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Simão Bacamarte era o maior médico do Brasil e da Europa na época, se formando em

Coimbra e Pádua, regressando ao Brasil aos 34 anos, deixando se emprego na


universidade em Coimbra, e perdendo a chance de ser membro da corte expedindo os
negócios do rei em Lisboa, com o intuito de curar doentes no Brasil.
Casou-se com D. Evarista, mulher nem formosa nem simpática, que tinha o intuito de
dar-lhe filhos saudáveis, mas acabou que sua esposa não era possível de ter filhos, e
mesmo ela usando um regime alimentar que ele criou, de nada serviu.
Decide se adentrar na área psiquiatra, com o dizer de que a saúde da alma é a mais
digna ocupação de um médico. Até Crispin Soares, um boticário da vila, o remendou
com: --um verdadeiro médico.
Decide então reformar uma grande casa, a Casa Verde, para armazenar os loucos que
seriam tratados, pois naquela cidade eles ficavam armazenados em alcovas, locais nas
casas com apenas uma pequena saída, espécie de porão.
O primeiro louco era um Falcão, que dizia ser a estrela D’alva, outro passava o dia
inteiro rodando da sala até o pátio de sua casa procurando o fim do mundo. Outro se
chamava João de Deus, mas queria ser conhecido por Deus João, porque quem o
adorasse ganharia o céu, e quem não o adorasse iria para o inferno.
Depois foram distribuídos cargos para pessoas administrarem a casa Verde, dando a
dois sobrinhos de Crispin os cargos de entregar comida e roupas aos enfermos.
Como era crescente o número de doentes no local foi necessário a divisão da casa
entre os mais mansos e os mais agitados, com estudos de medicamentos criados por si
próprio ou pelos seus conhecidos árabes.
Pela falta de atenção que o alienista lhe dava, doma Evarista acabou se sentindo mais
viúva do que antes, então para reverter a situação o médico paga a ela e sua tia uma
viajem ao Rio de Janeiro, muito feliz ela aceitou. Logo ele percebeu que a senhora de
tão alegre que ficou, esqueceu a falta de atenção que o marido lhe dava.
Um senhor chamado de Costa foi levado à casa verde, pois de tão bom que era,
perdeu a herança dada pelo seu tio de 400 mil réis emprestando para qualquer pessoa,
um dinheiro que poderia viver até o fim do mundo durou cerca de 15 anos, pois as
pessoas não lhe pagavam e ele, logo ficou pobre e por esse motivo o alienista o
colocou na aba dos alucinados. O povo perguntava o porquê daquilo para Crispin, mas
sempre ele os cortava com poucas palavras.
Mateus, que era um albardeiro (fabricante de selas brutas para cavalos e bestas)
construiu um lindo jardim em frente a sua casa, e passavas horas posicionado em uma
janela de sua casa, no centro do jardim esperando que as pessoas passassem e o
invejassem, foi visto como louco pelo alienista e foi preso.
Chega então à esposa do doutor, e em um jantar começa a falar da viajem, e o médico
ouvia tudo aquilo meio que sem vontade, com vontade de ir para seus estudos, pois
sua vida só se baseava naquilo.
Martín brito, que fez elogios á dona Evarista, que acabara de chegar de viajem acabou
sendo internado, com suspeita de lesão cerebral, mas duas senhoras que no jantar
estavam de olho no médico o entenderam como um certo ciúme.
Logo após isso o alienisa começa a prender qualquer pessoa que mostrasse algo fora
do normal. Mulheres, quando seus maridos saíam de casa acendiam a lamparina de
nossa senhora, e os homens só saiam de casa com dois ou mais capangas, com medo
de serem presos e internados.
Assim, o barbeiro Porfírio começa a se rebelar junto com o povo e pedir a deportação
do alienista da cidade, ainda mais quando ele prendeu o senhor Coelho, que não tinha
nenhuma evidência de loucura.
O povo, sem paciência vai na câmara dos vereadores pedir o fechamento da casa
Verde, mas o pedido foi negado porque era uma instituição pública. Após esse ato
reclamavam dos preços que as famílias tinham que pagar, mas explicaram que há duas
semanas que o alienista mandou um ofício dizendo que iria mais receber nenhum
pagamento, assim o povo se acalma um pouco.
Mas Porfírio, que acabou se mostrando com interesses político, Acabou acordando A
Rebelião novamente chamando a casa verde de Bastilha da razão humana. Sebastião,
um vereador, acabou indo para o lado do barbeiro e propôs uma diminuição da casa
Verde.
logo depois, foram para a casa verde gritando morra, bacamarte! um moleque tentou
avisar dona Evarista dos gritos, mas ela não lhe deu ouvidos. Mais de 300 pessoas
batiam na casa verde. o nível chegou a comparar a queda da Bastilha em Paris.
A dona Evarista foi avisar o doutor, que estava na sala quando lendo o livro de
Alverróis (livro religioso que tinha como base de interpretação a Filosofia, que ligava o
islamismo com a antiguidade grega)
O alienista, sem pressa vai falar com o povo, e diz que não devia satisfação a rebeldes
e tudo aquilo era em prol da ciência, e virou as costas para todos, voltando aos seus
estudos.
Logo depois tomaram coragem novamente, mas quando iam atacar, um corpo militar
os conteve. A maioria dos militares se mudaram de lado, se juntando com os Canjicas,
tomando então Porfírio o poder da câmara e prendendo o presidente atual, tomando
pelo povo o nome de protetor da vila em nome da majestade do povo”, fazendo um
discurso bonito que ia acabar com a casa Verde.
Crispin Soares ficou receoso, pois se prendessem o alienista, logo ele também seria,
mas o barbeiro, já com o poder, acabou se juntando ao médico.
Após isso, o barbeiro João Pina se enfureceu, tomando o poder de porfírio, dizendo
que Porfírio tinha se vendido a Simão.
Prendeu um vereador Sebastião Freitas, que tinha opiniões inconsistentes, e até
mesmo Crispin Soares, por ter medo de ser preso. Daí, qual quer uma já tinha que ser
preso, criadores de piada, curiosos e mentirosos.
Chega o momento que Simão prende sua própria esposa, que passava o dia falando de
suas roupas, e nunca conseguia se decidir qual colar usaria na festa, o de granada ou o
de safira, assim vendo nela demência.
Mais tarde ele lança um ofício mudando de ideia, pois se 4/5 da população estava
internada e não seguia um padrão, louco seria quem não seguisse esse padrão, então
quase todos os internados foram soltos e foram pagos uma espécie de indenização.
Dessa forma, a câmara permite por um ano que Simão prendesse e tratasse os novos
doentes mentais, o s que seguiam um certo padrão, mas com o trato de que nenhum
funcionário da câmara fosse preso, e o púnico que votou contra essa ideia, o vereador
Galvão, foi internado como louco da cabeça. Depois prendeu até mesmo o padre
Lopez e a esposa de Crispin. No término de um ano de tratamento foi concedido a ele
mais 6 meses para terminar de curar a todos, e em 5 meses todos estavam “sãos”.
Mas com a casa vazia, ele percebeu que era o único ainda que tinha pensamentos
normais, e decide se trancar em um quarto e estudar a sua própria cura, morrendo em
17 meses.

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