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Sumário

1º Série Ensino Médio


Orientações iniciais ...................................................................................................................................................... 4
Tema 1 – Processos migratórios: As distâncias atuais e as de um passado recente .......................................... 7
Tema 2 – Fluxos e Redes Geográficas .................................................................................................................... 13
Referências Bibliográficas ......................................................................................................................................... 20
Anexo: sugestão de ficha para autoavaliação ......................................................................................................... 21

2º Série Ensino Médio


Orientações iniciais .................................................................................................................................................... 24
Tema 1- Os circuitos da produção (I): o espaço industrial .................................................................................. 28
Tema 2: Os circuitos da produção (II): O espaço agropecuário ......................................................................... 32
Tema 3: A Formação e a Evolução da Rede Urbana Brasileira ......................................................................... 40
Tema 4: A revolução da informação e as cidades  ............................................................................................... 45
Referências Bibliográficas ......................................................................................................................................... 49
Anexo: sugestão de ficha para autoavaliação ......................................................................................................... 53

3º Série Ensino Médio


Orientações iniciais .................................................................................................................................................... 56
Tema 01: Choque de Civilizações? .......................................................................................................................... 59
Tema 2: Geografia das Religiões ............................................................................................................................. 62
Tema 3: A Questão Étnico-Cultural ...................................................................................................................... 65
Tema 4: A América Latina? ....................................................................................................................................... 68
Referências Bibliográficas ......................................................................................................................................... 73
Anexo: sugestão de ficha para autoavaliação ......................................................................................................... 75
GUIA DE TRANSIÇÃO
PROFESSOR
GEOGRAFIA

Ensino Médio
1ª Série

2º BIMESTRE

São Paulo, 2019.

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Caro(a) Professor(a),

O São Paulo Faz Escola Guia de Transição de Geografia é voltado para uso do(a) professor(a),
visto que apresenta sugestões e recomendações para apoiar a elaboração dos planos de aulas. Nessa
perspectiva, acredita-se que as recomendações serão ampliadas a partir do contexto da prática docente, das
diretrizes do Projeto Político Pedagógico e da realidade e entorno da escola. Sendo assim, cabe ao/à
professor(a) recorrer também a outros materiais de apoio disponíveis na escola e em outras fontes para
ampliar o seu repertório teórico-metodológico, de forma a aprimorar sua prática.
O material de apoio foi elaborado com base nas competências e habilidades do Currículo do
Estado de São Paulo e nas 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC,
conforme apresentado no quadro-síntese a seguir.
As sugestões e recomendações foram elaboradas pela Equipe Curricular de Geografia da
Coordenadoria Pedagógica (CPED) e pelos Professores Coordenadores dos Núcleos Pedagógicos das
Diretorias Regionais de Ensino1 da Secretaria de Estado da Educação (SEE-SP), no sentido de contribuir
com o desenvolvimento das atividades do 2º bimestre de 2019. No Ensino Médio poderá ser observado
uma pluralidade de olhares sobre processos de ensino-aprendizagem com relação à concepção, estilo de
escrita, experiências e referências bibliográficas.
O 2º bimestre da 1ª série do Ensino Médio apresenta diversas sugestões e propostas para
trabalhar os temas da globalização, no que tange o processo migratório a partir de fatos históricos e
econômicos vividos no final do séc. XIX e início do séc. XX, os quais impulsionaram o motor da
economia mundial intensificando os fluxos migratórios através da superação das distâncias geográficas da
época. Com a perspectiva da intensificação das relações comerciais entre os países e, com o decorrer do
tempo, em função do advento das tecnologias dá-se a aceleração dos fluxos materiais e imateriais, fluxos
estes que estão inseridos dentro da lógica de redes, tão familiar para a Geografia.
Considerando ainda, o enfrentamento das populações migrantes com as diferentes culturas e as
situações de vulnerabilidade vivenciada, no âmbito dos Direitos Humanos, a ONU propõe aos seus
membros, através da Agenda 2030, a adoção de planos de ação cujo propósito é de fortalecer o
desenvolvimento sustentável, erradicando a pobreza e promovendo vida digna para toda população
mundial.
A proposta é que todas essas sugestões sejam utilizadas conforme a sua realidade e caso haja
necessidade, que elas sejam adaptadas. O importante é que você, professor(a), possa ampliar seu repertório
teórico e consiga garantir o aprendizado dos seus estudantes com as propostas encontradas nesse Guia de
Transição.
Além disso, também analisaremos outros aspectos da globalização como o papel dos agentes
globais na lógica de organização do território e os organismos multilaterais que atuam como reguladores

1 Diretorias Regionais de Ensino: Americana, Bauru, Botucatu, Caraguatatuba, Itu, Leste 2 e Pindamonhangaba.

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internacionais, sem deixar de lado a educação cartográfica, de fundamental importância para a construção
de novos olhares sobre os assuntos estudados.
Diante disso, não deixe de retomar e explorar os principais conceitos que a Geografia trabalha,
como espaço geográfico, paisagem, lugar, região, território, fronteira, geopolítica, redes e a própria
educação cartográfica.
Esperamos que este material contribua com o desenvolvimento do seu trabalho além da sala de
aula e permita uma construção colaborativa de conhecimentos e aprendizagens com os seus estudantes.

Bom trabalho!

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ENSINO MÉDIO - 1ª SÉRIE
Temas/Conteúdos Habilidades 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
(Currículo do Estado (Currículo do Estado de São Paulo)
de São Paulo)
Os sentidos da • Aplicar os conceitos de fluxos e redes geográficas. C1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,
social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
globalização • Analisar a influência da globalização na acentuação dos
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
fluxos migratórios globais,
 As mudanças das C2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo
distâncias geográficas • Analisar as desigualdades relativas ao conhecimento a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
e os processos técnico e tecnológico produzido pelas diversas causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
migratórios sociedades em diferentes circunstâncias espaço- tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
temporais. C4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),
 A globalização e as corporal, visual, sonora e digital – bem como conhecimentos das linguagens artística,
• Definir e descrever os órgãos multilaterais e seu papel matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
redes geográficas
na ordenação das relações conflituosas, como o sentimentos em diferentes contextos, além de produzir sentidos que levem ao entendimento
comércio reconhecendo as lideranças regionais nos mútuo.
A economia global fluxos econômicos globais. C5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma
 Organismos • Descrever a organização econômica contemporânea crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para
econômicos como um fenômeno de escala mundial, responsável por se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
 Internacionais reduzir a escala local a uma mera variável do sistema. problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
C6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais, apropriar-se de conhecimentos e
• Reconhecer e descrever a importância do papel das experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e
 As corporações corporações transnacionais na ordem econômica fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
transnacionais mundial contemporânea e sua estruturação em redes autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
geográficas. C7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar
 Os fluxos do
• Analisar a globalização e os processos de e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
comércio mundial
interdependência e de concentração econômica humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional
vinculados ao domínio de novas tecnologias e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do
 Fluxos econômicos planeta.
na escala mundial • Analisar o papel dos organismos multilaterais na C9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se
regulamentação dos fluxos de comércio mundial. respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, suas identidades,
suas culturas e suas potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
C10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência
e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.

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TEMA 1 – PROCESSOS MIGRATÓRIOS: AS DISTÂNCIAS ATUAIS E AS DE UM PASSADO
RECENTE
Habilidades do Currículo Oficial do Estado de São Paulo:
Analisar a influência da globalização na acentuação dos fluxos migratórios globais.
Analisar as desigualdades relativas ao conhecimento técnico e tecnológico produzido pelas diversas sociedades em diferentes
circunstâncias espaço-temporais.
Competência Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC):
C1- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para
entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
C2- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise
crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
C4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital – bem
como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências,
ideias e sentimentos em diferentes contextos, além de produzir sentidos, que levem ao entendimento mútuo.
Relação do Tema com os Descritores (SAEB) Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica:
MATEMÁTICA
D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras representações gráficas.
D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais, relacionando-as com as suas
planificações.
D6 – Identificar a localização de pontos no plano cartesiano
D34 – Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos.
D35 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa.
LÍNGUA PORTUGUESA
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
D6 – Identificar o tema de um texto
D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).

Sensibilização

Ao iniciar a abordagem dos temas/conteúdo do segundo bimestre, que estão relacionados aos
aspectos da globalização sob a perspectiva das distâncias geográficas e dos processos migratórios
estrangeiros, a sugestão é que sejam verificados junto aos(às) estudantes quais são os seus conhecimentos
prévios a este respeito. Questionamentos quanto aos povos que contribuíram para a formação da matriz
cultural brasileira, suas origens e os motivos pelos quais deixaram sua terra natal, para se aventurarem em
um território totalmente novo, são assuntos que, de certa forma, foram trabalhados nos anos anteriores no
Ensino Fundamental e, desse modo, os(as) estudantes já estão repertoriados, fazendo-se necessário o seu
aprofundamento. É importante também o uso da linguagem não verbal, através de imagens/fotos que
apresentem mudanças do espaço geográfico através dos tipos de construções urbanas, as profissões de
determinadas épocas e a qualidade de vida. Estes exemplos são importantes para pensarmos nos fatores de
atração envolvendo o desenvolvimento econômico, um dos motores que impulsionam as migrações. No
acervo virtual da “A Brasiliana Fotográfica” encontramos um vasto material com imagens das primeiras
décadas do séc. XX no Brasil, com registros de Augusto Malta (1864 – 1957), Chichico Alkmim (1886 –
1978), Guilherme Gaensly (1843 – 1928), acesso em: 25 abr. 2019, mostrando cenas do cotidiano no Rio
de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo. O(a) professor(a) também pode se valer dos livros didáticos
disponíveis em sua unidade escolar, para selecionar as imagens que julgar serem mais apropriadas. Além
disso, como trataremos das distâncias geográficas, é importante pensar nos percursos percorridos pelos
migrantes desta época e os tipos de transportes utilizados, bem como as velocidades envolvidas nestes
deslocamentos e as condições humanas relacionando-os com a atualidade. Para auxiliá-lo(a) nessa
abordagem sugerimos o uso da apresentação de slides: “A trajetória dos Imigrantes”, disponível em:

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https://slideplayer.com.br/slide/4009866/17/ acesso em: 25 abr. 2019) que aborda por meio de imagens
o tipo de transporte e toda a logística empreendida desde o deslocamento até a estalagem desse imigrantes,
para depois enviá-los aos seus destinos efetivos. Podendo ainda, acessar o site do Museu da Imigração do
Estado de São Paulo, materiais educativos, o(a) professor(a) encontrará temas contemporâneos como:
Vidas Refugiadas, disponibilizado em: http://museudaimigracao.org.br/wp-
content/uploads/2013/05/vidas-refugiadas-educativo.pdf (acesso em : 27 abr. 2019.) e Costurando
Dignidade, disponibilizado em: http://museudaimigracao.org.br/wp-
content/uploads/2019/04/infografico_exposicao_web_final.pdf acesso em 27 abr. 2019 o material
fornece subsídios aos educadores e professores na abordagem da migração contemporânea.

Contextualização

Os deslocamentos populacionais são recorrentes em todos os períodos históricos e atualmente,


podemos acompanhá-los por meio dos meios de comunicação, muitas vezes em tempo real. Neste
contexto e partindo da habilidade em analisar a influência da globalização na acentuação dos fluxos migratórios,
juntamente com as desigualdades relativas ao conhecimento técnico e tecnológico produzido pelas diversas sociedades em
diferentes circunstâncias espaço-temporais, sugerimos o desenvolvimento dos trabalhos a partir de repertórios
musicais que divulgam os dramas dos refugiados ao redor do mundo e trazem em letras e clipes o
sofrimento destas pessoas. A letra “Diáspora” do grupo Tribalistas, disponível em:
https://www.vagalume.com.br/tribalistas/diaspora.html acesso em: 24 abr. 2019 sintetiza o sofrimento
destes grupos de pessoas que se arriscam a entrar em outros países e o clipe da cantora MIA, com a
música “Borders”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=r-Nw7HbaeWY acesso em: 24
abr. 2019 exibe a fuga de pessoas que buscam melhores condições de vida e se arriscam ao atravessar
mares, desertos ou barreiras físicas.

Metodologias

Como sensibilização, sugerimos uma roda de conversa para verificação dos conhecimentos
prévios dos(as) estudantes. Como o assunto já foi visto nos anos anteriores, é de se esperar que eles
tenham repertório suficiente para o diálogo. O(a) professor(a) também pode se pautar em imagens que se
encontram no material de apoio adotado pela unidade escolar ou então, a depender da realidade vivida,
fazer uso de recursos tecnológicos para trazer essas imagens aos estudantes.
Neste sentido, sugerimos a matéria da BBC Brasil intitulada “Os números que podem derrubar
mitos e clichês sobre a migração ao redor do mundo”, disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-47646813 acesso em: 08 abr. 2019 que pode ajudar nas
discussões referentes aos processos migratórios, com retomadas de conhecimento sobre imigração e
emigração, bem como contribuir para análises de gráficos, tabelas e imagens, auxiliando ainda no
levantamento de questões a respeito dos motivos dos deslocamentos dos países descritos na reportagem e
incentivar possíveis trabalhos de pesquisa.
Há ainda a reportagem da Folha de São Paulo, “Um mundo de muros, as barreiras que nos
dividem”, disponível em: https://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/ acesso em:
10 abr. 2019 que mostra a construção de barreiras físicas em diversos pontos do globo, como Europa
(Sérvia/Hungria), África (Quênia/Somália), Ásia (Israel/Cisjordânia) e América (Peru, Estados Unidos da
América/México, Brasil) e a realidade vivida nesses locais através de relatos, imagens e vídeos que indicam
a evolução dessas barreiras. Outra opção é reportagem do El País Brasil, “Os muros do mundo: 21
fronteiras históricas”, disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/27/album/1488207932_438823.html#foto_gal_1 acesso em: 08
abr. 2019 que também pode ser uma sugestão de desenvolvimento de trabalhos a partir de pesquisas e

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debates com a ajuda das imagens que mostram barreiras, que impelem pessoas a se deslocarem entre
alguns países pelo mundo.
Para o desenvolvimento deste trabalho, sugerimos a aplicação de uma metodologia ativa por meio
da aprendizagem por rotação de estações; esta metodologia pode ser melhor compreendida com a ajuda
do link https://novaescola.org.br/conteudo/3352/blog-aula-diferente-rotacao-estacoes-de-aprendizagem
(acesso em: 10 abr. 2019) e também com o auxílio do artigo: Organização do Espaço em Sala de Aula e as
Suas Implicações na Aprendizagem Cooperativa, disponível em:
http://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/metaavaliacao/article/view/138 acesso em: 10 abr. 2019.
Neste caso, o agrupamento pode se dar por região/continente que possui uma barreira e então cada grupo
será desafiado a socializar com os demais colegas as informações que foram obtidas.
Dando continuidade às atividades e, partindo de um olhar mais abrangente, sugerimos a
abordagem do primeiro momento das atividades propostas aos(às) estudantes, para fazer uma análise dos
principais grupos que integraram a matriz cultural da população brasileira no final do século XIX e início
do XX a partir da leitura e interpretação de gráfico produzido pelo IBGE. O período histórico em questão
representa uma época em que o meio técnico-científico-informacional era diferente do que vivenciamos
atualmente e é importante que esta diferenciação seja explicitada, levando em conta, entre outros aspectos,
os meios de transporte e o tempo para o deslocamento. Ainda no primeiro momento, sugerimos a
realização de trabalho em grupo, no qual os(as) estudantes pesquisarão a influência desses grupos na
cultura do povo brasileiro, de tal modo que se evidencie a importância de todos eles na construção da
identidade do país (indígenas, portugueses, africanos, italianos, espanhóis, japoneses, árabes, judeus,
alemães). O livro “Brasil 500 anos de povoamento”, disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv6687.pdf acesso em: 19 mar. 2019 pode auxiliar nas
pesquisas dos(as) estudantes.
No segundo momento, das atividades do aluno, faremos a análise dos fluxos migratórios a partir
da leitura de mapa “Estrangeiros residentes no Brasil 2010”, no intuito de retomar a educação cartográfica
já iniciada no primeiro bimestre. Já o texto “A crise na Venezuela” traz informações atuais a respeito do
tema principal “Processos migratórios: as distâncias atuais e as de um passado recente”, no qual procura trabalhar
com habilidades de construção de gráfico (de coluna) e mapa (de fluxos quantitativos), além da análise dos
dados a partir do texto. Em relação à crise na Venezuela, sugerimos que o(a) professor(a) utilize o atlas
escolar ou o mapa político disponível na unidade escolar, para auxiliar a construção da atividade referente
ao mapa mudo, bem como construa com os(as) estudantes pesquisas para que os conhecimentos sobre o
assunto sejam aprofundados. Selecionamos os seguintes textos de apoio para auxiliar o entendimento da
crise venezuelana:
Visita de equipe da ONU à Venezuela pode abrir caminho para missão oficial no país. Fonte:
Nações Unidas. Disponível em: https://nacoesunidas.org/visita-de-equipe-da-onu-a-venezuela-pode-
abrir-caminho-para-missao-oficial-no-pais/ acesso em: 24 abr. 2019.
Venezuelanos cruzam rio inundado para buscar comida na Colômbia. Fonte: Nações Unidas.
Disponível em: https://nacoesunidas.org/venezuelanos-cruzam-rio-inundado-para-buscar-comida-na-
colombia/ acesso em: 24 abr. 2019.
Crise na Venezuela faz crescer o número de refugiados no Brasil. Fonte: USP. Disponível em:
https://jornal.usp.br/atualidades/crise-na-venezuela-faz-crescer-o-numero-de-refugiados-no-brasil/
acesso em: 24 abr. 2019.
Medo, fome, noites ao relento e trabalho escravo: a travessia dos venezuelanos na fronteira norte
do Brasil. Fonte: Repórter Brasil. Disponível em: https://reporterbrasil.org.br/2018/05/medo-fome-
noites-ao-relento-e-trabalho-escravo-a-travessia-dos-venezuelanos-na-fronteira-norte-do-brasil/. Acesso
em: 24 abr. 2019.
Fechamento da fronteira com a Venezuela completa dois meses - Venezuelanos se aventuram por
rotas alternativas para chegar ao Brasil. Fonte: Agência Brasil. Disponível em:

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http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2019-04/fechamento-da-fronteira-com-venezuela-
completa-dois-meses. Acesso em: 24 Abr. 2019.
Fome, saudades e trabalho escravo: a travessia dos venezuelanos no norte do Brasil. Fonte
Repórter Brasil. (5min46). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=244&v=xAFe_UTkdFs acesso em: 24 Abr. 2019.
Mapa mostra caminhos da migração no mundo todo; confira. Fonte: Gazeta do Povo. Disponível
em: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/mapa-mostra-caminhos-da-migracao-no-mundo-todo-
confira-e3vg0z3krooiqot30jstbsu2l/ acesso em: 19 mar 2019.
Crise na Venezuela: como foram vistos do espaço os seis dias de apagão no país. Fonte: BBC
Brasil. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-47546199 acesso em: 19 mar
2019.
Estes textos também servem de apoio para solicitar ao estudante a construção de uma tabela que
articule os fluxos migratórios com os direitos humanos e as dificuldades de acesso aos direitos essenciais
como moradia, trabalho, saúde e educação nos países que os recebem e assim atrelar à Agenda 2030 para
o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Esta Agenda possui 17 objetivos de desenvolvimento
sustentável (ODS) que buscam construir um mundo mais humano e igualitário, pretendendo erradicar a
pobreza e a fome, proteger o planeta da degradação a partir de ações sustentáveis, que todos os seres
humanos tenham prosperidade e que os progressos econômicos, tecnológicos e sociais sejam harmônicos
com a natureza. Para isso, as Nações Unidas disponibiliza em:
https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/ acesso em: 24 abr. 2019 os 17 objetivos e suas metas. Já
o IBGE disponibiliza em: https://ods.ibge.gov.br/ acesso em: 24 abr. 2019 dados de pesquisas já
realizadas ou que ainda estão em construção pelo Instituto, relacionados aos 17 ODS, podendo o(a)
professor(a) ampliar sua abordagem a partir das sugestões disponibilizadas pelo instituto. Os objetivos 8 e
162 podem ser referenciais para diálogo entre os(as) estudantes nas questões sobre os refugiados,
contextualizando os motivos dos deslocamentos e como se dá o acolhimento pelos países de destino. Para
a construção da tabela, o(a) professor(a) pode se pautar na seguinte sugestão de estrutura:

População País de destino

Política de
Causas do Condições de Vulnerabilidade
País de Acolhimento
fluxo (Provisório; precário; com ou sem acesso; com ou sem
origem % de Principal &
migratório atendimento público)
deslocamento destino Cidadania
(Ausência ou
presença) Moradia Trabalho Saúde Educação

2
O objetivo 8 relaciona-se a promoção do crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego
pleno e produtivo e trabalho decente para todos. Já o objetivo 16 estabelece promover sociedades pacíficas e
inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições
eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

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No item “Saiba Mais” disponibilizamos alguns materiais de apoio para subsidiar e enriquecer a
sua mediação no desenvolvimento dos trabalhos, ao longo dos momentos de aprendizagem dos(as)
estudantes.

Avaliação e Recuperação

Para este momento o ideal é que o(a) professor(a) não fique preso a um único instrumento de
avaliação, pois o processo avaliativo deve ser contínuo e, por isso, é importante que a avaliação aconteça
ao longo do desenvolvimento das atividades. Deste modo, o resultado das análises e construções de
textos, mapas, gráficos, tabelas, imagens e pesquisas que culminaram em socialização e apresentações por
parte dos(as) estudantes, devem proporcionar condições de avaliar o domínio de conteúdos e habilidades
relacionados ao tema. No entanto, é necessário estabelecer com os(as) estudantes critérios de avaliação
para as atividades supracitadas, assim como oferecer clareza por meio de registro e de acompanhamento
do desenvolvimento da aprendizagem, seja em rodas de conversas, debates ou leitura de textos. Neste
sentido, sugerimos o(a) professor(a) que observe e registre como o(a) estudante se apresenta nas
discussões/debates, como por exemplo: Questiona para tirar dúvidas, mantém-se atento durante a atividade; respeita
a fala dos colegas ao defender suas ideias, distingue fato de opinião ao apresentar argumentos. E, ainda, como se organiza
para realizar atividades que exigem procedimentos de estudo, por exemplo: fazer uso de anotações e grifos nos
textos, buscar o significado das palavras no contexto do texto, fazer uso de outras ferramentas de aprendizagem quando
necessário; ser capaz de: identificar elementos que compõem o texto, relacionar o título com as informações distribuídas no
texto e com o conteúdo que está sendo desenvolvido, relacionar as informações veiculadas em textos, distinguindo fatos e
opiniões ou identificando causa e consequência; localizar ideias principais em textos; relacionar informações verbais às não
verbais em diferentes contextos. Estes e outros critérios podem e devem ser definidos entre o(a) professor(a) e
os(as) estudantes, pois é importante perceber que esta prática cria oportunidade para se promover a
autoavaliação, tornando a aprendizagem significativa e corresponsável.

As dificuldades percebidas nos resultados das atividades, somadas àquelas também apontadas
pelo(s) estudante(s) no processo de autoavaliação, serão alvo de recuperação. O(A) professor(a) poderá
oferecer atividades complementares e, ainda, utilizar recursos que julgar necessários para que os jovens
sejam capazes de vencer suas dificuldades.

Saiba Mais
Para o momento de Sensibilização: os vídeos, documentários e reportagens a seguir conduzem as
diversas abordagens relacionadas à migração, promovendo o desenvolvimento dos múltiplos olhares no
processo migratório em diferentes partes do mundo.
Ultrapassando fronteiras - Os 120 anos de Japão e Brasil Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=9o1d4BZgz6E acesso em 25 abr. 2019. Documentário da
migração Japonesa, aborda a duração da viagem, sua cultura e as regiões que se desenvolveram devido
ao empreendedorismo desse povo.
Os japoneses no Vale do Ribeira e Sudeste Paulista. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=7euLZybjG_Q acesso em: 25 abr. 2019. Apresenta as
características da colônia japonesa na primeira metade do séc. XX, a implementação das diferentes
culturas agrícolas como por exemplo a produção do chá e o bicho da seda.
Como vivem os Imigrantes no Brasil (Parte 1). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=96htOMCgjUI acesso em: 24 abr. 2019. Essa reportagem mostra
as dificuldades que o imigrante enfrenta para se instalar legalmente no país de destino.

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Refugiados e migrantes: longe de casa. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=X1wFLifH14Y acesso em: 23 abr. 2019. Esse documentário
exibe a problemática do deslocamento de milhares de pessoas em todo o mundo, forçadas a deixar suas
casas por conta de conflitos e da pobreza. As Nações Unidas convoca todos os países a trabalharem
juntos, defendendo que os refugiados são uma responsabilidade de todos nós.
Sobre a Agenda 2030 e os ODS: o aplicativo StoryMax é uma publicadora de appbooks com livros
digitais para tablets e smartfones. Os livros são interativos e abordam os ODS. Disponível em:
https://storymax.me/ Acesso em: 25 mar. 2019.
Texto de apoio acerca da construção do território brasileiro e das populações que compuseram a matriz
cultural do país (indígenas, portugueses, africanos, italianos, espanhóis, japoneses, árabes, judeus,
alemães):
Livro: Brasil 500 anos de povoamento. IBGE. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv6687.pdf acesso em: 19 mar. 2019.

Metodologias de aprendizagens:
Organização do Espaço em Sala de Aula e as Suas Implicações na Aprendizagem Cooperativa.
Disponível em: http://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/metaavaliacao/article/view/138 (Acesso
em: 10 abr. 2019). Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-Não
Comercial 4.0 Internacional.
Para uma aula diferente, aposte na Rotação por Estações de Aprendizagens. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/3352/blog-aula-diferente-rotacao-estacoes-de-aprendizagem
acesso em: 10 abr. 2019.

Os fluxos migratórios e as barreiras físicas no mundo:


Informe preliminar sobre a crise dos migrantes e refugiados venezuelanos na região. OEA, março de
2019. Disponível em: http://www.oas.org/documents/spa/press/Informe-preliminar-2019-Grupo-
Trabajo_Venezuela.pdf?fbclid=IwAR3dg632csVvBLhtV90EuUqbIkg9sh81pG4oi59AkaLPbLx8Moyd
_b27SMc acesso em 15 mar 2019.
Mapa mostra caminhos da migração no mundo todo; confira. Disponível em:
https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/mapa-mostra-caminhos-da-migracao-no-mundo-todo-
confira-e3vg0z3krooiqot30jstbsu2l/ acesso em: 19 mar 2019.
Crise na Venezuela: como foram vistos do espaço os seis dias de apagão no país. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-47546199 acesso em: 19 mar. 2019.
Os números que podem derrubar mitos e clichês sobre a migração ao redor do mundo. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-47646813 acesso em: 08 abr. 2019.
Os muros do mundo: 21 fronteiras históricas. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/27/album/1488207932_438823.html#foto_gal_1 acesso em:
08 abr. 2019.
Um mundo de muros, as barreiras que nos dividem. Disponível em:
https://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/ acesso em: 10 abr. 2019.

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TEMA 2 – FLUXOS E REDES GEOGRÁFICAS

Habilidades do Currículo Oficial do Estado de São Paulo:


Definir e descrever os órgãos multilaterais e seu papel na ordenação das relações conflituosas, como o comércio reconhecendo
as lideranças regionais nos fluxos econômicos globais.
Descrever a organização econômica contemporânea como um fenômeno de escala mundial, responsável por reduzir a escala
local a uma mera variável do sistema.
Reconhecer e descrever a importância do papel das corporações transnacionais na ordem econômica mundial contemporânea e
sua estruturação em redes geográficas.
Analisar a globalização e os processos de interdependência e de concentração econômica vinculados ao domínio de novas
tecnologias.
Analisar o papel dos organismos multilaterais na regulamentação dos fluxos de comércio mundial.

Competência Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC):


C1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para
entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
C2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a
análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
C4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –
bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos, além de produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
C5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e
ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
C6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais, apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de
vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
C7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista
e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável
em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
C9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
suas identidades, suas culturas e suas potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
C10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando
decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Relação do Tema com os Descritores (SAEB) Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica:
MATEMÁTICA
D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras representações gráficas.
D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais, relacionando-as com as suas
planificações.
D6 – Identificar a localização de pontos no plano cartesiano
D34 – Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos.
D35 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa.

LÍNGUA PORTUGUESA
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
D6 – Identificar o tema de um texto
D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).

Importante ressaltarmos que a Geografia trabalha com múltiplas linguagens, proporcionando


articulações a fim de facilitar a compreensão do(a) estudante no processo de ensino-aprendizagem. O uso
da linguagem cartográfica propicia a construção de diversos saberes geográficos, sendo necessário e
importante para a prática pedagógica. Assim, para as habilidades propostas a seguir, faz-se necessário
retomar conceitos já vistos no Ensino Fundamental, Anos Finais, como: espaço geográfico, territórios,
fronteiras e geopolítica.

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Sensibilização

Atualmente, a globalização assume uma posição indispensável na investigação dos problemas


contemporâneos. Percebe-se regularmente que as realidades sociais em torno das diferentes regiões do
planeta são influenciadas pela globalização. O processo de globalização e sua compreensão exige um
olhar além da generalização dos fatos. Nesse sentido, vale realçar que, apesar de a globalização ser
compreendida principalmente como um acontecimento econômico, uma observação mais profunda
evidenciará percepções diferenciadas, assim como destacado por Milton Santos3. A própria expressão
globalização possui uma significância geográfica em relação à escala global. Nossa contemporaneidade está
marcada por uma profunda relação entre as diversas realidades nacionais e assim, a todo o momento, essas
realidades são influenciadas e enfraquecidas frente às novas dinâmicas globais como, por exemplo, as
realizadas pelas corporações transnacionais.
Como sugestão, antes da utilização do exercício presente neste guia, recomendamos uma
sondagem inicial sobre a apropriação dos(as) estudantes quanto ao acesso e o uso da Internet. Propomos
aqui a utilização de letras de músicas como por exemplo, “‘Pela Internet 2” música/letra de Gilberto Gil,
disponibilizado em :https://www.youtube.com/watch?v=X6BA_9cYhpA acesso em: 25 abr. 2019 em
comparação com a letra da década de 1990 “Pela Internet” do próprio artista, disponível em:
https://www.letras.mus.br/gilberto-gil/68924/ (acesso em: 25 abr. 2019) trazendo a diferença no
contexto de criação das duas músicas, uma vez que “Pela Internet 2” traz críticas quanto ao uso da rede
digital atual. Há também a música/letra “Globalização - O Delírio do Dragão”, da Tribo de Jah,
disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=102&v=MFObNga7aug acesso em: 25
abr. 2019) mostrando a globalização como perversidade, a partir do olhar daqueles que estão excluídos da
sociedade/sistema.

Contextualização

Para contextualizar o tema sugerimos, que informe aos(as) estudantes os objetivos de


aprendizagem, fazendo-se necessário analisar a rede como estrutura fundamental na organização da
sociedade atual e identificando os fatores a ela relacionados, constatando a emergência de novos atores e o
aumento das desigualdades sócio espaciais.
Podemos iniciar indagando sobre o que é uma rede de pesca e qual a sua função. Em quais
condições o Homem a criou? As redes são tramas que se unem, consistem em uma sucessão de nós e
variam conforme sua malha, seja mais ou menos aberta, adequando-se conforme o tipo de peixe. Em
nossa sociedade as redes estão presentes em uma variedade de situações e citamos aqui as redes utilizadas
para caça ou as de dormir, além das redes de comunicação, transportes, produção entre outras. O que nos
interessa nesse momento é o significado de união, da conexão entre os pontos. Assim vivemos numa
sociedade em rede, caracterizada pela globalização das atividades econômicas essenciais e interligadas pela
flexibilidade e instabilidade do trabalho, bem como por sua individualização e pela transformação das
bases materiais da vida, tendo contribuições no espaço e no tempo, por meio do fluxo e das
atemporalidades. Após a segunda metade do século XX, as redes de comunicação, devido a marcos
históricos importantes, tornam-se mais complexas.
Para que possamos chegar no uso atual da Internet, faz-se necessário narrar o surgimento e o
desenvolvimento das redes telegráficas e do telefone até chegar na popularização do uso dos
computadores e telefonia móvel. Assim, qual a importância das redes de comunicação? As redes integram
lugares distantes e distintos. E quanto mais densa for sua malha, ou seja, quanto mais linhas e nós ela tiver,
maior será a integração, com resultados que intensificam os fluxos de informação, pessoas, capitais etc.
Deste modo, a revolução técnico-científica-informacional viabilizou a atual globalização,
avançando e modernizando cada vez mais as redes de transporte e comunicação, derrubando fronteiras e

3
Santos, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 16ª
edição. Rio de Janeiro: Record, 2008.
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encurtando distâncias. Milton Santos em seu livro “Por uma outra globalização” faz referência sobre a
existência de três mundos em um só, onde o primeiro é o mundo como querem que vejamos, o dos
contos de fadas; o segundo é o mundo como ele é, perverso, e o terceiro seria o mundo como ele pode
ser, um mundo de outras possibilidades. Lembramos ainda, que analisando o processo de globalização,
Milton Santos e Maria Laura Silveira propõem uma regionalização cujo critério utilizado foi o meio
técnico-científico-informacional, onde as informações e as riquezas estão distribuídas de forma desigual e
distinta pelo território brasileiro, sendo dividida em quatro regiões: Amazônia, Nordeste, Centro-oeste e
Concentrada. Essa regionalização é denominada “quatro brasis”.

Metodologias

Como sugestão o (a) professor (a) pode explorar mapas para problematizar sobre a infraestrutura
necessária para o uso efetivo dessas tecnologias. Para isso propomos um levantamento de dados e a
construção conjunta de uma tabela, na qual se registre o acesso, finalidade e a intensidade do uso da
internet pelos(as) estudantes. Após a construção o(a) professor(a) pode propor um desafio, que promova
aos(às) estudantes uma reflexão de como o uso das tecnologias está distribuído, entre seus próprios
hábitos.

Para confrontar a amostra coletada da turma o(a) professor(a) poderá explorar os mapas do
IBGE, que apontam: no Mapa 1 - Densidade de acessos ao serviço móvel pessoal (SMP) 2009, Mapa 2 -
Densidade do domínio da internet 2006 e o Mapa 3 – Inclusão digital 2009.

Mapa 1

Fonte: IBGE. Disponível em:< https://portaldemapas.ibge.gov.br/portal.php#mapa1009 > Acesso em: 11 abr. 2019.

Mapa 2

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Fonte: IBGE. Disponível em: https://portaldemapas.ibge.gov.br/portal.php#mapa1008 acesso em: 11 de abr. 2019.

Mapa 3

Fonte: IBGE. Disponível em: https://portaldemapas.ibge.gov.br/portal.php#mapa916 Acesso em: 11 abr. 2019.

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A fim de ampliar as discussões sugerimos a aplicação de uma metodologia ativa a exemplo da
“Rotação por estação”. Para tanto, é importante compreender um pouco mais sobre os hábitos dos
adolescentes e jovens na internet. Sugerimos neste momento o texto “O que crianças e adolescentes fazem na
Internet? Pesquisa revela 10 fatos.” disponível em: https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/10/o-que-
criancas-e-adolescentes-fazem-na-internet-pesquisa-revela-10-fatos.ghtml acesso em 11 abr. 2019, onde
os(as) estudantes poderão ser distribuídos em dez grupos, nos quais, em rotação por estação, cada grupo
fará a leitura de um item e responderá ao desafio proposto em cada estação, relacionando o volume das
informações apresentadas no excerto do texto indicado, sua distribuição por região e sua ordenação. Ao
rotacionar, a proposta é que o grupo seguinte faça uma ratificação, retificação ou acrescente algo à(s)
resposta(s) do(s) grupo(s) anterior(es). Ao final da rodada, o último grupo a passar pela estação fará a
apresentação dos resultados das análises. Para sistematizar as discussões o(a) professor(a) poderá explorar
mapas que justifiquem as disparidades do mundo técnico-científico-informacional no processo de
globalização, como o disponibilizado no “material do aluno”, bem como os mapas 1, 2 e 3 indicados
anteriormente.
Neste segundo momento, para ajudar o(a) estudante a compreender os eventos que suscitaram a
criação de organismos internacionais, cujas finalidades são: propor ações e acordos de interesses comuns,
arbitrar relações políticas entre os Estados-Nações e intermediar conflitos decorrentes do processo de
intensificação de globalização, sugerimos retomar brevemente a franca expansão e enriquecimento do
sistema capitalista, liderado pelos EUA, desde o fim da Segunda Guerra Mundial e como o país
estadunidense, por meio do Plano Marshall e Doutrina Truman, passou a dominar o cenário econômico
mundial, colocando o dólar como padrão monetário internacional, favorecendo a ampliação de seu
poderio militar e nuclear. E, ainda, como na década de 70, a elevada demanda por petróleo, recurso
natural não renovável, tornou-o precioso a ponto de ser chamado de “ouro negro”. Seu preço sofreu
muitas variações e o produto uma supervalorização, deflagrando a chamada crise do petróleo. Esse evento
provocou uma crise econômica marcada pela recessão e inflação nos países dependentes do petróleo,
estendendo-se até ao final da década de 80. Isto fez com que os países do chamado “primeiro mundo”
buscassem desenvolver novos métodos e técnicas de produção, visando a aumentar a produtividade e
redução da necessidade de mão de obra como a automação, a robotização e a terceirização da produção,
bem como a formação de blocos econômicos.
Já na década de 90, o Brasil vivia um processo de abertura política e econômica que marcou a
adesão do país à globalização. Para exemplificar o que representou este momento para o cenário brasileiro,
sugerimos o estudo do episódio das grandes montadoras automobilísticas internacionais, que buscaram
negociar, em território brasileiro, maiores facilidades de acesso para instalação de suas unidades em nosso
país e obtiveram como incentivos à contratação de trabalhadores com baixos salários e renúncias fiscais e
tarifárias. Para aprofundamento do assunto, sugerimos os textos: “Abertura comercial na década de 1990 e
os impactos na indústria automobilística”, disponível em:
http://periodicos.pucminas.br/index.php/fronteira/article/view/3860 acesso em: 11 abr. 2019 e
“Implantação e evolução da indústria automobilística no Brasil”, disponível em:
https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/geografia/article/view/1704/14893 acesso em: 11 abr.
2019 podem auxiliar na construção do conhecimento.
O setor da indústria automobilística pode ser mais um exemplo de reforço para conceituar redes
geográficas a partir das transformações socioespaciais empregadas por elas no território brasileiro. Neste
sentido, Roberto Lobato Corrêa em seu texto “Redes geográficas: reflexões sobre um tema persistente”,
disponível em: http://revista.fct.unesp.br/index.php/revistacidades/article/viewFile/2378/2122 acesso
em: 18 mar. 2019 nos auxilia no entendimento do conceito, os seus diversos exemplos e as variadas
dimensões de análises sobre redes geográficas. “O território e as redes: considerações a partir das
estratégias de grandes empresas”, disponível em:
http://www.rc.unesp.br/igce/geografia/pos/downloads/2006/o_territorio.pdf acesso em: 18 mar. 2019
também serve de apoio para subsidiar as discussões e entendimentos sobre as redes e fluxos geográficos, a

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partir da lógica das grandes empresas, auxiliando o desenvolvimento da habilidade de reconhecer e descrever a
importância do papel das corporações transnacionais na ordem econômica mundial contemporânea e sua estruturação em redes
geográficas.
Em relação aos termos multinacional e transnacional, devemos lembrar que este último deriva do
primeiro, tendo as empresas transnacionais surgido a partir de uma redefinição de conceitos, por parte dos
organismos internacionais e das próprias empresas multinacionais. Enquanto multinacional dá a ideia de
algo que está em vários países, transnacional associa-se àquilo cuja natureza está acima dos países,
orientando os cenários econômico e político mundiais. Nesse sentido, as empresas transnacionais
cresceram tanto que, se transformaram em importantes atores da globalização, seja no cenário nacional
como no internacional.
Para aprofundamento do assunto, no que diz respeito às diferenciações dos termos multi e
transnacional, sugerimos a leitura dos textos “O Brasil e as empresas transnacionais: os novos rumos para
a transnacionalização das empresas nacionais” disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/iuris/article/view/7586 acesso em: 14 abr. 2019, o texto “A
atuação das empresas transnacionais nos países emergentes: desenvolvimento nacional à luz da ordem
econômica constitucional” disponível em: https://seer.ufrgs.br/ppgdir/article/view/58862 acesso em: 14
abr. 2019 e o texto “As empresas transnacionais: atores da atual ordem econômica internacional?”
disponível em: http://revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao2/article/view/144 acesso
em: 14 abr. 2019.
No processo de globalização é muito difícil encontrar um governo que não associe, em seu plano
de desenvolvimento regional, as políticas comerciais, industriais e tecnológicas sem considerar a dinâmica
das transnacionais. O texto de Paulo Kliass “Por um novo Plano Nacional de Desenvolvimento”,
disponível em https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia-Politica/Por-um-novo-Plano-
Nacional-de-Desenvolvimento/7/37349 acesso em: 13 abr.2019 elucida alguns processos históricos
nacionais, acerca do plano de desenvolvimento nacional (PDN). Inquestionavelmente, as transnacionais
praticam hoje um papel determinante na organização do comércio mundial e nas dinâmicas econômicas
mercadológicas regionais.
Para trabalhar os organismos multilaterais, sugerimos que o(a) professor(a) construa uma tabela
com os principais entes internacionais para descrever o papel de cada um deles. No link
https://nacoesunidas.org/organismos/siglas/ acesso em: 11 abr. 2019 há sugestões de diversos
organismos da ONU e no link http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/cerimonial/5701-organismos-
internacionais (acesso em: 13 abr. 2019) apresenta quais deles possuem sede no Brasil, além daqueles que
possuem representação em nosso país. A sugestão é que seja dada atenção aos organismos que possuem
influência econômica, como Banco Mundial, FMI, OMC, OCDE etc. mas que não se percam as
referências dos demais órgãos.
No link http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_ecocom/InfoDisputas-Brasil-OMC.pdf acesso
13 abr. 2019 temos alguns exemplos de casos em que o Brasil atuou junto à OMC para reclamar por
direitos onde se sentiram prejudicados, conseguindo vitória e outro exemplo de como o nosso país sofreu
com condenação ajudando a indústria automobilística a ter vantagens sobre as demais indústrias externas
https://exame.abril.com.br/economia/6-respostas-sobre-a-condenacao-do-brasil-na-omc/ (acesso em: 13
abr. 2019).

Avaliação e Recuperação

O(a) professor(a) poderá realizar uma atividade de avaliação global da aprendizagem, pois o
momento é ideal para que os(as) estudantes exponham os conhecimentos adquiridos, pelas leituras dos
textos indicados e pelas respostas dadas às atividades do material do aluno. Para tanto, sugerimos o uso
de metodologia ativa de QUIZ, para conhecer mais acesse o conteúdo disponível em:

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http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV117_MD1_SA19_ID781
0_17092018214720.pdf . Acesso em 14 abr. 2019.
Esta atividade poderá ser construída a partir do aplicativo Microsoft Forms ou Google
Formulário, ambos disponíveis nos e-mails institucionais (consulte seu e-mail de acesso na plataforma da
Secretaria Escola Digital). Caso não tenha familiaridade com as ferramentas assista aos vídeos nos links
sugeridos a seguir:
Microsoft Forms. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=78XSDFnrYOs. Acesso em: 14
Abr. 2019.
Google Formulário. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QQ-EBBMnzu8. Acesso em:
14 Abr. de 2019.
Os tutoriais irão ajudá-lo a criar facilmente pesquisas, testes e outras inovações para aplicar na sala
de aula e os estudantes poderão respondê-lo usando o link de acesso, tanto pelo celular, na sala de
informática, presencial ou à distância.
Lembramos que a avaliação deve ser tratada como um momento formativo e informativo a
respeito do processo de ensino e da aprendizagem. O ideal é que o(a) professor(a) não fique preso a um
único instrumento de avaliação. Por isso é importante que ela aconteça ao longo do desenvolvimento de
todas as atividades, de tal modo que proporcionem condições de avaliar o(a) estudante no domínio das
habilidades relacionadas ao tema.
Ao longo desta proposta oferecemos indicações de leituras e conjuntos de atividades, que
desenvolvidas pelos(as) estudantes, favorecem o desenvolvimento da aprendizagem. No entanto, eles
também precisam identificar e refletir sobre seus avanços e dificuldades. Este movimento exige observá-
los durante o desenvolvimento das atividades e escutá-los por meio da autoavaliação. A indicação da
autoavaliação tem se repetido em nossas orientações e o motivo de reiterá-la é porque identificamos nesta
ação a possibilidade de aproximação do(a) estudante, tornando o processo avaliativo de fato colaborativo,
de forma a rever o processo de ensino-aprendizagem, bem como lançar mão de novos recursos que
ajudarão o(a) estudante, de fato, a vencer suas dificuldades.
Após o processo de autoavaliação, como atividade de recuperação, o(a) professor(a) poderá
solicitar aos(às) alunos(as) que organizem uma tabela, a partir de pesquisa sobre as principais organizações
ligadas a ONU, ano de sua criação e suas atribuições nas relações internacionais. A recuperação pode
ainda ser pensada a partir de atividades complementares, seja ela oral ou textual, com base na defasagem
do aluno.

Saiba Mais

Abertura comercial na década de 1990 e os impactos na indústria automobilística. Disponível


em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/fronteira/article/view/3860. Acesso em: 11 abr. 2019.
Implantação e evolução da indústria automobilística no Brasil. Disponível em:
https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/geografia/article/view/1704/14893. Acesso
em: 11 abr. 2019.
Estado e dinâmica econômica e locacional da indústria automobilística brasileira no século
XXI. Disponível em: http://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/view/5575. Acesso em:
11 Abr. 2019.
Redes geográficas: reflexões sobre um tema persistente. Disponível em:
http://revista.fct.unesp.br/index.php/revistacidades/article/viewFile/2378/2122. Acesso em: 18 mar.
2019.
O território e as redes: considerações a partir das estratégias de grandes empresas. Disponível
em: http://www.rc.unesp.br/igce/geografia/pos/downloads/2006/o_territorio.pdf. Acesso em: 18
mar. 2019.
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – ANFAVEA. Anuário da
Indústria Automobilística Brasileira. São Paulo, 2019. Disponível em:
http://www.virapagina.com.br/anfavea2019/2/#zoom=z. Acesso em: 26 mar. 2019.

Página 19 de 76
O Brasil e as empresas transnacionais: os novos rumos para a transnacionalização das
empresas nacionais”. Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/iuris/article/view/7586. Acesso em: 14 abr. 2019.
A atuação das empresas transnacionais nos países emergentes: desenvolvimento nacional à luz
da ordem econômica constitucional. Disponível em:
https://seer.ufrgs.br/ppgdir/article/view/58862. Acesso em: 14 abr. 2019.
As empresas transnacionais: atores da atual ordem econômica internacional? Disponível em:
http://revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao2/article/view/144. Acesso em: 14 abr.
2019.
Em relação ao processo de criação do Plano Nacional Desenvolvimento o Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) disponibiliza matéria intitulada “A maior e mais ousada
iniciativa do nacional‑desenvolvimentismo”. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=3297&catid=28
&Itemid=39. Acesso em: 13 abr. 2019.

Sobre organismos internacionais:

ONU: A Organização das Nações Unidas, é uma organização internacional formada por países
que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais.
Disponível em: https://nacoesunidas.org/organismos/siglas/. Acesso em: 11 abr. 2019.
ITAMARATY é o nome dado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) da República
Federativa do Brasil, dedicado a auxiliar o Presidente a formular e direcionar a política exterior
nacional, assegurando sua eficaz execução, mantendo os canais comuns de relações
diplomáticas com os governos dos Estados estrangeiros, organismos e organizações
internacionais, assim promovendo os interesses do Estado e da coletividade brasileira no
exterior. Disponível em: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/cerimonial/5701-organismos-
internacionais. Acesso em: 13 abr. 2019.
http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_ecocom/InfoDisputas-Brasil-OMC.pdf. Acesso em: 13 abr.
2019.
6 respostas sobre a condenação do Brasil na OMC. Nesta reportagem encontramos
informações sobre a condenação do Brasil pela OMC a respeito do protecionismo de produtos
nacionais produzindo assim, uma desigualdade no mercado. Disponível em:
https://exame.abril.com.br/economia/6-respostas-sobre-a-condenacao-do-brasil-na-omc/. Acesso em:
13 abr. 2019
Bolsonaro e Trump em análise: concessões brasileiras, chancela e ganhos políticos. Disponível
em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/19/politica/1553031485_648194.html. Acesso em: 13
abr. 2019.
Sem tratamento especial na OMC, Brasil perde 'poder de barganha', mas ganha status de país
desenvolvido. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/03/20/sem-tratamento-
especial-na-omc-brasil-perde-poder-de-barganha-mas-ganha-status-de-pais-desenvolvido-
entenda.ghtml. Acesso em: 13 abr. 2019.

REFERÊNCIAS

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 16ª
edição. Rio de Janeiro: Record, 2008.
SANTOS, Artur Tranzola. Abertura comercial na década de 1990 e os impactos na indústria
automobilística. Fronteira. Belo Horizonte, v. 8, n. 16, p. 107 - 129, 2009. Disponível em:
http://periodicos.pucminas.br/index.php/fronteira/article/view/3860/4160. Acesso em: 11 abr.2019.

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ANEXO

SUGESTÃO DE FICHA PARA AUTOAVALIAÇÃO

Critérios para observação Realizei Realizei Não Comentários


relacionados ao uso de estratégias adequadamente parcialmente realizei e/ou
de leitura observações

Ao iniciar a leitura realizei reflexões


sobre o título;

Pesquisei sobre o autor do texto,


buscando informações de relevância, e
avançando em minhas hipóteses;

Verifiquei qual gênero textual será


tratado (reportagem, notícia, crônica,
artigo de opinião) e onde ele vai
circular;

Compreendi a real finalidade do texto;

Explorei as características do público


leitor deste gênero;

Troquei informações com meus


colegas se já leram ou ouviram algo
sobre o assunto;

Analisei se na fonte há informações


que complementam e/ou confirmam
as hipóteses que levantamos até agora.

Li o trecho pausadamente, grifando as


ideias centrais;

Organizei as informações que coletei


do texto em forma de texto e/ou
tópicos;

Redigi as respostas, citando trechos do


texto e utilizando aspas;

Com base na autoavaliação anterior, preencha os campos abaixo:

Aquilo que você acha que precisa


aprender, pois ainda não sabe fazer;

Aquilo que você precisa melhorar em


relação às estratégias utilizadas;

Aquilo que você acha que faz muito


bem;

O que eu aprendi;

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Ficha Técnica
Grupo de Trabalho GEOGRAFIA TRANSIÇÃO

Secretaria de Estado da Educação (SEE-SP)


Coordenadoria Pedagógica (CPED) - Equipe Curricular de Geografia

Andréia Cristina Barroso Cardoso


Sergio Luiz Damiati

Professores Coordenadores de Geografia dos Núcleos Pedagógicos das Diretorias Regionais de Ensino:

Cristiane Cristina Olímpio – DE Pindamonhangaba


Bruna Capóia Trescenti - DE Itu
Márcio Eduardo Pedrozo – DE Americana
Roseli Pereira de Araújo – DE Bauru
Sheila Aparecida Pereira de Oliveira - DE Leste 2
Shirley Schweizer – DE Botucatu
Simone Regiane de Almeida Cuba – DE Caraguatatuba

Leitura Crítica
Patrícia Silvestre Águas

Revisão de Língua Portuguesa


Lia Suzana de Castro Gonzalez

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GUIA DE TRANSIÇÃO
PROFESSOR
GEOGRAFIA

Ensino Médio
2ª Série

2º BIMESTRE

São Paulo, 2019.

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Caro(a) Professor(a),

O São Paulo Faz Escola Guia de Transição de Geografia é voltado para uso do(a) professor(a),
visto que apresenta sugestões e recomendações para apoiar a elaboração dos planos de aulas. Nessa
perspectiva, acredita-se que as recomendações serão ampliadas a partir do contexto da prática docente, das
diretrizes do Projeto Político Pedagógico e da realidade e entorno da escola. Sendo assim, cabe ao/à
professor(a) recorrer também a outros materiais de apoio disponíveis na escola e em outras fontes para
ampliar o seu repertório teórico-metodológico, de forma a aprimorar sua prática.
O material de apoio foi elaborado com base nas competências e habilidades do Currículo do
Estado de São Paulo, nas 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC e nos
descritores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), conforme apresentado no
quadro-síntese a seguir.
As sugestões e recomendações foram elaboradas pela Equipe Curricular de Geografia da
Coordenadoria Pedagógica (CPED) e pelos Professores Coordenadores dos Núcleos Pedagógicos das
Diretorias Regionais de Ensino da Secretaria de Estado da Educação (SEE-SP), no sentido de contribuir
com o desenvolvimento das atividades do 2º bimestre de 2019. No Ensino Médio poderá ser observado
uma pluralidade de olhares sobre processos de ensino-aprendizagem com relação à concepção, estilo de
escrita, experiências e referências bibliográficas.
O 2º bimestre da 2ª série do Ensino Médio apresenta orientações didático-pedagógicas,
sugestões de atividades, mapas, filmes, documentários, músicas, artigos de revistas, entre outros, para
serem utilizados como complemento ao desenvolvimento dos conteúdos, competências e habilidades do
Currículo do Estado de São Paulo e da BNCC. Consideramos importante esclarecer que as atividades aqui
propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, dependendo do
seu planejamento e da adequação dos materiais didáticos utilizados à realidade da sua escola e de seus
estudantes.
Os temas desenvolvidos, nesse bimestre, pretendem ampliar o entendimento sobre as origens e
configurações, tanto do espaço industrial, como dos espaços agropecuário e urbano brasileiros. Espera-se
conscientizar os estudantes acerca de seus principais problemas econômicos, sociais e, em certa medida,
ambientais.
Assim, no primeiro tema “Os circuitos da produção (I): o espaço industrial” levará o estudante a
desenvolver habilidades para compreender as diferentes fases da industrialização brasileira, bem como
realizar análises sobre os fatores histórico-geográficos responsáveis pela concentração industrial no
Sudeste brasileiro e o atual estágio da atividade industrial no Brasil. Em continuidade a esse tema, “Os
circuitos da produção (II): o espaço agropecuário” contribuirá para que se possa identificar, por meio de
notícia, mapa, imagem e gráfico, a distribuição da atividade agropecuária no território brasileiro, os
circuitos de produção e os impactos ambientais do agronegócio no Brasil.

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O terceiro tema, “A formação e a evolução da rede urbana brasileira” oportunizará a análise sobre
o papel do meio técnico-científico-informacional nas mudanças dos processos de hierarquia urbana no
Brasil e, em continuidade, o último tema “A revolução da informação e as cidades” irá propor uma
reflexão sobre os problemas socioespaciais urbanos, a fim de que o estudante identifique e proponha
ações para a melhoria das condições de vida nas cidades brasileiras.

Bom trabalho!

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ENSINO MÉDIO – 2ª Série
Temas/Conteúdos Habilidades 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum Relação do Tema com os
Curricular (BNCC) Descritores (SAEB) Sistema
Currículo do Currículo do Estado de São Paulo Nacional de Avaliação da
Estado de São Educação Básica
Paulo

Tema 1- Os  Identificar elementos representativos das C1- Valorizar e utilizar os conhecimentos LP-
Circuitos da diferentes fases da industrialização brasileira; historicamente construídos sobre o mundo físico,
Produção (I): O  Reconhecer fatos e/ou situações social, cultural e digital para entender e explicar a  D1- Localizar informações
Espaço Industrial representativas das etapas do modelo realidade, continuar aprendendo e colaborar para a explícitas em um texto
industrial brasileiro; MAT
construção de uma sociedade justa, democrática e
 Analisar fatores histórico-geográficos inclusiva.  D27 – Ler informações e dados
responsáveis pela concentração da atividade
apresentados em tabelas.
industrial no Sudeste brasileiro;
 D28 – Ler informações e dados
 Ler e interpretar mapas da distribuição da
C2- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à apresentados em gráficos
atividade industrial no Brasil;
abordagem própria das ciências, incluindo a (particularmente em gráficos de
 Comparar dados e informações, expressos
colunas).
em diferentes linguagens, acerca do atual investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e
estágio da industrialização brasileira. a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver problemas e criar
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das diferentes áreas.

TEMA 2: Os  Identificar, por meio da linguagem C5- Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de LP-
circuitos da cartográfica, textos e/ou iconografias, a informação e comunicação de forma crítica,
produção (II): o distribuição da atividade agropecuária no significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas D1 – Localizar informações explícitas
espaço agropecuário território brasileiro; sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, em um texto.
 Reconhecer, com base em textos, mapas acessar e disseminar informações, produzir
e/ou iconografias, os circuitos da produção D4 – Inferir uma informação implícita
conhecimentos, resolver problemas e exercer em um texto.
agropecuária no território brasileiro; protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
 Identificar, com base em textos, mapas e/ou
D11 – Distinguir um fato da opinião
iconografias, os impactos ambientais do
relativa a esse fato.
agronegócio no Brasil.
C7- Argumentar com base em fatos, dados e MAT-
informações confiáveis, para formular, negociar e
defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que D27 – Ler informações e dados
respeitem e promovam os direitos humanos, a apresentados em tabelas.
consciência socioambiental e o consumo responsável

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em âmbito local, regional e global, com posicionamento D28 – Ler informações e dados
ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e apresentados em gráficos
do planeta. (particularmente em gráficos de
colunas).

D1 – Identificar a
localização/movimentação de objeto
em mapas, croquis e outras
representações gráficas.

TEMA 3: A  Analisar o papel do meio técnico-científico- C1 - Valorizar e utilizar os conhecimentos LP-


Formação e a informacional nas mudanças dos processos historicamente construídos sobre o mundo físico,
Evolução da Rede de hierarquização urbana no Brasil; social, cultural e digital para entender e explicar a D1- Localizar informações explícitas
Urbana Brasileira  Analisar a composição da rede urbana realidade, continuar aprendendo e colaborar para a em um texto.
brasileira. construção de uma sociedade justa, democrática e
 Analisar o papel de São Paulo como grande D4 – Inferir uma informação implícita
inclusiva. em um texto.
metrópole nacional e como cidade global;
 Relacionar a dinâmica dos fluxos MAT-
populacionais à organização do espaço
geográfico urbano no Brasil; D34-Resolver problema envolvendo
 Diferenciar os conceitos de rede urbana e de informações apresentadas em tabelas
regiões metropolitanas. e/ou gráficos

TEMA 4: A  Identificar problemas socioespaciais e C7- Argumentar com base em fatos, dados e LP
Revolução da ambientais urbanos, caracterizando-os e informações confiáveis, para formular, negociar e
Informação e as propondo ações para a melhoria das defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que D1- Localizar informações explícitas
Cidades  condições de vida nas cidades brasileiras.   respeitem e promovam os direitos humanos, a em um texto.
consciência socioambiental e o consumo responsável D4 – Inferir uma informação implícita
em âmbito local, regional e global, com posicionamento em um texto.
ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e
do planeta.

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TEMA 1- OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO (I): O ESPAÇO INDUSTRIAL

Habilidades do Currículo Oficial do Estado de São Paulo:


Identificar elementos representativos das diferentes fases da industrialização brasileira;
Reconhecer fatos e/ou situações representativas das etapas do modelo industrial brasileiro;
Analisar fatores histórico-geográficos responsáveis pela concentração da atividade industrial no Sudeste brasileiro;
Ler e interpretar mapas da distribuição da atividade industrial no Brasil;
Comparar dados e informações, expressos em diferentes linguagens, acerca do atual estágio da industrialização brasileira
Competência Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC):
C1- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para
entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
C2- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a
análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas
e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
Relação do Tema com os Descritores (SAEB) Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica:
LP- D1- Localizar informações explícitas em um texto
MAT - D27 – Ler informações e dados apresentados em tabelas; D28 – Ler informações e dados apresentados em gráficos
(particularmente em gráficos de colunas).

Professor(a)!

Os estudos referentes ao tema “Os Circuitos da Produção (I): O Espaço Industrial” enfatiza o processo
de industrialização brasileiro oferecendo uma visão de síntese sobre as bases explicativas que permitem
compreender a consolidação de um polo industrial no Sudeste e de periferias industriais nas demais
regiões do país. Nesse percurso, são sugeridas estratégias didáticas cujo objetivo é elucidar conceitos e
conteúdos fundamentais para o entendimento do espaço industrial brasileiro.

Sensibilização

Os(as) estudantes trazem conhecimentos, contextos familiares e vivências muito diversas entre si,
por isso é essencial identificar quais sentidos eles já têm construídos sobre o processo de industrialização
no Brasil.
Então, para início dessa temática, sugerimos que pergunte a eles se já ouviram falar em Barão de
Mauá, se conseguem citar alguns de seus feitos e peça para que falem sobre a importância dos imigrantes
na industrialização do Brasil. Nesse primeiro momento estimule-os a falar, faça pequenas anotações na
lousa para registrar algumas informações relevantes sobre o conhecimento que eles evidenciaram a
respeito do tema. Após ouvir as respostas esclareça que, desde 1500 até por volta de 1910, o Brasil era
essencialmente exportador de produtos primários, tais como: açúcar, ouro, cacau, pau-brasil, borracha e
café. As pouquíssimas menções industriais anteriores a esse período devem-se principalmente às iniciativas
de Barão de Mauá, também conhecido como Visconde de Mauá (1813 – 1889) que teve entre as suas
realizações a construção da primeira ferrovia brasileira e alguns portos. Sugerimos que apresente o vídeo -
Jovem Visionário - Cena de “Mauá - O Imperador e o Rei" com duração de 4’10 que está disponível
no link: https://www.youtube.com/watch?v=W6JmJYTdR3g. Acesso em: 02 Abr. 2019. A cena
apresentada no vídeo é baseada num episódio real da vida do jovem Irineu Evangelista de Souza, mais
tarde o Barão de Mauá. Ele se mostra um visionário com ideias avançadas que o levaram a ser
reconhecido como um grande empreendedor brasileiro. Lembre-se de que o importante é que se
fomentem as discussões, estimule-os a participarem, pois assim verbalizarão aquilo que sabem e estarão
abertos para novas aprendizagens.
No Material de Atividades Complementares do Estudante – 2º bimestre, sugerimos a análise de
um gráfico que mostra a entrada de imigrantes, por nacionalidade, no Brasil entre os anos de 1884- 1933.
Essa é uma das propostas que dialoga com a competência D28, avaliada pelo SAEB na disciplina de

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matemática, e mobiliza as capacidades de leitura de gráficos. No intuito de subsidiar a análise, e contribuir
para a ampliação do repertório dos estudantes sugerimos que os estimule a assistirem ao documentário
“Imigração italiana: inserção no contexto urbano e rural no Brasil” que integra o projeto "Viva
Itália/SP - História e Memória da Imigração", do CRE Mario Covas. O documentário tem duração de
aproximadamente 19 min e traz uma entrevista com o Professor Dr. Odair da Cruz Paiva, do
Departamento de História da Universidade Federal de São Paulo, que fala das dificuldades enfrentadas
pelos imigrantes, vindo da Itália, durante a viagem e suas inserções no universo do trabalho. O vídeo está
disponível no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=0GjfPlrx01k. Acesso em: 03 Abr. 2019.

Contextualização

O conteúdo proposto nesse tema “Os Circuitos da Produção (I): O Espaço Industrial” está em
consonância com a competência 1 da BNCC que busca “valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
construídos para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva”. E, para que o(a) estudante desenvolva essa competência, a aprendizagem precisa ser
significativa, portanto, é primordial que você professor(a) estabeleça a relação entre os conteúdos
propostos em sala e o que é vivenciado fora dela.
Transposta a etapa prévia, é essencial que sejam retomados alguns aspectos históricos sobre a
revolução industrial clássica, assim como o processo de industrialização no Brasil, a partir da noção de
industrialização recente ou tardia que poderá auxiliar o entendimento do contexto atual. É importante
esclarecer que no Brasil, a indústria deu seus primeiros passos ainda no século XIX e que a economia
cafeeira, dominante nesse período, estimulou a imigração europeia que vinha em busca de melhores
condições de vida e trabalho. Nesse sentido, é fundamental expor que os imigrantes trouxeram novos
hábitos de consumo que incluíam produtos industrializados, bem como um pouco de experiência em
trabalhos como operários e na produção industrial. Aos poucos, foram se instalando indústrias de
alimentos, calçados, tecidos, confecções, fundições, entre outros. Outra sugestão para ampliar o debate é
apresentar o vídeo documental Histórias do Brasil - Café e imigrantes com duração de 2’46”.
Produzido pelo Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), que resgata momentos marcantes da história
brasileira, na transição do século XIX para o século XX. Para assistir, acesse o endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=w7ruMcSZRg0. Acesso em: 05 Abr. 2019.
Para melhor organização da exposição dialogada, sugerimos a divisão do processo industrial por
etapas. É importante ressaltar que tal processo não ocorreu em nível nacional, uma vez que a primeira
região a se desenvolver industrialmente foi a Região Sudeste, conforme pode ser visto no canal Educa
Tube com o vídeo “Concentração Industrial e Fatores Locacionais”. O vídeo mostra que a atividade
industrial é a principal fonte de atração demográfica, urbana e econômica de determinado território e o
que interfere em sua localização. Disponível no endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=v5fdlrnBphk. Acesso em: 07 Abr. 2019. Outra sugestão que poderá
enriquecer as discussões trata-se de uma reportagem do Jornal Estadão sob o título de “Região Sudeste
continua a ser a locomotiva econômica do Brasil”. A reportagem aponta que mesmo com um avanço
mais lento em relação às demais regiões brasileiras nos últimos anos, a economia do Sudeste ainda é a
locomotiva do País. Para leitura acesse: https://bit.ly/2ISHp73 Acesso em: 07 Abr. 2019.

Metodologias

Estimular a curiosidade é fazer com que o estudante tenha vontade de conhecer mais e melhor os
temas que serão abordados. Para que as discussões se tornem interessantes, as aulas devem ser planejadas
com o objetivo de despertar a imaginação, estimulando-os a viajarem pelo tempo, revivendo momentos
que ficaram marcados na nossa história. Nesse sentido, é preciso que você professor(a) atue como
mediador(a) do conhecimento e crie condições para que o estudante vivencie situações enriquecedoras,

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por meio de atividades organizadas em grupos produtivos, debates, entrevistas, músicas, filmes e
documentários que retratam a história da industrialização brasileira, bem como outras atividades que
despertam a reflexão e o raciocínio lógico.
Nesse momento, trazemos algumas sugestões que poderão contribuir para que o(a) estudante
tenha condições de identificar elementos representativos das diferentes fases da industrialização brasileira,
desenvolva a capacidade de reconhecer fatos e/ou situações representativas das etapas do modelo
industrial brasileiro, bem como analisar fatores histórico-geográficos responsáveis pela concentração da
atividade industrial no Sudeste brasileiro. Bem como, mobilizar capacidades de leitura e interpretação de
mapas da distribuição da atividade industrial no Brasil e comparação de dados e informações, expressos
em diferentes linguagens, acerca do atual estágio da industrialização brasileira.
Ao tratar do processo de industrialização no Brasil, no período correspondente a “Era Vargas”,
sugerimos uma breve apresentação do documentário “Getúlio a construção do mito” exibido no
programa “Caminhos da Reportagem” pela TV Brasil. Conforme abordado no documentário, o ex-
presidente Getúlio Vargas deixou sua marca como um dos governantes mais amados e polêmicos da
história do Brasil. Foi responsável por iniciativas marcantes, como a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), a criação da Petrobras e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Por outro lado, conduziu uma
ditadura, perseguiu adversários políticos e manteve a seu favor uma forte máquina de imprensa e
propaganda. Disponível no endereço:
http://tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem/episodio/getulio-a-construcao-do-mito. Acesso em:
03 Abr. de 2019.
Em relação ao período histórico referente ao governo JK – Juscelino Kubitscheck, apresente a
sinopse do filme “O Menino Que Sonhou o Brasil”, com duração de 58 min e fomente o interesse para
que os estudantes assistam em outro momento. O documentário dirigido pelo cineasta Silvio Tendler
discute a história política do Brasil, centrando-se na figura do presidente Juscelino Kubitschek,
mostrando-o como o responsável por um dos períodos mais democráticos do nosso país. Disponível no
endereço: https://www.youtube.com/watch?v=t4c1nmS7TSQ. Acesso em: 03 Abr. 2019.
Outra sugestão é o filme “Os Anos JK - Uma Trajetória Política” com duração de 1h50 min.
O filme aborda temas como a consolidação da democracia no país, a construção de Brasília e a
industrialização nesse período. O documentário está disponível no endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=Tk_YGWhFce8. Acesso em: 03 Abr. 2019.
Em se tratando do período militar, indicamos o documentário de aproximadamente 10 min
intitulado “Os números por trás do ‘milagre econômico’ da ditadura no Brasil”, que aborda a
situação do país quando o governo militar assumiu em 1964, com a desorganização da economia, o
desequilíbrio fiscal, inflação alta e desemprego. E que logo após assumir, conseguiu modernizar a
economia, mas a custa de um preço muito alto que acabou sendo pago após a redemocratização, como
hiperinflação e dívida externa estratosférica. Para assistir acesse o link:
https://www.youtube.com/watch?v=JOV3ecd92Xk. Acesso em: 03 Abr. 2019. Se o acesso ao vídeo não
for possível, nesse momento, deixamos o link do texto escrito que está disponível no endereço:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45960213. Acesso em: 03 Abr. 2019.
Sobre a década de 80, conhecida como “década perdida”, sugerimos a leitura da matéria
“Desafios do desenvolvimento” escrita por Gilberto Marangoni, para o Instituto de Pesquisas
Econômicas Aplicadas (IPEA). A matéria traz um panorama dos anos 1980 que ficaram conhecidos como
“a década perdida”, na América Latina. Traz dados referentes a taxas de crescimento do PIB no período
de 1968 a 1982, à aceleração da inflação entre os anos de 1980 e 1990, passando pela produção industrial,
poder de compra dos salários, nível de emprego, balanço de pagamentos e inúmeros outros indicadores. A
matéria está disponível no endereço: https://bit.ly/2UAoYGG. Acesso em: 03 Abr. 2019.
A década de 1990, o neoliberalismo e a globalização da economia marcaram o período da abertura
econômica e da política de privatizações. Nesta etapa, sugerimos a realização de uma aula expositiva
dialogada sobre a globalização, o neoliberalismo e a industrialização no Brasil atual, de modo a estimular

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que os estudantes pesquisem sobre a abertura econômica e a política de privatizações na década de 1990,
como também os principais obstáculos enfrentados pelo Brasil, para se inserir na Terceira Revolução
Industrial ou Tecnológica.
Com o intuito de ampliar o repertório cultural e aguçar o senso crítico dos estudantes, sugerimos
a música Globalização - O Delírio do Dragão, da Tribo de Jah que faz parte do álbum Reggae na
Estrada, lançado em 1998. Porém, antes de apresentar a música “Globalização - O Delírio do Dragão da
Tribo”, pergunte a eles se conhecem a Tribo de Jah e conhecem uma característica peculiar da banda, já
que cinco dos seis integrantes são deficientes visuais, quatro são cegos e um tem visão parcial. Aproveite o
momento para chamar a atenção sobre a importância em garantir ações que promovam a inclusão e
fortaleça valores, como a alteridade e respeito às diferenças. Apresente um trecho da reportagem sobre a
banda disponível no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=NvE4H9S_T7I. Acesso em: 10 Abr.
2019. Intitulado “Tribo de Jah: integrantes superam desafios”, o vídeo mostra que a banda é reconhecida
nacionalmente e conta um pouco da história do grupo. Após conhecerem ou relembrarem um pouquinho
mais da história de banda, apresente a letra da música Globalização - O Delírio do Dragão. Destacamos
que esclarecer o contexto de produção da música, potencializa o desenvolvimento da capacidade de
apreciação e réplica. Nessa perspectiva, é fundamental situar em que momento foi criada a letra, quem é o
autor e qual a finalidade da mensagem que a música traz. O vídeo está disponível no endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=ZyWjvl7ElU4. Acesso em: 10 Abr. 2019. Após assistirem,
questione-os sobre o que entenderam da letra, sugira que registrem e socializem suas interpretações com
os demais colegas da turma.
No decorrer desse processo, com as discussões promovidas entre os colegas, as pesquisas
sugeridas e a realização das Atividades Complementares do Estudante – 2º bimestre espera-se que os
estudantes tenham adquirido domínio sobre os conceitos, competências e habilidades trabalhados e
consigam aprofundar seus conhecimentos em relação ao atual momento da indústria brasileira.
Nessa perspectiva, para compreender a indústria nos dias de hoje, indicamos a pesquisa na
ferramenta interativa “Perfil da Indústria”, que apresenta dados estatísticos sobre o setor industrial
brasileiro, sua produção e sua importância na economia nacional, assim como a comparação e o ranking
entre os estados brasileiros. O acesso está disponível no endereço:
http://perfildaindustria.portaldaindustria.com.br/. Acesso em: 04 Abr. 2019.
Professor(a), lembramos que são apenas algumas sugestões para ampliar o repertório de
conhecimento dos estudantes acerca dos conteúdos trabalhados e poderão subsidiá-los na realização das
Atividades Complementares do Estudante – 2º bimestre. Ressaltamos que é fundamental que você
complemente e/ou selecione as sugestões que considerar mais adequadas.

Avaliação e Recuperação

A avaliação deve ser compreendida como um momento de aprendizagem, portanto deve ter
caráter formativo e informativo. É importante que seja abrangente e que avalie o domínio dos conteúdos
conceituais, atitudinais e procedimentais, por meio do envolvimento dos estudantes nas discussões,
compreensão das instruções para a realização das atividades, na organização das tarefas dentro de cada
grupo, na cooperação com os colegas, nas leituras e interpretações das imagens e textos, bem como na
produção mapas e no desenvolvimento da autonomia e criatividade na realização dos trabalhos. Ao avaliar
o percurso, é imprescindível que perceba as lacunas na aprendizagem e sejam oferecidos novos recursos
para preenchê-las. Assim, sugerimos que seja proposto aos estudantes uma autoavaliação para identificar
seus avanços e fragilidades.

Diante dos resultados da avaliação, ao identificar as defasagens, promova atividades de pesquisa


em livros de história sobre o assunto, solicite que busquem por músicas ou filmes que retratem os
conteúdos estudados.

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A revista Nova Escola publicou uma reportagem com o título “11 respostas para as questões
mais comuns sobre recuperação”, elucidando às maiores dúvidas de quem enfrenta o desafio de
garantir a aprendizagem de todos os(as) estudantes. A matéria propõe ações para fazer o diagnóstico,
orienta como analisar os resultados e sugere diversas maneiras de realizar a recuperação. Para ler a
publicação acesse: https://novaescola.org.br/conteudo/1338/11-respostas-para-as-questoes-mais-
comuns-sobre-recuperacao Acesso em: 04 Abr. 2019. Esperamos que essa sugestão de leitura possa
contribuir para o desenvolvimento do seu trabalho com a recuperação das aprendizagens dos(as)
estudantes.

TEMA 2: OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO (II): O ESPAÇO AGROPECUÁRIO

Habilidades do Currículo Oficial do Estado de São Paulo:


Identificar, por meio da linguagem cartográfica, textos e/ou iconografias, a distribuição da atividade agropecuária no
território brasileiro;
Reconhecer, com base em textos, mapas e/ou iconografias, os circuitos da produção agropecuária no território brasileiro;
Identificar, com base em textos, mapas e/ou iconografias, os impactos ambientais do agronegócio no Brasil.
Competência Gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC):
C5- Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e
ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
C7- Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e
do planeta.
Relação do Tema com os Descritores (SAEB) Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica:
LP - D1 – Localizar informações explícitas em um texto; D4 – Inferir uma informação implícita em um texto; D11 –
Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
MAT- D27 – Ler informações e dados apresentados em tabelas; D28 – Ler informações e dados apresentados em gráficos
(particularmente em gráficos de colunas); D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras
representações gráficas.

Os circuitos da produção (II): o espaço agropecuário aborda conteúdo sobre a concentração de


terras rurais e o uso da terra no Brasil, tal como apresenta uma visão de síntese em relação ao agronegócio

Sensibilização
e o uso excessivo de agrotóxicos para aumento da produtividade e lucratividade. As reflexões aqui
propostas vão ao encontro da competência 7 da BNCC, que tem como foco o desenvolvimento da
capacidade de “argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do
planeta”.
Com o intuito de aquecer as discussões e fazer o levantamento prévio dos conhecimentos
relacionados aos “Circuitos da produção: o espaço agropecuário” lançamos um desafio, em equipe, que
contribuirá também para a promoção de ações protagonistas pelos(as) estudantes. Para Costa (2000, p.
126), “...o protagonismo juvenil é uma forma de reconhecer que a participação dos adolescentes pode
gerar mudanças decisivas na realidade social, ambiental, cultural e política em que estão inseridos [...]
Assim, o protagonismo juvenil, tanto quanto um direito, é um dever dos adolescentes”.
Nessa perspectiva, professor(a), o seu apoio e incentivo são fundamentais para estimular a
participação das equipes. Além de identificar o que os estudantes sabem a respeito do tema, o desafio
contribui para desenvolver o senso crítico em relação à checagem de fontes de informações que circulam,

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principalmente, pelas redes sociais, e motiva para que os jovens tomem a frente dos processos e, ao
mesmo tempo, vivenciem possibilidades de escolha e de responsabilidades.
Para a realização do desafio será necessário: livros, revistas, jornais, internet e outros recursos
disponíveis na escola, papel cartão ou cartolina nas cores verde e vermelha, folha de caderno ou sulfite,
canetas e tesoura. Para apoiá-lo no desenvolvimento do desafio recomendamos as seguintes etapas:
Passo 1. Estimule os estudantes a formarem suas equipes, preferencialmente grupos pequenos para otimizar as
discussões e a pesquisa;
Passo 2. Incentive cada equipe a elaborar um nome criativo e a escolher um Líder para representá-los e mediar as
discussões;
Passo 3. Oriente cada equipe para elaborar pelo menos 5 frases afirmativas, que podem ser verdadeiras (FATO) ou
falsas (FAKE) sobre os temas: agronegócio, fome no mundo, movimentos sociais relacionados às questões agrárias,
produção agrícola no Brasil, desmatamento, agroecologia, agrotóxico, latifúndios, violência no campo, políticas
ambientais e sustentabilidade;
Passo 4. Disponibilize materiais didáticos para pesquisa e elaboração das frases, solicite antecipadamente que tragam
jornais ou revistas, incentive-os a pesquisarem no acervo da sala de leitura e/ou pela internet.

Seguem algumas frases afirmativas, com suas respectivas respostas e fontes de pesquisa, para
inspirá-los nessa etapa:

O Brasil é um dos maiores exportadores agrícolas do mundo. FATO OU FAKE? (FATO) Fonte:
Revista Globo Rural: https://glo.bo/2Da15Cj Acesso em 06 Abr 2019.

A Agroecologia é um sistema de produção que utiliza apenas 50% do agrotóxico utilizado na


agricultura comercial comum e só existe em países da Europa. FATO OU FAKE? (FAKE) Fonte:
Viva sem Veneno. https://www.vivasemveneno.com.br/o-que-e-agroecologia Acesso em 06 Abr 2019.

Enfatizamos que são apenas sugestões para contribuir na elaboração do desafio e que é
fundamental que as equipes tenham autonomia e sintam-se motivadas para elaborarem suas próprias
afirmativas.

Passo 5. Solicite a cada equipe que elabore as afirmativas e escreva se são fatos ou fakes com suas respectivas fontes
de pesquisa numa folha em branco. É fundamental reforçar a importância de pesquisarem fontes confiáveis e
verificarem a informação em mais de uma fonte. E lembre-se de alertá-los que o sigilo das frases é muito importante,
portanto nenhuma equipe deverá ver o que a outra equipe pesquisou antes do desafio.
Passo 6. Distribua para cada equipe um cartão verde e um cartão vermelho.
Passo 7. Estimule-os a criarem um critério para indicar qual equipe iniciará o desafio.
Passo 8. Hora do desafio! A equipe indicada deverá ler a primeira afirmativa e perguntar se é fato ou se é fake. As
demais equipes deverão discutir a afirmativa e chegar num consenso se é verdadeira (FATO) ou se é falsa (FAKE).
No momento indicado, o Líder deverá levantar o cartão verde se a equipe concluir que a resposta é verdadeira e
vermelho se acharem que é falsa.
Passo 9. Após todos levantarem o cartão a equipe que fez a pergunta deverá responder se a informação é verdadeira
ou se é falsa. Se for falsa o líder deverá ler a informação correta e também qual foi a fonte pesquisada.
Passo 10. Sugerimos que você Professor(a) escreva o nome das equipes na lousa e registre as suas respectivas
pontuações no decorrer do desafio. Ao final, a equipe que teve o maior número de acertos será a vencedora.

Contextualização

Uma vez transposta a etapa de sensibilização e ativação dos conhecimentos prévios, sugerimos a
leitura de uma reportagem especial sobre o latifúndio no Brasil feita pela ONG Repórter Brasil, que está
disponível no endereço: https://reporterbrasil.org.br/2006/08/especial-o-latifundio-no-brasil/. Acesso

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em: 10 Abr. 2019. A reportagem afirma que a raiz da desigualdade social no Brasil está na concentração
de terras rurais nas mãos de poucas pessoas. É importante que após a leitura, você, professor(a), estimule
o debate, selecione e organize as opiniões dos estudantes sobre a compreensão do texto e sistematize os
novos conhecimentos para maior aprofundamento do tema e desenvolvimento de estratégias que
promovam a argumentação.
Para diversificar as fontes de pesquisa, propomos a leitura da reportagem do jornal “O Globo”
sob o título de “Concentração de terra cresce e latifúndios equivalem a quase três estados de
Sergipe”. A matéria divulgou dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), nos
quais revela que, entre 2010 e 2014, as propriedades privadas no país saltaram de 238 milhões para 244
milhões de hectares. Para ler, acesse o link: https://oglobo.globo.com/brasil/concentracao-de-terra-
cresce-latifundios-equivalem-quase-tres-estados-de-sergipe-15004053. Acesso em: 11 Abr. 2019.
Em se tratando do uso da terra no Brasil, sugerimos análise do Mapa “Uso da terra
(predominância) – 2006 que faz parte do Atlas da Questão Agrária Brasileira. O Atlas é resultado da
tese de doutorado, do Professor Eduardo Paulon Girardi, defendida no Programa de Pós-Graduação da
Faculdade de Ciências e Tecnologia- FCT/Unesp. O objetivo no trabalho foi a elaboração de um estudo
sobre os principais temas da questão agrária no Brasil dando ênfase à sua expressão territorial. Foram
analisados os problemas (pobreza, desflorestamento, concentração fundiária, violência no campo, entre
outros) e também a luta pela terra, a produção agropecuária, a dinâmica populacional e alguns aspectos da
configuração territorial. O Atlas está disponível no endereço:
http://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/estrutura_fundiaria.htm. Acesso em: 11 Abr. 2019.
Para contextualizar os conteúdos tratados, bem como ampliar os estudos sobre o agronegócio no
Brasil e mobilizar, nos estudantes, a capacidade de reconhecer os circuitos da produção agropecuária no
território brasileiro, trazemos algumas sugestões:
Banana, café, mandioca: onde são cultivados vegetais e grãos no Brasil - a partir de dados do
IBGE, o Nexo Jornal publica 40 mapas demonstrando a localização de cultivos de diferentes de vegetais,
no Brasil, em 2015. Link para matéria: https://bit.ly/2X2484A Acesso em: 10 Abr. 2019.
O avanço da soja no cerrado brasileiro, mapeado pela Nasa - divulgada pela revista Super
Interessante, a matéria mostra que entre 2000 e 2014, a área destinada a plantar essa commodity no
interior do País – em estados como Bahia, Piauí e Maranhão – cresceu 87%. Boa parte dela abrigava
vegetação nativa, originalmente. Disponível no link: https://bit.ly/2IoSlsR. Acesso em: 10 Abr. 2019.
Brasil é o 2º maior produtor mundial de alimentos geneticamente modificados – A Agência Senado
informa que empresa Calgene, dos Estados Unidos, iniciou a entrada do mundo em um novo ciclo da
agricultura: a era dos transgênicos. Em 1994, a empresa começou a comercializar um tomate
geneticamente modificado para ser mais resistente e chegar ainda rijo ao consumo. Disponível no link:
https://bit.ly/2HXxb2U. Acesso em: 11 Abr. 2019.
Brasil passa a ser 3º maior exportador agrícola, mas clima ameaça futuro – a revista Globo Rural
divulgou levantamento da FAO mostrando que o país terminou o ano de 2016 com uma fatia de 5,7% do
mercado global, abaixo apenas dos Estados Unidos e Europa. Disponível no endereço:
https://glo.bo/2Da15Cj. Acesso em: 11 Abr. 2019.
Atlas da Agropecuária Brasileira - O Atlas é um banco de dados sobre o uso da terra e da safra
brasileira, fruto da parceria do Imaflora e Geolab/Esalq-USP. Os dados são extraídos de pesquisas
realizadas pelo IBGE com os Censos Agropecuários de 1970 a 2017 e com as pesquisas municipais sobre
pecuária, extração vegetal na silvicultura, abate e agrícola de 1990 a 2017. Para explorar a plataforma,
acesse: http://atlasagropecuario.imaflora.org/. Acesso em: 11 Abr. 2019.
Além dos sites sugeridos que permitem entender e analisar a ocupação e uso da terra no Brasil
destacamos a Plataforma MapBiomas, que detalha o uso da terra no país entre 1985 e 2017. A
ferramenta permite a investigação da ocupação territorial de qualquer parte do Brasil, ano a ano, com
resolução de 30 metros. O MapBiomas foi construído a partir de imagens tornadas públicas pelo
programa americano de satélites Landsat. Esses arquivos continham imagens em alta resolução de todo o

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território brasileiro a partir de 1985. Com o MapBiomas é possível constatar, por exemplo, que nos
últimos 33 anos, a Amazônia foi o bioma que mais perdeu áreas de florestas, mas, proporcionalmente, o
Cerrado foi o mais devastado, com 18% de perdas líquidas. O Pampa perdeu 15%, a Caatinga, 8% e o
Pantanal, 7%. Na contramão, a Mata Atlântica perdeu 5 milhões de hectares, mas, nos últimos dez anos, a
regeneração superou o desmate. Ressaltamos que a plataforma contém informações, mapas, dados e
infográfico interessantíssimos que contribuirão para tornar as aulas mais atrativas, instigar a curiosidade
dos estudantes e dar sentido aos conteúdos e conceitos desenvolvidos, tornando a aprendizagem
significativa. Antes de buscar informações específicas, sugerimos que conheça o projeto, pois acreditamos
que isso facilitará a exploração dos recursos oferecidos na plataforma e otimizará a pesquisa. Disponível
no endereço: http://mapbiomas.org/pages/video. Acesso em: 11 de Abr. 2019.
Ao tratar de conteúdos relacionados ao agronegócio, é importante esclarecer aos estudantes que
este tem sido, há décadas, uma das principais fontes de sustentação econômica e social do Brasil. As
condições do clima, a qualidade do solo, a extensão territorial e os esforços conjuntos de instituições
públicas e privadas direcionados ao desenvolvimento científico e tecnológico do setor, diferenciam o
Brasil de seus concorrentes e o tornam um dos maiores produtores e exportadores agrícolas do mundo.
Entretanto, se por um lado comemora-se o destaque do Brasil nesse setor, por outro existe uma série de
desafios ao desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro, como equilíbrio entre a produtividade
e a sustentabilidade social e ambiental.
Nessa perspectiva reforçamos que ao abordar os conteúdos propostos nos sites mencionados, nos
livros didáticos ou em outras fontes que considerar relevante, estimule o pensamento crítico dos
estudantes, leve-os a refletirem sobre quem paga os altos custos provocados pela expansão da
agropecuária no Brasil e pela competição por maior produtividade potencializada pela utilização
desenfreada de agrotóxicos.
Solicite aos estudantes que se atentem aos noticiários apresentados em diferentes canais de
televisão ou que pesquisem nas ferramentas de busca, na internet, para que constatem quais as políticas
atuais em prol do agronegócio. Para auxiliá-lo nessa etapa sugerimos alguns sites:
O lado nada pop do agronegócio - O agronegócio ocupa papel de protagonismo no noticiário
brasileiro. Por um lado, chamam a atenção os resultados do setor, que têm sido o fiador da balança
comercial do país e um importante pilar do Produto Interno Bruto (PIB). Por outro lado, esse prestígio
não se sustenta quando o foco se volta para a preocupação ambiental e o respeito aos direitos trabalhistas.
Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/economia/o-lado-nada-pop-do-agronegocio/. Acesso
em: 13 Abr. 2019.
O “alarmante” uso de agrotóxicos no Brasil atinge 70% dos alimentos – reportagem do Jornal El
Pais mostra que mais da metade das substâncias usadas aqui são proibidas em países da União Europeia e
nos EUA e desde 2008, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de consumo de agrotóxicos.
De acordo com os dados apresentados a quantidade de agrotóxicos consumidos no Brasil é equivalente ao
consumo de um galão de cinco litros de veneno, por brasileiro, a cada ano. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/29/politica/1430321822_851653.html. Acesso em: 13 Abr.
2019.
Entenda o que são os agrotóxicos e quais riscos representam – “Segundo dossiê publicado pela
ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva e realizado em conjunto com o Ministério da Saúde:
64% dos alimentos no Brasil são contaminados por agrotóxicos; 34.147 intoxicações por esses produtos
foram notificadas no SUS entre 2007 e 2014; 288% foi o percentual de aumento do uso dos agrotóxicos
no Brasil entre 2000 e 2012 e o faturamento da indústria de agrotóxicos no Brasil em 2014 foi de 12
bilhões de dólares”. Essas e outras informações de grande relevância são tratadas pelo Guia do Estudante.
Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/entenda-o-que-sao-os-
agrotoxicos-e-quais-riscos-representam/. Acesso em: 13 Abr. 2019.
Comissão da Câmara aprova Pacote do Veneno - O projeto PL 6299/2002, conhecido como Pacote
do Veneno, autoriza registro de agrotóxicos com substâncias que potencializam câncer, mutações

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genéticas, desregulações endócrinas e malformações fetais, além de retirar prerrogativas dos ministérios do
Meio Ambiente e da Saúde nos processos de análise e registro de pesticidas, concentrando o poder de
veto no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Disponível em:
https://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?uNewsID=66222. Acesso
em: 13 Abr. 2019.
Apicultores brasileiros encontram meio bilhão de abelhas mortas em três meses – Notícia
divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) aponta que “Albert Einstein previu no
século passado que, se as abelhas desaparecessem da superfície da Terra, o homem teria apenas mais
quatro anos de vida. A morte em grande escala desse animal, interpretada como apocalíptica na época, é
hoje um alerta real”. Disponível em: https://bit.ly/2GBxmjV. Acesso em: 13 Abr. 2019.
Morte de abelhas preocupa apicultores brasileiros – Algumas espécies já estão desaparecendo. Nos
últimos três meses, mais de 500 milhões de abelhas foram encontradas mortas por apicultores do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Pesquisadores e produtores alertam sobre o
problema. Reportagem (5 min) apresentada pela TV Claret. Para assistir acesse o link
https://www.youtube.com/watch?v=gTDgAuvMfw4. Acesso em: 13 Abr. 2019.
Filme: O Veneno está na Mesa – A Trilogia da Terra mostra os riscos do uso de agrotóxicos na
produção de alimentos e as alternativas a esse modelo de agricultura. Documentário dirigido pelo cineasta
brasileiro, Silvio Tendler. Duração 50 min. Para assistir acesse o link
https://www.youtube.com/watch?v=8RVAgD44AGg. Acesso em: 13 Abr. 2019.
Uma série de reportagens apresentadas, recentemente, pelo Programa Globo Rural aborda os
riscos provocados pelo uso do agrotóxico e mostra também técnicas de uso racional, de forma mais
sustentável, sem reduzir a produtividade. São elas:
Brasil tem 40 mil casos de intoxicação por agrotóxicos em uma década – a reportagem (10 min)
mostra que usar agrotóxicos para combater pragas e doenças é algo comum na maior parte dos sítios e
fazendas do Brasil, mas esses produtos podem trazer sérios riscos para as pessoas e para o meio ambiente,
principalmente quando mal utilizados. Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/7501164/. Acesso
em: 13 Abr. 2019.
Intoxicação por agrotóxicos pode levar à cegueira e à morte: veja histórias de vítimas - a
reportagem (9 min) faz um alerta: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) para cada caso
notificado de intoxicação por agrotóxicos há outros 50 que não são relatados. Disponível em:
https://globoplay.globo.com/v/7501172/. Acesso em: 13 Abr. 2019.
Manejo correto da terra evita contaminação de rios por agrotóxicos – reportagem, com duração de 8
min, fala de técnicas que permitem a utilização mais racional do uso dos agrotóxicos com resultados
positivos para a natureza e para os agricultores. Disponível em:
https://globoplay.globo.com/v/7520993/. Acesso em: 13 Abr. 2019.
Programas reduzem uso de agrotóxicos e dano ambiental, e geram economia para produtor - a
reportagem (11min) mostra que é possível conseguir altas produtividades na lavoura e reduzir o uso de
agrotóxicos. Por meio das duas tecnologias consagradas: o MID- Manejo Integrado de doenças e MIP –
Manejo integrado de pragas. Para isso é preciso conhecer o lugar onde será cultivado, ficar atento ao que
acontece no clima da região e especialmente monitorar a lavoura. Disponível em:
https://globoplay.globo.com/v/7521004/. Acesso em: 13 Abr. 2019.
As discussões e pesquisas realizadas contribuirão para a análise do gráfico que mostra o total de
agrotóxicos registrados entre os períodos de 2004 a 2018, a análise das imagens e das questões sugeridas
nas atividades complementares. Essas atividades atendem habilidades propostas no Currículo Oficial de
São Paulo correspondente ao desenvolvimento da capacidade de identificar os impactos ambientais do
agronegócio no Brasil, além de dialogar com a competência 7 da BNCC, já descrita na etapa da
sensibilização.
Para instigar o senso crítico e levá-los a maior reflexão acerca das pesquisas e discussões
realizadas, pergunte aos estudantes se eles conhecem outras alternativas mais sustentáveis para a produção

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de alimentos no Brasil. Pergunte se já ouviram falar da agenda de desenvolvimento sustentável proposta
pela ONU.
Após ouvir as respostas dos estudantes, explique que em 2015, a Organização da Nações Unidas
(ONU) propôs aos seus países membros, uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os
próximos 15 anos, a Agenda 2030, composta pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O 15º objetivo é Vida Terrestre e tem como foco “proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos
ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a
degradação da terra e deter a perda”. Após esse diálogo indicamos que apresente o vídeo O que são os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=u2K0Ff6bzZ4. Acesso em: 14 Abr. 2019. Divulgado no site da
ONU Brasil, o vídeo tem duração de 3min e mostra que em 2015, 193 países membros das Nações
Unidas adotaram uma nova agenda de desenvolvimento sustentável e um acordo global sobre as
mudanças climáticas.
Uma outra sugestão intitulada O que são os ODS? Disponibilizado no canal ODS Jornada
2030, o vídeo com duração de aproximadamente 2 min explica cada um dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4zQ3Q9_TFD0.
Acesso em: 14 Abr. 2019.
Os vídeos e as discussões contribuirão para o desenvolvimento das atividades complementares
propostas aos estudantes, na qual sugerimos a correlação entre uma imagem que mostra a utilização de
agrotóxicos numa área de cultura voltada para exportação e a proposta do 15º ODS.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a agroecologia é o caminho “Um dos
modelos de produção adotados como alternativa hoje é a agroecologia, que tem como propósito
desenvolver um estilo de agricultura mais sustentável, com uma perspectiva sistêmica da natureza.
(...)Nesse modelo de produção, o uso de fertilizantes químicos é reduzido ou eliminado a partir da adoção
de algumas espécies de plantas na produção, respeitando à biodiversidade e a rotação de culturas. Dessa
maneira, o solo, não perde os nutrientes necessários para continuar produzindo alimentos e, portanto,
reduz a necessidade da aplicação de produtos químicos”. Fonte: Guia do Estudante. Disponível em:
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/entenda-o-que-sao-os-agrotoxicos-e-
quais-riscos-representam/. Acesso em: 13 Abr. 2019.
Na expectativa de facilitar a compreensão dos estudantes em relação à agroecologia e/ou de
tornar as atividades atrativas para os alunos, sugerimos uma série de vídeos de curta duração sobre o tema:
Agroecologia - Planeta - Parte 1 – O canal Planeta apresenta uma reportagem da Rede Minas que
mostra como a retomada de antigas práticas tem melhorado a qualidade dos produtos colhidos no campo.
A agroecologia, um movimento que surgiu na década de 1960 tem ganhado força no país. O vídeo tem
duração de 12 min e está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HB6Y61VLBjM. Acesso
em: 14 Abr. 2019.
Brasil Agroecológico - Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo)- o vídeo
mostra que o Brasil Agroecológico tem como principal missão articular políticas e ações de incentivo ao
cultivo de alimentos orgânicos e com base agroecológica e representa um marco na agricultura brasileira
(4min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ICz3NGOl2Ec. Acesso em: 14 Abr. 2019.
Viva Sem Veneno - Episódio 2: Agroecologia é Vida - Websérie Documental sobre a agroecologia e
mostra que essa técnica é apontada no mundo inteiro como uma solução para a alimentação saudável e
sustentável (11min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=afD0qhSxmPk. Acesso em: 14
Abr. 2019.
Vale destacar que as fontes de pesquisa sugeridas contêm informações diversificadas e atualizadas.
Cabe a você Professor(a) selecionar a que considerar mais relevante e indicar como leitura complementar
ou fonte de pesquisa aos estudantes.

Saiba Mais

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Para contribuir no desenvolvimento do olhar crítico dos estudantes e ampliar seus conhecimentos sugerimos a
música “Reis do Agronegócio” escrita por Carlos Rennó na voz do cantor paraibano Chico César. A música traz
uma denúncia e um grito de alerta sobre os crimes cometidos pelos “reis” do agronegócio que priorizam o lucro
acima de tudo, poluindo o meio ambiente, desmatando e utilizam venenos indiscriminadamente na produção de
alimentos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WFYyV1DR4uk. Acesso em: 19 Mar. 2019.

Metodologias

A tecnologia na educação é uma realidade indiscutível nos dias atuais. Foi-se o tempo em que os
métodos de ensino centravam-se somente, em aulas expositivas e livros didáticos. A Era Digital ajudou a
reinventar as formas de ensinar e aprender. Entretanto com o maior acesso à internet e consequentemente
às redes sociais, uma nova preocupação surge, a disseminação de notícias falsas, conhecidas como Fake
News. A viralizacão de publicações fomenta fenômenos como o da pós-verdade, em que as opiniões
importam mais do que os fatos em si. Assim, torna-se menos importante checar a veracidade da
informação do que simplesmente acreditar que aconteceu. Uma pesquisa feita pelo Centro Regional de
Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), em 2016, revelou que cerca de
30% das crianças e adolescentes de 11 a 17 anos, usuários de internet, afirmaram que não verificam se
uma informação na rede está correta ou não. Disponível no endereço: https://bit.ly/2IEv5rM Acesso em:
05 Abr. 2019.
Considerando esse cenário, buscamos articular as atividades propostas no caderno de atividades
dos alunos e as orientações metodológicas com a competência 5 da BNCC que busca “compreender, utilizar
e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. Acreditamos que a escola tem papel fundamental”.
Nesse contexto, acreditamos que a escola não pode ficar à margem do que acontece no mundo virtual e,
especialmente, nas redes sociais, porque o que acontece nelas tem influência na vida real. É preciso unir
forças com o intuito de educar os estudantes para a convivência no mundo real e no virtual, aproveitar os
momentos, usar os diferentes temas e espaço para promover ações que desenvolvam a ética, a tolerância e
a Cultura de Paz. Por isso, sugerimos o desafio “É FATO ou é FAKE?” para levantar os conhecimentos
prévios acerca dos conceitos relacionados ao espaço agropecuário e provocar discussões e reflexões sobre
a disseminação de boatos, notícias e informações falsas. Para maior aprofundamento e outras sugestões de
trabalho em sala de aula disponibilizamos alguns sites:
5 Sugestões de atividades para falar sobre notícias falsas em sala de aula - publicada em 2018 a
Revista Nova Escola traz 5 sugestões de atividades para falar sobre notícias falsas em sala de aula.
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/12460/. Acesso em: 05 Abr. 2019.
EUA fazem o maior estudo sobre fake news nas redes sociais - reportagem do Jornal o Globo
divulga esse estudo feito pelos EUA e entrevista pesquisadores que concluem que informações falsas se
difundem de forma mais rápida e abrangente do que as notícias reais. Disponível em:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/03/eua-fazem-o-maior-estudo-sobre-fake-news-nas-
redes-sociais.html. Acesso em: 05 Abr. 2019.
Especial Latifúndio – Concentração de terra na mão de poucos custa caro ao Brasil- Para
mobilizar as capacidades de leitura e desenvolver competências que poderão ser aferidas nas avaliações do
SAEB de Língua Portuguesa e Matemática, indicamos no caderno de atividades dos estudantes a leitura de
uma reportagem especial da ONG Repórter que trata da concentração de terras rurais no Brasil, da
violência no campo e da importância das pequenas propriedades do ponto de vista econômico, social e
ambiental. Para ler a reportagem na íntegra, acesse link: https://reporterbrasil.org.br/2006/07/especial-
latifundio-concentracao-de-terra-na-mao-de-poucos-custa-caro-ao-brasil/. Acesso em: 05 Abr. 2019.

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A indicação de textos escritos, gráficos, imagens e mapas tem como objetivo incentivar os
estudantes a adquirirem noções básicas sobre os conceitos e conteúdos trabalhados, bem como o domínio
de habilidades e competências previstas para essa etapa do conhecimento, levando-os, de modo gradativo,
a se posicionarem diante de problemas a ele relacionados. Ressaltamos que, ao promover atividades com
diferentes gêneros textuais, precisamos deixar claro para os estudantes qual é o objetivo da leitura, o que
se pretende com determinado texto. Pois é o objetivo que determina as estratégias responsáveis pela
compreensão objeto de leitura e quando aparece um obstáculo, percebemos e buscamos caminhos para
desfazê-lo. Portanto, saber o que se pretende com a leitura que vamos fazer é o que nos permite atribuir
sentido e é uma condição necessária para abordar essa atuação com maior segurança e garantia de êxito.
Sendo assim, destacamos que nenhuma leitura, filme ou música deve ser proposta sem que se encontrem
motivos para ela, ou seja, sem que esteja claro o seu sentido.

Avaliação e Recuperação

Para avaliar se as expectativas de aprendizagens foram alcançadas e se os estudantes adquiriram as


competências e habilidades esperadas sugerimos algumas estratégias de avaliação:

A primeira estratégia refere-se à participação individual nas aulas e nas discussões;


A segunda corresponde a avaliação da participação em grupo. Observe se o estudante aceita trabalhar em
equipe, se é solidário e tem espírito de colaboração, se sabe ouvir e respeitar a opinião dos colegas e se
contribui para o desenvolvimento das atividades.
Na terceira estratégia sugerimos a proposta lançada pelo Guia do Estudante, na qual, os estudantes
deveriam escrever uma dissertação sobre o tema “O uso de agrotóxicos no Brasil e no mundo” a partir
da leitura de textos motivadores. Os textos motivadores e as orientações para elaboração da produção de
texto estão disponíveis no endereço: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/redacao-para-o-enem-e-
vestibular/analise-de-redacao-o-uso-de-agrotoxicos-no-brasil-e-no-mundo/. Acesso em: 14 Abr. 2019.
Solicite que façam a produção de texto em folha à parte. Proponha uma parceria com o(a) Professor(a) de
Língua Portuguesa para auxiliá-lo na correção.
E, por fim, sugerimos a ficha para avaliar os filmes, documentários ou reportagens assistidas ou se preferir
como proposta de recuperação, caso julgue necessário. Conforme segue:

FICHA DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

Nome/Turma:

Título:

Ano que foi produzido: Filme ( ) Documentário ( ) Reportagem ( )

Palavras chaves:

Ideia ou mensagem central :

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Cena/fato de maior impacto. Justifique:

Qual a contribuição do vídeo para a compreensão do tema:

Relacione as contribuições do vídeo para a sua vida:

Qual a sua opinião sobre o vídeo: ( ) ótimo ( ) muito bom ( ) bom ( ) regular

TEMA 3: A FORMAÇÃO E A EVOLUÇÃO DA REDE URBANA BRASILEIRA

Habilidades do Currículo do Estado de São Paulo


Analisar o papel do meio técnico-científico-informacional nas mudanças dos processos de hierarquização urbana no Brasil.
Analisar a composição da rede urbana brasileira.
Analisar o papel de São Paulo como grande metrópole nacional e como cidade global.
Relacionar a dinâmica dos fluxos populacionais à organização do espaço geográfico urbano no Brasil.
Diferenciar os conceitos de rede urbana e de regiões metropolitanas.

Articulação com a Competência 1 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC):


Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e
explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Relação do Tema com os Descritores do SAEB – 3ª Série –


Língua Portuguesa:
D1- Localizar informações explícitas em um texto.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
Matemática:
D34-Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos.

Professor(a)! Este tema visa a apresentação e a discussão com os(as) estudantes sobre a
urbanização brasileira com o objetivo de compreenderem os fatores históricos que a explica e as
implicações desse processo no território. Na sequência, são abordadas rede e hierarquias urbanas
brasileiras, trabalhando com a sua conceituação e oportunizando também momentos para o
desenvolvimento dos conceitos de região metropolitana, divisão territorial do trabalho, função urbana,
metrópoles nacionais e regionais, entre outros.

Sensibilização

Para o início desse tema, pergunte aos estudantes quem conhece a cidade de São Paulo. Para
aqueles que conhecem ou vivem na metrópole, pergunte quais pontos famosos ou monumentos que eles
conhecem. Indague também se eles(as) conhecem alguma música que retrata a vida na capital paulistana.

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Após ouvir as contribuições, sugerimos que apresente a reportagem feita pelo G1 em homenagem ao
aniversário da cidade em 2018. A homenagem foi feita por meio da música “Sampa”, composta por
Caetano Veloso, há 40 anos. Para assistir acesse: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/aniversario-de-
sp/2018/noticia/musica-sampa-faz-40-anos-para-mim-e-um-hino-de-sp-diz-caetano-veloso.ghtml.
Duração: 7min30seg. Acesso em: 22 Abr. 2019.
Após conhecerem o contexto de produção da música Sampa, sugerimos que apresente o
videoclipe da música, na voz de Caetano Veloso e Maria Gadú, disponível no endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=4V9Z9aBYt4g. Duração 3min. Acesso em: 22 Abr. 2019.
Explique que o cruzamento da avenida Ipiranga com a avenida São João é um ponto turístico da
metrópole e aproveite para perguntar aos estudantes o que eles entendem por metrópole e por
urbanização. Neste sentido, pode ser realizada uma tempestade de ideias, anotando-se no quadro as
definições indicadas por eles.
Com o intuito de complementar essa etapa inicial de sensibilização e analisar o papel de São Paulo
como grande metrópole nacional e como cidade global, disponibilizamos outros links com música,
reportagem televisiva e escrita, que retratam aspectos do cotidiano na metrópole São Paulo. Para assistir
acesse:
São Paulo, a maior cidade do país, completa 463 anos: Duração: 3min. Reportagem exibida no Globo
News resgata parte da história de São Paulo e mostra o dia a dia, os cenários que formam essa grande
cidade de 463 anos. Disponível em: http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/sao-
paulo-a-maior-cidade-do-pais-completa-463-anos/5600669/. Acesso em: 22 Abr. 2019.
Terra da Garoa. Duração: 3min Videoclipe De Mc Pachini de Raphael Pachini, conhecido como MC
Pachini. O clipe foi gravado nas ruas de São Paulo, da Zona Leste ao Centro, e faz da música um pedido
de justiça para a cidade populosa que enfrenta dificuldades no dia a dia, refletindo diretamente na vida de
alguns paulistanos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RxVyhJb4TPE. Acesso em: 22
Abr. 2019.
Após a sensibilização, consideramos pertinente relacionar as anotações da tempestade de ideias,
realizada anteriormente, com o seguinte questionamento: “urbanização e crescimento urbano são
processos iguais?”. Para contribuir com este momento sugerimos a leitura e a análise da Tabela 1, que
compõe o Material de Atividades Complementares do(a) Estudante - 2º bimestre, a fim de levantar
os conhecimentos prévios acerca da composição da população urbana e rural no Brasil, no período de
1960 a 2010. Para favorecer a análise da tabela, é importante que explore as informações existentes, e por
meio de aula dialogada, desenvolva a estratégia de leitura de tabela.
Na sequência, sugerimos a destinação de um tempo para que os(as) estudantes possam responder
às perguntas propostas no Material de Atividades Complementares do(a) Estudante - 2º bimestre,
correspondente ao 1º Momento: Leitura e análise de tabela. Nesse momento é importante explorar as
informações da tabela, iniciando pela análise da distribuição da população no total do Brasil, em que se
observa um aumento da população urbana e uma diminuição da população rural ao longo das décadas.
Em seguida, questione-os(as) se essa situação acontece também em cada uma das Grandes Regiões
brasileiras com o objetivo de identificar semelhanças e diferenças na distribuição da população e as
possíveis causas.
A prática de leitura e análise de tabelas propicia o desenvolvimento da autonomia pelo(a)
estudante em solucionar problemas, ou seja, identificar as informações principais e apresentar suas
hipóteses para o fenômeno abordado. Neste sentido, articulamos este momento de leitura e análise de
tabelas com o Descritor 34 da Matriz de Referência do Saeb de Matemática da 3ª Série do Ensino Médio:
“resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos”.

Contextualização

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Após a atividade de sensibilização e sondagem dos conhecimentos prévios dos(as) estudantes,
sugerimos a realização de uma aula expositiva dialogada sobre o tema urbanização brasileira. É importante
retomar os questionamentos realizados nessa etapa sobre o que eles sabem sobre o tema “urbanização” e
se “urbanização e crescimento urbano podem ser considerados processos iguais”. Retome o Mapa 1 -
Rede urbana - Brasil – 2007 proposto no Material de Atividades Complementares do(a) Estudante
- 2º bimestre, com vistas a abordar os conceitos de rede e hierarquia urbanas. Esclareça que o processo
de urbanização compõe a chamada rede urbana, um conjunto articulado de cidades em que se observam a
influência e a liderança das maiores metrópoles sobre as demais categorias de cidades. Explique que essa
expressão é mais usada para denominar os fluxos (de bens, de pessoas e, cada vez mais, de informações)
que existem entre os pontos do território, e não deixe de ressaltar que a rede urbana nacional compreende
o conjunto das cidades do território nacional que exercem diferentes polarizações sobre os fluxos de bens,
pessoas e serviços estabelecidos entre elas e com as respectivas áreas rurais. Para favorecer a compreensão
pelos(as) estudantes sugerimos a apresentação do vídeo: Metrópoles influenciam grandes áreas
territoriais no Brasil e no mundo: vídeo realizado pelo Projeto Educação em que são apresentados os
conceitos de metrópole e conturbação e, ainda, mostra que há 12 grandes metrópoles brasileiras, sendo
três de abrangência nacional e nove de influência regional. Disponível em:
https://g1.globo.com/pernambuco/educacao/noticia/metropoles-influenciam-grandes-areas-territoriais-
no-brasil-e-no-mundo.ghtml. Acesso em: 22 Abr. 2019.
Outra sugestão é a matéria da Revista Exame, “A metrópole improvável: por que São Paulo
virou a maior cidade do Brasil”, que mostra como a metrópole mais rica e populosa do país saiu do
marasmo para conquistar, em poucas décadas, o protagonismo na economia nacional. A matéria está
disponível em: https://exame.abril.com.br/economia/a-metropole-improvavel-por-que-sao-paulo-virou-
a-maior-cidade-do-brasil/. Acesso em: 22 Abr. 2019.
Para aprofundar o tema urbanização brasileira, sugerimos a utilização de livro didático e outros
recursos disponíveis na escola a fim de propor a elaboração de um quadro síntese, com as principais
características desse processo. Neste sentido, orientamos para que seja retomado o Tema 1 deste bimestre,
denominado “Os circuitos da produção (I): o espaço industrial, para que os(as) estudantes possam
relacionar os processos de industrialização e de urbanização e percebam as inter-relações existentes.
Em seguida, no contexto da urbanização, é importante salientar que este processo compõe a rede
urbana. Neste sentido, para realizar o desenvolvimento dos conceitos de rede e hierarquias urbanas,
propomos o trabalho com o Mapa 1 – Rede urbana – Brasil 2007, a fim de que os(as) estudantes possam
estabelecer relações com o processo de urbanização. Para realizar a leitura do mapa oriente-os(as) na
observação do título, da fonte e a explorarem a legenda, a fim de que identifiquem a ocorrência dos
fenômenos representados e compreendam alguns termos como “hierarquia” e “regiões de influência” a
partir da análise da configuração espacial da rede urbana brasileira. Nesta etapa, espera-se que os(as)
estudantes desenvolvam as habilidades de analisar a composição da rede urbana brasileira e o papel da
cidade de São Paulo como grande metrópole nacional e como cidade global.
Indicamos como apoio para a análise do mapa da rede urbana brasileira o documento elaborado
pelo IBGE, “Regiões de influência das cidades”, que contém a atual classificação da hierarquia urbana
brasileira (ano de referência 2017). O documento está disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv40677.pdf. Acesso em: 19 Mar. 2019. A classificação
da hierarquia urbana brasileira encontra-se nas páginas 11 e 13 desse documento.
Para ampliar a análise da rede urbana brasileira e sua dinâmica na oferta de bens, serviços e
informações propomos a leitura da matéria da Agência IBGE Notícias, intitulada “IBGE mostra a
nova dinâmica da rede urbana brasileira”. Disponível
em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-
noticias/releases/13558-asi-ibge-mostra-a-nova-dinamica-da-rede-urbana-brasileira. Acesso em: 18 Mar.
2019. Esta matéria apresenta também a atual classificação da hierarquia urbana brasileira e traz as
principais informações do documento “Regiões de influência das cidades” – IBGE 2007.
Para complementar a análise da rede urbana, no contexto do meio técnico-científico-
informacional, orientamos para o desenvolvimento de uma pesquisa sobre as concepções clássica e
moderna de rede urbana. Sugerimos que essa pesquisa seja entregue, pelos(as) estudantes, em duplas ou

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grupos e, na sequência, seja realizada um debate com o objetivo de analisarem o papel do meio técnico-
científico-informacional nas mudanças dos processos de hierarquização urbana no Brasil.
Em seguida, recomendamos a leitura e análise de tabela, proposta no Material de Atividades
Complementares do(a) Estudante - 2º bimestre, intitulada “Tabela 2 – Fluxos de deslocamentos para
trabalho e estudo entre arranjos populacionais da 2ª Integração do Arranjo Populacional de "São
Paulo/SP", acima de 2 000 pessoas – 2010”. Esta tabela propicia ao estudante a possibilidade de
relacionar a dinâmica dos fluxos populacionais à organização do espaço geográfico urbano. Antes da
realização da atividade é importante a mediação do(a) professor(a) na leitura da tabela com os(as)
estudantes, e no esclarecimento do termo “arranjos populacionais”. Assim, sugerimos a leitura da matéria
“Entenda o que são os arranjos populacionais” publicada pelo portal do Governo do Brasil,
disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/03/arranjos-populacionais-e-grandes-
concentracoes-urbanas-do-brasil.jpg/view. Acesso em: 19 Mar. 2019. Esta matéria comenta a divulgação
do estudo que o IBGE realizou, a partir dos dados do Censo 2010, para analisar os deslocamentos dos
brasileiros nas grandes áreas de aglomerações urbanas.
Sugerimos também que sejam oportunizados aos estudantes momentos para a discussão sobre as
consequências dos arranjos populacionais na rede urbana de São Paulo. Neste momento orientamos sobre
a importância do levantamento de hipóteses sobre os benefícios e as dificuldades encontradas pela
população que se desloca diariamente para trabalho e estudo. Indicamos também o Canal do IBGE no
YouTube, o “IBGE Educa”, que apresenta os mais variados temas, a partir dos estudos realizados por
esta instituição e possui um vídeo que aborda a questão dos “Arranjos populacionais” face à crescente
expansão urbana em nosso país. O vídeo está disponível no endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=G5YsSBc98Po&index=11&t=0s&list=PLAvMMJyHZEaE_gzGao
D5RkmCxO6rBexI6. Duração: 6min13seg. Acesso em: 19 Mar. 2019.
As habilidades e conteúdos propostos no presente tema podem ser relacionados à competência 1
da BNCC que busca “valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para entender e explicar a
realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva” a partir das
oportunidades de estudo sobre a rede urbana brasileira, dos processos históricos que a compreendem e
das possibilidades de análises e discussões entre os(as) estudantes, no que se refere às consequências da
urbanização brasileira. Assim, consideramos essencial a mediação da aprendizagem pelo(a) professor(a), a
fim de garantir e oportunizar aos estudantes a contextualização do que está sendo aprendido por eles(as)
com a realidade em que vivem.

Metodologias

Para o desenvolvimento das atividades pelos(as) estudantes, ressaltamos novamente a postura


do(a) professor(a) como mediador(a). Nessa perspectiva, propomos que sejam oportunizadas vivências,
por meio de atividades organizadas em grupos produtivos, debates e pesquisas para a compreensão e a
articulação entre as características significativas da urbanização brasileira e a configuração da rede e
hierarquias urbanas.
Dessa maneira, é de extrema importância o desenvolvimento de procedimentos de pesquisa a fim
de que os(as) estudantes extraiam as informações principais e utilizem na construção de seus argumentos a
respeito dos temas propostos. As estratégias de leitura para a localização de informações explícitas e a
dedução de informações implícitas colaboram na compreensão dos conceitos a serem estudados. Assim,
relacionam-se ao desenvolvimento dos descritores da Matriz Saeb de Língua Portuguesa para a 3ª Série do
Ensino Médio: D1- Localizar informações explícitas em um texto e D4 – Inferir uma informação implícita
em um texto. Em Matemática, as tabelas podem ser exploradas a fim favorecer a análise da distribuição do
percentual da população brasileira em rural e urbana no território brasileiro.

Avaliação e Recuperação

A avaliação da aprendizagem busca contemplar todos os momentos da aula e, por isso,


demandam maior atenção do(a) professor(a). Assim, são muito importantes as observações no

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desenvolvimento das atividades realizadas pelos(as) estudantes e se houver necessidade de intervenção,
que a mesma seja realizada imediatamente, a fim de sanar lacunas de aprendizagem ao longo do processo.
Por este motivo, a recuperação contínua acompanha o processo.
Orientamos para que as atividades propostas sejam avaliadas a partir do envolvimento dos(as)
estudantes na leitura e análise do Mapa 1 – Rede urbana – Brasil 2007 e da Tabela 2 – Fluxos de
deslocamentos para trabalho e estudo entre arranjos populacionais da 2ª Integração do Arranjo
Populacional de "São Paulo/SP", acima de 2 000 pessoas – 2010, bem como no desenvolvimento das
habilidades indicadas para este tema. Destacamos a necessidade de diversificar os instrumentos de
avaliação, estimulando a autoavaliação e favorecendo as potencialidades de cada estudante, sejam: visual,
auditiva, oral e/ou prática (fazer). Nesse contexto, a devolutiva dos instrumentos de avaliação propicia
maior corresponsabilidade no processo de aprendizagem pelo(a) estudante e oferece ao professor(a)
elementos para a elaboração de atividades que visem à recuperação das habilidades em defasagem e/ou
não desenvolvidas.

Saiba Mais
Documentário "ENTRE RIOS" - a urbanização de São Paulo: retrata a urbanização de São Paulo, com um
enfoque geográfico-histórico, permeando também questões sobre meio ambiente e política. Entre Rios fala sobre o
processo de transformação sofrido pelos cursos d’água paulistanos e as motivações sociais, políticas e econômicas
que orientaram a cidade a se moldar como se eles não existissem. O vídeo foi realizado em 2009 como trabalho de
conclusão de Caio Silva Ferraz, Luana de Abreu e Joana Scarpelini no curso em Bacharelado em Audiovisual no
SENAC-SP. Disponível em: https://vimeo.com/14770270 e em: https://www.youtube.com/watch?v=Fwh-
cZfWNIc. Duração: 25min10seg. Acesso em: 10 Abr. 2019. A partir desse documentário é possível dialogar sobre o
início da urbanização na cidade de São Paulo, os seus impactos sociais e ambientais e assim ampliar o olhar dos(as)
estudantes para o tema que será desenvolvido.
Percursos Formativos TV Escola – ENEM: Redes, hierarquias e funções urbanas. Disponível em:
http://hotsite.tvescola.org.br/percursos/geografia/geografia-urbana/redes-hierarquias-e-funcoes-urbanas. Acesso
em: 10 Abr. 2019. Os Percursos Educativos do Hora do ENEM são ferramentas de aprofundamento de estudos
voltadas àqueles que desejam explorar os conteúdos da Educação Básica, a partir das questões das últimas edições do
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Percursos Formativos TV Escola – ENEM: Urbanização e crescimento urbano. Disponível em:
http://hotsite.tvescola.org.br/percursos/geografia/geografia-urbana/urbanizacao-e-crescimento-urbano. Acesso
em: 10 Abr. 2019. Os Percursos Educativos do Hora do ENEM são ferramentas de aprofundamento de estudos
voltadas àqueles que desejam explorar os conteúdos da Educação Básica, a partir das questões das últimas edições do
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
O IBGE divulgou um estudo intitulado “Entenda o que são os arranjos populacionais” realizado a partir dos
dados do Censo 2010, em que analisa os deslocamentos dos brasileiros nas grandes áreas de aglomerações urbanas.
Você poderá entender um pouco mais sobre esse estudo no endereço: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-
justica/2015/03/arranjos-populacionais-e-grandes-concentracoes-urbanas-do-brasil.jpg/view Acesso em: 19 Mar.
2019.
Você sabia que o IBGE possui um canal no YouTube chamado “IBGE explica”? Lá você pode encontrar os mais
variados temas a partir dos estudos realizados por esta instituição e, neste sentido, sugerimos que você acesse ao
vídeo que aborda a questão dos “Arranjos populacionais” face à crescente expansão urbana em nosso país. Duração:
6min. O vídeo está disponível no endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=G5YsSBc98Po&index=11&t=0s&list=PLAvMMJyHZEaE_gzGaoD5RkmCx
O6rBexI6. Acesso em: 19 Mar. 2019.

TEMA 4: A REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO E AS CIDADES

Habilidades do Currículo do Estado de São Paulo


Identificar problemas socioespaciais e ambientais urbanos, caracterizando-os e propondo ações para a melhoria das condições de
vida nas cidades brasileiras.  

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Articulação com a Competência 7 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC):
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Relação do Tema com os Descritores do SAEB – 3ª Série – Língua Portuguesa:
D1- Localizar informações explícitas em um texto.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.

Professor(a), este tema visa a dar continuidade ao que foi estudado no assunto anterior, sobre a
formação e a evolução da rede urbana brasileira, com enfoque na análise do espaço intraurbano, nas
relações entre as cidades e suas áreas de influência, e, nas discussões sobre os problemas socioespaciais e
ambientais urbanos, vivenciados pelas pessoas que nele habitam.

Sensibilização

Para envolver os alunos neste tema, recomendamos a exploração de imagens que apresentem
disparidades socioeconômicas no espaço intraurbano, a fim de que possam exercitar a observação, tão
necessária para a ciência geográfica, e, desta forma identificar as contradições na oferta de bens e serviços
para a população. A partir da imagem, sugerimos que sejam feitas perguntas para a sondagem de
conhecimentos prévios, por exemplo, se é possível identificar o contraste social no espaço urbano da
imagem analisada e quais as implicações (facilidades e dificuldades) para o dia-a-dia da população em áreas
como a retratada na imagem. Ressaltamos que essas perguntas podem ser aprimoradas, adequadas e/ou
substituídas por outras que considerar pertinente. Outra sugestão é utilizar a letra da música “Não existe
amor em SP”, do cantor e compositor Criolo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=25&v=f35HluEYpDs. Duração: 4min46seg. Acesso
em: 22 Abr. 2019. A música, quando foi lançada, viralizou nas redes sociais. O compositor fez uma
interpretação pessoal de São Paulo, com tom de gratidão, mas com alertas para o que significa viver, dia
após dia, na capital. A partir da letra da música, explore com os(as) estudantes os trechos que caracterizam
a contradição socioespacial vivida nas grandes cidades. Lembramos que o(a) professor(a) tem autonomia
para utilizar outros materiais e recursos para esta etapa de sensibilização.

Contextualização

Após a etapa de sensibilização e sondagem, orientamos para a retomada do termo hierarquia


urbana e quais as suas implicações no contexto econômico que vem transformando as relações entre as
cidades e as suas áreas de influência. Neste momento, sugerimos uma atividade de pesquisa sobre Cidades
Globais para que os(as) estudantes possam identificar onde estão localizadas e analisem o papel de São
Paulo nesse contexto. Primeiramente, retome o tema “A formação e a evolução da rede urbana brasileira”,
no que se refere à classificação da hierarquia de centros urbanos e pergunte aos estudantes se eles(as)
sabem o que é uma cidade global a fim de que elaborem hipóteses e, após a pesquisa, confirmem ou não
aquilo que responderam inicialmente.
Após a pesquisa, proporcione uma aula dialogada com os(as) estudantes a respeito da pesquisa
que realizaram e, para ampliar a discussão, indicamos os seguintes materiais:
São Paulo é cidade mais influente da América Latina em ranking global. Fonte: BBC News Brasil.
Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/08/140819_cidade_influente_saopaulo_hb. Acesso
em: 23 Mar. 2019. Esta matéria mostra que as cidades globais não se destacam prioritariamente pelo seu
tamanho, mas pela sua eficiência e pela relação que possuem com a língua inglesa, em contrapartida, há a
preocupação com outros grandes polos, como os que estão localizados na Rússia e na China.

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Redes globais, cidades unidas. Fonte: por Joel Outtes/Revista Fronteiras do Pensamento Zero Hora -
11.08.2015. Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/redes-globais-cidades-unidas. Acesso
em: 29 Mar. 2019. Neste artigo é abordado o conceito de cidade global, expressão esta, popularizada pela
pesquisadora Saskia Sassen.
A partir dessas sugestões e da pesquisa, espera-se que a discussão sobre o que são cidades globais
seja mais produtiva. Cabe salientar a importância de, nos momentos de discussão, mencionar que este
termo “cidades globais” tem sido criticada por especialistas brasileiros, como a socióloga Ermínia
Maricato e o urbanista João Sette Whitaker Ferreira. Assim, sugerimos a você, professor(a), a leitura do
artigo “O mito da cidade-global: o papel da ideologia na produção do espaço terciário de São
Paulo”, de João Sette Whitaker Ferreira, disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2317-
2762.v0i16p26-48. Acesso em: 10 Abr. 2019. A intenção é que, após a sua leitura, sejam apresentadas aos
estudantes as principais críticas que esses especialistas apresentam.
O texto “As cidades pedem socorro e repensar o Brasil é preciso”, de Ermínia Maricato,
contribui para a compreensão dos desafios referentes às desigualdades sociais e urbanas na conjuntura
atual das cidades. O link do texto é: http://observatoriodasmetropoles.net.br/wp/as-cidades-pedem-
socorro-e-repensar-o-brasil-e-preciso/. Acesso em: 10 Abr. 2019.
Após este momento, recomendamos que os estudantes realizem uma produção de texto. Nessa
produção, poderão contar com a pesquisa e as discussões realizadas em sala, e com o apoio de dois textos,
sendo uma notícia e um fragmento do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11. Os dois
textos têm o objetivo de relacionar as condições de vida nas grandes concentrações urbanas e o que a
meta 11 do ODS orienta para tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros,
resilientes e sustentáveis.
Texto 1:

“Nas concentrações urbanas acima de 2,5 milhões de habitantes foram identificados alguns padrões na distribuição
das condições de vida. “No Rio, por exemplo, vimos que as condições pioram conforme nos afastamos do litoral.
Em Brasília, o planejamento e o relevo não impediram a concentração de áreas ricas, em especial no plano piloto e
às margens do Lago Paranoá”, explica o pesquisador do IBGE, Maurício Gonçalves e Silva.”
Fonte: Agência IBGE Notícias. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/18906-em-areas-urbanas-38-1-da-populacao-viviam-em-mas-condicoes-de-vida. Acesso em: 19 Mar. 2019.

Texto 2:

“Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11: Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos,
seguros, resilientes e sustentáveis.
Meta 11.1: Até 2030, garantir o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço acessível, e aos serviços
básicos e urbanizar as favelas”.
Fonte: ONU BR - Nações Unidas no Brasil. Disponível em: https://nacoesunidas.org/pos2015/ods11/. Acesso em: 19 Mar.
2019.

As orientações para os(as) estudantes são: a partir da leitura dos fragmentos acima, discuta com
o(a) professor(a) e colegas quais são os desafios para se atingir a Meta 1 do ODS 11 e elabore um texto
sobre o tema. Nesse texto, você deverá defender uma tese – uma opinião a respeito do tema proposto –,
apoiado(a) em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão, formando uma unidade
textual. Apresente também, no desenvolvimento do texto, uma proposta de intervenção social para o
problema que respeite os direitos humanos.
Para aprofundar e oportunizar o acesso a outros materiais de apoio, para a elaboração de
produção textual pelos(as) estudantes sugerimos alguns links para pesquisa abaixo e outros que estão
presentes no Material de Atividades Complementares do Estudante – 2º bimestre referente a este
tema no item “Saiba Mais”.
Seguem indicações para apoio à pesquisa:

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Acesso a serviços urbanos não acompanha avanço de políticas públicas de moradia. Fonte: IBGE.
Notícias em edição especial por ocasião dos 30 anos da Constituição Cidadã. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/23062-acesso-a-servicos-urbanos-nao-acompanha-avanco-de-politicas-
publicas-de-moradia. Acesso em: 19 Mar. 2019.
Em áreas urbanas, 38,1% da população viviam em más condições de vida. Fonte: IBGE Notícia.
Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/18906-em-areas-urbanas-38-1-da-populacao-viviam-em-mas-condicoes-de-vida. Acesso
em: 19 Mar. 2019.
ODS 11: cidades e comunidades sustentáveis. O geógrafo Claudio Stenner que contextualiza o ODS
11 e apresenta os desafios para esse objetivo. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/21402-ods-11-
cidades-e-comunidades-sustentaveis. Acesso em: 19 Mar. 2019. Recorte de Entrevista publicada na revista
Retratos nº 12. Disponível em:
(https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/media/com_mediaibge/arquivos/19fedbc1a72096794982c9b28dfa
97d8.pdf. Acesso em: 19 Mar. 2019).
Para ampliar o repertório dos(as) estudantes para a produção textual, sugerimos que o(a)
professor(a) faça a exibição do documentário “Explorer Investigation: Desigualdade Extrema”.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MJ92z1NfbyA. Acesso em: 22 Abr. 2019. Duração:
aproximadamente 20min. Produzido pela National Geographic e gravado em várias partes do mundo, esse
episódio retrata a crise da habitação em São Paulo e a ocupação de áreas consideradas irregulares. Por
meio de entrevistas com pessoas ligadas a movimentos sociais, as ocupações e especialistas no assunto, o
documentário aborda temas que a população geralmente encara nos jornais todos os dias, de uma forma
apática e pouco sensitiva. Nesse segmento, sugerimos a exibição da reportagem do programa “Matéria de
Capa” exibida no dia 24-07-2016, que tem como título “Cidades: presente e futuro”. Com duração:
aproximada de 29 min. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4jrxz51UHws. Acesso em:
19 Abr. 2019. A reportagem apresenta o desafio das grandes cidades em como melhorar a qualidade de
vida de seus moradores. Na impossibilidade de exibição do documentário e da matéria, recomendamos
que indique aos estudantes como material de apoio para a produção textual.
As habilidades e conteúdos propostos neste tema podem ser relacionados à competência 7 da
BNCC que busca “argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender
ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta”. As oportunidades de reflexão sobre os problemas socioespaciais e ambientais urbanos
contribuem para a elaboração de hipóteses, a partir dos materiais sugeridos neste guia de orientações, a
fim de que os(as) estudantes desenvolvam a autonomia e o senso crítico para se posicionarem frente aos
desafios impostos na conjuntura atual das cidades.
Metodologias

Para o desenvolvimento dos estudos, ressaltamos, novamente, a postura do(a) professor(a) como
mediador(a). Neste sentido, recomendamos que sejam oportunizadas aos estudantes a vivência, por meio
de atividades organizadas em grupos produtivos, debates e pesquisas para a identificação de problemas
socioespaciais e ambientais urbanos e a elaboração de propostas para a solução dos mesmos.
Neste sentido, é de extrema importância o desenvolvimento de procedimentos de pesquisa com
os(as) estudantes, a fim de que extraiam as informações principais e as utilizem na construção de seus
argumentos a respeito dos temas propostos. As estratégias de leitura para a localização de informações
explícitas e a dedução de informações implícitas colaboram na compreensão dos conceitos a serem
estudados. Assim, relacionam-se ao desenvolvimento dos descritores da Matriz Saeb de Língua Portuguesa

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para a 3ª Série do Ensino Médio: D1- Localizar informações explícitas em um texto e D4 – Inferir uma
informação implícita em um texto.

Avaliação e Recuperação

A avaliação, como já apresentada anteriormente, é favorecida e oferece subsídios para a


intervenção pelo(a) professor(a) quando é formativa e contínua. Assim, todas as oportunidades de
acompanhamento da aprendizagem precisam ser utilizadas. Sugerimos o acompanhamento das atividades
de pesquisa proposta para o tema “Cidades globais” e de produção textual sobre “os desafios para se
atingir a Meta 1 do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11”.
Reforçamos a importância das devolutivas ao longo do processo a fim de propiciar maior
corresponsabilidade no processo de aprendizagem pelo(a) estudante e oferecer ao professor(a) elementos
para a elaboração de atividades que visem à recuperação das habilidades em defasagem e/ou não
desenvolvidas.

Saiba Mais

O seu celular tem muito o que dizer sobre segregação urbana. Artigo escrito por pesquisadores chilenos sobre
a possibilidade de analisar e visualizar a segregação urbana. Fonte: ArchDaily. Disponível em:
https://bit.ly/2GccvDE Acesso em: 10 Abr. 2019.

LabCidade ajuda a pensar em soluções de moradia para o Brasil. Apresenta os estudos do LabCidade, que é
um laboratório de pesquisa e extensão que tem como foco principal o acompanhamento crítico das políticas urbanas
e habitacionais, particularmente em São Paulo e em outras regiões metropolitanas brasileiras. Disponível em:
https://jornal.usp.br/universidade/como-garantir-moradia-digna-para-todos-os-brasileiros/. Acesso em: 10 Abr.
2019.

Observatório das metrópoles. É um grupo que trabalha frente aos desafios metropolitanos colocados ao
desenvolvimento nacional e te, como referência a compreensão das mudanças das relações entre sociedade,
economia, estado e os territórios conformados pelas grandes aglomerações urbanas brasileiras. Apresenta muitos
materiais que podem auxiliar nas discussões em sala de aula. Disponível em:
http://observatoriodasmetropoles.net.br/wp/. Acesso em: 10 Abr. 2019.

Favelas’ Através da América Latina: Mapa Interativo. Mapa. Apresenta a América Latina e seus assentamentos
informais, bem como um mapa interativo com informações como população total, urbana e população urbana em
assentamentos informais. Disponível em: http://comcat.org/favelasmapainterativo/. Acesso em: 10 Abr. 2019.

Referências Bibliográficas

TEMAS 1 E 2

Atlas:
Atlas da Questão Agrária Brasileira. Disponível em:
http://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/estrutura_fundiaria.htm .UNESP. em 05 Abr 2019.
Atlas da Agropecuária Brasileira – Disponível em: http://atlasagropecuario.imaflora.org/ Imaflora. Acesso em 11
Abr 2019.

Documentários:
Getúlio a construção do mito- Programa “Caminhos da Reportagem” - Disponível em:
http://tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem/episodio/getulio-a-construcao-do-mito - TV Brasil. acesso em
03 de Abr de 2019.

Página 48 de 76
Histórias do Brasil - Café e imigrantes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=w7ruMcSZRg0.
Canal Instituto Legislativo Brasileiro. Acesso em 05 Abr 2019.
Imigração italiana: inserção no contexto urbano e rural no Brasil. Integra o projeto "Viva Itália/SP - História e
Memória da Imigração", do CRE Mario Covas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0GjfPlrx01k
Canal Multicultura. Acesso em 03 Abr 2019.
O Menino Que Sonhou o Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=t4c1nmS7TSQ Canal
Caliban Cinema e Conteúdo. Acesso em 03 de Abr de 2019.
Os Anos JK - Uma Trajetória Política. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Tk_YGWhFce8 Canal Robson Camargo. Acesso em 03 de Abr de 2019.
O Veneno está na Mesa –Trilogia da Terra. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8RVAgD44AGg
Canal Cine Amazônia. Acesso em 13 Abr 2019.
Viva Sem Veneno - Episódio 2: Agroecologia é Vida. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=afD0qhSxmPk Viva Sem Veneno. Acesso em 14 Abr 2019.

Filmes:
Jovem Visionário - Cena de “Mauá - O Imperador e o Rei" Fragmento. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=W6JmJYTdR3g. Canal DTC Business Company. Acesso em 02 Abr 2019.
Músicas
Chico César - Reis do Agronegócio. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WFYyV1DR4uk
Acesso em: 19 Mar. 2019.
Globalização - O Delírio do Dragão da Tribo - Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=NvE4H9S_T7I Canal Unisul TV Acesso em 10 Abr 2019.

Livros:
COSTA, A.C.G. O adolescente como protagonista. In: BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Saúde. Área
de Saúde do Adolescente. Cadernos, juventude saúde e desenvolvimento. v.1. Brasília, 1999.
NAPOLITANO Marcos. Como Usar o cinema em sala de aula. São Paulo. Contexto. 2009.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Artmed. 1998.

Vídeos/Reportagens:
Agroecologia - Planeta - Parte 1 – Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HB6Y61VLBjM Canal
Planeta. Acesso em 14 Abr 2019.
Brasil tem 40 mil casos de intoxicação por agrotóxicos em uma década. Disponível em:
https://globoplay.globo.com/v/7501164/ Programa Globo Rural. Acesso em 13 Abr 2019.
Concentração Industrial e Fatores Locacionais. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=v5fdlrnBphk. Canal EducaTube. Acesso em 07 Abr 2019.
Intoxicação por agrotóxicos pode levar à cegueira e à morte: veja histórias de vítimas – Disponível em:
https://globoplay.globo.com/v/7501172/ Programa Globo Rural. Acesso em 13 Abr 2019.
Manejo correto da terra evita contaminação de rios por agrotóxicos. Disponível em:
https://globoplay.globo.com/v/7520993/ Programa Globo Rural. Acesso em 13 Abr 2019.
O que são os ODS? Canal ODS Jornada 2030. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=4zQ3Q9_TFD0. Acesso em 14 Abr 2019.
O que são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=u2K0Ff6bzZ4 Canal ONU Brasil. Acesso em 14 Abr 2019.
Os números por trás do ‘milagre econômico’ da ditadura no Brasil- Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=JOV3ecd92Xk Canal BBC News Brasil. Acesso em 03 de Abr de 2019.
Programas reduzem uso de agrotóxicos e dano ambiental, e geram economia para produtor. Disponível em:
https://globoplay.globo.com/v/7521004/ Programa Globo Rural. Acesso em 13 Abr 2019.
Tribo de Jah: Integrantes Superam Desafios. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZyWjvl7ElU4. Canal Indie Records. Acesso em 10 Abr 2019.

Sites/Jornais/Revistas/Publicações:
5 atividades para falar sobre notícias falsas em sala de aula. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/12460/5-sugestoes-de-atividades-para-falar-sobre-noticias-falsas-em-sala-de-
aula Revista Nova Escola. Acesso em 05 Abr 2019.
50 anos do AI-5: Os números por trás do 'milagre econômico' da ditadura no Brasil - Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45960213 Site BBC News Brasil. Acesso em 03 de Abr de 2019.
A Agroecologia é um sistema de produção que utiliza apenas 50% do agrotóxico utilizado na agricultura
comercial comum e só existe em países da Europa. Disponível em: https://www.vivasemveneno.com.br/o-que-
e-agroecologia Site Viva sem Veneno. Acesso em 06 Abr 2019.

Página 49 de 76
Agronegócio é o maior responsável pelo desmatamento ilegal no Mundo. Disponível em:
https://www2.uol.com.br/sciam/noticias/agronegocio_e_o_maior_responsavel_pelo_desmatamento_ilegal.html.
Scientific American Brasil. Acesso em 06 Abr 2019.
Agrotóxicos intoxicaram 26.000 brasileiros em dez anos. Disponível em: https://bit.ly/2X09mh2. Jornal El País
Brasil. Acesso em 07 Abr 2019.
Análise de redação: O uso de agrotóxicos no Brasil e no mundo. Disponível em:
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/redacao-para-o-enem-e-vestibular/analise-de-redacao-o-uso-de-
agrotoxicos-no-brasil-e-no-mundo/. Guia do Estudante. Acesso em 14 Abr 2019.
Anos 1980, década perdida ou ganha? Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2759:catid=28&Itemid=23. Site IPEA.
Acesso em: 03 de Abr. de 2019.
Apicultores brasileiros encontram meio bilhão de abelhas mortas em três meses. Disponível em:
http://www.ccst.inpe.br/apicultores-brasileiros-encontram-meio-bilhao-de-abelhas-mortas-em-tres-meses/. INPE.
Acesso em: 13 Abr. 2019.
Banana, café, mandioca: onde são cultivados vegetais e grãos no Brasil. Disponível em:
https://bit.ly/2X2484A Nexo Jornal. Acesso em: 10 Abr. 2019.
Brasil Agroecológico - Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo)- Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ICz3NGOl2Ec. Secretaria de Governo da Presidência da República. Acesso
em: 14 Abr. 2019.
Brasil é 2º maior produtor mundial de alimentos geneticamente modificados – Disponível em:
https://bit.ly/2HXxb2U. Agência Senado. Acesso em: 11 Abr. 2019.
Brasil passa a ser 3º maior exportador agrícola, mas clima ameaça futuro. Disponível em:
https://glo.bo/2Da15Cj Revista Globo Rural. Acesso em: 11 Abr. 2019.
Brasil tem recorde de assassinatos no campo em 2017, mas só dois casos são esclarecidos. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44933382. BBC News Brasil. Acesso em: 03 de Abr. de 2019
Comissão da Câmara aprova Pacote do Veneno. Disponível em:
https://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?uNewsID=66222. WWF. Acesso em:
13 Abr. 2019.
Pesquisa Sobre o Uso da Internet por Crianças e Adolescentes no Brasil. Disponível em:
https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/tic_kids_online_2017_livro_eletronico.pdf. Cgi.br Comitê Gestor da
Internet no Brasil. Acesso em: 05 Abr. 2019.
Como o MST se tornou o maior produtor de arroz orgânico da América Latina. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39775504 Site BBC News Brasil. Acesso em: 06 de Abr. de 2019.
Concentração de terra cresce e latifúndios equivalem a quase três estados de Sergipe. Disponível em:
https://oglobo.globo.com/brasil/concentracao-de-terra-cresce-latifundios-equivalem-quase-tres-estados-de-sergipe-
15004053 Jornal O Globo. Acesso em: 11 Abr. 2019.
Entenda o que são os agrotóxicos e quais riscos representam. Disponível em:
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/entenda-o-que-sao-os-agrotoxicos-e-quais-riscos-
representam/ Guia do Estudante. Acesso em: 13 Abr. 2019
Especial Latifúndio – Concentração de terra na mão de poucos custa caro ao Brasil. Disponível em:
https://reporterbrasil.org.br/2006/07/especial-latifundio-concentracao-de-terra-na-mao-de-poucos-custa-caro-ao-
brasil/. Repórter Brasil. Acesso em: 05 Abr. 2019.
EUA fazem o maior estudo sobre Fake News nas redes sociais. Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-
nacional/noticia/2018/03/eua-fazem-o-maior-estudo-sobre-fake-news-nas-redes-sociais.html. G1.Globo. Acesso
em: 05 Abr 2019.
Morte de abelhas preocupa apicultores brasileiros. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=gTDgAuvMfw4. TV Claret. Acesso em: 13 Abr. 2019.
Número de assassinatos no campo é maior desde 2003, diz CPT. Disponível em:
https://oglobo.globo.com/brasil/numero-de-assassinatos-no-campo-maior-desde-2003-diz-cpt-22596551. Jornal O
Globo. Acesso em: 06 Abr. 2019.
O “alarmante” uso de agrotóxicos no Brasil atinge 70% dos alimentos. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/29/politica/1430321822_851653.html El Pais Brasil. Acesso em: 13 Abr.
2019.
O avanço da soja no cerrado brasileiro, mapeado pela Nasa – Disponível em: https://bit.ly/2IoSlsR. Revista
Super Interessante. Acesso em: 10 Abr. 2019.
O Brasil é um dos maiores exportadores agrícolas do mundo. Disponível em: https://glo.bo/2Da15Cj. Revista
Globo Rural. Acesso em: 06 Abr. 2019.
O lado nada pop do agronegócio -Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/economia/o-lado-nada-pop-
do-agronegocio/. Revista Carta Capital. Acesso em: 13 Abr. 2019.
Região Sudeste continua a ser a locomotiva econômica do Brasil. Disponível em:
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,regiao-sudeste-continua-a-ser-a-locomotiva-economica-do-
brasil,170066e. Jornal Estadão. Acesso em: 07 Abr. 2019.

Página 50 de 76
Plataformas:
O Perfil da Indústria no Brasil. Disponível em: http://perfildaindustria.portaldaindustria.com.br/ Portal da
Indústria. Acesso em: 04 Abr. 2019.
Plataforma MapBiomas. Disponível em: http://mapbiomas.org/pages/video. MapBiomas. Acesso em: 11 de Abr.
2019.

TEMAS 2 E 3

Sites/Jornais/Revistas/Publicações:
IBGE mostra a nova dinâmica da rede urbana brasileira. Agência IBGE Notícias. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/13558-asi-ibge-
mostra-a-nova-dinamica-da-rede-urbana-brasileira Acesso em: 18 Mar. 2019.
Acesso a serviços urbanos não acompanha avanço de políticas públicas de moradia. Agência IBGE Notícias.
Publicada em edição especial por ocasião dos 30 anos da Constituição Cidadã. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/23062-acesso-a-servicos-
urbanos-nao-acompanha-avanco-de-politicas-publicas-de-moradia Acesso em: 19 Mar. 2019.
Em áreas urbanas, 38,1% da população viviam em más condições de vida. Agência IBGE Notícias. Disponível
em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/18906-em-areas-
urbanas-38-1-da-populacao-viviam-em-mas-condicoes-de-vida Acesso em: 19 Mar. 2019.
Recorte de Entrevista publicada na revista Retratos nº 12 Agência IBGE Notícias.
(https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/media/com_mediaibge/arquivos/19fedbc1a72096794982c9b28dfa97d8.pdf
Acesso em: 19 Mar. 2019) com o geógrafo Claudio Stenner que contextualiza o ODS 11 e apresenta os desafios para
esse objetivo. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/21402-ods-11-cidades-e-comunidades-sustentaveis. Acesso em: 19 Mar. 2019.
O seu celular tem muito o que dizer sobre segregação urbana. ArchDaily, por Nicolas Valencia e traduzido
por Eduardo Souza.. Disponível em: https://bit.ly/2GccvDE Acesso em: 10 Abr. 2019.
São Paulo é cidade mais influente da América Latina em ranking global. BBC News Brasil. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/08/140819_cidade_influente_saopaulo_hb. Acesso em: 23 Mar.
2019.
‘Favelas’ Através da América Latina: Mapa Interativo. Comunidades Catalisadoras (ComCat). Disponível em:
http://comcat.org/favelasmapainterativo/. Acesso em: 10 Abr. 2019.
Documentário "ENTRE RIOS" - a urbanização de São Paulo. FERRAZ, Caio Silva. ABREU, Luana de.
SCARPELINI, Joana. Disponível em: https://vimeo.com/14770270 e em:
https://www.youtube.com/watch?v=Fwh-cZfWNIc. Acesso em: 10 Abr. 2019.
Mito da cidade-global: o papel da ideologia na produção do espaço terciário em São Paulo. FERREIRA, J.
(2004). Pós. Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Arquitetura E Urbanismo Da FAUUSP, (16), 26-48.
Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v0i16p26-48
Entenda o que são os arranjos populacionais. GOVERNO DO BRASIL. Disponível em:
http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/03/arranjos-populacionais-e-grandes-concentracoes-urbanas-do-
brasil.jpg/view. Acesso em: 19 Mar. 2019.
Regiões de influência das cidades.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv40677.pdf. Acesso em: 19 Mar. 2019.
Arranjos populacionais. IBGE Educa. Vídeo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=G5YsSBc98Po&index=11&t=0s&list=PLAvMMJyHZEaE_gzGaoD5RkmCx
O6rBexI6 Acesso em: 19 Mar. 2019.
LabCidade ajuda a pensar em soluções de moradia para o Brasil. Jornal da Universidade de São Paulo (USP).
Disponível em:
https://jornal.usp.br/universidade/como-garantir-moradia-digna-para-todos-os-brasileiros/. Acesso em: 10 Abr.
2019.
As cidades pedem socorro e repensar o Brasil é preciso.MARICATO, Ermínia. Disponível em:
http://observatoriodasmetropoles.net.br/wp/as-cidades-pedem-socorro-e-repensar-o-brasil-e-preciso/. Acesso em:
10 Abr. 2019.
Observatório das Metrópoles. Disponível em: http://observatoriodasmetropoles.net.br/wp/. Acesso em: 10 Abr.
2019.
Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 11ONU BR - Nações Unidas no Brasil.. Disponível em:
https://nacoesunidas.org/pos2015/ods11/. Acesso em: 19 Mar. 2019.
Redes globais, cidades unidas. OUTTES, Joel. Revista Fronteiras do Pensamento Zero Hora - 11.08.2015.
Disponível em: https://www.fronteiras.com/artigos/redes-globais-cidades-unidas. Acesso em: 29 Mar. 2019.

Página 51 de 76
Percursos Formativos: Redes, hierarquias e funções urbanas. TV Escola – ENEM. Disponível em:
http://hotsite.tvescola.org.br/percursos/geografia/geografia-urbana/redes-hierarquias-e-funcoes-urbanas. Acesso
em: 10 Abr. 2019.
Percursos Formativos: Urbanização e crescimento urbano. TV Escola – ENEM. Disponível em:
http://hotsite.tvescola.org.br/percursos/geografia/geografia-urbana/urbanizacao-e-crescimento-urbano. Acesso
em: 10 Abr. 2019.
Música 'Sampa' faz 40 anos: 'Para mim é um hino de SP', diz Caetano Veloso. A homenagem foi feita por
meio da música “Sampa”, composta por Caetano Veloso, há 40 anos. Para assistir acesse:
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/aniversario-de-sp/2018/noticia/musica-sampa-faz-40-anos-para-mim-e-um-
hino-de-sp-diz-caetano-veloso.ghtml. Acesso em: 22 Abr. 2019.
São Paulo, a maior cidade do país, completa 463 anos http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-
news/videos/v/sao-paulo-a-maior-cidade-do-pais-completa-463-anos/5600669/. Acesso em: 22 Abr. 2019.
Duração: 3min. Reportagem exibida no Globo News resgata parte da história de São Paulo e mostra o dia a dia, os
cenários que formam essa grande cidade de 463 anos.

Músicas/Videoclipes:
A Cidade. Do álbum: Da Lama ao Caos, do compositor Chico Science (Data de lançamento: 1994). Disponível em:
https://www.letras.mus.br/nacao-zumbi/77652/ Acesso em: 21 Mar. 2019.
Sampa. Clipe com Caetano Veloso, Maria Gadú. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=4V9Z9aBYt4g. Acesso em: 22 Abr. 2019.
Terra da Garoa. Duração: 2min55seg. Videoclipe De Mc Pachini de Raphael Pachini, conhecido como MC
Pachini. O clipe foi gravado nas ruas de São Paulo, da Zona Leste ao Centro, e faz da música um pedido de justiça
para a cidade populosa que enfrenta dificuldades no dia a dia, refletindo diretamente na vida de alguns paulistanos.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=RxVyhJb4TPE Acesso em: 22 Abr. 2019.

ANEXO

SUGESTÃO DE FICHA PARA AUTOAVALIAÇÃO

Critérios para observação Realizei Realizei Não Comentários


relacionados ao uso de estratégias adequadamente parcialmente realizei e/ou
de leitura observações

Ao iniciar a leitura realizei reflexões


sobre o título;

Página 52 de 76
Pesquisei sobre o autor do texto,
buscando informações de relevância, e
avançando em minhas hipóteses;

Verifiquei qual gênero textual será


tratado (reportagem, notícia, crônica,
artigo de opinião) e onde ele vai
circular;

Compreendi a real finalidade do texto;

Explorei as características do público


leitor deste gênero;

Troquei informações com meus


colegas se já leram ou ouviram algo
sobre o assunto;

Analisei se na fonte há informações


que complementam e/ou confirmam
as hipóteses que levantamos até agora.

Li o trecho pausadamente, grifando as


ideias centrais;

Organizei as informações que coletei


do texto em forma de texto e/ou
tópicos;

Redigi as respostas, citando trechos do


texto e utilizando aspas;

Com base na autoavaliação anterior, preencha os campos abaixo:

Aquilo que você acha que precisa


aprender, pois ainda não sabe fazer;

Aquilo que você precisa melhorar em


relação às estratégias utilizadas;

Aquilo que você acha que faz muito


bem;

O que eu aprendi;

Página 53 de 76
Ficha Técnica
Grupo de Trabalho GEOGRAFIA TRANSIÇÃO

Secretaria de Estado da Educação (SEE-SP)


Coordenadoria Pedagógica (CPED) - Equipe Curricular de Geografia

Andréia Cristina Barroso Cardoso


Sergio Luiz Damiati

Professores Coordenadores de Geografia dos Núcleos Pedagógicos das Diretorias Regionais de Ensino:

Cristiane Cristina Olímpio – DE Pindamonhangaba


Bruna Capóia Trescenti - DE Itu
Márcio Eduardo Pedrozo – DE Americana
Roseli Pereira de Araújo – DE Bauru
Sheila Aparecida Pereira de Oliveira - DE Leste 2
Shirley Schweizer – DE Botucatu
Simone Regiane de Almeida Cuba – DE Caraguatatuba

Leitura Crítica
Patrícia Silvestre Águas

Revisão de Língua Portuguesa


Lia Suzana de Castro Gonzalez

Página 54 de 76
GUIA DE TRANSIÇÃO
PROFESSOR
GEOGRAFIA

Ensino Médio
3ª Série

2º BIMESTRE

São Paulo, 2019.

Página 55 de 76
Caro(a) Professor(a),

O São Paulo Faz Escola Guia de Transição de Geografia é voltado para uso do(a) professor(a),
visto que apresenta sugestões e recomendações para apoiar a elaboração dos planos de aulas. Nessa
perspectiva, acredita-se que as recomendações serão ampliadas a partir do contexto da prática docente, das
diretrizes do Projeto Político Pedagógico e da realidade e entorno da escola. Sendo assim, cabe ao/à
professor(a) recorrer também a outros materiais de apoio disponíveis na escola e em outras fontes para
ampliar o seu repertório teórico-metodológico, de forma a aprimorar sua prática.
O material de apoio foi elaborado com base nas competências e habilidades do Currículo do
Estado de São Paulo e nas 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC,
conforme apresentado no quadro-síntese a seguir.
As sugestões e recomendações foram elaboradas pela Equipe Curricular de Geografia da
Coordenadoria Pedagógica (CPED) e pelos Professores Coordenadores dos Núcleos Pedagógicos das
Diretorias Regionais de Ensino da Secretaria de Estado da Educação (SEE-SP), no sentido de contribuir
com o desenvolvimento das atividades do 2º bimestre de 2019. No Ensino Médio poderá ser observado
uma pluralidade de olhares sobre processos de ensino-aprendizagem com relação à concepção, estilo de
escrita, experiências e referências bibliográficas.
O 2º bimestre da 3ª série do Ensino Médio visa propiciar aos estudantes a oportunidade de
ampliar os estudos acerca da origem, o contexto e o significado da regionalização no mundo, com
embasamento na teoria de Samuel Hungtington “choque de civilizações”. A intenção é que o(a) estudante
se aprofunde no estudo da dimensão espacial dos fenômenos e acontecimentos, que marcaram a geografia
mundial. É notório que o mundo contemporâneo é instável e se apresenta num cenário complexo do
espaço geográfico mundial, principalmente nos âmbitos político, econômico, social, étnico- racial.
As atividades complementares propostas possibilitarão que os estudantes compreendam os
conflitos existentes e suas origens, uma vez que normalmente estão associados e podem ter a mesma
causa. Apresentamos aos estudantes, atividades que propiciem a compreensão da geografia das religiões,
sua distribuição geográfica e os fundamentos das principais religiões monoteístas para que o aluno perceba
o fenômeno da crença, e verifique a pluralidade religiosa e suas consequências nas relações com o espaço
geográfico.
Esperamos que as atividades e as sugestões, que estão presentes no item Saiba Mais, o(a)
auxiliem no desenvolvimento das aulas e das atividades propostas ao estudante, de forma que as pesquisas
e produções propostas no material aprofundem os conhecimentos construídos em sala de aula.

Bom trabalho!

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ENSINO MÉDIO – 3ª SÉRIE
Temas/Conteúdos Habilidades 10 Competências Gerais da Base Nacional Comum
Currículo do Estado de São Currículo do Estado de São Paulo Curricular (BNCC)
Paulo
TEMA 1- Choque de ▪ Analisar o contexto de surgimento e o significado da C1- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
Civilizações? expressão “choque de civilizações” no mundo construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para
contemporâneo; entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.

C2- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem


própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a
análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base
nos conhecimentos das diferentes áreas.
TEMA 2: Geografia das ▪ Analisar os principais elementos de identificação e C7- Argumentar com base em fatos, dados e informações
Religiões distinção entre religiões mundiais; confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
▪ Identificar os principais fundamentos histórico-
humanos, a consciência socioambiental e o consumo
geográficos e a distribuição das principais religiões responsável em âmbito local, regional e global, com
monoteístas e politeístas em escala mundial; posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta.

C9- Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a


cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização
da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceito de
qualquer natureza;
TEMA 3: A Questão Étnico- ▪ Identificar elementos histórico-geográficos que C1 - Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
Cultural expliquem o desencadeamento de inúmeros conflitos construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para
étnico-culturais no mundo contemporâneo. entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa,
▪ Ler e interpretar mapas e gráficos relativos à democrática e inclusiva.
distribuição e à manifestação das principais áreas de C9 - Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a

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conflitos étnico-religiosos no mundo cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização
da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceito de
qualquer natureza;
TEMA 4: América Latina?   ▪ Analisar elementos histórico-geográficos que C7- Argumentar com base em fatos, dados e informações
permitam diagnosticar diferentes argumentações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
socioculturais para explicar o conceito de América vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
Latina; humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
▪ Identificar as principais áreas de tensão da América outros e do planeta.
Latina na atualidade e estabelecer a relação entre
essas áreas e as consequências do processo de C1- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
colonização; construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para
entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.

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TEMA 1- CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES
Habilidades do Currículo Oficial do Estado de São Paulo:
Analisar o contexto de surgimento e o significado da expressão ”choque de civilizações” no mundo contemporâneo.
Competências Gerais da BNCC:
C2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise
crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
C5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética
nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
C7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Sensibilização:

Para iniciarmos essa temática, sugerimos uma atividade com o objetivo de sabermos o que o aluno
conhece sobre este tema. A sensibilização é fundamental para que os alunos falem a respeito do assunto
que será trabalhado. Para isso, sugerimos ao(a) professor(a) que a partir da nuvem de palavras citada a
seguir (também disponível no caderno do estudante), promova uma discussão, explorando-a, de forma a
sondar o que eles sabem sobre “conflitos da atualidade em decorrência do processo de globalização”.
Procure registrar e organizar essas ideias na lousa.
O objetivo é de que esta atividade ajude aos estudantes a rememorarem e citarem alguns conflitos
ou eventos geográficos, que já conheçam ou tenham ouvido falar. Essa primeira etapa permite trilhar os
caminhos para estimular a aprendizagem dos estudantes, visto que conhecimento e experiências se
conectam e instituem significados.

Imagem 1- Nuvem de palavras – Conflitos Mundiais

Contextualização

A contextualização é o momento em que podemos unir os conhecimentos científicos e os


conhecimentos dos estudantes. A ideia é possibilitar ao professor compreender a abordagem necessária ao
desenvolvimento do tema e construir um repertório comum, organizado e mediado pelo(a) professor(a).
Para tanto, sugerimos que o(a) professor(a) aborde o tema a partir do termo “Choque de Civilizações”,
que foi uma teoria apresentada pelo cientista político Samuel P. Huntington, e descreve “as identidades
culturais e religiosas dos povos, como fonte principal de conflitos no mundo, pós-Guerra Fria.
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Vale lembrar, que essa Teoria foi elaborada em meados de 1993 e apresentada ao público por meio
de um artigo, que tomou proporções maiores e mais tarde a tese se tornou um livro chamado “Choque de
Civilizações e a Reconstrução da Ordem Mundial”. Huntington passou a discorrer suas ideias depois que
começou a analisar as teorias das políticas globais, naquele momento. Sugerimos um texto, elaborado
especialmente para o guia de transição, que apresenta rapidamente a teoria de Samuel Huntington e de
Edward Said, que inicia a discussão sobre o Choque de Civilizações.
Com a finalidade de auxiliar o trabalho do(a) professor(a), sugerimos alguns vídeos, para
aprofundamento pessoal a respeito do tema. Os vídeos são do canal do YouTube “Direito & Liberdade”.
Este canal aborda livros de Direito, Política e Economia. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=mDhDeHoKJr8. Acesso em: 04 Abr. 2019. E, ainda, o link
https://www.youtube.com/watch?v=PK9C149ZdKU. Acesso em: 04 de Abr. de 2019. Neste vídeo,
Salman Rushdie - Revendo o "Choque de Civilizações”, o pensador chama a atenção para a necessidade
de perceber as nuances para compreender de forma ampla os conflitos entre Ocidente e Oriente.
Baseando-se nesta convicção, Salman Rushdie estrutura sua crítica à tese do “Choque de Civilizações”, do
cientista político Samuel P. Huntington. Para o escritor britânico, a teoria não considera as
particularidades das sociedades ocidental e oriental. O autor ficou mundialmente conhecido pela
publicação de “Os versos satânicos”, causando controvérsia no mundo Islâmico e recebeu uma sentença
de morte por parte do Aiatolá Khomeini, por suposta ofensa ao profeta Maomé contida na obra. O autor
explora o realismo mágico, a ficção e a História, ao abordar frequentemente as relações entre Oriente e
Ocidente.
Indicamos ainda, os Editorias: “Biblioteca Sonora”, onde ocorre diálogo sobre as civilizações. O
Programa aborda o livro da professora Olgária Matos, aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas da USP e professora titular na Unifesp. Ela, Denise Milan e Javier Amadeo
organizaram a coletânea “Diálogo das Civilizações: Cultura e Passagens”. Este volume foi publicado pela
Editora Unifesp. Ainda neste programa, Dante Gallian comenta sua experiência com os clássicos e como
estes autores modificam o comportamento humano. Disponível em: https://jornal.usp.br/radio-
usp/programas/biblioteca-sonora/dialogo-das-civilizacoes-cultura-e-passagens/. Acesso em: 25 Abr.
2019. Para fortalecer o trabalho do(a) professor(a) sugerimos também, retomar o discurso do ex-
Presidente da ONU Kofi Annan. Disponível em: https://www.unric.org/pt/actualidade/6192. Acesso
em: 11 de Abr. 2019. Neste discurso, ele menciona quais são os grandes desafios da humanidade para o
século XXI, no enfrentamento de conflitos e migrações por conta da fome, da seca e da disputa de
território.
Para que esta atividade ganhe forma para o(a) estudante, sugerimos no Material de Atividades
Complementares do(a) Estudante - 2º bimestre a leitura de texto “A teoria do choque de civilizações”, que
foi adaptado especialmente para São Paulo Faz Escola. Após a leitura do texto, a turma poderá ser
subdividida, em duplas ou trios para realizar a atividade de discussão sobre o texto e preenchimento de
tabela.
Como sistematização da atividade, além da correção global com a turma, o(a) professor(a) poderá
lançar mão de metodologia ativa, por exemplo, a produção de vídeos curtos sobre os “conflitos da
atualidade”. Vale lembrar que, hoje em dia, a tecnologia se faz presente no cotidiano do aluno e muitas
vezes ele compreende melhor um assunto, quando participa ativamente de sua construção. Diante disto,
apresentamos o exemplo de um professor que desafiou seus alunos a produzirem uma vídeo-aula sobre o
tema. Confira o resultado em: https://www.youtube.com/watch?v=zrDsoBpugls. Acesso em: Abr. 2019.
Para que haja uma boa produção, sugerimos que o(a) professor(a) estabeleça com as turmas
critérios para elaboração dos vídeos (o tema abordado, referência das informações, bem como a estrutura
e o tempo de duração). A ideia é que os estudantes escolham um conflito, pesquisem a respeito e
produzam um breve vídeo em formato de reportagem, utilizando a câmera do celular. Para que saibam
como organizar as informações adequadamente, recomendamos que, conversem com o professor de
Língua Portuguesa sobre sua estrutura. Apresente-a aos estudantes e oriente-os para que o tempo de cada

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vídeo não exceda 3minutos. Ao concluir este momento o(a) professor(a) poderá publicar os vídeos em
canal próprio, criado a partir do AAP Vídeo, disponível no e-mail institucional da Microsoft.
Espera- se que, a partir desta atividade, os estudantes compreendam a ideia do “Choque de
Civilizações” identificados por Huntington e Said, relacionando-os ao discurso de Kofi Annan e aos
conflitos pesquisados e apresentados pelos jovens.

Metodologias

Com o intuito de que as aulas sejam interessantes, é essencial planejá-las com o objetivo de
despertar o interesse dos estudantes, estimulando-os a buscarem novos conhecimentos e a viajarem pelo
tempo, revivendo e compreendendo os momentos que marcaram a história. Para o desenvolvimento desta
etapa sugerimos alguns textos e mapas. Lembramos que o(a) professor(a) também poderá contar com o
apoio do livro didático, atlas geográfico e canais interativos e ou recursos nos quais os estudantes sejam
capazes de identificar os conflitos em andamento no mundo. Para que os alunos compreendam os
conflitos na atualidade, elaboramos uma tabela a partir dos dados extraídos de:
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/09/veja-quais-sao-as-principais-conflitos-em-andamento-
no-mundo. Acesso em: 15 Mar. 2019. Ao acessar a reportagem disponível no link, há um mapa interativo
que permite localizar as áreas em situação de conflito, conhecendo as características do conflito e da
região. Este link está disponível no caderno para acesso do estudante no item “Saiba mais”.

Avaliação e Recuperação

A avaliação é um momento de aprendizagem com caráter formativo e informativo. É importante


que a avaliação aconteça ao final de cada conteúdo trabalhado, pois possibilita saber o que o(a) estudante
compreendeu e como compreendeu. Deste modo, deve avaliar: o domínio dos conteúdos conceituais,
atitudinais e procedimentais; a forma como o(a) estudante se apresenta nas discussões e responde ao que
lhe é solicitado nas atividades; como se organiza na realização das mesmas; sua criatividade; seu
desenvolvimento e sua autonomia, que também dizem muito sobre o seu aprendizado.
Quando avaliamos, é imprescindível observar como ocorreu o processo de aprendizagem, para que
possamos oferecer novos recursos, caso tenham ficado lacunas neste processo. Assim, uma proposta é
que os(as) estudantes façam uma autoavaliação identificando o que compreenderam, seus avanços e quais
foram suas dificuldades.
É de extrema importância oferecer aos alunos a recuperação, uma vez que não tenham
desenvolvidas as expectativas de aprendizagem. Ao identificar as defasagens, proponha atividades nas
quais o aluno consiga expressar o que aprendeu, em rodas de conversa, apresentação escrita e/ou outra
forma que julgar pertinente. Sugerimos, que o(a) estudante faça uma pesquisa bibliográfica, em livros de
geografia ou até mesmo na internet, por meio de vídeos e filmes, buscando o que é o “Choque de
Civilizações”, do estadunidense Samuel Huntington” e o ponto de vista do intelectual palestino Edward
Said, podendo ampliar as discussões de diferentes visões da geopolítica contemporânea.

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Saiba Mais
Neste momento, sugerimos alguns sites e textos que podem auxiliá-lo na organização de suas aulas e ou
aprofundamento na diversidade de ideias, assim como também auxiliarão metodologicamente.
Matéria: Para além da Síria: os 12 maiores conflitos mundiais em 2018. Disponível em:
http://diplomaciacivil.org.br/para-alem-da-siria-os-12-maiores-conflitos-mundiais-em-2018/. Acesso em:
10 Abr. 2019. Blog Notícias do mundo da Diplomacia Civil.
Contraponto: Texto. Uma crítica à tese do Choque de Civilizações. Disponível em:
http://www.pluricom.com.br/forum/uma-critica-a-tese-do-choque-de-civilizacoes. Acesso em: 09 Abr.
2019.
Cantinho da História 112: Choque de civilizações e a História do Tempo Presente. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=w3MEjK4hJU0. Acesso em: 10 Abr. 2019. Centésimo décimo
segundo episódio da série educativa Cantinho da História, abordando a obra de Samuel P. Huntington (e
algumas considerações sobre a História do Tempo Presente), a pedido de Décio Diniz

Lembramos ainda que outras sugestões estão indicadas no item “Saiba mais” no Material de
Atividades Complementares do(a) Estudante - 2º bimestre.

TEMA 2- A GEOGRAFIA DAS RELIGIÕES

Habilidades do Currículo Oficial do Estado de São Paulo:


Analisar os principais elementos de identificação entre as religiões mundiais;
Identificar os principais fundamentos histórico-geográficos e a distribuição das principais religiões monoteístas e politeístas em
escala mundial.
Competências Gerais da BNCC:
C7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
C9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro
e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades,
culturas e potencialidades, sem preconceito de qualquer natureza;

Sensibilização

Para desenvolver este tema, buscamos propor a realização de uma atividade de sensibilização, na
qual o(a) professor(a) poderá sugerir à turma que, individualmente, reflita sobre as religiões que conhecem
e convivem, de acordo com as questões sugeridas no caderno do estudante. Para sistematização deste
momento sugerimos um diálogo em roda de conversa. O importante é criar um espaço e oportunidade
para que todos coloquem seus conhecimentos acerca do assunto, com respeito, reciprocidade e empatia.
Acreditamos que assim conhecerão um pouco mais sobre algumas religiões e suas influências nas
paisagens, cultura e sociedade.

Contextualização

A Geografia, ao abordar o tema das religiões procura compreender a dinâmica do fenômeno da fé,
da pluralidade religiosa do homem e da sociedade. E ainda, busca quantificar e identificar os espaços das
denominações religiosas, com abordagens teóricas do que é o sagrado e o profano nestes territórios, na
tentativa de convencer as pessoas de que existe um ser maior (ou seres maiores) que criou tudo e controla
tudo. Para que os estudantes demonstrem seu conhecimento sobre as religiões, sugerimos, no caderno do

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estudante, uma atividade na qual ele irá fazer a correspondência entre as imagens e o texto base com a sua
descrição das mesmas.
Dentre a literatura que aborda temas sobre as religiões percebe-se a preocupação destas com as
diferentes crenças que ocupavam uma mesma região, pois a religião se apresentava como uma prática
humana, na qual seus usos e costumes descreviam a que povo e/ou religião pertencia. No Brasil, apenas
em 1972, por meio de um estudo realizado na USP, pela Dr Maria Cecília França, foi combinada a
vertente religiosa com a geografia, onde ela analisou a atuação do pentecostalismo na região metropolitana
de São Paulo, em especial no bairro da Freguesia do Ó. Em 1996, uma outra obra de Zeny Rosendahl
também ganha a abordagem geográfica, para falar sobre religião.
Para que o estudante consiga visualizar como se apresentam no cenário mundial atual, no Material
de Atividades Complementares do(a) Estudante - 2º bimestre, foram sugeridas atividades a partir de um
mapa, no qual é possível identificar a área de predominância das diferentes religiões espalhadas pelo
mundo, distribuição da(s) religião(ões) por continentes, quais as três predominantes e os continentes com
maior fragmentação religiosa.

Metodologias

Para que os alunos se aprofundem no tema sugerimos que seja realizado um seminário. Esta
atividade poderá ser realizada a partir de pequenos grupos a serem definidos junto com a turma. O(A)
professor(a), ao mediar a atividade, deve orientar os estudantes na formação dos grupos, na escolha de um
tema, estimulando para o autodidatismo e com vistas a contribuir para o desenvolvimento da oralidade, da
sistematização de informações e da redação por meio da elaboração de seminários. Para tanto, indicamos
alguns links que podem auxiliar o(a) Professor(a) e os estudantes na organização de seminários exitosos.
Os links são:
Seminários - Como elaborar e apresentar? Disponível em:
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/seminarios-como-elaborar-e-apresentar.htm. Acesso
em: 2 Abr. 2019.
Como fazer um seminário? 12 melhores dicas!. Disponível em:
https://www.stoodi.com.br/blog/2017/06/14/12-dicas-para-fazer-um-bom-seminario/. Acesso
em: 3 Abr. 2019.
Lembramos que é importante organizar e apresentar aos estudantes um roteiro de pesquisa.
Sugerimos ainda para a realização desta atividade a metodologia ativa de aula invertida, para que possa
trazer uma aprendizagem significativa. Conheça a metodologia acessando os links:
Sala de Aula Invertida: metodologia que educa para a autonomia. Disponível em:
https://diarioescola.com.br/2018/05/sala-de-aula-invertida/. Acesso em: 3 Abr. 2019.
Como funciona a sala de aula invertida?. Disponível em:
http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/como-funciona-a-sala-de-aula-invertida/. Acesso em: 3
Abr. 2019.
Vídeo: Como usar a sala de aula invertida - Metodologia ativa de ensino e aprendizagem.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3wxwgYj1lsQ. Acesso em: 3 Abr. 2019.
Para a sistematização das atividades pelo estudante, propomos, no Material de Atividades
Complementares do(a) Estudante - 2º bimestre, um gráfico e uma tabela, a partir dos quais os(as)
estudantes deverão estabelecer relação entre os dois textos e nortear a resolução das questões propostas.

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Avaliação e Recuperação

A avaliação realizada nesta temática de aprendizagem, deve ser realizada ao longo de todo o
processo, visto que, sugerimos atividades que vão ao encontro das vivências dos estudantes e, desta forma,
se constituindo, ao longo de todo o processo, como formativa. Nesta temática, o estudante pode ser
avaliado, à medida que vai respondendo às questões sobre religiões, depois ao realizar a pesquisa proposta
e apresentar a turma, ao analisar o mapa, o gráfico e a tabela.
Observe como o aluno foi se desenvolvendo ao longo do processo de ensino e aprendizagem,
verifique quais recursos ele utilizou para realizar suas atividades e se houve nesse processo alguma lacuna.
Sugerimos uma autoavaliação, pois permite que o estudante identifique o que aprendeu, o que ficou
faltando e quais foram suas dificuldades.
A recuperação é essencial no avanço da aprendizagem e contribui para o desenvolvimento da
autonomia e prosseguimento nos estudos. Ao identificar as defasagens, proponha atividades de pesquisa
em livros de história sobre o assunto, solicite que pesquisem músicas ou filmes que retratam os temas
estudados.
A revista Nova Escola publicou uma reportagem com 11 questões, respondendo às maiores
dúvidas de quem enfrenta o desafio de garantir a aprendizagem de todos os alunos. A reportagem parte do
diagnóstico inicial, propondo ações para fazer o diagnóstico com os alunos, orienta como analisar os
resultados do diagnóstico e propõe diversas maneiras de realizar a recuperação. A reportagem está
disponível no endereço: https://novaescola.org.br/conteudo/1338/11-respostas-para-as-questoes-mais-
comuns-sobre-recuperacao. Acesso em: 04 Abr. 2019.
Esperamos que essa sugestão de leitura possa contribuir com a recuperação das aprendizagens dos
estudantes.

Saiba Mais
Nesta ocasião, sugerimos alguns sites e textos que podem auxiliá-lo a preparar suas aulas com mais
embasamento teórico e diversidade de ideias, assim como também o auxilia metodologicamente. As
cartilhas podem ser compartilhadas com os estudantes para que os mesmos saibam como o Brasil tem se
comportado diante da intolerância, as mesmas ainda apresentam dados e gráficos que podem ser
discutidos em sala de aula.
Texto: Introdução à geografia das religiões. Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/123639. Acesso em 10 Abr. 2019.
Cartilha da Defensoria Pública de SP sobre o combate a intolerância religiosa. Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/123639. Acesso em 10 Abr. 2019.
Cartilha sobre “Liberdade Religiosa e Direitos Humanos”. Disponível em:
www.uff.br/sites/default/files/paginas-internas-orgaos/cartilha_liberdade_religiosa.pdf. Acesso em: 06
Abr. 2019.
Texto sobre o Judaísmo. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/religiao/judaismo.htm. Acesso
em: 29 Mar. 2019.
Site que apresenta características de algumas religiões:
https://www.historiadomundo.com.br/religioes/. Acesso em: 12 Abr. 2019.

As atividades propostas nesta unidade temática permitem que se trabalhe de maneiras diferenciadas na
abordagem das religiões. Para promover aprendizagem significativa é interessante que o professor utilize
metodologias ativas, os links sugeridos a seguir poderão ajudá-lo a realizar aulas mais dinâmicas:
Ensino híbrido: conheça o conceito e entenda na prática. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/104/ensino-hibrido-entenda-o-conceito-e-entenda-na-pratica..
Acesso em: 12 Abr. 2019.

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O que é ensino híbrido e quais são os benefícios para as crianças? Disponível
em:http://novosalunos.com.br/o-que-e-ensino-hibrido-e-quais-sao-os-beneficios-para-as-criancas/
.Acesso em: 12 Abr. 2019.
Vídeo: Modelos de ensino híbrido. Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=zPzamoIjjss .
Acesso em: 12 Abr. 2019.

TEMA 3: A QUESTÃO ÉTNICO-CULTURAL


Habilidades do Currículo Oficial do Estado de São Paulo:
Identificar elementos histórico-geográficos que expliquem o desencadeamento de inúmeros conflitos étnico-culturais no mundo
contemporâneo.
Ler e interpretar mapas e gráficos relativos à distribuição e à manifestação das principais áreas de conflitos étnico-religiosos no
mundo.
Competências Gerais da BNCC:
C1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender
e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
C2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise
crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
C.4. Utilizar diferentes linguagens- verbal (oral ou visual- motora, como libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital-, bem
como conhecimentos das linguagens artísticas, matemática e cientifica, para se expressar e partilhar informações, experiências,
ideias e sentimentos em diferentes contextos, além de produzir sentidos que elevem ao entendimento mútuo.
C.6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais, apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida,
com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
C9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceito de qualquer natureza.
C.10. Agir pessoa e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões
com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Neste eixo temático abordamos as questões étnico-culturais, tendo como base as noções de zona
ou focos de tensão, os principais conflitos étnicos-culturais e religiosos.

Sensibilização

Falar sobre os conflitos étnico-culturais após termos abordado o “choque de civilizações” e a


geografia das religiões, nos parece ser um pouco mais fácil, tendo em vista que o estudante já conhece um
pouco sobre o tema. Espera-se que, o estudante seja capaz de identificar a origem, a região que ocorreu o
conflito e suas causas; depois, espera-se que, seja capaz de responder algumas questões a partir da leitura
do texto proposto. Deste modo, esperamos que consigam se expressar melhor sobre o assunto e
apresentar suas observações acerca do que vem ocorrendo no mundo.

Contextualização

O conflito étnico é um termo utilizado pela sociologia, para explicar qualquer conflito de origem
violenta, militar ou bélica, entre dois ou mais grupos étnicos, ou seja, de grupos de origens culturais,
religiosas, raciais ou geográficas. Normalmente, os conflitos estão ligados às questões religiosas,
territoriais, políticas e culturais e ao embate, que muitas vezes ocorre, devido às características
diferenciadas de cada um e a falta de tolerância, que resultam muitas vezes em genocídios.

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Os conflitos étnicos existem no mundo desde o início dos tempos na história da humanidade. No
Material de Atividades Complementares do(a) Estudante - 2º bimestre, elaboramos um texto com a
finalidade de conceituar o que é etnicidade, preconceito e etnofobia. Além de conceituá-los esperamos que
o estudante compreenda as diferenças culturais e a importância de se conviver com a diversidade.

Metodologias

Posteriormente, indicamos a realização de um seminário, para que os estudantes pesquisem e sejam


protagonistas de seu aprendizado, na construção de uma aula mediada pelo(a) professor(a), assim,
sugerimos que assuma o papel de articulador(a), na construção de um estudo regional do tema, por grupos
de estudantes, estimulando o autodidatismo e com vistas a contribuir para o desenvolvimento da
oralidade, da sistematização de informações e da redação por meio da elaboração de seminários.
Recomendamos alguns links que podem auxiliar o(a) professor(a) e os estudantes na organização de
seminários exitosos:
Seminários - Como elaborar e apresentar? Disponível em:
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/seminarios-como-elaborar-e-apresentar.htm. Acesso
em: 2 Abr. 2019.
Como fazer um seminário? 12 melhores dicas!. Disponível em:
https://www.stoodi.com.br/blog/2017/06/14/12-dicas-para-fazer-um-bom-seminario/. Acesso em: 3
Abr. 2019.
Professor(a), recomendamos para que sugira aos estudantes os conflitos atuais ou os que julgue
mais importantes a serem estudados, como o da Síria, por exemplo, que pode ser aprofundado a partir dos
seguintes conteúdos:
Entenda as causas do conflito na Síria. Disponível em: https://istoe.com.br/entenda-as-causas-do-
conflito-na-siria/. Acesso em: 5 de Abr. 2019.
Guerra na Síria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/guerra-na-siria/. Acesso em: 5 de Abr.
2019.
Pensando na atualidade, sugerimos ainda no caderno do estudante, que realize uma reflexão sobre o
atual cenário da Síria e elabore um texto dissertativo pensando na crise humanitária, nos impactos e na
instabilidade que este conflito causa na política internacional. Para que o estudante tenha um
embasamento teórico, sugerimos a ele a leitura de algumas reportagens que podem apoiá-lo na construção
do seu texto, mas caso tenha outros textos pertinentes e atuais, é de extrema importância que apresente ao
estudante. A seguir, seguem os links indicados aos alunos:
1- Crise na Síria aumenta instabilidade na política internacional. Disponível em:
https://jornal.usp.br/atualidades/crise-na-siria/ .Acesso em: 5 Abr. 2019.

2- ARTIGO: Passei pela sua casa na Síria hoje, mas ninguém estava lá. Disponível em:
https://nacoesunidas.org/artigo-passei-pela-sua-casa-na-siria-hoje-mas-ninguem-estava-la/.
Acesso em: 5 Abr. 2019.

3- Conflito da Síria entra em seu nono ano; crise humanitária ainda está longe do fim.
Disponível em: https://nacoesunidas.org/conflito-da-siria-entra-em-seu-nono-ano-crise-
humanitaria-ainda-esta-longe-do-fim/. Acesso em: 5 Abr. 2019.

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Avaliação e Recuperação

A avaliação realizada nesta temática de aprendizagem, pode ser desenvolvida ao longo de todo o
processo de elaboração e apresentação dos seminários, no qual os estudantes utilizaram várias habilidades
como: socialização de ideias, comunicação e capacidade de trabalho em equipe. Avalie a participação dos
alunos no estudo realizado, suas contribuições, seu interesse e o trabalho efetivamente realizado.
Sugerimos que solicite uma autoavaliação aos estudantes, no que se refere às atividades realizadas
em grupo, e no que tange à participação individual.
A seguir, apresentamos uma ficha modelo de autoavaliação, que pode auxiliar professor(a) e aluno
na hora da avaliação, visto que com ela em mãos, fica claro, para o aluno, quais aspectos precisa
desenvolver ao apresentar seu trabalho de pesquisa e, para o(a) professor(a), como o aluno pode ser
avaliado. Uma ideia é que os grupos avaliem também os outros grupos, pois assim é possível fazer
contrapontos nas apresentações e se chegar a uma menção justa e equilibrada.
Exemplo de ficha de avaliação, que pode ser acessada e adaptada pelo(a) Professor(a):

Ficha de avaliação de Seminário

Avaliador: ____________________________________ Data: _____ /_____/_____


Grupo/Apresentador:________________________________

Título do
Trabalho___________________________________________________________________________________
__________________

A avaliação dos seminários será com notas tabuladas de 0,0 a 10,0 (Notas atribuídas sem critério técnico serão
descontadas da nota do grupo avaliador do projeto, em igual valor atribuído pelos avaliadores em seu respectivo
projeto)
CRITÉRIOS Aluno: Registro das impressões
1. Postura profissional no momento de apresentação
2. Clareza na dicção e uso de linguagem técnica
3. Domínio técnico sobre o assunto tratado (embasamento
teórico)
4. Organização sequencial do assunto abordado na
apresentação
5. Qualidade dos slides (pouco texto; figuras, tabela e
gráficos legíveis; fontes; fundos de slides adequados, etc.)
6. Habilidade para o uso correto do recurso audiovisual
7. Emprego de recursos acessórios para apresentação
(qualidade e habilidade para uso dos mesmos)
8. Formulação de perguntas e observações criativas e de
interesse da disciplina
9. O grupo/apresentador atendeu ao tempo determinado
para apresentação (nem muito mais nem muito menos)
10. Habilidade/qualidade das respostas às perguntas pós-
apresentação
Conceito:

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Disponível em: http://paginapessoal.utfpr.edu.br/eleandrobrun/mestrado-
ppgsis/seminarios/Ficha%20de%20avaliacao%20de%20Seminario.doc/at_download/file. Acesso em: 08 Abr. 2019.

A intervenção junto àqueles que não desenvolveram as habilidades, deverá ser no sentido de
retomar o que o estudante já sabe, para propor atividades de recuperação dirigidas. O(A) professor(a), ao
acompanhar o percurso de aprendizagem, poderá oportunizar momentos em que as habilidades sejam
retomadas, durante as aulas, fazendo uso das “metodologias ativas”, para que em casa ou em outros
espaços de aprendizagem, eles possam pesquisar e relacionar a vida cotidiana ao conteúdo estudado.

Saiba Mais
Neste momento, sugerimos alguns sites e textos que podem auxilia-lo a preparar suas aulas com mais
embasamento teórico e diversidade de ideias, assim como também o auxilia metodologicamente.

Europa está falhando no seu sistema de valores civilizatórios. Disponível em:


https://jornal.usp.br/atualidades/europa-esta-falhando-no-seu-sistema-de-valores-civilizatorios/. Acesso
em: 24 Abr. 2019 Texto que fala como a Europa está falhando no seu sistema de valores civilizatórios.

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Turquia se transformou em alvo de atentados. Disponível em:
https://jornal.usp.br/atualidades/turquia-se-transformou-em-alvo-de-atentados/ .Acesso em: 24 Abr.
2019. Matéria de como a Turquia se transformou em alvo de atentados.
Conflito da Síria entra em seu nono ano; crise humanitária ainda está longe do fim. Disponível em:
https://nacoesunidas.org/conflito-da-siria-entra-em-seu-nono-ano-crise-humanitaria-ainda-esta-longe-do-
fim/. Acesso em: 24 Abr. 2019. Artigo que aborda o tempo de conflitos na Síria e a crise humanitária.
As origens da guerra na Síria. Nexo Jornal. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=3Svg_uTHm8E. Acesso em: 26 Abr de 2019. Este vídeo apresenta
as origens da Guerra na Síria.

TEMA 4: AMÉRICA LATINA?

Habilidades do Currículo Oficial do Estado de São Paulo:


Analisar elementos histórico-geográficos que permitam diagnosticar diferentes argumentações socioculturais para explicar o
conceito de América Latina;
Identificar as principais áreas de tensão da América Latina na atualidade e estabelecer a relação entre essas áreas e as
consequências do processo de colonização;
Identificar e analisar o papel dos principais atores sociais envolvidos em conflitos recentes na América Latina.
Competências Gerais da BNCC:
C.1 Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender
e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
C.7 Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Sensibilização

Chegamos ao tema final deste bimestre. Após ter explorado alguns conflitos étnico-culturais, a
partir das sugestões oferecidas, esperamos que os estudantes consigam analisar os elementos geográficos e
as principais áreas de tensão, agora na América Latina. A ideia é que consigam compreender e estabelecer
as relações entre as consequências do processo de colonização e o papel dos principais atores sociais
envolvidos nesses conflitos.
Para este momento é importante indagar junto aos estudantes, se eles recordam de povos indígenas
existentes na América Latina. Lembre aos estudantes de que, no 8º ano, 4º bimestre, eles estudaram as
Situações de Aprendizagem 5 (Peru e México: a herança pré-colombiana) e 6 (Brasil e a Argentina: as
correntes de povoamento), que trataram dos processos de ocupação dos conquistadores europeus sobre
os povos pré-colombianos (Astecas e Incas), ocasionando o extermínio de certas populações nativas. No
final do século XX, cerca de 8% da população da América Latina são indígenas. Os estudantes também
estudaram no 7º ano – 3º bimestre, no currículo de História, nas situações de Aprendizagem 1 e 2, sobre
As sociedades maia, asteca e inca e a influência da Conquista espanhola na América, temas que poderão
subsidiar as discussões referentes ao cenário atual do espaço geográfico latino americano.

Contextualização

É interessante que, nesta situação de aprendizagem, antes de iniciar as atividades propostas,


converse com os alunos sobre as populações indígenas que vivem na América Latina e suas diversidades
culturais. Atualmente o Estado de São Paulo, em especial a cidade de São Paulo, tem recebido muitos
indígenas de outros países da América Latina, o que torna a diversidade cultural mais visível às
populações. Apresente aos estudantes o infográfico elaborado pela Secretaria de Educação do Estado de

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SP, denominado: “Alunos estrangeiros na rede estadual de ensino”, disponível em:
http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/infografico-alunos-estrangeiros-na-rede-estadual-de-ensino/.
Acesso em 15 Abr. 2019. Nesse infográfico é possível analisar quantos alunos de países Latino-
americanos estão matriculados na rede estadual paulista e explorar com os alunos quais desses países
possuem maior proporção de população indígena. Após essa análise, pode-se confrontar as informações
apresentadas pelos alunos com o texto do caderno do estudante: A América Latina tem cerca de 45
milhões indígenas, segundo o relatório Povos.

Metodologias

Neste momento é possível realizar com os alunos uma atividade diferenciada, na qual eles
pesquisem as populações indígenas dos países da América Latina e montem um painel, ou outra forma
que julgarem mais adequada, para apresentação das características de cada população e cada país. Combine
com os estudantes qual a melhor forma para realizar essa atividade. Para subsidiar a pesquisa os estudantes
podem consultar o link disponível em:
https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/37773/1/S1420764_pt.pdf. Acesso em: 25 Mar.
2019. Esse link apresenta dados atualizados pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
(CEPAL), nas páginas 40 – 43 sob o título - População e povos indígenas na América Latina: Quantos
são? Quantos sobrevivem? Há uma tabela elaborada em 2014, com dados de censos realizados em toda a
América Latina retratando aspectos demográficos das populações indígenas.
O texto inicial do Tema 4 foi extraído de uma reportagem intitulada: Relatório da ONU e aponta
aumento do número de indígenas na América Latina. Disponível em:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-09/relatorio-da-onu-aponta-aumenta-do-
numero-de-indigenas-na-america. Acesso em: 25 Mar. 2019. Esta reportagem foi adaptada ao caderno do
aluno com o objetivo de trazer novos dados demográficos sobre a população indígena na América Latina
e contribuir com a formulação das respostas dos estudantes. Em relação à questão 03 (Como a localização
geográfica desses países e o seu processo de colonização contribuem para explicar esses dados?), o(a)
professor(a) pode comentar com os alunos que as nações com elevadas presenças indígenas são: Bolívia,
Guatemala, Peru e México; historicamente, esses países possuíam uma expressiva presença de nações
indígenas bem organizadas, que mesmo após a colonização espanhola, mantiveram-se como base da
cultura.
Na atividade 04, elaborou-se uma tabela com o intuito de compreender alguns dos principais
conflitos ocorridos na América Latina, desde o século XIX. Para encontrar as informações, que permitirão
o preenchimento correto dos motivos dos conflitos, sugerimos os seguintes links, disponíveis em:
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-as-principais-guerras-entre-paises-da-america-
do-sul/, acessado em 26 de Mar. 2019, e https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/06/06/12-
disputas-de-fronteira-na-Am%C3%A9rica-Latina, acessado em 25 de Mar. 2019 . Ambos os sites possuem
de forma sucinta os períodos, motivos, número de vítimas e um breve histórico das origens e
consequências dos conflitos, há informações suficientes para o(a) professor(a) realizar um seminário se
achar pertinente. Na reportagem: 12 disputas de fronteira na América Latina apresentam 12 mapas
situando a extensão dos conflitos e textos contextualizando vários conflitos que podem ser explorados
pelo(a) professor(a).
Propomos o quadro a seguir para que os alunos identifiquem os principais conflitos na América
Latina.

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Conflitos Motivos dos conflitos
Barcos de guerra das Marinhas colombiana e venezuelana
Colômbia X Venezuela (1987) chegaram perto de entrar em combate nas águas do golfo da
Venezuela, disputadas pelos dois lados e ricas em petróleo.
Disputa territorial por uma remota região fronteiriça de selva,
onde existem reservas de ouro, urânio e petróleo. Em 1998,
Equador X Peru (1995) Equador e Peru assinaram um tratado de paz definindo suas
fronteiras.
A posse de três ilhotas no extremo sul do continente quase
causou uma guerra entre os países, então governados por
Argentina X Chile (1978) ditaduras militares. Esquadrões navais foram para a região, mas a
mediação do papa João Paulo 2º evitou o conflito.
Na disputa pela região do Chaco, área útil para a criação de gado e
até com petróleo, Paraguai e Bolívia travaram uma guerra
Guerra do Chaco (1932 -1935) desastrosa. Foram cerca de 50 mil bolivianos mortos e mais 40
mil paraguaios.
A Colômbia us a um tra tado de 1 928 para reivindicar a pos s e de um co njunto de ilhas , mas a N icarágua rechaça a validade do doc ume nto, q ue foi fi rmado quando o país s e encontrava s ob ocupação ame ricana.
Em A Colô mbia us a um t ratado de A Col ômbia us a um trata do de 1928 para reivin dicar a pos s e de um conju nto de ilhas , mas a N ic arágua rechaça a validade do documen to, que foi fir mado qua ndo o país s e encont rava s ob ocupação americana. 192A C olômbia us a um tra tado de 192 8 para reivindicar a pos s e de um conju nto de ilhas , mas a N icarágua rechaça a validade d o documen to, que foi fir mado qua ndo o país s e encont rava s ob ocupação ame ric ana.

A Colômbia usa um tratado de 1928 para reivindicar a posse de


um conjunto de ilhas, mas a Nicarágua rechaça a validade do
Nicarágua X Colômbia (1928)
documento, que foi firmado quando o país se encontrava sob
ocupação americana.
Os dois vizinhos centro-americanos divergem sobre a posse de
dezenas de ilhas e de uma área de mais de 11 mil km2, o que
Guatemala X Belize (1859) equivale à metade do Estado de Sergipe ou o dobro da Paraíba. A
disputa teve início em 1859 na partilha de territórios que foram
colônia da Inglaterra e da Espanha.

Após os alunos completarem a tabela, ficará evidente que, os seis conflitos selecionados possuem
como principal causa as disputas territoriais, o(a) professor(a) pode esclarecer, com os links
disponibilizados, mais detalhes sobre esses conflitos, como, por exemplo, os seus desdobramentos, suas
consequências e os acordos realizados para encerrar as disputas territoriais. Pode-se traçar um paralelo em
relação ao Brasil e relembrar a importância do Barão de Rio Branco nas negociações ocorridas no fim do
século XIX e início do século XX, que evitaram litígios fronteiriços com os países vizinhos.
Na atividade 6 foi solicitada uma pesquisa sobre a situação atual de dois conflitos recentes que
afetam a América Latina:
 FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) destacando seu surgimento e as últimas
tentativas de um acordo de Paz;
 A situação dos refugiados e migrantes venezuelanos.
Com o intuito de subsidiar a realização das pesquisas sugerimos a reportagem, disponível em:
https://news.un.org/pt/story/2019/01/1656592. Acesso em: 02 Abr. 2019 – Situação na Colômbia é
discutida no Conselho de Segurança, e a reportagem Colômbia: um ano após acordo com as Farc, paz é frágil e violência
persiste, disponível em: https://oglobo.globo.com/mundo/colombia-um-ano-apos-acordo-com-as-farc-
paz-fragil-violencia-persiste-22106977. Acesso em: 03 Abr. 2019. E, ainda, A questão dos refugiados
Venezuelanos que é recente e possui um elevado fluxo para o Brasil e países vizinhos, pode ser contextualizada a partir das
informações contidas na reportagem: Número de venezuelanos no Brasil dobrará em 2019, diz ONU, disponível em:
https://www.terra.com.br/noticias/brasil/numero-de-venezuelanos-no-brasil-praticamente-dobrara-em-
2019-diz-onu,cc2e3f6954071803e35a7dfa3e1423f2vbi0a8av.html. Acesso em: 04 Abr. 2019.

Avaliação e Recuperação

O(a) professor(a) poderá realizar uma atividade de avaliação global da aprendizagem, pois o
momento é ideal para que os estudantes coloquem em jogo os conhecimentos proporcionados pelas

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leituras dos textos indicados e ao responder às atividades do material do aluno. Para tanto, sugerimos o
uso de metodologia ativa de QUIZ, para conhecer mais acesse o conteúdo disponível em:
http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV117_MD1_SA19_ID781
0_17092018214720.pdf. Acesso em: 14 Abr. 2019.
Esta atividade poderá ser construída a partir do aplicativo Microsoft Forms ou Google
Formulário, ambos disponíveis nos e-mails institucionais (consulte seu e-mail de acesso na plataforma da
Secretaria Escola Digital). Caso não tenha familiaridade com as ferramentas assista aos vídeos nos links
sugeridos a seguir:
Microsoft Forms. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=78XSDFnrYOs. Acesso em: 14
Abr. 2019.
Google Formulário. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QQ-EBBMnzu8. Acesso em:
14 Abr. de 2019.
Os tutoriais irão ajudá-lo a criar facilmente pesquisas, testes e outras inovações para aplicar na sala
de aula e os estudantes poderão respondê-lo usando o link de acesso, tanto pelo celular, na sala de
informática, presencial ou à distância.
Lembramos que a avaliação deve ser tratada como um momento formativo e informativo a
respeito do processo de ensino e da aprendizagem. O ideal é que o(a) professor(a) não fique preso a um
único instrumento de avaliação. Por isso é importante que ela aconteça ao longo do desenvolvimento de
todas as atividades, de tal modo que, as atividades devem proporcionar condições de avaliar o estudante
no domínio das habilidades relacionadas ao tema.
Ao longo desta proposta, oferecemos indicações de leituras e conjuntos de atividades, que
realizadas pelos(as) estudantes favorecem o desenvolvimento da aprendizagem. No entanto, os estudantes
também precisam identificar e refletir sobre seus avanços e dificuldades. Este movimento exige observá-
los durante o desenvolvimento das atividades e escutá-los por meio da autoavaliação. A indicação da
autoavaliação tem se repetido em nossas orientações e o motivo de reiterá-la é porque identificamos nesta
ação a possibilidade de aproximação do estudante, tornando o processo de avaliação de fato colaborativo,
visando a rever o processo de ensino-aprendizagem, bem como lançar mão de novos recursos que
ajudarão o estudante de fato a vencer suas dificuldades.
Procure utilizar instrumentos que aproximem os estudantes dos conteúdos estudados, para que
percebam se alcançaram as habilidades propostas. Além de avaliações escritas, seminários, debates
sugerimos a roda de conversa para reflexão de como se autoavaliam sobre o que aprenderam diante das
metodologias adotadas e participação nas aulas. Espera-se maior aproximação entre estudante,
professor(a) e maior interesse pelas aulas. Avaliar a produção de mapas, tabelas e gráficos, pesquisa na
internet para interpretação de textos, produção de texto a partir da interpretação de mapas, entre outros,
são instrumentos importantes para demonstrar na prática o aprendizado. Assim, os estudantes podem
comparar e diferenciar os critérios de regionalização mundial, considerando as intencionalidades sociais,
políticas ou econômicas. Essa também é uma forma de aproximar professor(a) e estudante. A considerar
que cada estudante é único na vida e na escola, sugerem-se diferentes instrumentos de avaliação. Segue
link de matéria para repertoriar sobre como o estudante aprende considerando as diferentes inteligências:
http://www.conversaemacao.com.br/ensino-aprendizagem-como-o-seu-aluno-aprende/. Acesso em: 07
Dez. 2018.
A recuperação deve ser dirigida com intervenção, tão logo seja detectado que o(a) estudante não
desenvolveu as habilidades propostas, seja pela incompreensão de conceitos ou pela dificuldade em
estabelecer na prática a relação com o conteúdo. Dessa maneira, a progressão de habilidades não será
prejudicada e a aprendizagem atenderá a expectativa do ano/série. Caso necessário, elabore atividades
adaptadas para estudantes com maior dificuldade de aprendizagem. Como auxílio aos estudantes,
considere para organização das atividades em grupos colaborativos, os diferentes níveis de aprendizagem,
que permita a colaboração entre eles. Orientamos especial atenção àqueles que ainda tiverem dificuldade,
retomando atividades como, por exemplo, produção de textos, leitura e interpretação de mapas, em que

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o(a) professor(a) pode propor novas atividades, buscando diversificar suas estratégias. A reportagem parte
do diagnóstico inicial, propondo ações para fazer o diagnóstico com os alunos, orienta como analisar os
resultados do diagnóstico e propõe diversas maneiras de realizar a recuperação. A reportagem está
disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1338/11-respostas-para-as-questoes-mais-comuns-
sobre-recuperacao. Acesso em: 04 Abr. 2019.
Outa sugestão é que após o processo de autoavaliação, o(a) professor(a) poderá solicitar aos
alunos, que organizem uma tabela, a partir de pesquisa sobre as populações indígenas que vivem na
América Latina, origem étnico-cultural, densidade demográfica, situação sociopolítica e política indigenista
do país.

Saiba Mais
Sugerimos alguns sites e textos que podem auxiliá-lo(a) a preparar suas aulas com mais embasamento
teórico e diversidade de ideias, assim como também o ajudarão metodologicamente. Os links podem ser
compartilhados com os estudantes para que possam se apropriar das suas informações:
Reportagem intitulada - Mapa com os pontos de tensão para os povos indígenas na América Latina.
Especialistas ouvidos pela BBC Brasil, afirmam que os confrontos têm ganhado força, à medida que
pouca ou quase nenhuma garantia é oferecida a essas comunidades e que seus direitos e territórios serão
preservados face à expansão urbana, também menciona que muitos deles envolvem a construção de obras
de infraestrutura e a exploração de recursos naturais. Disponível em: http://www.teleios.com.br/mapa-
com-os-pontos-de-tensao-para-os-povos-indigenas-na-america-latina/. Acesso em: 05 Abr. 2019.
Embaixador avalia cessar-fogo entre o governo colombiano e as Farc. Disponível em:
https://jornal.usp.br/atualidades/colunista-fala-sobre-cessar-fogo-entre-governo-colombiano-e-
farc/. Acesso em: 23 Abr. 2019.
Fim do narcotráfico pelas FARC preocupa segurança brasileira. Disponível em:
https://jornal.usp.br/atualidades/fim-do-narcotrafico-pelas-farcs-preocupa-seguranca-brasileira/. Acesso
em: 23 Abr. 2019.
Grupos de guerrilha na política não são novidade, segundo historiador. Disponível em:
https://jornal.usp.br/atualidades/farc-vao-virar-partido/. Acesso em: 23 Abr. 2019.
O indígena no Brasil do século XIX e o bom selvagem, plano de aula elaborado pela equipe da
Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5564/o-indigena-no-brasil-do-
seculo-xix-e-o-bom-selvagem. Acesso em: 06 Abr. 2019. Trata do discurso civilizatório nas Américas, o
silenciamento dos saberes indígenas e as formas de integração e destruição de comunidades e povos
indígenas.
A lista de filmes, sugeridos a seguir, visa a ampliar o conhecimento para ajudar a compreender os períodos
de repressão e totalitarismo pelos quais alguns países latino-americanos, como Brasil, Argentina, Uruguai,
Chile, El Salvador e Guatemala, entre outros, passaram em sua história recente.
Filmes para entender as ditaduras latino-americanas. Disponível em:
https://filmow.com/listas/filmes-para-entender-as-ditaduras-latino-americanas-l57623/. Acesso em: 10
Abr. 2019)

REFERÊNCIAS:

CERQUEIRA E FRANCISCO, Wagner de. A religião no Oriente Médio. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/geografia/a-religiao-no-oriente-medio.htm. Acesso em: 02 Abr. 2019.
FIALCOFF, Dóris. Sala de Aula Invertida: metodologia que educa para a autonomia. Disponível
em: https://diarioescola.com.br/2018/05/sala-de-aula-invertida/. Acesso em: 3 Abr. 2019.
FIORILLO, Marília. Europa está falhando no seu sistema de valores civilizatórios. Jornal da USP.
Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/europa-esta-falhando-no-seu-sistema-de-valores-

Página 73 de 76
civilizatorios/. Acesso em: 24 Abr. 2019 Texto que fala como a Europa está falhando no seu sistema de
valores civilizatórios.
FIORILLO, Marília. Turquia se transformou em alvo de atentados. Jornal da USP. Disponível em:
https://jornal.usp.br/atualidades/turquia-se-transformou-em-alvo-de-atentados/. Acesso em: 24 Abr.
2019.
FREITAS, Eduardo de. As religiões no mundo. Disponível em:
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/as-religioes-no-mundo.htm. Acesso em: 02 Abr. 2019.
LOYO, Laura. Como fazer um seminário? 12 melhores dicas!. Disponível em:
https://www.stoodi.com.br/blog/2017/06/14/12-dicas-para-fazer-um-bom-seminario/. Acesso
em: 3 Abr. 2019.
MORAES, Jorge Viana de. Seminários - Como elaborar e apresentar? Especial para a Página 3
Pedagogia & Comunicação Disponível em:
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/seminarios-como-elaborar-e-apresentar.htm. Acesso
em: 2 Abr. 2019.
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Conflito da Síria entra em seu nono ano; crise humanitária ainda está
longe do fim. Disponível em: https://nacoesunidas.org/conflito-da-siria-entra-em-seu-nono-ano-crise-
humanitaria-ainda-esta-longe-do-fim/. Acesso em: 5 Abr. 2019.
NOVA ESCOLA. Ensino híbrido: conheça o conceito e entenda na prática. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/104/ensino-hibrido-entenda-o-conceito-e-entenda-na-pratica.
Acesso em: 12 Abr. 2019.
NOVOS ALUNOS. O que é ensino híbrido e quais são os benefícios para as crianças? Disponível
em:http://novosalunos.com.br/o-que-e-ensino-hibrido-e-quais-sao-os-beneficios-para-as-criancas/
.Acesso em: 12 Abr. 2019.
PAIVA, Thais. Como funciona a sala de aula invertida?. Disponível em:
http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/como-funciona-a-sala-de-aula-invertida/. Acesso em: 3
Abr. 2019.
REARDON, Christopher. Passei pela sua casa na Síria hoje, mas ninguém estava lá. Nações Unidas
Brasil. Disponível em: https://nacoesunidas.org/artigo-passei-pela-sua-casa-na-siria-hoje-mas-ninguem-
estava-la/. Acesso em: 5 Abr. 2019.
REVISTA ISTO É. Entenda as causas do conflito na Síria. Disponível em:
https://istoe.com.br/entenda-as-causas-do-conflito-na-siria/. Acesso em: 5 de Abr. 2019.
SANT, Mario. Crise na Síria aumenta instabilidade na política internacional. Jornal da USP.
Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/crise-na-siria/ .Acesso em: 5 Abr. 2019.

Vídeos:
Modelos de ensino híbrido. Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=zPzamoIjjss . Acesso
em: 12 Abr. 2019.
Como usar a sala de aula invertida - Metodologia ativa de ensino e aprendizagem. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=3wxwgYj1lsQ. Acesso em: 3 Abr. 2019.
As origens da guerra na Síria. Nexo Jornal. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=3Svg_uTHm8E. Acesso em: 26 Abr de 2019.

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ANEXO

SUGESTÃO DE FICHA PARA AUTOAVALIAÇÃO

Critérios para observação Realizei Realizei Não Comentários


relacionados ao uso de estratégias adequadamente parcialmente realizei e/ou
de leitura observações

Ao iniciar a leitura realizei reflexões


sobre o título;

Pesquisei sobre o autor do texto,


buscando informações de relevância, e
avançando em minhas hipóteses;

Verifiquei qual gênero textual será


tratado (reportagem, notícia, crônica,
artigo de opinião) e onde ele vai
circular;

Compreendi a real finalidade do texto;

Explorei as características do público


leitor deste gênero;

Troquei informações com meus


colegas se já leram ou ouviram algo
sobre o assunto;

Analisei se na fonte há informações


que complementam e/ou confirmam
as hipóteses que levantamos até agora.

Li o trecho pausadamente, grifando as


ideias centrais;

Organizei as informações que coletei


do texto em forma de texto e/ou
tópicos;

Redigi as respostas, citando trechos do


texto e utilizando aspas;

Com base na autoavaliação anterior, preencha os campos abaixo:

Aquilo que você acha que precisa


aprender, pois ainda não sabe fazer;

Aquilo que você precisa melhorar em


relação às estratégias utilizadas;

Aquilo que você acha que faz muito


bem;

O que eu aprendi;

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Ficha Técnica
Grupo de Trabalho GEOGRAFIA TRANSIÇÃO

Secretaria de Estado da Educação (SEE-SP)


Coordenadoria Pedagógica (CPED) - Equipe Curricular de Geografia

Andréia Cristina Barroso Cardoso


Sergio Luiz Damiati

Professores Coordenadores de Geografia dos Núcleos Pedagógicos das Diretorias Regionais de Ensino:

Cristiane Cristina Olímpio – DE Pindamonhangaba


Bruna Capóia Trescenti - DE Itu
Márcio Eduardo Pedrozo – DE Americana
Roseli Pereira de Araújo – DE Bauru
Sheila Aparecida Pereira de Oliveira - DE Leste 2
Shirley Schweizer – DE Botucatu
Simone Regiane de Almeida Cuba – DE Caraguatatuba

Leitura Crítica
Patrícia Silvestre Águas

Revisão de Língua Portuguesa


Lia Suzana de Castro Gonzalez

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