O cenário para a mídia televisiva é novo – liberdade para as decisões, se
tornando um meio totalmente autônomo após um tempo inteiro de sofrimento nas mãos de um regime que controlava cada passo dado por um apresentador de programa, apenas para citar o de menos. O começo dos anos 80 para a televisão foi de extrema importância. No começo do ano, já fora retirada do ar as leis que proibiam as mídias televisivas de atuar efetivamente, sem criticar nem noticiar coisas. Empresas como a Globo e o SBT estavam finalmente livres para vivenciarem o seu total poder e esplendor executivo com novelas, programas de auditório, desenhos e afins. Com a retomada do poder e da liberdade da mídia televisiva, podemos ver como ela foi novamente impactante na vida das pessoas. A Tv desde sempre moldou formas de pensar e criou sentimentos em que visualizava a mesma numa base diária; seja vendo uma reportagem do jornal do dia, ou vendo uma novela no mais tardar em casa com a família. Com isso tudo em mente podemos concluir que a televisão fora de extrema importância como um traço cultural nos anos 80. Além de moldar novamente mentes e opiniões de indivíduos, os mesmos podiam passar a mensagem com mais impacto devido a falta do mesmo anteriormente, já que em tempos passados, o direito de liberdade na expressão da mídia era em si inexistente. Tomemos de exemplo programas de auditório; Chacrinha, Hebe, Sílvio Santos. Todos traziam no seu dia a dia temas comuns para a conversação efetiva de plateia/telespectador, como Hebe com seus convidados famosos mas ilustres para a população mais “comum”, e Sílvio Santos que sempre focou em se enturmar com a população trabalhadora e de classe média, que era a maior consumidora da televisão e seus meios na época de 80.