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ARNALDO, Momigliano. As Raízes Clássicas da Historiografia Moderna.

São Paulo. EDUSC, 2004.

1. Visões Gerais
Compreender às historiografias persas, grega e judaica e
como elas relacionam-se.
2. Aspectos da Historiografia Persa
A historiografia persa demonstra aspectos aristotélicos, no que
tange na distinção entre mitologia e fato, ou seja, há uma separação na
narrativa dos deuses como objetos narrativos. É empregado também,
mas não se sabe ao certo se direcionado para os deuses ou humanos,
histórias autobiográficas. Os relatos de testemunhos eram inclusos,
mas não feito como Heródoto no qual usava como fonte histórica, e sim
como complemento; sem apresentar abstinência na sua falta.
3. Aspectos da Historiografia Judaica
A historiografia judaica foi intrinsecamente influenciada pelos
persas, principalmente na citação demasiada de documento para
corroborar suas narrativas. Os persas depositavam muito prestígio as
documentações legais, hábito adotado pelos judeus. Os judeus por
estarem submissos aos persas, tem um comportamento histórico de
reinvindicação dos direitos explicitado pela excessiva necessidade de
referenciar os documentos como fonte, contrário aos gregos que, por
não serem subordinados, escrevem suas narrativas com testemunhos,
pouco preocupados em declarar fontes fiéis.
4. Dos aspectos semelhantes entre judeus e gregos em
oposição à Pérsia.
Ambos os povos, gregos e judeus, tomaram distanciamento dos
persas no que concerne a vida política e ao modo de escrever a
historiografia. Contrário aos persas que valorizam em suas histórias
figuras de reis e heróis, os gregos voltavam sua atenção à líderes
comunitários. Os povos gregos e judaicos criaram fronteiras em
oposição aos persas, houve critérios de miscigenação no casamento,
em ambas sociedades, e os olhos voltaram para a comunidade interna.
5. Das distinções historiográficas de grego e judeu
Os judeus não adotaram na sua escrita a diferenciação da estória
religiosa da história profana, contrário ao grego; os judeus também não
validavam a veracidade dos documentos, haja vista eram produzidos
também por sacerdotes, implicando na aceitação veemente dos relatos,
pois os judeus são obcecados pela verdade divina, e buscar constatar
tais documentos é inimaginável. Os gregos por sua vez, trouxe a
distinção entre estória mitológica e humanística, além de que
desenvolveram métodos críticos para verificar a veracidade dos
documentos.
6. Da importância dada a historiografia (CAP. VII)
Os judeus, como visto, valorizam em grande medida a produção
documental durante sua submissão pérsica, estando sempre
referenciando suas documentações. Entretanto, ao longo do
desenvolvimento teocrático dos judeus, em meados do século 6ª e 5ª
a.C, a historiografia judia foi formando-se na medida em que a História
passou a ser substituída pela Torá. Os viam como a história geral do
mundo e eterna, contrariando um dos princípios básicos da história
que é a temporalidade. Desse modo, as Leis passaram a ter aspecto
divino, sendo assim não estudadas como estruturas históricas.

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