, Ceylon and
fiori delle medcsime». — Fr. Vincenzo Ma- Zanzibar, whence they are occasionally
ria, Viaggio, p. 413. brought to Bombay for re-export to China».
1674. —«Squirrels delicately streaked —Watt, The Commercial Products, p. 122.
White and Black, run about the House, and 1914. —
«Other exports are rattans and
on top of Terraces '. —
Fryer, East India, Crurgan oil, trepang bech-de-mer, tor-
r, p. 291. —
Nota do editor: "The pretty toise shells and edible birds' nests». —
palm, or common striped squirrel». The Modern Review, de Junho.
1690. — «Tertio. Auimalculum quoddam
forma Sciuri, malaice T^ipe [tupaij, Portu- BICO. Religioso budista, que vive
gallis Bicho de Palmeira». — Rum- de esmolas. Do páli bhikku sânsc. <
phius, Herbarium Amboinense, i, cap. 2. bliiksu; em siamês 7>í/iA7/m^ *. V. ta-
1823. —
«The Indian squirrel, which
lapão.
abounds in the park, is smaller than ours,
more of an ash colour, with two black and
* Domingos Vieira diz que bicar é «nome
white streaks down its back; and not only
lives in trees, but in the thatch of hou- dado aos penitentes indianos, que vivem
ses». — Heber, Narrative, i, p. 74. uús, e não cortam o cabello nem as bar-
bas». Nas linguas indianas bikhãr ou 6i-
* BICHO DO MAR. É o nome que os khãrl é simplesmente «mendigo».
BIGA 12' BILlMbIM

1M5.--1) acerdotp»] miivtos 1620. — «Ouvera um formam do Im|»c-


rador Mo-.^i i i.. "«-i' Vi^-c i- »••-
rt'no, o <i

Uiga»
rnáo l^itito, t*er«grina- de chàow. —U iihronitta de '4'Í9*uary, i,

pp. 60 e 61.
i:» pt>r t' I remos 188ti. —
«... tendo ca<Ia viga 20 bam-
Ullli'. roL^ras bus quadrados de 4 covados cada um». —
.1 [Uv » III Lopes Mendes, A índia Portuyueza, 11,
Si.*.. BIcos p. 244.
I
. . V, VÍ, 1. lt<lK). — «N'essa
aldeia as rondas cou.<?-
is another marvel per- tituem um
fundo, de que se tira a contri-
Bacsi, of whom I have buição, e o resto divide-se ]" ires,
a? kiiuvviug 8<>many eu- I'omo diríamos em (íoa, «m <• os
« hai iti;.. iit^ There are some among seu.s quinliíie.s por '
;.ia ou da
"

V Bacsi who are allowed by thfir bigha, unidade •! icolas de


nil»' to take wift s». — Marco Polo, i, —
extensão». .\ *
AinuHia Azevedo,
I'P l'J2 e I'l'.i - > Bakhshi, is t;<n"rally As Communiil t, p. 124.
1900. — chot] ai'ii;, i-M .,f
'-
viga
de terra de várzea com as r. - ter-
' ''' '
'S». — Ant<nji.. i- . .Muuiz,
. I, p. 168.
. _ ^ ii.>,uíil rfiit for rice-land
in Heugal. is two rupics a begahi or
. .

about twelve or fifteen shilliuL's an acre».


\ nil'. iA(./.,
i>.
;,t;,.
j
— Heber, Narrativey i, p. 88.
IT^-i* Bhikshu, ossia mendicanti, 1

olimosine». Fra Paolino, — I


BILIUBIM {IJunhce em indo-iiigl.).

l^>i. 1. pa-
Fruto de biilmbelro — Averrhoa bi-

en limbi, Linn. balhnbing. Usa- Do inal.


ou
- -80 o fruto na índia ])ara caril, achar^
r,nlk- balchõo e compota. V. carambola.
shus •uenan.
J hi i
1563. —
nChamase em canarim e cm de
• BICUNI Proira budista.
canim camariz ', e, em malaio, balimba». —
Garcia da Orta, Col. xii.
iJo pall bliikUhuiii sAnsc. bhikfuui. i
1782. —
<'Vê-se outra com o nome de
bimbiieiPO, que ordinariamente se dis-
I»õe c encontra na.s horta.'» jior causa do geti
fructo acido, sucoso, c^^vordcado, entrar na
bleu n is compoíiiçio; supre e excede o limão neste
asbl minÍ8t«-rio, pois não (u\ ndnba, mas elle
iiiii" » i.ii 1. .ii/-.' Ill que lhe 'rve de ! "
i i^ual-
». — I*. Luf» Fróis, Cartas ve para • •>
;

a ^íinja
)',
ti:i r.iir 'jia, e para .

'â'> itiDstciroa de mon- Fr. Clemente da li -, 11,

'Tendtiliim, Bllimblns, Melio,


:.....,,.,,„ ,. — F. N Xavier, U GabinHe Lit-
íerarin, 1, p. 24i».
is7 •.
..( I hilifVfUiivi .' . — fl 1 . • »•'•>
1 e», i''>n
in, tan I

•dloj»». — Fiirm y itr*


II, p 767.
Biconis oil P'
Inir ont d< nn
narlevoix, Jiiat. du do A<frirtiifnr, 11, p. 2lii.
1U(.>2 - "Aciíl.nn: laranj.-i, tangerina.
BIGA, viga (liindtist. b'tghã<.
ISC. viyra/ia). Afedida ""•••> da
d
dia, do variiivfl exton- or- actii.
me as regiOi's. (i'm i>u i/imi/ii*ti.
BINGiW 128 BIOMBO

Hmno, tamarindo, carambola, bilimbím». 1613. —


«... nas serras cristal, ouro,
— Ta-8íà-ijang-kuó, II, m, , .'i. ferro e binga, que é uma piçarra, que de-
lí)31. —
"Eodciii modo iiicolac condiunt pois de cozida se desfaz em tezes finas,
radices reoeutosZiíiziboriB, Galaiijíao, cum como de cabellos alvos e transparentes,
fnutibiis Manga, Caraml)ola, Biliing- como de vidro, de que se uza muito nos se-
bing, Curcuma». —
Bontius, llist. Natu- pulchros». —
P. Manuel Barradas, Hist.
raliti, p 9. Tragico-maritimU, n, p. 25.
1(558. —
«La pianta dei Bilimbio è ar-
bore mediocre grandezza, molto curiosa,
di BIOMBO. E bem conhecido o seu
c vaga alia vista, per onde nei Giardiui significado — tal)ique móvel, formado
riesce gioutamente d'vtilita, ed ornamen-
do caxilhos, ligado por dobradiças.
to». —
Fr. Vinccnzo Maria, Viaggio, p. 37.
1<K)8. — «The
fruits of the Bilimbi
Mas nem todos sabem a origem da
ripen about the middle of sunnncr and are palavra os lexicógrafos ignoram-na
;

used in pickles and curries. The flowers ou hesitam, havendo quem admita a
also are sometimes preserved». Watt, — hipótese da transição do termo por-
The Commercial Products, p. 98.
tuguês para o Oriente.
*BILVA (bot.). E o mesmo que Não pode, porém, haver nenhuma
cirifole. Do sâusc. hilva. dúvida, à vista dos testemunhos
abaixo aduzidos, que o étimo ó o
1912. —
«A importante efticacia de bil-
jap. hyôhu ou hióbu. Os nossos japo-
va na dysenteria ch'-ouica e diarrhea é bem
conhecida». — Caetano Gracias, Flora /Sa- nistas do século xvi escrevem uni-
grada, p. 25. formemente bebbu o explicam o seu
sentido somente pelo meado do sé-
* BIMO, bímão. Seguro de merca- ;

culo seguinte o fora do Japão ocorre


dorias exportadas ou importadas,
a variante biombo, o que indica que
dado pelos capitalistas de Diu; aposta
a nasalização se operou dentro do
que se fazia acerca do dia da che-
português, como em palanquim de
gada das embarcações, do tempo de-
corrido na viagem, da espécie da
pãlki, V. Contribuições.
carga, etc. Do guz. vimo ou vima, 1569. «Sem mais apelação, nem agrauo
«seguro». se derribassem logo todos os zaxiquis, e
camarás ricas deste mosteiro, e da mesma
1747. —
«O dolo que em Diu se praticou maneira que estauão com todos os beò-
muitas vezes no uzo dos seguros que ali bus (que são huns panos pintados que se
chanião Bimos, foi neste auno mais evi- dobrão) e painéis requissimos se tornassem
dente na desordenada viagem de uu\a,pala a armar, e fazer na fortaleza para o Ciihó-
carregada para Meca- e representaudo-
. .

me o dito Castelão que de se não haverem


cama». —
P. Luís Fróis, Cartas de Japão,
i, fl. 259.
estabelecido penas aos transgressores da «Neste primeiro andar da sala estauão
lei de 1G88 que deu forma aos ditos Bi- alguns quinze ou vinte laxequis com todos
mos, procedia ser frequente a transgres- 03 beòbus (qae são huns panos cosidos
são, me pareceu conveniente mandar for- em ouro) com todos os fechos e crauações
mar e publicar o alvará que faço presente
— de ouro puro». —
Id., i, fl. 272 v.
a V. Magestade». In O Oriente Portu- 1582. —
«Huns dos fauores que digo foi
guez. x[, p. 53. que tendo o Nobunânga feito huns panos
1904. —
nO jogo eratambém conhecido darmar da maneira que os senhores Japões
pela denominação de renda de bimo por usão, e são eutre elles de grande estima,
isso que a pedra de bimão, eminência so- os quaes chamão beòbus, que auia hum
bre a qual se construirá uma torre, cha- anno que os mandara fazer pelo mais in-
mada a torre de apostas, era em Diu o signe pintor que auia em Japào, e nelles
sitio onde estas se etfectuavam e onde se mandou pintar esta cidade nova com a
vigiava o apparecimeuto de navios... De- fortaleza. O 2)adre lhe mandou dizer
. .

terminou em portaria n.° 16 de 24 de abril quanto lhe contentarão os beÒbus, do


de 1856 que fossem abolidas as apostas em
— que Nabunânga ficou muito contente». —
]>iu». Jljid., pp. 404 e 406. P. Gaspar Coelho, ibid., n, fl. 39.
«Ficou sendo conhecida como Torre de 1585. —
«Estavão ricamente ornadas
Vymã, palavra que o barbarismo corrom- conforme a tapeçaria de Japão, que he de
peu em Bimá, Bimão, e Bimhão'.r>. — Beòbus dourados, com historias antigas
Ibid, p. 627. destes reinos e da China». —
P. Luís Fróis,
BINGA (sing. hJiinga). É o mesmo ibid., II, fl. 164.
1608. —
«Algus Bíobos da China, e Ja-
que ceilaniíe ou variedade azul de j

pão que foram os primeiros que tinhão en-


espinela, que se encontra em Ceilão.
I
trado na Persia, e como taes muyto esti-
BIRÓ 129 BlfiAO
BISCOHTíA 130 niSTE

1908. —
«The (iavr or Inãiq Bison of 1(173. —
«After which Torture they as
the hill foiets of the Indian Peninsula. slowly cut their Throats, till they Wave
Assam, Buiniii and the Malay Peninsula, finished a short Litany, which is the
ascending to altitudes of about (),0()(> foot». Priest's Office, if at hand otherwise the
— Watt, The Cf>nimercial Frodnctx, j). 733. Good Man of the House says Grace».
;


Fryer, Kasl India, i, p. 68. Nota: «No
*BISCOBRA (hindust. biskhoprã, animal, except fisli and locusts, is lawful
«concha de veneno»). E nra grande food unless it is slaughtered, according to
the Muhammedau law, by drawing the
lagarto da India, rei)utado muito pe-
knife across the throat, and cutting the
çonhento. J. L. Kiplin dá-lhe o no- windpipe, the carotid arteries, and the
me scientífico de Varanus dracaena. gullet, with the words bi'smi 'iltahi, Al-
O termo está admitido em inglês. lãJiu akhar, «In the name of God ; God is
great».
V. Glossário Anglo-indiano, 2.^ edi- —
1824. «As I mount my new elephant,
ção. the same sort of aèclamation of uBismillah!
1883. —
«But of all the things on earth Ullah Achar! Ullah Kureeu!» was made
that bite or sting, the palm belongs to the by the attendants, as I have heard by the
biscobra, a creature whose very name Nawab's of Dacca's arrival and departure».
seems to indicate that it is twice as bad — Heber, Narrative, i, p. 316.
as cobra. Though known by the terror of * BISSA (propriamente bixa). Raiz
its name to natives and Eui'opeans alike,
it has never been described in the Pro-
venenosa de Aconitura ferox, Wal-
ceedings of any learned Society, nor has it lich. Do liindust. bish < sânsc. visha,
yet received a scientific name».— In Glos- «veneno».
sary.
1563. — «Dizem que o espique he sus-
*BISMELA. E a expressão empre- peitoso na India porque delle se faz huma
gada por Gaspar Correia, no sen- poçam ou composição venenosa chamada
pisso, o qual pisso dizem que mata não tâo
tido de «cerimónia que fazem os mu-
somente per dentro, senam applicí^do por
çulmanos ao matar um animal para fora». — Garcia da Orta, Col. l. — «E muito
comer», do mesmo modo que os conhecida na índia uma droga extrema-
cristãos abençoam a sua comida. O mente venenosa, chamada hish, do sans-
sou editor nota «Nos Diccionarios krito visha, da qual parece que Christovão
:
da Costa fallou, dando-lhe o nome de bisa».
não se encontra esta palavra. Nem — Conde de Picalho.
tampouco em Castanheda, que no 1554. — «Entre les singularités que le
Liv. VIII, C. Liv, menciona o facto, consul de Florentins me montra, me feist
que les Árabes nom-
nem em Andrada, que o repetiu, gouster vne racine
ment Bisch: laquelle me causa si grande
supprimindo-a» .
chaleur en Ia bouche, qui me dura deux
Em árabe, hismillãh quere dizer iours, qu'il me sembloit y auoir du feu». —
«em nome de Deas»; é a invocação Pierre Belon, in Glossary.
geralmente usada pelos maometanos 1578. a —
Sândalos blancos y Atin-
. . .

car, y rayz de Bisa (que es vna rayz, que


ao principiarem qualquer acto. Bis- viene de las sierras de Bengala y Patane)
mil significa «sacrificado». y de las bojas de Bangue (que es vna yerua
1330. —
«Tendo-o visto comer daquelas
como lino canamó)». —
Cristóvão da Costa,
Tractado, p. 90.
aves, e extranhando-lhe o seu procedi-
mento, encheo-se de excessivo pejo, e me
18Õ5. —
«Bish Poison in general,
. '

but usually applied to a root used someti-


disse eu pensava, que elles as tinhâo de-
:

gollado». —
Ben-Batuta, Viagens, i, p. 338.
mes in medicine {aconitum ferox)» •^Wil- .

1536. —
«O Kao ao outro dia, por man-
son, Glossary.

«These roots are in India traded
1908.
dado d'ElRey, mandou ao capitão da for-
in under the name «Nepal Aconite»,
taleza corenta galinhas com as cabeças
cortadas, dizendo que forão mortas pêra
bish, bikh, etc.».— Watt, The Commer-
cial Products, p. 20.
ElRey cear hontem que chegara, e nom se
fez d'ellas comer pêra ElRey porque forão
BISTE. «Antiga moeda persa, de
mortas á maneira dos portugueses, sem o
bysmela, que lhe nom íizerão, que he cos- prata. (T. persa)». C. de Figueiredo.
tume dos mouros». —
Lendas, iii, p. 74G Em persa bisfi 6 derivado de bist,
1687. — ouue casado, que a petição
c<E «vinte», e quere dizer «vintena de
deste Mouro mandou hum cafre seu para
— dinares». Não dei fé do terrno nos
lhe matar a vaca, com suas ceremonias».
P. Fernão de Queiroz, Conquista de CeyJão, nossos indianistas ; mas ocorre em
|,.607. autores estrangeiros. Herbert (in
B0CAS8IM i:;i miPTAMR

Ghmmirij ,1a a UUteC o V;lK'. _! .

Fryer (in, p. 153) do- de roupa ou saco em que so en-


'
!*tree {^ w. '
trouxa». Mas Gaspar Correia re-
4 (iOitS. iVro-se-lli»' como termo conhecido;
- fa/.om 1 xti't. I III bittte talvez- o conlieccsse s«'»monte na ín-
.. 00 réis. dia durante a sua longa estada. Em
!??<>. — «Le double vaut onze dmirr:?.
indo-ingI»»s toma a palavra a forma
'»: simpirs oa les deux
'
<hmp, e em marata-concani,
Bisti Tontf-s ces •m.
(1 a!^. ;.; .-..lit !..|,,j, - _ ],. bisti «jili
fSt fli ..V.l'i'-.- ]'o>,',l>/fs, I,
1346. —
«Tendo vindo depois hum doê
n ir.T mancebos com huma baqxa, que he o len-
ço, tomoii-a o (litf) aubstitiito na suamJo...
• BIVA ,.,..,.. . '....,; '
i.ja baqxa tirou três f'/ .i de
(le qaatro cordas. jjura, outra de seda, e e a
• ..•;i.t de dcda». Bea-Batuta, — t 'agent,
n, p. 338.
^''"
. it'pre- 151Õ. n —
e hna vestimenta de cetim. . .

verde com seuastro.s de damasco vermelho


cò sii:.Iii;) o todoB .seus coDiprimeutos e toda
'

wd''. — \ cuoc'slau Jc Moraitj, />ai- h' rt'trod branco e vermelho for-


H, p. lU. bocasim vermelhou. —


lu Car-
BÓ (jap. bo). tas de A. de Albuquerque, iv, p 255.
Presbitério ou pe-

Hirdo i'onvtnto de budistas japone-


1536. —
«Os mais d'elles [naire-s] nom
tem mais que seus panos encachadoe,
sa. branqos, vermelhos, amarellog, que sâo tào
tezos como bocasym, que leuão derrador
1634. — «Havintres mil Bo ou mostei- de sy e nas cabeças». Lendas, iii, p. 765. —
•• Nabu- 1652.— «yue fardos de telas finas, e bro-
ifia da cados de três altos corrão praça do booa-
/,-/.. .•./ „,,j,f,. <tj,,i<i i,iiMi.\;ici Aires, F. Ohim, e calhamaço, não o crerá sensto
\f. Pinto e o Japão, p. 143.
Íuem o vio». P. António Vieira, Arte de —
'urtar, p. 449.
BOBINI. Blateau regista o vocá-
16í)5. — «Chamando hum criado, lhe
'^
<uino nome duma ave do mar da mandou trouxesse o seu Boxá [— bocsá]
1. E o mesmo que Grose deno- (he um lenço forte, e quadrado, que tem
em fita larga. Aqui metem o t
ins-
' do fato, e o amarrão de
ípido». .'

mu hum fardinho bem feito e


rei o termo nos nossos escritores. i ro)i». — Cosme da Guarda, Vida
1727 — «Bobinís I':. mar da
u. .v.«:,y, p. 112.

«... has hia Golden Headed
lixli.i. j.!c9
1675.
t.l -II! O tH<. se dei-
Colmit Iwliii.,) ).;<.. Miificontly carried,
ir com a mào». - lílulcau, 6'wp-
,

^vitli cli Bug Shoes


or r. /,,,' / ,,/;, ...
'
n--'hv •
».n
••8,
p. l.i.

iifiii .-*• ix'ulier


u, ils se lai.ssent
• BODIAME.búdico da K u iiuiut^
'

!'^r
tigueira r'Jigiosa oupimpolo (q. v»),
ni que 08 budistas veneram por crer
o seu fundador alcançou o su-
110 conhecimento quando estava

17. beiítiido A sombra do uma delias. Do


Two Jãriír MnTí". wlil.li the sing, bõdhil^iiu. acusntivu «Ii- hniUti
''
ne <páli hodhl.
r.
^a<ru/*tv, I, p. .
muitau
'•'til c»»-
BOCASSIM, bocaxim. '|ue
irl.'it.iv.i. l)uiiiin;.'os \'it'li . ^, iitftjí

no baixu lat. boccaetnui^


Io l
tiurtin» — .)«.i"i.. KàlMiirt», yutaltiittdt Histó-
rica, », «'np ir»
,,. ^^caci, mas observa que* se I
!•.- ylo
\k de origem oriental. Parece qoe por I.
lu-*
130FETA m noi

gar deputado, com brevidade, ç debaixo de 1637. — oLas mercadorias que llevan
hum Budiâme, aruoi-e, que adorão, lhes allá son sal amoníaco, azul íino, bofetás,
falou deste modo». —
P. Feruão de Quei- alfombras, passa de ubás, cuchillos, e otras
roz, Conquista de Ceylão, p. 2G9. minudencias». —
P. Semedo, Império de la
China, p 18.
BOÊM. Bluteau tem a seguinto ins- 1666. —
«C'est ou Ton fabrique ces Toi-
crição (no Supplemento, em 1727) les de Coton appellees Baftas, dout il se

«Boens. Palavra da índia. Sâo as fait un si grand debit dans les Indes». —
Thevenot, Voyages, n\, p. 18.
balizas das várzeas, que se poem 1670. —
«Boffetas, ou pieces de toile
para a divisão da terra repartida». qui se font aux environs de Surate, comme à
Informam-me de Goa [que, feita a Bronta, Baroche, líenusaiú et autres lieux
sont de 21 Cobits, étant crus, et étant
divisão das várzeas em glebas entre
vários cultivadores, se colocam duas
lave, de 20 Cobits». —
Tavernier, Voyages,
V, p. 200.
balizas nos dois extremos e no inter- 1707. —
«The Baroache Baftas are
valo se fincam pequenos paus de es- famous throughout all India, the country
producing the best Cotton in the World».
paço a espaço, para servirem de linha
— A Hamilton, in Glossary.
demarcatória, e que Osses paus se 1770. —
«Les toiles blanches de Brozia
denominam em concani hoylm, plural ei connues sous le nom de bafFetas. Com-

de boyém. Mas onde foi que o insigne me elles sont d'une finesse extreme, elles
servent pour le cafetun d'ete des Turcs et
lexicógrafo pescou o vocábulo ? Pre-
des Persans».— Raynal, Ilistoire, ii, p. 230.
sumo que o alcançou por informação
particular. Bogarim. V. Mogarim.

BOFETÁ (s. m.). Antigo tecido de BOÍ (ant.), boiá. vocábulo hoi ou
algodão («muito fino e muito tapa-
hoy, de origem indiana, acha- se em-
do», conforme Bluteau), fabricado
pregado pelos antigos portugueses
principalmente em Baroche, índia.
no sentido genérico de «homem que
exerce misteres baixos», como car-
Do persa hãfta (part, pass.), «teci-
regador, aguadeiro, e no especial de
do». «Nada 6 mais difícil, observam
com razão Yule & Burnell, do que «portador de palanquim e de som-
breiro». ISesta acepção, que unica-
achar aplicações inteligíveis da dis-
tinção entre as numerosas varieda- mente voga hoje em dia, usa-se na.
índia hoiá (não hóia, que não existe),
des de algodão, outrora exportadas
da índia para a Europa, ainda com que em concani é forma temática,
ipaior variedade de nomes».
representada pelo vocative hhôyã,
sondo hhôi o nominativo. Cf. hatcará
. 1601. — «Bofetás [hão de] ter vinte de batcar, «senhorio». /?oi só vigora
covaados de cumprido, e hum covado de
— actualmente em posposição ao nome
largura». Carta de lei, in Archivo, iv,
p. 743.
próprio, como «Joaquim hõi, Diogo
— «Canequis, bofetás, beyrames,
1602. hôi». V. aniale e cule.
sobagagis, e outras». — Diogo do Couto, O étimo da palavra é,conforme a
Déc. IV, I, 7.
história, o cone. bliôi, que também
«Tecelões das mais finas roupas que se
sabem no mundo, que são os bofetás de se encontra em outras línguas neo-
Baroche tão estimados». Jd., VI, iv, 7. — -áricas, como marata, guzarate, hin-
1611. —
«... hum godrim de seda, huns dustaui, oria. As
línguas dravídicas
bofetás e sucissesv. — Carta Régia, in
tem igualmente hõvi ou hôyi, que
Doc. da India, it, p. 39.
1635. — «E
outras miudezas de bofe- parece ligar-se a hhôi e designa uma
tás, esemelhantes cousas». António — casta de «porta-palanquins e ao
Bocarro, Déc. xni, p. 357. mesmo tempo pescadores». As pro-
1663. —
"E ainda pai-a as demais partes
fissões convertem-se geralmente em
do mundo se trazem as finas baetilhas,
rengos, bofetás, enrolados, e cachas». — castas na índia *. V. Glossário Anglo-

P. Manuel Godinho, Eelação, 56. p. indiano.


1589. — «On y [em Cambaia] beau-
fait
coup d'ouvrages de coton de diverses sor-
tes et de divers noms, conime caunequins, i'Tem-se pretendido relacionar etimo-
Boffetas, larins ». . . . —
Linschoten, His- logicamente o indo-inglês hoy, «fâmulo»,
PoirCyj). 19. com o inglês boy, «rapaz». Sabe-se porém
BOI 133

Acerca da prosódia portuguesa


ti«^ hot, h& divergOnein eutre os lexi-
c";,'! ,ifos. RlutHAU Voiabnlario) e
i

Hotliutt •
Porfufjaífi-
fninriiis; ,i /
; Cíiadido dt*

Figueiredo e Cíonçalvea Viana (Pà-


letras) preferem bói, para se diferen-
çar dí» M/. taninial»; em um e outro
oa- '>nbo. A meu ver,
a \ jia é òôf, em con-
eordAncif com a etimoloíjria e com a
proiiuncíaçilo I
indo-portuguesa. Os
vocábulos indianos bhòi e bô//i ou
bôvi sflo dissilAbicos a grafia bó?/ e;

bóyes, que ocorre no Tombo da ín-


dia j indica presumivelmente o mes-
mo, e nflo que o o 6 aberto.
Ocorre algumas vezes, moderna-
mente, boiazes como plural da pala-
vra, mas (jue na realidade é o plu-
rnl do plural boiàs, como poses, que
tambOm se ouvo ocasionalmente em
Goa, é plural de jn'ts. Mas é corru-
tela intolerável.
Na j)rovíncia de Salcete havia uma
comunidade ou associação denomi-
nada dos bois, que tinha o exclusivo
de vender o peixe nas praças e pelas
«A Communidade dos bois
:il(l"i.is:

se Ne considerar extincta desde a


lit

data do despacho da Junta de 11 de


Janeiro de 1843, e por isso se dei-
xou de arrecadar desde esta data os
respectivos foros ; conseguint(Mnente
he livre a todos a vendagem do peixe,
e nestes termos se oílicie ao admi-
nistrador do Concelho de Salcete».
Archive Port.-Orievtal, Suppl. 11,
p. '2M

est
BOI 134 BOIAO

1710. — «Neiu os que são boys, quo he che non a niente da fare colla lingua In-
o mesmo que acarretadores, podem ser ou- diana!!)». —
Fra Paolino, Viar/gio, p. 43.
rives, nem estes ferreiros». — Carla do 1810 —
"The palankeen bearers are
vice- rei, ibid., p. 10. called Bhois; and are remarkable for
1700. —
«Cento e trinta e três [tungasj strengtli and swiftness». —
Maria Gra-
brancas, um barganim e oito ieaes qnc pa- ham, in Glossary.
gam os bois que são os que carretam pa- 1878. —
«These are carried by four men,
lanquins e andores». —
Documento publi- calh'd boias, belonging either to the Ma-
cado no Heraldo, de 1 de Dezembro de hár, Kunhi or Si'ulra class». —
J. N. da
1915. Fonseca, /Sketch of Goa, p 34.
1778. — «Boyes de palanquim, Kákíír». 1825. —
«Instead of «Koce hue», who Is
— Gramática Jndostana, p. 86. there.-'their way of calling a servant is
1828. —
«Vigário de S. Lourenço de Li- boy, a corruption, 1 believe, of «bhaee»,
nhares para 4 boyazes do Santíssimo 330 brother». —
Ilebfir, Narratit'e,\i, p. 97.*
xerafàns». —
Joaíjuim Soares, I)vc. Com-
«BOIADA. Os dicionários dílo ao
yrohativos, p. 353.
1842. —
«Boiazes, que são conducto- vocábulo o significado de «manada
res das machilas, cadeirinhas, Dolys». — de bois» Na índia, ])orCui, por boiada
.

Annaes Maritirnns, p. 112. so entendo «recua de bois, que trans-


1846. —
«Os Boiás (Carretadores de portam carga era costais».
machilas á cabeça). Os Farazes (Carre-

. .

tadores de machilas aos hombros)». 1510. «Trazem estes suas iiicrcacidrias


F. N. Xavier, O Gabinete Litterorio, i, em nuiy grandes recouas de bois mansos,
p. 150. com snas albardas, como castelhanas, e em
1862. —
«Os Portuguezes diziam antiga- cima huas sacas compridas atrâuesadas,

mente com os naturaes Boy, tomando o sobre que caregaom suas mercadorias».
nominativo, mas hoje tem prevalecido en- Duarte Barbosa, Livro, p. 284.
tre elles o caso obliquo, e declinando a seu 1085. —
«O Rei de Cândia, como tinha
modo dizem em todos os casos do Singular, guerra comnosco, e só deste género neces-
Boyá, e em todos os casos do Plural, sitava, daqui com facilidade se provia
Boyás». — Cunha Rivara, em Pyrard. mandando de Dezembro até Abril boia-
— «Miiuitos depois desembarcáva-
1874. das de cinco e seis mil bois, e bufaros,
que vinhão carregados, e para sua guaida
mos sobre um tapete de relva, aonde nos
esperavam machillas e boíás». — Tomis alguma gente de guerra». —João Ribeiro,
Ribeiro, Jornadas, 34.
Fatalidade Histórica, i, cap. 22.
1880. — «Boiás ou
ii,

boiazes — Ho-
p.
1687. —
«Vão ali buscar sal, com boya-
das, e cáfilas de gente. Quando as terras
mens que se occupani em conduzir gente
estavão por nós, arrecadaua se de cada
nas machilas, em numero de 4, á cabeça ou
aos hombros». —
Lopes Mendes, A índia
carga de boy, seys bazarucns, e duas medi-
das de arroz». —
P. Fernão de Queiroz,
Portugneza, i, p. 60.
Conquista de Ceylão, p. 50.
1901. — «O transporte de pessoas fazia- 1747. —
«Franqueada a passagem come-
sf em machilas levadas aos hombros de çarão a concorrer em grande numero as
boiás». — José Pinheiro, Boi. S. G. L.,
boyadas, de que resultou aumento á fa-
XX, p. 7.
zenda real, e mais provimento aos habitan-
1909. — «Cada um dos atrumbins, bega- tes do Estado». —
Mouterroio Mascare-
rins, boiás e outros d'esta ordem, também nhas, Epanaphora Indica, iv, p. 34.
(devia pagar) •/? xerafim». — Amâncio Gra- 1749. —
«Deixou guarnecidos os dous
cias. Subsidias, p. 135. castellos de Asservem e Zarbem, que fran-
1653. —
«S'il se met en palanquin, il se queam o commercio das boiadas pela
fait porter par 4 ou 6 noirs de la terre parte dos "Gates». —
Apud Eduardo Bal-
libres ou esclaves, qu'ou appelle boias semão, Os Portvguezes no Oriente, iii,
ou boeufs (!)». —
Le Gouz de la Boullaye, p. 149.
Voi/ages. — «A roupa, e mais cousas, que
1774.
1073. — «Ambling after these a great vierem das Boiadas, e nas cabeças dos
pace, the Palankeen- Boys support them Begarins da Província de Salcete, Pondá,
four of them, two at eacli end of a Bam- e Zambaulim, e forem para fora, o seu di-
bu». —
Fryer, East India, i, p. 97. reito toca ao Coito do dito caminho». —
1782. —
«II est traverse par un bambou Collecção de Bandos, x, p. 20.
arque dans milieu, qui tient au palanquin,
et sur les bouts duquel se mettent cinq à BOIÃO. Vaso cilíndrico de barro
six porteurs qu'on appelle Boués». — vidrado. O Dice. Contemporâneo e o
Sonnerat, VoT/ages., i, p. 33. de Cândido de Figueiredo derivam
1786. —
«Questa lettiga è portata sopra
botão de «bojo». Gonçalves Viana
uno stagno da 6 uoniiui, che si chiamano
Kidi, cioê, facchini di giornata, e dagl" In- (Palestras), fundado em um passo
glesi ed altri Europei Boy, vocábulo, do Diogo do Couto, citado por Mo-
noj A( 135 HOM

laiiiOriii "> ii"iin' Miiiii X ....>


J'.»,.-.

giuáii . », p^TtlMUMMlteOU heus habitantes. Os nossos escrito-


ao inaluio but/oin/, «jarro, ran^irilo, res roferem-se à confederaçfto de
Mllm», ou a alfíuma das línguas mo- do/e hojòes.
nos^ !. bicas (la Indo-Ohina. E Jeró- 1G12. —«O Mogor mandou hum seu ca-
nimo Cardoso nflo o regista no sou pitilo com grande exercito a líengala e
tomou Siripur junto a Sundiva, omle
dicionário. Os nossos indianistas, })0-
t'»(lo

se fortitícou c lhe deram obediência os


rOm, iWlo o tem por novo o pere- doze Boiões». — Carta do rei, in Doc. da
grino, oenipregam-no em um sentido India, II, p. 226.
amplo, por «bilha, jarro, panola, chá- 163Õ. « —se veiu Philippe de Hrito
. . .

vena». Muita» das línguas indianas para a índia, dizendo a eirey de Arracào
que vinha buscar gente para o fazer im-
usam o vocábulo sob diversas for-
perador de todo Hengela, e dos Bojões,
mas, mas nílo como vernáculo. V. que eram doze senhores cada um de suas
]'tcab. Portugnêx. terras, ma.s unidos contra o rei Mogor, e o
fvfi. (h,
Mogo, e os mais seus inimigos». António —
i;, jK _ ,Sí'tins. damascos, e três bo-
Hocarro, Déc. xin, p. 131.
yões ar». — Fernão «Já neste tempo o Mogor tinha vencido
rint-, I os doze bujões do liengala, que são se-
«... snic" boyocs glandes de almís-
nhores d(í todas' terras do baixo que rega
car, que mandou retollicr». — Id., cap. 65.
o Ganges». Td p 440. —
15^81. — «FaztMii pouca contadas nossas 1«)14 .—«Hence all kings of living crea-
,

joy as, e pedraria, e por uma panela, ou tures in the southern regions are inaugu-
boyâo de barro ]>ara u.so do seu chá, se rated for the enjoyment of pleasures and
f..i tVvta por algum insigne official antipo,
called BhoJa, i. e. the enjoyer» (in .4íía-
dãiàn iMuitos mil cruzados, sendo a nosso reya lirTihmana). Dalai, Hist, of India, i, —
reapeyto cousas de riso, e de nenhum va- p.'252.
lor .El Hey de Buugo me mostrou hum
boyflo nuii pi't|ueuo de barro. o qual . .
* BOLUCHE. Castaniieda emprega
fl!'- me-mo .oiiiiMOu por nove mil taeisde
termo a respeito dos guzaratos da
prata, nu-' >.u> ].. rto de quatorze mil cru-
ilha do Bete, que preteriram morrer
zail'r.. f iia v.Miiade eu não dera por elle
tr, . i>».
1— .P. Valignauo, in Oriente Con- combatendo a entregar-se a Nuno da
<l'n.-t,i^n, II, IV, 2. Cunha, e aos quais Joílo de Barros
1.(1.,. _ nlluin bcyam da índia e hua
chama amoucos (q. v. Em árabe val- ).

j.allaiiu'ana grand.- Ima talha grande to- »•


Tomá.s Pires, J/a/eriac», lãj 6,
conforme Kazimirski, «aquele
do da Indiau.
in Hot >S. G. L., XVI, p. 729. que entra, que penetra frequente-
l(;it; — «NSo comiam se não de vinte e mente no interior e acometo com re-
(jiiatrn tin vinte e quatro horas huma pouca 8olu(^1o, com coragem», isto ó, ho-
dl' taiija, que se cosinhava em hum boyâO

d.' l'<';.'iiM. — Diogo do Couto, Déc. X, III,


mem corajoso e resoluto ; o vulújf
l.) ,
que p.i'vv. ^..r <. .'.t;.,i<> designa o
ji;.;:, - «Mando-lbe cozer arroz, c um acto.
pouu' de melaço, que se achou no fundo de
um boyâo». José de Cabreira, llint.— 1552. —
"Os mouros como estauRo deter-
r '
T. X, p. 49.
minados de morrerem antes oue se entre-
tambf pegado fogo no garem, fizerão setecentos deles os cerci-
,11 :. . .ih' cm
lavarcda traba- :
Ihos como clérigos, que assi ho costumSo
(juando se determinào de morrer: e estos
l),,Mi
(• latViV-
.. -

!
II, 111 _'f.n»'ia trazendo os ni(><;(>!<,
í>r»yÃOQ i|c agU.1 Vcpcti- SC chamío boluches, gente de feito». —
.1 da banda de
Histitria, viii, cap. .'50.
il.iiii. li'. ,
,

iti.a, lu -'- •'. I, II, 12.


«BOM
-

m.). Festa de lanterna>s


. .,
(s.

• BOJÁO (sAnsc. bhoja). K o título no .lai)Ao em honra dos antepassa-


(juo antigauMjnto tomavam alguns dos. Do jap. hon. O cambojano tam-
r.-^'nlos de HtMigala. Ait<uet/a /irá- bôm usa bítii no sentido •^«•lal de
hnniwt indica o HigniHcado du título, «festa», como hon nat
^'n/.i.|or, (b'siViitador», que »«• po- — «Outra tem
VMú. f<;sta a "lo

(li.i ;.|iHcar a todos os reis. liliojn c Bom, a «jual fazem ás alni., u.i

-i passados, cada aiiih« pelo mes do


\ .. ;i
1.' ,!ia'- lia I'M •!!!''. Cn.la Imin
1 «Km um boiAo de i*egu se cosiuhaTa
o arru/.u.
BO^^DARA 136 BONDUQUE
terias que cada hum pode». — Cartas de do malaiala bendikku, literalmente
Japão, t, fl. 92.
uteca branca», o emprega-se na ín-
1P04. —
«Seguidamente, de 13 a 15 (tam-
dia para designar mais de uma ár-
bém pelo antigo calendário) foi a festa dos
mortos, chamada Bom». —
Venceslau de vore de madeira. Bondara ou bon-
Morais, Cartas do Japão, ii, p. 170. dará 6 o nome guzarate [bandara ou
* BOMBAISTA (s. m.). Indivíduo de bandarã) de L. lanceolata, Wall., ou
Goa, quo grangoia a sua vida em microcarpá, Wight, o de L. parvl-
Bombaim. O termo ó muito usado na fiara, Roxb.
índia Portuguesa. 1908. — «It [bondaríi] is of considerable
1912. — «Egual
tratamento teve tam-
economic importance since the timber is
in demand for general purposes such as
bém um cozinheiro de Loutolim, bom-
baista de barbas sujas». O Ultramar, — house-posts, beams rafters, door and win-
dow frames, agricultural implements, carts
de 15 de Julho.
and boats». —
Watt, The Commercial Pro-
BOMBILIM. (cone. bombJl). Pequeno ducts, ]). 701.
peixe, ])arecido com pescadinha, %BONDI Carroça com-
(s. m.).
muito abundante em Bombaim, Da- prida,' em que ou
se acarreta feno
mão e várias outras partes. Sendo folhas para o gado em Goa. Do con-
seed, exporta-se para a Europa e cani-mar. bandl.
acha-se "k venda em Lisboa. Os in-
gleses chamam-lhe bummelo, e o seu 1 776. —
«Pasto de Gado que vier de fora
do Estado, que vulgarmente se chama
nome scientiíico é Harpodon nehe- Bondy». —
Collecção de Bandos, i, ]}. 17.
reus (do beng. nehare), Buch. Ha-
milton. BONDUQUE. «Planta leguminosa,
1727. — «Bambolim também he o no-
também conhecida por olho de gato.
me de hum peixe muito sadio da índia». — (Fr. bonduc)». C. de Figueiredo. De-
Bluteau, Sujrplemento. vic tem a seguinte inscrição: «Bon-
1900. —
«Talvez para provar iii situ os duc. Plante exotique aussi nommée
tradicionaes bombilins». Ismael Gra- — oiíl-de-chat ou C'est
(juilandine.
cias, in Prólogo k Historia de Damão (A.
F. Moniz) I, p. III. I'arabe bondouq, qui parait d'origine
1673. —
«... a great Fishing Town, pe- indienne. On le trouve en malais».
culiarly notable for a Fish called Bum- Os dicionários malaios que possuo
belo, the Sustenance of the Poorer sort,
— não o registam; nem eu conheço a
who live on them and Batty». Fryer,
East India, i, p. 173.
planta e o seu nome botânico. Na
1825. — «The sea abounds in excellent flora de Portugal, olho de gato é,
fish. The bumbelow, very much resem- conforme Pereira Coutinho, o nome
bling an eel in shape, is considered one of
vulgar de Anchusa seinpervirens,
the best, and great quantities are annually
dried for the Calcutta market». Em He- — Linn., da família das boragináceas.
ber, Narrative, ii, p. 165. Em hindustani banduq é «espin-
# BONCHORONE (s. m.). Pastagem
garda», do ár. bonduq, que origina-
em um oiteiro ou lugar inculto, na riamente designava, na sua forma
India. Do cone, vantsai-an, mar. van-
plural banãdiq, «avelãs», porás re-
charaiu sânsc. vanacharana. ceberem os árabes de Veneza, pas-
sando-se em seguida a designar «as
1832.— «Bonchoron (Pasto de Gado) balas» de espingarda, o depois a
de Bufala parida, a 1:4:15, e 1 .xerafim de
Vacca». —
Collecção de Batidos, i, p. 132.
mesma arma.
1841. —
«A pensão chamada Zacal jSu- Em inglês, por bonduc-nut se en-
pari se deve considerar extincta até ulte- tende a Caesalpínia bonducella, Fle-
rior determinação de Sua Magestade, e ming, «silva da praia» em português,
para sempre o imposto de Bochoron».
— Ibid., p. 206.
gãjri em concani. «A semente é tó-
nica e antiperiódica». D. G. Dalgado.
BONDARA. «Árvore de DaniRo (la- Se por analogia da bala com a noz
gerstroemia microcarpá), o mesmo se ampliou o significado, o termo
j

que a benteca da Guiné». O. de Fi- j


não ó de origem indiana. V. Glos-
gueiredo. A
palavra benteca ^vovêm. j
sary^ s. V. bundook.
noxito 131 HOXITO

!•/ :. _ «Bondoo on Bonduo et d<mrado«, xarcos. ... — P. Ferniode Quei-


t'oniluc I
' i.v. ii, 4T • ''• lo second roz, Conquista de ' >
'
Turc, «' ("e8 trois 1712. — «Na I I das .suas
mots -i escreve I..
»^i'ía:en8 . Francez,
< entre os dons '1 acha um
ft , :xe, a que os I'ortu 1 1 1 M bO-
*[

, de pierre. ou de plomb, de nito, que he hum tios


fi«^rt ii'iir tirer de I'arc, de que o mar pode dAr. M
I A 1
•u! ;i feu». Herbe- — dores, e tem azas semelhantes às de mor-
lol. lie. cego. Porem nXo se podem valer dollas,
senão quando sSo húmidas, e he a <

BONGDl. Está modernamonte em porque muitas vezes mergulhSo. No ;

uso na India Portuguesa Oste termo so parecem com arenques. As aves os per-
para designar o indivíduo quo faz os seguem no ar, e elles perseguem no mar as
despejos o outros serN'icos iTaixos, e aves, quando a elle se acolhem». Blu- —
tean.
quo pertence a uni-t '-'^t.. ..i.;.M«t .

1740. —
«Os bonitos são grossos cotno
Do hiudust. hhanifi. o atum, e sem escama a pelle he verde, e ;

1807 — «Os parias ou hompins [f>ic),


tâo liza, como o vidro; a cabeça aguda, e
nilo tem espinhas, mais que a do meyo, co-
que os despojos e outros misteres
fa/.f»m
idi'iitii caota completamento separada
"8,
mo o salmão: quando cozidos, equivoca o
df r<HÍasi». —
O Século, de 21 de Outubro. seu sabor, e cor com a de vitela, c he o
— P. Craa-
liMfi. —
«O cjae significa «pomada de mayor regalo dos navegantes».
Canil >ri'iu»ey rerguníe ao seu bongui». — set, Hist, da Igreja do Japão, n, p. 177.
— lieraldo, de 1 de Agosto. 1882. — «A
agulha, alvacora, arenque,
1917. • —
como qaem diz a um bon- . . .
badajo, barbo, bentelha, bexugo, bica, bi-
gui (o termo é deles) «toma conta daquilo». cuda, bodião, bonito» (peixes de Cabo
— .1 Terra, de 27 de Janeiro. Verde). —
liol. H. G. L., iii, p. 98.

19lK). —
«Também exportam [as Maldi-
BONITO. Espócio do atum Thyn- — vas] peixe salgado (bonitos, escreve He-
nus pelanufs, Day, da família scom- clus)». —
Gabriel Pereira, ibid., xvii, p. ','A6
brida. A primeira vista, parece que 1916. —
«No San Miguel vicranj 13 pas-
' port, bonito, como sageiros. A carga consta de algum •-
. . '

e varias mercadorias [)ara Lisboa, e a


1 Imite; mas Fr. Joílo caixotes de peixe bonito que deviau. ;. .

de iSousa deriva-o do Ar. bainito^ o de8embarca<lo tia Madeira». —O Século,


Skeat do ár. bai/nis, observando que de Dezembro.
a consoante final í^ a quarta letra do 1520. —
«Fu veduta vna piacceuole cac-
eia di pesce, delle quali ne erano tre sorti,
que os árabes pronutíciam
,
lunghi vn braccio, cioè orati. abacore, et
iugl. tJi em bot/i. Littré ti bonito». — Pigafetta, apud Hamúsio, i,

Adolfo por étimo o baixo


('o«'llio dflo fl. 305.
lat. boniton. Do/y n^o o menciona, e
15>^2. —
"Sonvi una sorte clie doman-
dano Bonitti, detti Pdamis vera seu
os nossos indianistis nJVo o explicam.
Thunnu» AiLitralis dal Rondelezio». F. —
<"> '
na ín- •
Sassetti, I.ettrrf. p 174.
<lia. ite: 1()15. — «Bonitõesand albicores aro
in colour, shape, and taste much alike to
<>r sua pescaria de Bo- Mackerils, but grow to be very large». —
nltos >
porque ha grande car- Terry in Glosaai-y.
rr;.'.!,-:!.. • para muitas partes». Ifi20. —
»C'est un noissou fort vi-
-- ( ,,,„> 19 roidc, I'ayaut veu eslancer sur quel
1 ;")•;.;
peixe «eocn. que Bonites, qui se sauvaient sur n
'
•. de pei- uauire». (iénóral Iteaulieu, Mémvire.s,
I. porque p 5
Ua«- KkU. -- nljuoniam pisces Bonitac .

par oati l.<usitaiiis. Iiuc (|ii<>riiii)' ad uxi'

• ••,
saras-.
'—
1", . ...-. liOlii-
Fr. .Io5<i dgs Sauttis,
-lint
p.
m-m-rn
72."
— i »>I|||IIS, //'

'Orirnf,,/
J.
82H. UUli. -
nO( thftso flort we " • '

liii*» II a ter tamanhfx coino store Myng from Bonetos ami


konltos ia««. — Pyrard dc La- : who were hunting them». Vs. ,
val, \'i'i:/'i>i. i, !• >>. .
India, p. 86.
Kl.sT _ ,. » j„.,^o he muyto e bom: Un- i 1760. —
«Nous ^tions environ k 80 ãé-
guados, salmoiietcs, curviuaa, bonitas, ;
grés de latitude, lonquc nous prtinct pin-
1J( >NZU !.'> BONZO

sicurs puissons npprllrs Bonites. 11» bónzu se relaciono com o sánsc. van-
sont. (le lii graiuk'ur diiii Saiimoii, mais
dija, «venerável», aplicado ao cloro
l>liis ('-pais. Ce sont les l*ortug:us qui les
nut ainsi iiommós, Bonito signiiiant dans de Buda, em nepali bandhya, e em
Icur langage quejque chos« d'excellaut». tibetano bandhe ou bands. O jap.
— Grose, Voyage, p. 7. bonsõ quere dizer «religioso ordiná-
1782. — i-Et voiit à Aclifni traiter des
rio ignoraí^te. Os antigos escrito-
ou
bonites sah'ics fort comumus dans cett€
contróe» (Maldivas). —
Souuerat, Voyages, reschamam talapòes aos bonzos de
II, p. 92. Brama (Birmânia), de Sião e de
1916. - «Probably a bonito (a fish ot Pegu. Fernão Pinto menciona rolins,
the mackrel family) at its best could move talegrepos como
(jrepos, menifjrepos v,
for some distance at forty miles an hour».
— Tit-Bits, dc 5 de Fevereiro. vários graus dos religiosos.

BONVORO. Insecto quo perfura ár- 1545. —


«Os Bonzos (que são os seus
sacerdotes) nos faz ião bom agasalho, por-
vores, ospocialmeuto paii'i.'iivi^ n-i
que toda esta gente do Japão he natural-
índia. Do cone, bhonvar. mente muyto inclinada, e eonversavel». —
1886. — «Alóm dessas doenriis (jnc ;n-u- Fernão Pinto, Peregrinação, cap. 134.
mettem as palmeiras pela raiz, estão ellas 1554. —
«Todo o trabalho que os padres
ainda sujeitas a outras produzidas no stipe, e irmãos tiuerem, ha de vir por parte dos
e sSo os ferimentos, as contusões e a per- sacerdotes desta terra (que em liugoa de
furação longitudinal feita pela larva, de- Japão chamão Bonzos)». Cartas de —
nominada pelos indígenas rantó, e pelo in- Japão, I, fl. 25. ^
secto chamado bomôro [leia-se bonvÔ7-o], 1578. — «Para tratar da conversão
se
que fere tanto o stipe da palmeira, como dos Japões, assim Bonzos, como seculares,
as suas spadices. Será o coleóptero Lo-
. .
e dos mais estados das gentes destas par-
richtas Bh/nocdroa, que sob o nome vulgar tes, se requereria como de necessidade
faz na índia Portugueza iguaes estragos absoluta tratarse primeiro do clima da
áquelles que faz no Coromandel?». Lo- — terra,» etc. —
P. Luís Fróis, apnd Cristó-
pes Mendes, A índia Portugueza, p. 184. vão* Aires, Fernão Atendes Pinto e o Japão,
p. 107.
BONZO. Nome do religioso budista
«Por esta causa aborrecem aos Bôzos
no Japão e na China. Francês e ingl. \Douzo8, p. 113 et alibi] desta terra posto
banze. Os nossos missionários do que exteriormente llie facão muita honra».
Japão extendem a denominação aos — Id., p. 114.

sacerdotes do xintoismo, que propria-


1584. — «Esteve o Padre deste modo
cm Xan Kim seis ânuos, o qual por andar
mente se chamam canuxis, q. v. BON- em abito de bonzo, que são os sacerdotes
ZARIA é a «colectividade de bonzos». dos ídolos da China, gente mui baixa e
S. Francisco Xavier também se re- —
vil...». P. Sabatino de Ursis, P. Matheus
Bicci, p. 20.
fere a BÓNZIAS (em Macau bonzas)
XVI. — «Estes japões tem duas manei-
«freiras budistas». BONZEIRO é «ami- ras de casas de deuoção e estas casas tem
go dos bonzos». padres que vyuem dentro e cada huu tem
O vocábulo é de origem japónica, sua cela onde dorme e tem seus lyuros e
bózu, correspondente ao chinês fa7i-
chaiiião lhe bonzes». Manuscrito pu- —
blicado no Instituto, vol. liv, p. 60.
-seng, «pessoa religiosa», ow fã-sze, 1600. —
«Nam lhe dando pêra isso os
«mestre da lei» *. E possível que seus Bonzos (que sam ein Japam os mi-
nistros dos Ídolos) ». P. Lucena, His-
. . . —
toria da Vida, v, cap. 19.
1 «De lá (do Japão) troussemos os se- 1614. —
«Elles [imperadores do JapãoJ
seguintes nomes: «biombo» [bióbuouhióm- confirmão os seus Bonzos, que são os
òm), «bonzo» (bónzu ou bónyu)». Gonçalves mestres da sua religião. Cada rito des- . .

Viana, Palestras. —
Julga este filólogo que tes tem seus pregadores, e defensores, a
bonzo e biombo provêm imediatamente das que chamão Bonzos, e trazem sinaes das
formas dialectais bónzu e biómbu. Mas não suas opiniões, para serem conhecidos». —
consta que existam em japonês semelhan- Diogo do Couto, Déc. viu, 12.
tcri formas, e a nasal jjodia desenvolver se 1668. —
«Dizem entrou também h5 Ve-
ua boca dos portugueses, como aconteceu, lho grande Bonzeiro avô do Eey que go-
sem dúvida, com biombo, q. v. Quanto a verna e foi com os demais comprehendi-
:

bonzo, o Padre Luís Fróis, muito compe- dos no crime de Rebelião». In Ta-ssi- —
tente no assunto, escreve mais de uma vez yang-kuó, I, ii, 12.
Bonzos, e para que não houvesse ambigui- 1687. — «Nenhôa guerra
nos fazem es-
dade com respeito a u por n, ortografa em tes Bonzos [da China], porque não são
;um passo Bôzos. V. infra. aqui estimados, como no Japão, nem são
l{<>N/,<» liOKNIM

mas ponto de-^nroaivol, e bayxn, (eorres|K>udeu estos a Arcebispos y Obi^-


Bonzo». —
{

uh'x graiio so faz F. pos) a (]»•" ' P^-rcrla» - '


• '

'• (Queiroz, f^ontpiista de Cvylào, Faria y ^ m, p. 770.


ItíTíí. ,
- •

li'.M ~ «0 mexiuo passou no JapSo. |


ronnó par los Bonzes, qui í!'>ut
it I.-; I'fiK il.> III loi, il ue iant p. . .,.. ..

lartó de la Lune». ^— Taver-


., V, p. i.
— «Nous
.. .

- i*. les [canuxisj von


Autonio Vieirft, Aarter 1754.
|

sonvent. prendre tons indirt'iron,' . . ;


;

lit' - <.08 S:ii-.rii<>te9 do JnpSo sei sous lo noin gc^neriqiie de Bonzes la ilt'--
.11', Bonzos: >-: iK.mi- In- idinmum fonso d(;s C'amia ot des FotoqucK contre los
Cbrótioijs». P. de Charlevoix, Hist, dit —
.JajM)n, I, p. 201.
I
.,, ,u. — l\ Crasucl, Uitt. da Igreja do Ja- «Ia's Talapoin.s dc Siam, les Lamas do.
y. ' . I,p. «I. Tartaric, et ce que les Europóeus appel-
ISj.) - O império, lent Bonzes
à la Chine ct au .lapon, sout
.In -.n!.
I,

_i
|i;,iiito
t.. ]...!• bonxos, cahiudos-
iia parte
les siuccsst'ura des Disoiplos de X'lca». —

; i I

.t parto do norte, nas mãos Id.y 2iy. — Nota


p. «On ne sçait pas :

não nuMios subtnottida a I'origine de ce nom, dont il paroit los I'or-


Icioi. Jo^tí luá- — tugais .se sont servis los preuiicrs".

p. 202.
1770. «On no pormet pas aux Bon-
.,

1^41 - «U.-, bonzos são os \y<


zes da I
CliinaJ de fonder sur les dognios
poita do F<> f'M/t'!;i ciiio os ind-'
íhs paia iiití-
lie
j)ar
lours
ofinsoquont d'en
devoirs dc la morale, ot
.ifctt's les
'! — •
i* ., ,

ual, Histoire, 1, p. 95.


' t caridade».
—U r>Vf raim, p. l-jl. «BORA boro (iiiarata hhaiCi, m.t,
1874. — «Os templos de Shiba haviam
" (couc. hhavò). capacidade Medida áy^
ulto do r>i
con tf a I '
para secos, equivalente a quatro con-
bunzus «f'<s toram sub.>tirui<i'is ji.iMS dis. Tamb»^m se emprega o vocábulo
bonzos '//..'ÓAo. —
I*edr<» G. .Mesiúer, O como sliiúniiuo de «carga».
)
~
templos em que se pratica 17H0. — «Abatida a parte pertencente
,. . cli.TTr '> -' '• '• "- -" .líi ( 'ii] ti v.iilnr. 1)11 Siirio. so fobrava a ra-
bonzos, Boró ou Borá1

,
'
lUimlog, I, p 272.
17t«íS. — «Por
cada bora de 8al, que
,

for carregado nos Hoys. meio xeratim». . .

— «i*or cada boró de liatte. que for com-


prado polo .Mercador de fora de Província,
meio xerafim». Ibíd pp. 44 e 46. — ,

•luiUIlliltl >

p. 121.
• BORDONEL ^ji^Tsa bãrbardãr). Al-
lí>lí' aiihi de- mocr«'vo, na IVMsia.
ill Ja-
t

tutur si 152!}. — «E logo o «eguinte dia alutrnov


lUC aut pi.-ril»ll. \ o.sci . .
. liuru bopdonel cliamado i
>

in .Ih|i<.iií;i Bonziorum o pela nossa aliuinTovf. qui


caminho». — Aiit<'tnio 'reuroini. rim-r-ni ,

cap 34.

BORNIM. Mod ida do capacidade em


\ i \ ilKll Caiiaiinr. no l^Ialabar. I)o malaiala
-
Bon- bhavani, «grande vasoi.
'
Bon-
nia mui- 1554. — «K hum bornym, que Ih- n»o-
dtda de (• " .... I

' I iitti •
illO tóuio Nu;
Rnnr!. . ,... , ai 1511.
ui Japâo).— 1'. MaflToi, gill d«-
'

,:iiit I iiL <


. .

ib-'.). -I'. Vfi>n»o do

Bonzii vo- qunti '


b jc.ys
Ml, p.
".).'».
toiga, Jini; ii.il .!.

ucu Timdo9 \
1 JUSTE AR 140 iJUTlCA

# BORODO (concani-marata harad). BOTICA. Na acepção de «loja,


Terreno alto o pedregoso, que só mercearia», ó termo antiquado em
servo para semear leí^umes, no Con- Portugal, mas corrente ua Ásia
cho. Portuguesa. BOTIQUEIRO é «lojista,
1780. — «Uas rMiiici.i.<;ii.i.- il<» Borod, merceeiro»; botic/ceer ewi indo-inglOs,
que quer dizer o terreno de semear legu- agora o])8oleto.
mes. .». — Collecção de liandos, r, p. 272.
1890. — «Em todas as coinmuuidades os 1516. —
«Também a gente da terra fa-
visiulios levam o gado para os outeiros du- zião boticas, em que vendião cousaB de
rante as chuvas, e depois das colheitas comer muy abastadamente». — Gaspar
para as várzeas, mas os outeiros susceptí- Correia, Lendas, i, p. 624.
veis de cultura, bharoda, também se ar- 1534. —
«Onde a gente da terra acodio
rendam por licitação. A
cultura de bha- com cousas de comer a vender, em que se
roda é um afolhamento de 3 a 6 annos fez bazar, e botiqueiros canarys, e
ficando a terra outros tantos annos de pou- começou a creeer pouoação». Id., iii, —
sio». — Antóniode Almeida Azevedo, As p. 586.
Communidades de Goa, p. 97. 1554. —
«E a Kenda d'outras buticas,
1905. —«... os [terrenos] da cultura de onde se vendem sedas, chamalotes, panos
legumes denominados bOPOdas». Er- — de portuga!, porcelana e outras miudeza»».
nesto Fernandes, Índia 1'oríugueza, p. 103. — Simão Botelho, Tombo, p. 51.
É
1559. —
«E vos mando que faeaes aven-
BOSTEAR, V.muito usado
t.
cas com todos os botiqueiros e pessoas
Oste verbo na índia Portuguesa, no que quizerem ter boticas, e vender as
sentido de «barrar com bosta, em- cousas pertencentes á dita renda».. Pro- —
visão de D. Constatitino, in Archive, v,
bostar». Narra Diogo do Couto
p. 420.
(Déc. V, VI, 4) que, indo de Goa 1567. — «Não entrarão nestes rpis bu-
para Chaul por terra, com dois ou tiqueiros da^ minhas rendas, nem fisi-
três companheiros, os brâmanes, em quos». —
Carta de lei do vice-rei D. Antão
cujas varandas se agasalliavam, «de- de Noronha, ibid., iv, p. 69.
1567. — «Os botiqueiros não tenham
pois que nos yamos faziíío muy gran- as buticas apertas nos dias de festa,
des purificaçnens, lauandosso com senão depois da missa da terça». — Decreto
muitas cerimonias, e emhostando as do concíUo de Goa.
varandas, como se foraàios feridos 1619. — «Cada Butiqueiro paga da
sua Botica
doze barganins brancos e oito
de algum mal contagioso» *. Até se leaes de direitos». —
Regimento de N. V.
chama hosteadeira à mulher que hos- Castello Branco.
teia, assim como se diz piladeira a 1630. —
«Darão licença pello modo nella
declai'ado pêra ficarem nesta cidade. os
quo pila o bate ou arroz. Entre os . .

botiqueiros, que lhes parecerem neces-


cristãos é simples acto económico de sários, com alguns servidores». Archive —
limpeza do chão mas entre os hin-
; Port. -Oriental., v," p. 1396.
dus tem signilicaçao litúrgica, sendo 1645. —
«Hum Soldado dos nossos Cas-

telhanos querendo comprar de hum China


a vaca e as suas excreções consi-
butiqueiro, sobre o preço se descompo-
deradas sagradas. zerão». — Apud Fr. Jacinto de Deus, Fer-
1687. — «O pauimento bosteado; e irei, p. 143.
este he o leyto, e colchão de toda a gente 1697. — «Fecharão as logeas, ou, como
ordinária; e os mais ricos hua esteyra, ou dizem na índia, boticas das sedas, e
manta de burel». —
P. Fernão de Queiroz, mantimentos». — P. Francisco de Sousa,
Conquista de Ceylão, p. 65. Oriente Conquistado, I, i, 2.

1736. — «Nos dias dos partos de suas 1699. — «Temo.s alimpado as ruas, reco-
mulheres, nem antes, nem depois d'elles lhido os pobres, visitado os Boticários, e
com respeito aos mesmos partos, se não examinado suas mezinhas, castigado aos
bosteie o logar da casa, em que o parto Butiqueiros, e emendado a falta do
tiver sido ou houver de ser. Que mor- . .
pezo do i)ão». —
Fr. Agostinho de Santa
rendo alguma pessoa, se não bosteie o Maria, Historia, p. 207.
logar ou casa em que uiorrern. Edital — 1727. —
«Butiqueiro. Em
Goa, e ou-
da Inquisição de Goa, apvd Lopes Mendes, tras Cidades da índia Oriental, Buti-
A Lídia Portugueza, i, p. 256. queiro he tendeiro porque os Portugue-
zes da índia chanião Butica à loja, ou
tenda. Em
Goa, Butiqueiros vendem
«Manchão os seus aposentos e as suas
^
toda a casta de comestíveis, e também me-
paredes com as suas bostas». — Ben-Ba- zinhas, tabaco, etc.», —
Bluteau, iSupple-
tuta (1334), Viagens, ii, p. 66. menio:
WYTO iVH'Oll

1ãS7._.F*ço »Hl>or aos Botlquefros. I


1727. — «Bottos- 'IVrino da India. S3o
^r^ . oou(r..e^ • ' '
'• .... -^......i:.....- n.,
-i . u — (

«Botiqueiros «m homoti-
'
w .Viiritimog (18-tó), p. 11.-.
'botica: l>i/-M' •III ;.'t'ral de plemento.
, em quu esteja t'azouda a
.
1747. —
«Rernlli.rarii s.' .is fiuna.-». que
\. 11 !. r . 1 N. Xarier, O Uabinete LitU- entraram no i feito
nellas mais li" ^r al-
,

iL^um Gado, e prisionar dons Botos, ou


Sacerdotes gentios, que foram achados em
I, pagará 1:3:00». — CoUecçào de hum Pagode». —
Monterroio Mascarenhas,
I, p. 10. JtJpatiapfiora Indica, iv, p. 81.
i^' - .!> T' i :: -'t.l.s boticas, 1842. —
"Estes por^m o.stentam que da
sua ciasse eram os bottos, ou ministros
da sua religião». Annaet Maritimoê, —
p. 431.
.\ <Ji\'..:- . I, j. .>lo. 1849. — «Ordeno ao mesmo Boto ou
!''!J —
levado preso urn .l;iiuli(in foi aos Mazaiies do mesmo Pagode, que nSo
i '
iro por nome Ixmnddò». O Ul- — mais repitam procedimento tão vergonhoso,
12 de Fevereiro. que devo cohibir»». ColUcçâo de liando», —
ii'i.j «... e al).'uns — de 1
"
u, p. 203.
Salcêtc, botiqueiros, p ou 1850. —
«Botos. São Padres entre os
ijurcfii'S.. Heraido, de i;.> m- i'lzem- — Gentios, e Servidores dos Pagodesu. F. —
N. Xavier, O Ciabinete Litttrario, iv, p. 260.
1874. —
«Um botto (sacerdote) se na-
BOTO. bôtto (pi. botos, bóttos). Sa- morou d'uma lianes, moca viuva de notá-
certlotr- hindu. Do cone. bhat < sánsc. — vel formosura, e a levou de casa dos seus».
hhafta, «brâmane letrado» *. Con- Tomás Ribeiro, Jornadas, ii, p. 21.
iam 1886. —
«... seguidamente o botto ou
'
< os l)ríii: cri-
sacerdote gentio, que leva um curo». Lo- —
da ca- rdotal, pes Mendes, A índia Porttiffueza, i, p. 53.
iit lu todos estão hal)ilitados a exer- 1890. —
O bhoto molhou as flores, col-
cer o ministério. locoo-as em linha, e revelou que se calússe
primeiro a segunda flor da terceira co-
1587 — «K-rrPMfo qup no rio d<> Bar- iiuuua a alevautina era a mulher de Vi-
chnu» —
Antiiuio de Almeida Azevedo, i4s
Commuuidadeg de (íon, p .^M.
Boto, át-uhur deliu». -
1893. — «Houve lar-
11 ArrhivOf i, p. 91. o nosso arcebispo [D. i

nesta Cidade pellos foi de parcer que de neuJuunii torto se lhes


Oca muit4>8 gentios, devia permittir aquella linha, tofise ou não
iiisj Jogtiiê, pregadore» da (le nobreza, ij
'
-

- Cjuarto Concilio de Goa, - botos eoni :

i' Casimiro tie Na/.ait tn, Mi-


• Botos be casta de huma fancu. in liol. S. G. L., xii,p. 492.
1 .,.,.., ..v,...ii..,.,.;., emiio a
1
' . quando tentam de
vitas, à '

pra' 1 outros crimes con-



'
buius ' '1^)0. —
Oliveira
iha.H, Ati lire», p. 155.
..;,,_ «O ill,;,..,,,.. ..,,rt pre-/-'" '"T
^ •. — 1'. Francisco de um bhatta <ie Hengula, e d<'i
nKt-nl,. I. ,. 2. .
primeiro i»ela índia nieridional». ... -.
i i<i< í mar •yaug-km, II, 111, 6.
l;. . . . II" -trU- 1^12. « —
provar ao nn-snio tempo
rouê, BottOSf vli .". — .4rcAitv>, que esse não «th bÔtto brahma- i

p \^(> IH'... n /A,.,,'"'", .!,. I

V"-
f ,, Botto U".-- ^.•a^a-
i an •
:> all
.i-<erv>ir na.H «iia^ ttrrnn \V..i •
hl-
:itius.. — Ibid., p. 27
I

dia,
,

ii, p. lul.

«BOTOR. -«X' í»* de


'
A geminação de representa,
t como j

Sf .1*.
'
fíírinljííH (ju»'
em outros casos, o (
.

cacuniiual <I" •'•«i"".

proferido nurmaluieote na India. Do muiaio-jav. bvlor.


liOUNSUiy» 14: noxÁ
1(">U{. — «Outro gonero de granos bot- ram algumas teri;i« ii,'ii;i ,» iM.<cn
tôrcs, favas, e legiuiHíS cozidos o tcnipe-
radiis a seu modo (.om quo o vulgo ao, ali-
estado da índia.
iiK'uta». —
Manuel Gr. do Ei(''dia, I teclara- 1728.— «0 lugar em qu(t se faz este
r 1111 (ir. Malaca^ W. 1!>. lavatório he de Naroá, terra de Sar-Des-

* 60UÇ0. ^rupo de
Corjtoraçflo ou
say Fondu Saunto Bou nsu ló». — Ca)7a
do vic<!-rei, in Archivo, Su])pl. ii, p. 12í{.
ciiltivadoros dos campos da coniu- 1741.^«Todas as communidades das
niilade agrícola de Goa. Do coiicaui- Aldeãs da Província de Jiardez se tem ha-
iiiar. bhuãs, que })ropriamento signi- vido nesta guerra dos Bounsuiós, que
em invasões consecutivas a destruirão. ».
lica «iriiião, parente próximo».
.

— Ibid., p. 461.
.

1825. —
«Todos cultivadores formavam 1741. — «O mesmo rio lhes facilitava
lUTia corporação, como já disse, chamada os soccorros,que lhes podião introduzir os
bouço, e esta fazia todas as despezas Bounsuiós». —
D. José Barbosa, Epi-
jirecisas para a conservação dos camjios». tome da Vida, p. 78.
— informação do Tauadav-mór das Ilhas, ^ 1744.

«A força do pirata Augriá vos
a2)ud António de Almeida Azevedo, As não deve dar menos cuidado do que as
Commimidadcs de Goa, p. 89. « dos Bounsuiós e Marattas, porque unido
1852. — «Bouço — associação forçada com os Melondins, e também com os mes-
de arrendatários ou colonos duma casana, mos Marattas e Bounsuiós, que uns e
sujeita às disposições que regulam as com- outros tem já bastante numero de galeo-
niuuidades; compete-lhe conservar, repa- tos e algumas palias, infestão continua-
rar e vigiar os valiados, portaes e represas mente toda aquella costa». O Chronista —
da casana, perceber a receita e pagar a de Tissnary, ii, p. 184.
despesa que houver». F. N.Xavier, Bos- — 1745. —
«Sendo antigo dicterio entre os
qnrjo Histórico (2.* ed.), iri, p. 51. Portuguczes, que bastava hum para dez
ISfiõ. —
oV. s.' se serviu de escrever- Bonsulós, elle o converteu hyperbolica-
me, incluindo uma co])ia da denominada monte, dizendo, que bastava hum Bon-
resposta do bouço da communidade da suló, para cem Portuguczes». Monter- —
aldêa de Neurá o grande... ordenou que o roio Mascarenhas, Epanaphora Indica, ii,
bouço ordenasse seus empregados, como p. 9.
lhe convier». —
F. N. Xavier (filho), Col- 1795. — «Para o bom êxito da guerra
lecção de Leis, p. 2. contra o Bounsuló, manda que se diga
1857. —
«Em regra os arrematadores nas missas a oração pro tempore beUi». —
das várzeas das communidades são mem- P. Casimiro de Nazareth, Mitras Lusita-
bros do bouço e os colonos seus represen- nas, XV, p. 468.
tantes». —
Id., p. 28. 1845. «Eram—
vassallos do Boun-

.

1880. «... cumprindo ao governador suló, dominante de ura pequeno territó-


geral em conselho fixar... a escriptura- rio, confinante com os nossos estados, a
ção, contabilidade e systema de arrecada- Norte e a Leste delles». —
Annaes Mariti-
ção da receita, as obrigações dos bouçoS'). mos, p. 251.
— Decreto, apud Eduardo Balsemão, Os 1849. — vem da província de
«Elle [rio]
Porlvyuezes no Oriente, a, p. 208. Ussapá, nos domínios do Bounsuló». —
1915. —
«Um antigo costume, que ainda Joaquim Soares, Bosquejo das Possessões
subsiste em algumas povoações rurais, é o Porttiguczas, i, p. 17.
mandarem os bouços
(associações de la- 1850. —
«Bounsuló. He appellido de
vradores) celebrar no dia 24 missas reza- Quemá Sauuto, 1.» Dominante de Pragana
das ou cantadas em louvor do santo «. Cudale ou Saunto-Varim. . . origem dos
Ismael Gracias, A índia, p. 167. Dominantes Bounsuiós». — F. N. Xa-
vier, O Gabinete Litterario, iv, p 260.
* BOUNSULÓ
(cone. Bhomsló, mar. 1874 :

Bhoslã ou Bhomslã). Apelido de Si- «Nobre orgulho dos maratlias,


^
vaji, fundador do império mtirata, tentação dos BuuiisiiIóm!»
usado também por outros dominan- Tomás Ribeiro, Jornadas, ii,^. 08.

tes da mesma raça *. Os nossos escri- 1886. — «A


província de Peruem, ou-
tr'ora dominada por Bounsuló, foi sub-
tores empregam-no em particular meítída ás armas portuguezas em 1788».
com respeito aos régulos de Savant- — Lopes Mendes, A índia Portugueza, i,
vadi sua gente de armas), que
(e p. 224.
mais de uma vez invadiram o terri- 1890. —
«As repetidas invasões mara-
thas e as inquietações dos Bonsulós,
tório português, e dos quaes passa-
dessais de Savant-vadi, bem depressa o
demonstraram —
António de Almeida
».

«The name is derived from the village


1
Azevedo, As Communidades de Goa, p. 4.
Bhosawat near the Bhosa fort, in Bom-
ba^'». — Crook, em Fryer, ii, p. 60. BOXÁ. «Pequena mala, usada en-
IlIÍAF/llACA M!ÍAÍÍ>ÍA

'• -r- '•• '

(
.!•• ftocangíi
1 que ii <-
lia lru\ t:i de^ta
'. 1 _
I :iril.il'i I, ,,. U;,'.,/, ,» tem
BRABAR. natural do Mi 1.1.1 hu
^' '
,i»ar. Dij malaial.i vyiipãri<C •ma
ha propia rnis ou outra •rte pe-'
••. Vjfupãrl. V. chatim. çonna». Duarte Harli — 2.'ed.K

^''
1516.
'
— «Ha tambeDi neste regno de
p. 311.
1554 :
'utra loy de gente [caata] que
Br abar es que saom mercado- • No reyno de Deli hn
'"• - '• '"•';», e asy ho
uru w
iifçeiras hmi- J"
......i». — Duarte n
(2* rd.), !>. yâ2. qt
i>r>abares, que são os
"lies do Malabar». — }ie fracto
com que se a peçonha açude*.
mai eotiniado
Of Orpfulos dr ('ale
itt, j). yii. Á margem: «Ha rnis se éhaiua Ba(arafaa, o
ha fruota mirabexi'.
BRACALáU. i:.iiijtre;,'a bornào ^íen- Qiirciii do Rísende, HUctllanea, fl. 150.

l»« 'ill to o termo com relaçáo a


I
BRAHMA, Brahmá. Na teologia
O! e à Cliiiía. iio sentido de «alto
indo-árica os dois termos são muito
tiiriot, talvtv. «ministro ou con-
distintos, sendo o primeiro neutro e
•iro de ostadof. Conjecturo que
o segundo masculino, Brahma ou
••^to do siara. boromo, «pre-
Brahman é nos hinos rigvédicos o
rial » i* fcruino, ministro »
,
nomo da «fórmula sagrada, da ora-
\ ver Autos, farças, jogos, ção omnipotente», que produzia o
!:.!os, que efeito ex opere operate e dominava
Bra- 03 próprios elementos. Paulatina-
1 !t M ) . '1 >ii i
•• u .

'i e
re8, <• t'.',; t'r-
mente a oraç.lo foi-se apoteosando,
-f " rica .WH ».i.. dar e Brahma tornou-se, na época rigo-
sv (ua China). — rosamente brahmanica, o Supremo
S^'r impessoal, a Única Realidade, o
lanto o Rey [de SiameJ
•iiiiios «<'>in«Mití>, orde- Universo, de que a alma individual
Bracalões do é uma parcela, uma fagulha, sendo

— Jbid., cap. 164.


i; nu iiiTiv t<i.-,.sf tu- o r»^sto mera ilusílo — inãyã *.
tora».
A ahsorçfto em Brahman 6 a su-

'
^
baçaraga. A jul- prema aspiraçílo heatítíoa do filósofo
-iadt's íjue dois etj- ortodoxo, e o nielo <le a alcançar ó
nmionnis atribuem à árvore
les a couvicçílo íntima e inabalável da
seu fruto, paret-e (juc se trata identidade da alma própria com a
líftM (q, V.) on Antiaris toxica- alma uuiversal, Atman, por meio de
se vO nas lín- constante e profunda contemplaçilo :

III nome qu»í »e tad team tw/ tu és aqujlo. «Om ^


- rnelhe ao portugut^s ; o comum est son nom mysti<iue, tad sa dési-
suufti; Watt menciona outm "M.ttiou pbilosophí(|ue, «af son appli-
• ktintxit, alli, jazútjri, amu,' 'Q pratique». Sylvaiu Lé\*i, Im

. *i\ . 1 lo
f 1 1 ande Ene '
'>•.

e usa-K' i e Brahi.ui vo masculino de (:

i; l'a/(Mn-8e saccos de casca brahman) ó o primoiro niembro <la


Irimurti (q. v.), ou trindade hiudu,
ia casca coin > se O deus criador, a hipóstaso ou per-
ra pn

i as».
. Lisboa,
I).

ii;i
'


cuja
Ha
l geful Plants, p. Í2i^

ncKt.l
raiit
ttTfíi
cbau)a4>iu
'I)«'lil

Braechi<
li
Kui b !.• ãUr '1
BRAHMA 144 BRAHMA

soiilticaçjlo (lo 7?ra7í?nan ^impessoal. ao estudo e ao ensino». —


Lopes Mendes,
O seu uome nao ocorre nos Vedas, A índia Poriugueza, ii, p. 36.
190(). —
«Et c'est une preuve terrible
onde o criador é conhecido por Pra- que d'entrevoir, même de bièn loin et de
jãpati, «senhor das criaturas», ou bien ba.s, Brahm I'absolu qui reside au
])or llimiiyogarhlia, «ôvo de ouro». fond de Tabíme obscur; le dieu sans rap-
port concevable avec I'univers manifeste*,
O culto de Braluníi nílo ó popular Brahm, resscntiellement ineffable, Celui
na índia, e raro ó o tenii)lo que qui est au dolíi de toute pensée, dont rien
lhe soja exclusivameute dedicado *. ue peut étre dit, et qui ne s'expresse que
V. Dow son, A Classical Dictionary par le silence». —
Pierre Loti, L'Inde,
p. 456.
e La Grande Encyclopédie^.
— «O quinto que gouerua a terra, BRAHAMANAS (sAnsc. hrUhmana)
1G12.
Brahemá, e sua uiolher, Exarasuadi
s. m. védicos, verda-
pi. S?to rituais

[Sarasvatí]. Estes ciuco dizem que gouer- deiras enciclopédias religiosas e os


nào toda a cousa <;riada: mas aos três primeiros espécimes de prosa da fa-
delles adorão como deoses, que são Bra- mília indo-europeia. Tiram o seu
hemá, Bisnú, e Eudra, què são os regen- nome de hrahman, «palavra sagra-
tes da terra, agoa, e fogo: porque vm
cria, outro augnieuta, e outro consume, e da», na sua acepção primitiva, e tem
porque são a causa da geração, criação, e por objectivo ensinar a aplicação das
corrupsão de tudo». —
Diogo do Couto, fórmulas védicas, mantras, às ceri-
Dec. V, VI, 4.
1687. —
«E estes mesmos [Brahma, Vi- mónias do sacrifício. Cada um dos
xnu e Xiva] confessando que forãoliomeus, quatro Vedas tem um ou mais Brá-
dizem, que nem cada hum deles, nem todos hmanas.
três juntos são Deos; mas que este se cha-
ma Paramã Bruma; e alem deste, que 1883. —
«... e a litteratura critica
liâ 330 milhões de Deoses». —
P. Fernão d'estes Vedas (os Bráhmanas, as Upa-
de Queiroz, Conquista de Ceylào, p. 62. nixadas, os /iS'ú<í-as)».— Vasconcelos Abreu,
1837. —
«Ha ahi duas seitas priucijjaes :
Chrestomathia, p. 200.
a de Brama, e deBudda: segundo a pri- BRÂHMANE, brácmane ou brágmane
meira, existem três intelligeucias —a crea-
dora, a conservadora, e a destructora — (ant.), brâmane ou brâmene (mais
que reveste de corpo, dando-lhe os nomes usado), brâmíne, brame, m. e
f. (tam-

de Brame, Visnu e Siva. — O Pano- bém brâmana ou


brâmina). Individuo
rama, de 8 de Julho. da casta sacerdotal hindu sacerdote
1874. —
«Brahma, tu creaste a minha
brahmfinico. Nesta última acepção
;

casta d'um hálito da tua bocca sacrosanta».


— Tomás Ribeiro, Jornadas, ii, p. 3Q5. usa-so comumente em Goa a palavra
1883. —
«A Alma-Universal ou Atman boto. Do sânsc. brãhniana. O c e g
é Brahma ou Brahman (n., th[ema]
de brácmane e brágmane são em sub-
Brahman, e em com[posiçãoj ou no nom.
Brahmaj». —
Vasconcelos Abreu, Ckresto- stituição do h de bráhmane. Os auto-
mathia, p. 382. res gregos e latinos escrevem o vo-
1886. —
«Os brahmanes derivados da cábulo com eh ou c. Os franceses
cabeça de Brahma, symbolo da íciencia, chamam hracmanes aos brâmanes
são considerados superiores a todos os de-
mais homens, e destinados ao sacerdócio, antigos, mencionados pelos autores
clássicos, e brames aos modernos.
1 «Em toda a índia ha muitos templos O Padre Fernáo de QueiroE faz
alevantados a todos os idolos como já dis- análoga distinção «Tanto que dis-
:

semos, someute ao Brahema não ha vm só:


tinguir Brâmanes de Bragmânes, eui-
sendo ao que elles atribuem o gouerno da
terra, e isto he por que lhe tem elles vsur- tará todas estas confusões, e enten-
pado o seu lugar e honra, porque dizem derá, que Majestanes [Megásthenes],
que descendem delle«. —
Diogo do Couto, Estrabo, e S. Jerónimo, falão de
Déc. V, VI, 4.
2 O Padre Fernão de Queiroz distingue
Bragmânes, e não de Brâmanes, e
Bruma e Brama, mas sem clara idea da que Damião de Gois se equiuocou
diferença «Quanto mais, que nas Pura- por mal informado». Conquista de
:

nas, mais lhe chamão Bruma., que Brama, Ceylâo, p.l34.


e assim falão os Bramenes mais apurados;
Raros eram os reis da índia per-
e se quer que seja o mesmo Bramadeu,
tudo reduz a principies alheos de toda a tencentes à casta dos brâmanes ;
uerdade», —
Conquista de Ccylão, p. 131. ^as quasi todos os soberanos oB
liHAUXfA 1 IT) BRAIIMA

titih.w.. 1"" i iM 1 1 v':^ dores de sua gentilidade». — Lei de D. Se-


bajitiSo, iu Archivo, v, p. 38i>.
V. castas, boto c guru.
ii.>tro8.
l.")63. —
«A j)ortH <-staua hum seo brâ-
1338. — «V'i a mulker de hum cafre dos
mane, que são como geos clérigos». —
*' '
Ga.-ipar ('nrr.iii. T.imla», i, p. 88.
I "T'Ta e niontada, a m
a, e OS cafres. in<l
látiíj os quaes os Brâma-
-ps, • tr< r ' •
nes -à' por {çera(;ão, t- delles
>

itadá de main nobreu, e ou-


ates,
.- — Ik'U
«I'l^

lJal..>... , ...v".o. ...


-». —
Damião de Gói.s, Chro-
uku .ie. li. Manuel, i, cap. 42.
,(0 — „n T?..; fiin .1,1 "Uteres, e !
1572
por dez '

RritM«a#i inin os sens religiosos


Ui umanes». I
Nome nntigo, o de granfle preminencia:
- A .1 ai.ral, cap. 13.
Observam os preceitos tio fumosos
<
Dhum que primeiro pos nome á ciência».
1 3ramlnes i.'io como Camdes, Lutiadat, vu, 10.
• nr r. I, >
hoDiens
ri nil cargo 1577 — «...
iuda que antre Gentios ha

i I

dar csniolasa. Bragmanes, que he sua gente uubre, e


p. Wl. I uutra." maneiras de Religioso» a que se tem
''•'< 1daalem, respeito conio nós temos aos nossos Pa-
— Primor Honra,
,

. ! ;. .
- r> : j.or mos- dres». t fl. 8.
tr:4 .layumius; e cles eram
ilf ÍIX rei c
I

IGOÍí. — "Em todas as terras da índia


bramenas» AUaro Vaz, in Cartas de — j

habitam muitas castas e nações de gen-


A. de Albiujuerque. ni, p. 264. tios; entre os quaes os brâmanes sto
I.T<'6 *Ort brahmanea s5o couio — mais honradog. e nvllior ír«>i)te. jtorfpie s5o
vida e por sua santidade '
. como sa»' dedicados ao .

mulher del rei, e por isso serviç/> (I loâo de Sousa,


nuo seu sobrinho mais Ethiopia ijritur'K, n, j). m^).
saber o filho ser de rei Sabida a sua tenção pelo
• bramane-
ijtunrnaiit;"
. lu fíol. H. G. L., XTII, — mor do pagode, que reside n'elle como
p 'AiWt. bispo entre os gentios. . .». — Id., p. 309.
''"' - "E me mandava mnitas vezes 1612. — "A segunda casta he dos Brag-
- meos bramenes no e uujiin, manes, ainda que querem preceder
elles
,. ...juo». — Carla de Cochim,
d'» rei aos f.'.fi,... ..,*[ comopel-
pelo' sacerdócio,
in < artoM de A. de Albuquerque, iv, laá 1 re o que antre elles ha tan-
p -U tas (,.. que antre os nossos doutores,
.,

l.il". — «Aípiv ha outra ley cie Gentios, .sobre (jual precede se as armas, se as le-
I
;"iii Bramenes, inif i'litrc (des tras. E porque tem feito crer aos sim-
. .

ples, que (pie(n adora a vm Bagmane,


o faz ao Brahemó, lhes vierão a ter ta-
manha veneração, como ao mesmo idoloo.
— Diogo fio Couto, D«^c. V, VI, 4.
'<: bramint) iii<>r li-uu ustM «Os Brâmanes de Goa tomarão à sua
/i «ora hun coco e arros C conta fazei '•rii liinna i^iiti'. que foi limadas
li— íloresl», (JhroHÍca de Itisnnga, — mais ferir di-llas tomou -•

106. o nome, <


Bramana».
•Sempn* n inil — M, VII, ii, 1

tbramenes, — • . . . acompanhado de seus Regedores,


1' id I.'•:;;**). p. t.í*. Caimae». e /'anu arii, e apar delli
- «Os Gancarfã po<ler2n dar chãoH os Bragmanes, que ^lin ott im
i-u. — y./, D.C. VII, X, t»
Os Brâmanes i«ão uma raça
í«;in»r. :iii laragmune ! H mai.> i
' '

da e
ivio, e ao [torttuo. :»<( r. »• i.i de toilii de>

ai de D. Juio III, in Art-m'", >, Ilirí t* iiin.t iii.»i> iiiii;ii>9]i


. anciã <la .sua lei-. — 1'yrard
it;i7 • ntra em casa
^ Sacerdotes».

II "i nnci-rJo ot
riti. II. p p Bragmanr; to-
l.'.'T Bramcnos >3" tmns
I

.1.., ..-t. > . n . to-


i ex-
itru
Ú*)é'
J55y a brâmanes, prega- j
de Çrylão. p
ÍV
imAiwiA 146 BRAHMA
1695. —
«Nuo matar vaca, he de cinco das fornias rituaes, vem a dar origem á
preceitos que tem, o terceiro, sendo o pri- casta sacerdotal, os brahmanes». — —
meiro e segundo não matar Ôracmane A Ordem, de 14 de Março.
(são 08 seus padres) nem mulher". Cos- — A. C. 335. —
«Nearco fala assim dos so-
me da Guarda, Vida de Seragi/y j). 104. fistas:os Brachmanes vivem nas ci-
1697. —«Os Brâmanes sam os mais dades, e acompanham o.s reis e são seus
nobres de todos, e tem por officio, segundo conselheiros •, outros porém contemplam o
a disposição das suas leys antigas, dar, e que pertence à natureza» Estrabão, xv. . —
pedir esmola, aprender, e ensinar a ley, A. C. 330. —
«Aristóbulo diz que viu em
fazer o sacrifício, o assistir a elle, e em Táxila dois sofistas, ambos Brachma-
huma palavra, vem a ser como os Levitas nes, o mais velho rapado, o mais novo
entre as Tribus de Israel». —
P. Francisco com cabeleira». — Id.
de Sousa, Oriente Conquistado, I, i, 1. A. C. 300. —
«Faz [Megástenes] tam-
1699. —
"Somente se haviao recebido bém outra divisão dos filósofos, distinguin-
quatro molheres Bramenas para Con- do-os em dois géneros, um dos quais se
versas, que lie a casta mais nobre, que ha chama Brachmanes e o outro Garmanes
entre os naturaes da índia». Fr, Agos-— [Sarmanes], sendo superiores os Brach-
tinho de Santa Maria, Historia, p. 225. manes aos outros, por serem as suas or-
1721. — «Estimauão aos Bracmanes denações mais,consentílneas». Id. —
pela Casta mais nobre, e pelos homens c. 200. —
«E verdade que os Brach-
mais letrados, que ha, nem pôde hauer no manes não comem nenhum animal, nem
mundo, e que só elles podem ensinar a ley, bebem vinho. Desprezam a morte, e não

. .

e o caminho do Ceo, e da salvação». Fer- apreciam a vida; crêem porém que há re-
não de Brito, Hist, do Ven. João de Brito, generação» (transmigração). Clemente —
p. 30. Alexandrino, StrZmatun, lib. 3.
1746. —«Concede a conservação de seus IV. —
<'Brachmani a nonnullis G^^-
pagodes, bottos, bragmanes, e seus ri- nosophistae, a quibusdam Philosophi, seu
tos e costumes». —
Apud Júlio Biker, Col- Sapientes Indorum appellantnr. Habitant
lecção de Tratados, vi, p. 267. juxta Gangem, fluvium totius Indiae maxi-
1750. —
«Falleceu Xáu Rajá o anno pas- mum». Santo Ambrósio, Tractatus Brach-
sado ; Nana que, pelo seu poder, podia su- manorum.
bir ao throno, oppunha-se a isto ser da IV. —
«Com quanto a nação doa índios
Casta Bragmane, que, segundo o seu esteja dividida em muitas partes, há entre
rito, o exclue desta alta prerogativa». — eles uma espécie de sábios, que os gregos
Jbid., p. 307. costumam nomear gymnosofistas. Ha duas
1843. — "Os
bracmanes, ou bra- classes deles: uma dos Brachmanes e
mas, reconhecem um Deus Supremo, e outra dos Samaneus. Os Brachmanes
adoram muitos deuses da segunda ordem». admitem tal sabedoria divina por sucessão
— José Inácio de Andrade, Cartas, i, p. 31. da linha, do mesmo modo que o sacerdó-
1866. — «Os brahamanes são uma cio». — Porfírio, De Abstinentia, lib. 4.
dynastia e uma casta. Brahma é o sol, e os — «Les Philosophes Indiens
545. qu'on
brahamanes os seus raios. Os braha- appelle Brachmanes, dizent que Ton si

manes sahirão da bocca de Deus, como tiroit un cordeau depuis Tsin iusques en
o mais puro dos seus verbos, e os sudras Grece, il passeroit iustement par le mi-
nasceram dos seus pés, como o mais vil lieu du monde». —
Cosmas Indicopleustes,
pó». — Francisco L. Gomes, Os Brahama- Belations, t, p. 22.
nes, p. 23. 1298. — «Et essendovi in questo coifo
1883. —
"O Samorim revogara a sen- pesei grandi chVccideriano i piscatori [de
tença a rogos do seu bramane-mór e pérolas però i mercanti conducon' alcuni
I,

do seu vedor da Fazenda». —


Bulhão Pato, Incantatori d'vna sorte di Bramini, quali
Portvguezes na índia, p. 21. per arte diabólica sanno constringere, et
1878. «O Yajiirveda (Taittiriya-sãohitá) stupefare i pesei». Marco Polo, apud —
diz positivamente que os brahmanes Ramúsio, ii, fl. 53.
são os deuses visiveis na terra. E o Chata- 1444. —
«In questa isola [Ceilão] è vn
patha-Bráhmana diz que ha duas espécies lago, in mezzo del quale è posta vna città
de deuses, os deuses e os brahmanes. regale, che circonda tre miglia, che non
Mais tarde o brahmane é dotado do po- se governa da altri, se non da certe genti,
der de fazer cair do alto sólio aos deuses, che discendono dalla stirpe di Bramani,
mesmo ao maior dos deuses, Indra'). — quali sono reputati per i piu sauij che
i

Vasconcellos Abreu, Investigações, p. 37. altre persoue, percio che non attendono ad
181Õ. — «Desiguam-se com relação a altro tutto il tempo delia lor vita che agli
castas,em brâmanes (chamando-se a studij delia philosophia, et son molto de-
mulher em português, brâmina)». — He- diti air astrologia, et alia vita civile». —
raldo, de 14 de Novembro. Nicolo di Conti, ihid., i, íl. 339.
1916. — «O culto védico é naturalista e 1544.* —
oGens est in his locis ex nu-
paLfiarcal mais tarde as familias onde
; mero Ethnicorum, quam illi Brachma-
WBie completo se mantinha o conhecimento nes vocant. Hi Deoram cultum ac super-
BHAHMA BRAHMA
-titionem tttentnr, templa eorum colunt, di Graci.i li Brahmani di>ir Indie, si
" lit. Nihil illis perver- III»; iH'l Mondo, cbe
-». — S. Francisco Xa- iiti li |)iu dotti, e
I, 14. iii'>r:iii di'ii iMii'iiir j )i ({ticHti lu; parla
these is ther a peo- Kiisebio, Santo Agostinlio, I'linio, Stra-
.1 manes, whicho (as iMino. niolti altri Scritori sacri, e profani,
>• wrote unt'i .\loxan- ci-ltibrando con particolarc stinia Ic niolte
, .... .. ,
..<• and .<«implc lifo, led (>s8)<.rtiaMZo morali, nolle quali, guidati da
Mitli no likerous Iu.-<tos of other mounos 8ol ]inn(i natiiralc si esercitarono.— Fr. Vin-
vanities». —
\V. Wakoman, in Glns»ary. cenzo Maria, Vlnijgin, p. 2G8.
157h —
«Kl qual bano os de procepto a 1G73. — «At the Head were tlie Brach-
!- Braqmanes, y Baneanes, y a todo mines, tlie ancient GymnosophÍ8t« out ;

in dia comcn sin lauar of whom branched their Priests, Physi-


rpo primoro». Cris- — cians, and their learned Men». Fryer, —
da < osta, Jraclado, p. 206. Kast India, i, p. 82.
'•2. — «In quosta citta jC<>cliimj sono 1676. —
«La premiere Caste est celle
aKiiiii BraminI, quali sono à modo i des Bramins, qui .>;ont lea successeur»
n -tri i br" ^aoordoti, o hanno autorità dí des anriiMLs Brachmanes,
ou Philoso-
:ite tutte Ic doune». G. — phes dos Indcs, qui s'etudioient particu-
rt 137. lièrement íi TAstrologie-. — Tavernier,
1j>.ò. — u Ira tutti piú vaglti sono una i Vo}/n<fe8, IV, p. U)t>.
razza ohe doniandano Brameni, de' 1G85. oBrachiTianae. Xon Philo-
/.iouo Plinio, cho, trattando sophorum rnodo generis, ot sectae nomen
: oricntali. dice: amito ami- id fuit, sed et goutis ditt'nsi.ssimae». —
Bracmanes: i (piali Joannes Harduinus, em Plínio, vi, 21.
r.'putati i>iu nobili e i
lOyõ. —
aliarahemah: les Brachma-
.lori •
inlelligonti di tutti gli
1 piii nes, premiere Tribu des ludiens, de la-
. —
F. Sassetti, apud Gubernatis, qiielle sont tons les gens qui se mêlentde
>í"f ia, p. 189. la Philosophie et de la Keligion... Les
J585. —
«Estaen el [pagodej vn sacer- Mahometans mottent le.s Brachmanes
!
* do los Ídolos a quien Uanian en su dans le 3.» étage de I'Enfer». — Herbelot,
ia Brama, que es como vn summo Bibliothlqtic Orientate.
'
!la tierra». Fr. Joan — 169ÍÍ. —
«I'S jOs misãionários do Madure]
'. de la China, p. 370 se qiialifieut Brames,
c'est-á-dire, Doc-
. , ti, i curatori delle cose teurs vonus du Nord pour^enseiguer la Loi
:i> r. ! t ,-uiio Brachmani danti- du vrai Dieuu. Lettres Edifiante$, i, p. 17.
1I1.-MU1.Í urigiuL-, c uome». P. Maffei, Le 1770. —
«Le souverain (de Calecut] qui
liti rie, p. 48. lut doune aujourd'hui les lois est Brame.
l.'>89 — «Entru
Indiens Payens les les Cost presquo le soul trone de I'lnde occupé
Bramenes sout estimes los plus honno- par cette prouiioro do Castes Presque . .

i;tl)lo8 df Ti.:i« et i] n"y a qu'eui à quilos partout les Brames d.'i.()Mt:uro.'4 de la


\{><\:s d" 'Uts et offices». Lin- — litti'raturo ainsi que d' i du pays
scliot.ii, /. ,•. 73. sont employes par les 1\' mio minis*
— Rayoal,
. ,

1610. «La otra casta lianuin. Aquien trcs ou comme sécretairesv.


1.,- r..rtii _'iiv>.-s !• anii.i ilfzliiio-. Brama- Uiatoire, i, p. 303.
1776. —
«Ce peuple fortune, dit la rela-
tion, a conserve la beaut»^ du corps si van-
tniejantesu. — Pe- tee dans le.s anciens Bracmanes, et
1 . p. 97 toute la bonté de Tamo, purrto, pieté,
l«)J.i. — "l jmi >tiiii.iti, '
!imi équit'', rógidaritt^ amour de tous les d«-
frà i Brahmani, '
p' r r.
- 94)- voir'<» — f.fftres Chinoieegf p. 55.
e , 1
~^: Ton en croit les ii

lan- et 1- us. rindo fitt If» b'


liiautano toiitia le» rrligiuns, et I' Brach-
/i, III, 61. manes on fiiront b-s li '. — Sou-
Itj.il /, . ijll":: 1,11-lUUll et UOB- ncrat, Vnyayes, i, p. 192.
tri viilu'" \<H .iiit Brâmanes, in tomplis 17KÍÍ — .. II iiio/zo millioDc che non mau-
: ' Malal»ar]. sono i Brah*
'ti cd altrii (if\<>ti. aKHoluti
"'I' : I'll a;^ rn I, flio vivono «li )•

'
**•• d'erbaggi». Kra Paolino, — i

bum (iji. -,,... — i/r i»«^»rn.. wiyf.i MiHfo- «Brahmans. Mombr»' •)< \

li$, y. 118. . Cerdotab' «lu/ lo» Hindu» A


l»;.'>ô. «Muricron ncrufl -'-»,» I

..i: i
... i
f^^-i :..

lissimas Brámanas, y
Faria y 8ousã, ..-(«la /'(»r<»/yi<. ........ j. .•. ».,.i. .,.-...... ,....., .-.,. ...

16&b.— «k^ino da primi «ecoli dclla legge ;


ei's hymDCS ; toutcfois I'omplol de la formar
BRAHMA 148 BRAHMA

tiou patronymique brâhmanaa traliit revo- regulamentação minuciosa da vida


lution qui s'accomplit. Lc fanieux hymne
social, confundida era todos os seus
du Poui'oucha-sukta (Rig-Veaa, z, UO», un
des plus rnodernes de la collectiou, expri-
actos com os deveres religiosos».
me dt\ià I'orgneil de la nouvelle caste». La Grande Encyclopédie. V. hiíi-
Sylvaiu Levy, La Grande E/icycloj)édíe.- duismo.
1823. - «The Brahmin anuounced
himself to us as the Padre of the village, 1687. —
«O Bramanismo com os An-
a name which they have originally learnt tropomorfitas, nunca chegou a conhecer
from the Portuguese, but which is now ente espiritual, nem passou do conheci-
applied to religious persous of all des- mento do corporeo). —
P. í"eruão de Quei-
criptions, all over India, even in the most roz, Conquisffi de Ceylao, p. 127.
remote situations, and where no European 1837. —«E o priíicipal dogma do brah-
penetrates once in a century». Heber, — manismo a perpetua transmigração das

Narrative, i, p. 48. almas d'uns para outros corpos». O Pa-
1825. —
«Dans les langues savantes, on norama, de 14 de Outubro.

les nomme hrahmanahas et hrahmalias, d'ou 1886. «A religião dos primitivos ha-
estvenu sans doute le nom de bracma- bitantes de Goa... era o brahmanismo
nes qui leur est donné dans les auteurs pui o, que, com o dominio musuhiiano, per-
latins». — P. Dubois, Mceurs, i, p. 124.
deu a sua inicial pureza». —
Lopes Alen-
des,A índia Portvgveza, ii, p. 93.
BRAHMÂNICO. Relativo aos bráli- 1878. — «As missões religiosas na índia
são, porém, úteis, quando o espirito que ahi
manes ou ao l)ra]imanismo. Religião
as leve tiver por nm, não impor uma reli-
brahmânica, sistemas hrahmunicos, gião, mas extirpar todos os absurdos que
civilização brahmânica. o brahmanismo ali tem arraigado». —
«Diplomacia brahmânica». —
Vasconcellos Abreu, Investigações, p. 12.
1883.
Vasconcelos Abreu, Chrestomathia, p. 66.
1906. — «O brahmanismo é muito
subtil ipara ser atacado de frente, com o
BRAHMANISMO. Define-se diversa- brahmane não se discute, porque elle
aceita todos os factos e todas as razões,
mente o termo diz-se comummente
;
absorvendo tudo nos abismos da sua cren-
que é «a religião de Brama ou dos ça, de onde é impossível affastal-o». Hi- —
bráhmanes». Os bráhmaues tiveram pácio de Brion, Duas mil léguas, p. 124.
várias religiões sucessivas, e Brahma 1907. — «O neo-brahmanismo fen-

termo ambíguo. Brahmá, como deu e alteou um pouco d'uma das cellas de
ó
Arvalem, primeira da direita, para repre-
deus pessoal, nunca teve extenso sentar o Yôni, e ergueu um lingam de pe-
culto nem grande mitologia. Brahma, —
dra em uma das outras cellas». O Oriente
como alma universal e ser absoluto, Portvguez, iv, p. 23.
não foi objecto de culto, mas sim do 19Í5. —«O brahmanismo de M.inu
é um credo religioso avariado pelos sacer-
teosoíismo dos sábios hindus (que dotes da época postvedica». —
Benedito
não eram exclusivamente bráhma- Gomes, Afonso d'Albuquerque, p. 56.
nes) do período que medeia entre o 1916. —«A India. também teve igual
. .

imposto, de cujo produto o bramanis-


vedismo e o hinduísmo actual, isto é,
mo, com as suas castas sacerdotais, as
o período da literatura denominada suas apsarás, o cortejo luzido de toda a
dos Brãhmanas. E é neste sentido plêiade dos que intervinham nos seus com»
estrito que na história das religiões plicados ritos, se alimentava exclusiva-
da índia se entende o brahmanismo mente». —Heraldo, de 14 de Abril.

— religião de Brahman, fundada nos


1900. —«Sur leurs modestes tables, sent
ouverts des livres sauscrits renfermant lea
Brãhmanas, q. v. Tarabôm se podia arcanes de ce brahmanisme, qui ade-
chamar brahmismo tal religião, e vancé de plusieurs millénaires notre phi-
losophic et nos religious. Dans ces livres
brahmistas os seus sectários, que
insondables, les penseurs de vieux ages
ainda hoje não faltam nas classes qui voyaient infiniment plus loin que les
ilustradas e ortodoxas da índia. Te- hommes de nos races et de nos tenips, ont
mos até uma associação denominada déposé le summum de la Connaissance». —
Pierre Loti, L'Inde, p. 409.
Brahma-samaj .

Brahmanismo é, como bem diz BRAHMANIZAR. Sujeitar à civiliza-


Sylvain Levi, «sobretudo um tipo ção brahmânica, reduzir à influência
social, uma constituição caracteri- dos bráhmanes.
zada pela supremacia da classe sa- 1883. —
«Os uaturaes do paiz tinham
cerdotal dos bráhmanes, e por uma sido já mais ou menos brahmaniza-
MA ii.t BRASir.

dos». — Vaaconcelos Abreu, Chrestoma- muyto grosso exercito para ir contra o Rov

thia, p. 25K de Arracilow. — Diogo do Couto, Déc. I V,


1,3.
BRA LA. É o mesmo que varela (q. 1617. «Era. —
este tyranno . Brama
V.) ou papoílo búdico. O termo (> de naçílo, e cuydando que os Pegiis com
ódio que lhe tinhSo, e por escusarem o
usado i)or Fe nulo Mendes com refe- próprio perigo, consentirão na morte de
rência a re^u e concorda melhor seu amado filho, ajuntou dos seus Bra-
com o étimo, mal. harhala, jav. hra- mas hum exercit /'...,..• í- .1. /', ..

ha la. cap. 11.

1545. — «Dos pãfs de prata que tam- * BRANDE /ingl. hrnndy). É usado
bém vira 11.1 hralla de Quiay Adocaa o termo na índia Portuguesa como
Deos doá tr ^abia a quantidade
ct-rtau. — i*f , cap. 14S. ',
sinónimo de conJiaqite.
.

'.('ill todas as varellas, pagodes, e


— 1905. —
«Raramente conhecia antes do
brallas de toda a cidade». It>id.,
tratado de 26 de dezembro de 1878 os
ca;. l.M.
— brandes e wiskys ou os vinhos espumo-
! ! «Mandou
s
fazer por todo o povo
c nas brallas de
festas,
sos e licorosos». —
F. X. Fernandes, Índia
nu. Portugiieza, p. 18.
sui
— 76
is seitas sacrifícios d»' fumos
cap.
1ÍH>8. — «To
a small e-xtent wines and
che^ Tm*' to - . líi. , 1 ti T
brandy are reproduced in Kashmir, but
the bulk of the vintage beverages are im-
BRAMA. É tambOmo iionie que os
ported». —
Watt, Tht Commercial Productt,
escritores antigos dao ao país
iu»v-'<>-
p. 14.3.
que aííora nomeamos Birmânia, e os
BRASIL, pau brasil. Madeira de
ingloses conhecem por Burma e os
franceses por Darmanie ou Birma- Caesalpinia- sappan, Linn., e outras
nie. Abrange sob a denominação, espécies de Caesalpinia. Vê-se dos
como em casos análogos, o povo e o nossos escritores que o nome brasil
seu soberano. O vocál)ulo provôm do era conliecido em Portugal antes do
nome vernáculo da naçilo, maran-mã, descobrimento dh índia e do Brasil,
que vulgarmente se pronuncia bam- onde sui)lantou o nome de «Santa
-mã. A forma correcta seria, por- Cruz». Prosume-se que deriva de
tanto, Bamá ou Barmá; mas os
brasa, com reforCncia h sua côr. O
Portugueses jA conheciam antes a italiano tem verzino. V. sapão, Ja-

palavra hrnmenei* e. ])rnv .'iv^'lriuMitH, pão*.


Brama. 1498. —
«Nesta terra ha muito brasyll,
o quall faz muyto fino vermelho tanto co-
15Hi. — «Passando o regno de Bengala, mo grãa«. —
Hoteiro de Vasco da Gama,
ho longo da
li:i «-.-fi .iii.tra ho sul, estaa p. 110,
outro regno de (i u! ehaniaom de 1500. — «...
cravo da índia, canella,
Berma, e lio K uiohohe... No páo brazil, sândalo, laca». N(y;egação —
{irM|iii.. certam dc.^te regno de Berma de r. A. Cabral, caj). 15.
. ' i
ifro ri LM Hl também de Gentios». — 1.')0l'. —
«I*or hum pezo de pedra hume
Livro, p. 364. refinado, lhe dariãodous de páo Brazil».
Ill vida nos perderianios, — 'l'nm<'' I..opes. Naveynrài', cap. -O
e sfiiam s '
Amiada, que o Iley
.
\í){\S. —
«Nos achamos muiUi engolfados
do Brama • continuey com
K na altura da terra de Vera Cruz ou Ura-
1 i cerco por esjiaço de zil. da qual se tir.i ^'ramie quantidade

. .

(|i iuc foi o tempo que de canafistula, e de páo Brazil». Joilo


I -r ,. \ Brama .^jul iiirii.s se deteve». — Em]H>li, Viagem, cap. 1.
111,,... 1'iiif'., /')'./>•/ /(<i/>7<(, cap. 148. 1516. —« . aguiia, sândalo, brazyl,
ttE ' Brames liaiiuar- miramuhiiios» — Duarte Barbosa, Livro,
da a coiitru iiicyo.s
p. 261
I»' ii.>.^.

an '.' dalli fora com 1545. —


"Ha muytas minas de prata,
a^ io nosso». — Id., pérolas, âmbar, incen.so, e s«'da, pao pr«>to,

• <>4 Lho*, «m t«rra « nnm«ro potente*, « «r o


Ara*, flr»Mát, poi* «erran tAo oompnd»t«. seu II '•
C»inAe«, LiuiatloM,. x, 19^. (] uiiilaya de ..>(i/-/.'u;í,que hoje
1614 — «Andava naquelle tempo o ti, .;ii»ercio». ^ (^>ndc de Ficalho,
Brame Key de Pogú «juntando ham Flora Uvt Lwiada$, p. \i'2.
BRASIL 150 BRINCO

brasil, aguila brava, e niiiyto breu». — try of that iiaiiuf. — Watt, The Commer-
Fcrnào Piuto, Peregrinação, cap. 143. cial Products, p. 194.
15G3. — «O mantimento cia terra [Bra-
sil] era milbo, e o nauio carregado d' s
*BREDO MAMA. Caparidea Cleone
paus vermelhos aparados, que erão muy viscosa, }j\nn. «0 succo da planta
pezados, a que chanião brasil por sua misturado com o óleo de coco usa-se
vermelhidão ser lina como brasa». Gas- — contra a otorrhaea. A planta cozida
par Correia, Lendas, i, p. 152.
15(53. —
«O brasíi he mais doce, e mais perde a sua acidez o come-se como
tinge, e o sândalo nem lie doce, nem tinge». hortaliça». D. G. Dajgado, Flora.
— Garcia da Orta, Coll. xi.ix. — «Madeira —
empregada na tinturaria, e conhecida no 1695. «Malaiense et Javanicum La-
commercio europeu, desde os antigos tem- gansa et Colagansa, vulgo Sajor Mamma,
pos da idade media, pelos nomes de bra- Portugallece Bredo Mamma, quod de-
zil, bre.sil, cm italiano verzino, os quaes se notat hcrbam lactariam». —
líumphius,
julgam derivados de brasa ou braise, pela Herbarium Amboinense, viii, cap. 66.
cor vermelha da madeira». — Conde de
BRICHE. V. barchím.
Ficalho.
1572: # BRIGALIM (ant.). E o mesmo que
«Mns ca, onde mais
se alarga, ali tereis dotim ou pudvêm (pano em que se
F'arte também ko jmo vermelho nota;
De Sancta Cruz o nome lhe poreis». envolvem os hindus da cintura para
Camões, Lusíadas, x, 140. baixo), com a extremidade externa
1610. —
«E se podem alli também ajun- de tecido superior. Do mar. varghaclt,
tar roupas finas de Bengala, benjoim, al- «dobra superior de pano».
míscar, pedraria, lacre, pau do Brazil».
1511. — «Mando que deis a benogi
— Carta Héyia, iu Documentos da Índia, i,
mão de nangi e a demogi seu bri-
filho lui
ir-

p. 352.
— gai im a cada hu fino de preço cruzado e
1613. «Estaua húa grossa taboa de
hua tafecira de algodão a hú seu criado».
madeira vermelha como brasil ou sândalo —
vermelho». —
Francisco de Andrade, Chro-
In Cartas de Af'^nso de Albuquerque,
VI, p. 438.
nica de D. João III, i, fl. 32.
1650. —
"Ha na ilha [de HainãoJ pau * BRINCO. Emprega-se o termo em
preto, Japão, que é o brazil». António — Goa na acepção peculiar de «cegada
F. Cardim, Batalhas, p. 228.
1685. — «Tambémtoda a Ilha [de em ou grupo de palhaços, que cantam,
Ceilão]ha muita copia de páo brazil, tocam, bailam e esgrimem por oca-
que na índia chamão Sapão aonde tem sião do carnaval ou no cortejo civico
grande valor». —
João Ribeiro, Fatalidade
de grande regosijo». Também se diz,
Histórica, p. 6.
1510. «Molto sândalo, assai verzino, para melhor caracterização, brinco
bombagio». — Barthema, apud Ramúsio, i, popular. E mera tradução do vocá-
fl. 166. bulo cone. khêl. Gonçalves Viana,
1520. — «Questa terra dei Verzino [Bra- todavia, julga que brinco, nesta acep-
sil] è graudissima. et c abboudantissima
. .

di ogni cosa». —
Pigafetta, ibid., i, fl. 353. ção, conserva o significado de verbo
c. 1620. —
«... beaucoup d'acier, et brincar, que «entre o povo no con-
d'vn bois qui sert pour teindrc en rouge, tinente, era usado no sentido de
qu'ils nomment dans le Pays Sapan, et qui
«bailar».
est le mesme que nostre bois de Bre-
sil». — Methold, in Belatioiis, i, p. 12. 1874.— «Em Raia encontrámos os brin-
1588. —
«Ma poi dal Brasile, che è cos, danças do paiz, em que o caprichoso
legno rosso che se porta quindi per tingere e pittoresco dos trajos e a arrogância fe-
i panni, gli fu posto sopra nome di Brasi- bril dos meneios parecia accender-se e to-
lia». — P. Maft'ei, Le htorie. p. 59. mar formas phautasticas quando o som dos
1644. —
«V'e anche il legno brasile chingas (vid. xinga] levantava e prolon-
il meglio di tutta la India». P. Cardim, — gava ou trinava os gritos selvagens da sua
Relatione delta Prov del Giappone, p. 143. melodia apocripha, ou, quando menos, ana-
1747. —
«... avec le bois de Sapan qui chrouica». — Tomás Ribeiro, Jornadas, ii,

est.absolument le même que ce que nous p. 37.


appellons en France bois de Bresii». 1896. —
«Preparação já elle tinha feito
— Ijcttres Edifiantes, xxviir, p. 423. ás 4 da tarde ao som do batuque e tambo-
1908. —
«The Sappan- or Bakam-wood res dos brincos». —
Gip, Jacob e Dulce,
or Sampfeu-wood, sometimes also called p. 87.
*
Brazilian-wood of the word Brazilian 1912. —
«Com grande algazarra feita
being derived fron braise (red coals) and pelo brinco de curumbins que os cer-
this originally unconnected with tlie coun- cava». —
O Ultramar, de 28 de Julho.
lUíTVDAn i:»i TiRINHK

I'.'l.). — «(• gnij!u, a <[nr ae rofcn» o via- 1580. —


..li y a .•uc-nr

j.iiit'-. t"'>i, Bi-ni íiiivi(i:i, um brlnco /"7'«- c-omrne Brindoins, Piui


hr. -:o vêm em préstitos Maii^ii»taii8 et autre»». Liii.-sciiunii, jua- —
iini ;>»". — Ismael («ra- toirt, p. 98.
cias, -1 iii'i
V lGo8. — «11 Brindone di Goa è frutto
lí)l<>. — "ruía v«z ua capital, o ar. Ro- neir apparenza diuerso dal Carcapuli. . .

1. '• per esserc tutto sferico, piii pieciolo, di


1^,,,, . ,
quç ja ,1p automóvel foi, A
]M lara Municipal, aclamado fre- colore quasi azzurro, misturato oii rosso,
II.

por grande massa tie caval- poço però sii diflerentia nelle (jualità, & al-
Iti' lutea e populares, em i]uanto tre couditioni, seruendo perTiattesse ope-
brincos c uma banda de rationi; solo pare, che sij piíi gradito, per
secundavam a ovação com todo o : essere piú temperato dal dolce, oude è t«-
«. —O Ultramar, de 24 de Ja- nuto per pià salutifero, rinfrescativo, e che
neiro. I
risueglia piú soauemeute I'appetito». —
Numerosos brincos ptrpula- Fr. Vincenzo Maria, Viaggin, p. 377.
VI .^ .1 e três bandas de musica se
eiii^ _
111 no colossal cortejo... Ue- — BRINGE (s. m.): Carne, especial-
raldo, de oO de Jancirn. mente de galinha, cozida com arroz,

BRINDÃO. Fruto de bhndoeiro, — que ó o manjar predilecto dos jjer-


^as e muçulmanos da índia. E o
Garri nia purpurea, Uuxl). I)u cone. mesmo que^^w/a», vocábulo presen-
bhirând, arvoro, bhiraitd, fruto, 6///- temente mais conhecido. Em Goa,
randãm^ pi. Também om marata. bringe ou brinhe (também usado em
Erra, portanto, o Conde de Ficalho, concani), é actualmente reputado
quantlo diz: aEste nome [hrindào]
termo português o empregado para
parectí ter sido inventado pelos por-
designar «arroz preparado com ca-
tuguezes, tanto pela Bua fornia, co-
mariío oiT amêijoas », pois n?lo so cos-
mo pelo facto de unicamente ser co- tuma cozer carne com arroz. Do
nhecido em Goa». Os portugueses persa brinj ou birinj, «arroz».
nAo invfntnvam nomes de objectos Os dicionários de Domingos Vieira
indígenas: ioloptavam os vernáculos
Cândido de Figueiredo registam
e de
OQ empregavam, por analogia, os brhigue com o sentido «certo manjar
usados no continente. delicado» e «antigo manjar oriental»,
O
brindoeiro é uma belíssima ár-
e brinie, «carne cozida com arroz».
vore, e o seu fruto tem vários usos,
Evidentemente, não silo dois vocá-
(Itscritos abaixo.
bulos, e ambas as formas sflo incor-
lâttíJ. — «Chama-se nesta
terras brin- rectas. Brinie, que foi primeiro inse-
dões; vermelha algum t<into,
e por fora c
rido por Bento Pereira («caro cocta
ma» hum tão tino vermelho
por dentro ten» ' j- •!
. . ,

que parece sangue. Garcia da Orta, - ^'i»" '•^''^-m), deve ler-se som duvida
,

Coll. X Ibrinje, e bringue, abonado com Jorge


1782. —
<<<) brindoeiro n3o(ieixa de
j
Perreira de Vasconcelos (Aulegra-
er de utilidade e lucro em uma faz<'nda...
o fructíj tod<» é proveitoso, porque das cas- \'^
\
nhia) é Crro.

cas se faz Bolãm {a. v.) ao sol para tem- 1577. —


«O seu comer he comt» de gente
pero, n do sum»! u'ellas um bom xarope j
barbara: os Mouros he tudo brinqe: os
.r<|. li, e do.s caroços excellente azeite, Gentios arros carilu. Primor e llonra,
Miiii SCO o medicinal».
: . Fr. (himeute — fl. y r.

iirreiçSo,
ejça<>, Tratado,
i r«faí/o, ii,
II, p 2^.'{.
'j^.í. ihi*.
1<j14. —
«MandAra uma Escrava de
«.^lanuara
•<Ha brindAO, que ainda o D. Filipa huina galinha com bringo a hum
eerv». para ci-mer, e do caroyo «e fóruia i soldado com que andava, e onde l>av)
nma massa «.Irisa hnn para luzes, c outros |
galinha, e este arroz havia de havei :

Annum ." p. 269. Diogo do ^outo, D(^c. IX, ( .'l.

— >.|Vixe comem
,


|

«Os ji fí" aliuiidaiit»'- |


lG»).'l.
f(»«
persas] rara-
ii\t ali plaiitailo^ -, 1
j
mento, e nunca sopas: o seu comer r car-
;irv'T' i!K, neiro assado, brlnges de galinha, perdi-
ros :, Ma- zes, vacca o cabrito cozido, cora ai
nu manteiga». - F. Manuel Go<linhi>, /•'
nu ( — ".N>i" J>l^^alu 'I' . feitíi P »f>.

da iM)lpa da man^a bem <>u da 190^ but como from the old
polpa de t;i: I
I
lo ii. -iiiM processo Persia
qiU' s.- la.: do brindAo O dern •

UUrutuar, *u- .U,ril. .


Watt, j
nrcííO DE PETXE ir)2 IU'T)T)1[A

BROQUEM. (íovcriiador japonês. da Uc(vinia e do Uullo Pérsico. Tem


Buraku, <Mn jaiionOs, niiere dizor um asj)ecto cartilaginoso. Consome-
«provineia». so grande quantidade d'esta iguaria
1540. — «OBroquem, capitão da em Maeau e na provincia de Cantão,
guarda do paço o estava esperando a pé apezar de ser considerado um artigo
acompanliado de nmyta pente nobre». — de luxo nas mezas chinezas» (la-ssi-
Fernão 1'into, Feregrinacao, cap. 130.
-yany-knó, de Abril de 19Ó0). Tam-
«Fomos levados á Cidade de Pongor [em
Léquios], o apresentado,'! ao Broquem bém se exporta da nossa índia, so-
da Justiça, Governador do líeyno". — Jd., bretudo de Damão e Dio.
cap. jyy.
oEsta nobre mulher disse-o a bua sua 1840. —
«Exceptuam-se as barbatanas
sobrinha filha do Broquem Governador (vulgarmente chamadas azas) de tubarão,
da Cidade». —
hi., cap. 130. violas, e buxo de peixe estrangeiros,
que continuarão a pagar os direitos de
BUA (s. 111.). Antigo título do rei consumo». —
Collecção de Bandos, i, p. 192.
do Aname. Do anain. vua. V. chua. 1842. — «Bucho de peixe, 3 ditas»
— «Usurpou o governo universal
(mãos), — Annacs Maritimos, 360. p.
1650.
bua ou rei». —- António F.
1843. — «140^r de aza de peixe;
j)?cos]
do reino
bucho de peixe». — /6irf.
ao
94 de (parte
Cardim, Batalhas, p. 68.
oficial), p. 30.
«Um dia nos mandou chamar o buá,

«Renda de buchos e azas de
por íavorcoidos de chua». —
Id., p. 83.
1909.
peixe. Foi creada em 1842». Amâncio —
V. pp. 85, 86 e 87.
1727. —«Bua. He o titulo dos Reys do
Gracias, Svhsidios, p. 152.
Tonquini, os quaes pouco mais tem que o
nome, porque o mando todo he do Choua. .
BUDDHA, Buda, Budão, Budo, Bu
Finalmente para o Bua he to^o o esplen- duçó. Buddha é participio do preté-
dor da Coroa, e para Choua o maqejo do rito do verbo sânsc. ÔMrf/t; significa,
governo». Bluteau, Supplemcnto.
— no sentido «despertado,
próprio,
1644. «Questo Capitano assai scaltro
impadrouisse dei liegno, restando il pró- acordado», e no figurado, «esclare-
prio Rè solamente col, Bua, ò Dignità Re- cido, iluminado». Como substantivo,
gia senza poter comandare co.«a alcuna, e huddha é «um homem letrado, um
le successioni deli' uno e deli' altro sono
sábio», e conforme a doutrina búdi-
deir istessa maniera conforme ai costume
dei Giappoue con il Xogun, e Dairi ha- ca, «o ente que, não somente obteve
vendo solamente vno il Nome setiza la po- a suprema sabedoria, o conhecimento
tenza, e I'altro la potenza senza il nome». perfeito,a sciência inteira, e por
— P. Cardim, Belatione delia Prov. del
consequência a libertação final, mas
Giappone, p. 53.
1676. —
«11 y a encore deux Róis au Ton- que além disto está em condição de
quin, dont le premier n'en guere que le encaminhar para ela os outros, em
nom et est appellé Bua, et le second nom- uma palavra, o libertador». L. Feer
mé Chova en a presque toute autorité, dis- (La Grande Enajclopédie).
posant à son gré de toutes choses, tandis
que I'autre demeure enferme dans sou Pa- Apropriou-se o nome, por exce-
lais comme un esclave, et sans en sortir lência, como fundador duma religião,

qu'à de certains jours». Tavernier, Voya- a Siddartha, da família dos Gáuta-
ges, V, p. 263.
mas, que eram da linha rial dos Xá-
*BUBO. xirmadilha para apanhar quias, tribo dos Rajputos, estabele-
peixe, feitadv^ bambu o rota, oin Ti- cidos umas trinta milhas ao norte
mor. Do mal. húhu. de Benares. Pregou a sua doutrina
1843. — «Alguns indígenas, que se oc- por quarenta anos, viveu oitenta e
cupam na pesca, usam para isso de linhas entrou no Nirvana em Mágadha, pá-
com anzoes, tarrafas, e de covas, a que tria do budismo, com muita proba-
chamam búbus». —
Annacs Maritimos
bilidade, em 480 ou, antes, entre 482
(parte official), p. 218.
e 472 antes de Cristo.
* BUCHO DE PEIXE. «É o estômago O nome de Buda tem muitas va-
do tubarão, estendido e secco ao sol riantes, conforme as regiões Budu :

e fumado, adquirindo então um as- em Ceilão {Bodu, diz João Ribeiro),


pecto exquisito o rígido, e de côr Buddham em dravídico {Budão, diz
amarellada. E importado dos mares Diogo do Couto), Butsu no Japão
m'nniiA 1&3 lU 1 'I >iiA

(onde 6 mais conhecido por Xará (q. Referem tamlieni os :

V.), a que om cltinOs corresponde


zes que Budha «'ra i

Fu-ttu. V. bamo e lama. É, alOm


rajali». — I..ot>«s Mendes, A Judia 1'oríu-
guexa, ii, p. 79.
disso, noiíM :id(» pelo patronímico
''If' elo nacional Xáqnia

/ falar-vos d;i
—a
,

<.'>k' I .:. !:iiente com o adianta- religião 'Ic Buda — á 4u;il uinlm- ,

ma, na historia da evoluçSo mental, hA


nifutu «uscota», e u8 ve/A'S lie i:.u:ii, ^"*
que .se >
> ;ihe no ft
com o de simha, «leflo». Os brâma- vos coii '
Buda .<='

ne» fizeram de Buda a nona encar- Veda e H ti! «Ma ma; como
naç^ do seu deus Vixnu. ravilha tauí' into de sans<-;
gia». — Vascoin ciMn Abreu, Curao lutryi ai.

1563 — «E desta
opiniSo gentia vierâo
p. 22.

,19 n.,^^. iliaMiir a este monte Pico dt' -.
1805. «N'um do8 corredores lateraes,
Ad.-f riiid por uonie próprio cha-
: :•. ;•
dentro d'uni recinto envidraçado, dorme o
grande Boudha, d'una cinco ou mai-
I

mâo Budo* .lofto de Barros, Déc. III,


II, l._
tros de comprido, deitado, dieforme,
1577. —
"Nosta terra |Pepu] fiíerSo es- 8Ó peça de pedra, e pintado de ama.. ..,
creaer em lintroaceni Purtuirues oa mila- vermelho e azul». —
Conde de Arnoso, Jbr-
iniíJns itelo Mfnído, p. 64.

"Budda cujo verdadeiro nome
Mtmi, aj>pareceu cinco séculos an
• - •

"s crustas de
!as
tes da nossa era, pregando a sua admirá-
'|u< .>i.,..,i .«,c,'u Babilou». — vel dotitrina, ensinando aos povos o valor
/Yi • r ^
.

Hotira, rt.
..

y? V.
da caridade e de esperança». Hipácio —
]t,' - ,.r.,r que diaem que andando de Brion, Duat mil léguas, p. 93.

'

aquelle santo seu, a [lartes c. 200. oHá entre os índios os que


I'";
pi aA este Prin- BudAo obedecem aos mandamentos de Bout ta,
i\\'V II' -, ;;~ i^twriadorcs por uuiitos
,' que eles honram como um Deus por causa

t
i; i

ii"!!!'-: " -• [ij.ri'i era Drama Rajo i


da santidade da sua vida». Clemente
--- Difir-n'1 l,''i,ri), O por que foi conhecido
Alexandrino, íitrT.matZn, lib. i.
c. 400.— «Aj)ud Gymnosophistas Indiae
dt'ii<ii> <iut' " li\tM-âo por sancto, he oBu-

dâo, que quer dizer sábio». Diogo do — q^uasi per manus hujus opinionis aucto-

Couto, I>«'c V, V, 9 e VI, 2. ntas traditur, quod principem Buddam


!•>-, _ v, i,vf todos estes |idoIos] tem ,
dogmatis eornui, e latere suo virgo ciit -

liiuií. ;i ji- 111 t.iz-in muita veneracSo, a que


raret». —
8. Jerónimo, Adversiis Jovinta-

chauiào Bodú: a figura deste ne de ho- num, lib. i.


mem. <• a t"Hz»»m Tnuit/> crran.le, por repre- IfiTtí. —
«La seconde secte vient d'un
sauto. Este . .
certain Solitaire nommé Chacabout, •

Ifeo, que es- suivi de la plus grande partie du


' '" iiim]. II lenr a en-
liiiu ,aL' <. .jiiã"] fa/.. '

— João Ribeiro, / des ames ; il faut ({


/; -'
iP 14. .-«viii. ui> iMiM-rvent dir commandfin'iis
l''-< 1' '• Rey, dizem, foy o pri- que ce Chaca/jout leur a laissé». Taver- —
uiv\r<<. <| . M . hcu a ley de Buddum, nier, Voyagm, v, p. 290.
ou Buddu 1* Fernào d»- (Queiroz, 1754. —
<<("cux-là ont étí instruits jtar
C'.v'.i.s'' '> ' ' 10. les Docteurs menu's de la Loi du Bt!*^*"^
• I
I
'•onfutidirão, a Ve- (ou nomme ainsi la Religion des /"
. Budhúm, /'(>('. ou dtt nom de liuds, ou B"Hhí^, .nil

P!»tei* U'lnir.s tem em deceux, qui les Bralnn


••'* rem diuersas». — P. de Charlevoix, L . ... ,,

p. 2l;{.
cotuu oplniilo 1770. — «lis rCliiin'nl'm' lionor.iit pnr-
'
Buddu d«- ticuli»*rfuit'nt (i.n id or-
'

_
, MUI Fni^ culiio dre un Buddou, ar la
,

• u* .iui. . .».— /'/.. 1» y4. terre i>our se reudre n iitr-- l>icu

1 ^ seita de Boudha voga na et leR hnti)iiM\4 I.<'8 iii> Buddou


ilh.i de t rilao, no rt>iii<> ili- !'egú, no dt- >"nt d< '08 fort iniporlans à Cey-
s-V-, cw . . Boudha cIml""! ;» pcr^i-tilir laii" p *\7,
,

luer \1XÚ. - ..

Budha, >
— Jtjsc
'

iuácio de Autiiad»', ( art'i > tulti epàlfli í>HUi.tcriliiuitct d'


p. 87. icurio» — Frji Pnoliii". \'><iffffio,\>
l^pr, — «Og g<^t •iiintn «|Ur ao 1HJ5 "(^Ui>l<nn -^ i;'^ iiKxli ii.-N
i(j;ii r.t n jogar aoi Budha, que |
ont huppi's<' i|iii la ri'li,.'i'<ii Uc Boud ou
signitica encoberto <.u \ i.sUnu invisivei. . Bouddha tut aucieuncmcnt celle d« toutc
BUDDHA 154 BUDDHA
rinde en-deçà ot au-delà da Ganges». frer; causa da dor: esta causa é o
P. Dubois, Ma'urs, i, p. 13G.
desejo, que aumenta com o gozo;
BUDISMO. Conjunto da doutrina supressão da dor: esta supressão se
onsinada pelo Buda Gautama. BÚ- obtêm pela supressão do desejo; o
DICO. Relativo a liuda ou ao budis- caminho que conduz a essa supres-
mo.— BUDISTA. Soctário do budismo. são. Este caminho ó octóplice. O fim
— BUDÍSTICO. Relativo aos budistas. é Nirvana, isto ó, total cessação da
Os autores gregos e latinos coniie- existência, como flui dos princípios,
cem os budistas por samanes ou sa- ou isenção de renascimento, como
maneiis, V. xamane. admite a generalidade dos sectários.
Diz-se geralmente que o budismo Buda não definiu este ponto, limi-
é «religião íilosóíica de Buda». Mas tou- se a evitar com os seus manda-
o verdadeiro budismo, sendo avesso mentos a transmigração, que era um
à pura especulação, tem pouco de postulado da teologia e filosofia indo-
filosólico *. E quanto à religião, al- árica, visto que a vida neste mundo
guns orientalistas lhe contestam Osse ó um flial.

título, comopalavrão comummente


a Os livros sagrados do budismo
entendida, por nSo admitir Deus nem tem o nome de 'J'ripitaka {Tipitaka
alma. Afirmam até, com visos de em páli), «três cabazes», por constar
verdade, que Buda não intentou de três colecções. Estes escritos tem
fundar uma religião ou uma igreja, sido conservados em redacções rela-
mas instituir uma ordem monástica, tivamente originais, mas nenhuma
que, sem se importar com o dogma- delas, conforme Barth, no dialecto
tismo, procurasse ganhar a salvação mágadhi, língua primitiva da igreja:
ou, rigorosamente, isenção do renas- uma em páli e outra em sânscrito.
cimento, pelo caminho de perfeição Segundo a redacção que adopta e a
que ensinava. É certo porém que se língua que considera sagrada, a po-
a sua doutrina se não recomenda pulação búdica distingue-se em me-
pela sua parte teórica, tem grande ridional e setentrional. Ao budismo
merecimento pela sua sublime mo- do Sul pertencem Ceilão, Birmânia
ral, que se aproxima notavelmente {Brama dos nossos historiadores),
da do cristianismo, sem embargo de Pegu, Siame, ao passo que Nepal, o
não admitir sanção externa. Tibete, a China, o Japão, o Aname,
Para explicar satisfatoriamente a Camboja, Java e Samatra são ou
analogia, não falta quem reconheça, foram relacionados com o budismo
sem nenhum fundamento histórico, a do Norte. Vid. Emile Burnouf, Intro-
influencia directa do budismo sobre duction à Vllistoire du Buddhisme
a religião cristã, somente pela razão Indien; Bartti, Religions of India.
da sua prioridade. Ora, está averi-
guado que a moral ensinada por Xa- 1837. —«O brahmanismo tem tido seus
scismas: os mais consideráveis são o bud-
quiamuni era conhecida e ])règa(la, disino, e depois delle as seitas da mão
na sua maioria, pelos sábios indianos direita e da i.aão esquerda». — O Panora-
que o precederam ; e, por outro lado, ma, de 1-4 de, Outubro.
é sabido que o decálogo cristão é o
1873. —«É certo que quando os padres
[protestantes] em Ceilão quizeram ensinar
mesmo que foi proclamado no monte o christiauismo áquelles povos, religião que
Sinai, sendo neste sentido anterior haviam acceitado de nós, substituindíí o
aos ensinamentos de Buda. budismo, cujo berço parece ter sido alli,
Mas em que consiste a essência do tiveram de dar-]hes livros escriptos e im-
pressos na lingua que elles chamam porto-
budismo? Em
quatro nobres virtu- gueza». — Tomás Eibeiro, Jornadas, i,
des existência da dôr: existir é so-
:
p. 388.
1874. — «E iim dos factos mais extra-
ordinários que nos apresenta a Asia, essa
1 «As for his metaphysics, it is pre- semelhança e quasi identidade que existe
emineutly uegative». —
Barth, Religions entre as ceremonias do culto budhista e
of India, p. 1 10. as do culto catholico. Não ha duvida que
BUDDUA 15Õ li L J: ARA

budhismo

p. 11

rpjpitar

.tilt»'". — /'' -•> .


J».

typobuddhico
'la 1. um dos '
'
>

'
'i
' . ;ca, f"i ti

stas cm
1 sub8rr\

. Juii;i.nio, V , .-

Oi» t, ^.tas». — Vasconcelos Abreu,

> as crenças arrai-


:') foram profunda-
-io buddhismo. Hiul-
.
(-]}:•' cri-' n iiina escola
d<i que o

.1
-
.1. U n-i 1

pHraa»
! 1 1 <
.-
vista u bcui il.i humaiii-
1. a indulgência c a do-
çura». — Ad'jllu Loureiro, No Oritnte, ii,
p 237
l'^'*'. — «O buddhltmo inr.
;i.iu,t. nlo. ijUe at|ui S»* >ihrS»TV:i

bti«ihHta^ ;....):.,...,, I,
HLJ.Hl'LO lõtí lUJLE

«Desembaraçados desta p:eiite, tornamos Lanin.^boulboul, T.ath., Jxos Jocosns.


a seguir nossa jornada por uma charneca Ilá muitas variedades. Do p''r«'i ^"'Z-
abaixo, na qual vimos andar grande bando
de bufanos mecenos (r"), zeuras e cavai- bul, «rouxinol».
— p. 117.
los».
15B9.
/c/.,
— «Hai innumeraveis Alifantes e 1842. —
«Os martinhos e bulebules
muitas Bufaras, de que eu vipor aquella sào mui domésticos, e em grande numero».
terra nniita soma delias brauas». Fr. Gas- — — Armaes Maritiinos, p. 271.
par da Cruz, Tractado da China, cap. 3. 1846. —
«Pitoly ou liuchundy (Borbu-
1585. —
«('açam algumas vezes, e to- los, ba as de quatro qualidades, denomi-
mam bufaras, merus, gazellas». Ma- — nadas Portuguez, Negro, Roxo,
— F. N.
e Branco)».
nuel Cardoso, Hist. Trayico-maritima, iv, Xavier, O Gabinete Litterario, i,
p. 50. j p 252.
1609. —
Ha muitos bufaros mui bra- 1873. — «Emquanto o bulbulo e o do-

vos, em cujos cornos morrem ordinaria- meuico (moddvoni) trinam seus chilros agu-
mente 08 caçadores desta terra [Sofala],

dos e graciosos». Bernardo da Costa, Ma-
porque sSo mui ciosos das fêmeas e dos nual do Ayricidtor, ii, p. 191.

filhos». —
Fr. João dos Santos, Ethiopia 1658. — «II Bulebuli cosi detto per
Oriental, i, p. 124.
ragione dei canto, con il quale vu fischio
1612. — «Matào vacas, bufaras, con- sonoro, graue, e soaue, pare, che sempre
tras aliniaria.s que comem tão mal assa- replicbi queste due silabe». —
Fr. Vincenzo
das, que o sangue lhes corre pellas ilhar- Maria, Viaggio, p. 432.
gas das bocas». — Diogo do Couto, Déc. V, 1782. —
«Cet oiseau se trouve aux cotes
1,13. de Malabar et de Coromandel, ou I'appelle
1085. —
«He toda a ilha abundante de Boulboul».— Sonnerat, Voyages, u, p. 189.

mantimentos, e gados, vacum, bufaros, 1784. «AVe are literally lulled to sleep
cabras, carneiros, porcos». —
João Ribeiro, by Persian nightingales and cease to won-
Fatalidade Histórica, i, cap. 19. der that the Bulbul with a thousand
1(587. —
nliecolheo 30 candiz de arroz, tales makes such a figure in Persian poe-

de que se pudera aproueytar, e de outras try». Sir W. Jones, in Glossary.
muytas rezes, uacas, e bufaras daquel- 1860. —
«This propensity, and the ordi-
las serras pêra dentro». P. Fernão de— nary character of its notes, render it im-
Queiroz, Conquista de Ceylão, p. 643. possible that the Bulbul of India can be
1745. —
«... uzando para outras semen- identical with the Bulbul of Iran, the
teiras [na China] de Bufaras e de Bois «Bird of a Thousand Songs», of which the
que são muyto corpulentos». In Ta-ssi- — poets say that its delicate passion for the
-yangluó, II, iii, 3. rose gives a plaintive character to its
1806. — «EUe nos offereceu dois quiça- notes». — Emerson Tennent, Ceylon, i,

pos [cestos] de milho miúdo e trinta postas p. 169.


de carne de bufra seca». —
Ajiud Júlio 1914. — «Our common Bulbul {Mol-
Biker, Collecção de Tratados, x, p. 212. pastos hoemorrhoiis) and our Barbets
all
are fruit eaters». — Drieberg, Year Book
» BUFRA. (persa ur^a). Baliza no of the C. A. 8., p. 64.
rio Eufrates.

1663. —
«Entre uma e outra ilha desem-
BULE. — Vaso para serviço de
boca o rio Eufrates, a que chamam de chá. Bluteau define-o: «Frascheto de
Baçorá, no qual só ba fundo para naus. louça da Índia, agudinho para cima».
Para melhor o conhecerem tem suas bali- Não está bem assente a etimologia
sas, aque chamam bufras». P. Manuel — do vocábulo. Câudido de Figueiredo
Godinho, Belaçlio, p. 119.
aponta o ingl. bowl, que se não em-
BUGDI, s. m. (pi. biifjdiós). Arre- prega neste sentido, mas sim tea-pot.
cada com que se enfeita a raulher Gonçalves Viana atribui-o, creio que
hindu no Maharaxtra e no Concão. com mais razão, ao mal. buli, «fras-
Do marata-conc. bugdi, pi. hugdi/õ. co». Swottenham dá ao buli os signi-
1784. — «A
seu prazer, tem umas que ficados de «vaso, tinteiro», e Wil-
têm enfeitada toda a circumferencia das kinson os do «pequeno frasco ou
orelhas de bugdíós com cachos da aljô-
garrafa». Favre define-o: «Une pe-
fares». —
Tomás Eibeiro, Jornadas, ii,
tite bouteille avec un cou long et
p. 104.
«Tens cadáveres, em vez de bugdios, étroit, et un gros ventre». Rigg de-
um cin^to em que pendem, lividas, as mãos clara que búli-búli, era sindanês,
dos teus inimigos». — Id., p. 305.
quere dizer «taça com tampa (a co-
*BULBULO, burbulo (em indo-inglOs vered cup) ordinariamente usada
bulbul). Pássaro canoro da índia — para guardar óleo». Parece-me que
BUN'GUIO

responderam elles que para afazerem fal-


a significação mais antiga do portu- padre.s. De que o bunguio
lariam comos

• ' '
.> Bluttjau e Do- — Déc. XIII, p.
tomou grande paixão». 7ltí.

I
ninho lio lou<;a 1749. — «O be como
Bongio, «lue
do gargalo ostroito»; o que Regedor das Justiyas, pronunciou a sen-
lia íiiilia,

coiicoiila com o do mal. buli, o do tença de morte contra os dous prezos». —


1*. Crasset, iJitt. da Igreja do Japão, iif,
cone. 6í7/, «frasquinho do louça para p. 321.
laju^». É sabido que no extremo lt)44. — «Gl'Interpreti i : i.n..

)riiMit«* se nílo faz uso de biilej por dei tutto Gouernatorc,


il '. •
( ;

do|in furono inuiate altre bairiir ,ii m.i.:


í<.'.!. itnr o chá na chávena {chavan)
gior grande/za, piene di Bunghi »!

(

.' a a^'ua da chaleira. cbiamano li Xoia)».


Miuistri P.
dello
— «('ni
ptnlra branca. Cardira, lietaticme delia Proc. dd Giappane,
1756. bule <le
(presente do iui- p. 24.
1> 'á bules <'';iii:iIt:ido9»

|.. -:»«lor ilii Cliiiia). — Apuil Júlio Hik«r,


(
'!.,:'» de Trat'ulot, vii, pp. 100 e 101. BURLADORA (des.;. ;. ;iume
l>sj - ..Bules, líoiões e tigelas com quo os portugueses davam burlesca-
cobortui ~ variadas forniaa c tama-
!
mente à datura ou dutrô (q. v.), em
iiania ein Siain o coUec-
nho». .
alusilo aos seus efeitos nos homens.
ciouar tantas outras
bules, «"iiio era
p«rf»^9 Be ciillofcionam estampilha», mono- 1578. —
«Llamase esta planta. en Ca- . .

> etc.". Henrique Prestes, IM. — narin hatyro: los Portugueses, Datura, j
IV, p. .T.H). la Burladora» —
Cristóvão da Costa,
1-,., — oOá chiuezeé> não tem bule* Tracdtdú, p. 87.
na^ \ i itas, mas sim algumas foHia.s de idiA 16.'{H. —
«L'herbe nommée Duiroa est
!)• ti: i> (1m i-lirivua, na qual se deita agua par autres ajjpellée Tahda, par d'autres
.1 f. !\. r. . •
tapa com uma tampa de Itiitura, eu Espagnol Burladora». —
l..uya« — .J".i •• ' <"•"-!", Cnnsrt^ lia
Paludanus, apud Linsclioteu, llistoire.
China, p. 'JOV 18H);— «Datura was also often given as
a practical joke, wliencc the Portuguese
• BULIBULIÀO. Direitos de alfân- called it Burladora (Joker)»». — (í/o*-
dega, que se cobravam em Malaca e tary.
que vâo abaixo especificados. Pareço
BURNUS. Em indo-portuguôs, bem
que o «''timo ó o mal. belt, «com-
como em concani e marata, quere
pra», r»MÍa|>licado. Búli-bOli significa
dizer «colcha de feltro». Etimologi-
camente, 6 o mesmo quo o continen-
l.').'.l — ..1»»' qualquer naiiiu qii<' vmna talalbornós. Do ár. bmnus, a manto
.-..m lia/.eudas ao dito porto, tomaua o Key
.1.1 t 1 loarta parte da íVazcnda por
com capuz». O termo foi empregado
.}.t II», que o que ualia dez na por Camilo Castelo Branco {Noites,
-mroyto. P' t.4irii"
"'""• :i
V, p. .35) «Knvolvia-se n'um cafran
:

.1, que a»HÍ t< I

(híc) ou burnus, uma espiVúe de far-'

!-• VI-
rapo de panuo, que lhe cingia o
tronco, deixando solta a cabeça».


n Deixavam fluctuar á merco do,
1833.
vento largas vesU-s, ou os fartos bur-
a.s

..l:
nÚ8, e olhavam, talvez com mácua. as '

horda.-4 com (jue o Oecidente \


\>, 10f>.
— «A estes costumes chaiiiSo na os dias invadindo as terra.s outi
mittidas As raças indoniaveis e iumiu iMin
i ii/oa bulibullâo. que se forio arre-
I A.i..i..|.i por conta (IMn-y Pi-^,'o do doOricuteu. -Adolt'o Loureiro, No OrietUe,
I, p. 81.
r.>uto, I>éc. V, IX. .'!

• BUS ,- sem pi.; de>


• BÚNGUIO. Ouvidor p-rai ni» .ia-
sAnsc. btut qtiore dizor tgrança oa
pllo. coiilurm»' Hocarro. Mas b:nnff/i~,
-vidura de cereais, farelo, re-
'

em japoii.'s, quert5 dizer •!


inaH a sua forma neo-árica
:

do tr.il''"i'ii> (111 iiclii-lt' (1


:

' "III

,;. li
o bunguio, que é conietílíveii» ora geral».
_' ral, uma \vi certa
cou»ià aobjiàpòca ilv Naugava'iu^i chrisUlvs, 1810. — «Qeucros Bhúa que s&o: iiu(0|
CAliAlA 158 CABAIA

Nachinem, Orió, Piicol, Sanvó e Choiiulós». ])atente; a dos chineses é de seda.


— Pauta Aduaneira de Goa. Na índia insular ó uma espécie do
1824. — «Direitos de Bhus e sal jtcla
inediçào 20 rupias». — Ajmã Júlio Biker, penteador; trazom-no homens e mu-
Collecção de Tratados, xii, p. 3G. lheres náo indígenas. O étimo é o ár.
qabã (que na Berbéria parece assu-
* BUTICA. Nao se ox})lica no texto mir a forma qabãya, vid. Dozy),
o sentido especial em
que o vocábulo adoptado em persa. Afonso de Albu-
ó empregado, mas dopreende-so do querque emprega a forma caba [Car-
contexto que denota alguma espécie tas, VI, p. 292) «E Ima caba feita
:

de pórolas, diferente de aljôfar. O de cotonya de seda».


ár. bãtin, tambGm usado em persa,
significa «interior, inferior», e era 1516. —
«Aaidaom estes Mouros Dormus
acepção técnica designa «pérolas de bom vestidos de hílas camisas imiy aluas
mediana grandeza», isto é, da se- dalgodam delguadas e compridas. «Duar- —
te Barbosa, Livro, p. 261.
gunda Joeira, sendo três o número 1525. —
«Não falião hus com os outros,
delas. ^. Mas teria com efeito o autor nem comem betre diante d elle [rei], e me-
ortografado butlca, ou haverá vicia- tem as mãos nas mangas das cabayas,
ção da palavra na cópia ou na im- e põem os olhos no chão». Chronica de —
Bisnaga, p. 92.
prensa, devida a outro termo liomó- 1526. —
«Se os Gancares lançarem pe-
fono, botica, «loja», muito usada no didos joelas Aldeãs para ca bay a ou pacho-
Oriente ? ris, ou quaesquer benesses...». Foral —
de D. João III, in Archivo, v, p. 130.
16G3. —«As fazendas propriamente da 1538. —
«Leuaua hua cabaya muyto
terra são muitas caixas de marmellada, rica para Ilidalcão, a qual elle não quisera
muita tâmara e a maior parte de aljôfar e acceitar, por não ficar vassalo do Turco,
butica que se pesca em Bahrem pelos visto não ser costume entre os Mouros
Arábios de Catifa e Baeorá». —
P. Manuel mandarense estas cabayas, senão do se-
Godinho, Relação, p. 119. —
nhor ao vassalo». Fernão Pinto, Per egri-
1901. —«... who proceeds to sort them nação, cap. 8. ,

by the manupulation of a triple set of 1545. — o El se me enviou


Rey d'Ormuz
brass sieves, pierced with holes of differ- agravar que meus capitães e officiaes da
ent diameter. The pearls that are unable dita cidade o obrigavão a lhe dar cabayas
to pa.ss through the largest sieve are call- assim quando chegavão ao dito Reino, co-
ed «lias», the residue of" the second sieve mo pelas festas do anno». —
Carta Régia,
are « Batin», while the resulting contents of in Archivo, v, p. 186.
the third sieve are known as «Dzel». — 1551. —«Víraua vestida hua cabaya
Journal of the Society of Arts, em The Tra- de pano dalgodão branco, que he hãa rou-
vels of Pedro Teixeira, p. 176. pa apertada no corpo». Castanheda, —
Historia, x, cap. 16.
— «Hua vestidura, a que elles
1553. '

O chamão cabaya, que comumête os Mou-


ros vsão naquellas partes, comprida de
mangas, cingida e aberta por diante com
CABAIA. Roupão ou túnica, quo os hua aba sobre outra, a modo do trajo dos
orientais ricos usam geralmente. Venezeanos». —
João de Barros, Déc. II,
Yule &. Burnell presumem que o IV, 2.

termo era conhecido dos portugueses 1563. — «Também lhe deu huma ca-
baya de pano de seda, que ElRey despio
antes do descobrimento da índia.
e lha deu. Cabaya he seu vestido co-
. .

Mas muitos dos nossos antigos his- mo a nós he o pelote». —


Gaspar Correia,
toriadores descrevem^ o objecto e re- Lendas, i, p. 14.
putam-no oriental. É certo, porém, «Trouxerão a ElRey huma rica ca-
baya, que elle com sua mão deitou ao
que os portugueses comunicaram o Gouernador, que he a mor honra que lhe
vocábulo a alguns idiomas indianos. podia fazer segundo seus costumes». Id., —
V. Injl. do Vocab. Port. A cabaia ni, p. 620.
dos cristãos de Goa é talar e feita 1572:
de cliita ou chêla; a dos hindus, que «Luzem de fína purpura as cabniag,
Lustram os panos de tecida seda,
tem vários nomes vernáculos, é me-
nos comprida e de mangas estreitas, Cabaia de damasco rico e dino
Da Tiria cor, entre eles estimada».
e a sua fazenda é musselina ou pano Camões, Lusíadas, ii, í8e95.
CABAIA 15'.» CABAL

TT: paTfi'ndnlhe que o satia-


oní lhe de graude, Ca-
. .. touca. r.nu. — Primor e

ti

h
(\\1ULA MM) ('AnisnViín

came». Mas os iicssos cronistas en- bildas de Alarves». — Lummeniarios, iv,

por cabal «luua alimária, (1(^


tfiideiii cap. 7.

.lava e Siame, a cujos ossos se atri-


1553. —
O qual Rey por nome Atjoat
era daquella antiga liniiageni de Bemg-
buía a virtudo de vedar ou reter o bras hua das notáveis oabildas dos Mou-
sangue», h de presumir que tenha ros Arábios». —
João de Barros, Déc. II,
havido equívoco, tomando-se a pro- n, 2.

priedade pelo animal, que teria outro


1612. —
«Estava por capitão Coze Za-
nede, cabeça de todos os Amadizes, que
nome, o que parece ser o pangolim, he huma Cabilda quo vive no Magostão».
chamado kahalluvã em singalôs. — Diogo do Couto, Déc. X, ii, 11.
1635. —
«Podia haver oocasião de inten-
1553. —
«Esi>antados os nossos de tão tar contra a fortaleza de Soar, particular-
nona cousa, souberam dos Mouros que ali mente com a ajuda de um xeq^ie. chamado
tomarão, que aquelle osso era de liua ali- Amer, cabeça de uma cabilda». — Antó-
mária que auia ua Jaulia, a que elles cha- nio Bocarro, Déc. XÍII, p. 642.
maram Cabal: cousa mui estimada entre 1663. —
«Nem todos assistem nas cida-
08 priucipes daquellas i)artes, o qual tinlia des, senão em cabiidas nos campos e des-
a virtude de reter o sangue da maneira povoados: e anda nesta Arabia certa ca-
que elles virão». —
João de Barros, Déc. II, bilda de alarves, a que chamão Benge-
VI, 2. bra, a qual é das mais poderosas de toda
1557. —
«A manilha era hum osso de a ilha». —
P. Manuel Godinho, Relação,
umas alimárias, que elles chamavam Ca- p. 69.
bais, que se creavam nas serras do Reyno 1687. «Na Arabia marítima accrescerão
de Sião, e a pessoa que trazia aquelle osso, dous Reys, com o nome de Iman; depois
tocando-lhe ua carne, não lhe podia sahir que deyxarão o gouerno de Cabiidas;
sangue, por mais feridas que lhe dessem, como sucedeo na Mauritania, depois que
em quanto o tinha». —
Coimnentarios, in^ —
entrarão os Xarifes». P. Fernão de Quei-
cap. 15. roz, Conquista de Ceylão, p. 237.
1G34: 1880. —
Talvez nos camj)Os de Ceuta e
Tetuão, onde os árabes e kabiias usam
«No mais inculto da fragosa
Da .Tava animal
serra
fero, e raro habita, muito fazel-as» (as queimadas). Conde —
Que virtude nurn osso tanto encerra, de Ficalho, Flora dos Lusíadas, p. 22.
Que remora do sangue, o da agua imita. 1610. —
«They are divided into what
they call tayffas, the Arabs cabiley, and
A esquerda costa do animal precioso,
Abrindo-o vivo, lhe arran quei do peito: Ave cabilda, and the Tartars orda, all
Delia a manilha fiz, que o valoroso
Braço rodea,
meaning «a tribe». —
Pedro Teixeira, 2'he
e tem o sangue estreito». Travels, p. 94.
F. de Menese.s, Malaca ConquU-
tada, iv, 42-43.
1548. —
«Ordenou que não fosse a gente
CABILA, cabilda «Po- (ar. kahllã). toda junta, mas que fosse repartida em
vo de liuma Provinçia, ou tribu go- cabiidas, para que assim caminhassem
mais sem suspeita». — Fernão Pinto, Fere-
vernada por hum chefe». Fr. Jofto
grinaçào, cap. 196.
de Sousa. Parece que a definição de 1603. —
«Por persuasam de hum cassa-
Bluteau é mais precisa: «Ajunta- nar. se apartarão do Arcebispo, e fize-
. .

mento de gente Mourisca, antiga, e rão hua cabilda, do que se forão dar
aparentada, que vive no mesmo lu- nouas ao Arcebispo». —
Fr. António d^
Gouveia, Jornada, i. 38.
gar». Também ocorre o termo no 1614. —
«E todos os mais [grandes de
sentido figurado, que nao aparece Cambaia] andavão como em cabiidas,
nos dicionários, por «magote, ban- comendo, e senhoreando as terras que
da, troço».
achavão sem cabeça». —
Diogo do Couto,
Déc. VII, X, 8.
1513. —
«A terra (je estaa frouteyra de 1632 —
«Entrou na Egreja huma Ca-
Dalaca, he hua cabila de mouros sojeita bilda de Gentios, que trazia hum moço de
ao preste johan». —
A. de Albuquerque, idade de dez annos, alejado de nascimento
do pé direito». —
Cartas, i, p. 225. Fr. Luís de Sousa, Hist,
«Daly Suez de S. Domingos, iii, p. 371.
atá tudo sam cabi|as
d alarues». — Jd., p. 228.
1541. — «Eutre
os Badoiea nom ha rei, CABISONDO. Somente sei de Fer-
ou grande senhor; mas vivem em cabil- não Pinto, que emprega,© termo com
das: nos seus campos nom consentem al- relação à Indo-Cliina e em três sen-
gum lugar, nem elles tem morada certa-..
^- D. João de Castro, Roteiro do Mar Ro- tidos «bonzo de categoria elevada»,
:

xo, p, 235. «funcionário superior de alfândega»


1557. — «De Judá até Otor vivem ca- e «nau principal ou capitânia». Em
CAÇa.Nak 161 (JAVANAR

tonqninOs caí é tcabo», binh, ctro- 1599. —


«E logo foi eleito de commum
x/n, «rezar». Cabisondo, co-
j)a», o consentimento Jacob, Sacerdote Cassa-
mo composto dessas vozes, signifi- nar da Egreja de Pallurty». Sínodo de —
Diamper, in Archivo Fort. -Oriental, ir,
rigor «chefe dos fieis oa
1
p. 2í>a
Mas também há song, que 1603. — «CbamSo os christSos de Sam
quere dizer «rio»; substituindo-se Thomó Caçanares a seus Sacerdotes».
xin por song^ cabizondo seria «chefe
— Fr. Antonio de Gouveia, Jornada do Ar-
cebispo, 280. ti.

OQ autoridade do rio», e cabizonda, — «E por providencia do nosso


1(J03.
içílo principal ou barco em senhor porque foi o mesmo caminho, que
levou a Cacenar, aue mandou o senhor
cabizondo». '

bispo o anno passado... Onde achei o


I — 1541. — aNinguem era digno de ver mesmo Chatim que fora com o Caoenar».
certf>8 bonzMS (juc .
uàoCa- — In O Chrouiaía de Tissuary, iij, p. 186.
h:/ )ndo», t\\\f .s:"i'i (if ; e graos 16 10. — «... com todos seus sacerdotes
'"
' que os entro.-, cnu >
.

Cardials (a que elles cbamão Cassanares)». —


— Perrf/rinação, cap. 111. Diogo do Couto, Déc. VII, viu, 2.
* ' 's que se 1631. —
«Os oasanares, e vigairos
que nelles estiverem terão a mesma juris-
e dalli
>i.i", tbção sobre seus cristãos que os padres

\

]
• Cabizondo» ae cepa portuguezes nas outras igrt^jas». Âpud
" v.-Ja a terra fírnie». Ibid , — Júlio Hiker, Collecção de Tratados i, p. 284.
ap. 112
1- .

1684 —
«Teve recado de hum Cassa-
• Os geu8 [dos religioaos budistas! mavo- nar (assim chamão os cristãos de S. Tomé
por grão supremo chaniào Ca-
aes, a (jue aos seus Parochos, e Sacerdotes) que o
bizondo* dSo coubecem mulheres, se- certificava, de como hum paro [embarca-
griínlo deles se presume». Cap. llõ. — ção] chapara junto a Chituâr*. P. Fer- —
1''18. —
«... lhe pôs este grepo Cabi- nSo de Queiroz, Ilisl. de Pedro de Basto,
lo na cabefa hua rica coroa douro e p. 173.
ia a moiln (\r- mitra com a qual en- 1699. —
«De humas era lançado fora,
'eguj com grandissimo I
de outras mal recebido, em outra.s amea-
Cap. 196. - çado, tudo por ordem dos Cassanares
II —
-t) N<tiií.ii«'l com todos os mais (assim ehamão aos seus Sacerdotes aquel-
Capisondoa de Alfandega [do Aoameju. les Christàosju. —
Fr. Agostinho de Santa
- Cap. 49. Maria, Historia, p. 24.
in. —
«A cinza delle foi metida em
j

1701. —
«Cantarão os nossos as vesporas
ao rito Latino e depois de ní^s começàrSo
j

e a embarcaram em '

o.s Cassanares, ou, como se diz melhor,


' dizia a cabizonda,
i quarenta serooa es- Catanares, ai< suas eui lingua Suriaua».
I
,()$». — Cap 184.
— 1*. Francisco de Sousa, Orintte
Conquis-
tado, II, I, 2.
• CA6RAJ0IA (sing, kafjaragot/ã). 1893. —
«Passando para Angamale que
o mesmo que talagoia era a residência do arcebispo dos christaos
i
.
(q. v.), ou
de S. Tliomé, corrigiu algUns livros dos
juana.
oathanares, e queimou outros pelos jul-
1687. — «... cheirando neste aporto a
gar pouco orthodoxos». P. Casimiro de —
Nazareth, Mitras Lusitanas, in liol. S. O.
'
. cama-
L., XII, p. 463.
1'. F»'r-

,1,. ,, ,^.,,, .,,,,.-._ . ., -lí w < 'yi"''.p. 484. «Audiuntur instruunturque man-
1690.
cipia, propter huniilitatem atijue
inopiam
HAÇANAR, ca8tanar, catanar. Sa- contcmpta a Parochis, qui Cassanairi
te dos cristáos do S. Tomo na vocantur». — Litterae k. J . p. Hf<4.
I''>.'>5. — «11 buon Cassanara (cosi
uno li Kcelesiastici) cominei»") à do-
uarsi un poço». —
Fr. Vincenxo .Ma-
ia. U liTmu, qu« nào na, Vinygio, p. 133.
• ) nos dicionários mo- «Tutti se cbinmono CassanarI, nome
preso dali' Ar.ibico, che vuol dir« Coãiê
do malaiala Aaffa-
<>u-se
\kar,
Nair, cioè Sacerdote do' Nalri. Id., —
p. 155
II, que IHfíO. Cassanare. Sacerdote Cbrís-
ivrn kttttdiiniit ><|.i oiiiiiiM^t.i, , ... — Mgr. Sebaítiani,
BUgiTem Fr. \ iiavn/o Alaria
'

1711. ..I..I L.liirgie d<'s \f.i-


'
La Croze, do sirfaco tjcutU (- ca- labars appelli/. Caçanares <u
1

bia) e do malaiala nãf/ar (<^ nairo). cette langue [siriacaj. Ces Coçanaroa
II
caçapo 162 CAÇARA

sont les Curez des differeirtes Paroiases índia. Blutoau e Morais escrevem
establies dans ces montagnes, ou il y a
casapo, h imitação de Couto ; mas a
plus de cent mille Chrestieus, dont quel-
ques-uns sout encore Schismatiques». — etimologia indica como este o leria.
Lettres Édijiantes, xjt, p. 383. 1612. —
«A principal forão nove peças
1724. —
«11 so trouve parmi eux plu- grossas, em que entrava huma que os nos-
sieurs Caçanares, c'est le nom qu'ils sos chamauão o Casapo grande, e elles
douueut à leurs Prètes... Cest nu nom Samacasapo, que na sua lingua quer di-
compose dtí deux Languea Syriaque et zer, com el carniceiro porque os carnicei-
;

Malabare. II siguifie un Prêtre Noble, ou ros que cortâo as vacas lhe chamão Ca-
Naire». — La Croze, Hist, du Christiauia- sapo- Trazia outra peça que os nossos
.

me, p.54. chamavão o Casapo _pegMeno». Diogo do —


1786. — «Stava meço Ciandi Cassa- Couto, D(^c. VIII, 9, 33.
nar di Callurcadà, curato dl quella Chiesa «... tendo contra si aquelles Casapos
de' Cristiaui di S. Tommaso». Fra Pao- — arruinadores de tudo, que não davão que
lino, Viaggio, p. 129. não levassem tudo apoz si». Ibid., cap. 34, —
et passim,.
CAÇANEIRA, CATATIARA. Mulher —
1630. «Ficarão todos os pescadores, e
de caçanar. 08 que athé agora forão regatões de peixe,
1599. —
«Como as molheres do.s Sacer- galinhas, e qualquer outro mantimento, e
— Archivo
dotes, a que cliamão Catatlaras, ou Ca- os cassasses e marchantes».
çaneiras, nào só por isto tinhão o me- Port.-Orimtal. v, p. 1397.
lhor lugar no povo e na Egreja -.». 1727. —
«Casapo. He o nome de cer-
Sínodo de Diamper, iu Archivo, iv, p. 434. tas peças de artelharia na índia». Blu- —
1603. —
«As mulheres a que elles cha- teau, Supplemento.
mâo Catatlaras, ou Cassaneiras, são CAÇARA, cacera, cachara. Planta
por isso mais honradas que as outras». — —
Fr. António de Gouveia,, Jornada, fl. 59. ciporácoa /Scirpus Kysooi', Roxb.,
«Mas nem com ver isto com seus olhos, que dá tubérculos comestíveis. Do
quis desistir de dizer que era sua molher, concani-mar. kacliar. Os ingleses
nem deixar de se tratar como tal, nem ti- chamam-lhe caltrop ou ícater chest-
rar o sinal de catiara, e molher de sacer-
dote, que he hua cruz ao pescoço». Id., — nuts.
fl. 79 V. 1333. — «Outra das suas frutas he a que
1616. —
«Estas suas mulheres se cha- elles chamão Cacírá, ao pé da qual ca-
majn Catatlaras, ou Cassaneiras, vão a terra, que hc excessivamente doce,
que quer dizer mulheres de Caasanares, e se assemelha á castanha». Ben-Batuta, —
que são os Sacerdotes, c assim por isso Viagens, ii, p. 23.

eram as mais honradas». Diogo do Couto, 1563. —
«Não he senam huma fruita que
Déc. XII, III, 6. nace na vasa debaixo da terra. e depois . .

de seca a vasa sae fora, como as tubaras. .

CACER (s. m.). Antigo direito adua- Chamase caceras». —


Garcia da Orta,
neiro sobre o bétele seco, em Ba- Col. XI.— «O "Caceras» de Orta deve
ser o Scirpus Kysoor, Roxb ... O Scirpus
çaim. Do mar. Jcãsri, «fruto secado
Kysoor, commum na zona occidental da
em talhadas». índia, .vivendo nas terras alagadiças e mar-
1554. —
aPatiager e cacer, que he a
gens dos tanques, tem o nome vulgar de
kachara ou kachera muitíssimo similhante
renda de betei que vay para fora de Ba-
çaim e Agiiacim, que sempre auda junto». a cacera». —
Conde de Ficalho.
— Simão Botelho, Tombo, p. 158. 1634. —
"As fruitas são quasi todas as
que se dão na índia, e em particular mui-
*CACANHÚQUI tas mangas e caçaras, que são como cas-
(jap. kakanyoki).
Amplexo geral entre os cristãos do
tanhas». —
António Bocarro, Livro das
Plantas das Fortalezas.
Japão. 1810. —
aGidgul, galhos, cachar, pe-
1565. — «Dom Bertolameu os convidou
dra liume».— Joaquim C. Soares, Doe.
Comprobativos, p. 434.
ja hua vez por via do cateringoto em que
lhe deu o cacanhuqui e diz que o a de 1900. —
«Caçaras são batatas saboro-
fazer cada mea hua vez e pedio perdão aos sas que se encontram nos tanques em toda
Christãos de o não poder fazer mais por a costa do Guzarathc». António F. Mo-—
sua pobreza».— P. Belchior de Figueiredo, niz, Hist, de Damão, i, p. 76.

Cartas de Japão, i, fl. 204. 1908. —


«... but enumerates the follow-
ing spieces of Scirpus as aâ"ording edible
CAÇAPO (ár. qasãh). Carniceiro, products: (a) the bulbs of S. grossus, the
kysoor or kachara, and (b) the seeds of
magarefe peça de artilharia. O ter- —
;
S. maritimiis». Watt, The Commercial
jno é usado em várias línguas da Products, p. 466.

I
CACKIU tní? CACHA

CACATU. cacatua, catatua [m:\\. iir.iiiv»», (HTivado <io ár. kasb, que
htk'ituraK I''<.|«.mIi' papagnio
tie (\n siu'iiitica «arte, protíssào, comércio».
íauieuté branco no sou dicionário
>[oles worth,
- .- - -- ^• tambOin lhe atribui o signi-
ata,

1727. — «Catatúa Pasaarn. que se ticndo de ciio de prata muito fino».


'i'3 : Cacebí dove, portanto, ser «o que
iro tt-m tio de prata iio seu tecido». Ou-
^^ It. nil. d" uico i
tras acepções de kasb'i nflo tem apli-
vm o faz ser da
- 1 ti lido con ti- cação uo caso, a nâo ser «artístico».


que tomou 1525. — «Tafecyra
abaryary caceby
... ,,, nto. vali a corja vynte e sete tamgas e mêa».
ii>. — nA> -
)9, que ha de co- — Lembranças das Cousas da índia, p. 50.
,r.í:i< ,! ,.
maior vo-
i.,.|o

lte por uma CACHA (dravíd. kackcha). Pano


.0 a ave ou «Na Índia
cru. dá este nome a
so
-;iz, e que na

.1 graça». — huns panos de alfçodâo ordinário que
se fazem no Ãlalabar». Bluteaa,
Ultra cacatuas que Supplemento *. V. encachar.
brancos maiores que os
:t5.
s
com uma espécie de 1511. — «Por este tos mando que dea...
tinao amarellas côr de duas caxas
de canbaia dez tafeciras dal-
— Âunae» Mtiriiimoe guotiá e nove serafis hem dinheiroa. —
olii Afonso de Albuquerque, Cartas, vi, p. 428.
«K de neve no resplandecente 1513. —
«Quatro beyrames e duas ca-
V 'lo das cacatuassulphu- chas, sete cotonias dalgodâo». Id., it, —
dtí Castro, Flores de Co- p. 107.

'

1514. «Vos mando que des antonio e


l. — . La terza fespécie de papa- a gaspar e a belchior francisco e a Joane
'
audi come galliue
' e aluaro... a cada búu húa cacha e duas
*

dire pregiati ;I
eeroullas ou pano pêra ellas». — Jd., ti,

altri». Nicolo — p. 156.


341. — n2 colchas, sendo uma de ca-
1546.
, fl.
cha». — Espolio de Jorge Balthazar, in
Hoi. S. G.L., IV, p. 2ÍK).
— «E as8Í o tirar himi com su-
15í)9. fio


l'<irdauvee». — Lin- persti^'So qiiaudo se cortuo as cachas,
ou outros panos». — Sínodo de Diamper,
.
,
H7.
Oaccatua ê parimente \c- in Archivo, iv, p. 489.
111. ni\ Oiii iitale, e dfUa 1611.— oNfio sendo o menor [embaraço]
'
ato da Por- D Isabel e sua filha D. Luiza, as quaes
traziam os escravos do capitão mór As eos-
<u cachas concertadas ao modo do
'

do Hr!i/il, quo em Cuama chamam


iras». IJist.—Tragico-maritima, y,

kl. Viuctiuo Mi^íi4^ ,


"''^^- — •K '^•"'^* l'*""* *? '' '^«'
I do unindo se trazcin a.<i tin ;is,

u,-rc Milk V,- "<, bofftá», enrolados, cac nu», <)ei-


i;ih,
:

Cockatu' •». — P. Manuel U<»dinlio, Jírloção,


— Fryer, Au«í
,

'Ui líiuitam». India, i,


16H4. - «Faltou bum anno na Rouparia
' -r- ka- do Collegio de Cochiin, em que assistia o
..,s _^0
Irmio Pedro de liasto, roupa branca ; por
I Min
iit i>t'
. ... ,........-.... nj.tícies».
,M. w..^ .»
.\..l'^Um.A^:„ 4..,./.

Watt, The Commercial Products, p. 188. io»

'I. Vem o vocábulo num di-


.11, ,. u;>M.;i;,.ado de «espó- .•o-
Ml-
> o dÍ7. i}!ual-
-soa
ludiciuu di«tiuuiuieul« a pútris
cachahi 164 CACHEMIRA

nâo chegarem cachas da costa da Pes- faz-se cozendo o arroz em água ou


caria, de que aquella oficina se costumava manteiga com alguma espécie de
prover». —
P. Fernão de Queiroz, Hist, de
feijão ou lentilha descascada e par-
Pedro de Basto, p. 545.
1687. —
«Pagasse quatro lans, ou húa tida é a ôste que se referem as abo-
;

cacha que os valesse, por cada amanão, naçOes. Em Goa prepara-se khichaãi
aos donos das hortas, e arecaes». Id., — doce com trigo, legume seco, sumo
Conquista de Ceylão, p. 848.
Ití97. — «Ordenaram huma embayxada de coco e jagra.
ao mesmo Capitão de Cochim com hum sa- 1333. —
«Outra o Almanjo [= muwcfo],
guate de oyto pérolas de preço, com vinte que com o arroz o comem com manteiga,
mW fannens, e algnas cachas de estima». a que chamão Coxr do que almoção todos
— P. Francisco de Sousa, Oriente Con-
i

os dias, que he entre elles como as papas


quistado,
1727.
I, ir, 1.
— «That Country (Tegnapatan) no paiz da Mauritania'^. Ben-Batuta, —
Viagens, ii, p. 24.
produces Pepper, and coarse ClotH called — «Nesta
[prisão] morrerão mui-
catch as». — Hamilton, in Glossary.
1695.
tos [ingleses],porque em barriga ingleza
% CACHÃO. Conforme Diogo do agua' sobre cacherim de lentilhas he
prognostico de morte». -^ Cosme da Guar-
Conto, é o vento noroeste; conforme,
da, Vida de Sei-agy, p. 31.
João Ribeiro o Fernão de Queiroz, 1760. —
«E aos almoços huma vez se lhe
ó suão, e conforme o ótimo tara. ka- [aos soldados] dará atolla, e outras ca-
chckãn, ó sudoeste. E o vento que cherll com salgado e achares». Ápud —
Júlio Biker, Collecção de Tratados, vii,
sopra entre a índia e Ceilão e difi-
p. 185. — «CacherM, arros e grão cozido
culta a navegação. com manteiga». Nota. —
1614. «De Tutocorim foi atravessando 1631. —
«Unde jugiter famelicum ven-
a Ceilão com bom tempo; e sendo já á
trem familiari explent victu, quem vocant
vista daquella Costa, lhe deo hum tempo- KItsery, componitur è pisis et pauxillo
ral, a que os naturaes ahi chamam Ca-
oryzae, haec ita mixta cum aqua foco ad-
cham, que é vento Norte, que alli fica movent, et tantisper relinquunt, donec le-
sendo travessão e he tão perigoso, que de gumina et far humorem omnem ebiberint».
;

maravilha escapa o navio, que toma no


— De Império Magni Mogolis, p. 121.

mar». —
Diogo do Couto, Déc. X, v, 9. 1655. —
«Li Guzaratti gustano certa
«Começou a ventar o Noroeste, que alli specie di cibo, qual chiamano Chicciri,
chamam cachão, que he travessão, e na- composto de riso, e piselli piccioli, negri,
quella Costa venta os mais dos dias». — pestati, quali condiscono com' ogn' altra

cosa con oppio» (!). Fr. Vincenzo Maria,
Id., Déc. X, X, 8.
1685. —
«Os ventos geraes, que todo o Viaggio, p. 261.
1666. —
«II répondit sans hésiter, du
anno cursão [em Ceilão], he o Norte, e o
Sul, e chamão áquelle vara e a este ca- kichery, qui est un melange de legu-
chão, e ambos formão na Ilha dous in- mes, le manger ordinaire du menu peu-
vernos, e dous verões». —
João Ribeiro, ple». —
Bernier, Voyages, i, p. 208.
Fatalidade Histórica, ui, cap. 8. 1673. —
«The Diet of this Sort of
1687. —
«... deuendo partir de Goa People admits not of great Variety, their
delightfullest Food being only Cutcher-
antes de acabar a monção da Vara da
parte do Norte, que cursa por todo Março; ry, a sort of Pulse and Rice mixed toge-
primeiro que começasse a do Cachão da ther, and boiled in Butter, with which
parte do Sul nos primeyros de Abril». — they grow fat». —
Fryer, East India, i,
P. Fp.rnão de Queiroz, Conquista de Ceylão, p. 94.

p. 797.
1750. — «Les trois plus conununs dans
riude sont le Curri.i le Kitcheri et le
CACHARI. Aparece o vocábulo em Pilau... Le kitcheri étuvéest un ris

alguns dicionários como sinónimo de avec une certaine legume appellee Dholl,
qu'ils regardent comme très-saine et nour-
«caril»; mas não é tal. Em concani, —
rissante». Grose, Voyage, p. 243.
marata e hindustani, khichadl implica
o conceito de farragom, mixórdia, CACHEMIRA, casimira. Tecido de
tendo por elemento principal algum la fina emacia de cabras de Tibete,
legume seco *. O cachari comum o qual na índia, princi-
se fabrica
palmente na província dé Caxemira,
1 «Here a great Plenty of what they
is vale do Himalaia ocidental, de que
call Ketch ery, a Mixture of all toge-
tira o nome, que agora se dá às
ther, of Refuse of Rough, Yellow and Une-
qual, which they sell by Bushels to the
imitações de outras procedências.
Russians». —
Fryer, East India, ii, p. 361. Y. chalé.
CACHOXDE 165 CACIZ

• CACHIL. Titulo dos príncipes marques de devera characters, ainers au


i>r,nii..r goust mais aprés fort doux. IU
lias .Afniucas. Do mal. kaychlU.
:it le coeur et font avoir três bonne
1" D. \i.'T.. .!(• dar obediência ao
que ali ya, por-- 17»)b. — To
these three articles (betel,
oatro tanto como
ia areca, and chunam)
is often added for lu-
ao de 1 idoreu. — (.astanheda, Historia, vi, xury what they call oachoonda, a Ja-
cap. 6G. pan-oarth, which from perfumes and other
«Cachil Rad-' h « L'n. niador de Ti- mixtures, chiefly manufactured at Goa, re-
dore, quo era niuyto <v-.í"(.ryado, e sabido cf.ives such improvement as to be sold to
na guerra não estaua na cidade». — Id., advantage when re-imported to Japan».
vui, cap. 5. Grose, in Glossary.
do Maluco lia hnm
1.'>•); — «Entre os
aCACHOOBONG (s. m.). Estramo-
prcniiui' de honra que lie Cachil, como
entre nos Dom, e dizem Cachll Da- nio de Sumatra». Domingos Vieira.
rtH^>. Cachil Vaiduau. João de Harros, — O mal. kachuhong é o nome da da-
Déc III, V, 6.
tura (q. V.), e a sua correcta trans-
1097 — «Fomentavão eate ódio os prin- crição em portuguôs deve ser cachu-
Caohis (titulo de mayor nobreza,
lei». — P.Francisco de Sousa, bão. Cf. gudão do mal. godong oa
-^.1,111,1. gudong.
1 n la Fortaleza de Ter-
..i> iMMi.i.tt, con sospcclia de ve- CACIUBi) . Esta palavra de origem
— quimbundo kixima — em-
ii;it-

il, ii", li.ii ' jM^r industria de Cachil de africana


\ .- , '
)go de que le dura.sse inàs la
pregase na índia Portuguesa no
.
;

:: que tenia del Key no». —


í .i, Asia Portugv'^" " 264 sentido de «mangra ou neblina», que
costuma aparecer na estaçào dos ter-
Cacho. V. cato. rais (q. V.), isto é, em Dezembro e
CACHONDÉ, cachundé m.). Bo- (s. .Janeiro, e cresta a inflorescência das
•>, aroca. açúcar o outros árvores, especialmente de cajueiros,
- que so usa na índia o mangueiras, e figueiras. Na África
na Malásia para perfumar a boca. A e no continente tem o vocábulo mais
palavra é composta de duas malaias, significações. O termo correspon-
kãrhu, «cato», e ondeh*, bolo. dente em coucani é pãlvi.

1619. — «De cada candil de oaohundy 1916. —


«Pelo aspecto de mangueiras
eo r,n,T.jr^ de dirpit'>.'? meio pagode». — lie- que quasi em toda a parte apparecem flo-
Vedor Nuno Vaz. rescidas, espera-se boa producçâo de man-
._ - nCachondé. He huma compo- gas, este anno, caso não haja damno pela
sii^lo
. .

de almiscar, e âmbar, com o sumo de cacimba». —


O Ultramar, de 28 de Ja-
ums (].• liiim.i ;ir\ oil' il.i Inrlia, chamada neiro.
ti'

'
;

;'>nsa, e ae faz 1917. —


«As mangas começarão a vir
... una grSosi- .' ao mercado, produto das mangueiras felizes
,

que se trazem na boca, e são bons que sejam mais tamporan.-; e ttMiham esca-
iiii

ji:i':i
-.

ó bafo, f f.-.taiiinr"" - I'lntoau. padí» H calcinação du cacimba». O Ul- —


;T"' i grandes tramar, de 13 de Abril.
'L hundé e
... -( loK.d tlt' píiatllhas de CACIZ. Sacerdote inuçulinano. Km
Mn ' cachundé »• brancas» árai)0 a palavra qaals, de origem
siríai-a, significa propriamente, se-

''.
gundo Dozy, bem como o persa kas-
\
chléh, «sacerdote cristílo»; mas os
.

!

PA qn'i>Ues [damas de Goa]
ir (le la Hcttele et nossos indianistas nllo a empregam
iie est pour catre muito neste sentido.
nr»', (iiimne aussi 'i

_'eut beaucoup d'f (1497). — «Mandou ElRey o Mouro e


t, et Uí^ent df I elle o seu Caciz, homem velho de
Cachundé fa authoridado, que era o seu princi-
-; poll I li 1 1 1- iiiii- sacerdote da
ji.ii .sua Mesquita». —
Gaspar
>!•. — Linschoten, Correia, Jjenda$, i, p. 49.
ii. .--. |. "1 .\ ; » do Dr. 1'aludano : 1529. — «. . . se foy que!*'"- •^ »">.»;»'«
«La Cachundé a nion opinion i-st faite do mie mandara faxer ai>

d'uue cípcce de Gallia Muocata avfc iu» oaclz mór de todas as terr.u. .

de RegalÍMe. Les gasteaux en sont noirs, — Id., III, p. 366.


CACIZ 166 CAÇUTO

1535. — «Tanto que a carta foy lida ao que seruião como de Desembargadores,
ydalcão, mandou chamar os seus cacizes homens velhos e veneráveis em suas pes-
e homeCs de conselho». — Chronica de Bis- soas». —
Id., p. 156.
naga, p. i!5. 1632. —
oE era tradição de seus ante-
1537. — «O Caciz Moulana q ja ahi era passados, que dous Cacizes da Franquia
chegado cõ mais outros dez ou doze seus (tal nome dão aos Sacerdotes Christãos)
inferiores tambom Cacizes da maldita vindo áquelle lugar em tempo, que era no-
seita, requei'eo ao Herodim Sopo Capitão bre cidade. forào mandados matar polo
.


.

da cidade, que nos mandasse de esmola á Rey delia». Fr. Luís de Sousa, Hist, de
casa de Meca». —
Fernão Pinto, Peregri- í).Domingos, iii, p. 246.
nação, cap. 6. 1687. —
«Já lhe chamauão, aldeã dos
1552. —
«Hum mouro branco que era Mouros; com seu Cassís, que os ensi-
oaciz dos mouros, que em nossa lingua naua, e hia propagando sua Seyta nos
quer dizer clérigo». —
Castanheda, Histo- Chingalaz». —
P. Fernão de Queiroz, Con-
ria, cap. 7. quista de Ceylão, p. 606.
«Achou culpado na morte da jjorca a 1749. —
«Mas os Caziques (assim são
Cachil Vaydia tio dei rey, e caciz mór chamados naquelle povo os ministros da ley
que entre elles he como entre nós ho Papa». de Mafoma) fizérão requerimento ao Rey,
— Id., VIII, cap. 19. para que o mancebo fosse restituído». —
1552. —
«Là teve modo que se meterão P. Crasset, Hist, da Egreja do Japão, ii,
08 seus cacizes entre elles com que se p. 152.
concertarão que causou partirse logo An- 1785. —
«Desta Cidade e povoação fo-
tonio de Saldanha e Ruy Lourenço com ram lançados fora os Portuguezes por in-
elle». —
João de Barros, Déc. I, vii, 4. dustria dos Cacizes ou Padres Mouros».
1557. —
«Tinham também por si os Ca- —Apud Júlio Biker, CoUecção de Tratados,
cizes que lhe faziam grandes pregações, xii, p. 18.
dizendo que os Portuguezes eram arrene- 1885. —
«O cacice dorme, havemos de
gados e ladrões». —
Commeniarios, iii, voltar aqui amanhã muito cedo para dar-
cap. 16. Ihc novos parabéns c receber algum sa-
1566. — «... matarem um mouro ca- guate». —
P. Vítor Courtois, Boi. S. G. L.,
ciz- . • estando em oração na camará da v, p. 504.
galé em quevinha, ávido entrelles por ho- 1905. —
«Kasi é derivado do árabe
mem sancto». —
Damião de Góis, Chron. Kashih ou Kasis, significando um «pres- =
de D. Manuel, ii, cap. 25. bytero», =—
«um padre» christão. Os —
1567. —
«A todos os infiéis que tem por escritores europeus empregam o termo
oficio sustentar suas falsas religiões, como jiara designar um sacerdote mahometano,
são cacizes dos mouros, e os pregadores e os mussulmanos i)ara significar um secer-
dos gentios». —
Primeiro Concílio de Goa, dote pagão, isto não mahometano». é, —
in Archivo, iv, p. 11. Herculano de Moura, O Oriente Portuguez,
1589: II,p. 504.
1542. «Extitit Saracenus Caciz, idem
«Estas bapdeyras tam diíFerenciadas
ac Magister Mahometicae disciplinae, eru-
Das outras na materia, e no ornamento.
Dizem que do Cnclz forio mandadas ditus imi^rimis... Suns cuique viço Ca-
Que lá em Medina tem assento». ciz est instar Parochi; Cacizes, autem
Francisco de Andrada, O Primeiro nihilo magis, quam alii, scribendi legen-
Cerco d» Diu, xix. dive periti». — S. Francisco Xavier, Epist.,
1602. — «Hum
lib. I, 10.
Vaydua muito parente
de Daroes, douto na. lei de Mofamede,
e
1588. —
«Di piu perche i Cacizl (con
questo nomine se chiamano i saceridoti
principal cassis e Sacerdote entre elles».
— Diogo do Couto, Déc. IV, vii, 7. delia superstizione Mahomettana). .». .

1603. —
«... sabendo que os chamava
P. Maífei, Le Istorie, p. 570.
1670. —
«Chiamano i Sacerdoti ordina-
para fazerem o que quizessem os Caci-
zes frangija, que tinha consigo, que assim rij Casls, ò con altro nome Schierifi,
quali come anche i Vescoui, non si distin-
chamão aos Portuguezes, e ainda a todas
guono neir habito da simplici Secolari, si
as nações da Europa em todo o Oriente».
— António de Gouveia, Jornada, fl. 32. non per ragione dei Turbante piu grande».
Fr. Vincenzo Maria, Viaggio, p. 58.
1609. «Atado [Fr. Nicolau do RosárioJ
de pés e mãos a um pau o assetiaram e
1875. —
«Every village [de Socotorá] had
its minister, whom they called Kashfs
acabaram de matar cruelmente ás frecha-
(Ar. for a Christian Presbyter), to whom
das por ser religioso a que elles chamão
Caciz». — Fr. João dos Santos, Ethiopia
they paid tithe». —
Yule, Marco Polo, ii,
p. 399.
Oriental, p. 135.
ii,

1609. — «Kespoudeo em alta voz Cas- :


* CAÇUTO. Nome dum estofo in-
sis Frangi, que quer dizer, são sacerdo-
tes dos christãos». — Fr. Gaspar de S. Ber-
diauo, que ocorro, como tantos ou-
nardino, Itinerário, p. 59. tros,nas Cartas de Afonso de Al-
«£ depois os daua a quatro Cacises, buquerque, sem nenhuns elementos
CADEIRINHA 167 lADI

da natureza o da pátria
t!u(ii!,\tivo8 faz-sc uso de cadeirinha, (ii> que ha duas
variedades: a «da montanba», iimito leve.
da ía/fiida. Se a palavra 6 abrevia-
.

A cadeirinha fechada ou de visitas, é


gílo do neo-árico kalasiit (do sAdsc. uma espécie de guarita quadrada». Joa- —
klla. 'ipn-to osõfrd, alinha»), dovo- >. quim Calado Crespo, Cousas da China,
nn»s tnt-nd. r iin; icoido preto ou em - p. 30.

quo predomina a cOr preta». O persa «CADELARI, s. m. (Palavra asiá-


kãlu quero dizer «roupa preta», mas tica), rianta do Malabar da família
8Ó por si nfto pode ser étimo de ca- dos amarantos». Domingos Vieira. A
çuto. palavra vem mencionada por Rheede
lóli. —
«... de caçutot, de tagadia, como nome malaiala de Achirauthea
d.' Kirtangis, de çerqueres, de panoa de áspera, Linn. «Radia cathaftica est»,
caiiiliaia». —
In Cartas, v, p. 248.
diz 6le; «trita et butyro decocta
Davcrâo todos pauos de caçutos, de
ycrijutrcs, de tagadisu. — Ibid., p. 25'2. dysenteriae medetur; decoctum ex
Laucees em despcssa ao feitor cin-
• illa praeparatum stomachum confor-
quonta ])aDOs de cauibaya nove teadas e tat, flatus dissipat, flegmata corri-
qu.-itro caçutos
quatro tafeciras dalgo-
uão duan carqucras quatro inStrizes».
e
— git, cálculos vesicae infringit». —
Ibid., p 26^
«Podem-se comer as folhas como
hortaliça; sendo frescas, attribuem-
CADEIRINHA. Desi-^^na aomaunente se-lhes propriedades diuréticas». D.
era Goa amachila ou liteira com dois G. Dalgado, Flora.
as'^t^ntos a modo de cadeiras, em
aiiibos 08 extremos, na qual se faz CADI. (ár. gãdl). Juiz, entre os
transportar unia ou duas pessoas e maometanos. Confunde -se às ve-
que ó conduzida à cabeça por qua- zes, quanto ao significado, com caciz.
tro homens. As cadeirinhas da China Xa índia também se diz cagi. O cadi
sSo de outra espécie. V. Andor, do- julga todas as causas de direito civil,
lÍ7n, machila, palanquim *. criminal e religioso, com apelação
para o mufti.
1825. — «Kien-Long sahiu detraz do
iinui colliua, sobre uma cadeirinha des- 1329. —
nO Cady julga o que pertence
(• I't'ita, conduzida por de^esei.s otHciaes aos negócios de justiça, e os outros negó-
iiiilitares». José Inslácio de —Andrade, cios os mais do conselho, que sSo os Viai-
Cartai, i, p. 146. res e Amires». —
Ben- Batuta, Viagetis, r,
1842. — «Machilas, dolya, e cadeiri- p. 322.
nhas •>*»!VHfn om VP7! df* carriiaçtiii, para 1553. — «Os quaes embaixadores vinhfio
t de UI13 em nome do CadiJ do Cairo, que naquelle
Mariti- tempo representava em dignidade do pon-
mus, p. 4 Jl. tificado dos Mouros o que erão os Califas
1880. — «Depois é alguma aristocrática da Arabia, que já ii3o auiSo». João de —
cadeirinha de .Mandarim, que koulin Barros, Déc. II, viii, 6.
liif-i' vi'stidoB d'azul, de rabicho solto^
*
153*J. —
«Se o portuges for culpado o
I'jante para os ouuidor dos portugeses o julgarii c se o
'
'

lo» Eça de — mouro for culpado o cady da justiça mam-


Qiiiii"'/., I / .1/ .t.t. dará nele». —
Apnd .lúlio Biker, CoUecção
1883. — »l': que se preza, tem, de Tratados, i, p. SC).
V " sua cu.iv^ié inha, com oh seus 1557. —
«Este Cadi do Cairo he huma
unifonuisadosu. Adolfo Ivf)u- — pessoa principal qut; ali está couio Cacíz
r ., rir,,.,,/, , ,, :<i2. maior de Meca, e c<mHrnui o GrSo SoIdSo
1 Mw feita.s de bam- do Cairo quando o elegem». Commenta- —
I iiitci ;i-\ III i>s:m ftn- rioê, IV, cap. 16,
nhas, I < . 1593. —
«A outros [faz o Gr5o Turco]
'
/(• / <lr I : vor- Kerlcbis, Chauses, Caodis, que sHo como
simpltís Corregedores, e justiya.s mores das Cida-
'
— ('<ill(i«! des». —
Fr. PantaleSo de Aveiro, Itinerá-
tie AiU'v, ./ ) .
Mi(u<in,Yt. 107, rio, p. 13.
l^'.'i^ 'I' lucnas (itstanoias 1G09. — «Na qunl ilha \ár TanA, nn ín-
dia! r,' ta\,i i:

17;>3' —
"Ltvavilu a S. Kx.* oito Ca- cujo governador eutrn» i lu \\u\ utoiíio vha-
deiraa C'liina.s vestidos, uniformcmonto de mado Meliiitie, c cassii» nuiior otitro clui-
seda». —
F. Nowieliio, Jíelaçào da Jornada, mado Cadi, o qual era como bispo dos
CàDI 168 CAFATAR

mouros». — Fr. JoSo dos Santos, Ethiopia ressort du Cadi». — Raynal, Hiaioire, ii,

Oriental, p. 78.
ii, p. 70.
1(512. — «Disto tudo SC passarão instru- CADUCA (cone, kaduk). Brinco de
mentos em lingoa Persa, assinados por Mir
Mahamude, e pelo Cadi, lingoa, e mais orelha da mulher liindu, no Conc3,o
Êessoas principais». Diogo do Couto, — e Malabar.
éc. V,
161Õ.
I, 12.
— «Avisaram o povo da parte do
1874. —
«... outras com carabans ou
cravos engastados de rubis e pérolas, ou-
Pandiane, a que os Arábios chamam Ca-
dy». — Pyrard de Lavai, Viagem, i, p. 124. tras com pingentes de ouro e caducas».

1627. —
«Ha também para o governo da Tomás Ribeiro, Jornadas, ii, p. 104.
1786. —
«Le giqje che prende la sposa
terra dous juizes, a que chamam Cádis,
dopo che è vestita sono... Cadacam,
um é justiça para os mouros, c outro para —
os turcos» (em Argel). Joslo C. Masca- — una senaniglia d'oro dal gomito in giíi».
Fra Paolino, Viaggio, p. 206.
renhas, Hist. Tragico-maritima, viii, p. 79.
1750. —
«Apresentou a parte testemu- CAFARRO. Portagem na Palestina.
nhas, que forão preguntadas de tal sorte
em favor dos presos, que a alguns mandou
CAFARREIRO. Cobrador da porta-
arrancar as barbas por falsarios entre ci- :
gem. Do ár. khafra, «protecção».
las achou este castigo hum cazi da aldeã».
— O Chronista de Tissiiary, 1Õ29. —
"Achamos huma casa, ou choça
ii, p. 64. feyta de madeyra, cuberta de rama de pal-
1765. — «Ao Cagy de Pondá das suas meyras em que estauão Mouros que arre-
:

propriedades que estão encorporadas na cadão tributo de todo o judeo, e Christão


Fazenda Real. ». Joaquim Soares, Doe.
. .
que por alli passa: que elles chamão Ga-
Comprobativos, p. 132. far («/c), que valerá de cada cabeça este
1580. —
«Per suo gouerno haueua un tributo vinte, e quatro, ou vinte, e cinco
Sangiaco Turco, e un Cadi, & è ripiena reis». —
António Tenreiro, Itinerário, c. 46.
di molti huomini timorati».- Gasjiar Balbi,
Viaggio, fl. 8.
1593. —
«... por me dizerem os almo-
creves, que havíamos de passar por hum
1610. —
«There is a kadi with civil and lugar, donde se pagava cafarro, que he
criminal jurigliction. The kadI of our time hum direyto como portagem em Portugal,
was said, by both Moors and Christians, to e alcavala em Castella». —
«... passado
be not only an accomplished natural phi- aquelle tão áspero encontro ficando os ca-
losopher, but a most upright judge». Pe- — farreiros feridos, e sem cafarro». —
dro Teixeira, The Travels, p. 116. Fr. Pautaleão de Aveiro, Itinerário, pp. 434
1615. —«I Cadi sono Giudici, dei quali e 435.
ue ne è vno in ogni Città, huomini dotti in 1615. —
«Haueuamo di piu due, ò tre di
legge non solo humana, ma anche diuina loro, che chiamano Cafari ò guide huo- :

e spetta a lore tutta quella giurisdittione, mini tra la uatione di rispetto, che mos-
che frà noi a i Giudici, ò a i Prelati in Ro- trano, e assecurano la strada». Pietro —
ma».—-Pietra della Valle, Viaggi, i, p. 152. della Valle, Viaggi, i, p. 276.
1616. —
«Le Cadi en luge fait empri- 1660. —
«Cafar. Gabella, Dogana, ô
Bonner ceux qui doiuent, lorsqu'ils se sont datio de' soli Christiani». —
Mgr. Sebas-
obliges par écrit». —
Terry, Voyage, p. 27. tiaui, Seconda Spedizione, p. 148.
1620. —
oLeur Cady ou Euesque avoit
predit ce tremblement il y a quatre ou CAFATAR. Feiticeiro asiático, que
cinq jours, et qu'il viendroit sur la pleine se supunha matar homens só com a
Lune, comme de fait il y est survenu». vista e devorar-lhes in visivelmente
General Beaulieu, Mémoires, p. 57.
— os corações. Fr. José de Monra de-
1663. «II asrfiste régulièrement une
fois {lar semaine accompagné de ses deux clara não conhecer palavra arábica
premiers Itadis on chefs de justice». — com semelhante sentido. O termo
Bernier, Voyages, ii, p. 37. aparece empregado na zona da in-
1666. —
«II y a à Sourat. un Cady . .

fluência da língua pérsica. E de pre-


qui est établi pour les Loix, à qui on a re-
cours en cas de contestation». Thevenot, — sumir que o seu étimo seja o persa
Voyages, iir, p. 56. kaftãr, que significa «hiena», mas
1673. — «As their Law-disputes,
for
que podia designar metaforicamente
they are soon ended; the Governor hear-
ing, and the Cadi or Judge determining
indivíduos tão ferinos.
every morning». —
Fryer, East India, i, 1343.
• — «Ha [doa jogues] quem
delleh
p. 93. olha para hum homem,
o qual por causa
1676. —
«Les Cadis sont au dessous da sua vista cahe morto. O vulgo diz :

des MoUahs et doivent avoir conuaissance quando he morto pela vista, e se divide
des loix et de coutumes dupais». Taver- — pelo peito, e se achava sem coração que
nier. Voyages, II, vi, p. 40. elle o comera. A
maior parte destes feiti-
1770. — «Les affaires civiles étoiení du ceiros são mulheres, e o que faz isto, cha-
CAFE 169 (Afila

la-sr Kaftan». — Ben-Batuta, Viagens, aimo, é co«a di aostanza». Pietro delia —


Valle, Viaggi, i, p. 99.
1GÍ6 —
«Ceux-Ià se seruent d'vne li-
"•';r qui est ''•- ^«i"" r,,,'..lln i.'.-,f plai-

iboire. i Ca-
i.ua, et est i.í.:. - -. que -

itor. lon fait bflillir dana de I'eau».—Terry, lit-


. .. pitr inuy latiim.
certa, haver entre aqii- - 'S Imm ÍGÓ5. — «In
di quello sorbiscono
vece
gt'iiero ilo L'<nf>- a qiu' '
cafata- ol Caffè, acqua bollente nera, cotta con
r©9, qu' sens inimigos com o» la poluere di certo faue brugiate, che ven-
olli' - ! de notar, que eonfes-
i gono dair Arabia Felice, cosa molto salu-
Cafatares qut doscjaudo tifcra, che risneglia dal .sonno, & asciuça
I
'1.' iiio(l<> alguns I'hristjlos, li catarri».— Fr. Vincenzo Maria, Viaggio,

uuiir.i (. 1
'
ituar«. — Fr. António p. TtO.
de G-iiv." . w/i Ha Persia, fl. 130. 1G66.— «Toute la Turquie gen/'ralemcnt
a besoin de cauvé qui lui vient de THye-
CAFÉ, Cafm Arainca, I.inn. Dá- man ou Arabic hcureuse, étant la boisson
o o ár. qa- ordinaire des Turcs». Bernier, Voyages, —
signiticava p 31.
1676. —
«Le Caffé ne croit ni en Perse
uvinbo», e qne dopois foi apropriado ni aux ludes; neaninoins pui.isque quelques
«infusão de cafó», sendo bnnn o
;'i vaiaseaux Indiens .se chargent à leur re-
nom« do fruto. É todavia provável tour de la Mecque, je lui donnerai place
étimo seja o nome icientre nos drcgues». — Tavaniier, Voya'
ges, III. p. 376.
; ', na Abissínia, pri- 1770. _ «Lo caffier vient oriçinaire-
a vivenda da planta. O eonheci- ment de haute Ethiopie. ou il a été
la
iiituio ç o uso do café propagaram- connu de tems immemorial, oú il est en-
s»^ u Europa por via da Turíiuia, que
core cultive avec succès». Raynal, HiS' —
toire, I, p. 280.
uma casa de café em Côns- 1786. —
-Le piante dei Caffé pigliano
cia em 1554 e que emprega uei giardini e' nei boechi» (do Malabar). —
o vocábulo kaphe. V. Glossário An- Fra Paolino, Viaggio, p. 116.
;' Indiano e Influência do ]''ocabu- «CAFETAN, m. Túnica del)ruada
Português. >
do pelles, usada no Oriente, e que o
1663. « —
a semente do oaoe, que . . .
sultáo da Turquia offereco como des-
di7rm ser a mesma que a do chocolate, a tincçao. (Fr. cafetwi)». C. de Figuei-
ijiil se bebe por toda a Turquia, e Mou- redo. O fr. cafetan vem do turco
, ,h.,...,j ,1.. rada, moidn " •' '^'t Pm
qaftan, que deriva do persa khaftãn,
,

iiho aos I Kts,


. .... -..;.iiji de coui .: doa «camisola, roupSo», o qual pároco
--». — P. Manuel Godinho, tíela- ser o étimo do mal. kutong, do qual
procede o indo-port. coUlo, q. v. Os
"Vinlia de Moca no mar Koxu
'

-
nossos indianistas ciiamani cabaia &
\ t '

' de caffé». D. .loio Barbosa,—


semelhante veste. V. Moura em ca-
'

/ 1 Vida, p 69.

ll.i "Utra p'aiita, que podia fatar.


•iieiitn ao
" café,
1770. — oLea toiles blanches do Brozia
[Barochej si connue.<» «ou» le iiom •'•• /•"''-

tas. Couuiie ellea sont d'une fi


trfiine, ellesserventpourk* oafetii;! .

utu da lic;i.^uri-uiyíl>>, Tratado, n,


des Turcs et des Persan»».— Kayual, Uts-
toire, II, p. 23.
iiiuy
.;i V
1824 — «Tlieir dress
was aloo comple-
tely Taifiir. l.ULTc b.Hits with thrir tr.iw-
. caftan «^

..ttle boiíii' i

'lio
s latii.i

». —
iii<-,('-.c

Fedro Teixeii
III .

i*e$.
with black shi-i'p's nkin*. — Heber, Nar-
rative, I, p 403

1>>14. — «Chi la vuol piú dolicata, in- CAFILA (ár. kãfila). Caravana on
aior., Iri •,..t,,..r.. ,i. ! f^st,V\tin tt..
comboio de viajante» ou in
\
re» íant.) navios de i-urga
;
I

rofani, e riesce ali* hora di sabor quentia- de conserva. O Cardeal Saraiva di»-
CÁFILA 170 CAFRE

tmgQO os dois vocábulos do seguinte 1616. —


«Este trafico é tal que duas ou
modO: «Parece que caravana se re- três vezes no anno vem trezentos ou qua-
em conserva, a qual
trocentos navios juntos
fere directamente á multidão de pes-
chamam cáfilas de Cambaya, e se podem
soas, que viajam em conserva para comparar com as caravanas de Alepo» .

mutua defesa ; e cafla á ínultidílo de Pyrard de Lavai, Viagem, ii, p. 215.
animais do carga, conduzidas por «Era b tempo em que a grande frota, a
que chamam. cáfila, hia de Surrate e Cam-
homens, que tom esse oficio, ou em- baya para Goa». —
Id., p. 233.
prego». Mas ambos os termos signi- 1589. —
«Or la cause de oeste grande
ficam o mesmo, e a diferença con- frequence de Marchands à Ormuz est telle:
siste nas suas procedências, sondo Tons les ans il y a deux troupes qui font
le chemin de terre. On les appelle Caffl-
cáfilaárabe e caravana (q. v.) persa. —
les ou Caravanes». Linschoten, Histoire,
vocábulo cáfila ora conhecido em p. 15.
Portugal antes do sóculo xvi. 1617. — «On m'ecriuit qu'il n'estoit point
venu d'lndigo à cause que la Caravane ou
1513. — aEm a dieta ylha de Canaquen, Caphlla de
cette année».
Goa auoit manque de venir
— Thomas Row, in Relations,
he gramde o trato com a terra firme, que
I, p. 55.
vam caflilas a terra de hum rrey, que ae
chama Hajaya, o qual compra todas as 1623. —
«Doveuano essere, ò di Porto-
mercadoryas que os mouros lhe leuão». — ghesi, Ò di Mercanti Indiani, di qualche
In Cartas de A. de Albuquerque, Cáfila, come chiamano, cioè raunauza di
368.
iii, p.
1552. — «E estes leuão e trazem suas
vascelli, che facilmente veniua da Cam-
baia, Ô altronde, per andare a Goa, ò in
mercadorias em cáfilas de bois que
carregão como azemolas, e em asuos, e
altro porto di la intorno». —
Pietro della
em carretas», —
Castanheda, Historia, ii,
Valle, Viaggi, iii, p. 14.
1660. «Cafila. Truppa di Passaggieri,
cap. 35.
1563. —
«Passarão a Turquia e se forão Ò Flotta di Barche». —
Mgi'. Sebastiani,

a Alexandria em modo de mercadores, em


Seconda Spedizione, p. 148
cuja companhia se meterão, servindo-os
1675. —
«Mientres la Cafila se detuvo
por soldados, com os quaes nas cáfilas en Cambaj'a, passo el a visitar la Forta-
passarão a Meca». —
Gaspar Correia, Len- leza de Diuu. —
Faria y Sousa, Asia Por-
ttiguesa, iir, p. 274.
das, I, p. 6.
1567. —«Acharam rasto de camellos, e
CAFRE, s. m. e f. (também cafra,
caminhos trilhados, que davam sinal de
seguida de cáfilas, ou recouas». —
Da- registado por Bento Pereira). Preto,
mião de Góis, Chron. de D. Manuel, p. 18. negro. Kãfir (pi. kofra), em árabe,
1593. —
«Depois que com a caftia, ou significa «infiel, incrédulo», e designa
caravana nos ajuntámos, a qual hia tão de
espaço, que os Turcos de cavallo, matarão
qualquer indivíduo que n^o professa
duas, ou três perdizes». —
Fr. Pantaleão o islamismo *. Aplicado, entre ou-
de Aveiro, Itinerário, p. 431. tros, aos pagãos da Africa Oriental,
1614. —
lílegeu a Pedro da Silva de os portugueses adoptaram-no, res-
Menezes com sete navios para levar ás cá-
tringindo a sua significação, e trans-
filas, o qual partio entrada de Janeiro, e
íby visitando a costa do Canará, deixando mitiram-no às outras nações euro-
por aquelles portos os navios de cáfila peias *.
pêra carregarem de arroz». —Diogo do
.Couto, Déc. VIII, I, 1. 1516. —
« Jas huG muy grande regno de

1624. —
«Alguns dias estivemos espe- Benemetapa que he Gentio, ha que os
rando com determinação de passar na pri- Mouros chamam Cafres». Duarte Bar- —
meira cáfila, porem neste meo tempo, bosa, Livro, p. 234.
tivemos avisos e sinais manifestos, que o 1534. —
«Não ficarão mais que quatro
Rajà de Su-anagar nos mandaua represar». homens portugueses, hum cafre os quaes
— António de Andrade, Novo Descobrimento
do Grão Catkayo, fi. 7 v.
1635. —
Mandava o visorei dom Henri- «Que se lembrasse que aquelles Pa-
^

que de Azevedo estas quatro embarcações dres eram dos principaes inimigos da sua
para trazer uma cáfila dos mantimentos». ley, mestres dos Cafâres, (assi chamão
— António Bocarro, Déc. xiii. aos Christãos, que quer dizer gente sem
1663. —
«Desta cidade para a de Alepo ley». —
Fr. António de Gouveia, Relação
vão cada anno duas caravanas ou cafi- da Persia, fl. 216 v.
as».— P. Manuel Godinho, Relação, p. 163.
1

1728. —
«Não cuidão senão de levarem
2 «Applied by the Arabs to pagan ne-

groes, adopted by the Portuguese, and from


e trazerem as cáfilas daquelle verão». — them by our countrymen». —
Crooke, em
Árchivo Port. -Oriental, Suppl. ii, p. 358. Fryer, i, p. 62.
< .\ 1 i > I 171 • Av i.r.

-CriítóvSo Vieira,
p 03
— *U pruut'iro lu^' i to-
> nom*" do dito rei •
.: : é
cbaniam cafries
fi r.. V, p M7.
; ar-
no8

Cafres
I (lue %aj do >i»iin(i'' para
— D. João de Castro, lio-
'• - '-3.
1." 1_ arados, de cabellu
t"«.;.- , ,,, f,renhas a modo de
cafres» — FernSo Pinto, Pfret/rinação,

'i: — "E por outro nome commum


•liain'i Cafpp», Mil.' iiuer diaer
ào a todo
Cafres
hi» .de nós mui recebido pelos
mil' •^^ f|u>- temos desta pente».
— .]"À- .\.- i; I, VIII, 3.
1 '.'-— «x im nove cafres
em um outeiro, t. alli estariam duas horas,
sem tPT'-m r.enhTima fala comnosco». —
'
//! •
I, p. 25.
1 hnm gentio Ilha aly
na» i-..; conhecia de muitas
ia tt-rra, ijvi!-

vi .: i'le rinha a Moçambique e possuia


em sua casa um moç.» que falaua muito
bem a linpua dos Cafres, que eram os
nat ir.i' t» da terra» — Gaspar Correia,
/.^' •
' , r, p. t>6.

1Ò72:
• Verio ot Cafres aipero* • &Taros
~ ir á linda dnma seaa Teitidoa».
Cam&e», Lutiodat, y, 47.
CAIMAL 172 CAIMAL

1782. —
«A batata ingleza,'de que^já dos arrufos del rrey de cochim e de cana-
fallci, a qual e a farinha de páo podiam nor, OS quaees nam qerem ver esta paz
dar sustento para a innumeravel cafra- [com o saniorim|, porque ficam caimaees
rla» (em Goa). —
Fr. Clemente da Res- de todo». —
A. de Albuquerque, Carias, i,
surreição, Tratado, ii, p. 365. p. 79.
IGIO. —
«En la Cafraria, o tierra de 1516. — «Loguo certos condes, ha que
los negros hazia la parte de Álosambique, clles chamaom Cahimal, com ho que ha
se haze vino de mijo, que dizen Iluyenbe, de ser príncipe, e com os outros erdeiros
o, Pembe». — Pedro Teixeh-a, líelaciones, fazem juramento ha ho dito Rey Nestes . . .

p. 17. treze dias [de luto] em que estaom espe-


rando por esta ceremonia, governa o regno
CAFREAL. Relativo aos cafres. hum Cahimal, que he como escripuam
1831. —
«Mandou o dito Tenente Coro- moor dele, ho qual cargo e dinidade he seu

nel a Cuamne Atutume, ou solicitador, que de juro». Duarte Barbosa, Livro, p. 313.
assistio em todos os actos da dita negocia- 1552. —
«Mas ainda se lhe rebellarão
ção, relatasse officialmente segundo o es- muitos caimaes que entre elles são pes-
tylo cafreal tudo que se tratou». Apud — soas notáveis como acerca de nós senhores
Júlio Biker, Collecção de Tratados, iii, de terras de titulo». —
João de Barros,
p. 80. Déc. I, VII, 7.
1552. —
«Mandoulhe cometer pelo Cay-
* CAFRINHO. V. munda. mal de Paluarte seu vedor da fazenda».
— Castanheda, Histeria, m, cap. .38.
* caída (ant.). Emolumento, di-
1557. —
«Cumpria muito. ^espejar-se
. .

na índia Portuguesa.
reito, Do ár. a Ilha de Cochym dalguns Caimaes (que
qada, «regra, lei», admitido em hin- são senhores principais do Reyno) que o
dustani o outras línguas áricas. Çamorim nella tinha com gente para a de-
fender». —
Commentarios, i, cap. 1.
1546. — «O
alcaide do mar me dizem 1563. —
«Estes Caimaes são senhores
que leva mais das suas caidas do que de terras e muytos vassalos, e nome de
tem por ordenança, das tarradas que hali Caimaes são nomes de Condes». Gas- —
vem de lenha». — D.João de Castro, in par Correia, Ijendas, i, p. 214.
Archivo, V, p. 192. 1566. —
«Estes [naires] por lei do Re-
1593. —
«Não levará mais lag imas nem gno não podem casar, com tudo hos Cai-
caidas nem percalços que os não tem». maes que são senhores ho podem fazer».
— Francisco Pais, Regimento de Percalços. — Damião de Góis, Chron. de D. Manuel,
1620. —
«... et pour les droits des Otíi- I, cap. 42.
ciers de I'Alfandegue qu'ils appellent 1603. —
«Chamão os Malauares Cai-
Cayda, nouuellement impose à raison de maes a senhores grandes de vassallos,
diz pour cent de droits du Roy» (em isentos em seus gouernos como Reys, mas
Achem). —
General Beaulieu, Mémoires, os mais tem consideraçam e liança, e certo
p. 70. modo de vassallagem com alguns dos Reys
1590. — «Gli Hebrei, poi i Armeni, i grandes, que elles estão obrigados a lhe
Mori oltre gli undeci, per cento, pagano acodir e os defender, e os Caimaes aju-
un'altro datio, che chiamano Caida, ch'è darem os Reys em suas guerras». Fr. An- —
di tre altri per cento». G. Balbi, Viag- — tónio de Gouveia, Jornada, fl. 270.
gio, fl. 52 V. 1613. —
«Neste districto que digo, ha
cincoenta e nove senhores absolutos, entre
CAIMAL (caímão, p. us.; malaiala Reis e Caimaes». —
P. Manuel Barra-
kaimal). Kaire principal, o senhor de das, Hist. Tragico-maritima, ii, p. 122.
muitas terras e vassalos», conforme 1614. —
«Abalou de sua casa com qua-
os nossos cronistas. As vezes é sim- renta mil Naires, que também se estende-
rão em fileiras, por cujo meyo elle foy pas-
ples tratamento, dado por classes in-
sando acompanhado de seus Regedores,
feriores a qualquer naire ou indiví- Caimaes, e Penicaes, e apar delles vi-
duo da casta militar no Malabar ^. nhão os Bragmanes, que são os ministros
1504. — «Mandou abaixo

de suas seitas». Diogo do Couto, Déc. VII,
lia aaquele X, 9.
lugar a que
maj seu,
chamam o palinhar, huum cay-
com obra de iiic [300] homens».
1632. —
«... depois que se comprarão
a elRey de Cochim e aos Caymais do
— Álvaro Vaz, in Cartas de A. de Albu- Vaipim, e a outros possuidores as partes
querque,
1512.
III, p.
— «Porem
262.
se me V. A. segurar
que nella tinhão». —
Fr. Luís de Sousa,
Hist, de S. Domingos, iii, p. 360.
1634:
• A title of rank amongst theNairs, and »Tal resistida a Lusitana gente
used by the inferior classes when address- Rompe com faria, Naires derrubando,

— A quem tomando daqueUa ilha as portas,


ing them, as My lord, and the like». FicarUo seus Caimai» prezes e mortos».
Wilson. Meneses, Malaca Çonquutada, vi, 10.
CAIHO 178 CAIRO

ir,07. - «TralKilliãrSu altruns dos mais das para a cosedura dos navios, e as Irans-
^'
sonhoreB portilo para a índia, China e Arabia feliz,
IV Fran- que sio melhores do que o cauamo». Ben- —
ciico dr
^ '

'i 2. Batuta, Viagens, p. 2<0.


1571 ilum 15()2. —
«Hião de huma ilha para Cana-
poruentuiii ..-,1, civiía^Utí, quua illi oal- nor, atomar carga segundo disserSo, e le-
maes app*-llaut, Gamae obviam pro- vavâo Cairo e inhame». Tomé Lopes, —
diere». — Jerónimo Osório, De Rebuê, i, Navegação, cap. 7.
P 119. 15Í)y. — «Temor cordoaria com todos os
l'>7?^ — diziendo me que supiesse,
« . . . seus petrechos, e oalpo enfabastança». —
(lut Gentilico era adeuiuo de vn ca-
;i.jUfl Carta de D. Franci.'jco de Almeiaa, in
jiit.iii !•• aqaella tierra, a que elles llamau Lendas, i, p. 915.
Caymal». Cristóvão da Costa, Tracta- — 1512, —
nXau ousava ho feitor de cana-
uor mandar cairo nem mantimentos em
ir>--^ — «Questi [samorim] hà quattro pagueres e paraos a cochim, que loguo não

^

>: i;!]i ii hn-miiii ncl suo regno, ijatrapi, fo.s3em tomadas». Afonso ae Albuípier-
M _n
.• '\. h \ .rarmente chianiano Cal- que, Cartas, i, p. 4-4.

.

mali r .M.i:í'i. /'• htorie, p. 47. 1516. «Damlho ha troquo de cairo,


l»;(,r,. V;i--" '[< ^il\ .ira se oposo con que he hum fio para fazer calabres e cor-
iii'uh' niiiuio ai turtir ilc l>i3 bárbaros, lia- doalha, que se faz de casquas de quoquosv.
ziiii.l il»'xar la vida a dos de hos de mais
.
— Duarte Barbosa, Lirro, p. 29õ.
cu. y a que por sus cargos llaman
i,r.i. 1520. —
«As tVeitorias seeriam fartas, e
Caymalles». iariae Sousa, .ána Por- — Vosa Alteza servjdo, porque ssempre tyve
tiíii>j<\-a, I, p VT^. deposyto mill barres de cairo nas jlhas».
— Alguns Doe. da Torre do Tombo, p. 451.
* CAIQUIÓ (jap. kaihfõ). Supremo 1545. a . —
e ao pescoço huma corda
. .

juiz japouGs. de oayromuito velha para assi com ella


15r>í«.— «o Caiquiò, que be como ouui-
se eutregar a el Key». Fernão Pinto, —
Peregrinação, cap. 150.
dor girai do Miáco, tiulia já por rool ás
portai colchões de palha».— P. Luís Fróis,
1552. —
"Ha muytas palmeiras [nas
Maldivas] que dâo coquos de cujas cascas
Cartas de Japão, i, fl. 259 v.
se faz ho cayrO| que he boa mercadoria
CAIRO. Mtsocarpo ou fil)ra de para toda a índia, em que fazem dela a
cordoalha que se nella gasta, assim pêra
casca de cuco, corda dessa fibra.
uaos e uauios como pêra outras cousas».
Do malaiala-tam. kayiirii «corda». — Castanheda, Historia, iv, cap. 35.
O tr-rino passou para outras línguas 1Ó63. —
«Scruera-se mais deste cairo
eurt.ji.ias : i:i^'l, coir, franc, caire. em lugar de pregadura, porque como tem
O ' usado nas
;iiro era ! i to esta virtude de reuerdecer, e engrossar no
mar, cosem com elles o tauoado do costado
iioHsas antigas para cabos >
das nãos, e tem-as por mais seguros». —
< ai i!! -em, e os nossos historia-
I
Jo5u de Barros, Déc. Ill, m, 7.
'!( "im a sua superioridade, «Da primeira casca que o [coco] .

i,r da sua Hlasticidadi? e in- SC faz o cairo, que di.-^semos ser t:'t.
corrut. i. O maior mum e necessário para a nau
todo aquelle Uriente, depois qu
cetitrí» codor para as
,
_
macilo e fíHo, à maneira de linhu r<wiiiiiiiu>>i.
anil las eram as ilhas Maldivas.
i
—Id., ibid.
'I ,i'i,1m in no Malabar há muitas fá- 1563. —
«A primeira he muito lanugi-
luií M^ .: iidn oxportaçao para nosa e desta se faz cairo, que a.ssi ae
Bouibaiui.
'

chamado dos Malavares e de uoa». Gar* —


cia da Orta, Col. xvi.
.^.i- ... ilason l.'^^GS. — «FizerSo amarras de cairo,
muito, a» ron- que he tio que os da terra fazem das cas-
cl, , cas qu<' <>* '••'II» tem por cima, (jue he em
fl!.- tanta a iitie eui tuda a índia se

but. , -, :-- --^^ num st .1 utru tio nas enxárcias, c


. .

depois as mulheres, c delias tabricfto cor- amarras, quo sio brandas e dlo do si, pelo

'
A trailui.-ãõ di> fSlr.iísArin Antrlo-indianr» tava persuadido, que o Âmbar era certa
tni i cheirosa; e segundo Uigeo he o
qu .uto de hum .inimnl mnnfimo: r
liJo assim como hv •

<]\7. no texto? hl
tu i nenhum ^rro; l.ilt.ai ^ inicial Jo
;i :. uu texto ou ua traduyilu.
CAIRO 174 CAITOCA

que 3iiode melhor tença que os nossos ca- marcire sotto I'acqua si sfila in stoppa,
brcs, e com a agoa do mar são mais for- che chiamano Cairo, con quale formano
tes». — Gaspar Correia, Laidas, i, p. 61. le corde, uon solo d'vso ordinário, mà an-
15(56. —
«Grande trato dJi cordoalha, a cora ue tuorciono gomene inolto grosse per
que chamam cairo, feitas das cascas dos le prouisione de' Vascelli, non meno forti
cocos, fructo que dão as palmeiras». Da- — che le nostre, benchè piú dilHcili da ma-
mião de Góis, Chron. de D. Manuel, iv, ueggiare». —
Fr. Vinceuzo Maria, Viaggio,
cap. 27. p. 359.
1603, —
«Do cayro que cerca o coco 1770. — oLe kaire est I'ecorce, du co-
entre a priraeyra casca que he branda, e a cotier, dont on fait dea cables qui servent
segunda que he muito dura se faz toda a à la navigation dans I'lnde. NuUe part 11
sorte de cordoalha». Fr. António de — n'est aussi beau, aussi abondant qu'aux
Gouveia, Jornada, fl. 62 v. Maldives». —
Raynal, Histoire, i, p. 299.
1609. —
«Das cascas de fora destes co- 1823. which consists of cowries,
«...
cos, a que chamam cairo, se fazem cor- dried fish, oil, and the coir or
coco-nut
das. e d'estes fios fazem todo o género
. . twine made from the fibres of the same
de cordas, que servem na índia, as quaes useful tree». —
Heber, Narrative, i, p. 42.
bSo muito fortes, chamam-lhes cordas de 1908. —
«The word coir did not come
cairo*.— Fr. João dos Santos, Ethiopia into the English language until the
Oriental, i, p. 299. eighteenth century It is doubtless an An-
1613. — «O
bispo de Cochim me escre- glicised version through Portuguese word
veu que, tendo elle edificado quasi de novo cairo of the Malayal verb káyáru to be =
o hoaj)ital d'aquella cidade, e o viso-rey twisted». — Watt, The Commercial Pro-
Ayres de Saldanha applicado a elle os ter- ducts, p. 355
ços do cairo que el-rey das Ilhas [Maldi-
vas] me paga de parea». ». Carla Ré- . . — « CAITOCA(cone, kãytak). Mos-
gia, iu Documentos da Índia, ii, p. 363. quete raiado, comprido e com vareta
1615. —
«Kecebeudo em troca da sua de forro, usado pelos maratas das
fazenda cocos, e cordas de fios de coco a
— Novas Conquistas. Tem anéis no
que chamam cairo». Pyrard de Lavai,
Viagem, i, p. 238. cano indicando o número de homens
1094. —
«A cama em que se encostava, ou feras mortas, como testemunho
tra hum catre precintado de cordas de da valentia do seu possuidor. O vo-
cairo; que são os entre costos do coco». cábulo nao aparece nos dicionários
— P. António Vieira, Xavier Dormindo,
maratas. V. zuranti.
p. 101.
1697. —
«Havia mais Imm catre percin-
1726. —«Forão para outro [lugar] mais
tado do cayro, isto he, de cordas tecidas
coberto na margem do rio dar algumas
da estopa das cascas dos cocos mollifica-
das em agua, e depois batidas ao maço». — descargas de caytocas sobre os baloens
dos particulares». —
André Ribeiro Couti-
P. Francisco de Sousa, Oriente Conquista-
nho, Relação, p. 6.
do, I,
1578.
III,
— «A
1.
este Tomento llaman los
1711. —«Deu o Forte a primeira des-
carga das suas caitocas, que são humas
Nayres Cayro, dei qual se siruen mucho
en aquellas partes». —
Cristóvão da Costa,
espingardas mais compridas do que as nos-
sas, com varetas de ferro para meterem a
Tractado, p. 103.
bala com força, e se lhes dá fogo não com
1589. —
«11 ne s'y [nas Maldivasl trouve
pederneira, mas com morrão». D. José —
rieu de singulier sinon des noix d'Inde
Barbosa, Epitome da Vida, p. 78.
qu'ils appellent Cocos et I'escorce des noix
qu'ils appellent cairos, dont ils font des
1752. —
«E assim consegui desembarcar
as tropas sem mais opposição, que a de
chables, comme par deçà on les font de
algiins tiros de caitoca entre os nossos
chanvre». —
Linschoteu, Histoire, p. 25.
sipais, e os dos inimigos». —
-ápud Eduardo
1620. — «Les
planches de ces petits Balsemão, Oa Porluguezes no Oriente, iii,
bastimens estoient consuês les vnes aux
p. 178.
autres avec du Cairo». Methold, i?eZa- — 1842.— Usam [os sipais] de caitocas,
tions, I, p. 12.
— Et cette poulpe ou chair qu'elle terçados, e punhaes». —
Annaes Mariti-
1652. mos, p. 198.
enferme, change en vn
se. que les
Portugais appellent Cairo». — Relations
tissu, 1863. —«Já hoje centenas de naturaes,
que viviam do iuranty e da caitoca (ar-
de la Chine, 18. p. mas de fogoj, se occupam no serviço de
1673. — «They [em SurrateJ have not —
rendeiros». Lopes Mendes, apud Oliveira
only the Cair-yarn made of the Cocoe Mascarenhas, Atravez dos Mares, p. 198.
for cordage, but good Flax and Hemp». — 1886. —
«Ás armas de que fazem uso
Fryer, East India, 302. i, p. são a tarvar ou espada, o zuranty, cai-
1658. — «Questa serue primeiramente toca, tubaca e honduc, armas de fogo fa-
di legna, e mantiene longo tempo il fuoco, bricadas no paiz». :— Lopes Mendes, A ín-
perche arde come vn miccio aià posta à ; dia Portegueza, ii, p. 138,
TATXA 175 TA IX A

Itf'iS, —
«... arcabuz mi Kaitoca chi- |
pesa ca<la sjkiuo (icz imn ;jcentas ca
neza, ainda usado em parte do exercito xas da Java, que fazem os ditditos mill sa
cbinou. —
Ta-ssi-yang-kut), p. 582. Íuos cento e sesenta haarts». Âlgunt —
)oc. da Torre do Tombo, p. 461.
CAI TO CARI A. Multidilo do caito- 1532. —
«... e venderem os portugue-
eas, mosqnetaria, espingardaria. ses muitas roupas e mercadorias que leva-

— vam a caixas moeda da terra» (em Sunda,


IT'J'i. «Mas Kotno os poitugiu'sea guar-
na Malú.sia). —Apud Júlio Biker, Cnllecção
iavà cs tiros para occasiSo segura, eii»-
de Tratados, i, p. .õ5.
]!. _i' ;T(> 1103 priineyros toda a artilharia,
t- caytocaria, com que lhe tízerão, nào
1541. —
oÁ entrada desta porta estavão
doze homens com alabardas, e dous escri-
aó huina grande mortandade, mas o pro-
vães assentados a huma mcuza que escre-
pósito de toda a desistência». — André vião todo o generó de pessoa aos quaes se
'^ '
íiuho, Jielação, p. 30.
davão duas caixas, que são três reis da
— «Alguma gente do inimigo se
nossa moeda«. —
Fernão Pinto, Peregrina-
ji •;defensa, disputando com fogo de
111

caitocar la a marcha e entrada delle». — ção, cap. 109.


1552. —
«Fez seu caminho para a ilha
ApuU Júlio Biker, Collf.C(;no de Tratados, de Horneo, que assi leuaua por regimento
VIU, p. 172.
de Nuno da Cunha para tomar has cai-
CAIULAQUE
m.). Myristka (s. xas, que sam hum género de moeda que
iiiers, couíorme Crawiurd. A sua serue em Malucou. —
Castanheda, Histo-
ria, vni, cap. 21.
madeira é verraellia e usa-se por in- 1554. —
«E se faz conta de 1000 caixas
censo. Exporta-se grande quantidade hum pavdao, de 300 reis o pardao. E na . .

da Malásia para a China. Do mal. terra [Maluco] ha alguas caixas que vem
relacionado de Jaoa, que são de cobre, majores que
kát/it, «árvore», e la/ca,

ceitis, furadas pelo meio». António Nu-
com lacre, designação ospecííica. nes, Lyvro dos Pesos, p. 41.
— «E
estando ea cm Cantam se
1&69. 1557. —
«A qual moeda mandou lavrar
fez hnmuito rico lavrado de mar-
[leitoj tanto que chegou a Malaca, e poz-lhe no-
fim e ae hú pao cheiroso, que chamam me Caixes, que são como os nossos cei-
CayolaQ, e de sândalo». f>. Gaspar da — tis, e cento delles valiam hum Calaim, e

Cruz, Tratado da China, cap. 11. cada calaim valia por lei posta onze reis,
lt;^4 «.Marfim, — Cayolac, Tafuci, e quatro ceitis». —
Commentarios, iii, c. 17.
I5cyi'ini, ! iiiihd df < 'aml)ojau. — P. Fer- 1561. — «... cada bum da húa caxa,
não de Qm-iroz,
li I

Iliêt. de Pedro de Basto, moeda que vai dous ifs.u, — Cartas de Ja-
V.
pão, I, fl. 780.
II,

CAIXA (mais
usado), caxa, caxe.
1563. —
«Hfia moeda de cobre do tama-
nho dos nossos ceitijs. á qual moeda el-
.

Nomo de uma moeda do cobro de Ics chamam caixas, de que mil duzentas
pequeníssimo valor, corrente outrora fazem ora em nossos tempos bum cruzado
na índia austral. Os portugueses — em valia». João de Barros, Déc. Ill,
v,5.
aplicaram-no à moeda miúda de ou-
1563. — «Rapão a cabeça por buma só
tius algos, como Malásia, China e moeda de cobre a que chamão caixa». —
j.

Japão. Conformo António Nunes, Gaspar Correia, Lendas, iv, p. iiOl.


nma caixa de Maluco vale ,^- do rial 1565. —
«Ao que faz as exéquias com a
tocha dão cinco, ou dez, ou vinte cruzados,
e a do Sunda f Diogo do Couto tam-.
e a cada Bonzo, ou cruzado em prata, ou
bém menciona caixas de ouro com oaxas que ha nesta terra a maneira de
r<-1a<ri'. a \f iliK-0. O étimo é O draví- ceitis furados, maa eento valem passauto
dico /,'(.s/í, (i.iivado do Bftnsc. karsa, de hum t»)8tJlo». —
Cartas de Japão, i,
fl. 17G
«pOso de prata ou ouro». Indo-ingl.
cnith, indo-fr. cacfie. V. Glossary,
1566. —
«Vez moeda nova destanho. .

a que pôs nome dinheiros, de que bum valia


1610. —
«Ora nom nos tomando na terra dous caxes, que era a moeda que ent£o
OH cruzados ora nom nos dando Horinr, oa- corria na terra..— Damião de Góis, Chron.
xas, i;\ nunca as \\y pode auer, non noa de D. Manuel, iii, cap. 17.
])• ar ju.stiçau. In Cartas do A. — 1577. —
nTroiixcmos de presente vinte
(li (|u»«, IV, p. &8, mil caixas, que não moedas de cobre que
Ifjll. «Item: de oaxas da moeda da correm pela feira i-a '
' '

terra, do cobre, que vieram fiútas de I*or- cruxadosu. r,i —


Xnç:\\. ca nam valem nada, hum quintal,
<> 1569. — .IIuui CM/ .li-

tit -i
arrobai, e (|uiiize arrates». — ibid., iii, xas, que sÂo moeda ta

p. L'.-. tem cem caixas» — « i..,.j..„ .... < .a»,


ir>-J'J. —
«Os quaes saquos [de pimenta] IVatado da China, cap. 11.
bâu do ser dos acostumados ua terra, que 1593. —
n])c cada navio que sae dcsto
CAIXA 176 CAJU

porto despachado da alfandega ou mando- 1640. —


«Les cassies à la vérité ont
vini tem hú oaxi de pilotaria e chapa que este autrefois de difterente valeurdans les
se põe». —
Francisco Pais, 'Regimento de Provinces differentes; mais I'Empereur les
Percalços. a fait refondre et a fait faire vne nou-
IGOO. —
«Pediam [no Japão] cem mil velle monnoye de cassies de cuiure qui
caixas, que montam seiscentos cruzados courrcnt partout». —
Relation du Japon,
da nossa moeda». — P. João Lucena, His- p. 28.
toria, VIII, cap. 24. 1754. — nCasie ou Cassie, petite
1602. — «Em
todas aquellas partes [da monnoye du Japon, qui vaut commune-
Malásia] não corria outra moeda se não ment un peu plus qu'un de nos deniers».
cruzados e caixas (que he moeda de co- P. de Charlevoix, Histoire du Japon, i,
bre nieuda, como os nossos reaes, de que p. 35.
trezentos e sessenta fazem hum cruzado)». 1782. —
«lis [chineses] n'ont qu'une seule
— Diogo do Couto, Déc. IV, viir, 12. monnoie de mauvais cuivre, qu'on appelle
«Chegou huma costa de sagu biscoutado, Cacha; elle oííre un trou carré dans le
que i)arecia hum ladrilho de tijolo, a valer milieu, qui sert à I'enfiler». — Sounerat,
huma caixa de ouro, que era mais de Voyages, ii, p. 36.
hum cruzado». —
Id., Dóc. VIII, i, 29. 1786. — «Kaicia è un peso di quattro
1745. —
«E contam [os chine.'ies] outro Kalangia«. — Fra Pàolino, Vtaggio, 51. p.
dinheiro imaginário, pois não existe, a que 1824. — «There
have been undoubtedly
chamâo caixa, dando-lhe o valor de um more words brought into our language,
real completo». —
In Ta-ssi-ya7ig-kuó,ll, from the East than I use to suspect. Cash,
IV, 5. which here means snail money, is one of
1813. — i<A cacha é a única moeda these». —
Heber, Narrative, i,'p. 77.
effectiva,que existe no império [chinês] : 1825. —
«La perte n'en sera pas consi-
he composta de seis partes de cobre, e derable, pour deux caches (deux liards) je
quatro de estanho». José Inácio de An- — pourrai m'en procurer un autre». P. Du- —
drade, Cartas, ii, p. 11. bois, Moeurs, i, p. 400.
1891. — «A caixa era uma moeda ínfi- 1914. — «In China, the only Coins in use a
ma, de cobre, e que os nossos escriptores British,Hong Kong, or Mexican silver dol-
dizem vir de Java, mas que é provavel- lar,and a native coin called cash (made
mente de origem chineza». Conde de — of copper, irOn and tin, about 25 of which
Ficalho, Col. xxt. are only worth a pennv». Driebe.rg, Year
1895. —
«Cada condorim [tem] dez ca- Booh of the C. A. S., p". 21.
chas. Cada cacha devia corresponder a
uma sapeca, mas não corresponde exacta- CAJEPUTE Aparece o ter-
(s. m.).
mente». —
Conde de Arnoso, Jornadas pelo mo em íilguiiscomo nome
dicionários
Mundo, p. 339. duma árvore das Malucas e do óleo
1900. —
«O tael. é dividido (em peso) . .
que se extrai das suas folhas. JVIas
em 10 mazes; o maz em 10 condorins e o
condorim em 10 caixas, que, em moeda, o étimo mal. káyu-pútíh significa
corresponde ás sapecas». Ta-ssi-yang- — simplesmente «pau branco» e o óleo ;

-Icuó. é destilado das folhas de seis dife-


1510. —
«Ha dioneta di rame detta cas: rentes árvores, principalmente de
e sedeci di queste valeno per vn fanam,
MalaUíica leucadendron, Linn., que
che venirà vn cas ad esser circa vn quat-
trino d'ltalia». Barthema, opwá Ramú-— habita em quasi toda a Malásia. Yule
sio, I, fl. 159. entende por cajeput «óleo essencial
1582. —
«Dieci di essi danari [dinheiro] fragrante, produzido especialmente
fanno vna cazza- Detta è vna moneta • •

em Celebes e na vizinha ilha de


di stagno e due di esse cazze fanno
. . .

vn calim pur di stagno». G. Balbi, Viag- — Bouro». Emprega-se externamente


gio, fl. 131 V. e, nos casos de cólera, também in-
1589. — ,

«A Sinda il n'y a autre sorte ternamente.


de monnoye que de Caixas de cuiure, de
la grandeur des deutes de Hollande, mais CAJU. Fruto de CAJUEIRO, Anacar-
plus menues, percées au milieu pour y faire dium Occidentale, Linn., segundo
passer une cordolette et y ioindre deux
Maont, originário das Antilhas, in-
cents ou mille, afin de faire un neste cou-
te». — Linschoten, Histoire, p. 35. troduzido na índia pelos portugueses
1600. —
«Those [coins] of Lead are e hoje perfeitamente naturalizado.
called caxas, whereof 1600 make one CAJUAL, mata de cajueiros. O Conde
jnas». —
John Davis, in Glossary. de Ficalho observa que Garcia da
1606. —
«Pro singulis Regalibus Caxas
Or ta não faz menção da árvore, por-
3500 recepimus, vt minoris monetae nulla
nobis post penúria esset'». India Orien- — que não era então cultivada em Goa,
talis, III, p. 79. mas menciona-a no Malabar o bota-
CAJC 177 CAJU

nico Cristóvão da Costa. O vocábulo li*04.— oCaroccs de oajú, a mão V? tan-


ó brasileiro, acaju em tupi. ga».— Ernesto F ernaudi'8, 7í<ymen do Sal,
etc., liol. ò'. G. L., xxiii p. 284.
O i'HJueiro é, das plantas introdu- 1909. —
«Dada a sua grande força de
los portugueses, a da maior vegetação, o cajueiro é das arvores que
e da maior receita pública. também só vecm o seu i>roprietario de anno
<^uanto aos usos e aplicações, vid. em anno». Manuel F. Vargas, ibid., xztii,
p. 430.
Bernardo Frauciseo da '" * ti, .

1911. —
«Onde se encontram numerosos
p. 137. e bons exemplares de mangueiras, cajuei-
ro», e brindoeiros .— J. E. Castel Branco,
745. — «Tanibem semcão [os cbine- ihid., XXIX, p. 358.
": ia scvaua, que ou 1578. —
«Da este arbol vn fructollama-
\larmellos, CaJÚS, do Caiu vulgarmente el qual por ser
:

aar iiif servem para íaze- muy estomacal, y sabroso e» vle todos los
;is bebidas». — lu Ta-ssi- que veeu muy estimado. Es este fructo
. .

í. //''. i_i, rii, 3. tenido en mucha cuenta, e no se halla en


""2. —E
o eafueiro da sua natureza todas las partes, y eu la Ciudad Sancta
e por isso attrahe a si toda a bu-
te, Cruz de Cochin lo ay en muchos jardins y
le é fazeuda de muita utilidade, nSo
:
huertas». —
Cristóvão da Costa, Tractado,
.'•>8to do seu fruoto mas também ; p. 324.
aento, que dá o excellente vinho, 1588. —
«Vi [no BrasilJ sono ancora
..c se estilla, e até lucro do seu ca-
.
certe pere nomate Caius salvatiche molto

Fr. Clemente da Ressurreição, sugose, e sane, le quali nel cuore delia
X u.aíio, II, p. 310. state si mangiano con gran gusto, e nella
1842. —
«U gergelim de que se extrahe piú bassa parte delia pêra spunta vna
.izeite; e o vinho que se faz do cajú». — certa faua, che hà la buccia amarissima,
Annae$ Marítimos, p. 269. ma'1 midollo è molto dolce, se si arrostisce,
1873. —
«Estas plantações chamam-se e la pêra hà forza di rinfrescare, e la faua
'aes, e ahi nâo se encontram

em re- di riscaldare». —
P. Maffei, Lt Istorie,
luesquer outras espécies». Bernardo p. 61.
ia Custa, Manual do Agricultor, i, p. 173. 1585. — «I Cagiu o Lagiu, e Tama-
1873. —
«São várzeas, terrenos de legu- rindi, I'Ambale, e mille altri frutti». — F.
luarinhas, palmares e cajuaes (onde Sassetti, Lettere, p. 270.
>i». —
F. N. Xavier (filho), Collecção 1623. —
«Gustauo, dico, la Papaia, il
!•: Leis, p. 171. CasCi, 6 CagiCi, il Giambò ò lambò, la
1873: Mauga, ouero Amba, e li Ananas». Pie- —
K; *remo« no bosqae sombroso-. tro delia Valle, Viaggio, iii, p. 103.
V ...:.tu ciOBc'ro espesso !i. 1652. —
nLe Kia-giu, ou Kagiu, ne
TomÃs Ribeiro, A Indiana, p. 59. croit point dans la Chine, mais bien dans
1*^77 — "Unia das priucipaes industrias ;
les pays qui autrefois en depcndoient».
Relation de la Chine, p. 20.
iites da villa [de Inhambanc] é
7o de aguardente de cauna e de '
i

H>58. —
«Omnibus fructibus poma sil-
tem enorme consuutó nas terras vAtria, Acaju dicta, praeferuut, quod
;

— Caldas Xavier, liol. S. G. L.,


egvegie succosa siut, et ad victuni aeque
.i, y. -ibõ.
\

ac potum sufficiant». —
G. Piso, Indiae
1885 — o'> cajueiro, cajazeíro, a
<>
Ulriugque, p. 12.
;iie.. —A
F. No-
,

1658. —
«Porfettionato, che questo è,
né, ibid., V, p. 408. !
spunta il Cagiu, che in pochissimi gior-
líiòtí — "Com relay ão aos cajueiros ni tanto s'augmenta, e cresce, che gion-
ítú raJiMilado qnc o sumo dos cajús gc grandezza, e forma d>u pero
alia
-' produz
annual- :
ordinário, e quasi súbito è maturo. Lc sue
imperiaes, dos ,
qualità sono excessivamente oalde, perciò
gados na diatil- <
prima di maugiarlo, lo pongouo spartito in
A índia Porlu- pezzetti neir acqua, con che temprata la
1
i
forza dei sugo, misturando di quando in
i eÍPO também fornece uma goma quando con il oibo, riesce i>rofiteuole, e dà
te, de que so fazem as ma-
' aiuto alia digestione». —
I* r. Viucenzo Ma-

[odcria substituir a gomma ria, Viaggio, p. 379.


- ... u, p 140. 1754. —
«... le méme qui s'appellc Ka-
" 'ii. —
«E «'Htc lançamento, além de jou au Hréail, qui est de la grandeur d'un
V"- > coqueiro e cajuri, aggravou Grenadier». — P. Charlevoix, IIi*t. du Ja-
cajuaes A pro<hicçào mé- pan, I, p. 193.
if".: :
cajú, ante- .!.> Tl if-!. lo, ptos, — »Ca«hew-nut« are imported
galo»-» de• :
into Uondiay from Goa in vcrv consider-
,
.1.- - - Cri to iible quanti'lit s . \\ ,fi / A, V ,„,.,„ ,,;.//
KMtudo», pp. 42 e 47i I'roduttv, p. (il

ii
CAJURl 178 CALADARÍ

* CAJULÓ. Aguardente do palmei- siderado divindade tutelar do campo >.

Id., India Porliigueza, p. 248.


ra, duas vezes destilada, mais fraca
do quo fenim, três vozes dostilado,
1911. —
n. valor do imposto de lavra
. .

de cajuris para extracção de sura (seiva),


e mais Ibrte do que urraca, aura uma cuja fermentação dá também uma bebida
vez destilada. E muito usado em íílcoolica». —
J. E. Castel Branco, in Boi.
Goa. Do cone. kãzuló, que })rópria- S. G. L., XXIX, p. 382.

mente significa «pirilampo».


1666. —
«Le Targ fsura] est une liqueur
dont 1'on boit avec plaisir dans les Indes.
1886. — «O finim é o espirito alcoólico
On la tire de deux sortes des Palmiers, à
savoir de celui qu'on appelle Cadjiour,
do coqueiro, o cajuló a aguardente ou
primeiro producto da destilação da sura, e et de celui qui porte le Cocos». Thevc- —
not, Voi/ayes, iii, p. 50.
a urraca é uma porção de cajuló mistu-
rado com agua, e serve de bebida ordinária
— * CALABA. Espócie do arma de
á classe dos jornaleiros». Lopes Mendes,
A índia Porhigneza, p. 187. arremesso da Malásia, à maneira de
1P05.— «Aguardente fraca (urraca, va- fisga. A descrição de Diogo do Couto
Hum e dobrado, a que se chama cajuló) quadra à que Castanheda íaz com
de sura d'essas arvores». — Ernesto Fer-
respeito à tarrana de Maluco. Do
nandes, fíol. S. G. L., xxrii, p. 222.
mal. kalehet ou kalepet^ «torcedura,
CAJURI. K uma espécie de pal- volta».

meira. -Phoenix silvestris, Dalz. 1614. — «Alguns dos Jaós peleijavam
& Gibs. Faz-se vinho da seiva da com humas armas, a que chamam Cala-
árvore. Do marata-guz. khajun, bas, que são á maneira das fisgas, que
temhumaarpoeira de pouco mais de braça
sânsc. Jcarjura, «tâmara».
e meia com o cabo, e lhe andava prezo no
1613. —
«Ha cm Ceilão toda a sorte de braço; e assim como atiram, se acertam o
inimigo o fisgam, e alando pela arpoeira,
palmeiras... as brancas de Tresolius, as
cajurins, uipeiras». —
P. Manuel Barra-
o levam a si e o matam». —
Déc. X, ui, 7.
das, Hist. Tragico-maritima, u, p. 84.

oAs fazendas constam de vár- * CALACHURRO. Punhal singalês.
1663.
zeas de arroz e muitos cajurís, que são Parece que a palavra é composta de
como estas palmeiras de Portugal, mas kãla, «morte», e churi, «faca», isto
mais baixas, de que se tira um licor para «faca de matar». No singalês
fazer vinho». —
P. Manuel Godinho, Rela-
é,
moderno usa- se kirichchya, que é o
ção, p. 12.
1782. —
«Vê-se outra, a que no Norte mesmo que cris.
dão o nome de caju ri, e de que tiram
excelleute bebida por incisão, nutritiva, 1635. —
«Indo um negro fugindo o foi
fresca, e que desembaraça as fezes». — seguindo um lascarim nosso, e alcançan-
Fr. Clemente da Ressurreição, Tratado, ii, do-o por detraz Ihedeu com ocalichur-
p. 340.
ro (que são umas facas largas e curtas,
1873. — «Um cajuri visto de longe pa-
mas pouco encurvadas) no pescoço uma
rece uma cabelleira elegante muito fri- cutilada». —
António Bocarro, D*éc. xiii,
sada- O fructo é como a tâmara, uma p. 419.
. .

baga ovada de côr alaranjada, andando por 1685. —


«Trazem traçados de dous pal-
metade do volume da tâmara e nascendo mos e meio a que chamão Calachurro».
em abundantes cachos». Bernardo da — — João Ribeiro, Fatalidade Histórica, i,
Costa, Mayiual do Agricultor, ii, p. 233. cap. 16.
1900. —
«Pagam por cem cajuris seis 1687. —
«Estando preuenido com valos,
rupias e um quarto». —
António F. Moniz,
duas pessas, e algus mosquetes, de que
tinhão menos uso, que do arco, frecha, e
Historia de Damão, i, jí. 202.
1892. —
«O [numero] dos cajuris la- calacliurro». — P.Fernão de Queiroz,
vrados em Damão antes do Tratado era de Concpiista de Ceylão, p. 317.
163:876».— Cristóvlo Pinto, Estudos, p. 43. «Aonde não labora o mosquete, obra o
1905. —
«... obrigando-se a vender os calachurro». Id., p. 851. —
vinhos nativos do cajuri (urraca. valium
e dobrado) unicns espécies de distilação
CALADARÍ (s. m.). Pano de algo-
então conhecidos» (em Damão), Ernesto — dão com listas pretas' e encarnadas^
Fernandes, Regimen do sal, in Boi. S. G. procedente da índia, e particular-
L., XXIII, p. 220.
mente de Bengala. Do beng. kãla-
1905. — «O cajuri é uma outra arvore
dhãr~i, «o que tem borda preta». Ca-
que tem especial consagração e alta cota-
,Ção por todo oGuzarate, que é sua pátria. ladáris, escrito pelos lexicógrafos, é
Como a palmeira em Goa, o cajuri é con- errado quanto à acentuação e quanto
CAL MM ITÍt (Aí. AIM

'.'{lo, que ó a do plural. O Calaim, c vai autre elleâ [madaga.sca-


_. s carridarry. tanto como prata, para jovaa daa
reutíc-sj
t»^in
mulheres». —
Diogo do Couto, Dec. VII,
CALADIGÀO. Casa de audiòDcia em IV, 5.

•quim, conforme Fernão Pinto, 1G15. —


«Ha também grande diversi-
dade de moedas no cunho e letreiro, uSo
reio que ])rovêm do chin. ' '•
' ^t'-
somente de ouro ou prata, mas também de
I'ng, «supremo tribunal- .
outro metal chamado Calaim, que é
1540. —
nKfKlcaiido a Unlos nove nimia
branco como estanho, mas niais duro, mais
puro, e mais bello, e que é muito presado
rrrnte do ferro niuyto comprida, nos le-
ão Caiadigâo^
era a casa de (]ue
nas índias». —
Pyrard de Lava}, Viagem,
1, p. 193.
a execução dos
lia, e aoiidt! se fazia
ideceutesu.— Peregrinação, cap. 103. «Nestas galé.s ha quantidade de vasos
para beber df> feitio de garrafões de vidro,
CALÂIH (indo-fr. calin, indo-ingl. mas feito.-í de Calains, que é um metal
ilati). Estanho oriontul. O ótimo é branco como estanho, porém mais duro». —
Id., I, p. 376.
ár. qalal, adopta«lo pelas línguas
16'29. —
.E ainda ElRey de Perá deu
alianas, o qual se prende provável- algum calaim com que em grande parte
.'^nte ao mui. kãlang. Alguns escri- se íicudio aos gastos da armada». O Chro- —
árabes derivam o vocábulo dum
•res nista de Tisstiary, i, p. 8.

iirar chamado Qalah ou Qaleh, que


1H35. —
«No reino de Perá
estavam trea
naus de Guzarate, e tinham feito três mil
r situado na costa de Ma- bares de calaim». —
António Bocarro,
malaio \agri Kãlang, «Gl- Déc. m, p. 101.
ide de Estanho», é o nome antigo 1650. —
«Tem muitas minas, donde ti-
estado de Salangor. V. Glossary.

ram chumbo e calaim».
ferro, P. An- —
tónio F. Cardim, Batalhas, p. 253.
'
ArquiptMago Malaio era celebrado 1745. —
«Também se acham [minas] de
la sua produ(.\"ío de estanho*. í>8tauho a que neste paiz chamâo Ca-
Calaim é também o nome que os laim». —
In Ta-8si-yang-kuó, II, iii, 3.

nossos escritores dSo a uma moeda


1812. —
«Prohibe armação nas egrejas
de papel e calaim, exceptuando o tecto».
!•• Malaca. «... somente [moeda] — — P. (.'asimiro de Nazareth, Mitra» Lusi-
estanho pelo auor muito e fino
'
trtnas, in ííol. S. G. L., xv, p. 581.

le se achaua na propria terra», 1191». —


••Kaieh est le centre du com-
merce de I'Aloe.s, du camphre, du sandalc,
iirros, Déc. 11, vi, 6.
de I'ivoire, du plomb aicaly, del'ebanc».
1664. — «O baar de calaim he em tudo — Abu-Zeyd, apud Keinaud, fídations, i,
lio da canella». — Áutóuio Nuucs, p. 95.
•lo8 Pesos, p. 0. 1582. — «Nasce assai calaim in lingua
i.i.>i. — «... uom paj;uarem 08 dereitos loro, ma
in nostra lingua si chiania Caiaia».
porceJana, caiaym, e outraa ffazeií- — G. Balbi, Viaggio, H. 125.
- SiniSo Botelho, Tomho, p. 17. 1770. —
«... couvre encore sous une
~. —
aMaudo que não deis licença a légere superlicie dcs mines d'or, de cui-
pessoa de qualquer qualidade e
1
vre, d'aiman, de fer, de plond), et de ca-
4o que seja para cjue jios.sa laurar lin, cet étain si rcchercht\ dans toute
partes nioeda de cobre nem de ca- TAsie». —
Kaynal, Hisioire, ii, j». .'ÍO.

Carta Jíéfia, iu Archivo, iii, 1782. — «11
a trouvé que le calin étoit
de retain ordinaire. C'es mines de la pres-
— «Coberto.s
de pasta de chumbo,
;. qu'ile Malaise sont riches». —
Souuerat,
• estanho, que auia muj to
'^y^i 9"^ 1"' Voyage, u, p. 101.
l:ide... As meude/.a» «le bazar de
se comprauílo por huma moeda de 1510. —
«E nos mandou dar húa casa c
>, a que chamauâo caiaym». — dez mjll cahahyns em panos de Cam-
Correia, LciidaH, ii, pp. •J;j2 e 2ôG.
t
baia rotos, dos que trouvemos nas nãos,
lói;{. —
«... a troco <le mettaes e ca- dizendo nos que a<{uylo era para comer-
irn i\nr a mesma terra prcnluz»» Ma- — mos o tratarmos» (em Malaca). Algum —
Erédia, Declaraçatn de Malaca, Doe. da Torre do Tomlo, p. 222.
1512. —
«... e trinta e seis quintaes c
1 nPrezSo maito o estanho, ou meo de estanho «'tn caialz». —
Afonso de
Albuquer<{ue, Cartas, v, p. 193.,
1515. —
"Asy com achaijnes de humas
''>13. — "Melncha non ha nulla salvo cortinas dolrey d»í bintam que uabia honde

ítria, p.
itia

di Lmiúra
374.

di sta^iio tauto btiona (pianto 6
Ajtitd Cíiibcrnalis,
Gstaiinm, que xnliam doze mill calais» —
Pedro de Faria, Jljid., iii, p. 119.
ICin Malaca num te tax ncultun cuuti^
CAUMI/ LSI I
CALAMUA

Iior orUKKinH, iii<iii Horulln, Hitutini por OM- lO'Jft. ~ «(.Quatro laiioliaran grAudoH «
• It». — Jhid,, I., liift. tioiH qualaluxe* o luaiKdiuaH quo mo ro-
1667. -~ nCiidn oalalm valia
~
por M mani LrmhrdttCitH, p. K
iiiiivtou.
nTraxia graiido armada do oa-
poHtrt <>«K0 roÍH, r (puitio ri'iti«", (Um- ir>.'lfi.

tiif'nlitrio», III, (Mip 17. laluzoa quo tiidino «liia.s aiidaiiiiiH do rt«-
l(»()l>, — mo<Ml« »'orr«tnto en-
oTmiiiIx»!!» »'<
iiioH, liuiiH do imlo oittroM oomn «li< luiitUH,
n qiitt cliaiiiaui onlolm». ~ Ki'. JoRo
liuilio, may lijj[oiroH do volii o voiiio, ipio H«*m vimr
dtm SnntoH. l''lliii>i<i.i Oiinitu!. i. p 1*.»^. oorrlflo para triVs como para diaiilo».'
18UH: Oatipar Corroia, I.ctnlait, iii, p, iiJJl
•n«i Mnlni'tt »llii \liili<., ., , lit
lM\y «A ma) or parto sAo laiicliarttti,
('mIhIhii Ii'u» ooiiiMiiio <> III» •'•<« iitnltiio A oiittn». o galootari do romo, ooiii algiiiiN Calaiu-
l,o|iiiii (III Mttiiiloii^H, .4. (<i) .ill^UMUtr^iue, |i. i(6, saa da ,laoau, IVruHo Tiiito, I'no/riim- - -

*
V<1(».
oap, i!(J.

CALAJAU (b. na.)' Vi»ui n pnluvrji UiA'J, — «Auír bom oom oalaluzoa,
rt^K'f*''"''^ ''"' '">^ (li(MíMu\ri(>, (Milhuln lamdiaraN (> iiiaiioliuas o alguns dourado»
lutH proas o popa«u, Castanhoda, Uinto-
n.'i (»l>rn do I<o|t(>« M«*n«h»N, (juo n
t'/ei, V, cap. JU),
moiicionn ooino wiiuSjumo dt) vas0ró o, ir>(i(), - nlln. outr.iN :i lui» oliamllo
{{[. V.) ou atniiulo,' luas pilo t^ unadn Oainluzoa, quo diirorom Noinonto na toi-
ojn ooncntii nom om maratn. l\nlo \'^o di< popa i< pn>au. - IJabriol liobAlo,
li{/'ov»mi^i){> f/r MuiuviK p, 17(>,
HOr (|U0 tivi'SSt» (^lo OUN'illo di/tM' al-
\b{\l\. ~ «O qual om urmada do luu- mm
guOiu nas Novaw Ooiuiuiislnf*, oiu ulu- oliilras, o oalaluzea, quo si\o imuios do
HÍto {\h rollm» da tVrvoi'i», kaUl-jha^, romo, HO vovó motor om o rio d© Mu«r», —
(\\u^ v\\\ iiiarata í\wyo dizor «i^rvoro JoAo d« líarros. \)i\\ 111, i, l».
ir»i>(), - «Doixaiido lo /^i«'(»i' do Cliati-
pi'ota».
navios quo «diamam oalaluzos,
g!to| oiiioo

IS8(l. —
« KiMvlvAH» pol«« mm dii«CM»fto«, oom OH (piais s«> roformou maid a iVota dos
o pola utUitlrtdo quo «o tira da sua niiHoa- I'ovtU|íUosos»."-l>amiAo do Hóis, ('hivnicii
\'i\{\ 0111 graiuios po\'a.s para lua^tio^ do ua* ih oap lí7,
/), j\f«iN«f/, IV,

viof*, luowtraN, varai» «lo lamir, jirou-


viga,"* KiOá, - «Quatro lauohrt.ras, oiiioo oala-
uo)*, ooluiunas, prauohòoj», v\\\^ om trouoon luzoa, o dous bargautiuaw. — Diogti do
jLtroMsoN <lo onlAjnr. tntrto, <ui o<i«f»NÍ Couto, DiV, IV, u, ú.
(fttriolmos uux voiuioa), /<i<ji#f»r«i (artoowr^ «Oousfnvw do troi^outas vtMas, om quo
puii lutof-'iiriiri'i^i. I /.,/:•.! I'.'i finiiirtíi. ontrava ooisa do oitouta juiiooí* graúdos »U>
tiimaiilio do uosshs uAos do at«^ qiiatrooou-
ta.N touoladas, o as mais omluuvaoiNos oa-

CALALA t^p*iiij;\ Á»i/u/u). Tooido latuzoa».— /•/, 1>«V. IX, oaj). 'Jí.
d<' (N'!ln<>, HMO Sl^r\t^ di> l(>l.'l, «Kmbaroado oom algí^s oompa-
m'OSSril'*»
ulioiros om hum onlalua ou ombanavSo
tapoto. «lo it>mo proviílo do uooossario» - Mamul
HIH7. —
«Nou» aljiuiu uMoAo, «l«Mpml-
(í.
H, M.
do hr«\dÍH, i>^''liUHi<m< ^'i.'>nM,

(pior oaVuiaiio «pio M(>ja, voiida inav» quo


U>34 :
ao Souhorio, arooa, piiiioulu, HapiKo, nora,
guUulia.>«, uuuitov)ia, o OAlAlaa» V. Kor- >Vlo qii» !<ii^rrA«N tMmb«m vinhA «coanKdo
|i(i i\uu\itr^>« t^iitiilii««>ii...».
«rt»» do Vjuoivoa, ( \'M(/«»V/ti ih ( V*/Mi«». p 800,
FVíUIOÍ«CO ()« M«>H»Kt»«, .V«l(«ir<'
«Toda a avora d»< tuias» torras, piinoutu, ( Vh4mM«M««, III, t^.
Naplto oora, inarfuu, oalAlliti o qualquor
oiida voidaga, trarào a uo,s.<<o!( portos n» , . .
«Diodo quíato çavlco a Odounlo
lf)80, -

OAlnlfia Hua«< a AiWm o luovo; A!< g<H)9i!i<\.<), 1'olio oou tjuattro lauoiHvo, « oiuquo Ca
a larim», Iti, p, ÍH>. ialuzio (auu>uduo stmo i)0»d di iiauili
lotfglovi ipiasi dolla medo.siiua gramloí ííi^^
CALALUZ. Poqut^ua o li^foirft imu* — P MatlVi, /f htone. p. im,
bar»'av:ft»> d«> rtMuos. usada antiga- CALAMBA, calambá, calambac, ca
m«M»lo i»a India insular. 1\> n^alaio^
lumbuCO. K nomo lualcvio, Lihim- i»

•javftUi'*» kiUiihi* 0» /ctfiitH»*. /)ti(/ kiíi\mhâ) <h\ supe-


^^n^a^^ hi'ijiui

i'iv>r do {Ufuih (n. v.V


qualidade
adoptadi» p<dt>s nossos indinuistAS *.
' 'I'lliii Wold >i>ii\(U lUMU
ruMlli.'i (o li«i

/>f/»"f*, «lo gH> auv tiling», and


right tliroujil» líoni^alvos» Viana Umu por t duvidoso
thu.'t tlio Utoral trauolatiou >\òuld ho »tlvo J^^^
,. > / 1 ;
/i I .•, 1 ,íii .•,> 1 .7 11)7)1/ .}n ,• ,'osi
throadorv». tho ri^toroiioo boiug, a» iu tlio
oa«o ol" most ot" Malay boat uaiuo», to tlio
«pooial tiguro ho«*l tVt^ui widoli tlioboat ' Vulo ootdootura quo o nwuo volo owr,
Nxaj* i«uppo!<od t>> dill\i> ifs \\li.»l.' ilnua, o ol^^jOOtO do rhttUlp», vM-ntulo .i^tiOo or,'
dutor n^ liulo-tldwft-
CJllJkMIU

^iiv.A *.r^sVAi'.v*L^ \»»í>^!aÍ


CALAMO AROMÁTICO 18-J CALANDAR

re negri lo cavano e lo stimano eccessiva- Injiciatnr, ad gratum saporem, ac ventri-


mcnte, come e' merita».—'F. Sassetti, culi non levem corroborationem». Bon- —
Letlere, p. 201. tius, Jlint. Natiiralis. p. 10.
lf)8lt. — «En ces lieux croist
le hois de 1786. — «II Calamo Aromático è
Calamba odoriferant et pit'oiciix, leqnel una erba in jjagiia, silve.stre, e campestre,
estaut bon est autant estime (jii'or ou ar- non palustre». —
Fra PmuIího, Viaf/r/io,
gent». —
Linsclioteu, Uistoire, p. 38. p. 361.
1596. —
n Aramata aiitem haec fere sunt. .

Ampiun, Fagara, Calamba, Garro, San- CALAMUTE (colemute, culimute).


talum». —
India Oricntalis, ui, p. 9!). uma pequena enibarca(;Ao do ^la-
l'j

1()10. —
«Llaman los Árabes y Pérsios la])ár, que tira o seu nome de um
ai aguila o lenno aloes, Vd, y a la Ca-
porto da mesma costa, mencionado
lamba, Kalumbuck». — Pedro Tei-
xeira, Heliicioiies, p. 111. pelos nossos cronistas. «E sabendo
c. 1640. « —de la porcelaine, du
. . . Martim afonso que em Colemute so
canfre, du borax, du calambac, des dens fazia semi)re grande armada contra
d'Elephant». — lidation du Japan, p. 26.
determinou de ho des-
— «We opened the II chistes
1618.
os
truyr».
nossos,
Castanheda, Historia, viii,
which came from Syam with callam-
back and and void out». — Cocks,
silk, it cap. 140. Cf. cotacoulão e sarif/uicel.
in Glossary.
1770. — «Les morceaux [de aguila] qui 1537. — «E
foy seu caminho, e porque
coutienneut le plus de cette resine sent sabia que em Culimute sempre
se fazião
commuuément tires du coeur de I'arbre, ou bons pardos e catnres para os armadores
de la racine. On les nomme calambac, malauares, determinou dar hum salto em
et sont toujours veudus au pris de I'or
ils terra, e andou que anoiteceo antes que
aux Chinois, qui les regardent corame le fosse visto dos culymuies». Gaspar Cor- —
premier des cordiaux» Raynal, Histoire. . — reia, Lendas, iii, p. 712.

1592. «Nenhum nauio ligeiro asy d'es-
CÁLAMO AROMÁTICO. É o nome porão como calamutes, e cotacoullões, e
sanguiceres naueguem nem possTio naue-
qae so dá ao Acoi'us calamus, Linn,
gar do norte para o sul nem do sul para o
(sânsc. vachã, cone, vaikhand). Tani- norte sem expressa licença do nosso Viso
bôm se diz cana cheirosa, e dringo. Rey que ora he na índia». Carta de hi, —
«E um pxcellente amargo, aromático in Archivo, in, p. 365.

o estimulante muito usado na me-


;
1597. —
«Mandou á costa do Norte ou-
tra armada de oito fustas e quatro cala-
dicina domestica». D. G. Dalgado, mutes». —
Ihid., i, parte ii, p. 51.
Flora. 1614. —
«Levou comsigo outros dous
— que eram calamutes». Diogo do Couto, —
1516. «Zodoaria, calamo aromá- Déc. X, I, 8.
tico, cassia linea em Malabar muito em 1635 — «Qrfatro galeotas de coberta,
Maugalor, e em outras partes». Tomé — um calamute, dois bateis' dos galeões».
Pires, aptid Cardeal Saraiva, vi, p. 426.
1563. —
«O que lá em Portugal se usa
— António Bocarro, Déc. XIII, p. 95.
«Constava de septe galeotas, um cala-
em as boticas por calamo aromático, e mute . . . ». — Id., p. 101.
que na índia he mezinha mais usada, assim
nos homens como uas molheres, como nos
1678. —
«Os calamutes que houver
de vir para esta cidade trarão cartaz
cavalos pêra suas doenças». Garcia da — do «feitor, o qual pagarão na forma do es-
. . .

Orta, Col. xí.


tilo e costume, e vindo sem o dito cartaz,
c. 70. — «Calamus quoque odora- serão os ditos calamutes tomados por
tus
atque
in Arabia nasceus, communis ludis
Syriae
perdidos». —
Apud Júlio Biker, CwWecçào
est». Plinius, Xaturalis de Tratados, iv, p. 208.
Historia, ii, 48.
545. —
«... en rapportant la plus part CALANDAR, calendar (mais cor-
'

des Aromes, I'Encens, la Canelle, le Ca-


rente). Monge maometano, que às
lamus et beaucoup d'autres». Cosmas —
ludicopleustes, líelations, i, p. 23. vezes anda peregrinando faquir. ;

1515. —
«Et in le dette parti si trova «Homem desprezador do mundo, que
Zenzeri pevcre: et Calam! : Aroma vive de esmolas, e veste somente
ticl». —
Apud Gubernatis, Storia, p. 390.
roupa de laã». Fr. João de Moura.
1596. —
«Aromata autem haec sunt. . .

Nardus, luncus odoratus, Aro- Calamus Os nossos escritores comparam-no


matícus, Cliinae radix». India Orien- — slo jogue indiano. Do i»ersa qalandar,
tal/ s, IH. p. 09.
marata-hindust. IcfdinJãr.
1631. — «Per totam Indiam vix pisces
coquuutur, aut carnes, quin fasculus ca- 1325. —
«Ha a Zauia fermidajjje Xeque
lam! Aromatic!, aut luuci odorati, iis Jaraalo Addiu, exemplar dos confrades,
i
\ t \ V I 1 \ I
'

CAI.AV)

.mandares, quo s't'.-.-


- f as s ItraiicclliHs".—
p. 21.

,uel-
t da-

V a lit.» J iirriK-iot, ííiriii->r/f'nw Orien-


^alandar, despe- taU.

• CALANGO
(tamul-malaiala ^'tVari-
' '/Í/ 1, tuborosa de palmeira brava
liaiz
IV, "v, i.
(Borassus fabeUifonnis) tenra, a
. rPiitfs iiestus
calendares». qual se come no sul da India e par-
ticularmonte.no norte de Ceililo.
ima mé-
•:•
I

J _
; I st-nani 16y7. • — semeão os caroços, a que
.

que OS ( 1 jo- chamíiO pana gay 08, e depois que cri So rai-
- ;i i|iif nam zes, que uonieão por esta palavra, Ca-
calendared vii. lango, ou as coHieiu verdes, ou secas, fa-
zendo delias farinha, de que se sustentão».
tie percgiiu», a vjue elles
— F. Femào de (Queiroz, Conquista de Cey-
ndar, andSo muitoa lâo, p. 40.

auu-.».. —
<

l.iii'g" >1" (""Ut'',


t-

D.H- IV, Í, 7.
ai*si
1UI4. —
«Lift palmyra kilangu (i.e.,
«Calendar 'que iu- o mcriino que pe- germinated seedlings)». Drieberg. Year —
reiiriti'io — Id., VIII. II, 1. liook of the C A. a, p. S3.
"]>„:; _ bOs oalendares vestem tu-
ias i' curtas, som mangas, CALANJA. Peso de joalheiro na
iitras lie sedas de cavallo... índia meridional, equivalente a 20
[lequeuas viangeUns. Do malaiala katancha
!io, Rela-
(tarn, kalaiichu).
.;<„,, p .1..).

1712. — nCalandares, ou Calenda- 1.^51. —


«De cospidouros douro dous pe-
V >• s '
' ~. ou lie- daços da dita ley que pesarS mill cemt
certo
:<<i eorenta çymquo calanjas». O lu- —
• ; I. r,-i"- lontiuua- taria do Theaouro d<> Jiei i!» '' '"

80111 de frauta, o 1554. — «Hua calanja


. .i. Ml-», e de noite andava lius,cada maugelim i^ grao^ m h n nn i r- . i

;ca«. — Bluteau. português d'ouru pesa 8 calanjas, man- 'J

It) I'
'• ' • ••.esta gelins». —
António Nunes, Li/vru do$ Pe-
gente, V por sos, p. 35.
piúoè ^a. .. - '^>- ...... .> que 15«;3._.A [pt^n^l- •'" ..»--H.. iiVinrrJos
viios y «lUtro» van peregri- de trigo, »juc sam iha-
i.,,l.r..i,..M,f.. ,i.. litriosina y mau> calanja, va: „ .. , a».— .

[lor onde (iareia da Orta, <V>I. xxxr.


bien mi- Mli'y. —
«Kalangia è un peso di un-
tia vida, deci pnnani e un quarto di Coecino .

lies ituti- Kaicia è un peso di quattr<> Kalangia».


'
1 xci ra, Jirlacionft, — Pra Paolino, Viaggi

Ifaherem cuni CALAO. vocábulo Uosigna, em


()
tri- lit I Kalande ile barro ou
indo-jtortu^urs, a bilha
rum cobre, com capacidade mais oa me-
«H de um almude, usada para á^ua,

kSp hl7.r. C. como medida, para vinho •' az«Mtc.


uCalílo do
d.. 1
iquido». 1

do htiHino I'rinKtrio. Procede


idio
<•• tamul lualaiala kahtm, sing, ka-
a, I, p. aCK).
^ • . hAti» par uu Mahometan Utya. Correspondo no significado ao
Calendar lui y est <mi- cone. kalsò, do sAnsc. kala<
t< II' I.I s Calen-
dar

•..\. Ill' .1111 liii


CALÃO 184 CALARIAO

— In Cartas de A, do Albuquerque, ví, cântaro.Medida molhada, ou do líquidos e


p. 31>r). tem 6 canadas de ordinário». —
F. N. Xa-
15'21. — «Deutro
na feitoria se nsim vier, Bosquejo Histórico, iv, p. 3.
achara nada, somente hum oalAo que ally 1872. —
«A rega, tão necessária ás ten-
trazia, que mostrou na mSo que todos lhe ras plantas no clinia ardente da índia, 6
fossem testemunhas com que o mouro deu
; feita a calões (grandes bilhas)». Ber- —
no esporão da fusta e o quebrou». Gasf- — nardo da Costa, Manual do Agricultor, i,
par Correia, Lendas, ii, p. 040. p. 176.
1538. «As mulheres trazião as panei- 1901. —
«Em Goa, pode-se dizer, não ha
las e oallões que tinhão e as enchião de nenhum dos maravilhosos engenhos, como
pólvora». — Id 47.
, iv, p. moinhos, noras, etc., destinados á rega dos
1525. — «Muitos calõees de manteiga campos, que em hortas se faz com peque-
e mel'). — Chronica de Bisnaga, 93. p. nos calões (vasos) á custa de extraordi-
«Acabando estas três voltas quebra o nária somma de trabalho e paciência». —
calãao, que he bua panela. E toma . .
José Pinheiro, liol. S. G. L., xx, p. 106.
hum calâao d azeite na cabeça e bota-se 1906. —
«Seguiam-se os serventes le-
no foguo». — Jbid., (1035), pp. 7(5 e 77. vando os presentes da noiva, que eram 5
1551. —
«De calõis douro hGa peça de ou 6 calões (ou vasos de cobre mais ou
ley biij l mates que pesou seteçemtas e menos cinzelados e outros artigos, que se
dez calanjasn. —
O Inventario do Thesouro destinam a usos domésticos». —
Hipácio de
do Bei de Cei/lão, p. 21. Brion, Duas mil léguas, p. 208.
1526. —
«Aquv se fazião muitas despe- 1911. — «Em geral o liquido fertilisante
sas em calões de barro mal cozido para é extraido dos poços por meio de calões
cozinharem nos navios e fustas e paráos de ou grandes vasilhas de barro». J. E.—
remo». — Afonso Mexia, in Archivo, v, Gastei Branco, Boi. S. G. L., xxix, p. 320.
p. 10(5. 1578. —
«... y en estas puutas corta-
1552. — «Depois hiudo os nossos por das atan vnas ollas anchas, y de pequenas
ella [águaj acharão os cal Iões que são bocas, llamadas Caloins: y alli está la
huns vasos de barro em que os da terra a Palma distilando esta que llaman Sura».
trazião, todos quebrados». João de Bar- — — Christóvão da Costa, Tractado, p. 100.
ros, Déc. I, v, 3.

1585. — «A agoa que os enfermos ouve- CAL APITA. Domingos Vieira in-
rem de beber, seja sempre da fonte de sere,sem abonação, o vocábulo com
Banganim, trazida em calões». Archivo, — anotação de inédito, bem como Cân-
V, p! 1036.
dido de Figueiredo, com o signifi-
1609. —
«Com elle e cinco Mouros mais
cado de «concreção pétrea que apa-
doHOs da terrada, e com tantos outros cân-
taros, a que elles chamão calões, parti- rece algumas v^ezes no interior dos
mos para a fortaleza». Fr. Gaspar de — ^

cocos, e de que os habitantes das


S. Bernardino, Itinerário, p. 106.
Molucas fazem fetiches muito cele-
1609. —
«O terceiro juramento é de me-
nos perigo, mas não de menos admiração :
bres entre elles». Também Devic
chamam-lhe os cafres [de Sofalal jura- regista calapite com o mesmo sen-
mento de calão, que é uma panella mui tido, e acrescenta que «a palavra vem
grande cheia de agua quente, que leva
de kalapa, nome malaio e javanês
um almude». — Vr. João dos Santos, Ethio-
pia Oriental, i, p. 78.
do coco».
1613. — «Conforme o recebimento do Não há dúvida acerca do étimo do
caminho da povoação, também real ;
foi o tema. Mas quem é que formou o
isto era, ter cada casa á sua porta um ca-
derivado? As referidas línguas não
lão, que é como quarta, mas redondo,
cheio de agua, coberto com um panno o conhecem expressam a «concre-
;

branco, e em cima uma mecha aceza». — ção esponjosa formada pela coagu-
P. Manuel Barradas, Hist. Trágico -mariti- lação da água de cocos velhos», por
ma, p. 89.
kalapa lãdeh ou nyur lãdeh. Lãdeh,
1614. —
«Forão dar em huns calloens
por dãdeh, quere dizer propriamente
de pólvora (que são tamanhos como gran-
des cântaros) que elles tinhão dentro». — «coalhada». Nos nossos escritores
Diogo do Couto, Déc. VII, 14. não me lembra tê-lo encontrado na
XVÍII. —
«Xo primeiro dia em que as índia Portuguesa dizem murindo,
;

["palmeirinhí..s] mando lançar


transplanto,
a cada uma três calões
de agua em di-
como em coiicani.
versos tempos». —
Arte Palmarica, i, p. 149. * CALARIAO. O Padre Fernão de
1782. —
«Mas é preciso botar-lhe quatro
Queiroz emprega o vocábulo para
ou cinco calões de agua». Fr. Cle- —
mente da Ressurreição, Tratado, n, p. 286. qualificar uma espécie de fanão (q.
1852. —
«Calão —
Vaso de barro como V. I.a que attribui o valor de uma
(ALI l^:. TALIANA

Parece que ó corruçSo a do Brahmá e Lacxmi a de


chocarão (q. v.), o c«»r- ! \ IX nu.

''s|M
tain. chakkarappaiid/Hf
!« de moeda i'unhada com ura
>

1874. —
«Tu, Kaiy (iivm.i. .

(grande drusl tu, ruja linirua


.
•'•

rirculo, s?ndo o -— •' - h/. •.., •

nõest. Porei vai.

1687. —
•Do porto de Columbo. 2000 fa-
nòea calariões, que entSo ualiSo hua
tanga». —
Conquista de Ceylào, p. 254. peiídem, lividas,
e um collar <1«' .

* CAL£M. Fernão Mendes Pinto nilo para mim, K I'omas Ki beiro, Jor-
declara a quo fera chinesa se refere nadas, ii, p •
por ôsse termo peregrino. Se quis 1883. — «Hesitei em eutregar-me nas
mãos d'aquelle indio, que podia ser sectá-
íIh^Ílti;!!' 1'*iIh' '
coriíu me parece, .
rio da deusa Kali». Adolfo Loureiro, —
o t.-r;i,(' r..;-;-. >!<<;. ,i'..;'' é c/iói-lang. No Oriente, i, p. 138.

1.>43. — • em que havia mnytos ti-


1886. —
«Estando um dia Parcoti, es-
. . .
posa de Shiva ou Mahés, a banhar-.se, ti-
las, liSes. calens, onças». — Pe- vera a veleidade de fazer uma figura de
lo, cap. 73. barro amassado com agua de banho, que se

CALETI. Assim escrito, figura o



animara ao contacto do seu hálito*. Lo- —
pes Mendes, A índia Portugueza, i, p. 56.
vocábulo na obra de Duarte Bar- líKMj. —
«No dia seguinte começava em
bosa; mas o étimo
'
— malainla c/i(7- Maissur a grande festa do Dassará, a mais
rica e brilhante que se faz na índia, em
'''//""'. ' ' '-'ju, «tecelAoi
honra de Darga [L)urga\ uma das formas
— iiidi'jatjue O autor de-ii:i;a:i.-ur
de Kali, mulher de Sivah». Hipácio de —
veria escrever çaleti, que pola nova Brion, Duas piil léguas, p. 33.
ortnr""'^
-
ntaria i^orsalêti, 1912. —
bE consagrada esta arvore a
ivíduo da casta Kali, ou Parrot i, a consorte de Siva».
<• '

A
— Caetano Gracia^, Flura Sagrada, p. 71.
<1" ;ir». tradução 1915. —
«Os abominavei^« sectários da
•:a-: - í. TambOra a pa- deusa Kali não eram, p"'- •»"' maia
lavra mainato (lavadeiro) é derivado cruéis e ferozes do que es- falas

do feminino do nome malabárico. mansas*. —


Urrulih-) lie 14 . .'....'.
177ti. — <• I \i\ uomi, come Par-
1.'' — -Tia (>titr:i l-v mais baixa que vadi, Kàli, I í»i». — Fra Paolino,
. ^t n Cale- Viar/gio, p. 79.
tls f-m imtro Kali (proprement Kãli, la Noire). Ce
"iiain em nom qui designe dans les Vedas Tune de
<ie seda; sept )riii:r'io> ]o VAç^ni, est deveuue dans
heíro, de le - ;t3 I'un des noms de
.
— Livro, D*-. I. sons í«n forme fa-
rouche wc. Kali
M caletia que tecem o algo- vent n\ . autre f .


Lopes de lleudoitça, Os la ! \ Fauchc, La Uraiide
ilerut, p 1%, Eu
CALI (sAnsc. Kãtl}. É a deusa CALIANA (porsa qah't/un, «tubo de

.irMÍf deusa», e e, segund») o seu costume, descreve-o


í' títulos, indica- minuciosamente: «He o instrumento
• seu duplo carácter, benigno de que se servem os Persas, e Mo-
. tais como: f/w/í, tluz»; goros para fun
br.nnca»; Pãn-atl, «monta- cujo uso ó t.lo .

i do monto : lilntvnnl, em todos os Orientaes. A (


libava i«'jot<to de Xivaj; composta de huma garrafa dt ...;.... .

<»;Durgâ, «inacessível»; oa vidro chovo de a;;oa, e da boca


'
* '

. '
terrível». Teol' '
' t«ntra p« u
/• a Jtacti ou « :
lio S;? j

>i lie Xiva, assim como »Sarut>vati liuma cousa de íúruia de hum pertti-
rAr.icó 18fi OALMFJ.AS

mador de ouin, |)i<it.i, ou <ir cudicj

liaqual se meto o tabaco iiuiito hein tivo de «tecido branco de algodão».


picado, e huma l)raza dó lume, o Provêm imediatamente do fr. calicot,
hum pouco mais abaixo ha luim bu- ingl. calico, mas. procedo do nome
raco, de donde sahe hum canudo de geográfico Calecut ou Calicut. Os
canna comprido, ou de couro muito nossos escritores antigos chamam-Dio
bem cozido, e ás vezes bordado de cotonia. Fryer declara abaixo o mo-
ouro, o seda, pelo qual se chupa o tivo da denominação. Os portugue-
íumo de huma grande distancia, para ses nao empregaram a palavra nesta
que tendo menos força, se possa es- acepção, por nílo exportarem de Ca-
tar continuamente neste exercício, lecut a fazenda, que aí se nao fabri-
sem damno do saúde. cava, e por terem animosidade com
o samorim.
1675. «.— \\ith their Servants bear-
.


.

ing after them their Col ions, or Glass 1884. «Do Malabar transportavam
Vessels, out of which thoy snioak Tobacco, preciosas especiarias c o tecido que foi co-
by a long Keed, or Caue, fixed into Gold- nhecido pelo nome de callcut». Adolfo —
en, or Silver, or Brass Heads, with their Loureiro, No Oriente, ii, p. 226.
Magnificent Appendices, carried stately 1611. — «Calicud, vna cierta tela del-
behind them». —
Fryer, East India, iir, gada, que traeu de la índia de Portugal, y
p. 259. tomo el nombre de la Província donde se
1825. —
«The Kawul kept his seat, called labra, llainada Calicud». —
Covarruvias.
for his kalean, or Persian pipe, smoked Tesoro de la Lengua Castellana.
some whiffs, then began talking again«.' — 1613. —
«lis changent Icur bestail et
Jlebcr, Narrative, ii, p. 70. leurs fruits centre des Callicoos et au-
tres sortes de toiles et étoffes de coton
CALIANCHI-POTTI (cone, l-al^an- —
dont ils font leurs habits». Thomas Row,
cln-patft).Corrente do botões de in Relations, i, p. 3.

ouro, quo serve de enfeite para a


1673. —
«... having an accomplishment
in the Art of Staining Calicuts here ^
cabeça da mulher hindu. beyond any other place in the East In-
1874. —
"Luzem-lhe nas infloradas ca-
dies». —Fryer, East India, i, p. 90.
«Calicut for Spice, Amber greez Gra-
beças os lavrados chonáracôres, finos ca-
nats, opiums, with Salt Peter, and no
lianchi-pottís e curtarens, cada qual a
Cloath, though it gave the name of Call-
seu prazer» . —
Tomás Ribeiro, Jornadas,
cut to all in India, it being the first
II, p. 104.
Port from whence they were known to be
CALICANTI. Nome duma árvore brought into Europe». —
Id., i, p. 221.

— 1880. —
«They ware a shirt (kulmiak)
de madeira de Damão Acacia sun- made of calico, sometimes white and so-
dra, D. C. E uma das árvores de metimes red; their drawers (schtaun) are
que se faz cato. Do guz. kcãlhcmãl. worn very wide, and are made likewise ot
— «Calycanty calico, or occasionally of silk». — Ho-
1886. {acacia sundra) worth, History of the Mongols, ir, p. 23.
ou lalker, muito similhante ao ker na folha
e flor, distingue-se apenas d'esta i^elfjs ^CALMELAS, camelmas (s. m. sing.
fendas do invólucro cortical do tronco. E, pL). Peixe bonito (q. v.) que, sen- .

com tudo, de muito menor duração e dimen-


— do curado, constitui o principal ali-
sões, sendo em geral tortuoso». Lopes
Mendes, A índia Portugueza, ii, p. 248. mento e objecto de exportação das
1898. —
«Produzem pau rosa, teca, ma- ilhas Maldivas, onde se chama kalu-
retha, sissó, calícanti». Oliveira Mas- — -hili-mas =
preto-bonito-peixe. frase A
carenhas, Âtravez dos Mares, p. 59.
é diferentemente transcrita.
1901. —
«As essências florestaes que
predominam e em algumas mattas e cam- 1343. —
«A comida dos habitantes del-
pos abundam são toca, sadra ou mareta,
: ias he hum peixe, semelhante ao Albirun,
ker ou pau ferro, kaiícanty, babalia. — a que elles chamao Calbo-Almace, cuja
José Pinheiro, Boi. 6. G. L., x.\, p. 32. carne he vermelha, e não tem gordura». —
1911. —
«A teca, a mareta, o jambo- Ben-Batuta, Viagens, ii, p. 265.
leiro, o pau preto, o sissó, a kaiícantiz, XVI. —
»0 algodão não nasce ahi se não
o aldravane». —
J. E. Castel Branco, ihid., mui pouco e todo vem de Cambaya, o qual
XXIX, p. 389. resgatam por peixes chamados camel-
* CALICO. Nao vem este termo
mas [à margem— Calmelas, peixe, não
se acha em outro lugar]. Calmelmas é
nos dicionários portugueses, mas é um peixe de que aproveitam as mios da
CAl.Lu-GONDi» 1^7 < Al.l KTK

(lo. É Ehretia laevrx, Koxb. «Co-


..èO-8«ás vo7.('8 fructo, posto qu(»
tiao seja gostoso; a madeira é util».
maneira,
ii)ii>8 muu- - D. G. Dal{?nd(>, Flora. Do cone.
ii- em on fro /:~iló-gonfió.
calmclaS' III /;.'/. s. (
CALOIRO. Monge grego, da ordem
1' ;. ., que assnn se ai>;i- de S. Basílio. Do grego / " <,
I hi, t'Ute lingua em sua que literalmente quere dl/ ui
Coboiiy masse, por
i<to é, peixe negro,
que t<'ii«i n.s»iui é. t'oeem este peixe em velho». Domingos Vieira deriva desta
palavra a outra homófona, que em
1,'
português designa «noviço ou estu-
p' r .i/.'in II'
dante de diseiplin
li. entre si. i

M I .
- .... 1 1. Ml.., unde esta i.w.- n,,. ,,,...10
e de que outros !•
jir. ;it,i(la . . que se apanlia no mar dicam a etimologia.
alto I ha inn-.«p romo já disse, Cambolly — <>A unSoos
masse, ist. •'.peixe uegro«. Pyrard — 15H4.
Gregos Caloiros, que
estes [reli;.':
t
"

dizer,
(!. l.;i\ ,!. T • !,.< I. 1)1.. 1(;3 . IT)?
como bons, e virtuosos".— ir. I'antaleao
11 con
de Aveiro, llinerario, p. 447,
N
lie las
1604. —
aTl.e other [igreja] is Greek,
1- .i~
y paresce cam»' (if va<-a
!• : . a,
served by a Caloyro, or mouk of the
(oc-ina.hi. li. i.inio entre ellos Comala-
masa (que es bueiia Azeytuna a los beue- Greek Church» (em Alepo). — Pedro Tei-
xeira, The Travels, p. 131.
dorc^i T desta Mezcda no solo come la
-a^ mas tambien I08 Portu-
' '
1G14. — «... habitate uon piu dalle Ar-
come vn tempo, ma soloda cinquanta,
!

pie,
t'lvao da Costa, Traclado, 1

o 60 Caloierl Greci, che in vn bel mo-


nastero. meuano sequestrati dal Mondo,
I have seen Comelamash . .

in quel luogo solitário, vna vita inocente».


(ior tliat
sell at
i.'.

Atcheeu».
their name
— A.
after tlicy arc dried)
Hamilton, mGlosB-
— Pietro della Valle, Viaggi, 1, p. *).
ary CALUETE (s. m.). Pau para em-
1 77' I
Le ])oisson appellé dans le pays palar; suplício do empalamento, na
complemasse rM srrhr au soleil. On le
sab- «Ml It- ].l<)iiLr»aiit lians I'ean dc la mer India dravidiea. O étimo imediato
II plu»ieur8 reprises». — Kaynal, Jlistoire, devo ser o tamul-malaiala kaluclrri
r, p. 3()0. (leia-sekaluvltti), «merecedor do
empalamento, empalando» de kalu,
• CALÔ (cone. kãló). Nomo duma
«pau de suplício», e hn-lrru, Tom-
tt'stividado hindu cm Goa.
palar» '.

iRKft. — ..V:iK r,.,fiv;,iu,b'> iTntilicas do A palavra aparece ortograíiu;,. ..

Calo, I'm \ . em Arva- luete o caloete, nllo havendo, por-


b'lii. fazem , 'luram três
— Jjopes Mendes, ..4 India Portu- tanto, dúvida acOrca do valor do u
r.. I. 17 antigo, nem justilicaçfio da forma
1 rcj)r<v-<Mi- ralvete, dada j>or alguns dicionários.
tda Calo,
Duarte Barbosa e Tomo Lopes con-
till Hiitiualmente em
M N'li <la Indiri Portu- tentam-80 com descrever o suplício,
iiibro, sem indicar o seu nomo. Fernilo
llrali I*iuto omproga-o íbra da índia.
mú, Ví.hJíhú I il'i ^ijjautc buucai>âuru. —
w,pH— 1&02.
••' •
-
:
«Apena» ohegHrflo foram em-
' - :••• Ks-
'

I . «... I 1

s e.ntranli
do Cal» I
••• I ;.•
-^S''
ira cima os encravanlo na terra, ttcaudo

<ti*. de 4 de Jaoeiro

• ÇALÓ GONDÓii» .|M'(|u«>naárvoi


'
portugu«'^.i '"
' lia . '
' '
•utf udiuil'.' pura rr \ . 'jiiuatTt
CALUETE 188 CAMALASSANA

altos do chiio cousa do huma lança, e com


'

cima due palmi fa metterc due bastoni in


(18 braços e pernas abertas, ataílos a qua- croce nel detto paio, e poi fa niettere il
tro páos, não podendo correr para baixo detto legno in mezzo delia schiena di mal-
porque havia uma travessa que os embara- fattore, e passali il corpo, e viene a gia-
cava». — Tomé Navegarão, cap. 18.
]jOI)í'S,
j

cere sopra quella croce, e in tal modo si


151G. — Confessando elos o furto, ou
|

muore, e questo martírio lo chiamano vn-



!

achando-o em flagrante delito, sendo Gen- caluer». liarthema, aptid Kamúsio, i,


tio levamno ha huu lugar honde executaom fl. 161.
ha justiça, honde estaom huua p aos altos
muytos agudos, e hila taVjoa pequena, por CALUMBA (indo-inglGs Calumha
honde passaom aquela ponta, e aly lhe root).Planta menispermácea Jateo- —
cortam a cabeça com húa espada; e entam rhiza palmata, Miers, originária da
ho espetaom pelo meio das espáduas
Africa Oriental, cuja raiz é expor-
naquele pao que lhe sae na boqua do estô-
mago mais de huu covado fora, ha cabeça tada para a índia, por se considerar
lhe metem no outro pao». Duarte Bar- — muito medicinal. O termo kaluviba
bosa, Livro, (2." ed.), p. 321. voga nas línguas indígenas de Que-
(1504). —
«E o havia de espetar em um limane.
caluete, que havia de mandar fazer, com
que havia de mandar espetar quantos Mou- 1883. —
«... e da apanha da borracha,
ros e gentios achasse em falsidade, (^om da urzella e da raiz de Calumba, resul-
que se sayo muyto merencório, e mandou tam as cinco sextas partes da exjiortação
logo armar nyiytos caluetes, e hum mais da província». —
O'Neill, I)a Agricidtura,
alto que todos, dizendo que era para o Ça- etc., in Boi . S. G. L., iv, p. 17.

morim». Gaspar Correia, Lendas, i, p. 476. «Calumba {Menispermum palmalum).
1525. —
«Logo mcteo os officiaes, e cer- — Esta planta medicinal, de cujas raizes
quou a Ribeira de longo para a ponta que se extrahe um tónico e antiseptico, é indí-
se chama do Caluete». ~ Id., p. 930. gena do solo de Moçambique, d'onde se
1535. — «Osque são tredores
fidalgos diz provir-lhe o nome vulgar que tem. (>8
mandão os espetar em huu espeto de pao indígenas vem vendel-a a diíFerentes pon-
pella barriga vivos». — Chronica de Bis- tos da costa». — Id., p. 23.
naga, p. 71. 1786. —
«Calumba, radice gíalla, ec-
1545. —
«Mandou espetar em calce- cellehte remédio contro la fcbbre terzana,
tes todos os nobres que tomarão vivos». li dolori di stomaco, contro íl veleno, faci-

— Fernão Pinto, Peregrinação, cap. 155. lita li mesi ed il parto». —


Fra Paolíno,
154(j. —
«O moço foy espetado vivo em Viaggio, p. 363.
um caloete de arrezoada grossura, que
# CAMADENU (s. f.). Conforme a
lhe meterão pelo sesso e lhe sahio pelo
toutiço). —
Id., cap. 177. mitologia bramânica, ó uma vaca ce-
«Huns espetarão vivos em caloetes, leste, que satisfaz todos os desejos ;

e outros queimarão nas mesmas embarca- equivale à cornucopia da mitologia


ções». —
Id., cap. 179.
greco-romana. Do sRnsc. kãmadhenu,
1603. — «E estranhou a Raynha muito
lit. o vaca leiteira do desejos».
o caso, e polios contratos lhe mandou en-
tregar o feiticeiro que o castigassem, e
posesscm no caloete, que he hum pao
1817. —
«Em seguida Narana mostrou-
me as santas conquistas de Vishnu. Ca- . .

muyto agudo e fixado no chão forte, em madenu, a vaca de cara humana e com
que os espetão com grandíssimo tormento, asas». —Ileraldo, de 8 de Maio.
e aly se ficão consumindo os corpos, cas-
tigo que pêra os Malavares serve, como «CAMALASSANA (f.).Flôr indiana,
entre nós a forca de que não vsão. Mas o aquática e gigântea, de pedúnculo
Arcebispo não consentio que posessem o
encarnado (nimphea albaj». C. de
feiticeyro no caloete». Fr. António de — Figueiredo. O vocábulo foi colhido
Gouveia, Jornada, fl. 48 v.
«Se hum Key mandar por no calcete, na obra de Lopes Mendes que não
que he o género de morte dos condena- se exprime, neste passo, cop a de-
dos. . .n. — Id., fl. 63. vida correcção. Em sânscrito, kamala
1685. —
Esta cidade [de Cochim] tem
é «nelumbo», e ãsana é «sede, assen-
lium bairro, que chamão o Calcete, aonde
algum tempo residião mulheres do mundo, to»; e o composto kamalãsana quere
e hoje por nossos peccados toda está feita dizer «aquele cujo assento é o ne-
hum Calcete». — João Ribeiro, Fatali- lumbo», ou «o assentado sobre o ne-
dade Histórica, iii, cap. 3.
lumbo»: epíteto de Brahmá. Neste
1510. —
«Cerca la justitia che si vsa fra
caso^ a prosódia portuguesa requere
costoro è, che se vuo amazza vn' altro à
tradimento, il Re fa pigliar vn paio lungo que a palavra seja esdrúxula ca- —
quattro passi ben apuntato, e appresso la malássana.
TAMA RAMA N'HO AMARA GERAL

11. >
lil^. . K .'(r()iiui:irili:ii)do o Govcma-
d<ir at»* à por i<isf, lhe ofl'e-
[lint'fia; \'/ I'/ifiaea lotus. Linn.,
receu hiuna < cabarban-
>

rtu- do, tudo muy rico, e de grande valor, c


preço». —
Jo5o Tavares Guerreiro, Jorna-
Willd., igòlíao» em port. xãlak, <{a, p. lib.

k'cufturi xã/ak oni cone. Xelumbium


;
17*27. — «They have also a fine Tor-
band, embroidered Shoes, and a I)aggt*rof
specioMum, Willd., «nelumbo» oni Value, stuck into a tine Cummerband».
tort.. / u cone,
cone. Vid. 1). G. — A. Hamilton, in Glataary.
1); p. 5. 1824. —
«He had a very filthy turbau
round his head, with a cock's feather in
1^86 — «Está [BrahoiA] scutado sobre a it; two satchels flung over his broad shoul-
Camalassana >>ii Hor ilc cainal, tauibcui ders, —
the remains of a cummerbund,
U'l.'Ili-.lii.l pfl".s ilirii;.TIliiS cll lis t ão8 dc GoU which has been scarlet». Hcb<*r, Narra- —
(/ < encarnado
ptHluiicuiit tive, p. I"i3.
i^ Vishnu. Esta flor 6 a
(la tamilia das ^ympheaceaa «CÂMARA GERAL. Dnva-se oa-
Serve de throne a Brahmá; trora Cste nome à assembleia dos
rus ou o sol, a (luoui os egyp-
representantes das yancarias ou co-
aui». —A India Portitgutza,
munidades de Goa: t câ-
ajrricolas
'\1 — espclhaudo-se no sagrado mara das Ilhas», «câmara ge-
ííeral
(;,ii: , - •• ?(o pAt*tico It'ito do Golconda en- ral de Bardes». Posteriormente eram
'i. '..:. - .r iiifs de kamalas e nio-
conhecidas por «câmaras ajrrárias».

I

_'.i;.i.- Lu' tuu" Gracias, Flora Sagra-


<l.i. ! 111.
Agora estão extinta-
;. ',-
—«La sua [de Braniá] habitatione
IGlb. — «Maudey pa.s.-^ar jirns isãn a ]ie-
no sii in vu mare di latte. sopra
ãii<;ili- a quelli ehe nascono
tição da camará geral
das terras de
,
Salcete dessa Ilha sobre se não vende-
Camalla». — Fr. Viu- rem pelos gaucares das aldeias as tangas
ve». i>.
3(»õ.
de cunto para fora da terra». Curta do —
rei, in Archive, v, p. 1387.
CAMARABANDO. Cinto Ao seda que
165Õ. • —pedindome confirmação do
. . .

ti 08 niu«;ulnianos orientais
i/,»Mn ; assento, que os gancares mores da ca-
íaixu. Do persa kamar-band, riiipiv- ntara geral dessa ilha fizerSo no anno
gado pelos idiomas indianos. GU4 sobre as vendas das ditas gaucarias».
— Id., ibid., p 1380.
em eami.sas 1710. —
«Visto a Hepreseiitat
'

i'l.i e cingindo i-i?], havia feito a Camará Gerai


li ii;, car 'i(Jo lie seda amarela, e de Hardez, em razão <le que jMjs.-^uiudu as
ji • t tlVHiro o fx'draria». — Communidades das Aldeãs da sua jurisdi-
.—
I

<;.. Ht, ção alguns bens. Id., ibid., Suppl. ii,


.

lor a Goa p. G.
,.",> |).iii..^ rieo.s da — «Nós os gauc.ares-móres da Ca-
I71.'t.

camarabandos, mará Geral da ilha de Goa, t°a/.cuios


c ^da». — Caiitanhedn, i/w- iiresente a V. Magestade. — Apud F. . .».
7. N. Xavier, O (iahincte I.ittcrario. v, parte ii,

- .
Ihe pedirão «'iii'
V 8*-
,
t' camarabandoa. *- hull ;
1741. — «Ajustou que hb ditaa vargiaa
''
!lM||i«", 111 |>r,ssuiria o Estado a !• -^ *'

tia cie que ficava <le\


1 . , in -
(Hii- à camará geral «it i,.».... , ., - .t,

\' ti: (;<iniar<il).indOS. ,lúlio liiker, CoUecção de Tratadot, ti,


1'!:, ';'• ••• riiii^li 4iiii". — ' .'f(.(,it mi'.*/ ••>*, IV, p. 2:Ui
18;VJ, ~ «Camará geral ou agi .
i

1 - . _..|.' r...v fi...l.,.t,. f,.iwi- .. C«- li.-iitii.";,, .Ir (":.,n. i: rs . l,'il..s .!. .

miirnbiindDs

'
tvrivi*, IV, p. Ó.
.E ti VIM camarabando, l**'.'! ..('a<la uma das .Mdfnií nn rom-

I
\\ *. h.
'
metido em vm ca-
marabando, cum que ya cingidoM. ~/d., , iiu^.ta liiir:'!.!, camará gorai
V, 1, '.t I
Ne«ta camará discutiam ec c d'
CAMUAIATE 190 CAMHOLTM

OS interesses do povo». — Tomás Ribeiro, 1525.— «De chader cambaiate 2000 fe-
Jornadas, ir, p. 15.
j

deas». — Lrinhranças, p. 56.


1885. — «Provavelmente tambcin il sua
, I

* CAMBELÃO, cão. Estalagem, ca-


iiifluoiH'ia e iniciativa .se deve a fonnayão
das camarás geraes, uma em cada ravanserai na Pórsiá e Palestina. O
provincia, con.stituidas ])or deputayõcs das cão é do persa khãn, «estalagem»;
comunas, e tendo por objecto a promoçjlo não pude bem ideutificar o belão,
dos interesses doestas, o julgamento de
e, talvez, a organisa-
que pode significar «alto, elevado»,
certos casos crimes,
cão lie meios da defeza em conmium contra se provém do buland,
o ataque dos inimigos». —
Teixeira Gui-
. 1593. — «Para
a senhora Turca tinlião
marães, Comniunidadeii Indianas, p. 14. muy bem concertado o cambelão do lu-
1901. —
«As gãoearias eram represen- gar, o qual era muyto grande, c beni mu-
tadas em cada proviucia para a resolução rado». —
Fr. Pantaleão de Aveiro, Itinerá-
de negócios conmiuns, por Camarás rio, p. 437.
Agrarias, que reuniam ;is attribuições «Vimos estar ao longo do rio Jordão
administrativas as de julgar causas crimes tendas dos senliores Turcos, e
nas .suas respectivas províncias». José — sentadas
o cáo muy
a.s

concertado para a Turca». —


Pinheiro, Boi. S. G. L., xx, p. 92.
Jd., p. 453.
1901. —
«A gerência dos negócios ge- «Este câo, em que ná Cidade do Da-
raes de todas as conununidades de aldeia masco descansamos, era como huns paços
de cada província estava ao cargo da Ca- com muyta quantidade de
mará geral agraria». Cristóvão Pinto,— reaes,
aposentos, todos muyto bem forrados, c fe-
casas, e

ibid., p, 249.
chados com suas chaves mouriscas». Id., —
# C AM ARB ACUTE (persca kamar- p. 468.

haft). Cingidoiro, faixa, entre os per-


1615.
• —
«La sera andammo a dormir
sopra '1 fiume in vn chan ouero Casa di
sas. V. camar abando. alloggiamento publico, che si chiama Mur-
seijèb; fabricate per commodità de' pas-
1575. — «Vos mando que des. . . bua
saggieri». —
Pietro delia Valle, Viaggi, i,
touca e bu camarbacute de pano baixo».
p. 499.
— A. de Albuquerque, Cartas, vi, p. 363. 1888. — «Its citizens, as well as the
peasants from the country round, had taken
* CAMAVISDAR. Era marata, ka- refuge in a khan in the middle of the
mãvlsdãr quere dizer propriamente town, where they were all slaughtered».
«cobrador das rendas públicas do —
Howorth, History of the Mongols, li,
distrito» mas omprega-se também
;
p. 20.

por «administrador, gestor» de qual- CAMBOLIM. Manta de la, do ordi-


quer estabelecimento. nário parda, muito usada na índia
1738. —
«Todo o individuo que deman- o na Pérsia. Do cone. kãmblém
dar outro para juramento no pagode (pe- (pi. kamblwijy kãmbal sânsc. kam- <
rante a divindade), assim o deverá par- bala.
ticipar... ao respectivo camavisdar

(administrador do pagode)». In O Oriente 1514. —
«Comprou seseuta cambalis
Pariuyuez, ii, p. 272. e custaram doze pardaoa». In Cartas de —
A. de Albuquerque, ir, p. 144.
CAMBAIATE (adj.). Fabricado em 1516. —
«Na illia de Çacotorá que atras
Cambaiate. CJiader camhaiate, tecido dise fazem huus panos de lãa como ordens,
que chamaoin cambolins, que uaiem
{sic)
de algodão, procedente da cidade —
muyto». Duarte Barbosa, Livro, (2.* ed.),
marítima de Cambaia, conhecida dos p. 264.
maometanos por Kãnbãyat, corrução, 1541. —
«Os homens [de Socotorá] andão
segundo o coronel Tod, do primitivo uuus e somente cobrem as partes vergo-
nhosas com huns panos, que chamão Cam-
nome In'ndu Khambavatl, «cidade do
bolis, dos quaes fazem na ilha grande can-
colunas». Os portugueses estenderam tidade». — D. João de Castro, Eoteiro do
o nome de Cambaia ao reino do Gu- Mar Iloxo, p. 17.
zarate, onde está situada, e por Cam- 1563. — «Assentado em huns bailéus so-
bre hum camboiym preto, segundo o
baiate entenderam o porto de Cam-
costume do seu estado». — Gaspar Correia,
baia *.
Lendas, p. 714.
iii,

1603. — «Ahdão cuberto.s com huns pa-


nos, que chamão CambolIns de Iam de
1 "Vem Camhayate (co-
ter a cidade de cabra, pretos de dous palmos de largura, e
tovello do mar da enseada)». Garcia da — seis de comprido» —
Fr. António de Gou-
'
Orta, Col. xvii, veia, Jornada, fl. 135.
'i.lM l.'i i'A.Ml

liiimCambolim nÁMI (maisus. no plurnl). jap.


fr;r.'ia " i-nlii-l.'n p
,..iini Ó nomt» das diviiulados da
religião xintó, homens ilustres deifi-
cados, eujo número se eleva a oito
."io liuns cam- 1
milÍKVs. Observa llef)l)iirii que ^esta
bolins !'• iiraiifii, c prrto, que
— palavra 6 agora usada pelos cristãos
fHZ<'iii, lia 1:1 (ias cabras».
Fr. Gaapni at* o. Bernardino, Itinerário, I
como a única japonesa equivalente a
p. 90. «Deus». Mas os nossos antigos mis-
li'jf, — «Fabri' quantidade
lie
j

í
sionários nflo a empregavam, de

• s ou aH>' que os Indio.s oerto; pref^'riam a j)alavra j)ortu-


tii.iiiiaiii Mon.-^'-i»-. V (>.- i 'irtuguozes CaiYI-
bolins df Onmiz»». — Fvrard de Laval, I
guesa y>e«/í, como afirma o Padre
\'ta<^eiii. II, j>. 20 J. António Vieira a respeito de S. Fran-
1615>. — aDe cada corgia [^^ coria] de cisco Xavier. V. fotoqué.
cambollns ri^nl hii oambolim de
irntn do Vi'dor N. V. (.'as- ir)62. —
(líTa duas maneiras de ídolos,
huns se chamilo Cámmis, que >"
1G24 — «Qualquer de nús, leuaria hum Reys do Japão, outros cliaulão Fot'
cambolim para so cobrir». — António de que vierão da China». fartas de Jaimu, —
A :
, .^^otv) Descobrimento do Gram Ca~ I, fl. 99.
1572. —
«Ha muitas seitas entre os gen-
por conclusSo tomua d'elles — «E tios, a mais antiga he doa Cómis, que
1 i icire ura oambolim de vinte quer dizer dos senhores, e reis antigos, a
iaos de valia» António Bocarro, — que elles fazem templos, e adorão como
)

1' x.n, p. 464. quenelles ouuesse alguma santidade». —


!' '
- «MaBpovo se veste ordiuaria-
o V. Gaspar Vilela, HÀd., fl. 328 r.
1 rniYiholim, que he certo pano 1585. —
«A 8(>i;un(hi maneira de ídolos
camelo». — P. Manuel se chamào Cámis, os quaes dizem ser
tantos, como as areias (io rio gauges, e
'

' •
.
'

p. G8.
'•'''^
vestido '
; >n-se hum pobre antes que passassem a Japão as sobreditas
' ~ '' iiiit' ~ ! IP iicl, a (pie na India cha- seitas dos Fotoqués, já se adorauào em es-
iii I'i cambolim, de que usam 03 Capu- tas ilhas os Cámis, os quaes confessão
!
. ~Fr. Jacinto de Deus, Vermel de que são homens mortaea, que nacerão nes-

. 1» õy. tes mesmos reinos; huns filhos de reis, e
" outros Cnngués. e fidalgos nuii nobres, dos
i

'
"-E sem mais bagagem que as
'•: a mbolympera vestido, e ca- quaes huns pela e.xcellencia de suas artes;
'

/
'/«. ou Tutrix de trigo quasi outros por ser insignes em arte militar,
iu aucla accA d«; arros ; andSo e ter obrado em sua vida factos heróicos,
lias em campanha». — P. Fernão e cousas exquisitas: depois de mortiís lhe
'If t^iitiroz, Conquista de C'eylan, p, 74.
atribuirão esta dignidade, e preeminência
1727. — "Cambolim Espécie de dro- de Camis, e são difercntÍ8.simos em tudo
ias partes da
>
de Fotoqui's, assi em o culto, templos, o
> t:lo macios, e lionzos, como em tudo o de mais. A estes
fnr, estes Câmis j)C(ltnj iuuncdiatamente todos os
i acamur- bens natur«(^8, sauile, vida preli>n>fada, ri-
< •iitins priii- quezas, filhos, vitorias cont
gos. e entre toda esta intii
camboiins c.i
'

del- mia, ha hi trcs que sào ...- ..,,,., íii..t.. i;
In- mais venerandosM. —
P. Luís Fróis, ibid.,
.-.n .,.,.-. ,1, ,,.;, (i»fn- II, fl. 155.
iÍH gente humildcu. 1588. —
«I'ois o» Camia não foriio ou-
tra cousa senão os mesmos senhores .la-
';a con que ae (jup- p(Va que por suas grandezas, e vifori.i-i
•<
re, era un Cam- vierão a S(>r adorado»* porCàmis e íil'"' i
bolln, ,
panlaoH. I'm par- os hciiliiiis (Ir Japão, prt'tfiidcni laml •

'i \
I
Cambolin c» quanto podem de se lazer Càmis u: i '

II vez de fizcrão os outro»». —


p. Gaspar Coelho,
s» Fa-— ihid. ri. y.vs.
.-«, .rrl«*</ / '. Ill, p. 272. 1588 — «A <|uurta cousa que parece
i"~'' -"Lemalli 1 IrinMrn pntir lirntfiidc. conforiiH' aM.^ i|ii<' muitos ciiíd.oi,
-' ' "iiv 1 ir (iirimc ^u< iiiii' .i.i' s de ter 1

' ' un camblly "m m— i


•!
tua (pu? r- I

1 l.t llioi- maneira Im/at-^u Cami, v ser


. Mifurti. ,i., poiín». _ Jd., ibid . fl. 259 r
''^'" tauibeui induzido pclof
CAMl 19á CAMOTIM

lionzos c cuidar que fazia nisso seruiço aos I tion de sepiblable». —


P. de Charlevoix,
Camijs c Fotoques de que lic muito Uistoirt du Japan, i, p. 144.
deuota se mandou queixar rfo Cubo». — i

« les Camis, qui sont en même


. .

P. Feruão Guerreiro, Belaçam, fl. 110 v. temps regardez comme les premiers Dieux
1012. —
«E também alguns naturaes et les premiers Souveraius du Japon». —
que elles veuerãó por santos, a que clia- Id., p. 163.
mào Camis, Hzerão outi*as» (seitas). — 1770. —
I'Celle [a religião xintò\ recon-
Diogo do Couto, Déc. V, vni, Í2. noit un être supreme, rinuiiortalitt'! de Tame,
XVII. —
«Foy tão notável [o espanto e et ellerend un culte à une multitude de
horrorj que concí^beram quasi todos os dieux, de saints ou de Camis, c'est-;i-
idolatras dando inteyro credito á commu- dire, aux ames de grands hommes qui ont
nicação dos Bonzos, que como se já come- servi et illustré la patrie». —
Raynel, //I's-
çassem a experimentar e a sentir os rigo- toire, I, p. 1(^2.
res do açoute, não mostravão outro cuidado 1894. —
«For the maintenance of the
que o de aplacar a ira dos Camis e Fo- Shinto temples and shrines, which are said
toques». —
Apíid Cristóvão Aires, Fernão to number in all about 98,000, and to be
Mendes Pinto e o Japão, p. 9(j. dedicated to no less than 3,000 difterent
1634. —
«Tem elles por suas historias Genii, or Kami». —
G. i^ohholá^ Religion
duas series de génios ou espiritos que cha- in Japon, p. 22.
niâo Cannes*}. —
Ihid., p. 126.
1694. —
«Abominando e chamando dia- * CAMINHÃO. Goma ou resiaa de
bólica a Divindade dos Camis; e Foto- benjoim. Do mal. kamiiían.
quez, e dos outros monstros, que adoravão
— 1613. —
«Espesso arvoredo de aguila,
por deoses». P. António Vieira, Xavier
Dormindo, p. 379.
calamba, beijoim, caminhan». Manuel —
G. de Erédia, Declaraçam de Malaca, fl. 10,
1697. — «Governava-se seiscentos e ses-
senta annos antes da vida de Christo por * CAMOTIM (cone. kãmati). Inspec-
hum só Emperador, e senhor natural des- tor dos campos, agrimensor. Usa-se
cendente dos Camis seus primeyros Reys,
o termo particularmente com relação
e progenitores, e adorados por Semideoses,
por serem da prosápia do Sol». P. Fran- — às communidades agrícolas. Há fa-
cisco de Sousa, Oriente Conquistado, I, mílias em Goa com a alcunha de
IV, 1. cainotins, pois o ofício, como outros
1874. —
«Emquanto à religião, o povo de igual natureza, era hereditário.
limitava-se a adorar certos animaes, as
montanhas, as arvores, e os seus chefes de 1687. —
"E tomando pêra si este naçi-
ti-ibus (análogos aos senhores feudaes da mento dizem expressamente que são o
antiga Europa) que se chamavam liamis mesmo Deos Bruma de cujos hombros en- ;

ou filhos de kamis, e considerava o im- sinão nacerão os Rajus ;i e das coyxas os


perador como divindade superior descen- Camotis; e ultimamente dos pés os
dente de Tendjiu, o sol». —
Pedro G. Mes- Xutres». — P. Fernão de Queiroz, Con-
nier, O Japão, p. 10. quista de Ceylão, p. 62 1.
1588. —
«Hauno dipoi altri Dei, quasi 1720 —
«Por sua letra e sinal poderia
del secondo grado donatori delia sanita, mostrar a V. S.* a falsidade com que cri-
de' figliuoli de' danari, e di quelle cose, minou a esse camotim, não sendo só elle
che si appartegouo ai corpo, e questi chia- o que concorreu para a sua ruina». Apud —
mano Camis, che furono già Re, ò figli- Júlio Biker, Collecção de Tratados, iii,
uoli di Re, ò che per alcuno ritrouamento, p. 200.
ò altra segnalata pruoua hanno conseguito 1727. —
«Camotim. Na índia Portu-
la gloria di falsa diuinità. P. MaíFei, Le— gueza, he o que tem debaixo da sua admi-
Istorie, p. 491. nistração a Várzea, e o cuidado de a man-
1674. —
«La uíás antiga y propria ea dar avalladar, e applicarihe o necessário».
de Deoses, a que llaman Camis; y estos — Bluteau, Supplemento.
fuevou Reys y Príncipes antiguos y Per- 1746. —
«E foi traduzido da lingua Por-
sonajes que con singularidad eran utiles a tugueza na dos mesmos Desso^ys por Bo-
lo publico». —
Faria e Sousa, Ásia Portu- gana Camotim, interprete do Estado».
guesa, II, p. 763. — Monterroio Mascarenhas, Epanaphora
1754. —
cLe terme de Cami est fort Indica, u, p. 65.
— «Camoty
inspector dos cam-
equivoque dans la Langue Japonnaise; 1852.
car quelques fois il ne signifie, que Che- pos, nas Ilhas especialmente do serviço
valier, et quelques fois il signifie beaucoup de vallados, portaes e semelhantes». —
plus on I'ajoute même aux noms des Fem-
;
F. N. Xavier, Bosquejo Histórico, (2.» ed.),
mes, aussi-bien qu'a ceux des Hommes. iti, p. 53.
Enfiu, c'est le nom générique de tons les
anciens Dieux du Pays mais alors il ne:

s'ecrit pas de même, que quaud c'est un ' O autor faz confusão com cornai/,
titrç d'houneur, il n'y a que la prononcia- quanto ao significado.
AN, LAO
1" •' 1' ;\ 1 .Jr Ic\ar a i-tlcito a 1Ú70. — «O Chan '

1). 111. :..;! >1 camotins que lhe orde- Rei Uadur ao Kumi, h»- .

nai a». F. >». Xavier (tilho;, CoUecção de da<le tomada dos Tártaro.-,, c ijuc cutrc os
/ ' tf. p. 2.
'
Guzarates, e outros I'ovos do Oriente se
"O eâcrivil '
.
ca- ooatuma dar por estado, ou merecimento
motins a r> ou
- de pessoa, que denota entre elles hua di-
íiibrtudeirt»» mu> -n ti.ir.inM" ;i.> mítíOíS gui'' em Espanha a de Duque».
'

I'l. cada hum delles tiverem». — irf., — 1


.rros, D.'c. IV, iv, 16.
"t .111 do Canoanà (que era
.1 i-.tlavra
lí)07. — • . nomear entre os sete che-

. o principal Senhor de Guzarate em sangue,
f. < il 1 TU. 1 <>'<icamoty, edar-Ihe a posse e renda, à que el Rey tinha grande res-
ias cazíinas da Ilha». —O Eeito e o mesmo Mclique) se tornou». Id., —
jhtZ. IV, J>. 88. >éc IV, V, 15.
1602. —
«O Papa Innocencio quarto
• CAIÚPILÃO. Alfange timorense. mandou por Embaixadores ao grâo CAo
Do mal. kampilan, senhor do Cathayo, que era Cnristâo». —
Diogo do Couto, Déc. IV, x, 1.
1843. — «Campilões são uns alfanjes «Este, Han, he titulo entre os Tártaros,
curtos p ?rm ;
'.tita, (jue quando tem cer- e delles correo por todos os reinos do
. que 03 indígenas apre -
Oriente, e he a cousa de que se os gran-
nome de espada preta, des mais honrão que todas. E como apro-
;eui por 10 pardáos». — Annate nunciaçào com que elles nomeão não cabe
- (parte official), p. 190. na nossa, porque o fazem na garganta, e
com hua aspiração que não se Ines entende
CAN, CÃO. Corruçao do turco- mais que aquelía, an, vierâo a lhe chamar
r^.i i:!,'rn. «príncipe, senhor». A oan, e ainda se corompeo mais, porq^uc
;.

:i!a\ ru ucurre posposta a vários no-


vulgarmente lhe chamâo CAo». Id., —
j
Déc. V, X, 1.
Mi -s próprios de muçulmanos, como E pêra mais o obrigar, lhe deo o titulo
" Cedecào, Mamiide Cão.
.
O de Chanchana [leia-se can-cana'\, que
(tivo can-can quere dizer he como Condestabre do Reyno, o qual na
sua lingua quer dizer Senhor dos Senho-
s príncipes». Grào Cão res». —
Id., Dóc. X, IV, í>.
..- - ...- --.„ento quo se dava ao rei 1634.— «O grAo-cAo Rey dos Tárta-
da Tartária. O titulo está prosente- ros dominando a China mandou sobre o
ment'> :nuito '!• r. xiado na índia, Japão ma exercito de 200 mil infantes, e
;

3uatro mil vellas». .— ///«<. da Igreja do


apãu, apud Cristóvão Aires, F. M. Pinto
1512. —
cE Rruztalcâo pelejou com e o' Japão, p. 152.

r* :'-r>câo, que cstaua nas ilhas, eo 1663. —


«Xo tempo que por alli passei
1». Afonso de Albuquerque, — era governador do Congo um filho do Kan
p. 42.
de Lava, que corresponde no titulo a du-
1.'» il
.

— «Ao que El-Rey lhe dea seus oue em Ilespanhau. —


P. Manuel Godinho,

' • !he deu o nome de Côo, kdação, p. 104.
le dotn. r d'aliy avante 1697. — «Can
he indicativo de nobreza,
• ^...ccAo». — Gaspar Cor- como entre nós o Dom, e A'a da dignidade,
:i, p. 417. e assim ora dhtemos Idalcão, ora Jdaixá».
senhor hum nian«;ebo mouro — P. F. de Sousa, OrinUe Conquistado, I,
laz e pur diiii<lailc cAO| e t,2.
todo Cadauazcâo, e era 1727. —
aKam, ou Cham, ou Chan,
' rey de Bengala».— Castanheda, Na lingua Turca, e Persiana, vai o mes-
'.
II. c;iii. TH. mo, (pie Grande, e 1'oderoso Senhor. To-
'
cAo também mandou mão este titulo os Reys da Tartária, par-
u''';ii itns terras». — Ijurcia ticularmente o mais poderoso delles, e
•I- K- - '
fl. 153. chamão-lhe o Crào liam da Tartária.
1 ' '
' "í ru'erca dos Mo- TandMMH nr» Persia se dsí o titulo de Kam
oT rey, tam- ao» '
da Corte, e a<is Governado-
:íi hatn, e nós reti inciasu. Uluteau, Supple^ —
oam, c por mento.
i < »rta, Col. X. 1769. — aSendo morto na batalha de
-Khan, Akl luir pcli» Franceees o Nababo Ana-
i..r <!•• < 10 Kan de Areata». O ('hmnittade —
í mauari/, i, p. 324.
1825. —
«S Iai5» rrcebeu, nn Pale.xtina
ji-uo s^ii^j it't i'tnarni. a., \«-zes -lor do QrA-Kan,
Qrattde Câo». — Conde de Fi ii- Andrade, Varta»,
I, p. i.>o.

11
CAN, CAO 194 CANACAPOLE

851. —
«En deçà de la Chine sont le tribo no Afgiio] ou chaque khail indepen-
pays des Tagazgaz, peuple de race turke, dent, ou menie chaque division, qui a par
ct le khakan du Tibet». — Apnd Reiuaud, chef un khan, est designe par le motou-
Relations, i, p. (50. louss».— .lancigny, Inde, p. 39.
1292. — «... Al gran Can, cli'e 11 1875. — «Qaán, again, appears to be a
maggior Re Tartar!, quale sta
di tutti i form of Khágán, the Khúganos of the By-
iiei confini della terra fra Guco et Le- santine historians, and was the peculiar
vante». —Marco Polo, ap?/fi Raumsio, ii, title of the supreme sovereign of the Mo-
rt. 2. gols... When the value ot Khan had
XIV. — «A Sancto Papa Benedicto dno- sunk, a new form, Khán-khánán, was
decimo cum aliis missus fni cum apostoli- devised at the court of Delhi, and applied
cis Uteris et donis nuncius et legatus ad to one of the high officers of state».
Kaam, summum omnium Thartarorum im- Yule, Marco Polo, i, p. 9.
peratoremu. —
Mariguolli, apud Guberna- 1876. — «Everywhere in Mongol history
tis, Storia, p. 142. we findevidence of their presence, the
1444». —
Piu oltre di questa prouincia titles Khahan, Khan, Bigui, or Beg,
di Maugi, se ne trona vn'altra che è la Terkhan, etc., are common to both races,
miglior di tutte altre del mondo nominata while the same names occur among Mon-
il Cataio, il siguor della quale si fa chia-
gol and Turkish chiefs». Howorth, His- —
mare il gran Cane, che nella sua lingua tory of the Mongols, i, p. 31.
vuol dire imperatore». —
Nicolo di Couti, «Kaan is a contraction for Khakan, a
apvd Ramiisio, i, fl. 340. titlewhich Ogotai and his successor bore
1(J02. —
«Y de [cousas de] guerras a los to distinguish them from the rulers of the
grandes y Virreys de las ciudades, que three branches of the house of Jinjis».
liamau Cahni, y Calmes, y aunque estos Id, p. 116.
sou estados hereditários y proprietários,
los quitan y ponem en criados de los * CANACA, canacar. É o mesmo
Reyes». —
D. Juan de Persia, Relaciones, que canacápole, miis sem o prefixo
fl. 10 r.
honorífico. Êigorosamento, kanakkar
1610. —
«Los de Tatar, a que dezimos
é em tamul o plural do kanakkan.
Tártaros: llaman al Rey Hhakhoji y
Khan». —
Pedro Teixeira, Relaciones. Os ccmacas formara uma casta do
p. 192. Malabar, conforme Duarte Barbosa.
1616. —
«Son frère ainé y auoit mal
reiissi,et Chancann
le plus grand Ca- 1516. —
«Ha outra ley nesta terra de
pitaine de I'Empire n'y auoit pas este plus gente mays baixa, ha que chamão Cana-
heureux». —
Thomas Row, in Relations, quaç, que tem por oficio fazerem adar-
p. 28. guas, e sombreiros; estes aprendem letras
1616. — «Le Can est le 'premier tiltre pêra astrologia, saom grandes astrólogos».
d'honneur. Mirza suit apres; puis Umbra, — Duarte Barbosa, Livro, p. 335.
et Haddee, qui signifie vn simple Cavalier 1894. « canasas que fazem adar-
. . .

ou Soldat». —
Terry, Voyage, p. 17. gas e sombreiros». —
Lopes de Mendonça,
1631. —
«Chanis vel Hanis (aspira- Os Orphãos de Calecid, p. 196.
tione forti) appellatio per quam usitata
Persis et Tartaris est, apud quos reges 1544. —
«Id me docuit Primarius qui-
et príncipes etiam miuorum gentium di- dam Canacar* benevolus Christianis ter-
cuntur». —
De Império Mayni Mogolis^ ram istam incolentibus». — S. Francisco
p. 171.
Xavier, Epist., lib. i, 19.

«Abdul tamen Rachiem his rebus gestis


nomen Chan Channae, et quiuque mil- CANACÁPOLE (tam. kanakkajnllei).
lium equitnm praefecturam meruit». Escrivão, contador gerente, admi- ;
Ibid.,]). 195.
nistrador, no sul da índia. Os nos-
1658. —
«Tutto el Regno [da Pérsia] è
repartito à diuersi Kam,
che vuol dire sos missionários dão o nome tam-
Prencipi, ò Signori di prouincie». Pr. Vin- — bém ao catequista e procurador dos
cenzo Maria, Viaggio, p. 112. cristãos.
1660. —
«Seppe lo Sciabandar, ch'era
pure Gouernatore del Luogo, e figlio del 1577. —
«Veyo hum que seruia de es-
Kam di Lara (cioè del Vicerè di quel criuão, e disse que era pobre canaqua-
Regno) il mil) arriuo». —
Mgr. Sebastiani, polle que não tinha que dar, mas que
Seeonda Spedizione, p. 127. buscaria quatorze ou quinze fanões». —
1675. —
«This City has Caesar for its Primor e Honra, fl. 94.
principal Patron; under him the Cann, 1585. — «Em S. Thomé, e outras partes
who is President of the Province, or de Malavar os Portuguezes, e outros chris-
County-Sheriff». —
Fryer, East India, in, tãos tem muita e estreita conversação, e
p 22. familiaridade em suas casas com os Cana-
1845. — «Chaque groupe de khails [sub- capoles, ou escrivães infiéis por respeito
ANAFÍSTLLA

. — Ttíctíiro CoDcílio U« iii-.ij so.-lu iche in quella linprua si nomi-


!V j> 1.15 i)rtt:<> Canacopolt) di ogni numero di
:. Iiuomini eccelleiíti di bontà, e
". — P. .Maftei, Lr Istorie, p. 469.

CANA CHEIROSA. V cáktmo aro- .

iCíipoies, • nim icn.


». — (juai t» Ce II cílio
CANA DA ÍNDIA. V. bambu e erva
a retne<]io desta falta o qufí canteira.
•'^"•noles cm lingua niala-
o nu"^iin> que i'rocu- 1831. — «Deu se-lhe huma cabaia, e
- j.iiitual, e temporal da barrete de panno encarnado, hum panno,
'". — P. Joio Luceua, Iliatoria, ii,
hum len^-o, também encarnado, huma rota
:0 da canna da India com castão de prata,
«Farei» a dita dcilaração pelo tudo remettido de Moçambique". Apud —
,]..n. 1. > Canaoapoles das Júlio Biker, Collecção de Tra(ad(^, xii,
'laes, ou por testeniu- p. 8õ.

do rei, in Archho, vi,


CANA DE BENGALA. V. bengala.
r.iitnir^.t canscapo- CANAFÍSTULA. É o mesmo que
t<xias 39
aciidam ao Vf i.
c;

._ .juda, quaudo
rorhis, e al-
Cassia jÍKtula do Linneu. «A ar- —
chamados». —
Uocumentos da Índia, vore pode ser facilmente conhecida
pelas suas flores amarellas, e muito
ào esta petiçào, pro-
Patangatiiis de toda
_'
compridas e cylindricas vagens». —
i, iimn Jopaz Mõr dos sete lugares, D. G. Dulgado (Classificação Botâ-
Canacapuli Môr, c 45 mays dos nica, p. 8). Daqui vem o seu nome.
s lugares e naçào». — A polpa do fruto tem propriedades
loz, Hi«t. de Pedro de
purgativas.
.
p. 'J\.
~7. — «fhcpmi esta carta á costa da 1Õ03. — "Partindo delia navegamos tanto
.'ia de outra para os que nos achámo."! muito engolfados na al-
a qual se leu pelos tura da terra de Vera Cruz ou Brazil. .

anacapoles '. — Id., da qual se tira grande quantidade de oa-


p. 81«. nafistula e de páo Brazil». João Em- —
.iilc nu- disse o sachristào, poli, Viaffem, cap. i.

canacapule, que muytos 4509. —


«... E hua arroba lie quatro
o«. — /(/., p. 825. avatcs dc canaflstulla». In Cartas de —
1 a residência dos que A. de Albuquer(iiu', iv, p. 198.
~
' Canaca- lôlG. —
«A cana flstola nace na serra
I)rociirado- que divide o Malabar dc Narsinga em todo
'
"ii vida, o lugar». —
Toma» Pires, Carta a elrey,
1 Fé os apud Cardeal Saraiva, vi, p. 420.
o:ii!ti.-;ivâo em 1516. —
«... mirainulanos, tamarinos,
i;ivão a bem mor- oanafístula, e toda a sorte de pedra-
< -tm o caracter do ria»». —
Duarte Barbosa, Z.,úto, (2.» ed.),
'^er um Christàou. — p. .339.
,...- /,.-„,;.,./,. .. .j-.s. 1540. —
«... pedra hume, oana fis-
tula, tamarinho, cardamomo». Fernão —
i'intt), peregrinai;'}!}, cap. 41.
. isto he, hui nr, l.õG.'J —
«Acoiitcoc que purgam com
de virtude
r, — . iuiinaonya de canaflstola á» vezes mais
<-o dc Sousa, OriaUt Conguiê-
i-

que com triuta grào» dc escamoueaw. —


Garcia da Orta, Col. »iv.
11- 156»;. —
«Nace lullas [ilhas de Java]
: iti nimenta, cauella, oanafístula, e cube-
>i, quiis liic Ca- Iias». - Damião de Góis, Chronica de
. — S. Francisco h. Mauutl, III, cap. 41.
15%. — «(.'om H» frutas p. 'lom
' Canacapulam qui entrar as cana? fístulas uaa
:an-
no-
cuuiuui^i cdi:>ccud.i - i'. C«;i=par Altuiau, Uut. 'Jra-
tmn, VI, p 2.
"iviicuu in quolla vclotta ripc- \\^^J\^ _ «Ha DctU terra muita canil-
CANANGA 196 CAN ARES

fistula pelas matas». Fr. João dos— Do mal. ka7ianga<its\\yez do sânsc.


Sautos, Ethiopia Oiiental, i, p. J80. kanaka, Cananga odorata dos botâ-
1613. — «No sertão se achão alguns
nicos. Os dicionários registam ca-
arvores de canella, canaflstola, Tama-
rindo». —Manuel G. de Erédia, Declara- nango.
çam de Malaca, fl. 16. 1882. —
«As essências de mogarinhos
1616.— «A arvore de Canaflstula é [mogarins], champak, canduanga, la-
semelhante á pereira, mas tem a folha mais ranja, rosa, cravo e outras». —
Henriques
comprida, e dá uma flor amarella de bom Prostes, Boi. 6'. G. L., iv, p. 392.
cheiro». — Pyrard de Lavai, Viagem, ii,
1908. —
«Agua de kananga é o nome
p. 365. da essência no mercado da ínsulindia, e
1782. —
oVê-se outra que produz a Ca- cananga em português de Dilly, o da
naflstula; mereceria pois a vossa atten-
ção por ter extração e serventia nas boti-
arvore». —
Alberto de Castro, Flores de

cas sua producção». —


Fr. Clemente da
Coral, p. 215.
1690. —
«Hujus arboris [canangae] pau-
Ressurreição, Tratado, ii, p. 34.
cae partes sunt in usu, exceptis ejus nu-
1891. —
«A cannafistula, isto é, a cleis seu ossiculis, quae mulierculae conte-
polpa do fructo —
que Or ta chama «cana» runt ad unguentum odoratum seu Boborri,
— era principalmente usada na índia, co- quo inter lavandum corpus inungunt, ut
mo um purgante leve». —
Conde de Fica- bonuin ipsi concilient odorem». Rum- —
Iho, Col. XIV.
phius, Herbarium Âmhoinense, iii, cap. 10.
1578.— cEn cayendo la flor, nasce
verde canaflstola, la qual esta de vn
la
1908. —
«Cocoanut oil has thus been
found in cananga, citronella and palraa-
verde muy hermoso, teíiida en quanto es
verde, y en madurando se bueluc en breue
rosa oils». — Watt, The Commercial Pro-
ducts, p. 360.
termino negra». —
Cristóvão da Costa,
Tractado, p. 129. CANARÈS (s. e adj.). É claro que
1631. — «Si
alvus solito astrictior fue- o termo designa a língua falada no
rit, eam commode solvemus praeatantissi-
mis nascentibus laxativis, Tliamarindis ni-
Canará. Mas a própria palavra Ca-
mirum, et medulla Casçiae fistulae». — riará tem passado por modificação
Bontius, Hist. Naturalis, p. 13. geográfica o sânsc. Karnãta ou
:

1658. — «LaCassia, chiamata da Por- Karnãtaka, corrompido em Kannãda


tughesi Cannafistula, da gl'Indiani
Bhaua nasce iu piante assai grandi». — (= Kanara), era o nome duma vasta
Fr. Vincenzo Maria, Viaggio, p. 388. região no planalto dos Gates, conhe-
1674. —
«I travelled to the Tops of the cida dos nossos historiadores princi-
Hills for the Cassia fistula Tree». palmente com relação ao reino de
Fryer, East India, ii, p. 74.
1786. «— il sândalo, la cassia fis-
Bisnaga ou Narsinga, e abrangida

. . .

tula I'albero della cassia purgante». actualmente por Maiçor e pelos dis-
Fra Paolino, Viaggio, p. 115. tritos ocidentais de Hidrabad ^ A sua
deslocação, para denotar a costa oci-
* CANAIATE (propriamente cania-
dental entre Goa e o monte Deli, foi
ne, do malaiala kaniyãn, sendo ka- feita pelos portugueses e outros eu-
nayãtti feminino). Feiticeiro do Ma-
ropeus, devido a ter estado essa re-
labar. V. canonlane. gião por muitos séculos sujeita aos
1563 (1498).— «Nesta terra da índia reis canareses. V. Influência, p. L.
tisão muito de feiticeiros e adevinhadores, Por lingua canarim ou canarina
e mormente nesta costa da índia, que se entendiam também os portugueses a
chama terra do Malabar, e chamão a es- que é actualmente conhecida por con-
tes adevinhadores canayates». Gaspar — cani, pela mesma razão por que aos
Correia, landas, i, p. 69.
1600. —
«Como se poderá auer peor naturais de Goa chamavam cana-
ventura, quando algua ouuera, que sogei-
tarem os pays a criaçam, e vida dos pró-
prios filhos, ao que acerta de vir à boca 1«A terceira [província de Narsinga]
á um Caneane, criando somente aquel- se chama Canara, também no sertão».—
les, que lhe elle quer fazer bem apertados, Castanheda, Historia, cap. 16.
ou engeitando todos os que acerta de dizer
que naceram em má hora». P. João Lu- — «'Aqui se
Hum
enxerga lá do mar nndoso
monte alto que corre longtircente,
cena, Historia, vi, cap 6. Servindo ao Malabar de forte muro,
Com que do Cannrá vive seguro.
CANANGA. «Xoin d'un arbre à
Da terra os natnraes lhe chamam Gatt»,-
ílcurs odoriférants (?íi;ariaj». Favre. Camões^ LusiaJas, yií, 1 e 22.
CANÁRIA 197 CANARIM

rins (q. v.), sendo na realidade con- CANARIM (subst. e adj. uniforme *).

canis. Km rigor, canarim éo '


'
'^ •'

Canará». Mas os porti-


1552 1. Ur Cana-
— cap. 22. princípio aplicaram erróiifauuMite a
râ» i, II,

.. Canarâ sc- denominação ao povo de Goa<, que,


f^iiii'l» -íi.i-: I ?t've principio quasi geograficamente, é concani, etnica-
TIO- •'-" vinte da uossa
mente, é indo-Aria e, g]<
'
'

Kt 'me he Charnà
r/iJ. ,. . ,- :n oorrupçSo se
mente, 6 indo-europeu. As >

, ,

veyo a cliamar Canarà». — Diogo do canarins se entendem somente os


Couto, Dóc. VI, V, 5. gentios ou somente os cristãos indí-
K).)! —
«Fiz aoima tresladar de lingoa genas, e amiúde, modernamente, se
e letra canará, em que está, bem e fiel-
mentf'.. — Apud Júlio Biker, CoUecçâo de
emprega o termo com sentido de-
Trutad-s. I, p. 276. preciativo. Com muita probabilidade,
1G^7 - V"'"' f "•" Mi-sionario no Mo- esta designação o a sujeição política
gol, .ifvi' aprtu'i'i- a lin^'oado ludu-stan, e
ocasionaram, na boca dos europeus,
a Persiana, que se fala na Corte. Nas ter-
a deslocação do nome Canará {Kan-
ras dt"> X'^rte, a Maraatta; nas de Goa, a
Canarina, nas do Canará, e Mayaur, o idio- 7iaç?a em vernáculo, Karnãtaem sâns-
ma Canarâ'>. P. Fernão de Queiroz, — erito) dos Gates para o território da
r.-,M,. ;,-../„ ' ..91.
costa entre Goa e o monte Deli, isto
<;.

1»; .:. ^ Chariiáiacà (Cb-


mu 'nada é, entre o ConcSo e o Malabar.
nará > .siem]
tuvo Prii rano
eu brev;
aâta los aiMiá de la Krparacu'u hu-
i;;'A>
1512. —
«Feitor desta fortaleza de goa
mana». — Faria e Sousa, Asia Poittiyueea, ho capitam mor e etc. per este vos mando
p. 180 ' que dees amtonio home canarim cristão
1 >>>»;. — «Gradually and owing probably duas cotonias e três panos de cambaya de
Goa, where the na-
••''ioation at que em nome de sualteza lhe faço mercê
til

ti\
1
'

to have been -Kin the first


por se tornar cristSou. Afonso de Albu- —
>• -..V Portuguese as Canarije, » the querque, Cartas, v, p. 175.
kut'.^ ..

name bocainc appropriated to the low I5I5. —


«Per este vos mando que pages
country between Goa and Malabar. • And manuel de lacerda natural da terra casado
e morador nesta cidade de goa cõ molher
this term, in the old Portuguese works,
mean.s the K<ntkani people and language of outrosy natural da terra seis mil reaes d
G'lao — Gloitar^. dinheiro... por qanto he oanari e he

b? qe receba fauor e gasalhado. Jd.,

* CANÁRIA (bot.). Canarium com- V, p. 266.


«Asy da nosa gente, como malavares,
mune. É
iodigena das illias Molucas.
canarins de Goa e gente da terra».—-
Extrai-se óleo do seu fruto para Id., I, p 377.
usos domésticos. Do mal. kanãri 1552. —
«A todo o maritimo que 01 :.

tramos até a serra Gate que vae ao


1552. — «E
saem do mar para o estes
da costa com que fa:-
"
" '
'

mato a comer hwa fruita que ha na terra treita faixa de terra, <

3ue se chama Canária e hc como amen-


oas e assi tem a casca». Castanheda, — e aos pouos propriameiíi-
3ue 08 nossos lhe chamão Canarijs).
-. - / , .-v

HiBtoria,yi, cap. 11.
oSo de Barros, I)t'>e. I, ix, 1.
•Ha em bastantes logaree da 1562. —
aEsta ilha a que nós chan
in, Timor] umas grandes arvores de-
Goa, chamão 'ot« canarins, que ::-i
'<.- '' canária, igualmente sil-
- produzem uma fructa
gentio» naturae» da terra Tiçoary». Cm- —
taiiliiiia, llittnria, in, eap. 8.
iH da Kur<

Antaeê
;

— «Os Canarins, qti


-ta terra de (íoa. »>. — '
a
Urta, í'ol. siv.
o pau rnsa, palavan
IT1HO :
ranarla, estre
has, Timnr, ii naaríi, « Mnlntiaros hiAo
, .lull, ii.il tiiii.*'.--!!! loí qnriri; .rirt'Iij':
•'"
r
.«»: amêndoa., canária,
.líO, cuco». —
Taui-yang-
ill, 3 Ctrto at Oím, I, 4t.

H riitii íiiHiilririiin ..•oh

* Mm ocorre em etoritoros antigos a


lum 4mboincH9t!t iii, cap. i aae «língua canarina».
CANARIM 198 CANCHI

1694. — «E
08 filhos que llic vierSo de tengono per loro ídolo». — G. Balbi, Viag-
lonsfo, são os CanaPins,
os Decanis, os gio, 68.
fi.

Malabares, os Chingalàs, os Bengalas, os 1676. —


«Pour ce qui est des procés on
Peguz». —
P. António Vieira, Xavier Dor- n'en voit jamais la fin, ils passent parles
mindo, p. 152. mains des Canarins qui sont gens du
1616. — «...
que no-la [relação] man- pais qui font le metier de soliciteurs et de
dou de lá o padre lielchior da Sylva, sa- Procureurs, et il n'v a point de gens plus
cerdote theologo pregador, Canarim de rusez et plus subtils». Tavcrnier, ni, —
nação, naseido ein Goa». —
Diogo do Couto, Voyages, p. 159.
Déc. VII, I, 8.
1616. —
«Todo o trafico ordinário a re- CANCANÃ (cone. kãnkan, pi. kãnk-
talho é alli [cm Goa] feito por Bauianes,
Canarins, e outros estrangeiros, assim
nãm, sânsc. kankana). Munilha <
de massa vidrada, que usam em
gentios como mahometanos, e raras vezes
pelos Portuguçzes, Mestiços, ou índios
i

grande número as índias solteiras e


christãos da terra». —
Pyrard de liaval, I
casadas e que se quebram à, morte
Viagem, ii, p. 154. do marido, em sinal de viuvez. Há
1697. — "São os Canarins, que assim igualmente cancanãs de ouro e ou-
se chamãoos uaturaes, destas terras, insi-
tros metais, com que se adornam até
gnes neste jogo, e estas são as armas ordi-
nárias com que se defendem das violên- os homens e que sao às vezes con-
cias dos estraugeyros nas suas aldeãs».' — cedidas por autoridades em prémio
P. Francisco de Sousa, Oriente. Conquis- de actos valorosos.
tado, II, 1, 1.

1842. — "Pode
fazer duvida a denomi- 1727. —
«Cancanãs. Bracelete. To-
nação Canarins dada aos Christãos na- das as mulheres índias trazem cinco, seis,
tivos de Goa; mas se se attender que o emaisbracelletes, ou Cancanases [plu-
Canará foi christianisado dez annos antes ral do plural] em cada braço; as Mogolas
de Goa (!), e que muitos dos nativos usão de Cancanases de marfim, que
daquelle paiz acudiram a este, talvez os quebrão com qualquer cólera, ou pesar,
Goanos Christãos quizessem antes deno- que tenhão, jiara melhor mostrar a sua
minar-se Canarins do que Concanós e ; dor». —
Bluteau, Supplemento.
ou que os gentios, conservando este appe- 1874. —
«... e nos 2)ulsos uma arcaria
lido, dessem o outro aos ueófitos' .
— A71- enfeitada de ganttés, cancanás, e pul-
naes Marítimos, p. 103. seiras de coral com rosas de ouro». To- —
1852. — "Do Canará vem o Canarim, más Ribeiro, Jornadas, 11, p. 104.
ecom quanto os habitantes de Goa nada 1886. —
«Rapam a cabeça: quebram as
tivessem de communi com aquelle Reino, cancanãs, bracelletes.». Lopes Men- ^—
aquelle appelido foi-lhes applicado, bem des, A
India Portugueza, i, p. 268.
ou mal, como patronímico, em alluzão ao 1898. —
«. .-. nos torneados pulsos, vis-
Reino donde vieram; por isso nada teria tosas arcarias de cancanás c gantes».
de ignominoso, se porventura não fosse — Oliveira Mascarenhas, Atravez dos Ma-
empregado em forma de desprezo, que me- res, p. 203.
recesse de ser tratado por Leis de injuria 190.").— «Cancanâ-^/<aro (potassa usa-
punivelo. —
F. N. Xavier, Bosquejo Histó- da na fabricação de manilhas de massa) a
rico, m, p. 6. pardau 8 réis». —
Ernesto Fernandes, Re-
1858. — «A
palavra Canarim está gimen do sal, no Boi. /S. G. L., xxiii, p. 384.
tomada hoje como termo oftensivo, mas sem 1906 —
«Nos braços enfiam uma série
razão, por que nada mais significa do que de kankanas, manilhas de vidro, que to-
natural do Canará, e o território de Goa mam o nome de patleu quando de ouro» —
era antes da conquista portugueza in- Hipácio de Brion, Duas mil léguas, p. 23.
cluido no Canará. Donde vem que nos pri- 1916. — «. . com o respectivo cortejo
meiros tempos chamávamos Canarins de cancannãs e custosos penduricalhos».
indistinctamente a gentios e a christãos, — Heraldo, de 9 de Novembro.
como ainda faz o auctor; posto que agora 1825. — «Les époux ayant pris jjlace sur
quasi exclusivamente se applicasse o nome Testrade, et le san-calpa termine, on passe
aos christãos naturaes». —
Cunha Rivera, à la cérémonie importante appclée kan-
apnd Pyrard, 11, p. 31. kana. A cet eâ"et, on se procure deux mor-
1874. —
«Um rei do Canará, gentio, con- ceaux de safran, ou curcuma, autour de;3-
quistou ou antes tomou posse do rico i)aiz quels on attache un fil double L'epoux, . . .

inerme; d'ahi veio aos habitantes, com prenant alors un de ces rnorceaux de sa-
pouca propriedade, a denominação de ca- fran, Tattache au poignet gauche de
narins». — Tomás Ribeiro, Jon?af/tís, 11, repouse, qui, à sou tour, lui attache I'au-
p. 16. tre morceau au poignet droit». P. Du- —
1582. —
«In questa Isola fde Goa] sono bois, Moeurs, i, p. 308.
alcuni habitanti detti Canaríní, i quali
adorano una statua uuda di pietra, che la CiiNCHI (s. m.). Ocorre a palavra
CA .ND I 199 LANDIL

eiu alguns dicionários portugueses CANDIL, candím (pi. candis, can-


com o signitícado de «árvore japo- (linn). Como metiida de capacidade,
nesa, cuja casca serve, corao o i)a- vale 20 euros ou alqueires; como

|

pel, para nela se escrever». Os' j)éso, corresponde a 20 í/ído."» ou uns


dicionários japonês -s n-gistani kaii- ÕCK) arráteis. Do miiv. khaud'i; khãndi '.

chi com os signiticados o astúcia, ma- em concani, kamli em tamul e ma-


nha»; mas kanchiku ó «uma ospócie laiala.
do bambu»; náo sei porôm se a sua O i tónico final das palavras in-
casca serve de papel. dianas nasaliza-se normalmente na
sua passagem para portuguOs, como
CANDE. Desfiladeiro nos Uatos, e lascar im, palanquim, Pangim,
Co-
no «Norte», isto em Damílo e ou- chim. Mas às vezes encosta-se a um ('',

tras praças. Do mar. khãnd e sÃnsc.


í, como candii, caril, sadiL Gonçal-
khamia.
ves Viana, porOm, entende que o l
1687. —
«O nome deste Keyno [de Cân- se originou do i)lural, candis, ca- —
dia som corrupção he Candi hiirc, que ris, por analogia com funis, de fu-
utiti>l'> diz: As serras la de sima; porque
nil, e outros vocábulos semelhantes.
fsla jialaura, Candi, tàubeni em outras
liui,'uas do Indiistan .significa, caminho, ou Mas caril usa-se geralmente no sin-
VIU lia estreyta entre serras». — P. Fer- gular. Tarabôm om concani, mercel
1)1 :]•• (jueiroz, Conquista de Ceylâo,]}.A^.
está por «merco», o em muitas lín-

«Roccbeo Sua P^xcelleneia a no-
guas neo-áricas mastul é «masto»,
oreta de que Nagobba Sauuto es-
hum cande (ou (ie.sliladeyro)».
111
forma antiga de mastro. —
Aii .1 Hibeiro Carvaliiu, Iit/a<;ào, p. 7. Rafael Blutoau e vários diciona-
llul. —
nOutrosim se .issenta, que o ca- ristas modernos consignam outro si-
minho do Cande de Teliery será franca- gnificado
de candii, o de «antiga —
mente continuado aos Maratas». Ajivd
Júlio Biker, ColUtu^ão de Tratados, vi, moeda de Ormuz», e abonam com
p. 17G. João de Barros. 2íunca existiu tal
171.') " «Esta [serrania dos Gates] pelo
moeda; o quo há é <;arf/', çadim, on
asncro, rscabrozo dos seus penhascos,
»•
çadil ou (jandil, com omissáo tipo-
pelo intriíK-ailo dos seus impenetráveis
bosqui-s. ilitlliiilta a communicaçam de Ba- gráfica de cedilha do Ç maiúsculo
laLcatc 'is terras, que tição para a
( III em alguns escritores antigos, como
I

parte di: (ii-a, s« tem praticado, algu- tambOm aconteceu algumas vezes
i' si'.

mas estreitas vinilas, a que ehanião Cân- com Çaniorim.


V. sadi.
dia, p'l "' pude pa.ssar somente hum
'- ' -

traz de outro, ou hum ho-


boy ca- >

— 1511. — «Nove pardaos do arroz gira-


mí-iii 111 o cavallopela redia«.
.•^'

Moiit' rroio Mascarenhas, Epanaphora In-


-.
, ,

call e d<»uá camdys de màtega». Afonso —


'! de Albuquerque, Cartas, v. p. lõl.
I. II. T).
I . :

lo a hiuis desfiladeiros, a que


1515. —
«... a razam de hú oAdy jior
trrra d.\ o nome de Candi, o
dia a cada hú». —
Id., vi. p. 28().

a da aspereza do mato
|

151G. —
«Tem out r maiores que;

ij I ido». — /rf., p. 47.


chamaom candii, qi [uatroquin-
Ib^'"^. — .. L!5Ui> Llropasj ainda nã>> bas-
taes pouco mais ou nnim.-^ >. i;undt)ho8 lu-
gareau. —
Duarte Barbosa, Livro, (2.* ed.),
tava© para Í!ni>»'dir cm altriiiiM cendes
p. 2S'J.
(ou df-'
<Mitra\ :
It'

s
1531. —
«Levará o Tanadar de cada
df ip.- .
'
hroniala de Tit- oandil de bate meio feal».— \i....... \],,-
xia, FrecalriiH d/Ki ojUriaen do 1
liar
il>
:. I. ii

(>>ii candet) que 15.'}8. — «K llic mandou tie j


:uil

dito forte devem vaqas. . . e quatro eentoa oandis de trigo


til .1

cegar, iiii\aniio irrscer nellcs o


1 ,s(í

mat mil' ii:i.,sãii de eemmoyos». — Gai»i>ar Cor-


/«, IV, p. 25.
Ibid, •)5.
J).
de peso seis mil oan-
••Teria
CANDI iM.lj dins, que da conta .Hão vinte e qua-
iio.ssa
tro mil (juintacHu. —
Fernãn IMnto, Prrr-
lGh7 - «Nas partes do Norte, em Cam- 1 griudção, cap. l.">8.

Ijaya, líi hl'-'iI i. <• Kina, o purilieilo com 1554— .0 candii


limo, I candii como ehris- mãos, cada m.~ • — Aiilouio
t«l, e r Fernão r|e Quei- NuneH, Lyvro n
— •CÍU4U0 iml oandia darroz de
i
II '

rós, Conquiêta de ( rylào, p. 9*J1 I


1669>
CANDIL 200 CANDURA

carrogaoilo para provimento dos almazcns vingt mans». — Tlievcnot, Voyages, in,

e ariniulas de sua Alteza». Arvhivo Port.- p. 53.
Orieninl, v, p. 400.
15()í). —
«E o candil darroz, que sohia # CANDÓ (guz. kãndho). Corte de
vai ler a trcs pardáos, se nSo acliaua agora ramos de árvores para queimada,

por seis c sete patacões». Ibid., n, p. 178. em Damão. V. cumerim e chobinó.
IGOI, —
«Nos almazens de cada forta-
19{)1. — candó ou poda,
«'0 tradicional
leza dous mil can diz do arroz, para es-
tarem em deposito». —
Diogo do ('outo, feita pelos colonospara obterem a cinza
Déc. VI, IX, IG. que serve de estrume aos adares ou semen-
IGll. — «Havia muitos chatins, que são teiras, tem concorrido muito para o deplo-

mercadores que falavào por candiz de rável estado do arvoredo, e principalmente


pagodes de ouro, que he lunua uioeda como das tecas». —
José Pinheiro, Boi. S. G. L.,
tremoços. .. e o candil he hum quartei- XX, p. 30.
rão de trigo desta tcrríi». — Id., Dial. do 1916. — «O problema de kandó (que é
Soldado Pratico, p. 15G. uma poda barbara nas arvores em Nagar
IGIG. —
«Affirmam os Talapòes anti- Avely, e dos cnmerins (queimada de terras
gos daquelle Keyno, que se lançarão n\- com folhagem) nas Novas Conquistas sem-
quelles alicerces seiscentos candis de pre ai está irresolvido». —
O Heraldo, de
ouro, que pela nossa conta sam duzentos
30 de Março.
moios de ouro, porque cada candil tem CANDUM. «Termo da India portu-
vinte alqueires». —
Id., Déc. XII, v, 4.
1632. —
«Responde hum Candil a gueza. Ruptura no vallado ou dique».
quasi trinta alqueires da medida de Por- Domingos Vieira. De facto, cm con-
tugal». —
Fr. Luís de Sousa, Hist. deS. Do- cani e marata khãud (j)l. /ihãndãm),
mincfos, III, p. 369. derivado do sânso. khanda, quero
1G3Í. — «A
dita armada é de fustas ou
dizer «rotura»; e vê-se da abonação
navios de remo de porte cada hum de oi-
tenta candis, e cada candil de 20 mãos. que o termo ó corrente no portn-
que são como alqueires de Portugal». — guGs de Goa.
António Bocarro, lÃvro., iii, p. 75.
1791. —
«Queira V. Ex.» mandar cá 1917, — «A precipitação da chuva aos
f):000 homens, ;'0 candins de pólvora, e cântaros, umas boas polegadas em poucos
25 candins de chumbo». —
A2)ud Júlio minutos, está produzindo canduns em
Biker, Collecçào de Tratados, ix, p. 1791. todas as bordas e taludes. Pois impedir
. .

1840. —
"Todo o Tabaco importado pa- esse curso é em geral fazer que a água
gará nas Alfandegas do Estado o Direito irrompa por mais quatro lugares e cause
único de oitenta xeraíins por candil de mais quatro canduns»». —
O Ultramar,
dezeseis arrobas». —
Collecçào de Batidos, de 18 de Junho.
p. 189.
I,
CANDURA, cundura, gandra, gun-
'
— «Candil pode ser peso (460
1883.
dara, gundra. O vocábulo, diversa-
kilos) ou medida de capacidade (280 li-

tros)». — Gabriel Pereira, S. G. L., Jíol. mente grafado, designa uma «em-
IV, p. 288. barcação pequena das Maldivas ex-
1915. — «Eu tive a fortuna de colher 34 clusivamente construída e aparelhada
candins, dez candins mais de que o
com a madeira e productos do co-
anno passado». —O Ultramar, de 21 de
queiro». Parece que o termo ó ver-
Outubro.
1578. —
«Es tanta la cantidad [de ca- náculo, e não recebido do Malabar
nafístula] en Cambaya (de donde es la me- ou de Ceilão, como são alguns ou-
jor) que dan vn candil (que es quinien-
tros, e que a forma cundura se
tas y veinte y dos libras) por vna moneda
que vale tresientos y sessenta marauedis».
aproxima mais da dição originária.
— Cristóvão da Costa, Tractado, p. 129. Note-se porém que P. E. Pieris afir-
1582. —
«In Goa sono due sorti di Can- ma que «as Maldivas são conhecidas
dil i, cioè uno di rnaii 16, e uno di man 20». entre os singalesos como Gundira
—G Balbi, Viaggio, fl. G8 v.
1589. —
«On n'y pent avoir vne Can- Eafa, «País de Gundiras». Havia no
dile de Riz qui contient quatorze mesure Malabar um pequeno reino, conhe-
de deçà pour la valeur de diz ou quinze cido por Gundra; é possível que o
sols-». —Linschoten, Histoirt, p. 30. seu nome influísse na forma gundra ^
1618. —
«The Candee
at this place
[Batecala] containeth neere 500 pounds».
— \V. Hore, in Glossary. * «E de muita importância, diz o rei de

1G66. —
«II y a à Sourate comme ail- Portugal, não se unir o reino de Gundra
leurs diverses sortes di poids et de mesu- ao de TraA'ancor, por ser mau e não ficar
res. Celle qu'on appelle Candy, vaut mais poderoso». —
Doe. da índia, n, p. 90.
CANELA CANtLA

VM'y «Tainhfin he do» chama cinamomo o cáê»ia (lignea).


ambos os vocábulos de origem so-
mítica. A sua pátria ò, como indica

Condoro) > — Ben- Batuta, Kíoyw» .1 ilha de Ceilão. .),

p. Lv.;*
Malabar, mas 6 de
dora, fm qu.*
interior qualidade, sondo por isso de-
segu nominada «canola de matos». Eti-
161 a t comduraa das
illsn-. r. I., partio in'1.1, com •
niolój:icamente, canela é deminutiva
capou». — Afonso |
de cana.
IV. p. 179 canela era um dos principais
A
'.'lo outra gun-
objectos de comórcio portuguí^s, e
1 :._>.-

dora, ..: que sse os |

(les.
'lias, !
09 nossos escritores descrevem mi-
AS :
Doc. nuciosamente a árvore c o processo
da J /•'•' !-' J I' »" de preparar a canela.
1507 — ..("omprou uina candura, que
8 So
por
J500. n —
cravo da índia, oanet la,
. . .

aqt 43.
páo Brazil, s&nà&\o» Savrgacno rf- P. .

1.,., - ... 1. 1'.'->• liuns
A. Cahral, cap. 15.
, .

hare-
rt..
-
•>
' ia» Ilhas
'
. onde se faz o
>< r". marras e
índia,
1502. —
«He huma Ilha rica, e de tre-
zentas legoas do grandeza, donde ha grnn-
des serranias, e produz canella em muita
(ia

af. : .
L Gun m/iis abundância do que em
'•' • '

dras lugar». —
Tomé Lopes, Sa
lf>07. —
«E de canela :. ...
u,>! '>Mra» lei-
— Gas- l

que forem ordenadas pêra ver». li-n- —


...
ta- . I mento Régio, in Annaea .l/ar/í/mo* {1^4.:>j,
par ( Tma. I."i'ia$, i, p. 341.
p 385.
— «Nesta
1

li ::: .
Iiníiào alem de Cochim rou- I
ir)l6 ilha fCeilSo"] nasce boa
jntedras («»c) de cairo que na.^ce pelo.s montes
canela,
i..i
e verdadeira
iias de Maldiva».— Francisco corno louros: clRey lui inaTi.la
vil
I em amores
de /ttidraiia, Chronica de D. João III, ii, cortar em ramos delguados, e :

fl. 57 lhe tirar a casca, ha manda se»


as, gundras, j

'

tos meses do anno, e da sua mauà 1.

ligues, de cem
j:,
ha hot mercadores que ha vem conn
',-,j raeyo pardáo».
j

— Duarte Barbosa, Livro, {2.* ed.), i

1552. — "Grão parte he das arvt


_ : :i. p. 15.
! ; ; ^ "
' ""- I

que se tira a canela que tem a folha


.«-
-

V>. 1!: - '. guntiros t mo louros e a casca he a canela que vem


< ,irr> ^'atlas de tazeniia cA, que se tira dos ra
I>., .X. IX, 11.
j

ta<1o4 4«>oo8».
*> Ca- —
10 It",

Dirci hum pouco da aruore de


yuiiUi J- :...-- -
.1.
canella, i>or«|Ue a u.lo ha em *"
,o.. —
Carta Hégia, senSo neste Crilào. A quai am
1 1 II II 171

VMIKÍ-. — lleln^r, Satnitiit, i, p. \2.

^^NE (chin. kài ou pán). Pavi


rhfto de casa. na China.

i'^ ArtHW", JornofUié p^** i tià*'» d«; canclla;

CANELA. ^'.^-<' namomu.


/fylauirinit, \Ui} :ilbC'm se ,
ijuc *<:. c*!'" ti"' no pa
CANELA 202 CANEQUIM

se está secando, e toma a sua côr que tem». aquesta la mijor es la que se coge en cl
— Gaspar ''"•.-•.•.. f.',..!.,. ,. (;-.í
reino] de Coulau, y no tan bueuo la dei
157l'.
I

de Cochim». —
Pedro Teixeira, Relaciones^
p. 185.
• A
Já polo
nol)i<j illiii tuuíLciii dt Tu(iiíibana,
1101)10 iintitco tão f.iHioFii,
1<)58. —
aQuod vocabulum \canela'\ dimi-
Quanto tigora soburbu e bobcruna, nutum ex Carina videtur, à quo Jsidorus
Pela corHça cnlida cheirosa». 1. XIX. Orig. cap. viii, Cinamonium dictum
Cumões, Liisiadox, x, 51. scribit: quod corlix in modum Camiae sit
rotvndvs et gracilis».— l^iao, Mantissa Aro-
1613. — «Vi, oh
padres, a primeira vez
mática, p. 165.
a afamada canella de Ceilão, cuja frui ta
/' como poíiueiiiis landcas com seus casca-
167G. —
«La canelle vient toute pre-
sentement de I'lsle de Ceilan. L'arbre qui
bulhos, mas a cor depois de madura preta
la porte est fort approchant de nos saules
como azeitonas, da qual também se faz
oleov). — r. Manuel Barradas, Hist. I'ra-
et a trois écorces». —
Tavernier, Voyages,
III, p. 37L
gico-maritima, u, p. 78.
1G85. —
«Os matos delia [canella] sâo CANEQUIM. Tecido grosso de al-
tão fechados, que hum homem não he pos-
sível andar por ellos hum tiro de pedra. A godão,^ muitoiísado outrora na índia
sua folha he no feitio, como de tanchagem, Africa Oriental. Do concani-
e na África
em quanto nos três talos que tem; porem o mai khankl.
corpo delia, como o de louro; quebrada
entre os dedos he o cheiro do melhor cravo 1546. —
«1 Cabaya branca, acolchoada,
da Arrochella, ((ue pode haver». João — de canequim». —
Espolio de Balthazar
Ribeiro, Fatalidade Histórica, p. 5. Jorge, in Boi. S. G. L., iv, p. 290.
Iti87. —
«Ilê a casca de huma aruore 1601. «Quatro gyboys decanequym
semelhante â Romeyra, que parte abrindo usados, de molher, avaliados em duzentos
com o calor do Sol, parte com a industria, réis». —
Tomás Pires, Materiaes, etc., ibid.,
se tira, e seca ao ISol ;* e uulgarmente se XIV, p. 719.
chama canela, pela figura de canal por- ;
1601. — « Canequins andem [hão de]
que os Chingalc/.cs lhe clianião, Curdo; ter dezoito covado de páo, de compridí), e
os Malayos, (Jaisman; os Malauares, Ca- hum covado de largura». —
Carta de Lei,
rnes; os Árabes, Quirza: os Persas, Dar- in Archivo, vi, p. 743.
quima; os Latinos, Cinamonium, ou Cassia. 1602. —
«Canequins bofetas, beyra-
Esta hê a droga, que fez celebre a Ilha de mes, sabagagis, e outras [roupas] que se
Cejdào. As amores em três anos produzem achão escritas nos livros das leis dos Ro-
noua casca; e se ouuera cultura, fora in- manos, das quaes costumauão apagar gran-
creuel a abundância». —
P. Fernão de des direitos». —
Diogo do Couto, Déc. IV,
Queiroz, Conquista de Ceylão, p. 58. 1,7.
1782. —
«Tem o 1." logar a planta cha- 1609. —
«Todos os mouros desta costa,
mada canella, bem conhecida por suas ainda que sejam muito pobres, e não te-
virtudes aromáticas da sua casca, e cheiro nham de comer em sua vida comtudo fazem
de suas flores, que aqui [em Goaj fazem mui4o por ter guardado um panno fino ou
as vezes de louro». —
Fr. Clemente da Kes- canequim para se amortalharem em
surreição, Tratado, ii, p. 318. quando morrerem». —
Fr. Joào dos Santos,
1578. —
Y porque estos Chinas la lleua- Ethiopia Oriental, i, p. 111.
uan a vender a los de Onnuz, Ia llamaron 1611. —
«E sendo horas de jantar se
los Ormuzanos, Darchini: que en Parsio desi)edio de Nuno Velho levando uma peca
quiere dezir paio de la China: y as.'?i la de Canequim que lhe deu». —
João Bap-
vendiau en Alexandria, y en las otras par- tista Lavanha, Hist. T.ragico-nuiritima, v,
tes, mudandole el nombre, per la vender p. 58.
mejor aios Griegos: y llammaron Ciiia- 1615. «Hum pavilhão de quanequim
moino, que quiere dezir, paio oloroso, y a usado avalliado em dous mil e quinhen-
la Canela de la laua y a Ia dei Malabar tos rs.». — Tomás Pires, Boi. S. G, L., xiv,
(per ser peor) le pusieron nombre, Cays p. 746.
manis, que en la Lengua Malaya quiere 1634. — «Principalmente [as roupas] de
dezir, paio dolce». — Cristóvão da Costa, Cambaya, que servem para Sloçambique e
Tractado, p. 10. toda a costa de Mombaça, que são cane-
1584. —
«L'albero delia cannella fa qui quins pretos, teadas, algodões». Antó- —
nello Statto dei re di Cochin, non già nio Bocari"0, Livro, iii, p. 122.
quella eccellente, che questa vienne- dali' 1657. —
«Anda jurando era altas vozes
isola di Zeilan, ciie è sotto il capo di Ca- pelas ruas, como o moço, que vende caça,
morin, ma d'una sijecie un poço piu grossa; e canequim». —
D. Francisco de Melo,
qui le chiamano di Mattos, como dire, sal- Apologos Dialogaes, p. 169.
vatica, ancora ch'ei se ue trovi delia bo- 1663. —
«... cachas, beirames, guin-
níssima». —
F. Sassetti, Lettere, p. 223. goes, canequís, e muitas outras sortes
ItílO. —
«Sigue luego la que en Portu- de pannoS'>. —
P. Manuel Godinho, Bela-
guês se dize Canela do mato, e de çào, p. 56.
(' \\T(')T; \ 'I't y. CANOA

<lii.irt'

Ai !. >«, I, p. 43.
am ; nV
qui) II ni-
-tiiiir<j UC
Sa;
aii^-i)tiMii i<lo de al- i •

ri<i,que aiixla hoje vem de


Dai, .. .if Diu para Goiiu. Alberto —
(). (1. astro, A Cinza d'ui M'/rton, p. 172.
,( h J.ii ,' \'a\i heaueoup
d'ouvr'raLir!* '
sortes ft
livcl- ÍJ iinequlns,
Hofi
I:

l-'hauterea, C'otouia»». —
Liimli >t' I!, llutoire, p. 10.

CÂNFORA. Do sàusc. karpúra se


derivou o neo-árico kãpúr, do que
os Arabos, por nflo terem /), fizeram
kafur, e transmitiram aos portugue-
ses sob ft forma de alcxnifur, e can-
for, que por tiia s-' forromiieu em
cânfora.
Há várias f>ji.-ri>-> Hf imiiifi.i.

sendo a mais estimada a de Bornéu


e Sainatra. V. Oarcia da Orta, e

I.'jIi.. lionde [em Solorl se acha


Diayta tanti.iadc de canfor de comer,
que antre ho» índios lie miiy estimada, e
aal a peso de prata». Duarte Barbosa, —
Livro, (2.' ed.), p. 873.
I.'^i24. «A terra de bunieo nam tem —
ijiaií <\nc oanfora, que se chama de bur-
il»
- . ' .
jgg prjnçj-
ite... que
a c -if •• iu a, segundo
s, e nam he p<'ra co-
ni> I
>•- luCar-
(as <h A de AU. . 3G.
i\ til :i1i:l>!.

III '

iKpnr Cor-

tauhcda, llmloiia,

Mou-
della
;« /f'i, itfr-
II. XII.
i . ) 1 :; :

tO'hn tftrnhMn W»»rn<»o «n»!^ nft« ftiHwin


••
T •
CANGA 204 CANGA

collares nos pescoços». O P. Bel- la tiene infine che perviene a I'idolo,


chior Nuiios (1555) desigha-o por e quivi gettano dinanzi di lui».
la
tábua: «Com bua tahoa metida no Apud Gubernatis, Storia, p. 140.
pescoço com huas letras que decla-
ravUo seu crime» *. Fr. Gaspar da
1640— «Tinha lançado ao pescoço unia
canga com dois pesados paus a modo de
Cruz (1569) emprega a mesma ex- escada». — «Foi preso Andró por ser cliris-

pressílo: «Alguns também por leues tão e levado ao tronco, onde lhe lança-
culpas os fazem andar pelas ruas aa ram uma canga ao pescoço, que, como
já disse, são dois paus grossos a modo de
vergonha com bua tauoa grossa e escada, mais ou menos pesados conforme
quadrada, de três palmos ou pouco a culpa do delinquente». —
P. António F.
mais de largura, metida })ollo ])es- Cardim, Batalhas, pp. 85 e 185.
coço por bií buraco que tem no meio
1694. —
«Canga chamão no Oriente os
Portuguezes, e os Cochiuchinas Goung, a
da largura do pescoço, sendo a tauoa huma maquina a modo de escada, as duas
do duas peças que se abre para Ih'a hastes tão compridas como quasi duas bra-
meterem pollo pescoço. E na tauoa ças, e se vem Con quatro travessas como

leua escritas as culpas porque anda degraos huo em cada ponta, e as outras
duas muy chegadas ao meyo de tal ma-
aa vergonha». O P. Semedo, que neyra, que se possa huma haste desencai-
também descreve minuciosamente o xar das travessas j)rezas na outra. Mete o
instrumento de tortura (p. 126) e in- padecente o pescoço dentro das duas tra-
dica o seu nome chinês — kia liao — vessas do meyo, e encaixão-se todas as qua-
tro travessas na outra haste, amarrando-se
não menciona a palavra canga. Em- apertadamente ambas as hastes nas pon-
prega-a Castanheda no seguinte passo tar». — Noticias da Cochinchina, p. 49.
(vi, cap. 72), mas nao precisamente 1838. —«Compoem-se a canga de duas
no sentido oriental: «Sabendo [Vasco pranchas com um buraco redondo nomeio,
por onde só cabe o pescoço do reu, que,
da Gama] que forão na frota duas depois de unidas não é senhor de ver os
molheres solteiras as mandou açou- pós, nem levar as mãos á boca, e carece
tar metidas ambas em híía canga. que outrem lhe ministre a comida. Em am-
bas as faces da canga costumam grudar
A primeira menção de canga, na umas tiras largas de papel em que estão
acepção chinesa, encontramo-la no escritos em grandes caracteres o delicto
livro de Cardim mas antes dele, em que se pretende castigar e o tempo que
;

1635, António Bocarro alude a ganga deve durar a pena». —


O Panorama, de 13
de Janeiro.
com a mesma acepção (p. 158) 1700. —«On mit la Cangue (c'est un
«Amarrado o metteram n'um balão, instrument compose de deux ais fort pe-
e com um sino o levaram a correr sants échancrez vers le milieu de leur
toda a armada, e depois o metteram union pour serrer le col) à Monsieur Can-
ghis, et aux Peres Candone et Belmonte».
n'uma capoeira com uma ganga ao — Lettres Edifiantes, i, p. 82.
pescoço» (em Pegu). Parece-me que 1725. —
«L'Empereur fit alors attention
temos aqui um indício de que o ver- à tant de mklheureux detenus dans les pri-
dadeiro étimo não é a voz portuguesa sons, ou condamnés à porter ia Cangue
canga, mas o anamita gang, que de- dans les carrefours». —
Ihid., xvui, p. 444.

pois, por atracção, se converteu em


1727. —
"With his neck in the can-
goes which are a pair of Stocks made of
canga. O que é corroborado pelos bamboos». —
A. Hamilton, in Glossary.
autores das Xoticias da Cochinchina, 1778. —
«Ceux qui vendeut à faux pris,
sont condanués à la Kangue, espece do
infra .

pilori ambulant». — Auquetil Duperron,


Beato Odorico (1318) fala de uma Legislation Orientale, p. 206.
espécie de canga, usada, por motivo 1779. —«Aussitôt on les mit tous trois
religioso, era Choramândel «In co- en prison, des chaines aux pi^eds, une can-
tai pelegrinaggio molti portano una
:


gue au cou». Lettres Edifiantes, -aw,
p. 427.
tavola in collo, ovvero mensa forata, 1876 —«Terkutaj' fastened on him a
e mettono il (;apo per lo foro, e cosi cangue, the instrument of torture used
by the Chinese, consisting of two boards
which are fastened to the shoulders, and
when joined together round the neck form
' Cristóvão Aires, Fernão Mendes Pinto, an eftectual barrier to desertion». —
Ho-
I, p. \yoxi\- History of the Mongols, i, p. 50.
AV<: vvr 20Í) CASOATA

Canga. V. y^uy^i
«CANGALHA. Di'iuihuik'u-:"- .mi
na o h.irco pequono,
g.'iiiu'iito in<lia
CANGUE. Figura esta palavra em
como cniioa ou uin
'

um dicionário com o significado «ár-


coutrapCso iltMi -ira,
vore da índia portuguesa». Se ó o
.
, .
\

para so nfto bandear ou ^'ira^. Mo- mesmo que o cone. kãúg, nao é ár-
iloi ^\ por cangalhas se en- I

vore, é «milho painço» Selaria —


tr;. nionte a aludi<la armaçAo, i Itálica, Beauv.
muiio u>aila nos rios. .^

CANIANE, canoniane (malaiala


*
dos maliKanits tcia um
kaniyãn). Astrólogo, feiticeiro no Ma-
logo.
labar. V. canaiate.
1518. — Nam is co-
tias e cangualhii haul 1606. — «.Manda o sagrado Concilio que
vt 1:1 cm mautiuiciu":- • < iiu;i.- 1< u>it!> ne- nenhuma pessoa se cure com
'"

c. s-ari.is para naosu. — Archive Port.- ou Canoniane em (ocliim, ai


jào christàos». —
Quinto <onciii" ui_: ii"u,
:itey que das náos, e zam- in Archivo, iv, p. 2tí5.
paraos, cangalhas e
-, r ào... De huma canga- * (teto kanipa ou kaniba).
CANIPA
lha ,-.v.... .. almadia graude se leuarA Nome do aguardente de cana em Ti-
(lo.'.ef
azarucnB».
1

Ihid p. 142. — ,
mor. tBebida importada de Java, de
IG^T. —
nV5o H praya, embarcSo se em
que os indígenas sSo muito apaixo-
hum tone de cangalha, pera nele passa-
riam o golfo». P. Fernão de Queiroz, — nados, a qual é feita de canna de
(\'„f}nlttii ./'• c/" 7ào, p. 449. assucar ou, para melhor dizer, dos
].'-_' ".>.-;. I
crche dette barche seus residuos, depois do tirado o pro-
^, ,.> legni di una ban-
duct© principal. Este termo foi intro-
,

,i ,
1 di dette barchette
nil Min e à piedi di quelli è
;ia uii 1
a.-M>, duzido pelos commerciantes que lhes
hi>ii;it"i liii gi<,->.><> legno à trauerso, e piano, chamam canipa». Rafael das Dores.
che tanto v grande quanto vien à riposarsi — «Picos de canipa ou aguar-
1843.
Bopra !'ncf|ua, in modo, che non può in — Annaes Marítimos, (parte
.. somniergersi iia.bi, dente de cana».
:il'
official), p.182.
1881. — «Para a distilayao de aguar-
V, 11.

côtés du t>atoau sont a Aux deux
- deux.aile» horisontales qui eer-
dente de canna, denominada na ilha ca-
vuiit a le soutenir qnand la mer est grosse»
nipa, que tem muito consumo no paiz». —
(em Maluco). S"uuerat, Vuyayfs, 11, — José Vaquinhas, Timor, in Boi. ò. G. L.,
n, p. 737.
p 121
1^3. _ «O governador Alcoforado e
• CANGALI. RaçSo de arroz que Sousa montou uma fabrica de aguardente
metros de Coilio - Cebo»,—
-
dá ao jornaleiro no Malabar. A canipa a .óO
Id., Ill, p. 749.
lavra nflo vem nos dicionários ver-
!';i
19<)ÍS. — «Excepto noa centros, onde os
u;i< iilog, ma» deve derivar-se de kan- negociantes ehiii»\"»>-< víío introduzindo a

il'dani, "(l.^^x- •]'• >—rvoíi prediais no canipa, uma v


Malah.>!- . I! 11. Wilson. importado, com
Alberto de Castro, JtItlií de Loral. [>. l»;».
1
.'>
1 .u e despendeo c8 os cjn-
GANIRÃO. V. ca:oró.
ii. V a I'.i.''
'
l7Hr> — «Cagniram Malab . pau de

can-
, .

galty .i.iím'/. ,1 ..v.i.i ,- . -..au. — t,upj„. MOI,


.\f<.n»o d»» Albuquerque, Cartas, v, p. 150.
p. Wií).

• CANGANE \n\.kaugani). FÍ8-


CANOATA (mar. khânvat). Antigo
(••il. nlli- 1:0, riu ( 'rilao.
imposto de Uaçaini, que vai abaixo
i> -7 Km oatra ftldea, estando ji a explicado.
1564. — «E a Hcnda canoata, quo ho
.1 r.. .1 1.. fli,)i;l .. . í-Klll. ciur Im-

ne, e
aos Laui.i
«ANJA 20tí CANJA

CANJA (fr. cange, ingl. congee). A canja era conhecida era Roma no
muito vulgarizada hoje
Estíi palavra, tempo do Horácio, que põe na boca
em dia em Portugal, níló tom na dum médico a seguinte receita «Ora :

índia o mesmo sentido em que aq^ui vamos! Toma esta tisana de arroz».
se toma *. A cavjn indiana, como se Mas o doente recusa-a por ser cara:
ontonde em ásio-portuguôs, ó arroz «Que me importa quo morra de en-
muito cozido cm água o sal, e algu- fermidade, de furt" rn, ,L. rr.,>l><.9„_

mas vezes sem sal, e assim comido


com desenjoativos, de manlifl por 15Õ."]. —
«Vierào os nnssus a nao comer
almoço e às vezes à tarde por me- que hua vez uo dia, e isto muito pouca
quantidade de arroz cozido em aguoa sem
renda. Dá-se ordinariamente aos mais outra cousa». —
João de Barros,
doentes como alimento fraco e de Déc. II, IX, 3.
fácil digostáo. Corresponde no signi- 1Ó63. —
«Dam-lhe a beber agoa de ex-
ficado ao cone. péz, de sánsc. peya pressam de arroz com pimenta e cominhos
<pet/a, ((bebível ou bom para be-
(a que chamão cango)». Garcia da—
Orta, Col. XVII.
ber». «Damos a comer ao enfex"mo leite aze-
Em sánscrito o nos prácritos mo- dado misturado com arroz, e frangos deli-
dernos, kãfíjl. significa «arroz muito dos em agoa deste arroz (a que elles cha-
como
mão cange)». —
Id., Col. xxvn.
diluído 6 azedado», tal usado é 1585. —
«Não havia outras mezinhas
pelos lavadeiros indígenas em lugar nem benefícios mais que remédio de san-
de goma. «Seus [dos malabares] pa- grias, canjas de arroz ou milho, e estas

nos brancos são lanados com agoa não com abundância». —


Manuel Godinho
Cardoso, Il/st. Tragico-niaritima, iv, p. 55.
de cozedura do arroz, com que ficão 1<J14. — «Não tinham mais que hum
muyto lisos». Gaspar Correia, Len- l^ouco de arroz, de que faziam canja, que
das, I, p. 357 -. são papas, de que davam huma só vez ao
Mas em tamul /catíji tem ambos dia a cada pessoa». —
Diogo do Couto,
Déc. X, VIU, 13.
os significados, do arroz com água
1635. - «Kespondeudo-lhe elles que só
e goma de arroz, emquanto em ma- três ou quatro patacas salvaram, que ee as
laiala o mesmo vocábulo somente se queria as tinha, se calou o china, e
alli

emprega na primeira acepçito, sendo mandou logo fazer grande copia de canja
de arroz, que bastou para todos se refaze-
a segunda expressa pelo composto
= rem da fome em que estavam». — António
kailjlppdxa goma de canja. Do que Bocarro, Déc. xni, p. 168.
se infere que a diçáo indo-portuguesa J695. — «Em nove dias não dão ao fe-
se originou do malaiala. bricitante cousa alguma de comer, mais
que de manhãa, e naite huma pouca de
Os nossos antigos indianistas em-
agoa que escoam do arroz, a que chamão
pregam a palavra em diversos sen- Canja, sem s.il, nem outro tempero». —
tidos e compreendem sob uma deno- Cosme da Guarda, Vida de Sevagrj, p. 156.
minaçáo genérica várias espécies de 1T12. — «Canja. Arroz cosido sem sal,
muito delido, ficando a agua muito grossa,
decoctos de arroz, que nos idiomas
sem se enxergar bago de arroz bebida
vernáculos tem expressões especiais que se dá para engrossar estillicidio».
\


ou compostos especificativos. Tam- Bluteau, Supplemento.
bém a voz canja em indo-portnguCs 1782. —
«Deveis livrar as [folhas de ba-
se aplica por analogia às papas de naneira] que tiverdes, d'esses grandes de-
cotes, que muitas vezes soíFrem da genti-
outras substâncias. Y. Contribuições.
lidade que as busca para pratos em que
coma, como a arequeira, ainda os christãos
para n'ella comer e beber sua canja». —
i «Este termo indiauo, que em todo o Fr. Clemente da Ressurreição, Tratado, ii,
Portugal se difundiu para designar o caldo p. 346.
de arroz, principalmente com galinha e 1829. —
«Alguns comtudo conservam o
presunto, mas que também se emprega primitivo habito de beberem canja feita
quando outra carne se utiliza. .».— Gon- . de arroz». —
Cottineau de Kloguen, Bos-
çalves Vian?., Apostilas. quejo Histórico de Goa, p. 162.
2 «They have. a great smooth Stone
. .
1812. —
«O sustento usual dos nativos é,
on which they beat their Cloths till clean; logo pela manhã, canja (agoa de arroz
and if for Family use, starch them with cozido sem sal), com peixe miúdo, e manga
Congee». —
Fryer, East India, ii, p, 122. salgada, a que chamam toca boca, e lhes
CA N.I A 207 CANUDO
'

hítvo r».initÍ!.u fi\ífir» de sfm!>'haiito be-

tcr:ij)' utic.i uí:, cm raruí


tivo cl«> i>oonon>ia, que nio

/its.

'«/.
'I" índio »• «^ í"'

i d'uma
i •;i1 III"

r« ^<j« Martt, p. 12íj.


( .
7" Mrtxime quidein oryza gaii-
qua tisanam confi-

.

mortales ex hordfu».
1'iiiiiii-. Sulurulm Historia, xviii, 13.
\:yl^ <T nil In fjual a)iIicaiulo se
i:i con Canja

ArTf.'. ', (lei-
ras,
A . da
Luata, 1 racLado, p. j^.
1631 —
«... in vino ann adusto, vel
C<: "'Me vocari alibi
a Nafvrnfig,
p. r.'.
1668.
LA.NLAi 208 CAPÃO

uma ponta, e metidos na boca, pela parte comnie des Personnes profanes». — P. de
que estão acezos [? talvez «iião estão Charlevoix, Ilistoire du Japan, i, p. 176.
acezos»j estilo chupando o fumo, repri-
mindo o fôlego quanto podem, para que o « CANVO (chin, kan-vu). Patente
fumo tenha tempo para andar visitando, de fornecimento de provisões a um
consolando, e amezinhando todas as partes funcionário durante o trajecto na
interiores». —
P. Gaspar Afonso, Hist.
China.
Tragico-maritima, v, p. 54. V. tabaco.
lbJ3. —
oA Ronda do Tabaco de folhas 1729. — «Quando
partir o Embaixador
consiste no monopólio, o privilegio exclu- Me-te-ló mandado
a pagar tributo leverá
sivo de só 08 Rendeiros do Tabaco ou Con- comsigo carta, e as cousas que traz, e en-
tractador desta Renda poder vender ao tão se lhe dará Kamho (be huma patente
publico por grosso, ou por meudo, inclu- ou passaporte) para por todo o caminho ter
zive os canudos e cherutos». —
Collecção o que lhe for necessário». —
Apud 3\í\\o
de Bandos, iy*[). 136. Biker, Collecção de Tratados, vi, p. 90.
18tíG. —
«Achava-se o fosso todo po-
voado de magnificas bananeiras, cujas fo- CAPACEIA. Diz o Padre Fernão
lhas são consideradas de primeira quali- de Queiroz, falando da Africa Orien-
dade para embrulhar o tabaco, em forma
tal, que é o nome da semente de al-
de canudos ou viris —
espécie de cigarro
— de que geralmente se usa em Goa .
— godão. O termo não é certamente
Lopes Mendes, A Índia Portugueza, i, africano, o nenhuma língua da índia,
p. 2'Ò2.
— que 6u saiba, o conhece. Em
concani,
1898. «Canudo, cigarro de tabaco
marata, singalês, kãpús é «algodão»,
indiano, feito sobre uma folha de bananeira
ou d'outra arvore, em forma de canudo». — do sânsc. kãrpãsa; e kãpãsã-hi, que
D. G. Dalgado, Flora, p. xvii. parece ser o étimo, quere dizer em
1912. —
«As folhas de Apta são o pro- concani «semente de algodão». Dá-se
ducto commercial de grande valor. Servem
para obrar cigarros indianos ou biddis (ca-
na índia a semente às vacas e ca-
nudos) de tabaco de lialagate que fu- bras coaio alimento lactígeno.

mam os Índios». Caetano Gracias, Flora 1687. —
«Nace [o algodão] de hus ar-
Sagrada, p. 43.
bustos, que ao modo de uinhas semeâo,
1917. —
«Proibe vender às crianças até
cultiuão, e podão; sem mais trabalho, que
a idade de 16 aunos canudos cigarros e
outras cousas desta espécie ou tabaco». — tirar lhes a semente, ou capacea, que por
ser quente dão ao gado em tempo frio». —
Heraldo, de 16 de Maio. Conquista de Ceylão, p. 320.

# CANUXI (jap. kannushi). Sacer- # CAPANEQUE. Gabão oriental. Do


dote do xintoismo, (q. v.), religião persa kapanek, que, conforme Devic,
nacional dos japoneses. Muitos dos pode bem ser drf origem europeia.
nossos escritores abrangem tais sa- — «Viuem de vender tudo e isto
1565.
cerdotes sob a denominação de bon- capaneques (que são como roupoens
zos. grandes». — Itinerário de Mestre Afionso,
in Annaes Marítimos (1884), p. 227.
1584. — «Acertarão de a hua va-
ir ter oE com capaneques (que são como
rela de hum Cami, donde lhe sahião os roupoens de laani)». —
Id., p. 410.
Canuxis, que são húa certa maneira de 1610. —
«Los Katandares, que son
Bonzos casados, que servem aos camis, los Mahometauos. ahorranse mejor vis-
.

e ordinariamente grandes feiticeiros». — tiendose de Capanecas o feltros, pieles


P. Luís Fróis, Cartas de Japão, ii, fl. 102. de Carneros, Caperuzones de lo mismo,
1584. —
<Ha nesta cidade hus certos medias y eapatos o alpergatas». —
Pedro
Bonzos leigos, casados com cabello, e barba, Teixeira, Relaciones, p. 103.
barrete, vestidos de amarello, a que cha-
mão, Canoxis». —
P. Lourenço Mexia, CAPÃO, caxào. Não se sabe qual
*
ibid., fl. 125. das duas formas é mais correcta,
1902. —
«Mas imaginem agora que n'um nem se pode bem precisar o sentido
paiz qualquer da Europa, no nosso por
da palavra. Depreende- se porem que
exemplo, faziam a sua entrada triumphal
08 bonzos buddhistas, ou os kanushi, de deve ser «casa de pesagem nas al-
Shinto, e começavam a querer catechisar as fândegas de Ormuz, Mascate e ou-
massas». —
Venceslau de Morais, Cartas tras partes, (fomo as havia no Mala-
do Japão, I, p. 35.
— «Tous bar («casas de peso») para posar
. 17.Õ4. les ministres du Sinto,
qui sont connus sous les nome de Neges, de especialmente a pimenta, Parece-me
Áiinsios et de Canusis, sont regardez que o vocábulo provêm do persa, que
CAPIM í>()9 CAQUESSEVTAO

>m vazn, auzan, «poso»; hani' pi. cani), que se usam para forragem o
jS'j rante», que podia '
lume.
C' caxâo ; pãtiang, IIKH — «Denomina palha de arrox e
íii/r pêsot. quo podia influir em oapim — O Oriente Portuguet^
(feno)». i,

cavCio. Sào meras conject"»-'". na p. yo.


1909. — «Nas Ilhas era feito o paga-
fidta de melhor.
mento com molhos de palha de arrox e
— «A
nianteipi se verule por mãos
t. de oapim».— Amâncio Óracias, jiS«ò«míím,
Tinuí]. e vem »-rn huas Jarras de . p. i;{7.
eouru grauaes, dulmcu (q. v.) e pesa-se no 1911. —
nO sr. Barreto prcconisou o em-
oapfto '. r];ii> li)> n peso da cidade, junta- prego do oapIm para a alimentação do
\i\< a». — António Nuues, Z<y- gado, durante a época secca, o que se
tr 23. obtém simplesmente á custa da despesa de
IJ)-.'. l..>i seja juiz do mandovim, e corte ou ceifa». —
J. E. Castel Branco,
caxAo, >• '-<i '('/'/ do dito Mascate e rendi- Boi. S. G. L., XXIX, p. 373.
im "
- »» guardas delia
6» lie, e nos despa-
• CAQDEMONO (jap. kakemono).
cl ;ii < caxão de todas Pintura japonesa, que se suspende
a- i sortf qiuí jia^iarein nas paredes a modo de mapas.
d: salda, assistirá o
e
f» :de». —
Ârchivo Port.- 1897. —
«Longas tiras de seda ou de
papel, por onde correu o pincel imaginoso,
tiras assentes em tecidos deslumbrantes,
CAPIAR (malaiala kappiyãra). Sa- debruados de setim; e todo coUado depois
a uma folha de papel resistente, termi-
ri da igreja dos cristãos de
stao
nando por ligeiros rolos de madeira, com
:>, Tomé no Malabar, os quais se- os topos por vezes de charão ou de mar-
guem o rito siriaco. fim. Não ha lar, luxuoso ou humilde, que
não guarde, enrolados e cuidados, alguns
<iNio era benta [a água] por kakemonos, que se desenrolam em pen-
> . com oração alguma da dão, ao longo das paredes». Venceslau —
L o Capiar, ou Sanchris- de Slorais, Dai-Nippon, p. 66.
t"
'
'• barro, que 1908. —
«A leste os montes arborescen-
.1 a S. Tho-
tes de Tatu-áhi, que no extremo oriental
»i. 1 -itiin'-". — Síuodo do porto de Dilli teem um relevo de mon-
d. '•o, IV, p. 4K9. tanhas de Kakemono, ou de antigas por-
'
f-smoUas das
'.-
celanas japonesas». —
Alberto O. de Cas-
jue parecer tro, Flores de Coral, p. 217.
a . òapiar, ou ou- 1894. — «The reception-rooms which
tr i cuidado de alimpar are beautifully decorated with kakemo-
o- .
p. 478. nos». —
< obbold, Jieligion in Japan, p. 72.

CAPIOI (turco qápiji). Guarda- CAQDESSEYTÃO. Fernão Mendes


- portão, porteiro, na Turquia. Pinto, narrando a sua Wagem para
If.OI. -_,\V1,. re now set upon o país dos Batas em Samatra, des-
oiir (l>'parture, f to Pt-isha fifteen creve minuciosamente um maravi-
oapgU from •, who are lhoso animal, nomeado pelos natu-
jftt*»-\'ard« <> «.". — I'cdru
rais caquesêeitào, que não encontrei

Capigl, cioè Por- em nenhum dicionário. Gonçalves


ticn, alia. ^ Ptetro della Valle, Viana (Apostilan) observa com muita
Viapfn, I, I razào que «difícil d«> idcntiticar ò o
' 7i'> —nil
U' iiva un Capigl qui I'y
animal a que Fernílu Mendes Piuto
avec I'ordre du (iraiufSeigiii-ur
'it,

ue lui euvoier aa tète» 'I'averuier, Voj/a-


— clíama bicho de voo, no que o com-
gt», t, p. 16. para ao morcego. Como descriçAo
. .

leva a palma ás de Cuvier ; assim


CAPIBS. Êsttí voí^ibulo brasileiro,
ela 8t*ja verdadeira!».
'
na Atrica, designa na 'o
O vocábulo tom visos <ie composto,
iiineas AnthiHiria ci-
sendo o primeiro elemonto caque-,
aUi 0^1. ti/inbaria {karad om coo-
onomatopaico, que signiticaria «ca>
carejar, grasnar, gargalhar», do mal.
* «Pmo d'Ormuz, ou caM onde m po-
kakak uu kekek. (Cf. hikaktua, oa
ftava». Felucr. kiki'tuOf tcacataat). Quanto à &«•
li
CAUABA 210 CARABE

gunda parte, há mais (iiticuldade lui cone. kurbã <


persa qarãba, talvez
averiguação. So ó tíetan, «Satan», do ár. (jarbah, «vasilha de água».
ou demónio, a locução diria literal- Carhoy em indo-inglês.
monto ademónio gargalhanto», e po- 1727. — «Carabâ. He palavra Persia-
deria talvoz designar figuradamente na, que significa garrafa, ou redoma, mas
algum animal fabuloso ou horrendo. os Portugueze.s na índia a todas chamão
Mas o malaio tom igualmente sintar, Carabêsu. — Bluteau, Supplemento.

«uma espécie de coderniz listrada de


1914. —
«... e particularmente reco-
lhida [a água] por vários curiosos em car-
peito azul (blue-broasted banded rail) bás (grandes vasilhas de vidro) para usa-
— hypotaenidia striata^. Nem de rem no decurso do anno, por quanto não

longe, porém, lhe quadra a descri- fica inquinada de qualquer micróbio».
O Ultramar, de 27 de Agosto.
ção do autor. V. banaza, outro ani- 1712. — «Vasa vitrca, alia sunt majora,
mal singular descrito polo mesmo ampullacea et cii'cumducto scirpo tuuicata,
escritor. quae vocant Karabà- Venit Karaba
. •

una apud vitriarios duobus mamudi, raro


1539. «Vimos aqui também húa muyto carius». — Kaempfer, in Glossary.
nova maueira, e estranha fe^-cão de bichos, 1754. — «I delivered
a present to the
a que os uaturaes chamSo Caquessey- Governor, consisting of oranges and le-
tao, do tamanho de hum grande pato mons, with several sorts of dried fruits
muyto pretos, conchados pelas costas, com and six karboys of Isfahan wine».
hãa ordem de espinhos pelo íio do lombo Hanway, ibidem.
do comjirimeuto de hua peuna de escrever,
e com azas. da feyçao das do morcego, com CARABANS (m. pi.). É registado
pescoço de cabra, e hua unha a mudo de o vocábulo em um dicionário com o
esporão de galo na testa, com rabo muyto
significado«espécie de cravos, en-
:
comprido, pintado de verde e preto, como
são os lagartos desta terra. Estes bichos gastados de rubis e pérolas, com
de voo, a modo de salto, cação os bugios, que as bailadeiras indianas enfeitara
e bichos por cima das arvores, das quaes as orelhas». Emprega-o Tomás Ri-
se mantém». —Peregrinação, cap. 14.
beiro nas Jornadas (ii, p. 104), que,
* CAQUI. «É O nome de uma fa- falando das bailadeiras, descreve os
zenda de algodão côr de barro, que seus enfeites, mas não pretende que
actualmente se usa muito em farda- estes sejam exclusivos delas «... ou- :

mentos das tropas que vão fazer ser- tras com carabans ou cravos engas-
viços em Africa». Gonçalves Viana, tados de rubis e pérolas, outras com
Apostilas. Do ingl. kha/ci e hindust. pingentes de ouro e caducasn.
khãki, «barrento», persa< khãk, A dição portuguesa cravo, neste
«barro». O processo de dar à fazen- sentido, penetrou em várias línguas
da a referida côr foi inventado no indianas e malaias (vid. Influência),
século passado por um químico suíço, assumindo em concani a forma ka-
que estava na índia Inglesa, à soli- rab, que, por ser masculino, é in-
citação das autoridades militares, variável no nominativo singular e
com o intuito de tornar o soldado plural. A
forma karãbãm só se ex-
menos visível de distância. Reconhe- plicaria pela suposição de ser a pa-
cida a sua vantagem, generalizaram lavra do género neutro. E assim 9,
os ingleses o seu uso nas guerras. consideram os hindus das Novas
Conquistas. Na mesma forma figura
1902. — «E trunfa branca, ca-
alto, traz
saco de kaki complatina e pudvém bran- o vocábulo em um ditado concani:
co».—O Século, de 1 de Abril, citado por Kãn' kkãtãt tira karãbãm kityãk zãyí
Gonçalves Viana. = porque se querem os cravos que
1012. — «A translation of the Persian
correm as orelhas? Os termos ver-
khãkl (khãk, «ashes, dust») applied to as-
cetics who smear their bodies with such náculos mais usuais entre os gen-
substances». —Crooke, em Fryer, ii, p. 38. tios para designar as jóias das ore-
lhas são kãp e karnaphul.
CARABA, carbá (s. m.). Usa-se
6ste vocábulo na India Portuguesa GARABÉ (ar. kahrabã < persa kah-
como sinónimo de «garrafão». Do -rubã). E o mesmo que âmbar ama-
CARAJÁ 911 CARAMBOLA

reio. i.nu't' «utiv.i «• irancès carabé ri — " "•- - -'hoças, e outras tantas
s Carajás e Certi-
do port, caraba.

iiv. .(..v Mi:,,--. ,„^
:,, passam*. Diogo do
1563. —
«E em repreiíder aos que dizem Couto, Dial. do Soldado Pratico, p. l8.
4ue [o lacrej é oarabé, >>• '" '•-' Av;,...na;
mas errou em dizer que .i- t
CARAMBOLA. Fruto do CARAMBO-
des di> carohf» diii' \^x. le
Averrhoa carambola, Liou.
LEIRA,
oarabe, e
lacre a;
'
'
. ta,
Itido-ingl.carambola, indo-fr. caram-
Col. XXIX. — «U carabe-. é uma subs- bole, carambolier. Come-se o fruto
tanoia absolutamente distincta, o bem co- cru, om achar ou em geleia. Do
. ou âmbar amardlo». — concani-mar. karambal ou karmal
iO.
Persiana, vai o ívra <8ân8C. karmaranga.
Deu-se ao Alaqi-
bru e»tc iiouie, ]K>ique attrahe a si as pa-
ilha.
1563. — «Antónia traz dessa arvore al-

Rluteau. — guma carambola, que asai se diz em


lhas».
malavar-, e ficou nos em uso os nomes ma-
1578. —
«Avicfiia haze su calidad se-
lavares, por ser a primeira terra que co-
mejante ai Carabe, Ilamado en Espaiia
Alamlir insanos». — nhecemos». —
Garcia da Orta, Col. xii.
Cris-
1600. —
«Ha ua China tanta abundân-
tóvão
1610. — Minuien de Arabia à
p. 117.
cia, cómodas mane;a8, carambolas». —
P.Joio Lucena, Historia, x, cap. 18.
te, por el mar Roxo,

'
la índia y
1609. oDiversas castas de fructas,
aqnella (íouii jw m.^iuios Ambre j los me-
como s3o mangas, iaquaa [jacas], caram-
dicn.s Karabe». — Pedro Teixeira, Eela- —Fr. João dos Santos, £í A iopta
bolas».
cinnts, p. 1-46.
16y5. — aCarabah, TAmbre jaune, que
Oriental, 270.ii,

1650. — «Venderam
p.
um fardo de arros
les Árabes appellent dumot Persien
ainsi,
redondo por quatorze cruzados e uma
Kah líubíih, qui signifie ce qui dérobe ou
eii-l.v.- li naille. L'est d'oii vient le nom
maina de carambolas por seis e meio».
d )Ó, qui les Chemistes et les
— Bernardo Feio, Uitt. Tragico-maritima,
I liii riniiiu-nt». — Herbelot, £i-
X, p. 154.
1679. — «... se hia pôr nu, e despido a
buma arvore que chamão caramboleira,
iit uoiir I'Asie de la
que de continuo está cheia de innumera-
;. et du Ca-

'd coliers, et
veis formigoens ruivos». Fr. Jacinto de —
li icls». — Kavual, Hittoire, i,
Deus, Vergel, p. -133.
1712. —
«Carambola. O fruto he
V compridinbo, cortado em quatro partes com
«CARABÚ is. in. . Termo de Bo- huma covinha em cada huma delias; a se-
mente he miúda, e tem hum azedinho,
tânica. Nome do uma bella arvore muito agradável ao gosto. Este fruto co-
(ia Ilidia». Se é o Domingos Vieira. zido em açúcar serve de doce e de medi-
o que o malaiabi karambu^ re- camento». —
Bluteau, Suplemento.
- PI ,.(1,, é Q nome da
- 1782. —
«Vê-se outra com o nome de
i-
caramboleira, a qual produz uns fru-
O- i*'n parviflorn ; e, I't'i. a cachos de cõr de laranja quando
Dehto ca" ri>s; estes servem para o mesmo que

plAnta. «1 i.io e o bilimhim quando vrrdra o sa-

zuiiaclus para doce, de que t~ tite


•istit íluxum dyseotoricum». —
cuidam na China, e lhe dSo <

.
.ir. ao. Fr. Clemente da Bessurreiçio, Tratado,
II, p. 339.
CARAJÁ. Uedu/. .>. ..«j v,7iii.xto 1846. — «Carambolas, Abutans, Dar
i aboiiaçflo que ó «atestaçílo de nl- ou Zarambo». —
F N. Xavier, O Gabinett
i» •. Presumo Litterario, i, p. 249.
kãraj (pAnsc. !.
1873. —
*0 íructo é pentagonal formando
anguloH rciutraiit)-<i, ({ue lhe dào o feitio de
kãrya, de kr, núi/er' >, «negócio, ama carambola, doiuie tirii <> nome.
^ito, trabalho». <* ' • - '
ru amarello de oo-
i [asoej qae o de
inil — «Qiiiii'lii M n'-iT'tflu v«-rii a Driííir .. i..- . .ii '
— -^.. de agos
tu o Hor(' iiadarot
i m .'....urdo ds
do<-e!>u
< iual </'» AgriaUtm-, u, p 214.
• A neapiT.i. A carambola, o

i obserra que é «pala- .1


.. — A. I 'de
ra d" lucerta*. .^ . iu liol. i>.
CARAMUÇALE 212 CAKAl'LCll

1578. —
«El fructo llamado de los Por- veudouo per se medesime il tutto, prima
tugueses Carambola : y de los Decanins
j

di partire». —
Fr. Vincenzo Maria, Viag-
y Cauarins, Canária, de los "Malavos Jio- gio, p. 44.
lirnba: de los Malabares Carambolas (a
quien tambieu llatnau los Canarins Cara- CARANDA. FructodoCARANDEIRA,
belt. .) es fructo de vn arbol dei tamaílo
. Carissa carandas, Linn. Come-se o
de vu inambrillero». —
Cristóvão da Cogta, fruto cru ou em conservas de açú-
Tractado, p. 251
1589. —
«11 âe trouve es Indes une au-
car ou de vinagre. Do cone. karand
tre espece de fruict qu'ils uomment Ca- (mar. karvond) <
sânsc. karamardda.
rambolas, ayant huict angles, de la O malaiala tem kuranda e o malaio
grosseur d'uue petite pomnie, de goust karandang.
aigre comme les prunes vertes. On en fait
de la conserve". —
Linschoten, Histoire, 1563. —
«Chamamse carandas ha as
p. 98. na terra firme e no Balaguate sâo arvores
— «Pour
:

1652. ce qui est des autres do tamanho de medronheiro, e a folha assi,


fruits des Indes Orientales, comme le Gian- e a frol he muita e cheira madresilvau. —
ganie, le Giambelame, le Carambole, Garcia da Orta, Col. xiii.
ils ne meritent pas q,ue ie m'arrete icy à 1782. —
«Adquiriria mais bondade se
les dcscrire». —
Itelatioii de la Chine, p. 23. n'ella se empregassem mais os olhos, como
1658. —
aQuaei tutte le conditioui, che também no Carandá tão desprezível no
sopra descrisci uella pianta del Bilimbino, paiz apezar do seu gosto e eminente qua-
potrei qui trascriuere per notitia di quella lidade anti-escorbutica e refrigerante», —
della Carambola, essendo la pianta non Fr. Clemente da Eessurreiçâo, Tratado, n,
solo nell' appareuzH similissima, ma ancora p. 336.
uella maggior parte dell' altre qualità la 1846. — «Babolans, Carandans, Bel-

medesima». Fr.Vinceiizo Maria, Viaggio, çaus». —F. N. Xavier, O Gabinete Litte-
p. 377. rario, i, p 248.
1908, —
«Of the Carambola, leaves, 1872. —«Se se entremear nas caran-
roots and fruits, having antiscorbutic pro- deiras o grão maluco (purgueira), que
perties, are used as cooling medicines. medra em toda a parte, a sebe seria mais
The fruits ripen about January, and when compacta». —
Bernardo da Costa, Manual
stewed are very palatable». Watt, Tke — do Agricultor, i, p. 171.
Commercial Products, p. 98. 1906. — —
«Caranda ... No principio
das calmas fica em flores, que exhalam um
* CARAMUÇALE (turco qaramusal). perfume suave de jasmim, e têm a appa-
Antiga embarcação turco-persiaua, rencia das folhas do jasmineiro bravo. O
pequeno fructo faz lembrar, em compota,
semelhante à caravela ou galeaça.
o doce de ginja. Todas ae sebes e azinha-
1565. —
«Dez oaramuçales, que são gas de Goa se infloram nas calmas de ca-
como galeaças grossas». Itinerário de — randas e de ixoras {pircuãs, em conca-

Mestre Affouso, in Annaes Marítimos nim), estas de flores muito vermelhas».
(1845), p. 90.
Alberto O. de Castro, A Cinza dos Myrtos,
1582. —
«I uascelli di Bals^a per Or- p. 174.
— «La
mus sono nel fundo di essi incuruij e con- 16f58. Charandera non è
caui, e senza alcuna coperta si restringono pianta domestica, mà agreste, che non
nella poppa e prora indiferentemente come ama altro suolo, che il duro montuoso, &
mangiamari larghi, mà poço piú sottili di in culto». —
Fr. Vincenzo Maria, Viaggio,
quclli di Caramusali».— G. Balbi, Viag- p. 383.
gio, fl. 38 V.
1604. — «For, besides the Venetians, * CARÃO. Esponja coralina em Ti-
French and English, who come regularly, mor. Do mal. karang.
there use it many caramusales, which
are vessels very like our Portuguese cara- 1843. —
o A cal é aqui um objecto indis-
vels. They come here from Egypt, Ale- pensável, e se obtém pela calcinação de
xandria, Tripol, Cypro, Cândia, Constan- umas petriíicaçõ( 8 marinhas e ramosas
tinople, and many other ports, with mer- com afigura de esponja (coral branco), a
chandize and provisions».. Pedro Tei- — que chamam carão, e que se acha em
xeira, The Travels, p. 132. grande quantidade nas praias de toda a
1615. —
"Haueuamo acchiappato quel Ilha». —
Annaes Maritimos (parte official),
deciotto di Coramuçaii; che furon presi p. 138.
dalle Galee di Sicília, e da quelle di Malta,
e di Fiorenza». —
Pietro della Valle, Viag- # CARAPUCH. Atesta Duarte Bar-
gi, I, p. 216.
1670. —
«Li Caramuschiail, ed altre
bosa que assim chamam os índios às
Naue picciole, che d'ogni banda in gran espinelas ; mas o étimo sing, kareppu
oumero coucorrono alle Città marittime, indica que a forma correcta do vo-
CARAVANA 313 CARAVANÇARÁ
cabalo no singular deve ser carapo scripserint, via biennio Caravana obire
(ou carépu), pi. cnrapos. posse». —
Dt Império M " ' - '

1676. —
«Les Carav
I'l''" • II:i .'iifru f-incrit? de Rubis, :i (If i^rands convois comp...,. .u .. .,..,... v. i,..c
> e Oã Iu<: hands*. — Tavernier, Voyages, ul,
C mesmo iii'

'i
1» de Pegu, e
> ii torra». — CARAVANÇARÁ (8. m.). Estalagem
Livro {2.' ed.;, p. 'ò~ti^.
para as caravanas. Do persa kar-
CARAVANA (persa kaiwui. *. arila vãn-garãi, de karvãn, e sarai, testa-
ou comboio de
q. V.) vi{fjant»»s on lagcm». Silo vastos edifícios cons-
mercadores *. truídos pelo governo ou por pessoas
1445, — "Serve de escíila parn {.'u-.nriu piedosas para benefício de viajantes
a« caravanas, qu<> vem de Tambuto e e mercadores. Na índia chamam-se
<,iif',,.i !ii ',.-... — Luís de Ca-
i . \"...r..^„
daramesalá (q. v.). Caravansarai se-
eira, caj). 9.
ria forma mais correcta, mas não a
caravana que i

;o ^aairo [UairoJ em rromarya a Me- vejo empregada pelos nossos iadia-


— In Cartas de A. de Albuquerque, nistas.
III, p 369.
— «Ha duas castas de Carava-
1727. 1529. — «A estas casas chamâo em lin-
Caravana ptre^Minos que v5oa gua Persiana Carvançaras, que quer
ii>

• Caravana A'- M'-u-adores. A dizer pousadas de (afilas e Estrangeiros. . .

Caravana ^ M. • heamodode Estas casas costumão fazer os Mouros ri-


i i i -

},,,,,, ._,,, ,,,(,. .


., i, ,. .. ., ,,,^ ,^p muitos cos p«»r suas almas, como antre nós bospi-
i: p biga- taes para se recolherem nellas os cami-
r _'urança nhantes, e gentes que vão em cáfilas». —
'•
;n-í>e dos la- António Tenreiro, Itinerário, cap. 2.
<; au, SuppU- 1565. — «Tem muitas caruamsaras
que são casas de grandes fabricas feitas
1885. — qAs necessidades de defeza de cantaria em que se alojão passageiros
(•
talvez as relações de paren-
f e mercadores estrangeiros». Itinerário —
t as famílias que formavam cada do .Mestre Aífouso, in Annaes Marítimos
"
caravana, ai ão (1844), p. 257.
em i|iu' tod'ts i
- e 1609. —
«Junto delias estão quatro ca-
f^-
' '^la ii"\,i 'iirit'irii t'lic taua". — \
sas,chamadas em sua lingua Carbança-
1 uimar3»'3, As Commuuidades In-
' rás, tam grandes como mosteiros, em que
aposenta todo o forasteiro de qualquer na-
158y. —
«Tous les ans 11 y a deux trou- ção, ou estado que seja». Fr. tiaspar de —
pes gui font le ohemin de terre. Ou les S. Bernardino, Itinerário da Imii.i 156. ..

appelle CajffiUs ou Caravanea>. — Lin- 1663. — «Xada menoa su os


«•liutíTi Hint' Ir- ti 15. dous caravançarás ^quor ila- .

g'11-i jiublica-si que tem Surrate, feitos a


i<> una carauana
. ' ].i cou >ii;iligi()rn«) iij ! ili- !.i litros,
1
com muitas casas de
hauer amazzato tr<- detta ca- ii banda». — V. Mauuel Go-
rauana». — CJ. I5;i; ,,/ 2 »• p. 30.
I6I5. —
fl

uo da tutte loro na-


',

lítiA — «Ilic diverti in diversorium pu-


mi tinti i v\\p la Carauana blicum, Caravaaarai Turcae
vocant. .
1. e ses- vastum est aedificium.
cujus tuedio . . in
Valle, patet area ponendia sarcinis et camelis».

i

In,.//, 1, j>. "JJh. Busbequius, in Glostary.


iV,j7. — «A a convoy of Caravan \^ 1604 —
«Y |»odra se ver per las casas
aoldiers for the •iafoty <>f merchant<« that de ni' iene en m ias,
travell in the Kast V'ountreys». Miu- — que > (jue alia I _ ar-
•hew, in Glossary. uançara» — i* Juaii de I'rrsia, ifela'
1631 —
«INirm Magni Mogolis impe- CIKIirx, \\ 5.
'iiun longe amplissimuni est, ita utquidam 1616. — «II y a '
nt dans lea
fraudes Villea, et <!' eu distance
ans la oainpagne «I, ^r..iiu. .» maisons ou
do chi preto e verde que nós Caravannes saras, |K>ur le recevoira.
> h.'i aiiui.i o cliiiinailo rinraa — Ti-rry, \ "t/ntje, p. 11*

la 162S. —
retiramo in vua delle case,
«<"i
lu- che Htanno dentro alia ini.tiui .l.f «hin- i

^'^
-u ossim dn per- man.. Trizi Caruans.i' C ar-
i'l liar». — Joaquim uansaral <b'l Sarto...- m*..
Crespo, i\'U4as da, ChinOj p, IbO Viagffi, Ul, p. 72
GARBAGE 214 CARCAPULI

1631. — «Singulis quinque aut sex cosia sas miúdas. Neste caso, o étimo de
Sarayum occurrit, à Rege, aut aliquo
carbagé 6 o persa kajãva.
nobilium conditum, in quo iter agentes cu-
biculum et stabulum sortiuntur». De — 1529. — «Passados alguns dias em que
Império Magni Mogolis, p. 60. se mudavao arrayal de huma parte para
1660. — «Carauanserai. Luoghi co- outra para se aproveitarem das ervas, e
me Claustri per i Passaggieri». Mgr. Se- pastos que ha por estes campos muytos, e
bastiani, Seconda Spedizione, p. 148. muy bons, e quando se delle mudavâo, as-
1666. —
«... seraient devenues dix ou sas bem rasos e trilhados dos seus cavallos,
douze miaérables karavanserrahs, e assim também camelos, de seus Garba-
c'est-a-dire assez souvent de grandes gran- ges, chegámos junto de humas serras». —
ges relevées et pavées tout autour comine Cap. 18.
notre PontNeuf, oil les centaines d'hoin- 1876. —
«Ces Cajavas sont comme des
mes se trouvent pêle-mêle avec leurs clie- cages convertes eu demi rond de toile ci-
vaux, leurs mules et leurs chameaux». — rée, et pour les Dames de belle écarlate...
Bernier, Voyages, /, p. 327, On met deux Cajavas de côtó, et d'autre
1674. —
«They have Three other pla- du chameau, dans chacun desqueis un
ces for Strangers called Caravan Se- homme est assez commodement assis, et
rawes, or Inns, intended by Donors quaud il n'y a lieu que de mettre un Ca-
fratis, but since perverted, and let out to iava, on donne au chameau une bale de
oreigners» (em Surrate). —
Fryer, East 1'autre côtépour faire le contrepoids». —
India, I, p. 150. Tavernier, Voyages, i, p. 197,
1676. —
«Les Caravanseras sont les 1902. —
«Teixeira throughout calls the
hôtelleries des Levantins, bien différentes panniers, in Spanish, cunas, literally
dea nôtres, et qui n'en ont ni les commodi- «cradles» The Anglo-Indian reader will
tés ni la propriété». —
Tavernier, Voya-
. . .

recognise them as kajávas». D. Fer- —


get, I, p. 144. guson, era Teixeira, p. 73.
«... qui tire son origine du mot Serrai,
qui signifie Hotel en langue Persane». CARBAR (hindust. -mar. -cone, kãr-
Id.y V, p. 53. bhãr). Escritório, secretaria, conse-
1719. —
«On y [em Benares] voit de lho para tratar de negócios.
três beaux Caravanseras (bailment
destine à logar les Voyageurs)». —
Lettres 1814. — «Sendo todos juntos no pagode
Édifiantes, xv, p. 55. Vitobá em Sanquelim
junto á sua princi-
1778. —
«Le soldat y est represente pal residência, perante o Coronel Comman-
comme un gardien, un protecteur le Chef,
; dante daquellas provincias com os Bo- . . .

quel qu'il soit, comme le maitre d'une hô- tos, e Bragmanes, que compõe o seu
tellerie, d'un grand Caravanserai, le- carbar, reconheceram por Selfhor, admi-
quel doit fournir aux passagers tout ce qui nistrador, e herdeiro do Sardessaiado a
est nécessaire à la vie, et ne gagner que Zaibá Rane». —
Apud Júlio Biker, Collec-
pour des frais de Tétablissemeut et les pro- ção de Tratados, xi, p. 290.
visions». — Anquetil Duperron, Legislation
CARCAPULI (bot.). É o mesmo que
Orientale, p. 276.
1880. — «The name [Serat] is Turkish, hrindoeiro, mas de origem malabá-
and means a palace. We are all familiar malaiala kodukka-puli. Diogo
rica,
with the derivatives Caravanserai and do Couto chama-lhe carcapuleira e
Seraglio». —
Howorth, History of the Mon-
Barthema corcopal. Indo-ingl. corco-
gols, II, p. 97.
pali.
GARBAGE. Domingos Vieira inclui — «E
1614. fazendo seu caminho tanto
o vocábulo no seu dicionário, cita avante comohuma arvore que chamão
um passo do Itinerário de António Carcapuleira, encontrarão com todo
Tenreiro, e declara que é «palavra de o poder de RajuM. — Diogo do Couto,
Com Déc. VIII, I, 3.
significação incerta». efeito, nâo — «Carcapuli
1578. es arbol grande,
é fácil do discernir o sentido exacto alto,y grueso su fructo es dei grander y

:

em que o autor a emprega; parece- parecer de vna Naranja sin cascara».


me porém que quere designar a ar- Cristóvão da Costa, Tratado, p. 357.
mação ou recoveira de camelos em 1658. —
oLa pianta di Carcapoli è sin-
golare dei Malabar, doue uelle campagne
forma de dois leitos ou «berços», inculte, e deserte, nasce frequente, sen-
como lhe chama Pedro Teixeira e z'altra cultura». —
Fr. Vincenzo Maria,
conforme descreve o mestre Afonso Viaggio, p. 382.
no seu Itinerário (publicado nos An- 1913. —
«The Carcapuli as mention-
ed by the xvi and xvii century writers is
naea Marítimos), nos quais vão sen- the Gorka of the Sinhalese». P. E. Pie- —
tadas duas pessoas ou metidas cou- ris, Ceylon, x, p. 516.
CARDAMOMO 215 CARDKIRA

• CARCUNO (s. 111.). Secretário, 1685. — «Ha muita quantidade de car-


•", feitor. Do mar. damomo no Reino de Cândia, e sâa tão
avantajados na grandeza, que seis de Ca-
:lrkun. nanor não fazem hum da Cândia-». João —
Ribeiro, Fatalidade Histórica, i, p. 6.
1 791. — «Chegou a esta Corte Bagi (Jus-
Ití87. —
«Em todas as superiores, a es-
tam, Carouno
da Repartição da artilha- tas Agras, em circuito de três, e quatro
ria, com duas cartas do Duininante de Per- legoas, ha muito cardamomo de extra-
nem». —
Apud Júlio Biker, Collecção de ordinária grandeza, porque cada bago dele
Tratados, ISl.
it, p.
he de meyo dedo; mas como lhe falta a
1818. — «Eu
Vencopá Sudecar, Car- cultura de Cananor; se não é propriedade
ouno do honrado Essavante Ran, Sar do clima, e por causa da muita chuua, tem
Degtay de Canapur, o escrevi». Id., xii, — pouca uirtudeu. —
P. Fernão de Queiroz,
p. 5. Conquista de Ceylão, p. 33.
«JA a [verdade] conhece o honrado 5m- L-. 70. —
o Simile his et nomine et frutice
Ixdar de Griem, e todos quantos Carcu- cardamomum, semine oblongo. Metitur
nos nqui tem vindo com cartas do Feli-
— Ihid., p. 210. eodem modo et in Arabia». Plinius, Na- —
(.-;': a este respeito». Historia, xii, 2i*.
l',((jj_ —
«Logo no principio deste anuo
ttiralis
1588. —
«Hanno grau copia di pepe, di
[1737] 03 raarathas romperam com violên- cardamomo, di geugeuo, di dattoli In-
cia as hostilidades. Visagy Pant Lely, diani, di cinnamomo, e di mirabolani .

carcuna ou administrador)
i.seirttario
P. Maffei, Le Istorie, p. 70.
do Peshva, conseguiu subornar alguns in- 1590. — «Cardamomo di Barzalor
dígenas que estavão ao serviço dos portu-
— piccolo. . — G. Balbi, Viaggio,
.». fl. 54.
guezes». Isnia>'l Oracias, in O Oriente
1631. — Cardamomo excepto, quod
Portuguez, rn. blando suo calore, et naturae nostrae fa-
miliari, masticatum, nullum empyreuma
CARDAMOMO. Esta palavra greco- visceribus inurit». — Bontius, Hist. Natu-
-latina emiuoga-so ua índia para ralise p. 10.
d^pignar o fruto duma planta her- «Inter alias herbas, et Aromata, quae
bácea da família de Scitamineas — fertilisInsula Java profert, mérito inter
excellentissima Cardamomum
est nu-
Elettaria cardamomum, Maton. O merandum». —
Id., p. 126.
cardamomo é originário do Malabar ; 1658.— «Del Cardamomo, frà li Aro-
a sua variedade cardamomo maior mati il raro.
piíi nell" Índia ancora vale
. •

É uma molto, e solo serue per Signori grandi, e


habita em Ceilfto. especiaria
Portughesi, che lo masticano
per le Dame
muito usada no Oriente, por facilitar con Betelu.
il — Fr. Vincenzo Maria, Viag-
a di^estáo e fortificar o estômago. gio, p. 368.
O nome de cardamomo, porem, teni- lt}73. _
«They meed with Mount Sephir
(all along unchristened Gate) these ere
ae aplicado a outros produtos simi-
the minor Cardamoms, and the best, if
lares. Garcia da Orta dedica-lhe um not the only in the Woild».- Fryer, íToíí
dos seus Colóquios. India. 1, p. 147.
1770. —
«... un peu de mauvaise ca-
1515. — « •• e huu quyntal de carda- nelle, assez de poivre et du cardamo-
beijoym». —
.

momo, e húa faraznla de mo, sorte d'epicerie dont les Orientaux


Afonso Albuíiuerque, Cartas, vi, p. 277.
<1p
I
font uu graud usage». Raynal, Histoire, —
l.M»; - .Ví| ly [em Calecut] carrega-
uaniii t.ila a .-rte de mercadorias pêra 17y2. — «Le Cardamomo est un ot».

til. ia-- a.s parto.-^ . as quaes mercadorias ject de commerce de Malabar. ! -


.

.ran pimonta, c gengibre, c canela,


tes, vers Mah^, prenuent le uom Aiwu._ ^
riiiiyta -

cardamomo, miramulanoe, tamarinos,


de Cardamome». —
Sonnerat, Voyages, a,
(:u aí"-tula«. —
Duarte Barbosa, Licro,
p. 242.


«Eu may bem vos saberey di-
1786. «II — Cardamomo
ò un seme
aromático quasi triangolare, di sapore
,'.r qual he o que chamJo cardamomo
^So muyt<> u.sadAS
caldo e mordicante». —
Fra Paolino, Viag-
vuiyor e menor. . »'Btas
gio, p. 116.
II,. i.a.]i>ria», «a la» no.sta terra,
(..III., l.vadas ]>»'r Africa e Asia; *CARDEIRA. nome indo-por-
i:

i

nia> ««' Cardamomo lhe foy


! tuguOs de erra leiteira de espinhou
bem |"i~ , nào volo pn.sso afirmar*.
— I
<Jrta, Col. XIII. Vid. Conde de Euphorbia neriifolii, Linn. tUsa-so
I

Vi o Bucco leitoso externamente como


*" ""
l»)i_'. "Tem fCti" " '

urc, cardamomo.
car (íic)». — Diogo
tíoruardo Franciacu d<i Costa
VI, 2.
CAREAS 216 CARECA

preparon nma espécie de, gutta-per- 1685. —


«Entre a gente de guerra tam-
bém ha castas baixas os carias são pes-
:

cha». D. G. Dalgado, I'loia. cadores». —


João Ribeiro, Fatalidade His-
— «Noraes. — Nival-canti (koiik.),
1912.
tórica, I, cap. 16.
— «Aqui
[em Nigombo] carregio
cardeira (port.)». — Caetano Graciaa,
1(587.
taobem mais os Careas, ou pescadores,
Flora Sagrada, p. 100.
por serem aquelas prayas mais prouidas de
#CARDUELI. Administrador dum peyxe; ainda que não faltão nas outras
Dissâuas». —
P. Fernão de Queiroz, Con-
atolou grupo de illias Maldivas. quista de Ceylão, p. 16.
Presumo que o vocábulo se compõe 1G88. —
"Os mesmos Religiosos, de que
de dois elementos de origem diversa, falamos, bautizárão dous Careas, que
mas ambos usados em malaiala: vivem nos portos marítimos de Ceilão ; e
a mais de setenta mil». —
Fr. Jacinto de
kãrtta-vãli, do sânsc. kartã, «faze- '
Deus, Vergel, p. 14.
dor, agente», e do ár, uãri, «gover- 1697. — «Recebido o recado, passarão
nador». V. bale. logo com summo gosto todos os Paravas e
Careas de Punicale, aquelles pescadores
1346. —
«Os habitantes destas ilhas são de pérolas, estes de peyxes». P. Fran- —
todos Mosselemanos, e dotados Ue bondade, cisco de Sousa, Oriente Conquistado, I, ii, 2.
as quaes estão divididas em climas, e cada 1544' «Manueli a Cruce Combuture
huma destas com seu governador, a que moranti commenda, ut plurimum iuvigilet
chamão Alcardulo. —
Ben-Batuta, Via- duobus illis (íhristianorum Carearum
gens, II, p. 265. Pagis». —
S. F. Xavier, Epist., lib. i.
1520. —
«O íFeitor que for das jlhas, de- 1610.— «One third of them are karoas,
pois de sse meterem em ordem, ha de ter ho that divers». — Pedro Teixeira, The
is,
mouro principall em cada comarqua, a que Travels, 176.p.
elles chamam car doe 1 1 iy, o qual a de rre- 1860. — «The number of fishing-boats
cadar as rendas e direitos, que se recada- perceptibly increase, and the karâwe,
vâo pêra Mamalle». —
Alguns Doe. da or fisher caste, form the most numerous
Torre do Tombo, p. 452. section of the village population..'. Ten- —
nent, Ceylon, ii, p. 129.
CAREÁS, caroás (m. pi.). Casta 1913. «The— Karawo
we^e divided
de pescadores de Choromândel e de into nine classes; of these the Karawo
Ceilão, secção dos paravas, os quais proper formed the first class of the Fish-
são também bons mergulhadores. O ers and from among them were recruited
the Mudaliyars and Arachchis who were
primeiro vocábulo é do tam. kareiíjan
their chiefs in war. —
P. E. Pieris, Ceylon,
(pi. kareiyar), e o segundo do sing. I, p. 499.

karãvã.
1608. —
«Aly esteve muy largo espaço # CARECA. Diz-nos o Padre Fer-
de tempo sem bolir consigo, mandando o não de Queiroz que ó um fruto de,
Capitão per vezes hum Coroa, ou mergu- que serve para purgas e para
lhador ver o que fazia, ou se perigaua». — Ceilão,
tinta. Não posso com segurança iden-
Fr. António de Gouveia, Eelaçam da Per-
sia, fl. 13 V.
tificar o vocábulo. Se representa o
1610. —
«... se perdera a nau em que sing, karaka, é, conforme Clough,
ia defronte de Tutucorim, de que se sal- o nome da planta Galedupa arbórea,
vara toda a fazenda e dinheiro pela quarta que, se é a mesma que Galedupa
parte, que (com parecer dos religiosos da
conhecida
Companhia) se dera aos caroâs; e que Indica, de Roxburgo, é
Í>or lhe parecer cousa exorbitante dar-se- em português por favas de chapa,
he tanto por acudir á fazenda da dita nau, talvez no sentido de «favas de mar-
se taxara em Relação o que era justo dar-
car». Rheede descreve as proprieda-
se-lhe». —
Carta Régia, ia Documentos da
des desta: «Balneum ex foliis praepa-
índia, I, p. 311.
1612. —
«Mandaram os ditos Caroás ratum flatus, arthritidisque dolores,
oflFerecer dez mil xerafins para a armada suffitus febrem depellit. Eorundem
que se fazia em soccorro de Malaca». — succus in têmpora adhibitus, vene-
Ibid., p. 192.
natos curat serpentum morsus». E
11,
1635. — «Vendo o galeão em pedaços, se
lançou ao mar só com os lascarins, onde D. G. Dalgado acrescenta: «O óleo
iam muitas coroas [sic evidentemente da semente é usado contra as sar-
por erro do copiador ou da imprensa], que
nas e outras moléstias de pelle, como
são mergulhadores, que nunca mais pere-
ceram». —
António Bocarro, Déc. xiii, também para allumiar a madeira é ;

p. 166. útil». Mas suponho que o vocábulo


C'AREPO PARIA

ir
V f;i O sing. ^omA'a, ncarcapu- iiii*'-iirí;

tra noi i ve-


tii r,?»,-*i M i;i\iir;iii'> .u < itjio Comori, ove
1687. — «Nestas Corl<u [distritos] ha 8Í fa le pesche di perle». — Fra Paolino,
p--- '- " ' lanng, e de ontra Viaggio, p. 1M4.
! 1, que seme para lí»07. — «The window oyster ia venr
....... ,... ta ou parda, cou- plontiful in Karachi Harbour. It is still . .
]

t" ingredientes». —
Conquista used for windows in Goa». GatdUer of —
the Province of Sind, p. 70.
1815. —
«In the Philippine Islands sea-
• CARELÚ (s. III.). Espécie de fru- •shells are used for window-pans in the
ctico do Malabi\r, pertenet^nte ao ge- same way that glass is used in other coun-
tries... The most magnificent sea-shells
niuo». Domingos Vieira. E windnw.s, however, are those of the Gene-
'
que gerf/elhn on Sexamum ral Hospital at Manila In Manila alone
J palavra t» inalaiala D. C. A no fewer than 5,000,000 Kapas shells —
composta do karuniy «pre- the largest of which are about 3 in square
to», eUu, «gergelim», em distinção
,

— are used each year for making win-


dows». —
Tit-Bits, de 10 de Maio.
de gergelim ])ranco. O vocábulo é,
como tantos outros que se encontram CAREPO (em Timor). Restos de
le Rheode, sândalo, refugo. Do mal. kérãpisy
irio. «restos».

» CAREPO. Usado em indo-portn- 1843. — «Este género se divide em três


para designar a concha trans- qualidades principaes
-
— sândalo primeiro,
segundo, e terceiro, que também se chama
.... ..la da ostra Placuna placenta, car epo E o terceiro, ou carepo, são . .

rhamada bhingati em concani, de que todos os mais páos assim preparados, que
- *''iz uso para janelas em lugar de sâo tortí)8, ou têm algumas fcnilas, ou fu-
v»s. Do cone. karap, «concha»; ros». — Annaes Maritimoa (parte official),
p. 13li.
cialmente de ostra. V. adufa e
^i,..> de vidro. CARETÈM (cone. kãretem, kã-
Tais janelas tem muitas vantagens reti). Fruto de CARETEIRA J/o- —
• um clima quente: deixam pene-
•!! mordica charantia, Liim. Os termos
tra uma luz branda e suave, inter- silo correntes na índia Portuguesa.
ceptam 08 raios do sol, dispensam Chamam-lhes tauibOm balsamina,
cortinas e estores, e sio mais fortes que propriamente designa Momor-
e dur.idoiras, TambCm estão em uso dica dioca, phãgul em concani. «O
nas Filipinas. fructo é amargo, mas come-se como
hortaliça depois de bem cozido». D.
ItílG — "\m" i"i-i'>. '•"• <;..n í|f> vidra-
ças, uia!> <Mi de caa- Ci, Dalgado, Flora.
rri - ill' «1 1 :i ,1111' »>u-
CARIA
I

• (s. m.). F(M-iiiig;i luaiica.

ive- E termo indo-poríugnês, derivado do


co- tam. kareyãn. Os estragos que causa
a térmite, impropriamente denomi-
p. 4y.
II,
nada «formiga», são bem conheci-
191fS - «Trm o fritin dr mn frrando ar-
dos. Os seus ninhos, em forma de
altos cones de barro duro, ijuo ro-
ciu- •». — O Ultraiuui sÍ8t»'m à chuva, sfto de construção
191(; —«Adnfa A o iii.-ir.-ivillios.i.

K.ita formiga ou
'
Carla ho
I Hauia, a
ttli(l:i po: ntrao um
1 )»'/.•' riiliKi ii;»." — .Si^iiriiiê para u ihiU'Tih r í»m.-
\\'>'i',\ - «Iiuitoad of G1a«s. use 1'aneaof grafia, i, p, 6í).
<^ •
' " ' •' '- "
lia§ ' ' ^
XVin « No fundo das u'- '» •

!.od, sal uii.sturnilo com cin/n,


quautidadi', para ' f^n^ui
Fr\«ir. Kaii I cascas, e dauuie >• m i i

'iTs.; .ii 1,. •nK;a. nSo u»so»"-?('- — ! : 1 ;


CAUIA 218 CARIL

1812. —
"Mauda aos parochos que façam manda na índia. Do inalaiala ka-
transportar para o seu palácio d<; Panclim, ryam, sânsc. kãrya (taml)êm em sin-
08 livros do registo paroi-hiai, aíini de; não
galês).
serem egrejas destruidos por caria'».
iiaa
— P. Casimiro da Nazaré, Mitras Lusita- 1599. —
«'Todo o governo dos christãos
nas, in liol. S. G. L., XV, p. 578. doste Bispado, não so o espiritual, mas tam-
1872. —«Outros servem-se da terra com bém o temporal, esteja devoluto á Igreja, e
que o caria construe a sua casa». Ber- — ao Bispo, e elle determine todas as quei-
nardo da Costa, Manual do Agricultor, i, xas, careas, negócios, demandas e cou-
p. 121. sas que soccdcm entre elles». Sínodo de —
1871. — «Aqui nSo estudo: tenho medo Diamper, in Archivo, iv, p. 498.
do caria; aqulUo pega-se, e eu sou muito 1687. —
«Compuuhão careas (deman-
rapaz por ora para me sujeitar ao carun- das) entre partes, e quem mays lhes daua,
cho». —Tomás Ribeiro, Jornadas, ii, j). iiS. tinha justiça». —
P. Fernão de Queiroz,
1881. —
«... ora expurgando d'elles o Conquista de Ceylâo, p. 855.
caria, esse eterno c impassivel destrui- 1726. —
«Não admitirá que no districto
dor de todos 08 papeis dispostos nos archi- que se lhe entrega, se consintão carias,
ves». —Eduardo Balsemão, Os Porivguezes como de castas, ou outras quaesquer con-
no Oriente, iii, p. 111. trovérsias, que possam perturbar o socego,
1886. —
«Nas covas costuma-se deitar ou commercio dos gentios, que vivem de-
algum cominum misturado com cinza,
sal baixo da protecção do Estado». Apud —
para facilitar o desenvolvimento da germi- Júlio Biker, Collecção de Tratadas, vi,
nação, e evitar que o cariá, ou formiga p. 26.
branca, nos terrenos onde costuma appa-
recer, damnifique as sementeiras». -Lopes CARIACARI (japonês kariyakari).
Mendes, A índia Portugueza, i, p. 176. Trajo de gala.
1890. —
«Abundam na índia os ninhos
— «...
de formigas brancas, montículos endureci- 1588. todos vestidos de roupas
dos de terra avermelhada, a que um ho- mais ricas, e lustrosas,a que os Japões
mem pode subir sem receio de que desa- chamão Caryacari». — P. Gaspar Coe-
bem ou se abalem». —
António de Almeida lho, Cartas de Japão, ii, fl. 261.
Azevedo, As Communidades de Goa, p. 38. CARIL (ingl. curry, cari, hol.
1898. —
«Fomos nós... que o [hindu]
Molho
fr.
com vá-
convertemos em homem desconfiado, em karrie, kerrié). feito
traidor ás vezes, e, desde ha muito n'um rias — "como malagueta,
especiarias
cariá impotente contra a nossa sobera- pimenta, cominhos, gengi-
açafrllo,
coco —
nia». —Oliveira Mascarenhas, Atravez dos
bre, tamarindo, cebola, alho,
Mares, p. 45.
1713. — "La
plus pernicieuse, est celle e empregado como conduto para
que les Européens ont nommé Fourmi acompanhar o arroz ou a apa. Diz-
blanche, que les indiens appellent Car- se caril de peixe, caril de carne, con-
reian, et qui nous appellous,plus commu-
— forme o ingrediente. Os europeus
nement Caria». Lettres Edifiantes, xii,
p. 102.
abrangem geralmente arroz sob a
1782. —
«Vidi una ciurma infinita di designação de caril; na índia porém
animaletti bianchi, che li Tamouli, cioè costuma-se dizer, neste sentido, ar-
gli habitant! delia costa Ciòlamandala
roz-caril, q. v.
chiamano Carea, e li Malabaresi Cedil.
Questi sono formiche bianche». Fra Pao- — O seu nome em concani e marata
lino, Viaggio, p. 7. é kadhl e em
malaiala e tamul kari.
1825. —
«Elles vont ensuite en proces- Qualquer deles pode ser o étimo da
sion chercher de la terre sur une fourmi-
palavra portuguesa; mais presumi-
lière de caiiriahs».— P. Dubois, MoRurs,
I, p. 223.
velmente o primeiro *. Quanto ao l
1829. —
"Parlerò èolamente dei caria final, vid. candil.
detto generalmente dagli Em-opei formica
biancã, e da Linueu Termes fatale . .
1563 (1502). — «Dizia que mandasse fa-
zer caril pêra comer do que lhe leuaua o
Questi caria iu certi temj)i deli' anno in-
grossano, metton Tali e volano a nuvole».
seu frade». —
Gaspar Correia, Lendas, i^
— Lazzaro Papi, apud Gubernatis, Storia, p. 302.
1563. —
«Fazem comeres das aves e
p. 277.
1860. —
oBut of the insects of this or- carnes (a que chamam caril); e também
der the most noted are the white ants or
termites (which are ants only by a mis-
nomer)». —
Emerson Tennent, Ceylon, i,
1 & Burnell apontam o canarês
Yule
Icarilpor sua origem mas eu não estou
;
p. 253.
seguro da sua existência os dicionários
;

GÁRIÃ (s. f.). Negócio, afazer, de- não o registam.


< Ai:!i. CARO

— Qarctft da Ortá, fratti*. — Fr, Vinccnzo Maria^ Viaggioy


p. 261.
•Pescarn as nograa com
'•'••"
tins pa-
*"
1681. — «Most sortá of these delicious
•>••'• •
'
:'w tiratn '

^ caris
„u.-Ma
'.'^ndouçz, Iii*t. Tragic»- relieh their Hice». — Knox,

caril»
— Fr. Aiituu lu dc (iuuveia, Jornada*,
a. 61 V.

]tís7 — ..F
buscando .i:;

oaris, \ aa, e ueut, eui



:

quanto i •ruas do mato».


p. F<»rnão du Queiroz, Conquista de Cey-
lào, p KÍÔ.
l«2y ^ «Caril h(> a sua principal
iguaria, e o arroz i- zid'i a comida dc ma-
nh5 lu do Klognen,
Ho*^ 162.
l'-i_ - „i > car mil môIho feito de
I
I-

especiarias, coco ralado, e camarão, ou


"' -e lança sobre o arroz cozido
sal; é um prato de fainilia,
>-Mi ua. .

• ' jan- •

tares : c . fes-
tivo" f
............. ..,^^, ia-'. —
^t'. p. 435.
'"itar completamente
lo com os caris
. - ^-.-. .1 o Claret e o Cham-

pagne*. — Adolfo Loureiro, vYo Orienttf i,


p. 181.
1R<>-) — „0 caril, cm lo com 08 famo-
h' S lil\''s liiiTIthill, ./'.'. vid. l"i)iMUm],
.1 mim ^ .veis,
\ smo por I
'
;.'Ar-
noso, Jornada» jfln Mundi>, p. 66.
lhl«S. - fii ) <M)T7/ (caril) c .1 comida
majrt em ».•*<>. > at'- rnchiii'
CARRANE 220 CARTAZ

da família das meleáceas Melia — Soltão para a praia, e embarcarem.


vando consigo hum vestido completo o do-
le- . .

dúbia, Cav., «ainargosoira dúbia».


no da embarcação, para o seu encarregado,
«É uma majestosa arvore... O para o arraes, e para o A Içara ni, que he
ó amargo, e usa-so com pro-
fructo o escrivão da embarcação». —
Ben-Batuta,
veito contra a dyspepsia e a coUcn». Viaxfens, i, p. 32G.

D. G. Dalgado,>7ora'. 1500. —
«Pode enviar seguramente aas
ditas nãos seus feytores e carranes da
1810. — oCopra, cato, peixe, tâmara, terra aos quaes todas as naaos seram mos-
congo, govechendana [gopichan-
betele, tradas». —
Instruções de I). Manuel, in Al-
dana] semente de caro». Joaquim C. — guns Documentos da Torre do Tombo, p. 98.
Soares, Documentos Comprobativos, p. 434. 1G15. —
«O Secretario [do rei das Mal-
divas] chama-se carans». —
Pyrard de
# CAROÁ. Pâça de tecido de algo- Lavai, Viagem, i, p. IHO.
dão, grosseiro e tosco, do Balagate 1714. —
«Hey por bem de lhe conceder
e do Guzarate. Do mar. khãrvã, licença e seguro ao dito seu barco. de . .

que vai por Nacodá Hassana Bapa, Car-


guz. kãrvum.
rane Pumddalicu, Piloto Mahama Daegi,
1547. — «E quanto ao costume antigo Condestavel Salú, Sarangue Ismal, Tandeí
em que dizeis que os mercadores que a Abdul, e mais gente de sua navegação». —
ella vem com roupas de Balagate estão de Apud Júlio Biker, Collecção de Tratados,
paguar os direitos per caroas- .». IV, p. 184.
Carta liégia, in Archivo, i, j). 25. «Hey por bem de lhe conceder licença
«E de cada Caroá de beatilhas que e seguro ao dito um barco por nome tal. .

pagarem direitos ao dito senhor, levara o de que vai por Nacodá F. Car
ran e F.
Tanadar. . . ». — Ibid., iv, p. 1550. Sarangue Tandel F. e mais gente da sua
* CAROÇO. Antoiiomásticamente, é
navegação». —
/6id., p. 185.

na índia o caroço ou a castanha de CARRAPICHO (botan.). Malvácea


caju, assim como castanha denota a Urena sinuata, Linn. Diz-se tupkãtó
semente de jaca. em concani. Dá filaça, que é muito
1782. — «Colber cajus para vinho, e ca-
resistente.
roços pêra guardar». — Fr. Clemente da CARRUAGEM. Emprega-se na ín-
Ressurreição, Tratado, 283. ii, p.
1788. — «Por cada carga de Caroços
dia Portuguesa este termo no sentido
cazeados (?), duas tangas e trinta reis». — peculiar de «raachila, cadeirinha».
Collecção de Bandos, i, p. 44. No continente é antiquada essa acep-
CARRANCA. Gonçalves Viana su- da Aca-
ção. Bluteau e o dicionário

põe possível a derivação deste termo demia explicam andor por «carrua-
do sfinsc. karanka, que significa gem portátil».

«crânio e vasilha de chireta ou casca 1799. —


«Logo a bem poucos passos lar-
dura de coco». Mas as línguas mo- garam-nos com o machila, e por cansados
se hião embora, largando também a minha
dernas da índia não o conhecem e,
carruagem» (em Cazembe). —
Apud Jú-
portanto, não o podiam transmitir ao lioBiker, Collecção de Tratados, x, p. 179.
português. Em concani, kartiè «chi- 1842. —
«Boiazes (homens que carregam
reta ou chareta», kartô, «chireta com as maxilas, a que no paiz chamam
grande», karten, «crânio». V. Apos-
também carruagens'. — Annaes Mari-
timos, (1845), p. 147.
tilas.
CARTAZ. Esta palavra, que os
» CARRANE (indo-ingl. cranny). nossos indianistas empregam, expli-
Agente ou feitor ; sobrecarga, na cando-a alguns, no sentido de «pas-
índia. Do raalaiala karana, hin- saporte ou salvo-conduto para na-
dust. karãm < sânsc. karan, particí- vegar», não é europeia, mas de
pio do presente de kar, «fazer».
origem arábica, qirtãs, «papel, do-
1330. —
«He costume delles [de DafarJ, cumento», que estaria em voga nos
quando chega alguma embarcação da índia mares do Oriente antes da chegada
e de outras partes sahirem os escravos do dos portugueses. V. Influência.
1518. —
Façaes hum caderno, no qual
Rheed menciona caro como nome con-
1
registareis todolos cartazes que dessa
cani de «noz vomica». Deve ser equívoco feytoria sairem». —
Archivo Port. -Oriental,
por kãzró. V, p. 30.
«
CARTAZ 231 CARL'CA

1521 — Vinha hum negro qae se cha- 1687. — «Fazendo-nos Senhores destes
mava fín'^*> iin I.. liiintM hiima bandeira, e mart-s. iir..liiliiii>ii.s a gentios, e Main. meta-
hum Car' vernador de Digua- na- !es sem cartaz
cam " - 'win de Fernão de coi que nân 1" os
Ma 132. coi: Fernão de i^ueiroz,
rra». — P.
1 cartas de C"/ ; Ceylão, p. 945
tua haraa e juru- 1 Ití. 1 —
«... reconhecendo todos os
pai . .ro8 com todos barco<5 que forSn \ vista .. dos quaes se
09 \ i luU», Pertgrinação, apr illa, por trazer coa-
caj' saí cartas». In O —
154.S. —
(Quanto ao que -m a : Jnatiluio, Lxii, p. õiii.
V s que as nãos dei Key «em ;. 1726. — «F'ez preza em bum nauio, que
cartazes e que as outras de «.uuibaya com cartaz nosso fazia segura a sua via-
nSo v*Miham pagar <>» direitos a dio a sua geiíi". —
André Ribeiro Coutinho, Belação,
alfa- ;iayor p. 1.
est.. par- 1746. > Vendo —
que os mais Régulos
tea t< ui om ii'il" o III .', ; qU'- <la'{ Costa, passavSo cartazes (ou
.. lia
nom ba ira nesta terra -- i
'.'
> l,..--:i;".rtes) por somas grandes de dinhei-
ro, aos que queriam navegar. .u. Mon- . —
terroio Mascarenhas, Epanaphora Indica,
JUll" l)llvt.T. . ', »->'• II, p. 7.
i'

1552. «A — que tra- 1721. —


«Mas também lhes deram ohar-
zia do capita»..
i-<./i... ..y .. i>..;.j para po- tazes firmados, pêra rv- •"" » ' .-^ •- '••-
der navegar, o qual seguro commuinente mais do seu dominio '

acerca dos Mouros e nossos ao presente se dito V. Padre, e lhe l , _ ir


chama cartaz».— Jo&o de Barros, Déc. II, a Ley de Deos sem impedimento, neui "ii- '

1,4. tradiçào alguma». Fernão de Bulo, —


1554. —
«EUe dará cartazes ás nãos Hist, do Ven. João de Brito, p. 50.
de Idalza, para nauegarem para todolas 1G04. —
Some of then recognise the Por-
partes. • Para o dito feitor dar carta- tuguese, taking their cartazes, or pat-
zes aos nauios que partissem do dito »a/K>r<M, without which they would sail in
porto». — Simio Botelho, Totnbo, pp. 43 peril of the Portuguese fiaiaa, cruising
e44 commonly in those narrow seas». — Pedro
1569. — «Será obrigado a dar em cada Teixeira, The TraveU, p. 24.
bom anno ao dito Rey quatro cartazes
navegar quatro náos suasv.
• CARD
(jap. karõ). Ministro do
par
401 daimió, funcionário principal dum
i.

j,antes] de Ceylâo han ou daimiado, no antigo regime.


'.omar a certidão, a
que cii ;> cartaz». — Gaspar 1874. —
«Os tamonrai* mais importantes
Correi n. 2^ na curte do daimio chamavam-se karus
r
é cartazes, que signifira -^rvidores e esta di-
pei [•••ra na\i"ga- gnidail'- era au. Pedro G Mes-
t —
ar hibi- nier, O Japiw y t i
rem,
• Ja te não lembras da tua gente c do
rem em .<. OB».
— Primeiro Luuciiio Uc Uou, lu .-Irc/íii-o, iv, teu han t Eu sou M. que d'antes era o

p. 19
karu do nosso príncipe». Id., p. 282.

1577. — «Obriga'l'i» «oui -


;i

muita fee os Cartazes CARUCA (8. m.). Antigo imposto


Kstailo "S ll.llili.r< '! 1
de Goa. que incidia sobre as iiit^n-^-
" cartaz r, ou trias das aldeias. Era um dos <

liaúf 'l.ti /'; ri! -,./.í. ti. 79.


t08 da catualia, q. v. Do cone. karuk
15.^.') . t.i !,!'>.•» carta-
zcs, .iu H dar». — <;9ân8C. Adri/, «artista, artífice».
Cl — «K a Renda da catualya, á qual
p 43.
•'!iar íalv'> — 1554
• • '' ••es a dos —
< oi.liito (a que • nrtazesi pescadores
doa capitães». — i- - ,L>éc.lV, ... ; . ...>... ' '- ''•-
tx, 2 Iheyran (V).
cur, <• .1 '

. ..rt.tz
caruca 1r.-4 terrai
Vi ,
de s»aicete». -- J'

«b.iDorffí. a «lue cliainãin V>V2 "O rm


Ci> _:.iu,"i'i . i ítiarittêm. —
'tii.ii. ii, ! r.'7.

tes ãiii declaradas». — id., u, p. 162. iHVJ. — «i'aga mais ei>t« poTO psra a
CASANA 222 CASEIRO

renda da alfandega desta dita província Apud Júlio Biker, Collecção de Tratados,
por quatro vias, a saber, de cocos, de co- VI, p. 230.
pra, de azeite, e de caruca». Ibid., — 1852. — —
"Qhazana. Várzea salgada».
Supplemento ii, p. 332. — F. N. Xavier, Bosquejo Histórico, it,
1774. —«O direito do Caruca Palni- p. 16.
dama*). —
Collecção de Bandos, i, j). 21. 1905. — «Existem terrenos, denomina-
1824. —«Direitos Caruca
ài\ Mecâni- dos casanas, addis, quêros, etc., campos
cos 25 rupiaa». —
Apud Júlio liiker, Col- planos e vastos». — Ernesto Fernandes,
le.cção de Tratados, xir, p. 36. índia Portugneza, p. 118.
1827. —«Entrão os Direitos de 2 ramos 1907. —
«nomear entre os sete chefes da
chamados Caruca e Singotim: ob Direi- Ilha um cumoty, e dar-lhe a posse dosval-
tos da primeira pagão os liendeiros e La- lados das cazanas da lliia». —O Oriente
vradores pella fouce de lavrar j)almcira3 Portvguez, iv, p. 88.
chamada Catfy». —
Joaquim C. Soares, 1911. —
«As Communidades das duas
Docuvieiitos Comprobativos, p. 270. aldeias tem extensas casanas de serôdio
1843. —«A renda do caruca consiste muito productivas. Designam-se por nome
em direitos, que pagam os rendeiros e la- de casanas na nossa Índia várzeas bai-
vradores de sura, pelo uso da fouce, de que xas marginacs aos cursos d'agua salgada,
se servem». —
Annacs Marítimos, p. 123. defendidas d'elles por meio de diques que
1904. —«Esta tarifa comprehendia uma geralmente são feitos de lodo». — J. C.
variedade de impostos. oa quaes inci-
. . Castel Branco, Boi. S. G. L., xxix, p. 345.
diam sobre as industrias locaes, conhecidos 191G. —
«Effectivamente teve uma rup-
pelo nome de carucas, pagos do mesmo tura o vallado das casanas dacommuni-
n)odo á fazenda em moeda ou em arroz». dade desta aldeia, e os seus concertos fo-
— Ernesto Fernandes, Regimen do Sal, etc., ram já arrematados na communidade por
in Boi. S. G. L., xxu, p. 292. 950 rupias». — O Ultramar, de 28 de Ja-
neiro.
» CARVALHO DE CEILÃO. É o no-
me português de Schleivhera trijuga, * CASCADO (s. m.). Dá-se este no-
Wild. V. laca. «A fructca é comestí- me no português timorense a uma
vel. A
casca é adstringente. ma- A doença de pele, peculiar dos indíge-
deira ó muito durável. O óleo nas, que lhe chamam aba. Kúnfio
cxtrahido da semente é muito recom- deuomina-a «lepra seca». Covarru-
mendado como estimulante para o vias diz que cascado se chama «o
crescimento do cabello» D. Gr. Dal- .
homem que as enfermidades trazem
gado, ílora. fraco de cabeça».

CARVI Pescador de Goa.


(ant.).
1907. —
«Doença de pelle especial do
país, aque os portugueses dão o nome de
Do cone. kkãrvl. A palavra é em- cascado em consequência da espécie de
pregada por Afonso de Albuquer- escamas que produz. A que tem a proprie-
que, nao se sabe bem por que mo- dade de apparecer e desapparecer em dif-
tivo. Vem registada em dicionários ferentes épocas chamam os indigenas ába

com mánofónunn. —Rafael das Dores.


a forma carviz, que é a do 1690. — «Incolae Uliasserenses ejus fo-
plural. lium tanquam speciíicum habent remedium
contra lepram siccam, Amboinice Ke.ssi-
1512. — «Per
este vos mando que des -kessi dictam, vulgo Cascado». —
Rum-
[deis] a dozeC|,uarue8 de daoquym [Dau- phius, Herbarium Amboinense, vi, cap. 34.
gim] a cada huu seu pano de que lhe faço
meree». —
Cartas, \, p. 307. * CASCASSI (s. m.). Tecido de algo-
«rer este vos mando que des a ojto
dão indiano, grosseiro e áspero ao
carues que ajudam a fazer a call em
tacto. Este vocábulo figura em uma
pãjy [PangimJ com ho tanadar pêra todos
dczaseis bespiças». — Id., p. 320. lista de panos despachados na alfân-
dega de Goa em 1630 para Portu-
* CASANA (cone. khãzan). «Várzea
gal, publicada por Cunha Rivara no
á margem do rio, formada pela allu-
Chronista de Tissiiar//, i, p. 1Õ7. O
vião, e vallada para obstar á allaga-
seu étimo é o cone. khaskhasi, mar.
ção, lezíria»' F. N. Xavier {Bosquejo
khaskhasit.
Histórico, 2.* ed., iii, p. 54).
CASEIRO, caseira. Empregam -se
1741. — 'Deve-se dar quita do que se
os termos na índia para designar o
tem levado das vargias Vazaiy e Maha-
qhazana [= grande casana'] estando ajus- «dono e a dona da casa». Não sei se
tada a paz entre uma e outra parte». — no continente teriam antigamente tal
CASOASt 223 PASSA BE

sentido, ou Be sfto formados por ana- ovi avis Casuaris dictae, dein decreacit
loíTÍa com o , ..
lín-
ad figuram ovi Anserini». — Kumpbíus,
Herbarium Ambnium^t, i, cap. i.

}•()!< 111. o vor;i'.íiit» tMu uui iivro an- CASSA


(mal. Lusa). Tecido trans-
ti;;o. escrito uo Orioute, com idOntico parente de al^'odao ou de linho, que
signiiieado, e mais como sinónimo de vinha antigamente do Oriente. Casse
thóspodo» em ambos os sentidos. em francos.

16;t4 _«!>.., K,-,.. ....... ....».., .„ 1613. —


«E o corpo de boa estatura, cu-
hoBqU«'.«. ( ti berto de baju fino ou camisa curta de cas-
sa, c cin:rido por la cinta com pano de
8ia in o ca-
^'1: !' —
Manuel G. de Erédia,
sei IJ' J< Malaca, fl. 20.
8al
r- , _
ior (ia casa. e disia:
\i Vdz,

que
por
lG-'0. —
«... e infinidade de caixAes
cheios de roupas de toda a sorte, a saber,
v»i •

m. que faça charidade. me


IVrpuutoii

\<»^<> André ao casefpo de Cassas, Cachas, Bengalas..». Fr Ni- —


colau de Oliveira, Grandezas de Lio', i.
quoiii ( rn .i iUtUa voz tão fraca que pare-
lia muito doente».
i Noticias — fi. 13.
1692. —
«E as roupas grossas que se fa-
àa L ia, pelos Padres da i'ompa-
ubia, p. 3^0. bricavam em Calapor, Belgão, e Cambaya;
• E lhe {>edio falasse a algum daquelles 6 outrosim cassas cruas e curadas». —
P'^'r' para morar em sua ca.<»a, obri- O ChroHtsta de Tissuary, ii, p. 101.
gai ' a lhe dar almoço, jantar e
1580. —
«II [Bengala] ne froisonue pas

cea pur •
Mima nar o na- seulemont en Riz, mais aussi en Cotou du-
vio só quel ou y fait divers ouvrages exqui.s qu\.n
:
1
se logo o ca-
seiro til .-
uai reis, os quaes
ne tran.sporte pas seulement es Indes oíi
i

ils sont fort estimez, mais aussi en Portu-


cila depuia , quando voltasse
para Macaoo - joui gal, desquels il y a diverses sortes quils
. p. *?4.
"•v^ucria também o Padre sahir, para nomment Sarampuras, Cassas, Comsas,
nâo 9t-r causa de mole>tias e vexações a Biatillias, Sataposas, et mille autres noms».
seu caseiro, mas este não ho cmisentio — Linsclioten, Uistoire, p. 30.
antvs pedio ao Padre, se deiiasse ficar». — 1676. —
"D'Ougueiy et de Daca, au
Ibid., p. 3tíy. Royaume de Bengale sorteut ces toiles
fines qu'on nomme casa, dont il se debi-
CASOAK (inal. kasuvãri). Ave per- toit autrefois grande quantité en Italie,

noita — títruthio castiarís. Fr. ca-


Provence, Laugiiedoc et Espagoe*. Ta- —
vernier, Voyages, v, p. 181.
êoar, ingl. cassowary. TambOm é co-
'
por ema (q. v.), quo é nome * CASSAR (s. ni.; concani-mar. ka-
.10. sar). Falha ua medida ou contagem,
deficiência.
l^^il. — "A ema da Asia tr-ni o nome ea-
cazoar, .ma 1810. — «Cassar não é officio se n3o
•a 1 truz um titnl'» polit fiiKil se cobra, alem do>s -ii-
I

t' '" " 1 ' <lf jM làll.i.i, K.lJi H dif- i


reif <|u:iutia paru -

ferfii';;i cazoar >à" (!(,!)rnfla!^


'
'«r haja na ..
a (jue
lia iii-i , , ,
.t'a du Alfandega, jmr se ..
cfiii ; r a sua quantia». Joaquim — ^ .

rt-.^, 1 1 uuiiimtos Vfviprobativot, p. 436.

cascar CASSABÉ. caçabó (s. m. o f.).


.1 "" \ fr- Sede da provin<i;i ou do distrito na
ui iiiuiit <

lia. Do ár. qaslia,


La — Ar' '

a tnn j)ortngu«*s, a/»./


<|

i . ..
I'' '1 - .|) ijiicQ, vulgo Casoaris. panhol. O trrmo ò ainda hoje usado
'" '
' '
'
-- '
- '-ísvi- t;ni Tiofí "iaçjlo às Novas Con-

ur». quistai
!.

i' i ssa- 1664. — «Do oaçabé e vian<iin:im de


bàr, s . .i, aa Caranjaa» — s;.,,',. h-». n,,. r .,,f^^ p 187.
w.- ..I,,, i. iriiod by ezpecience». — J. J. 1606. — " N ao no«ao
Saur. Ill '<! xinry. vliriiirn lia \ .. lim i- :»

!• 7 l -_«... alto a
liu- -t lr>>o«. — Fryer, .'

IGUU. —«Primo acquiiU uuifjuiiuUiiietn Ibll. — «íSqu infoniittuo «{ue, d« mail


CASS ABE •224 CASSIA LIGNEA

dos ditos mandoviiiB, lia outra parte onde 1913. —


«O que foi a cassabé de Per-
86 pagamdireitos ua mesma forma, daa uem e o que ella é !». —
Heraldo, de 16 de
alfandegas que se chamam oasebés, que Abril.
estão incorporadas com aa aldei;is que an-
davam de aforamentou. — Documeutoa da # CASSANA (própriamonto cajana;
índia, II, p. 25. s. 111.). Foro do terreno ou terras,
1632. —
«No meio- da Cassabé, que na índia. Do hindust. -persa khajãna,
asei chamam o grande, e espesso bosque,
bongali-mar. khajãnã.
que serve á Cidade, parte com hortas, e
parte com palmares, e canaviaes de Assu- 1785. —
«E só 03 Mouros, e Gentios, que
car». —Fr. Luís de Sousa, Historia de alihabitam, pagam hum limitado cassa-
í>. Doviingos, iii, p. 370. na, ou foro do chão, em que tem suas ca-
1663. — «... como também ua muita sas» (em Bengala). —
Apud Júlio Biker,
copia de assucar, (jue recolhe [Baçaiml Collecção de Tratados, xii, p. 21.
cada anuo do seu cassabé*.— P. Manuel
Godinho, Relação, p 12. Cássia fistula. V. canafistula.
1727. —
«O Cassabé de Bombaim.
c. 70. — «Cinanunum et caslas fabu-
Cassabé vai o mesmo que terra de ar-
voredo e hortas». —
Archivo, Suppl. ii, lose narravit antiquitas, princepsve He-

p. 289. —Cunha Eivara nota «Cassabé :


rodotus, avium nidis, et privatim phoeni-

Plinius, Naturalis Historia, xii, 42.
vai o mesmo que povoação principal de um
cis».

districto, ilha ou pragana, com as hortas,


palmares, etc., dos seus moradores. Aqui a
CÁSSIA LÍGNEA. Empregam esta
povoação havia-se convertido em cidade, e locução latina alguns dos nossos bo-
por isso não entra na lista por não render tânicos como sinónimo de «canela».
senão foros». Cristóvão da Costa julga que os
176G. —
«Rende o Cassabé de Mahim
outra tanta quantidade». —
Aptid António gregos corromperam o malaio ca?/8
F. Moniz Historia de Damão, ii, p. 89. manis {kayu mania), «pau doce», em
1845. —
«Examinadas as contas da Com- cássia. Alguns autores estrangeiros
munidade da Aldêa Cassabé da Provín- entendem por cássia «a canela sil-
cia de Bicholim». —
Collecção de Bandos,
vestre».
II, p. 93.
1883. — «Bombaim não passava de uma 1516. — «Zodoaria, calamo aromático,
dependência de Salcete, e os seus térmi- cassia ígnea no Malabar muito em Man-
I

nos, com as pequenas aldeias ou caça- galor, e em outras partes». Tomé Pires, —
bés, em que se dividia. eram pelos go-
. .
apud Cardeal Saraiva, 426.
vi, p.
vernadores portuguezes de Salsete e de 1516. — «Cassia fresca e boa, cada
Baçaim doados a nobres ou prestantes ci-
— Adolfo Loureiro, No
Farazola 1 e ^ Fanão». — Duarte Barbo-
dadãos». Oriente, i,
sa, Livro, p. 393.
p. 157. 1554. —
«Cassia, sândalos também
1883. — «Cassabé significa aldeia ou canfar, aguila, e isto tal». Garcia de Re- —
povoação principal de uma ilha, ou de uma sende, Miscellanea, fl. 156.
pequena província indiana». Júlio Bi- — 1563. — De canella, e de cassia li-
ker, Collecção de Tratados, iii, p. 104. gnea, do cinamomo, que tudo he huma
e
1886. — «Do Árabó passamos á Cas- cousa». — Garcia da Orta, Col. xv.
sabé, ou capital da Província de Per- 1510. — «Pepe, zenzero, cardamomo e
nem». — Lopes Mendes, A índia Porlu- mirabolani, e alcuna poça di cassia». —
gueza, 227.
i, p. Barthema, apud Ramúsio, i, fl. 158.
1908. — «Em Goa as cajiitaes e as po- 1578. —
«Mas el Cinamomo, y la Cas-
voações principaes das províncias das No- sia i Ígnea, y la Canela se tenga todo
vas Conquistas são chamadas Cassabés. por vna sola cosa, puesto que nunca fose
Assim a Cassabé de Pernem, a Cas- bien sabido de los Griegos, ni de los Ará-
sabé de Sanquelini, etc. Deve ser a pala- bios». —
Cristóvão da Costa, Tractado,
vra Kasbah ou Kashet, cidadella que desi- p. 11.
gna a parte mais alta e fortificada das ci- 1587. —
«Dice egli bene, che in Venezza
dades».— Alberto O. de Castro, Flores de si ritroverebbero tutte le spezie delia cas-
Coral, 133.
p. sia lignea». — F. Sassetti, p. 318.
i^eííere,
191L — «A partir da confluência dos 1770. — On trouve de la fausse cannelle
dois grandes braços do rio de Sauguém, connue en Europe sous le nom de cassa
que fica junto da cassabé do mesmo no- lignea, à Timor, à Java, à Mindanao;
me». —
José E. Castel Branco, Boi. &. G. mais celle qui croit sur la cote de Mala-
L., XXIX, p. 364. bar est fort supérieure». Raynal, His- —
1912. — nConstruiu
na cassabé um toire, i, p. 305.
grande Dharamsala com a denominação 1786. —
«Cassia lignea dei Malabar
das Baronezas de Peruem». Diário de — o scorsa di Cannella silvestre». — Fra Pao-
l^oticias, de 20 de Outubro. lino, Viaggio, p. 54.
( AmANÍÍA 2^0

-
'
SUMBA. E o mesmo que açn- 1Ú63.- cas*
iuJia, V. D" "11^ Z/fví/ tanhas //,/,// «is e
..„ (},
:is vezfg coaidao»». — (jarcia da Orla,
<8ftn8C. kiLsumbha. ("ol. XX\1(f.

— «Lancoas de outra espécie mais


1788. — Cada carga do castanhas de
ill
1613.
r. sii I'll, iici ir. ariifi ruii il:i terra, Ofl*
Jaca, doze reis». — ColUo-àu de liatidot,
- Ma- I, p. 4a
s
Síalaca,
1873. — «Dentro dos bagos, que se co-
; .') fructo, encoijf ^s .semen-
fl. lõ.
m) que s2o casta-
16%. — «In índia tain haec planta, quam nhas, n.stas eSo também eum. snveis co-
lur ro.«5(.nj.'í ex ejus floiibus confectus
Castumba vocatur». Kumphius, Hrr- — zidas ou assadas, da mesma maneira como
as castanhas do castanheiro, e no gosto
arium Atnltiinense, viu, cap 38.
tem una longes d'estas, o que provavel-
l*»r»fi -_- "Tlie most prevalent Indian
mente originou o seu nome portuguez».
comes directly
lie Icustívi
fvrit Husumba». Watt, — — Hernardo da Costa, Manual do Agricul'
tor, II, p. 149.
i.v C i..i:.c,cial ProducU, p. 277.
1886. —
«-As sementes da jaqueira, co-
nhecidas pela denominação de casta-
CASTA DA LUA (em sánscrito cAan-
nhas, dào preparadas de diversos modos,
dra-vaih(;a). Xoino duma dinastia on e constituem um bom alimeutoa. Lopes —
raça de reis indianos, que se presu- Mendes, A Índia Porttigueza, n, p. 141.
me descender da lua. Dividia-se em XIV. —
"Et bene quingeuas casta-
ramos, Yádavas e Páuravas, neas contiuet ejusdem saporis; quando
ioÍ8
ridentes do Yadu e de Puru.
sunt coctae, bene comestibiles». Mari- —
guolli, apud Gubernatis, Storia, p. 152.
sta do sol. Ainda hoje há rajás 1444. —
"Hanno poi dentro vn' altro
, ue pretendem proceder do sol e da fruttu ventoso, di sapore et di durezza co-
me lã castagna, a modo delia quale elle
si cuoconou. —
Nicolo di Conti, apud Ra-
«E ao menguate carta (ne) da músio, I, A. 341.
e corenta pardao»». Simão — 1578. —
«Partieute este fructo con cu-
mbo. p. 25. cbillo de vna ponta a outra, se muestra de
"Mnudou solicitar os reis de dentro todo bianco, y carnoso, repartido
1'' ri. > ;• r ilur, e <> Mangate Caimal, e todo en capsulas, o receptáculos, llauiados
" .;atc Casta de lua, e outrc*^ Se- castaAas, mas largas y mas gmessas que
-, e Caimaiá". — Diogo do Couto, los Diitiles; y blancas cíe dentro como laa
.
». VI, vui, 9. castanas ordinárias». Cristóvão da Cos- —
1767.— "Finalmente destruídas as Igre- ta, Tradado, p. 2*>5.
ja, .. ,. < i. ,;_•., .1, .,!..., ,](. Ht-iigala e Pegu 1586.— «... 11 cui seme sono ccrte CBS-
I Rey da lua. ..•.— tagne, che, cotte, sono ai gusto dulcis-
I. .ilariu-^ Ilist.dt S. Do- simeu. — F. Sassetti, lAtUre, p. 270.
mingi», IV, j) ti64. 1652. — «Cest vn sac qui en enfeime
1
"'.*"* — < I i ' :i o «f'U uomf do d'um prin- plusieurs autrcs pleins de miei, dans les-
', a lunar» — oliveira qiit y a des chastagnes». — RHa-
1.S il

' z do« Mu ret, p. 83. tiiiu de la Chiue, p 22.


16.')H. -~- «Castanea ut et nucleus re-
• CASTA DO SOL. É o mcpmo quo nÍ!< «.villi figurae sunt, hie tenui pellicula,
^uriai'anca, q. v. " et spongioso corticc cinereo
— O. Piso, liidíac Utriusque,
1- IJl.
'
tu Uso, ei

CASTANHA DE ÁGUA lin^M. uxiter


te-
i^tisid iiu ^ui| c
chestnut). K o íruto d<' J rapa bispi-
'i.t III" tiea
— l* Fernão (ie Ijuciroz, Con- nosa, Uoxb., da família das onagrá-
ceas, que habita na índia c na China.
«•cn the miíifortunc of O fruto nasce debai.\o da água docd
o sabe h castanha.
ue
}'">•' =K- " >Un-kok
'are«. — Heber, NarrcUtve, u, p. 4 .
. .: iM it {Irava

• CASTANHA. IXi^i le
",- - — .-. -.y-.v I- •««»3.

termu na índia a »ti ci, _, CASTAS. Os |>ortagueReH servi-


issim como por tbago* se entende ram -se d^ste vocábulo da sua lingaa,
o saco polposo qae o envolve. adoptailo d«'j)itis por outros euro*
19
CASTAS 226 CASTAS

peus, no sentido de «espófie, raça», comunidades políticas, amiúdo em


para designar o peculiar sistema so- guerra entre si e com
os aborígenes,
cial de divisão do povo que voga na salientou-se paralelamente e com
índia*. Duarte Barbosa (151G) cha- mais rigor a divisão das principais
ma-lhe «ley de gentios»; — inas em classes profissionais, já agora muito
mais do um j)asso em[)rega a pala- desenvolvidas. As famílias que so
vra casta de tal modo, que ób\ia- dedicavam ao ministério do culto,
mente se conhece a fácil e natural com o seu vasto e complicado ceri-
transiçflo desta i)ara a acepçSo téc- monial, que demandava instrução
nica: «Estas saom fidalgas e de técnica e aturada, chamaram-se brã-
boa casta» (p. 316). «Se algua de hmanas. A classe que se exercitava
casta do Nayres era [erra] em sua em armas por longo tirocínio e for-
ley, e ho Rey ho sabe primeiro que mava a corte do rei, e defendia a
seus irmãos e parentes, mandaa to- tríbu o alargava o território, tornou-
mar e vender fora do regno» (p. 323). se nobre e denominou-se rãjanya ou
«lia afora estas gentes acima bonze kshairya. A
massa geral do povo
leys do outras mais baixas. .guar-
. {viç), que mantinha o estado com
dandose de misturar bua casta com tributos, e se ocupava em agricul-
outra casta» (p. 334). tura, criação de gado, indústrias e
O sistema de distinções sociais da comércio, teve o nome de vaiçya. Os
índia, que tem dado ensejo a nume- çudras continuaram a empregar-se
rosos tratados e largos debates de em misteres baixos, às vezes como
orientalistas europeus, evolveu-se, escravos.
desde os tempos rigvédicos, esponta- Assim emergiram quatro castas
neamente, sensim sine sensu; funda- se primárias sacerdotal, militar, popu-
:

em parte na distinçcão de raças, em lar, e servil, que se dividiram e sub-


parte na de profissões; perpetua-se dividiram em numerosíssimas outras,
por endogamia, e implica várias res- produzindo um vasto labirinto de
trições religioso-sociaes, entre as mais de três mil agrupamentos. E
quais avultam o exclusivismo do sa- atribuíu-se-lhes origem divina, fa-
cerdócio, a incomensabilidade e a zendo emanar o bráhmane da boca,
intangibilidade ou incontacto físico. o chátria dos braços, o váixia das
Não há dúvida que, cora o decorrer coxas e o sudra dos pés de Puruxa
dos séculos e com 'a tendência ingé- ou Brahmá (Rigveda, x, 90).
nita dos índios ao exagero, a classe E então, não sendo varna ou côr
sacerdotal concorreu poderosamente critério seguro, prevaleceu o termo
para estremar as diferenças, satu- jãti, «nascimento nascimento discri-
:

rando-as de religião e munindo-as minativo, forma de existência deter-


com sanções legais. minada pelo nascimento». Um
indi-
O primitivo nome vernáculo da víduo pertence a uma casta porque
casta é o sânsc. varna, «côr», sendo nela nasceu, qualquer que seja a sua
brancos (çukla) os árias conquista- tez, fisionomia ou ocupação. V. em
dores, o escuros os aborígenes con- especial Artur Macdonell, Vedic ín-
quistados, dãsas ou dasyus, que fo- dia, s. V. varna.
ram reduzidos à condição servil e Tão arraigado é na índia o senti-
chamados comummente çudras. mento de castas, que o maior obstá-
Quando porém as tríbus áricas culo que os seus habitantes ofereciam,
se expandiram das ribanceiras do e oferecem, à sua conversão ao cris-
Indo para o sul, na índia central, e tianismo era a perda da sua casta.
organizaram regularmente grandes E muitas cristandades ainda a con-
servam a de Goa só na endogamia,
:

1 «Sono divisi in sei specie, che li Por-


isto é, nos casamentos dentro da

toghesi chiamano caste». P. Tomba (1774), própria casta, e em certas irmanda-



apud Gubernatis, p. 88. des exclusivas; as do Malabar e de
CASTAS 227 CASTAS

íadrasta pooco diferem, sob este modo, e ordem em suas geraçfias, que o
''•'•'''^ .....,, .o 1..
ser çapateiro, nem o
nem o alfaiate carpin-
. ....> outros». — Damiio da
1
cuttU e atú cumiuigatòrios Góis, (Jhron. de D. Manuel, i, cap. 42.
1572:
Nflo falta qaem suponha, sem
ne- «Doaa modoí ha d« g«nt«, porque a nobr*
Xairtt chamados aam, • a menos di^a
nhum fundamento histórico, que as PolioM tem por nome, a quem obrii;a
castas indianas sflo na sua origem A ley nao meetorar a eaeta «ntiga.
ti e que existiam no país
^
Desta aorte o Jadaioo pono antifro
n: ... mvasflo dos árias*, sendo
...
Nam tocaaa na gente ae Samaria».
CamSea, Luriadat, tu, 87 • 89.
'rto que os drávidas sâo mais adic-
>3 às suas distinções e aos seus pri- 1602. — «Em todo este Oriente ha coa-
tro oeataa que precedem a todas as
ilégios. Há ainda uma casta profis-
mais. Quanto as oaatas, o mayor im-
. .

sional de ladrões na costa da Pescaria, pedimento que ha na couversio dos gen-


denominada kallar e considerada tios, he a superstição que guardão em soas

honrada I
castas, sem se poderem tocar, commoni-
car, nem misturar com outros, como supe-
É
opinião geral na Europa que as riores com inferiores os de vm rito com :

astas sflo o cancro da índia e a os de outro» •. Diogo do Couto, Déc. V, —


principal causa da sua decadência e o TI, 4.

estigma da humanidade, como se nâo 1607. —


«He o empedimento principal a
Buperstiçam que tem estes Gentios de cuy-
essem existido análogas distinções
.
darem aue recebendo a fee se fazem de
tmtre muitas nações antigas, como casta Daixa dos Franguft, ou Portugae-
Egipto, Judea, Grécia e Roma, e nâo sesu. .«Mas desprezauão a ley, que pre-
.

existam entre algumas modernas, gaua hauendoa como ley de gente baixa,
pois a tinham os Parauas, e os Portugue-
como na América do Norte entre os ses, aos quaes pde no in6mo lugar das
brancos e os pretos, na Africa entre castas e gerações». — P. Fernão Guer-
08 boers o outras raças. Roberto 182 e 106. reiro, Rdaçam Anncd, fll.

Ca^t diz (Tlie Cnfttom knotcn in Bri- 1667. «Em algumas partes desta —
Provincia os gentios se distinguem por
ti-' '', Vama, or Jati):
gerações e castas de maior ou menor di-
«i -j - - ver na instituição gnidade-., e guardão tam supersticiosa-
-

das castas um mal tão profundo co- mente, que nenhum da casta mais alta
mo so imagina. . . Parece-me que, na possa comer ou beber com os da mais baixa,
que se o faz, logo perde sua casta, e pre-
Europa, as classes da sociedade se minencias delia, e fica no gráo e honra do
dispfliem em camadas horizontais, mais baixo com que comeo». Primeiro —
emquanto na índia a separação se Concílio de Goa, in Archive, iv, p. 8.
faz no sentido vertical». F.Queiroz 168Õ. «Tem esta gente tal costume, —
«que os nobres por nenhum caso nem agoa
^ Dubois, abaixo.
hão de beber em casa de outro inferior ;
como também o da casta baixa não lhe
l.'lfi. —
«Aueis de sab. todoho pôde chegar á porta, e de fora hade pedir
M.i .iriar ha dezoito K-yi» natu- o que quiser».
rats, i-ada húa apartada úhb niurH.s, c tanto,
-
João Ribeiro, FateUidade —
Hiãtorica, I, cap. 16.
qne uom ae toquaom hCaa com haa outras,
iob pena d< '" — -'^ ! -laa cos 1687, «Para todos os ofiçios mecâni- —
de mercancia e do culto d< los, '

fiuendaa».- o.
hA castas particulares, com :

a- '

1502— a...
jes, e < . t' considerando o gemo aes-
eador, o tecelio i-
tasg< ui dados são ao descanço...
neira qae oa o6i *
into hiia particular proai-
liahagún para li
se não forão obrigados por
troa, nem commu odtotd, • iMiuiua se dispusera a seguir as
•asas*. — JoSo de i'i I. n, .'.
artes mecânicas de mais trabalho. Os
1666. — «Estes Na: .i>< castas
. •

le gente qoe ba nu Malabar tem tal


1 sNoi rasAniento.i t)or ticnlium modoflS
podcti O
• tCaitf U tirobably Dravtdian in origin çapat< t o
and r\ -
>re the Aryan invasions». mesmo . - i(0
— Hon,
'

I
'ox, in Thr Modem Be- teue muit" ' iie-
«iff, de betembro de lHir>. publica E<ipar( »ua«. — U.
CASTAS 228 CASTAS

excessos porem da soberba gentílica, e de quatro castas fundamentaes, duas nobres


Buas superstições, deprauarão o bom uso e duas plebeias. As nobres são Brahmanes
desta divisão de castas; que uem a ser e Charades, as plebfúas os Vaixas e os <S'm-
hum dos mayores obstáculos para os con- dros. A estas castas .são atribuídos os
uerter a Fé de Christo». P. Fernão de — quatro serviços sacerdotal, militar, indus-
Queiroz, Covquista de Cnjlào, p. 16. trial e servil». —
Id., A índia Porttbgucza,
1694. —
«Huns erão, como de ouro, Prín- p. 25,
cipes, e illustres outros como de chumbo;
; 1585. —
"Son ambos de vn Rey moro de
em frase da índia, c&sXa baixa; huns, co- Casta Malaya, y no obstante la gente de
mo de marfim, brancos, como os Portugue- estos reynos son Gentiles». Fr. Joan G.—
zes outros, como de ébano, negros, como
; de Mendoça, Hist, de la China,.]}. 361.
os Ethiopesu. —
P. António Vieira, Xavier 1655. —
«Frà li Gentili deli' índia, per
Dormindo, p. 328. ragione di profissione, ò esercitio, corre
1697. —
«O gentilismo se divide em va- quella distíntione, anzi inolto maggiore, che
rias castas, ou linhagens entre si tam li Hebrei per ragione di sangue, o discen-

diversas, como se cada huma delias consti- denza, hebbero dódici Tribu. II medesimo
tuísse huma nação differente, ou fosse es- popolo, neir istessa Communità, si divide
pecifica, e não individual a sua distincçâo: in pluralítà di Caste, che vuol dire sorte,
porém de todas juntas com boa ordem re- ò conditione, senza ammettere communica-
sulta o corpo de hum Reyno, ou Republica tione, ò tratto di familiarità fra di lore».
perfeita. Todas se vem a reduzir a qua-
. . — Fr. Vinceuzo Maria, iagyio, \ p. 264.
tro fundamentaes, que são Brâmanes, Ke- 1676. — «Une Caste est à peu prés
tria, Oyxes, e Sudros». P. Francisco de — parmi les Idolatres, ce qu'etoit ancienne-
Sousa, Oriente Conqidstado, I, i, 1. ment une tribu parmi les Juifs». — Taver-
1716. —
«Todos 08 officios, que ha na nier, Voyages, iv, p. 106.
índia, se exercitão por homens de certas 1700. —
«On appelle une Caste I'as-
famílias, que elles chamão Castas, de semblage de plusieurs families d'un même
sorte que nem os que são boys, que he o rang, ou d'une même profission». Lettrea —
mesmo que acarretadores, podem ser ou- Édifiantes, v, p. 17.
rives, nem estes ferreiros». Ârchivo — 1702. —
«Les Castes sont dans ITnde
Port.-Orietdal, Supplemento, ii, p. 10. quelque chose de comparable à ce qu'es-
c. 178â :
toient les Tribus parmi les Juifs». —Ibid.,
•Dizes, qiie he má Nação, que he ra^ta abjecta, III, p. 187.
Fructo de enxertos vis ? Irra Tu montes
Vai ver-lhe os seus papeis: sSo descendentes
1782.
!
Presque tous les Etats de I'Eu-
; —
rope, u imitation de Ilude, admettent des
Do solar de Hidalcfto por linha recta».
distinctions dans leur Corps civil; et nous
Bocage, Obras Poéticas, t, p. 85.
qui blâmons, sommes-nous plus justes et
1825. —
«A quarta casta divide-se em plus sages; n'avons-nous pas nos Cas-
tantas outras, quantos são os oflicios, que tes?», Sonnerat, Voyages, i, p. 63. —
são oitenta. Nesta divisão acham os ín-
. . 1786. «Le tribu Giàdi o Varna, dagli —
dios duas vantagens: l," fazer o numero das Europei malamente chiamate Caste, so-
artes necessárias ; 2." não extinguir as no multe: Le nobili sono quattro: i Brah-
precisas. Os filhos, em virtude desta lei, maui, i Khetria, o ràgiaprdra. i Vaiahya, e
só podem exercer os officios dos pais». i Shiidra». —
Fra Paolino, Viaggio, p. 230. —
José Inácio de Andrade, Cartas, i, p. 29.» 1825. «Je considere la division de —
1880. —
«E depois d'isto a classe pas- castes comme le chef-d'ceuvre de la legis-
sou a*casta propriamente dita; e a casta lation indienne, sous plusieurs rapports;
bramánica assentou as pretenções de su- et je suis persuade que si les peuples de
perioridade sobre origem divina». —
Vas- rinde ne sont jamais tombes dans un état
concelos Abreu, Boi. S. G. L., ii, p. 210. de barbárie, si, dans le temps que la plu-
1883. —
<.Das numerosas castas india- part des autres nations qui peuplent la
nas, as primordiaes são as dos brahmanes, terre y étaient plongées, I'lnde conserva et
dos padres a dos kahatryas, quetris ou cha- perfectionna les arts, les sciences et la ci-
;

radas, dos guerreiros ; a dos vaisyás, ou vilisation, c'est uniquement à la distribu-


vaixàs, dos negociantes e agricultores ; e a tion de ses habitans en castes, qu'elle
dos sudras ou sudros, dos operários e ser- est redevable de ces précieux avantages».
vos». —
Adolfo Loureiro, ATo Oriente, i, —
P. Dubois, Mceurs des peuples de I'Inde,
p. 152. I, p. 22.

1906. —
«Pobres espíritos que nascem, 1815. «C'est trop peu encore de dire —
vivem e morrem apertados no círculo de que pour un homme la perte de ses droits
ferro das suas crenças no líniitadissimo e de caste équivaut en príncipe à la mort
estreito campo das castas, hojo tão nu- civile. Le malheureux, qui est dans ce cas
merosas como os officios e misteres, que ne peut ni hériter, ni contraeter, ni dépo-
não podem confundir-se, nem mesmo apro- ser en justice ; ce qui est bien cruel enco-
ximar-se». —
Hipácio de Brion, Duas mil re, il est rejeté de la société commune,
léguas, p. 110. aussi bien que prive de ses droits de ci-
1908. —
«Os indígenas dividem-se em toyen. II ne peut se presenter à la maison
CASTIÇO 229 CASTI8M0

•;>> namit.-f iliiví-nt «'vití^r ir.7(> — nPnr mhfiçn a pruxo rommum


na-
1'ay
ir ilaii:» lau- 1 nac ido na Ilidia, <'U em Por*
. p 178 !'ier oiitro p^jmpeo, e mSy
(Ste, Tlio artificial divi- Iii.l.a £>< !i 'iropeo;epor
iri Imíin, tír*t ma<it" kr^w?» castiços <^{ue tem hum
utru da Kuropa: e fallando
> hfi o qae está no primeiro

b li:is bccii rotamecl uii'l-.T castiço,


that it was the native i diver-
N caifwood, Â Diction, of Englith sa». — r r. JáriuTo (!' i'fus, ^ mninho dos
Frades para a Vida Eterna, p. 177.
Caste . . Properly used only c. 1788:

.

z of classes of men in India. • Vinde anlvar dest«a Pardaea eattiçoii


-
tock: a nainr ^'iven by Aa searaa de airoa, por rós gR"'
ijist'S of men in India».
Mas ha! Poupai lhes as filhas
Que ellaa calpa n&o tem, tem :..

Bocage, Obrat Potticat, i, p. 115.

1842. — «Os filhos delles [portugneícs]


ou nascidos na Índia, mas de puro sangue
iid Portuguez, castiços, o que corresponde
•d á denominação de creovloa n'America me-
ridional . (>8 epicbetos de Castiços,
mistiços, e Canarins são olhados como in-
re are only foar castes juriosos entre os filhos da índia». Annae» —
md the fifth is not all'-wcd, Marítimoã, p. 111.
have at least five hun- 1ÓN9. —
nLes enfens nez es Indes de
ivii castes are more uiar- pere et de mere Portugais sont appelez
iii artvt!;iti'_' ••l.~<-'>. — The Castisi, et ne resemblent pas mal aax
Portugaisu. —
Linschoteu, Ilistoire. p. 57.
]<»iri — «of th. ibitinn» im- 1G5.Í. —
«Les Castissos sont ceux qui
caste ru
' •
nós de père et mère rei- niot '

witli do caate (race); ilssont les


!
a
tal, wtiilf tlif jir'ilii-
1. .i.mIs». —
Le Gouz de la Bou..... .^yar > , .

iween a man and wo- get.

caste is secondarj'». 1720 — «... or the oflfspring of the


same by native women, to wit .Mistices
and Castices, or blacks». Val.'utiin. —
CASTIÇO (s. m. e Filho de
adj.). in Gloêtary.

nascido na India. • CASTISMO. Doutrina. no


'» do adjectivo por-
ou pundonor da casta; or- ;i

'i de «puro de denado da casta própria. •CASTISTA


heterogénea». (subs.'C adj.), aferrado às distingues
mo
'
caiu
'
—em desaso, sendo sob-
*
r adescen-
-
de castas ; apmxonado pela casta
própria iis castas. Sâo ter-
:
'

rtd« por-
.
mos cori a Ooa.
1913. — aMas voltando ao castismo —
do seio do ••'' •• - '•'fe-
()« Bflo, em
aloniâo o holandês, rimos em ' sa
'
rasanientoa entre europtms contra o .^. ... ido
d<- oastista tro
professor ''"! O
i:)77. muitas Portq- Ultramar
.lá. co- 1914 - .enas em TÍ8tade>
monstrar que na cleirâo se nSo haviam
arrastado ]i<di castismo» — O Oriente
i- Portuçuts, XI, p JWÍ
1HÍ4. — «Ainda nflo se extirpou o pre-
d') castismo. causa do no^so atraso
tantas aiiitivwid.^d»"» •• di-r'sdini^Aes
attcr;ia.s*. — '' to.
"K poaaivti .
vm
Pyrard de La- ?arte iodiTÍduos ubacdiadus peia laea OSS-
CASTURI 230 CATALÓ

1915. —«As alianças da fámilia nSo se ou recevoir le Casturl». — La Croze,


subordinam a preocupações ou exclusivis- Hist, dii Chriitianisme, p. 181.
mos castSstas c sim a paridade da edu- 1786. —«11 CauturI, cioè, il toccare le
cação moral e social». — Heraldo, de 16 de mani dei Sacerdote dopo la Messa era il
Novembro. segno delia paceu. —
Fra Paolino, Viaggio,
1916. —«Fechado o parêntesis que de p. 136.
indústria abri para o conhecimento dos
senhores castistas da minha terra, que
# CATA (persa-ár. fakhta). Pombo
até o são, pelo menos os ilustrados, apesar torcaz, na Síria.
de saberem que as mesmas castas são
produto de mestiçagens mil». — Ibid , de 1
1663. —"Lá já perto da Syria se acham
águias reaes, falcões, e uma infinidade de
de Setembro. certos pássaros, a que os turcos chamam
1917.— «Houve na ortodoxia hindu quem cattás, maiores que trocazes estes por :

considerasse funestos os princípios do cas-


prejuízos». —
falta de arvores criam no chão, e como são
tísmo e previsse os seus
muitos, a cada passo se acham seus ninhos
Heraldo, de ií6 de Maio.
e ovos, que servem de refresco aos que
#CASTUR (s. m.). É o mesmo que fazem caminho por aquelle dezerto». —
P. Manuel Godinho, Relação, p. 102.
almíscar. Uo sânsc. kasturi, corrente 1830. —«Le poete. dit que, lorsqu'il
. .

nas línguas modernas da índia e do cherche une cisterne pour se désaltérer, il


>A.rquipólago. V. Influência. devance le kata, espèce d'oiseau qui vole
en troupe, et qui indique par son vol aui
1664. —
«Quoylaca, Castúr, Aguila, Árabes des deserts les lieux ou il y a de

Calambá, Marfim, Cayolac, Tafuci, Bei- I'eau». Silvestre de Sacy, apud Michel,
joim, e Chumbo de Camboja». — P. Fernão Poesies Orientates, p. 142.
de Queiroz, Hist, de Pedro de Basto, p. 11, v. # CAT ABA. Aposta que se fazia no
Guzarate sobre o êxito do litígio.
GASTURI. Beija-mão do caçanar
ou sacerdote dos cristãos de S. Tomé.
Do guz. khatabha, «fim, conclusão».

Não sei a que língua pertence o vo- 1548. — «As catabas, que se soyao a
cábulo. levar ás partes, que são como apostas que
fazem as partes que trazem demandas, ey
1599. — «Nem os sacerdotes.poderão en- por bem que ho nom facão, nem as aja ahi,
trar em sua casa nem dar-lhe o Castupi e catual julgará as partes sem isso». —
até com effeito trazer os ditos meninos ao Archivo, V, p. 19.
bautismo». —Sínodo de Diamper, in Ar-
chivo, IV, p. 353.
# CATABIRA (jap. katahira). Ca-
•O costume de tomar as mãos o Caçanar baia japonesa, feita de linho e usada
mais velho a todos os outros que rezão no no estio.
choro acabado o officio divino, e de todos
lhe darem o que chamão Casturé, con- 1569. —
«Veo seu filho de dentro com
tem em sy conforme os costumes deste Bis- hum vestido muito rico, e húa catabira
pado symbolo, e significação de caridade, branca muito fina, que me mandava el Rey
communicação, e amor fraternal». —Ibid., aquillo, pêra que logo o vestisse, e a Lou-

p. 423. renço outra catabira muito fina».
1603. — aTodas as vezes que na Qua- P. Luís Fíóis, Cartas de Japão, i, fl. 274.
resma, que pello discurso do dia e noite 1582. —
«... e húas catablras,, que
entrauão na Igreja, em que os Caçanares são certas camisas de Japão». —
P. Gaspar
estavão cantando o officio divino, tomauão Coelho, ihid., ii, fl. 34 v.
antre as palmas das suas mãos as dos sa- 1640. —
«Visten [os laos] cabaya seme-
cerdotes erguidas beijavamlhas em sinal jante a la catabira dei Japon, poço fal-
de paz, e obediência, e a isto chamauão dada, pêro suelta». —
P. Semedo, Império
dar, ou tomar o Casturi». —
Fr. António de la China, p. 229.
de Gouveia, Jornada, fl. 60.
1701. — «Em sinal de paz com a Igreja CATALÓ. Leito, na índia. Do con-
beyjavão as mãos dos Sacerdotes, meten- cani-guz. khãtlo. Em
concani diz-se
do-as entre as palmas das suas, e a isto comummente khãtlem, forma demi-
chamavão tomar o Castúri: o que não se
nutiva.
concedia aos excommungados, e desobe-
dientes». — P. Francisco de Sousa, Oriente 1727. — «Catalô. Nome, que na índia,
Conquistado, ii, 1, 2. e na China se dá aos Canapés, ou pregui-
1724. — «Toutes les fois qu'ils entroient ceiras. Comummente os Catalós são de
dans I'Eglise les jours de jeíine, ils y trou- charão enrotados» (cobertos de palinha).
voientles Prêtres assemblez qui chantoient — Bluteau, Supplemento.
rOffice divin, et leur donnoient la benedi- 1886. — «A mobilia consta apenas de um
ction: Cette ceremonie s'appelloit donner cataió (leito) ou estrado de madeira as-
CATAMARAN 281 pATANA

sente sobre quatro pés de 0",3 de altura». 1700. — «Un pécheur assis «ur un catl>
— I^pes Mendes, Á índia Poriugueza, ii, maran, c'est-a-dire i-

p. 136
1901. — .. -
' ... de bóia ensemble en n
» Èdijiantes, x, p o<i.

camas dos iii': - «Un vaisseau qui s'estoit brisé


— Josó Piuhí'11 . / .-> II /, , \.\, y. i>. sur M- stracel, leur founut du bois pour
I

1908. — »KiUil,
tatu- ou leito (em Goa faire une espece de gatimaron (c'estun
Cataló e Cátii)- Alberto O. de Castro, — radeau qu'on fait de IMauches et autres
Fiares de Coral, p. 139 bois liez ensemble), sur lequel ils oserent
1917. « —
cama de ferro de colchão . . braver lea dangers de la Mer». — Ibid^ iii,

de arame 1; cataló* 25; cadeiras com as- p. 70.


sento de palhinha 3«. O Ultramar, dv 1 — 1786. —
«Candimaram, cioé due soli
de Janeiro. legni uniti iusieme, sopra i quali monta U
Mucavem ignudo, e lavorando con un remo,
CATAMARAN. Jan^'ada de trt's ou passa le onde feroci, che battono sala
quatro pranchas, usada na custa de spiaggiau. —
Fra Paolino, Viaggio, p. 170.
Choramândel. Uo tam. kattumaram, 1826. —
«The catamarans, however,
I found I bad no idea of till I saw them.
kattu, tligadura», maram^ «pau» *.
They are each composed of three coco-tree
1687. — «Passando
aquele estreyto ca- logs, lashed together, and big enough to
nal, em
uarias embarcações de remo, e ca- carry one, or, at most, two pei sons».
tamarAes (que he húa jaug.ida de paos Heber, Narrative, ii, p. 205.
le em pouca agoa tomào terra) 1860. —
«The Cattamaran is common
en A fortaleita». — P."
FernSo de to Ceylon and Coromandel». — Emerson
p. 362. Tennent, Cn/lon, i, p. 142.
hzerão auizo
ihe poluora, e
'A"X_ i!i.;i;i:ini" CATANA; catana (p. us.). Espécie
u catamorões». Id., p. 517. — de espada curta, alfange. Do jap.
i--" J — ...Iaii;,Mtl;i5 li' ^
'
"
katana. Muito vulgarizado nas coló-
chamam catamaran, nias portuguesas asiáticas o africa-
'

iiavio, *' '.nidips u'- pil.^, <ju u^.iiiu"


de uma \ ., as governam muito nas. Na índia designa particular-
bem». — Au'ii'. i..)ureiro, No Oriente, ii, mente «faca comprida e larga». Nâo
p. 224. tem nenhum fundamento histórico a
1913. — «Catamaram, m. Bra«. Pri-
procedOncia italiana, quo se tem
mitivo salva-vidas, que foi talvez ponto de
partida para a construecãó <\<> snlva-^ddas aventado; as primeiras abonações
BitiiaU. Cândido de — I indicam claramente a origem da pa-
15ti2. — •• Alcune t iq Nega- lavra. CATANADA, golpe de catana ;
patão] fatte à somiglianza delle nostre V. Influên-
(fig.) repreensílo severa.
z.iMa!'- ecu sette traui funili legati iii-sieme
e di dette ,
cia, e Gonçalves Viana, Apostilas *.

r fondo, uno •
1582. — levandolhe de presente hfia
è di me/zo,
I

I altri, ilqualtí catana, que fora do pai, que valia mil e


t'r\ uno sperone, e un .Tltm (luliiliciitos cruzados». — P. Gaspar Coelho,
1
Tacnua, Japa", II, fl. 34 e.
• ne il fj! «É
todos com seus alfanges, ou
-
catanás, (que silo espadas de JapSo ar-
cadas e de hum ^ó porte, e o punho mui
iuiat>j Gata- grosso e '"ias milos)». —
moronl .
^ ai projiosito
I

!
P. Luís 1

iiiei '

.\rmciru» não os ha ra?lhoros


1»)(K»
te, I no il< -< que assi cortam pelo nosso
nli.rtii,
llll.l Ul l^UflICU. ferro as auaa cata nas, como por lenho
brando». —
P. .Joílo Lucena, Ili-ftoria, vii,
I'M» Of^tta- cap. 6.
marans
I. .f ti...
1619. —
«NSo sabem dar hum ^asso sem
f
V ijús, catanas, bots, larins,
— Krancisro R. Lubo, C\nie
ri<i .-ti'ir>i, I '1 ,il IX.
liita, I, p. 74. 1622. — «Por ser o touro muito bravo,
mandou o capit2o o matassem i» oatMlA-
^
«AlfTQuns dclle!« .te meteram em alma-
i.s quaes i ^ M
vy, pomi i .ita- 1 Confonne Ooncalvr» Viana, eatamar
u.ii juuiAs» (no Mr, (-11. Ul à.»'"'i. < -ffjtmt qaere dizer no H;'v._r-' \f\r Korvi ,.

Dec da Turre do Tontòo, p. 113. COO) a gadanha*.


CATANDUR 232 CATE

das, ao que se defendeo elle, de maneira, tandur (espécie de arganaz)». — lyjpes


quo o u5o poderão matar». —J. F. de Al- Mendes, A índia Porttigueza, i, p. 118.
mada, Hiet. Tragico-maritima, ix, p. 40.
1634. — «Neste tempo h/i no caminlio *CATAPANEL (sing, katapannay).
vçndas de comer para os peregrinos os Pequena erabarcaçUo de Ceilão.
quaes botão naquela cova ou boca Cata-
nas, ou alfanges, e adagas, e outras ar- 1612. — «Matarão huma grande soma
mas de ofterta». —
Hist, da Igreja do Ja- dos gastadores, e lhe tomarão huma em-
pão, apud Cristóvão Aires, F. M. Pinto e o barcação chamada Catapanel". — Diogo
Japan, p. 1-Í6. do Couto, Déc. VII, i, 3.
IGSf), — «Manuel Rodrigues... levou 1687. — «Fazendo alto na aldeã Deltôta,
uma catana que trazia e dou de repente depois de ajuntar, com bem de trabalho,
no capitão com ella uma grande catana- alguns tones e cataponeys, embarcações
da». — António Bocarro, Dóc. xiii, p. 3()1. daquele rio, partio pêra Diagão». P.Fer- —
1650. —
«Dos quaes trinta nioiroram não de Queiroz, Conquista de Ceylão, p. 752.
gloriosos martyres aos fios dacatana». — 1750. —
«Intentando Manuel Gil em-
António F. Cardim, Batalhas, p. 65. barcar no porto de Panituré com doze sol-
1694. — «A catana no primeiro golpe dados em huma pequena embarcação, a que
fez tão nióç'a na cerviz do potentís-
pouca chanião cataponel, antes de chegarem à
simo Atleta, como se ella fora de aço, e a outra parte do rio, receberão algumas
catana de cera». —
F. António Vieira, cargas dos Hollanclezes». —
D. Luís de Me-
Xavier Dormindo, p. 348. nezes, Hist, de Portugal Restaurado, ii,
1694. —
«No tempo porém de peleja p. 488.
para offenderem, além do mosquete erapu- 1913. ~ «Kattapanels are mentioned
nhão a catana, ou alfange». —
Noticias in Baldaeus, p. [paterj I cannot find the
da Cochinchina, p. 9. word in use to-day, but it occurs in the
1697. —
«Feyto o sinal referido, saltarão Will of Canahara Mudiyanselage». — P. E.
nelle às pedradas, e devia ser a mão tente, Pieris, Ceylon, i, p. 516.
porque logo o lançarão por terra: e depois
de o verem cabido, o fizerão em pedaços # CATAPUNE (sing, katapiin). Ou-
com golpes de cata nas». — P. Francisco tro barco de Ceilão.
de Sousa, Oriente Conquistado, II, I, i, 1.
1718. —
«Só possam querellar perante o
1614. —
«E pela alagoa, por partes que
tinhão ainda agua, deitou muitos catapu-
Ouvidor do crime das causas da morte,
nes, que são embarcações pequenas amar-
aleijão, feridas penetrantes de faca, e es-
radas humas ás outras, feita huma grande
pada, catana, arma de fogo, falsidade e
testimunho falso». —
Carta do vice rei, in
jangada carregada de gente». Couto, —
Déc. X, X, 2.
Archivo, Supplemento, ii, p. 74.
1874. —
«Porém esta ultima particulari- CATAR (persa-ár. qatãr). Recova
dade somente se nota nas catanas da
corte, e falta na grande maioria dos sabres
de camelos ou de mulas. Lara Em
dos samourais, que são propriamente de compõe-se, conforme António Ten-
guerra». — Pedro G. Mesnier, O Japm, reiro, de sete mulas. O termo vem
p. 289. registado no dicionário de Domingos
1885. — «Na mão traz quasi sempre ou
Vieira.
um maxim, espécie de catana, com que se
fazem as capinas, ou uma zagaia». — An- 1529. —
«Ha nesta terra muytos reco-
tónio F. Nogueira, A ilha de Js. Thomé, in veiros, tem cada sete, ou quartoze, ou vinte,
Boi. S. G. L., V, p. 415. e huma muUas, e a cada sete, se chama ca-
1640. —
«Assi como de los Japonês se tar, que quer dizer recova: e dizem, he
dize que no se podrian governar sin ca- recoveiro de hum catar, ou dous, e an-
tana, se dize de los Chinas, que sin bambu dâo a ganhar por toda a Persia levando as
era impossible governar-se». —
P. Semedo, mercadorias, de humas cidades para ou-
Império de la China, p. 126. tras». — Itinerário, cap. 3.

Catanar. V. caçanar. CATE


(s. m.). Peso usado na Ma-
lásia ena Chdna, equivalente a 625
CATANDUR (cone. kãtãndur). É uma gramas. Um cate tem doze taeis e é
espécie de arganaz, que se encontra centésima parte de pic?íí. Do malaio-
na índia o cuja carne se come — Em francês e inglês catty,
-jav. kãti.
Paradoxurus ti/pus, Couvier. em chinês kin ou chin.
1842. —
«Os catanduros são uma es- 1514. — «Depois vieram com cartas, e
pécie de rato bravo, que habitam os forros dous cates douro que ham de pagar era

das casas e são damninhos». Annaes Ma- cada hum ano; e fez-se elRey de pão va-
rítimos, p. 270. salo dei Rey noso senhor». Rui de Brito,—
1886. — aPacmazoro (gato alado), ca- in Cartas de A. de Albuquerque, m, p. 217.
CATE 238 CATE

1589 — «Dose oates de ralambueo em which is one and twentie of our ounces*.
} .ta *]>' tv — «Com tri- — John Davis, in C'
i 'm cates mo, que sSo 1610. «Fue a< — <mi el pezo dc

I trnaoPmto, /*e- la c.'i- -' III" »-ii cada cate,


'

que !!»>. I'edro Tei- —


jiesa 'em MaUca] o dito xeira, II' iii'ii'it'tt. j> ^i.
— «...
;.

c at' . — António Nunes. Lyvro IfliO. mais assez bon nombre de


'•"•• ne donnent à moins de 14 et
^n'ils
metendo de lhe dar cada le cati qui est de 28 onces».
-

.1.. ..Vw..);..ncia vaso de um Í.J Ueaulieu, Mémoirea, p. 45.
oates, peso quo I(>;n. n —
en cantidad de mil cat-
. — Joào de ilar-
.

tes ique son treinta e nuevo arrobas)».


.


I. 4. P. Semedo, Império de la China, p. 18.
venderam hum oate, que 1640. —
"1^8 poids de Cattes .sont les
-. 1500 cruzados». — Garcia mesmes par tout le pais». Relation du —
II. Japon, p. 28.
• E mandou dar trinta oa-
lhe
tt s rita, que fazem três mil Cruza- «GATE. *cato, cacho, catechu.
hicinto de Deus, Vergel, Extracto damadeiradeCATECBOEIRA,
ll2l. - .daremsimi- Acacia »unia, Kurz, e àe A. sundra,
lhr»T:''-> ^ada, 2 ou 4 D. C. Também é conhecido por
m. q. mas
v.j t terra japónica», nomo que. segando
iihor, manda Yule, lhe foi primeiro dado por
catez jU' lazem 50 arra-
i ditFtTfnoa. he n»*cessaria Schroder om 1654: t Catechu, terra
>rque a come japónica, genus terrae exoticae». O

'

se cria». i
cato 6 um dos ingredientes do afa-
.lurto iJiKtr, i^oKtcran de Tratadoê,
mado raastigatório oriental. Cate ou
'

VI I 52.
H81. —
«A mpia vale 320 réis [em Ti- cato é do concani-mar. Aãf<sfinsc.
mor]: o pieo tem 100 cates e o cate kvatha ou kvãtha; cacho ó forma
630 ^'
-
Jost- dos fjantos Vaqui- — dravídica e malaia, kãchu; catechu
'
.

nha- L II, p. 734. ' ,


é o composto de cate e cacho. Cauchu

"---.."..ilec-
<ia-
(goma elástica) é diferente de cacho
. ,.. de quanto À natureza e etimologia.
prata 1 kate ou (4:800 réis), V. Gonçalves Viana, ApostUaa.
tu- lllll.i

1516, — e asy outras mujtaa dra-


. .

lias que nós nom conhecemos, e em


tes, tòui., IV, p. .i'.'4.
.íca e China saom nmyto estimadas, e
ITmC» ]] :".
r. sc :i(. «nitin-stimo i^ .
i. Ill j^raude valor, silicet, cacho, pueho,
• cates e muyto encenso, que vem de Xaer». —
que se- Duarte Harbo.sa, Livro (2.* ed.», p 2.'<9.
-i se diz ter sido 1542. —
«Royamalha, açafrío, cacho,
.III divor.s.i- jires-
myrrha, perçolana». Fernão Pinto, Pere- —
; 8C grinação, cap. 145.
, iuó, l.')52 — «Dropa de Cambaya, que cha-

1

1,1., 12. nijo cacho e pucho» (em Malaca). Cas-


lf(7** "I.a ("infnra df Tlnmco por ser tanheda, Ilintoria, II, cap. 112.
jKJr 1554. —
•() /xiar d.i cate, qn'
(. ul)». Onnur' rhamSo cachO. Im> em i

l ,,-;•... .... ho a to «!> ponoi». — Autóuio Nu-


1.'.«<•- .\ i^ nes. . •< l'f»»f. p. 22.
anil' ': c mcz- \b\\:à. - «K áteroft de todos pe chama
ZH* cate o em MaUi-a cato; c alguns variSo
1,.- '
! .

nome |)ouco». Garcit da Oris, —
ZS%I
Cott .
— '
( .ito. que he a
(1. 1 irifw». —
1 ,..-, Arru<v> /•;
riu I um 1782 — "I <*hamada
.- ft... - - tem tain-
1
«• hinao Auntp. — índia boaques s
.... ,. • . . .„.u..-., .cu psu »e j

-«Their pound they call a Cate, fss o cato, o servo para pildea ê outrsa
CATE 234 CATELE

obras de pau duro». —


Fr. Oiemente da Keersal {kirsal), a crystalline substance
RessuiTeiçSo, Tratado, u, p. 32. found embedded in the wood, much after
1788. —
«Neste contrato entrarão as the same fashion as Barus Camphor». —
rendas dos palmares do Sarcar, oatte, Watt, 2'Ae Commercial Products, p. 10.
tabaco, dos direitos miúdos e seus auue-
xos«.— Apud Júlio Biker, Collecçâo de Tra- CATELE, cátel, catle, cátere, ca-
tados, VIII, p. 323.
tre (indo-ingl. cot). Todas essas va-
1840. —
«Cato'. Massa composta de de-
riantes ocorrem nos nossos india-
cocção de certa arvore (coire) com mistura
de farinha de nachinim». —
F. N. Xavier, nistas, em exacto paralelo com betele,
Collecçâo de Bandos, p. 131. hétel, betle, bétere e betre. Do cátele
1843. —
«Nenhuiiia pessoa poderá culti- ou formou cátere (p, us.) ou
cátel se
var legumes, fabricar ferro, e cato nas
catre do mesmo modo que de betele
referidas províncias, se não os que tiverem
domicilio permanente». —
Ibid., ii, p. 12. ou bétel se fez betre, por intermédio
1886. —«Obtem-se pela decocçào de de betle. Catre entrou na linguagem
pau-ferro, uma substancia secca e friável, comum, emquanto cátele e catle se
com sabor fortemente adstringente, deno-
minada cato, catechu, ou terra japonica circunscreveram ao vocabulário luso-
asiático *.
de muita applicação (segundo as qualida-
des) na pintura, na medicina e na tintu- A
palavra catre tem passado por
raria, mas o seu principal uso consiste em
muitas significações. Os que actual-
misturar i)equenas porções com o betle e
areca». — Lopes Mendes, A Índia Portu- mente vogam são: camilha dobradiça,
gueza, ii, p. 247. cama do viagem, leito tosco e pobre.
1901. — «Manná purgativo, tamarindo, Na índia designa uma espécie de
cate, lacre, gengibrew. — José de Macedo, machila ou maca de lona, suspensa
Boi. S. G. L., xriii, p. 543.
— de um varal por meio de cadeias de
1578. «Cate (assi llamado vulgar-
mente en las índias, e en la China, o Cato, forro e transportada aos ombros
como algunos le llaman en Malaca, en por quatro homens. Mas antigamente
donde se gasta en muy grande cantidad, também se entendia o trono dos reis
porque se come, y se masca de ordinário
con el Betele) se haze de vn grande arbol».
do Malabar, o qual era em forma
— Cristóvão da Costa, Tractado, p. 147. de estrado ou divã ricamente pa-
1586. —
«L'albero detto Cadirà, dei cui ramentado ; e pequeno leito orien-
legno fanno gl'indiani il Catu nasce da de pés baixos e de armar
per stesso in tutta la costa d'India». — tal, fácil
como vinham da
e desarmar, tais
F. Sassetti, apud Gubernatis, p. 219.
1589 —
«lis font des gasteaux d'Areque China.
et Bettele y meslant du bois de I'arbre Quanto à origem, os lexicógrafos
qu'ils appellant Kaate». —
Linschoten, seguem em geral Fr. João de Sousa,
Histoire, p. 109.
— que indica o persa caiei, «cadeira ou
1631. «Hoc unicum addo. Malaios, et
praesertim Chinenses, si quando Areccam assento de madeira», por étimo do
et Betele masticant, parum Lycii ipsi port, catei, que diz ser palavra an-
Cate dicti admiscentes ad praeservatio- tiga e pouco usada, e abona com
nem non solum; sed et corvoborationem Damião de Góis, que se refere ao Sa-
dentium et gengivarum». —
Bontius, Hist.
Naturalis, p. 95.
morim. Da minha parte, não conheço
1750. —«lis y joignent encore du Ca- tal palavra do persa, que tem kursl
chou noir parfumé, qu'ils portent dans les e sandali para «cadeira ou mocho».
f)etite8 boêtes; il est d'un bon gout, et ils E a cadeira não é o mesmo que cá-
e regardent comme un provocatif pour les
tel ou catre.
plaisirs de Tamour, en le prenent à part».
— Grose, Voyage, p. 341. Não falta, porém, quem derive o
1754. — «Selon d'autres Auteurs, la base port, catre do idêntico vocábulo cas-
du Cachou est une Gomme qui se tive telhano, que o Dicionário da Acade-
d'une decoction épaisse d'un certain ar-
bre». — P. de Charlevoix, Histoire du Ja-
mia Espanhola regista com o signi-
pan, I, p. 293. ficado de«cama ligeira para uma só
1908. —«There are said to be three
forms of this substance (1) Dark Cate-
chu or Crdch, chiefly used for industrial * Cátele e Catre
« Catle, Catei, Signi- —
purposes (2) Indian Pale Catechu, or fica o leito, se faz a cama. He vo-
em que
kath, a crystalline substance en ten in cábulo que nos veio da índia». Cardeal —
pan [= betle] or used medicinally ; and (3 j Saraiva.
CATELE SS6 CATELE

pessoa», «• deriva de «rrontro, por dormto, mas está de joelhos chorando de


alusión à los cuatro pies *. '
bruços «obre o catele». Femlo Pinto, —
Ferforinaçàn, cap. 214.
Mas o moro facto do ex; em i
1552. —
«As mais das casas erSo Iaura«
castelhano de um termo portuj^uCs das de mercenária, e douradas, e oateles
< '
?lo é critério se:
' '
; e laurados de pedraria baixa»
' —
(la, Historia, xin. cap. 8.
pois tamhCm
,
\.
i.'.»i. —
«... e lhe [a D. Joâ<» III] pose-
eõco, 711(1 u t/a, palanquim, bada, ben- mos o Bentinho de Christo, sem outra cousa,
gala, bazar, rota, c uaitas outras sem vestido, nem habito, e o posemos em
palavras asiáticas que se lhe trans- hum catele sem alcatifa, nem nada, onde
"

via do português, do •
esteve ate trazerem o ataúde». Fr. To- —
e muito mais quo • ) — — mé de Jesus, apud C. Castelo Branco, Noi-
te* de Insomnia, i, p. 36.
as rtu-ebcram outras línguas euro- 1H13. —
«Acabou a Madune que man-
peias o »< lir/iTUM-i n/uiii'Mi'lM til I'.'i >ii-it'n. dasse trazer os feridos cm oatelleSi e
a todos mandou por hum rio leaar ha Cota*
tífica.
(em Ceilão). — Francisco de Andrada,
Vê-se ciaraih' ro- Chron. de D. João III, it, fl. 38.
nistas que os \»
ram primeiro o termo no Malai>ar e
„ co-
II. — Cátd:
com relação aos assentos ou tronos 1552. —
«Estaua no cabo da casa lan-
çado em bua camilha cuberta de pano de
dos seus reis. O autor do Roteiro,
de seda, posto em hum leito a que elles
diz 'ha (p. Õ8):
'
chamão catei O Çamorij posto que no . •

«El em húu pa- ar do rostro recebeu Vasco da Gama com


tim de costas ein buúa camilha». E graça: tinha tamanha magestade, e assi
estaua graue naqnelle seu catei : que nSo
Jerónimo Cardoso já sabia em 1563
fez mães mouimento para elle quando lhe
que catre era de origem indiana, falou que leuautar a cabeça d'afmofada, e
de 8Í acenou ao Brammane que o fiz —
''
pois regista no sou io catre
' '

da índia, com o ..» latino assentar em hús degraos do estra<l


«fulcrum Indicum» '.
f> .

Jue tinha o catei». Joio de Barros, —


>éc. I, IV, 8.
E de facto, o tamnl e o malaiala 1557. —
«El Rey estava lançado em hum
possuem kattil com o sentido de oatel (que são leitos quomo de campo)
«leito, sofá», derivado do sânsc. cuberto de hum pano de seda branca, e
ouro, bem laurado, e por cima huu sobre-
khatta, que deu khãf em concani e
ceo de jaez». Damião de Góis, Chronica —
marata e o deminutivo khãtlèm, aleito de D. Manuel, i, cap. 41 *.

tosco o pobre». O étimo de catre é,


portanto, o malaiala kattil (assim
líl. — Catle:
iftila o '''h') e o cone. t'
' 1552 —
«E hum catle lavrado de pe-
draria falsa, porem muyto rica e galanto.
.'V. Co, .',.

L Catele: — f><-Tr! h'aa cortinas de seda branca da China

com ouro de pãov.


i Castanheda, —
, ,,, -.-,,> %.
afoi : I catle com hum pano
em ' > « iiniip.i !• 1'iuiit.'*
,
> aluiotadas do mesmo
cou- i -In Cartas de A. teor, en islar assentado. .. O
^ J97. Rey de > -'a i;i lançado no catle».
dtí >. ,.

ao Gonemador ríqaa — Commentarios, ii, cap. 44.


cou ..
11

• •-'" '<nf foy bum OB- 1707. — «Assim moribundo veio em um


teie ci< la, cotua riqa, catle, muito arrependido recebeo todos
e
com var^ — Gaspar os iiacramentos, o dahi poucos dias falle-
Ciirrfia, J^truias, 11,
,

p. ilH.
t-Jí».
eco». —
V Manuel de Miranda, O Ckr9-
ir>.'.l. — «E v\\v m«' rrspoiídeo, uonca nista de Tisauary, iii, p. 207.

1B4H. •Indian bedsteads or Cadela*.
— Vau Tuist, in Glossary.
• Ckãrpã o — <M1'- t'Tii .| i:itr. 1-*
O nome persa de >i< i(" t:: 'larpSi
MP11
.

em hiodustaiii. ti and
a. .-
Oado '
r»dor
Nte < u igoRl»
D* oatrA «i^úa DO 1 t<'V'> • no l»uuri. tlll'1 I lilHI I li

CamOM, Imtimiim, m. 67. Ceylon, ii,


p
CATELE 236 CATEM

rV. — Cátere :
comeres, aposentos, e catres, tudo de
graça». —
A2md Fernão Guerreiro, Rela-
1535. — oOs cateres em que dormem çam Annual, fl. 91 v.
suas mulheres são cubertos e chapados de 1609. —
«As camas em que dorme a
prata, e cada mulher tem seu catere em gente nobre [na Etiópia] são catres com
que dorme, e o delrey he chapado v for- precintas de correias de boi». —
Fr, João
rado, todos 08 paos douro, seu colchão de dos Santos, Ethiopia Oriental, i, p. 375.
tafetá, e travesseiro redondo laurado pel- 1613. —
«E aqui entra um catre dou-
las cabeças daljofar groso, e quatro almo- rado, um sombreiro, um habito de Christo».
fadas do mesmo theor pellos pees». Chro- — — P. Luís Mailauo, Relação, in Boi. S. G.
nica de Bisnaga, p. 61. L., vir, p. 345.
1563. —
«Mandou [o rei de Cocliim cm 1689. — «Huma cruz de pao a cabeceira
1500J recolher os feridos e doentes em hu- do catre». — P. Fernão de Queiroz, His-
nia casa grande, a que mandou deitar em toria, p. 479.
camas em cateres em que dormissem». 1694. — «A cama em que se encostava,
— Gaspar Correia, Lendas, i, p. 217. era hum catre percintado de cordas de
«Mandou ao bergantim a Cananor dizer cairo; que são as entre cascas de coco e
ao feitor que á pressa despejasse muytas huma pedra por cabeceira». —
P. António
casas, e buscasse cateres pêra os feri- Vieira, Xavier Dormindo, p. 100. «Con- —
dos». —
Id., p. 604. tadores da China, catres de tartaruga».
1603. —
«E assim cheyos de azeite es- — Id., Arte de furtar, p. Mi.
tão duas ou três horas sobre hum catere, 1815. —
«A saber, catres lacreados,
e dahi se não lauar, ou em suas casas, ou e de cairo; colchas, colchões, travessei-
tanques públicos, de que todo o Malabar ros». —
Archivo, v, p. 1015.
he cheyo». —
Fr. António de Gouveia, Jor- 1578. — ^
«Assi que entre las muchas y
nada, fl. 64. difiFerentes mercancias, e cosas que vienen

V. — Catre :
de la China, son muchas difterencias de
vasos de Plata muy ricamente labrados,
todo servicio de casa e lechos, e catres
1525. —
«Entrando no corredor [do pa-
para dormir». —
Cristóvão da Costa, Tra-
lácio] estava híím catre pendurado no
ctado, p. 251.
ar por hiias cadeas de prata, o catre ti-
nha os pees de húas lynhas douro bem fey-
1578. — «Vengono di là [índia] legnami
da letti,che e' domandano catrl, depinti
tas que não pode ser milhor, os travessões
di diversi colori, e tali miniati d'oro di
do catre forrados douro, defronte deste
catre estava húa camará, onde estava
gentilissimo compasso». —
F. Sassetti, />«<-
tere, p. 116.
outro catre dependurado por huas cadeas
douro; o catre tinha os pees douro com
1637. —
«Digo catre, que es el made-
muyta pedraria, e os travessões forrados
rage de la cama». —
P. Semedo, Império

douro». —
Chronica de Bisnaga, p. 120.
de la China, p. 12.

1534. —
«Cadeyas catres bacios outras
1660.— «Cattle. Letticciole portatile».

miudezas para .as casas dos mandarls«. — — Mgr.


148.
Sebastiani, Seconda Spedizione,
p.
Cristóvão Vieira, apud Donald Ferguson,
Letters, p. 73.
1786. —
«Dentro non v'è altro che un
— «Põem Kattila, o letto con una stora di sopra su
1535. o morto em catre en-

ramado cuberto de flores». — Chronica de
cui dormono».
p. 148.
Fra Paolino, Viaggio,
Bisnaga, p. 76.
1548. —«Hum catre avalliado em oito-
— * CATEM, catim (s. m.). Conta
centos réys». Tomás Pires, Materiaes, in
Boi. S. G. L., xvi, p. 703. corrente; posse ou usufruto de pré-
1577. — "... quando adoecem, deitados dio sem título legal, em Goa. Do
no chão, ou quando muito em hum pobre cone. khatém, pi. kkatim; mar. khã-
catre». — Primor Honra, e fl. 72.
1593. — «Hum catre da índia era douus
tem.
mil — Tomás Pires,
réis». 710. loc. cit., p. 1840.— «Catens ou Catins (os bens
1600. — «Recolherase no hospital elle de raiz, que possuem por longíssimo tempo,
dos enfermos, e pobres, e ali tinha sua sem Pottó, ou titulo algum)». —
Collecçâo
cella, cujas paredes eram esteiras tecidas de Bandos, i, p. 97.
de palma, dentro estaua huma mesa pe- 1845. —
«Catens ou catins. Bens —
quena, e nella hum Crucifixo de pao da de raiz possuídos de longo, não interrom-
casa de S. Thomé cuberto com hum veo, e pido tempo, sem Pottos (títulos) d'afora-
hum breuiario, auia mais hum catre de mento ou arrendamento». — Annaes Marí-
cayro com huma pedra á cabeceira». — timos, p. 249.
P. João Lucena, Historia., iii. cap. ii. 1867. —
«Uma copia por certidão da
1601. —
«Hum quatre da China dou- conta corrente ou catem da fazenda pu-
rado, avaliado em seys mill réis». To- — blica das aldêas em que ella possuir algum
más Pires, loc. cit., p. 723. interesse». —
F. N. Xavier (filho), Collec-
1604. — «Antes lhes da os primeiros çâo de Leis, p. 74.
rATíST.irA 287 CATTUL

r.'ltj. — "1' ir o luU'reeso do 1511. — «A c.-ia iiiooda Ca-


capital repr. "las tangas, are- tolioa, e d'esta fez uns < )S do
i>. catin», oracouvcr-
«*tc.,
' 1. . j, viiiii- rcatjsu. —
s» — Herald", de 4 de abril >. II, p. 256.
1.../-. — «v iin.. p.-rtiijiueses douro.- p
* CATERINGOTO. Ágape quo os cinco cruzados, e cinco catholicos '! .

oristilos do Japjlo faziam por turno da moeda de Malaca, de mil e coreula ;á


cm suas cusas. Do jap. kataringoto,
cada hua. —
Castanheda, Historia, iii,
c. 145.
1566. - «Os CliristJloB de Vóinuro fazem 1553. —
«E de ouro fez hua ao moeda
--*-r'" -r»to, e dom Bertolameu chamada Cathoiico, de valia de mil
vcz por via de oate- reaes mui fermosa de vintequatro quilates
«.iwiU* dt Japão.
,

de leiu. —
João de Barros, Déc. II, vi, 6.
i^iiiijuiu" -
1557. —
«Pareceo a todos bem que a
Faca larga, em forma de
• CATI. moeda do ouro pezasse hum quarto de
tundiá, que tem de valia mil reis autrr :;
meia-Iua, empregada pelos tlavra-
.

a que puzeram nome Catholico». t " - —


dores» de jmlmeiras à aura para à})a- mentarioê, iii, cap. 32.
rar a tspatu. Também so entende 1566. —
Fez moeda de prata do valor de
por cati o imposto quo cada lavra- mil reaes, a que chama Malaquetet, e douro
do mesmo peso a que pôs nome Catholi-
dor pagava antigamente. É termo —
cos». Damião de Góis, Chronica de
dravídico, katti, adoptado em con- D. Mautid, III, cap. 11).
cani, marata e guzarate, kaU.
* GATONA. E o nome indo-portu-
1615. — „Q"
--tavam no mar, lhes
...1 .

guf'S de ambaló ou ambaró, q. V.


deceparam a a golpes de caty,
ni>í. Mi„ iii5,-
.. ._ como uma grande Nâo pude saber a sua origem nem
Dosaas, mas de aço excellcute, vi o nome em algum livro.
io e bem obrado vem da costa de ;

e corta excellentemeute». Py- CATOPA. Assim grafado, ocorre o —


i^aval, Viaorin vocábulo na Década IV ; mas con-
i, d. 71.
Ibiy. *C'ada — paga «eu
jecturo que Diogo do Couto teria
-
*^

oathy nu ãilahfi ' langa, 16 leaes ..

de —KtgwKHto de Nuno Vaz escrito catapa, em conformidade com


^a^• '). o mal. katãpaiKj, nome vernáculo da
1T»2. —
«Serve aqui igualmente para «amendoeira da índia* Tennina- —
alimpar e dar fio a taeaa, caty, etc.». lia catappa, Linn. Domingos Vieira
Fr. (Jlemente da Kessurreição, Tratado, ii,
p. 3iy
reproduz o termo e diz-nos que ó
18Ó2. — «Caty — Instrumento de ferro uma «arvore do Ternate, em cujas
de forma semi-circular, com cabo do mes- folhas se cria um coleoptero, que os
mo metal, pelo lado da linha recta». — indígenas suppõem ser a folha trans-
F. N. Xavier, Botrptejo liUtovio, iv, p. 4.
IK'iS. «O ex< — a dita Com- ; '
formada» .

munidade fde ch.i


rem sonit •
:iuha de pode-
~
Lvra- '
'
1602. — «A
porta da fortaleza de Ter-
nate, estáhua fermosa aruore chamada
(lores dt l>rug
ou ;.- 'de
Catopa, de que caem liúas folhas mais
pequenas que as gerae.s, cujo pé he a ca-
ado
iiiii
beça de hum bicho, ou borboleta, e o talo,
(at iK-a-
rcH ". — o corpo, e as veyaa que procedem d'elle
pép p mSos, c as folhas azas, com que logo
An.. ...
"ando perfeita borboleta, e folha*.
1-4.1. .

IV, VII, 10.


SC
liquid')
SflVriíi
<i jiam oat-
,
i.Ki.N — «T. Catappa. Linn TL
'

dian Almond. deciduous


ty... -A . . .V laií:e i

lf<*MJ. — i

tocai
<lt'Vt'-«f
ixiiiii.i, i>pii i.iii \ IH .11 111' v'.iBi" — »i .1 1 k,
com o cabo d«* oaty •tu <lotB mt'
The {Jotnmercial Product»., p. 1073.
até ficar rt-donda e tl«'xivfl".~L ,

dea, A índia Pirrtugutta, i, p, 187


CATUAL; quetual (p. us.). Empre-
CATÓLICO (8. m.). Moeda ái^ ouro. M» na In'"
*
mandada runliar por Afonso de Al- luo ((lU* '

l)u<[U' ique em Malaca, a qual valia ou ttlgUIua^ das seguinte»


mil r-'is. idipff (l:i ii(ilíii;i i\:\ iM.id»'. .
CATUAL 238 CATUAL

do8 mercados, juiz criminal, gover- 1572;


«Na praia um Regedor do reino estará,
nador da cidade. Do persa kotual, Qne na sna linçrua €iituHl se chama,
«commundanto da fortaleza», <sân8c. lloileado de Naires que esperava
Com desusada festa o nobre Gama»,
kota, «fortaleza», e pala, «guarda». Camões, Ltisiadas, vii, 44.
1346. — «Na primeira assenta-se o Al- 1591. —
«Notefico-o assy ao escri- . . •

catuali que he o Amir dos tem


porteiros, vão das auenças, catoal, meirinhos e mais
estrados altos á direita, e esquerda da justiças e officiaes». —
Alvará do vice-rei,
porta, em que estão os mamelucos alfarda- in Archivo, iii, p. 335.
darias, que sào os guardas do palácio» (do 1607. — «Forão de tudo auisados os Pa-
imperador da China). —
Ben-Batuta, F»a- dres pello Catual, que era a justiça mór,
gtnSf II, p. 377. 2ue sempre os defendeo». — P. Fernão
1512. —
«E Cojequy, mouro qultuall e ruerreiro, Relaçam Annual, fl. 142.
tanadar de Goa, ao quall dey estes ofícios 1608. —
«Tem-se-me representado que
por seus seruiços e fieldade». —
Afonso de ha muitos iuconvinientes em se servir o
Albuquerque, Cartas, i, p. 63. officio de catual que ha n'essa cidade [de
1515. —
«Neste tempo nos acudio o filho GoaJ por homens da terra, e muitos nova-
do catuaa o mais velho com cem homens ; mente convertidos». —
Carta Regia, in Do'
e este catua senhor he como goveraador cumentos da Índia, i, p. 206.
dos mouros». — Pedro de Faria, ibid., iii, m. 1805
p. 122.
1539. — «O cady
«Debalde o Catnal, cnja avareza
e catual e ienedar e Thesouros me alisorve insaciável.
pouo e mando de todoa cidade será do Esperanças vendendo a preço de ouro,
diuão e 08 portugueses por amor de suas Debalde tem mil vezes maquinado
Dos atrevidos Nautas a ruina».
cousas requererão ao tenadar e catual e
Bocage, Obras Poéticas, vu, p. 11)4.
o tenadar e catual as coisas dos portu-
geses farão por direito dos portugeses». — 1883. —
«O catual era o guarda-mór
Apud Júlio Biker, CoUecção de Tratados, dos paços reaes e tinha, como direito inhe-
i, p. 86. rente do seu cargo, poder de mandar im-
1546. —
«Ey por bem que o dito meiri- mediatamente cortar a cabeça áquelle que
nho daquy em diante não entenda com ne- sem sua ordem entrasse as portas do palá-
nhum mouro ou mei'cador do dito Ormuz... cio». —Bulhão Pato, Portuguezes na índia,
por quanto ao catual delles pertence isso p. 15.
pêra os castigar». —
Regimento de D. João 1571. — «Deinde post aliquos dies ve-
de Castro, ibid., p. 192. nit ad Gamam vir quidam primarius, qui
1548. —
«As catabas que se soyao a le- jus illi genti dicebat. Appellant illi huno
var ás partes, que são como apostas que magistratum Catualem». — Jerónimo
fazem as partes que trazem demandas, ey Osório, De Rebus, i, p. 116.
por bem que se não facão, nem as aja ahi, 1588. —
«Al dismontare se gli fece in-
e o catual julgará as partes«. Archivo — contro il Catual vno di quelli, che ren-
Port.-Oriental, v, p. 19. dono raggione a' forastieri con vari canti,
1552. —
«Saio Vasco da Gama com doze e con gran multitudine di soldati». —
pessoas em terra onde o recebeo hum ho- P. Maftei, Le Istorie, p. 52.
mem nobre a que elles chamâo Catual». 1615. —
«KutewaI vient audevantde
— João de Barros, Déc. I, iv, 8. moy, accompagné d'une grande suite, et
1553. —
«Veyo pedir a elle Affonso d' Al- precede de 16 Drappeaux que Ton portoit
buquerque o officio de Quetual da cida- à la teste de sa trouppe». —
Thomas Row,
de». —Id, II, VI, 7. Relations, p. 7.
1554. —
«E a Renda canoeta, que he 1631. —
«Regimen hujus civitatis et ter-
d'um percalço que tinha o catual» (em ritorii est penes gubernatorem, judicem
Baçaim). —
Simão Botelho, Tombo, p. 156. qui Cahi [vid. cadi^ vocatur, et Cutwal-
1557. — «E o seu Catual Gouemador —
lem». De Império Magni Mogolis, p. 21.
da Cidade, e dous Caimais mortos». — lt)66. —
«Saliò nuestro Capitan en tier-
Commentarios, ii, cap. 17. ra, llamado del-Rey por un Catual (esto
1563 (1498). —
«Veo a receber o Capi- es Governador) y llevo consigo doze Per-
tão mór o Catual da casa d'ElRey, que souas». —
Faria e Sousa, Asia Portuguesa,
he Guarda mór de aeos paços, que se al- i, p. 35.
guém entrar onde estiver El Rey sem sua 1666. —
«On voit dans ce Maidan plu-
licença, logo á porta dos paços lhe man- sieurs petits bâtimens quarrez élevez en-
dará cortar a cabeça». —
Gaspar Correia, viron de trois toises, qui sout des Tribu-
Lendas, i, p. 98. naux pour le Cotoual, qui est le Juge
1566. —
«O Catual dei Rei, que he criminal». —
Thevenot, Voyages, iii, p. 25.
quomo corregedor da corte, lhe mandou 1676. —
«11 le fit porter à la place du
dizer, que era alli viudo pêra o acompa- Couteval, qui est comme une barriere
nhar ate a cidade de Calecut». Damião — ou un Prevôt rend Ia justice à ceux du
de Góis, Chronica de D. Manuel, i, quartier». —
Tavernier, Voyages, ni, p. 95.
cap. 39. 1763. —
«The CotwaI is the Judge
CATUR 839 CATUR
and tice in crioiiual cases». I

_() ry.
1 JatoiJal, ou Kotoiial, Liea-
teu.i (if I'olice, dans riude«.
^'i

Au(|ui;til Uuperron, Legislation Orientaie,


iudice.

• CATUALIi (hindust. katuãn).Os


noss '
nistas empregam o termo
pai;^ nflo «o ofício de ca- ar,
tual»,mas certos direitos que se
pagavam à barreira, sob o título
originário de manutenção do catual.

1514. — nQuetual mandaj dar pêra os


alifantes cada dia
meia darroz seis mios e
pêra seu inãtimeuto a custa das remdas da
quetulya». —
A. de Albuquerque, Car-
tas, Tl, p. 13Í).
1518. — «A fazemda da renda de ca-
tuolya ey por bem e mais serviço dei Rey
meu 8«'uhor nom se arrecadar pêra elle, e
se arrendar loguo a quem por ella mais
der». —
Archivo Port.-OrietUal, t, p. 19.
1554. —
nE a Renda da catualya, á
qual pertencem estes ramos st-guintes a —
saber —
a dos caçadores de Telauly, e a
dos pescadores de Telaulv e a dos leyteiros
e a das orylheiras de palha*. Simão Bo- —
telho, Tombo, p. 5.
«E o Ramo de oatoaly [em Baçaim]
l\2ófedeas-. — Id., p. 141.
1691. — «Fazendo seus contratos, e dis-
tratos, sendo a maior parte delles Rendei-
r,.a .. /M,»,-, a «rritojí, como constava da
/

ão da Catualia, por
'"1 todos moradores».

1

J' T.

ll> ,^ ^, catoalya, orra-


cas, passos, sabào, antiáo, e todas as mais».
— Archivo, 11, p. 193.
1904. —
«A reuda de catoalia, que re-
caia snbre objectos meados». Ernesto —
Ferii jiinen do sal, iu Boi. S. G.
L,., X < ).

CATUR. Pequona, estreita o ligeira


muito usada indiana,
_, :. O termo entrou na ma-
rinha inglesa com a grafia cutter
'

'^0» ^ d*í passou para a


.sob a forma de cuter,
»>ni«> apiii«Ho nos Annaeê Marítimos
(

(lí>42), p. 287, et «/iÒi ».


E incerta a origem do vocábulo.
Yxúo confo^ísn que o nao pôde filiar
VIU ii'iihuiii i'liuMia indiano. Burton,

'
.rú
CATUB 240 CATUR

1514. —
«Eu disse em publico que nom 1712. «Catur.— Pequeno navio de
. .

qeriftvsar o alvará, que de'V. A. trazia, guerra, que em calmaria se pôde melhorar
pera os oatures daquele anno, que ec aly ao remo; e com vento ordinário, e à popa,
achasein, virem comigo». —
Ibid., iv, p. '20. nenhuma náo lhes dá alcance, nem lhes ga-
1516. —
«Trazem huus pequeuos barcos nha o barlavento com monção ordinária, e
de remo como bargatim... e asy com estes trazendo vela Latina, que na índia cha-
seus barcos rendem e roubaoni (que cha- mão Penão, e foy usada em outros tempos».
maom catures) fazem boas presas, de — liluteau.
que daom parte ha ho Senhor da terá». — 1894. — «Catures estreitos e pontea-
Duarte Barbosa, Livro, p. 348. gudos nas extremidades, como os savei-
1524. —
«E mandou tomar no rio dos ros». — Lopes de Mendonça, Os Orjihãos
Culymutys quatro catUPes nossos que de Calecut, 103. p.
tinhão feitos, e os trouxerão a Cochim, que 1510. — «Auchora v'è vn'altra sorte di
erão feitos muy sotís pera muyto remarem, vanno à vela et remi, et sono
nauilii, iquali
que lhe todos gabauão». —
Gaspar Cor- fatti tuttid'vn pezzo di luughezza di do-
reia, IjCndas, n, p. 820. deci et tredeci passa I'vno. et sono . .

1538. —
«Chegou hum catur de Diu aguzzi da tutte due le bande, iquali naui-
cora cartas de António da Sylveira, capi- lii 8Í chiamano Cathuri, et vanno avela
tão da fortaleza». —
Fernão Pinto, Pere- et remi piu che galea, ò fusta, ò bri-
grinaçâo, cap. J2. gautiuou —
Barthema, apud Eamúsio, i,
1547. —
«A nossa armada. era de sete . . fl. 161.
fustas e hum catur pequeno para serviço 1544. —
«Dedi etiam ad Praefectum lite-
de recados«. —
Id., cap. 204. ras, orans ut navigium majus, quod vocant
1552. —
«Andando ho goueniador hua Caturem, armatum pnesidio naviculis
vez em hu catur pequeno de Malabares istorum inermibus mitteret». S. Francisco —
diante de todos os bateys. vem hu pe- . . Xavier, Epist., lib. i, 19.
louro dhu tiro pequeno e pescou ho Ma- 1588. —
«E per schiuare le secche fu
labar que hia gouernando o catur». Cas- — ordinate a due Caturí, che erano come
tanheda, Historia, m, cap. 90. due galeotte, che tentati i canali rimur-
155G. — «Porque se metteu em um ca- chiassero la naue». —
P. Maffei, Le Istorie,
tur com um so pagem, querendo nisto p. 343.
tirar a cobiça que el-rey teria dos alabar- 1596.— «Biremes seu Cathures quam-
deiros». —
Lopo de Sousa Coutinho, JEfí«í. plurimae conduntur in Lassaon, lauae ci-
do cerco de Diu, p. 13. vitate». — Ilidia Orientalie, iii, p. 78.
1561. —
«Seu irmão indo na volta da 1742. —
«... to prevent even the possi-
ilha Çacotorá, em hum Catur seu, fez bility of the galeons escaping us in the
hua presa rica em hum nauio de mercado- night, the two Cutters belonging to the
res». —
Jorge F. de Vasconcelos, Eufro- Centurion and the Glouscester were both
sina, p. 125. manned and sent in shore». Anson, in —
1589: Glossary.
«Chegalhe juntamente neste ensejo 1823. —
«Captain Manning hoisted out
O ligeiro catur em que o Sousa liia». , one of his cutters with ten oars, besides
Francisco de Andrada, O Primeiro the quarter-master and the midshipman
Cerco de Diu, vil, 16.
who commanded, a handsome boat, and
1602. —
«Despedio hum catur muito making, from the appeareuce of the men,
ligeiro com cartas a Christovão de Sousa». and their discipline, a show little inferior
— Diogo do Couto, Déc. IV, i, 2. to that of a man of war». Heber, Nar- —
1613. — «Mandou diante João de Mello rative, I, p. 15.
da Silva em dez catures do Arei de Por- «Côtre. Ce terme du mot anglais cut-
caa que trazia a soldo por serem muyto ter (quivient lui-même du verb to cut, cou-
ligeyros«. —
Francisco de Andrada, Chron. per) designe un petit navire dont les fa-
de D. João III, i, fl. 83. cons coupent la mer comme le ferait un
1605. — «Say o
seu Capitam geral com couteauM. —
La Grande Ejicyclopédie.
hGa armada de mil velas, as mais delias
geleas [jalias], que sam buas embarcaçoens CATUREIRO. Arrais ou tripulante
de trinta remos muy ligeiras, e alguas ou- de catur.
tras maiores como catures, e outras que
chamam Cossas» — 1529. — «O Gouernador mandou Vicente
P. Fernão Guerreiro,
Corrêa, valente catureiro, em seu caÍMr
Jielaçam Annual, fl. 98 w.
— desmastrado, que foy espiar». Gaspar —
1651. «Despachou em um Catúr li- Correia, Lendas, iii, p. 290.
feiro, para que o lançasse na costa do
— 1577. —
«Mandou por capitio mor hum
ão». Jacinto F. de Andrada, Vida, Catureiro afamado». Primor e Honra, —
p. 139. fl. 46 V.
1694.— oSó se acharão no arsenal de 1593. —
«Não fará o ofíicial da matri-
Malaca sete fustas, e hum catur pe- cula desconto a nenhum capitão, mestre,
queno». — P. António Vieira, Xavier Dor- contra mestre, patrão, comitre, meirinho de
mindo, p. 205. gallé, despenseiro, catureiro, e qualquer
CAUUM 241 CAimiM

litro oflioial». —
fíegimaUo do vice-rei, in ves Kirimattie, appears near Keueraellia. •

[rchivo, V, p Kt50. and ill many of higlier ranges as well as


— —
t»'
'
!*i!*J. «E foiYpip f>8 dc Di'>5t* animas-
'

'
, — kJo An-

in tht; low country nt-ar Columbo».
son, Cffjlon. I,
Emer-
p. 31.
d' i.loii. 18i<j. —
«It seems to be a kind of greasy
lA>-. \ 1, ill, J. earth found in crevices in the rocks, the
v> Catureiros, que po- product of the dcsiutegratiun of the alu-
rn U*rra». — /rf, Dec. n, 12. j
mi nous parts of granite and other rocks,
outra ainetnde fez mercê and is probably the same substance as the
«.'idade, não pas- '
i kaolin or China clay used for making
s dc larins cada puicelaiu in the barbarous latitudes of
- /;(/*'/ U" vice-rei in Archivo. ( hiiia, and for filling up the interstices in
1)48. badly made cotton cloth in civilised Eu-
rope». — Howorth, History of tht Mongols, i,
lã p. 677.
1908. — «Kaolin, besides being em-
— ' de Aiidrada, Chronica dt ployed for porcelain, is utilised in the pa-
I ' , , V fl 1 1 (;o. per and eoap industries. It is sold in the
I noyte a casa de hum form of large lumps of a white or yellow-
catureyri •/"" Ii^vn. .U- .S. Pe- ish white colour. It tills up the pores of the
dro, df tai i" area,
: paper and gives a smoother and more
?[ueueyi)aii ,, , do, que , absorbent surface». —
Watt, The (Jonimer-
alecido*. i*. —
Fernão de (Queiroz, Con- eial Products, p. 330
quula de Ceylào, p. 491.
• CAULÓ. Parece que se depreendo
CAULANGE Fornao Men- (s. m.). do contexto que o termo quere dizer
des Pinto df^igna por este termo € marinheiro subordinado», em antí-

nm instrumento de música que figu- tese a mocaddo, que significa «capa-


iva numa farça que se representou taz»; e, neste caso, proviria do cone.
na cru ão, e que tinha ' " ' '
khãi/ló, «inferior, subalterno».
a pro luentar o pei- i

1577. —
«Favoreça os marinheiros de
xe. Nà" , ;i a que lingua pertence;
1
seu banco ou balhesteira, caullós e mo-
"1 " ' - ia temerário derivá-lo do cadões conforme a sua possibilidade». —
Primor e Honra, 126.
'(far, quo quere dizer tdes-
fl.

L. «». Conliocia o autor o


CAURIM (também cauri e cauril).
ii! io que qualquer outra
Pequena e branca concha do molusco
língua oriental, e aplica muitas ve- Cypraea moneta, qoe corria, e ainda
y**% 08 ieus vo<"'''")l<'« m ..liu^tii» de
hoje corro em menor escala, por
litros países. moeda em várias regI«Vs da Asia
Uuiay Austral e da Africa. Os ingleses
lava do charaam-lhe cowry e os franceses
C' oaulanges para cauri, coriê, caouri, kauri ou cowry. ^

c- OH ]'ci\fs • m fi" tii.ir».


— J'ln yi ,uw,ão, cap. 1G4 Declara Yule quo a mais antiga
men(,'âo de concha como moeda ocorro
CAULIM, caulino (ciiMi. n<i„-i'„<f}. em um livro chinês {íihuKiug) do
Sohstilncin argilosa de que se fabrica
século XIV antes do Cristo. As ilhas
a porcelana na China.
do Maldiva silo o principal produtor
'
lurins. que ao t<?nipo das con-
iH |»nrltigu»'Mas tT.nin om grau-
íln, ti
^ para
II Hl» I ... .. . ., , .
.
' para

.

'-•• de
Venecilau Morais, Ueugala. Eram considerados mais
.. p 96 ' - •' '
iiu' as moe-
17 iJ -- -I.u
is na com-
pia . io.
k Ali lAo
.

uulrc t!iit
encontrou na índia nenhuma deDO-
1

i.ne. au tou- ••>•'• -


. iii, p. 1.'78.
minaçflo !!• --"da, >
' -

d by tbo nati- abaixo U' aÍo


16
CAURIM 242 CAURIM

de Brion alade a. ama ínoeda, sem do sânsc. kaparda, 80.* parto de


indicar o nome nem o material de pana. V. Glossary.
que O feita, a qual, se nSo ó o bú- Em português emprega-se a pala-
zio, devo sor-lho inferior em valor vra caurim figuradamente por «ca-
:

oNos bazares de Lucknow circula a lote, pirraça», com os derivados


mais pequena moeda do mundo, pois caurinar e caurineirot) Gonçalves .

um anná que vale approximadamente Viana {Apostilas) sugere o motivo da


20 réis divide-se em 912 fracções translação do significado
;
«Figura- :

por isso em todas as ruas encon- damente, e cora certa graça, designa
tram-se os cambistas sentados de- o mesmo que calote, isto é, «divida
fronte de pequenas mezas onde se que se não paga», que o mesmo seria
enfileiram aos milhares as peque- pagá-la em caurins». E sabemos de
ninas moedas». Duas mil léguas, Barros que as conchas eram muito
p. 134. conhecidas em Portugal e tinham
João de Barros descreve minucio- pouca valia. Em indo-português «não
samente o marisco, sem mencionar dar um caurim» equivale a «nílo dar
o seu nome oriental, e ministra vá- um ceitil» Fruta caurim é o produto .

rias informações interessantes «E de Eugenia Zeylanica, Wight.


:

assi tem hiia maneira de marisco tcão


meudo, como caracóes, mas de outra 1345. —
«A moeda dos habitantes desta
ilha [Maldiva] he a concha marina que he
feição, e de hum osso duro, branco, vivente que colhem uo mar, preparam-na
o lustroso entre os quaes se achao ali em covas; e por si vai a sua carne, e
:

alguns tilo pintados e lustrosos, que fica o seu osso branco. Chamão elles a cem
delles saia, a sete centos aJfal, a doze mil
sRo feitos em botões com hum cerco
alcotta (vid. cota), a cem mil bosetv; e nella
de ouro, parecem algua cousa esmal- se vendem quatro bosetus por hum ducado
tada: dos quaes se carregão por de ouroo. —
Ben-Batuta, Viagens, ii, p. 271.
lastro muitas nãos pêra Bengala, e 1445. —
«Ouvi que pela terra dentro,
estes Azenegues, e ainda os Árabes em al-
Siilo, onde seruem de dinheiro, ao
gumas povoações suas, uzão conchas bran-
modo que entro nós serve a moeda cas, destas pequenas que vem a Veneza
meuda de cobre para comprar as pelo Levante, e dão certo numero destas a
cousas meudas da praça. E a este seu modo, conforme as cousas que tem a
Reyno de Portugal também se tra- comprar». — Luís de Cadamosto, Navega-
ção Primeira, cap. 14.
zem por lastro dous ou três mil 1516. —
«Também correm neste regno
quintaes alguns annos: os quaes se [do Guzarate] amêndoas por moeda baixa
leuâo a Guino, aos Reynos de Benij asy como em outras partes os búzios. .

e Congo, onde se gastão no mesmo Daquy [de MaldivaJ leuaom também huus
búzios pequenos, que he grande mercado-
vso de moeda, e o gentio do inte- ria para o regno de Cambaya e Bengala,
rior daquellas terras fazem (sic) onde corre por moeda baixa, e hamna por
desta moeda thesouro. E de si la-
. . mais limpa e melhor que ha de cobre». —
nado no mar, ficâo os búzios (que Duarte Barbosa, Livro, (2.* ed.), 289 e 348.
assi lhe chamamos nós, e os negros
1620. —
«Saão as majs ricas jlhas, e he
a flfroU delias, e de Ha vem o âmbar, caur-
Igouos) mui aluos pêra com menos rys, e gram ssoma de peixe». —
Alguns
nojo os trattar nas mãos, que a Doe. da Torre do Tombo, p. 450.
moeda de cobre, de que neste Eeyno 1520. —
aE sendo ja juntos com a Corte
d'ElRey [do CongoJ veeo a elles outro Se-
vai hum quintal de três até dez cru-
nhor, seu grande privado com muitos mil
zados, segundo vem muito ou pouco zimbos, que he sua moeda os quaes sam
da índia». Déc. III, iii, 7. cascas pequenas, e alvas de marisco, que
Caurius eram também importados se acham no mar fectos como caramujos, e
sam delles, e de todolos da terra tam esti-
em avultadas quantidades, até em mado como moeda d'ouro, ou prata». —
princípios do século passado, em In- Rui de Pina, Chron. de D. João II, p. 159,
glaterra e Amsterdam, e emprega- 1552. —
«Ha nestas ilhas muyto pesca-
dos na escravatura africana. do. . e assi hu8 búzios brancos pequenos
.

a que chamão caurTs que seruem de moe-


O vocábulo é neo-árico hindust. :
da miúda em Bengala, porque som mais
cauri, marata-conc. kavdt, guz. kodi; limpos que ho cobre de que ha auião de
CAURIM 243 CAVALA
fir»-r dill' iH/ptri line he cuja as mios». — isolc di Miiiiiv:i f)<; iiMfindolc qua Cau-
I, IV, cap. 35. rim, in I lo-. — F. Sassctti,
auryns 12000 be bua aj>ud Gub í. p. 205.
.)ta: o J .!». — «Cau- 1672. — nCowreya, sea-shela, little
come from Siam and the Fbillipine Ib-
ryn» li- ; ^ 48 lands». —
Frver. East Índia, i, p. 21d.
hmim
11 ^ lies, 1G76. —
«L'autre petite monnoveestde
l.^vro dits /V*<>«, |ip. 3Õ e 37. coquilles appellees Cori, qui out les borda
15r.l — ^Sfv. qnf veneer bua batalha renversez, et il ne s'en trouve en aucune
raiii; !1h barra a aalva- lieu du monde que aux Isles Maldives».
<;.'ki'i !f caupil ae tem Tavern ier, Voyagt-a, iii, p. 22.
- Jorge Fer- 1735. —
nCertains petits coquillages
ita, p. 17. appellez Poei à la Chine, et Coris dana
lJt>o. — '
Ai qua- .> vii ^-^udaa de le Royaume de Bengale, ont servi pareil-
cairo, e de oau ry, qii s búzios lement de petite Monuoye». — P. Halde,
brancns irnniilos merca- Description de la Chine, u, p. 165.
doria p»'r;i I{f iiLMla, :<>r moe- 1770. —
«Les oau r ris sent des coquil-
da» — Gai«par <
. i, p. 341. les blanches et luisantes, grosses comme
15<»<j. — «E :
3a que cha- lebout du petit doigt. La pêcbe s'en fait
mam Cauri,'. .:ii;i> partes serve deux fois le móis, trois jours avaut la nou-
de mocda-. — . ie Gróis, Chronica velle lune, et trois jours après. Elle est
dt D. Manuel, i., < .i|' ^7. abandonnée aux femmes qui entrent dana
1615. — «Os de Maldiva chamam as taes Teau jusqu'a ceinture por les ramasser
conchaB /i"'" " "- "-""raes indios Cau- daus les sables de la mer: on cu fait des
»*y r Viagem, i, p 373. paquets de douze mi lie». Raynal, His- —
16;31.- :ii caurins, que toire, I, p. 300.
por outro ri'iuif rtiai: -'. Autóuio — 1782. —
«lis [maldivenses] n'ont d'au-
Bocarro, Lirrc. ii -J tres objects de commerce que les Coris,
1711. «Dt —
havia iielle, que espèce de petite Porcelaine que nous ap-
foi, pimenta, ca oauri e sânda- peilons Pucelagt ou monnoie de Guinés».

,

lo». Apud Júlio Biker, ColUcção de Tra- — Sonnerat, Voyage», n, p. 97.


tados, TI, p. 5. 1786. —
«In Bengala la rupia de Madras
1798. —
«Do velório fazem vários orna- vale 3040 Cauris». Fra Faolino, Viag- —
tos para a rabcf'n r trajif^m no pescoço gio, p. 5t»
grau *
cauril». — 1824. —
«No payment is required for
Apu-. /« Tratado», lotlging here, except a few cowries

,

X, p. W. to the sweeper». Heber, Narrative, i,


IftSíi. — Caurim (f\n^ ^ o nnme mais p 303.
luha nas
'>abun- • CAVALA, cavalJRha. A primeira
Uííiit.', • .(ai. forma é convute om indo-portaguês ;

Corre poi da a sppunHa foi outrora nsnda pelos


'
''
'
m:i. s da \m uma
t-tc.». —
. descri-
I'.KX» "K tas por Day {Fishes of India), —
'-"nla caballa, eavally em indo-
,'s. O jieixH é mais parocido com

a cavala do con-
razão da forma t

deminutiva do vocábulo abunda dos ;


lio di qaclle "^ la India, e é dos que princi-
-ioccioline piccole che si trovano oell'
86 socam em grande quau-
:
>

tiUadu. v. Glossary.
1616 - -!
:ino anacões, Cartas
.•-, ..i ou-
< I bem em Cambaia, 1.

't:itii oa inaÍH booi- muit'- -- .


,

— tísapar
.

tno mio caualinhas*. Correia,


pe- Lmdtti, I. Il 71
I. YODtade
'] a:ii:" •'IB9 eU que ' <>«nta ra,
liaoo, yvrtdicne, e eia íraaeéimKwree- e bua oavalct •*». — Caata-
nkeda, lUston . 1.
CÁVI 244 CÁZERÓ

1611. — «Nas Armadas não faltava hum nos kávyas {k^kawin) da ilha de Bali em
prato de arroz com uma cavai linha sal- lingua kaui ou kawi». Vasconcelos—
gada; que estos são os regalos em que lá Abreu, Chrestomnihia, p. 71.
servimos a Ellíey». —
Diogo do Couto, 1897. —
«Cávi ou javanês antigo lit- :

Dial. do Soldado Pratico, p. 139. teral. Java».— Gonçalves Viana, Classifi-


1G15. —
«Kstca Macnas pescadores [de cação iSummaria dag línguas, p. 18.
Cochim] apaiiliain entre outras grande 1902. —
«O javanez antigo é chamado
quantidade de uma sorte de i»eixe pequeno Kavi, (lo Kari hassa, linguagem de poe-
que não tem mais comprimento, e é da mas. .Quanto aos monumentos da antiga
.

largura de um jiequeno sargo, a que os litteratura Kavi, de Java, 6 desconhecida


Portiiguezcs chamam peixe cavai la». — a data e a auctoridade de muitas obras ;
Pyrard de Lavai, Viagem, i, p. 328. mas o i)oema Brata Yudu, embora os java-
1(326. —
«The lie inricht us with many nezes o considerem puramente indigena,
good things: Bnftbls... Oyestera, Breams, relacionando os seus reis e heroes com a
Cavalloes, and store of other fish». historia do paiz, e apontando-os como an-
Herbert, in iilossary. tepassados das suas familias nobres, está
1670. —
«Questo jpeixc] per la maggior averiguado que derivou do sániskrita Bha-
parte è Caualla, specie di sardelle gros- rata Yuddha, o conflicto dos Bharatas». —
se, quali salano, e fanno seccare al Sole (JristóvSo Pinto, em Ta-èsi-yang-kuó, ii,

11 piu grosso lo gettan come nociuo; per- p. 315.


ciô tutta la spiaggia del Malabar, ne suol 1889. —
«Pour la plus grande partie les
easere ripieua». —
Fr. Vincenzo Maria, Javanais tiennent leur civilisation, leur
Viaggio, p. 137. écriture et leur littérature des anciensln-
1786. —
«UAylà, in Portoghese Cava- diens et de leur langue, le Sanscrit. Sur-
la, c un pesce poco gustoso quando è fres- tout le Kawi, espèce de langue poétique
co, ma sarebbe come I'areuga se fosse in- des Javanais, est riche en mots empruntés
salito». —
Fra Paolino, Viaggio, p. 169. au Sanscrit». Hyligers, Traces de Portu-
gais, p. 15.
CAVALO DO DIABO. É o nome que
so dá em Damão, conforme o teste-
CAXO. Diogo do Couto menciona
com este nomo uma moeda de ouro,
munho do Dr. Alberto Osório de
Castro, à talagoia (q. v.) ou iguana.
que valia meio pardau ou 150 réis e
Em concani chamam «cavalo do dia-
em Maluco. Não sei se, etimo-
coiTÍa
logicamente, se liga ao vocábulo
bo» {devtçãrãchém gJiodkém) a uma
caixa (q. v.) ou ao mal. kasut, que
espécie de gafanhoto, de pernas com-
pridas.
quero dizer «sapato». Barca ou sa-
pato de ouro se denominava uma
1906. —
«Talagoia. Em Damão ouvi barra de ouro da China, que corria
. .

chamar-lhe cavallo do diabo. A sua


por moeda.
pelle serve para tambores de diversas for-
mas». —A Cinza dos Myrtos, p. 200. 1614. — «Mandarão pedir pazes aos Itos,
que lhes elles concederão, aias os nossos
CÁVI (s. Antiga língua poé-
m.). não quizerâo vir nisso, sem lhes darem
tica da de Java, impregnada de
ilha dous mil Caxos de ouro; em fim vierào os
sanscritismos o que denuncia a (Jeiroeus a lhe conceder mil Caxos, que
;

grande influência que a civilização tudo seriào quinhentos pardaos». Déca- —


da VIII, I, 23.
indo-árica exerceu outrora no Arqui-
pélago. O vocábulo provém do sânsc. CÁZERÓi cazoró (cone. kãzró). É
kãvya, que, como substantivo, quero o nome de uma árvore — Strychnos
dizer «poema», e como adjectivo, nux-vomica, Linn. «A semente tem
«poético» ; diz-so propriamente em valor commercial ; extrahe-se d'ella
javanês-mal. hahãsa-kãvi, «língua a strychnina, que é um dos melho-
poética». res tónicos do systema nervoso». —
D. G. palgado {Flora de Goa,
1839. —
«Fallam-se na ilha três diflfe-
rentes dialectos malaios, mas ha também p. 125). Este também menciona outro
uma lingua sacra mui antiga chamada nome português, canirão, que pro-
kovi, que contém infinidade de palavras vêm do malaiala kanniram.
sanscritas». —
O Fanorama, n.» 117, p, 89.
1883. —
«Deu-se, porem, mais particu- 1886. —
«Estas cerimonias, que se pra-
larmente o nome de kávya a um género de ticam principalmente entre o vulgo gen-
litteratura que floresceu na índia ao tempo tio, consistem em cortarem as articulações
da emigração Indiana para a ilha de Java, dos membros superiores e inferiores da
e que se encontra reproduzido ou imitado finada, em lhe cravarem no alto da cabeça
CELETE 245 CENTÉSIMO

um prego de mndí^im dr cazró». — I^pes ver na fortaleza embarcação que a liber-


Mendes, .' i. p. . 2«>7. e o mar».
t.i.ssf —
Carta Régia, in Õoc. da
• •• •
câzeró (stri- Ilidi. I, I, p. 415.
chnos DUX vuwi<jíi) ju^uuira». — Id., ii, 161G. «r — .iram
p. 129. oa uossos mui' ado-
res, que chamam celetes, a qucui com-
CAZOL. Colírio do fuligem, que praram pei.\e». — Diogo
do Couto, Vida
nsam n.is pálpebras as mulheres in- de li. Paulo, p. 94.
dianas para aj)urar a vista o embe- "Tanto qne os da terra viram dar a
lezar 08 olhos. Do cone. kãzal< mio H reatringa, a«!Hdiraiii muita» puibar-
caçôoí», aque chamam Celezes (cie), que
sáusc. kajjnla. Na China servem-se começáraiu a roubar, e escorchar tudo que
de cazol para tinta. «La mejor [tinta] puderam». —
Diogo do Couto, Déc. IX,
es do humo de azeito, que rocogen III, 14.

cou artitício». P. Semedo, p. 3G.


imo. —
«Los Seletes, que es cierta
geute que uasce, se cria y biue en la mar
16C3. — «Os olhos trazem fns alarves] en vnos harto pequcuaa banjuillas, biuien-
sempe r» '
caxol». P. Manuel — do, aora de lo que pescan, aora de latrocí-
Godiuho, .
134. nios, vendcn eí pescado que va uadando
(1. baxo dei agua, y acordado el precio lo
iti y lo entregan ai comprador, siendo

Ho tau diestros y ciertos que yamaa


lo yerran». —
Pedro Teixeira, Rdaciont»,
p. 136.
.les, e por consequeu- 16f)0. —
«On nomme ces Peuples 8a-
-^». — Bluteau, Supple- lettes. lis passent leur vie dans les Vaia-
ntento. seaux, ou ils ont leurs femmes et leurs en-
1770 - T.i iilur^art íI».- ihs driuaouses fans, et uiuent do la Pesche». Floris, in —
. & Relations, t, p. 24.
iHDt
leur» vei. r qu'el- »C£LHA.f Boceta redonda de xa-

'
avpf iM: to teiutti râo, da China, usada antigamente
beautí pelas senhoras portuguesas da índia
para a sua costura». Ailxerto O. de
^1 a
irí>-
Castro, Cinza dos Myrtos, p. 174. —
lu:; ,
iti Icur plaaci. -- li;ijiial, UíaLnre, Parece que provêm do chin, siáng.
II,
i'
21.
\\>\'2— "KãjcU 1906:
or lampblack is also
used». — Cri.oke, em Fryer, ii, p. 118. Vefttidinha de casf», a bocoa parparina
C<in o H.Í i*.,r.i<i do maâmeada,
CELETE. o vocábulo malaio nelat ^>
G
' i o a etUia aoliaroada
de linha âna*.
quere dizer «estreitot em geral, e, /.i., p. 164.
em particnlar, denota o de Singa-
CEM (siamôs sèn). Motli.l.i Ilne.-ir,

equivalente a 20 braças.

t iiii'r dos índios o dos mouros


i()8
1563. —
oA repartição d;t lei-
ras] he per bua medida, a .ha-
I'or m^latU. de que os portugueses
m3o cem. n qual cnn' si vinte
rizoram cf/efe». O malaio. qne 6 lín- hrwças «Mil finadrailor . i* od6S
-que
ha
- .lo.iM ú^^ ifarros,
' ik)uto, por celete lambCm

pescadores. des
'

I:

UMn

Iili> •!

(inr.--

t<jaiu ua-
CE II 246 CERAME

— Josó Vaquinhas, Boi. S.' G. L., ii, 3 kilogrammes». — Xavier Raymond, Indt,
p. 735. p. 476.

CER (ant.), m., ceira (mod.), f. CERAME (tambCm çarame). Pór-


PGso o medida de capacidade na ín- tico de templo ou palácio, com um
dia, variando, conformo as localida- quarto por cima, geralmente fortifi-
des, eutre 28() e 533 gramas. Sondo cado, no Malabar; mirante. Denota
medida do líquidos, diz-se comu- também um pequeno edifício qua-
mente no português do Goa quarti- drado, sustentado por quatro postos.
lho. É vocábulo neo-árico, ser ou xer, Do malaiala xrãmhi ; em malaio se-
do sânsc, sera. Y Glossary, s. v. .
rámbi ou sarámbi, «varanda».
seer.
1504. —
«Elrrey estaua cm huum taber-
l.'S25. — «Pesam
dez malotaa hua mão, nacoUo, a que chamam çerambi, no cabo
e cada malota três ceres e liuum terço». da dita praça, em casa d'huum mercador».
— Lembranças das Cousas da índia, p. 39. — Álvaro Vaz, in Cartas de A. de Albu-
154G. —
«7 Barcas do campliora da China querque, III, p. 263.
que tem 28 mãos e 34 seres ". Esijolio — 1508. - — «Emfim mandou-me dizer que
de Balthazar Jorge, in Boi. S. G. L-, iv, me mostraria hum do cerame, e deixou
p. 288. me estar ao soil booas duas oras ou trea».
1554. _„0 candil de Dio. tinha 20 . .
— Afonso de Albuquerque, ibid., i, p. 14.
mãos; cada mâo 40 ceres; pesa a dita 1512. —
«Per este me praz que os três
mão 24^ arráteis; pesa o cer* 10 1 ouças, pesos de baar que vos furtaram no ce-
8^ grãos». —
António Nunes, Lyvro doa ram be do pesso que vos sejam Icuados
Pesos, p. 28. em comta». —
Id., v, p. 177.
1554. —
«Quatro ceres de azeite a 1552. — oE
este modo e lugar, foi em
cada hua por noyte, o azeite a oyto leaes hum Cerame, que estaua sobre o mar,
por çer>. —
Simão Botelho, Tombo, p. 77. que he como hum eirado cuberto, armado
1634. —
«E duas ceíras de arros cada sobre madeira muito bem laurada onde :

dia de mantimento, que tem huma medida os Reys por seu passatempo e recreação
e hum quarto de Goa». António Bo- — as vezes vinhão dar hua vista ao mar». —
carro, Livro, in O Chronista de Tissuary, João de Barros, Déc. I, v, 4.
III, p. 75. «Em hum lugar teso estaua hua casa de
embarcações houver
1724. «Se naquelas madeira em modo de eirado onde elRey de
tabaco, huma ou duas seiras pacas Calecut no tempo que estava na cidade ás
[~ grandes, maiores], se não fará impedi- vezes vinha esparecer, e tomar as virações
mento». —
Âpud Júlio Biker, CoUecção de do mar. A qual casa (a que elles chamão
Tratados, vi, p. 13. Cerame) neste tempo estaua feita com
1788. — «O transgressor [será] conde- outras forças de madeira, entulho, e arte-
nado em doze xerafins por cada Ceira do Iharia hum baluarte mui temeroso». Id., —
dito Tabaco». —
CoUecção de Bandos, i, II, IV, 1.
p. 41. 1552. —
«Toda a fortaleza da cidade era
1901. —
«De 2 réis por ceira de tabaco da banda do sul onde estava ho çarame
em folha». —
José Pinheiro, Boi. S. G. L., delrey, que he ho seu pagode, que seria
XX, p. 80. hum tiro de besta domar». Castanheda, —
1905. —
«... liquidando-se a conta com Historia, iii, cap. 1.
o pagamento de 3 tangas e dois réis no 1557. — «Receberam nossos muito
os
penúltimo mez do anno, mas sempre fabri- dano de hum cerame, que o Rey [de
cando duas mãos ou 80 ceiras..- por Ormuz] tinha feito de madeira metido no
cada coqueiro». —
Ernesto Fernandes, ín- mar, diante das portas do Castelo com a
dia Portvgueza, p. 169. artelharia que nelle tinha, e com frechas».
1916. —«Despachou por Lima á razão — Commentarios, i, cap. 31.
de 56 libras ou 28 ceiras (quando deviam 1563. —
«E sobre tudo as portas d'essa
ser 93 libras ou 41 ^ ceiras) cada caixa». casa que se chama çarame d'ElRey, as
— O Ultramar, de 14 de Fevereiro. quaes estauão marauilhosamente lavradas,
1666. —
«Ces livres ou serres sont com imagens d'alimarias e aues em chapas
dififérentes selon les Pais. La serre ou . . de prata e ouro». —
Gaspar Correia, Len-
livre de Sourat ne pese que quatorze on- das, II, p, 6.
ces». — Voyages, iii, j). 54. 1566. —
«Que se vissemem huma casa
1824. —
«Kice may be had at less than junto da praia a que elles chamão Cera-
half an ana the seer, a weight of nearly —
me». Damião de Góis, Chron. de D. Ma-
two pounds». — Heber, Narrative, i, p. 130. nuel, 1, cap. 48.
1845. — «...
qui représentaient chacun 1635. —
«Onde o rei deCochim tinha
une valeur de vingt candacas, ou 330 sirs, uma cerca diante da nossa fortaleza dis-
cette dernière mesure équivalant à une tancia de um tiro de pedra, de sarames
quantité de grains du poids moyen de (que são uma casa pequena quadrada, posta
CEUl 247 CHA

obre quatro esteios grossos de paa, de I


oíHciaes, e aos que seruem bena, aiaad»
obra '' " '
' '
''- ...».....,
tie msM confiança Da
tâo (1. ri que he enviado*. —
leja» A p. 1* ., .0. III, u, 7.
lí>87. - i.-i hum I
lõ^. — «Ay
mesmo três que son ausi
•eram» iiwnl».,' roín.. Al. de corte en Espana que
ill,]. 8
e se . Tzia, y Tontay, los qua-
,

raua r- i'., ucucia en sus casas cada


tAut< •
,

de Queiroz, j
semana sua ver». Fr. Joan G. de Men- —
(.<>i"i' doca, HUt. de la China, p. 77.
— «Coil tutlo
' I
. ,

IbÓÒ. (.10 gll •


dl
teriTT.- scrambl. e-hc »>>ií>< -;» CHÁ dndo-inglês cka, chato, ponco
rio uel Si i
'
theifera, GritF.; fO-
parte il i - iiita sua intiisâo.
}

Grandiu. — Fi. Viuceuzo Ao


ideograma chinos, representa-
;

N . p. 154.
iotO. — K.-_sHs torr.'rs i llaiiKiiilas ellos
tivo da planta de chá, correspondem
ZarameS; fucran lufj,'<i c')liii:\(iaa de ar- duas formas fonéticas chá no dia- :

tiUeriu iiieuda*. — Faria e bousa, Ásia lecto inandnrino, o te no dialecto de


I^ordiffttesa, iii, p. 81.
Fun-kien. A primeira foi adoptada
l^íii. — «Cerame. A Malabar word •

pelo Japão o pela Indo-China, e por


for a kiiid of watcli tower, made by erect-
Mig a floo-' *'
'iiig truuks of Portugal, pela Grécia e pela Rússia;
ur trees <^>ver which e a segunda, pelas outras nações
— P.
.

'eil a r"ni ui jiaiiu


" '
n.';i\f6>». E. •
<'omo pelas línguas
"

Ceylon, i, p. 456.,

1 -. VO-se das mais


• CERQUER (em indo-ingl. geear- antigas referencias que os portugue-
êuckers). Esp«^cie de antigo tecido in- ses receberam o vocábulo directa-
diano de seda. Do persa sKir (leite) mente dos chineses e dos japoneses.
ãfuikar (açúcar). ^'. Oonçalvos V^iana [Apostillas) e

Jnjhd-ni-la.
n. . . de caoutoá, d- de
li de çerqueres, le 1ÕC5. —
oSSo todos os petrechos, com
<
— In (.'artoê de A. nt- .-\ibu- húa certa crua moida, que a quem a cos-
<; p. 248. tuma beber he gostosa, que se chama
...' ,. ..V, t-' • ' " de Chá». — Carta» de Japão, i, fl. 163.
çerqueres, -*. 15<j9. — «Qualquer pessoa ou pessoas
'•' i....r..,. •. ,.,,. i,.M..r ,.n<.i ,1,.
homem
: lhe em
.11 tan-
• : u eras quatro matazea».
:
— '
-roa
y. ,._,..
\'.Aii. — m. oyto teadas dez cerquei-
. . tha e mi
ra» e quatro taL'ad''s L'raiidfs» - 7(í , a hrbcr. • nto
441. '. Fr. Ga»-
na. cap. 13.
• CEUI i<) 1111-
IttOO,— «Va r o preço

jwrial. q. .8 pro- em cousas de ii .1. como


18 chinesas com lunplos po- sam as peças, auu «ttiruem u<' do
erua oae se chama oha».- Lu-
cena, Ilittoria, vii, cap. 4.
1&34. — «Tetn Cant&o mandarís deiiois Iíi07. — «Lena o
a outro aposento, con-
destes eopoekàey... ooeuhy
hooheu Hl uida o com o Chá que ho hua certa be-
<>m cada anno «ate nlo ti^me a ninguém bida ao costume da terra, trata o com
temem a ' i-t de amor». P. Femio —
todo o c.-i iram Annul, fl. 29 e*.
'
" -lovii" > I f i TH, aj""* r frgu- 1' fazenda.i maiii ordioarias,
•SO. sAo u IH groitsa.s muitas porcela-
a. ..ti» pstes ar '- " nas, (- \ik\t» '" '
' --o Qo Ti-
Oeivi.
t <>Hlfí dr Uet». — 1». An' • voDtê-
..^ . ,.uiia!i da justiça « t< ... . cobrimento do ié ,

as iii(|ijirii òiH .• li.-sassH» );<m ai- 1G4',7. — «Ma» ^it«


.1 I I
••l-ri-y». -— < aatuiihcda, h.~. ..j., iv, d- l..'I..T •U.t,.!..

-7.
«K «>ste superior (a que
ij*^. — ellet
chamiu CauhlJ) proud de ootroe ItfiH. — «A beb«r«c«ai coou.
CHA 248 CHABUCO

aquello sou cha, que s36 foHiaa tcnra» de vn liquorc raolto sano, uomato Chia, e le
hna arvoro pequena, e fazeoi a apoa algum beono caldo, come vsano anche i Giappo-
tanto roxa, sempre o bebem queute como nesi, e I'vso di esso fa che non sanno, che
o cha íla ('íiina, de que também usSo cosa sia la flemnia, la grauezza di testa,
pessoas graves e passão mezes e annos
: ne le scese degli occhi, e uiuono lunga
sem beber gota de agoa fria». —
Noticias uita quasi senza dolore, ò infermità di
da Cnchinchina, p. 21. veruna sorte». —
P. Maffei, IjC Istorie,
1697. —
«Chà, são humas folhas seccas p. 217.
semelhantes às do sumagre, que lançadas 1589. —
lis mettent au susdit breuvage
em agua fervendo compõem a bebida ordi- de la poudre de certaine herbe qu'ils ap-
nária da China, e do .Japão, e os livrão de pellent Chaa, qui rend ce breuvage fort
dores de pedra, ou pela virtude da erva, exquis et de grande valeur». Linscho- —
ou pela demasiada quentura da agua, que ten, Histoire, p. 50.
se não leva senão aos sorvos». —
P. Fran- 1610. — «Al mismo modo es el Cha de
cisco de Sousa, Oriente Conqvistaão, I, iv, 2. la China, y en la misma manera se toma :

1727. — «Maudou-me dar [o imperador saluo que el Cha, es hoja de jerua me-
da China] chá tártaro, e depois ffz signal nuda de cierta planta trahida de Tartaria».
de eu poder fallar». —
Apnd Júlio Biker, — Pedro Teixeira, Rdaciones, p. 19.
Collecção de Tratados, vi, p. 38. 1631. —
«Ego ea pro beliariis reserva-
1749. —
«Tem por especial regalo bebe- bam, ut simul cuin Chinensium potu The
rem agoa quente, na qual laneão huma vocato, et Tchia laponibus dieta convi-
herva que elles appellidão Cha, que he vium finiremus». —
Bontius, Historia Na-
o mesmo dos 'hinas. Todas as pessoas no-
( turalis, p. 11.
bres fazem singular gosto de preparar por 1637. —
«Chà es hoja de un arbol pa-
sua mão esta bebida aos seus amigos e as ; recido ai Arrayan, pêro en algunas Pro-
casas tem certos gabinetes, que não servem víncias dei taniano de una albahaca, y en
mais, que para este ministério». —
P. Cras- otras como granadas pequenas. Secanla
set, Hist, da Igreja do Japão, i, p. 6. sobre el fuego en cacos de hierro, adonde
1753. —
«Apenas alli chegou, logo o Im- se une, y congloba». —
P. Semedo, /ínpeno
perador mandou Chá com leite, e varias de la China, p. 19.
castas de comeres». —
P. Newielhe, líela- 1676, «lis font grand cas de cette herbe
ção da Jornada. appellee Thé, qui vieut de la Chine, et du
1874. —
«Nagasaki tem os seus modes- Japon, et cette dernière est la meílleur...
tos restaurantes, ou casas de chá, como A Goa, à Batavia, et dans les Comptoirs
é costume chamar-lhes, ao uso dos indíge- des Indes, il n'y a guere de nos Européens
nas, isto é, destituídos de mobilia, e de qui n'en prennent quatre ou cinq fois le
substancias comestíveis para europeus». — jour, et ils ont soins de garder cette
Pedro G. Mesnier, O Japão, p 48. feiiille qui a été biiillée pour en faire une
1896. —
«Sobem as caravanas que levam salade le soir, avec 1'huile, le vinagre et le
o chá, conhecido em toda a Europa pelo sucre». —
Tavernier, Voyages, v, p. 257.
nome de chá de caravana». — Conde 1735. —«Le nom de Thé nous es veuu
de Arnoso, Jornadas pelo Mundo, p. 360. du patoís. Dans le reste de TEmpíre on
.

— «Suppõe-se
.

1897. que a planta de se sert du mot Tc


ha, comme on le nomme
chá na China, aproveitando-se
é indígena aussi dans les Relations Portugaises. II . .

como bebida aromática ha apenas mil an- en a aussi des autres especes de Thé: par
nos. . O chá no estado silvestre attinge
. exemple celui dont se servent les Mongols
a altura de 4 metros; mas nas plantações en Tartaric, et qu'ou nomme Kaiel tcha, ou
limita-se o seu crescimento a 1 metro por Kartcha, n'est compose que des feiiilles,
meio de cortes e podas». —
Joaquim C. soit du Sang lo, soít du Van y tcha, qu'on
Crespo, Cousas da China, p 179. a laissé grossir, et qu'on mele sanschoix;
1904. —
«Chá, poderia vir da China, parce que les Chinois jugent que tout est
porque os chinezes do sul dizem chá; mas bon pour les Tartars, qui sont incapables
08 japonezes também assim dizem e in- : de distinguer le The grossier du The deli-
cliuo-me mais para esta ultima origem, cat, et qui sont accoútumés à le mêler
porque nós dizemos chávena (chicara), e os avec le lait». —
P. Halde, Description de
japonezes dizem chaican, para indicar o la Chine, i, p. 20.
mesmo objecto». —
Venceslau de Morais, 1830. — «Le mot tcha originairement
Cartas do Japão, ir, p. 372. signifie the, mais le boisson tcha est une
851. —
«Le roi [dá China] se reserve, soupe beurrée, faite en remnant fort^ment
entre les substances minérales, un droit ensemble du beurre, du sel, du cárbonat
sur le sei, aussi sur une plante qui se boit de soude et de I'infusion buillante de the»
infusée dans dè I'eau chaude. On vend de (no Tibete). — Michel, Poesies Orientales,
cette plante dans toutes les villes, pour des p. 117.
fortes sommes; elle s'appelle le sâhh». — CHABUCO (concani-hindust. cM-
Soleiraão, a/jííd Reinaud, Relation des Voya-
ges, 1, p. 40. huk). Chicote, açoite. O termo ó
1588. —
«Spremeno d'vna certa herba usado em indo-português.
CHACAL M9 CHACRA

1634 — «Rntlo Ih*» muntlnu dar, qne «iip4<íe« de RF:nard qui fait la nait nn brait
fcavalo na un qui crie,
— Taver-
i

onabu !iit».

fa- ni. I
fj ji loo
lido i \\'e saw one Jaokail ran into
*'
!:<. (lie cries of tbese animals grew
: incessant». — Heber, Narrative,
i. ....
J.

Lendas, iii, p. iú*\


ÍGV2 —-A] •> ' «;ii-^ -"••'' -far] «CHACRA, Chacrão linMo-inglos
as pernas r<' ha- rhucker E O nonit' dunin arma de .

forma de disco de aço, •in


outrora na India e que 1.1

oio». — I
ainda hoje algumas raças guerreiras,
16C>1 lusa
como 08 siques {sikha), empregam.
daa.- "S n<^ ar,
<>!^ a chabu- Vai abaixo descrita com muita exac-
c '
K Fernão de Queiror, tidão e mi do. Chakra ó a
.
V l'J. arma favon ixnu. Do sânsc.
Iblo '
of (lefanlt
>n
chakra, chakkram em malaiala.
be baa a y a Chaw-
blloh| a ~ Confession». V. chocrão.
— Frver. '•!.
15U). —
..Ornam-se [os de Delij de mui-
17Ò9 — «li i;.i ,
.' je
tas maneiras daruias, saom muy rijos, e
n«» fn««»' battu cr -urs
também bíos archeiros. e costumaom . .

Chabouc i-j •

trazer buas rodas daço, que cbamaom Cha-


cuir que les Iiniieiís

;

çaram <«ic) de largura de dou» dedos,


ChaDouo)». /' '
.x,i'. •_'<).

tam acudas por fora como nauaihas, e por


IT.IG. «... »t — puni de
dentro rombas, sanm do tamanlio de húu
<
Chaoouo: c'est uu
pratel pequeno, e las; trás cada
ir, (loiít on eliátie les ~ no hra^o eg-
i I iiiii II»- 1 '» — " '
'
ntín desta? nt^ li

— «l
.

17t<2 iitache-
|.... ,,„.. ..I.,..., .. ...... r,i.
pcra low u doícdt.r
contra bo it.'Ui rijo .

ai'jrlaum em braço, perna, pt-


; Chabouk, taoni tudo sercio, e aay fazem n;
- -. .... eut faire don-
1, - , , ,
damno, aquy ha homeis muy certos ne-
ner a t<>u« ceux qu il iui plait>. — Sonne- las». — Duarte
e
Barbosa, Livro, (2.* ed.),
rat, Viryages. u, p 20.
p.311.
OHACAL Cants aureus, Linn. Os lòtíO (IÕ03). — «E também assi rasteiro
tirão com humas r» ' ' ' •— '-i::ada8
nossos -critoreíi '
lh«
Imos,
e abulas, da gr.:
adihe 01. (|. V. O me- . -'"•-' > estas
diato é o turco chaqaL, relacionado lal». — Ciaspar Cor-
com o persa shagha' •i no

sAnsc. çr<jãla.
liii^ _„i,ieu> em Siri Kama e a sua
(-.111 . \ii;iiif:i nhacra^ lUi/i". sistema (?),
1873: 1,..: .-P.Ma-
«Nam AT** nõrn tlicren, i.i .
l/e Portm-
OMii
- «Vem a .ser nm j^ande bnrio

lif «-hncaes
!• 'Ic cuucM«. — (J a'aituriima, de li
fr... . líro
lupi, i ^i.t ó. ;il \. Ibòij. — «N'uma da- '^
tMiit laokala ••( ia- mad" r^nro. n'outra <•

'-
1 ;. / 'Uto que
— LopM
lift
i of Uu\0. .1

a c^ '

en a r

antros ln-u* u- i.i pe :>.., 1.1 ....•«. '


plimii-urií i i ' • il
y * i i: ' •
- N' i.. <i, _v i| I

— «iu
I .

un grand nuuibro d« Chaoalea. Cest une 17N>. qaesta pittura ladtoa dei
CHADER 250 CHAEM

Museo Borgiano vedesi il Cocodrillo con e o mais que gasta o Cafre». Fr. Antó- —
un Ciacra, o ruota sacra addosso, aim- nio da Conceição, O Chronista de Tiaauary,
bolo del Sole». —
Fra Paolino, Viaggio, II, p. 88.
p. IGO. 1727. —
«Chandeis, ou Chandeos.
«... imperocchè il Ciacra, ossia la São huns panos grandes, que servem para
Ruota è reiisegnia e Tanna del dio Vish- cobrir camas, e outras cousas. São pinta-
nu». — Id., p. 203. dos de cores inuy vistosas, alguns maia
1825. — II a quatre bras; il porte dana finos, a que (iharnsLO palangapuzes. Fabricâo
une main un coqulllíige, dan.s I'autre I'ar- e (síc, talvez «de seda e») de algodão em
me appelée aaiika, dans la troisième le Bengala e Choromandel». —
Bluteau, ISup-
tchacara, et dans la quatrième un lia plemeido.
d'etang». — P. Dubois, Moeurs, i, p. 353. 1831. «. —constante de quatro 2^uar-
. .

tes,quatro Dotins, hum Semater, hum Ar-


CHADER, chandel, chaudel. Tecido dian, hum Zader, e dois pães de Calaim»

branco do algodão, lençol coberta


(na África Oriental). —
Ajmd Júlio Biker,
;
CoUecçào de Tratados, xii, p. 81.
de cores. Do persa cJiadar, admitido 1589. —
«Ou y [Cambaia a beaucoup !

nas línguas indianas. Parece que, d'ouvrages de coton de diverses sortes, et


etimologicamente, chautar ou chan- de divers noms, comine Cannequius, Boffe-
ter, mencionado por alguns dos nos-
tas, lorins, Chauteres, Cotonias», —
Linschoten, Histoire, p. 19.
sos cronistas, é o mesmo que chan- 1604. —
«In the streets they wear
del, nao obstante a opinião em always mantles called chandeles, but
contrário de Yule & Burnell, s. v. —
not black». Pedro Teixeira, The Travels,
p. 66.
chudder.
CHÁEM. É termo chinês, empre-
1516. — «E outros panos grandes que
gado por nossos escritores com certa
chamam chandes, que eles lançam por
cima de sy como mantas, quando vaom latitude, talvez por confusão on
forau (no Guzarate). Duarte Barbosa,— absorção de diferentes dições. No
Livro, p. 269. sentido de «corregedor ou visita-
1525. —
«De chadep cambayate 2000 dor», corresponde a yil az', vogal de
fedeas». —
Lembranças das Cousas da ín-
dia, p. 56. —
«Na Pauta de 1744, pag. 23, tú-chah-yuen, «supremo tribunal de
apparecem ainda as duas verbas seguintes: censura», que deve sor o étimo com
«Chaudeis brancos de Bengala, peça a supressão de tú. Em outras acep-
setecentos reis. Chaudeis de cores, ou
— ções, chaem pode ligar-se a hieii,
saraças grossas, peça setecentos reis».
Rodrigo Felner, ibid. «juiz», a chi Men, «governador», ou
1547. «E todos os mais [grepos], que a kuang-yuen, «qualquer oficial».
serião de seys até sette mil, vestidos da V. ceui.
mesma côr amarella, porém de tafetás e
chauteres finos, que pelo grande nu- 1540. —
«Não sei mais que o que tenho
mero pareceu cousa de custo». Fernão — ouvido a alguns antigos que por tutòes e
Pinto, Peregrinação, cap. 168. chaês governarão em outro temi)0 este
1552. —
«De Bengala, sinabafos, beati- Anchacilado de Aynão». Fernão Pinto. —
Ihas, chauteres, mamonas. — Castanhe- Peregrinação, cap. 45.
da, Historia, ii, cap. 58. «O próprio Chaen desta ilha de Ai-
1565. —
«Seis ou sete panos pintados, e não, q he o próprio Visorrey delia, pelo
não sei quantos chaudeis». Itinerário — que tinha ouvido delle, o mandou visitar
do Mestre Afonso, iu Annaes Maritimos com hum rico presente». — Id., cap. 52.
(1844), p. 229. «... ser acrescentado em titulo de hum
1601.— "Chaudeis de Vedora e Ma- dos vinte e quatro Chaês do Governo
davá, hão de ter quatro covados de com- com mando supremo em toda a Justiça».
prido, e dous e meyo de larguo». Carta — — Id., ibid.
de Lei, in Archivo, vi, p. 744. «Como Chaem
do governo dos vinte e
1615. —
«Vem também de Bengala um quatro supremos que ha neste Império». —
modo de tapeçaria de panno pintado, e de Id., cap. 68.
cores variegadas, que é mui bonita e lhe «Aonde [Nanquim] continuamente re-
chamam Jader». —
Pyrard de Lavai, Via- side um Chaemda Justiça, que he ti-
gem, 1, p. 186 tulo supremo como do Viso Rey». Id., —
1617. — «Doctins bons, -man tazes gran- cap 85.
des, bames, espices, chaudeis de Verdo- 1565. —
«E outro que se chama Chaem,
rá. . — Carta Begia, in Doc. da India,
.». que traz por diuisa hum olho, o qual he
IV,' p. 11. sobre todos estes, em olhar se todos cum-
1696. — «As roupas de como são lei prem o regimento de seus officios, e em
Chanderes, Velório, Conta de Balagate, depor dos cargos os que não guardam, e
CHABM 951 CIIAIA

«m cainprir ns tenti^rK^Hs de morte, e CAstt- ]


1731. — «Tchl-hlen .. Juge et Gou-
tiffos qtir '
rtc del verneur d'une Ville de troisième ordre».
Rfv.. — 1' ; , deJa- íbid. XXI, p. 221,
•ào, I, H ii.j 1 Les Pr.
735. _ « s-là sont
Outro Aitam que. r«|rft as enusas da appell^s Tchi fou ; 'rateurs
se cha- de celles-ci se nfmniH nt / et
í .

Aires, TchI hien. De-là vient qu toQ-


I'
^"
>

)
' .•--.• -ip.

-^
annos he mandado a ;
'".
'"if a que CV au lli"m^ IJ :
liion». i

ir resi- — P. Halde, /A p. 2. m,
...iitd e pe- 1«75. —
«It .^ ,,., 1-. ....• that two
ll z, Tractado different words, Siang and Sing, got con-
f,,.ii,,l...l Kv tlio n<in-('hinese attaches of
era ain.ia chegado o P. Al- but it seems to me :

I . '9 va«lio8 rl.' ('nnt.lo (It'rnni I,... they applied the same :....:

I
Chayxem, !'>r word, aing or She^i, to both institutions,
i: , ia (' t' la lt.i:. . 'jiie viz., to the high council of state, and to
h'vassc Tir.i — P.
^

babatino de the provincial government». Yule, Marco —


Lrsis. /' Mr p. 20. Polo, I, p. 418.
1»J08. •Ajuntaram muitos mais pêra — 1876. —
«Who had sent his Chinsong
leuarem a mesma iir«tif>ãn, e libello ao (prime minister) wan-jan-eiaug, with an
Chiem, qiK' )\r iça mór». — army against him». — Howorth, HUtory of
V. F.rn.u, (iu.MT.i; :. fl. 217. the Mongol», t, p. 53.
HJ31. — «Tenho tocrito a" Tutao e
Chaem, e tem concedido e ui.iiiàaii > aos CHAGUER. cheguei, chiquel. Coiro
da armada que nSo recolham mais moços grauuloso, que se prepara da garupa
nas armadas». — António Bocarro, Déc. ziii, de cavalo ou jumonto. O Sr. Cân-
p. 727.
dido de Figueiredo regista chagrém
'
1729 — -Era a dita resposta do Pu-
como termo inédito e deriva imedia-
I
'
'[ue he o Thesoureiro

o vinha por meio de tamente do franc, chagrin. O ótimo
Chy nyen de primário é o porsa saghri ou sãghri.
"'1»
'
— Af» de TambOm se entende por chaguer va-
7 i,.
silha para água, feita do referido
C '
nyuen, que sio como os dois
1 . > <i.> (i\i-i que ha nesta corte de Lis- coiro.
. — Ibid, p. 166. 1552. —
«E hCs chagueres de coyro
!>•'' '
iudad el Tu-
I •
para esfriar agoa, e .sam de muyta estima,
t i
[''' i Prouincia) porque as peles sam cortidaa com húa
ChiTf ju.- .-, t i-Miaiiur general)». compostura que vai uui> "o com hC
r de Mendoça, Hi*t de la cheiro muy suauc». — '
!:i, Histo-
' *. i-
•"• ria, ni, cap. yy.
«N'> (luran [os oficies] en ellos mas de
•*
XVI. —
«Tem synos de feyçâo de ohe-
t' ' '-'s se los toma cuenta •

geyis de cobre e de ferro que tangem e


y
por los juezes delia tambores como chys» (chins). Manus- —
., ^., '•*- —Id., p. 84. crito, in O httituto, Liv, p. 60.
1»;,{7 — .. II Chayuen (esto 1663. — «Prestes assim mesmo os chl-
os, Visitaíjor .vliiri:i i-rir'n (lo queK, """ -•' "" <- borrachas de agua
I'M» iiiÁs ^íravf — qu< ; i sella». P. Ma- —
P S.',... i... / ,, MO
.1
Yuf

coii.-««quieiit«uieuU3 uiuy t«uiido». — iti., i (na Péraiaj.


P 117. 187.V- a'I
170"J -«Mais re un fut pas sans con- for "

trn'li'tion If Tohin hIen dr la Vi!lr |


anil
in tliiit \\

and th«'
1 UcA*eiu».— 1 Aaiaa. — Yulu, Marco I'oio, i,
p

1 Tchlen • THAIA (jap. chaya), Casa w. v i.«,

app' indurii) <l


m, no Japilo. V. chanotM.
rccu < ii • '!;<», porta aiiiiitiioi nil r.iuci pu-
blic». — Ibid., XTU, p. 170. m74. ^ «Ka^aaaki Um oê »&aê modm-
CHALÉ 252 CHALÉ

tos restaurantes, ou casas de chá, como lé, ou horta de uma porta para dentro». —
é costume chamar-lhcs, ao uso dos iudige- Quarto Concílio, ibid., p. 191.
nas, isto ò, destituídos de inobilia, e de 1701. —
«Havendo na mesma mais de
substancias comestíveis para europeus». — trinta ou quarenta mil gentios, a maior
Pedro G. Mesnier, O Japão, p. 48. parte dos quaes tem a sua habitação den-
1897. — «Cidades que lhe deram ale- tro da cidade de Goa em Chal es, e I

gria, chayas (jue lhe deram jmisada, /«jí- bairros separados, e em ruas que não tem
tvmés que Jlic deram beijos^. — Venceslau habitadores de outro género». Ibid., —
de Morais, Dai-Nippon, p. 16. Suppl. II, p. 162.
«Imaginemos a chaya, a casa de chá, «Klles perturbâo as minhas ordens, al-
que é o restaurante indígena, offerecendu- varás e cartas, que a mesma Camará tem,
se ao publico sobre algum recanto pitto- o» quaes prohibem os Chalés particula-
resco, servida por um batalhão de creadi- res, elles obrão pelo contrario, porque tem
nhas». —
Id., p. 252. Chalés públicos, para os quaes conduzem
1915. —
«And the cleaning of pots and todos 08 officiaes misterais e mecânicos».
pots takes place in the yard at the back — Carta liégia, ibid., p. 164.
of the chaya, or of the private dwelling, — «Mandava
170<5. a todos os mocadões
instead of the kitchen». —
The Times of Jit- dos Chalés
desta cidade [de Goa] e as
dia Illustrated Weekly de 2 de Junho.
, mais pessoas. que em tenno de seis dias
. .

denunciassem ao dito 1'adre Pay dos Chris-


* CHALANI (adj.). Usado com ma- tãos todos os firfííos que soubessem, ou del-
mudi, q. v. Do hindast. chalani, les noticia tivessem, pêra serem bautiza-
«corrente» (moeda). Rupia chalani dos». —
Provisão do Santo Officio, ibid.,
p. 2.
era «rupia ordinária de conta», que
valia menos que as outras espécies.
1715. —
«E naquela [cidade] em diver-
sos Chalés, os quaes são officiaes mecâ-
Wilson deriva o vocábulo do tel. nicos, e pela maior parte corretores ; divi-
chalãvani. didos outros officiaes em ruas, como ourives,

— e mercadores de pannos». —
Ibid., p. 61.
1674. "Rupees... Chillanee, Ali
valued at Mamoodoes 2 |». iryer, East —
1727. —
«Chalé. He hum Palmar da
índia Portugueza, onde jnorào officiaes me-
India, II, p. 125. cânicos de todos os officios, e aonde ha for-
jas, theares, tudo posto à custa do dono do
«CHÂLAR, v. i. (gir.) andar, fugir;
Palmar, que protege, ampara e socorre a
V. p. (a mesma significação). (T. gente do seu Chalé, para ter sempre nel-
calo)». C. do Figueiredo. Do aânsc, les moradores». —
Bluteau, Supple.merdo .

chal «andar, ir», >liindust. chal-nã, ' 1604. —


«The like are in India chales,
mar. chal-nem, cone. içal-unk. but not so well built and cleam». Pedro —
Teixeira, The Travels^ —
«The Bombay
#CHALA VAGÃO. Embarcação de chawls, though of similar- etymology, are
guerra np Brama ou Birmânia. simply large houses let out in rooms, or
Do set of rooms, to tenants». editor.
birmanês yai-hlay-gah' .

1604. —
«Vem grande numero de embar- CHALE (persa shãl relacionado tal-

cações, a que chamão Chalavegoens, vez com o sânsc. chela). Peça de


remão com duas ordens, e são muy gran- vestuário bem conhecida. Os nossos
des, e capazes de muita gente». Diogo — indianistas antigos não conheceram
do Couto, Déc. V, V, 9.
o vocábulo.
CHALÉ (marata-conc. tçãl^, s. m. 178G. —
«Offereço a V. Ex.« pelo hon-
(ant.). Edifício estreito e comprido, rado Naraena líao V^ital as peças seguin-
ocupado por lojas ou oficinas quar- tes 2 xales, 2 mamudes, l peça de atala».
:

teirão habitado por certos artífices,


;
— Apud Júlio Biker, Collecção de Trata-
dos, VIU, p. 234.
alcaçaria.Alguns lexicógrafos acen- 1798. —
«Estava elle [o rei de Cazembe]
tuam chalé, na,o sei com que funda- assentado na sua Hytanda, tamborete bai-
mento. xo, raso, feito ao gosto do paiz, forrado de
xale, fazenda pintada do Norte». Apíid —
1567. — r. Os gentios estrangeiro.s, como Júlio Biker, Collecção de Tratados, x,
Guzarates, poderão viver pela cidade em p. 105.
alguns chalés, com tanto que sejão cer- 1906. —
«Muitos armazéns onde se ven-
rados e nelles não vivão Christàos». Pri- — dem os magnificos chalés de lã de ca-
meiro Concílio de Goa, in Archivo, iv, mello de Thibet». —
Hipácio de Brion,
p. 23. Duas mil léguas, p. 109.
1592. —
«O mesmo inconveniente, que ha 1623. —
«E sopra qualle anco come cos-
de morarem christãos com infiéis em huma tumano, certi panni colorati di quelli, che
caza, Be segue de morarem em hum cha- in Persia chiamano Scíal| e ue fauno so-
CHAUA 2&3 CHAMADOR

: rarinte: mi» pli Itidiaui se irli pfttnno ad lies». — Jiegimento do rei, in ÂrehivOy vt,

rti il'uu no p. bOtí.


— rietro -7- Ifíl2. — aChaleás, que a [canela] ti-
111, p. l^'2.
T
* ' o que coetamam
y»,
]i;66. .TN _ meitont sur eax en tonte •ntariam volunta-
saison, l<^i~ !. un Chalj m '
'i( aos que
e«t une m.i to il'une tr«''--i — Carta
Chal»
uii" de chaleas da Ilha
1 ;i
'_. 1 : , ' III " i '//'/• Í, I II.
J
I. I I (J. do f.-'- ' iu^i.K" .iiviilidos por aldeaa
]•;•;> ..•.'j oháles sunt certaines de p >, que se servem delles em
i.ifc-.s il .
• '' • '
.1.....;..
(le lhe í.w,> . V lia». Alvará Régio, in Âr- —
U.nii, et «i lit diivo, VI, p 1078.
l,.
i.-.^ . . , lie U>35. —
«Dopois foi servir ao capitão
1 ; ou en- geral doDí P'rancisco de Mt-ueziM de vtdana
ijx sor- dos ohalias do sou palanquim». — Antó-
t at plus nio Hocarro, Dóc. xm, p. 497.
; J lie ; les Ití44. — «0!< Chaleás que na ilha de
i un poil Ceilão fazem a canella, servirão a huma e
la poi- outia parti", pcdiudo-se licença a aquelles,

,

t <lu em t cahirem». Apud Juliò Bi-


> à ker, l/e Tratado», ii, p. 146.
<

llcruier, 168Õ. —
em que vivem os chaliáSt
.» . . .

que são OB que tirão a cantlla». João —


y lau t'abriqu Ribeiro, Fatalidade HUtorica, i, cap. 10.
Chais
hals ph
(li-s plus
(its 1687. —
«Destes, querem, procedâo os
dti L'ucheinire)». — Grose, Châleaz, que são obrigados tirar a ca-
nela» —
1'. Fernão de (Queiroz, Conqxdtta
17 iU. -«i-LS chaules, drapa três lé- de Cet/lão, p. 12.
pprn, trèíi-fhaixls ot trrs-tim-s. fabriques aN'>s os Chaieaz uiemos a esta Ilha
' ' - - --.
-, gjjj
'e, e
Hf ijiis icp||,i>ii o |i(iiiM ue i. iiaif u iiuiiii: que
et hoje tem». —
Id., p. 841.
17."»0. — «Pela mesmn • •
-"'v-^-'tnos
Caliás {sic) hum pat. .rar-

- Hist, de Portugal Jies-

186(). — «The Chalias were aocus-


t<iiieil to ns'Tf íoc.i! ami liffl it 'canela],
.is a

itta Emerson iennent, i'eylofi, i, p. Òb.


1825. — «The peelers fde canela] are
It :: I .. 1 /í", p. lOO. called Challers; they are a distinct
l~jl \\ rit... to ?pp n shawl cHstc whose origin is uncertniii» Km He- —
!;...'! I'.;'' . •
. : ( an ber, Narrative, ii, p. I7t>
'(-
^^ .'iv .; - V, i!,. .

lava. ih llu' li'.iif< III TTIAMADOR. Na iuuia, c ura ein-


111. ri-lianti' — ih\» r \ ti.i ignjaou (lo i»:igotlo, que
. .

lM,o
chama e faz recados. V. Jnjiuència.
ohéle*
18«.H> —«Ficam ape etsosa, e
l
- de ohamador, qti" s "A^ado s
chatos 'i' I
!_'
'••• •' '{' -"' •
.irn.idor
I.- [.«.rtcri». — Ernaull, l. Indr /'.'
-O O
p òiri IlU'^ •ida
Az< 37.
• CHAUÁ i ,. " .iiua
raNta de Oil.1o, qao se ocapa em Chamanismo. \ . xamanismo (gra-
' '

;
tar tia mal» corr«'rta).
.111.
Chamara. V. chouri.
chii/::. '' i'/iiit.

KC CUAMA2 Individuo qtif no rito si-


n.lu il. '11 'II. :• ].. h«- ríaco ajuda à missa em Cranganoro
CHAMOTIM 254 CHAMPANA

outras partes, tendo geralmente or- nos dicionários como termo asiático
dens menores diácono. «Os cristãos
; e com o sentido de «cafunó ou esta-
de S. Tomói), residontos no Malabar, lido dado com os dedos na cabeça
tom vários termos religiosos, muitos de uma pessoa para a fazer adorme-
dos qnais não se pode saber com cer». Bluteau diz: «Fazer chamo-
certeza se receberam da língua ver- tins, he ir dando beliscoens leve-
nácula, dando-lhe significados espe- mente com os dous dedos, polegar,
ciais, ou da siríaca, de quo se ser- e mostrador. He invenção para con-
vem na sua liturgia. O malaiala tem ciliar o sono, como a de amassar o
chamayam, que quero dizer «ornato, corpo, também usada na índia».
paramento». O ótimo é o cone. ehimaté, «belis-
1599. —
«Todos os Sacerdotes, Diáconos, cões)). Cf. chareta, por chireta, cha-
Subdiaconos, e mais Chamazes, que se ruto por cheruto, chatim por chetim.
acharão presentes se assentarão em joe- Mas não sei se a frase portuguesa
lhos». —
Sínodo de Diamper, in Archivo, está em uso, visto que a tal «inven-
IV, p. 302.
«Todos os Chamazes,
que ajudavão á ção» é actualmente pouco praticada,
missa, ainda que só com ordens menores ou sendo preferida a maçagem. «Ama-
sem cilas, tinhão a dita Stolla deitada ao çar o corpo» continua a dizer-se.
hombro como Diáconos». — 393.
Ibid., p.
«Alguns Ecciesiasticos, assi Caçanares, 1 770. —
«Dans le tems de leur repôs, le
como Chamazes». iòirf., p. 431. — plus grand plaisir, le plaisir le plus ordi-
«E foi o numero dos que vierão ao Sy- naire des habitans de Surate étoit de
nodo oitocentos e treze, a saber Caçanares s'etendre sur un sopha, ou des hommes
e Sacerdotes cento e cincoenta e três, afora d'une dextérité singulière, les pêtrissoient
Diáconos, Subdiaconos, e mais Chama- pour ainsi dire comme on pêtrit la pâte.
zes». — Ibid., p. 513. On leur tiroit les extrêmités de tous les
1603. —
«E se foy ao Diamper, leuando membres, sans leur causer le moindre mal,
consigo.... muytos Caçanares, Chama- quoique ce fut assez fort pour faire cra-
zes e outros ('hristãos». Fr. António de— quer les jointures des pugnets, des genoux,
Gouveia, Jornada, ti. 58. du col même». —
Eaynal, Histoire, n,
«Aos quo não são sacerdotes chamão p. 18.
Chamazes des da primeira tonsura até
—E
o sacerdócio, e todos acodião sempre a re- * CHAMPADA (mal. champadaq),
zar o officio divino em Caldeo em voz alta». uma espécie do jaca de Malásia
— Id., fl. 59. Artocarpus polyphema.
1H60. —
«Ordinal ad instanza de' mede-
fiimi, moltissimi Religiosi, e Clerici Seco- 1613. — «Rambés,
rambotans, bachoés,
lari di varie Parti, & alcuni Sciammaes, champadas, chintes e buas ducas». —
e Cassanari delia Serra». Mgr. Sebas- — Manuel G. de Erédia, Declaraçam de Ma-
tiani, Seconda iSpedizione^ p. 37. laca, fl. 10.
1635. —
«Inter Echinatos porro, et Spi-
Chambaçãl. V. arroz ejaca. nosos quoque referuntur hi fructus Incolis
laaca, et Champídaca vocati: quiejus-
CHAMBITÉ. Forja de ferreiro, no dem sunt generis, et uterque obsitus pro-
Concão. Do mar. chamou ou cham- tuberantiis spinosis sed, ut laaca fructus
;

«correia», ou, antes, tota mole et rnagnitudine superat Cham-


botl, do can.
cTiamatige, «malho».
padaca, ita et pungentioribus spinis». —
Bontius, Historia Naturalis, p. 118.
1619. —
«Por cada Forgia de Ferreiro 1690. — «Malaice Champadaha et
que é Chambité paga de direitos em Tnjampadaha : a Portugallis scritoribus
cada anno sete barganins brancos. E sendo meo judicio describitur nomine Cambasâl
meyo Chambitté ou forgia paga meta- {= chambaçãl) quum ab ipsis viliores ha-
:

de». —
Regimento do vedor Nuno Vaz. beantur quam Girusal (= ffiraçal)». —
Kumphius, Herbarium Amboinense, i,

«CHAMELI. Árvore de Damão». cap. '26.


C. de Figueiredo. É Bauhinia Vah- 1695. —
«Tsjampadaha bulbum gerit
rotundum instar pomi, vel lagenae, qui
lii, W. & B., ou B. racemosa, Roxb. multas gerit spinas, estque solidus, ac ma-
Chama-se chamhell em concani, e gna es. parte supra terram eminens, ex-
encontra-se em várias partes da ín- terne, et interne albus». — Id., ix, cap. 13.

dia.
CHAMPANA; champão (pouco us.).
CHAMOTIM. A palavra aparece Pequena embarcação da Malásia e da
CAMPANA 266 CHAMPÔ

China, e de algumas partes da índia. 1697. '- «Continuas experíenciaa lhe


' '
'ram a veril •
qy^
ina.<iseri .i nam-
pdi)t;ta, em^•• "g^'yra,
pana pequena. alén> de nui} t . . Só a
I' "
'i" li!' (iuns iiíii'

! ^ II champanc ~,
- uem ha tra-
hia acima, e vinha abaixo com tui
'., p. 357.
raiiru lio bom piloto oin- <. n.r/
na champana
ate como
i' <
la Pinto, Veregri-
.
. :
. — P.Fr:ii
CoiKpiittado, I, I, 1.
• E de duzentaa até
irSo ali
'^f* «irmana» que flam huns
1*^74 —
«Os barcos chamados sham-
qiu' vào vinte cinco e
panas, derivado de sampan (nome chi-
nez) são estreitos e compridos, com a proa
v astanheda, Z7í«forúi, II,
levantada tdem uma camará fechada,
;

m para onde se entra por uma estreitisaima


• r'tiiiinmlc ii>i iii!irii))ii-íriiM ngra
abertura. Um homem a ré, com um remo
> e
a que dá movimentos helicoidaes, conduz
champana, a embarcação». Pedro G. Mesnier, O —
Japão, p. 40.
uauio r>utra
i> par» se saluarem». Carta»
:
'

— 1883. — «Foi
mister entrar em uma pe-
quena champana de pescador, onde o
:ir hum uauio, mar nos molhou todos*. Adolfo Loureiro, —
chapiuui, estava surta
No Oriente, i, p. 332.
.

(de (JliMtilJirÀo). —
<•

Damião de 18%. — «Champanas, T !e os


chineses habitam, coalham de
de Manuel, iv. cap. 27.
'

lúii -
'B.

«. . .
I).
s.' «iiiiinrcarão em fustas,
uiar- '-^
— Couut; ;a>. (u- Arnoso,
Jon, lo, p. 72.
e champanas, terra muita tirando em
L- li lar». —
Primor t Ilnuta, fl 2i v.
1.'-.
.

denominadas... pnntôes,
....... tuibarcaçÕes pequenas,
•£ a defendem lia tantos annos tan.xo8, cham-
. armando à sua i-UHta navios, pões, etc.». — A. Loureiro, in Boi. H. G.
i nas, paries*. — Archiio, i, par-
L., XV, p.4I.
1898. —
mnvimiMitn* il.ia iiiticoa,
aMa.<) os

Elncontrou huma champara dos sampans, da tan-


tas barcat* prende- .._::„ .lo». ti
uc aahia do porto, carregada dos Mou-
{

.1 nao». —
Diogo do Couto, Dec. Vlll,
— Joaquim (". Crespo, Coumu da China,
p. 14.

«Havia alguns annos que na costa de 191»í. —


«Nos primeiros dias de março,
Ct-ilàu se tinha perdido huma champana
se reuniam de três a quatro mil cham-
df hum Diogo Gonçalves». Id., Dec. X, — panas (botf.s de pofjiicna pa- I
'

rado;* [i»»los mercadores moii >, e

1* i.'Jo que pêra Ben- (em CeiiSo), O Oiitntt Vortu- —


.. p. 197.
^h!;i :iía8náos,Oham-
•*•. Alvará — lólU. —
«Alcuni altri che sono fatti ai
(
modo noMtro, cioè di sotto, e si chiainano
Iblò — «Km »',
'.'41
C'.ioM)ane«. — Uarthcma. apud Rauiúsio,
champanas r ii

''
|>cra «e
en
"
.
,
—Ma- l>

maibiuin ' cha-


iiu< i G. de Erudiu, JjecL Malaca.
ri. »;.
pans; ct divi-
U>.).'>. — «T«-v<i vista <lf u.
Itam-
deza (• uniri champana* ~ .

ÍTÍ».

todos os anBoa do

.iM-ni>, r 'íí !ii niíiu- iiií


CHAMPÔ. .\rv<nv da lamiiia das
.. Vo, ...1.. 1 ., , ..
iii.igiiuliác.-a.H — Mi< h-'''' •'•'tmpaca,
Linn. As flore» «ao ^ e fra-
las.
A
nio Vieira, Xuvier Ltorminào, p. 'X£â. árvore ó favorita d« - índios.
CHAMPAULU 266 CHANCO

Do cone, tçàmpô, árvore^ tçãmpém, # CHAMPOUCHU (chin. tsau-po-yU).


flor ; sânsc. champaka. V. marroio Camarista imperial, na China.
rosado. 720.
1 —
«... nos tem encommendado de
saber da vontade de Vossa Magestade
1563. — «Outras flores ha de que muito
8r)bre mandar ao Mandarim de Palácio
ubSo nesta regiSo ditas champe, e tem Cham-pau-chu, que vá receber ao Em-
hum cheiro muito forte, mais que lirio bai.xador de Portugal, e o traga á presença
branco, e nam he tarn suave». Garcia — de Vossa Magestade... IVIande também
da Or ta, Col. vi.
que Cham-pau-chu, e Cham Ngam To,
1727. — «Os Europeus e Canarins, esta- partam aos 16 desta lua a receber o Em-
belecidos Goa, chamão fula a flor. O
em baixador». — Apud JúYw Biker, Collecção
ohampim e mogorem sâo fulas, que chei- de Tratados, vi, pp. 118 e 119.
rSo a jasmim». —
Bluteau, Supplemento.
1782. —
«Também é de proveito o plan- # CHANCO. Búzio grande — Turbi-
tamento de champôs, nào só pelo rendi-
mento que dão, mas também pela serven-
nella rapa — que se encontra espe-
tia da sua madeira. E taes plantas não dão cialmente no golfo de Manar em Cei-
fructo que sirva, senão flores, mas mui es- lão; madrepérola. Serve de corneta
timadas do sexo feminino, que lhes dá o nos templos pagãos, e fazcm-se dele
eeu valor». —
Fr. Clemente da Ressurrei-
vários artefactos, que se chamam de
ção, Tratado, ii, p. 315.
Itíi3. — «Conhecem-se na índia duas madrepérola. Do malaiala changu ou
arvores deste nome; o cull-tchampó do sing, xankh ou xaúk sânsc. <
(michdia Champaca) em malabar champa- çankha.
cam, da familia das magnoliaeeas; e o
nag-tchampó, em malabar belutta-cham- 1563. —
«Ruano. E o outro de que fazem
pacamo. —Bernardo da Costa, Manual do as cousas, que chamamos de madrepérola,
Agricultor, 243. ii, he esse que chamaes cheripo (q. v.)V Orta.
1874 — «Que seria de nós se nos não Nam, senam outro que chamam chan-
cobrisse tanto champô, tanto cajueiro, quo, de que fazem cofres e mesas e con-
tanta jaqueira e mangueira?». Tomás — tas; porque ainda que por de fora seja
Ribeiro, Jornadas, ii, p. 117. tosco, pelia parte de dentro he muyto liso
1882. —
"Com as essências de mogari- e fermoso». —
Garcia da Orta, Col. xxxv.
nhas, champak, canduauga, laranja». — 1635. — «Tomaram-Ihe também algumas
Henrique Prostes, Boi. iS. u. L., iv, p 392. alias, e todas as suas armas c insígnias
1898: de rodelas, choncos [sic), e espadas e
•Incoercíveis como o aroma do chhiupaks
frechas». — António Bocarro, Déc. xiii,
Cahicis do roldão nus praias de Malaca». p. 708.
Lopes de Mendonça, A. de Albu- 1687. — «... dous
sombreyros brancos,
querque, p. 40. duas bandeyras brancas, Rodela branca,
1906: chancoy, e cambaias de auanar, tudo
«Engrinaldada de champinii e onlã,
dourado». — P. Fernão de Queiroz, Con-
Vai já tomar o banho da manhã quista de Ceylão, p. 462.
Na verde fonte do arecal tremente XVIII. — «O búzio em Lingua gentílica
A doce Sitá-Bay, se chama Sanca^. — Isoticia do Genti-
Alberto O. de Castro, A Cinza
lismo, 1, p. 85.
dos Myrtos, p. 130.
1837. —
«A estampa junta á presente
1623. «Mi mostrarano vn fiore, di gran- descrição mostra Visuú com os seus attri-
dezza, e di forma, non dissimil davn nostro butos ordinários, que o distinguem dos de-
Giglio, ma di color gialetto biancheggiante, mais Ídolos, e vem a ser um grande búzio
che aueua odore assai suaue e vigoroso, e (chank) côr do vermelhão, e uma arma de
lo chiamauo Ciampà». Pietro delia — arremesso (ckakra) semelhante à rodela do
Valle, Viaggio^ p. 31.
— jogo da conca». —
O Panorama, de 14 de
1631. «Arboris simul, et florum no- Outubro.
men Sampaca incolis est, et apud
— Bontius. Histo-
illos 1886. —
«N'uma das mãos o búzio cha-
in summo sunt honore». mado xenco, n'outra o circulo denomi-
ria Natnralis, p. 23. nado checrà ou sudorsetv, instrumento que
CHAMPAULU Espécie de(s. f.).
constantemente irradia fogo» Lopea —
Mendes, Â
índia Portugjieza, ii, p. 69.
embarcação da China; parece que é 1898. —
«Vixnu, encarnado em meio ho-
o mesmo que champaiia. mem e meio leão, segura o xenco (busio
em que se transformou o gigante Sancas-
1881. —
«Junto ás margens não ha um sur)». —Manuel de Campos, Numismutica
único cães em que nas marés mais baixas indo-portvguesa, in Boi. S. G. L., xviii,
possa atracar a mais pequena cham- p. 243.
paulu» (em Macau). —
Boi. S. G. L., m, 8õl. — «On trouve dans ces parages [de
p. 744. Ceilão] la perle, et le scheneck [corri-
CHANDA r'HANDALA

pidn pr-Iô f(Iit.>r .-iii 8ankha\ in .t P.ir le- (las casl;. ....^... ...^ r«ilão, CQJO
<! iiii
"' ''-
oficio Ó extrair sura e fabricar vinho
^J^'!/''"- Do sing, chandu. Tambôm
se chama durava.
"irtf
Chanca
(le co-
1687. — «A maior parte dos Candaz
et iu.~ 1
r
•= ^ --•' - ' V" '
que
Mere I
da
U" :icr et fUinlur d\\' ru
' - '!• -'•' -or,
ou sui cie entre mel e assu-
ti - ; comine tolfrt'S, tui uS
car) .1 iia palmare»». P.Fer-
'"t atitrea eliust's».
não de yiieiroz, Oníquitta de Ceylão, p. Ití.
J p 137.
«Do.s Cha lidas, e da areca. O nosao
i'l I. 1
I !l' 1
'
> they call
eoâtume li' is plantas, e das hor-
Chanquo; th. ;.-h are the
tas a pon;:; —
M •' '•

l(i., p 840.
r; ur. ríuêt índia,

• •
i II,
19H. « rh«í Chandos were divided
into ten elasses, aud thi>u_'li tli. ir geueral
"
=nr los raPmes c6-
employment was that o; _' toddy,
Siancos, d')nt
their duties were differ»! .-ording
1" i"ut dfi bruceletsu.
to their classes». — P. E. Pieiiii, Ceulon, ii,

p. 486.
.. - Ciianque, cnquiilaee du
-nre des biiccius». — Sonnerat, Voyages, CHANDALA (s. m.). Individuo da
t. •?.*.!)
\
íuíima das castas raixtas, suposto
de Vichuou, sectatenrá
,
vout demau- lit <>u <uril-< originárianionte produto do um su-
der 1 . s avec eux dro e do uma brâmina. Do concani-
one pl.i ot an gros -mar. c/ia>.í</ã/<s;ln8c. chandãla.
coquiliage appeie sangou». F. Dubois, —
Affrurs, I, p. 1 18.
Umlexicógrafo regist;! chandela
1860. —
«He Sfiit saplures. lapis lazuli, e diz que ó «o mesmo que pária».
and rubies, a rifrlit lip.ii'l chanc».— Nota: Nilo ó bem assim ; os pariás consti-
• A variety of rapa with '

tuem uma raça homogénea, pOsto


the wh'>rl'< rc\>- tlie natives ,

a'' 'iia NiUue proft'ssing


que baixa, da zona taraúlica, ao passo
;

tl worth its value (1 is que os chaiidalas sâo refugo da so-


iii irjldi». — Lmeráuu Tennent, Ceylon, t, ciedade hindu. Figuradamente, chan-
p. li^. dãla 6 um malfeitor, um homem
1908. «A right handid — ohank (that
abominável.
tn say (tuf with th<' «piral opi>iiintr to
t;.' • •

• • ':
to 18S0. — As
purificações a que deve su-
(r

I ,1-
jeit.'xr-vp ummrinhro de qualquer dascas-
ii prici.-, Líiíici'-
1
t io tem contacto com
h .. are made of degradadas, como um
ou uiu tchandala, por ex., sSo hoje
- ri^'orosauM'iite estabelecido.s». — ii.

Lfusiglicri Pedroso, Portugal a Camòt»,


p. 3.
* « :f- 1 - :- - . .- -1 - ,
.^1
1898. — «O pária, também conhecido
pelo imme de chandéia, é ainda mais
zivel do (jiie o próprio .sudra».—
ra .Mascarenhas, Atrarrz </<•* Mareêf
1- ..J
1!H>2. — «Tohandala na índia é ono-
.. .: --'.uA n-- •' ' ' - I •"- -íitas
i >b«niia> I'ieris, Ueylon, i, <. ido
\ le.
ChanK ahell* ial
1 n-, , Tl,. . . X-

<4tòvao Pintv, vm /a*«n-yai^*^W, ti,

IntÁta lUuélftUed 1'.'' ira


o. um )• le-
de
CHANDA (^0. ta.). Individuo duma
i7
CHANDEU 258 CHANGA

formar o habitante das povoações lacus- Ihi^i. — «Principalmente nos chan-


tros no fanenr de bnulevard» de I'aris«. — deus, e feyras que se fazem nos dias dos
Hipácio de Urion, Duur mil léguas, j). '200 seus |)agode8, em que tudo hc franco pelo
1916. —
nTchendalas ou parias. A grande concurso de gente que nellas se
casta impura e mais baixa de todas». O — ajunta". —
Fernão Pinto, Peregrinação,
Instituto, i,xiv, p. 3'26. cap. 98.
1917. —
«Proclamava que Deus se lhe oVimos [em Calamiuhão] também nas
revelara cm forma de Chandala, casta a feyras ordinárias, a que elles chamão
mais baixa». —
Hcraldo, de 2G de Maio. Chandeuhós, todas as cousas quantas
712. —
«You have joined these Chan- a terra cria»». — Id , c.ip. 165.
dáls and cow-eaters, and have become
one of them». —
In Glossary. CHANFACAU. Diz-nos Fernão Men-
1786. —
«Qiielli chc hanno sposato per des Pinto que é o nome chinês da
vsucapionem, come sono una gran parte
Grande Muralha, que o imperador
dclle Tribti vili, chiamate Ciandàler o
Nisher ripigliano la loro pietruzza». Fra — Tsin-clii-hoangmandou construir no
Paolino, Viaggio, p. 200. ano 221 antes do Cristo, para defen-
1845. —
oMais le fils d'un Soudra et der o seu país contra os tártaros, e
d'une femme d'origine brahmanique est un
de que tanto falam os viajantes eu-
«Tchandala», le plus vil des mortels, et
son union avee les femmes des castes su- ropeus. Mas é, na realidade, o nome
périeures produirait une race encore plus dum dos fortes da referida muralha,
vile que celle de leur père». Xavier — sondo osta conhecida por Ván-li-
Raymond, Inde, p. 166.
-cháng-chmg.
1913. — «Five hundred low-caste Chan-
da as had
I to be employed in' the task of 1542. — «Este muro, ou Chanfacau
scavenging the capital of Anurádhapura». como elles lhechamão, que quer dizer re-
— P. E. Pieris, Ceylon, i, p. 3. sistência forte, corro todo o fio igualmente
até entrar nos agros das serras». Pere- —
# CHANDARRUS. É o nomo de go- grinação, cap. 95.
ma copal na índia sandáraca. Do ;
1735. —
«Les portes de la grande Mu-
raille sont fortifiées en dedans par des
mar. -cone. cliandras ou chandrús,
forts assez grands, le premier à I'Orieut
persa- ár. sandaros. s'appelle Chang hai koan; il est prés

15G3. —
«Sabey que a [cânforaj de Bur-
de la Muraille, qui depuis le Boulevard
bati dans la mer, s'etend pendant une
neo vem muitas vezes mesturada com al- —
lieíie dans un terrain tdut-à-fait plein».
gumas laicas de pedra muito delgadas, ou
P. Halde, Description de la Chine, i, p. 38.
com. huma goma (a que chamào chan-
demos) que parece alhambres crus». — CHANGÁ. Conforme os nossos In-
Garcia da Orta, Col. xi, 1.
1685. —
«Ha outro [breuj que se cria dian! stas, que um rei de
ó o título
nas vargeas, mui claro, e transpai^ente, da Aracâo, na Birmânia, dera a um
«or de alambre os naturaes usão delle em
:
célebre aventureiro portuguôs e seu
muitos medicamentos, e em toda a índia
grande valido. Interpretam-no em
tem grande preço, aonde lhe chamão chan-

daPPÚs». João Ribeiro, Fatalidade His- dois sentidos «viador da fazenda» e
:

tórica, I, cap. 11. «homem bom». Não mo foi possível


1610. — «En la costa de Melinde se coje identificá-lo etimologicamente.
vna Goma muy semejante à esta Uamada
Sandaroz». — Pedro Teixeira, Belacio- 1617 —
«Em cujo serviço entre outros
nes, 146.
p. Portuguezes andava Filipe de Brito Nico te,
1902. — «The name he [João Ribeiro] natural da Cidade de Lisboa, com o nome
mentions, however, of which Garcia da de Changá, que vai o mesmo, que Vea-
Orta and Teixeira give variants, is Arabic dor da fazenda». —
Conquista de Pegu,
and Hindustani sindarús, sandaros, smida- cap. 3.
ros, and is known in Europe as «gum san- 1635. —
«Chamando-lhe por outro nome
darach». —
D. Ferguson, em Teixeira. o changá, que quer dizer bom homem em
p. 227. sua lingua». António Bocarro, Déc. XIII,
p. 122.
*Chandel. V. chader. 1915. —
«Diz mais a inscrição, que Nga
Zinga governou Siriam por 12 anos e foi
* CHANDEU. Feira, arraial, na preso e morto no dito ano de 2152 [da era
China. Do chin, chin-hil. chines búdica] por Anankpetlum Miudaya, Rei de
hão tem d. Cf. chareta, charão, Ava, cujo dominio abrangia o Pegú. Nga
Zinga não é outro senão Filipe de Brito».
quanto à alteração da primeira sí- — O Oriente Portuguez, xii, p. 302.
laba. 1650. —
«Ce Prince donna à ce Portu-
(IfAXIl'ATAO 3r)f> niAPA

1,11.21 rlnuiilxj 'Ih'


• liiiin il
I
. .. ^.. . lhe
inal e d«'vxàn entrar...
< Chanipatões, que
Changá (valc bueiio são o8 pti Mílle ne-
n
K«'y de I'egii». gocio, 08 1 :ito. Pe-
\ .:• 1 ' --'-iisn, Aêia Portugueta, iii, p. 152. regrinação, cap. K)r
'" ' - \2S • CHÂNOIÚ (jiij). rr,a/i(}//uj. Acvao
111- do lazer a iiifusao de cliá casa dftchá. ;

• lea dos budistas; prelado. Do páli Pevas de c/ianoiú sflo os utonsílios de


ttanghatOiara, admitido om siiigalês. fllá, como irlialt'ira. cliícara. iiircs.

V. doiujii
T'TT — I'm t.ilis (•^ta^ 1 «re/a» viii em
Changatá e 1584. —
«Veiid'.o a Faxiba itua peça
.-••< pn'-gadort-s de que tinha dc Chanoyu por seis mil cru-
itos e costamcs».— i'rifnor t Honra, zados, e agora o serue de lhe fazer chá
:

como qualquer de seus pagens». P. Luíí —


Ficnii «> (joijorno do rciuo rem Próis, Cartai de Japão, u, fl. 100 v.
:i Changatar, homem Babio e «Tem a cargo suas peças de Chanòju,
' virtuosou. — Diogo do Couto, que são como vossa reuerencia tem sabido,
a pedraria e a riqueza de Japão... Es-
•' forSo tando outra vez Ar/iqui em hua camará
e Cu- com Fâxiha no ChanÒJu lhe começou
^ca Sangatar Faxibadono a tratar de Justou. fd, —
•rdote supri como ri. 110.
!'>•. — Id ,
iiio,

X, VIII, 12. lOfõ. — "Seguem se logo em lugar bem


'
em Candea outro accomodado huns Znxiquis que seruem de
iri; a. ' '
'
*
ita,que cozinha e hila fresca casa de Chanoiu,
ngatar Padre junto da qual estão jardins que lhe dão
M- luiiiiii'iii Anaros- muita graça com sua freacurau. Id., —
lio Biker, Collecçõo de fl. lliOe.

"' '• j" --'


— irApresentaudolhe húa peça de
lõHtí.
-.'». — «No Pico de Adão estava hum Chanoiu de estima e que era de Quam-
... .1 . ..,....., 1 III,'. . ,,.! •.'r..nt.> i.nr bacudono muito desejada». — 199. Id., fl,

CHÃO. Saíidaç.lo no Aname. Do


anam. r/tào, «suUdar».
IGõO. — «Disse
:i que queria
*
I

— «FÍDcem ohao fazer


(<|uc é :is de vassiilo
-7. KcIigioBos,
'" engatares, que
f<»y eate
oe seus
a rei, (jue são betn iij;:iii 'imis)». P.An- —
tónio F. Oaidim, Ilitnlhas, p. 45.
lo") pohif's P «i'"' rultn de •
•;•-• -•> '" v..
«O pad'- <: ' --tI ia
<»r i«to \hv. do'' do
quer dizer, • 1
— com a eaJ'
dizer coit. ....-, .... , .,
ler
em
'.
i'eiuao dc (Queiroz, Connuuta tU (Jei/lão,
que eTTe dava audiência'. — Id., p. Uõ.
•7. — «Tem HHte idnlo em (eylai)
CHAPA. O vocAbulo tora no conti-
..d p cncfi<l(>t<«<. (jin- se chamam
C •
' -isco dc Sou- nento, como ó bem sabido, o signití-
cado principal do c lâmina metálica».
f' '-'-.'; ,
>iou

ou
jdul; j^iTiimnico. U» no»hoH indiuni»-
t"i. poriam, empregam freqiiente-
te a palavra em sontidos muito
rsos, como «sinote, carimbo;
rlifiní'»»!» : míuidnd'». nnlom.
1 I

inó-ting, que torn o incsino sen» ;


im
I si-

s, o muitos outros, tem a


1.M1 )Uf tnnfn nwtltidio de
•/í ou rhãpu na maior part»»
.-•' ].
-' a MtM
ias indianas e malaias, e»pc*
CHAPA 260 CHAPA

cialmente neo-áricas. Daqui surge 1600. —


"Entram os Bonzos, acham tudo
feito, saem com hnma chapa ou proui-
uma quostflo muito intrincada com sam». — P. João Lucena, Historia, víi,
respeito à etimologia, a qual está cap. 20.
largamente expendida em meu outro «Tardana em ir denunciar a fé ao Qui-
tnihdho (Infi uênda
do Vocah. Port.), nay, e auer huma chapa, e prouisam do
IJáyri, e outra de Cub<'>çama pêra a ley de
sendo a conclusão que a voz chapa,
Deus sem contradiçam dos lionzos poder
no sentido de «carimbo» ou «chan- ser pregada, e recebida por todo Japam».
cela», é genuinamente neo-árica. — Id., vii, cap. 23.

Chapa, na acepçílo de «lâmina», 1603. —


«Lida a carta perante nós lhe
neste caso, se não é de origem orien-
poz logo a chapa, e a mandou cerrar». —
Fr. António de Gouveia, Jornada, fl. 147 v.
tal, como j)aroce que nEo, deve ser 1609. —
«E d'alli ao Cathay o, com 'cha-
vocábulo paralelo, como tanque e va- pas d'estes reis, que são as provisões, ou
randa. cartas de seguro, que dão aos passagei-
ros». —Fr. João dos Santos, Ethiopia
Oriental, ii, p. 15.
CHAPAR. Pôr chapa ou selo.

1512. «Elle lhe passou hum formão
— com letras grandes, e fenuosas, chapado
1518. «Da chapa assy em papel co- com chapa de suas armas». — Diogo do
mo no braço se iiom levará [no posto fis-
Couto, Déc. VI, VII, 7.
cal] mais que dous pequeninos por cada
— «E huma Provisão, a que elles chamão
pessoa». Archivo Port. -Oriental, v, 18.
— Formão, chapada em branco com a cha-
I.'í37. «Logo perante asynou e jurou
pa do Idalxá pêra tudo mais que quisesse
em seu moçafu de teer e manter, e cumprir —
assentar com o Governador». Id., Déc. IX,
este, como nelle he conteúdo e o chapou
de sua chapa». —
Simão Botelho, Tombo,
cap. XXII.
— «... bua chapa douro assina-
1613.
p. 224.
1552. — «Mandou que nam deixassem da por elle e pelos regedores da cidade».
entrar na ilha, nem sayr dela nenhfla pes-
— Francisco de Andrada, Chronica de
soa sem leuar sua chapa, como se costu- D. João 111, I, fl. 52.

mava dantes. E esta chapa era como selo 1614. —


«... 60 rey de Ormuz não pas-
se não que era aberta de parte a parte, e sar formão, sem ser chapado pelo gvazil».
punhasse com almagre». —
Castanheda, — Carta Régia, in Doc. da India, in,
Historia, iii, cap. 32. p. 142.
1553. —
«Tornando a çarrar e a sellar 1617. — «Com as testemunhas que de
o testamento com a chapa e sello delRey, presente estavão as abaixo assignadas e
publicamente com actos solemnes o man- com huma chapa á ilharga». O Chro- —
dou abrir». —
João de Barros, Déc. II, nista de Tissuary, iv, p. 24.
1632. —
«Mas de tudo lhe tinha passado
1556. —
«Eu me entreguei ao grão ca- chapa Real pêra na primeira bonança a
pitão Çoleimão Baxá por huiw formão seu pôr por obra». —
Fr. Luís de Sousa, Hist.

chapado de ouro». Lopo de Sousa Cou- de 8. Domingos, iii, p. 337.
tinho, Historia, p. 160. 1635. —
«Eu fui ao porto, e vi estar
1563 —
«E lhe meteo no dedo polegar muitos japões, e logo os mandei botar fora,
da mão direita hum anel d'ouro pêra pôr que eram noventa e tantos, e por isso man-
chapa». —
Gaspar Correia, Lendas, n, dei a chapa de pedra». —
António Bo-
p. 65. carro, Déc. xiii, p. 725.
«Mostrando a chapa de cobre, em que 1679. —
nProseguião o caminho com
lerão talhadas letras do nome d'El-Rey huma chapa (chamão assim às Portarias
dom João e do Preste, em caldeu». Jd., — e Alvarás) que o dito Capitão lhe dera». —
íii, 29. Fr. Jacinto de Deus, Vergel, p. 280.
1583. — «Assi tornarão juntamente com 1745. —
«Sendo os Mandarins e mais
a chapa do Tutão. He costume entre os ministros de letras e armas tão prezumi-
Chinas quando sae alguma chapa dos dos de poli ticos, que tem no Império por
Mandarins ficar a copia no seu paço, e de- hum Tribunal supremo o de Cerimonias,
pois de esecutar a dita chapa tornar a nenhuma fazem contra todo o direito e
resposta ao mesmo paço, a qual se treslada universal politica das mais nações no mun-
debaixo da mesma chapa e se guarda no do, o abrir qualquer as cartas, a que cha-
seu archivo». P. —
Sabatino de Urais, mão Chapas, que se escrevem a seus
P. Mathevs Picci, p. 15. maiores, ahinda que sejão escritas por hum
1593. —
«Das cartas de venda de pro- Rey, ao seu próprio Imperador». In Ta- —
priedade e das mais que se vendem na -ssi-yang-kuo, II, iv, 5.
terra que se pagão direitos na alfandega 1810. —
«Chapação de panos de Sal-
levará hum caxi de carta e chapa que lhe cete, que sendo avaliados. •». Joaquim
. —
põe». —
Francisco Pais, Regimento de Pre- C. Soares, Doe. Comprobativos, p. 439.
cOflçoe. 1843. —
«Chapa de felicitação ao com-
CHAQUIVILI 261 CHARA
misMrio imperial Ki-iuf; pela sua chefiada vfduo da casta de sapateiros na costa
a CantSo» !• ' / v - ' .. -43
1883 - do Chorano&udel.
ua
chnT>i«
f

lo
ri-
1577. — «Todos .
rir-
tes inornient** estes taa
l:

t
.,..._..

Adolfo* Loureiro,
:ri-
<•
m pri'i-.'.itiii iiTia.-» .13 uutraa.
*
sào Chaqulvilis, que fa-
A
ztMu ul^aieas, e comem IimIus as cou.sas ini-
'•'8d08
-rnni de
muiidas». — Primor Honra, r Ú. IC».

u: I Chapas,
1701). — «Shackeiays are shoema-
<! . is.> — Ji'iiio
kers, and heJd ia th*- daine despicable
light iu the ( "oromandel Coast a^ the Niad-
liih' '. JrutfiiUm, XI, p. 78.
!• '" ' 1 t
' <i<

nc
pput enieuer saus la
le
des aud Pullies on the Malabar». Ives, —
in Gloêaary.
du Roy d'Acliem, ou il faut
P'
•JL- obtenir, »»t af»jv>rtaiit leíi let-
1782. —
«Les Shaohíls oa Cordon-
niers, qui font dau.s la tribu de main gau-
tre-d >.lu Hoy, qii'ils Chappa, che ce que les Parias font dans I'autre ;
marfjue tiu rachot. r ificju»' lilire-
ni' •
lo la tiiie». — Géné- mais ils 80ut eiM '"-" r^ln- ">'''>riscs que les
Parias, parce it le cuir de
<

r.i

i'>">;' -
rs. p 44.
Chops, as they
vacche à faire .d». — Soune-
rat. Voyages, i, p. 59.
them engraven,
ill
'"
-

Miose of
1825. —
«Elle compte encore dans ses
ranp.s la plu.s infame de toutes, Cflles des
,ry.
» < ^ - I'IMM w avec
chakilys ou savetiers*. —
P. Dubois,
MiTurê, p. 16.
lui leur ch eat dit u il
1,

qi,M ^ut ,.. ., ,, ,. , ...v.. ,.,,,3 de «e 80U- . ,

III loi» de I'empire, et d'y faire • CHARA. Modo, moda, no extre-


le . -oe». SoDuerat, Voyageã, 11, — mo mal. chãra, que o
Oriente. Do
p.tJ. P.« Favre prende ao sftnsc. chãra,
•On met sur chacan fcaiza] une em-
((andamento», de char, «andar».
prelnte qa'on appelle Cnappe». Id., —
p. 11. XVI. — «(^'hamSo lhe bonzes e estes
• CHAPARI (ant.). O termo era lem a chara da cbyna e tem muitas es-
u- :io adjectivo, em distinção
crituras dos chysu. — Mauuscrito, publi-
cado no Instituto, Liv, p. 60.
d< para indicar uma /( (n. v.), lófil» — oTm.Im^ c^fi-^ ('hristáos, e gen-
ospei'ie de
(q. v.), no sen- mamude tios i
am, e tangeram
seus ii ,.js a sua ohara
tido de «selado ou carimbado», e por .

isso de mais valor. Do hindust. chhã-


o sabem fazer». — (Jariat de Japão, i,
fl. 284 V.
~tri. \<ò'òli. —
tNão comprai natu-
'
>•

i»ít7. — .09 ralda terra híjmeus ucrn |)orque


comprando-os logo lhes tirutu oa vabellos e
: -.

5 e po\
os vestem á chara portugue/. e uicttem
chaparia de

ry, IV,
no tronco*. António Bocarro, Déc. xiii.
p
; — nflM iiezpjt foreiros doa
p. ?25.

ai rurumiiiê o reu-
di cnaparis, e pagio
CHARACHINÂ (mal. chãra-Chlna).
o •

Uey {M)r mamwit» chalanis*.— Moda dos chineses. O termo tS muito


J' usado por Fernílo Pinto.
CHAPAZ.classe de religiosos Uma 1540. — «Perlongando ella [embarcaçXo]
à de nazen, no '• por junto do n(\s, a iialvamos i Chara-

:na. Du anaiu. rha,


ohina *conio nu(]uellas part<>ii dizem) oora
"
.1 aa
«pai, \mátQ*yplnit, «Budn, budista». I. .ta
V lia ainda g'Mitr •»!•
'lante»
Uhapuzes e tetnpof». -

-It. ii;iMj.;ir <ja «rui, Trariado


lia. cap. 1.
\ i o
..s e
ti Chara-
re
>«, III, p .'i38.

CHAQUIVILI (taui. Jtakkili). luJi- por popa á o ha rao hi na, que soas o<B-
CHARÃO 262 ClIARAO

ciaea lhe inveutarão, pêra poderem suster Chinas sam mais reverenciados que os
incllior o pairo». — Ibid., cap. G2. outros, estes criam cabello e trazemno no
"Do quando em quando bradavâo á cume da cabeça arrematado com hú pao
Charachina paraq a gente se aflastasse muito bem feito a modo de mão fechada,
lias rtias». — Ibid., cap. 68. envernizado de muito bom verniz, que cha-
«E 08 chins aftirmarão que ha banquete mam Acharam». Fr. Gaspar da Cruz, —
quedara dés dias á Charachina». — Tractado da China, cap. 13.
Jbid., 105. 1588. — «E 08 jaezes dos caualos todos
de retrós carmesim com as selas e estribos
CHARÃO; acharão (p. us,). Vorniz de charão preto que reluziâo como espe-
os})eci{il (ia China e do Japão, ex- lho». — P. Gaspar Coelho, Cartas de Ja-
traído de várias árvores ; objecto do pão, II, fl. 261.

madeira com êle revestido. ACHA- 1616. —«Trazem ainda grande copia (Je
bocetas, taboleiros e açafates feitos de
ROADO, envernizado com cliarílo.
certa qualidade de pequenos juncos, co-
CHAROADO (s. m.), objecto de charllo. bertos de charão e verniz de todas as
O termo ó próprio da nossa língua, cores, dourados e brincados». Pyrard de —
Lavai, Viagem, ii, p. 151.
como observa Gonçalves Viana, que —
1632. «O feitio era oitavado, e dou-
o relaciona com o castelhano charol, rado sobre Charão vermelho jiera pre-
«verniz o pulimento», o também su- servação do Sol, e ouro contra a força do
gere a possibilidade de provir do Sol, e agoa». —
Fr. Luís de Sousa, Hist, de
S. Domivgos, iii, p. .337.
chinês cJiat, «verniz», e domal.mi-
1650. —
«lia na ilha pau preto, Japão,
(jas, «árvore de que so extrai» cha- :
que é o Brazil, charão, areca». P. An- —
rangas. Mas o Dr. Alberto de Cas- tónio F. Cardim, JiataUias, p. 228.
tro deriva-o do chin, tchi-yâu. Nilo 1684. —
«O ouro, Kubim, e Charoa-
será aharol relacionado com charão, dos de Pegú». — P. Fernão de Queiroz,
Historia, p. 111.
e ambos de origem oriental? 1694. —
«O mais corpo exterior díi galé
O Dicionário da Academia Espa- he todo charoado, e de variadas cores,
nhola diz que charol é «voz da Chi- como também os remos e tudo com tajita ;

na», e define-o: «Barniz muy lus- perfeição, quanta vemos nos contadores,
que vem de Japão». -^ Noticias da Cochin-
troso y permanente, que conserva
china, p. 9.
seu brilho sin agrietar-so y se adhiere 1729. —
«Tem o mesmo Imperador mais
intimamente á la superfície dei cuer- 500 barcos a que os nossos Europeus cha-
po á que se aplica». mam de Mandarim, de bastante grandeza
e commodos e admiráveis, porque todos
Derivar do castelhano dições por-
são cobertos, xaroados e pintados por den-
tuguesas com significados orienUiis, tro, e com janellas para huma e outra
posteriores aos nossos descobrimen- parte». —
Apud Júlio Biker, Colkcção de
tos, será processo cómodo, mas nSo Tratados, vi, p. Iò9.

é nada racional. O vocábulo portu- 1745. —


«O Charão certamente sin-
gular com que se dá lustro primoroso
guês tem sentido muito restrito, e ás pinturas, e na liugoa sinica soa Cie
Fr. Gaspar da Cruz indica a sua ou Ci, he hum licor que distilâo certas
procedência asiática. O nome chinês arvores que ha especialmente u'e.«ta mes-
é tsi, tchi ou ci, que com o adita- ma Província de Nankira, ao qual tempe-
mento liáii, «tinta ou óleo», dá chi-
rão os Pintores». —
Tn Ta-ssi-yang-kuó, II,
III, 3.
-liáu. Os fonemas iniciais che, chi, 1749. — «Guarnecem as paredes escapa-
chu de palavras orientais transíbr- retes de xarâo cheyos de chicaras, em
mam-se por vezes em cha na língua que costumão beber o chá» P. Crassct, —
Hist, da Igreja de Japão, i, p. 8.
dos portugueses. Cf. chatim, chaveta,
«Ordinariamente são de cedro, precio-
charuto. O ditongo chinês aii passa samente esmaltadas, e acharoadas com
a ão. Cf. aitào e incào. A troca de lavores exquisitos, e muy vistozos». — Id.,
/ e 7' de um idioma para outro não p. 17.

é fenómeno raro, e parece que em 1825. —


Entre umas, e outras feitorias,
I-

alugadas por negociantes de nações diver-


chinês ha também a forma yáu. Não
sas, ha ruas destinadas á venda de sedas,
seria, portanto, difícil chi-liáu ou louça, charão, etc.». —
José Inácio de
chi yáu converter-se em charão. Andrade, Cçirtas, i, p. 164.
1874. «E próprio dos japonezes acha-
1569. —«Toda via antrellea algus sacer- roarem os vasos, de modo que a porce-
dotes do templo de ídolos, que antre os lana desapparece completamente, debaixo
CHAKAO 2ÓO

!.i de tiutas* Pedro I


I U
la
>l*âO, •"i
>ta

ta

1
CHARDO 264 CTÍAPF.TA

produziu ifíiialincnte khetr'i. A for- Theologicamentc crain saiiidos dos braços


de Brahma». — O Jitstitufo, lxiv, p. 321.
ma chorda reputa-se depnM'iiitiva. 1915. — «... algumas chardinas com
V. casta o quetri. alguns brahmanes». —
O Ultramar, de 21
de Outubro.
1697. — «Charoddós,
conforme olles j
1915. — «... (chamando-se a mulher,
dizem, vem a ser o niesiiio qno Rajaputros
em português, irâm/wa) chardós (char-
ou Ketris, segundos em nobreza depois dos
Brâmanes, os quaes não querem estar por
dina, a mulher). — Heraldo, de 14 de No
vembro.
esta opinião, e derivam a significação Cha-
roddó de principios menos lustrosos». — 1915. — «... vendo mesmo surgir no
seu seio uma nova casta, sem equivalente
P. Francisco de Sousa, Oriente Conquis- ou idêntica entre os indus, a de char-
tado, I, I, 2.
dós, cuja origem e razão de ser ainda se
XVIIÍ. — "Ds maratas, chamados ge-
conserva na obscuridade. A vestimenta
. .

ralmente Charadós, também Jevão linha


de todas as chardinas das classes infe-
(q. V.)». — Noticia do Gentilismo, i, p. 121. —Ibid., de 22 de Dezembro.
1716. — «Fui informado que estas duas
riores...».
1917. — «As famiiias chardós teem
Bragmanes c Charp-
castas Canariíis,
por daijis maratas ou vanis. Nada mais ló-
dÓ8, cada huma solicitava com varias su- gico do que concluir que os ascendentes
gestões, e outras diligencias ficar sem
culpa». —
Carta do vice-rei, in Archivo,
dessas famílias eram maratas ou vanis». —
Heraldoj de 2 de Agosto.
Suppl. n, p. 13.
1736. —
«Nas aldeãs em que costuma
1676.— «La quatrième caste s'appelle
haver votos de igual numero de Brâmanes
Charodós ou de Soudras, et de même
que celle de Raspoutes s'occupe à la guer-
e Charodós,/tem succedido varias desor-
re, mais avec cette difference que les Ras-
dens». —
Ihid., V, p. 1418.
poutes servent à cheval, et les Charo-
1829. —«A quarta classe ou casta lie a
dós à pied». —
Taveruier, Voyatfes, iv,
dos charodós, que com os Rajeputros e
p. 107.
Paruas em outras partes da índia, preten- —
1884. «Aujourd'hui, il ne reste pas
dem ser da casta chatria, ou casta real, o
militar». —
Cottineau de Kloguen, Bosquejo
plus dans I'lude d'autres Kshatryas authen-
tiques que les Rajputes et les Marattes;
Histórico de Goa, p. 146
encore est-il douteux qu'ils appartienneut
1880. «Havia e ha ainda hoje, entre os
orientalistas, duvida sobre qual das castas
à la race des arjas». —
Mgr. Laouenan,
é mais nobre se a brahmane ou sacerdo-
:
Du Brahmanisme, i, p. 193.

tal, se a chatriá ou chardó, a guerreira». CHARÊTA, cherêta (mais us.), chi-


— Tomás Ribeiro, Ves2)cras. p. 273. rêta. Eiidocarpo ou casca dura do
1880. —
«Os qnetris, vulgarmente cha-
coco, a qual tem na India muitas
rodós, nasceram dos braços, siguificai^do
a força d'estes se escolhem os destinados serventias. Do tamul-malaiala chi-
;

ao governo e á guerra» —
Teixeira de
.
ratta.
Aragão, Descrijjção das Moedas, iii, p. 22.
1890. —
"É a esta raça [marata], a mais 1603. — "Da segunda casca do coco que
numerosa de Goa, que pertencem os cha- he como pao duro se fazem muitos vasos
radós das Velhas Coiiqui.stas. A ori- . . pêra beber e pêra todo o serviço, e o que
gem rajput que os charodós algumas se nam laura seruo de lenha pêra o fogo a
vezes se attribuem é uma tradição que se que chamão charetas que pêra isso lie
encontra igualmente entre marathas e que estimado». — Fr. António de Gouveia, Jor-
vejo explicada pelo facto de ter havido nada, fl. 63 V.
casamentos entre os antigos dominantes 1684. — «... defendendo-se milagrosa-
d'aquella raça com a gente do povo». — mente com as armas, que o furor adminis-
António de Almeida Azevedo, As Commu- trava, em tudo designou ;'is do Inimigo;
nidades de Goa. p. 16. como forão pedras, torrões, cheretas de
189S. — aOs kxatriás, quetris, ou cha- coco, e cascas de lenha». —
P. Fernão de
POdÓS, que constituem a classe militar». Queiroz, Hist, de Pedro de Basto, p. 96.
— Oliveira Mascarenhas, Atravez dos Ma- 1842. — «A mesma casca de coco par-
res, p. 104. tida forma uma espécie de cuia, de que a
1906. —
«Todos os habitantes destes gente pobre se serve para por ella beber;
estados são chatrias por direito de nas- e a chareta, lenha que faz do entre casco
cença, isto é, pertencem á segunda casta, do coco, se reduz a carvão, de que usam
dos guerreiros, sabidos do peito de Brahma, os ourives e fundidores». —
Annaes Marí-
que só reconhecem acima d'elles os brah- timos, p. 267.
manes, saliidos da cabeça». —
Ilipácio de 1843. — «Mettem dentro metade da
Brion, Duas mil léguas, p. 191. casca interior de um coco denominada
191Õ. — «Kchatryas ou Shatryas. chereta com a concavidade para cima,
A brahmauica que constituía a
2.» classe e um pequeno orifício no centro da parte
nobreza militar e da qual sabiam os reis. mais funda, vão comprimindo, e fazendo
Cabia-lhes a defeza das terras e do povo. . mansamente mergulhar a dita cheretaj
LJlAl^L 265 CIIATIM

ft >< ohereta, uunhi


I'
'
vai extrahimlo, e i

•' • todo 9e acalmr». — Jlnã. "J" W-'


p. 127. 11 «fro
'- - «Chereta — Casca •

n..z (ir ,:,co». —


V. N. Xavier, J. •10. — «They "
call it charú, and it is
v,p.2. iiiaiieof the 1 best cured dung
'

«0 uoSao. coni razSo predilecto, collected on tl .;. This stuflF is . .

' com a cspetially pro..i a-aiiiNi water, and resists


•'
>>>qua«i it for many years-. Pedro Teixeira, The —
" noinc de Tracflf, p. 167.
c rpo». Ber- — CHARUTO. Rolo do tabaco, prepa-
ii.».''" M.. . •-iix. .111,111,1, I,,, AqricttUor, i,

p. 42 rado para fumar. Nós recebemos o


18S6. — «E o «»n«í<U'arpo, r -" ••
cho- vorábulo dos ingleses (cheroot) qae o
retSf c<)r»'ac»';i, iiuhikíh .if i,>s
trouxeram da índia, tamul-malaiala
ou olhos na base, e t'lnbryai» i.. ,.,... ,„ .,ue-
lO». — Ixipes Mendes, A India Portuaueza. ^
rhiiruffu, que significa o mesmo, e
I, p. 172 • como verbo, «envolver, enrolar».
'i*H — '^8 do cairo e da ohe-
Peta iiiii - Mara artefactos rudi-
]Hm — «A Renda do Tabaco de folha
mentares e para v Ho, e privileprio exclu-
e estrume».
— O Ultram.ir. <]• I ,l,r,, ou o Contratador íres
1917- :a, con-
«I'-ta Keuda vender ao publico
o jioder
por trrosso, ou por meudo, inclusive os ca-
che —
'
e os chaputoa».
> ColUcção de
'(>», I, p. 136
l-'l*. — «E so ptlu ataballi-.auieiilo tiao
i->40. — aOs chaputos constituindo
metadet partidas o pó das uma
charetas '' pspeeie distincta, devem ser despa-
'"^
( '
-njala-ia*. — O Ultra- ' ' ;ido um direito por

a qne cobéja . .-.


chapéos de palha .>•.
— ..;....,.,„ w. abeto,
— Ânvaes
chaputos,
Mariti-
, y dura, de fnos, p 229.
ii"-'ui.r-í n. (II, .tua, jm» de' la tierra,
y
Xareta» liazt-n eticudilias. v vasos con
.ie
17?(1.— «... to talk politics and smoke
' -• — Criató- ChePOOta«. — J. Lindsay, Gl<i$«arf/ in
17S2. — «Les Chipoutes de Manille
'- .1".

1.

• " '
ii- i.iii.- ..1 1,1 ijual consigo ont quatre à ciinj i» ;i; i -. ,\i- longueur, et
aa xareta, qiw la mitail lic
sont faitcs de f les unes sur
' •'» aijurlla
..a&cara rezia oue cubrr les antres; c'e- •
ce qu'on ap-
el coco o Duez de
1« índia». — Pedro Teixeira, Rtlarionra, f
telle Cifjnrrji,
— Souuerat,
dans les hides Occidenta-
n \r^ es». V'^oyagcs, ii, p 114.
i'ia nel mezzo, nella quale
CHATA. Jantar queos cristAos de
lUM Cíírfítta siriii' j>«»r
S. Tomé dAo por ocasiAo de enterro
on ofícios solenes por seus parent<'S
itos. Do malaiala chattam, cce*
4tia fúnebre».

1ÍÍ0.S. — «Noí enterríimeiítoí, ou officios


-. tazem
•.. — Kr chata,
'los
«
An-
CHAílU. iJotuuio do Ormuz. '
ti.uveia, ./«T/í-iíM (In Arcfjiitpo,
t
Do '

•l>a siirtuh.
loe»
Cl..;; ti,
ir>">f, «Kste mal diziain í»»t caiizadi' ..•;tt
'
i nova <'i
'If nmn •

f . I LU."
,

>oha- ti,

:<o, p. 1;j7

LUATIM. SemíUitícameiilo, c/mti.n


CUATIM 266 CHATIM

passou por evolução análoga à de 151(). —


«Primeiramente destas gentes
que diguo estrangeiras que no Malabar
tratante. Aplicado primordialmente
moraom, liua ley íia que chamaom Cha-
pelos nossos indianistas, em harmo- tis, naturaes da prouincia de Charaman-
nia com a sua origem, ao marcador del». —
«Ha maior parte ou todolos mer-
ou comorcianto da índia meridional cadores gentios e Chatis que viuem por
toda a índia saom naturaes daquy Tde
6 do Arquipélago Malaio, como sinó-
("haramándel], e saom homeis muy agudos
nimo de «bauiane», adquiriu no de- em todo o trato de mercadores». Duarte —
curso do tempo o significado pejo- Barbosa, Livro, pp. 3:i9 » 339.
rativo de «negociante de trotas». 1539. —
«Homem bem entendido no ne-
gocio de mercancia,com o qual forão de-
Neste sentido ficou perfeitamente na- sasseis homens chatins, e soldados com
turalizado em Portugal, juntamente suas fazendas». —
Fernão Pinto, Peregri-
com veniaga, o produziu vários de- nação, cap. 36.
rivados, como chatinar, chatinador, 1552. —
<'0 gentio natural e próprio in-
dígena da terra he aquelle pouo a que cha-
chatinaria, havendo um lexicógraíb
mamos Malabares ha liy outro que ali veo
;

moderno que propusesse chatinagem da costa de Charomandel por razão de


como substituto vernáculo do francês tracto, aos quaes chamão Chingalas que
chantage. tem lingoa propria, a que os nossos cora-
mummente chamão Chatijs. Estea são
Quando porem tratante e traficante homens tão naturaes mercadores e delga-
assumiram as suas presentes acep- dos em todo o modo do commercio, que
ções depreciativas, chatim cedeu-lhes acerca dos nossos quando querem tachar,
ou louuar algum homem por ser mui sotil,
o lugar, sendo actualmente pouco
e dado ao tracto da mercadoria, dizem por
usado. Mas os nossos cronistas, como elle, he hum chatim, e por mercadejar
Castanheda, não acharam nada feio chatinar: vocábulos entre nos ja mui
ou injurioso chamar chatim ao por- recebidos». — João de Barros, Déc. I,
IX, 3.
tuguês de negócio no Oriente, e al-
guns, como Bocarro e Queiroz, adjec-
1552. — «Concertou-se com certos Cha-
tins Portugueses casados em Goa que ti-
tivaram o vocábulo, denominando nhão hua terrada Dormuz e hu huquer de
«navios chatíiis» às embarcações do Cananor que auião de leuar carregadas
comércio. de fazenda». — Castanheda, Historia, vi,
cap. 35.
O étimo de chatim é o dravídico
«E este lugar tinha arrendado a el rey
chetfi, derivado dó sânsc. qresthl, de Narsinga hu grande mercador gentio, a
neo-árico xethi ou xeth, designando que em sua lingoá chamão Chatim : e
era malaiala donde os portugueses o por seu grande trato e riqueza se chauiaua
tomaram, propriamente «o mercador ho Chatim de Mangalor». Id., vm,—
cap. 12.
de Ciioramândeb), como já tinham 1557. — «A qual Casa
arrendou a hum
notado Duarte Barbosa e Jocão de Chatim de Baticalá por seissentos mil
Barros e o confirmam Wilson e Gun- reis».— Commentarios, iii, cap. 9.
dert. Como denominative honorífico «Não podia sofrer que os Quilins e ChJ-
tins, que eram Gentios, fossem fora da
da profissão, chatim ou xette é pos- sua jurdição» (em Malaca). —
Ibid., in,
posto na índia ao nome próprio. cap. 33.
Chatim teve algumas variantes: che- 1563. —
«A qual venda foi com elles em
tim, chitirn, chati, chatis. É
possível grande segredo com Chatins de Cochim,
que no a de chatim tenha influído o que tudo comprão». —
Gaspar Correia,
Lendas, iii, p. 281.
e surdo do mal. cheti. Mas cf. cha- 1566. — «Aos
mercadores estrangeiros,
reta e charuto, e vid. Contrihiãçôes. e de qualidade que uão a Calecut, per or-
denança dei Rei se dá hum Naire, pêra o
lõIO. —«Por serem de jaus e chetys, guardar, e seruir, e hum scrivão chetim,
que são os principais mercadores da terra que são homens, que sabem de mercado-
[Malaca] que mais gente tem, e mais sen- ria, e muito entendidos era conta». Da- —
tidos estam dele».— In Cartas de A. de mião de Góis, Chronica de D. Manuel, i,
Albuquerque, iii, p. 7. cap. 42.
151-t. —«Per este vos mando que os 1577. —
«Por tanto ninguém cuide que
quiuhètos fardos darroz que recebestes por casar, ou chatinar se desobriga de
das páreas de batecalla, dees a este cha- pelejar». —
Primfyr e Honra, fl. 84 v.

tym delRey nosso Senhor». Id., vi, 1599 —
«Manda o Synodo que nenhum
P. .il. clérigo delia seja ousado a andar em cha-
CHAT I 267 CUATIM

narias pnblicafl, nem faxerem-se reti- di2o interessar, chatinando athe em


iic^ros (11* renda '' -
Sínodo do t;
' •• -"'•i •— — P. Fer-
Diwmper, iu Ar^ K . p. 855.
}''*!. — «. .!....<!
n sous .... , ,:,...,. ....ida sufi-
-i,que II ^ iuitinar ciente, pêra seguramM de embarcações
.. ... que do icv, .^ c frau- Chatis ..». - Id., illul.y. 42.

, .-

(iiu-ar luar». — Carta liégia, iu Doc. da 1701 «Mancíárào os l*(.rtu).Mie;;o3 cha-


.

/ /' ., I, |). IM. mar o Calgó Nayque, e t^antú Chatlmu,


''•. — «Os Gentios, on Haueanos, sio — F. Francisco de Sousa, Oriente Conquiê-
Tunis fii. illiltli i.l:li1:l 11. Ill u I'll/rio, e /a<in. II, 1, 2,

d. U- 1707. — nSob pena de coudenaçSo e cas-


fi. . ,
• na- tÍ2-o tr.dn.s machos e ftíDit-as de os fiUmá
tins, Xetti, Paravas, e outras cas-->,

,..,• i;
escolla nova» (em CeHào).
! :i

(|
- i V.ijiHspar de 1'. Manuel de .Miranda, in O Chronitta de
> da India, p. 130. Tissuary, iii, p. Itíl.
Iblii. — «A u-iciiiH casta he a doR 1875. —
«... em consequência do pro-
Chatlns. fpif s;''^ mercatloiesgrossoB, de cesso de execução que Vitolil Chatim de
1. sodas, roupas, e ou- SaligSo promoveu coutra a dita communi-
i;o». Diogo do Couto, dade». —
F. N. Xavier (filho), Collecçãode
1>CC. V, VI, 1. Lei», p. 206.
«Esti'fl mtnraes de Barcelor, a qne cha- 1898 :

mam <^
s, que na lin "-ia •Trnmo de vir, guerreiro, a cresceram-te as
[unhas
o'i«T :idorcs, sSo h' ^o-
1)0 rlintini iiessa mão em que o moutante
X, III, 10. (ompunhas'.
iííij« procuradores entre el- Ixjpei de Mendonça, Á. de Aiiu-
!• -
'
TrametJm Cha- qutrque, p. 208.
tlm,
J

— Id., Dec ^^, 1583. — nAlchuni poehi ve ne sono mer-


YIII, 4. canti, che chianiano CiattinI, e inten-
ir>13. — «AffirniSo nacer os Bragmaaes dono iu tutte sorte di cose». —
F. Sasseti,
cito e 08 Chet- I.ettere, p. 210.
— Ma-
1

t dos péfl». 1689. — oil en a d'autres d'entre ces


'
•. ae 1^ real a, jjecaraçam de Malaca^ soldats, qui sont employez par quelquea
uns de leurs amis à faire çà et là des voya-
!' 1 ) — "F. •
'
ohatim com
luii L
*
uégoce», ceux qui '
-

Iium iiaui- li.i .hamado Damião II y a pour le ^ .

" aiij.'uiu iim tM!' -1 :inn iii«inbre de ces Cha-


: que o gouerna-
I'ra deu hna via- tlns pour toute rinde, lesquels ayant
ncn;;.»! II" mesmo seu nauio». quitté les armee se rangent au commerce,
•o de Aiidrada, Chronica de pour diversea raisons». Linschoten, HU- —
// ., ;//. ir. *' '"•• • toire. p. 02.
im5 — «Al dftg navios deeta Iò9(>. — «Fatte queste divisioni, ui sono
ivM.n.]. . r:..., I it, COUlO llie clles alcuui pcriti, detti Chitini, che mettono
•3». — Pyrard de il prezzo alle perle». (J. Ualbi, Viaggxo, —
tl. 51.
1610. — «El la India se mercador en
ui/.e. ohatin, por cKso le llamau el Keyuo
s Chatina, que no es nonibre vitu-
/> Tii vil. nias lionrad"! v de estima: el

::<la-
CiuiU», p. 'J'J.

u; '.'>
- -I .--i. njiMitou-xe obr» de 1782. — «File n'e!»t i»as la mime que
H chatinsu eelle de M '"Ur-
II M d'liui dai 1 de
'ra, Chétia et tL'/nt '(#.. — N-'uuerat, i <>;/agrs,

AO ., p M.
1780. — •. . . Ji ' " * '
' -rini,
u;. chiamati Uaniaui a.'«-

• • ' ' •- ' ;ali,

tila .1 .. . .
,
Ml.
• Unia < ch«tim •

("11 111.- e: ' ..'.,..., t.v-.


l>inl,„j,,.s t«r '

lOaT <|uaula pro<l


j

}>imeuta podifto, e ludo o mais, en quo po- ,


Ion, j
CHAUCHAU 268 CIIAURIM

# Chátria. V. charodó e quetri. banha a ferver deita-se no tacho um dente


d'alho pisado. Em
estando frito o alho
* CHAU. Nonio do antigo papol- lanoa-se o que se quer para tomar gosto».

-motnia da China. Tsau chi quere


— J'a-ssi-yang-h(ó, de Novembro.
1906. —
«Ainda hoje dizemos botica do
dizer «papel de embrulhar, papel chechh, a uma loja de miudezas diversas,
grosso». O nomo actual de papel- expressão que provavelmente nos proveio
-moeda é chú tsien ou c?il tsien. de Macau, e aí quererá dizer o mesmo, e
na qual o epíteto deve corre.sponder ao
1347. — "Os povos da China não vendem, chinê.s chau-ohau, '-conservas», ou a ou-
nem comprão entre si a ducados, ou dera- tro vocábulo análogo». —
Gonçalves Viana,
hem. por tanto a sua veuda, e compra he
. .
Apostilas, r, p. 21.
com pedaços de papel do tamanho da pal- 1858. — «The word chow-chow is
ma da mão, sellados com o sello do Sol- suggestive... of a mixture of things,
tão». — Beu-Batuta, Viagens, 355. ii, p. «good, bad, and indiflerent», of sweet
1680. — «Costumavílo os Eeys antigos, little oranges and bits of bamboo stick,
quando se vião faltos de dinlieiro, dar aos slices of sugar-cane, and rinds of unripe
Mandarins, e Soldados, em lugar de suas fruits, and concocted together»}. — In Gloss-
rendas, e pagas certos assinados, firmados, ary.
e sellados com o seu sello Real, os quaes 1904. «Chow-chow. Pegeon-English
erão feitos de pasta, de grandeza de meia for mixed preserves imported from (>hiua».
folha de papel; nelles estava escrito, e de- — Ceylon Glossary, p. 6.
terminado seu valor, e preço». Fr. Ja- —
cinto de Deus, Vergel, p. 205. * CHAUDARIM. Extraidor de sura,
1876. —
«The paper money was called
tchao». — Howorth, History of the Mon- ou «lavrador de palmeiras», como se
gols, I, p. 272. diz em indo-português. E sinónimo
de handarim. Do mar. chaudhari,
* CHADBAINHÁ (ant.). Título do
«chefe de um negócio ou de uma
rei do Martavao. Do birm. tsau-ba-
casta».
-yin. V. hainhá.
1545. — «Para assentar pazes com chau- 1554. —
«E a Renda das butiquas de
bainhaa, Rey de Martavâo». Fernão — betei e mantimentos, e dos Ramos dos

Pinto, Peregrinação, cap. 144. chaudaris, maynatosn. Simão Botelho,
«0 Chaubainhaa se vio tão falto de Tombo, p. 54.
tudo, que se afirmou que não tinha em 1572. —
«-Querendo os donos dos palma-
toda a Cidade mais que só cinco mil ho- res foreiros pagar por cada chaudary,
mens». —
Id., cap. 148. que trouuer no seu palmar a razão de três
1G75. —
nCuyos Reys entonces eran xerafins por ano, o poderá fazer, e cõ isso

Chaubainaa, y Nhay Canatoo su muger, poderá vender a cura, e oíraca branca».
que de opulentíssima Fortuna, desceudie- Archivo Port.- Oriental, ii, p. :^00.
ron a la mas miserable». —
Faria e Sousa, 1619. — -Cada chaudarim paga do
Asia Portuguesa, iii, p. 412. seu cathy em cada hS anno hua tanga
branca». — Regimento do vedor Nuno Vaz.
# CHAU-CHAU (indo-ingles cliow- 1635. —
«Achou que os mesmos gentios
-chow). E tormo chinês, adoptado em [de ChaulJ que serviam nos palmares dos
ásio-português o qual designa a portugueses, a que chamam chaudaris,
;
costumados a subir ás palmeiras a lhe ti-
conserva de frutas de várias espé- rar a sura e a colher os cocos, que são a
cies, que aparece nos mercados novidade que dão, era gente ligeira, e ou-
orientais. Chau em chinês é qualquer sada». —
António Bocarro, Déc. xiii, p. 219.
«comida» a reduplicaçao denota 1720. —
«E Chaudopins que lavrão
;

«variedade de comida» e este sen-


a sui'a para estillar vinho». Archivo, —
Suppl. II, p. 253.
tido voga em Macau. No português 1842. —
«Os sudros, os que exclusiva-
indiano, bem como em indo-inglôs, mente exei'citam na comarca de Salsete, o
officio de derrubadores de cocos, que cha-
chau-chmi significa metaforicamente
mam chalidarins; e são elles os que
«mixórdia, miscelânea» *. Em Macau cultivam as palmeiras, para tirar a sura
ha um beco nomeado Cha-Chao. em toda a parte». —
Annaes Marítimos,
,
1899. —
Chachau ou chauchau. — p. 431.
1852. — "Chaudapím — Lavrador de
E o refugado á chineza. Faz- se com dentes — F. N. Xavier, Bosquejo
palmeira á sura».
d'alhos e banha de porco. estando a Em Histórico, ív, p. 4.

í aCháo-Cháo dos povos do Oriente». — CHAURIM (indo-ingl. choultry).


Ta-ssi-yang-kuó, II, iv, 5. Repartição pública, tribunal admi-
CHAl'rt •J6y CHÁVENA

ií»trativo ;
ponto do reíinifto, pala de valleiro da casa d'el Rei». — Jo2o du Bar-
ros, DÓC. IT, p. 2'i7.
rite de comu- — «A outros
1593. ffaz o GrSo Turco]
^ <
eonoani-mar. V. ChrtTt^f"^, rjue
', hiuduflt. do Decâo cAãoí/i< res
iitmsc. c/iatur, tqn&Xro», -\~ vãta, «es- ti...^ - ........ .. .. iro,
ItinfTario, p. 13.
trada» — lujriir onde se cruzam qua- «... qual nos desseram que era
o
tro estradas. O telúgu o o malaiala Chaua da ('ortc do Grào Turco, que he
tOm chãvadi. hua dignidade honrada». Jd., p. 459. —
— «Na Aldeã Canácona perto de
18á8.
1579. —
«Lequali erano cariche di piom-
bo per Babilónia, chora condotto da un
Chaury» — Collecçà» dt liamloê, 102. I, p.
ChaClS per mouitione di quclla città di
lsf>2 — «Chavddy — «asa áo ganca-
ria; rcuniii» da coiuiminidade». — F. N.
Babilónia». —
G. Balbi, Viaygio, fl. 4 r.

Xavier, liotqurjo Jlittoríco (2.* ed.), in,


1604. —
«Acceptò el cargo Municher, y
fue à la buelta de Theflis con Ins Capigiê

— y Chauses à meter el dinero en TheHis».


«Ficamos pois senhores da pro-
»j.

e de uni" *'-•.! ./a em ruínas, das


— D. Juan de Persia, Jielacioncn, fl. 84.
íiini.4
qaaes apenas -uns vestígios no
1G04. —
«At that time there were in the
island a ohaús and a saniaco of the
:

sitio em qii'" • •
-' '
" Xaurim, Turkas». —
Pedro Teixeira, The I'ravdt,
rcaidencia 'la pro-

víncia*. 1- -^ .: .. —
-, -- - Portií- , -
p. -50.
1615. — «Veniua poi il Ciauicbaeal cioè ,

gveza, ii, p. *JU<5.


Capo dc' Ciausci, «l^ alia sua destra, co-
1673. —
«It enjoya some Choultries
me lato iuferiore fra Turchi, vno Spahiler
for Places of Justiçou. Fryer, East In- — Agà, cioè Capitano de' Spahi». Pietro —
dia, I, p. 107
Delia Valle, Viaggi. i, p. lit).
^
1711.—
olarnnti
iKlnisit
Chaveri
an milieu de
(espéee de
1658. —
«Trè mila Armaruoli, trè mila
Cappigi, mille cinqueccnto Ciaus, e cin-
i

If 't ouverte d'uu soul côtè,


que cento Laucie spezate de la guardiã».
:\ tj'tit Ic moude
'"«, XI,
d'eutrer)
p. 18.
— Fr. Vinceuzo Maria, Viagg> v "'

c.i.itjJaries sont dans


:c qiir caruiaimtras sout en
Ica
Chauter. V. chader.
{Vr«e rllcii 8'int fort inultipliécsi*. Sou- —
II, p. 24. CHÁVENA. Chícara. Do mal. «//ci-
trovano magniiici .Madam, vhã-kvãn. Lucena chaina-
fn7i, cliii».
Ati.'j' /<!, ( ii..-, allHMghui d:i_' '" \>-\
Ihe escudela: «A escudela de Narro
chiamati Chaudaries, ( lie ^ li


!
'.loiie per rt ri\irf ed tal, em que se bebe» (o cha). Histo-
uti». — Fra Faolino, ria ^ VII, cap. 4.

- «On trouve communt'mieut dans 1650. —


oHesgatando a alguns cafres
.1..- ...Í.I/.....I.1... ,.,,
,,u que vierait' '""• i..illii. mi.' n.lo I'dube

lit a cada p' na». >

- . . .,: .. UU — Bento li,. "ia,


ur ("est ce que X, p. 107.
(liv^ chauda- 1756. —«Vinte Chávenas, de varias
.lUx ra- cores e pinturas» (preuentc do imperador
nt. ( Vs da China). Apud Júlio Biker, folUcçào—
c t iea, phi» ou moiuB vastes ct de Tratadoê, i, p. 101.
-nr\«*nt Don-Boul'tiiont d'abri 1838. —
«As taças, ou chávenas estio
mais c»' re des chvias d'agua a ferver, e em cada uma
<; rraiidi - rYipfi^ deitam, com a ponta d'um canivete, uma
i^ deste |kSu. O Panorama, de 14 dc —
t;r iiii ij.. 1-^x2. — ••Chavo n.i, om
cores, foiuias e dim —
.
p. lõí. Henri ' ^ *. / i\, j. .196.

l'.< ohavena (chí-


• CHADS. .viiiM<>, j'< ii i.i i<.iiiii«-iru, cara), <• I ' n» c/iaintti, para
Vence.ilau de
I 'l'iin|uia. Do turiM) chàvush. indicar «> -

• '

Morais, ( ... .

'71 I. uOs Turcoa chamSo à vm Ret 1906. - Al 'is

1'.oI.",um: -
V -: - •':•- '••••^. ..:.. ^ ,t1.

li,.u... h. i
.i\a

iliii u <i chvii^!..-, "«n '

lie Capítio de bandeira; Ohiauss Ca- j


que esta »c cobre, Mrvindo-se a bebida
CHEGO '270 CHELLA

por entre êle e n chávena nos golinlioa». CHEGO (malaiala chegavãn). No-
*
— Gonçalves Viana, Apostilas. me de uma casta baixa do Malabar,
a qual se ocupa na cultura de pal-
CHÉ, chi (chill, chi ou cJiek). Me-
meiras e no fabrico dos seus produ-
dida linear da China, equivalente a
tos, como siira, jagra, urraca,
pouco mais de um pó ou a treze po-
legadas. TauibC'm significa «côvado». 1599. —«Não percão nunca ocasião de
os trazer ao conhecimento da verdade, as-
1898. —«Para unidade de medidas de sim 08 Naires, como os chegos, e mais
comprimento adoptam o eh ih, que tem castas baixas». —
Sínodo de Diamper, Ar-
J3 I pollegadas, se bem que os ha também chivo, IV, p. 484.
de 14,6 e 14,8 pollegadas». Joaquim — 1655. —«Seguono quelli, che coltiuano
Crespo Calado, Cousas da China, p. 158. le Palme, detti commuminente Cegos, ò
1903. —«Medidas de extensão: Em Ma- Bandarini, frà quali vi è la sua differenza,
cau chamam ^joíí ao covado chinez {tchih) parimente in pluralità di Caste». Fr. Vin-
que tem ()"',3(j667 e é subdividido em cenzo Maria, Viagíjio, p. 265.
10 tsiin ou 100 fim ou lih. Os seus múlti- 1786. —
«I Cegaver
o C/anas chc col-
plos são : 1 yin = 10 tcliang = 100 tchih tivano i palmeti». —
Fra Paolino, Viaggio,
ou covados». —
Ta-ssi-yang-kuó. p. 119.
1640. —
«Los caminos miden por passos
mas por la propria medida, haziendo de CHEILA, chêia. Tecido de algodão,
seis ches un passo geométrico y de tre- mais encorpado e menos liso e de
zieutoB (lestos uu li. —
P. Semedo, Império
;

cores menos vivas que a chita. «Pa-


de la China, p. 53.
no da índia de varias cores, e figu-
CHEGO. Peso peculiar de pérolas, ras». Bluteau. Do cone. chêl < sânsc.
combinado com o sou volume. O cheia, chaila. Em malaio, vlãle signi-
Conde de FIcalho dá a tabela de fica, conforme Favre, «toile pointe
correspondência do chego com os en carreaux».
quilates e gramas. 1577. — «Capas de pano de Portugal,
NHo consegui averiguar a que cheJas boas ainda que sejão da China».
língua pertence o termo, que u?lo — P. Luís Fróis, Cartas de Japão, i,
voga actualmente na índia. A pala- fl. 397. 1601. — «Cortes de Cheylas e Mata-
vra mais aproximada que encontro é funas [de S. Tomé de Meliapur] hão de ter
JokJi, usado nos idiomas noo-áricos e oito covados e meio de comprido, e hum
que significa «peso em geral» mas covado e duas terças de larguo.
;
Chei- . .

podia empregar-se restritamente com las e Merino [de Sinde], vinte e sete
co-
vados de comprido, e hum covado e duas
alguma expressão determinativa. O terças de larguo». — Carla de Lei, in Ar-
eh ej trocam- se na transcrição por- chivo, VI, p. 744.
tuguesa. Cf. jaca, jagra. 1611. — «Folgareis de ver hum soldado
do meu tempo, com hum sayo de guingão
1712. — «Chego. He pala:vra da índia, pardo, ceroulas de cheíla, gabão do mes-
que 08 nossos que naquellas partes con- mo». — Diogo do Couto, Dial. do Soldado
tratão em
pedraria fina aportuguezarão. Pratico, p. 142.
Responde ao nosso quilate ... na índia só 1842. — «Fazendas de Diu, canequins de
aa pérolas se vendem por Chegos^como Damão brancos, e azues, pannos de côr te-
08 Diamantes por Mangelins, os Rubis, e cidos, chitas, cheiiias, colchas brancas e
Sapiras por Fanoens, e as Esmeraldas por pintadas». —Annaes Maritimos, p. 357.
Uafinsn. —
Bluteau. 1901. — «Os tecidos chamados cheias
]8Í*5. —
«O chego usado unicamente imitam o zephir francês, faltando-lhe ape-
cm Goa, e unicamente no commercio de nas bom gosto na disposição das cores e
pérolas, era um peso engenhosamente va- desenhos». —José Pinheiro, Boi. S. G. L.,
riável... A combinação engenhosa con- XX, p. 22.
siste em o peso de chego diminuir á me- 1909. —
aOs atoalhados, pela boa quali-
dida que o da pérola augmenta». Conde — dade do tecidos e firmeza das cores de es-
de Ficalho, Col. 35. tampagem, e 03 tecidos chamados cheias
1610. —
«The reckoning and weighing de Diu, são ainda hoje afamados». Ma-—
is by chegos, by a method not easy but nuel Ferreira Viegas, ibid., xxvii, p. 433.
very subtle and ingenious». Pedro Tei-— 1915. —«O vestuário doutros consistia
xeira, The Travels, p. 179. numa túnica ou cabaia de cheia, aberta
«Chow (Tchoh). Mesure employee en ao meio ou só na altura do peito (como as
Orient pour évaluor la valeur de perles». camisas)». —
líeraldo, de 23 de Dezembro.
— La Grande Encyclopédie. 1589. —nOn y besoigne d'excellents ou-
CIIENCHIC^GIM •JTl (HEU

vrair''"s i1<^ r'rifiTi II. innirmpntpn N«»£mpata, ' qtip provêm ào concani-mar. karap
<kurpa, tconcba de ostra».
('.

«. -ta hipótese, parece que se pro-


Awnc'iaria quen'po. Crooke conj-ctura
que ó o mesmo que chipe.
rTrtmj>aenic auglaisc y en-
- et surtout des 1363. —
»E as melhore» >]'•-*
• tiinée». — Grose, fíora dar os aljôfares sain
has e branvaa a que a eenli
1 tras
:crra
i.'í
chama phepipo». — Garcia da Orta,
« CHENO (chin. rhrn). Ciáríão de (\<1. wxv.
I.iS.v — «On trouvo auciii. ilti-
mercado na Chii.;!
s-là
''\A. — aEstu goUflli i i)laii-
- e ?etf cheno9 Che-
ripo, liout uii fait ii< des
coupes à boire». — Liji- ire,
p. .1. p. 137.

• CHERÂMELÂ. É outro nome de 1675. —


«The Indian? rali tbe brighter,
caudid, or spl- ^
'•. Cheripo,
miral)óI;iiio índio (q. v.), de origem which is a ki; f «lii- h thí»y
malaia, chérmai. ms, or 1.'
ite exceli
1 '»7S — T l-.tiKis.. en Canarin, V en De-
I'earls '. —
Fryer, Auíf Iwti^i, it, p ;>•''>
N el eomun, ha na- Ò
me is, v;. -i. . parsio, y Turco, Am- * CHETEIII (ingl. chutvi). Espécie
UitT» — Cristórâo da Costa, Tractado, de achar ou acepipe, ácido e picante,
,, ::-2
feito de vários frutos o "ias, •

iu*'! Cheramela. Malaice


IMuriíiil tVuitihm ntuiitiir, e usado na índia e em ra.
nt Do cone. c^ef/ã <hindust. dioltã. O
-ce
termo é corrente em indo-português.
ad po-

;

. Uerba- 1908. «Presta-se [o ananás] também


a preparação de chatnl, conserva e
pe». — O Orirnte Portvgitez. v. p. 218.
• Cut.i,o.iICOGlM. A pnl.n-r.i -
rjl4.— "Ora uma "Utr.-i p; *
que
compoííta de duas japonesas: tenjiku, experimentei ^ de chetni, •do
• ilidia», e _/'
' ' de t<'i!i;i:r». —O
• mbro.
Índio. Era i.'ii.- ".A in:iii_-;i até n^"- -i'ida,
os portu ([ue iam ao Japào porém, tem fid" verde e ^ nra
por via «i.i íuwi.i. conservas de ohutneys (í.i... ...^.tsa), .^

-O
etc.». —
O Ultramar, de 7 de Maiu.
ir.4') - XiiuIlIiiuÍiii. fi s limii irrandc ]H»)(» o»^i*noi% Chatnee, some
HO*
of ti into a paste, by
}i.-|. v. rl.i ..kiti-in-ll» of

lit of
iitni». —Watt, TM Commer-
p. iK)6.

•• Chenchlco- • CHED. É termo chinCs (tcheu),


i uma '

^''
.
' (q-
1. A palavra ó de ordinário
pu:'!-...-^ aos nomes próprios.
IMí? "hf nncí» dn* villn* tnmHem tem
Ohen- sen '
" ho
II I gran- 1.7,
ohfii
iu -_
.1^1
oU.. Cheu!k
, V '.
lUOU
CHKRIPO. I.inschotcn e Orta, des p«>«u'". "11 iirtda ui< I

ma!» »»».
dílo Oste nomo h ostra j>Hro-
!• rv t»r
— 1
- -critore» posteriores

\i • • i mim iic-i-aÇAf
ou chipo. Creio de • '^ «lo BOOBM OM*
CHICU 272 cmpu
mada Nanhoa, perto da cidade de Xau a que em Pegú chanulo Talapota, e em
Cheu». — P. Sabatino de Ursis, P. Ma- Sião Bicos: e em Camboja, Chikus». —
theus Hicci, 23.
]). Déc. V, VI, 1.
1634. — «E as Provincias em estados
menores que chamarão Coe, id est, Keyuo, • CHICANDONO (jap. shikandonó).
ou, Cheu, ou mesmo, jF'u, fl^if! também si- Bonzo de elevada categoria, cujo
gnifica o mesmo». —
Jlint. da Igreja do Ja-
ofício ó receber e hospedar os visi-
pão, apud ('ristóvão Aires, F. M. Pinto e o
Japão, p. 141.
tantes dum templo ou varela.
1679. —
"As eiveis contem cidades de 1650. — «E os pozcram em casa de hum
primeira ordem, as quaes os Chinas cha- chicandono, que fora christão». —
An-
mão Fu, e sam 175. Cidades de segunda tónio F. Cardim, Batalhas, p. 163.
ordem, que os Chinas chamão Cheu, saom
274. Villas, que os Chinas chamão Hien, CHIFANGA. Chi fan ó em chinês
sam 1288. Hospedarias Reaes, que os Chi- «repartição», e tse fan «direitos de
nas chamão Ye, são 205. Vigias, e Hospe- alfândega». Mas Foruílo Pinto em-
darias Reaes de segunda ordem, que os
Chinas chamão Chyen, são 113». —
Fr. Ja-
prega o termo por «cárcere», que
os chineses designam por kien láu. E
cinto de Deus, Vergel, p. 164.
1729. —
«Tem mais cada Provincia outra bom possível que o étimo seja cháh
cidade da segunda ordem chamada Cheu,
que chamam Chi-
fàng; «casa da guarda».
com hum Mandarim a
chue». — Ajyiid Júlio Biker, CoUecçâo de 1541. — «Eu os vi ha dous dias prender
Tratados, p. 167.
vi, na Chifanga de Nouday, e botarlhes fer-
1897. — «Os nomes das cidades termi- ros nos pés». — Peregrinação, cap. 63.
nam em geral por Fou, Tcheou ou Ilien, «E se foy com ella á chifanga, que
segundo ellas são de 1.', 2." ou 3.' ordem». era prisão onde os nossos estavão». — Ihid,,
— Joaquim C. Crespo, Cousas da China cap. 65.
p. 50.
1585. —
«Vsan los Chinos, en la pronuu- CHIFU (chin, chi-fú). Alcaide chi-
ciacion terminar las Ciudades con esta sil- nos.
laba/w, que quiere dizer ciudad.
villas, com esta sillaba cheu».
y Ias

Fr Juan
. .

1542. —
«E nos encommendarão muyto
ao Chifuu que era o Alcayde a quem
G. de Mendoya, Hist, de la China, p. 14.
1637. —
«Ciudades mayores a que 11a-
Íamos entregues». —
Fernão Pinto, Pere-
man Fú, Menores a que llamanCheu». — grinação, cap. 87.
"O Chifuu, que era guarda mór desta
P. Semedo, Império de la China, p. 4.
1735. —«Chaque Province est subdivi-
prisão,nos disse que esperássemos até o
outro dia que nos encommendariaaos Tani-
sée en certain nombre de Jurisdictions,
gores da Irmandade, para que nos proves-
qu'on nonnne Fou em Chinois, d'oú de- —
sem com alguma esmola». Id., cap. 103.
pendent d'autre moins étendues nommées
Tcheou et Hien». —
P. Halde, Descri-
1569. —
«Chif u e Chanchifuu ', tam-
bém fuistes conforme com as vontades do
ption de la Chine, i, p. 2.
aitão e luthisse, e fostes com elles a matar».

CHIADO (adj.). Astuto, ladino, ma-


—Fr. Gaspar da Cruz, Tractado da China,
cap. 26.
licioso. Usado em indo-português. 1583. —
«Chegou a Macao um criado do
Do cone. c?i//ãd<^siiusc. chadmin. Paço do Tutão com uma chapa do Chifu
de Xau Kin com a qual chamava os Pa-
1727. —
«Chiado. Termo de que se dres a fazer igreja e casa naquella cida-
servem os Portuguezes nascidos na índia:
de... Logo os levarão para o Chifu, o
para dizerem malicioso, dissimulado, he
muito Chiado, etc.». —
Bluteau, /Supple-
qual naquelle tempo estava na audiência,
por onde lhe foi necessário porse de joe-
mento.
lhos como 08 mais, e de joelhos responder
ao que lhe jjerguntou, o que foi pergun-
* GHICU. Nome que, conforme
tar-lhe que erão, o que querião e donde
Couto, stí dá em Camboja ao reli- vinhão«. —
P. Sabatino de Ursis, P. Ma-
gioso budista; equivale a bico do ou- theus Bicci, p. 16.
tras línguas. Mas a exacta forma em 1605. —
«E pêra que a mentira ficasse
autentica, con fè de official publico, e
cambojano ó pkik ou pkikkuk, es-
aprouada no foro secular, acharam logo o
tando 2}?i por bh do páli e do sâns-
crito, como jjhéassa páli bkãsã = =
sânsc bhãsã. Cf. /?wí =
páli buddho, «Assessor de chifu (san-fu em chinês)».
'

Buda. «Le San-fu, c'est-à-dire, son assesseur,


dana le dessein de lui plaire, voulut enga-
1612. — Haa por todos estes reinos mui- ger le Chef de» Lettrez», —
Leltres Edi'
tos religiosos de dififerentes regras: vns fiantes, p. 252.
CHILE S78 CHIN-CÍÍIN

Chiful. (lUf la- Ouuidor Ocral. nu Corre-


g> mes- .1

Di iin». —
P. ForuMU Guerreiro, Jitiaçam Annual,
fl. Hí f
ficava tie
- Chifú,
4Ue Lc o Cl •
Can-
tJto». — Af" /Io de

\t pgual ao antecedente,
ii í» pre-
fv J lU. —
.p.83.
Kl uâo
v íjhifu ou
pi <]ue c uma
ai; U..IW.I.H-. — 7a-«*í-
.•.iivrneur d'uue
vilie de i'impiii :"ou le titre
de defTou*. - i .. , ..^ . './ Rcinaiid,
Rclaticm, i, p 37
IC.*)" «-I'.-^L'uuful»». -ii tíiila alguu eue-
D! ill», que el
M Chifu, o
G i

la

tiro Mandarine»
h-iitt-, y Gover-
Chlfu» — /<í.,

I^ Tchl-fou (Gí»uv«rneur de
ia \ i: 11

de sa 1

tre iMiiiii' uciigi 11 ^. — i.fiwK j.'iiji iii/fg,

xnr, p. 412.
1*35. — ..r- I.- -:.,,, je celles-l»
r/W», q. V Tchl-fou». —
H Halde, Lr„..y. .„ .a Uifi«, i, p. 2.

• CHILE (indo-ingl. chiU//). Mala-


gaetA, eiu Macau e Timor. Otermo
eotrua por via do innlaio. <jutí o re-

cebeu do nom*» <r<M)<rr,''li<v» rxriMTifjuin.


Yulo I
'
i

que a ; -- ..- .a
lo** poM (ioa cha-
liiam-llli' «]''.iii»'ii;;i loií^i».

}K4l _
CHINGALA 274 CHINGALA

joindro les mains fermées (fevant la poi- João de Barros deriva o vocábulo de
trine, en les remuant d'une manière affec-
Chim o Galle.
tueuse, et h courber tant isait pen la tête,
en se disaut réciproqiieinent Tsin tsin».
— P. Halde, Description de la (Jhiiie^ ii,
1550. — «Parece
que será nestes do
mais por isso milhor empregada a
fruito, e
p. 102. diligencia que se puser para os converte-
1782. —
«Le salut ordinaire d'egale à rem a fé que nos Chingalaa de Comorim
égale, consiste àjoindre les mains fermées
devant la poitrine, ensuite on les remoue
e de Ceilão». —
Fernão Pinto, Peregrina-
ção, cap. 213.
à plusieurs reprises, en penchant un pen
la tête, prononçaut Sin, sin». Sonne- — 1563. —
«Naquella ilha leixarão [os chi-
neses] (segundo os naturaes dizem) hua
rat, Voyages, ii, p. 31.
lingua, a que elles chamão Chingálla, e
1795. —
«Thus we soon lixed them in aos próprios pouos Chingállas: princi-
their seats, both parties, during the
palmente os que vivem na ponta de Galle
struggle, repeating Chin Chin, Chin — João
Chin, the Chinese term of salutation». — por diante».
ir, 1.
de Barros, Déc. III,

Symes, in Glossary. 1563. — «A gente delia de [Ceilão] cha-


• CHINAVOL, chinual (mar. chhinna- mam Chingalas». — Garcia da Orta,
Col. XV.
val <^sânsc. chinna, «dividido, par-
1610. —
«Nas matérias delia não se deve
tido»). Direitos miúdos, que se pa- perder nenhuma occasião, e a que o tempo
gavam antigamente nas alfândegas otferece da fraqueza em que por ora estão
internas de Goa. os chingalas, e não terem rey nem ca-
pitães». —
Carta Régia, in Doc. da India,
1703. — «Dito
da alfandega de Cassabé I, p. 342.
em duzentos pagodes, Chinavol miúdo, 1614. — «Isto o fez acabar de desconfiar
palmares, e vargeas». ~ Apud Júlio Biker, de todos os Nobres, e os foi matando dis-
Collecção de Tratados, xii, p. 147. siiiiuladaniente, quer tivessem culpa, quer
1788. —
«O Rendeiro cobrará todos os não sem lhe ficar uma só pessoa da casta
direitos que pertencem a essa renda de dos antigos Chingalas nobres». — Diogo
Cate, Tabaco, Chinovol, mais annexos. do Couto, Déc. X, viii, 12.
pelo mesmo modo que se cobravão no tem- 1615. —
«Julga-se que as ilhas de Mal-
po do Bounsvló». Collecção de Bandos,— diva foram antigamente povoadas pelos
I, p. 41. Chingalas (assim se chamam os habi-
1789. —
«De cato, tabaco, chinual e tantes da ilha de Ceilão)». Pyrard de—
outros direitos de Bagibab». Apud Júlio — Lavai, Viagem, i, p. 96.
Biker, Collecção de Tratados, yiu, p. 332. 1685. —
«Veio obedecer hum Mudeliar,
1840. —
«Chinual (géneros conduzi- homem grande entre os Chingalas». —
dos á cabeça), estes pagam direitos meno- João Ribeiro, Fatalidade Histórica, i,
res (excepto nas Alfandegas de Bicholim, cap. 7.
e Sanquelim, onde sào iguaes)». F. N. — 1687. —
«Z/C, entre eles significa, san-
Xavier, Collecção de Bandos, i, p. xviii. gue, e Cinga, Leão; donde formarão a pa-
lavra Cingâle, e no plural Cingâles, que
» CHINCHPOTA (s. m.). Adorno de depois corromperam em Cingalins, e nós
pescoço da mulher hindu no Concão. ultimamente em Chingalaz'. —
P. Fer-
Do cone. chihchpat, mar. chiiichpafi. não de Queiroz, Conquista de Ceylão, p. 5.
1694. —
«E os filhos que lhe vierão de
1874. — «Ao pescoço, umas ostentam os longe, são os Canaris, os Decanis, os Mala-
seus riquíssimos Tuxis on Chínchpotas, bares, os Chingalas, os Bengalas, os
cravejados de rubis, diamantes e esme- Peguz». —
P. António Vieira, Xavier Dor-
raldas». —
Tomás Ribeiro, Jornadas, ir, mindo, p. 152.
p. 104. 1697. —«Chingalá quer dizer leão na
1898. « —
ostentando nos esbeltos pes-
. . .
propriedade da lingua de Ceylão, e não he
coços, banhados de scintillações de finis- uome derivado de Chinas, e Galas, como
sima pedraria, os seus soberbos chinch- escrevem os nossos Authores». —
P. Fran-
potes?». — Oliveira Mascarenhas, Atra- cisco de Sousa, Oriente Conquistado, I, i, 2.
vez dos Mares, p. 203. 1589. —
«Les habitans nommés Clnga-
las sout de visage et de mceurs sembla-
Chinga. V, xinga. bles aux Malabars«. —
Liuschoten, His-
to ire, p. 25.
# CHINGALA, Chingalá (singalês- —
1610. «And this port is so called be-
-sânsc. simhala). dizemos O que cause «Chilao» means «fishery» in the
actualmente «singalês» os nossos in- Chingalá tongue, which is that spoken
dianistas expressavam chingalá. O in the Island».— Pedro Teixeira, The Tra-
vels, p. 177.
iudo-português de Ceilão não reco-
1676. —
«Et ensuite un Capitaine Hol-
nhece outra forma senão chinglá. landois amena quantité de chinglas, qui
CHIRINA 276 CHTCBULIOS

•ont d«« pns de Tlale de CeiUo». — Ta- da rupia da índia Inglesa,


liíícativa
eniipr, X'o(fagt$, in, p. 'JOi.
ITTU — para a destinguir da da Portagnesa,
«I'n»» natiiin plus nnmhr<>n»« et
I'"
• r-i qu- a qual tinha ágio o se chamava em
I.. -> concani surti rupt/ã = rupia df Sur-
nai''". ii.\\i..:\. //;.>• nr^ j. j, 1,4. '
ia e outra rupia

• CHINTE Fruta le Malaca. Talvez il, com a dife-


'o mal. êeiitul, Sandericum Indutim. rença do cunho, e nâo havendo jA
ágio, a denominação caiu em desuso.
'5. — «roíno inangnstam. tampões...
: adas, Ohintes
o buas dúi-Hs». — (Itirina é corrução de chalani, q. v.

:i
I O. de ErAdia, Dedaraçam de Ma-
10.
nS2. — «Roubaram 19 fardos de Mau-
gaior, 8 rupias chirinas, duas resmas de
CHIPE. chípo. Ostra perolifera.
papel». — Apud Júlio Biker, ÇolUeção de
Tratados, viu, 167.
Do tmnul-iiialaiiila chippi, «concha» ; 1880. —
«A rupia chirina ou de Bom-
muttu-chchijipi, «ostra de p»'>rola». baim e a de Baroche correu em DamSo com
ima- lhe cheripo . i. 12 jl por cento de vantagem». Teixeira —
de Aragão, Descripção da* Moeda», iii,
p. 100.
1613. — «Vi eu ainda por <»stas praias as —
n Representavam o capital de
1886.
eerra.'- ..
^g^ Ij^n, 8 milhões de rupias ohirlnas, ou
alta* .
. ias».— 3:200:000/000 reis fí)rte8» Lopes Men- —
P. Manu'jl llaiiuda^, Uuií. Truyico-mariti- des, A índia Portttgueza, ii, p. 2.'>0.
ma, II. p, i^4.
' '"
' ~
"
CHIRIPOS (s. m. pi.). Tamancos.
«'8

itn
Do taraul-malaiala cherippu. Os di-
pO, ipit' IH' 1. cionários portugueses mais moder-
far, e tudo <>
nos nilo registam o vocábulo. Bento

'O pêra eiif« do
Pereira dá- lhe j)or signilicados lati-
VIII. 2.
lea nos gallicae e calones. O termo ó
corrente em Goa. V. Influência.

— P. Feruão Queiroz,
<pie
c. lótiO. — «Alguns tr;i '
co]
r)».
/?,;*/, ,_ u WS
//i*<
, ]
chiripoa de pau». —G In-
formação das Cousas de .'
IbH.
> aruiadurea toiua
:i;n
:i n .olher O
j
Ifil.S —
Vinha to<lo «I .a. com
\r. a muito fllri.
\ - ; >. .\!';os à
ohipe (q ila« OS-
j

traõi qn*- car, f


II tíTra, e n i - .1.- chompoa
"S presos eiiti' i>o-
iii), com uma t :iia

hipe>
pt roiau - i' '
Manuel Barraua*, tiut.
.
Juàíj Kibeiru, /U-
Tragico-maritima, 11, p. 117.
1788.- -' '
-r-adeChiripoa,
in
e pans de . outra qualquer
Chípox.
.,UI
desta qualio.iw . r^. 1.^ m,-. — CoUeeçào de
quitta de C'
Bando», I, p. 44.
1701 _ <^«traii, ou • CHIRBULIÔ^ s.
ohepia, •
lo os uatu-
m. pi.j. Arni. 10.
Zli.- n,
a- •o
V. avela.
II. I , - 1788. — «r<ii cada r .
se
•ra, Lin. e fazem ohirbuleos. i —

'ÇO.
i'J. — «Thry call the oystiT ohipO"
— Pedro Teixeira, TU Travei», p 17».

Chiquel. V. chr
• Chirás V. f/(n.j,,.

• CHIRINA (a.lj. fem.). Usava se


autigamento esta palavra como qoa-
CHITA 276 CHITINS

cinhos de canna doce», Ltíz do Orienti, 1663. —


«Elle était rouge par le dehors,
de Abril. et double par le dedans de ces beaux chlt-
tes ou toiics peintes au piíiceau, de Mas-
#CHISSANGUI. Fernão Mendes lipatan». —
IJernier, Voyages, ii, p. 46.
Pinto designa por este nome os su- 1666. —
«Le principal trafic des Hollan-
periores dos conventos dos budistas dois à Amcdabad, est des chites, qui

na Tartária. Parece-ine que o vocá-



sont des Toiles peiutes». Thevenot, Voya-
ges, lu, p. 35.
bulo deriva do sânsc. crlsamjhl fpáli 1670. —
"Avant que d'aller à Achem il
sanght, «aquele que tem muitos dis- avoit passe Masulipatan Ville du Koyaume
cípulos»), «venerável ciíefe do con- de Golconda de la cote de Coron^andel, oú
Ton fait ces belles Chites que nous ap-
vento». No budismo do Norte çr ou
pellons Indiennes, dont la peinture ne dure
xr corrompe-se em eh; cf. chaman pas moins que la toile sans rien perdre de
ou xaman do sânsc. çramana. son éclat«. —
Dellon, Btlation d'un Voyage,
1544. —
«Tinha de ordinário doze mil
I, p. 126.
1676. —
«Toutes les Chites qui se font
sacerdotes a que se dava de comer e ves-
dans I'Empire du Grand Mogol sont impri-
tir. . os quaes não saliião fora daquella
.

mée.s et de différente bea'ute, tant pour


cerca seui licença dos seus Chisangués».
— Peregrinação, cap. 12G.
I'impression que pour la finesse de la toile».
— Tavernier, Voyages, p. 359. iii,

CHITA (franc, chite). Tecido de 1735. — «Les Álarchands leur appor- . .

tent du fer,du sandal jaune et rouge, dea


algodílo, estampado a cores. Os nos-
toiles, des chites ou toiles peintes».
sos antigos cliamam-lhe
escritores P. Halde, Description de la Chine, i, p. 107.
pano pintado ou simplesmente pin- 1824. —
«The second was the manner
tado (q. V.). O étimo é o neo-árico of weaving and dyeing a coarse kind of
chhlt (mar., beng. em, hindustani chintz, of which there seemed to be a
;
considerable manufactory in the place».
chiiit, donde o ingl. chintz), do sânsc. — Heber, Narrative, i, p. 425.
chitra, «matizado».
* CHITELA. Antílope mosqueado e
1728. — aSaraça lie hum género
de pan-
de pontas muito curtas, Cerviis Axis.
nos, que vem de "Cabo Verde, e de Mara-
nhão, pintados como chita, e servem de Do concani-mar. chttal, sânsc. chi-
cobrir bofetes, camas, etc. Bluteau, Sup-— trãnga.
plemento.
1779. —
«... pannos elefantes superfi-
— «Ella fugiu como a chite la do
1874.
nos, finos e ordinários, chitas de Madrasta
matto». — Tomás Ribeiro, Jornadas, ii,

e de Mamaluug». —
D. Francisco de Sousa p. 259.
1886. — aMerum (veado), chitol (chl-
Coutinho, Breve no Panorama,
tela), bocris (cabras)». — Lopes Mendes,
e útil idéa,
X, p. o8.
17í)9. —
«Despedi tros Cafres por diíFe- A India Portugueza, i, p 118.
rentes partes com pedaços de chita de
1912. —
«Á primeira pedrada matemos
godrim, que no dia antecedente tinha des- gorda chitela». — O Instituto, de Coim-
manchado, para comprar mantimentos«. — bra, Lix, p. 328.
— — Antílope da ín-
Apud Júlio Biker, Collecção de Tratados,
1906. «Chitella
VIII, p. 287.
dia, de pellagem amarellada e mosqueada,
1845. —
E eu o presenteei com seis bo- gracioso e fino animal, facilmente domes
ticavel». — Alberto O. de Castro, A Cinza
-

tijas de genebra, seis garrafas de vinho,


dos Myrtos, p. 175.
uma peça de chita de ramagem, e um co-
lar de coralinas». —
A. J. de Castro, in 1673. —
«... being here presented with
fíol. S. G. L., II, p, õ7.
Rich Game, as Peacocks, Doves, and Pi-
1883. —
« Vendem-se ali pannos de algo-
geons, Chitreis, or Spotted Deer».
Fryer, East India, i, p. 185.
dão, chitas, e louças, quasi tudo de fabri-
cação iugleza ou americana». Adolfo — 1915. —««Two chittals which fell to

Loureiro, No Oriente, i, p. 187. the gun of the Maharaja Rana iu the Joa-

1885. —
«O seu vestuário consiste n'uma ram Forest»>. — The Times of India Illus-
trated Weekly, de 28 de Abril.
camisa de chita ou de riscado, que lhe
desce até abaixo dos joelhos, e n'uin cha-
péu de mataba». —
António F. Nogueira,
* CHITINIS (sing, o pL). Secretá-
A ilha de S. 1'homé, in Boi. S. G. L., v, riode correspondência do governo,
p. 415. nos estados maratas escriturário. ;

1623. — «Però
Indiane Gentili, comu-
le
Do mar. chitnis.
nemente non vsano afifato altro colore, che
11 rosso; oueio certe tele stampate con 1787. — «0 meu predecessor expressa-
lauoro di piú colori, che le chiamano Cit». mente declarou aos honrados Sabanis e
— Pietro delia Valle, Viaggi, iii, p. 32. Chetlnls do Grandioso íSar De»«ay». —
CHITO 277 chocrIo

• A declaração que o antecessor de S. Ex.» dou pftr por todas as Igrejas». — Aotónio
f,.. ,.. >; .K„.,; ..
ChltnlsdoBounsirió.. — f\ 5J. .,,;.. ir.t,.^:^ .1.. i, - . .. •u\

.'•r, CoUfcção de Tratados, i . ar-


V..., ,. - . tir p de
Harros, creou : tu-
CHITO (chit, chttty, era indo-ingl.)- guez sob a .:
de
Bi'l^'te; aviso; atestado, na India Chitos ú ies.

ruituguesa. Do cone, chittj mar. Regi mm <


Z,.,
xzxti, p. 242.
chittl, bindust. chitth'i. Bento Pereira
«•Abolo, e intorpret.i
K>74. —
«I received his Chitty or Pass,
two Guides to direct us through the
.try». — Fij'er, £att India, i, p. 308.

1563. — Deu o .VfiiSo piâes e ohitos « CHÓ fanam. cho). Embarcação da


.1,,- I,,, .or. .a r,.,r ,,.,,U. . , •>
r"' Cochinchina.
1645. —
«Aqni nos fizerSomiMtn* frtor-
pas.>;ir recall 'S, chltOS, »ein
cartas, on çoens. não só tomarSo o [ue t":

primeiro a- r.rrí.ntar ao mordomo». — no cho vinha, e tudo desu •.

^rcAitv) V, p. 1038
/" il, Apud Ft. Jacinto de Deus, Vergei, p. 142.
'i'ill qne o chito escrito 16.'>0. —
«... negociar um chô e man-
n* papel he da le- da-los a Annam para saber dos padres».
t' ->os Prego, ouvi- P. António (.'ardim, Batalha», p. 76.
dor e ved-'f «ia lazmda que foi n'esta ci- 1679. — «E se forSo em hum barco, a
dadp o qnni ohito me den Dom Diogo
; que chamlo Choô, que força-lo doa tem-
tâo e redor da fazenda pos, e ventos contrários n achichi-
— Documetãoê da India, ii, na». ApudYv. J. de D' p. 267. ',

p. llií. 1699. —
«Nos cinco Choòs, que vinhSo
1613. — «Mando ao feitor do dito senhor da China para Malaca, que os Olandezes
da fort.ileza, ••
'
.
" "
Baçaim, que ora tomArão n ouve de perda cento, .

í, »' ,i<i li.aiitt a nenhum paga- e oitenta >».


: Fr. .Agostinho de —
I! chitos '• III" .iteatr-'ia se con- Santa Maiii l/tstoria, p. 340.
..ter». — Alvará do vice-rei, in
Arrr,,> -,, VI, p. 920. CHOBINÓ (cone. tçobinó). Corte
1G77. — «Nào iriSo saas manchuas a de an'oros de madeira, na índia.
Goa rhitto, •••• *

nave.
?' foa
so
1787. —
«Os direitos de Corte de ma-
deira na Prorincia de Bicholim chamado
Cobinò (siO*. CoUecçâo de fíandoi, t, —
r'hltr» ílo rovc- p. 'M

iLie
1822 .0 — rei-i

tos de madeirr. dos


08
padres de Cai> de Mi-
Chobinó, CO! ru-
ao dito '/,..
pi.i'» 25
randa, io O ' iry, Hl,
rupias pelos ilir<i:~ 'i<' Apttd
p. 2S4.
1727. — «Para os Portncruei50«. que at-
Júlio Biker, Collecçào 'w, zii,

p. 31.
ia39. — «Do corte de Madeira (Cho-
binó* p^r con- " " "' '•'"

le ps«9ar KmhareaeÍA
issȒ _ .A eo
^l.^Kl.,A ,,
iida
;* Men-
. I, 17.
IIMW. _.I),
i sob penaa aa mais
CHOGÓ 278 CHOLE

recta. Do tamiil chakkavmiiy telúga mente do turquestano, e a veste pró-


chakramu<^Btm^Q. chakra, «roda». pria dos afgãos, feita gernlmí^nfi. de
lã macia.
1551. — «De fTanões chocrõis nove
onças e mea». —
O Inventario do Thesouro 1874. —
«Mais alem um jardim de tur-
do liei de Ceylào, p. 26. bantes ou pagotens de todas as cores, por
lf)54. —
«E 08 fanões deste porto se cl a- cima do nlvejar das cabaias, angracás ou
mão chocrões, que são d'ouro». — An- —
ohogós. .». Tomás Ribeiro, Jornadas,
.

tónio Nunes, Lyvro dos Pesos, p. 36. 11, p. 101.


16S7. —
«Basta apresentarem se, ao 1915. « — tçógo ou casaco, curto ou
. .

Adignr (Almoxarife, ou Recebedor) e dar comprido, no trage masculino >. Heraldo,


chocorAo, recebendo ola pêra suceder de 24 de Dezembro.
noB bens patrimoniaes do Tio». P. Fer- — 1917. —
«E o pudvém e o tçogó valem
não de Queiroz, Conquista de Ceylào,^. W. mais que a calça e a rabona». O Ultra- —
1697. —
(tFanoens, e por outro nome mar, de 15 de Outubro.
chácaras, são moedas de ouro tam sutís 1845. —
oAinsi que des pieces de satin
como pequenas escamas de peyxe, e cada de toutes les couleurs des chogas (pe-
hum delles vai cento e vinte reis». — lisse) de fourrure
;

des kimkhâbs (brocais)


P. Francisco de Sousa, Oriente Conquista-
;

d'or et d'argent, et des tapis persans». —


do, I, II, 1. Jancigny, Inde, p. 58.
1880. —
«Em Negapatâo oa fanões cha- 1908. —
«These are pieces of a fixed
mavam-se chocrões, era moeda de oiro length, such as would require for the pre-
baixo-). — Teixeira de Aragão, Descripção paration of a choga or coat, or suitable
das Moedas, ni, p. 94:. for a lady's dress». —
Watt, The Commer-
1786. — Ciacram d'argento, pic-
«11 cial Products, p. 1125.
cola moneta del Re di Travancor, è la vi-
gésima sesta parte d'una rupia». Fra — * CHOLE. Corpete de mulheres na
Paolino, Viaggio, p. 36. India. Usado em indo-português. Do
1913. —
«... who seens to have been
cone, tgoli < sânsc. choti.
expected to supervise the Fishing on be-
half of the Naik, for which he was to get 1687. — «Outras castas, como Banianas,
60 Chacrum a month». P. E. Pieris, — de hu pano de seda, fazõ hu modo de ana-
Ceylon, i, p. 514. goa; e acrescentão hu chole, que he hu
corpinho por diante e cobrem as costas
CflÓDANE (nialaiala chodana). Me- em publico com outro pano de seda».
;


dida de capacidade para líquidos no P. Fernão de Queiroz, Conquista de Ceylâo,
Malabar, equivalente a seis cana- p. 64.

das. 1736. — «Não usem, nem em publico


nem em particular, os homens de purvens,
1512. —
«Receby do dito almoxarife [de que costumam usar os gentios, e as mulhe-
Cochim] vinte e dous chodones dazeyte res dos choles, que costumam usar as
de têga». —
In Cartas de A. de Albuquer- gentias». —
Inquisição de Goa, apud Lopes
que, v, p. 197. Mendes, A Índia Portugueza, i, p. 258.
• Recebeu Vicente Anes. .. e de mãteiga
1846. —
«Chote he uma espécie de ba-
catro chodones de mãteiga». —
Ibid., niana, ou quimão curto, e muito justo ao

p. 198. corpo». F. N. Xavier, O Gabinete Litte-
«Per este vos mando que des. quatro rario, i, p. 102.
chodenas de manteyga». A. de Albu- —
. .

1813 —
«Cassi vem ricamente vestida
querque, ibid., p. 200. de seda de chapur [nome geográfico] com
1554. —
"A de chodane de mantegua barras d'ouro; choli de setim encarnado
e azeite são 6 canadas«. —
António Nunes, também bordado d'ouro». Tomás Ribeiro,
Lyvro dos Pesos, p. 34. A Indiana, p. 53.
1786. —
«Uua Ciòdana fà trenta e 1874. —
«Nada mais elegante do que
due Nagi à 30 Sestieri. Un Codane fà
. .
estes trajos de Venus, de formosíssimas
ciuque Ciòdana». —
Fra Paolino, Viag- cores e barras tecidas de ouro e prata,
gio, p. 52. cruzando sobre cholis de setim». Id., —
Jornadas, ii, p. 104.
* CHOGÓ (iudo-ingl. ckoga). É um 1878. —
«Chól —
Espécie de corpete
sobretudo em forma de roupão, que de manga curta, que conchega o busto da
mulher até um pouco acima da cintura.
os hindus e maometanos trazem fora Trazem-n'o as classes abastadas dos maia
de casa. Em Goa é ordinariamente custosos estofos». —
Cristóvão Aires, In-
de algodão branco. Os nossos anti- dianas e Portuguezas, p. ii.
gos escritores chamavam-lhe cabaia. 1898. —
«As mulheres trajam o sary
(faxa de tecido, ás vezes de seda, e quasi
Do cone. tçogó, liindust. ckogJiã. Diz sempre de cores garridas, que lhes pende
Yule que o vocábulo ó originaria- da cabeça) e o choly (pequena e elegante
CHOQUE CHORGUÊM
l 08 2 t<

Maso:ir.-i:hí?. .('••••• -^
M •
--
;. <V.'

I'.KHi. -
i lOOu. — Autúuio
,
p 41.
r.i- lj.>L — Oâ oho-
-ii'itiiuut'' [)a^a.sem
•in- qiieis aindo em
partes de Halu- nao.s d*;
lurai - Al ti. Tio u.
. d»' Laslri-, A Linza do* <|Uo athe Malaqiia, qur he a rezão de cMJA
MyTlot, \t. lí>5. dez três para o seiílioryo do uauio de
li»!.'). 13, Içoddi (ou choque que he frete*. Simào Botelho, —
ohoie (Ml CO- rir o» seios» Tfnnho, p. 113.
— // •
1"- '
• í."— " •
'mmadel-
1- -tic par- las e cho-
p08« qi!f . ...... .n^-. .,.»... ..x.. .;i Ârchivo,
<'f a ti seven •

and and a h
,
. _. —
«Aspi pelas desordenadas mer-
oholi».— .I<>.'^é Nicolau da YousecA^ Hketch cês que os VÍ8f)rreys e Gouernadores fa-
oj (u>a. p l.i. ziSo, dos terços e choques, que viobão
a ElRey». —
Diogo do Couto, VII, ix, 11.
• CHOLNEM. Calças, na índia. Do 1613. —
«E se do galeão de que era ca-
cone. diolnem, hindost. chohiã. pitão Francisco Toscano Pereira, que foi
1^-"^ — "Cholnem azul ferrete ou
de Maluco áquella fortaleza, se pagaram
de cravo os direitos e choqueis». Carta —
• —
braiu-M.

,

'
alp.irras
'
ao uiodo ordinário, e
" de bala '
liéyia, iu I)oc. d^i índia, ii, p 317.

iLTora». — 1613. «Fez com Diogo
contrato nono nesta forma, ..
-
atro
ter-
i

(• - choqueis (que são frctcj») que per-


.

tas, p. 81.
1,
il ;.> sm
a Elrey de todo o crauo que
CHONCOR uu.il. daikur). K ama trouxesse no seu galeão, de>- 'Cn-
esinVit? galanga Kaempferia
de — t08 e cincoenta bares». de —
Andrada, Chron. de D. J<jao III, vr,
galiniga. «Bullus cum reconti butyro fl. 103.
in pillulasredáctus, asthmatlcis da- 1891. —
«Quando o cravo vinba nas
tar». Rlieede. nana do estado, pa/ravam, alem d'isso, de
freti rf-t:-i'í'-f ^Ialaca 30 por cento *

1613. — 'Lancoa.s de outra espécie mais dos pertenciam... O -

Cil'iri'aii. choncor. araf-am ila ti-rra. '• :7..i.i.- . .M..-i.-via nos chuqueis,
' o terço de todo o cravo p<>r um
,.. ...limo».
.^ Conde '" — !";. .n. .
npud
fl. 16. Garcia da Orta, Col. x\
lfi?S — «TsjoncHor f miam habet
7 ;, estqne • CHOQUEM (gur. choki). Posto fis-
caalicu-
,

Ío«u. — Uuiiipliiuá, IJerUiiiuhi


-

Amboinente,
cal, alfândega, em Dam&o.
vin, cap. ly. 17H3, — Fall.^iido-lhe eu que a prodac-
ção daq: anil livre de
pa.>;>aria
CHONDRACÔR Cconcani-mar. c?ian- direitfx; lo Choquem de Da-
1 que m3i>, por muito »'

;i" ilit'» Choquem o


( alguns
bi'ca.
— Apud
1874 —.L. idas ca- Júliu liikcr, CuUccçãii de Tratado», viu,
becas os lav, * '
r ^ ) r O 8 , os p. io;>.
finei naf). — «A« alfandegas desta '' "

a «• gan& constam de ciuco lugaree


d^u, u, \i. lui Choquens, onde .se c«>uram
irrrta.-i, ipie vem d(>8 matos
CHOQUE .A liiiii c.irg.i^ MC liíi.LSu. — lòid., p. 141.
choquei, chuquel. Frote dot
• CHORGUÊM (des.). Diroitos adua-
'.lio mal
iid»*ga; im
neiros do pasto du gado, que pa- m
postoB». i) termo é mais usadn
nas» Nova» Coníjui-
- uiar. f/írtrva» •< sftn-
plural choquei*, cujo sinr"^"' •"
tpnstar».
ser choquei o uÍo, nece>
choquei. 1703. — "Chore hanijotialii .

ChOPguem du i^uerim, lagt'


1564. — «r^ iraxvuuu a« parte* tuw aao« I
Meu da &stra«la ue inTvnfkÊm». -^ Afud
CIlUlIKi 280 CIIOUTIÁ

Júlio Bikor, Collecçõó de Trotados, xii, cuyas colas se hazen las combalas, servi-
p. 149. cio muy galan y estimado entre los natu-
1782. — «As lagimas chamadas Chor- ralea de la India del norte y del sur, en
?uem na alfandega de Comanr, passagem lugar de mosqueaderos».— Pedro Teixeira,
e Sivolini». — Ibid., viii, p. IG.'l Udnciones, p. 130.
1822.— nAs pensões Chorguem,
Va- 1860. — «They consisted of a chowrie
naqiii, Ijaamó, de azeite, e de cocos de al- (the royal fly flapper) a diadem, a sword
madia». — Ibid., xii, p. 23. of state, a royal parasol». —
Tennent, Cey-
lon, I, p. 446.
CHOUNLÒ (s. m. pi.). É uma es- 1824. — «I saw some Bhooteahs during
pécie de feijão da índia Dolkhos — my stay at Almorah, who had come down
catiang, Roxl). —
mais miúdo qne o wnith a cargo of chowrles, tails of the

yâk, or mountain ox». Heber, Narrative,
feijflo muito comum em
fradinlio e
i, p. 403.
Goa. «Ha duas raças de achamvlh), 19P8. — «The white tails constitute the
grande e pequena a primeira nSo ; chowrls (fly-flapa) sold all over India».
é muito apreciada». D. Gr. Dalgado, Watt, 'JTie Commercial Products, p. 733.
Flora. Do cone. tçanvli/ô, pi. de
1913. —
«Like a, Being Divine he sits
on his regal throne; on either side fair
tçanvFi. damsels fan him with soft chamara». —
1810. — «Géneros fíhvs que são: Bate, P. E. Pieris, Ceylon, p. 214.
i,

Nachinim, Orió, Pacol, Sanvó e Choun-


IÓ8». — Pavta Aduaneira de Goa. #CHOUTIÁ (s. m.). Aquele que
tem direito ao chouto. Os nossos es-
# CHOURI. Rabo de Bos grunniens,
critores referem-se, neste sentido, a
usado na índia por enxota-moseas e
insígnia da realeza. Do concani-mar.
um rei vizinho de Damão. António
Bocarro, porôm, emprega o vocá-
cJiaurl, hindust. clmuhr'i < sânsc.
bulo como sinónimo de «grássia»
chamara.
(q. V.) ou depredação; neste caso, o
1390. ".— cuja magestoza cabeça
.

nome deve ser feminino. Evidente-


beija a lua, e é adornada com insígnias de
Chourlós». —
Placa da Goa, apvd F. N. mente choutiá ó derivado de chouto,
Xavier, Descripção do Coqueiro, p. 57. mas não foram de certo os portugue-
1502. —
«Trazia também outros dous ses que o formaram. Os dicionários
homens com outros bastões, e em cad;i hum maratas e guzarates não o regis-
delles um mosquiteiro branco». Tomé — tam, mas devia existir na forma de
Lopes, Navegação, cap. 10.
1516. —
«De cada banda leua [o rei do chauthyã, como há em hindustani,
Malabar] dous homens, hum com abano chouthiyã.
muy largo redondo, outro com outro abano
de hvim rabo branquo de hua alimária co- 1603. — «... vassalo do Rey de Sai--
mo caualo que antre elles he muy estima- cetta, a que chamam o Choutia de Da-
do, posto em húa asta douro ; has quaes ho mão pollo couto, ou foro que as nossas ter-
uaom abanando». —
Duarte Barbosa, Li- ras de Damão lhe pagam». — Fr. António
vro, (2.» ed.), p. 320. de Gouveia, Jornada, fl. 125.
1525. —
«Ally estão muytos brainiiits 1605. —«Eu fui informado que adita
em derrador da cadeyra onde estaa o gueira do Choutia se occasionou das
ydollo, e estão no abanando com rabos de muitas semrazões, que os capitães d'aquella
cavallos de cores, e com este em que estão fortaleza [de DamãoJ fizeram ao dito rei
são forrados todos d ouro estes rabos, e sobre os direitos dos choutas». Carta—
antre elles grande estado, e também com Regittj in Doc. da India, i, p. 3.
elles abanão ã elrey». —
Chronica de Bis- 1618. —«Eu sou informado que a occa-
naga, p. 106. sião, de que procede haver rompimento
1874. —
«Em volta do pallio ostenta- entre o Choutéa e a fortaleza de Da-
vam-se os chouris e mortcheis, espécie mão, se entende que nasce ...» —
Ibid.., iv,
de penachos ou espanadores, com cabos de p. 288.
prata». —Tomás Ribeiro, Jornadas, ii, 1635. — «Tem elles natureza tão prom-
p. 113. pta para fazer isto, que se chama chou-
1223. — «Reverence to Sámbhu who is tia, por outro nome grecia, que significa
made beautiful by a chowri which is viver de roubos». —
António Bocarro,
moon that lightly rests upon lofty liead». Déc. XIII, p. 214.
— Inscrição canaresa, in The Journal, xii, 1695. — «Daqui passou às terras do
p. 18. Choutia, outro Regulo, que avisinha com
1610. —
o Ay mas vacas, que dizen do- Damão, Cidade de Portuguezes». Cosme —
mato, que son muy diiferentes de las comu- da Guarda, Vida de Sevagy, p. 151.
nas en grander, blancura, y fuerças de 1610. — «... quedando en medio, las
CHOUTO Ml CHUA

liernu del Cole yfChouteáV otra.o harto


•Bcha-." "-'•• '••; .i^ /.',/..........-

p. 98.

mento em DainJlo. PosteriormentP, o


imposto rodnzia-se ao oitavo ou a
certa quantia de dinheiro, conser-
vando-se porém a i-

ffináría. Do mar. ' 'V.

nindnst. chout), sansc. chaturtha,


cqaarto».
lf>95. — «Tcndoísí» contratado antiga-
mente El Rey de Sancf'' do lenar do
chouto d;i>! t'T'?-! 'iifvi'Ma i-ida<l*> fDa-
ni
CHUMPIM 282 CHUNAMBO

03 successores». Noticias da Cochinchina, ticulares do que de proveito á fazenda e


p. 4. serviço real». —
Ta-ssi-yang-kuó, I, 11, 12.
1640. — «El P. Antonio de Fontes, que 1727. —
«Mandou mais dois Xeupins
en elle acompano al Chua, assletiò a la que cada hum governa 1 ;0(X) soldados, que
Christandad que ])or alia ay» P. Seme- — viessem acompanliar-me, e assistir-me em
do, Império de la China, p. 231. seu nome». —
Apud Júlio Biker, Collecção
1644. —
«... rieeuendo il Bua alcune de Tratados, vi, p. 53.
volte neir anno alcuny visite con grau ri- 1900. —
uZim-ping ou Tsun-ping é a
uercnza dal Chua nel giorno che si nu- 2.* auctoridade militar, ou tenente gene-
merano gl'anni della vita del sudetto ral, a seguir ao general ou Tutu (Tai-tu)».
Bua». —
P. Cardim, Relatione del Prov. del — Ibid., I, n, 11.
Giappone, p. 53. 1717. — «Un Tseng ping (Mandarin
1721. — «Le Tyran Chua n'etoit qu'a de guerre du second ordre) de la Province
demi sitisfait, parce que nonobstant ses de Canton a pris de-la occasion de me
ordres, et la ponctualité avec laquelle on presenter une Requeste à I'Empereur».
les exécutoit, on n'avoit pú encore.. se . Lettres Èdifiantes, xiv, p, 87.
saieii'd'aucune Missiouaiie». Lettres Edi- 1731. —
«Un Tsong-Ping ou Lieute-
fiantes, xvm. p. 147. nant General des Troupes. . .•>. — Ibid.,
XXI, p. 222.
# CHUCA (chin, shau-ku). Espécie
de algema chinesa.
CHUNAMBO (indo-port. dravldico),
chfumame (indo-port. gáurico). Caí
1.569. — «Todos os que tem graves casos obtida pela calcinação do conchas de
trazem adobas nts pés, nas mãos trazem
mariscos. O motivo da admissão^ do
huas que elles chamam Chuças, que sam
Algemas, mas sam de pao grosso, que tem termo indiano é que a cal da Ásia
dous buracos quanto lhe cabem as mãos». se faz de outro material. O étimo é
— Fr. Gaspar da Cruz, Tractado da Chi- o malaiala chunnamhu, relacionado
na, cap. 21.
com o neo-árico chunã, sânsc. churna,
« CHUJÊM (chin, shú-yuen). Título O vocábulo entrou também em indo-
de académico, na China. -inglês, chunam, chinam *.


Este titulo de chu-Jen é tra-
1515. — «... pêra comprar betre araqua
189.5.
duzido pelos europeus pela palavra doutor. chunãbo dous pardaos» Afonso de Al-—
buquerque, Cartas, p 237. vi,
Na qualidade de chu-Jen, é a primeira —
pessoa da aldeia». —
Conde de Arnoso,
1592. «E isto em tempo em que va-
lião todos os materiaes, a saber, madeira,
Jornadas pelo Mundo, p. 286.
pedra, chunambu». —
Carta Régia, in
CHUMBIM. Magistrado Archivo, III, p. 359.
judicial na
China. Parece que o étimo é o chiu.
1616. — «Manda
também ir cavallos á
destra bemacobertados e ajaezados, com
hing-mhig. V. ckumpim. muitos pagens, dos quaes um lhe leva o
abano, outro a boceta de prata cheia de
1541. '«Aonde por nossos peccados,
betei, outro outra boceta com chu name,
sem o nós sabermos, acertou de estar hum
Chumbim, que são como Presidentes de que é cal». —
Pyrard de Lavai, Viagem,
Alçadas, que de três em três annos correm II, p. 117.

as Comarcas do Reyno, a devassar dos


1619. — «Mandando-me pedir licença
Corregedores e Officiaes da Justiça». — para levar de Ceilão quantidade de moios
de chunambo, para obras que mais quer
Fernão Pinto, Peregrinação, cap. 84.
«Hum Sábado pela manham nos forâo fazer nas suas casas, Ih'a neguei». Doe. —
da índia, iv, p. 305.
buscar á prisão dous Chumbins
da jus-
1635. —
«Pedimos a vossa senhoria nos
tiça, que são como já disse, os meirinhos
da execução do crime». — mande dar madeira, telha, chunambo
Id., cap. 103.
«El Rey mandou logo chamar o Chum- para o concerto». — António Bocarro,,
bim, que fora no dar da sentença, e lhe Déc. XIII, p. 736.

deu conta de tudo o que passava». Id., — 1687. —


"Entrão no pagode; poem um
cap. 142. dedo de chunambo (cal de ostras) na
cara de Buddúm, e fazê suas promessas».
* CHUMPIM (chin, tsung-ping). Te-
nente-general do exército chinês.
* «E de Chunambo que deriva a palavra

1.563. — « . . e o capitão geral de guerra, Chanambêro empregada em Macau para


Chumpim». —
.

João de Bairros, Déc. III, designar o antigo sitio, proximo da forta-


II, 7. leza do Bom-Parto, no extremo sul da ba-
1668. —
"Mais servião de capa de la- hia da Praia-Grande. N'esse sitio havia
droeiras, e de se aproveitarem os manda- antigamente fornos de cal de ostras». —
rls, capitães, e Chompis, e outros par- Ta-8si-yang-kuó, II, 11 1, 3.
CHUNAMBO 98S CHURTA

—P Pernio de Qnuroi, Conquisia de


Ceylâfl, p. 94.
1727. — «Chunambo He nn Lodia o
., . -.1 ; . 1 , ..,... ....fi -

I'

(i

'1

ta.i-

-le A-
CIDE 284 CIFA

chudéta) nasce com 03 foliolos ou diviaões des, que dizem que são parentes, e da
estreitamente unidos, tendo' h figura dos geração de Ale c de Mafamede». Antó- —
antigos Horetes». —
F. N. Xavier, Descri- nio Te^ireiro, Itinerário, cap. 53.
pção do Coqueiro, p. 8. «He senhoreada pelo Sufi, em que estão
1917. —
«Diversos artigos de chuPto estas gentes que chamão Ceydes: que
representavam as suas vestes sacerdntais, entre elles tem por fidalgos, c senhores».
com que ia pontificar naquela festa pagS". — Id., cap. 54.
— Hçraldn, de 5 de Janeiro. 1614. —«Estavão deotro nella Cide
«E churto como uns dizem, ou ohur- Bofetà, Cide Rana, e Carnabec, três Abe-
ta, como lhe cliamam outros, á palma do xins priucipaes, e cabeças de todos os que
coqueiro?» ... «A adoptarmos o mesmo gr- aiidavão no lieino de Cambaya, que erão
nero em português, deverá ser a churta mais de quatro mil». —
Diogo do Couto,
e não o churto, como lhe chamam no Déc. VII, VI, 5.
concelho de Salcete». —
Heraldo, de G de 1679. —«E ao Cide se tornou a entre-
Janeiro. —
gar o casco dasua embai'cação». D. Luís
1917. — «Aolado da ala hA que, consi- de Meneses, Hiat. de Portugal Restaurado,
derar o churto ou a churta, correspon- IV, p. 399.
dendo aquela a morl (palma de coqueiro 1778. —«Saied, un des chefs de I'ad-
com os folíolos entretecidos), e este a chud- ministration, dans une ville Maure. Maho-
det, palma». —
Heraldo, de 7 de Outubro. metan, qui est censé de la famille de Ma-
homet». —Anquetil Duperron, Lcgidation
CIBIRALÁ (Ar. saUl-allah). Água
# Ovientale, no índice.
dada de graça aos viandantes sequio- Ití45. — «Aussi dit-on d'ordinaire qu'ils
sos, como se costuma nos países n'ont de zele que pour célébrer la iète, de

quentes da Asia o do Egito, por se


ryde (la principale deleursfêtes religieu-
ses), de libéralité que pour nourrir la pa-
considerar obra de misericórdia, do resse des sayêdes (descendants du pro-
grande merecimento. Depositam-se phète), de gout que pour orner le.s tombeaux
para ôsse fim grandes tallias ao de leurs saints». —
Jancigny, inde, p. 66.
longo das estradas.
1880. — «The Seyids according to
Mr. Schefer were all who claimed descent
ir)29. — «Por este caminho não ha ne- from the Khalits Oman and Ali, through
nhuma agoa para beber, somente em elle the daughters of the Prophet... The
achamos em duas. ou três partes huns edi- Seyid had precedence of the Khojhs». —
de pedra, e cal, cubertos com
fícios feytos Yio-^ovi\\y History of the Mongols, 11^ p. 870.
abobedas da altura de hum homem, em
que estavão vasilhas de barro grandes: a CIFA. «Azeite de peixe, assim de-
que elles em sua linguagem chamão Cibi- nominado em Xael, Ormuz e outros
rala, que quer dizer cousa piadosa feyta legares». Cardeal Saraiva. O persa
por amor de Deos. Estes edifícios manda-
rão fazer Mouros defuntos, e deyxar ren- 8Íft, que é o étimo, significa pro-
das para se trazer alli aquella agoa, que priamente «pez». A gordura de peixe
vem de carreto em Camelos de muyto é empregada no Oriente para untura
longe». —
António Tenreiro, Itinerário, de navios. Em
ásio-português ci^a é
cap. 46.
«gordura» em geral, seja de carne
«GIDÃO (m.), espécie de loro na ou de peixe ^ CIF AR quere dizer «un-
índia portuguesa». C. de Figueire- tar com gordura de peixe». Cifano
do. Do cone. xidãv, «foro que se sentido de «areia fina», é do ár. saifa.
paga às communidados agrícolas pe-
los seus campos arrematados». O
1510.— «F'oy pôr fogo em huma tercena
em que estauão azeite, breu, e cifa, e
termo figura em dicionários desde o cairo, e linho, e monição das nãos». — Gas-
de Morais, que ortografa, com mais par Correia, Lendas, 97.
ii, p.
correcção, ctdáo, mas não está actual- 1536. — «Varou suas fustas, espalmou e
mente em uso no português da índia. cifou de nouo na borda d'agoa». Id., lii,
p. 824.

CIDE (ár. saipd). Senhor príncipe. 1552. —


"Mandou descarregar os bar-
gantins, e a galeota. E cifadas, enseua-
;

Título honorífico, proposto ao nome das pêra que ficassem mais ligeiras, leuan-
de certos árabes, especialmente aos do alguns catures de Cananor». —
Casta-
dos descendentes de Mafamede por nheda, Historia, viu, cap. 13.
via de seu neto Husain.
1554. —
«A cifa he o peso como o ar-

1529. —
«He sonhoreada pelo jS?yí, em
que estão huns Mouros que comem os tri- * Também se diz carne cifosa, peixe ci-
butos daquella ^terra, que chamão Cey- foso, no sentido de «gordurento».
CmAMOMO 286 COALDEANO

TOM».— Antonio NuueA, Lvvro dot Pesa,


25.
1B16. — «He c«aM>dfl tnuiUs vexes ha-
V.T f .;- •
COBRA ALCATIFA 286 COBRA DA SERRA

ó corrente era Goa. Nflo sei se há deitar-se debaixo dos travesseiros». To- —
más Ribeiro, Jornadas, ii, p. .867.
algum correspondente em Portugal; 1886.— «Agui(^ (cobra alcatifa), fur-
parece-me que se diz «conterrâneo» sen (vibora)». —
Lopes Mendes, A índia
ou mais comummente «da mesma Portugueza, i, p. 118.
terra, da mesma pia» (baptismal). 1901. —
«Os únicos animaes perigosos,
abundantes em todo o districto, sSo a co-
1915. —
«Foi significativa a festa que bra capello, a alcatifa e n vibora »>. Jo-
alguns amigos, seus coaldeanos, veali sé Piniieiro, Boi. 8. G. L., xx, p 21.
zaram a 14 do j)as3ado, em Uccassaim, em 1908. —
«A fauna 6 variadíssima, abun-
homenagem ao sr. dr. Mariano Jogo Salda- dando os tigres, búfalos selvagens, ursos,
nha, iliustití professor do Lyceu Nacional, variados antilopes, e cobras as mais vene-
pelo seu regresso á terra do berço». —
O nosas, como a capello, a alcatifa e a vi-
Ultramar, de, 1 de Março. bora». —
Hipácio de Brion, A índia Por-
1915. — «E
certo que o seuco-aldea- tugueza., p. 21.
no sr. Chi-ysologo Viegas, offendido pelo 1914. — «Consta que na noite de ultima
tal redactor, cá apareceu a pedir-nos para, quinta feira foi morta à pedrada pelo
sob sua responsabilidade, o combater por sr. Filipe Nery Corrêa uma valente alca-
todos os meus». —
Id., de 30 de Setembro. tifa (mandol) junto a sua casa situada na
1915. —
«O coaideano com que devia Rua do Norte «. —
O Ultramar, de 16 de
andar feito era esse outro empregado do Novembro.
correio». —
O Futuro, de 4 de Dezembro. «Le genre Bungarus comprend trois
formes propres à Java et à Tlnde. Les
* COAMERQUE. Assim figura o vo- animaux paraissent avoir des habitudes
cábulo nu edição portuguesa do Li- nocturnes, car ils se cachent le jour et
vro de Duarte Barbosa, como sinó- évitent les rayons du soleil. Leur mor- . .

sure est des plus dangereuses; excessive-


nimo àe jogue que ele escreve jone;
ment communs, ils pénètrent souvent
mas evidentemente está desfigurado. dans les habitations, et deviennent ainsi
Na traduçS.0 inglesa do manuscrito des hôtes redoutables». — La Grande En-
espanhol está Zoame, isto é, suami cyclopédie.

(q. V.), aprelado dos hindus», que » COBRA CHUMBO. É uma espécie
se não aplica aos ascetas mendican- de cobra de Timor, que tem côr de
tes. Parece-me que Coamerques deve chumbo.
estar por Çoanyasiiis (saniassi, q.
1908. —
«Em uma das masmorras aban-
V.), que equivale íx jogue. donadas uma estreita cobra escura de ca-
1516. —
«Andaom estes pela maior parte beça triangular, á qual chamam cobra

juntos, como os Egyptanos [= ciganos] eui de chumbo, e que dizem venenosa».
nossas partes, nem costumaom estarem Alberto O. de Castro, Flores de Coral,
muito em qualquer parte, antes muy pou- p. 217.

cos dias; estes chamaom Jonts, ou Coa-


* COBRA CUSPIDEIRA. Outra co-
merques, quer dizer tanto como serni-
dor de Deos». —
Pág. 307. bra da índia, que também se acha
«They are called zoame, which means na Africa, pequena, muito venenosa,
servant of God». —
A Description, p. 99. e que salta a grande distância, don-
» COBRA ALCATIFA. É uma das de tira origem o seu nome. Diz-se
cobras venenosas da índia {ãgyó em que ó o macho da cobra capelo ^
concani), Bungarus, Daud., que se V. naguine.
diz não ver durante o dia. A deno- 1846. —
"Naguiny (Macho de Panró,
minação portuguesa provêm da côr vulgarmente Cuspidelra)». F. N. Xa- —
da pele.
vier, O Gabinete Litterario, i. p. 253.
1885. — «Cobra cuspideira». — An-
1842. — «A cobra de capello, e a co- tónio F. Nojeira, Boi. S. G. L., v, p. 224.
bra alcatifa, cuja peçonha opera prom-

pts e violentamente, e avibora». Armaes * COBRA DA SERRA. Conforme
Marítimos, p. 271. João Ribeiro, é o nome que se dava
1846. —
«Divod, Aguio (Alcatifa)».—
em Ceilão a uma serpente do género
P. N. Xavier, O Gabinete Litterario, i,
p. 253.
de «boa».
1858. —
«A cobra chamada alcatifa,
pela côr mosqueada da pelle». Miguel —
Vicente de Abreu, Bosquejo Histórico, uPanró (cobra de capello), naguine
'

p. 158. (macho de panró)». Lopes Mendes, A —


1873. — «A alcatifa acha prazer em índia Portugueza, i, p. 118.
COBRA DE CAPELO X87 COBRA DE CAPELO

1<>SÕ. — oHa oatra CastA a qae ctuunio capello, levauta o coHo a meyo corpo,
'• '
' •"• '••-•••'-- - < -•;<> -iiata

lies

{»re
l»or
palmov. — M k
.', 'Ill', ;in-
.1 ouviu I .1 a
id'", da II lido
iiler» il extrtuielv lio por outro
I. — Em Hebpr, '.\ /pyrn. SC era
lu; . boiquf tas
f/lo na Iii._ vua,
COBRA DE CAPELO, cobra capelo, e piiituu a uubia em hum dos i>cud upuscu-
capelo. ^•'V""'^//(.«f. K uma (las
.\''/','</ los latinos com uiai» cabellus que hum
urso, náo tendo ella hum só pelo, e com
da In- rihontas
hum chapeo sobre a cabeça, com seus cor-
.- -, irmão
..nina um dões lançados, de que nos rimos muyto na
. e um dos objectos do culto índia». —R
Francisco de Sousa^ Oriente
nuMu. a<l' ' ' ' - '
"8. O Coiiçíiittado, I, II, 1.

motivo 'i iguosa 1?>43. — «A caça das cobras, ditas de


capello, he um tai* .-^se
lixo. U iioiuu passou a
a cubr.i escapa da n ivel
....^..os europeias, às vezos a mordedura». O i hh-íih/ i, u um—
só em parte, cobra ou capei. Tomás 1906. —
«A verdadeira divindade hindu
Ribeiro diz " as duas ca- c >.
de Goa é a cobra capello, sob os no-
mes de ISaiUéry e íihnut-Dur^á, ou Durgá,
pfllost, sube; o cobra. —
a Serena». Alberto U. de (.'astro, A Cima
lb\6. — «Al^nías
doê Myríoê, p. 188.
serpentes ha qae hos
Ir' ' *'
'. ras de 1917. — «|?i.itr.i*i r'i;,..-v..;ra^ a cobra-
c :ro 80- capêlo, ' ^do:i do tigre
L riíil» — //
1578.- t hay mu-
I
. . 'Virr' * '
''^
soma chas sierr:. _ -.is, llenas de
d- cobra» de ira da
Elepliiiiitos, limit's, i'ue!co> inniitezes, On-
.-.^«.. . .uto, I'e-
ç.a.~. Cutebras de capello, y otrasma-
14.
.
<' -». — Christóvào da Costa,
ill vt:i<
ehama o \ i
lãbó. —
«Aueua in una dil >3-
nó* ein lat treuna di questa serpi che «l di
êerpensm. — '

n. capello, per rizzarsi loro sopra Ih U-sta,


16U3. — -i escu- qnnndn r-lle sono in caldo, una cosa come
ras duas cobras de capello, pura i». —
F. Sassetti, apud Gubcr-
mordT'in. f riintr-irnu. — Fr. Autoniu m'
13. li>.>l. — r.it íi serpente quo-
rrt htmi.ií fcnbrasl a dam, quem Cobra de Capello
q 'O Toi-ant». — iiui. l»i.

Vi . 1711 -.11 I,^


JoÍ!' liibciíu, laíal ida de UUluríca, i, 'i ..s Co-
cap. 20. b '
IX,
1ÍÍ87
- -
-l.e
*,

oobra de -x 1670. —'«Il V en a d'«atr«ii qne les In-


'* ~ '
'
".-st
d. lis
\v .ia
d.
It > 1 nm • 1 III I

cl •iros, Conquitta 'l.


dt :n
V •'.'.'.1 Ao ca- > du uii
pello. iK> lilllna Cohnn ;.^ ... .. J..U
>r»'*enia». — Fra
?;
(11 ( .ip«- 1 II

iòi5w — «i# mtÀfara-j


COBEA DE OITO PASSOS 288 COBU

core une grande fête, qui au commence- * COBRA DE RATOS. E o nome que
ment de fóvrier, se célebre en I'honneur
80 dá a uma grande cobra indiana,
des serpens, et surtout des pina veniineux,
tels que Tcspèce de serpent h lunettes
que anda pelos tectos do casas a
appellee cobra de capellopar les Por- apanhar ratos e que não faz mal
tugais, et nahya ou naltynra par les In- aos honions. Chamara-lhe divaã em
diens». —
P. Dubois, Mrpurs, ii, p. 3.'53.
concani.
1860. — «The cobra de capelio is
the only one exhibited by tlie itinerant # COBRA MADEIRA. É conhecida
snake charmers». —
Tennent, Ceylon, i, por 6ste nome em Timor uma espé-
p. 192.
1860. — «C'est ainsi que Ton en rencon-
cie de gibóia. Diz- se lebós em teto.
tre dans toutes les rues de fíénarès jouant 1843. — «Ha aqui cobras madeiras
avec cette terrible vipère au col uoir que que chegam a ser mui corpulentas de for-
les Hindous appellent Naga, et que nous ma que podem comer um grande porco, ou
nommous cobra-di-capello, ot dont le pequeno búfalo, mas não perseguem a geute
poison est si violent, que le cadavre de nem são peçonhentas». —
Anuaes Mariti-
rhomme qu'il a pén6tré,est decompose en mos (parte official), p. 220.
moins d'une heure». — Enault, L'lnde Pit-
toresque, p. 290. COBRA MANILA (indo-ingl. coôra
1884. —
«Des pierres plates sur lesquel- manUla ou minella). Uma das cobras
les sont esculptées en relief des repréaen-
tations du serpent que les indiens appel-
da índia meridional Bungarus cae- —
ruleus ou Daboia Russellii. O étimo
lent Nuga-pãmlm, le bon serpent, et que
les européens connaisseut sous le nom de ó o concani -mar. maner < sânsc.
serpent à lunettes ou serpent capel». — mani, «jóia».
Mgr. Laouenan, Du Brahmanisnie,
p. 2U.
i,
1616. —
«Ha outra sorte de cobras mui
1860. —
«Ramparts de deux lieues de peçonhentas, ha que hos índios chamaom
li)ug, palais et temples, aujourd'hui aban-
Madalis». —Duarte Barbosa, Livro, p. 344.
donnés aux singes et aux serpents co- r«86. —
«Gli altri serpenti vellenossi
bras». —
Pierre Loti, VInde, p. 272. dei Malabar sono il Velikttten o Valluni,
chiamato Serpe manígiia, perche porta
alcuni cerchi di color bianco inlorno ai
COBRA DE DUAS CABEÇAS. É, suo corpo». —
Fra Paolino, Viaggio, p. 179.
conforme Fra PaoJiuo, o nome indo- 1810. —
«Here, too, lurks the small
portaguês malabárico de aufisbena. bright speckled Cobra maniiia, whose
A verdadeira anfisbena encontra-se, fangs conveys instant death». Maria —
Graham, in Glossary.
conforme Crooke (em Fryer, i, p. 98)
HÓmente na América Meridional e nas COBRE BRANCO. «É um mineral
índias ocidentais, mas dá-se o nome que se encontra principalmente nas
a algumas cobras asiáticas, como províncias de Yun-nan e em Kuein-
Ptyas mucosus, Eryx Johnii, Russ. -cheu, quasi semelhante ao zinco,
Em concani chama-se mãlund. mas muito mais denso... O cobre
1786. —
Jrutalakuszali è un serpe che
a
branco é um composto do cobre,
ha due checche ne dica Charletan,
teste, zinco, de arsénico e de nickel».
che lo nega. Jini due, tala testa, kuszali Tu-88Í-yang-kuó, ii, p. 168.
serpe delia grossezza di un osseto d'una
coscia di galliua. In Portoghese egli si 174Õ. —
«Também se achão [minas] de
chiama cobra de duas cabeças, in la- Estanho a que neste paiz chamão Calaim,
tino e greco Amphisbtna». —
Fra Paolino, de Cobre amarello, e de Cobre Branco,
Viaggio, p. 180. que tem grande estimação e valor o fino :

— «Gremiuum caput amphiebaenae,


c. 70. escolhido tem o toque de prata e a ella
hoc et a cauda, tanquam param essct
est, se assemelha; delle se fazem varias obras
uno ore fundi venenumo. — Plinius, Natii- para outros Reinos, mas já muy falsificado
ralis Historia, viii, 3õ. e com liga, que lhe faz perder a cor e que-
brar com facilidade». — Ta-ssi-yang-kuó,
* COBRA DE OITO PASSOS. Nome II, p. 1.52.

de outra cobra do Malabar, mencio-


* COBU (jap. kobu). É uma espécie
nado pelo aludido escritor.
de erva marinha —
Laminaria japo-
• II serpe Ettadimuken, o cobra de nica, que comem os japoneses.
oitto passos, che camina saltando, fa-
cendo salti de 8 passi, torcendosi in un 1634. —
«Ha grande trato por ella na
cerchio». — Viaggio^ p. 180. Ilha de Yezo, de peixe Cobu que são
COCE 289 '
X'ELBAXA

hu:i:* fivas J<> inar iiiu\ i<'iiinrl(l:is. f lar-

e '

(drakkn, •ioutru* -f ro. «iK-m -^ k<ira. "jx i

?uc sín ppll.-< ric Icintra."*». Jlút. —


T i Cristóvào AircAf F.
Si [: Ha.

COCA DE LEVANTE. FRUTA MATA-


-PEIXE. Mtriispermáeoa Anainirta
coculus, \\ . & A. te As cocas de Le-
vante fiAo pxportjulas em grande
q' para Eoro- ru
hi., para adulterar
1 -_

cerveja; n'estes Estados sfto em-


pregadas para matar ou entorpecer
o yu'ixe». D. G. Dalgado, Flora,

• COCADA. Doce de cOco moído,


rinha de trigo e açúcar. Há ou-
os termos análogos em indo-por-
tt
' '' '
mangada^ pê-
ro

COCE, COSSe ueo-árico kòs e sânsc.


t

rofa). Modida itinerária variável,


mas de ordinário equivalente a
qoási duas milhas. V. gos e Gloss-
ry.

15M.-
Uicla <]<> I
coco 290 C(3C0

ma». — Fr. António de GouVeia, Jorwado cipe Findejuriçama lhe vierão logo dous,
do Arcebispo, 134. fl, ou três mil Gocus \8ic\, que sam cada
1S03. — nie visite keselbache qui le hum dous fardos de arrôs». —P. Fernão
y commande vne petite fortresse, du quel Guerreiro, llelaçam Annual, p. 188.
ie I'eceu beaucoup de civilitez». — Le 1874. — «As rendas no Japão pagavam-
Gouz de la Boullaye, Voyages. se ainda ha pouco em géneros; e a uni-
1604. — «I believe that the haxa title dade era o koku de arroz». —
Pedro G.
isof the same derivation, meaning head of Mesnier, O Japão, p. 139.
the government, and so alsoCarel Bax, 1906.— nDáimio era o título que compe-
or lied-head, and, Cora Bax or Black- tia a um cabo de guerra, cujo rendimento
head: names of fighting tribes amongst anual excedesse dez mil cocos {cóku) de
Persians and Turks». Pedro Teixeira, — arroz, porque a riqueza de cada um, bem
The Travels, p. 66. como os proventos, tinham por unidade a
1604. —
«Aly inuento esta mauiera de quantidade de arroz a que montavam as
Tocado, que era vn bonete, o copa de som- suas rendas. Os dez mil cocos de arroz
brero de algodon, o lana bevmejo, que equivaliam a uns vinte e cinco contos de
easo quiere dezir Cuseluas, color ber- réis. Até muito recentemente os funcioná-
mejo :
y como dospuee veremos, los Tur- rios públicos eram pagos, pelo menos nomi-
cos llaman por es.so Cuseluas a los Per- nalmente, cm arroz, no Japão». —
Gonçal-
sianos». —D
Juan de Persia, Relaciones, ves Viana, Apostilas.
fl. 50.

1623. —
«Io pur lo vestj con habiti miei
COCO. Fruto de Cocos nucifera,
portati da Persia in habito di un Persiano,
o per dir meglio, di vn nobil soldato Chl- Linn.; vasilha da casca de coco, me-
zilbase». —
Pitro delia Valle, Viaggi, tii, tade da casca, que em indo-port. se
p. 127. chama chaveta ou chereta; bolo de
1666. " —
qui avait été bakchis ou
. . .
coco. «O fructo, coco, é uma drupa
frand-maitre de la cavalerie».— Bernier,
''oyages, i, p. 5.
oval oil elliptica trigonia, tendo pou-
1675.— «Corgee
Bashee, Adjutant- co mais ou menos um palmo de
General, him, Commander of
is next eixo maior». Bernardo Francisco da
Twelve Thousand Horse». Fryer, Ea^t — Costa.
India, III, p 56.
1815 —
«They wore a red cap, from Os nossos escritores antigos desi-
which they received the Turkish name of gnaram a árvore que produz o coco
Kuselbash or «Golden heads», which pelo nome genérico de «palmeira»,
has descended to their posterity». Mal- — e não por «coqueiro», que é um
com, in Glossary.
1845. —
«11 faut distinguer les Kazzel- termo moderno, ainda hoje pouco
bashis (appellés Qizalbash par Mohon usado na índia. V. coqueiro e pal-
Lall; Kuzzilhaushes par Elphinstone), tribu meira. Os escritores estrangeiros,
tourkomane, qui du tenip.s de la domina-
anteriores aos portugueses, denomi-
tion des dynasties tourkomauesparvint en
Perse à un haut dégré de puissance». — nam o fruto mix indica ou noce d' ín-
Jancigny, Inde, p. 94. dia, à imitação dos árabes, que lhe
A chamam Jauz-al-hindl. Actualmente,
# COCHE. este termo Emprega-se a palavra coco é empregada por to-
em Goa na acepção de «palanquim das as línguas europeias.
do feitio de caixa oblonga, em que Quanto à etimologia do vocábulo,
se leva o Viático para os enfermos». tem-se aventado várias hipóteses,
Antigamente servia também para não faltando quem lhe atribua ori-
outros usos. gem egípcia, kukuf Mas se tivermos
1916. «Um valioso oferecimento acaba em vista o que dizem os nossos in-
de fazer à igreja ;ie Nagoá o sr. p « Salva- mais competentes no as-
dianistas,
dor João Pinto. E um lindo coche para pode restar nenhuma dú-
sunto, não
o santo Viatico obra esmeradamente -
vida acerca da proveniência.
acabada». —
Ileraldo, 29 de Julho.
O autor do Roteiro (1498), refe-
COCO (jap. koku). Medida japo- rindo -se a Mombaça, diz : «As pal-

nesa para os cereais, equivalente a meiras desta terra dam hum fruto

seis alqueires.
tara grande como melõees e o raejollo
de dentro he o que come e sabe co-
1600. —
«Os dias passados, que alli esti- mo junca avellanada» (p. 28). E o
Hemos em se declarando por parte do prín- mesmo, já na índia, escreve : aE o
coco 291 COCO

ranntimeuto era COquos o qnatro ta- quinha, muitos cocos e fruta Kste» . .

lhas de huus quoijos dnçuqnar dc cocos são tamaidios como Vies,


tom a casca grossa da qual t.i i> as
palma» (p. 94) *. É, portanto,
.

no cordas, e deutro tem um fructo coiuo gran-


Malabar quo os coin])anheiro8 de de pinha, tfrá meio quartilho d'agua, s
Vasco da G -*A de beber; depois d'etta
'

ao fruto, e c> jiiebram-no e comem-no, de


(i< litro ttin gusto dc nozes que nito sio de
ram da lingua vernácula, que o de- toílo maduras» —
In Boi. <S'. O. L., xvn,
signa por íeiiffu, nora das línguas p. 357.
Arioas modernas, que lhe chamam 1513. —
"Os vossos ofíciaes nio tratam
nãreí ou nãral, sálusc. narikela, eles arecas, nem arrozes, nem cocos». —
A. de Albuquerque, Cartae, i, p. 133.
persa nargll. E qne o nilo conhece- —
1516. «Sova de uir ha mais especia-
;im no lugar, mas transferiram por ria, com mny grande soma daros [d'arroz],
Ltialogiadum objecto para outro, e açuquar, e COCOS». Duarte Barbosa, —
omo Livro, (2.* ed.), p. 262.
o lizeram com Jt go epera, sa-
bemos de Barros, Ortu e outros.
1621.— «Trouxeram-lhes gallinhas e
COCOS». — linteiro da viagem de FernSo
O étimo é pois o português conti- de Maealliães, apnd Saraiva, 125. p.
nental coco, que antigamente se em- 1534. — «Tem Aynào muitos sen- ot)te

pregava, como SC emprega ainda dejros tem quoquos e areqa que nSo tem

hoje em castelliauo. por «papio».


toda a terra da China». CristóvSo Viei- —
ra, apud Ferçuson, Letter», p. 79.
r^'
*
'
i\a\,'ilo inversa, 1552. —
«Não mais que cocos e ja-
ii. 'que coco tinha — gra». Castanheda, Hittoria, i, cap. 25.
15»>3. — «Os nossos lhe chamão cooo,
em Portugal tU Coco ou a Coca. :
nome imposto pelas mulheres a qualquer
Usamos destas palavras, para pôr cousa com que querem fazer medo ás
medo aos meninos, porque a segunda crianças, o qual nome assim lhe ficou que
do Coco U'v.
1
''-rficie ningunn lhe sabe outro». Joio de Bar- —
ros, L)éc. III, III, 7.
uracos com «-iraB.

;

lót>3. K nós os Portugueses, por ter


Fazer coco. fita a frase: t
aquelles três buracos, lhe posamos o nome
... „,a intendere. V. G lassarj/ ; coquo; porque parece rosto de bugio ou
onde de Ficalho, Col. xvi Cândido ;
de outro animal». Garcia da Orta, —
Col. XVI.
de Fi no Instituto de Coim- '
>,
«E a gente da terra, toma purga deste
bra, iii, p. GÒ5
\ Gonçalves ;
tamarindo com azeite de coquo, que he o
Viana, Apostilas, 8. v. carranca, o fructo da palmeira».— /ri.,Col. liu.
Revista Lusitana, XV, pp. 242 o 247. ir>r..T U'l.'.i
( —
«Os cafres forão á terra,
oudt iite na praya se ajuntou a

1502.— «VierSo três delles t


— Ihr I ns (Ili;ii .s li.'ilii ;i i>.)UCO tOr-
em a sua almadia, com hum cocos
fii'f.;. f oooos». — Tomé I^j^iv .. ..^.*^.. .
"> mór».
— (jiaspar torreia, Lenda»,
;

i, p 36.
"I — •< oiii v.xuíA L'aliuha, e figuos e 1615. — «Os Portuguezes llie chamam
cocos, (| .am u<> naraao». Palmeira, e ao fructo COCOS», — Pyrard
-- Álvaro \ . de A. ue Albu- de í.ava!, Viagem, ii, p. 371.
,
p le, iM,
'-'.">.— «Mai rei do Quíloa] em >;ii.iiK<:o. 'luom diria,
l>re»eute ao captiiu uiúr 5 eabraa, uma ra- in qaatro
Utu» (. A ••nboria!».

' O Colido dr Fi<alho acha «CBla pbraae 1^-72 — -Quando 6ualmente o OÒOO é
H/io», por M empregar verde, sem amêndoa, on em
tite
uma palavra conbeci- I
!•' fnrmacto, e leva o nome de
iite». Ma« uiio é tanto I nddó), e entlo o uetim è ape-
>ròco em Ati^ediva, -cencia branda e murcha».
"tava de regresso — ikruaiUu da Costa, Mammal do Agricwt
.Mi4<«M>tt, nroa Tei tor, I, p. IHX
tite uso 18H.H. >ha-
''
lo o fa- ma<la do < le-
ri.iiii i!'. 1 1 ut' '
]' I .1 'i.' r ;

Ípit Mi.i .«lo
• acua». línii.u.'* juIiim- r-'ri -«• :is
i í&ÊÊ
(uar como aos mqu"», v o autor (atniniui II K «' r;»iiiiiii<'ii « . — - .Àuuitu Íj09r
j
.scrito O fruto da •palmeira*. reiro, No Oriente, i, p. 174.
coco 2U2 COCO DO MAR
1893.— «Os hindus dependiuani o coco est vne autre sorte de Palmier». Rela- —
cercado de folhagem, uo meio da barraca tion de la Chine, p. 17.
em que solemuisam os seus actos religio- 1611. —
kEI nombre de coco se le die-
B08 e fuucções domesticas... O uoiví» hindu r on los Espanolus, por el gustillo que se
da casta inferior o traz, descascado, entre figura cou los três agugeros, que parecen
as niaos, como em adora^'ao, durante a ce- ojos, y boca: en razon de que ordinaria-
rimonia nupcial, pois é considerado emble- mente llamamos coco la mona, quando da
ma de felicidade e symbolo da alliauça à entender estar enojada, y haze vn sonido
matrimonial». —
José Maria de Sá, Produ- en la garganta de Ko, Ko, de donde se
ctos do Coqueiro, p. 50. tomo el nombre de coco, e cocar». Covar- —
1915. —
«Ha cerca de trinta variedades rúvJas, Tesoro da le Lengua Caslellana.
de côccs que se prestam ao uso indus- 1676. —
«11 y a beaucoup de cocos au
trial».— Jornal do Commercio, de 22 de Bresil, moins gros que ceux des Indes
Julho. Orieutales, qui servent à faire des boetes
1915. — «... ou com leite do coco ou et des tabaquiercB, parce qu'ils sont fort
de vaca». — Ueraldo, de 17 de Dezembro. épais, et parmis ceux-là on en trouve de
1292. — «Cuceno cõ un grosso, che filo si petits, que chacun n'est propre qu'à

si caua di sopra scorzo delle uoci d'ln-


il faire un grain de Chapelet». Dellon, —
dia». —
Marco Folo, apud liamúsio, ii, fl. 8. lielation d'un Voyage, ii, p. 123.
1330. —
«O coco [vocábulo do tradu- 1690. —
«Turcis Cock-Indi eadem signi-
tor] assemelha-se á cabeça do homem, ficatione, unde sine dúbio Aethiopes Afri-
porque nelle se acha a semelhança dos cani, eorumque vicini Hispani, ac Portu-
olhos e da boca; e dentro delle, quando galli Coquo defleierunt»». — Rumphius,
está verde, se acha semelhança do cére- Herbarium Amboinense.
bro e §obre cuja noz estão certas fibras
;

semelhantes a cabello, de que fabricão * COCO DO MAR (fr. e ingl. coco


cordas». —
Ben-Batuta, Viagetis^u, p. 332.
de me)-) » COCO DOBRADO * COCO
XIV. —
«Est autem uargillus mix indi-
DAS ILHAS,
; ;

ca, arbor ejus est in cortice delicatissima, * COCO das Maldivas.


folia habet pulcherrima, quasi palma, de São outros tantos nomes portugueses
quibus iiunt sportae, se.^taria, cooijeriuntde Lodoicea Seychellarum, Labill.
domos de liguo, scilicet hastas et trabes,
Atribui- se-lhe origem singular e vir-
de callo sive scortia faciunt funes, de testa
cuppas et vas". — Marjgnolli, apitd Guber- tudes miríficas e em um tempo ti- ;

natis, Storia, p. 152. nha grande valor. D. G, Dalgado


,
1444. — «Et vi nascono anche delle pal- julga provável que Garcia da Orta
miere che fanno il frutto che noi altri di- seja o primeiro europeu que descre-
mandiamo noci d' India». — Conti, apud
Kamusio, i, fl. 139. veu esta espécie de coco.
1510. —
«Del piu fruttifero albero ehe 1563. —
Os coquos das ilhas das
sia almondo, quaile quello che fa le noci Maldivas sam muito grandes; e eu tive já
che si chiamano cochos». Barthema, — hum, que cabiam nelle sete quartilhos. E
ibid.,tí. 161.
também ha nestas ilhas das Maldivas cO'
1571. — «Nuces ferunt ingentis magni- quos de contra peçonha ou veneno, alguns
tudinis, quas nostri cocos
nominant». pequenos e redondos». —
Orta Col. xvi.
Jerónimo Osório, De Bebus, i, p. 94. 1563. —
«Em algumas partes debaixo da
1578. —
«... vntando las con azeite de agua nasce outro género delias [palmei-
Coco (que es fructo de vn arbol, que da ras] as quaes dão hum fruito pouco mayor,
todo lo necessário a la vida humana». — ;

que o coco, e tem a experiência que a se-


Cristóvão da Costa, Tradado, p. 23. gunda casca delle he muito mães efBcaz
cEI Arbol. es el que da aquel fructo
. .
contra a peçonha que a pedra Bezoar». —
que se trás a Espana Uamado de los I*or- João de Barros, Déc. III, iii, 7,
tugueses coco (por respeito de aquelles 1569. —
«Dizem que são [cornos] de
três agujeros que tiene) y al misuio arbol, animal que somente tem hum na testa e
Palmierau. —
Jd., p. 99. querem também dizer que tem virtude
1584. —
«Tra le quali tengono il primo contra a peçonha, mas eu não a exprimen-
luogo le palme che fanno i cocchi o noci tei, dando ma algumas pessoas que de lá
d'Jndia, per essere il loro frutto il piú rico vierão em tanto como o coco de Mal-
rendimento di questi populi per trarne diva». — P. Menclaio, in Boi. S. G. L., iv,
tutti quei comedi che di essi si racconta- p. 547.
no». — F. Sassetti, apud Gubernatis, p. 36G. 1572 :

1589. «Les Pprtugaisdonnent aufruict


«Nas ilhas de Maldiua nare a pranta
le nom de Coquo à cause de trois trous No fundo das aguas soberana,
qu'on y voit semblables à la teste d'un Cujo pomo contra o veneno vrgente
iparraot». —
Linschoten, Histoire, p. 101. He tido por Antídoto excelente».
1652. —
«Les ludes el les Provinces Camões, Lusíadas, x, 136.
^ustrales de Ia Chine ont le cocos, qui 1609. — «N'esta costa se acha pelai
COtK) DO MAR C«)F()

pniiai Alfrans oooos de Maldiva; os America and elsewhere». — Watt, 7%<e


mercial Frodueta, p. 359.

* COOO. K tormo, expli-


IGll. — •• ; . gaamecor cottos dc tarta-
cando-o, .!<' '> com reforôn-
,„.,„ .>.. ..,«f« ..
<>asca<« de oooo das
ciíi aos \o. Quanto
I . Cooto, Dial, do Hoi-
à forinu, .. ... ..^ao do port.
161.'». — "t> iiicsino 8e segue com urn cavado, como se infere das outras
CtTf.' !r;i.-' II li' ninr l.iiici «< vezes &
abonaçOes, pronunciado kôbd oní coa-
. '

de hum
cani, o qual estaria outrora em voga
J

1 13 gran-
•s... < »s Fortiigiiezes Ibe entre os naturais da ilha, assim co-
> )S de Maldiva». — Pyrard mo em outras partos da Ásia, mas
de Lavai, Viaç/em, i, p. 192.
que nílo vem registado nos dicioná-
IV'i^'l - -rO exquisito e curioso product©
rios. Quanto ao significado, equivale
inndn COCO do mar on coco
il > daa Maldivas . ». Tatái- — a dois «palmos do Goa» (vid. Goa),
II. IT, 2 ou à 7?íà!o (medida do extensão) do
"Vidtmno com Ulvsipone, turn
indo-portuguOs, hãt em concani-ma-
oooco de
^ IS, apud Fi- rata <sânsc, hasta, muito usado na
' XYI. índia. V. covid.
«J'en ai vu presenter aa Vice-
roy :i<- 1 I
' '
••la 1*>85. —
«O pre'Co destes animaea he mil
fr.iiulcur de pardaos cada códo, que he da ponta do
Í 1- i-crit-i jhiriiiiws (Jill es- dedo maior ató o cotovelo e o maior ele- ;

pour en faire un present fante tem nove códos da ponta de mSo


t

Hu II'» u i:.
~

apague». — Liuschoten, JJit- á espadoa». —


Fatalidade Hittorica, i,
toire, p. 25. cap. 17.
1G87. — «Vendem
nos aos oovados,
pela anca; cada covado a 1,000
los
.to8; e bà Elefante de três covadog e

tieut par n) mt-yo». —


P. Fernào de Queiroz, Conquitta
aV.-C ,ir de C>t/lão, p. 58.
p. 47.
„ ...L'U,
1684. —
«V sj a me-

• Destf IIAsige de arboles pro- sura per la lu; .;id.'oroil

.n cl fond'i dvl mar, cnyo fruto COVOdO, c tí iJUO acudi, con-


(-• '

<

:: I COCO, -' ti' i;»' p •!• más po- forme a fhe ii». F. Sasseti, —
la pie- Letterf, p. 2i;i.
t

.1 . ; Portu- 1914. —
*He offered to enter into a per»
gut«-i, I, p. l.'O. petual pea<*(> paying yearly fuur elephants
_ uOne of the Antidote», above
H).sy. of five covados e.nh»». P. E. Pieris. —
all the celebrated Maldlve
the rest, is Ceylon, u, p. I
."

Cooo-nut» — Uvingtoi), A Voyoffe to


CODRÁ fs. .M.,. i.c^-.v.. ^v ..».«.,
Vurr Coco» de Maldiva mesmo quo pacolo (q. v.), Paspa-
Hrr<ihiiulatum, Roxh. O termo é
;i

• :
- liiilii^ liiu.'i, jiT'>arium .-itiinni-
io em Dumílo. Do mar. kodru
<sAnsc. kodrava {kodas om guzar
rate).

.. • .... . • .iUt
l.l.'i.'i. — r.n'.'st.-i^ .^.'rii'iif.-.-^ ...^•iii.-a.she

io de mellnde, et ;>e-

C ,..v.. ^^ ....us, . quum c parvis et J he


ua defcraiilur insalis». — Id., zii, a maior <| el-
ics-.— 11

1911. »os,

•COrOTINâ. É nm don nomoft (\n como o ti'' in«»,

1 de coco, fH'
E
VJl.

CÔFO •udo persiano»


I'faW .Vf .t\.. \i...^.-^ <;o...i...*

!.io,
'^***
^^.o....^ ...

taotories have aTso been esublished in |


pois de mnttas pesquisas e consulta»
COFO 294 COYRI

ainda n.toestou corto da. sua etimo- mento, embraçada bua maneira de rodela
logia. Joílo de Sousa dú-llie o ej)íteto que os mouros chamão CofFo, espalhado
de aço». —
António Pinto Pereira, Hist, da
de oantigo e menos usado», e aponta índia, II, 79
fl. v.
por étimo o persa coffon, que nao 1600. — «Theirarms are swords, co-
existe em persa nem em árabe. O fos, thatis,targets-made of rota or vexu-
cos, lances, assegais, and even arquebu-
que há em ambas as línguas é ka-
zes». — Peio Tei.xeira, The Travels, p. 5.
fan, que quere dizer «mortalha», o 1825. —oQuelques-uns portent, en guise
qual seria talvez empregado metafo- de cuirasse, des corsolets opals et piques,
ricamente, no sentido de «cobrir ou qui, dit-on, ne peuvent être entamés par

proteger o corpo inteiro». Sugerem- les armes blanches ni par les flèches». —
P. Dubois, Mceurs, ii, p. 495.
me dois professores de Bombaim
duas palavras arábicas; lioff, «pal- COIAFIGUÍRI (jap. koya-higiri).
ma da mao», e Icoffa, «prato da ba- Budista errante, no Japão.
lança, qualquer objecto redondo» ;
1578. —
«Mandaua mais, que outra certa
mas eu acho preferível kafan, na maneira de Bonzos, que se chamão Ooya-
falta de melhor derivação. Os nomes figíris, que andão correndo todo o Japão,
persianos de «escudo» saó sipar, como siganos, e fazem muitos males, por
onde passão com pretexto de virem vender
junnah, yalah *.
algumas cousas que trazem, que agora este
1525. —
«E tem no collo seus cofos to- anno lhes perdoaua». —
Luís Fróis, Cartas
dos dourados, e outros de seda com suas de Japão, i, fl. 427.
chaparias douro e de prata». —
Chronica
* COILÃO (teto koilan). «Agua es-
de Bisnaga, p. 111,
1529. —
"Trazem uns escudos a que cha- tagnada. Dão esta denominação [A;oi-
mflo cofos, que são de seda, dalgodão tão lari\ aos pântanos e paúes de aguas
fortes que os niio passa nhua frecha». — pútridas que existem por todo o lito-
António Tenreiro, Itinerário, cap. 1.
1539. —
«Muyta gente armada com tra- ral, principalmente na costa norte, e
çados, cofos, e lanças». —
Fernão Pinto, que os europeus denominam coi-
Peregrinação, cap. 19. lÕes)». Rafael das Dores.
1552. —
«Trazem huns escudos a que

chamão cofos, que são de seda e algodão 1842. «Empregam as tarrafas á borda
tão fortes que os não passa nhua frecha» do mar, ou nas lagoas, a que chamam coi-
(em Ormuz). —
Castanheda, Historia, ii, lõis». —
Annaes Marítimos (parte ofiicial),
cap. 58. p. 218.
1552. —
«Esgrimião certos homens de 1908. — «... os coilões estagnantes,
espada e cofo, cousa pêra muito folgar de bordados de vinca rosea, e verdejando em
ver». — João de Barros, Déc. I, ix, 4. cyperos». —
Alberto O. de Castro, JPZore*
1563. —
«Os mouros erão muytoa e mui de Coral, p. 254.
armados de zagunchos, cofos, traçados e «CoMâo, canal de drenagem dos pân-
rauytos arcos troquiscos» (em 1507). Gas- tanos de Delli, esteiro, do malaio Kolam,
par Correia, Lendas, i, p. 673. charco». —
Id p. 139. ,

Wilkinson deriva
«O mouro leuaua a tiracollo hum cofo kolam do tamul.
e na cinta hum trecado e huma adaga»
«COIRY, m. árvore da índia por-
(em 1515). —
Id., p. 431.
1613. — «...
03 forão receber obra de tuguesa». C. de Figueiredo. Nem
trezentos dos inimigos com seus treçados, este termo, nem keire ou ker, que
cofos, zargunchos e muytas frechas». também regista na primeira edição o
— Francisco de Andrada, Chronica de
diligente lexicógrafo todos de pro- —
D. João III, II, fl. 59 f.

«... e hum rico camarabando cedência vernácula —
khair ou kher
1616.
de cadilhos de ouro, com hum terçado de em concani-marata-guzarate são —
galante guarnição e arrezoado compri- necessários em português; pois te-
mos outros e melhores, adaptados
pelos nossos antigos e modernos in-
* Côfo é também uma medida do Congo:

«ElRey meu senhor me fez mercê avisar dianistas, tais como árvore de cato, :

por Carta sua, que mandasse a Vossa Re- catechueira,pau ferro.


verencia alguns cofos de zimbos [cau- Lopes Mendes menciona seme-
rins ou búzios] ... O cofo he como medida,
lhantes vocábulos como indígenas e
que leva dez milheiros, e vai dez mil reis».
— Fr. Luís de Sousa, Hist, de iS. Domingos,
não como portugueses. Dos nomes
u, p. 414. botânicos exóticos só podem ter ca-
rr».T \ 295

- OS •rofar. Do persa khojah, c mercador


opulento, eunuco».
sancionados por escritores
lieiitt's,

autorizados. K, mesmo nesto caso,


íí>10. —
«Des [deis] a esta moura criada
"iiT de ooja Of qui qii»' me trouxe
campre rostnii;:ir-s« somente aos de ra saber iiuva.s úutlhocojaifqui
u.z y.í///^*». III —
Cartcu de A. de Albu-
por querque, VI, p. 389.

aludem a muitas palavras indígenas,


^ riidiçáo,
153y. —
«Aquellejiir
ziatnos, era de hum .M r
que uflo merecem foros de portugue- nome Coja Achem». i emao i iiim, iç. —
sas ou aportuguesadas. reff ri nação,
cap 27.
l');V2. —
«A vinda do qual moço deu aso
• COITA. Termo Coje Bequij que era o nosso amigo do
indo-portuguOs
faca graii'le para uso do cozinha;
:
tempo de i'edro Alvarez Cabral». JoJo —
de Barros, Déc. I, vn, 9.
faca de mato. Do mar. kn//tã. cawr. «Xech em Arabieo, e Coaia em Tar-
koytò. quesco, siguificSo homem velho d'autori-
dade». —
Id., Déc. IV, iv, 10.

1687. —
«Daqui uem, que nem pêra com- 1552. — «Sobre
o que llie mandou bum
prar bufaros, maohadf»», ooutas, facas, embaixador, que se chama Coge xacoes*.
e o uect-^uáArio de p:ui.»3 pêra uestir, e o — Castanheda, Historia, viii, cap. 83.
l.')t)3. —- «Este Cojebequi era como
que se nào est usa pêra a uida, nada te-
mo»"- H — Fernilo de Queiroz, Conquúta cabeça mor antre oa Mouros naturaes da
terra, porque elles tinbáo muytas vezes
de Ceyf'jo. i-.
s:j7
1'' loia se deve fazer competências com os .Mouros estrangeiros,
no D" 't'8 de entrar o in- que também antre si tinhão outro Mouro
verno, U" estrangeiro muyto possante, que tinha
'it- juulio, o que se de-
p fftzf r .
còlta, já feita para este muyto poder nas cousas do mar, que se

". — Ir. Clemente da Kessurrei- chamaua Coge Cacceui».
reia, Lenda», i, p I8í».
Gaspar Cor-
ido, II, p. 2*.K).
I

líMJb. — «Coitas de cortar raatto». — 1563. —


o Alem da fama comum o soabu

Joaquim Soares, Ifíjcrtnientos Comprobati-


de hum rico mercador e bom letrado, a sua
vo$, p. 176.
"" " —viu de secretario aos gorer-
'

1652. — «Coito — Facão, que se vai ido Coge Perculim». 6ar- —


sto». — P. N. " i im estes se levantaram
V. p. 4.
*>"""' "'
algu:. .
,como foy o Mahadam.... .:,..,


'

q.
V.), ariuado d- cola, e o Veriche que era gentio». U.,
,7v
ou COftA Col. X.
os»o ,to,
^[^.

1565. —
«T»go o caravào paxá (que quer
e 08 dizer .-. ii.it.";.. .ia cafila) que »••- i...-,, coJa
•« ai
I

arsiano...». — do
^'
lào, in Aniiac- ..„..:. mot
pur ^ - Id., ll844j, p. 222.
•>.
lK.H.'j. — „f)^ seefariíi.s do i.Hl.iniiámo slo
ipelos 'os,

sobem á -- '
:^>>h«,
I, com a qut- ~
:tiiatii dus imhnrahs, sào tam-
^>''n'' . c fazem com este» uma
tã usiva». —
Adolfo Loa-
p. 151
lUU. -« . *,.*. lí5'Jb. «Na ui.iioria bem pa-
achava tinta coitn recido ma» Hf>br»"tiid<> ;i >. t>obre-
"

^ ''ira
1.

de D-'/'ii.bru. l-*"". haueudu • . prj; -Wo


l'JI7. — «Ora a boa eopra, como '
«ah<<>tn.
'
giorno preso una nostra c<'i t-ui
ex'mv que Ooita ;i - n.-ChogiaHicbii* - y.JJaibi,
medida jiar» s<> ri
ro». —U Ullrumar^ iitt ki uç M.irio. it.io — nI C "i I'h©
•criuouo, c tci .roa
«COJA. coge Ts. m.). ProDome far cap«>, vanm. .f. u ircsca cot
honoritico d»' ví'trn>« ifwllvídfios iliu-
morda. Piclro — d . yi<*9Sh U
p. 183.
'.'
18, CO- 1C55. — «Pasmi^ el mAtucioao 0«|è,
! «ccr«to da su Iraieton
Cr\^ \(\ ?ít« íoi.AO

en que Icbrava cl íruto delia Faria •>. — v. go superiores, e os manda punir se não
Sousa, Asia Portuguesa, ii, p. ir»l>. cumprem com o seu dever». — José Inácio
1U74. —
«Con industrias, con maquinas, de Andrade, Memoria, p. 9.
y aun con abrir caniinos subterrraneos se 1825.— «Príncipes, coláos, mandarins,
llegó cl Cogé a la Fortaleza con matc- ainda não tinha amanhecido, j4 formavam
riales para cegarle el fosso». Id., ii, — gru))Os em frente da barraca imperial». —
p. 163. Id., Cartas, i, p. 146,
1875. — nSomecenturies ago a Dai or 1610. —
«Is fuit è Cantonienai Província
Missionary of the iiamed Saddru-
Isni«ilis, oriundus quidam, cum sumnmm totius re-
din, made converts from the Hindu Trad- gni gereret niagistratum, Colaum vocant,
ing class in Upper Sind. Under the name quod nomon antiquum regni propuguacu-
of Khojas the sect multiplied consider- lum sonat». —
Litterae J., p. 9.
<S'.

ably in Sind, Kacirii, and Guzcrat, wiu'uce 1625. —


«Quin et praecipuus ex regiis
they spread to Bombay and to Zanzibar». consiliariis, Colao dictus, officio et digni-
— Yule, Marco Polo, i, p. 153. tate motus est, quod ausus fuisset litteras
1880. — «The SeyuU and Khojas oc- ad vicinum regnum mittere, graviter hoc
cupy such a prominent position in the his- nomine accusatus». —
India Orientalis, xn,
tory of Central Asia, that it is well to re- p. 101.
member who they were... The Khojas 1637. — «El
Presidente dellos siempre
clainicd descent from the Khalifs, Abu cs Colao, dignidad la mayor deste Inipe-
bekher and Omar by other women than the rio despues del Rey». —
P. Semedo, Impé-
daughters of the Prophet». Howorth, — rio de la China, p. 47.
History of the Monyols^ n^ p. 87. «Quisera yo, que supiera Europa bien,
lo que es ser Mandarin, y luego Colào,
COLÁO. Conselheiro ou ministro en la subervia Corte de la China, y la se-
de estado na China. Do chin, koh- veridad, y la arrogância, y el desprecio en
-láu. Fernão Pinto nSo emprega o quanto ay de ali abaxo, que engendran
vocábulo, abrango-o em tutão.
aquellas soberanias». —
Id, p. 214.
1652. —
«Les Colas, qui sont lee pre-
1552. —
«El Rey da China não despa- miers après le Roy, et qu'il avoit converti
cha ueuhua cousa da governança de seu à la foi enuoierent un riche et precieux
reyno, e pêra todas as' cousas tem officiaes tombeau, pour y enfermer son corps-. —
que gouernão per ele, na justiça que he Relation de la Chine, p. 5.
mór officio do reyno, tem três homens 1674. —
"Solamente los de aquel Colé-
grandes letrados que se chamão colous. gio pueden entrar a la suprema dignidad
E estes officios de colous vemnos a ter
.

de Colao». —
Faria e Sousa, Asia Portu-
homens baixos, que se não olha se nào que gvfsa, II, p. 808.
sejão velhos bons homens e letrados». — «A todos estes Tribunaes es superior
Castanheda, Historia, iv, cap. 27. uno, que se llama Coláo: puesto mayor,
1605. —«E nesta corte polia misericór- y a que ascendeu los del Colégio Real, co-
dia de Deos, estamos ja cm tal foro, que mo ya dixemos, despues de aver governado
nem os Colaos, que sam os supremos do mucho sin nota alguna. No exceden de seis
conselho do estado dei Rey, e o mais alto Ministros los deste Consejo; y ordinaria-
de todos. se desdenham de tratar com- mente son quatro». —
Id., p. 116.

. .

nosco, com tanta familiaridade e cortezia, 1687. "Ce jour-là nous reçúmes une
como se fôramos seus iguaes». P. Fer- — visite de Hien laoye, petit-fils de Paul
não Guerreiro, llelaçam Annual, fl. 69. Seu, ce célebre Colao, qui a été un des
1611. —«Se foi primeiro ao Obiao, plus grands défenseurs de la Religion

Mandarim o maior da Corte, que he conse- Chrétienne». Apud P. Halde, Description
lheiro, del Rey». —
P. Sebastião de Ursis, de la Chine, i, p. 66.
P. Matheus Ricci, p. 60. 1703. — «II seroit mort infailliblement,
1619. —«... sendo Con
lau, que he sans les soins que pris de luy un Seigneur,
accessor, e supremo Conselheiro do Rey, e qui est aujourd'hui le premier Colao de
o ultimo auge, assim em honras, oomo em la Chine, et qui avoit este alors envoyé en
riquezas a que pode chegar a fortuna de Tartaric, pour juger et terminer tons les

hum uassallo». Fr. Jacinto de Deus, Ver- differends de Kalkas de ce pays-la». —
gel, p 210. Lettres Edifiantes, vii, p. 261.
1729. —«São estes Colaus como Con- 1735. —
«Le premier ordre des Manda-
selheiros de Estado do Imperador». Apiid — rin,s est celui des Colao ou Ministres
Júlio Biker, Collecção de Tratados, vi, d'Etat, des premiers Présidens des Cours
p. 128. Souverainos, et autres premiers Officiers
1824. —«Os Coláos e mandarins letra- de la Milice». —
Ibid., ir, p. 22.
dos são mais estimados no "Tniperio do que 1886. «Colao. s. Chin. Koh-lao. Coun-
os militares. P^ntre o grande numero dos cil Chamber Elders» (Bp. Moule). title A
primeiros ha seis que acompanham a corte. for a Chinese Minister of State, which fre-
O ooláo mais antigo e de maior mérito quently occurs in the Jesuit writers of the
nomeia os mandarins para todos os empre- 17th century». —
Glossary, Supplement.
COLECTA 297 COLES

• COLAU (chin. Unn-lnn^. Cmti do í

pasto, na China.

flii.isi >••

••ill-; >>-» r.olaus, rasai

; ra-
li— i u« que os chinas tazem
H .. 0.soolaus de Ma-
li, jiHTH melhor, bem entendido,
!•' vi<;tr\ ns Silvas e Augustos da
1 ». — Conde de Arnoso,
/.., p. 131.

• COLE (teto kolé). «Folha de pal-


meira que se emprega p«ra fazer
esteiras, cestos e sacas». Rafael das
Dores.
1843 —.1) imilhantemente e
coibida^) das a quo chamam
cole. faliric.cj ',1 - .!• '(U.' fallci». —
Ann- ir ê M'tnit li.irt.- ..lliri.iii, p. 131.

COLECTA. Era na índia a contri-


! jiie se pagava a algnmains-

- .. . dos mantimentos importa-
dos, alOm dos direitos aduaneiros e
das gratificações dos empregados.
V. combói.
1668. — «Achava-se
-.
em Baçaim o go-
1 ' ^
(jg Miranda Henriques, e
iinAo a arm:ida da oolleo-
'•
t " • • deCol-
I
de uma

d 1,
COLIII.MENTO 298 COLOARIA

16%. —
«Entrou pelas terras de hum dos arrancados». —
F. N. Xavier, Descrip-
Regulo, visinho da Cidade de Ba^aim, que ção do Coqueiro, p. 12.
chauião o Colle» — Cosuie da Guarda, 1872. —
«A colheita dos cocos é espe-
Vida de Sevagi/, p. 150. cialmente denominada colhimento (^aí-
17U8. — «... devendo d(?élarai- também 16) a de sura launnimn.
•,

Bernardo da
a [guerra] que o rei Colle uos está fa- Costa, Manual do Agricultor, i, p. 183.
zendo nas terras do Norte que acliei des- 1893. —
«Colhimento O coco é co- —
truídas e assoUadas'. —
Apiid Eduardo lhido na índia e em Ceylão, por homens de
Balsemão, Oa Portuguezes no Oriente, xii, casta especial, que sobem á palmeira mu-
p. 12. nidos de um largo facão, necessário para
1716. —oNo que toca ao naufrágio do cortar o forte p(?duuculo». —
José Maria de
Sibar em o rio de Mahim, bem sabe V. S* Sá, Productos do Coqueiro, p. 48.
qual he a natureza dos Colles, porque 1917. —
«Os nossos derruhadores cha-
não bastaria toda a prevenção e diligencia mam o tei-lo em dia de colhimento». —
para lhes impedir os roubos». Ajmd Júlio— Heraldo, de 5 de Janeiro».
Biker, CoUecção de 7 ratados, m, p. 183. 1917. —
«Arrematar-se-ha o coco dos
182?. —«Estes se assemelhào aos Pa- últimos 2 oolhímentos do vallado de
riás no sul da índia, e aos Colles e ou- S. Roque da capela de Fatradi de Varcá».
tras castas baixas do norte». ("ottineau — — O Ultramar, de 15 de Março.
de Klogueu, Bosquejo Hidorico, p. 146.
1871. —
«Aqui o Cóle meio nú está * COLI (concani-mar. kholí). Ar-
vendendo as aves d'aurea plumagem, apa- mazém, depósito.
nhadas nas florestas do Hindustao». —
Pedro Mesnier, Viagem de. Visconde de
. . 1787. — «Será o dito Rendeiro obrigado
Sam Januário, p. 2. a comprar o tabaco, que se acha no Coly,
1902. — «Não vem paraaqui os colls, ou armazém dos Rendeiros ausentes pelo
as tribus moutanhezas da índia central e pi-eço, que prezentemcnte corre». — Col-
meridional, chamadas dravidianas, que le.cção de Bandos, i, p. 37.
com as da Australia e em parte aproxima-
damente os egyjjcios pertencem ao aus- #COLINJÃO. É o mesmo que ga-
traloide». —
Ta-ssi yang-knó, II, iv, 5. langa-maior —
Alpinia galanga, Sev.
1906. —«A ilha de Diu, fora das Hor- Do persa Icolaiijan. V. coledon.
tas, cantantes de noras moiriscasi, e onde
o coqueiro medra á força do trabalho dos 1510. —
«Trazem [os chineses]... almis-
colles». —Alberto O. de Castro, Cinza quere, e damascos, çitins baixos, colln-

dos Myrtos, p. 189. jam» (em Malaca). Alguns Doe. da
1589. —«... desquels restent encore Torre do Tombo, p. 223.
aujourd'hui ceux qu'ou appelle Yeneseres
« s. m. Termo da índia.
Collio,
et íiutres qui habitent .au mesme pays, ap-
pellós Colles, qui aujourd'hui vivent de Valia que circunda os arrozaes».
butin avec de Reysbutes». —
Linschotcn, Não sei onde pescou o vocábulo Do-
Hist aire, p. 52. mingos Vieira, que o regista como
1616. — Those who inhabit the country
inédito. O concani tem khalyô, que
villages are called Coolees; these till
the ground and breed up cattle». Terry, — é o plural de khali e quere dizer
in Glossary. «vala; valeta»; mas não é usadg no
1666. —
«Nous rencontrâmes quantité português de Goa, que emprega a
de Colys, qui sont gens d'une caste ou
palavra sangria no referido sen-
tribu de Gentils, qui n'ont point d'habita-
tion arrêtée, mais qui vont de Village en tido.
Village, et portent avec eux tout leur me- 18.52. —
«Kholly —
sargenta, valia».—
nage». —Thevenot, Voyage, iii, p. 21. F. N. Xavier, Bosquejo Histórico (2.* ed.),
1845. —«Les Colls s'etendentdans les lu., p. 81.
montagnes et les forets de Fouest jusque
dans le Gouzerat, prés du desert». Xa- — # COLOARIÂ. (ant.). Inscrição dos
vier Reymond, Inde, p. 256. agricultores duma aldeia, obrigados
# COLHIMENTO. Chama-se assim ao serviço, no Concão. uma espé- E
em Goa à colheita do cocos. cie de abunhadio (q. v.). Do mar.
1864. — «Cada coqueiro
kulvãrl.
dá quatro co-
ihimentos anrmalmente, vindo a ser a 1549. —
«Todolos outros que ao deante
sua producção média por anno, de 200 a se converterem e tornarem christãos não
300 cocos». —
Lopes Mendes, Apontamen- sejão obrigados nem constrangidos as CO-
tos sobre a Provinda de Salary. ioarlas como erão dantes que fossem
1866. —
«No colhi men to de cocos, ser- christãosmas viuão em sua liberdade em
vem para tomar nota das faltas {selins) qualquer jjarte desta ilha de Baçaim que
que houver delles, dos cachos cortados, e quizerem sem obrigação alguma das ditas
COLOR 999 COMADREJA

coloariat*. — D. Joio de Castro, in Ar- ckas sive Leckas, quae vox sonat centum
chtro, V, p. 202. millia; et Cpou t>ive CaPOPas, quae
167H. — «E vindo com ordem «aa muito centum Leckas
'
' " ; et Areb quae
" '
doiM-ni Crou».
,


p. 141.
roupies poor
.1 <^OÍVcti^i(i «jui- i.un- 1111 i.iv. i.-jii Mill, I- i«h- pour taire un
ras o pal- lie bitttr coupou, cent mille coupou prxir faire
..; Ijikor, Collccção de uu padan». — Thevenot, Voifaffe», ni, p. 54.
III. p. 1.%. l(5Gt5. — «Cent mille font uue h'cque, et
•Tem mais b fHi i «Ic Rnmbaim cent lecques un koUPOUP*. liernier, —
\ is Coiluarias, <>u de CoU Voyages, i, p. 310.
íi- >."i<i )>«'.sr.i(i>ircs. , . Iinibaim, 178(i. —
«La rupia vale cinque pa<di ro-
\'ariily. I'ar<ll;i, M."ii>. e Daravy. mani, uu lac sono centomila rupie, uu coPÍ
illuarias ^ão aimexnd das Al- o oodi 80U0 cento lac di rupie». Fra —
-113 nomos».
-
Ibid., p. 346. — Paolino, Viaggio, p. 27.
1-^,-^ - "Colvarias Povoações dos : 1737. —
ni will give them one OPOPe
Cole» com os nomes das aldeãs a que per- of rupies*. —
Orme, in Qlossary.
teiuiam*. —
F.N.Xavier, Huma V'iagem, 1825. — «Their
revenue used to be re-
p. 19. ckoned at a CPOPe
of rupees (at the pre-
1850. — «DesembarcSo em Tanna, e sent rate of exchange less than a million
qneiniSo a Coloaria grupo, ou rua de i pounds sterling) annually». Heber, Nar- —
casas lie palha) de ( haudiui. Largão . . r ative, ii, p. 8.
fogo á fortaleza, a Coloaria de trezentas 1845. —
oil pourvut aussi aux finances,
casas e trinta galvetas, e se retirão com qu'il avait grevées d'un surcroit de dette,
huma bandeira». Ibid., pp. 71 e 72. — montant ;i 5 CPOPes dc roupies (25 mil-
lions de francs)». Xavier Ravmond, In- —
COLOR. O termo foi recolhido de de, p. 572.
BarroB por Biuteau, que lhe dá o
-
'''
do de cmoeda da índia»,
• GOLTOL
Diz-se na abonaçâo que
ve tal mooda na índia; o Ó o títuloquo tomaram os reis de
hiiâdust. karor, do sfinsc. hoti, signi-
Malaca e que equivale a a impera-
dor». Nao encontro semelhante ter-
fica «quantidade do cem laques ou
dez milhões*. Diz-se crôre em indo-
mo nos dicionários malaios. Empre-
ga-so a locuçjio sânscrita mahã-rãjã
-inglôs e assim tambôm em indopor-
(lit. «grande rei») para designar «im-
tuguOs.
perador».
1842. — «Hum Judeo se obrigara aos
1557. — «E vierSoosReys deste Reyno
= "
e dos seus catados. . . por
a Bfr tilu poderosos, que se chamaram
"ures, cada hum dos quaes
..i|ut;8, e cada Laque vale cem
Coltois, que autre he nome de Em-
elles

ios». — Hcn-Batuta, Viagens, ii,


peradori». — Commentario», iii, p. 17.

• COLVÂ (s. m.). Queima de colmo


i

1571. — «Mandoulhe dar todo o tesouro o arbustos, para adubar a terra, na


qti»' se acli<»u d'el Key, que era quinze OO-
lopos, >|n>- valem da nossa moeda três ítidia. Do mar. kolvã, cone. kolu
emit'- i' i: ., — L)c'c. IV,
J)
315. ípl. kolvãm).
o primeiro artigo o val'u
IT .^

que havia custad'.


1909. —
«O ColvA consiste no corte das
d<' li I
Iteal,
arviTcx a ceita altura, para lenha». Ma- —
Coupons
iK'V.; (íi/'l de riij)iá.H ícada
nutl lirrcira Viegas, ítol. S. O. L.,xx\u,
Couron vnl.- , ii, nilhocn-; !'•
i
ata. .i,
p. 43.0
•as, Key li

iVo.
1911 «Tendo por único adubo as cin-
zas obtidas pelo -;••-
\
- --in» e '

ítt-í.. 1>. ó.
1' dos oolvana tili-
•• roalifaram 'I ''
saçâ" ••'
•• ' • M--
croros u- .i ..:...iito da i
''/.
o
vori
dr Miiiiii i
(ir !' \nf a att< mu-
se * ., ... ^. .: , ,
f('iiti:».l:( iiM '

ht- ; , •
.
.• 'iras
ait\i.i'-.'<" '
i"' !• '
'utu-
divte o processo de estruma-
bro.
1916. — «A eiportaçSo total foi de 197 filo oolvans • cumorios». —
d,
• COMADREJA. Nfto se pode saber
Iji'Ui <ln
a favor i
cropes». — i/e-
raldát, de -'
.^ .,. ..
vra; lu.i

1631. — «Katioucs saM iueuut per Lft* rece, o siag. kamaragoyã, is uma
CUMBALENGA 300 CUM BUI

espécie de iguana grande. V. tala- ma a esta cneurbitacea cambalanga e

góia.
nào camolengti». — Ta-ssi-yang-kuó, ii,

p. 157.
1687. — «...
outras [feras] menores,
e 1.510. — «Vn' altra sorte anchora di
como Ifibres, coelhos, comad rejas, ga- frutti vi viddi, quale era come vna zuc-
il

tos dalgalia, e diversas espccie.s de bugios cha di colore, & lungo due palmi,& la piu
alguns aluos como a neue». P. Fernão de — saporosa (!) da mangiar perche ha tre dita
Queiroz, Conquista de Ctylàn, p. 56. di polpa. questo si chiama Comolan-
. .

ga, & nasce in terra à modo di Melloui».


* COMATI. Mercador, em certas — Barthema, apjid Ramúsio, i, fl 162.
partes da índia. Do telúgu e can. 1695. «Portugalli Marmeladae quoque
speciem ex ejus [camolengae] carne prae-
kõmaii.
paraut, quam Bocado, vocant, q\ium rasam,
1697. — «Os oyxea, e por outro nome vel minutim conscissam carnem cum Sac-
Comatis, que também he boa casta, at- charo excoquunt, sique fuerit frigefacta, in
tendem aos contratos, e meiTancia». — quadrata hanc scindunt frusta». Rum- —
P. Francisco de Sousa, Oriente Conquista- phius. Herbarium Amboinense, jx, cap. 37.
do, I, I. 1.
— «Les Comatis composent
1620. I'au-
COMBIÓ. Árvore da índia 6'a- —
treTribu; sont tons Marchands dans le ref/a arbórea,Roxb. Do cone. kom-
Pays». — Methold, in lielations, i, p. 5. bió. Também se chuma pereira brava.
1782. — 'Les Cometis ou Marchands;
ils étaient autrefois de la main gauche, et 1863. — «As
essências que ahi se en-
ne formaient qu'uue ciasse avec les Ché- contram são a mareta, nano ou bemtica,
tis; mais depuis qu'ils ont prié les Chou- combíó, santouo». —
Apud Oliveira Mas-
tres de la main droite de les recevoir.com- carenhas, Atravez dos Mares, p. 181.
me leurs enfaus, ils sont entrís dans I'autre 1886. —
«Abre-lhe o ventre com a coity
rang». — Sonnerat, Voyages, 55. ii, p. [fouce], que traz á cintura, arranca-lhe as
1786. — «A questi emigranti e aventizj visceras, e embrulha-as em grandes folhas

Malabaresi si unischino i Baniani, i Cana- da combió». Lopes Mendes, A Índia
rini, Cetti, Cumuttis, che parimente Portu(/ueza, ii, p. 51.
i i

nei tempi remeti si stabilirono nel Ma- 1901. —


«Bôr, Cumbyo, Calane, Cara-
laysia per esercitarvi il commercio». ge». —
José Pinheiro, Éol. S. G. L., xx,
Fra Paolino, Vi^tggio, p. 109. p. 33.
1825. —
«En 1794, dans un village du 1909. —
«Por rainha propria experiência
Tanjaour, appelé Poudoupéthat, il mourut e sobre o mesmo assumpto, posso testemu-
un homme de la caste komoutty {veis- nhar os benéficos eíFeitos locaes, nos casos
siah), et quijuissait de quelque conside- de ulcerações rectaes de natureza dysen-
ration». — P. Dubois, Mceurs, ii, p. 26.

terica, jíroduzidos por carica arbórea, pe-
reira brava, combió». —
O Oriente Por-
COMBALENGA, comalenga (indo- tuguez, VI, p. 376.
-ingl. combalingaa). Cucurbita pepo,
Roxb. E uma espécie de abóbora * A palavra tam. komhu
COMBO.
significaprimariamente «chifre», e
chila. O étimo ó o dravíd. humhalam,
kumvãló em concani, o camolenga ora
secundariamente um «instrumento de
malaio, conforme Rúufio.
sopro», que é o mesmo que xinga
(q. V.). Mas o Padre Fernão de
1554. — «Tamarinhos verdes, alfaças,
Queiroz dá-lhe em CeiLlo o sentido
combalengas, gengivre«. —
Siraíio Bo-
telho, Tombo, p. 49.
de um «jogo desonesto», que não
c. 1560. «Patecas, —
combalengas, explica em que consistia nem eu con-
beringelas. —
Gabriel Rebelo, Infonnação segui sabê-lo *.

de Maluco, p. 172.
1616 —
«Dizem também que sua mulher 1687, —
«Consentião leuantarem Pago-
nasceo de huma Combalenga, que he des, e o deshonesto jogo de Combo». —
hum pomo mui ordinário na índia, de que Conquista de Ceylão, p. 860.
ha algumas feições de conserva tão fria,
que se dá em lugar de assucar rosado». — # COMBÓI. Usava-se antigamente
Diogo do Couto, Déc. IV, iv, 3.
1745. —
«... e outras [abóboras] bran-
cas e grandes Camba.lengas, destas *«Combo, Kombu, lit. A horn, from
uzão ordinariamente })ara doceS'>. In — tlieTamil. Applied to a wind instrument,
Ta-ssi-yang-kuó, II, iir, 3 made of copper, shaped somewhat like a
1788. —
«Cada Cumvalenga, e Abó- semicircle, and emitting a peculiarly rau-
boras, hum real e meio». Collecção de — cus note. It is very rare and there is one
Bandos, j, p. 47. employed by the Guard of the Attapattu
1902. —
«Em Macau ainda hoje se cha- Mtidaliyar at Galle». P. E. Pieris.
COMPU 3ul COMUNIDADE

» índia f*Htt^ t.rmo. no sentido do !


S^uvcrainc appdl-^.i Cong pou, c'e«tà-

•ur,

antes ouiaboind }>e-

.^tère des tra-

p.
,1 ;<.'/< l<

1 *o.
vcaux publico ^Koún-poú;». — Bazin,
Chine Múihrne, p. 117.

COMUNIDADE. .ume portu-


tauilK-m aduptailu em coneani,
».

,
-j qual se designa a associação
.ra I
agrícola de cada aldeia de Goa, que
>ui, desde tempos imemoriais,
comuns, cujo produto reverte
em DeJlon, a favor dos associados. Os ingleses
.
- r,p.44. adoptaram a denominação portu-
guesa com a forma do village com-
LU -jíL. Pagode, templo, igreja.
munity.
)o taniul-malíiiala, kovil.
As comunidades indianas eram,
!

;iar 'is
na sua origem, uma espécie de co-
.1 qaem
;iJe
munas, com todos 08 elementos ne-
te cessários u sua vida social. Há mui-
<JOtl1ll tos livros, nacionais e estrangeiros,
largura
que tratam do assunto, e a legisla-

ção portuguesa concernente é vasta
ui, p ;í:>j
i;tl ^* ~ '^- - Bréndi Ko- e emaranhada, a qual, a titulo de mo-
1
!

vll, .! an exqui- dernizar as associações, tem em .1,

site t...uv- ........ . •• — >'


••. E grande parte deturpado o seu carác-
Pieris, Ceylon, i, p liy.
t.T. Ainda assim, constituem o me-
^ ,..pjjj
i):j_rii;^|;4de militar clii- lhor beneficio para o povo e igual- |

naadaiitc do exército duma mente para o estado. V. oancaria e


Provavelmente do chin. câmara geral
.
.

recto», conforme 1»>97 — ..Goveiuãose est.-i



,
por
oommunidades, ou g.i —
1584. — «O Tutiú Oompim Comqnõ P. Francisco
do, I. I, -2.
de Sousa, Oriente tunquista'

oAs t«ri 'on-


ni SPU8 I. ca-
"/ '
, n.
i ' "
commun . 1 • s !. S'.rte

r }T:i 1,1 • I . ,- .
tTu-nifS (IIIC rllUlli.*!)
I
<'>
III. ia • .

' . I : n> .1 nidado,


to«,
tiltíV-.-. r . ' .
'
-
.
ice-
fn.;..- ? .-
iiia", U« rriugue'
npim ht*

nào III
t

Lastanh* da, JJttiona,


.1 «"

iv, cap. Ul.


1 ( lu — . \
' " v ma
lavia feito a ' .^ de
l* \'
nf\ %m riYi f
,>.K-«.<M>»4U a«
:ia da sua Jo-

L.iríaJiéffia,m
Ifillft. — Pei lamnl apurar na
ia Communl-
tiíerem
.n) rasti-
U Uabmeit lÀUe-

lio Qaerreiro, Ucla^am Âmtuat, lb5'i. —1«U ii>mo Co fade é€


Aldèa h« posterior á * " anta-

17]i6. — «La aixièm« et dcruère Cour rior era Caducaria — 0*M**tt|*a* — QiPm
COMUNIDADE 302 CONCHUIM

pan —e Camara>y. - Id., Bosquejo Hitto- CONCANI (s. m. e adj.). Língua


rico, u, p. 6.
vernácula do Goa e das regiões limí-
1858. —«O Juiz das Communidades
das Ilhas se chamava Tanadar -7nór». — trofes ao norte e ao sul, a mais aus-
Miguel Vicente de Abreu, p. lõO. tral das indo-áricas e privativa do
1874. —«Conhecendo a improficuidade Concao, donde lhe veio o nome. E
das tentativas iudividuaea, para o apro- vernaculamente denominado konkrã
veitamento daquelles terrenos, constitui-
ram-se em oommunidades agrícolas.
bhãs =
língua concani, e mais co-
Cada uma tinha e tem uma porção de ter- mummente cim'chx bhãs «nossa lín- =
renos que cultiva em commum, e em com- gua», em distinçílo da portuguesa ou
mum se faziam os grandes vallados de ve- marata. Os nossos antigos escritores
dação, oá maneira dos adiques de Flan-
dres», diz Barros... Cada uma d'estas
deram-lhe vários nomes concana, :

aldeias tinha a sua autonomia; nomeava concanica, bi'amana, brâmana-goana,


os seus empregados, e mantinha attribui- goana, canarim, canarina. V. Dice.
ções policiaes, judiciaes e administrativas, Konk.-Port., Port.-Konk. (introdu-
pela auctoridade collectiva dos seus gàn-
carea (senhores da terra)». —
TomAs Ri- ção) e Injluência, pelo autor.
beiro, Jornadas, ii, p 14. Com relação à lexicologia portu-
1880. —«Conhecendo por experiência guesa, o concani tem grande impor-
a utilidade das associações agrícolas da tância, como se verá no decurso da
índia portugueza, que têem a denominação
presente obra.
de communidades, estou convencido
que da existência de taes associações re- 1874. —
«Do Concão ou Goncão, como
sultam incontestáveis vantagens áquella primitivamente se chamava, vem conca-
possessão, já pelas vastíssimas zonas de ni —
que é o nome da lingua ou dialecto
terreno que ellas cultivam, já pela avul- do paiz uma degeneração da lingua ma-
;

tada importância dos foros e pensões com rata [o que é falsoj, salpicada de hindus-
que contribuem annualmente para a re- tani, 6 até de portuguez». Tomás Ri- —
ceita publica. . .». Decreto, apud Eduardo beiro, Jornadas, ii, p. 13.
Balsemão, Os Portuguezes no Oriente, ii, 1917. —
*(>E ainda é, por fim, uma canção
p. 191. de caracter regional, cujos versos são em
1885. — «Decifrar hyerogliphos do
os puro dialecto concaním». Jornal da —
tempo dos Pharaós, entender da organi-
e Mnlher (Lisboa).
sação das sociedades iudianas conhecidas
pelo nome de communidades, tem-se CONCHAR (aht.). Vendedor do ar-
reputado dosde longa data empreza por roz em Baçaim. Os vocábulos mais
igual difficil». —
Teixeira Guimarães, As aproximados que encontro em ma-
Communidades Indianas, p. 7.
1901. —«Surgiu a conveniência de di- rata, língua vernácula, sRo koiíckã-
vidir as terras em aldeias, constituindo-se lem, «círculo de pessoas», como fa-
em cada uma um d'esses monumentos, os zem muitas vezes os vendedores e ;

mais antigos de Goa, conhecidos pelo nome kanchãr ou kanchur, «fabricante e


de communidades, assumindo os seus
membros o titulo de gãocares». Jobé Pi- — vendedor de manilhas de massa vi-
nheiro, Boi. S. G. L., XX, p. 49. drada» o qual seria talvez generali-
,

1901. —«Na ordem das providencias zado ou mal aplicado.


que deviam carear para os conquistadores
as sympathias, conta-se a manutenção do 1554. —
«Percalço que tinha o catuall,
regimen das communas, que começaram que he de cada butiqua em que os con-
então a ser conhecidas sob o nome de ciiares vendem arroz, dez bazarucosyot
Communidades das Aldeiasyy. — Ibid., mês». —
Simão Botelho, Tombo, p. 156.
p. 87.
1911.— «As Communidades levan- » CONCHOR. É nome duma planta
tariam os capitães necessários á construc- de Malaca — Kaempfera galanga.
ção e receberiam os lucros provenientes Do mal. kanchur.
da exploração dos reservatórios». José —
E. Gastei Branco, ibid., xxix, p. 297. 1613. —
«Conchor, bancalê, dringo,
1909. —«A Aftbnso Mexia devemos o pulacary, canafistola, tamarindi, cayoular,
conhecimento completo da origem e me- cayotay, e outras innumeraveis raizes de
chanismo das seculares instituições locaes, que se pode fazer particular trattado». —
d'essas utilíssimas republicas agrícolas, Manuel G. de Erédia, Declaraçam de Ma-
chamadas communidades aldeanas, cu- laca, fl. 37.
jos usos e costumes compilou n'um diploma
intituladado Foral». —
Amâncio Gracias, * CONCHUIM (chin, kung chuen).
Subsídios, p, 47. Embarcação do estado, na China, a
CON Doai M CONGO

t,,,.,',
'" ''
(ine
I
serve do I àe» eeichas»
. .7 W /
— fonde •I'll!
<le Arooflo,JorNa<ia«
. .

trai:>purliu* OS uiauJanns em seni'.


^ar o ouro e prata cada
puLli' ^>..Jorin•, e cada oon-
.iri... —
Joaqoim C. Crespo,
, .1. 159.
c 17^2 — «La i»

iu.h-;*»' vaut dix condo-


d rins, Iv oondorin dix caches, et la cá-
lix herde»». — Sonnerat, Voyage», n,

\ ,11
lt»14. —
«The tofl... is equivalent to
10 macf or lUO candareens». Drie- —
ilS,
berg, Year Book of the Á. S., p. 21. C
.—---- '
CO'"' ,, norae quo
a CONDI, m. Vara graduada para ou, antes,
09 t •>
I índia portuguesa». C.
ao naturalismo ético, estabelecido na
'». O t*Tmn usual era
China por Confúcio, Kiuigfú-Uze,
«bam-
**"
no século VI antes de Cristo. Os chi-
1,;; ,
~
. , 'l*^^
neses denominam-na yu-kiau, que
'
kondi, que é deniinutivo.
'"- - quere dizer, «religi.lo dos letrados»,
'
:n, diz-
por ser geralmente professada pela
-; bam-
classe ilustrada.Há, além desta,
n, 4. V. J)
outras duas religiões importantes:
coudó com id' ... ^ .
e tauísmo. Confuclano é
graduado para proceder áa medi-
.0 de Confúcio».
•;f\e8».
1679. — «O qnartn livro, ou escritora
CONDORIM Peace compoz oMiiu. ,.-1»-,.,,. .
; contém a his- '; CM :

medida de couta no Arquipélago Ma- toria do iTi, que agora he


.;• Xantum. Deste
laio e n« Cliina. Vale dez caixas ou parte da
i'r"Viini;i . •

livro fazem os (hinnos grande caso, e o


réis. -Vi esti maçam, U.dos se derre-
t

l'>44. — «Nioba [em Calaminliâ] mrcda iem». — Fr. Jacinto de Deas,


'
>nro, ma'i p<.r . «•» df » ''!-/•. [I <'~'<-

<• oondopina
j

>»' ne- laUQ. — «Ao seu [de Meneio] tnanfo


;;
— Feruio Pinto, ,. ,..«v. , j n.K ..r. í ri..^ A,. ( 'l ,t i Tl 1 i i , i rlllltem

}
ve
,
... .tnia-
mo . ()confun( : i-u tanto
|;.li' 1 t•i^ 1 " Ii - :
:•' a con-
'ufí-

|i. 21.
• No ano 212, Xi-Hoam-ti pir
y. oonfucianos». - W . \>- 'i'^

'.T>'*í T"*?"^" prqTiMi'^s íio mais }H'M r(> confucianlsmo é uma


Uilo lí-
rio e fim
.., Jiaciadij du CUiua, Uu t.

••m '

i'.: i

A:,

IT .nlo [na Chi- uiuimC, Crespo, Çouaat


I- ^ —
- !n Tn
CONGO. Tâmara colhida antei de
>

X-^l.i _ ,() taci vnl<- mil rei*, o mAs amadurecer e seeada. O termo 6
-1
usado .- '-". "•= "••• nai
pautai» iro-
rt. cada
maz dei oondorlnt e cada condorlm vOm du aumi'
CONQUAO 304 CONTINAO

porto da Persia. Em
concani temos 1552. —
«Ha outros oflicios que chamSo
tutões, e conquões e compins: e estes
khãrkô, pi. do Ichãrki.
todos três se chamão conselho, e gouernSo
1G63. —
«Alguma [tâmara] colhem em cidades. ho conquflo he o terceiro, e
• .

piutaudo de vermelho, e coseiido-a no fogo tem cargo das cousas da fazenda, e ho so-
em grandes caldeirões, e poem depois a menos deste conselho». — Castanheda, His-
secar, até que fica dura, e esta chamam toria, IV, cap. 7.
congos, mui saborosos e doces». P. Ma- — 1563. — «... e o [governador] do regi-
nuel Godinho, Jidação, p. 120. mento da fazenda, se chama Concam».
17-iO. — «Não entenderemos com as em- — João de Barros, Déc. III, ii, 7.
barcações delles, nem de seus mercadores, «Destes pagodes que digo ha muytos de
que navegarem no mar, como também com edifícios muy to sumptuosos, principalmente
as que forem para Marcate, e outras quaes- os das religiões em que vivem os Menigre-
quer partes a conduzir tíimara, congos, e pos, Conquiaes, e Talagrepos, que são
cavallos». —
Apiid Júlio Biker, Collecção os sacerdotes das quatro seytas de Xaca,
de Tratados, vi, p. 203. —
«Congos he Amida, Gizom, e Canom, as quaes prece-
uma espécie de tâmara que vem secca e dem por antiguidade ás outras trinta e

;

se chama na lingua de Goa carqui, no plu- duas deste diabólico labyrinto». Pere-
ral carquieu. Talvez os portuguezes lhe grinação, cap. 107.
chamaram Congo, por vir deste porto da «No qual despacho vinha assinado o
Persia». Nota. Chaem, e oyto Conchacis, que são co-
1788.— «Cada candil de Tâmara e Con- mo juizes do crime». —
Ib/d., cap 86.
gas, hum xerafim». — Collecção de Ban- Assim que ninguém sabe do limite, e da
dos, I, p. 43. ordem que lhe he posta pelos Conchalys
1842. — «Congos, 2 candis». — Annaea do governo, que são como almotaceis».
Maritimos. Cap. 87. «Os doze Conchalis da Menza
1904. —
«Congos, a mão 32 réis, não do crime que são (falando ao nosso modo)
havendo de.spacho da alfandega de Goa». 08 Dezembargadores, e Juizes das appel-
— Ernesto Fernandes, liegimen do Sal, in lações, e das revistas com alçada suprema».
Boi. S. G. L., íxiii, p. 284. Cap. 101. —
«Oyás, e Conchalis, e Mon-
teos, que são dignidades supremas sobre
CONGUI (jap. kongi). Fidalgo ja- todas as outras do Reyno» (em Siame). —
ponês que pretende ter origem ce- Cap. 182.
leste. V. cungué.
CONSTO. Usa-se o vocábulo na
1612. — oE ainda hamuitos lapoens
oje índia no sentido de «recibo de pa-
a que chamão Conguis que são fidalgos,
gamento», derivado do verbo cons-
e continuos da casa do Rey, que se jactão
virem direitamente d'aquella casta». — tar. «Vale o mesmo que certidão».
Diogo do Couto, Déc. V, viii, 12. Bluteau, Supplemento.

CONQUÃO. Dignidade administra- 1774. —


«... em se dar depois do refe-
rido ao Vencedor, em lugar de Sentença,
tiva chinesa, chefe da fazenda da hum Bilhete denominado Consto, e mu-
província. Não é fácil a identificação. nido com hum pequeno Sello». —
Joaquim
Watters, citado por Ferguson, su- Soares, Doe. Comprobativos, p. 397.
gere o chin, chi/ang-chun, «general 1783. —«... bem inteirado nesta depen-
dência tào interessante á fazenda real, en-
das tropas manchus». Parece que o tre a diligencia primeira do consto do
vocábulo se prende, antes, a kung- rendimento, que hade ficar na forma que
-kau, «grande homem, alto magis- tenho dito». —
Apud Júlio Biker, Collecção
de Tratados, viu, p. 109.
trado» ou kung-kán, «serviço pú-
blico». Fernão Pinto não fala de
1831. —«Tomei com José Gonçalves
120 pannos sorteados, que elie tem para
conquão, mas menciona conquiaes, negocio, e passei-Ihe hum consto ao pé
conchacis e conchalis. Os dois últi- do officio, que Ibe dirigi, para poder haver
mos podem derivar-se do chin, kiván- as mesmas fazendas nessa villa» (Tete). —
Apud Júlio Biker, Collecção de Tratados,
'cháh sz' ou li, no sentido de «ma- xii, p. 79.
gistrado judicial». O primeiro parece 1844. —
«Expedir as ordens necessárias,
que é etimologicamente o mesmo que tomar nota do seu cumprimento, e execu-
conquão, mas empregado com signi- ção, registar os constos (recibos do pa-
gamento), ajustar as contas dos sacadores».
ficado religioso. — Annaes Maritimos, p. 274.
1534. —
«O Tutào Compim Comquõ CONTINÃO. Procurador da justiça
são três pessoas que teem carrego desta
governança de Cantão e Cançy». Cristó- — na China. Provavelmente do chia.
vão Vieira, apud Ferguson, p. 79. kwá-ti-nien.
COPRA 306 COPBA
15-41.— o ContinAo Piíxiirmlor ria <-oí-.m «ecofl, tirad'1 miolo, par»'-'" ^ ">ie
Jastiçn '
copra, (If (jUf .'<- I i-
goa.. ;
ra iniiN t;i- lartcs". — 1...l_:-uio
tra ellt -
, o ContinAo Pn-rma- lif I »( HI veil! fl 62 u.
dor da .' leniãn Pints i'rnyri- 1 •)'••' J«' coco depois de
Hoqão, ca|i lUo. «eco e copra, e ser>'e
aos gen I
. . Desta CO-
fra »e faz azeite muito excclieiite».
tr; r. JoSo d08 Santos, Ethiopia Oriental, i,

gaçAo por causa de ventos coutrá- p. 21>4

rios. V. monçào.
1619. — «A Copra rr»ffaf* de direitos
de cada caudil u /'• e ao Escrivão
1870. — •Os (lotractores do nosso direito 10 leaes e o sen le é copra de ,


,

k pos«t ; dizem - aqiii


dois cocosu. Reyimento de N. V. Castelo
api-na.- -
i^r d. i
Hranoo.
i'»-

di.i e copra, que sSo os los

as I. seccos ao sol, de que se • '

a oontramonçAo - lu Ta-»êi-yaiHf- liba muiLu utstc Oriente». António Bo- —


-kuó, I, I, 1. carro, Livro, in Chroniêta de Tistuary,
IT, p. 34.
«•COPING, m, MoAda de onro no 1727. — «Copra. He o mantimento da
Japflo». C. gente mais pobre da Asia, e de toda a que
anto
vive em Paizes, que não produzem arroz ;
apareça o ^ e mg a copra he o coco pilado, e dura muito
copang, a exacta ortogratia portu- tempo sem c()rromperse: de Goa, e suas
gaosa do jap. koban soria cohan ou, proviucias vay n -rpra para Bala- •

melhor, cobão, como o mal. kupang ga te —


BI u tea •' .
nto. 1

1842. — «Do que chamam


c. .^ .-v<^..
dtíu cupão, q. v. Koban ó moeda do
oópra, se extrahe excellente azeite
para
ouro antiga, de forma oblonga, quo luzes, e geraimeute usado na comida*. —
se começou a cunhar em 1580, e Aunaft Maritimoí, p. 207.
pesava, conforme Yule, 222 grftos. IHÍ»:; — ,,A :i!ii(ii.!<>a aecca e separada
da |ue se torna rancida
Parope-me mui n?U» h/« nenhuma re- e copra, e forma
la-, )ja. um art .. — José Maria
po . j por de Sá, ; )•-,,

António Nanes em 1504^. V. oban. VM)i. — «Lnviuii,


Estado, I
lo
para Marselha, c á do noMO c \'>

1754. — «Soiesante Maas ou - > consul, copra n(l<|iiiii*ta t-ui Goa. A cO*
font un Cobang» — P. de ( i
\,
pra foi considerada em Marselha de pri-
Hiêt du Japiffi, p. 152. I, meira qualidade». José Pinheiro, Bel. —
1616. — «About ten a clock we departed S. G. L., XX, p 118.
from Shroiigo, ami paid our host tor the 191.5. «Mas —
que só o converter o «'•

bowse a bar ofCoban gould, vallui-d at õ coco cm copra inoii«Tna. a copra branc4t
' i mas*. —
Coclu, iu Glossary. e '
unhece '

.». — j

III .1. .

COPRA. Arii- •

geralmente cju
'
lestos Cocos se

coprnh, indo fr. voprc. (

<J

óleo de copra. O étimo à o


koppara, do hinduHt. khopra^ sflnsr. seca*. — Cristóvfto da Coeta, Traetado,
kharpara; cm marata-conc. kho- p. 104.

br em. l.'>89 — -Tout le trafíc de ces Isles

m »(!cam en^
•«''•III a ca»<'a. i

eu. s oopra». — Uv
1 . Cnnrn .iiò (>r1o dí DOci d'In«
* fieros ao dia.. - U. I fl. &5.

• «hiiH»."" ir,.'.p. - .k\ s\,lr illvti ua


copra"


— Id , D.v
lo ordinário do»
COPÈA m CÔllAÇÔNE

fira noi li condíti, e le confetture». — queiro são igualmente de reconhecida


Fr. Vincenzo Maria, Viaggio, p. 'ôi\0. utilidade e por isso tem sido esta arvore
;

1727. — «That tree [coco-nut] prodii- appellidada o rei dos ve.ffttaeso. Lopes —
ceth... Copera, or the KenuMH of the Mendes, ApofiUwieiitos sobre a Provinda
Nut dried, and out of these Kernels there is de iSatanj.
a very clear Oil exprest». —
A. Hamilton, 1886. —
"O coqueiro dá asaucar, vi-
iu Glossary. nho, vinagre, óleo, leite, madeira e íilaça.
1750. —«On extrait du uoiau desseché Da casca que reveste o coco fazem-se mais
une huile fort cstiniée et qui fait une de mil primores da arte». —
id., A índia
brauche considerable de trafic sous le noui Pvrtiigueza, i, p. 176.
d'huiie de copra» —
Grose, Foj/aí/fi, p. 06. 1866. —nO Coqueiro, chamado vul-
1786. —«Copra, cioò, il inidollo della garmente Palmeira, é uma ai-vore de es-
uoce di Coco per far olio, a lume di rocca». belta íigui"a, tendo o tronco a feição de um
— Fra Paolino, Viaggio, p. 54. colossal obelisco, com o seu cimo graciosa-
mente enfeitado, com diversos ornatos, vá-
COQUEIRAL. Plantação do coquei- rios nas cores, e diatinctos nas formas e
figuras. . Os gentios chamam-lhe Calpa-
COQUEIRO. Cocos nucifera, Linn.
.

ros.
uruxa, isto é, arvore que dá tudo quanto
O vocábulo aparece modornaraonte se quer ou se deseja delia para viver, e é
usado, como derivado do coco, que o emblema da liberíilidade». —
F. N. Xa-
os nossos indiunistas antigos empre- vier, Dcscripção do Coqueiro, p. 6.

garam como denominação privativa 1872. —«Segundo Mr. Guibourt, o co-


queiro é denominado rei dos vegetaes...
do fruto, designando a árvore, que No meio dos seus vastos coqueiraesda
o produz, pelo nome genérico de Ilha de S. Thomé faz diversas culturas
«})almeira» (q. v.) Diz porém o
*. aunuaea». — Bernardo da Costa, Manual
do Agricultor, i, p. 172.
P. Francisco de Sousa «que no Bra-
1892. —«O numero medio dos coquei-
zil chamamos coqueyroy>. Oriente ros lavrados annualmente em Goa antes
Conquistado, 11, iii, 10. do tratado era de 107:009». Cristóvão
E. Lo Maout faz do coqueiro o Pinto, Estudos, p. 43.

seguinte elogio: «O homem encontra


190Õ. — «O coqueiro demandando cui-
dados e despezas para a sua cultura, é
n'este vegetal com que prover a to- desconhecido na Nagar-Avely». Ernesto —
das as suas necessidades o espique, ; Fernandes, Regimen do Sal, in Boi. S. G.
as folhas, as fibras lenhosas, o fru- L., xxiii, p. 220.

cto, tudo concorre a abrigal-o, a em-


1909. — «Não creio que exista arvore
tão rica como o coqueiro. Dá vinho (sm-
briagal-o, a aquecel-o, a transpor- ra).,álcool, assucar, óleos, cocos, filaça,
tal-o sobre os mares, a desaltaral-o lenha, madeira, olas para as paredes e co-
e a cural-o de suas moléstias». (Ci- berturas das casas, e até dá pincéis para
tado por Bernardo da Costa). V. a as caiar e pintar». —
Manuel Ferreira Vie-
gas, ibid., xxvir, p. 429.
minuciosa descrição que Faria e 1917. — "E havia um mês que na minha
Sousa {Asia Portuguesa, ii, p, 864) aldeiazinha, à beira-mar, sob o enonnc
faz dos usos e utilidades do co- dossel do coqueiral, os serões e os ócios
queiro. eram ocupados em escrever prosa». He- —
raldo, de 5 de Janeiro.
1861. —oO cocoeiro, ou coqueiro, *COQUINHA. Planta indiana da
tem o tronco mui alto, delgado, com cica-
trizes semicirpulares que deixaram as fo- família das
ciperáceas Kyllinga —
lhas velhas. E coroado por um feixe de brevifoUa, Rottb. «Kadices, Lusitani-
dez a doze folhas, do centro das quaes sAe cae Coquinhã dictae, in decocto usur-
um gomo ou grelo direito quasi eyliudrico, patae conducunt in febribus calidis
ponteagudo, tenro, bom para comer, e a
que chamam repolho de coqueiron. Ar~ — et diabete», llheede.
chivo Pittoresco, iv, p. 207.
1864. —«Os antigos indús attribuiam- # CORAÇONE. Embarcação de vela,
Ihe noventa e nove applicaçòes úteis. . usada especialmente nas passagens
Todas as partes de que se compõe o co- dos rios e nos portos, na costa de
Choramândel. Do tam. kuraitõni.
' 1610. —oEn la índia se destila Vino 1615. — «... e Manoel de Macedo em
de la substancia dei arbol que produze los hum coraçone, em que partira da outra
Cocos, llamada palma, por la semejanea costa pêra se ir metter em Ceilão com al-
que tiene con Ia verdadeira». Pedro — guns companheiros»). —
Diogo do Couto,
'Teixeira, Relaciones, p, 16. Déc. X, X, 9.
CORACOftA m CORACORA

•Jolo Cftiado, depots de cbegar a Rh- iOdo de fustas*. — P. Joio Laeena, His-
D! Coraçon< s r.
iria, cap. õ.
ji . . « pf-ra ,
\iyii)r2. _ .TomarSo dna!4 Caraooras
a<^u<.ii;i ijLut»-, »' tabrica». — J<i , n :.ite, que
j Couto,
. ,
^^^ caracola). U-O IV, III, ó
Mitajmii e aati- 1618. — «Detriminnn d« mandar par»
* • hfia oar. .'lum
tia, de lundo ehato
•ro de '
rai
eAi.c;^..... .vo ..aas, volas trapizoi- fjiif iin (i.iquella t<ira > i iijco de
;es do esteira. Em
Timor, barca de ÃiKlrada, Chronica de D. João 111, n, fl 45.
Alberto 0. de Castro KUH. —
«As Copaoora* leuão atfe
scãsouta e ciuco remos |, e dahy para
rat, p. 134). Do mal.
bayxn, e hús, ''- ••••'•
i
pe-
|

'
queue fundo, n sô i

Favre dciiva com probabilidade O v.-ii- " i

, ..;.ua,
ocábulo mal&io do port, caracxi, < > outra
!''' • !' ' ' ,,'r r • - .---ira, //w-
toria r, p 114.
10 „ huma manhS apparece
. r (jiie

ias», u que, coiiiurme \\ ilkiii- ao mar huma caracora (sSo oaraco-


^ >a, dou kirakah em maluio. Mas os ras navios de remo mujto ligeyros)». —
Fr. Luís de Sousa, Anuae* de D. João III,
aossos escritores tem o termo por
p. 107.
poregrino e o barco por peculiar de 163.'). — Tomaram e queimaram mais de
Maluco, roTiio bem observa Devic, vinte caracolas de guerra, e três jun-
,que
'

voracora com outro . cos grandes de ^agú». António Bocarro, —


vocáb... aio. kura-kura, «tarta- Dóc xm, p. 403.

ifia do mar», e presume que o ár.


hiiyX. — ..Sahindo
de Ternate em híiaj
coraooraa, que erão uavioa ligeiros de
'iamalaia. dua.s proas, de que era Cabo o Padre Fer-
caracorãy
1 lat. não Vinagre, destruiu os Co.-isarios*.—
esp. caracon, ir. raracove, «espécie Fr. Jacinto de Deus, Vergel, p. 120.

de na^'io grande e de andamento


161*7 n —
em Ivima lustrosa armada
. . .

de co'^
ronceiro •. Filia Oste etimologista a
V«i \v. qorqÕK
q- ia vez, j

b -f (ital. raricarej,
j.i S.Jerónimo. Idôu-
j^.
i .deriva carraca ou caraça
~ '
qtirãqir V. Gloê-
8. V. ( ionêari/, s.
iracoa e carrttk.

Í....2 — "O* II.

conascoras

U.
í>ara baiso cha-
CORCHIM COIIGUL

1606. — «The foremost of.these Galley q. V. Do persa qurchi, «porta-cou-


or Caracolles recovered our Shippe, raça».
wherein was the Kiug of Ternate».
Middleton, in Glossary. 1552. —
«Tinha o Xeque ismael pêra
1G20. —
Deux adties Francois I'auoient guarda de sua pessoa cinco mil de caualo,
adverty que le destroit de Sonda estoit que chamão corchís, e destes o vigiauSo
flein de gens de guerre
de Jaua tant en cada noyte mil homens armados». Casta- —
araus que Caraoaus».— General Beau- nheda, Historia, iii, cap. 144.
lieu, Mémoires, p. 42. —
«E voltou-se ao Principe.
160J. e .

1690. —
«Ex hujus autem arundinis sti- a Corchibaxi [literalmente «capitão dos
.

pitibus. minorum nayigiorum Cor-


alae corchis»] Capitão geral dos Cocelbaxas
recoren
. .

dictorum conficiuntur». Rum- — que são os soldados que mais estima».



phiu.s, Herbarium Amboinense, vi, cap.
5.
Fr. António de Gouveia, Jornada do Arce-
1711 —
«Lea Philippines nominent ces bispo, fl. 134.
Baatimens Caracoaa. C'est une espece 1608. — Somente
leua [o Xáj de paga
de petite Galere à rames et à voiles, ayant [isto é,pagando] aquelles que ordinaria-
gros-
Bur les costez deux aisles faites de mente tem em sua guarda, que sam cinco
ses Cannes pour rompre les vagues
de la
mil Corchis a que dá extraordinárias
mer, ft pour se soutenir sur I'eau». Let-
pagas». —
Id., Relaçam da Persia, fl. 45 v.
tres Edifiantes, x, p. 51. «O Xá sentio muyto esta noua e man-
«Corocore ou corocora Caboteur dou a CorchI f^axi Capitão dos Ginetes
malais caractérisó |>ar les points suivants: com doze mil Oorchl» que quer dizer
extrémités fines, fond plat, quille faisant cavalleiros da casa do Xá». Jd., fl. 97 v. —
suite à la couvbure de Tétrave et de 1'étam-
ba-
1604. — «Embio
a Gorchi (sic) Bassi
bot, cornme on I'observc dans certains Cacher, que quiere dezir cabeça de los
teaux de péche anuamites». La Grande — criados dei Rey, con cinquenta mil sol-
Encydopédie. dados». — D. Juan da Persia, lielacionea,
Gaspar Correia menciona corocora fl. III, V.
com relação a Mombaça e à viagem de 1675. — «The Second Order Gorge. is
Vasco da Gama {Lendas, i, p. 45): «Toda- Their salary 6 Thomands per An without
via mandou o Capitão mór leuar a coro- Charges». — Frjer, East India, in, 62. p.
cora que hauia de hir diante». Diz po- 1676. — «Les Corschis sent decen-
rém em outro lugar (1528; m, p. 245): dus d'une ancienne race étrangère, qui a
«Determinou mandar huma coracora, toujours été en reputation pour la bravu-
que são barcos da terra [Maluco], que po- re... On les appelle ordinairemente ife-
dia hiraquelle caminho». selbachs, c'est-a-dire têtes rouges; parce que
autrefois ils portoient des bonnets rouges.
«CORANGARIM. Conforme Antó- On tient que le Roi de Perse entretient
nio Bocarro, é almirante ou general jusqu'a vingt-deux mille de ces Corschis,
de Arracâo, na índia. birmanês, Em tous bons soldats. et qui font merveille»

quand il faut bâtre». Tavernier, Voya-
ray-gyung-8it-hu'rin é o nome de
ges, II, p. 309.
«almirante», e sit-bú-rin o de «ge-
neral». # CORCOVADO. Conforme Bóncio,
1600. — «Encontraram
no caminho, ao é o nome que os portugueses davam
Corangarlm, do mesmo Rey, e o
tio na Malásia a um peixe do género de
mais poderoso senhor de seus reynos».
— delfins, em alusão à corcova que tem
P. Fernão Guerreiro, lielaçam Annual, no dorso.
p. 65.
1635. —
«Acceitou o partido elrei de 1631. —
«Omnes è Delphinum sunt ge-
Arracão, e mandou a Philippe de Brito e nere, alti, et longi, inter quos quoque nu-
o seu corongary, que é capitão geral do meratur piseis, qui iisdem Lusitanis Cor-
mar, para acceitarem as cousas que o rei covados vocatur, quod gibliosum sonat,
de Tangú prometia». —
Déc. xm, p. 126. quia gibbum in tergo gerit. Igne elixi
«O príncipe de Aracão com o seu gene- demidia ex parte condiuntur porro, óleo,
ral ou Carangarim, e os infantes de et aceto, admixto pipere, allio, et sale,
Pegu». — iiirf-, p. 140.
vel etiam aliis aromatibus et ita conser-
:

vautur longo tem'pore, ut utiles sint iis,


# CORCHIM. Soldado de cavalaria, qui hinc Ternatem versus, et Moluccas
que fazia guarda à pessoa do Xá da navigant». —
Hist. Naturalis, p. 73.
Pérsia. Passava por mais valoroso
e era pago pelo erário rial, emquanto CORGUL. «Árvore da índia portu-
os outros eram fornecidos por chefes guesa». C. de Figueiredo. Khargul
locais ou pelos nobres. Também era é em concani o nome de duas plan-
conhecido pelo nome de cocelbaxa, tas da família das urticarias Trema :
CORJA 309 CORJA

orientalii, Blume, o Dehregecuea ve- trato comercial com a índia, qnando


lutina, Gand. Da i)riiueirft diz D. G. Lisboa era o empório dos produtos
Dalfcado:«A caacA dá iilaça útil; o orientais, onde entravam em cada
etrvão da madeira ó usado para a monção milhares de corjoi de cada
ih' Vj da scvun-
..i, quo
. '
- '
^ luso-
(! bo usa 1 as fa-
ira íazer cordas». Flora. zendas por miúdo, e, em alguns ca-
''
sos, por conta europeia, mas por
lo-ingl. corge, Toorge^
grosso e com denominações origiuá-
Xa sua signi- r'
, . courge).
lí isso far'" 08 '

ficaçfto originária e indo-portuguesa,


S' «Tonastr. s, .

é o noraf» do número vinte na con- como porque muitos dos


objectos
tagom, ó vintena de objectos da formavam agregados
de vii'tMM-w .«m
mesma natureza, como srore é, no jogos ou entiadas.
mesmo sentido, em inglês, ou dúzia Compreende-so uo que a '

na Europa a donominaçAo do nú- palavra corja, d passar a


iii ^•>. Os nossos i: '
' '18
designar «multidão», até no singu-
'

C' o t«rmo prii!" e


lar, amiúde empregada na
fOsse
c. ^s
«numerosas cousas más»,
acepçfio do
sendo de presumir que vários com-
do louça ^ Também entendem por
pradores ficariam logrados com aqui-
e^ ' ' " '^ que só se vendem às sição de objectos avariados ou de
vi de corja. .10 r^th^^l
somenos estimaçfio, e nfto perderiam
ijii ó actualmente
rMiU]_;iI. '•'*;;//
a*oca8Í&o de os deprimir, aludindo
o mesmo que uiultiJáo de pessoas
às suas corjas do cotomias ou por*
desprezíveis, malta, súcia, canalha».
' celanas ou gemas.
Jif lexicógrafos modernos
'"^s
Mas não poupariam, antes confun-
n» a se tovo outrora, e tem
diriam, nas suas invectivas e no sen
ainila hoje nas colónias, outro signi-
desprezo dos artigos, que então par-
fíiM.ío. «Esta palavra que actual-
ticularmente lhes pareceriam nume-
siguifica apenas, em sentido
rosos, os chfítins sem oonsoiAncia,
pejorativo e ofensivo, o jnosmo que
que lhes e.
cmatula» (q. v.), «quadrilha» (^espa-
Ê assim - ^. ^.... : ...te,
nholismo), «turba», é
conjectura eu, das cousas más para
mo da índia, com a > ^^ i^* ,
as pessoas más o sentido de «mul-
«vinte» no Vocabulário Portuguez e
'^' tidão > , que a dição tinha adqui-
' ' '1712|. VO-sepois :

rido.
>H ainda niUi havia
Quanto à origem do vocábulo, há
'ivergdncia entre os etimolo;.
Devir
- * - - " . tj

Apoêtilag. ia
ár. /.

le
>i-

gnitica «sela, saco, mala», e não


*'", '**
. i
«vinte», que é o ser*' ' -m que
mas o
si s6, <(grande
• •' — ' •
quantidade»
l-^finiílo,
;

cí)mo o da rfii-
sí»mpr*í
( i
foi o ti^rmo - lo no

a «avultado número», khnr-


látru
do li.
jam por ótiino, o qual Yuh 11
E a .x. pr • -..•". 1 ilo
':\ DO pertodo de actividade febril no
(• 1»,

l: :iUXtO,

* B«nto Pereira reg!«ta eòmaatt ««nija


ii. ^ iiiodos
de looça, /UtU itm vigtmu nwm trutm. negociantes. Xaiobdm o coucaaitom
CORJA 310 CORJA

korj (ao lado de kôd), 6 túlu kõrji, por conseguinte, termo vernáculo e
o nialaialaArõr/ff, que, evidentemente, fonte do termo portuguCs corja, pois
provem da forma portuguesa. que o eh do malaiala se representa
Os idiomas neo-áricos tem um vo- por j e vice- versa. Cf. jágara de
cábulo, admitido também em tamul, chákkara, jangada de changaãam,
para designar o número vinte, o qual jaca de chakka; o chenel por ja-
é kofli, extensamente nsado pelo nela, chudu ^QV jogo. V. Influência,
povo, que conta por kocjís ou «vin- p. 93. .

tenas». Mas a dificuldade está em O termo generalizou- se na Índia


indicar o processo da evolução foné- por ser sinónimo do árico kodi e por
tica de ko<1i ou kori em cojja, visto se vender grande parte de artigos
que a sua representaçílo normal em comerciais por vintenas.
portugut^s deveria ser cori ou core 1514. — «O Gouernador falou com o'seu
como areca é de adeka. judeu, o lingua, que tivesse modo como
Os autores do Glossário Ariglo- ouuesse do chatim como lhe ounesse em
Baticala cinco mil rubis de corja da
-indiano julgam que a forma empre-
marca grande. Estes rubis são miúdos que
gada por Barthema ou Varthema encastoão derrador d'outras peças grosas,
(1510) explica a transição «Se sSo
: e estes de marca grande, que são vinte a
vendem por curia, e do mes-
estofos, corja, valem a corja a trinta e coreuta
cruzados a corja, que nos cinco mil que
mo modo se s?lo gemas. Por curia o Governador queria para mandar á Ray-
se entende vinte» *. Mas nílo vejo nha, que lhos mandava pedir, era '250 cor-
como é que «a citação mostra a pa- jas, que valião quinze mil cruzados». —
lavra em uma forma intimamente Gaspar Correia, Lendas^ /i, p. 388.
conexa com esta \kori] e explica *a
1516. —
«Estas sortes de panos pren-
dem elles por corjas, que antre eles he
transição». Admitido que o italiano huu couto de vinte, como qua dizemos dú-
curia nao esteja por curja, o que é zia».— Duarte Barbosa, Livro, p. 283.
contestável, nSo se explica a mu- 1525. —
«A corja de quotonyas peque-
nas vali cento e corenta tamgas». Lem- —
dança de o em M nem o acrescenta- branças, p. 49, et passim.
mento de a. 1539. —
«... com huma corja de cara-
A palavra curia ou curja ou corja ças e pannos Malayos para sua mulher
devia então vogar na costa ociden- e filhas que he o commum trajo daquella

tal, entre os portugueses, para desi-


terra». —
Fernão Pinto, Peregrinação,
cap. 21.
gnar particularmente o conjunto de 1547. —
«... a fora os vestidos que el-
vinte gemas ou vinte peças de teci- Rey e os grandes mandarão dar aos trinta
dos, como declaram os nossos india- mil sacerdotes [budistas], em que gasta-
nistas, sendo também nestes dois
rão infinitas corjas de roupa». Id.,—
cap. 167.
sentidos a voz kõâí empregada em 1554. —
«Quatro corjas de cotonias
tamul. pêra abitos de moços, cinquo corjas de
Ora, o malaiala, que não conhece panos pêra çiroulas e camisas dos ditos
kõâi, possui kórchchu, que quere di-
moços». —
Simão Botelho, Tombo, p. 28.
Í559. —
«Cinquoenta corjas de roupas
zer «enfiada, ramal», derivado do aerampori», — Archivo, v, p. 401.
verbo kurkk, «enfiar», sendo kõrbat 1559. —
«E cincoenta corjas de roupas
«enfiada de pérolas». Kórchchu é. seramptiris. E cincoenta corjas de rou-
pas traqueteás. E cinquoenta corjas de
roupas mazaguayins». —
Apud Júlio Biker,
1 Traduzo a tradução inglesa, por ine Collecção de Tratados, i, p. 146.
ter passado desperceoido o vocábulo no 1563 —
«Chamamos rubins de corja,
original italiano, que não posso agora ter que he tanto dizer que comprados 20 a
k mão. Barthema passou a maior parte do vinte». —
Garcia da (^rta, Col: xltv.
seu tempo no Malabar, como observa Gar- 1632. —
aSinalou-lhe o Viso-Rei de. or-
cia da Orta, e pretendendo dar informa- dinária. .. vinte candiz de Arros, dez de
ções originais com respeito à índia inteira trigo, oito cântaros d'azeite, e dez corjas
e à Malásia, aproveitou os esclarecimentos de Cotonias. São Cotonias lenço da terra,
fornecidos pelos portugueses e pelos co- que serve para vestido. A Corja be nu-
merciantes locais, mas não conseguiu re- mero de vinte». —
Fr. Luís de Sousa, i/i«í.
produzir as diçòes vernáculas com a exac- de S. Domingos, 7ti, p. 275. '

tidão dos nossos escritores. 1635. —


«Andou por casa dos mercado-
CORLA 311 CORNACA

9
e oMadoê, e oi fintou «m cem corjas
J« toadas*. —
António B"i - ' ^ ni, '
,

p. 243. I

m. 1805.
•Tu. que det«at«a «mía r«ij« horr«n
Qu« <l«v/>'» '> •'^•."— ." i"....i ......
Primeiro
ii

1612. —
«White o.illicos fiom twcntie to |

forty Royal» [réis] tlie (a Cor^e Corge


beiug twentie piecesU. —
Saris in GÍoê-
tary.

• CORLA. Subdinsâo do dtssava,


ou distrito, em CeilSo. Do sing, ^õ-
rale.

1G03. —«Ireis pessoalmente com vosso


escrivSo a todas as Corlas; na cabeça
de c.'i'la liui!i;i. <'ii u:\ iil'iiii qUO Vi'3 l>ave-
(•. 'iS

t<
CORNACA 312 CORTE DE JIHÔES

mâo e servem de aios aoa elefantes». — it was to tame them, each animal being se-
João Ribeiro, i, cap. 10. cured to four tame onesu. —
P. E. Pieris,
1687. — «Logo 08 Cornacâs (liomSs Ceylon, ii, p. 67.
que tem por oficio domesticalos, c gouer-
nalos) 08 vão amarrando, cada hum no *CORNOM. Trompa indiana do
meyo de quatro Aleas mansas». P. Fer- — bronze. Do cone. Icarnó, mar. karnã,
não de Queiroz, Couquinta de. Ceylào, p. 57. hindost. karnai<^kv. kuran.
1(595. —
«... e desunião, que succedeu
na Corte de Visapur pela cleyção, que fez 1873.— «Os gritos estridentes ànchinga
a Rainha do filho, segundo dizem, de hum (vid. xinga)e do Cornom, precursores
Cornaca de Elefantes». Cosme da — da rabanada da Vadia inteira, denuncia-
Guarda, Vida de Sevagy, p. 5. vam que a festa principiava». Tomás —
1837. —
«O leão, posto que já maltra- Ribeiro, Jornadas, ii, p 101.
tado, immediatauiente se lançou, e o teria 1898. —
«... ao som estridulo àopripri
acabado em menos de um credo, se o ele- jG do cor nôn, nos seus /xíarnòorcs lustro-
phante espicaçado pelo vmhut ou corna- sos de garridas telas, cruzando sobre chó-
ca (guia) não desse um passo avante». —
lis de finissimo cetim !». Oliveira Mas- —
O Panorama, de 26 de Agosto. carenhas, Atravez dos Mares, p. 203.
1861.— «Um cornaca (conductor) 16()3. —
«11 y a tel hantbois, celui qu'on
maltratou injustamente um elephante, e appelle karna, qui est long d'une brasse
este no impeto do seu furor matou-o. A et demie, et qui n'a pas moins d'un pied
mulher do cornaca, que estava presente, d'ouverture par le has». Bernier, Voya- —
pega logo em dois filhos que tinha, lança-se ges, II, p. 32.
aos pés do bruto ainda furio.<?o, e diz-llie 1791. —
«Aiissitot les grosses timbales
:

«Pois tu mataste meu marido, tira-me de cuivre, et les karnas ou grands haut-
também a vida e a meus filhos». A estas bois de la garde, sonnèrent I'alarme avec
palavras, o elephante para de repente, un bruit épouvantable». Heruardin de —
deixa a fúria, e como se fosse tocado de Saint-Pierre, J.a Chaumiere Indienne.
pezar, pega com a tromba no mais velho
dos filhos, põe-no sobre o pescoço, adopta-o Coru. V. cuddô.
para seu cornaca, e nunca mais quiz * COSSA (beng. koxa). Embarca-

consentir outro guia». Archivo Pitoresco,
IV, p. 318.
ção pequena de Bengala e Arracão :
1898. —
«Montando nos seus soberbos canoa, almadia.
elephantes, e acompanhado pelos naires
e cornacâs». — 1602. — «E da banda de Siripur, esta-
Oliveira Mascarenhas, uam também cem cessas (que sam certas
Atravez dos Mares, p. 38.
1906. —
«Á ordem do cornaca ajoe-
embarcações)». P. — Fernão Guerreiro,
Relaçam Annual, fl. 43 v.
Ihou-se o animal, iustallando-me ea e o

amigo no largo dorso». Hipácio de tírion.
^1605. —
«Sayo seu Capitam geral com
hua armada de mil velas, as mais delias
Duas mil léguas, p. 162. geleas (= jalias).
1610. —
«Embian à las seluas y bos-
e alguas outras maio-
. .

res como catures, e outras que chamam


ques vna hembra, ala quale por nombre
comun dizen Aleáh con vu Cornaca, que
Cessas». —
Id., fll. 96 v.
1635. «Quarenta embarcações, era que
es vn índio, que sabe hablar y gouernar
entravam sanguiceis, jalias, cossas, dau-
ai elefante». —
Pedro Teixeira, Itdaciones, ras». — António Bocarro, Déc. xiii, p. 433.
p. 131.
1658. —
«... d'ordinario é toccato de Cosse. V. coce.
suoi Cornacchi (cosi chiamano quelli,
che li gouernano)». —
Fr. Viucenzo Maria,
CORTE (ingl. court). Tribunal ju-
Viaggio, p. 397. dicial. Usa-se o termo emindo-por-
1674. —
«Cornacas sou los que gu- tuguôs com relação aos tribunais in-
biernan aquellas valientes, e entendidas gleses.
bestias».— Faria e Sousa, Asia 1'ortuqnesa, ^
II, p. 112. ^1866. — «A casa de justiça chamada
1678. — «On appelle cenx qui condui- Corte, é uma sala dividida ao meio por
sent les Elephans Cornac, ils se placent uma grade de ferro». — F. L. Gomes, Os
Bur le eol, oú ils se tiennent fermement, Brahamanes, p. 291.
sans avoir besoin de bride». Dellon, lie-— 1824. —
His Cutcherry, or Court of
lation d'un Voyage, i, p. 168. Justice, the gaol, and a small unoccupied
1700. — «Dapoi che il Cornaccià bungalow, are the only buildings».—
(cornac, cioè colui che gli monta) avea Herber, Narrative, i, p. 161.
all'elefante scoperto la grappa per faria
* COUTE DE JIBÕES (ant.). Desi-
veder ai Re, lo faceva girare». — Gemelli gnava- se na índia por esta locução
Careri, apud Gubernatis, JStoria, p. 264.
1914. — «They [elefantes] were then led certo tecido, especialmente destinado
away by the Kurunayakas whose duty a jibOes.
COSTA 813 CÒ8T0

1<Í34. — «HA nesta |' tea- prender um padre nr>s- "í

res <1'- T'liniH, (im' i-li. le Jl na Costa 'In Pt-scaii ^1

bó( 19». —
AuUinio em n<>f» !la«. — i'. Mauucl liarra-
Ho, ladt Titauary, das. Hl* marilima. ii, p 117,
"
III, {I 2 1718.- «Lra .i ;

cez de naçfto, ma
• COSTA dor na índia, <' .

iailiuih>ta> mulher de gani;ii'


varesG '

por antonouiásin, n • costa de Lho-


.

K • .
- i ,
' brancoda
ramflndelt, e mnis restritamonte a Costa, i '.-infiiic dous frascos
iluo,
• costa da Pescaria» E porque co- de ftfína ; -: !.i, e dous cortes de carme-

nhr'nani a '
"i. dl- íiui». — iii , y 216.
1620. —
«Lea realles ont neu ou point
ziaiii Chor;. :afln-
de conrs en cet c-i" i» i' y faut des mar-
dei», assim como diziam, com ij;ual ohandisea de Sn la coste*- —
propriedade,' Columbo e Samatra, General Beaulitu, .. í«, P- 45.

representando o tam. ChõramanJala, COSTEIRA iqhoxteira). É a bixí-


'"'
«reino de Yule reconhece nea Ilydnocarpus \VUjhtiana,V>'
quo «09 I' >''8 aderiram em
«Extrae-se óleo da semente [ku :
geral á formu mais correcta Choro-
thel), que ô asado, cora grande pro-
mamld» *. V. rara. veito, contra as sarnas e a lepra».
Com a mesma sipcnificacSo passou I). G. Dalgado, Flora. Do cone.
o '
' " "ta ao crioulo portu-
kaxfhãrh, tfrutos», kaxthi, «árvore».
gii e ao malaio e sun-
i,

danês, e ocasionou vários compostos,


1866. —
«.\llas também se tira de mis-
tura com as sementes oleaginosas, taes co-
como kain Kosta, «roupa da Costa»; mo gergelim, kost, undáns, etc.». F. N. —
êagu su-Koêta, «sagu da Costa». Xavier, Detcripçào do Coqueiro, p. 24.
V. Injluhjcía, TambOm os ingleses 1872. — «A qhoxteira- 7'-"' '^m
malabar mamtti, cultivada n^ 0, é
o empregam no mesmo sentido. i

uas bordas dos arecaes, e nos ^i:. . ^..rj- ,

V. Gloêsan/, s. v. Coast. gosos. O proveit4i que se tira da qhOX-


. .

teira é o óleo que se extr:\r (l:is sii.ià se-


1 - 'irdinarioa
mentes. Silo expítstas ao > 'i-
qii •• tem<'8. e
das para se .separar a am a,
<,« Cn,fa,
d<> as sementes do ri-
mesmo modo como
ou é moida em amêndoa
cino; e finalmente a
ni"ii'i Ml' n'liit'iiio para
moinhos próprios, se bem que grosseiros,
!i

Jtu^.•*.1r a \ i' — Primor r Honra , fl . W t*.


para lhe extraírem o oleo.. Bernardo da —
\i)in\. — ' ' '
foram graiule
Costa, Manual do Agricultor, xi, pp. 22S e
parte, par.i V Costa sa1»e-
230.
"'
r«M ' iiititrem jutrprtua-
iia». — F. Joio Lu-
1917. —
«Nós temos varias outrsa se-
mentes oleaginosas nSo oomestivei'*, co-
9.
mo. a qhosteirat o
. .
'

oroço e alegria em
Quem nilo conhece o alto \

Cu^t^ a chegada do seu


— da pinaea de qhi}»tan*'i " Luminar, ue —
graií' c santo padre Francisco». Id.,
23 de Julho
CÓSTO. É nome duma raiz nr
licH, procedente de San»Mra La^ ^ ..
<ia t4<rrti toiis(;iii tratar,
ri' na Costa. (\nr pcra Clark, indígena de Casraira. O tHi-
a nio primordial é o sAnsc. kuffhct
ij.i de que os gregos fizeram koêtú»y
f ftu e
1 mar lia; vay
os romanos costu» e os árabes qaêt.
— I* KernSo
V. pucho e tiplot.

Momo 1563. — «Diguo que coato ««m arábio


Scuhur, pel'j atrevimento que tete em e chama ro^t ou ca»t, o em ne
chama •<;>/"/, e em malaio. )'

•ne
grande ni< '•se gua.»'
\qny ""^m Mal«*'al ninem j«|r<^ra t«do chama yur ici* da O: It.

' e 1712.- ..<'«. ' tuna


to rail sue cosa, d.. legar,
SartKxa, Livro, p. óti. pouco mais ou meuo.s, ue eor uituicSi O M-
COTA 314 COTABASSA

bor aromático, o cheyroso, com alguma dida do arroz [em Caillu] ha bilas ootas
acrimonia, c mistura de doce, e amargosoD. que tem 5 parnas, e outras que tem 6 pa-
— líiutoau, raaso. —
António Nunes, Lyvro dos Pesos,
1891. — «Continua a ser verdade que p. 36.
ainda hoje a maior parte do costo vae «E os cauryns 12000 he hua cota; e 4
para o (Celeste Império. Attribucm-lhe ali cotas pe.sa hum quintal cumummente, dos
numerosas projjiiodades medicinaes, carmi- meudos, que os grosos pesam mais algua
nativas, estimulantes, antisepticas, e mui- cousa». — Id., p. 35.
tas mais mas é sobretuclo empregado para
;

queimar, com uma significação religiosa». # COTA, coto. Fortaleza, na índia.


— Conde de Ficalho, Col. xvn. Neo-Arico o sânsc. kotta.
c. 70. —
«Radix et folium ludis est má-
ximo precio. Radix costi gusto fervens : 1563. —
«O Rey estaua recolhido a hum
odore exímio fructice alias inutili
: pró- : lugar que se chama a Cota, que quer di-
prio statim introitu arnnis Indi in Patale zer fortaleza». —
Gaspar Correia, Lendas,
insula». — Winms, Nat
Huitoria, xiijCa^t. 12.
. ri, p. 519.
1578. —
«Es el costo caliente, prouo- 1568. — «Afastada da qual está hua
catiuo de urina, y dei menstruo: y pioue- em que se
foi-ea, o Reyrecolhe, chamada
clioso a las enfermidades de la madre». — Cota, como nós cá dizemos fortaleza». —
Cristóvão da Costa, Tractarh, p. 3d7. João de Barros, Dec. Ill, rr, 1.
1596. —
«Aromata autem haec fere 1563. —
«Em Calecut tinhão huma fei-
sunt. .. Santalum, Costus Indicas, Nar- toria, com fortaleza, que oje em dia per-
dus, luncus odoratus». —
Índia Orientalis, manece, e se chama China cota, que quer
IH, p. 99. dizer fortaleza dos Chins». Gaixia da —
1610. — Halla se en Xiraz, aquella se- Or ta, Col. XV.
gunda espécie de Costo amargo, à que 1685. —
«O principal Rei, e Reino, 'que
Pérsios y Árabes dizem Eost». Pedro — alli havia era o de Cotta, a quem os de-
Teixeira, lieJacinnes, p. 23. mais veneravão com os respeitos de Impe-
1615. —«Mi hanno mo.'itrato vn Costo, rj^dor. A sua Corte distava de Columbo
ina di quella sorte, che il Drogho Venc- meia legoa». — João Ribeiro, Fatalidade
tiano mi dice, che in Venetia, e per tutta Histórica, r, p. 4.
Italia ve ne ò assai». —
Pietro delia Valle, 1687. —
«Defendia a Pcrea Cota, forte
Viaggi, i, p. 549. pouco distante da (Jidade com ponte de
1875. —
«Besides these resinous subs- madeyra leuadiça». —
P. Fernão de Quei-
tances, the Custus of the ancients may roz, Conquista de Ceilão, p. 23.
be mentioned (San.sk. /v'?/*/; Ma), being still 1774. —
«A roupa, e mais cousas, que
exported from western India, as well as vierem das Boyadas, e na cabeça dos Be-
from Calcutta, to China, under the name garins da Província de Salcete, Pondá, e
of Putchok. to be burnt as incense in Chi- Zambaulim, e forem para fora, o seu direito
nese temples». —
Yule, Marco Polo, u. toca ao Cctto do dito caminho». Colle- —
p. 388. cçào de Bandos, r, p. 20.
1908. — « Costus
root has been held 1908. —
«Agora me dizem que, na occa-
in high repute from remote times... The siâo das antigas guerras, era á tranqueira
roots are actually dug up in large quanti- dos Datos ou dos Régulos que recolhia o
ties in Kashmir, cut into .small pieces and povo, e na Cota se defendia do inimigo».
sent to Calcutta and Bombay, whence the — Alberto O. de Castro, Flores de Coral^
drug is exported chiefly to Òhina and the p. 252.
Red Seiau. —
Watt, The Commercial Pro- 1623. —
«E è porta di vn piccolo Cas-
ducts, p. 980. tello, che con voce Persiana dicouo essi
Cut». — Pietro delia Valle, Viaggi, iii,
COTA (tam. kUttei). Medida de ca- p. 73.
pacidade para cereais, em Choramân- 1666. —
«Le mot Cot en Indien veut
del. Nas ilhas de Maldiva cota é um dire Fortresse ; et à cause de toutes ces
fortifications, les Indiens croient que cette
peso de cauriíis. Place est imprenable». —
Thevenot, Voya-
1346. —oChamâo elles a cem delias ges, III, p. 239.

saia, a sete centos alfal, a doze mil al- 1673. «A demie-lieue de Bargara Ton
cottá, e a cem mil bocetu; e nellas se trouve le Basar, que les Malabares appel-
vendem quatro boce/ns por um ducado de lont Cota, ou Cognialy; ce premier nom
ouro». — Ben-líatuta, Viagens, ir, p. 271. signiiie Une Forteresse, et I'autre est ce-
— Del-
1520.— «Huua lequa Uaquej ssaão cem luy du Corsaire qui y
Ion, Melation d'un Voyage,
commande».
mill cotas, e huua cota ta rs.» (trinta ii, p. 3.
reis). — Carta de Álvaro Fernandes, Al- COTABASSA. É um termo, actual-
gíins Doe. da Torre do Tomho, p. 449.
1554. — «E bua cota d'arioz deste
mente desusado, das comunidades
porto [de Negapatão] tem 4 paraos dos de agrícolas de Goa, kattãbhãs em con-
Cochim de 42 medidas paraa . . . E a me- cani, que quero dizer «o compro-
COTAOOULÂO SM^ CUiAÍÍÍ

inisso rigoroso», quft o sacador to- ooulõe*, '

*
mava ' * '
' o*
e '
'aii ÚHa I

foros». '* do Oft —nr <•

al>:uns u cultivado- pr
Vf-
res do , s.
Dtc. X, V, 'J.

I7!ir> — «T! Koroiio .1 Sniiidoriã i1:% Ca-


COTAHALUCO. Era o titulo por
m/J
coi I que eram conhecidos dos |)Ortu;,'U"-
tui 808 os reis maometanos da dinastia
de Golconda, proveniente do epiiLio
maUu C — í'. X. Xavier
(filho,, >, p. XX'Kt.
do seu fundador — Qutb-ul-mulk, que
1TJ7 - i
em áral)e quere dizer «Kstrôla polar
gueza lir a do Barros e Orta d&o-lhe
estiido».
ih- t.«l-3 ~
. :
outra derivação híbrida.
ou arn-inati.
V
mi
j

e se-
1543. — f vicrào a estes
concerto? í.
'
. i- Cotamalu-
cura- •• ;;: sào out' "S
00, e
de iiovn, .• .

senhor,
ar rem a lado o genros a » - íize-
::eiro e
.,,1
COTACOULÃO. A em (jue turuuu au liula^Mte muy
de fru'Tm |ví]ii'*r te». — Gaspar Correia, Lcitdat, iv,
dia
<Í0 nou.
n;
_-:-
15(5,3 — nCota em Arábico [em sânscri-
toi
to] he '
por isso Cotai maluco
•>

denominado, do mesmo modo que


i

3ner
q„'er ^i! ieza do reinou. Garcia —
mn I .- \ \ ..:„.._ --If» nrkc I Àna dn
Orta, V d X.

ri' ,to se i
1571. — «Ob CapitScs do Reino do De-
f.n lOS. . . r
^_

CO— .,---- -
. -. rsobreo- j,,.,,,,,,,,,- ,„,.„ .„,.. .,„ ^r
rios Cotocoulào e Canhoroto, onde os j
lança da terra, Cota Malm a-

naraos se armaram». Diogo doCou- I


h" '' '* '^"' '' ' '
»
ju ^
.
r;

1 T\' -v' I r ., o I*. '


t iioiiHJ, lhe ctia-
to, Dec. All, V, 8 -- Uota maluco, e
u .- -

— Jo2o
.

Hid<dchanm. de Barros, Déc. IV,


15í**2 — «Nenhum nauin líg-piro any d'es-
!, 16.
porSo m' illões, Cota
14.— «Convocou em
' i

~
llj
c nanir naue- de
Maluco, iiif ninava 1 rtr
;ti-

.va
lU". ~ cu nu <ir Hl,
11 IiUlcaii». — Diogo do Couto,
in
\^i^ I ..r...o« I> .V, 9.

forte que • COTARI ('marata-hindust. katãrl


uq»-. — Ii 1.

ii;u - '
-a- <8An8c. kartar'i). Punhal indiano.
....... .'. ^o Os soldados trazemuo na cinta.

I'lir/'.H, i,..e todos outros aarios*. — Id., j


!'
>

V- X, iT. 11.
u»-
Wrt-

I ..

que ii' ^. — «Wfth ft Caterry «r


ha ho
cbaxii.>
maar». — Duarte UiuboM, Ltvru, p. :H2. \
Cluld, kilUug aud aUL.D»»g a« u« goo»
CO-TAU 316 COTIA

These that run thus are called Amouki». — mesma maneira mais duas vezes a terra ;
Ovingtou, A Voyage to Surait, p. 126. logo que se ouvia outra voz Kilay cnm que
1825. — Lcfl
cavaliers inaures et mah- nos levantávamos, e púnhamos de pé romo
rattfis Bontarmé-s de lances, de Hí-ches et no principio; e toda esta ceremonia se re-
de katharys, espí^ces de poigiiards». — petia por três vezes». —
Ibid., p. 155.
P. Dubois, M<£u,ra, ii, p. 4i*6. 1825. —
«Macartney fez a ceremonia do
Ko-tou, na cidade de Tien-sing, j)erante
• CO-TAU. Saíidaçao chinesa, pro- o retrato do imperador, e de cada uma to-
vavelmente introduzida pelos mon- cou o chão com a fronte». José Inácio—
de Andrade, Cartas, i, p. 145.
góis, perante o imperador ou seus
1898. —
«A imperatriz eleita ajoelha,
representantes, a qual consisto em prostra-se três vozes, repete mais duas ve-
pOr-se de joelhos o tocar a terra com zes a genuflexão, acompanhada de três
a cabeça, sendo trôs vozes trCs ao prostrações em cada vez. Ao levantar-se
ella, a duqueza mãe e outras damas pre-
soberano. Do chin, k'ot'ou, «bater
a cabeça». Bater a cabeça tambOm
sentes fazem a mesma cerimonia». Joa- —
quim Calado Crespo, Cousas da China,
dizem os nossos escritores antigos. A p. 56.

mesma pragmática vogava na Pérsia 1900. —


«Era justo que nós batêssemos
cabeça ao Imperador quando eiles faziam
muitos séculos antes da era cristã,
como consta de Heródoto, Plutarco
Kotau á carta do nosso rei». Ta-ssi- —
-yang-kuó, i, p. 760.
e Cornélio Nopoto. V. Olossary, e 1640. —
«Son temidos de todos los Ma-
JoSo de Barros, Déc. Ill, vi, 1. gistrados, que a sus tiempos les hazen suas
reverencias como a superiores, en sala
1542. — «Antes de chegarmos a elle
publica adonde estando los Colaòs en pie,
:

van passando los Magistrados, por orden;


[rei tártaro], dez ou doze passos, fizemos
nossa cortezia, beijando o chão ires vezes, y los reverencian hasta el suelo llamase :

com certas cerimonias que os interpretes a esto Quo tham, como se dizessemos,
nos ensinarão. —
Fernão Pinto, Peregrina- passar la Sala». —
P. Semedo, Império de la
ção, cap. 122. China.
1G05. — Mandarins graues o
«Muitos 17(X). —
«Le Pere de Fantaney revestu
foram visitar, e bater-lhe a cabeça». — de ses habits Chinois d'Envoye de I'Empe-
P. Fernão Guerreiro, líelaçam Annual, reur, lui fit le Kotheou, c'est-à-dire les
fl. 73 V.
genuflexions qu'on fait à la Chine, quand
1668. —
«Os ditos Mandarins com gran- on veut honorer extraordinairement quel-
qu'un». —
de cortezia lhe fizerão 3 vezes reverencia Lettres Édifiantes, iii, p. 85.
abaixando-se com meyo corpo, e três vezes 1782. —
«Leur superstition pour le nom-
postos de joelhos lhe baterão cabeça». — bre neuf est extreme
nombre
tout se fait par ce
;

In Ta-ssi-yang-hió, i, p 7()0. ;on bat nouf fois la tête {batre la


1679. —
«Pondevos de joelhos, e todos ttte, c'est la pencher neuf fois centre terre
en se prosternant) si Ton aborde un Man-
se poem de joelhos Kiec teu, Ponde as ca-
:

beças em terra: e logo se debruçam to- darin, et celui fait la même cérémonie
dos. .Continua o mestre das ceremonias,
.
en approchant I'Empereur». Sonnerat,—
dizendo: Keu teu, id est, Batey vossas Voyagej, ii, p. 31.
cabeças na terra; todos as abatenu). — 1853. —
«Cest cette cérémonie du Ro-
Fr. Jacinto de Deus, Vergel, p. 249. teou, ou du prosternement, à laquelle les
1727. —
«Quazi todos os Governadores ambassadeurs étrangers, surtout les An-
das villas quando me buscavam, oíFereciam ont eu une grande peine de se sou-
glais,

seus papeis azues, que he vir bater cabeça, mettre». — Pautfiier, Chi7ie, p. 322.
e se eu lhe admittia a visita, era logo pre- 1875. — «The Kowtow (Khéu-théu)
cizo não deixal-o ajoelhar, porque haviam which appears repeatedly in the ceremo-
de fazer com effeito o que no papel diziào». nial, and which in our text is indicated by
— Apud Júlio Biker, CoUecção de Trata- the four prostrations, was, Pauthier alle-
ges, not properly a Chinese form, but only
dos, VI, p. 52.
1729. —
«He a forma com que se bate I
introduced by the Mongols».— Yule, Marco
Polo, I, p. 378.
nove vezes a cabeça o seguinte : Primei-
ramente postos todos de pé com os cha- 1913. — «The obeisance to a king was
péus na cabeça (porque he contra a poli- similar to the Chinese kowtow
aud was
tica do Chinez o estar descoberto) com as known to the Portuguese as the zumbaya,
mãos estendidas ao natural se ouvia huma from the Malay sambah, obeisance». —
voz Kueij com que ajoelhávamos, logo pas- P. E. Pieris, Ceylon, i, p. .'>27.
sado algum tempo se ouvia outra voz Ko-
COTIA. Barco pequeno e ligeiro da
teu com que tocávamos a terra com am-
bas as mãos, e juntamente com a cabeça, India meridional. Yule descrove-o
e postos outra vez de joelhos ao som da como «embarcação veleira, com dois
mearna voz, que se repetia, tocávamos da mastros, e velas latinas^. Do ma-
COTIA fti? COTONIA

laiala kõttiya. O giizarate também dit o de ter pago oe direitos, qae

tom cotit/uiii, quo talvez seja o étimo se <


I'Sgar da dita lenha, qae alo
dous xeralins, e meio por cada Barca, e
da pniavra portuguesa e ila roalabá- cinco xeraííus por cada Cotia». CoUee- —
s se çào de Handoê, i, p. 17.
.
s do 1571. •I)aiit ni>rram continuo vt parua
norte. quaedam na' is (jocnsca vtuntur,
quae A-emis . ur (Cotias autem
— Nio ousio de vir ae ootlas de
1518.
nppcjlant) in vuuni lucum conueniauta. —
Jerónimo Osório, Ue Hebtia, ii, p. 462.
Cbaul com mantimentos e consafi que me
alo necessárias*. — Arehivo Port.-Oriental,
COTONIA. Tem-se empregado a
T,p 19.
1521. — «E lhe mandou que fosse êin palavra em
várias acepções, todas
huma ootya, barco da terra, que vinhão referentes a tecidos roupa de algo- :

maytas de ("haul». — Gaspar Correia, dão, linhagem, tocído de linho oa de


Lendíu, II, p. G22.
seda. Bluteau diz (Suppl.) que é
1531. — «De cada hum homem que for
em almadia e coteá jvr Píte rio acima «pano de seda da índia, lavrado',
ievn Me- tem três palmos de largo, e dez co-
xia, /;l.
rados cada peça serve para vesti-
lo.':.' — liS'Ji ilhcoá de (jua se
lubar- i
dos de mulheres». Actualmente, na
;

cou cm sua armada, que .seria de até doze


'
ma boa gente de índia, designa um tecido listrado de
Iliétnria. III. cap. 9. seda e algodilo '. As cotonias tara-
'
lu eram usadas para velame das
tias
-
"sas armadas antigas*. Do ár.
Ct-'.-iUl". .'^IIIIUD l)Otf-
qutniya; conforme Vulo, do persa
Lwt.Tiu a dita praia de vala- kuttãn, «linho ou tela de linho».
dos loque se emjxídia a .seruen-
tia >,e varaçâo de ootias, que 1511. — «... ootonyas brancas dal-
varar». —
Carta Réuia, in ^ godam três mjll e sete centos esetemta e
185. cymquo ootonyas dalgodõ em que vem
1Õ6<) Muiidou que se aparelhassem enfardelados os ditos panos». In Cartas —
ali:uii!.i- Cotias. <.uf sào de remo, pêra de A. de Albuquerque, v, p. 168.
ie guerra». Da- — 1513. • —cotonias d algr.dam, tea-
. . .

de D. Manuel, iii,
I
das d algodam, roupa bui.\a d outras sor-
cap. j. tes». —
A. de Albuquerque, ibid i, p. 224. ,

1571. — «Quarenta e três nauios, à que 1516. «Ha outros panos pintados muy •
cotias». — JoJo de Barros, Dé- muy tas sortes, cotonias de seda,
, 12
IV, ias».
,
Duarte —Barbosa, Livro
11)11. — «f- hílo de fiar .
[•J.' rd ), p. 289.

•er nauio pcqi. i, Cutia, Pa- 1525. —


«E asy lhe mandou breu e pre-
ráo de bico rcvuii mor e Honra, gadura, e fyo e cotonias,
Ú. 72 p. gymeuto dos naiiyos». /.• — i

1602. — «E
assim »u i>o3 fogo a vint<> «A corja de qíiotonyas ^jramus vail
aoa que estauAo, e a muitas Cotias
ali 250 tamgasv — Jhid., p. 4».
carrej^adas de fazcudas, mantimentos, e 1526. — «O
ade comprar e faser
feitor
madeira*. —
Dloj^o do Couto, Déc. IV, contratos de salitre, linho, cairo, ferro
VI, 9. breu, azeite, lonas o cotonias» He^i- —
1GI3.— «Tinhfto queimado seis ootlaa, metUo de Afonso Mexia, in Arehivo, r.
' '' '"" "'-•'• '

':i de mu- p. 99.


Andrada, 1535. —
«E dos toldos das fustas, e al-
gumas velas, e cotonias que comprario,
1*
. Roy de nserfto tendas e omparos peraosoU. -»
r.ii
,^ """ ""- Gasnar Correia, I^mla*. m. i' 17.

I n«ll«*S(7i lott. • Tomarào n mil cru*


Ml ,iii cairo» xados de roupas que '

|ue a uòr
Júlio iiiker, Coiitcçào de Tratadoê, i,
parte erio cotonias do i. lunbaya, que oi
p 2H«>
UW. — «Na oiadnig
«Cw^Mnfe. . . n sllk or míjfd «ilk and

de buuAU, (Jr
1726. — .N
alguma de lenhu sem u^rcticutar diiiv do | lanUf xviii, p. Ik.
COtUBANA 818 ÒÔWMSA
tutnes coDiprauão ás nãos que vinlião, pêra cobradas n'este tempo segundo a liquida-
vellas de suas galés». Id., p, 244. — ção das contas». —
Apud Júlio Biker, Col-
1554. —
oEu ordenei ngora que se fizes- lecção de Tratados, vii, p. 22.
sem aqui cotonias j»era as velas, e po- 1780. —
«As cobranças dos foros das
dem se sempre imiifo bem fazer p()rqiH! ha palmeiras, arequeiras, e jaqueiras se faria
muito tecelào iia terra». Sioiâo Jiotclho,— segundo a certeza da estipulação de cot-
Carta», p. 7. tubana, que constava dos Poítós». Col- —
1588. —
«Será muito meu serviço, e pro- lecçào de Bandos, i, p. 273.
ueito comum virem dessas partes alguas «Huma das ditas propriedades estava
pessoas que fiem e teyão algodão polia aflorada, segundo o uzo do Paiz em Cotu-
muita quantidade que delle na ejn toda bana, que he hum foro perpetuo com uma
aquella costa [do Brasil] de que se pode- pensão certa, que não tem alteração». —
rão fazer muitas cotonias para velas, e Ihid., p. 275.
outros panos de diferentes sortes». Carta — 1845. —
«Cótubana. Terras com foro
Régia, iu Archivo, iit, p. 142. certo e inalterável». —
Annaes Marítimos,
1589. «Seis corjas de cotonias, dous p. 249.
fardos de assucaru. —
Carta Régia, p. 516. 1852. «Cutubana, hittunhann terra —
" 1()14. —
«Com calções de cotonia a dada para alimentação dos moradores da
meia perna, saya de malha, e montante aldeã, mediante pensão certa; foro de se-
nas mSos». —
Diogo do Couto, Déc. V^II, melhante terra, conhecido ultimamente,
II, 11. como fèro limitado». —
F. N. Xaviei', Bos-
«Fizeram alforges de cotonias para o quejo Histórico (2.» ed.), iii, p. 64.
caminho». — Id., in Hist. Tragico-maritima, 1885. —
«A ultima parte ficou reservada
IV, p. 98. para os aforamentos in perpetuvm (cotu-
1634. — «Ha nas torras e nos reinos do bana) e para os arrendamentos temporá-
Mogor. cotonias de seda, e patacas de
. . rios (íôro corrente), servindo as designa-
seda que servem pêra o sul». António — ções —
gormanda, culagor,gorbata, tican —
llocarro, Livro, in O Chronista de Tie- para indicar a applicação que poderia ter
euary, iii, p. 103. a terra, dada de aforamento ou de renda».
1650. —
«Estava o velho Eei com um — Teixeira Guimarães, As Communidades
lençol de cotonia almagrada cuberto, Indianas, p. 12.
com o seu lingua empe». Bento Feio, — 1886. —
«Uns como foro de cotubana
Hist. TragicD-maritima, x, p. 149. ou permanente, outros, como foro de serestó
1846. —
«Os que coutam com mais meios ou de contagem das arvores fructiferas».
fazem-no de cotonia ou atalá (O 1." es- — Lopes Mendes, A India Portugueza, i,
tofo de stda, o 2." com mistura de fios de p. 143.
ouro, e flores espalhadas pelo corpo, am- 1890. — «A palavra kutuban implica
bos fabricados em Tannam e Surrate)». — em si propria uma renda fixa, sem fluctua-
F. N. Xavier, O Gabinete Litterario, i, ção». —
António de Almeida Azevedo, As
p. 102. Cofíimunidades de Goa, p. 31.
1589. — «On y fait beaucoup d'ouvra- 1901. < — A
estes adventícios concedeu-
ges de coton de diverses sortes, et de di- se algumas varas de terra com a obrigação
vers noms, comme Canuequins, Boffetas, de pagarem á communidade uma retribui-
lorins, Chanters, Cotonias, de quoy on ção in perpetuum {foro de cotubana)». —
fait des voiles et des sacs». Linschoten, — José Pinheiro, Boi. <S'. G. L., xx, p. 86.
Histoire, p. 19. 1909. —
«Cotumbana ou cotubana,
1673. «Silk — Alajah, or Cuttanee termo composto de duas palavras cutnmb —
Broeches». —
Fryer, East India, ii, p. 113. (familia) e ana (alimentação) significando
1676. —
«Cotoní de soye. Cotoni .
assim primitivamente a alimentação d'uma

.

de soye et or, et de soye et argent». familia e depois o terreno cultivado, sufíi-


Taveruier, Voyages, v, p. 212. ciente para essa alimentação». —
Amâncio
16H9. —
«It is renown'd for Traffick Gracias, Subsidios, p. 241.
through all Asia, both for rich Silks, such
iii Atlasses, Cuttanees, Sooseys, Culgars,
* COTUMBA. Barco pequeno do
Allajars, Velvets, Taflatees, and Sattius». Guzarate. Parece que o étimo ó o
— Ovington, A Voyage to iSuratt, p. 21. mar. kotgniba, talvez existente em
guzarate, que literalmente significa
COTUBANA. Furo íixo e perpétuo
«dorna» mas podo ter sido aplicado
,

de terreno primitivamente inculto, uo


a uma espécie de embarcação.
Concão. Do concaui-mar. katubãn.
1552. —
«E elles lhe buscarão três zam-
1727. — «Cutubana.
São aquelas fa- bucos, que se chamão cotumbas á custa
zendas, e propriedades, que pagão certos de Meligupem». —
Castanheda, Historia,
foros limitados à Gancarla cada anno, e III, cap 134.
não entrão a ganhos e perdas». Bluteau, — 1557. — «Elle lhes mandou três cotum-
duppltmento. bas (que são huns navios pequenos)». —
Í768. — «O importe das ootubanas Commentarios, iv, cap. 23.
COVID âlÔ coxlo

« CODLO. Escritora de gnrAtitiaon


'
_'nro, passada
u a uiu i{i(Ji-

viduo, fom a '


«le Hie coi»-
tribnir anualm ..: i tanto, em
Goa. Do coucani-mar. kaul, &r. kol.
1741. — "... a n5o pedir, nem inquietar
mnr;iil>ir alL'iitn <1r\ difii iir>>viiiria de Uar-
de:-
COXI-VARADO Ô20 CftAVÕ DA ÍKDIA
pour adorer Kouan-ti, et il est pea de ces mão Cocivarado». — João de Barros,
adorateurs qui ne tirent en infiine temps Déc. II, V, 1.
les baguettes divinatoiresv. Bazin, Chi- — 1579. — «Daqui em diante hão de pa-
ne Moderne, p. 27. far o dito Coxivarado á fazenda de
187(). —
«The Ho Chang and Tao ae... ua Alteza cm cada hum anno como os
The former is a Chinese name for the La- mais foroh». —
Provisão do vice-rei, in Ar-
ma Buddhists». —
Howorth, History of the chive, V, p. 963.
Mongols, i, p. 279. 1584. — «Passara huma provisão feita
em Goa a 29 de outubro de 1579 pêra hum
* CÓXI (jap. kosJii). Palanquim, tributo per nome Coxí Varado, que
andor, especialmente do micado. quer dizer peita de prazer, ou serviço vo-
1588. —ollião metidos em húa maneira
luntário, e oficrta graciosa, se arrecadar
pêra minha fazenda dos Gancares da mi-
de andas leuadas às costas de homens que
nha ilha de Goa, c das mais a elia adja-
aqui chainão Coxis cubertas todas de
charão preto muito reluzente e ricamente
centes». — Ibid , p. 1068.
1595.— «Coxl varado ou coxl pa-
marchetadas de ouro. Detrás destes se-
. .

poxi, que he o mesmo, he outro direito de


ffuião no quinto higar outras quinze andas
que os Gancares de todas estas terras por
destas que se chainão Còxis diferentes
suas livres vontades fizerão serviço anti-
na cor, porque estes suo brancos mui bem
guarnecidos». —
P. Gaspar Coelho, Cartas
gamente ao senhor delias e chama-se por
isso coxi varado que quer dizer di-
;


ae Japão, ii, fl. 201.
reito por suas vontades —
e a quantidade
COXI-VARADO. Literalmente, a lo-
era de hum quarto mais do que rendessem
as terras«. —
Tombo Geral, ibid,, p. 175.
cução quere dizer «contribuição vo- 1632. —
«Repartidas as terras em co-
luntária» para um fim determinado, marcas, que chamavão tenadarias, avia
com carácter em geraj transitório. huma como cabeça de todas, aonde das
Em Goa, porém, teve uma significa- mais se acudia cont o tributo (era o nome
oociverado)». —Fr. Luís de Sousa, An-
ção oficial muito restrita cotizaçao naes de D. João III,
:
p. 97.
das comunidades agrícolas paga aos 1843. — «Taes eram o goddovarado, o
dominadores que antecederam os coxivarado ou coxipapoxi, e o culcaina
portugueses, a qual não tinha en- papoxi que se pagavam ao Idalcão».

Annaes Maritimos, p. 134.
trado no acordo celebrado entre 1872. — «... pagando sem regatear os
Afonso de Albuquerque e as ganca- seus tributos, distribuídos por cabeceis e
rias (q. v.) das Ilhas. Quem primeiro arrecadados pelos tanadares, encargos que
renovou o coxi-vurado, a favor do láencontramos e a que, como se vê, demos
estado, foi o vedor Castelo Branco,
denominações nossas». — Tomás Ribeiro,
Jornadas, ii, p. 16.
de combinação quasi coacta com os 1885. —
«O soberano hindu, estabelecido
gancares interessados e depois de ;
no Concão, passou a arrecadar um tributo
muitas vicissitudes foi por fim defi- espontaneamente offerecido coxi vo- —
rado — isto é, dado de livre vontade».—
nitivamente abolido. frase provêm A Teixeira Guimarães, As Communidades In-
do cone. khoxi-varãdó, do persa dianas, p. 13.
khushl, «vontade», e do can. varãdã,
«subscrição» •. * COXOXU (jap. koshoshu). Pagem
fidalgo, moço fidalgo.
1545. — «Sendo veedor da fazenda os
— «Os
[gancaresj mandara chamar, e lhes dissera 1585. terceiros se chamão Co-
que pagassem hum tributo, que se cha- xuxus, que são mancebos fidalgos filhos
mava Coxi varado, que quer dizer peita dos sobreditos [umavarixtís]. lãntie os . .

de prazer». —
Provisão do governador, in quaes ha hi dez Coxoxus, que são man-
cebos fidalgos dos mais privados de Chi-
Archive, V, p. 174.
1553. — «Cada parentela tomou hua cugendono». —
P. Luís Fróis, Cartas de
certa comarca de terra, da qual se obri- Japão, II, fl. 153.
gou a pagar áquelle principe e seus suc-
cessores hu tanto cada anno, sem mais
CRAVO DA ÍNDIA. Botão da flor
crescer ou diminuir, quer as terras ren- de Caryo2)hyllus aromaticus, Linn.
dessem ou não, ao qual direito elles cha- Deu-se-lhe tal nome por analogia,
não somente em português, mas em
várias outras línguas, como dou em
1 H. H. Wilson diz que varãdã, em
canarês, significa «subscrição entre os
francês, clove em inglês, Kelken ou
aldeãos para custear as despesas da al- Nãgelchen em
alemão, mekheh em
deia». persa, tíng-hyang (especiaria-cravo)
Mi AVO DA INDIA CRAVO DA ÍNDIA

•m chin/*?». A denominaçSo portu- »ol, Be. fas preto, e nom havendo hi sol,
lA idio-
i^>s». — Duarte Barbosa,
71.
cravo
iiri». —
.
7.

1. 1,1(1* stt'8 : devem pren- 1. kXy. E O «> Ih anos


chaiiiaM e _/','.i', os V' '
'am
riiil kuanibu, e ao inalayo doiule h«? OaTA. Sam o> tes
; pois foi por iutermedio cravos pendem, comf> :

- povos, que a especiaria páos meados; e o crav


" índia e cht l
'

lis velho
nto d«>!« ar.i
3 madre
•ike, ttiito- > auno se nam do
ou huah,
., , ,

'

. thi Orta. Vol. «v.


iòíií:
')», é o nome lualaio do cravo,
"' ío em -•
Maluco, e nào )fca- .V,-

so aparece em alguma A>


\útico'. O
tam. ka-
CamOeti, LtuiaJ<u, x, 132.
I, e o malaiala ka-
'í, karayiibu ou karappa sfto 1589. «Tantos baros de cravo de ca-
... berá nu de battào, que conforme a dita
I ,.
,jç portugoôs, como o
ie carga, e livro di; receita se
n o o bí^nsrali kavãbu. I nos terços». Archivo Port- —
<
é là- Orienial, r, p. 1198.
1002 — "Tiradas
estas duas cousas
fora todo o mais cravo
io, e lhe chaiiião limpo de
liíiiu-M- 11(1 LMiHifi CU) (^u;l^<
yao e lU Luttão, e este de ordinário vai
le cravo;
cravo do cabe- i mais a torça parte, que por alimpar». —
vo de bastão ou Diogo do Couto, Déc. IV, vii, 9.
is que o produ-
Ifil.S —
'•^faiidaiia que ninhíia pessoa
^ crauo senilo de
•m BJlo
...».A,.
Ternate, Tidore, Maquieui,
..\f
hastàou Fran- '! —
pertencentes ao
1
ci.xfM dl' AiHlrado, Lfirott. de D. João III,

!;iluco. fl. 117 «.


1616. — «As.iíim
que darSo todas [as
1600 —«. ruibarbo, porçalaoa, cra- ilhasj em
njonçio grande, ate quatro mil
vo* da 11a». — Navegação de bárta do crauo de cabeça, por que nSo
y .1 dam sempre nouidadc intevra, se nío em
••'*""" •• • '- rn lia annos em que todas
crauo». — António Pinto
., I, .!,., I, 1 l.'l

1> : im
in trcs •- rso
lio valor: o cravo —,

i iue
.'
u flnr f,,:!,i,!.i a; iilO-

i esver-
.1 eupe-
r a
Io,
lo,
>» primwirA» hamiop, qa« f<r>rl«> t<»T to,
do
ba-
diucutc llilO». —
XV.
rio-
Crauo, |>oU so» bt
-•1.

de
>xe
po-
. .lucos lho chain''' Ct^nnc^no ^ -
-'"*'
c
L»i o.") do Coato, loc. c da Costa, ÍVscfaio, p. ttl«
31
CRIOLO 322 GRIS

criollo, ou le Creole ^!pousa TEuropéenc que le


CRIOLO, crioulo (cast,
Bort ou la famille amenèrent en Améri-
fr. Creole), s. m. e adj. O' vocábulo, Creoles sont eu general
que... Les
derivado de criar, tem vários signi- bien faits. — Id, iv, p. 196.

ficados, tais como : mestiço ameri- 178(5. — «Tra le donne Creole, mt«-
titht,Topasine e natural! Indiane a Coc-
cano e o seu dialecto, negro nascido —
cino vi sono anche alcune Europèe».
no Brasil, dialecto colonial. Em indo- Fra Paolino, Viaggio, p. 84.
-português somente se emprega om
duas acepções: filho adoptivo, e fâ- CRIS (malaio-jav. khis ou kriá).
mulo criado em casa desde infância. Punhal mal aio que tem dois a três
Bluteau diz que crioulo ó «escravo, palmos de comprido e dois gumes e
que nasce na casa do senhor». a lâmina ondulada. Afonso do Albu-
— «Chegou da Igreja do Cães hum querque, nas recepções solenes que
1687.
Clérigo,que disse ser dos Christãos de dava aos reis e embaixadores do
S. Thomé e fora crioulo do P. Reytor Oriento depois da conquista de Ma-
;

da Igreja de S. João». —
P. Fern<ão de laca, trazia à cinta, conforme o tes-
Queiroz, Conquista de Ceylào, p. 561.
1730. —«Morrendo com bastante cabe-
temunho de Gaspar Correia, «hum
dal, como he notório deixou todo este a cris d'ouro que valia quinze mil cru-

hum seu criolo*. Archivo Port.-Orien- zados». Nenhum malaio que se preza
tal, Suppl. 11, p. 240. —
«Crioulo signi- sai de casa sem levar um cria. Al-
fica filho adoptivo, que pela lei hindu tem
08 mesmos direitos do filho próprio». — guns dos nossos escritores estende-
Cunha Rivara, em nota. ram o seu nome a outros punhais.
1822. —
«O dito Zambá promettia e se
1512. — «Dous crises que sam ada-
obrigava por este mesmo Termo a adoptar,
e tomar por criolo segundo os seus usos,
guas dos jaós, com as bainhas d ouro». —
Afonso de Albuquerque, Cartas, i, p. 58.
e ritos da sua religião no prazo de quatro
mezes a hum dos filhos do sobredito seu 1516. —
«Hos mais honrados trazem
sobrinho Bapú». —
Apud Júlio Biker, Col- huas roupetas, que lhe daom por mea coxa,
lecção de Tratados, xii, p. 28.
de pano de seda, grão, ou brocadilho, em
1824. —
«Quaes são as pessoas que po- cima seus cingidouros trazem nas cintas
adaguas lavradas de tauxia, que chamaom
;

dem tomar críolos quaes as que podem


;

ser, e em que casos. Se devem os críolos



crus (sic)n. Duarte Barbosa, Livro,
(2.» ed.), p. 366.
ser da mesma casta do adoptante, e com
que authoridade, e formalidades se deve
— «Não tinhâo outras [armas] se-
1540.
fazer semelhante adopção». —
Collecçãode não somente paos tostados, e crises de
— Fernão Pinto,
Bandos, i, p. 75. dois palmos de corte».
1840. «Esta confirmação foi do creolo Peregrinação, cap. 41.
1552. — «Trazem [os jáos] outras armas
f
adoptado pela Viuva do Biquea Sinai, de
Morgim». —
Ibid., p. 294. que chamão crises que lhes seruem co-
mo a nós as adagas». — Castanheda, Hit-
1632. —
«Era muito valido d'el Rey hum toria, cap. 62.
III,

Sacerdote crioulo (assim chamão lá [no 1553. — «As armas que usão, são huns
Congo] os que tem mistura de dous san- crises de dous palmos e meyo até trea
gues e como raramente esta massa inclina
;
de comprido, direito de dous gumes». —
pêra a melhor parte, segundo o que de or- João de Barros, Déc. II, vi, 1.

dinário vemos)». Fr. Luís de Sousa, J?2sí. 1557. — «Os homens deste Reyno são
de S. Domingos, ii, p. 418. muito bem dispostos. vestidos em seus
. .

1842. —
«Os filhos delles ou nascidos na bajtisde seda, e crises com bocaes de
Commenta- —
índia, mas de puro sangue Portuguez, cas- ouro, e pedraria na cinta».
tiços, o que corresponde á denominação de rios, III, cap. 37.
crioulos n' America meridional». An- — 1563. —
«... cora hum cris, que he
como huma adaga».— Gaspar Correia, Len-
naes Marítimos, p. 111.
1858. — «Os creoulos da
índia, que das, II, p. 275.
tem no sangue alguma mistura de indio ou 1572:
portuguez, são chamados pelos inglezes «Opulenta Malaca nomeada !

half cast, meia casta, ou casta bastarda, e As setas venenosas que íjzeste,
não são considerados do mesmo modo que Os eriges com que já te vejo armada».

os brancos». —
Archivo Pittoresco, i, p. 279.
Gamões, Lusíadas, x, 44,

1770. —
«Ces blancs sont. Ia plupart, 1591. — «Nhu
moço ande com armas,
Creoles, ou des esprits chagrins, retires nem bordões, nem adaguas, e crises*. —
du service de la compagnie». —
Raynal, Archivo, III, p. 325.
Histoire, i, p. 153. 1612. —
«Esta arma crIs he propria-
«L'Europeen alia épouser une Creole, mente dos Jáos, he de dous palmos, ou
''RIS d2â CRIS

ilouii *< nit'i'> <ii'

"•->
comprido, tem quasi dons y fait qu'ils appellcnt Crises*. Lin- —
•i. - • t..r,. .rf.. ,1.. •>.r,ha« schoten, Hisloire, p. 35.
ItíJO. —
«... et vn de ses Ennucqnei
qui portoit sa chappe qn';!- nnt.í.ii..t,» qnj
!
11,11,7. est vn oris on poignar our- :

punhal da cinta1 reau iT^r. aiD.irtfuant au :. ^ aéral .

comprimento de folha de Bea: p. 46. .

Cris - Matiael G. de
' 1* t present & Essinethon
Krvuit, ; ,1, fl. 20. d'vn oris ou poignard d'or». Floris, in —
!*il'> \n adagas ou Relation», i, p. 23.
. .. ;. .„ a 1675. —
«lis prient leurs cries ou poi-
; o gnards, qui étoient empoisonnez, et semi-
>
: . >, uutra que rent à crier Mocca sur les Anglois, des-
t li i: . (le páo, e in- quels ils tucreut un grand nombre, avant
'
:');a». — fyiaiu de Lavai, Viagem, ii, qu'ils eusscnt eu le temps de se mettre en
: ti. defense». —
Tavernier, Vot/agei, iv, p. 279.
''
'

' :••
,de 1770. —
«La longueur du ori, leur arme
Ja, favorite, est d'un pied et demi. II a la
a de i';nn, fle
i>;iri:i forme d'un poignard dont la lame s'allonge
leu vassallo e o jurara en serpentant, ou n'en porte qu'un à la
iheccria com o tributo guerre ; maia ou en a deux dans les que-
>9 annoa». Carla Hé- — relles particulières. Celui qu'on tient a la
main gauche, sert à parer les coups, et
1634 : I'autre à fi-apper Tenuemi. La blcssure
!' : i'lat já I.H) '!Bo curvii- qu'il fait est très-dangereuse ; et un duel
«fto mais, qvM decpoji. ~
oaro>. se termine le plus souvent, par la mort
F. MacesM, MmUea . ..., ^d, xii, 61. des deux combattans*. Raynal, Histoire^ —
1701. — «Ofl marinheiros que aa rema-
'
~
I, p. 155.
— "Dentro la cinta un Crid o
1786.
vlo, e 08 r; 'laa, erSo '

pngnale alia Persiana, arma defensiva e


ento e com
offeusiva». — Fra Paolino, Viaggio, p. 122.
>
'
,os
- "risto* "n nas
1836. — «Le kris est un poignard à
1 uii:,i.-!, f.-^cdiiuidos
— P. Francisco de Sousa, Oriente
...,,.:.. .
I' ... 2.
lame tautôt droits ct tantôt eu zig-zag, et
quelquefois en avec la resine de
1718 - [amoucos malaios] ca-
^^"''« I'ipas. Ilesta.i lent travailló.Toat
'!•' izul, cahiáo-lhe os ca-
Matais qui n'e6t paá bcrf le porte toujours
to9, e largos até a cin-
avec lui il se croirait deshonoré s'il sor-
;
< tr<-9

.
crises, arma
traziâo os olhos
tait de sa maison sans cette arme». —
Rienzi, Oceanic, i, p. 87.
hcbiila. que cos-
-iôes». — 1915. —
«Some authorities claim that
the weapon [bayonet] is simply the Malay
V 282. "
"::."'r,
krIs introduced by Dutch from '

.' thf Kast Iruiio."», though mai i at


riil.l

— Alberto Bayoune. The Malay weapon c(>ii3i.itrd me-


O. de
rely of a native dagger thrust into the
;. 137.

lit pas rare,
muzzle of a musket». TU-Bits, de 30 de —
Janeiro.
voir tin hom-
•r d.ujâ !••

kri, c
RISAD*. Golpe de cris.

1554. — «Matarfio is orlzadas dentro


da floresta». — Simio Botelho, Tornbo,
— .\C)H-/...l\ ij, (lima ll»-)l);iil<I, Hria(i>U$, I. p.112.
p. 126. '
1557. — «Matou-o ás crizadas, e fieoa
l%-t> - "Vi ' •
-'• '
'
' ' iVs, que nelle
rap 17.
i.">o. — «iiii .\\i iiiuii.i MS orlsadas
di diante d'elRev». —JoSode Barros, Dec III,
vaj V, 1.

ma 1GI4 - «Matiram o pobre Principe 4s


li« r.rlw.idn*, i!.- .nii- iniiii« Tioj, e Úrsn- m
.im muito».—
4
iciru es«i amaxsati». — (i. iialbi, Viaggio, • Ficando <i.i ti' feri-
\\ '.'0,
dos (It orlsadas, laoe,

i

i (• t'atoryHda» Id., Vida

(xkl>re poux wuvia^e áv iHMgMuUa (ju'ou j IO?J. — -^oiu muitas orlzadas e ps*
CRISTÃO DE S. TOME 324 CRIVAMERGAM

netrantes feridas de azagayasforâo mor- chamam lazares». P. — Manuel Barradas,


tos».— Fr. Jacinto de Deus, Vergel, p. 447. Hist. Tragir.o-inaritima, ii, p. 21.
1G87. — «Sahindo de deutro Álvaro de «Por todos estes Reys estão espalhados
Sousa, com o mesmo criz de ouro que os christãos de S. repartidos Thomé
Jauira trazia ua sinta, llie deu três crl- e divididos cm muitos bazares, nos que ha
zadas, de que logo morreo». — P. Fer- ao presente cento e três igrejas sojeitas ao
não de Queiroz, Conquista de Ceylào, Arcebispo de Cranganor, c nellas mais de
p. 394. cincoenta mil christãos». Id., p. 122. —
1631. —
'(Proniote mais que os mesmos
CRISTÃO DE S. TOMÉ ou DA SERRA. privilégios terão as igrejas dos cristãos

nomes aos cristflos do de Sam


Thomé, que estiveram em suas
D?lo-so estes
rito sii'iaco (ou suriano, como dizem
torras, e nas de seus vassallos». Apud —
Júlio Biker, Collecção de Tratados, i,
os nossos escritores antigos, do p. 284.
persa suryãnT) os quaes habitam ao 1679. — «... nam só reduzindo os Chris-
presente no Malabar, particularmente tãos de S- Thomé
obediência da á
Igreja Romana, de que audavão desunidos,
em lugares montanhosos e se repu- aluraiandoos de muitos erros era que tro-
tam descendentes dos índios conver- pessavão na mesraa Fé que professavão,
tidos à fó católica pelo apóstolo mas converteo innumeraveis Gentios». —
Fr. Jacinto de Deus, Vergel, p. 11.
S. Tomé. Estiveram por longo tempo
sujeitos ao patriarca scismático de
1687. —
«Chegou da Igreja do Cães hum
Clérigo, que disse ser dos Christãos de
Babilónia o eivados do nostorianismo. S. Thomé; e fora criolo do P. Key tor da
Foram reduzidos ao catolicismo pelo Igreja de S. Joào». —
P. Fernão de Quei-
roz, Conquista de Ceylão, p. 561.
arcebispo de Goa D. Frei Aleixo de
Meneses em 1599, mas recaíram mui-
1699. —
«Celebrando-se em Diamper
hum Synodo, a que todos os Christãos
tas vezes nos erros antigos. Agora de S. Thomé
por suas cabeças concor-
constituem dioceses católicas com rerão. ». . . —
Vv. Agostinho de Santa Ma-
bispos do sou rito, sem dependência ria, Historia, p. 26.
1902.— «Christãos da Serra, quer
do Padroado Português. Mas o bispo dizer, christãos de S. Thomé, natu-
de Damão tem o título honorífico de raes da Serra de Cochim... E christãos
«arcebispo de Cranganor», em reco- de S. Thomé
era a antiga christandade
nhecimento dos serviços prestados do Malabar (uma poderosa casta militar)
que já existia na índia antes da chegada
por Portugal.
dos portuguezes, bem organizada, com os
1503. seus governantes espirituaes, bispos, arce-
«Estavào aqui [era Coulào] desde
o tempo de S. Thomé, e chamavào-se pelo diagos e sacerdotes, constituindo a egreja
nome de Christãos, tanto homens como mu- herética Nestoriana». Cristóvão Pinto, —
lheres assim como nós». — Joào de Empoli,
em Ta-ssi-yang-kuó, ii, p. 173.
1624. —
«Nella Chiesa dei Gesíi in Goa
Viagem, cap. 11.
1603. — «Nesta serra que se chama dos fu consecrato Arciuescouo d'Angemale,
e come dicono iu Portoguese, da Serra,
christãos de Santo Thome, está o
Collegio de Vaypicota».--P. Fernão Guer- cioè, delia montagna, doue habitano i
reiro, líelaçam Annual, fl. 8(í v. Christiani, che chiamano de San Tomè,
1G05. — «Todos os nossos que aqui resi- di rito Caldeo». —
Pietro delia Valle,
dem, que sam dez religiosos, se empregam Viaggi, iii, p. 329.
com os Christãos antiguos, que chamara de 1658. -
«Li Christian! di S. To-
Sam Thomè, com singular fructo das maso, fra li malauari, sono li dotati di mi-
almas». — /d, fl. 119. glior qualità, giuditio, e conditioni». —
1603. — «Foy ohra de se reduzirem os Fr. Vincenzo Maria. Viaggio, p. 151.

Christãos a que nesta índia Oriental cha- 1786. «I Cristiani di S. Tomaso
mamos de S. Thomé moradores nas /Ser- sono nobili, e vi fanuo una i)orzione di
ra*, e Reyuos de Malavar á obediência da stato entrano negli officj publici nel ci-
:

Santa Igreja Romana». — Fr. António de


vile, e foimauo una specie di Republica
Cristiana nell' ecclesiastico». Fra Pao- —
Gouveia, Jornada, jjrólogo.
1613. — «Pois me vejo já entrado no lino, Viaggio, p. 72.
reino de Tinguié, metido em uma igreja
dedicada ú Virgem Mài de Deos, dos chris- * CRIVAMERGAM. A locução ma-
tãos a que couimumente chamamos da laiala çnmãmrgam ò composta do
Sema, havendo-os com mais razão de sânsc. çrimãn, «afortunado, ditoso»,
chamar de S. Thomé, pois nas serras
nenhuns delles habitam, senão todos espa- e mrga, «antílope» o seu significado ;

lhados por estes reinos do Malavar, divi- seria a antílope auspicioso ou sagra-
didos em suaa povoações apartadas, a que do», e tal é considerado o ^ue tem
CLDEUA 325 CU no

pele preta Mana recomenda aos árias 1516. — «Cubebas, que nascem em
I preçOj © ven-
bosa (na tn-

/.es À pcltí \:>íA. — n() cm


. : j
. .-mi ns r.ss til. -Sii-
I

I'ems, p. 7.
(lo Malabar.
;i II. DT" ,riri -uiv «iriírcm
1516. — .11 i

as
, le-
. de llfUíi lic- var». —
Garcia da Urta, Col xix.
,. ij.» liMH ali- 1566. —
«Nasce uellaa [ilhas de Java]
i Crlu.i ini, piiiK'iit.1, caiiclla, catiaiístula, e cube-
qii" )i ano. »• III 10
baa-'. — I>aiiiiiio d« Góia, Chronica de
1.0 D. Manuel, iii, cap. 41.
v.e 1712. — «Cubêba.
IIc hum pequeno
o i na- fruto, secco, redondo, da foyçio de pimenta
de trcs n»'£r'"a, mas alguma cousa mai.s pequeno,
/; VI 1111'' I'l'i.i Mi.i Nii.i tras em .ida-
s I'raaieiiC". — Duarte Barbosa, Li- iir-
g'lr, acniaoiiia».
(' iími''au. —
CROCO INDIANO. É o mesmo que 1238. —
«Noci Noschate, spico, galanga,

Do grego
cubeba, garofíli». Marco Polo, apud —
jlo da índia, q. v. Kamúsio, ii, fl. 51.
132Õ. — nOn y trouve
les clons de giro-
fle, les cubebes,
uois moscadcs et plu-

ni »a.iinocnla e croco India-


sieurs autres espicesu. Beato Odorico, —
156.Í -
V<>i/(igei, p. 161.
a anào da índia) e daá our-
no 'i<it;

— Garcia
li>-
1510. — «Passano per vn boachetto di
ca»».
'[<'?)^ íf i!i.
d.i <,>rta,
r.-.rii^rfin
Col. xviii.
Garcia da Orta
cubebe cerca cinque miglia». Barthe- —
nia, Viaggio, i, ti. 173.
quod Croci
'. iion
aed quod 1590. — «Cubebe, cioè Amomo di

I t' tiugMt». —
./ilis sit

ilootius, JJitt. Na-


:

zinnaM. — G Halbi, ibid., fl.55.


1596. «Aroma ta autem baec fere sunt. ..
t 10.
Zedoaria, Zurumbcth, piper longum, Cu-
• CROS (9. m. sing.). Massa coa- bebe, Amfiun». '
— índia Orientalit, iii,

_ '
iila da nata ou flor do cato, em p. yy.

..a do cilindro. Do mar. kharos.


1836. —
«A la Nouvellc-Irlande (Méla-
naisie) on trouve Taibre à pain, et le poi-
1788. «Cada — ''
diU [carga] de Cpos de vrier oubebe y croit li Tombre de» fo-
rêtí». — Rien/.i, (Jeéattif i. \>. l''i
Cato, quiii.' ~ llecçào de liandoi,
— «The fruit,
'

I, p. 4U.
li»08. k ubebs,
has lui'ii u.-i. il in Euro]!' me from
'

CÚBEBA (ár. kabãbah). cAs cube- the I'S, and yields a thick, co-
lour: lial "il. with an ar^ matic
' '
< ou drupas do Pi-
odour and tlavour rer-
. f., Piperacea ar- mint». —
Watt, 7V< c/»,
.. NaPluir- p. 890
se que a /.

na da índia isso ; CUBO, cubo (mais correcto), cubó-


.:> '•>,', n pflo algn- •sama. Antigo governador ou xo-
i: Hombaiin <fum do Japílo. o qual ora originária-
ito, mas
l-'r tem-
(i. dUrta an c ti bebo s «sA de poral, reservando ao dairt ou micado
V-nu«<«. D. O. Dalg- '' a- o espiritual, e algumas honras riais.
t;no li itunica. p. 11. V. aatri. Do jap. kubô; kubõ gama

na». — Afonso de Alba* bAo do cedilhn.


de kama tem ;*, :„i. ,
in-
seria necessário supor quo cama é
corrupçílo do catni (i; luo tara-
CUBO 326 CUBO

bôm significa «regedor,^ governa- dores, com o nome de Cubos, vm com a


jurdição de Meacó, pêra o Levante, e ou-
dor» '.
tro delles pêra o Poente, pêra administra-

1549. — «Se
partio para a cidade de
rem justiça a todos os estados». Diogo —
do Conto, Déc. V, vii, 12.
Miocò, que he no mais oriental de toda a
ilha Japão, porque foj- informado que ahi
1697. —
"Desenganado com esta repulsa
passou ao Meaco, se foy logo presentar ao
residia de assento 6 seu Cubumcamaa,
que he o supremo no seu sacerdócio, e com
Cubozama, Rey do Guequinay, ouTen-
elle outras três dignidades, que se intitu-
cA». —P. Francisco de Sousa, Oriente Con-
quistado, I, IV, 2
15o em Reis, dos quaes cada hum per si
distintamente entende no governo da jus-
1749. —
«Cubozama he propriamente
Senhor da Tanza, onde ha cinco Reynos,
tiça, e da guerra, e no bem da Republica».
— Fernão Pinto, Peregrinação, cap. 208.
que lhe rendem cinco milhões de ouro só

1562. —
«Entreueo nisto o Cubo, que
de entrada».
do Japão.,
P. Crasset, Hist, da Igreja
I, p. 38.
he o senhor de todo o Japão, nas cousas
que tocào â honra somente, que no poder,
«A segunda cabeça de Nobres he Cu-
e Reinos, outros lhe leuão auantagem». — bozama, General dos exércitos do Impe-
rador do Japão, de quem dependem todos
P. Gaspar Vilela, Carta» de Japão, i,
os outros Reys, e os pode despojar dos
fl. 113 V.

1564. —
«O costume da terra he todo o seus Estados cada vez, que lhe parecer».
— Id., p. 41.
estrangeiro que quer ser conhecido, e não
impedido, dar obediência ao Emperador
1874. —«O verdadeiro titulo do senhor
chamado Cubo». — Ibid., fl. Í41.
do executivo era ou Dai-i-Shogun.
Kubo-sama,
ou
titulo honorifico
.

que vale o
.

• O governo de Miáco depende de três


mesmo que irmão segundo do imperador».
Sessoas. A primeira he, o rei de todo — Pedro G. Mesnier, O Japão,
apSo, chamado Cubócama». Jbid., — 1588. — «Comminciò [Dairi] a esser
p. 18.

fl. 144.

1565. —
«Anda agora o padre pêra ver sprezzato da' Capitani, e da' Satvapi, e
pricípalmente da' Cubi (che cosi si chia-
se pode effeituar alugarem-lhe os gentios
bua casa perto dos paços do Cubócama, mauano due principali signori, I'vno de'
quali poi amazzò I'altro)». — P. Mafl"ei, Le
ou do Vó, que são os principaes superiores
de todo o Japãou. —
/«òicí., fl. 182.
Istorie, p. 493.

1582. —
«Veo a meter ao Cubócama 1628. «Híc Societas Collegium habet,
conniuente ferentéque Cubo (quo nomine
de posse (fo Miáco, que he a segunda pes-
soa depois do Dayri Rei de todo Japão». laponiae totius Imperatorem appellant)».
— P. Luís Fróis, ibid., ii, fl. 61 v.
— Fabius Spinola, Vita Caroli JSpinolae,
1588. —
«De 500 annos a esta parte se p. 73.
romperão as guerras entre os dous Cu- 1640. — «Son fils Cubosanna fut so-
bos... e desde então pêra cá ficou o lemnellement installé eu sa place, et I'Em-
Dairi despojado do mando de Japão, occu- pereur qui regne aujourd'hui nommé Chion-
pando cada hum dos senhores que agora gen est fils de ce Cubosanna». —Rela-
se chamão Yacatas a parte que pode». — tion du Japon, p. 14.
P. Gaspar Coelho, ibid., fl. 160. 1754. — «Quelques des Einpereurs Cu-
1600. —
«A qual fguerraj com a mor bo-Samas, ont pris ce titre [Quambacun-
parte do gouerno estaua á conta de dous dono'] pour eus, et I'ont donné à ceux,
principaes senhores, e capitães, que elles qu'ils désignoient pour leur succeder, mais
chamam Cubos». —
P. João Lucena, Hit- ç'a toujours au Dairy à le leur conférer».
toria, vii, cap. 6. — P. de Charlevoix, Hist, du Japon, i,
1605. —
«E esta mercê faz nosso Senhor p. 143.
nestes annos a Cliristandade de a deixar «Dans les premiers tems de la Monar-
viuer nestas partes em muita paz e quie- chic Japonnoise, le Chef de la Milice se
taçam, debaizo do gouerno temporal do nommoit Cubo; avec le tems on ajouta à
Cuboçama senhor vniuersal, e monarcha ce titre celui de Sama^ qui vient dire Sei-
que agora hé de todo Tapam». P. Fernão — gneur». — Id., p. 150.
Guerreiro, Eelaçam Annual, fl. 56 v. 1770. — «Le Cubo
ou Empereur laic
1608. —
«... senhor universal, que he lui [ao dairi] rendoit des honneurs, sans
o mesmo Cubo, e por outro titulo Xu- lui laisser de credit et pour ôter aux ec-
gúm.. —
/d, fl. 107.
;

clésiastiques tout leur pouvoir, il cherchoit


1612. — «Vm destes Emperadores. . . à faire gouter au peuple le théisme, et les
proueo aquella ilha de dous Gouverna- dogmes de Confucius». —
Raynal, Histoire,
I, p. 145.

1854. — «Le pouvoir législatif et exé-


* «O Cubócama é conhecido nos
annaes cutif semble émaner au Japon d'un haut
japonezes pelo nome do Minamoto-Yoshi- dignitaire ou prince, que tons les historiens
Taira e esse nome parece ser alteração da out designe, jusques dans ces derniers
palavra Kubo-sama e que significo o senhor temps, par le titre de koubo ou à' empe-
condestavdn. Pedro Mesnier. reur civil». —
Jancigny, Japon, p. 29.
rtTr'UfKiiA/'n '^?"
crço
.T I>ho suo». — S. P. Xavier, Lib. ir,
pal'
ui'jiit :iu liiíl. —
"lis s'attaehent -

— kou- ressez en leur donnnnt ij.- f ,.

bo-surriii ge, qui doivent, !

p. 11.' comptant au dixi*' :

— P. de Charvoix, ÍJiat. au ./t^' >ii, i, p. Jj3.


CUCHIMIACO. Carta de rocomen-
CUCHO (cone. ktltç). Conta cor- 'iiá-
rente para a cobrança das dívidas das
• ada ^

pelos bonzos do Japfto e da China; «comunidades agrícolas ; declaração


passaporte para o céu. Do jap. Au- do escrivJlo da aldeia, passada a
chi myõkuan. Tambôm se diz xi- favor do sacador e contra o devedor,
químiaco, q. v. chinês chama-se
espaçado o prazo de pagamento vo-
Em
luin *. luntário. Fa^ia-se antigamente num
pedaço de papel, rubricado pelo juiz
1549. —
«Os qnaes sacerdotes lhes dâo da comunidade, e tinha o efeito de
[na ;ra isso hBs escritos como
<

mandado executivo.
I**tr '
lio, a que o cotnmum chama

( i9 para que lá no Ceo, em 1727. «Cucho. Termo da índia Por- —


lhi'8 d? a cento por hum». tuguesa: He huma lista dos clevedores da
.

—í cruris, liuto, Perfgrinação, cap. 114. aldeã, passada pelo Escrivão delia, repor-
1519 — «Para que os povos vivessem tada aos livros das arrematac-ões dos reta-
'

li cuchumiacos recambia- lhos, que leuão an. I^s lanços '

jara o L'eo, para l.i todos os de alguma contrib;. de man- ;

mirii s -iiiii ricos, estarem muyto de seu». dado, e via executiva, imiu st- nar melhor
— Id. cap. 210.
A
riqueza dos que hião ao Céo n2o

satisfação k fazenda Keal, e se evitarem as
despesas, e perniciosas
tos. O que se observa
dos plei- ' ——
consistianos cochtJmiacos, que por .^nte nas i

modo de tyrania os Honzos oh lhes davilo, Aldeãs, e Camarás ger. i, Salcete

senão nas obras, que com fó nesta vida e Bardes». Bluteau, ^ — 'o.

faziáo». — Id., cap. 212. 1735. —


«E se cobra:.. ,, .nesmo sa- .

1551. — «E também lhes dSo a enten- cador executivamente por cuoho do Es-
,K,, „„., .,,,,1.,,,..,. .1....,
que leuar a cédula crivão». —
F. N. Xavier (filho), CoUecção
para o outro, os de JLeis Peculiares, xiv.
-.-.r.. —p Cosme nAs contas geraes se farão dentro do
:. fl. 17 y.
praso costumado para que se saiba o que
,< IlílJ Tílllpi- cabe aos Gancaret, Culacharins e Cuntuca-
ret, pêra se lhes dar desconto em seus títu-
t'm
:

los, e passar-se o cucho do liquido». —


dinheiro». —K Uaspar Vilela, Ibid.
— «Quer que
U V. 1857. v. s.» declare expli-
174y. — «As suas h-tras de cambio, cha- citamente
cuchos
se
contra os devedores dos foros oa
mandando expedir agora
iii.Ml.-n \>oT olI( 8 cochumlaohi, não ti-
rendas da dita aldôa, poderão ser effec-
1'i obras boas,
- tivamente admittidos em juizo para go-
P fras-
sar dos privilégios de execução». Ibid., —
p 25
""7'-
'
- n . . . salvo porem '
* iiha
cucho (cunta ciT iitra
'^
. .- Mii,..- .It'vedores durante i> Uiiii

iro
•acadoria*. — Ibid., p. 200.

valT". - Jvs>- luacío ilc Andrade, L'arta$, CUCO. Quadrúpede da Malásia,


II, p. 37.
*• •
• «un(» sorte dt' iM\cttf-c!i.-it«. F.ivr»'.
I'l' • •

'

tu in Do mal. A;t7.s

1552 -•!!
bichos romo <

^miv . \juiuio iiyjiit.n x-uiii" avit iv. t.'i i.~nv ril i

a: vurtá
' «Cest oe qu'ila appellcnt tau j». e'eit- OUÇO»
.1 co-
ll.
uuus uicbot
CUCUIA 328 CUCUME

que chaiiiâo Cucos, que habitão nas ar- quiadas, c ajuntarem-se c o que era ne-
uores de cujo fruto se mantém e sito como cessário para virem». Primor e Honra, —
coelhos, o pelo especo, crespo, e asnevo, fl. 47.
antre pardo e ruiuo, os olhos redonaos e 1G12. —
«Com grande determinação co-
uiuos, mui pequenos pós e mãos, c rabos meterão as tranqueiras, e as rodearão de
compridos sem pelo algum, pur onde se escadas, polias quaes muitos sobião muy
dependurao, pêra melhur poderem chegar ousadamente, segundo o grifo, e laberinto,
ao frutou. —
Diogo do Couto, Dóc. IV, a que elles chamão coquadas, tal que só
VII, 10. pudera meter temor e esi)anto em todo o
1695. — «Tertio animal Cí/sc?//h, Mal ai ce mundo». —
Diogo do Couto, Déc. VIII,
Kussu, Belgice Koeshoes dictiun, quod iu 1,6.
talibus locis, et vellosis dcnsisque arbori- «... com o que se levantaram por todo
bus habitat». —
líumphius, Hcrbai-inm Am- o exercito -.'randes alaridos, e gritos, a que
boinense, ix, cap. 91, elles chamam Coquiadas, porque a mór
parte dos gentios da índia pelejam tanto
CUCUIA, cucuiada, cuquiada. Voz com a língua, como cour as mãos». M., —
de alarme, robato, na índia draví- Déc. X, X, 4.

dica. Corresponde ao baharé (q. v.) 1635. — «Estavam


cmbuscados muitos
alarves, dando-nos sempre graudissimas
dos idiomas neo-áricos. Do malaiala —
coquiadas». José de Cabreira, Hist.
kúkkuka, ^bradar, dar rebate» ku, ; Tragicn-Maritima, x, p. 35.
o gritar» kukkukudu, kúkkiiral, subst.
;
1G50. —
«Ameaçando com azagaias lan-
Em concaui diz-se kiil para chamar çaram a fugir, com cobre e pei.xe para o
mato, sahindo em quanto nào veio a noite
uma pessoa que está a grande dis- em magotes a dar coquiadas». Bento —
tância ou para saber se está alguém Feio, ibid., p. 143.
na proximidade. Vê-so das abona- 1687. —
«A este
tempo derão os inimi-
ções que o termo foi le\ado para a gos da praya coquiadas, guiados do
Principe, que dela a todos desafiauai. —
Africa Oriental. P. Fernão de Queiroz, Conquista de Cey-
Gonçalves Viana prova com a au- lão, p. 288.
toridade de Frederico ^listrai e ou- 1666. — "Si un Naire entend prononcer
tros que em provençal há conqtdha-
cc Popo \pô ])ô], il répond en criant Co-
COUya, et Poleas connais.«ant
alors le
do, ciigidlada, e ciicuiado, «cotovia»;
au'il a un Na ire peu éloigné de lui, il se
mas nílo mostra que o termo era co- étourne du chemin, de peur de le rencon-
nhecido em Portugal, o os nossos tren>. —
Thevenot, Voyages, iii, p. 264.
cronistas tomam-no por malabárico,
1915. «He shouts three liooves which
can be heard all over the Desom [aldeia].
pelo menos no significado. On heaving the sound the inhabitants
1551. — "Apelidirão logo a terra dando within her jurisdiction repair to her shrine
with incredible quickness». The Modern
suas coquiadas, a que acodirão huns
Review, de Novembro.
com enxadas, outros com paos feytiços e
pedras». — Castanheda, Historia, i, cap. 79
# CUCUME. Cosmético e distintivo
1552. —
«Dcjiois que esclarcceo que a
terra foi appelidada, acodio tanto gentio da mulher hindu solteira ou casada,
que parocião gralhas que dcciãodas aruo- quo o traz principalmente na testa.
res, por trazerem entre si hfia maneira de Compõe-se do pó de curcuma ou
sechamar a que elles chaniào Cuquiada-.
açafrão da índia, de alúmen, sumo
— João de Barros, Déc. I, vir, 2.
«Derão liTia cuquiada, que entre elles de limito, óleo, etc. Do concani-mar.
he appelidar a terra por hua detonação da kuiikum, sânsc. kunkuma. Outro ar-
voz». — Id., Dóc. II, IV, 1. rebique é cazol, q. v.
1563. —
«Dando gritos por sua lingoa,
que dizem cucuya, que fazem hum ar- 1906. —
«Sita, fazendo lentamente na
roido de guerra muy temeroso». Gaspar — fronte com o pó vermelho do ocucúme
Correia, Lendas, i, p. 170. signal de bom agoiro, e derramando o óleo
oCom grandes gritos, e cocuyadas do sândalo na trança engrinaldada de flo-
com que chamào huns per outros pêra a res. .».
. —
Alberto O. de Castro, A Cinza
guerra, que se ajuntão em magotes de dos Myrtos, p. 133.
vinte e trinta, e dão gritos e apupos ao 1908. —
«Os sectários de Vichnú usam
modo próprio». —
Id., iv, p. 327. três traços verticaes, os de Siva três tra-
1577. —
«Deitei conta quanto espaço de ços horisontaes. Estes traços são feitos
caminho auia dos Pidmares ás casas dei com cinza de bosta de boi secca, com lodo
Rey, e o tempo em que os Mesquinlios lhe do Ganges, com açafrão ou com tinta veo-
poderião ir dar a nova de nossa chegada, niejlia extraída de Cucumb». Hipácir —
e o que auião mister para darem suas Co- de Brion, A índia Portugueza, 26.
CUDDÓ 329 CLTDOUM

inin — f.D;\mji« «•> nnliiliMm ii.i nlí.' i-liniii.imoa hfrva rin ^f,th^>•lr. nnraue f*ê

CU'

1^ ir le front Ia bnst'">. n qnr


iiiíi' concou-
ma, -F l)u
bois, Alt^urt, li, y. 6oõ.
"
• CUrTT^ o termo na _'a-se i u rcidro .\lv;i.rt'S ;i ;

índia a caga era qu(


i
r MS da mr«rt<>». — H. Yx..
Uíu. Urieii' '
H. i. 1.
vi\ ciu cm coHiuni, om terra estranha,
5; .


!-&)*. nl Jp Curo hum
indiviluos duma freguesia, duma xerafim». — '

prjíi^s.lo ou duma casta. A expres- 188«.— «!'


* •
\ ;i u ' 1
n :i
abunda '

r.i' ', f I'liii '


-^ :

Goa tem um ou mais ciiddos, deno- lhas das pi


minados tambCm f clubs», ou «quar- CUddó- que j. ..-,.../.. i.. w , ..V .. >.. .,.....,. ..

tos», em traduçfio literal do cone. — Lopes Mendes, A índia PorUigueza, i,

mesmo. Do p. 113.
dizer o
18t>õ. —
«O nome vulgar de ncoru», ci-
CUDDISTA, com sen- t
tado por Orta, parece .««• hri-t.mtf c m ns
tido pejorativo de «habitante de cwrf- nomes hinduetanis, vn
do», e CUDDíSMO por cmodismo do de knretja, ou kúra ; e ~

cuddista*. XAo sei poriam em que tima parte do nome de À:/iao curro. que. >f-
' gundo Dymock, aplicam á casca de IIi 'ar-
ai- é tomado o vocábulo 1

rhana nas terras de Goa». Conde de Fi- —


n;. icia : calho. —
Nio se conhece tal palavra em
Goa: o que há é kãló-hidó, «curo preto»,
1915. —
«O «r. administrador do conce- nome que se dá, ent-e ontrns árvores, a
Ih't da< libas começou na mate de 15 a uma rubiácea— / excel »um,
ru-iru 'i'^>9 cuddos*- O Ultramar, de 18 — Wall cuja casca ,
hrífuira.
1912 CUddó c.ul. —«O
"Mippunharaos que o ea«<í#ino tenha en- febrífugo e a
(iv(?<»nterico,
tr;ii.. :.
- - ' ' ' - - " -
"ino Gracias, Flora ò :;jra'iii.

«Eu aquollaa mi^mas y
t''^' •
- 1--' •.
ay dos arbojcs differentes en to<i<> í^ir,
.

CO.
d.'
vn dellos a que llaman en Malabar, C'uro-
dapala, y Curo: V en Canarin, Coru : j
dl:ta8 / : i: il.
los liracmanes, Cupa». Cristóvio da —
Costa, Tractado, p. 45.

CDDOLIM. Espécie de sachllo in-


ta ou á ordem
IO (]( Ahril
diano. Do cone. kudal, diminutivo
'
' v •
. kuddala. Usado em

na
« . cuddismo» - /' 1602. — «Muitos servidores com enxadas
2> li' '

'ulubro. c code?*
com a
CUDDÓ. cero , . ,.,....,. ,;„,.-- IJ.-C I\, X. •-
rhana anti a, Wall. A casca «Ilúa (;rande
.11 I _;r>
soma de
i:
picOes, alauan-
cas, ouf' 1 . .. 1

d;. •
-

que na I. .'.... .i.. .., iwí^vioiíi. ,


.. ... ^.

s. chama «erva do Malabar». - Id, X, IX, 4


I7"'7 — tO'^''"'^ Tii<t ! iiiiiiiiti I iii;ií«

aariíu, que he a U« Ut>a, coru '


^ c uús u de aito a baiso». —
Vi&i. — «Ó l4 I

* O rriTir froífn, adf , r\nc daria cm pnr- '


do cnjns nn
CULACHARIM 830 CULCORNIM

Fr. Clemente da Ressurreição, Tratado, ii, sente . . . Em Bardes também se chamSo


p, 310. Culacharins os que comprão bens de
1852. — —
«Cudôlly Espécie de sacho, raiz naqucUas terras, e vem a ser os inte-
que serve para cavar a terra (vulgar- : ressados nellas». — Bluteau, Supplemento.
uieute codolim)n. —
F. N. Xavier, Bosquejo 1746., — «Concede amplo seguro, e ge-
Histórico, IV, p. 6. ral a todos 08 iJessaes, Gancares, Culía-
ctiarins, e mais moradores das aldeias
CUIAVÊM. Casta de oleiros no Ma- dos sobreditos Dessaes». — Apud Júlio
Biker, CoUecção de Tratados, vi, p. 269.
labar. Do malaiala kuxavan.
1842. — «E o resto se distribue por es-
tes e pelos colacharins ou interessados
151(3. — «Ha nesta terra outra ley de
de fora, que prestaram dinheiro a benefi-
gente ha que chamaom Cuiavem, que
cio da aldêa, ou compraram alguma parte
non tiuhaom diferença dos Nayres, somente
por húu ero [êrroj que fizeiaom íicaraom
do rendimento delia». Annaes Maríti- —
mos, p. 303.
em ley sobre sy; seu oficio he fazerem
louça e tijolo pêra cobrirem as casas dos
1880. —
«E o resto divide-se pelos «jran-
cares em proporções diversas, conforme os
Reys e dos ídolos, os quaes cobrem com seus antigos privilégios, e pelos cola-
ho tijolo em lugar de telha». Duarte — charins, que adeantaram dinheiros ou
Barbosa, Livro, (2.* ed.), p. 332.
1894. —
«Os culavens que se occupam
compraram alguma parte do rendimento
computado por tangas, le.aes ou meias tan-
de olaria e cerâmica». —
Lopes de Men-
gas, e barganis ou meios leaes». —
Teixeira
donça, Os Orphàos de Calecut, p. 196.
de Aragão, Descripção das Moedas, in,
p. 17.
CULACHARIM. «Colono que os 1880. — «Cada communidade é composta
Gancares agregaram á sua Commu- de gancares culacharins ^OMoeíros, cun-
nídade ou associação, era tempos dos interessados, de qualquer na-
tticares, e
tureza, que não' sejam servidores, propria-
antigos, para cultivar os campos e
mente ditos». —
Decreto, apud Eduardo
para outros fins». Filipe Néri Xa- Balsemão, Os Portuguezes no Oriente, ii,
vier, Bosquejo Histórico das Commu- p. 193.
nidades, iv, p. 60. O étimo é o cone. 1885. —
«Os terrenos para si reservados
pelos gãocares tinham vastidão tal que os
kulãchãrl. Em
sânscrito Jcidãchãri
braços destes se mostravam insufficientes
quere dizer «o quo segue os usos e para o grangeio, e havia-se recorrido ao
costumes da família ou da casta». O expediente de chamar em auxilio outros
culacharim adaptava-se às praxes da estranhos na qualidade de colonos culti-
comunidade a que pertencia, e tinha vadores (culacharins)». Teixeira Gui- —
marães, As Comnmnidades Indianas, p. 12.
parte nos lucros e nas perdas. 1915. —
«... Índio dos 4 costados, para
mais, brâmane ejonoeiro embora não gão-
1680. — «Sendoa causa de taes molés-
car mas simples e vulgar culacharim»,
tias alguns adventícios e culacharins,
tomados pelos mesmos gancares para o
— Heraldo, de 20 de Novembro.
serviço e espediencia das ditas aldeãs». —
1916. —
«... e dos culacharins (la-
vradores contratados para o serviço das
ArchivoFort.-Oriental, v, p. 1412.
1681. —
«... copia, em que se queixão
communidades mediante certa retribui-
ção). —
Ibid., de 4 de Abril.
de os Adventícios e Culacharins, que
os Gancares tomarão para o serviço e ex-
pediente dos aldeãs os perturbarem com ^
* CULAI (desus.). Carapuça na
demandas». —
Carta Régia, ibid., p. 1411. índia. Do persa kidãk.
1712. —
«Hey por bem e mando que os
taes confiscados, que são gancares, e cu- 1525. — «Na
cabeça trazem Iwas cara-
lacharins, não gozem mais das honras puças que elles chamão collães,
altas, a
6 preheminencias que tiiihào». Alvará — e nestas carapuças trazem híias flores fey-
do vice-rei, ibid., Supplemento, ii, p. 228. tas de pérolas grossas». — Chronica de Bis-
1727. — «Culacharins. . . Sãoaquel- naga, p. 109.
les,que os Gancares tomarão depois para 1535. —
«E na cabeça trazem hfis cara-
08 ajudarem, por não poderem elles por si puções de brocado, a que chamão culaes,
BÓ cultivar as terras e ha entre elles dif-
; que cada huu pode valer vinte cruzados, e
ferença huns com igual jonno, voto, e
: como o tira (o rei) da cabeça não ho torna
lanço aos Gancares outros com alguma
; a por». —
Ibid., p. 71.
diminuição no jonno, e sem lanço nem voto ;
outros com meyo jonno, e sem voto, nem CULCORNIM. Escrivão da comuni-
lanço, antes obrigação de serviço, e outros
dade da aldeia. Voga o termo nas
com certos jonnos perpétuos que se deram
às famílias segundo os pactos, com que se Novas Conquistas de Goa. Do mar.
admittirão, que se observão até o pre- kidkarrã.
CULE 831 CULE

1852. — Cu • I loorny — EscrivSo da cilo,sendo mais plausível a que in-


.^1 !.•.„ 1.,;., 'c-^jo excliisivameute nas No- dica Wilson, o dravídico kuli, «jor-
». _ p. N. Xavier, Boêquejo
nal, salário, paga», que se introduziu
li ;ir A8 inattns e flo- em singalOs, concani, hindustani ©
rcst. :;i:ii:'i :i mtiiinissflo bengali, com o sfã;!<lo d>' «oiw-rArio,
dos ( ''di-
mariola» *.
das Oli-
veira Maacareujias, Airai'tt do» Alares,
Os coles nfi.0 ••.\'"i» '! .1111 u-m a-í- i

cem de modo particular os misteres


l-^t' — «A!l^»mtm sifrnifica osorivilo de cules, nem se estenderam por
r:nn:ir;i pf^ra!, il«sim coiiio CUlcarnIm
(i;i
toda a índia, nem o marata e o gu-
signitua 'ia» — LopesMen- zarate, em cuja área tem ôlos a soa
dis, .4 /- 1. II, p. 27.
HKil.— uU culcornim desempenha vivenda, nora os nossos antigos es-
perante a coninnmidado quasi o mosmo critores lhes atribuem tais ocupações.
serviço que numa casa c o '
il
Os coles montanheses vivem de caça
puaraa-livros, oti na associai r uto
Jose I'liiueini, liol. — e de depredações, e os de planícies
mutuo o cartorário».
S. G. L., XX p 51. mant6m-se em geral de pesca e do
1905 —„I»;' '- nas Novas
'
cultura.
("enquistas. < s boçalmente A julgar pelas abonações de An-

. i.iui .vi' o systema da
que 08 narcornina e tónio Bocarro, Joflo Ribeiro o outros
1,

cuii^ui ••••c> _iiivam cm seu proveito». .


autores, parece que o termo cuti ou,
— Ernesto Frrn.indes, liegimendo Sal, etc., antes, cuia, procedeu de Ceilão.
ifiid., xxiu,
257. p.
r.tIT —
«... um acervo do miudezas 1581. —
«Somente Xibatadono que an-
burocráticas fastientas e inúteis como todo tontem aqui chegou de Ychigòn trás conr
o regimen d.- jtapelório complicado, multi- sigo dez mil homens, e dez mil quies». —
tilii ;iil.i (í inútil a que, como eméritos e P. Luís Fróis, Cartas de Japão, u, fl. 4.
^ culoornfs, vimos desde muito 1620. —
oA camará da cidade de Co-
—O
Ultramar, de (i de Agostq. lumbo se nos queixou do Geral daquella
iyi7. —
«Deu de si o Jil/isnfo, o culco- ilha e seus criados, vidanas, e capitães da
ni, o buror-rntn. o gàifponiêta bulhento, o gente preta prenderem os Cu II es das
alriila ,0 demandi.sta de profis- Aldeaa dos casados e foreiros portuí:;:
são.). -
1

T, de 29 de Outubro.
'
por suas ollas». —
CaYta Régia, in /1m-
VI, p. 1218.
CULE, CÚIÍ (indo-ingl. cooly, indo-fr.
mariola,
1634. —
«Frecheiros, e rodeleiros, e ou-
coxdi). Opí^rário, jornaloiro ;
les, a que se pagSo suas mwxara* confor-
moço (lo rerados ;
jjortador do pa- me o seu regiuieutoo. António Bocarro, —
lanquim. vopa, alCm da O torrao Livro, iu O Chronista de Tissuary, iit,
p. 246.
íudia. na China, na África Oriental, 1685. —
«Vieram mais de mil oules
e em diversas outras regiões, adqui- d'estas cortas carregados de arroz para
rindo cm algumas dolas o signiticado Columboo. —
/d., Díc. xiu, p. 709.

ospnoial de toporario emigrado da 1634—, Os arrayaes d'El-Rey andílo


* '*'
tfto mal servidos, '

íudia ou da China para trabalhar


um oule [em <

nas plantações ou nas minas». ferido, cm occa.M.i.. ... ......vi.; .

Yule & Burnell presumem que o Aptid Eduardo Balsemilo, Os Portuguacs


^'•timo dt* culi 6 o nomo gentílico no Oriente, ii, p 43.
163ÍÍ. —
«Duzentos vinte e cinco xcra-
Koli (vid. i-vIi'h), o citam para exem- f|Il« ii:iríi iil":i t\ << nuHoS ilr llimto llo
plo o nonu' (if Slav (rslavo), (jii»' i';i I
'

cm vArias línguas eurupeia.H se aplica ktr. K . .

ao 8er\'o, cescravoí. E em Lisboa 1664. — «Os Cules (|ti«> o :(

v5o, lô^o o dc-.r!iii.;ir.'\rrio lir t

temos outro exemplo em galego, que pai (S hum c<'i


d- s:;„'n.i O «moço de fretes» \ Mas o s .....~P. 1

pároco muito improvável a deri va- Quetioic, llist. de l\dro de Basto, p. l:íd.

I
~Iiiiiiciii<<iift<. imiH.ii.iifÍHslniã nwsmo, .'v
« T.im '.'TZ/íf?'. mnhi.T'.i '"'rHm-rtfi, te!

19i:: iuoyu do íieCeit».


CULE 332 CULITA

1685. — «Todaa estas aldeãs [de CeilSoJ ia numa cadeirinha transportada por coo-
tem Cu lies, que
para ai'arre tarem e
bíIo lies».— O Futuro (de Goa), de 23 de
faxorcm o serviço semolhanto, como liomena Agosto. •

de ganhar». —
JoJlo Ribeiro, Fatalidade 1(558. — «I soli Giannizzeri piíi gio-
Histórica, i, cap. 10. uani radono portando li mostacci lun-
la
• A obrigação dos Qulles acarreta- t'> ghissiini, i quali appunto sono detti Cu-
rem, assim eonio os main oflu-iacs traba- —
les, che vuol dire Suhiauiu. Fr. Vincenzo
lhar cada hum em seu oflicio». Id., iii, — Maria, Viaggio, p. 50.
cap. 7. 1G73. On the Shoulders of Coolles
1G87. — «Dá lhe dinheiro, e possas, fin- they load their Provant, and what Mou-
ge quo vay fugido, com dous cules». — vables necessary». —
Fry or, East India,
Fernão do Queiroz, Conquista de Cet/- I, p. 97.

.

lào, p. 424. 1786 «Quosta lettij+a [dnlim] è por-


nA
todos sem distinçRo, os fazião acar- tata sopra una stanga da H uomini, che si
retar andores, e j)ahui(iuls, o mais baixo chiamano KClli, cioò, faccliini di giornata,
oficio, que uo Sul pertence aos que clia- e dagli luglesi ed altri Europei lioyn. —
mào Cules, e em Goa aos Farazes, e Fra Paolino, Viaggio, p. 43.
boys». — /(/., p. 815. 1791. —
«... deux relais de vigoureux
I7;")3. — «Li'go hiào
Granadeiros de trcs COUlis, ou portours, de quatre hommes
S. Exc. com espadas na mào ua fronte dos chacun». —
l^ernardin de Saint Pierre, La
vinte e noue caixões do presente d'ElRey, Chaunuhre Indienne.
cubertOB de seda amarella, leuados pôr 1825. —
«Plusieurs gros marchands en
Cules Chinas vestidos uniformemente de [dos brâmanes] out ;\ leurs gages, qu'ils
seda». —
P. Newielhe, Relação da Jor- paient bien, pour faire le metier de couly
nada. ou porte-faix, parce que les douaniers out
175^2. — «Os escravos e cules, se mor- ordre de laisser passer librement tout ce
rerem som se terem confessado em devido qu'ils portent». —
P. Dubois, Moeurs, i,
tempo, serão sepultado.s fora do logar sa- p 412.
grado». —
1*. Casimiro de Nazareth, .1//- 1825. —
«The head man of tlie village
tras Liisitatia^, in 7'a-ssi-yaiiq-kuó, i, p. (510. said he was a Khnlee, the name of a dege-
18Õ8. a — A
maior [estauTpa] rej)resenta nerate race of Rajpoots in Guzeràt, who,
from the low occupations in which they
o bispo quando sáe em grande estado, con-
duzido por quatro cult's ou criados chine- are generally employed, have (under the
zes e outros dois com grandes umbrellas corrupt name of Coolee) given a name,
ou jiiha-soes, que vào ao lado da liteira». probably through the medium of the Por-
— Arch iro Pittorcsco, i, p. 278. tuguese, to beavers of burthens all over

1874 —
«Entre os cules que pucha- India». Ileber, Narrative, ii, p. 89.
vam os \'2,(K)Ú jin-rik-f'has que correm em 1854. —
«L'immigration de Coulies
Yeddo, alguns foram pessoas nascidas em des cotes de Malabar et de Coromandel,
outra e mais elevada gorarquia, ou mesmo dans Cevlon, a commence em 1839. Jan- —
artistas babeis mas sem freguezesu. Pe- — cigny, Ceylan, p. 650.

dro G. Mesuier, O Japão, p. 282. 1875. "All throughout Ceylon the
1883. —
«Ha, finalmente, outros que não coolies in the eofi'ee plantations are Ta-
tèra casta. São os parias do sul da índia, mulians». —
Caldwell, Comparative Gram-
ou os cu lis do norte». Adolfo Loureiro, — 7nar, p. 9.
No Oriente, i, p. 135 V. cadeirinha.
18515. —
«Em Macau havia famílias mui- CULITA (cone. kuJtt). Legume in-
tissimo ricas, essas riquezas porém desap- diano — Dolichos Linn. Co-
hijloinià,
pareceram com a prohibiyão da emigração me-o em papas a gente pobre, por
dos cu lis e o terrível tufão de 18<4«.* — ser barato, e dá so ao gado,
Conde de Arnoso, Jornadas, p. 145.
18i>7.— «A Nobunanga succede Ilideyo- — «Tori culita, urida, pacolo, e
1780.
shi, um seu antigo cu li, moço de fretes, gergelim». — CoUecção de 273.
liafidos, i, p.
mas de ha muito investido nos mais altos 1782. — «Outros dois legumes com os
cargos das armas». Venceslau de Mo- — nomes de urida e culita vemos no paiz,
rais, Dai-Nippon, ji 30. similhantc ao nosso ou crvalhaca». —
joio,
1898. — «E contar que os cufis das ca- Fr. Clemente da Ressurreição, Tratado, ii,
deiras hão de receber no dia immediato a
p. 357.
gratificação que lhes dá o dono do estabe-
— 1842. —
«Grão, feijão, culita, urida,
lecimento». Joaquim C. Crespo, Cousas mugo, e nachinim, que se semeiam pelas
da China, p. 111.
— encostas e pelos outeiros». —
Annaes Ma-
li>06. «Muitos culis, carregadores, ritimos, p. 269.
dirigiram-se a nós em inglez, pedindo as 1846. —
«Xachiuim. urida. culita, to-
bafagens, cora insistência incommodativa».
— ryu. —F. N. Xavier, O Gahinele Litlerano,
HipAcio de Brion, Duas Mil Jjeguas, I, p. 246.
p. 30.
— «O governador
1874. —
«Votae, nómadas, que quei-
1912. de Hong-Kong] maes cada anno uma porção de matto, se-
( UMIJULEM 333 CUMERLM

«IcOOl- blern). Arroz contribuído pelo ren-


.. cila, ante deiro ao sonhorio.
— Tomáa
.

rouba».
;o 1787. — "Assim mais o dos palmares
aprovei- e vaicciís, em que tem 7 ISnrás de cum-
1, coo bulom de bate e arroz, e maia pcn.sõesde
.'(}». —
Apiid Júlio Uiker, VoUeeção
idos, TUI, p. 255.

p. <i&Ò.
* CUMBO. Aíodida de capacidade
. CULNA. alto susct'j)Uvei j)ara secos na índia Arica. Um
cie riíltura, Do cone. kuln, cumbo contêm vinte canais, q. v.
por corroçao kút/n. Usa-so mais o tormo com relação
l>.4t». — „A !'• poBsue ao bate e ao sal. Do cone. kumbhj
taiiib.-m sfa — Cul- sílnsc. kumbha.
na —
ij-

('utiil>aniii.llii —u 1'iinpuiinollau. — —
F. N. Xavier, ColUcção de Bandm, i,
1732. «Hum xerafím em cada cumbo
de sal e meio xcrafim em cada candil de
J).
XIX.
1906 —. . . tendo-se apoderado de ter- arequa e cobra» (= copra). Assento do —
concollio da fazenda de Goa.
oulnps. "'latradi-
'
><.

:ii pido f: ira pelos 1760. —


"Obriguei a supplicaute fazer
provimento na dita praça de trinta oum-

.'>8 culti-
'der das bos de bate cada ano». Doe. publicado —
espe- no Ihraldo de 1 de Dezembro de 1!»15.
1

ri.s
.. ; :i,


juíilro
"Z pelo syste- 17G5. —
«Importará a renda de29cum-
ina
'
. . .11' .i..<',.v" díí8 oulnas». bos e 12 candis de ba4e que as aldeãs de
— I rDandes, índia Portuguesa,
Siiuddá e Velinga são obrigadas a pa-

Joaquim Soares, Doe. Compro-
j.p ;.,. . ... far. .». .

ativos, p. 131.
» CUM. K a primeira parte do no- 1788, «Por cada— cumbo do Sal,
quando desembarcar em terra, trinta e sete
me de Confúcio, Kuny-fú-tsz' V. con- .
reis e meio». — CoUecção de Bandos, i,
futianiêmo. p. 46.

_ 1842. — «Batte (arroz casca), 25 em


i(;(i.'> \' .. .iiantcB nos temas e
cumbos». — Antiaes p 376. .1.'
lU-is

.
Cum
exames, uaiii allr^^atiam
ÚJIH- f"iV lllIIJl LTilU-
1880. —
«A produci, arroz no
*
-ritorio de Goa, caleui.i fr, apro.xiuiada-
•ite, em 14:742 cumbos, ou 47: 174 ki-

—K i"iiiro8 e 4 hectolitros». Lopes Mendes, —


»». Fer-
vid/, fl. 74.
A Índia Portugueza, i, 47.
«Medida.s de capacidade de scccos em
letrados,
Goa o cumbo tem 20 candis, o candil
.. i

•'" •lii.'. I".,


o paili 4 nrl, n
•' I. .llj.H, 1

O nacti -,

_ ^..-iiiactis, o ^ :i

iavens, o solavem 2 botes solaveos».^


p. 48.
ma IWJ. — «.. por cada cumbc
do
de 23 candins, i-iiil'i n eaiiclil iT
(
- Jd,
leiíi liieiHl"
82.
ai^iiii.-' urros
— Amâncio (

fl.
lí»l«. -nl' cum-
bos iruí> auuualuieuto».
• CUMARA (b. m.). Principe, in-
-i1
l;i:it«-, lia índia. Do sAiisc. knmãra, l^Tô. - > hl 1

«•"•rr lii' nas lingiias niotlornas. growu in th


'

wa.* V,i<: .bos n> kli.iiidi.- 1 t ku-


- «O Brafcmano com hum lençol rói». — . ia.t da Fiinscca, i>kelch
o/ Goa, p -'
<

p VI «* 1
coiiiiiri/j.

i,t.. .In Ha Q. lia. nCon-

Ed., p. 5J( io [Flora doê Luniadaê, p. 22).


* CUMBULiJIi ^coucaui-mar uam •
j
VAU ci«»a, o processo c mail prati»
CUNGAU 334 CUNGUK

Cíidonas Novas Conquistas. Do cone. * CUM-HÓ (chin, kun-hó). Mandarim


kumerl, can. human. intendente dos rios, na China.
1780. —
«Das sementeiras dos Montes 1729. —
«Nesta cidade se achava o
chamadas oumèry, que he cortando, e Cum hó, que he hum grande Mandarim,
queimando as arvores, ou matos». Col- — que governa os rios, e os andava naqnelle
Ucçào de Bandos, i, p. 272.
— «Cumery, oumerim — Se- tempo visitando». —
Apud Júlio Biker,
1852.
CoUecção de Tratados, vi, p. 124.
menteiras dos montes, que se faz cortando
e queimando as arvores ou matto». F. N. — * CUNGUE (chin. kung). Título chi-
Xavier, Bosquejo Histórico, iv, p. 6.
1872. «Do mesmo modo como em Portu- nes , correspondente ao do duque.
gal, na Françn, na Hespanha, na Sabóia, V cimgué.
etc., é na índia, antiga usança fazer as
queimadas (cumerins)». —Bernardo da 1866. —
«Os imperadores tem constan-
Costa, Manual do Ayricultor, i, p. 104. temente honrado um dos descendentes do
1886. —
«U prejudicialissimo systema celebre philosopho chinez elevando-o á di-
de cumerins tem completamente arra- gnidade de cong, que talvez corresponda
zado as florestas, esterilisando ao mesmo a dos nossos duques ou á dos antigos con-
tempo o terreno e o paiz». Lopes Men- — des». —
Archivo Pittoresco, ix, p. 402.
des, A índia Portugueza, u, p. 10. 1853. —
«Les chefs des états feudatai-
181)0. —
«Os cumerins são também res portant le titre de royaume {koue),
licitados na comnmnidade e a sua cultura n'ont chez ces mêmes historiens que le
consiáte em derrubar e queimar as flores- titre de princes ou dues (koung)». —
tas e semear nas cinzas. Em
todos os dis- Pauthier, Chine, p. 151.
trictos britânicos á volta de Goa a cultura 1853. —
«En Chine, les koung ou dues
de cumeri está restringidissima e só se étaient seigneurs d'uu pays de dix lieues
permitte aos sertanejos que ao presente d'etendue les héou (marquis), de sept

•,

não têm outros meios de vida». António lieues; les pe, (comtes) de six lieues; les
de Almeida Azevedo, As Communidades de tseu (vicomtes) etlesíiân (barons), de cinq
Goa, p. 97. lieues». —
Bazin, Chine Moderne, p. 163.
1905.- «Cumerim
campo de cul- é
tura de legumes preparado com a dissipa- # CUNGUÉ (jap. kuge). Nome da
ção da matta e adubado com cinza de antiga nobreza, que fazia parte da
arbustos do mesmo terreno». Ernesto — corte do micado ministro ou conse-
;
Fernandes, liegimen do Sal, etc., Boi. S.
G. L., xxjii, p. 256. lheiro do dairi no antigo regimen.
1909. — «... e pelo systema de queima- Os cungiiés atribuiam-se origem se-
das (cumerlnsj». — Amâncio Gracias, midivina.
Subsídios, p. 251.
1909. —
«Ali se cultiva pelo processo de
1560. — «Também dous Cungés, que
cumerim, processo que caracterisa a
sam mui principaes pessoas deste Reino,
epocha pastoril». —
Manuel Ferreira Vie-
em dinidade, mais que ElRey de B^ungo,
gas, ibid., XXVII, p. 256.
ainda que nam em riquezas, vierão de
1911. —
«Tendo por único adubo as cin-
noite a nossa casa ouuir a pregação». —
zas obtidas pelo systema dos cumerins
Carias de Japão, i, fl. 70.
e do8 colvans. No 1.» caso o adubo é forne-
cido pela queima de arvores completas
1567. —
«Mandou com cartas suas este
fidalgo christão ao Miáco pêra os Cun-
existentes no terreno que se pretende cul-

José E. Castel Branco, ibid.,
gés que sam os do conselho do Vó, em
tivar».
que lhes rogaua fallassem por mim a sua
XXIX, p. 399.
respondeo hum dos Cungès
1913. — «Passando agora A portaria que
Alteza. . .

principaes que por nenhum caso auia de


regulamentou a pratica dos cumerins, —
falar por mim ao Daire». Ibid., fl. 241 v.
seja-nos permittido dizer que valia bem a
pena dt- não coarctar a liberdade de cu-
1571. —
«Os Cunges que são senho-
res muito principaes, e do conselho do
merins nas propriedades particulares Dairy que he o Rei próprio de Japão, pe-
desde que estas observem as regras de
dirão a Vatadono muito que ouuessem por
aceiro de modo a evitar a propagação do
fogo». —
O Ultramar, de 7 de Abril.
bem concederlhes huns direitos». Ibid., —
fl. 3l3i;.
* CUNGAU (tibetano kyam-gõn). 1577. — «Perfilhou
hum menino por
la
nome Chicatàra, de hum Cunguè,
filho
Grão lama de Lassa.
que na honra são os principaes de Japão
1607. — «E que o seu Padre Grande, a por seruirem imediatamente ao Dairí, que
quem chamam Cungao tem mitra na ca- por direito he senhor de todos estes ses-
beça, e que seu vestido, he a modo de ca- senta e seis reinos». —
Ibid., fl. 374.
sula». — P. Fernão Guerreiro, Belaçam 1588. —
«Assi a corte do Dairi, com
Annual, fl. 168 r. todos os mais officiaes e Cungès que
CrNGl'Ir. (LNyl'uM

tn couta cout eik'a*. — Hid., u,

ti (Juii ]>iiuci-
iite ao Dalri
— P. FernSo
H. 6.
liUl. s, uu Cou8olheiro8
do Vô, ri ita, por escrúpulo
de favor. j-v, que destruhia a
sun». — 1 >oo de Sousa, Oriente
Lonquiêtaao. ii, iv, 1.
1»4'.' — «0 Dayri
— tern aeua officiaes
'
" Cnnnf, inaes
1 io9

set, UiJit da Igr^ja <l >


jnf'<l >, i, p. 38.
1ST4 A II ii'. -1 i I'Hiueza era, e
repartida em
Kuqés paren-
es, e 08
M G. Mes-
uier, O Japan, p. 12.
• O* fidn!::'''S as?tm nEraciadriS fpelomi-
inte res-
em pri- ,1

o& kugés, >úi fulalgos com


i.a
parentes. Os couselhos d'estado
V .' ivaiii-se d'esta gente, e posto
que kugés rnuito pobres e mi-
»cr;i "o Be não considera '

a J' por vilc'/a, erani


semprp acatano» e.st03 altos dignitarioso.
— Jd.p 19.
1897. -^ Iro minis-
tro, em o; .que dis-
"
* ' <• ')8 demais

— Venceslau

1674
CUNTO 336 CURCA

accoutuiné de loger les Officiers qui sont dor». — Regimento, in Collecção de Leis,
de Ia Cour».
dt'íi)ccliés —
AjjuH P. Hiilde, por F. N. Xavier (filho), p.xiv.
Description de la Chine, i, p. 95. 1885. —
«O certo 6 que as alienações de
tangas augmcntaram o numero dos inte-
* CUNTO. aA renda, ou fundo da ressados estranhos (cuntocares), e des-
de esse tempo as pretensões d'e.«tes e dos
communidado. Item. As tangas, c ou-
culacharins foram a origem de luctas tão
tras acções, cujos possuidores, por curiosas como insistentes, entre elles e os
compra, e por hypothoíía, cha-
nílo —
gãocares». Teixeira Guimarães, As Com,-
mam-se CUNTOCARES ou Interessa- munidades de Goa, p. 29.
dos)). Filippo Nóri Xavier, Bosquejo
1906. —
«D'autres [comunidades] com-
prenaient en outre les cuntocares, sans
Histórico, IV, p. 6. O vocábulo pro- voix deliberative, c'est-a-dire, les ubliga-
vêm do cone. khunt. V. tanga. ,taire8ou porteurs de titre de la dette de
Village». —
Cristóvão Pinto, Les Indigenes
1618. — «Sobre se não venderem pelos de Vinde Portugaise, p. 14.
gancares das aldeias as tangas de cunto
pêra fora da terra». —
Carta liéyia, iu Ar- # CUNTO. É também a denomina-
ckivo, V, p. 1387. ção de certos direitos que pagavam
1632. — «E
no que toca aos jouos e tan- em Goa o tabaco e as embarcações.
gas de cuntode Portugueses, de que man-
Do cone. kunth, «satisfíiçao».
dastes dar copia ás camarás geraes, se lhes
verão seus requerimentos, e se lhes fará 1776. «Não entra neste arrendamento. .

justiça». — Carta Régia, ibid., 1398. a pensão chamada cunto, e seus annexes
17'2(). —
«Pagos os foros e mais contri- que as Embarcações mercantes costuma-
buições feita ratcação pelos ditos jouos e vão pagar no tempo do Suuda naquella
cunto, dando titulo de perda». I/nd, — Fortaleza». —
Collecção de Bandos, i, p. 16.
Supplemento, ii, p. 252. «De cunto denem ', que são direitos de
«Nas ditas Aldeãs ha bens perpétuos, tabaco». — Ibid., p. 17.
que se chaniào tangas d« cunto, que pos-
suem as confrarias, viuvas, e forasteiros». # CUPA (s. m.). Espécie de sal de
— Jbid., p. 263. Goa, descrito abaixo. Do concani-
1727. —"Cunto. Termo da índia Por- mar. kúpaj «sobe, cercado».
tugueza. Fazenda, que entra a ganhos e
perdas, e tem certo numero. Cunto de 1905. —
«Ainda ha outra qualidade de
tangas de recamo. Assim se chama na Índia sal, leve e finíssimo, denominado cupa,
o numero certo, que tem cada Aldeã de destinado exclusivamente para o mercado
tangas perpetuas, que entrão a ganhos, e de Bombaim. Este obtém- se fraccionando
perdas, e nelle se distribuo todo o proveito os taboleiros em pequenas subdivisões». —
da importância das várzeas, tirados os fo- Ernesto Fernandes, Regimen do Sal, in
ros, contribuição, e despesas... Cunto Boi. S. G. L., xxiu, p. 251.
de tangas de vatiti, tem annexos os palma-
res, c propriedades, que se chamSo de/oro
CUPÃO. Peso de ouro em Malaca.
corrente, e he também numero certo, e da Do mal. kiipang.
mesma natureza perpetua». Bluteau, — irj54. — «Hum maz 4 cupões, hum
Supplemento. cupão 5 cunduryns». — António Nunes,
«Cuntocares. são os que possuem
. .
Lyvro dos Pesos, p. 39.
as tangas de cunto, sejão Gancares da
Àldea, quer moradores de fora, mas sendo # CURA (jap. kura). Armazém,
moradures não podem lançar por si nas celeiro.
várzeas, nem nas vigiadorias *, e só podem
fazer por boca do Gancar daquella Al- 1573. — "BarrouMartinho as portas,
deã». — Id. e as janelas da nossa cura, enterrou mais

1732. —
«... pagando os foros, donati- algum fato no chão debaixo do altar».
P. Luís Fróis, Cartas de Japão, i, fl. 344 y.
vos, e outras contribuições repartir o sobro
com os Cunttocares e Jonoeiros, os jo- «Pos alguns quatrocentos fardos de ar-
nos e cuntos». —
Archivo, v, p. 390.
roz nas curas destes Bonzos, que tomara
da terra de Nobunanga-). —
Id., â 349.
1735. «Succedendo vir alguma despesa
extraordinária para Meu Serviço, se dis- 1854. —
«Les magasius ordinaires por-
tribuirá nos gancares, Culacharins, Cun-
tent le nom de koura ou kioura». — Jan-
cigny, Japon, p. 44.
tocares e se cobrará pelo mesmo Saca-
CURCA (ár. kulka ou kalka). Planta
Alocasia Indica, Scliott., Arum Indi-
1 Oficio de vigiador. Não vejo o termo

nos dicionários talvez seja formação in-


;

diana, em correspondência à palavra cone. i Deném, em concani, quer dizer «acção


ffrhtca (q. V.), mais usada actualmente. de dar, pagamento».
cmò to? CURO

cum, Roxb. Comem-se as raizes e a corral e os holandeses À;raai *. V. /n-


haste.

\!)i\3. — «Secva. As cupoat que de 1687. —


«Nas aldeãs do Curo, a quem
Cochim vieram, quer voBsa mercê que Ihoa se obrip^ar a dar mais elefautea, e aUax,
"" '
'.
on que as '
' .
!
'njoi tanto preço, pelos que
.

. '
huDS grftns : 'lU pagando eles em dobro

.

;n casca laiiar no cabo de três anos*.


-. e «a- i de Queiroz, Conquista de C#y-
" ha

•.'-• 1" ..........vc. j.v>j>.w..ya-'.


CURO (cone. kudav). Medida de
— Gariia '1. xviii. capacidade para secos na índia, vi-
It'v.'ll - Aliiini:-; lihrn 8U0, gésima parto de candil, equivalente
M Cuí- proximamente a 8 litros.
cas ulocas-
siam vertit». — bontius, iii$t.
_

Naturali$, 1054. —
«O Paratkgue que vier carre-
p. 114 gado de mantimentos, dará um curó da
nullum marca grande da medição». Placa de —
ii . quaui Goa.
^ 4(iaiu siccatos 1842. —
«Candil, 20 curós; curó
•i'?i condimento, 8 medidas; medida: 4 quartos». Armaet —
to. — Hum- Marítimos, p 380.
Anrtarifim), 1852. —
«Curó Medida de capaci- —
dade para sólidos, e tem dois pailis». —
F. N. Xavier, Bo$qveJo Histórico, iv, p. 6.
CTIRCUMA. E iiouu' scirimnco do 1864. —
«Ha terrenos, em que 4 medi-
Í0 da India (q. v.) — Curcuma das de semente dá um candil, ou um candil
produz 1 citmho. A conta destas medidas é
longa, Linn. Do ár. kurkum (persa

como se segue 1 cumbo tem 20 candins,
karkam) < sAnsc. kiuikuma. 1 candil 20 ou rós, 1 ouro 2 pailis,

^^''''^ — oE maia me fez cuidar isto ser 1 paili 4 medidas ou podís. 13 medidas —
de ver o capitulo de fece ffe-
ou podís equivalem a um alqueire de Lis-
!c
ourcuma» — Garcia da Orta, boaw. —
Lopes Mendes, Ijetcripção do Co-
queiro, p. 43.
ni.
1. — «Ewta droga. . . è mais geral-
1886 —
«Segue-se o narcomim ou escri-
vão administrativo, que recebe um curó».
i; curcuma, — Id A índia Pvrtugufza,
d , i, p. 53.
de Kicalho,
1901. —
«Um outro desgra^ 3il'> ""•• 'in-
'). — aNomen
"'
gencrale hamm trium
çou á terra um ou áoi» curós
e porque a chuva escasseou, ii
,e,

e; ~ ' 't Curcuma et Cro- , lu- :

ziu,ou produziu muito pouco, o narcomim


Ci \nu», Ilrrharium Am-
com o si pay ú porta, exige o tal meio
I»jl3 — nOiieras autea, etiam Cur- ouro». —
António de Almeida Azevedo,
Olfmpn r,,< ,„ ;„..,. ,.;í.;^ As Coinmunidades df (7 na. p >*<n.
...
Recte
;

b Orta
1905. «Alfajào — a <

';

.,..i, Uitt.
curó 9 réis». En —
A'e»
gimen do A'ai, etc., J>oL -6. G. L., uui,
p. 288.
afriin iTítitU quo mé-
>rcuma .»
les
— Ray- 1912. —
«Instituiu prémios para cada
ouro de gafanhotos que fd.^.soni apanha-
' i>al ii-i
— Diário de Noticias, de 20 de Oa-
T' ••
Cu 7. — «Poupa
'
A: '
" lal
ido, II ouros os
u gtallw-». ~ Ftii I'iiuliuo, Vmy^tx,
• >" 'jue usava». — </ l uramar. ui- i de
Junho.
IH78.— -'• «""<> •' '••• ' -'.rt
grown io »
• CURO (mnp. kúru em
para apanhar
frínira,
waa 8,84:5 L .._ .^ — ....... .. í=.«. w*».

- O tonuo de

lie os portugueses mais asavam era
s,, anrox:
'-

ti,..
> «Ttie Krddahs, or, aattis there called,
^-,.-r„ .,, ; Ar,./ »t,,.., »!,.. •<>.ft|gUeM
I

:>Ut OQO
to tio V
_; , iiiifuL
li v^, e ilu 4ual os iiigltitiett ti/H;ram Cey/oN, It, p. tfl
CURUMBIM m CURUMBiM

— J08Í Nicolau da Foneoca, Sketch of Goa, bina christãos». —


Archivo Porl.-Oriental,
p. 27. V, p.1397.
1635. —
»E que se lhe pagasse confor-
Curó. V. cuddú. me o rendimento dah aldeãs e na mesma
moeda em que os forciros arrecadavam dos
CURTARÍIM (cone, kwiuirciii). Jóia seus curumbins». —Antonio Bocarro,
Déo. xin, p. 675.
do trOs ou quatro eníiadas do peças
do ouro, com que as mulheres hin-
1687. — «Fazião-nos acarretar pingas,
e cargas á cab<'ça, oficio próprio dos que
dus' do Goa (Mirclt.irn a ])arte poste- chamão Curumbís». —
P. Fernão de
rior da caber Queiroz, Conqninta de Ceilão, p. 846.
1715. —
«Diz que se não pode fazer nas
1874. — «Liiziaiíí-llies nas inflf.nadas
terras do Norte, porque fugirão os Co-
cabeças os lavrados chondracôre-t, os Unos rombins, que são os lavradores». Ar- —
calianchipottis e curtarons, cada qual a chivo, Suppl. II, p. 29.
seu prazer». —
ToirrAs Ribeiro, Jornadas,
1728. —
«E para mostra tem curum-
II, p. 104. tão destros, que respondem, e fingem
bins
todas as circunstancias, que lhe pergun-
# CURUJO (aut.j. Direitos especiais
tão». —O Chronista de Tiasuar;/, r, p. 31.
que os arincMiios pagavam na alfân- 1732. —
«Que os curumbins
begarina
dega do Ormuz. Do persa-ár. kharãj, boys c outros de semelhante calidade pa-
«imposto». garão na mesma forma meyo xerafim por
cabeça, e os curumbins varzeiros hú
1612. —
«Devia avcr por bem escusar xtírafim». — Assento do Conselho da fazenda
aos Arménios, que vão á fortaleza de Or- de Goa.
muz, de pagarem nella os direitos que se 1782.— nE ainda espalhal-as a beneficio
chamão curujos ». —
Carta Régia, in Ar- publico pelas mãos dos curumbins cul-
chivo, VI, p. 909. tivadores dos oiteii'os'j. —
Fr. Clemente da
1612. —
«Oa ânuos passados mf3 foi feito Ressurreição, Tratado, n, p. 354.
lembrança que devia haver por bem escu- 1886. —
«Vêem -se no desenho que re-
sar aos arménios que vão á fortaleza de presenta esta festividade, os kulumbys
Ormuz, de pagarem n'ella os direitos que ou trabalhadores agrícolas». —
Lopes Men-
chamão corujos. pelo que vos cncom-
. .
des, J. índia Portugueza, i, p. 46.
mendo m'o aviseis, e me envieis uma in- 1890. —
«Os curumbins, que consti-
formação mui particular de quem paga tuem o stratum mais antigo da população
estes direitos dos curujos e quanto e o do paiz, conservam, ainda mesmo os chris-
que se deve pagar». Carla Régia, in — tãos, um costume que justificaria, indepen-
Doc. da Índia, 11, p. 143. dentemente de outras provas, o lugar em
163Õ. —
«Pagavam na alfandega de Or- que os colloquei». —
António de Almeida
muz 08 arménios vassallos do Xá uns di- Azevedo, As Communidades de Goa, p. 64.
reitos, alam dos reaes ordinários, a que 1901. —«Provavelmente eram esses po-
chamavam curujcs». António Bocarro,— vos, pacíficos e trabalhadores, um ramo da
Déc. XIII, p. 82. família dos curumbins». —
José Pinhei-
1590. —
«Non pagai datio alcuno deli' ro, Boi. iS. G. L., XX.
uscita, eccetto una certa impositioue detta 1908. —«São graciosas em novas, mes-
crugie». —
G. Balbi, Viaggío, fl. 55. mo com a fina belleza morena ou bronzeada
dos Levantiscos e das raparigas sudras ou
CURUMBIM {curumbina, f.). Indi- curumbins». —Alberto O. de Castro,
víduo da casta sudra e agricultora Flores de Coral, p. 172.

na costa ocidental da índia agri- ;


1915.— «... umas tantas curumbinas
com outros tantos chardós, algumas char-
cultor. Do concani-mar. kunll. Cha- O Ultra- —
dinas com alguns brâmanes».
ma-se também bãvâl como portador mar, de 21 de Outubro.
de machila (q. v.V 1915. — «A mullior curumbina ou da
casta de curumbss,de Goa, cristã ou
1563. —
«E 03 Gentios são de muytas pagã, não veste o seu pano passando a
maneiras scilicet os que lavram o semeam
: parte dêlc que se chama paló por sobre os
a terra para o arroz e outros legumes es- ; ombn»s». —
Heraldo, de 24 de Dezembro.
tes chamam elles curumbins e nós la- 1589. —
«Les Canarins et Corumbins
vradores». — Garcia da Orta, Co), nv. sont ceux qui vacquent à I'agriculture et à
— «Outros que lavram a terra, e
1615. la pescherio entre les Indiens, et qui en-
lhe chamam Culumbins». — Pyiard de tretiennent les palmes, d'Inde qui portent
Lavai, Viagem, 327. i, p. le Cocos-». —
Liuschoteu, Histoire, p. 77.
1630. — «Os Chorumbins, que se 1658. —
«Li secondi, che cultiuano le-
quizerem fazer marinheiros, poderão ficar, '
gumi, ed altre cose di minor stima, Co-
e todos os mais deitem fora, porque para ; rombini*). —
Vincenzo Maria, Viaggio,
Javrar os outeiros bastão os chorom- \
p. 266.
- \n: 38Ô cr ITEH

'-.
— «To which Appertains Siarn,
1 }>\ ColumbocMS. Hii>li.iiiii-

Cop«j
It
Daba â4Ó DACHÊM

franceses fizeram de cutter còtre. peps the year round». — Fryer, East In-
dia, I, p. 296.
V. catur.
1823. — «("aptaiu Manning hointed out «DABO, m. vjAii.^ jnu. (^V/i. uiw./^».
one of his cutters with oars, besides the
quarter-master and the midshipman who
C de Figueiredo. As línguas india-
nas tom dãâã e bãbã, às vezes bã-
commanded, a handsome boat, and making,
bu, na mesma acepção.
from the appearence of the meu, and their
discipline, a show little inferior to that of # DABU (indo-ingl. dub). Moeda de
a man of war». —
Heber, Narrative, i,
cobre que cofria em Damão e valia
p. 15.
seis réis da convenção ou 32.* parte
# CUTUDÊM (ant.). Imposto sobre
de rupia. Do guz, dhabbu<Cte\. dab-
o corte do lenha das matas públicas bu, «moeda equivalente a vinte cai-
em certas partes das Novas Con- xas».
quistas, originariamente lançado pelo
1832. «Determino, que interinamente.
rei de Sundêm. Do cone. khuntdém,
.

corra nessa praça e em toda a jurisdicção


mar. khuntan. de Damão o dabu pelo preço de dezoito
1788. —
«Quando carregar em Candea- réis, e o meio
como moeda provincial».
Dabú por nove
—In O
réis, isto
Oriente
par, e Coddar, direito de lenha, hum xera-
Chamado Cutudem, Portuguez, xi, p. 77.
iim 6 trinta reis.
hum xerafim». —
. .

Collecção de Bandos, i, 1880. — "Com o cdnlio maratha gira [em


p. 53.
DamãoJ o dabú que vale 3 [deve ser 2]
nO Rendeiro da dita Aldpa deve pagar siuray ou 18 réis de Goa, o siuray ou
Yí dabú que
á Commuuidade de Candeapar, se cortar a
tem 3 aricàs ou 9 réis de
lenha, cada anno chamado Cutdine (sic) Goa e o aricá 1 Vz réis». Teixeira de—
sete xerafins três tangas e meia». — Ibi- Aragão, Descripção das Moedas, iii, p. 102.

«1 sêra peza 16 dabÚS ou
dem. 1900.
26 rupias». —
António Francisco Moniz,
Hist, de Damão, i, p. 245.
T> «Foi mais ou menos n'essa occasião
[1845] que appareceu no mercado a moeda
DABÁ (s. m. Indo-ingl. dubber). fiíwra?/(3reis) edabú (meia tanga actual)».

Vasilha de coiro para azeite ou


— Jd., p. 242.
— «Os gentios empregavam o ter-
1914.
manteiga, na índia. Do persa dahhãh, mo — dabu — como synonimo dum indivi-
hindust. dabbã, cone. dãbó sânsc. < duo pouco astuto e intelligente. Entre os
dabadã. christãos indígenas a seguinte e vulgari-
sada phrase —
«Não vales um dabu!» —
1552. — «A manteiga se vendepor mãos significa que o individuo nào tem mereci-
[em Ormuz]. e vem em huas Jarras de
. . mento algum. Hão correndo esta moeda
couro grandes, dabaas e pesa-se no ca- presentem(|pte, também vai desappare-
pão ^^ que he o peso da cidade, juntamente cendo o. emprego do citado synonimo». —
cada dabaa». — António Nunes, Lyvro O Oriente Portuguez, xt, p. 79.
dos Pesos, p. 23.
18áO. —
«O dabá de azeite de duas # DACA. Tamboril indiano. Do
mãos e meia, equivalentes a dous almudes cone. dalvã, marata-hindust. dankã,
e oito canadas e meia. .». Collecção de . — < sânsc. dhakkã.
Bandos, i, p. 194.
18á2. —
«Dabá: 2 mãos; mão 2 calõe», :
1697. —
«... ao som de huma gayta, e
calão: 6 canadas». — Annaes Marítimos, de hum tambiril pequeno, a que os paysa-
p. 380. nos chamào daca'j. —
P. Francisco de
1852. — «Dabá — Vaso de couro, pró- Sousa, Oriente Conquistado, I, ii, 1.
prio para azeite, com capacidade para
conter 2 mãos». —
F. N. Xavier, Bosquejo # DAÇARUM. Medida de Damão,
Histórico. equivalente a dez c.eiras, como indica
1913. — «A provisão annua
de óleo de o nome. Do guz. daxaxeri ou daxa-
coco era, em termo
medio, de 6(j dabás».
— Heraldo,'de 11 de Setembro.
xero.
1G74. —
«For did they not boil their 1900. —
«Uma rupia por um daçarum
Butter, it would be Rank, but after it has (10 ceiras) do dobrado (q. v.)». António —
passed the Fire, they keep it in Dup- F. Moniz, Hist, de Damão, i, p. 177.

DACHÊM (ingl. dotcliin). Grande


' «Peso d'Ormuz ou casa onde se pesa- balança chinesa de aço à romana.
ya (?)». Felner, Do mal. dacÃm^r chin, tá-ching. <
L'.lV. .uA 841 ií.XUAlíA

6 pOso de ceni sftnsc. (2aA, tqueimaru. Denomina-se


... uIguQS nossos tambOin ttOrre de silfiucio».
do Achem. Aotó-
' loiiA Itaar do }?ran- 1878. — «O parse, sobre a tnrrt <iV ,r<ríi-
cin, num amplo
tabojeiro circular, de bron-
" bitar do pequfiio
ze, OU lageado de mármore ou granito,
quo Ihe ocor- diz com cova» pouco fundas, e de tainnnlios
quo Osse noino
ra -.'3 diversos, expde os cadáveres ás aves car-
próprio podia ser o ótimo do dacíiètn nívoras; poucos dias depois restam so-
mente os 0880B, que a familia guarda co-
balança». V. arhèm e Glossary. —
mo queru. Tomás Ribeiro, Jornadas, i,
p. 37Õ.

' '
'

o qual
18S3. —
«E alli no alto da colina que
está situada a Torre de Silencio, ou o
aeB de
:

á arra-
Oakma dos parses». Adolfo Loureiro, —
No Onente, i, p. 168.
Trauuing,
- . _ -. -ião de
189Õ. —
oAo lado fica a torre do SiUneto»
irtfij
I, j). t)l.

- «Mhs também Gonçalo peroyra (em Adem^. —


Conde de Arnoso, Jornadas
sto, com mandar apregoar sob
pelo Mundo, p. 50.
. que toda pessoa que tiuesse 1898^— «As dakmas, ou torre» de ti-
:en em sua casa, que asui chamam leticio são. umas couatrucçfles circulares,
.
.

oom fjtic pesam ho de.^tinadas a receber os cadáveres dos par-



crauo, ho le-
ses, (jue seguiram a religião de Zoroastro».
\ai\s dandrade per,i ho
•r

i.ir K todos 08 dachens — Oliveira Mascanmhas, Atravez dos Ma-


res, p. 52.
íiade que oa que-
luheda, ///«íor/u,
1ÍM)6. —
«... tendo ainda assim tempo
para ir á Torre do Silencio, Dakmas,
[pies] de ])rata cortam que SC levanta no alto da montanha de
'3

'• dividem empe- Malabar, no meio de lindos jardinsu. —


nes, conforme o
Hipácio de Brion, Duas Mil Léguas, p. 75.
"o e SI' pe- :
1917. —
«A Torre de Silencio representa
para os sectários de Zoroastro o que o
dáchém».
p. 205.
cemitério é para os cristSosu. Heraldo. —
de 29 de Maio.
indistin-
:^e
..» .<5
espe-
1879. —
«The existence of the rites of
burial among the ancient Persians, before
«' i ir que
4" the prnftice of exposing the dead was
braços ..>
a "i made a religious duty of all
e , e á' ing . . .
'/'
iis, appears to be further con-
bi , , sar) d'onde
deriva a firmed by the word dakhma, now applied
\< e que é de uso
^ral D08 ii>
. . >
etc.». — Ta$si-
to the 80 called «Tower of Silence», and in
the Zend Avesta to tombs or sepulchres».
yang-htó, II, ir, õ.
lf)*'2 - "Tutti i pnsi, cou che si pesa
— Gerson da Cunha, The Journal, B. B.

rtia,
Cr
!>'

**'
1,
no, e si
íl

Jl è di piú
.

;iiiO, altri sono


reggono
quale è un
che io
R. A. S., IV, p. 11.

ti

I'
191tí.
*

«... and contains nomft illus-
'.NO of them being ti
'or the v
Irnrr ;tN it is often Called».
ReHew, de Setembro.
""

Oakma
nt
n»-
iff .i/'iirm —
d» «» in canibin di

• OÁGABA. Santuário búdico em


bba». forma do cúpula, que de ordinário
piicí»rra alguma relíquia do Buda,
sugere o nome. O vocábulo
I'I'f. Ijill •"111 I^iHtlllCOi <JI'-i .., ...000 om várias línguas europeias:
U8 chinoiees». — liienzi, Ocia- dnijaba em francos, dagoba era in-

^^'"' «.-/<* -^A«. V (rio,mry.


.
Circular, em forma d« torre, I

h-

á voracidade dos abutres. \)o avós- j k'/ ,i' l,'*^

Uco (htf, /•.;.. reiucionado com a raiz | cupulas e.spiiorKa»,c Uainaauti dhagopos,
DAIA 342 DAIBtT

as quaes indicam ser o templo consagrado 1917. —


«... ou aiuda pela imperícia
a Biidda». —
,0 Panorama, de 8 de Julho. das daias (parteiras) dentro de 10 anos
1902 —
«É coroada por unia ciiinila de de cíisamento». —
lieráldo^ de 17 de Ja-
52 pés de diâmetro, eercada cie Iti cupulas neiro.
mais pequenas, e erguida sobre tns estra- 1578. — nVna
par terá o comadre, a que
dos mais baixos, limitados por 72 pequenos ellos llaman Daya
vi vsar de este fructo
dagabas, sendo o todo coroado por um \caramhola] seco em poluo, con hojas de
dagaba grandcu. —
Ta-tsi-yang-kuó, II, líetele, para expelir las Secundinas dei
iii, 5. partOM. —
Cristóvão da Costa, Tractado,
1907. — «Mesmo os dagobás ou dagops p. 255.
do sul da índia, os pagodes drávidas, com 1589. — «...
et en ceste sorte en iisent
o sou vwiana, ou santuário quadrjKiigular, leurssagefemmesqu'ilsappelleiit Dayas».
o seu mandaimm ou vestíbulo com columna- — Linschoten, Histoire,\i. 136.
tas, 08 seus gopurás, ou portas mouumeu- 1610. —
«Otros medicos ditferentes tie-
taes de altos frontões em pyramide... são nen los Parsios que son Mugercs, à que
das proximidades do millenio eUristão".— per nomt»re comun dizen, Dayah, estas
O Oriente Porfngvcs, iv, 21. cnran mugeres y ninos, y está tan intro-
1860. —
«A daqaba (from datu, a. ré\ic, duzido, que raras vezes se llama para ellos
and gabhum, a shrine) is a monument rais- otro medico». —
P^dro Teixeira, Relacio-
ed to preserve one of the relies of Gota- nes, p. 179.
nia». —
Tennent, Ceylon^ i, p. 345
1900. —
Ccux qui recèleut le sanctuaire
'
* DAIBUT. Grande estátua de Bu-
forment quelque chose conime une reunion da. Do jap daibutsu, lit. «grande
de moustres couches, et le plus gros porte
la dagaba indicatrice (le clochcr boud-
Buda».
dhique)». —
Pierre Loti, L'Inde, p. 22.
1584. — «Ha também hua estatua de
1913. —
"The earliest and most grace- Xáca que chamão Daibút, que quer dizer
ful of the mighty dagobas of the island
o grãopagode tem hua estatua increiuel,
;
was erected as a receptacle for the first of porque com estar assentado sobre huns
the two-) (relíquias). —
P. E. Pieris, Cey-
golfãos, como estão commummente os pa-
lon, I, p. 4.
godes he tão alto tomo hua grande ar-
:

uore, e hum dedo tamanho como hum ho-


* DAIA (indo-ingl. daye, dhi/e).
mem». —
P. Lourenço Mexia, Carias de
Parteira ; curandeira. E corrente em Japão, II, fl. 125.
ásio-português. Do persa dàijah, hin- 1586, —
«Puramente para adquirir gran-
dust. cíãi<sansc. dhãtrl, «ama». de nome, manda fazer o Daíbut da ci-
dade de Nara». —
Ibid., fl. 175 v.
1563. — «Aquillo que se gasta na terra 1588. —
«A terceira inuenção foi tornar
em salada e em mezinhas da gente indiana, a edificar o Daybut, que he híia obra de
principalmente da que vem de Java, que hum ídolo com hum grande convento de
sam as parteiras (a que chamão daías) e Bonzos que os reis antigos quando ei"ão
tem o officio de físicos». — Garcia da Orta, senhores vniuensaes do Japão, edificarão
Col. XXIV. com grande magnificência, c immenso culto
1567. — «Nenhuma christã em seu parto na cidade de Nara». —
P. Gaspar Coelho,
chame daya — Primeiro Concílio
infiel». ibid, fi.2òdv.
de Goa, iu Archivo, 25. iv, p. 1602 — «Auia aqui hum Fotoque ou
1613. — «A mor parte são Dayas, Xaqua famosíssimo em todos
Id( lo de estes
phisicas molheres excelentes erbolaryas, Reynos chamado Daybut, que quer dizer
aprendices das escholns de Java mayor». Fotoque grande, porque era de admirauel,
— Manuel G. de Erédia, Declararam de e estranha grandeza». P. Fernão Guer- —
Malaca, fl. 37. reiro, Rclaçam Annual, fl. 54.
1884. — «As mulheres que assistem aos 1608. —
«Aqui está ainda hum Fotoque
partos e que entre nós se chamam partei- de bronze de estranha grandeza, como
ras,denominam-se no dialecto tetu ataho- aquelle de Meaco chamado Daibut posto
-oan ou daias». —
José Vaquinhas, Ti- em hum campo a chuua e sol». — Id.,
mor, in Boi. *S'. G. L., IV, p. 484. fl. 1200.
1908. —
«E certo que em galóli a pala- 1749. — «Em hum
destes templos, cha-
vra Daia, parteira, é puramente de Goa . . mado o se via hum ídolo
Grão Daybut,
Pelo menos é em galoli que encontro maior de bronze todo coberto de ouro mas dé ;

numero de palavras do português de Goa». huma desmedida grandeza, que hum


tão
— Alberto O. de Castro, Flores de Coral, grande pavão posto sobre a sua cabeça, não
pp. 173 e 175. parece mais qUe hum passarinho, a quem
1914. —
«A generosa cruzada de edu- chega aos pés do idolo. Esta he a figura
cação e instrucção das daias, que consti- de Xaca». —
P. Crasset^ Hist, da Igreja do
tuem um grave mal social da ludia retró- Japão., I, p. 78.
grada, prosegue sem desfallecimentos». — 1874. «Este é—
um dai-budhs (grande
O Ultramar^ de 18 de Maio, budha) mas comtudo mui inferior em di-
D AIO I 343 DAIMIO

iiK 11 n -i, ao dai-budhs tU* Katnaki - Hf.raldo, de 2 de

' DÂIH. Leite coalliado e azedado,.


Uo (•one. rfaAíW < sílnsc. dwlhi. E
muito usado na índia entre os hin-
palavra das, o era outrora tambôm entro os
DAIGI
yf/.v» nu um odital crisulos de Goa.
ocorre ^

da Tt.,, ,. (íoa. (lo 11 (Io Abril ir,I4 — «Mandou trazer muito leite aze-
(Ic itivo aos I'usanionto» dos dado, a qiii! cliamíiin Daim, e muito vina-
" gre». — Diogo do Couto, D<>C. X, TX, fi.
ó o '

1(;97, — «Daim, iguaria ordi


da, tes jiavsanni, he Irvtr mnlhndo.
ti ijUtio dizer làe dãija, «iioniiúru» o ley te :
*t« -•

esfriar 1. de
ttlicr;im:a»), e por extensflo, parente
>

limào, ou quahjuer outro licur nzvih>, e o


por varoriia. Tais parentes, embora deyxão coalhar, e fica feyto o daim, que
' parti-
,^.
he muito fresco e de bom gosto, e depois
vellios, ocomem de mistura com o arroz, ou 8() por
por oci'usiao du8 casítiaeutos o ou- como quem come coalhada. Depois (le
si,

hum dia logo azeda, e gostSo então mais


deíle os naturaes, que sào inclinados ao
azedo». —
P. Francisco de Sousa, Oriente
i> t'UIUli, ( OlllU Coiiquistad», I, iv, 1.

tau antes, nílo sur-


;
[S'e^. — «Os
gotilys nilo fazem uso de
lounii preferem antes o daim e a tac, que
tír M costumes, (jue na- \

é uma espécie de requeijão muito aciduln,


t.'I-imIoxo. vi-
a quo addieiDiinm uma porçào de Irite
(la ;iiii(!a

(N,;i!li;i.i <\'- frrsrA, algum sal de cozinha,


e lulhai do Lítlc». — Lopes Mendes, A Ín-
;isa- dia Portuguezo, ii, p. 240.
ifiij 1668. —
«... d'une pochette de toile
. as- avcc son petit crochet de fcr pour faire
\ o, e ígouter et conservtr du days ou lait cail-
>s ou If». —
BernitT, Voyages, ii, p. 193.
(; 'r s
'

-iati- Ifi60. —
«Dain. Latte agro».— Mgr. Se-
>ini ixAi tunc- bastian!, Sexomla Spedizione, p. 149.
IGSií». —
«Dye is a particular innocent
'
of Diet, ted upon by the Indiana
1
'

most part about Noon It is ^^


Milk turnVi thick, mix'd with h-


and Sugar, and is very eftVctiv
t»'S > 1)1-
the Kafi:e of Fevers and of Fluxci».
i ou Ovington, A Vt»jage to Snratt, p. 810.
noivo . s da
Buiva 011 Ulii- DAIMIO daimió (jap.ííat/wyy; dai,
V..V .: !
«exe^lentet). Sen'
Ui-lll <i.-

'
^'ão, por outro i.

Ai
ten- jacata, q. v. *DA1MIAT0. Território
dtí um dáimio. *DA1MIAL Kelativo
. .1.,
coin
'

ni<'!*iii<i
ao dáimio. V. Ooncjalves Viana,
CXlgC o .......... r^ J
Apostilas.
Ora famílias chardót teem por daijis
1f,Sf). .. 1..., -t."! li.' Mi:uMi h;i ki

tres main'iias d'


1 1 mu Ii'Ih Ai
ali
(,

lia

P"

.lo daimiatoá'. — 1'cdiu


Loi
2tA>. uA uubtc^u japoueza cru, e uiuda hoje
p
DAIRE 844 DAIKE

é, essencialmente repartidacm três clas- der espiritual e honras majestáticas,


ses: 08 os knyés ,i)nTCutcs do
daimios, sondo esbulhado do temporal pelo
núcado e análogos titulan^s, « os gentis
culo ou chefe do ex(''rcito, que o
homens communs. Conservamos a ortogra-
fia ingleza e tVanceza, por estar já consa- exercia aparentemente em seu nome,
grada, porém deve-se pronunciar como se do mesmo modo que o c/ma (q. v.)
estivesse escripto daimiou com acento no em Aname. Do jap. dairi, «palácio
ou». —
Id., p. 12.
imperial, micado (q. v.), agente».
«Os aamnurais habitavam nos recintos
da corte daimial ou nas casas que por V. d.
ventura possuiam«. —
Id., p. 15.
1564. —
«He esta ilha de Japão partida
«A Luiz de Almeida se deve a creaçâo em sessenta e seis reinos, em tempos pas-
de grande numero de estabelecimentos sados todos obedecião a hum senhor a que
portuguezes nas costas meridionaes do Ja- chamSo Dayri, este senhor tinha deixado
pSo, e elle eva tão estimado e querido de do seu mando hum capitão mór do campo
todos os daimios do sul que obtinha tudo por nome Cvbô, vierão a desauir-se entre
quanto desejava d'esses senhores». Id., — si, de modo que o capitão mór possuia tu-
p. 65. do, e o principal Senhor nam era obede-
1897. —
«S5o os daimios os senhores cido». —P. Gaspar Vilela, Cartas de Ja-
feudaes dos innumeros retalhos em que se pão, I, fl. 143.
subdivide o estado». —
Venceslau de Mo- 1566. — «Trabalhamos muito o padre e
rais, Day-Nippon, p. 25.
eu por ver se jjodiamos auer do Dayri,
• do império, ás praias do Ka-
Té ao sul
que he Rei e senhor absoluto de todo o
goshima, capital do daimiato de Satsu- Japão, mas de ninguém obedecido, antes
ma». - Id., p 28. está em seus paços como pagode, donde
lí)02. —
«Em un)a das grandes expedi- nunca sae». —P. Luís Fróis, ilid., fl. 208.
ções enviadas pelo Japão á conquista da 1586. — «Era Japão todo primeiro de
Coréa iam alguns príncipes ou daimios, hum senhor vniuersal que chamão Oairí,
que estavam já no grémio da egreja catho- mas de quinhentos annos a esta parte se
lica c usavam nomes portuguezes». Ta- — trauarão as guerras de tal maneira entre
-sai-yang-kuó, II, iii, 5.
dous seus principaes gouernadores, que
1854. —
«Les princes, en japonais koW- tiuhão repartido toda a administração do
-siou ou seigneur de la terre, se divisent en
gouerno de Japan, e o Dairi ficou de todo
deux classes : daVmiou ou daimiô (très- desapossado,, não lhe ficando mais que a -

-fort honores) qui relèvent directement du


sombra e o nome». —Id., ii, fl. 188 v.
micado, et les saimiou (très-honorés), qui
relèvent du siogoun». — Jancigny, Japon, 1608. —«Foi eíta forma de agasalhado,
recebimento de muita honra, e que o Cubo
p. 114.
não costuma fazer senão a certos parentes
1915. —
«The Krupp gun and quick-fi- mui chegados do Dairi que he o Rey na-
rers have come to displace the picturesque
weapons of the ancient daimio». The — tural de Japam». —
P. Fernão Guerreiro,
Relaçam, fl. 193.
Times of India Illustrated Weekly, de 2 de
Junho.
1635. — «-Outros que não eram os seus
Daires, que é como entre nós o Papa,
porque este presidia a todos os mais se-
#DAINICHI (jap. dainicki). Uma nhores do Japão, e então se chamavam es-
das seitas búdicas do Japão. tes tonos reis. Foi-se o Comhaco e assentou
praça de soldado com um tono d'estes, ao
1562. —
«Desta cabeça sayo hua seyta qual servindo o foi acompanhar aos paços
chamada Daynichí, que adora três em do Daire, para elegerem presidente, ou
hum só, que elles tomão pela materia pri- quasi imperador, como era costume faze-
ma». — P. Baltazar Gzgo, Cartas de Ja- rem ao mesmo Daire". —
António Bo-
pão, I, fl.99 V. carro, Déc. xni, p. 738.
1916. — «Among
such studies that of 1640. — «Les Chroniques dú Japon rap-
the iconography of Oainichi Buddhism portent que le pais estoit gouuerné il y a
is the most interesting and profitable». cent ans par vn prince nommé Da iro qui
The Modern Revieiv, de Junho. y commandoit par droit de succession, que
les peuples le reconnoissoient pour leur
* DAIQUIÃO (jap. dai-hian), Admi- souverain, et qu'ils I'aimoient en opinion de
nistrador-agente do xogum. saintetéu. —
Relation de Japon, p. 12.
«Tons les Prestres reconnoissent pour
1085. — «A Riuza tem feito Daiquiâo superieur le grand DaVro qui est dans la
de quatorze mil fardos de Chingucho em mesme estime parmi eux que le Pape Test
Cavâche». — P. Gregório de Céspides, entre les Catholiques». — Ibid., p. 23.
Cartas de Japão, ii, fl. 167 v. 1676. — «Le grand Da'i'ry
fait sa de-
meure à Meaco cette Ville est aussi fort
:

DAIRE, dairi. Antigo imperador do grande, et contient plus de cent mille


Japão, que tão somente tinha o po- maisons; c'etoit autrefois la capitale de
DAirz 845 DALI

rpiiipir.', lore qae lea DaVry en farent

— 1

r,
r»v\rÀR 346 I^ AMIiíiK' A

17c>t). - - «Niio ponham em alj^um daly, 1673. —


« 1 lie beudc d 1'huiks are sowed
aupo, pauclla ou outro qualíjucr lugar, together with Rope-}arn of the Cocoe, and
arroz, legumes, cocos, betele,'aieca ou ou- calked with Dammar(a sort of Resin
tra qualquer cousa comcstivel». Edital — taken out the Soaj". —
Fryer, East India,
da Inquisição df Goa, apud Lojjes Meucles, I, p. 103.
A Judia Portiiguczx, i, p. 2.0."). — «Damar, a gum that used
1673. is
l!^G6. —
«I'estiuhos de diversos feitios for making Pitch and Tar
for the use of
(dalios) [plural concani] para os mesmos Shipping». — A. Haniilt<m, Glossary. in
[meuiuos] ievarcm flores ua referida no- 1750. — «An lieu de poix, se servent ils
vena». — F. N. Xavier, Descrijjção do Co- de la gomme d'un arbre appellé Dam-
quciro, p. 13. mar, qui n'est point inférieure à la uô-
1822. — nl learn that in Madras dal- trc». —Grose, Voyage, p. 167.
lies are restricted to a single gilded oran-
fe
or lime, or to a tiny sugar pagoda». — #DAMARI
(ant). Moeda de cobro
n Glossary. indiana, do valor de meio rial da
convenção. Do hindust. damrt.
DAMA, damo (hindust. dam). Pe-
quena moeda do cobre, de valor vá- 1600. —
«Mais quero quando me faltasse
o necessario; hum damarís de esmola dos
rip, que antigamente corria em di-
padres, que cem mil rupias vossos». —
versas partes da índia. Barbosa P. Fernão Gruerreivo, Helaçam Annual,
menciona com o mosmo nome uma p. 32.

mooda de prata do Narsinga. 1823. — «In Maiwa there are 4 cowries


to a gunda; 3 gundas to a dumrie;
1516. — «Ha outra moeda de prata que 2 dumries to a chudaun». —
In Glossary.
chamaom dama, que vai vinte rs.» (em
Baticalá). — Duarte Barbosa, Livro, p. 293.
*DAMASSIM. Consta da abonaçao
1840. —
«Duas são as espécies de Pa- que era uma moeda da Pérsia, do
godes Sannury e Nixany. Os primeiros . .
valor do uns quinze réis. Parece que
são divididos em seis fracções Pagode — o vocábulo se liga ao nome da cidade
— Pratapa —
Damo Pago Visvo — — —
Cannó. De 4 caunós se compõe hum Visvo; do Damasco, Damashq ou Demeshq
de 4 Visvos um l*agó; de 4 Pagos hum om árabe e persa. Mas a forma re-
Damo, de 5 Damos
hum Pratap, e de gular da derivação seria damashqi,
2 Pratapos hum Pagode, que equivale a
seis xerafins, 4 tangas, e 30 reis». — dãmasquim ou damasquino em por-
F. N.
Xavier, CoUecção de Bandos, i, p. 269. tuguês.
1880. — Nas Novas Conquistas ainda se 1565. —
«Por huú damasim que pode
conservam os dramos, fazendo 5 um ^^ra- A'alerda nossa moeda quinze reis». Iti- —
<ap, 2 prataps um pagode nixany (no va- nerário do Mestre Aífonso, in Armaes Marí-
lor da 6 tangas), havendo' também o pa- timos (1844), p. 288.
gode saunoy, equivalente a 3 xerafins e

2^ tangaS". Teixeira de Aragão, Des- DAMBORÁ (s. m.). Vem o termo
cripção das Moedas, iii, p. 95. em um dicionário^ tirado da obra de
DAMANE, damni (cone. dhãman). Lopes Mendes, que o emprega com
É uma árvore de madeira da índia uma árvore de madeira
referencia a
— Greioia tíliaefoUa, Valil. de Damão —
Anogeissus latifolía,
188G. —
«Damni- . é mais coir.mum
Wall., ou Coiiocarpus latifolía, Dalz.
que a damhorà, a qual substitue com me- & Gib.
nos vantagem». —
Lopes Mendes, A índia A madeira é muito rija e princi-
Portugueza, ir, p. 248. palmente usada para eixos de car-
DAMAR (dammer em indo-ingl.). ros extrai-se da árvore, por incisão,
;

Substância resinosa quo exsuda de goma branca, que se emprega na


várias árvores asiáticas e que subs- estampagem de tecidos e as folhas ;

titui o breu. O vocábulo dãmar servem para cortiraento. Do guz.


existe em vários idiomas neo-áricos, damarã ou damarô.
como concani, marata, hindustani ; 1886. — «Damborá
{conocarpus latifo-
mas Yule presume que procede pri- lia) a madeira d'esta arvore é de grande
;

mariamente do malaio-jav. damar. resistência e elasticidade, e apenas com


dimensões pouco superiores ás que se da-
1916. —
«A Zanzibar chegaram alguns riam a qualquer eixo de ferro, é usada em
exemplares com artigos nossos completa- todas as carretas, mesmo das que servem
mente borrados por damor». —O Ultra- á conducção de grandes madeiras». —A
mar, de 13 de Janeiro. índia Portugueza, ii, p. 248.
i'.*\.>í," .-V I>.VI.

Dannocha n > :ta. â^urtc u


fi/iftipo f'l»ri<-
I

t<»nra y««'r il Tiu're». — Fr.


'fociirò tin Passftportodi

1' 1

r. Sebas-

f
per Io Tigre, e per
fiiif> fiiili.'n I
Eu; ., , . i'J.

• DANGALI. ^['(lida de capnci<1<«dí>


'

' bar ; é ii:

,
i
L.- o que s
- :.

DANECA. dainaca. Escritores na- malaiala tangai, tsustento».

barca oriental, espacialmente com


-^'"•"•'"' •' - !'
-^^ •••
*"-:ites o Tigre.
p. -JUi.
11 a sua ori-
pr:;;; ... j- ;>u.
BANGUI (con. ,.,....,.,. ^.-

trlii ^•f>^:',^I^) •
tulo dum antigo empregado adna-
'

!'* Goa. o qual ti


de <». pàniq em árabe.
tr 08 direitos a
dãhi^^ wii |.cij.i quere dizer csexta
sujeitas as mercadorias.
parte do dracma», bem como «pe-
.0 1619. —
"Havia hum h*"
"f:
que chatnavSo Danguy <

possível que dãnak ou doham i


a I "".^ de ordinário 8e pa^^.
' •
.

d<' m. O turco tem tekiié. ifllto

«e: Of *. V. dalaca. —"


1781 ães (la ftl-
.t/. TiiK
de

Õ3.
' — «A referiil.\ ATfan.trL'a :ilcni dí"
P. MaDuei íyotíinho, Ht' Kendeiro tom •. '

-- F. N. Xavipi. ;

Oangui ^Numerador doo boii


.lenira Soares, Doe. Com-

Fr •lanla d'A!' '"

do«r« nnn N- ..-F. N X..


p. 7.
• arrendamento

certain boat».

• nAPAME<?ALA s. !ii.\ Líteml-


«I am uiK-t rtniii
'

of doHecQ' 1 I'f >


DARBAU 848 DARCHINI

(dharmxãlã ou dhai'am'xala) «casa de principio ao ajuste da entrega». Ápud —


Júlio Biker, Collecção de Tratados, vm,
caridade, asilo, albergue»'. Aplica-se
p. 107.
comumiuente a uma estalagem, alber- 1785. —
«A dita Pragana toda he com-
garia ou caravançará, onde pousam posta de oitenta e quatro Aldeias, das
do graça os viandautes. Pierre Loti quaes. setenta e duas ficavam a cargo
. .

chama-lho amaison du voyagour». do Dorbar de Punem que as entregou ao

Há muitas destas casas na índia,


Estado». —
Ibid., p. 136.
1871. —
«Resolveu antes de partir fazer
ludo-ingl. dhurmaalla. um durbar (recepção official) na feito-
ria portugueza». —
Pedro Mesnier, Viagem
1390. — «Em outro Tirtha denominado de. . Visconde de Sam Januário, p. 18.
.

Bramapuri que fica perto, erigiu formo- 1916. «Foi eregida em Delhi no campo
sos hospícios, Darmaxalá». Placa de — do Amphitheatro uma columna commemo-
Goa, apiid F. N. Xavier, Descripção do rativa do durbar, a qual terá a seguinte
Coqueiro, p. 58. inscripção Aqui, a 12 de dezembro, 1911,
:

1886. —
«Este grande edifício, pelos in- S. M. L o Rei Jorge V, Imperador da ín-
dígenas denominado Dâramsallá, é ura dia, num solemne Durbar annunciou em
extenso rectângulo com accommodações pessoa aos Governadores, Príncipes e po-
amplas, ai'cjadas e devidamente apropria- vos da índia a sua coroação u. O Ultra- —
das a cíida espécie de animal que ali entra, mar, de 28 de Janeiro.
tendo no centro os alojamentos para os 1616. —
«II fut au Durbal, qui est le
empregados dVste hospício». — Lopes Men- lieu ou lo Mogol doune audience aux
des, A índia Porliigueza, i\, p. 87. Etrangers et à ses Sujets». Thomas Row, —
1898. —
(iDharamsâl, hospício para in Relations^ p. 9.
os viandantes se albergarem». — D. G. 1631. —
«Intra hos cancellos admissis,
Dalgado, Flora, p. xviii. obvius est Principis Derbar, sive thro-
r.»06. «'Em — torno dos jardins estão nus rpgalis». Be Império Magni Mogolis,
construídos os dramesals, que servem p. 133.
para descanso e abrigo dos peregrinos». — 1778. —
Dorbar, Cour, Conseil, Au-
Hipácio de Brion, Duas mil léguas, p. 55. dience, du Souverain, dans I'lnde». An- —
1912. —
«Construiu no cassabé um gran- quetil Duperron, Legislation Orientate, ín-
de Dharamsala com a denominação das dice.
Baronezas de Perném». Diário de No- — 1782. — «lis pénétrèrent bientôt jusqu'a
ticias, de 20 de Outubro. Dorbar, ou ils trouvèrent le Prince avec
1917. —
«Para os hindus dos arredores ses femmes». Nota: «Salle d'audience, ou
havia vastos «dharmasalas» com per- les Rois tiennent leur Conseil». Sonne- —
feitas acomodações». O Ultramar, de 29 — rat, Voyages, \, p. 13.
de Janeiro. 1824. —
«I went down to Calcutta this
1658. —
«... ma piu per ragione delle morning, to attend a Durbar, or native
case publiche, ed hospitali, dettí Anasse- levee of the Governor's which all the prin-
tra, ò Darmassetra, doue si provede il cipal native residents in Calcutta were
cibo necessário k qui lo vuole». Fr, Vin- — expected to attend, as well as the vakeels
cenzo Maria, Viaggio, p. 333. from several Indian princes». Heber, —
1825. —
«Al Kim Chowkee is a large Narrative, i, p. 84.
Serai, called here Durrumsallah, 1845. —
«Un grand dorbar (reception)
which is kept in good repair». Heber, — ou se présentant tons les officiers, tennine
Narrative, ii, p. 130. la fête». —
Xavier Raymond, hide, p. 245.
1860. —
«C'est à Calcutta, le plus sou-
* OÃRBAR (persa darhãr). Gover- vent à la fin du printemps. que le gou-. .

no, poder executivo ; recepção so- verneur general tient son audience solen-
lene dada pelo soberano ou seu re- nel, sorte de cour plénièj-e que les Hindous

presentante. Durhar em indo-inglês.


appellent Durbar». Enaut, Ulnde Pit- —
toresque, p. 18.
" 1633. —
«O Oarbar se não introme-
* DARCHINI. É nome que os
terá em alguma cousa da fazenda do barco,
e que só lhe pertencerá os direitos da dita persas dâo à canela, dãr-chlnl, que
fazenda. Nenhum Dar bar poderá re-
. . quere dizer «pau chinês». Orta ex-
ter os servidores e ofliciaes de qualquer
plica o motivo da denominação.
qualidade de Christãos, se fugirem para
outro domínio. Se os Christãos se apa-
. . l.'J63. —
«E 08 de Ormuz, porque esta
nharem amancebados, o Darbar não terá casca traziam a vender os da China, lhe

nada com isso». O Chronistade Tissuary, chamaram darchini, que em pérsio quer
I, p.. 61. dizer páo da China; e assi a vendiam em
1783. — «Falei no mesmo dia, e no se- Alexandria, e nas partes que acima dixe,
gundo ficou dito que no terceiro mandasse iimdandolhe o nome por o vender milhor
para Darbar ao Lingua Arbá para dar aos Gregos, e chamaram-lhe ciuamomo,
DarMa-xastra d49 DAKOÊS

qae qnor dixer páo ebeirovo, como etmomo pendiado nos dharma-sútrat», — Vaa*
trazido da China». ~ Uai eia da Orta.
r..\ vv. Ge-

he D-'f'^i""
OS
(-•/--. .- .--
China- . B. — P. Joio Lucena, Hittoria, x, os vitcs e s^
cap. 17. tue-i -dhíii
l(',(»-2. — «Como foi com a Canela, que
Avi 1. r Raais nomeSo por dons no-
ni' "no, que quer dizer pào da artigos
Cl, 'Ha (!f fVilão, e (Jiunamomo, jeita a :

qii- 'Mroso da China* . qual-os Mã < íui a grande


obra de jui 'áteriores com
Mtarios c António de trutaJuõ-. —
.i Azevedo, Aa Communidades de
io 1 h ;. Dar-Sínl, c uiu di- Uoa, p. 58.
Cí'-. .. " Dar-Cini, cirno Jicono IÇíyS. — «Antes da apparição das Dhar»
~-
i i'>:- \ lurchi, noa è
.1111 i . ma-Xastras e ,'
. o de-
la n^étra Cannella ordinária, d ver dos braliinaii' .-eri-
truUH per p«>i - Pietro deua > aiif, pti. 1 cm rt-zar» — ''iiveira
Viaggi\ ii,
|
Ma ívez doe Mares, p 1()6.
'.A> L ^'"stras, que, reppti-
• DARMA-IASTRA (s. m. e f.). moa, sã i leis inoraes e reli-

Ct' ' '


uma espé- giosas, ;. i:i. V 11. ,1 w.,?e de toda a eua ju-
' i
;

risprudência». — Id p. 110.
liM2 —
,
cif trios códigos um nobre e cioso brahní"""
<t . . .

com tal nome, compostos por juris- por longos annos meditabundo o s:; —
tas de comprovada autoridade, entro prudente Manú com i -1 1- "i-li — •

usos e costumes, ou C
os quais avulta o de Manu, suposto :,

pôr o fecho d'ouro a


prim^^iro lefzislador '
lios ári-
religioso-social do hinúuismo». Caetano —
C09. Tais tudip'os a ,, em ge- Gracias, Flora S"','r<ida. v. iv.
ral, todas as fases da vida humana: 1790. — «It a] the style and
.

{>olitiea, civil, social, doméstica e re- metre of the Dhc istra revealed
by Menu, that it v. •
^^ litiug
igiosa. Muito pontos da doutrina
'
lon^ heforf the p -
\ . \ i-ri». —
expressam o i
'
*.

res. Do sânsc. .
,''•9 indiens
ci
ma, <dever>, (;ã9tra. usciOncia, tra-
:

I'a
tado». miudtf le jjIub cunnu cat Ic Oarma-
;

XVII. — -<'> primr-iro livro chama -aastra, oú Ton trouve entre autrts un
Dar má Kb"
fc
? ce-
expose du polythi^isme rudicni). P. Du- —
bois, iiceura, 11, p. 457.
ror:'-Tiin«. ,•< • -
r|a

• DÁRNUA Cs. m.). Diz-noa nm


!.' Ó a d
da> do .laj 1 1
, _
na», 1.

1878 • Darmashastra — Manava- que o vocábulo provém do jap. dai-


•"", f grande poder».
•dar
nú.
.-.B| _. '.s iirniiixu*. nue s So

1 la xastraa (cttar. '•""*«" *^ ''"í^' '• *• *^^ ^•

'

r, .»'^;; DAROES tdaruisV DARYIS. Monpt-


coi: ,
\» ni.iiMii.'taiio ; u mosmu "'!'• '^f-vnlit-
ceMiia JO. No lodia 6 C' por
*•-''•
^u,r. Fer ' -• '

) aos bi.

t(iiip> 'ii: direito cousuetuUinario, com- |


vivom em vurelué ou cvavt*uU>it. U
DARROÊS m Í)ASTU»

étimo é o árabe-persa daruish *. la montagne, et Ton tient estre agé de


V. Gonçalves Viana, Apoíttllan. trois cens ans». — Thomas Row, in Jiela-
tinns, ]). 45.
Vô-so daqui, como de muitos ou- 1658. —
«La
superstizione maggiore è
tros casos análogos, que os antigos nelli Deruisi,i quali professando Vita
escritores nacionais, por nílo recebe- Monástica, con zelo di maggior perfettione,
rem por intermédio do francês ou viuono ue' Monasteri à guisa de' Reli-
inglôs palavras de origem oriental,
giosi», —Fr. Viuceuzo Maria, Viagaio,
p. 58.
mas das próprias fontes, as repro- ICGO. — «Derulsl, ò Deruisci. Re-
duziam com mais fidelidade etimoló- ligiosi Mori». — Mgr. Sebastiani, Seconda

gica o com mais conformidade com iSpcdizíone, 149. p,


1676. — «Les Dervis sont des Reli-
a língua portuguesa do que os mo- gieux Turcs qui vivent pauvrement, et
dernos, que acham modelar tudo Dervis aussi veut dire pauvre. lis sont
quanto nos vem da íVança ou da la plupart ridiculement vétus, et tous gé-

Inglaterra, e até o que nos vem de néralement de grands hypocrites». Ta- —


vernier, Vo},'ages, vi, p.42l.
torna-viagem, já avariado. V. for- 1695. —
«Dervich«: Un pauvre en
mão. general, dans les langues Persienne et
Turquesque, de niême que Fakir dans
15i0. —
«Certa temos a promessa do I'Arabique, et ces deux mots en particu-
livro das flores, em que o Profeta Nobí licr siguifieut un Beligieux dans les m ernes
abastou de deleytes aos Daroezes, da
casa de ftfeca». —
Fernão Pinto, Pere^?-i-
langues». —
Herbelot, Bibliothcqtie Otien-
tale.
nação, cap. 5Í).

«A fora ortra may grande copia de Da- * DARSADÉ (ant.). Era uma mercê,
roezes [em Pequim] que servem de fora,
que não estão atados ao voto de profissão,
que consistia em certa percentagem
como sào os de dentro. mas não pedem
. .
nas Novas Conquistas de Goa. Do
esmola, porque tem de próprio de que se mar. -persa darsadde, «por cada
sustentão». — Id., cap. 110. cento».
«Mais de trezentas casas térreas muyto
limpas, e bem concertadas, em que se aga- 1788. — «O
vencimento da mercê cha-
salhão os peregrinos, Fancaroes e Daroe- mada Darsadé, pertencente aos Dessays
zes, que vem em cabildas como Cyga- e Narcarnis, que o Sar Dessay cobrava
nos com seus Capitães». —
Id., cap. 155>. para si; queira-nos restituir o Magestoso
1609. —
«Entre estes gentios da índia Estado». — Apud Júlio Biker, Collecção de
ha uma certa casta, a que chamam iogues, Tratados, viii, p. 327.
e outros lhe chamam darvis. Estes sào
peregrinos, e andam de terra em terra, DASTUR. Sumo sacerdote ou bispo
como ciganos».— Fr. João de Sousa, Ethio- dos zoroástricos ou parses. Do pah-
pia Oriental, p. 134. la^'i-pe^sa dastúr.
1609. —
«Perto delia vi oyto Mouros,
que estavam rezando, ou para melhor dizer ^ 1883. — «Ninguém entra lá dentro, se-
blasphemando como Mercyeyros, a que el- não o sacerdote do fogo, o dastur». —
les chamam Drevis ou Deruis, que Adolfo Loureiro, No Oriente, i, p. 168.
quer dizer Irmitão». —
Fr. Gaspar 'de 1885. —
«A tradução foi feita para fran-
S. Bernardino, Itirierario, p. 146. cês segundo a explicação dada em persa
1663. —
«Fora das portas da cidade fi- pelo Dástur Darab o mestre de Duper-
cam dois conventos de religiosos maliome- perron, e um dos mais babeis Dásturcs de
tanos dos quaes ha quatro ordens uns se
: :
Surrate». —
Vasconcelos Abreu, A Litera-
chamam dervisios, outro calendares, ou- tura e a Itdigião, p. 102.
tro hiyiemahs, outro torlacos. Os Superio- 1898.— «Levada a creança a outro com-
res de todos se chamam dadaan. P. Ma- — partimento, onde se encontra o dastur
nuel Godinho, Belaçào, p. 203. (chefe dos sacerdotes) e outras pessoas ....
1697. —
«Fomontavão este ódio os prin- Oliveira Mascarenhas, Atravez dos Mares,
cipaes Cachís (titulo de mayor nobreza, e p. 117.
dignidade), por não levar em paciência a 1917. —
«Dastur Doctor Dhalla, mi-
pujança, e valia do Daroez». P. Fran- — nistro da religiã(* zoroastriana, no decurso
cisco de Sousa, Oriente Conquistado, I, de um sermão em Karachi fez um vibrante
III, 1. apelo aos parses». —
O Ultramar, de 5 de
1616. —
«Le Roy fut à Vgen pour y Julho.
voir vn Deruis ou un Saint qui vit dans 531-579. -— «Remained partly in writ-
ings, and partly in oral tradition, with

O pérsico-árabe
the Destur (Desturs)-. Em Haug, —
^ iv pode transcrever-se Essay of PaJdavi Language, p. 146.
em u ou V português. 1689. —
«The High-Prieat of the Per-
DAtA 851 DATUBANI)AR

BÍes i«i PAlUd Destoor, their Ordinnry ! Itô2 E arraflta a grandesa de sau
Pri OvÍDgton, i
daf ci I'. Antóoio Vieira,
^1 1 I An
1 ponr j
X > 1 J - «... I

lea iius i que hwSo de cas

ii'i mi-
p. «17.
DATURA 8&2 í)ECANí

grande, que sempre anda annexo a famí- 1906:


lias, ou casas de sangue real. Tem a seu
«Essa doçura de planta magoada
cargo o governo das Armadas, dispõem da "Èa datara suave o perfumada
gente de guerra, e provê os postos tocan- Que DOS esconde n nossa agitaçfto».
tes a ella com tão absoluto mando, que Alberto 0. de Castro, A Cinza
dos JUj/r tot, p. li!6.
neste particular he quasi igual ao mesmo

Rey». João Tavares Guerreiro, Jornada, 1578. — «Llamase esta planta. . . en Cr'j

p. 199. narin Datyro : los Portugueses, Oaturdi


«... podendo mais a traição do seu Da- y la liurladora: los Parsios y Turcos, Da-
tubandar, que toda a sua grande cabe- lula». —
Cristóvão da Costa, Tractado, p. 87.
ça, poder, e riquezas». —
Id., p. 20-4.
* DAURA. Embarcação indiana
DATURA (sânsc. e neo-árico dhat- com um mastro e vela latina. Dhow
tura). È uma planta indiana da fa- ou dow em indo-inglês. Dá-se por
mília das solauáceas Datura faa- — étimo o árabe dão, que os arabistas
tuosa, Linn., diferente de estramónio consultados por Yule não conside-
ou figueira do inferno D. stramo- — ram genuíno.
nium, Linn. «É muito útil contra a
asthma e outras moléstias espasmó-
— «Quarenta embarcações, em que
1635.
entravam seis sauguiceis, jalias, cossas,
dicas». D. G. Dalgado. Tem além davras». — António Bocarro, Déc. xiii,
disso propriedades narcóticas e tó- p. 433.

xicas, sendo muitas vezes empregada DAVADÁ (s. m.). Fabricador ou


para criminosos produz insen-
fins ;
fundidor de ferro. Do mar.-conc.
sibilidade ou incouseiôncia temporá-
dhavad.
ria, e causa hilaridade e infatuação.
E por isso que se sói preguntar em XVIII, —
«... sendo esses cinco filhos
denominados Panchal, como são ourives,
Goa, a quem se ri muito sem motivo, manilheiros, latoeiros, ferreiros, Davadá,
se comeu dutró. Ilá quem suponha que são os que fazem ferro derretendo pe-
que a datura produzia o delírio fre- —
dras delle». Noticia do Gentiliamo, i, p. 93.
nético da Pítia em Delfos. V. dutró
# DAVALÓ ou
douló (cone. davló,
e hurlad(yra.
^\. davlé),duvol (mar. duval). An-
1563. — «Serva. A minha senhora deu tiga moeda da índia, equivalente ao
datura a beber huma negra da casa, e meio chovolo ou à 16.* parte de pa-
tomoulhe as chaves, e as joyas que tinha ao
gode nixani. Actualmente, daval em
pescoço, e as que tinha na caixa, e fogio
com outro negro... Orta. A quem dam marata é 16.* parte de rupia.
esta mezinha não falam cousa a propósito;
e sempre riem, e sam muito libertes, e todo
1703. —
De Passoi contribuía da dita
província, segundo o numero geral que im-
o negocio he rir e falar muito pouco, e não
portasse de pagodes nixanis da metma,
a propósito e a maneira que qua ha de
:

roubar he deitandolhe esta mezinha no


hum chovolo por pagode, hum duvol, e
comer, porque os faz estar com este aci-
hum bill a elle Sar Dessay, e hum bill a

— Bascaró Caci, com que se faz hum chovo-


dente vinte e quatro oras».
Orta, Col. XX.
Garcia da
lo».— Apud Júlio Biker, CoUecção de Tra-
1606. —
«... que lhe lançassem nelle
tados, XII, p. 148.
1706. —
«Da pratica de Tainata, tre-
[no pãoj hua semente muito geral na índia
zentos e dezaseis pagodes da moeda ni-
chamada, Daturo, que tem força de alie-
nar quem come delia, com tanta mortifica-
xanny, hum quarto, três davalós, e hum
çam dos sentidos, que nenhua lembrança VúU. —lbid, p. 146.
tem depois quem a toma do que fez, ou 1814. —
< Explicação do dinheiro dos
passou em sua presença emquanto estam
pagodes da moeda nixanny que é distri-
buído em oito partes a saber Hona ou :
occupados da força delia que he segundo
a quantidade que se comeo, a qual semente vara (vid. orá) chamado em portuguez pa-
gnde, 2 dharaues, 3 doulés, 4belans, 5 vis,
tam prejudicial (que dá hua erua que nasce
em montes à feyçam da erua sancta) he 6 ar vis, 7 rucós, 8 paurucós». Apud Joa- —
quasi do tamanho de bugalhos com bicos».
quim C. Soares, Documentos Comprobativos,
— António Pinto Pereira, Historia da ín- p. 449.

dia, I,

1872.
p. 150.
— oSó um idiota se serveria do
DECANI (hindust. dakhnis ânsc. <
daksina, lit. «direito», em oposição
arsénico tendo ali o Datura tanto á mão».
— Loarer, citado por Bernardo da Costa, a esquerdo; «sul»; cf. lat. dexter ; s.
Manual, ii, p. 102. e adj.). Pertencente ao Decão; mao-
DECANÍ 363 DEKHANlX

mrtano do DecSo ; hindustani do frrande parte dog Vanayarei


(juarda, Vid4i de Hevagy, p.

'
< s, K Oaquinis. que

3». — Duaite HaibuHa,
11.
a Arábio, Fersyo e Daquanim
<ua natural da propria terra*. —
I •'- — «E do ri de
Decanim ou de / ra
'
'
Caataiiiii-aa, iíiKtnnn, n,
DÈRÊS á54 DÉRRUBADOÍl

consideram supersticiosas ou lasci- leáê, que sSo gente baixa, como Chaquivil-
que elles se misturarão com nosco, e se
vas. Do cone. dàkhnl <
sânsc. dãkini,
Iím,
fizerão todos Christãos». Primor c Hon- —
«demónio fômoa». •
ra, fl. 96 V.

1585. —
«-Nenhuma pessoa mande, ou — «Os deres, possuidores de
1900,
consinta aprender mulheres de sua fa- undóg nâo pagam as impôs de patinga if-Scs

mília de qualquer gorte que sejam a bai- e lenha». — António F. Moniz, i/wíono' dt
lar, ou tanger, ou cantar deqhanym,
Damão, p. 185. r,

nem outros bailes ou cantigas gcntilicas». 1909. — «Era triste notar que nâo se
— Terceiro Concilio de Goa, in Archivo, via
—O
um dére, o pária das castas de Diu».
Oriente Vortugvez, vi, p. 382.
rv, p. 132.

,

1911. «E de grande necessidade a


«DENGUE, adj. Diz-se de uma mudança do bairro ou aldeia habitada
febre epidémica, acompanhada de pelos Deres, para fora das portas de Go-
golá, ondf; cxi.ste disponível terreno do Es-
erupção e dores articulares, análoga
tado. Aqu(lle bairro de gente miserável
á grippe. (T. as.)j>. C. de Figueiredo. pertencente á raça indígena mais inferior
Não é termo asiático, é americano, dos que habitam no districto. .». Joaé . —
introduzido na Europa pelos espa- E. Gastei Branco, Boi. 8, G. L., xxix,
p. 376.
nhóis. V. Glossary, Suplemento.
1666. -ç- oLesmoins estimées de quatre-
vingts-quatre Tribu.s sont celies des Piría-
«DENGDDI, m. Embarcação asiá-
ves et des Der ou Halaleour, à cause de
tica». C. de Figueiredo. O étimo é o leur saleté, et ceux qu'ils touchent se
beng. dingt, «canoa, almadia, barco croient poUus». —
Thevenot, Voyage», iir,
de passagem». V. Glossary. p. 189.
1884. "Les — Dhéres duGuzarat fer-
• DENIVA (ant.). Assim escrito, ment une caste f-emblable k celies de Pa-
rias dans le Dravid et aux autres castes
figura o termo na edição portuguesa
do Livro de Duarte Barbosa, com o
serviles de Tínde». —
Mgr. La/menan, Du
Brahmaniime, i, p. 160.
sentido de «alfândega» de Surrate;
Mas^a sua exacta ortografia é diva- * DERRUBADOR. É em Goa o co-
na, como aparece na sua tradução Ihedor de cocos, o qual os derruba
castelhana de 1524, trasladada por da árvore.
Stanley. E de facto, um dos signifi-
1782. — «E preciso também recommen-
cados do persa rfÍMãn é «alfândega», dar aos derrubadcres e rendeiros de
ou aduana, que provêm imediata- »ura, que em vendo este signal façam logo
mente do ár. ad-díMcin. V. divào. aviso». Yt. — Clemente da liessurreição,
Tratado, n, p. 290.
1516. — «Rende
a deniva, que he ha 1842. — «Os sudros são exclusivamente
alfandegua, cadano grande soma de di- 08 que exercitam, na comarca de Salcete,
nheiro na elRej de Cambaya». Duarte — o officio de derrubadores de cocos,
Barbosa, Livro, p. 280. que chamam chaudarins». Annaes Maríti- —
oite custom-house, which they call the mos, p. 431.
Divana, produces a very large revenue 1866. —
«O olhador tem por officio vi-
for the King of Guzerat». Á Description, giar que os derrubadores combinados
p. 68. —
«The writer had forgotten that com os terlos (vigias do palmar) occultem
aduana (custom-house) and divan are the os cachos, cortados ou arrancados furtiva-
same word». Nota. mente». —
F. N. Xavier, Ducripção do
Coqueiro, p. 25.
«DERES m. pL). É uma das
is. 1872. —
«Alguns homens denominados,
castas ínfimas do Guzarate e do Ma- em razão do seu officio, tíerrubador^^s
haraxtra. Do marata-guz. dhed. tjpallfcár) sobem á palmeira com uma
grande e pesada faca». — J3emardo da
1563. — «E lia em cada pouoaçào hnma Costa, Manual do Agricultor, i, p. 184,
gente desprezada e avorrecida de todos, e 18>'6. — «Os cocos sào colhidos pelos
não se tocam com outros estes comem *, derrubadores ou pallecares». — Lopes
Mendes, A India Portugueza,
'

tudo e as cousas mortas. o seu cuidado


- . p. i,

be limpar as çujidades das casas e ruas: 1893. — «Os quaes [rnonosj esc
estes sÀo chamados deres ou farazes, e coco maduro e so derrubam os indicados,
servem também estes de algozes». Gar- — fazendo o serviço com mais dextreza do
cia da Orta, Col. Lrv. que muitos derrubadores da Costa de
1577. —
«Dizem os Nayres do Malavar, Coromandel». —
José .Maria de Sá, Produ-
que se nâo comêramos vaca, nem admití- ctoa dó Coqueiro, p. 48.
ramos a nossa conversaç-ão Deres e Po- 1901. — «Derrubadores, distillado-
t)t!srF.KnrA-TS 365 D£â£MPOL£AÀ
r. s.. — Joíé Pi- 1901. — .P SP por desce n-
nli lU. dentes os i quo na aua aaccn-
1
; a contri- dencia ( de um doa se-
I

bui derru- XOB».— 6. G. L,, XX,


baUur •-.» uaii.. 11./, arm u iiivii^r SubdiiltO p. íil.
— Htraldo, de
do governoa.
bro.
1917. — «Ora a boa copra,
14 de Novem-

como sabem,
• '•— 19()1. «... estabelecendo
^
• '
primeird
-iria a
iimar
oj[ii?i' mil' rnitit <io dorri'^'^'^'^n ''eja i.'>^i>^Oiivi%>iè lute".
.1 ' < 111 laiwTci.j Píq.
cortar o ma- to, ibid., p. 2G2.
nar, de lb - , j. lyOíí. —
nJasmiin de Italia é o nome que
dSo 08 nossos Descendentes de Rib&o-
DEROGA (mais correctamente da- dar (Goa) a imiii ncniiina Auranciacea de
roga). ! >
governador persa, flores de um nite».— Alberto
govoriui :ua cidade. Do persa de Castro, F/ p. 255.

dãrogha, de oriíjem mon^ólica. Em 1906. —


«Aiém dos indús, eocontram-M
os Parais, os Musulmanos, os Africanos, e
o-< descendentes, que são brancos nas-
cidos na índia, de pais europeus e que du-
dente* *. V. Ghsaary. rante muitos annos oceuparam quasi todos
08 cargos na administração e no militaris-
1608. — «Ficou poiícniando a Província mo». —
HipAcio de Brion, A Índia Portu-
bum filho íPM c^m "titrn criado por De- guesa, p. 26.
ro<] '
no». — Fr. An 1915. —
«E.xistiram também, desde a
tóu: PfTím, fl.28. í conquista, os descendentes de portu-
lóul
Lóul '\
1 lo.-
lo.-^ Daragoa, ai
^ aue es lo gueses, e castiços, quando descendentes de
mi«m<>
m<> rcitrrcgeiJore.s'd.'is cidadeâl aun que
rc((rrcceiJore.s'(i.'i8 cidadeâj pai e mSe portugueses e mestirns. quando
-<> enoja
y deág^nsta el Rey, suoJe só um dos seus pr j i-
». —
IX Juan da Persia, Belacio- lense ou êle mepi
tf». !l 1'» C. mescla anterior df [n: lug^ucK nr rortugaiu.
1778. — -Daroga, Commandant d'une — HeraUlo, de 14 de Novembro.
Fetittí Place, Chef d'un district, dans 1916. —
«Se a Socialista quizer cnv'^.r^-
lude».
'-
— Anquetil Duperron, Léffielalion cer 08 costumes europeus, no que re.~i
Orir '
>
ao dote, olhe para o que se passa entrt v.ò
1
~
i>rson8 may be sent bi> d,escendente8>. — Ibid., de 23 de No-
ther i, is, on payment of a small vembro.
Bum, or. the Daroga of each
?"'•""""" ,,.., i,,t..,,,i..,,f
„f a (JÍB- DESCHARETADO. DostitTifdo de
nud send chareta (q. v.j ou de endocarpo (o
....igeruus or coco).
I who may be
"•. I. p. 151. 1917. —
«Depois de desoharetado,
i- iiere ho l> adniinis- pode manejar-se á vontade». O Ultra- —
trat ! t;3 bv :. civil go- mar, de 26 de Março.
vev: lOUB con-
qae. >ry of the • DESEMPOLEAR. Purificar o pa-
MvuyoU gode 00 o indivíduo da casta supe-
rior, que foi contaminado pelo con-
• DESCE N s, m. e f.). E
tacto com um poleá ou indivíduo da
nonif que iite se dá aa. In- "
dia, cumo raais eufónico, ao cattiço o
casta íí r. E fonna-
<,'ílo J)0i lear e P"u. f.
mestiço (q. V.).
1572:

111 • ui iiii<>iiiit^ iiiii •>!' iiiiinjiii (1 it|'iirit*.

CHinO*t, Lutimétu, vu. SS>

1603. — «Disse por


ou- maodar toc:ir hum I'oi
.et reli-
castas mais
.
)

.\ragJlo, Deter ipção dos ChristAi

Vieira regista dttruga com o


DESPANDA â5é DÈSSAÍ

OM Mtos, fazem grandee ceyiinonias».


— DESPOROBO. Governador dum
Fr. António de Gouveia, Joruada, fl. 78. distrito, no Deca,o. Do cone. dexpa-
1G14. —
"Queimou o pagode, o que elles
rahh, mar. dexprahhu, «simiIioi- de
Bpntiranx muito, por sor de niuiti» grande
veneração sua pela oflcnsa feita á sua re- distrito». V. porobo.
ligião, e na sua reedificação, e ])urgaçSo
dello (aque elles chamam desempo-
1822. — «Atmarama Porobo, Dessay de
Cassabé, e Des-porobo da província de
lear) gastaram muito dinheiro e tempo». Peruem». — A2>vd Júlio Biker, CoUecção de
— Diogo do Couto, Dèc. X, iii, 17.
Tratados, p. 26.
xii,
1850. — «E por feudatarios nobres o
. # DESMUCA Chefe duma (s. m.)-
Des-porobo e os Dessais de Perném
pragana ou administrador dum con- — Bicholim — Arabó — Parcem, etc.». —
celho. O oarj^o ora hereditário, como F. N. Xavier, CoUecção de Bandos, Apên-
outros semelhantes. Do mar. dex- dice, II, p. 68.

mukfi. D E SM QUI. Oficio ou jurisdi-


1898. —
«Os ascendentes do visconde
serviram o antigo Aider-AliCan com fide-
ção de desmuca (mar. dexmukkí). lidade e energia, tendo sido agraciados por
1696. r- «Representou que elle se acha- elle com o titulo de desparobo da pro-

va de posse do Desmuqui, ou Sar-Des- víncia». —


Oliveira Mascarenhas, Atrave»
Bayndo desde o tempo do Idalxá, c< m as dos Mares, p. 66.
suas tenças, e pertenças de Accas^ Votono». 1905. —
«Sar Dessay, Dessay, Despa-
—Apvd Júlio Biker, CoUecção de Tratados, robo, Despanda, etc., concedidas no do-

145.
xiiv p.
minio maratha ou hindu». Ernesto Fer-
1733. — «As nove [aldeias] nomeadas nandes, índia Portngueza, p. 157.
nos Sonodoe passados não só ficavam lon-
ge, mas eram pensionadas de Dassame- DESSAI (também decai). Antigo
quy e outras pensões, que elles haviam de chefe ou administrador de concelho
cobrar». — Ibid., viii, p. 110. ou de aldeia no Concao gancar-mor.
1824. — «O qual
com a dignidade de
Era cargo hereditário, como quasi
;

Sar Dessay administrará a dita província,


a sua agricultura e rondas, percebendo o todos os outros do país. Agora existe ,

Haca de Sar Dessamuky a razão de o mero título, sine re, em muitas fa-
5 rupias por cada cento da total quantia mílias de Goa, mesmo cristãs, como
do rendimento». —
Ihid., xii, p. 43.
na do autor, excepto nas Novas Con-
«Mando a vós que reconheçaes ao dito
Eudragi Rane como Sar Desmuca da quistas, onde também se emprega o
dita província». —
Ibid., p, 44. termo como sinónimo "de «gancar» *.

1880. —
'Os dessaes ou dexmukas, e Do cone. desãy, mar. rfea^ãl < sfinsc.
sar-dessaes ou sar -dexmukas, sucee-
deçãdhipatl, de deça, «regiflo, distri-
dem como varões mais velhos da familia
com obrigação de dar alimentos aos paren- to», e adhipati, aseiúiov».
tes». —
Teixeira de Aragão, Descripção
*SAR-DESSA1 é «arquidessai», chefe
das Moedas, iir, p. 25.
1902. —
«E concedido na índia o titulo dos dessais, dessai principal. Sar
de deisae e de desmukh aos chefes da quore dizer em persa «cabeça». Sar-
aldeia». —
Cristóvão Pinto, in Ta-ssi-yang- -dessai é,^ portanto, um composto
-Icuó, II, p. 314.
1909. —
«Concediam-se terrenos a indús
.
híbrido. É também
o epíteto do ré-
que dessem provas da sua lealdade e que gulo de Savantvari, ao norte de
por esse facto se chamavam jagirdars e Goa. Cf. sar -desmuca.
deshmukh (chefe hereditário)». Amân- — — São
cio Gracias, Suhsidios para a Historia,
1614. estes Decais, como jui-
zes, e cabeças das Aldeias, e como Almo-
p...l0.
tacés na repartição delias». Diogo do —
* DESPANDA (s. m.). Escrivão dum Couto, Déc. VII, IV, 14.
distrito, no govôrno dos maratas. Do 1695. —
«Deçaes são como erão os
Príncipes de Italia, quando pagavâo tri-
mar. dexpande, dexpa^ylya. buto ao Emperador, porque desta sorte ao
s/1814. —
«Em cada pragana haja um Rcy Idalcão pagavão todos». Cosme da —
Dessai, e hum Despanda, que he escri- Guarda, Vida de éíevagy, p. 28.
véo, a fim de cuidarem no estabelecimento
das Províncias». —
Collecçào de Bandos,
Apêndice n, p. 71. 1«Nas outras províncias as gancarlas
. 1886. —
«Na índia existem os títulos de sâo em
regra compostas de marathas que
rajah, babdur, rane, sar-dessay, dessay, se denominam umas vezes dessais e ou-
desporobo, dQspanda». —
Lopes Mendes, tras gancares». — Antonio E. de Azevedo,
t^.lndia Portuguezo,; ii, p. 14. As Communidades de Goa, p. 10.
DE8BAI »1 DESSAI

ir.í>7 — <()« R«tvii Infieiii dAvffn t^fttnit F/doíwdo BalB«rni3o, 0$ Poriugvtsf no


"*
III, p. 67.
itrou o Sfvatri na ilha de
«EiH
lit' >nu*a, unrnie t'nn- it.r \

dei
Al-
deve coarctar a raSi
If aii< na
\ ;i II iii^ II' 1'»». —
I I 1

D. Luí.s de M^iwHes, Hiat. de Portityal He*'


taurado, iii, p. 4(X).
17^L^ — "Âf andei
pnblicar alguns edi-
taes emgentílico aeRiirando a todog oa
Dessays, (|ih> são os senhores daa ter>
• ...> , . .., , '.o II, ras que os I'lm»» rvuri.i min srlis Il;^0.^ ti
. • .

p. 17 costumes, na
1715- v-.; ,incr.<.;n.,. In fie tildo, tenças, fazenu
e tratando já da ' uias iia 3ue se achavam pelo liounsulú». Ápud —
f trr:i tl rmi» rum iiicllciaS úlio Biker, CoUecçáo de Tratadoê, viii,
se p. 174.
•icnr 18.'18.' —
Boa vontade do meamo ex-Go-
rta no que toca ao povo». — Ar- vernador Militar de attender, e recom-
ch., p. «32. pensar os serviçiis allegados por aquellea
1718. — «Falt.indo oa Deçals dp IV.ii- Dessays, e a ueccesidade que então ae
d& \ nal.u i.i •111 liK^ tirilião promettido apresentara de augmentar a forea militar».
nada- o Senhor — Joaquim Soares, Bosquejo aas Poi$ea-
i)U .sua diligencia, $õet Portvguezaê, i, p. 82.
ir o com que faltarão 1842. —
«Os sipaia obedecem servil-
— JoHO Tavares Giier- mente ao8 seus cahoa, especialmente aos
rt-ii p. 7. Dessaes, cujas ordena cumprem cega-
J essay. He na India huma mente jKT barbaras ou imuioraes que se-
!

!M)8. jam». —
Annaes Marítimo», p. 198.
Í I ra; 18 ií). — «An Norte, as terras de Sar>
.1 It'ajUa, ;(;>, cOm Dessay Bounsuló».— Joaquim C. Soares,
^or, (pa; com en- lionquejo das Posnesêiieg Portuguezat, t,

eerto nuuicr<» ii«' l.uiicariii» ou p. 13.


mas muitos receando o casti^ri 1852. —
aDessay Ganear-mor. Item. —
Mercenário feudatario dos antigos Domi-
nantesu. —
F. N. Xavier, Bosquejo Histó-
rico. IV, p. 7.
>al, daá ter- 1803. — «No iiu)caçó do dessae (titulo
correspon '
'-" os gen- • '

1728. — oO lugar em que se faz . . . ».— 1 Oliveira


l.i ,r. . ,,, 1 V T,,-', f,..', .
1.. ,1,. C;,;,
.......carenhas. p. Ilt3.
1
— 1874 — -11 Intlia os
. -, , l*ty des^"'^ '• *= '>' iioiin.

tari
I iltiÍr*r> iii:ii>i ilii'is den . , - —
da», II, p, 17.
IH'-f) — .
II:i iiiitin'* nobres stMii forns do
Ma ll,p. 2<. real rivi-
i dC9 liL'i ipie
-•ci-
1 ' . . - >os-
saes, cnnloriiie a rxtetieHu doa
na>)» 0« I'or- te»» —
Tein'ira do Aragão, /a
f l/y». das Moedas, m. p. 25.
luos pRHfindon 15K)|. —
«Ooar dessals,p«>^4uid0r^9
.says, «i'
:<• liir lut

11.
1901 ~ «Os Sar-dessaia « Desêais

'
mortos pelo t'

i"í N...... . ..,.. ,.-.....,4dn e |uireitt(; . -

SarDesaaas seos soberauos». — Ajxui •'/., p. 2M.


DESSAI 358 DEVADASSI

1912. —
Felizmente, escapou de ser pi- 33:162 xerafins 13 1 tangas (5:306^032
sado polo vehiculo um dos que IA iam e réis)». —
Teixeira de AragiOf Descrtpção
ficando levemente molestado o ar. Des- das Moedas, iii, p. 25.
sa!». — O Futuro (de Goa), de 18 de Ou- 1886. "Os dessayadose sar-des-
tubro. sayados sAo instituições puramente feu-
1674. —
«... who fail not once a-year daes ou concessões, que o dominante fazia,
to send to reap the Profit, which is receiv- de certas terras, rendas, cargos e direitos,
ed by the Hands of the Desie, or Far- com a condição de seus possuidores lhe
mer, who squeezes the Countryman, as guardarem fidelidade e prestarem serviços
much as the Governor does the Citizen». militares». —
Lopes Mendes, A Jnãia Por-
— Fryer, East India, i, p. 301. tugueza, I, p. 225.
1906. —
«L'histoirc agricole du territoire
Do
de Satary et des autres regions qui étaient #DESSAÍNA. Mulher do dessai.
Boua la seigneurie de nos Banes, Sar- cone. dessãyn.
-dessaVs et DessaYs en est le temoi- —
— 1886. «Vestem um panno branco, co-
gnage». Cristóvão Pinto, Lea Indighief^
brindo com elle a cabeça como as mouras,
as ranes e as dessaynas». — Lopes Men-
des, A índia Portugueza, i, p. 268.
*DESSAIADO,SAR-DESSAIADO. Ofí-
cio, jurisdição, morcO do dessai ou * DEVADASSI. Bailadeira que ser-
sardessai. ve pagode. Do sânsc. de-
em algum
vadãsi, «escrava de Deus», corrente
1714. —
«Para evitar confusão e reque-
nos idiomas modernos. Em concani
rimentos, que continuamente accrescem na
materia dos Sar Dessaiados entre os é designada por kaiãvant ou halvant,
mesmos co herdeiros, sem embargo do lit. aartista». V. bailadeira.
ajuste feito por ordem do governo deste
Estado». —
Apud Júlio Bikcr, Collecçcio de 1516. — «Destes templos ha muytos que
Tratados, v, p. 256. tem loguo destas mulheres [viúvas] cento
1747. —
«Nomeou-o Commandante para e mais fidalgas, e algumas solteiras se me-
em nome do estado fazer quantas hostili- tem aquy também por suas vontades, has
dades fossem possiveis no Dessayado que saom obrigadas a tanger e cantar
de Minory». — Monterroio Mascarenhas, diante dos idolos certas horas do dia, e ho
Epanaphora Indica, iv, p. 104. mais do tempo que lhes fiqua ganhaom
1749. —
«Persuadiu-se que d'ali passasse pêra elles». —
Duarte Barbosa, Livro
eu a Cudale, cabeça do seu dessaíado». (2.» ed.), 306.
— Apud Eduardo Balsemão, Os Portugue- 1525. —
«A este ydolo dão de comer
zes no Oriente, iii, p. 146. cada dia; que dizem que come; e quando
1844 —
«'Todos aquelles bens e outros elle come baylhão lhe molheres diante, as
similhantemente patrimoniaes, foram na quaes são do dito pagode, e lhe dão de co-
Bua origem, do Devâo (Fisco) e concedidos mer, e tudo o que he necessário, e todas
pelos Antigos Dominantes do Concão ás as que delias nacera são do pagode». —
Êrincipaes Personagens da sua Corte, e Chronica de Bisnaga, p. 85.
>ominios, fundando nelles Des-Porobados, 1552. —
«Estava aposentado em hum
Dessaiados, Sar-Dessaíados etc., pagode de freyras chamado Bardor, que
prehemincncias, ou jerarquias, que coin- tomaua o nome do diabo a que era dedi-
cidem, pela sua natureza, e encargo, com cado, e estas freyras erào molheres, que
os Baronatos, Viscondados, Marquezados». depois de viuuas não se qniserão queymar».
— F. N. Xavier, CoUecção de Bandos, -r- Castanheda, Historia, viii, cap. 104.
Apêndice ii, p. 37. 1825. — «Chamam ás religiosas, empre-
1846. — «'Ha
no Industão uma sorte de gadas no serviço dos pagodes, Devadas-
nobreza, comnome de Dessaes e Sar-
o ses». —
José Inácio de Andrade, Cartas,
-Dessaes, os quaes eram, como chefes lo- p. 48.
caes, tirados das mais altas castas. Os . . 1878. — (^Bailadeira - Déva-d^ssy,
Sar-Dessaes eram possuidores de territó- dançarina ao serviço dos templos. E filha
rios mais estensos. Estes Dessaiados d'uma classe especial, tolerada pelos códi-
eram uma espécie de feudos concedidos, gos indianos, onde a mancebia é um modo
com obrigação expressa de estarem os seus de vida que passa como herança de mães
possuidores sempre promptos, para servi- para filhas». —
Cristóvão Aires, Indianas
rem ao dominante na paz e na guerra». — e Portuguezas, p. i.
Annaes Marítimos, p. 247. 1884. —
o São raparigas escolhidas de
1850.— «Dessaiados são mercês, e a entre as mais formosas e formam duas clas-
8ua conservação he dependente do arbitrio ses principaes, as devadaris (sic) e as
do Governo». — F. N Xavier, loc. cit p. 1. natsch (!). As primeiras são escolhidas de
— «Hoje, depois de reduzidos os
I818O.
,

entre as creanças, ainda nubis, das vaicias


yic^ e sete dessaeados, ainda custam ou sudras, e são as escravas dos deuses, ha-
4 Inwfres da fazenda da índia portugueza bitando os templos e ammando as festas e
DEVADA8SI 899 DEVANAGARI

H9 j*rf*c\<<»6e»». — Adolfo Loureiro, No tnées publiques». — Mgr. Laoucnao, D«


BrahmaniêiM, i, p. 73.
'Deva Dasai. Nome dasbai-
DEVANÁGARI (s. m.). Assim se
de Cas- donoiíiiaa o alfabeto om quo geral-
t . ,
• 1.
mpiítt» se exaram " mif'ntos
I 10 t\o raiiitaB, o
> .1. ,
', 1
,)U()atiça
literários da líiií^ua s.i Diz-se .

mi de- também simplesmente nárjari. h


rem que de origem semítica, introduzido na
do que índia no século viir antes de Cristo.
^.uam». —
V. A. Macdonel, A Ilist. of Sanskrit
,

!o Briou, A htdia Fortugueza,


Literature, p. 17. O vocábulo sânsc.
'IG. — «Devadassi. Diiuoai-ina in- devanãyarl ó composto do deva e
; antecessora de Au v ;/í i/a í!) mas nãgari, «urbano», isto é, «nirMb^.fo
maia elevada Inêtilutn,
da cidade de Deus».
oPeu de teu •' bapti- 1874. —
Deixa-se ficar ao pé da cova
Oeva Dachi. divine, um vaso com agua, e uma taboleta com
ies teinines, doiit uma inscrição em caracteres devana-
ibusfíiit, sous pre- garl, e os bonzos correm a receber pro-
leur» Uieux Ies demandent et pinas». —
Pedro G. Meanier, O Japão,
uent à leur service». — Lellre» p. 277.
VI, p. 8. ISôl. — «La secte $in-gon.et la secte . .

«Sotirnte o^t nommé par ses tendão sont remarquables en ce qu'eliea


iiom est Dé- font usage des caracteres de^^anagri
V /M, I, p. 10. modifies». —
Jancigny, Japon, p. 150.
IM'0. - "• i .- :• iient le nom
do deva-âassys ^ ou esclaves DEVANAGÂRICO (adj.). Relativo ao
iri. Alguns escrevem d&va-

-, 81 1881. — Os caracteres devanégnicos


» ;i, nDiiM iif ii'> <íi iiijUiert
ii iiu sâo os mais ' ' _';idos noa
finance*. —
P. Dubois, Mcmre, monumentos
;.

:a sãoa-
krita». —
Vaáeoiinii > .vuiiu, inamatica
•U en est de. mAme dans tout Sòoshríta, p. l.
,1. 'r.,v i.r l... 'lan- r.K)2. —
O alfabeto sundanez, como o
de javanez, o madurense, o balinense e todos
su- os mais da Indonésia (excepto o malajo)
pc- derivam do alfabeto devanágariv» —
:''.S».
Ta-êai-yauy-kuó, JI, ni, 5.
— l; ,p- li). 1903. —
«Por via dos Árabes coulieceu
'IVC nf the institution a Europa os algarismos devanaqrioos
^ to have representativos dos númer' do .

Travfl- (iu<- di/em letras de couta Ai \'a9-


.Vbrou, Cargo Intrgrul, \i. \u.
«No :ilf:\beto dovanàgrioo,
! lau.^l;l uu indico, rep '> as
:l!i, De- aapiradas». — las,
\ Ui, U, ;; JU;. - Yule, I, p. VIU.
um. osiudo He concanl de-
,, c«-
•Ihv. ou
dovanagaricos ll',\u<v>, lie -'O do
re sont it dc8 pnisti- Maio
IG2:í. - "Ci ni.

iu vn earattíTe ai

tre-

Ihorlo. — Pietro Delia

de átvaikuêi. delia lingua baocrit


é' il DèvanagarI,
r>Evi 860 DIM, DIN

cloè quello in cui essi trovano scritti al- mas e, o seu corpo —
um aonbo feito em
cuni libri ed iuscrizioui iiKJiaiKi». Fra — carne —
reduzido á cinza |...». Heral- —
Paolino, Viaggio, p. 263, do, de 14 de Março.

«DEVAS, m. pi. Os j^. ..,..:, i.ws * DEVIA (s. m.). A [)ii\u\rLideviya


na theogonia brahmânica». C. de Fi- quero dizer em singalôs «deus, di-
gueiredo. Nao Ó tal. O síinsc. devas vindade»; empregava-se porôm no
(nominativo singular) é o lat. deus, antigo regime como título duma di-
derivado da raiz protoárica div, «bri- gnidade.
lhar». Dous era, portanto, no con-
ceito pelo menos do uma secção dos
1687. —
«Conforme seus merecimentos,
e calidades, acresccntou-os com os cargos
povos da fala indo-europeia, \\m de Modeliares, Araches, Tandârez, Duriaz,
«ente brilhante». O termo aplica se Panichiaz, Deueaz, e Vngiaz». P. Fer- —
na índia, por excesso de acatamento, não de Queiroz, Conquista de Cei/lão,p.4.íò.
a homens superiores, como tambôm * DEVOTA
(s. f.). Serenata reli-
se nota na Bíblia. Os cristãos india- giosa,que se fazia em Goa durante
nos empregam o mesmo no sou culto. a quaresma e que foi modernamente
De deva se deriva a palavra mar.- abolida pela autoridade eclesiástica,
-conc. devul (corrupção do sânsc. por causa de abusos.
devãlayá), «casa de Deus, templo»;
mas não se aplica às igrejas cató- 1812. —
«Prohibe. aos clérigos irem
. .

licas.
de noite cantar a chamada devota». —
P. Casimiro de Nazareth, Mitras Lusita-

1685. — «Tem a hum só Deos por author


nas, in Ihl. JS. G. L., XV, p. 582.

da natureza, superior a huma multidão de


Deoses, que uomeão com o nome de Deo,
* DIBÁ (persa dibã). Rico brocado
aplicando a cada hum huma obra, como persicino.
agricultura, elemento, ou outra semelhan-
— 1610. —
«Dibá es vna tela riquíssima
te».
I,
João Ribeiro, Fatalidade Histórica^
cap. 14.
que alia vzan los lieys y Príncipes». —
1687. — «Os Brâmanes procedem de
Pedro Teixeira, Relaciones, p. 114.
Bramâ-Deu; que na realidade não foy
Digar. V. adigar.
Dêos, como fabularão os Gentios senão ;

Rey; porque ainda hoje chamão ao Rey,


Deva Rajâ que quer dizer Dêos da terra».
DHOROVETTI. Bluteau regista este
— ;

P. Fernão de Queiroz, Conquista de Cey- vocábulo no Supplemento como «ter-


lão, p. 124. mo da índia Portugueza», e dá-lhe
1825. —
«Os Índios chamam Divas aos o seguinte significado «he a pensão :

génios de bem Deithis \daityas] aos do


\
de serviço, a que se está sogeito».
mal; e julgam aquelles sempre em guerra
com estes». —
José Inácio de Andrade,* O étimo é o concani-mar. darveth,
Cartas, i, p. 31. que quere dizer «serviço que cada
1898. —
"Segundo as leis de Manu ha indivíduo tem de i3restar gratuita-
8 espécies de casamentos bons e maus, : —
mente ao estado ou à pessoa no po-
ou sejam ao modo de Brahma, dos de-
vas (deuses) ».. Oliveira
. .
Mascarenhas, der». Deve- se ortografar dorveti.
Âtravez dos Mares, p. 130.
— «Devas. Deuses (em sanskri-
1916. * DIMITI (ant.). E
uma espécie de
to)». —O Lxiv,
Instituto,
319. p. tecido fino de algodão. Não se sabe
1913. —
«To Sekra the Lord of Devas a que língua pertence o termo, que
he commended the protection of Wijayo,
the Lion-born, who that day had reached
também figura nas pautas aduaneira^
Lanka». —
P. E. Pieris, Ceylon, i, p. 2. da índia Inglesa.

* DEVI. Deusa hindu por anto-


1779. —
«... chitas de Madrasta e de
;
Mamalong, cobertas, mouries, dimítys,
nomásia, Cah (q. V.) ou Durgá, mu- pascaul, darias, betilhas e muslinas». —
lher de Xiva. Do sânsc. devi. D. Francisco de Sousa Coutinho, Breve e
útil idea, no Panorama, x, p. 38.
1915. —
Para que lhe servia a sua pe- 1673. —
«Broach Boftas, broad and
regrina beleza que causara a admiração Narrow; Dímitíes and other fine CaZí-
de quantos a conheciam, de que lhe valia cuts». —
Fryer, East India, i, p. 220.
ter sido festejada, adulada como quasi uma
devi| se não tardaria a ser pasto das cha- * DIM, DIN.' Religião de Maomet.
DINAR St-.i DIVLLMAL-Í

Do hin<iu8tani-ár. din^ *íé». Din din hair, ai each». —


^ ... .i"o Ií.-.wr.,t: I, r 74.
é o prito (1
• ...

metanos.

— «... — .Marcel D«vic, Légaukt dt I'ArcIiiptl


1577 grit Ando como he seu cos- Indicn, p. 6.
tume: Dim, Dim, ^ " '
de sorte
Jiae enchiãi» o ar c a
ti rur e con- DINHEIRO. Antiga moeda de es-
a>8o». — Primor f H^i.r . n i,K
tanho era Goa e Malaca, r '
'

— «Ntin o din acara no alto


i

18<>(>.
do Himalaia. •
'juo
' ••' -- — •' cunhar por Afpnso de Albu
Valia meio real.
,

muralhas d>
gif^nte». 1. — V ;..,.,.-, I
ò
1553. —
«E deste [de est.xuho] par •

JiraAamane», p. 300.
f;amento de jornaes e cousas dà \

avrou duas sortes: a hfia chamou di-


DINAR. Moi'da .•^ral..--prr.«a uflmir) —
nheiro*. .loào de Barros, Déc II, n, 6.
de diverso meta.! e valíjr. A cjuc cor- 16Õ7. — "A iOrumzcr
*'
i
ria em Ormuz com esse nome ao que huma j ., que eni

tempo dos - valia 5 réis. paz valia de/ uinneiros fpoi -iríiu/co,

O étimo [)!.
;

at. denariíin,
I q. v], valia agora duzentos». — Cotnmtn-
tarioa, i, cap 59.
já conhecido na ludia em princípios
j

I
oE á moeda de cobre [de GoaJ poz no-
da era vnlgar, e re*.'Í8tado (dinãra) leaes, e á outra maia pequena que valia
me
no Amara/ioça, dicionário sfinscrito três hum leal, poz nome dinlieiro». —
Ibid., II, cap. 25.
do século como sinónimo de nlfka,
V,
«mot^da de ouro». Xas línguas da
P «Úe.dois eaixes, que era moeda de es-
Itanho do Key de Malaea, se fizesse huma
Malásia também tem o mesmo signi- '

moeda com a espera del-Key D. Manuel,


licaJo. Mas o dinar da Pérsia mo- :i (iii> pujieram nome diniteiro». Ihid., —
32.
derna é, como diz Yule, cama po- —
' . • • "^y-'i^;
«Fez moeda nona de estanho de
I

qii.
que se acha muito, em minas que a no
mesmo regno [.Malaca], a que pos nome
OU 1<>8U0 réis. dinheiro, do que hum valia douscaxasu.
{

I
— Damião de Góis, Chronica de D. Ma-
133;J — "Disi^ínou a cada individuo a nuel, III, cap. 19.
— «Le
I

sua puff Idjiirlli* bolua, da qual me toca- I


l.'i82 piu piccole monete che
'
rá dinar, seudo o dinheiro ao ,
corrono nella cittii di Mal ' '

t
'

il 'itifa'I'>=5^ — Hcii r.atuta, di stagno molto piccole


quali si chiamano danari, ciic au-ci ui
lesai deuari fanuo uiia cniza (caixa). alem
1


''
huuiwdynare, di'Zcdynii >
lialbi, Vlaggio, fl. 181 f.
piia, f ties t;lll;,'H^ •• d'-z cí ... >
Lastly were struck coper coins ' — '<

ii.vo». / —
-, j». .'j3. «.:nic(i dinheiros audZeoM. Now the word
.

«Dou^ — huui xerafim, dtiiheiros (Lnt. demtrii, Fr. deniera} when


„j.,,,i :.
1

'"
j

" '
:•
-tilai- is a geuer--
• dinares
hm , Dúc. II. kl' ley, aud. . . it .

Abaixa 20 dinares, que 9ú<


í - António Nunes, J.yvro tio»
p. 11

d.

tifvs dinares*. — biinão liotellio, Tombn, Uoxb. iDos botões, das tiores e da

Iv por I' . que


iiji..

sont ni<

dinar
na' moléstias cutaueas». Daigado,
L>. ti*.
I

<i ri cento».
^ <• i'|iAr lialbi, r. ]
I'lora.

l»",:.". _«. , a .1 Staff in Hio «AKfite de copra, diquemali,


Im- H.-\ud with uit Oaniros f.-t
'
.'iquim Soares,
.I<M)iii'-v., — FrvíT, /.'<!*' índia, ii, .1

. ,

• lb7b. «... made of white caincls [^i.<. - It Jjariietria lúcida] grows in


DISSAVA 362 DIUTI

the Konkan districts, producing a fragrant 1678. —


«Quedaron solamente con nom-
resin called Dikamáli in India and by bre de Reys Iob de Cândia, Uva, y Jafana-
Arabs Kankham». — Yule, Marco Polo, ii, patan y con el de Variai, Dissavas (que
;

p. 387. son como entre nosotros los Condes) parte


de Batecalou, Pacardiva, y Balani», —
* DISSAVA (s. m.). Governador de João de Sá e Meneses, Rebelion de Ceylon,
província ou distrito, em Ceilão p. 15.
(s. f.).Província, distrito. Do sing.
;
1690. —
«Centurio declarabat, Cingha-
lenses ipsi di.xisse saepius tales Dendrites
disãva ; sâusc. deqa, «regiUo».
in Calappi ligno inveniri, plures tamen

1G15. —
«Eu sou informado que dé al- proferre non poterant, vel iudicare, quam-
vis turn temporis ipsis praeesset tamquam
guns annos a esta parte se fazem muitas
forças o tyranias aos naturaes da ilha de
Dessave, seu praefectus». —
Rumphius,
Ceilão, asaim pelos capitães e cabeças das
Herbarium Amboinense, i, cap. 3.
dissavas, como pelos vidanas das aldeias, 1854. —
«Venaieiít ensuite des désapa-
de que tenho muito desprazer». Carta — tis^ desauves ou dissaves Ces chefs de
grand district ou province (appelés en con-
Régia, in Doc. da India, in, p. 208.
1632. —
aE tomara o dito Rey duzentos sequence dissavenies) avaient non-seule-
ment Tautorité militaire et la surveillance
e cincoenta portuguezes com o capitão mdr,
e mais alguns Dissavas, e outros capi-
de Fadministration dans leurs lieuteuances,
tães».— Apud Júlio Biker, Collecção de mais I'iuspection des comptes des revenus
publics et des collecteurs de taxes». Jan- —
Tratados, 48.
ii, p.
1635. — «O que fizeram não só os solda- cigny, Ceylon, p. 647.
dos, mas também os casados senhores das 1860. —
«At one extremity of the town
aldeias, viudanas e dissavas».— Antóni% of Bintenne is the Willawé, or residence
Bocarro, Déc. of the local headman, a chief named Gon-
xiii, p. 275.
1685. — «Assistia mais o Díssava, que nigoddé, who formerly held the high rank
of Dissave of Bintenne». —
responde aqui como Governador das armas Tennent,
de huma Província entre os naturaes, e Ceylon, ii, p. 427.

sempre tinha efíectivos três ou quatro mil


lascarius e seus cabos». João Ribeiro,— #DIULI. Candeeiro pequeno. Do
Fatalidade Histórica, i, cap. 16. concani-mar. divU, derainutivo de
1687. —
«Dlssâua, ou como outros pro- divo, «candeeiro».
*

nuDcião, Visfiâva, he entre eles o mesmo


que Prouincia, e das Serras, que se esten- 1886. —
«... nma grande salla de baile,
dem no certão da Ilha i)era bayxo, pela que illuminavam com profusão de alampa-
parte do Norte, e do Poente dividirão os das e deulys ou candieiros de bronze».
Keys, athc as fraldas do mar, quatro DÍ8- — Lopes Mendes, A India Portugueza, i,
sâuas». —
P. Fernão de Queiroz, Con- p. 43. i

quista de Ceylào, p. 25.


«Eles [obedecem] ao F/áána, e todos ao # DIUSA (jap. u8o). Mentira, falsi-
Dissâua, que he seu Juiz no crime e no dade, em japonês. V. daiuz.
Ciuel, a que eles são subordinados». Id., —
ibidem. 1549. —
«E para que se entenda donde
1707. —
«Da banda de Caymel ha qua- naceu a este dizer isto, se ha de saber que
tro ermidas em quatro povoações de Ni- na lingua de Japão se chama a mentira
gombo, onde o dia seguinte chegarão o diusa, e porque o Padre quando pregava
dissava, e o predicante para fazer a vi- dizia que aquella Ley que vinha denun-
sita». —
P. Manuel de Miranda, iu O Chro- ciar era a verdadeira Ley de Deos, o qual
nista de Tissuary, m, p. 206. nome elles pela grossaria da sua lingua
1750. —
«No mesmo tempo deste suc- não podiào pronunciar tão claro como nós,
cesso havia alcançado outro de não menos e por dizerem Deos diziãorfm«, daqui veyo
consequência João Botado (a que chama- que estes servos do diabo tomarão motivo
vâo Dizava, por ser Cabo de hum Corpo de dizerem aos seus que o Padre era de-
de Infantaria, seguindo os termos com que mónio em carne que vinha infamar a Deos,
86 explicavão os naturaes da Ilha)». — pondolhe nome de mentiroso». Fernão—
D. Luís de Meneses, Hist, de Portugal Pinto, Peregrinação, cap. 213.
Restaurado, ii, p. 406.
1881. —
«Mandou ordem secreta ao dis- * DIUTI. Facho, lampião. Do cone.
sava (chefe) das 4 corlasi.— Eduardo Bal- divtl <sânsc. di/titi.
semão, Os Portuguezes no Oriente, n, p. 28.
1876. —
«Diz-nos que o território de 1874. —
«O calor tinha aumentado, pela
Ceylão, no tempo dos seus últimos. reis, se grande porção dos grossos fachos ardentes,
dividia em provindas ccntraes, chamadas diutis, com que vieram ennobrecer o
rattes, que rodeavam a capital, e em pro-
— préstito».— Tomás Ribeiro, t/omarfa», ii,
víncias lateraes ou dissavas». Rodrigo p. 114.
Felner, em Bocarro, p. 687. 1866. — «Estas metades [de côcoj teor
DIVAU 868 DIVÂO

mnita* errentías: Serrem par» diuty dade e da abundância». — Ismael Graciaa,


fví\- .
V
. . • - fixR« por oc- A Índia, p. 61.
ci- N. Aavier, 1(^23. —
«Alli 24 Ottobre fà il Dauàli
;.. ^.i ' ' liani Gentili, c
f
- ' ' ia la
Tocha. — LuEca i, clie I'anno
<••
; 'le-
do um tv' >••'•'' i:
:.. .... . . .aia».
l)rulho li ', ni, p 149.
.... .. i .Moon in Octo- ^.. ..

ber, i8 the Uauyan'ii Dually». Pry«'» —


East India, i, p. 277.

11 brilhava A luz de DIVÃO. Estado tesouro público ;

!o cone, divty^). — supremo tribunal ministro de esta- ;


;

J. o.
do. Na Europa dirá ou divan tem
'

• DIVAU liodo-ing]. dewally). Fee- mais acepçOes, sendo a principal a


tiviilado '

ao se celebra no ou- de (fsofá sem encosto». Na índia In-


tono, g. em Outubro, com
1

glesa tambOra se emprega om diver-
grandes iluminaçi^es, de que tira o sos sentidos, sendo um dC*les a admi-
nome, neo-árico divãfi, sânsc. dipã- nistrador de zemindaria ou vasta
vali, «liuba de alâmpadas». O nome propriedade». A missiío portuguesa
'

' - Ilhas de Goa


'
' de Nagori (Bengala) tem um empre-
i
"o'^- Atríbui-se gado com Oste nome. Do persa-ár.
a origem da festividade do ilumina- diuãn *.
ção aos jainas, em glorificaçfio do 133.3. — No tempo da pormanencia do
dia do nirvana de Mahavira. funda- SoltSo, mandou e.ste quo me designassem
"

. Os católicos das aldêas eeis mil ducado.s pnr anno; e


Igarmente can- tendo-mos determinado o Visir, e os mem-
;

bros do divan ...». lien-Batuta, Via- —


(Iti'irnt Mil festa das candeias à festa gens, III, p. 85.
da !
'•
''ao da Virgem Maria. 1539. «Quando amtre o mouro e o
Ob i
japoneses tem igual-
e português ouuer demainda ou diferença ao
tal caso ordenaram audiemcia junto daífam-
mente v.a lista das lanternas».
dega e o cady do divAo e ouuidor dos por-
\Cs\-\ .\,^^ ,i;- l„,..f,.>: Jn« tiifrii..a<ic oi,,i,.,c .1.. dous assentaram aly e

1 .
— Aptid Júlio Biker,
í . -jL'los, I, p. 8ti
as 1545 — nDisse ao Kmbaixadnr que fosse
. de surgir ao dlvAo de Campalagran, que era
<t, ri. 3fS. hum dos castellos que estava da banda do
íu Divaly e Sul, para luõstrar alv a carta que levava
Auit/ iji. w.. — Archivo do seu 1? iiiuham».— Femfio
i\irt-Uri. u, p. 1«0. Finto, V 162.
1906: 1717. ral ao Divan
• Ho Dl»»ll ii,ã% a. c\^lL(\tl A lumei. dePorp.-ii.. /iiilia d»' DiuJ
CLkij >. pedinao-lliu < ' de-
.A Cint» vido..— D. J i Kí-
da, p. 14.
rnttca con.M9t« fm 1785. — «Consoguio o presente Oover*
'Ita do c"
' ' ' " 1 Patente
111 no 1." seu Dl-
— (.'ac vno i--!" ii<- * >das
flUKA trrras'.

• Tho Arabic d\\mn is, accordloK to


« * I! 1 . I> ...
niiii-* - 1 :
„ri.

ItM.'"»

llin:L llliii

mt, mulher de Vielinú, deusa da proiperi- |


eyo^op^tii
DIVÂO 364 DIVlo

que siicceder, e que o Divflo não proceda au Divan, en fút satisfait, aussi
faire lire
sobre este caso». — Ibid., vm, j). 324. bien que ses OlíiQicrs». —
Thevenot, Voya-
1839. —
«Perto se erigia uma nova Mes- ges, in, p. 65.
quita, levantada sobie as minas do divan, 1675. —
«In these Straits thevfind Pre-
ou salào do Palácio de Saladino, .sobre as tences to cast an Odium on the Divan
magnifícas cohunnas de granito vermelho, or Council».- Fryer, East India, ii, p. 350.
que outr'ora o decoraram». Lagrange — 1676. —
«Quant un Ambassadeur est
de Barbuda, Uma Viagem, p, 51. venu jusqu'un canal, celui qui fait la char-
1848. —
«Sondo certo que o Governo do ge d'Introduction crie vers le Divan oil
Estado representando o antigo DivAo, le Roi est assis, que tel Ambassadeur de-
superintende a administração do.s Pago- mande à parler k sa Majesté». Taver- —
des das Novas Conquistas». Collecção — nier, Voyagps, in, p. 85.
de Bandos, ii, p. 196. 1695. —
«Divan, ce mot signifie en
«Sendo todos estes actos formaes aten- Arabe deux choses fort dift'erentes. Par sa
tados contra o direito da Fazenda Publica, premiere signification, Ton entend une
interesse da Communidade da Aldêa — au- chambre de conseil, de justice, de police,
thoridade do Divdo (Governo do Esta- et de iinancestt. Herbelot, Zíi'6Z/oí/ièçMe
do)-. — /òtó., j). 211. Orientale.
1852. — —
«Dívão Dominante. Item Fa- 1703. —
«Quelque puissans que soient
zenda ou Tiicsouro Publico. Item Tribunal cos Gouverneurs, ils out des surveillans,
superior de Justiça». —
F. N. Xavier, Bos- qu'on appelle Divans, charge qui ré-
quejo Histórico, IV, p. 7. pond à celle des Intendans de, nos Pro-
1882. —«... em dar um castigo severo vinces de Franco». —
Lettres Kdifiante»,
ao divfio de Pôr Patane, por não pagar ao VI, p. 240.
Estado 08 32 mil xerafins que lhe devia».
— 1770. —
«Le Divan avoit Tinspection
Eduardo Hal.semão, Os Partuguezes no des revenus, des depenses, et prenoit pos-
Oriente, iii, p. 43. session au nom de I'lmpereur des fiefs qui
1900. «Em Diu denominam-se divans devenoient vacaus». —
Raynal, Uistoire,
ou divões, os admini.stradores daspar</a- II, p. 70.
nâs (concelhos) dos estados indígenas». — 1778. — «Le Divan, en Turquie, s'as-
Ta-ssi-yang-kuô, i, p. 554. semble quatre jours de la semaine les
1906. —
"A mais notável [construção] é affaires des particuliers y sont traités,
•,

o Munshi do Divan do Rajan de Nagpor». ainsi bien que les affaires d'Etat, et le
^Hipácio de Urion, Duas Mil Léguas, Grand Seigneur y assiste .souvent sans
p. 185. être vu». —
Anquetil Duijerron, Legisla-
«Quantas vezes as formosas odaliscas tion Orientale, p. 41.
preguiçosamente recostadas em fofos di- «II est faux que dans I'lnde les Grands
vans, contemplando como nós, este qua- n'ayent pas d'affaires qui soient portées
dro que nos encanta, não lamentaram a devant le Devant: nous avons vu ci-de-
sua vida de escravas, anceiando por fugi- Viint que cet Uflicier arrete la cupidité des
rem d'este paraiho de mármore». Id., — Gouverneurs». — Id., p. 136.
p. 145. 1880. —
«The Divan or Grand Coun-
1604. — «Queria hazer vnas proposicio- cil of the Khan was presided over by the
nes de vn Divan y co»8ejo general para latter, assisted by the sultans. Besides• •

el sossiego vniversal de aquellos estados». its judicial functions, the Divan also had
— D. Juan de Persia, lielaciones, fl. 107. control of the general administration of
1614. — «Vn giorno che si faceua the Kingdom». —
Howorth, History of the
Diuán. . . che qui è
Consiglio di stato,'
il Mongols, ii, p. 608.
ò, come diremmo in Roma, Consistoro ..». «This figure, which from the deference
Pietro delia Valle, Viaggi, i, p. 55. paid to him, was clearly a person of con-
«... & i Díuani, ouero Sale, che sono sequence, having set itself on a divan,
davna parte tutti aperti, come gran loggie, Stoddart reproached it with the indigni-
nelmodo che gli vsano anche in Constan- ties he had suffered». —
id., p. 797.
tinopli». — Id., p. 486. «Divan. Sorte de large canapé sans
1658. — •
Piíi riguardeuoli sono le case dossier et garnis d'amples coussins. Le . .

de' grandi, ornate di bellissime Cuppole, grand divan de Constantinople ou le di-


che sourastauo alli Diuani, stanze loro van d' Alger, dont parlent les historiens,
principal! I). — Fr. Vinceuzo Maria, Viag- étaient les conseils de gouvernement du
gio, p. 31. sultan et du dey. Comme les locaux dans
«Ritornò in questo tempo d'Amadabat lesquels se tiennent ces graves reunions
Assen Bassa, e riohiesto ai Diuani, òGo- ont pour principal mobilier, en Orient, un
uernatore commodità d'imbarco per se, e large canapé à coussins sur lesquels s'ac-
per sua gente...». Id., p. 468. — croupent ceux qui y prennent part, nous
1660 —
«Diuano. Luogo da Consigli, avons, en le transplantant chez nous, ap-
ò da coDuerzivziune». —
Mgr. Sebastiani, pelé ce meuble divan». —
La Grande En-
Seconda Spedizione, p. 149. cyclopedic.
1666. —
«Le Grand- Mogol se Tétant 1900. — «A deux heures, une dépêche
DOBRADO S65 DÒGICO

dri Dewan ^ministre dn Mahnrftjnlt^ p DODDÔ '!>). ffnffff^\. pA«n de (loft,


'
me.
'
'I -. :'-;a.
1.0 ti, L' Ilide., p. ͻU. ^

,19. — «Sídco doddé* cada mão ede


Arrt'i'aiKiuoi
cada doddó». — Regimento
I^IYANI. uii:» ripuíii-
selt») arrateif»
. .«'es. Do hindust. tfítvTríI < rftrã«. de Nuno Vaz Castelo Branco.
— «Querendo exercer a bu« juridi- 1917. —
«Dizem quo por estes dias ha
1746. tendência para subir o preço de atpra co-
-'i" -i» Fordarra e Oiwanis, contra a or- mo tambcm dn coco, pois actualmente o
real». — O Chronista de Tissuary, i,
preço do doró do copra c de 14 uuAs e o
de milheiro do cfíco de 35 rupias». O —
Ultramar, de 11 de Junho.
• DÓ. «É a velha e comprida man-
tilha portogneza qae as macaistas «DODOL. «Doco feito com j agra
Vi usando-a com re- ou assucar do palmeira, cOco, fari-
ia». Conde de Ar« nha, etc.». Alberto O. do Castro
nus< (p. 13Gj.Usado em ásio-portuguOs.
'^
lia a macaísta aom excep- Provêm do nml. dudiA. atliuitldu em
rse, tem as diJos e os pés concani.
'•• '-í' '•"" "" '•ia e

'

da 1899. «Na copa se apromptauí o pão


de casa, a alua, o doce piíJião, o fralé, o
(1
i
o o
<le
dodol e outras doçuras e guloseimas». —
ver Ta-s»i-yaug-kuó, de Dezembro.
de 1915. —
«A saborosa dudoll de amên-
doa de caju ó ^cura, e quantos outros do*
em ces». —
O Ultramar, de '21 d« Outubro.
.,
.

icha 1666 —
«Le soulthan de Java eu fmaa-
seuhura*. — Gon- ga] possètle dana
app'lcc dodói (11
.- riété
'

ipé-
'

rieur aux mant^ues (in ntiig;in- ci dc .Mala-


• DOBRADO I s. iii.^. É o nome qoe bar-'. — Rienzi, Océanie, i, p. 107.

»e dá na índin ; 'al-
«DÓGIGO. No sentido búdico japo-
meira ou cajuri '.i ila.
nês, de varela, postu-
ó «estudante
Por analogia, diz se Uimbèm librado, lante, ajudante», mas nilo própria-
sendo trCs vozes destilada. raoiíto «noviço», qu» -

1866. — -T',.,.. ,.nrt,. ,1.. „,-,„,v, ..


-hiaa vocábulos heta, nlr
de sura ;3o, sha^htn. No
sentido católico, 6 t acó-
e dá o tu . _^L.^ .— , _, — ;

lito, sacristílo, catequista, candidato


F. N. Xavier, Oearripção do Coqueiro,
a irniflo, í-oleírial», mas nilo própria-
p. 16.
1" tes de iurn jirodu- sta», ct>

zeiii '1>~' uiii.i pÂTti' de \o repro


espiriui tra- cepto o do P. Valignano.
cto» .1 '* do
Coqueiro, p 7.
Çlonçalves Viana diz (O /<•.-(....< ',
ÍyO(} — «O foreiro pftp'» P**'" «"«piríto d« Ui, p. r><)í)i: «Este vocábulo, que
Cajuri I!' ' ii I

brado,
— António F. Muiuz, JJttt. dt l>am'i'<, i,

\u\\
• noviços* uas confrarias bu<ihicas
p
1 :
' ' '

'
' s bonzos ja|'^ nfto figura
nenbiim »iportuguês,

1 '.' 1
.'.
iude, porém, que se llio dê
1 ,.i..i..a no thosouro das duas lin-
anná». —O UUra- 1
jj„^g^ yjgjy encontraf-so. a\'i»ada-
108 anti-

'
£ do mal. twiung, «véu, bioco». U mesmo tílólogo aponta doif éti-
DÓGICO ^è Mt
mos: dõgi, « menino •, e dõgalcu, serviço, fazião hum numero de gente muitd
«condiscípolo», o prefere o segundo, grande». — P. Gaspar Coelho, ibid.,& 238.
1600. — «E os irmãos de casa com os
«porque, sendo o k muitas vezes Dogicos (que san os moços que se criam,
nullo entre vogaos nas terminaçfies e seruem na igreja), e os mais que estauam
advorbiaes em fcu, resulta a pronún- prosentea se poseram em ovaçam por elle».
cia dogo, por isso que au se profere
— P. Fernão Guerreiro, Relaçam Annual,
p 129.
d,forma que concorda exactamente 1605. —
«Tem a sua conta dous seminá-
com o dògò inserto no vocabulário rios de mais de trezentos moços estudantes
de 1603, indicado, e de que se deri- uaturaes de Japam, e todos os Dogicos,
vou para portuguGs um adjectivo ou Cathechistas que ajudam nacouuersam
das almasu. —
Id fl. 3.
dógico, por analogia cora lógico de — «Leuaua o padre bons ornamen-
1608.
,

logos. tos,e instrumentos músicos, e alguns


Parece-mo, contudo, mais prová- Doiucos taugedores e cantores». —
fl. 130 7;.
Id.,
vel o étimo dújiku ou dõjuktt, com-
«Respondeolhe que se espantaua muito
posto de dõ, 00 mesmo», Qjiku, «es- de o persuadirem que adorasse o idolo,
cola particular, sala de estudo», isto sendo cousa que elle não avia de fazer,
é, «o que frequenta a mesma escola, porque se criaua pêra ser Doiucu, e de-
condiscípulo». Dõgaku, decomposto, pois irmão, e finalmente padre». Id., —
fl.144.
também significa a a mesma escola, 1583. —
«Inventariou tambien este gra-
a mesma sciôncia ou disciplina». do de dogicos, y son mancebos que para
Piá outra palavra japonesa, dõ- ser despues Bonzos se crian en sus casas
jukyo, que quere dizer «a mesma rapados, y vestidos con ropas largas
y • • •

estos agudan en muchos ministérios hon-


morada», e daigakkõ, colégio, uni- rados, y graves acompailando e serviendo
versidade». a los Bonzos y destos ay tambien mu-
• •

1564. —«Mandou o padre vir do semi- chos en nuestras Iglesias, porque assi los
ninos que vienen en los Seminários como
nário de Tacacçuqui hum dògico de boas
los demas que son rapados y traen ropas
partes, e liabilitado pêra poder aliuiar o
largas en nuestras casas tienen en Japan
trabalho dos irmãos ua pregação» .
P. Luís
eeto nombre de dogicos, los quales aun-
Fróia, Cartas de Japão, ii, fl. 109 t;.
1585. —o Alguns destes [filhos dos cris-
que se visten de largo es de otra manera
diíFerente de los nuestros». —
P. Valignano,
tãos de Naugaçilqui] servem na igreja de
citado por Jordão de Freitas, O Instituto,
dogicos, que são como Acólitos pêra aju-
Lii, p. 445. V. ibidem.
dar à missa, e acompanhar os padres,
quando vão polas aldeãs confessando, e 1628. —
«Aduocat Catechistam, supel-
lectilis si quidpiam tutò occultandum com-
bautisando, e porque estes Christãos viuem
Á sombra de nós, ainda que são gente ple-
mendat scriniolum quoddam per eum-
. .

bea, tratão seus filhos como se fossem To-


dem Doglcum adferri sibi iussit, è quo
nos ou fidalgos nobres». —
Id., fl. 129.
duobus extráctis rosariis, alterum illius
sorori, alterum fratri minori donare se di-
«Em elles começando se aleuantou o
principe, e chamou os padres, e irmãos xit». —
Fabius Spínola, Vita Caroli Spi-
nolae, p. 98.
pêra dentro do aposento, onde elle estaua,
e mandou chamar os Dogicos [do colé- # DOL. Bombo, zabumba. Cone.
gio]pêra que olhassem da varanda, e falou
com os padres, e perguntoulhes se lhes pa- dhol<^ sÈnsc. dhaula.
recia bem aquella agilidade, e ligeireza 1874. —
^«Á falta do earangui, sempre
[dos volteadores], e se auia cousa seme- hade haver um maddlem e um doll». —
lhante na índia». —
Id., fl. 137 u. Tomás Ribeiro, Jornadas, ii, p. 77.
«Ordenou o padre Argentino que os do 1906. —
«... vozeando, acclamando, que-
seminário, e os Dogicos aprendessem o brando a leve e azulada noite do Guzerate
intrinsico das seitas de Japão». Id , — com os rugidos roufenhos das suas tarpas,
fl. 152 u. e os rufos nervosos dos seus dôlls». —
1586.— «Quatro padres e quatro irmãos, Alberto O. de Castro, A Cinza dos Myrtos,
e quinze Dogicos e alguns meninos do p. 293.
seminário >. — Id., fl. 175 v. 1907. —
«... os christãos depois de to-
«Lião nosso Dogico e pregador, anda marem banho no mar e tocando um do
da mesma maneira, e todos o convidão se
quer comprar sal». —
grupo dôlis ou tambores». O Oriente —
Id., fl. 'J28. Portuguez, iv, p. 90.
1588. — o.. perto de setenta entre pa-
. 17«2. —
«Le Dole ou Tamtam est un
dres e irmãos com outros mais setenta tambour long et on bât de deux côtés avec
moços do seminário, aos quaes ajuntados des baguettes». —
Sonnerat, Voyages, i,
também os Dogicos e outros moços de p. 101.
DOU 34)7 DOMINICO

DOLANQUIM. Bluteau regista o vo- 1842. — «Iloiazcs, que sJo os conHucto-


rr." d;i.-< ih.umIiÍI.i.h. eadeiriíihas e Dolys*.
.
' '
^' '
' mas ncnhí;—
>/«, p, 112.
xhiz. Of >. iy8, e cadeiririliaa servem
- lio «jii de em vea de carruagem, para >
-.-ioa,

,ii>n, Buspensas á cabeça dos seu.s r^s».


^ jiOU, siu^
>

-\.: ...
.

prota que
.

vem da China em
. .

— Jhid., p. 4^4.
1ÍM4 — »]^o palanquim...
c tinta
rein-nos ma-
paus e '
'
)Í8 de derretida em cbil odollm, — que. tr
agua se ii-senhos e nas açua- acti;. rstá eutre 11 io &

rellas». Due. Contemporâneo. Quo- conduyfiu du Viatico, j)088uimluu todas as

rO-mo parecer que é corrupçílo de


igrejas para ês&e fim». O Oriente Portu- —
guez, XI, p. ti5.
«de Nanquim», como «de Achorai 1711. —
fit mettre sa femme dans un
«11
deu Dachem. tMny>rpp:ado por vários
'

Douli une voiture moios


(c'est ]i
'

dos nossos oseritores *. Cf. Abada. que,lc palanquim) et jl la fit tr.


à lilalise».— J^ettres íJdijirint eg, ix, ji i.'.'.

17*28. — «Dolanquim. Tint.i nogra, 175o. — "II y a encore dcs dou lis faits
cbamads r^-'- qulm. Da (hiiia vem dana Ia forme dcs andolas, mais de cuir
para a I is tallindinhns uegras ou d'autres matériaux plus communs, ils
»*"'-"'•• .vr-;, .,,.,.,, jç \\uia ne scrvent que pour porter les pauvres
;;is, eou- maladesu. Grose, Voyaye, p. 252. —
.riamente 1786. «Io partii. —
in un Dull, che è . .

oscrevei*, ro- una specie di lettega il cui fondo è tes-


ciiiiiinua. Fo- suto di canne d'ludia come le nostre sedie,
i, jtorqiie e di sopra proveduta d'un coperchio di
le sorte, legno e di panuo». Fra Paoliuo, Viaggio, —
tí quererem rebentar, e saltar p. 43.
horas de tempo, a
-fn, em duas 1824. —
«The native women conveyed
delia, untan- da, ou o polme in dhoolles, or litters, and hackeries».
de cima, e de baixo, se des- — Heber, Narratice, i, p. 293.
faz a iucbuyão ou Termelhid3oi». Blu- — Tamboril indiano. Con-
teau DOLQUI.
cani-mar. dhol/n, deminutivo aedhoL
ÍMim».— . de
1899. —
Adornavam-se com todas as
""ratados, vu, p. 1U2.
com que morriam na fogueira ao
suae joias,
Transpuru- nKiano,
• DOLI. dolim-
som das xingas c dolquis». Oliveira —
Mascarenhas, Âtravez do» Maré», p. 181.
main modiKto do que palanquim e
se Bor- DOMINICO. K o nome de um pás-
*
\ _
1'Ute
s. Asseme- saro canoro {madvan em concanij —
Iha-se a grande berço coberto, nm Mutacilla Indica^ Gm., ou J/. Ma-
5: 'nmbu e conduzido à ' -
draspatana, Briss. A sua plumagem
ou quatro homens. branca e negra imita o hábito do
he ilá o mesmo nome, em I
frade dominicano, sendo por (^ste
„ N partes do Goa, ao palan- motivo elminado dominico em portu-
quim em quo so leva o ViAtico aos gur
enrennoB. e que em outras fregue- Irij. - •" i'ft.ssaro.s de cantd -

fiin« K<» ili'iioiniiia còrhe.. Ou unusos vi os domenicos, ma.s os m


' ' '
' .silo mui domésticos». — ^inna'M
.
p. 271.
. ;* " ' 7iy (Dominloo) Pi-
toll/ ou / — F. N Xavier, 00a-
).;... I. ! ,. ),^2.
1-
o bulbulo o o dO-
:; inam seus cbilroa
— liernnrdo da Costa,
tor, II, p. 191.
t« -. il<' Uíiir 4; ti ColUu^ào de iOMj. - mt oiigofod (dominloo real),
ítaiuioê, I, p 188. ffaUiuha.4, giillns »• oiitr.ií .ivc».. — Lopoa
Mendes, A Índia f . i. p IIW
Iti.'jH t.<"nti I Dominicano
M697. — «... de IVgu como do /
chtmm. — Carta do rei, no Arehitv /'<
Orintíol, tu, p. 609. Uc' culuri biauco, u ucgiu, dclli quali si
mm DORIÁ

veste». — F. Vincenzo Maria, Viaggio, receberam, depois da conversão, o


p. 431.
do dom, como Do7n Bertolomeu,
17ri2.— «Le Merle Dominicain dela 'Dom João, Dom Luís.
Chiue. Cet oieeau est.moins gros que le
Merle de TEurope». —
Sonnerat, Voyages, 1545. —
«Peço muyto como a filho igual
II, p. 191. aos meus, que por Fingeandonc, por
178G. — «II Curikil o il Dominico quem mando visitar minha filha, me quei-
grande, il Mannlikli o il Diminico pic- raes mandar hum desses três que me la
colo, perche è bianco e negro». Fra rao- — dizem que tendes». —
Fernão Pinto, Pe-
liuo, Viaggio, p. IGO. regrinação, cap. 135.

# DONAZ. Copo, toro. Concani-


1551 —
«Maudey dizer a Osquiem do-
no Capitão delia [fortaleza] como eu era
-mar. dhonas. alli chegado». —
Id., cap. 223.

1809. — «A contribuição de donazes, 1563. —


«Veo Vmbradono, que he
e carvão para o Arsenal Real somente príncipe de Vmbra, e senhor deste porto,
pertence a esta renda-. Collecçuo de — ver o padre. Este Vmbradono
he irmão
Bandos, i, p. 17. de Jacáta, Rei de Arima, que se cha-
1840. — «Donazes, paus compridos que ma ArmadonO'. —
Cartas de Japão, i,
podem servir para remos, e aguieiros para fl. 117t;.
casas». — Jbid., p. 129, 1564. —
«Auia também o annCpassado
em iMiáco dous grandes feiteceiros, hu del-
*DONGO (jap. dogu). Utensílio de les chamado Xamaxicodonc, o outro
chá. Quícodono». —
Ibid^ fl. 144.
1697. —
«RebellaraÉse contra ElRey
1581. — «Ontemfoi visitar a Nobnnan- três principaes senhores seus vassallos,
ga, e ofiereceolhe em ouro trinta Ychi- Fatarindono, Envatacandono, Hí-
mais, e três dongus de Chanoyu, que vai cimandono, isto he, o dono, ou o senhor
cada hum sangevgiin, e são por todos trinta de Patarin, de Envatacan, e de Hiciman,
mil cruzados, que são vinte mil tacis [taéis] porque os titulares de Japão costiimão to-
de presente». —
P. Luís Fróis, Cartas de mar os nomes dos Castellos, ou Villas, do
Japão, II, íl. 4. que são senhores, e a palavra, dono, si-
gnifica quasi o mesmo na sua, e na nossa
#DONGRI. Fazenda de algodão lingua». —
P. Francisco de Sousa, Oriente
grossa e de inferior qualidade, ua ín- Conquistado, I, iv.

dia. Do raarata-conc. dongri, que


# DONO .(pi. donés). Pequeno vaso
literalmente quere dizer «monta-
nhês»..
de folha de árvores, especialmente
de bananeira, de que se servem na
1779. — «Salitre, tincal, humums, cas- índia os merceeiros em lugar de sa-
sas, bastas, mulmuls, jarras, abachis, bol-
cos de papel. Do cone. dono (pi. íío-
saquis, coupis, cní'ú/arís, dongrís, dimitys
de Dacca e de Balsor, dussiquessais, fotas, »íe)<sânsc. dronl).
jangeb, lenços, sutiumals, cranasi, pucha- 1788. — «Cada dita [cargaj de Donés
quis de mulmul, sistermansais, chapa, ban-
dana, ehajia bonali, nansuhis, sanas, sus-
de Figueira, doze reis». — CoUecção de
Bandos, i, p. 50.
sins, sarhat canas, sursaquei s, jarindaus,
janjeb de Dacca Japonis, haniaramatis, co- * DOPO. Fortaleza em Pega e Bra-
luna, hazari, e varias outras manufacturas
de seda» '. —
D. Francisco de iiousa Cou-
ma. Do birmanês tat ou dat.
tinho, Breve e útil Idea, no Panorama, x, 1544. «O general [tártaro na China]...
p. 38.^ se recolheo ao seu dopo, que era a estan-
1673. —
«Along the Coasts are Bombay, cia onde tinha a sua tenda». Fernão —
Rajapore for Salloos; Carwar for Dunga- Pinto, Peregrinação, cap. 118.
rees and the weightiest Pepper». — «E chegando ás primeiras tranqueyras
Fryer, East India, i, p. 220.» do dopo dei Rcy, que se chamava Xuxia-
pom, se descen do piambren —
/d., cap. 121.
.

*DONO (jap. dono). É a forma "Pela menham o dopo dei Rey, que era
que to7io toma quando é posposto ao sua estancia, apareceo com oitenta e seya
nome de pessoa ou do Os que
terra. tendas de campo n)uyto ricas». Id., —
cap. 149.
tinham direito ao tratamento de dono 163Õ. —
«Foi este fazendo alli [em Si-
rião] uma fortaleza de madeira, cousa mui
pequena. qUe estes [pegus] chamam dopo,
• É quasi impossível identificar todos os

vocábulos dados na lista com relação a


com suas guaritas». — António Bocarro,
Déc. xm, p. 128.
Bengala, e alguns dos quais tem forma in-
glesa. DORIÁ. Indivíduo duma das caâ-
DOSSORÓ 3C0 DRAVIDA

tis liaixaade Damílo. I*aroce nii.> o costumada t><>inpa em todos os templos kin'
alo se proode ao mar.
'
'
lho.. — O Ultramar, át 8

irusta de carregadores ecnrtidor»íi». log the Desserah,


a prat Hi- a! . . wo rfs'ilvt-d to
part of

D sMi'D- I

* DOTIM ou dJiott/,
(iiido-ingl. dotee
lyu4 e suaj» 8ub- i indo-ír. douti). Estofo branco de al-
icf.. <!« Da- I
goH^, com que os hindus geral-
lio I

mente se cingem para cobrir a parte


II,
inferior do corpo. Do hindust. dhofí,
pnlaçío bindú d' esta pro- cone. í//íOí7r < sànsc. dhautra.
viiicia litia na »ua grande
nini< •?i j> deriés, castas infe- 160t. —
«Dotins hílo de ter dezanove
<u> Fecoaudes, ludia Por- covados de comprido, e. hum cevado c duas
terças de largura». Carta Régia, in Âr- —
chiuo, VI, p 744.
• DÓRIA. Antigo tocido do Ma- 165'?. —
«.\s roupas de lei, como são
Chuabo, Chocas, Dotins, Chr Ve- '

i, nJo se 8al)e
lório, Conta (ie líalagate, on. <ta
a que lin^íua
I

o Cafre». —
Fr. Antiuiio da ...> i^a", in i <

iiee o vocábulo. Figura também O Chronista ile Titsuary, ii. p. b8.


....- jiatttas iiigl('sas. 17)7. « —
Doctins bons, montazetf
grande.*, banies...». Carla Régia, in —
1779 — '.Zuarí.- iMintjanílci
ibnnil) ilôas Doc. da Ittdia, iv, p. 11.
1831. - «Mandaram o fato de 2V»wi'>, ao
Ias que satisfez o tiit«i Tenente Coronel man-
iiloii;;, cobertas, ' - hum XipnUo, ou cento e vinte
dorias. Ixti- 1
l<
u.>*tante de quatro /f^/'ir^,^f. .(ua.-

tr«> Dotins, hum iyamattr, I 'm,


hum XnviliT. r- rloi? pàes de ' '
na
X. p. 'M. • ' '
Múlio liàker, Co/-
Hl
;e run- ,
1^'jH. — «... aoi U8
Outu- i
dutiums de cuAto los
Ulivtiiia .M.iáca-
-.
•ro, e que e tambÍMn conhecida pelo
-

j
Mnrrê, p. 53.
>'i,. de Dunjá-pujá, tculto da deusa

j
li altas) con-
'i> Dura nove noites ou dez dias.
. siste ido. que en-
dasrô, mar. daarã sftnsc. < ' «lo (Mi-jr

t'utre a» pr; n
; i-j>!iinl.> uma
i-, .• .it.unio-a
" , p. &J.
1864. — «Gastam muitas vezes to<Ia a o motivo da alta

"8,
d . .... ........ ~ .., , ,iido,
.Intiarê do Vonaetho Ultra' 1 de 2*J de Janeiro.
'
is.-.í. - „(-,., t I,. \ t' tciiicli ( (iiií i>iitr>iifO

le
- lio
liou ton
. — Jan*
tttifHUt diiê JtfdSaNMW
:il nativp m.iDa*
li!l7 l>i..iit».t : of
.*. a f." dhutU' Im-
ciiaL iiuzillier, 91), p. VJii.

• DRAVIDA !«.iiis« m.
f. DK AVI Dl CO a.lj. nó- /

de tamil ou tamul quf, negando


>

tí vcl Klentiticai
'•'•M. é sua vnr- '•'•!(•».
term -orito, aruUi
M
GRAVIDA m mmô
quere dizer «língna andhras e community ..- Dravida is a linguistic
drávidas», isto
dos,
telúgu com cana-
and not an administrative division». —
6,
Hunter, The Imperial Gazetteer, iv, p. 316.
rês, e tamul com malaiala. Glotoló- 1884. —
Le groupe dos idiomes classes
gicamento, a família dravídica é cons- généralemcut sous le nom de dravidiens
tituída pelos idiomas aglntinativos (de Dravida, pays ou Ton parle la langue
tamoule), est considere conime apparte-
falados no sul da índia. Etnológica-
nant à la femille des langues touranien-
mento, os drávidas constituem uma nes». —
Mgr. Laouenan, Du Brahmanigme,
raça diferente da indo-árica e ante- I, p. 104.
rior a esta no solo. V. InAuência, «La vaste péninsule indienne, depuis
les monts Himalaya jusqu'a Tile de Cey-
introdução.
lan, est occupée par deux groupes de peu-
ples, entre lesquelsil n'y a nuUe parente:
XVIII. — «Chamam os G-entioB Panchá les Aryas et les Dravidas. Sous ce der-
govoddó, e Panchá Dravir antiga exis-
nier nom, on designe tous les peuples ha-
tência dos Bramenes». — Noticia do Genti-
bitants la partie méridionale de la pénin-
liímo, I,90.p.
sule qui s'etend depuis les monts Vindhya
1885. — Notamos os uralo-altaicos da
et la riviere Nerbudha ou Ncrmadâ jus-
Asia Central e os Drávidas habitantes qu'au cap Comorin et porte le nom de De-
da parte da índia propriamente peninsu-
lar, mestiços de cruzamento de uralo-
khan». —
La Grande Encyclopédie.
altaicos e negro-amarelos indianos». — * diringu). E o mes-
DRINGO (maL
Vasconcelos Abreu, A Literatura e a Reli'
gião, p, 18.
mo quo cálamo aromático ou cana
oDo cruzamento dos invasores das raças cheirosa. V. Cristóvão da Costa (TVa-
uralo-altaica com os proto-Drávídas tado, p. 377).
resultou a raça dravídica propriamente
dita, que os Árias forçaram a immigrar, em 1613. —
«Conchor, bancalé, dringo,
grande número, no planalto do Decão». — pulacary, canafistula, tamarindi, cayoulor,
Id., p. 43. cayolay, e outras inumeráveis rayzes de
1904. —
«Porque nào atribuir a esse nú- que se pode fazer particular trattado». —
cleo hebraico a primeira christianisação Manuel G. de Erédia, Declaraçam de Ma-
da índia drávida?». —
O Oriente Portu- laca, fl. 37.
guez, I, p. 36. 1596. — «... ut sunt Galanga, Derin-
1908. —
«O mais antigo [tipo] e, por go, Canior, Bange». — Lídia Orientalis, iii,

isso, a muitos respeitos o mais interessante p. 361.


é o dravidioo, de estatura baixa, tez es- 1695. —
«In regionibus Malaiensibus
cura, cabeça comprida e nariz largo». — Deringo, quod Portugalli Diringo scri-
Ibid., V, p. 172. —
bunt». Rumphius, Herbarium Amboinense,
1915. —
«A primeira invasão seita que VIII, cap. 23.
se estendeu pela costa ocidental da índia, 1786. — «Vayambu Malab., Accrue Lat.,
estabelecendo fusões com os árias e dra- Dringo in Port., nasce in fiumi e stagni
vidas, dá a medida da chamada genuini- dei Malabar con foglie verdi e lunghe, è
dade das castas que hoje povoam a índia». una radice molto aromática». — Fra Pao-
— Benedito Gomes, Afonso d' Albuquerque, lino, Viaggio, p. 861.
p. 65.
1916. —
«Após as primeiras imigrações # DROGA. Antiga moeda de Cam-
dos árias na índia, pertence a prioridade, baia. Parece que é o mesmo que
na- ordem cronológica da formação das lín-
ducara, q. v.
guas, aos dialectos falados no seio daquela
sociedade epela população indigena, drá- 1525. — «Toma-se a tanga em nove
vlda, já existente». —
Heraldo, de 1 de Droquas». — Lembranças, p. 51.
Setembro. 1880.— «E1 fedea [equivalia] a 10 dro-
1845. —
«Le tâmoul se parle dans le quas ou 12 reaes de moeda portugueza».
Drâvida, qui occupe Textrémité sud de — Teixeira de Aragão, Descripção da$
la Péninsule». —
Xavier Raymond, Inde, Moedas, iii, p. 94.
p. 265.
1856. — «The idioms which are included DRUGO. Fortaleza, muro. Cone.
in work under the general term
this dnrug ou durlg < sânsc. durga, lite-
«Dra vidian» constitute the vernacular ralmente «impassável, inatingível».
speech of the great majority of the inhabi-
tants of S. India». — Caldwell, Compara- 1635. —
«Uma povoação sita ao pé de
tive Grammar. uma fortaleza dos mouros, chamada Dru-
1883. —
«Manu mentions the inhabi- go». —
António Bocarro, Déc. xiii, p. 284.
tants, the Dravidas, as outcastes and J 701. —
«Segura este Drugo
(que as-
barbarians, i. e., not in communion with sim se chamão na índia estas fortalezas)
^rábmans, nor incorporated in the Hindu as Aldeias de Baçaira e Damão». —P. Fran-
DUBLA âíl DCCARÁ
f!9íO éf Soota, OritnU Conquiatado, II, DUCANDAR (persa dukãndâr, de
dnkan). Merceeiro, tendeiro.

DUCÃO
(persa dukãn, do ár. dnk'
!:ãn, adoptado pelos idiomas india-
de nos). Loja ; mercoaria, tenda ; taver-
na. Nfio voga actualmente o termo.
;>Iu8Íeurs poiots de Iaprt>.4-
'
•^- - ''" ur irif>4 — «E '
> Ducões,
a Tiilo da picMa:i >>s Oucan-
ur dares». - A' • - • '
r-
so«, p. 22.

• DUÇÃO iiiial. diísiun). Quinta,


- _.. i IS, herdade, na Malásia.
me à aerea- — «Dhua parte e doatra auia lonj-
15Õ2.
", II. p 494. 'ãn, que au chaoiáo duçdes Da
Inn") — dur-
t..

qam *' terra,cm que auia uiuytos la-


r

tuwcr».
it pt-r-
— .....
'j-vores de íruyto». —
'
I, III, t-ap. 150.
.ni, p. 317.
pegadii
1.,,,., .--.111. 111..' ^'-luca
naquellc campo Heitào tem ijs
DUBAXI. Intérprete, língua, na ín-

e gente nobre as qaintãas de , .. p,,.i^4;r,


'
mar. -cone. dubhõjrjii a (|iiu elles chamão duções». João de —
iflxiia. «uqut^-le que fala Barrog, II, ti, I.
iuas lingoasr. 1607. —
aTem adquirido metade das ca-
'T- r duções d'aquella terra, de que re-
cerem os clérigos e ficarem sem

Carta Eé^a, in Due. da In-
dia, I, p. ItíO >.

aU. « DUCARA (s. m.). An* da


deBp<>BA do Sar
'
miúda de DamAo, equiva! .n-

..Ia
~ i- tésima parte da rupia. Dukarãy em
lirtV" - / -.Kl., p .).). marata, é termo d« gíria para aná oa
tanga, ma* talvez outrora designasse
PUBÍ.4 (8. Individuo duma
m.).
s baixas do DamAo, perteu-
alguma moeda guza- inferior. Em
rate. dukãni equivale da a dois réis
i!)Orígene«.
convençfto. Em hindustani dukrà é
(fquarto de poiçá», que val'^ ••'^^
1740. — «E ofl cajuri* se darão contados réis da convençílo.

'4. — <«.\ que tudo se paga os 718


lOS e 11* ducaras atr:i/. :iii..iit:i(i(>sw.
-> Autónio Boc
H'^f). ._*<>.
.IO rt'nilitnt-Dto ducjaeiia
'tipis». trí"< qunrtfis r qua»
lor

s, VIU, p. IJl.
ivn i\n ntiii nn duorA|
Ara^ân,
y

im
. .: ta-
.Mouix,

ts aub*

io * O editor, HulliSo Pato, ndc a retnalva


If. ríc depois de duçõeSf fupoodo que dtvtrit
128. •or doaf(ftt.
rniGAKi 372 DUÔAZA

ciDucarás, hoje moeda ^escouhocida, a quarta narte da tanga, ou 15 réis de Diu,


mas ai>plicada na contabilidade dos gen- ou 12 de Goa, ou 6 Vv de I'ortugal. Ha tam-
tios». —
Francisco Coutinho, Compendio do bém o meio atiá, o duguy [húa-se dugny]
Ensino Primário. ou 1/4 d<. atiá « o meio duguy ou »/« <lo
1885. —
oHo has a mint, and coins sil- atiá'».— Teixeira de Aragão, Descripção
ver pieces cíilled knris, and copper coins das Moedas, iii, p. 103.
called dokròs, of which 32 usually go to «Quarto de atiá ou dugny, 3 V4 de Diu,
the kori». —
lluuter, The 7/»;"''"' '''<i- 3 de Goa, ou 1 Vj de Portugal». Ibid., —
p. 806.'
zetteer, xi, p. 21(5.
IHDO. — «Quarto
de atiá ou dugiiy —
# (mal. dúhi). Fruto do Lan-
DUCO (jobre — peza 42 —
José Maria de
grãos»*.

»ium domesticnm, em Miihica. Nazaré, Numismática, p. 55.


— «Rambés, 1883. —
o Ali petty sales are effected by
1613. rambotans, bachoé, barter, or by kauj-is or shells when procu-
champadaa, chites e buas duoas '». — rable, 20 kauris (cowries) making a bariy
Manuel G. de Erédia, Declaraçain de Ma- 12 ban's a dCiganf, and 12 dúganís one
laca, ti. 10.
— «Le doukouh, de lagrosseur
rupee». —
Hunter, The Imperial Gazetteer,
1836. II, p. 207.
d'uu oeuf de pigeon, approche beaneoup de
mangoustan et du dourian, au rang des- # DUGÂO (fr. e ingl. dugong). Ce-
quels il est place dans I'estime des indi-
— táceo mamífero do mar da India, Ila-
genes». Rienzi, Océanie, i, p. 108.
licore dugong. Do mal. dwjong. Sao
DUCÔLLO. Penúria, fome. Con-
« provavelmente as sereias antigas.
cani-mar. dakal <
sânsc. duskãla.
1687. —
<'No mar das ilhas Busicas, 20
1684. — oNeste anno de 32 para 33 ouve legoas de Sofàla pera Sul, ha muyto
em todo este Industán hua fome geral, a peyxe mulher; de cuja boca ^sahem quatro
que 09 uaturacs chamarão o anuo do du- presas do comprimento de hu palmo, como
CÔIIo, que quer dizer, o anuo da carestia, dentes de javali, e são muyto estimados
e da fome em que morrerão muytos mi- contra todo o fluxo de sangue, trazidos jun-
;

Ihoens de pessoas miseraveys». P. Fer- — to.'? da carne». —


P. Fernão de Queiroz,
nio de Queiroz, Historia, p. lí'7. Conquista de Ceylào, p. 918.
É 1869. —
«Também tem seus amphybios,
DUDUQUÊM (pi. dudvquins).
como cavallos marinhos, pciíce-TnMÍAfir, eja-
o vaso foito de abóbora carneira, no cj^rés». —
Annaes do Conselho Ultramarino,
qual o lavrador de palmeiras reco- II, p. 81.

lhe diariamente mais de uma vez a


—«There are Nereids too, or Men
1(374
of the Rivers, but dye as soon as taken».
8ura dos seus receptáculos {zãm'nó — Fryer, East India, 11, p. 97, —
Nota do
ou dhãm'ném em concani). Do cone. editor. «This is perhaps, as Col. Cunning-
dudhkém (pi. dudhkim) de dudJã, ham suggests, the Dugong-. found on
«abóbora». the Malabar coasts and its estuaries».
1836. —
«Le douyoung est un cétacé
1872. — «Um individuo a quem chamam que n'ont sert dans la Malaisie que sur la
lavrador á sura {rendêro) munido de um table des princes et des grands, de même
instrumento, bem afiado, e de uma cabaça que le crocodile en Chine et en Cochin-
(dudinem) sobe á palmeira como se fosse chine sa chair a le gout du veau».

sobre uma escada». —
Bernardo da Costa,
:

Rienzi, Océanie, i, p. 250.


Manual do Agricultor, i, p. 18Í). I860. —
«One of the most remarkable
1889. —
«1 Caty e 1 dudquem». animals on the coast is the dugong, a
Relatório do Imposto do Abcari. jdiytophagons cetacean». —
Tenuent, Cey-
1898. —
«Da casca do fructo fazem-.se lon, u, p. 557.
03 receptáculos chamados dudhkims dos 1902. — «And the woman-fish [de que
lavradores de palmeiras, guitarras india- fala Pedro TeLxeiraJ must be the dugong
nas e botões». —
D. G. Dalgado, Flora, (Halicore)». —
Nota do tradutor, p. 22^.
p. 82. 1913. —
«Doctor Dimas Bo.sque has . . .

left a minute account of some dugong,


DUGANI ou dugni (s. m.). Antiga
*
sixteen in number, which he saw at Ma-
moeda de cobre ou calaim, de Dio, nar». —
P. E. Pieris, Ceylon, i, p. 511.
equivalente a um quarto de atiá ou
#DUGAZA. Antigotecido de Ben-
a 3 réis antigos de Goa. Do mar.
dugãnl. gala,mencionado por Duarte Bar-
bosa. Parece que o vocábulo se liga
1880. — O atiá em cobre ou calaim vale ao hindust. dogaz, que quere dizer
«duas varas ou jardas», que teria
1 Bua significa «fiuta» em malaio. a fazenda de comprimento.
DURAI 373 DURIAO

161Ô. — «Tanibfin se ínzfm outro» que |


he n^querur d.i part.' do fulano, a quem te
..1,......^..,,, . .,.,,.., 11 .^ ../.f. . iltirutn-ríta n
ii i >• Ol'P'*" ^'
1
'

i "^
. I•'!> ViiS rrOlKM-
:i

ligo». — Coame (tu


.7, p. ly.
Jilll ' lilk.«T, ' '<'*. VII, I«i7ò. — «Ihey «it u De Roy ou the
j) 1(;4 — «Dury ^ • <!'" al- P.Trt"»y íwhich Í8 a proliibiliua iiithe
godão branco». Not;<
""
for any <»ne to have any
.>ith thoni till that be taken
Sir ' mo o \ I"
/>they w • • t-d Wootl and
f}n*» t i Hin lio Fryer, J i, p. 90.

lo d»' €t«*i'idi) (Jo lia:


DUREI (indo-ingi. durai)^ «du-
• t»»in idOfitira ori^'' . .

rid. Senhor, amo, na índia draví-


«Degogins quatro ooyados e dica. Do tamul turei. Em singalôs
mvio tio comjirid I, cuvado e moio de lar- toma a palavra a forma durayã, e
gura». — Carta di- Lti. m Anhivo, vi,
<ífsiprna o chefe de certas castas.
p. 744.

DUM-DUM, dundum. 1

«Aqui fem Madure] vi já algu-
•118.

casas de Dureis, o capitães mais


liiÁii
xplosiva. ik« efeito mais niortiforo e authorizados, por sorf-ni de pedra e cal
•Ma com ecus -P. Manuel Barradas, '

iro Hist. Tr>t '>ui. fr. p. 115.

tropas itigltísas na
1614. »i'i'z D — (
^
uns Dorlaa
com Bnuft ,

'' índia contra os

< puerreiros, e
!
'
'Dum,
Ití Cal-
rutá, da qual tirou o nome. Mas
fl '"" '>>' "«'oi é nome apelativo
r itaria eWada» *.

ra ou- !

1 .io acu-

sava a sua inimiga de omi.'regar as


1 -i s dum-dum e 'i....l...i..- i.r,.v.

O 8oa uso.
lOÍXi. — «o nome já açTí^ra está como
•«fú- i,,!i, unuiA; ...;.Tif;. fSnm DuiTI ÍU-
I tugue-
"'- .
" " '
" — ^ ' í
'

m DURAI. «Exclamaçfto ou expres-


Silo uí-a.la em proihir em nomo do
rri ou (ffM'»--' -it-i autori'1"'-' '"'ydi-
c;iii<l" i '(da 811 .(;a

ii<» caso il'.'

^vnrTli. Do
ill!, provavelmente
DUBIAO S74 DUTRÓ
15GH. —
«Dizem que ha iiella huma lium referentes, primum gustantibus, fa-
friicta de feição de alcachofras, tamanha teor, fastidiosi sunt et nauseabundi, tamen
como cidras, a que chamam durioens, inter fruotus saluberrimos Indices eos mé-
que aam de tam delicado, e suave g^sto, rito rcpono nam diurctici sunt, et sudo-
:

que muitos homeus estrangeiros se deixam res eliciunt, tuni flatus discutiunt, tamen
aili ficar por respeito desta fructa, ainda si nimia quantitate eos quis sumserit
que a terra seja doentia-. Damião de — propter calidam et siccam, qua praediti
Gróis, Chronica de D. Manuel,, iii, cap. 1. sunt, qualitatem, iuflammant sanguinem et
1613. — «Como os Durlões, fructo se- hopav, pustulasque in faciem excitant».
melhante no gosto c sabor ao manjar Bontius, Hist. Naturalis, p. 11.
branco, e quasi da mesma massa». Ma- — 1644. —
«Qui [em Siamej ancora v'e vn
nuel 6. de Ercdia, Declaraçam de Malaca, frutto cliiamato durione assai precioso,
fl. 10. cosi per non esser in altro luogoch'in Ma-
E
desta fructa se aclião muytas espé-
• lacca, e suo distritto, come anche per esser
milhor e mais manteygada he o
cies, e a caro I'alboro di questo frutto, ch'e somi-
Dorido Tambaga, que me parece a mi- migliante alia giaca». —
P. Cavdim, Rela-
lhor fructa do mundo». Id., fl. 16.— tione della Prov. del Giappone, p. 142.
1614 —
«Todo o mato [de Amboino] he 1676. —
«Tout le pays de Siam est trí^s-
de aruores de fruita.s e.xccllcutes, e nuiy fertile en ris et en fruits, dont les princi-
gostosas, de Ooriàes, os melhores do paux sont appellés .Mangues. Durions et
mundo». —
Diogo do Couto, VIII, i, 25. Mangoustans». —
Taveruier, Voyages, iv,
1615. —
«A arvore dos Durlões scme- p. 197.
Iha-se propriamente a uma pereira; o seu 1690. —
«Duriones amultisexcelleu-
fructo é do tamanho de um melão, e os tissimi Indiae fructus habentur, quum au-
índios estimam-no muito por ser um dos tem novitiaui diu ab iis abhorrent ob gra-
mais saborosos e meliiores da índia». — vem eorum odorem, sententia haec non est
Pyrard de Lavai, Viagem, ii, p. 367. universalis». —
Rumphius, Herbarium Am-
1679. —
«Depois de larga conversação boinense, i, cap. 24.
mandou o Governador vir hum açafate de 1836. —
«Le fruit le plus estime des in-
laranjas, e outro de durioens, e figos, digents est le dourian... auquel les
em que convidou ao nosso Frey André». — étrangers, repousses par sa couleur et
Fr. Jacinto de Deus, Vergel, p. 282. son odeur, attachent bien moins de prix.
1882. —
O autipathico duriâo, tào as- II a presque la grosscur d'une tête humai-
queroso pelo seu olor, mas tào apreciado ne, tan tot sphérique, tantôt ovóide, sa cou-
dos naturaes». —
Henrique Prostes, Boi. leur est d'un vert jauuâtre». Rienzi, —
S. G. L., IV, p. 392. Oceanic, I, p. 106.
1444. —
«Nasce anchora in questa isola
* DUTRÓ (cone, dhutrô). É o mes-
vn frutto che essi dimandano Duriano,
ch'è verde e di grandezza d'vna anguria, mo que datura, q. v.
in mezzo del quale si trovano cinque frutti,
come sarian melaraucie, ma vn poco piu
1609. —
«Em muitas partes d'^sta Ethio-
pia se cria uma herva a que os portugue-
luughi, d'eccellente sapore, che nel man- zes chamam dutrô, e alguns cafres 6aíi-
giare pare vn butiro rapreso». Nicolodi — gidni; e por outro nome lhe chamaora na-
Conti, apiid Ramiisio, fl. 339. chaya moroy, que é o mesmo que herva
1578. —
nVna fructa ay en Malaca tan feiteccira, significando por este nome, que
saborosa, y olorosa, que cscureace el sabor. sons efeitos são de feitiços». Fr. Joào —
y olor de todas las otraa fructas, que en dos Santos, Ethiopia Oriental, i, p. 431.
aquella tierra ay, que son muchjis y bue-
V. burladora.
nas. Llaman este fructo en Mal.iyo (que
. .
1616. —
«Ora todas as mulheres da ín-
es la tierra donde la ay) Duriaon E . . .
dia usam muito de um certo fructo do ta-
el comer de este fructo, como el manjar
manho de uma nespera grande, que se pro-
bianco empero mas saboroso y oloroso».
:
duz, não em arvore, mas em uma erva.
— Cristóvão da Costa, Tractado, p. 227. Em outros lugares da índia é chamado
. .

1585. —
i<Entre las quales ay vna que
Dutró». — Pyrard de Lavai, Viagem^ ii,
llaman en lengua de Malaca Durion, y V. Cunha Rivara,
ibidem.
p. 97.
es tan buena que ey oydo ílíRrmar a muchos 1846. — «Dutró (branco e roxo), Los-
que an dado vuelta al mundo, que exceden
en sabor todas las que an visto y gustado
na, etc.».— F. N. Xavier, O Gabinete Lite-
en todo el». —
Fr. Joan G. de Mendoça,
rário, r,251.
p.
1589. — "Elles se servent d'une [erva]
Hist, de la China, p. 362.
appellee Dutroa de la semence de la-
1589.— «Malacca ne produit autre fruict quelle elles tirent le sue pour le mesler en
que dos Durions, lequel fruict est de si quel que breuvage qu'elles font boire à
excellent goust qu'il surpasse en saveur leurs maris, dont I'operation est telle qu'ils
tons lea autres fruicts du monde au dire de deviennent comme hebetez et troublez en
ceux qui en ont gousté». Linschoteu, — leur sens, ue faisants que lire sans appre-
Hietoire, p. 104. hention d'aucune chose, ou bien eout em-
1631. — aDuriones ob foetorem Al- portez de si profoud sommeil qu'on les ia-
KDU S75 li. Li. I' A Mj:.

pal tituli His... hedu


(Adiua ( iiT, The Impe-
rial Gamtteer, ut, p. Ab.

•ELA-CALLI, m. Ari.
'<'(\ with
nalda índia». Cândido de Ij. : .,
or
,
k's É, conforme Rheede, o nomo mala-
ill cvci they bárico (malaiala) de Euphorbia ne-
(iia, i,t). inJO. riifoUa, Linn.; nival-kãntéin em con-
1 mail} I't them taKO the cuui. O» nossos escritores chaniam-
iLT Dutra and Water toge-
i't-ar
Iho «erva leiteira», q. v. E, por-
as, tanto, escusado o termo.
lia y ;irv iiif iiiuiii oi gni]inig it

tr.'
11

iy-.- - Ovington,
iii

A Voyage to iSuralt, 1786. —


•Ellacalli Malab. é VEuphor-
bio, medicina acre che si deve proscrive-
'•'j5.— «Portugallis vocaturDutroa-.. re». — Fra Paolino, Viaygio, p, 363.
"' firca Goaia Daturo sou Da-
•.

uius, IJerbarium AmboincTue, ELCHE (ár. *ilj). Cristfio ou mu-


çulmano renegado. O Sr. Cândido de
Figueiredo diz que o termo é usado
DDVOL Mw.... .,....»,, davaio ou
na índia Portuj^uesa. Mas já era co-
douló (cone, darlô, pi. davlê). An-
nhecido muito antes na neaínsula.
: la India, equivalente a
'

V. Dozy.
ou 10.' parte de pa- <

nixani. Actualineute, davcd em 1639. —


«A todos 08 Francezes delia
i..i.iuta é 16.* parte de rupia. [nau] fes Mouros, que eríio oyteuta e dous,
os quaes depois seudo Elohes, levou em
170,'. -oDo PnitHui se contribuia da 1538 por bombardeyros». Fernão Pinto, —
o oumero geral Peregrinação, cap. 20.
'do.'; nixanis da 1616. —
«E aqui teve o visorey nestes
'iiiin du- dias hãa carta muito longa de dous el-
V e hum
,
ohes, Antonio gonçaluez, o Gonçalo Fer-
., c>iii (lue de faz um nandes murzeli : em que no certo lhe de-
iúlio líiker, CoUecção clararão do poder e processos do Hidal-
;, 1> 148. cloo. —António Pinto Pereira, Historiada
1. . pratica de Tninata, tre- índia, II, fl. 53.
xeutf d u 1898:
tre» davu
• 0« elehei I BassalKhan mqb aervoa nAo raoega;
IHll. (liiiliciio lie
il') I

Á morte, qae os espera, os elehca nko entrega».


uairodcN luny que é dititri» | Lopes de Mendonça, A. dt Albu-
querque, p. 91.

-11 — «Elohe, en lengua Arábiga,


vale tornadip", prófuga, ' —
Covarrúvias, Tesoro de la J ..^<eí-

lana.
p. 449.
• ELEFANTE. K o nome por quo é
conhecido na índia Portuguesa o em
Timor o j)ano tru ou patente: «olo-
EDU ou hedu («orir he<lii). K o fíiiitt! cru, eieíant»'» briuico». Parece
mesmo que aldavam iji .1 «lenominaíçao provCm da ee-
de elefante, que tS a marca
1H4>.'{. — «Aí osi«eiirias íl
l>a
-i generalizada, havendo outras
al.i »• iMirc iiifrrun «."" f
Irt camelo o voado.

p. iHl. [
I77y-
ISWl nKiirontm-Bf tnmhrm rm pran- '
fin*>n r o:
, Urcvc e «M
MtiitUtíS, A indi*i I'ur(ugucíu, it, uo, dito erú».

l.:!bJ. — «The following are the prinoi- IH^iJ. 'L'ltaa ^pcçasj 0l«f«nto . •
ELEFANTE 876 EMA
ditas de paimo branco grosso». Ibid. — ELEITOS ou electos, (ant.). Da-
#
(parte oflicial), p. Wò.
— nome na colónia portu-
va-se' f'ste
1917. «Comp.are-ae, por exemplo, o
actuai preço duma peça de elefante guesa do Negh,patn,o, na costa da
brauco da marca «1500» que aqui se vende Pescaria, aos vereadores escolhidos
@ 18 ^rupias e ali !â 19 1» - JhrdUh, de pelos cidadãos para adniinistrarem os
2 de Outubro. negócios públicos da cidade, que era
quasi autónoma e muito florescente
ELEFANTE. Vem registado Oste
nos séculos xvi e xvii. Goa por Em
vocábulo no Glossário Anglo Indiano
Eleitos se entendiam os agancares que
como o nome originariamente dado eram escolhidos pelas comunidíides
pelos portugueses ?is borrascas que
para constituir a câmara geral».
ocorrem no mar da índia no fim da
estaçílo pluviosa. Pareço corto mas ;
1641. —
«... fazendo juntamente aviso
por terra aos electos de Negapatão e
eu só o encontrei em um autor na- prevenindo-os com grossos créditos para
cional. que acudi.ssem a Malaca com todos os man-
O editor da segunda edi(;ào da timentos possiveis». —
Apt/d Eduardo Bal-
semão, Os 1'ortngtiesea no Oriente, ii, p. 25.
aludida obra nota que os portugue-
1687. —
«De Jafauapatam escreueo [em
ses «tomaram o nome do hiudust. 1619] aos Eleytos de Negapatão (assim
hathyã, sfinsc. hasta, 13." asterisco SC gouernaua então aquele pouo Portu-
lunar, ligado a hastin, elefante, o guez, que depois veio a ter o titulo de Ci-
por isso algumas vezes denominado dade, e gouerno posto por El Rey)». —
P. Fernão de Queiroz, Conquista de Ceylão,
«o signo do elefante». Hathyã tam- p. .512.
bOm significa «fim do inverno». 1852. —
«Eleitos gancares que eram —
nomeados para constituirem a camará ge-
1662. — nEporque se vinha aunando ral». — F. N. Xavier, Bosquejo Histórico
um grande chuveiro [em fins de Setembro], (2.» ed.), iix, p. 25.
a que cliamão a [notC-se o artigo] elle-
fante, tratarão de amarrar e segurar am- *ELU; PAU DE CADEIRA. É ru-
bas as uaos'). —
Apud Júlio Biker, Collec- bitlceaVangueria spinosa, Iloxb. «O
ção de Tratados, ui, p 11. fruto é comestível, mas não é gos-
16Õ4. —
«The kind of storm is known toso». D. G. DalgTado, Flora. Do
under the jiame of the Elephant; it
blows from the west». —
Sadi 'Ali, in Glos- cone. helii.

sary. ISiin. — ttBenteca; Elu (Páo de ca-


1666. —
"Principalement dans ce Gol- deira) ; (Páo de rosa)».
B<-ndi/ — F. N.
phe de Cambaye, il y fait si mauvais pour Xavier, O Gabinete Literário, i, p. 2.50.
lea Vesseau.x au commencement de ce moia,
à cause d'un vent d'Oiicst qui y souffle en EMA (ingl. emu, emeu). É o nome
ce tems-là avec violence, et qui est tou- que os portugueses deram ao casoar
jours accompagné de gros niiages qu'on
(q. V.), recebido do molucano emeu
appelle Elefans, paree qu'ils en ont la
figure, que le naufraiC y est presqu'inevi-
ou eme, e depois estenderam à «aves-
table». —Thevenot, Voyages, iii, p. 38. truz». A origem arábica, sugerida
1673. —«... where we have the Tail por alguns etimologistas, não tem
of the Elephant full in our mouth, a cons- nenhum fundamento, como bem ob-
tellation by the Portugals called Itnbo del
Elephanto». —
Fryer, East India, i,
serva Skeat, que, todavia, não co-
p. 127. nhece senão o vocábulo portuguôs
1674.— «It Rains September the
all till como étimo do inglês. Os nossos
Elephant breaks up, the last Rainy escritores antigos não conhecem a
Star». — Id., 94.
It, p.
palavra casoar.
1689. — «The Mussouns are rude and
Boisterous in their departure, as well as 1541. — «Ha rumas muito altas de la-
their coming in, which two Seasons are cões, marrana,
toucinhos, adens, patos,
call'd Elephant in India». Ovington, — grous, betardas, emas, veados, vacas». —
A Voyage toHuratt, p. 137. Fernão Pinto, Peregrinação, cap. xcvii
1750. — "Les pluies qui commencent 1609. —
«N'este deserto [da Etiópia] se
environ vers le 28 Mai,8'annoncent par un criam grandissimas aves, a que chamam
tonuerre violent appelle Elephant dans emas, as quaes tem o estômago tão cá-
le style asiatique, à cause de sa ressem- lido, que gastam e esmoem pedras e ferro».
blance pour la force avec un elephant». — Fr. João dos Santos, Ethiopia Oriental^
Grose, Voyage, p. 50. I, p. 425.
EHIR 1 MI *"V IjIjVW A

hv>'2 — ^y
que i-i»iii<Mii,

mas »—
lKf»7 nistas.
! luda lif U^rra finiti: ; »• <'ll
em H a cerqiion p«'r terra dr :j;u-
ro. dos Alarves». Afoiiao de —
Ali Cartas, iti, p. 369. .

IjTU. - Emir
quer dizer Capitio, he
ab' titulo que se dá ao fidalgo». JoSo de —
Barrod, Dec. IV, it, 16.
1898:
• Foram bascAr-m* ao p&v^ ; e l«var

aL- Para a naa onde o v


eni. Loj.. nça, Xf do Albvf
1 "•
en- 1604. —
«Se vino por los pueblof de Pa-
siia '-tina y Judea, y sf>><.-"i> '!•• i.;i<>;n los
ema e «a- u nines lU- aqut'lla>
.1 A etna i;. v< dcUas... i> — -

T, quu a . fl. 89.


d:i — ..Per TEiTilr Filud c\\f b pa-
drone '

I'sfomeada, glutooa. tiene ui;


la de Ema
c-azuar oil Arabia, die e luibe lit j»iú I'i»^'-

•I*" Liuiieu) a q»»' se tro della Valle, Viaggi, i. [>

'idade das abu^itru- 1651. — «Emeres


Liu.)».
. Ta-$»i- — .
lati fncfTiiit Prap-^iili'^
.yan<j -i supciioiciu. — De
l»..')."! — . I »iv rsae mairnitadinii Sthni- s 11, p. 449.
tK! ii-se de Mahomet,
tu- Soar que le avia
<rii<Â''ii l>raM- utfiidi'lu, 5».' iiiiH' cv'ii los 1111 'i
le» — G. Piso, euipresa. Amer Xeque ti

Sousa, Â$ia I'urnigursn, lU,


iris. In Insula
'-''
'-fcs qui av
taut au

t»T aeqnatv litre titri'


1.
i!'-.

Emlrs
.liii birti
tl.. cmcu '11- El
•y u& Kiir p.-'l.
• l.p> oiifaníí ilfs pprsnnnrs lc5

• EIBANGUEADO. .AqnHe qu.


gvriu bautjue ; COin o till í, i\, p. 1

j»;ir qn»»l
fMtMi;i/e. K pr«)v.. .. . ,,._ .,., usassom
WXia Uca Jirii
atiti^'1 mente na índia 08 verbos etn- mirí-nt ««iir

iHiwpiear e emlKtrifjuear- êe . liaymorid.

It,s7 - „!-
(1ii:í.-« li"r.t>

ry úf the
d.
om-
• Émblico ' • fi •ahólano.
Do Ar. aii'
d:i
ãmlakn.
EMIH ( '•,, i'..
•"-«•íoip^ Cmpaley. rX^lllll llll>> fUllfílll.
ENCACHAR 378 ENGANCHADO
1598. — «Almadiaa,tones, -charatones, sos como bocasym, que leuão derrador de
empalegas, hallos [=
balões], e bateis». sy e nas cabeças». —
Gaspar Correia, Len-
— Archivo Port-Oriental, v, p. 1519. das, III, p. 76o.
1G03. —
«Vieriio ter com eile polla outra 1545. —
«... oyto, e dès homens envol-
bauda do rio vinte, e tres empalegas tos em inuytos cheyros, e encachados
com todo aljôfar, e mercadorias». — com patotas de seda, e suas manilhas de
Fr. António de Gouveia, Jornada do Arce- ouro nos braços e fazendo estes zum-
. . .

bispo, fl. 103. bayas ao idolo que hia em sima no carro,


se arremeçavão de bruços no chão, e pas-
EMPOLEADO (adj.). Contaminado sando as rodas por cima delles, os corta-
polo contacto com os poleAs, casta vào em dous pedaços». Fernão Pinto, —
baixa do Malabar. Nilo encontrei o Peregrinação, cap. 100.

verbo empolear, como ha desempo-


1602. —
«São seus [de Celebes] natu-
raes muito atrayçoados, andão nús, enca-
lear. V. poleá. chados, e trazem os corpos pintados
1603f — «Tem pêra sy, que se tocão
com muitos lauoresu. —
Diogo do Couto,
com castas baixas, íicão empoleados, Déc. IV, VII, 8.
como elles chamão, que he como irregula- «Estes tres soldados por ordem do Go-
res, até se lanarem». Fr. António de — vernador D. P^stevão da Gama se despirão
e encachànão, e se untarão de cevo to-
Gouveia, Jornada do Arcebispo, fl. 63 v.
1684. —
«Ha castas que nenhum trato dos, pêra que não podesse pessoa alguma
pegar delles». —
Id., Déc. V, vii, 9.
podem com as outras mays vis, sem fi-
ter
carem empoleadas, e perderem pelo 1695. —
«Despia-se totalmente, e com
mesmo acto a casta, c a nobreza, se se nio
hum panno não mui limpo, como dizem na
índia, se encaxava (isto hecubrir o que
tornarem a purificar, e serem de novo
admittidas ao foro do seu sangue». — se não deve mostrar) e pondo á cabeça
feyxes de erva, os levava à estribaria do
P. Fernão de Queiroz, Hisf. de Pedro de
Basto, p. 55.
General». — Cosme da Guarda, Vida de
1687. — «Mas não estas somente as cas- Sevoffy, p. 13.
1687. — «E
tas de gente bayxa, que ha em Ceylâo sem outro ornato mais que
;
hum encacho ou pedaço de pano, com
Eorquc são mais sete as que tem por tão
ayxas, que não comem couza tocada por
que cobrem o mesmo recato da natureza,
esta gente, sem se reputarem empolea- cuyda hum destes que pode vencer em as-
dos». —
Id., Conquista de Ceylão, p. 15.
seyo, a hum Heliogabalo». P. Fernão de —
1720 —
«Os !Nayres, que são os nobres Queiroz, Conquista de Ceylão, p. 62.
da dita gente, são tão ufanos, e soberbos,
que se acaso algum delles se roça por al- #ENCA1RAR (v. trans.). Cobrir de
gum Poleá, logo se lava com mil supersti- cairo ou de cordas de cairo; meter
ciosas impertinências, chamando-se em- em barças de cairo. E termo usado
poleados 08 aquesuccede esta imagina- na índia Portuguesa. V. caii-o.
ria desgraça, com o mesmo sentimento que
entre nós os apóstatas». Bluteau, íSu^j- — 1886. — «Item — para encalrar ou
pkmento. forrar, comose forrão com o vime, os car-
bás e garrafões de vidro, os boiões, e bi-
ENCACHAR. Cobrir com cacha (q. —
lhas de barro. Itera para encalrar os
V.), que aqui tem o sentido de dotim assentos de cadeiras, e sofás, que são esto-
ou tanga, provindo doutro vocábulo fados ou forrados, e percintar as camas».
-;— F. N. Xavier, Descripção do Coqueiro,
indiano, hindust. kãchh<^sânsc. ka-
p. 22.
ccha (cone. kãs, sânac. kaksã), que
significa «ponta inferior do pano da * ENCAZUCAR. Empalar, no Orien-
cintura, que se passa entre as per- te. E a adaptaçílo do verbo ár. khau-
nas e se cinje por detrás». Os dicio- zaq, em persa kkãznq zadan. V. ca-
nários também registam encacho, luete.
«panno, com que os homens se co-
brem da cintura para baixo as par-
1739. —
«Se he que o Governador só os
mandasse açoutar nos pés com tantos cen-
tes da geração». Morais. tos de açoutes, e não encazucar, que he
1516. — e dado eles uaom nuus,
>.
.
.
.
tirar-lhes a vida, mandando-lhe metter
somente cobertos da cinta para baixo com hum páo pela via até lhes sahir pela ca-
bus panos muyto encachados, com muy beça». —
Fr. António do Sacramento, Via-
alegre rosto». —
Duarte Barbosa, Livro, gem Santa, i, p. 146.
p. 293.
1535. —
«Os mais d'elles [naires] nom ENGANCHADO (s. m.). É o nome
tem mais que seus pannos encachados, que os portugueses deram na índia
branqos, vermelhos, amarellos, que são te- ao hindu que, por motivos religio-
ENGANCHADO 919 ENROLADO

SOS. s>' sodpendu a um po«to por baro que parece nlo chefiou ao sen conbo-
meio d-'
"
s nas costas.

'. p. 71.
.. , .
. u:i iii.iiitatO
' in ten
're. iMHi
jue- qua
bo e ui
e»- da qualciíi t e perõ
fanno uoto ;i> ;r8Í : ^ a
N tos ciò stanuo quiui as.-iistenti .i

i quali ued<*ii'l'> riUnino, clu


per diuotioiíu gli iuimo
Mia & poi alpntano una
ii: -uiy inuy ifila
• 1. tirando com
r.> 1;, li.i'M :^ lia li.. r.-Ji .{>.., ._ .; i'lta gauznr>i, r gii tiran
ha K-ii;tna) ba b<> templo ii i bo voltar il viso verso il ;

-
'*
coii le rnani siipjuniiouKU aujtnve
'
-
hlol -

— I' e poi gli fauno tirar suso, & cosi


Aii:i '
aai.iiiiicuit, niei'j-
ri'i ed.
I- '
- '--^^ -o ar di ÍH
pel; :nnj le digfiocanou. — G. Balbi, i i 90.
A^ii.i.-.T, . ,11. ,-i.i,, V .,Mi.aii.i./ vtio.-a em 1612. «(>'">— .•.>..'"..>., :.' à
— Diogo faire passer li
louuor
Dec. V,
d<»8
TI, 3.
— «Uutroa
idolugi». do Couto,
aubutd'unt:.
du dos de celui qui a
_ .. —
fait le
.

veu».
a
— íJou
peau
16t3."i [;V>ywe«] nos dias de
mal'""'- *--t^- -i- •^•••^ ..'..r,,-i..c
,e pendu- nerat, Voyage, i, p. 244.
rai! > aço mui
JÍTU', .
'.'
- mins f ENGUNAR. Meter no gune, q. v.;
estão no ar cantai ensacar.
aos I'i'l'.iu. I'. >_,_ ^ ._ j. __:
— «Cem
•__•
,

;" 1559. r enguna-


feita nuo (.s p-fiitios intita- dos«. — Archivo i V, p. 401.

m e
leu-
ENJANGADO. Feito om janíjadaíq.
im^ado- ha- V.); ligado à maneira dei
dos .1-
do uniri No- Oh lexic<5grafo8 rej^istara - •

tara
enjangar, qae ea nlo encontrei nos
\llo-
. iam
nossos indianistas.
, ca- l.'.:V2 — . F. iniivtos liinrs c alm.i-
íra Uu Ara^utí, Desert- dia
ai, p 21.
da-
trou igual laneyra**. —Caatanbeda,
mai
OK
en( ENROLADO (s. lu.). Uma ef»péoi«
os
da índia, de que
I

io : v
tr
a nem a razSo do uo;..
Vieira diz que ó «tecido ou
mu^n do lãn.

fni dr.í onq.i

rjl%>. — «IÍiívía iuau uia <;o«>;uiu« bar- |


p. òú.
ERVA BABOSA 880 ERVA DO MALABAR

ENROTAR. «No portu^^uôs do Goa ERVA CONTEIRA. È cana da índia


quer dizer pôr palhinhas nas cadei- próprianitMito dita — Canna Indica,
ras e sofás». Alberto O. do Castro Linn., originária de liengala. Fa-
{A Cinza, p. 139 V mta. . . zoni-se das suas sementes contas de

— «Comimimmente os Catalãs são rosários daqui provém a sua dono-


;
1727.
de charão enrotados». — Bluteau, Snp- minaçílo. Mas
a erva de rosários de
plemenio. que fala Bóncio ó outra.
1874. — «Que malditas cadeiras estas,
dissemos nós ao encontrar as celebres pre-
1580. — «Pater nostri di canna d'India

guiceiras enroladas,, largas, baixas e


non ci si fanno-, vengonceno bene assai, ed
— hanno di canna solamente I'ordine delle
recurvadas». Tomás Tiibiiro, Jornadas,
foglie,ehe le distingono, ma non fanuo no-
II, p. 208.
do, vengono di Bengala, e dicono che ser-

«ERANDY, m. Planta intertropical pono i)er la terra lunghissime una o due


legue». — F. Sassetti, Letlere, 132. p.
{ricinus covimunis)n.Cândido de Fi- 1601. — «Quo nomine Veteribus dicta
gueiredo. O termo foi tirado da obra sit haec planta \Canna Indica]., me igno-
de Lopes Mondes, que o foi encontrar rare fateor ingenue. Hispani et Lusi-
. .

em concani-mar. ercuirU ou erand, tani Cuentas dicunt, à numero, quod ei


ejus granis splierulae ad numerandas pre-
que se aplica também a outras plan- ces idoneae, fieri solent, non secus ac ex
tas. Mas em português se diz carra- tenellis malis arantijs». Clusius, Bario- —
pateiro, rícino, palma- Christi. rum Plantarum Historia, p lxxxii.
— 1631. —
«Hoc Milium Solis, quia à Pa-
188G. «Alguns cajurys, e tractos maio- trio floribus caule, et foliis, non longe dif-
res ou menores, semeados de erandy fert. dico, fructum longe majorem, ac

. .

{ricinus commvnis)». Lopes Mendes, A Ín- lapidis instar durum, ferre, quae farinam
dia Portugueza, ii, p. 233. edulam intus contineat Portugallice vo- :

catur herba de Rosários, quod Ma-


ERVA BABOSA. J hv;i de que se laice niulieres pauperiores, et servae ho-
extrai o aloés (q. v ) — Aloe vera, rulas suas precárias inde conficiant, et
Liun. etiam iisdem catenarum seu torquium loco,
ut ditiores auro, utautur». Bontius, His- —
1563. — «Faz
do sumo de huma herva
-se toria Naiuralis, p. 152.
depois de seco, e he chamada em portu-
guez herva babosa, da qual herva ay *ERVA BRUXA. Diz-nos FraPao-
muita quantidade em ("ambaya e liengala lino quo é o nomo que os portugue-
e em outras muitas partes». Garcia da — ses deram no ^lalabar a uma planta
Or ta,
1609.
Gol.

II.

«Cria-se também grande abun-


labiada —
Anisomelet ovata, B. «In-
dância de herva babosa, da qual se co- tegra planta, excepta radice, pro
lhe muito alóe. —
Fr. João dos Santos, balneo adversus frigidas adhibetur
Ethiopia Oriental, i, \>. 4õ0. febres, insèrvit et sive in potu vel
1611. —
«E herva babosa, e grande balneo, cum
universali, cum cepha-
que parecia arvore, cujas pencas eram de
quatro e cinco palmos de corajirido, e de lico simnl cnm mania. In
dolore,
um de largo, e do meio deitava um talo aqua decocta oris praestat collutio-
com flores amarelas-). —
João Baptista La- nem, quae infantum tollit aphtas».
vanha. Hist. Tragico-maritima,
\Qf)0. — «E 2)or uma negra
dizer que
v, p. 22. — llheede.
umas flores vermellias, que trazia na mão 1786. —
« Ciadayen Malab., Marvòia dei
se comiam cozidas, se fizeram delias cal- Latini, herva bruxa dei Portogliese».
deiradas, e eram ervas babosas, as — Viaggio, p. 365.
quaes causaram taes agonias, que a não
aliviarem os que as comeram com bazares, * ERVA DE S. JOÃO. Ageratum Co-
e vomitar morreram por ser peçonha». — ni/soides, Limi.
Bento Feio, ibid., x, p. 106.
1578. —
«Hazese dei çumo de vna yer- 1786. — «Deradali Malab., Herva de
va, la qual es llamada em
Português, S. João Port., serabra essere la Verba-
Herba Babosa». — Cristóvão da Costa, naca, o Peristerion dei Latini. II seme leva
Tractado, p. 101. il veleno, la pituita, e le sedie serose». —
1610. — «En
Mexico se haze vino de Fra Paolino, Viaggio, p. 364.
Maguey, yerua muy semejante en figurai
la yerua babosa de que se haze el aloe
ERVA DO MALABAR ou erva ma-
ò íiziuar». —
Pedro Teixeira, Itdaciones, lavar. Ilolarrhena antidt/senterica,
p. 17. Mali. V. curo.
ERVA LEITEIRA 161 ERVA LOMBRIÔUEIRA

1568. — arhamaMM a honrti, oa fhitiç« ! delliu mUa, se d noa olhos, lofpo o«

va de Maiavar*. — Garcia da Urta, dos, c II

faz.r..,
\moe
- ... hi_i' vu i..^._-.^r". —
vai rvas leiteiras» —111 . ^/<<a
s P'lif uirneaes lhe chamio Hf ! p r>it.

er'. — r Francisco de 17ol — «Leyteyras h"


.So 'tdo. II, I, 2. tos,que Ian\'5o l»*yte. « ^

servem para as st-bfs, e


• ERVA LACRAU. Diz-nos Frn Par>- paru n pólvora" - P Frau
\u\<> (m* é o nomo por* !I, I, 2.
'!" plantftr a^^im es-
er\ii do Malal>;n-. S.' .'
j..
ta
ira do Ilortutt icuê, a saa.

taiii leiteiras •. - Arte I'aimanca, i,

p. 14«.
'
'
Lattera i
'
'

1 licata IP
••«I Mil.
píox M .i!it . liheede. ai te sti

herva
—r r. \ 1111 •' II. 1
' .'1 .1 1.1, I iii'i'; "' ,
ji .), I

Lacrào I >atiiiiu. — • ERVA MIMOSA ou VERGONHOSA.


K Caesalpinamimosoides, Lamk.
ERVA LEITEIRA, leiteira, planta Chama-se «mimosa», porque as fo-
leitosa. TITIMALO. Silo nomos por- lhas se meliudram com o tacto.
'lí tirucalli, «Attri! ás folhas ]"
I Africa ; mas, des r» : >'8». D. G. i

como diz D. (r. Dalgado, terá ou- Flora.


tro-' ''' 'ateria, dfbaixo de certas
1578. — «TJainase en vnlpar yerva
• 'I cultura d'esta planta em
i Mimosa, p<>r(pte en tocaudole con la
(;,


• •
-^ce y SC

.1,-
!io, se bii'
^
1 ui con taiii'i .-<<'n[,
de lálox ou suco leitoso, «iondo \\u- '». — CristóvSo da *

v*»Tn o aoine. O» i' 'i"<-- ,i.>i,. t >,

lli<- < liamam milk-li' , cioè, erba che si

nil
qne tem espinhos o de i' una 1

j„.]...u T'Ha-se o suctw .. ,.. , ,


' IT.lf.l

te; como resolvente contraí*'"


1 Yerva
i.tnt». — 1.

çAes. I

'

• ERVA LOMBRIGUEIB
(|ue a planta a iju»' se ,

trut! i percíia. U. '


o, Ui^ .
Jjjji-ljy^j^
,'.
Al•tt'n^^^<i^l viiifftin.s. i

I _i.- ...t I
' • >
"11 A. Ivif'" \^-'\b. (Jwiiitu 11

lod em «É de con^

.il iiTimt.-i.?

Tft • cortar, pvr^uv u leiU: «{tt« j


lúl*' laa uc Mtla, aiat)U««
ESPEttA m ESTRAMAKGUEÍRA

quaâ, óleo de gergelym, epuâ lombri- 1558. —


«Mandou laurar moeda de ouro,
gueira, eapiquenardo, tiucal, aufiauí, anil prata e cobre e A primeira chamou Ma-
:

no de tableta, e outro mais baixo». — nne.is, á segunda Esperas, e meias


Barbosa, Livro, p. 282. Esperas, á terceira de cobres Z<eae«u. —
1610. —
«Otia cosa no menos prove- João de Barros, Déc. II, v, 9.
chosa tieue Kerinon [na Pérsia], que cn \hb1. —
«Que a moeda de prata pesasse
uinguna otra tierra se halla, (juc es la hum bargani, que era moeda dos Mouros,
yerua contra lonibricas, que en I'ortngues que pesava cada huma dous vinténs, e poz-
dezimoB lombriguera: y los Pérsios en Ihe nome esperaS". —
Commentaries, ii,
lengua propia la Uaman dram nah Ktrmony cap. 25.
\d\rmanah kirmãni], que es medicina que 1563 (1510). —
«Fez moeda em que de
viene de Kermon, o contra los vermes, huma parte pôs hum A grego e da outra
porque dram nah es nombre propio de a espera, que ualia dous vinténs, e
aquel simples y Kermon es equivoco, que meias esperas, que ualiào hum uin-
significa el Reyno Kdrmou, o Ips vermes». tem». — Gaspar Correia, Lendas, n, p. 76.
— Pedro Teixeira, Relacionei, p 101. 1890. —
«Teem efíectivamente as moe-
1908. — «TheLevant wormwood of Eu- das de oiro, prata e cobre, cunhadas na
ropean commerce comes from Persia, Asia officiíia monetária de Goa durante o rei-
Minor, etc., whilst the Barbary wormseed nado de D. Manuel, a esphera gravada, e
comes from Palestine and Arabia». Watt, — chamavam-se taes moedas as de oiro, cru-
The Commercial Products, p. 93. zado ou manuel ou espera, que é também
a denominação das de prata, e meia es-
ESCRITÓRIO DA CHINA. É o mes- pera as metades de ambas as espécies-».
mo que hentó, q. v. — José Maria de Nazaré, Numismática,
p. 10.
* ESMANI (s. Pai ou mãe
m. e f.).

do noivo ou da noiva, ou outro pa- ESPICANARDO (lat. spicanardus).


rente que faz as despesas e os ar- V. nardo.
ranjos do casamento, entre os hindus
# ESPINHO DO LADRÃO. RAIZ DE
o cristãos. Do cone. yezmãn, yezmã-
LOPES (indo-ingl. Lopez root). Rutá-
lã. Era sâiiscrito, yajaniãna ó a pes-
soa que custeia a despesa do sacri-
cea —
Toddalia aculeata, Pars. «A
casca da raiz é tónica e estimulante.
fício solene e sendo o matrimónio
;
Foi outr'ora exportada de Goa e
um dos sacramentos, samskãra, em usada na Europa contra a diarrhea.
que se oferece sacrifício e a que as-
O nome vulgar é derivado de JoSo
sistem muitos sacerdotes bem remu-
Lopes Pinheiro». D. G. Dalgado,
nerados, explica se a segunda acep-
Flora.
ção do vocábulo, a qual para os
cristãos é inteiramente profana. 1766. —
nMidlilava Malab., João Lopet
Por tog., albero grande che porta la bom-
1842. — «A meia noite ha uma espécie bagia grossa in certi gusci grandi nel Ma-
de cêa a algumas pessoas, como pai, mãe,
e parentes que vem da casa da noiva ou
labar». — Fra Paolino, Viaggio, p. 365.

noivo, e estes indivíduos são chamados * ESTAMIM. «Estamym de Chaul,


Esmanis». — Annaes Marítimos, p. 435.
grande feira ou mercado, que se
* ESPADA PRETA. V. campilão. fazia perto d'esta cidade». Felner.

* ESPERA. Antiga moeda de prata, Parece que o étimo é o marata-sânsc.


«<owa, «grande aglomeração .de ob-
de Goa, que tinha uma esfera armi-
ou espera, como então se dizia, jectos animados ou inanimados».
lar
divisa de D. Manuel. Valia 40 réis. 1554. —
«E o capitão do dito chaul, e
Havia também meia espej'a. ffeytor d'elRey de portugal seu senhor, de
toda a ffazenda que comprarem no esta-
1512. —
«Por este vos mando que pages mim não paguarao direitos-. — Simão Bo
[pagueis] a fernã uunez capeiam vynte e telho. Tombo da índia, p. 120.
seis meias e&peras por dezasete mis-
— 1554. —
«O baar do estamym, de
sas que lhe maudey dizer». Afonso de chaul, tem 20 mãos, e cada mão 40 ceres».
Albuquerque, Cartas, v, p. 347.
1652. —
«Mandou apagar a moeda dos
— António Nunes, Lyvro dos Pesos, p. 30.

mouros, e que se cunhasse do cunho da ESTRAMANGUEIRA. É uma árvore


Portuguesa, e a de prata se chamasse es-
de madeira de Timor. Parece que o
peras, e meias esperas, por amor da
divisa dei rey que era espera». '— Casta- vocábulo é composto de extra e man-
nheda, Historia, ui, cap. 47. gueira.
LTRABUNO EXPLORAÇÃO

IS&i. — •Madtiraã — eatapn, palabXo 50 are Europeans, O Eurasians or /lu/o'


- ' - - - - • • ' -
ca- Portuffutttybl natirc», and 13 iinspeci£ed«.
lan- — Hunter, TRe Imperial Gatetter^ x, p. 220.
tio
UU • ETA (jap. — ). Como os /
'"'lia dravídica e cliandalan i... ^^^...i
•a, o8 etaê constituem a casta in-

/ , IT, p. JiO». rC>m desde 187 o da igualdade civil.

» '
i(lo ralo 1569. — «Antes o n r aos
de 1 ^ ' toucas. iataa, qn*» he a mai? .)a-
,
,
p&o
Parece que é o mesmo qae seerband, po:
listade alg wid'-s». — 1'. L.UIS 1 roís,
Prova- C'a> fl. 263.
Ve>. 6uUind^ c banda le<4. ><í — . ;i .-nc'u-ila'lf 'Y.
' '
.1

três ou quatro > 1 .

OU I

breza, povo * -<


itita»".
1516. — «E huns que ehawaoni estra- — Pedro G. '•
11.
"- iétas .M.

ioi em coi

Duarte Rarbosa.

depois da adopção da reli-


Em
.

• EURASIANO m.). indo- (8. ^... - LI. 1. i?ã.

in;_'1< s, eurasian quere dizer «indo- 1Í5V7. — "i II em relaçíie.-í

.,.„,,,..,, ,.,! .,,..<t:..ot. E composto com uma int' . ão do império


nipponico, um curioso enygma vivo, que ó
dn í. Em português
uma tribu de p.'iria.^, que táem por imine
dir-se ia melhor eurasiátivo. oB étaa.. .. '»' oivil, por^m,
'
uâo
F----n'-n-«í ,:...:. .;,!.. .
jiaísa aos C' 's étaa cr-Titinuam
- *

1897.
uma eAÍsleiida á parte
eido na I

j>prp*»tunnd'»
•' si, n r
indiai 'I rc,..,, i ...,ru.'
-
biiirrwít .lí.is
da thiun,
(Mil .^
\<
.1
iTti
I. ti . .• ,' . ,.'1 ,,a t»t%t*i^m\n.
I

' «nap «" .«. —


. ic .Morais, i^ai- Ai^^oíi, pp. 192
nos

latóvio i^into, « EVO. A


palavra mais aproxima-
da, quanto ao sentido o à ibrmn.
a da
Eupaslana ' de
quo encontro na bngua vernáiu;a
Ca0trt>, A Cinta p 144.
IWT. — ... , iimn da."» am-
baraiian '
* ca-
original esti vosso ero, roprc-
tadrut f!

rol cacpminal do t^timo, ti... ........

a transcriçAo dos nossos escritores.

• Ut com a imagem de um

11U7. —.«D* certo era iodiaoo, como o — Fr. Joài) dos Santos, Etktopia UriefUal,
ftrr - ^- também, porventura a»bos II, p. 83.

OU' os» — Ismael Gracias, lio-


• EXPLORAÇÃO Alf>m doa soot ai-

ou promessa de casamenlo leita em


Laouenan, Ltu tiraima-

i&N> - Of tb« Christian popuJatioM, }


iuhUnUihuMk C4>iui^u, > ui Uítn úç
FACHIS 384 PACfílS

mofa, um prelado portng'ues o em- por f, como fanjo por hanjo, «flores-
prOgo de tal expressflo, ])0v ignorar cimento», ^//m por hijiri, «bonzo de
que a locuçílo ora elíptica, suben- ordeju militar», /oifo^yí/e por hotoke,
tendendo-se «da vontade». A frase «divmdades budistas». E por isso
completa —
exploraçilo da vontade mais ])rovável que o português fachi
dos nubentes —
ó muito apropriada, provenha do japonês hashi ou haxi
a qual se nílo está em voga no con- que do cantonês fai-Uze, kuai-tsze
tinente, é porque aqui se n^o cele- em geral. Faxi figura em uma carta
bram tais esponsais. de Japão de 1586.
1787. — «Também manda que o acto da 1516. —
«Nom tocaom [os chineses] com
exploração o faça o paiocho ua egreja, ha mâo ho que comem, chegaom muyto o
deaiite de duas ou três testeiiiunlias e não prato ha boca, e com buas tanazes de prata
maia; não faça tal exploração se os ou pao, metem ho comer ha boca muy ha
coutiahentes vierem com grande comitiva, nieude, porque comem muyto de pressa». —
nem lêa os proclamas; feita a explora- Duarte Barbosa, Livro, p. 382.
ção, 08 nubentes se recolham cada mn a
sua casa sem acompanhamento». — 1542. —
«Emquanto comíamos tiverâo
P. Ca- muytos passatempos de bons ditos com seu
simiro de Nazaré, Mitras Lusitanas, in irmão quando virão que comíamos com as
Boi. S. G. L., XV, p. 454. m«os, porque em todo aquelle império
1880. — «Para a execução do estabele- Chim se não costuma comer com a mào,
cido n'este alvará niauda que os parocbos, como nós fazemos, senão com doua paos
feita a exploração, ou ratificada pelos
contrahentes o ajuste na forma dita, la-
feitos como fusos». —
Fernão Pinto, Pere-
grinação, cap. 83.
vrem termo, assignando os nubentes, o pa-
rodio e as testemunhas» —
Jd., p. 473.
1569. —«Estauam dous paoszinhos dou-
rados muito galantes pêra comer com elles
metidos antre os dedos: vsam delles a mo-
do de tenazes».. —Fr. Gaspar da Cruz,
IVactado da China, cap. 13.
15bG. —"E trazendolhe diante a sacana
* FACHARÃO. O autor [comida que acompanha a bebida de saqiié]
díj abonação
que se dá com o sacazuquí [copo de vinho]
nâo explica o sentido da palavra ; por fruita, tomou os faxis, e com sua pro-
mas se a emprega por «companheiro pria mão a deu aos padres, e irmãos». —
ou colega», como parece dopreeu- Cartas de Japão, ii, H. 177 f.
der-so do contexto, o seu étimo deve 1729. —«Não usam nas mesas de toa-
lhas, guardanapos, facas, e nem de garfos,
ser o jap. hõi/ú-tsure. F
por h ini- lhas sim somente de huus Kuai zu, ou pa-
cial japonês ó normal na transcrição litos redondos, com que facilmente tudo
portuguesa. Cf. fachiman, fotoqiié. comem, porque tudo lhe vai á meza feito
em bocadinhos». —
^jpuá Júlio Biker, Col-
1545. — «Honrem e venerem este Chen- lecçõo de Tratados, vi, p. 165.
chicogan (q. v.) do cabo do Munflo, que de
hoje por diante [o Nautaquim] o faz seu
1874. —«Coliocaram perante cada um
dos convivas um tambo acharoado sobre o
parente, assim como os facharões que qual havia um frasco de saki tépido, uma
se assentão junto da sua pessoa». Fer- — diminutíssima chávena, muitas tigelas com
não Pinto, Peregrinação, cap. 134. todos os acepipes nacionaes, e os dois pau-
sinhos, chamados fachi em Macau, que
*FACHIS (m. pL). «É muito co- servem de colher e garfo no extremo orien-
nhecido este termo em Macau, pois te». — Pedro G. Mesnier. O Jajyào, p. 141.
designa as duas varetas com que os 1897. —«Os chineses para comer fazem
chineses comem, e que lhes servem uso dos «pausinhos» a que chamam Kioai-
-tszn e que nós conhecemos pela denomina-
de garfo. E palavra chinesa de Can-
ção ingleza de < Chopsticksy)\ são de madeira
tão ja-chi^ (fai-tsze), que passou ao ou marfim, de 20 a 30 centímetros de com-
japonês, em que se prefere fàxi». prido, quadrados na parte superior com 8
Gonçalves Viana, Apostilas. a 10 millímetros de lado, e redondos no
resto do comprimento». — Joaquim C. Cres-
A fonologia japonesa não admite po, Cousas da China, p. 231.
o fonema/ senão quando é seguido 1900. —«E devoram esse arroz como
de u, como em funé, «embarcação», auxilio de pausinhos ou pequenas varas
fuin, «arcebispo budista». forma A (fai-ohis), que tanto podem ser de ma-
deira pintada, como de ébano, marfim ou
é, portanto, haxi. Mas os escritores —
qualquer substancia mais preciosa».
ftntigos transcreviam o japonês h Ta-8si-yang-kuó, de Fevereiro.
FAlTllo 885 pama
1902. — «CoUociun, p«r exemplo, sobre • FALOPE. Bonzo de Stame. Do
siamês phrah-rkb.
IT.-.T _,.R....t,,...M.i,>.m. ,.. ...„
palo-
pis ..-us
I).- ..,, . ..... .jde
•OUl' ordenou rri-
\u . lugar, I me- 1 )

que te vé oestes lhor, se levantou butna Igreja. Fr. La- —


-'lã. cas de Santa Catarina, Ilut lU. S. Domin-
iiÁMi. —• . . e uiAis um df^sses paosi- goê, IT, p. TO'J.
nho* q(jf s<» chfinmm ha^fti. com o pompri-
••sa FALUZ. Auuga luutMia ae cobre,
-iau que corria em Ormuz e valia 2 ou
de 31ui;u&, 1'auat/euji da CUiua c do Japão, á róis. Do ár. faUm (pi. fulus) que
p 21« se liga ao lat. Jollis. Reinaud (11,
li»"*:» — «Conien
todos los manjares coo
lio^ p. li lio plaUt, o paio muy
u>s de oro, p. 23) diz que «a palavra folouê é
oli>ro-ii>, uii poc'1 iitos lar^oe
q ías, alteração da palavra groga obole».
cou lus i^uaii-^ Mincn tao <.
qiif :iuii qnf ti uiaiijar scA uc fusas uiuy
ite, 1

1326. —
«Dá conta do que tem conda-
xido do modo mais completo, p«-lo que tem
p«-iju»-riaa III s«' los cae uada, ni se ensu-
xiau \,ii in.iiiod ai los rostros». Fr. Joan — huma paga certa de foluzes». tien- —
-Batuta, Viagens, i, p 166.
G. de Meudoya, ÍJi»t. de la ChinOj p. 16\).
1.Õ15. —
aE he seis serafins, seis meyo*
• FACHIMÃO jap. hachiman). No- serafins d ouro, seis tamgas de prata, seis
me do deas d.i guerra, no Japão. É çadis de prata, »c\9 ImSuzem e seis dinhei-

um dos Camiê do xintoumo.


ros de cobre» le Ormuz). A. de —
Albuquerque. P '^^^
'

ir, e co- 1525. —


«Fules, dynares, tamgas, la-
Ca- rys: e dous fules valem huum dynare, e
ai ou ainda
i<aÍ8
doze dynares hua tamga». Lembranças —
próprio que da* Coutas da índia, p. 53.
F.i. hl iam (|ue he o Ca- 1529. —
«A moeda que se aquy [em Or-
M-ain nas batalhas, muz] se gasta he mourisca, de ouro, e
"s nnti;: dos inuocauain a prata fina, e de cobre... a de cobre se
•'•. — P. I 'lerreiro, Htlaçam chama faluai e vai sete ceyt^s». Antó- —
' ".. V. nio Tenreiro, t'--'-'-"---", cap. 1.

«Está hum famoso templo de 1552 — «A de cobre cham&o


"'•' : - '^'nr, faluz, e vale . . ->..:.a». — Castanheda,
Uistiiria, ti, cap. 5H.
hi

l.'>54. —
«O SabSo de Dio se vende por
e vai cada pilo 7 e b faluzes*
.>, —
'o dos Pesos, p. 21.
1557. —
«E mandou ao F lhe
• FADIÁ (s. mar. phadyã). in.; desse dous mil faluzes, e alg :.is«. .

iiiot'da do cobre, do valor — Commentarios i, cap. 59. ,

iná ou »eÍ8 réis, que ainda ItíOí». —


«A moeda m.ii?» rnmfla he o fa-
luz, a que chamào na e I >,
I
passado corria em Dam&o. neste iievíio r<*ai-. — Fi. iJer-
\ . !' '"-.a. nardino, / da Indta, p. 111.
H.'»l. — de cuivre, que noits
1**^' -Em rohrr : <!.• Dombaira rorii-
:*

)U«. sont ti
*
cui-
^ fadlá
utetHUxu iptid
fadiá. . ;

líciuauti, Jíriíidun, i, p. <;>'.


i
'.
ra»
>-
• FAMA. Kmprega-se Cste termo
• FAITIÀO. Barco chinos de passa- na índia crÍ8t& na acepção de cucto
'

gf'rn e do car^a. Do chin, fáh-tie. de benzer ? iite, na véspera

— «. da novoím riíicipal da fro-


'i
1 '7o. . . as •iiili:ii c.ii òci» i')iiiii>r i>

da
. I'in-
tada, qu(* so arvora no adro da igreja
— " ' '
-^ •
-"xm-
.18

íu^í:«. — lu Ta^éêi-ynMff-kmo, i, p. 'iit. toiiu» a i^uo aludo u arctíbi»L>o ai^iUXQ


i'ANAU âSÔ t^AKÂO

citado. Paroce que o coíitume pro- pêra os comprar a sete fanões beyrame
veio do hinduísmo, quo tem idêntica
porque assi valem». —
A. de Albuquerque,
Carias, iv, 212.
corimónia, posto que haja quem mo «Se se a roupa ouuese de tingir com
assegure que em certas partes de alacar, hum pano que vale quatro fanões,
Portugal vigora prática semelhante, valeria vimte». —
Id., i, p. 135.
1515. — «Foy asentado e concordado
talvez importada da índia.
que tomaram os nossos cruzados a deza-
1663. — «Na segunda oitava saiu pelas nove fanões, e, se maior valia tiverem
por todo Malavar, que se tomem pello
ruas uma procissão ao modo daquellas que
na Judia se chamam famas, as quaes preço que geralmente valerem». Al-guns —
servem de publicar pelas ruas o principio Doe. da Torre do Tombo, p. 373.
das novenas». —
P. Manuel Godinho, Jie-
1516. —
«E, se isto asy lia de ser homde
lação, p. 213. vos custa e temdes asentado a cento e cin-
1784. — «Condemna o modo de celebrar quenta fanões valera a duzentos e nom

com folias o acto chamado pelos christãos o poderão ajnda achar». In Carto*, iv,
fama, pelos gentios oUy . . . lastima-se de p. 72.

que procurem por este meio attraliir gente 1516. —"Manda o governador pôr ha ca-
á igreja» —P. Casimiro de Nazaré, Mitras da híiu diante duas moedas douro baixo,
Lusitanas, in Boi. S. G. L., xv, p. 446. que chamaom fanões que vai cada huu
1789. —-Prohibe as seguintes praticas vinte e dous rs». —
Duarte Barbosa, Li-
abusivas. . assistir o parocho de pluvial,
.
vro (2.' ed.), p. 323.
com thuribulo e agua benta, ao arvorar-se «A palavra Fanâo significa hum peso
o mastro ou bandeira antes de principiar maior do que dous quilates dos nossos. . .

a novena d'alguma grande festa». — Id., Esta palavra Fanâo significa também
in Ta-88Í-ya7ig-kuó, i, p. 607. huma moeda que vai hum real de prata».
1812. —«Renova a prohibição de zagor — Id., p. 376.

c de fama sob as penas d'antes comina- 1525. —


«As galinhas sào muytas, dão
das».— /d., in Boi. S. G. L., XV, p. 580. três na cidade por híia moeda que vai hu
1866 —
«Itera —
em haste de bandeira vintém, que se chamão favaos {sic, fa- =
{maddy) de anuuncio (fama) das festivi- naos). Das rollas dão doze, catorze por
dades ecclesiasticas, nas Igrejas, Capellas, huu favão». —
Chronica de Bisnaga, p. 97.
e ainda das Cruzes, em cujas immediações 1552. —
«Offereceo lhe sessenta moedas
as trazem firmes em terra durante a festi- d'ouro a que chamão Fanões, quada hu-
vidade». — F. N. Xavier, Descripção tio ma das quaes pode valer da nossa moeda
Coqueiro, 32.
p. vinte reis». —
João de Barros, Déc. I,
1915. — «Foi, este anno, especialmente IX, 3.
concorrida a fama da festa ao Menino Je- 1552. —
«Mil fanões de Cochim que
sus de Colvá». — O Ultramar, de 28 de vai cada hum desasseys rs.». Castanhe- —
Outubro. da, Historia, v, cap. 5.

FANÃO. Antiga moeda pequena de


1554. —
«E 30 fanões da terra [Cei-
lão] vallem huum pardao, e aleuantão e
ouro ou de prata, corrente na índia abaixão; e são estes fanões de muito
meridional, de valor variável entre roim ouro e baixow. —
António Nunes, Z/y-
20 e 40 reis. O étimo é o tamul- vro dos Pesos, p. 36.

-malaiala pawam, «dinheiro», que se


1563. —
«O feitor lhe havia de dar em
cada carga dez covados de veludo creme-
prende ao sânsc. pan, «permutar, sym, e ao escrivão dez fanões cada mez,
comprar». F
por p é devido, confor- que fanâo é huma moeda d'ouro baixo,
me Yule, à influência arábica, por que catorze delles valem trezentos reis».
nao terem p os árabes.
— Gaspar Correia, Lendas, i, p. 299.
«Comprauão oito, sete, e seis [galinhas]
1345. — «Ho costume delles serem para por hum fanâo, que vai menos de trinta
o Soldão [rei de Ceilàoj os jacintos, o va- reis». —
Id., iv, p. 132.
lor de cada um dos quaes chega a cem 1566. —
«Dos quaes fanoms douro de-
fanames, o qual dá o seu preço e o to- zoito valem hum pardao douro o qual par-
ma. bem advertido que o valor de cem dao douro vai da nossa moeda trezentos, e

.

fanames são seis ducados de ouro». sessenta reis». —


Damião de Góis, Chro-
Ben -Batuta, Viagens, ii, p. 304. nica de D. Manvel, iii, cap. 44.
1498. —«Hua camysa muyto delgada 1603. —
«Cada hum daua por lhe darem
que em Portugal vali trezentos reis davam o Sacramento hu Fanâo moeda de ouro,
aquy por dons fanôs que valem em esta que responde a hum real de prata, ou dous
terra trinta rreis, porem a estima de trinta vinténs Portuguezes pouco mais, ou me-
rreis nesta terra he grande». Roteiro de — nos •> —
Fr. António de Gouveia, Jornada.,
Vasco da Gama, p. '61. fl, 43 V. -

1509. —«E sse nom teverdes heyrames 1613. — «O mesmo fez depois a todoB
(iaj' lhe vynte e hum f anões por eles que quezeram alcançar, í>u para mélbor
PASAO SP? pAKotn
pio m pmvm
Fan-kuai, diabos estrangeiros, ou Yang- fõs e se não traballião dâ lhe açoutes co-
do occidente».
-kouei-tze, diabos — Joaquim mo palhas». —
Vasco Calvo, apud D. Fer-
C. Crespo, Cousas da China, p. 79. guson, Letters, p. 88.
1640. —
«El tercer modo de medir, que
FANTAN. «Espécie de jogo chinês, es por peso, dividen casi en la misma for-
em quo, com o auxílio de sapecas, ma, empeçando de un hao; y es decima
parte de su moneda, a que Ihaman loa Por-
se joga sobre quatro números ins-

tugueses caxa». P. bemedo, império de
critos numa C. do Figueire-
loisa». la China, p. 53.
do. O sou monopólio é grande fonte
de receita para o estado em Macau. FAQUI (ár. faqlh). Jurisconsulto,
E vocábulo chinês, fán-tán. teólogo, doutor, entre os maome-
tanos.
1868. — «Vou explicar-te o mechanismo
do lantane (sic). O banqueiro separa de 1613. — fiSão mouros e chamão-se Soli-
um avultado montão de sapecas, um monte mas, têem alcorão escripto em arábio, tem
raais pequeno, de que, pela simples vista, faquir {sic), um mestre que por elle en-
86 não pode calcular, nem aproximada- sinam a ler, a escrever». —
P. Luís Maria,
mente, o numero». —
Archivo Pittoresco, x, Relação, in Boi. S. G. L., ix, p. 339. ,

p. 206. 1906. —
«São dois vocábulos diferentes
1881. —
nO jogo de fantan e a loteria \faqui e faqiiir\ e com diversíssimas signi-
de Vae-seng, por que tanto nos desme- ficações faqui, em árabe faquie, de faque,
:

recem, é ali até certo ponto tolerado, e até «saber teológico», significa "jurisconsulto;
pagam impostos indirectos». Boi. S. G. — faquir, em árabe faqir, de faqar, «pobre-
L., Ill, p. 742. za», que quere dizer «frade mendicante». —
1883. — oEntrei em uma das casas do Gonçalves Viana, Apostilas.
fantan. . . Um china fazia a escripturação,
e outro, armado de um pequeno bambu, FAQUIR. Religioso muçulmano
separava de um monte de sapecas, que col- mendicante, como o jogue hindu ;
locara diante de si, uma a uma aquellas
(fig.j pobretão. Do ár. fa^jir, «po-
moedas, contando vagarosamente de 1 a 4,
para achar o resto d'aquella divisão. O nu- bre». De faquir derivam alguns eti-
mero restante, O, 1, 2, 3, determinava o mologistas o italiano faccluno, «ma-
ganho». —
Adolfo Loureiro, No Oriente^ i, riola», e o português faquino, «var-
p. 318.
redor da igreja patriarcal de Lis-
1895. — «Ochina tem, como nenhum
outro povo, a paixão do jogo. Macau, Em boa»; e o Padre Vieira emprega/a-
no bairro China são numerosas as casas de quino por faquir. Os serventes da
tan-tan (sic). O arrematante do exclu-
. .
igreja portuguesa de Calcutá são co-
sivo do tan-tan paga á fazenda, quando
nhecidos, até mesmo em bengali,
ali estivemos, a quantia de cento e vinte
mil patacas por anno». Conde de Arno- — pelo nome de Os nossos es-
pobres.
so, Jornadas pelo Mundo, pp. 140-142. critores antigos abrangem geral-
1898. —
«O jogo, porém, característico mente os faquires sob a denomina-
da China, aijuelle em que se jogam fortu-
ção de jogues, e os estrangeiros pre-
nas enormes n'uma noite, é o Fantam».
— Joaquim C. Crespo, Cousas da China, ferem designar por faquir qualquer
p.239. asceta mendicante da índia. F A QUI-
1899. — «A principal fonte de receita RI SMO ó o modo de vida do fa-
não deixará por isso de continuar a ser a
quir.
exploração do vicio com os seus monopó-
lios do ópio, dos jogos do vae-seng e do
1563. —
«Faquir Çoleiman, que quer
fantan, com os impostos sobre a prosti-
tuição e outros». — dizer, o pobre Çoleimam» Garcia da —
Ta-ssi-yaiig-kuó, i, p. 70. Orta, Col. xxxiir.
1899. —
«Latan. E — o celebre jogo 1663. —
«Este grão mogol, que hoje im-
tão vulgar na colónia». — Ihid., p. 127. pera mais reinos que nenhum outro mo-
narcha do mundo, de faquir, ou jogu^
FAO (chin. hau). Moeda e peso (que os mouros aos seus jogues chamam
da China, equivalente a um décimo faquir). .». . —
P. Manuel Godinho, Rda'
de sapeca ou caixa, ção, p. 38.
1741. —
«Largou o trage de Faquir,
1.525.— «Huum taeel dez mazes e huum que tinha tomado poi»principio de devoção
maz dez foées». — lembrança das Cou- Nasserleng, e juntou bum Corpo de 22 mil
sas da índia, p. 56. cavalloB, e ficava nos limites da Província
1536. «Dando lhe cada dia três fõs de Khan-Dex. —
Joaquim C. Soares, Doe.
seu jornal que são doze rs. por dia. os . . Comprobativos, p. 21.
luandàrls pêra sees serujços lhe dão dous 1825. — «Ha outros mais supersticiosos,
FAQT'IR 38a FAR ATOT A

'M08<|U''f3 nij ilH \ivrii'


ir-se á cu5ta Icur fait». Tavernicr.
1» — .MIS,- iii;niii lie Andrade, IdtíB, — «They r raquirs dv
p 49. the Natives, but A monly by us,
,^,,,, «Og faquirs _ por becau.4o of the abmiu \ Im-.s with •

to<ii>s OS aii^'iil«)s na sua >to- which they powder tli' .iiul mix

riosa> — I'l.mcisco L. Umuu a, *.»• i>,aha' with their Hair, which in<.n .. .iii someti-
main".*, J),
2>7 mes to the middle of their Hack*. Oving- —
isTl. ^ »-.i - 1.:^ ^ hi.strtria — Be os ton, A
Voyage to JSuratt, p. 'M2.
aii'-rt (' ei : iiicipes e de reis, 1774. —
«L'astuzia però di questi Fa-
em \<z u fakiros •• ifer- kiri consiste in avere accomodate di mo-
vich's il on- do le cose, che poflsono stare fra i Musul-
to .... - \ ... ..^ ^.,.j C. mani e fra i Gentili, unendo li dogmi i
t'a-<telo Branco, NoíUm de Insomnia, vii, costuini degli uni cogli altri». P. Tomba, —
^
aptul Gubernatis, p. 98.
P
IH-^.H. — tiV, igualmente boa psra o no- 1786, —
«Fakir è una parola Araba
hr' o iniscinvcl fa- o Pérsica e non Indiana, e tutti questi ma»
k
i> .i! :iiiiiii-. I'iMiii» iiarii
, — lamente si chiamano Fakiri». — Fra Pao-
lino, Viaggio, p. 231.

- «Fr. Autouio do Porto conver- 1845. —


«Les sayVde» et les fakirs,
; in? na? terras do norte. cathe- . .
meudiants religieux à pied et à cheval,
-iivs e fakirs». — Lo- abondeut dans toutes les parties du Sindh,
ils demandcut Taunioue avec arrogance et
í I'nrfut/iifza, ii, p. 96.
ascetas niussulma-
l-'.t.^. — '•Fakires, convent la menace á la bouche. Mendier
n<>s. quo vivem de eanmlaa». D. G. Dal- — est un metier si profitable dans ce pays,
gado. Flora, p. xvtii. que beaucoup de gens du peuple suivent
— "O meu amigo me dirá quanto, cette vocation». —
Jancigny, Inde, p. 67.
li*<>f>

• verem o fakirismo, seriam


1883. —
«It was here that the celebrat-
ed fakir, Mnrábak Ghází, who overawed
'aes feiteceiros e meuiuos virtuo-
the wild beasts and rode through the
•• do» cérebros couuuuvidos dos
jungle on a tiger, settled while the place
i« njlr» fazem a menor idt^a do

-sa em outro mun-


was yet in the heart of the forest». Hun- —
ter, The Imperial Gazetteer, ii, p. 190.
do Amaral, apud
i 1 i
;
I uns Mil léguas.
'
i

líHX). —
«(,'e f>ont des hommes d'une
'"• \',
viiigtaine d'annees, des d«''butants en fa-
i ikIu a índia santa nas

" a r idade
'
kir isnne; les macerations et les jéunea
n'ont pas altóré encore leur belle forme».
das pe-
índia dos i
— Pierre Loti, IJInde. p. 297.

- Agra e De-
• -r.p.l • FARÀ. fare (s. m.). Medida de
«... d' - louvo- capacidade para cereals, no Guza-
r»-»* •I'tii.'i ,, , até ans rato e Concilo, correspondonto a meio
Mamo».— Id , ibid.
curd (q. V.) ou quatro celras {(\.\.).
iig-t»'iiiiis ((iiiime pro-
fakire, <
jtauvre, Mas varia ooiitbrnio as localidades.
vot, (jui :i lu mon- Do mar. pharã (guzarate e coticani
rnier, Vnyugfg, l p. 11 <8ânsc. phalaka, «tábua»;
/>/iflro)
«11 y a quantia de Faquirs phare é plural nas referidas lí aguas
I
111 les Malir*motan8, anssi bien que
: l*»* |f!i!ntrff(, qni «ont vagabonds vernáculas.
iiiéchans». —
1740. —
«Serito contados 64 farés de
'
TJ. 1 \\ ;:l: til. V . must be num- batle a cada mura, e a cada fare se tem
li. 1 tlw Fakirs ir 1 ImIt Men. abstract- fevto 1 paily de 4 ceras». Apud Júlio —
: to (li>tl, Bíker, CtUUcção de Tratado», vi, p. 216.
tationa.
, .'JO FARAÇÔLA (ár. fãrsala). POso ao-
Aes sortes d« c«t tiirnmciitc usado no coinércio dos
F ,i() u 1 1 .
'
'

•8 da Ilidia. i\ farazohi variava

tinido as localidades entre 8 e


11 kilos, cliegando algumas ve/.es a
14 kilos». Condo de Ficallio. Col. Vil.

14 9K i„„v. fnra-
zaila,. : ra>
FARAZ 890 FARAZ

cruzndoso. — Boieiro de Vasco da Gama, bambu. Mas antigamente denotava


p. 107. o tratador de cavalos o de tapetes
1212. — "Ha faraçola d'Uunnuz he
e esteiras. Orta emprega o termo no
em peso faraçola o meia di; Cocliim,
pouco inais ou inenos». A. de Albuquer- — sentido do casta, como é entendido
que, Cartas, 1, p. 75. hoje em dia. Mas Bento Pereira dá-
lõlG. —
Vale cada Farazola (quesSo Ihe o significado latino de stahularius
22 arráteis e 6 onças) a razão de 14, 15 e
— Tndicvs. «A servant whose business
16 Fanõesu. Duarte Barbosa, Livro.
(2.» ed.), p. 384. is to spread and sweep mats, car-
1519. —
«Acho que sete paras de triguo pets, etc.». Wilson*. Do ár. far-
moido em pedras nialavares me respondem rush.
dez faraçolas de biscouto muyto bÕo».
— Archivo Fort. -Oriental, v, p 37. 1333. —
«Aluga os Alfaraxins, que
1552. —
«Concedeu Nuno Vaz que po- são OS que armão a Çeraja [barraca] e a
desse mandar duas faraçolas, que são alcatifão, e carregão as cargas sobre oa
trinta e seis nrratés dos nossos de coutas —
camelos». BenBatuta, F/íi^en«, ii, p. 180.
de Cambay». — Joào de Jíarros, Déc. I,
1515. —
«... pera quatro farazes que
X, 6. servem na estrebaria delRey». In Car- —
1554. — «O
laar de crauo em Ormuz tas de A. de Albuquerque, vi, p. 359.
tem 20 faraçolas e cada faraçola 1526. — «Os Gancares poderão dar chãos

. .

d'este peso tem 20 mãos, 19 quinzes». ao faráz que heservidor do Pagode, e ás


António Nunes, I.yvrn dos Pesos, p. 5. mulheres do Pagode que são mancebas do
1554. —
"Pêra dons bares e çinquo ffa- mundo, e ao chocarreiro». Foral de—
raçolas de cera, que se guastão cada ano D. João III, in Archivo, v, p. 123.
na Igreja». —
Simão Botelho, Tombo, p. 96. 1535. —
"Então será sua molher dada
1563 (1498). —
«E logo fez preço a cada aos farazes dos cavallos d elrey de Bis-
mercadoria per si apertada, em que se naga». —
Chronica de Bisnaga, p. 22.
muyto ganhaua, assi na valia como no pe- «Trazem três mill e sete centos fa-
so, que nomeauão faraçolas, que aleal- razes que curão os cavallos». Ibid., —
dado com os pesos erão de dezoito arra- p. 69.
ies, evinte faraçolas, hum bár, e assi 1540. — «For conselho, e incitação de
assentarão os preços de pimenta, e todas farazes, que não punhão a salvação em
as drogas».— Gaspar Correia, Lendas, i, mais que em lavar as partes traseiras, não
p. 90. comer porco, e casar com sette mulheres».
1635. —
«Mais de trinta faraçolas de — Fernão Pinto, Peregrinação, cap. 173.
pedras de prata, umas grandes de duas fa- 1554. —
«E pera dous ffarazes [de
raçolas e meia, e de duas, e de uma, e dois cavalos] dous pardaos a ambos por
de meia faraçola». —
António Bocarro, mes». —
Simão Botelho, Tombo, p. 233.
Déc. xiii, p. 595. 1563. —
«Cavalgavão os fidalgos e capi-
1750. —
«Sendo o commum preço por tães nos cavallos que ElKey tinha em suas
que se vende [o açúcar em Quelimane] estrebarias, com seus servidores a que cha-
cada faraçola, que é o peso de trinta e mão farazes, que os alimpão e lhe dão
seie arráteis, quatro maiicaes de butonga, seu comer». —
Gaspar Correia, Lendas, n,
que tem cada um o valor de dez pardaus». p. 364.
— In Annacs do Conselho Ultramarino 1663. —
oE ha em cada povoação huma
(parte nâo official), ii, p. 104. gente desprezada-e avorrecida de todos, e
1582. —
«I quali Bar, si grandi, come não se tocam ^om outros estes comem ;

piccoli, sono frassole 20, & ogni fras- tudo, e as cousas mortas. o seu cuidado
. .

sola è men 10». G. Balbi, Viaggio, fl. 51. he limpar as çugidades das casas e ruas :

estes são chamados deres ou farazes, e


FARAZ (farazôa, f.). Actualmente, servem estes de algozes». —
Garcia da
Orta, Col. Liv.
é o nome por que se designa uma —
1566. «Nem de boy, nem de faraz
das duas castas ínfimas de Goa mouro, tirando nas estrebarias geraes em
{mahãr em concani), que se ocupa
*
que não houver farazes Christãos». —
em misteres baixos, como os de co- Primeiro Concilio de Goa, in Archivo, iv,
veiros, serventes das igrejas, pre- p. 22

goeiros da aldeia, condutores do ma-


1598. —
«Passào da cidade de Goa, e de
outras cidades e fortalezas do estado da
chila, trabalhadores em obras de índia, a terras de mouros e infiéis com ca-

* «Junto a cada communidade ha egual- Domingos Vieira diz-nos que /craz é


'

mente famílias de artifices sudras e mhars». «sacerdote e doutor de lei nas ilhas de
António E. de Almeida Azevedo, âjs Com- Sonda, e de outras partes da Asia-» Pa- !

munidadta de Goa, p. 10. rece que confunde faraz com faqui, q. v.


KAR.\Z 391 F'AKSANQA

Tsllos, ^ lerSo parn !hfs ciirnrpm fapa ' ntitm rnistcr». —Oliveira Mucarenhafl,
res dot Marr
Mi.farazes
[ I faraz il, e eui urumbinai •'. -

.li^'iiin. oil on' . de 14 dr >


•'. — . it.Ji. — «Fraaai t

to I, rum, qiiibuA tarn don


I' utui;' IJe *Imprrto M'ljm Alyiit,
].'• .' — cA aât£« Teavaloal
••
como eiles I p. 1


• — «... w! '• - r '--- ^.
-* also; (•
ulore, or .^^ujutiuf". — rr\t_T, r.n.'-i

p. 174.
iLiaiu, III ..,.;>. — D'aiiieurs ! ^ -"' •' » •ana e
1\A. S. G. L costumeM avait ausai c ;<ltre
\ rAiclt.r l'..i i<f ..II.... .r- „ y íifíuití

viii dii faraz OU


d.- .i; . .,. «• a&bi , ^„ -- i-i-.. - - —
:....^lc)«. Cristó- —
C. It .. Doc. VII, II, 5 j
vac Pinto, Ijf» indigenes de Flnde Poriu-
1,' . .
.( • . 1-, .1,).

df F
_J^^ FARINHA DE PAO. E como se cha-
Hrgimento de |
ma iia índia a farinha de mandioca.
E invorsain^^n^*^' «« -'i' ""' ^'" *'"-
Ib.i- piu- rinha.
ganteiros, ji rina,
farazes e t .choin.,,. l«va i
1782. — «... como a batata ingleza, de
para a dita )<>;!•!.. ;ker, i que jA fallei, com a qual, e a farinha
CoUr,Wtn ({' 7 I, p. yy. •
de ]" amoi? dar meio sustento para
I'i*^? - ii Til frytn farazes n ;•
cafraria, e um meio pro-
1

V xa, que jiara os navios, e exercito, e que


• não resultaria no numerário
—Fr. Clemente da Res*
. II, p. 355.
officio algum nes- ,
uU certo é qup
1"^>"_'- — >
% re-
tai« terra-s, pi •
o que seja. como '
piões onde a mandioca é g< ; nof-
farazes, '
''
nas a consomem de '
prt;-
dtixí- df pa haver soffrido variadas

\í^-l\i. <'.\

•»18.
de h j
1916. — •...c i, no
-'•^ nosso paix, d;> f^» iian-
dioca». - O '

_ :.„„ 1676. .<: — ,


... tout
castaa se submette Anmuê AíarUimoM, i
du millet et u la fa-
p 112. riii<' «n'oii I'll ;r.- ordi-
1860. — «Os farivirra (Farazes — tra pel-
l).i!li.i'Iorrs I III ..lir.i-. >Ii- ii.iiii'lM'i i «' (7í(i i ia do
Pao». — l>vlloii, Ueiation dune voyage, ii,

p. 131.

FARSANGA, parasanga (persa /ar<-


ft€it
]- farazo», qtir

iFarsati^jn nido a huma io-


^çoanossa i>. i, isto ó, a huma
.1 u
. In- hora de caminho : o nisto paroce que

faraZf estribeiro índio, ap-


proxiiii i ,..-. d« Mendonça, il. A 4.,,^, j,^^^^^ ^
i ,^,
AUiUqurr j

189». 'rim 00 fttrn íMtrn- f Cardeal Saraiva. O vu» -atro-


ineiro) nio pu<l' , 1 1
' ro da cacta, exercer du£Íu-so um grego {para».inge$) o om
FAVA DE CHAPA 892 FÉ

latim (parascniga), do (jual deriva como também para allnmiar; a ma-


imodiatíunento Kgiialaz y Yangiias deira ó útil». D. G. Dalgado, Flora.
o castelhano farasanga ou para- A denominação deve ter sua razUo
savga. no uso da fava para chapar ou ca-
rimbar, o que creio nilo estar actual-
1529. —
Disseram os mouroa que hiSo
mente em voga.
em nossa companhia qu^ donde partimos,
que era do Bandel a estas palmeiras, erào
ginco farsangues, que em lingoa Per-
1817. —
"Se para a semente oleaginosa
de coronji, a arvore indiana que em botâ-
siana querem dizer legoas». António — nica dá pelo nome de nPongamia glabra»>,
Tenreiro, Ititierario, cap. n. o Times de Londres preconisa um grande
1663. —
«A razão de farsanga por futuro económico ju.stamente pela razão de
bora, três das quaes fazem lium jómo, me- os óleos vegetais comestíveis terem procura
dida antiga dos Parseos, a que os Gregos
corruttamente chanião paraaaugayt. João — para a fábrica de margarina». O Ultra- —
mar, de 23 de Julho.
de Barros, Déc. III, viu, 1.
I"i20. — «Parasanga. Antiga medida # FAVA DE MALACA. É o mesmo
itinerária dos Persas. João de Barros lhe
chama corruptamente Farçanga». — que anacardo, q. v.
Bluteau. 1563. — «Os índios lhe chamão bybo, e
851. — «Ces [Maldivas], qui sont
íles nós os Portuguezes fava de Malaca». —
gouvernées par une feinme, sont plantécs Garcia da Orta, Col v.
de palmiers cocotiers. La distance qui se- 157'J. —
«Anacardo (llamado de los
pare les iles I'une de I'autre est de deux Árabes Balador y de los índios, Bibo : j
ou trois, ou quatre parasanges». So- — :

de los Portugueses Fava de Mala-


leimão, apud Reinaud, lidatious, i, p. 4. ca. es mucho aemejante a la Haua». —

. .

1610. «Dista de la ciudad onze far- Cristóvão da Costa, Tratado.


sanghes que son treynta y seysmillas». 1589 —
«Les Árabes le nomment Ba-
— Pedro Teixeira, Relaciones, p 121. lador, les Indiens Biko, les Portugais Faua
1675. —
«And Parasang, now Phar- tíe Malaca». —
Liusohoten, Histoire,
sang, which contains one Hundred and p. 134.
thirty Sathmi, or 3000 Paces».
Fryer, —
East India, 153
iii, p. FAVA DE SANTO INÁCIO. Laga-
1H76. —
«In the time of Ibn Hankal it niácea Strychnos Ignatii, originária
was surrouded by two walls, the inner one das Filipinas, introduzida na índia
parasang in circuit, the outer, twelve provavelmente pelos missionários je-
parasangs». — Howorth, fiiVorj/ of the
Mongols, I, p. 78. suítas.
1S45. —
«... était campe à quatre far-
1909. —
«As favas de S.^p Ignaclo
sangs de la capitale, loi-sque Bâber lui são ovóides, irregulares, tendo 4 ou 5 faces
envoya unc ambassade». Xavier Ray- — produzidas pela muita pressão ; sào usadas
mond, Ind^, p. 303. principalmente na preparação de strychni-
FAVA CARANGUEJO. Leguminosa na». —
O Oriente Portuguez, vi, p 5á27.
«
1836. —
«11 faut ajouter aux produc-
Phaseolus Adinanihus, Mayer. Vid. tions précieuses du aol de cet Archipel
D. G. Dalgado, Flora. (das Filipinas]... I'attier, et de plus le
stryrhnos ignatia, dont les grains vénéneu-
1695. — «Bracm. Rama-Sanvali . . Por- ses contiennent de la strychnine et de
tugall. Carlngejou. — Rumphius, Her- I'acide igasurique». —
Rienzi, Océanie, i,
barium Amboinense, jx, cap. 33. p. 289.

* FAVA COCEIRA. Designa duas ár- #FAXEQUE. Reportando-se à Re-


vores indianas: Curpopagon pruriens lação do Japão, de António Fran-
e C. monosperma, Êoxb. Os frutos cisco Cardim, Bluteau regista o vo-
aplicados á pele produzem prurido cábulo com o significado de «nome,
e inflamação, o que indica o motivo que se dá a certos ministros del-
da denominação. -Rey». Eu não dei fé do termo quan-
do li o livro creio porém que o seu
FAVA DE CHAPA. É
;
» o nome que
étimo é hashikake, que quere dizer
se dá na índia ao fruto de Ponga-
«intermediário», isto é, intermediá-
mia glabra, Vent., da família de le-
rio entre o rei e o povo.
guminosas, karanjl em concani. «O
óleo de semente é usado contra as FÉ, fem (provavelmente mais cor-
sarnas e outras moléstias de pelle, recto). Antigo peso do Malabar, cor-
FKDEA FENASCO

respondente a cem pram as, com pe- em vArias partes da índia e etpe-
3uenas variações segundo as local!- '
te no Concao. nha- D
ades. ui se liga ao ár. pe-
Nilo '^
identificar ^
quena moeda do Egito.
tArianieuu „ j.ibulo, que se t .-


.

1330. «Sâo obrigados no território da


fèeê. fete e fet no plural, por nlo
índia a pagar de direito por cada cavallo
j>oder saber a sua exacta forma *, sete fadeas (vale cada huma vinte e
nem se é vernáculo, ou peregrino, cinco reis)». Ben-Batata, Viagen», i, —
como fararoUi fq. v.). A palavra p. 481.
mais aproximada que encontro em 1553. Gastaua por dia quarenta mil —
fedeas, moi>da que sSo da nossa mil e
malaiala é patikkã, «parte, porçJlo»; e duzentos cruzados a razão de doze reaes
lista de António Nunes (\uo ftjn a fedea». — JoSo de Barros, Déc. II,
a centésima parte de faraçala. II, 9.
O p podia bem mudar-se em /, co- fedeas 1554. «He íiue se faz a Recepta por —
que n§o he moeda, que he bum nu-
mo ncoiittN'cn roni intuam = fnnào mero por que se fala» António Nunes, —
(q-
^
Lyvro dos Peto*, p. 28.
1554. —
«A rezSo de quatro fedeas a
1509. — «Recebeo gaspar pirez de diogo taugua, como ualião no bazar, posto que
,w.r..;,^ f..,-f. ,- -},..f.. -...t..!..,-, .1..
quochiin d'antes 'te o ano Ô4G ualciiem a rezâo de
^ fe« de seis fedeas a tangua nos arrendamentos
'^ In / ,
j..:.>)9». — e no forallu. —
Simào Botelho, Tombo,
Cartas <le A
Albiniui-rque, it, p. 198. ile p. 161.
I.')l2. «Kti tbeo. —
hum bar e trere . . 1880 — .Na fortaleza de Dio, em 1522,
fara<filas sasttnta cinqao fees de cobre». cinco e meia valiam uma tanga
fedeas
— lÍÀd., V, p. líní de prata ou sessenta reaes de Portugal».
— «E tem 100 fees cada farn-
lâ54. —Teixeira de AragSo, Detcripção das Mot'
cola».— Lip-rn PtêOê, 32. ,ir,t p. das, iir, p. 93.
•E CR tem 100 fees. E a
'
. 18.*'0. —
«Fedea was a nominal coin of

i .

dita 100 fêes». — 76/d.,


far. :, the value of nearly 2 reis» (em Dio).
p. 33 Gerson da Cunha, Contributiotn to the Nu'
mitmntict, i, p. 30.
• ^ '^0 (s. m.). K em indo-
-j>0' aguardente de grau
,, a FEOEGOSA, fedegoso. Planta ce-
médio entre a urraca e o fenim. salpinea Cassia tora, Linn. «As
folhas tenras servem para a horta-
1775. — «Que da« 3 qualidades de vinho liça ; n 'outras partes da índia a se-
'

mente ^i na tinturaria».
D. G. 1 ra, p. 60.
•. — Apud F. N. Xavier,
'

rdrin, IV. p. 104.


(J
1B79. — «O melhor momento de deitar
l-'.'»^ -- / ; r pirite da palmeira t'm é aquclle em que a planta a
r Tiiui fiarii r]r r\ur ?n u=a «' entra em florescência, j>orque en-
^ se engrosaam sem fatigarem

>ta rax8o a
'
fedegosa {tai-
;4i< ; •: cslu 1'
- _'otar

i»; dá o/f;. > de


I'«*''

lU grioA» — M. V. lie Abreu, — iwTiiaru')


''

nltor, I, p. m»
1
-t É, — •.r)ií«tila Sf ' fres
fe- Fedegoso maior, café dos negros
'
. A »o-
f às vo-
- F N. Xavier, Drêrripçãn /.«>8 He mistura com éle.

• FENASCO. í'. forma pejorativa de


FÉDEA. Antiga moed.. .„ .,mmv, fenim (q. v.).

do valor de 12 a 15 r»*is. que corria 1906 - «Na fndta Port«rti''^n fenasoo


i Domc <
i''nt«i,

em c«'i. ' .Mi A,


* CiiMlido de Figueiredo regista /en. ApotítUu.
FENIM 394 FIAMBRA

FENIM. Aguardente lAuito forte, será por galão imperial de espirito de 19


a 20 graus Carter (fenim) 12 annás». —
especialmente de coqueiro, na India.
O Ultramar, de 21 "de Outubro.
Do cone, phenl. Sociedade de A
Geografia de Lisboa tem nos seus * FERÚCUA.Conforme a abonaçao,
mostruários espécimes dCsto •fenim. 6 ummagistrado judicial da China.
Em 1862 foram enviadas d,uas gar- Se o vocábulo ó realmente chinês,
rafas de fenim de palmeira e de cnju parece que deve provir de pwán-
para a exposição internacional de -sze-kwán, «juiz», ou de kwán-fii,
Londres. V. Annaes do Conselho «magistrado», com a transposição
Ultramarino, iii, p. 36. dos termos.

183.3. — «Emrazão de grande introduc- 1542. —


«Reside [em Nanquim] hum
cS'o de vinho fenim
de Goa». In O — Chaem da justiça, que he titulo supremo .

Oriente Porluguez, xti, p. 96. como de Visorrey, com hfia grande relação
1842. —
«Da sura destillada sahe a Ur- de cento e cinquenta gerozemos e fePU-
raca espécie de aguardente, que em mais cuas, que são os desembargadores, chan-
subido gráo se chama Fenim ; e é o vi- cereis e revedores de todas as causae civis
nho commum da gente ordinária». An- — e crimes». —
Fernão Pinto, Peregrinação,
haea Marítimos, p. 268. cap. 85.
1858. —
«Chamào-no /ecAado, quando a
mesma destilação he no gráo immediáto * FESTA DA ESPIGA. Assim se de-
ao primeiro e este novamente passado pelo nomina em Goa a festa do benzi-
alambique dá o fenim, que he mais ou

menos de 16 gváos». Miguel V. de Abreu, mento da espiga nova de arroz, que
p. 163. se celebra em várias freguesias no
1866. — "Fenim c de
a agoardente mês de Agosto, com diversas ceri-
palmeira, e o nome que tem em lingoa do
mónias e regalias. V. adáo.
paiz provem da espuma ifèno) que deita
quando se poem no copo ou calis»-. F. N. — 1917. —
«Festa da espiga. Keali-
Xavier, Descripção do Coqueiro, p. 17. zou-se ontem com grande pompa e brilhan-
1874. —
«Era um delirio que se apos- tismo a tradicional solenidade de corte da
sava de repente d'aquelles, ordinariamente primeira espiga da comunidade agricola da
pacatos, conductores do seu proximo, que Raia. O procurador especial da comunida-
tanto gostam de descançar á sombra e de de, sr. João da P. Menezes teve a genti-
pedir a tanga para fenim». Tomás Ki- — leza de nos vir oferecer uma espiga e uma
beiro. Jornadas, ii, p- 37. linda estampa de N. S. das Neves, que
1881. —
«Outra vantagem ainda para a agradecemos». —
O Ultramar, de 6 de
exploração agricola é que do coqueiro se Agosto.
obtém a sura, e, distillada, funim (sic),
como se chama na nossa índia». José — La-
*FIACUXO (jap. kyakusho).
Vaquinhas, Timor, in Boi. S. G. L., ii,
h japonês é O
vrador, agricultor.
p. 738.
1886. —
«Nas febres intermittentes sim- transcrito por nossos
escritores por
ples também empregam o polme da casca f. Cf. fotoqué. Os missionários não
do niumbo (vid nimbo roçado comfinim». na sua correspondência
— Lopes Mendes, A índia Portiigueza, i, explicam
j

muitos dos termos japoneses que


p. 113.
1889. —
«2 boiões e 1 carbá de fenim, empregam, por serem
conhecidos
dobrado e urraca de coqueiro». — Relató- dos seus colegas.
rio do Imposto do Ahcari.
1893. — «E este [dobrado, q. v.], por uma 1577. — «Mandou logo chamar os seus
segunda distillaçào, dá a metade da sua fiacuxos principaes, fazendo com elles,
quantidade d'um espirito, que chamamos que ouuissem pregação, e se nosso Senhor
fenim, da força de bom brandy: isto é, com isso lhes desse lume pêra conhecerem
uma parte de sura se reduz, mediante duas a verdade da fé catholica a receljerião se
distillações, a uma oitava parte de espirito quisessem». —
P. João Francisco, Caria*
da prova de Londres».
forte, 25° abaixo — de Japão, i, fl. 395.
José Maria de Sá, Productos do Coqueiro,
* FIAMBRA. Os dicionaristas não
p. 7.
1905. — ^
«Não se supponba que anela- registam o vocábulo, que figura na
mos o advento da vida passada ou que Peregrinação de Fernão Pinto, com
queremos retroceder em busca do fenim
— relação à Cochinchina o com o sen-
e canja». Ernesto Fernandes, índia Por-
tugueta, p. 19. tido de «carruagem de seis rodas».
1915. —
«O direito de distillação. . O Sr. Brito Rebelo faz a seguinte
FIGO DA ÍNDIA FIGO DA ÍNDIA

ob«í©rvaçJlo (na ediçJlo de 1908) : «Já 6UEIRIL. bananal. FIGIDi (us. em


eui - " «. RAMO
a 11

se aqui haverá erro ' I


portugueses chamaram, por

Mn» t;uub(^m o» signific....... ...... ..w ás bananas «figos da Ili-


....aiogia,
i(l«'^utu<>s : trí^s vezos emprega ô au- dia», assim como chamaram «porá»
tor
o li,

nós, o quai l<'v;ivAo dous cavalos» ;


na Africa Oriental, tendo o vocábulo
o no capitulo so-ruinte narra que o penetrado ató nos idiomas vernáca-
rei tártaro, invasor da China, «es- íos, como fígu na lingua de Tete. O
tava rni <• '/•«, qoe era autor do Roteiro de Vasco da. Ganiu
a trihuiia. doze uioni- foi o primeiro portuguOs que coiii

not». parou as frutas (p. 59): «Também


A doscriç;»^ <iuc FernSo Pinto faz nos mandou outra fruvta que sam.
Je fiambra ó análoga à de pf ran f/e como figos e sabe muyto bem». 8e-
(cap. 1"
~
lubaixador do Cii!
'
" Tomé Lope- *"':.^

que >«\v carro do ti*es r» i de figos <>


por banda, todo guarnecido de prata, des como pepinos pe(juuno!<, que ho
com hua cad^^irn i1" iiu.«.im<. ..m nn^ hum dos frutos mais saborosos, que
hia assentado >. pode liaver no mundo» '. Cf. o ale-
/" " ' .0 noto-so '

culo XI v) eh
até hoj**nenhum resultado, por nào Jicus à bananeira «Acceperunt au- :

ter podido fixar o seu verdadeiro tem folia fcus, seu musarum, et fe-
berço e a sua exacta fonação e signi- cerunt sibi porizomata, foliis pudenda
volantes». .l/)ttci Gubernatis, p. 1 í*^
E ora outro lugar (p. 151): «S .:.:
cui! laia enim in horto illo Adae de Seyllano,
e j'- ^" -• / , -^ en-
contrei nenhum dos termos cm ou-
tros escritores.
Há outras foituações semelhantes, co-
hiiindivia. verii'hi. «Nft Hahia hc opi-
1544 ^ '.VinJi.t ""r.
;
ta fruta foy a nue
r«rr<ta ••••- r,.,|.ic
M'i I'arnizo. Na In-
'!•• .

•a. 0% de
ivoros ; o»
ill

frios ; o8
ho- df i"S ; o9 d<»
f(i
tnbaisador dei Rey mn
n fitunwrn : lu vitiha, e BC pox em a coin
liHiii ijiiart.'i" .1 'ii;i iiià" tlirt'ita». — ibid.
:

fruto ou
i

lie mti4a jniiaiH*taia « uc ji-

• rÍGIRI. Bonzo do ordem mUi io.


'
' '
^ LTués, a etcádea
tnr. Ik) jap. htjírif «bonzo vir-
tUOíHl»,
lit.
dn ban ^ vetea «ca-
í... .!„

iriM4

Iti !*i'H/.ã uvs-


Fróia, CartoM de Japão, ii, ti. l;.')'

FIGO DA Índia. Banana. Fl


QUEIRA DA Índia, bimaneira. F!> , «oiú, L«weic, p. 2:^^
FIGO DA ÍNDIA 396 FIGO DA INDIA

primo, miisae, quae incolao jicus vo- 1684. — «... e assim foy continuando
cant *. V. banana. noa últimos annoa de sua velhice, tempe-
rando o arroz com caril de figos da In-
1444. — «Nascono infiniti fnitti. et so-
dia verdes, e tomando athé duas onças de
pão». —
P. Fernão de Queiroz, Hiat. de Pe-
pra tutti c|uelli detti Musa piu dolci dei
mele, simili W fichi». — Nic<>Io di Conti,
dro de Basto, p. 504.
1782. —
«A primeira [qualidade de ba-
apud Ramúsio, i, fl. 339.
nana.sj é a que produz figos chamados de
assar; porque pela sua dureza só assim ou
Tavernier chama às bananas afi- cosidos, ou empregados em doce d'ellea se
gOB de Adflo»: «L'IsIe [de Goa) est pode usar sem temer indigestão. a se- . .

abondante en bled, en ris, ot porte gunda é a que produz figos de horta ',
quantité de fruits, comnie Mangue, mais doces e sífcorosos, e de casca mais
Ananas, Figues d'Adam et Cocos. .
fina que as outras». — Fr. Clemente da
Ressurreição, Tratado, ii, p. 345.
Avec une lessive faite des cendres 1873. —
«A maior parte das melhores
d'un arbre qu'on appelle le jiguier cidras, melhores ananazes, melhores figos
d'Adamn. Voyages, in, pp. 156 e de horta (bananas pequenas de primeira

358.
qualidade) d'ahi vem ao mercado». —
Bernardo da Costa, Manual do Agricultor,
Orta menciona algumas espécies II, p. 192.
de como figos martabanis, de
figos, 1881. — «É costume geral na índia por-
Martavâo em Pegu v^cenorins, que tugueza chamar figos ás bananas».
;

Eduardo Balsemão, Os Portuguezes no
sam huns figuos lisos e muyto ama- Oriente, p. 5. i,
relos e compridos os chincapatòes ; 1902. — «Simplesmente
por figos são
sam do Malavar, e bons, e sam huns em Macau designados os fructos da bana-
figos verdes e compridos e de muyto neira de que ha as variedades chamadas
figo villão., figo da horta, cheiroso, etc.».
bom sabor». Col. xxii. Ta-ssi-yang-kuó, II, in, 3.

— «Com 1912. —
«Temos no paiz 6 variedades
1504. tanta galinha e figuos cultivadas principaes que pela ordem de
e cocos, qne uie nam cabiam no j)araao». valor e apreço são as seguintes Figos
— Álvaro Vaz, in Cartas de A. de Albu- d' assar ou de Moira, (port.), rosballi, sal-
:

querque, IH, p. 2G3.


— «E nos trouxeram muitas vacas, datti. dehalli e marqtièli (konk)». Caetano —
1513.
Gracias, Flora Sagrada, p. 128.
pesegos, marmelos, Romaãs, tâmaras e fi-
1578. —
«Los Portugueses llaman a vnoa
gos da India». — A. de Albuquerque, destos higos Cenorins, a otros Cadelins,y
ibid., p.220.
De estos higos
1516. — «Muytos limoens, romaans,
a otros Chincapanoes . . .

fi-
se halan vnos gruessos dei largo de vn
gos da India, e toda hortaliça». — Duarte palmo, y comense assados con vino, Ca-
Barbo,sa, Livro, 239. p.
nela, y Açúcar; y tambien cozidos con
1529. — «Aqui ha muytos palmares de
Açúcar y Ciinela lo traenios en la mar por
Tâmaras, e Datiles, e fygucyras de Faraó, buena conserua. Muchos tienen, que con
canas de açúcar, figos da Índia». — An-
. .

este fructo peco A dan, por ser muy suaue


tónio Tenreiro, Itinerário, cap 65.
1531. — «De cada cem figos ou fruta
en olor, y sabor, y por la hoja ser tan her-
mosa y tan grande que bien cubre vn
levará de cento hum». — Afon.so Mexia, —
hombre». Cristóvão da Costa, Tractado,
Precalços dos Offic/aes do Mandoim.
pp. 74 e 77.
1551. — «E muytos fruytos, romaãs,
figos da India, laranjas».— Castanheda,
s.
1589. —
«Ces figues [dTnde] appel-
lees de Cananor sont à raison de leur gran-
Historia, i, cap. 9.
1553. — «Veyose hum Brammane a dom deur et excellence fort estimées par toute
ITnde». —
Linschoten, Histoire, p. 22.
Lourenço e deulhe hns figos da terra,
segundo seu costume, quando querem pe-
1624. —
oHaueuan, dico, steso vnagran
foglia di queir albero, che gli Arabi, e
dir algíia cousa». —
João de Barros, Déc. Persiani chiamano Mouz, e i Portoghesi in
II, lí, 7.

— «N'estas povoações de Sena e


1609.

índio fichi dMndía». Pietro delia Valle,
Viaggi, iii, p. 244.
Tete ha muitos figos de Portugal e da —
índia». — Fr. João doa Santos, Ethiopia
1628. «Cibus praebebant platanorum
fructus (ficus hi sunt Goae longi, Bana-
Oriental, i, p. 191.
nae apud Brasilos appellantur) qui et
acerbi sunt, et flammis tosti vicem explent

• «E.sta tradição, que ligava


a bananeira
ao paraíso terrestre, era corrente entre os A
denominação portuguesa introdu-
*

christàos orientaes, e também entre os mus- ziu-se em


coucani, que os não conhece em
sulmanos», — Conde de Ficalho, Col. xxii. Goa senão por phigdort.
PIGO U -A I -> I >1A 89? PtQO t>A ÍNDIA

pai I .
— Kabio Spiuola, 96 SHO pequena.».
r. . . 41
a eopia !

Fichl. 1*- . Ihaji de Figueira,


la . l1 C Ulflu' (JoUeeçào de tíandoê,
i 11

ai ' III viii IV mil


Ili* -Vr. Vinceuzo todas as nei
Mau-i, t (1 ,. raeiro homem <> ^i-n nucci <• <> hihi-^ .xhiu-

it",»i3 — ': .<>^ l^ananes ouftgues dMn- tar de quantos se conhecem. Um só cacho
'"
paá plus rares, ny iiioins carrej^a um homem. A ^ ' ••

utile qui les porte est bieu muito alta, forma um .

- uutrea*. —
Dellon, Relation e as folha,'» de tt-ii-
I, p. 18. da», largas e a-
- n ^ tangasou braj.':i>
in;-.., -ntFlguo
d'India, 1 cum vera 08 Índios us 1 d'ellas
fitt: saj-i-'n-i 11 uv. lu- nihilcom- vasos onde ! i agua e o

mi; I». — Rumpbius, Herbarium veis ; com ellas cobrem suas cal- '

Ati, ' -i, VIII, cap. 1.


taloextrahem fio para tecidos. 1> .ri

I7S»'). — «La Musa o il floo Banano, da bananeira cobrem um homem da cabeça


— Arehivo
il pi,": r, .•.]]. -nr.- friltti» dell' Tlnli;i, ^i Jia- até aos pés». Pittoresco, iii,

i. in p. sm.
tii!.

Cii _,
to, in 1873. —
«A casa indá é quasi sempre
El icro perche è dolcis- térrea ; ha dentro unlH:lflustr<> confinando
siii fico da arrostirsi, com quintal de palmeiras, figueiras «ba-

'

p<'r inangiar crude. II Pala naneiras)». Tomás Ribeiro, Jornadas, i,


o/i' lamente descriUo da Plí- p. 376.
nio lib. 12, cap. b de Spina et ficu In<licÍ8.
EgH confondf» i! Pàla coll' albero dai Por- 1782. — «E o figueiral summamente
t"p Arts>rt de rait». — Fra útil,e rende pelo que fica dito, e também
Pii p. 366. porque d'elles se pode tirar lucro, ven-
dendo as folhas seccas, que são procura-
lyl»j — «PÔe-lhe diante huaa folha» de das, e ante-[)ostas ao papel para cigarros
figueira da India que daom sempre lar- por nâo lhes causar mau gosto, e as verdes
ffa.s e tetas, •«obre has quaes lhe manda para uso de pratos do povo». Fr. Cle- —
lai. — Duarte Barbosa, Ai- mente da Ressurreição, Tratado, ii, p. 192.

15<>3. — "ForSo á nao do capitão mór


flgueira •
com fardos d'arroz, e d'acuquere, e ra-
bri.-l Krbél. .

mos de figos». — Gaspar Correia, Lett-


doi, I, p. 231).
cozido. 1Õ03.— «Dá hum que tem 4s ve-ramo
den d»- '
que 8^o lar
I,
zes 200 figos, c alguns mais c outros me-
huuiu \í . ,,.ipeU. Ga^pa: — nos». —
Garcia da Orla, Col. xxii.
lAndat. I, p. 87, 1585. —
«K depois de asscutados lhes
1577. --•... o qual [nrroíj comem em mandou pôr diante um de figos ramo
follia.>« (1«- figueira r|ii*> .«.'m os bacios da verdes da índia, os quaes comeram assa-
terra». — l'rliii"r • II'>n,.i. il. 14 v. dos». —
Manuel Godinho Cardoso, Ui9t.
\hlH "Ofí Rfvn — ^ uào co- Tragieo-maritima, it, p. 46.
mem mal- onr li*:i -..
';i baixela, 1G(K). — n Outro trouxe a offerecer hum
por coii •
figueiras, ramo de figos».— P. Fernio Guerreiro,
que <-ni oa«. 1* Luí.s — lírlarnm Aum n!, n .'7

Ir rutúvàu Aitea, F. Aí. PitUo IbOy. — o^ ,

f. o . 110 ("' ramo d.


Ill cento, pegados t'

hua fnlii; — Fr Gaspar de


oh
tll.l

fo; lUcrruitu, liilu^um, , ii'.

rt :

'• .

/> /'/III 1 :
. i;

l«V<7 nl*,.,-|,, II,

figueira iV JtnU-t,
FÍÔUEIRA DA ÍNDÍA PlOn DA LUA

1622. — «Trouxe-me de aaguate dous * FIGUEIRA DE GOA. ÁRVORE DE


ramos de figos, que lhes eu paguei
RAIZES MENOR. Fícus retusa, Linn.
muito bem, daiulo-lhe um bertangil».--
Francisco Vaz de Almada, Ilist. Tragico- Deita raízes dos ramos, mas nã,o
-maritima, ix, p. 80. tantas nem tara compridas com as
1<)87. — «Leuão
parte do dinheiro aos da Arvore do gralha. «Cortex arbo-
Paya da Noyua, com hum açafate de flo-
ris tritus ac in lacte per pannum
res, hum coco, e hum ramo de figos ba-
uanas, que oferecem á Noyua». P. Fer- — oxpromondo datura vertigini capitis
não de Queiroz, Conquista de Ccylão, p 68. sedandac confert». Rheode.
1718. —
«... offerecendo a tâo nobre
hospede hum presente das cousas da terra, * Figueira do pagode. V. árvore
que constava de hum ramo de figos, do pagode.
huma Jaqua, lictele, e manteiga». João —
Tavares Guerreiro, Jornada, \). 3õ. * FINGE ANDONO. Do jap. kinji,
1788. —
«Cada ramo de figos, sete
meio». — Colkcção
«oficial às ordens, camarista do rei
reis e de Bandos, i,

p. 48.
ou príncipe» ; e dono, «senhor». Di-
18CÕ. — ol20 toranjas, 200 laranjas, gnidade palatina, no Japão.
600 ramos de figos (bananas), e 15 a
20.000 folhas de betei». — Relatório da 1545. — «Chegou o Fingeandono
Província de Salary, iii, p. õ. [mensageiro do rei de BungoJ ao qual me
191Õ. — «Ainda hoje se diz em Goa :
elle logo entregou com palavras de muyto
um ramo de fíg^b, uma pc«ca de figos». encarecimente á cerca da segurança da
— Ismael Gracias, A Índia, p. 125. minha pessoa. .E nos partimos o Fi-
.

geandono, e eu cm hua embarcação de


FIGUEIRA DA ÍNDIA; FIGUEIRA remo, a que elles chamão /í/nce». Fernão —
DO INFERNO PALMATÓRIA DO IN-
;
Pinto, Peregrinação, cap. 135.
FERNO. 8ao outros tantos nomes da
Firmão. V, formão.
cáctea Opuntia Dillenii, llaw. Ori-
ginária da América, introduzida pe- FIXO. O autor abaixo citado não
iog portugueses jaa ludiçi. Cliamam explica o termo mas depreende-se
;

por vezos «figueira da índia» à ár- do contexto que deve ser um alto
vore de gralha (q. v.) *. «Come-se funcionário, se não o próprio tono ou
algumas vezes o frueto os rapazes ; seu procurador. Hepburn dá o signi-
do escola fazem d'elle tinta verme- ficado de «secretário particular» ao
lha. O frueto assado usa-se contra a vocábulo hísho, que é o étimo.
asthma e tosse convulsa». D. G. Dal-
gado, Hora.
1586. —
«Temia o padre que o Fixo de
Firàndo por sua ma inclinação, e auersão
1557. —
«E purgam-nos com sementes que tem as causas de Deus, lhe impedisse
da figueira da India, ou as folhas pisa- a viagem ou a delatasse (como já por ou-
das, e dam-lhes a beber com agoa». — tras vtizes tinha feito) quis nosso Senhor
CommentarioH , iii, cap. 17. miidarlhe o coração de maneira, que con-
1873. — «A figueira do inferno sentio na viagem, e lhe fez extraordinário
{Cactus opuntia, ou Opuntia ficiis indica), agasalhado, e honra cousa com que ob
chamada também figueira da Índia, é Christãos de Firàndo em extremo se con-
espontânea na nossa região. Originaria do solarão, e mandou que se não leuassem di-
clima quento da America, é hoje abun- reitos das funés que o padre leuaua, e que
dante no meio dia da Europa». —Bernardo em tudo fossem libertados». —
P. Luís
da Costa, Manual do Agrictdtor, ii, p. 225. Fróis, Cartas de Japão, ii, fl. 173.
1786. —
«Avanaca, Riccino, in Porto- 1554 —
«Com esta vai hua carta do
ghese Figueira dMnferno, rossa e Tono de Firàndo que me escreveo deste
bianca raddolcita purga, amazza i vermi, porto de Saiichão a 23 de Nobèbro de
Bcioglie I'umore rancido». — Fra Paolino, 1555. Copia da carta do Fixo de Pirando,
Viaggio, p. 358. para o P.e M.e Belchior. O P.« M.e Fran-
cisco veio aqui a esta minha terra, aonde
fez alguns ciuistãos, o qual a mim me*leu
* «Figueira da India. Chama grande contentamento, e a elles favoreceo
assi,^porque dá huns figos, como os nossos
lhe
muito«. — P.Luís Fróis, ajjud Cristóvão
da Europa, porem vermelhos como sangue, Aires, F. M. Pinto e o Japão, p. 117.
assi por fora, como por dentro, e bons de
comer, mas não gostosos como os nossos. # FLOR DA LUA (ingl. moonfioioer).
Chamâo a esta planta por outro nome, Ar- Flor da convolvulácea indiana Ijm-
yore de raiz, e Mangue». Bluteau. mcea bona-nox, Linn. As flores desa-
PlOtt DE SAPATO t»d fà

brocham de noite. O nomo é tradi- ríedades da flor quanto à côr (^

CJU) do cone. tçandrim-jihtil. ,~ij amas


FLOR DE MERENDA on fuia me
renda. K o nom»' ími»' se dá na Iiulia ir>ft4. —
«... como sSo huas a que cha-
fulas de sapato
à Hor do M 7, Limi., a
Il.>t. .1, I'd, o
>.

(ir
qnril Xvrw v;i. m Portugal:
li()a> unit--, suspiros, maravilhas de
' '•
^ *" i.' 'LJ . <
W' !?:>•'. V ll.liu.i-cr-
r,.ni. .\ ' ' ' * l ', ' i

lii>r;i «i.
'
jv de sapato». — Caetano
caiii. *' iioitm du íiur e ilu {jiaiita. 1915. — «Se a \ u o nosso
Kúiilio iii'iicioii.-i outros iioiiu's |)()i-- •^vífenia cultural i. ..a, flor de
tuguesos. .ipato [doxinim — hibiscus rosa tinen-
^.....m.— O 1'i'rav.iir. il. 1 «te Novcmbro.

U;'.»:.. — «1 Fulha 1684. — «1 "^osa de Chi-


quadrohoPt. - /<">• ;o.^. na, Belgice ' > boom, seu Si-
ncnsÍB Uosae arbor". Kumpbius, loe. cit.,
IV, cap. 12.
burac uicrreiuf, ttt-in Fulhfi merenda, 1791. — «JejcignÍB aux pavote et aux
rt Fulha rabiqui, !i c. Umbellarum soucU uoe âeur dt- foulsapatte, qui scrt
«re». — Kuin- aux cordouniers à teindrc leurs cuire en
. viif, cap. 51. noir, conimc expression d'uo amour bumble
. fula de Me- et nialbeureux». Bernardia de — SSaint-
rer». !eve fá.sere (ii fiore Pierre, La Chanmiire Indietme.
biancv^u. — r r;i i^ayiiuu, Viaggio, p. 362.
* FÓ. Nome de Buda em chinês.
• FLOR DE SANTO ANTÓNIO. vSob
Fu, do dialecto da corte, representa
osf?» d«>si'jTi;n;An «»n »»nteiid(*m na In-
a primeira silaba (6«) ; mas parece
atas apoci-
quo havia variantes em outros dia-
; Aia, Poiret ;
lectos.
e Jabernamontana coronária, Br.,
' ^ ^ranças, de péta-
- 1687. -
— -i^ j/. .-vw .j.n <».|i,...' ^ ...I.Í.V......-.,

o Vedào, cum a Seyta de limidãm, Foe,


las. A primeira
ou X'""'' iiiM,. f.irlo.. .sti'.i Ti,.nic.; t. in em
i junto das igrejas e dos dill' sas».
— 1 ._ , . , J de
Cei
178?.— *V#-flr ntitra Hi«p»Mta noa átrios riotiyia de ser comíl uttiniSo
f* lograres que :iari<<.s ser o 1'

.L* Santo An ;'ie <» Fô lou Po<


aiic;i c aiaaicllu, 1' '-ate ouiíuà cocrcuem>. ». — Id., p. 94.
— Fr. ('lfmoiit«- rei- 17*2iV I'l'cilos
. •

pMcp «abcm que hoave


i;il , 1 ' adido, II, p 311. FÓ '
!ti Kum e
..iker, Coi-
• FLOR DO DIABO VI, p. H&.
flor de açoca, q. v. ta mais em vog« oa
OS, é a il "• "i, di-
• FLOR DE PAVÃO. Ponciana cbinese!) FÓ».
an-
•iíjI
1 na Chioa, a» reliirific>

pinta puicherrima , S wa ;

- •. . . of .
"
ta pavaei r I ra-
'•" - •» -<;. "»
«. p. 67. •

Is'.lT — •TIu iiiiiilii (> 1>iii1i11iÍhiiii>. rrlii/I.li»

• FLOR DE SAPATO <>u ROSA DA


CHINA. roaa êineimis, Liiin.
^

<) {iniu ...' proviTv •'


.1.. ""f
..,.,
uso
lu^:.ii- .i.
«.'111
K' '^Xftj e o in- i

ridolc Foe, lea i

d tea a i^ua pátria. liá ai^umuji v«r i


t«mp«7cu«c,ct lMaut«iu»Uc wut tiUivulc*
POPOLI 400 t^ÔLHAS Í)A TftlííDÁDE

fabled, qu'ils ont apportées à Ia Chine


# FOGUETE. Emprega-se na índia
avec leurs Idoles». —
Lettres Édifiantet,
^
'
v,
esta digão para designar o «estalo
p. 198. '

1735. —
«-S.o La secte des Idolatres, qui da China». O foguete no sentido
adorent uue Diviuité nominee Fo, ou Foè, continental expressa-se por afoguete
dont le culte fut transporte des ludes à la
do ar».
Chine environ trente-deux ans apre» la
mort de Jesu8-ChrÍ8t«. P. Halde, Z)e«- — FOGUÉU. Bôlo de farinha de ar-
críption de la (Jhine, iii, p. 1.
1770. — «On détruisit environ quatre roz, frito em óleo de coco {vadó em
cens templos de Foé, dont les idoles furent concani). O corrente em
termo é
fondues». — Kaynal, Hktoire, 106. ii, p. Goa. A etimologia é incerta, talvez
1778. — «Cest un philosophe qui dit,
parlant des Scíouras, prêtes d'une caste do cone. phugó, a forma abolada ou
particulière d'Indians impertinente et ido-
;
convexa».

latre canaille ; parlant des faxirs Indiens:
ces gueux de gentile. Voilà comme à la 1553. — «Boticas, hortaliças, apas, fo-
Chine les Lettrés traiteut les Honzes de gueoso. — João de Barros, Déc. 2 II, v, '.

Fo». —
Anquetil Duperron, Legislation 1572. — O ramo das apas^ e fogueos,
o

Orientale, p. 138. que seraa liure». —Archivo Port. -Oriental,


1782. —
«Ce qui designe assez que Ra- II, p. 197.
ma ou Vichnou est le même qu& Foé, 1577. —
«Aoa que adoecem dão não
Sommonacodon, Xaca
des Japonnois,
le amendoadas, tisanas, apistos estillados,
et le Boudlia des Chingulais». Sonnerat, — nem cousa que tenha substancia, excepto
Voyages, i, p. 204. agoa com açuquar, a lecha (V) ou fogueos
1786. —
«Li Chinesi le [as escrituras] dejagra, e manteiga». Primor e Honra, —
riferiscono ai loro Fohi; e gl'Indiani ai fl. 9u.
Ke Manu et Budha, che è certamente il 1850. — «As apas propriamente ditas
loio Mercúrio». —
Fra Paolino, Viaagio,'
^^
são assadas, e os polés ou são fogueos
p 223. fritos em azeite, embora seja a massa de
1830. — «Le
mot Fo n'est pas, pour hunia e outra sorte de apas, de farinha de
I'oreille, éloigué de celui de Bouddha
si trigo, arroz ou nachinim». F. N. Xavier, —
qu'on pourrait croire à la premiere vue. O Gabinete Litterario, iv, p. 161.
Dans midi de la Chine (et c'est par la
le 1886. —
«Moer as temperas, e a farinha,
que de Bouddha se sont d'abord
les rites frigir 08 fugueos, e preparar as mais
introduits pour s'etablir), la classe de mots cousas necessárias para os banquetes dos
à laquelle appartiennent Fo se prononce casamentos». —
Lopes Mendes, A Índia
avec I'articuiation / à la fin 1'/ est plutôt ;
Portugueza, i, p. 251.
une labiale qu'une sitHante, formée par
I'apposition de la lèvre inférieure contre * FOLHAS DA CHINA. É como se-
les dents supérieurs, et la voyelle a à peu
prèa de I'o comme dans tonne, de sorte que
denomina na índia a euforbiácea 6b-
un Français, en ne suivaut que son oreille, dialum variegatum, Blume, por se
pourrait très-bien écrire le mot Fo Both supor provànda daquele país. «Das
ou i^oíA». —
Michel, Poesies Orientales, Moluccas muito cultivado nos jar-
;
p. 111.
dins as folhas são salpicadas de
1853. — «Seulement il voulait conser-
;

verde e amarello. As folhas inteiras


vei. .un nombre determine de monastè-
.

res et de bonzes de Fo, en les plaçant ou em pedaços entram nas en-


feitas
sous la direction des mandarins qui avaient fiadas de flores que se vendem no
soin des aft'aires des pays étrangers, parce
que, disait I'ordre de I'empereur, la reli-
mercado». D. G. Dalgado, Flora.
gion de Fo est venue du pays des Indes».
— Pauthier, Chine, p. 327. # FOLHAS DA TRINDADE. É o
mesmo qne pongueró (q. \.).—Ery'
* FOFOLI. Tecido indiano de algo- thrina Indica, Lamk. «A madeira é
dão, pintado ou estampado em qua- usada para fazer objectos laqueados.
dradinhos pano riscado. O termo O nome o folhas da trindade» é em-
;

figura em uma lista de panos despa- blemático da triudade divina dos


chados na alfândega de Goa em hindus: Brahmá, Vishnu e Xiva».
1630 para Portugal, publicada por D. G. Dalgado, Hora.
Cunha Eivara no Chroniata de Tis*
suary, i, p. 157. Do cone. phopholl
(marata pophoU), de phophol, «aré- 1 Domingos Vieira, citando este passo,
define fogueo : «tributo que em Goa se pa-
Ca». gava por cada easa habitada».
FO.MBITM 401 FOUDAR

• FÓLIO INDO, índio ou indico; lenxi^s,e uosso Deos, era tudo hum». —
r. LuÍ8 Próis, Cartas de Japão, 264.
folha da índia. K o Dome que se

«... que os honieus se conuer-
íbi<íi.
i, fl.

'
às folhas sCcas, tein em
lium Cliaoa, que nílo lie vida, nem
iiácrito por tamãla morte, ueni gloria, iieui pena, ao qual illfa
concani) do patr em chaiuào Fombumu —
li., n, fl. ir»;

„......i^ oit'8 da oaueloira bra- FOQUEQUIÓ. Nome dos


I . V
livros sa-
;i. como: «caiu'la da índia» {Cin- grados duma seita dos budistas ja-
!! Neos), tcanela do poneses. Do jap. JiokkekyOy lit. «li-
y f, Roinw., ou Lau-
vros dos hu/i'kegn.
i, Koxl).). Km um grande 1561. — «Ha huns que adorão a hum
exportação para a Europa,
<.v
homem nome Xáca. E a.ssi os que o
por
(ido dos pregos e dos romanos adoram também adorâo a hum livro sen,
'
*de Malabnthrum. que chamão Foquequiô, e dizem que
nostra a contusão nenhum se pode saluar senSo com a vir-
tude deste liuro, e com elle se saluarão as
que se íoz desta droga com o betle^ eruas e paos». P. Cosme de Torres, —
•« trata do assunto, como reconhece Carta» de Japão, i, fl, 75.
Vale, «com a sua usual lucidez e 1Õ73. — ic . . . zombando do pouco fun-
onhecimentos locais». «Ex- damento que tem as autoridades que elles

as íolhas em grandes
alegãn de Fotquequiô). —
P. Luís Fróis,
ibul, fl. 34?.
io8 para Bombaim e dizem 1582 —
«Todos os dias lhe lia o foqui-
.> >..>am para a preparayio de quló, que sJo os oito liuros principaes da

.

lei de Xaca». fl. GO v. íd., ii,


in pé de caril». D. G. Dalgado — «Todos
1605. da mSo do Bonzo to-
'a;vid. tambí^ra Cia sitifi cação, massem oFoquequIo, que hc hum liuro
'<o 13). V. 0'lossari/, s. v. ma- da sua seita, e poscsscm sobpe suas cabe-
i/jaUirum. ç;\s, como professando serem da seita dos


<iU;í ho qual betole nos chama-
Fotjueixos». —
P. Fernão Guerreiro, Bela-
151<>.
çam Annual, fl. 15.
os folio Indlo, que tem a folha tama- 1701. «. —
e esta foy a doutrina dos
'ino taiichageu. Duarte Barbosa, — oyto liuros do Fotquequiô, que os Fot-
. .

p. 28«J. queixos admitem por iufallivel». P. Fran- —


«Folio Índio o betelle».— lie
cisco de Sousa, OrietUe Conquitíado, II,
-, Carla a tlmj, apud Saraiva, IV, 2.
• '
I
-'•
— «E O folio — «Tem diante de si huma mesa,
1749.
l.'b.j. indo llie chamllf) os com hum bom tapete, sobre o qual
coberta
põem o seu livro chamado Fouquo-
quium, de que tomílo o thoma, como nos-
80.S Pregadores da Sagrada Escriptura». —
olha da India». - Uarcia da Orta, P. Crasset, Hi«t. da Igreja do Japão, i,
>1 XZIII.
p. 66.
1578. n Y 110 — »
' '
a-
1754. —
•.\prè8 la mort de Xaca ses
'irn o FoUo Indo, r ,)i ,,i n Jo
i
deux plus illustres Disciples rccui!illirent
lira . . . 800 se» maximes, et tout ce qui fut trouvé
l.i» hoiíi"' lie
r< lit de .sa main sur des feiiillos d'Arbre. .

(Ml coiiipusoront un I.,ivre, qui fut


I- Fokekio, le Livre des belles

Temul M'O Siriíirn, lic«t


Flours». — P. do Charlevoix, Hiêt. du Ja-
r"'«. «, p. 213.

FORDAR, fosdar, fouzadar ({H^rsa


. do i'lr. fauj o ^'tr
» exi«reito»). Com tlo
•ito ;
juiz criminal, choíe da po-
... ..I, na India '.

Ili-rbarium Amboi'
1638. — «O
;s,
Fordar nio |)oderi oha-

• FOUBUM (jap. homhiim). Divin-


lade do8tenx((«, q. v » 1771 — «Foadap. I' ton
<li ijii:i!>-}i«- |<'"\iui<ia, uii ;

ir».
l'"l 1 Vt.-I,;,,,, ... . . ..
FOE^fAO 402 FORMÃO

mar todos os christãos, quando liver al- indianos. Ob ingleses escrevem co-
gum serviço de guerra, uias somente qua- mumraento firmaim, mas lêem for-
tro, ou cinco dos mais vellios, e melhor

In O Chroniata de Tismary,
man, assim como ortografam sirdar
conselho».
I, p. 61.
e proferem sordar, conforme o persa
1646. —
Querendo exercer as suas juris-
, .

surdãr.
dições Fordares e Divanes, contra a or- Os nossos escritores antigos, que
dem real». —
Ibid p. 62. ,

eram mais entendidos em etimolo-


1695— «He Fouzadar Capitão de
doze mil cavallos, e corre por sua conta gias dos vocábulos orientais, orto-
ter segura a Corte de ladroens». Cosme — grafaram uniformemente /ormflo. Os
da Guarda, Vida de Sevagy, p. 130. modernos, que lêem por livros fran-
1784. —
«O Nababo em vista do Fornào
ceses e ingleses, escrevem jiriruin,
logo mandou Fouzdar de Ugoly que en-
tregasse, como entregou, todos os bens do com mais erudiçSo o menos patrio-
Inglez ao Prior». O Oriente Portuguez, — tismo *.

iii, p. 132.
— 1535. — «Disso vos mando este For-
«... excepto nos casos, que pe-
1785.
tem pena de morte, cuja averigua-
las leis
mflo, que me pedis vos outorgo».
e o —
ção e castigo pertence ao Fardar, Go-
Âpud Castanheda, Historia, viii, cap. 101.
Apud Jú- — 1544. — «E de nos passar logo disso hum
vernador Mouro de Houguli»
lioBiker, Collecção de Tratados, xii, p. 18. formão assinado com letras de ouro». —
1790. —
«Respondeu que alcançaria li- Fernão Pinto, Peregrinação, cap. 119.
1546. —
«Não leve mais que aquilo que
cença do Fozadar (general) lemal Gour-
ro». — Ihid., IX, p. 20.
tiver porformões dei Rey d'Onnuz».
1810. — «Fouzadar (officio militar)».
Regimento de D. João de Castro, in Ar-
— Joaquim C. Soares, Doe. Comprobativos, chivo, v, p. 192.
1556. —
«Eu me entreguei ao grão ca-
p.434.
1914. — oChristovão de Sousa, fauza- pitão, Çoleimão Baxá por um formão seu
dar-mór ardido á guarda rural e flores- chapacfo de ouro». —
Lopo de Sousa Couti-
de Nagar Avely — exonerado a seu nho, Hist, do Cerco de Diu.
tal
pedido». — O Ultramar, de 19 de Outubro.
1577. —
«... em palaura, juramento,
1917. — «Mantas de lâ para Fousda- nem formão seu, inda que odêraillumi-
res 3». — O Ultramar, de 11 de Janeiro. nado de ouro, como elles fazem». Primor —
e Honra, fl. 85.
1666.—" . . . Foursdar,
qui est oblige
à tenir la campagne secure et libre etré-
1589:
pondre de tous les vols qui s'y font». — «Senhor, eu m'entreguei ao poderoso
Thevenot, Vogages, iii, p. 61. Gram Biixá Soleimfto, por elle dado
— Me ter seguro firme e valioso
1824. «A niessinger came from the NG forniío seu de chapas ornado».
Foujdar (ohatellin) of Suromunuggur». Francisco de Andrada, O Primeiro
— Heber, Narrative, i, p. 348. Cerco dt Diu, XV.
1883. —
«They stirred up the Muham- 1608. — «Estas cartas. . . quando chega-
madan general (Faujdár) at Húghlí to ram nos pareceram diminutas, por não tra-
pick a quarrel, in the name of the Delhi do Xá em que
— zerem patente ou formão
Emperor». Hunter, 3%e Imperial Ga-
nos desse licença pêra fazer esta jornada».
zetteer, II, p. 77. — Fr. António de Gouveia, Rdaçam da
Persia, fl. 5.
FOREM (jap. hõren). Palanquim 1612. — «Formão em que ElRey d'Or-
do daire, carruagem do micado. muz concedeo a ElRey dom João o ter-
ceiro as rendas da alfandega d'aquella for-
1588. —
«Com este aparato chegou aos taleza». —
Diogo do Couto, Déc. V, ix, 5.
paços do Dairí, e logo elle saio metido em «E lhe mandou logo passar um soberbo
outras andas mui ricamente ornadas a que formão, em que concedeu a El Rey de
chamão Foren, que são próprias do Daire Portugal a cidade de Damão». Id., Vida —
cubertas ao redor com huas cortinas de de D. Paulo, p. 65.
seda roxa com muito artificio lauradas. as 1616. —
«Deo pêra isso bua carta de
quaes leuauão nas mãos, e não nas costas poder, a que os mouros chamão FormfiO
como as outras, e ao redor delle hião oi- de que forão descontentes alguns seus
tenta Cungés a pé». —
P. Gaspar Coelho, emulos e competidores». —
António Pinto
Cartas de Japào, ii, fl. 261 v. Pereira, Historia da índia, fl. 58.
1(531. —
«Com todos os do seu conselho
FORMÃO, firmão Decreto, (p. us.). tinha passado formão para se fazer
provisão, carta régia, entre os mu-
çulmanos do Oriente. Do persa far- 1 aFarman, Furman, vernacularly, Phar-

mãn derivado de farmudan, «or- man, corruptly Firman, Firmand, Phir-


denar», e adoptado pelos idiomas maun, etc.». —- H. H. Wilson, Glossary.
FOIiMAO 40a Pl'iRO CORRENTE

pa*rm • 0««, ^ t<»Ih«»r o? mnntHn(«nt«>0«. espaffa om punho para dilatarem kã raÍM


'' '

ilento iui|H!rioo. — Ifcraldo, ^t9


\- ih\>> «II m'auoit a..' " ma
.•y priere. et vn Firman 1 : le
vinoiiio ixKurro, Ut'c x ' ir de Haroch, my int
ir avec ciuilité c :>

povos ' "


. s dftva iN lii'iiv) — Thomas Row, in ixrumoug, i,

s, ou Pr. M? mos- '

p li>-

t
1 - I. .
ho- i
1655. — nForman (e«to o<i •'•' M sin
a otro igiia!. . a que maudo c
to-

! .

t do8» Faria e housa, /ii/a /'.,. .y- oU, II,

,. 122.
,. ,. , 1G74. — «Our PKarmaund (or
Ui»."'^''
— Cosme da (ruarda, Vida de Charter) grantud ^ from their

I

jn i Eniperor». Fryer, 288. ; a, i, p.


!or pris- i
177i^. — «On préstíute des Otticiers qui
!•
, ;ia assi- i
demandout et dont le premier
de.s places,
Âpud Júlio Bi- Vizir exj)«dier ies firmans (Bre-
fait
K , XII, p '^ vet3)->. —
Anquetil Duperron, Légialation
J7yj _ .i^- Orifnfafe, p. 42.
— «The Shah
!

tei... K' o IHX.'V. received the int«l-


FormAo. '^ with satisfaction, and despatched
eip^lir». I' man by return of the mesaenger,
Nazi'r Khán beghrbnj of all
'» — «Treslado fH Firmâo dos 17 ) .11». —
Hunter, The Impenal Ga-
zeriecr, p. 30.
•ritos em
idioma ii,

I de TUsuary, i,
# FORMAS. eonoani-mar. phar-
l*^-' — «Uns, tnmsram por sna.o \Ai\ mas <^\)itV'iii jdnna'iiih, siguitica cor-
'" '
'
"'^'
mandato para so fazer algum
(It-ni,
'

^*'
serviço» ; mas aas abonagõos tom
;r. —.Qie «<> Ihea rAnopdea-íf licença, :
senlido restrito e técnico de tpeasio
'
ulu-Ihe» j
certa e invariável t.
1, leva-

— «Formas
!

— Cunha! 1840. (Trib • e


ry. i. p. 39. I
indirecto, imposto pelos Sar-1 '

>e8-
rei sae.s, Gancare» nos haVíitantes J;i-; .\i(i»'a8/».
;- — F. N. Xavier, C'<}Uecção de liaiuioê, i,
n.,.,-,.-. ., ,, .,iO. p. 97.
rei de Caiiibaya 1845 — «Formás. Titulo em dinheiro,
'
|

c-..^^rt,,» , ^,.. » > •if.s e oa-


I ;un por
uaucares,
.«. e ontroB*. — Aimaet
A>. — -Lançaram sobro a.s communi-
comin
(tccas,
em

M 1-, .
ftai
I. ^' € iitvuriitviu 4UU a contaiuuulaJt) paga».
i>

I'll ' tifi^Ko porino^om adquiriu


I
— W, p í»4
um 1*.»'
das
<*•- I Nov.. !^a-
íjrmus .iHiisôM
iiniriiii» <>u t«*rra
l>
-' .<<iii lor lo^.' riiiiiein», li<>i. "^ '
'

i'" '.'
nio «e realizando, totlavia, | sx, p. 93

FORO CORRBNTC. KnUmdo-SO «B

>s aeas aramadoti formóos v ««aiain du ;


rário do propriodad^s dan comtuu'
FOTA á04 FOTA

nidades agrícolas ou do estado, em —


«Suas mulheres ("dos maldiven-
1346.
distinção de foro limitado, q. v. ses]não cobrem as suas cabeças. e não . .

vestem mais do que huma fóta, que as


cobrem do embigo para baixo, ficando
1727. — «Foro corrente. Na índia
o resto do corpo descoberto». Id., ii, —
Portugueza são aquellas fazendas, e pro-
p. 271.
priedades, que entrSo a ganhos, e perdas,
e nellas reparte o proveito das vargeas».
.se
151 — de tafeciras bayxas dalgo-
1. • . .

— Bluteau, iSupplemeuto. dam spys myll e quatro centos e de fotas


1885. — «'A ultima parte ficou reservada
sete myl e duzentos e oitenta e quatro».

para os aforamentos in perpetuvm (cotuba-


— In Cartas de A. de Albuquerque, v,
168. p.
e para os arrendamentos temporários
lõll. — «... de panos de cambaya que
7ia)
(foro corrente)». — Teixeira Guima-
se chamam fotas hoyto centos panos». —
rães, As Communidades Indianas, p. 12.
1852. — «Foro corrente — Era as-
Ibid., 418. VI, p.
1515. — «Compres híía camisa mouris-
sim conhecida a pensão variável que one-
qua de cotonia branca e hfia fota de seda
rava 08 palmares, as várzeas e os arecaes,
qúe tinham tangas annexas». —
F. N. Xa-
boa pêra o èbaiiador delRey de barem».
— Ibid., VI, p. 370.
vier, Bosquejo Histórico (2.» ed.), iii, p. 70.
1516. — «Trazem outros panos sobraça-
FORO LIMITADO. É fôro fixo e per- dos como capas, e fotas nas cabeças». —
Duarte Barbosa, Livro, p. 233.
pétuo de terreno primitiv^amente in- «Estes saom homeins aluos e muy gen-
culto, no Concão. É o mesmo que tis homeins e uistosos, andaom muy bem

cotuhana. vestidos suas touquas foteadas na


. .


.

cabeça». 340. Id., p.


1529. — oE trazem fem Lara] nas cabe-
1727— «Foro Wmitado. Na índia
ças toucas foteadas sem rebuço, e fotas
Portugueza se chamâo as propriedades e
fazendas, que pagão certo foro annual-
de sete [seda?], alguns trazem o carapução
mente à gancaria, ainda que a terra não do Sufi debaixo delias». António Ten- —
reiro, Itinerário, cap. 3.
renda nada, e não entrâo a ganhos e per-
das». —
Hlntesin^ Supplemento.
1551. —
«... e na cabeça hua touca
1852. — «Fôro limitado — Teve esta muyto foteada».— Castanheda, Histo-
ria, cap. 226.
designação, para diftevençar da do fôro
corrente, apensão annual certa, inalterável 1552. —
Estes se vestem de sedas e bro-
cados, e calção no inverno borzeguina mar-
e perpetua que onerava os prédios {kut-
roquis laurados douro, e çapatos de ponti-
tumbân); estes prédios podem ser alienados
e divididos sem consentimento da commu-
lha, e nas cabeças fotas muy ricas». —
nidade». —
F. N. Xavier, Bosquejo Histó-
Id., iir, cap. 130.
1552. —
»E mais thé vinte covados de
rico (2.* ed.), IH, p. 70.
tafetá e huma fota, sem disso paguar di-

FOTA (ár. fiitah, «avental»). «Te-


reitos nhus». —
Archivo Port. -Oriental, v,
p. 60.
cido de ou lã, de algodão, e seda 1553. —
«Posta na cabeça bua fota de
com do tamanho e feitio de
listas, seda e ouro, e vestida hija cabaya de seda
hum a cinta. Os Orientaes a trazem cremesim apedrado de ouro». João de —
Barros, Déc. lí, ii, 3.
enrolada na cabeça por Turbante ; 1566. —
Os Nobres trazem Fotas na
outros a trazem no pescoço cora as cabeça com cadilhos de seda». Damião —
pontas cabidas para baixo por causa de Góis, Chronica de D. Manuel, i, cap. 38.
do frio». Fr. João de Sousa. Mas 1572:
o vocábulo tem outras acepções se- :
«Na cabeça híía fota guarnecida
De ouro, e de seda e de algod&o tecida».
gi\ndo Ben-Batuta, é uma toalha; Camdes, Lusíadas, \, 94.
na índia Portuguesa é um pano de — oO corpo do defunto, queimam-
1603.
fazenda rica e ornada, que as mu- no, mas pode ser emburilhado em huma
lheres cristãs, que trajam à indiana, fota que chamão toda-pata, primeira seda
vestem em ocasiões festivas. FOTEA- de Toda, que vale 5 ou d fanões, e se fal-
DO (adj.). De fota ou semelhante à
tar esta fota hão de esperar por ella». —
O Chronista de Tissuary, iii, p. MO.
fota. 1614. —
«Trazem huas beitilhas finas
foteadas, leuantadas huas pontas pêra
1329. —
uDão-£e três fotas (toalhas de cima como carochas». Diogo do Couto, —
algodão) a cada hum dos que entrâo [no Déc. V, VI, 1.
banho], com huma das quaes se cinge á 1687. —
«Cingiâo no [ao rei de Cota]
entrada, com outra á sabida, e com a ou- fotas de prata, cujos remates cahião so-
tra enxuga a agua do corpo». — Ben-Ba- bre 08 pés». —
P. Fernão de Queiroz, Con-
tuta, Viagens, i, p. 273. quista de Ceylâo, p. 141.
p/>'rí>i't'rvo

17!.: - F - Ii8- vio por deoscá-, — 1' A Vieira, XacUr


{".- .. da Dnmiiiulo, p, .'{79.

:

t muilo di: lurbautc duâ Turcot». XVII. «\ cui-


dado que o d' imis
AireS|
tf, .-•' oil.U.il 96.
" '

f ;i l
• lie .

veludo eii habbiano detto, e se vi sono altr


primo ^rado, da' quali sidoman<i
na: delia vita futura, chiamano per .<

in lor lingua Fotoques». — I'. .'<iaii<ri,

í.e Iftnrie, j). 491.


1IJ74. — "Su maior Parai'" • - "' '« Xà-
ca, particular autor de los F s». —
Faria e Sousa, .-l Asia 1 ^ -, ii»

p IWf, p. 764.
lí^I?. — nAà âeii]ii>;:\s de iiíiuiio br\iú 17õ4 —
«Ce Dieu [Amida] est un des
plus auciens Fotoques ded Indes, et il y
a au Japon une Secte fort étendue, qui lui
•sseíroB». —U Uiiramar, de est sp^cialemeut dévouée». P. Charie- —
voix, Hist, du Japon, i, p. 205.
i ni fota, quiinno c toalha
que nane procurava satisfa- * FOTQUEIXO (por abreviação, /o-
zer vaidade, pela riqueza
quexo). Adorador de fotoqué. Do
.1

do t. .1 oiro ou prata». He- —


raldofAe 'Ji de Dezembro. jap. hotokeshu.

rOTOQDE, fotoqué mais orncto;. (


1551. —
«Ha alguns que adorâo este
rXacaJ somente, cham&se Fotqueixos.
«Nome gent'rico tias divindades ado- Outros ha que adorSo este, e a todos os
radas pt>los budistas [japonesas], as demais». —
P. Cosme de Torre, Carta» de
quais eram todas originariamente Japão, I, fl. 17 V.
homens». Hepburn. Do jap. AoíoA-e. 1559. —
oDous Bonzos principaea letra-
dos da seita chamada Fotquéxu, os
Oji isa/tâo somente antes quaes tem passados os livros de lapão, fa-
de . ) Pinto escreve fatoqui. larão com o padre». — Ibid., fl. 70.
V. Amidaf Xaca e Cámi. 1560 —
«Os da seita de Fotquéixu
dizem, que he o Mion, que olles pregão».
1551. —
aAssim o tinhilo já determinado —Ibid., 71
todos os quatro Fatoquis (quer dizer 1562. — «Ha
fl V.
hua seita, que chamão
detues de crença) Xaca, Amida, Gizom e Fotqueixos. Estes adorâo cinco letras,
Camom». —
Fernão Pinto, Peregrinação, e nSo buácào rezâo, somente se fundão na
cap 211. fé do livro de Xaca, nam crem em mila-
1&62 — «Ha duas maneiras de idolos, gres, porque assim lho mandou». P. Bal- —
tazar Gago, ibid., fl 99 V.
luées • 1577 —
«A mulher do filho de LeSo que
i II: 1' - -í -' 'iLiiiia Ami- será moon ' ' *
.nog, era Fot-
da . A "otoqué .se chama queixa Fotqueixos».
Xá. •
fí ,. _p Balta- - P. Lu,. 1

zar '
1, fl. 99. 1602. «I — tio que hc, se
'

... ..ires de p«*dra, seita dos geu-


iuès ou Ídolo» no queixos —P Fernão
-, .
— P. Luís Fróis,
ibui alium de
\' IV Dn-indicial c con- (•'i: fcinl- icsdo
traria ao cuito, e • -i aoiiort atras,
Fotoques. 'lur .« i
'••
Foquexu»».—
zes -i aniKi.s ama ne couseruaua /d., ri I6íii'
PUI vn.> (i'' I.Tpatno. —
P. Fer- 1701 - .. Cnnverteo todos os seus pa-
nã' tal, ti. 87. reii* Fotqueyxos, que slo
! oito ntt nore ,i, á ley de
«• oj)p(kstu.<<

i'. iiiincisco de Sousa, Oriente


1-7-, II
\ iii:i u'l.. Foto 174'J << dofl X qae
que*'. . TIlí, 12. adorJo 1 outrnt oana,
1694 - .\ ii'lo <lia- que ador.i
boUca • Divi - Foto- (^uexus, II

quez, c dos one rii"ii>tr"«, qii'- .('1 'ri- Urro, quo ch.nnan
FRANGUE 406 FRANaUE

pontos priucipaea desta religião profana». senão fringue». -— Garcia da Orta,


— P. Crasset, Hist, da Igreja do Japão, Col. xxxiv.
I, p. 71. 1607. — "Nam souberam dizer mais, se-
nam que os moradores delle erão ca/áre$,
FRANGUE,
fringue. Esta palavra,
que quer dizer gente sem ley, outros lhe
de origem persiana, farangl, firinffi diziam que erão Frangues nome que
(ár. ifi'anfi, firanfi), 6 t'ori'u^'ao de elles dam aos Portiiguoses, e mais Chris-
«franco». Desif;navaorigin{iriamente — P. Fernão
tãos». Guerreiro, Helaçam
Annual, 167. fl.
«europeu cristão»; mas na índia res-
1615. — «Chamam a esta moléstia .Fa-
tringiu- seao «português», e poste- ranqui baiscour, porque este mal lhe veio
riormente ao «indoportuguOs» o ao da Europa, e elles cliamam aos Europeos
«cristão», o teve outros significados em commum Franqui, ou Frangui,
por razão de serem os Francezes mais afa-
nos idiomas indigonas, particular-
mento no território dravídico. Em mados povos do oceidente». Pyrard de —
Lavai, Viagem, i, p. 159.
concani firingi quere dizer somente 1616. —
«Isto interpretam alguns desta
«português», como substantivo e maneira. Galas, e Franquís serem Por-
tugueses, porque em toda a índia nos cha-
adjectivo. V. Influência e Glossary
mam Franquia, que quer dizer Chris-
1330. —
«Esta divisão é privativa dos tãos, porque , a, todas as Províncias da
Christãos Francos, que a habitão, que Christandade chamam Franquia, ou Fran-
bSo de diversas nações, a saber Genove- :
quistan». —
Diogo do Couto, Déc. XII,
zea, Venezianos, líornanos e Francezes, v,5.
cujo império pertence ao Soberano de 1617. —
«... como que se persuadia se-
Constantinopla». —
Ben-Batuta, Viagens, rem pouca empresa para seu poderios en-
I, p. 466. cart-erados Franguis, como elles chamão
H98. — «Taces homens uom podiam ser aos nossos, nome que depois da jornada do
senão Francos, que asi chamam a nos- affaniado Gofredo de Bulhão se deo entre
outros em estas partes».— ^o/e/ro de Vasco os infiéis do Oriente a todos os Europeos».
da Gama, p. 99. — Conquista de Pegu, cap. 5.
1Õ16. —
«Dizendo que pois os Portugue- 1651. —
"Dizendo que só os Franques
ses (aos quaes chamaoni Frangues)-.-». merecião trazer barbas no rosto». Ja- —
Duarte Barbosa, lAcro, p. 248. cinto Freire de Andrada, Vida, p. 186.
1529. —
«Habitào aqui [cm Tabriz] duas 1668. —
«Explicou aos Mouros, que
nações de Christãos, e ha boa quantidade aquelle era Bragmane dos Franquis
deíles na terra, e huns delles, a que cha- (assim nos chamão aos Portuguezes). .». .

mâo Frangues, tem o costume, e fé co- Fr. Jacinto de Deus, Vergel, p. 74.
mo nós. e outros são Arménios».
. . An- — 1687. —
«Não faça dunida chamar o
tónio Tenreiro, Itinerário, cap. 15. Traductor /ranços aos Portuguezes; por-
1552. —
«Donde entre os indios naceo que como os Francezes, em séculos passa-
aquela maldição que dizem a ira dos fran- dos, forão tão conhecidos na Suria, e dali
gues venha E
esta ira he a pri-
sobre ti soou seu nome por toda esta Asia a todos ;

meira cousa que os mercadores rogão a Europeos cluunào ainda nela Franguiz,
deos que os liure». —
Castanheda, Histo- como se todos forão Francezes e basta ;

ria, II, cap. 96. ser gente branca, e não uestir touca, e
1553. — «Dizendo que os mandauão uir cahaya, para lhe darem este nome». —
para uerem a armada dos Frangues (que P. Fernão de Queiroz, Conquista de Cey-
assi nos chamão clles)». —
João de Barros, lão, p. 51.
Déc. II, III, 4. 1741. —
«Era o baixíssimo conceyto,
1557. —
«Que se levantassem contra os que os naturaes fazião, e fazem dos Euro-
nossos, dizeudo-lhe que os Frangues peos, que lá conhecem, a que chamão
não fizeram aquella fortaleza, senão ])ara Pranguls, nome tão vil, e indigno entre
08 cativarem todos, e tomarem-lhe suas elles,que o não tem a nossa lingoa mais
terras». —Commentarios, i, cap. 17. infame, nem ainda tanto». Fernão de—
1ÕG3. —
«E letras que dizião frangue, Brito, Hist, do Ven. João de Brito, p. 41.
que quer dizer christão». Gaspar Cor- — 1750. —
«Logo o Nababo despedio 18
reia, Lendas, ii, p. 344. cavalleíros com ordem para hirem a Mons-
1563. —
«RuANO. Pois porque causa cha- pur prender todos oâ^ christãos, e deo tam-
mam aos Portuíruezea nesta terra fran- bém ordem para quebrar todas as Igrejas
gues? Orta. Eu volo direi porque não :
dos FranginS". —
O Chronista de Tis-
tão somente o chamam aos de Portugal, suary, ir, p. 04.
mas todos os christãos do poente e a causa ; 1862. —
«Em Goa os portugueses che-
nisto foy porque os primeiros christãos co- gados da Europa ou America são indistínc-
nhecidos na Asia eram Francezes, chama- tamente denominados frangues oufrín-
ram a christandade Franquia. As bou- . .
guins, ou reinóes». —
Francisco M. Bor-
bas [sífilis] nã^ são chamadas frangue dalo, Ensaios sobre a Estatística, v, p. 45.
r nA>\»i n 407 I hL 1 -A i-'fc ADÃO

gui ou d'iiiipure, -en-


doa

u^.
tliríí they lu 1

ofFu-
master
- Doc.
40.
If, 11 --. ,( '
r in
Persia a' Frai ris-
tiani • •

nog
I ir n'> u^'iia 1 ai

p. 74.

lilt.

Dunt>. - :, p. JU1\
lit ii'iur étre
re élraii •
de
íin, h la lies
lies
lies
frangui*». — lieruier, Voyiiyts, II, p. 4.
1674 - "Av f»(rn proferia entre los
nus:
FEUTA DO CONINE 408 FU

caroço despegado inteiramente da carne dos e arborisados com mangueiras, coquei


que o cerca». —
Fr. Clemente da Ressur- ros, cajueiros, fructa do conde, pal-
reição, Tratado, ii, p. 33í>. meiras, goiabeiras» (em Angola). Annaes —
1842. —
«Jambolão, f ructa de Adão, do Conselho Ultramarino (parte não offi-
matonibas, cajus». —
Ânuaes Maritimos, cial),II, p. 90.

p. 270. 1862. —«... batata doce, patéca ou me-


184G. — aCaJinga melancia), (Pateca, lancia, ata ou fructa do conde, /r«c<a
Fructa de Adào (Nào he vulgar)». — de .4dãí>». — Francisco M. Bordalo, Ensaios
F. N. Xavier, O Gabinete JÀtterario, i, nobre a Estatittica, v, p. 57.
p. 249.
1862. — « . . . ata ou fructa do conde, FRUTA DO PÃO. V. árvore de fruta
fpuota de Adão, matomba, toranja, la- do pão.
ranja». —
Francisco M. Bordalo, Ensaios
sobre a Estatística, v, p. 67. 1826. —
«The bread-fruit tree I here
1908. —
«... contendo polpa amarello- saw for the first time, growing to an im-
-esverdeada, muito saborosa, 2 ou 3 se- mense size, and with gigantic leaves,
mentes, semelhantes ás da fructa de shaped like those of the fig-tree». Em —
Adão». — O Oriente Portuguez, v, p. 20õ. Heber, Narrative, u, p. 173.

# FRUTA BARRETE. Malvácea — * FRUTA ESTRELADA. Dilleneácea


Hibisciis vitifolius, Linn.denomi- A — Dillenea Indica, Linn.
nação tem a sua razão na seme- 1898. — «Ofructo é do tamanho de um
lhança do fruto com o barrete. coco ; as sepalas carnudas teem gosto agra-
«Radix olei butyrique inservit con- dável ; dá-se o fructo como tónico ao gado
fectioni». Rheede. bovino». —D. G. Dalgado, Flora, p. 1.

* FRUTA BOLSA. Sapindácea —


* FRUTA SANTA. Fruto de Sa-
Cardiospermum Ilalicacahiim, Linn. mandra Indica, Goertn. O nome ori-
«O sueco da planta 6 usado contra ginou-se das numerosas proprieda-
a dor de ouvidos, e o das folhas é des terapêuticas que se atribuem aos
administrado na amenorrhea». D.. G. frutos, e às raizes da árvore e são
Dalgado, Flora. descritas por Rheede, Ilortus Ma-
labaricus, vi, t. 18.
FRUTA DE CONTA (em francês
* FRUTA TIRILHA. É o mesmo que
arhre à chapelet, em inglês prayer
aljjam.
beads). E o mesmo que gungi ou
Abrris precatorius. Usa-se o fruto * FU. E
termo chinês, que designa
para contas do rosário. Tem tam- um ou prefeitura, bem como
distrito
bém outros usos, sendo um deles a a sua cidade principal, sede do go-
sua inserção, depois de reduzido a verno provincial. V. cheu, chin, e
pasta, na pele de gado ou de ho- hien.
mens, para lhes causar morte por 1563. —
«Em as quaes... conthem du-
envenenamento. V. Watt, lhe Com- zentos quarenta e quatro cidades notáveis,
mercial Products, p. 1. as quaes todas acabão nesta sylaba fú,
que quer dizer cidade assi Chincheufú,
:

FRUTA DO CONDE. É o nome que Nimpofú, polas cidades de Chincheu, e


Nimpo, onde os nossos vão fazer seus com-
se dá à anona, conforme o Conde de
mercios». —João de Barros, Déc. III, ii, 7.
Ficalho, à ata, segundo o Dr. Dal- 16(X). —
«Fu he nota de cidade princi-
gado, com mais acerto. Nao se sabe pal na jurdiçam, goueruo, honras do Rey,
como se originou esto nome se de :
e cantidade do pouo. .. com algua seme-
lhança á composiçam Grega, em que tam-
algum conde, que introduziu a planta
bém o Polis vai detrás dizendo Alexan-
em alguma parte, ou da excelência drinopolis, Adrianopolis». —
P. João Lu-
da fruta, digna de figurar na mesa cena, Historia, x, cap. 20.
de um conde. 1634 —
«E as Províncias em estados
maiores, que chamarão Coe, id est Reyno,
1842. —
«As fructas que mais vem ao ou, Cheu, e mesmo, Fu^ que também signi-
mercado, ou se exportam para Bombaim, fica o mesmo, e quer dizer ajuntamento».
são os ananazes, atas ou fructa do con- — Hist, (lo Japão, apud Cristóvão Aires,
de, jambolão. .». Annaes Maritimos,
. — F. M. Pinto e o Japão, p. 141.
p. 270. 1G68. —
«As mães delas acabão na sy-
1859. — «... povoações, arimos cultiva- laba Fu, que em lingua China quer dizer
Fi:iEX 409 FULA

Cidailei - Fr. Jacinto de Detu, Vergd,


p. 15Í).
172*J. — «Tcra inais cada Provincia lai-
,.n ( ;,li,).. ,l,-ir,, i.li Fm . ,.!!, iimiiiin-
laB

VI, I'

1 (litna acha-se dividida ad-


ute em provincial {Chntff),
- (foil) e districtus (cAjVw)».
— Joaquim C. Crespo, Coutas da China,
p.60.

IfiST) -Vs.iri l-«s <'hinns, en la pro-
nunciaci<ni (iniades, cou e»ta t<r!!!Í!!;ii !;i.^

•iliba fu re dizer cuidad, como


Taybin f fu». Fr. Joan G. de —
Mendooa, ili^t. df ia China, p. 14.
1637. —
«Dellos ay qaatro poneros, que
•on (' " nan FCi».
' '

— I- , p. 4.
lio.'. - - "' n.i IMC- I r'i\iiiii- < si Sllbdivi-
•ée en certain nombre de Jurisdiction,
3a'or Fou en Chinois». — P. Hal-
e, ; 'If la Chine, i, p. 2.
1
-Fou (ville de premier ordre).
ville de second ordre). Hien . .

'i-i.isième ordre»). — Pauthier,


CAi
] "r
r
is still a large town and the
capital of a Fu». — Yole, Marco Polo, i,

p. 'Jge.

FUCUSSA (jap. fukuaa). Tecido


de seda, com as dimensões dum
lenço, o qual serve j^"-! Mnl.riill, ir
ou cobrir.
I^^yn — «Pela Europa, nas collecções
ill - . ni 1 .liirr •; ^'ii Iiillltd ;i ti riT 1 :i(li i-i llli-i

VOIVM"» M[i'
FULA CRICA 410 FUNÉ

terra firmo vender manilhas íí estas terras, diurética e a somente ó purgativa».


andando discorrendo pelas casas dão oa D. G. Dalgado.
dias e festíis dos pagodes e trazem fui-
las». —
Ajmd P. Casimiro da Nazaré, Mi- 1695. —
«... atque hinc Portugallis di-
tras Lusitanas, in Boi. S. G. L., xii, citur Fula Criqua». —
Rumphiua, Htr-
p. 485 hariíim Amboinense, vii, cap. 3U.
1618. —
nixovil corta a cabeça a líramá
#FULA TREPADEIRA; TREPADEI-
e amaldiçoa as fulas». P. Manuel Bar- —
radas, Ms., in O Oriente Portuguez, ii, RA DE S. JOÃO. Ipomaea quomoclitj
p. 228. Linn. «Succus ex Ibliis expressas
1635. —
«Saliiu o rei preto de Sião em errhynum est cephalgiain fagans»,
quatro elephantes todos com as insígnias
reaes, sombreiros brancos com suas fulas Rheede.
de ouro pelas franjas». — António Bo- 1695. —
«Noraen Americanum dicitur
carro, Déc. xiii, p. 119. esse quamoclit. Portugallice Fula trapa-
XVIII. — «Brama nasceo deste Visnú dera, h. e. saltatorius flos, quum in sepes
em liuma fula semelhante A de Niféa, co- prosiliat extra limites». —
Rumphius, jfiTer-
mo demonstra a Estampa». — Noticias do harium Amboinense, viii, cap. 52.
Gentilismo, i.
1736. —
«Não mandem sagoate de figos FUNCE (s. f.). Pequeno barco de
e fulas, nem de outras quaesquer cousas remo no Japão. Do jap. fune, «bar-
com o pretexto da dita novidade». In- — co», e se, «rio, canal».
quisição de Goa, apud Lopes Mendes, A
índia Poriugneza, i, p. 256. 1545. — «Nós partimos o Fingeandono ,

1782. «Vê-se outra disposta nos átrios e eu em hua embarcação de remo, a que
de algumas igrejas e outros legares que elles chamão funce». — Fernão Pinto, Pe-
produz uma fula chamada de Santo An- regrinação, cap. 135.
tónio, branca e amarella, bastantemente «E mandandome logo esquipar hua
cheirosa». —
Fr, Clemente da Ressurrei- funce de remo apercebida de todo o neces-
ção, Tratado, ii, p. 341. sário. . . ». — Id., cap. 137.
1788. —
«Por cada arrátel de Crao [cra-
FUNÉ (s. f.). Nome genérico de
vo],cardamumos, nozes [moscadas], e fu-
las [macis, vid. maisa\ de nozes, vinte embarcação no Japão. Dojap./wn^.
e cinco reis». —
Collecção de Bandos, i,
1551. —
«Este moço que trouxe esta
p. 44. carta, veyo cm hua funee de remo do
1843. — aAssim os moradores de Male-
tamanho de hua boa galeota». Fernãd —
bara em Goa Velha chamados fuleiros, Pinto, Peregrinação., cap. 209.
pagavão pelas fulas (flores das lagoas e 1565. —
«Morrerão os dous capitães dos
outras) que só elles vendiam, em cada an-
no certo tributo». —
Annaes Marítimos,
funés grandes de Miáco». P. Baltasar —
da Costa, Cartas de Japão, i, fl. 203.
p. 134. 1568. — «Logo
vierão à nossa nao mui-
1846. «O casamento de tulosse consiste tas Funès, quesão suas embarcações». —
em recitar algumas orações, enfular o
P. Alexandre Vallarreggio, ibid., fl. 254.
arbusto, e acender hum lampião de papel,
ou pano, por cima do mesmo arbusto». — 1585. —
«Era gente lustrosa com suas
armas, e capacetes dourados, e as funés
F. N. Xavier, O Gabinete Litterario, i,
p.57.
muito embandeiradas». P. Luís Fróis, —
ibid., 149 V.
II, fl.
1906:
1586. «Perto das embarcações em que
«Aves do outeiro, flores do tamariado, hiamos, se ajuntarão seis ou sete funés
Festejao o seu corpo esvelto e lindo.
pequenas pêra pescar estas embarcações :
Aves, cautae. Fullaii, desabrochae».
Alberto O. de Castro, Á Cinza
seruem de casas aos pescadores». Id-, —
(los Mi/rtos, p. J30. fl. 173.

1578. —
«... la qual \stira] en vasos
1701. —
«Manda largar o Estandarte
Real com o sinal de Santa Cruz na sua
despues distilan, para hazer agua ardente,
de la qual vua, a que ellos Hainan Fula,
funé ou sumaca».— P. Francisco de Sousa,
que quiere dezir flor». Cristóvão da — Oriente Conquistado, II, iv, 1.
1650. —
«Apparecendo de madrugada
Costa, Tractado, p. 101.
feita uma ponte de barcos, que chamam
1589. —
«II y a aucuns arbres garnis
funés»... —
P. António F. (Jardim, J5a-
tout le long de I'an de fleurs qu'ils appel-
talhas, p. 53.
lent fullas, lesquels tes femmes sont soi-
gneuses de mettre parmi le linge et les
1874. —
«A agua do rio mal se pode ver,
coberta como está, de innumeraveis funés
accoustrements pour leur donner bonne
odeur». —
Liuschoten, Histoire, p. 99.
(navios japonezes) de vários feitios, onde
se navegam muitas mercadorias». Pedro —
G. Mesnier, O Japão, p. 316.
*FULA CRICA . Flor de Clitorea 1610. —
«Sabemos tambien y es cosa
Ternatea, Linn. «A casca da raiz ó harto sabida, que los lapones vzaa me-
FUTAMONO 411 O ABARA

itnc tn fones, qnc srm cirrtas emhnT- da bandeira». A prirn-Mm parece me


ser mais provável».
1 o di rOsto que Cardói. ii>n. .it^ c.

Fiu vn.i mas deTonquim. n.lo tenho n<'nharaa


fun<
pui,
C ardim. /('{jtiijtir ii<:l

uji-
pone, p. 14.
catanOy rumt acerca da (orma futa-
mono, visto o /japonês ser sempre
rUNG-XU -hin. funp-êfini, lit. seguido de u. É verdade qoe hata-
€V« norária, mono podia á&T fatamono ei
na <

- . ,
.:' ^ >"^''^" gut^s, sendo que os nossos t-
gifto qoe pruiissom (coníueionisrao, transcrevem o h inicial japonês por
tau'!«" budismo), todos os chi- f; cf. fotoque, fotqutini. Mas hata-
ni'- 1 srrande importância à mono quere dizer propriamente «má-
^') h inu- ; e embora puM- —
s defun- -i'í de bandeira»
tos, a úm de que lhos nfto faltem ai teria cabimento entre as armas do
08 de%'ido8 cómodos, especialmente ^
texto.
bom ar e boa áírun. E um dever ca- As palavras futa, tdnplicado», e
pital <I e conjugal. mono, «cousa». nSo figuram <

N:1<> !* ia fácil e ao postas nos dicionários que poí«-


alcance de todos, há homens peritos, unidas, denotariam uma noção muito
qne gastam às vezes dias para acer- genérica, a nflo ser que se conside-
tar na selfoçUo. que pode bem ser rem como frase elíptica. Xao podem
laravul- '!», pois I ' ' '-

ia. i}iata. l

é tlança de duas pontas».


lSít.*> - Fmi dn.'; mais arrai:r^<5íis sa-

I"" FUTVICRÓ (p. 08.). Vendagem a


miúdo, em Cíon. Db cone. phut-vikró.
<U- h n si-
is-^' —oFutvIoró 110 rupias». Âptid —
i>iker, CoUtcçào de Tratados, xii,

l«24. — «No Futvioró»— /òirf., p. 37.

br;
P"
-8h
3/
• GABARA 1^
FUTAMONO. Ocorre o termo no sa, adega, ;ii
VO-se das ahonaçôes que os p'
gueses por aldeia de gabara »:.u..
p. lilTi: 1 At'T.i .i-- 'iní«, lan-
diam as «aldeias que form^-úam hor-
ças, fótamonos, /<^., . < (— nan- t.i' iitas para a despensa dama
;;ui(uitas), cutanas, rodelas o outras
'' a';
'
ii\\.

ÇM :

p. :>:*) : -

iK- Quuiru.^, ( 'unquitlu de


A ser V
;i>siii;, .,i; ,., erro "H' (/ : ^ri

priiii-'ir;. ^ '
il'.'i. nendo n p- Ua. i>

fiiniiiii'. .j

plicatlu.., j. 1
-

„,„
oa entAo a forma é hatamano, «baste |
dcM «i
GabAra, (|
GABUTA 412 GADDI PONDO

que esta gente nobre fosse seus cvles, e fi- Vaquinhas, Timor, in Boi. ,"

zessem todo o serviço de sua casa». — Id., p. 482.


p. 85;i
«Tudo o que era pêra suas despencas, GADAMO. l>uiiiiíi^u^ \ i'-ua ^^J;l^i;l
ou qabêras, se andaua recoUu-ndo e pe- vocábulo com a seguinte observa-
dindo pelas portas de Chingalaz». Id., — ção «siguificaçflo incerta». Deve
:

p. 855.
t6-lo colhido do Vergel das Plantas
# GABOEIRA. Palmeira de Timor, (p. 67), de Fr. Jacinto de Deus (1727),
da qual so obtêm sagu e se extrai o qual escreve: «Buscou a sombra
tuaca. O Dr. Alberto Osório deriva de hum navio, que á margem do rio
gaboeira de gabão, e este do malaio se sustentava em gadamos». Posto
gaba, que não vejo nos dicionários. que o autt)r não explique o termo,
Mas há gabar ou gebar, que signi- empregado com referOncia ao Con-
fica «coberta, cobertor», e gabas, cão, iufero-se que se trata dos su-
«grosseiro, toscamente feito». Éienze portes da embarcação varada, Pa-
entende por gabang o a palmeira das rece-rae que o seu étimo ó o marata
vassouras ou árvore dos sombrei- ghodã, «cavalo, cavalete, suporte».
ros», mas não diz a que língua per- E possível que no original estivesse
tence o vocábulo. godamos O telúgu (língua de Bisna-
— «1.° ga) tem gaddamu, mas nâo se aco-
1843. gaboeira; 2." toaqueira;
3." palmeira de gamute 4." palmeira bra- moda bem ao texto o seu significa-
va; 5.0 finalmente romby».
;


Aíinaes Ma- do, «força, compulsão».
rítmos, (parte official), p. 82.
1843. «Das ditas folhas de gaboeira * GADARA (s. m.). Músico que
chamadas ^íaòão fazem também saccos para
conducção e efi"eito8 (são estes os que ge-
acompanha bailadeira na índia.
a
ralmente se usam no paiz) tecidas como as Do mar. gadar, gajar, «sonata de
esteiras». —
Ibid., p. 131. conclusão, aclamação no fim duma
1881. —
«Alem do coqueiro, abunda na canção».
ilha cinco qualidades de palmeiras silves-
tres, conhecidas com o nome de Gaboei- 1734. —
«Por ser também conveniente
ra, Toaqueira, Gamuti, Valuiú e Rumbia. ao serviço de Deos e ao dito Senhor não
Da Gaboeira e dà Rumbia obtem-se o virem nem serem conduzidas ás terras do
bom sagu». —
José Vaquinhas, Timor, in mesmo Estado servideiras dos pagodes e
Boi. S. G. L., II, p. 738. das ditas bailadeiras, nem gadaras, que
1883. —
«Nas povoações do littoral em- andão com ellas». —
Archivo Port.-Orieií-
f»regam-se muitas mulheres em fazer mi- lal, Suppl. II, p. 435.
hares de sacos de folha de gabão (sa-
:

gueiro), que os chinas compram». Id., — * GADDI. Feiteceiro ou adivinho,


ibid., IV, p. 308. na índia. Do cone. ghããi.
1908. — «Quando o palmar de sagoeiros
é novo ainda, e basto, chamam-se a estas 1773. —
«N'esse dia o servidor do pago-
palmeiras em português de Dílli, gaboei- de, denominado gaddy, embostará o chão
ras ou arvore-gahão, da palavra gabão, em forma circular debaixo do sino». O —
que designa qualquer folha de palmeira... Oriente Portuguez, ii, p. 272.
A palavra gabão... deriva da palavra ma- 1885. —
«A nova ampliação do estatuto
laia gaba, esteira de palmeira jiara forrar orgânico consistiu em dividir as terras da
casas». —Alberto O. de Castro, Flores de communidade em dois lotes, reservando-se
Coral, p. 136. do primeiro, o de melhor qualidade, uma
1836. —«Le gabang, ou palmier à parte para sustentação do culto religioso
éventail {coryj)ha. vmbraculifera) est une e dos sacerdotes e servidores d'este [botos,
autre palmier la nervure du milieu de
; bailadeiras, gaiteiros, gaddys, bavinas)».
ses feuilles est employee à la confection — Teixeira Guimarães, As Communidades
des'cordages». —
Rienzi, Océanie, i, p. 100. Indianas, p. 12.
1886. — «Cercada pelos caçadores, fica
* GABUTA. É uma planta de Ti- o gãoear junto da cabeça [da caça] e a seu
mor, provavelmente Trevesia son- lado direito o gaddy, que tirando do laJi-
daica, kabu em malaio. gotim um punhado de arroz com casca o
distribue pelos circunstantes». Lopes —
«Para se purgarem tiram o sueco
1884. Mendes, A índia Portugueza, ii, p. 51.
de gabuta e misturando três gotas d'este
n'um copo de tuaca bebem-n'o; faz esta # GADDIPONDO. Feitiçaria, Do
bebida um efFeito laxativo rápido». José — cone. ghãrfipan. V. ghõM.
GAIATRI QALAGALA
1900. aMaif dniw t4»rçM parte'» An* hanc precationem identidem saA lin-
Habitant»';* il i
rpant I 'eueror te Deus, tuam-

i :

-• !' uacidipond" — j.,^ ^f.iin in perpetmiiii !iniilr,rn%,


_'a>,
111]

ill /; ' >. <r. I. . XXVII, Epist., lib. I, U «.

"'
r
1687. —
«Deste Rey Hramft, o junta-
GADI (S. w..,.
• a^;l ;. uUiic wv .->.
iiiiiiti' Sacerdote Gcntiliii'. r (ii- -.u.i mu-
bravam direitos góbre o ^.aetrl;
sal ; os mes j


pnr Ul.i s,
iuov '
^.0 de ordiná-
local ora P. Fernão de Queiroa^ (Jonquitta de
_

(Jey-
rio rcearia ou tenda na pas- lão,ja. 124.
sa;, o. Do marata-conc. ^ãííi, 18v5. —
«Le plns fameui
plus efficace pour effacer ]•
«m*y..v., ..,.,*, tenda».
dont la vertu s'eteud jusquÀ taire treui-
1904 —
•liiiposiçSo sobre o coco, copra bler toua les di*»nx. c'est le mantram au-
f areca, e de sobre o «ai». Er- Gady — quel on doii' '\ de ga\'try ou gaia-
nostii Fernandes, Ilfyiniai do Uai, in iiol. try».— P. D /r#.i, p. 188:

^. O". /. . xin. p 3.S2.


1H45. — «j.,t:! luuijufs instruetiou.-» : i

1;h»;'> "Gaddy <ra um c-^tabeleci- y sont données sur les ablntions. la n


s so-
tati GayatrI, e!

.por- coii avec Ia :

uutra. l. u;í pa^dagem — X:i\iiT iiiiymond, Juar. |i i;i.».

1916. — «After we had attaind


.1 '

— h]. V
manhood I became very keen on repeat-
full brah-
r.'O'j - «ir . denomi-
uadod Gaddv o dacoo- ing the gayatri I would meditate on it
1"
^

!• sal,que, with great coueeii''- ''• The Modem


(las Ilhas de Bevietc,de Abril

GAIRO (cone, garyat), Mimósea


au.t ciirni , Entada scandens, Benth. As vagens
6racia«. p. 148. tenras são comestíveis.
• GAFANO. Consta de Bocage que
tal era o nome que os reinóis davam,
GALAGALA. A palavra provôm do
mal. gala-gala, que Wilkinson de-
por desprOzo, aos mestiços de Goa,
fine tmistura (pez o resina) usada
:
derivado de gafa.
para calafetar embarcações». Con-
forme S' ' ' ' ' ,-
- Jvspir a bbcofla do* Ca*t«lbuioi tani A
WuMD pro' dafsBoi». i. que forma uma espécie de
1'.
p. 1*.
I,

impenetrável á água».
• GAIATRI í^aAní»c. fjãifatrlK A mais I

«Todos Cn.nvins'
l.'>43. frizi;!.» inuyta
rto- porque com at-
agf>.\. i

i ro- galagaia». Gaspar — r,

da manhft e [p. 811.


••-
1540. — "Somente no mar lhe fazia
(i.i iim.i !•' vinte e Martim Afon.<o al^^iun adubio de gala-
qu as do /. III. <>2, I
gala, com que »ostinhii no mar*. Id., —
li*), .'lii iMiiitIa a \ '

lhe people live by trade and


!ii.i> fiitiatrí, do !

(ore of silk. .

'i, por ser dirigida a tíavi- :aie». — Marco


"" .
'
Crô-se qne tem a virttido 1 "1", «•III I ni«', II, ji -"^
dr OS mais craves pwa- I
\&i\. — «Also the juaiis, Taccanun
*'
<lof*. A ^ !<eot oa word to ^ve over making

f!»ta <'N
êle ponha m actr '
«S. Fsaitciaco escreve (1M4): «No di«

guiates palavras : «(^uo die aoam |


JttuUa», p. 19.
GALANGA 4U GALEM
gallegalle in our bowse W<; hired of — F. Sassetti, apud Gubernatis, Storia,
CJliiiia because the white lime did
t'apt., p. 203.
trouble the player or singing n.an, next 1596. — «Aromata autem bacc fere
neighbour». — Cocks, ib Glossary. sunt. . . Khabarba, Galanga». — Índia
Oritntalis, ui, j). 99.
6ÂLANA. Contonda, briga, dosor-
dem. O autor da obra abaixo citada GALÃO. É vocábulo inglês, gallon,
emprega o termo com relaçílo a Pe- que entrou na índia Portuguesa em
gu, mas creio que é de origem ma- consequência do tratado luso-britâ-
laia, galeng, como tantos outros que nico designa uma medida para líqui-
;

figuram com n^erêricia à Indo- dos, correspondente a duas canadas


-Chinn, ou a 4,6 litros.
1477. —
«lie a Naeào Portuguesa nesta ^ 1883. —
«... cujos reservatórios estão
terra muy desacreditada, porque todas as em construcção para se elevar o consumo
brigas que nclla fazem, ou qualquer outra diário de 5 a 25 gallões por habitante».
contenda que tenlião, a que os naturaes — Adolfo Loureiro, No Oriente, i, p. 288.
chamão galání*. ou seja falsa, ou verda-
deira hào de remir com dinheiro... E ou-
1886. —
«São necessárias 9 garrafas de
sura para produzir 6 garrafas ou 1 gal-
troa prenderão em Martavào, porto do
mesmo Pegú por solturas e galam
lão imperial de vinagre». Lopes Men- —
galanas que des, A índia Portugueza, i, p. 188.
fazião». — Primor e Uonr•a, íl. ytí V.
1887. —
«O tratado de 1878 com a In-
glaterra obrigou a adoptar as medidas in-
GALANGA. «G. d'Orta foi o pri- glezas, especialmente o gallão, que elles
meiro europeu que distinguiu a ga- dizem imperial por ser da índia, e que
langa menor ou da China da galanga equivale a 4,548 litros, ou 6 garrafas a ;

maior ou da Java. Aquella é a rhi- Jarda, etc.». —


A. F. Nogueira, A índia
Portuffueza, p. 77.
zoma da Alpinia officirmrum, Hance, 1892. —
«Foi este anno ordenada, à re-
Scitaminea vivaz, indigena da Cliina; quisição ingleza, uma nova imposição sobre
e esta a de A. galanga, Sev., indi- a distillação dos espiíitos de qualquer pro-
gena do Konkão e d'outras partes cedência, na razão de 400 réis por cada
galão imperial de 25" abaixo da prova
da índia». D. G. Dalgado, Classifi- de Londres». —
Cristóvão Pinto, Estudo»,
cação Botânica. As galangas tinham p. 42.
antigamente grande uso nas farmá- 1893. —
«Por esta couta o custo do es-
cias, e ainda hoje apparece nos pirito será, termo médio, 14 tangas por

mercados orientais conserva chinesa


gallão de 6 garrafas». —
José Maria de
Sá, Prodiictos do Coqueiro, p. 12.
de galanga maior. V. Garcia da Orta, 1905. —
«Foi tributada a 10 annás. .

Col. XXIV. por gallão». —


Ernesto Fernandes, Begi-
O malaio tem gUanga, que talvez mai do iSal, in Boi. S. G. L., xxiii, p. 220.
«Medidas de capacidade para liquides
nao seja o étimo. Cândido de Figuei- [em Damão): um galláo, meio gaiiâO,
redo aponta o malaiala kelengu ou o um quarto de gallão». —
Francisco Cou-
ár. chalan, Dozy e Devic, o ár. hha- tinho, Compendio de Ensino Primário.
lanjàn, adoptado em concani. 1906. —
«D'aqui resultou que em 1882
o imposto recahido em um gallão de 14^
1516. —
«Galanga sam raizes da fey- graus de espirito de caju, foi de 22 reis da
ção de gengivre nacem em (Jhaull e Man-
: nossa actual moeda. — Amâncio Gracias,
galor no reyuo d'Indo«. Tomé Pires, — Subsídios, p. 223.
Carta a elrei, apud Saraiva, vi, p. 421. 1915. «O direito de distillação. será . .

1298. —
«Noci moschati, spico, galan- por galão imperial». —
O Ultramar, de
ga, cubebe, garofali». —
Marco Polo, apud 21 de Outubro.
Kamúsio, n, fl. 51. 1854. —
«A la fin, nncjongue ou barque
1310. — «Turbitti, galanga, spico nar- de cérémciuie portant un present de fruits
do, assa fétida, e lacca». — Barthema, et quelques centaines de gallons d'eau,
ibid., I, fl. 157, fut em vue». —
Jancigny, Indo-Chine,
1578. —
«De esta Galanga (medicina p. 430.
muy necessária, y vsual, digna de se tener
en todas las boticas) se hallan dos espé- GALEM. Peso das ilhas Maldivas,
cies yna pequena, y muy olorosa.
: Otra . . equivalente a 4 onças. Do tam. ka-
ay mayor que esta, eu bojas y raizes». Iam,
Cristóvão da Costa, Tracfado, p. 59.
1586. —
«Viene di là allume di rocca 1554. — «Certificarão ter o baar 20 ffa-
lenza fine, galanga, ciuabro, cânfora». raçolas, e cada faraçola 100 galões; e que
gamelAo 415 GAMUTE

4 galés p. -avam hum arrateU.— Ant6- j


ranfam n^ jnwons ^^9 imi\^* fní^rrwoê
nio Nunes, Lyvrn dot /*«<>•, p. 3Ô.

inolam !

... — Afo
1' jrttKjufzas (ill "•rai'ni, p .>_ i

em CoiiAo
1G87. — ..(.iKta a \ , ai- GAMUTE (mal. gomutí). h ..

«le»«. •• gamatõys <!• • ri- mo que sagueiro ou Borasêuê


(q. v.)
^ "iro crina ou pias- ;

a árvore, da qual se

• .1» as ter- fazem amarras.


ras f .1-' yamttyo»*. j-i u» i^ui, que se
— 1616. —
«Mas \iA loanga» que tem de
nSo aciMle âá f-iryas que nos fazema. Id.,
comprimento dezoito braças sem algua
p. 8as. pregadura, e. ' " lo por dent:
08 costados -
e ap*
• GAMBEIRO (javanOs-mal. gam-
>, :

liame com hum que


,

iki jiri'to,
feir). Árvore da Ásia Insular Cn- !

Guamute, que nasce na terra


carta gamhir. O seu extracto é seme- as junturas Ião pi. ....»,-, i.a
e são
Ihautr ao cato, que substitui no uso que sem serem breadas, nem ca-
"Os ma- i.i.íuiMctd, são estanques de iodou. An- —
tónio Pinto Pereira, Hi*t. da Índia, i,
hir, tgo-
p 11.').

I

ma de L * ; lua» os europeus I

1769. Produz [Timor] também hum


plesraente por « g.» " ,'..Ti..T!, í-]::>ii.,-ul(i aamute. mais fino que
designai.» ... .....

bir». Cf. guia percha. V. cato,


jtorque a
maifim, gambeiro i < o linho i .

oav, ura» tem Malaca). — Annate Àluriti- ras». — i'a-> », II, m, 1.

»/»(.«. [> 'J3I. 1840. — .1 ; rofJuj: o TabííCO- . •

<• o gamutte (4ii<' c (i a^^^á


tuv Gambir» tliii') de quf fazem aii..^ ..isti-

AinKmii''n^e, vm, eap 1", •


rtes, que se coulicccmi.. — Annaes
1^.>; — •Gambir. - (''est an« snbs- ir .. ,o*. p 40
pii n gamute, don-
frllll!. <lu ., cí'n\ que se fazfin
sar: iiibir fni Kiiiii icni- bt.'iia cab'j= ii;ililia de .Macassar». José —
J.la f le cachou. 11 con- Va«)uiiihas, Timor, in Boi. S. O. L., II,
ti.

llil: Alem dos $agocirot ou gahofi-


t;i\ li
,-, I n. 17. «
I . .. «« »^^.'.,.r.^u»i. „ ,1.. 1

d.

com qii
bin O de '

\* ..

111 II' retinis Palma Vinnria tf^fm-


nirrcéul I'ri-JutU*, p. 1'
l»ÍVO (iiillltltu.-. I*

Gnmuto
às m:i
Kuiuplima, ÍIctLaifin An'oincnfe, t,

\'2.

i/an quer»' dizer ton

.. — /d, cap. 18.


GANCAR 41(} GANCAR

1836. —
«Le gomuti ou sagouier... respondente, adoptaram, desde a
donne une liqueur saccharine qui est d'un conquista, o vernáculo.
grand usage. Cet arbre, d'un aspect eau-
vage, est le plus groa de tons lea palmier», 1511.— «Vos mando que dees a estes
mais il est moins haut que le cocotier. .

sete sete cotonias de que em


gancares
Les Malais en prépareut un li(juide dont nome de sua alteza lhes faço mercê», —
ils se servent :i la guerre, Les Hollaudais
Afonso de Albuquerque, Cartas, v, p. 17.
Tont appelé hei ivater (eau d'enfer). Les
Chinois en fabriquent le toddi [sura]. Le
1519 — «Primeiramente sabereis loguo
. .

quantos gaumcares na dita Iliia mora,


que vluem em cadaaldeiau. — Archive
gomouti fournit aussi, comme
sagou, le
e os
uue farine médulaire, mais d'une qualité
iuférieure». —
Rienzi, Oceanic, i, p. 103.
Port. -Oriental, v, p. 35.
1526.— «O dito nome de Gancar quer
1875. —
«The tree here intended, and dizer Gouernador e Ministrador e Bemfei-
which gives the chief suj)ply of toddy and tor». —Foral de D. João III, ibid p. 118.
sugar in the Malay Islands, is the Areng — «Animou
,

1552. os Gancares
que
Saccharifera (from the Javanese name), não ouuessem medo dos mouros, porque
called by the Malays Gomuti, and by the
— bem vião camanho ho elles auião das ar-
Portuguese Saguer». Yule, Marco Polo, —
mas doa Portugueses». Castanheda, His-
II, p. 279.
toria, viii, cap. 104.
1908. — «Atthe base of the pitiole is — «AfFonso d'albuquerque por es-
1553.
found a beautiful black horsehair-like fi-
Gomutu tes Gancares serem cabeceiras, que
bre known as the Eju or fibre.
(como dissemos) fazem o lançamento do
Within the sheaths is a layer of reticu- tributo que pagão, os agasalhou bem». —
lated fibres said to be in great demand in
China for caulking boats». Watt, 7Ae — João de Barros, Déc. II, v, 3.
1553. —
«Os Gancares mores, e
Commercial Products, p. 91. moradores dela se ajuntarão todos por man-
GANARA. Funcionário principal
#

dado do dito Tanadar rnooru. lu Archivo,
V, p. 251.
duma aldeia em Ceilão, superior em 1554. —
«E os gancares de Bardes
dignidade ao vidana (q. v.). Do sing. tem de tença cad'ano 1675 tanguas bran-
gam-haraya. quas. —
Simão Botelho, Tombo, p. 56.
1563.— «Os tanadares e os gancares
1635. —
«Depois que dom Hieronymo são como almoxarifes que arrecadão as
veio por viso-rei serviu o dito Nicapety de rendas».— Gaspar Correia, Lendas, ii,

ganara e vidana, que é quasi como vea- p. 75.


dor, a um capitão chamado Simão de Le- 1567. — «Os Gancares gentios nâo
mos». — António Bocarro, Déc. p. 497. mandem serviço algum aos Christàos, por
1914.— «Ganare gam-baraya, is a não ficarem com dominio sobre elles». —
word in use in the
still Matara District». Primeiro Concilio de Goa, in Archivo, iv,
— P. E. Pieris, Ceylon, ii, p. 467. p. 17.
1615. —
oOs Gancares-móres da
# GANÇA. Metal de Pegu, metal de camará geral, de Bardes me enviaram di-
sino. Do mal. gansa < sânsc. kamsa. zer que ha mais de setenta annos que

aquellas terras são ftiinhas». Carta Bé-
1554. nSão de huum metal como frosy- gia, in Doc. da Índia, ii, p. 323.
leyra, quebradas, que se chama gança, 1651. — «A saber a Cidade, e o Povo, e
e por peso se compra em todas as fazen- assi os gameares
Brâmanes moradores,
das e cousas por tantas bicas ou ticaee de (sic), e ouriues». — Jacinto F. de Andra-
gamça, —
António Nunes, Lyvro dos Pe- da, Vida, p. 313.
sos, p. 38. 1687. «Quem atentar ao gouerno de hua
1582. — «Venè un altra [estátua] an- aldeã, pelos Gancares
de Salcete, e Bar-
cora di ganzá, laquale una materia fatta
ò. dez, achará que na especulação se não po-
di rame, e di stagno, laquale ridotta iti dia inuentar mais sutil, e proporcionado
moneta, è assai corrente, e con essa si com- gouerno, para o bem dos particulares, e
pra Toro, & le gioieo. —
G. Balbi, Viaggio, aprouey tomento das terras mas quem aabe
;

fl. llOf. o que se pratica, uerâ claro, que tudo per-


uerte a malicia». —
P. Fernão de Queiroz,
GANCAR, gãocar. Membro da as- Conquista de Ceylão, p. 503.
sociação agrícola aldeana, ou da 1697. —
«Gaumcaru he nome deri-
vado de Gaum, que significa Aldeã, e vai o
gancaria (q. v.) em Goa. Do cone. mesmo que aldeão, ou natural da Aldeã...
gã/hvkãi', de gãínv <Csã,nsc. grama, porém este nome não se accommoda senão
caldeia», e kãr, «senhor». Gancar aos descendentes dos primeyros povoado-
mor, gancar principal ou do primeiro res das Aldeãs, que as governào e admi-

voto. Os portugueses, não encon-


nistrão». —
P.Francisco de Sousa, Oriente
Conquistado, I, i, 2 (p. 160).
trando na língua própria termo cor- «Nas terras dos infiéis visinhas às nos-
OAKCAKIA 41? OANCARtA

•a$ dSo ha estas tauçiiê th' '-unto, nftn ns om portngu^^B comunidade de aldeia
jfancaria» possi
q. v.), dononiinaçfto quo os ingleses
Gancares li'
Do
/«,
- Id., liJ «getviiciu da alileitt».
' — -A J..
'•<Mi<!ntmiHftdp w íftmpíie de
im 1526. «Os O ancores da A — da
. .Ili-
nSo p«Tdcm por o que; ho dit vjHii-
ancar caria, o n t^do tempo que elle» pedi- <>

T ecij- rem a A Idea, j).ipando o foro, e renda


Eor inteiro, lhe entregarSo». Foral de —
a Jo5o III, in Archive, v, p. 121.
>.

•Os ontros Gancarea da tal Aldêa se


aittntarSn, e faràn Gancaria, nu ("amara
herdei-
m a he-
rr\ii<,'a c Gancaria, i-<'!n l•I)rl^^•^yão de pa-

_
gar o nosso foro». — Iliid., p. 134.
I ,.v,._ .. ^^.^<^op»o rnóres "O qual se apr
1549. — '

'das
as Gancarias segund" ine
.. .. _ ., - ..,..../ F. N. a t<ulo8 Peja notório, e Íkp r^^^.ina«.p das
r, O GabineU Litterario, t, parte ii, ditai! gancarias passarão disc certidio».
Ibid., p 2iy.
;i3 edi- 1563. —
«Em cada terra, que he huma
s 7;,x- nancarla, tomo huma aldêa, fez hum ta-
rea, que arrecadador». Gaspar Correia, —
inais pi '#, n, p. 75.
15G5. — nNSo p'
^

Júlio Biker, CoUeeçào de as suas '.er

174 gancarias, antes seus fi« i ;'re a


lhos e herdeiros». In Archivo, v, p, 976. —
lii- 1604 "Vendrmm os t^ancarev naturaes
j ncares, -<.! sc- de crida a' gancarias e Jrmot,
Pr d .
p mo.
:i8,

O
^tja. — .1 , com tirur a ! niO
l — «A ^ <tai« t*«rr««, e ..-.ca-
,

'
litui'j inuis - 1'. ! er-
, iticar — ae- ilãn, p. 661.
t irrr.i" — I'lUina í\H)eÍTo. Jortia- • t oiiV'ii'Jlra' luiiii dia a sua
p 17. Gancaria. isto he. Senado, ou Camará
da Al '
' ' Mo,
e det ha
.. ...
o
na
... de
i>ru. — 1*. Frai >a,
:,. lUfUíff-d,' I I ,i>),

rftes. Ai Commtmidadeê IndioMaê, 1707. - E '


ift

Paiijiiri» <iiif a f -, tjjn-


.- ,

;a do vice-rei, in Archivo,

1« i o«
II. trrr» .
í(|-

f c pro-
OufldiH'!» (i íiiHiiitiif.'i« aifrícíi ( r nem

V,

p. U. I71« — «Mandou a S. Mne vnrirm Re-


>/ Ik»» adnii- r«-
GANCARIA. AsRorinrSo on sfí^Sn , Ona. . no

Teiu voto dcliberktiro na Qsn*


OAKCAÊIAL 418 GAKDA

Oarla, direito activo e passivo a certos negócios da communidade só caberia aos


cargos». — F. N. Xavier, Bosquejo Histó- que tinham aquelle titulo». —
Teixeira
rico, IV, p. 9. Guimarães, As Communidades Indianas,
1862. —
oChamam-se gancares os des- p.l2.
cendentes dos chefes de família, e gan- 1915.— «Faz rasgados elogios ao sr. go-
caria a reunião de todos os gancares de vernador, por a questão gflocarial dessa
uma aldeia, ou ao menos de uma pessoa de communidade ter sido decidida a favor dos

cada vangor». Francisco M. Hordalo, En- componentes sudrasv. —
O Ultramar, de 25
saios sobre a Estatística, v, p. 44. de Março.
1880. —
«... formando pequenas socie- 1915. —
«Está ligado ao seu direito
dades chamadas gauncarias ou ganca- gflocapial como fundadores do tempo
rlas {gam, aldeia, e caria, arranjo), e os respectivo». —
Heraldo, de 13 de Novembro.
individuoa que os compunham conhecidos 1918. —
«Tais serviços se não teriam
Çor gancares, ou senhores da aldeia». — instituído se doles nâo carecesse quem era
'eixeira de Aragão, Descripção das Moe- senhor da terra, a communidade gaunca-
das, III, p. 16. rtel». —Heraldo, de 7 de Fevereiro.
1885. —
«E assim, a meu ver, tiveram
principio as communidades das aldeias *GANCARISMO. Condição, senti-
(gfiocarias) que com mais propriedade mento ou prepotência de gancar ;
mereceriam o nome de communas canto- sistema ou procedimento de ganca-
naes». —
Teixeira Guimarães, As Commu-
rias.
nidades Indianas, p. 10.
1886. — «As gãocarias, ou communi- 1916, —
«Não sendo possível restabele-
dades das aldeias, dividiram-se em vaddós cer o hattcarismo nem o gauncarismo,
ou bairros». —
Lopes Mendes, A índia que fazia a distribuição equitativa das
Portmueza, i, p. 142. várzeas da aldeia pelos respectivos colo-
1904. —
«Em virtude de um nemo (deli- nos, cumpre atender a outra maneira». —
beração) dos gancares da aldeia Margão, a Heraldo.
arrecadação do imposto aduaneiro se faz «Existe na consciência publica, claro e
nas casas da gancaría da mesma aldeia». indelével, o espirito de aldeia, a que pode-
— Ernesto Fernandes, Regimen do Sal, in mos chamar, sem corar de vergonha, o
Boi. S. G. L., XXII, p. 320. gãocarísmo, na pureza da sua acep-
1915. —
«Durante o mês de Agosto fes- ção». —Ibid., de II de Abril.
teja-se em todas as aldêas das Ilhas, Sal- 1916. —«Claro é que o velho gaunoa-
cete e Bardez, a expensas das ganoarias rismo não pode resurgir do estrato em
ou comunidades, a novidade, ou seja o que se fossilou. — O Ultramar, de 31 de
corte, benzimento e distribuição da espiga Junho.
de arroz novo». —
Ismael Gracias, ín- A
dia, p. 168. GANDA fant.). Rinoceronte. Os
1916. —
«Perde-se na noite dos tem-
nossos escritores antigos servem-se
pos. .a origem das gancarias, associa-
.

ções decalcadas sobre o modelo das pa- do vocábulo para designar o paqui-
triarcais e que são o maior monumento derme de procedência indiana, em-
Bocial da civilisação indiana». Heraldo, — pregando em outros casos a palav^ra
de 4 de Abril.
boda ou abada (q. v.), de origem
malaia. O sânsc. ganda ou gandaka
GANCÂRIAL (adj.). O que diz res-
passou às línguas modernas da ín-
peito à gancaria ; o que pertence aos
dia sob diversas formas beng. ganda
:
gancares.
(que deve ser o étimo) ou gandaka,
1881. —
nCom o decorrer dos tempos hindust. e mar. genda, guz. e sind.
entraram na partilha das rendas os cha-
gerido, oriá gandã, gandãra, panj.
mados ^'o»oe?ro« e interessados, sem, toda-
gosarem das regalias e preeminências
via, gaindi, assamês ganda, cone. gand,
gancariaes». —
Eduardo Balsemão, Os gand-merum (lit. «veado rinoceron-
Portuguezes no Oriente, ii, p. 181. te»). V. Contribuições.
1886. —
«O supplicante a [acçãoj nâo
tem para demandar a sua communidade, o 1513. —
«Leuassem huma ganda que
que emquanto aos gancares só pode ter lu- lhe lá [em Surrate] daria, que El Rey
Sar nas hypotheses, em que se ventilarem maudaua ao Gouernador, porque nunqua
ireitos e interesses gancariaes que não outra vira ... Esta ganda, e o catele man-
sejam puramente administrativos». F. N. — dou o Gouernador a ElRey. E porque assy
Xavier (íilho), Collccção de Leis, p. 70. era espantosa a vista de ganda, ElRey a
1885. «Affirmando-se terminantemente mandou ao Papa que era alimária mansa,
;

a existência do patriciado gãooarial, es- baixa de corpo, hum pouqo comprido, os


tabeleceu-se que a qualidade de gãocar coiros, pés e mãos d'alifante, a cabeça co-
96 não podia perder, e que a gerência dos mo de porquo comprida, e 08 olhos janto
êANEIlU»

d.
- v..i.t i. finlin lill
plnral do vocábulo. Não oncontrei A
palavra em nenhum dicionário das
C":
li-
'
'
)-
Pi.
qanda lia V. '•»

ell. da costa de Chor. >r


f ^a, Li- dimities figura nun .,. . . .— . jS

tecidos exportados de Madrasta para


ou a ganda qoeerahâa
^ grossura de htía pipa e Inglaterra.
c dn? pfrnas, e toda co- 1(315. — «... hamps, cspicés, chaudi^a de
i
a ca-
l4>9ta
Verdorá, g»ndare» — DocumaUot da
hulin, III, p 355
IG17.— «... . qun-
dazea, mantas'' < d'esta
lói. sorte-». — Carta AV^ia, lòuL, y. 11. iv,
• E em retomo de maitaa peças 1727. — •Gandàres Pano? da índia,
ri
í, e azui '.n para
el
_'roB». — i; ^•

á
q GANDI (ant.). Droguista, na ín-
nariz Tcompíi:
';^ diaárica. Do marata-guz. ^a;irf/i?,
q
_.,,., .^, «rosso na raiz. e
,.,.„. , .8, de gandh, «droga».
agudo na ponta á qual 03 naturaes da ; jg^jg _ .g ^ai o ha em Cambaia, e oa
te—. .1- <an^baya, doudo nquella v»'yo, I

^^^^j^^^j^^g ^^ ^^,jç ,, rnnd's ine


i£)nda: e os Gregos e Latinos vendem mezinhas
R;..„ .. •.
- —
Joào de Barros, Déc. II, ], ' '
7, logo \Ots «-11UI lut' (liu :
<
vjrar-
, 1. i, Col. XXIII.
If).')" — D.H-Ihe ']"'\y Alifiiutes, e buma .\ 1 11 — "£ Gandavadis, '"•>
08
'a,- e outras
que levio de casa sândalo i ite
IV, cap. 18. ,„,,
Cheiroso, e >I,rnn^ ,1.. .•(,,.l- -09
ia em I

gratis, ai Ul

lauiHiheri ganda». — Garcia da


,1, e DO
ricoB». —t . .1 ri-

nas, I, p. 34.
191'J. — oSob o noiuo de gandh Cper-
"m-
in-

de
do». — Caetano Graetaa, Flvra Ha^rtuUl,
p. 123.
. IV, cap '•">.
1578. «Quanto a e»
«Uno animale cbiamato da COStumbrr dn ]<>? '
-lia
' " • • Ganda». '-
Uami ai Sol,
• ) qual 7>«-
y a la '«1
Ica ya/io<l cnm n euimi:. yu; [«jía, quC ciado, y. 3UL

GANEIRO. I>i/.-n(ts u .>r. i muuhu.


'^j do FipivMnnlo que ó caqueln t\no, na
tem a > os •

... .- - ^ I 'rra, m;i- po-


io, etc. Marinha c asiática» é ex*
'
demais v dís o termo
i'lioioa, íi<Umr<Ut» Uitíoria, viit, 2
ó, ou »M nos mares
'

OANP^.p ''lar' '• I'-i da (Jiiina jm


'
"^ía-

branco (»u 1
cau. íin.i < ^a-
na índia. K.xportava-se antiga- -wi 57) ter.]
• - -- ' - ...ti.J.wJ...
,..,ra guinti' (ju.iura :

Nliuiii Vi "ontr hcn dr oaperto,


'juiuluité, quo õ cviUojutciacut«( o
meiimo
«lie logo ticÁ ganéro,
< Ooldarif rM-T.rro. oama antiga Uata de
panoa d«T na aiflodega à9 Ooa O dir • ' '" revista not.;: «6a-
em 1680 i>: ^1. lléro. - lame quo era lo^oT
GANES 42Ô GANEZ

abaixo de despenseiro nos barcos da O Ganes ó »m dos deuses mais adorados


praça do Macau». no mundo hindu». —
Lopes Mendes, A ín-
dia Portugueza, i, p. 55.
«Despenseiro ou aubdespenseiro», 1906. — «...
dedicado ao phantastico
o étimo da palavra ó o chinos kwan Ganes, o deus da sabedoria, que tem
\8z' ti] =gán (cf. guazil, do ár. loa- corpo de homem e cabeça de elephante».
zir, guerra do ant. alto ai. werra),
— Hipácio de Brion, Jhias mil léguas,
p. 108.
com o sufixo port. -eiró. 1912. — «Este fructo é usado para de-
coração do pallio ou docel de Ganes ha
* 6ANÊS (sânsc. ganeça), Ganapati ou Ganpati, cuja festa domestica fazem
(sânsc. ganapati). É uma das mais 08 Índios uma vez ao auno para alcançarem
populares divindades do pauteflo todas as prosperidades». Caetano Gra- —
cias. Flora Sagrada, p. 67.
hindu. Reputa-se dador da sabedoria
e removedor dos obstáculos, sendo
1915. —
«Ainda hoje se festeja na índia
Portugueza, o Ganez. Vemol-o sobre o
por isso invocado no princípio dos seu altar, coberto de flores e i)rofusamente
livros e antes de se começar algum illumiuado corpo do homem c cabeça de
:

empreendimento importante. seu O elephante». —


O Ultramar, de 20 de Maio.
nome quere dizer «senhor dos exér-
1917. —
«Eis a origem do poema em que
Bocage illustrou a história desse «novo
citos» de divindades inferiores, que —
Ganes» compai-ação feliz porque a co-
formam o cortejo de Xiva. nhecida divindade indú se representa com
um ventre enorme e quatro braços». Is- —
1525. — «Neste templo Darcha estaa mael Gracias, Bocage na índia, p. 60.
huu ydolo de fegura de huu homem quanto 1786. —
«Neir appartamento di mezzo
ao corpo, e o rosto tem d alifante com sua vi è un Ídolo visibile di sasso, che d'ordi-
tromba e dentes, e com três braços de ca- nario è il dio Gannesha o il Giano de'

da banda, e seis mãos». Chronica de Bis- Romani, ma difl:erentemente rappresen-
naga, p. 84. tato». — Fra Paolino, Viaggio, p. 44.
1613. — «Cahio a festa do seu pagode 1825. -^ «Cette divinité porte encore les
chamada Tromba do Elephante, e assim o noms de Ganésa, Poulléyar, Inahika,
pintam com a tromba por nariz e grande etc., c'est un des plus veneres par les In-
barriga». — P. Manuel Barradas, Hist. diens de toutes les sectes, et son culte est
Tragico-maritima, ii, p. 109. universellement répandu. Un rencontre
1614, — «Nesta venerão a memoria de cette idole partout dans les temples, dans
:

hum Elefante, a que os gentios chamão o les écoles, dans les chauderiea, dans les
Gaves (eic), de quem contào muitas fa- places publiques, dans les forts, sur les
bulas». — Diogo do Couto, Déc. VII, iii, 11. grands routes, auprès des puits, des fon-
1618. — «A Guanapati se lhe que- taines, des étangs ; en un mot, dans tous
brou um dente, pelejando com seu irmão les lieux frequentes». P. Dubois, Mmura, —
Superbauia, e do mar de assucar em que p. 421.
mora». — Barradas, ms., in O Oriente Por- 1885. —
«The shrine door is elaborately
tuguez, II, p. 229. carved with two rows of figures on the
XVII. — «Ganessa tem a cabeça de frieze, Ganapati on the lintel, and the
Elefante, e o corpo de homem por razão jambs richly ornamented». Hunter, The —
de Buccesso milagroso... E porque este Imperial Gazetter, vin, p. 302.
monstro foi em sua vida preceptor de ou- 1900. — une tombe de aamt fakir,
. . .

tros Deozes, o adorão os Gentios por Deos enguirlandée de fleurs fraíches, une statue
da Prudência, e para o significar fazem a de Ganesa, le Dieu à tête d'éléphant,
com a barriga grande, e a ca-
eflSgie delle qu'une main pieuse a ornée d'un collier
beça de Elefante com tromba». — CoWec^ão d'oeillets d'lude enfilés avec des roses». —
de Noticias, i, p. 9. Pierre Loti, L'Inde, p. 52.
1873. — «O uma espécie de
Tolossi é
* GANEZ. Figura amiúde o termo,
Deus lar, também o Ganez, fi-
como o é
gura de homem com tromba d'elephaute. assim escrito, na obra do Padre Fer-
O Ganez tem oito dias de festa e d'illu- não de Queiroz, no sentido de «reli-
minação em cada casa de gentio finda a ;
gioso budista ceilonense, de inferior
festa é levado em procissão entre luzes e
cantares até ao cães mais proximo, e d'ahi categoria», cujo ofício é ler os sa-
em tona engrinaldada e embandeirada pelo grados livros em ocasiOes solenes,
mar dentro, até que o lançam ás ondas». oficiar ao altar e cuidar na limpeza
—Tomás Ribeiro, A Indiana, p. 77. do templo. A palavra é abreviação
1886. — «Nào precisamos de sair de
do sing, ganinse {== ganin-unnãnse,
Pangim para presenciarmos também uma
grande festividade gentilica, a de Ganes, «senhor mestre»), páli ^anl, «aquele
denominada Ganêsa chovote ou porobe... que tem discípulos^ preceptor».
GANGA 421 GANGA
•'kS7. — «Darou |o pA^ode] athe o* t«in- sem fivela, e huma vestia de cbitai oo dd
ganga». — /'-•' •
|
I It t... ' *
' que t

(
':

ine- i
IS.'.S — ai I
o que exeròem as

ox, Conquista de Cty-

ÇM do ganga azul s-.i llat


ternas nuas, que o pr^j Ku-
^\ em Cejrlfto o* ens nSo esboçaria melbor*. — Archivo Pit'
^

toretco, I, p. 21)6.
Ganêzes sSo os \Xc- ISSO - «As paredes eram apenas um
:a" (de Budai. — /(/ gradeado de bainbú fino forrado de seda
oôr de ganga». —
Eça de Queiroz, O Man-
darim, p. 118.
GANGA. T ulo do algod&o mui 1895. —
n Enormes pancards
COllIltTHii», (|U v»>m da Asia e de lá côr de ganga, franjados de %
descera de toda a altura do tecto, agitau-
trouxe o seu nome» . Cardeal Saraiva. —
do-se cadenciada e vagaro8<amenteu.
y .
f.. i;.. ,,.v,-.'.,,,
gç entende actual- Conde de Arnoso, Jornadat pelo Mundo,
u tecido de algodão, p. 65.
lo de ou azulado, 1902. —
«Usam [chins ricos] cabaia de
seda de côr ou preta caiçUo também de
esa. Os antigos mis- ;

seda ou de ganga, sapatos de seda de


do Japílo ortografain can- côr, tendo estes uui assento largo e for-
'"'.7, no dialecto da cOrte, mando um bico na frente». — Ta-asi-yang-
:ite talvez káng. O clii- kuó, II, III, 1.

1585. «Ay tambien mucho lino, algo-
!U g inicial.
don, j otras telas, todo vale tan poço,
•iito o vocá- que. auia uisto vender vna Canga (que

.

iii. '
canque com o signiíi-
1: i: s son quinze braças) en cuatro reales».
. io df «toile de coton de Ia Chine»,
;i Fr. Joan G. de MíihImi'^ Tflxt ilfla China,
• jif vem a ser a nossa ganga. p. 342

1577. »Tambem para o de riba algfias • GANGA. Kio grande ; rio Ganges.
Do sânscritoprácr. ganga. O rio
7 i'.
Ganires é divinizado pela mitologia
nos
Kca, que reputa a sua água
a!>can-
( , IM'ero tiite e depuratória de todos
<y. 08 pecados. É tido por especialmente
]'\a. canga de sagrado em Benares, lugar de cons-
uunca
' ber». — tantes peregrinações, aonde muitos
i' «. hindus \ '»rando que
rdinario, qnp ns suas > idas no rio.

II k' de ,\'ijíí''.nu.
GANGA 422 GANJA

fermoso, e ávido por sancto»'. — Garcia da 1885. — «An


ancient legend relates how
Orta, Col. u Ganga, the fair daughter of King Hima-
ItíOO. —
fiE mais lhe daria 200 frupiasj laya (llimávat) and of his queen the air-
pêra se yr lanar à Gflga (he a Gfiga o -nyniph Menaka, was persuaded, after long
rio Ganges) e eudilo estes gCtios que todo supplication, to shed her purifying in-
o que nele se laua ilea limpo, e absolto de fluence upon the sinful earth. The icicle-
culpa, e pena». —
P. Fernão Guerreiro, -studded cavern from which she issues is
Belaçam Annual, p. 31. the tangled hair of the god Siva». —Hun-
1608. —
«Gangas chamão os rios de ter, 'The Imperial Gazetteer, vi, p. 18.
que toda Bengala está cuberta, nestes os
que se lauain ficam limpos de toda a ma- # GANIM (guz. (jlumi). Moinho de
cula de pecado». —
Jd., fl. 95 v. azeite em Damão.
1616. —
«Pareceo-nos bem por recrea-
ção dos curiosos dar relação destas Gan- 1871. —
«Os ganchins que tern ganim
gas de Bengala (que na nossa linguagem ou moinho de azeite pagam de pensão por
são rios), porque são muitas e mui diver- cada ganim uma rupia por anno». Apud
sas» —Diogo do Couto, Déc. XII, i, 5. António F. Moniz, Hist, de Damão.
1624. —
«... correndolhe lá no fundo
como em hum abismo o Rio Ganga, que «GANJA, f. Eesina do uma espé-
por ser mui caudaloso, e se despenhar com
notável estrondo por grande penedia entre
cie do cânhamo (canabis indica)'». C
de Figueiredo. O hindust. ganjhã ó
serras infinitas acrescenta com o seu echo
o pavor». —
P. António de Andrade, Novo
quasi sinónimo de bangue, muito co-
Descobrimento do Gram Cathayo, fl. 2r. nhecido dos nossos escritores. Em
1635. —
«Pelo rio acima d'esta ilha de sentido restrito e específico, vem a
Goa e cidade d'ella, junto de Ganga se ser «rebentos floridos ou frutescen-
ia fazendo e fortificando pelos mouros vas-
tes da planta fêmea do cfinhamo in-
sallos de Idalcâo um pagode à maneira de
fortaleza». —
António Bocarro, Déc. xiii, dico, usados cc^mo intoxicantes».
p. 81. (Yule). O vocábulo devo ortogra-
1684. —
«Advirta V. M. que tanto que far-se ganjá e con siderar- se do gé-
chegar à Ganga de Ugulim, se vá pêra
nero masculino.
terra na primeira embarcação que chegar
ao pataxo». —
P. Fernão de Queiroz, Hist, 1889. —
«As principaes drogas embria-
de Pedro de Basto, p. 184. gantes são o bang, que outra cousa não é
1687. —
«Esta palaura Ganga em toda senão folhas seccas da planta canabis saliva
esta índia he genei-ica, e significa rio de de Linneu, e a ganja ou ganjah, que é o
agoa doce, porque he tão celebre o rio nome pelo qual são conhecidas as flores
Ganges, que parece, que tomarão daqui
ocasião para aplicarenã a todos os outros
seccas da referida planta». —
Relatório do
Imposto do Abkari, p. 6.
seu nome, posto que tenhão outros parti-
— Id., 1891. —
«O nome de que [OrtaJ usa,
culares».
XVIII. —
Conquista de Ceylão, p. 31.
«Na ex^jectativa de serem as
«bangue» —
isto é bháng —
dá-se propria-
mente ás folhas seccas, de Cannabis, tam-
agoas deste rio sacras, ou bentas como que bém chamadas siddhí e sahzi; dando-se o
descem dos Céos, e se correspondem para de ganjá aos rebentos floridos, e o de
os rios doces chamados Gangas, se sogei- charás á resina da mesma planta, a qual
tão a lavar nelles«. —
Noticias do Genti- se colhe principalmente nas terras de Yar-
lisme, I, p. 164. kand e outras regiões elevadas, e vem
1884. — «Estávamos, emfim, em frente d'ahi para a índia». —
Conde de Ficalho,
de uma das bocas do grande rio Ganges, in Col. viii.
ou Ganga, rio sagrado por excellencia«. 1912. —«Ha 3 formas priucipaes pelas
— Adolfo Loureiro, No Oriente, ii, p. 240. quaes a Cannabis sativa é usada na índia:
1658. — «Air istesso efietto seruono an- 1." Ganjá ou Gunjah, que são as sumida-
cora li fiumi, mu piú il Gange, ed alcuni des ou botões floraes resinosos nãif fecun-
chiamati da loro Trite, tenuti quasi in dados da planta fêmea, muito cultivada
quel conto, che frà noi il Battesimo». — em Bengala, Províncias centraes e Bom-
Fr. Vincenzo Maria, Viaggio, p. 336.
— baim». —
Caetano Gracias, Flora Sagrada,
1824. «These people dont apply the p. 109.
name of Gunga at all to this stream, but «O Charas ou resina de cannabis exsu-
call it Pudda. They know no Gunga
. .
da naturalmente nas folhas, hastes e fruc-
but the Hooghlyu —
Heber, Narrative, i, tos, porém somente nas plantas crescendo
p. 164. nos tractos monta;ihos08 em altitude de
1860. —
«Les pélerins accourent pour se 6,000 a 8,000 pés. E poderosamente narco-
plonger dans I'eau salute, en priant la tivo, e que os indígenas fumam com o ta-
déesae .Ganga, patronne du fleuve, de baco». — Ibid.
\p\ix accorder le don de prophetic». — 1786. — «Quasi simile effetto [do ópio]
Enault, Llnde Pittoresque, p. 310. cagiona el Cangiava; o le fogliediBau-
r.ANTA 498 gAo

6 piedi*. chegam *
a dar «essenta». — Antó-
nio Ho> ziii, p. 95.
1<}35. — " 1 res cruzados e qui (jnn-
tas de arroz por mez, alem
mento». — Regimento do vice-rei, m Ar-
J,,
r T, V, p. 278. ehivo, V, p. 1346.
1882. — «Para seccos a ganta, que va-
ria conforme a localidade, em 20, 25 a 40
GANTA. Medida de capacidado va-
cates». — José Vaquinhas, Timor, m Boi.
mas <•• ,
'

3. G. L, III, p. i49.
^
anada. (» i 1ÍKJ3. — Mas em Macau
os chii>« nipíU-rn
Orta menciona ganta como pCso de 00 sêceos por gantas (do malai i

24 onças. Do mal. gántang. ou 10 chupa», que equivalem a .,á ;^

de 4 ^ kilogrammas». — Ta-êti-yang-lcuó,
l.'Mt. — «Tem cada para dez gantas
II, IT, 5.

Leguo di China si pesa à gan-
.!• :!;.il íca». — In Cartas de A. de Albu-
1582.
ta, ch'è cântaro mezo, rotoli uno, e mezo,
íjiirr
l.M.'i
(:;•',

-
ti. p.
comprado oy tenta oa
1
lOfi.
ih! a
lire 2, & un quarto». —
G. Balbi, Viaggio,
fl. 54i>.
gantas darroz alujadas em seus
c')'ia

(/•íl''.<
::.:ll

. — Pedro de Faria, ihid., iii, p. 122.


1596. — «Ad fori itaque aditum, vbi
1 "'
'•
-" • hiia ganta '>• mbis, Mesquita vallo cincta adstat, foeminae
considunt cum saccis, et mensura ipsis
([U' i como ca: . bTia
— Ferii-. Pe-
Ganta dieta, três circiter libras Hollan-
j"V
r"/' •.[»
...jfu.
157.
. ,
dicas piperis continente». — índia Orien-
talis. III, p. 18.
i>'ir esta eaus.i ii5o hia ne-
staiiaem 1620. —
«La mesure de marchands est

ganta le Nali, lequel contient 16 qantas; cha-


i
~i:í

de peso que
que gante 4 chuppas». — General Beau-
izado». — Caa- lieu, Mémoires, p. 81.

taiilirci.i, Uiétona, v, cap. lÚ.


1 r»'» 1 — «A medida por onde se usa nesta
• GANTTÓ (pi. ganttés). Espécie
:ic chama ganta, que tem 5 cor- de pulseira indiana. Do cone. gãnthó
— António Nunes, Lyvro do$ Pe- (pi. gãnthés).

l.iM — «E oytn gantas d'azeite de 1874. —


«... e nos pulsos uma arcaria
'
:iipadas».— "-foitada de ganttés, cancanàs, e pulsei-
', p. 111
ile coral com rosas de ourou. Tomás —
i;>t>i n\aii.i liiiiii.i ganta d'arroz, iwL»eiro, Jornadas, ii, p. 104.
que he medida como huni.i canária..». 1898. —
«... e, nos torneados pulsos,
— Gaspar Correia, Lendas.
''
vistosas arcarias de cancanàs e gantés*?».

1563. — «E era tanta a ni del- Oliveira Mascarenhas, Atravez dos Ma-
'
valia em Maluco liu.i tjcaiita de rts, p. 203.

cruzados». Jo3o de Barros,


/ —
..x,3. GÃO. Aldeia, na índia. Do cone.
l.».:;. —
«Asi que vindo a« náos de Ma- gãmv<^%Sii\HÇ. grama. Do gão deri-
la'jiia, vn!''" :il>'iiiii i.i.iiniin riesta raiz, que vam gancar e ganharia (q. v.).
ii*-li.i.s V' k ganta ique
hf |i>-3i 'i uças)». — Gar- 1519. —
«Em cada huma das ditas Al-
cia da Orta, *
deãs, que se charnSo guAoos, sabereis as
15r.6. — •
'

lãfrõz a uno cha- terras que e»tú<> dantlicadas. Tereis tal . .

mam gar^ '


lua- maneira e <1 jue as terras de t (

da • I lí dt da hum quAu>< , sobre si». — Archn-u


Port. -Oriental, v, p. ^6.
hi! ! 1 i;>o qti«« nella ""Ma- l«Kri — al)t'p(.i<; dividiram n território
lao <
i ganta ,,..,.. i ias ;

me<;, i<> que !• . >r:un


hum r.;/.i.;.. . - i Jc Aud: I.opCB
Chrtmicti ilr 1> Ju . H. \V2
IGIB — «Toduuia y.r ;:Hnharam mlic lb>t 1

quins«> mil gantas de arroz, que >aui dores do rru'


e trr.s II
itda qua^

IKli .1, <'I i 1<

if.;i.^. i „nt. 18.


Oantas d< •Supponbo que a palavra («a»-
G ARA VETO 424 GARPOTI

gòr, q. v.) deriva de gão, aldeia, o gòr, 1687. —


«Tribule depois de bem fortifi-
casa». — António de Alnieida Azevedo, As cado, com as costumadas tranqueira.»?, e
Communidades de Goa, p. 89. garavetos vdc Ceilão sahindo de Pe- ;

landa com copioso exercito, marchou pelas


*GARÁ (s. m.), garaz. Casa; ca- fraldas maritimas». —
J*. Fernão de Quei-

sebre, em Goa. Do concani-mar. roz, Conquista de Ceylão, p. 252.


«Forão os Portuguezes passando o rio,
gh ar[a] <
stiníic. (frha, «casa». Ga-
e algus garavetos em passos estreytos».
raz ó plural do //am, empregado co- — Id., p. 413.
mo singdlar. Cf. boiá, hoiás, hoiazes. «Tendo já os inimigos na decida da
serra, entre o mato, serr^ido o caminho com
1849. —
«Vivendo o povo em barracas 17 garavetos; que pêra se romperem
de barro cobertas de ólas (follia de co- dauão grande trabalho, e tempo aos Ini-
queiro), ou mesmo todas deste material, a migos pêra milhor ofenderem». Id., p. 441. —
que chamam garazes, apresentando uma 1707. —
"Sahindo fora era difficil tornar
certa apparencia do aceio pelo .irtilicio a entrar pelos grandes vigias, que tinlião
com que lhe encobrem a fragilidade». — posto em todos os passos e garavetos».
Joaquim C. Soares, Bosquejo das Possessões
Portuguezas, p. 16.
— P. Manuel de Miranda, iu O Chronista
de Tissuary, m, p. 165.
1865. —
'-O pagode, e os garás ou ca-
sas, em que moram os pobres Ambecha- «GARGILHA. TxYikcQtiGrewia orien-
gorcares, não passam de mesquinhas chou-

panas». Jielaíorio da Província de òatary,
talis, Linn. A
sua casca contêm fi-
I, p. 20.
laça. E termo da índia Portuguesa.
1874. —
«Muitas vezes trabalha de dia,
como o mais inofifensivo dos cultivadores, # GARGÓ. Pequena bilha de barro,
finge dormir no gorath». Tomás Ri- — que serve de medida para líquidos
beiro, Jornadas, u, p. 19. em algumas partes da índia meri-
1886. —
«Finda a cerimonia de sauda-
dional. Do cone. gàdgó, mar. gãdgã.
ção, saem todos do ossoró [do concani =
nsala»J para a ramada construida á porta
do gará ou casa, e ali começa a dansa
1782. —
«Cobrir o olho cortado com um
— gargó ou panellinha para não cahir al-
do mando-». Lopes Mendes, índia Por- A guma agua ou sujo no olho até crescer-Ihe
tugueza, p. 42.
«Os habitantes apenas cultivam de hor-
novas ollas». —
Fr. Clemente da Ressur-
reição, Tratado, ii, p. 290.
tejo pequenos tractos de terrenos junto dos
seus garás». —
Id., n, p. 214.
1900. —
«Para haver em sura a preço de
18 reis (um dahu) por um gargó, medida
1898. —
«Uns garás gentílicos a reque- de mais de 1\ seiras». —
António F. Mo-
rerem petróleo e fogo por bem da salubri- Damão,

dade local». Oliveira Mascarenhas, Atra-
niz, Hist, de
«Por gargó
i, p. 161.
igual a cinco ceirasde su-
vez dos Mares, p. 39.
ra». — Id., p. 173.

GARAJAU, garjau. «Ave palmipede # GAROPO (indo-ingl. grub). Uma


aquática (sterna fluvialis)» Cândido .
espécie de embarcação da Malásia.
do Figueiredo. Não se sabe a sua Do mal. gorap <.kv. ghurãb. V. gu-
etimologia; os hossos indiauistns rabo.
mencionam-no com alcatrazes, sem
mais explicaçílo. 1552. —
«E foy de vinte e quatro lan-
charas. E seys delas eram muyto grandes
1538. —
«Este dia polia menhàa vimos a que na sua lingoa chamão garopos».
alcatrazes e garjaos, que he o sinal mães — Castanheda, Historia, iii, cap. 151.
aprouado pêra sermos perto da terra». — 1718. —
«Expedio o terceiro irmão com
D. João de Castro, Roteiro de Lisboa a huma Armada de sessenta Galés, entrando
Goa, p. 227. três Gorabus, que são embarcaçoens
1561. —
«Muitos rabos de juncos, mui- Reaes, em que hiào três Cabos, todos pa-
tos rabisfoi-cados, e alguns grajáos, e in- rentes muy chegados do Rey». Joào Ta- —
finitos alcatrazes». —
Hist. Tragico-mari- vares Guerreiro, Jornada, p. 253.
tima, III, p. 54. «Erão duas horas da noite quando o Ca-
1585. —
«Três dias antes da perdição se pitão Tavares chega ao Qorabo do Rey,
viram muitas aves, guaraginhas, alcatra- que estava dormindo, e os guardas o des-
zes, garajáos". — Ihid., iv, p. 24. pertarão». —
Id., p. 314.
1689. —
«An old English Master of a
# GARAVETO. Tranqueira ou esta- Grab, or small Vessel, George Toach, has
cada no passo ou desfiladeiro, em frequently repeated this Story to me». —
Ceilão, para impedir o trânsito ao
Ovington, A Voyage to Suratt, p. 265.

inimigo. Do sing, garadiveta. # GARPOTI (cone, e mar. ghav'


OAKOPEIRO 425 GARUDA

patit). Contribniçflod a rasa, no Con- 1


*«<« <lc prau. etc.». Arehivo de Phar-
-,, mac'ii. I, p. 119.
'""'
1-7J. «ComAiv» a erer que a Indift sá

Go garup
iiiHs KiUfiro, j"rnaaa«, ri,

^r^,^. — „\)s hindus cbamad~ -rr-i


1 ,» — «Prnliiliir. a petiKJ(o ehamada peiros agarram aa cobras, e
Qarpoti.

J'r-it '!' ,>, VIII, 11 o'Ji.

- GARRO (mal. go yu„.., ., ,.

Assim chamam os malaios à águila


iq. V.) ' ido, po-
r«"m, qii por éti-
mo OQtro vocábulo análogo, talvez
^ãrw ou gãruq, tvoz estridejite»,
como a quo se omite quando se sai
'

'»9cada.

1. )'>.).
GATE 426 GATE

Gryps erit, q^uaeque per noctem in hisce te». — Âpud Lopes Mendes, A Índia Por-
volitat rpgionibus, arripiens roatro et un- tugueza, 147,
ii, p.
guibuB Elephantem, Tigridem, ot Rhiuo- 1563. — «Estes doua somente tiveram
cerontein, vel aliam ingentein bestiani, parte no Cuncam, que he a fralda do mar
quam in nidum aufert hujus arboris». até huma alta serra que chamão Guate,
Rumphius, Herbarium Amboinense, xii, que toma grande quantidade da terra». —
cap. 8. Garcia da Orta, Col. x.
1782. — «Le Boir elie [o ídolo] est por- 1572:
tée Bur Guéroudin, qui est aussi la «Aqai se enxerga lá. do mar andoso
monture de Vichnou». — Sounerat, Voya- Hum monte alto que corre longamente,
ges,, p. 326.
I, Servindo ao Malabar de forte muro,
— Parande
Com que do Canar& vive seguro.
1786. «Lo sparviere in lin-
gua Malabar, Garhuda in Samscrit, è il Da terra os naturaes lhe chamam Oate>
Vahana, o cavalcatura del dio Vishnu». Camões, Lutiadat, vii, 21 e 22.

Fra Paolino, Viaggio, p. 138. 1634


1825. — «II rVixnuJ a pour monture «Do' Gate vendo a altura descompoata,
roiaeau de proie garoudah». — P.Du- Com qnem amigo o Ceo tanto separte.
Nella a abundância reina no alto posta,
bois, Mceurs, i, p. 353. Que ao cultor trabalho escuza, e arte,
1825. —
«Le garouda est grandement Por ser erário rico dos haveres
révéré, surtout par les sectateura de Vich- Da formosa Pomona, e flava Cores».
nou». —
Id., II, p. 433. F. Meneses, lUalaca Conquistada, i, 39.

1875. —
-The fable of the Bukh was —
«... e muitas outras pelo Ma-
1663.
old and widely spread- The Garuda .
lavardentro nas serras a que chamam
of the Hindus, the Simurqh of the old Per-
sians, the 'Angka of the Arabs, the Bar
Gate». —
P. Manuel Godinho, Rdaçào,
p. 25.
1695. — «Gate
Yachre of the Babylonical legends, the
(em todas as linguas
Gryps of the Greeks were probably all
— Orientaes, que todas nisto concordão) quer
versions of the same original fable».
dizer subida e na verdade he tão emi-
:

Yule, Marco Polo, p. 408.


nente, que ha paragens que se gastão dez
horas em descer delle à planicie». Cos- —
.« GATE. Cordilheira om geral, e, me da Guarda, Vida de Sevagy, p. 7.
em particular, a que atravessa a 1697. —
"No esteyro, que emboca pela
peninsula indica de norte a sul. Do parte do Norte, vay engrossando com os
rios, que descem dos Gates, ou montes
neo-árico ghãtt <
sânsc. ghatta *. Mo-
da terra firme». —
P. Francisco de Sousa,
dernamente diz-se e escreve-se Gai- Oriente Conquistado, I, i, 1,
tes, no plural, como em inglês 1718. —
«São os Gates huma cordi-
(ghauts), e com dois tt, para repre- lheira de montes, que uo principio do Rey-
no do Mogor corre da parte do Norte para
sentarem t cacuminal da origem.
o Sul, e vay acabar ao Cabo de Comorim,
Houve quem escrevesse que «ha e divide huma e outra costa do mar». —
duas serras com este nome, uma do João Tavares Guerreiro, Jornada, p. 65.
lado da costa do Malabar, outra do 1750. —
«Nas invasões do Marata, os
lado da costa de Coromandel». Não Gates [desfiladeiros] por onde costumam
passar, estão no seu dominio, e nós os va-
é isso bem verdade a serra ou cor- :
mos occupar com os seus, e nossos Sipaes».
dilheira é uma só ; a sua parte orien- — Marquês de Alorna, Instrução, p. 19.
tal chama-se Gates orientais e a oci- 1865. —
«... dos dominios britânicos,

dental, Gates ocidentais.


denominados gattes, que em phrase con-
cani significa grande altura». Relatório —
1552. — «E
a mais natural divisão, que
da Provinda de Salary, i, p. 4.
1886.— «Desde Mormugão até ao gatte
ã natureza poz nesta terra, he huma corda
ou montanha de Tinem. . .». Lopes Men-
de montes, a que os naturaes per nome
des, A índia Portugueza, i, p. 26.
commum, por o uào terem próprio, chanião
Gate, que quer dizer serra; as quaes
1901. —
«Dos Gattes, com seus contra-
vem correndo contra o "Sulu. — João de
fortes,partem para acosta numerosas mon-
tanhas ou pequenas cordilheiras de con-
Barros, Déc. T, iv, 7.
1555. —
«... ouvesse por bem mandalo tornos ondulantes, entre as quaes tem ori-
gem a maior parte dos rios que banham o
pôr em Pondá, que lie uma das fortalezas
do dito estado, que estão a quem do Ga-
nosso território». — José Pinheiro, Boi. S.
G. L., XX, p. 42.
1623. — «Cominciamo poi^à salire il

monte, che i paesani chiamano Gat, &


* A palavra .sânscrita, quere dizer «ca- atrauersa per mezzo tutta la lunghezza di
minho de descida entre os montes ou de quella parte deli' índia, che se stende in

descida para o rio». Algumas das línguas mare, bagnata all' Oriento dal golfo di Ben-
modernas empregam-ua neste sentido. gala, & air Occidente dall'Oceano, ò mar
QAUCHI 427 GAVUL
li Ooft» — Pietro delia Valle, Viaggi, in,

La in4s notabile division que

Ó 1

tlir;il'> •1 la.
Corrcn •.A sa-
liflnlii uri mi 111.11 Mil» ill
.-iui ir. .>ur».
— t'aria e Sousa, Afia Portuguesa, i, p. 34.

Gau. V. gas.
• GAUDDÓ (cone. indivi-
duo duma das ca> i ioa, co-
mummente coohecidu \}ov saleiro (q.
v.). GAUDDINA, a mulher da dita
casta.
11M5. —
«... brâmaneê (ohamando-ee a
rauIhiT, eiQ portufH'^i hràmina), ehardós
{chaniitta. a inullu-r), gauddÓS (6aud-
dina). —
Herald", lie 14 ill- Novembro.
r.»17. —
Ti\ fmni; jirclailiis gaudéa e
vijTMri'i!» capitulares ííJiirui". — Htraido,
A -OS to.
— uThe laoirna^e of th« GUiana

f.x;
ÇELBA 428 GELIATO

confluentes, com toda a razão consideram da outra co.sta, fomos guinando aellas».-^
o gavial como um terrível inimigo, e por Fernão Pinto, Peregrinação, cap. 5.
conscquoMcia assim o tratam. Oà meios or- 1.538. —
«As quaes cousas vieram por
dinários de caçar tem pouco resultado con- mar até Alexandria e depois foram carre-
tra os gaviaes; as próprias balas de gadas nas zerbe para o Cairo, carre-
ferro nào lhes penetram a pe\\e*> .—Archivx) gando ao dtípois os camelos e conduzindo-
Pittoresco, iii, p. 1G4. •08 até ao Suez». — Viaggio, in Boi. S. G.
1863. —
... sustentando immensos cor-
'<
L., V, .^)30.

codilos do género gavial, de dimensões


I».

1.541. — «E muitas vezes aconteceo, se-


colossacs». —
Lopes Mendes. a;>t/í/ Oliveira gundo dizem, entrando nella gel luas, c
Mascarenhas, Atrnvez dos Mares. p. 15(4. outros nauios, os quaes não se podendo sa-
1836. —
«On confond souveut, et mal à hir por falta de terrenhos, morreu toda a
propôs, le crocodile biporcatus de TOcéa- gente delles á sede». D. João de Castro,—
nie avec le caiman ((dlUjator), áoxii TAmé- Roteiro do Mar Roxo, p. 157.
rique est la patrie, et le Gavial de I'Asie, 1552.


Saluo as gelvas que deu que
bien que ces sauriens offrent entre eux des sam como grandes barcos». Castanheda, —
differences remarquables». Rienzi, Océa- — Historia, iii, cap. 112.
nie, I, p. 50. 1557. —
«E hnma gelUa pequena des-
1879. —
«Though the actual eye of the pacharei, para que saiba o Viso-rei que tu
crocodile does not bear this comparison, es tredor a El-Rey de Poi"tugal». Com- —
the prominent orbits do, especially in the mentçrios, r, cap. 60.
case of the Ghariyal of the Ganges, and «A Ilha de Çuaquem hiam ter muitas
one of the most repulsive features of the especiarias da índia, e ali embarcavam em
reptile's physionomy».— Yule, Marco Polo, geluas (que são huns barcos como cara-
ir, p. 06. velas que nauegam o estreito)». Ibid., —
II, cap. 49.
GAZA, gaze. Tecido de algodão 1563. —
nVeyo dar narmada hum barco
leve e transparente. Do hindust.- pequeno, a que os Mouros dali [Camaram]
persa gazl, provavelmente derivado chamão gelua-- Yierão duas geluas,
do persa r/az, «vara», que denotaria que são barcos leues, por mandado de llacz
a largura da fazenda.
Solimão». — João de Barros, Déc. III, i, 2
e5
— 1614. — «Encontrarão algumas geluas
1601. «Gazeas de Verdorá, sete co-
e terradas dos Mouros da outra banda de
vados de comprido, e cinco sexas [sexmasj
de 1 arguo». — Barbora». — Diogo do Couto, Déc. VI,
Carta Régia, in Archivo
VI, 1.
Port.-Oriental, vi, p. 744.
— 1636. — «Não ha nella [ilha de Maçuá]
1784. c. Guzzie or coarse Cotton
. .

Cloths, and Otterskins». —


In Glossary/.
nenhuma embarcação, senão aquellas três
ou quatro gelvas que disse que servem
GELBA, gelva (mais us.). Pequeno de carreto sem nenhuma defesa». In O —
Chronista de Tissuary, iii, p. 55.
barco do Mar Vermelho. Do ár.jilba. 1651. —
«Mandou alguns nauios de Ba-
1329. — «Embarcámos depois de Joddá çaim e Chaul tomar as Gelvas, que bas-

em huina embarcação, a que chamão Al- tecião o inipiigo». Jacinto F. de Andra-
jaiba, perteucente a Kaxida». Ben- — da, Vida, p. 264.
1288. —
«Fino ai fiume Nilo, done lo ca-
-Batuta, Viagens, i, p. 302.
— «E se foy 'Adem, e d'aly em
1510. ricano sopra in nauilij piccoli chiamati
geluas, que são' barcos pequenos, se foy Zerme, et con quelle vengono à seconda
a Judá». — Gaspar Correia, Lendas, ii,
dei fiume fino ai Cairo». Marco Polo, —
p.175. apud Ramúsio, ii, fl. õ'

1513. — «Todos tem grandes tratos de


mantimentos que se gastão pola terra den- * GELIATO (mal. (jUiut). Título
tro, 08 quaes lhe vem em barcos pequenos dum régulo da Malásia.
a que chamam geluas, que nauegão por
dentro d'este estreito, que iiidaque são 1604. — «Denlhes dom Jorge por regi-
fraqos barcos nauegão seguros». Id., — mento que fossem ajudar o Geliato da
p. 345. Gomo-Conora, Christão ainda que arrene-
1513. —
«Sendo em mar em huuá jel- gado, que estaua sobre o lugar de Galilás,
ba, 08 tomaram, e deram lhe a comer que
pretende ser seu» (na ilha do Moro).
huua vianda com que os embebedaram». — — Diogo do Couto, Déc. li, ix, 6.
Afonso de Albuquerque, Cartas, i, p. 221. «Ali assentarão os nossos o seu arrayal,
«Pagam os direitos as jeibas que de
muitas partes da casta d Arabia e d outras
com o Geliato, que já ali estaua». Id., —
ibid.
partes ho [aljôfar] aly pescam». Id — 1655. —
oEntrandose de nuevo en ellos
p. 224. fueron nadando, y llegaron ai fuerte que
1538. —
«Vimos três velas surtas, e pa- el Geliato combatia». Faria e Sousa, —
recendo- nos que serião Jeivas ou terradas Asia Portuguesa, ii, p. 124.
QENGIBfiK 'iKKGinUK

• GÉMIO. Eí»yv^fe <h\mr\ «ntiírn em- na», em distinçflo de «exAticot. Tem


barcuçílo >'
por certo que a qi;
lotiwilo. ri- J
..iH. ao gengibre teve o. -r, ... .... .^.
liga ao turco gemi {=^ guémi), quo si- ria, para se distinguir o nativo, chã-

' " '
Jumu do
:ia, «En
guiukratos n&o muito dtticieuteã. le aussi il étail íurt coiivnia-
attendu que Taunée y veuidt,
1613. — «Qemio» tre
. ..,

ii-iiti>!i caudis . ("h.. nios, tandis quo le gingembre n'y crois-


— In
.
,

paii^iiios». O Uvicntc I-'ortnguez, sait pas, et c'est jnstement le nora


pp. i»; c 17. de cotte planto qui explique pour-
quoi Tadjectif haladi signifie en es-
GENGIBRE, gengivre. liaiz de Zin-
" \b. pngnol : de mince vaUiir '. V. C;J(im-
Já na Idade
$ary, p. 232.
lo na Europa o
rn o seu nomo do ár
Neste caso, 6 claro (iiio

. , . - .., .;r ou zãnjaòlt), Jat


escritores, tomaram o
se )

zinziòcr, provavelmente o étimo imo do espanhol, o empregaram iticur-

diato do vocábulo reetamente, a nfto ser que entendes-


nAo tem o arti^ro n. sem por heladi «indígena da índia».
Note-80 todavia que, segundo o P.
rjistelliaiio le. l)io8CÓridys
Guadix, citado pelo referido etimo-
riiaio e o ... . .- refereni-se à es
logista, baladi quero dizer rigorosa-
peeiaria, cuja pátria é desconhecida
Re a ^' *
ibar, 'Ihor ' '
mente ciudadano, «urbano», e se
aplicava às coisas falsificadas que os
Of! o testei. bo- .

«etiam in sylvis et
mouros vendiam p. ias. Ora,
' ' '

.:lur>. Em malaiala nm dos nomos mai do rizo-


,

dAo-ihe entre outros nomes (chukku,


ma d nãgara/n, que siguiíicaex
7ir,.
' > • '• •
'•. mente «urbano», do sánsc. wí/^ ., .

n «cidade». Parece-me, portanto, muito


provável que o termo bidadi ou be-
que u íuiiuii aiiU'iior do inchi teria
thi/itlii, \ ledi fOsse corrente entro oí< árjibes
sido ftturJii 1)11 , Ciht.'*.*!! rii ,

S. \'. ',
da costa ocidental em
século XVI, quer na ac(^,„_ „ u.
bano», para denotar a cidade do Ca-
'^nt, quer no sentido á'
' '
'

'» <^. «indiano». Os

lias (p.

li..

led<^

uco vale K ác gengiure Ha milhor

«';t


— «K quanto he ao Jlmjlvre,
' L

t auerá
relaç&o às moedas e o de cin- -A. de

Aquy teudc» todo Jemgivp*


iiii


\

1^1, p. im. I
ttUana
GENGIBRE 430 GERGELIM

beledy, toda a pimenta do Malabar, e ou- les differenteB espaces d'epiceries dont
tras niuytas drogarias». Id., p. 130. — nous avons connaissance». Tavemier, —
1516. —
oNace aquy (em Cochim] tam- Voyages, ni, p. 366.
bcni inuyto e ferinoso gengibre belide 1875. — «The term Baladi (Ar.), Indi-
e cardamomou. — Duarte Barbcsa, Livro^ genous, or «Country» ginger indicated or-
p. 347. dinary qualities of no particular repute.
1536. —«Tem grande copia de genqi- The word Baladi scams to have become
bre esta governança, teem muito gengi- naturalized in Spanish with the meaning
bre e muito bom». —
Vasco Calvo, apud «of small value». —
Yule, Marco Polo, ii,
Ferguson, Letters, p. 97. p. 370.
1557. — «Tivessem sempre na Feitoria 1908. —
«Three names that denote coun-
pimenta, cravo, gingibre, e todas as ou- supply are constantly mentioned
tries of
tras mercadorias que os Mercadores hou- namely Belladi, Colombino and Mecchi-

vessem mister». Commentarios, iii, cap. 9. no. The belladi or balladi comes from va-
1563(1498). —
«Darei pilotos que vos rious districts of India. The word bal-
. .

leuem á cidade de Calecut, que está na ladi seems to be an exact equivalent to


terra onde nace a pimenta e genglure». desi, and to mean «country», and ultima-
— Gaspar Correia, Lendas. í, p. 57. tely denoted a common or inferior article».
1563. —
«Diguovos que se chama gen- — Watt, The Commercial Products, p. 1140.
glvre acerca de nós, e acerca dos Ará-
bios e Pérsios e Turcos gimzibil. Este . .
Gengibre de dourar. É o mesmo
gengivpe comesemeudo na salada, mis- que açajrão da índia, q. v.
turado com outras hervas e azeite e vina-
gre e sal, e nos pasteis de peixe fresco e
alguns o comem nos pasteis da carne». —
\
* GENTÍLICO (s. m.). Língua dos
Garcia da Orta, Col. xxvi. «Pois baladi — gentios da índia. Usa-se a palavra
se pode traduzir pela expressão portugueza na frase «em gentílicot.
• da terra». Conde de Fi calho.

c. 70. —
«Non est hujus arboris radix :
1782. —
«Mandei publicar alguns edi-
vt aliqui existimavere quam vocant sin-
:
taes em gentílico segurando todos os
gimrim: alii vero ginqiberim: quam- Dessays, que são os senhores das teri-as dos
quam sapore simili». —
Plinius, Naturalis Gancares, que são os principaes das aldeias
Historia, xii, cap. 7. e mais povos da província...». Apud —
1318. — «E
per vn ducato viddi dar Júlio Biker, Collecção de Tratados, viir
700 libre di Zenzevero verde e fresco». p. 174.
— Beato Odorico, apiid Ramúsio, ii, fl. 154. 1791. — «As
instruções de S. Ex.* vão
1820. —
«Au chief de ceste forest a une em gentílico, para que V. m.cê as en-
três grande cite qui a nom Ploubir en la- tenda perfeitamente». —
Ibid., ix, p. 173.
quelle croist le meilleur glngembre que 1818. —
«As condições que V. S.» me re-
ont puist trouver en tout le monde». — metteu, lhe transmitto assignadas por mim,
Beato Odorico, Voyages, p. 100. conservando em meu poder a sua traducção
1444. —
aArriuò à due città poste sulla gentílica». —
Ibid., xu, o. 2.
spiaggia dei maré, cioè à Pacamuria et
Dely, nel paese delle quali nasce il gen- GERGELIM. Semente e planta Se-
geuo, che si demanda nella loro lingua samum indicum, D. C, ou S. oHen-
Beladi, Gebeli et Dely, il quale è radice
d'herba alta vn braccio». Nicolo di Conti, — tale, Roxb. Extrai-se óleo da somente
Apud Ramúsio, i, fl. 339. para alumiar e para usos culinários.
1578. — «Nasce Çengibre eneste Entra também na composição do
muy grande abundância por todas las ín- bolo conhecido por gergilada. O éti-
dias Orientales. hazen de esta rayz
. .


conserua de Açúcar». Cristóvão da Costa, mo é o ár. juljulãn, que passou a
Tractado, p. 261. várias línguas europeias. Os idio-
1658. —
«II zenzaro si troua ancora mas indianos chamam-lhe til ou til,
in Persia, e Mascate, Città deli' Arabia Pé- do sânsc. tila. llijínjali em hindus-
trea, benchè non in quella copia, qualità,
tani e marata, que Yule supõe, ser
e perfettione, come nel Malabar. 11 piú
stimato è quello dei Regno di Cananor, ò termo comercial, introduzido pelos
dei Nair, doue le campagne deserte tanto portugueses.
ne sono pieue che ad ogn' vno è libero d'a-
profitarsene, e fame quella racoltale piace, — «Servem-se muyto dazeyte de
1516.
non solo per vso próprio, mà ancora per
— gergelim». — Duarte Barbosa, Livro
venderlo». Fr. Vincenzo Maria, Viaggio, 249.
(2.» ed.), p.
p. 367. 1539. — «Havia muy tos juncos, que ear-
1676. «Le cardamon, le zinzembre, regavão de de pedra hume, de azeyte,
sal,
le poivre, la noix muecade, la fleur musca- de mostarda, e de gergelim». — Fernão
(le, le ciou de girofle, et la canelle, sent Pinto, Peregrinação, cap. 55,
ÔÊRIÇAÍ. m GIM

iH52 _ «Hii pmixie *nma d« gerge- confunda gireçal (jaca) com ffireçal
(arroz).V. bárico ejaca.
• GEROZEMO T

muito gergc :l, e


que ó uiu luiii i

»e vende i);ii if tróis,


CAn»Hic<J a<r / Ôliina. Mas o
vocábulo, pela sua fei-
í
I'om I
çHo, uio deve ser chinês ; será talvez
nun ou-
do japonôs, que tem gero-sama. t se-
bòiiiu. — '•
nhor do cárcere», isto é, cai
.. I. 33 Xest»' caso, terá de se ler yv
160.5. — .1 por I
Cf. ctibozama em cubo.
i.mI, com
,. , -ri,..

. de gergelim, licando
I

1542. [em N— sBeside


i.i, que conu» Cerimouia Chaem da justiça, que he '

'ja». — Fr. Autóuio de Gou- como de Visorrey, com hua grai


í. fl. 39.
de cento e vinte gerozemos '

l»Àty — «Km todas estas terras ha muito


que sâo desembargadores, chance reis e re-
vedores de todas as causas civis e crimes».
gergelim, muito alvo e bom de que ?e
1'treyrinaçâo, cap. 85.
t;iz azeit«-, e (iflle comem
<'

todos»,— Fr. João doB Sai. • GÉTAN. Espécie de feijão da ín-


Oriaiial, 'M i, y.
1619 — "De cada candil de azeite de dia insular, denominado por Rúnfio
zerzellm se jiag.irá de direitos meyo Phaseolus cylindricus. Do mal. {ka-
payotU». — lityinifitio de Nuno Va* Caa- ehang) jintan.
toJo Hranco.
1XH2. —
«O munao, o gergelim, o ca- 1701. —
«O comer ordinário dos mora-
cau, a cera de abelhas sUveatres». José — dores [de Cebeles] sio bananiis, inhames,
Vaquiuhxs. Tiwr, in Boi. S. G. L., iii, algum arroz, SiOgú, milho, e outro manti-
p. 41. mento, que também lhes serve de pSo, e
ls>S.j. — «As anicas matérias agrícolas se chama getan». P. Francisco de Sou- —
sa, Oriente Conquigtado, III, iii 1,
Mo-
• GI60C0 (jap. jigoku). Inferno
dos budistas do Japfto, composto de
"
oit'
' •
\ .

OrirntaU)m.—0'Seú\, Ua .áyricíUíi/ro, etc.,


itliil i\ - II. 17

jtrjollm
\.< co-
1870. — "O inferno japnnez chama-se
nv Gigoku, e o p l^ ^l«-^^u
p — JuBc K. Castel
compde-se d
'•'••
i:,io — .UUo iu uiolta quantit-i fatt<>
d.<» '

O
ijni 1: nline, ma di Zerzlllno» — IJar- eii

vi
lios. ji

th.
re.
ehff à noi
lua
vi-
lli ,
'II''
• GIM. Figura a palavra numa das
III Itvlicum, in
Décadas de Joílo de Barros, no Si^n-
M - ' tido de governador duma cidade, per-
gel tencente ao reino de Narsinga, na

Vil
.1 i;

cl •r». A i:

M .r. Cf. cA , ,
- -.^
ri
nerreiro escrevo gem e atribui-
-Uic o significado de «capitAo^mor».
gi
cu - - ,

GattttttTf It, p. 6

\» ., ,
.;. .. , „ dndaua
(em coucani rQêà{ patjai). NAo M |
direttaiiivut«io()r«oCaUarrav, eporG«m
GIMNOSOFISTAS m GÍMNOSOFISTAS

capíUm mor delia vinha hum Gentio por mente nu) que propriamente se re-
nome Mundarray, muy esforçado, e temido fere o termo. Y.jainismo, brâmanes
em todo Bengala». — Belaçam Annual,
99 v. e budistas.
fl.

* 6IMECÂNA.Kntrou moderna-
1563. — «E
pois agora vem a propósito,
me dizei quem
são estes Baneanes ou Brâ-
mente na líiif^ua portuguesa ôste ter- manes, que dizeis não comerem carne e ;

mo de esporte, que os ingleses trou- se sam os gencsofístas que dizem por- :

xeram da índia, gymkhana, e que se que estes usam os mesmos vestidos que os
presume provir do hindust. geiíd-
escritores escrevem». —
Garcia da Orta,
Col. XXXIV.
-khãna, «casa de bolas», isto 6, «ter- IGOO. —
«Outros, a que chamam logues,
reiro de raquetas», talvez com ain- e os Gregos antigamente chamavam Gy-
jHuôncia de gimnástica na primeira mnosiphistas vendense por homens
nam se obrigando uuifba ao matri-
castos,
sílaba. Designa o lugar público de monio». — P. João Lucena, Historia, ii,
esportes ingleses {polo, laion-tennis, cap. 9.
etc.), e a reunido dos esportistas. 1(363. — «Mas não sSo estes os seus re-
V. Glossary. ligiososmais apertados, senão os jogues, a
que chamaram os antigos gymnosophis-'
1912. nNo dia 13 também se efectua no tas; e eu com mais propriedade lhe cha-
recinto dos tennis dos Jogos um gymkána mara martyres do demónio ou demónios
automobilista, que está dispertaudo um in-
— vivos». —
P. Manuel Godinho, Relação,
teresse extraordinário». O Século, de 27 p. 36.
de Setembro. «Aquellas scicuciae, que tanto encare-
1915. — «A realização do gymkhana ciam nestes jogues os antigos escriptores,
automobilista levada a effeito pela em- chamando-lhe por isso gymnosophís-
pieza «Estoril» levou ao parque do Es-
. . .
tas, que vai tanto como philosophos nus».
toril basta concorrência». O Século, de — — Id., p. 39.
1 de Novembro. 1838. — «Os brâmanes eram antiga-
1916. —
«Como fora annunciado, reali- mente, como ainda hoje são, os depositá-
zou-se no Catholic Gymkhana a «Cinde- rios do culto religioso. Muitos dellea an-
. .

rella Dance» no dia 30 do passado e a dis- davam nús, e d'ahi veio o chamarem- lhes
tribuição dos tropheus aos vencedores no 08 gregos gymnosophistas».— O Pa-
ultimo campeonato de bilhar». O Ultra- — norama, de 26 de Maio.
mar, de 24 de Janeiro. c. 70. — «Philosophos
eorum, qnos Gy-
1917. —
«Visitaram em seguida o «Ca- mnosophistas ab Exortu ad
vocánt,
tholic Gymkhana», onde houve um pri- Occasum perstare coutuentes Solem immo-
moroso concerto». —
O Ultramar, de 8 de bilibus oculis ferventibus arenis totó die
;

Março.
— alternis pèdibus insistere». Plinius, Na- —
1877. «Their proposals are that the turalis Historia, vii, 2.
Crikct Club shoculd include in their pro- 1588. —
«Altri non pigliano moglie, i
gramme the games, etc., proposed by the quali hoggi con propria voce sono chiamati
promotors of a gymkhana Club, so far Giogui, Greci già gli chiamarano Gl-
as not to interfere with cricket». In — mnosofísti».
i

— P. MaflFei, Le Jstorie,
Glossary.
p. 48.
1917, «Gymkana de automóveis. Con- 1658. —
«Li chiamarono Gymnosofisti,
forme estava annunciado, realizou-se on- chi dice per lo sprezzo rigoroso delle com-
tem no parque Estoril o de Gymkana modità temporali, chi per lo studio di filo-
automóveis que, como sempre, em espectá- soíia, e contemplatiorie delle cose dei
culos interessantes como estes, teve uma Cielo, nelle quali occuparano per il }ítiú la
assistência elegante e numerosa». Diá- — loro vita». —
Fr. Vincenzó Maria, Viaggio,
rio de Noticias, de lõ de Outubro.
p. 268.

,
GIMNOSOFISTAS (= sábios nus). 1666. —
«Les Bramens, qui son propre-
ment les Brahmans ou Sages anciens In-
É o nome que os gregos deram aos diens, et les Gymnosophístes dePor-
filósofos da índia, com que se en- phire, sont les prêtres <;t les Docteurs des
controu Alexandre na sua expedição. Geutils de rinde». — Thevenot, Voyages,
Estrabíto descreve a sua doutrina e III, p. 192.
1674.— «The Gymnosophistes, Bra-
os seus costumes (Geograjja, liv. xv). chrains, or Book-Men». Fryer, East In- —
E Hesíquio, do terceiro século, tras- dia, II, p. 100.
lada Génnpi {=jaina) por Gymnoso- 1748. —
«Ce qui a rendu plus célebre
phistai. E, portanto,, aos jainas di- dans I'Antiquite le nom de Gymnoso-
phistes, c est leur Philosophic, dont il
gámbaras (sânsc. digambara, «o que taut séparer d'abord la Philosophic Mo-
je veste do espaço», isto é, inteira- rale». —
Lettres Édifiantes, xxvi, p. 237. '
GINSEM iâS GtKlHAKDA

ITS*?
GODDIFOn^I 434 GO DOMEM

ribando cíwio IImj os Mouvos clj.imio».— tento de cavalos do Estado. Do cone.


( astaiilioda, liistnrla, ii, cap. l-l (Jhòflepoffl, de ghorló, «cavalo», e
1727.—-«Giribanda. Nn Iinjia he liu-
pattl, «coutribuiyilo».
ina corvea, quo toilos 08 cavallos da Asia
traacin para Hies lirmar a cabeya, por falta 1840. — «Tendo chegado ao meu conhe-
tia sciencia dí>s que os ensiuao <• também cimento', que o CoHimandante Militar de
iltí Freyeivos, em Portufral se c-liania ga- Pondá cobra ainda hoje das cinco Pro-
uiarra à correa, que ' - mo uso».— vincias de Zanibaulini o imposto chamado
i^luteau, Supplmunf Goddipatti, destinado em tempos remo-
tos para a sustentaoSo da Cavallaria, que
GIROPANGO. Kome dum l)arco da ha longo tempo nSo existe. .». Collecção .

Malásia. Do moX. Jeravipa, jirampa. de Bandos, i, p. 2()0.


1843. —
«O gaddipoti era um imposto
1563 -^ «Hum nauio de Java, que se que ainda se cobrava em Zambaulim, des-
cliania giropangos». — Gaspar Coríeia, tinado, de tempos muito remotos, para sus-
Lendas, ii, p. 797. tento de cavallaria, que ha muito não exis-
te». — Annaes Marítimos, p. 133.
* GIZOM(jap. Jízõ). dos bo- Um 1852. — «Goddevrât, gorevorado
dhisattvas ou génios tutelares do bu- imposto que os moradores das aldeias con-
disíuo japoiiT's, o qual guarda as tribuíam ao dominante para despesas de

crianças.
seus cavallos». —
F. N. Xavier, Bosquejo
Histórico, (2.* ed.), iii, p. 73.
1549. — Fatoquins Xaca,
c<()8 gantos
* GODDO. Fortim numa eminência,
Amida, Gizom, e Canom estavão em
pena perpetua no concavo fr. nd» da casa castelo,na Judia árica. Do concani-
do fumo .E por este pouco que os nossos
. . -mar. gad, bindust. garh. V. gouro.
olhos nos mostravão delle, se julgaria ser
elle o verdadeiro Deos e não Xaca, nem
1750. —
Achou Pondá, e Goddo, que
Amida, nem Gizom, nem Canom, que não lhe serve de Cidadela, occupada pelo Ma-
forão mais que homens muyto ricos, como
rathao. —
Apud Júlio Biker, Collecção de
as suas escrituras contavâo delles. Fer- — Tratados, vi, p. 332.
1754. —
«Cedem desde logo, e para todo
não Pinto, Peregrinação, cap. 212.
sempre... as praças de Alorna e Bicho-
GOA. O termo vem registado no, lym, a província de Pernem, os goddos
Diccionário de Cândido de Figuei- de Morl^' e Satorem, com todas as suas ju-
redo como inédito e antigo e com o
risdicções». —
Ihid., vii, p. 16. aGoddo, —
ou Gor, castello, fortificação». Nota.
significado «medida de três palmos
:
1754. —
«Cedem desde logo... a pro-
chamados de gõa, e usada pelos víncia de Pernem, os Goddos de Marli,
construetores de naus palmo de gôa, e Satorá». — Ibid., xii, p. 143.

medida antiga igual a ura palmo or-


;
1787. — «...
restituindo ao dito Tipú
Sultau a fortaler.a Gazendrá Goddo com
dinário o mais uma pollegada». De seus domínios, e mais fortes e terras con-
facto, o «palmo» de Goa tem a me- quistadas». —
Ibid., VIII, p. 245.
dida indicada e representa a metade 1790. —
"Esta praça, chamada vulgar-
mente do Piro, e por outro nome de Sadas-
da «mâo», que é a «medida do coto-
siva Goddo. foi conquistada pelo mes-
• .

velo à ponta do dedo do meio», mo Magestoso Estado ao Keino de Sun-


muito usada na índia. V. cdáa. dem». — 63.
Pjid., ix, p.
1856. — «Esta Praça tinha na primitiva
* GOCURACU, (jap. gokuraku). Pa- o nome de Narceiua goddo, e era situada
raíso dos budistas japoneses. na margem do rio do mesmo nome». F. N. —
1564. — «Os seus pregadores nos púlpi- Xavier, Instrucgão, p. 28.

tos, costumão dar uns escritos para irem


* GODOMEM. Representa a palavra
seguros ao seu paraiso, e lhes não pôr o
di^bo impedimento, também pêra os que a forma kodam' ou khdam', comum
j4. estaou serem liures delle, e leuados ao na Indo-Cbina, do páK Gotamo,
seu paraiso, que se chama em sua lingoa sânsc. Gautama, patronímico de Bu-
Gocuráqu, que quer dizer lugar de de-
leitesx». —P. Gaspar Vilela, Cartas de Ja-
da (q. V.).
pão, I, fl. 142 f. 1545. —
«Vimos também outroe da seyta
1874. — «O inferno japonês chama-^^ de hum que se chamava queGodomem
GigoTcu, e o Pniaiso Gokuraku». Pe- — acabão seus .dias por andarem gritando
dro G., Mesulcr. O Japão, p. 273. -V. continuamente, e batendo com mão na boca
pelos montes, de dia, e de noyte em vozes
- GODDIPOTTI. Imposto qtie se pa-
muyto altas, dizendo sem descançarem
gava antigamente em ^foa para sus- Godomem, até que caem mortos uo chào
GODORIM GOIAIiA

por nSo pAfferom tomar


1
"
f'l*>ar.

vptiqa^r ton-
. .ajlo (
imhh ei^pMii** Hf» RifwvlSo
"-
fjn** •*> d*»nomina
Wno-
netf

- «Goudrim est vn terme In-


^'1 lis HUori'UC 'ijt^nifíe It's couuer-
II •. — L«' Goaz de

-
iiiortr- GOGUENSI (j"' '.>.:...h:
\ ichuou patente i\o nibv

yms of 1Õ69. —
«Feitas estas visitações que
^ e, arc as erJo priucipio do nosso usscnto n.» Miaco,
no (UauUuna)...». — Craw- por ser mais princi xisa
ser a pati'iitr do ^ < se -

ri < im, e em uoâKa lin^oa man-


iiaiica, n pat.-'nt.- on Qo-
iiiais l«'s > a de
que le> 1
I». —
-
3 ou bii- I
!'• LiUàò irrúiè, (Jarto/i dt Japão, i, ti. 269.
.•.-XV
vitr iU\ui..ud, /«íi€, p. li'i GOIABA, goiava. Fruto de GOIA-
BEIRA. pKi'linm fjnyfrva, Linn., var.
G '^^
pf/rifenim, Koxb. É originária do
\

«"
''•^ ' '•^'
M-''\i<T>. -•> Iruto e I'az-se om
Ilidido de Fi^uoiredo
a. . . ham godrii; der 'pa.
'it > iticisaes'. — <

J*<^^ \
Os i
;i» a
'" ' . p. 3p. goiaba, quando na a introduziram
1' tn nnnndancin proyr- '
^ . ; ,. . •.

Asia na Africa, pelo mesmo mo-


tivo por quo deram o nome de «fi-
t,*-. /;. ...,.,. bananas. V. pêra, c Injiuên-
If.i:. — <.i L:ii.,.ini ..i.~ r.jlchflcs Gui-
em G<i.i). — 1'jrrard ae LavaJ, I

, p. 4. i 1506. — «Outra ffrutaj "


gouyabas fem
*'
, ^i' ,,'., s . .s na
< ías-
.|i par .'Vi"iiS'. Ills-, i riijiri<-.iiuriftniu, VI,

, --
I p. 40.
''"^^ '
— ' '-'•• jambos,

dor: .)uas».
iw. iirt -. 111. 111,1.11 1 11- i • . .11.1 • uti -j... .i--^, V .^"^^.u íit" Ccy-
— António Bocarro, Ião, V. Õ4.
\,i', — «r,„in.Mrn<. JacAs, Maugas,
cm Atit >s. ..» ^na China).
.ido, — 1 II. lU. .".

abreira, 1 . '
no-
iii<' IDO a
iioute da

l \. omu, .«/(líiM.i; n.' .lyni-ui

I. gunriiii ' ! notb«l-


X, ras ma-
y • -- ch».i..... ...

1MB. -> «A frucU dvsU arvore produt | O. L.p v, p. :!õ.


GOLIXa 43(5 GOLMOIí

1911. «Oiuic .>» rlu-niii I iilii IMIiiJ<;i iiMip coiiiuia <Mii graruir (]u;uiiui;i(U> pro-
(iboiis exeiiiplarcs do mangueira», cajuei-
ros, briudoeiros, goiabeiras, larangei-
duz syniptomas narcóticos». D. G. —
ras». José E. Castel Uranto, ibid., xxxix, Dalgado, Flora. V. mirabolano.
p. 358.
— 1563. — «Ha outros que chamam gotim,
1Õ2Õ. «11 Guiaiba è vn arbore bello e sam redondos, e sam os que chamamos
in vista,che ha la foglia quasi come di
— Oviedo, belericos». —
Garcia da Orta, Col. xxxvii.
mora, non che è minore».
ai 1863. —«A primeira é representada
apud Ramúsio, iii, fl. 63. principalmente pelo assoiio (marata bran-
1673. —
«Flourish pleasant Tops of ca), quinsolo, gotingo». — Lopes Mendes,
Plaintains, Cocoes, Guiavas, a kind of apud Oliveira Mascarenhas, Atrarcz dos
Pear». —
Fryer, East India, i, p. 110. Mares, p. 185.
1710. —
«Les principaui fruits de ce
Pais sont... la Goyave, qui approche «GOLLY, m. Arvoro da india por-
assez de la Poire». —
Lettres Edifiantts, x, tuguesa». C. do Figueiredo. E uma
p. 399.
1829. —
«La banana è una frutta deli-
espécie de figueira Ficns Myso-—
ciosa e tali pur son ai difFerenti palati
rensis, Heyne, «raizeira vidrada» em
;

la manga, la giacca, la guiava, I'atta, il português, gôl em concani. «As rai-


papai, I'ananassi ecc». —
Lazzaro Papi, zes aéreas são poucas e enroscadas
apud Gubernatis, Storia, p. 280. ao tronco quando em fructo, é
1908. —
«There are two varieties, one ;

muito frequentada de aves». D. G.


known as the Pear Guiava, and the
other as Apple Guava, but they are so Dalgado, Flora.
alike that they can scarcely be distinguish-
ed till cut open. The fruit is eaten by all * GOLMOR. Antiga moeda de ouro
classes, but by Europeans generally pre- na índia Inglesa, a qual valia 14 a
ferred stewed or in the form of jelly or 16 rupias e pesava 100 ratis ou 175
of the well-known Guava-cheese». — grãos, como a rupia de prata. Tam-
Watt, The Commercial Products, p. 907,
1854. —
«II est constant qu'indcpendam- bém chamava rupia de ouro. A
se
ment de ceux que nous venons de nommer, sua origem data do domínio maome-
la goyave {psidium pommiferum), qui est tano. É composto híbrido do ingl.
encore à present nommée chez les Siamois
goldy «ouro», ehindust. wtoAwr (persa
maloko, c'est-a-dire fruit de Malaca, et la
figue carica (carica papaya)^ du. Brésil, muhr), «moeda de ouro». V. Glos-
que les Malais appellent kloa fàreng, ce sary.
qui signifie banane de Francs, ont été ap-
portées au Siam par les Européens». —
1842. —«Também são diversos os Pa-
godes e Glomores de ouro, e venezia-
Jancigny, Indo- Chine, p. 401.
nos, que pouco .ipparecem no mercado».—-

60LÇ0RI. «Joia com que as Annaes Marítimos, p. 381.


nas adornam o pescoço». C. de Fi-
india-
1859. — «Quartos de guímores 6».
F. N. Xavier, Resumo Histórico, p. 539.
gueiredo. Do cone. galesarl ou gal- 1862. — «Gol mor inglez {Gold-Mohur)
sari (de galo, «pescoço», e sari, 9i^880 [réis de Goaj, 5^280» freis de Por-
«corrente, cadeia»), «gargantilha». tugal]. — Francisco M. Bordalo, Ensaios
sobre a Estatística, v,Pp. 83.
1874. —
«Ao pescoço umas ostentam os 1866. — «Ainda hoje se diz acabari-mor
seus riquíssimos Tvxis ou Chinchpotae, cra- — Sejaui-mor (cunho de Acbar^ de Se- —
vejados de rubis, diamantes e esmeraldas; jan) aos quaes os Inglezes chamarão Gold
outras Golcoris isic) terminados em Mohur (cunho de ouro) que por adultera-
grossos coraes e cobertos de peças de ouro ção se diz gulmor». —
F. N. Xavier, Z)e«-
portuguezas, libras e quartos de ouro». — cripção do Coqueiro, p. 66.
Tomás Ribeiro, Jornadas, ii, p. 104. 1880. —«Gulmor inglez {Gold mohur)
«GOLING, m. Arvore da índia
33 xeraíins». —
Teixeira de Aragão, Z)e«-
cripção das Moedas, iii, p. 387.
portuguesa. O mesmo que golliyn. 1824. —«It was said that they someti-
C. de Figueiredo. Nâo me consta mes were worth a gold mohur each».
que haja na índia alguma árvore Heber, Narrative, i, p. 178.
com tal nome. Presumo que deve ser
1885. —«It has been estimarted that
the gold circulation of India amounts to
gotim ou gotingo (cone. goting) — 1,620,000 of gold mohars (Ra. 16 to
Terminalia hclerica, Roxb., «mira- Rs. 20 each), worth about three millions
bólano belérico» ou «biborala» em —
sterling». Hunter, The Imperial Gazet-

1909. — «The Ashrafi or


Í)ortuguês. «O fruto é o mirabolano
Gold Mo-
)elerico do commercio. amêndoa A hur». — Crooke, em Fryer, i, p. 275.
GONG

«... a < 'II- vaqueta ou e faz as vezes


hich he \^ old de sino em va.._. ^iões do Oriente. .

J lie Mo-
Encontra-se o termo (gong, agong)
em todos os idiomas do Arquipélago
60MA ELÁSTICA, goma-guta. Vid. Malaio, mas Crawfurd considorao
:
- -hu.
originário do javaní^s. Joào de Bar-
t uujd£DAR (ant.). Punhal recur- ros ciiama-lbe bacia. V. bátega e ló.
vado, na índia. Dopf^rsa kham-dahra.
O hindtistani tem jam-dhar.
1563 (1511). «.. —
e taugeudo de pan- .

cadas huús a que chamSo sinos, que se fa-


1'. !.' aO., fsiiingardeiros e o« adar- iem etn outras terras, que sào da feicJo
padas e gomedares nelas, que trazem pendurados,
:i hum som muy guerreiro». —
• -.. c hum geme tf If . se (iiiápar Correia,
— oDiz
lAndou, III, ii, p. 217.

huaia arma que ell


. '.is-
1H8Õ. que o commercio de Banda
, '

n.t_.i i/em ua ciuta como puubal, tudo se fazia i n. dando ali


••' d'<^uro rotn pedraria, que (oy grandes i. rcadoria por
g i»
'mil pardaos». — qualquer oujoctK, por ci.Miipio vinte baka-
(
"» p. '^^7-
re* de maça por um gong javanez». —
Conde de h icalho, CoI..xxxii.
Gomia \ . agomia. 1898. —
«A entrada vé-se também um
enorme tambor ou gong, onde qualquer
• GONDÀO. É uome que em Ti- pessoa pode bater quando urgentemente
mor die à Ficuê Benjfiinina. Nao sei quer pedir justiça». Joaquim C. Crespo, —
a que lingua pertenc» Cou*a» tia China, p. 25
1906. —
«O verdadeiro nome da bacia
1908. «Gondáo —
Ni^im ju>rtu(íuè8- — de arame que se tange com vaqueta é
•tnacaista da Ficu» iudiai, da F. lieujami- gom». —
Gonçalves Viana, ApostiUu, i,
na, ejiualnif iitf empregado no português p. 116.
de Timor u — .\ll>.rlo 0. de Caatro, Fl^j- 1906. — «Gong — Palavra de origem
rt* de Coral, p 137. javanesa. Disco de metal de sinos, tangido
• em urn p outro
. . ponto á «lombra do cnm um martclln Empregada por sinos
••nos e ai Alberto O. de —
ro, J C»'>r: rtoê, p 179
Ijigo, s.-guii ;.. :
— J't , p. -Jil. 1908. — «o gong »• um in^- em
forma de bacia ou tambor d' >n-
60ND0C0 gandhak). xn&v.
gados e estridentes». Id — Flores de Co-
1

Enxofre. N&o é usado actualmente. ral, p. 258.

1788. — -P< •
CO, 1444. —
«In índia di qua dal Gange non
duas tangai •'
de vi sono campane, ma in luogo di quelle
'•
iti baciui !' quali perco-
liando»,

1 . i
I, p. 4.Õ.
con I'alt
1 if suouo».
• GONÇALIM. Fruto do Lufa acu- Niop) ui Conti, aiiiin n.uMu.-sio, r, fl. 343.
— aLorsqii'on bat
tanqula. Rtixl). K uma excelente
"
pi. goih'
hor-
/owi-'
1637.
•' • •• un gong'•ne».
ou un
''"••
1

ido que se
í,
— -fí

i 1
It< or
na em
português riscada, mas en Ghong» - i S.

uá-/ encontrei abonaçâo. 1M24 — .. A ;ar©


of the te: >"9i
1H12. — «Na<« hortm onfontrn-^p n aça- hanging " I'ive,
;rà" gonçí»!'-^-" le I, p. 107.
1886. —
«L'instrament qui approchc le
plus du tambour, est onq. itia-
<-ntlo, Kaliia, bretalhe, tjnn ri-.nimune à t'tife i; la
.
'
iiugular». — ^
l.e gong . la
'

«"ire a Em-
.<
e-t f-il- tion
p .,.
di: < \ de
•Cultivam aa auKuÍDtea planta* 4 k- re-
11 •»
,>em et- .. i . 1 •.
'
•nd
'
'
>
'

dCMtan- iizi,

I

,...- L..,.. '- /'or- Uctanir, I, "^'i.

eui,i, p. 238 1878. — «DevantI'

le roi
'
Tchansan pre-
cede dec n 1 ' * * ' " I^ les
• GONG. Grande prato plano de instrumt vie,
GONI 488 GOPURA

GONI, gune (s. m.). (J vocábulo 1883. —


«Jute Manufactures, ii
representa dias palavras marata- shape of guny bags, cloth, rope, etc.,
were also e.xported». Hunter, The Impe- —
-concanis, ambas dc^rivadas do sâusc. rial Gazetteer, ii, p. 305.
ijom, «saco»: (]Oii, «saco grandw» 1908. —
«The coarse sackcloth woven
leito ordinariamente do juta; o gom, of it [fibra de juta] and formerly used by
the very poor of Bengal is tat, and the
«costal de azémola», da mesma fa- —
bags made of it arc choti or goni».
zenda. Também se entende em por- Watt, The Commercial Products, p. 406.
tagnós o pró])rio «tecido grosso de
juta». Ginmy om indo-inglês. *GONIPATTO (cone. gom-pãt).Fa-
zonda de juta, do que se fazem gonis.
1054. —
«Um Guno de mautimcntos
pagcirá um maué, que é duas medidas ordi- 1788. — "Por cada carga de Gonipat-
nárias». —
Z/(íí/i/íía de Goa. to, huma tanga dous reis e meio». — Col-
1528. —
«ii'estes dromedários levãohuus lecção de fíajidns, i, p. 44.

Beirões de gune, fortes, em que ellee vão


assentados c se deitào quando querem».—- * GOPICHANDANA (s. f.}. Espécie
Gaspar Correia, Lendas, iii, p. 317. de argila muito branca, de quo se
1554. —
«lios capitàees e snrõs nobres servem os vixnuitas (sectários de
[da China] por morfe de pay ou de mãe, e
Vixnu) para marcar o corpo depois
parentes mujto chegado.s vesteuse de Imas
roupas brancas, cojno letcyros (?), ou Gd- do banho diário, e que se supfie le--
nes, mas muyto mais grossas e ásperas». vada de Duarca. Do concaui-sansc.
— Fernão Pinto, apud Cristóvão Aires, i, gopichandana .

p. 120.
1619. — «As precintas cliamadas gonis 1788. — «Por
cada carga de Gopi-
que vem de Balagate e outras quaesquer chandon, duas tangas e einco reis». —
Sartes serão avaliadas». — Regimento de Collecção de Bandos, i, p. 44.
;uno Vaz Castelo Branco. 1810 —
«Tâmara, coiigo, betele, gove-
1651. —
«Pendiam muitas sacas de gu- chandana, sementes de caro ..». — Ajmd
nes envoltas de pólvora, salitre, e outros Joaquim C. Soares, Doe. Comprobatirog,

materiaes fáceis ao fogo». Jacinto Freire p.434
de Andrada, Vida, p. 153. 1832. — «Por 1 dita [carga] de Gopí-
1667. «Vendo que a [cama dos Re- i chandon (pau de), 0:2:05o. —
Collecção
ligiosos era hua taboa, e por c«berta hum de Baudos, i, jj. 134.
gune, e na almofada à cabeceira tinhão
por fronha hum pequeno pedaço de áspero * GOPURÁ (s. m.). A palavra go-
cambolim, que he o mesmo que bur«l. .». .
pura designava originariamente em
— Fr. Jacinto de Deus, Vergel, p. 29.
sânscrito «porta da cidade»; mas
1752. —
«Sendo todo o transporte á ca-
beça de homens, a que chamam hegarins, actualmente toma-se no sentido de
e era bois de cargas, que não soffrem mais «torre piramidal que se erige sobre
que o que cabe em liuns alforges, a que os a entrada do recinto do pagode».
gentios chamam gunes, conheci que me
— Tais torres vêem- se especialmente
era necessário mais gente». -djjwd Eduar-
do Balsemão, Os I'ortugiCezes no Oriente, no sul da índia, e tinham outrora
III, p. 173. por objectivo a defesa do templo ao ;

1788. — «Porcada goni de Cato, três presente, porôm, são meras ediíica-
tangas, quarenta e cinco reis». —
Collecção ções decoríitivas, muito ornamenta-
de Bandos, i, p. 45.
1810. —
"De carga de cada um destes das.
géneros se arrecadam os direitos pela nu- 1886. —
«Diante da porta principal ha
meração de Naddins que se compõem de sempre um grande perystillo coberto de
dous gunes, carga de um boi». Apnd — um telhado pyramidal, sustentado j)or mui-
Joaquim C. íSoares, Doe. Comprobativos, tos arcos de pedra ou por grossas column as
p.434. de madeira lavrada». Lopes Mendes, A —
1862. — «Sacasvazias de linho oanha- índia Portugueza, ii, p. 56,
mo novas, denominadas de gune»— Fran- 1907. —
«Mesmo os dagobás on dagops
cisco M. Bordalo, Ensaios sobre a Kstatis- do súl da índia, os pagodes drávidas, com
Uca, V, p. 212. o seu vimana, o sanctuario quadrangular,
1879. —
«Gunes para sacos 31 arrobas o seu mandapam ou vestíbulo com columua-
10 arráteis». —
João Torrie, Estatística da tas, os seus gopurás, ou portas ornamen-
índia Poitugne::a, p. 149. taes de altos frontões em pyramide. são

. .

1905. — «Percintas de goni, cada uma das proximidades do millenio christaov.


Vz tanga». —
Ernesto H|4-nandes, JReginien O Oriente Portitguez, iv, p. 21.
do Sal, in Boi. S. G. L., xxiii, p. 285. oPadieira de largo portal, admirável-
GOKGOLl UOS

iiuda dc gopurès «K- «s-


|
para esfrur o fumo». ('. de Fijíuei-

.'.9 — «F^ .1 sua [de


if,- hl. )uii.i rami> il-

ir com o '

nurinS"

lhe t: >:i.co preparado ootn


•ary. , pnr meio de Gurquly, hv-
1?83.— .Tl gopuras fp U'cá«. — F. N. Xavier, O
..,p. 20L'.
qtjo ii'aquelia f»cça<»iao
-,. — llui «T'lrnu r '

-'6.

'"' ^^
• GORBAGA. Casa o o seu quintal, 1
l'

' : Uo CO-: '


hflgA GORMALE. * oníor i'"
rt do ni' isc. I
forr^^ip., ó n título de <^m
turo (lu
, , ......... ;:iHt. aarl

a locação gorbatta, do nador do castvl-


ou
CUU«*. </'
quinta»
ir)31. — «I'
ranitíl') ilf '_

185»". — < li Gorbaga, as proprie- ua gormale, qu*-


r.rn'ins. Til. p {13.

1
GOTO 440 GOTRA

das Iiidiat) ^11. an^Mjn 1 um»» iiiodi- as mais difiiceis artes eram para ella um

;

mos OB caminhos, jornadas por brinco». Pedro G. Mesnier, O Jajjão,


p. 160.
legoas, 08 Índios as medem por Go- «Ella fallou aos dois amantes com mys-
868, e cada ho de quatro mil, o oito teriosos accentos, scmelliantes ás ultimas
centos, ou do cinco mil passos geo- vibrações do gotto, repetidas pelo echo
métricos». Eu nao o encontrei em nocturno» —
Id., p. 176.

nenhum escritor nacional é possí- ;


#GÔTRA (s. m.). O vocábulo é
vel que o dicionarista o tenha tirado sftnscrito; significa litoralmente «cur-
de algum autor estrangeiro, como, ral de vacas», mas emprega-se em
por exemplo, de Tavernier, que men- geral por «família», e com mais ri-
ciona gos como palavra do número gor pela «progénie, embora dividida
singular. Mas a exacta forma, gaii, em muitos fogos ou famílias, duma
ó dada por Pedro do Vale, do hin- estirpe célebre, cujo nome leva».
dustani do Decflo (decani) gau, «me- Neste último sentido corresponde a
dida de umas quatro milhas». O ter- gens à& sociedade romana. GOTRI é
mo é ainda corrente em Ceilão sob o indivíduo que pertence ao mesmo
a forma gavva, derivado do páli gã- gôtra. V. daigi.
vuta <stinsc. gavyiiti. Gau corrom-
peu-se em gào em Goa, e confun- 1687. — «Mas deixando as mais [cerimó-
nias], e as particularidades, das diuersas
diu-se no significado com «aldeia»,
tribus dos
lingua Ca- Bragmanes, que na
O marata tem gokox ou gaukox, que narina se chamão
Gotrx. •.>>.— P. Fernão
Molesworth diz ser «a distância a de Queiroz, Conquista de Ceylão, p. 68.
que se pode ouvir o mugido duma 1736. — "Nào convidem aos parentes...
vaca», # qual não pode certamente á que costumam chamar daigis ou gõtris,
para assistirem ás ditas funcções». — Edi-
soar a milhas. Yule porem observa
tal da Inquisição de Goa, in O Oriente Por-
que «a explicação é provavelmente tuguez, IV, p. 234.
moderna e incorrecta». Neste caso, 1886. — «São prohibidas as núpcias en-
go8 poderia ser abreviação de gokox. tre 03 indivíduos de uma mesma tribu,
gothra, ou entre pessoas que adoram o
V. Glossary. mesmo deus primitivo e privativo da tri-
1879. —
"Medidas de extensão. Gaum bu». — Lopes Mendes, A Lídia Portugueza,
ou grames, quasi duas léguas, divide-se em I, p. 242.

4 CO88OS, e o COS80 em 2 dovoanis». João — 1890. —


«Em primeiro lugar não pode
Torrie, Estatística da índia Portuqueza, celebrar-se To matrimónio) entre pessoas
p. 205.
do mesmo gotra (familia), e em segundo
1623. —
«Da Garicota à Tumbre sara lugar só pode celebrar-se entre pessoas da
mesma casta». —
circa d'vna lega, e mezza, perche in quel António de Almeida Aze-
vedo, As Communidades de Goa, p. 55.
paese misurano i & ogni
camini per GaCi,

Gaú son circa de' due leglie, e da Gari- 1907. «Cada familia constituindo um
cota, e Tunlbre dissero, che non era vn governo patriarchal representava um gô-
Gaú di strada». —
Pietro delia Valle, trâ do nome do primitivo patriarcha». —
Viaggio,ja. 166. José Joaquim Fragoso, in Boi. 6'. G. L.,
«Vn Gau costa di qnattro Gos, e cor- XXV, p. 221.

,

responde à tlwe leghe Portoghesi». Id., — 1910. «E o que na índia Portuguesa


se chama gotra, e os membros dela de-
p. 216.
1676. —
«On mesure siux Indes les dis- nominam-se gótrís». —
Gonçalves Viana,
tances des lieux par Gos et par Cosses. Palestras, p. 59.
Un G08 fait environ quatre de nos lieues 1825. —
«Comme ils connaissent tous les

communes; et uh Cvsse une lieue». Ta- — gotram ousouche de laquelle ils dé-
la
vernier, Voyages, in, p. 39. rivent, c'est-à-dire, quel est Tancie» mouny

«The Mahawanso tells us that., ou penitent dont ils tirent leur origine...».
1860.
in his tune, the city extended nine gaous — P. Dubois, Mffiurs. i, p. 11.

(are about thirty miles)».— Tenneut, Cey- 188Õ. «The Hindu custom now forbids
lon, II, p. 584.
marriage between the persons of the same
gotra or kindred, and persons of diffe-
* GOTO (jap. koto). Harpa ou lira
rent castes». —
Hunter, The Imperial Ga-
zetteer, VI, p. 195.
japonesa. 1904. —•The Brahmans claim that they
have descended from seven or more Bi-
1870. — «Ninguém sabia tirar sons mais s//is, patriarchs, to whom were revealed the
voluptuosos do Gotto (viola japonesa), e Vedas — and that the gotras mark this
00X0 441 GOXUIM

(lenceDtu <atdaoba, The Indian '

fMÒo OU autoridade temporal, e nâo


Cfitte, p. Ó, o daire ou d, a"
'
lal.

GOUU. individuo da casta Pastor ; P. Cosme d.' iis-

pastoril. GOULINá, pastora; niulhor tinjiue goxo do cubo.


.' " oncani-iuar. yimvl'i
'
1645. _ «Olho direito d<i i as-
sentado icnial de mim coino > los
'
goxo Naui'Mjuim
1865. — «Tribiis goulinas a i- am j «run
>

\o Tinto, Perrgri-
Ofllll II SI'I.' ll'lll' 11iti.i .iiii-;iiif>- a quailra plu-
;->. — Jielatorio uar'ii', oap. !•>.'.

— «Foi o padre
ir..
15G().
'
Goxo —falar ao Rei cha-
'odos os S«^v'"- ''"
\\ lie Rei

.. ,....,, ipal Rei a

iue também reside »

,, que a dinidade,
.^ 1

dea.
Goxo tem o mando». CarUu de Japão, —
I, fl. 70.
1561. — «A terceira e ultima cabeça, e
segunda do estado secular he da justiça,
pcâer, e governo, a que chamâo Cvnge
(equívoco por Cuho] e ainda que haja ou-
tras duas, a hna das quaos
reconhecidos
e a outra Goxo, todavia t-
' '
'

M>U
tas ao Cunge, que he o priucipaU.

I re-
P. Cosme de Torres, ibid., fl. 74.
li n.'i

1'
1' li-'
que algumas são
XVI. —
«E este Vo parece que he | I

autre eles asy como he antre nos o papa.


I

'
• - ' ^ e goo- '

;
e ajnda que tenha autorydade i i

r iiecee-
y
sobrS tudo diz que nunqua mn:
.
I

...,.„ Bol. S.
,., .

justiça de niuiguem mas deixa Un\o o tuv- |

G. L XVIII. p. 508
,
i

dado a outro que ha hi antre ele<* asy co-


I'Mf; ^ .>Ho og — chamados enrnmbtn», i

mo he emperador autre nos oquri'


e OS iteus irmãos em raça
j

>,
— ma goxo o qual tem mando •

u paL'l .». "> gounlis*


1

j
I I

sobre todo o Japão e porem tem mum. m- |

(t L'itramar, de 31
cia ao dito Vo e quando goxo vay vi-
| |

19in '<^ -tõí rpconte-


I

r...n...i..^
ir o Vo diz que estaa c*
. i: .

e diz que se goxo fizt h


<

no 1,
.u.x, feyta que o Vo o pode j... ---
de 12 de UutuLtro. no o cortala cabeça» Ms. publicado no —
' [lutituto, Liii,p 758,
• GOURO n.1 liulia; é o I

. «Quãodo não se comsertão o rei pri' i

m»*siuo 4 IK 4. V. Do marata- iiiil (Liif 111- <-iiiii(> II 'ijorador antre u - 1

-cone. jfo^ < hindast. garh. ouxy os mi


lie contuiii;i>
i.i

>•

17W - i; por file


nor f' gouxy iiu" taz guerra e lhe toma o
GOUIiro iJ-.w. — Jffid., p. 7»i6.

- Eduar- GGXUIM (jup. go*hu-in). Sôlo


ai. I'uiLuyticzts no Oriente. Mprema :uit<
Ill, n Tim 1!"»'

• GOVAR (ill u qovãrXí. % uma mento oficial.

' •
^o/í- IJ^.— .Pcdillu II

ou m»'rcô de me querer n
xuim, M •' 1""
«nil concani. Comesse a Luís
tar livi '
', 1

> ''ortaliça. Carta* n- ./inwr/, 1, u

;.'to. Ci.Oõ, r/i,)/,i f?^,. QO-


1669. — «Feitas «•

va r ,

Etlututtíca, V, p. (' I

mus no autigo redime du8igan^ ú. -'^y.


GRA(í DE CAVALO ; 12 GJIAO DE MALUCO

1854. —
«Le eiogouu Minauioto Yéyas aos cuNalos. Os ingleses corrompe-
octro^uaux llollaudiíis, en líiJ (i|iielques- 1
ram a ])alavra em cjram (pron. gré-
-U1J8 (liseut KjOÍ)) par iiii gosyuiiim for-
mei, c'o8t-;i-dire par lettres i»at('iit(íB scól- me). Em
Goa estava mais cm uso,
Ires par tons les conscillers d'Etat, Tauto- ao tcm[i(» da sua conciuista, miinga,
risation de commcrcier daiis toutc Irteudue q. V.
de reiíipirco. —
Jaiicigny, Japan, p. 30.
— •'MiKlim
1786, M.-iliib., grào de ca-
«GRABOSA, grabosa redonda, gra- vai io in Portoghe.^ie, cicer m brum lat., se-
micalido, vale coutro Ia j)ituita viscosa, fu
bOSa ovada. E Dioscorea pentapli/jlta, —
Fra Paoliuo, Viaggio, p. 364.
uriuare».
Linn. «Ooniein-Stí us tiibiiras, quo 1824. —
«These serai/t are generally no-
sâo brancas as da planta com fo-
; ble monuments of individual bounty, and
lhas tornadas dizem ser iutoxican- were in ancient times liberally endowed,
tes». D. G. Dalgado, Flora.
and furnished supplies of gram». He- —
ber, Narrative, i, p. 303.— «A kind of vetch
1695. —
«Cum hoc quodammodo eonve- on which horses are chiefly fed, iu' India».

uire videtur. Portiigall. re- Grabosa Nota da editora-
donda».
. .

— Riimphius, Herbarium Amhoi- 1886. —


«Gram, s. This word is pro-
nense, ix, cap 14. perly the Portnghese yrão, i. e. «grain»,
but it has been specially appropriated to
* GRANADA. Emprega-se esto ter- that kind of vetth which is the most ge-
. . .

mo em indo-})ortugQOs, e om concani, neral grain- (rather pulse-) food of horses


marata e hiudustani, no sentido de all over India». Ohssary.—
«bomba, estalo» *. V. Injluência. GRÃO DE MALUCO ou grào-ma-
*
luco PURGUEIRA RÍCINO MAIOR
1817. —
«Seja proibida a queima de
;

PINHÃO oú PINHEIRO DE PURGA. Sao


; ;

recamaras, granadas, jxwc/iòes, ou quais-


quer outros fogos de artificio». O Ultra- — outros tantos nomos portugueses da
mar de 10 de Abril.
s eulbrbiácea Jatropha curcas. Em
#GRANADILHO. FLOR DE S. THO- Cabo Verde chamam-lhe tambôm hu-
ME. E Passijiora quadramjularis, fareira e Jague-jague. V. Annaes do
Linn., originária da América, culti- Conselho Ultramarino (parte não
vada nos jardins. pp. 9 e 10. A semente
official). Ill,
é purgativa, e o suco da planta é na
1G58. — «II fiore dí S- Tomaso, ò
índia remédio popular para as feri-
come altri il chiamauo Granatiglta, ò
fiore delle piaghe, ò molto iui.sterio.so, e va- das. Diz o Dr. D. Dalgado (Flora)
go, oude beue a'accopiarebbe col uostro que é originária do Brasil, introdu-
delia passione La radice spoluerizata, e
. .
zida pelos portugueses e perfeita-
beunta è stimata remédio sperimentatis-
simo per il dolore delli reni, & ii fiore quale mente naturalizada mas, conforme ;

è odoroso, quasi come lo uostre Rose, frena o testemunho citado por Kúnfio, pa-
la mossa dei sauguc per urina». Fr. Vin- — rece que vinha de Maluco grande
ceuzo Maria, Viaggio, p. 396.
quantidade de gementes ou grãos, e
«Nel medesimo foudo nacquero certi
fiori, per aiiauti, non mai vednti, hora tra- assim se explica o seu nome vulgar.
piautati, e commuui à tutta I'ludia, perciò 1846. — « Undans, Erondo ou Grdo-
sono detti di S.

vaghi, e miste- Tomaso maiuco». — F. N. Xavier, O Gabinete
riosi». Id., p. 143. Litterario, i, p. 249.

* GRÃO DE CAVALO É o nome que 1862. — «Sementes de Brindào.. Ditas .

de gramaluco». — Jnwafts p. 37. (cit.),


sedava antigamente na índia ao gríío 1792. — «Se se entremèiar nas carandei-
de bico —
Cicer arietinum, Linn. E ras o grâo-maluco (purgueira) que me-
mais pequeno que o do Portugal, e dra em toda a parte, a sebe será mais com-
de duas variedades, proto e encar- pacta». —
Bernardo da Costa, Manual do
Agricultor, f, p. 171.
nado, sendo este geralmente dado 1690. —
«Latine Granum molucc/ni...
Portugallicc Grant de molucca [sic)
Cauariensibus Gepalu-
. . Ex testimo- . .

117^0. —
"i^us S(» nesta icouipauhia de nio D. Pauli Hermann!, Botanici quondam
grauadeiro.s] consiste a nossa defensa, e o Zeylonensis ibi qnoque crescit, uti etin
seu temor, sendo extraordinário o que es- Malabara, olim tantummodo ex Moluccis
tos bárbaros tem do novo fogo de f/rana- deducebantur ipsa grana, unde et nomen
íías». —
In O Chronif'ta ''- T'-i' —t?-" *h-ain de Mollucco seu Molncco sortitum
P. 52. <t, Portugalli enim seribunt Maluco».
10

Rum^hn»*^ ffrrò^rivm Amimim^i»*'. tt, I notfun. qnfi t#m(M n»* nWoas, o q«« tadô
cap

ii'.' nai com m-


é, à n^n*^;» fie .94.

GREGOGE. .Sup! orraçlo


(!' ite, que re-
*^*^ ^í«li^8«a. Do mui. gi^ryãji, «aer-
çflo 1

rar».
: 539 — «Mandoa fo rei de Qoedi. pró-
•S». Dt^^ClUTuU
iiio de «salteador

ou O nosso Bocarro, po-


'
palnvra por «i '!•• I i ,i'i>- 4 i ij j'n"> |"ii'j' .11' <i 111 \i"
r\

1)0». — Fe mão Pinto, Perfgrinação,


19.
— «Tem eH«s i.

GREPO. FtTnJlo Pinto oaiproga fre-


io com relação
w,> .,..ja c Indo-China,
;.

Ití compostos, tais como


•f havfrá I' Jiiilieir<; J'>->

graoias

oUeaçòo <ie Tr«- i


mou ; OS < i uao ni-

a
no-
p.
Gr;
rio ÚA» Uxraa dy diU» iiuju. - ÍOi-

p 7H.

t.bi. ;lii>,

... • . ... \-;i \.< — «TímIo- i., nff>tin«j.

,l.r.i,l...l

GRASSO

h..

iimonp<t
. .1 . /

1 -.
GROU 444 GUAZIL

upou themselves, are had ia great Esteem gues, feiticeiros, jonsia, grous e quaes-
among the People». — Ovington, A Voyage quer outros que teni oficio de religião en-
to Suratt, p. 577. tre infiéis». —
Primeiro Concilio de Goa,
ibid., IV, p. 11.
# GRINIXU (jap. goryo-ni-shu). Tí- 1595. —
«Como consagradas [terras] ao
tulo de governador, no antigo regi- divino ficou a possessão delias com os bra-
me do Japao. menes, c grous, sacerdotes e ministros
dos ditos pagodes». —
Ibid., v, p. 170.
1584. «. . . OS grinixus, que são como 1630.«Trazendo para isso feiticeiros,
gouernadores, Darnuas, que são os fidal- mestres, e grous da terra firme». Ibid., —
gos principaes». —
P. Luís Fróis, Cartas p. 1399.
de Japan, ii, fl. 107 v. 1707. —
«Fazem seus casamentos publi-
camente com seus fíottos, Grous». —
GROMENARE. Saudação muito res-
Ibid Supplemento ii, p. 180.

,

peitosa no Japfio, zumbaia ; uma es- 1728. «Os Grous e Botos, que são
pécie de co-tau (q. v.). Do jap. go-me- os seus Sacerdotes, eatào lavando os sugei-
nare, «fórmula de saudação». tos de hum e outro sexo». —
Ibid., p. Í22.
1738. —
«... cumprindo ao servidor, de-
1558. — «Em vendo o Padre [S. Fran- nominado gurou levar a bandeja até ao
cisco] se levantarão todos em pé, e depois circulo acima referido, onde ficará de pé,
de fazerem seus gromenares, pondo segurando-a na mão». —
O Oriente Portu-
por três vezes a cabeça no chão, que he guez, 11, p. 273.
entre elles hua tamanha cortezia, que a XVII. —
«Na comparativa, que he me-
não faz senão o íilho ao pav, ou o vasallo dia, entrão os pescadores, bandarins, azei-
a seu Rey, ou a seu senhor». Fernão — teiros, gruós {sic) servidores do pagode,
Pinto, Peregrinação, cap. 210. battás, que quer dizer, aquelles que vivem
«O Padre se lhe quis inclinar aos pees, de esmola, dizendo alguns louvores». —
mas elle [o reij o não consentio, antes o Collecção de Noticias Ultramarinas, i, p. 34.
levou nos braços, e lhe fez por três vezes 1852. —
«Assim as concedidas aos Pa-
o gromenare, que he, como atras disse, godes, Botos, Gurous etc.». F. N, Xa- —
cortesia de íilho ao pai, ou de vassallo a vier, Bosquejo Histórico das Communida-
senhor, de que todos os senhores, que es- des.
tavão presentes, ficarão muyto espantados, 1890. —
«Nos pagodes em que os gu-
e nós muyto mais». Id., ibid. — rous, ministros de castas inferiores, se
Vogal do tem m3.utido contra os brahmanes, e per-
GROXO (jap. gorõ-ju).
tencem-lhes todos os de Vetai, depois de
conselho de estado no Japao antigo. invocações solemnes, o deus entra-lhes no
1558. —
«Tinhão grãos nos coUegios de corpo, que se contorce em movimentos epi-
Bandou, confirmados pelos Cubocamáa e lépticos, ao som de uma musica infernal e
Groxos de Miaco». Fernão Pinto, Pe- — falia pela bocca d'elles». —
António de Al-
regrinação, cap. 210. meida Azevedo, As Communidades de Goa,
p. 33.
GUARDA-OLHOS. o nome que É
se dá na índia à euforbiácea Excoe- GUAZIL (também se escreve goa-
caria Agallocha, Linn.; arhve aveu- zil, mas lê-se identicamente). Pri-
glante em francês, blinding tree em meiro ministro do rei; governador
inglês. O seu suco 6 muito irritante. dijma cidade. Os nossos escritores
en^pregam o termo especialmente
1908. —
«The wood contains a milky
juice which hardens on exposure to the air com relação a Ormuz e a Cananor.
into a black caouchouc-like substance. The Do árabe uaztr. O vocábulo já era
sap that exudes from the fresh-cut bark is conhecido em Portugal antes do des-
very acrid, some say poisonous, hence the cobrimento da índia, mas com o ar-
name of HliMing Tree or Arbor excoecanên .

— Watt, The Commercial Products, p. 531. tigo árabe e significação diferente,


— alguazil, q. v.
* GROU, gurOU (mais correcto). In-
divíduo da casta sndra, que serve no 1510. — «Dei o bacio a rei de Cana-
el

pagode e adora a Xiva. Do marata- nor e mais duas taças, e outra taça ao al-
guazil». — Afonso de Albuquerque, Car-
-conc. gurav, derivado de guru, q. v.
tas, I, p. 86.
1541. —
«Elles dantes não haviam ne- 1523. —
«Mandamos a Rex Xaraffo, seu
nhum proveito das ditas rendas, senio que goazill que agora he, por nosso mandado,
todas se gastavam nos ditos Pagodes e e ao que ao diante ffor». —
Carta Regia,
seus gr-ous, bailadeiras, bramenea». — iu Alguns Doe. da Torre do Tombo, p. 481.
Archivo Port. -Oriental, v, p. 164. 1529. —
«Estes Reys de Ormuz estauão
1567. —
«Os pregadores dos gentios, ;o- continuamente em esta cidade, e tinhão
GUAZIL 4tf Gl'DAO

ham Rck KaniHO Gt'Sril, o let 86 llama Goazll i» — Cristóvlo da


^•'\
'
Mfvuo». Costa, Tract" > •

i. 1610. • — i po huuo el primer


lo Qua- Wazir en la . A qii» •• - ';<•:.. «i-

xl\ he cfiino mento dezinio8 Guazil q^


Cor: i . . ^ão Pintú, («I 'DC I Ii:l(li ir .• lit- I ii " I

Per
1 wrl.lii 'is ifia de Or-
SiT ii-OIl- JHèiacioneã, p. 18.
aoazil
r, e GUAZILADO. CiiV'^ode guazil. Vid.
Barros em guazil.
I cA«tit>. — C'a«tA- 1545. — «LevavSo margungoê das pes-
58.
• u.t bair.'i '!•
'!e dava guazlladoa, e ar-
i i

— Carta
'

<v>ni Goazil ia rendas». Régia, in

Ja sua i». — Id.,


1563. — «Pelo que lhe muyto rogava
YIII, cajj. UÍ.
' - q'>7!lado dos mouros, que
1568 — «Ao" eoiiernadrtre» desta« prin- ,. . ^. wv.. .^- ...uj
•<> com
de Goa).
o gozilado
— Gas-
iHiazH, e ao ,

par Correia, Lendas, ii, p. 63.

X, i.
.Dec. II,
1570. — «Da qual Ilha o mesmo Xarofo
dado o guazilado, e ambos a
1554 — *R n.> guaizill do dito Cana-
lhe tiuha
couiiào». — Jo5o de Barr<>?, Déc. IV, 12. iii,
ano, mi\/a- II

'.\
rei«». — Si-
1502. — *E o guazilado mandou o
Gouemador dar a Kax Hamed, hum moa-
rii;r

1
>,

de
{ -lU

Ormuz mandava ali


ro muito principal». —
Diogo do Cooto,
Déc. IV, II, 7.
hnr. or Qoa- 1605. —
«Avendo respeito a Rais Nor«
zil. :;i guerra
dim «snpfder ii" guazilado de Ormuz por
e
mtti
|.. ('.net ia uiiii". Com-
Xarofo». — Alvará
.<vo, VI, p. 1039.

tiuiii ,
:a,e
._..l..r
..^
6UDÃÒ. ArmazPm, adega. O ter-

a». — Gaspar Correia, I^xi'


'
é corrente em Asio-pc
!u como om indo-iiiglCs, 7
156.1 — -.. . II. • i se fora rey, '
O étimo é o mal. gudang ou gtdong.
uln.
iixt-riH' (lll«^ fur.i goazll,
I'
«Todavia, dizem Yulo & BurneU,
ran-
parece que a palavra proveio primá-
.

• xa-
drez I, «* he condesta-
bre». — ' • I. vil e X.
1577 — i riãu da Persia os ;
significam «lugar onde jazem fazen-
Guazia <1 <
. e VirdicSo seus >

jiarentoH" — J'l-m-i r 1/inra. fl i'J >•. I


das», do kidu, «jazer». V. Jnjiuèn-
I'lK') -- "Trt!!l''<i|. T!|(' <.-nr,.\ (.11 ipippor '
cia. Em
Malaca os gudões eram sub-
fal. -.1.. o de
zil os e
iiitiiii ' iria Kfjia, m JrcAitt', lu, .

Erédiu.
P :«v I

-"t 1 la- uoa-


,M.r .\t> que lhe roa e
— r r. Aliti'Iiio Ue «iOllVOia, III i arioê

llIl^ gudA0S
.
Pedro de Ka na,
"" •
I'
'-"
ida, 1586. — «E A.4'4Í se perguntara »"' peloi
,

niiH<>A4 '!•• rr,,' UMW «.-te ou oyto


,iii.-

1 );!!.' — Vaaco
ti>-l iiiarpi I.. f<8.

lia Hiia flU-


|>'Ttll_-li. maça
i'-rem
na DO fue Drineipe Mala-
rey, aino regedor ^qne en aqucflas par- ca» — t HsUnhvJíi, lii*íoit'i, íii, cap. 81.
GUDDO 116 GUEBRO

1554. (c. — gudões, qile são Iiuíih


. . GUEBRO ou gaur. O vocábulo per-
logeas quasi metidks debaixo do cliao por siano (jahr quere dizer «adorador do
guarda do fogo...». «Dous gudões — logo», isto é, sectário de Zoroastro;
d'ElRey, os quaes dizia estarem cTuiyos de
fazendas». —
João de Barros, Díc. II, vi, mas os muçulmanos ompregam«no
y o 4. injuriosamente no sentido de «infiel».
1557. — «Avipaudo-se que nas casas, V. parse.
uem DOS gudões de Ninactiatu não to-
cassem». — Conimentarion, cap. 28. rir, 1663. —
«Na cidade de Yaad e em ou-
1562. — Sendo a igreja destruída, hum tras muitas partes daquelle império ha
gudâo que tinhamos desfeito, á sua cu.-sta ainda grande numero de persianos, que se
hzerão a igreja, e fizerào concertar o gu- conservam om sua antiga crença adorando
dâo, como 8c o fizerào de novo». Cartas — o fogo como o maior dos seus deuses, lan-
de Japão, i, fl. 108 r. çanflo nclle madeiras odoríferas, azeite e
1613. —
«Havia niuita.'^ casas e anne- óleos. A estes chamam os naturaes Gaor
nyas [armazéns?] ou gudoens que são Yasdir; que quer dizer gentios yaedyen-
aedilKcios subterrâneos, em que os merca- sea». —P. Manuel Godinlio, Relação, p. 17.
dores recolhem as roupas de Choromandel 1837. —
«O termo gauro (infiel), ou
per lo perigo de fogo, por as casas estar guebro, é em geral applicado a todos os
cubertas de palha». Manuel G. de Eré-— que não são musulmanos na Turquia, e
dia, Declaraçam de Afalaca, fl. 22. paizes mahometanos; mas na Persia, em-
1616. —
«Mandou tirar toda a fazenda, pregado simplesmente designa sempre o
e a recolheo na ("idade om Terracines, a parsio, ou guebro, como se fosse um no-
que elles chamam Gudões». Çiogo do — me próprio —
O Panorama, de 18 de No-
'j.

Couto, Déc. X, III, 14. vembro.


1668. —
«N'cste dia foi o próprio por 1858. —
«Guebros, da palavra persa
mar com as cartas ao Sr. Embaixador so- glier, que significa infiel, como os vocábu-
bre a força, e injusta agressão no sândalo, los turcos giaour ou gaur, chamam os mu-
arrombando o godão em que estava re- sulmanos, em geral, a todos aquelles, que,
coUúdou. —
In 2'a-s8Í-yang-kuó, I, ii, 12. não sendo christãos nem judeus, não pro-
1G87. —
«Acharão os Chingalaz na cerca fessam comtudo o islamismo, applicando
do Rey muitas casas, ou godões de pata- tal denominação mais especialmente aos
cas». —
P. Fernão de Queiroz, Conquista de adoradores do fogo, discípulos *de Zoroas-
Ceylno, p. 386.
— tro». — Archivo Pittoresco, ii, p. 40.
1707. «Achei que a Christandade de 1869
Nigombo estava tão esmorecida que já das
ermidas tinha feito gudões».' P.Ma- — i< Guebros enire os persas,
Entre os indios pária.
nuel de Miranda, in O Chronista de Tis- Judeu entre os christãos».
suary, iii, p. 189. Jofto de Deus, Flores do Campo, p. 32.
18.33. — «O Tabaco que vier para Pon-
1878. — «Os
que ficaram na Persia são
dá, emBoyadas, ou de outra foima, será
conhecidos também pelo nome de Parsis,
recolhido nos Gudões da Alfandega, de
mais geralmente, porém, pelo de Gue-
que terá huma chave o Rendeiro, e outra
o dono do dito Tabaco». CuUecção de — broS". — Vasconcelos Abreu, Investiga-
ções, p. 23.
1886. — «A
Bandos, i, p 138.
sua religião conserva algu-
* GUDDI (cone. ghudl). Alfândega ma cousa da elevação e pureza de Zoroas-
tro, a quem 03 guebros attribuem a re-
de raia sOca. no Concao. —
dacção dos seus livros sagrados». Lopes
1774. — «A
roupa, e mais cousas, que Mendes, A India Porlugueza, ii, p. 238;
vierem de Balagate para Salcete, pelo c'a- 1898. —
«Tratamos agora dos parses, ou
minho de Carbalganto, o seu direito da —
guebros sectários de Zoroastro os —
Alfandega da entrada, e sabida toca ao quaes, descendendo dos persas, abandona-
Guddy. Os Bois, Búfalos, e Bufalas,
. ram o seu paiz». —
Oliveira Mascarenhas,
que vierem pelo caminho de Guddy para Âtravez dos Mares, p. 114.
a Província, ou passarem por fora. toca . . 1442. —
«In the opinion of these men
o seu direito para a dita Alfandega de without religion, this place is the Kabah
Guddy». —
Collccção de Bandos, i, p. 20. of the Guèbres». —
Abd-el-Razzan, in
India in the fifteenth centnry, p. 22.
* GUDDO (^conc. (jufjh). Vaso de 1610. —
oLlamanse estos gentiles en
qae se servem os mainatos ou lava- Parsio, per vno destos tres nombres,
dores indianos para preparar a bar- Mayucy, Macrigy, ò Gaòr
yazdi, de los
reia. quales el ultimo es mas eonmue». Pedro —
Teixeira, Relaciones^ p. 4.
1619. —
«Cada hú guddo de mainatos 1666. —
«II y a beaucoup de Parsis ou
que forma de Baril paga de direitos sete
é Guébres, mais sont fort pauvres».
barganins brancos». Jíegimetito de Nuno — Thevenot, Voyages, iii, p. 170.
Yaz Castelo Branco. 1675. —
«The Gabers or Gaures,
(íl iji:eri:dao

art- fjaeng, que


II.
no e co&tof

I»j76 - " i

p. *.»l .
* I japonesa.
IT"
-enlam os eonvÍTa«,

a Guébres, des- la On t amaro.


'
ZoroAs-
temple».

1 be, «e gli ,
gueshc
0«t
p. 7y.
f|-S IiL'llIIKi^ l]f>/.<'-

pa- nas tta>


shasi.
08 trajes '
.ir^a«

— «. . . aào rt Japif ihro-


!o« ron!:uici>-(;i.s e 'S ea-
3». — Uualey, q'u* »e i».tbam em
:!v, p. 12. ,.is gueishaS".
rea-
I
Tu-sju-^iiuy kuú, 11, iv. p. ^2.

Laiuk., f/r/t em
. .. , -. urso». em porta-
i'ructus immaturi diarrhaeam
t et nimii, -ium Hu-
II II
:;unt». K
QUERY, in. Árvoi* da índia por-

mas representa- se em
'. flííbr. i> n: )
|iui iii^m> j m /• o, às vezes, por l.

- ^heREDAO. a palavra sAnscrita


GUECHÍ (|iu'n' di/i«r «livro» : nas

era quo so
->« livros
Yhr. Trn uro-
GLiLDÉ. í

ir a
tam-
uua-
iii.i u.> luiu-ui^ii y 9cm uu^ííU
GUGIR 448 GUINDE

1G()0. — «Nostes versos está escrita em seitas religiosas». —


Teixeira de Aragão,
hiia lingua particular chamada Gerodam I)eacrij>rà(> das Moedas, iii, p. 2.
[ leia-se Giiercdam], a
sua Filosofia, e 'I'heo-
logift, e lem em
que 03 Brámenes estudao, * GUIGAVO íc]>ini"'< tíiiP-ir/tíl-ivei).

vniversidades por todo a ludia». P. Lu- — Cabo militar.


cena, Historia, u, cap. 11.
1008. —
«Começou [o P. Roberto de No- 1645. — «Na dianteyra destes em pé,
bili] agora a aprender o gueredâo, que como Tenentes, ou cabos de esquadras,
he latim dos Brámenes, já o sabe medio- dous gigantes fantásticos muy bem dispos-
cremente l<'r, e lallar». —
P. Feruào Guer- tos, e ricamente vestidos, com seus terça-
reiro, Relaçam Annual, fl. 85. dos a tiracolo, e alabardas muito grandes
1G12. —
«Disto tem muitos livros em seu nas mãos, os quaes os mesmos Chins cha-
latim, a que chamào Geredâo [ Gue- = mào em sua lingua GIgauhos». Fernão —
redâo], que contém tudo o que hão de crer, Pinto, PeregHnação, cap. 103.
e todas as ceremonias que hão de fazer».
— Diogo do Couto, Déc. V, vi, 3. # GUIMÃO. Conformo Fernão Pin-
1687. —
«Diz no idioma Girindâo \gui- budista de certa cate-
to, é religioso
rindão], que he a sua Lingua Latina, as goria, na Indo-China. Mas o birm.
seguintes palauras Agão, Bruma {aham
:
kyung, que deve ser o étimo, desi-
Brahma); que querem dizer Eu sou o

:

mesmo Deos Bruma». P. Fernão de Quei- gna a «varela ou mosteiro búdico»,


roz, Conquista de Ceylão, p. 86. «Entre- — sendo pungui {p'Jiun-gr/i, lit. «grande
tanto basta saber, que sendo já muitos glória») o nome de religioso. Parece
03 homens doutos e curiosos, que souberão
que o autor confundiu os dois vocá-
perfeytameute a lingoa Marasta, e o Gul-
ríndâo, em que promulgarão seus escri- bulos.
tos. ..«.— /(?., p. 128.
— «... e finalmente o alphabeto 1547. —
«Só de bicos, grcpos, menigre-
1880. pos, talagrepos, guimões, e rolins, se
grantha, d'onde deriva o do malayála ou afirmou que passavão de trinta mil». —
malaio». — Martins Velho, Estudos sobre o Peregrinação, cap. 167.
Oriente, 62. p. 1854. —
«Ces temples sont desservis par
1727. — «Girandam (by others called des poungins, qui habitent les kyaumes au
Kerendum, and also /Sanskrits) is the lan- pied et sur le flanc de la montagne«. —
guage of the Brahmins and the learned». Jancigny, Indo- Chine, p. 300.
— Valentijn, in Glossary.
1831. — «Le avait eu I'attention de
roi # GUINA (^ap.ginnan). Pequena noz
me faire mcyitrer le fameux bassin d'Um- branca, fruto de Gingo biluba, qoe
britsir, au centre duquel est le temple d'or serve de contagem no Japão.
oil garde le Granth ou livre sacré
est
des Sykes». —
Jacquemont, Correspondence, 1638. — «...
chamando de fracos aos
II, p. 173, fidalgos, que não sabiâo nada das armas,
senão das ginas, com que faziâo as con-
# GUGIR. Habitador ou oriundo do tas, cobrauão as rendas, acrescentauão os
Guzarate é quasi o mesmo que ba-
;
tributos». —
Duarte Correia, Relação do
aleuantamento de Ximbàra.
7ieane, com a diferença de que o
primeiro denota, em rigor, a natura- # GUINAI, Bairro, quarteirão', no
lidade e segundo a profissão. Os Japão. Parece que o étimo é kanai,
gugires são também em geral, fora «casa, lar».
do seu país, comerciantes. Do cone. 1569. — Fizerâo [os Bonzos] logo hum
gujlr, mar. gujar, guz. gujjara < guinai junto do seu mosteiro que era híia
sânsc. gurjara. Lopes Mendes dá na arrazoada villa, pêra mais liuremente vsa-
sua Índia Povtugueza (i, p. 45) uma rem de suas abominações, e acrescentarem
em sua riqueza temporal. Quando veo
. .

estampa de «mulher gugyr», de Cannixu por cerco ao mosteiro em (jue o


Panjim. Cubòcama estaua, a primeira cousa que fi-
zerâo foi queimaremlhe o nouo guinai,
1862. — «O paiz [de Goa] é habitado que tinbão feito sem lhe deixarem nem
também por parses, gugires, baneanes e hua só casa». —
P. Luís Fróis, Cartas de
outros adventícios de diversas seitas reli- Japão, 1, fl. 258 v.
giosas». —
Francisco M. Bordalo, Ensaios
sçbre a Estatística, v, p. 47. GUINDE (s. m.). Emprega-se o vo-
1880. —
«Os habitantes dividem-se em cábulo na j.ndia em duas acepções :

seguintes grupos europeus, descendentes,


;
própria, «jarro para água, gomil»,
mestiços, canarins, gentios, ynouros, e alem
d'estes ha ainda os parses, gugires, ba- originariamente de metal ; impró-
neanes e outros que professam differentes pria, «bacia de lavar a cara», tam-
auiNoIo 449 OUINOAO

HAm H« motai. O tonno (^ mtus usado que rejeita com ra/io a derívaçfto
•rn de Littré, reproduz a de '

^ ,
'"lU Draper's Dictionari/ {*qííí :j de
•"'8 *. A sua origem é draví- linha de algodão corada antes de ser
tia.i . I. lia. kinni (de kitiu, «ser côn- tecÍ4Ía>, e observa que «> ji^es '

cavo), nijiJiuala kiifdi, í*>l., can., indianos eram prováveli. ^'U-


túlu giudi; giiidi em concani o ma- mas vezes de algodão com mihtura
rata. de algum outro material».
1661. — «De '
ouro bua barra e hSu O termo guingong é comam às
gulmde • de línguas do Arquipélago Malaio, com
icy». — (' <U sentido de fcotonia listrada ou
axadrezada», talvez derivado do tam.
\i> hum guinde douro
';'" mil ou quasi». — Cas- kiuffan, que quere dizer o mesmo.
cap. 16. É pois da Malásia que o termo veio
5 •• "fumatlores e para a Europa. V. Glossary.
ip. 46.
mm liiirii i'>52. —
«Acharão dous sac<^'' -'" '^''-•Auto
guinde dedos
^jobn- os molhado e húa arca de tro [

dr .tl'm.i. m8 torna a deza' _ __ - , .. ^ quinqões de que d, .. .._crSo


Fernão de Queiroz, Vonquntta íi a barquinha». Castanheda, —
(.
p 70. 1 vil, cap. <8.

.

líiií. "Guinde. Vai o mesmo que Ibll. — aí^alções a meia perna de coto-
.1-irr rntri' '3 1'ortuguexes da índia». — nia, ou guingão, e^p.ida curta, quando
muito ponteada. . .
'

de ver hum
Kindi o vaso di ottone soldado do meu tei imm sayo de
pci bere». — Fra Paolino, Viag- guingdo pardo, ceroulas áecheila, gibio
:

j do inesijio». —
Diogo do Couto, Dial. do
Holdado Pratico, pp. 141 e 142.
GUINGÀO (ingl. gingham, franc. 1611. —
«E para se Rga,salharem fizeram
'
'
bulo tem vários si- tendas de boa.<) alcatifas de Cainbaya e
w\ atrilMii-llie o de Odiaz, de rica" colchas. d« gunjões, cai-
"

(tam- xas iras de Maldiva». •

,.
'

~:vira), e
— J' ha, ///«!' Tragico-
o . - - ^
•maritnna, v, p. i»)

o de «certo estofo que se fabrica nos 1634. — «Ha


na dita povoação muito«
. -• - »/ ,; e no Supple-
• tearos de roupa, q;: "
~
te de gi- '

IScomo «pano bÒOH. guingões, nhaede '

que vem da In-


seda». —
António li.n.mi., i.^/', p 258.
i,
1663. —
«... cachas, beiratiu'.i, guin-
/.em varias cousas, gdes, canequins e muitas outras sortes de
sAo hábitos dos Tercin- pauuoa*. — F. Manuel Godinho, Rdaçào,

"lido de p 66.
'

1684. — «Ao tempo que fingia satudir-


llic o III'). Ilic fo\ I;ilic;iiiilii IniIlS df Im'CO-

M dois
),..*'. significa- l

,
^'l^^a^ia,por ser de
portas da morte». —
aini
I' !
J
'

lei-
as

.i.i hue...ton et em- >

f];, ^/^^ ^^ /v,/^,,


iit à fiure de rol>4»« de \>^A1 "Gulngo (peça«).
lue. Toile de cotou
!••».aponta por E >n>'< de
r^

f),
do Bretagne oíi íl
uvilto res
a u( ^ íabriqaes de tisvus». Yule, ' u .lafaiiajiatuu-. — Kayual, tivh
167.
mine par IM
I
«In Malabar the word is a) *>•. —
SonD4«
'-:-:'' '» • -
n v.--.«rl r.

era popola<

un II n?' there». — Ulo—nry. Fra I'aoliuo, Vtagpo, p. 4».


GULGUL 450 GUMATA
1854. —
nils consistoient en qselques The Indian supply comes very largely
étofiesde soie de la Chiue, de JJeugale. . from Amraoti, and is used in Bombay, mix-
des ^uingangs, des pelaings, et unflacon ed with mortar, as a fine ciment. It is
de VIU couvert». —
Apud Jancigny, Japan, employed medicinally in lepro.sy, rheuma-
p. 83. tism, etc.». —
Watt, 'JTie ComTnercial Pro-
1885. —
«Tartans, ginghams, towels, ducts, p. 400.
and table-lincu are still liianufactured to
a small extent». —
Hunter, The Imperial
* GUISSO (jap. giso). Conselheiro
GazHtcer, i, p. 354. de estado, no JapSo.

# GUIRA (8. m.). Demónio aquáti-


1556. —
«Aos guesos, que são como
moços da Camará, mandou dar mil taeis
co, coaforme a mitologia hindu ; de prata». —
Fernão Pinto, Peregrinação,
(fig.)espectro. Do mar. glhrã (cone. cap. 223.
gihró) <
sánsc. gralia. Costuma-se 1897.— «Finalmente os altos funcciona-
rios inteiramente ligados aos negócios do
pregantar em concani a uma pessoa,
estado e os gisos e os tensos». Vences-—
que sente demasiada fome ou come lau de Morais, Dai-Nippnn, p. 24.
com muita voracidade, se lhe entrou
gihró na barriga.
* GULALA (concani-mar. gulãl).

c. 1788 :
Pó encarnado com que se pintam ou
polvilham na índia os cristãos e os
«Quem Gnirá! (pergunto-lhe, arquejando)
is,
Quem és, quem
és, ó Lémure malino ? hindus por ocasião dos seus en-
Sou o Espirito (diz) de Sftludino,
De que já leste o caso miserando». trudes.
Bocage, Obras Poéticas, i, p. 61. 1788. — «Por cada carga de gulala,
6UIRMARIQUE (cone. girmãrik). m«io xerafim». — Collecção de Bandos, i,

p. 44.
«Louvado, ou arbitro nomeado an-
1898. — «Deixando ver uns dentes aver-
nualmente pela coramunidade para melhados, pintados com gulala (!) esga-
julgar as cargas contra os terlost. niçavam-se no canto d'uns mandos pesa-
F. N. Xavier, Bosquejo Histórico dos». — Oliveira Mascarenhas, Atravez dos
Mares, p. 62.
(2.* ed.), III, p. 75.
1898. —
«Gulâb, pó côr de ro.sa, de que
1727. — «Grimarico. Termo da índia lhe vem o nome».— D. G. Dalgado, Flora,
Portugueza. He aquelle que alvidra os fru- p. XVIII.
tos e por sua fé faz o Escrivão da Aldeã
* GUMATA, gumate. É o mesmo
carga uo seu livro, para se cobrar de vi-
giadores, por ser o mesmo, que Juiz lou- que batuque nó sentido indiano. Do
vado da Aldeã, e tem cada bairro hum cone. ghumat.
Grimarico». —
Bluteau. Supplemento. —
«E o resto da noite é passado
1880. —
«As questões da avaliação dos
em
1842.
canto e algazarra ao som de gum,ate,
prejuizos porque os terlos forem responsá-
veis, e outras de semelhante natureza, não
ferrinhos, bacias, etc.». Em nota «E um :

traste de barro, á feição de uma bilha


se tratarão por guirmariques ou lou-
grande com aza, coni os extremos largos, e
vados exclusivamente nomeados pela com-
munidade, mas sim por louvados escolhi-
um mais que o outro, no qual põem uma
pelle de lagarto e tangem com ambas as
dos pei'ante o administrador». Decreto, — mãos e ao som deste toque cantam com
;
apud Eduardo Balsemão, Os Portuguezes
grande algazarra, e se dança o mando,
no Oriente, ii, p. 193.
que partecipa muito da indecencia e mo-
mices do batuque dos negros da costa
» GULGUL. Goma arábica ou bdé- d'Africa». —
Annaes Marítimos, p. 435.
lio, produto de Canarium strictum, «Os actores sobem como, e quando lhes
Roxb. Do concani-mar. gugul<^8êinsc. parece ao tablado, onde, cantando e sal-
gugula. tando descompassadamente ao som do gu-
mate, instrumento musico em qualquer
1789. —
«Sapanga, Gulguio, Incenso, festim destes, representam em lingua do
e Cobona». —
Collecção de Bandos, i, p. 21. paiz uma cousa improvisada». Ibid,, —
1810. —
«Areca, jagra, gulgui, ga- p. 436.
lhos». —
Apud Joaquim C. «Soares, Doe. 1886. —
«Ghumatta é uma panellade
Comprobativos, p. 434. barro vermelho, aberta de ambos os ex-
1875. —
«Canari'tim strictum (Roxb.), of tremos um muito largo, e outro estreito;
the Western Ghats, affording the Black na abertura larga estende-se uma pelle de
Dammer of Malabar, which when fresh is talagoia, ficandq a abertura estreita intei-
aromatic and yellow in colour«. Yule, — ramente livre. É o batuque ordinário». —
Marco Polo, ii, p. 387. Lopes Mendes, A Índia Portugueza, i,
^908. — «Gugala, guggut, gugul... p. 42.
OUKO 4r)i OITRÍ

19ÍW — «ntirnntf tmla a noite tanirfm '


1614. — «Naa serraa desta Hha fJava]
vivem muitos senhorra que se cbamSo,
Qunfts, gente selvagem, e que come
vcic dc Unuu, .1 IiiUia I'ur- ! carne humana».— J. B. Lavauha, Déc. IV,
I I, 12.
r.'io
Kom da <
GURABO. Embarcação de vela,
sorenata» 11.. Índia. Do marata-conc. gurãb<^
j
ár. ghurãb, quo tambOm significa
Gundra. \ I'hird «corvop. V. garopo.

6UNGI (coiu-. 'j'l !]/(). Fruto o iro-


1615. — «Emfim tendo-se embarcado el-
na galé real, que elles chamam Ogati
rei
pndeira ^l/y/vi.-* //it caforiue, Linn. j

Gurabe (Gurabe quer dizer <l Or^afi '


'•
••
j

sorve de })«^.so na India. Outros


1
real) com suas mulheres e foi .

- t'ortaguesos silo fruta (leronta, obrigado a deixar a maior ...^ .suas j

'/. qne nSo ó usado na India.


riquezas». —
Pyrard de Lavai, Viagem, i,
p. 262.
I'lJl — «Gungy. He uma planta da 1635. ,— «Descubriram ser a armada do
ludia Oriental •he pela» arvores corno Achem, de cento e tantas galeaças e cia-
era as eua^^
I ;
' como as de seue, coenta gurabos, que são de remo muito
roíno o de alca- grandeS". —
António Bocarro, D»^c. XIII,
" tem dentro p. 412.
.iiho de hino 1726. — nPeleiiou
com a náo da China,
aào Vermelhãa». — Blu- e duas vezes com hum gorabo de Dam.1<)».
ito — André Ribeiro Coutinho, lúlação, p 2.
«ly. Ha dii "uís, 1766. —
«... .senhorio de hum Gurabo
• ste é ei. ir- ou Palia invocada Suvay, de porle ile lóO
:ai-<uiias (las ' ' "
-^
'• — Apud .lúlio Biker,
'c/a, %.
II, p. '
''os, IV, p. 187.
gungelro. i<.^-. —
«AviíTiiu na manhã do dia 24
A rai« « li '
, aa semen- de dezembro de IT^Vuiiia palia ou gurab
• • crveiii u> M> ^i .111.1 i.iiiotí". João — dos piratas, e daiido-lhe logo eaya, foryou-a
I-. Estatística da índia Porlugueta, a encalhar sobre uma restinga». Eduardo —
Balsemão, Os Porluguttts no Oriente, iti,
166G. — «La vale tét de troís Gungy». p. 162.
— ThevPnot, VnyagUf iii, p. 54. 17í»l. —
nTinhamo.s visto ancoradas en-
tre o Piro e Ximpim dua.^ gramles Palias
> GUNO. Monte ; rei do seiifto, na de três mastro.s, quatro e vinte GuraboS
Uo mal. gtntong, «monte». e tantas Galvetas dos Muratas». Apud —

sia.
' .. . 1 , ..,, portuguôs de Júlio Biker, (Jolkc^ào de Trntados, ix,
p. 126.
1674. — «On appearènce of the Desys
1568. «Na chamada Gunuapc nio ÍdessaiJ Grab tliey retreat<>d again*. —
— '
ilha
'
'*
ha
i'rycr.East India,
1750.— «Les All
ii, p. 6
'
lit faSre
qticlqiiffl vaÍ9seau\ vj. .ib, .surle

ceux d'Augii.i".— (iiodo, Toya-

I, r, 6. - At,ui hK doi» er- ^ GURAL (hindust.). Camelo hima-


— ^emorhoedes
|

go.., .
Ittico goraly Jordon.
'' '
r::*nCAR (cone, gadknr). Chefe
ii no moute.
II»-
1777. — «Prezontára ao Quroai* dn
iV, !» - y- ' '•• '•
^ ' V-,h«.
ni, 1.
nia
iR*>c#ftn<i<» on v»4<<a1l<># into p«r dnim
.Ur-
du
' m:.
Mil, t 1,
':.j.

^fi. — m... M recolheram eon tofl;


p. 160.

GURI. A I'a-

roce (ju«' «• niri.


- I i-«:rii.4(.> i.nu"rrf iru, ixnarum Annual.
d. 37 V. que signitictt o oiesmu.
GURU 452 ÕUtA-PÊRCÍÍA

1566. — «Estesenhor me acompanhou capo o superiore maestro chiamato Guru


Suando os Quris
do Ueiuo por persuasão iu lingua Samscrit». — Fra Paolino, Viag-
os bonzos U09 deitarão fora do Miáfco». — gio, p. 71.
P.Luís Fróis, Cartas de Japão, i, fl. 213 v. 1825. —«These are Gooroos, or reli-
gious teachers, and seem considerably res-
* GURU. Sacordoto liiiidu, precep- pected». —
Heber, Narratire, i, p. 58.
tor espiritual. Em certas partes dao 1825. —
«Le mot gourou signifie pro-
premeut maitre ou guide... Par ce mot,
este tratamento ao padro católico. uéanmoins, on designe certaines personnes
Neo-árico guru ou gu7'u < sânsc. gu- distinguées dans le public, élevées pour
ru, literalmente «pessoa grave». I'ordinaire en digníté, et revêtues d'un ca-
lat. gravis. O termo é pouco em- ractere sacré qui leur confere un pouvoir
Cf.
tout-à-fait spirituel et politique». —
P. Du-
pregado pelos nossos escritores, que bois, Mceurs, i, p. 167.
preferem brâmane, botto, gurou, jo- 1836. —
«On le [XivaJ rencontre encore
gue. dans les romans malais etjavanais sousle
nom de Gourou (instructeur), et il en
1607. «Elle foy hum dos que com grande
instancia aconselharam ao padre Roberto
est le principal persoanage». —
Rienzi,
Oceanic, I, p. 166.
que mudasse o trajo de Português, que os
Badagas aborreciam, e tomasse o vestido
1845. —
«Le novice eat sous la charge
d'un maitre particulier ou gourou, qui a
de que naquella terra costumam vsar os sous lui plusieurs disciples, et est soumis
Garus (sic) e letrados, que professam en-
sinar a ley de Deos». —
P. Fernão Guer-
lui-méme au chef du convent». —
Xavier
Raymond, Inde, p. 178.
reiro, Iteluçam Animal, fl. 115 v.
1608. —
«Na outra casa mora o padre
1881. —
«The staff of village servants
includes, as a rule. the Musulman priest

. .

Roberto Nobili. ao modo dos sacerdotes


(midlah); the temple keeper (guru)».
. .

daquella gente, que elles tem por santos,


Hunter, The Imperial Gazetteer, i, p. lOl.
e a que chamam Górus». Jd., fl. 84.— —
«Beaucoup de gurus gar-
1866. —
«Falar ao guru (sacerdote)».
1884.
dent le célibat ; d'autres son mariés». —
— Francisco Luís Gomes, Os Brahamanes, Mgr. Laouenan, Du Brahmanisme, i, p. 66.
p. 58.
1866. — «As escolas gentílicas de ins-
1904. —
«Castes are well organized
communities, wliose affairs are controlled
trucção primaria sao sempre debaixo dos
by a punch or council of elders, nominally
alpendres da habitação do guru ou xenoy
five in number, or a spiritual head or gu-
(mestre-escola), como se observa principal-
mente nas Novas Conquistas». Lopes — ru». —J. A. Saldanha, T^e Indian Caste,
p. 3.
Mendes, A índia Portugueza, i, p. 106.
1890. —
«Entre os próprios sacerdotes GUTA-PERCHA. Suco de Dichopsis
brâmanes só os gurús, ou directores
espirituaes, são celi))atarios e fazem voto
gutta, Benth., e. de oiitras algumas
de castidade, dedicando-se a um ascetismo árvores. Domai, getah percha. mu- A
profissional». —
António de Almeida Aze- dança de e ou a do étimo em u ex-
vedo, As Communidades de Goa, p. 67. plica- so pela notação inglesa gutta
1906. —
«Não é preciso ser brahmane
(adoptada por outras línguas), em
para fundar uma seita, qualquer pode fa-
zel-o, edesde o momento que tenha feito que o u soa ô fechado. Também se
alguns adeptos é chamado guru, conduc- chama goma-guta, borracha e cau-
tor». —
Hipácio de Brion, Duas Mil Lé-
chu.
guas, p. 166.
1917. —
«Estão sendo julgados em Cal- 1857. —
«Aos inglezes somos credores
cutá três mulheres de casta baixa e o seu da descoberta da gutta-percha e suas
guru (preceptor religioso), acusados de excellentes applicações». — Archive Pitto-
morte de dois rapazes cuja mãe, aconse- resco, I, p. 155.
lhada pelo guru, sacrificou dois filhos». 1861. —
«Convém advertir que se não
— Heraldo, de 17 de Março. confunda a gutla-percha com o cahut-
1700. —
Je fus fort surpris de voir à la chuc; porque embora ella provenha tam-
porte de notre Eglise le Penitent au colier, bém do sueco de certos vegetaes, e em par-
qui demandoit à parler au Goijrou, c'est- ticular da isonandra percha, arvore de Sin-
-à-dire, au Pere». —
Letlres Èdifiantes, v, gapura e d'outras ilhas visinhas, tem mais
p. 67. tenacidade, dá laminas muito mais resis-
1782. —
«Le Gourouest toujours un tentes, é menos elástica e para a obter
;

Brame qui instruit les Indiens de la reli- tem de se cortar a arvore, porque então é
gion, fait leurs grauds sacrifices, et les ini- que o sueco escorre em abundância». —
tie aux mystères c'est une espèce de
: Ibid., IV, p. 312.
charge qui passe de père en fils«. Son- — 1890. —
«A euphorbia neriifoUa fornece
nerat. Voyages, i, p. 46. visco que com pouco trabalho é convertí-
J7b6. — «Vivono in communità con un vel em gutta-percha, producto de um
HAI-TAGIM 458 IIAiNLlN

•n- embaixadores, como se dopreende, o


a».
seu étimo seria t/u-tsienta-chin.
Mfmoria mrbre a
iT.-r, — «]T.,«vi.T -ir\iriii ao cinliaixa-
ute
il o
gutta Hay-Tagin, que
ma (ifiuouBtiacMlo i.

a'i lie V\ I is me foi possivel praticar HtintlliHiite curres-


II origin: or poiid«'nciai». — «Hay Tagin, a quem per-
T- tencia por officio o maior cuidado de diri-
t is írirmf nV'^tas acçfles, me advertiu que
' seu aviso». Apud òxxWo —
lo de Tratados, tii, pp. 76,
»«u, 1 'f {^ 'iJimerciai iroítucin, 77 e tíõ.

Han. V. can.
H 1G68. —
«A mesma razSo corre na dic-
fam, Can. devendo dizer Han, que na
. .

HACHICHE vou, uielhor, haxíxe; ingua dos Tártaros do Oeste quer dizer
8. m.). K o nome árabe {hashuh) do
Rey». —
Pr. Jacinto de Deus, Vergel,
p. 151.
< iodianistas denominam

', »HANG-CHIEN (chin, sán-ching).


E a aguardente que os chineses fa-
1330. — Comem a Alhaxix, sem no-
zem de arroz, o que ó mais conhe-
:: - " 1 ; li viciow. — Beu-BatuU, Fm- cida pelo nome de sán-sháu, «trCs
J « 'Alhirix .-i;rnifirn a?
vezes destilado», samshoo em inglõs.

« liiUiia^ji couiu o viiiLu, c o auti<Uju. — Tia- 1895. — «D'umachaleira de zinco enne-


dutor. precido despejam em pequenos
cálices c»
1874 — -O esta"
' >so Hang-Chien, vir' - "• -rello
darioz e que se tom-. nte
n't {• i-oiiiparAvel ú
'
•' Os maudarins
• ik»,
iuui.is líibeiro, J'T/ia-
;
' ':

ço, nós achamoi-o


' .s :
;
! -:: .iti'

hr.srhfch " r :';'^1'-


~ !r5*."'''"
''" '" ' '
"
ta< pelo Mundo, p. 21.'}

as cia».if!»». imi- ur r lenilio,


HANLIN. É o nome qut* em chi-
nês se (lá uo Colégio Imperial. Si-
i!/Ú gnifica literalmente «floresta de pin-
céis». V tambõm o diploma
do refri ;-'io.

1605. «Estes foram primeiramente


'
'
*M 'larinii do f i

lól.
^-i 1
;
uon, a M
1012. tlhas socras e 'S fruc- '
t T Jl
na
Ha
°
>.H a
,...,,. ..,....- ..., ......... ;jibu-
U lio Guerreiro, Kelaçam Am-
1'

•hish >

• Vamos hojo peRâr n'um p«-


Cliiiu-sc
iii.t <• film aI-<>. fa.-ir il'i'Ilf nm
de Junho
lirf,
IIJH*-
• HAI-TAGIM. h. coiiiurtiin a a JtrmafUu ptltt
iifi(;;\u,o <pri>HÍ<icnte do triliunal
f.i/.>ndn»», na China. N»'st»» !«ei»tiilo
ii\.' o vocAbuIo reprrsn'ntar o chin
ui-tiiii jin. Se porCm ho trata do
niarista-mor oo do introdutor dus I
SC cscoiUcw os oradores da« grande* tcsU-
HAO 454 HAQUIMO

vidades, examinadores, etc. Joaquim C.— (euUáo), a do jogo {latane) e a dog empres*
Crespo, Cousas da China, p. 110. timos sobre penhores (hflo)». Archivo —
1002. —
«É redigido pelos membros da

Pittoresco, i, p. 206.
academia de sciencias —
Han-lins». 1884.— «Para montante divisam-se fron-
Ta-»si-yang-Iató, ii, p G7. dosos arvoredos e magníficos jardins, sen-
lí>03 —
«Para chegarem a ter qualquer do nos arredores de Cantão que os hâos
do3 legares da administração publica de- mais ricos possuem as suas casas de campo
vem ter qualquer dos graus bacharel ou : e vivendas de recreio». —
Adolfo Loureiro,
iSiu-tsai, licenciado ou Kiu-jen, doutor ou .^0 Oriente, ii, p. 60.
Tuin-sé, e académico ou Han-lln». Id., — 1898. —
«Depois da guerra entre a Chi-
II, IV, 5. na, Inglaterra e França foi abolida a ins-
1680. — «II est Han-lln, c'est-à-dire, tituição dos Hongs
ou agentes officiaes,
Joaquim —
um des Doctcurs de premier ordre, que Sa negociantes intermediários».
Majesté choisit comme les plus habiles Calado Crespo, Cousas da China, p. 15.
poiir composer, imprimer, et rester ordi- 1845. —«Le 18, il rendit deui décrets,
nairement auprès de sa personue». Apud — I'un adressé aux marchauds hongs, I'au-
P. Halde, Dencription de la Chine, i, p. 66. tre aux étrangers».— Jancigny, Jnde, p. 120.
1730.- oLes HanIIns sont choisis par-
mis les plus habiles Docteurs: on en a com- # HAQUIMO Este vocábulo
. árabe,
pose un Tribunal particulier qui est dans propriamente «mes-
halãiií, sifi;nifica
le Palais leurs functions sont les plus lio-
:
tre, aotoridado)); mas emprega-se
norables». —
Leltres Édifiantes, xx, p. 102.
vulgarmente na índia por «médico
1853. —
«Ces mots Han-lin siguifient
en chinois forêt de piuceaux, par allusion^ muçulmano». Também em português
au grand nombre de lettrés qui eomposent o médico era antigamente tratado
eette academic, et dont la principale oc- por «mestta». V. pandito.
cui)ation est de maiiier le pinceau, et
noo pas, comme on pourrait le croire, pour 1565. —
"Não chamauâo nem sabião ou-
couvrir les toiles de leurs peintures, mais tro nome se não haqulm, que em lingua
pour composer ou compiler des livres car ; parsia, araba e turquesca quer dizer me-
c'est avec le pinceau que Ton écrit en dico». —
Itinerário de Mestre Afonso, in
Chine». —
Bazin, Chine Moderne, p. 23. Annaes Marítimos, (1844), p. 224.
1876. —
«The young Emperor ordered 1891. —«Os Hakims, ou medicos mus-
the college of Han Tin to draw up a sulmanos, da corte de Ahmednagar, conhe-
collection of theMongol customs, similar to ciam naturalmente as obras dos seus cele-
the works styled Hoei yao of the Thang bres correligionários-». — Conde de Fica-
and Sing dynasties». —
H<:>worth, History Iho, Col. II.

of the Mongols, i, p. 308. 1895. —


«O medico portuguez distingue
de um modo claro os haklms, ou medicos
#HÃO. hong (chin. háng). Nego- mussulmanos, segundo o systema Yunáni,
ciante chinês, que era intermediário dos vidiás 1, ou medicos hindus, segundo o
oficial entre os europeus e os chine- systema vaidik». —
Id., Col. xxxvi.
1915. — «Contra o hakím, levado aos
ses. Tal entidade não existe ao pre- tribunaes, fizeram uma carga os drs. Ba-
sente. V. anista. •
naji e Prabharkar, mestres na materia».
1845. —
«Estão e.xtinctos os antigos O Ultramar, de 2 de Janeiro.
— «Llaman los Parsios e Árabes
1610.
Hãos de Anistas. Daqui em diante é per-
metido aos negociantes de todas as nações ai medico y Akym, y ai Empi-
filosofo
rico Tabib». — Pedro Teixeira, Jieladones,
vir contratar aos cinco Portos- e ter re- .

178.
lações comnierciaes com quaesquer Chinas, p.

Annaes Mariíimos, 1830. — J'ai prié lord William de me
o
que lhes convierem».
qualifier áe seignetir médecin Victor Jacque-
p. 238.
1852. —
-O imperador, quando concedeu mont, et pour supporter le titre de hakim,
o privilegio exclusivo do commercio es-
j'emporterai quelques livres de canthari-
trangeiro aos doze negociantes que formam des». — Jacquemont, Correspondence, i,

isso a que chamais Kong-han, quiz que p. 312.


1915. — «Many of the empirical methods
elles servissem de medianeiros obrigados
e de procuradores dos bárbaros. Não sa- • .
of treatment employed by the Vaidyas and
beis que os desgraçados hanistas (membros Hakims are of the greatest value».
de Kong-han) são o malhadeiro verde The Hindustan Jteview, de Fevereiro.
onde vem bater todos os pontapés, que não
se atrevem a dar em vós outros por ser-
des estrangeiros?». —
O Panorama, ix, 1 Não sei onde o autor encontrou tndiá
p. 76. com de «médico». A palavra sâns-
o sentido
1868. — «Ab boticas d'aquelle bairro crita undyã éfeminina e significa em todas
quasi se resumem em três géneros, que al- as línguas que a admitem «sciência, arte».
ternam em collocação : a casa de comida Vaidya é que é «medico». V. oido.
HARA-QUIRI 4fl6 niEN

HarãO. V. arame. fogo de Hyogo, Tuki-Zeuzaburo, écoodem»


.....I.. ',.. u^na (<ir>: . t,, ^. .:..:.

IGOl «D**ulftbcahn» .<>« ilama el pa-


Ii.-\. V Mt^r^m '•! iiil-ii'iii lie

-Venceslau de Morais, Dat-Ntp-

' Juan de Persia, Uria- iyiu. — «. . . e 08 uma a«.lini-


t.ívpI dr-9criçâo d' por brio, do
1 'lara-kirj"— Gonçalves Viana,
«IT
pasf . — Auquutil D\i- ] s devoos dire que
perr Jale, p. 12. les v citont !> hara-
-klrí cuuiUic uu chãtiuicnt <; > im-
• HARA-QUIRI (jap. hara-kiri). Sui- pose pur reinpereur». Ja-.. — i^<^>
cídio voluntário ou prati- p. 121.

cado no Japão, abril


j
.

ventre.
1875. — «The same practice was com-
.

mon Japan, where tli '


in ' '
.
'
vas-
— «Rcrr-hidn sals who where under

tted
1R07. n rccadn. lana n df-
the hara kiri at the ueatn oi uieir pa-
tron». — Yule, Marco Polo, ii, p. 332.

tíAí' ri-
HAVA. Agnardente em Malaco.
ba:
colchaiíi, Ilãvap em malaio significa «vapor,
a harrie- baioi mas o polinésio tom kava,
;

«agoardonte», que parece ser o éti-


mo •.

1522. — «E ally [em Tldor] tomaram


"'
porcos, e cah ' "
')S, e
hava» — li' .'>de
*' " \ a
- . \ I
I, p. i-to/, o
iva he huma bebida

HIEN. Piilavrji cliirif's.-i <ii!»« d»»KÍ('níl


- P Feruào Guer- uma «vila».
i l!t.

IM>.
1' LiS (#ic) a
r»'iii vil! . do go-
leza

. cap. JO.
- •Ti'ni < iicia varia» ci-
OaMi-s da teri
Hyen. e C'
lilKcr, ( nUcii^Uo

"iman HIen, y
". — V. Seme-
IMgO, <• >.
— «Et Ton a jamais pretenda
golpe a ;i


marque
4ue dans uu petit hien (hion
une Ville du troisièmo ordre), tci

i iK'ii: - I ^. i>.j..r..;.:«r

ttat
na-
1^*01. — «O uíUcíaI que deu « yos de | vig •.^LL,».liíí
HINDU 456 HINDU

que Fouugan, il y eôt plus de dix de ces descendência, que teve immensa, chegarão
EgHsea». —
Lf^ttrea^Edifiatúes, xvii, p. 17G. oitenta e oito mil a serem dotados da pre-
1735. —
«Cliaqué Province est subdivi- rogativa de Sacerdotes, os quaes se appel-
sée en certain nonibre de Jurisdiction qu'on lidâo por Muxes svar... do mais resto
nomme Fou eu ("hinois, d'oii dópend d'au- que ficou sâo oe que actualmente chamão
tres beaucoup nioins étenduCs, nonimées Indus». —
Noticia do GentiUsmo, i, p. 71.
Tcheou et Hien... Au reste, quand on 1864. —
«Tem-se calculado que uma
parle de Híen ou Ville de troisième Ordre, porção de terreno de 100 varas quadradas
il ne faut pas se imaginer que soit un dis- plantado de bananeiras pude alimentar
trict de peu d'etendue il y a tel Hien
: mais de cincoenta indivíduos Indus». —
qui a 60, 70, et inême 80 lieues de circuit, Lopes Mendes, in Ânnaca do Conselho Ul-
et qui paye a I'Enipereur niilliers de tri- tramarino, VI, p. 88.
but». —P. Halde, DescrijHion de la Chine, 1870. —
«Os musulmanos não reconhe-
i,p. 2. cem os hindus como incluídos nas dispo-
sições de suas leis. Reputavam-nos escra-
Hindi, hindustani. V. hidostani. vos, a quem haviam concedido a vida e
HINDU, indu (s. m. e f., e adj.). O propriedade por mero acto de graça fun-
dado em motivos políticos ; por quanto os
vocábulo sfinscrito sindhii significa,
legisladores musulmanos nãoadmittem que
em geral, «mar ou riogrande», e, os hindus logrem quaesquer direitos,
em particular, «o rio Indo». Os por- salvo aquelles que por conveniência poli-
sas transíbrmaram-no em hindu, e de- tica de tempo ein tempo lhes concedem».
— Apud Cunha Rivara, Brado» a favor das
ram-lhe dupla significação do «rio» e Communidades, p. 24.
dos «habitantes nas suas margens», e 1873. — «O
palco mostra o claustro de
formaram o àerw s.ào Hindustan (li\- uma casa índú, opulenta». Tomás Ri- —
dostão), «país dos hindus», e deste beiro, A Indiana, p. 9.

proveio outro derivado^ hindústãni,


1879. —
«Os hindus descendem dos
scytas e aryás os quaes cm tempos mui re-
«língua do Hindustan». Os nomes motos atravessaram os Himalayas e se es-
vernáculos que representam aproxi- palharão por todo o Hindostão». — João
madamente o conceito da «índia», Torrie, Estatistica da índia Portugueza,
p. 322.
como nós a entendemos, são Aryã- — «A
1888. estes Aryas damos o nome
vartta, Bhãratavarsa, Jamhudvipa, de Aryas-hindús, e aos seus descendentes
Actualmente por hindu se entende o de Hindus». —
Vasconcelos Abreu,
«individuo da raça e religião indiana» Chrestomathia, p. 199.

em distinção dos maometanos^ cris-


,
1883. —
«Hindus é o nome genérico
dos que seguem as máximas brahraanicas,
tãos, parses e outros, julgando-se os e emprega-se a designar todo aquelle que
termos gentio e pagão menos ade- 'não é musulmano, christão, judeu, e era ge-
quados ou pouco agradáveis. Come- ral todo o que não segue a religião brah-

çou o vocábulo a ter voga neste mauica, reconhecida pelos budhistas». —


Adolfo Loureiro, No Oriente, i, p. 151.
sentido durante a dominação dos 1898. —
«E o hindú era esplendido de
mogóis. Mas subsiste ainda diver- caracter, bondoso, serviçal e útil». Oli- —
gência quanto à sua exacta aplicação veira Mascarenhas, Atravez dos Mares,
p. 45.
aos drá vidas o às castas baixas.
1900. — «N'outro pagode converteram
1563. — «E mais aos homens desta terra fr. Antonio e seuscompanheiros 50 jogues
os da Arabia e Persia, se lhes querem per- (cenobitas hindus)". —
António F.Mo-
guntar se são Mouros ou gentios, pergun- niz, Hist, de Damão,
p. 250. i,

tam-lhes por estas palavras tu es Moçal- : 1902. —


«Hindus não é palavra que
man on InduV E se elle lie gentio diz signifique uma raça ou uma nacionalidade,
que Indu, e se he mouro diz Alhandulila mas o cultor da religião do hinduísmo, que
[alhamdn lillah], que quer dizer salvo». — amalgamou povos, raças, nacionalidades e
Garcia da Orta, Col. xxxiv. cultos indianos em uma só organização so-
1615. —
«E deste theor se fizerão qua- cial eem uma corporação religiosa, a so-
tro, dous de letra endu («íc), e dous em ciedade hindú. Como vimos, são hindus
portuguez». —
Apud Júlio Biker, Collecçao 03 habitantes malayos da ilha Bali». —
de Tratados, i, p. 193. Cristóvão Pinto, in Ta-sti-yang-kuó, II,
1617. «.— de que se fizerão coatro
. III, 4.

treslados deste assento, dous em letra hin- 1905. — «Em todas as famílias christãs
du, dos quaes íicárão dous, hum em por- e hindus —a
consolidação do cabedal
tuguez, e outro em hindú ao capitão». — caseiro foi sempre um sagrado evangelho».
Ibid. — Ernesto Fernandes, Índia Portugueza,
XVIII. ^ «O mesmo Caxiepó entre a aua p. 4.
HINDUÍSMO 4ft7 mNDliSMO
ld06. — VÍAm-«e os hindua dm
'
soas 1824.
'
— «Ai bailadeiras, e bamna» de-
• - ' -
, tie veu a» leia do Induis-
nno andoê, i. p. H."i.
i : •: i„.i.,
iiiDruinau"» fiu liirjfos ,,,
I

de Brioii, Duas Mil absorver

1918.— •NSo pode prejudicar a ola«Sf


dos h'*"*"^. que »^ c»'!'-''""-"" classe soli
o a _'io*o. . . 119 hln-
Hll»^ -.clu \.T( 1 di-Vi'-
1, h-
com
emdito* e cultos*. — tirralá; de no...
, des-
l^lt). — «Indus O I Sole- de o chi '
. it -if
eido ao prinrijuf. nr Ba- OB in.TÍ> ! .:- :ll' -

í-triana se st; > OB th( iva» e ti-

. iode ri(' de contr,.


— Estes de biuialiUa<ies e pensamcutiã jihilos. ..\-

\

.inskrita". cos se encontra no hinduísmo». Hiji;i-


cio de Brion, Dutu Mil Leguat, p r22.
my andience 1917. —
«... as Puranas, verdadeiros
nt t hall was fill- romances hi:;torioos. destinados à pi ; i

ui Hindoos. eanda do hinduísmo on «w-orawa/


' " '
' ' nte protes-
to.
• Wire .•.\<" [irt'-cm". — .vixii'i-
iu India in the jifteaúh century, can succeed in obt.
1' ing for doctrine^, m i.uxi._> ,,-(.. vi.:^. «;,
1778— •The Hindoos, or the followers variance with general and received system
<'• '*' •"'''• •" in number far of Hinduism". Heber, NarrcUive, u, —
n.o in Hiiidos- p. 112
^ '..perron, Legis- «Hinduism is, however, not onlj a
lai social organization resting upon cacte it ;

:>niirrait itre, .SOUS is also reliííioiís federation based upon


lion pr»''- woitfltipT^. — /(/., p. 200.
Hindou ]->.'i uWitliiit tlip liistorif.il neriod,
et i par lesquels th.
n<ni s et la lungue of-

i

Vllliíuin- ilu |i;iV!»u — .l.tiH i;,'iiy, liidf, p. 5. rel ition ot Hinduism*.


i -- Hindous Qui llui rial Ciazft' it?

iiabi- lUOi. — «The Brah:


f'ulty in effecting a r
- of the conqiieretl
Hinduism nn :il'

^MU. 1-. n- stilinii.. — J. A. ò.ililauha, The Indian <Jaa-


(»r '!:T(> h'^ net I. tr, p. 11.

s- I
do8 Vo- -
liXH). —
«Ce «ont les iii'l '
náovê
qui obéisscnt à I'hinduoib o da«
da« ., .. ..^. V......MU1 abran-
restrictionH intriKltiiteM par N.^
gidas sob a (lenotninaC'lo de neo-bra- fraiaes. L'hindouisme ne xi ^

ut leur religion, il déí«i^:iii' iiissi


anisation sociale de caste, de fa-

inum»'rjivois tracc;»^^», d. s no
dogma ou no culto, toii

das ortodoxas. Só as
n;l
III'

tais s&o o budismo o o jaimsuK

«La «riciK
'
.... ..„. ... coinpreQd
t . \ —
sous eette deuomiDStion cotrrsotiouDells {ia La (Proseie i&*iieyci<>p^dir
HONA 458 HOPO

mille et de propriété». —
Cristóvão Pinto, honna ou /ian?2tt< sânsc. suvarna^
Ijca Indigenes de I'lnde Portiujaise. p. 5.
«ouro».
1016— «What is Hinduism? What-
ever it ia, it is name of a religion.
not the 1814. —
"Explanação do dinheiro dos
Strictly speaking it is a convenient ethno- pagodes da moeda nixany que é distribuí-
logical term adopted by foreigners to do em oito partes, a saber Hona ou vara :

understand certain races of men». The — chamado em portuguez pagode...». Apud —


Modem Review, de Julho. Joaquim C. Soares, Doe. Comprobativos,
«The idea underlying the system of TVio p.434.
is exactly what the Hindus are familiar 1879. — «In Exibit 320 Ranji engages
with in the conception of Sanatana Dhar- to pay hons». — In Glossary.
five
ma, which by the bye, is the term by 1880. — «Among these may be specified
which the people of India designate their the golden pagodes, now called húns or
religion, the term Hinduism being an varúhas, the former, a Muhammadan desi-
expression given by the outsiders».— iitd. gnation of the coin, the original meaning
1917. —
«All these are instances of of hún in Kanarese being «gold». Ger- —
Hinduisation ofTartar conquerors down son da Cunha, Contributions to the Numis-
to the time of the Gupta Emperors». — matics, p. 10.
The Modern Review, de Fevereiro.
1917. —
«Dr. Pratt. extenuates no-
. .
* HOD AMO. Sacerdote da gente de
thing, «and his comments of the erotic de- Soeotorá. Quando os portugueses
velopments of Hinduism are as severe descobriram a ilha, encontraram aí
as they are just». —
The Hindustan Re-
alguns vestígios do cristianismo,
view, de Abrii.
como cruzes nos seus lugares de
HINDUÍSTA (adj.). Relativo ao culto e o nome Maria, dado a quasi
hinduísmo ou à religiUo hindu. todas as mulheres, e supuseram que
1902. —
«Vê-se que nos primórdios da os seus antepassados tinham sido
epocha da conciliação hinduista ou do doutrinados pelo apóstolo S. Tomé.
movimento histórico simultâneo das três
crenças do bmlhismo, sivaismo e visnuismo
Os nossos missionários mais de uma
pelos séculos xm a xiv, que a civilização vez tentaram sem resultado, parti-
hundú exerceu ali maior influencia». — cularmente no tempo do arcebispo
Christóvão Pinto, in Ta-ssi-yang-kuó, II, de Goa, D. Aleixo de Meneses, a
III, 5.
conversão dos indígenas. O vocábulo
1907. —
«Capitel de columua hinduis-
ta, proveniente, provavelmente, do pago- liga-se ao ár. khuddãm (pi. de khã-
de». —O Oriente Portuguez, iv, p. 42. dim), ((servos, ministros».
1918. «— correspondentes aos qua-
. .

1603. — «Cada Igreja tem seu Caciz a


tro estádios da evolução religiosa o védi-
que chamam Hodamo, o qual de ordiná-
:

co, o bramânico, o jaina-budista e o hin-


rio não serve mais que hum anno».
duista». —
Heraldo, de 25 de Janeiro.
Fr. António de Gouveia, Jornada do Arce-
HIÓ. E, conforme Cândido de Fi- bispo, fl. 135 17.

gueiredo, «árvore indiana, de fibras 1609. — «He


de saber que ao que nós
dizemos Igreja, diz o Turco, e Mouro, Mes-
têxteis». Se o vocábulo está, como
quita, 08 Árabes Mochamos, os Judeus As-
parece, pelo cone. hilvó, trata-se da nega, e o Gentio Pagode, e ao que dizemos
tiliácea Erinocarjjus Nimmonianus, Sacerdote, dizem os primeiros Cassis, os
Grah., cuja casca se usa para o fa- segundos Hodamos, os Judeus Rabbi, o
brico de cordas.
Gentio Brâmane, ou lossin, ou Jogu£». —
Fr. Gaspar de S. Bernardino, Itinerário,
*HÓ (anam. hó). Associação, con- p. 129.
— "Li
1658. Sacerdoti li chiamano
gregação, irmandade cristã.
Odambo, eletti e consecrati dal popolo».
1694. —
«O que pois commumente se — Fr. Vincenzo Maria, Viaggio, p. 140.
costuma nas Cidades, e Villas, he*, levan-
tarem hua companhia, que elles chamão *HOPO. Administrador de alfân-
Ho, na qual entrão os Chris taos abasta- dega ou a mesma alfândega, na Chi-
dos, cada homem com o que pode a qual :
na. Presume-se que o termo provêm
quantia de dinheiro se dà a juro, e com
este acodem aos pobres, aos doentes, aos
do chin, hujpu, «repartição de fi-

prezos, e aos enterros dos Christãos». — nanças».


Noticia da Cochinchina, p. 440. 1679. —
«O segundo supremo Tribunal
se chama Hupu, que vem a ser como The-
«HONA (ant.). Moeda de ouro, o soureiro Mór d'ELRey. Tem cuidado das
mesmo c^wq pagode ou orá. Do can. rendas, tributos, thesouros^ despensa^ des-
HORDA 4M horrA
1^*M« R«ae«u —
Fr. Jacinto de Deu», Ver- I cndos sAo secundários e no«t«rioret.
srtAjP. 220 1 .
I
_ .

1*29 —
"('hfjr'Hi a Macau hum Mai).i:i
rim 'i^i '-.i^:, ,i.. \':, , l;,- ,,,,. — ', •
'

_
n»-.- urdii-i-mu'alia, «o Sublimo ('.'i!<tro»;
^' '
e a liugua mixta quo s^' '-^
"i
sua corto denominou-so •

de: — Aj»ud Júlio iiíker, tolUeçào dé ira- "'"''"• ^^ /l' lustaru ó a luima
tadoê, IT, i>.
75 vulgar. V. '

j/, s. v. oordoo.
1H08 —.(' Hópú aoP
da cidade, n- i.. a iui\ 1727. — Horda. Ho t<»rmo. íjao se dii
Portuguez Je Macau». — lltii., das cator S co-
mo V. g 1 VI-
HM 1 , u ordenou aoe Anis-
tag. ir 09 europeus em '"*'** ^'^' '

Jotfc Inácio de Andrade, cdrrer hmii i aiz. jias^à" a niui'i.


17. carros se recolhem-, Bhiteau —
foi tneido.
tau H ,.
'.

iini- 1247. — «Quando a Orda, che cosi


/.»,;.,, <,..^o
stanze 'i "' '
le -"»--. f.
.per il gran v-
- terra» (na Tari....„,. ..^,.,.. iw..-

1843. — «Ma5, a goveruança desejara m^isio, ii, fl. 233.



1

!»}>.. r ,. 1.» (rr'i.,,I..c .....r..-..,r .1, . T 4í)^. «Wf DaH-Ii-d IlIiIxolt^otpiT tlli.ilK-h

Hoppu Niicitin, índia tn the


nador «'•

tugue/.*. — Il I

j
XVl. —
nllubitauo i Tartari
^> Hoppu •
r,.-
' aHn rnrnpa^rnn !"^nza hauero rn;
no in Hor '

lali il coj:

lif.juva |../ t- piiititiu. — Ihid., iií, fl. 70.


lííf.o — „ .\ jjjf,
I
I 1604. — «Hisosc con ol tifmpo mnv po-
ndo à 311

Hordas
dio cuui .
''•''''' --iV-lro T»-;
!i, j>. 7f> I
^ Orda is «Tar*
!Ȓ . (' ho pu
dele^açãu <'m Macau •

' '
i colónia»' — lu iam- ii'i"iii-iuim mnu. g.Mn-raiiv meaning «a
,.'). camp». — Editor.
"
I

' '• '""»' '»^- -••"'


ttside the
vonr Or-
• Amoiio, Jor

the
S a
il V'.rf.< 'fotro.

loriii no.ss. . I, p '.ÍM.

17.V- Hou pou, *

— F. HaJde, De«' ^A\\t:<i the ò<i On/o, i. t^ UteUoidvu Uor-


llí» j
d«« — /«/., n, p. 1.
J70O - .. 1 j,, hopp<
iu.-^portor » .•'••.'ojii-
HORRA. L)iz-Q08 O Padro MaDoel

'
U poou r«^p«n<! k
cfll i' ut di; I'rt'Viii' l t*liillU
rat, II, p. 9.
- por IcL.. -. X .-.
i'j

HDROA. A |wilnvrft tnrca ordú on • >


o ««a ótímo é o Ar. Aorr,
ttrrfii designa própri -.im- ardor».
po ou arraial dum tár- i»w;:t A maioT part« da leahft que
t»ru oa mougol» os oul; u* wguili- ; 1 uaqaelU iUia m fMUv» e aioda hoje m
lAMAMBUXI 460 lAQUE

gasta é d'um pau chamado horrá, o qual confrérie monacale ou plutôt de secte re-
nasce debaixo da agua, c deitando uclla se ligieuse, dont les traditions, les habitudes,
vai ao fundo como pedra: pondo-o no fogo Itís doctrines et I'influence mérite une
arde logo como se fosse de oliveira». lie- — étude particulière-). — Jancigny, Japon,
lação, p. 85. p. 67.

Hucá. V. vcá. * lAMEM (chia. yá-mun). Eoparti-


çâo pública, na China.
1880. — «Depois é alguma aristocrática
cadeirinha do Mandarim, que koulis [cu-
les] vestidos d'aziil, de rabicho solto, vSo
levando a um trote arquejante para o
* lAMAMBUXI, jamabuxo. Seita do

yamen». Eça de Queiroz, O Manda -
Japílo,que adora o demónio. Do jap. rim, p. 11.
yamanOy «cumo do monte», o bushi, 1895. —
«Como é em conferencia com
«soldado» yamanhushi. :
todos os membros de Tsang-Li- Ya-Men
que se tratam os negócios diplomáticos,
1557. —
«Ha ca alguns que adorão ao pôde bem calcular-se a somma de habili-
demónio, e quando querem tomar este offi- dade que é necessária a um negociador
cio, uão se a huas serras altas, e ali espe- para os fazer chegar a um accordo». —
rSo ao X)emonio por muitos dias, até que Conde de Arnoso, Jornadas pelo Mundo,
por derradeiro o demónio lhes aparece na p. 215.
figui-a que querem chamàolhe a estes: 1897. —
oUm ya-men, residência offi-
Yamambuxfs, que quer dizer soldado de cial dos altos mandarins, compõe-se de um
outeiro». —
P. Gaspar Velela, Cartas de grupo de construcções ao rez-do-chão muito
Japão, X, fl. 58 u. vastas, e dispostas em duas series alinha-
1562. —
«Desta seyta saem Imns por das parallclamente, e de outras perpendi-
nome Amambuxis, que trazem um tira- culares a estas. Estes edifícios deixam en-
colo com borlas. Estes adorão directameute tre si muitos pateos, ás vezes cheios de
o demónio com certos sinaes, e estão sete flores, e de pequenos tanques eom peixes».
dias em montes altos sem comerem, até se — Joaquim Calado Crespo, Cousas da Chi-
verem com o demónio, passando grandes na, p. 24.
trabalhos e penitencias». P. Baltazar — 1900. — «Para qualquer lado que o lei-
Gago, ibid99 v.
, fl. tor olhe, hade encontrar o bambu domi-
15G5. ^— «Hai outra seita em Japão cha- nando a vida e os costumes dos chinezes,
mada íamambuxi são muitos e estes : desde o berço feito de bambu, até as varas
seruem ao demónio». P. huis Fròis^ ibid — ou j)?'íi(7rt« que transportam os palanquins
fl. ]7i. dos grandes e poderosos aosyamens, ou
1605. — Fizeram vir hum Yemabuxl os caixões dos defuntos aos cemitérios. —
(que sam certa casta de Bonzos grandíssi- Ta-ssi-yang-kuó, de Abril.
mos feiticeiros, e de muito grande trato 1722. —
«Les ya-men, ou Palais des
com o diabo) e lhe pediram que o diabo Mandarins, ont aussi ,leur beauté et leur
que estaua apoderado da senhora prome- grandeur». —
Leltres Kdifianies, xvi, p. 42.
tesse com suas deprecações entrar em hua 1735. —
«Chaque Magistrat, grand ou^.
moça de serviço». —
P. Fernão Guerreiro, petit, a son Tribunal ou Yamen». —
Relaçam Annual, fl. 39 v. P. Halde, Description de la Chine, i, p. 5.
1634. —
«No mesmo reyno estava o Con-
vento dos nengoroz e dos que cliamão Ya- * lAQUE (tibetano gjjak). Boi do
mabuxi que Nobunanga destruhio Hist.
da Igreja do Japão, p. 151.
— Tibete —
Bos grunniens, Linn., quo
pertence ao grupo de bisões e de
1701. —
«Envergonhados os Bonzos de
se verem senij)re vencidos, o encommeu- cujo rabo se fazem chouris (q. v.)
darão aos Jamabuxos, isto he, a certa ou enxota-moscas. Serve para carga
casta de feyticeiros, que tem pacto com o- e para montar; encontra- se também
demónio, para fazerem mal a quem que-
rem, e por esta diabrura são tão respeita-
em estado silvestre. O rabo do ani-
dos, como temidos». P. Francisco de — mal doméstico ó branco e o do bra-
Sousa, Oriente Conquistado, II, iv. vo, preto e mais comprido. V. Glos-
1754. —
«Ceux qui amusent ordinaire- sary.
ment les Pélerins de pareils contes, sont
les Jammabus, qui forment une espece 1730. — «Non se trova piú abitazioni di
de Congregation Laique et Militaire de case, masolo alcune tende cou quautità di
I'ancienne Religion. Leur nom signifie pro- mandre di lak, ossiano bovi pelosi, peco-
premcnt Soldat de Montaigne». P. de — re, cavalli». —
Fra Orazzio delia Penna,
Charlevoijt, J/iiil. du Japon, i, p 192. in Glossary.
1854. — «Les Yamabusis, ou jamma- 1824. —
«Nothing but mules, mountain-
hosie, ou iamabos . . . formeut une sorte de ponies, the yák, or Thibet cow, and active
ICHÂO 461 iCtIIMA!

tto^nrnmbprwl foot-paasengerg ean make ze l«'>gaa8. Do chin, yt, «um», e ehan,


!•( the tracks*.— Heber, A'ar-
«jornada». V. ié.
1

len- 1663. — «n
t^ni' iiion Pn. <fue resji
yak •I'"
iiiOUt,
.•lleB

Yuhai»» — •'' < •• «, "^ •

de «Hum loham omtem der I'ú»,


->'. conta ha seis» i"" •'- <»

— Eoauit, L'hide Fit- ssas, c he hun


iitre p1Io« «m
Icháos
tea cjai r(*fi;iiclil>?('ut lair :.
^ ..., . ,-..:ru em qu»
Xa\\i et <1' Yak — Foucaux^ quatrocentas legoas». — P. Lucena, tiúto-
i

ria, X, cap. 17.


\ i lie uatinnal standnrd of the 1849. —
«Assim como uód medimos os
rac 1 of a Tuk with niue white caminhos por milhas, legoan, e dias de jor-
Yak tiiil».. — Howorth, Uiêtory of the nada, os Chinas lambem os medem por
M'lUQol/i, I, p. 28. Li8, Pus e lohans, isto é, dias d»' jorna-
lyOtí. __ «The Yack or Gruntiup Ox. da- lohan tem seis legoas e
. .
'

It ii» dark, browr alnt"-t l)l;i'k. with the \ [italianas]. Segundo as medida>
t'ck, 10 Lis sào três milhas ou uma Ic^:
Q it França». — In Ta-sei-yang-kuô, i,
^
lud vanuus 111 colour, 1588. — «Diez Pus hazen vua j<>'

piebald». —
I

white or j
de vn dia, que Uaman loham, que \
\\ att, J n< '>3.
I a ser doze léguas largas».— Mena^ça,
iyi7.- „v en- ! Higt. de la China, p. 12.
''^
1835. —
«Leurs chevau.x n'ont pas beau-
coup d'apparence, mais ils n'en sent pas
moins capables de souteuir de longues
bai Tibete). — The Ilinduttan courses qu'ou lour font faire: on leur tait
Abril. courir pour I'ordiuaire 60 et 70 lys sans
les changer. Une Poste se uommo Tchan:
lAQUIM {^ix\K yakuin ] . FuneiouArio, deux Postes deux Tchan». — P Hal.ir,
admiuistrador. Descriptiott de la Chine, ii, p. &*•

Você também pode gostar