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1.

INTRODUÇÃO
Diariamente somos expostos a contaminações por diferentes
microrganismos, além disso, a pele, por ser um tecido de superfície é dotada
também de uma microbiota residente, tornando-se um grande reservatório.
Com isso, as práticas higiênicas são comumente realizadas pela população a
fim de evitar a contaminação. No mercado mundial, são encontradas diversas
formulações e composições de substâncias destinadas à eliminação das
sujidades e microrganismos presentes na superfície do corpo humano,
destacando as formulações de sabonetes por serem utilizados em larga escala
pela população (PESSOA JÚNIOR, 2011).
No cenário atual em que vivemos, uma pandemia causada pelo novo
coronavírus (SARSCoV-2), classificada como COVID-19 (OMS, 2020), a
prática de higienização tornou-se ainda mais necessária para conter a
disseminação do vírus. A higienização das mãos é a medida mais antiga e
simples da eliminação de microrganismos patogênicos e uma importante
ferramenta para o cuidado e a promoção da saúde (BRASIL, 2009).
A pele é o maior órgão do corpo humano, e a sua principal função é a
proteção, sendo uma barreira mecânica contra patógenos. Além disso,
desempenha outras funções essenciais que são a regulação da temperatura,
equilíbrio eletrolítico e a excreção de algumas substâncias através da
sudorese. Três camadas compreendem a sua estrutura: a epiderme, camada
mais superficial e constituída por um epitélio estratificado composta
principalmente pelos queratinócitos; a derme, que é a intermediária sendo
composta de tecido conjuntivo vascularizado contendo colágeno e elastina; e a
hipoderme, a camada mais profunda formada por tecido gorduroso (DINI, T.F;
BONAMIGO, R. R., 2020).
O pH da pele é levemente acidificado (4,6 - 5,8), o que reflete em um
mecanismo de proteção contra fungos e bactérias. Mas essa proteção muitas
vezes pode ser prejudicada por agressores externos como poluição, mudanças
de temperatura ou exposição a produtos químicos (LEONARDI, et al., 2002).
Um estudo recente demonstrou que o pH ideal da pele humana é 4,7.
Este estudo também demonstrou que uma pele com valores de pH abaixo de
5,0 apresentam melhores condições do que peles com pH acima de 5,0. Isso
foi comprovado por diversas análises biofísica, como por exemplo medição da
hidratação e função de barreira da pele (BARROS, 2019).
Devido à sua extensão e localização, constantemente a pele é exposta a
diversos microrganismos do meio ambiente, por contato direto ou indireto,
sendo as mãos a principal via de transmissão. Na pele humana normal
encontram-se os microrganismos residentes e transitórios (BRASIL, 2009).
A microbiota residente se encontra nas camadas mais profundas da
pele. Esta flora é constituída principalmente por Staphylococcus epidermidis,
Staphylococcus hominis e espécies de Corynebacterium. Esses
microrganismos são menos prováveis de infecções veiculadas por contato,
raramente patogênicos. Porém, não são facilmente removidos pela ação
mecânica da lavagem das mãos, sendo necessário recorrer à ação química de
um antisséptico (BRASIL, 2009; MARTINS, 2014).
A microbiota transitória é composta por microrganismos que se
depositam na superfície da pele, provenientes de fontes externas.
Normalmente é formada por bactérias Gram-negativas, Pseudomonas,
bactérias aeróbicas formadoras de esporos, fungos e vírus. Esses
microrganismos se espalham com mais facilidade pelo contato, apresentam
menor tempo de sobrevivência, porém maior potencial patogênico. A lavagem
das mãos com água e sabão consegue removê-los com mais facilidade
(MARTINS, 2014).
A história do sabão e do seu uso é bastante remota e não se sabe ao
certo suas origens. Provavelmente, esse artefato foi descoberto por acidente,
quando perceberam uma espécie de “coalho” branco flutuando quando eram
fervidos gordura animal contaminada com cinzas em altares de sacrifício
ancestrais. inicialmente fruto do contato da gordura animal com cinzas em
“churrasqueiras” ou altares de sacrifício ancestrais. Nesses artefatos, o O
coalho branco formado sobre as cinzas era utilizado para lavar roupas e
utensílios domésticos. Entretanto, as primeiras referências históricas ao sabão
manufaturado são relacionadas às ruínas de Pompéia (79 a.C.) e, ao que tudo
indica, os romanos não o empregavam somente para a limpeza. Grande parte
era misturadao com aromatizantes para cabelos ou cosméticos e adicionada
aos emplastros usados em queimaduras e ferimentos. Só eventualmente se
usava para limpeza, para lavar o corpo de pessoas homenageadas
(BARBOSA, et al., 1995).
Os sabões são obtidos tradicionalmente por meio de óleos vegetais e
gorduras vegetais e gorduras animais, que são substâncias constituídas
preponderantemente por triacilgliceróis ou triglicerídeos [3(R-COO-CH2)].
Esses compostos são formados a partir de ácidos carboxílicos de cadeia longa
denominados ácidos graxos. Para produção do sabão, os triacilgliceróis sofrem
uma reação de saponificação através da adição de uma base, geralmente
NaOH, produzindo glicerina [3(CH2OH)] e sais alcalinos dos ácidos graxos
[3(R-COO-Na+)] (Figura 1). Essa reação é um dos mais antigos processos
orgânicos conhecidos e utilizados pelo homem (CASTRO, 2009).

Figura 1: Reação de saponificação (CASTRO, 2009)

Figura 1: Reação de saponificação (BARROS, 2019)

A fórmula geral RCOO-Na+RCOO-Na+ de um sabão é composta por R


que é usualmente uma cadeia carbônica contendo de 12 a 18 átomos de
carbono que interage com a sujeira (hidrofóbica), seguida de uma extremidade
que é atraída pela água (hidrofílica). Na presença de água, as cadeias de
carbono são mutuamente repelidas, ficando voltadas para o centro enquanto as
partes polares ficam em contato com a água, o que gera estruturas
tridimensionais chamadas micelas. Os íons positivos (Na +) ficam na água
(Figura 2). (BITTENCOURT et al., 1999; BARBOSA, et al., 1995). A formação
das micelas permite que a sujeira seja eliminada junto com a água durante o
processo de limpeza (ZAGO et al., 1996).

Figura 2: Representação esquemática de uma micela contendo óleo em


seu interior (BARROS, 2019).
Sabões não podem ser utilizados em meios que apresentam íons de
Ca2+, Fe3+ ou Mg2+ (águas duras), pois ocorre a formação de sais insolúveis em
água, que precipitam. Devido a esse problema, foi iniciado o desenvolvimento
dos detergentes sintéticos. Como os sabões, os detergentes contêm uma parte
apolar, com um grupo com carga na extremidade da cadeia. (BARBOSA,
2019). Os sabões e os detergentes sintéticos são moléculas denominadas
tensoativos. Esse nome está diretamente ligado a capacidade que essas
moléculas possuem de diminuir a tensão superficial da água.
A água, por ser uma molécula polar possui forças de atração
eletrostáticas, que são fortes e permanentes, tendo polos negativos e positivos
bem definidos. Além disso, possuem as ligações entre as moléculas de água,
conhecidas como pontes de hidrogênio, que somadas às forças de Van der
Waals, fazem com que seja muito difícil separar suas moléculas (DALTIN,
2011).

Para solubilizar uma substância em água é necessário formar novas


forças de dipolo fortes entre as moléculas, em substituição às quebradas na
solubilização (para isso a nova molécula inserida na estrutura também dever
ser polar). Os tensoativos recebem esse nome, pois tem a capacidade de
diminuir a tensão superficial da água (DALTIN, 2011).
Cada molécula de água sofre forte atração das moléculas vizinhas e a
soma vetorial das forças tem uma resultante nula, já que há vizinhas por todos
os lados. No entanto, isso não ocorre com as moléculas de água que estão na
superfície, pois estas sofrem a atração das moléculas abaixo delas, mas não
têm moléculas de água acima delas. Isto faz com que as moléculas da
superfície estejam “desbalanceadas”, ou seja, com uma força resultante de
atração perpendicular à superfície e voltada para dentro do líquido. Esta força
está permanentemente puxando as moléculas de água da superfície para
dentro do líquido. Qualquer movimento do líquido que resulte no aumento da
superfície (como a formação de uma gota em um conta-gotas) resulta em um
número maior de moléculas do meio do líquido que devem ir para superfície, se
movimentando contrariamente a essa força. Essa força que deve ser vencida
para o aumento
de uma superfície líquida é conhecida como tensão superficial (DALTIN, 2011).
O tensoativo, por ser uma molécula polar e apolar ao mesmo tempo,
capaz de entrar na estrutura da água modificando-a, diminuindo a força entre
suas moléculas. A parte polar é a responsável pela solubilidade da molécula
em água, pois as cargas (negativas ou positivas) apresentam atração
eletrostática pelas moléculas de água vizinhas, já que estas apresentam cargas
negativa e positiva (DALTIN, 2011).

A partir do entendimento sobre o princípio de ação de um sabão, o


desenvolvimento de sabonetes líquidos utiliza matérias-primas com
propriedades tensoativas, capazes de reduzir a tensão superficial de líquidos e
além disso, quando submetidos a agitação, produzem espuma. Matérias-
primas para ajuste de viscosidade também são utilizadas (GARCIA et al.,
2009).
Os sabonetes antibacterianos são utilizados para reduzir e prevenir
problemas relacionados às bactérias presentes na pele humana, são também
encontrados como antimicrobianos ou antissépticos. Esses possuem em sua
composição substâncias capazes de inativar os microrganismos (Martins,
2014). No entanto, muito se questiona sobre o uso, tendo em vista que muitos
ingredientes ativos presentes nesses sabonetes, como o triclosan e
triclocarban, podem ocasionar riscos à saúde humana e ao meio ambiente
(SNYDER & O’CONNOR, 2013; MCNAMARA & LEVY, 2016).
Entre os problemas relatados na saúde pelo uso dos mesmos, está a
seleção de cepas bacterianas resistentes, que vem sendo uma grande
preocupação no cenário atual (BEDOUX et al., 2012). Além disso, por estar
presente em diversos outros produtos, a presença desses antissépticos no
descarte doméstico e industrial é grande, trazendo riscos à saúde de
organismos aquáticos e seres humanos, devido seu potencial de
bioacumulação e persistência no ambiente, gerando efeitos tóxicos aos animais
(YUEH & TUKEY, 2016).
A HIGIENE DAS MÃOS
Dentre estes produtos cosméticos, os sabonetes são os mais antigos a serem
utilizados pelo   homem. Inicialmente eram produzidos com sebo de cabras e
cinza de faia, e com a evolução
da indústria e das pesquisas foram empregadas novas técnicas de produção,
com diferentes
compostos, resultando em sabonetes com características mais brandas e
adequadas, tanto para aplicações convencionais quanto cosméticas (JÚNIOR,
2011).
A ação de limpeza dos sabonetes é atribuída às propriedades detergentes de
um sal ácido de gordura obtido da reação entre a gordura e um álcali
(GUIMARÃES, 2007). Sua utilização para a lavagem das mãos pode remover a
sujidade visível, substâncias orgânicas e a flora transitória fracamente aderida
à pele, mas vários estudos têm demonstrado que os muito patógenos não são
removidos (MARTINS, 2014).
A microbiota transitória, que coloniza a camada superficial da pele, consiste de
microrganismos não-patogênicos ou potencialmente patogênicos, tais como
bactérias, fungos e vírus, que raramente se multiplicam na pele. Essa
microbiota, normalmente adquirida por contato, sobrevive por curto período de
tempo e é passível de remoção pela higienização simples das mãos com água
e sabonete, por meio de fricção mecânica (BRASIL, 2009).
Vários tipos de microrganismos podem ser encontrados transitoriamente nas
mãos, os mais comuns são bacilos Gram-negativos (Escherichia Coli e
Pseudomonas spp., por exemplo) e cocos Gram-positivos (como
Staphylococcus spp.), alguns dos agentes bacterianos que podem causar
infecção hospitalar (MARTINS, 2014).
A microbiota residente, por sua vez, fica aderida a camadas mais profundas da
pele e é mais resistente à remoção através da higienização simples, apenas
com água e sabonete (BRASIL, 2009). Assim, com a finalidade de reduzir ou
prevenir a contaminação bacteriana, têm-se utilizado sabonetes
antibacterianos, também chamados de antimicrobianos ou antissépticos
(MARTINS, 2014). Vários agentes antissépticos podem ser utilizados
associados a sabonetes para a higienização das mãos, como por exemplo a
clorexidina, polivinilpirrolidona-iodo (PVPI), triclosan e álcool (BRASIL, 2009).
A seleção de agentes antissépticos apropriados para formulações cosméticas
deve levar em consideração requisitos como sua eficácia em baixas
concentrações; ter amplo espectro de ação antimicrobiana; ter ação rápida; ter
baixa ou nenhuma toxicidade; não possuir absorção sistêmica; não causar
hipersensibilidade, ressecamento, manchas, irritação, corrosão ou fissuras;
possuir odor agradável ou ausente; boa solubilidade; adequada estabilidade
química, para impedir sua decomposição por efeito da luz e calor; e ser de
baixo custo e de veiculação funcional em dispensadores ou embalagens de
pronto uso (BRASIL, 2000). Fonte: TCC - AVALIAÇÃO DE ASPECTOS
FÍSICO-QUÍMICOS, DE ROTULAGEM E DA EFICÁCIA ANTIBACTERIANA DE
SABONETES LÍQUIDOS ANTISSÉPTICOS - THANARA ZANETI DOS
SANTOS VITORINO

Com isso, esse trabalho se propõe a desenvolver uma formulação contendo


um blend de ativos naturais, pela vasta biodiversidade que o Brasil apresenta e
também pensando tanto na preservação do meio ambiente como na questão
de resistência bacteriana quando se utiliza agentes antissépticos e
desinfetantes (Silva et al. 2010; RIBEIRO et al., 2017).

O extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) é um dos ativos


utilizados no desenvolvimento do produto deste trabalho e tem grande
potencial para composição de antissépticos ou desinfetantes (SOUSA &
CONCEIÇÃO, 2007). Um estudo desenvolvido por Ribeiro e colaboradores
(2017), testou a atividade do extrato de alecrim e de uma formulação de
sabonete líquido contendo o mesmo extrato frente a microorganismos como
Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Candida albicans. Tanto o extrato
quanto o sabonete apresentaram atividade antimicrobiana diante das cepas de
Staphylococcus aureus e Candida albicans (RIBEIRO et al., 2017).
Alecrim
Alecrim é originário do região mediterrânea e é valorizada na culinária e
também como erva de  cura. Muitos dos usos atuais de esta planta aromática
foi transmitido desde os tempos antigos.
Acredita-se que o alecrim tenha poderes mágicos para banir o mal espíritos.
Foi queimado em quartos de doentes como desinfetante, e era usado para
afastar a praga. Fonte: Apresentação Symrise – 168505 Extrapone® AntiMic A
botanical blend with antimicrobial efficacy for Cosmetics.
A Salvia officinalis (L.), popularmente conhecida como salva, é uma erva
aromática que tem sido usada na medicina e na culinária desde tempos
antigos, sendo nativa de países mediterrâneos, e tem sido investigada para o
tratamento de várias doenças, especialmente infecções e inflamação da pele
(GARCIA et al., 2012). Seus óleos essenciais têm sido relatados como
constituídos de cinerol, cânfora, borneol, turjona, ácido rosmarínico,
flavonoides, taninos, saponinas e substâncias estrogênicas (CUNHA, 2004;
VIECELLI E CRUZ-SILVA, 2009).
Na medicina tradicional, a Salvia officinalis (L.) tem sido utilizada para
vários propósitos como: anti-inflamatório, antioxidante e tratamento de
desordens gástricas. Além disso, extratos etanólicos de Sálvia são utilizados
contra inflamações na cavidade oral, trato intestinal, contra gastrite e
inflamações de garganta (CAPEK et al., 2003; MAYER et al., 2009). Várias
outras atividades biológicas foram descritas na literatura, tais como bactericida,
fungicida, virucida, adstringente, hipoalergênica, antiespasmódico, anti-
hidrolítica e citolítica (BARICEVIC et al., 2003; KAMATOU et al., 2008; LIMA et
al., 1992; DUKE et al 1985)
Pereira et al. (2004) demonstraram que o óleo essencial desta planta teve
atividade antimicrobiana significativa contra 100 cepas bacterianas isoladas de
pacientes com diagnóstico de infecção do trato urinário. Após 24 horas, o óleo
de salva mostrou 100% de eficácia quando testado em Klebsiella e espécies de
Enterobacteres, 96% em Escherichia coli, 83% contra Proteus mirabilis e 75%
contra Morganella morganii.
Sálvia
O nome Sálvia deriva do Latim 'salveo', que significa curar. Sage é valorizado
em muitos culturas para sua cura e propriedades medicinais, que incluem anti-
séptico, digestivo e antibacteriano.
Os nativos americanos usavam sálvia fresca como uma escova de dentes e
pasta de dente tudo em um - para limpar os dentes, para refrescar o hálito e
por suas  propriedades antibacterianas.
Sálvia foi uma dos mais importantes ervas medicinais da Idade Média na
Europa. Acreditava-se que tinha o poder de curar todas as doenças que se
pudesse imaginar. Fonte: Apresentação Symrise – 168505 Extrapone® AntiMic
A botanical blend with antimicrobial efficacy for Cosmetics.
O princípio ativo presente nos frutos, sementes, folhas, casca do caule e
raízes do nim apresenta grande eficácia, por exemplo, contra certos fungos que
infectam o organismo humano e são difíceis de serem controlados com a
utilização de fungicidas sintéticos. A atividade anti-virótica da planta também já
teve sua eficácia comprovada, particularmente contra doenças caracterizadas
pela presença de erupções cutâneas. Varíola, catapora e verrugas têm sido
tradicionalmente tratadas com pasta de nim, esfregando-se a mesma na área
afetada da pele. Além disso, também está sendo testada em coquetéis contra o
vírus da Aids.
Na Índia e na África, milhões de pessoas usam pequenos galhos de nim
como escova de dentes. Os dentistas têm aprovado esta prática por
acreditarem que ela realmente previne o aparecimento de doenças
periodônticas. Não está claro ainda, no entanto, se o benefício é devido à
massagem gengival, à prevenção da formação de placas ou às propriedades
anti-sépticas da planta (Boletim Agropecuário - n.º 68 - p. 1-14 Lavras/MG).
Nim
As propriedades médicas do nim têm conhecido pelos índios desde tempos
imemoriais. O primeiro sânscrito de escritos médicos já se referem aos
benefícios de qualquer parte da árvore nim. É considerado um dos melhoresc
agentes cicatrizantes e desinfetante. Ainda hoje na Índia, as pessoas espalham
folhas frescas de nim perto das camas de pacientes com gripe ou febre, e
penduram um aglomerado de folhas do lado de fora.
O ar que atravessa as folhas do nim é purificado de vírus e bactérias, ajudando
a desinfetar a sala e prevenir a propagação de doenças. Fonte: Apresentação
Symrise – 168505 Extrapone® AntiMic A botanical blend with antimicrobial
efficacy for Cosmetics.
O capim vetiver é uma gramínea utilizada há mais de três mil anos na
Índia. Seu nome científico é vetiveria zizanioides e seus usos mais conhecidos
são na produção de aromatizantes e perfumes finos, e como planta medicinal
(PEREIRA, 2006).
Tornou-se conhecido em nível mundial por meio do óleo ou
essência, extraído por destilação das raízes da planta. Na Índia, esta planta é
muito utilizada para diversos tratamentos como estimulante, antisséptico,
febrífugo, tônico, calmantes de enxaquecas e das nevralgias (CORRÊIA,
1984).
Um estudo conduzido por Burger e colaboradores demonstrou as
atividades antibacterianas do óleo de vetiver que é principalmente ativo em
cepas Gram-positivas, especialmente em cepas de Staphylococcus aureus,
suscetíveis ou resistentes à meticilina. Além disso, a atividade antifúngica
original já conhecida contra C. albicans se estende também a C. glabrata
(BURGER et al., 2017).
Vetiver
As raízes de vetiver têm sido usadas no Oriente por sua fragrância fina desde
antiguidade. Eles são usados pelos habitantes locais para proteger os animais
domésticos de vermes, e as fibras da grama são tecidos em esteiras
aromáticas.  Vetiver é um ingrediente útil em cosméticos indianos tradicionais.
Tem principalmente atividade protetora, bem como benefícios calmantes para
cicatrizar pele e couro cabeludo machucados pele e couro cabeludo. Vetiver é
considerado muito eficaz contra Staphylococcus aureus. Fonte: Apresentação
Symrise – 168505 Extrapone® AntiMic A botanical blend with antimicrobial
efficacy for Cosmetics.
Citrus aurantifolia, comumente chamada de limão ou laranja amarga, foi
estudada por Pathan e colaboradores quanto a sua atividade antibacteriana e
antifúngica. Os resultados sugeriram que o extrato de C.aurantifolia foi
significativamente eficaz contra Mucor spp, no caso de fungos, e apresentou
maior atividade em Klebsiella pneumonia e Staphylococcus aureus entre
bactérias (PATHAN et al., 2012).
Limão
As origens das frutas do gênero citrus foram perdidos no tempo, junto com as
origens da humanidade. É só sabe-se que a maioria das frutas cítricas foi
originado em regiões entre a Índia
e o sudeste do Himalaia, onde há variedades de limão ainda crescendo de
forma selvagem. O limão é uma fruta com prodigiosas virtudes. Além de ser um
poderosa fonte de vitamina C, a medicina popular atribui o limão com uma série
de propriedades curativas, entre elas de atuar como um antibiótico natural.
Fonte: Apresentação Symrise – 168505 Extrapone® AntiMic A botanical blend
with antimicrobial efficacy for Cosmetics.
A Aloe vera tem sido usada por muitos séculos por suas propriedades
curativas e terapêuticas, e embora mais de 75 ingredientes ativos do gel
interno tenham sido identificados, os efeitos terapêuticos não foram bem
correlacionados com cada componente individual, acredita-se que essas
atividades biológicas devam ser atribuídas a uma ação sinérgica dos
compostos neles contidos (HAMMAN, 2008; SCALBERT & WILLIAMSON,
2000). Na indústria cosmética e de higiene, tem sido utilizado como matéria-
prima para a produção de cremes, loções, sabonetes, xampus, limpadores
faciais e outros produtos. Além de Aloe ser amplamente utilizado na indústria
cosmética, tem sido descrito há séculos por seu laxante, antiinflamatório,
imunoestimulante, anti-séptico, cicatrizante de feridas e queimaduras,
antiúlcera, antitumoral e atividades antidiabéticas (OKYAR et al., 2001;
NEJATZADEH-BARANDOZI, 2013).
Aloe Vera
É o mais potente de 300 espécies de aloe no que diz respeito a o valor
nutricional. Este
Aloe milagroso contém mais de 75 nutrientes e mais de 200 ativos compostos
que incluem minerais, aminoácidos e vitaminas. Os antigos egípcios
chamavam-no de “Planta da Imortalidade” e a usavam para embalsamar e
preservar múmias. O gel é conhecido por ajudar a aliviar dor, reduzir o inchaço
e suprimir coceira.
Fonte: Apresentação Symrise – 168505 Extrapone® AntiMic A botanical blend
with antimicrobial efficacy for Cosmetics.
Tomilho
É usado desde a antiguidade na culinária, por seu caráter aromático e também
por propriedades medicinais. Desde o século XVI, o óleo de tomilho tem sido
usado por suas propriedades anti-sépticas, tanto como enxaguatório bucal e
em aplicação tópica.
Timol é o principal constituinte volátil do óleo de tomilho, e seus efeitos de
apoio à saúde, principalmente relacionados a sas propriedades antimicrobianas
estão bem documentadas.
Staphalococcus aureus, Bacillus subtilis, Escherichia coli e Shigella sonnei são
algumas das espécies contra o qual o tomilho mostrou ter atividade
antibacteriana.
Fonte: Apresentação Symrise – 168505 Extrapone® AntiMic A botanical blend
with antimicrobial efficacy for Cosmetics.

Além do blend de extratos também foi utilizado o ácido lático como agente
antivacteriano.
Mecanimo de ação
O ácido L-láctico é um ácido orgânico e compartilha várias características com
ácidos de tamanho semelhante. A combinação única de uma baixa constante
de dissocição baixa (pKa) e baixa hidrofibicidade faz ele facilmente miscível
com água. O ácido lático reside principalmente em a fase aquosa de uma
emulsão. Esta é uma vantagem sobre os ácidos orgânicos hidrofóbicos, porque
a fase água aquosa é onde as bactérias também residem. É um ambiente
particularmente bom em "transportar" prótons ou acidez, através das
membranas celulares. Ao fazer isso, ele depende do baixo ou médio pH do
meio. Uma vez dentro da célula, existem quatro mecanismos de ação que
inibem a ação da célula bacteriana:
1. O estresse ácido interrompe a regulação celular em um nível geral.
2. As bactérias gastam energia para manter o pH, bombeando o ácido.
3. As bactérias mudam seu metabolismo para produzir metabólitos alcalinos.
4. O estresse ácido gera radicais livres que danificam todos os mecanismos
celulares
Durante curtas exposições que levam diretamente à inativação de bactérias,
alguns desses mecanismos são mais relevantes do que outros. Em testes
padronizados da qualidade antimicrobiana em produtos de limpeza, as
exposições podem ser tão breves quanto 30 segundos. Neste espaço de
tempo, as bactérias não podem responder adaptando sua estrutura ou seu
metabolismo para a sobrevivência. O súbito estresse ácido leva a um inevitável
choque estresse oxidativo, enquanto quaisquer mecanismos sobrevivência são
suprimidos pelo baixo pH intracelular (Fig. 1):
Figura 1: Esquema do mecanismo principal pelo qual o ácido lático mata
bactérias. Adaptado de sofw journal 

O ácido láctico é eficaz contra bactérias Gram-negativas no ausência de


surfactantes. Bactérias Gram-positivas são geralmente menos sensíveis ao
ácido láctico, mas tornam-se suscetíveis por
surfactantes. Esta cascata de efeitos antibacterianos dá a combinação de
surfactantes e ácido láctico um amplo espectro atividade em produtos de
higiene e limpeza.
Nos Estados Unidos da América, o ácido láctico está registrado na Agência de
Proteção Ambiental (EPA) como um agente antimicrobiano e pesticida
bioquímico no âmbito da Lei Federal de Inseticidas, Fungicidas e Rodenticidas
(FIFRA)  e carrega o rótulo “projetado para o meio ambiente”. Além disso, tem
um status GRAS (geralmente reconhecido como seguro). Esses conjuntos
amplos de registros aprovados são baseados em antimicrobianos com
eficácias comprovadas e são habilitados pela natureza totalmente segura desta
molécula. Lactato e ácido láctico fazem parte da química de células vivas de
humanos, animais, plantas e bactérias. Vêm da natureza e pode retornar com
segurança para a natureza.
A demanda por produtos antimicrobianos seguros, ecológicos e eficazes está
crescendo com o aumento da pressão contra muitos antimicrobianos
tradicionais. O ácido lático é seguro, de base biológica, opção biodegradável
para produtos antimicrobianos e com comprovada e ampla gama de eficácia
contra bactérias e vários vírus. Incorporação de ingredientes como
surfactantes, conservantes, agentes quelantes e álcoois comprovadamente
complementam a eficácia antimicrobiana do ácido lático em produtos de
limpeza, desinfetantes e aplicações de cuidados pessoais. 
[1] Fonte: SFOW Journal, L-Latic Acid – Safe Antimicrobial for Home and
Personal Care Formulations, B. Boomsma. E. Bikker, E. Lansdaal, R. Stuut –
Volume 14 – October 2015.

Somando-se ao já exposto, a empresa Kao Corporation realizou um


estudo no qual descobriu que o ácido láctico encontrado nas mãos humanas
pode proteger contra bactérias e vírus, como o resfriado comum e a influenza.
O estudo revelou que as mãos humanas são naturalmente equipadas com uma
função de barreira para reduzir bactérias e vírus que causam doenças
infecciosas. O principal componente dessa barreira foi o ácido lático contido no
suor secretado das mãos, levando os pesquisadores a acreditar que ele é
crucial para a atividade antimicrobiana. Os pesquisadores avaliaram amostras
de mãos de 54 voluntários para identificar os compostos responsáveis pela
atividade antibacteriana e antiviral. Níveis elevados de ácido láctico foram
encontrados, sugerindo que era um fator importante na barreira de infecção da
superfície das mãos. Esta hipótese foi testada pela aplicação de uma solução
de ácido lático nas mãos dos voluntários em quantidades variáveis. Foi
observado que a atividade antibacteriana aumentou com o aumento da
quantidade de ácido láctico. A KAO acredita que esta descoberta pode levar a
novas abordagens em relação às práticas de higiene para melhorar a função
inerente de barreira das mãos e que estão estudando o desenvolvimento de
produtos para o cuidado das mãos com ácido lático para proteção
antimicrobiana de longa duração. 
Os pesquisadores também observaram que essa função de barreira
varia entre os indivíduos e está ligada à suscetibilidade dos indivíduos ao
resfriado comum e à influenza. “Embora lavar as mãos e usar desinfetantes à
base de álcool sejam métodos comuns de manter as mãos limpas removendo e
inativando bactérias e vírus, seus efeitos são transitórios. Em contraste, esta
função de barreira inerente das mãos é consistente e permanente. ”O estudo
foi conduzido pelo Laboratório de Pesquisa de Produtos para Cuidados de
Saúde Pessoal, Laboratório de Pesquisa Científica Biológica e Laboratório de
Pesquisa Científica Analítica da KAO Corporation.
De acordo com a empresa japonesa, esta é a primeira descoberta
aparente dessas relações e, desde então, pré-publicou esses achados no
medRxiv (site, que distribui pré-publicações de artigos científicos sobre ciências
da saúde. Tais manuscritos ainda precisam ser submetidos a revisão por pares
e o site observa que o status preliminar e que os manuscritos não devem ser
utilizados para reportagens como informações estabelecidas). Os
pesquisadores da Kao levantaram a hipótese de que a superfície do corpo
humano tem um mecanismo de proteção exatamente como o corpo contém
anticorpos internamente. “Como os humanos coexistiram com bactérias e vírus
ao longo de sua longa história, acredita-se que nossos corpos tenham
desenvolvido várias funções imunológicas para proteger contra doenças
infecciosas. Como as mãos são partes essenciais do corpo humano que
entram em contato com o ambiente externo, conforme descrito acima, elas
parecem ter alguma habilidade para controlar os patógenos. ”
Em um experimento, os pesquisadores selecionaram vários voluntários
que se identificaram como altamente resistentes ou suscetíveis a doenças
infecciosas. Uma bactéria residual foi aplicada nas mãos dos voluntários e
observada pelo método do carimbo manual imediatamente após a aplicação e
três minutos depois.

Observou-se que o número de E. coli diminuiu sensitivamente nos


voluntários que pensavam ter alta resistência a doenças infecciosas. Os
compostos de superfície nas mãos de seis voluntários foram coletados para
avaliar sua atividade antibacteriana e anti-viral. Isso confirmou que os
compostos da superfície nas mãos dos voluntários tiveram um efeito inativador
contra E. coli, bem como Staphylococcus aureus e o vírus influenza A (H3N2).
Os pesquisadores observaram que esse efeito variou entre os indivíduos, já
que alguns exibiram uma forte inativação, enquanto outros não.
Em outro experimento, 10 voluntários foram recrutados para estudar
como o efeito antibacteriano dos compostos da superfície das mãos mudava
durante o dia e também de um dia para outro. Os resultados revelaram que o
efeito foi bastante consistente e permanente.
Com base nesses achados, os pesquisadores concluíram que as mãos
humanas estão equipadas com uma função que reduz bactérias e vírus, a que
a Kao se refere como a "barreira de infecção da superfície das mãos", e que
seus efeitos variam entre os indivíduos.
Foi desenvolvido um método para medir quantitativamente a atividade
antimicrobiana dos componentes encontrados na superfície das mãos, que foi
então comparado com o histórico médico dos participantes com doenças
infecciosas. Em seguida, os pesquisadores selecionaram um grupo de 109
voluntários saudáveis do sexo masculino e feminino com idade entre 20 e 49
anos. Dos 109, 55 haviam contraído influenza pelo menos duas vezes nos
últimos três anos, enquanto os outros 54 não haviam contraído influenza ou frio
nos mesmos períodos. A atividade antimicrobiana das superfícies das mãos foi
avaliada e encontrou-se positivamente associada à história de infecção em
indivíduos. Isso sugere fortemente que a barreira de infecção da superfície das
mãos desses voluntários contribuiu para sua resistência a doenças infecciosas.
[2] https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.12.09.20246306v1 e
https://www.cosmeticsdesign-asia.com/Article/2021/01/18/Kao-looking-into-
development-of-lactic-acid-based-anti-bacterial-hand-care-based-on-latest-
research visitada em 20/02/2021

Mercado comercial.....

O mercado de beleza no Brasil se firma como um dos mais promissores do


mundo. A perspectiva é de muitas oportunidades tanto para as grandes marcas
de cuidados pessoais, higiene, cosméticos e perfumaria quanto para as
empresas mais segmentadas dessa indústria.
No início de 2020, a compra da norte-americana Avon pela brasileira Natura
criou o quarto maior grupo mundial de beleza. Mas as pequenas marcas têm
muito o que comemorar também, especialmente aquelas que apostam em
produtos sustentáveis para atender consumidoras e consumidores mais
conscientes.
A busca por produtos com ingredientes de origem natural no segmento
de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC), aumenta ano a ano. No
Brasil, 41% dos brasileiros têm interesse em maior variedade de produtos de
beleza e cuidados pessoais com ingredientes de origem natural (FARMATECH,
16/01/2019)

Segundo pesquisa do Laboratório de Química da Universidade Estadual


Paulista (Unesp), esse segmento cresce entre 8 e 25% ao ano no mundo todo.
Pesquisas da Factor-Kline mostram que a onda na busca por produtos que
tenham em sua formulação ingredientes de origem natural, que já foi
considerado uma tendência passageira, fica mais forte a cada ano graças à
demanda dos consumidores por esse tipo de produto com melhor desempenho
(CADERNO DE TENDÊNCIAS, 2019-2020)

Além da contínua e crescente busca por produtos com ingredientes de


origem natural, a Mintel aponta outro movimento do consumidor nesse setor:
uma espécie de retorno ao básico (get back to basics). “Comprar de marcas
com produção local passará a ser um estilo de vida”, aponta um estudo do
grupo. “Esse é um tipo de consumidor que busca produtos que reflitam quem
eles são e onde vivem. E isso dá certa sensação de orgulho e de cuidado com
as fontes de produção dos ingredientes e o processo de fabricação.” Existe
uma grande oportunidade para crescer nesse segmento, mas, para isso, serão
necessárias algumas adaptações. Pensar não apenas nos ingredientes (na
segurança e pureza deles), mas também na embalagem e na comunicação
clara dos benefícios dos produtos, são pontos importante a serem
considerados, pelas empresas(CADERNO DE TENDÊNCIAS, 2019-2020)

O faturamento do mercado de beleza no Brasil cresce ano a ano, atingindo


a marca de 29,62 bilhões de dólares em 2019, conforme dados
da Euromonitor. Isso faz dele o quarto maior mercado mundial de cosméticos e
cuidados pessoais, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão.
O Brasil também se destaca em lançamentos, como o terceiro maior em
produtos lançados no mercado global, depois de Estados Unidos e China. As
criações brasileiras são exportadas para 174 países, segundo o Ministério da
Economia e a Secretaria de Comércio Exterior, sendo a Argentina responsável
por quase um quarto (24,8%) do valor exportado em 2020.
Apesar de um ano cheio de incertezas e muito crítico de enfrentamento
da pandemia, a essencialidade dos produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e
Cosméticos para a promoção da saúde e do bem-estar da sociedade,
alavancou o ritmo de retomada das atividades do setor. De acordo com o
Painel de Dados de Mercado da ABIHPEC (Associação Brasileira da
Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o setor de HPPC
obteve em 2020, um crescimento de 5,8% em vendas ex-factory, quando
comparado com o mesmo período de 2019 (ABIHPEC, 03/2021)

Diversos fatores impulsionaram esse desempenho. Um deles foi a


intensificação dos hábitos de higiene para mitigar os riscos de contágio do
coronavírus. O álcool em gel foi o destaque da ‘Cesta COVID-19 de Consumo’,
com uma alta de 808%, seguido do lenço de papel (77%); toalha de papel
multiuso (33,2%); sabonete líquido (22,3%); sabonete em barra (9,5%); e papel
higiênico (12,7%) (ABIHPEC, 03/2021)

“Acreditamos na tendência de continuidade de consumo destes produtos


de forma ascendente, uma vez que 2021 ainda é um ano pandêmico, e o itens
da cesta COVID-19 são ferramentas necessárias para a manutenção da saúde
via o reforço dos hábitos de higiene pessoal. Na nossa visão, o brasileiro que já
tinha historicamente bons hábitos de higiene, entendeu isso e segue praticando
a higiene pessoal de forma ainda mais intensa”, afirma João Carlos Basilio,
presidente-executivo da ABIHPEC (ABIHPEC, 03/2021)

De acordo com Basilio, outra consequência da pandemia que merece


atenção, foi a aceleração exponencial da digitalização das relações de
consumo e, nesse aspecto, as empresas do setor foram extremamente ágeis
em se ajustar à essa nova forma de interagir. No setor, observamos não só a
digitalização das relações com o consumidor, mas também, com o ecossistema
no qual estamos inseridos, envolvendo os outros elos dessa cadeia de valor.

Colocar os gráficos de consumo do Sabonete Líquido....


Justificativa – Podemos complementar....

No mercado encontramos variedades de agentes químicos fornecidos


com a promessa de eliminar as bactérias presentes na pele humana. Tendo em
vista o problema relacionado a resistência contra bactérias que esses agentes
utilizados podem levar e com a preocupação de utilizar ativos naturais,
biodegradáveis, capazes de não causar impactos ambientais relacionados à
formulação, considerando também a biodiversidade que o país (um ponto para
compartilhar é que o blend que estamos usando é importado e usa ativos de
outros países, como o Nim que é asiático e não só os ativos do Brasil) possui
frente a várias espécies de plantas com propriedades, este trabalho visa:
desenvolver um sabonete antisséptico para pessoas com a pele sensível,
utilizando ativos antimicrobianos de origem natural, obtidos a partir de óleos
essenciais e através de microorganismos (ácido lático). Além disso,
considerando que estamos vivendo um período de pandemia, causada pelo
coronavírus, este produto apresenta características importantes, sendo capaz
de eliminar microorganimos, incluindo o vírus quando realizada a higienização
adequada das mãos.

Isso é o que está escrito na parte da introdução .... que está no AVA
•O que se pretende ao se realizar esse trabalho, seu objetivo.
• Os procedimentos e passos para se chegar ao objetivo
• Dados de mercado que foram usados como base para o lançamento do
produto
• A empresa criada para o trabalho
• Breve teoria sobre o tema: emulsões, xampus, condicionadores, sabonetes
líquidos e sobre pele ou cabelo.

2. OBJETIVOS

2.1 Geral
Desenvolver uma formulação de sabonete líquido antisséptico para as
mãos contendo ativos naturais, para auxiliar na prevenção contra a
contaminação do COVID-19 ou outros potenciais patógenos.

2.2 Específicos

● Desenvolver uma formulação contendo um blend dos extratos


naturais de Alecrim, Vetiver, Aloe Vera, Nim, Sálvia, Tomilho e
Limão como proposta de ativos para assepsia.
● Caracterizar a formulação através das seguintes análises: cor,
odor, aspecto, pH, densidade e viscosidade.
● Desenvolver um rótulo contendo as informações e adquirir
embalagem para envase.
● Realizar o registro do produto na ANVISA; seguir as legislações
preconizadas, bem como as boas práticas de fabricação;
● Analisar os custos, faturamento e lucros previstos;
● Escolher os canais de comercialização e propagandas.

Podemos falar tbm da sustentabilidade.... embalagem biodegradável... não


sei se vai se mesmo isso...

PROPOSTA DE NEGÓCIO

Quando pensamos em lavar as mãos, pensamos em remover todas as


sujeiras, incluindo os microorganismos. Muitos sabonetes líquidos usam o
apelo de eliminar 99,9% dos germes e bactérias e fazem isso usando ativos
que podem até mesmo desenvolver microorganismos mais adaptados e
resistentes, que é o que ocorre com ativos como o Triclosan, por exemplo. 
Olhando para esse cenário entendemos que há oportunidade para lançar um
sabonete antisséptico que consiga eliminar os microrganimos patogênicos
presente em nossa pele de uma maneira mais natural. Usando como ativos
extratos naturais e ácido lático, um ingrediente que faz parte do metabolismo
do próprio corpo humano.
A proposta da Greeny é criar um sabonete líquido, que usa como ativo ácido
lático e um blend de extratos naturais com reconhecida eficácia bactericida,
com poder emoliente para restaurar a hidratação perdida durante o processo
de lavagem das mãos.
Estamos vivendo um modelo de intensas mudanças, onde a higiene e limpeza
passou a ter um papel de destaque. Com isso hábitos novos passaram a fazer
parte de nosso dia a dia e atos simples do cotidiano, como lavar as mãos,
tiveram que ser feitos com muito mais cuidade e atenção. Um sabonete comum
não tem a capacidade de matar os microrganismos patogênicos presentes em
nossas mãos e para que eles sejam removidos mecanicamente, é necessário
que o produto seja bem espalhado pelas mãos e fique em contato com elas por
no mínimo 20 segundos. Após esse tempo, o produto conseguiu atuar
removendo a sujidade e arrastando com ela os microrganismos indesejáveis.
Sabendo que o hábito do consumidor é algo difícil de mudar e que as pessoas
raramente ficarão esfregando as mãos por um longo tempo, o ideal é agregar
ao sabonete ativos que ajudem a eliminar esses microrganismos patogênicos.
Pensando nisso, desenvolvemos um sabonete líquido para mãos que elimina
99,9% dos germes e bactérias. Sua fórmula é balanceada e possui
ingredientes de origem vegetal, de fontes renováveis e tentou-se usar os ativos
biocidas mais naturais possíveis para trazer esse benefício. Voltamos no tempo
para entender como as antigas civilizações se protegiam ou tratavam suas
doenças e foi nessas buscas que optamos por usar extratos vegetais com
atividade bactericida e também o ácido lático, ingrediente presente no próprio
corpo humano. A idéia era criar um produto simples, com matérias-primas
economicamente viáveis, um produto que limpasse sem interferir muito na
microbiota presente na nossa pele

3. Desenvolvimento

Fórmula
     
Concentraç
ão tal qual
Matéria-prima INCI Name 
recebido
(%)
EDTA Disssódico DISODIUM EDTA 0,20 Sequestrante
Tensoativo
Lauril éter sulfato de sódio  SODIUM LAURETH SUFATE 34,00
aniônico
Tensoativo
Cocoamidopropil betaína COCAMIDOPROPYL BETAINE 8,00
anfotero
Tensoativo
Cocoglucosídeo COCO-GLUCOSYDE 0,40
não iônico
Tensoativo
Decilglucosídeo DECYL GLUCOSIDE 0,60
não iônico
PEG-7 Gliceril Cocoato PEG 7 - GLYCERIL COCOATE 1,00 Emoliente
Ácido Lático (Purac Sanilac Ativo
LATIC ACID  3,12
80) antibacterial
Extrapone Antimic (blend Phenoxyethanol, Polysorbate 80, 2,00 Ativo
Water (Aqua), Citrus Aurantifolia
de Fenóxietanol,
(Lime) Juice, Rosmarinus
Polisorbato 80, Água, Suco
Officinalis (Rosemary) Leaf Oil,
de limão, Óleo da folha do
Azadirachta Indica Leaf Extract,
alecrim, Extrato da folha de antibacterial
Salvia Officinalis (Sage) Oil, Aloe
Nim, Óleo de Sálvia, Aloe
Barbadensis Leaf Juice Powder,
vera em pó, Óleo de timo e
Thymus Zygis Oil, Vetiveria
Óleo de Vetiver)
Zizanoides Root Oil
0,5 (qsp pH Regulador de
Ácido Cítrico  CITRIC ACID
4,0 - 5,0) pH
0,5 (qsp pH Regulador de
Hidróxido de sódio SODIUM HYDROXIDE
4,0 - 5,0) pH
Fragrância LIMONE DELICIOUS GC 0,30 Veículo

Cloreto de sódio SODIUM CHLORIDE 0,50 Sequestrante

Tensoativo
Fenóxietanol PHENOXYETHANOL 0,50
aniônico
Tensoativo
Água deionizada  AQUA qsp 100%
anfotero

Processo Industrial

1. Adicionar 60% do total da Água Deionizada no reator. Manter agitação


(hélice tipo âncora; 715 – 800 rpm) até homogeneização total.
2. Adicionar o EDTA Dissódico. Manter agitação vigorosa por 15 minutos
(hélice tipo âncora; 715 – 800 rpm).
3. Adicionar o Lauril éter sulfato de sódio e em seguida a Cocoamidopropil
Betaína. Manter agitação moderada, para não ocorrer formação de grande
quantidade de espuma, por 5 minutos (hélice tipo âncora; 315 – 600 rpm).
4. Adicionar o Decilglucosídeo. Manter agitação moderada por 5 minutos
(hélice tipo âncora; 315 – 600 rpm).
5. Adicionar o PEG-7 Gliceril Cocoato. Manter agitação moderada por 5
minutos (hélice tipo âncora; 315 – 600 rpm).
6. Adicionar o Ácido lático. Manter agitação moderada por 5 minutos (hélice
tipo âncora; 315 – 600 rpm).
7. Adicionar o Extrapone Antimic Manter agitação moderada por 5 minutos
(hélice tipo âncora; 315 – 600 rpm).
8. Adicionar a fragrância Limone Delicious GC. Manter agitação moderada
por 5 minutos (hélice tipo âncora; 315 – 600 rpm).
9. Adicionar o Fenóxietanol. Manter agitação moderada por 5 minutos (hélice
tipo âncora; 315 – 600 rpm).
10. Verificar o pH, que deve estar entre 4,0 – 5,0. Se o pH estiver abaixo de 4,0,
adicionar Hidróxido de sódio até que atinja esse valor e se o pH estiver
acima de 5,0, adicionar ácido cítrico até que o pH atinja esse valor.
pH inicial: pH final:  
Matéria-prima Quantidade
adicionada:  (kg): 

11. Adicionar o Cloreto de sódio. Manter agitação moderada por 15


minutos (hélice tipo âncora; 315 – 600 rpm).
12. Coletar amostra e encaminhar para o Controle de Qualidade e para a
Microbiologia.
13. Após aprovação, descarregar em recipiente limpo e previamente
sanitizado, passando por tela de nylon. Identificar os recipientes e
acondicionar em local fresco e seco.

Reator onde será produzido o sabonete:

Especificação técnica

Físico-química
ANÁLISES ESPECIFICAÇÕES MÉTODOS

Incolor a levemente
Cor POP 044
amarelado
Aspecto Fluido viscoso POP 043
Conforme padrão de
Odor POP 045
comparação
Densidade 25°C
1,000 – 1,040 POP 050
(g/mL)
Viscosidade (cPs)
3.000 – 5.000 POP 049
Spindle 3; 6rpm
pH 25°C 4,2 – 5,2 POP 047
Ponto de turvação < 0 POP 049
(oC)

Microbiológica

MÉTOD
ANÁLISES ESPECIFICAÇÕES
OS
Contagem de microorganismos Máximo 5 x 103 UFC/g
POP 050
mesófilos totais aeróbios ou mL
Ausência de Pseudomonas
Ausência em 1g ou 1mL POP 051
aeruginosa
Ausência de Staphylococcus aureus Ausência em 1g ou 1mL POP 052
Ausência de Coliformes totais e fecais Ausência em 1g ou 1mL POP 053

Testes dermatológicos, de segurança e eficácia para registro do sabonete 

Como o produto tem apelo de cuidado com a pele, ele foi submetido a um
estudo para uso do selo “Hipoalergênico” e como se trata de um produto de
grau de risco II, é necessário realizar os teste de segurança ocular e dérmico.

A Greeny não efetua testes em animais, todos os estudos realizados foram in


vitro. Para comprovar a eficácia do sabonete, o mesmo foi submetido ao teste
segundo a norma EN 1276 (Evaluation of chemical disinfectant or antiseptic for
bactericidal activity - Quantitative microbiological evaluation to determine the
antimicrobial efficacy of chemical disinfectants and antiseptics). Os
investimentos envolvidos na realização desses testes seguem abaixo:

Item Preço
(R$)
Selo hipoalergênico  1.800,00
Teste de segurança ocular in vitro 3.100,00
Teste de segurança dérmico in vitro 6.000,00
Teste de eficácia por microorganismo EN
1276 não BPL
Teor de ativo
4.200,00
pH
Análises microbiológicas RDC 481
Estabilidade Exploratória de 90 dias
TOTAL R$15.100,
00

A escolha das matérias-primas


EDTA DISSÓDICO
É um agente sequestrante de íons solúvel em meio ácido, que é a faixa de pH
que se encontra o nosso produto. É um ácido amino-carboxílico com seis
grupos funcionais, cujas reações caracterísicas lhe permite formar complexos.
Pode sequestrar íons metálicos indesejáveis das formulações cosméticas,
prevenindo a precipitação dos sais responsáveis pela dureza da água e
protegendo contra a rancidez e alterações da cor causadas por íons de metais
pesados.
Fonte: Technical Information BASF – Edeta BX Powder, Edeta B Powder,
Edeta BD, Edeta BS – August 2011

LAURIL ÉTER SULFATO DE SÓDIO


Como tensoativo primário escolhemos o lauril éter sulfato de sódio, que é um
tensoativo aniônico. Ele é um ótimo detergente e tem excelente poder de
espumação. É um surfactante versátil, capaz de produzir uma espuma fina e
cremosa, principalmente se usado em conjunto com cocoamidopropil betaína
como tensoativo secundário. Tem boa tolerância a eletrólitos. É de origem
natural derivado de ácidos graxos de coco.
Fonte: Boletim Técnico da Galaxy – August 2004.

COCOAMIDOPROPIL BETAÍNA
A cocoamidopropil betaína foi escolhida como surfactante secundário, pois
apresenta excelente sinergia com lauril éter sulfato de sódio auxiliando na
formação de espuma cremosa e também no espessamento do produto. É de
origem natural derivado de ácidos graxos de coco.
Fonte: Boletim Técnico da Solvay – May 2018 e da Basf – Junho 2012.

DECIL GLUCOSÍDEO
Incluímos o Decil Glucosídeo, que traz mais cuidado para a limpeza. É um 
surfactante não iônico suave e com excelentes propriedades espumantes. Tem
origem natural preparado pela reação de glicose de amido de milho com álcool
graxo natural. Devido à sua química natural, é muito suave, tem baixa
toxicidade e é facilmente biodegradável.
Fonte: Boletim Técnico da Basf – May 2004.

LAURIL GLUCOSÍDEO
Pensando em desempenho de limpeza, além do lauril éter sulfato de sódio
incluímos o Lauril Glucosídeo, que é produz espuma estável moderada a alta.
Tem baixa toxicidade e eco-toxicidade, é totalmente biodegradável e 100% de
origem vegetal. Solúvel em água e em soluções com alta carga de eletrólitos.
Quimicamente estável na presença de ácidos, bases e sais. É um surfactante
de alquil poliglicosídeo preparado pela reação da glicose do amido de milho
com um álcool graxo natural C12 - C16. Devido à sua química natural, tem
baixa toxicidade e é facilmente biodegradável.
Fonte: Boletim Técnico da Basf  –  Apryl 2005 e da Dow.

PEG-7 GLICERIL COCOATO


O objetivo da limpeza é sempre remover as sujidades da nossa pele, mas com
isso acabamos retirando também a proteção lipídica que temos sobre ela.
Então optamos por incluir o PEG-7 Gliceril Cocoato, que é um emoliente
solúvel em água com base em materiais de partida derivados naturalmente. É
um éster graxo hidrofílico e por isso tem excelente poder superengordurante,
solubilizante e tensoativo, constituindo a combinação perfeita de funcionalidade
para formular o sabonete líquido. Transmite uma sensação lubrificante e
condicionante para pele, pois foi feito especialmente para intensificar a camada
lipídica. 
Fonte: Boletim Técnico da Croda –  September 1995 e da BASF – November
2013.

ÁCIDO CÍTRICO e HIDRÓXIDO DE SÓDIO


Esses ingredientes foram incluídos como reguladores de pH, para a faixa
desejada de 4,2 – 5,2.

CLORETO DE SÓDIO
Escolhemos o cloreto de sódio, que é a maneira econômica de espessar uma
fórmula à base de surfactante.. Em sistemas surfactantes padrão com base em
Lauril Sulfato de Sódio e Cocamidopropil betaína isso funciona muito bem. O
sal espessa reduzindo a densidade de carga da micela, ajudando a promover a
conversão de micelas esféricas em micelas em forma de bastonete. 
Fonte: https://knowledge.ulprospector.com/3290/pcc-thickening-surfactant-
based-products/ visto em 21/03/2020

FENÓXIETANOL
Para preservar o sabonete optamos pelo fenóxietanol, apresentado em solução
aquosa incolor dotada de um leve odor floral. Pode ser encontrado na natureza,
por exemplo no chá verde ou na chicória, mas sua versão comercial é
primordialmente sintética. Como conservante, a oncentração máxima permitida
hoje no Brasil é de 1,0% Ele atua inibindo a síntese do DNA ou tornando a
parede da célula microbiana mais permeável aos íons de potássio. Ele é
facilmente solúvel em água. Possui um amplo espectro de ação antimicrobiana,
atuando contra fungos e bactérias gram-positivas e gram-negativas.
Fonte: https://cosmeticaemfoco.com.br/artigos/atualizacao-sobre-o-
fenoxietanol/ visto em 21/03/2021

ATIVOS ANTIMICROBIANOS
Nosso grande desafio no desenvolvimento da fórmula foi escolher ativos
microbicidas com apelos mais naturais. O foco sempre foi usar extratos ou
óleos para prover a eficácia do produto e, em nossas buscas bibliográficas nos
deparamos com um blend composto por vários extratos com eficácia
antimicrobiana, denominado Extrapone AntiMic do fornecedor Symrise e
escolhemos ele, pois une os benefícios do Tomilho, Sálvia, Alecrim, Nim,
Vetiver e Aloe Vera, em um único produto. Por ser um blend, há sinergia entre
os ingredientes, tornando o seu espectro de ação maior do que se fosse usado
apenas um extrato/óleo. A dosagem de 1% é necessárioa para atingir a
concentração mínima inibitória dos microorganismos Pseudomonas
aeruginosa, Escherichia coli, Candida albicans e Apergillus niger.

ÁCIDO LÁTICO

Além dos extratos para obter a eficácia biocida, incluímos o ácido lático, que foi
uma das primeiras substâncias antibacterianas a ser utilizada pela
humanidade. Em plantas, animais e humanos, o ácido láctico ou lactato, faz
parte do metabolismo regular. E hoje, ele é reconhecido como um intermediário
essencial em vários processos metabólicos humanos. O ácido lático também
possibilita obter eficácia contra E.coli, P.aeruginosa, E.hirae, S.aureus e os
vírus Herpesvirus simples 1, H1N1, Hepatitis B, Norovirus e Rhinovirus. Não
faremos os testes para vírus, pois não há laboratório no Brasil para conduzir
esses testes e os mesmos precisariam ser feitos fora do país.
Além disso, o ácido lático (na forma de lactato de sódio) é bastante conhecido
por ser uma das substâncias que compõem o fator de hidratação natural da
pele, e, por isso, é bastante utilizado como um hidratante cutâneo. Foi
demonstrado que esse ácido é capaz de ativar a renovação da pele por induzir
a apoptose (tanto pela via intrínseca quanto pela via extrínseca) e inibir a
proliferação excessiva dos queratinócitos.
Fonte: Benefícios dos ácidos orgânicos nas formulações (AHAs) – Cléber
Barros

5. Processo @ MENINAS, está


parte abaixo já está descrita
resumida no corpo do texto.
Sugiro incluir essa ficha e as de
especificação como anexos.
1) Utilizar os EPI´s corretamente (Máscara, Luvas, Gorro, Mangote, Protetor Auricular etc)
2) Verificar se os equipamentos e instrumentos estão limpos e sanitizados.
(Ver procedimentos de sanitização)
3) Conferir a pesagem das matérias-primas.

1ª Etapa: MANIPULAÇÃO                                                            Lote:________________

Equipamento: Reator n°: ______


Quantidade: __________________ Kg

Início da Manipulação: _____/_____/_____      as      _____:_____  Hs


Preparador 1: ________________________ Preparador 2: ________________________

1. Adicionar 60% do total da Água Deionizada no reator. Manter agitação (hélice tipo âncora;
715 – 800 rpm) até homogeneização total.

Preparador 1: ________________________ Preparador 2: ________________________

1. Adicionar o EDTA Dissódico. Manter agitação vigorosa por 15 minutos (hélice tipo
âncora; 715 – 800 rpm).

Preparador 1: ________________________ Preparador 2: ________________________

1. Adicionar o Lauril éter sulfato de sódio e em seguida a Cocoamidopropil Betaína.


Manter agitação moderada, para não ocorrer formação de grande quantidade de espuma, por 5
minutos (hélice tipo âncora; 315 – 600 rpm).

Preparador 1: ________________________ Preparador 2: ________________________

1. Adicionar o Decilglucosídeo. Manter agitação moderada por 5 minutos (hélice tipo


âncora; 315 – 600 rpm).

Preparador 1: ________________________ Preparador 2: ________________________

1. Adicionar o PEG-7 Gliceril Cocoato. Manter agitação moderada por 5 minutos (hélice
tipo âncora; 315 – 600 rpm).

Preparador 1: ________________________ Preparador 2: ________________________

1. Adicionar o ácido lático. Manter agitação moderada por 5 minutos (hélice tipo âncora;
315 – 600 rpm).

Preparador 1: ________________________ Preparador 2: ________________________

1. Adicionar o Extrapone Antimic Manter agitação moderada por 5 minutos (hélice tipo
âncora; 315 – 600 rpm).

Preparador 1: ________________________ Preparador 2: ________________________


1. Adicionar a fragrância Limone Delicious GC. Manter agitação moderada por 5 minutos
(hélice tipo âncora; 315 – 600 rpm).

Preparador 1: ________________________ Preparador 2: ________________________

1. Adicionar o Fenóxietanol. Manter agitação moderada por 5 minutos (hélice tipo


âncora; 315 – 600 rpm).

Preparador 1: ________________________ Preparador 2: ________________________

1. Verificar o pH, que deve estar entre 4,0 – 5,0. Se o pH estiver abaixo de 4,0, adicionar
Hidróxido de sódio até que atinja esse valor e se o pH estiver acima de 5,0, adicionar ácido
cítrico até que o pH atinja esse valor.

pH inicial: ___________________________ pH final: ___________________________ 

Matéria-prima adicionada: Quantidade (kg):


______________ ______________________

1. Adicionar o cloreto de sódio. Manter agitação moderada por 15 minutos (hélice tipo
âncora; 315 – 600 rpm).

Preparador 1: ________________________ Preparador 2: ________________________

1. Coletar amostra e encaminhar para o Controle de Qualidade.

Enviada amostra ao CQ em:  _____/_____/_____    às   ___:___ 

1. Coletar amostra e encaminhar para a Microbiologia

Enviada amostra à Microbiologia em: _____/_____/_____ às _____:_____ Hs

Amostrado por:_________________________________________________

Recebido por: __________________________________________________

CORREÇÃO DO LOTE:

Foi necessário? (      ) Sim (      ) Não


Acerto de:

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

___

Correção Efetuada: CONFORME FOLHA DE CORREÇÃO EM ANEXO

Início da Correção: ____________ H             Data: _____ / _____/


_______
Término da Correção: __________ H            Data: _____ / _____/ _______
Visto: ___________________________

1. Após aprovação, descarregar em recipiente limpo e previamente sanitizado, passando

por tela de nylon. Identificar os recipientes e acondicionar em local fresco e seco.

Manipulado por: ________________________________________________

Auxiliado por: __________________________________________________

Início do descarregamento:             _____/_____/_____    as    _____:_____   

Término do descarregamento:         _____/_____/_____    as    _____:_____   

2ª ETAPA: CONTROLE DE QUALIDADE                                                   LOTE:


______________

Amostra recebida:             _____/____/_____ As ____:____


hs

Início da Análise:     _____/____/_____ As ____:____


hs

Término da análise:             _____/____/_____ As ____:____


hs
             

ANÁLISES ESPECIFICAÇÕES MÉTODOS RESULTADOS

Cor Incolor a levemente amarelado POP 044


Aspecto Fluido viscoso POP 043

Odor Conforme padrão de comparação POP 045

Densidade 25°C (g/mL) 1,000 – 1,040 POP 050


Viscosidade (cPs)
3.000 – 5.000 POP 049
Spindle 3;Veloc.6
pH 25°C 4,0 – 5,0 POP 047

Ponto de turvação ( C)
o
<0 POP 049

APROVAÇÃO: 

(  ) Aprovado               Analista: ________________________

(  ) Reprovado                                                Responsável.: ____________________

Obs: ___________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

6. ANÁLISE REGULATÓRIA
LEGISLAÇÃO

● Legislação (rótulo, informações para registro ou notificação do


produto segundo a ANVISA)

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

Conforme definido pela RDC 048/2013, as boas práticas de fabricação


(BPF) são requisitos gerais que o fabricante de produto deve aplicar às
operações de Fabricação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e
Perfumes, de modo a garantir a qualidade e segurança dos mesmos.
Em território nacional, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) é responsável pela regulamentação das empresas, que devem
atender aos requisitos listados abaxo, preconizados na resolução, para
conseguir o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF):
- os processos de fabricação devem ser claramente definidos,
sistematicamente revisados, e mostrar que são capazes de fabricar produtos
dentro dos padrões de qualidade exigidos, atendendo às respectivas
especificações

- as etapas críticas dos processos de fabricação e quaisquer modificações


significativas devem ser sistematicamente controladas e quando possível,
validadas 

- as áreas de fabricação devem ser providas de infra-estrutura necessária


para realização das atividades, incluindo: pessoal treinado e qualificado,
Instalações e espaços adequados, serviços e equipamentos apropriados,
rótulos, embalagens e materiais apropriados, instruções e procedimentos
aprovados, depósitos apropriados, pessoal, laboratório e equipamentos
adequados para o controle de qualidade. 

- as instruções e os procedimentos devem ser escritos em linguagem


clara e objetiva e serem aplicáveis às atividades realizadas 

- os funcionários devem ser treinados para desempenharem corretamente


os procedimentos

- devem ser feitos registros durante a produção para demonstrar que


todas as etapas constantes nos procedimentos e instruções foram seguidas e
que a quantidade e a qualidade do produto obtido estão em conformidade com
o esperado

- os registros referentes à fabricação devem estar arquivados de maneira


organizada e de fácil acesso, permitindo rastreabilidade

- esteja implantado um procedimento para recolhimento de qualquer lote,


após sua distribuição

- o armazenamento adequado dos produtos devem minimizar qualquer


risco de desvio à sua qualidade

- toda reclamação sobre produto comercializado deve ser registrada e


examinada. As causas dos desvios de qualidade devem ser investigadas e
documentadas. Devem ser tomadas medidas com relação aos produtos com
desvio de qualidade e adotadas as providências no sentido de prevenir
reincidências.

A Greeny, preocupada em oferecer um produto de qualidade e seguro


aos seus consumidores, buscou uma empresa que atendesse e aplicasse as
BPF para terceirizar a fabricação de seus produtos. A empresa Forest
Cosméticos, além de fabricar, fará as análises de Controle de Qualidade e,
para tanto, aplica as boas práticas de laboratório (BPL), conforme preconizado
na RDC 11/2012.
O Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) da empresa
parceira foi emitido em 01 de 2021, portanto, é válido até 01 de 2026.
As atividades de distribuição, armazenamento e transporte serão
realizados pela Greeny, para tanto, a nossa empresa possui a Autorização de
Funcionamento (AFE) para desempenhá-las. A AFE foi emitida pela ANVISA
sob o número 0.12345-6, em 01 de 2021, com validade até xx de xxxxx.

Boas práticas de fabricação

O produto foi desenvolvido seguindo as Boas Práticas de Fabricação


(BPF) da RDC no48, de 25 de Outubro de 2013, que estabelece os requisitos
mínimos que as empresas e produtos devem atender, no decorrer da
elaboração de seus produtos, colocação no mercado e pós venda, quanto a
sua conformidade, qualidade, segurança e gestão dos processos envolvidos.
Referência: Manual de boas práticas de fabricação Indústrias de Higiene
Pessoal, Cosméticos e Perfumes – 2015.
Como a Greeny é uma startup, ela ainda não possui estrutura fabril
própria. Por isso optou-se por contratar uma empresa terceirizada para realizar
a produção do sabonete líquido. Para se certificar que a empresa terceirizada
seguia todos os requisitos legais e técnicos, a Greeny realizou uma auditoria
para avaliar se atendia os requisitos técnicos da BPF e as demais questões
regulatórias de órgãos como IBAMA, Corpo de Bombeiros, CETESB etc.
Seguem abaixo alguns pontos avaliados na vistoria, que a empresa
terceirista escolhida detém e que nos dá segurança de estarmos produzindo
nossa linha de produtos em uma empresa devidamente legalizada e confiável.
A empresa terceirizada possui:
- sistema adequado de gerenciamento de documentos;
- pessoal treinado na execução das atividades;
- instalações e maquinário adequados para produzir produtos cosméticos;
- documentos especificações de todos os materiais e produtos utilizados na
produção, que são utilizados somente após liberação pelo Controle de
Qualidade;
- procedimentos e registros de todas as etapas relacionadas com a fabricação
e controle;
- registros de uso, limpeza, sanitização e manutenção dos equipamentos;
- especificações físico-químicas e microbiológicas da água utilizada na
fabricação dos produtos, atendendo aos padrões microbiológicos de
potabilidade;
- áreas de armazenamento com capacidade suficiente para possibilitar o
estoque ordenado de várias categorias de materiais e produtos: matérias-
primas; materiais de embalagem; produtos intermediários; a granel e produtos
acabados, em sua condição de quarentena, aprovado, reprovado, devolvido ou
recolhido do mercado. 
- sistema de gerenciamento de calibração das balanças e instrumentos de
medida das áreas de produção e de controle de qualidade;
- área separada para pesagem, preparação, manutenção, controle de
qualidade e microbiologia
- área específica para envase/ embalagem dos produtos;
- planejamento de produção, sendo que todos os lotes produzidos devem
seguir a uma ordem de fabricação e deve corresponder à Fórmula
Padrão/Mestra do produto;
- procedimentos sobre os destinos dos resíduos (industriais e efluente) de
acordo com a legislação vigente;
- local para reter os produtos acabados em embalagens originais, por 1 (um)
ano após o vencimento do seu prazo de validade;
- sistema de controle de pragas;
- sistema adequado de segurança.
O processo de contratação com o terceirista será apenas de mão-de-
obra, as matérias-primas e materiais de embalagem serão adquiridos pela
Greeny. O terceiro será responsável por analisar os (matérias-primas e
embalagens) e produtos produzidos e armazená-los. Além disso é o
responsável pela execução e registro de todas as análises e pelo reporte das
mesmas para a Greeny. O terceirista cumpri todos os requisitos de boas
práticas de fabricação.
Referência: RDC no48, de 25 de Outubro dde 2013

NOTIFICAÇÃO DO PRODUTO

Segundo definido pela RDC Nº 7, de 10/2015, Produtos Grau 2 são:


produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que possuem indicações
específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou
eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso.
Por apresentar indicação específica, o sabonete líquido antisséptico –
Greeny Extrato de ervas, é classificado como grau 2, isento de registro.
Conforme preconizado na RDC Nº 7, de 10/2015, as informações
necessárias para a notificação, são:

- Grupo do Produto
- Nome do Produto e Marca
- Forma Física
- Local de Fabricação
- Apresentação
- Período de Validade do Produto
- Restrição de Uso/Venda
- Cuidados de Conservação
- Embalagem Primária
- Componentes da Fórmula
- Quantidades
- Função
- Finalidade
- Modo de Usar
- Análise Físico-Química
- Análise Microbiológica
- Dados de estabilidade
- Estudo de segurançaa
- Estudo de Eficácia
- Responsável Técnico
- Responsável Legal
- Termo de Responsabilidade

A notificação foi realizada pelo Sistema de Automação de Cosméticos


(SGAS). A Guia de Recolhimento da União (GRU), gerada ao término do
peticionamento, no valor de R$ xxx, foi paga e, após o pagamento, foi possível
consultar o número do processo no site da Anvisa, estando, o produto, apto
para ser comercializado.
CUSTOS, FATURAMENTO E LUCROS PREVISTOS 
@ADRIANA e @KELLY, AQUI AINDA VAMOS TER QUE BUSCAR E
COLOCAR INFORMAÇÕES NESSE TÓPICO.

Percentual de Valores
Despesa contribuição (R$)
ROB - DESPESA OPERACIONAL BRUTA   19,38
Impostos (PIS e Cofins -9,75%); ICMS 18% e IPI 10% -
NCM 3401.30.00) 37,8% 9,38
ROL - DESPESA OPERACIONAL LÍQUIDA   15,44
Custo do produto (Sabonete + Embalagens)   2,76
Margem bruta - M1   12,68
Toller  - TERCEIRIZAÇÃO MÃO-DE-OBRA + IMPOSTOS 8,5% 2,11
Margem liquida/   10,57
Despesas de Marketing, Trade, Merchandising e Vendas 11,8% 2,93
Despesa Fixa (1,3% comercial+1,0%
adm+1,0%mkt+1,5%trade e merchan+1,0%tecnica) 5,8% 1,44
Lucro Unitário 25,0% 6,21

MARKUP DIVISOR
Custo do produto (Sabonete + Embalagens) 2,76
MKD = 1- Impostos – Toller – Despesas de Mkt, Trade, Merchan e Vendas – 11,0%
Despesa Fixa – Lucro Unitário
Preço de venda do produto R$24,82

ROTULAGEM

As informações indispensáveis que devem constar nos rótulos dos


produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, relativos à sua utilização
e toda a indicação necessária referente ao produto, são:

ITEM EMBALAGEM
Nome do produto e grupo/tipo a que Primária e Secundária
pertence no caso de não estar implícito
no nome.
Marca Primária e Secundária
Número de registro do produto Secundária
Lote ou Partida Primaria
Prazo de Validade Secundária
Conteúdo Secundária
Pais de Origem Secundária
Fabricante/Importador/Titular Secundária
Domicílio do Secundária
Fabricante/Importador/Titular
Modo de Uso (se for o caso) Primaria ou Secundária
Advertências e Restrições de uso (se Primaria ou Secundária
for o caso)
Rotulagem Especifica Primaria e Secundária
Ingredientes/Composição Secundária

O sabonete líquido Greeny Extrato de Ervas, não possui embalagem


secundária, portanto, todas as informações necessárias devem constar em sua
embalagem primária e rótulo.
Abaixo o rótulo do produto com todas as informações preconizadas na
RDC 07/2015:

Frente: *Colocar a arte do nosso produto*


Logomarca Greeny

Sabonete líquido Greeny Exrtrato de Ervas

Antisséptico* e hidratante

Para as mãos
Uso diário

Extratos Naturais e Ácido Lático

250 mL

Verso: *Colocar a arte do nosso produto*


Logomarca Greeny

O Sabonete Líquido Greeny Extrato de Ervas limpa e hidrata a sua pele de forma delicada,
com ativos antimicrobianos naturais de sálvia, alecrim, aloe vera, limão, vetiver e tomilho, em
forma de blend. Sabonete Líquido Greeny Extrato de Ervas promove limpeza e hidratação à
pele das suas mãos, sem agredi-la.

Modo de usar: Aplique uma pequena quantidade nas mãos, massageie até formar espuma.
Enxágue.

Composicao: Aqua, Sodium Laureth Sulfate, Latic Acid, Cocoamidopropyl betaine, PEG-7
Gliceryl Cocoate, Phenoxyethanol, Decyl Glucoside, Lauryl Glucoside, Disodium EDTA, Citric
Acid, Sodium Hydroxide, Parfum (listar s ingredientes aqui), Polysorbate 80, Water (Aqua),
Citrus Aurantifolia (Lime) Juice, Rosmarinus Officinalis (Rosemary) Leaf Oil, Azadirachta Indica
Leaf Extract, Salvia Officinalis (Sage) Oil, Aloe Barbadensis Leaf Juice Powder, Thymus Zygis
Oil, Vetiveria Zizanoides Root Oil.

Precauções: USO EXTERNO. Manter fora do alcance de crianças. Não ingerir. Evite contato
com os olhos e, em caso de contato acidental, lavar com água em abundância. Não usar sobre
a pele lesionada ou irritada. Em caso de irritação, suspender o uso e procurar um médico. Uso
não recomendado para pessoas sensíveis a qualquer componente da formulação. Conservar
em local seco e fresco. Manter o produto ao abrigo da luz solar direta e calor. “Este produto foi
formulado de maneira a minimizar possíveis surgimentos de alergia. Indicado para uso em
situações que exigem proteção adicional contra germes e bactérias.” 

*Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Candida


albicans, Aspergillus niger e Enterecoccus hirae.

Fabricado por:
Forest Cosméticos
Avenida Árvores Verdes, 22 - Vila Nova - São Paulo - SP
Indústria Brasileira

Registrado por:
Greeny Cosméticos
Avenida da Esperança, 11 - Vila Cheirosa - São Paulo - SP
CEP: 12345-678
CNPJ: XX.XXX.XXX/XXXX-XX
AFE: 0.12345-6
Proc.: 25351.XXXXXX/XXXX-XX

Serviço de Atendimento ao Consumidor:


(símbolo telefone) SAC: 0800 000 000
(símbolo e-mail) consumidor@greeny.com.br
(simbolo site) WWW.greeny.com
LOTE:
D.F.:
D.V.:
Símbolo reciclável
Símbolo não testado em animais
7. MARKETING
PESQUISA DE MERCADO
Nos últimos anos, os consumidores vêm mudando suas atitudes ao
consumir itens de beleza, mas a atual crise, impactada pelo novo coronavírus
(COVID-19), não só acelerou esta tendência como trouxe uma versão mais
nova e elevada do consumo consciente, que abrange padrões ainda mais altos
em torno da saúde da pele e sustentabilidade.
A “Beleza Consciente” leva os consumidores a avaliarem fatores não só
relativos as suas prioridades pessoais, mas, também, levam em consideração
a importância no impacto ético e ambiental.
A beleza consciente tem sustentado a indústria por algum tempo,
alimentada pela enorme quantidade de escolha de produtos, falta de
certificações padronizadas, definições elusivas e táticas de greenwashing, com
a confiança do consumidor em rótulos ecológicos diminuindo desde 2017.
(Gabriella Beckwith, consultora da Euromonitor International - Revista H&C )

O elemento intrínseco da beleza consciente consiste em adotar uma


abordagem personalizada e direcionada aos cuidados com a pele, baseada na
compreensão dos consumidores sobre seu tipo de pele, sensibilidades e
necessidades individuais. A saturação das marcas de cuidados com a pele,
levou os consumidores a se autoeducar sobre os ingredientes ativos. À medida
que a busca dos consumidores pela saúde da pele se torna de vital
importância, a segurança, a transparência e a origem dos ingredientes
passaram a ser mais procuradas, e a pandemia atribuiu ainda mais importância
aos ingredientes associados a antivirais, imunidade e cura natural, ao passo
que se intensifica a busca por produtos que fortaleçam e protejam as defesas
da pele.
Desde 2020, o mercado tem visto mais marcas e varejistas explorando a
beleza baseada em ingredientes, incluindo Boots, com a Boots Ingredients, e a
Holland & Barrett, com a Vitaskin. Além disso, a acessibilidade dessas marcas,
as torna um rival mais feroz para os concorrentes premium em um período de
recessão econômica, desde que possam oferecer os mesmos resultados
eficazes aos consumidores, o que continua sendo uma prioridade para a
maioria, em relação ao preço mais baixo.

O consumo ético e ecológico se integra ao estilo de vida dos


consumidores
Do lado extrínseco, a COVID-19 estimulou o consumo consciente em
torno da sustentabilidade. Na pesquisa Voice of the Industry Sustainability
Survey da Euromonitor, 60% dos respondentes do setor de beleza e cuidados
pessoais, afirmam que no futuro as suas empresas vão equilibrar as questões
sociais e de saúde com os problemas ambientais. 

Marcas sustentáveis e preocupadas com a comunidade


O estudo “O novo consumidor pós Covid-19”, realizado pela consultoria
McKinsey, revela que a maior preocupação com a sustentabilidade será um
dos legados deixados pela pandemia. Esse conceito será bem importante na
escolha dos consumidores, assim como o propósito e os valores da marca e da
empresa.
Recentemente, a empresa social australiana Thankyou, fez um estudo
com 500 consumidores no Brasil e percebeu que 40% verificam se os produtos
são livres de crueldade contra os animais e 37% checam se a marca que estão
comprando desenvolve iniciativas de Responsabilidade Social Empresarial ou
apoia projetos sociais.
Um estudo recente da WGSN diz que as empresas devem buscar
alternativas mais sustentáveis e focar na comunidade para se destacarem no
mundo pós-pandemia. É que, à medida que as pessoas começam a imaginar
um mundo melhor, será mais importante do que nunca criar produtos e
experiências que sustentem as comunidades locais e o planeta.
Outro assunto cobrado pelos consumidores no pós-pandemia será a
diversidade (gênero, racial, política e social) das empresas, segundo uma
pesquisa recente da FGV com varejistas.
Compra consciente
A compra tornou-se mais consciente no momento de pandemia devido à
crise econômica. O consumidor passou a priorizar produtos com melhor custo
benefício, inclusive as marcas que não são líderes. Mais abertos à
experimentação, a tendência é que considerem essas marcas daqui pra frente
como forma de economia e também por entenderem que a qualidade muitas
vezes pode ser a mesma.
https://www.cottonbaby.com.br/blog/seu-negocio/produtos-de-higiene
O setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no Brasil, é
caracterizado pelo domínio de empresas de grande porte, que oferecem
produtos diferenciados para as várias classes sociais que compõem o país. Por
outro lado, também há empresas de porte menor, como a GREENY, que focam
em produtos “premium”, cobrando preços medianos para atender
consumidores específicos.
Com as exigências crescentes dos consumidores e as mudanças
climáticas em todo o mundo, a demanda do setor para ingredientes naturais e
sustentáveis vem se adaptando a esse novo cenário. As recentes fusões e
aquisições no mercado de ingredientes ativos confirmam a importância das
matérias-primas de origem natural, vegetal e orgânica. E temas como
sustentabilidade e meio ambiente ainda continuarão em pauta por muito tempo.
  Baseando-se no posicionamento de mercado, atual, a proposta de valor
da empresa GREENY para os seus consumidores, está relacionada à
promoção do bem-estar, unindo a ciência à vida saudável, sempre oferecendo
produtos de alta qualidade a preços justos. Um dos diferenciais da empresa é
que consiste em um valor relevante entregue a seus clientes e justamente a
confiabilidade de seus produtos.

PROPOSTA DE NEGÓCIO

Quando pensamos em higienização, geralmente a ideia é remover todos


as sujeiras de nossas mãos e, para isso, são usados produtos que acabam
limpando “demais” e, assim, removendo até mesmo a camada protetora
existente em nossa pele. Muitos sabonetes líquidos usam o apelo de eliminar
99,9% dos germes e bactérias e, fazendo isso, acabam removendo, além dos
microrganismos maléficos, também os benéficos. 
Olhando para esse cenário, enxergamos a oportunidade de lançar um
sabonete antisséptico, que consiga eliminar os microrganimos patogênicos
presentes em nossa pele de uma maneira mais natural, usando ativos de
extratos naturais e ácido lático, um ingrediente que faz parte do metabolismo
do próprio corpo humano.
A proposta da Greeny é criar um sabonete líquido, com poder
antisséptico, fazendo uso de um blend de extratos naturais, com reconhecida
eficácia bactericida e ácido lático, com poder emoliente, para restaurar a
hidratação perdida durante o processo de lavagem das mãos. Dessa forma,
atende um público de pele sensível ou alérgica, uma vez que sua base vegetal
é livre de agentes agressivos, como corantes, fragrâncias sintéticas, sulfatos e
parabenos. Atende, também, ao público Vegano, pois trata-se de um produto
Cruelty-Free, ou seja, livre de crueldade (a animais) e não testado em animais. 

CUSTOS

Percentual de Valores
Despesa contribuição (R$)
Custo do produto (Líquido) 1,27
Custo do produto (Embalagens) 1,4853
ROB - DESPESA OPERACIONAL BRUTA   19,38
ROL - DESPESA OPERACIONAL LÍQUIDA   12,07
Impostos (PIS e Cofins -9,75%); ICMS 18% e
IPI 10%) 37,8% 7,32
Margem bruta - M1   9,31
Margem líquida   7,66
Toller - TERCEIRIZAÇÃO MÃO-DE-OBRA +
IMPOSTOS 8,5% 1,65
Marketing e Propaganda 11,8% 2,30
Custo fixo (1,3% comercial+1,0%
adm+1,0%mkt+1,5%trade e
merchan+1,0%tecnica) armazém, logística,
canal de venda 5,8% 2,46
20,0% aumentar
Margem a margem 2,91
Preço de Venda

PERSPECTIVA DE FATURAMENTE E LUCROS

CANAIS DE COMERCIALIZACAO
Segundo o provedor de pesquisa de mercado Euromonitor International,
o Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo —
entram aí de cosméticos para cabelo e pele a perfumes e produtos para
higiene bucal. O país fica atrás de Estados Unidos, China e Japão (os dados
são de um relatório de 2019, relativos a 2018). Na categoria de fragrâncias, os
brasileiros estão em segundo lugar, atrás apenas dos americanos. Cinco
empresas concentram 47,8% do mercado brasileiro, de acordo com o mesmo
relatório: Natura & Co, seguida por grupo Boticário, grupo Unilever, grupo
L’Oréal e Colgate-Palmolive Co. Já o número de empresas registradas na
Anvisa em 2018 era de 2.794, segundo a Associação Brasileira da Indústria de
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).
Entre 2013 e 2018, houve crescimento de 24,5% em valor de vendas no
varejo em reais, mesmo tendo ocorrido uma queda de 0,3% entre 2014 e 2015;
para 2023, a previsão do Euromonitor International era de um aumento de
20,6%. Já dados apresentados pela Abihpec comparando o PIB brasileiro com
índices do setor mostram perdas em 2015 e 2016 ainda não compensadas pela
retomada de 2017 e 2018 — embora a recuperação tenha ocorrido em ritmo
mais elevado que no restante da economia.
Para os próximos cinco anos, o Euromonitor International prevê três
principais tendências globais norteando o mercado de beleza e cuidados
pessoais: engajamento digital, posicionamentos éticos e atributos orgânicos e
naturais. Lançado em janeiro, o levantamento Beauty and Personal Care Voice
of the Industry ouviu 1.113 profissionais em 55 países e também identificou
outros destaques, como beleza relacionada à saúde e ao bem-estar, novos
ingredientes e formulações e inspiração em marcas independentes.
No campo da digitalização, multinacionais investem na presença em
redes sociais e também em inteligência artificial, realidade virtual e apps de
beleza, usados por 39% dos consumidores globais em 2019. Um exemplo é a
L’Oréal, que adquiriu a Modiface, empresa especializada em realidade
aumentada, e lançou ferramentas como a Vichy Skin Consult e provadores
virtuais de maquiagem. No Brasil, marcas como O Boticário e Natura também
têm seus espelhos virtuais para experimentação de produtos.
Pequenas empresas podem não contar com os mesmos recursos, mas
vêm se destacando nesse novo ambiente. “As que a gente chama de nativas
digitais, com vendas só pela internet, vêm chegando e ocupando espaço,
principalmente entre as gerações mais jovens”, diz Alexandre Machado, sócio-
diretor da GS&Consult. “Neste ano, na NRF (feira de varejo em Nova York), a
loja da Sephora tinha uma prateleira inteira só de produtos dessas marcas,
umas seis diferentes.”
Segundo Alexandre, as marcas conhecidas como autorais ou indie têm
despontado no mercado de gigantes focando em nichos específicos, seja um
único tipo de público ou de categoria. Combina-se a isso a proximidade com
suas comunidades e o potencial para desenvolver produtos a partir dessa
comunicação.
 Fonte: Revista Forbes
O e-commerce brasileiro apresentou um crescimento de 75% em 2020
se comparado ao ano anterior, isso se deu, sobretudo, após o início do
isolamento social. 
Fonte: https://www.consumidormoderno.com.br/2020/10/22/e-commerce-
presente-e-futuro/

A Greeny, acompanhando esse grande crescimento, e pensando em


economizar ao náo ter gastos com lojas físicas, opta por oferecer os seus
produtos via online, por meio do próprio site da empresa, onde é possível aos
consumidores - varejistas e atacadistas – realizarem as suas compras.

PROPAGANDAS
Acho que podemos colocar que faremos propaganda nas redes sociais
(instagram) da empresa

Para notificar o produto, ainda foi necessário o pagamento para a Anvisa de uma taxa de
R$7.300,00. (https://abisa.com.br/taxa-para-registro-de-cosmeticos-junto-a-anvisa-quase-
triplica em 13/04/2021)

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