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Gestao Estrategica Digital
Gestao Estrategica Digital
Gestão estratégica
desenvolvimento empresarial visa proporcionar
elementos para reflexão a respeito dos objetivos Claudia Klement
estratégicos e da transformação requerida na
forma de pensar as organizações, diante da Conceição Barbosa
crescente escassez de recursos e da evolução
Gestão
necessária para a revisão das bases do que
entendemos como competitividade. É feita uma
estratégica
revisão do contexto da competição e são
apresentados princípios da sustentabilidade,
ISBN 978-85-8293-600-9
9 788582 936009
Gestão
estratégica
Sustentabilidade
e desenvolvimento
empresarial
Sambiase, Marta
Gestão estratégica : sustentabilidade e desenvolvimento empre-
sarial / Marta Sambiase, Claudia Klement, Conceição Barbosa. -- São
Paulo : Editora Mackenzie, 2017. -- (Coleção conexão inicial ; 16)
Bibliografia
ISBN: 978-85-8293-600-9
17-02654 CDD-658.4012
EDITORA MACKENZIE
Rua da Consolação, 930
Edifício João Calvino, 7º andar
São Paulo – SP – CEP 01302-907
Tel.: (5511) 2114-8774 (editorial)
editora@mackenzie.br
www.mackenzie.br/editora.html
Editora afiliada:
Sobre as autoras 7
Lista de figuras 9
Prefácio 11
Introdução 15
Economia Chamberliniana 23
Economia Schumpeteriana 24
Tensões organizacionais 33
Complexidade 36
Referências 105
Glossário 123
Índice 125
1
Max Weber foi um jurista e economista alemão que viveu entre 1864 e 1920. É considerado um
dos pais da Sociologia e um dos grandes nomes da Ciência Política moderna. “[...] ainda pre-
valece no seio das organizações a dicotomia entre valores e fins. Assim, as práticas atuais de
gestão empresarial têm como objetivo implícito a regulação do conflito entre capital e trabalho,
muitas vezes camuflado por intermédio de ações desenvolvidas que reforçam a dominação da
ideologia organizacional sobre as pessoas. Portanto, os princípios do paradigma weberiano da
ação social, que visa à compreensão do sentido dessa dominação refletida nas práticas de
gestão empresarial, sugerem debates e conversações no âmbito da teoria organizacional.”
(MORAES; MAESTRO FILHO; DIAS, 2003, p. 70).
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Competitividade e
abordagens estratégicas
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Alan Hughes (EATWAELL; MILGATE; NEWMAN, 1998, p. 551-552) define competitividade a
partir do conceito de competição, e esclarece que a melhor noção de competição desenvolvida
na análise da economia formal é inerente ao estado dos negócios, conhecida como competição
perfeita. Entretanto, para a competição perfeita existem condições bastante restritas, nas quais
os recursos são alocados de forma que ninguém pode tê-los em melhor situação sem que al-
guém os tenha feito da pior maneira. Os negócios embutidos na competição perfeita não consi-
deram os aspectos de comportamento com os quais a política de competição está interessada
e ignoram o bem-estar advindo de melhorias organizacionais internas. Em vez disso, Hughes
suporta a sua análise na concentração exclusiva de ganhos pela alocação de recursos, interna-
mente, entre eficientes produtores. A eficiência assumida, entretanto, é limitada por causa de
sua inabilidade em lidar com mudanças econômicas que envolvam alterações na distribuição
de renda.
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ECONOMIA CHAMBERLINIANA
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ECONOMIA SCHUMPETERIANA
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Quadro síntese
Reflexão e aplicação
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Veja mais
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Racionalidades, tensões e
complexidade
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RACIONALIDADE RACIONALIDADE
ECONÔMICA ECOLÓGICA
• Lucratividade. • Integração do
• Interesse do homem com a
acionista. natureza.
• Gerenciamento de • Respeito aos
recursos com foco na aspectos sociais.
eficiência e na • Preservação da
produtividade. natureza.
• Uso do discurso
“verde” como forma
de manter a
hegemonia e o poder.
Integração
TENSÕES ORGANIZACIONAIS
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internos cada vez mais complexos. (SMITH; LEWIS, 2011). Essa con-
trovérsia acaba gerando tensões que precisam ser “trabalhadas” para
manter a responsividade organizacional. Uma abordagem alternativa
à Teoria Contingencial para tratar dessas tensões é a Perspectiva Pa-
radoxal, a qual, de acordo com Smith e Lewis (2011), pode tratar
elementos que são contraditórios, mas que estão inter-relacionados
e coexistem ao longo do tempo. Posto isso, é importante compreen-
dermos dois componentes dessa perspectiva:
1. identificação das tensões, ou seja, dos elementos que parecem
lógicos isoladamente, mas são inconsistentes conjuntamente;
2. respostas que tratem as tensões simultaneamente.
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PERTENCIMENTO:
ORGANIZAÇÃO
Tensões entre o individual ORGANIZAÇÃO
PERTENCIMENTO e o agregado, Estruturação e liderança
Identidade promove individualidade versus incentivadas por
tensões entre o indivíduo e ações coletivas colaboração e competição,
a coletividade, entre
direção e descentralização
disputas de valores, papéis APRENDIZAGEM: do poder, controle e
e membros DESEMPENHO flexibilidade
Construção de capacidades
para assegurar o sucesso
no presente
COMPLEXIDADE
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Tensões
paradoxais
Tensões latentes
Elementos
contraditórios e
relacionados,
inseridos no
processo
Estratégias
organizacional e
de gestão
que persistem
pela
complexidade
Resultados
organizacional e
adaptação.
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Quadro síntese
Reflexão e aplicação
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Veja mais
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Ambiente externo
Concorrentes Fornecedores
Revendedores
Colaboradores
Clientes
Órgãos do
Organização governo
Mídia
Acionistas/ Sindicatos
Financiadores proprietários
Grupos Comunidades
de pressão locais
Ambiente externo
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8. Não stakeholder
PODER
1. Latente
4. Dominante 5. Perigoso
7. Definitivo
LEGITIMIDADE URGÊNCIA
2. Discricionário 6. Dependente 3. Demandante
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Desenvolvimento Sustentável é um conceito que surge na esfera macroambiental e é empres-
tado para outras esferas; definido pelo relatório Brundtland da World Commission for Economic
Development (WCED), de 1987, na qual é tido como o “processo de mudanças onde a explora-
ção de recursos, direção dos investimentos, orientação do desenvolvimento tecnológico e altera-
ções institucionais, são realizadas de maneira consistente com as necessidades atuais e futuras”.
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Quadro síntese
Reflexão e aplicação
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Debate
Veja mais
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Estratégia para a
sustentabilidade
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ABORDAGEM EVOLUCIONÁRIA
PARA INOVAÇÕES SUSTENTÁVEIS
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Reflexões
“Até 2020, mais de três quartos da S&P 500 [Standard & Poor’s]
serão compostos por empresas que não conhecemos atualmen-
te.” (FOSTER; KAPLAN, 2001, p. 35, tradução nossa).
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4
Desenvolvimento sustentável foi o termo utilizado no relatório Brundtland – Nosso Futuro
Comum – da reunião da Organizações das Nações Unidas (ONU), em Estocolmo, em 1972,
para sensibilizar as nações pela busca de um desenvolvimento que garantisse a viabilidade de
recursos e condições de vida para as gerações futuras.
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MODELO CONCEITUAL:
UMA VISÃO NATURAL DE RECURSOS
Fonte de
Capacidade Força guia
Recursos-chave vantagem
estratégica ambiental
competitiva
Minimizar
Prevenção de
emissões, Melhoria contínua Menores custos
poluição
efluentes e lixo
Reduzir custos do
Integração com Antecipação de
Gestão de produto ciclo de vida dos
stakeholders competidores
produtos
Diminuir carga
ambiental de
Desenvolvimento Visão
crescimento e de Posição futura
sustentável compartilhada
desenvolvimento
da firma
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Amanhã
Estratégia: Estratégia:
Tecnologia limpa Visão de
Desenvolve as sustentabilidade
competências Cria um mapa
Motivadores sustentáveis comum para atender Motivadores
Revolução do futuro às necessidades População
Tecnologia não satisfeitas Pobreza
limpa Retorno corporativo: Desigualdade
Marcas Inovação e Retorno corporativo:
reposicionamento Crescimento e
trajetória
Interno Valor ao Externo
acionista
Estratégia: Estratégia:
Combate à Gerenciamento de
poluição produto
Motivadores Minimiza resíduos e Integra a perspectiva Motivadores
Poluição emissões das do stakeholder Sociedade civil
Consumo operações aos negócios Transparência
Resíduos Conectividade
Retorno corporativo: Retorno corporativo:
Redução de custo Reputação e
e de risco legitimidade
Hoje
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“A biomimética é a área que estuda os princípios criativos e estratégias da natureza, visando a
criação de soluções para os problemas atuais da humanidade, unindo funcionalidade, estética
e sustentabilidade. O princípio da biomimética é utilizar a natureza como um exemplo e fonte de
inspiração, e não de apropriação. A natureza deve ser consultada, e não domesticada,
reforçando a ideia da sustentabilidade.” (SOUZA, 2016).
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Interno Externo
(Vantagem competitiva) (Legitimidade social)
Tácito Transparência
(Ambiguidade social) Auditoria pública
Prevenção de Exemplo:
poluição Gerenciamento da
Qualidade Ambiental Total
Raro
Desenvolvimento (Específico da empresa) Colaboração
sustentável Exemplo: Visão Cooperação
compartilhada tecnológica
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Interconectividade
Estratégias
Minimizar emissões, dependentes de
efluentes e lixo caminho
Prevenção
de poluição
Minimizar custos do
ciclo de vida dos produtos
Padronização
de produto
Minimizar impacto
ambiental do crescimento e
Desenvolvimento desenvolvimento das
sustentável Estratégias são empresas
incorporadas e
sobrepostas
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VALOR COMPARTILHADO
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Externalidades
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Exemplo
Embora seja uma boa iniciativa, o comércio justo tem a ver basi-
camente com a redistribuição, e não com a expansão do bolo
total de valor gerado. A perspectiva do valor compartilhado con-
centra-se em melhorar técnicas de cultivo e fortalece o cluster
local de fornecedores e outras instituições de apoio, a fim de
aumentar a eficiência, o rendimento, a qualidade e a sustentabi-
lidade das lavouras. Isso leva a um bolo maior de receita e lucro
que beneficia tanto o lavrador como a empresa que compra dele.
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6
Comoditização aqui se refere a produtos com qualidade de commodities. Este fenômeno ocor-
re quando o mercado de bens ou serviços deixa de fazer a diferenciação de produto na sua
base de fornecimento, na maioria das vezes por causa do desaparecimento do ônus do capital
intelectual (patentes etc.), que era necessário para a aquisição ou produção de forma eficaz.
Assim, produtos transformam-se em mercadorias quando o seu preço base deixa de ser onera-
do com a aplicação de um prêmio para os detentores desse capital, como no caso dos medica-
mentos genéricos da indústria farmacêutica ou dos circuitos integrados (chips). Esses produtos
alcançam qualidade quase uniforme, pois são produzidos em grandes quantidades e por dife-
rentes produtores, e sua precificação aproxima-se de cotação e negociabilidade globais, como
as bolsas de mercadorias.
7
Offshoring é o modelo de realocação de processos de negócio de uma localidade para outra,
normalmente com o intuito de diminuir custos. Pode incluir qualquer processo de negócio,
como produção, manufatura e serviços.
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Acesso e
Impacto
viabilidade aos
ambiental
suprimentos
Produtividade
da empresa
Segurança do
Uso de água trabalhador
Saúde do
funcionário
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Societal é sinônimo de social. Ambos definem aquilo que é relativo ou pertencente à sociedade.
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Cluster ou aglomeração é um agrupamento geograficamente concentrado de empresas inter-
-relacionadas e instituições correlatas em determinada área, vinculadas por elementos comuns
e complementares. O escopo geográfico varia de uma única cidade ou Estado para todo um
país ou mesmo uma rede de países vizinhos. (PORTER, 1999, p. 211).
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Exemplo/debate
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Exemplo
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Exemplo
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Quadro síntese
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Reflexão e aplicação
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Debate
Veja mais
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______. The case for and against business assumption of social respon-
sibilities. Academy of Management Journal, v. 16, n. 2, p. 312-322, June
1973.
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OH, MR PORTER! The new big idea from business’ greatest living
guru seems a bit undercooked. The Economist, London, mar. 10th
2011. Schumpeter. Disponível em: <http://www.economist.com/
node/18330445>. Acesso em: 7 jan. 2017.
______.; ______. The big idea: Creating shared value. Harvard Business
Review, v. 89, n. 1, p. 2, Jan./Feb. 2011.
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YUNUS, M.; JOLIS, A. O banqueiro dos pobres. São Paulo: Ática, 2000.
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são muito mais difíceis de igualar. Porter traça, assim, a base econô-
mica da vantagem competitiva para outro nível além das atividades
específicas que a empresa realiza.
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A I
Abordagem inovação
da complexidade, 34 arquitetural, 65
evolucionária, 61, 63, 65 incremental, 65
modular, 65
C radical, 65, 67
Chamberlin, 23, 25 voltada para a sustentabilidade, 57,
competitividade, 15, 19, 54-55, 61, 65, 65
68-69, 78, 82-83, 117
complexidade O
ambiental, 17 Organização Industrial (OI), 20, 21, 24,
cognitiva, 38-39 25, 26, 27, 61, 101
dinâmica, 31, 35-36
dos processos, 29 P
emergente, 35-36 Performance Social Corporativa (PSC),
organizacional, 15-16, 40-41 51
social, 35-36 perspectiva paradoxal, 33, 34, 39
política evolucionária, 66
D
desempenho, 21-24, 35, 40, 51, 59, 62- R
63, 77-79, 87, 93 racionalidade
desenvolvimento sustentável, 13, 52, ambiental, 18, 31, 42
64-66, 68-69, 74-77, 100, 102 ecológica, 12, 27, 30-32, 41, 56
Desvantagem competitiva, 25, 63 econômica, 12, 19, 27, 30, 32, 41,
56
E social, 31
Economia Responsabilidade Social Corporativa
Chamberliniana, 20, 23-25, 27, 61 (RSC), 13-14, 16, 43, 49, 50, 51, 52,
Schumpeteriana, 20, 24-25, 27, 61, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 61, 63, 64, 79,
65 96, 97, 98, 99, 100, 102
Equilíbrio dinâmico organizacional, Responsabilidade Social Empresarial
38-41 (RSE), 12, 19, 27, 30, 49, 82
estratégia para sustentabilidade, 15, 29,
34, 57, 61, 64, 70, 76-77, 101 S
Estrutura-Conduta-Desempenho (ECD), Schumpeter, 24, 25, 26, 67
21, 23, 25, 28 shareholder, 37, 50, 59
externalidade, 65, 80-81 stakeholder, 13, 16, 36, 43-52, 55, 58-59,
61, 69, 70-72, 75, 97, 99, 102
T
Tensão paradoxal
latente, 37-41, 47
saliente, 37-41
Teoria
Contingencial, 33
da complexidade, 42
dos Stakeholders (TS), 13, 43-45,
49, 51, 57-59, 97, 99, 102
institucional, 66
integrativa do contrato social, 99
Tripé da sustentabilidade, 13, 52
Triple bottom line, 13, 52, 66
V
valor compartilhado, 16, 56, 641, 78-81,
84, 86-90, 93, 95-98, 100-102
vantagem competitiva, 62-63, 68-69, 73-
74, 77, 82-83
Visão Baseada em Recursos (VBR), 68-
69, 73, 76
Visão Natural de Recursos (VNR), 16,
57, 61, 67-69, 73, 76-78, 100