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458-03]
Terceira edição
31.01.2019
Número de referência
ABNT NBR 7287:2019
33 páginas
© ABNT 2019
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................2
4.1 Designação..........................................................................................................................2
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Figuras
Figura B.1 – Tubo com bocais...........................................................................................................29
Figura B.2 – Esquema do ensaio......................................................................................................30
Figura B.3 – Esquema do circuito de ensaio...................................................................................30
Tabelas
Tabela 1 – Determinação do número de amostras.......................................................................... 11
Tabela 2 – Valores eficazes de tensão elétrica alternada...............................................................13
Tabela 3 – Valores de tensão elétrica contínua...............................................................................13
Tabela 4 – Valores eficazes de tensão elétrica de screening.........................................................15
Tabela 5 – Valores de tensão de exploração e medição para ensaio de descargas parciais.....17
Tabela 6 – Valores de tensão para os ensaios de fator de perdas no dielétrico (tangente δ)
em função do gradiente máximo.....................................................................................18
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Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 7287 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Cabos Isolados (CE-003:020.003). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 19.10.2018 a 07.01.2019.
A ABNT NBR 7287 cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 7287:2009), a qual foi tecnica-
mente revisada.
Scope
This Standard specifies the requirements for single-core, multi-core or pre-assembled power cables
insulated with cross-linked polyethylene (XLPE) and sheathed, for fixed installations.
These cables are used in distribution power systems and general electrical circuits, for rated voltages
up to 35 kV, according to recommendations of ABNT NBR 5410 or ABNT NBR 14039. Alternatively
to the regular construction, it is also specified cables with water blocking barriers (conductor and/or
screening), according ABNT NBR 6251, recommended for distribution power systems where there is a
risk of water contact for a long period of time.
1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos para os cabos de potência, unipolares, multipolares ou multiple-
xados, para instalações fixas, isolados com polietileno reticulado (XLPE), com cobertura, para insta-
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lações fixas.
Estes cabos são utilizados em circuitos com redes de distribuição e instalações industriais em tensões
até 35 kV, conforme recomendações da ABNT NBR 5410 ou ABNT NBR 14039. Em alternativa à cons-
trução normal, são previstos cabos com condutor bloqueado ou cabos com construção bloqueada
(condutor e/ou blindagem), conforme a ABNT NBR 6251, recomendados para os circuitos de distribui-
ção sujeitos a contatos prolongados com água.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 9511, Cabos elétricos – Raios mínimos de curvatura para instalação e diâmetros mínimos
de núcleos de carretéis para acondicionamento
ABNT NBR NM IEC 60332-1, Métodos de ensaio em cabos elétricos sob condições de fogo – Parte 1:
Ensaio em um único condutor ou cabo isolado na posição vertical
ABNT NBR NM IEC 60811-1-1, Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de
cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 1: Medição de
espessuras e dimensões externas – Ensaios para a determinação das propriedades mecânicas
3 Termos e definições
Para os efeitos deste Documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 5456,
ABNT NBR 5471 e ABNT NBR 6251, e os seguintes.
3.1
comprimento nominal
quantidade-padrão de fabricação e/ou quantidade que conste na ordem de compra, para cada unidade
de expedição
3.2
lance
uma unidade de expedição de comprimento contínuo
3.3
quantidade efetiva
quantidade contida em uma unidade de expedição, determinada por meio de equipamento adequado
que assegure a incerteza máxima especificada
3.4
unidade de expedição
unidade constituída de um rolo, uma bobina ou outra forma de acondicionamento acordada
4 Requisitos
4.1 Designação
Para os efeitos desta Norma, os cabos de potência se caracterizam pela tensão de isolamento, Uo/U,
conforme a ABNT NBR 6251.
Os cabos devem ser designados pelas partes componentes previstas nesta Norma (tipo de condutor,
isolação, blindagens, armação e cobertura).
A temperatura no condutor em regime de sobrecarga não pode ultrapassar 130 °C. A operação neste
regime não pode superar 100 h durante 12 meses consecutivos, nem 500 h durante a vida do cabo.
NOTA Entende-se que o cabo, quando submetido a regime de sobrecarga, tem sua vida reduzida em
certo grau, em relação à vida prevista para as condições em regime permanente. Além disto, limites mais
baixos de temperatura podem ser requeridos em função de materiais usados nas emendas e terminais, ou
em função de condições de instalação.
A temperatura no condutor em regime de curto-circuito não pode ultrapassar 250 °C. A duração neste
regime não pode ultrapassar 5 s.
4.5 Condutor
4.5.1 O condutor deve ser de cobre ou alumínio e estar de acordo com as ABNT NBR 6251 e
ABNT NBR NM 280.
4.5.2 A superfície do condutor de seção maciça ou dos fios componentes do condutor encordoado
não pode apresentar fissuras, escamas, rebarbas, aspereza, estrias ou inclusões. O condutor pronto
não pode apresentar falhas de encordoamento.
4.5.3 O condutor de seção maciça ou os fios componentes do condutor encordoado, antes de serem
submetidos a fases posteriores de fabricação, devem atender aos requisitos da ABNT NBR NM 280.
A resistência mínima à tração dos fios de alumínio, antes do encordoamento, deve ser de 105 MPa.
Quando for previsto condutor bloqueado longitudinalmente, os interstícios internos entre os fios compo-
nentes do condutor devem ser preenchidos com material compatível, química e termicamente, com os
componentes do cabo. O fabricante deve assegurar essa compatibilidade pelos ensaios de 7.11 e 7.14.
Quando for previsto condutor bloqueado longitudinalmente, o condutor encordoado deve atender aos
requisitos do ensaio de 7.18, realizado em amostra de cabo completo ou veia.
4.7 Separador
4.8.1 A blindagem do condutor, quando necessária, deve estar de acordo com a ABNT NBR 6251.
4.8.2 A blindagem constituída por camada extrudada deve estar justaposta ao condutor, facilmente
removível e não aderente a este.
4.9 Isolação
4.9.1 A isolação deve ser constituída por composto extrudado termofixo de polietileno reticulado
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4.9.2 A isolação deve ser contínua e uniforme, ao longo de todo o seu comprimento.
4.9.3 A isolação dos cabos sem blindagem do condutor ou separador deve estar justaposta ao
condutor, facilmente removível e não aderente a este.
4.9.4 A isolação dos cabos com blindagem do condutor deve ser aderente a blindagem, de modo a
não permitir a existência de vazios entre a blindagem do condutor e a isolação ao longo de todo o seu
comprimento.
NOTA Recomenda-se, para cabos com tensões de isolamento iguais ou superiores a 6/10 kV, que o
processo de vulcanização do composto de XLPE ou TR XLPE da isolação e das blindagens semicondutoras
ocorra em atmosfera inerte de nitrogênio (dry-curing).
4.10.2 O ensaio de aderência da parte semicondutora extrudada da blindagem da isolação deve ser
realizado conforme 7.16.
4.11.1 Nos cabos unipolares ou multiplexados, com construção da blindagem metálica bloqueada
longitudinalmente, deve ser aplicado nos interstícios, entre a blindagem semicondutora da isolação e
a cobertura, um material ou a combinação de materiais adequados e compatíveis, química e termica-
mente, com os componentes do cabo.
4.11.2 Qualquer construção alternativa para bloqueio transversal é permitida, como a utilização de
capa metálica ou fita metálica laminada, por exemplo.
4.11.3 O bloqueio longitudinal deve atender ao ensaio de penetração longitudinal de água previsto
em 7.18.
4.12.1 Caso haja um ou mais condutores neutro ou condutores de proteção isolados, seja qual for a
tensão de isolamento dos condutores fase, a espessura da isolação do condutor neutro deve ser a
mesma que a da tensão de isolamento 0,6/1 kV.
4.12.2 A isolação deve ser constituída por composto extrudado termofixo de polietileno reticulado
(XLPE), conforme a ABNT NBR 6251.
4.13.1 Nos cabos multipolares, as veias devem ser reunidas conforme estabelecido na ABNT NBR 6251.
4.13.2 O passo de reunião para cabos multipolares deve ser adotado de maneira a permitir que o
cabo completo atenda aos requisitos do ensaio de dobramento, previsto em 7.8.
4.13.3 O passo de reunião para cabos multiplexados deve ser no máximo 60 vezes o diâmetro nominal
do maior cabo unipolar constituinte destes.
4.13.4 A verificação do passo deve ser conforme a ABNT NBR 15443. Não podem ser considerados
os comprimentos iniciais da bobina ou do rolo que possam apresentar alterações no passo de reunião.
4.16.1 Quando prevista, a capa de separação deve ser constituída por um dos materiais especificados
em 4.15 e estar conforme a ABNT NBR 6251.
4.16.2 Não é recomendado o emprego de compostos do tipo ST2, SE1/A ou SE1/B para cabos
com construção bloqueada longitudinalmente, a menos que estes possuam construção bloqueada
transversalmente.
4.17 Cobertura
4.17.1 A cobertura dos cabos deve ser constituída de material termoplástico (ST2 ou ST7) ou termofixo
(SE1/A ou SE1/B), conforme a ABNT NBR 6251.
4.17.2 Não é recomendado o emprego de compostos do tipo ST2, SE1/A ou SE1/B para cabos
com construção bloqueada longitudinalmente, a menos que estes possuam construção bloqueada
transversalmente.
4.18.4 Qualquer outro tipo de marcação deve ser objeto de acordo entre o fabricante e o comprador.
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5 Inspeção e amostragem
5.1 Pré-qualificação conforme a ABNT NBR 10299
5.1.1 Para cabos com tensões de isolamento iguais ou superiores a 8,7/15 kV e somente quando
explicitamente solicitado, deve-se proceder à estimação das estatísticas da distribuição dos gradientes
de perfuração em corrente alternada, conforme a ABNT NBR 10299.
5.1.2 Em comum acordo entre o fabricante e o comprador, é estabelecida uma taxa de falhas média
máxima admissível (Zm).
NOTA Um valor de Zm usualmente aceito é de 0,02 falha por ano e por 30 km de veia.
5.1.3 A partir das estatísticas obtidas nos ensaios, é verificada a compatibilidade com a taxa de falhas
média máxima (Zm) estabelecida. Em caso positivo, o fabricante é pré-qualificado para o fornecimento
dos cabos.
5.2.2 Antes de qualquer ensaio, deve ser realizada uma inspeção visual sobre todas as unidades de
expedição, para verificação dos requisitos especificados em 4.18 e na Seção 8.
5.3.2 Os ensaios de rotina (R) solicitados por esta Norma, para cabos com tensões de isolamento
iguais ou inferiores a 3,6/6 kV, são:
5.3.3 Os ensaios de rotina (R) solicitados por esta Norma, para cabos com tensões de isolamento
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5.3.4 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, todas as veias devem ser submetidas aos
ensaios de rotina.
5.3.5 As verificações e os ensaios especiais (E) solicitados por esta Norma são:
d) tração e alongamento na capa de separação (se existir) e cobertura, antes e após envelhecimento,
conforme 7.17;
e) determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente), em função do gradiente elétrico máximo
no condutor, para cabos com tensões de isolamento superiores a 3,6/6 kV, conforme 7.9;
f) tensão elétrica de longa duração para cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a
3,6 kV/6 kV, conforme 7.13;
g) aderência da blindagem semicondutora da isolação, para cabos a campo radial, conforme 7.16;
h) conformidade da rigidez dielétrica em corrente alternada por amostragem sequencial, para
cabos com tensões de isolamento iguais ou superiores a 8,7/15 kV, conforme 7.19, desde que
previamente solicitado pelo comprador.
Os ensaios especiais (E) são feitos em amostras de cabo completo, ou em componentes retirados
destas, conforme critério de amostragem estabelecido em 5.7.3 a 5.7.10, com a finalidade de verificar
se o cabo atende às especificações do projeto.
5.4.1 Os ensaios de tipo (T) elétricos solicitados por esta Norma, para cabos com tensões de isola-
mento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV, são:
5.4.2 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de cabo completo, de no mínimo
10 m. A seção recomendada do condutor é de 120 mm2, devendo os ensaios ser efetuados para cada
tipo de construção, isto é, cabos à campo radial e não radial.
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5.4.3 Estes ensaios devem ser realizados conforme a sequência de 5.4.1, no mesmo corpo de prova.
5.4.4 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, estes ensaios devem ser limitados a não
mais do que três veias.
5.4.5 Os ensaios de tipo (T) elétricos solicitados por esta Norma para cabos com tensões de isola-
mento superiores a 3,6/6 kV, são:
e) determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ), em função do gradiente elétrico
máximo no condutor, conforme 7.9;
f) determinação do fator de perdas no dielétrico (tangente δ), em função da temperatura, conforme 7.10;
h) tensão elétrica de impulso e em, seguida ensaio de tensão elétrica de screening, conforme 7.12;
5.4.6 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de cabo completo, de no mínimo
10 m. A seção recomendada do condutor é 120 mm2 e a tensão de isolamento deve ser a máxima
produzida pelo fabricante e/ou prevista nesta Norma.
5.4.7 Todos os ensaios devem ser realizados conforme a sequência de 5.4.5 no mesmo corpo de prova.
5.4.8 Para cabos multipolares ou multiplexados, os ensaios podem ser realizados somente sobre
uma das veias.
5.4.9 As verificações e os ensaios de tipo (T) não elétricos solicitados por esta Norma são:
d) ensaio físicos da capa de separação (se esta existir) e cobertura, conforme 7.17;
e) envelhecimento em amostra de cabo completo, para cabos com tensões de isolamento iguais ou
inferiores a 3,6/6 kV, conforme 7.14;
g) aderência da blindagem semicondutora da isolação, para cabos a campo radial, conforme 7.16;
5.4.10 Deve ser utilizado um comprimento suficiente de cabo completo, retirado previamente da
amostra colhida para os ensaios de tipo elétricos, com exceção do ensaio de 5.4.9 b), que pode ser
realizado em corpos de prova obtidos de placa do material utilizado.
5.4.11 Os ensaios de tipo devem ser realizados, de modo geral, uma única vez, com a finalidade de
demonstrar o comportamento satisfatório do projeto do cabo, para atender à aplicação prevista. São,
por isso mesmo, de natureza tal que não precisam ser repetidos, independentemente do material do
condutor, a menos que haja modificação do projeto do cabo que possa alterar o seu desempenho.
5.4.12 Entende-se por modificação do projeto do cabo, para os efeitos desta Norma, qualquer variação
construtiva ou de tecnologia que possa influir diretamente no desempenho elétrico e/ou mecânico do
cabo, como, por exemplo:
b) adoção de tecnologia diferente para a blindagem do condutor e/ou da isolação, em função da
tensão de isolamento;
c) adoção de cabo a campo radial ou não radial, para tensões de isolamento em que a alternativa
é permitida;
d) utilização de proteções metálicas que possam afetar os componentes subjacentes do cabo.
5.4.13 Estes ensaios devem ser realizados para cada projeto de cabo, como, por exemplo, cabos
a campo radial e a campo não radial, sendo que, para cabos multiplexados com tensões iguais ou
superiores a 3,6/6 kV a campo radial, podem ser realizados em somente um cabo unipolar constituinte
do mesmo projeto.
O ensaio de tipo complementar previsto por esta Norma é o ensaio para determinação do coeficiente
por grau Celsius, para correção da resistência de isolamento. Este ensaio deve ser previamente rea-
lizado pelo fabricante, conforme 7.5.6.
Todos os ensaios elétricos e não elétricos previstos por esta Norma compreendem o elenco de ensaios
de controle disponíveis ao fabricante que, a seu critério e necessidade, os utiliza para determinada
ordem de compra ou lote de produção, para assegurar que os materiais e processos utilizados atendam
aos requisitos desta Norma.
Estes ensaios são destinados a demonstrar a integridade do cabo e seus acessórios, durante a insta-
lação e após a conclusão desta.
O ensaio em C.A. pode ser realizado em qualquer ocasião, conforme um dos critérios a seguir:
a) aplicação, por 5 min, da tensão equivalente entre as fases do sistema entre o condutor e a blin-
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dagem metálica; ou
b) aplicação, por 24 h, da tensão entre a fase e o terra do sistema entre o condutor e a blindagem; ou
c) aplicação, por 15 min, da tensão RMS de 3 Uo entre as fases do sistema entre o condutor e a
blindagem, a uma frequência de 0,1 Hz.
NOTA Durante o ensaio em C.A. (frequência de 0,1 Hz), tan δ e/ou descargas parciais podem ser
monitoradas.
Em alternativa ao ensaio em C.A., pode ser utilizado C.C. conforme um dos critérios a seguir esta-
belecidos, entretanto o ensaio em C.C. pode causar o envelhecimento precoce dos cabos ou danos
permanentes, principalmente de instalações antigas:
a) em qualquer ocasião durante a instalação, pode ser efetuado um ensaio de tensão elétrica
contínua de valor igual a 75 % do valor dado na Tabela 3, durante 5 min consecutivos; ou
b) após a conclusão da instalação do cabo e seus acessórios, e antes destes serem colocados em
operação, pode ser aplicada uma tensão elétrica contínua de valor igual a 80 % do valor dado na
Tabela 3, durante 15 min consecutivos; ou
c) após o cabo e seus acessórios terem sido colocados em operação, em qualquer ocasião, dentro
do período de garantia, pode ser aplicada uma tensão elétrica contínua de valor igual a 65 % do
valor dado na Tabela 3, durante 5 min consecutivos.
5.7.1 Todas as unidades de expedição, exceto as acondicionadas em rolos, devem ser submetidas
a todos os ensaios de rotina.
5.7.2 Para cabos com tensão de isolamento de 0,6 kV a 1 kV, em unidades de expedição
acondicionadas em rolos é adotado o critério de amostragem conforme a ABNT NBR 5426, com NI = II
(nível de inspeção) e NQA = 2,5 % (nível de qualidade aceitável), desde que seja comprovado que
nas bobinas de origem tenham sido realizados os ensaios de rotina, previstos nas alíneas a) a c) de
5.3.2. Outros critérios de amostragem podem ser adotados mediante acordo prévio entre o fabricante
e o comprador.
5.7.3 Os ensaios especiais (E) são feitos em amostras de cabo completo, ou em componentes
retirados destas, conforme critério de amostragem estabelecido em 5.7.3 a 5.7.10, para verificar se o
cabo atende às especificações do projeto.
5.7.4 Os ensaios especiais, com exceção do previsto em 5.3.5 h), devem ser feitos para ordens de
compra que excedam 2 km de cabos multipolares ou multiplexados, ou 4 km de cabos unipolares,
de mesma seção e construção. Para ordem de compra com vários itens de mesma construção e os
mesmos materiais componentes apenas com seções diferentes, os ensaios especiais podem ser
realizados em um único item, preferencialmente o de maior comprimento.
5.7.6 A amostra deve ser constituída por um comprimento suficiente de cabo, retirado de uma das
extremidades de unidades quaisquer de expedição, após ter sido eliminada, se necessário, qualquer
porção do cabo que tenha sofrido danos.
5.7.7 Para o ensaio de 5.3.5 f), o corpo de prova deve ser constituído por um único comprimento útil,
de no mínimo 5 m de cabo.
5.7.8 Para o ensaio de 5.3.5 g), o corpo de prova deve ser constituído por um único comprimento útil
de 0,40 m de cabo.
5.7.9 O ensaio de 5.3.5 e) deve ser realizado sobre a(s) unidade(s) completa(s) de expedição.
5.7.10 No caso de cabos multipolares ou multiplexados, todos os ensaios e verificações devem ser
feitos em todas as veias.
5.7.11 Para o ensaio de 5.3.5 h), deve ser adotado o critério de amostragem estabelecido na
ABNT NBR 10299.
4 20 2 10 1
20 40 10 20 2
40 60 20 30 3
60 80 30 40 4
80 100 40 50 5
NOTA 1 O número de amostras é a quantidade de unidades de expedição retiradas do lote sob inspeção.
NOTA 2 Para ordens de compra com comprimentos de cabos superiores, tomar uma amostra a cada 10 km
de cabos multipolares ou multiplexados, ou 20 km de cabos unipolares.
6 Aceitação e rejeição
6.1 Inspeção visual
Podem ser rejeitadas, de forma individual, a critério do comprador, as unidades de expedição que não
cumpram as condições estabelecidas em 4.18 e na Seção 8.
Podem ser rejeitadas, de forma individual, as unidades de expedição que não cumpram os requisitos
especificados.
6.2.1 Sobre as amostras obtidas conforme 5.7, devem ser aplicados os ensaios especiais estabele-
cidos nesta mesma seção. Devem ser aceitos os lotes que satisfizerem os requisitos especificados.
6.2.2 Se nos ensaios especiais, com exceção do previsto em 5.3.5 a), resultarem valores que não
satisfaçam os requisitos especificados, o lote do qual foi retirada a amostra pode ser rejeitado.
6.2.3 Nos ensaios de verificação da construção do cabo, previstos em 5.3.5 a), se resultarem valores
que não satisfaçam os requisitos especificados, dois novos comprimentos suficientes de cabo devem
ser retirados das mesmas unidades de expedição e novamente efetuados os ensaios para os quais
a amostra precedente foi insatisfatória. Os requisitos devem resultar satisfatórios, em ambos os
comprimentos de cabo; em caso contrário, o lote do qual foi retirada a amostra pode ser rejeitado, a
critério do comprador.
7 Ensaios
7.1 Ensaios de pré-qualificação conforme a ABNT NBR 10299 (T)
7.1.1 Estes ensaios são requeridos para cabos com tensões de isolamento iguais ou superiores a
8,7/15 kV e devem ser realizados somente quando previamente solicitados.
7.1.2 Os ensaios devem ser realizados em corpos de prova de cabo modelo D, reproduzindo a
tecnologia de fabricação empregada no fornecimento e em amostras de cabo real, conforme indicado
na ABNT NBR 10299.
7.1.3 Os corpos de prova devem ser submetidos aos ensaios de rigidez em corrente alternada, de
curta e longa duração, conforme procedimentos estabelecidos na ABNT NBR 10299.
7.1.4 A partir destes resultados, são calculados os parâmetros a serem utilizados no estabelecimento
dos requisitos, conforme a ABNT NBR 10299.
7.1.5 Os ensaios para determinação da distribuição das tensões de perfuração sob tensão de
impulso atmosférico, conforme a ABNT NBR 10299, devem ser realizados, e os resultados devem ser
registrados para informação de engenharia.
7.2.1 A resistência elétrica dos condutores, referida a 20 °C e a um comprimento de 1 km, não pode
ser superior aos valores estabelecidos na ABNT NBR NM 280.
7.3.7 Em alternativa, o requisito estabelecido em 7.3.6, para cabos com tensões de isolamento iguais
ou inferiores a 3,6/6 kV, pode ser verificado com tensão elétrica contínua, de valor dado na Tabela 3,
pelo tempo de 5 min.
7.4.1 Este ensaio é requerido para cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores a
3,6/6 kV, como ensaio de rotina e de tipo.
7.4.2 Para cabos unipolares ou multiplexados, a tensão elétrica deve ser aplicada entre o condutor
e a blindagem metálica.
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7.4.3 Para cabos multipolares, a tensão elétrica deve ser aplicada entre cada condutor e sua blinda-
gem metálica ou, na falta desta, entre cada condutor e a blindagem metálica coletiva.
7.4.4 O valor eficaz da tensão elétrica aplicada deve corresponder ao calculado pelas seguintes
equações:
U = E × Se
onde:
d D
Se = × In
2 d
d = dc + 0, 8
onde
No caso de condutores setoriais, os valores de dc e D devem ser obtidos pelas seguintes equações:
dc = 2r
D = d + 2e
onde
O valor calculado para a tensão de ensaio deve ser arredondado ao inteiro mais próximo.
7.4.5 O valor eficaz da tensão elétrica alternada, frequência 48 Hz a 62 Hz, é calculado em função
do gradiente elétrico máximo do condutor, com as equações dadas em 7.4.4.
7.4.6 Os valores calculados da tensão elétrica para cada tensão de isolamento constam na Tabela 4.
7.4.7 O tempo de aplicação da tensão elétrica deve ser de 15 min, não podendo ocorrer perfuração.
NOTA Para este ensaio, não é prevista alternativa em tensão elétrica contínua.
Tensão de ensaio
Seção nominal do condutor kV
mm2
6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
16 26 – – – –
25 28 34 – – –
35 29 35 41 – –
50 30 37 43 49 58
70 31 39 45 52 61
95 32 40 47 54 65
120 33 41 48 56 67
150 33 42 49 58 69
185 34 43 50 59 71
240 35 44 52 61 74
300 35 45 53 62 76
400 36 46 54 64 79
500 36 46 55 66 81
7.5.1 Este ensaio é requerido para cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV
como ensaio de rotina e de tipo.
7.5.2 A resistência de isolamento da(s) veia(s), referida a 20 °C e a um comprimento de 1 km, não
pode ser inferior ao valor calculado pela seguinte equação:
D
Ri = Ki × log
d
onde
Ri é a resistência de isolamento, expressa em megaohms.quilômetro (MΩ.km);
Ki é a constante de isolamento, igual a 3 700 MΩ.km;
D é o diâmetro nominal sobre a isolação, expresso em milímetros (mm);
d é o diâmetro nominal sob a isolação, expresso em milímetros (mm).
Para condutores de seção transversal não circular, a relação D/d deve ser a relação entre os perímetros
nominais sobre a isolação e sobre o condutor (ou sobre sua blindagem).
7.5.3 A medição da resistência de isolamento deve ser feita com tensão elétrica contínua, de valor
300 V a 500 V, aplicada por tempo mínimo de 1 min e máximo de 5 min.
7.5.4 As conexões do cabo ao instrumento de medição devem ser realizadas de acordo com o indi-
cado para o ensaio de tensão elétrica (ver 7.3), conforme o tipo de construção do cabo.
7.5.5 O ensaio de resistência de isolamento deve ser realizado após o ensaio de tensão elétrica,
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conforme 7.3. No caso de o ensaio de 7.3 ter sido realizado com a tensão elétrica contínua, a medição
da resistência de isolamento deve ser feita 24 h após o(s) condutor(es) ter(em) sido curto-circuitado(s)
com a(s) respectiva(s) blindagem(ns) (ou proteções metálicas) ou com água.
7.5.6 Quando a medição da resistência de isolamento for realizada à temperatura do meio diferente
de 20 °C, o valor obtido deve ser referido a esta temperatura, utilizando-se os fatores de correção
dados na Tabela A.1. O fabricante deve fornecer previamente o coeficiente por graus Celsius a ser
utilizado. Este coeficiente deve ser determinado em corpo de prova específico e ensaiado conforme
a ABNT NBR 6813. Certos compostos apresentam elevada constante de isolamento, o que pode
dificultar a determinação do coeficiente por graus Celsius. Nestes casos deve ser aceito o menor
coeficiente dado na Tabela A.1.
7.5.8 Quando este ensaio for realizado como ensaio de tipo, para cabos não blindados individual-
mente, a medição da resistência de isolamento pode ser feita com o corpo de prova constituído por veia
imersa em água, pelo menos 1 h antes do ensaio, tendo sido retirados todos os componentes exteriores
à isolação.
7.6.1 Este ensaio é requerido para cabos com tensões de isolamento iguais ou inferiores a 3,6/6 kV.
7.6.3 Para cabos não blindados individualmente, a temperatura no condutor deve ser obtida pela
imersão do corpo de prova em água, após terem sido removidos todos os componentes exteriores à
isolação. O corpo de prova deve ser mantido na água, pelo menos por 2 h, à temperatura especificada,
antes de ser efetuada a medição.
7.6.4 Para cabos blindados individualmente, a temperatura no condutor pode ser obtida pela colo-
cação do corpo de prova do cabo completo em água ou estufa, por pelo menos 2 h, à temperatura
especificada, antes de ser efetuada a medição. A temperatura no condutor pode também ser obtida
pela circulação de corrente pela blindagem metálica individual da(s) veia(s). Neste caso, a tempera-
tura pode ser verificada pela resistência elétrica do(s) condutor(es) ou pela medição da temperatura
na superfície da blindagem metálica. A medição deve ser feita após a estabilização térmica do corpo
de prova à temperatura especificada.
7.6.5 A medição da resistência de isolamento deve ser feita com tensão elétrica contínua, de valor
300 V a 500 V, aplicada por um tempo mínimo de 1 min e máximo de 5 min.
7.7.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.7.2 A tensão elétrica aplicada entre o condutor e a blindagem da isolação deve ser elevada gradu-
almente até atingir o valor da tensão de exploração e, em seguida, decrescida até o valor da tensão
de medição, conforme estabelecido em 7.7.5.
7.7.3 Para cabos multipolares ou multiplexados, cada veia deve ser ensaiada individualmente.
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7.7.4 O cabo, quando submetido à tensão elétrica alternada, com valores de exploração e medição
conforme 7.7.5, não pode apresentar nível de descarga superior a 3 pC, na tensão de medição.
O nível da descarga na tensão de exploração pode ser registrado para informação de engenharia.
7.7.5 Os valores eficazes das tensões elétricas alternadas de exploração e medição, com frequência
48 Hz a 62 Hz, constam na Tabela 5 e devem ser calculados conforme 7.4.4, utilizando-se 7 kV/mm
e 6 kV/mm, respectivamente, como valores de gradiente elétrico de ensaio.
7.8.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.8.2 O corpo de prova, à temperatura ambiente, deve ser enrolado em um tambor, evitando-se
movimentos bruscos por pelo menos uma volta completa; em seguida o corpo de prova deve ser
desenrolado e o processo repetido, após o corpo de prova girar 180° em torno de seu eixo. Este ciclo
de operações deve ser repetido mais duas vezes.
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7.8.3 O diâmetro do tambor deve corresponder ao raio mínimo de curvatura para instalação, conforme
estabelecido na ABNT NBR 9511, em função do tipo de construção do cabo. É admitida uma tolerância
de ± 5 % sobre o valor calculado.
7.8.4 Após completados os três ciclos de dobramento, o corpo de prova deve ser submetido ao
ensaio de descargas parciais, conforme 7.7.
7.9.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.9.2 O fator de perdas no dielétrico (tan δ) deve ser medido na unidade de expedição (ensaio especial)
ou em corpo de prova mecanicamente condicionado, conforme descrito em 7.8 (ensaio de tipo).
7.9.3 Os valores eficazes das tensões elétricas alternadas, com frequência de 48 Hz a 62 Hz, cons-
tam na Tabela 6 e devem ser calculados conforme 7.4.4, utilizando-se os valores de gradiente elétrico
de ensaio de 2 kV/mm, 4 kV/mm e 8 kV/mm, respectivamente.
Tabela 6 (conclusão)
Tensão de isolamento
kV
6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
Seção nominal do
Gradiente elétrico máximo
condutor
kV/mm
mm2
2 4 8 2 4 8 2 4 8 2 4 8 2 4 8
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Tensão de ensaio
kV
95 5 11 21 7 13 27 8 16 31 9 18 36 11 22 43
120 5 11 22 7 14 27 8 16 32 9 19 37 11 22 45
150 6 11 22 7 14 28 8 16 33 10 19 38 12 23 46
185 6 11 23 7 14 29 8 17 34 10 20 39 12 24 48
240 6 12 23 7 15 29 9 17 34 10 20 41 12 25 49
300 6 12 23 7 15 30 9 18 35 10 21 42 13 25 51
400 6 12 24 8 15 30 9 18 36 11 21 43 13 26 52
500 6 12 24 8 15 31 9 18 37 11 21 44 13 27 54
7.10.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.10.2 O corpo de prova deve ser aquecido por um dos procedimentos estabelecidos em 7.6.4.
7.10.3 O fator de perdas no dielétrico (tan δ) deve ser medido no corpo de prova, à temperatura de
90 °C ± 2 °C, com tensão elétrica alternada, frequência 48 Hz a 62 Hz, e valor correspondente ao
gradiente elétrico máximo do condutor de 2 kV/mm, calculado conforme 7.4.4.
7.11.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.11.3 Antes do início do ensaio de ciclos térmicos, o corpo de prova deve ser submetido à sequência
de ensaios de 5.4.5 a) a f) e i).
7.11.4 Durante 30 dias, o corpo de prova deve ser submetido continuamente à tensão elétrica
alternada, com frequência 48 Hz a 62 Hz, e valor correspondente ao gradiente elétrico máximo no
condutor de 8 kV/mm, calculado conforme 7.4.4. As interrupções eventuais devem ser compensadas.
7.11.5 Nas condições indicadas em 7.11.2 e 7.11.4, o corpo de prova deve ser submetido a uma
corrente elétrica de aquecimento, de modo a atingir a temperatura de 130 °C ± 3 °C, no condutor, por
um tempo mínimo de 6 h contínuas, a cada dia útil.
7.11.6 No 15º dia, o corpo de prova deve ser submetido aos ensaios previstos em 5.4.5 c), e) e f).
7.11.7 O corpo de prova, após ser submetido aos ciclos térmicos sob tensão elétrica, isto é, no término
do ensaio (30º dia), deve atender aos requisitos estabelecidos em 5.4.5 c), e) e f) e aos valores da
resistividade elétrica máxima à temperatura de operação das camadas semicondutoras, estabelecidos
na ABNT NBR 6251.
7.12.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial, com tensões de isolamento superiores
a 3,6/6 kV.
7.12.2 O corpo de prova, com o condutor à temperatura 95 °C ± 2 °C, deve suportar, sem falhas, dez
impulsos positivos e dez impulsos negativos de tensão, com valor de crista estabelecido na Tabela 8.
7.12.4 Após a realização do ensaio de impulso, o corpo de prova deve ser submetido, à temperatura
ambiente, ao ensaio elétrico de screening, conforme 7.4.
7.13.2 Para cabos não blindados individualmente, o ensaio deve ser feito em corpo de prova constituído
por veia retirada do cabo completo, após terem sido removidos todos os componentes exteriores
à isolação. O corpo de prova deve ser imerso em água pelo menos 1 h antes do ensaio e a tensão
deve ser aplicada entre o condutor e a água.
7.13.3 Para cabos blindados individualmente, o corpo de prova deve ser constituído por cabo completo
e a tensão deve ser aplicada entre o(s) condutor(es) e a(s) blindagem(ens).
7.13.4 O corpo de prova, quando submetido à tensão elétrica alternada, com frequência 48 Hz a 62 Hz,
de valor eficaz de 3 Uo, pelo tempo de 4 h, não pode apresentar perfuração.
7.14.2 A amostra deve ser envelhecida em estufa a ar, a uma temperatura de 100 °C ± 2 °C, durante
168 h. Quando a cobertura é do tipo ST1 ou ST3, a temperatura deve ser 90 °C ± 2 °C.
7.14.3 O corpo de prova correspondente à isolação, capa de separação (quando esta existir) e
cobertura, retirado de amostra do cabo completo após envelhecimento, deve atender aos requisitos
de tração e alongamento à ruptura, previstos na ABNT NBR 6251, para envelhecimento em estufa a ar.
O condutor removido da amostra envelhecida não pode apresentar qualquer evidência de corrosão,
quando submetido à inspeção visual, sem auxílio de qualquer equipamento óptico. Oxidação ou
descoloração normal do cobre não pode ser levada em consideração.
7.15.2 Este ensaio não é aplicável a cabos com cobertura do tipo ST3 ou ST7.
7.15.3 Os corpos de prova devem ser constituídos por comprimentos suficientes de cabo completo.
7.15.4 Quando o corpo de prova for submetido ao ensaio, a chama deve autoextinguir-se e a parte
carbonizada não pode atingir a região correspondente a 50 mm da extremidade inferior do grampo de
fixação superior.
7.16.1 Este ensaio é requerido para os cabos a campo radial, com blindagem semicondutora da
isolação extrudada.
7.16.2 No corpo de prova previsto em 5.7.8, a camada semicondutora da isolação deve ser cortada
longitudinalmente, até atingir-se levemente a isolação. Um segundo corte paralelo deve ser feito,
distante 12 mm do primeiro. Para fixação na máquina de tração, deve-se efetuar uma separação
inicial de 50 mm de tira de camada semicondutora entre os cortes longitudinais, mantendo-a em um
ângulo de aproximadamente 90° em relação à veia, durante o ensaio. A tira deve ser inserida na garra
superior, e a veia, com um dispositivo adequado, deve ser inserida na garra inferior da máquina de
tração. Submeter o corpo de prova à tração, aumentando a velocidade até que a tira se separe da
isolação, com velocidade de 12 mm/s.
7.16.3 Ambas as extremidades do corpo de prova devem ser ensaiadas (em sentidos contrários),
sendo as tiras cortadas diametralmente opostas. Cada ensaio é terminado no centro do corpo de prova.
7.16.4 O ensaio deve ser feito à temperatura ambiente, devendo-se registrar as forças máximas e
mínimas de tração, à velocidade especificada, para cada um dos ensaios.
7.16.5 A força necessária para remoção da blindagem semicondutora extrudada da isolação deve
estar entre 13 N e 105 N.
Os ensaios físicos nos componentes são os indicados na ABNT NBR 6251, com os respectivos
métodos de ensaio e requisitos. Para os ensaios especiais, considerar somente os ensaios de tração
e alongamento.
7.18.1 Este requisito é aplicável aos cabos com condutor bloqueado ou construção bloqueada (con-
dutor e blindagem) longitudinalmente.
7.18.2 Durante a realização dos ensaios, não pode ocorrer vazamento de água pelas extremidades
do corpo de prova, pelos interstícios do condutor ou do bloqueio da blindagem.
7.19.1 Este requisito é aplicável aos cabos a campo radial, com tensões de isolamento iguais ou
superiores a 8,7/15 kV.
8.1.1 Os cabos devem ser acondicionados de maneira que fiquem protegidos durante o manuseio,
transporte e armazenagem. O acondicionamento deve ser em rolo ou carretel, que deve ter resistência
adequada e ser isento de defeitos que possam danificar o produto.
8.1.2 Para cada unidade de expedição, a incerteza máxima requerida na quantidade efetiva é de
± 1 % em comprimento.
8.1.3 Os cabos devem ser fornecidos em lances normais de fabricação, sobre os quais é permitida
uma tolerância de ± 3 % no comprimento. Adicionalmente, pode-se admitir que até 5 % dos lances
de um lote de expedição tenham um comprimento diferente do lance normal de fabricação, com um
mínimo de 50 % do comprimento do referido lance.
8.1.4 Os carretéis devem possuir dimensões conforme a ABNT NBR 11137, devendo ser respeitados
os limites de curvatura previstos na ABNT NBR 9511, e os rolos devem possuir dimensões conforme
a ABNT NBR 7312.
8.1.5 As extremidades dos cabos acondicionados em carretéis devem ser convenientemente seladas
com capuzes de vedação ou com fita autoaglomerante, resistentes às intempéries, a fim de evitar a
penetração de umidade durante o manuseio, o transporte e a armazenagem. No caso de cabos com
construção não bloqueada longitudinalmente, é recomendado somente o uso de capuzes de vedação.
8.1.6 O Anexo C fornece os dados mínimos para as informações de encomendas dos cabos.
8.2 Marcação
8.2.1 Externamente, os carretéis devem ser marcados, nas duas faces laterais, diretamente sobre o
disco e/ou por meio de etiquetas, com caracteres legíveis e indeléveis, com no mínimo as seguintes
indicações:
k) seta no sentido de rotação para desenrolar e o texto “desenrole neste sentido”.
Quando o ano de fabricação for marcado em fita colocada no interior do cabo, esta indicação deve
também constar como requisito de marcação no carretel.
8.2.2 Os rolos devem conter uma etiqueta com as indicações de 8.2.1, com exceção da alínea k).
Para a alínea h), deve-se indicar a massa líquida mínima em lugar da massa bruta.
Anexo A
(normativo)
Coeficiente
Temperatura °C
°C
1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14
5 0,42 0,36 0,32 0,27 0,24 0,21 0,18 0,16 0,14
6 0,44 0,39 0,34 0,30 0,26 0,23 0,20 0,18 0,16
7 0,47 0,41 0,37 0,33 0,29 0,26 0,23 0,20 0,18
8 0,50 0,44 0,40 0,36 0,32 0,29 0,26 0,23 0,21
9 0,53 0,48 0,43 0,39 0,35 0,32 0,29 0,26 0,24
10 0,56 0,51 0,46 0,42 0,39 0,35 0,32 0,29 0,27
11 0,59 0,54 0,50 0,46 0,42 0,39 0,36 0,33 0,31
12 0,63 0,58 0,54 0,50 0,47 0,43 0,40 0,38 0,35
13 0,67 0,62 0,58 0,55 0,51 0,48 0,45 0,43 0,40
14 0,70 0,67 0,63 0,60 0,56 0,53 0,51 0,48 0,46
15 0,75 0,71 0,68 0,65 0,62 0,59 0,57 0,54 0,52
16 0,79 0,76 0,74 0,71 0,68 0,66 0,64 0,61 0,59
17 0,84 0,82 0,79 0,77 0,75 0,73 0,71 0,69 0,67
18 0,89 0,87 0,86 0,84 0,83 0,81 0,80 0,78 0,77
19 0,94 0,93 0,93 0,92 0,91 0,90 0,89 0,88 0,88
20 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
21 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14
22 1,12 1,14 1,17 1,19 1,21 1,23 1,25 1,28 1,30
23 1,19 1,23 1,26 1,30 1,33 1,37 1,40 1,44 1,48
24 1,26 1,31 1,36 1,41 1,46 1,52 1,57 1,63 1,69
25 1,34 1,40 1,47 1,54 1,61 1,69 1,76 1,84 1,93
26 1,42 1,50 1,59 1,68 1,77 1,87 1,97 2,08 2,19
27 1,50 1,61 1,71 1,83 1,95 2,08 2,21 2,35 2,50
28 1,59 1,72 1,85 1,99 2,14 2,30 2,48 2,66 2,85
Anexo B
(normativo)
B.1 Objetivo
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B.2 Aparelhagem
Para a realização do ensaio, é necessária a utilização da seguinte aparelhagem:
B.3.1.1 O corpo de prova deve ser constituído por um comprimento de 3 m de cabo unipolar ou,
no caso de cabo multiplexado, por um dos cabos unipolares constituintes deste. Inicialmente, o
corpo de prova é submetido a um condicionamento mecânico, por meio de dobramento de pelo menos
uma volta completa ao redor de um tambor, com diâmetro 20 × (d + D) + 5 %, onde:
B.3.1.2 Após o dobramento, na parte central do corpo de prova, deve ser removido da cobertura
um anel de 5 cm de largura, de modo que a blindagem metálica fique exposta. Nas extremidades do
condutor devem ser montados conectores, para aplicação da corrente de aquecimento (ver Figura B.2).
B.3.1.3 Um comprimento de 2 m do mesmo cabo deve ser usado como referência para medição
e controle da temperatura no condutor. O sensor de temperatura deve ser inserido no condutor de
referência, por meio de perfuração por broca, com diâmetro aproximadamente igual ao do sensor.
B.3.1.4 O corpo de prova a ser submetido ao ensaio de penetração de água deve ser colocado no
tubo e as vedações devem ser efetuadas com fita autoaglomerante ou equivalente. O conjunto deve
ser disposto conforme a Figura B.3.
B.3.1.5 O tubo deve ser preenchido com água à temperatura ambiente e pressurizado a 50 kPa. Em
seguida, o corpo de prova deve ser submetido a três ciclos térmicos, consistindo em 2 h à temperatura
estabilizada de 90 °C ± 2 °C, e por 4 h, sob resfriamento natural.
B.3.1.6 Após a aplicação dos três ciclos térmicos, a água do tubo deve ser drenada.
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B.3.2.2 O condicionamento mecânico, conforme previsto em B.3.1.1, pode ser omitido, se for efe-
tuado somente o ensaio de penetração de água no condutor.
B.3.2.3 Na parte central do corpo de prova, deve ser removido um anel de 5 cm de largura da
isolação e blindagens semicondutoras, de modo que o condutor fique exposto. As demais preparações
complementares, referentes às conexões, amostra de referência, sensor de temperatura, vedações
e montagem do equipamento de aquecimento, devem ser as mesmas indicadas para o ensaio de
bloqueio da blindagem metálica.
B.3.2.4 Inicialmente, o corpo de prova deve ser submetido aos ciclos térmicos conforme B.3.1.5,
porém sem a presença de água.
B.3.2.5 Após a aplicação dos ciclos térmicos, a temperatura no condutor deve ser elevada a
90 °C ± 2 °C e mantida durante 2 h ininterruptas.
B.3.2.6 No momento em que o aquecimento for desligado, o tubo deve ser preenchido com água
e pressurizado a uma pressão equivalente a 5 m de coluna d’água (50 kPa), mantendo-se nesta
condição durante 24 h, drenando-se a água em seguida.
B.4 Resultados
O cabo é considerado bloqueado longitudinalmente, quando não fluir água pelas extremidades do
corpo de prova.
D = 100 mm
Manômetro
L = 250 mm
D = 100 mm
Manômetro
Conector
Vedação
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Condutor ou blindagem
L = 250 mm
3m
Equipamento para
pressurização
Transformador Regulador
de corrente de tensão
Cabo de referência 2 m
Termopar inserido
no condutor
A
Anexo C
(informativo)
Recomenda-se que as informações abaixo sejam indicadas quando da encomenda dos cabos:
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c) número de condutores, seção nominal, em milímetros quadrados, material do condutor (cobre ou
alumínio) e classe de encordoamento;
NOTA 1 No caso de o ensaio previsto em 5.1 e 5.3.5 h) ser requerido, recomenda-se que uma indicação
explícita conste previamente na consulta e posterior ordem de compra.
Anexo D
(informativo)
Recomendações complementares
D.1 Objetivo
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Este Anexo apresenta algumas informações complementares a esta Norma para ensaios, inspeção e
garantias.
D.3.2 Após a realização dos ensaios de tipo, recomenda-se que seja emitido um relatório de ensaio
pelo fabricante ou por entidade reconhecida pelo fabricante e comprador.
D.4.2 Após a realização dos ensaios de controle, convém que os resultados sejam registrados
adequadamente pelo fabricante. Recomenda-se que estes registros estejam disponíveis ao comprador.
NOTA Caso o fabricante possua um sistema de gestão da qualidade, recomenda-se que os registros de
D.4.2 façam parte integrante da documentação.
D.4.3 Os ensaios de controle podem substituir os ensaios de recebimento, desde que seja previa-
mente acordado entre o fornecedor e o comprador.
D.6 Garantias
D.6.1 Convém que o período de garantia seja estabelecido em comum acordo entre comprador
e fabricante, para o produto considerado defeituoso, devido a eventuais deficiências de projeto,
matérias-primas ou fabricação.
D.6.2 As condições são válidas para cabos instalados segundo as ABNT NBR 5410 e
ABNT NBR 14039 por pessoa qualificada, e utilizados em condições normais ao cabo.
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