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FRIO

CLT - Cap V - Título II - NR 15 - Anexo no 9


As atividades ou operações executadas no interior de
câmaras frigoríficas ou em locais que apresentem
condições similares, que exponham os trabalhadores
ao frio, sem a proteção adequada,
serão consideradas insalubres em decorrência de
laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
FRIO
Os Limites de Tolerância
O que não está na NR 15
O que diz a ACGIH
O que diz a CLT
CLT - Seção VII do Título III
Artigo 253
Para os empregados que trabalham no interior de
câmaras frigoríficas e para os que movimentam
mercadorias do ambiente quente ou normal para o
frio e vice-versa, depois de uma hora e quarenta
minutos de trabalho contínuo, será assegurado um
período de vinte minutos de repouso, computado
esse intervalo como de trabalho efetivo.
CLT - Seção VII do Título III
Artigo 253 - Parágrafo Único
Considera-se artificialmente frio, para os fins do
presente artigo, o que for inferior, nas primeira,
segunda e terceira zonas climáticas do Mapa Oficial
do Ministério do Trabalho *, a 15o C (quinze graus),
na quarta zona a 12o C (doze graus) e nas quinta,
sexta e sétima zonas, a 10o C (dez graus).
* Mapa Brasil Climas do IBGE
FRIO

 DEFINIÇÕES:
TEMPERATURA DO NÚCLEO DO CORPO: Temperatura
a que estão submetidos os órgãos internos do corpo. Para
que as características funcionais orgânicas sejam
preservadas esta temperatura deve ser mantida em torno
de 37ºC.
Corresponde à soma do calor produzido internamente,
mais o ganho ou perda de calor do ambiente.
TAXA DE RESFRIAMENTO PELO VENTO: Perda de calor
por um corpo, expressa em W/m², a qual é uma função da
temperatura do ar e da velocidade do vento incidindo sob
o corpo exposto.

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AVALIAÇÃO QUALITATIVA

 Laudo de Inspeção realizada no local de trabalho.


{Portaria n.º 3214/78 do MTb – NR/15 – anexo n.º 9, item
1}
"As atividades ou operações executadas no interior de
câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem
condições similares, que exponham os trabalhadores ao
frio, sem a proteção adequada, serão consideradas
insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada
no local de trabalho".
Art. 253 da C.L.T.

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"Para os empregados que trabalham no interior das
câmaras frigoríficas e para os que movimentam
mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e
vice-versa, depois de uma hora e quarenta minutos de
trabalho contínuo, será assegurado um período de vinte
minutos de repouso, computado esse intervalo como de
trabalho efetivo".

 Parágrafo Único:
"Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente
artigo, o que no inferior, nas primeira, segunda e terceira
zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do
Trabalho, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12 º
(doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º
(dez graus)".

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EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
AO FRIO
 ü ATIVIDADES EXERCIDAS AO AR LIVRE:
Construção civil
Agricultura
Pesca
Exploração de petróleo
Policiamento
Resgate e salvamento
 ü ATIVIDADES EXERCIDAS EM AMBIENTES FECHADOS
Câmaras frias
Câmaras frigoríficas
Fabricação de gelo
Fabricação de sorvetes
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AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

 TEMPERATURA DO NÚCLEO DO CORPO: Medida com


uso termômetro retal. Em hospitais, o termômetro
esofageal é mais usado para monitorar a temperatura
interna.
 TEMPERATURA DO AMBIENTE: Medida com o uso de
termômetro de bulbo seco, com capacidade para leituras
de pelo menos - 40C.
 TEMPERATURA EQUIVALENTE DE RESFRIAMENTO:
Estima a capacidade relativa de resfriamento de uma
combinação da temperatura do ar e velocidade do vento.

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PROCEDIMENTOS PARA
MONITORAMENTO DOS LOCAIS DE
TRABALHO
 Temperatura inferior a 16ºC – efetua-se uma adequada
termometria.
 Temperatura inferior a –1ºC - a temperatura de bulbo seco
deve ser medida e anotada a cada 4 horas.
 Ao ar livre – anota-se a velocidade do vento a cada horas,
sempre que exceder a 2 metros por segundo (5mph).
 Ao ar livre – mede-se e anota-se a velocidade do ar
juntamente com a temperatura do ar, sempre que a
temperatura for inferior a –1ºC.
 Em todos os casos onde são requeridas medições do
movimento do ar deve-se usar a temperatura equivalente de
resfriamento, a qual dever ser anotadas com os demais
dados sempre que for inferior a – 7ºC. 11
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EFEITOS BIOLÓGICOS DA
EXPOSIÇÃO AO FRIO:
 Perda mais significante de calor pelo corpo no frio
ocorre com a imersão em água fria ou com a exposição
a baixas temperaturas do ar com ventos fortes e usando
vestimenta úmida.
 Na exposição ao frio a manutenção da temperatura do
núcleo do corpo ocorre através de:
- decréscimo da perda de calor (vasoconstrição
periférica)
- aumento da produção de calor (tremor)
- aumento da atividade física
 Em exposição prolongada ao frio, ocorre a
vasodilatação induzida pelo frio para preservar as
funções nas extremidades do corpo.
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LESÕES NÃO-CONGELANTES

 Hipotermia:
- Redução da temperatura do núcleo do corpo abaixo de
35ºC. Resulta da incapacidade do corpo de repor a perda
de calor para o ambiente.
Temperaturas do ar de até 18,3ºC.
Temperaturas da água de até 22,2ºC.
Como a condutividade térmica da água é cerca de 20
vezes maior do que a do ar, ocorre mais rápido em água
fria.
 Sinais / Sintomas: Confusão, comportamento incomum,
coordenação deteriorada, fala enrolada, sonolência,
inconsciência.
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 GELADURA OU QUEIMADURA DO FRIO:
 Resulta da prolongada exposição ao frio úmido, e ocorre
no dorso das mãos pés.
 - pele avermelhada, inchada e quente
- ulceração
- formigamento, adormecimento e dor

 -PERNIOSE: Forma severa de geladura caracterizada


por escaras negras no dorso das mãos e pés, associada
a dores severas.

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GELADURA OU
QUEIMADURA DO FRIO

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 PÉ-DE-TRINCHEIRA / PÉ-DE-IMERSÃO:
Causada pela prolongada exposição a água fria.
- afeta extremidades inferiores de trabalhadores
relativamente imóveis, e que se encontram imersos
em água fria.
- estágio isquêmico (duração de vários dias):
- área afetada se apresenta inchada, fria, adormecida
e branca ou cianótica.
- estágio hiperêmico (duração de 2-6 semanas):
- área afetada se apresenta dolorida e formigando, e
com vermelhidão, inchaço, vesiculação e ulceração.
- estágio pós-hiperêmico (duração de meses):
- parestesia, prurido, dormência, sensibilidade ao frio,
pele cinza-azulada ou negra.

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LESÃO CONGELANTE:

CONGELAÇÃO ("FROSTBITE"): Congelamento localizado


e irreversível do tecido, envolvendo a formação de
cristais de gelo e ruptura das células.
- comumente atinge as áreas mais periféricas do corpo
(dedos, nariz, orelhas, bochecha)
- a pele congelada em torno de –2,2ºC

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 congelação superficial (pele e tecidos subcutâneos):
pele cinza-esbranquiçada, seca e dura, perda de
sensibilidade. Reaquecimento causa dor,
vermelhidão, inchaço e vesiculação.

 congelação profunda (pele, tecidos subcutâneos e


tecidos mais profundos, incluindo músculos e ossos):
área afetada pálida, fria e sólida. Formação de
vesículas hemorrágicas profundas, ulceração e
necrose. Gangrena seca seguida de auto-amputação.

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MEDIDA DE PROTEÇÃO AO
TRABALHADOR

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MEDIDA DE PROTEÇÃO AO
TRABALHADOR
• Roupas especiais para baixas temperaturas
• Bota frigorífica de segurança
• Luvas impermeáveis para baixa temperatura

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