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HARMACOPEA

AUGMENTADA
ETHODO PRATICO.
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 PHARMACOPEA
LUSITANA
AU GMENTADA
METHODO PRATICO
DE PREPARAR OS MEDICAMENTOS
na forma Galenica, e Chimica

POR

D. CAETANO DE S.ANTONIO,
CONEGO REGULAR DE S. AGOSTINHO,
Adminijlrador da Botica do Real Mojleiro *'
de S. Vicente deFóra.
N

QUARTA EDIÇÃO.

LISBOA: M.DCC.LIV.

No Moíteiro de S. Vicente de Fóra, Camara Real de

Sua Mageítade Fideliffima.
Com todas as licenças nece/arias, e 'Privilegio Peai.
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MIGO, e benevolo Leitor. Coítumaô-

fe fazer os Prologos nos livros, paia fe oi-
zer nelles o motivo, que os feus Âuóto
res tiveraô para os elcreverem, expondo
á cenfura publica os feus eítudos; porém
como eu na primeira impreífao da minha
Pharmacopea Lulitana já to diffe; e na
fecunda reformada to adverti; agora neíla terceira Au-
gmentada, por tenao moleítar, o nao repetirei; mas lie
fem duvida, que a caufa,que então me obrigou a ef-
crever em lingua vulgar, ainda no tempo prefente exi-
íte como tu fabes, e certamente mo nao podes negar;
termos em que, oPrologo fó fe encaminha a agrauecer-
te a brevidade, com que déíles confummo a pumeira,
e fegunda impreflao , fignal muy evidente de que a
obra te teve alguma ferventia ; por eíla caufa, e porque
com inítancia me pedem os curiofos; e Praticantes a
dita Pharmacopea, de que nao ha, nem hum fo volu¬
me , me refolvo fazer terceira impreflao; e para que co¬
nheças te agradeço a boa açeitaçao, que fazes a o^ra,
ta oííereço Augmentada em todos os Traétados. No pri¬
meiro acharás efcriptos muitos fimplices com fuas elei¬
ções , virtudes, e dófes , com os quaes fe poderáõ di¬
vertir os curioíòs; e os Praticantes teráô em que eílu-
dem , para que aílim faibao o que haò de refponder,
quando no fim da pratica forem examinados. No fegun-
do Traétado verás com novidade o como obrao os me¬
dicamentos. No terceiro até o duodécimo encontra¬
rás varias receitas Galenicas, e Chimicas, pertencentes
ao Traétado, em que fe efcrevem , feguindo o mefmo
methodo da fegunda impreffao reformada; e por fim da
obra, em novo Traétado te offereco hum Lexicon Phar-
maceutico com a explicaçaõ de muitos nomes, tirados
de vários Auétores, que com eíludo, e trabalho efcre-
vi, para que tu no dito Lexicon aches junto o que eílá
difperfo por muitos livros. Pudera dar-te mais algumas
noticias, o que nao faço, porque o livro por volumofo
te naõ cuíte muito, nem a mim a imprefláõ delle : ef-
crevi fomente o que me pareceo te feria de mayor uti¬
lidade : fe Deos Noflb Senhor me dilatar a vida por
mais alguns annos, continuarei na applicaçaÓ coílumada
para te dar nova obra com utilidade commüa, ficando
tu obrigado a agradecer-me o defvélo, com que te de-
fejo fervir, e aos curiofos da Medicina.

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Carta do Doutor JoaÕ Peffòa da Fonfeca Cavalleiro da Ordem de Cbriflo , e

M Lente de Medicina em a Univerfidade de Coimbra.

Eu Senhor.Como tive n fortuna no anno de mil fettecentos e dezanove,
neíle Real Convento de S.Vicente, vêr a erudição, fumma dexteridade,
elevado, e aureo engenho, com que Voíla Paternidade, viva e realmente
expreílava o que na fua doutiílima Pharmacopea Luíitana tinha efcri-
pto (concordando para gloria fua aquelle ditodo Grande Ageíilai: Si dicas óptima,
facias pulcherrima. E com o Sabio nos Proverbios:L^ítfí«r homo in fententia oris
)
fui, & fermo opportunus eft optimus taó util para a Naçaó Portugueza , emen- CaP'
dando tantos erros, quantos por falta de Latim na fábrica das Medicinas alguns Bo¬
ticários comettiaó, enfinando taó claro, e profícuo modo, e utiliffímas, e admiráveis
receitas , ainda para os Médicos de mais fubido talento , de que bem fe póde dizer
o que fallou Erafmo na Carta efcripta a Daniel: Salve pritnus parens paleftrá. E
Horacio: Omne tülit punóium, qui mifcuit utile dulci. Como com mais remonta¬
da penna notou já o Doutor Roque daCofta, da Medicina fublimeCorifeo, edeíía
Corte fempre venerando Medico; attendendo á falta,que hoje,pela ardente ambiçaó
dos quedefejaó faber,ha das ditas Pharmacopeas,me refolví pedir a Voíla Paternida¬
de, quizeíFe, por favor á Naçaó Portugueza, mandar exarar terceiro prélo, que bri¬
lhará com exceífíva vantagem, como a fegunda levou a palma á primeira, lembran-
do-lhe o dito de Aufonio : Obtuli opem cunâlis pofcentibus ariis inemptrf, e tam¬
bém o que diz Sócrates: Suàvifpmum vit£ effe difciplinam vir tu tem, rerum in-
cognitarum hifloriam, E todos os intereflados nefta utiliffíma obra poderemos di¬
zer com o mefmo na fua PanegeriiiSpetn fuperas,cupienda prevenis, vota practtr-
ris\ e com Correfio: Nomine terra tua, èrfamam vaga gloria Ccelo : Terminai ivi-
menfumque ingens accidit Olympum. E aindaqu.e a noífa vontade procuraíle os mais
decantados elogios , fomente empregava bem os feus defejos , tornando de novo a
offerecer a Voíla Paternidade a elega ntiffima, e Ijucuientiílima Oraçaó, que com in¬
veja de Cicero,e viéloria de Demofthenes na mefma Pharmacopea olfertou o Athe-
leta dos engenhos da Medicina, na fumma erudição, e eloquência, feliz norma dos
Médicos o Doutor Cypriano de Pina. Eu fomente á viíla da Pharmacopea de Voíla
Paternidade direi o que em femelhanteòccafiaó proferio o Doutor Francifco Para-
mo:Namque ego non alio me velem tempore natum,Quam quo contingit tam deão
ore frui. Mas porque nem a defeulpa do pouco tempo,nem a lida dos doentes, e a
académica occupaçaó me defobriguem de tanto goílo, ponho o prefente elogio aos
pés de Voíla Paternidade, que Deos guarde muitos^annos, para fmgular gloria dos
ProfeíTores. Coimbra , io. de Janeiro de 1723.

E J U S D E M A D A U C T O R E M.
Oólavum Orbis miraculum
,
Attolle Fama ,
Si altius attolli potefl, qu<e fortunam fuperat
Pbarmaca ,
,
Qu# vel auro vel cedro digna %
' Terfelix, ter pretiofar
 Apollinis illujirata fplendoribus
Qptaiam exit in lucem .
Hanc
Ex fuaviffimis Medicina floribus
Jn amamjjimo Auguflini Vtridario
Veiut apes ccmpofuit
. Ca jet anus ,
Ut malis in Pandora pyxide à Jove immims
òaluberrmum ajferat remedium ,
Arteni utranique Gallenicam ,
Chimicam
fretioja acumnns ligatam untone,
A mi co fadere
Conjungi t.
Plufquam Aquilino ingenij acumine
Verum A quihe fi li um
Sefe exhibet ,
Dum
r. . • J
rtvrume SipoillMS fCldíOS
Fms ocuhsmn tantum fnfiinet fed exhaurh ,
òptenaíffiinum veiut aurum
Altas inter b<ec Pharmaca refulget ;
Dum Chimicam ,
,
Utia vel auri vel argenti praparatio
Mira fubtilitate
n • m ^E&rotis porrigit.
Uumta ejfentia jure mérito appellarí debet,
Qua
Ab Antonij flore
Spiritum accipit :
r Vel
In fublimi mentis Jlillicio
r -. . „
Pflormata
n fptrttuofa liquefcit medi cantina .
~
.7ut efflcaci(flmam
ttnibus labor et Lufitania ,
Morbtsprabeat medicinam :
Plaudat igitur
Suammet fibi felicitai em
Lufitania ,
Unicuirít0re \’mo ingenti gaudi°
vmcutque morbo acquirat remedium
Dum
„u In tpfnm et Lufitania
,
Alter Apollo Gaílenus Alter
/
Pior et Cajetanus .
 ,
Carta do Doutor Amaro Rodrigues da Cofta Lente de Medicina em a Um-

M
verfidade de Coimbra.
,
Eu Senhor. Obrigado naó menos do particular que do commum , me quiz
difpôr para em aplanfo de Voíla Paternidade,idear hum elogio,refletindo po¬
rém na improporçaó de cabal decifrador defle empenho,e que para azas de cera nun¬
ca falta moniçaô de luzes*,nem o diftufo Oceano de fciencia fe pede reduzir á direi¬
ta concha de hum elogio, fendo hum pobre regato o limitado do meu difeurfo temo
dè á coda no dilatado Oceano do feu Livro huma vez impreflo , accrefcentado , e
agora novamente augmentado. Todo religiofo, porque todo affecius imimus noTcni.22. ,
eüilo.que enflna bem a preparar os remédios, evitando os finiflros fucceflbs nas cu-f 1 $6.
ras , com que muitos finalizávaô. O Real Propheta diz,que a Mifericordia, e a ver
dade fe encontráraó ; ajufliça ,ea paz fe abraçáraõ, ereciprccando-feos affetos,
formáraô hum admiravel Coro: Mifericordiafo veritas obviaverunt Jibr.jnJlitia ,
pax ofcuJata funt. No Propheta foi huma congregação de virtudes fegundo o
fentir do mefmo. Nefla Pharmacopea augmentada, he hum concento de letras,hum ppahn.
compendio de fciencias , e huma Univerfidade , em que a Philofophia compofla de4b'.y.ií.
futilezas, faz a toda a matéria Tribunal,eníinando com Dialéticas o genuino mo¬
do de dizer a Medicina, ornada,e Coroada de folhas,flores, e frutos,e toda a mifee-
lanea para feu defempenho, neceílariata quem a jurifprudencia faz corpo de guarda
pefando na fua balança as quantidades, dando por diflrihuiçaô quanto pertence a
cada hum*,illuítrando a Mathematica á conjuntura dos Aílros para a boa applicaçaô,
fem faltar á Rethorica na perfeição das frazes. Nefle Livro eflá com tal armonia , e
concordia tudo quãto fepóde anhelar para refpiraçaô do defejo,e defafogo da von¬
tade, que a imitaçaô da pofleridade gravando em laminas, ou pompofas eftatuas , o
heroico de fuás aeçoens nefle livro edificar monumento á pofleridade,como em lami¬
nas de curo matizadas,a cujos debuxos a luz do nome dá mates. Naõ digo mais,por
naõ dizer menos, que todo o muito he nada, e fó com o Poeta direi: Unumprocun*
âiisfatna loquatur Opus. Perdoe Voíla Paternidade , e aceite do meu affeto efles
anagramas,queo breve do tempo naõ permittio mais. Deos guarde a Voíla Pater¬
nidade muitos aiínos. Coimbra 25*. de Septembro de 1724. De Voffa Paternidade
muito affetucfo fervo , e captivo Amaro Rodrigues da Co [ia.

BOCTOBJS MAURI RODERICI A' COSTA

in Academia Conimbriceníi Medicse facultatis Con-
duétarij.
A d nowen Authcris, (2* opus àenuo in lucem editum , anã um fô âuplici aiiapramatç.
P R I M U M.
Dommis Cajetanus a Divo *Antonio Canonicus Regularis fonat.
Nova remedia curandi novo fucco annotas Lufitanis.

Q E P I C L E S I S.
Ua nova Lufiaãis compoms Pharmaca fano
Non niji Conftlio compofui[fe reor.
,
Nam vix agra Tuos gujlarit Lyfia pot us ,
Hauri et antiquas jirma fa/atis opes »
b Quin
 * ; , ,
Ouin febrts & mor bus nifi nos anagrcinmata fallunt ,
Nomen ad Authoris villus uterque cadet.
,
Nam vel in hocLyfiis fignas nova Pharmaca fncco ,
;
Nec quamquam, fit vox pura yfonufque-, caret .
Ergo ali j proprio Mediei de nomine curent ,
Dum Medica fiamam femper ab Arte petunt ;
Ipfe falutjferos Lyfiis das Nomine fuccos *,
Cumque Tuum audituf Nomen Apollo fonat.

S E C U N D U M.
In curando nova Remedia Lufitana fignajii novo fncco .
EPICLESIS.

P Harmaca lufiadis Nova, Caietane propinas \

Nec tibi perfpicuum Nominis Omen abeft.
,
Nenipe refers exprefia novo Medieamina f ucco ,
Quinminus ingenij vena benigna fluat.
D um tamenalterius ftimulat Te cura falutis ;
Sic Tibi %jicfam£ confulis ipfe tit£
Pharmaca das agris,fiamamqu<e extendis in av um
lpfa vetant totum Te monumenta mori.
Hinc tuus accipiet Calamus Nova Pharmaca vitam ,
.
Qtieis bibat in quie dies fama perennis eat.

EJUSDEM DOCT. MAURI RODERICI A’ COSTA.

In laudeni Authoris P harmacopea Lufitame denuo au£l<e$“ tjpis exeufla.

EPIGRAMMATUM.

D :
• ' .............

leebam Maior nonfuit Tua gloria nec quo y

, ,
^ Ut maior fiat crefcerepojflt habet.
,
'/ »

,
At Te maior ades de Te Caietane triumphas :
Ingenium metas non habet ufque Tuum .
,
En modo crevit opus mor bis quod bella minatur
Nam liberhic caufas mille falutis habet .
JEgrotis fit dulce pati , fit dulce dolere ,
Has fibi fi Medicas tangere detur opes .
Scilicet <eternas fpondent h<ec Pharmaca luces
,
Prodit ubi in Incem quod bene pangis opus
Nec jam mortales poft hac rear e(fe caducos
Quando etiam invitam cogis abire nec em
Mors moritur nunquam (nam quis queat efje peremptor )
,
In te mors mortem DoSle Peremptor habet , .
DO-
 V

» , 9

DOCTOBJS PASCHASIJ MENDESIJ B ARRETTO

Sanóli Joannis de Almedina Praeful: in Epifcopali
Conimbricenlis Cúrias.
Senator Authori, (5* animo, & amicitia Jlemate devinfius.

EPIGRAMMATUM.

P H ar mo ca componis : nane Pharniaca doólior auges \

Quauiquam augere fuum vix vai et auâlor opas.
Tavtum opus ejt, taritamquefmulprimo exiit crtu,
Ut nufquam , &■' vulto crefcerejure qtteat.
Ut tamen Au óloris conmevdet maxima, crefcit;
Eflet ab Antevi vnmine forte minor
Ne vide are Minor , ctim fis Avtovius , exit
Auâlu m opas, & Mogno Maxmas Auâlor ades.
Pavdis opas j Mognum que d erat, mine Maius, & extas
Maximus , ac tontum Te minor efe potes.

DO MESMO.
En alabonça delmifmo Author, que falto ter cera vez a luz con fu obra en ti empo,
ern que encalmaron las dolências, que grajfavan en la Corte con tnueba mor?
tandad.

SONETO.
P Refentiò la fatal Epidemia
La que a lo humano cruel mortalizava
Que en hojas de tu libro fe formava
Efpada, que fu vida quitaria:
Aplaco fu rigor, y tyrannia
Viendoya cierta fu ruina , que efperava ,
T mirando, que tu fciencia triunfava ,
Aun quando à nueva luz no renafeia.
Efto folo ignorava tu Idea
Que tuvieíle refpe&os de temida
Sin ver de nueva luz tercera fuerte ^
Gran prodigio ès de tu Pharmacopea ?
Mas quiere morirfeel mal, ni tener vida,
Que hallar remedio en tu fciencia à íu muerte.

Do
 Do Capitao Thomè Mendes de Barbuda.
ROMANCE.
S Upremo , douto Caetano ,
Cuja arte, efciencia fecunda
Exaltaó do aplaufo os ritos ,
E narra da fama a tuba.
Terceira vez portentofo
Daz aos aííbmbros cordura ,
E com a póífe dos acertos
A Apollo o nome lhe ufurpas.
Da Pharmacopea augmentos
Taô dignamente te occupaó ,
Novos remedios enfinas
Univerfal lucro eíhidas.
Ou já a cada enfermidade
Remedios mil accumulas ,
Ou já dos muitos , que fóbraó ,
He defperdicio a ventura.
Por tantos Medicamentos
Talvez todo o Orbe cenfura,
Que finges doenças, que poíTaô
Dar nome, e matéria as curas.
De ti queixofa fe aggrava
A infaciavel Cloto dura,
Porque os eftragos lhe impedes,
Porque os intentos lhe fruftras.
Para as internas moleftias,
Para as feridas mais fundas
Com que o peito ancias padece
Com que o corpo fangue fua.
Medicamentos relatas
E nos modos, que lhes bufcas
Lucraô as ervas apreços
Cobraô as ervas ufui as.
Preparadas , como enfinas
Teráô virtude tao fumma
Que lhes fóbra a natureza
Baila do preparo a induílria.
O temor deDeos nos homens
Se naó periga , fludua ,
Que com remedios taô promptos
Já nenhuma doença alluíta.
Mas a humanidade excita
Ao mefmo temot', que encubra ,
Pois fempre do ferque goza
A final penfaô tributa.
Só já da forte, que podem
As vidas feperpetuaô
E a de Neílor fe mais fora
Bem fora exemplo das curtas.
Qc dem-te os homens mil graças
Deíla precifa Obra tua
Que em feu abono conferva
As vidas ás teílemunhas.
Oc celebrem fempre todos
Tal Pharmacopea em judas
Competências dos aplaufos,
E conforme ardor das Mufas.
Mas a prodígio taô raro
Já feu mefmo realce o inculca *
As admiraçoens em forma ,
E a eternidade a inculca.
NO-
 í.ma: tmn:**: J-ailSS wvr*»

,8s» «pep « ps mt
NONIUS ME ND ESI US BARRETTQ
de Barbuda Oefaíeijuris DocStor, in Conimbricenli
Accademia Cathedrarum candidatus.
Auilorí, (5*fanruini, (5* «otãcí cotijiinãiffímus.

EPIGRAMM ATUM.
iU\14 -:U
Lorea fCripflJlijainDogntata; flórea crefcutit 5
Etfruãum igenij denotat Attólor opus. ' . u53
Cttm tamen, Antoni, fis fios; & flori bus extet
AuÓlutn Opus, ingenio fios eris ufque Gygas.
Adde, quod in numero finunc Deus irilpare gaudet,
Ut fit Divinum, ter modo prodit opus.
Eli: rV 'l í v.í f r

f :• ; •

<£ - ’ •” DO M E S M O.
* 3‘» * ‘ ’

E// Alabança dei miflmo Author.

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S O NETO.
;• ... :: • rna 1
rt\ U fciencia, y tu zelo te infpiraron
. JL Taii do&o acierto dei Orbe applaudido 9
De que á tercera luz hayan falido
Los partos,que a tu ingenio le illuftraron.
Tus glorias ( con fer tuyas) fe augmentaroa
Pues mayor, que tü inifmo has parecido,
Y han tus fabios dogmas merecido
Applaufos, que Divino te acclamaron.
Mayor haze tu fciencia fu grandeza
■ Enfenando a la vidá ftafta en lo extremo
A huyrde la muerte las cenizas.
Ingeniofa Idea ? con que deftreza _ ■ —4
Inventas , que crefca lo que es fupremo *
Y lo viviente caduco eternizas.
7\

Do Capitai Eufebio Mendes Ribeiro*

S O N E T O.
D Outo Caetano J Apóllo efclarecido,
Com fciencia fobre os aftros remontada
Em cujo applaüfo entoa reforçada
Da fama a tubajbrado repetidQ. v 4 ^
c Bem

c
 .i-,
Bem que tenhas dous tomos difpendido V/-S

Dás d Pharmacopea celebrada

Novo augmento , grandeza avantajada
Ou já realce ao perfeito , auge ao íòbido: 4 \
Sendo.qualquer dos tomos fem legundo $ t’
^ X-'.
> -*v, •>

CTutro mais vafto o teu engenho idéa, i vi l J i

rr
. L
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’ Arduo impoflivel, que contemple o mundo,
E com tudo á mayor Pharmacopea
Excellencias lhe augmentas taó facundo ,
Que póde a Obra avantajar-fe á idéa. .

V * K *' 1 « *

Ao Muito Reverendo Padre Dom Caetano de Santo <Antonio, Conego

Regular fobre a Terceira parte deJua Pharmacopea reformada*

s* o N e t o. \ • £
E ‘i *V > • 1
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% W. t 4 • s
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Sta que fahe ao mundo luz terceira

Sfl
Produzida do Sol da phyfica arte
Poíto que em numero he terceira parte ,
No que illumina vem a fer primeira :
Naó tenhas Promotheo já por inteira
A irà , com que Jove volto em Marte
Prometteo com os males çaftigar-te
, Pelo roubo em que a Deofa he medianeira:
Que por mais que Tonante infeíle o mundo
Colirio a todo o mal com providencia
Lhe prepára hum Caetano fem fegundo:
Taó unico na Pharmaca experienda
Que naó iguala a feu ardil fecundo,
Nem do facro Apollo a tal fciencia.
■ r . •• ■ ■ ' ' ' (
/ Seu cordial amígó
. ► * '. ,* ' / .

Manoel da Foncenca Valdares•

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DECIMAS.
. , - ... .v.- *w...+ 1 f n\,j

^41 libro, y afu Author.

C Onlaluz, que oh libro offreces

Heroico Sol te prefumo •
Que derocicleres vifle
Nafce humilde, y mal refííle
En lo benefício , y fumo A quien le vê , o examina ,
\ haíla en nafcer muchas vezes* Y tucon luz mas Divina
Mas el Sol en ftw ninezes Siempre en el zenith naciílc.
Nò tu elevado efplendor
A los inbidiofos tema
Puès a efphera tan fuprema
Nó llega fu audaz furor
El venenofo rencor
Que todas glorias inbidia
De ti (fé contra otros Lidia )
Excedido feçonfieíle
Mas nó es mucho te cedieíTe
Siendo infermidad la inbidia.
Gran Caetano, aflim limitas
A la muerteel mando , y traças
Si bien por grandes enbaraças
Lo mifmo que foiicitas ,
Pues ai ver a que infinitas
Luzes remontado bueles
La tierra , que hierbas fieles
Dara a remedio benigno ,
Ya por coronar-te digno
Solo ha de brotar laureies.
Eterno el libro fera,
Sin que quede fumergido
En el polvo, en que el olvide
A todo fepulcros dá !
Y a un quando cayeíle alia
Nuevos triunfos adquiriera
Pues tal virtud reverbera
Década hoja hafta en el taélo
Que aun viviera a fu contâélo
Aquel polvo, y le aplaudiera.

A quien fus manos befa

Manoel da Fonçeca Valdares.

AO AUCTOR HEXASTICON.
- . ,i' » • " ' v'' V ’ r)lV -X^uP

J)e Jofeph Soares de Souza Boticário da Villa de Cellorico

O Lini perfeÓUm fcripftfti Pbarmacopoliz

Oiiod certe nemo fcribere poflet opus.
P&Jlea te fuperans; aliudperfeclius edisy
Quod nemo ( excepto te) fuperare vai et.
Nunc opera in lucemfic perfeâiifftma prodisy
( Judiee me ) te non ut fuperare que as*

SONETO.
A Facúndia que ao mundo fez notoria
A vofTa penna nunca afias louvada ,
Foi (fe gloria Appollinea venerada }
Pafmoda fama , aíTombro da memória :
Que applaufo póde haver,que explique a gloria
Deita Pharmacopea duplicada
Se deixou vofia empreza antecipada
Sem vóz a fama, e fem echo a hiítoria : x
E porque nunca achafle defempenho
Dais da fama ao alento com que clama
Nefta nova addiçaõ mais alto empenho;
Mas que muito , fe quando vos acclama
Cada obra íubtil do vofib engenho
He nova fufpenfaó da vóz da fama.
 De Joao da Sylva Pereira grande amigo} e condifcipulo do Author.
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P •"* • í i S O N E T O,
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E Efcolapio os mais finos penfamentos

Por diverfos engenhos apurados
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A gloria lograó hoje de illullrados

Ao moftrar-fe pòr vós com taes augmentos :
Por vós Caetano, cujos fundamentos
Magiftral mente em tèdo reformados
Naoftentaçaóde mais futilizados
* 4 5 *<
Recebem nova luz, novos alentos:
jFinalmente efta voíta Lufitana
ç.‘.s ; - -
Pharmacopea em tudo peregrina , . - - • ■ •• ' r ;C38
No applaufo a confidero toda ufana :
~v,--r ,f V
Pois o alivio çommum de forte enfina
-
s r. Qüé nèllà a entrar chega a prole humaná j - - :Y
Recopilada a flor da Medicina.
r r M’ f t» f *
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:&SfatíS
IN LAUDEM AUCTORIS
PHARMACOPOEIJÍ
Q LUSITANA REFORMATA
, ,
Uamquàm mihi quod a?grè impatienterque tuli novam dequa dicere , ,
aggredior , Lufitanam Pharmacopoeiam fortuna introfpicere denegaílèt \
attamen clamoris externi aculeis identidem vellicatus ad iliius Authorein,
quantum ingenioli mei vires potuerint, collaudandum infurgo.
Peto veniain , oh jamdudum venerande fcriptor: hanc peto iterurn oh
literatiíílmè Domne Caetane: ut fic à te mihi conceda dicendi venia, & meum, qua«
lecumque eít, audaèler excurrat graphium; & tua mira equidem,atque gravis Apoi-
linea literatura, fi in aliquo mens mea deficiat, peccetve, nec kedatur, irnò mihi par-
cat; nec gravetur, imò me excufet.
Non mireris me dicendi veniam petentem ; nam , cum ingenium rudeed, ad di-
cendum fortiter extimeícit; maximèque cüm períona, de qua agendum venit, vel
mentis acutie pr^cellit, ut proecelJis; aut vaíta voiuminum lecione florefcit, ut ílo-
refcis ; feu ingenita fapientia adornatur , ut adornaris. Kae tripiici te dote pollere
opus hocPharmaceuticum Ludtanum & mihi,& ctiicumque alteri Machaoniam Ar-
tem profítenti non tantum in/inuat , fed fatis , fuperque demondrat.
Aft ubi feror? delirus necne dm,improperabit mihi aiiquis: íi fateor ( ut meherclè
tedor) mehoc non introfpexiíTeopus , quomodo de Authoris tripiici dote mentis
fcilicet acutie;voluminum leèfionedngenitaque fapientia dejudicare valeam? Verum
enim vero Pharmacopoeiam hanc Lufitanam licòt ego non íefbitadem , alteram ta-
men ejufdem Authoris primo editam jamdudum avidè legffingulafque per philyras
incedanter perlegi.In illa,quam primitus Author è fuo literai um asrario deprompfit,
jam tunc mentis vigebat acuties;non pauci reperiebantur citati, quia leèfi, fcripto-
res;ingenitsque elucebat fapientia.111a equidem fuit primo edita,hasc autem (dicunt)
ed, quia reformata ad unguem, primogênita. In illa non pauca eleganti ftylo, dum
Jegi, velut in epitomen redadfa fum miratus; in hac verò multò majora prascellenti
íludio colle&a, uberiori calamo exarata,perfpicatiori ingenio enucleata,mentis acu-
inine magis expolita , largiori fcriptorum ledlione adornnta , altiori fapientia tan-
dèm elucidata,qui legerunt,mirati funt; quos omnes, quibus ego utpotè non medio-
cris literaturas viris lubenter fidem prabeo &publicè, &privatim collaudantes
audivi. • ;
Híec cum admeas pervenident atires, ita eíTemecum ipfe edentiebam ; cüm enim
priínum Pharmaceuticum opus pro bono habtiidem , hoc utpotè reformatum pro
optimo reputari deberehaudinficiebanquoenim viro viget perfpicax mentis acuties,
quo enim continua aded in evolvendis fcriptorum monumentisfatigatio, congeni-
taque ad res dilucidandas fapientia , nil mirum meliores ab ipfo lucubrationes uti-
litati oirmium indies expe&arentur.
Multi,dum librosfcriptitant, nulla è proprio fapientiae fcrinio, cum illud fortafte
non habeant, propalantes varia ab aliishinc atque hinc violenter eruta fine metho-
do , fine acutie, fine ordine conferruminant: alios ad pagellas typis mandandas, nef-
cioquis, confcribillandi urget pruritus, ita ut aliud vile, ridiculum aliud^ aliud inu-
d tile;
tile , incongruum aliud; aliud inconcinnum, difparatum aliud nobis impertiant; &
quod pejus eft, nobis paflim imponentes falfa cum veris commifcent; ficque famís
Itudio irretiti, velvanas ílimulis glorire vellicati,necdicam facra auri fame per libro-
rum venditationem folvenda divexati opera fu a, qualiacumque fint, magis damno ,
quàm populorum utilitati promulgant, díim inexpertnm jegentibus apponunt me-
dicamen, aut à fe ipfis abfque prudenti ratiocinio confedum , autab agyrtis aliquo
impudenter translatum.Tu verò,literatiílime Domne Cajetane venerandas Augufti*
ni familias non immerito alumne,ab his longè abes injuriis;namque opera tua quam-
quam è variis fcriptorum penetralibus íint deduda, eo tamen ftylo funtcompagina-
ta , eo ordine collocata , eo artifício intertexta ; ut perquàm gravís in ftylo luceat
eloquentia ; mirabilis in ordine fpedetur methodus, ingenioíüs in artificio demire-
tur apparatus.
Dum fcriptorum penetralia fubintras; dum eorum felediora evolvit aeraria, ipfa
ampliüs ditefcere facis, quia dum teeifdem aílbcias fcribendo, veluti aurum argen¬
to permixtum , ea longe , lateque adauges ; illa ampliüs , ut rubinos inter adamas,
nitefcere facis , dum ea à non paucis , quibus deformantur maculis , & extricas &
difcapedinas.Quidquid infcribis nobile,atque utile eft;quidquid apponis folidum eft,
atque feledum.Non te vana rapuit (ut reor) famas, glorinsve,voluminumve vendi-
tationis cupiditas ; fed nimia inftigavit ( ut puto ) tanti operis neceífitas, quàm to-
taufqueadhuc noftra patiebatur Lufitania : nulla equídem in noítro hoc Lufitano
JViedico theatro apparebat nationalisPharmacopceia,qua non tantum tyrones Apo-
thecarij edodi à fuis , quibus caxutiebant, erroribusliberarentur ; fed & ipfi vete-
rani quamquam Pharmacopolae in fuis , quibus quandoquedeficiebant, operationi-
bus expoiirentur.
Nuncoh Apothecarij tyrones, venite , accedite ; habetis opus Pharmaceuticum
idiomate Lufitano exaratum , elucubraturn ; veftros ex hinc deponite , fi quos ha¬
betis , errores. Nunc oh veterani quamquàm Pharmacopolas, venite , accedite ; ha¬
betis opus Pharmaceuticum idiomate Lufitano delineatum , locupletatum; veftras
ex hinc, fiquas habetis ,defediones expolite. Habetis utrique ( parcite , dum ite-
rüm vos moneo )librum , qui ( ut paucis exclamem )ex nulla parte epimanes , fed
eft ex omni parte epiphanes. Agite jam grates vos, oh tyrones, huic fcriptori, nec
dicere pudeat, huic magiftro. Authorem hunc nè defpicatui habeatis vos, oh vete¬
rani; eft attentò infpicite , legite avidè,avarètenete. In ifto Lufitano opere fane áu¬
reo (aedepòl. ) mirum infcribendo laconifmum, meliora fcriptorum dogmata, fecu-
riores eorum regulas, óptima pro medendo medicamina , & quod vobis omnibus ,
quos nunc alloquor, perquàm neceíTarium eft, pro feligendis , contundendis , tri-
turandis , torrefaciendis , pulverandis , corrigendis, amalgamandis , diftillandis ,
casmentandis, vaporandis, fixandis, volatilizandis,redificandis, infudendis, com-
ponendifque remediis per morbos labafcenti Microcofmo necefiàriis normas veraci,
novoque graphio examinatas , folidioribus fundamentisíuffultas, exadiori metho-
do Habilitas, fideliori sequilibrio trutinatas adinvenientis.
Aft quid miramini ,quiqui eftis ? quid miramini 1 fic fcribit, qui feliciori mentis
acumine ( Authoris fupra recenfitas dotes iterüm liceat declamare) & prascedit, &
prascellit, fic docet, qui continua fcriptorum ledione fatigatur : fic nitefcit, qui
congénita fapientia adornatur. Ea propter ne in tanto laudando Authore abfínt
Pimpleides, pro illius mentis acumine hoc nunc excurrat.

IN-
 Dos Authorcs, que fe allegcú nejle livro,

J^ Ecio. (2 Arlos Cluíio. ("J- Abriel Falopio.

Aleixo Piemontes. Carlos Muíitano. Gabriel Grisley.
Amato Luíitano. Criftovaó da Gofta. Galeno.
Ambroíio Calepino. Criftovaó da Veiga. Gafpar Comelim.
Ambroílo Nunes. Criftovaó de Honeftis. Gentil de Fulginio.
Ancora Medicinal. Criftovaó Love Morlei. Girolano Caleftano.
André Cnoífelio. Codigo. Gordonio.
André Laguna. Collegio Bergamente. Guido.
André Mathiolo. Cophon. Guilherme Placencio.
Angelo Sala. Cornelio Celço. Guilherme Varignana.
Anuncio Foecio. Cvpriano Marroja. Gracia de Horta.
Antonio de Aguilera.
Antonio da Cruz.
D H
Antonio Ferreira. ■p\ lonyíio Daça. PJ Enrique Tenke.
Antonio Fracaftorio. Diofcorides. Hieronymo Calefta¬
Antonio Gainero. Difpenfatorio Collonien- no.
Antonio Mufa Brafavolo fe. Hieronymo deLa-Fuente
Antonio Pereira Rego. Dom Felix Palacios. Hieronymo Mercurial.
Apiário Medico chimico. Duarte Madeira. Hippolyto Secarelli.
Ataíaya da vi<Ja. Hiftoria das plantas.
Ariftoteles. / F Honorio Heringio.
Arnaldo de Villa*Nova. T7 Rey Antonio de Ca-
Avenfor. ^ ftella. i
Avícena. Fr. Eftevaó de Villas. T Acobo Alchindo.
Fr. Manoel de Azevedo. JacoboSylvio.
B Fabricio Barzoni. Joaô André da Cruz.
JJ Artholino. Fernando de Sepulveda. Joaó Baptifta Montano.
Bauderon. Francifco da Fonceca Hê- Joaô Barnero.
Barthoiomeu Montagna- riques. Joaô Carlos Amato.
no. Francifco de Leboe Syl- Joaô Cofteu.
Barthoiomeu Ubertano. vio. Joaô Curvo Semmendo.
Baíilica Chimica. Francifco Diflaldeu. Joaô de Caftilho.
Bento Pereira. Francifco Joel. Joaô de Souza Amado.
Bento Viétorio. Francifco Morato Roma. Joaó de Vigo.
Bernardo de Senio. Francifco Pedemoncio. Joaô Fragofo.
Bernardo Gordonio. Francifco V alies. Joaô Fernelio.
Berthaldo Pharmacopea. Francifco Velex. Joaó Gerardo.
Bravo Ramires. Frederico HoíFmano. Joaô Helfrici Jungkem.
Bravo Salmantino. Joaô Jacobo Manlio.
Joaô

4
 Index dos Authores.
Joaó Jacobo Mangeto. Olao Vermivio. Rondeleto.
Joaó Lopes Corrêa. Os Padres Cenfores de Ruelio.
Joaó Mefue. Mefue.
Joaó Parkernio.
Joaó Placotomo.
Ordenaçaô do Reyno. s
Joaó Plateario. p g Aladino.
Joaó Schrodero. p Aulo iEgineta. Santo Ambroíio.
Joaó Viger. Paulo Barbette. Santo Agoílinho.
Joaó Zuelphero. Paulo Sorbait. Santo Ignacio.
Jofeph Donzelli. Paulo Zuardo. Santo Thomás de Aqui-
Jofeph Quercetano. Pedro Argellata. no.
Pedro Aponenfe Conci¬ Santo Thomás de Villa
L liador. Nova.
Jj Angio. Pedro Condembergio. S. Cyrillo.
Lazaro Riverio. Pedro Caftelli. S. Paulo.
Leonardo Berptalia. Pedro Poterio. S. Vicente Ferreira'.
Lourenço Joberto. Phebo. Scribonius Largius.
Luiz de Oviedo. Philippe Fraudonffer. Segredos de Auda.
Pharmacopea Amíterlre- Segredos de Lemery.
M damenfe. Senerto.
TVr Adama Foquet. Pharmacopea Bateana. Serapitaó.
Manardes. Pharmacopea Bruncelen- SimaódeTovar.
Madeira Illuílrado. fe. - SirríaÓ Joannenfe.
Matheos de Grada. Pharmacopea Lisbonen- Sylvio.
Matheos Sylvatico. fe. Suetonio.
Mathias Lobel. Pharmacopea Londinen-
Alartim Bernhardi de fe.
Bernitz. Pharmacopea Lillenfe. T
Meune. Pharmacopea Norimber- T Agacio.
Mefue. genfe. Tertuliano.
Miguel Etmullero. Pharmacopea Leovardié- Theobaldo.
Miguel Martins de Lea- fe. Theodoro Dorflenio.
che. Pharmacopea Norimber- Teophaítro.
Moníieur Palmario. genfe. Thefouro Apollineo.
Moníieur de Meuve. Pharmacopea Hayenfe.
Mundino.
Mufonio.
Pharmacopea Perfica.
Pharmacopea Triumphá-
v
tede Palacios. y Al Derrama
N Pharmacopea Valetina. Valerio Cordo.
Abafquecio Sangue- Pliniõ. Virgílio.
zano.
Q Uíualdo Crolio.
Nicoláo deLyra.
Nicoláo Florentio.
Nicoláo Lemery.
Q Uirico de Auguílis.
Quintiliano.
z
Nicoláo Prepofito. 2 Acuto Luíitano.
R
o Hazis.
f) AuthordoModusfa- Rodrigo de Caítro.
- ciendi. Rolfinkius. -
 E Deos fe derivou a Medicina, que naó podia ter menos illuftre princi¬
pio huma fciencia taó nobre: começou no Ceo, e pratica-fe na terra, no
Empyreo teve a fua origem, no mundo o feu exercício. Foi Deos o pri¬
meiro profeilor deita grande fciencia: Ego Dominus fanator tuus, ou
como mais claramente diz outra letra : Medicus tuus. Elle o primeiro
curativo, como diz a Sabedoria : A? Deo ejt enim cmnis medeia. Porque
a Medicina he toda de Deos, como difle Razis : Medicina ejl tota Dei. Que bem
neceífitava de taô grande Medico hum mundo taó enfermo: era mortal a doença ,
porque foi mortal a caufa , e para acreditar a virtude curativa do artífice proporcio¬
nou o remedio ao achaque; que fe o mal he mais, e a Medicina menos, perde a Me¬
dicina a efficacia , e prevalece a doença : mais poderofo he o mal, que o bem ; por¬
que o mal origina-fe de qualquer defeito: Malum ex quocumqtie aefeêíu. O bem
fó refulta de huma caufa confummada : Bonum non niji ex integra caufa procedit,
O unico , e Soberano Patrono deita verdade foi Deos; e para curar o contagio ,
com que o peccado inficionouo Uni ver fo , pos emfl a Medicina como total, e pri¬
meira caufado remedio do mundo inficionado pela defobediencia , e enfermo pelo
deliéto : Ouifanat o nnes infirmitates tuas. Ainda na Cidade Santa inacceífivel ás
enfermidades, e ainda mais inacceífivel á morte: Mors non erit ultra. Ha mais pro-
fefíores da Medicina , e era juíto , que de huma fciencia Angélica foífem profefi-
fores os Anjos: Raphael he Medicina de Deos : Rapbael medicina Dei. E fendo
Médicos divinos os Anjos, nem por iííb curáraó todas as enfermidades; grande
defengano para os que enferm.aó, e grande confolaçaó para os que curaó ; naó baíta
fer Anjo o Medico para curar todas as doenças : curáraó a Bobylonia os Anjos , e
foi taó rebelde o feu achaque, que prevaleceo contra a Angélica efficacia : CuravL
mus Babylonem, &• non eíl [anata. Por ifibdiíle Ariítoteles, que nem o Rethorico
perfudia fempre com as fuasoraçoens , nem o Medico fárava fempre com os feus
remedios : Rbetor non femper perfuadehit \ nec Medicus femper ftmabit. Ainda
entre as trévas doGentilifmo entendeo o Príncipe da Medicina Galeno , que os
Médicos haviaóde fer Anjos por femelhança, ja que o naó podiaó fer por nature¬
za : Oportet Médicos , ut antiquitus diclum ejl, AngeUs affmilari.
Succedeo na Arte Medica ao Padre Eterno o Filho Unigénito encarnado,que co¬
mo Medico veyo ao mundo, como já diífe o grande Agoítinho meu Padre: Magnns
. in mundttm venit Medicus,quia magnus ubique jacebat agrotus. Ifaias enfina, que
fe condecorou com todas as fciencias , como quem era a mefma fabedoria, e que na
fciencia das enfermidades foi o unico: Scienteminjirmitatem. E para que até o no¬
me fofie curativo chamou-fe JESUS, que na lingua Grega he o mefmo, que Medi¬
co, como diz.Cyrillo Jerofolomytano: JESUS ss in lingua Graca Medicum fonat.
Que por iífo o mayor Arcebifpo de Milaó Santo Ambrofio, mayor,por mayor fabio,
e mayor, por mayor Santo ,efcreveo que para curar as noílas feridas com a fua Di¬
vina virtude , he que defceo do Empyreo: Ad vulnera noftra defcendit.
Neíta efchola Divina também fe valeo da Pharmacia o Divino Meftre, porque fe
o Manná era medicamento prefervativo , para que os Ifraelitas naó enfermalTem ,
como diífe o Abulenfe: Mantia corpora Hábreorum confervabat, ne niorbo aliquo
e tabefie-
 tabefierent. O Medico foberano mifturou opaõ com o vinho: Mifcuit vinum, &
pofuit tnenfam. Quando nos houve de dar o Manná do Ceo no feu Corpo facramen-
tado , remedio fingular de todas as quotidianas enfermidades , como adverte S.
Thomáz nos feus Opufculos: Sumitur in remedium quotidiana infirmitatis. No
altiífimo fentir do profundo Tertuliano toda he medicinal a Euchariília : Euchari-
JUam Medicam. E Santo Ambrofio diz , que he Medicina vinda do Ceo efte cele-
ftial , e admiravel Sacramento : Medicinaeft cálefte, &• admirabile Sacramentum.
David no Pfalmo 104- declara , que naó houve enfermo nos doze Tribus nos qua¬
renta annos , que andáraó no deferto : Non erat in Tribus eorum infinnus. Porem
naó procedia da bondade do clima, nem da pureza dos ares efta negaçaóde enfermi¬
dades , o mefmo David no mefrno Pfalmo , em queefereveo o portento , declarou
a caufa: Pane Ceeli faturavit eos. Suftentou Deos no deferto ao feu Povo com Mari¬
na , ou com o paó , que defeeo do Ceo, e como era do Ceo efte paó, com efte reme¬
dio celeftiai, naó houvéraó enfermos , porque naó haviaó enfermidades.
Paó do Ceo he o paó facramentado : Hic eft panis , qui de Gcelo defeendit. Taó
falutifero: Fruâfum falutiferum. Que immortaliza a quantos recebem efte Divi¬
no Manná, e celeftiai medicamento: Qui manducat hunc panem ^vivet in aternum.
Elle para abono da Pharmacia preparou de fi mefmo medimentos utiliífimos; para
as enfermidades capitaes deu-fe em Pilulas , como diz S, Vicente Ferreira : Caro
Chrijii eft Pilula noftra falutis. Para as enfermidades do coraçaó he provadiflimo
Antídoto, como diz Santo Ambroíio: Antidotum faóla eft caro. Para immortalizar
os mefrnos , a quem o peccado condemnou á morte , he medicamento da immorta*
lidade ,como diz Santo Ignacio: Pbarmacum immortaiitatis. Em fim para fe valer
em tudo da Pharmacia também receitou para os enfermos do mundo medicamentos
purgantes, como dízS. Paulo : Purgationempeccatorumfaciens. Taó illuftre co¬
mo iftohe a Medicina, taó nobre a Pharmaceutica, pela Divindade dos profeftbres,
e pela Divindade dos remedios : começou em Deos no Empyreo, cominunicou-fe
aos Anjos no Ceo,e praticou-fe pelo Verbo encarnado na terra. Infundio Deos em
Adaô efta fciencia natural com as mais fciencias infufas , doqual fe communicou
aos feus defeendentes para remedio de todos , como advertio Ramires na Seçaó
primeira da fua difputa Apologética : Medicina eft feientia naturalis, à Deo A-
damo infufa, & hominibus communicata in fubfidiiwi falutis eorum.
Os primeiros profeftores deila nobilifíima arte , ou foraó as fuperfticiofas Divin¬
dades do Gentilifmo,ou os primeiros Reys do mundo.Langio diz,que entre os Egyp-
cios o primeiro Inventor da Medicina , como teftifica Diodoro Siculo , foi Mercú¬
rio: Medicinam, tefte Diodoro, foliim Mercurim apud ALgyptios primum invenifje.
E como as opinioens faó taó divertas , como os juizos vareaó outros na fentença,
e attribuem a Apis Rey dos Egypcios efte invento: Secundüm veteres Apis JEgyp-
tiorum Rex reperit. E naó falta quem diga, que Araco filho de Apollo , e de Babi-
lona defeobrio efta arte em tudo regia: Quodalij Araco ApollinisBabilonis fi¬
lio tribumt. E a mais bem recebida fentença dá á Medicina hum Author taó illuftre,
como foi Apollo: Alij ipfi Apollini. Seguiraó-fe a eftes os Efculapios, os Hypocra-
tes, os Galenos, os Avicenas, a quem Deos Senhor noílb revelou as virtudes ma*
ravilhofas das hervas, para que naó ignoraftem os feus preftimos, porque he verofi-
mel, que haftafte humana diligencia para defentranhar tantas virtudes curativas das
entranhas de taó immenfa variedade de plantas, aífim o confiderou S.Thomdz de
Víüa-noyano Sermaó de Partu Virginis \Namin naturalibus Creator , qui Ler bis,
Ò* lapidibuspr£tiofis dedit virtutes ad fanitatem hominum, ipfe manifeftavit eas\
aliàr fruftra eas dediffet, neque enim putandum eft Hipocrdtem, Galemim, &*
Avicenam, prqpriis viribus , tanta de natura berbarum attegiffe.
He a Medicina, depois das fciencias fagradas a primeira fciencia, tanto pela no¬
breza
 \

breza do obje&o, a que fe dirige, como pela Divindade da fonte, de que fe deriva,
que por iíTo diire Ariítoteles, que nos mais elevados ápices do Filofofo naiuraí eila-
beleceo elegante Medico os fundamentos de feu edifício começando a elevar-fe a
Arte Medica do non plus da Philofophia natural: Ubi definit Phi/ofbphus natu•
ralis , ibiincipit elegans medicus. Divide-fe em duas partes a Medicina conforme
a fentença do Meítre das Eícholas, huma parte hetoda efpeculativa, e toda pratica
a outra parte: Ars Medicina duplex, Jcilicet fpeculativa, & pratiÓlica. A efpe-
culativa tem por obje&o o conhecimento das cauías , a variedade dos eíFeitos , a
diíferença dos pulfos , a circulaçaó do fangue, a proporção dos humores , os affe-
ólos do animo , a diverfidade dos temperamentos , a effícacia das paixoens; em fim
no circulo eterno deíle mundo abbreviado do homem ainda atégora naó houve efpe-
culativo , que efpeculalíe tanto , quanto tem que efpecular a Medicina ; porque
defta nobiliífíma fciencia o menos he o que fe fabe , o mais he o que fe ignora; por
ilíb diíleHypocrates no principio dos feus Aphorifmos, que para comprehender
fciencia taô incompreheníivel era breve a vida, e arte longa: Fita brevis^ars longa.
A fciencia pratica tem por obje&o as enfermidades, porque toda he curativa, e
eíla fe divide em duas partes , já cura prefervando , para que o mal naó fucceda , já
cura medicando , para que fe defvaneça a enfermidade ,o primeiro a£to termina-fe
aos faons , o fegundo aos enfermos, tudo diíTe Santo Thomáz referido de Longi:
EJl autem duplex Medicina, removens morbum, & promovens ad perfeâlam fani-
tatem oprima convenit ittjirmis fecunda vero fanis. Aprende-fe a Medicina com
o ufo , porque fuppoíto os princípios fifícos, quem tem mais ufo , efíe he o mais fa-
bio , a melhor meílra da Medicina he a experiencia quotidiana : Medicinapraci-
pue efficacijjitnus Magifler uftis. Reduzio-fe a Methodo a parte curativa pela indu-
ílria das taboas, que pendurávaó no templo de Delphos dedicado a Apollo, aquel-
les que melhoravaõ de alguma enfermidade , efcrevendo nellas o remedio com at-
tençaó á utilidade pública ; approvou a imitaçaó a induílria , com que os milagres,
que fe admirávaó nos templos gentilicos eraô milagres da Medicina : patet ex Stra-
bona lib. 14. Ajunt Hypocratem maximè ex dedicatis Apollinis Fano curationi-
bus exercuifíe ea, qua ad viâlns rationem expeólabant.
Naó fe gloriou fó a Grécia deíla induílria, tombem os Bobylonios, os Efpanhoes,
e efpecialmente os Portuguezes ufdraó deíles troféos da Medicina, para que das ex¬
periências extrahiíTe os documentos a arte, já para a Pharmacia , já para o curati¬
vo : Deve aNaçaó Portugueza efía gloria á obíervaçaó do Valdecebro na cenfura
do livro do Doutor Dom Gonfalo de Buílos.
Tanta neceííidadetem a natureza humana deíla grande arte, que delia , naó ne-
ceííita ad ef]'e, neceífíta ad confervari, fem as mais artes bem fe póde governar o
mundo ; fem a Medicina naó póde confervar-fe : aífím o enfinao mefmoDeos,
quando manda no capitulo 3 8. do Ecclefíaílico, que chamemos os Médicos nas nof-
fas enfermidades, ou para applicarem o remedios, ou os defenganos , remedios pa¬
ra cura a doença , os defenganos para prevenir a morte , aquelles para a conferva-
çaó da vida , eíles para os interefles da alma : Inivfirmitate tua da locum Medico ;
etenim illum Dominus creavit, & non difcedet à te, quia opera ejus funt nec eff a•
ria.
Saó as mais artes para alguns , a Medicina pora todos, aífím o advertio Quinti-
liano: Sola Medicina efi qua opus e/t omnibus \ nam licet reli quis artibus ege-
tnus , nec femper, nec omnes hujus utilitate mortalium conftat omnis vita. E taó
foberano, e taó dilatado he o Império da Medicina, que como bem advertio Plinio,
ella impera, e manda aos mefmos Emperadores: Imperatores una Medicina impe-
rat.Porque os mefmos Reys mais celebres do mundo fe prezáraó deíla grande arte;
como foraó Sapor, Ciges, Sabid, Metridates, Hermes , Dionyfio tyranno, Adria¬
no
no Emperador, Conftantino IV. e Mefue neto d’El-Rey de Damafco : os Empera-
dores Romanos fizéraó tanto apreço da Medicina , que a honráraó com os titulos
mais illuftres, como fe prova na ley Uni ca-O de Comitibus, <£r Arcbiatris , &
naL-Medicos-Cde profeffcribus, & Medieis: & ex /.i.§. Medicorum-ff. Variis,
& extraordinariis cognitionibus ; & de Pbebo na decifaÕ i6i.n.\6. & adOrd.do
Reynono lib. 3.tit. 59. §. iç. Suetonioaffirma, que Julio Cefar nobilitara aos Mé¬
dicos com a honra de Cidadoens Romanos , como fe vê no mefmo cap, 24. in vita
julij Cefar is: Omnesque Medicinam Roma profe/fos •>& liberalium artium Doólo-
res,quo libentius, & ipfi urbem incolerent, appeterentfiivitate donavit.
Masque muito honraílem os Monarchas huma taô excellente Arte , quando o mef¬
mo Deos no cap. 38. do Ecclefiaftico manda honrar aos Médicos: Honor a Médicos
propter jiecejfitatem.
A gloria mais celebre da Medicina foi Hypocrates, taó eminente nas virtudes
moraes, como nos (eus Aphorifmos : El-Rey Artaxerxes concebeo tal conceito de
Hypocrates , ainda antes de ve lo , e ouvi-lo , que fó pelas noticias dafua eminên¬
cia efereveo ao feu Governador deHelefponto, que naó faltaíTe a diligencia algu¬
ma conducente para obrigar a Hypocrates defeendente de Efculapio, gloriada
Medicina , a que fe dignaíle de ir para a fua Corte; porque depois de o fazer o mais
rico , o faria igual aos grandes Principes da Períia :como a energia das palavras da
carta de Artaxerxes realça menos no nottb idioma, quero efcreve-las no Latino :
Hypocratis Mediei Coi ab Efculapio originem ducentis , gloria artis, et iam ad
me pervenit; Dato igitur ipfi auri quantum voluerit, reliqua abunde, quibus
opus babei-.<& ipfum adnos mittito.nam Optimatibus Perfarum eequalis erit. Em
hm tanta eílimaçaó fizéraô os Athenienfes da fabedoria de Hypocrates, que chega¬
rão a coroa-lo com huma coròa de ouro , para que coroahe o metal mais preciofo o
Rey de todos os profefTores da Medicina : Decrevit popttlus, ut is Magnas mi fie-
rij non fectis , atque Hercules Jovis filiuspublice enitiaretur, & cor ona aurea
mille aureorum coronaretur.
Divide-fe a Medicina em tres Efcholas , Methodica, Empyrica, e Racional, ou
Dogmatica: a primeira efchola teve por inventor a Apollo,a fegunda a Efculapio, a
terceira a Hypocrates , quehe na praxe a mais feguida , e pela experiencia a mais
spprovada. Diíferentes faó as artes , de que a Medicina ufa para confervar a faude ,
que fe logra, e reflituir a que fe perde,por iífo Mufenio dividio a Medicina em duas
partes, Contemplativa, e A£fiva: Medicina efi feientia non folum contemplativa ,
fed etiam aâtiva. A contemplativa , he a que efpecula as caufas , os temperamen¬
tos , os climas, as idades, as complicaçoens, e os influxos. A a&iva, he a que obra,
a que cura , a que applica , a que tenta , a que determina.
Galeno no lib. 6. de morb. popularib. comm. 5*. diíTe ,que o Medico eminente fe
valia de muitas artes, porque eftas lhe adminiftraó as matérias , para a verdadeira
applicaçaõdos remedios; porque a mefma neceíEdade , que tem os Archite&os de
Operários , que reduzaô a dureza das pedras aos preceitos da Arte, e o informe dos
lenhos aos primores da ArchiteéHra ; a mefma tem os Médicos dos Erbolarios,
e dos profeítbres da Pharmaceutica , que prepáraô os Emplaílros , que compòem os
medicamentos, que proporcionaô os fimplices, que extrahem os efpiritos: Medi*
co mult£ artes matérias medie as prxftant, uti ipfi quoque cum quibufdam natura
tniniftris: qu£ enim inter Architettum adificatores Lignarios fabros, <&
alios artífices, quibus pr^eft , eadem inter Médicos, &• ejus minijlros efi ratio :
funt autem ij berbarij, Unguentarij, Coqui, Cataplafma eficientes 'fomenta ad-
hib entes.
De todas as artes, de que fe vale a Medicina curativa he a Pharmacia a primeira,
porque fe faltáraó medicamentos , faltará a efta fciencia a pratica. Tivéraó a Phar¬
macia,
macia, e a Medicina hum mefmo Author, porque deDeos primeiro Medico do Ced*
e da terra fe deriváraó os medicamentos , diile-o o Efpirito Santo: yT Deo ejl enirn
omnis medeia. Tendo a Medicina, e os medicamentos tanta identidade, que aonde o
Ecclefialtico dizia nas Bíblias antigas,que da terra creou o Altiílimo a Medicina ;
jUtijjlmus creavit de terra Medicinam. Lem hoje as Biblias corretas, que o Al¬
tiílimo creou da terra os medicamentos: AltiJJimus creavit de terra medicamen¬
ta. Para que fe entendefle a infeparabilidade deita Arte , e daquella fciencia. He a
Parmaceutica huma Arte , que eníína o modo de efcolher os medicamentos, prepa¬
rar os íimplices , proporcionar os compoftos , e extrahir os efpiritos , verdadeira¬
mente arte inílrumentaria , de que a Medicina fe vale ; inftrumento da Medici¬
na Dogmatica lhe chamou Bravo fedi. i. refol. 15*. Pbarmatia ejt inflrumentum
Medicina Dogmática.
Se faltara Arte taô importante , fiftira na efpeculaçaó a Medicina, fora inútil a
parte mais proveitofa , e mais importante , que he a Medicina pratica taó precifa
para a confervaçaõ do mundo na precifa faude dos que enfermaó ; porque naô he
poííivel, que tenhaó remedio os males , fe faltarem para os males os remedios ; he
a Medicina manca , fe faltarem medicamentos á Medicina , como diíle Mathiolo in
comm. lib. 1. Sine(tmplicium medicamentorum cognitione manca eft medendi ratio.
Daqui fe inferem aseítimaçoens, que fe devem a huma Arte taô proveitofa , como
importante , e taô infeparavel da Medicina , que o mefmo tempo , que o Ecclefiafti-
co manda honrar os Médicos: Honor a Medicum, fazem louvor da Pharmacia hum
panegyrico : In bis curans mitigabit dolorem , & unguentariasfaciet pigmenta
fuavitatis , & unóíiones conficiet fanitatis.
Animem-fe poisos profelfores da utiliflima Arte Pharmaceutica , em que neftâ
Corte venero , e reconheço eminentes artífices para continuarem nos eíludos de hu¬
ma taó nobre Arte; pois entre todas he a de que mais neceílita a Republica, pre-
zem-fe de huma Arte, que teve Príncipes, Reys, e Emperadores , que a prezáraó
exercitando-fe nelía.Metridates Rey da Perfia fazia o Antidoto chamado Metridato:
Agripa Rey de Judea fazia o Unguento intitulado de Agripa.Hum grande Principe
chamado Hamech , compôs a confeiçaô , a que deu o feu nome proprio. A raiz de
Genciana tomou o nome d’El-Rey de Islirico Gencio, que foi o que adefcobrio
primeiro; e ainda na noíla Corte , compendio de todas as do mundo, tem tanta efti-
maçaô a Pharmacia , que as primeiras perfonagens a exercitaôpara o bem, eutili¬
dade publica. O Excellentiílimo Duque do Cadaval Prefidente das letras, e das ar¬
mas tem Botica de vários,e exquifitos medicamentos no feu Palacio, que caritativa¬
mente difpenfa. O Excellentiílimo Marquez das Minas taô illuftre nos exercitos,
como nos Palacios, faz huns Pós admiráveis para quedas , que liberalmente diftri*
büe. O Excellentiílimo Conde de Caftello-melhor taô político na nofia Corte, co¬
mo nas eílranhas , faz hum Lambedor approvadiflimo para o fluxos do ventre, que
continuamente reparte a fua grandeza , zelando todos o fegredo dos remedios ,
para que os neceflitados os logrem , e elles pela gloria de os repartir , façaó o dif-
pendio: e taô acreditada como iflo, fe acha a Pharmacia nerte Rey no pela no¬
breza dos feus nobiliíflmos protetores.

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ma late a tudo áquíl-u
lo , que pode alfcpaçv
a natureza; ouJtriã/f
Medicamento h$, a-'
quelle, que appKcadp
aq corpo humano lhe
cura as . enfermída-,
_ ____.des;che o^i/lrumenr
to , de que ufaõ os Médicos para,á cura das,
doenças: aíTim o diffine Galepo (fb*}..cap. i.
Medica .defacult. Medicament. ~ Medicamentum{efi,
mcntu quod naturam alter are poteji: vel Medicamen¬
quid í tam ejl illud , (juod corpori humane applicatum
affliãiones nofiras fanal, & eji injlrumentum,
auo Mediei operanturad extirpandos, Janan-
dos morbos. ~ Também fallando geralmente,
Medicamento , he tudo o que pode alterar,
e mudar para melhor a nofía natureza, co¬
mo diz Moifes Charás na fuá Pharmac- Reg.
Cap. 5). de Medicament. in gener. por for-
maes palavras •: z: Medicamentam âijfinitur ,
quidquid naturam no firam in melius alter ar efS
imniutare valet. z: Divide-tc o medicamento
em duas efpecies, convem a faber, em fim-
ples, e comporto , como diz o mefmo Cha¬
Diviflo rás: Dividitur etiam medicamentum in fimplex,
Medica- & compefitum. Medicamento íimples fexha-,
mcntor. ma aquelle , que he da meíma forte , que a
Part. I.
Pag-ti
V* 'iVt\ tUV.Y» ViiUOVitf ii\ V.tVk V'i
natureza o criou fem.miftura alguma , como
diz .Galeup no lugar, acima citado: Simpiex Mediei
medicamentum dicitur tale , quale natura pro- mfentii
duxit fine altenus admijiione; ou também , Simplex;
ccfmo djz Zacuto Lulitano in Vharm. art, 1.
de divif. medie. z: Simplex medicamentum ejl
illud,, quod naturâfuàfincerum eji.
Medicamento comporto fe chama aquel¬
le , cuja compoficao confta de muitos, e dif-
ferentes fimpíices, como diz Charás: Medi- Medica-
camentuni çompofitmi id vocant, quod pendet à racmu
colleãionpplurimorumfimplicium facultatibus comP°fí*
diferepantium, artificiose conjunãorum. E nos
mefmos medicamentos comportos ha huns,
que fe chamao fimplices, para diftincaõ de
outros, que tem o mefmo nome j artim co¬
mo fe vê no Diaprunes rtmples , que fe cha¬
ma artim para haver diftincaõ entre elle, e o
comporto, como enfina Charás : Nonnun-
quam medicamento compofito fimplicis númen
aJJignatur,ad dijiinãipnem alterius fimplicioris
eodem nomine Jignati: ficut Diaprumis fim-
plex, C2V.
Ha também entre os medicamentos fim¬
plices alguns, que fendo-o ex natura fua, fe
pódem chamas comportos, por ferem dota¬
dos de duas virtudes, artim como a Rofa, A-
zebre, e outros, que aponta Galeno no lib. 1.
dosfimplh. ~ Multa nimirum ejje medie amen-
A ta, x
 .JT
5. 41 Pharmac. Lufit. Augment. Trat.I.
tãi, qus. qttamquam videantur efje fimpUcia , fenttfltiam modo o1>fcitrc -, primo ntmpe grtrdu,
funt tamen adverfis fübftantiis, df diverfis qua- modo manifejie ,fecundofcilicet, modo intonfe,
lítatibus compofita , Ro/tf , Aloés alia. videlicet- in ter tio, modo vehementijjyne, ideji in
Entre os medicamentos ha huns, que fao quartói unicuique iterum"gradai ajjignqturptin-
benignos, e outros malignos. Médicamen- • çfpiumgmediwn , &finis, per qua. defignatur
td benigno , he aquelle ,fque,£pplicada ao' fM^^M/rigus , Jiumiditas vel Jiccitas, in-
ctfvpo humano, lhe naõ póde caufar mal al- ienfiusfvel renujjius a gentia.
Medica- gúm: Medicamentum benignimefi iUudpquoà _ ,/'As íegundas qualidades procedem daspri-
raentupi corpori humano applicatum nullum ei noçumen- meiras-porqbe o calor abre, adelgaça, gaíla,
bemgnu.tum ajferré potefl. O medicamento maligno^' eattrahe : o Frio engrolía* obftrue , e erichèj
he aquelle , que de nenhuma forte fe póde o húmido abranda,e humedecejo fecco ajun-
applicar, fem ,que primeiro fe prppate por ta^ojnprit»r^endj|rece-, e abforve a hu-
Medica- arte: Mmcamentum malignum ejl quoa$mlp>\ mi|uwL como diz o mefmo AuólorgOiiali- Secunda
mentura m0p0 applicàti poteji.abfque. atiqua ahüfrepa* • tatífcdpeèundK prMnarüvi. progenies funt $ Calo- facultas,,
mahgnu.rationefAz differenca.entrc o medicamento,pjopriuniap;erirettarefacece^ attemia* ’
e o alimento , porque pile , ou feja fimples , ‘te pattrahere j Frigori infitum ejl incrajfare,
ou campoílo, tómadolinterior, ntitre e au- denfire, òbjirueqe., repeliete: Húmido innatuni
gmenta àmatureza , è o me^icamènto tao Jtjl lmmedlare^edioUirfficcCverofaculhles funt
fóniehtea'altera, ou feja appficadõ Interior,* comprngerej indurare rhumidum abjbrbere.
Differcn-OU exterior , como diz (Jharás y Aliménium 'àf CerSeirits qualidades fao occultas , as
tia inter medicamento difeftjqtiòd iílud interius aâfuhi* - cjuats -fe percebem , e vem taõ fomente pela
Medica- ptunialit > & auget naturam nojlram ycumme- çxperiencia.j aífim como fe vê nas pedras de
&CAlim^-dicamentwm ilhrm tanthnralteret^five exterriis 'eífciHcar í angnepqueTrazidas ao peícoco, ou
tum. corpori aámotum fuerit, five interius ufurpa- p o fias fobre as feridas fazem parar o fluxo
tum. Ha também alguns medicapííen|ds ali-| de Hngue. Também no Sapo , que depois
mentofos, que fuppofto alimentem p tanr-^e feceo trazido na rnà5 aproveita muito
bem fe chaínaÕ medicamentos $ aílTm como* nas Hemorrhagias dós narizes, e nas dores
Medica- Qs leite%eos caldos de puangos:D^«r^í/>|j«.s*4ç^cnTes, em qye o oílb do braço do Sapo
*”enía medicamenta alimentJ/a ttiãa ytfpieaicahíèn- ' he admiravél" remédio',' e também os ramos
a imuoía ^ gxtant medicamentofa vocata ,ficut lac , & do Freixo cortados da arvore em certo tem-
jiis FulUgallinacei i^c.' o o h.ptf. : pó-Üíó conveniéhtes nos Muxos de fangue:
Differen- a differença , qué ha entre 6 venfcnó , e oJ alllrtpfe affirma Chaíás no lugar citado: Qua-]Jertja
Medie? niecl^carnent0 í hecporque o veneno deítroe ffiMr#teAia occulto, funt, experientiâ tantúni cu ta^
me n tum a natureza, e o medicamento, ainda que neF âífe, hvhotitiam vem entes ficuti exempli gr a -
& venc- ?lc haja alguma porçaó venenofa, depois de' tidp-um] afpis vulneri admotus fwguinis eflu-
num. preparado , contórme as regras da arté ^fica Pmm-òohibet: Bufo exftccatus manu âetentus jn Medí-,
muito falutifero, e ajudador da natureza, co- Hdmdrrliagiam mirium fijlit,' dolores dem camentis
mo affirma Charás :' Vehenum reverá differt à tiiimfedat j quõd üf pra.fiat os brachij ejufdem ues vir-
MedicamdtOj eo quod naturam nofirknídifiruat, Bufónis. Èittmits Fraxini conjiellatione quadam tutes m*
attamen Medicamente nuhiram rnduèYe-púteJl,- ex-arbore decifus Hamorrhagiam omne coercet:^™un’
quandoquideni ope PltarmaCeulicab àrtis emen- Fm a-lgúns medicamentos fe acha5 tres
daripoteji-, imo domari qiudquid vitlj intrd fe virtudes, Fonvem a laber : Alterante, Pur- Alteram,
idcontinet, acfalúbre evadere , five e'xteriiis ganfeV fe I^oborante. A virtude Alterante , Purgam,
applicari debeat ,five intrb córpus fábire. fe conhecé pela alteraçaó, que cauià no cor- & Robo-
In medi- Todos os medicamentos conftaó de tres pô o medicamento depois de tomado. A pur-rans%
camentis faculdades: A primeira, conforme os and- gante le vé , porque purga os humores pec-
tres fa- g0S ? L>onfiíte nos pfincipios elementaes, e cantes, laneandò-os fora , ou lubricando os
cultateví
com eíla, ou aquentaò, refrigeraÕ, humede- meatos, facilitando-lhe a paífagem , attra-
aflignan-
tur. cem, oufeccao, e àffim manifeílamente , ou hindo-os de longe pelas vias ordinárias j t
fa5 querites, frios, húmidos, ou feccos; e af- nefta virtude purgante fe conta também a
fim os que fao quentes o podem fer no pri— diaphoretica, porque purga lançando os hu-
meiro, fegundo, terceiro, ou quarto gráo, e moves as partes cutaneas. A virtude Robo-
da mefma forte cm qualquer das outras qua-, rante fe percebe , porque fe vê, corrobora o
lidades ha os mefmos gráos, como douta- éõfpô, e lhe augmenta as forças; àffim o af-
Prima fa-mente enfina Charás: Medicamento tres fa- firma Charás no cap. i o. defacultat. medicam.
cultas, cultates aJJígnantur.Prima ejipuam antiqui E- ~ ín medicamento tres facultates deprehendu- Vírtm
tementarem cenfuere fotis principiis, ex quibus turjfcilicet Alter ansfurgans 3$ Roborãs.Alte- Alterans,
conftant, adfcribenâam •: illa calefacit, refrige- rans in notitiam vemt ex manifefta alteratione
rat, himeáiat, D* exftccai, ac juxta eorumdem corpori bus nofiris imprejfa. Purgans peoc antes
5 ^ foi-
 3
Da Diffini < os Medicam. e fua eleiçaõ. j
humores e corpore expellit, vel lubr içando mea- que deviaõ purgar $ como diz Galeno no lib.
tuS 5 quo facile exitum naneifcantar, velillos dos Simplices: *z rr ertium genus eonim ef,que
attrahendo , ac per vias ordinárias eliminando, mediam virtutem inter vetlenofam, tf bemgnam
Sub facultate purgante diaphoreticam comple- tenent, ut Reubarbarum , Mirabolavorum fpe-
éli Ucet, que cacochymiam corporis exhaurit cies, tf JimiUa‘,namhecfi movent, & nonpur-
per poros cutâneos, & diur eticam, eamdem gant, non in alimenta , »í prior a convertuntur
Virttis tf/tf* loti) abigit. h acultas rober ans toti cor- z/í fecunda deleteriam vim contrahunt vel
to oras ,
j tf robur addit ,
idque confervat iW ,
corruptelam tf tamquam venenum perver-
quafâam ulius partes , r//' innata , tffpecifica. tuntur ,fedinpurgandum Jiuniorem.
Ties efpecies ba de medicamentos pur- Por tres motivos inventou a arte a com-^au*’a
gantes, contoime a experiência moítra: A poíiqa6 dos medicamentos. O primeiro he comP°^’'
primeira efpecie de medicamento purgante, por caufa da enfermidade, que pede a com- tioís
heobenignoj o qual hc muito confórmeá pofiqaõ dos remédios, aflim como a doença mcntoíi
noiia natureza^ porque íe nao purga, fe con- quente, e maligna, a que fe nao póde afli-
verte em alimento , aflim como as Bofas y gnar remedioíimplezproporcionado: a arte
Violas verdes, Manná, e outros femelhan- compoem do medicamento refrigerante e
tes, como diz Velles na fua T. heorica Phar- alexipharmaco hum remedio idoneo, que fa-
Wedí- maceuticay*#. 2. annot. 2. ~ Medicamentorunt tisfaz as indicacoes da parte da quentura , e
camen- purgantium triã genera nos experientia docuit, da malignidade: aflim o diz Cypriano Mavo-
torum quorum umm benignorum, tf anoftra naturaja Ub. 1. de intern. morbor. curat. por formaes
tium lefa) um difiansfe cajus numer0 Ro- palavras: s Medicamenta componunturpropter
tria g ç-fai Vide- vir ides, Vruna, Manna, tf hujufmo- tria, quorum primum fe tenet exparte morbi, ut-,
nerarç- difunt. O fegundo gencro de medicamentos fi ejjet calidus, tf tndligms, cui non ajjicrmtuc
periun- puigantes, iao os malignos , què tem quali^ remediumfimplexproportionatum , ut in febre>
tur* dade venenofa j.neftes ha duas efpecies, por-: pejlilenti, tf maligna, cui competunt alexiphar-
que huns fao veneiiofos extnatura fua, aiíiiii maca, tf refrigerantia: ex quibus mifis conf-
eomo o MefereaÕ, a femente de h rovifco y citur medicamentam idoneum, quod compUt in-
Kuphorbio, e outros femelhantes 5 os quaes dicationem, tam ex parte febris, quam ex par-
fechamaõ malignos, porque de fua nature-: te malignitatis.
za o faõ , e nao porque tenhaõ a virtude de- O fegundo motivo fe toma da natureza daí
leteria por algum accidente que lhe fuceeda, parte affedaj como quando cfta he diftante*
como diz Velles : Secundi generis maligna ea para o que neíte cafo he necefíario augmen-
funt, que. venenofqm vimpojldent, quorum due. tar as forças dos medicamentos, paraque a
differentiefatuuntur 3 una eprum, que totoge- fua virtude poíía chegar á tal parte 3 aflim
Tierefunt maligna , utMefereon , Latyridis fé- como miíturando-lhe outro remedio , que
men , tf Eupborhum : hec enim fimpliciter ve- os faca chegar com mais facilidade á parte
tienofa dicuntur, mani non fiam.deleteriam vim enferma 3 o que fe pratica nos medicamen-
habent alicujus acciâenti s ratione, fed a fua tos para os Rins, e Bexigas, e da meímafor-
propria natura , tf pmni benignitàte carent. te fe ufa da miftaõ de corroboran tes , quan-
> Os Medicamentos purgantes, que ex ac- do a parte affeda he principal: aflim o enfi-
cidenti, fe chamao venenolos:, fao o í urbit na o mefmo Cypriano de hdaroja nolu^ar
negro , o Azebre máo , & optros femelhan^ citado: - Alterumfe liabet ex parte nature par-
tes} porque efles taes fendo bo.ns,e bem efeov tis affeóle , ut quandopars affeãa diftat nimiss
Ihidos fe pódem gaflar na compofiqaôdos oportet fepe adaugere vires medicamenti, ut
Medicamentos depois dé bem preparados: virtus aâ partem afeãam perveniat, tffmix\
Medi- Horumfpecies medicaminum , que maligna ex admifeere aliud, quod facile illud adpartem af-
caméta ãccidemi dicuntur, tf à fui generis eUãijJímis feãam deducat-, fic enim in ajfeãibus renum, tf
mail* notis âifceffere appellantur , é quorum numerV veficeprocedimus.
^ççid T nr bit nigrum, Atoe ímproba., tf cilia. Ater- O tercciromotivo he daparte do medica^
xeira efpecie de medicamentos purgantes^ mento, e por muitas caufas fe ufa deita mi-
5
faa aquelles,que nem fa benignos, nem ma- flao j porqudj fe o medicamento nao he fua:-
lignos, que tem a virtude .entre benigna , ç ve ao goíto, então fe lhe rmftura outro, que
maligna , aflim como o Ruybarbo yas^.efpe- feja fuavfc, e agradavel ao palato: aos que of-
cies de Mirabolanos, e ojutrós femelhanteáj 'ftndem o eftomago fe lhe ajuntab corrobo-
porque eftes fe móvem.çmaa purgaò, na6 'rantes -rtambém fe o medicamento he mali-
íc convertem em alimento,, como a primei- gno , com amiílura de outro fica menor»
ia cfpecie 5 nem também cçinibra fegundaife -fua deleteria qualidade 3 como fe ve no ufo
corrompem de forte, qüe fépólTaÕ fazer maí- -das Cantaridasq que applicadas per fi coy-
•lignos, que caufem corrupqadfhos humores, çfoem, c fazem bolhas.,.e miíluradas com vi-
- ' - *• * A2 nho,
 4 Pharmac. Lufít. Augment. Tfat. I»
nho, ou leite fica mais refra&a a fua maligni- aflim o enfina Francifco Velles na fua Phar-
dade 3 aflim o diz o mefmo' Auótor no lugar Yn&c.feã.i.f.’]. por formaes palavras: zz Ter-
ci tado : Denique ex parte medicamenti cogi- ra libera ejl nonjiercorifata , Cf* que ab excre-
mur plurimis de caufis permijiionem facere 3 fi mentis omnibus ejl vacua , ac nature própria,
enim ejl medicamentum gujlui infuave , illi ad- plantaram accommodata.
jungimus fuavia, Cf* palato grata3 que. fi ven- Duas efpecies de plantas coflumaõ nafcer
tnculum ledant, roborantia fimulJunt condo- nos montes : A primeira fe chama íubfruti-
nanda: autfi medicamentum ejl malignum, ejus ce ou fruticofa, que he aquella que da raiz
deleteriam vim alterius admijlione refrangi- lhe nafcem muitos raminhos lenhoíbs e
mus j ut patet in uju Cantharidum, <5*c. miúdos, como a Lofna, Rofmaninho , Sal-
Para que os medicamentos faqaô boa o- va, e outras femelhantesj as quaes confervao
peraqao nas enfermidades a que fe applicaõ, as folhas verdes todo o anno , e naõ fe lhes
he precifo que o Artifice, que faz as compo- feccaõ,nem cahem como ás mais plantas, af-
ficoés, tenha verdadeiro conhecimento dos fim o diz Ruelio Ui.hijl.plant. ~ Subfrutex qui Subfra^
íimplices, què nellas entrao , e juntamente ter herbamm genera anmmeratiir , Herbariitcx
que faiba em que tempo fe haõ de colher, e plantam appellant, que. à radice caulem emit-
como fe devem guardar: aífim o adverte Za-r titlignofis adnafcentibus ramulis, foliifque mi-
cuto in Pharmac. cap. 2. de dijferent.pl ant ar* nutis , que. non velut alia rum herbarum folia
~ Veriim ut in médicos ufus ipjispqfjimus uti, quotannis arefcunt, Cf* decidunt, fedperpetuis
necejje ejl cognofcere, quando Jint eligende, in foliis toto anno virent, ut Sthecas, Salvia , (3*
qua celi difpofitione , quomodofmt confervan- fimilia.
de, Cf* inquibus locis reponende 3 que omnia A fegunda efpecie de planta he aquefe
funt nece(faria non foi um ut commode utamur, chama Frutice, a qual naõ chega a fer taõ al-
verum ut ex illis compojita medicamenta pa- ta como a Arvore, e na eftatura he feme-
rentur. lhante a algumas hervasjporêm a plantaFru-
Todas as plantas, que nafcem nos mon- tice naõ acaba, nem fe fecca todos os annos,
tes, faõ melhores e de mais virtude, que as antes fempre exiílej como o Lentifco, Mur-
que nafcem nos valles, e em lugares culti- ta, e outras femelhantes, que aponta Ruelio
vados, regados, e fombrios ; porque as que no lugar citado: Frutex ejl, que ad jujlam ma- Frutos
nafcem nos montes ou cofteiras, como ca- gnitudinem arboris non ajjurgit, Cf*Jiatura her- <luitl t
recemdeagoa, e os ventos neftes lugares bis nonnullis ejlfimilis , ver um non demoritur ,
curfaÕmais, poriífo faÕ mais enxutas que nec arefcit, ut herba,quotanni$,fedperennis ex-
as que nafcem nos valles, lugares fombrios, ijiit, ut Lentifcus, Cf* alia.
e em lugares húmidos: as quaes pela fuper*- • Também as plantas fubfrutices como a
flua humidade que tem, naõ íaõ taõ boas 3 e Lofna,e outras femelhates,fe chamaõ hcrvaj
ainda eílas feraõ muito peyores, fe naõ as porémabfolutamente fallando,Herva fecha*
colherem em feu tempo , c ellando em boa ma toda aqüella planta , que da raiz produz
fazao , como diz Diofcorides no Proemio do folhas, e naõ tem tronco , e leva a flor e fe-
primeiro livro: nQuemadmodümfi locajn quiU mente no tallo, e que acaba todos os annos,
bus prodeunt, clivofa, Cf* ventis expofita, Cf*per- aflim como a Tanchagem , e Chicória: aflim
flata, frig i da que, Cf* aquis carentia, in his enim o enfina o mefmo Ruelio : Herbe denique di- Hcrba
locis vires eorumlonge valiãiores intelliguntw, cuntur reli que plante, que inter initia folia abfolut,
contra que in campejlribus , riguis, Cf* opacis, tantum fine caule pandunt quohbet anno deci-
eqterifque locis à vento filentibus enafcuntur, dua, ac deinde in caulem eretle flores , Cf* fe-
plerumque degenerant, & minus viribus valent, mina ferunt 3 fic Flantago, Cf* Cichorium.
multo que magisfi nonfuo temportfieque oppor- As plantas fubfrutices, ou fruticofas fe
iune colligantur. hao de colher, quando eíliverem cheyas de
As plantas, que nafcem em lugar livre, femente, aflim como a Lofna, e outras fe-
©u terra livre, que he o mefmo , faõ melho- melhantes, que Diofcorides no Proemio do
res as que nafcem fpontefua, do que as que lib. i. aponta: z Qjte vero frtíãicofa funtficict
forem difpoflas e tranfplantadas, e criadas Sthecas, Abfinthium, Cf* aliaidgenus femina
por artificio: aflirri o diz Charás in Pharmac. 'pregnantia demetantur. ■ f
F zg.c.12.de locoplant. - Obfervandum ejlplan- As hervas fe haõ de colher,quando a plam-
tas (ponte obortas loco libero , Cf* indoli illarum *ta eomeqa a flofécer, como enfina Galeno
non dijjono, alio tranjlatis anteponendas ejfefô lib. 8. de Pliarm. 'ttt Melius tempus colleólionis
ijs,quas artificium educavit. zz Por terra livre efi, quando itícippt florere jerdaquellas plantas
fe entende, a que naõ he eftercada, c que cá- que naõ tem flor^ ou das que fervem fó as fo-
rece de todos os excrementos , e que he aó- -lhas para o tifo; da Medicina, fe haõ de co-
commodada á própria natureza das plantaSj -lher , quando tiverem as folhas crefçidas, i b
L intei-
 Da Diffin. dos Medicam; e lua eleição.
inteiramente era fua grandeza , e largura ,
antes que perca5 a lua côr natural, e lhe ca-
yao, efe pilem humas com outrasj como diz
Avicena lib. 2. tr. 1. c. 6. zz Folia autem colli-
gere oportet,cum integre incipiunt haberequan-
titatem , quam habent, Cf remaneant fecundum
formam, ante quam ipfiruni color alter etur , Cf
frangatur, diimque cadant7 Cf attritafint: ~ e
t que as tolhas das herdas,que fe ufaõ naMedi-
cina fejiajaõ de colher quando perfeitamen-
te eftao em ‘feu vigor ( excepto.os olhos de
Choupo para o unguento Populeao), o diz
V elles em fua Theorica Pharmaceut.y>f/. 3.
tínnot.43. zz Folia experfeãisplantis, cwjh vl-
gent, decerpenda, exceptis oculis Populi ad un-
guenti Populei compqfitionem. Qiia colorem, 0-
dor em in fuo genere validijjimum habent, «i
prajlantiora eligenda :flavefcentia quidemeor-
ruptionenij Cf nativi coloris defeãum ojlenâunt.
As folhas, como diz Velles no lugar citado,
fao o ornato, e veftidura das plantas; porque
depois que lhe cahem , fiça5 nuas, e fem ga-
Folia Ia alguma: Folia inâumentum, tf ornamentum
quid i omniumplantar r.mfunt, quibus ah atiquibus ea-
rum deciduis , quodammodo nudas nobis ejfe ap-
parent.
Das plantas, que o A-udtor da natureza
cria para remedio das enfermidades, fenao
póde infmuar certamente a parte, que delias
fe ha de ufar na Medicina; porque de humas
£ó fervem as raizes, de outras as folhas e flo-
ies, ou os ramos e páoíinhos mais tenues
e delgados, como eníina,Galeno Uh. i.antid.
” Ex herbis, qua in aliqua compqjitione ingre-
âiuntur, flores, tf folia, tçnuefque fejluca Jumi
debent.
Entre as plantas vegetativas fe conta a
Arvore, que he aquella, que da raiz fe levan-
ta com hum fótrouco ramofo, npdofo, edif-
ficultofo de quebrar , aflim como a Pereira,
• Maçeira , e outras, que.aponta Theophraíl.
in hifor.plant. tf Mathiol.in comm.:Diofç. Ui.
Arbor ~ Arbor appellari debet^qua à radiçefafmi fim-
quid; plici caudicefurciílofo, diffolutu.que contumaci
ajfurgit, aquoper intervalla tamquam brachia
exorti ramilatius difunduntur^ut Malus^Qiier*
cus, Pyrus , 0' alia.
As flores que houverem de fervir para o
ufo da Medicina , fe haó de.colher quando
eftiverem meyas abertas^, e em fua perfeita
fazaoj èxcepto asRofas para os Medicamen.
tos aílringentes, que fe devem colher, quan-
■ * do comeqarem os botoés a- abrir; porque ne-
fte tempo tem mayor virtude aflringente : e
aflim humas como as outras fe haõ de colher
huma hora antes do meyo dia, ou depois que
o Sol gaftar o orvalho, que nèllas cahio dé
noite; porque fe tem humidade exterior,apo-
drecem, antes que fe acabem de feccar^ aflim
j
o enfmaZacuto inPharm. cap. 4. âe colleót.
herb. tz Fios colligitur, quandofemiapertus ejt, Tempu*
quod praceptum femper obfervandum, prater-.cu^c^-
quam inflonbus Rofarunt 3 quia quando cotÍigi-^°iXim'
mus Ro/ds , ad medicamenta adjlringentia con-
ficienda, tar/c colliguntur, quando aperiri inci-
5 00 tempore maior em adftriãionem
fortimtur. Hora diei ad colleãionem ef par um
nieridiem/ore jam abfumpto, alioquinpro-
extraneam humiditatem cito putrefeant.
He a flor o mimo da planta , a a embaixado*
ra do V erao, como diz o mefmo Zacuto no
lugar citado : Fios ejigaudiumplanta., tf fu- FI09
tar/ »^r/íEntre as flores medicinaes asquid *
que nafeem junto de Fontes, Rios, ou Tan-
ques faõ as melhores, e de mais fubftancia
e virtude, e por efta razaÕ faõ as quefe de-
vem guardar para o ufo da medicina: aflim o
diz Zacuto no lugar citado: Ex floribus ma-
gis excellunt, qui circaflumina, fontes, Cf fta-
gna nafeuntur, prafantiorem enim JubJlantiam
habent.
Todas as flores, que fe guardarem feccas
para que còn fervem a fua virtude , fe devem
feccar em lugares moderadamente quentes e
feccos, e nao ao Sol; porque o calor demafia»
damente quente lhe faz refolver a virtude,
aflim o aíRrma Zacuto: Exficcanturflores in
lopis moderate calidis tf ficcis , ne ob Vehemen-
tem calor em facile eorum vis exhaletfccc&o-fc
muito bem poífas em pedaços,e mexendo-as
igualmente, para que fe lhe gafte a húmida^
de, que tiverem , como diz o mefmo Zacur
to: Optime exficcantur infetaceis , debentque Exiicca.
aqualiter agitari, ut ex omni parte earum hu- tio íloru,
miãitas abfumatur 3 porém fe as flores forem
das que tem muita humidade, fe pódem pôr
ao Sol hum fó dia, mexendo-as igualmente,
para que todas fe murchem, e depois fe fec-
cao nos lugares ditos : aflim o enfína Arnal-
do de Villa-Nova cap. âecolleã. ftorum: e no
cafo que o Vera5 feja chuvofo fe pódem íec-
caí em peneiras emeima das fornalhas, adon- \
de fe deflifla , ou poftas em taboleiros emei-
ma da abobeda do forno,depois de fe lhe ter
tirado o pao; porque o calor que lhe fica he
muito femelhante ao do Sol, etao modera-
do , que as fecca fem fe lhes refolver a virtu- c
de,como affirma Luís deOviedo lib.i. cap. 5.
Na5 tem as flores de duracaõ mais que
hum anno : fómente as Rofas, que guarda-
das em caixa de madeira durão mais tempo,
como diz Mathiolo in comm. Diofcorid. lib. 1.
~ Floresitaque in univerfum ficei adannüdum- Di.ratío
taxat edurant 3 Rofarum flores etiam longiori Flor um.
afervantur tempore , fi ligneis arculis optime
inclufi diligenter recordantur. Porém nao fe
lhe póde aflignar tempo certo de duracaó ,
porquê hiimas durão hum anno2outras mais,
con-
 6 Pharmacop. Luíít. Âugment.
conforme a fubftancia, que tem^ e nefta for¬
ma ió fe devem gaitar noufo da medicina,
em quanto tem bom cheiro , íaibo , e modo
de fubftancia, como diz Zacuto capit. 4. de
coll.herb. z Qjuandiu durent flores certa non efi)
a li quando enim toto amo incorrupti fervatitur:
ali quando ipfum pratergrediuntur 5 cognofcitur
óptima difpofuio ex odore,fipore, Cf debito mo*
do fubfiantia..
Seminu De tres modos nafce a femente , oil den-
differen- tro nos fruétos,e lie parte delles, aífim como
a do Melaõ, e outros frutos 5 ou nafce cu-
berta com huma cuticula, aífim como a dos
graõs, e lentilhas, ou finalmente nafce def-
cuberta, aífim como ade Funcho. A femen¬
te,que nafce dentro do fru&o fe colhe,quan¬
do eftú o tal fruóto perfeitamente maduro.
A femente ,que nafce cuberta com pellicu-
Ja fe colhe , quando a planta com as vagens,
em que nafce eftaõ feccas 5 e as que nafcem
defcubertas fe colhem , quando eftaõ bem
cheyas, etanto que comeqaõ a feccar-feje as
que fe nao colhem deita forte, naô tem pre-
ítimo algum , aífim o enfina Avrceiia lib. 1.
tr.i. cap. e o diz Zacuto por formaes pala¬
vras : Semen aut nafcitur coopertum carne, itt
patet in illo, quod efi pars fruãus : aut cooper¬
tum cuticulây ut efi femen ciceris , Cf lenticulai:
aut nafcitur nüllo cooperimento conteãum, ut
femen faniculi. Semen quod nafcitur infruãu,
colligitur , quando fruãus eji maturus .* quare
ejus perfeãio ex fruãuum perfeãione cognofci-
tur. Semi na , que. diverfis tegumentis funtco-
operta , c&Uigenda funt, quando ipforum herbx
funt exftccata, Cf illa in fuis vaginis recôndi¬
ta , melius confervantur. Semen vero quod nuU
lo tegumento eji conteãum , colligitur , quando
plenum exifiit, Cf exficcari incipit, Cfc. *■
Confer- As fementes fe guardao embrulhadas em
vatio fe- papeis, e em lugares frios,e feccos, nos quaes
«runura. refiítem mais á podridaõ 5 e quanto mais du¬
ras tiverem as cafcas, tartto mais duraqaõ te¬
rão, como diz Zacuto cap. de fem.z Semen
■melius confervatur papyro involutum, Cf in lo-
cisfrigidis eji reponendum, in quibus putredini
mi nus fit obnoxium, Cf citra ipfam tandiu du-
rat, quandiu durius habuerit tegumentum.
JDuratio A duraqaõ das fementes, como dizem al-
fèminum guns, he até quatro annos; porém conhece-
fe que eítaÕ boas, em quanto tem bom chei¬
ro , cor, e fabor, como diz Zacuto no lugar
citado: At ejus duratio efi aà quatuor annos,
fed cognofcitur ejus perfeãio ex odore, colore,
fapore , Cf modofubftantia, ficut ejus vetufias
ex oppofitis. Das fementes, que naõ tem caf-
Cas fe ufa delias aífim como nafcem , e das
que as tem, aflim como as fementes frias
mayores, fe lfie tira 4 cafça para que lhe naõ
impida a fua virtude : 'pat'et ex eodê Zacuto:
Trat.T;
3 Utimur feminibus totis,fifuerint nuâa^fi ve-,
ro cortice coopertafint, removenda funt omrúa,
que. ipforum aãivitatem impediunt. A femente Seme»
he hum principio de gerar, como diz V elles <luld '
na fua Theorica feã. 4. annot. 4. z Semen efi
principium gignendk z ou também como diz
o méfmo: Semen generatio efiy adejus, exquo
efi , fimilitudinem pergens.
Fruéto he huma fubftancia compofta de Frudhjí
carne, e femente, como dizTheophrafto lib. <iuid \
de hift. plant. c. 5. ~ Fruãus efi fubfiantia com-
pofita ex Carne, Cf femine, e aífim ha diffcren-
qa entre os frudtos, e as fementes delles,por¬
que toddfe os frudtos fe compõem de carne
e femente, como de partes integrantesj e ne¬
fta fórma fe diftingue o fructo da fua femen¬
te , aífim como a parte do todo 5 porque o
fruéto he , o que contêm em fi a femente , g
efta he a que fe contêm no fruéto , e defte
compofto refulta hum mifto, de que fe com¬
põem o fructo , como a Pera , e outros, que
aponta Oviedo no lib. 1. cap. 6. e o diz Zacu¬
to c. 5. de fruã. z Ex his confiat dijferentia in-
ter fruãus, cf ipforum femina,' qitia omnes fru¬
ãus ex femine & carne tamquam partibus inte-
grantibus componuntur 5 atque ita fruãus àfua
femine difiinguitür, tamquam totum à parte fe-
bffim fumpta j quare certum fit compofitim iU
lud, quod ex carne Pyri Cf femine ejus refil-
tat, Pyrum ejfe, Cf fic de reliquis.
Os fruétos fe haõ de colher, quando per¬
feitamente eftaõ fazonados, e maduros $ co¬
mo diz Theophraílo lib.2. de hift.plant.cap.6.$
•porém aquelles que houverem de fervir para
Medicinas.aftringentes, fe haõ de colher,an¬
tes que de todo eftejaõ maduros-, porque af*
fim faõmais convenientes para as Medicinas
confortantes, e aftringentcs, como enfina
Zacuto cap. 5. defruã. z Fruãus colliguntur, CoJk.
quando reãe funt maturi, quod in ommbus non <2«ofru*
univerfim intelUgendum. Nam quando ad con-<aura*
ficienda Medicamenta adfringentia eos cottigi-
mus , hac colleãio ante perfeãam maturitatem
fisridèbetffc.^Devem-fe fempre.efcolher pa¬
rados medicamentos os frutos melhores,* que .
íkõ aquelles, que foraõ colhidos bem madu¬
ros , e os que faõ cheyos, corpulentos, mui¬
to carnofos, pelados , grolFos, e os que fao
de regiaõ legitima', e que tenhaõ os carocoí
pequenos, oi? que<dé füa natureza os devem
ter aífim} e aquelles que fao de fraca fubftan¬
cia , leves, e arrugadòs, nao faõ bons, como
diz Plínio in Hif .Plántar. z Fruãusporroeíi- EÍe&fa
gantur maturi, beiíe habitifacundi, fubfiantia firáb'
compaãapnzditii in fuo vigore effeãi, Cf ex re-
gione legitima obduãi ■ optimi f int etiam pleni,
corpulenti, Cf carnenupiultam , ac d enfiam ha-
Untes, Cf exiguo o(fe Confiantes, quibus os da-
tünatyrâ efiifugiendi vefb fimpt Uv.cs/ari, Cf c.
Naõ,
 Da Diffin. dos Medicam, e fua eleito. f
Naõ tem os frutos tempo certo de dura- que tempou legi debent j.cj; porem as que fc
qaõ, porque huns dui;ao mais,, outros menosj. colherem para guardar, Ha de ler qqando ás
porem em quanto tem bom goíto, bom fai- hervas lhe cabem as fQljíaSrj- porq,entaõ tem
bo, e bom modo de íubilancia, he certo que mayor forqa»jU vigo,r as raizes, por fe ter xe«
eílaõ capazes de í'e ufareip, Affim o enfina colhido a ellas a virtude efubltanpia, que
Zacuto cap.,5 . defruãtb. fallando na duraqaõ eítava diffufa por todaiá! planta : alíim o diz
Duratio dos Iruótos: 'z.Cognofcitur etiam ex odore Diofcorides no Proemio doUb.i. zz Radices,
fru&uu.pore, Cf modofubjiantia.. CoiUervao-le eítes Cf Liquamenta , Corticefve, ut recondantur,
em lugares , quentes e íeçgos., excepto a eximere convemt, cum herde, fuis foitis exuun-
CanahHola, e Taihunudos, que pai£ a fua tur: tz o meimo enfina Simaõjuanneniç Uk
v confervaqáõ henecdfiai* to., que fe guardem fervit.zz Tempus coUigendi radie es, Cf cor ti-
. em lugarelHumidos , e frefeos, como diz o ces eji, quando inápiunt cadere folia eorum. ~
mefmo Auctor: Conjeruantur in locis calidts, As raizes que faõ duras, e que le çoniervaõ
Cf/iceis, pralerCajJiam jijiutamT^iann- na terra mais de hum anno, fe hao de colher
dos 5 qui frudíuà y ut diuferuentnr, loeja húmida no principio do Invernoj porque entaõ eílaô
amante. in his entm nieliús illorum&umiditas menos duras, e lenholas do que no Eítio,
durat. Os fru&os que fe guardaõieçcos,, aí- em que lhe coftumaõ cahir. as folhas 3 e jun-
fim como Ameixas,FigoSi,.e. outros,^para que tamente eítá entaõ a terra mais branda para
melhor fe confervem , fedevem guardar an- fe poderem arrancar em iórma, que venhaõ
tes cm caixas de madeira, db que em faccos inteiras 5 affim o afíirma Zácüto 110 lugar ci-
de linho 3 porque a madeira os defende me- tado : At plurimum mijjis opinionibus ajjeren-
lhor da humidade , que he a que lhe póde dum eji, rodicem effe colligendam in principia
caufar corrupcaõ: patet ex Mathiol./;** comm. hyemis. Hoc enim tempore, neque ita dura , Cf
Confcr- Diofe, Ub. i. as Exhis igiiurquificcati ajjer- Cf lignofa eji , ficut illa , qua. tempore ajiatis
‘ vatiòv v antur) capfulis ligueis pvbius, quàm Jhccis re- colligitur 3 e aquellas raizes, que naõ duraõ
ftu&uu. condaniiir-9 ne extraneos humores canctpiant: rr na terra mais, que hum anno, fe haõ de co-
e os fruólos, que fe guardaõ verdes para du- lher noVeraõ,antes que de todo fe lhe percaÕ
rarem humanno , ou a mayor parte delle , os tallos 3 porque entaõ fe faraõ mais leccas,
affim como as MacaásPeras, Uvas r Alar- e duras, como diz o mefmo Zacuto , fallan-
melos, e outros para que melhor fe confer.- do nas raizes, que fe hao de colher no Veraõ:
vem, e durem mais, fe devem guardar em lu- Kadices herbarum , qua. in uno annopgreunt,
gares feccos. poftos empima de palba, .ou en- eligenda funt,antequam ex fe emittant caulemj
terrados em cevada, ou milho, aonde de ne- fi enim in longum tempus protr ah antur ^ficcio-
uh uma forte lhe chegue humidade: patet ex res evadunt, Cf maxime indurantur. Conhe*
eodem Mathio\dococitato\~ Qui vero per an- cem-le as raizes, que foraõ colhidas em feu
num recentes reponnntur , aut maioris ex anni tempo, em lerem liías, eítendidas, e que
parte perduram in locis ficcis, minime ajpergi- nao tem nada de arrugadas , aífini o diz Ga-
nem redolentibus appendantur^ut ajjblet de Uvis len./.i. de antid 'zCognqfces untem radices de-
PyHsi MaUs Cidoniis, aat fuper paleas expan- bito tempore fujje colleãas , quod ipfarum cor-
*dantur , aut hordeo, vel milio fepeliantur. ~ tices terfa , Cf denfaapparent, nequeJimtru-
Dos frudos:fe ufa , e gafta na Medicina fó a gofa ,t?V.
carne 3 e da femente delles fó o amago , ou As raizes, em fua própria fubílancia, hu-
miolo lanqando-lhe fóra a cafca , de que a mas faõ compoítas, e outras limplices: as
femente eíU cuberta: alíim o diz Zacuto no compoílas faõ aquellas, que fe compõem de
lugar citado: ln fniãibiis utimur carne fola\ in cafca , e amago , affim como as do Funcho,
femimbus vero, qua corticemfortiuntur, utimur Rabaõ, Alface , e outras, como diz Zacuto
Jblofemine. : .v • cap.^. de Radie, - Radix in própriafubjiantia^ Radix
He a raiz huma parté da planta que eílá aut eft fimplex, aut compofita 3 compofita, ut compoíi-
pegada á terra, pela qual attrahe, e vay o ali- Radix Fanicuíi, Rapham , Laãuca., Cf alia,ta ^Uld 1
mento á planta : affim a diffine Theophraft. qua. corticem, Cf medullam includnnt. ~ A raiz
Radix cap. 2. Ub. i. hiji. plant. ~ Radix eti pars plan- fimples, he aquella , que nao tem diftinqaõ
Çuid i ta. ajfixa terra., per quani ipfa alimentum at- entre a cafca, e medulla, lenao coníla de hu-
trahit. naa fubftantia groíTa , e dura, que fe cobre de
Todas ás raizes medicamentofas fe pódem pellicula muito tenue , affim como a Efcor-
eolher env qualquer tèimpo, que leja, haven- cioneira, Lyrio, e outras, que aponta Zacu- ~
do delias néceffidade, como diz Oviedo l. 1. to no lugar citado: Simplex radix illa eji, in Radix
cap. 3. e o prova Zacuto cap. 3. de Radicibus: qua nm datur dijünãio inter corticem, Cf me-
Collc' = ln Radicum cotleãione magna differentia ad- dullam, fed tota eji ejufdem fubftantia., home- qiud 1
ítioRa- ea . g entm i\\arum neceflitas uroet, in quocum- geneayutplurimim quamdam cuticulam teimem
dicura. J - jju habetf
1
 . f -Ptemac. Luílt.
7:afct,' ifM ipfam tegit itt Radix fcor\onera
Cf nliafUúilfiU * ' f» • na' a feCcar Oviedo no Uh. 1. cap. 3.
• •Dáàvàtèdá-, !que'tem amago , ta5 fomente
íe^^da’calca de fórti, porque o amago , ou'
córácaô’ d Cilas naÔ tem Virtude alguma para1
ã medicina, como áf&r&ia Galéni liba. antid.
cap: 105; s In radicikis autem, qua habent di-
Jiiniiam coriicem à medulla ,foi um cortice uti-i
mur j quia in ipfaprafiantior facultas medica-
mentofi vxiftit-, ~ e q as calcas das raízes fejaô
muito melhores, que O amago , ou coraqao
delias, o diz o méfmo Galeno no Ub.z* de ant.
cap: 104., ã quem cita V elles in fita Theorica
feã.5. annot. 45. - IwmUto enim radicum cor-
tices multo ntiliores funt earurn medullis, e das
raizes que nao tem amago, affim como a E-
ícorcioneira , e outras , fe ufa de todas ellas,
alimpando-as fomente da pellicula exterior,
que as cobre: affim o enfina Zacuto no lugar ‘
citado At vero fi radix fit uniusfübjiantia,
utimur, tola , leviterfublata cutícula.
As raizes todas, primeiro que fe ufem, fe
haôde lavar j porque poucas, ou nenhuma
ha, que quando fe colhem, nao tragaõ terra,
ou areya; e por efla razaõ fe devem primeiro
lavar , como diz Diofcorides no Proemio do
Lavado lib. 1. tr Sed qua luto, autpulvere objita funt,
Radie. eiui debent ■, porém as raizes, que faô de
tenue fubílancia , e que tem a virtude poíla
na fupéríicie, fe nao haô de lavar; e fomen¬
te fe haõ de facudir, ou esfregar com hum
panno molhado 5 porque deíla iorte fe alim-
paõ , fem fe lhe refolver a virtude, como diz
Zacuto in Pharmac. capit. 3. de Radie. ~ In
colleãione radicum conjiderandum ejl, quodfi
fuerit admodiim cr afia , ac terra plena , lavari
debetj minime autemJifubjiantiam tenuemfor-
titur, refolvitur enim virtus , qua in ipfius fit-
perficie fita-efi 5 ideoque ha ultima panno hú¬
mido leviter funt fricanda.
Seccaõ-fe as raizes depois de fe lhe ter ti¬
rado o amago,e as cafcas fe atao em hum fio,
em fôrma , que fe nao toquemffiumas ás ou¬
tras , e neíla ídrma fe pôem ao Sol de dia, e
fe recolhem de noite , para que fe nao tor¬
nem a humedecer com o orvalho,que lhe ca-
hir 5 e tanto que eílaÕ bem feccas fe guardaÕ
para o ufo : aílim as enfina afeccar Zacuto
Radie es uo lugar citado : r: Exficcantur commode ra-
quomo- dices, fi crajja fuerint, abjeãis medullis, radiis
do cxfic-jMaríbus filo appenja , (5* noãurno tempore lo-
cantiir. CQjlU0 reptinuntur. E no cafo que no tempo,
’ em que as raizes fe houverem de feccar, na5
houver Sol capaz para iílo , fe podem pôr na
bocca de hum forno , ou fobre a abobeda
delle depois de fe lhe ter tirado o páo, e ahi
com o moderado calor, que lhe ficou, fe fec-
cao, tendo fempre muito cuidado nellas, pa¬
ra que fe naÔ queimem,que aílim nao pódem
_ éttíb mám
feVVir de cóufa alguma 5 dcíla forte as enfi¬
- As raizes de tertue fubílancia, que tem a
Virtude pofla nafuperficie, fe haõ de feccar
em lügar quente ,• e fecco, e de nenhum mo¬
do polias aos ra^os do Sol j porque affim íe
lhe exhala a fua virtude , como adverte Za-;
cüto ilo lugar citado', fallando nas raizes: Si Adices
Vero tenues fuerintfübjiantia fua-nón radiis fo- ;
Ikribus , fed in loco cálido, &ficcv exftccari de- qUuJ0!
hent, ne ear um virtus ev&nefcat. kr/jm ijinc^o fiecá-í
■ Todas as raizes' íe devem guardar em va- tur.
fps de barro vidrados bem tapados, ou em
caixas de madeira em partes feccas, e enxu¬
tas , onde na5 recebaô humidade 5 porque fev
efla de alguma forte lhe chega, logo apodre¬
cem , e fe perdem : também fe naÔ haõ de -
guardar as raizes em lugares muito altos, af-
íim como emeima de forros de cafas;, ou ei-
radosfporque nelles dá o calor do Sol.taÔ for¬
temente , que as fecca , e queima de tal for¬
te ,que íicaô fem virtude alguma , como diz
Oviedo lib. 1. cap. 5., e Zacuto no lugar ci¬
tado diz, que eílas fe devem guardar em lu- ;v >
gares moderadamente quentes efeccos: Ex- Confer--
ficcata vero in locis moderate calidis , Cf ficcis ''31,01 raá?
conferventur. ■» ,íOj - r r , ..dicum^
Na5 fe pôde determinar o tempo certo
da duraqao das raizes $ porque humas pódem
durar mais, outras menos, conforme a boa,
ou má criaqaõ, que tiveíTem, e muitas vezes
fe vê., que daquellas que faô da mefma efpe-
cie , humas duraõ humanno , e outras paf-
faô delle, o que n afee de humas eílarem bem
guardadas , e outras mal j porém, em quanto
tiverem bom cheiro, bom faibo , e bom mo¬
do de fubílancia, he íignaLcerto, de que ain¬
da confervaô inteiramente a fua virtude, co¬
mo diz Zacuto na fua Pharmac. cap.3. de Ra¬
die. por formaes palavras : < Circa radicum du- Duratio
rationem varii varia protulerunt: nos atentes radicumf
haconifmo hoc certum Jlatuimus [.quod intelli
gatur abfolute de omnibus medicamentis) alias
aliis magis vel minus durare radices,25* tamdiu
nas uti pofie , quamdiu in proprio vigore fuerint
conftituta: hoc autem ex.odore, fapore, Cf modo
fübjiantia cognofcitur. Entre as raizes, que
mais duraõ faô as duas efpecies de Eleboro
branco, e negro, que eílas pódem durar mui¬
tos. annos , como affirma Diofcorides no
Proemio do lib. 1. ~ Veratrigenera iiigrum in-
quam, cf candidum multis edurare annis, reli-
qua àtrimatu inutilia. z: Eíles muitos annos
de diiraqaõ da raiz do Eleboro dizTheophra-
ílo cap. 1. Uh. y. de Hifior. plant., que pódem
fer trinta annos, eo mefmo affirma Mathiol.
in comm. Diofcorid.//í. i. “ Veratrum tamen
utrumque, quamvis radicibus confiet tenuibus, 1
aà trigefiinmm annum ufque perdmat.
Conhe- -1
 Da Diffin. dos Medicam, e fira eleição.
Conhecem-fe as raizes quando eltao ve-
lhas pai tindo*as, e fe eílas com facilidade íe
quebrarem , e forem rugofas , ou eíliverem
cheyas de caruncho , hc fignal cerco defe¬
rem antigas, e de nenhuma utilidade para a
Medicina $ porque como lhe conlumio o
tempo aquella humidade natural,que tinha5
unidas as partes humas com as outras, por-
illò em as quebrando logo íe fazem em pó ,
aflim o diz Galeno cap. 11. lib. de alim.facult.
Corru- fallando nas raizes: JSamfi antiquaJint facile
ptio ra- fraiiguntur, cum Jint rugojk, Cf cariem emit-
dicum.
tant.
Muitas fao as cafcas de algumas arvores
e plantas, que fervem para a cura das enfer¬
midades , aílim como as da Kina-Kina, Páo
fanto, e outras, as quaes íe devem colher das
arvores melhores: è para o verdadeiro co¬
nhecimento de todas as calcas,le hau deefeo-
lher pelos íignaes , que das raizes acima fe
tem dito : calca abiolutamente fallando,
he a ultima parte da planta, que fe aparta do
proprio fogeito ; aílim como certa côdea da-
da pela natureza para cubrir o tronco, ou ra-
nro , a qual como ambiente cinge, as mem-
branas á planta. Aílim o diz Tneophráít. Li.
Cnrtex de üifi. plant. cap. 2. z. Córtex par s eji ultima
quid : àfubjeáo corpore feparabilis, veluti crijta qua- '
dam ad tegcnUum data , quaji velut ambiens
membraiia cingat.
Os tallos das plantas naó tem ferventia al-
guma no ufo da Medicina, porque ordinária-
mente depois defeccos faõ muito lenhoíbs,
e duros, como diz Zacuto cap. 4. de herbar.
Caules ~ Caules herbarum nonfunt in medicina, uju :
plantam quia pojiquam exficcantur , maxime Ugnofi ap-
inutiles parent, Cf inepti ad hoc ut aliquod medicamen-
íunt. titm ex ijs confieere pojjimus: ideoque partícula-
re tempus in colleãione ipforum non exquiri-
mus: porem os tallos de Al tace cubertos fao
fómente entre os das plantas os únicos, qye
fe ufaõ nas enfermidades ; que eíles por fre-
fcos fao bons para os febricitantes; e que en-
tre os taílos das plantas fejaõ fó eíles os que
feufaó', o affirma Zacuto no lugar citado:
Quqnâò tanien virides exifiunt faccharo cooper-
los illos confervamus ; qual es funt caules la-
ãiica. ■ . s fua natureza aquofa, e por ilTo fe diííolvem
Tallo he o que da raiz fóbe ao alto, pelo
qual fe communica o alimento á planta , co-
mo diz Theophraft. cap. 2. lib. 1. Hifi. plant.
Caulis z: Caulis eji id,quod fuper terram fimplex ajfiur-
quid ? git, Cf in quod à radice alimentum defertur. Z
ISÍaÕ differe o tallo do Tronco mais, que no
nome', porque ao que nas plantas frutices ,
ou arvores fe chama Caudex, que quer di-
zer Tronco, nas hervas fe chama Caulis, que
he o mefmo, que Tallo: affim o diz Velles
fallando ma- diffinicao do tallo: Caudicem ad
9
fruãices cf arbores , Cauietn ad herbas per- DifFcrea*
ttnere. da inter
Os liquores ou humores das plantas, que *
fervem para a medicina , huns íe chamaõ cu- icm ‘
mos, outros liquamentos, outros gomas,
outros rezinas , outros leites , e íinulmente
outros lagrimas ; e todos eftes liquores, ou
humores , naõ tem outra differenca , íeuao
no modo de os tirar , como diz Zaeuto in
Pharmac. cap.6. de liquor. rr Inter humores ^ feu
Uquores plantarum , alijfucoi appeliantur, ah)
liquamenta alij gummi, alij rejina. , ah) íac,
ah) lacryma., qua. fubfiantia Joio dijerunt no-
minep* modo^quo ex plantis erumpunt. ~ Cumo
he hum liquor , ou humor , que fe tira das
plantas eílando verdes, ou de algumas par¬
tes delias machocadas ou cortadas, como
diz V elles in Theor.yAíA 2. annot. 42. ~ Pra-
fertim vero qui extrahitur tant um humor ex in-
te gr is plantis prius tufis, vel incifis , ac viridi-
bus , vel ex aliqua earum parte Juccus appella-
tur. tr Nicoláo Lemery na íua Pharmacopea
Univerial diffine o Cumo , dizendo, que cu-
mo he hum licor íubílancial de hum miílo ,
o qual fe tira por expreííao : Saccus ejiliquor ouccus
Jubfiantjalis unius mijii, qui extrahitur per ex- ^Uld ;
prejjionem. Goma he huma lagrima conge-
lada, e.junta nos troncos da arvore , que a
produz , como diz Galeno lib. 7. deJimpl. n;e-
dic. facult. tr Gummi lacryma eji congelata , Gummi
concretaque in truncis arborum ipfam producen- qul
tiimifiPodas as gomas, que houverem de fer¬
vir para o ufo da Medicina,fe haó de colher,
antes que totalmente percao a humidade , e
eílejaõ reduzidas a pó , como diz Zacuto no
lugar citado; Decerpantur gummi, antequam Collcfl!°
apiittant totam hunúditatemjS inpulverem re- &urnmi‘
digantur. A Rezina he huma gotta dura, que Refina
íe diftilla nos troncos das arvores , e emei- quid t
nia dos frublos, a qual íó íe diíiolve em oleo,
como affirma V<elles no lugar citado : Reji-
na verbgutta tenax ejlr qua. ab arboribus diJUU
HW in earum truncis , cf fruãibus rejidens ,
qup.pl eo diffolvitur. Ainda que as gomas, e re~
zinas tenhao o mefmo naicimento , e nelle
lejao muito femelhantes , com tudo ha dif-
ferenca entre ellas, porque as gomas tem a
com agoa, ou outro liquor femelhante , e fe
fe lanqaó no lume , efpirraõ, e naó querem
arder , e as rezinas conítao de partes oleogi-
noías.e por eíla caufa fe diíTòlvem facilmen*
te em azeite , e lancando-as no lume , logo
ar,dem , como adverte V elles no lugar cita-
do ann. 41 - Dijferentia inter gummi, Cf refi- Diffcrcn-
nam ed, quod refina advleaginofam, gummi ve-tia inter
rb ad aqueam fubfiantiam accedunt; Refina e- gummi t
refina*
nim ignia accenditur, vel ardet, gummi vero
veluti &Jpâ: conte ariuw crepi tat. Praterea re-
B ' fma
 lo Pharmac. Lufit. Augment. Trat. I.
fina aqtia non mifcetur, Cf calefaão oleo faci- quor íahe da planta , tem a côr branca , e ha
lime 3 gíimtni vero e contra non dffolvitur oleo , também alguns licores, que quando fe diilil.
fedaqua, vel aqueo liquore. He a refina nas ar- laõ da planta fahem aquoibs, e a modo de la¬
vores muito femelhante á enxúndia, ou gor- grimas, mas depois com o tempo fe endure-
dura nos Animaes , como diz Theoph. lib. cem, e ficao com a fubílancia de goma, aflim
cap. 5. de cauj. plant. ~ Refina in arboribus af- como a Sarcocola , e outros que aponta Za-
Jimiíatur pinguefini animalium. ~ Forque co- cuto no lugar citado : Nam lacryma lac di-
mo a refina fe produz entre o tronco,e cafca cuntur, quando àplantis infpiffantur , Cf injlil-
da arvore, e coníta de partes untuofas, e o- lantur, CfJlmilem habent colorem cum laãe,ut
leaginofas , por iíTo he femelhante á gordu- fcammonium, Cf reliqui Uquores plantarum, qui
ra, ou enxúndia, que nos animaes fe cria en- lac dicuntur. AU) vero Uquores, qui tranfparen-
tre a carne, e a cutis, e eíla de nenhum mo- tes funt , Cf in modum aqua exeunt, ut eji illa
do fe póde mifturar com agoa, por ferde fúbfantia , qua viribus prodit, lacryma. dicun-
fubítancia oleoíà, e untuofa , como a refina, tur ,'Cf traãu temporis infpijjuntur, ut Sarcoco-
Píngued. Aílim o diz Plinio no cap. 7. do lib. 11. ~ Pin- , Cf fubjlantiam gummi cónvertuntur.
qiiid .» guedopars illa unUuofa, oleaginofa efi,qua Diflfere o cumo da lagrima,porque eíle he
//z/Vr carnem, Cf ejl, hac aquafuper- mais pegajofo , e grofíb , que a lagrima , a
/Míiíí, Cf illa minime mifcetur, quia oleagino- qual he muito liquida, como enfina Galeno
fi natural confat: unde Graci, id ef, oleam pin- zvz/7. 4. //£. 7. ófe fimpl. medie, facult. zt Succum Succus
gue per apocopen dicunt, tfzw adolei, quod àlacryma crajjitie tantúm di ferre, namcraf-9Poá-^
alio pinguius ejl, demonfirationem faciendam, fumCf Untam tantiim efe , lacrymam vero a-
nomen adjungunt. ~ Varias efpccies derefi- queam ojiendit. Todos os cumos medicinaes
nas feachaõ, que produzem as arvores, eain- para ferem bons lehaõ de tirar das plantas
da que todas fejaõ de qualidade quente, com colhidas em tempo conveniente, e haõ de
tudo a melhor he a doTerebintho , que vul- ter o faibo das mefmas, e eílas ha5 de eílar
garmente fe chama Tormentina , ou refina bem cheyas de licor , como diz Zacuto: Suc-
liquida, como diz Scordero na fua Pharmac. cos maiorem partem virtutisplantaram obtine-
l. 4. n. “ Therebentina in ojjicinis refina ejl re , ut eoruni fapor âemonjlrat, ex Jiis fit mani-
tiquidiufcula. — Porem pedindo-fe refina fem feftum , quàm necefjarium fit cognofcere, quan-
mais determinação, fe entende a refina, que do colligenda funt planta , ut ex ipfs fucei ex-
diílilla o Pinho como affirma Zacuto in Phar- trahipojjínt commodius.
Refina macop. cup. 6. de liquor. n Qiiando communi- O qumo das flores fe tira quando eílao per-
abfolutc. ter dicitur refina, eam, qua à Pina dijiillat, feitamente abertas, e antes que de fua von-
intelligimus , quia communis , Cf vulgaris ex- tade cayaõ das plantas : aílim o enfina Ovie-
ijlit. As lagrimas, ou leite he hum liquor, do, e o diz Zacuto: Exfloribus extrahitur fic- Succus
que fe tira por incilaÕ dos tallos, ou raizes cus, quando funt omnino aperti. Os qumos das florumi
das plantas verdes, como diz Zacuto no lu- hervas inteiras fe tira, quando tem flor, e an-
7ac, & gar citado : Lac, Cf tacryna prodeunt, quia tes que os tallos fe faqaõ duros, e lenhofos ,
lachrima: fcilicet feinduntur radices , Cf caules, autalia como diz Mathiolo no Proemio do liv. 1. de
quid.* plantaram partes. Eeílas taes lagrimas quan- Diofcor. fallando nos cumos das hervas: Ex Succus
to mais mucilaginoias, tanto mais facilmen- herbis vero antequamJlirpes flores edant, Cf ea- herbaru.
te fe infpiljaõ fem Sol, nem fogo , como diz rum caules lignofi fint. E quando o qumo fe
o mefmo Zacuto no lugar citado : Lacryma, quer tirar das folhas , taõ fomente fe ha de
Cf lac , qua excifis truncis Cf radicibus planta- tirar quando as plantas comeqaÕ a florecer ,
rum colliguntur , faciUus infpiffantur, quam aflim o diz o mefmo Zacuto: Ex foitis autem Succus
maiorem lentoremfortiantur, Cf ficfine fole, Cf fucei exprimuntur, quando florete incipiufit. Os Folioru,
igne infpiffantur. Chama-fe aquelle humor, qumos, ou fejao das plantas todas,ou das flo-
que a planta depois da incifao diílilla , lagri- res, ou das folhas fómente, fempre fe hao
ma , porque fahe delia ás gottas, e vem em de tirar em tempo fereno, em dias claros, e
taõ pequena porcaõ, que parecem verdadei- naõ nublados, e fe haõ de pifar em gral de
ras lagrimas. Chama-fe também ao‘mefmo pedra com maõ de páo, que fendo o almofa-
humor das plantas leite pela côr branca , que riz de metal adquirem a fua má qualidade ,
tem, e pela que communica ao licor,em qué aflim o adverte Zacuto citado , fallando no
fe diíTolve,aílim o enfina Velles in fuaTheo- tempo conveniente de tirar os qumos: Sem-
ria annot. 42. - Laóle enim lacryma, qua dum per tamen tempus cl ar um,fplendidum eligen-
infcffuris diflillantur, vel liquoribus diffolvun- dum, Cf non nebulofum , quare diffeccataplanta,
tur, laãis colorem , Cf effentiam reprafentant, in mortario lapideo reponuntur, Cf piftito ligneo
ande eis nomen datum.z. A Elcamonea fe cha- conteruntur, ut ex ipfs exprejfs exgant fucei ^
ma lagrima, ou leite , porque quando a li- cfc. Das hervas vifeofas, aflim como as Bor-
5 "' v : ragens^
 Da Diffin. dos Medicam, e fua eleição. ií
ragens, Beldroegas, e Sayaõ , fe tira o cumo formaes palavras: Deinde utfucei conferven- Confer-
pifando-as, e deixando-as eílar tres, ou qua- tur diverfmode difponuntur, nam quiplurimam ™uo
tro dias a fermentar, e p afiado. o dito tempo habentJubfautia. quantitatem in mifione,fua ab fuccoru‘
fe eipremem , edaô tom facilidade o cumo alimento terra, aequifitam coquuntur igne, ut
Succus que tem,como diz Zacuto: r Sunt iamenali- funt fucei herbarum 3 qui vero ex floribus dedu-
plantaru qua. , qua. maxima vifeoftate pradtiq funt, ut cuntur, folumfolis radiis exponuntur, quorum
vii bofa- Portulaca , Borrago , tf femper vivum , tf hoc calore extranea humiditas refolviiur. Idem de
ruiD* modo ex ipfisfumma cum dijicultate exprimun- fuceis fruãuurh dicendum, qmm excremento
tur fucei, niji poji contufionem inmortario per tiam humiditatem multam nonhabeant.
tres , v4 quatuor dies relinquantur, tfpofea Todos os qumos, líquidos durão hum an-
exprimantur. r üs qumos dos frutos fe tiraÕ, no , pafíado o dito tempo naõ tem ferventia
quando eílaõ de todo perfeitamente madu- alguma , excepto os qumos que fe guardaô
ros, e antes que fe iequemj patet ex Zacuto: duros, e infpilfkdos, como o do Alcacüs,
Succus Succus ex fruãibus extrahitur, quando omnino porque eíles poderáõ durar dous, ou tres an-
fruduu. funt maturi. Também de algumas fementes nos, como diz Scordero./zz Pharmacop. lib. 1.
fe tiraõ os qumos vilcofos , aflim como da cap. 27. de Affervat. nativ. ~ Succi liquidi mu- DuratI<3
Zaragatoa, Alforvas , e iemente de Linho, tantur quotannis: duriufeuli, ac infpifjati diu- luccoru*
aos quaes os Authores chamyõ mucilagens , tius durant ,fcilicet inannos duos , tres , tf ul-
como diz Zacuto: ~ Idetiam aliquibus fuceis tra. E o mefmo enfina Zacuto cap. 6. defuc-
ex feminibus contingit, e quibus vifcof exeunt cis: z: Singulis annis fucei mutandi funt, nam Corru-
fucci, tf tunc dicuntur mucilagines , ut funt, eorum virtus maxime refolvitur, ut ex remijfo- PtlQ íuc*
qui exfemine Lim, Fa.nugra.ci, pfylijprodeunt. ne coloris ,fzporis , tf odoris comperimus. En- corura*
Eíles taes qumos mucilaginoios enfina o me- tre os qumos líquidos, que naô tem de dura-
fmo Audtor a tirar pifando , ou machocan- qaõ mais que hum anno, fe acha o cumo da
do huma libra de qualquer das fementes , e Uva , o qual ainda que também fe conte en-
infundindo-as em quatro de agoa , e depois tre os que faô líquidos 3 com tudo, dizem os
aquentando a matéria , e efpremendo o qu- que faÒ amigos delle, que póde durar quatro
mo, ou mucilagens 3 e da mefma forte fe ti- ou cinco annos depois do leu cozimento,fer¬
ra o qumo das fementes , e raizes de Malvaif- mentaqaõ, e depuracaõj e aflim affirmaõ,que
co , que também eíle licor fe conta entre os quanto mais antigo , tanto mais fino, e me-
Succi qumos > ou mucilagens : Quorum libra um de- lhor fe faz. O qumo das hervas íe conhece e-
nmcila- bentiir quatuor a qua vel alterius humiditatis (lar corrupto pelo cheiro fétido , que tem ,
ginofi. alho. , in qua per diem infrigidantur , tf pofea e o dos frudtos pelo accido , que adquire de-

,tf
illa humiditas , qua. feminum vífcojitatem acce- pois de fua corrupqaò , como diz Zacuto:
pit ulterius calefiat Uquefcat ut colaripof Quando fucei herbarum putrefeunt aliqualem E/qua*
p : tf hoc modo ex Althea fuccus elicitifr. foetorem acquirunt ,fccuti fucei fruãuum , qui rrc"turtl
Os cumos fe guardaõ por diverfos modos, quamdam accetoftatemJibi comparant. ^Ul
e aflim para a lua confervaqaõ he necefíario Serve muitas vezes para-o ulo da mediei*
faber o leu modo de fubílancia , porque em na o liquamento ; o qual he hum cozimento
todos ha tres excrementos: O primeiro ter- das plantas reduzido a ponto de mel: Liqua-
reo , que fe vay ao fundo do valo : O fegun- mentum ef reduãio elixationis plantarum per
do aereo , que he a flor do cumo: O terceiro artem ad mellisfpffitudinemdÈ. o efpifíamento,
aqueo , e aiíim os cumos das hervas vifeofas que também ferve para algumas medicinas,
para fe conlervarem fe pôem primeiro aco- he huma reduqaô do qumo das plantas Ver-
zer até gaitar amétade , e depois de coado fe des até ter ponto de mel: Spijjamentum ef SpHTa-
guarda em valo de vidro bem cheyo com fucqiper artem ad mellis fpijfitudinem reduãio.
humas gottas de oleo por cima. O cumo das A differenqa que ha entre o efpifíamento, e
flores, em que naõ ha tanta humidade ex- o liquamento , he porque o elpifíamento fe
crementicia baila po-lo a depurar ao Sol pri- faz dos qumos das hervas verdes, e o liqua*
meiro,e depois de coado fe guarda da mefma mento fe faz das plantas que faõ pouco fuc-
' forte, que os, das hervas, e finalmente os qu- cofas, como a Lofna, Centaurea, e outrasj
mos dos frutos, que ordinariamente naõ tem cozendo as taes plantas depois de eílarem
humidade excrementiciar* ou eítranha com em digeílaõ algum tempo, entaõ fe côa o li-
o feu proprio calor fe cozem , fermentaÕ , e quor com forte exprefíaõ, e fe pôem ao lu-
purificaõ, e aflim baila, que fe guardem em me até tomar ponto de mel, e ultimamente
vidros cheyos com oleo por cima, e deixan- fe pôem ao Sol para lhe acabar de gaílar al*
do*os eílar fe afíenta a parte inútil no fun- guma humidade que tem , e deíla forte con¬
do do vafo, e emeima fica o qumo muito cia- ferva a virtude da planta de que fe tira.Aflim
xo e puro, como diz o mefmo Zacuto por o diz Zacuto in Pharmac. lib. á. s Liquamento.
s Bi fvet
 t2 Pharmac. Lufít. Augment. Trat.I.
fivgfiãtit ex totis plantis ,five ex earum parti-
fivs, vimfuam obtineant, quia infunduntur, ex-
primuntur tf infpifantur, tf adformam mellis
reducuntur ,fiunt hoc modo. Planta., tf earum
partes infunduntur inaliqua fiibjiantia liquida,
tf pojlea tranfadis quinque âiebus,pcr pannum
lineum colantur, fortiter exprimantur . tf len-
toigne ad formam fyrupi infpijjantur, ultimo
radiis folanbus,utperfettam mellis formam ad-
pifcantur. o'
Também das raizes fe fazem liquamentos,
pifando-as, e pondo-as quatro ou cinco dias
em digeílao em agoa , e depois cozendo-as,
e o cozimento fe reduz a ponto de mel: aífim
o eníina de Diofcor. Velles na fua Theoric.
Liqua- feã. 5. annot. 31. ~ Contufa radix quinque die-
menta bus aqua maceratur , pojlea in eadem tanúfper
radicum. decoquitur, dum extent radices ■ tf ubi refrixit
aqua, úinteo excolatur : mox difcoquitur, dum
mellis crafjiludo fiat ,fiãilique reconditur.
Todos os medicamentos, ou fejao beni-
gnos, ou malignos, fe devem preparar pri-
meiro que fe ufc delles, como diz Nabafque-
Omnc
cio Sanguefano lib. 1. Theorem. 1. ~ Medica-
medica menta non foliiim maligna fugienda ejfe doe et,
mentura nifi, priufquam fiimantur, probe cajligata fint$
debet fiquidem medicamenta omnia, quamvis benigna
prçpararijint^ corpUS alterant. ~ E Tagaucio Sup. Can.
Mef. diz, que ainda que o fimplez medica-
mento feja de fua natureza muito feguro e
benigno, fe nao deve ufar- fem que primeiro
fe prepare , e que fendo aífim, com muita fe-
guranqa fe póde ufar delíe : M medicamento
fua ejfentia bono , tf falubri etiam abflineto\ nifi
id optime,tf ut oportet,pr aparata m,corporiad-
hibeatur juxta quantitatem, qualitatem, tf tem-
pus ; his autem obfervatis, tutb, atque auda-
der illo utitur.
Por muitas caufas fe preparaô os medica-
mentos, antes que fe appliquem ás enfermi-
dades; porque humas vezes he preçifa a fua
preparacao para fe lhe augmentar a virtude,
outras para lha diminuir 5 outras para fe lhe
reprimir a malignidade que tem $ e algumas
vezes para fe lhe accrefcentar a virtude com
o ajuntamento de algum fimplez , para que
ambos venhao a ficar dejhuma natureza mui-
to pura^ e finalmente outras para fazer o me-
dicamento agradavel ao doente, que o hou-
ver de tomar : aífim o diz Charás in Pharmac.
Ratio Reg. c.i^.de prapar. ír Medicamentorum pra¬
prsepara- paratio vários obfcopos fubit , modo ad vir-
tioms tutis incrementam -ymodo ad ejus imminutionem5
mcdíca-
modo ad vitiofa cujufdam , tf ímproba qualita-
mentoru
tis fecretionem 5 vel maíignitatis corredionem;
modb ad conjundionem cunt altera 5 nonnum-
quam adpuriorisnatura immutationcm,vel vir-
tutis communicationem) aliás ut agri viribus ,
if indoUfatisfiat. • o diz Lemery in Pharm. p. 1. cap. 1 . por for-
*•!
PreparaÕ-fe também os medicamentos
por tres modos geraesjconvém a laber, ajun-
tando,tirando,e mudando: aífim como quan-
do fe ajunta o azeite á cera , para que tique
mais branda $ e quando fe infunde o medica-
mento para que íe lhe tire a virtude , e pafíe
ao liquor em que íe infundio ; e ultimamen-
te , mudando-lhe o faibo $ como quando fe
ajunta acucar, ou mel aos pós para fe fazer o
compoílo , que fique com o goílo mudado,
em forma que com facilidade fe polia to-
mar: aílim o diz o meímo Charás no lugar
citado : Mcdicamenti praparatio tribus modis
generalibusperficitur-, addendo, detrahendo, vel
immutando medicamenti conditionem tf Jla-
tum , oleum cera additur , quo molUties huic
concilietur : maceratur medicamentum in quo-
piam liquore , ut illius facultas inhunc tranf-
fundatiir ; pulverfbus faccharum , vel mel com-
mifcetur, ut compofitiones ex illi s fiant, tfc.
A tres modos de operaqoes geraes fe reduz
a Pharmacia Galenica : convem a faber, de
eleicaô , preparacao, e miílaó , como diz Le-
mery in Pharm. cap. por tormaes palavras:
~ La Phatmacie Galeniquefe reduit à trois 0-
perationes generales : qui fotit $ /’ eledion , la
prapaiation , tf la mijlon des medicaments. ~
A eleiqaoconfiíle cm conhecer as condiçoés, â
que os fimplices devem ter para fazer dos
que faõ bons os medicamentos compoílos ,
como diz Velles: Eleãio medicamentorum ejl Ejcíj.j&
inqwjitio debita , ac perfeda certis ac veris qUid 1
conditionibus eleganter exornata.
A preparacao he hum augmento de bon-
dade , oit diminuiqaó da malícia do medica-
mento , como enfina Fr. Eílevaó de Villas:
Praparatio acquifitio eji bonítaüs, vel refraãio papara.
malitia medicamenti. tio quid t
Miílaó he hum ajuntamento , ou miílura,
que fe faz de muitos fimplices: dos quaes pe-
la alterac^aó , qüe tem huns com os outros,
refulta de todos hum bom compoílo , como
diz Velles : Mijlio ejl mifeibiliumper altera- Miftio
tionem in unam colleãio. quid *
He a Pharmacia, ou Pharmaceutica a fe- .
gunda parte da medicina curativa, que enfi-
na a efeolher, e preparar os medicamentos,
de que os Médicos haÕ de ufar na cura das
enfermidades: aífim -o diz Charás iriPharm.
cap. 1. “3- Pharmacid fecunda pars ejl medicina Pharm3^
curationiS y qua docet eledionem, praparatio- quid * '
nem , mijiionem , tf c. • ■
Dívide-fe eíla em duas partes, huma Ga¬
lenica, e outra Chimica. A Pharmacia Ga-
lenica he aquella, que taó fómente fe con-
tenta com huma fimplez miftura fem fe ex-
pôr ao' trabalho de tirar a fubílancid^de que
cada hum dos fimplices he compoílo $ aífim'
maes
 Da Diffin. dos Medicam, e fua eleição.
Pharma- maes palavras: La Pharmqcie Galenique eft
cia Gale. cetle , quife contente du fim pis melange, Jdtis
mea quidy^» nieitre eu peme de chercher les Jubjíances
dont chacune des drogues ejt mtursllcmsnt
compofée.
Pharmacia Chimica he huma arte, que
eníina a reiolver os corpos miftos, e apar¬
tar o util do inútil, e também a pôr o medi¬
camento na fôrma mais pura , que pôde fer,
exaltando-lhe as partes mais efienciaes, co¬
mo diz Charás, tallando na verdadeira diffi-
Pharma- da Chimica: Hanc ergo à dijfinitione ge-
cia Chi- nenca non defletiens, traduurusJum Pkarma-
mica ciam chimicam ar tem ejje, que docet modum re-
quid f Jolvendi corporq mijia , acftmul rationem divi-
dendi y Cf in apertum proferendi partes , è qui-
hus conjlant, feparanàarum ergo inutilium ,
confervandanm , W ad puritatts maior em gra¬
dam probas evehendarum , netcnon eafdem , fi
opus fuerity conjungendarum. E aííim em mais
^ ,.s. breves palavras üiljine o mefmo Auôlora
i Chimica.
Dividit ut purgei, punimque exaltet, Cf arãet.
Nicoláo Eemery no leu Curfo Chimico,
diz, que a Bllarmacia Chimica he huma ar¬
te , que enfma a feparar as. d ide rentes lub-
ílancias, que fe achau nos-miftos; Chimie eft
, un art qtu enfeigne àfeparer les dijjerentes fub-
Jiances qui jd rencontrent dans un mixte,
Do nome Pharmacia , fe diriva o de Phar-
macopea, que quer dizer, livro, que contém
a dilcripqaõ dos medicamentos, para fe fa¬
zerem com. certeza: aííim o diz Lemery ca-
pit.4. de Ethimol. e Joaõ Scordero no primei-
j?harraac,ío livro o enfinn por formaes palavras: Phar-
quid.» macopea eftjefcriptio rerummedicammtalium
adbenemedicandum. n. <» .
Para reprimir a malícia .dos medicamen¬
tos , e aúgmentar-lhe mais a virtude, fie pre-
parao todos por hum de quatro modos: con¬
vem afabeT, ou por cozimento, lavaqaõ, in-
fufaÕ , ou por trituraqáô, como eníina Me-
fúe nos Cânones Univerfaes: Medicamenti
malitiam ais reprimit, &' facultates novas ini-
pertit quatuoh modis , coüione, lotione yinfufto-
ne y Cf trituratione. Ir. v.r- ■ .aq ■ •;
O primeiro modo, porque Mefue eníina
a preparar os medicamentos ., he pelo cozi¬
mento $ o qual pôde fer Elixativo , AíTativo,
ou Matürativo, conforme enfma Ariftoteles
cap. T,Ji,b. 4i,Metheord por formaes palavras:
Tres fpc- Tres decoãwnum d:fferentieJlatiuintur:Elixa-
cics de- ti va feilicet, AfJativa, aut Maturativa. \
codlionu. O cozimento Elixativo he huma fepara-
qao da virtude da coufa para o liquor,enTcfue
fe coze mediante o calor natural, ou aftifi-
CoíHo 5 a^im 0 diz Miguel Martins de Leache
Elixativa nas fuas Controverfias Phamacop. cap. 1, Co-
quid í ãion. z: EUxatio preparatio eft, per quam tfi
rj
feparabiiis tota virtus ejaSy quoâelixatury medi-
ante vi caloris, ide(i, in aliquo liquore. Zt Em
dous modos fedá o cozimento Elixativo: o
primeiro , he quando fe faz em agoa> vinho,
ou em outro qualquer liquor , como diz Me- v
fue nos Cânones Univerfaes: Ampths autem
quando que medicinaram multarum reprimimus
malitiam decoquendo eas in fucei aquis her-
bar um, Vf rerum aliar um ^ ut fufcipiantpermu-
tationem à virtutibus earum. (J íegundo mo¬
do de cozimento Elixativo fe dá , quando fe
faz em algum húmido corpulento : como
quando fe coze a Efcamonea no Marmello,e
o Eleboro na raiz do Rabao , como enfma o
mefmo Melue naquelle Cânone, que come*
qa : EUxatio autem adjuvat , e acaba : & pto-
pter hoc laudatur fcammonia coãa tn pomo, aut
Cytonio y (9* c.
- O cozimento AíTativo, abfolutamente fat¬
iando , he aquelle que fe faz em calor fecco,
‘e alheyo,como diz V elles in fua Pheor.feã.z.
annot. 1. z: AJfatio coãio eji , que. ab aridOy if
alieno calore ejficitur. zz E eíle fe dá em treSç^.
modos: convem a faber, AíTaqaõ, Torr.efac- Ailativa.
qaÕ, e UílaÕ. A AíTaqaÕ he aquella, que fe
faz por forqa do fogo , de tal forte que hque
a coufa, que fe aíTa, iecca e enxuta por fó-
ra, e húmida por dentro. Aflim o diz Er. E«
ílevaÕ de Villas na primeira parte doieu
Exame de Boticários: Affatio ejt, tujas partes
vi caloris ficca. manent, interiüs vero húmida. ,
A '{orrèfaccaõ he aquella, com a qual o
corpo que fe torra , fe torna fecco, e adqui¬
re huma nova afpeveza , como diz o rnelmo
Auctor: Torrefaãio eji, qaa cor pus, quod tor- Torrcfa-
refity integrumarefeity & afperitatem nancifci- clioquid
tur. A Uítao he' aquella , quando a coufa que
íe queima fe reduz total mente a cinza, como
diz Velles inTh.Jeél.z.ann.i. r Ujiio ejirfuan^uflfo
do reSy que. in igne ponitur,vertitur in cinerem, quid 1
Por quatro caufas fe faz a Aííucaõ: A
primeira he , para accrefcentar a virtude
ao medicamento, que fe afia : aííim co¬
mo quando fe afia a Cebolla Albarraa pa¬
ra que fique mais purgante, como diz Me¬
fue: AJfationis autem in frixoriisl Cf impatellãy
ojficium eft quandoque addere in virtute medici¬
ne. , ficut ajfatur fquilla ut fiat magis folutiva.
A fegunda caufa he , para diminuira virtude
do medicamento , que fe afia, e para que fi¬
que mais brando em fua operaqaõ 5 aííim co¬
mo a Zaragafoa , que pela afíaqaõ fe faz me¬
nos lúbrica , e purgante, como diz Mefue:
Et quandoque minuere invirtute, ficut, verbi
gratia, ajfatur pfylium ,/zí himiditas ejus mi-
nus lúbrica, minas fòívens, Cf ajjantür plura,
ui mitiora fiant. A terceira caufa porque fe
faz a aflaqaô he, para que os medicamentos,
que naturalmente fe compõem de duas vir¬
tudes,
 /: } 1 .
*4 Pharmac. Lufit. Augment Trat. I.
tudes, fe lhe minore, e diminua huma, e fe mir a malicia , ou mordacidade ao medica-
lhe augmente a outra, como fe vê nos Mi- mento, como fe vê quando fe lava a íemen-
rabolanos, e Ruibarbo, como diz Mefue: Et te de ortigas, para que naõ queime as partes
quando que per ajationem una duarum virtutum por onde paíía, como diz Mefue cap. de lav.
reprimitur, Cf vigoratur altera j ficut ( verbi Z, Interdum enim per lavationem removetur Ju-
gratia) in Mirabolanis , Cf Rhabarbaro efi vir- perficies alicujus medicina, ficut lavatur femen
tus folutionem faciens, & contr aã tonem-, in eo- urtica. cum aqua, &c. A fegunda caula, he pa¬
rum autem decoãione minoratur virtusfolutio- ra apartar do medicamento huma das duas
nem faciens, Cf vigoratur virtus contraãionem virtudes que tem , aífim como quando fe la¬
faciens. A quarta e ultima caufa, porque fç va a pedra lapis Lafuli, a pedra Armena , a
faz a aíláqaõ he , para que o medicamento , Lacca, e A zebre , patet ex Méfue de Lavat.
que tem duas virtudes, a faber, huma vomi- Z Et quanáoque lavamus medicinam, ut abfcin-
tiva, e outra folutiva, fe lhe aparte a virtu¬ datur altera virtutum fuarum ab ea , Cf própria ■
de vomitiva, e lhe fique fó a iolutiva $ aífim malignior deterrens,& remaneat ei melior ope-
como fe vê na Noz unguentaria (vulgarmen¬ rationumfuarum,Cf incolumior,ficut [verbigra¬
te chamada Avelaa da índia) e outros feme- tia) , lavamus lapidem Lafuli, Cf lapidem Ar-
lhantes, que aponta Mefue no lugar citado: menum, ut folvant per ventrem tantiim, Cf fine
Et in Ben ejl virtus vomitiva , Cf virtus edu- angufiia, non loti vero per vomitum, Cf ventrem
cens per ventrem; dum autem ajfatur matura- folvunt j Cf fic etiam lavamus Laccam, ut fit
tur ipfius humiditasfuperflua , barauchia fa¬ minus folutiva, Cf remaneat ei, ut fit opilatio-
ciens fubverfionem Cf naufeam 7 Cf remanet ei num aperitiva, Cf lavamus Aloem $ non lotus
virtus folutionem faciens. enim magis laxat, Cf ntiniis confortai membro,
O cozimento Maturativo he aquelle, que nutritionis , lotus vero facit contrarium.
fe dá nos fru&os, que nafeem nas arvores, A lavaqaõ Magnificativa he aquella , em
quando eftaõ perfeitamente maduros, como que todo o liquor com que fe faz, fe embebe
Coítto diz Ariftoteles cap. 3. lib. 4. Metheor. zi Coãio no medicamento : Lavatio magnificativa efiLavatí)$
inaturati- matur ativa ejl maturatio d Philofophis vo cata illa , in qua totus liquor imbibitur in Pharmaco: iviagnifi-
va quid '■ perfefii0 quadam , qua fit in arborum fruãibus. A efte modo de preparaqaõ mais fe deve cativa
O fegundo modo, com que fe preparao os chamar imbibiqao, do que lavaqaõ. Por tres quid*
medicamentos, he a lavaqaõj a qual he huma caufas fe faz a lavaqaõ Magnificativa. A pri¬
certa preparaqaõ, que naõ fómente alimpa meira he, para fazer o Medicamento mais
todas as coufas qujas, mas accrefceiita , ou confortante , aífim como quando fe lava o
diminuea virtude aos medicamentos, que fe Azebre com as efpecies aromaticas, como
lavaô, como diz V elles in Theoric. Pharmac. enfina Mefue : Et quandoque lavamus aliquidy
Lavatio feã. 2. annot. 2. de lavation. ~ Lavatio ejlpra- ut magmficetur virtus ejus, ficut lavamus A-
qmd i paratio quadam, qua nonfolüm inmunda abjler- loem cum aqua fpecierum ar orn atiçar um, ut ma¬
o untur ,fed qua. addendo , minuendoque medi ■ gis confortei. A fegunda cauía he, para fazer
caminum virtutes, ipfis novas facultates imper- obrar com mais brevidade o medicamento ,
tit. - Póde a lavaqaõ , que fe faz aos medica¬ que he tardo na fua operaqaõ, aífim como
mentos , fer de tres modos: A primeira , fe quando fe lava o Azebre com algum cozimé-
chama Abfterfiva ; fegunda Abfciífiva, ea to de fimplices purgantes. OmefmoMefue
terceira Magnificativa. o enfina : Lavamus Aloem cum aqua rerum fo¬
A lavaqaõ Abfterfiva he aquella, pela qual lutionem multiplicantium , ficut Tur bit, Cf A-
fe faz limpo o medicamento , que fe lava : garicus, ut magis folvat. A terceira e ultima
Lavatio Lavatio Abfterfiva ejl illa , per quammundum caufa , porque fe faz a lavaqaõ Magnificativa
Abíleríi- redditur Pharmacum. A caufa porque efta la¬ he , para fazer mais lúbrico ao medicamen-
va* vaqaõ fe faz he, porque de nenhuma forte fe to , que he pegajofo , aífim como quando fe
deveufar do medicamento , em que houver lava o Azebre com mucilagens de Alcatira ,
terra, ou outra qualquer coufa , com que e- ou de Bedelio , para que lavado defta forte
íleja immundo , como adverte Mefue nos feja mais lúbrico, e naõ imprima lefaõ nas
Cânones Univerfaes: Et quando que lava mus, veas, nem faqa delias fahir fangue $ patet ex
ubi oportet abjlergere partes immundas. Mefue : Et lavamus Aloem cum aqua Bedelii,. rp
A lavaqaõ Abfciífiva he aquella, com a aut Tragacanthi, ut non imprimat l&fionem a-
qual a malicia, ou excefío do medicamento, pertionis venarum apertione, qua fluat fanguism. ■
humas vezes fe lhe tira, e outras fe reprime: O terceiro modo , porque fe preparaõ os
Lavatio Lavatio Abfcijfiva ejl illa , per quam exceffus medicamentos, he a infufaõ, a qual he huma
Abfeifíi- Vel malitia Pharniaci aliquando tollitur , ali- tranfmutaqaõ da virtude fubtil, oufuperfi-
va quid ? ^uan^0 feprimitur. Por duas caufas fe faz a la¬ ciai do medicamento para o liquor, em que
vaqaõ Abfciífiva, a primeira, he para repri- fe infunde, mediante algum efpaqo de tem- .
poj
1

t /
 Da Diffin. dos Medicam, e íua eleiçat). jy
po, como diz Fr. Eftevaõ de Villas no feu A quarta caufa, he para que fe aparte huma
i.
Exame de boticários ,
cap. 6. z lnfufio das duas virtudes de que naturalmente fe
aJt tranfmutatto virtutis Jubtitis diverfo tempo- compõem o medicamento , como fe vê no
risfpatio de re in rem. Faz-fe a infufaõ humas Ruibarbo , e Mirabolanos , que fica na infu-
vezes para íe ufar do medicamento , que fe laõ a virtude íblutiva , e no rnefmo Ruibar-
intunde, e outras para fe ular do liquor, em bo, e Mirabolanos a aftringente , patet ex
Notatio clue infundido , como diz Mefue : Acqui- Mefue: Aut feparetur proprietas à proprie tate,,
circa hi- ritur bonitas medicinis per infufwnem 5 quando- ficut in infufwne Rhabarbari, Cf Mirabolanos
fufioncs. rjue enm reS ^dttcifcitur. difpofitionem per tilam-, rum videmus 3 feparatur eram ab eis virtus fo-
quando que derelinqmt eam in re, in qua infun- lutionem faciens, & caàit in infufwne remanen-
ditur. E aífim quando íe uíar do medicamen¬ tere contraãionem faciente inrefduo. A quin¬
to infundido, ie lhe ha de lançar íómente o ta e ultima caufa, porque fe faz a infufaõ, he
iiquor,que puder embeber,aíiim como quan¬ para que naõ fomente paíTe a virtude do me¬
do íe infundem asTamaras para o Diaphe- dicamento ao liquor, em que fe infunde,mas
nicaõ: patet ex üviedu lib. 3., e quando íe também alguma porqaõ da corpulência do
ufar do liquor, em que os fimplices fe infun¬ tal medicamento , como fe vê na infuiaõ da
dirão , fe lhe ha de lançar a quantidade de Canafiítola, e Tamarindos: Et quandoque mm
agoa , ou de outro qualquer liquor conveni¬ tantum virtus , Cf proprietas cadit in infufwne>
ente , que polia cobrir bem os fimplices , e Jed etiam aiicujus rei corpulenda , ut patet in
fobrepujar dous dedos: como diz Velles in infiijine Cafjia.fifula, T amarindorum, Cf fmi-
Tr.eor. Pharm.feéi. 2. ann. 3. z Quorumfi mul¬ lium. Oshquores, em que os medicamen¬
ta fimul infunduntur , quantitas Uquoris erit, tos fe infundem podem ferdivcrfos, aífim
qua. diiobus digitis fuperemineat. z lodos os como agoa fontana, da chuva , falgada , ou
fimplices, que fe houverem de infundir , fe diítillada e finalmente qualquer outro li¬
haõ de cortar emjpartes mayores, ou meno¬ quor medicamentofo, çonfórme o fim , que
res , conforme fua fubílancia, para que aíiim do medicamento fe pertende , como díz infufi0rtt
larguem com mais facilidade a fua virtude Velles in Theor.feã. 2. annot. 5. z hiquores, quibus lu
no liquor, em que fe infundirão \ aíiim o diz quibus infundenda pro variis fcopis diverfi, ut quonbus
o melmo Velles no lugar citado : Medica- a qua fontana , pluvia , marina , dijUllata, lac, ílt:‘
3menta, que. infundenda funt, in partículas ma¬ Cf fervum ejus , vi num acetum , vel alterius rei
iores , vel minores, ut eorum ejt crajjities, fub- medicamentofo. ficcusfunt. O vafo , em que as
Jlantitz , confcindcnda, ut facilms tpforum vir- infufeés fe devem fazer ha de fer de barro vi¬
tutes in liquor em tranfeant. Por cinco caulas drado , e de bocca eílreita , porque aífim fe
fe faz a infulaÕ: A primeira, para reprimir o pôde cobrir, e tapar melhor,para que a parte
exceíTo, ou malícia do medicamento, fazen¬ efpirituofa do medicamento fe naõ poífa ex-
do com que fique mais brando e fu ave na halar no tempo da infufaõ , aífim o enfrna o
fua operaqaõ, aíiim como quando fe infun¬ rnefmo AuCtor: Vas ubi infunàenda funt, ficti*
de o Turbit em leite frefco,como diz Meíue: le aut vitriatum oris angufii fit,ut melius ocelu¬
prepara- Acquirit autem res difpofitionem per infufionem, di queat, Cf in eo nullus fpiranãi aditus pateat.
tio Tur-Jicut Turbit infufum in laóle nuper mulfo, Cf O quarto e ultimo modo de preparar os
hitj exficcatum reàificatur ab eo, Cif abfcinditur ejje medicamentos, he a TrituraqaÕ: efta, como _ .
conturbativunu A fegunda, he para accrefcen- diz Miguel Martins de Leache nas luas Con*^rituJ?h
tar a virtude ao medicamento , aífim como troverfias cap. 4. de Trit. he huma divifaõ de l° ^U1
o rnefmo Turbit pura qüe purgue mais fe in¬ hum corpo em muitas partes dividido, mais,
funde em o qumo de Pepinos de S. Gregorio, ou menos, çonfórme a fubílancia da coufa,
e o Agarico em Oximel: Et quandoque infu- que fe tritura : Triturado efi divifio unius cor-
fio addit in virtute medicina ; ficut infunditur poris in píures partes fecundum magis, ç?* mi-
Turbit fiicco Cucumeris Afinini, Cf magnifica- nus pro exigentia rei.
tur virtus ejus in educendo matérias à remótis, Da trituração ha tres efpecies: convem a
Cif infunditur Agaricus in Scaniabini, Cffit vi- faber, huma groíTa, outra medíocre, outra
gurojíor. A terceira caufa, porque fe faz a in- fubtil, como enfina Mefue nos Cânones U-
1 tu laõ, he para fazer lúbrico ao medicamen¬ niverfaes cap. de Trit. z Sunt enim quodam ,
to, aífim como quando fe infunde a polpa da in quibus non óportet, ut multa elaboretur tritu-
Coloquinthida em mucilagem de Alcatira , ratione, Cf funt in quibus necejjaria efi multa
para que fe naõ pegue ao eílomago, como triturado, Cf funt in quibus medi 0 cr is j De ca¬
diz Mefue: Et quandoquefacit medicinam ef- da gráo deílas Triturações ha outras tres e-
fe lubricam, ficut quando imbibitur Cotoquin- fpecies de Trituração: convêm a faber, na
tluda, Cif proprie interius ejus inglutino Traga- groíTa ha huma groíTa , outra mediocré, o
cantibi, (5* facit ne adhareat villis fiomacbiffç. outra fubtil 3 e na Trituração medíocre ha
huma
 16 Pharmacop. Lufit. Augment. Trat. I.
huma grofía, outra medíocre, eoutra fubtil*
e finalmente na fubtil ha huma grofta, outra
medíocre, e outra fubtil, e vem a fazer nove
gráos de trituraqoes , como enfina Luís de
Oviedo Uh. 2. cap. 25. Por tres caufas fe faz a
Trituracao : A primeira, he para que de va-
rios fimplices triturados refulte o compoflo
com huma virtudejunta, para que poftafa-
zer melhor operacaõ.Patet ex Mefue no Can.
que comeqa: OJjicii autem Triturationis necef-
jitas triplex efi , aut ejl ut mifcibilium munum
melior fiat figitlatio. A fegunda caula , he pa-
ra que o medicamento adquira alguma pro-
priedade, como os Cominhos, que tritura-
dos mediocremente purgaõ pelo ventre, e
os mefmos triturados fubtís, purgab por ou-
rina, como diz Mefue cap. de trit. zz Injlitiul-
time triturando , Cf pulverizando cuminum , Cf
cuni ejjet natura folutivum , faãum ejl urina,
provocativum. A terceira e ultima caufapor-
que fe faz a Trituracao, he para que fe repri-
ma ao medicamento a malícia que tem , co-
mo fe vè na Coloquinthida , que preparada,
e triturada fubtilmente nao faz mal algum,
eaquella que fe tritura menos fubtil, o faz
pelo contrario * porque pegando-fe nas tri-
pas, e inteftinos, faz chagas, e effcitos tra-
balhofiífimos, como affirrna Mefue : 0portei:
ut Coloquinthida , Cf proprie interius ejus ulti-
me pulveri\etur , & nec fit contentas aliquis m
fujjicientia triturationis ejus • pars enim fenfa-
ta ex ea adhareat in villis Jlomachi, Cf involu-
ti ônibus intcftinontm ex ea , quam invenit, ha-
miâitate imbuta inflatur, Cf apojlemat, aut ul-
cerat loca : trita vero ultima trituratione non 0-
peratur illud.
Toda a Trituracao fe deve fazer com mui-
ta facilidade , ecom brandos golpes , atten-
dendo á fubílancía do fimples, que fe tritura*
porque aquella, que fe faz com violência re-
folve a virtude do medicamento triturado ,
como diz Mefue: Trituratio omnis qualifcum-
quefit, oportet, ut fiat cum facilitate, Cf com-
menfureturfubjlantiis terendorum,laboriofa ve-
rb refolvit virtutem.

rssjm

gT Por augment0 de(le primeiro Tratado efcrevemos os fimplices mais ufuaesy

porque aijfonos obrigao alguns amigos, e juntamente , porque defejamosr
que os principiantes fe aproveitem do noffo trabalho, e ejludo, efcreven-
do^os em idioma pátrio,par a que os que nao fao Latinos faibao 0 que hao de
refponder, quando depois de bons Práticos forem examinados nejla Cor¬
te , no Tribunal do Senhor Fifico mor.

A Z E V R E. a fubítancia ha de fer tenra , e facil de que¬

Atoes. 1 Azevre fie Çumo de huma planta ,
da qual toma o nome , crefce com
differentes alturas, conforme o território ,
ou clima, em que nafce nos paizes quentes,
as fuas folhas fahem das raizes, fao compri¬
das , largas, muito juntas, grofías, e com
muitos bicos nas pontas * toda a planta tem
hum gofto notavelmente amargo, e confor-
Mefue. me enfina Mefue' no livro dos Simplices, diz
que o Azevre fe faz na índia, nallhaSoco-
torá, e na Perfia, Armênia, e Arabia* e que
melhor he o que vem da índia, e depois de¬
ite o que vem da Perfia , e em terceiro lu¬
gar , o que vem da Armênia , e Arabia he o
peyor $ a fua bondade fe conhece na cor, fa¬
tor , pefo, cheiro , e em fubftancia, e que
em cada coufa deitas fe hao de achar certos
íignaes, em a côr, que feja citrino declipan-
te a ruivo á maneira de figado * porém tranf-
parente , e refplandecente, porque o que he
efcuro , e nao tranfparente he máo : e tam¬
bém ha de ter bom cheiro , feu proprio , e
naõ eítranho adquirido por adultério * a fa-
ber, ha de ler doce declinante a amargo, e
brar , e em o pefo ha de fer leve , e quanto
mais fe apartar deitas propriedades, tanto
peyor ferá : Os modernos também dividem Alocs
'em tres efpecies o Azevre , á primeira cha- Sueco .
mao Atoes Socotorina , vel Sucotrina, por* trina,
que fe tirava muito antigamente , e fe trazia
da Ilha Socotorá * e aílim eíte Azevre Soco-
trino he o melhor de todos, porque he lim¬
po , e de côr morena, luzidio por fóra, e por
dentro citrino, quebradiço , rezinofo, leve,
dé gofto muito amargo,cheiro delagradavel,
e quando fe pifa fica amarello : Eíte fe tira
por incifao , que fe faz na planta , pela qual
corre o liquor,o qual com a forca do So),que.
ha na dita Ilha,fe condenqa e fecca. A fegun¬
da efpe.cie chamaò Atoes Hepatica , porque ^joeg
partindo-o tem a côr de figado, nao differe Hepaticá
do Sucotrino fenaõ em fer mais efcuro , e al¬
gumas vezes fe confunde o Sucotrino com o
Hepático * porém deve fer limpo desterra , e
de toda a forte de immundicia, que,os falfi-
ficadores lhe coílumaõ ajuntar quando o fec-
caô. A terceira efpecie de Azevre , he a que ^|oesCa<
0$ Latinos chama ô Atoes Cabal tina ^porque, baiiína. *
eíte
 Da Diffin. dos Medicam, e íua eleição.’
eíle fó ferve para curar Cavallos: he mais
grofíeiro , muito negro , e muito pefado, e
cuíta mais a partir , que as primeiras duas e-
fpecies, por fer mais duro: Eíle tal Azevre
Cavallino fe faz , pifando a planta toda, e o
cumo delia o condencaÕ ao fogo, ou ao Sol,
até que fique bem fólido.Entre nós, na eílra-
da que vay para Bemfica , Cintra, e em ou¬
tras do Termo deíla Cidade, ie defendem
as propriedades dos infultos dos animaes
guarnecendo os vallados com huma planta,a
Herva que chamaõ Herva Babofa, á qual heefpecie
£abofa de Azevre; porém naõ he taõ bom como o
que fe cria nos paizes quentes, como nos da
ilha Socòtorá, e mais partes da Índia. Deíla
planta que acima digo , vi o qumo conden-
qado, o qual tinha cheiro de Azevre, eome-
fmo amargo , he negro, e do Cavallino; po¬
rém nem eíle fe deve fazer neílas partes,nem
úfar na medicina, por fer totalmente máo :
He o Azevre muito purgativo , adelgaça o
fangue , excita a conjuncáó menfal, abre as
boccas das veyas hemorrhcidaes, purga o e-
ílomago fortificando-o ; porém ha de ler to¬
mado , e paifadò pouco tempo , comer-lhe
emeima , porque fe aífim fe naõ faz, excita
grandes * dores ; he bom para matar as lom¬
brigas: Dá-fe de hum efcropulo até meya oi¬
tava , fendo qtie para o ufo interno ; fe deve
dar com algum corredtivo j no ufo externo
as chagas, e refiíle a toda a corrupqaÕ dos
humores.
' rE S C A M 0 N E A.. ■ com muita facilidade: A quarta, que fejale¬
Scamo-’ a À Efcamonea he cumo congelado, e
nia, five jLx. refiiíofo , oíf huma goma- parda
Scamo- esbranquiçada , que corre por incifaõ de hu-
nium, ma grande e groífa raiz , que heefpecie de
tfum' Convolmtüs , Voíubilis, ou herva Trepadeira,
Um‘ como diz Gafpar Bauhino , e outros muitos
Audorés modernos. He planta de que fe ti¬
ra , ou faz a Efcamonea p huma herva, que
produz de huma raiz comprida, e groíTa mui¬
tas haftas grandes, e delgadas, que fe pegão,
e abraqaÕ com as plantas vizinhas: Dá hu-
mas folhas largas, triangulares, e da feicaó
das da Era? porem mais brandas, as flores faõ
agradáveis ávifta, tem figura de Campainha,
e faÔ de côr purpuvea , esbranquiçadas, e al¬
gumas brancas: Das haflas deíla plantajun-
to ás folhas fahfem as flores, que em feü tem¬
po daô humas TementeSfpvètas triangulares:
a raiz he tóda eheya de hum fucco pegajofo,
branco como leite, de cheiro forte, e deP
agradavel: nafee no Levante junto a Alepò,
e & Joaõ de Acre , e em outras mais» partes,
<r na Arttioçhia ha muita quantidade dellaye
á fazem dè íjuátro modos: O primetroTé fázi
defcòbfltido, óu efcavamlo ab redor dá raiz
da píarítá, é depois dando-lhe hum golpe pá¬
17
ra que por elle corra o cumo , o qual adver¬
te Dioícorides fe apanhe em folhas de No¬
gueira, ou outra planta de boa qualidade :
eíle qumo depois fe congela ao Sol , ou em
fogo brando : O fegundo modo de fazer a
Efcamonea, he, arrancando a raiz toda, dan¬
do-lhe alguns golpes, e depois fe pendura, e
o cumo que delia fabe fe lecca , ou ao Sol,
ou ao fogo: O terceiro modo de a fazer he,
pifando a raiz toda, e do qumo depois de coa¬
do fe efpeqa como fe fez no primeiro e ie-
gundo: O quarto modo de a fazer he, tiran¬
do o qumo da raiz, das folhas, e finalmente
de toda a planta pifada; eílaheapeyor, e pe¬
lo que nos parece he a que nos vem vender
a eíle Rcyno , eheya de pedras, e de outras
coufas com que a falfifica a ambicaõ dos que
afazem nas regiões onde nafee. Mefue noMcfu*.
livro dos Simplices diz , que a Efcamonea
Antiochena he a melhor, e em fegundo lu¬
gar a da Armenia:aque fefaz na nofía regiaõ,
e aScenetica he totalmente má: A melhor
he a quefe faz do primeiro modo, e depois a
do fegundo, as mais faõ más, e a p.eyor de to¬
das he a de côr verde. Os que louváraõ a E-
icamonea , a louváraõ em cinco proprieda¬
des : A primeira, que feja na côr clara como
a goma , e da primeira eipecie, ou meyo vá¬
ria , ou brancacenta : A fegunda , que fe de¬
pois de quebrada a tocarem com agoa, ou
ialiva, fe faqa ieite: A terceira, que leja ten¬
ra, e de forte , que fe quebre , e faqa em pó
ve: A quinta,que feja de bom cheiro feu pro-
prio ,.e naõ pefada ; e toda aqudla que nao
tiver eíla^ propriedades, naõ he boa. Os mo¬
dernos dizem , que a boa Efcamonea , deve
ler limpa, leve , tenra, quebradicay refinofa,
parda, que com facilidade fe reduza a pó de
côr cinzenta ; o cheiro incipido defagrada-
vel, e o goílo algum tanto amargo : contêm
muito oleo, e fal eíTencial. He a Efcamonea
hum grande purgativo , evacua por baixo os
humores beliofos, acres, forofos, melancó¬
licos , e tartareos. Dá-fe de dez graõs até dez¬
oito. J • 3 :: . •
C 0 LO £U I NT HI D A.
3 Oloquinthida , ou Colocynthida Colocyn-
diriva-fe do Grego Colcqmnti, ou -this Co-
Coilian quinet, que enrLatim vai o mefmo , l°c)'nthl'
que Aiummovet, por fer herva purgativa, ou °**
de Col&cyhthis, como quem diííertiColoik qui¬
nou , Efca canis , ou Cibns canis , comer de
caés, por caufa do feu gratíde amargor. He‘
planta da índia, que pelo chaõ eílende^iíuii-
tas haílas, felpudas ,* *e afperas, vefltdas de
folhas largas, recortadas, alvadtáspor b&ixop
deita humas flores anferêllás, ás qbadsf& fe-
gue hum fíuto do tamanho de làránja me-
• ; ' •- • ' G >- diana,
 ig Pharmac. Lufít. Augment. Trat, I.
•cliana, c quafi redondo,, cuberto de huma ca-
fca dura, lifa , amarella', e verde luzidia: a-
partaõ os índios eftacafca , e nos mandaô os
niiolos, depois defeccos a modo de macãás
de differentes grofluras, alvas, fungofas, le-
Mefue. ves, mas fummamentc amargofas: Diz Me-
fue , que da Coloquinthida ba macho , e fe-
mea : o macho he aquelle , fobre que nafce
hum certo pelo ■, o qual he pefado , duroy a-
fpero, e declinante a negroj deftas duas efpe-
des he mais louvada a femea , e principal-
mcnte fe tem as feguintes propriedades: co-
vem a íaber, que leja grande, leve, e de to-
dò o ponto-madura,:ena parte de dentropul-
pofa, froxa, branda, e muito branca: a que
de todo lião eftá madura he má , e perturba
ao que a toma , e lhe caufa flatos diffifculto-
fos: purga mais , do que convém, faz fahir
fangue, e algumas vezes mata: a que nafce fó
em huma planta he má e damnofa, e mais
certo he fer veneno , e aquella que fe colhe
de huma fó planta, que eftá em grande térri-
torio he má: as que nafcem em terras fortes,
pulverofas, ou em lugares , onde ha Serpen-
tes, ou junto do mar fe criaÕ pequenas, tam-
bem faõ más,e fó fe deve ufar das que nafcem
cm terras brandas, arenofas, e livres, e fao
as que fe devem efcolher: Os modernos ef-
colhem a Coloquinthida , e dizem , que he
melhor a nova em pomos bem feitos, grof-
fos, brancos, carnudos, bem feccos, leves,
que com facilidade fe quebrem , cquefejaõ
amargoflflimos; por efles finaes fe póde efco-
lher a boa Coloquinthida , porque naõ traz
certidao dos lugares , em que nafceo, e fe a
terra era defta , oudaquella qualidade , que
Mefue , e os Antigos apontaõ: A Coloquin-
thida feparada das tementes, que felancaõ.
PulpaCo-fóra, chama & Polpa de Coloquinthida. E aflim
Jocynthi-fe pede em muitos compóftos comoeníina
dos* Lemery. Purga com violência por baixo a
fleuma groíTa das partes mais remotas, ferve
naepilepcia, apoplexia-y letargo , galiico ,
farna, fciatica , rheumatifmo : nunca fe de-
ve dar fóemfubftancia, ha.de fer em pó fub-
tiliflimo, a mayor quantidade ferá até.feis
graõs cóm dobrado Ruibarbo , e outrfrs fim-
•np..- plices aromáticos , ou miilurada com maíla
-ò'j ?!• de Pílulas*.^.) -.r- jCi;. :v, ■, ;b J*
fOiiíL .) A Gri.r4.lR. f C O. .; >
Agaricu. 4 - A; < ;;Garico he hum tumor, ou .excre-,
J^\ iç^ncia , que; nafce em fôrma de
Gogu melo j obre os troncos, e ramos grof-
foMe-fnniíitas caftas.de alvores, aflim como o
Laràqo^anyôre das bolUta-s,^ ç fobreios Carvcfr;
tamouiq gome.de Aigarico^ por-
que ua Pjqvinçia 4e Satmapia eni.^um lugar
ta^quantkkde rdelle.;; No tempOiprefcpjtejre
■ íí;id
fcrj<>,,k D i. ;
colhe o Agarico no Deiphinado, Saboya , e
nas montanhas dcTrento , que faõ na Cala-
bria, e aflim ha duas eipecies , macho , e te-
mea: diz Mefue, que o macho he máo, prin- Mcfue,
cipalmente fe he largo, negro, e duro, e fen¬
do quebradiço tem pela parte de détro huns
fios a modo de nervos: O Agarico femqa he
melhor,e o louváraÕ muito os Sábios,princi-
palmenteb ao que tem cinco propriedades
boas: convém a faber , que leja branco, li¬
viano.,’ facil de quebrar, poroíç, e muito ra-
ro, e eom eftes fignaes tenha o primeiro go-
fto doce, e confecutiyamente amargo, e eíli-
ptico : A melhor.parte delle^he a fuperior, e
o tronco donde fe colhe naÕ he bpm fe tem
humas veyas direitascomo tem os madei-
ros podres corcomidos, e corroídos 5 porque
o Agarico , que fe.tira deites páos he máo.
Os modernos dizem , que o melhor Agarico
he o que nafce na arvore chamada em Latim,
Larix, em Portuguez Lartço, ou harice, em)
Caítelhano Tea, em Francez Meleye >c erhl
Italiano harice: Nafce efta arvore nos Mon-;
tes Alpesi,e outras partes da Italia, eLevan-
te , e hea dita Larice , ou Lariço , l)uma ar-?Larú:s'
vore muito alta de cafea groíTeira,de alguma,
forte vermelha por détro,como a dcxZimhroy
produz huns rarrios de diílancia em diftancia,
com muitos gomos como vimes,de côr ama-
relia,e cheirofajtem militas folhas.baítas, cõ-;
pridas^tepras a modo de cabellos, e nnais deL-
gados que as dos Pinheiros , perde as folhas
em Outubro com osj primei ros frios, e he a
vmica arvore , que dáKefina largando as fo-
lhas: A Refina que dá naõ he temperada- efla
purga aos tiíicos, e fe diífolve como o Man-. •omt
náj as folhas da arvore faõ aílringen.tes, e no ÍX1UU3
tronco dá o bom,e c&cellente AgaMÇOj e efte-,
he bom , porque a Larice contém qm fl muj-
to enxofre exaltado, mifturado com faj eíTen-y
ciai, e pouca fleuma, medianamente terrer
ftre. He o Agarico purgativo , evaçüa po^
baixo os humores petüitofos,adelgac.ando-os
no cerebro, e glandulas pelas fuas partes vq~
lateis, qúe o calor das entranhas-'feqleyar,.
e diftribuir: gafta obdruccoés,, excita a.pu-y
rina 5 dárfe em infufaõ de meya oitava até
huma e rtieya.,,; v-kJz3 - asíurm/q (c O Oi
■ nuf ÍU: xÈuíBr. ÓjthT«'J50 fít ‘ín
.^
íl-jU-idDit he huma raiz coimpn.^í.gtof- Turpe-.
fa como hujm dedo, ou mai^Tefino-thuna-
,1
fa branca K efcura. pot fóra , 0pordentro,;
branca j efla fe traz do Levante, e da índia,
partida em duas amét^Ps, já fem amagq
cjrama-tyhurbit, ou Tprldth do Latim Vwr-
barq-^pprquepurgando turba o eítoniagíi^
H>e cauíadores. He pXurhit diz í.eniery np,.
feu liyro.de Drogas , huma planta qqç, deita
huns taijos muito qompridos , que fe açra-’
c-* jgyp
 Da Diffiíi. dos -Medicam. eTua^eleiçao.
ílau pelo chao, e como abraço com
as plantas yizinhas. Aiíaiz deita planta fe
mette muito na terra j he^da groíiiuraido de-
do polegar,, e dá humfitite gluthiofofv refi-
nplo, tirante a amarello , que logo;depois de
íahido fe coalha , no principio doce ao go»
ito , mas depois le faz mordáz , e faz voata-
de de vomitar : dá humásiblhas alvádiasya-
velutadas, angulofas, retalhadas na eitremi-
dade., eqijafi pon.teagudas > cátffloVéà , que
, ; faÕ brancas., ou encarnadas , luceede^i huns
frudtos pequenos membrunoíos : em cada
huma das quaes fe eh cerra d quatro Tementes
femicirçulares * efeurasr, c do tamanho de
hum graõ de pimenta. Acha-íe efte Turbit,
de que falíamos, em rpuitas partes:aJo Le-
vante , e Indiaj e particularmente nas pravas
da coita do mar de Surrate, Ceilão, e-Goa.
Mefuc. Mefue no livro de fimplices diz , que o Tur-
•bit,que nafee em lugares ieccos,he mais. go-
mofo,por ter.o leite maisgroíToj e pehj/con-
trario , o que naíce emlugures húmidos, e
fe aparta das fuas propriedades boas, qíie faõ
iete , a laber, que leja branco, valio, earun-
dinofo, e que tenha a eaíca cinzentaylila,fre-
fica , e facil de fe quebraro çiti mo heiuáo,
e o negro peyoig e também o grofio*e o mui-
tp delgado , faó máos,• porque o muito dei-
gado hedebil napurgaqaÕ ; também.hemáo
o antigo, e o que tem a calca afpera: -e!o que
pela parte de dentro he nervoío, c filveftre
he máp jre o que naõ tem.go.ma, e he frouxo
também naõ he bom. Os modernos dizem,
que o bom Turbit ha de ler pelado,bem lim-
po, refinofo , branco , çompaéto, e.de ne-
nhuma lorte caruncholó, nem velhot e lem-
pre deve ler duro ao partir: aífim fe.póde ef-
Turbit
colher o Turbit do Levante,e também o que
da terra. ha em Cintra , e muitas partes deíle Reynoj
que fuppoílo naõ feja taõ bom comoo dó Le-
vante, obra.muito bem, porque fe ufa novo,
e o que vem de fóra por velho he de^ menos
Tapfia operacaõ : Efte Turbit da terra, he a Tapfia,
1 hapfia, ou Thapfiq deDiofcprides,Bauhim>,e outros
modernos, como nelles ié póde ver. He o
Turbit purgativo, proprio para purgar as fo-
rofidades, he util nas hydropefias, parlefias,
e apoplexias 5 porém purga com violência, e
fe naõ deve dar fó , fenaõ em pílulas, e em
Rleétuarios miílurado com outros fimplices,
ç com aromáticos.
POLYPODI 0.
Polypo 6 T) Olypodio he huma raiz, que fe cria
dium. 1 nas arvores, pegando-fe a ellas, e ás
paredes , com tantos pés, quantas fao as fuas
fibras. Diriva-fe de Poiy, e Pous, quenoGre-
go vai o mefmo , que muitos pés. Tem eíla
herva as folhas compridas, eftreitas, profun
damente retalhadas, e cubertas nas cofias de
19
hum pó «vermelho adherente,o qual diz Mo¬
fieur Tournefórt, que Vifto com mtórofco-
pio repretenta os fruotos da fua melrna pian¬
ta, a faher , 'humascáfquinhas eíphericas, e
membranofas , que fe abrem pelo meyo , e
das fuas cavidades deifcaõ cahir humas pe¬
quenas femétes.Diz Mefue no livro dos íim- Mefue.
plices,qtie o Polypodiojque naíce nas pedras,
tem humidade luperílua- indigefta , que cau-
fa ventofidades, rev^lvimento , e vomitos.
O melhor he o que iláfce foBre as arvores,
principalmente fubre os carvalhos ,:'e o que
tem oito propriedades boasrconvéma íaber, .
que fejagrofio, freico, macio, cheyo'de nós,
por fora com a cor declinánte a negro e ro¬
xo , ey>or dentro qué feja verde , ou da cor
da herya,’eque feja aromatico, e algum tun¬
to doce com ílipeidade, e no fim cóm algum
amargo , e que feja frefeo. O melhorPoly-
podão, que ha ncíte Heyno , he o que fe cria
nos muitos carvalhos, que ha de Refoyos até
. Ponte de.Lima,e na Província de Entre Dou-
ro e Minho: efte fe deve eleolher frefeo,bem
nutrido, groííò, e que feja por dentro mui-
to verde , e que com facilidade fe quebre j e
primeiro que fe ufe fe deve alimpar dos feus
filamentos. He o Polypodio laxativo , aperi-
entedeieccativo , proprio para a cura das
obílrueqoés do baqo , do mefenterioj ferve
nos achaques fcorbuticosjhe conveniente na
melancolia hypecondriaca, e para as efero-
phulas j toma-fe em cozimento, ouiem pé.
H ER M 0 D AC T Y
7 T T Ermoda&ylo he huma raiz tube- Hermo.
JlJL rofa do tamanho de humaUaíta- dact>lus-
nha5 tem a figura de hum coraqaõ de cor rui-,
va a modo de vermelha por fióra , e muito
branca pela parte de dentro,de fubfiahcia le-
ve , fungofa, fem fibras, facil de quebrar, e
reduzindo-o cm pó fica branquiffimo como
a farinha, de hum goíto doce , algum tanto
glutinofo: efta raiz aiTentaõ todos os Aucto- Colchi-
res modernos, quéhe o Colchicum,a que Gaf- CU1“-
par Bauhino chama Colchicum radiceficcata
alba, e Lubel Hermoãaãylus nonvenenatus
officinerum : Os verdadeiros Hermoda&yjps,
que até agora ninguém ,vio fenaõ eftampa-
dos, faõ humas raizes femelhantes aos dedos
das maõs, e nellas appareçe huma fórma de
Unhas, por cuja caufa lhe chamaõ Hemoda-
ãylos , porque Daãytos em Grego-, quer,di¬
zer dedo. Mefue no livro dos- fimplices faz
menção de duas efpecies de Hermodaétylos,
e pelo que do Texto fq vê , naõ faz cafo dos
Hcrmodaétylos compridos, fenaõ dos redon¬
dos : e aífim fallando o dito Mefue na elei-Meíuc,
caõ do Hermodaâ:ylo.diz,que he raiz de hu¬
ma herva móntana, de que ha hum compri-,
do a modo de dedo7 e outi o 1 edoudo, e aquel-
C 3 ie
 <2 o Bhafmaci.Xmfiti AugMeot. TratJI.
Jc de quem trata fó fje o redondo, do-qual ha
branco,;ç outro ) uivp4iou a modo de> verme-
Iho, e outro negrp-: (3 melhor delle§ he o
que t£U\ tres propriedades boas , qüe lao o
ier branco de verdadeira brancura por fóra
e por.dentro , e.o que Jie grofío , e tem mo¬
derada dureza , ejjjueínalce junto á.Cebola
albunãa, ouao Ra.baq ,o varo efpongiolo he
leve , frouxo , e débil * o ruivo e negro ;he
máq r e ò que mffíQlem lugares pingues e
húmidos também he máo 5 porque ao tal le
lhe augmenta a humidade excrementicia, e
indãinativa: E aflimdo que temos acima
elcnptori-oncluimos a eleição dos Hermoda-
ctylos dizendo , que je. devem ufar os que
vem do Levante a. eité Reyno,que facuos que
Mefue Jpii va na iua eleição , e pôem por íe-
gunda:e!pecie : neíta fórma íe had,de efco-
lher, que íejao groíTosp novos, bera criados,
e bem feccos, lem ferem furados do bicho,
a que dLuaiz he muito íogeita, e na cor de¬
vem fer por fóra brancos, que atirem a ver¬
melho, e por dentro muito brancoánRUrgaõ
os Fiermodaótylos brandamente os humores
pituitófos, do cerebro , e das juntas ,bmiitu--
rando-os em Pílulas , ou Euchcarios* v
A SARO.
Afarum, 8 A faro he hurpa planta pequena,
V^J qae dá humas folhas coma as da
Era, más mais pequenas, mais redondas, e
mais brandas, as quaes fe confervaõfempre
verdes .rahrotaõ as flores perto da raiz , e eíla
be raíteifà, delgada, angulofa , nodofa, par¬
da , afpera , e amar gola. Eíla planta çrelce
nas montanhas, e também fe cria nos jardins
em partes muito fombrias : vem a raiz lecca
do Delphiuado, linguadoe, Averna de Fran¬
ça , e do Levante : as raizes da planta lao as
que fervem na medicina, e fe deve elcolher
a melhor , que he aquelia, que vem mais iec-
ca de frefeo , .bem nutrida, inteira, da grof-
fura dé humá penna de eícrever das peque¬
nas , ou mais delgadas, limpa das fibras , cor
parda efeura , de hum cheiro penetrante , e
agradavel , com o gofto acre algum tanto
amargo: a eíla planta chamaó os Erancezes
Csbarct. Cabaretque he o mefmo a que Diofcorides
jUaraba- chama Afarabacara , e em Portuguez fe lhe
caia- dá o mefmo nome, que vem a dizer o mefmo
qucAfaroye os Erancezes lhe chamaô Caba¬
ret , que quer dizer em Portuguez Taverna ,
porque neíla íe coílumao os eílrangeiros, e
naturaes encher de vinho, e depois de eílà-
rem bem ébrios, fe valem do Afaro toman¬
do-o em pó,para que pelo vomito fe aliviem
do muito vinho, que tem bebido: chama-fe
Orelha Orelha de homem,porque as fuas folhas tem
de home. muita femelhança com a orelha do homem:
Purga o» Afaro por Cima, e por baixo os hu-
mocésjforofos y-e pituitofos com ftlvidade *
e muitihbranduraiíché-aperitivo , gaíla as ob-
ftmecoés * rdá-fe^ de^fheya oitava áté duas eni
infuilUçCqou em pó-dedium eferopolcfate mcyá
oíravaçmiíluradojÇQm alguns eonáj^oílos: 0$
Alyeitaress ufaof muito adefta f aiz; pára curá-
renaurem ellaa comichão e íárna ,J que vem
aoSi-cavallos, edhedaó duas onças ‘deila eíri
pámillurada ha Tua1 comida. ' :■£
,< .CuE B 0 JuAlAL BAR RA A.
9 T) Cr fer neíleReyno a Ceboiá aíbarrãa Scilla.
.:.Xr'fle todos taí) conhecida á iiáõ efere-
veremos como as mais plantas "fFó diremos,
que da dita planta fe achao duas efpecies , a
faber, macho e femea : o macho tem as fo¬
lhas mais compridas; e a raiz, oli Ceboiá pe¬
quena com a cor por fóra do^cafeos delia a
modo de vermelha :• a femea tem as folhas
mais curtas, eaCebóla máyof, e ftfitfíto bran-
ca , eíla he a quefe deve ufar nà niédícina, e
íe deve eícolher a que for maisdrefea , ât
groíTura medioeve , muito fáa , bem cheya è
nutrida-*, pelada , e os calcos muito baílos f é
cheyos de çumo,muito vifcola e acre,e fe de¬
ve colher no mez de Junho, ou até o princi¬
pio dos Caniculares':; e para oufo da medi¬
cina deve ler primeiro preparada como adi¬
ante diremos : chama-fe Aíbarrãa derivada
do nomuCaldeo Rara , qne fignifica Campo y
para hever didérença deila Cebola nafeida
nos caiibpos á que le-cultiva nás Ovtas: em
Efpanha , Cicilia;, Normandfa em Campos
arenofos ie criao muito eílas Cebolas; as
quaes levaõ dcíles lugares para partes muy
longínquas: muito boa carrcgaçaõ cle-fla dro¬
ga pód em fazer no nofiòReyno os Eílrarí-
geirosyíe as quizerem levar, porque ha cam¬
pos, em que ha muitas em quantidade , e fe
quizerem Cebolas al-barraas femeas cornos .
fignaes acima ditos, vaÓ ao Rio de Aícantaray
que ahi, e em CampoUde , Orla-na vi a , até á
parte dos muros da Cidade de Lisboa Occi¬
dental,e acharáõ quãtidade delias,e lem mais
cullo, q o trabalho de as arrancar, fe podem
prover da dita droga.Mefue no livro dos fim- Mefue.'
plices diz , que»a Cebola albarráa, que nafee
acompanhada, ou onde ha muitas, e em lu¬
gares livres , que he boa , e que deve ter os
calcos refplandecentes, e o goílo compoílo y
de doce, agudoy e amargo ; e que a que nafeé
em lugares onde ha caldas, ou agoas quentes
fulphureas e vitrofas, que he tótalmente má:
os modernos dizem, que a boa Cebola aíbar¬
rãa deve fer frefea , de groíTura medíocre ,
bem fãa , bem criada", pelada , unida , e qué
ieja colhida no mez dçjunho. He a Cebola
aíbarrãa incifitiva , attenuante, deterfiva, a-
peritiva, reliíle a toda a comichaó, provoca
a ourina, e conjunção meneai, adêí-gaça a
fleuma
 Da Diffifu doa Medicam:é fua eleiçàS. hi
fleuma dorppí.to, totóaudçhie interiormçnte zes para o íeu fuílcntó nefte fruéto fc en-
depoii ti<; p;i^p^'aday ou émi cozimento :íiap- cerra huma femente compridinha, cuberta
plica:ie coííii bom iucceÇo exteriormen-te de humapéle negra rluzidia, e frágil, dcba-
para a cura.da tinha, L 7 T 1; -7 Tomom xo daqiral fe acha huma matéria'branca e
VMmO DE S, &REGQRIO.; vy:[: acre, e niuito mò-rdázi Chamaõ os Avabes a
Aifni”18 :í °- "P kpfoo de S- Gregorio , ou Pepino efta planta Mciereon^cyxQ qüer dizer arreba-
nus‘m* : J”/Aihnino , ou Sylveílre , hê huma tadora da vida; e fuppoífo que em gado ruim
planta bem, conhecida, qúe temias folhas ha pouco'que efcolhet, com tudo por naõ
mais .uipejas*, que as dos Pepinos das hortas, faltarmos ao reípeito, que fe deve aos and-
aífirn. os braÇos, como as folhas íaõ taqtafpe- gos, diremos o como Mefue enfina a efco- Mefue
r-as,'ecom^tantos bicos, qiíeípicaõfortemen- lher efta planta , o qual diz que o melhor
te a quem as toca: asfolhafc faõ largas^angü- Mefrcâd- he o que tem as folhas-grandes
loías-, cortadas, ou denteladás ao redor, e tenues e; verdes, e o que nalce em lugares ii-
áíperas ao*toque : a flor heámarella, eíkel- vres, e na vizinhança de alguma pranta da
lada, conrdmm botaò por detraz , que tem o melfna efpecie: o que nafce ló em hum lu-
frudo doí tamanho de huma Bollota, .e;ma- gar he ríioítal, e do íhefoio modo-o que na- -
yor,também cuberto de bidos.-madureíTe em ice em lugar onde ha bichos: he veneno o :
Agofto , e fe faz branco y deíle he quefe faz que tem as folhas pequenas, e baílaSdie máoj
Eiadc- 0EtaftâriufjBtpiimúo os Pepjnos maduros, e também o que tem asfolhas crefpasq e afpe-
fium. com o çumot, que dellès.fe tira depois deal- ras declinante á có’rnegf& íemelhantemente
guma digeíbaô íe côa , epoem ao fogo bran- hemáó. He o Mezereaô hum purgante vio-
do até ficarem forma de extrado: quando ie lentiflimo , que de nenhuma forte fê deve
pifarem os Pepinos fe deiviem os olhos, na5 Ufar-fopÕ£que queifoaiT. e abrafará -asentra-
lhe efpi.rre algum çumo ,porque fará nelles nhafS è matará. Somente para ufoleXterno
huma grande inflamaçao : em qualquer par- póde lerVir para alimpar as chagas Velhas, e
te que.nafçao', fempre oS Pepinos faõ bons, ainda para cilas , fe deve applicar com mui-
colhendo-fo bem maduros,e pela mayòr par- to feiuido. Em Diofcorides, Mefue e outros Alccbran
• te nafcem em lugares incultos: Purgaõ com muitos Audores antigos, e modernos fe Tyttiy-
notavel violência as ibrofidades, fervem pa- achao efcriptos huma grande variedade demaJus>
ia as hvdropieflas, apoplexias, e letargos? po- Trovifcos , que os curiofos nao poem duvi- ^íuJa *
rèm devem ufar-fe com muita cautela nos da em que os haja, porque a cada P^Ao os ^aca*A_
medicamentas interiores. ,/ encontramos em lugares incultos,eftradas, e Pi03’&Ct
MEZEREAM , OU TROVISCO, >. ainda em campos cultivados, e como faõ di- >
Thyme. 11 A /T-EzereaÕ dos Árabes, Thymcla, verias as efpecies, lhe daõ também diverfos
Jia, fcu xVjL°u Chamelea-dos Latinos he , nomes os Audores; porque a hum chamao
Chame- aquella planta a que chamamos Tmv ifco , T yt hy mah\C ar acacias^ A pi os, Tythymalo tu-
lea, Me- cje que fe acha5 varias caílas ? porém o Me- berofus , Pytuifi minor, Efula ■mafqr.pEfula.
Arabum zerea^ Ae que falia Mefue he o de que tra- minor, Tythynuüo cyparacia, Alceb’ram\ a to-
tamos ? e no;feculo, em que elle a efcreveo das eftas efpecies chama o vulgo Trovifco,
o uíava a gente rufticajporèm agora no tem- ou Tythymalos , e em outras partes lhe cha-
. po prefente nao temos necefíidade dellejcom mao herva Ldtcka, Trovifqueyra , 011 Malei-
tudo no ufo externo póde ter ferventia, e af- í^x,>em quanto á virtude dc todas eítas plan-
fim diremos o que he efia planta , a que cha- tas, naÕ ha que accrefcentar , ou diminuir ,
mao MezereaÕ, ou Trovifco , confórmeao- porque todos faô quentes, cauflicas, vene-
piniao dos Antigos,e modernos. Trovifco he, noías, e de má qualidade,
hum arbufto pequeno , cujo tronco he cur- N O R C A.
to, de que fahem muitos raminhos direitos 12 Orca he huma planta , a que oSBry011fa
: ■ de altura de palmo ou palmo e meyo , e as 1 > Arábicos çhamaõ , Eefcera , ou Vitis al-* •
vezes mais,‘ conforme o fitio, em que nafce; Alfefcera , os Latinos Bryoma, Vitis alba, e ba.
* faô eftes raminhos veftidos de folhas como Vitis jiigra: Ha da Norca duas efpecies, a fa-
as do Linho , mas alguma coufa mayores, ber, branca, e preta: a Norca branca, he hu-
com femelhanca ás da Oliveira , fempre ver- ma planta , que com muitos vamos delgados
des, è vifcofas; na fumidade dos raminhos, fe eftende , e crefce com facilidade, trepan-
fe ajuntaô humas flores pequenas , brancas, do-fe pelas arvores, e fylvados por onde co-
ás quaes depois de cahirem fuccedem huns íluma nàfcer: dá folhas, e ramos, ou farmen-
bagos, como de Murta , ovados , carnofos , tos femelhantes aos da vide; porém faõ as
e no principio cheyos de hum çumo verde, folhas mais pequenas que as da vide, afperas
que depois de maduro he vermelho , e dei- com alguma felpa por huma parte , e decór
lé eftando maduro fe aproveitaõ as Perdi- alvadia: as flores faõ brapeas, e poftas humas
fobre '
 22 Phartnac. Lufit* Augment. Trat. I. I
fobre outras formaS huns caahosjpequenos ntôycnftntift ogroífócdelgado , éhfrè frefco
jcom bagos a modo dos de fabugueiro , que e antigo^ entre'pelado e leve porém ha de
cmdurecendo fe fazem vermelhos ; e tem fevimais leve que-pefado, lifo einao alpero^
hum çumo amarello com máo goílo; nos di¬ a melhor parte da plant-á he a raiz ,'e a me-:
tos bagos tem Tementes de graõzinbos pe¬ lhor pfàfté.das raizes fao as delgadas, quê pro-
quenos } tem raizes de.diffeventes grandezas cedqmí das groffa^ye deflas a melhor parte
como:rabos compridos , outras mayores r e fuas^cafcas. Gs modernos^drzenl, que " .
algumasode huma extraordinária grandeza , o hòm Elleborô h.a de fèr grofíb , e guarnê-
principalmente as que nãfcem nas.margenS cidooíde fibras còbipridas brancacentas de
, do Mondego da parte do Norte da Cidade hurh-goílõ acre ,-e eíle vem do Delfinado, e
de Coimbra fao pela mayor parte grandes Barganha*. O Ejleboro branco purga^violcn-
cqmo muitas vezes vimos: A raiz- porfóra tiflimamente poí baixo e por cima ;'de forte
hc branca declinante a amarella , ©por den¬ que vcaufa accidentes ainda daridoffe a-raiz
tro branca cheya de hum qumo acre e amar- prepkrada:, que hc a parte da planta, queT6;
Bryonía go TiaNorca negra nao differe da branca, temferventia no ufodaMedicina;porém co¬
nigra, mais que em ter as folhas algum tanto mais mo temos muitos fimplices, que obraô com
Seu vitis pequenas, e as bagas depois de maduras faze-, fegurança., efeufado he o Elleboro branco r
nigra' rem-fe negras, ea raiz por fóra quafi da cor A raiz do Elleboro; preto he a que fe ha de
do Buxo :• na virtude nao differem , porque ufar, preparando-a primeiro purga por baixo
aíTim a Norca branca,como a preta tem igual e por alto com mais brandura todos os hu- .muu
virtude e deíla planta o que fé ufa he fo¬ mores beliofos, melancólicos; dá-fe em in-
mente a raiz} purga ás forofidades do ventre, fufao aos maníacos depois de preparada ; al¬
c as ourinas, gaíla as opilaçoes, e provoca; a guns affirmao, que a raiz de hum e outro El¬
conjunqao menfal, e he.util para as afthmais* leboro em cozimeqto cura admiravelmente
n ou errt cozimento, ou em pó, de meya_oitava a farna. . ./ . ■
até huma ou duas. . ^ kv ■ MIRABOLJ NO S.
-r.ro E L L E B 0 R 0.,<. í4 “V T Irabolanos he hum fruto fecco, Myraboí
Hdlebo. 13 /^\ Elleboro he huma planta de altu- 1V1 que vem da índia, onde nafeem hnú
ru6, aut V_-/ ra de dous ou tres palmos, direi- em diverfas arvores, e tem também diffe-
Vcratru. ta ? rodeada em baixo junto ao pé com mui¬ rente grandeza , porque huns: fao como A-
tas folhas bailas femelhantes ás da Gencia-» meixas, outros como Tamaras , outros co¬
na, mas.mais grandes, mais nervofas•, mol- mo Avelas grandes, e também como caroços
les, e algum tanto felpudas; e as folhas que de Azeitonas; e aflim ha cinco caílas de Mi-
tem no mais alto do tallo, eílao em diílancia rabolanos, convem a faber , Mirabolanos Citrinos;
bem compaffada humas das outras, porém Citrinos , Indos■, Chebulos , Emblicos , e Bei- , -ií
fa5 mais eilreitas e pequenas: As flores na.- Jericos. Os Mirabolanos Citrinos fa5 o fru-
feem emeima das folhas pequenas no mais élo de huma arvore , que ha em Goa , e he
alto da planta poílas em boa ordem ; a cor muito femelhante á Ameixieira, e fa5 eíles
he verde brancacenta, fao miúdas, e fe criab Mirabolanos do tamanho de Ameixas, e ma¬
em fôrma-de Rolas , das quaes procede hum yores ; compôem-fe de huma- cafca groíTa e
fruéto compoílo de tres graõs compridos a pefada, o caroco pequeno e leve. Mefue diz, Mefue,
modo de trigo : A raiz he groíía emTórma que os Citrinos fe louvaó em cinco proprie¬
de cabeça , da qual fahem muitas fibras ou dades , que fejaòíde cor muito citrina, decli-
raizes delgadas, que fao as que fe ufaõi O El* nante a verde , e que fejaõ pefados, denfos ,
leboro preto na5 differe do branco, mais que e carnofos, em que fe ache huma gommoíi-
em ter as folhas mais eilreitas , e todas fa¬ dade ; que fejao groíTos, e a cafca que cubra
hem de hum braço em fórma redonda como todo o caroco, e.que ha defer pequeno- Os
as do Quinqua folina , mas mais bem orde¬ Mirabolanos Indos, a que alguns chamaõ xncjoff
nadas em roda: As flores tem a cor verme¬ Negros , ou Damafcenos, he fru.clo' de huma Damnfc;
lha , que atira a amarello , e preto ; as raizes arvore também da índia femelhante ao Sal-ou Ncgr.
fao muitas, miúdas, ou delgadas , e da cor gueiro, o frueto he grande como huma Bo¬
Mcfue. preta. Mefue trata deflas duas efpecies de lota comprida , de côr verde declinante a a-
Elleboro , e diz , que o negro he mais fegu- marella ; porém fendo maduro fe faz negro,
1*0 que o branco ; porque o branco caufa ac- e apertando-fe fica do tamanho de huma A-
cidentes temorofos, e o negro adquire faude zeitona , ou do feu caroço ; eíles Indos fao
ao que o toma, e por ifíb he melhor, e o que pefados, e nao tem caroço , e quanto mais
fe ufa: Ha-fe de efeolher o que he agudo , e negros tanto melhores fao. Mefue diz, que Mefue;
mordicante ao goílo , e o que tiver a côr á eíles haÕ de ter cinco propriedades para fe-,
maneira de Afaro , que he frangivel, e tem o rem bons: a faber, que lejaô negros, que te-
nhab
 I

Da Díffin. dos MedicanjnÇ fua eleição; 25

ijhaõ a carne grofía, e peíáda, e que fejaõ pe- coni humas floresfmhas a modo de campai-
íados fem terem offos. Os Mirabolanos Çhç- nhas , e de ordinário retalhadas em íeis pon-
Cfccbul.
htrios faõ írudlos groflos como as Tamaras, tas; a eftas flores fuccedem humas flores tri-
t ttoqn' e mais compridos, ponteagudos pela parte; angulares de côr de caílanha luzidia; e final¬
que fepega á arvore que os dá,, que lie feme,-, mente,a raiz fe faz com o tempo muito grõf-
lhante á Ameixieira , tem a cor citrina, par-; fa, e fe divide em muitos ramqs de cor efeu¬
da, que atira a roxa, tem a cafca macia, mas! ra -por fóra , e alguma coufa vermelha por
faõ taõ pelados, que lançando-os em agoa,fe dentro, de cheiro fuave , e naõ amargofo.
vaõ ao. fundo delia, e na leem fem cultura na Chama-íe a eíla raiz Rhaíarbarü do Rio Rhâ
índia em Decun , e Bengala $a eftes Mirabo- na Mofcovia, a que hoje chamaõ Rio Volgay
Mefue. lanos Chàiilof. louva Meíue em quatro pro¬ e Barbaram-f como fe diflera, raiz que os bár¬
priedades : a faber, que fejao moderadamen¬ baros çnfrivaõ nas margens do Rio Rhà, ou
te negros, dçclinantes a ruivos, quelancan- de Rhà , que quer dizer, raiz que os Barbaros
do-os na agoa fe vaõ qo fundo , e que féjao eftimaõ muitoj aflim o diz Lemery na Êthy-
grandes, e quanto mayores,. tanto melhores molpgia flefte nome , no livro de Drogas leTt
eque tenhaõ a calca grofía. Os Mirabolanos tr^ R , Meíue diz , que das efpecie^ de Rui- Mcfuc.
Emblic. EmbUcos Jie.o frudo de huma arvore^lta co- barbo ^ hum nafee na índia, e fe chama Rha-
mo Palmeira, e faõ eftas do tamanho dèGa¬ vttfenicQ., ou Scenetico , outro nafee em Bar¬
lhas , :oií may.ores, redondas, e tem dentro baria^ efe chama Barbaro y outro em Tur¬
hum caroço como Ayela& y jjafcem em Da- quia fle fe chama Twquino. Em primçiro lu¬
hú Malavafj11 outras partes da índia , a fua gar he melhor o Rhavetfenico,que be o Rui¬
McTue. côr deve íerparda efeura. Mefue diz, que os barbo da índia 5 em fegundo lugar, he o que
melhores iáõ os que tem -a carne denfa , pe- nafee em Barbaria, e naõ he taõ bomj e o ter¬
fada , e. çs earoqos pequenos. Os Mirabola¬ ceiro lugar tem o que nafee na Tu.rq.yiaj efte
Èelleric. nos BeUmcÁs também fao o frudo.de huma he o peyor de todas a? efpecies delle, e de to¬
arvore gjaiidu como Pereiraporêrnftem as das eftas caftas de Ruibarbo,he melhor o que
fòlflas femeHiantes ás do Loureiro: frfle fm- tem a^cor de fóra.efeura declinante 3 verme¬
do , ou Mirafeolanos Bèllexms faõ como A- lha, quehe pefado por caufa da fua raridade,
meixas poucj&mais, ou menos, e tem caro¬ e o que.depois de partido tem a côr cbmpo-
ço comò -Afhéndoa ,c a cor: quaft amarei la fta de roxo , e verde, ç p qtie defatadpem al¬
brancacentá eom alguma efcuridáde: eíia gum liqupf,p tinge a modo de aqafraõ, e que
arvore tamb(em, fecria naTndia fem cultura he frefeo o adulterado he máo totalrnente.
Meíue, alguma.vMefu£ diz, que óSfMiraholanos Bel- No tempo prelente fe deve efcolhêr por
lericos íaõ melhores os mais eípefíus, p.efa¬ melhor Ruibarbo o que vem em bpeados
dos e denfo-s.j Todas eftas efpecies de Mira¬ medíocres , porque efte fe íecea bem , e he
bolanos contêm muito fal)efíencial \ ,eoleo; todo hom por dentrp;, e.por fóra j p qye naõ
e mediocremente terra, ;e fleuma j.e aíflm to-i fncccde ao,que he em grandes peda.çosjha de
dos faõ levem ente purgativos, enbftrinigen-. felinduro, e pefado por fóra, com cor amarel-
tes, quafi como o Ruibarbo : os CitrimSipur- laesliránquiçada, por dentro compofro fle
gao o humoÀbelidfo , os InJofo melancóli¬ variedades dé cores, como amai;e}lp-.efbran-
co yt asotibrás tres: êfpectes p-urgaÕ a fleuma, qnjçaido y tiran te avermelho , e com alguma,,
daõ-le cm pá, ou.em infofao de meyajoita. femelhançaa Nózvmofcada partida,, y o me¬
va , atéhumar, ou mais: quando fe cotnpsa- lhor ,.eiTh:ajs certo fignalyhe o que faz a infu- ,
rem fc devem efcolhef co^rque forermrnais faõ , òu tintura muitQdçafroaçlar,, eopjíeivp
novos , e que naõ tragaõoamços, ou.frtidos deve íer algum tan to aromático, dejinm.go-
eftranhos, expie de.nenhuma forte fejaõ. ca¬ fta amargo aftringenie.^ontêm em. fi p bom
runcho fbs y ielquantoàmafe novos tanto me- Ruibarbo ^e qtie falkmos, duas fubflancias,
lhoresrfa>Õ..inou mí; ?.o!nb'j-ioui ao otiv nw humâ falina, e oleofa, com que>purgaj outra
RUIBARBO, OU.RHEU BARBO. ob terrfeâve;com .que.aftr.inge , e confortaO % ob ansci
Rhabar- ' 1$ TV Gíibafbo JtehumáígróíTa ra-iaefpõ- RuÜTafoo negro.jvpodre., velho.,;.efufaflp.4q , r.rri -d
fearum. ; f jiok ye amarolkjyquénosbtemiíla- bichoiynaiÕpréfta parar nada.,-,e de:nenhuma u®
P^ryfa, China, crflí/z^Áz^^j.-eideflaiiuiz forte,:i)em por nii-ibema neceflidade. ,<ie dq-?
■brotaõ hmnaS-- folhas laegas,e?quaíi redondas-^ ve adnaxíítir-no ufo/da;Medicina. He bom o
'efpefías y ?fc*ierde efcwro y azedas •agradável'-' Ruibarbo para osicurfos do ventre ,, para a-
mente: pégadas a;hufls’pés corripridomyda 1 impar , e fortificarão' efto.mago j.e^cita .q ap-
giofluva do dèdo polegarye th-antestulegxoj petite;^.mata as lombrigas í purgaforandac
do meyo d eftas folhas fahedíúnr talloigq®flra mepbe osàumoresfreUoibs confqrtàudocDá,
veftido de folhas daraefms feiçaõ, quesaste-# fe emi ínfufaÕ , ou em fufrftaneta dfe raeva oi-
feriore^^ mas mais píeqiiei3tf&, x, çematadas tátytfyatúhuma-, ouimttisq ajuntanda-lhe al¬
guns
 24 Pharmac. tufit. Augmenéf Trat• I.
guns graõs de Spica, que lhe ferve de corre-
dtivo , fendo que fem ella fe póde dar.
SVICA , OU SPICA-NARDI.
Spica- 1 ^ UE a Spica-nardi huma planta á má-
nardi. * 1 J. neira de efpiga comprida , groíTa
como hum dedo , leve, guarnecida de pe-
los compridos afperos, de cor a modo dê ver-
melha-muito efeura, Ou cor affim como par-
da, de hum cheiro aflaz forte, e defagrada-
vel, e de gofto pouco amargofo, e acre: na-
fee efta planta na índia á flor da terra, e de
huma fó raiz lanqa muitas efpigas éth hum
tallo,a raiz he grofia cõmo a do Piretro, mas
muito mais delgada, e deffa tal raiz lanqa
muitos filamentos, ou barbas, affim como a
cebolla, e alhos $ efta he a Spica-nardi, ou
Indica , ou como vulgarmente fe charria , *
Spica cheirofa : ha mais algumas caftas de
Spica- Spita, Celtica, e de Levante, porém naõ faõ i
celtica. taõ boas como a Spica-nardi,que vem da In-v
dia , a qual he a que fe deve ufar na Mediei-
na, e efeolher pelos fignaes, que acima ficaõ
ditos. He a Spica-nardi abfterfiva , abftrin-
gente, e confortante $ he digeftiva dos hu-
mores frios, provoca a ourina bebida em co-
zimento, e faz parar os curfos, dá-fe enilcor^
recftivo do Ruibarbo para impedir que elie
naõ fique no eftomago j e dizem que o feu(
cozimento bem vigorado, hcbom reniedio
para a cura da idtericia,ou cólera derramáda.
SENE, OU SENNE.
Senna. 17 O Ene he hum arbufto , ou planta,que
Sene. O lanqa huns tallos, dos quaes fahem
alternativamente huns raminhos delgados,
guarnecidos de huma e outra parte de folhi--
nhas, oppoftas humas ás outras, compíidás,
ponteagudas, e de hum verde que atira a a*
marello; As flores tem cinco folhas amarel-1
las, e ao pé delias nafeem humas bainhas,ou
foliculos membranofos, curvos, e éfeuros $
cheyos de huma femente branca , ounegra
da feiqaõ do bagulho de uvas} chama-fe a,e-
fta Sene, e Senay ou Senna Alexandrina. Ou-
tro Sene nafee na Italía , e em outros luga-
res da Europa , o qual dá folhas mayores, e
mais nervofas, largas, e obtufas na extremi-
dade , chamaõ-lhe Senna ítalica, ou Senna
foitis obtufis, ou Florentina,e naõ hetaôbom:
Sene de O Sene do Levante, que fe chama à&la Pal-
la Palta, ta , OU Sene de Seyda , he entre todos o me-
ou e ei- lhor,chama^fe Seyda, porque fe cultiva mui-
to na Cidade de Seyda no Levante :j Efte Se-
ne por fer bom , paga ao Gram Senhor hunr
tributo nas Alfândegas de Seyda do Leván-
te , ao qual chamaõ Valia na lingua daquel-
le paiz; e affim fe deve dizer ao Sene, que he
de la Válta, e naõ de la Pata , como vulgar-
mente todos dizetri ^'porque affim odizeer-
to Auótor modemo^nas fuas obfcrvaqoes.
fte nome de Sene de Volta lhe dá Lemery %
e outros modernos, que com toda a curioíi-
dadeanathomatizáràõa palavra Volta.Tam- Senede
bem ha Sene a que chamaõ de Tripoli, por- ounj[°c*1
que naice na Comarca daquella Cidade , e xantjrinoy
lhe chamaÔ Alexandrino , he verde, afpero, Sene de
e pouco cheirofo: ha finalmentc outro Sene Moca.
a que chamaõ de Moca, porque vem de hu- ^enc ®
ma Cidade da Arabia Felix affim chamada, a
efte ordinariamente chamaõ Sene de Pica 9
ou de Pitftíe, porque tem as folhas eftreitas , V;
e ponteagudas a modo de ferro de Pique , e
mais compridas, que as do bom , e verdadei-
ro Sene de la Pd/ta:toda'Cfta noticianos daõ
os modernos do Sene. Mefue na eleiqaõ dei- Mcfuc.
la diz , que a melhor parte da planta faõ os
foiicolos, e depois as folhas, e neftas acha a 1
virtude muito débil , e o melhor folicolo he
o que tem a côr verde, e negra , e o faibo he
algum tanto amargo com ftipeidade, e que
eftá mais cheyo , e tem a femente grande, e
apertada j o branco , e o fubtil he máo, e as 5
melhores folhas faõ as verdes,as brancas,e as
miúdas faõ más je o Sene antigo dos páos que
traz naõ tem virtude alguma. Entre as ca-
ftas do Sene fe deve ter por melhor o do Le-
vante., que todos os mais, e que feja coibir
do de firefeo com as folhas verdes inteiras, >e
menos qifebradas, de grandeza mediocre*
limpas dos páosffnhos, e das folhas feccas, e
' furadas, brandas ao toque, de hum cheiro
forte, e gofto vifeofo, e pouco agradavel: os
folicolos fendo verdes com a c&esbranqui-
cada > e fem fementes também faõ bons, po-
rêm fõ fáõ em falta das folhas: purga o Sene
com brandura , naõ fó os humores melanco-
licos, mas todos ds mais, e fe dá em infufaõ,
ou a Cua tintura j ou em pó de meya oitava
até duas. -
M A N N A.
18 T Efue no feu livro dos fimplices Manná.
uLVJL efereve huma efpecie de Manná,-
que nós atégora naõ vimos, nem fe via nefte
Reyno até o tempo prefente , e muitos cu¬
riofos da Medicina vivem com engano neft*
matéria, porque o Manná, que todos çonhe-
cemosnaõhe o Manná , que Mefue diz j e
para virem os incrédulos no conhecimento
do Manná $ fàllarécnos primeifòi no Manná
dè<çfue tratàlMefue j edepois éfereveremos
o;que>fe coftumau&rxlinariamente gáftar, e Ví.!
o que fe deve ufarj em quanto naõ hòstrou-:
xeretrr a efte Reyno o MarinádoiRocio , ou Manná
orvalho do Ceo f e affim diz Mefue, que o dc Mcfiiç
Manná herhum orvalho, que cabe nas.plan-
tasyeife congela, cuja matéria hé o vapor do
ar^quando os Ceos «ftaõ cerenbs, e alegres;
diflèrc o Manná fegundo ascoUfasf7ol>re que
cahfijj .o que cahe fobre ás pedras Jae.feme-
fhantp
 Da Diffin. dos Medicam, e fua eleição. 25
íhante ás gottas pequenas, que fe congelaõ fea , que fe feria : tanto que eftá condenlado
á maneira de iemente : o que cahe fobre as na arvore fe tira do meímo modo, que 0 de
plantas, recebe a virtude delias e de fuas fo- lagrima, ou fem incifaõ,e o íeccaõ ao Sol pa¬
lhas : do que cahe lobre as pedras , he me- ra afiim o metterem nas caixas em que vem
lhor o que tem afórma de femente branca, para efte Reyno , e para outros mais * e fén-
que he doce, efreíco $ e depois defte he me- do osmezes de Junho, Julho, Agofto, e Se-
Ihor o que he algum tanto citrino * o pardo tembro chuvoíos, fazem a colheita delle ma-
freico, e antigo he máo: do que cahe fobre as yor, ou menor * e por efta caula experimen-
plantas he melhor o que tem pouca miítura tamos na compra do Manná muitas varíeda-
com as folhas, e he branco , ou declinante a des de preqos. Das mefmas partes vem ter- Manná
branco, e o que he frefeo : ifto he o que Me- ceira eipecie de Manná, que he de cor parda “clloib.
fue diz * porém agora com fua licenqa dire- algum tanto esbranquiqada, húmido , mello-
mos o que os Modernos, e a noífa experien- fo, meudo, equjo* efte fuppofto também
Hiftor.d - cia nos tem eníihado. He o Manná hum fuc- he purgativo*com tudo he de todos o peyor,
Manná, co concreto branco, ou citrino, que partici- e fó em grande falta fe poderá ular fendo no-
pa muito da natureza do Aqucar, ou Mel * vo, que a muita antiguidade o faz perder al-
difíblve-fe com facilidade em agoa, ou em guma virtude purgativa : a caufa de ler efte
outro qualquer liquor $ he de hum gofto do-. Manná máo he,porque nos VeraÕs chuvoíos
ce, defenxaibido , mellofo, e o cheiro fraco, o colhem mifturado com a humidade da thu-
e infipidojfahe o Manná fem incifaÕ, ou com va , e o lanqaõ em partes menos limpas 5 e
ella,á maneira de goma, do tronco de ramos como por falta de Sol para o feccareirqo me-
groílos, e folhas de humas arvores cultiva- xem muitas vezes, fe quebra , e humedece *
das , e nao cultivadas, que fe chamaÕ Frefno, e cada vez fe faz mais preto : e nefte he em
e outra Orne, efta iegunda naÕ he cultivada* que alguns ambiciofos fazem mifturas, que
huma e outra arvore fe criaõ em abundancia fao perniciofas para quem toma o dito Man-
na Calabria, principalmente junto da Cida- ná.Alguns Calabrczes curiofos apanhaõ hum
de de Gallipoli, no Monte de Santo Ange- / Manná de lagrima em boccados, que por
lo, Reyno de Nápoles , em outras mais par- grandçs e groflbs entendem que he falfifica-
Manná tes de Italia, e em Cicilia. O melhor Mapr do , porém naõ he afiim , porque para terem
de lagri* ná, e mais puro he, o que fahe da arvore fem efte Manná em grandes boccados, fazem hus
ma. incifaõ no mez de Junho ejulho , quando o canudos de algumas folhas grandes deplan-
Sol eftá mais forte * logo fe vê em lagrimas tas, e as pôem atadas á lifura do Frefno, e ne-
criftalinas, mais ou menos groíías, confór- fte canudo, e em outros de cana tapados por
me os lugares da arvore, em que fahe * e na baixo, apanhaõ o Manná liquido , e nos me-
mefma por efpaqo de hum dia o mefmo ca- fmos canudos o deixaõ feccar, e depois lhos
lor do Sol que o faz fahir,o fecca, e endurece* tiraõ, e fica o Manná inteiro * efte como he
e feacafo chove algum dia emeima defte de incifaõ tem a cor alguma coufa mais ci-
Manná, fc desfaz, e fe perde, cahindo pelos trina* e fe lhe póde chamar Manná deforma: Mann.de
troncos , ramos, e folhas da mefma arvore* efte modo de fazer o Manná nos difíe hum fôrma,
e daqui procede haver mais ou menos ábun- Italiano curiofo e fabio na efpeculaçaõ dos
dancia de Manná huns annos, que outros: fimples, natural do Reyno de Nápoles* e Le-
tira-fe o Manná com huma faca com muito mery diz o mefmo no leu livro de Drogas, e
fentido,por fe naõ quebrar*e fe naõ vem bem tem por certo , que o Manná de lagrima fe
fccco,le põem ao Sol em lugar limpo, e aftim naõ póde falfificar , como alguns imaginaõ.
fe faz mais branco, e mais purgativo, porque O melhor Manná he o que vem em lagri-
em freíco antes defe feccar .ao Sol purga me- mas grandes, ou pequenas , muito limpo ,
nos, como nos affirmáraõ peftbas fidedignas, enxuto , fecco , côr branca , o gofto doce al-
que na Calabria o cultiváraó em arvores fec- gum tanto infipido* o Manná ordinário fe
Matina' cas. A fegunda efpecie de Manná, que he a- naõ deve defprefar, porque também he bom
ordinar. quelle a que vulgarmente chamamos Qrdina- fendo puro , limpo, e fecco, que muitas ve-
r/0 , fe tira das mefmas arvores no mez de zes na Calabria o apanhaõ em boccados grá-
Agofto , e Setembro, quando o Sol comeqa des, porém quando o metem nas caixas por
a diminuir * efte fe faz das incifoés, que no pouparem os fretes, cm huma caixa, em que
principio doVeraõ fe tem feito nas ditas ar- poderiaõ vir tres arrobas do de lagrima, lhe
vores* e delias corre hum fucco, que fe con- metem feis, fete , e talvez mais, pifando-o,
denfa em Manná como o primeiro , e fahe e calcando-o , para que a caixa leve mais, c
em grande quantidade pelas ditas incifoés * nefta fórma vem meudo , e muy ordinário *
porém efte he mais citrino, e menos puro , porém tendo boa côr , que atire a citrina , e
porque traz de miftura algum boccado da ca- fendo muito limpo,fe póde gaitar como bom,
D e efte
 26 Pharmac. Lufit. Augment. Trai. I*
c efte Manná ordinário purga mais, que o vaiho , que cahe de noite fe poíTa congellar
de lagrima , que iahio da arvore iem inlilaÕj com o Sol do dia; porque vemos em todas as
a razaõ hc , porque o de lagrima , íendo pu- partes cm que cahe orvalho , ou feja fobre
ro pallk com brevidade pelo cftomago, ga- plantas, ou fobre pedras, ou outra qualquer
fiando pouco em fe digerir , e aétuar j e o coufa, que com o calor do Sol fe naõ feque,
Manná ordinário tirado por infifaõ , como confumma , e torne em nada 5 e neíla tórma
he mais grofíò, por fer mais mellolo, e vilco- nos parece temos dado noticia do Matina
fo, gafta muito tempo em fe digerir, por efta aos curiofos, aílim pelo que lemos nos Au-
cauía purga melhor , porque fe dilata mais dores, como pelo que vimos, e experimen-
tempo no eítomago , por fer mais groíTo ; tamos.
dá-ié huma onqa até tres e meya , purga do- C AN A F I ST Oh A,
cementc os humores biliofos, e íorofos, e fe 1 7 Anafiftola he huma arvore grande, Cafiafi*
dá para os achaques do peito. y, j que da hum frudp do mefmo no- ílula fcu
JVIanná Em Moqambique , rios de Senna, Goa, é me , da feicaõ de huma cana do comprimen- caiw -m-
da índia. outras partes orientaes,ha hum Manná, que to de braqo , e algumas vezes mais pequena,
he como graõs de incenfo miudo , de côr mais grofía que o dedo polegar, quafi redon- thârtiC».
vermelha , declinante a ruiva, aftim comò o da, ou eflindrica, cuja cafca confia de dous
iarro de pipa, com que tem muita femelhan- folelhos , t$õ juntos , que para os dividir, he
qa 5 efte Manná também he purgativo , e al¬ necefiário quebra-los, e de efpaqo em efpaco
gumas vezes vem nas nofías Náos da Índia , fe divide a fua concavidade em humas cafi-
em barrilhinhoscomo o tivemos;porêm vem nbas, cheyas de huma polpa liquida , negra,
pouco , porque naquellas partes onentaes e doce como Acucar. A arvore que dá a Ca-
naõ ha muito , e fe vem he por hum grande nafiftola he do tamanho da Nogueira, crefce-
preqo , e vindo cm hum barril vinte libras , em o Egypto, Alexandria , Jnáia , Cabo-Ver¬
quando chega a efte Reyno, fe acha ló amé- de , Angola, e em outras partes da África; as
tade, ou pouco mais, porq fe fecca, e aperta folhas t-ambem fao como de Nogueira , as
de tal forte , que mais parece farro de pipa flores naicem muitas fobre hum pé, compo-
moído, que Manná, mas afíim como cá che¬ ftas cada huma de cinco folhas, poftas em
ga 'purga fufhcientemente fem efquentar. redondo de côr quafi amarella, e dcftas íahe
Efte Manná também he fucco de humas ar¬ o frudlo. Mefue para efcolher a Canafiftola, Mcfuc.
vores , que ha naquellas partes orientaes, e diz'que a boa ha de ter feis propriedades,
efte mefmo nao he orvalho do Ceo , como convêm a faber,que feja a cana groflá,cheya,
erradamente diz o Padre Er. Joaõ dos Santõs refplandecente , e pingue , a qual tirada da
no cap. 7. do lib.}. da Ethiopia Oriental, onde cana , é eonfervada em vafos, fe faz vagaro-
affirma, feguindo a errada opiniaõ do vulgo, fa ém fua obra. Os modernos dizem , que a
que he Orvalho o dito Manná ; do feu me¬ melhor Canafiftola he a groíía, em canas
fmo dito fe póde arguir o contrario 5 porque grofíás, unidas, inteiras pefadas, e que de
adverte, que na Ilha de Cabo Delgado ha nenhuma forte chocalhem, ou facaõ eftron-
muito Manná,e muitas arvores de varias ca- do bulindo com cilas, e que a càna naõ feja
ítas; e qúe efte Manná fe cria fó em humas delgada ; a cafca ha de fer de côr efeura, com
plantas, que faõ quafi como as da Efteva dos o' miolo muito negro , e refplandedente , de
nofíbs1 matos, e naõ ha razaõ alguma natural, bom cheiro ; e o goflo doce a modo de açu¬
falvo a de alguma notável íímpathia occul- carado : alguns Auélores modernos como
ta , para que efte Manná haja de cahir antes Bauhmo, e Lemery querem , que a Canafi¬
fobre dias plantâs, que fobre as outras vezi- ftola de Cabo-Verde , fendo groíía , feja mais
nhas a éllas : também pelo que diz o mefmo purgativa , que a que vem do Levante, e da
Aucldr, fe vê claramente, que o Manná naõ Índia : Purga brandamente os humores bi¬
he orvalho , que fe desfaça ao nafcer do Sol, liofos; he boa para todo o calor do corpo , e
pois accrelcenta, que o Manná de Cabo Del¬ fuppofto he flatulenta , nem por eíiá caufa
gado fe coalha emcima de troncos ,' ramos, deixa défe ufar, e para que naõ caule flatos
folhas , e depois de Coalhado fica como Aqu- fe lhe ajuhtem alguns pós de Canella , 011 le
car encandilado, pegado nos páos a modode lhe dê-huma leve ebulliçaõ, depois de desfei¬
Refina , e pendurado nas folhas , que parece ta erh algum liquor,que defta forte fe lhe ga¬
Aljôfar : Neftes termós nos parece , que naõ fta a: Vifcofidade , com que caufa os flatos $
•houve Manná, que fofle Orvalho, ou Rocio, purifica odánguc , e fe póde dar ainda a me-
fenaõ aquelle milagrofo e fubftãciofo Man¬ niríos de meya onqa até íeis oitavas , ou
ná do Ceo, com que Deosalimentou ao po¬ máis.!i* i,!'
vo de Iírael no defei to. Nem fe achará Au¬
dio r algum que diga, que o Rocio , ou Or-
TA-
 Da Diffin. dos Medicam, è Tua eleicaõ.
TAMARINDOS.
Tamarín- 20 rTi Amarindos he fru&o de huma ar-
X vore, que nafce na índia, em mui¬
tos lugares de Cambaya , Surrate , Cochim,
na África em Angola , Cabo-Verde , e outras
mais partes: he a arvore, que dá os Tamarin¬
dos da grandeza de huma N ogueira, cu Frei¬
xo $ o páo he duro , grofíb , e o tronco cu-
berto de huma calca pardacenta com ramos
guarnecidos de muitas folhas, femelhantes
ás do Féto femea , compridas como huma
maõ , compoftas, e bem ordenadas todas de
huma banda, nervofas, verdes, de hum go-
ílo accido agradaveliProduz huma flor bran¬
ca , no feitio , e no cheiro femelhante a flor
de Laranja * porem tem oito folhas, humas
brancas, outras rajadas, as quaes tanto que
anoitece fefechab as folhas recolhendo em
fi o feu proprio frutfto, e ao amanhecer fe
tornaÕ a abrir, e defcobrem ò frudto. Hc o
Tamarindo mais comprido, que hum dedo,
e tem a groflura do polegar, ou mais , met-
tido em huma cafca , que no principio he
verde, e depois pouco, e pouco ie faz parda*
contêm em fi huma polpa negra de hum a-
zedo agradavel ao gofto , pegada a huns fios
compridos, que formaõ huma efpecic de ca¬
cho , e nefta polpa fe acha huma lemente da
teiqao de Tromoqo * contêm em fi muito fal
accido , oleo , e fleuma. Chama-fe efte fru-
dioTamaiindo.porque entre os Árabes, Per-
fas, e Turcos nao tem outro nome, lenab
Tamarindi, e he naquellas pavtes nome vul¬
gar , e nao fe diz Tamarindo como alguns
querem, por fe parecer à Tâmara* a qual to¬
dos fabem he citrina , mais pequena , doce ,
e nao azeda, nem preta como faò os Tama¬
rindos* e os que dizem ifto íó tem por fi Mc-
fue , que lhe chama Tamaras azedas, porém
fem fundamento algum,mais que querer-lhe
Mcfue. por efte nome : O mefmo Mefue elcolhe os
Tamarindos , dizendo , que os bons hao de
ter feis propriedades , convém afabcr, que
fejao moderadanaente negros, refplandecen-
tes, tenros,e mifturados com huns fios,que
fab como raizes, e hao de fer frefcos, pin¬
gues , e nab feccos, algum tanto azedos de-
clinantes a doce, verdadeiros, e nao adulte¬
rados : Os modernos dizem que os bons Ta¬
marindos hab de fer os que vem lem cafca,
em pafta dura, e queTa de fer 0 miolo, ou
»:• polpa delles dura, que-de iienhumà forte te-
nhaÕ fido guardados em cafa de abobeda, ou
húmida , 0 que fe conhece por; virem húmi¬
dos , com cheiro eftranho líquidos , ,e chei¬
rando as fementes, que, a eftes he que talfifi-
cab, ajuntando-lhe certa fruta íecca,jque nab
nomeamos, porque tòdòs,a conhecem,?. e
afíim os bonís hab de vir duros 5, neg£Q$,;fera
27
miftura, com o faiboazedo agradavelmente*
de Angola , Cabo-Verde , vem na mefma ca¬
fca , em que fe criaõ , e chegab a efte Reyno
excellentes, havendo deftes fe devem com¬
prar primeiro , que os empaftados: A virtu¬
de dos Tamarindos he deterfiva , faÕleve-
mente purgativos, e adftringentes ,pelo ac¬
cido, que tem, temperao muito o movimen¬
to dos humores,abrandab a febre,extinguem
a fede , refrefcaõ e temperao admiravelmen¬
te a mafia fanguinaria, purificando o fangue,
e fao bons nos curfos, dab-fe em cozimen¬
to, ou fubftancia a quantidade, quequize-
rem, porq he medicamento muito benigno.
AMEIXAS.
21 Ç Ab as Ameixas tab conhecidas, que MefucC
O nos parece efcufado efcrever a fôr¬
ma da arvore , e do frudto , porque a todos
he notoria, e fabem as muitas caftas de A-
meixas que ha * porém como no ulo da me¬
dicina tem ferventia , diremos o que delias
efcreve Mefue , o qual fallando nas muitas Prunura,
efpecies de Ameixas diz,que as que fao bran¬
cas , citrinas , e ruivas aproveitab pouco no
ufo da medicina , e que das negras fao me¬
lhores , as que fao de fabor doce , e azedo al-
terab mais * ha algumas das doces, que pur-
gab mais em o ventre, e todas alterab, e pur-
gaô, mais, ou menos* as de Damaíco , e Ar¬
mênia > faÕ mais efiicazes para purgar , e al¬
terar { ainda que alguns digab o contrario )
as verdes mais fe corrompem no eftomago ,
que as íeccas, as húmidas e moles fab mais
próprias á corrupqao. Das Ameixas ha Varias
differenqas, e conforme a opinião dos mo¬
dernos as melhores fao as Reynoes, Cerago-
qanas negras, as Damafcenas, ou Abrunhos
de Rey, e outras mais caftas delias, que vem
do Lugar das Pias junto a Thomar, mas hab
de fer fempre pretas, carnofas, e doces* e das
Reynoes faõ melhores as que charnab deCal*
as brancas fab melhores para fe comerem
feccas*porcj feudo frefeas fe corrompem mui¬
to no eftomago , fazem flatos, e algumas ve¬
zes febre. Todas as Ameixas láb frias e hú¬
midas , contêm em fi muita fleuma, e algum
fal eífencial * cozem-fe no eftomago com fa¬
cilidade, fab flatulentas , e nutrem pouco *
laxab o ventre , e comidas em muita quanti¬
dade, cauláb febres podres, diarrheas, e def-
enterias, o que principal mente acontece , fe
fe comerti mal maduras 5 fab convenientes
aos moqos, eaos de tçmperamento colérico,
e fanguinoj os velhos naõ devem ufar .delias,
nem os que tiverem o eftomago frio e hu-
jmido : As feccas nao ofFehdem o eftomago ,
nem.fe corrompem çqm,facilidade* alaxab o
ventre principalmânte lancando-as primei¬
ro em alguma porqab dcágoa.quentt de for-
P£ te>
 28 Phármac. Lufit. Augment. Trat. I-
Ameixa te , que fiquem brandas.
~- - Entre todas as ca-
do Lcvá- ftas de Ameixas as que vem do Levante , da
tc* Cidade de Damafco , faõ grandes, carnofas,
pretas,e muito doces com hum cheiro agra-
davel j faõ as melhores como nósexperimen-
tamos neíla terra , onde por algumas vezes
as tivemos, vindas em Navios de Gênova ,
1/ • 1_ _* _r _
as quaes mandáraõ vir huns curiofos, para
delias fazerem algumas cõfervas medicinaes.
R 0 S
Rofa. E a Rofa aquella formofa e fua-
22
H ve flor de todo o mundo bem co-
nhecida.dirivaTe o feu nome do Grego Rho-
áon, e efte do verbo 020, que vai o mefmo,
que dizer, tenho fuave cheiro. He efta huma
bella flor , nafeida em hum arbufto , ao qual
o vulgo chama Rofeira, de que ha diíferen-
tes caftas, e á mefmaRofeira chamaõ os La-
tinos Rofa-, lanqa pois efte arbufto ramos du-
ros, lignofos, guarnecidos ordinariamente
de efpinhos fortes, e picantes, as folhas al¬
gum tanto compridas, denteladas ao redor,
aíperas ao toque, pegadas cinco , ou fette ,
e ás vezes mais , em cada raminho ; a flor
tem muitas folhas grandes, formofâs, fua-
ves no cheiro , as quaes fefuftem em hum
cópofinho , que depois fe faz em botaõ de
fórma oval , cheyo de lementes angulofas,
felpudas, e brancacentas 5 as raizes faõ com-
pridas, duras, e lignoias, cultiva-fe em jar-
dins, Quintas, e em outras partes, e tam-
bem ha muitas, que nafeem nos montes, fem
Mefuc. cultura alguma. Mefue no livro dosfimpli-
ces , fallando na Rofa , affirma , que he das
medicinas benignas,que tem virtude de con-
fortar , e purgar ; ha duas efpecies delias,
humas vermelhas , e outras brancas, de hu-1
ma e outra efpecie , faõ melhores as de mui-
tas folhas , baftas e crefpas, e outra de pou-
cas, e largas: Melhor he aquella, que he bem
vermelha , e que tem poucas folhas e largas,
e das brancas melhores faõ as que tem feme-
lhanqa com as vermelhas :• o qumo da Rofa
bem maduro he bom , e das feccas, faõ me-
lhores aquellas, em que nacõhouve corru-
peaõ. Os modernos dizem , que das Rofas
cultivadas, que fervem no ufo da medicina
ha muitas efpecies, a faber Rofas de-Alexan-
dria , Perfcàs , ou Falidas encarnadas, que
tudo vem a fer o mefmo j ha Rofas verme¬
lhas , a que chamaõ Dobradas , oude Cem fo¬
lhas y outras Avehitadn&, ou de Toledo , e
também Rofas bramas^iàxobradas, e ftngelas,
e Mofquetas, a que chamaõ Rofas Mojbadas,
Rofa de ou Damafcenas. As Rofas de Alexandria fer ~
Alexand• ficas y ou Palidas Encarnadas^ faõ formofâs,
Palida °c §i allcJes côr eficiumda) que recreyaV e 0
a 1 a’ -chfelro fuaviflimoçrqüêrtí6 diftanciàfeperce-
cncarn.
be, deftasfaõ mçlhdfés "às quefl^ÇiDmpôefti
^z ^ Q.
de menos folhaSjporque aíTim fe eficnde me-
nos a parte volátil , e por efta caula faõ mais
cheirofas, e muito mais purgativas: comem
muito oleo, e lai volátil,ou eflencial: com
a infufaÕ defta Roía fe faz o Xarope Perflco,
das folhas a conferva , chamada Pevfica, ou
de Alexandria , e do çurro alguns Xaropes,
e outros medicamentos j e hnalmcnte ie di-
.
ílilla delia a Agoa rofada mais fuave e chei-
rofa , com que fe faz a Agoa de Córdova. He
a Rofa de Alexandria , purgativa, attenúa,
e desfaz aüeuma do cerebro, o humor bilio-
fo, e forofo , e íinalmente purifica o langue.
As Rofas dobradas, ou de Cem folhas, faõ tam- Rofa do.
bem beilas y e formofâs com huma boa cor ^ada>ou
encarnada, muito compoftas, e bem ordena-
das 5 as fuas folhas tem o cheiro fuave, po¬
rèm naõ txb fubido como he o das de Ale-
xandria ) e fendo neíla fôrma fe pódem ufar
na medicina, ecom a fua intufaõ e qumo le
fazem vários Xaropes, o Acucar rofado com-
mum , ou de comer , e faõ as que ordinaria¬
mente fe diftdlaÕ, e guardaÕ leccas para vá¬
rios pós: He efta caítu de Rofa alguma cou-^°/a^yl*
veílie.
fa purgativa?) porem menos, que a da Alexan-
dria : refrefea as entranhas, e conforta todo
o corpoj defta mefma efpecie de Rofa fe acha.
muita quantidade pelos vallados , e por al-
guns matos íem cultura,tem mais de efbran-
quicada, que de encarnada, dá menos qumo,
e defta fe aproveitaõ os Confeiteiros, para
fazerem: o ícu Açúcar rofado , e MaÇapaõ -y
porque como he eíbranquiqada, tem menos
trabalho quando a elcaldaõ , e compõem pa-
ra fazerem-a dita conter va,e também fervem
para diftiliar 3 porem he a fua agoa menos
cheirofa •,• qüe a que ie diftilla das Rofas de
foíhas,e dobradas j e como efta eufta de Rofa
he mais barata , .fe aproveitaõ também delia
as diftilludeiras do Lurnear para a fua.Agoa
rofada , que vem vender pelas portas-, á qual
naõ teni mais cheiro , que aquelle , que ellas
lhe põem na bocca do Barril de barro, erri
que a trazem) efta metma cafta de Rofas Syt-
vejires'ha nos Rofaes de Bem-Fica,Gítrnidç,
e outros do termo defta Cidade, onde; vimos
Rofaes-taõ mal fabricados , qué hosrparecê-
raõ mato , e parece , que ou pela pouoa cul-
tiira que lhe daõ,. ou jpelo fttio , faõtts Rofas
cfbranquicadas, corapouca cor vemtelha, e
maL cõmpoftas) fendo que o contrario vi- Rofhes
mòsnOiá Rotaes de Coimbra, Gaftéllo-Vie ^ de Coina*
gas, e obtros Lugares do Termo da d ita Ci-bra'
dade , 'Os?quaes fe cultivaõ podando-os a feu
tempo, falimpando:os , e cavando-os todos
os anhos’, por cuja caufa daõ excellentes Roí
fas, è rtíuitas, naõ fó de as tam*
foem-Dobradas,•e-'de'Oemfolkas,pôde-dí-
zer faÕ'hõas> porque áellas fe àchaõ todos oi
flgnacs,
 Da Diffin. dos Medicam, e lua eleição.
íignaes, de que fe deve compôr a boa Rola*
As Rofas vermelhas avelutadas , faõ as que
os Efpanhoes chamaõ Rofas de Toledo , os
lliü £ ^railcezes ■> R°Jds Ptovinciaes, e nefte Reyno
Toledo, vulgarmente le dizem de Veludilho, pela côr
C Provin- femelhante, que tem ao Veludo vermelhoj
cíaes. os Eípanfyoes dizem, de 1 oledo, porque na-
quella Cidade ha muita quantidade defta
elpecie de Rola, e os Erancezes dizem , Ro-
Jas Provinciaes , porque também ha muita
em huma Cidade chamada Provins, que fica
dezafete legoas de Pariz , e daqui as levao os
mercadores para muitas partes , e as trazem
a efte Reyno, e também os Efpanhoes nos
vem vender as luas de Toledo 5 porque en-
tre nós naõ ha muita quantidade defta cafta
de Rota, ainda que as haja naõ faÕ as qüe ba-
ílaõ para o muito gafto que tem : Eftas Ro-
fas avelutadas, que todos conhecem , fe de-
vem eicolher as que tiverem a côf mais fu-
bida, e parecida ao veludo vermelho, que he
fechada com témelhanca á roxa 5 haõ de fer
de bom cheiro , e as Rofas colhidas em bo-
taõ, antes que totalmente le.abraõ, e madu-
recaõ de todo 3 que nefta fórma perdem par-
te da fu^ côr,e cheiro, pelo ter alterado mui-
to o ar , e afíim fica também com muito mè-
nos virtude j termos em que quando fe com-
prarem haõ de ler em botoés ,: e quem nos
Teus Rofaes as ti ver, as apanhará na mefma
fórma para ferem boas : deftas ditas Rqifas
coftumaõos Italianos fazer a íua conferva rov.
fada com flor pifada , e nós a fizemos já, e' fi-
ca excellente j porem o mayor -ufo que tem
na medicina, he para as Tinturas , e vários
compoílòS j porque faõ adíl.ringentes, deter-
fivas, próprias para fortificar o eftomago 3
fervem para ois demaíiados vomitos p e cui*-
fos, tomadas cm conferva a quantidade que*
quizerem : no ufo externo fervem nas con-
tufoés, e desloeacoés de rtiaos, ou pés, e mais
partes , cozidás com viiiho tmto , e applica-
Rofas das em fórma-de lenimento. Das Rofas brafi-
brancas cas vulgares, ou brancas fatívas, comóalq
011 ativas, gUns lhe chamaõ , tambem ha humas dobrai
das com mais folhas, e outras com menos, &
algumas mais fmgelas,todas devem fer brátl-
quifiimas , e cheirofas; eftas tem menosTer-
ventia nas Boticas, porque*fófaõ boas'pata
diftillar, ou para fazer Acucar rofado défCõ-
inef j purgaõ pouco, ounadá y-porêmfempre
faõ confortantes, aflim as de-mais folhas, co-
mo as de menos, que todas tém iguál vit&K
de. Entre as caftas de. Rofas* bra-ncas*fepó>-
Mofquc- dem contar as Mb/i/ueias^^orqnc.. tambem
tas, ou fu5 Rofasye eftas chamíaõrosfcalianos Mofúa*
^;°^asr ta do nome Mufchio, quequendizer Alniifiâr
ama c* pelo fuavô-bfadro , que^eni^dom grande fe^
melhança-acrdo Alniifcav) outros lhethâftlaõ
29
Dama/cenas, por virem as primeiras da Ci-
dade de Damaíco , onde ha muitas, e nefte
Reynojáhe bem antigo o nome de Mofque-
tas, como fe ve no iníigne Camões Elegia 7.
eftancia 7. onde diz: Ay Mofquetas, quejois dè
amor cuidados. Os Latinos lhe chamaõ Rofa
Mofchata five Damafcena ; e aflim he eftaftor
branca com hum íuaviííirno cheiro , o qual
em paizes quentes he mais íuave e forte , e
muito mayor que o das Mofquetas nalcidas
em partes húmidas e frias 3 daõ a fua flor em
o principio do Outono , e algumas vezes no
fim do Veraõ 3 ha humas que tem mais fo-
lhas, e outras menos, o que procede do fitio,
fendo que em huma mefma arvore vimos já
Mofquetas dobradas , e fingelasj todas fa5
boas, fendo bem cheiroías, e todas faÕ mui-
tomais purgativas, que as Rolas de Alexan-
dria 3 puágaÕ todos os humores, ou fejaõ to-
ínadaseitvconferva, ou em infufaÕ) e alguns
ha:qüe aftirmaõ, que huma oitava de folhas
de Mofquetas feccas, lançadas de infufao em
duas ou tres oncas de agoa quente fazem hu-
ma exJcellente purguinha, outros comem as
ditas folhas em cellada , ou mifturadas com
fopas de vacca 7 e leguraõ , que fazem affim
boa ohra. Também o Cynorrhodon, ou CynoJCynorrh.
latos he Rofa, a que alguns chama<0 Canina , £yn(p;R
ou Branca Salvagem, rnrfta com vermelho, Roíav"an*
que tudo he o mefmo , e por fer Rofa de Syl-
veira náõ1 devemos deíprezala,e aflim he efta
flor chamada Cynorrhodon, a qual. entre bo¬
fques, e tapigos fe cria ; tem as folhas como
ás daRofeira domeftica , a fua flor he huma
Rota fimples, que tem cinco folhas , ou pou¬
cas mais de côr branca com miítura de ver¬
melha , tanto que abrem logo cahem as fo-
llíá-s; fegue-fc-lhe hum botaõ de fórma oval,
oiffrudto algum tantoxomprido , qüe tanto
que'eílá*maduro , tem côr vermelha , que a-
tira a Citrina; o miolo he de hum gofto acci-
do àgiadavel 3 as íeméntes faõ angulotás,
compridas , brancas^ e corri algum pelo, que
quando fe apartaõ 'do miolo le pega aos de-
dos: Agoa: das flores de Cynorrhodon diftií-
làdas ferye para os defluxos, que cahem nos
olhos, porque he muitó adftniigente 3 tem
efta flor pouco oleo r* e algum lál ■meyo exal-
tado r ò firueto do dito Cynorrhodon heaperi-
t-ivo para as ourinas, e ádftringente para o
ventre , e por efta caufa ferve para fazer pa-
rar os demaftados cm fos: he boa para as co¬
liças nephriticas, Çi-pará gaftar a pedra do9
Rins, e bexiga; e qüando le ula, íe alimpa o
fruéfo dasfementes, e pelo q tem miílurado
convellas, contém,muito falaccido miftura-
do com oleo 3 tambenapara os achaques dR
tòs fe faz defte fruófo conferva j a íemente
feita em pó ferve para açabar de feccar, e ex-
 j0 Pharmac. Lufit. Âügment. Trat. I•
tincTuir as Gonorrheas antigas, dando meya
oitava íeis até nove dias contínuos. Acha-Te
nos matos, e emdeícampades, e também em
alguns Tapigos, huma cafta de Rofa de pou¬
cas folhas , vermelhas, esbranquiçadas, íem
cheiro algum , a qual nao tem ferventia ne¬
nhuma no ufo da medicina,e porque nao tem
Roía Al ■preílimo lhe chamaõ , Rofa Aíbardeira , hu-
bardcira. mas vezes fe lhe vem mais folhas e outras
menos i alguns erradamente, porque a 1 eo-
nia, ou a lua flor tem com efta alguma feme-
ihanca , também ihechamaõ Rofa Albardei-
ra. porem he muito diverfa a Peonia da cha-
macia Rofa Aíbardeira 3 e tendo a Peonia tan-
ta virtude , e formofura na cor da fua flor ,
ou Roía , nao mereça que os fabios e curio-
fos lhe ponhaÕ tal nome 3 o que entendo he,
que eftá errado o nome , que dao á flor da
Peonia : devia fer poílo por algum ruftico
Almocreve, que para comparar a flor defta
planta na5 achou outro nome maisaccQip-
modado , que o das coufas com que ttata,
por ganhar fua vida.
Peonia.
23 A
PEONIA, OU PI ONU-
Peonia he huma planta , que lan¬
^ ça os tallos de altura de dous, ou
tres palmos, algum tanto vermelhos, divi-
didos em muitos ramos; as folhas faõ muitas,
e largas com femelhanca ás de Nogueira,
mais, ou menos compridas e largas 5 porém
mais baftas, a côr he de hum verde efeuro ,
luzidias, cubertas de huma pouca de lanu-
gem , pegadas por huns péfinhos vermelhos,
por onde fe fuftentao : As flores naícem nas
pontas dos ramos, ou tallos grandes, diipo-
ftos com huma flor, a modo de Roía de cor
de purpura , e ás vezes encarnada com cin-
co e feis folhas, ou poucas mais, fem terçjp
cheiroj de que fe faça cafo 3 cahida a folhada
.flor, ficaõ humas bainhas pequenas cheyas de
huma femente , que em frefea he vermelha,
e depois de madura fe faz negra, ficando ain¬
da alguns graõs depois de feccos, fem per¬
derem a côr vermelha: A raiz he groíTa co¬
mo nabos compridos, porém defta fahem
muitas
11 UI 11 d. S raizes Ut
de groíFura de wwu
LlUIluia ut dedos ,* peque-
1 ^
nas e grandes, a côr de fóra he pardacenta
com algum genero de declinante averme¬
lho , mas pouco, por dentro he toda branca,
efta he a primeira efpecie de Peonia, a que
fe chama Macho, de que ha pouca. A Peo¬
nia femea he quaft do mefmo modo , por¬
que tem a mefma altura, fó differe nas fo¬
lhas , que faõ mais agudas , de hum verde
brancácento , com alguma felpa pela parte
debaixo, a côr dos tallos, e ramos he verde,
no mais, e em a flor, femente, e raiz , he co-
mo a primeira efpecie , que com facilidade
fe póde conhecer, porque a Peonia macho
íin-íiiii
fempre tem os ramos-vermelhos, e aiemea
naõ. Nos Jardins fe cultiva a Peonia, que pe- Peonia
la raayor parte he a efpecie , a que chamao
femea, efta dá as flores muito dobradas, mui¬
to grandes, e bem compoftas , a cor veime-
lha quaft avellutada, dizem alguns, que tam¬
bém ferve no ufo da medicina ; porem em
primeiro lugar fe ha de ular da que nafee pe¬
los campos, e montes incultos, que a dosjai-
dins, que fó tem a formofura da grandeza da^
flor. A flor de huma e outra Peonia, femen-
tes, e raizes, faõ as que fe ufao na medicina,
porém a Peonia macho he muito melhor
r--
havendo-a, cm primeiro lugar fe devemlaiv
que pretere em tudo a femea , e affim lei ve
para os achaques do cerebro, como epna-
peias, parlazias apoplexias^, punficao o
langue, e provocao a conjunção menfal; hu-
mas contas da raiz da l eonia macho tiazidas
ao pefcoço , dizem que livrao aos memn»
dos accidentes epilépticos, e que também la-
zcm o mefmo effeito nos adultos.
SORO,
o
24 / \ Soro de leite he huma agoa tc-Semm
w nuifíima , do mefmo leite fepara- hãis.
do das partes caleofas , e butirolas 5 o qual le .^ua **
póde fazer de qualquer leite ; porém o que fe
tira do leite de cabras, he o me hor pai a o
ufo da medicina. Mefue diz , que o melhor
Soro he o que fe faz de leite de CabraS ne- Mcfu<u
grãs, e novas, paridas de pouco, nutridas em
bom pafto 3 depois defte he bom o que fe fa^
de Ovelhas, e o melhor he o trefeo, que tem
bom cheiro , e botn faibo , proprio , e nao
eftranho , e o que efta livrede toda a corru-
pçao. Os modernos enfinao a tna.i o S010,
tomando huma canada de leite,e lançando-o
em huma tigella de. barro vidrada , ~e emci-
111a do leite, lhe deitaõ o çumo de dous li¬
mões azedos, e o pôem ao lume em logo bia-
do, e fem fumo, e aflim como felhe vay coa-
lhandp , ou unindo o queijo , fe Vay tirando
com huma colher de páo, depois ie côa por,
panno, de forte que todo o queijo fique no
coador, e o Soro fe torna ao lume lançando-
lhe huma clara de ovo, e depois de ferver, e
~ ‘ ._r r . 1 * ^ 1 • •
acabar de fefeparar algumapoiçao de queijo,
que ainda lhe ficafíe, fe côa, e aífim fica cla¬
ro eòom , e quanto mais vezes fe coar, tan¬
to.melhor ficará , e o ovo quando fe lhe lan-,
çav, feja eftando o Soro frio 3 defta forte he
que o Soro fe faz para o ufo da medicina. Hc
o. Soro frio, e húmido , nutre pouco ou na¬
da-, porque felhe fepáraõ todas as partes
caleofas , e pingues., que lao as que nuti em,
e fe fica ufando- fomente como remedio pa; a
refrigerar, e temperar as entranhas quentes
eaitiafla do fangue intemperada , e eftoi-
vante* Gomo o Soro f® fat do leite , paiece
^
 Da Diffin. dos Medicam, e íua eleiça6.
que precifamente havemos de dizer aos Prin¬
cipiantes , e curiofos, que coufa he leite , e
quaes faõ as fuas qualidades, conforme enfi-
IflC. nao os antigos, e modernos. Leite he o pri¬
meiro alimento, que conhecem, affim os ho¬
mens, como os animaes, fórma-fe efte liquor
com fangue, duas vezes cozido pela nature¬
za $ pofto que he opiniaõ de alguns moder.
nos, que efta liquida fubftancia, naõ he ou¬
tra couíà fenaõ Chiío puro , que fem outra
cocqaõ, e quafi fem alteraqaõ alguma parta
pelas glandulas do peito , e afíim he o leite
comporto de tres iubftancias, que faõ '.Quei¬
jo , Manteiga, eSoro.Ht necefíario para o
ufo da medicina o leite de Cabras , Ovelhas ,
Vaccas, e de Burras e fallando geralmente
em todas as efpecies de leite, o melhor, cada
hum em fua efpecie, he aquelle que he bran¬
co , claro, puro, e íincero, doce, fem amar¬
gor, fem acrimonia, fem azedume nem fal-
fugem , de bom cheiro , .moderado na taxu*
ra, ou coníiftencia, que vem a fer, nem mui¬
to cralTo , e cafeofo , nem muito tenue, e fo-
Lac Ca- rofo. 0 leite de Cabra , he de mediana confi-
prinum. rtencia, nem taõ crartb como o de Vacca , e
Ovelha , nem taõ tenue como o de Burra :
coze-fe bem no ertomago , nutre moderada¬
mente , e he o leite de que commummente
fe tira o Soro para o ufo da medicina, que
dos mais naõ o coftumaÕ mandar dar , e ab-
Scrum folutamente dizendo, Sor&\ fempre fe deve
abfoiutè. entender o que fe tira do leite de Cabras. O
Lac Ovil * Leite de Ovelhas nutre mais que o de Cabras,
liura.
tem maisqueijo, e menos manteiga , e por
ter mais partes cafeoías * he crartb, coze-fe
*.■3 UteH mais de vagar , nutre bem , porém ha de fer
fem mifturade leite de Cabras,nem de Vac-
cas: defte leite fe faz o famofo Tabefe em
Odivellas, donde vem cm quartinhas de bar-
ro , e he bom alimento para os faõs, e tam-
bem regalo para os golofos *. o quefei certa-
mente he , que efte leite artim tubefado, du-
ra fem corsrupcaõ mais de tres dias, confer-
vando fempre o faibo puro , e bom. Serve o
leitq de Ovelhas para as queixas da Ourina ,
affim como.na dyluria, e o mierto fanguineo.
O Leite de Vaccas, nutre mais, que o de Ca-
Lac Vac
ciuuta. brasü, e Ovelhas, porque he mais pingue,
crafíb, e mais butyrofo que todos os outros,
e por efta caufa mais nuttiènte, e fubftancial,
que os mais: o ufo delle he bom a quem tem
boa faude ,'tomo faõ também os mais leitesf
he conveniente aos achadados de queixas,
procedidas de humores cálidos , e tenues,
como faõ os ertfllicidios fiorolos , diarrheas
biliofas , tóces feccas, e convulfivas, e para
os gottofos$ porém naÕ devem ufar defte lei¬
te os achacados, fem primeiro terem o efto-
mago muito limpo, e de quinze em quinze
31
dias o mefmo leite tomando-o adoqado,com
huma onqa ou onqa e meya de Xarope Áu¬
reo , que fe affim fe naõ faz , em lugar de au-
gmentar a faude,a diminue. O Leite de Bur- Lac
ras , he mais foroíb e delgado , que os mais ninunK
leites: Naõ ierve para os fáos, porque naõ
tem a coniiftencia, e o gofto dos mais leites.
Laxa o ventre , he bom para os ardores da
ourina , tóces feccas , e convulfivas, para os
tabidos, e tificos do peito , para cólicas be-
liolas iétericias, e para os achaques, que pro¬
cedem de humores quentes, acres, e morda¬
zes , precedendo primeiro boa preparaqaÕ,
fazendo o mefmo , que advirtimos acima no
ufo de leites de V accas.
E P 1 T H Y M 0.
a5 Pithymo he huma planta filamen- Epíthy-
Fi tofa, femelhante a cabellós, de côr nrium,.
ruiva,declinante a pardo, de hum cheiro for¬
te, crefce embrulhando-íe em algumas plan¬
tas, e parece, que da fuá cafca fe produZ, por¬
que nem raizes, nem folhas tem : no alto de-
fta planta tem huma cabecinha , que parece
flor, a qual fahe dos roefmos filamentos, e
quando lè apanha vem com ella muitos mi-
fturados: a flor he branca declinante a ver¬
melha^ fuppfto o Epithymo fecria em mui¬
tas plantas, o melhor he o que nafee, e fe em¬
brulha com o Thimo , ou Tomilho , e que
tem as cabecas, ou flor, affim como as da Se-
gurelha, nafee em Candia , Veneza, é Cre¬
ta, onde o ha bom , e todo o que fe cria em
paizes quentes he o melhor $ entre nós naõ
falta Epithymo , que o trazem os erbolarios
de Cintra", e he o que aqui fe gafta $ porém
nao he taõbom como o de Creta , e de ou¬
tras partes , que por ferem paizes mais quen¬
tes fe cria perfeito. Mefue fallando no Epi- jvicfue.
thymo diz, que o melhor he o que nafee em
em Creta , e que tem a côr quafi vermelha ,
que atira a roxa, o cheiro agudo: O fegundo
lugar tem o que iráfeè em Sirra , más tem
menos côr, demais dirtb ha de fer pefado ; a
melhor parte delle faõ as extremidades grol-
fas, que tem Íémelhanqas de flores; o que he
meyo amarello naÕ he bom. Os modernos
dizem, que fe deve elcolher o Epithymo,que
for novo, muito limpo dos filamentos, in-
teiro , e com hum cheiro forte : contem cita
flor muito fal eftencial, e oleo exaltado. He
aperitivo o Epithymo, arthetico, laxa o ven-
tre algum tanto,purifica o fangue, heutilaos
melencolicos, ferve para as farnas, e coqeiras,
para os Rheumatifmos, e gotta, toma-íc em
infufaõ,ou em pó a quatidade,que quizerem.
EUPATORIO, DE AVICEN J.
ty T7 Upatorio he huma planta , a que Eupato-
Jjj Avicenacllamía , Eupatorio, e diz, rium.
que efte nome tomótíde hum Rey, chama¬ Agcratu.
do
 32 Pharmac. Lufit. Augttient. Trat. I*
do Eupator , que foi o primeiro , que uiou a e irelcos, e nas bordas dos caminhos ; dá a,
dita planta; a qual beramoía, e tem hum tal- floramarella, e depois lhe ficaõhumas fe-
lo de altura de dous até quatro palmos, di¬ mentes como granitos de uvas, e ainda mais
reito , redondo', lanuginofo , de hum verde pequenos : a raiz he comprida , dcgroifura
purpureo , cheyo de hum miolo branco ; e medíocre ; a cor pardacenta por íóra, e den¬
tem o cheiro aromatico , e fuave ao olfato ; tro branca ; tem oleo , pouco fal efiènciafie
as folhas fahem de efpaqo em eípaqo, a mo- pouca fleuma. He deterfiva, è adílringente,
do de molhos, compridinhas, ponteagudas, purifica o langue, he boa para os achaques
adentadas , felpudas, femelhantes ás do li- do fígado, e inflãmaqoes da garganta: ufa-fe
nho canhemode , faibo amargofo :v As flores em cozimentos , gargarcjos , ajudas adítrin-
faõ huns ramalhetes retalhados na parte fu- gentes, e nas apozemas
penor, do fundo dos quaes, fahem huns fios L O S N A,
compridos, de côr branca, que declina a pur¬ li Ofna he huma planta de todos Abíln-
purina , tanto que a flor acaba apparecem L muito conhecida, da qual ha va- duiim,
huns graõs, ou femente agra; a fua raiz he fi- rias efpecies, porém fó trataremos de huma
lofa : contem a planta muito oleo , e lai ef- que he a que ferve no ufo da medicina; a cila
fendaljalguns chamaÕ a efta planta Agrimo chama Joaõ Bauhino na fua hiílotia das piá-
nia , porém naõ he a mefma, que a Agrimo- tas, Âbfinthium vulgare majus. Lanca a Lofna
nia he de todos bem conhecida , e muito di- muitos tallos, de altura de trcs * quatro pal-
verfa no feitio;e affim o Eupatorio he aquel- mos e mais, ramofos, lignofos, e brancacen-
la planta cheirofa, que Vefpera de S. Joaõ, e tos; as fuas folhas tem femelhanqa ás da Ar¬
em outros dias trazem a vender á feira , mi- temija > mas faò mais retalhadas e miúdas,de
ílurada com as hervas, que vulgarmente fe côr brancacenta, com o cheiro forte e aro-
chamaõ Hervas de S.Joaõ , e alguns lhe cha- matico , o gofto amargo; os feus ramos faõ
maõ Herva de San ta Kunegundesje he a me- guarnecidos ao redor de hum grande nume-
fma que Mefue traz eílampada,Diofcorides, ro de flores, de que depois fe fazem huns bo-
e outros muitos; e da Agrimonia trataremos toes pequeninos de côr dourada , que a feu
no numero feguinte.Ao Eupatorio, que dei- tempo ficao che.yos de huma femente miu-
xamos efcripto, chama Joaõ Par lcino no feu da; a raiz he groíta e lignofa jcria-fe emjar-
Paraifo terreílre : Eupatorium Cannabinum: dins, e em outras muitas partes : Os Grego*
Joaõ Gerardo na hiíloria das plantas diz , lhe deraõ efle nome,formado da partícula ay
Eupatorium Mafculum : Roberto Dodoneo, e de Pinthion, que vem do verbo Grego Pino,
Pfeudo , Epatorium : e Mathias Dodonio , que quer dizer Bebo , porque he planta taÕ
Eupatorio vulgar : e Jeronymo Trago na hi- amargofa , que com difficuldade fe pôde be¬
ftoria argentina lhe chama , Herva de San¬ ber o feu qumo , ou o liquor em que fe co*
ta Kunegundes. He o Eupatorio aperitivo , zeo ou infundio. Mefue diz , que a melhor Mefue»
attenuante, adílringente , vulnerário , pro Lofna, he a que nafee longe do cheiro do
prio para as cachexías , retenqaõ de mezes, e mar, e a que nafee cm terras livres, e tem as
achaques do fígado ; dá-fe em cozimento be- folhas brancas , brandas e largas; a que tem
bido , ou em fomentaqaõ. as folhas afperas he má ; o melhor tempo de
Agrimo¬
nia. H
27
AGRIMONIA. fe colher heo Veraõ, c a obra de feu qumo
E a Agrimonia huma planta de femelhantemente. NoPorto, e em muitas Afmtre.
altura de palmo até dous,ou pou- partes da Província de Entre Douro e Mi-
co mais, com as folhas compridas poílas em nho, chamao á Lofna vulgarmente Afmtro ,
boa ordem , porque tem huma de huma par- palavra dirivada do Latino,. Âbfinthium ; he
te , outra da outra ; e fahe da terra em hum vulneraria, fortifica o eílomago, ajuda a di-
fó tallo , do qual nafeem vários ramos, em geílaõ, excita a ourina , provoca a conjun-
que ás vezes fe vem algumas folhas poflas qao menfal, c mata as. lombrigas ; dá-fe em
em fónha de Rofa; as folhas fempre tem ao cozimento* , ou em pó ; confta de muito
redor alguns biquinhos ou pontinhas, humas fal efíencial, c algum oleo com porcaõ de
mayores, outras menores: e ainda que La¬ fleuma.
guna quer confundir efta planta chamando- ROSMANINH 0
lhe Eupatorio , ou Agrimonia , parece nos E o Rofmaninhohuraa bella plíi- Soachas.l
havia de moftrar outra eftampa , que a que H
*9
ta , á maneira de arbutlo de mui-
traz he a da mefma Agrimonia que fe ufa na tos ramos,de altura de hum palmo, até dous,
medicina: Dodoneo, e os mais Botânicos to- muito lignofos, divididos em outros rami-
dos trazem a,mefma eftampa, e nos naõ fica nhos pequenos; as, folhas faõ femelhantes ás-
razaõ alguma de duvida: crefce a Agrimonia da Alfazema , mais pequenas , eílreitas e
nos campos femeados,q em lugares fombrios brancas j nas pontas dos ditos raminhos fe
_ criaõ
 Da Diffin. 3os Medícani. e íua eleição.
criu5 humas efpigas ou cabeças compridas,
c eicamolas, e caüa huma delias cm feu tem-
po tem huma flor em fôrma de ramalhetç,
guarnecido de lolhiahas bem compoíias e
agradav.eis, de cor purpurina declinante a
azul ou roxo , cada huma deltas flores tem
tres ou quatro lementes quali pretas, den-
tro de hum copinho, que he o em que fe fu-
lienta a flor, as raizes fao muito lignolas:
toda a planta tem hum cheiro aromatico,
e o goílo amargo, algum tanto acre : crelce
nos montes deite Reyno em muitas partes $
a eíta planta chamao Sthacas , porque nas
Ilhas antigamente chamadas Sthacadas, e
hoje Yens , junto a Marcelha de França fe
criava muita quantidade deita planta, e don-
de primeiro lhe acháraò a virtude mediei-
nal. Sthacas vulgaris lhe chama Joaõ Par-
kilbno no leu Paraifo terreítre: os Arábigos
lhe chamao AJihocadas: e Joaó Gerardo na
hiítoria das plantas, Sthacas jive Spica hor-
Mefue, Uiíana. Mefue diz , que o Roímaninlio, que
os Médicos louvaõ he o Arábigo, e he plan-
ta de folhas íubtis, e de côr de cinza , e alta
de covado , e tem as flores femelhantes.ás
efpigas dos Salgueiros, mas mais pequenas*
o melhor he o Arábigo , e a melhor parte da
planta faô as flores, depois as folhas. Üs mo-
dernos dizem, que o Rofmaninho fe deve
efeolher o que tiver as efpigas ou cabeças
groflas, bem nutridas, e com muitas folhas,
equefeja muito cheirofo, e colhido daquel-
le anno* porque tanto que he velho, perde o
qheiro e a côr, e fica fem virtude alguma , e
por eíta razau nao devemos efperar , que da
Arabia , ou de outros Reynos tragaô o Ro-
fmaninho, que o que achamos nos .tnontes
do noflb Reyno, he bom, e o ha, e ern quan-
tidade * contêm muito oleo exaltado •, e fal
volatil. He o Rofmaninho attenuante , de-
terflvo , aperitivo , cbphalico, e hiíterico",
fortifica o cerebro , excita a ourina , provo/
ca a conjunção menfal, refiíte ao veneno, e
desfaz a melancolia * ufai-fc em cozimento j
ou a fua infufaô , ou o .pó das flores.
M 0 -L A R I N H < tem os tallos deitados , e a folha he de hum
3° Olarinha: he: huma herva., bem
Fumaria,
fcu Fu- M conhecida.’e*muito commua,
mus ter¬ que lança muitos tallos de altura de hum
iam.
palmo ou palmo e meyo, e mais quartelia-
dos ou efquinados, oceo^pov dentro, de côr
em parte purpurina ,:e'.em parte verde bran-
cacenta , as foihas-fao-recortadas, miúdas ,
pegadas aos tallos, ou ramos , que fao an-
giilofos,de côr verde-marras flores taó feme-
lhantes a efpigas pequenas, compoíias cada
hurna de dunsfolhas.y que ordinariamente
íaõ purpurinas , ou violladas, que/atiraõ a
amarello , e outras vezes fao todas brancas:
•/.
33
tanto que a flor lhe cahe apparece huma ca-
plula membranola, redonda, ou comprida, a
qual tem dentro dous graõs ou tres miúdos,
e redondos* a raiz he mediocremente grof-
fa, branca, guarnecida de algumas fibras * to-
da a planta he hum pouco amarga, e de máo
golto: Crelce nos campos, nas vinhas, e nos
Jardins, em partes freicas: contêm muito fal
cíTencial, oleot, e fleuma! Mefue diz, que a Mcfu©.
melhor Molarinha he a tenra de eôr verde,
que tem as folhas lifas e tenras, e a côr da
flor a modo de viollada.Chama-le a eíla plan-
ta Fumaria, porque qualquer pinga do leu
çumo que caya nos olhos, os faz chorar, co-
mo fe nelles entraiíe fumo.Puriticao fangue,
provoca a Purina, ferve para os achaques do
baço , eicorbutos , e para toda a efpecie de
iarna, comichão ou coceira, ufada em cozi-
mento, ou em conferva da fua flor, ou fo¬
lhas. Hum certo Audtor moderno fallando
na virtude deita planta diz, que o çumo del-
la milturado com alguma porção de goma
arabia, qne impede nao nafça o cabello, nem
crefqa.
ZARAGATO A.
31 Aragatoa he huma planta , de que pfyiiium
/ a ha tres efpecies , lança hum tallo prirnum,
de altuiu.de hum palmo, redondo,hum pou-
co afpero, lignofo, e quafi vermelho junto á
raiz, dividido em muitos ramos pequenos j
as folhas faô corçipridas, e eflreitas , pontea-
gudas, felpuda^ retalhadas, e nervoías* nas
pontas dos ramos tem humas cabeças ou
efpigas.curtas , a qüe eítaô pegadas humas
flores pequenas de côr amarella defmayada,
e algum tanto alvadia* cada huma deitas flo-
res tem hum cano ao alto cortado por qua-
tro partes, no qual quando a flor cahe , fe
lhe vê huma cafca cheya de fementes miu-
das, compridas, lifas , refplandecentes, e
bem feaielhantes ás pulgas, o goíto he doce,
as raizes faõ compridasmiúdas, e fibrofas*
eíta he a primeira efpecie de Zaragatoa : A PfylJium
fegupda efpecie de Zaragatoa fe parece mui- fectmdu.
to á primeira na flor, frudto, e femente, mas
verde alvadio: A terceira efpecie , que he a Pfyliíum
mais commua, tem os tallos guarnecidos de tcrtíuna,
folhas, poítas aos pares, quafi femelhantes
ás dòHyfíòpo mas mais eítreitas,e nervofas,
como as de Tanchagem de folha pequena * á
todas as tres elpecies fe apropria a palavra
Pfyltiitm,dirivado do Grego Pfyt!a}q\ie quer
dizer pulga , porque-.eflà femente tem muita
femelhança com as pulgas. Todas às efpecies
de Zaragatoa crefeem natmalmenté em cam-
pos e lugares incultos , pelas bordas dos ca-
minhos, é também perto domar, e em al-
gunaa' parte afemeab pára terem femente
F em
 54 Pharmac. Luíit. Angment. Trat. I.
em mayor abundancia. Mefue diz, que a Za-
ragatoa he das medicinas,que alteruõ a com-
preiqaõ , e que purgaõ lambaticando , e que
delia huma he branca, outra tubnigra, e ou-
tra que declina a cor ruiva, e que a melhor
he a bem madura, groíTa,e que íe vay ao fun-
do da agoa, e parte da planta, de que fe ufa,
he a temente. Ós modernos dizem, que a boa
Zaragatoa he aquella, que he mais frefca ,
que naõ paíTa de anno, que he bem criada e
muito limpa, de forte, que naõ tenha miftu-
ra de outras tementes, e doce ao goftoj con-
íla de muito oleo, e algum fal volátil, e'et-
fencial. He muito mucilaginofa, deterfiva ,
laxativa alguma couta tomada em pó : Com
agoa quente fe tira delia huma mucilagem,
que ferve para os que lanqaõ efcarros defan-
gue , para os eftillicidios, e gonorrheas $' e ti-
nalmente fe fervem muito delia para abran-
dar as feccuras da bocca aos febricitantes.
H Y S S 0 P 0. ;
Hyflbp. 32 T T YíTopo he huma plantà , que lan-
XjL qa muitos tallos de altura.dp hüm
palmo até dous e mais, duros, ramofos, re-
veílidos de alto a baixo de folhas compridas,
e eílreitas : As flores nafeem a modo de dpi-
gas de huma bella côr azul celefte fobíe ver-
melha, e algumas vezes fuccede ferem cílira- .
quiqadas , mas poucas , depòis dá flor fe lhe
fegue afemente mettida em huma capfula ,
a qual tem o cheiro algum tanto aromaticoj
a raiz he como hum dedo:toda a plárita prin-
cipalmente quando eílilem flor he aromati-
cade humagradavel cheiro, ogoílohe hum
pouco acre , cultiva-fc em Jardins, florece
em Junho , e entaõ fe colhe para fe guardar,
contém muito oleo exaltado, e fal volátil, c
HyfTopo eíTenciaí. Tàmbeiti; nos campos fe acha Hyf-
SyJvcllr. fopo Sylveftre, he domei mo feitio em tudo ,
porém menos alto com as folhas mais per>
quenas, e còmo he muito aromaticoy dizem’
que tem as rtiefmas virtudes, porém o Hyf-
fopo commum, de que fe ufa, he o.que feie-
meya nas hortas, que o ‘dos campos he.pou-
qüifllmo , e com diflieuldade fe acha.sO me-
lhor he o mais frefeo , e que tem muita fo-
Iha e flor, que por eíla caulVfe deve apanhar
quando eflá florido, e em feu vigor : A pala-
vra HyíTopo diriva-fe do Hebraico Ex0á,que
quer dizer herva de bom cheiro. He o Hyf-
fopo incifivo, aperitivo, digeftivo, deterfrvo,
vulnerário,fortificáte,proprio para a aílhma,
e para todos os achaques do peito.
V I 0 h A Séi
Viola. 3 3 T T E eíla planta taõ conhecida, que
A A: parece efeufado efcrevc-la v po-
vêm comó tem tanto gaílò no ufo da medi-
cina, faz-fe precifo fallar nella : A Viola he
huma planta humilde^, que da fua raiz lanqa
* .
muitas tolhas, quafi redondas como as da
Malva commua denteladas ao redor , lanqa
muitos braços eílendidos pelo chaõ,e alguns
íobem ao alto, e delias fahem as tolhas, e as
flores emcima de huns pés delgados, que tem
nas pontas hum botaõ agudo , de que tahem
as flores, compoílas cada huma com cinco
folhinhas, de huma agradavel cor roxa, que
atira a azul, e quanto mais roxa a flor, tanto
melhor, e he de hum cheiro fuaviílimo , na-
fcem em jardins aos pés de paredes cultiva¬
das, e naõ cultivadas, e em hortas, e lugares
frelcos e fombríos: Tanto que a flor caheap-
parece hum botaõ pequeno , ou folinho, em
que fe encerra huma femcntc miudinha,qua-
íi como a de Coentro mais eíbranquicadaj as,
raizes faõ íibrofas. Mefue diz, que as melho- Mefue.
res Violas faõ aquellas, que fe colhem antes
que o Sol , ou chuva lhe refolva a fua virtu-
de: Muitas catlas fe achaõ de flores, também
chamadas Violas, que vem no Outono , e
em outros tempos do anno , porém naõ fer-
vem para o ufo da medicina , e aflim fallan-
do-fe em Violas, ou Violetas fe entende, que. Violetas,
íaõ as Rofas, de que tratamos: eflas flores
prifteipiaõ em Marco,e algumas vezes antesj.
as que tem menos flores mais pequenas,mui-
to chéirofas com a côr roxa bem fubida , faõ
as melhores, conílaõ de muito oleo, efal ef-
fencial. Saõ as flores muito peitoraes cor-
diaes, adocicantes, e hum pouco laxativas $
as folhas faõ emollientes, humeólantes, e re-
folutivas: A femente he purgativa , princiv
palmete dos humores, que cahem nos olhosj
toma-fe em pó de huma oitava até tres.
AVENÇA.
34 A Venca he planta, que lança mui-í Adiantu
xjL tos tallos delgadinhose negros j.Capillm
que fe repartem em raminhos.fubtilifllmos. Venerl5*
Gilbertos de muitas folhas, fernelhantes á do
Coentrò, quafi triangulares, recortadas,mói-
les, brandas ao.taólo , chéirofas.,; e de borrt
gqfto;naõ dá flores: diz Turnelbrt, que.com
hum Microfcopio Jhc vim hum* certo fru&o.
nas dobras das extremidades das’ folhas, a,
modo de capíulas efphericaSjVchamaõ-lhe A-
âiantim como quem diz, pldhta que fe naõ,,
deixa molhar y ema* verdade, que parece he
ingaíla a agoa , aó pé da qual nafee 5 porque *
dèpois de colhida mettendo-a nellamil ve-
zcs, fèmpre lahe, muito enxuta, como que fe
tal banho naõ paflaíTe por ella : também lhe
chamaft Capillus Veneris, porque os tallos
em que fe ratiflea. faõ pretos como cabellos;
o fobrenomede Venus, querem alguns fe lhe
pufcfíe,por fer vir. mui to eíla planta ás mu-í
lheres , para as aliviar das dorefc de fobre-i
parto; Mefue diz, que á Avença chamaõ al- Mefue.
guns cabellos de fonte, e outroiCoeritro de
poqo,
 Da Diffin. dos Medicam, e fua eleição.' 35
pôío, e que a melhor he a que tem as folhas as flores brancas; A melhor raiz do Lirio Fio- íris alba
verdes, e que cria bem todas as partes da me- rentino he a branca , pelada compa&a, com Florcnt.
fma planta , e a que he muito íubtil, e citri¬ o cheiro de Violas, o faibo picante , algum
na naõ he boa : a melhor Avença como di¬ tanto amargo 3 a efte Lirio chamaõ alguns
zem os modernos, he a nova , ou frelca co¬ íris alba Florentina: He efta raiz inciflva, at«
lhida de poucos dias, que feja verde, cheiro- tenuante, emoliente , e deterfiva $ facilita a
fa, inteira e branda ao toque, coníla de mui¬ refpiraqaõ, refiftc ao veneno, provoca a ou-
to oleo ,e pouco fal: he peitoral, aperitiva, rina, mafeada faz bom cheiro na bocca $ po¬
excita os efearros, adoça aacrimonia do fan- rém deve fer nova, e que de nenhuma forte
gue, e ferve para todos os achaques do peito. feja picada , que efta naõ prefta: Mas íaÕ as
LÍRIO R O X O. duas efpecies de Lirio , ou íris, de que trata
tris ml- 35 /~\ Lirio roxo,de que commummen- Melue. Quando para alguma medicina leLilium
garis. V7 te fe ufa, c de todos bem conhe¬ pede Lirio branco fe entende a Açucena de abumab*
cido pela formofura de fua flor, chamada todos bem conhecida, aflim o affirma jero-folutè*
íris pela variedade de cores que tem feme- nymo Brunfvicenfe no feu Livro de plantas
lhantes ao Arco celeíle , a que o vulgo cha¬ por formaes palavras: Qubd ubieumque in La¬
ma Arco da velha : tem efta planta as folhas tina lingua Lilium abfolute pomtur jntelh o-en-,
compridas de dous dedos, ou pouco;menos àum fu per illud Lilium candidum , quod Omni-
de largo , as quaes acabao em agudo como bus hotijjimus eft.Et quod caruleum Lilium Íris
ponta de efpada, fahe da raiz hum tallo, que Latino nomine dicatur. Na terceira cafta de
tem alguns nós, e de altura de dous ou tres Lirio naõ falia Mefue, efte he aquelle, a que
palmos, e em cada nó lanqa fua folha ; as de¬ Theodorico Dorftenio chama Lirio Conval-
cima faõ mais pequenas que as debaixo , de- le , o qual lanca da raiz hum ló tallo , e da
íle tallo fahem alguns ramos, nas pontas dos mefma raiz, donde fahe o tallo,vem também
quaes dá a flor de côr roxa com variedade de tres ou quatro folhas compridas, largas, e
outras, e pela parte debaixo alguns flos bran¬ ponteagudas 3 e no alto do tallo lanqa cinco
cos a modo de veyas, ordinariamente fc di¬ ou leis flores, que totalmente fe naõ abrem,
vide a flor em cinco , ou íeis folhas, que de¬ c fc criaõ viradas para aparte inferior, fa5
pois de cahidas fe moftraõ humas fementes: brancas, e de hum fuaviflimo cheiro , a raiz
A raiz he comprida, grofía, carnuda, coberta he comprida e grofía, da qual lanqa outras
fó de pclle, e cheya de nós, por fóra parda¬ mais delgadas,porém naõ tem cheiro algum:
Mcfuç. centa , e por dentro branca. Mefue diz,lque As flores defte Lirio corroboraõ o coraqaõ, o
do íris, ou Lirio ha duas efpecies, hum roxo, ccrebro, o baco, e he utiliflima em todos os
outro branco, o que tem a flor branca he achaques capitaes, e he hum bom contrave-
mais debil na fua operaqaõ, e das duas efpe¬ neno 3 dá-fe em pó, ou em infufaõ a quanti¬
cies he melhor o que tem a raiz branca decli- dade que quizerem , muitas mais efpecjes de
nante a vermelha , grofíá , e dura , e algum Li tios de varias cores ha em que naõ falía¬
tanto aromatica , aflim como as Violas pro¬ mos , por naõ terem ferventia no ufo da me¬
priamente, e que tem o faibo mordicante, e dicina.
que tem muitos nós juntos, a melhor parte C A R T HA M 0.
da planta he a raiz , depois a flor , e fc deve 3 6 /"'\ Carthamo he huma planta, que Cartha*
colher no principio do Veraõ. As melhores tem fó huma haftia redonda, é du¬ tnus.
raizes fa6 as mais groflás,bem peladas,ecorrç- ra , que na parte fuperior fe divide em mui¬
pa&as, e que tenhaõ muitos nós) confta de tos ramos, veftidos de folhas compridinhas
muito fal, e oleo: Saó as flores do Lirio in- ponteagudas, e armadas de efpinhos uo re¬
cifivas, aperitivas, e ccphacas, a raiz fréfca dor , bota humas flores a modo de alcacho¬
purga por baixo , e por cima as forofidades, fras, ou ramalhetes de côr açafroada \ quan¬
he util nas hydropefias, tomando-fe huma do a flor lhe cahe fica o botaõ cheyo de fe-
oitava até duas do leu qumo frefeo j o pó da mente alguma coufa mais grofía , que os
raiz fecca he muito bom efternutatorio. Fal¬ gvaõs de fevada, muito branca,refplandecen-
ia Mefue na eleiqaÕ da raiz do Lirio em hu¬ te , e oleofa 5 a raiz he muito pequena , cria-
ma cafta delia, que he muito chéirofa ; efte fe nefte Reyno em muitas partes cultivan¬
fcyrfo -Lirio he aquelle que por vir de Florenqa, e do-a, e alguns pobres fe fervem da flor em
fíorcnL -haver muitos nos campos daquella Cidade lugar de Aqafraõ, e também os Tintureiros,
fe chama Vlorentino: He efta raizbiíanca , e os que fazem as tigellas de côr fe aprovei-
comprida, da grolíura do dedo polegar, e em taõ delia; tem muito oleo , e fal volátil. Mc* jyicfue<
abundancia a tem os Florentinos fem cultu¬ fue diz, que do Carthamo ortenfe, ou do-
ra alguma ; o tallo fe parece com o do Lirio meftico, a melhor parte da planta he a fo¬
roxo, porém tem as folhas mais eftreitas, e mente , depois a flor , c a femente , que hc
E3 bran-
 36 Pharmac. Lufit. Àugment. Trat, I.
branca, larga, groíTa, e cheya $ e por dentro
untuofa, pingue, e a calca tenue,que he boa,
e a flor,que he boa,he aquella que he como as
folhinhas do Acafrao. Delta planta para o
ufo da medicina fó fe gaita a femente., ea
melhor he a que he nova,grofla,e bem cheya
de miolo: chama-fe Carthamo dirivado do
Grego Caàairein, que quer dizer purgar. A
femente do Carthamo he purgativa, própria
para purgar a fleuma , e ordinariamente en-
tra em alguns compoítos; o qumo da flor cji-
zem alguns que miíturado em caldo degaíi-
nha purga a fleuma muito bem.
Centau-
rium.
D
37
CENTAURE A.
E duas efpecies dc Centurea faz
menqao Mefue no livro dos Sim-
, e luzidias envoltas humas nas outras, pega»
Centaur,
plices, a faber, Centáurea mayòi> e Gentau-
maius.
rea menor; e os modernos enflnaó omefmò,
e dizem que a Centaurea mayor he huma plun-
ta que deita os tallos altos, redondos, direi-
tos, ramofos, guarnecidos de humas folhas
compridas, divididas em muitas partes, re-
cortadas nas extremidades, cujas humidades
fuílentaõ humas cabeqas, das quaes fahem
huns ramalhetes de flores azues, tirantes a
cor de purpura; a raiz he comprida, carnofa,
e fácil de quebrar, pardacenta por fóra , e
ruiva, ou tirante a vermelha por dentro ;■ de
hum goíto agro-doce , com alguma adítricw
qaÕ : e£ta planta fecria inculta em lugares
montanhofos eafperos ; comem muito lai
e oleortodos os modernos com Valerío Cof-
do , e Diofcorides aííéntaõ que eíta Centair-
rea mayor he a mefma planta que dáq raiz,a
Rhapont.que fe chama Rhapontico das Boticah; e Le-
mery fallando nella diz Khapcnticum PJnir-
niãceuticum , e ninguém duvida que o Rha¬
pontico que fe ufa he a Centaurea mayor;eíta
raiz he vulneraria , adílringcnte , gaita as
obílruccoes, excita a ourina , hé boa para as
hemorl hagias, e para fazer parar. -os curios.
Centaur. A Centaurea menor, a que os Latinos também
minus. chamaô Fél terra., porque he fummamem
te amarga , he huma planta bem conhecida
de todos, a qual lanca huns tallos pequenos^
-lifos , é angulofos, com humas folhas, que
vem fahíindo da raiz, e outras que fe arru-
ma5 no tallo,duas e duas em oppofiqao: lan-
qa as flores muito juntas humas ás ostras, de
cor vermelha , e algumas vezes brancas, ou
com miílura delias, agradaveis á-villa; quan-
do a flor cahe , lhe fuecede hum fpu&o oval
comprido, da groflura de hum gra5 detrigo,
que fe reparte em dous fólles, q eítaõ cheyos
de femente miúda:- a raiz he pequena, ligno-
fa, e inflpida , crefce em terras feccak, è are-
nofas, tem muito fal, e oleo : He a Contau-
rea menor deterfiva , aperitiva , vulneraria^
fudorifera , febrigafcorbutica r e utiliflima
. .1 u 'l
nas febres terqans e quartans ,* fempre fe de-
ve ular da flor,que he fó a que ferve, e a mais
parte da planta he inútil; as flores piladas fao
contraveneno , e boas para íe pôrem exteri-
ormente emcima da mordedura de caó dum-
nado , ou bicho peqonhento.
SERPElSiTARIA MAYOR.
38 \ Serpentariamayor he huma plan- Dracun>
jlX. ta, que lanca o tallo de altura de çulusma-
mais de tres palmos de comprido , direito , ‘or-
cuberto de huma cafca pintada de manchas, *
que reprefenta apelle de huma cobra, ou ’1
Serpente ; as folhas faõ eítreitas, retalhadas, - ,
das a huns pés compridos: a flor he huma fó
folha comprida cortada a modo de lingua, e
roliqa como canudo , verde por fóra , e pur*
purearpor dentro, com hum máo cheiro $ no
meyo delta flor fe levanta hum certo páofi-
nho , femelhante ao de Jaro na grandeza , e
todo cercado de hum fruéto, a modo de fe-
mente amaiella ; porém muito pequeno , ç
fe tçrmina em forma redonda , que parece,
maõde gral pequenino ; depois de cahida a
folha deites taes fruétos amarellos, fahe hum
bago, o qual eítando maduro dá duas femem
tes .redondas : a raiz he groíTa quafi redonda,
carnuda , de côr amarella eíbranquiqada , e
por dentro branca , de hum goíto acre , que
jqueima, crefce em lugares fombrios, princi-
-palmente em paizes quentes, conítademui-
totial eflencial, e fixo , com porqaõ de oleo:
as* folhas delta planta fervem para as morde-
-duras de bichos peqonhentos, pifadas polias
e.mdrna das feridas: a raiz he purgativa, def-
pcga.,.e desfaz os humores groíios , e purga
os vifcoíos ,.pituitofos, forolos, e he contra
veneno ; dá-fe fecca de hum efcropulo até
'huma.oitava. Alguns querem que a Serpen- Serpcnt.
taria menor feja. o noífo vulgar ] aro ; porém rainor.
naô hé allim,porque eíta confórme a opinião
dosuhais modernos Rerbolarios he huma e-
ípecjede Abrotano, a qual os Francezes cha-
*hao Auromie , cultiva-fe em Jardins , lanca
muitos tallinhos, 011 varinhas, delgados, an-
gutofos., ramofos guarnecidos de muitas fo-
lhas compridinhas e eítreitas como as do li-
nho ; de côr verde efeura , e luzidia , de go-
ílo picante aromatico, acompanhada de cerT
ta doqura agradavel femelhante ao da lierva
doce ; as. flores nafeem na ponta dos ramos
como. asi do ordinário Abrotano mas mais
pequenas, e farmaô em roda hum ramalhe»
te ,ldb qual depois de cahida a folha appare- .1-13 íe i
cem ihumas fementes miúdas, que fe criao
dentro em hum fruéto redondo, e efeamo-
fo; a raiz he comprida que lanqa alguns bra.- Dracum-
qos :■ cúltivaô eíta planta nos jardins, e em ^uJu5r
hortasyporque quando he tenra,fe come mi- horU 1S*
ítura-
 Da Diffin. dos Medicam, e fua eleição.
flurada com cellada, contêm muito fal, e
oleo : alguns chamaõ a efta planta Serpenti¬
na feguindo a Manoel Thomás na fua Infu-
lana, poema heroico do defeubrimento da
Ilha da Madeira livro 4.oitava ioá.,onde diz.
A Horteláa defeobre a crueldade, A Ser¬
pentina defcontentamento, e a Malmequeres ju-
Jlo fentimento. He efta planta muito cordeal.
ílomacal, iucifiva , deterfiVa, fudorifera, e
aperiente $ provoca o apetite de comer, des¬
faz os flatos,, e.mafcada he boa para os efeor-
butos. >q
PEDRA ARME NA.
Lapfs Ar-- 35? A Pedra Armena he de differentes
menus. JljL figuras, e grofluras, mas ordina-
c riamen te he redonda pouco igual, da gran¬
deza de huma Avellãa , ou pouco mayor; de
cor azul,, verde , e branca, reíplandecente :
i algum dia vinha da Armênia , e hoje fe acha
quantidade em Alemanha no Condado de
Tyrol , e he menos azul, que a da Armeniaj
tomou eflé.nome,porque os Armênios foraõ
fclefue. os primeiros, que a delcobriraf). Mefue diz ,
que a Pedra Armena, que tiver a cor verde,
e terrea efcura, e com manchas verdes, e ne¬
gros diflindtos., que nao tem a dureza da pé-
dra , antes fe faz era pó com.facilidade , e a
que he branda ao taóto he a melhor; eíta pe¬
dra tem fuas femelhanqas com o lapis lazulis,
porem nao he tao azui, tem mais de verde ,
que azul, e fe deve efeolher, a que aflim for,
eque tiver em fi menos impui idades. Efta
pedra hedeterflva , e.defeccatíva applicada
exteriormente 5 e preparada fe póde dar aos
maníacos para os purgai: que he excedente
para o dito achaque, e do da malancolia, dá-
fe de hum elcropulo até quatro»
LAPIS tL AZUL L
Lapis La- 40 A Pedra chamada vulgarmente La¬
zuli. jLjl pis Lazuli, Cantleus, on Cyaneus
Cyaneus. jie ]luma pédra de differentes grandezas, em
wulcus jjQçgjos grandes, e pequenos, he de cor azul,
pefada , opaca, iemeada de algumas ponti¬
nhas, ou granitos de ouro,ou de cobre; acha-
fe efta,pedra nas índias, e Perfla , nas Minas
do ouro, delia fç faz aquella excellente tinta
chamada ultramarino, de que muito ufaõ os
Mefue pintores. Mefue diz que a Lapis Lazuli, que
for de cor verde , e azul, que tiver humas
manchas de cor de ouro, e dura,he a melhor;
a que tem.huns rayosfmhos a modo de fogo,
e que he brapda,naõ he boa. Lapis Lazuli dc-
riva-fe: do Ai-abigo A%ul ou do Hebreo l%ul:
cm Franqajunto a Tollon, e em Alemanha,
e outras partes da Europa Me acha apedra
* ' Lapis Lazuli, porém nao he íáo boa; quando
fe comprar feja a que tiver a cor azul muy fu*
bida, com as; manchas de ouro , e que naô
tenha miftuia .de alguma area. j ou terra por,-
/
37
que na boa que vem da índia, e Perfla,fe vem
todos os fignaes defer pura , e na Europa fe
achaõ contrários ; defta de Erànca, e Alema¬
nha fazem também verde Ultramarino, mas
baixo, ede menos.preqo$ fe algum curiolò o
quizer fazer veja Lemery no livro das dro¬
gas , onde oenflna a fazer com boa pratica.
Depois de preparado a Lapis Lazuli fe ajun¬
ta a alguns compoftos, purga os humores
melancólicos, e conforta o cerebro, dá-íe de
meyo efcropulo até huma oitava.
S A R C 0 C 0 L L A.
41 A Sarcocolla he huma goma em gra-Sarcocoh
jLx. nitos, ou boccados pequenos,
efpongiofos de cor amarella,que atira abran*
ca , femelhante a goma A rabia , ou aos boct
cados de Incenfo; que a trazem quebrada, ou
pulverizada groficira, como o Incenfo : vem
da Perfla, e da Arabia Eeliz , dizem que cre-
fee em huma arvore muito efpinhola, de
que as folhas iaõ femelhantes ás do Sene, po¬
rém de cor amarella. Mefue diz que he go¬
ma de huma árvore efpinhola á maneira de jylcfu0.
Mata,que tem os ramos embrulhados ao re¬
dor da arvore , de que fe colhe a goma da •
qual ha huma branca como Incenfo , outra
algum tanto citrina , que he mais forte, que
a branca, e quanto he mais amarga, tanto
melhor. Sarcocolla diriva-fe do Grego Sare,
que he Carne, e Cota , que vai o rnelmo que
Goma,pela. grande virtude que tem de encar¬
nar as feridas $ a melhor Sarcocolla he a fre*
fea, em pequenos granitos, ou boccados, de
cor citrina, leve,glutinolay de hum goíío do¬
ce hum pouco amargo defagradavel, contêm
muito oleo , e fal accido : he adftringente ,
deterflva , aglutinante , e coníolidante, ufa-
fe aos colírios para os achaques dos olhos, e
nos unguentos, e emplaftos para chagas.
SAGAPENO , OU SERAPINO.;
42 Sagapeno , ou Serapino he huma Sãgapcn.
goma ruiva por tóra,e brancacen- Serapi-
ta por dentro de hum cheiro forte,e defagra- num,fivc
davel, o gofto acre; a qual goma fahe por, in- SaeoPon*
cilao de huma planta femelhante a Canatre-
cha com as' folhas mais pequenas, de que ha
quantidade na Perfla , donde vem a dita go¬
ma ; çhama-fe Sagapenq , do verbo Latino
Sapira que vai o mefmp que ter o efieiro
acre , e picante , e de Pi nu que he Pinheiro;
porque tem efta goma o,cheiro forte feme¬
lhante ao do Pinheiro , e pelo mefmo ufo fe
diz Serapino. Mefue diz que o Segapeno, ou Mefue.
Serapino he goma de huma arvore , que na
Arabia fe chama Alhafceund, e que o melhor
Sagapeno he o que tem a côr ruiva , e bran¬
ca com cheiro de Porros, e o que le delata
facilmente em agoa , eihe claro com a lub-
ftancia dènfa, e que o leva, he np,elhpr p que
nao
 j8 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. I.
naõ tem o cheiro do Afafeuda, nem do Gal-
bano , porque efte tal he adulterado. Efta
goma fe deve efcolher wii bons boccados,ou
lagrimas claras , limpas , refplandecentes, e
com as mais qualidades acima ditas$ contêm
muito oleo, e fal volátil, difíblve-íe em vi¬
nho , vinagre, agoa, ou qumos de plantas $
porém para pôr nos compoftos he melhor
que fe reduza a pó,do que diíiblve-laj porque
o calor do fogo que he neceíTario para a dif-
foluqaó, e para fe efpefíar, difíipa e impede
o fal volátil que tem , e lhe faz perder muita
parte da fua virtudej e aflim melhor he efco¬
lher a mais limpa, e depois de bem fecca fa¬
ze-la em pó para os compoftos:He efta goma
incifliva , penetrante , aperitiva, e alguma
coufa purgativa, fudorifera, gafta as obftru-
qoés do baco, mefenterio, e íigado, provoca
a conjunqaõ menfal, e abate os vapores hy-
ftericos tomada interiormente, e no ufo ex¬
terno faz foporar e digerir os humores grof-
fos, alimpa , e refolve.
EUPHORBIOè
Riphor- 45 Euphovbio he huma goma ama-
feiura. vella cm boccados pequenos, ta6
acre que queima $ fahe por incifaõ de huma
efpecie de Canafrecha, que nas partes onde
fe dá, tem o mefmo nomej a cafca he dura, e
algum tanto efpinhofa , as folhas faõ com¬
pridas como dedo em fórma quadrada guar¬
necida cada canto com hum grande numero
de efpinhos j crefce efta planta na Libia fo-
Mefue. bre o monte Atlas, e em África. Mefue diz
que o melhor Euphorbio he o leve, friável ,
e que tem acôr femelhante á das palhas , o
que he claro, e muito agudo no faibo, o chei¬
ro fórte: o que paíTa de hum anno hebom, o
frefco do mefmo anno he veneno, e fogo, e
he huma das gomas,que le diflblve em azei¬
te principalmente fe he frefco,e o que he an¬
tigo naó fe desfaz. Chama-fe a efta goma
Euphorbio de hum Medico aflim chamado, o
qual com ella curou a Augufto Cefarj o me¬
lhor Euphorbio he o que vem em lagrima,
limpo, fecco , friável, e de cór amarella,que
atira a branca , contêm muito fal, que quei¬
ma , e oleo cauftico. Muitas virtudes tem o
Euphorbio, porém de nenhuma forte, nem
com nenhum genero de preparaqaõ fe deve
tifar interiormente, porque queima, e faz ou¬
tros terríveis effeitos, a que fe feguirá a mor¬
te ; ainda nos efternutarios fe deve applicar
com grande fentido, e defta forte fó fervem
para unguentos, emplaftos, oleos, e caufti-
Spodium
cos, attenua, digere, e refolve.
44
SPODIO.
/^\ Spodio fe faz do Marfim cortado
4*
V_y em pequenos boccados, e calcina¬ huma em lagrima de cór amarella miftura-
do em fogo aberto até naõ lanqar fumoj tan- dascom muitas brancas,hum çlieiro defagra-
to que fe reduz a huma matéria porofa, què~
bradiqa, leve, branca , Alkalina facil de fe
reduzir a pó efte he o Spodio, de que trataõ
todos os modernos: He bom para adftringirj
e fazer parar as hemorrhagias, curfos , go-
norrheas,para adoqar o accido dos humores,
epara impedir que o leite fe naõ coalhe no
eftomago, dá-fe hum efcropulo até oitava: fe
em lugar deite Spodio fe ufar do Marfim
preparado, fem fogo ferá melhor, porque pe¬
la calcinaqaõ em fogo aberto, que fe dá ao
Marfim fe lheqperde o fal volátil, e oleo que
tem, e fica como Capat mortuum, e para fe a-
provekarem dos princípios adtivos do Mar- .!
fim, fe deve antes ufar do Efpodio o Marfim 4
preparado fem fogo. O Spodio dos Antigos Spwfeuni
Árabes, a que tanta virtude attribuiaõ, era Anuíbci
feito de raizes de canas da Arabia, e reduzi- diumP
das a huma cinza,a qual chamavaõ Spodio,ou Spodium
Antifpodium, e os Gregos á Tutia calcina- gr*coru,
da davaõ o mefmo nome.
OPOPONACO;
45 Opoponaco he huxna goma ama* Opopoui
relia,q fe tira por incifaõ do tallo,e
da raiz de huma planta, que fe chama Panax
Heracleum, como diz Joaõ Gerardo na hifto-
riadas plãtas,crefce em Macedonia,çAchayaj
o tallo he alto,as folhas femelhantes ás da r i-
gueira,afperas no toque,e divididas em cinco
partes, as flores nafeem na ponta dos ramos
compoftas de cinco folhas deflguaes, cahidas
as folhas apparecem humas fementes juntas
duas, e duas de cheiro forte, o gofto pican¬
te , a raiz he comprida, branca, cuberta de
cafca grofía cheya de qumo cheirofo com
gofto algum tanto amargo,defta raiz por in¬
cifaõ íe tira o qumo , ou fe efpreme $ e efte
condenfado he a goma Opoponaco, ou Opo-
ponax. Mefue diz , que o melhor Opopona- Mefue,
co he citrino por fóra , e o branco por den¬
tro , e que he amargo , e que fe quebre com
facilidade,e também o que fe defata em agoa,
e que tem bom cheiro.Contêm o Opopona¬
co muito oleo, e fal volátil, deve efeolher-fe
frefco , em boccados grolTos de cor citrina
por fóra, e branca por dentro , untuofo, fa¬
cil de quebrar, de gofto amargo,e cheiro def-
agradavel 5 vem de Alexandria para Veneza,
e algumas vezes traz de miftura huns páofti-
nhos da mefma planta, que faõ úteis para fa¬
zer renafeer a carne gafta em cima dos oflbs:
He o Opoponaco emoliente , refolutivo,
desfaz os humores groflbs, os flatos, e todos
os vapores hyftcricos.
O G A L B A N 0.
Galbano he huma goma, de que Gaíbam^
fe nos trazem duas efpecies delia,
?el,
 Dà Diffin. dos Medicam, e íua eleição.
vel, o goílo amargo algum unto açrc; a ou-
tra elpecie vem em maiiá, ou em pedamos
muito grandes, he viicoia , vem cheya de
palhas, iementes, páos , e outras mil impu-
ridades, tem o mefmo cheiro 3 a primeira
elpecie qüe he a que vem em lagrimas,te ti-
ia por incilao de huma planta , que 11 alce na
Arabia, e Syria,a que chamaõ berula Galba-
nifóra } e a outra elpecie , que vem em mal-
fa, qu pedaqos muito grandes com as miílu-
ras ditas, fe faz do cumo de toda a planta
pifada , e mfpiíTadoj a planta que a dá dizem
he de altura de hum homem , o tallo groíTo,
cheyo de miolo muito fuccofo , as folhas fe-
melhantes ás do Parraxih, as flores nafeem
nas pontas dos ramos em forma de Rofa ,
com cinco folhas j cahidas eílas, lhe appare-
ce humaUemeríte.em fôrma oval, e chata ,
a raiz he muito grofla, citrina, por fora cu-
beru dc,p.elle : O Galbano em lagrima nao
•ditfiere do que vem em mafla, porém melhor
he o de lagrimas bem feceas, limpas , ama-
relias cora miílura de,algumas brancas, o
cheiro forte , e goílo amargo , delia he que
fe deve .gaitar para o ufo interno 5 e do Gal
bano em mafTa fe efeolhérá o mais limpo de
palhas, páos-, e de tudo o que tiver eftranho,
e depois de depurado entaõ fe ufa ; contêm
muito oleo, e fiai volátil penetrante, accido,
e alguma fleuma. O Galbano tomado pela
boca., excita a conjunqaS menfal, abate os
vapores hyílericos, refilte ao veneno-, des-
faz as durezas da madre ,'e mais vifcerasj dá-
fe de meyo efcropulo até dous: No ufo ex-
terno ferve •era-unguentos, e emplaílos, e
tem as mefmas virtudes, ainda que mais
remiíTas. -
A S S A-F E T I D A.
047 \ AíTa-fetida he huma goma em
XjL groflbs boccâdos amarellos de
hum cheir-cP forte , e defiagrâdavel como o
dos Alhos, e ainda péyory por cuja caufa os
Alemaes lhe'Chama5 Stercus DiaboU, corre
fem incifiiõí) o'i!com ella: do tronco de huma
árvore pequena como’arbuílo, que temas
folhas femelhantes ás da Arruda , créfce na
Libia , MecTía-, Syria ,-é na índia : A melhor
A flVfetfda14ie a que vem em pedaqos gran-
• des ftíüftó':Kmposy feceos, de côtamare-Ua
eom algiima^ la grimas, brancas de fiuiíichei-
ro forte , ‘e^dèfagradavel com muita feme--
A Riahqa ao dO. Alho: Contêm muito oiéò", ô
fàl volátil eialtado , e penetrante 5 ferve par
ra todos ós aéhaques hyílericos, he ihfifliva,
attenuante , e moliente , detergente^-e re-
folve os máos humores por invifivel trànfpif
raqao-, ufa-fe exterior/é interior, trazida em
caixa , e cheirando-a abafè! ás mulheres os
•Vapores hyílericos. l-
slíij
39
GOMA H E D E R J.
48 A Goma hedera fe tira por incifao Gummi
que fe faz nos troncos gvoííos da- hcdcra-
quelle Aroulto entre nós taõ conhecido,que ^íborea
le chama Heraçx qual he táíFingratá ás plan-
tas que a criaõ, e ás paredes que a fuílentaõ,
que a humas iecca , ás outras arruina , tem
eile arbuílo os ramos íermentolos, que tre-
paõ pelas arvores , e paredes lanqando pelas,
juntas das pedras raizes que fervem de ruina
aos edifícios, as folhas da Hera íáÕ angulo^
fas, dentas, tezas, lifas, luzidias , todo o an-
no verdes, e tem virtude particular para at>
trahir o humor, que purgao as fontes j dqs
troncos pois deíle arbuflo creado em paizes
quentes como em Italia , Linguadoe , Pro-
venqa , fe faz a goma vulgarmenté chamada
Hedera , e he como refina j o fiiccò quando
corre pelo tronco logo fe congela / e fica
com a cor amarella declinante a vermelha ,
tranfparente , de hum cheiro fortd , 0 goílo
acre, e aromatico , porém a que fe cria nas
partes acima ditas, fuppoílo he boa, he pou¬
ca , e aflim a mayor parte da goma
vem da índia em direitura a Ojlendefi a Ma¬
celha de França, e delias partes a trazem a
eíle Reyno os mercadores: a que vem.da In-
dia he a melhor, e fe deve efeolher a que for
mais amarella , tranfparente, e limpa de to-
da a immundicia , contém muito oleo, e ial$
ferve no ufo externo miílurada nosainguén-
tos difcucientes, e refolutivos, dizem alguns
que diluta em agoa,mata as lendeas, c defpi*
laocabello. 'o
45> A
ij. . GOMA LACCA. *1^4’
Goma lacca he huma efpecie de Gummi
Refina dura,vermelha,clara tráriff Lacca.
parente , que vem de Bengala , Pegu , e de
outras Províncias das índias Orientais, pe¬
gada em hunspáofinhosdo tamanho de hum
dedo , e de menos gróíTura , huns mais cora¬
pridos , que outros: dizem todos os que fal-
lao neíh. goma , que a fazem emdmadeítes
páofinhos huma certa caíla de formigas de
azas femelhantes ás mofeas ordinárias, que
comem , e tirão a fubftancia a muitas arvo-
res, a qual depois de recebida , a lançaõ ern
raminhos de arvores, e páofinhos, eosmo-
radores daquellas partes lhe pôem aoalto al-
gunS páos , e canas para que as ditas formi-
gas nelles ponhao o fucco que trazem, pelo
terem recebido de outras plantas,o qual nao
amaíTando como fazem as abelhas Cera , e
rriel,e depois de terem a fua paíta bem feita,
fe mettém dentro delia , a qual lhe ferve de
rnórtalha, porque nella morremj os naturaes
da terra lhe lanqaó agoa emeirna , para Jeva4
rem a lacca , e para tomar melhor côr , e a
delxaõ feccaraoSol, e tanto que eítábem
fecca,
 4° ÍPhiarmac. Lufit. Augment • Trat. I.
fecca, cortao os páos em que eftá , e aflim os
guardaojcom eíta goma fazem os índios tin-
ta para os feuspannos de cores, e também o
Lacre de fechar cartas: A Lacca boa he a-
quella, que tem a cor mais vermelha , e que
he clara e tranfparente, a qual chegando-a
ao lume fe ha de derreter e accender em cha-
ma com hum bom e fuave cheiro, e mafcan-
do-a ha de tingir de vermelho a faliva, ou a
agoa em que íe lanqar : contêm muito oleo,
e algum fal volátil, e fleuma: he inciflva, pe-
netrante , aperitiva, deteríiva, fcorbutica ,
as gengives, excita o fuor, facilita a refpira-
çao, e purifica o fangue, provoca a conjun-
çao menfal, e refiíte á malignidade dos hu-
mores. . ,
GOMA ELEMI, OU RESINA ELEMI)
Gummi 5o T? -Sta goma he huma efpecie de Re*
Klcmi. Ui fina branca, como alguns lhe cha-
Rcfma maõ$ he de cor branca tirante a verde* a qual
Elemi. vem da Ethiopia em paés de libra, ou mayo-
res, embrulhada em folhas de cana da índia,
por cuja caufa lhechamao Goma Elemi em
cana, Sahe por incifao de huma efpecie de
Zambugeiro de mediana altura, e tem as fo-
lhas compridas e eftreitas, de côr verde,
brancacenta , ou prateadas 5 a flor he verme-
lha, que.fe fuftem em hum copinho de côr
das folhas j o frudto he propriamente como
,de*01iveira;.ha deftas arvores quantidade na
Ethiopia;, n:a Arabia Feliz, e alguns fe achao
rra America:A melhor goma Elemi he a fec-
ca por fôra,branda por dentro, limpa, de côr
branca deplinante a verde, e de cheiro agra-
davel * tení algum fal efíencial miflurado
, com muito oleo , e alguma fleuma : he pro-
. o,-. pria para abrandar, digerir, attenuar, refol-
ver, alimpar, e para confolidar he boa para
as picaduras, chagas, tumores , diflocaçoés,
fracloras, e para fortificar os nervos, uía-fe
exteriormente , nos emplaflos e unguentos,
GO M A A N I M E.
Gummi 51 TT E huma goma ou Refina branca
Anime. X1 - que vem da America, a qual fahe
por. incifaô de huma arvore medianamente
grande , que tem as folhas como as de Mur-
ta, e dá hum früdto preto,a que na lingua da
terra chamao Lobas, a melhor goma Animé
he a branca , fecca , friável, quebradiça , de
bom cheiro, e aquella que lançada no lume
com facilidade fe accende e faz em lavare-
da -, çontêm muito oleo , e fal eflencial $ he
própria para difeutir, abrandar, e refol ver os
humores frios 5 alimpa , e. ficatriza as chagaSj
e poíta em parchos nas fontes da cabeça fe’*-
ve para as dores delia,também para o mefmo
fe applica em perfume. . > rr: *
i o.í'
‘ ; .éU.' £.
GOMA C AR AN H A. 7
$2 T T E huma goma refinofa , parda, e Gummi
1 X branda , de bom cheiro , algum Cara§aa'
tanto aromatico $ a qual corre do tronco de fivc Ca'
huma arvore femelhante á Palmeira , que™11™*
crefce na nova Efpanha , donde a trazem os
moradores das muitas naçoés, que lá vaõ fa¬
zer feu negocio $ vem embrulhada em folhas
de cana em paés de diverfas grandezas $ a me-
lhor he a que for muito limpa, de bom chei-
ro , a que tiver a cor pardinhaj contêm mui-
to oleo em parte exaltado , e algum fal eíTen-
ciaij he reíolutiva, e adelgaça as matérias vi-
ícofas, fortifica os nervos, abranda"as dores
das juntas, que faõ caufadas por humores vi-
fcofos $ alimpa e confolida as chagas3 he boa
para dores de dentes, e defluxos ,que cahem
nos olhos,applicada em parchos ás fontes da
cabeça.
GOMA GUTA, OU ROM.
5 3 T T E huma goma refinofa , que vem. Gummi
X 1 das índias em boccados grandes
e pequenos, duros,.porém quebradiços, de
côr fummamente amarella,ha muita noRey-a>
no de Starn na Província chamada Cambodia
confinante com o Império da China , e os
índios daquella. terra chamaõ á dita goma
Lónam Cambodia, fahe por incifao de huma
arvore efpinhofa pequena, que lança os bra-
ços ás outras luas vizinhas, e tem o tronco*
grofíb como hum braço, os índios fazem no:
tronco varias incifoês, por onde corre o çu-
mo , o qual com 0 Sol fe congella, e endu-1-
tece, e também tiraõ o çumo antes de duro,;,
e fazem delle algumas fôrmas d*.forte que
lhe parece i chamaõdhe goma gutta, porque
corre do tronco da arvore gotta e gotta»?
tem vários non\eájnais corno’G%/ta Goman- Rom.
dra , Ghita gernou i Gummi geinu , goma- do .«ci-cT,
Perú^ os Pintores Rw//,que tambeui lhe fer-
ve.para as fuas obras*, a mçlhorhelajmais feci
ca, que com facilidade fe quebra., equantQ
mais amárella tiver a:côr, tanto melhor ferái
Purga com. violência por alto,, ev por baixo,
os humores fprofos, e biliofos *. he util na$
hydropefias, porém nao fe deve dar , fe nao
depois de preparada de dous grafts_até oito. ,
GOMA GRAXA , OU VERN1S~
T T E a goma giaxa hu,ma ,matéria Gummi
X Jl refinofa, que fe traz em lagrimas, gra*a > r‘-
ou bOcçados pequenos, e fe faz do fuceo: de a’
huma arvore, que em Genebra, e em QP.tfaS Arabum.
partes,- chmwô-Oxicedro, que naqudles pait
z^síbffifcem de huma notável aluira : deftas
arvores-.por incifao corre o fucco., que de¬
pqisifecóngella e endurece, e fica cm lagri*-
mas/jciaras:,. refpjandççentes, diapbanas, de
.côr. branca declmante a citrina,jí tampem fc
cria em África, donde vçm
dade
 Da Díffin. dos Medicam, e íua eleição/
dade que a de Genebra, porém na5 he tao
boa : chama-fe vulgarmente Graxa, porque
delia fe lervem nas fabricas do papel, para
que fique mais branco, e naÕ repaíTe a tintaj
e Vernis, porque he o fundamento com que
os Pintores fazem o Vernis para luílre das
fuas obrasjdeve-íe cícolher que íeja em graõ,
muito limpa, branca , que decline a citrina,
c tanto mais tranfparente , tanto melhor , c
a que vem de Genébra tem o primeiro lu-
gar : no ufo da medicina he inciíiva , atte-
nuante, refolutiva, ferve na compofiqaõ dos
emplaítos, e unguentos.
AMMONIAC 0.
Gummi 5$ Ammoniaco , ou Gota Ammo-
Arnmo- V_y niaca he huma goma amarella
niacum. por ? e [iranca p0r dentro de hum chei-
ro deíagradavel como o do Galbano,de hum
goílo quafi amargo , que corre em lagrimas
brancas dos ramos, e raizes de huma planta,
a que os Latinos chamaõ Ferula Ammoniaca-,
a qual crelce abundantemente nos areaes da
Lybia,principalmente no lugar, donde anti-
gamente eíleve o Templo de Júpiter Am-
mon, de que a goma tomou o nome : O me-
lhor Ammoniaco he o que vem em lagrimas
limpas femelhantes.ás do lncenfo , feccas,
brandas, quebradiqas, que fe abrandem che-
gando-as ao fogo, e fe reduzaô com facilida-
de em pó branco , algum tanto amargo , de
hum cheiro deíagvadavelj o que vem em pa-
ilãs , e traz fementes , e outras coufas eílra-
nhas,he máo,e fe deve delle tirar o mais pu-
ro , limpo , e em lagrimas, contêm muito
oleo , e fal volátil com alguma fleuma: he o
Ammoniaco attenuante , emolliente , dege-
ílivo, refolutivo, e aperitivo, abranda as du-
rezas do baqo , tigado , e mefenterio , gaíla
as obílrucqoés , e provoca a conjunqaó men-
fal $ ufa-fe em emplaílos, e unguentos.
Sagninis
Draconis.
C
56
SANGUE DE DRAGO.
\ Sangue de Drago he hum fucco
gomofo , congellado , fecco, fria-
vel da cór de fangue, tira*fe por incifao de
huma grande arvore que ha nas índias,á qual
Carlos Clufio chama Dacroarbor, he taó alta
como hum Pinheiro , e da mefma groífura
guarnecida de muitos ramos, o páo da arvo-
re he duriflimo cuberto de huma cafca , que
em partes cobre bem a arvore , e em outras
fe eílende ficando defeuberta , as folhas fa5
compridas como as de efpadana, agudas co¬
mo efpada , mas mais largas, e verdes , dá
hum frudlo que fe parece com ginjas, for¬
mando huns como cachos, e eíle fruóto de
amarello fe faz vermelho , e depois a modo
de azul,com o goflo algum tanto azedo. Diz
Mcfue. Mcfue que a cór, faibo, pelo , e confiílencia
declaraõ a bondade do Sangue de Drago ,
41
porque o efcolhido tem a cor de fangue hu-
mano, muito puro refplandecente , o laibo
doce com pouca eílipíidade, e o que he leve,
e nada contumáz ao partir-fe. Õ Sangue de
Drago melhor he aquelle que vem em lagri-
mas miúdas, claras , friáveis tranfparentes,
e de cór mais vermelha que póde haver j po-
rêm he pouco eíle , ou nenhum , termos em
que para o ufo da medicina o melhor Sangue
do Drago he o mais refinofo, íecco, quebra-
diqo , que vem embrulhado em huns canu-
dinhos de palha , que alguns dizem he da fo-
lha da meíma arvore , que parece folha de
efpadana : Das Ilhas Canarias:e Cabo-Verde,
edade S.Leurenço vem duas efpeckvs deSan-
gue de Drago em pao , eíle dizem fe dá em
humas arvores femelhantes á Pereira, e ou¬
tra que parece Ginjeira no fruóto, e os ha-
bitantes daquellas terras o colhem,e também
os da Ilha âe Porto Santo tirão eíla goma por
incifao, que fazem na arvore, e tanto que
tem corrido muito fucco , o tiraõ e fazem
em paés nafórma que aquile trazem, fendo
eíle Sangue de Drago de boa cor,muito lim-
po , fem miílura de páos, ou pedras, e terra,
e tendo a cór de fangue he bom , e le póde
ufar delle, que o que he muito negro,e qujo,
he adulterado, e os Holandezes o fabem fa-
zer bellamente , que para lhe disfarçarem a
cór preta, o tingem com páo Brafilete, e lhe
daõ a cór para enganarem a quem lho com¬
pra , e aífim defta fegunda efpecie de Sangue
de Drago , o que naõ he falfificado , tem boa
cór vermelha, he limpo, e fe parte com fa-
cilidade $ confia o bom Sangue do Drago de
muito oleo, e algum fal eflencial: he muito
adílringente, aglutinante, deleccativo, faz
parar as hemorrhagias, e curfos do ventre ,
alimpa e confolida as chagas, purifica os ner-
vos, e juntas relaxadas, e he bom nas contu-
foés, com o pó delle fe alimpaÓ os dentes, e
firma
tirma as gengives; ula-le
ufa-fe exteriormente, e
fe póde dar para o ufo interior, porem ha de
fer do bom, fem fufpeita de adultério,
MYRRHA.
$7 J J E a Myrrha huma goma refino- MyrrIia*
fa que fahe por incifaÕ de huma
arvore eípinhofa , que ha na Arabia Feliz no
Egypto, Ethiopia, e no Paiz dos Abexins, a
qual vem para a Europa enviada pelos Tro-
gloditas, que habitaõ naquellas partes, e al¬
guns na África perto da Ilha de Malta, e por
eíla razaõ lhe chamao Myrrha Troglodita j
duas vezes noanno fazem incifaó neflas ar¬
vores , donde corre hum fucco, que fe con-
gella com o Sol, e fica em lagrimas, ou boca-
dinhos pequenos,de cór amarella,ou dourada
declinante a vermelha , ou ruiva: Mefue diz Mcfuc.
que a Myrrha fe ha de efeolher cubertadepó
F grof-
 42 Pharmac. Lufit. Aügment. Trat; I,
groííb , ou a que fe desfaz muito facilmente,
a leve, a que por todas as partes he da mefma
cor, eaquebrar-fe moítra por dentro veyas,
a modo de urihas humanas , brancas, e lifas,
e a que eílá em pedacinhos pequenos, amar¬
ga , a aguda ao goílo , e a cheirofa, tem-fe
por inútil a pefada , e a de cor de pez. Os
modernos, dizem que a melhor Myrrha.he
a frefea , em bellas lagrimas, de cor amarel-
la , dourada, declinante a vermelha , ou rui
va, que tenha por dentro humas manchas
brancas como unhadas , de fubílancia grof-
fa , hum cheiro muito forte, e defagradavel:
He a Myrrha aperitiva para as ourinas, e ad-
ílringente para o ventrejhe indifiva, attenu-
ante , refolutiva , voluntária , e tem mais al-
gumas virtudes que os curiofos pódem ver
nos Audtores que delia trataõ $ dar-fe-ha in-
terior e exteriormente. Eíta Myrrha de que
fe ufa nas boticas, naò he aquella preciofa
offerta,que os Reys Magos oíferecêraõao Se-
nhor, que devia fer aroma fuaviflimo, e pfe-
ciofiílimo, e eíta Myrrha nada tem , nem de
preciofa, nem de aromatica , antes com ver-
dade podemos dizer he droga,que naõ he ca-
paz de taÕ alta offerta: He opiniaÕ de alguns
que era a Myrrha State efpecie de Balqamo ,
e licor gomofo , odorífero , que fem incifaõ
manava das plantas novas quedaõ a Myrrha
e fe colhia com grande primor e curiofidade*
mas ou por fer liquida, e dura pouco,ou por-
que já a naõ colhem , fe nao vê na .Europa $
querem outros com Lemery , que a Myrrha.
dos Santos Reys Magos folTe o Storaque, ou
certo Balcamo rariflimo, que naquelle tem-
po fe chamava Myrrha , e que hoje por eíte
nome naõ he conhecido.
E S T 0 R A Q U E.
Styrax
Sto.rax E Storaque he huma gomareíinofa
de hum agradavel cheiro , de que
ha tres efpecies, a primeira fe chama Stirax
Styrax ruber, ao qual alguns chamaõ Thus Juâeorum;
rubcr. eítes dizem que he o Incenfo , que fe ofifere-
ceo pelos Santos Reys Magos ao Salvador do
Mundo no Prefepio : he pois eíte Eíloraque
vermelho huma certa goma em maíTa ver-
melha que atira muito para amarella, que fe
tira por incifaõ de huma arvore de mediana
grandeza,a que os Latinos chamaõ Stirax ar-
hor folio malicotonei, e he femelhante ao Mar-
meleiro , tem as folhas mais pequenas, com-
pridas, verdes por cima, e por baixo brancas,
e felpudas, dá as flores nas pontas dos ramos
em fórma de ramalhetes brancos, como as
da flor de Larangeira; tanto que eíta flor lhe
cahe apparece hum fruéto da grandeza de
A velláa,carnudo, que tem dous caroqos den-
tro chatos unidos hum com o outro, e deites
caroqos fe tira o miolo,o qual pifado he oleo-
•-
fo com hum cheiro femelhante ao. do Eíto-
raque $ eíta planta fe cria naSyria,, Pamphi-
lia, e em Cilicia, .e na Europa em alguns Jar¬
dins da Italia fe cultivaõ curioíamênte eítas>
arvores, mas faõ poucas: Eíle Eíloraque ie.
deve efcolher o mais limpo, molle ou bran¬
do,de hum cheiro muito fuave e agradavel,e
que de nenhuma forte traga miítura eílra-
nha. A fegunda efpecie de Eíloraque fe cha¬ Stvrnx
ma Eíloraque Calamita , porque eíle fe traz ta!an;Jt*
ordinariamente das partes donde lç cria em
canudos de cana para melhor fe confervar á
fua bondade e cheiro: outras vezes vem em
maíía dura , e he de cor avermelhada, clieyo
de varias lagrimas brancas, humas vezes laõ
brancas por fóra, e avermelhadas por dentro
com alguma miítura decores : Eíta fegunda
efpecie de Eíloraque , a que fe chama Cala-
mita,he o que ha,e o mais eítimado para per-
fumes , e para o ufo da medicina, fendo que
alguns Audtores modernos dizem, que eíte
Eíloraque nao he natural como o primeiro,
e, com muito fundamento affirmàÕ que he
feito do Eíloraque primeiro, que correo por
incifaõ , miíturando-o com varias coulas
cheirofas 5 porém feja ou natural ou artificial
o melhor he aquelle, que for mais limpo de
páos, ou coufas eílranhas, e que tenha algu-
mas lagrimas , e o cheiro com muita fuavi-
dade, e femelhante ao Balqamo Peruviano :
Eítas duas efpecies de Eíloraque contêm
muito oleo, e pouco fal volátil. A terceira Styrax
efpecie de Eíloraque he ao que fe chama E- liquidus,
ítoraque liquido, eíle he huma matéria oleo-
la , vifeofa, grofleira, que tem a confiítencia
de Balqamo groíTo, a cor parda de hum chei-
ro forte , mas agradavel e muito aromatico:
eíte Eíloraque naõ he outra coufa mais, que
huma miítura de matérias refmofas com al-
guma porqaõ do verdadeiro Eíloraque com
algum oleo e vinho encorporado tudo, e
unido por cozimencojdeve-le efcolher o mais
limpo de boa confidencia , eque tenha chei-
ro ao Eíloraque Calamita : He incííívo , at-
tenuante , emolliente , muito refolutivo , e
fortifica o cerebrocom o feu cheiroj gaíla-fe
nos unguentos eemplaílos.
INCENSO.
Incenfo he huma goma , ou Refi- Thus,
Vy na aromatica branca , ou amarei- Olbanu.
la ,que fe tira por incilaõ de huma arvore fe-
melhante aoLentifco, chamada naquellas
partes ArborThurifera,a qual fe cria abundá-
temente na Terra Santa , Arabia Feliz , nos
bofques da Regiaõ de Sabá , ao pé do Monte
Libano , e em muitas partes da lndiaj ao In-
cenfo, que corre da incifaõ da arvore , c fica
em lagrima ou graõs redondos de côr bran-
ca tirante a loura, fe chama Incenfo macho,
r ou
 Da Diffin. áos Medicam, e fua eleição.
Thus ^ ou OUhatmm, ou Thus mafcuUim, para diffe-
maiculií. renqa do incenfofemea , ou Incenfo commum,
que he aquelle que contulamente cabe da
melma arvore no chaÔ,ou emcima de humas
eíteirinhas.,e vaõem maífa, ou pedaqos gran-
des com miílura de calca da arvore , páos,
terra, e outras coulas eftranhas; coníta o in-
cenfo de muito oleo, e algum lai volátil: O-
melhor incenfo he o macho, que vem em la-
grimas, ou grãos, de cor branca declínante a
loura , que ie quebre e pile com facilidade ,
que feja aromatico, e que lanqando o no fo-
go arda com brevidade, e também o que ma*
lcando-o faqa a faliva branca ; o que vem da
índia naõ he taõ branco, porem he mais aro-
matico o feu fumo, e o do Levante he mais
agradavel á viíla, mas menos cheirofo; ó 7«-
Thus fac.'cenfo ou commum he o melhor o mais
mina fivc cheirofo, e q tem muito em lagrimas millu-
cómunis. radas nos boccados, ou partas em que vem ,
e poucos páos, ou refina de mirtura , como
fuccede varias vezes, que em lugar de fero
fumo cheirofo , o naõ he, antes pelo contra-
rio , quedou naõ he cheiro, ou oque dá he
pouco agradavel. Serve o Incenso em.pri¬
meiro lugar para otferecer ao Senhor., que o
creou,depois no ufo da medicina he o Incen¬
fo macho deterfivo, hum pouco adílringen-
te , fudorifero , proprio para os achaques do
peito, parlefias, fortifica o cerebro, e para os
curfos tomado interiormeiite $ no ufoexte-
rior fe applica para alimpar e coiilolidar as
chagas , e para fortificar as partes relaxadas
e debilitadas, e lempre o Incenfo macho he
o melhor. e mais cheirofo como . diz...Viroiüo
_ .
m Écloga %.verf. 65. z: Verhcnafquc adolepin-
gues , & mafeula thura. O Incenfo commum
tambem fendo bom,como acima fe diz,ferve
para perfumes, e para os emplartos, e ungu¬
entos , he deterfivo , defeccativo , e conloli-
dante. No fundo das laccas, ou barríz , em
que vem o Incenfo,fe acha também aquelle,a
Manná que os Latinos chamaõ Manná Thuris, ou
Thuris. Manná dè Incenfo , que naõ he outra coufa
fe naõ o Incenfo que fe moe por fi mefmo , e
faz em pó no facco, ou barril, pelo decurfo
do tempo, que garta em fe trazer das partes
don le nafee á Europa ; e que efte pó do fun¬
do das faccas, ou barriz feja o Manná do In-
cenló o affirmaõ todos os modernos.
ALMECEG A.
Maílichc. 6 o Á Lmecega he huma goma refinofa,
ou huma refina, que no Ertio cor-
re fiem incifaõ , ou com ella, do tronco, ,e
dos mais grortós ramos do Létifco,em graõs,
ou lagrimas hum pouco mais pequenas que
os graõs de Junipero., de côr branca decli¬
nante a citrina , luzidias, e tranfparentes. A
melhor Almecega he a que vem da Índia da
45
Ilha de Ghio , porém para o ufo da mcdicí-
na fe deve efcolher com muito cuidado,por¬
que toda, ou a mayor parte da que vem á
Europa he do Levante , c vem com milUira
de outras gomas, pedrinhas, e muitas impu-
ridades , termos em que tó he boa a que for
em lagrimas, ou boccados pequenos e gran-
des, limpa de pó , clara , traníparente , e de
hum cheiro que naõ feja defagraduvel ; tem
muito oleo e algum íal eífencial. A boaAl-
mecega he anodina , fortificante , alimpa as
fibras do etlomago , ajuda a digeílaõ, he util
nos curiós e vomitos tomando-a em pó , ou
marticatorios de meyo elcropulo , ate dous;
no ufo externo, ferve nos emplaftos,cerotos,
unguentos, e delia baixa de ponto fe fazem
parchos convenientes nas dores de dentes.
Do Brafil vem huma goma reíinófa , que na Maftiche
Capitania do Efpirito Sá-nto,e em outras par- Eraiiliana
tes da America corre de huma arvore gran-
de femelhante ao Pinheiro, porem as folhas
faÕ-largas", compridas, e nervolas, nos tron-
cos defta arvore - fe congela a goma em pe-
dacos mayor es, e menores , huns brancos,
outros citrinos,eftes fe tiraõ,e fazem empaõ,
o qual embrulhaõ em folhas da melma , ou
de outra arvore ; quando fe tira he branda ,
porém depois fe endurece com o tempo,que
algumâ fe pôcm em termos de fe poder re-
duzir a pój huma vem mais limpa, outra íne-
nos,conforme a curiofidade de quem a mau-
da apanhar á arvore : a melhor he a que tem
menos impuridades, e que he citrina, branca,
e branda , para fe utàr le deve depurar como
as mais gomas; tem o cheiro muito femelhã-
te ao da refina de Pinho mas mais forte
ufa-fe em emplaltos, e unguentos, e hemui-
to confortante , e adftrmgente.
taca m a c a.
61
T Acamaca he huma refina dura trãf- Tacam,
parente, que fe tira por inciiàÕ de Gummi
huma grande e grofla arvore femelhante ao fcuRefi-
Choupo , as folhas faÕ pequenas, dentcladas na Taca»
ao redor, tem o frudto groífo como huma maca
nóz de cor declinante a vermelha,refmofa, e
com algum cheiro , crefce efta arvore em a-
bundancia nas índias de Caftelia, e na Ilha de
S. Lourenqo, ou Madagafcar: A melhor Ta-
camaca he a fecca , dura , limpa , de cor de¬
clinante avermelha, em boccados grandes,
e pequenos tranfparentes , de hum cheiro
forte e agradavel, femelhante a Alfazema,
o gofto algum tanto amargo , e aromaticoj
eíla he a da Ilha de S. Lourenqo ; que a que
vem da nova Efpanha, tem muita femelhan-
qu cohn a Almecega do Brafil no cheiro, e he
mais quja, dura , e parda. He a boa Tacama-
ça digeftiva , refolutiva , nerval, anodina ,
cephalica, deleccativa; ufa-fe exteriormente,
F a t os
 44 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. l.
e os parchos delia faõ bons para a dor de
dentes pollos fobre as artérias temporees.
ALCATíRA-ALQUETIRA.
Tragacã- 62 T T E a Alcatira huma goma branca,
thum, íi- n reíplandecente , leve, miúda, re-
vc Gúmi trociua a modo de bichos, fahe por incifaõ
Tiagac. cja raiz do tronco de huma arvorefinha eípi-
nhofa , chamada Tragacantha , ou Spina hir-
ci; eíta planta crelce frequentemente na
Syria, Alej)0\ Candia^ç. em outros Lugares do
EsvanU, lança muitos ramos duros, cuber-
tos de lanugem, com efpinhos brancos, afpe-
ros, fortes, de folhas mais pequenas, miúdas,
podas em ordem nos efpinhos, que faõ de
cor brançajaflor nafce nas pontas dos ramos,
muitó juntas, e depois daõ hum frudto em
vagem como a Giéita , no qual fe vem hu-
mas fementes como a modarda , ã raiz he
delgada, comprida e branca: A melhor Al-
catira he a mais limpa, branca,refplandecen-
te, quebradiça, infipida ao godo, e fem chei-
ro. Para.fe reduzir a pó he necefíario aqúen-
tar bem o Almofariz para didipar algum ge«>
nero de humidade aquofa que tem,que com
eda difficultófamente fe faz em pó; He hu-
meólante , refrefcánte, aglutinante, adoça a
acrimonia dos humores , faz parar os curiós,
e as hemorrhagias; he boa para a toce^ aper-
tos dei garganta, tificos, ferve nas defluxoes,
que cahem nos olhos , e para os ardores da
ourina e bexiga ; toma-fe em pó, ou em mu-
cilagens,que le fazem infundindo-a em agoaj
conda de muito oleo , e quafi nada de fal.
^G.jO M A A R A B I Al
Gummi
Arabicú
Goma A rabia fe nos traz em la¬
grimas grandes, ou em boccudos
Thebai- de differentes grandezas, hè branca , e algu¬
cum Ba-
mas vezes tirante acítriria, clara , tranfpa-
bylonicu,
& Acan-, rente, que chegandó-a á bocca péga , nao
thinum. tem godo apparente ; tira-fe .por ihciraó.dè
huma arvore efpinhofa, que crefce áhbn d an¬
temente , nao fó no Egypto , mas também
na ArabiaFeliz,e em outros múitòsLugares)
as folhas faõ pequenas, as flores brancas \ e
depois tem humas fementes como tremo-
ços-A melhor Goma Arabia he a feccá,bran-
ca ,*clara , trarifparente,limpa , polida , ma-
cia , de hum godo incipido y contêm muito
oleo, e alguma deuma, com muito fal effen-
daí ; he peitoral, humeâante , refrefcánte,
condença os humores , e os adoça, excita os
efearros , ferve em todas as inflamações dos
olhos, e em todos os defluxos, ou em pó, ou
em mucilagem.
OPIO.
Opium. 64 /"~Y Verdadeiro Opio he huma lagri-
\_J ma gomofa , que íahe da cabeça
d᧠Dormideiras do Egypto , e da Grécia ;
porém ede Opio verdadeiro ainda fe naõ vio
na Europa , porque os Turcos por terem
pouco., o edimaõmuito , e de nenhuma lor-
te o deixaõ trazer aos mercadores Europeos*
e para que o naõ delcaminhem os que o cul-
tivaõ.., tem humas grandes penas para o naõ
darem fenao á ordem do Gram Senhor , ou
de ieus minidros-, termos em que o Opio de
que ufamos em feu lugar he o que chamaô
Opium Meconium , que he hum cumo, que os Opium
mefmos Turcos em muitas partes do Egy- Meconiu
pto, e Levante tiraõ das cabeças, e folhas das
meínias, Dormideiras, reduzido por evapo-
raçao a confidencia de extraólo , e o fazem
em paés de differente grandeza e groíTura, e
bs embrulhao em folhas das mefmas Dormi-
deiras , ou de outras plantas, para que fe lhe
nao .humedeça: ede he 0 Opio de que em to¬
da a Europa fe ufa , e tem muito bons effei- ■j I ZíJíi í
tos, nao taõaótivos como os do Opio verda-
deiro , em lagrima. O melhor Opio fe deve
efcolher pefado, compacdo, limpo , Vifcofo,
de cói* negra , que tira algum tanto a roxa, e
hum, pouco acre ao godo, e dede he melhor
o que vem de Thebas, a que chamao Thcbai- Opium
co, que fuppodo' he do çumo de toda a plan- Thebaic,
ta,, com tudo he limpo fem terra, nem cou-
fa edraiiha , e tem os fignaes acima ditos, o
cheiro forte , e fe desfaz em agoa com facili-
dade. Serve para engrofiar os humores, cx-
cita o fono , abranda as dores, faz parar os
curfos, vomitos, hemorrhagias, o movimen-
to convulfivo do edomago; provoca o fuor,
e he bom para os achaques dos olhos , eden-
tes dá-fe de mçyo gr ao até dous.
C A S T 0 R E 0.
61C Adoreo faõ os Tediculos de hum Caíloriií.
animal chamado Cajlor,he quadru- Caítor.
pe, que vive tanto na terra como na agoaj
he taõ groffo , como hum leitaõ de íeis me-
zes, a cabeça tem a figura de Rato do mon¬
te, os dentes grandes, e muito agudos, o cor¬
po curto e macio , à pelle he cuberta deca-
bellq brandidimo ao toque , de que fe fazem
chapéos, a cauda no principio he grofía co-
mo o dedo polegar , no meyo de largura de
quatro dedos, e 110 fim edreita , ou aguda,
cuberta de pelle ed3ranquiçada fem pello j
fudenta-fe com folhas, e raizes de Salgueiro,
e na agoa dós rios come os peixes , e caran¬
guejos delle, qué póde apanhar; e adrm affir-
maõ os que viraõ ede animal,que a carne de-
fde a cabeça, lombo, e efpadoas, até a cauda,
pela parte fuperior he carne gorda com faibo
delia ; a barriga, e mais partes inferiores, que
faõ como peixe, ou que tem o faibo de peixe,
menos os Tediculos, que faõ compridinhos,
e duros, cubertos de pelle como os dos lei-
toés;aos Tediculos dede animal he que cha*
maõ Cajioreo, álem da bolça externa fe acha
outra

Da DiíHnV.dôs;Medicam,
outra interior pequena , -que tememii.hura
liquor un&uofo,ou gordura liquida,qüe com
o.tempo fe. vem> a por em confidencia de,
Mel, e le iecca, eficacom hum cheiro aaõi
forte como os mefmos.te&iculosy nasrín?arh
gehs de muitos.rios de Aletoianha , e Frqwai
No Reyno de Polonia, tavà.-AmericajOiiàolQ
chama nova França: na.par.te 1'eptentiiopal;
daquella grande jregia&• chamada:Gânadmhfo
muitos-Cajloses, q os caç&õ oSjhabitantes dar
quellas Terras em . grande quanfciditdepara,
tirarem o pello, e os teílieulòsi, quenaíWidaõ
por negocio para muitas .partes , huas.l-aõ
grandes, outros pequenos, conforme Qáani-
maes de que fe tiraõ j o melhor Cajhrço he o
que vem do Principado» .de Dantnjc. na .Falo-,
nia ; porque he mais grande , é ipefado, de
iiü.iju. cheiro forte , penetrante depois deffç he o
que vem-da: Província de Canada., tfue he
mais peqüeno:? porém, na fua opperaqaõ faz
o mefmo díeito que osdc.Dantyc. Tiuns, e
outros devem fer íempre bem canmdos píal-
«runs amblòiõfos falfificaõ o Caílorbo;nie»tH
tendo certa goma em htimas pelles, edepois
ás feccáÕyc vendem porCaíloreo ; o que Ce
conhecè, porque lhe faitaS as fibras,>que; tem
o verdadeiro Cajioreopcft dentro : HeíoiCa*
jloreo attenúante dos humores vifcofosy for-
tifica o cerebro , excitaa conjunçãomenfal,
abate tis Vapores hiílericos, desfaz oámáos
humores , refifte á podridaõ dellesy heípro-
priopára a parkzia j apoplexia, e para a! fuiM
dez afíihí rio ufo interno , como externo.; ■>
, A M B:‘ A R* - 7 *>
Ambar. 66 T‘"T E o Ambar huma matériapírecio^
X fa? fecca, e dura, á maneira tfespe*
dra , mas facrl de quebrar, de cor efeura gris;
e muito ciièirofa , aeha-fe em boccados de
differentés groffuras , huns grandes, butros
pequenos', &que andaõ^fluduando fobre as
açoas em diverfos Lugares do mar Oceano,
principalmente em bs mares de Mofoovia
Kujjia, na índia , África , em Moçambique, e
Rios de Sena^ donde em hum Navio Holan*
dez no arino de 14., veyo hum grande pe¬
daço de Ambar , que dizem çtzfovà. cento e oi¬
tenta e duas*.libras , o qual fe vendeb erri An-
(lardaõJ Entre os Auótores aflim antigos,
como modernos ha huma'grande contro-
verfia fobre o -principio, e uafeimento do
Ambar , c em quanto fe naõ póde averiguar
eíla verdade, diremos o que o Padre Fr. Joaõ
dos Santos da Ordem de S. Domingos no
cap. 28; âòtiv. 1. da Ethiopia Oriental fallan-
do no Ambar diz, que eíte nalce, e fe-cria n-d
fundo do mar , donde fe arranca com o abaJ
lo e movimento das agoas, principalmente
cm grandes tormentas, e nas partes, donde o
mar tem pouco fundo , e batendo;as ondas
/
q íuaPdéi<Jáí5l 45
com mayíor- furia , quebráõ alguns pedaços,
que déípegãdos do f&%>:, vem acima da a>>
goa , e a^blidas e veritòs odancáõma praya,
e por diba caufa tòdiisAf^vèzes que ha gran-
des ventos* e tormerira-s, os Cafres ándaõ pé-
las: prayas em bufcá doAmbàr , e cònfifma-
fe eítaopi.niaõ coriiqüéviráõ os marinheiros
de hum; rra-vio , que 'paifáiido de M-bçambi-
que para a Ilha de S. Loàrenco lançàrido hu-
ma noite a ancora em 'vinte bráçás -de altura
ao longo da dita Ilha , e pela mãnhãa que*
rendo tégufr viagem , levantando a ancora,
viraS que ri-as unhas ^trazia pegada < alguma
porçaõ-de Ambar g¥ls fakUtò cheirofo , e ex-
cellente, e afiim tenha eíle, ou aqüélle prin-
cipio o melhor Ambar para o ufo da medici-
na hd b gffiS , bem limpo e fecco , £ qiie tem •l5r.f \
dentro‘aígümas manchas, ou pontinhos pre-
tos e brancos a modb dc dourados, e que tem
o cheirordo.ee e agrádavel j o que for hümi-
do , ou-brando naõ' he bom : o Ambar em
quando :eftá eni pedaço grande ílaõcheira
muito; pmas tanto qire fe pulveriza miílura-
do com Outras drogas , os- feus princípios fe
adclgaça-o, e ratificaõ de forte que lhe fazem
o cheirofuaviflimo ; alguns chamaõ ao Am-
bar gris Ambar cinerieiai Ha fegunda efpecie Ambar
de Ambar , a que chamao Ambar branco, efte gra¬
diflere do gris naõ ío‘ nacor mas'no cheiro,
que lie-menos aromatico , porem hum e ou- ranco‘
tro fervem no ufo da medicina , eth pHmei-
ro lugar o gris , o fegundo por fer bran-
co , le gaíla mais nas paíltlhas dq; cheiro. A
terceira cada de Ambar he o preto ; efte naõ Ambar
ferve para a medicina,e fó o coílilftiáõ gaftar Preto-
nós perfumes, paftilha's de fogo , e nos cou-
ros amb.rlados. Serve o Ambar gris-para for-
tificar o cerebro, coràçaõ , cilomago, caufa
alegria, e desfaz a malencolia , heeXcdlente
contra veneno, e-util o feu ufo no"tempo de
peite ; dá-fe de meyo graõ até quatro , o feu
perfume he melhor aos homens, que ás mu¬
lheres, porque a eflas o ufo déllelhe faz le¬
vantar vapores hiílericos,é outros achaques.
d A L M I S C A Rihtl ii. ■ l
6j Almifcar fe cria em hum animal MoT.-ut.
da feição de V iado,ou Corça,mas
pequeno , pouco mais ou menos como Ca¬
bra , vive nos matos do Reyno á ti: Roa ta 5
Tunquin, e em outras partes dá Afri-
ca ; o Caçador depois de o matar lhe corta a
bexiga , ou papada que tem na barriga junto
ás partes genitaes, delia fe tira huma pofta
de fangue coalhado , do tamanho de ovo de
galinhay poem-fe a Ceccar ao Sol, e fe reduz
a huma matéria levé de hum vermeflio efeu-
ro com cheiro forte, e fe torna a metter na
fua bexiga para nella fe confervar, e aflim d
trazem.a Europa $ tambemdizem , que nelte
animal.

46 Pharmac,íXuíit. Àiigtttient. Tràt. I.
^nimal, quando anda no cio, a dita,bexiga fe
converte em Apoltgpna que depois.de ma-
duro Te abre per fi com a dor çaufada da ve-
hemente fermentaqaõ da matéria, ésfregan-
do-ie o animal em pedras, e troncos de ar-
vofes , e aíiim rompejp. a bexiga, da qual fa-
he o Almilcar, o que poíto ao.ar < e.curado
ao Sol fica com hum cheiro fuave, e muy fu-
bido. He o Almilcar proprio para fortificar
o cérebro, e o coraqaõ, reítabelece as forqas
perdidas, refifte ao veneno, desfaz os humo¬
res groífbs, e os flatos, dá-le de hum grao até
quatro , e embrulhado em algodaô he bom
para a furdez mettido no ouvido que pade¬
ce , ou em ambos.
A L G A L l A.
7ibctum 68 T T E a Algalia huma matéria liqui-
Zibcta, XX da, ou liquor congelado-y que
quando fe tira do animal he de côr eíhran-
quiqada declinante a amarella,mas depois fe
faz de hum pardo efeuro, ou preto, claro, de
cheiro forte,e delagradavel: o animal de que
fe tira a Algalia fe chama Gato ,.he pouco
mayor que Kapofa , e alguns pequenos, que
fe criaõ na China, índia , America , África ,
donde trazem algum para a Europa*, t&xn o
nariz , a barriga, a parte inferior da gargan¬
ta , e os pés negros, na cabeca pouco cabel-
]o, no cqrpo muito, e eítá falpicado, e man¬
chado de côr branca , negra, e tirante a ver¬
melha , tem os olhos mettidos entre duas
manchas negras, dizem que luzem de noite
como os de Gato •, nopefcoqo tem quatro
- • bandas brancas fobre outro braco mais elcu-
ro j aqoutado com huma vara, e embraveci¬
do fuahumcertò liquor undtuofo,alvadio ti¬
rante a amarello, que depois fe faz preto , e
fe chama Algalia,a qual fe colhe da bolfa ou
folie , que a exala , e polia alguns dias ao Sol
perde a fortidaô , e fica mais fuave ao olfato:
todo o fuor, a que fe chama Algalia; fahe de
huma bolfa a modo de folie, ou tumor, que
tem o animal por baixo da cauda junto ao
ano : A melhor Algalia he a mais frei ca, em
boa confiílencia , de côr alvadia declinante a
amarella, a qual depois de paíTado mais tem¬
po fe faz preta refplandecente , e que tem o
cheiro forte pouco agradavel: para os perfu¬
mes amifturaô com outros cheiros, então
he que o da Algalia fica fuaviflimo: he ano-
dina, refolutiva,ferve para as cólicas dos me¬
ninos mettendo-lhe hum boccado delle no
embigo, e da mefma forte fe applica para as
durezas da madre.
PAG DE A G U I LA.
Lignum í<) ^il° ^guila huma arvore
tio-». V^/ que crefce na Índia femelhante á
Oliveira, porém hum pouco mayor, de hum
fruéto vermelho , femelhante ás noíías Ce*
\
nejasl; ià eafca delta arvore he erpéíFa', o páo
he decôr leonada, luzidio, e a modo de jaf-
péadof iemeado de vèas, e.pequenas man^
chasy refmolo, aromatico, e amargo ao go-
íto<; rha muito na Cochinchina ,. noKeynode
hát*\e na China* O. melhor Páo de Aguila he
o leve, refinofo, de côr leonáda , amodode
jàipeado , e luzidio pela parte de fóra , e por
demtoydeclinante. a amarello, b qual lanqado
noitrme-arde com facilidade , e lança hum
chefio dóce e agradavel, e tendo-o na Üoc-
ca , ou mafeandò-o algum tempo tem ogo-
ílo amargo • contém muito oleo , e lál volá¬
til $ fortifica o cerebro, o coracaõ, o eftoma-
go'5 augmenta os efpiritos, refifle ao veneno,
excita o fuor,e provoca a conjuhqaõ menfal.
9k t obi C A-TS..-E L L A^i 'S*o
yo T T E a Canella humacafcabem miu- Cinna-
X X da , unida, comprida!,fe enrolada momum.
no feu;comprimento,i de côr rofada, amarel¬
la,declinante a vertnelha , de cheiro íuavii-
fimo ,'güílo doce picante, e aromatico, muH
to'agradavel tira-fe dos ramos dfbhuma ar¬
vore, que crefce de altura de hum Salgueiro,
tem as folhas compridas com femelhanqa
dasdoinoureiroyas quaes tem o mefmo chei¬
ro de Canella j as flores faõ brancas, e delias
depois de cahidas fahe hum fruéto , que no
principio he de côr verde , e eftando madu-
rofefitz preto , de forte que tem,, muita fe¬
melhanqa com as bagas do Loureiroj efta ca-
feada arvore a què chamaô Canella, quando
eílá na arvore, tem a côr parda muito decli¬
nante a verde, e tanto que fe fepara da arvo¬
re os índios apôemao Sol onde ellà fe fer¬
menta, enrola, fecca , e toma a côr , que lhe
vemos, oqüe fazem com muito cuidado,vi¬
giando-a em quanto fe íccca,porque fe o Sol
he forte, e o tempo em que a pôem a elle,he
muito, le ennegrece,e fica parda, e com me¬
nos cheiro ; quando fe, tira da arvore naõ he
taõ aromatico, nem fuave , como fie eftan-
do fecea^ crefce em a Ilha de Ceilão , que fi¬
ca á parte meridional da índia $ o páo da ar¬
vore da Canella também cheira alguma cou-
fa, porém pouco ; á arvore naquella terra
lhe çhamao Corundo, e os Arábigos Quirfe, e
fodos lhe chamaô Canella diminutivo de
Canafrporque eíla cafca quando fe.fecca,fica
enrollada , e com v,aô:por dentro , que pare¬
ce cana ; contêm muito oleo exaltado, e fal
volátil | a melhor Canella he a que tem a ea¬
fca delgada , inteira, de côr fubida, e o chei¬
ro muito fuave , e picante, Fortifica o cere¬
bro, o coraqaõ, eílomago, refifte ao veneno,
provoca a conjunqaõ menfal, e facilita o
parto. Acha-fe outra efpecie de Canella, em
muitas partes da índia, e da America , que
he mais grófla, eíbranquiqada , com menos
cheiro,
 Da Diffin. dos Medicam. e fua eleição.
cheiro , c pouco picante, á qual os Arábios
Darche- ortde.ha muita chamaÕ Darcheni , e querem
k do Ala- ^Suns Auótores^, que eíla caíla de Canella,
to. íeja a que os noífos Portuguezes , que vivem
naqupllas partes orientaes, chamaó Canella
do mato, ou Canellagrojja , eíla tem pouco,
ou nenhum ufo na medicina: Ha outra efpe-
cie de Canella, a que os Auólores antigos, e
Caffia li¬ ainda alguns modernos chamaõ CaJJía lignea,
gnea. que naõ he outra coufa ienaõ a noífa mefma
Canella ; porem he menos cheirofa , e com
menos côr que a boa, e feleóta Canella ; e
pondo eíla nos medicamentos, ou feja pedi¬
da com o nome de Cinamomo , ou de Cajfia
lignea, fempre o medicamento fica bem fei¬
to , e naõ faltará a operacaõ que fe efpera,
por fer a differenqa que ha entre eíles dous
íimplices muito pouca.
GALANGA.
Galanga 7 i TT
~ E a Galanga huma raiz cheirofa,
mayor. Xa que vem da índia , China, e da
Javá, de que ba duas efpecies , mayor e me-
nor. A Galanga mayor he groífa , folida ,
pefada, alvadia por dentro, e cuberta de hu-
ma cafca , que tira a vermelha ; tem o goílo
picante , e algum tanto amargofo, deita raiz
brota huma elpecie de Cana iemelhante á do
Iris , a flor he branca, e fem cheiro. A Ga-
Galanga langa menor he huma raiz da groflura de de-
roinor. do, que fe cria cultivando-a na índia, e na
China, depois a cortaõ em boccados peque-
nos para a feccarem , e aflim a traníportao
para todas as partes j por dentro e por fóra
declina a vermelho , he muito mais cheiro-
fa e picante, que a primeira elpecie; contêm
algum oleo exaltado, e fal efíencial em pou-
ca porqaõ; na Arabia também ha muita , e
lhe chamaõ Gahngia donde veyo nas mais
partes o chamar-fe Galanga: Fortifica o eito-
mago, o cerebro, desfaz os flatos, e provo-
ca a ourina.
NOZ MOSCADA, ou NOZ NOSCADA.
Nux mo- 7a À Nóz mofcada he o frucfto de hu-
fchata, jlV ma arvore do tamanho de Pece-
Mu£ha- gueiro, que ha na Ilha de Bandà, e de outras
flV adjacentes no mar da índia ; as folhas faõ fe-
matica, melhantes ás do Pecegueiro ; porém mais
Unguen- pequenas,a flor tem a fórma de Rofa de chei-
tada & ro agradavel; depois de cahida a flor lhe ap-
Nux my* parece hum fruóto groflb como as noíTas
n lca* Nozes, tanto que eíle amadurefíe, fe racha
a cafca grofla de que fe cobre, que he groífa
como a das Nozes,e aberta em varias partes;
cahe no chaõ, e fica a Noz com outra cafca
que he a fegunda, que embaraqa o fru&o to-
do ao redor , de côr varia como vermelha ,
e pallida de mefcla, e he muito cheirofa. A
eíla fegunda cafca chamaõ naquellas partes
Mace, ou Majfa, e he ao que os Latinos cha-
47
maÕ Mac&, e nós da mefma forte ; e outros Mw*
lhe chamioFlor de No\ mofcada , e aílim a i .lor nu"
primeira cafca grolfa^do frudto le naõ aprô-r1Stmo'
veita por ter pouco' cheiro , a fegunda que C atC
he o Macisfe lhe tira quando a Noz eílá bem
madura, e a calca de fóra cahida , e neíla
fórma ', na mefma colheita , tiraõ a No\ mo~
fcada, é a cafca que he o Macis, e tudo guar-
daõ para negocio de Holandezes , Inglezes,
e outras naqoes, que vaõ bufcar eíle genero
áquellas Ilhas. Afíentaõ por coufa Verdadei¬
ra muitos hiíloriadores , que fallaõ na Noz
mofcada , e na arvore que a dá, que na Ilha
de Banda, e outras mais partes ha humas
Aves grandes, a que chamaõ Aves do Parai-
fo , as quaes comem a Noz mofcada, quando
eílá verde-, por lhe acharem hum fucco go-
ftoíb e füaviflimo, e depois por naõ poderem
digerir eíla comida, a lancao por excremen-
to miílurada com quantidade de matéria, ou
vifcofidade, que cuberta com alguma por-
qaõ de pó que lhe cahe , lanqa raizes, e cre-
ice até fe fazer arvore,e aílim fe cria fem cul-
tura alguma nos matos e bofques daquellas
partes, donde os naturaes vao colher a Noz,
e o Macis em feu tempo , e querendo eíles
femear a Noz,ou tranfplantar a arvore quan-
do he pequena , nem de huma , nem de ou-
tra forte vay adiante, porque a Noz iiaõ na-
fce , ea arvorefínha fe fecca. As melhores
Nozes mofcadas faõ as de grandeza ordina-
ria , pefadas, bem criadas, novas, de nenhu-
ma forte velhas, nem carunchofas, que te-
nhao a cor parda brancacenta com vêas por
fóra, c dentro,a côr a modo de vermelha mi-
ílurada com branco, e outras cores, de chei-
ro agradavel, goílo picante , e aromatico ,
contêm muito oleo , e algum fal volátil ; o
Macis, ou flor deve ter as mefmas circum-
ílancias, porém a côr deve fer mais declinan-
te a amarella, ou avermelhada, o cheiro mais
fuave, e o goílo mais acre. Aílim a Noz mo-
fcada como a fua flor tem a mefma virtude
fendo feccas como vem á Europa, fortificaõ
o coraqaó e eílomago , desfazem os flatos ,
reíiílem á podridaÕ dos humores, e faõ boas
para o máo bafo procedido da corrupqaõ do
eílomago.
CRAVO DA INDIA.
o
73 g Cravo da índia he fruclo ou flor Cary°Ph>
endurecida de huma arvore, que
fe cria na índia Oriental,e nas Ilhas Malucas,
e neílas chamaõ á dita arvore Chaque, he de
grandeza ordinaria, as folhas faõ largas, e põ-
teagudas, quando o fruólo apparece he de
côr verde brancacenta, depois fe faz roxa , e
tanto que eílá maduro fica com a côr parda,
que tira para preto, da mefma forte que o
vemos:Os naturaes da terra o apanhaõ eílan -
do

4$ • Pharmac. Luíit. Augment. Trat.I
do maduro abanando a arvore até tòdo lhe
cahir, e depois o feccaõ de forte que fique
duro , para afíim fe poder enviar ás partes, a
que ordinariamente o va5 bulcar os merca-
dores: nafce as arvores que daÕ o Cravo fem
cultura alguma naquellas partes , e dizem os
naturaes da terra , que faõ taõ quentes as di-
tas arvores, que attrahem a fi toda a humi-
dade da terra , fem deixar criar planta algu¬
ma , nem herva ao redor de fi ; de forte que
para feccar hum arvoredo efpefio de qual¬
quer outro mato, o mais facil remedio, he
plantar huma eftaca de Cravo, ou da dita ar¬
vore affim chamada no meyo delle,e em bre-
ve tempo fe fecca tudo quanto ha naquelle
fitio,em que fe pôem a eftaca. O melhor Cra-
vo he o mais grofíb, bem nutrido, frefco, e
naô velho , inteiro de côr parda efcura, facil
de quebrar , muito cheiroto, de gofto pican-
te , e aromático , contêm muito oleo meyo
exaltado , e alo;um fal volátil : he cordial ce-
phalico, eftomacal, refifte á malignidade dos
humores, desfaz a fleuma do cerebro, excita
os efcarros, e he bom para dor de dentes ma-
fcando o , ou untando a gingiva, e o dente
que padece com huma gota do leu oleo di-
ílillado.
GENGIBRE, OU GENGIVRE.
Zinziber, 74 À Gengibre he huma raiz compri-
Gingib. JL~\. da, quafi de grofíura do dedo po¬
legar , cheya de nós fimicircular , cria-le á
flor da terra , he de côr parda tirante a ver¬
melha pela parte de fóra, branca por dentro,
tem huma acrimpnia algum tanto aromati-
ca ; deita duas ou tres vezes no anno hu-
mas folhas da feiqao de cana , com huma flor
que fahe do meyo , e na extremidade viran-
do-fe faz volta femelfiante á de hum cajado,
e por efta razaô alguns lhe chamaô Anwdo
humilis clavata; nafce efta planta na Índia 0-
rientat, e he cultivada em muitas fazendas, e
a trouxerao para as índias de Efpanha , onde
ha muitas , donde também vem a Gengibre
á Europa em boa quantidade : contêm mui¬
to fal acre , e pouco oleo : He incifiva , at¬
tenuante , aperitiva, fortifica o eftomago, e
gafta todos os humores que offendem a vifta.
Pipcr ni- 75
grum ,
A P 1 M E N T A N E G R A.
Pimenta negra he frueto de huma
planta farmentofa como a Era ,
Mclano
que fe atrepa pelas arvores vizinhas, e crefce
piper.
tanto como ellas, e também ás cepas, ou
troncos que eftaó onde a cultivaÕ, as folhas
fao grandes, largas, fibrofas , ou com véas
igualmente defiguaes, e humas e outras mais
ou menos negras na mefma planta ; os graos
nafeem juntos fem pé , pegados a hum ner-
vo, de forte que fazem fórma de cacho pe-
queno , e em cada anno ha cinco, feis, e mais
T È
cachos, que no principio tem osgraosver-
des, depois fe fazem pretos, e eftando per¬
feitamente maduros os apanhaõ, e pôem a
feccar onde diminuem alguma coula na lua
groííura , e fe pôem com rugas de íorte que
os vemos 5 deita Pimenta preta fazem os na-
turaes duas efpecies, a laber , huma macha,
outra femea 5 porém a dififerenca hena plan
ta fer mayor , ou menor , que o fruéto todo
he o mefmo , e tem igual preílimo, e de am¬
bas as plantas o miíturaõ : Cultíva-fe a Pi¬
menta na Jauá , Malavar , Maíaca, Summa- Piper ak-
tra , e em muitas partes da índia ; contêm f°lutè.
muito fal volátil e fixo , e algum oleo; quan-
do para algum medicamento fe pede Pimcn-
ta, fe entende efta' primeira efpecie, que hea
Pimenta negra,e defta a melhor he a que for
mais bem nutrida limpa, compaéta, aflaz pe¬
fada , muito acre ao gofto, e picân.te ; he in-
cifiva, attenuante , refolutiva , aperitiva ,re-
fifte a malignidade dos humores', desfaz os
flatos , e he bom efternutatorio , fe fe appli-
ca iobre as campainhas da bocca cabidas , e
relaxadas por caufa de qualquer humor que
nellas tenha cahido , e defecca, e aperta as
fibras relaxadas.
PIMENTA BRANCA,
yd \ Pimenta branca he hum frutfto Fipcr al.
XV redondo, mais groftbque a Pi. bum.
menta negra , he de côr brancacenta , e tem eucoP1*
o gofto da negra, mas menos forte , e menos ^er'
picante: a planta como diz Joa5 Fragofo no
diícurfo dos fimplices aromáticos da índia
he muitofemelhante á que dá a negra, de
tal forte que os naturaes que a culfívaõ, na5
fazem dififerenca delias fenaõ quando lhe
vem o fruéto , o qual em Dezembro colhem
e íéccaô; porém ha poucas plantas da bran¬
ca , e deftasconfervaõ fó para o ufo medici¬
nal ; os antigos, e ainda alguns modernos
querem que a Pimenta negra e branca feja
da mefma arvore, huma tirada madura, e
outra verde. Moyfés Kharas na compoficao
da Triaga , diz que a Pimenta branca he a
mefma preta , que eftando madura a lança ^
de molho em agoa falgada, e depois de tira-
da a pelle fica com a côr branca, e defta for-
te a pôem na fua Triaga:porêm he certo que
efta Pimenta he pillada , e molhada na agoa
falgada he contra feita, e Lemery diz que
delia fe póde ufar naõ havendo a verdadeira
Pimenta branca, a qual certamente ha, e nós
a vimos, e tivemos huma porcaó que da In-
dia fe nos mandou ; era brancacenta , ou al-
vadia por fóra, e por dentro mais branca, na
grandeza era como a negra também arruga-
da , cheirava menos, e picava pouco ; Chri-
ftovaõ da Cofta no feu tratado de Drogas
diz,que he de diverfa planta a Pimenta bran¬
ca.
 Da Diffin. dos Medicam, e lua eleição. 49
ca , mas que em pouco difiere da planta que quena, comprida , e eftreita, a flor cheirofa
dá a negra: o M. Pomete diz que efta arvo¬ que depois de murcha,delia apparecem huns
re que dá a Pimenta branca Te cria na Ilha de cachinhos de bagos redondos, que faõ as Cu¬
Madagafcar em boa quantidade, que aííim bebas , as quaes os naturaes feccaõ ao Sol ,
lhoaíhrmára M. de Flacout Francez, Go¬ para as venderem para fóra , e muitas vezes
vernador , que Ifoi daquella Ilha , que vindo vem da índia pegadas ao péfinho, em que fe
para Franqa lhe dera trinta e huma planta fuftinhaõ $ dizem alguns que os moradores
da mefma , que mandou eftampar no feu li¬ deftas Ilhas, antes que as vendaõ , as fervem,
vro de plantas, termos em que naõ ha duvi¬ para que femeadas naõ propaguem em outra
da que a Pimenta branca he de planta diftin- terra* o que he erro, porque nas fuas próprias
&a da que dá a negra, e toda tem o mefmo rugas moftraõ que as feccáraõ fómente, e
nome, aííim como a Vide fempre he Vide , faõ da forte que fe tirão da arvore * de mais
e huma dá uvas pretas, outras brancas, ro¬ que fe tiveraõ cozido efte fruéto , havia de
xas , e de outras cores , aííim efta planta que inchar, e no cozimento perder o fabor , e
dá a Pimenta , huma dá a negra , e outra a cheiro aromatico , que vemos ellas tem da
branca. A melhor Pimenta branca fempre forte que as trazem para a Europa. As me¬
deve fer grofía, pefada, bem nutrida, muito lhores Cubebas fao as mais novas, groflás ,
limpa, e menos picante que a negra dizem bem nutridas, aromaticas, e acres ao gofto:
que tem muito fal volátil, porém menos Contém muito oleo, e fal volátil $ fortificaõ
oleo que a negra: Tem as mefmas virtudes o cerebro , e o eftomago , excitaÕ o appetite
que a Pimenta negra , mas he mais froxa $ e de comer , refiftem á malignidade dos hu¬
branda na fua operaqaõ. mores , e mafcadas faõ convenientes a quem
PIMENTA LONGA. tem máo bafo por caufa da corrupqaõ dos
Píper 77 TT E aPimenta Longa hum fruéto humores.
Longar. JL JL comprido de duas até tres pole- CARDAMOMO.
Macro pi • gadas , e da groíTura de huma penna com
77 TT E o Cardamomo huma femente Carda-
pcx.
pouca differenqa : he toda cheya de Temen¬ n que vem da índia, a qual em to-momum*
tes miudinhas, que todas juntas fazem huma das aquellas partes Orientaes vai mais que
fó fórma , òu corpo $ a côr he alvadia pela na Europa , porque os índios nem Arroz ,
parte de fora , e por dentro branca com me- nem comida alguma ufaõ, que naõ feja tem¬
fciade preto , e a modo de vermelho : nafce perada com boa quantidade de Cardamomo:
em huma planta femelhante á da Pimenta he efte huma femente que nafce em Cananor
negra , porém he mais pequena , as folhas em hum monte feis, ou fete legoas diftante
miúdas , e ainda que fe crie ao pé de arvore do mar $ e o cultivao os naturaes da terra
fóbe pouco, e pelos ramos da planta dá o fru- queimando primeiro todas as hervas que
dto pegado vem pés compridos , e delgados: eftaõ no lugar,onde o querem femear, e em-
efta Pimenta vem de muitas partes da índia, cima das cinzas, cavada a terra , fazem a fe-
e Bengala , e dizem que em Levante no fim menteira,e defta forte fe cria admiravelmen¬
do território do Egypto ha muita planta dei- te : diftinguem o Cardamomo em grande ,
la, que os moradores cultivao, e que naõ tem meyaõ,e pequeno,e efte ultimo he o melhorj
differenqa efta Pimenta branca da qiíe vem nafce o Cardamomo mayor em huma bainha Cardam
da índia 5 contêm muito fal volátil, e algum que tem fórma de figo com cafca femelhan- mayor.
oleo. A melhor Pimenta branca he a mais te á primeira pelle da Tamara , com alguns
comprida com os graõs bem criados, pefada, fios ao comprido , eeftá abainha ou folha
compaéta, frefca, e naõ carunchola, o gofto cheya de huns graõs vermelhos, feparados
de Pimenta negra, mas mais picante , e me¬ em fuas cafinhas com huma película branca,
nos acre y he efta carminativa , aperitiva, e em que ficaõ envoltos como graõs deRomfia;
própria para refiftir a todo o veneno, e mali¬ a eftes graõs chamaõ alguns Malageta, e ou- Maiaaeta
gnidade dos humores. tros Graõs do Paraifo pelo fuave cheiro que Grana
CU BEBAS. exhalaõ. As vagens , ou bainhas do Cardamo- Paradifi,
Cubcba. 7$ A $ Cubebas he hum fruéto peque- tnomeyaõ faõ triangulares , e muito mais pe- Cardam.
jT\. nò , fecco , redondo, da feiqaõ de quenas que as do primeiro , angulofas, pe- medmm'
Pimenta negra, mas mais péqueno , rubofo, queninas, cheyas de huns granitos purpú¬
pardo efcuro, aromatico, e agradavel aogo- reos , e mordicantcs , mas fuaves ao gofto.
fto,com algum amargo , e acrimonia $ nafce As bainhas ou vagens da terceira efpecie do
em quantidade na Ilha dcjavá Ma/carenhas, Cardamomo pequeno que he 0 menor , faõ mais Cardam,
e outras, e fabede huma planta pequena que pequenas que as duas ditas acima, com fe-menor,
trepa , e fe pega ás cepas , e arvores vizinhas mente também angulofa , e purpurea ; de to¬
da mefma forte que a Hera $ a folha hepe* das as efpecies efta he a melhor : os moder-
G nos
I
 fo Pharmac. Luílt. Augment. Trat. I.
nos dizem que o Cardamomo menor he o
que ie deve ular na medicina , e que delta
eípecie o melhor he o que tem as vagens, ou
bainhas mais cheyas de tementes, que feja
bem criada , e que para fe uíar, ie deve tirar
das vagens,porque ie lhe naõ metta outra fe-
mente eítranha , os graõs hao de fer rijos, a
côr fiubida , e o cheiro muito fuave e aroma¬
tico j contém muito fal volátil, e oleo exal*
tado, o que ie acha em todas as tres efpecies.
He o Cardamomo menor proprio para atte-
nuar , e adelgaqar os humores groflbs,e des¬
faz os flatos , fortifica o cerebro , o eítoma-
go , ajuda a digeítaõ , provoca a ourina, refi-
íte á malignidade dos humores, e maicado
provoca os eícarros.
Schscnan-
tum.
8o HE SJ) U I N A N T 0.
E o Efquinanto huma efpecie de
junco ou grama , que nafce em
muita quantidade no Egypto , Mecca , e na
Arabia Feliz , a que os Latinos chamaõ Jun-
cus odoratus, os Gregos Schanantum , outros
Valha de Mecca,ou Cama de Camellos-Aa. raiz
do Efquinanto fahem muitos canudos duros,
em tudo muito femelhantes á palha de Ce-
vada $ dá humas folhas compridinhas, e na
ponta ou fummidade dos canudos humas
fioresfinhas avelutadas de côr encarnada,for-
mofas á viíla , muito cheirofas, picantes ao
goílo , penetrantes, e aromaticas: naquellas
partes he eíla planta a ordinaria comida dos
Camellos, que com ella fe fuílentaÕ , affim
como na Europa os Cavallos com a palha, e
com o mefmo Efquinanto lhes fazem as ca-
mas: Como toda a planta e flor he cheiro-
fa , fe deve em primeiro lugar efeolher a flor
havendo a , e depois a planta que for mais
leve , de boa côr, cheirofa , e picante ao go-
íto : contém algum oleo , e fal exaltado $ he
muito incifiva a flor , aperiente , diurética ,
deterfiva , deioílruente , e refiíle á maligni-
dade dos humores: a planta tem menos vir-
tude, porém fendo nova fe pôde gaitar,e naõ
a havendo , nem a flor, dizem que o Cala-
momo aromatico fará , o mefmo eflfeito , e
melhor 5 porque affim a flor, como a planta
do Elquinanto, que chega a eíte Reyno, nao
tem cheiro algum , antes parece huma pou-
ca de palha inútil.
CAL AMO AROMATICO,
Calamus
aromati-
cus,
81
o Calamo aromatico verdadeiro he
huma cana, que nafee na índia, e
de lá a trazem á Europa , e a outras partes;
porém eíte he rariffimo, e viíto de poucos, e
affim em feu lugar fe ufa do Acoro nas Boti¬
cas com o meímo nome de Calamo aroma¬
tico , o qual he huma planta da índia, e Per-
Acorus. fla chamada Acoro, que he huma cana delga-
da, defmayada , e nodofa , que em alguma
couía Te parece com o verdadeiro Calamo
aromatico, cuja fubítancia he porola,e algum
tanto amarella, ordinariamente vem da Ilha
de Javá, as folhas faõ compridas, e eltreitas
como as do íris , dá huns fruétos iemelhan-
tes a Pimenta longa , mas fem preílimo al-
gum: o melhor Galamo aromatico he o me¬
nos antigo, limpo , que quebre com difficul-
dade , a cor defmayada , e que feja do bem
cheirofo : contém muito oleo exaltado , mi-
íturado com fal volátil■, he eítomacal T cor-
deal, aperitivo, refiíte á malignidade dos hu¬
mores , e he util nos perfumes.
S A N D A L 0.
82
o \ Sandalo he hum páo duro , pefa- SantaJram
do, cheirofo que vem da índia
em troqos limpos de cafca, e ha tres efpecies
de Sandalo , a faber citrinos, brancos, e ver¬
melhos : as arvores de que fe tiraõ os Sânda¬
los, faõ taõ femelhantes, que fe naõ pódem
conhecer , fenaõ quando lhe tiraõ a cafca , e
fe faz crer que as arvores todas faõ o mefmo,
e que a diflxrenca da terra e clima lhe daõ
as cores ■, eítas arvores faõ taõ altas como as
noífas Nogueiras, as folhas faõ femelhantes
ás do Lentifco, as flores faõ azúes declinantes
a preto ■, depois deitas cahidas apparece hum
fruôto como Cerejas de cór verde , ç_ tanto
que eftá maduro fe faz negro , e de ?oílo fe-
tido : Das tres efpecies de Sandalo o melhor
he o Citrino, que vem de Siam,c fe deve efco- Sandalos
lher por melhor , o mais novo , d uro , com- cítrinos>
padto , pefado, de côr citrina , ou amarella,
o cheiro doce e muito agradavel $ depois
defla primeira efpecie de Sandaho o branco Sandalos
differe do citrino, naõ fó na côr , rnas em que Brancos-
he mais efpirituofo , e cheirofo eíle vem de
Timor, e fe tem por melhor o que he novo,
pefado , branco, e do melhor cheiro que pu-
der fer: A terceira efpecie de Sandalo, que
he o vermelho,he o menos ch-eirofo de todos, Sandalos
elle vem de Tanaçarim, e Lu gares maritimos.vcrmdh.
da coita de Choromandel,dond e defagoa o Rio.
Ganges: o melhor he o novo , pefado , com
a côr bem vermelha efeura , e por fóra com
algumas manchas pretas. O Sandalo venne-
lho fe equivoca muito com o Pdodo Brajdl 5 Pá° do
porém he facil de conhecer a differença,por-
que o Páo do Brafil he doce, e tinge muit o,
eo Sandalo nem he doce, nerp tinge : Os
Sandalos affim citrinos , como os brancos, ftxr-
tificaõ o cerebro , 0 eítomago , e o coraqa Õ,
purifícaõ o fangue , e fazem parar os vômi¬
tos j os brancos le cozem em agoa de que u'faÕ
os tificos , e todos os que tem achaques no
peito $ e os vermelhos faõ adítringentes , ^
refrefeantesj ufaõ-fe em epithemas, e outros.
compoítos.
HEK-
 Da Diffin. dos Medicam* e fua eleição. 51
H E R V A DOCE. malfao e ajuntaõ em paés , depois dividem
83 Á Herva Doce he huma planta mui- efta matéria em duas, pondo-a ao Sol, ou ao
jL\ to commua nos jardins do Levan- lume onde fe derrete , e depois de efpremida
Anifum. te , Malta, e outras partes 3 o talio da planta brandamente, ecoada por panno a lancaõ
he de altura de tres palmos, redondo , occo em bexigas, e o refiduo que tica, o tornaõ a
por dentro, e ramolo , as folhas faõ compri¬ levar ao lume , e tendo boa conliftencia , o
das , cortadas, atébaixo , cheirofas, leme- fazem em magdaleoés pequenos 3 ao Ladano
lhantes ás da Salfa ortenfe , nas pontas dos que eftá na bexiga chamaõ Ladano liquido , e Labdanu,
ramos tem huma copa redonda, que dá hu- ao que eftá em magdaleoés chamaõ Lalano ^|a^a'
mas flotes pequeninas brancas, e depois ap- Solido, ou em páos. Na Ilha de Chipre, e Can- qU1™um
parece afemente na mefma fórma , que ve¬ dia fazem o bom , e excellente Ladano , e Ladanurâ
mos a da Salfa: eíta femente he de cor par- também em Efpanha , e nas partes de noffo folídum.
dinha declinante a verde, o goíto doce com Alen-Tejo, e he o que ordinariamente vem a
alguma acrimonia agradavel: a melhor Her¬ efta terra, onde impropriamente muitos Bo¬
va Doce he a mais groíTa, bem nutrida, lim¬ ticários lhe chamaõ Laudano, naõ reparan¬
pa de poeira, frefca, de bom cheiro, o gofto do que huma coufa he Ladano, ou Labdano,
Fsenicu- doce, e picante , alguns lhe chamaõ Funcho e outra Laudano 3 e porque efte he o que fe
lü dulce, doce, vem muita de Turena em França, mas fez com o extradfo do Opio , e o de que tra¬
de todas a melhor dizem que he a de Malta 3 tamos he o fucco vifcofo daquella planta
tem muito oleo, e fal exaltado 5 hecordeal, bem conhecida, a que no Alen-Tejo cha¬
ftomacal, peitoral, carminativa , digeftiva, maõ EJleva, ou C,araaço , de que ha muita
augmenta o leite das mulheres que criaõ, he quantidade por todos os matos, onde nos af-
boa para as cólicas, e desfaz os flatos. firmaõ pefioas fidedignas que andáraõ á caca
A L C A C, U S. nos ditos matos, que metendo-fe nelles tra-
Líquirítia 84 /^V Alcaqús he huma planta que lan- ziaõ as abas das cafacas cheyas de huma gra¬
Dulcis ra- \^/ ca muitos tallos de altura de tres xa muito pegajofa, que era o Ladano, e aflim
dix Gly- palmos, e mais cubertas de folhas compri- advertimos aos principiantes, queentendaõ
cyrrhifa. ^ ^ vjqGfas . verdes, luzidias, poftas duas e que vay muita differenca de Ladano, ou Lab¬
duas até acabarem em huma fó, tem o fabor dano ao Laudano taõ decantado pelos fcus
aipero , que atira a azedo, as flores faõ pur¬ admiráveis effeitos no ulò da medicina : O
púreas, e ao pé delias tem humas bainhas pe¬ melhor Ladano he o de bexiga que tem boa
quenas , chátas , ruivas , com fua femente conílftencia , ea côr negra azevichada mui¬
dentro 3 as raizes faõ compridas, efc repar¬ to refplandecente , e que tem o cheiro agra¬
tem em muitos ramos, huns dagroífura do davel , com alguma lemelhanca ao do Âm¬
dedo, outras mais ou menos, e difterentes bar 3 e o Ladano folido , ou em páos, ou ma-
groífuras , e comprimentos, pardas por fó- dagleoés, ainda que tem aréa , pó, e Jlguma
ra, e por dentro amarellas , e raíteiras met- coufa impura , também tem léu preftimo,
tidas pelo chaõ , crefce em lugares quentes, porque he bom para as paftilhas de fogo mi-
e em terras areentas por valados, e a raiz fó fturando-lho em pó. Sempre o Ladano que
he que fe ufa na medicina, vem de A^eitao, e vem de Chipre, e Candia, he o melhor, e na
de todos os Lugares que ficaõ perto de Pal- falta defte fe ufa do que vem de Cajlella , e
mella, e dos vallados de muitas vinhas da do nofíb Alen-Tejo, que algumas vezes vem
V illa de Coina, e leu Termo , e defte fitio he muito bom , mas ha de fer efeolhido com as
muito bom. O melhor Alcaqús he o frefco, condiqces acima. O Ladano abranda, digere,
medianamente grofio, bem nutrido , parda¬ gafta, refolve , fortifica, e faz parar o fluxo
cento por fora , e por dentro muito amarel- de fangue j ula-fe em emplaílos, e ungu¬
lo , de hum gofto doce e agradavel 3 he pei¬ entos.
toral , adoqa os humores que fazem os Reu- A C, U C A R.
matifmos, excita os efcarros , humedece o $6 T T E o Acucar o fal eífencial de hu-
peito , e defaltera os bofes, ferve em pó, em 1 JL ma efpecie de cana,a que chamaõ
cozimento, eeminfufaÕ. Arundo Saccharina que crefce abundantemé- Saccharú.
LADANO, ou LABDANO. te no Brafil, Ilhas de Antilhas, na Ind/a , e
Ladanum 8$ Ladano he huma matéria gomo- em outras partes: efta planta lanca de cada
.Labdantí, Vy fa, que no tempo da primavera fe hum de feus nós hum canudo, e toda a plan- ‘
colhe das folhas das Eftevas, ou das barbas ta he de altura de quatro, feis,e mais palmos,
das Cabras, que comendo as ditas folhas fe guarnecida de folhas eftreitas, compridas, c
lhes pega ao cabello : os paftores, e a gente agudas 3 a groíTúrada cana he differente, que
do campo o ajuntaõ com huma efpecie de humas faõ mais groftas que outras; nefta ter¬
pentes de páo feitos para efte eífeito ? e o a- ra , e na quinta de V al-fornwfo, Fregueya dos
G2 ou-
 j2 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. I.
Olivais as vimos, c tivemos produzidas de
huma duzia de canas , que Te nos mandáraÕ
da Ilha Terceira , de que houve cana na dita
quinta de oito e nove palmos de alto , com
a groflura até mais do meyo da cana do pul-
fo do braço, também criadas e cheyas de
fucco e miolo , que muitas peflbas que as
viraõ,affirmáraÕ que em nenhuma das roíTas
do Brafil, onde eíliveraÕ,as virão tao formo-
fas e bem criadas, e ainda até o tempo pre-
fente fe confervao na dita quinta todas eflas
canas: na ponta acabaÔ em huma flor a mo-
do de penacho , que lahe do meyo da cana ,
aflim como vemos em algumas canas, ou ca-
niços deftas nofías partes : e em huma forma
de moinho ou engenho,que anda com agoa,
cavallos, ou boys ie efpreme a cana, da qual
fahe hum çumo muito doce, que em caldei-
ras com o fogo que fe lhe faz, fe condenfa
e endurece,e depois o levaõ á cafa de purgar,
donde com barro molhado em agoa fria fe
faz branco, deixando no fundo em menos
quantidade o Mafcavado , o qual feparao do
branco, fazendo-o partir e feccar ou enxu-
gar ao Sol para o moêrem em caixas: dizem
alguns que o Açúcar naõ fora conhecido dos
antigos, o que he engano , porque muitos
annos antes do defcubrimento da America
fallou Ga'eno, Paulo Egineta, Avicena, PIi-
nio , e outros no Açúcar chamando-lhe Mel
in canis Concretum , Saljudicus, &c. Naquel-
les tempos vinha o Açúcar para efle Reyno
das partes da Afia, Levante, e por Amberi po-
rèm no tempo prefente , feja Deos louvado,
temos tanto em quantidade , que provemos
a muitas nafçoês com quanto ellas querem,
e com felicidade fua , porque tendo-o elles
nas fuas terras por preço barato, nós o gafta-
mos nas noflas bem caro: O melhor Açúcar
he o que vem da Bahia 5 efte deve efcolher-
fe o que for mais branco, enxuto , e areento,
de gofto doce e agradavel : e do Mafcavado
he melhor o mais fecco e menos pegajofo,
muito limpo, de cor que a tire a vermelho ,
eo gofto doce, que fendo aflim he muito
conveniente no ufo das medicinas; e para
confervaçaÕ delias he melhor o branco bem
fecco , ou do que vem em pedra já refinado,
que he incifivo , attenuante das fleumas,
provoca os efcarros , porém ufado com ex-
cefib , levanta vapores , faz dores de dentes,
e caufa muitas enfermidades peyores.
M E L.
Mel. 87 T TE o Mel hum compofto de di-
I J. verfas fubftancias de flores,que as
Abelhas chupão e recebem no feu eftoma-
go, onde o vomitaõ em humas cafinhas ou
buracos, que antes tem fabricado , e fazem
defta forte provimento para o feu fuílento j
e aflim da fubftancia da flor chupada coma
tromba da Abelha , alterada, e cozida no e-
ftomago da meíma Abelha , fe converte hu-
ma parte em íeu fuílento, e outra parte por
virtude natural da meíma Abelha , divevia-
mente aétuada em algum vaio idoneo flca
transformada em Mel, aflim como nos pei-
tos dos animaes , que criao , a porção que ti¬
ca do alimento íe converte em leite.E icdil-
ferem que as Abelhas concorrem para onde
ha algum doce, Mel cozido , ou derramado,
attrahidas do cheiro delle, ao qual vaõ como
ao Mel mais puro , e que eíle no eílomago
da Abelha naõ fe converte em Mel, porque
antes de o comer , já o era ; íe lhe relponde,'
que as Abelhas faÕ amigas defte mel , como
alimento feu, e obra íua própria , e que aflim
como a ama converte em novo leite, o me¬
fmo leite, que bebe , aflim a Abelha ieali-
menta com o meimo Mel ,• que obrou , alte^
rando-o novamente no eílomago , e conver-
tendo-o em outro Mel pela iua innata e.
própria virtude. Ha duas caftas de Mel,
branco , e amarello , e defl.es o melhor he o
branco , que he mais agradavel aò gofto , de-
ve fer novo , elpeflb , com alguns granitos
de cor branca clara, o cheiro doce, e algum
tanto aromatico, e lendo de fltio, onde haja
muito Alecrim, he muito melhora efte Mel
branco fe chama Mel virgem, porque fe tira Mel vír-
fem fogo fobre efleiras, ou fobre lançoes gem.
dos quaes ie diftilla em alguidares ou vafos
limpos, que ficaõ por baixo onde fe congela:
a fegunda caftade Mel que he o louro,fe tira jvicl lou-
mettendo os favos em íaccos de panno de li- ro.
nho,e fe aquenta ao lume, eo efpremem, ou
á maõ ou em imprenfa , eno panno ou fac-
co fica a cera,e o Mel cahe nos vaíos,em que
o querem apanhar. O Mel branco he peito-
ral, provoca os eícarros, facilita a reipiraçaõ,
adelgaça a fleuma grofla, e laxa o ventre: o
Mel amarello he deterfivo, laxativo, dige-
ftivo , attenuante , e refolutivo.
C E R A.
8 8 I T E a Cera huma matéria crafla , Cera.
i 1 oleofa , e amarella , que fe acha
nascolmêas: no principio da primavera as
Abelhas, a tiraõ das flores, e a trazem pega-
da aos pés trazeiros em boccadinhos,que tem
feiçaõ de Lentilhas, e com muita deftreza fe
defpegaÕ defta matéria , e com ella fazem
as fuas caias ou cellas quadrangulares , mui-
to delgadas, e tranfparentes ■, neftus cafinhas
fazem as Abelhas os feus ovos, e n ellas tam-
bem defearregaõ o mel que colheraõ: Se efta
Cera ou favos de mel fe naõ tiraõ no 'pri-
meiro anno tem a cor efbranquiçada , no fe-
gundo amarella , no terceiro parda , e paflà-
dos mais annos fe faz a modo de preta. De¬
pois
 Da Diffin. dos Medicam, e fua eleição.
pois de apartada a Cera do mel fe purifica
das muitas impuridades que traz , derreten¬
do-a em tacho ao fogo , lanqando-lhe agoa
pura para a alimpar de alguma porqaõ melu-
ía que lhe ficou, e depois de derretida , efeu-
mada, e coada emeima de agoa limpa, fe íaz
em paõ, e fica amarella confervando algum
cheiro do mel ; a melhor fempre he a mais
nova, a qual he emolliente e refolutiva , fer¬
ve na compofiqaÕ dos emplaílos, e unguen¬
tos. A Cera branca fe faz da amarella , der¬
retendo-a , e lanqando-a emeima de agoa
limpa e fria, onde fe faz em graÕs, e depois
de lavada muitas vezes fe traz ao ar, Sol, e
orvalho,mexendo-a,e lanqando-lheagoa por-
cima , até que de todo fe faz branca , e eíla
operaqaõ fe deve fazer do principio da Pri¬
mavera até o Outono : a melhor Cera bran¬
ca he a mais branca, clara, tranfparente, du¬
ra , quebradiça , e que de nenhuma forte fé
pegue aos dentes mafeando-a: he emollien¬
te , adocicante , e menos refolutiva , que a
amarella , porque as lavaqoes lhe tem tirado
Cera ver¬ parte do fal que contêm. A Cera verde fe faz
de. artificialmente com alguma porção de Ter-
Cera ver¬ mentina, e Verdete em pó; e a Cera verme¬
melha.
lha da mefma forte com Vermelhao, e Ter-
mentina ? eílas duas caílas de Cera ambas
fao também refolntivas: dizem alguns que na
Índia ha huma caíla de Abelhas, que nos
troncos das arvores , e em rochedos fazem
Cera ne¬ huma Cera que totalmente hepreta por fua
gra. natureza , porém eíla muito poucos a tem
viílo.
CORAL.
8p
Corallum
O Coral he hum arbuílo petrificado,
que fe acha nos rochedos caver-
nofos em muitos lugares profundos do mar
Mediterrâneo , de que ha duas efpecies, hu¬
ma de coral vermelho , outra branco : cre-
fee ordinariamente de altura de tres ou qua¬
tro dedos , de que alguma por curiofidade le
guarda em ramos nos gabinetes, e o ha de
ditferentes grofiuras: eíla planta parece hum
pequeno arbuílo , e com muitos ramos fem
folhaj alguma fe vê emfórma, também com-
poíla pela natureza , que tem iemelhanqa
com os raminhos de arvore fecea fem folhasj
he duro , lifo , refplandecente , e muito ver¬
melho a raiz he também da mefma matéria
petrificada , mas com diverfa côr , porque
he mais parda , que vermelha. O Coral, que
em primeiro lugar fe ufa na medicina he o
vermelho , e quando fe pede fem fe nomear,
defle he que fe entende: o melhor he o mais
compaélo , fem buracos, unido, lifo, e de
huma côr muito.vermelha , e luzidia. O Co-
Corallum branco crefee do mefmo modo , e altura ,
álbum, que o vermelho , fó as pontas dos ramos iaõ
55
redondas, que parecem olhos , defle tam¬
bém he melhor o mais lifo , duro , pelado ,
luzidio, que naõ tem olhos ou buracos , e
de côr muito branco : eíla planta de hum e
outro Coral, como dizem os qüe o peicaõ ,
em quanto eílá debaixo da agoa , he tenro,
e tirado delia tanto que lhe dá o ar fe petrifi¬
ca e faz duro : recebe pelos poros da fua raiz
o humor do rochedo em que ie cria : afiim
como as plantas attrahem o fucco da terra, e
para a fua criaqaô fe circula por toda ella
exaltando-fe a todos os ramos 5 aífim do me¬
fmo modo fe cria o Coral, que outra qual¬
quer planta vegetavel j e a razaõ de naõ ter
mais altura do que a de tres ou quatro de¬
dos , he, porque o fucco do rochedo por fer
pefado , e ter natureza de pedra, fe naõ exal¬
ta tanto como o das mais plantas, e por pe¬
fado fe circula mais aos braços ou ramos do
Coral} porque fe criaÕ deitados emeima do
rochedo , fazendo-fe muitas vezes compri¬
dos e groífos: alguns dizem que o fucco,
que o Coral attrahe do rochedo , naõ dura
fempre á planta , a qual fó recebe o que eílá
junto á raiz ; e gaílo eíle , naõ produz o ro¬
chedo naquelle lugar novo fucco , e por eíla
caufa he o Coral mais ou menos groílò, e
comprido^ porque crefce em quanto ha fuc¬
co, de que fe nutra, acabado eíle, fe lhe aca¬
ba também o feu crefcimento. Pefca-fe o Co¬
ral defde o principio de Abril até o fim de
Julho, com huma caíla de redes a modo de
cóvos cercados de arcos de ferro,em que lhe
põem chumbada fó de huma parte , e o tem
prefo á popa c prôa do barco , de tal forte
que o arco do cóvo anda levantado de huma
parte , com a chumbada para baixo , e deíla
forte andaõ porcima dos penedos levantan¬
do o cóvo muitas vezes, e tirando o Coral,
que defpegando-fe com a forca da chumba¬
da e arco , lhe cahe dentro no cóvo 5 cuja
réde he de linho canamo muito forte , e o
que fe defpega e efeapa da rêde , fe tira de
margulho,que para iflb trazem infignes mar-
gulhadores, que fó neíla pefea fe exercitaõ ;
também muitas vezes fe acha Coral em ra¬
mos grandes , e pequenos muito bom e bem
criado 5 o qual o mar Mediterrâneo com a
forqa dos ventos, e movimentos das agoas
defpega dos penedos e rochedos, e lanqa na-
quellas prayas circumvizinhas: O Coral af-
fim vermelho como branco tem quafi a me¬
fma virtude abfovbente } porém fempre o
vermelho he o melhor para a Tinturá , que
o branco , que a naÕ dá $ depois de prepara¬
do fe dá para fazer parar os curfos , e as he-
morrhagias, e por fer de matéria Alkalina
abforve e adoqa os faes acres, que cahem na
campainha da bocea , e no cilomago: O
verme-
 5» 4 Pharmac. Lufít. Augment. Trat. I•
vermelho tomado em pó mitlurado com hu-
ma clara de ovo , e goma Arabia , fuljpende
o fluxo do langue da bocca , ou leja dopei-
to, ou da cabeça, alegra o coraçaÕ, e o cor-
robora, e he util em todas as febres 5 dá-fe
de hum elcropulo até huma oitava. O feu
ufo externo também he bom , que affirmaÓ
que trazendo-o em barceletes he contra a
malencolia, que alegra o coraçao, e faz re-
viver os efpiritos, mas ha de fer apertado de
forte que chegue a artéria dos braços j e di-
zem mais que quem os trouxer ao pefcoço fe
livrará de accidentes de gota Coral, quepa-
ra ella fao taõ bons e melhores que a Peonia.
ALJÔFAR , OU PÉROLAS.
Margari- 9o T T E o Aljôfar, ou Pérola huma pre-
tíc , Uni' X X ciofa fubítancia , que fe cria no
oncat
mar, dentro em hum peixe de concha que
Pcriíe.
fe parece ás noífas OJiras$ porem fao as con-
chas mayores, e tem por huma e outra par-
te huma efpecie de corcova: como eílas
taes 0firas , ou conchas faÔ as em que fe criaó
as Pérolas ou Aljôfar, lhe chamao vulgar-
mente todos Madre Pérola , e aílim dentro
na concha fe criaó as Pérolas das fuperflui-
dades do feu alimento, formando muitas pe-
liculas, que humas fobre outras fe criaó co-
mo na cebola , e que na mefma concha eítaó
difpoítas como as gemas dos ovos, que hao
de nalcer no oveiro da galinha,onde a mayor
eítá mais chegada ao orifício , e as que íe fe-
guem mais affaítadas, fegundo os differentes
gráos de groífura 5 e deita forte as mayores
Pérolas occupaó o primeiro lugar, e as mais
pequenas o ultimo , efperando todas com
fucceífivos augmentos a fua ultima perfei-
çaõ , a qual fó procede da qualidade intrinfe-
ca das mefmas conchas , como também dos
fitios e paragens do mar , tempos do anno,
em que fe geraó, e influencias dos aítros, que
as dominaõ. Das Pérolas naó te acha ordina-
riamente mais que huma fó em cada concha,
fendo pelo cõtrario muitos os Aljôfares, co-
mo fao os ovos pequenos em huma galinhaj
e aflim como entre eites, huns fao mayores
outros menores , aílim também os Aljôfares
huns faó grandes', outros pequenos, o q pro-
vêm do alimento da concha ler mais ou me-
nos vigorofo ; porque fendo forte e vigoro-
fo fe une todo em huma fó Pérola , e fe he
fraco fe diflfunde em muitos Aljôfares.O me-
lhor Aljôfar , e Pérolas faó as orientaes , que
fe pefcaó na índia na Ilha de Baharem, no
mar de Pegü, na pefcaria entre Manar, ea
terra firme , nas Ilhas de Stinad , Ceilão , e
em muitas partes da China ; também as ha
nas índias Occiâentaes, no golfo do México ,
e em muitas mais partes occidentaes; porém
ordinariamente faÔ as Pérolas furadas, e o
, Pa-
Aljôfar pardo e barroco, por cuja caufa na5
íaõ taÓ precioías , nem eítimadas na Europa,
O Padre Manoel Godinho no ieu Itinerário
capitulo 15. efcreve o modo com que íe pe-
fcaó as Pérolas j porque elle vio tazer eíta,
pefcaria eítando na dita Ilha de Baharem , e
aílim diz o Padre , que le ajuntaõ dous e tres
mil barcos na paragem,onde tem determina-
do e poíto o feu arrayal junto do mar com
os mantimentos neceíTarios para o tempo,
que ha5 de gaitar na pefcaria : aiTentaô o dia
em que lhe haÓ de dar principio, nelle fazem
grandes feitas , e com certas drogas, que al-
guns feiticeiros para iílb trazem, e lançaó ao
mar, enfeitiçaó os Tubarões de maneira ,
que nao fazem em todo aquelle tempo mal
aos margulhadores: feita eíta primeira dili-
gencia, e achando que o dia he claro, o ven-
to pouco , o mar bonançofo, le repartem os
barcos, coalhando o mar , em que ha Aljo-
fares f cada barco leva duas caítas de gente,
margulhadores, que vaó ao mar , onde em
cordas trazem as conchas, a que chamamos
Madres Pérolas , pegadas no chaó $ e tirado-
res que fervem de alar , ou puxar acima os
margulhadores,quado lhes fazem fignalj por-
que eites para hirem logo ao fundo , levaó
duas pedras atadas nos pés, e para virem pa-
ra cima ,quando lhes falta o folego, vaó pre-
fos pela cintura com huma corda, cuja pon-
ta fica nas maÓs dos tiradores , que eítaó no
barcoj chegado o margulhador ao fundo def-
ata logo os pés, larga as pedras, arranca as
conchas, que vay mettendo em hum taleigoj
eíte cheyo , ou cm falta de folego faz fignal
aos decima puxando pela corda , que tem
cingida , e o tiraÓ ou álaó para o barco $ def-
pejado o taleigo, torna a margulhar , e aca-
bado o. dia , vaó todos para terra com toda a
concharia , e a enterraÕ para que apodreça a
Ofra , que eftá dentro delia , e abrindo de-
pois cada qual a fua cova e conchas tira o
que acha nellas,ou fejao Aljôfares ou Pérolas,
Ha alguns deites margulhadores taô infignes
em conhecerem a concha, que tem Pérola,
que debaixo da agoa a abrem, clha tiraó ,ea
engolem para aílim deita forte a furtarem
aos donos dos barcos, e nos direitos que pa¬
gaóqambem vem a eíte arrayal muitos mer-
cadores, que compraó as conchas da mefma.
forte , que vem do mar, e depois as abrem,
e tiraó o que tem dentro , em que humas ve-^
zes ganhaõ, e outras perdem , como fuccede
a todos os contratadores. Diz Plinio lállan-
do naprodueçaó das Pérolas , que eítas fe
formão do orvalho , que as üítras abertas as
boccas recebem pela manhaa na fuperficie
do mar ; a eíta opinião de Plinio fe oppôem
todos os modernos, e melhor que todos o
 Da Diffin. dos^Medícarn^ e-lua eleiçaê.
Padre Manoel Godinho no leu Itenerario da
Inávàcap. \j.pag. 88. diz por formaes pala-
vras.-Sobre a producqaõ das Pérolas ha huma
opiniaõ muy aceita, que eu nunca pude ap-
piovar , por mais que a quiz tirar a limpo em
hum anno , que eftive na cofta da peidaria ;
e he que as Pérolas fe geraÕ do orvalho , que
cabe do Ceo antemanhãa, o qual recebem as
Oftras , digamos aílim , vindo áquellas horas
por-fe íobre a agoa, abertas as boccas : ferá
vetdade , mas eu toda a diligencia fiz por
muitas vezes, mettendo-me no mar, em que
íe faz a pefcaria, ás mefmas horas, em que
cahia o orvalho , e nunca tal vi. As melho-
res Pérolas,e mais eftimadas faõ asorientaes,
entre eftas fe efcolhem as mayores perfeita-
mente redondas, lifas, bem polidas, brancas,
luzidias e tranlparentes,e fe eftimaõ em mais
ou menos preqo conforme a grandeza, e
agoas ou viíla que tem, eftas aílim faõ para
ornato; porém o Aljôfar , ou Pérolas, que fe
gafta no ufo da medicina, faõ as miudinhas, a
que alguns chamaõ fementes de Pérolas pe
la femelhanqa , que com ellas tem, as quaes
ainda que miudinhas tem tanta virtude ab-
forbente , e Alkalina como tem as Pérolas
grolfas, mas em primeiro lugar fe ha.de efco-
Iher o Aljôfar , ou Pérolas miúdas», que vem
do oriente , a que na índia chamaõ Aljôfar
de botica; eftedeve fer, branco, claro, tranf-
parente , muito limpo e livre de miftura.de
cafcas de Oftras, aréa groíía , e de tudo o
mais eft ranho que talvez a cobiqa jhe ajun-
ta ; efte depois de preparado fe dá aos enfer-
mos: he muito cordeal, proprio para refiftir
ao veneno, e refrefcar, purifica o fangue, e o
refrefca , e tempera ; porém â. fua principal
virtude he para deftruir , desfazer todos os
accidos, e o faz melhor o Aljôfar*que .outra
nenhuma matéria Alkalina.: O que vem das
índias de Efpanha, fe na.Õ deve üfar por fer
barroco , pardo , emnitp máo, que mais pa-
rece aréa , que Aljôfar; j dá-fe preparado de
hum efcropulo até huma oitava.
OLHOS DE CARANGUEJO.
Oculi yi /^V S Olhos de Caranguejos faõ hu-
Crancor. mas pecjras que fe criaõ dentro <ta
cabeqa dos Caranguejos; tem a fôrma de tra-
moqo , ou de olho ; epor eíla caufa chamaõ
a eftas pedras, Olhos de Caranguejos ; os
quaes fe.defcarregaõ deftas pedras no Eftio ,
e fe achaõ em grande quantidade nas bordas
dos Rios, e do mar nas índias Orientaes , e
também nas Occidentaes: os Holandezes as
ajuntaÕ para as mandarem para a Europa, e
em occafioés faõ tantas que ás maõs-chèas as
apanhaõ. Vem a efte Reyno huma grande
quantidade de Oihos de Caranguejos , epor
preqo taõ baixo que muitos duvidaõ., fe faõ
. ■:
verdadeiros, fe falíos, c nós lambem o ciuvi-
damos ; e aílim nos parece que a mayor par-
te que vem a vender a efta terra faõ fallifica-
dos, porque vem em faccos, ou caixões on-
de fe vé muito pó , e alguns com facilidade
fe desfazem ; eftes total mente naõ préftaõ, e
temos por certo que faõ contrafeitos; o gran-
de Lemery no feu livro de Drogas diz que os
Holandezes em Amjierdaõ os failificaõ, fazen-
do-os de certas calcas, que depois de redu-
zidas a pó fazem huma máfia dura , eformão
os olhos em humas forminhas , os quaes en-
xugao primeiro , e depois mettem no forno
até fe cozerem,e fazerem duros,de forte q fi-
caõ taõ parecidas ás pedras verdadeiras, que
com difficuldade fe pódem conhecer; e affim
os olhos de Caranguejos contrafeitos na5
tem predimo algum , antes parece produzi-
ráõmuito máos effeitos , e fe devem dcflcr-
rar do ufo da medicina , e parece que as ca-
fcas dos noflbs Caranguejos do Rio prepara-
das fem fogo feriaõ muito melhores , por
terem grande virtude Alkalina,e abforbente,
que fe os caldos dos ditos Caranguejos do
Rio fao bons para os Tiíicos, Afmaticos , e
para outros mais achaques , também as fuas
cafcas , naõ fendo queimadas haõ de ter vir-
tude abforbente , aílim como a tem as unhas
pretas dos mefmos Caranguejos do Rio e
mar , dos quaes dizem todos os modernos,
que faõ boas para a pedra, aréas, e muito a-
peritiva , purifica o fangue , e provoca a ou-
rina, e aílim tendo as unhas tanta virtude ,
também alguma havia de ficar nas mais par-
tes ,e nenhum Autftor lhas nega; termos em
que parece que as cafcas dos Caranguejos
preparadas feraÕ muito convenientes no ufo
da medicina. Dizem alguns modernos que os
Holandezes nas índias Orientaes depois de
ajuntarem as pedras dos Caranguejos,por lhe
virem qujas de lodo, que por eftar fecco nas
pedras-com a fortidaõ do Sol, que lhe dá nas
prayas,lhes ficaõ pardas, ou com nodoas pre-
tas-:, íque com agoa íe naõ pódem lavar, e
para as fazerem brancas as lanqaõ no lume, e
as queimaõ para lhe ficarem brancas : fe he
certo que aílim o fazem pela aduftaõ do fo-
go lhe fazem perder a virtude abforbente , e
fica reduzida a huma matéria Alkalina , e ad-
ftringente ; e aílim para qualquer parte que
olhemos, achamos embaraqos para o ufo de-
ftas pedras, termos em que dizem todos que
os melhores Olhos de Caranguejo haõ de fer
muito duros, groftos , inteiros e naõ parti-
dos, ébrancos; e os mais pequenos que faõ
os das índias Occidentaes, também para fie-
rem bons haõ de ter as mefmas circumftan-
cias, e que venhaõ nos faccos , ou caixões
fcm miftura de pó , porque osxjue vem mui-
to
 56 .PharmacXufit. Augment; Tràt.J.
to moidos, quebrados, efarinhentos faÕ con- ílo deite animal, que fao os olhos ou bótoes
tratei tos : os bons e verdadeiros olhos ou de certo arbuito , reiuita a formaqaõ da pe-
•pedras de Caranguejos fao adftringentes, de- dra de Bazar, que he compoíta em varias fór-
ieccativos , proprios para adoçar os humo- mas * porque humas faõ a modo de bollas re-
res accidos e acres, fazem parar os curfos, dondas, outras ovaes, chatas, outras tom*
hemorrhagias, e os vomitos, puriiicaõ o fan- pridas, e finalmente algumas a modo de cor-
gue , faõ bons para as arcas, e muito con^e- covadas : tem também diíFerentes grande-
nientes para provocar a ourina , daõ-fe pre- zas, porque humas iao de onça, outras co-
parados de meyo eicropulo até huma oitava, mo Nozes, e como Avellás, e algumas do ta-
C H R I S T A L. manho de feijões, mas iempre laõ pedras ,
Criftal- yz T TE o Criítal huma pedra branca, cuja formaçao he em laminas, ou calcos co¬
lus. X 1 clara , luzidia , e tranfparente, mo cebola , e compoíta de varias capas , ou
feita por congelação de huma agoa accida camizas no ventre do mefmo animal, e faõ
muito liquida, cheya de huma matéria pe- cheyas de faljpor cuja caufa fe endurece efte
drofa , a qual tem interiormente diíToluta $ humor de forte , qüe toma a natureza de pe¬
acha-fe em diíFerentes fôrmas, e groíTuras, dra : Eftaõ eítas pedras no bucho e ventre
em lugares íubterraneos, occos, e aquaticos, do animal, de forte que a primeira he gran¬
e a mais provável opinião he , que o Crijial de , e muito mayor , que a fegunda , e eílas
he huma maíTa de muitos graõfinhos de arêa que as outras, cuja grandeza fe vay fempre
tranfparente , cuja primeira origem foi li¬ diminuindo com proporção até fe acabarem,
quida para fe poder unir perfeitamente, e e todas devem de ter a cor de Azeitonas de
que com eíla perfeita união ficou toda a Eivas. Os naturaes da terra onde ha eftes
maíla diaphana , e com o tempo fe foi endu¬ animaes os caçao matando-os á efpingarda ,
recendo, e petrificandopara fe pulverizar o que de'outra forte como faõ muy velozes
Criftal he necefíario faze-lo no fogo em bra- no correr lhe fogem , e fobem para montes
za , e depois lança-lo cm agoa fria, o que fe afperos-, onde fó as balas pódem chegar : de¬
repete fegunda e terceira vez * depois fe pi¬ pois de morto o animal lhe tiraõ as pedras
fa , e prepara como as mais pedras y e neíla do bucho e ventre , e lavadas as guardao , e
fórma he adílringente, propvio para fazer dó ventredo animal trazem já a dureza, com
parar os curfos do ventre , augmenta o leite que nós as vemos. Dizem alguns Audtores,
ás mulheres , quecriaõ* quebra a pedra dos que eílas Cabras , ou Capriccrvas tem dores
rins e bexiga , e he muito admiravel abfor- tao grandes e terríveis depois de formada a
bente : dá-le de meyo efcrppulo até huma pedra , que em certas luas andaõ como lou¬
oitava. Efte Criftal, que deixamos eferipto, cas, deitando-fe no chaÕ, e ainda pelos ro¬
he o natural, e no que fe faz artificial naõ fal¬ chedos e montes abaixo com a vehemencia
íamos , porque naõ tem ferventia no ufo da das dores, e fem tino algum , que nem dos
medicina, fenaõ para fe guardar em algüs caçadores fe retiraÕ, e neíte tempo he que fe
vafos feito do dito Criílal, agoas, ou outros fazem as mayores caçadas* achaÕ-fe algumas
medicamentos, que fe coítumaõ ter nas Bo¬ pedras de ftazar compridas como dedo, e do
ticas. mefmo feitio , mais pequenas, compridas e
P EDRA DE BAZAR. / redondas^, formadas emeima de huma palha*
LapisBc- A Pedra de Bazar fe tira do ventre eílas fao também de câfquinhos com boa cór,
zoar ori- /\ de certos animaes da índia Ori* e em tudo excellentes1, alguns lhe chamaõ
entalis, ental, e fe chama commummente em La¬ de Bogío, nome impróprio, porque nem no Pedra
tim La pis Be\oar ori entalis , a qual fe cria no ventre'dtrBògío', nérama Cabeça fe cria a di- ^azar
bucho, e em outras partes do ventre de hum ta pedra * que eílas vem da Ilha de Ceílaõ da. bcsi°
animal , ao qual os habitantes da índia cha- mefma cafta de animaes, que acima diííe-
mao Be%ar , os Perfas, lhe chamaõ Pa\ar, e mos, e do mefmo feitio , fó laõ mais peque¬
ordinariamente outros lhe chamaõ Capricer- nas e menos brancas * e todas as pedras, que
va : eftes animaes fe parecem muito com os fe aehaõ no bucho dos ditos animaes faõ cõ-
Bodes , e faõ mayorcs , e muito velociíTimos pridas e redondas, o que deve procéder de
no correr, de fentidos muy efpertos, e niílo alguma caufa occulta , com que fe naõpóde
fe querem parecer com os Veados , excepto atinar, nem atégora fe averiguou a verdade
que tem a cor mais acefa , e quaíi declinante do cafo 5 mas todos aíTentaÕ que faõ boas, e
a roxa gradulem : acha-fe efte animal na ín¬ alguns querem que excedaõ na virtude ás
dia Oriental na Ilha das Vaccas, álem do ca¬ que tem a fórma redonda : como a ambiçaõ
bo de Com ori m, e também no Reyno de humana fenaõ contenta com pouco, ha na
Golgonda, Cananor , Mataca , e nos montes, índia alguns Canarins,e Gentios taõ deftros,
que confinaõ com a China: do ordinário pa- que as contrafazem y e naõ fei fe no nofíb
Reyno,
 Dà Diffin. áos Medlcatri. e fua eleição.
Reyno , t talvez neíta Corte haja quem fen-
do Cathqlico faça femelhante obra ; porém
eílas tallas fe conhecem muito bem , e fó
quem for cego, oudaviíla, ou da ambiçaõ
póde cahir em femelhante erro ; e aíTim a
melhor pedra de Bazar he a inteira , unida,
muito liía , refplandecente , ou luzidia com
hum tal ou qual cheiro agradavel , toda' em
laminas, qúe partida fiquem inteiras, ou bem
ieparadas humas de outras: a cor deve fer
pardinha , ou como a côr das Azeitonas de
Eivas, formadas fobre alguma femente, ou
palhinha , ainda que ás vezes fe acliaõ finas
e verdadeiras fem terem nada dentro , ou he
tao pouco , que fe lhe haõ peide perceber o
que he $ molhando a pedra em agoa, e esfre¬
gando-a em cima de Alvayade em pó, ou cal
lhe dá huma tintura verde , ou a modo de
verde declinãte aamarelio, quanto rrtais tin¬
gir o pó tanto melhor ; dizem que tomando
huma certa porqaõ de pó de pedra de Bazar,
eJançando-o em agoa quatro ou cinco ho¬
ras , e depois fe a agoa tingir , que he-falfa a
pedra, e fe ficar clara , e o pó que fe lançou
dentro depois de fecco pelar mais alguma
çoufa, que aqueile que fe lançou,que he ver¬
dadeira. A boa Pedra de Bazar fortifica o co-
raçaõ , excita fuor, reli fie ao veneno, e a to¬
da a malignidade dos humores, he util na pé-
íle , bexigas, parle fias, e pilepcias, vertigens,
melancolias, e palpitações do coraçao* e fo¬
bre tudo muito abforbente : toma-fèrem pó
de quatro graõs, até doze , ou os que quize-
Lapis Be-rem em Bquor apropriado.^ A Pedra de Ba-
zoar Oc-zar Occidental fe cria era huns animaes, que
cidental. ha no Perú , < algumas-'partes das índias de
Efpanha , que fe chamaó-naquellas terras
Guanacos , Jachos , Vioitncs , & Taraguas (
eíla pedra também fe acha no ventre , e bu¬
chos dos ditos animaes , porém fa5 muito
grandes, e tem muita femèlhança coif» hu¬
mas pedras, que ha neíle Reyno pelas eílra-
das, e por alguns matos areentos, a quecha-
maõfeixos, os quaes partidos também mo-
ílraõtaeSj OU quaes laminas, aflim como mo-
ílraõ as pedras,a que chamaõ Bazares Orien-
taes, que fuppoílo tem fuas laminas, e fa5
de cor parda com pouca femelhança áda boa
pedra Bazar oriental, porque he mais efbran-
quiçada, que parda: a fua virtude he muito
pouca , de tal forte , que a hum enfermo fa¬
rá mais bem hum graó de pedra deBuzaro-
riental, que huma oiiça etres da Occidental,
e por fer de todos 115 Cabido ill-o fe naõ ga-
íla , nem ha Doutor alguní , que a queira dar
aos feus doentes: alguns querem , quètoda
a virtude deíla pedra conhílu em ler algum
tanto abforbente , porém pQuco , e nos pa¬
rece que o mais acertado Ire deíterrar de to-
do o ufo da medicina eíla pedra oècidentaí,
a que injuflamente os Efpanhoes chamad de
Bazar , o que entendo fazem por engrandé-
cerem as Cabras , e pedras das fuas coii-
quiílas.
P E D R A C Ô R D E A E.
yq T7' Sta pedra Cordeal naó he fimples, Lapís
P> he hum cdmpoflo dc muitos fim- CordíaHs
plices Cardíacos,e Bezoarticós, que na Boti¬
ca do Gollegio de S. Paulo de Goa fé faz pot
receita,que nella fe conferva com tnuito fe-
gredo , o qual inventou o IrmaÓ Gáfpar Ah-
tonio da Companhia dejefus, e ordinaria¬
mente a fazem fóos Adminiílradorcs dà dita
Botica, que fempre foraõ iníignes* indo paf-
fando o fegredo de hum a outro, è no tem¬
po prefente as faz o Reverendo Padre Luis
da Sylva da meliria Companhia ,'-Oráculo
verdadeiramente fingular , naõ íó ná.Phar-
macia,mas na Medicina , e mais feíencíasy
como pela fua virtude conhecido,'é refpeita-
do de todos os habitantes daquelle Paiz , af-
íjm Eccleíiallicos, como Seculares , fe nós
com elles por tal o veneramos. Eflas Pedras
Cor deães feitas por eíle Religioro , e na Bo¬
tica do dito Collegio de S. Paulo laõ as ver¬
dadeiras , e de que fe deve ufar na medicina,
e naõ de algumas falíi ficadas,que fe fazem em
Goa fóra da Botica do dito Collegio,; è tam¬
bém íieíla terra, e erti algumas dcfle'Reyno*
porque em toda a parte ha ambicioíbs, e af-
íim as Pedras Cordeaes, que faõ contrafeitas,
ou na índia, ou neíle Reyno , fe conhecem
partindo-as ,que faõ por dentro muito bran¬
cas, e pelo que moílvaÕ parecem‘feitas de
barro , e o vernis que lhe daõ he mais afpero,
fó as quê contrafazem na India.-tem opullido
de fóra melhor, e o dourado da rrièfma for¬
te; eílas que vem da índia, naõ trazendo cer¬
tidão de que faõ daquelle Collegio , naõ as
defpachao na Cafa da Índia, antes as mandaõ
queimar , e lançar ao mar como falfas , ter¬
mos em que de nenhuma forte fe devein Ufar,
fe naõ as que vem de Gòa do Collegio de
S. Paulo com fignete do mefmo Collegio, e
certidáõ do Padre Adminiflrado.r da Botica,
como as-temos os mais dos annos vindas por
noíía conta e rifeo * das falias vimos por va¬
rias vezes muita quan tidade , e a huma pef*
foa de boa confciencla* a quem vierao feten-
ta e tantas onqas delias contrafeitas r è ten¬
do ajuíladò o preço delias nefla terra , por
confVlhò noíTo as tornou a nhandar para Goa
a quem lhas tinha enviado, para que foubefie
havia neíle Reyno quem conhece as boas e
más: fendo pois a Pedra Cordeal boa e ver¬
dadeira conforme o réginfento que com el-
la vem impreíTo , por fer o melhor cordeal,
que ategotaãe-tem inventado : ferve nas fe-
H bres
 Pharmac. Lufic. Augment. Trat<I.
bres malignas> c ardentes, quando o enfer- ca , e envolta em huma pelle, ou membrana
mo eilá com grandes ancias* he boa nas me- delgada. Ha da Quinaquina duas efpecies,
láncolias, e palpitações do coraqaó * he con- huma mania, cultivada, e outra braba,. ou
veniente áquelles a quem mordeo a vibora , na5 cultivada : a mania ou cultivada he mui-
na5 fó tomando o pó da pedra em agoa con- to melhor e mais delgada, com a cor mais
veniente, mas lançando o mefmo pó na te- viva, e a cafea delgada * a braba ou por
rida $ he boa para a gotta coral, e para todos cultivai tem a cafca muito groífa , e decli-
os accidentes, e he hum dos bons abíbrben- nante a parda* fuppoílo também ferv.e, com
tes: tem muitas mais virtudes que fe pódem tudo fempre fe deve efcolher a mania , que .
ver no memorial do Curvo, e outros. he bem compaéta , de cor quafi vermelha ,
JALAPA. ou açanellada , ea que for delgada, e muito
Jalapa. 95 T T E a Jalapa huma raiz parda, e re- amargofa , e que de nenhuma forte tenha a-
jL 1 finola, que vem das índias de Ei- mago de páo da arvore pegado á cafca , que
panha, 1'ec.ca , e feita em talhadas: tira-fe efta para fer boa, ha de fer fem o amago, que
cila raiz de huma planta , que naquelle Paiz algumas vezes vem de miílura com cila : al-
fe chama Gialapa, ou Bella noite-, o feu tallo guns ambiciofos a falfificaõ mifturando-a
terá quatro palmos he alto , as folhas fa5 le- com cafca de certa arvore, com que tem fe-.
melhantes ás da Era, mas menos efpefías, e melhanqa , dando -lhe huma fervura com
a flor he vermelha, e algumas vezes com mi- hum íímples, que a faz amargar 5 porém ha-
ílura de amarello , branco, de hum fuavifli- vendo cuidado na efeolha fe vem no conhe-
mo cheiro , o qual fó de noite tem , que en- cimento da boa, ou má Quinaquina. Saõ taó
taõ hé que abre a flor, e pela manhãa tanto prodigiofos os feus cffeitos como de todos
/ que lhe dá o Sol fe fecha , e fica fem fe lhe conhecidos* he algum tanto defeccativa, in-
percebèr cheiro algum , fenaó quando o Sol cinde , e attenúa o humor melancólico , e
cílá cuberto de nuvens, ou ha alguma chu- por eíla caufa cura as quartaas, e as mais fe-
va , ou orvalhos brandos fem Sol * e porque bres intermitentes , das quaes algumas vezes
na5 cheira a flor fenaó de noite, os naturaes, fó fufpende as Sezões por tres ou quatro iè-»
e ainda os Francezes lhe chamaó BA la noite* manas, ainda que o corpo eíleja bem purga-
depois que lhe cahe a flor apparece hum bo- do, porque os purgantes diminuem a mate-»
taó dentro , no qual fe acha huma femente ria de que procede a febre , e precepita 0 hu-
redonda *, crefce fem cultura alguma em lu- mor, quando fe vay fermentando; naõ fó nas
gares húmidos , e ha quem affirma que na quartaas, tercaas obra, mas nas febres conti-
llha da Madeira ha eíla planta , que fe cria nuas, e ainda nas malignas , em que muitas
perfeita , e em abundancia , mas naó a tra* vezes a agoa de Inglaterra faz maravilhas por
zem por incúria dos moradores da terra , e caufa da Quinaquina , de que he compoíla *
lb gaílamosaque vem das índias deEfpanha. dá;fe em pó de meya oitava até duas, e tam-
A melhor Jalapa he a nova, que vem em ta- bem em Pílulas, e leéluarios , infufoés ou
lhadas ,duras, que tem difficuldade em fe Cozimentos,
quebrar com a mao, mas que em almofariz T U T I A.
fe reduz a pó com facilidade, e ha de fer com- 97 T T E a Tutia huma fuligem metha- Thuthia.
paéla com algumas manchas de vêas refino- 1 JT Hca , a modo de bexigas , de dif-
fas, de côr parda, efbranquiçada por dentro, ferente grandeza, e efpeííura , dura, parda ,
e que de nenhuma forte feja velha , nem fu- efeabrofa por cima como fe eílivera femea-
rada , nem chèa de poeira , que efla naõpre- da de cabecinhas de alfenetes * acha-fe eíla
íla : a boa contêm muito oleo , efal, purga fuligem pegada a huns boccados de barro
pelo ventre todos os humores, porém mais fufpenfos no côncavo das fornalhas, em que
principalmente as forofidades: ferve para a fe funde o cobre ou bronze , e fe fórma dos
HydroPefla> para a gotta, reumatifmos,e ob- vapores dos metaes quando fe fundem. De-
ílrucqoés, dá-fe de doze graós até hua oitava, v.e-fe efcolher a Tutia limpa em bons bocca-
QUIN AQUIN A , OU KINKINA. dos,.ou efeamas, largas, muito efpelfas, e
T TE a Quinaquina cafca de huma> dura$fao quebrar, com acôrpardaeflrran-
Cortes X X arvore,que nafee no Peni na. Pro- quiqada , e alguns pontinhos brancos , mas
Peruvía- ■yincia chama Quitto , em os montes poucos,* vem de Alemanha, e Suécia, e ou-
na.
vizinhos da Cidade de fjoxa : he quafi do ta- tras partes * porém a que vem dc Alexandria
manho das nofias Cerejeiras, tem as folhas affirmaó fer a melhor. Serve eíla em todos
redondas -> e denteladas ao redor, lanqa huma os achaques dos olhos, he detevfiva, defecca-
flor comprida declinante a vermelho, ao pé tiva, própria para defeccar,e íicatrizar as cha¬
da qual fafle huma bainha,em que eílá encer- gas , ufa-fe em pó preparada primeiro , e fe
rada huma efpecie de amêndoa chata , bran- lanqa em todos os collirios.
H POM-
 Da- biffin/dés Medicam, e fim eleição. yp
Pompho- POMEHOL1X j' NTL + OU CADMIA. ra, que de nenhuma forte feja pardacenta ,
Jix. ’E á Pomphôlix hbma flor do ara- nem camrichofa, “ou furada do bíqhb, *ad ver¬
me branco , -e muy leve •, a qual tindo,que alguma rafe de Norqa ha íau brári-
fe acha riègada na cobertura dos cadinhos ca, e femelhanté á MéChbacam,cjuèCò'm el-
em quede funde cobre'1, e pedra calamínar la faififícáfáô a raiz, de-que trataiiiòs; porem
para fe dazer- cobre árbarelk), ou lataõ , e he faCil de conhecer , porque a Nbfcá ttín o
muitas vezés-fe acha alguma pegada ás tena¬ goftò amargo, e naÕMie taõ branéacomo a
zes,com que os furididbics tirão os cadinhos Mechoacam,a qual tem o gofto infipídò:con-
do fogo, depois de derretida a matéria j po tém muito oleo, e-fâl eflencial /-purga a raiz
fêm pela pouca cihiofidade 7 que ha nos di- da boa Mechoacam fem violência asdofofi*:
tos otficiaèsy fe na5 áptfd-veita eftaPompho- dades: de todas as partes do corpo , he boa
lix, nem a trazem a eftedftéy^io, e ordinaria- para ahydropefia, fervè rios Rheúmatifmos,
mente pbi-ella fe ufa fá Tútia : deve a boa' e Sciáticasj dá-fe em pó fubtil dehumeferò-
Pomphblix fér leve , branca , e quebradiqa pulo até huma oitava;
he deterfíva, defeccativa fpropria para aícu- T E R ME N T I N A.
ra das chàgas,e alguhsáffiVfriaÓft^ muy etre- iool T T E a Termentina huma refina li- Tercb.
f.-r-. j. porém
tica rz na5 déVe ai*
ivÀv^.v, que ie dár —fej
pelia bocca, quida , ou hum licor yifeolb ,
pelo> violeiniflimos vomitos qúéfexcfta. glutiriathtéq fefmofo f-oleofo , claro e tranf-
’ -'ME C H' 0 A O AM:- parente3? que tem a confidencia dos Balqa*.
Mechoa. T T li a Mechoacaiii huma ráíz,aflim mos natúraés$ tifa-fé por incifaõ , e fem el-
cara. JL Jl chamada, porque o^feus primei¬ la de rriuitâs efpectes de árvores,que crefcem
ros defeubridores a achárao efti 'Mêchocan, em paizçs quentes, aflim como no Terebin*
Província da America feptehtrional ém Mé¬ tho i 'Pih'Ji’0, Faya , e outras j porérrfa do Te-
xico , nüva Efpanha, ou índia Occidental. febirithò-he a melliof ,e a dá em maypr quan- tlfy”
He efta planta huma efpecíé de Norçacomo trdade efta arvore que as outras na medici-
diz Monfieur TurriéfõfE, ;e lhe chinràFrio- na fe ufa de duas efpêcnés de Termentina , a
nia Americana rcpens folio angutofo •/ a raiz primeira fe chama An Chio , porque riafee em Termen-
he groiía , efendida de maneira, qhe de hu-’ huma Ilha aflim chamada, efta he a melhor, tina de
ma parte hé mais curta , que da outra; lanqa- porem he tao pouca , que com difhculdade Prí*
hum taflq, que deita muitos ramos de huma le acha : corre por iricjláo dos troncos, e ra- ®.eir^.
e outra parte , que fe airaftaõ , e criao dei- íhos gròflbs do Terebintho; tem a confiften- p
tados por cima da tefrá'} mas os que a culti^ cia grofla e dura, e fe deve efeolher deíle por
Va5 lhe poém hum páofmho compildoba melhot a limpa, tranfparente , decôr braii-
caria, pára que a planta fuba, e fe abrace ri el- ca declinante a verde com o gofto e cheiro
íe, e a defviaÓ das arvoresj porque trepa-por infipidb , e efta verdadeira Termentina de Termei*
ellas, efe lhe une dédórte ^ que na6 ardeixa Chio he a que fe deve pôr na Triaga. Tam- tina de
crefcer : as folhas fao láfgas , angulofas , dei- bem ria Ilha de Chipre ha Termentina muy Chripre.
gadas, e brancacentas, aS flores fao peque- boa, que corre fem incifaó dos Terebinthos,
nas, redondas , a modo de preto, e cortadas que ha ria dita Ilha, e efta havendo-a fe pode
em cinco, partes de cor eícura, ou pardáCeii- pôr em lugar da de Chio. A fegunda efpecie Sco-unda
ta: eftas flores nao dao fruéto mais, qué hu- fe chama Termenlina dUira, hé muito mais li- cfpccie
mas bagas, que no priiítipio láô verdes,é e- qufda , e de bella cor , e mais cheirofa que a dc Tcr-
ftando maduras fe fazém vermelhas, e tem de Chio , fuhe por incifao , efem ella do Te- IT|cr‘tina
por dentró huns graofinhos largos e bran- rebintho , Faya, Pinho , e de outras arvores,c ara’
cos , que nem eftes, riem ii flor fervem no que fe criao, e crefcem em paizes quentes, e
nfo da medicina: em àlgritrías partes do nof- ordinariamente ha muita em França nos bo¬
io Brafil fe acha efta planta’, a qual em tudo-* fques do Delfinado^AonAn a levaô para a I tal ia,
hemuy femélhanté k Methoacam &ds lnáiks' e também a mandaò para efte Réyiio : A
de Efpanha , os Gentios da terra onde a há/ efta Termentina clara, que fahe fem incifao.
Jcticucu lhe charinaó Jeticacu , e os naturaes deíle chamaG os Payfanos do Delflnado Bijon, e he
Batata. Reyno,ebs da terra,lhe chamaôB^r^r/?, por huma efpecie de Balqamo muy femelhante
fèr a raiz femelhante ás Batatas,que vefn das ao do Pera, mas ou porque he muy pouca ,
Ilhas * e com a dita raiz fê purgao naqüellas ou porque os moradores do Delfinudo a tem Bijon/
terras muy ordinariamente os que nellas af- perto , fazem delia pouco cafo , eftimando
Refina liftem; e dellá tirão huma refina purgativa,a mais o Balqamo de Peru,por vir dé mais ion-
dc Batat. qUa] fe faz como a da jalapa , e fe dá dé íeis ge. Tóda a Térrftentfná , que fahe por inci-
grãos até doze. Deve*fe eleolher à Mechoa- faô das arvores, fe chama vulgarmerite de
Cum , que: for mais nova , em talhadas bem Veneza f riaõ porque riéfta Cidade fe crie ,
feccas, ern&fto brancas pbr dentro e por fó- mas porque os Médicos anticos de Veneza
Hz lhe
 6o Pharmaç. Lufit. Augment. Tr#Áf
lhe defcubrirao as virtudes, e a puferaõ em
ufo na medicina, mandando-a vir de Chio,
Chipre *.ç JOelfinado para a Tua terra, e defta
a enviavaõ a toda a ltalia, e mais partes: de-
Tcrmcn. ve efcoífaer-íe efta Termentina chamada de
tina dc Vepeza a mais limpa , clara, refplandecen-
Vcneza. te ? branca, tranfparente , da groííura de xa-
rope alto dç ponto, de cheiro forte e def-
agradavel, com o gofto algum tanto amar-
go: contem a Termentina muito oleo, e fal
volátil, ou cíTencialj he muy aperitiva, pró¬
pria para a pedra dos rins e bexiga, fervemas
rctenqoés de ourinase gonorrheas : toma¬
da pela bocca fe dá de meya oitava até huma,
fendo que algumas vezes faz dores de cabe-
qa , e tinge as agoas de cor roxa declistante a
vermelha ; porém nem fempre fucceàe ifto,
e fepóde ufar doremedio com fegqranqa ;
em Chyfteis fe dá de duas oitavas até tres :
no ufo externo ferve como Balqamo , alim¬
pa econfolida as chagas j ferve nas contu-
foés, fortifica e refolve.
CAPARROSA , OU VITRIOLO.
Vitriolú, ioi A Caparrofa, ou Vitriolo he hum
feu Cal- XjL fal mineral, que fe faz por lava-
cantum, qa5 ? filtracaõ, evaporaqao, e cryftalizaqao
de huma pedra chamada Pirites, ou Quis,e
alguns dizem que he huma efpecie de Mar¬
cafita, a qual fe acha nas minas de cobre em
muitos Lugares.da Europa , aflim como na
ltalia, e-Alemanha, e algumas vezes fe achou
em terras barrentas ao redor de Pariv.achaô-
fe de Caparrofa , ou Vitriolo quatro efpe¬
cies, a faber: Vitriolo branco , verde , azul,
Vitriolo e vermelho. O Vitriolo branco fe tira por eva-
hranco. p0ra(-a5 fa agoa de fontes, que tem porqaô
' vitriolica , ou também fe faz defeccando o
Vitriolo ou Caparrofa verde fobre fogo até
fe fazer branca, depois fe diíTolvecom agoa,
e filtrada efta diíToluqaõ,fe evapora até fe fec-
car, efte he menos acre que os mais Vitrio-
los: deve-fe efeolher em boccados muy bran-
cos,puros, limpos femelhantes ao Àqucar,
em pedra , e de goílo doçe adílringente com
alguma acrimonia •, contêm muita fleuma, c
fal accido com miílura e porqao de terra :
com efte Vitriolo branco fe faz GUI a de
Theophajlro , he purgativa: o Vitriolo bran¬
co obra por alto , e por baixo ; dá-fe de doze
grabs até hum efcropulo , excita as ourinas
diftbluto em agoa conveniente ou commua,
lanqando doze graus delle em quatro libras
da dita agoa para fe tomar ordinariamente ;
he defta forte hum admiravel e feguro ape¬
ritivo: no ufo externo ferve nos collirios pa-
Vitríolo ra os achaques dos olhos. Dc Vitriolo verde
verde. ha muitas efpecies, aflim como Vitriolo de
Vitriolo Alemanha, Vitriolo de Inglaterra, e Vitrio-
At Alem. lo Romano. Q V itriolo de Alemanha he em
\
criílaesí verdes r algpm tanto déCjihante a .
azul, mas pouco, degollo adfttingente, c
acre„,participa muito da natureza de cobre,
e com efte Vitriolo de Alemanha por fer
bom fe deve com eUe fazer a Agpa-fqrte y o
mqlhor he o que vem em boccados, ou çri-
ítaes grandes , limpos , e feceos, que esfre-
gando com elles o ferrp o faz vermçlho:con-
têm muito fal accido.< aqre, fleuma, e enxo-
fre, com porqao terrea.j c o efpiri,to accido
que deílé V itriolo latira, tem algum cheiro
de cobre. O VijtFiolo de Inglaterra he tam- Vitriolo
bem em criftaes dé cor verde efçura * de gp- d€ inSl*
fto doce adílringente, muy femelhánte ao
Vitriolo branco, tem muita pprqaôde ferro,
e por efta.capfa tema côr efeunu o melhor
he o mais pqvo , fecco , e em boccados, ou
criftaes grandes j .cpntêm mais de amêtade
de fleuma ymuitq fal açcjdo, enxofre, e ter¬
ra : defte Vitriplp de Inglaterra he que fe ti¬
ra por, diftiflaqaõ o melhor efpirito de Vi¬
triolo para o ufo medico. O Vitriolo Ro* Vitriote
mano he em muito grandes boceado?, de côr Rom»no-
muy yerde, que quafi tem femelhanqa com
o de Inglaterra, o gofto he doce , e ftiptico,
algum tapto acre, e participa de ferro, deve-
fe; efcolhepo que for mais fecco, muy puro,
fem míftura de terra ou coula eftranha : tor
das eftas efpecies de Vitriolos, ou Caparro-
fas verdes fe ufaô exteriormente para parar
os fluxos de fang.ue, e delles fe coftumaõ fa¬
zer, os pós fimpatieps. O Vitriolo vermelho Vitriolo
chamado também Colcotar he o que natural- vermelh,
mente fe calcina nas minas onde nafee , e fe Co,cot-
faz , qfta calcinacao po,r caufa dos fugos íub-
terrap-eos$ porém efte he pouquiftimo, e ne¬
nhum dos Auélores,que nelle fallaõ,o viraõj
termos em que pela calcinaqaõ artificial fe
faz o Vitriolo vermelho, ou Colcotar. O que
fe açba calcinado naturalmente nas minas fe
chama Calei tis do Grego Calcos , que he o
mefmo que cobre, porque efte fe tira, eacha
nas minas do cobre, e dizem que nas de Sué¬
cia r.e Noroega fe acha algumas vezes , mas
pouquifiimas; efte naturalmente calcinado
he o que fe deve .pôr nas Theriagas fe fe a-
char, c fe deyeefcólher domais vermelho
dçij»lguma forte declinantc a efeuro , e quç
com facilidade fe difíblva em qualquer agoaj
e do Vitriolo vermelho artificial , o melhor
he aquelle que fica calcinado depois da dt-
ftillaqap do efpirito, e do oleo: hum e outro
Vitriolo vermelho contêm muito fal e terra
metalicaj faõ adftringentes proprios para fa¬
zer parar os fluxos de fangue appliçados ex¬
teriormente. Alem das efpecies de Vitrio¬
los verdes e vermelhos, ha outra avd, a que
vulgarmente fe chama Vitriolo de Chypre, ou
Vitriolo de Ungria y por que vem defte Rey-
no#
 Da Diffin. dos Medicam, e fua eleição. 6t
no, e daquella Ilha, que he aquella pedra tira o Salitre , o qúal tem muito fal das cin¬
chmz<fáéSpfjTr a qual tfèftE^boccados, òü zas , que he mujr"fém^fl^'-aa“í^wánnt),
criftaes de differentes grandezas de huma e ainda que efte Sal feja Alkali, muda.de na-
bei la cor ã?ül tíélefte, eíveftkdeicarneri te que , turezaj porque os feus pdro| eftaõ çheyos do
le naõ jem at^gora averiguado ò modo cq- accido do Salitre i a primeija iepaimçaõ, que
mo le faz* porfie huns dl2'em que fe tira por fe faz gâftando as tres pírtes de agòà , e iec-
cv>pofaçao',je'|criftaliita^ap de. humàágoa \ cando depois os-criftafcsyhe melhòfjquê .o
azul, que Te acha em Cbipre, c Urigria nas que fe faz evaporando toda a humidade,
minas da cobre * outros dizein que he huitía porque efte-fica mais fi&oj termos em que le¬
operaçaõ artificial, compofta da diííbluçaõ rá conveniente ajuntar hum e outro , que
de elpirito de Vitriolo brando , depois eva¬ nefta íórma ambos ficaõ bons , e fe chama
porado e criftalizado, e aífim feja o feu prin¬ ^Salitre commum. Purifica-fe o Salitre , que fe
cipio qual Tory.be certo, que participa mui¬ tijrâ na fôrma dita derretendo-o em agoa , .e
to de cobre > que h;e o que lhe dá a côr azul:, filtrandg-a, depois fe pôem a evaporar no
he acre, e algum tanto cauftico , contêm fogo, até que fc veja emcima da agoa huma
muito fal acre, ou hum accido corrufivo, e película , tirada do fogo fe deixa esfriar fem
Tulphureo, efte V itriolo tem. menos fleuma, fe mover , e fe fórmaõ huns bellos criftaes
e terra, que.^outras efpedes* deve-fe efco- compridos, brancos , e tranfparentcs, tiran¬
lher em boccados, gu criftaes limpos,.* pu-n do-lhe a agoa por inclinaçaõ fe deixaõ feccar
ros luzidios, de cpr azul muy fubida: ferve os ditos criftaes, e a agoa que fica fe torna a
para confuipi.r as carnes efponjofas, cura ad¬ evaporar até fe ver de novo outra película,
miravelmente as chaguinhas da bocca , mi- de que fe fôrmaõ novos, criftaes, que depois
ftura-fe n.oftitirios para diilipar as cataratas de fria a agoa fe tiraõ, feccaõ, e ultimamen¬
dos olhos, e.he mais adftifingente. te no refto da agoa, que ficou,fazendo-a eva¬
. L I T R E. porar fe lhe achará no fundo hum Sal fixo ,
Nftrum , io2 T fT.T o Salitre hum fal minaral, em femelhante ao marino , que he o que fe tirou
Salnítru, XT. p^rte volátil , e em parte fixo, das cinzas comríiuas, efte naõ ferve* e quan¬
Sai petras qUe pe tjra das pecjras dos edifícios velhos, c to mais vezes fe purificar o Salitre,tanto mais
das abobadas fubterraneas, do fedimentodas criftallino e tranfparentc ficará * o qual por
ourinas.de WUitos animaes embebidas nas naõ ter miftura de Sal fixo com difficuldade
covas da terra, e emcima de pedras, fõrma- fe humedecerá. Também fe acha Salitre na- Salitre
fe efte fal de hum accido do ar, que depois tural, pegado nas muralhas, e rochedos a natural*
de le adelgaçar, e penetrar as pedras, e a ter¬ modo de criftal miúdo, tira-fe com vaílòu-
ra fe fixa, e ençorpora: chama-fe Nitro, Sal- ras, e he melhor que o commum, aflim para
nitro , e Sal peira. * porque p Nitro, em que fazer polvora, como para as agoas fortes * e
falláraõ.os antigos, (o qual hoje naõ ha) fe efte Salitre natural fendo limpo com . fácil w
achava em hum Paiz dp Egypto, que fe cha- dade fe accende, e he aquelle, a que os'anti-1
Scpara- mava Nitru/n y fepara-fe o Salitre por diflb- gos chamavaõ Aphronitrum. O Salitre ordi-Aphroni-
çaó do jUqa5 j filtraqaõ , e coagulaçaõ pulverizando nario, ou commum fe deve efcolher berh re- tum.
a ltrc' grofíamente as pedras,e a tprrsji ou caliqas dos finado em canudos compridos, ou criftaes
edificios velhos, que tem eflado muito tem¬ grandes muy brancos, e tranfparentes, que
po ao ar, e fe lança de molho em grande chegando-os a língua arefrefeaõ, edeitan-
quantidade de agoa quente , para que nella do-os no fogo logo ardem , fazendo huma
deixando-o eítar de intufaõ, fe pofla diflbl- grande flamma ou lavareda * efte vem da ín¬
ver, entaõ fe côa, e a coadura fe lança em dia yá purificado , e heo melhor: iio Arcenal
cinzas commúas, fazendo lixívia , e a depoa- de Pari\ , e em Holanda fe purifica, mas he
da, depois de paflar pelas cinzas, fe torna fe- miúdo,e com poucos canudos,e menos tranf¬
gunda e terceira vez a lançar nas mefmas, parentes que o da Índia : Hc o Salitre aperi¬
até que fica de todo muy clara $ eftando ne- tivo , incifivo , refolutivp , abranda a fede,
fta fôrma fe pôem a cozer até gaftar tres excita a ourina, refifte á podridão dos humo¬
quartas partes, e a que fica fe deixa esfriar res , tempera os ardores do fangue, lança as
até fe criftalizar, c fe lhe tiraõ os criftaes,que arêas e pedras dos rins e bexiga * dá*fédc
fe pôem a feccar, ou fe deixa evaporar toda hum efcropulo até huma oitava depois de
a humidade, e eftando fria a matéria, fe lhe bem purificado.

62 .mrjibaM- *of> &$'sO.
m rnv:
eh
• j' > ' i!(-J ’.i ■ .vtlib 3b ^.ulrio
f: J y<, / •
DOÍ PESOS E MEDIDAS , E DE A LGUNS
nomes, pelos quaes varias vezes Je pedem mm<*»Í. í >■'•■• ti*
P
tas Medicinas. ,
Eso , abfolutamente fallahdo , he
huma limitada medida , ou quan¬
tidade de medicamento fimples ,
ou compofto , purgativo , ou al-
terativo, conveniente para fazer
boa operaqaõ, de forte que naõ feja diminu¬
ta, nem fuperflua, como diz Saladino inpar-
Pondus , tical. r. àepond. mihifol. 255. — Pondusfive
fivcDolis Dojls ejilimitata menfura , vel quantitas fim-
piteis vel cmpofita medicina, folitiva , vel al¬
ter ativa , qua de fe apta nata ejl facere opera-
tionemfuficientem , CíT non diminuíam, neque
fitperfluam.
Pondus A tudo o com que fe pefa alguma coufa
abíblutc, fe póde chamar pefo , e efte^)óde fer libra ,
onça ) oitava , efcropulo, graô} ou outro qual¬
quer dos que fe uiaõ.
Granum, Grav he o mais pequeno pefo da libra me¬
dicinal’ , e fe efereve , ou aífigna aflim - gr.
em todas as receitas:efte tal grao ferá de Tri¬
go , nem dos mayòres, nem dos mais pe¬
quenos , e para que feja certo efte pefo , fe
mandará fazer em lataõ pelos que ufa5 os
OuriveS j porque eftes por ferem de metal,
fe naõ quebraõ, nem fazem diminutos, co¬
mo acontece aos que faõ de trigo.
Scropu- O Efcropulo tem vinte e quatro graõs, e
lus. fe efereve aflim -9-, eeíla figura quantos;
pontos tem adiante , tantos efcropulos faõ.
Dracma. A oitava fe afligna- aflim -3- e conftade
tres efcropulos cada huma , ou de fetenta e
- dous graõs. :I
Unida. A onçaíe afligna aflim e cada onqa tem
oito oitavas, ou vinte e quatro efcropulos,
ou também quinhentos e fetenta e feis graõs.
Librame- A libra meditmál, que em todas as Boti-
dicinalis. cas da Europa fe uía , tem doze onqas, as
quaes faõ iguacs ás da libra civil,de que ufaÕ
os Mercadores: aflim o enfina Gharás cap.
de PonJer. fallando na libra: ~ Cufíi vero ab
omni avo Meãicinalis Libra ex âuodecim tan-
tim unciis compofita fuerit, morem immutatu-
rus non fum , affutnpturus ad illitis compojitio-
nem âuodecim uncias libra. Civilis, Cfc. z Tem
efta Libra medicinal noventa e feis oitavas,
ou duzentos oitenta e oito efcropulos, ou
também feis mil novecentos e doze graõs,
♦ í 4 ,r{
\
I
filib9q filí^üpi» :>fí 3up . tiUl Bli&opsb 3 f #
SB? " SiílS
j:.| ! fi|& *JUL- • "-
bs f&jjfcn ai
HB T-o
ojí ■ tfth- -b
q faõ os que fazem húma libra medicinal, '
efta fe afligna aflim-ílfe- e defta forte fica ex-7
plicada a libra , cortiecando ém o maispe-1
queno pefo , e acabándò em O chayor. ‘
A Libra civil, Ou Arrátel{ que fe ufa em Libra G-
todo efte Reyno tem dezafei^ohqás., e cada*11**vul-
onqa tem oito oitavas, e cada oitava fetenta rrat‘
e dous graõs: d efta libra ou arratel.ufaõ to-1
dos os que compraÕ,óu vendeitt alguma fa¬
zenda a pefo , e da riiefma Libra y oü Arratet
devem ufar os Boticários, quando vèhderenv
algum medicamento fimples', pü còrnpofto:*
aflim como , fe íe vier comprar-1 a huma Bo¬
tica huma libra de-Manná, Rüybarbo , ou
confeicaõ deJaCinthos, fe h-a de-pefar pela
libra civil de dezáteis onqas, e naõ pela libra
medicinal de doze , porque pefando-fe por
efta libra o tal fimples, òu compofto ,;fe fur¬
ta a quem compra quatro onqas 5 ifto he o
que toca ao que vende , como Drogueiro ,
que conforme o eftilo do Reyno eftá obriga-
d,o a vender pelò pefo, de que fe ufá na Re¬
publica; porém fe fe mandar compor por re¬
ceita de Medico algum medicamento, em'
que fe peca huma libra de hum fimples, duas
de outro , ou as que forem , entaõ fe devem
pefar pela libra medicinal de doze onqas,
aflim fe ha de fazer o medicamento , que fe
manda compor ; ifto he o que enfinaõ todos
òs Auétores aflim antigos, como modernos
fem controvcrfia alguma. , '
Ha também alguns nomes de pefos mui¬
to ufados dos antigos, e ainda que os moder¬
nos ufem pouco delles , comtudo fempre he
conveniente fabe-los, porque muitas vezes
fe achaõ eferiptos nas receitas dos antigos.
JEreolus he hum pefo que tem dous graõs. ^reolus.
Chalcus tem o mefmo pefo, fó diftere em Chalcus.
o nome.
Kirat he hum nome Arábigo vai quatro Kirat.
graõs.
Ceration nome Grego he pefo de quatro Ccration.
graõs.
Siliqua nome Latino he pefo de quatro Siliqua.
graõs.
Obolus nome Latino he pefo de doze Obolus.
graõs.
Onolo•
 Dos Peíbs e Medidas, &c«
Onoloz. Onoloxpr he hum nome Arábigo , tem o Dodrans nove onqas. Dodrana.
mefmo pefo. Dextanx dez onqas. Dextanx.
Danich. Danich nome Arábigo, peia oito graõs. Deunx faõ onze onqas. Dcunx.
Ccratiu. Ceratium he pefo de oito graõs. Quartarium he a quarta parte de huma lí- Quíirur-
Thcrnii-
Therminus vai oito graõs. / hra , què fendo medicinal faõ tres onqas, e
nus.
Lu pi nus.
Lupinus he o meímo pefo. fe for da civil faõ quatro, e fe aíligna nas re¬
JExagium Exagium nome Latino vai quatro efcro- ceitas airim , ijuartqr. ou qu. e que o quarta*
pulos. * rio feja a quarta parte da libra o diz Charás
Solidum. Solidum vai quatro efcropulos. cap. de Ponder. ~ Libram quidem medicinaUm
Aurcus. Aureus também vai os mefmos quatro e- aliquando in duas partes dividunt^cujus médium
fcropulos. vocant} dividant quoque mnnumquam in partes
Sextulus. Sextulus he hum pefo , que vai quatro e- quatuor , quarum quartam vocant Quartarium
fcropulos. > (íT per *qu- defignant.
Silicus. Stlicus he pefo de duas oitavas. J Talentam he o mayor de todos os pefos, e Talent.
Aflarius. Afiarias he pefo de duas onqas. deíle ha tresj porque o Talento ordinário he
Denarius Denarius he nome Latino, e cada Denario pefo de cincoenta libras, o mayor he de fe-
he huma oitava , ainda que alguns o fazem tenta e duas libras, e o máximo he pefo de
mayoi'5 e dizem que he a fetrrna parte de hu¬ cento evinte libras , como diz Zacuto in
ma onqa $ porém pelo pefo de oitava he que Pharmac. traã. de Ponder. — Talentam pen*
fc acha mais ufado,como diz Zacuto in Phar- det libras quinquaginta j maius libras feptua-
macop. traã.de Pondcr. z Denarius ejl oãava ginta & duas j maximum centum 0? viginti.
pars une ia. r: . A libra menfural he aquella , com que fe Libra
Argcnt. Argenteus he pefo de huma oitava. medem as coufas liquidas,como fito as Agoas, mcní“f'
Status. Status he pefo de huma oitava. Oleos, Xaropes, Cozimentos, ou Mel-, eíla
Oxibaph, Oxibaphum nome Grego,he hum pefo que libra confia também de doze onqas, a qual fe
tem duas onqas e duas oitavas. «' deve mandar fazer em prata , lataõ, ou em
Rotulus. Rotulas he hum nome de pefo , que vai outro qualquer metal pefando primeiro o li¬
huma libra. .. , >."r ; ». cor , de tal forte , que venha a levar a libra
Aiconua- Alconuani nome Arábigo , he pefo de ttes menfural as mefmas doze onqas, que tem a
nus. oncas. v 'Vv\, ponderai $ tendo tres caftas de libras, huma
Almuzen. Almu\eni nome Arábigo,vai onqa e meya. por que fe mefíaõ as agoas e cozimentos jou-
Alcuath. Alcuathus he hum pefo que vai também tra para os Xaropes e Mel; e outra para os
onca e meya.; .. Oleos $ advertindo que a dos oleos ha de fer
Aleaubol. Aleaubolo nome Arábigo , he pefo de no** mayor, porque eíies faõ mais leves, que a*
venta e feis graõs , ou quatro efcropulos. agoa $ e outra mais pequena para as agoas,
Arfinum. Arfinum he pefo de oitava e meya. porque faõ mais pefadas, que os oleos; a ter¬
Dccam. Decamech vai huma oitavk. 1 ceira ha de fer mais pequena , que as duas já
Darch.
Darchiminum he pefo de oitava e meya. ditas, porqne os Xaropes e Mel faõ mais pe-
Lonchul Conchuld he também pefo de oitava e fados, qué.a Agoa , e Oleos: com tanto que
meva. qualquer delias medidas feja capaz de levar o
Mná. Mná he nome Grego, e he pefo de cem mefmo pefo das ditas coufas,como fe fofTem
oitavas, ou de huma libra e quatro oitavas , pefadas pela libra medicinal de doze onqas ■
como diz Zacuto in Pbarmac. traã. de Pon- delia.libra menfural fe ha deufar nas boticas,
der. Mná gracum nomen habet dracmas cen- afíim quando fe compõem as medicinas li¬
tum ,Jeu libram, & dracmas (juatuor. quidas , como quando fe venderem algumas
Ccntcn. Centenárias he hum pefo de cem libras. libras dellasjem alguns Concelhosdeíle Rey-
Duclla. Duella he hum pefo,q vai oito efcropulos. no ufaõ da libra menfural , vulgo quartilho , Quartil H,
Dupond.' Dupondium he meya onqa. que leva dezafeis onqas $ porém eíla medida
Sefcuns he onqa e meya. he antiga, e em poucas partes fe ufa,excepto
Seícuns.
Scfcunc. Sefcuntia he o mefmo pefo. em algum Concelho da Provinda de Entre
Sextans faÕ duas onqas. Douro e Minho , a qual ufaõ nas Tavernas,
Sextans.
Tricns. Triens tres onqas. - e a confervaõ pelo antigo eflilo daquelles Lu¬
Quadr. Quadrans quatro onqas. gares* e fe nefles houver alguma Botica, nao
Ouinc. Quincunxcinco oncas. deve ufar o Boticário fenaõ de medida men¬
Sextunx. Sextunx feis onqas. fural de doze onqas, e por cila medirá as a-
Scptunx. Septunx fete onqas. goas, e o mais, que necefTario for ; e naõ fe-
O&uhx. Oãunx oito onqas. rá obrigado a ter na Botica fenaõ a libra me¬
Bcx. Bex oito onqas. - dicinal commua de doze onqas, que he a de
Bcífis. Bcjjjis he o mefmo pefo. que todos ufaõ.
Eíla
 64 Pharmác. Lufit. Augment. Trai. TI.
Ffta fórma de medidas fe inventou para fe
evitar a impertinência de fe eílar pelando
huma libra , ou onqa de agoa , Xarope , ou
Oieo nas balanças, que ainda que ie.poíTa ta-
zer , e com etfeito fe faz em alguns Hípiritos,
ou Oleos, he gaitar o mais do tempo em a-
juftar taras, com que aquelle que as affilla e
acerta a primeira vez,fe livra do trabalho de
eítar continuamente a pefar as coufas liqui-
das, e affim quando vem novas de cala do Of-
ficial, que as faz, fe ha5 de primeiro acertar,
pefando o liquor, que por ellas fe houver de
medir,que com eíla certeza fe livra do efcru-
pulo o que as ufa , de dar de mais ou de
menos. .. .
Hemina, Hemina he nome Grego , defta medida u-
favao muito os antigos, a qual levava nove
onqas, e era mayor ou menor conforme o
eftilo da terra, em que fe ufa va ; porém, a
Hemina medicinal fempre he medida certa,
que leva nove onqas,como diz Velles em fua
Theor. traã. de Ponder. c= Hemina régio num
ratione diferi 7 fed Attica , id ejl, medica no-
vem uncias capit.
Clotyla. Clotyla he nome Grego, e-leva as mefmas
nove onqas, que leva a Hemina , naõ dirrere
mais que em o nome.
Congius. Congius he huma .medida, que leva oito li-
bras, ou duas canadas, a qual fe ufa ainda em
Inglaterra pelas oito libras, como diz Leme-
ry cap. de Ponder. por formaes palavras : Les
Ângloisfe fervent d'un Congius qui ne contient
qüe huit livres: em algumas partes de Alemã#*
nha he mayor o Congio , porque o fazem de
nove libras, e alguns dos antigos o ufávao
mayor 5 porém o Congio ordinário mediei-
nal leva fomente as oito libras. j Pugillus, ou Pugillo he huma'medida que Ptfgflftu.
Sextar. S.extarius he huma medida, quç leva deza*
feis onqas , e he a fexta parte do Congio: al-
güns Au&ores o fazem mayor, mas pelas
J-—r~--r—'
dezafeis onqas fe acha mais• ufado.
-r «
Cyatus. Cyatus he medida de onqa e meya.
Chift. Chift he nome Arábigo , que he huma me¬
dida , que leva dezafeis onqas.
Safilí Safil fie huma medida de trinta e duas
onqas,
Acctabul ÂcetabuUm he huma medida , que leva
duas onqas, e duas oitavas, ou a quarta parte
de huma Hemina.
Chu$. Chtts he huma medida de oito libras.
Miftrum Mijlrum magnum he medida de tres onqas
magnuin* e oito efcropulos.
Miftrum - Miftrum parvum he medida de feis oitavas
parrum. e dous efcropulos.
Hemiz. Henúyexton he huma medida de oitoon-
cas, e alguns a fazem de nove $ porém pelas
oito fe acha mais ufada.
Urna. Urna he medida de quarenta libras.
Araphor. Amphora he medida de oitenta libras.
A Pinta Parifienfe he huma medida , que
leva trinta e duas onqas, como diz Moyles
Charás. Pintam vulgar em aqua. communis
aquivalere libris duabus civilibus. Efta mefma
Pinta de trinta e duas onqas, que fe ufa em '
Franca, he igual em tudo á que fe ufa em
Alemanha , como diz Lemery por formaes
palavfas: La Pinte contient trente deux onces
d’Eau-7la de Allemagne eji d1 unepareiíUgran
deiir , de un pareil poids. .
Qiiartarius he huma medida,que leva qua- Quartar.
tro onqas e meya.
Chopin, ou Chopjne he huma medida Fran- ^°P'^
ceza , que
nnr» leva íeis
lfȒc onqas.
r»nr*3C pinç
Chema he huma medida, que leva quanto Chema,
liquor pode caber em duas colheres ordina-
rias. s
Ceraminum he medida de cento e vinte li** Ccramin,
bras.
Metrete, he huma medida, que leva o mev Metrct.
fmo.
Poiçon, he huma medida Franceza quç le-,PoiÇOI\
va duas onqas. .3 1 •’ *
Fafciculus , ou Fafcicião he aquella medi- Fafeiçul;
da ou quantidade de alguma planta , que ca-,r
be debaixo de hum braqo , pondo as pontas
dos dedos na cintura junto á parte fuperior
do quadril , como enfina Charás. Fafciculus
âefignat, quod brachio complicato , & adduíio
ad fummam Ilchij partem comprehendi poteji \
eftenome ordinariamente fe affigna nas re-
ceitas affim -Fas- ou F.
Manipulos contêm tudo, o que com a mao Manipul.
fe póde apanhar, que he o que vulgarmente
fe cbáma , maó. cheva , e fe affigna affim
Mamp- ou -M- -r
fe ufa nas fementes e flores , e he aquella
quantidade, que fe póde apanhar comas
pontas de tres dedos, affim o diz Charás. Pu-
gillusid, quodtres digiti capere pojfknt, ele ... A
afligna affim -Pug- ou -P- ■ . o
A palavra dinudium,oufemiffem, quer di- Dimidl*
zer meyo ou amétade , e fe elcreve affim ^
ou também algumas vezes fe afligna affim -ft
efte meyo pofto diante da figura de hum
efcropulo , fica fendo meyo efcropulo , e fe .£:
fe poem figura do efcropulo com hum ou moai/i t
dous pontos , e diante defles pontos a figura
do meyo , fica fendo hum ou dous eferopu-
los e meyo; ifto mefrno que fe diífe do efero-
pulo , fe praticará na oitava , onqa ,* libra,
ou em outro qualquer pefo.
Algumas vezes fe pedem nas receitas fru-
dtos, ou animaes, os qnaes fe pedem por ífiu
numero, e affigna affim -Alumer,-N-q tam- Nurççr.,
bem os mefmos fe coflumao pedir aos pares, fiye N.r. >
e então fe affigna a figura affim -Par- par.
Acha-fe ordinariamente em todas as ve- „
cei-
 .VI Pos Pefos eMedlHti^í. §Ccy:íl(J
ceitas a.palavra barbara anà ou ãay que figni-,
fica ex CaUpino -d* ca da efpecie , ou muUidàõ
de medicamentos, ou o me Uno, que igualmen-
te, ou tanto.de hum medicamento, como dpoii-
tro acima efcripto, exZaçuto in Pharnk*rfci,:
Anáquid de Ponder.^ d Anà vel ijã enim maUitudinem
medtcamentorum fignificat, & fecundam ali-
. ^uosUtm-iac^uaUur^mUt.
1 ambein nas receitas.le achao algumas le-
tras fimpiiees, aílim çomo .f f. que quer di-
zer (fuantum fujfícit, aut.quantum fatis:ejl y e
eíla medida, ou pefo fe uia , quando o Medi-
ço deixa- ao arbítrio do Boticário a quantida-
de de Aquear, Cera, ou outro qu.alquer fim-
pies, que quer no compofio , aífim o enfina
q. f. Charás \ per -q.f ~ Audi quantumfujftcity vel
quantum fatis eji, td eji , cum Medicus Phar-
macopai arbítrio committit quanütatem aqua ,
S. A, facchari, Mellis, Zfc. Pelo S. A. fe entende
conforme as regras da arte ) \aílim o diz Chat.
per f a. Vel.ex arte intelligefecundam, regulas
B. M. artis.Pelo ÍL M. que também fe encontra nas
receitas.fc.untende o Banho de Maria, como
B. V. diz Lemery^e pelo B.V. fe entende o Banho
Balncum Vaporofo , que he aquelle, quando fe faz al-
v2B9rV guma dilfífl-áçaõ, ou digeftaõ de alguma ma-
teria em o yapor de agoa quente ; aílim o
enfina Lem-êry na fuarPharmac.Uuiv. cap. de
Ethimol. porformaes palavras : Balneum Va-
paris Bain de vapeur, eji quand on met en dige-
Jiion , ou en dejíilíacion qual que matiere à la
vapeur de V eau chaude.
Deixo de elcrever alguns nomes de pefos
e medidas, por nao ferem muito ufados 5 e
juntamente porque os acho confufos entre
os mefmos, que os eferevêraõ j e nenhum
dos Auêtores , que nelles falluõ aífentao o
pefo certo , que feja 5 porque huns os fazem
mayores e outros mais pequenos , e neftes
termos os deixo , por na5 ferem muito ne-
ceflarios, e nem a mim ferá conveniente
querer declarar o que tantos, e taõ graves
Auctores nao pudéraõ explicar.
Tudo o que fica eferipto á cerca do ufo
dos pefos e medidas fe póde ver em Diofco-
rides lib. 6. infine,Joao Vekhero traã. de Pon-
derib. huis de Oviedo lib.- 4. Method. pag. 45)9.
>-■ Valerio Gordo traã. de Pender, pag. mihi 597.
•- Pedro Cajielli in antidot. Rom.traã. de Ponder.
in princip. Erancifco Velles■ in Theoriafeã. 7.
traã. de Ponder. pag. 12 r. Fr. Antonio de Ca-
fiella lib. 2. divif. \.pag- ^42. Fr. Bento de Vil-
las nofètí exame de Boticários pagin. 99. Joaõ
Zuelphero in Pharmac. Aug. cap. }. de Pond.
in princi. Joaõ de Cajlilha traã. de Ponder. pa-
gin. ^28. Antonio daCru\ ha fua Cirurgia cap.
univerf. pag. 12. Zacuto Lujitano in Pharmac.
art. 1. de Ponder. pag. 75. Moyfes Charás in
Pharmac. Reg. cap. 54. de Ponder. pag. 87. &
6$
NicoUq hcmery. tid fuâ Phàrmnc. Vniverfal
cap. á. de Ponder. pag, ^, v
.>y,' *. y
Nomes pelos quaes fe pedem varias
vezes algumas Medicinas, fem >
y • fe nomearem.
• * \'*U . .
AS R Al Z ES D lURETl C A S
fad cinco. -ú. . \ . a hi U
£13fíl3l À Aíiififiaô
A Ypoy Satça ortenfe, Funcho , Ff pargo,Radu!&’''J
fx Gitbarbeira , e afltm pedindo-íe raízes A$pPnlP
Diuréticas, ou Aperientes abfolutamçnte fe tcs
haõ de dar eftas,como enflna Moyfes Charáslutè:
in Parmac. Reg, cap. çX t= Si in quapiamme^
dicamentorumpra.fçriptione-quinqueradÍicesa- •;
perientes occurrant, adjuniantur radie es Apijy
Afparagorum , P et roje Uni, Féiniculi, &BcúJii.
As hervas emôllientes ufadas faõ as Mal- Hcrb* *
vas, Malvaifco , He/v.a-Gigante, Violas, Ser cándiunt.
necio, S.elgas, Mercuriaes, Armolesg; panei
taria , e Lirio , de fias he que ufaõ os nioder-
nos como fe vê de Charás no lugar citado, c •• ->\
Herba. emôllientes iifitata. funt Malm y B f- Senecío
malva , Brancaurfina, Violaria, Senecio, Be- (luidi
ta , Mercurialis , Atriplex , Parietaria, üT Li?
Hum. O Senecio, he aquella planta , a que
Diofcorides no hb. 4. capit. 518. chama Cardo-
morto , o qual fe acha pelos caminhos,Te hor- ' ,
tas, e. he o que dá a flor amarella , a qual de- r.j
pois de aberta logo fe faz branca, e em huns
floccos, que leva qualquer vento por pouco i
que feja, \
As hervas Capillares fao a Avença branca Hcrbre
(chamada -de alguns Rutamuraria^ ou Salvia Capilhi-
vita,como fe vê de Scordero lib. ^.clajf. 1. de rcs* Ruta
vegetab.) o Avencao, ou a Douradinha, e Lin- JJJJ Salvia
guâ cervina: aílim o enfina Lemery cap. 2. de vitíç.
Medicam, virtut.
As hei vas vulnerarias fao a Agrimonia , a Herba:
Sanicula, 0 Pé de Leao, a Verônica, e toflas as ^ ulncrar.
Capitaes também fao Vulnerarias, como diz
Lemery no lugar citado.
As hervas Carminativas faoMaceUayGp^i[cxb^
roa de Rey , Endro , e Arruda : os mod.erno.s Carmin.
a eftas accrefcentao mais o Funcho, Canella,
e Zedoaxja , como diz Lemery cap. 2..de me-
dicam. virtut.
As hervas Capitaes fa5 o Rofmamnhofal- Hcrlw
va , Neveda , e Peeios. Capitai.
As hervas Hepaticas fao o Eupatorio, Eptt- Hxpatic,
tica , Lu par os , e Clücorea. , _
As hervas Elpleneticas lao o Efrordio,Ru- Spíenet,
bea tinãorum , Marroyos , e a Tamargueira.
As flores Cordeaes faõ as de Borragem , F!(gfs
Lingua de Vacca, Violas, e os modernos lhes cwâi;í®s-
accrefcentaõ as Rofas, e os Cravos.das Hortas,
vulgarmente chamados Clavelivas ; aílim o
diz Chará$ in Pharmac. Reg. cap. 5 6,Tres
l flores
 66 Pharmac.* Ltiíit. Augnrfêrit.* Trat. II.
floras Coddiales funt Buglofi, Borraginis , (f
Fiolarum ? quidam addu-nt Gariophyllos hortan¬
jas , f Bofas.
Flores ■ As Mores Ciarminativas faõ as d£ Macella,
Carmin. Corda de'Reyr Matrtcaria^ede ÊndríbVj /
Scmina As tementes ifrtas mayores ifaõ as da Me-
frigida
mayora.
1 and as , Malaô, Rapino , a da Abobora.
Semina As iementes frias menoíesíaOr a$ de AU
frigida. faca, Beldroegas, Almeirão, c Chicorea.
St mina As íementes quentes mayores faõ a da
calida
Mb##MrPdUtõte j Funcho , Cominhos , a da Alfazema.
ma
cft- * Ais' (ementes quentes • menores fao» a de
Scr
c aliei a* SaWà^Aypd \ Bfnagixi, e Ameos.
minora. As Péüfas preciofas faõ osjacinthos , E-
Lapidcs fnuriitdãs , Saphiras , Granadas , e a pedra
pretioíi. $,airjonia , que he branca , e vermelha, a que
alguns chàmaõ Carnalina, por fer na côr fe-
melharfle á carne. rv‘
Aqua: Âs agoas cordeaesfaõ a de Almeirão , Lin-
Cordial..
gua deVàcca, Borragens; os modernos ajun-
tào a* eftas a dt Chico/ea, Efcorcionei/ai Efca-
biofipt outras.
Aquxan. Asagoas antipleuríticas faõ a de Cardo
fanto ,TPapoilas , a da Efcabiojd. •M -
Oiea fio- Osolcos Eftomaticosiaõ o de Lofna fáar.
machie-a. melos , e de Almecega.
Os Unguentos quentes faõ o de Agrippa,
Unguen¬
ta calida. lAíthek $í&fNorvinô:
Unguen¬ Os Unguentos frios faõ o Branco da Rafis,
ta frlgid. o Populaàd, o Refrigerante, a o Rofado.
Quatuor Péla$r;quatrd Farinhas abfolutamente pe-
farina: didas íe entende, a de Favas, Tremoços, Len-
abíblutè. ti lhas , e Eruilhaca ; a eftas ajuntaõ os mo-
dernos algumas vezes a de Cevada , Chicha-
ros pÀlforvas, e de Linho, como íe vé de Le-
Tntry.cap. 2i de Medicam, virtute.
A R G UME N T O cidos refrefeaõ , fixaõ, e precipitaõ os faes, e
DO II. • TRATADO.
v • V \ V.*V v - V;' '.’. •
Divfad da virtude dos Medicamentos.
Odos os Medicamentos por caufa das
T fuás virtudes fe dividem zm alter antes r
< ■ ■ - purgativos , e confortantes , tf c.
Remccf Alter antes faõ aquelles , que applican-
ajtcranteSdo-fe ás enfermidades aíTim exteriores , co-
mo interiores, fazem alguma mudanqa nos
• humores do corpo, ou aquentando , refre-
•'. afeando, humedecendo , defeccando , abran-
.vxi dando , condenfando , adelgaçando , provo-
cando fomno,apertando, laxando,digerindo,
relblvendo , corroendo , incrafíando , fuf-
pendendo, ou alimpando.
Os rtmedios purgativos faõ aquelles, que
Purgatiy.
por hhriva certa fermentação, e^irritaçao,
que excitaõ no corpo , defpegaÕ os humo¬
res fuperflu os, adelgaçando-os, epoudo-os
em fôrma, que fe poílaõ evacuar; eftes fe di-
vidcm em Catharticòsou purgativas, ; Ema-
ticos , >òu vomitivos , em Diaphoreticúsj oufu-
doriferos , e em Diuréticos , ou aperitivos.
* Ôs fortificantes faõ aquelles, qüc pela Te- Confort.
melhança das tuas partes com os iioliòs efpi-
ritos , corrigem as alterações, que lazem os :
humores, e ainda os meimos etpíricos , ou
feja excitando o movimento que çftava fro-
xo,oü moderando o que era muito violento,
lançando fóra todas as impurezas;do corpo.
Os remedios, ou aquantad ougefrefcad por Remedí-
fi meímo, ou por accidente : aquentaõ por 03 <lue f
ft me imo quando faÔ ■compoftos< de partes HucnUü*
falinas, e fulphureas, com as quaes augmen-
tao a agitaçaõ dos humores no corpo dos que
os ufaõ, aí fim como a Lofna , Canella , PU
manta , Gengibre, e -No\ mofeada. Eftes me-
fmos remedios aquentaõ por accidente , quan-
do fazem obftrucçoés em alguns vafos , por- .A
que ós humores, que deviaõ paflar, paraõ
nelles, e ahi le fermentaõ , dc que refulta
hum grande calor no corpo todo : os que .Ví S
mais ordinariamente cauiaõ eftesacciden-
tes, faõ os medicamentos narcóticos, os ac- T
eidos , e muitos frudtos crus.
Eftes meimos remedios refrefeafi, quando R.efViefc.
faõ compoílos de partes aquofaá , e glutino-
fas, temperaÕ a acrimonia dos humores, e
moderaõ a forqaou ligeireza do feu movt-
mentp , aíTim como a Alface , Beldroega ,
Borríigem, e as gomas Alcdtira, e Arabia: re-,
frefeaõ também os remedios, por accidente,
quando faõ quentes e acres, pofta muy pou-
ca quantidade delles em muito licor aquolb,
que lhe ferve de vehiculo para os fazer pene¬
trar : aftlm como a Agoa ardente , o efpirito
de Vitriolo, e o de Enxofre: eftes efpíritos ac-
Enxofres voláteis do corpo , que pela fua
grande agitaqaõ faziaõ o calor; também eftes
refrefeaõ fazendo ourinar muito porque
desfazem os humores, que eftavaÕ retidos
nos vafos por caufa do calor eftranho.
Os remedios humeãantes quando faõ aquo- Humedl.
fos, ou fleumaticos augmentaõ a parte aquo-
fa dos humores: aflim como as Malvas, Bel¬
droegas, Alfaces, c Pepinos.
Defeccaõ os remedios por qüàtro modos Defccan-
differentes. O primeiro , quando pela tenui^tcs-
dade das fuas partes, ou pelos feu s faes fui-
phureos tiraÕ com muita brevidade dos po-
ros as humidades fuperfluas, aíTim como a
Salça-parrilha , R-ai% da China , e Páo-fanto,
O fegundo , quando por fuas partes terre-
ftres, e porofas abforbem , e extinguem os
humores acres: affim como o Lytarcririo , a
TerraJigillada , a Pedra calamindr ,*os Olhos
de Caranguejos, o Coraf e outras muitas ma¬
térias alkalinas.
O ter-
 Dos Peíbs e Medidas, &c.
O terceiro modo he os que faõ Caijlicos,
porque queimaõ as extreminades dos vafos
pequenos, por onde vem o humor á parte, e
criaõ cfcara , que impede que o humor na5
corra para ella como o fazia antes, aííim co¬
mo o Vitriolo, a Pedra hume queimada, a Pe¬
dra infernal, o Precipitado rubro , e os E/pi ri¬
tos accidos corrofivos. O quarto , quando fa5
deterfivos, alimpaõ as chagas de toda a im-
mundicia, porque tanto que naõ tem maté¬
rias , que excitem a fermentaqaõ , e corrup¬
ção , logo fe cobrem de carne nova, e fe ci-
catrizaõ , aííim como as'Tinturas de Azevre,
e Myrrha, a Arijloloquia redonda, longa , e
outras vulnerarias.
Emolícn- Os remedios emollientes abrandaõ, porque
tcs. faõ compoftos de partes mucillaginofas ou
glutinantes, de que o fal que tem lhe ferve
de vchiculo para os fazer penetrar , aííim
como faõ as Malvas, Violetas, as /ementes de
Al/orvas •, e Linho.
Condcn* Os remedios conden/antes obraõ de dous
íantes. modos*, o primeiro he defeccando os humo¬
res fuperfluos, ailim como fao os fúdortferos:
o fegundo engroííando o humor pelo frio
que communica á parte enferma , quando fe
lhe applica emeima , aííim como o Chumbo y
as Rans, o Meimendro,o Sayaô, e a Ag o a fria,
ou tambem engroííao o humor por hum ac-
cido, que os taes remedios contém, aííim co¬
mo as A\edas , Berberis, Agraço, e o xicrato;
e os e/piritos accidos,tomados interiofmènte.
Rarcfa- \ remedios rarefacientes, ou attenhán-
cientes*, tes fáõ compoftos de partes fubtis e pefter
& atte- trantes, com as quaes dividem os humores,
nuantes. e os fazem mais correntes aííim coirtiò o*
E/pirito de vinho , e os faes voláteis. 'r. :1J ’
Somnif. * Os femedios /omni/eros fazem de #òus
modos a fua operaqao: o primeiro ,'herefre-
feante algum tanto o fangue, moderando-
lhe o demafiado movimento, aííim comias
, jrmul/oes, zs Ti/anas, os Banhos , e(àstf?o-
mentaçoes : o fegundo modo , he quandoíe-
vaõ hum vapor Narcotico, e efpejfanté ao'ce-
rebró , ò qual affroxa o movimento dOà!‘éfpi-
ritos,e lhes impede a força com quécireulaõ
fazendo-os parar,aííim'còmò aà Dormideiras}
to Opjo: o •3®*'P f
Rcfcrant. Os remedios re/erantes obraõ de muitas-
maneiras por ca ufa-d a 'fu a ftipfidádeÇ^por
eftarem impregnados ou cheyòs" de hum ac-»
eido verde ,*terreftre e crtV, e aiítm coagu->
kÕ facilmente os humores, cerrando-,iou-fé*
chando as fibras das Vifceras, aíiirrr como>d
Sumagre, Marmelos , Ne/per as, e a Sorvas i
Eííes medicamentos apertav, ou evdjfoingem
por filas partes terreílr’es,e Alkalinas^porque
abforbem o humor acfe-, que caufava cur¬
iós, e vbmitos, como tambem o faz o Gàralr
6y
Aljôfar, olhos de Caranguejos , a Terra figil-
lada, e o Bolo Armênio oriental: Apertão ex¬
citando fuor,levando pelos poros a cauía do
achaque aííim como a rai\ da China , Salça
parrilha, Antimonio Diaphoretico, e os Bezpar-
ticos. Apertão tambem purgando , e o fazem
de dous modos: o primeiro he, quando eites
remedios álem da virtude purgativa contém
em fi partes terreílres ou ílipticas,que depois
da purgaçaõ ficaõ no corpo,e fazem eííes ef-
feitos, aííim como o Ruybarbo, os Mirabola-
nos , e Tamarindos : o fegundo modo , o fa¬
zem por accidente , quando depois de faze¬
rem a devida operaqao purgativa, pafíados
alguns dias conilipaõ o ventre} o que proce¬
de , porque os ditos remedios fizeraõ fahir
muito as humidades do corpo , e faltando
eílas, e deixando de cahir nos inteífinos pa¬
ra humedecerem as matérias fe feccao,e naõ
fe purgaõ.
Os remedios laxa?» o ventre , ou excita? no Laxãte».
corpo alguma leve fermentaqaõ purgativa ,
aííim como as Violetas , Ameixas , Maçãas, e
Cerejàs : ou abrandaõ, e adelgacaõ as maté¬
rias , aííim' como o leite, os caldos de Vitella ,
o$cozimentos de Borragens, de lingtia de Vac-
ca , as fomentaçoes, e os Banhos.
Os Medicamentos digerem, ou excitao fu- Digeííiv.
poraqaõ pelas fuas partes falinas,e penetran¬
tes,^adelgaçando os humores parados, fazen¬
do-lhe grande movimento e fermentaqaõ ,
cotóque poíía romper a pelle, e fazer huma
livré paííagem aos humores , aííim como as
Cebolas , :as Gomas, e o Fermento
• Os remedios re/olvem de tres modos:opri-Ref0iu^
meiro he, quando faõ cheyos de partes vo¬
láteis, e penetrantes, abrem os póros dando
fáhida aos humores, que caufaõ o achaque ,
aííim como os E/piritos voláteis,o o Mercúrio.
Odegiíndo modo he , quando faõ compoftos
dè partes mucillaginofas, e emollientes, com
as •quaes abrandaõ a dureza do humor dif- ,
pondo-o em forma que melhor fe eleve para
fazer CircukqaÕ do fangue , e mais humores,
aííim como as Cata palmas , o emplafto Melil-
loto, e ode Mucilao-ens: O terceiro modo hè
qüando òs: remedios iaõ Compoííosdefub-
ftaribíaisí fritas* e condenfãntes y com as quaes .•» , v.->
ábranéaõ 6demafiado movimento dos efpi- ^ *
fitób, tp|e caufa o achaque , e impedem que
torne- ãtC4hir na parte mayor porq^ de hu-
MorésVfáfijm como o Chumbo , a Mrwcn/ita ç
Sayad yHeruamoara , Meimendro, c Meindra-
gtyirsr.Uac.- '..íiing - ■ . .r
* Os--medicamentos corro/vos cofrôerp e ga- Corrofiv-
ííao j^porqrue faõ mítito cheyos de:faes acres,
e demafiàdamènte picantes e inflamantes,af-
fírri como a Pedra infernal, os Caufiicos,Mer-
eunèbrdrubrop Spliaidõjeix M ãteiga dc A ntimon.
Iz Os
 68 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. II.
IncraíT. Os remédios incraJJantes tazem a fua ope-
raqaõ , por eftarem muito cheyos de partes
glutinolas, com as quaes condenfaõ e incraf-
iaõ os humores, aílim como a raiz do Sim-
phytum, Malvaijco, Cevada limpa, a Goma
Arabia, Álcatira , e a Sarcocolla.
Detcrfiv, Os remedios deterftvos alimpaõ,porque fa5
compoftos de partes ialinas, ou adelgaqan-
tes,as quaes dilpôem o humor para que com
facilidade fc defpege, aílim como a Çonfsli-
da , Agrimonea , A\evre , Myrrha , e Pedra
hume.
Dmfao Os Remedios Catharticos, ou Purgativos,
dos purg. fe dividem em Phlegmagogos , Cholagogos ,
Melanagogos ,Hydragogos, e em Panchyma-
gogos.
Phlcgm. Os Plegmagogos faõ aquelles que porfe-
rem compoftos de partes voláteis e pene-
trantes, faõ mais proprios que outros , a fe
elevarem ao cerebro adelgaqando , e diffol-
vendo a fleuma , e diipondo-a em fôrma que
com facilidade fe purgue, e proprios para
purgar o mefmo cerebro, aílim como o Aga-
rico, o Coloquintida, e a Flor de Pecegueiro.
Cholag. Os Cholagogos faõ aquelles que tendo me-
nos virtude purgativa que os outros reme-
dios, fó faõ capazes de mover os humores
mais tenues difpondo-os para fe purgarenij
eftes pela mayor parte purgaõ mais a cólera,
que outro qualquer humor aílim como xÇei-
nafijiola , e o Ruybarbo. vrii *
Melanag Õs Melanagogos faõ aquelles qUe povfe->
rem compoftos de partes-fixas, e muito puiv
gativas dilíòlvem os humores TartareqS^e
jnelancolicos, que faõ os mais difficultôfos
de defpegav, e de purgar,aílim como a Efear
monea, o Turbit , o Seno, c o Elleboro. , ,
Hydrag. Os Hydragogos faõ aquelles que por ferem
compoftosjde partes refinofas, e fajinas* abre
os vafos Lymphaticos, e fazem pur.gar.as.fo-
rofidades,aflim como zjaiapa, e Mechoaçam.-,
Panchim. Os remedios Panchymagogos he huma mi-.
ftura de muitos purgantes, c faõ prqprjos
para purgar univerfa) mente todos os humqf
res, aílim como o Ifiacatholicaõ, Ço&ffiçgo
Hamech, e o extraão Panchyma gogo. r -j
Eméti¬ r Os remedios Eméticos, ou v omi tiposJ&6 os
cos , ou purgativos muito cheyos de enxofres fali-
vomitiv. nos, com que fazem hum grandemo,Vimento
nos humores principalmente nos^qjute,eftaõr
no eftoiíiago , e differem dos purgativosqrr;
dináriosi ^ porque defeem. até osj inteftiuoft
tanto-.queno eftomago fazem a.fua feríue.n^
taqaõ, e aílim purgaõ mais por vomi tosque
curfo CfiJSj algumas vezesípor huma je: oCítrà
parte? eom violência ^ aftim comoosaf ós de
fuintilkery;Thrtaro Emético, o M/írMtó. acaus
fa porque eftes remedios fazem vomitaq he^
porquefcQinvq^ fúlphur falino picaõ as fiütaa
(O ' iVr
do eílomago, caufando nelle huma efpepie
de convulqaõ.
Os remedios Diaphoréticos, ou Sudonfe- Diaph®r*
ros faõ aquelles que por lerem cheyos de par* °u lu °r*
tes voláteis abrem os póros do corpo, e des-
fazem os humores por tranfpj raqaõ,alfim co-
mo faõ os Setes voláteis, a Rai\ da China, Sal-
ça, e Páofanto.
Os Diuréticos , ou Aperitivos faõ aquelles Diurctíe.
que por ferem compoílos de muitas partes ou APtír*
falinas e penetrantes , adelgaqao o langue, e
fazem precipitar as foro fida d es com mais lr-
geireza do que de antes, aílim como o Chri-
dal mineral, o Efpirito de fal, o Vinho branco',
a Salça , o Aypo , a Gil barbeira, e o Hf pargo,
Os Cor dia es, ou Cardíacos faõ aquelles que Cordeaes
fortificaõ o coracaõ recuperando os efpiritos ou Card.
perdidos, dando mayor vigor ao corpo do
que antes tinha -, deli:es remedios ha ordina¬
riamente duas efpecies , porque huns adel-
gaqaõ, e outros fixaõ $ e aílim os que adel-
gaq4Õ afazem pela tenuidade de fua fubftan-
cia, e volatilidade, augmentando o mo vime*
to a circulaqaõ dos humores, aílim como os
Páf Viperinos , a confeição Alkernes , e de Ja-
cintfios completas, o Almifcar, Ambar, Canel-
,e os S andai os citrinos: os Fixantes obraõ
fixando por caufa de feu accido, ou pela qua-
lidade Narcótica que tem , abranduõ, e luf*
pendem q movimento impedtuofo dos efpi-
ritos, aílim como o Efpirito de VitrioU, o çu-
mo de Cidra a\eda, o Agraço, e osSc mm feros.
Os remedios Cephalicos, ou Capitaes, por- Cephalic.
que faõ compoftos de partes Sulphureas, e ou CaP,c’
Salina? voláteis daõ hum agi adavel vigor aq jjc
çerehro-, o qual depois de attenuada , ou em
parte gafta, e diflipada a fleuma mais groíTa,
animaô ,, e augmentaõ os efpiritps aniajaes, dinmo
excitando-lhe a circulacaõ dos humorqs,, af-
finijcomp o Tabaco, a Betonica , Rofmauinho,
Salvp , ,q q Cravo da índia.
Os Qpthahnicos faõ os remedios quecGn^Ophalm.
fonaOf*,e curaõ 08 achaques dos olhos, e q-:
hraj5 por variqs modos , porque hun? curaõ
forfti%ahdo, e aquentando aos a yifta,
fraca, e debilitada por falta de efpiritqs, ou
por ..caufa de alguçna flpxaõ de humor.fleumaq
tico , que cahe nos olhos, aílim corroa Ag o a,
ardente,^Funcho,a Rainha de Üngria: ífií
outrq.s-lavtificaõ , ç refrefeaõ os olhos qüaui
do eft.ao.veytnelhps, ou inflammados,J:jiílirti>
comaq Eeite de peito , agoa defTanchagem $
EitphcafiA -, Cetidpnia., e as claras deopop, ou’
a Agoa -quedellasfe difilladepois de. batidas:
Outros-cyraÇ os achaques dos olhosalimpaA
do,.c defecçando-as chagas', que nèUes fe íaí
zem-í^a^j» como © Çollirio de Leaõ França j
a Tutiapreparada, q,Sal Saturno, AçurarPan*
de, Lirio Flvrentinp, e.os TrochifeosÂe Rha*fs.\
Os
 Dos Pefos e Medidas, &c.
Dentrif. Os remedios Dentrificios faõ aquelles que
tem virtude deterliva , e adllringente, e faõ
proprios para alimpar os dentes, e apertar os
leus ligamentos, quando abalaõ fortifican-
do os, e pondo-os íirmes, aflim como o Vi-
alio ferrada, o Pdo de Lentfco , as Rojas ver-
melhas, o Coral, o Ofjb de Ciba,a pedra Pomesr
o Pad queimado, e os Cremores deTartaro.
Também entre os medicamentos Dentrijicios
Te podem contar os EJpirttos de Vitriolo, e
de Sal que alimpa# , e embranquecem admi¬
ravelmente os dentes 5 porém na5 Te deve u*
iar deite remedio muitas vezes, porque os
corroe, e gaita.
Pcitor.ou Os remedios Peitoraes, ou Bechicos faõ a-
Bcchic. quelles que por Terem compoltos de fubftan-
cias oleolas, doces, e temperadas, adoçaõ a
acrimonia , que cahe no peito abrandando as
fleumas, que nelle eítaõ pegadas, aflim co¬
mo o Leite, a Tucilagem , o Alcaçiis , Mat-
vaifco , Uvas pajjddas, e as jujubas: também
nos achaques do peito fe ufa de remedios de-
terfivos, eadelgaçantes, quando ha alguma
obflrucçaõ, como na Afma , aflim como faõ
a raiz de Enula campana,ç. a de Lirio, e as pre¬
parações do Enxo fre, e Beijoim.
Eíloma- Os EJlomachicos fao aquelles que por fe-
chicos. rcm compoltos de muitas partes falinas,
acres e attcnuantes, cxcitao mayor calor , e
fermentaçaõ no eílomago, difíbl vendo a ma¬
téria vifcofa, e fleumatica , que embaralTa as
fibras, e aflfroxa o movimento dos efpiritos,
a que impede a digeftaõ, aflim como a Ca-
nella , Nó\ mofcada, Coentros, Herva doce,
Funcho, e as cafcas de Laranja , e Cidra: tam¬
bém algumas vezes eftas fibras do eftomago
eítaõ fimplezmente relaxadas, e bafla ular de
remedios adftringentes para as firmar, aflim
como a Conferva de Rofa, a confeição de Jacin-
thos, e Almecetra: e outras vezes fuccéde eílar
o eftomago debilitado por caufa de algum
accido que nelle cahe, entaõ fe fortifica com
matérias Alkalinas, que desfazem e abfor-
bem os accidos, aflim como os olhos de Ca¬
ranguejos , o Aljôfar, e Coral preparados.
Hcpatic. Os remedios Hepáticos Te chamaõ aflim ,
porque fortificaõ o fígado , e faõ proprios
para purificar o langue , aflim como a Chi co¬
re a , Alface , Epatica , Luparos, Ruybarbo, e
Azevre.
Splcnct. Os remedios Spleneticos, fe chamao aflim,
porque por ferem muito abundantes de faes
aperitivos, que fazem lançar asourinas, ega-
ítaõ as obftrucçoes do baço, e mais vifceras,
faõ convenientes a todos os que padecem a-
chaques no baço , aflim como a Douradinha , loquinthida.
a Tamargueira , as Alcaparras , e o Aço pre¬ O tempo de colher as plantas também coq- Tempo,
parado. duz muito para terem completa a fua virtu¬
HyíUric, Os Hyff ricos faõ aquelles, com que fe cu- de , porém fempre fe devem colher em feu
69
raõ os achaques da Madre , eftesfaõ de mui*
tos modos, porque huus íaõ compoltos de
partes lubtis, ou efpirituofas íalinas, com as
quaes daõ tbrqa aparte para lançar fora o
que lhe he nocivo, aflim como os Trodujcos
de Myrrha , oleo de Alambre , agoa de Canel-
la, e o Caftoreo: outros faõ compottos de par-
tes fixas, ou condenfantes : eftes abrandaõ e
abatem os vapores, que da mádre fe elevaõ,
de forte que curaõ ou fazem mais brandos
todos os accidentes hyftericos, ailim como
a Agoa commua, os EJpintos de Vitriolo, e Ni¬
tro dulcificado , e Olaudano opiado.
Os remedios Carminativos faõ aquelles, Çarmin.
que por ferem compoltos de partes efpiri¬
tuofas e falirias, adelgaçaõ, e diflòlvem a ma¬
téria grofla, que retem no corpo os flatos, e
lhe facilita a fuafahida , aflim como a Herva.
doce, Funcho, Macella , Corda de Rey, a Ca¬
ri el la , e. Zedoaria.
• o. r • r, •
u-k Jd •. üu- . ^ -g- g
Para 0 verdadeiro conhecimento de todos psfm-
plices , que na Medicina fe ufad , e para nad
faltarem na operaçao ,'qíi'e acima difjcmosfe
devem obfervar uarias circumjiancias.
>
Primeiramente fe deve confiderar çpJjcgar Lugar,
em que nafce o fimplçsmedicamento ^por-
que huns para ferem bons haõ de nafcer em
Bofques, outros em campos, e alguns querem
a cultura dos jardins, outros os lugares feccos
e áridos, huns os lugares montanJufos, outros
os valles, e campanhas , outros as muralhas, e
penhafcos, outros as bordas dos caminhos , os
fofos, alicerjes , e eft radas, outras as terras
grqjfas , fortes, e fabulofas, e outros mais lu¬
gares.
O Clima, em que nafcem também concor- Clima,
re muito para a bondade dos medicamentos,
porque huns haõ de fer de paiz quente,e ou¬
tros de;frio, e por efla caufa a Herva doce, e o
Seqe do Levante, he muito mais purgativo ,
que o que nafce em outros paizes: o Lirio , e
o Funcho de Florença he melhor , que o de
França, ãCoclearia he mais abundante , e
cheya de virtude, a que nafce em Inglaterra,
que a de França , por fer aquelle paiz mais
frio, que eíte.
A vizinhança das plantas também faz mui- ^izinh.
to ao cafo, c lhe adquire mayor virtude, e
por efta caufa o Epithimo, que crefce fobre o
Thimo he o melhor , a Cufcuta fobre o Li¬
nho, o Polipodio fobre o Carvalho , e outras
tem mais virtude quando nafcem , e ctefcem
diflantes humas das outras, aífim como a Co-
tem-
 7© Pharmac. Lufit. Augment. Trat. I.
tempo, porque humas fe haõ de colher na
Primavera , quando eftaõ em Teu vigor, ou-
tras no Ejlio, e outras no Outono , e Inverno-,
mas nem a todos fe pódeaífignar tempo cer-
to , porque conforme os differentesfitios, e
climas , em que fe criaõ , crcfcem , e fe aper-
feiqoaõ mais ou menos : e aíTim as que fe
houverem de guardar inteiras para o ufo de
todo o anno , fe colherão quando eftiverem
em feu vigor , e que naÕ tenhaõ lanqado o
graõ : os F ru ã os, fementes, e Fungos fe de¬
vem colher , quando tiverem a fua groilura,
e eíliverem perfeitamente maduros: os Ani-
maes que haõ de fervir no ufo da medicina,
fe devem matar fendo novos, bem nutridos,
vigorofos, e antes que tenhaõ ajuntamento
com as femeas da mefma efpecie: os Mineraes
fe haõ de efeolher tirados das Minas,fendo da
fua perfeita grandeza, folidos, pefados, e da
fua cor própria com toda a perfeiqaõ.
Subflan- Pela fubjlancia que tem os fimplices fe de-
cU vem efeolher, porque para ferem bons, huns
haõ de fer compaãos como o Opio, outros
.friáveis como a Efcamonea , outros pefados
como a Canafijiola, outros leves como o A-
garico5 huns líquidos como a Termentina,ou-
tros duros e feccos como o Pào de Aguda, e
outros molis como os Tamarindos, efinal-
3
mente outros rijos todos como os Mirabo-
lanos.
O Cheiro também conduz para a bondade Cheiro,
da virtude dos medicamentos j porque os
que naturalmente faõ cheirofos , quanto
mais cheiro tiverem , tanto melhores feraõ,
aíTim como os Sandalos citrinos , Salçafrax ,
e C ancila.
Pelogojlo fe efeolhem também os fimpli- Goflo.
ces medicamentos, porque huns devem ler
doces,como o Alcaçüs,amargos como o A\e-
vre , agros como os Tamarindos, acres ou pi¬
cantes como a Gengibre, Stipticos como a A-
cafia.
Também pela cor fe devem efeolher os Cor.
medicamentos fimplices $ porque huns hao
de fer brancos, como o Agarico, negros como
os Tamarindos , vermelhos como o fangue de
Drago , verdes como o Verdete , azues como
o Vitriolo de Chipre , amarellos como a Cur-
cuma, e pardos como a Jalapa.
Finalmente pela grandeza , e gr o fura feGrand. e
devem efcofher os medicamentos; porque §roliura»
huns devem fer compridos, e medianamen¬
te groífos, como a Canafifiola , e as Viborasj
outros devem fer pequenos como as pontas
de Viadoainda tenras , e outros pequenos , e
recem nafeidos como os Cdes novos.

• - li Jtl*
J >D
_ Vi- J
TRATA D O
DAS AGOAS COMPOSTAS VINAGRES, I.vj;
Vinhos‘, e Arrobes.
.. v T, -:ü'i ixiliíif
AG O A DE CANELL Aí£ 3UP
Compòíb. ' •- pbwHVsrd
r í>r; . I13UI .. lüps OtUV
E CI P E. Canella humalibra.
■ Semente de Peonia humà-onça*
Avencaô.l ',i ii * ai-‘P <* w
• Cravo da índia and oitavas
icinco. * i • *
Vifco quercino.
Raí\ ae Peonia and meya onça. Ita Vaterius
Cordus traã.feleét. Pharm.mihi pag. 625. Far-
fe-ha na fórma leçuinte: Todos os fimblices ices
fe machuquem, e infundaõ em -q.f- de:agoa
por efpaqo de oito dias, c paliados ellés fe
faqa a diítillaqao em Banho de Maria * t fe
guarde a agoa em vidro bem tapado* O Ba-
nho de Maria faõ dous vafos , hum tem a
agoa qüente , e outro a matéria que lo -diftil-
la *, aííim o define Joao Vekhero rio fêu an-
Ealncum
tidotario cap. 39. pag. 13 o. r Ealneum Maria,
Mariíc duplex vas ejl, altenim aquam cal ente - al-
quid : . terum materiam dijlillantem compleãitur.
Eíta agoa he boa para os que tem gbtta
coral, e também he conveniente aos que ti-
veraõ accidentes de apoplexia , èontirúla-fe
tomando de manhíía e tarde huma ôilçà até
duas.
AGOA DE CANELLA
de Lemery. \\ »
I
R E Canella boa meya libra.
. Vinho branco do melhor libras tres.
lnfunda-fe por dous dias, efe dijlilte. S.A: Ita
Nicolaus Lemery in Pluirmac.univerf. cap.w.
de Aqutspag. y 3;.Far-fe-ha na fórma fêguin-
te: Machuque-fe a Canella , e fe infunda no
vinho eílando quente po.r efpaco de dous
dias, e paliados elles fe diílille em fogo de
aréa , e a agoa depois de diílillada fe guarde
em vafo de vidro bem tapado. A cabaqa em
que fe ha de fazer a diítillaqao ha de fer de
barro vidrado , que fe ha de lutar bem com
malía de farinha , e clara de ovo* o recipien-
te também fe ha de lutar , para que de ne-
nhuma forte vapore a diítillaqao,e neíta fór-
ma le hao de fazer todas as mais.
Efta agoa he boa para fortificar o cora-
qaó, eítomago r e cerebro , desfaz os flatos,
ajuda a digeítao ^provoca a conjuncaõ men-
ial as mulheres, e facilita o parto j dárfe;de
f >;;a
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.. . lí.. .
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huma oitava até duas onqas, e também com
ella Te aróriiàtizaõ algumás purgas, e outros
medicamentos. , . .. v
AGOA DE CANELLA
‘ téVekherò'.
3 T) E Canella Hw mente machucada; li-
br a huma-.
Agoa Rofada. ■ < ;'v
VinhWbrànco bom and libras quatro. Ita Jo-
annes Vekherus in antidot.fpeciali pag. 450.
Far-fé-ha na fórma fegiiinte ; Machuque-fe
pouco , e
a Cahèiíá;rt^,*r'r' ** fe metta em vafò de bar-
ro, e entcima lhe lanqeui o vinho e agoa Ro-
fada, e fé ponha em dígeítao em lugar quen-
te vinte e quatro horas, paliadas cilas fe fa-
qa a dfílillaqao em fogo de aréa $ e a agoa
que derfe guarde para o ufo em vidra bem
tapado.' '
1 Cdnforta o cítomago eíta agoa , alegra
o cofa^aõ, desfaz os flatos, ajuda a digeítao,
trem aS mefmas virtudes que a da receita aci-
ma fdá-fède meya onqa até duas ou tres.
AGOA DE CANELLA
d e Mathiolo.
4 - ■ T) E Canella libra huma.
Jv!1 Agoa Rofada libras qmtro.
Vinho branco libra huma e meya, tudo fe po¬
nha em digeítaó vinte e quatro horas,depois
fe cfiílille. Ita Andreas Mathiol. lib. 1. in Di-
ofcord. cap. 13. pag, 49. Far-fe-ha na fórma
feguinte: Machuque-fe a Canella, e fe met-
ta enfcabaca de barro vidrado , e emcima
lhe lancem a agoa e vinho , e depois lhe ta-
pem as juntas todas, aííim as do lambique?
como as do recipiente, e fe ponha em Banho
de Maria vinte e quatro horas , paliadas ellas
fe faqa a diítillaqao em fogo de arêaj e a agoa
que der fe guarde para o ufo em vidro bem
tapado.
Eíta agoa fica mais frefca , que as das re-
ceitas acima , porque leva menos vinho e
mais agoa , que a faz também muito aroma-
tica; he boa para todas as enfermidades frias,
gaita a fleuma , desfat os flatos, conforta o
eílomago , cerebro r e mais partes nobres,
também com ella fe pódem aromatizar al-
guns medicamentos purgantes,
. 'V ^
. c; - ... . .
agoa
 PTiarmac. Lufit. Ãugment. Trat. III.
A G O A THERICAL porque ví nella alguma porqao de Triaga,
de Lêmery. ' qu^íèairentaVa~rfdTundo dó vidfôrf'deven¬
5 71 E Genciana. do ella ler clara , e muito limpa * e tirando
JlVv Angélica. I . ííiayor fnformacací.do moco, me difíe que a
1 mperatoria. ' ;agpa naõfcftava feita , que o Boticário , que
V aUridna. " llit“vendéra , a fizera á fua vifta cotfi huma
Contrayerva and âüasonças. níaljitíha preta,e a|acoa que a tjráfat de huma
1Cafeas de Cidra. garrafa, e aflirq vim a laber o modo com que
Cafeas de laranja a\eda. ■ >v
iV» \a £azi>i, e tne ína5 aproveitei delia , antes a
Cravo da índia. . lancei fôra, e mandei dizer a quem ma pedia,
Canela, p Z) . y que a na5 tinhay e a nao podia fazer com a
Bagas de J uni per o, «jkj huma çnça, t P *> brevidade que fe pedja , e por efta razaõ ad¬
Simas de Efcordio. virto aqui a quem a receitar, repare a Boti¬
Ru da j ca^ ero que fe faz,. e que a nao ufe fema ver
Aperiead and manip. hym) indo fe infunda primei.ro, porque ha mil modos de fe falíifi-
por efpaço de tres dias em _ y- r r car , que aqui na5 aponto ; porque ilaofuc-
Efpirito de vinho. ceda .alguin pouco eicropulofo aproveitar-fe
Agoa de Cardo Santo, e de v delles dá-fc efta agoa de duas oitavas até
No\es verdes, and duas libras , depois lhe, a- meya onqa ou feis oitavas.
pintem . AGOA THKRIAG AL
Triaga velha quatro onças , infunda:fe de de Zuelphero.
novo por vinte e quatro horas, e fe faça a diJiiU E Rai\de Valeriana...
laçao , S. A. Ita Nieoldus hemery inPharm. Tor mentilla. ...
cap. ii.de aquispag. 738.Far-fe-ha rj a.fôrma .Viwpinella. o:: ;v
feguinte. Bardaná. íii
A Genciana , e todos os mais fimpliçes fe 'Genciana.
machucarão,e lanqaráo em vaio capazy(Ç.em- rUis, and meya onça.
cima o efpirito de vinho , e fe deixe §ftar ,o . j: Entre, cafco de Freixo.
vafo em digeftaõ em cinzas quentes t$es dias, Betjonica. o.
mexendo tudo duas vezes dada dia , ç paíTa-r , •Verônica*
do o dito tempo lhe ajuntem a Triaga , e fe -\feahtofa.
deixe ficar o vafo mais vinte e quatro horas, Cardo Santo.
paliadas ellas fe faca a diftillaqaõ em fogo de Hyfopo and M. hurn e meyo.
arêa, pondo no lambique feu refrigeratorio, . Acedas? ■
e as juntas todas bem tapadas cçm paia É rimonia.
conveniente , e a agoa depois de eftillàda fe lariuha.
guarde em vidro bem tapado. Vv Ruda. •ii
Fortifica efta agoa as partes mais. ppbrçs, CentaUrea menor and M. hum.
Tefifte ao ar corrupto, faz avivar os efpiritos, Vinho branco quatro libras.
desfaz por invifivel tranfpiracaô os máos hu^ Ao
cP oa de Valeriana. X
mores, ferve para as febres malignas, Apo¬ Scabiofa , e de
plexias , e em todos os Lethargos he .u.til j e A\edas and duas onças.
finalmente he admiravel remedio, fendo fei¬ Triaga de Vene%a, onça huma e meya : de
ta efta agoa pela receita acima verdadeira- tudofe.faça difiUaçab. S.A. ItaJoannes Zuel-
mente , e nao como a faz certo Botica- pherns in Pharm. Reg.part. z.pag. ]o6. Far-
rio , que quando fe lhe pede agoa Theriacal, fç-ha na fôrma feguinte : depois de cortadas
desfaz hum boccado de Triaga em qual- as hervas fe machuquem com as mais dro-
quer agoa , que tem mais á ma5, e depois de gas, e fe metao em cabaqa de barro vidrado,
desfeita a côa por hum panno, e dá delia a e emeima delias fe lance o vinho, .e as agoas
dous toftoes a onqa. Conto aqui efte cafo , diftilladas, em que fe terá desfeita a Triaga,
porque me fuccedeo em huma occafiaõ pe- tudo fe ponha em digeftnò em lugar quente
direm-me para huma caía ( para onde faco por vinte e quatro horas, paliadas ellas, fe
alguns medicamentos) efta agoa , e como fe faqa a diftillacaf» em fogo de arêa , e a agoa
me tinha,acabadó , a mandei procurar a al- que der fe guarde para o ufo em vidro bem
gumas Boticas, onde fe. nao achou, e por in- tapado. .
cuícas a foi pedir 0 moqo a huma , e o dito Serve efta agoa para a cura da pefte , pre-
Boticario lha deu , e fez no mefmo inftante ferva do ar corrupto a quem a ufa, ferve nas
em que fe lhe pedio, e trazendo-ma o moqo, malignas: dá-fe huma colher delia , ou duas
a vi, e examinei, a qual logo defeonheei, poleada vez. ,
í A AGOA
 Das Agoas Compoítas, Vinagres, &c.
AGOA ANTIEPiLETICA.
7 TJ Crânio humano.
XV • Vifco querei no.
Rade Peonia-
Diãamo branco and duas onças.
Flores verdes de Lirio roxo manip. dous.
Alfazema.
Flor de Alecrim , e de
Tilia and manip. tres.
Canela feis oitavas.
FJó%es mofe adas meya onça.
Cravos.
Mac is.
Cubebas and duas oitavas: machuquem fe to
dos os fimplices , efe infundab em oito libras de
vinho bom por efpaço de oito dias, e depois fe di-
tille $. A. Ita Moyfes Charás in Pharm. Re^.
Chymica 2. part.pag. 40^. Far-fe-ha na fórma
leçuinte ; Machuquem-fe os fimplices to-
dos, e fe ponhaõ em digeílaó oito dias em
vafocapaz com o vinho , em lugar quente ,
pafíado o dito tempo fe faca a dillillacaõ em
fogo de arêa , pondo rçfrigerativo emeima
do lambique ; e a agoa que fe diílillar , fe
guarde para o ufo em vafo de, vidro bem ta¬
pado.
Serve eíla agoa para fe dar nos accidentes
Epiléticos, e para a cura , e precaucaó do
mefmo achaque : he também util para todas
as enfermidades frias do cerebro ; dá-fe de
duas oitavas até huma onqa.
AGOA APOPLÉTICA.
8 em digefab , e depois fe dijtille. Ita Nicoldus
R. Simas de Mangerona.
Flores de Tília.
Lirios roxos.
Flor de Alecrim.
Alfazema.
Salva.
Primulaveris and manip. hum e meyo: infun-
âad-fe efas coufas por efpaço de oito dias em
Efpirito de Vinho , e
Agoa de flor and libra huma e meya , e de-
pois fe dijlille em fogo de area S. A. Ita Nico-
láus Lemery in Pharm. cap. ii.de aquisp.
Far-fe-ha na fórma feguinte : Todos os fim-
plices fe machuquem , e mettaó em cabaça
de barro vidrado , e emeima lhe lancem o
efpirito de vinho, e agoa de flor, e deixe eílar
em digeílao oito dias em lugar quente ; paf-
fados elles fe diílillem em fogo de arêa , e a
agoa fe guarde em vidro bem tapado para
o ufo.
Eíla agoa fortifica muito o cerebro, e ler-
ve para a Apoplexia 5 dá-fe de huma oitava
até meya onça.
AGOA L AXATI V A.
y T) Agoa fontana quatro libras.
XV* Sene onças tres e meya.
Canela meya onça.
1
7}
Cafcas de laranja a\eda duas oitavas.
Maná bom oito onças.
Cremores de Tartaro feis oitavas. Ita Joan-
nes Zuelpherus in Pharm. Reg. ClaJJ. i.p. 41.
Far-fe-ha na forma feguinte : Ponha-fe a
agoa ao lume em valo de barro vidrado , e
tanto que começar a ferver,le lhe lance oSe-
ne , e os mais íimplices machucados 5 tire-fe
o vafo do lume , e fe deixe ficar em digcílaó
oito horas 5 paflàdas ellas fe lhe lance o Ma¬
ná , e dé com elle huma leve ebulliçaõ, e de¬
pois fe coe com forte efpreílaó j efia le clari¬
fique com ovo frefeo , em tal fórma que fi¬
que a agoa muito clara , depois fe torne a
coar, ele dê para o ufo.
Serve eíla agoa para purgar lentamente
em todos os achaques, onde ha neceífidade
de o fazer, principalmente nos achaques do
peito, ufa-fe também havendo durezas de
ventre , e fe póde tomar fem mais prepara-
\
çao, do que ufar de dieta; dá-fe de huma 011-
ca até quatro.
J AGOA BEZOARTICA.
10 T3 C ar Una.
XV . Kyrundinaria and quatro onças. ■
Scordio.
Arruda.
Cardo Santo.
Herva Cidreira.
Simas de Aperiçaõ and manip. dous.
Agoa de no\es dif ilíada.
Efpirito de vinho huma libra : ponha-fe tudo
Lemery in Pharm. cap. u. de aquispag. 754.
Far-fe-ha na fórma feguinte ? As drogas to¬
das fe machuquem , e metao em huma caba-
qa de barro vidrado, e emeima fe lhe lance a
agoa das nozes, e efpirito de vinho , e fe po¬
nha em cinzas quentes por vinte e quatro
horas, pafiadas ellas fe ponha lambique de
vidro na cabaça, em que dl a 6 os fimplices, e
depois de eftarem as juntas do lambique , e
recipiente bem tapadas, fe faça diílillar em
fogo de arêa , e fem fumo algum , e a agoa ,
que fe diílillar fe güarde em vidro bem tapa-
doparaoúfo.
Serve eíla agoa para prefervar da Peíle , e
de qualquer mal contagiofo , e para as mali-
gnas 5 dá-fe^de huma onça até quatro.
AGOA IMPERIAL.
11 TJ Canela onças quatro.
XV* No\es mofe adas.
Cafcas de Cidra and onças duas.
Cravo.
Calamo aromatico.
S and aios Citrinos.
Rai\ de Peonia and onça huma.
Folhas de Louro.
Hyfopo.
K Man-
 74 Pharmac. Lufit. Augmcnt Trat. III.
Mangerona'. Língua de vacca and onça huma e meya.
Sega relha. Ratees de Borragens , e de
Flores de Salva, e de Língua de Vacca and huma onça.
Alecrim. Açafraõ bom oitava huma.
Alfa\ema and manip. hum. Vinho branco libras duas e meya : ponha fe
Vinho branco. tudo em digeftaõ por efpaço de vinte e quatro ho-
Agoa de Herva Cidreira and 4. libr. ras , e depois fe dijlille. Ita Nicoláus Lemery
Agoa de flor meya libra : depois de digeftaõ in Bharm. cap. 11.de a quis pag.y^ 5. Far-fe-ha
de vinte e quatro horas fe faça adiftillaçaõ S.A. na fórma feguinte: Os Marmellos, eCamoe-
Ita Nicoláus Lemery in Bharm. cap. de aquis zas fe faqaõ em quartos, e fe lhe tirem os
pag. 740. Far-fe-ha na fórma feguinte: De¬ carocos e pevides-, depois fe pilem com os
pois de machucados os fimplices todos fe mais fimplices, e fe mettaõ em cabaqa de
metteráõ em cabaqa de barro capaz, e emci¬ barro vidrado , e lhe lancem emcima o vi¬
ma lhe lanqaráõ o vinho , e as agoas diftilla- nho , e fe ponha o vafo em digeftaõ vinte e
das, e fe porá em digeftaõ por efpaqo de vin- quatro horasj paliadas ellas fe diílille em lo¬
te e quatro horas j e paífadas ellas fe faqa a go muito brando , e a agoa fe guardará em
diílillaqao em Banho de Maria $ e a agoa que vidro bem tapado para o ufo.
diílillar fe guardará em vidro bem tapado He boa eíla agoa para alegrar o coraqaõ, e
para o ufo. para desfazer a melancolia j dá-fe de huma
Serve eíla agoa para todos os achaques do onqa até quatro.
Cerebro: conforta muito o eílomago debili¬ AGOAS PARA GONORRHEAS
tado , e ferve para os achaques da madre: de Charàs.
provoca a conjunção menfal ás mulheres, e 14 T} Rai\âe Lirio Florentino.
facilita o parto 3 dá-fe de duas oitavas até JÁ • Diãamo cretico.
huma onqa. fíortelãa fecca and huma onça.
AGOA MAGISTRAL Agno ca/lo.
de herva Cidreira. Semente de Arruda , e de
12 TJ Rolhas verdes de herva Cidreira Alface and oitavas feis.
manip. feis. Termentina de Vene\a.
Cafeas de Cidra feccas. Vinho branco and onças de\\ de tudo fe faça
Notes mofe adas. 1 diftillaçaõ S. A. Ita Moyfes Chards in Bharm.
Coentros preparados and onça huma. Reg. chymica cap.i. de varijs remedijs pag.410.
Cravo. Far-fe-ha na fórma feguinte : Machuquem-
Canella and meya onça. fe todos os fimplices, e fe mettaõ em cabaqa
Vinho branco tres libras. de barro vidrado, e emcima lhe lancem o vi-
Agoa ardente meya libra : ponha fe tudo em nho , e a Termentina, e fe porá em digeftaõ
digeftaõ por tres dias, depois fe difille S. A. Ita em lugar quente por efpaqo de vinte e qua-
Nicoldus Lemery in Bharmac. univerf. cap.11. tro horas 3 paftadas ellas fe faqa a diílillaqao
de aquis pag. y^y. Far-fe-ha na fórma feguin- em Banho de Maria,ou em fogo muito bran-
te : Tomaráõ a herva Cidreira da mais ver- do, e a agoa fe guardará para o ufo.
de , eílando em feu vigor, e a machucaráõ Serve eíla agoa para alimpar os vafos fpre-
com os mais fimplices ; e os metteráõ em maticos, e para toda aGonorrhea, depois
cabaqa de barro vidrado , e em cima lhe lan- de fe ufarem osremedios adoçantes j dá-le
qaráõovinho, e fe poráõ em digeftaõ em de huma oitava até duas onqas.
cinzas quentes por efpaqo de tres dias, pafta- AGOA PARA GONORRHEAS
dos elles fe faqa a diílillaqao em fogo muito de Riverio.
brando, e a agoa depois fe guardará para o i f T) Pdo Santo.
ufo em vafo bem tapado. JX • Folhas de Lentifco.
Serve eíla agoa para a Apoplexia, Parlezia, Cafca de Faya and onças quatro.
e Epilepfia, Lethargos, e Palpitações: rebate Vinho branco bom libras oito.
muito os vapores hyftericos , fortifica o ce¬ Rait.de Diãamo.
rebro , coraqaõ, e eílomago j dá-fe de duas Lirio Florentino and onças tres.
oitavas até huma onqa. fíortelãa fecca manip. quatro.
AGOA ANTIMELANCOLICA. Urgibó manip. hum e meyo.
i 5 T) Carne de Marmellos, e de Camoe- Agno cafo.
JLV • Xa s b°as and duas onças. Semente de Arruda, e de
Cidra com cafca. Alface and tres onças.
Flores de Borragens. Termentina libra huma : tnifture-fe, e fe di-
Alecrim, / de ftille S.A.Ita Laxarus Riverius in fuis arcanisy
mihi
 Das Agoas Compoílas, Vinagres, &c.’
onihipag. 601. Far-le-ha na fôrma feguinte
Limaráõ o I*áo Santo, e os mais fimplices fe
machucarão , e mifturaráo com a Termen-
tinaj depois fe mettqráõ em çabaça de bano
capaz, e fe poraõ em digeílaõ vinte e quatro
horas em lugar quente $ paííado o dito tem¬
po fe fará a diftillacaõ em Banho cíe Maria j
e a agoa * que der fe guardará para o uío.em
vidro bem tapado.
Serve eíla agoa. para a cura dasGonor-
rheas antigas, que na5 haverá nenhuma de
taõ má qualidade , que refifta a eíle grande
remedio, dando-fe depois das evacuações ne-
ceifarias. Toma-fe de manbãa e tarde de hu-
ma colher até tres, ou fe pôde dar de huma
onça até quatro. .■ v
AGOA PARA APEDRÀ. ^
.16 "D Cçumg de porros. f zas quentes vinte e quatro horas j e paftadas
JLV. Cyumo de Rabãos and libras duas.
Cçumo delimõesgallegos.
Panetaria, e da
Herva chamada Orelha de Raio, and meya li-
Ira : de todos osfimplices fe faça digefiaô, e de-
pois fe diâillem S. A. Ita Jofephus Qüercetanus
in
‘ Pharmac.
~ rejiit.
‘ cap. de dijiiliatione pag. 82.
Far-fc-ha na fôrma feguinte: Tirem-fe, ots
qumos primeiro cada hum per fi, ç depois
de depurados fe tome a quantidade ^ que na,
receita fe pede, e fe lancem em cabaça de
barro vidrado , e fe ponhaõ em digeílaõ em
cinzas quentes vinte e quatro horas , pafla-
das ellas fe faça a diítillaçaõ, e fe guafde pa-
raoufo. - e emcima lancem a agoa ardente, e depois
Serve efta agoa para a cura da Pedra,por-
que continuada naõ fômente alivia das do-
res , mas também quebra a que eftá nos rins,
' e he muito cõveniente na fupprefláõ de-.ou-
rinas 5 dá-fe de huma onca até duas.
' A G O A M A G'l S T R A L
para a Pedra.
18 Ru,.. Limoés gall egos numer. trinta e
fãs.
Folhas de Rabãos manip. tres.
Alcaçus meya libra.
Açúcar huma libra: tudo Je lance de infufaô
emq.f de vinho branco, depois fe difiille. S. A.
Far-fe-ha na fôrma feguinte: Os limoés fe
çortaráo miúdos, e fe pifaráõ com os mais
fimplices juntos, e.çom o Açúcar fe metta
tudo em cabaça de barro vidrado , e emcima
lhe lancem o vinho que baftar para cubrir os
íimplices de forte que feja tanto , < que os fo-
brepuje quatro dedos, e depois fe ponha em
digeftaõ em lugar quente vinte e quatro ho-
ras ; e pafladas ellas fe faça a diftillaçaÕ,em
fogo de arêa , e a agoaquefe diftillar feguar-
de para o ufo.
. He boa efta agoa para a dôr de pedra , e
para todo o achaque da bexiga, faz lançar as
.'
j.f
areas e a Pedra muitas vezes quebrada, dá-
fe de huma onça até tre-s.
■: ff A ; A G, O A
De Paulo Sorbait.
Laranjas a\edas.
l9
R.
num. doye.-
Limoés a\edos bem fumarentos and
Polpa de Canafijlota tirada de frefco libra
huma e meya.
Soro de leite de cabras /eis libras.
Açúcar meya libra : de tudo fe faça dijlilía-
çad S.A. íta Paiítus Sorbait traã. i. cap. j.
Far-fe-ha na fôrma feguinte: Os limoés e
laranjas fe cortem com cafca e pevides, de-
pois le pifem , e mettaõ em cabaça de barro
vidrado, e emcima lhe lancem a canafiftqla,
açúcar, e foroj e fe porá em digeílaõ em c,in-
ellas fe faça a diftillacaõ em Banho de Maria,
e a agoa fe guarde para o ufo.
Serve efta agoa para a dor de pedra, e para
todos os achaques dos rins , continuada faz
maravilhofo eíFeito j dá-fe de duas onças até
quatro.
GOA DE A M BAR.
ao
R. Ambar gris oitavas duas.
Almifcar oitava huma e meya.
Açroa ardente de cabeça onças quatro. Ita
Ambrofius Nunes Lufitãnus infuo traã. depefle
cap. ult. pag. 59. Far-fe-ha na fôrma feguin-
£eCorte-fe o Ambar miudo, e fe machu-
que com o Almifcar, e metta em hum vidro,
de bem tapado fe ponha/ aò Sol quinze dias,
paífados elles, fe lance meya onçadeftaa-
goa.ardente, em duas libras da da fonte, que
fervirá para beber ; c quando fe acabarem as
quatro onças, fe lancem mais duas emcima
dos mefmos fimplicesj e depois de andar al¬
guns dias ao Sol, fe tome delia meya onça, e
lance em duas libras de agoa da fonte para fe
beber delia mifturada com vinho,ou per fi fó.
He efta agoa admiravel para defmayos do
coraçaõ , conforta-o, e defende dos ares cor-
ruptos,ufando-a em tempo de pefte,e prefer-
va muito delia 5 dá-fe de duas oitavas ate
meya onça.
A G O DEA M BAR
21 R de Curvo.
Ambar gris meya onça.
• Almifcar meya oitava.
Efpirito de vinho libra huma e meya. Itajo-
annes Curvus Semmedo infua Polianih. medie.
traã. 2. num. 64. pag.y<^6. Far-fe-ha na fôrma
feguinte: O Ambar , e Almifcar fe pifem
grofíbs, e fe mettaõ em garrafa de vidro
grofib,e lhe lancem emcima o efpirito de vi-
nho, que feja bem veétificado $ depois fe ta¬
pe muito bem a garrafa, e fe metta em efter-
K 2 co
 7-6 Pharmác. Lufit. Augment. Trat lTÍ.
co de cavallo , e fe deixe eítar em digeílaÕ téla : eoíluma-fe dar de quatro opqâs até felS
nelle oito dias paliados elles fe tire, e coe por cada vez.
por inclinacaõ, ea agoa fe guarde paraoufo AGOA DE ANDORINHAS
em garrafa de vidro beim tapada. de Ziielphero.
Eíta agoa he admiravel para os apéíladosj 2 j YV c Andorinhas novas filias em peda-
porque repara e conforta o coraqaõf e efpi- XV- ços vivas num. vinU e quatro.
ritos animaes: dá-fe huma colher delia em Vifco quercino onças tres.
caldo de galinha , ou perdiz $ e aos que naõ Semente dePeonia onça huma.
tiverem febre fe dará em duas colheres de Rai\ da me fma onças duas.
. vinho branco. Ao-oa de Lirio Conualle.
agoa febrífuga Flor de Sabugo,.
Magiílral. Flor de Peonia f e de
22 T) ^ Rai\ de Genciana. Til ia anà duas libras , tudo fe ponha em di-
XX- Arijioloquia redonda. geftab em lugar quente , e depois fe dijiille em
Carqueja. Banho de Maria S. A. Ita Joannes Zuelpherus
Centaurea menor. inPharmac. Reg. z.part. ClajJ. 15. de aquis
Quinque foliam. pag. iyy. Far-íé-ha na fórma feguinte: Os
Cardo Santo. fimplices fe machuquem , e mifturem com
Si mas de Lofna. as Andorinhas novas, depois de fe fazerem
Raives de Borragens. cm pedaqos eftando vivas, e fe metta tudo
Almeirão, de em cabaqa capaz , c emcima lhe lancem as
JJngua de vacca anà oitavas tres. agoas dittilláaas, e fe ponha em digeítaõ em
Cevada esbulhada oitavas duas. lugariquente por vinte e quatro horas , paf-
Sene oitavas feis. . fadas ellas fe faca a diílillaqaó em Banho de
Saí de Lofna oitavas duas. Maria, e a agoa que dér fe guarde para 0
Kinahina em pó fubtil huma onça. ** Ufb em vidro bem tapado.
Agoa Fontana de\ libras f. f.a. Far-fe-ha na J Eíta agoa he hum grande remedio pata á
forma feguinte: Em panelía de barro nova èura dè Epilepfia, Apoplexia, Parlefia, Ver-
fe ponhao as dez libras de agoa com a cevá- tigeus, e muito louvada entre os Auétores
da, que fe hirá cozendo até gaitar duas li¬ pata as convulfoes e accidentes dos meni-
bras , e depois lhe lancem as raizes, e dahrá nos dá-fe de meya onqa até tres.
pouco as hervas todas, e fe cozerá até gaitar AGOA DE ANDORINHAS
mais duas libras j enas feis que ficaõ', ajun¬ de Quere et ano.
tem o Sene, e com elle fe dè huma ebulli- 24 e Andorinhas novas n. de\.
caõ , e fe tire do lume , e deixe eítar a pa-
nella -abafada feis horas , paífadas ellas, fe
R:
Cravos.
Flor de Lirio Conuallep. 2.

côe 5 a coadura ajuntem o fal de Lofna j e a Macis and meya onça.

Kina em pó fubtil, e eíta agoa aflim fe dê pa¬ Vinho branco vinte e fete onças: co\a-fe tudo,
ra ou fo. depois fe efprema , e fe dijiille. Ita Jofephus
Serve para fezoés, ou fejaõ tercaas, ou Quercetanus in Vharm. Rejiitut. traã. de aquis
quartãas,) ou eítas venhaó com frio ,, ou tem pag:6<,. Far-fe-ha na fórma feguinte: To¬
ivmmu vuuwuu

elle : dá-fe o primeiro cópo no principio da maráõ as dez Andorinhas das mais novas,que
fezao , e outro no fim; efe continua todos os fe acharem em o ninho , e fe cortaráÕ em
dias até fe acabar a cura , que fa5 feis libras, boccados pequenos, e fe poráo a cozer com
e depois fe guarda regimento , como o da a- o Cravo e Macis em o vinho j tanto que fe
goa de Inglaterra : coftuma-fe dar depois de desfizerem bem , coaráó o cozimento , e o
quatro fangrias ou feis; e fe a caufa das fezoés efpremeráo fortemente ; eíta expreíTao fe
cilivernò eítomago, fepóde dar logo depois lançará em cabaqa de barro vidrado com a*
de huma purga , ou fem ella : póde-fe fazer flor do Lirio , e pòndo-lhe feu lambique
eíta agoa fem fer purgativa, tirando-lhe o de vidro fè diítille ■$ e a agoa que det fe guar-
Sene 5 porém fó fe faz, quando alTim o orde- de para o ufo em vidro bem tapado: a diítil-
na o Medico , que afliíle ao doente. Eíte re- laqao fe ha de fa2er em fogo de arêa muito
inedio fe uia muito em Coimbra , Porto, e brando.
outras terras, da Beira , onde os doentes faõ Eíta agoa he admiravel para os accidentes
menos melindrofos, que os deita Corte 5 Epiléticos 5 naõ fomente livra delles, mas
porque ha alguns , que querem antes ter fe- também preferva dos que pódem vir : diz o
fezoés toda a vida, que experimentarem o Auétor acima citado , que Rondeleto feu
amargo da Kinarpoucas vezes fe vê eíta agoa Meítre tinha eíta agoa pór hum grande fe-
mai fuccedida dando-fe a tempo, e com cau- gredo : pede também o Au&or o vinho por
He-
 Das Ágoas
w Compoftas
. Vinagres,
Hemitias, que he hum peio , que vai nove
onqas conforme a opiniaõ de Lemery,Cha-
rás, e outros muitos: dáUe buma colher de-
fta agòa; por cáda exhíbiqaõ. 1 ?? -
A G O A BEN E D I C Má.
2 5 T) c de Quintilio onça huma.
Canela meya-onça.
de a quis pag.fy i. Far-fe^hà na fôrma feguin-
te: Machuque-fe a Can^ia, e com os Pós de
Quintilio fe lance em váfo de barro vidrado,
e emcima a agoa de Cardo Santo : tape-le
muito bem o vafo , efeporiha em.digeftaÕ
em cinzas quentes dous ou tres dias para af-
íim largar melhor a fua Virtude $ paífados
elles fe côe a agoa , e fe filtre por papeL, e
defta forte fe guarde em vidro para o tifo.
He efta agbâ o mais admiravel vomitorio,
que hajporque com ella fe vomita fem gran-
des ancias ,’e fe purga por baixo muito bran-
damente: faz-fe com ella huma purgoinha
muko boa,dando duas otiqas de Xarope Au-
reo dilutò com humá de agoa Benedi&a.por
fi fó fe dá de huma onça até duas$ porvários
modosy epor muitas receitas fe faz a agoa
Benedi&a , porém efta he das melhores $ di-
go-o afllm, porque tenho delia larga expe-
riencia , e fempre lhe vi bom fucceftbv
AGOA M E L. ^ u.
26 TV e Agoa da fonte'onças oito.
i\. Mel humaonçà\ coxa-fe até fe ti¬
rar a efpuma. Ita Joannes Fragofus in antidot. Pedra hume queimada huma oitava: mijiure-
pag./$6. Far-fe-ha na fornia feguinte-.O mel fe. Ita Joannes Fragofus in antid.pag. 490.;
Ie mifture com agoa , e tanto que der huma
fervura fe efpume bem , e fe côe, e dè para
o ufo.
Efte medicamento fe naÕ deve ter feito,
porque fe corrompe : como a manufaétura
delle he taõ' facil, fe fará todas as vezes que
fe pedir : chama-fe Melicratum , ou HydrO-
mel, como diz Laguna fup. Diofcor. Uh. 5.
capit; ia f « í(- "■■■■} t -> . .
Serve para fazer o Ventre lúbrico , dada
morna provoca vomitoy he util para a tofíe,
e para alimpar o pèito 5 faz lanqar por efcar-
ro as matérias do Empireuma : dá-fe de hu¬
ma colher èté tres. a ^ -
O X 1 C R ATO.
27 Agoa da fonte feis partes.
R: Vinagre ■ huma parte : mifturefe
tudo, e afim fe dê para 0 ufo. Ita Antonio da
Cru\traã. 2. pag. 7p Chamaõ também os
Latinos a efte remedio Pofca aquofa , que
quer dizer miftura de agoa com vinagre : af-
íim fe vé na Profodia do Padre Bento Perei¬
ra, Letra P.,e em Ambrofio Calepino na me-
fma letra , e o diz Nicolao Lemery capit. 4.
•-
_ ... &c. 77
por eftas palavras: Oxiàratam Po/ca, ejt
un mclange de vinagre , e d’ eau. Vem -a di¬
— a* t .-u
zer , que^he huma miftüfa de vinagfej e de
agoa. Efcrevo aqui eftWfeccita por'ltri;ar dó
trabalho , que pode-téf algutrf -^fâticante ^
quando fe- lhe pedir üfaicrato, ouJiPofca a*i,
quofa: porque fei eu que certo Meftre,e com
tairibeíri que èra medicina , qde fe hãõ gafta-
va por falta de aiguils^ós fimplices-, de que*
fe compunha: deftaWpofta que ellé deu Ie
colhe , que aindá1 iiao fabe , que etítífa ieja
Oxicrhto j nem o laberá talvez, fenaõquan-''
do efta receita lhe chegar á maõy <òuf aíguiiP
dos Auótores, que fállaõ no dito medica^
mento , fe elle fe dighar de os ler; e-por e.fta>
caufá he precifo , que os praticantes fe pro-
vejaõ de livros, porque o que fe háõ adia em
hum fe defcobre em outros. ?. ."
Os Cirurgiões ufaõ muito defte medica-
mento, quando querem repercutir algum
humor : efte remedio chamado Oxicrato he
hum daquelles, a que chamaõ reperctuivo
compòfto, como diz Antonio da Cruz po lu-
gar acima citado.1 » a >.v . .
^ AG OA PA R A CH AGA S
: de gengivas.
28 < e Agoa de puo fanto onças: duas.
Agoa ardente huma rmçad
Vinagre Scillitico meya onça.
Mel rofado tres onças. i
Far-fe-ha na -fórma feguinte :< R-errioa-fe em
gral de pedra a Pedra hume ^ ècom.ella fe
mifturem os mais ingredientes, e Ufíim .fe'dê.
para o ufo. o ;
Efta agoa he boa para chagas de gengivas
procedidas de qualquer caufa que fieja : ap-
plica-fe lavando a chaga com ella duas ou
tres vezes no dia, ou pondo-a emcima da
mefma cllaga com a ponta de huma pènna.
AGOA DE SERPENTARíA.
2j> T) e Rai^ de Serpentaria huma, onça.
£v Leite de Dormideiras brancas duas
onças. .
Leite de amêndoas doces huma onça.
Solimad grads cinco.
Alcamphor grads de7. •
Pedra hume crua meya oitava-
* Claras de Ovos n. dirás.
Agoa'de Cif ema libra huma : mifurefe , e
fe faça fecundum artem na fórma feguinte :
Lave-fe a raiz da Serpentaria , que ha de fer
verde, e fe pife murto bem em gral de pedra?
depois fe lhe lance a agoa da Cifterna,e côm
ella fe torne a pifar , e efpremer ^ côe*fe.por
panno
 71 Pharmac. Lyfjt. Augm^nt, TmAJhÁ
pannó, lançe-fe fóra p re/iduo, e á agpa ajun- vorrjitos;dá-fe de duas oitavas até 4dA£Qnqas.
tem os leites das Dormideiras, Amêndoas, A í ' A L' r í v / \
AG O A í? TO MA CHI GA \ /T A U11 A

e claras de ovos, e no mefmo gral fe deVtáqa ry';iOj ... dç Lemery. ■ . .

o bolicpiào ,, .Pedra hume, ,e Alcampbòr , e 3 2 T) Cafeas, tdp 1Laranjas a%fdas onça
depois de betn mifturado tudo, fe lançe em ./.IX * huma. . Q D /
garrafa de j^idro, e popha ao Sol tres.dias, e Galanga oitavas quatro, . .A „
paliados elles fe dé para o ufo. Gengibre oitavas trfs, .. - v,,:> .j \
Nao digp o achaque para que efle.reme- Caí amo aromatiço. i !
dio ferve,.porque vgndq osfimplices, deque . Emita Campana anà oitavas diifts*.
fe compoem , fácil ferq cpnhecer 4hçr!a vir¬ . Cardammo. • . ,
tude ; efta receita he de hum curiofo: r*ap Cravo, anà oitava huma e nieya. v\v.>. *
eferevp mais para o mefrpp > aífim fuas, co¬ • Efpirito de vinho. onças, vinte, hpjjrfgj* ; t, 1
mo de V.ekheiio Lemery ,Poterio, Aleixo ,< Efpirito de Vitriolo oitavas duas : pçnhadfe
PiamóQtei, e outros; porque como ,tiaõ fer os fimplices em digejlad feis dias , depois fe dL
vem para o, ufo da medicina, nao me canfo fiíllem S,. A. Ita Xicolaus Lemery in Pharm.
em.as tirar a publico , porque fem ellas fe univerf eap. 11. de aquis p. 75 7. Far-fe-ha na
póde paíTarjj e nao,havemos de querer, que fórma feguinte: Os fimplices fe pifaráõ grof-
com os effeitos da arte fe disfarcem os defei¬ fos, ^esfregarão com as duas oitavas do Er
tos da natureza, ou os que caufa a idade. fpirito de Vitriolo , e aftim miílurado tudp
AGQA ANT1PLEURITICA. femetterá em cabaqa de barrp, e emeima
3o ' C afeas de ral\ de Bardana huma lhelanqaráÕ o efpirfto de vinho, depois fe
fv* onça. porá em digeílao cm lugar quente por efpa-
Flor de Papoilas manip. hum. qo de feis dias ; palfados elles fe fará a diftil-
Xarope de Papoilas duas onças, laca.5,em fogo de arêa , e a agoa fe guardará
Coral preparado. em vidro bem tapado. O efpirito de Vitrio¬
Be%o ártico contra febtes anà oitavas-ãuas. lo fe puem mifturado com os fimplices para
Agoa commua libras cinco..Ita Joames Cur- melhor fe tirar a tintura dos ingredientes, e
vo Semmkdo infua Polianth1 cap. 46. n.i\ .pag. também dá hü cheiro muito agradavel a agoa.
núhi 308. Far-fe-ha na fórma feguinte : As Efte medicamento fortifica 0 eftomago,
cinco libras, de agoa fe ponhaõ ao lume em ajuda a digeílao , desfaz os flatos ; dá-fe de
panella de barro nova; eílando quente lan- hum efcropulo até quatro.
cem as raizes* 1 Bardana,
da " ’ e- fe .»--j—AGOA
r vá cozendo ate r H Y S T E RIC A
gaflar duas libras, então, lhe ajuntem a flor
das Papoilas, ferva mais até gaftar duas on-
qas de agoa y. tire-fe a panella do lume , e fe
33 R àç.,C liarás.
Cyumò de Xe veda.
• Lofna.
abafe, e deixe ficar feis horas, pafladas ellas Arte mija.
fe coe, e nefta coadura defatem o xarope de
Papoilas, Coral, 'e o Bezoartico , e aflim fe opo, e .de
dê para o ufo. Flor de Sabugo anã partes iguaes : tudo fe
He efta agoa húm remedio admiravel pa¬ dijiille S.A. Ita Moyfes Charás in Pharm. Chy-
ra os Pleurizes, bem decantado pelo feu Au- micn-cap. i.pag. 411. Far-fe-hanafórmafe-
dlor no lugar citado: dá-fe de quatro até feis guinte : Oscumos fe depurem $ e depois fe
oncas de feis em feis horas. diftiÜcro em cabaqa de barro .vidrado com
' AGOA MAST1CHINA. lambique de vidro , tapadas todas as juntu¬
3 R. Ahnecega fina onças quatro.
Mais oncas duas.
ras bem,e a agoa quedér fe guarde para o ufo.
Serve efta agoa para todos os achaques
*

• ..Cravo onça huma. uterinos; dá-fe ás colheres, ou de quatro até

Canella meya onça. feis oncas. , ■ /.
Vinho bom libras duas: de tudofefâça dijlil- AGOA HYSTERIGA
íaçad S. A. Ita Nicolaus Lemery in pharmac. dé Lemery.
univ. cap. 11.de aquispag. 816. Far-fe-ha na 34 T) Rai\ de X orça fecca.
fórma feguinte: Pifem-fe os fimplices grof- IV • Bagasfeccas de Sabugo
fos, e fe lancem em cabaqa de barro vidrado, Ca feas de laranja fecca.
e emeima delles o vinho 5 d,epois fe ponha Ar te mija.
em digeftaó tres dias, paliados elles fefaca Diãamo creticQ.
a diftillaçaõ em fogo. de arêa j e a agoa fe Matricaria.
guarde em vidra bem:tapado. Neveda.
° Efta agoa fortifica muito o eftomago,e aju¬ Mangerícad.
da a digeftaõ,desfaz as ventofidades,e pára os Poejos.
Arru-
 Das Agoas Comportas , Vinagres , &c. 79
Arruda. Eíla agoa ferve para todos o$ achaques
Sabina fecca and meya onça. frios do cerebro, e do ventre, principalmen¬
Myrrha. te os que procedem de fleuma groflá : con¬
Cajioreo and tres oitavas. forta oeflomago, e desfaz os flatos frios j
Açafrao hum a oitava. dá-fe de duas oitavas até huma onca.
Efpirito do vinho libras cinco: pifado tudo agoa epiléptica
grojfo fe infunda , o dtJUlle S. A. Ita Nicolaus Langij.
Lo mory in Pharmac. univorf cap. li. do a quis 37 Flores do Lírio convallo manip.
pag. 748. Far-fe-ha na forma feguinte : Os
iimplices todos, que hao defer feccos, fe pi¬
R. do\o.
Vinho bom libras oito.
larão groflos, e metteráõ em cabaqa de bar¬ Flores do Alfaie ma onça huma.
ro vidrado , depois lhe lanqaráõ emcima o Canolla oitavas feis.
efpirito de vinho, e bem tapado o vafo fe Noies mofe adas.
porá em digeílaõ oito dias 3 paíTados elles fe Vifco quercino.
fará a diítillaqaõ em fogo de arêa, e a agoaie Rah do Poonia.
guarde em vidro muito tapado. Diãamo.
He própria etla agoa para os achaques hy- Flor os do Alecrim, 0 de
ílericos : excita a conjunqaõ menfal ás mu¬ Rofmaninho and meya onça.
lheres, e aproveita também na Parlezia, e A- Pimenta longa*
poplexiajdá-le de duas oitavas até meya onca. Cubebas and oitavas duas: os Lirios fe dijlit-
agoa hysterica lom com 0 vinho, e depois fe infundao os fimpli-

v R de Rivorio. ces, e fe faça difiillaçao S.A. Ita Nicolaus Le-

Çumo do horva Cidreira , 0 do mery in Pharmac. univ. cap. de a quis pag. 751.
• Borragens and duas libras. Far-fe-ha na fórma feguinte: Pifem-fe os Lí¬
Açafrao bom oitava huma : infunda fe, e di rios^ fe mettaõ em cabaqa capaz,e emcima ie
Jiillofo. Ita La\arus Riveriusprax. medie, lance o vinho,e tudo fe ponha cinco dias em
cap. 6. depajjione hyjierica mihipag. 38$. Far- lugar quente 3 paíTados elles fe faca a diílilla-
ie-ha na fórma feguinte: Depois de tirados qaô , e neíla agoa depois de diftillada fe po-
os qumos fe depurem, e tome delles a quan- nhaò os mais fimplices pifados grolTosje com
tidade , que na receita fe pede , e fe lancem elles fe porão em nova digeílaõ oito dias,paf-
em cabaqa capaz , e com elles o AqafraÕ pi- fados elles fe faqa a diílillaqaÕj e a agoa , que
fado groflb : ponha-fe o vafo em digeílaõ dér , fe guarde em vidro bem tapado para o
vinte e quatro horas em-lugar quente, e paf- ufo: deíla forte diílillando-a fegunda vez , a
fado o dito tempo,fe faqa a diílillaqaõ em Ba- eníina a fazer o mefmo Audor no lugar ci-
nho de Maria, e a agoa fe guarde para o ufo. tado 5 também fe chama a eíle medicamen-
Serve cila agoa para a prefervacaõ dos ac- to Aqua Aurea , patet ex eodem Audore. Aqua
Aurea.
cidentes uterinos} e como he boa de tomar, Serve eíla agoa para fortificar o cerebro,
fe continua, lanqando huma colher delia em recreya, e aviva as partes vitaes; gaíla a fleu-
caldo de galinha , ou naquclle, de que ufar ma groíTa , excita o appetite , e ferve para a
quem padece o achaque. _ Epilepfia;daõ-fe duas oitavas até huma onca.
AGOA STOMACHICA. AGOA ANTIASMATHICA.
3^ Almocega fina onças quatro. Mel bom onça huma e meya.
R.
meya.
Storaquo Calamitha onças duas 0
3*
R. Figos pajjaàos onça huma.
Folhas de Salva.
C anel la onças duas. Mangorona.
Macis. Hyfopo.
No\es mofe adas and onça huma 0 meya. Marroyos and manip. meyo.
Cravo onça huma. Rai\ de F.nula Campana.
Vinho bom fibras quatro: tudo fe ponha em di- TuJJillagem and meya onça.
gefiaõ alguns dias , depois fe dijlille S. A. Ita Cebolla albarda preparada.
Joannes Zuelpherus in Pharm.Reg.clajf. 15. Semento de Ortigas.
de a quis pag. 202. Far-fe-ha na fórma feguin¬ Funcho, 0 do
te : Os iimplices fe machuquem , e mettaõ Mãgoricao and oitavas tres 0 hum efçropulo.
em cabaqa de barro vidrado , e emcima lan¬ Amêndoas doces.
cem o vinho, depois de bem tapado o vafo Pinhões.
fe ponha em digeílaõ tres dias 5 paíTados el¬ T amaras.
les fe faca a diílillacaõ em foço de arêa , e a Uvas pajfadas.
agoa que dér, fe guarde para o ufo em vidro Ameixas.
bem tapado. Maçãas do Nafoga.
Poli-
 go Pharmac. Lufít; Augmefit. Trat.III.
Polipoãio quercino. nicula dicitur, Cf vulgares herbarij hanc Con-
hirio Florentino. foiidam minorem efje conjlituunt.
Genciana oitavas tres. Applica-fe eíta agoa exteriormente nas
Cravo. contufoes , e deflocaqoés, reíblve os tumo¬
Gengibre. res , alimpa as chagas, e cancros, fortifipa,
Baga de Louro , e de e reíiíle ás gangrenas.
Zimbro and oitavas duas e hum efcropulo. AGOA CARMINATIVA.
Canela. ou Anticolica de Lemery.
C ar d amorno and oitavas duas. 4° T) Zedoaria onças tres.
V inho bom libras quatroi 7 XV. Bagas de Louro, e de
Efpirito de Vinho libras tres : digirad-fe os Zimbro and onça e meya.
fimplices alguns dias, depois fe dijlillem em fo¬ Cafeas de Laranjas.
go de are a. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac. Calamo aromatico.
univ. cap. ii. de aquispag. 787. Far-fe-ha na Galanga.
forma feguinte : Os fimplices fe pifem grof- Canela and onça huma.
fos, e mettaõ em cabaqa de barro capaz , e As quatro /ementes quentes mayores. '
fe ponhaõ em digeftao tres dias em cinzas As quatro /ementes quentes menores.
quentes : paliado o dito tempo , fe diftillem Cerefolio.
em fogo de arêa ; e a agoa fe guarde para o Ni gel la.
ufo em vidro bem tapado. Endros and oitavas tres.
Efta agoa he muito boa para a Afma, cor¬ Vinho libras oito : infunda-fe tudo oito diasy
ta , e gafta 'a fleuma groífa , que impede a e depois fe ajunte.
acqaó dos bofes, ajuda também a refpiraqaõj Agoa de Macella tres ve%es difiillada , e de
dá-fe de duas oitavas até meya onca. Serpad difillado com vinho and libra huma :
AGOA V ULNERARIA. faça-fe a dijlillaçaõ S. A. Ita Nicolaus Leme-
3? Q Folhas de Confolida mayor. ry in Pharm. univ. cap. de a quis pag. 788. Far-
XV.» Rai~es da mefma. fe-ha na fórma feguinte : Pifaráõ os fimpli-
Folhas de Salva. ces, e os metteráõ em cabaca de barro ca-
Artemija. paz e emeima lhe lanqaráõ o vinho , e ta-
Qiiinque foliam and manip. quatro. paráó o vaio bem , o qual poraó em digeftao
Be tônica. em eflerco de cavallo oito dias 5 paliados el¬
S a nicula. les lhe lancaráo as agoas diílilladas, e fe fará
Pampilhos. a diftillacaÕ em fogo de arêa 5 e a agoa fe
Scrophularia. guardará para o ufo em vidro bem tapado.
Tanchagem. Todas as vezes que os Auótores pedirem ca-
Agrimonia. feas de laranja , fempre fe ha de entender ,
Vrgibu. : f\ que íao as das azedas por mais virtuofas, co¬
Lofna. mo diz Chriftovao Morley no feu Coilectaneo Cortcx
Hypericad. ChymiCo , e das cafcas fó fe ufa do exterior, Arantio-
Arijloloqaia longa. e fe lhe tira todo o branco , que tem pegado rum ab-
'T elefpliio. a ella 5 porque á virtude fó eftá em o ama- íblutè.
Verônica. 1 rello, ou para níelhor dizer na pelicula ama¬
Centaurea menor. rei! a , de que por fóra fe cobre a Laranja.
Herva Santa. ' v '*• ' Eíta agoa he boa para todas as cólicas ven-
Hortelãa. tofas, que procedem de fleuma vifeofa $ dá-
Hyfopo and manip. hum. fe de meya onca até tres oncas.
Vinho branco libras do\e : machuque:fe\ e di- AGOA CARMINATIVA,
gira-fe tres dias em lugar quente , depois fe di- ou Anticolica de Zuelyjiero.
jlille. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. univerf. 41 T) Agoa de Macella libras feis.
cap. de aquis pag. 754. Far-fe-ha na fórma fe¬ XV • Agoa de Endros difillados com vi~
guinte : Pifem-fe as hervas , depois fe met- nho libras cinco.
taó em cabaqa capaz , e emeima o vinho , e Macella onças feis.
fe ponhâô em digeftaó em cinzals quentes HéYva Cidreira.
tres dias, paliados elles fe faqa a diftillacaõ Oâiégads.
em fogo de arêa , e a agoa fe guarde para o Thimo and onças tres.
Sanicu!. ufo. Pede o Auótor Sanicula , efl>a he a Con¬ Semente de Endro.
folida menor , como diz Theodorico Dor- Herva doce , e de
Diapen íternio lib. de Herb. e fmpl.pag. ro$. z: Dia- Funcho.
cia. penda herb a eft vulneraria, qua. alio nomine Sa- Alfa\ema and onça meya.
Comi-
 Daá Agoas Compoftas, Vinagres, &ic.
Copürrhos onça 1\uma. ,\v. •
Cafca de Laranja*
Cafca de Cidra and onças duas*
Bagas de louro ,ede
Zimbro and onça huma e meya.
Canela onças duas.
Macis onça huma : feita breve digejiadfe di-
Jlille S.A. Itajoannes Zueípherus in Pharm.
Reg. Clajf. 15. de aquis pag' 15)8. Far-fe-ha
na fórma feguinte : Os fimpliccs fe pifaráõ
groflbs, c metteráo em cabaqa de barro ca-
paz , e emeima lhe lanqaráõ as agoas diílilla-
das, e fe porá o vafo em cinzas quentes feis
horas, e pafladas ellas fe faca a diílillaqaS
em fogo de arêa muito brando , e a agoa fe
guardará para o ufo em vidro bem tapado,
Pede 0 Audtor agoa de Endros diífillada
com vinho, eíla fe devedidillar cortando-os
miúdos, e borrifando-os com humas gottas
de vinho, e depois fe diílillaráõ em cabaqa
de barro vidrado com lambique de vidro em
fogo de aréa.
Serve eíla agoa para as Cólicas flatulen-
tas, e para todas as dores do ventre , corro¬
bora o cerebro , cabeqa, e ventre, e emenda
as digeíloes viciadas,como diz o mefmo Au-
clor no lugar citado.
Si
vas fe cortem , e machuquem com as flores
em gral de pedra , depois fe mettaõ em ca-
baca de barro capaz , e lhe lancem emeima
o vinho , e mais liquores , e fe tape muito
bem a cabaqa , e enterre em eílerco de ca-
vallo por tempo de hum mez, e paíTado el-
le fe tire o vafo , e fe lhe ponha lambique de
vidro, e fe faqa a diftillaqaõ em Banho de
Maria, e a agoafe guardará em vidro bem
tapado.
Eíla agoa fortifica o cerebro , e o efioma-
go: dá-fe na Apoplexia , Epilefia , e parlefia,
preferva do máo parto, reflaura a faculdade
vital, principalmente ao feto em EmbriaS
no utero da May , e por eíla caufa o Audlor
chama a cila agoa Embrionis j dá-fe de meya
ouca até onqa huma e meya.
AG O A N EPHRIT ICA
43 R emendata de Lemery.
Mel branco huma libra.
• Ter menti na fina onças duas.
Pào Nephritico.
Ra/\ de Ononis and onça huma e meya.
Vinho branco.
Çumo de limões anà libras duas: ponha-fe
tres dias em digejlao , e depois fe dijiille S. A.
ItaNicoUms Lemery in Pharm. univ. cap. de

42 R AGOA EMBRIONIS.
Flor de Tjlia. ,
• Carvelinas and meya libra.
aquis pag. 782. Far-fe-ha na fórma feguinte:
Pife-íeo Páo Nephritico grofíb , e a raiz fe
machuque , e tudo femetta em cabaqa de
Rofas Perficas verdes onças duas. barro capaz , e emeima lhe lancem o Mel,
j\ o\es mofe adas, onça huma e oitavas feis. Vinho y e os qumos depurados, e depois de
Salva. - •' i bem tapada a cabaqa fe ponha em digeílao
Flores da mefma. ■ em cinzas quentes tres dias , paflados el-
Alfa\ema. • - les fe faqa a diílillaqaõ em fogo de arêa,
Funcho. C ■: vdl e a agoa fe guarde para o ufo em vidro bem
JJrgibb. tapado.
Flores de Alfazema and onça huma e meya. - Serve eíla agoa para fazer lançar as arêas,
Rai\ de Peonia frefea. -y doS Rins e bexiga, e fe dá com bom fuccefíb
Semente da mefma. nas cólicas Nephriticas de meya onqa até
Vifco (juercino. v-■ - > quatro onqas.
Zedoaria. AGOA NEPHRIT ICA
Cardamomo. V - . Corredia de Bellegarde.
Cravos. ■ ‘ v4 44 TJ Mel meya libra.
Canela. < .>■ \ivifcy 3 Xv» Ter menti na onças duas.
Gengibre. ,\ Pào Nephritico.
Cubebas and onça huma. . Rai\ de Ononis anà onça huma e meya.
Macis oitavas feis. "" x Pào de A guita onça huma. j
Galanga oitavas tres. . . V s * Galanga.
Açafrab oitavas duas. Cravos.
Vinho bom libras feis. Canela. } C
Agoa de Lirio Ccnvalle. f: ; r: Macis. . >-
Ffpirito de Morangos and onças nove. Cubebas. " ,
Agoa de Salva , e de wb i; Almecega anà onça meya.
Funcho and meya libra : ponha-fe tudo etft Agoa ardente libras quatro: machuquefe, e
âigejiaô hum me\, depois fe, dijiille S.A. lia diftille-fe S. A. Ita Nicoldus Lemery in Phar-
Jsicolaus Lemery in Pharm. unip.cap. n. de mac. univ. cap. 11. de aquis pag. 781. Far-fe-
aquts pag. 815. Far-fe-ha na fórma feguinte; ha na fórma feguinte : Os fimplices fe pifem
Os fimplices folidos fe pifem groflbs, as her- groflbs, e femettaõ em cabaqa de barro vi-
r L drado,
 82 Pharmac. Lufít. Aiigment. Trat. UI;
drado r e emeima lhe lancem o Mel, Agoa Ro/as verdes de Alexandria libras duas.
ardente , e Termentina , e fe ponha em cin¬ Cravelinas onças oito.
zas quentes tres dias j pafíados elles fe faqa a Cafeas de laranja.
diílillaqao com fogo muito brando , e a agoa Cafeas de Cidra and onças quatro.
fe guarde para o ulb etti vidro bem tapado. Canela onças quatro e meya.
Eíla agoa desfaz as arêas dos rins e bexi¬ No%es mofe adas onça hum a.
ga, e as lanqa fóra* ler ve também para as co- Açafrao oitavas feisde tudo fe faça breve
licas Nephriticas j dá-fe de duas oitavas até digefiad, e depois fe diftille S. A. ltajoannes
meya onqa. - : Zuelpherus clajf. 15 .de aquis pag< 15» 8. Pifem-fe
AGOA CORDEAL. os flmplices groflbs em gral de pedra , e fe
45 TJ Cafeas de Cidra. mettaÔ em cabaqa capaz , e emeima lancem
JlV# Herva Cidreira. as agoas diílilladas, e fe ponha o vafo em di-
Mangericad. geílaÕ oito, ou dez horas em cinzas quentes*
Hyrundinaria, idef, V incetoxicum. e paflado o dito tempo fe faqa a diílillaqaS
Cravelinas. em fogo de arêa * e a agoa fe guarde para o
Flor de Rofmaninho. ufo em vidro bem tapado.
Diãamo. 'Eíla' agoa fortifica o eílomago , alegra o
' Segurelha. f ’ * • coracaÕ , ufa-fe nas febres, e doenças chro-
Seordio. nicas,.e inveteradas corri bom fucceflò* dá-fe
Salça. de duas oncas até quatro.
Funcho and manip. hum• infunda o-fe por tres ~ AGOA CORDEAL.
dias em q. f de bom vinho , depois fe dijiillem, temperada.
e nefta agoa, que fe dijiillou , fe lancem
Cravos.
47 R A ao a de Flor.
—O'

• Cravelinas.
Macis. - Lirio convalle.
No\es mofeddas. * Cerejas negras,
Pdo de Aguila and oitavas duas : de novo fe Herva Cidreira.
faça difillaçao S. A., a que fe podem ajuntar Rofaãa , e de
alguns grads de Ambar , e Almifcar. lta Nico'- Violas and libra huma.
laus hemery in Pharm. univ. cap.u . pag. 7 58. Vinho bom libras duas.
Far-fe-ha na fórma feguinte; Machuquemf-fe Mangericad.
as cafcas de Cidra , flores, e mais hervas, e Mangerona.
fe mettaõ em cabaqa de barro capaz , e em- Herva Cidreira and onças tres.
cima lancem o vinho , que bailar, para que Flor de Rofmaninho.,
cubra os flmplices mais dous dedos-, depois Flor de Laranja.^ /
cubra-fe a cabaqa muito bem, e fe ponha em Borragens, e de
digeílaõ ao Sol tres dias, paflados elles fe di* Lingua de Vacca and onça huma emeya.
flille, e neíla agoa fe lancem os Cravos, Ma¬ Rofas verdes libra huma.
cis , Nozes mofeadas, e Páo de Aguila pifa-^ Cravelinas onças quatro.
dos groflbs j e fefaca fegunda diflillaqao em Canela onças tres.
Banho de Maria 5 depois de eílarem em di- Cafcas de laranja.
gcílao feis ou oito horas, e nefla-agoa ulti¬ Cafcas de Cidra , and onças quatro^
ma , que fe diílillar desfaraô quatro graõs de No\es mofeadas onças duas.
Ambar, e outros tantos de Almifcar, para Macis onça huma e meya.
que a agoa fique mais cheirofa, é afíim fe Açafrao oitavas duas.
guarde em vidro bem tapado para o ufo. Pdo de Aguila, oitavas tres.
Fortifica eíl.a agoa o coraqao , e eílomago, Ambar.
refiíle a toda a malignidade dos humores, e Almifcar and fcropulo hum e meyo.
faz reviver os efpiritos vitaes $ dá-fe de duas Mifitrefe, e dijiille-fe S. A. ltajoannes
oitavas até huma onqa. Zuelpherus in Pharm. Reg. 2. part. pag. $6.
Far-fe-ha na fórma feguinte: Os flmplices fe
46 R
AGOA CORDEAL FRIA.
Agoa de Morangos,
• Sytva.
pifem, e mettaõ em cabaqa capaz, e emeima
lhe lancem as..agoas diílilladas, e o vinho,
Herva Cidreira. em que fe terá desfeito o Ambar, e Almi-
Flor de Borragens. depois fe tape bem , e ponha em dige-
Flor de Lingua de vaeca. Ílá6 vinte èquatro horas em cinzas quentes,
Flor de violas. e paíladas ellas , fe faqa a diílillaqao em fogo
Cravelinas, e de brando , e a agoa fe guarde para o ufo.
Lirio convalle and libra huma. Eíla agoa conforta o coraqao bebida, e
 Das Agoas Compoítas, Vinagres, &c. 85
applicáda aos pulíbs dos bracosj dá-fc de hu- mettao os Sandalos em pó, Almifcar, Âm¬
ma onca ate quatro. / bar , e ojulepe rofado , e no mefmo vafo de¬
' A Q^U A V I T M pois de bem tapado fe deixe eílar tudo em
v, • • - .iMathioli. digeílaô mais quinze dias em cinzas quentes,
48 T) Canela onça huma. e pafíado o dito tempo íe coe ; ea agoa que
Xv. Sandalos Citrinos. der , fe guardará em vafo de vidro bem tapa¬
Vermelhos, e do para o ufo. ■
Brancos, and oitavas feis. Eíla agoa he muito cordeal * ferve para
Gengibre. fortificar o coracaõ, e mais partes vitaes; re-
Fligella. fiíle á malignidade dos humores 5 faz reviver
Zedoaria and meya onça. os efpirítos, e ajuda muito a decocqaój dárfe
Cardamomo mayor, e menor. de duas oitavas até meva obca.
C afeas de Cidra feccas. A Q^U A V I T JE (
Dtambar. • ■ ■, - . -ry.jii ;.f..... mulierum.
Aromático rofado. - •_> • 49 Tj Flores de Salva.
Diamufco doce. . JLv« Hortelãa.
Hiamargaritaô frio. He tu a Cidreira and manipi hum.
Hiarrhodab Abbade. Canela. .
Eleãuario de pérolas and oitavas tres Mo\es mofe adas.
Herva doce. MaciSi >; ■ ‘ o 1 / ; ..

Semente.de Funcho. Gengibre* .../.‘va-.; •

Semmlas, e de Cravos. . \ .\(ív\ -•
Mangericaõ: . r.r Grana Varaâifi.
Angélica. . . ul Cubebas*. • , : .• . •
Gariophyllatã. .. • Cardamomo and Onça lutma e meya.
Al caças. Galanga onça huma.
Calamo aromatico: f / /'■ o 'Pimenta longa , onça meya.
Valeruina. Vinho branco libras feis: ponha-fe emâige-
Folhas de Selar ea*. fiaõ quin%e dias , é depois fe dijiille em, Baniu)
Thimo.. v. de Maria. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac,
Jfeveda. . v u-‘. '■univerf. cap. 11. de a quis pag. 742. Far-fe-ha
Poejos* ■ noi nn na fórma feguinte : Os fimplices todos fe
,•'Hortelãa. ■ í ■'ts*.>iI• g.fir .. i ?o j , pifem groíTos j e mettao em çabaca de barro
■Serpaô. > j capaz, e emcim.a lhe lancem a agoa ardente,
Mana tp erma and. oitavas duas* :ci
> rí *
e depois de bem tapado o vafo, fe enterre
Bofas vermelhas. em eílerco de cavallo quinze dias j e paífa-
'-■■Salvãr,fjr^r\a:j mi Ôc-js iam . .. dos elles fe tire, e faqa a diílillaqaó em Ba-
Alecrim, .yj >b i;pfio nho de Maria j ea ágoa que der fe guardará
. . Betonica: H : f ; y-v i í, .., ■. I U 3 para o ufo. Se fe quizer fazer eíla agoa al¬
R ofma ninho. ... tirj ir, camphorada t fe.lhe ajunte a cada libra delia
Flores de Borragense de : *)') (• : huma oitava de Aicamphor desfeito em hu-
Uniguade Vdeca and oitava huima emeya\ rhasgottas de efpirito -de vinho. Chama-fe
- infnndáú-fe os fimplices quin\e dias em também a eíte medicamento aflim feito; A-
• Agoa >ardente libras do\e, depois fe dijiille, e qua vi ta hyfterica damphorata.
Ijr c»pA lheapmetii.' Eíla agoa fortifica as entranhas, é priiici-
lí'uri mm Sandalos Citrinos cnipó oitavas duas. palmente a madre $ diflipa os vapores i e fia-
.üjiiluü
: ;. Ambdr.' - yrdUg o •; > •! .■ - tos , que nelle fegerao, provoca também a
t Alnifjear and:meyo>efcropulo. conjunqaõ menfal j dá-fe de meya onqa até
-* 0 -Jutep 'Rofado libra huma, mijlure-feye depois huma.
, ' âepM&iJ diãsfe cQe f aiguatdepara o ufo. Ita AGOA PR0PH1L1ATICA.
< Andrâks-Mathiotus.i mCammentaHjsfup. Diof- 5° T) Rai^de Angélica.
o corid* libsg. cap. j.pagí yoj. Maehuquem-ie Xv.. Zedoaria and onça huma*
os páos , raizes , folhas, e fe.miíturem com Petafitis onças duas.
os p^s 4áós Flèélúanoís ^ e.tildo femietta em Folhas de Arruda onças qudtro.
cabaca de burro capaz, e emeima lhe lancem Herva Cidreira*
a agoa ardente, depois fe tape befnjo vafo, e Scabiofa. . - -
fe ponha quinze dias em digeíláoíem lugar Flor de Calenduia and onças duas.
quente, e paíTados elles fc faqa ad iílillacao fJ 07 es verdes libras duas.
em fogo de arca j e na’ agoa que diffillar fc Cidras verdes libras huma.
Ez Viva.
/
 <$4 PJiarmac. Lufit. Augment. Trat. III.
Vinagre dijliltaâo libras doze : tudofe ponha
huma noite em digeftav\ e depois fe dijlclle S.A.
lta Francifus de Leboe Sylvioprax. med c.2%.
- -n. ]o. pag. i (yj. Far fe-ha na forma fcguinte:
Pifem-íe as Nozes, Cidras , e os mais fimpli-
ces , e íe mettaõ em cabaça de barro capaz ,
e emcima fe lance o vinagre (primeiro diftil-
’lado),ponhá-fé o vafo em cinzas quentes hu-
ma noite , e paliada ella fe faça a diftil laçaÕ
em fogo de area $ e a agoa fe guarde em vi-
* dro bem tapado : pede o Auétor flor de Ca-
lendula, efta planta he aquella,a que Mathio-
lo no l/v. 4. cap. 5 2. pag. 7^8. chama Chrifan-
temon, e Diofcorid. no 7/í. 4. lhe chama tam¬
bém Chrifantemon, ou Caltha cap., 5 9; mihi
pag. 405).,e Joaõ Scordero na fua Phárm.Chi-
mica lib. 4.claf. i.mihi pág. 49. diz que a Ca-
lendula , Chrifantemon , ou Caltha nafce nas
hortas , e que florece efta planta em Mayo ,
e que a flor dura todo o Eftio, por eftas pala¬
vras : Calendula , Chrifantemon , fwe~ Caltha
crefcit in hortis , florere incipit Mayo , floret-
que per integram ajiatem.
Fortifica efta agoa as partes nobres, refifte
a todo o contagio venenofo , e desfaz as fe-
bres,dando fe as gottas em caldo de galinha,
ou frangaõ 5 porque defta forte provoca o
luór lentamente, e abranda a fede, como diz
o mefmo A tuftor por eftas palavras: Aà fi~
Gengibre oitava meya.
Açúcar em pó onças quatro,
Agoa Ardente libras duas ‘.ponhaofe osfim-
plices em digejiab vinte e quatro horas , depois
fe coe. lta ÍSicolaus Lemery in Pharni. univ.
cap. 61. de vinis pag. 143. Far-ie-ha na fórma
feguinte : Pifem-le os fimplices guoflámen-
te, e te metta5 em valo de barro vidrado , e
emcima lhe lancem a agoa Ardente, depois
fe cubra , e tape o vafo muito bem, e fe po-
nha em digeftaõ vinte e quatro horas. em
cinzas quentes $ paíTada : elias lècòe a agoa
tres ou quatro vezes , e aflim fe guarde para
o ufo em vidro tapado.
Efte medicamento fortifica ocoraçaÔ, ce-
rebro, e eftomago , ajuda a digeftaõ, repara
as forças perdidas , e finalmente refifte a to¬
do o veneno $ dá-fe de duas oitavas áté leis.
55 R
jVGO A HIDROT1CA.
Pào Santo libra huma e mey a.
• Ca fcas do mefmo onças feis. ó
Salça parrilha.
Rai\ da China and onças nove.
Semente de Cardo Santo.
Bagas de ] uni pero. ' ...
Gengibre and onça huma e meya.
Oleo de Vitriolo onça mey a \ infunda-feíudo
em q. f de Efpirito de vinho por vinte e quatro
horas em cimas quente s^e depois fe diftille S. A.

feguinte : O Páo Santo fe rafp;

5 i TA Agoa ardente mey a libra. ra e os mais fimplices fe pifem groftos ,
jA . Ag oa R ofada onças 4. V mettaõ em cabaça de barro capaz ç e emci¬
Açucar branco onças tres. ma lhe lancem o efpirito de vinho, que bem
Canela onça huma -. infundao-feos fimpli¬ bafte para cubrir os fimplices , • os quaes an¬
ces vinte e quatro horas, depois fe coe tYés^ve- tes que fe mettaõ na cabaça fe haõ de esfre-
5[es. lta Bauderon in Append.fua Pharm.tib. 2. gar com a meya onça de oleo de V itríofoj e
pdg. 194 Far-fe-ha na fórma ■feguinte;- A Ca- depois fe ponhaõ em digeftaõ vinte e quatro
nela ,e o Açúcar fe pifem , e mettaõ em’Va- horas em cinzas quentes, e paliado ò dito
fo de barro vidrado , e emcima lhe lancem a tempo fe faça*á dift.illaçaõ em fogo dê afea, e
agoa Ardehte , e Rófadã , ê fe pünhâ o vafo a agoa íe guarde enuvidro bem tapado : fe
- bem tapado em cinzas quentes vinte ê qua- quizerem efte remedio mais forte fe póde
tro horas j paftadas ellas, fe coe a agóa tres tornar a diftil,lar a.ugoaóom novos fimplices.
- ou quatro vezes fem efpreflkõ , e aflim fe Com efta agoa coftumaõ em França,e,tou-Aqua ad
guarde para o ufo. ^ • yjítros Reynos dar laoiies,/comiique curáõ to-morl5u,«
Serve a agoa Oareta para fortificar», e(àle- da a cafta de morbo gallico fem.eftufa mais Galllc“*
grar o boraçaõ, ajuda muito a digeftaõj diíli- do que tomandq-á>\nove'dias contínuos de
pa os flatos, e provoca a conjunçaÕ menlal manhãa e tarde .depois' das evacuaÇoés ne-
ás mulheres $ dá fe dè dirás oitavas até hu- ceflarias : fetVe tamhem pára a Apoplexia ,
maonça. ár . • t 1 c^
A GO A CL A RE T A, até quadro ióu cinco onças, como affirma o
compofta. ■ .V, r.r mefmoiAudlormq lugkdcjtado. . ?o -
5 2 T> Canela. ■ -ÂWl • i. í^riAdG OA 1? A>R. A T 1 R A R
JlY • Mac is. •- . ; rr /••msl »ril X55 manchasqla cara.
Cravos and onça huma. ■•Avo?. ) 54 Morangos libra Jwmade. meya.
Galanga meya onça. ■ d rn • F lores de Li no ye de -
Cardanmmo. j-àsr Fúvasandmeyalibra. j <1

Squinanto and oitavas duas. . • PedraAiume onça huma.

$*l-
 Das Agoas Compoftas, Vinagres, &c.
Sal rema. A G O A
Salitre. de Solimaó.
Verde te atui oitava meya.
Vinha. ( ' '
57 R.
Agoa r o fada onça hum a.
Solimau graus dons, vujiure fe. Ita
Mel branco. Eduardus Madeira 1. parí. cap. 8.Far-fe-
Vinagre bom anà libra huma : digirau-fe os ha na forma feguinte : Pife-fe o Solimaõ, c
fimplices d et dias , depois fe djiillem. Ita Moy- fe delate na agoa rolada , e deíta forte íe dê
fes Cliarás in Pharm.Reg. Chym. part.^. cap.i. para o ufo. Póde-fe a receita fazer com agoa
de variis remediispag. 410. Faíqle ha na for¬ de Tanchage em lugar da Rolada, e fe a qui-
ma feguinte: Os faes, e mais fimplices fe pi zerem mais forte fe lhe póde ajuntar hum
fem , e mettaô em cabacu de barro capaz , e ou dous graõs de Solimaõ , como diz o me-
emeima lhe lanéem os liquores , e fe ponha fmo Audtor loco chato.
em digeftaõ dez dias , paííados elles fe faqa a Serve efta agoa pára a cura das chagas gal-
diftillaqaõ em fogodearèa , e a agoa fe guar- licas, que nafeem nas partes pudendas, a que
de para o ufo. os Médicos chamaõ Caries,z o vulgocavallos.
. Serve efta agoa para tirar os fignaes ,fque ‘ f írtr/jj j a G;*G A
■ ficaõ na cara depois das Bexigas: applicií^fe ' de Leav Franco.)
fcom hum panno molhado làvandoaparte , ,s " Viríh 0 branco onças do%e.
rjonde eftá a macula á noite áo recolher ,• e - • 'Agoa de Tanchage, e
Te continua algumas vezesdeixando-a leccarj Rofada anà Onças1 tres.
. e pela manhãa le póde lavar com outra qual- Ouropimente duas oitavas, j .
0 quer agoa J^q pbi úih.bip: , ifO r Verdeté huma oitava: mijlure-fe tudo. Ita
AGOA PARA TIRAR Guidus traã. 4. doólrina 26. Far-fe-hana fôr¬
‘fignaes da cara;- . -:!‘j ma iegtfrnteh Pifarão o Ouropimente-, e ver-
R
uMl — Sal de chumbo oita vas tres:>' ■ >
• Agoa de flor de Favas libras 2.
dete fubtiliiftimos, e depois os desfaráõ no
Vinho, e aftim fe dará para o ufo.
Agoa divAkainha de Ungr.ia onça huma : mi- Seiíve efta agoa para curar toda a chaga
Jlure fe , e dijjotva-fe. Far-fe-ha na fôrma fe- gallií^ v que natee nas partes baixas, e tam-
- guinte : O fal de chumbo fe lance em gral bem pára as que nafeem na bocca, applica-
de pedra i, e nelle fe desfaça com a agoa tia fe aeftàs moihando hum pincel pequeno na
- Rainha de Ungria , depois fe lance etivvi- agôayé com elle. fe pôem na chaga, mas .com
{;-jdrx», c lhe ajuntaráõ a agoa da flor das favas, tal cautefa que fe naõ leve nada da humida-
efe guardará.paraoufo. • de parabãíxo: Efta advertência faz IVjade.i-
Serve efta agoa para lavar o rofto depois ra i.parl. cap. 8. n. 5.
dai bexigas, /porfitie tira tòdos os fignaes, e~ H ; ÀGOA ACOVÍ ST 1G A* m
vermelhidão, que ha lia cara, continuando-a 5^ Alecrim.
faz o rofto ^muito rcfplanüécente e 4IV0 j \ , Manaerona. !C:
tt.quãndovfeiiay^em fe naõhaõde alimpar ,1c- Stflvdi - h<
-i naõ deixarUVccar à agoa pèlík. 1 /-'• n: Alfaxemá. JOQí »f}( V«‘|
in .. À IGvQ; Ã’-.„nlQr^Lv,R'Fí • A Ay*'1* Arruda.
1; Mofe.as onfas quatro rn : Ourcgãos*
6i ; • 'iMei dibta hüma\i\ j tíioo Pojeo MVntano.
- V Leite de cabras -librais duasy. tttào Jtfâifiiftetr ; Ftfrfès âe Sabugo anà pug. hum.
•joS. A. Ita IfHeolaiis- >LemeryWiPharm. unwer/.prr Bdg às de louro.-J- -o:,7 *1
.cap. 11. de aquisgag. 8251^ Far-ferha nayfpmpa- *r Bagàs-ãeZi Zimbro anà oitavas duas,
?;.fegninteui AsrMotcasiffe m.ct.teráõ em càbaqa Rai\ de Li rio. .i’J! í
«adebarxo capaz., ou emdcrua de cobré com jíihfdy * 1 -
lambique.de chumb^.íje-emcima Ihdlánqa- i Vivietiana.'> -i í«v • :h ri j
ráÕib Md ç élo leite , e fé diftíflará em fogo Levijlico.
de arèa muito brando^ e a'ágoa fe guardará Pão Porcino anà oha'va niçya. ..
para"ooifa?^ív v~;v v.v.vA > A â Piretro. :;b
Efta agoa ferve para fazer nafeer, e etefeer LI orça. ^ ÇJ
o cabello, lavando com dia a cabeqa, depois Pepinos ide S± Gregorh..
de rapada á navalha j e fe continua o laVato- Colochintidas and efeorp. deus.
rio até fe ver o eifeito.-.Diz.Lemery Tròlugar Semente de Funcho.
citado , que çfta agoa he bóa para afuídêz y Ca for eo anà oitava 'huma e meya.
lanqando no ouvido téfo hurnas gottas; 0urina de cabras; onças cito.
V irutgre fcillitico.
■y.wv Vipagrâ de Arruda anà onças: duas*
•tuvT Çumo
 H Pharmac. Lufit. Áugment. Trat. III.
Çv.mo de Rabaos.; . . e fe ponha em fogo de arêa , e nelle fe coza
Cumü d-j-cebolas*. andonca liurna emeya. até gaftar amétade; depois de fria toda a ma¬
■■ Galbano. di/Jvlato em agoa ardente oitavas téria fe tire a garralà j e a agoa fe coe , e fil¬
tre , e aíTim fe dè para o uio.
duas*' >tv-'^ ■ - '' *■ *.
- Caroços- de PejfegoSé •.
Serve eíla agoa para a cura de todas as cha¬
Semente de Rabaosy e de ^ :
gas gallicas da fegunda e terceira efpecié.
* Arruda and. oitava meya.fiat S. A. Ita Jo- AGOA L U M 1 N O S A
• annes -Zuelpherus in. Pharm. Reg. 2. part.clajj. de Bauderon.. ,
. M. :pag, ^79, Far-fe-ha na fórma ieguinte : ... 62 "O Ç(fWo de Tanchagem.
Piíem-fe muito bem todos os fimplices, e fe _ XV. Ç,umo de Beldroegas.
-ajuntem aos. cumos, e mais liquores, e tudo 3 . Çumo de Agraço.
junto femetta em yafo de barro vidrado , e J;;; Pedra hume and libra liuma.
-feponhá emdigçftaóemcinzasquentesyin- B i CIaras■ de ovos n,.do%e: mjlurefe tudo -.c ie
te é -quatro horas, pafladas elíáSj fe metta dtfiille.. lta Bauderon in Pham lib. zMciüUe
tudo em imprenfia, e fe Ihetfie coyn forte aqúis pag.zj 6. Far-fe ha na lórma feguintb:
efprefiao todo o húmido , que tiverem , e 2nfirem-ie oscumos, e depois fe lancem em
efta efpreííaafe coe depois , e filtre duas ou çfeptaa de cobre com lambique de chumbcqe
tres vezes até que a agoa fique bem clara, e ? fe.pr.ifturem cqm a pedra hume machucada,
affm fe dè para o ufo. Sepao'houver otirina ^e claras de ovos, e tudo aííim fe diftilleiem
de cabras, por ella fe póde pôr a de meninos, fogo de arêaj^e a agoa fe guarde para o ufiò.
como diz o mefmo Auétor n-rj. lugar citado Fila diílillaqaõ fe pode fazer com cerradiara,
por eftas.palavras: Recipiat uçinmCaprea, O Audor deíla receita pede pedra fiumerpe
: Oiúpuerorum. naÕ diz, fe lia de fer: crúaá fe-queirhada ; com
-V-- Serve efta agoa,par a a cura dps .que ou¬ que em qualquer receita , que le pede pedra
vem pouco-, e também pa.rat quem tem zo- hume fem mais determinaqàõ, fe há dejdar
nidos, eftrondo , °V pulfeçoésmos puvidqs, da crua 5 porque quando a querem queima-
ou fejaf) procedidos de liatos, ou yapof. ■ da.,mu calcinada abfolutamente., dizem pe¬
i AG GA A LI’ MIN GSA.i dra hüme queimada tanto.. . v u\.
-Sófql \r Aoea.de Tmchagçm lw)aJ\ii/iía. Hf Efta agoa Fe -hum prodigtoíbwemedio :pa-
Ofi3i _ fAo-ba Rofuia onças puatro. >• ;: - Lra alimpar, efeccar chagasde pernas, ou de
Pidralnime queimada meya Qnçasmjjhirefea roútra qualquer parte,procedidas de intém-
v lta'Eâttardus Madeira i.part. €qpi,%. a... peranqa do fígado-, e ainda para ás quefaô
,pãg. 48. Far-fe-ha ria fórmafegujnte : A ,pe- gallicas , em que ha demafiado calor napar-
dr^lHime fe pife. efedesfaça qom •AL«4§Qas,;í.tetíffendida.:i; ';;: it,. . y,jh . A
em almofariz, e;d'èp'Qis de bem desfpita te váf ??«; Ai ate í)-to(f, :'jt\ >jgb

lançando por inclinacaõ.em outro.Vído , e/>-0'.;íl- d tPerneliovj ,ô ‘jrrntjv

aífim fe dc para o uftscrEftatçc^Jie gran-{- i}Á$ T SMimaq do te grãos • > íi. > i o O- vÁ
de , e alfim nunca fe pede toda que alpà-qrj Agoa; de Ta nchagem: meya libra y
fe póde fazer amétade ou a tçi;ça_ ou'quarta mijlure-fe• /í/r Nicolaus Lentery mPliàrmami-
parte delia: a pedra hume fe calcipfij-ou.quei- verfeap. ii. de aquíspag. 7^9.- Fár-fe-ha na
ma lançando a quantidade,que,quizerem em fôrma feguinte/r OSolimaÕ fé.pif^ | e-lance
huma ti"cl!-a ,'. ou panella.de.b.afTp\,^que na5 com a agoa ermvafo de bárrô vidrado , e fe
feja vidrada , e fepóem meyá egter.rAda em:,-.pofi-hà çriafòg^de arèa. a cozer até gaftar a-
fo "o for te de ear vaÕ, até quefé'^^W*^eibem,: V;metad e -pé dèpors-de-- fr-iòv fe. cô.e' e filtre pei¬
em fórma quefiqué muito ibfa^ca, jJNeí que-./papel pardo , e,áagoáfe guarde para o.uiò.
bradica. y- õ,X ú*; v. ■) cpádEfta agoa 'cura admiravtílinfihte.:as chagas.
Serve a agoa lumínofa para cvtrar todo O/ngallrcàs , feccáras.ríe.fáfa^ aláqipar ^íEefiíbe,
cenero de chagas Gallicas dítrpr-iwdh:^ e fe- édefimÁde a paiíe^^SíGarigreuás. ijp - r.-uf
• •
ffunda-efpec.ie< ... • . ;)Sol FRG UFb l, AIT Aô;.i
A G.O A i A.UU M l.N 0 S-A *‘oi£h>tífii(Uab^\HtMsufii Gnusb
de Fato pio, Pedra hume onça huwdis mey#^
6l Agoa de Tanchagem. .*i?bbFiéiesylírwtrinvCl tr . rndí isog;.
» Agoa.Rifada and libm.buma. v.onySóltntaü tand oltiça éuma. ,oíl*j so o
Solimaãrvlu -óira&dlttre. nr;no3 ol :* ; íjríliiVfin h iíBjJ si^b
Pedra hume and duas oitava^ wiJlurefe.Ita-.rpj-AMonhcoahdoitavas-dms^ vji 6 n. oii

Kicolaus' Leniery in Pharnh mU\. eap.; j 1 .der sôbQtngibre\oitaVtilwMJivniiyetHjp , oh>. ? 0

a quis pag. 798. Far-fe-ha na fórma fegüinte : Vinagre^\unm IjfraAmuo ou cb If4''•• A*
ri * r l

Ddate-fe o Sol irnaf^e pedra hume naságoas, Agoasde Centinodia.

depois fe lance em garrafa de.vidro grofto, lierva Moura.
Tan-
 Das^Ágoas Compoflas, Vinagres, &c:
Tanchagem , e de
Rojas and onças tres: mifiurefie, & ferva
pouco. Ita Nicoíaus Lemery in Pharm. univ.
cap. 11.de aquispag. 817. Far-fe-ha na fórma
feguinte: Pifar-fe-haõ os fimplices, e fe met-
teráõ em vafo de barro vidrado, e emcima
lhe lanqaráõ o vinagre, e as agoas diftilladas,
e fe mexerá muito bem tudo com efpatula
de páoj depois fe porá o vafo ao lume,e tan-
to que comecar a ferver fe tire delle,e depois
de frio fe côe, e filtre o liquor, e fe guarde
para o ufo.
Serve efta agoa para curar a farna , e toda
a comichaÕ do corpo $ ferve também para a
cura da tinha , e para as chagas, que ficao
depois dos Buboés $ fempre fe deve applicar
depois das evacuacoes necefíarias.
AGOA PARA GANGRENAS.
6 5 TY A cucar fino onças oito.
JLV • Ãrfioloquia redonda onças 4.
Vinho branco libras quatro : infundaõfie os
fimplices fieis ou Jéte horas , depois fie coxa o até
gafiar a terça parte. Ita Nicoíaus Lemery in
Pharm. univ. cap. 11. de aquis pag. 799. Far-
fc-ha na fórma feguinte: Pifaráõ grofta a A-
riftoloquia , e a lancaráo em vafo de barro, e Joannes Scroderus in Pharm. Chym. lib.2. c.^y.
emcima o ácucar c vinhó, e fe porá tudo em de aquispag. 15 2. Far-fe-ha na fórma feguiil-
digeftao fete horas j paíFadas ellas , fe coza
até gaftar a terca parte, e depois de frio o co-
zimento fecôe , e dê para o ufo-
Efta agoa preferva das gangrenas, alimpa,
e fortifica a parte,a que fe applica, attenúa os
humores groííòs e vifcofoSj e ferve para com
ella fe fyringarem as chagas fundas.
AGOA
de Fragofo.
66 7Y Axevre do tamanho de hum graõ de
XV» Fico.
Verdete amétade.
Agoa de Tanchagem.
Vinho branco and huma onça: mifiurefie. Ita
Joannes Fragofius in antidotario pag. 4%6. Far-
fe-ha na fórma feguinte : O verdete fe pife
fubtil, e depois fe moa com o Azevre em al-
motariz de metal, e fe desfaça tudo com a
agoa, e vinho , e aífim fe dê para o ufo. Pede
o Auétor Azevre do tamanho de hum graõ
de bicoj por fe naõ éftar com efta medida, fe
podem ppr feis graõs, que he o que pefa hum
hum graõ de bico ordinário, que naõ feja dos
grandes , hem demaziadamente pequenos.
Serve efta agoa para a cura de toda a cha¬
ga gallica da primeira efpecie , lavando-a
muitas vezes com ella. . ri
AGOA PARA SARNA.
6j TY Agoa de Tanchagem, onças fete.
XV . Agoa Rpfiada onças tres.
Agoa de flor onças duas. s ,
Co limão efeorp. dous, mifiurefie. Far-fe-ha
87
na fórma feguinte: O íolimaõ fe pifará fubtil,
e fe lançará cm vafo de barro vidrado, e em*
cima dellc as agoas , e fe porá a cozer até le-
vantar fervura $ e depois de frio fe coe o li-
quor, e filtre, e a agoa fe dê para o ufo.
Serve efta agoa para curar farria, e fe ap*
plica lavando a parte , onde eftiver, e fe con-
tinüe tres ou qüatrodias, deixando-a ficar
fem fe alimpar a parte, a que fe applica, que
ha de fer fó aquella , que tiver burbulhas, ou
chagas $ poem-fe molhando hum panninho
nella,com elle fe applica defviando as unhas,
porque as faz pretas. Naõ eferevo a receita
de Fragofo,porque leva muito folimaõ, e fei
que dando-fe pela tal receita faz babar, e ou-
tros fimptomas terríveis, como que fe tivef-
fem tomado unéturas de azougue.
AGOA CAU STICA.
68 TY Efpirito de vinho onças tres.
XV. Cravos da Índia onça huma.
Gengibre.
Canela anà gr aos quarenta e oito.
Alvayade oitava huma e meya.
Pedra hume queimada oitava meya.
Sotimao oitava huma e meya, mifiurefie. Ita
te: Os fimplices todos fe pifaráõ fubtís, e fe
poráo em vafo de barro vidrado de bocca e-
ftreita , e emcima lhe lancaráo o eípirito de
vinho, e fe porá em cinzas quentes vinte e
quatro horas, e pafíadas ellas fe côe , e dê a
agoa para o ufo.
Efta agoa alimpa admiravelmente as cha¬
gas velhas, e come toda a carne podre, e
efponjofa.
AGOA VERDE
de Hartmani.
6y TY Vinho branco.
XV. Agoa de herva Moura and libra 1.
Mel rofado onças duas.
Enxofre.
Verdete.
Pedra hume and onça huma.
Album Gr ac um.
Sabina.
Sabugueiro and oitava huma.
Hepericad.
Alecrim.
Arruda.
Tanchagem.•
'Salva.
Poejos and manip. hum : todos os fimplices ,
excepto 0 verdete ferva o meyo quarto de hora,
depois fie coem. Ita Difipenfatorium Lendo nien-
J'e lib. 2. cap. 1. num. ü.pag. 64$. Far-fe-ha na
fórma feguinte : Pifem-te os fimplices grof-
fos, e te mettaõ ím vafo de barro capaz (ex¬
cepto o Verdete , quefe ha de lançar afeu
tempo)
\
 $$■ Pharmac. Lufit. Augment. Trat. III.
tempo ) c emeima delles o vinho , agoa de
Flerva Moura, e o Mel rolado, e tudo lê po-
uha em digeftuõ vinte e quatro horas , pafia-
das dias fie ponha no lume a cozer meyo
quarto de hora, e depois de frio fe côc com
forte efiprefíaÕ , e nefta fe defatará o verdete
em pó taõ fubtil, que faca a agoa muito ver¬
de, iem que delle fique nada no fundo do va-
fo , e aflim fe dê para o ufo.
Serve efta agoa para a cura das chagas da
bocca , garganta, nariz, e outras partes , e
para quaefquer chagas, ainda que fejao galli-
cas j applica-te pondo-a com huma penna,
ou pincelinho na parte
AGOA FORTE
de Eragofo.
70 TJ Caparrofa.
JlV • Pedra hume and libra huma.
Salitre libra meya : tudo fe dijlille S-. A. La
Joannes Fragofus in ántid. pag. 491. Far-fe-
ha na fórma feguinte: Môa5-fe os fimplices,
e fe metuõ em cabaqa de barro com lambi¬
que de vidro , e depois fe tapem , e lutem as
juntas do lambique, e do recipiente, e fe po-
nha a diftillar em fogo forte de arêa, e a agoa
fe guarde em vidro bem fechado- O caput
mortuum , que fica defta diftiliaqaõ he ao que
fe chama borras de agoa forte, ou refiduos de
agoa forte , que he o que entra na compoíi-
caõ^do Geroto magiftral.
Efta agoa ferve muito no ufo chymico pa¬
ra difíblver alguns metaes, e os Cirurgiões
algumas vezes a applicaõ para cortar Ver¬
rugas.
A G O A FORT E.
de Poterio.
1R. Salitre da índia:
Caparrofa queimada.
Pedra hume queimada and libras duas : tudo
fe dijlille S. A. Ita Petrus Poterius in Pharm.
fpargirica fedi. 4. deaquis pag. 46%. Far-fe-ha
na fórma feguinte: A Caparrofa, e pedra hu¬
me ambas calcinadas fe pifaráõcom o Sali¬
tre , e tudo fe metterá em cabaqa de barro
com feu lambique , e recipiente de vidro , e
depois de todas as junturas eftarem bem lu¬
tadas fe fará a diftiliaqaõ em fogo de arêa , e
a agoa que der fe guardará para o ufo. Efta
agoa he mais forte , que a da receita acima ,
porque pela calcinacaó que fe faz , a Capar-
rofa, e pedia hume perdem a parte aquofa, e
fleuma que tem -, porque mifturada çom a
agoa a faz mais branda que forte , o que nà5
fuccede á que fe diftilla com a pedra hume ,
e Caparrofa queimada, que fica muito forte,
e boa: a que he boa fe conhece lanqando hu-
mas gottas delia emeima de huma pedra li-
fa, e fe levanta fervura , e efeuma alta , he
certo fignal de que he boa , e capaz de tudo.
Tcm efta agoa as mefmas virtudes, que
tem ada receita acima , mas obra maisde-
preíik j e he boa para fe fazer o oleo de ouro.
AGOA-LIPIS.
72 T) Agoa de Tanchagem onças tres.
JTV. Pedra Li pis duas oitavas : rtiijlu-
re-fe- Ita Editardus Madeira 1. part. cap. 8.
pag. 8. Far-fe-ha na fórma feguinte : Môa-fe
a pedra Lipis em almoiariz de metal, e nelle
fe defate com a agoa de Tanchagem, e defta
forte fie guarde em vidro para o ufo.
Serve efta agoa para curar chagas galli-
cas da primeira efpecie , e também para a
das chagas das pernas fem que fejao gallicas.
LEITE VIRGINAL.
75 T> Pedra hume onças quatro.
JLV • Agoa de chuva libras duas.
Fixes de ouro libra meya.
Vinagre branco libra hum a emeya , tudo fe
coxa S. A. Ita Francifcus Difaldeus traã. de
varijs formulis mihi pag.64.1. Far-fe-ha na fór¬
ma feguinte : A pedra hume fe ponha a co¬
zer em vafo capaz até gaftar a terqa parte, e
depois lhe lancem as fézes de ouro, e fe con-
tinüe o cozimento até que fique huma fó li-
bra, e depois de frio fe mexa muito bem, até
que tome huma côr branca a modo de Lei-
te , e coado fe dê para o ufo.
Efte remedió ferve para tirar fignaes, ou
manchas do rofto, ou de outra qualquer par->
te : applica-fe lavando a parte manchada
com elle até que fe tire, tem mais algumas
virtudes, que por fabidas naó digo, porque
a penas fe achará donzella , que as naõ faiba.
LEITE VIRGINAL
de Bauderon.
74 T) Fixes de ouro onças duas.
XV. Vinagre diftillado libra meya.
Camphora meya oitava.
Pedra hume.
Alvayade and oitavas duas.
Sal Armoniaco onças quatro.
Agoa de flor de favas libra meya f. S. A. Ita
Bauderon in Pharm. lib. 2.p. 198. Far-fe-ha na
fórma feguinte : Pifaráó os fimplices fubtis,
eosmifturaráó com o vinagre , e a agoa de
flor de favas ( a camphora fe lanqará a feu
tempo ) , e em vafo de barro os ppraõ em
cinzas quentes vinte e quatro horas, e nefte
tempo da digeftaó fe coe , e filtre o liquor ,
e nelle defataráÕ a camphora , e aflim fe da-
rapara o ufo.
Tem as mefmas virtudes, que o medica-
mento acima, mas obra melhor , e com mais
brevidade.
LEITE V IR G I N A L
de Fragofo.
Fêxes de ouro oncas tres.
75
R. Vinagre branco.
Agoa
 Das Agoàs Compoftás, Vinagres, &fc.'
Agca faígaâa and onças feisr mijiurefe. lia
Joannes Fragefus in antid;pag. 49$. Fai;-fe4a
na forma feguinte: Pifarão as fézes de ouro
muito fubtis, e as lanqaráõ em hum a garrafa
grande,e emcima o vinagre, e depois de mui¬
to batido íc deixe naffentar.no
. fundo , e fe eôe
o vinagie, que eflara ja branco como leitej
e a eíla coadura ajuntarao a agoa falgada', e
miiturada aliim le dara para o ufojfe nao hou-
ver agoa falgada, fe pdde.tazèr com agoa da
chuva , em que primeiroTe defatará huma
onca de fal muito branco. A agoa rofada , ç depois fe pifa fubtil, e prepa-
híte med,camento faz o mefmo eífeito,
que_o das Receitas_acima,
L E IT E VIRGINAL
76 R Agoa
de Scordero.,
de herva Moura.
• Agoa de Golphaas.
. ‘ Vi
Agoa de Alface. , Prc.par.finipl.pag. 417. Gs antigos a prepa-
Vinagre branco , and onças duas.
Fé\es de ouro onça huma.
Alvayade oitavas tres.
6apiplwra hfeorp. hum.f. S. A. Ita Joannes
/)>*/! 1
Scorderusin <*P sy
/ fl
Pharmac. 7. • .A . 2 A.
AA 44| ‘
Chymica y* X.11 í.
_
lib.
2. cap. 39.
pag. 152. Far-íe-ha na fôrma feguinte; Os
fimplices le pifem todos fubtis, e femettaõ
em vidro groffo, e emcima lhe lancem as a-
goas, e vinagre ; mexa-fe muitas vezes tudo
por tempo de vinte e quatro horas $ paffadas
ellas fe metta o vidro em arêa quente, e tan¬
to que o liquor comeqar a aquecer, fe tire, e
coe por panno de láa , e depois fe filtre, e dê
para o ufo. Eícrevo aqui eíla variedade de
Receitas para que cada hum fe aproveite da
que lhe parecer melhor*
Serve eíle remecjio para curar farna, tem
mais algumas virtudes, que fe podem ver no
mefmo Auctor $ as quaes aqui naõ ponho,
porque o meu intento nao heefcrever recei-
tas para ocioíidades efeuiadas , fenaõ para os
-achaques precifas.
AGOA PARA NÉVOAS
dos olhos.
77 "O Agoa de Euphrava.
XV • Agoa de Ginjas.
Agoa de Celidonia.
Agoa de Funcho and onça e meya.
M el rofido tres onças.
Vinho branco feis onças.
Verdete.
Tutia preparada.
Açúcar Candi and meya oitava, mifttre-fe.
Ita Joannes Fragofus in antid. pag. 48 6. Far-
fe-ha na fôrma feguinte: A Tutia preparada,
verdete , e aquear fe miíluraráo em vafo de
barro capaz , 0 emcima lhe lanqaráõ os liquo
res, e fe deixaráõ em digeílaõ em lugar quen-
tê vinte e quatro horas 5 paffadas ellas , fe
porá o vafo no lume , c tanto que gaitar feis
89 ’
onças-fe. tire ve abafe v/depois de Frio fe coe,
e filtre , e a agoa fe dê para o ufo. . nau
Serve; eíla agda £ark ás rievoas dos olhos,
porque as gaita, aclararimito a vifta , e faz
parar as fluxoés, que cahem nos olhos, o''
A Tutia fe prepara^iancando-a émí hum Tutia
cadinho, e pondo-o em lume forte até que quomo.
fe faca em braza, e affim fe lanqa em agoa, do prx-
e nella fe deixa eítar hum quarto de. hora , Paratur*
paffado o dito tempo fé faz o mefmo fegun-
da e terceira vez, extinguindo-a, a ultima em
ra com agoa rofada , ou de Tanchagem até
fe pôr tao fubtiliffima, que provando a entre
os dentes fe lhe nao finta alguma afperezaj
affim a enfina a preparar Nicoláo Lemery 110
cap. \i.de Prepar, Tui.pag. 112., ejoaõ Zu-
elphero na Pharm.Keg. 2. part. clafj. 20. de
rao pifando-a , edepois moendo-a na pedra
com agoa rofada , ou de Tanchagem até fe
pôr taõ fubtil, que de nenhuma forte fe lhe
perceba afpereza alguma., Todos os medica-
_ _
4 y-'
mentos occulares fe devem pifar fubtiliífi-
mos, porque fenaõ forem aífim, em lugar
de fazerem bom effeito , o faraó máo fendo
triturados groffos.
AGOA OPTALMÍCA
parda. •••'•
78 T) Atevre Epatico.
XV. Sarcocolla and oitava huma.
'• Camplwra.
Açafraõ and oitava meya.
Agoa rofada■.
Vinho branco and onças feis : mifiutefe. Ita
Joannes Zuelpher. inPÍiarm. Keg. 2. part.claf.
1$. de aquispag. 303. Far-fe-ha na fôrma fe*
guinte: Pifarão o,Azevre, c mais fimplices,
e todosw fe miíluraráo r»com. a agoa e vinho, e
r» t y , .
fe porão a cozer em Banho ríe Maria ,, ate
que dem huma ou duas fervuras, e depois
de frio fe coe , e dê para o ufo.
Serve eíla agoa para todo o achaque dos
olhos, aífim para fluxoés, e inflamações, co¬
mo para névoas, lavando-os todos os dias
com ella , em quanto dura o achaque. *
AGOA OPTALMÍCA
de Fragofo.
79 "O Mel de enxame novo libras duas-.
XV© Si mas de Funcho.
Flores de Sabugo and manip. dous.
Açúcar em pedra onças quatro : tudo fe âifil¬
ie. Ita Joannes Frago fus in antid. p. 486. Far-
fe-ha na fôrma feguinte : Pife-fe o Funcho,
flores , e o acucar, e le metta em cabaça ca¬
paz^ emcima lhe lancem o mel, depois fedí
ilille em fogo de arca, e a agoa fe guarde pa¬
ra o ufo- " 1
Eíla agoa ferve para gaílar as névoas. e
hd cata-
 . jPharmac/iLuíit.
cataratas dos olhos Jayando-os muitas vezes
com ella. .< ' o - \ : :*>: ‘
o' ■ Páo de Aguilct and oitavas duas,
. A G O A O; P T A L M I C A.
■' de Scordero.
8 o .XJ Açúcar branco onças duas.
' 'X\> Sarcocolla.
A\evre Epatico. rro
Vimenta longa. jr: '
No%es mofcadas.^ ■ j.
Cravos and onças duas. ' ( ' > o•
Açafrad fcrop. hum, ■ :: ■ ■
Flor de Alecrim manip. nieyo.
Agoa de Euphra\ia. > .
Agoa de Funcho. ; Rojas vermelhas,
Agoa de Urgibò anà onças tres.
Çumo de Celidonia.. " i . Vinho branco bom librasJeis : infundad-fe no
Çumo de Arruda anà* onças duas.
Fel de Perdi\onça hum a. J in Pharm. univerjVcap. 11. de a quis pag. 805.
Mel rojado oitavas feis : tudo fe dijiille em
Banho de Maria. Ita Joannes Scorderus in
Pharm Chymic. 1.2. cap. j9. pag.\ ç i. Far-fe-
ha na fôrma feguirite:Os fimplices fe pifaráõ,
e todos com o fel de Perdiz fe metteráõ em
cabaca capaz , efe diftillaráõ em Banho de
Maria , e a agoa fe guardará para 0 ufo em
vidro bem tapado. Pede o Auótor huma on-
qa de fel de Perdizes , parece que terá fua
difficuldade em fe ajuntar tanta quantidade,
com que no cafo que naõ o haja fe pode fazer
a receita pondo em feu lugar fel do Carnei¬
ro , afíim o enfina o mefmo Scordero no lu¬
gar citado por efhs palavras: Fel lis perdicum
loco funii poteji vervecinum.
Eíla agoa he muito deterfiva, própria pa¬
ra gaft ar ,e confumir vifivelmente as catara¬
tas dos olhos, lanqando algumas gotus dei-
la dentro nelles.
A (j O A OPTALMICA
de Qjuercetano.
81 TJ Pds de Quintilio oitavas duas.
XV. Agoa de Eaphraya , ou de Fun¬
cho onças feis: mijlurefe,e depois fe digira tres
ou quatro dias. Ita Jofephus Quere et anus in
Pharm. Dogmática cap. 7. de a quis pag. 102.
Far-fe-ha na fórma feguinte : O Quintilio
fe porá em Valo capaz , e emcima lanqaráó a
agoa diílillada, e fe porá cm digeftao tres ou
quatro dias em lugar quente $ paíTados elles
fe coará, e filtraváje a agoa fe dará para o ufo.
Eíla agoa alimpa muito os olhos de todo
o humor, e gaíla as névoas d elles, e cataratas.
AGOA OCULAR INTERNA
de Lemery.
82 TJ Bagas de Junipero onças duas.
XV. Canela onça huma.
Semente de Silermontano , e de
Funcho anà onça meya.
Semente de Arruda oitavas tres.
Diamufco doce.
tnLTmJHK
'Noites mojcadâs.
Euphruya. 'üij
1 AYcuâa.c ■.» o
Sinias de Alecrim.
■)Salva. < ' f .
Poejos.
'Endros.
■Funcho and oitava huma e meya.
i-itplor de Celidonia*>;;
Betonica.
■ ('Mfayema. . '
Flor de Alecrim and oitava huma.
• vinho, depois fe dijiillem. Ita Nicolaus Lemery
Far-fe-ha na fórma feguinte: Pilar-ie-haõ os
fimplices todos, depois fe metteráõ em ca-
baqa de barro capaz , e emcima lhe lanqaváõ
o vinho, e fe poráõ os fimplices em digeílaõ
em lugar quente oito dias , depois fe fará a
dillillacaõ em Banho de Maria , e a agoa fe
guardará para o ufo. Pela femente de Siler¬
montano fe porá a de Bifnaga $ em quanto,
náõ temos o verdadeiro Silermontano f por¬
que eftatem as mefmas virtudes, como fç
vè de Mathiolo , e outros muitos.
Eíla agoa ferve para o ufo interno no a-
chaque dos olhos, fortifica a viíla , attenúa
e difíipa os humores grofíbs do cerebro } dá-
fe de huma onqa até onca e meya.
V INHO CHALIBEADO.
8 ] T) Lima d ura de Aço onças quatro.
- IV, Rai^de Cardo corredor.
Enula Campana and onça huma e meya.
S a miai os citrinos onça huma.
Coral vermelho.
Rafuras de Marfim anà oitavas feis.
Cravos.
Macis.
Canela.
Gengibre and oitavas tres.
Douradinha.
Flor de Giefia, e de
Rofmaninho.
Epithimo and pug. dous.
Vinho branco generofo libras feis.
Açúcar q.f. para faier ao vinho agraâavel
gofio. Ita Jofephus Quercetanus in Pharm. Do-
gmat. cap. 9. de vinis pag. 176. Far-fe-ha 11a
fórma feguinte : lnfundaõ-fe os fimplices to¬
dos por efpaqo de oito dias em vafo de barro
vidrado capaz , e fe ponha em lugar quente;
e paífado o dito tempo fe ponha o vafo em
Banho de Maria , até que toda a matéria a-
queqa , e aílim quente fe côe por Manga de
Hyppocrates tres ou quatro vezes , até que
fava
 Das Agoás Compoftas^ Vinagres, &cv
faya bem claro o vinho , e nelle fe desfaqa o
acucar, que bailar para lhe dar goílo agra-
davel. ■ i!
Manga de Hyppocrates, ou Manga Hyp-
pocratica he hum 1'acca feito de panno de
lãa largo , e bem tapado , o qual he emcima
largo, e aberto , e em baixo ponteagudo, e
fechado , ou cofido : affim ò diffine Nicoláo
Lemery cap.4. das Ethimol. liter. M. por eftas
palavras: Manica Hyppocrátis, Manche^ eu
Chauffe d’ Hyppocrate, ejt une mamere de fae
fait de drap. large par baut, e pointu par ias
en forme de capuchon: ferve eíla manga para
coar por ella os liquores, que fe naõ querem
efpremidos. , ,, . ob íííuíí
He bom eíle vinho parad a cura das obítpuc-
coes antigas ; dá-fe depois das evacuações
univerfaes, c fe continúa dando hc/princi¬
pio huma ou duas colheres delle , epaífados
alguns dias até quatro onqasr •?. f c <>
VINHO CHALYEEADO.
de Poterio. .\ u - .H
84 T3 Limaduras de Aço onças quatro.
Canela onçameya.
'Vinho branco doce libras oito : depois de tres
dias de digejiaõ em lugar frio fe côe. ItaPe
.a
trus Potertus in Pharm. fpargir.feíi. 3 de me-
lallispag. 152. Far-fe-ha na fôrma feguinte:
O Aqo depois de limado , ea canela machu-
cada fe metteráô em vafo de vidro , e emei-
ma lhe lanqaráõ o vinho branco , que ha de
fer do mais doce que fe achar , depois fe po-
rá o vafo em lugar bem frio em digeílaõ tres
dias, paliados elles fe côe , e dê para o ufo.
Eíle vinho repurga ofangue dos craífos,
e vifeofos humores; purga os terreílres, fec-
ca as purgaqoés brancas do Utero , e-faz fe-
cundo ; aífim o afíirma o mefmo Audtor no
lugar citado.
VINHO EMETICO.
8 5 TJ Pós de Quintilio onças tres.
XV • Vinho branco libras quatro: miflu-
re-fe em vafo de vidro ou vidrado. Ita Nicolaus
91
yemente- $ dá-fe de meya onca até duas, e a
peífoas robuílas tres.
--
I
VINHO PURGANTE.
u J> Polipodio de Carvalho.
V.* Semente de Carthamo and onça 1.
Ral^ de Acoro.
Semente de Funcho.
Herva doce and oitavas tres.
Cafeas de Mira boi anos Citrinos,
Chebulos and oitavas duas.
Canela oitavas duas e meya.
Cravos.
Macis and ferop. quatro.
Conferva de flor de Giefa.
Conferva violada.
Conferva de Flor de Malvas and onça meya'.
Hermodatílos oitavas feis.
Turbit oiòça meya.
Senne onças duas.
Vinho branco libras duas, ou tres f. S.A. Ita-
Jofephus Quereetanv.s in Pharm. Dogma t. c. y.
de vinis pag. 165. Far-fe-ha na fôrma feguin-
te : Machuquem-fe todos os fnnplices, e fe
lancem em vafo de barro vidrado, e emcima
tres libras de vinho branco do melhor, tape¬
ie o vafo, e lute-íe,e fe ponha quatro dias em
,
digeílaõ em cinzas quentes e paífado o dito
tempo fe côe por manga de Hyppocrates
duas ou tres vezes, até que o vinho fique
bem claro, ao qual depois de coado ajunta-
ráo onqas quatro de acucar adgratumfapo-
porem , e aífim fe dará para o ufo.
Purga eíle vinho brandamente todos os
humores aífim forofos, como craííòs, e me*
lancolicos:he também bom para purgar com
elle aos gottofos,e aos q coílumaõ ter dôr de
pedra ; daÕ-ie duas oncas delle pela manhua
em jejum em dias interpolados,ou como mc-
.lhor parecer ao Medico q aífiílir ao enfermo.
V I NHO SANTO.
87
R. Ruybarbo oitavas tres.

Pào Santo.
Salça partilha.

Lemery in Pharm. univ. cap. 61. de vinisp. 140. Cafcas do mefmo.

Ear-fe-ha na fó.rma feguinte: Lanqaráõ os Coentro preparado.
pós de Quintilio em huma garrafa groífa ou Senne and onças feis.
em vafo de barro vidrado, e emcima lhe dei- Cardo Santo onças tres.
taráõ o vinho , e fe porá a garrafa ou vafo Vinho branco libras quarenta e oito: àeiúefe
em lugar quente em digeílaõ por efpaqo de ficar tudo vinte e quatro horas, e depoisfeufe
oito dias , e paliados elles fe côe o vinho por do vinho. Ita Eduardus Madeira i.part. c. 20.
inclinacaõ em fôrma, que fique claro, e aífim v. 2. pag. 164. Far-íe-ha na fôrma feguinte :
fe dê para o ufo. Em quanto dura a digeílaõ Corte-fe o Ruybarbo miudo , a Salqa fe ma-
fe haõ de mexer os pós duas ou tres vezes ca-
ebuque, o Páo Santo íe lance em limaduras,
da dia com efpatola de páo. Alguns Au&o- e as cafcas pifadas com todos os mais fimplu
res chamao a eíle vinho, vinhofibiado, ou vi-
ces fe lancem em vafo de barro vidrado gran-,
nho Antimonial. de , e emcima deli es o vinho: tape-ie o vafo,
Serve eíle vinho para fazer vomitar, dá-fe e fe deixe eílar/vinte e quatro horas, e paífa-
com bôm fucceíTó nos enchimentos de eito- da« ellas fe vá dando o vinho para o uío, fem
maeo , pur^a por vomito , epor baixo fua- fe coarem os fimplices, nem eípremererm
6 r r Mi Eíla
 £2 . .Pharmac. Lüfit. Aúgment. Trat. III.
Efta receita he grande,e para que o vinho
tenha melhor faibo , e íe naõ corrompa , íe
faça fó. a quarta parte da receita , e acabada
ella íe póde fazer mais : em quanto fe faz a
cura com efte vinho , fe naõ bebe agoa $ e fe
o doente totalmente naõ puder paliar fem
ella, o póde tomar hum dia, e outro naÕj e
naquelle em que o naõ beber ufará de agoa
cozida com Salça, como enfina Madeira no
lugar citado.
Serve efte vinho para a cura de morbo gal-
lico rebelde da quarta efpecie defpedindo-o
dos olTos: desfaz Talparias, é humores feir-
rofos tomando fe nove dias contínuos, fem
fe beber agoa fenaõ do dito vinho.até feis
onças por cada vez pêla manhãa em jejum ,
ao jantar , e á céa em horas competentes.
VINHO S- A NcT Q A*
V
'>
R de S cor der a. r.:v- *
88 Vinho branco libras quin\e.
• Puo Santo,., - v. ^ •
Salça parrilha anà onças duas e meya.
Senne onças tres. .• -
Polipodio onças duas : machucados osfmpli-
ces fe dlgiraa por tempo de vinte e quatro horas.
Jta Joannes Scorderas in Pharm. Chymic. lib.z.
cap. 6], de infufionibuspag. 222. Far-fe-ha na
fónna feguinte: Machucada a Salça , e lima-
ão o Páo Santo , e o mais fe metta em vafo,
e ponha em lugar quente, vinte e quatro ho-
ras,paífadas ellas Jc coe, e dê para o ufo: efta
receita he grãde,pode-fe fazer amétade delia.
Serve efte medicamento para a cura de
todos os humores frios principalmente para
o gallico inveterado : dá^e de feis onças até
oito pela manhaa, e depois de cêa outra tan¬
ta quantidade $ e com elle fe faz em cafa al¬
gum exercício , como adverte o mefmo Au-
ótor no lugar citado.
VINHO PARA GALLICO.
Sy T) Salça parrilha onças feis.
I\t Rai\ da China onças tres.
Pào Santo onças oito.
Senne onça huma e meya.
Mirabolanos Chebulos.
In dos.
Citrinos anà oitavas duas.
Hermodaãylos onça meya.
B ofmaninho feceo.
Ourepâos.
Lofna.
Betonica. 1 VINHO ESTIT1CO.
Hyfopo anà mar.ip. hum : tudo fe infunda em
vinho branco libras do%e, por efpaço de tres dias,
depois fe chegue ao fogo , que levante fervura.
Jta Eduardus Madeira í.part. cap.20. num.3.
pag.ióf Far-fe-ha na fórma feguinte: A Sal¬
ça , e mais fimplices fe machuquem muito
bem , depois fe mettaõ em vafo de barro vi-
ikadõ > e emcima lhe lancem o vinhoj e beru
tapado o vaio loponiiivpm digeftuõ tres dias,
pafiados elles íe chegue o vafo ao lume até
que: levante fervura , entaõie tire do fogo,
e.deixe esfriar.f e delle frio íe dè para o ulo
feni fe coar,:o que;fe;póde fazer tir-ando o vi-
nho >por inclinaçaõ.. Pode-íe íazer amétade
daíneceítau :i:.í o rn •
Serve efte vinho para a cura do gallico da
quainia.eipêciepdaô-íe de manhaa leis onqas,
e outras feis de,tarife á hora competente. Bm
quanto fe toma éfte \remédio fe tua de agoa
cozida com Salça parrilha. Diz Madeira no
lugar citadov, quefíi2era efte-remedio paia
hum doente, a quem as unturas naõ valeraõ,
c, qué com o ufo deite vinho o livrára do
gallico.
iuqVrlNiiÓ MAGISTRAL
;ub Solutivo.
! o1
5>° Senne oitavas feis.
> :Hjrmo'daãylus.
Bai\ de J aros fecoas.
SemeMo.de Vtolas anà oitavas duas.
Agarico Trochifcado.
Buybarbo anà oitava huma e meya.
Canela oitava huma.
Vinho branco libras duas: digira-fe tudo vin-
te e quatro horas,depoisJe coe. ita tficolaus Le¬
mery cap. 61. de vinis medicatispag. 139. Far-
fe-ha na fórina feguinte : O Senne ie mette-
rá inteiro em hum vafo de barro vidrado , e
com elle o Ruybarbo cortado em boccadi-
nhos miúdos, e os mais fimplices machuca¬
dos , e emcima de tudo o vinho branco , de¬
pois íe tape bem o vafo,e fe ponha em cinzas
quentes , ou enterrado em efterco de caval-
lo vinte e quatro horas\ pafíadas ellas fecoe
com eípreíiaõ, e depois fe torne a coar fe-
gunda vez, e fe dê.para o ufo : fe naõ houver
femente de V iolas fe poraõ em feu lugar as
flores das mefmas.
Efte vinho he purgativo proprio para os
temperamentos pituitofos , e malencolicos,
he bom para a Parlezia , Apoplexia, e para
as refregas, que ficaõ das febres quartãas :
daõ-fe cinco onças todos os dias , e íe com
efte vinho quizerem purgar algum malenco-
lico hypicondriaco,fe ajunte a toda a receita
huma oitava de Eleboro negro,e duas deja-
Japa , como enfina o mefmo Auótor no lu¬
gar citado.
y i T) Vinho vermelho libras 5.
1\ • Cafeas de Boniãas.
Murtinhos.
Maçãas de Ciprefie anà onças duas.
Bofas vermelhas.
Balaufiias anà onça meya , co\a-fe S. A. Tté
,, 7... J ^ f 1
' j 1 ‘ . f o f*% n
Lu do vi cus de Oviedo Ub.f.mth.p. 480. Far-fe-
ha
 Das Agoas Compoftas, Vinagres, &c.
ha má fôrma feguinte : Por-ie-ha o.vinho em
vaio capaz ao lume y e tanto que eítiver
quente lhe lancem as calcas de Romãas,Mur-
tinhos, e Maçã-as de Giprefte tudo machuca-
fjoj e. depois de terem fervido hum pouco as
Rolas^ e Baulaftias, fe deixe ferver até ga-
ílar duas libras, entaõ feitire do Jume, e aba¬
fe, e depois de frio le coe com forte expref-
faõ, e le dè para o ufo $ as cafcas das Ro-
mãas para efte medicamento , e mais eftiti-
cos haõ de ler das azedas, por ferem mais
confortantes , e aftringentes que as dóces.
Efte vinho fe ufa exteriormente para a-
pertar e confortar as partes laxas, ediftil-
íadas , e pára aquelles ac.hàques, em que ha
inchações de pernas procedidas de humor
frio , e para defeccar as chagas, em que ha
muita matéria fleumofa,. como diz Antonio
da Cruz na Recopilaqaô da Cirurgia cap.uni-
verfpag* 8, ; em algum accidente , burrifa-fe com elle a
VINAGRE ROSADO.
Rofas vermelhas feccas libra huma.
Vinagre forte libras oito : ponha-fe
tudo ao Sol quin\e , ou vinte dias , e depois fe
coe, e ponhao outras tantas rofas no mefmo vi¬
nagre , efefaça como de primeiro. Ita Moifes
Charás in Pharmacop. Galenica cap. io.de ace-
tis pag. n5. Far-fe-ha na fórma feguinte:
Depois de desfolhadas as Rofas vermelhas,
c limpas de todo o eftranho, que tiverem, fe
ponhao ao Sol até que eftejaõ murchas, ou
mais de meyas feccas, pefe fe a libra delias, e
fe mettaõ em hum fralco de vidro grande, e
emcima delias lancem o vinagre (que ha de
fer do melhor que houver), depois fe tape
o frafco, e fe ponha ao Sol quinze até vinte
dias, paftados elles fe coe , e no vinagre dei¬
tem outra tanta Rofa, e fe ponha ao Sol mais
quinze dias5 e ultimamente fe coe, e guarde
para o ufo. Ainda que na receita fe peçaõ
Rofas feccas para efte medicamento , naÕ fe
entende das que fe feccaÕ de todo para fe
guardarem, fenaÕ das que eftaõ murchas, ou
meyas feccas , porque aftim fica o vinagre
muito mais cheirofo,e melhor do que aquel-
le que fe faz com Rofas feccas , porque eftas
tem já perdido parte da fua forqa e vigor $
aftim o enfina o mefmo Charás no lugar aci¬
ma citado. As Rofas vermelhas, com que fe
ha de fazer efte medicamento, hao de fer da-
Âcctum quellas a que chamamos de cem folhas. Da
Salvi-ç, mefma forte fe póde fazer o vinagre da flor
Fav«n- da Salva , Al fax ema , e~ de jflor
... —
de Rofmani
. C ar li na.
fluh, & nfr0 e outras mais flores , como di\ 0 mefmo
Sthajcse-
dos.
Auãor no cap. 10. pag. 116.
O vinagre Rofado corta , alimpa , e tem¬
pera , he agradavel, excita o appetite$ pofto
nas fontes da cabeça, provoca fomno , ob-
tunde a acrimonia dos Saes fixos, e reprime
9j
a adtividade dos voláteis, mata as lombri¬
gas , e fufpende os vomitos, defende da cor¬
rupção dos ares, untando com elle os na-
rizcs*
" VINAGRE DE ARRUDA.
T) Arruda libras duas.
JÁ • Vinagre forte libras feisj infunda-
fe no vinagre, ltajoannes Scorderus in Phar¬
macop. Chyniic a cl a ff. 1. pag. 166. Far-fe-ha
na fórma feguinte: Depois de tirarem as fo¬
lhas da Arruba , fe ponhao ao Sol até efta-
rem meyas feccas, e deftax tomem as duas li¬
bras , e as mettaõ em hum frafco , e emci¬
ma lancem o vinagre, e tapado o frafco fe
ponhao ao Sol quinze ou vinte dias $ e paf-
fado o dito tempo , fe coe e guarde para
o ufo.
Serve o vinagre da Arruda para o ufo ex¬
terno 5 applica-ie nas grandes madornas* ou
cafa , e untaõ-fe as fontes da cabeça , e os
narizes para a prefervaçaõ dos ares corru¬
ptos , c máos cheiros.
VINAGRE PURGATIVO.
y4 T} Vinagre bom libras tres.
£v • Senne onças tres.
Paffas de uvas fem grad onças quatro.
Canela oitavas tres.
Maná onça huma : infundaõ-fe os fimplices
vinte e quatro horas , e depois fe faça S. A. Ita
Eduardus Madeira i.p. cap. 27. n. S.pag.0.6^.
Far-fe-ha na fórma feguinte : Os fimplices
todos fe infundaõ no vinagre em valo de
barro vidrado , e fe ponhao em lugar quen¬
te vinte e quatro horas, paíTadas ellas fe le¬
ve ao lume até que levante fervura, depois
fe coe primeira efegundavez, para que fi¬
que bem claro, e aftim fe dê para o ufo.
Serve efte medicamento para purgar
brandamente da primeira regiaõ a peftbas;
que fe nauzeaõ com as purgas, c que as co-
ftumaõ vomitar: dá-fe huma onça delle em
caldo de gallinha, ou em outro qualquer ali¬
mento , que fe haja de temperar com vi¬
nagre.
R
VINAGRE THERIACAL.
liaia de Angélica.
• Valeriana mayor.
Valeriana menor.
Jmperatoria.
Genciana.
Hirundinaria.
Zedoaria.
Tormentilla. ->
Biforta and oitavas feis.
Cafcas de Cidra.
Semente das mefmas.
Bagas de Jiinipero»
Carda-
 94 Pharmac. Lufit. Aúgment Trat. IIL
Cardamomo.
Cúbebas anà onça meya.
Folhas de Arruda.
Scordiç.
Diólamo Cr ético.
Cardo Santo.
Centaurea menor.
Flor de laranjeira a%eda.
Fofas vermelhas anà manip. meyo.
Vinagre bom libras feis : ponhafe em frafco
capai “0 Sol por efpaço de do\e dias, depois fe
coe. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop. uni-
verfcap. 62. de acetis,pag. 148. Far-fe-ha na
fôrma feguinte: Colhidas as' raizes, cafcas,
flores, e folhas a feu tempo fe ponhaô a fe-
car á fombra, depois fe pife tudo, e fe met-
ta em frafco de vidro grande , e emcima de
todos os fimplices lancem o vinagrejtapado
o frafco, fe ponha ao Sol doze dias, e em to¬
dos fe mexaõ os fimplices muito bem , paf-
fado o dito tempo fe côe com forte expref-
fao, e fe guarde o vinagre para o ufo.
Efle vinagre he bom para todos os males
contagioíos, refifle aos ares corruptos, e
desfaz os flatos 5 para o ufo exterior le appli-
caô mechas molhadas nellej para os que tem
accidentes Epilépticos, pôem-íe nas fontes
da cabeça , e em pannos molhados no efto-
magOj póde-le dar de duas oitavas até huma
onca.
VINAGRE DE SABUGO.
"O Vinagre branco libras oito.
Jtv* Flor de Sabugo libra huma: ponha-
fe ao Sol feis , ou fete dias, depois fe cbe , e lhe
lancem nova flor. Ita Nicolaus Lemery in
Pharmacop,. univerf. cap.Ca. de acetis, pag. 147.
Far-fe-ha na fôrma feguinte : Tomaráô
huma libra de flor de Sabugo , depois de
meya fecca, e a metteráô em hum frafco
grande , e emcima lanqaráô o vinagre, de¬
pois fe porá ao Sol fete dias 5 paflados elles,
fe côe, e lhe lancem nova flor , e fe torne a
pôr ao Sol outros fete dias, e ultimamente
fe coará , e guardará para o ufo $ deita me*
. fma forte fe pôde fazer o vinagre de qual-
riaT 1 ^ fluer ^ol" a e^a feroelhante.
Serve efle medicamento para cortar , e
alimpar as fleumas, refiíle ao veneno , e ex¬
cita oappetitej dá-fe de huma colher até
tres.
VIJNAGRE SCYLLITICO.
^7 T> Cafcas do meyo da Cebolla atbar-
JL\_» rãa libra huma.
Vinagre branco libras oito : ponha-fe ao Sol
quarenta dias , depois fe ceie , e ufe. Ita Mefues
lio. i.fimp. âi(Unfl.6. de fyrupis mihi, pag.it, o.
Far-fe-ha na fôrma feguinte: Tomaráô duas
ou tres Cebollas Albarraás, e lhe tiraráô as
cafcas de fóra, e as do interior, e as do
meyo eufiaráô em Fuma guita com agulha
de páo , e papel entre caico, e calco, para
que fe naõ toquem huns aos outros y e aflim
enfiados fe poráô ao Sol até fe tcccarem $ e
tanto que o eítiverem , fe cortem com faca
de páo cm bocadinhos pequenos, e fe met-
taô em frafco de vidro, e emcima lhe lan¬
cem o vinagre, e fe ponha ao Sol quarenta
dias, paífados elles fe côe , c guarde para o
ufq y a libra da Cebolla ha de ter pefada de¬
pois de fecca: eíta Cebolla fe deve colher,
quando tiver as folhas quafi feccas, e onde
houver muitas, porque fe fe cria huma fó
em hum lugar he muito má : as cafcas exte¬
riores lanqaÔ-fe fóra;, porque laô feccas, e
más, e as de dentro por terem demafiada
humidade : a faca para fe cortar a cebolla fe
pôde fazer de marfim , buxo, ou de qualquer
oífo , como adverte Oviedo :-à caufâ , por
que Mefue, e os mais Au&ores nao querem
fe corte a Cebolla com ferro, he porque efta
tal Cebolla he cheya de hum fucco accido
diflblvente, e penetrante, o qual junto com
o ferro lhe communicará mayor povqaô ve-
nenofa do que ella tem. O qumo da Cebolla Succiw
Albarrãa fe tira , afíando-a no forno embru- íc,11k
lhada em mafla ; e para fe faber, quando eftá j„0™t0r’a.
alfada, fe lhe tira hum bocado de maífa, e fe h,tur
lhe mette huma palha , e fe effca entra bem,
he certo fignal de eftar afiada ; entaô fe lhe
tira a maííá, e alimpa a Cebolla muito bem,
e fe mette aflim quente na imprenfa, e fe lhe
tira o qumo , aflim o enfina Oviedo no liv.2.
Method. pag- 269. Efle medicamento fedeve
fazer no Veraõ em fôrma, que apanhe os
dias Caniculares.
Efle remedio fe ufa hoje bem pouco , por
nao ler da modajporèm lendo bem feito fer¬
ve para a Epilelia : purifica muito o fangue,
desfaz as ventofidades, e cura todos os acha¬
ques frios do cerebro, como affirma o famo-
fo Lemery na fua Pharmacop. univerf., dá-
fe de huma onqa até huma e meya: ferve no
ufo externo para a cura das gengivas podres,
c laxas 5 firma e aperta os dentes abalados,
tomando delle algumas bochechas: miftura-
fe em gargarejos para a Efquinencia, e mais-
achaques da garganta , e finalmente tem mil
virtudes, que o curiofo Leitor pôde ver em
Mefue no lugar citado.
ARROBE.
}8 T) Mofio de uvas brancas libras trin-
jLV. ta: coia-fe em vafo de barro atê
confijlencia de mel.Ita Moyfes Charàs in Phar¬
macop. Galen. cap. 11. de Kob.pag. 124. Far-
fe-ha na fôrma feguinte: Tomaráô o moílo
tanto que fe efpremer das uvas, c fe lançará
em vafo de barro vidrado, e fe porá a cozer
cm fogo muito brando, até que tenha con-
fittenci»
 Das Agoas Compoflas, Vinagres, &c.
fiftencia dc mel, entaõ íe côe, e guarde para
o ui o. Deita mefma forte íe pode fazer o
Rob
va* Arrobe de Marmellos , de Murtwhos, de Ber-
lia.
beris , de Ginjas , e de Cerejas , ou de outro
Rob fcu qualquer fruéto femelhante a eítes. Eíte no-
Robub &c Rob, ou Robub he nome Arábigo, que
quer dizer qumo de frudto cozido até ponto,
ou confiftencia de Mel : ao Arrobe também
fe chama Sapa, <!j quer dizer Arrobe feito de
qumo de raizes cozidas até a confiftencia de
Mel, que he a differenqa, que ha de Rob a
Supra Sapa j porque Arrobe,abiolutamente fallan-
quid i
do , he aquelle que fe faz do moíio das uvas,
ou de outro qualquer qumo lie fru (fites $ e
Sapa he hum qumo de raizes, ou folhas ef-
peííado a modo de Arrobe , aífim o eníina
Lemery cap. ly-pag. i^i.poreflas palavras:
Rob ou Rolub ejí nem. Árab , por Jequel on en-
tend le fuc de qual que fruit que ce Jiit cuit en
conjijience de miei: le nem de Sapa ne Je dorme
fu au moujl , ou Juc dos rainfins ciat, onpeut
aujfi /’ appeller Rob. Car le Sapa en eji une ef-
pece j que vem a dizer o mefmo que acima
fica explicado.
Serve, o Arrobe de vinho para alimento,
porque ufaõ muito delle os Rufticos da Bei¬
ra , e lhe he a elles taõ agradavel, como aos
Senhores da Corte o Cidraõ de Chellas,
os Bolos da Efperanqa , ou os. Alperches do
Cal vario: no ufo da medicina fie applica
para corroborar o appetite , e ajudar o co¬
zimento : mundifica as chagas da bocca , e
as cura notavelmente , ainda que fejaõ de
má qualidade $ dá-fe de duas onqas até qua¬
tro, oufeis.
flammaqoés da garganta: miílura-fe nos gar-
garejos, cura, e alimpa todas as chagas da
bocca , lingua , e faces.
ARROBE DE SABUGO.
io° T) Çurno de baga deSabuoo libras
tX./eis. . . «:
Jçiicar , ou Mel libra huma, e onças quatro.
Ita Moyfes Charàs in Pharmacop. Galem ca
cap. ii.-deRobpag.vij. Far-le ha na fórma
ieguinte : Tiraráb o çurno á baga do Sabu-'
go , eftando bem madura ,.e a poráõ em vi-
dro ao Sol alguns dias a depurar, dcíle qu-
mo aífim lanqaráõ leis libras em valo de bar¬
ro vidrado, e fe cozerá até gaitar a terqa par¬
te, entaõ lhe lancem humalibra, e onqas
quatro de mel , ou açúcar , e fe hirá cozen¬
do , c efcumando até ter ponto convenien¬
te , depois fe côe, e fe guarde para o ufo. Eu
coílumo fazer eíte Arrobe com bom Aqu-
car; porque ainda que o Auótor peqa Mel,
ou A cucar, primeiro pede o Aqucar, que o'
Melj e como elle o antepõem, he mais acer-
tado faze-lo com Aqucar. Se fe fizer com
Mel fe ha de efeumar primeiro, e entaõ fe
ha de tomar delle a quantidade neceífariaj
porque fe aílim fe naõ fizer , amétade fe hirá
em efeumas; lanqa-fe neíte medicamento
Aqucar, ou Mel, para que feja de mayor
duraqao , e fe alguém o fizer íem huma, ou
outra coufia , naò errará , porque aílim o
eníina a fazer o mefmo Auétor no lugar ci¬
tado 5 he eíte Arrobe digno de fe fazer com
toda a attencao pelas fingulares virtudes,
que tem.
Serve para todo o achaque do cerebro,

99 R
~
ARROBE DE AMORAS.
Çumo de Amoras domejiicas libras
. quatro.
Mel efeumado libras duas : coytfe até que
jtenha boa confijlencia. Ita JSicolaus Lemery in
Pharmacop,iiniverf. cap. 59. de Robpag. 132.
far-le-ha na fórma Ieguinte: Tomaráõ as
Amoras bem maduras a quantidade , que
quizerem , e as pifaráõ em gral de pedra , e
depois as efpremeráõ, e o qumo poráõ em
hum vidro ao Sol dous dias, ou tres a depu-
rar , entaõ o coaráõ , e deite tomaráõ duas
pavtes, e huma de mel efeumado , e o po-
ráõ em valo dc barro vidrado a cozer em fo-
go manco, até que tenha ponto convenien-
te, e depois de coado fe guardará para o ufo.
Dtomo- Chama-fe a eíte Arrobe também Diamorad
rum iim-jimples ; no caio , que fe faca em terra , em
P,cx- que naõ haja Amoras domefticas, fe póde fa¬
zer com as da Sylveira em feu lugar, como
diz oAuctor acima citado por eílas palavras:
On pouroit au Jieu des Meures domejliques fe
fervir des Meures fil vages. pherus in Pharmacop. Augujtana claff. 1. de
Eíle arrobe fie ufa muito em todas as in- Syrup. pag. 5 2. Far-íe- ha na fórma fegu in te:
principalmente para a Epilepfia-: he efpeci-
fico remedio para os achaques hyítericos, e
defenterias: he contra veneno , abre os po-
ros, faz fahir para fóra as Erifipelas, e Bexi-
gas: tem grandes virtudes para as febres ma-
lignas, vermelhas, edoenqas venenofas: pti-
rifica ofangue por via defuor, ou por in-
vifivel tranfpiraqao 5 dá-fe fó' ás colheres,
ou de meya onqa até duas: miílura-fe em
cordiaes, e com outros medicamentos li-
quidos, e tem muitas mais virtudes, que fe
podem ver em Joaõ Scordero na fua Phar-
macop. chymica Ub. 4. clajf. 1 • pag. 169. Ga-
briel Grillei nos Defenganos para a Mediei-
na , Canteiro terceiro n. 168. pag.i 18., Cha-
rás no lugar acima citado, Curvo na fua Po-
lianthea Medicinal, tratt. 2. cap. 71. mm. 12.
pag. 45 p , e outros muitos.
" ARROBE D E ENGOS.
101 T3
Qumo de baga de Engos libra
JlV • huma.
Açúcar libra meya f.S.A. ítajoannes Zuel •
J. irarao
 96 Pharftiae. Lufít.' Auèment. Trat. III.
Tiraráo o qumo da baga A
IQ
deCk Engos bem ma¬
hflITO I ? n y .
qumps fe depurarao •, e poráo a cozèr em va¬
dura a quantidade , que quizerem, e a poráo
io de. barro $ e como tiver.ponto-, lhe lan-
ao Soi a depurar; depois tomaráo huma par¬
caiáo o Arrobe de vinho > e çumo do Agra-
te delia , e meya de acücar, e tudo fe porá
qo, e a MyrrJia, .e Acafrao em ligadura , e
em vaio de barro vidrado a cozer em fogo
toinaiá ao fogo , e como ferver mais hum
brando; e tanto que tiver ponto convenien¬
pouco fe côe; e guarde para o ufo. Póde-fe
te íe côe , e guarde para o ufo,
íazei eíle compoílo. lem Arrobe, çumo de
Eíle medicamento.cura a cólera, e fleu-
ma, mve lbor, eporeíla caufa he bom. fe’ SugafÍIüfLh0”°^
IZ S ^ tambe” ^ al‘ * VirlrMe^ * Porém fcS» S ímpH-
?aTfuoi Toma* 7, rnlhP qU °Í PÍ°V0‘ dítos fe ,he naõ P^e chamar comporto,
onça até‘<Ls C°‘hereS ’ °U de huma [e o nomf * Ir™ ’ °U Eftc Dia"M
’ ARRORF DF VfJnmri he o nome, que lhe poem o dito Charás inrum-
. „ ta 7 VERÔNICA. Pharmacop. Galenica cap.ix. de Rob. Em
R ^rãsduLVer0mca dePurai<> «* alSuna *nno» vem as Amoras domefticas
’ A. V* eras duas. muito cedo , e as da Svlvevra carde ■ ricílci
'fia n mg.efttnuf> UbraJmma-, co- termos fe tirará o curno das Amorás mie
cfunivt/wZd7\tbTy r\ PrimeÍr° ’ 6 ° C0Zerá6 dePois dc Cl»ri-
KK&tatt- te-'5 ’* T 5ca?° COm parte de Mel até ter algum mo-
*—; é * r J w uvpui«nau au iume, e
coaráõ delle depois de depurado tomaráo
«*.*** «iw-ssssí
duas .libra? > e huma de Açúcar , ou Mel, e
guarda até que venhaõ as outras Amoras , e
poráo tudo a cozer em fogo brando, até que
emao ie faz o medicamento na fórma dita:
tenha confidencia de Mel, e coado fe guar¬
dará para o ufo. ° aíhm o eníina Valerio Cordo traã. de Rob.
mini pag. i8o.
Serve eíle Arrobe para curar as chagas do
Sei ve o Diamorao compoílo para alim¬
Bofe , he bom para a Afma , purifica o lan¬
paras
r fleumas
-----— do peito, e para facilitar aa rc-
re
gue , e prõvoca as ourinas • fu m • pv-.Lc , c paia racuitar
. da-fe de meya ípiracao : aífim o affirma Lemery no lugar
onqa até huma.

io{ R
ARROBE DE NOZES. üozr S.
Çimo de cafcas verdes de No\es
• depurado libras 4.
Tl?L$í'd
ca ás colheres. 'huma oiuva até

10$
OXIMEL SIMPLES.
<*•

Mel bom efcumado libras 2.

Mel efcumado libras duas. Ita Nicolaus
Lemery in Pharmacop. univerf cap. < 9 de Rob íe S A Ita l
P‘S- Mi- Far-fe-ha na fórma feguinte Em MeiufZ
omez de Julho fe colheráõ as Nozes verdes te • CEM et * JF
*.P^ em gral
de pedra 5 depois fe depurará o qumo ao lu¬
me , e fe coará : defle tomaráo as quatro li¬
bras, e com as duas de Mel efcumado, fe po¬
rá a cozei em fogo manfoj e tanto que tiver
ponto de Mel, fe coará , e guardará para o
ufo.
Eíle medicamento he muito fudorifero
fortifica o eftomago, e refiíle a toda a mali’
-r • '** de d-
DIAMÒRAM COMPOSTO.
104 13 Çumo de Amoras da Sylveyra
í\ • e de 7 ie lhe naõ lance agoa , como fe vê na fua
Amoras domefticas depurados.
Mel efelimado and libras duas.
Arrobe de vinho onças tres.
Çumo de A gr aço onça huma.
Myrrha.
Açafrad anà oitava huma e meya. Ita Ni¬
colaus Lemery in Pharmacop. cap. jy.de Rob.
pag. 152. Far-fe-ha na fórma feguinte : Os
R Vi*>»*•** i-V 'V.*
^ • v 7 ‘ >rã iuma ' faÇa~
T 5' *
'c'lla na forma feguin-
po,'á a cozer em vafo Pdeta« vldSdò* e
como tiver ponto alto, fe-lhe lanceo vina-
) e fe hira fervendo tudo em fogo mui¬
to biando ; e tendo ponto conveniente fe
coe , e guaide para o ufo. AíTim o enfina a
fazer Lemery no lugar citado 5 e naõ lhe
eita agoa , quando o coze ; porque pelo lar¬
go cozimento, que fe lhe dá , como enfinaG
os Antigos, perde o Mel a virtude das par-
esvoS-0Tu:rtacettddS
™ ™~J*0r,do que j » v» v-,ijai ao ic*
0 vinaSre- Charás fe-
gue a meíma doutrina, e também adverte
rnarmacop. cap. de MelUbus , onde o diz por
eitas palavras ; llludporrbfciendum açuapra-
Jentiam impedimento femper futuram , cujas
qutppe confumptio necefartb procuranda , pro-?cca*
culdubio fecum inveheret dijfpationem nvnmd- 'n'
larum mellis partum volatilium. Os Gregos A,ctu
chamao a eíle compoílo Seccaniabim, os La- nudfu
tmos Ac et um muifm , como diz Manardes
na annotaqaõ deíle Xarope, e Lemery na
annota-
 receita Pdde*G» f,,L 0a0 ! * ü em na XV* Mel commum libras do%e : miftu*
■ Acucar em lu "ur de Md ^1° ?“* "*j ' **«'/' ^ , <4^4 ffl« ajun-
fazer mmdinHn n wr 5 Pm í f° 6 üeve Um duas hbras ds coxtmento de folhas de Via-
houver de cfaitar
hoSvèrdetihr _ 'r“
" ° Med‘C° ’ qUe ° to ’/> «V A - 7—--vr-w„„ , *//"*-
</>«-
Serve n Ovimoi . „ ma-Je a coãdura , ejeponha em confidencia de
.oshumorM amffhfara Tr’ e defPe§aí ^ ifÁamacop.

jr«14? •’; K‘™ sssstíBte %stja

Suas oitavas
de duas oiíava' ate meva onca.C°lherCS ’ °“ FJ*±!U?*' d!§efta5 *«>.*««
— o-~ umo

lugai quente , depois lhe ajuntaráo as duas

VM*

OXI M E L C OMP OS TO, libras do cozimento de folhas de Violas, e

ou Diurética. fe porá tudo junto a cozer até gaitar a quar¬
I0<> T3 Fai\âo Aypo. ta parte, então fc coará com forte expref*
XX* Funcho.
fao , e ultimamente fe cozerá em fogo bran¬
Saífa.
do até tomar conflílencia de xarope^ e aílkn
; OiIbarbeira, e
fe guardará para o ufo.
■ Ff pargo and onças duas.
Serve o Mel violado para rcfrefcar, e laJ-
Sementes de Aypo, e de
xar o ventrej applica-fe em Clyíleis de huma
Funcho and, onça huma. onqa até tres, ou quatro.
Mel libras ires.
MEL MERCÜRIAL ,
Vinagre libra hum a e me ya.
io<> *0 í*umo deMercuriaes. f
. Agüa Hbras feis. Ita Me fies âiftintt. 6. de
Syrupis foi. mihi 157. Far-fe-ha na forma fe-
XX* Mel commum anil partes iguaés^
coxafe até confiflencia de xarope. Ita Nicolam
guinte: As raizes depois de bem limpas
taipas,, ee Lemery in Pharmacop. univerf cap. de Mellib.
coitadas fe ponhao com as fementes a cozer pag. 167. Far-fe-ha na fórma feguinte: O cu-
ate gaitarem hbras duas ,^entaÕ íe tire do lu- mo dos Mercuriaes fe depurará primeiro c
me , e nque em digeitaõ era lugar quente fc tomará a quantidade , que quizerem • e
vinte e quatro horas 5 patfadas ellas fe coe, com igual parte de Mel elcumado fe porá
e ajunte com o Mel, que eítará já eteumadoj a cozer até tomar confiílencia de xarope e
e le cozera ate ter ponto alto, então lhe lan- fc guardará para o ufo. 1
ca rao o V inagre , e fe tornará ao fogo a fer- Serve o Mel Mercurial para Clyíleis os
ye\ biandamente até ter ponto conveniente* quaes fe ufaõ com bom fuecefíb nas cólicas
e coado c guardará para o ufo. ventofas , e em todos os achaques hiíleri-
òerve ede remedi° para abrir as obílrüc- cos5 applica-fe de huma onca até quatro,
qoes do higado , baço , e Rins , attenüa to- O Mel de Nicodana fe faz da mefma forte
dos os humores groítos , e lentos * dá-fe de que o Mercurial 5 ferve o Mel de Neeocia- j\;
meya onqa ate huma Da mefma forte fe na para purgar violentamente nas Apople-cc
Oximel poue fazer o Oximel fcillittco compqflo, lan- xias, e em todos os letargos; applica-fe de
cilm-^ Çando em lugar do Vinagre commum o huma onca até quatro em.Clyíleis. . o t
cum co- Sciihtico j aflim o diz Joaõ de Caílilho lik 1,
P r,tura* cap. 52.
U G M E N T O
OXIMEL SCÍLLÍTICO.
DO III. TRATADO.
io7 T3 Mel bom Hbras quatro.
XX* Vinagre Scillitico libras duas i AGOA HISTÉRICA MAGISTRAL.
faça-fe ò. A. Ita Mofes Chardsin Pharmacop.
Feg. cap. 16.de Melhlmspag. 174. Far-fe-ha
110 13Ajfafetiàa duas oitavas.
XX. Myrrha meya onça.
na forma feguinte : O Mel depois de efeu- Cafureo cinco efcrcpulos.
mado , le porá a cozer, e como tiver ponto Raifde Norça tres oitavas.
fe lhe lance o vinagre fcillitico , e fe cozerá Semente de Arruda oitava huma e meya.
até ter ponto conveniente $ e coado fe guar¬ Mçafrab huma oitava.
de para o ufo. Sal volátil de Alambre dous efcrcpulost
Serve eíle remedio para gaílar as fleumas Ffpirito de fil Armoniaco huma onça.
requeimadas , e pegadas dos bofes, peito , e Efpi ri to de vinho vinte onças.
mais vifeeras; he bom para a Efquinencia, e Sal Tartaro huma oitava 5 mijlure-fe S. A.9
Epileíia j dá-fe em licor conveniente de hu- eje digira dous dias emeferco de cavallovioa-
LI do mui-
 9? ,'Pfiarmac. Luíit. Augment. Trat.lII.
muito bem, fe guarde em vidro exaíiamente
Far-fe-ha na fórma feguinte : A Al-
fafetida,e os mais finiplices le machucarão,e
fe lhes.mifturaráõ os eípiritos, e fal defIar-
•taro j e tudo junto fe lanqará em valo de vi-
dro , ou de barro bem tapado , e le pora o di-
to valo enterrado em efterco decavallopor
efpaqo de dous, ou tres dias, ou mais , até
que o dito vafo aqueqa bem, e fe termentem
os fimplices, de Corte que deixem por fóra a
fua virtude 110 licor 4 e ultimamente Ce coe
bem, e guarde para o ufo. Efta agoa, ou para
melhor dizer Tintura,Ce no efpirito de vinho
fe infundirem primeiro humas tolhas de Sa-
•bina, Salva , Mangerona , Herva Cidreira, e
Douradinha, ferá melhor, e de mais efficacia
efte medicamento. Serve em todos os movi¬
mentos convulfivos, epilépticos, e hifteri-
cos y he util em todas as enfermidades , que
procedem de humores cruíTos, e frios; na
parlezia, e mais achaques dos nervos fe ufa
combom CucceíTo ; dá-fe de dez gottas até
huma oitava , e exteriormente fe póde ap-
plicar nas parlezias, untando a tefta , epul-
íbs, ou mettendo no Nariz huma mecha de
AlgodaÕ enfopada na dita agoa, ou Tintura.
Como nefte medicamento entra o Cal volá¬
til dó Alambre, que fe achará eferipto no
Tratado VII. deita obra , ferá precifo dizer
também o que he Alambre, e qual he o me¬
lhor , para que os principiantes, para quem
eferevemos , e os curiofos o faibaõ com in-
Bucci- dividuaqaõ. He o Alambre huma matéria du-
num, fi- ra como pedra , hum de cor amarella , ou ei¬
ve kara* trina, e outro branco 5 ailim hum, como o
ke* outro fe acha nas bordas do mar Báltico , e
em ribeiras na Província a que chamaõPe-
ruília Ducal}acha-fe em bocados huns gran¬
des , outros pequenos, e com divertas for¬
mas } quando nas cofias daquelle mar reynaõ
certas caftas de ventos , entaõ he que o mar
o lanqa fóra , e os moradores daquellas par¬
tes o vaõ bufear, e algumas vezes o achao
taõ brando. e pegajofo , que fe emeima fe
lhe pôem mofea, ou outra qualquer coufa fe
pega muito a elle } afiim o branco como o
citrino fervem para o ufo da medicina com
a mefma virtude , fendo que o branco fe ga¬
ita menos, por haver pouco , e efte que fe
acha fazem delle algumas obras. Do citrino
melhor he o que he mais tranfparente, que
aquentando-o na roupa levanta a palha, a
que fe chega. Também ha Alambre preto,
efte he máo,por fer muito qujo. Entre os Au¬
rores ha huma grande coutroverfia ácerca
da matéria, de que he o Alambre ; porque
Plinio no Ub. 57. cap. 2. diz , que he goma de
huma arvore , como Pinheiro, ou Choupo,
quç rebentando do centro , e fahindo fóra
.
com abundancia , le coalhava 5 e outios di-
zem que he Rezina de Pinho , ou goma de
outras arvores, que depois de cabida le con-
gella , purifica, e faz tranlpai ente. Ovidio
nas fuas ficqoés Metamorphol. 1 ]. lib.i. fòl.
viihi 41* diz , que o Alambre he lagi ima das
irmaas de Phaetonte convertidas em aivo-
res 5 porém os modernos, como Lemery no
leu livro de Drogas letra K , pag. 305. aftir-
ma fer huma efpecie bituminofa , que íe cria
em certas fontes , e depois correndo pelos
rios vem ao mar, onde fe indurece á manei¬
ra de pedra , e as ondas o lanqaõ depois fó¬
ra } efta he a mais provável opiniaõ, e o me-
fmo diz Bluteau 110 feu Vocabulário Portu-
guez na letra A , pag. 205. He o Alambre
bom para fazer parar os fluxos do ventre, he-
morrhagias , gonorrheas , e para refiftir ao
veneno , confta o Alambre de muito oleo , e
fal volátil: dá-fe em pó de dez graÔs até
meya oitava, ou mais. Entra na còmpofiqaó •
deita agoa Efpirito volátil de fal Armonia-
co , o qual fe faz na fórma fegyinte. Toma- Spirítu
ráõ oito oncas de fal Armoniaco , e vinte e
quatro onqas decai viva, pulverizar fe-ha ^niai
cadafimples feparádamente , e lemifturará
tudo muito bem em almofariz } feita a mi-
ftura, logo fe lance em huma grande Retor¬
ta , de tal forte que fique mais de amétade
vafia; depois lhe ajuntem quatro onqas de
agoa da fonte , e tudo fe mexa bem , revol¬
vendo a Retorta: ponha-fe-lhe recipiente
grande, lutando primeiro todas as juntas, e
com brevidade fe ponha a Retorta em fogo
de arèa: e aftim fem mais, hivá diftillando o
efpirito por pouco mais de quarto de hora}
entaõ fe augmente o fogo , fazendo-o com
brandura até diftillar de todo o efpirito , o
que fe faz em breves horas; e tanto que a
arèa eftiver fria , e a Retorta da mefma for¬
te , fe deflutará o recipiente , e fe tirará o ef¬
pirito , que fe guardará para o ufo em vidro
bem tapado. Quando fe defpejar o efpirito
do recipiente para o vidro , em que fe hou-'
ver de guardar , defviará a cabeqa quem fi¬
zer efta operaqaõ , porque com o vapor fub-
til do efpirito o fará cahir nochaõ, fe lhe
entrar pelo nariz, e fará impedir a refpira-
qaõ de forte , que ficará em hum accidente.,
Lemery adverte , que para evitar efte vapor
volátil, que naõ entre pelo nariz , fe tenha
preparado hum lenqo molhado em agoa ,
com que fe cubra o recipiente, quando fe
dellutar , e defpejar para o vidro j também
fe deve defviar a cabeqa da meíma forte ,
quando fe miftura a agoa com os mais fim¬
plices , porque lanqa o mefmo cheiro. A cal
entra como Alkalina para desfazer com o
fal o accido , que tem os voláteis, que efta-
vaõ
 Das Agoas Compofias>: Vinagres jr &c.:
vaÕ juntos no fal Armoniaco: a agoa tam-
bem he para ajudar a destazer os mefmos
tjueíem ella fe íublimariao: he efte efpirito
de lai Armoniaco hum admiravel remedio
para as obftrucqoés, ferve na corrupqaõ dos
humores:, nas febres malignas, pefte , be-
xigas, parlezias , e epiiepfias: purga os hu-
morespor invifivel tranfpiracaõ, e por ou-
rina : dá-ie em agoa de herva cidreira, ou de
cardo Santo, de quatro até vinte gottasj ex-
teriormente fe applica ás ventas do nariz em
qualquer accidente para fazer fahir do le-
Sn] Ar- thargo.Ofal Armoniaco,que hoje fe acha em
ironia- toda a Europa , he o que fe traz de Veneza,
cum.
e Holanda, e fe faz na fórma feguinte: To-
maráõ cinco libras de Ourina de homem,
huma de fal marino , e meya de ferrugem de
chiminé da mais branca: tudo fe metterá em
vaio de bano, e fe cozerá até gaftar o licor
todo, e fe reduzir o que fica em maífa $ de-
pois de fria a matéria , fe tira\do vafo, em
que fe cozeo, efepôem em novo vafo de
barro bem alto dos que chamaõ Sublimato-
rios } e bem tapado fe pócm em fogo bran¬
do dearêa , até que a matéria toda le fubli-
me 3 depois de frio o vafo, fe tira o fal, que
fica branco, e cryftalino , e fe guarda para o
ufo: o melhor he o branco, fecco Cryftalino,
e que tenha o gofto muito acre, e penetran¬
Sal Ar- te. Ha também huma eípecie de fal Aromá¬
monia-
tico natural, que dizem os Auélores fe faz
cum Na¬
turais.
em Barbaria da ourina dos Camellos , CávaU
los, e outrosanimaes, que paftao em paizes
quentes, e que com a forqa do Sol fe con-
gella a ourina emcima da terra, e fe faz bran-
ca , e dura ; porém nenhum dos Auétores,
que o dizem víraõ efta cafta de fal Aromati-
ço , nem a trazem á Europa , e o que fe ufa
em todas as Officinas he o que acima fica ef-
jmpto. O fal Aromático , de que ufamos, he
bom para as febres quartans; para provocar
a conjunqaõ menfal, he fudorifero, aperiti¬
vo , refifte á corrupcaõ, e ás gangrenas 3 dá-
fe interiormente em licor apropriado de feis
graõs até doze, e mais. Póde-fe purificar o
Sal Ar- Sal Armoniaco, desfazendo-o em fufficiente
raoniaco quantidade de agoa commua, e depois fe
purifica¬
do.
filtre a dita agoa muito bem , e em fogo
brando fe faz evaporar, até que fique o Sal
muito claro , e fecco fe guarde em vidro
bem tapado ; deftefal Aromático aflim pu¬
rificado fe pode dar em licor conveniente
de feis graõs até vinte nas febres malignas,
quartans, para a conjunqaõ menfal, e fempre
he hum excellente fudorifero , e aperiente.
AGOA , Gü ESPIRITO THERIACAL
alcamphorado.
111 Triaga magna quatro onças.
JLv • Myrrha boa duas onças e meya•
99
Açafraõ meya onça.
Camphora duas oitavas. ■ J :jl-
Efpirito dé vinho bem reãificado de\ 'óticas:
digira-fe tudo por vinte < quatro heras , depois
fe difilie S. A. Far-fe-hahia forma feguinte:
A Myrrha , e Aqafraõ fe pifaráõ groífos} a
Triaga , e Camphora fe diííblveráõ no efpi-
rito de vinho, e tudo junto fe lançará era
lambique capaz , e bem tapado : ficará a
matéria em digeftaõ vinte e quatro horas
depois fe diftillará o Efpirito , e fe guardará
em vafo de vidro bem tapado. Eíta agoa no
cafb,que fe na5 queira diftillar, fe pôde delia
fazer huma agoa, ou Tintura Theriaca/,pon-
do os fimplices eh.i boa digeftaõ em cinzas
quentes alguns dias 3 e depois coada a agoa,
ou Tintura , fe guarda para o ufo, e tem as
ífiefmas virtudes, que diftillada. Efte medi-
camento excita o fuor , refifte ao veneno , e
malignidade dos humores, e he muito con-
veniente!0 feu ufo no tempo da pefte 3 dá-fe
de huma até duas oitavas. A Camphora, ou Campho,
vulgarmente Alcamphor, he huma goma, oura-
lagrima rezinofa branca , muito volátil, e
combuftivel, de hum cheiro fortemente pe¬
netrante 3 efta cahe das arvores, em que
nafce , e corre pelos ramos, e troncos das
taes arvores, que faõ taÕ grandes como No¬
gueiras , e femelhantes a ellas j o Sol a faz
endurecer , e eftando affim a colhem os na-
turaes da terra para o feu ufo ; diz Mange-
to , que eftas arvores , em que nafce a Cam-
phora as ha na Ilha de Borneo, qüe jie no
mar Indico, entre as Ilhas Cetebes, Jaba , e
Samatra , que he de figura redonda, ou qua-
fi redonda com quatrocentas legoas de cir-
cuito, debaixo da linha equinocial, e em ou¬
tras partes da Afia- Os Holandezes, e as mais
Nacoes, que vaõ fazer negocio á dita Ilha
comprao aífim a Camphora, e em vafos fu-
blimatorios , depois a fazem em paes, que
he da forte , que a trazem a efte Reyno 3 a Putifica-
melhor he a mais branca, e tranfparente,tio-
friável, que lanqando-a emcima de agoa ar- Cam^hp
de , accendendo-a primeiro : he compoftá c
de partes fulphureas, e de fal volátil muito jufdc m.
fubtil} he a Camphora boa nos males hifteri-
cos, abranda os vapores , que do utero fó-
bem , refifte ao veneno , ajuda , e facilita a
refpiracaõ : ufa-fe exteriormente , dando-a
a cheirar nos accidentes hyftericos, e appli-
cando-a ao embigo.
AGOA CATHARTIC A,
ou InfufaÕ Cathartica.
112 T) Tolhas de Sene tres oitavas.
XV. Sal Tartaro hum efcropiúo.
Agoa commua quatro onças : digira-fe tudo
por efpaço de feis horas, e coada a agoa fe dè
para 0 ufo. Far-fe-ha na fórma feguinte: Ef-
N z colhe-
 loo y Pharmaç. Lufit. Augment. Trat. III.
coíheráõ as folhas de Senne do melhor, mais hum , e outro fal accido , e Alcalico bem
verde e cheirofo , e juntamente com ellas unidos e penetrados, e com igua^l propoi>
ie lançará o Sal Tartaro nas quatro onças de çáó bem faturados , ceifa a fua ebulição , ou
agoa, eftando fervendo, e immediatamen- efFervefeencia , e naõ fe renova com outra
.teie tirará do lume , e fe abafará, e deixará qualquer addicçaÔ, que pofta vir,:
ficar feis horas $ pafladas ellas, fç coe efta AGOA S U E) O R I F E R A.
agoa fem expreftaô por panno branco de láa nj T) P4o Janto em hmaduras dezoito
dobrado , e fe dê a dita agoa, ou infufaõ para . JLV« onçasgr r:
huma bebida, que fe poderá adoqar com C afeas do mefmo quatro oiças.
huns pós de Açúcar branco , fe aífim o qui- S alça par rilha boa. tres onças.
zer quem a tomar-Os antigos porque na5 Satçafrax duas onças e meya.
tinhao o ufo dos Saes coítumavaõ pôr por Rai^de Angélica,
corre&ivo do Senne Erva doce, femente de Bar dana ■. rí , : r.
Funcho!, Canelaj e outro.s femelhantes fim- Efcorciôneira.
plices aromáticos,o que hoje fabemos fer ef- Genciana.
culado } porque para correêtivo b.aíla qual- Arftoloquia redondaanà duasonças.
quer fal, aífim como o de Tartaro , Cremo- Contrayerva huma onça.
res do mefmo Tartaro foluvel, vitriolad), ou Zedoaria feis oitavas.
outro qualquer fal Al leal i fixo. Serve efta Cardo Santo. , . •
agoa, ou infufaõ Cathartica para purgar to- '.Efcordio and manipolps dons.
dos os humores, principalmente os melan- Fiorde Papoilas mantpolo hum.
colicos : póde-fe efta purguinha tomar fem Cafça do exterior da.Cidra. 1
mais preparaçaõ, que a de huma ajuda, ufan- Semepte da niefma and huma onça.
do de dieta , nem he neceífario eftar de ca- Flor de Sabugueiro mamp. hum.
ma ; e fe com huma exhibiçaõ purgar pou- Triaga Magna.
co, fe póde tomar fegunda no meímo dia, Metridato and duas onças.
fendo aífim precifo fe póde feguramente fa- Confeição de]acinthos meya onça.
zer: o ufo defta agoa lerá util aos gottofos, Vinho branco generofo tres libras.
tomando-a os mais dos mezes, eftando li- Agoa de Sarralhas. ' '
vres do defluxo da gotta : também fe póde Língua de Vacca, e
aromatizar com algumas gottas> de efpiríto Bjorragens and quatro libras : depois de ma-
de cafca de limaõ azedo, que ficará mais fua- chucados fe digira porefpaço de vinte e quatro
ve e cheirofa : a quantidade, que devem horas, gafadas ellas fe dHHUe tudo S. A. Far*
tomar os gottofos, he a mefma que acima fe-ha na fórma feguinte : As limaduras do
deixamos eferipta. Alkali, ou Alcali, he hum Páo.fanto , e os mais fimplices duros fe pila-
termo Chymico-, efta palavra he Arabica, ráô groífos , ou machucaráó bem , depois le
compofta de Al, que íignifica Sal, e Cali, lhe ajuntaráô as hervas,e flores cortadas min¬
ou Kali, que he huma planta aífim chama- damente , e fe mifturaráõ com os tres com-
da, da cinza da qual fe faz a Barrilha, de que poftos, e tudo bem mifto fe metta em lam-
Alkali fi- Fabrica o vidi q, de forte que o Sal de herva bique capaz , e emeima lhe lancem o vinho,
ve Alcali. Katina, ou Cali he propriamente o que os e agoas diftilladas, e fe deixe em digeftaô
Chymicos chamao Alkali} e ainda que ao em lugar quente vinte e quatro horas eu-
Sal fixo de todas as plantas dem o mefmo taôfediftille em fogo brando, ca agoa di-
nome , o Sal da herva Kali por fer de todos ftillada fe guarde para o ufo em vidro bem
o mais porofo. he por excellencia verdadei- tapado. Também fe póde fazer efte medica-
ro Alkali. Bernardo Sylvano no livro intitu- mento \ precedendo primeiro a digeftaô de
lado combate da arte e natureza, diz que vinte e quatro horas j paffadas ellas, fe coe
todo o Sal Alkalico , aífim defta como das tudo junto em valo muito bem tapado com
mais plantas , he oppofto ao fal accido $ e fogo brando até gaftar quafi a terça parte do
na uniaô de hum e outro tal confiftem to- licor, e depois de frio fe coe , e dê para o
das as efpeculaçoes modernas * e por iífo di- ufo. He efta agoa hum admiravel antidoto
zeVn que communica o accido ás duas quali- para todas as febres malignas , e peílilen-
dades mafeulinas: a faber , o cálido , e o fec- ciaes: {dá-fe também nas febres , cm que ha
co , e que do Alkali procedem as duas qua- fufpeita de haver bexigas, ou farampo, e em
1 idades femeninas: a laber, o frio , e o humi- tempo de doenças epidêmicas 5 e fobre tudo
do 5 e da grande alteraçaô caufada da uniaô he admiravel para curar toda a cafta dc gal-
do fal accido , e Alcalico querem os moder- lico , de qualquer efpecie que feja , lançan-
nos que refulte a coropofiçaÔ de todos os do o mal fóra, e evacuando-o por fuor 5 dá-
corpos j e aífim fe deve notar que eftando fe para o gallico , depois das preparações
univer-
 DasvVgoas Compoflas, Vinagres,
tiniverfaes- por efpaco de, te is até nove dias
contínuos de manhãa e tarde , duas ou tres
onqas da dita agoa desfçita, ou miílurada
com huma oriqa de xarope de Efcordio, ou
de Cardo Santo * e para as malignas, e mais
achaques fe lhe pódem ajuntar a cada bebida
quatro , ou feis graõs de pedra Cordeal para
fazer o remedio mais diaphoretico.
AGOA M AGIS TR A L - ~
114R para Gonorrheas.
H orteíãa fecça tres onças.
• Semente de Arruda.
Agnocajio anà duas onças e meya.
JFolhas de Diólamo cretico huma onça.
JRaifde Lírio florentipo duas onças.
Termçntina, fina de\ onças.
Vinho generofo trinta onças : miflure-fe, e
fdça-fe diJiiUaçad S. A. em Banho de Maria.
Far-te ha na fórma feguinte: Tomaráõ as
folhas da hortelaa iecca, e os mais ílmplices,
e depois de bem machucados todos fe lhe
iruflurará aTermentina, e fe porá tudo em
lambique capaz, e emcima lhe lanqaráõ o
.vinho, e depois de eílar em digeílaõ por
tempo de feis horas,fe porá a diílillar em Ba-
nho de Maria, e a agoa diítillada fe guarde
em vidro bem tapado para o ufo. Serve eíla
agoa para a cura das Gonorrheas, a qual fe
toma nove até quinze dias contínuos de duas
onças até tres pela manhãa em jejum , e ou-
tra tanta porqaõ depois de jantar quatro ho-
ras } e poucas vezes fuccede haver gonor
rhea taõ rebelde, que refiíla ao dito reme¬
dio, e muitas vezes fe cura antes de fe toma¬
rem os quinze dias : em quanto fe tomar a
agoa , deve o doente comer dieta , ufando
Agno
de alimentos frefcos. O Agnocajio he huma
Cailo. ai vore , que fe cria nas margens de alguns
rios, ou regatos de agoa doce , e ainda em
lugares frefcos , tem muitos ramos delga-
dos, que fe dobrão tanto, que com difficul-
dade fe pódem quebrar ; as folhas fa5 com-
pridas, quafi como de falgueiro , ou pouco
mayores que as de Oliveira j pela parte de-
baixo tem huma felpa , ou lanugem branda:
dáflores, que tem bom cheiro , e depois a
femente , que fe ufa , e he do tamanho da
Pimenta : alguns dizem ha outra efpecie de
íta arvore, porém he pouco conhecida: cha-
ma-fe Agnocailo , porque eíla femente por
frefea reprime os ardores venereos.
AGOA NEPHRITICA.
^ T?
11 dc Saxifraya do\e onças.
JÁ* Ter menti na fina quatro onças.
Pdo nephritico.
Raiz de Ononis anà tres onças.
Sal de Favas meya onça.
Vinho branco generojb duas libras
Çumo.de limaõ gallego tres libras maclm-
íõí
cadotudo fe digira por efpaço de tres dias, de-
pois fe difiille S. A em fogo muito brando. Far-
fe-ha na fórma feguinte: O Páo nephritico^
e a Raiz de Ononis fepifaráó bem , e fe lan¬
cará tudo em lambique capaz , e emcima
lhe deitaráõ o vinho, e qumo de limaõ , c
tudo junto fe deixará em digeílaõ tres dias,
ou mais: depois fe faca a diílillaçaõ com
fogo ‘
moderado -
, tapando fempre as juntas
do lambique, o qual deve fer de barro vi¬
drado, e o recipiente de vidrOj e a agoa, que
fe diílillar , fe guarde para o ufo em garrafa
bem tapada. He admiravel o ufo deita agoa
para fazer lanqar as arêas dos rins, e bexigaj
dá-fe nas coliicas nephriticas com bom fuc-
ceílb: póde-fe tomar pela manhãa em jejum,
e quatro horas depois de jantar de huma on-
qa até quatro. Ononis he huma hcrva,ou ma- Ononis.
ta aílim chamada do Grego Onos , que quer
dizer Afino ^ ou porque delia goíta eíle ani¬
mal , ou porque lhe ferve de Pente, e Al-
mofaqa, quando por fer afpera, e efpinhofa
fobre ella fe revolve, e com ella fe coca,
por naõ haver quem lhe faqa eíla diligencia,
e boa obra : deita muitos tallos delgados,
redondos, felpudos, lignofos a modo de
vermelhos , difficultofos de quebrar , arma-
dos de bicos compridos e duros $ as folhas
fao compridas , pretinhas, adentadas nas
extremidades, vifcofas ao ta&o , e infuaves
ao olfato $ as flores fao vermelhas, e ás ve¬
zes brancas,e fe fuílentaÕ em cálices adenta-
dos: chamao-lhe alguns Befta bovis, ou Re- £efta ^
mora aratri > porque nas raizes defta planta vis.
fe enlaqao os pés dos boys , e fe embaraqaõ Remora
os arados ao lavrar da terra , em que fe cria aratr1,
a dita planta.-a Raiz defta herva he muito de-
teríiva , aperiente , attenuante , faz quebrar
a pedra , e he boa nas obílruqoês dada em
pó com licor conveniente de hum efcropu-
lo até huma oitava no cozimento da mefma
raiz , com a qual, e o ufo dos ditos pós con-
tinuados fe lancaó as pedras, e arêas adrni-
ravelmente. 0 Pdo nephritico he hum Pao Lignum
amarello declinante a vermelho, vem das ncphnti-
índias de Caftella em bocados , ou troqos cum-
grofíbs, e grandes, fem nós, o qual fe cor¬
ta de huma arvore femelhante á Pereira,
mas tem as folhas, que fe parecem ás dos
Chicharos: eíle Páo rafpado , ou em boca¬
dinhos poíto de molho em agoa , a tinge de
maneira , que poíla á luz parece de cor de
ouro , e na fombra parece azul 5 mas em re¬
cebendo algum licor accido , eflas duas co¬
res fe defvaneflem ,* e lancando-lhe oleo de
Tartaro refufeita a cor azul, aflim o affirma
Lemery no feu livro de Drogas letra L,
pag. 4^1» O Padre Bluteau no feu Vocabu-
lario Portuguez diz, que em Roipa fe faz do
Páo
 I02. Phàrmac. Luílt. ^
r llêPhli5ic^ ;huríi .copo, a que os Italia-
kirkerú- n°S C lamao Ktr^ano, e qlle lhe lançaõ
no. agoa dentio , e a deixao eftar algum tempo,
ate que a agoa fe faqa de cór azul, e affirmao
que he bom remedio para a pedra, letra N
pag.710.
He o Páo nephritico muito aperitivo, e
defeccativo 5 ferve para as collicas nephriti-
cas , de que toma o nome : gafta as obftruc-
qoês, desfaz a pedra dos rins, e bexiga : dá-
fe em cçzimento , ou de infufaõ até meya
libra por cada vez, ou a quantidade, que
quizerem.
AGOA N EPHRITI CA
magiftral.
11 & T) Rai\ de Maluaifco.
JlV* Ononis.
Salça., e de
Saxifrafa anà duas onças.
Semente de Cebolas.
- Milium folis.
Funcho , e de
Ortigas anà huma onça.
- Bagas de Alkekanges, e
J uni pero.
Cafcas de Amieiro, e
Tamargueira.
Pào nephritico ànâ feis onças.
No\es de caroços de Pecegos, e
Cerejas anà duas oitavas.
Trementina fina duas onças.
Vinho branco quatro libras.
Çumo de Morangos.
Limões, e de
Rabaõs anà det onças : pifados os fmplices
fepovhaô em digeftaô Cóm 0 vinho tres dias, de¬
pois fe difiille a agoa S. A. Far-fe-ha na fór-
ma feguinte : As raizes, cafcas , e o Páo ne¬
phritico íe pifaráo groífos 5 as fementes, ba¬
gas , e caroços fe machucaráó bem , e junto
tudo em o lumbique, fe lhe lance o vinho,
e íe ponha em digeftaô tres dias, ou mais,
rÇ°ÃSilhe aÍuntern os cu mós, e tudo junto
le diftille, lutando bem as juntas do lam-
biquc , e Recipiente ; e a agoa diftillada fe
guardará em vidro bem tapado para o ufo.
Fita ag(M gafta as fleumas, e as pedras dos
r,ns e hexiga $ abrindo as vias , as lanca fó-
t4 > e faz ourinar muito 3 dá-fe de huma até ajuntarao comosqumos, eTermentina; e
duas onqas em licor conveniente, e fem el-
. ’ mas lerá melhor, e obrará com mais bre¬
vidade, dando-a mifturada com alguma por¬
ção de cozimento de raiz de Saxifraya. No
calo que naõ haja fémente das Ortigas para
fe fazer efte medicamento j fe poráÕ em feu
lugar os olhos e folhas verdes da mefma em que oeftomago efteja vafio. A Pilocela. Pilocc
planta , nas quaes fe achà a mefma virtude
das fementes, e aindà fao mais vigorofas
eftando verdes, e em feu vigor.
ièiít. Trát^xa.
■pAGOA CONTRA VERMÈS?'/lníí
J l7 73 Raiydè Genciana'quatro onças.
X\« Zedôaria duas onfasA
' Artemija. 1 ‘ ' jflO "(f;o'j
Lofna. . ■■ • íAjflfid O b l V'
9
Centaurea menorf :r;,;
■' Efcordio. '.rji U<)
Folhas de PecegueirOi^1' uibamrn
1 Arruda. \ Kj ■ x- jt. J
Abrotano. •• ul nanc . >
fT 15
Sabina anà tres manip. '•
Cor allina huma- onça. * .JJr.
Semente de Alexdndria.
Cafcas dò exterior da Laranja áyeda and
duas onças cerni agba do coy mento dè1 Lofna fe
feça a difiillaçaa-. S: A: • Fár-fè-hà" na tórma
feguinte^: A raiz de GéncíáttJtf e Zedoarja
fe pifaráõ groflas: a fenrente déÁlèxandríá,
Corallina , e mais íimplices fé máchucaráô
bem , e todos juntos fe metteváõ em lam-
bique capaz, e emeima lhe dertaráõ o que
baftar.de cozimento de Lofna , que bem cu¬
bra os ingredientes, e fobrepuje quatro , ou
feis dedos, e depois de eftar em digeftaô de
vinte e quatro horas em lugar quente, fe po¬
nha a diftillar com fogo brando , é a agoa
diftillada fe guarde para o ufo em vidro bem
tapado. Efta agoa mata as lombrigas, e pre-
ferva da corrupqao, de quefé geraõ ,; toma-
íe pela manháa em jejum de huma òhea até
duas ou mais, fendo peftba de mayor idade;
porém he preciío fe continue , tomaudo-a
ate-nove dias.
AGOA DE CUMOS PARA AREAS.
i ^ ^ T> Cumo de Alhos porros.
iv« Cebolla branca, e
Çumo de Rabãos anà duas libras.
Pilocela.
Sigillum Salomonbanà duas libras.
Agrimonea. ;
Parietaria ana duas onças.
Çmio de Cidras meya libra.
Termentina fina tres onças.
Fferco de Pombas fecco duas onças : nii/lu-
re-Je em vafo capa\, e fe digira tudo por nove
dias, depois fe difiille S. A. Far-fe-ha na fôr¬
ma iegumte : As hervas fe machucaráo, e fe
tudo fe^ponha em vafo capaz nove dias em
digeftaô , depois fe diftille , e a agoa fe guar¬
de para O ufo. Serve efta para fazer lançar as
areas, e pedras dos rins, e bexiga , também
pielei va do dito achaque 3 toma-fe pela ma-
nhaa.em jejum , ou em outra quaíquer hora
como diz Bauyno , e Lemery no livro das
iogas, he aquella, a que nós chamamos her- Hcrva
va Aícar -, quando efte Andor a defereve diz «r.
que efta planta crefce rafteira 110 chaÔ, e que
produz
 Das AgoasCompoftas, Vinagres, &c:
produz as folhas a modo de Eftrellas, eque
íaõ compridinhas, cubertas de hum pello
branco , as haíteas eílaÕ também raíleiras , e
faõ iemelhantes a cordinhas, e deitaõ de fi he o que fe chama Tartaro): e fe lavará bem
novos ramos, as flores lao amarellas rodea-
das de pequenas folhas. O infigne e curiofo
Viger no feu livro de plantas dá hPilocela
o nome de Herva alçar crefce em monta¬
nhas , e lugares áridos, e pelas eílradas: êíla
planta he adílringente, e abíterfiva , e fe ufa
Sigillum delia em cozimentos. O SigiÚuni Salomonis,
SaJomon. ou Sen0 de Salomaf) he aquella planta,a que
Mathiolo chama Poligonato; os Francezes
lhe chamao Sello de Salomaó como nós.-eíla
herva nafce em filveyras aiTim nos montes,
como nos valles: diz Bauyno que he de altu-
t ra de quafi tres palmos, redonda , lifa, e que
tem muitas folhas femelhuntes ás do Lourei¬
ro , mas mais largas, e de vêas deflguaes, de
goílo algum tanto adílringente, as flores faó
brancas, e fahem do pé das folhas a tres e treS
em hum fó pé, do qual nafcem humas bagas
de cor vermelha , florece em Mayo $ a raiz
he branca , tenra , comprida , e eílá pouco
profunda,chêa de nós como as canasrhe eíla
planta abílerfiva, e algum tanto adftringen-
te; as bagas comidas purgaõ por baixo, e por
cirna, e a raiz dizem alguns que he utiliífima
nas purgaqoés brancas das mulheres, uíahn
do a em cozimento.
AGÒA PARA CHAGAS ANTIGAS.
11 ^ TJ Eé\es de ouro, onça huma e meya.
XV.« Incenfo tres oitavas.
Vinagre forte huma Ubra e meya.
Agoa de Tanchagem fete onças.
Kofada duas onças , co\a-fe até gajlar a ter¬
ça parte , e coada fe lhe ajunte
Pedra hume.
Alvayade.
Enxofre. . -
Terra figillada and oitava huma e meya:
Mantia huma oitava.
Oleo de Tartaro onça huma e meya:ferva le-
vemente, e fe còe, e ajjim fe de para 0 ufo. Far-
fe-ha na fórma feguinte: As Fezes de ouro ,
e o Incenfo fe pifaráõ fubtis, e.fe miíluraráõ
com o vinagre e agoas, e tudo fe porá em
vafo tapado a ferver em fogo brando até ga-
ílar a terqa parte do liquor, então fe tire do
lume , e paííadas feis horas fe coe , e na coa-
dura fe dififolva pedra hume ajuntando-lhe o
oleo , e mais fimples , c affim torne ao lume,
e tanto que der huma leve ebulliqaó fe tire
do fogo , e depois de frio fe.côe , e dê para o
ufo. Èíla agoa , ou cozimento he admiravel
para curar as •chagas antigas corroíivas, por¬
que as alimpa, e faz com que logo le fequem,
e criem nova carne , applica-fe á parte cha¬
gada em pánnos molhados na dita agoa re*
io$
petindo-os muitas vezes. O Oleo de Tartaro Oleum
fe faz na fórma feguinte: Tomaráo a quan- T«urit
tidade que quizerem defarro de pipa (que
com agoa fria, depois de enxuto íe pife grof-
fo , e fe lance em Retorta de vidro, delorte
que amétade delia fique vafia j lute-fe toda
com barro , e eliando o luto fecco fe ponha
em fogo de reverherio , e fe lhe hirá fazendo
muito lentamente por efpaqo de tres horas,
nefle tempo diílillará a fleuma infipida , que
fe lanqará fóra: tanto que diílillar a dita fleu*
ma , fe lhe torne a pôr o Recipiente com as
juntas bem lutadas $ então fe lhe augmenta
o fogo pouco a pouco até que fevejaõfahir
huns vapores brancos ; e nefle gráo de fogo
fe conferva igual mais algum tempo , em
quanto fahirem os mefmos vapores, e fe veja
fahir o oleo preto ) eítando affim fe lhe au.
gmentará mais o fogo até que nenhuma ma¬
téria fe diftille, e finalmente fe deixe apagar
o lume , e a Retorta, e Recipiente fe tirará
do fogo eítando toda a matéria fria , e aífim
fica o oleo diílillado , e também o Efpirito de Separatío
Tartaro, o qual fe aperta, e fegura pondo em sPmtu.s
hum funil de lataõ hum papel pardo pelo
qual pafla o efpirito , e o oleo fica emcima Gjufdcrarf
do mefmo papel depois de paífiar tpdo o e«
ipiritó , e aífim huma e outra coufa fe guar¬
de em vidro bem tapado : eíle oleo por fer
mais groííòfica no papel, e o efpirito pela
fua temuidade pafiá , e defta forte fe tem
eíles dous remedios feitos com huma fó ope-»
racaõ , e eíle oleo de Tartaro aífim feito he
o oleo de Tartaro fixo 5 ferve para fazer
lanqar os máos humores por invifivel tranf-
piraqaó , he fudorifero , e provoca a ourina,
póde-fe dar de huma oitava até duas ou mais
em liquor conveniente. O efpirito tem as
mefmas virtudes, e fe dá a mefma quanti¬
dade , fendo que do oleo pouco fe fervem
por caufa do máo cheiro com que fica , e al-
fim o ulaó exteriormente. Muitas vezes fe
pede o Oleo de Tartaro por dtliquio , o qual fe Olcum
faz tomando a quantidade que quizerem de Tarta“
Sal de Tartaro fixo , e fe poem em vafo de p^u^‘*
barro vidrado em lugar Rio e húmido , eíle 4
fal fe difíblve, e faz liquido , e neíla fórma fe
guarda em vidro para o ufo. Sendo que im¬
propriamente lhe chamao os Audtores Oleo
de Tartaro por dtliquio , que eíle liqüor he ló
huma folucaõ de fal fixo, e na5 oleo , porém
aífim fe ufa, e ferve para as impigens, e para
refolver humores, e com eíle dito liquor, ou
oleo coílumaó as Senhoras fazer huma agoa
Cofmetica lanqando em duas partes de Agoa 0(j°or7fera
de Cordova huma deíle oleo por deliqüio,
meya.de Efpirito de vinho, com que lhe fica
hum liquor bom, com o qual alimpuó as
muos,
 104 .'Pharmac. Lufit, Áugment. Trat.lII.
‘ maõs e o rofto, lavando-o, e deixando feccar
♦ per fi a dita agoa ; fe houver algum curiofo'
que queira gaitar o tempo em fazer varias
agoas Cofmeticas , veja Mangeto, Vekero,
' Lemery ,i)uuken , e outros modernos, e a-
çhará nelles bem com que fe divirta pela im-
menfa quantidade de agoas Cofmeticas , as
quaes naõ efçrevemos por nos parecer que
fiem o ufo de femelhantes remedios fe póde
paíTar a vida, e viver em ferviço de Deos. O
Ignísfivc Fo<ro de Reverberio em que fe ha de fazer o O-
Turnus Tartaro fixo , e o Efpirito do mefmo,
Rxverb,
he hum Fogo de Reverberação que fe faz em
forno cerrado, onde a lavareda nao fó dá no
vafo, mas refleótida, e reverberada por todas
as partes o rodea, e com eíte tal fogo naÕ fó-
mcnte fe diílilla, mas ainda ferve para a pre-
paraçao de vários miílos.
.AGOAS PARA GENGIVAS
podres.
ião TJ Rai\âe Tormentilla tres onças.
JLV« Rai\ de Rtftorta onça huma <
meya.
Rofas vermelhas.
Copos de Bolotas de Aynhcira and hüa onça.
Jgoa de Agriões tres libras.
Pedra hitme oitava huma : mijiurc-fe, e di-
flille-fe S. A. Far-ie-ha na lbrma feguinte :
As duas raizes, e os Copos ou pés dasEolo-
tas fe pifaráõ , e poraõ juntos com as Rofas
em digeftaõ dous ou tres dias em vafo capaz;
depois fe diftiilará em fogo brando,e na agoa
diftillada fe desfará a pedra hume , e aífim fe
guardará para o ufo : naõ havendo lugar pa-
ra fe fazer eíte medicamento por diftillaçaõ,
terá o mefmo eíFeito fazendo-fe de todos os
fimplices cozimento , lançando-lhe no fim a
pedra hume,e depois filtrando-o múito bem;
no cafo que naõ haja Biftorta fc póde Fazer
com a Tormentilla , que tem as mefmas vir¬
tudes ; os Copos das Bolotas he aquelle fun¬
do afpero que tem junto ao pé, eíte he o que
fe ha de ufar para eíte remedio , e naõ as ca-
fcas. Serve eíta agoa , ou o cozimento dos
fimplices para todos os achaques efcorbutos,
firma os dentes, e cura admiravelmente as and tres onças.
chagas podres,e corrofivas,lavando as gengi¬
vas,e chagas com a dita agoa, ou cozimento.
AGOA CONTRA LUEM
veneream.
121 T) Páo Santo rafpado huma libra.
X\. * Cafeas do mefmo meya libra.
Sal/dfrax em U maduras feis onças.
' Saljaparrilha detenças.
Páo de Rhodes oitavas duas.
Sandalos citrinos.
Sandalos brancos and meya onça.
Canela duas oitavas , infunda-fe tudo em goa, e hem tapado fe ponha em digeftaõ vin¬
quanto bafe devinha branco ? c depois, fe di* te e quatro horas, paliadas cilas fe ponha a
gira nove dias , e fe djiilU S. A. Os fimpíi-
ces todos fe piiaváo bem , c íe poraõ em
lambique vidrado , e emcima lhe deitaráõ o
que baftar de vinho para que bem os cubra,
e deita forte eítaraõ nove dias; no fim dei-
les fe mexa a matéria macerada, e le lhe lan-
ce o vinho que neçeffario for , de iorte
que cubra bem os fimpiiccs,e fobrepuje bons
quatro dedos ou até íeis , e pondo cabeça no
lambique bem lutada com o feu Recipiente,
fe diftille em fogo muito brando , e a agoa
fe guarde para o ulo em vidro tapado. Serve
eíta agoa na cura do Gallico ; dá-ie de huma
onça até duas em agoa de Fumaria , depois
da preparacao neceífaria , cura por fuor , e
purificando o fangue. O Pdo de Rhodes he a-
quelle a que vulgarmente chamamos Pdo de Lignu
Rofjs,porque tem propriamente o cheiro de
Rofas: vem em troncos, e pedaqos peque-
nos e grandes, aftim como os Sandalos , tem *
a côr declinante â amarella , tira-fe de huma
arvore muito alta e direita, que nafce em
muitos lugares do Levante nas Ilhas de Chy-
pre , e de Rhodes donde toma o nome, tam-
bem fe acha em Martinica ; as folhas da ar»
vore faõ como as dos Cafianheiros, mas mais
brandas, e efbranquicadas ; acafca do Páo he
brancacenta; o amago tem a cór com diver-
fidade , porque fe moílra branca,.preta, e a-
marella tudo miíturado , porém pelo cheiro
que tem de Rofas fe.conhece hellamente:
ufa-fe delle em perfumes, e delle fe tira por
diftillaçaõ aquelle excellentilbmo Oleo que
muito lc ufa nas pomadas; e no ufo da medi¬
cina he muito corroborante , alegra o cora-
qaõ , e faz reviver os efpiritos. ~~
AGOAANTiVENEREA
de Mancíto.
122
R. S alfa par rilha cortada em bocca-
dos duas onças.
Vifeo querei no huma onça e meya.
Rafpas âe corno de Veado.
Raf uras de Marfim and meya onça.
Antimonio crú, e
Pedra Pomes , machucados, e em ligadura
Agoa da fonte feis libras.
Canela duas oitavasfaçafe digefiaõ vinte e
quatro horas , depois fe cota até paliar a terça
parte, e coado o coymento fe dê para o ufo. Far-
fe-ha nafórma feguinte : A Salfa que deve
íer boa , e da de Funduras, fc rache e corte
miudamente, o Vilco quercino fe machu¬
que, o Antimonio, e Pedra Pomes fe pifem
groíTos , e ponhao em ligadura larga de pan-
no de linho raro ; e juntos todos os fimpli-
ces fe poraõ em vafo capaz,lançando-lhe a a-
cozer
 Ba* * o^oas Compoflas Vinagres f &cd* 10 }
cozer tendo o vafo tapado , e em fogobran- Çumo de Almeirad.
fe vá cozendo até gaitar a terca parte; de¬ Lingoa de Vacca.
pois de frio o cozimento fe coe bem Jem ex- Borragens, e de
preííaõ , e fe dé para o ufó. Neíle medica¬ Rifas and huma libra.
mento fe pôem a Pedra pomes por Correéti- Çamo de Cardo Santo tres libras.
vo do Antimonio j porque com ella naõ po¬ Ci das ate das inteiras num. fetc.
derá excitar vomitos, como diz o mefmor Rafaras de Corno âe Veado meya libra: mi~
Mangeto na Bibliotheca Pharmaceut. tom.i. Jlurefe tudo, e depois dc tres dias de digejíaõ
pag. 284. por ibrmaes palavras: In hujus aqua fe difiiUe S. A. Far-fe-ha na fôrma feguinte :
tonfeãione pumex admifcetur pro Antimonij Os qumos todos fe tiraráo cada hum per íi, e
çorreãivo, aliás enormes excitar et vomitas, ad depois fe mediráõ as quantidades , e todas fe
quos fifiendos tamquàm incantamentum valet lançarão em lambique de barro vidrado, e
parumpumicis in pollinem redaãitni, &Jn vino emeima lhe deitaráõ as Rafuras de Corno de
propinatum. $erve efta agoapara acura do Veado,eas Cidras azedas primeiro machu-
gallico, abranda as dores, he util nas Gonor- cadas em gral de pedra com cafca , miolo, e
rheas, Buboés, affim legítimos, como efpu- fementes., e deita fortediçará tudo em dige-
rios, refolve as gomas, cura as puítulas, e ítaõ por efpaco de tres ou quatro dias .; paf-
chagas fem que por fóra fe lhe applique ou- fados clles, fe diitille a matéria em fogo mui-
iro remedio , purifica o fangue, he fudorife- to brando, e fem fumo algum, tendo as jun-
ro, e alguma coufa laxa o ventre, ainda.que tas do lambique e recipiente bem lutadas, 0
pouco : O modo de tomar eíte medicamen- a agoa fe guarde para o ufo. He eíta agoa ad-
to para curar qualquer efpecie de gallico, he miravel para as febres malignas ; dá-fe duas
preparando primeiro com fangrías, e purgas vezes no dia de quatro onqas até feis depois
•convenientes, e depois de bem evacuado o de algumas fangrías.
corpo fe toma tres vezes uo dia, a faber, pe¬ AGOA ALEXIPHAR MACA.
la manháa , jantar, e cea , paliadas algumas 124 Risotes verdes colhidas em Junho.
-horas depois de comer, e por efpaco de trin¬ • Cardo Santo,
ta dias: A agoa que fe ha de beber ordinaria-* fíerva Cidreira.
mente, ha de ler feita de cozimento dos fim- Arruda.'- . ' A
pBces já cozidos: Em dez dias diz o Audlo^ Scabiofa.
que cura as dores , e nos mais acaba de curar Efcordio , tudo com folhas verdes and quatr*
© achaque , de tal forte, que os mais dos que onças. .
aufára5,ficáraõ perfeitamente faos: Defiè re- Vinho branco q.f. Faca-fe diítillaqao na for¬
frnedio ufou muito Mangeto , edizporfor- ma feguinte : As Nozes verdes le colhetáõ
xnaes palavras,fallando do medicamento que em o mez de Junho affim como então eílaõ ;
fica eferipto: Addolores venereos radicitus ex- as hervas todas ferao bem verdes eftando em
tirpandos nondatur in ttrta Republica Medica feu vigor , que tudo fe acha no mefmo mez;
potentius medicamen hac nofira aqua , & longe e juntos todos os fimplices fe pifaráo com as,
fuperát omnia antidota contra liiern , Cf mérito Nozes, e quando fe pifarem fe hiráÕ hume-
inter alia primam fibi vendicat locam , Cif omni- decendo com alguma porqaô de vinho bran-
bus palmam prarrpit. Hajas ope inutilia deco- co , depois fe mettaõ em lambique capaz , e
ãa, 0? afinaria ab aula Meaicorum receferunt, emeima lhe deitem o que bailar de vinho
Hf quos agrotos Mercurijfufumigia , Cf extre- branco que bem cubra os fimplices, e fobre-
tna iniinãiones deluferunt, hac ad prijlinam puje dous ou tres dedos, e affim fe. deixe fi-
evocavitfanitatem. Adeb in lue infalUbilem in car era digeftao vinte e quatro horas; paffia-
dies exper ti famas , at muitos , quos deploratos das ellas,íe faqa a difiillacaô,e a agoa fe guar-
vulgarium grex poji d eco ã a , fufumigia , Cf de para o ufo. He propvio eíle remedio para
inunãiones omni falutufpe orbatos defervit, hu¬ refiílir ao veneno, e á malignidade dos hu-
jus aqua beneficio ab orei faucibus revocaveri- moresj-preferva da eorrupcaò, e a desfaz por
mus. A quantidade da agoa que fe toma nos ínvifivel tranfpiraqao ; dá-fe de huma onca
dias da cura pódem fer feis oncas cada vez , até tres ou mais fe necefiario for.
tomando-a tres vezes no dia vem a fazer def¬ AGOA SOM N IFERA.
eito oncas, e fe póde exceder, ou diminuir j2<j TTJ) Semente de Dormideiras brancas,ç
a quantidade como parecer ao prudete Dou¬ X\ * Dormideiras negras and meyx
tor , que aíliftir á enra. libra. ’

,R
AGOA PARA FEBRES MALIGNAS.
127 1(fumo de Ate das.
• Arruda , e de
Al face duas oncas.
Beldroegas oitava huma , c das,
Qiiatro fementes frias and meya. onça.,
•Cidras a\e d as and huma libra e meya* Agoa de Alface.
O RapÀ*
 íp6i Phàrmac. Lufit.. Aiigm ent. Tratí III.
Papoilas.
Rojada, /
Vinho branco and duas libras.
Cpio hum a onça. a Magiítral.
Pior de No\ mofe ada meya Onça.
Açafrao bom huma oitava : depois de quinte
dias de digejiad fe dijlille. S. A., na fórma fe-
guinte: As lamentes todas fe pifem cm gral
de pedra, e fe lhe ajunte o Opio, Flor de Noz
mofeada, e Aqafraõ pilados groílbs * e com
alguma porcaõ de vinho branco fe faqa hu¬
ma maifa groíTa em fórma de paõ, e fe dei¬
xe aíftm eftar vinte e quatro horas $ paíTadas
ellas fe mettaõ em vafo capaz , e emeima lhe
deitem as agoas diílilladas e o vinho, e fique
tudo quinze.dias em digeftaõ * e paífado o di¬
to tempo fe diílille a agoa em fogerbrando,
e fe guarde para o ufo. Serve efta agoa em
todas as vigílias aflim antigas como moder¬
nas ; depois de tomada, logo provoca o fom-,
nòí-he utiliflimà em quaefquer dores, ou flu-'
xoes Rheumaticas procedidas de cauíá quen-í
te , porque refrigera, condenfa , e humede¬
ce admiravelmente * dáTe de huma colher
até duas á noite em hora conveniente per fi
fó, ou em alguma porcaõ de agoa cozida
com cevada eíbulhada, parecendo aífim a
quem afliftir ao doente.
AGOA GOLPHINIANA.
I26 T> Agoa de Alface.
Jtv* Golphads brancos.
Papoilas, e 1 . -;j
Rofaâa and duas libras.
Semente de Dormideiras brancas, C
Negras and meya libra.
Beldroep-as huma oitava.
Melaô.
Melancia.
Abobora ,e
Pepino and meya onça. t Rai% de Bifnaga.
Vinho branco huma libra.
Opio huma onça. <r ■
No\ mofeada.
Açafrao bom and oitava huma-, mifure-fe, e
âifille-fe em Banho d.e Maria duas ve\es. Far- gejiad por efpaço de âe\ ou do%e dias , depois fe
fe-ha na fórma feguinte : As fementes fe pi¬ dijlille S.A., na fórma feguinte : Os fimpli-
fem em gral de pedra, e fe desfaqao bem com
alguma porqao das agoas $ depois fe diífolva
o Opio no vinho branco , e bem desfeito , e
coado fe ajunte ás fementes e aguas $ e tudo
fe deixe em digeftaõ dez até quinze dias; paf-
fados elles felhe lance a Noz mofeada, e
AqafraÕ * e de toda a matéria fe faca diftilla-
qaõ em Banho de Maria * e diftillada efta a-
goa fe torne fegunda vez a diftillar nome-
imo Banho $ e ultimamente fe guarde para o
nfo em vidro tapado. Serve efta agoa para
todas as* vigílias, e para os mais achaques
que na receita antecedente ficaõ eferiptos j
|
dá-fe de huma onca até duas em horas Con^
venientes. ! • ■1 á
.AGOA DE AL ME CEGA
127j Agoa de Hortelãa huma libra.
» ;" Jtv* Cravo da índia huma onça.
Almecega em gr ao quatro onças. Jv /' í ’
Xarope de Marmellos q.f. para adoçar 0 co-
pimento. Far-fe-ha na fórma feguinte: Pifa-,
ráõ o Cravo, e o humedeceráõ com algumas
gottas de vinho branco,pifando-o grofíó pri¬
meiro 5 depois fe pifará a Almecega, e junta
com o Cravo fe lhe deitará a agoa deHorte-
lãa ; e em vafo bem tapado fe ponha tudo a
cozer em Banho de Maria por eípaco de duas
horasjdepois de frio o cozimento fe côc bem,
e fe lhe lance o que bailar de xarope de Mar¬
melos ', de forte que fique adocicado $ e defta*
forte fe dê para o ufo. Serve em todas as nau-
feas, vomitos, e para a Cholera mor bus, por¬
que conforta o eílomago , e a faculdade re-
tentriz; dá-fe de huma colher até duas onqas.
O achaque de Cholera morbus como dizem Cholera
muitos Auótores, e com elles o infigne e naorbus.
doutifíimo Joaõ Lopes Corrêa no feu Caftel-
lo Forte de Cirurgia a diffine aífim Cholera
morbus, id eft , Biliares , fe diyafeão agudo
com muitos vomitos biliofos, e dejeççoes baixas,
contrahindo as pernas, e esfriando as extremi¬
dades com pulfo pe queno , e obfcuro.
AGOA UTERINA
Magiílrai.
128 T) Rai\ de Peonia colhida no min-
Ja» guante da Lua,tres onças.
- Semente da mefma , onça hulha e meya*
Semente de Funcho.
Vifco querei no and quatro onças.
Myrrha.
Cajioreo and meya onça.
Diãamo branco.
Zedoaria and duas Onças.
Agoa de Herva Cidreira quatro libras.
Vinho branco tres libras : de tudo fe faça di¬
ces todos fe pifem groífos, e fe mettaõ em
vafo capaz , e emeima lhe lancem o vinho, e
agoa de Herva Cidreira* e bem tapado o va¬
fo fe deixe eílar por tempo de dez ou doze
dias ao Sol,ou naõo havendo em lugar quen¬
te e no fim delles fe diílille toda a matéria
em fogo brando , e a agoa diílillada fe guar¬
de para o ufo. He boa eíla agoa em todos os
achaques uterinos , e ainda nas Epilepcias
das mulheres procedidas do utero * abranda
as convulfoés, que daõ no accidente , e dif-
fipa os flatos* dá-fe de huma onqa até tres no
accidente, ou antes dclle \ e para prefervar
do.
 Das Agoas Compofias, .Vinagres, &c.T Í07
jdo ditb achaque fe toma repetidas vezes em nobres, alegra o coraçao, e faz reviver os
horas convenientes, o ; ; ; /j k?< efpiritps j he utilaos Melancólicos, provo¬
AGOA OP.TALMICA ca a conjunção menfal , epor ter taõ bons
r Subnigra. effeitos,chama Nicoláo. de Lemery a efta a^
129 Tj Vinho branco do melhor. goa Admirável j.dá-fe de duas oitavas atéfeis.
Agoa dedUdonia. A G O A ÍDjE .CA R A COES. >
Rofas brancas. , 'íuTíjj ; v, * 1311 T3 Caracoes vivos comfua cafca tres
Euphra%ia. , ,-i j V! v .. Jtv* libras. % . r .
Funcho , e • »:: !• : . .,!j_ Leite de Burras duas libras, digira fe a ma¬
Arruda and feis onças» j. , •; téria , e fe dijiille em Banho. Far-fe-ha na for¬
Cravo da índia. : > .o; ... '■■■ ' fi ,1 ma feguinte : Os Caracoes.fe tomaráõ vivos,
A\evre epatico , e rrt , • e felavaráõ muito bem, deppis fe pifaráõ em
Tu tia preparada and cinco oitavas. ,gral de pedra , e fe lançáráO em vafp capaz,
Camphorafeis oitavasçtudo Je ponha Ctn gar¬ e emçima delles o leite de Burras; e fe porá
rafa de vidro ao Sol nos dias caniculares , e fe em lugar quente por tempo de_doze horasjj
guarde para oufo. Far-fe-ha na forma feguin¬ palTadas ellas fe/ diftilleem Banho de Maria,
te: O Cravo fe pifará groflb , a Tutia pre¬ e a agoa fe guarde para o ufo. Efta agoa,he
parada , Azevre , e Camphora fe desfará nas muito, nutriente , e refrigerante.; o principal
agoas e vinho, e tudo junto fe lançará em hu- ufo he para lavar o rofto , e he o Cofmetico
ma garrafa de vidro, e fe tapará bem com mais feguro ; no ufo interno fe dá efta agoa
pergaminho , e fe trará ap Sol em todos os de Caracoes aos Tyficos,aos que lançaõ fan-
dias caniculares, mexendo a matéria duas ou gue pela bocca, c para os ardores da Ourinaj
tres vezes no dia 5 e acabados os Caniculares dá-fe de huma onça até cinco ou feis. Os Ca¬
fe tira do Sol, e guarde para o ufo de todo o racoes para efta agoa , e para o mais ufo da
anno j e quando fe dér fe côe muito bem íó a Medicina de que ie deve ufar, faõ os que na-
que fe hòuver de gaftar , de forte que os íim- fcem nas hortas, que fao brancos j e as mais
plices fe confervem íempre na garrafa até efpecies que faõ muitas, também fervem, po¬
que de todo fe acabe a dita agoa;. Serve para rém os das hortas, porque fe criaÕ com plan¬
toda a inflam maça õ dos olhos j tira, adelga¬ tas mais frefcas, por efta caufa faõ ps melho¬
ça, e gaita os humores, quecaufaõas nevoasj res j e todos fabem que o Caracol he hum ín- £ímilx
conforta a vifta, e livra das dores dos olhos feéto , ou animalftnho reptil, molle, pega- qUid<
quando as haja, lançaõ-fe algumas gottas jofo, cuberto de huma concha , em quean-
dentro nos olhos principalmente no que pa- da : he hermaphrodito, e com notável fingu-
dece fendo hum fóy ou ambos fe igualmente laridade lança pelo pefeoço a matéria excre-
eftaõ enfermos. mentida $ e por efta mefma parte refpira $
AGOA MIRABlLíS. dizem que huma pedrinha , .que fe lhe acha
130 T) Canela boa huma onça. . .• na cabeça, atada ao braço he remedio con¬
JÁ • Cafca exterior de Cidra• tra a febre terçãa: todos os Caracoes têm vir¬
Ffo\ mofcada andfeis oitavas. tude de refrefcar incrafTar, e confolidar, e
Cravos da índia. . i para tirarem as manchas da cutis. v; •
Galanga* -.1 . AGOA MAGISTRAL
Cúbebas. .) de Caracoes. . >
Macis. 132 T) Caracoes duas libras.
Cardamomo. I JlV • Folhas de Herva fanta meya onça.
Gengibre and duas oitavas. Alcaçus duas onças*'-:
Çumo de Herva Cidreira purificado. Lirio Florentino huma onça* ■ ,
Vinho branco. .1 Enula campana meya onça.
Efpirito de vinho and huma libra 5 machuca¬ Sementes fri as m ay ores and meya onça.
dos os fimplices fe ponhao em digejiao tres dias, Herva doce feis oitavas.
dijiille fe S.A. Far-fe-ha na fôrma feguinte: Açafrad huma oitava*
O çumo fe purificará , e depois fe tomará a Rofas vermelhas*
quantidade que fe pede na receita, e fe ajun¬ Violas* . ,
tará ao Efpirito de vinho , e ao vinho bran¬ Borragens and duas onças.
co } e em valo capaz todos juntos Com os Sangue frefco de Porco.
mais ftmpjiçes, fe poraõ cm digeftaõ tres Vinho branco and quatro libras* >
dias em lugar quente , depois fefaráa diftil- Çumo de Hera terrejire.
laçaÕ com fogo igual e brando ; e a agoa que Efcabiofa. t ,
diftillar íè guardará para o ufo em vidro bem r Epatica , e de
tapado. • Efta agoa.fortifica todas as partes Tanchagem and hunia libra e meya,
O2 * . Cofi-
 Xo8 Phármac. Lufit. Augi^etítXTratMltifc
, Coy mento âe Tucilagem 7 e de f -
Vetarac& anã huma libra \ mijlure-fe, e ãiJhU
U-fe depois de tres dias de digejiav. tar-le-ha
na fónna feguinte: As raizes, folhasde Her-
va Santa, flores, e mais fimplices fe machu-
caráõ todos, e íanqaráõ em vaíb capaz com
*>$ cumos, e cozimento 5 e tudo bern tapado
fe ponha em digellao em cinzas quentes tres
dias, depois fe diílille em fogo brando , e a
tigoa diílillada fe guarde para o ufo He eílá
agoa própria para todos os achaques dos Ba-
fes, e peito: ferve para a Tifica, Afma , tof-
fes inveteradas, e para excitar os efcartos $
dá fe de huma onqa até quatro ou cinco em
horas convenientes.
AGOA PARALYTICA,
151 T> Sal/a parrilha.
XV* Pão Santo aná nove onças.
Salfafrax onça huma e meya.
Betonica.
JSIeveda.
Camedrios.
1 va arthetica oit Herva crina.
Hyfopo.
Mangârona.
Ouregàos.
Marroyos.
Prímula ver is.
Poejos.
Alecrim.
Salva.
Serpaõ.
'Thimo.
Vlor de Calendula, e
RoJ'maninho anámanip. meyo.
Bagas de J uni pero meya onça: de tudo fe fa¬
ça digejiad com quanto bajie de efpirito de vinho
por efpaço de tres dias, depois fe dijlille7e á agoa
djiiltada fe ajunte 0 feguinte.
Caforeo.
l\jt ora que calamytha.
Canela.
Pimenta.
Cravo da índia.
Semente de Mojlarda branca.
Cojlo amargo.
Piretro.
Gengibre aná meya onça\difilie-fe tudo.S.A.
Far-ie-ha na forma feguinte: A Salfa parri-
lha, depois de rachada, fe pifará com os mais
fimplices 5 e fe porão cm vafo capaz, lancan-
do-lhe o que bailar de efpirito de Vinho,
que bem cubra a matéria,e exceda mais qua¬
tro dedos * ele deixará em digellao tres , ou
quatro dias: paíTidos elles fe diílille a ma¬
téria em Banho de Maria * e a eíla agoa di¬
ílillada fe lhe ajunte o Caíloreo , e mais fim¬ Agoa de Poejos , e de
plices até a gengibre bem pifados * -e depois
de huma digellao de vinte e quatro horas,fe ■ ça digefiad por efpaço dedo\e , eu quinze dias, e
ditiiile-íegunda vez* e a agoaque fediflillar*
fe ha de guardar para o ufo. tila agoa forti*
fica oi nervos, lie procria para aParlezia,
ler ve em todos os adüidentes, vapores hy-
ftericos, e para as Apoplexias* dá-le de meya
oitava até duas. A-Iva arthetica 7 oü Herva ^ ^T’
crina vuigarmente aífim chamada, he o Cha-
m&pytis de Bauhino. Eíta hervacrina, ou Iva c|ina
arthetica naice raíleira no chaÕ voltando de Chamse-
huma parte para a outra * tem as fòlhas ié- púys.
melhantes ás da herva fempre-viva menor,
ou as uvas de Caõ, com alguma felpa, côr
eíbranquiqada, e muito baflas, e em vários
íamos deitados no chaõ , a fior he miuda, a-
marelia, e branca conforme os fitios f tem o
cheiro a modo de Pinheiro, as raizes laõ co¬
mo as de Almeirão, nafce em lugares 1'eccos,
e pelos caminhos $ o cozimento delia herva
he bom para a Idericia , c para a fciatica, e
maisidetluxos. A Calendula, Caltha, ow Chri-
fantemon em que já falíamos no Cr aã. $.«. 50.
he aquella Planta muito conhecida entre os
menimos, aquechamao Bem me queres7 tem Calcmtu
o botão côr de Ouro, e as folhas brancas* das
flores delta planta fe naô faz cafo , fenaõ os phryfan'
meninos para os leus brincos * e Galpar Bau- vuj^
hino , e outros Audores dizem , que a dita Bem rac
flor conforta o coraqaõ , refifte ao:veneno, queres,
e lebres peítilenciaes, ou cm cozimento, ou
em pó, e em profume provoca a conjunqaõ
mental, e faz lanqar as pareas 5 e a agoa di-
ítillada da planta he boa para a inflammaqao
dos olhos.
AGOA ESTOMACAL.
*34 TA Galanga onça huma e meya. >
XV. * Gengibre branca,
Pempinella. ■ • 1
Enuld campana.
Rai\ de Lírio amarello.
Cravos.
mofe ada.
Canela. >
Almecega aná huma onça.
Folhas de Hortelãa.
Alecrim.
Salva.
Lofna aná meya onça.
C ardamomo.
Ameos.
Cdl amo aromático.
C afeas de N o<{ mofe ada.
Pimenta longa.
Efquinanto.
Efpica cheirofa.
Páo de Aguila aná tres oitavas.
Vinho branco bom oito libras.
Herva cidreira aná huma Ubraiáe tudò fefa-
f*
 DasÀgoas Comportas’, Vinagres, &o.
fe difiUe cm Banho, de Maria $. A. Far-fe-ha
na fôrma feguinte: As raizes, herva, e todos
os mais fimplices fe pifem em gral de pedra
muito bem, depois fe mettaõ em vafo capaz,
e emeima delles fe lance o vinho, e asagoas
diftilladas, e tudo fe deixe em digeílaõ doze
até quinze dias: paíTados elles fediílille em
flariho de Maria , e a agoa fe guarda para o
ufo. Eíla agoa faz aquecer òs eílomagos de-
mafiadamente frios, abranda-lhe as dores,
desfaz a fleuma grofía, faz parar os vomitos
violentos , excita a vontade de comer, des-
faz os flatos do eílomago, e de todo o corpo,
e he util ás mulheres faltas da purgacaõ men-
fal; dá-fe de meya onqa até duas.
*09
de Bode, e os bofes da Y itellafe prepáraõ do Prepara*
mefmo modo que os de Rapofa , e aflim.fe 110 ^an¬
guardaô parjtfe uíarem no cozimento^^m-,*111018’&
bem com os. ditos ingredientes fe pôde re- yj^0^
chear hum Frango para fe dar todos os dias
o caldo delle , o que fe faz , e fe toma como
todos fabem , e certamente deites caldos fe
pôde fazer muito calo : ferve para as febres
heélicas, purifica o fangue, humedece os Bo^*
fes, e he conveniente nas Tificas , e mais a-
chaques do peito , e Bofes; da agoa diftiílar
da ie dá de huma onca até quatro , e do co-
zimento feito .com frango, ou fem elle meya
.libra.
AGOA DE CASTOREO.

*35 R
AGOA ANTIHECTIGA.;.
Folhas de Pimpinella.
p Epatica. ,
.'[ n.
Y , !u
13 6 Cajioreo bom quatro onças. n . .,
__ Alfa\ema huma onça.
Canela feis oitavas.
Millefolio. . ] Folhas de Salva.
Agrimonia. Alecrim and meya onça. 4
Verônica. ; , ,l0:- C afeas dC' No\ mofe ada.
Hortelãa, que nafee ao pç da agoa hum ma Cravos and duas oitavas.
Jiipot. Efpirito de vinho feis libras: digira fe a ma-
Rai\ de Pimpinella. teria dons dias $ depois fe difilie em Banho de
Enula campana. Maria S. A. Far-fe-ha na fôrma feguinte :
Chicorea and feis oitavas. PifaráÕ todas as Drogas, e fe metteráõ em
As quatro fementes frias and meya onça. vafo capaz , lanqando-lhe emeima o Efpiri¬
Flor de Borragem. to de Vinho , e deixando digerir a matéria
Ungua de Vacca. K dous dias em lugar quente, tendo fempre
Chicorea, e bçm tapado o vafo em que fe faz a digeftaô ,
Rofas and pugillo hum. é depois fe diftilla em Banho, e a agoa fe
Caranguejos do Rio numero io%c. guarda para o ufo. Também a eíla agoa di-
Caracoes numero deiafeis. ítillada na fôrma dita fe chama, Efpirito dé Spirítus
Sangue de Viteila preta huma libra. Caftoreo. He a agoa boa para abater, e dif- Caftorii.
Bofes de Viteila preta meya libra. íipar os vapores hiftericos, provoca a con-
Agoa de Epatica huma libra juncaõ menfal ; dá-fe nas apoplexias, faz re-
Leite de Cabras q.f tudo fe difiille S. A. viver os Efpiritos, he própria para todos os
Far-fe-ha na fôrma feguinte: Os Bofes de Vi- accidentes ,eparlezias $ dá-fe de meyaoita-
tella fe cortaráõ em boccados, os Carángue- va até duas, ou per fi fó, em agoa, ou outro
jos, e Caracoes fe pifáráõ juntos com as rai- qualquer liquor conveniente.
zes, folhas, e flores, e tudo fe deitara em v|- A G O A P A R A
fo capaz, e lhe ajuntaráõ o langue de V itel-
la , e a agoa de Epatica diílillada , e depois o
que baftar de leite de Cabras, de forte que
M7 R fupreflbés.
Çumo de Rabãos.
• Li mo és a\edos.
fique bem cuberta toda a matéria } aílim fe Cebola branca, e de ...
deixará em digeílaõ por eipaqo de doze ho¬ Parietaria and huma libra.
ras , e ultimamente fe diílillará em Banho de Agoa de Flor de Favas, e de
Maria, e fe guardará para o ufo a agoa diftil- Mil flores and duas libras: tudo fe difille de¬
Dccodtd lada. Deíles fimplices fe pôde fazer todos os pois de fermentado vinte e quatro horas y e fe
antihcdi- dias hum cozimento, pondo-os em propor- guarde a agoa em vidro bem tapado parafe da-
cum. caõ de forte , que venha a ficar,o cozimento rem delia tres onças por cada bebida , e juntan-
ém meya libra ; o qual adoqado com huns do-lhe Sal de Favas meya oitava.
pós de Aqucar fará ainda melhor efleito , do Caroços de Nefperas hum ejcropulo mifare-
que a agoa diílillada; porque eíla fó fe diílil- /<? S. A. Far-fe-ha na fôrma feguinte : Tira-
la para que tenha mais duracaõ, e fe conti- ráõ os qumos todos, e fem ferem depurados^
núa tomando-fe todos os dias pela manhãa fomente coados huma vez , lhe ajuntaráõ as
em jejum : e porque pôde haver difficuldade duas agoas diftilladas , e fe porão em vafo ca¬
em fe achar todos os dias o fangue frefeo de paz em digeílaõ por tempo de vinte equa-
Vitella , fe pôde feccar , e preparar como o tro horas, entaõ fe difiille em iambique de
i vidro

f íó r Pliàrmác. Luíit. Átâgftent. Trãi.lII:
vidro com as júilfás délle , e do Recipiente
FèhFlütâdas j e eílâ agoa áflim diflíllada fe‘
.gnátdè para o ufo éíü vidro tapádò j e quati*’
/ dóTótoeceflária fe ha de dar hmqándo ern ca-
dátíre^ onqas delia meya oitava dé'íál de Fa-
Vais; Jç!;hum efçVoptilo de caroços dè Nefpé-
rás èm pò fúbtilillimo!5 e fe dá êfté remedib
cTehres em tres horas,e tres vezes rio dia 3 hé
müito approvado , e excellente nas fupreí-
foés altas, ou baixas ; ferve para todos òs ac1
“cidentes de pedra , e para os achardes da Be-
■Xiga;, porque quebra e desfaz a pedra, lanqá
ias aréas, e faz ourinar muitas vezes 3 dá-fe a
-7--- /
quantidade acima.dita : A eíle medicamen¬
to ft dá digeílao primeiro, para Fázér diíípl-
ver os faes, que em fi contêm os cumos,pa¬
ra que desfeitos fe elevem pela dfltillaqaõ 3 e
fe naò fe digerifem primeiro, ficar iaõ 0$ la es
no Caput mortuum fem utilidade alguma.1 As
Nefperas fe devem colher em feu têrfipo ,
eílando bem madurasj e então-fe lhe titao os
cavocps para fe guardarem em pó fubtiliíli-
mó em vidro tapado, para quando forem nç-
•ce Bários.
AGOA DIURÉTICA;
138R M iolo-de caroço de PeJJego.
• Miolo de caroço de Cerejas, and
hnha libra. ’ XV. Cara coes and ditas libras.
• Amêndoas amargas.
Fhrfecca de Sabugueiro and meya libra; iu~
do fe infunda em quanto bajle de vm/w brando, e
fe diliiile ern Banho S. A. Far-fe-ha na forma
feguinte: Os miolos dos caroqos de Pecçgos,
e das-Cerejas limpos da pêlle com'os'mais
fimpNces fe pifaráõ muito bem em fórmàquê
-fiquem como maíFa, que fe humedecera com
alguma porcaõ de vinho branco, depois fe
deixe em digeílao vinte e quatro horas, paf-
‘fadas ellas fe faqa a diítillaqaõ em Banho, e a
agoa fe guarde para o ufo : Se naõ fe puder
diílillar eíla agoa fe fára huma Emulfaõ de
todos os fimplices em cozimento d.e Parieta-
ria , que fe dará ao enfermo adoqajdacoVn al-
gum Aqucar , e terá a mefma efficaciana fua
obra: He eíla agoa própria pará desfazer a
pedra dos Rins e Bexiga pabreeadoqa asure-
teras nas collicasnephriticas , faz ourinar, e
Janqar as arêasj dá íe, fendo a agoa diílilladaj
de meya onca até duas, e fe for erri Emulfaõ
còm o cozimento acima dito,fe póde dar por
cada vez meya libra.
AGOA ALEXITÉRIA.
R. Folhas de Ulmaria.
Cardo Santo.
Galega and manip.feis.
Hortelãa.
Lofna and manip. cinco.
. Arruda manip. tres.
Angélica manip. doas.
,/"X
' ‘heite frefco.vinte e quatro libras jâiJlitU-fi
S. A. Far-fe-ha nafórrina léguinte: As hervas
todas fe colheráfirqhándo eíláõ em feu vigor,'
e fe piíaráõ e lahqaráõ em vafo capaz , e em-
cima delias lhe dèitará o leite rnogido dé
frefcó, e bem tapado o valo vafò fe pòrá em lugar
cjiiente'*'*
dez ***
OU doze ê horas 5 depois fe faqa á
Üiílítlaqaõ em fogo muito brando, e a agoa
drílillada fe trará aó Sol doze ou quinze dias
erri vidro tapadoj então fe coará , e guardará
rém outro vidro berti tapado para o ufo. Á
Galega, que fe pede neíla receita hc aquellá
planta,que tambern fe chama Ru ta Capraria, Gale"a*
Córiio diz Lemery no feu livro‘de drogasj na jfvc Rut
raria
fce erp lugares húmidos, e aquaticos 5 he dé p
alturmdedous palmos pouco mais ou menosj
tem muitos ramos j as folhas.fàÕ çompridi-
nhas, e bailas com muítas em hum fó pé. j a
flor he branca que atira a vermelha 5 e o pé
delia tem huma cafca ou copo pequeno em
que fe cria a femente: Serve a agoa Alexite-
fia para reíiílir àõ veneno , desfaz por huma
doce tranfpiracao os máos humores, fortifica
e alenta os efpiritos vitaes, e he util nas ma¬
lignas j dá-fe de huma onqa até leis.
AGOA PEITORAL.
rqo T) 1S— a nane V orei no. .
Avença.
Hera terrefre.
Lingua Cervina.
V vas püjjadas.
Jujubas and quatro onças.
AlcaçUs.
Herva doce and tres onças. •
, Leite frefeo do\e libras: de tudo fe faça àijlih
laçdõ S. A. Far-fe-ha na fôrma fesminte ; Os
CáraCóes fe lavaráÕ e alimparão bem,e pifaráõ
com as hervas, que fe hao de colher eílando
êhi feu vigor, e juntamente com as palTas, e
Jujubasj tudo depois de pifado fe porá em va-
fo cápaz , e emeima fe lhe lanqará o fangue
de Forco, eo leite j e tudo bem mexido de-
pois de algumas horas de digeílao fe diílillà-
ráeni fogo muito brando , tendo as juntas
dó íambiqüe > e Recipiente bem lutadas j c a
agoa fe guarde para o ufo : Eíla agoa heboa
pará réfrefcar,e ádoqar a acrimonia do peitoj
he muito conveniente aos Tyficosj excita os
efcarròs, e purifica o fangue 3 dá-fe de huma
onqa âtefeis.
àgoa de genciana.
141 T) Rai\ de Genciana huma libra e
Xv. meya.
Folhas de Centaürea menor.
Flor da mefma and quatro onças.
Vinho branco do\e libras: digira-fe tudo por
efpaço de oito dias, e fe diftille S. A. A Gen¬
ciana iê éfcólheíá da melhor, mais nova , e
muito
 f

Das Agpas Conipoftas, Vinagres ? * 1j

rçuito limpa, e fe pifará ou machucará, cor- digeftaõ vinte e quatro horas, cpaíTadas el-
tando-a em boçcados pequenos^ as folhas de lasfe diftiijará a matéria em fogo muito bvá-
Centaure.a feriio limpas de páós, e a flpr, ou do, com as juntas do lambique , e recipiente
fimas da dita Centaurea fe ajuntarão á Gen- bem lutadas, e a agoà diíliÚada fe guardará
cianaj e tudo junto fe lançará,em vafo capaz* para o ufo : O Vincetoxicum he huma herva Vínccto
e fe porá em digeftaõ,ojto <Uas ao Sol, ou em que vulgarmente fe chama Herva contra ve- xicum.
lugar quente $ e depois fe diftillará em, «fogo veno, efta planta como diz Lemery no leu
muito brando , tendo as juntas do lambique, livro de Drogas , e outros modernos lanca '*
e Recipiente bem lutadas. e a agoa fe guar- muitos tallos redondos, e dobradiços,.que ás
dará em garrafa bem tapada para o ufo: He vezes fe .embaraçaÕ com outras plantas vizi- “
efte remedio Febrífugo exereíjente, refifte ao nhas $ fahem as folhas de duas em duas pelos
veneno , e malignidade dos humores purifi- nóz dos tallos, íao compridinhas, ponteagu-
cando o fangue; e em quartãas rebeldes fe dá das, que fe parecem mais ás da Era arbórea
com feliz fucceflb de meya onça até tres em do que as de Loureiro j as flores faO brancas,
horas convenientes depois das preparaçoés Angelas, e o cheiro naõ, muito agrad-ayeíj de
coílumadas.. ftas fahem humas vagens pequenas a modo
AGOA PRO MATRICE. de Favas , que tem huma lanugem pprfóraj
-142 Çumo de Norca quatro libras. a raiz da planta he a rneJhor parte delia,,, tem
Çumo de Arruda. ao redor muitas raizes pequenas, quç fa5 as
Ar temi} a and duas libras. que fervem no ufo da medicina $ nafee em os
Folhas de Sabina feccas. montes, e em lugarés feccos e pedregofos.
Matricarla. Serve a agoa de Bardana , para a cura Ja pe-
Neveda. fte, refifte a toda a malignidade de humores,
Poejos. > . . íí) gjÊm ... to.j. ôsíi faz ourinar muito, e abate os vapores hyfte-
Mangericaõ, e • í . ricos $ dá-fe de meya onça até onça e meya.
Diãamo cretico and tnanip. dous. AGOA NARCÓTICA.
Cafea de laranja a\eda tirada de frefeo qua¬ 144 TI Opio desfeito em agoa de Hçrv*
tro onças. JlV. moura duas oitavas.
Myrrha duas onças. Cafeas de Rai\ de Mandragora.
Cajloreo huma onça. Açafraõ bom and meya onça.
Vinho branco do\e libras: depois de quatro Ejioraque çaíamita duas oitavas.
dias de digeftaõ fe dijiille S. A. A Norca fe co¬ Pdo de Agmla huma oitava.
lherá verde, e depois de lavada fe lhe tira o Çumo de Flor de Papoilas depurado âeiafets
çumo , e também o da Arruda, e Artemija , onças: tudo fe difille S. AA cafea da raiz de
e eftes fe lançarão em vaio capaz, e emeima Mandragora , e o Páo de Aguila fe pifar.áo
delles os mais fimplices pifados com a cafca com o Açafraô, e Eftoraque j o Opio fe des¬
de laranja frefea, que ha de fer fó o amarello fará em.agoa de Herva moura; e tudo. íe lan-
exterior da laranja, e junto todo com o vi- ce em vafo capaz ajuntando-lhe o çumo de
nho fe ponha em digeftaõ por tempo de qua- Papoilas depurado , e fe deixe em digeftaõ
tro dias , paíTados elles fe diftille em fogo algum tempo em lugar quente ; depois fe di-
muito brando, com as juntas do lambique, e ítille com fogo brando 5 efta agoa aíflm diftil-
Recipiente tapadas, e a agoa fe guarde para lada fe lança emeima do refiduo, e fe torna a
o ufo : efta agoa he muito hyfterica, aperiti- diftillar; o que fe faz tres vezes, porque.aftim
va, própria para extinguir os vapores que fe tira melhor toda a,virtude dos Ampjiçes,
procedem da Madre, excita a conjunção mé- e fica a agoa mais vigorofa ; e defta forte fe
fal, fortifica 0 Cerebro, nervos, é desfaz por guarda para o ufo. A Mandragora he huma Mandrj, Cf
J3*

incifivel traufpiraçao os máos humores dá-
fe de meya onça até tres.
AGOA DE BARDANA. - ou tres raizes negras por fóra , e brancas por
145 T) Rat\ de Bardana frefea.
|\ # Rah de Vincetoxicum frefea.
Ca fca frefea do meyo da rai\ de Freixo and
huma libra.
Vinho branco.
Vina ore de Arruda and duas libras e meya :
de tuâo^fe faea âifiiUaçad S.A. As raizes fe co-
lheráõ frefcás,e depois de bem lavadas fe ma-
chucaráó, e porão em vafo capaz 5 então lhe
deitaraõ 0 vinho e vinagre , e fe deixarao em
planta de que ha duas elpecies, a faber , ma¬
cho e femea, a efta chamaõ negra, tem duas
dentro muito compridas, e enlaçadas humas
com outras5 as folhas faocomo as de,Alface?
mas rafteiras e mais pequenas, e eftreitas$
tem máo cheiro , e dá humas Maçfias peque¬
ninas, ou. hum fruélo do tamanho de Sor¬
vas. A outra efpecie de Mandragora a que
chamao mancho, tem raiz mais grofla pue a
primeira, lança folhas grandes , brancas e
liftradas 5 o fru&o be outro tanto mayor qqe
o da primeira j a coi oelie he açafioada, e o
cheiro
 i:i2 Hrarmac.Liint,Au^nièWt. Tfnt. III.
theirobom, mas forte : eftas duas efpecies ítao vinte e quatro horas , paíFadas elías fe
de Mandr agora le achaÒ em Roma no mon- faca a diítillaçàõ em fogo brando , e nefta
te de Santo Angelo, e em muitos jardins ag‘oa depois dédiítiilada fe desfará o Aeu--
naiqüéifàCuria , e por toda a Italia, onde ciar '/Alvayade , Pedra hume, lineal, è a;
feni algum rcceyò áuíaõ eom bom fuccef- Caínphora , e eflàndobem desíeitos fe tra-'
To, fem delia , ou dos léus effeitos terem ga aó’Sol tudo em frafco de vidro bem ta-;
. -- r .. .. , ... -n ° . ff. v 1- Ci. ,.A
_* J._
medo , nem fazerem calo dás muitas hiíto- pado dèz ou qumze dias, entaõ íe vá dando
Hiftorhe
rias fabulofas, que contaó da dita planta, para o uíb coada por inclinacaõ. Serve para,
JYiandra-
goi%. levantando-lhe mil teílemunhos, dizendo, adoçar,: alimpar, e embranquecer a cutis, la-'
que quem a arranca da terra fe lhe commu- vandò com ella as maós, e o roílo. Ainda 1
wiVü tal
nica mí veneno
vpnpnn aonr» braço
hríicn ,. que lhe1 ficapara-
mip lhe que
nnp nO
fira-nara-riri Tratado
T1 rafado 'Yl.
XI. defta Pharmacopea
Pharmacooea tal
tal--
lytico , é que depois de poucas horas fe lhe Íamos no Bórax , ou Tincal, aqui por au-
íegue a morteainda eftes fabulofos hiíto- gmento declararemos melhor o que he o
jriadoves fe portão com caridade Catholica, ditofimplex, confórme a opinião dos Au-
que dao tempo a que fe poífa confeffar «Stores modernos1, que delle trataÕ. Tincal Tínc«4|
quem a arranca ; oremedio, que éftes en- he droga, que vem da índia , e he hum fue-
íuiao para livrarem da morte, he, que quan- co concreto , ou Sal de Minas, que por íi
do íeqtiizer arrancar a raiz , fe efeave ao re-mefmo fe congela , e fica tranfparente co-
dor, e que a atem a hum Ca«5, e depois mooSalgemma, mas tem mayor acrimo-
que lhe dêm, para que o Cao puxando a nia. Também fe acha Tincal pardo, ou ti-
poffa arrancar, e que o Cao logo morrerá, ranteaverde, confórme asdiffeVentes im-
e da rai'z fe ufa entaoj porém nada lie do quepreílbes do Ar, a que ficou expòítò Os Ve- Purific*.
elles dizem , porque neíte Reyno , onde al- nefianos, e Hollandezes o purificao, e refi- ç*6 do
guns curiofos a criaõ em vafos pela galanta- naõ, como os mais faes, diflqlvendo-o em
ria do fruto , o qual tirão , e as raizes para agoa, filtrando adiffolufao, é deixando-a
sis ufarem na medicina, ou para astranfplan- evaporar , e encandílar. He incifivo, e pe¬
tareiii, nenhum dcftès morreo, fenaó quan¬ netrante , apto para desfazer as glandulas do
do Deos foi fervido. A agoa narcótica pro¬ Mezentevio , e os Schirros do Figadó, e Ba¬
voca o fomno , recupera com o defeanfo as ço , e confumir as cxcrefcencias da carne.
forças perdidas, abranda, e cura todas as Cria-fe nos contornos de Gu\arate, entre
dores procedidas de caufa quente ; dá-fe de Bengala, e Cambaya : os nacronáes lhe cha-
huma oitava até duas, ou em licor couve- maõ Tincal, como nós, ou Tincar: e ou-
mente. tros lhe deraó diverfos nomes, chamando-
A GO A COSMÉTICA. lhe Chry/ocolUi, ou Borax: o primeiro he
J4) Claras de Ovos frefeos numero compoíto de Chry/os Ouro , e do Latim Cot*
R do%e. la, que quer dizer Coíla de Ouro , porque do
Miolo de Pao aboboraâo em leite /eis onças. Tincal ufaÕ os Ourives para excitar a íu-
T ranioços. fa5, ou diíToluçao do Ouro em cal, ou em
Grãos de bico. pó, e para o tornar á confiílenda do corpo
Frvilhaca, e por meyo do fogo , que he a razaõ , por que
Favas anà duas onças. lhe chamao Glúten auri, Capijírum auricólla,
Urio Florentino feis oitavas» O fegundo nome, que he Boraxie diriva do Bor*jí}
Flor de Açucenas, e de Grego Boi, que he Ruído, e dc Re o , Corro,
Favas verdes anà meya onça. como que diííera , Corro com grande Ruído^
Ince n/o. porque na opinião de alguns, de ordinário
Goma arabia anà tres oitavas. fe cria o Borax, ou Tincal junto das tor¬
Açúcar cande. rentes, entre os montes donde nafee fe def-
Atviiyade. penha a agoa com grande eítrondo. Vejx-fe.
Tincal, ou Bórax. a hiíloria de Fernando Mendes Pinto.
Pedra nume crua anà duas oi ta vai.
Camphora meya onça.
Agoa de Flor de Favas , e
i4<í R
AGOA PAR A.TINHA.
Agoa ro/ada.
• T anchagem, e
Fo/a da anà tres libras \ depois de vinte & Herva moura anà huma libra.
quatro horas de dige/av/e âi/ille S. A. As fe- Vinho branco /eis onças.
mentes todas fe pilaráó , depois fe lançaráõ SoUmaS huma onça.
cm vafo capaz, e emeima lhe deitem as cla¬ Pedra hume crua.
ras de ovos, miolo de Paõ , Incenfo , Goma. Alvayade.
•Arabia, Lírio Florentino , e as agoas diftil- Feres da Oure Anàinm^evçã ^ e wey*.>
ladas p e tudo bem mexido fe deixe era dige- SaUtfí,
sa
 Das Agoas Compoflas, Vinagres, &c: 115
Sal armqniaco anà meya onça. e efta também ferá pifada fubtil, e junto tu-
Gengibre branca tres oitavas : mifiurefe do com a Pedra hume queimada fe desfará
Todos os fimplices fefaqaõem pófub- em Almofariz de metal com maõ do me-
til, e íe lancem em valo de barro vidrado, fmo , ajuntando-lhe a agoa rofada , e o vi¬
e emcima lhe deitem as agoas, e fe ponha o nho , e aífim fe dá para o ufo. Serve para
vafo algumas horas em cinzas quentes, de¬ a cura das chagas gallicas , ou quaefquer
pois coza-fe em fogo brando,e tanto que der que fejaõ : alimpa-fe primeiro a chaga , e
huma leve ebulliqao , fe tire do lume , e fe depois fe lhe applica a agoa, e nella fe deixa
deixe eftar bem abafado até de todo esfriar, feccar, ou fe lhe põem em panno de linho
então fe cóe o cozimento filtrando-o, e cila velho /de forte que fempre fe conferve mo-
agoa íe guarde em garrafa de vidro para fe lhado'. O Tartaro, que nefta receita fe pede, Tartaro.
ir logo dando para o ufo , advertindo, que he o Sarro de pipa , vulgarmente aífim cha- Sarro
o vafo de barro, em que fe faz o cozimento, mado , e o dito Tartaro, ou Sarro fâõ as fe- ‘
fe deve quebrar ; e o vidro, em que fe guar¬ zes do vinho , condenfadas, e feccas :com-
dar a agoa, ferá precifo quebra-lo , ou ao pôem-fe da parte mais grofía, e falina do
menos que naõ firva de guardar outro re- vinho , a qual apartada, e feparada por fer-
medio $ porque naõ fucceda algum cafo por mentaqaõ, fe endurece , e petrifica , fican-
fe lavar bem ou mal o dito vidro : termos, do pedra pegada por dentro darvafdha. Ha
em que o mais feguro he quebrado , para duas caftas de Tartaro , ou Sarro, como to¬
que naõ íirva mais. Serve efta agoa para cu- dos fabem , hum branco, outro vermelho,
rar a Tinha em poucos dias, applicando-a ambos fervem no ufo da Medicina j porém
á cabeqa com hum panninho , molhando as o Tartaro , ou Sarro branco he melhor, por-
chagas da Tinha , poftulas, e impigens de que tem mais fal eíTencial accido , e menos
má qualidade. oleo , e o Tartaro , ou Sarro vermelho tem
AGOA CAPILLAR.
M7 R. muito menos fal, que o branco , porém
Limadura de prata finijjima numa mais oleo 5 e ambos eftes Tartaros tem vir-
oitava. tude aperitiva , e algum tanto laxativa he
Agoa forte huma onça. hum bello defoftruente, excita a ourina,
Agoa Rofada feis onças. diftblve as glandulas, e também he util nas
Caparofa boa huma oitava : mijiurefe, e febres 5 dá-fe de huma oitava até tres.
faça-fe S. A. A limadura da Prata fe lançará AGOA REAL DE FIORAVANTO.
em hum vidro > e emcima lhe deitaráõ a 149 TJ Enxofre bom.
agoa forte , e aílim fe deixe eftar até que fe J\ • Pedra hume.
diftblva, depois de diíTolvida fe lhe ajunte Salgemma anà duas libras.
a Caparofa desfeita na agoa rofada 5 e eftau- Borax duas onças: mifiure-fe, e pife-fe em
do tudo junto, fe ponha o vidro ao Sol dous gral, depois fe dijiille S. A. Far-fe-ha na fór-
ou tres dias, tendo-o bem tapado , entaõ fe ma feguinte : Todos os fimplices fe pifaráo
filtre a agoa, e fe guarde para o ufo. Serve em gral de pedra com maõ da mefma , de-
efta agoa para tingir,ou denegrir os cabellos pois fe lançaráÕ em hum lambique de vidro
da cabeça , quando he precifo disfarçar os com recipiente do mefmo : lutando as jun-
annos, ou defviar do ufo das cabelleiras: tas bem , fe diftille , tendo o lambique en¬
faz os cabellos pretos admiravelmente , mo¬ terrado em arêa, no principio fe lhe fará
lhando-os com muito fentido, para que a fogo brando, o qual fe irá augmèntando
agoa naõ chegue á cutis, porque poderá fa¬ tanto que comeqar a diftillar j e aífim con¬
zer alguma inflammacaõ ; e aífim o melhor tinuará o fogo igual, até que de todo naõ
modo de a applicar , he molhando o Pente, diftille nada, apagar-fe-ha o lume , e como
Dura efta tintura nos cabellos perto de dous eftiver frio o lambique , e recipiente fe ti¬
annos, e a agoa feita, como acima dize¬ re a agoa para o ufo em vidro bem tapado.
mos muitos mais. Serve para abrandar as dores das chagas de
AGOA PARA CHAGAS GALICAS. qualquer qualidade que fejaõ, banhando-as
148 TJ Pedra hume queimada oitava com ella, he boa para a dor de dentes , ain¬
JLV« huma. da que eftejaõ podres, e para qualquer en¬
T ar taro branco dous efcropulos. fermidade ou chagas , que fobrevenhaÕ á
Ferrugem de Chaminé hum efcropulo. bocca, tomando delia algumas bochcxas, e
Agoa rofada. depois lanqando-afóra, molhando hum pan¬
Vinho branco anà huma onça : mifure-fe ninho nefta agoa , e esfregando os dentes,
S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte : O Tar¬ os fará branquiífimos: eftas , e outras mais
taro fe pifará muito fubtil, e a Ferrugem virtudes diz F.ioravan to» nos feus Caprichos
(que fe efeolherá de Forno de cozer paõ), Medicinaes cap. to.pag. 100. que tem efta
agoa.
 114 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. III.
Salgem* agoa. O Satgemma, que nefta receita entra, Cehdonia.
meum. e nas mais que eferevemos , he hum Sal mi¬ Mercuriaes.
neral branco, e cryllallino, que naice em Cardo Santo.
fôrma de pedra em muitas montanhas de Impor ator ta.
Catalunha , Polonia , Perfia , e na índia. Diãamo branco anà hum a onça.
Efte Sal, quando fe parte he luzidio, e tranf- Agoa ardente finijfima libras 'feis : depois de
parente como o Criftal $ dizem alguns Au¬ oito dias de digejiab fe dijlille S.A. em Banho.
rores , que certos povos da índia, que mo- Far-fe-ha na fôrma feguinte: Osíirhplices
raõ em Comarcas, onde rariflimas vezes cho- todos fe pifaráõ groflos, e le poráG èm valo
ve fazem as paredes de algumas cafas de capaz, e emeima lhe lancaráõ a Agoa arden¬
Salgemma, o qual lavraÕ, e cortaõ como te , e bem tapado o vafo fe ponha em dige-
pedra, e defta edificaÕ os muros , que fi- ftaõ em lugar quente oito dias: paíTados el-
caõ muito tranfparentes. Também a efte les fe diftille em Banho, e a cada libra da
Sal agoa diítillada fe ajuntem duas onqas de A-
íoíli- Sal fe chama Sal fojjtl j a lua virtude he in-
lc. ciftva , attenuante , penetrante , refolutiva,
cucar pedra feito em pó, e oito graõs de
aperiente, algum tanto laxante , e em aju¬ Almifcar desfeito em o que bailar de Agoa
das he bom para as colidas. rolada $ e aflim fe ponha em garrafa de vi¬
AGOA PARA PEDRA dro bem tapada , e fe dará para o ufo. Diz
de Fioravanto. Fioravanto nos Caprichos Medicinaes c.o.4.
150 TJ Pevides de Ltmaõgalego , e La- p. 117., que efta agoa ferve para augmentar
JA • ranja a\eda anà huma libra. o calor natural no ellomago; aquenta o fan-
Saxifraya feis libras. gue nas véas, e lhe faz boa circulacaõ, e faz
Hyfopo. eftes effeitos fem nenhum impedimènto,
Herva Cidreira. nem fufpeita de algum prejuízo , deffêcca as
Douradinha. humidades, e frialdades da matéria,que pôde
Raives de Efpargo. impedir as operaqoes da natureza. Dá-ie de
Caparofa crua. huma oitava até duas pela manhãa em jejum.
Rai\ de Salfa da horta. AGOA PARA A PESTE.
Agriões anà feis onças. 152 TJ Beijoim.
Çumode Limões gallegos pifados q.f: tudo JLV* Pào de Aguila.
fe'dijlille em lambi que de chumbo S. A. Far- Efpica cheirofa.
fe-ha na fôrma feguinte : As pevides, e to¬ Canela.
dos os mais ftmplices fe pifaráõ muito bem, No\ mofe ada.
depois lhe lanqaráõ emeima o que bailar de Diãamo branco.
qumo de lirr.aõ gallego , que fique a maté¬ Semente de Hipericad anà onça hum&
ria liquida $ áqual fe daráõ algumas horas Almifcar.
de digeílaÕ , e aiíim fe diftille em lambique Ambar.
de chumbo com fogo brando., e fem fumoj Cravo da Índia anà hum efcropülo.
e agoa diftillada fe guarde para o ufo. Serve Agoa ardente boa feis libras: dijlille-fe tudo
efta agoa para fazer lanqar a pedra, alimpa em Retorta S. A. Far-fe-ha na fôrma feguiri¬
os Rins , mitiga os ardores da ourina, e te:Os fimplices todos fe pifem groíTos,oAm-
toma-fe depois das preparaqoés univerfaes, bar, e Almifcar fe diíTolvaõ primeiro em al-
como diz r—_ o.*---^—-
Air. o mefmo Fioravanto nos Capri¬ guma porqaõ de agoa ardente, e tudo fepo-
chos Medicinaes cap. 19.pag.110. Dá-fe nha em digeftaõ vinte e quatro horas , paf-
quente pela manhãa em jejum de duas on¬ fadas ellas fe diftille em Retorta , e a agoa
qas até cinco. fe guarde para o ufo. He efta agoa hum ad¬
AGOA PARA CONSERVAR mirável prefervativo cm tempo de Pefte, la-
a mocidade. vando-fe o rofto com ella muitas vezes no
1$1 U Pá° de Aguila. dia, e trazendo-a na bocca, ou forvendo-a
JA. Cravo da índia. pelos narizes. Se algum curiofo quizer ver
Gengibre. mais largamente as virtudes defta admirá¬
Galanga. vel agoa, e a razaõ , porque faz eftes eftçi-
Canela. tos, lè-a a Leonardo Fioravanto 110 Regi¬
Pimenta íonga. mento da Pefte cap. $0., onde achará tudo
Calamo aromatico. com muita clareza.
Cúbebas. AGOA PARA GANGRENAS
Ruibarbo. de Vidus.
CardamOmo anà duas oitavas
Alecrim.
. M,R. Agoa de Cal preparada , como
abaixo fe dirà y cinco libras.
Soli-
 Das Agoas CompoAas, Vinagres, &c.
Solimao duas Onças*
Efpirito de vinho bom tres onças.
Efpirito de Vitriolo duas oitavas: mijiure-fe.
Far-fe-ha na fórma feguinte : Em primeiro
lugar fe preparará a agoa da cal, tomando
cinco libras de boa cal em pedra, que naõ
tenha tido humidade alguma, e emcima lhe
lanqaráõ vinte e cinco libras de agoa da chur
va , e em acabando de íerver lhe deitaráo
duas onças de Arcenio branco em £ó fubtil, e
huma de Almecegafina, c fe revolverá mui-
to bem com hum páo ; depois de paíTadas
vinte e quatro horas fe côe por inclinacaÕ,
e entaõ ie filtre , para que fique muito cia-
ta, e fe guarde em vafo de vidro tapado.
Delia agoa aíTim preparada tomaráõ as cin-
co libras acima ditas, e em gral de pedra
moeráõ o Solimaõ,e odesfaráõbem; e eílan-
do diíTblvido tudo,lhe ajuntem os Éfpiritos,
e defla forte fedê para o ufo. Todo o fegre-
do defla agoa eílá em lanqar nella mais, ou
menos Solimaõ; e aífim a quantidade delle
fica a arbítrio de quem mandar fazer a agoa.
Serve para qualquer forte de Gangrenas, e
para os membros, que eíliverem mortifi¬
cados j porque os Éfpiritos, e fogo efcon-
dido, que eílá dentro neíla agoa , fortificaõ
o calor natural, tornando a chamar os Efpi-
ritos perdidos pelo principio da mortifica-
qaõ de qualquer membro, e fepárao por fua
fubtileza , e penetraqaõ promptamente o
que eílá mortificado: applica-fe em huns
chumaqos de panno , ou Planchetas de fios
emcima de qualquer Gangrena : he taõ pro-
digiofa eíla agoa applicada á carne com
principio de mortificacaõ , que a vivifica , e
fe ha já alguma mortificada a fepára, e para
iílo fè farja , e nas farjaduras fepôem pós de
Caparrofa queimada, e emcima chumaqos,
ou Planchetas, como acima fe difle : cura
também eíla agoa as chagas velhas, podres,
fétidas, virulentas, fordidas, corroíivas ,hu-
midas, malignas, e cancrofas, emenda.o ca-
lor accidental, ou preternatuíal, e doloro-
fo , cura também as inflammacoés externas,
como faõ fleumoés, erifipelas &c.; he boa
para as queimaduras, e tira todas as dores
arteticas, que procedem de humores quen-
tes, ferve nas inflammaqoes, e dor de cha-
gas : Quia frigus attrahit frigus , ita calor
attrahit calorem. Tudo fc pôde ver em Vi-
dus na fua Cirurgia racional.
*54 R
VINAGRE DIAPHORETICO.
S alça parrilha.
• Kai\ da China anà huma onça.
Sa(fafrax feis oitavas.
Flor de Sabugueiro meya onça.
Canela duas oitavas.
Vinagre fortijjinw q.f Far-fe-ha na fórma
feguinte: A Salca parrilha fe rachará , e de¬
pois cortar-fe-ha miuda, o SaíTafrax fe lima¬
rá, e juntos eíles dous fimplices com a raiz
da China machucada , e todos os mais fe
poráô em vafo de barro vidrado , e emcima
lhe lanqaráõ o que bailar de vinagre para
cobrir bem os fimplices, e os poráõ em di-
orvkvíl* k C* m An /imrtl J*
geílaõ ao Sol feis ou oito dias, paliados ei¬
les fe mexerá a matéria, deitando-lhe b Vi-
nagre que bailar, de forte que fique a maíTa
branda : tornar-fe-ha a pôr o vafo ao Sol
mais dez ou quinze dias, e eítando o Vina-
gre bem tinto fe coe com forte exprelTaõ, e
le filtre , e defla forte fe guarde para o ufo.
He eíle Vinagre hum excellente remedio
para todos os achaques capitaes , e bom
para o tempo da pefte, ou doenças conta-
giofas. Serve para o Gallico , Hydropefias,
Flatos, e para quebrar , e lanqar fóra a pe-
dra da Bexiga. Dá-fe huma até duas colhe-
res delle em algum caldo , ou licor conve¬
niente ao achaque , a que fe applica ; póde-
fe trazer enfopado em Efponja para fe chei¬
rar muitas vezes ; e aífim também nos acha¬
ques acima ditos. O Sajfafrax, ou Salfa- Safía-
frax, he hum páo cheirolo , aromatico com frax.
alguma acrimonia , de fabor como de Fun- Salf5‘'
cho, e de huma cor , que tira a amarello.frax*
A arvore he da figura de Pinheiro mediano,
cuberto de huma cafca afpera, e muito chei-
rofa: dá-fe em lugares marítimos, trazem-
n© em boccados da Florida, Província da
America feptentrional, aonde lhe chamaõ
Pavame : em algumas partes do Brafil ha o
dito Páo, a que o Gentio da terra chama
Anhuyba, ou Peabya. Também nas índias
de Hefpanha lhe chamaõ os Caílelhanos
Páo de Funcho, por ter o cheiro femelhante pa0 ^
ao Funcho. Como eíle páo tem as virtudes Funcho,
quafi femelhantes á Saxifrazia, da corrupcaõ
deíle vocábulo fe vem a chamar SaíTafrax, e
aífim huma coufa he o Páo Safíafrax , ou
Salfafrax, e outra he a Saxifrazia , que he
huma planta bem conhecida de todos, de
que em Cintra, e outras muitas partes ha
quantidade delia; e o Páo SaíTafrax he de ar¬
vore, e vem fó das índias de Hefpanha , e
do noífo Brafil. Tem o Páo SaíTafrax virtude
incifiva , penetrante , aperitiva, fudorifera,
e cardíaca : reíiíte ao veneno , fortifica a vi-
íla, e o cerebro ; he propno para a gotta
fciatica , e catharros, tomada em cozimen¬
to , ou infufaõ de duas onqas até quatro , ou
feis.
VINAGRE AROMATICO.
15 ^ 13 Vinagre Aromatico.
JLV.Rai\ de Lirio Florentino onça
huma e meya.
Alfaxema.
P a Fofas

u6 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. III.
Bofas vermelhas.
Flor de Cravelinas anà onça huma.
Cravil da índia.
Canela anà meya onça.
No\ mofcada.
Mac is.
Galanga.
Zedoaria anà oitavas tres.
Cafea de laranja a%eda , e de
Cidra anà duas oitavas.
FJioraque calamita.
Beijoim anà meya oitava.
Folhas de Alecrim.
Arruda.
Mangerona, e
Salva anà huma oitava.
Gallia mofeata.
Pào de Agutla.
Sandalos citrinos.
Ff pica cheirofa anà meya oitava.
Vinagre vermelho q.f Todos os fímplices
fe pifaráõ , e lanqaráõ em vafo de barro vi-
drado, ou fe for de vidro ferá melhor, e em-
cima fe lhe deite o que baftar de Vinagre,
que bem cubra todos os fímplices , e fe po-
rá o vafo ou vidro ao Sol quinze dias ou
mais, mexendo a matéria huma ou duas
vezes no dia $ e tanto que o Vinagre eftiver
bem cheirofo fe côe com forte expreflaõ, e
filtrado fe guarde para o ufo: o Vinagre
para efte medicamento fempre deve fer o
mais forte que fe achar. Serve em todos os
achaques do coraqaõ , augmenta , e recupè-
ra os efpiritos vitaes, e he util em todos os
achaques capitaes , molha-fe hum panno de
linho nelle , e fe applica ao Nariz , e tam-
bem em panno emeima do coraqaõ em to-
das as doenças malignas, e de má qualidade,
VINAGRE CONFORTANTE.
1$ 6 T) Folhas de Arruda.
X\» Molarinha anà manip. hum.
Bagas de J uni pero duas onças.
Cravos.
Macis.
No\ mofcada.
Caforeo anà meya onça.
Vinagre Rofado tres libras: mijiure-fe. Far-
fe-ha na fôrma feguinte : Os fímplices todos
fe machucaráõ , e fe deitaráõ em fralco, ou
garrafa de vidro com rolha decortica, cu-
berta de pergaminho molhado , e defta for-
te tapado fe porá ao Sol por efpaqo de quin-
ze ou vinte dias, mexendo a matéria em to-
dos algumas vezes, para que o Vinagre to-
me bem a virtude dos fímplices: no cafo
que fe faqa efte Vinagre em tempo de In-
verno , em que naõ haja Sol, fe póde fazer
pondo o frafeo em cinzas quentes, e ulti-
mamente fe côa , e efpreme fortemente a
: ; v ;
:
matéria , depois fe filtra , e guarda para o
ufo , desfazendo em cada libra do dito Vh
nagre meya oitava de Camphora. Serve efte
medicamento para as febres malignas , e
para os accidentes uterinos, aífim no tem¬
po da prenhez , como fóra delia , e para as
donzellas, que padecem os meímos acci¬
dentes : applica-fe em panno de linho aos
pulfos de ambos os braqos, e ao nariz, chei¬
rando hum panninho molhado no dito Vi¬
nagre.
VINAGRE COSMÉTICO.
157 T} Fe\es de Ouro huma libra.
IX. Vinagre fortijjimo duas libras:
miflure-fe S. A. As Fezes de Ouro fe pifaráõ
fubtiliílimas, e fe lancaráõ em garrafa de vi¬
dro , e emeima lhe deitaráõ o Vinagre, e
fe for de vinho branco ferá melhor, e le po¬
rá a garrafa ao Sol quinze ou vinte dias, me-,
xendo a matéria muitas vezes, e ultimamen-
te fe côc , e filtre , e defta forte fe guarde
para o ufo. Serve efte Vinagre para alimpar,
e pulir a cutis, he bom para feccar as cha-
gas húmidas, fétidas, e malignas : e o me-
fmo Vinagre mifturado com Oleo Rofado
he bom para os Cobrelos, ou Herpes mil-
liaréS : também abranda quaefquer dores,
procedidas de caufa quente. Se quizerem fa-
zer do V inagre acima hum admiravel leni- Leni-
mento Cofmetico , tomaráo duas partes do mentum
dito Vinagre , e huma da foluqaõ deSalge- Cufmcti-
cum.
ma feita em agoa da chuva, de forte que fi-
que huma falmoura fortiflima , depois mi¬
fturando-a com o Vinagre fica hum alviífi-
mo lenimento , que ferve para dealbar a^
máos, e fazer refplandecer o rofto&c. Co-
mo acabamos o Augmento defte Tratado
com o Vinagre , daremos noticia aosprin-
cipiantes, e curiofos das virtudes defte fim-
ples. He o Vinagre frio , e fecco, penetra- Acctura.
tivò, e adftringente , ainda que parecem
coufas contrarias: penetra porque he agu¬
do , e adftringe por fer fecco. Naõ fó he efte
famofo fimples conveniente para os alimen¬
tos, mas também para as medicinas he mui¬
to neceflario. Nos alimentos excita o appe-
tite , vigora o accido do eftomago , e ajuda a
corta-los, penetra-los, e coze-los ; e ajuda
muito a fua diftribuiqaõ. No ufo da Medi-
cina tem virtude de repercutir, por cuja cau-
fa fe ufa no principio das inflammaqoésrmata
as lombrigas, e defperta do fomno , chegan-
do-o ao nariz : ufado com exceífo exalta o
accido do eftomago, caufa azias ,offendeos
neryôs, e por ifto fe prohibe ás mulheres,
cujo utero he nervofo: naõ he conveniente
aos melancólicos, e aos que padecem ardo-
res da ourina , e tomado muitas vezes faz
emagrecer. ^ . .
TRA-
 ”7

TRATADO IV.
DOS ECLEGMAS, OU LOCH, CONSERVAS,
e cozimentos ufuaes.
Eclegma CLEGMA ,five Loch eji medicina LOCH DE PULMONE VULPIS.
fi' c Lo- liquida in modum fyrupi, fed eji in- 1 T)
Bofes de Rapofa preparados.
ch quid í XX • Ç umo de Alcaçús.
fpiffata vai de , aliquantulum apta,
ut lambatur deglutiendo ipfam con¬
Avença.
tra difpofitiones peãoris j ac pulmo-
Semente de Funcho.
nis, & fere eji dulcis , aut amara , aut acris.
Herva doce and onça humà.
Sic tenet Chrijiophorus de Honejlis fu per Me-
Açúcar libra huma e meya : de tudo fe faça
fuem dijlinã.5. defpecíebus Loch, mihi foi. 151<
Loch S. A. Ita Mefues lib. 2. de agritudinibus
Quer dizer, que o Eclegma, ou Loch he peãoris cap. 12. de phthifi, foi. mihi 226. Far-
huma medicina liquida feita a modo de xa¬ fe*ha na fórma feguinte: Òs fimplices todos
rope , porém mais alta de ponto , e algum fe faráÕ em pó íubtil, e o A cucar fe defatará
tanto vifcofa , apta para fe tomar , lamben¬ em agoa de Pimpiliella j e fe porá em ponto
do contra as difpofiqoes do peito , e bofes, mais alto que de mel , depois fe lanqará em
c humas vezes he doce , outras amarga , ou hum gral de pedra muito limpo , e emcima
azeda: como neíte tratado vaõ as coníervas, os pós todos, e com maõ de páo fe encorpo-
lhe efcrevo aqui a fua diffinicaõ, e naõ taqo rá tudo, e aflim fe dará para o ufo. Os Bo- Pulmo-
cafo do que hum Boticário depois de ver a fes de Rapofa para efte, e mais medicamen- nc vui*
minha Pharmacopea notou , dizendo , que tos, em que fe pedem preparados, fe ha de
eu nas receitas tratava as diffinicoés delias, fazer a fua preparacaõ na fórma feguinte: príCpa.
que ifíb era coufa muito fabida , e bem ef- Lavaráõ muito bem os Bofes com hum co- rantura
cufada , porque já fe fabe que o Oleo Rofa- zimento de Hyfopo, Marroyos, e Lofna, e
do fe chama aflim por fer feito de Roías: af- fe lhe tirará a afpera artéria, e o mais que
fim he $ mas o tal, entendo , que fe fabe ho¬ tem, e ultimamente fe lavaráõ com vinho
je bem as diffiniqoés dos medicamentos, he branco, e depois de bem lavados feporáÕ
porque as lê-o na mefma Pharmacopea, que em huma frigideira, ou prato de barro em¬
antes de fahir a. luz fe lhe perguntafíem$ cima de huma cama de Lofna verde , e aflim
porque o unguento Arthanita , Pilulas Poly- fe mandao ao forno a feccar , o que fe deve
creftas, e outros fe chamaô aflim , talvez fi- fazer com vigilância, porque fe naõ quei¬
cafle Anjo na matéria. Eu efcrevo para os mem, e facaõ em carvaÕ, que aflim naõ tem
que principiaS a aprender a Arte Pharma- ferventia alguma j depois de fcccos fe alim¬
ceutica, e naõ para os que fabem , e faõ Me- pem muito bem , e guardem em vafo de vi¬
ftres: tomára eu ver 0$ feus efcriptos para dro bem tapado , fem que eftejaõ feitos em
lêr com menos prefumpqaõ as fuas receitas, pó : nefta fórma os enfina a preparar Fran-
e ver patente napenna o que inculca a lín¬ cifco Velles feã. 10. dePraparatione Medica-
gua , para alumiar a todos com luz , e naõ mentorum, infua Pharmacopea, pag.mihi 117.,
defluzir a ninguém com fombras, queeftas e JoaÕ Zuelphero in Animadverfionibús in
o mefmo vento, que as levanta as defvane- Píiarmacop. Augujl. clajj. 20. de Preparatione
ce. Conferia futit flores , vel herba. exaãijji- fimp.pag. 417. .
me concifa , aut contufa. cum faccharo, vel Serve eíte Eclegma para alimpar econ-
tnellemiJia.Sic ait JoannesJacobus Vekerius folidar as chagas do Bofe , e do Peito $ he
in antidotariofpeciaíifeã. 25. de conditis mihi, também muito conveniente aos Tificos , e
pag. 8 66. Quer dizer , que as confervas laõ Afmaticos: dá*fe ás colheres.
as que fe fazem deflores, ou hervas muito LOCH PAPAVERINO.
cortadas, ou machucadas, e miíluradas com 2 T) Dormideiras brancas oitavas vinte
A cucar ,ou Mel. A diffinicaõ do cozimento XX • e cinco. » \•
fe naõ efcreve neíte lugar , porque fica já Amêndoas doces piladas.
dita no Tratado primeiro da djítiniqaõ dos Pinhoês limpos.
medicamentos. Goma Arabia.
Alcati- ,
 iiS Pharmac. Lufít. Augment. Trat. IV«
Al c atira.
Çuvio de Alcaçus and oitavas de%.
Açafraõ oitavas huma.
Amido.
Semente de Beldroegas.
Alface, e de
Marmelo and oitavas tres.
Alfenim onças quatro.
Xarope de Dormideiras feito com /emente
de'Alface , e de Violas and q.f Ita Mefues
lib.i.dijiinã.j.de Speciebus hoch mihi, foi.151.
Toma efte compofto o nome do Teu funda-
mento., que faÕ as Dormideiras, que nellc
Diapapa- entraõ,e alguns lhe chamaõ Diapapaver,que
ver , five quer dizer Confeição , ou Compofiçao de Dor-
confe-
mideiras 5 aflim oeníina Valerio Cordo , mi-
ãio j aut
compofi* hipag.%<,. Far-fe-ha na fórma feguinte: Fa-
tio Papa- ra5 em pó fubtil as coufas, que fe puderem
veris. pifar, as Amêndoas, Pinhões, eDormidei-
ras fe defatem em hum pouco de cozimento
de femente de Alface , e de Violas, e fe faqa
delias huma emulfaõ, que fe mifturará com
com o Xarope de Dormideiras, que ha de
ter o ponto muito alto , e ultimamente lhe
lancem os pós, e depois de tudo eftar bem
miflo , e eneorporado fe dará para o ufo. O
Amylum Amido , ou Goma branca , ou Goma de Trigo
quomo- fe faz na fórma feguinte ? Tomaráõ do me-
do fit:
lhor trigo, e bem efcolhido a quantidade,
que quizerem , e o pifaráo em gral de pedra,
e o infundiráó em q. f. de agoa bem clara,
por efpaqo de vinte e quatro horas 5 e pafla-
das ellas, fe efpremerá muito bem , e efta
expreflaõ fe tiver muita agoa , fe deixará af-
fentar , e depois fe coará por inclinacaõ, e
fe lançará fóra* e o que ficar no fundo do va-
fo, que he a fubftancia do Trigo , fe feccará
ao Sol , e depois de bem fecca fe guardará
para o ufo. Aflim o enfina a fazer Jacobo
Sylvio in Pharmacop. traét. de Praparatione
Jimp.pag.^05.
Serve efte Eclegma para a cura da tofíe,
engrofía , e coze muito os humores, que ca-
hem no peito ; he bom nas febres ardentes,
e nos Pleurizes, provoca o fomno, e abranda
a tofle : dá-fe ás colheres em horas conve-
mentes.
LOCH SANUM, ET EXPERTUM.
3 TJ Canela.
JLV» Hyfopofecco.
Alcaçus and oitavas cinco.
Jujubas.
Ameixas and num. trinta.
Paffas de uvas fem gr ao.
Figos p a fados.
Tamar as. and onças duas.
Alforvas oitavas cinco.
Avença manip. hum.
Herva doce.
Semente de Funcho.
Linhaça.
Rqt\ de Li rio.
Neveda and oitavas tres : co\a-fe tudo em
libras quatro de agoa até ficarem duas..
Alfenim libras duas.
Pmhoês limpos oitavas cinco.
Amêndoas.
Alcaçús.
Goma Arabia.
Amido and oitavas tres.
Rai\ de Lirio oitavas duas: faça/e Ecle-
gma S. A. Ita Mefues lib.fimp. dijiinét. 5. de
hoch , mihi pag. 153. Efte medicamento he
taÕ feguro , e bom na fua operaqaõ , que
Mefue leu Auélor pelo ufar com bom fuc-
cefíò lhe chamou , e o intitulouytf£, eexpe-
rimentado: aflim o dizjoaõde Cadilho cap.j.
pag. 97. Far-fe-ha na fórma feguinte: Em.
quatro libras de agoa cozeráõ os flmplices
até gaftarem amétade, e nas duas libras, que
ficaõ , fe cozerá o Alfenim até ter ponto de
Mel, depois lhe ajuntaráÕ os Pinhões , A->
mendoas, Alcacus, Goma Arabia , Amido*
e as duas oitavas de raiz do Lirio , tudo em
pó fubtil, e fe mifturará muito bem , e aflim
fe dará para o ufo. As Amêndoas, e Pinhões
fe defataráõ em hum pouco de cozimento*
porque pela muita oleogenofidade, que tem,
nunca le pódem reduzir ao pó fubtil , e fe
fará emulfaõ , que fe mifturará com o lam-
bedor, depois de ter o ponto bem alto* aflim
o enfina Lemery na fua Pharmacopea uni-
verfal cap. 5. de hoch, pag. 279., para que o
Eclcgma fique mais claro fe ha de efpremer
o cozimento com forte expreflaÕ , e depois
fe ha de clarificar com ovo.
He efte Eclegma bom para adoçar a acri-
monia dos humores do Peito, corta , ega-
fta os humores vifcofos, ferve para Tificos,
e para Afmaticos * dá-fe de meya onca até
huma ás colheres,
ECLEGMA DE SCILA.
4 TJ Çumo de Cebolla Albarrãa.
JlV* Alei efcumado and partes iguaesi
faça-fe Eclegma S. A. Ita Mefues lib. 1. di-
ftinã. 5.de hoch , foi. mihi 1 $2. Far-fe-ha na
fórma feguinte: Tomaráõ o qumo de Cebol-
la Albarrãa , e o poráõ ao lume em vafo de
barro até ferver hum pouco, em quanto fer¬
ve lhe tiraráõ a efcuma , e depois o coaráõ
tres ou quatro vezes fem expreflaÕ , e medi-
ráõ a quantidade , que quizerem delle , c
com outro tanto Mel efcumado fe porá a
cozer até ter ponto conveniente * e depois
de coado fe guardará para o ufo. Chriftovaõ
de Honeftis fuper Mefuem na Annotaqaõ
defte Eclegma diz, que fe naõ deve dar a mo¬
ços , nem a Febricitantes 3 porque niflo ha¬
verá
 Dos Eclegmas, ou Lochs, &c.
Mel^uo- veri* gráde perigo. Pede Mefue nefta receita
modo Mel efcumado, o que fe faz de tres modos, e
dcipu- na fôrma ieguinte. O primeiro modo he to-
natur* mando o Mel, que íe quer efcumar , e lan-
cando-o em valo de barro vidrado , ou de
cobre, que feja eftanhado, e grande , e nel-
le íe pôem em fogo manfo , e aflim como
vay fervendo , fe lhe vay tirando a elcuma
pouco a pouco , até que naô tenha alguma.
O legundo modo he lanqando o Mel em va-
fo capaz , c mettendo-o em Banho de Ma¬
ria , e nelle vay fervendo até fe lhe tirar to¬
da a elcuma. O terceiro, e ultimo modo
he , tomando o Mel, e mifturando-lhe al¬
guma humidade , e pondo-o a ferver em fo¬
go brando, e aflim fe lhe vay tirando a efcu-
ma •, e depois de a ter toda fóra, fe coze até
ter o ponto , que antes tinha. O primeiro,
e fegundo modo de efcumar o Mel, he mui¬
to bom para os Eleóhiarios 5 porque aflim
naô leva humidade alguma , com que lhe
pofla fazer criar algum bolor$ aflim o diz
Oviedo lib. 2.Method.pag.6q. O ultimo mo¬
do também he bom , porque fica fem agu¬
deza alguma : aflim o enfina a efcumar Ga¬
leno no cap. 39. da faculdade dós alimentos.
He o Eclegma de Cebolla Albarraa pro-
prio para desfazer, e gaftar a fleuma , pro¬
voca muito o efearro , facilita a refpiraqaô,
e ferve para a Aílhma : dá-fe de huma até
duas oitavas ás colheres em horas conve¬
nientes.
ECLEGMA DE PINEIS.
5 TJ Pinhões limpos oitavas trinta.
JLV • Amêndoas doces.
Avelam ajddas.
Alcatira.
Goma Arabia.
Alcaçíis. -j
Çumo do me fino.
Goma de trigo.
Avença.
Rai\ de Lírio and oitavas quatro.
Polpa de T amar as oitavas trinta e cinco.
Amêndoas amargas oitavas tres.
Arrobe de uvas p a fadas.
Açúcar bom.
Manteiga frefea anà onças quatro. ' Mel,
Mel branco q.f La Mefues lib.i.dijlinã^.
de Speciebus Loch mihifol. 124. Far-íe-ha-na
fôrma ieguinte : As Gomas , o Alcaqús , 0
qumo do mefmo com os mais íimplices,que
fe puderem triturar, fe faráÕ em pô fubtil,
as Amêndoas, e Pinhões fe cortem em hum
papel miúdos, quanto for poflivel, e fe a-
juntem aos mais pôs, e com elles íe paíTem
por peneira: a polpa das Tamaras, Arrobe
de paífas, e Manteiga , fe mifturcm com os
pós, e tudo fe lanqará em gral de pedra, e
119
emeima lhe botaráo o que bailar de Mel,
que fe terá já efeumado , e poíto em ponto
alto , e tudo com maõ de páo fe irá mexen¬
do em fôrma que fique lambedor groflb, e
neíla fôrma fe dará para o ufo. Pede Mefue
nefte medicamento Arrobe de uvas paJJ>'adas, Rob paf-
eíle he ao que Manardes na Annotaqaõ de- fularun3?
íle Eclegma chama Mel de paflas, o qual íe
faz cozendo quantidade de uvas paliadas, e
depois de cozidas fe efpremem, e efta ex-
preífao fe leva ao lume, e coze até ter pon¬
to de Mel ; aflim o enfina a fazer Fr. Anto-
nio de Caílella lib. i.divif. 3. pag 75.; po¬
rém quando fe fizer o Mel das palias fe lhe
pôde ajuntar huma parte de Mel, v. g. to¬
mando duas partes da exprefíaÕ das uvas de¬
pois de cozidas , e huma de Mel, e fe coze
outra vez , até que tudo fe una bem: aflim
o enfina Hypolito Seccarelli no Antidotario
Romano traã. de Lochs, foi. 145. por eílas
palavras: Mel pajfularum fit expartibus dua- **el P*£
bus decoãi pajfularum redaãi coquendoad com u arum*
fifientiam Sapa , Cf parte una optimi Mellis,
jimul lento igne decoãis , donec optime unia-
tur. E aflim para cílc compoíto fe ha de fa¬
zer fem Mel, porque aflim fica verdadeira¬
mente fendo Arrobe depajfas , c quando fe
pedir o Mel fe ha de dar do que fe faz com
elle, e o cozimento das paíTas, que he a dif-
ferenqa, que ha de Arrobe depajfas a Mel de
pajfas.
Serve o Eclegma de Pinhões para a tofíe
antiga , para as chagas do Bofe , para a A-
íthma , e provoca muito o efearro : dá-fe ás
colheres em horas convenientes.
LOCFI DE AMIGDALIS.
C TY Amêndoas doces.
XV, Amêndoas amargas.
Linhaça torrada.
Pinlwês.
Herva doce.
Alcatira.
Goma Arabia.
- Çumo de Alcaçüs.
Alcaçús anà oitava huma e meya.
Açúcar em pedra.
Âlfenim anà oitavas tres.
Çumo de Funcho anà q.f.: de tudo fe faça.
lambedor S. A. Ita Mefues lib. 1. diftintt. 5. de
Loch mihi foi. 127. Far-fe-ha na fôrma fe-
guinte : As Amêndoas, e Pinhões fe cortem
muito miudamente emeima de papel, e fe
miíturem os mais fimplices feitos em pó
fubtil,e fe tornem juntos a pifar,e paflár por
peneira •, o Mel , e qumo de Funcho fe po*
ráõ a cozer até terem ponto de lambedor,
então fe côem, e lhe lancem emeima os pôs,
e como tudo eíliver bem miílurado, fe guar¬
de para
 I2Q Pharmac. Lufit. Augment. Trat. IV.
de para ufo. O Mel, que ha de entrar neíle Paílor, ou outra qualquer conveniente , e
. ■%
medicamento ha de ler efcumado
_ J 1 m é- í-v U n d /»
, e pare¬ também fe póde dar fó ás colheres.
i /n u ^ 1 í-í /"í rt »• â ^ n Vlrt 1 -% /> rv> VX / \ /I A /I O I* \ O O 1 ll 1T ^ C

ce que bailará huma libra e meya , como ECLEGMA DE ZARAGATOA.

en.fina o Auótor do Modus faciendi 2. part. 9 X? Mucilagem de 'Laragatoa onç. tres.
foi. 105. XV, Açúcar onças oito : mijiure-je S.A.
Serve eíle Eçlegma para a intemperança Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop. univerf.
fecca dos Bofes , e Peito; he também util aos cap. 5. de Lochs , pag. 277. Far-te-ha na fôr¬
que tem toíTe fecca 5 aflim o diz o mefmo ma feguinte : Tomaráõ meya onqa de fe-
Mefue no principio da receita : dá-fe ás co- mente de Zaragatoa, e a infundiráô em feis
lheres, e em horas convenientes. oncas de agoa quente por efpaco de leis ho*
LOCH DE CAULIBUS. ras paífadas ellas fe fará ferver, e fe efpre-
7 TJ Çumo de Couves libra huma. merá a mucilagem , e delia tomaráõ tres on-
JtV» Açúcar. qas, e a miíluraráõ com o Aqucar, que eíla-
Mel efcumado anà libra meya. rá cozido , epoílo em ponto muito alto, de¬
Açafrao oitavas duas : de tudo fe faça Lam¬ pois de tudo bem miílurado fe dê para o ufo.
be dor. Ita Gordonius partícula 4. de Curatione Deíla mefma forte fe póde fazer o Eclegma L°ch
_
A/ihmatis. Far-fe-ha na fórma feguinte: Ti de femente de Marmelos , e de femente de Unho,
re-fe o qumo das Couves, que ha de fer das como diz o mefmo Auótor no lugar citado- ^ jImi.
que tem a folha vermelha , e depois de bem Serve eíle medicamento para adoçar os
depurado fe tome a quantidade , que na re- humores acres, e forotos , que cahem do
ceita fe pede, e com o Aqucar, e Mel fe po- cerebro no Peito , e Bofes. He bom para os
nha a cozer até ter ponto conveniente , e que efcarraõ langue, e para os que tem toíTe
fóra do fogo fe lhe ajuntará o Acafraõ pifa- fecca: dá-fe de meya onca até huma ás co-
do bem fubtil, o qual fe desfará no lambe- lheres.
dor, e depois de tudo bem miíto fe dê para ECLEGMA PARA A ASMA.
o ufo. IO Cebolla Albarraa preparada onça
Serve eíle medicamento para a Aílhma, R. meya.
epara todos os achaques do Peito, e Bofes: P aix de Lirio oitavas duas.
dá-fe ás colheres em horas convenientes. Hyfopo , c
ECLEGMA CONTRA FLUXUM Marroyos feccos anà oitava huma.
Sanguinis. Myrrha. >
8 Diatragacanto frio oitavas tres. Açafrad anà oitava meya.
Rof as vermelhas. Mel efcumado q.f :faça-fe Ijambedor S. A.
Olhos de Caranguejo preparados. Ita Mefues lib. 1. ãijlintl. 5. de Speciebus Lo-
Coral preparado anà oitavas duas. chs mihi foi. 134. Far-fe-ha na fórma feguin¬
Pedra Hematijla preparada. te : FaraÕ feccar o Aqafraõ entre dous pa¬ • í
Confolida mayor.anà oitava huma e meya. peis pardos , e depois o pifaráõ fubtil, e mi¬
Sal faturno gr. quin%e. íluraráõ com os mais íimplices, que também
Lauâano gr. quatro. haõ de fer triturados fubtis, e fe ajuntaráõ á
Mucilacrens de femente de Marmelos. polpa da Cebolla Albarraa, que fe ha de ti¬
Mucilagens de Zaragatoa. rar depois de eílar preparada, e. fe cozerá
Syrupu9 Xarope de Confolida mayor q.f. : faça-fe em agoa de Hyfopo, e tanto que eíliver bem ,
Contbli- lambedor S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar- cozida fe lhe tirará a polpa , e delia aííim ti¬
das maio- Yiiacop. univ. cap. 5. de Loch,pag. 155. Far-fe- rada fe lanqará no medicamento $ e final-
ris> ha na fórma feguinte : Tomaráõ huma pou- mente preparados todos os fimplices, como
ca de raiz de Confolida mayor , eacozeráÕ, fe tem dito , fe miílurará tudo com o que
e com eíle cozimento, e hum pouco de Aqu- bailar de Mel efcumado, para fe fazer o lam-
car fe fará Xarope de ponto alto } em huma bedor , e neíla fórma fe dará para o ufo.
onca deíle Xarope aflim feito fe delatará o Pede Mefue neíle medicamento Cebolla Scilla
Laudano, que ha de fer opiado, e Sal fatur- Albarraa preparada , o que fe faz tirando àSuomo
do prs
no , em gral de pedra , e emeima lhe bota- Cebolla os cafcos feccos da parte de fóra, c paratur.
ráo os fimplices todos em pó fubtil, e çom os do interior ,w ou coraqaõ
)
da Cebolla , e fe /

aquelle Xarope , que bailar, fe fará lambe¬
dor groífo , que fe dará para o ufo.
He eíle remedio excellente para os que
çfcarraÕ langue, epara os fluxos delle, af-
fim do peito, como de qualquer parte que
feja : dá-fe de huma onqa até duas diluto em
agoa deTanchagem,Centinodia, Bolqade
aproveitaõ os que licaõ, quefaõ os domeyo,
e fe enfiaõ em guita com agulha de páo, e
papel entre cafco , e cafeo, para que melhor
fe enxuguem , c neíla fórma fe pôem afee-
car ao Sol. Eíla he a preparaqaõ, que fe faz
á Cebolla Albarraa 5 e aflim todas as vezes,
que le pedir preparada, fe ha de dar deíla,
come
 Dos Eclegtrias J OuLodlS, &C. I2T
como enfina Lemery na fua Pharmacopea pofto em fórma de lambedor , e nefta fórma
■ cap. 4. de pre.pauiticn.fmpU pag. 117. le dará para o ufo.
Eíle remcdio , ainda que heafpero de to¬ He eíle medicamento bom para a tofíe
mar , merece que os Afmaticos faqaõ muita antiga , defpega as fleumas do vaõ do Feito,
eílimaqao delle 3 porque he medicamento excita o efearro , e ferve também de muito
certo para os accidentes da Afma , e para a alivio aos Aílhmaticos: dá-fe de huma até
tolTe antiga, attenúa e gafta a cólera groíTa, duas onqas por varias vezes no dia.
quecahe do cerebro , facilita notavelmente ECLEGMA PARA TÍSICOS.
a refpiraqaÕ. Toma-fe molhando a ponta de 13 T> Çnmo de Hera terrejire libras duas
huma raiz de AlcaíTüs ralpado nelle, e fe XV• e meya.
chupa o que nella íepéga,ou também felan- Miva de Açúcar Bofado libra huma.
qa o Eclegma em huma tigella, e fe lhe met- Alfenim onças quatro 3 ponha fe em ponto de
te huma colher dentro , e o que ie pega ás Xarope , e a duas onças delle lancem flores de
coílas fe toma lambendo-o. v Enxofre duas oitavas’, de tudo fe faça Eclegma.
ECLEGMA DE BELDROEGAS. S. A. Ita Jofephus Qiiercetanus in Pharm. Re-
11 T) Çumo de Beldroegas Ub. 2. ftituta cap. 19. de Eclegmat.pag.443. Far-fe-
JLV. • Trochifeos de terra figillada oita¬ ha ná fórma feguinte : O qumo da Hera ter-
vas duas. reílre fe depurará, e clarificará, e porá a co¬
Trochifeos de Alambre* zer com o Alfenim,e a Miva do Acucar Ro-
Goma Arabia. fado, e tanto que tiver ponto alto fe cóe, e
Sangue de Drago and oitava huma. a cada duas onqas de Xarope aftim feito fe
Peara Heniatijia. lancem duas oitavas de flores de Enxofre , e
Pellos de lebre queimados and efcrop.dous. bem myíturado tudo fe dará para o ufo.
Açúcar fino libra huma -.faça-fe de tudo lam¬ Serve eíle Lambedor para os Tyficos, e
be dor S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac. Empiematicos, que tem já os Bofes eheyos
univ. cap. 5. de Loch. pag. 29 j. Far-fe-ha na de matérias j com elle diz o mefmo Andot
fôrma feguinte: Do qumo das Beldroegas no lugar citado curou a muitos enfermos
depois de clarificado fe medirá a quantidade, já defefperados. Muitos profeclb defpèratos , CJ*
que fe pede na receita , e fe miílurará com incurabiles agrotos jam proclamatos , hoc eo-
o Acucar, e fe cozerá , até que tenha ponto dem re/iituimus remedio. Dá-fe de huma até
mais alto que de Xaropej então fe coe, e de¬ tres onqas, cada dia por varias vezes.
pois de frio lhe ajuntem os Trochifeos, e ECLEGMA DE PASSAS.
mais limplices em pó fubtil, e depois de e- 14 T) R*h de Peonia,
ílar tudo bem encorporado fe dé o Eclegma XV. Alcafius anà onça meya.
para o tifo. Hyfopo.
He bom eíle medicamento para os que Herva Cidreira..
lancaõ fangue pela bocca , faz parar o fluxo Donradinha anà manip. meyo : de tuJo fe fa¬
delle , ou feja do Peito , ou de qualquer par¬ ça cofimento , e nelle tornem a co\er Pafias de
te , e ainda no das Hemorrhoidas : dá-fe de Uvas fem graõ libra huma, depois de bem coli¬
huma onqa até duas em Julepes , ou ás co¬ das fe faça Xarope com libra huma de Açúcar
lheres , varias vezes no dia , em horas con¬ fino S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. univ.
venientes. cap. . de Loch. pag. 278. Far-fe-ha na fórma
feguinte : Cozeráõ as raizes e hervas em quá-
ECLEGMA DE MALVAISCO.
to baile de agoa da chuva, depois fe coará o
12 T) Polpa de Malvaifco onças duas. cozimento , e nelle poraõ a cozer as Paífas
JLV * Diatragacantho frio. até fc desfazerem bem , entaõ fe coaráó com
Diaireos anà oitavas ires. forte expreíiaó, á qual fe ajuntará o Acucar,
Flores de enxofre oitavas duas. e fe cozerá até ter ponto de Lambedor, e
Açúcar Cande. nefta fórma depois de coado fe dará para
Alfenim anà onça meya. o ufo. ■ .
Xarope de Avença , e de Serve eíle Eclegma para cortar , e desfa¬
Tiijjílagem anà q f ha Nicolaus Lemery zer as fleumas groíías , que cabem de Cere¬
in Pharmac. univerf cap. 5. de Loch. pag. 2 97. bro fobre os Botes, facilita muito a refpira-
Far-fe-ha na fórma feguinte: Depois de bem cao aos Almaticos, e he 11 til nas Epilepfias.
cozido o Malvaifco lhe tirem a polpa , paf- Dá-fe de huma onqa até duas ás colheres por
fando-a por cedaço , e fe mifturará çom to¬ varias vezes no dia, e em horas competentes.
dos os mais pós em gral de pedra, e emeima
fe lhe lançará o que bailar de Xarope de A-
venca,e de TuiTilagem para que fique o com-
<1 CON-
 122 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. IV.
CONSERVAROSADA■-- - ~ — * — *
15 T) Rofãs vermelhas de cem folhas //-
jLV* bra huma.
Açúcar libras duas : faça-fe conferva S.A.
ItaMefues íib. i.fimpl. djlinil. 4. de conditis
I2j. Far-íé*ha na Forma feguinte :
Tomaráõ a quantidade de Rofas que quize-
rem,e as colheráõ,antes que totalmente eíle-
jaõ abertas,e as alimparão dos pés,e das unhas
brancas, que eílaõ dentro do botão, de tal
forte que lo aproveitem as folhinhas verme-
lhas * limpas deíla forte fe pifaráõ em gral
de pedra com dobrado pefo de Açúcar , e
tanto que tudo eíliver bem miílurado , fe
ponhao em vafo vidrado ao Sol quinze dias
mexendo a todos elles muito bem , e pafia-
do o dito tempo fe guarde para o ufo. Tam¬
bém fe pode fazer pondo o Açúcar em pon-
to mais fobido, que o de Ele&uario, então
fe lhe lança a Rofa pilada fóra do lume , de-
pois de fria fe guardará para o ufo fem hir ao
Sol. Eíla he a~verdadeira conferva Rofada,
ou o melhor modo de a fazer , aiTim o enfi-
nao A.phonfo de Jubera , Frey Antonio de Ca-
Jlelía yScordero , Charás , Bauderon, Poterio,
o grande Lemery , e outros muitos, que por
fabidos naõ allego : Em nenhuma das mais
famofas Boticas deíla Corte tendo tao infi-
gnes Meílres, nem em todo o Reyno a fa-
zem aflim j fupponho que he por evitarem
aos doentes o amargo da Rofa, eos lifon-
geaõ com lha fazerem na fórma feguinte.
Aqucar
Rofado
R# Rofas vermelhas de cem folhas bem a-
,
bertaSy e frefeas a (juantidade que qid-
,
comraú. %erem fa%er alimpem■Je dos pés , e de tudo 0
, ,
mais ef ranho que tiverem e a cada libra de
Rofas depois de limpas lhe ajuntarão duas de
Açúcar , e a faraó S. A. na fórrna feguinte :
TomaráÕ o Açúcar, e o clarificarão, e poraõ
a cozer até ter quafi meyo pomo, entaõ o
coaráo , e lhe lançaráõ as Rofas, que fe hirao
cozendo com o Açúcar mexendo-as fempre
até ter ponto de Mel 5 tendo-o fe tirem do
lume , e guardem para o ufo em vafo vidra¬
do bem tapado : fe quizerem fazer o Açúcar
Rofado mais agradavel , efcaldaráõ a Rofa
algumas vezes, e depois a lavaráõ em agoa
fria, e tanto que eíliver bem branca a coze-
xáõ com a méíma quantidade de Açúcar, ou
mais fe parecer , e faraÕ na fórma acima dí-
ta, e quanto mais vezes lavarem a Rofa, tan-
to ficará a conferva mais branca , e agrada-
vel para fe comer.
Serve a conferva Rofada para moderar a
tofíe, faz fufpender as fluxoes hemorrhoi-
■daes , e as do ventre , fortifica o eílomago ,
alegra o coraçaõ , refrefea moderadamente,
ea que he antiga ferve para gargarejos, e pa¬
ra qualquer fluxaõ, dáTe de meya onça até
huma, efla lie a virtude da boa e legitima
conferva Rofada ,’ que o Aqucar Rofado co¬
zido , como acima diffe , e o que vem deca¬
ía dqs Confeiteiros para as Boticas, he mui-
to bom para almoçar nas menhãas da Cani-
cuia , que fe he bem feito naõ labe maL, e
bem fe;póde comer delle toda a quantidade,
que quizerem , que fe elle for do que vem de
certa parte em panelinhas, por pequenas 1c
pódem defpejar até duas dúzias a hum al-
moço
CONSERV A DE ROSAS
de Alexandria. .::oj r -
16
R. Ro fas de Alexandria libra huma.
Açúcar libras duas : façafe con-
ferva S.A. lia Pharmac. Valentma traã. de
conferv.pap. 4$. Chama-fe a eíla conferva de
Alexandria , porque.as primeiras Rofas de lá
vieraõ, e também fe chama Períica, ou Da-
mafcena , porque le uíou muito na Cidade
de Damafco , enaPeríia. Far-fe.-ha na fór-
ma feguinte : Tomaráõ a quantidade de Ro-
fas de Alexandria que quizerem , e asalim-
paráõ dos pés, e tudo o mais, que tiverem
eílranho, e a cada libra delias aflim limpas .
ajuntaráõ duas de Açúcar , e tudo pifaráo
muito bem em gral de pedra , ,e tanto que
eíliverem bem miíturadas com o Açúcar fe
lançaráô em vafo vidrado , e fe poraô ao Sol
quinze dias mexendo-as fempre,e no fim deí-
les fe guarde para o ufo: ou também fe póde
fazer pifando a Rofa, e lançando-a em o Açú¬
car , que eflará em ponto mais alto, que o
de Electuario , e depois de bem miílurada fe
guarde para o ufo $ aflim o enfina a fazer o
Auctor no lugar acima citado, e Lemery no
cap.das confervaspag. 15 6. Efle he o melhor
methodo de fazer a conferva Perfica : por¬
que aflim nao perde a Rofa virtude alguma
por naõ hir ao fogo j porque como a virtu¬
de das Rofas confifte em huma fubflancia
volátil, eíla fe lhe defvanecc pelo cozimen¬
to , que no fogo fe lhe dá.
Serve eíla conferva para purgar da Pn-
meira região dá-fe de duas onças até tres
em huma infufaõ de qualquer agoa com hu-
mas rachas de Canela , ou huns graõs de
Herva doce. Eíle modo de fazer a conferva-
de Alexandria , fuppoílo fe ufe muito em
Roma, França,e em todos os Reynos eíTan-
geiros, em que ha Boticas, nefle nofíb nin-
guem aflim a faz j porque eftaõ já os Boticá¬
rios em poífe muy antiga de a fazerem , co¬
mo abaixo fe dirá , e os Médicos a ufaõ , ©
daÕ todas as vezes que lhe he necefíaria , a.
razaÕ porque o fazem , elles a pódem dizer.
R. Rtf-
 . Das Eclegmas, ouLodhs, &c.
Açúcar T) Kofasfrejcas de Alexandria bem limpas
Rofado JlV* dos pés a quantidade que quherem , e a
dc Alc- cada libra de Kofa lançarão duas de Açúcar.
xandna. Far*fe-ha na fórma feguinte ; Clarifique-fe o
Aqucar primeiro, e íe ponha a cozer até ter
meyo ponto , entaõ fe côe , e lhe lancem as
Rolas dentro , e as deixem eftar duas ou tres
horas bem abafadas, e pafíadas ellas fe po-
nhaõ a cozer até ter o Aqucar ponto de Mel
groíTo$ em quanto fe cozem , fe vaõ mexen¬
do continuamente , para que fe naõ quei¬
mem , depois fe tirem do fogo , e guarde a
confervapara oufo. Eíle he o Aqucar Ro¬
fado , que fe tem feito nas Boticas, e naõ faz
máo effeito como a experiencia moftra, fe
acafo houver Boticário , que fe ache com
muitas occupaqoés, o pode mandar fazer a
qualquer confeiteiro, que nem por iíTo ferá
peyor, e para o fazer aflim naõ he necefíario
íer Boticário : eu nao perfuado a ninguém ,
que o faqacom aRofapifada,ou cozidaj por¬
que naõ quero demandas , que me poderáo
vencer pela pofle em que eftaõ, que he bem
antiga: digo fó , que o faqa cada hum como
lhe parecer $ advertindo que vai mais huma
onqa delle feito com Rofa pifada . que huma
libra daquelle que he cozido.
O Aqucar Rofado laxa muito o ventre, e
purga da primeira regiaõj dá-fe de quatro até
íeis onqas em huma infufao de qualquer agoa
com huns graõs de Herva doce, ou humas
rachas de Canela.
Conrcr CONSERVA V IOL ADA.
v* vario- J7 T> Violas frefcas libra huma. ■
rum flo. XV • Açúcar libras duas:faça-fe confer-
rum. va S. A. Damefma forte fe podem fazer as
çonfervas feguintes:
Flores de Borragens.
io>
V o
Lingua de Vacca.
Golfaos. thj;.
Malvas. ;.a \n . v■
Papoilas, e de
Peonia. Ita Nicotaus Lemery in Pharmac.
univ.cap.2. de Confervispag. 154. Far-fe-ha
na fórma feguinte : Tiraráõ ás V iolas os pés,
e as alimparáõ muito bem., depois as pifaráõ
em gral de pedra , e as mifturaráõ com o A-
qucar até tudo fe encorporar bem , e aflim as
lancaráõ em vafo vidrado , e poráÕ ao Sol al¬
guns diasmexendo-as varias vezes, e nefta
fórma fe-rgq^da para o ufo. Também fe pô¬
de fazer lanqando as Violas depois de pifadas
no Aqucar, que eftará. clarificado, e poíto
em ponto .de Eleótuario íolido 3 e depois fe
guarda para 0 ufo.Efte he o melhor modo de
fazer a conferva violada : he doutrina de Le?
tnery na fua Pharmacopea cap. 2. de confervis,
^ quem fegue Bauderon in Pharm.feã. 1. de
lond. lib.i.pag.2). Pedro Poterio in Pharmac*
Spargirica lib. ].feã. 1. de confervispag. 541*
Quercetano in Pharm. Pefíit.cap.i. pag. 570.
e outros muitos. Coftumaõ alguns depois de
bem limpas as V iolas lanqa-las em vafo de
barro com huma cama de Aqucar por baixo,
e outra por cima,e nefta fórma as deixaõ fer¬
mentar vinte e quatro horas, e paffadas ellas
as levaõ ao lume até que o Aqucar fe derrete,
e tanto que levanta fervura,as tirão, e guar-
daõ para o ufo.Feita a conferva nefta fórma,
fica muito agradavel j porque naõ vaõ as fio-
fes pifadas , antes fempre aííim fe confervaõ
inteiras 5 e por efta razaõ me naõ parece eíle
methodo máo 3 porque ainda que a4 flores
vaõ ao lume, naõ he taÕ largo o cozimento,
que por elle poíTaõ perder a virtude volátil,
e eíTencial 3 os que aflim a fazem , cuido naõ
erraõ , porque tem por fi a audoridade de
Jofeph Quercetano cap.21.^70.,que fallando
no modo de fazer a coníerva diz, que depois
de eítarem as flores já no Aqucar cozido fe
tornem ao lume , para que de novo fervaõ,
como fe vê neílas palavras: ldem Saccharum
cum admixtis floribus denub bulliat ad ignem,
donecperfette coãum apparuerit.Tenho apon¬
tado tres modos de fazer aconferva violada,
o curiofo Leitor póde efcolher aquelle , que
lhe parecer mais acertado e juílo com as re¬
gras da arte.
A conferva violada he cordeal, e peitoral,
adoqa a acrimonia do fangue,excita os efcar-
ros, e tomada pela manhãa laxa o ventrej dá-
fc de huma oitava até meya onqa.
CONSERVA DE MOSQUETAS.
18 T) Mofquetas libra huma.
JLV • Açúcar libras duas \ faça-fe con¬
ferva S. A. Ita Sicolaus Lemery in Pharmac.
cap.2. de confervis. Alguns chamaõ a eíla con- Confcr
ferva Nãcerina, qüe quer dizer conferva de va Naci
Mofquetas , aflim o enfina a Pharm. Valent. nna'
traã. de confervis pag.45. Far-fe-ha na fór¬
ma feguinte: Alimparáõ primeiro as mo¬
fquetas dos pés, e do mais eílranho , que ti¬
verem 5 depois fe metteráõ no Aqucar, que
eftará já em ponto de Mel, e entaõ as leva-
ráõ ao lume , e tanto que derem huma leve
fervura fe tirem, e guardem para o ufo. Eíle
modo de fazer a conferva he o melhor, por¬
que fe pifarem as Mofquetas com o Aqucar*
naõ fica aflim a conferva taõ boajporque co¬
mo a flor he fecca, e tem,pouca humidade,
tanto que fe fermenta* e pafla por ella algum
tempo fe fecca em tal fórma,(5 naõ vai nada.
He eíle medicamento muito purgativo,
porque como as Mofquetas faõ mais quen¬
tes , que as Rofas , por iflb efta conferva he
mais purgante, que a da Rofa de Alexan¬
dria ; dá-íe de huma até tres onqas em infu-
f^õ de agoa de lingua de vacca,e com humas
<1* caícas
 124 Pharmac. Lufit. Augment Trat. IV.
cafcas e pe,vides de Cidra , fica hum admirá¬
vel purgante.
CONS ERV A DE FLOR
de Alecrim.
Açúcar libras duas : faça-fe conferva S. A.
R. Flor de Alecrim libra hum a.
Açúcar libras duas: faça-fe con¬ Ita Joannes Vekerius in antid.fpecial. lib. 2.
ferva S/A. Ita Pharmac. Valentina traól. de pag. S6y. Far-fe-ha na fórma feguinte : Pifa¬
confervispag. 45. Far-fe-ha na fórma feguin- rão as folhas , e depois as lançarão em Açu-
te : As flores depois de bem limpas fe pifarão
em gral de pedra , e fe miíluraráÕ com o A-
çucar, ou fe miíluraráó inteiras nelle, depois
de eílar em ponto de Eleótuario,e tanto que
eíliverem bem miíluradas,fe guardará para o
ufo , fe a quizerem mais quente fe póde fa-
zer com o Mel, e nelle lançaráo feis onqas
de agoa de Alecrim diílillado, e depois de
bem efcumado lhe botaráÕ as flores, e as
deixarão eílar dous dias $ paliados elles, co-
zeráÕ tudo em fogo muito brando , até que
tome ponto conveniente de conferva , e de-
íla forte fe guarde para o ufo : aflim o enfina
a fazer a mefma Pharmacopea Valentina no
Con fer¬ lugar acima citado. A conferva da flor da
Salva , e de Rofmáninho fe faz com Açúcar
va ftha-
cadis , l
Salvke.
da mefma forte , que a da flor de Alecrim.
Ufa-fe da conferva da flor de Alecrim de¬
pois das evacuações univerfaes para acura
de todos os achaques frios, aflim como nas
Epilepflas, Apoplexias, Vertigens, e Con-
vulfoés, fendo o achaque procedido de cau-
/fa fria. A conferva da flor da Salva , e a do
Rofmáninho tem a mefma virtude} dá-fe de
huma oitava até tres.
CONSER V A DE FLOR
20R de Fumariai
Flor de Fumaria libra huma.
• Açúcar libras duas: de tudo fe fa-
ca conferva S. A. Ita Nicolaus Lemery in
Pharm. cap. 2. pag. 15 8. Far-fe-ha na fórma
feguinte ; PifaráÕ as flores da Molarinha em
gral de pedra , e com ella fe miílurará o A-
çucar, e depois de tudo bem encorpovado fe
guarde para o ufo. Também fe póde fazer ,
lançando a flor inteira no Açúcar depois de
eílar em ponto de Eleótuario, e neíla fórma
fe guarda para o üfo: as flores fe haÕ de alim¬
par bem da herva, em tal fórma que fe faça
a conferva da flor, enaõ da herva miílurada
çom flor ,como eu já ví em certa parte.
He admiravel remedio eíla conferva para
os Gaflieados, dando-lha nas purgas ou Xa¬
ropes preparantes , corrobora, e alimpa a
officina.do fangue , emenda a corrupçaÔ dos
humores , que fahem ás partes cutaneas.
Póde-ie dar toda a quantidade ,vque qui¬
zerem. " ■; ;;j v
:j 1- x
CONSERVA DE FOLHAS
de Betonica.
21 TJ Volhas verdes de Betonica, libra
XV.
huma.
car , que eílará em meyo ponto , e coado te.'
liirá cozendo com ellas, até que tenha ponto, I
de Mel, e tendo-o , fe tire do lume , e guar¬
de para o ufo. Da mefma forte fe póde fa- Coníer-
zer a conferva da Herva Cidreira, Hera ter-.yaMclhf-
reílre , e de todas as mais folhas * que tive-
r.-c tcirc-
rem ferventia no uío medicinal, ftris » &
Serve a conferva de Betonica para con-omnium
fortar o cerebro, cura de todas as enferrai- foliorum
dades frias da caheça , ajuda a digeílaÕ, he
boa para as dores antigas da cabeça , e pro^
voca a conjunção menlãl ás mulheres : dá-fe
huma oitava até meya onça pela manhãa em
jejum muitos dias continuados.
CONSERVA ANTIPLEURITICA.
22 Çumo de Flor de Papoilas libra- Confer-
R. meya. ™ fucci
Açúcar libra huma , evapore-fe a humidade PaPave\
ao lume , e fe lhe ajunte fegunda e terceira ve\ ™ c r‘
mais outro tanto çumo, e fe ponha em ponto al¬
to , e a cada oitava dejia conferva do çumo das
Papoilas ajuntem corno de Veado preparado
hum efcropulo , Balo Armênio , e Cardo fanto
em pó fubtil meyo efcropulo : faça-fe conferva
S.A Ata Chrijlophorus Love Morley in fuo Col- -D i
leãaneo Chymico cap. 122. pag.i 5 5. Far-fe-ha.;;..;
na fórma feguinte: Depois de tirado o çumo -o
das Papoilas fe depure , e ajunte ao Açúcar,
e fe ponha a cozer até que fc vapore toda a
humidade , e o Açúcar fique em ponto de
Talhadas, entaó fe lhe lancè outro tanto
çumo, e fe vá cozendo da mefma forte, e ul¬
timamente fe lhe ajunte terceira vez mais
outra tanta porçaó de çumo , e fe coza até
que tenha ponto dé Eleétuario fòlido, fazen¬
do-o com muito feptido era fórma , que fe
naõ queime o Aqücar, é deíla forte fe guarda
paia o ufo , e quando for neceffario eíle re¬
medio , tomaráó deíla conferva huma oita¬
va , e lhe lançaráS os pós, que ná receita fe
pede - ou também fe póde fazer na fórma fe¬
guinte : Depois de ter o Açueáf as tres per¬
mutações de çumo fe cOzerá até ter ponto
mais fubído que de Eleótuario , e tendo-o fe
pefará , e por cada oitava déllé fé lhe lança-
ráõ os dous efcropulos de pós y e ^aflim fica
melhor para fe ufar desfazendo-a depois,
quándo fe dá em agoa conveniente.
Eíla conferva he hum íingülaf remedio
para os Pleurizes, e fe póde com ella ajuntar
ácada oitava mais’ hum efcropulo de dente
de
 ' Dos Eclegmas > ou Lochs, &c.
de Javali preparado, que aíTim ficará de ma-
y.°l efficacia j como diz o mefmo- Auótor no
lugar citado; dá-fe de hum efcropulo até
quatro desfeita em agoa de Papçilas, ou
Cardo fanto. ^ digeílaõ oito horas, paíTadas ellas fe leve a
CONSERVA D E A M E 1X A S.
2> T) Cozimento de Ameixas libras cinco,
JlV • Sene onças duas e meya.
Rai\es de borragens , e de
Lingua de vacca and onça meya.
Folhas das mefmas , e
Flores cor deães, and pug. dous.
Canela oitavas duas.
Herva doce onça meya.
Ameixasfem caroço libra meya.
Açúcar libra huma : faça-fe co%imento das
Yai\es, e maisfimplices até ficarem libras duas,
em que fe fará conferva S. A. na fórma fe¬
guinte : Em cinco libras de agoa das AmeL
xas eflando quente fe lanqaráõ as raizes to¬
das , e fe hiraõ cozendo até gaitarem duas li¬
bras , então lhe ajuntarão as folhas de Borra¬
gens , Lingua de vacca, e Herva doce ma¬
chucada, e cozerá mais até gaitar huma libra,
entaõ lhe lancaráõ o Sene, e Flores cor-
deaes, e dará huma leve ebulliqao, e fe tira¬
rá do fogo , e abafará muito bem, e paíTadas
íeis horas o coaráÕ com forte efpreíTaõ , e a
eíla ajuntaráõ o Aqucar clarificado , e depois
de derretido , efcumado, e coado, lhe lan¬
qaráõ as Ameixas, que eílaráõ já meyas cor
zidas, e fem caroqo , em fórma que vaõ in¬
teiras ; e aíTim fe continuará ocozimentOj,
até que tenha ponto de conferva,' e téndo-o
lhe ajuntaráõ fóra do fogo a Canela pulveri-
zada ; e aílim fe guardará para o ufo. Alguns
na chamaõ a eíla conferva Ameixas de Sepe, ou
>e, Ameixas laxativas. > dra, e depois de bem pifada fe lhe tirará a
Pru- Serve eíla conferva para aquellas peíToas,
folun- qUe difficultofas em purgar ; toma-fe to-
dos os dias pela manhaa, ou hum dia , e ou-
tro nao fem mais regimento , que comer
carne de qualquer caíla que feja, e fem pre-
paraqao alguma he medicamehto.imuito
brando e feguro, naõ efquenta coufa alguma,
e póde quem o tomar andar a pé , e por fóra
de cafa , naõ fendo o tempo muito frio : to-
ma-fe buma ou duas colheres cada vez.
CONSERVA DEPASSAS
V. de Uvas.
24R í-Sene onças quatro.
• Canela.
Gengibre and efcropulos quatro.
Agoa de Almeirão onças quatorze, infundaõ-
fe osfimplices , e depois de huma leve ebulliçaõ
fe coem, e d coadura ajuntem Açúcar libra huma
e meya , e paffas de uvas, limpas do gr anilho on¬
ças nove, de tudo fe faça conferva S. A. Itajo-
annes Zuelphents in atümadverfiohibus fup.
lay
Pharmac. Auguji. 2. part. mihi pag. 85. Far-
fe-ha na fôrma feguinte : O Sene*, Canela,
e Gengibre machucados fe infundaõ na agoa
de Almeirão eflando quente, e fe deixem em
agoa ao lume, e tanto que der huma fervura,
fe coe, e a eíla coadura ajuntaráõ o Aqucar,
e depois de hem efcumado , e coado lhe lan-
cem as uvas paíTadas, que eílaráõ já fem gra-
nilhos, e fe hirá cozendo, até que tenha pon¬
to de conferva , e tendo-o fe guarde para o
ufo. A eíle compoíto chamaõ alguns Bafas PnfTuI*
purgativas. laxativ».
Serve eíla conferva para aquellas peíToas,
que faõ difficultofas em purgar, e para os
qüe vomitaõ os medicamentos laxativos $
purga branda e lentamente da primeira e
fegunda rcgiaõ; póde-fe dar a meninos,e mu¬
lheres prenhes; toma-fe ás colheres de huma
até quatro onqas.
CONSERVA MAGISTRAL
para Tyíicos.
25 R i?Carne
. de Kagados.
.
• Peito de Galinha and onças quatro,
Pinhões limpos duas onças.
Diatragacantho.
Semente de Dormideiras brancas.
Beldroegas.
Alface.
Diamargaritao frio.
Sementes frias mayores and oitava huma.
Açúcar fino libras duas : de tudo fe faça con-
ferva. S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte: Co-
zeráõopeito de Galinha , e carne de Kaga-
do em agoa de Cevada com humas folhas de
alface, e tanto que eíliver bem cozida, a car-
ne fe pifará huma e outra em gral de pe-
polpa , paíTando-a por hum cedaqo : o Acu-
car fe porá a cozer em agoa de Cevada , e fe
efcumará, e coará, e nelle depois de ter pon-
to de Mel lhe lancem a polpa das carnes, e
fe com ellas abaixar , torne ao fogo até to-
mar ponto conveniente de conferva; ten-
do-o, fóra do ltirne lhe ajuntem os mais fim-
plices em pó fubtil juntamente com o Dia-
tragacantho , e Diamargaritaõ, e depois de
tudo eílar bem miílo fe dê a conferva para
o ufo.
Serve eíla conferva para Tyíicos, e alguns
com o ufo delia experimentáraõ bom fuccef-
fo : dá-fe de huma até duas onqas, ou mais,
conforme as forqas do doente.
CONSERVA PARA GALLICO.
2 6 T) Bifcouto branco.
jLV. Rai\ da China.
S alfa p anilha. >
Sene and onça huma.
Mechoacaõ oitavas tres.
Xa-
 12Ó Pharmac. Lufit. Augment. Trat. IV.
Xarope de Fumaria quanto bajie para fafer ha de beber agoa de Salfa parrilha , e comer
conftrva fora<fo.Far-fe-ha na fórma feguinte: alfado, tendo regimento de quarenta dias.
EfcolhcráÕ o Bifcouto do melhor, e mais Toma-fe efta malTa quinze dias continua-
branco , e o piíaráo com os mais fimplices dos, ou nove ao menos, póde-fe ufar delia *
empóíubtil, excepto o Sene, e Mechoa- fem preparaqaÕ 5 porém fe fe fizerem antes
caô , que fe trituaráõ medíocres, e depois de as evacuaqoés umverfaes, comeqando a pré-
todos bem mifturados lhe lancem o que ba- parar com fangrias, Xaropes, purgas, eal-
ftar de Xarope de Fumaria para fazer huma gumas Apozimas, quejrefpeitem ao achaque,
maíía, que naõ fique muito rija, nem molle* fará muito melhor effeito.
e aflim fe dará para o ufo. COZIMENTO COMMUM.
Serve efta conferva para a cura do Galli- 2$ T3 Cevada ejbulhada.
co , obra no dito achaque maravilhofamen- XV. Alcajftis rafpado.
te. Em quanto fe toma,fe ufa de Dieta, e be¬ Vajas fem gr ao and onça meya.
bendo agoa de Salfa, e fe naô faz preparacao Ameixas num. doze.
alguma, fem embargo , que fe a tomarem Sementes frias.
depois das evacuaqoés univerfaes , ferá de Flores cor deães and pug. hum.
muito mayor effeito: toma-fe cada vez hu A 00 a libras quatro : áe tudo fe faça cozjnn,i>
ma onqa-pela manhãa em jejum , e outra de- to S. A. na fórma feguinte. A Cevada fe po-
pois de cêa quatro horas* e no cafo , que a nha a cozer na agoa,eftando quente, è como
purgaqao feja demafiada, fe tomará hum dia, gaftar huma libra , lhe lancem o Alcaífüs, e
outro naõ. Eíle remedio foi ordenado por depois de ferver hum pouco lhe deitem as
muitos Médicos para a cura de hum grande paiTas fem graõ , e Ameixas fem caroqo, e fe
Príncipe, que naõ nomeyo ; porque me naõ coza até ficar em húa libra,e ultimamente lhe
atrevo a dizer , que efte achaque fe atreve a ajunte as fementes quebradas,e as Flores cor-
entrar nos Palacios dos Grandes Senhores : deaesje tanto q der humaleve ebulliqaõ fe ti*
eíle que a tomou, fe achou admiravelmente, re do lume,e paííadas feis horas fe côe, e ufe
e farou do dito achaque fó com o ufo da con- delle, naõ havendo neceflidade de logo o fa-
ferva 5 aífim o affirma o Boticário, que a fez zer,porque neífes termos necejjitas caretlege.
em hum manufcripto feu , que eu vi. Serve o cozimento commum para a infu-
Maíra CONSERVA TURQUESCA. faõ das purgas, ou para nelle fe diífolverein
Turque- 27 T) Salfa parrilha onças feis. os fimplices folutivos. Com efte cozimento
fca. XV* Polipodio Ouercino. fe preparaõ, e difpôem quaeíquer humores,
Sene and onças tres. que fe pertendaÕ purgar.
Semente de Funcho. COZIMENTO PEITORAL.
S and aios vermelhos and onça huma.
Açúcar libras tres.
29 R. Cevada limpa.
Vaffas de uvas fem grad.
Mel efcumado libra hum a: de tudofe faça con- Jujubas.
ferva S.A.Far-fe-ha na fórma feguinte.A Sal¬ Alca[ftis and onça meya.
fa , e os mais fimplices fe pifaráõ fubtís, ex¬ ; Ameixas num. do%e.
cepto o Sene, que ferá medíocre: o Aqu- Tamaras num. tres.
car fe porá a cozer, e o Mel em agoa de Sal¬ Hyfope.
fa parrilha, e depois de efcumado , e coado Avença and manip. meyo.
fe cozerá até tomar ponto de Eleétuario , Flores Cor deães pug. quatro.
tendo-o fóra do fogo lhe lancem os pós tor • >- Agoatibras quatro: de tudo fe faça cozimen¬
dos, e tanto que tudo eíliver bem mifturadb to S. Á: na fórma feguinte.Nas quatro libras
e encorporado , fe guardará para o ufo. A de agoa eftando quente , fe lance a Cevada
efta conferva fe chama Turquefca , porque limpa da pragana, e fe hirá cozendo até ga-
foi inventada por hum Medico chamado o ftar huma libra, e dahi a pouco lhe lancem o
Meftre Luís, Turco de naqao. Alcáfíus, c depois de gaftar mais outra libra
He boa efta conferva para a curado Gal- lhe botem as Ameixas, PaiTas, Tamaras,e
lico , toma-fe meya onca pela manháa, e ou- Jujubas, e tanto que ferver hum pouco, lhe
tra meya á noite quatro horas depois da céa. ajuntem o Hyfopo , e ultimamente eftando
Continua-fe todos os dias,riaÕ fendo de Luaj fó em pouco mais de libra , lhe lancem a A-
fe purgar muito , tomar-fe-ha de dous em vença, e Flores,e fe tire do lume, e pafladas
dous dias. Ou tomaráõ mayor quantidade , feis horas fe côe , e uié delle.
fe parecer ao Medico , que fempre fe deve Efte cozimento difpôem os humores do
confultar. ComeráÕ galinha, ou Carneiro, e Peito, para que os purgantes obrem melhorj
depois que fe acabar de tomar efta conferva, também fe dá com medicamentos Cordeaes,
que ha de fer na Primavera ou Outono, fe e Bezoarticos nos Pleurizes. '> \
CO-
 Dosi Eclegmas, OU Lochs, &<N
COZIMENTO FLEÚMAT1CO. .
.3° T) Cevada esbulhada.. .
JÁ. Polipodio de Çarvaího anã onça
, pieya.
, Ameixas fem caroço num. dq%e.
Pajjas fem grad.
Jujubas nnà oitavas tres. ,\ ■
Semente de Carthamo. • - *•
- Semente de Funcho.
Herva doce and oitavas duas,
Epithimo oitava huma. .
r Avença manip. meyo. \ ,
Sementes frias, } . 'j
Flores Cor deães and pug. dous.
Agoa libras cinco, ífe taíto y> faça cozimen¬
to S. A. na fórma feguinte: A Cevada, e Poli-
podio machucado le poraõ. a cozer nas cinco
libras de agoa, e como gaitar duas lhe ajun¬
tarão as Uvas, Ameizas, ejujubas, e ferve¬
rá até gaílar mais huma libra , e depois de
cozer mais hum pouco lhe lancem as fçmen-
tes de Carthamo , Herva doce , Funcho , e
com ellas fe continuará o cozimento mais
hum pouco , e como eíliver em pouco mais
de libra, lhe botem o Epithimo , Avençare
fementes frias quebradas, e as Flores Cor-
deaes , e. tanto que der huma leve ebulliçaõ
fe tire do lume , e paíTadas feis horas fe coe ,
e dê para o ufo.
Com eíte cozimento fe preparao os humo¬
res fleumaticos para fe haverem de purgar
com remedios, que refpeitem a caufar miílu-
ra-fe nos Xaropes, e purgas, quando fe pede.
COZIMENTO COLÉRICO.
31 TJ Cevada esbulhada.
XV. AlcaJJús.
Fajfas fem gr ao and onça meyd•
Ameixas fem caroço num. doje.
Tamarindos em rama onça huma.
Sementes frias.
Flores Cordeaes and pug. dous.
Agoa libras quatro : de tudo fefaça cozimen¬
to. S. A. na fórma feguinte: Na agoa eftando
quente lancem a Cevada , e como gaílar hu¬
ma libra lhe botaráo o AlcaíTús rafpado , e fe
continuará o cozimento até gaílar mais ou¬
tra libra, entaõ lhe.ajuntarão as PaíTas, A-
meixas , e Tamarindos em rama, e ultima¬
mente eftando em pouco mais de libra , lhe
botaráo as fementes frias quebradas, e Flo¬
res Cordeaes, e depois de dar huma ebulli-
qaõ fe tire do lume , e paíTadas leis horas fe
coará, e dará para o ufo.
Eíle cozimento ferve para os Xaropes
preparantes, quando com elles fe pertendem
purgar os humores coléricos.
COZIMENTO MELANCÓLICO.
32 ~D Cevada esbulhada.
XV. Polipodio. ■_ ...
r l'2f
Alcaffüs and onça meya.
Pajjas fem grad oitavas duas*
Ameixas num. de%.
Jujubas num. do\e.
Avença manip. meyo. *
Epithimo oitava huma^ •
; Sementes frias. zo : ■ ■
Flores Cordeaes and pug. hum.
í Agoa libras cinco : de tudo fe fará cozimento
S. A. na fórma feguinte: Nas cinco libras de
* agoa eftando quente lancem o Folipodio ma¬
chucado , e a Cevada j e como gaílar.>d,qas
> libras lhe botaráo o AlcaíTús rafpado , e dahi
a pouco os fruéfos, e ultimamente eftando
O cozimento em pouco mais de libra, lhe a-
juntem o Epithimo , Sementes frias, e Flo¬
res cordeaes , e depois de dar huma leve fer¬
vura fe tire do lume , e paíTadas feis horas fe
coe, e ufe delle. Quando fe pufer a cozer o
Polipodio fe lanqaráõ com elle alguns graõs
de Herva doce. . '
Ufa-fe efte cozimento, quando fe querem
difpôr os humores Melancólicos, para fe ha¬
verem de purgar. ,'.í
COZIMENTO CARMINATIVO.
33 TY Herva doce.
XV. Semente de Funcho.
Alfazema.
Semepte de Arruda, e dâ
Endros and onça meya. ■/ • ,
Cabeças, de M aceita.
KofmaninhOi
Coroa de Key and manip. mèyOi
Agoa libras quatro : de tudo fe faça cozimen¬
to S. A. na fórma feguinte: Nas quatro libras
de agoa eftando quente fe lancem as femen¬
tes , e depois de gaílar huma libra lhe ajun¬
tem as mais coufas, e fe continue o cozi¬
mento até que fiquem duas libras, e paíTadas
feis horas fe coe, e dé para o ufo.
Serve o cozimento Carminativo para fe
lanqar em Clyíteis $ attenúa , e gafta os fla¬
tos,ufa-fe mettido em bexiga de Boy, e quen¬
te fe applica na parte léfa para as cólicas , e
outros achaques frios.
COZIMENTO PÜGINO.
34 T) Semente de Carthamo contuzo oita-
Xv• vas duas.
Folhas de Sene oitava huma e meya.
Ameixas num. feis.
. Herpa doce oitava meya.
Agoa q.f fique em quatro onças por doce. Ita
Fr ater Stephanus a V tilas in examine Apothe-
cariorum in fine mihi pag. ii6. Far-fe-ha na,
fórma feguinte : Em libra huma e meya de
agoa eftando quente lanqaráõ as Ameixas , e
fe cozeráõ até gaílar meya libra , depois lhe
ajuntem a Herva doce, e fem ente de Cartha¬
; mo machucada,e tanto que gaílar mais híeya
libiãj
 nS Pharmac. Lufít. Augrrient. Trat.1V.
libra, lhe ajuntaráÕ o Sene , com que gaíla- pres pour tes mui adies de la tejle.
rá duas onças j tlre-fe do lume, e paliadas
íeis horas fe coe , e dé para o ufoé que frio do Cerebro , afilm como para Epile-
Purga cíle cozimento branda e lentamen¬ pfias, Apoplexias, e Lethargos ; ie ie dér fó,
te todos os humores ; humas vezes fe dá fó , fe póde difpenfar de duas até cinco ou [eis
e outras miílurado com alguns Xaropes pur¬ onças.
gativos, quando o querem de mavor vigor.
COZIMENTO CORDEAL. 37
35
R. Rai% de Ffcorcioneira.
Almeirão.
Borragens, e de
JUngua de vacca and onça meya.
Alcafüs oitavas duas.
Folhas de Almeirão.
Borragens.
Lingua de vacca•
Avença.
Língua Cervina and manip. mcyo.
Flores Cor deães and pug. dous.
Agoa libras cinco : de tudo fe faça cozimen¬
to S. A. na fórma feguinte. Nas cinco libras
de agoa eílando quente fe lançaráõ as raizes;
e tanto que fe gaíiar huma libra de liquor,lhe
botaráõ as hervas todas, e como gaíiar mais
outra libra , lhe ajuntarão Avença , e Flores
Cordeaes, e dará huma leve ebulliçaõ , de-
pois fe tire do lume * e paífadas íeis horas fe
coe, e dê para o ufo.
He eíle cozimento proprio para confor-
tar o coraçaõ, refiíle aos máos humores, re¬
bate a febre, c refrefea muito: ula-feem
Cordeaes, purgas, e em Xaropes. Ao cozi¬
mento fe haõ de ajuntar humas cafcas de Ci¬
dra , efemente das mefmas.
COZIMENTO CAPITAL.
3 6 *|3 Vifco Querei no.
JlV* Bai\de Peonia.
Semente da mefma and onça meya.
Bagas de] uni pero
Unha de grani befta and oitavas duas.
Salva.
Betonica.
Manjerona.
Bofmaninho.
JSeveda and manip. meyo.
Agoa libras cinco: de tudo fe faça co\imen~
to S.A. na fórma feguinte : Nas cinco libras
de agoa , eílando quente , fe cozaõ as raizes
até gaíiar huma libra , entaõ lhe lancem as
fementes machuchadas, ca Unha de gram
beíla emlimaduras, edahi apouco as her-
vás , e fe continuará o cozimento, até que fi¬
quem libras tres,entaõ fe tire do lume,e paífa-
das leis horas fe coe, e dê para o ufo. Alguns
chafnaõ a eíle cozimento Cephalico , que
Deco&u
Cepha-
licum.
quer dizer cozimento proprio para achaques
da cabeça , ou capitaes.* Aííim o dizLemery
Gap. 4. de Éthinwlogijs tetra C. por eílas for-
maes palavras: CephaVcafon des remedespro-
Serve eíte cozimento para todo o acha¬
COZIMENTO BRANCO.
Corno de Veado queimado.
R.
duas.
Miolo de pad do melhor and onças
Açúcar onças tres. •
Agoa libras tres : de tudo fe façacofimentv
S. A. na fórma feguinte : Na agoa eílando
quente lançaráÔ os firoplices todos, e fe co-
2eráÔ em fogo muito brando até gaílar huma
libra , entaõ fe tire do fogo , e páfladas leis-
horas fc coe , e dê para o ufo. Se quem ufar
eíle remedio o quizer mais dócre, lhe ajunta¬
rá a quantidade de Açúcar que lhe parecer ,
até o fazer do feu agrado. Chama-fe a eíle
cozimento Branco pela côr, com que fica de¬
pois de feito.
Serve para as Dyíenterias, Diarrheas,Te-
nefmos, para a Tóífe fecca , e para os que
lançaõ fanguepela bocca,fará muito melhor
effeito , fe em lugar do Açúcar o adoçarem
com algum lambedor proprio para a cura do
achaque, a que fe applica: pôde-fe tomar to-
da a quantidade, que quizerem^
COZIMENTO PARA DYSENTERIA.
38 X2 Conferva de Bofas dobradas onças
lx • tres.
Conferva de Flor de Papoilas onças duas.
S and aios vermelhos em pó gr çjfo. :
Tormentilla and onça meya.
Cafcas de Laranjas.
Cafcas de Limão and oitavas tres.
Ahnecega fina oitava meya.
Agoa libras feis:de tudo fe faça digèftdã vin¬
te e quatro horas , depois ferva levemente , e fe
coe S.A. Far-fe ha na fórma feguinte: A Tur-
mentilla, e Sandalos fe pifaráo groífos, as ca¬
fcas de Laranja , e Limaõ , que haõ de fer fó
do exterior, fe cortaráõ, e ajumaváõ com os'
mais fimplices, e fe metteráõ cm vaio de
barro vidrado, e emeima lhe lançaráõ a agoa,
e o poraÕ em digeílaõ vinte e quatro horas ,
paífadas ellas ferverá hum pouco , e depois
fe coe o cozimento , e fe dê para o ufo.
Serve eíle medicamento para as Dyfente-
rias, Diarrheas immoderadas, para os fíuxos
Hepáticos e outros afféêtos íemelhantes: to-
ma-fe bebendo do cozimento, fem ufar de
atroa na bebida ordinaria.
COZIMENTO HEPÁTICO.
37 R Coro
.*' de leite libras auatro.
• Tamarindos onça huma e meya.
Conferva Bofada onças tres.
Folhas de Almeirão.
Hep a-
 Dos Eclegmas, ou Lochs, &c.
Hepática.
Azedo de Cidra.
Flor de Papoilas and onças duas.
Efpirite de Vitriolo oitava meya: façà-fe co-
zimento S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte:
Ó Soro fe coará , e depurará de toda a parte
butyrófa , que tiver, e fe lançará em vafo de
barro capaz fobre fogo brando , entaõlhe
lanqaráÕ os Tamarindos, e o Azedo da Ci-
dra , e depois de ferver hurri pouco lhe ajun-
tem acónferva, emais fimplices , e como
com elles der mais duas fervuras, fe tire do
lume, e ponha em lugar quente vinte e qua-
tro horas $ pafíadas ellas lhe deitaráõ o efpi-
rito de Vitriolo , e ultimajnente fe côe , e
filtre para o ufo.
He efte cozimento hum admiravel reme-
dio para temperar o Figado , refrigera-lo, e
conforta-lo: dá-fe de quatro até feis onqas, e
fe continua trinta até quarenta dias.
COZIMENTO PARA
- \f ; ' Gonorrheas.
4° yj Cachos do telhado manip. hum.
XV* Semente de Marmellos.
Semente de Arruda.
Agno cafto, e . "
Semente de Tancha ff em and onça huma.
Raiz de Tormentilla onça meya.
Rofas dobradas pug. dous.
Flor de Verbafeo pug. hum.
Çumo de limoês onças feis.
Ao-oa de Malvas, libra huma emeya:ponha*
fe tudo em digejiad tres dias , e então de huma
fervura , e fe faça S. A. Far fe-ha na fórma
feguinte: Machuquem-fe os fimplices (exce-
pto as Flores) , e fe mettaõ em vafo capaz, e
emcima lancem a agoa, e o çumo de limoês,
e fe ponha em digeftaõ em cinzas quentes
tres dias j pafTatíos elles fe leve ao fogo em
fórma, que feja brando, e tanto que der hu¬
ma fervura, fe tire do lume, e depois de mui¬
to bem coado , fe dc para o ufo.
Com efte cozimento fe curaò todas as Go¬
norrheas , e fe dá depois das evacuaqoés ne-
ce(farias, deduas onqas até tres pela manhãa
em jejum , e de tarde outra tanta quantidade
a horas competentes, e fe continua dezoito
ou vinte dias: Eu feifugeito, que o tomou
fem preparaqaó alguma, mais do que ufando
de dieta, e ao feptimo dia experimentou me¬
lhora , ao decimo ficou livre de todo, fendo
a Gonorrhea das mais trabalhofas, que paf-
fava de quatro mezes.
COZIMENTO*
ad menfes provocandos.
Mi li um Solis.
• Herva doce. , -
Vifco Qiiercino and oitavas tres.
Diãamo Cretico huma oitava^
129
Açafrao efcrop. hum.
Vinho branco libra huma: infundafe tudo
vinte e quatro horas depois de huma ebultiçad.
Far-fe-ha na fórma feguinte : Machuquem-
fe os fimplices, e fe lancem em vafo de bar-
rb capaz , e emcima o vinho , e fe ponha em
digeftaõ em lugar quente vinte e quatro ho-
ras $ pafíadas ellas fe ponha a cozer, e tan-
to que dér huma ferVura fe tire do lume , e
coado fe dê para o ufo.
Efte cozimento provoca a conjunqaô
menfal ás mulheres, fe fè dér depois de bem
evacuado o corpo , fará logo eífeito : dao-fe
pela manhãa tres onqas ,• e de tarde outras
tantas em horas competentes.
COZIMENTO HISTÉRICO.
42 T) Poejos.
XV • Artemija.
Abrotano.
Matricariá.
Herva Cidreira.
Uro-ibó.
Serpad and manip. hum.
Pimpinella.
Bagas de louro and oitavas duas.
Cajioreo oitava huma.
Sabina oitavas tres.
Agoa libras quatro e meya: de tudo fe faça
cozimento S.A. na fórma feguinte : As Ba*
gas fe machuquem , o Caftoreo fe corte
miudo , e junto com os mais fimplices fe
ponhaÔ a cozer em fogo brando, até que o
cozimento fique emtresdibras, e pafíadas
feis ou oito horas fe coe , e dê o cozimento
para o ufo.
Efte cozimento corrobora a madre, e pre-
ferva dos accidentes uterinos , provoca a,
conjunqaó menfal: dá-fe de quatro até feis
oncas adoqadas com huns pós de Aqucar:
continua-fe tomando-o todos os dias pela
manhãa em jejum.
COZIMENTO NEPHRITICO;
Raiz de Ononis.
• Rai\de Aypo.
Raiz de Saxifrazia and onça huma.
Raiz, de Potentilla onça huma e meya.
Alcaçuz meya onça.
MUlegrana.
Cafeas defavas and manip. fneyo.
Alehekangis.
Semente de Saxif razia.
Mitium Solis.
Bagas de Hera de muro and oitavas tres.
Agoa de Parietaria libras cinco: cozafe tu¬
do S^A. Far-fe-ha na fórma feguinte : Nas
cinco libras de agoa , eftando quente , lan¬
cem as raizes, e tanto que gaftar huma , lhe
deitem os mais fimplices, e fe continúe o
cozimento até ficar em libras tres , e ulti-
R mamente
 I50 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. IV.
mamente fe tire do lume , e pafíadas feis ou
oito horas fe coe, e depara o ufo. As Te¬
mentes fehao de lanqar no cozimento que¬
bradas , e as raizes cortadas miudamente.
- Efte cozimento quebra notavelmente a
pedra , e faz lanqar as arêas dos rins: dá-fe
de quatro até feis onqas com duas ou tres
gottas de Oleo de Vitriolo pela manhãa em
jejum , e de tarde a horas competentes,
continua-fe de vinte até trinta-, ou quaren¬
ta dias.
COZIMENTO PARA OS DENTES.
44 TJ Folhas de Alecrim.
JLV. Salva. -£
Murta and manip. meyo.
Cafcas de Romãas onças duas.
Pedra hume crua onça huma.
Vinho.
Agoa and libra huma e meya : de tudo fe
faça coymento. Far-fe-ha na fórma fesruin-
te: No vinho, e agoa eftando quente fe lan¬
cem a Pedra hume, e cafcas de Romãas ma
chucadas , e os mais íimplices, e fe cozao até
que fique o cozimento em libras duas, paf-
fadas feis ou oito horas fie coe, e dê para o
ufo.
Serve efte cozimento para fazer apertar
as gengivas inchadas, e para firmar os den-
tes abalados: ufa-fe tomando-o quente ás
bochechas, e fe continua tres ou quatro
vezes no dia.
COZIMENTO PARA CONSERVAR
os dentes.
45 TI Folhas de Oliveira.
JLV • Folhas de Murta.
Folhas de Alecrim and manip. hum.
Cravos da índia oitava huma.
Rofas vermelhas pug. hum.
Sal commum pug. dous.
Vinho libras tres : faça-fe coymento S. A.
Far-fe-ha na fórma feguinte : No vinho
eftando quente lancem os cravos machuca¬
dos , e com elles os mais íimplices, e fe fa¬
rá o cozimento em fogo brandb , até que fi¬
quem fomente duas libras, paíTudas feis ou
oito horas fe coe , e dê para o ufo.
Efte cozimento preferva os dentes da cor-
H r* n w « « « r*
rupcaÕ , e firma os que eftao abalados : ufa-
fe do remedio tomando-o morno ás bo-
ch cc hüs
COZIMENTO ANTEFEBRIL
para pobres.
4.6 T) Arifoíoquia redonda.
JlV • Genciana and oitavas duas.
Centaurea menor.
Cardo Santo.
Agrimonia and manip. hum.
Semente de Cardo Santo.
Cafeas de Cidra.
Semente da mefma and oitava hum a : faç.a-
fe cozimento em cinco Ubras de agoa S. A. Na
agoa eftando quente lanqaráo as taiz.es ma¬
chucadas , e como gaftar hvtflpa'libra , lhe
lancem as hervás, edahi a pouco as femeu-
tes machucadas, e as cafcas de Cidra corta¬
das, e depois d.e gaftar mais huma libra fe;
tire do fogo , e paliadas feis horas ou oito,*
fe dará para o ufo : Querendo-o purgativo
lanqaráo nas tres libras quatro oitavas e
meya de folhas de bom Sene , e com elles.
dará huma ebullicaÕ, e a feu tempo le coa¬
rá , e dará para feis bebidas. Eíte cozimento
he muito amargo , e por efta caufa muitos
doentes o delprezaõ , porque fe nelle o nao
houver, naó fará efteito j porque no amar¬
go das raizes, e Centaurea menor confifte
huma virtude falina , e fulphurea , que he
proprja para diíTolver as matérias grofías,
que fazem as obftruccoés, e caufa das febres.
Serve efte remedio para a cura das febres
intermitentes, a que o vulgo chama Mulei-
tas , mata as lombrigas, e purifica o langue:
dá-fe cinco até feis onqas pela manhãa em
jejum , e outra tanta porqao de tarde a ho-
ras competentes todos os dias até fe acabar
o primeiro cozimento , e fendo necefíario ie
toma fegundo e terceiro : os pobres que
por falta de cabedaes nao pódem valer-fe da
agoa Lufitana do Doutor Curvo, nem da de
Inglaterra de Fernao Mendes da Cojia , ufaô
d efte cozimento $ e experimentaõ tao bom
fuccefíb , como os que ufaó os ditos remé¬
dios ; efta receita efcrevo aqui , para que el¬
les fem irem ás Boticas a poíTaõ tomar , fa¬
zendo-a em fua cala com bem pouco cufto.
COZIMENTO PARA
Reumatifmos.
Salfa par ri lha onças duas.
47
R. Rai\ da China onça huma.
Contrayerva.
Pão Santo and onça meya.
Antimonio cru em ligadura onças quatro.
Alcaçü\ rafpada onças feis.
Sajjifraco oitavas tres.
Agoa Ubras oito : faça-fe digeflad• de todos
osfimplices , depois fe coyw atégajiar a terça
r* i n t n r\
* > <*
parte. Far-fe-ha na fórma feguinte : A Salfa
fe rache , e corte em bocadinhos , e os mais
fimplices fe machuquem , o Antimonio fe
pifará groflb , e porá em ligadura de panno
branco , e todos juntos fe mettaó em vafo
de barro capaz, e emeima lhe lancem aa*
goa, e depois de bem tapado o vafo fe ponha
em digeftaó em.cinzas quentes vinte e qua¬
tro horas: paftadas ellas fe ponha a cozer até
gaftar a terca parte , e ultimamente fe tire
do fogo, e depois de feis ou oito horas fe coe
por panno de lãabem bafio, e fe filtre em
fórma
 Dos Eclegmas > ouLochs, &c. -i51
fórma, que fique o licor muito claro , e af- ufa5 muito , e algumas peíToas mayores
íim fe dê para o ufo. obraõ muito bem , e fó com o ufo delias de¬
Serve eíte medicamento para os Reuma- pois das evacuações univeriaes felivraõ do
tifmos, desfaz por infenfivel tranfpiraçao os achaque.
humores nocivos do corpo , he também COZIMENTO COMMUM
bom para acura dasGonorrheas: dá-fede para Ajudas.
duas até feis onqas tres vezes no dia $ os que 50 TJ Malvas.
o ufarem nos Reumatifmos poderá fer me XV. *B enefe.
agradecaõ a inculca. Parietaria.
COZIMENTO DETERSIVO, Selgas bravas.
ou abfterfivo- Mercuriaes and manip. hum.
48 T) Farellos de trigo. Agoa libras feis\co\a-fe tudo atégaftar a ter¬
XV. Cevada inteira and onça meya. ça /wte.Far-fe-ha na fórma feguinte: As her¬
Agrimonia. vas fe poráo a cozer na agoa eftando quente,
Poligonh. efe continuará o cozimento até gaitar a ter¬
Verbafco. ça parte, entaõ fe tirará do lume , e paífadas
Tanchagem and manip. meyo. feis horas fe coará com forte exprelíaõ , e fe
Rofas vermelhas pug. dons. dará para o ufo.
Semente de Unho oitavas duas. Efte cozimento he o que ordinariamente
Agoa libras quatro e meya: de tudo fe faça ferve para as ajudas commuas, mollifica, e
coftmento S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte: abranda os humores , difpondo-os para fe
A Cevada fe alimpe da pragana , os farellos purgarem, ajunta-fe a cada ajuda hum golpe
fe lavem duas, ou tres vezes, e juntos com de azeite , huma mao chêa de Açúcar, ehu-
os mais fimplices fe ponhao a cozer até que mas pedras de fal, ou algumas malfas pur¬
gaite a terqa parte , tire-fe do lume , e paf- gativas j porém he fó quando o Medico o
íadas feis ou oito horas fe coe, e dê para o ordena : eftas já hoje pouco fe ufaõ, onde ha
ufo. Açúcar mafcavado j porque quatro onças
Efte cozimento he proprio para fazer pa¬ delle com huma pouca de agoa quente fa¬
rar os curiós do ventre : ufa-fe em ajudas, e zem melhor effeito , e he coufa limpa.
em cada huma fe lhe lança hum ovo com COZIMENTO PARA AJUDAS
clara , e gema , e huns pós de Aqucar , ou de Ameijoada.
outros fimplices, ou compoftos que refpei- 51 T) Hum Frango limpo de tripas, e
tem ao achaque $ póde-fe fazer o cozimen¬ XV. • pennas.
to em leite no cafo, que hâja demaíiado ca¬ Cevada ejbulhada onça meya.
lor no ventre. Ameixas fem caroços num. do%e. ; 1
COZIMENTO PARA AJUDAS Malvas.
antefebris. Violas.
4 y T3 Genciana. Parietaria.
JLVé Arijioloquia redonda and onça 1. Mercuriaes and manip, hum.
Centaurea menor. Sementes frias onça meya.
Lofna and manip. dous. * Agoa libras feis : faça-fe de tudo cozimen¬
Agrimonia manip. hum. to S. A., que fique em libra huma e meya. Far-
Agoa libras cinco. fe-ha na fórma feguinte : Nas feis libras dé
Klüna-khina em pó fubtil oitavas tres : fa- agoa fe ponha a cozer a Cevada, e o Fran¬
ça-fe cozimento S. A. até.que fique em libras go , e depois de ter gaftado duas libras lhe
trés. Far-fe-ha na fórma feguinte : Nas cin¬ lancem as Ameixas, e as hervas-, e fe conti¬
co libras de agoa , eftando quente , lancem nuará o cozimento, até que tenha pouco
as raizes machucadas , e íe hiráÕ cozendo mais de libra e meya , entaõ lhe ajuntaráõ
até que gaitem huma libra , entaõ lhe dei¬ as fementes frias quebradas, e depois de dar
tem as Hervas , e fe continuará o cozimen¬ huma fó ebulliçaõ fe tire do lume , e paífa-
to até ficar em libras tres, paífadas oito ho¬ das feis horas fe coe , e dê para duas ajudas.
ras fe coe , e na coadura lancem as tres oita¬ Servem eftas ajudas para refrefcar, e tem¬
vas de Khina-kina em pó fubtil, e aílim fe perar o ardor das entranhas, caulado de fe¬
dará para o ufo. . bre : chamaõ-fe de Ameijoada vulgarmente,
Servem eítas ajudas para a cura das fe- porque fe lançaõ de madrugada , para que o
zoés, daõ-fe feis ou oito continuadas, fa¬ doente as retenha , e dürma íóbre ellas: fa¬
zem muito bom effeito , principalmente em zem admiravel eifeito , como fe ve todos òs
crianças, que naõ laõ capazes de tomar re¬ dias: applica fe efte medicamento tomando
médios artiargps pela bocca. NeftaCidade fe do cozimento nove onças, a que fe ajunta
Ra Açu-
 i yi Pharmac. Lufit. Augment. Trat. IV.
Aqucar, Cauafiftola, Diaprunis, Oleo ro¬ ba mais humor de má qualidade, que lhe
lado , Violado , ou Manteiga frelca a quan¬ impeqa a cura.
tidade, que parecer a quem as receita, ou de -* COZIMENTO MATURATIVO.
cada hum , ou de todos os medicamentos 54 TJ Raiz de Malvifco onçahuma.
apontados confórme o eftado, em que fe XV« Malvas.
acha o enfermo $ porem fe o febricitante ti¬ .Violas and manip. meyo.
ver muita intemperanqa quente nas entra¬ 'Linhaça. '
nhas , e inteílinos fe naõ deve ajuntar á aju¬ j Alforvas and onça meya. evii ' •
da oleo algum, ou coufaoleofa $ porque fa¬ Eolhas de couve manip. hum. (
cilmente fe inflamma aparte, e faz mayor Açdfrao hum efcropulo. i
damno , que proveito : aílim o adverte Hen¬ Agoa libras cinco: faça-fe S. A. Far-fe-ha
rique Thenkhe z.part de Evacuantibus cap.i na fóvrna leguinte : Nas cincolibras de agoa
de Clyjieribus, pag. 2^5. per Formalia verba: fe ponha a cozer, o Malvailco cortado, e
Oleum , oleofa non funt adenda , q ui a facile
machucado, e tanto que gaitar huma libra
inflammantur, quod eji notandumpro aliis Cly- lhe la*cem as hervas cortadas, e as femcn-
Jleribus, quando in febribus ufurpantur , aut in tes i e como eftiver quafi em tres libras, lhe
temperie vifcerum, & intejlinoruvi calidâ. deitem o Aqafraõ machucado , e dê com el-
COZIMENTO RESOLUTIVO, le huma leve ebullicaõ, e fe tire do lume, e
ou rc foi vente. paífadas leis horas fe côe, e dê para o ufo.
52 TV Rai\de Lirio. ■ Efte cozimento ferve para formar as pa¬
Rai\de El orça and onça huma. pas , ou cataplafmas maturativas, e com os
Corda de Rey. mefmos fimplices fe pódem. fazer , pifan¬
Ortelâa. do-os, e ajuntando-lhe mais os neceífarios,
Neveda. e competentes ao humor, que pertende ma¬
Macelía and manip. hum. durar.
Semente de Funcho. COZIMENTO MUNDIFICATIVO.
Herva doce , e de 5 5 T) Raiz de Lirio onça huma.
Linho and oitavas duas. Jtv* Cevada limpa onça meya.
Agoa libras cinco: de tudo fe faça cozimento . Roías vermelhas oitavas duas.
S.A. Fàr*fe-ha na fórma feguinte : Nas cin¬ Folhas de Aypo mànip. hum.
co libras de agoa poráÕ a cozer as raizes , e lncenfo onça meya. - ♦
tanto que gaitar huma, lhe ajuntaráõ as her- Agoa onças cinco : de tudo fe faça cozimen¬
vas, e (ementes, e fe continuará o cozimen¬ to S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte: A Ce¬
to até gaitar mais huma libra , entaÕ fe tire vada fe alimpará , e porá a cozer , e tanto
do fogo, e paifadas leis horas fe coe , e de que gaitar'huma libra lhe lancem os mais
para o ufo. fimplices com o lncenfo machucaao, e tan-
Ufaõ os Cirurgioéjs muito deíle cozimen- to que eftiver em libras tres fe tire do lumej
to , quando querem refolver algum tumor e paífadas feis horas fe côe , e de para o ufo.
ou inchaqaô , de qualquer parte que feja, Serve efte cozimento para com elle alim-
procedido de humor, ou flato. par, e mundificar as chagas de toda a foirdi-
COZIMENTO PRESERVATIVO. cie, que tem , e fe lhe ajuntarem ao cozi¬
5 5 T) Tramoços onça huma. . mento Xarope Rafado , ou Mel Roiado,
m* Hyfopo.. ainda fará melhor elfeito.
Alecrim. 1 COZIMENTO EMOLLIENTE.
■ Arruda. 5 6 T} Raiz.de Malvàijco,
i O.nregaãs. • : j. Ja. Rai\ de pepino de S. Gregorio.
Pop; os. Rai\ de Lirio and onçahuma. fi
Scordio and manip. hum. Malvas. ' . r
Agoa libras cinco r faça-fe cozimento S.A. Herva Gigante. ■
Far-le ba na fórma**feguinte : Nas cinco li¬ Violas and manip. hum.
bras de agoa fe ponhao a cozer os Tramoços Figos pafjados num. doze.
machucados, e depois de gaftar huma libra Semente de Alforvas oitavas duas.
lhe ajuntem'as hervas, e fe continüe o co¬ Semente de Unho huma oitava.
zimento , até que fiquem tres $ e paífadas feis Agoa libras cinco : faça-fe cozimento S. A.
horas fe côe , e dê para o ufo. Far-fe-ha na fórma feguinte: Na agoa, eftan-
Efte cozimento ferve para com elle fe do quente, poráõ a cozer as raizes machu¬
formarem papas , ou cataplafmas, que os cadas , e tanto que gaftar huma libra lhe
t Cirurgiões ufaÕ, quando com ellas querem ajuntem os mais fimplices , e fe continüe o
-defender alguma parte , para que naõrece- cozimento até que fique em tres libras, tire-
fe do
 Dos Eclegmas , ou Lochs, &c.
fe do lume y e paíTadas íeis horas fe côe, e
dê para o ufo.
Cozimento ferve para ajudas, molli-
fica muito os humores, e os diípôem para
íe purgarem. Os Cirurgiões algumas vezes
o uiaõ para com elle formarem papas, ou
cata plal mas.
COZI ME N T O,
adV ariolas^ Morbillos de Riverio. ir
$7 T> Figos pajados oitavas fete. ^
JA» Pujas de Uvas fem gr ao oitavas $.
Lentilhas efeafeadas.
Lacca and oitavas duas e meya.
Alcatira.
Semente de Funcho and oitavas duas. M ,
Jçafrao grads quime.
Agoa libra huma e meya: co\a-fe tudo até
ficar a terça parte Ata Lafarus Riverius tyb.iy.
cap. 2. de Variolis , 22' Mor bilis mihi pag. 4 65.
FaiMe-ha na fórma feguinte. As lentilhas
fe efcafçaráõ , lançando-as em ágoa quente,
em que ferveráÕ hum pouco para melhor fe
lhe tirarem as cafcas , e depois de eílarem
muito limpas, fe lancem nas tres libras de
agoa , em que fe ha de fazer o cozimento, e
com ellas a Lacca , e Alcatira machucadas,
e todos os mais íimplices , excepto o Aqa-
IraÕ , que fe ba de deitar no fim do cozimen¬
to } e afilai fe hirá tudo cozendo em fogq
brando , e tanto que tiver íó meya libra , fe
tire do lume , e paíTadas fieis horas fe côe , e
dê para o ufo. As lentilhas , nem fempre fe
devem metter no cozimento 5 porque com
a virtude aítringente que tem; podem im¬
pedir e tazer com que o humor nap faya á
cutis, que he o que fe pertende ^e aífim
quando a matéria for muito fubtii, e. de
grande fervor, entaõ íaÕ convenientes 3 po¬
rem Te for groífa , fe haõ de deixar de por
no cozimento 3 porque com a virtude , que
tem aftridtiva , poderáô impedir o humor
grofio , e fazdr que pela muita craílicie naõ
polia iahir para as partes cutaneas. Àífim o
adverte o mefmo Riverio no lugar acima
.citado por eílas palavras : Lentes fl quibuf-
dum neotericis rejiciuntur , qubd adjiringendi
faiultaU pcefiitla fint, atque adeb vanolarum
emptionem impediant \fi enim. matéria fubtiüs
fuerit, 22* magna ebullitio fiat, utiliter lentes
pr aferi bi poterunt ad intentiones pradiéias 3 fi
vero'matéria craffa videatur , quam naturafe-
giiiter ad cutem propeli ai $ tunc Ma erunt
emtteildcL, 22V.
Serve efte remedio para lazer iahir as Be¬
xigas , e Sarampo : dá fe de quatro até feis
onqas, e fe lhe ajuntarem a cada bebida
meya oitava de Befoartico contra febres,
ainda fará. melhor efifeiio pela grande vir¬
tude , que tem diaphoretica.
155
COZIMENTO
ad Varíolas, & Morbillos.
5 8 T) Rai\ de Funcho onça huma.
X\« Ra furas de corno de Veado onça
meya.
Scabiofa.
Scordio.
Hyperieaõ and manip. hum.
Figos pajados num. Jeis.
Lacca oitavas tres e meya.
Semente de Nabos.
Semente de Cardo fanto, and oitavas duas.
Lentilhas efeafeadas onça meya.
Alcatira oitava huma e meya.
Agaa libras quatro e meya : co\a-fe S. A.
até ficar a terça parte. As Lentilhas fe def-
cafcaráõ primeiro , e nas quatro libras e
meya de agoa fe poráõ a cozer as raizes do
Funcho 3 e tanto que tiver gaílado libra e
meya , fe lanqaráõ as Lentilhas, c os mais
fimplices com a Lacca machucada, e fe con¬
tinuará o cozimento , até que fique fómente
libra huma e meya , entaõ fe tire do lume,
e palpadas feis horas fe côe, e dê para o ufo.
Tem eíle cozimento as mefmas virtudes,
que o da receita acima. DaÕTe tres onqas
cada vez, eílando quente advertindo , que
os cozimentos diaphoreticos fe applicaõ
quentes.
Todos os cozimentos, que fe fázem , ou Duratío
fejaõ fimplices, ou compoílos naõ duraô dccoíh<*
mais que tres dias no Inverno, e no V erao, nura-
ainda rhenos; aífim o adverte Qidrico de Au*
gufiis na defcripçad dos Xaropes , pag. 20.
T t Z ANA C O M M U A.
5<> Y) . Cevada ejbulhada onça huma.
JlV • Agoa libras feis : faça-fe co\i-
mentolS. A. Far-fe-ha na fórma feguinte : A
Cevada depois de efbulhada fe lanqará na
agoa eílando quente, e fe cozerá até gaílar
as duas partes da agoa , e depois de coada
fe dê para o ufo.
Eíta Tizana matta a fede, refrelca, e.ado-
ca .0 aqcido dos humores, tempera , e mo¬
dera muito a febre, e algumas vezes a acaba
de extinguir. Daõ-fe feis onqas todos os
dias de madrugada. Os antigos chamavaõ
Tizana á Cevada muito cozida , e fervia deptifann
fuftento , porém os modernos chamaõ Ti- quid í
zana á bebida orclinaria:Sic ait Henriq.Ten-
khc cap. 8. de P tifa na mihi pag. 57., Qiioà ah
antiquis vocabatur Ptifana , erat etbus ex hor-
deo perfeãé caão, apud recentiores Ptifana
dicitur Mu d, quo inymbis utimur propotu or¬
dinário.
TI Z X:N A APERIENTE.
60 . fLa/\, de Grama.
" Malvaifco and onça huma.
Alc açus rafpado oitava huma.
! Fraga-
 *54 Pharftiac. Lufit. Augment. Trat. IV.
Fm gari a manip. hum. TIZANA NUTRIENTE.
Agoa libras quatro e meya : co%afe até que 6] T) Cevada ejhulha da onças féis.
fique a terça parte. Far-fe-ha na fórma fe¬ X\,. Agoa hbras dote : coxa-fe até fi¬
guinte : O Malvaifco fe machuque, e corte car huma libra , e fe faça Tirana S. A. Far-
miudo com a grama, e fe ponhaÕ a cozer fe-ha na fórma feguinte: Nas doze libras
nas quatro libras e meya de agoa , eftando de agoa fe cozerá a Gevada até que fique 1Ó
quente j e tanto que gaílar huma libra , lhe huma libra , entaÕ fe tire a Cevada , e pite
lancem o Alcacdz rafpado , e machucado , e em ^i al de pedra 5 depois fe paíTe por huma
a Fragraria , e íe continue o cozimento até peneira fina , e fe guarde a polpa , ou Cre- Cremo;
que fique em libra huma e meya, entaõ fe mores, como alguns lhe charnao , e ledè hordei
tire do lume , e pafíadas feis horas fe côe, e para o ufo.
dê para o ufo. Serve efta Tizana ftara os Tificos empie-
Serve efta Tizana para fazer ourinar, ado- maticos,que necefíitaÕ de nutriqaõ, fefrefea,
qa os humores acres dos Rins, e Bexiga, faz humedece, e provoca fomno : dá-fe duas
defpegar , e purgar as matérias virolentas colheres delia com huns pós de Acucar em
das Gonorrheas: dá-fe de quatro até feis ©n- caldo de Galinha ou frango,ou também com
qas duas Vezes cada día em horas compe¬ algum Xarope expeótorante : Bento Viéto-
tentes. riõ diz , que com o ufo defte remedio conti¬

61R
TIZANA ASTRINGENTE.
Cevada limpa onças duas.
• Rafuras de corno de Veado onça 1.
nuado curára Tificos cap. 14. de utceribúspul-
tnOrum pag. mihi 91. per formaha verba : Ex-
perientiâ compertum eji ajjiduâ fucei horâei po-
Tormentilla onça meya. tione fanari Ptifim , ad quam curandam eo vi-
Berberis manip. hum. ãu fic debes utt. Curvo nafua Poliantheaír.2.
Agoa libras feis : façafe coxtmento S. A. num.- ri. mihi pag. 6y^. falia nefia mefmaTi-
Far-fe-ha na fórma feguinte: A Tormentil- zatfa , e diz que fará nos Tificos maravilho-
la, e Berberis fe machucaráÔ, e com ofe mais fos effeitos, fe a cada bebiba ajuntarem duas
íimplices fe mettaõ em vafo de barro capaz, oitavas de Aqucar Cande Violado, meya oi-
e emeima lancem a agoa, efeporíhâ tudo táva de Aljôfar preparado , ou decorai, ou
em digeftaõ vinte e quatro horas $ pàfladas olhos de càranguejos^ e aífim quando fe fizer
ellas, fe coza até gaílar a terqa parte , e de- lhe ajuntaráÕ algum dos ditos abforbentes ,
pois de frio o cozimento fe côe , e dê para o que Terá qual o Medico quizer , e conforme
ufo. Póde-fe o cozimento fazer em agoa ter- as pófles do enfermo •, porque para o rico fe
rada com ferro novo. lhe póde ajuntar o Aljôfar, e olhos de Caran-
Eíla Tizana he boa para acura <Jos curfos guejos, e.para o pobre os pós de coral, que
demafiados, e para os fluxos Heinorrhoi- fem díivida ha de fazer melhor obra , levan-
daes. Ufa-fe bebendo ordinariamente efle li- do qualquer dos ditos abforbentes, ou de to-
cor em toda a hora , que ha fede , a quanti- dos juntos o que parecer,
TIZANA ANTIPLEURIT1CA.
dade , que quizerem
TIZANA PARA FEBRES R<4 Cevada limpa onça huma.

4zR de Meninos.
Cevada efbulhada pug. 2.
• Raiy de Grama. ; . *r
• AUaçú\.
Jujubas and onça meya.
Semente de Beldroegas oitava hutpat
Rai\ de Ate d as ánà onça humcT. Sementes frias oitavas ditas.
Agoa libras oito : faça-fe coiimento S. A Flor de Papoilas pug. dous.
Far-fe-ha na fórma feguinte : A Cevada de¬ Agoa libras cinco : faça-fe S. A. Far-fe-ha
pois de eíbulhada inteira fe lanqará na agoa na fórma feguinte : Na agòa eftando- quente
eftando quente , e fe cozerá até gaílar duas fe ponha a Cevada a cozer, e como gaílar
libras, entaó lhe láricém as raizes, e com el- duas libras , lhe lancem o Alcacúz machu¬
las cozerá até gaílar mais duas libras, depois cado, e dahi apouco as Jujubas, e fe irá
íe tire do lume , e pafíadas feis horas fe côe, coritinuando o cozimento , e tanto que eíli-
e dê para o ufo. '* verem pouco mais de libra hurtra e meya,
Serve efta Tizana nas febres, que os me¬ lhe ajuntem as fementes , e Papoilas, com
ninos tem , caufadas das bichas. Ufa-fe be- quedará huma leve fervura, e depois de
bendo delia ordinariamente, efe lhe pódem pafíadas feis horas fe coará , e dará para o
lanqar humas gottas de qumo de limaõ, ou ufo.
trazer dentro delia humas talhadas de limaõ Efta Tizana ferve para os pleurizes , dá-
azedo, ou Iancar-lhe humas gottas de efpi- fe meya libra delia morna , adoçada com
rito de Vitriolo. huns pós de Acucar pela manhãa’cedo do
terceiro dia por diante.
TIZA-
 Dos Edegmas, ou Lochs, &c.
TIZANA LAXANTE.
65 ü S ene onça hum a.
XX. Folhas de borragens manip. hum.
Kai\de Ffcorçieneira onça meya.
Semente de Cidra.
Cafeas da mefma and oitava huma.
Fragaria manip. dous.
Açúcar huma onça.
Agoa libras duas e meya: faça-fe cozimen¬
to até que gajle huma libra. Far-fe-ha na for¬
ma feguinte : Na agoa , eílando quente , fe
lancem os fimplices todos, excepto o Se-
ne , e Aqucar , e fe cozeráõ até gaílar huma
libra, enta6 lhe lancem o Sene, e tanto
que dér huma fervura fe tire do fogo , e lhe
lancem o Açúcar , e fe deixe ficar o cozi¬
mento em lugar quente feis horas, palia¬
das ellas fe côe com forte expreífaõ, a qual
fe clarificará , e dará para tres bebidas.
Eíla Tizana purga fuavémente, toma-fe
em tres dias contínuos , cada manhãa feis
onças, em que lançaráõ humas gottas de
agoa de Canela , purifica o fangue , e pur¬
gando brandamente , refrefea fem aballar:
póde-fe tomar andando de pé, e fem mais
preparaçaõ que huma ajuda antes , e ufan-
do de Dieta. :
TIZANA ORDINARIA
: para Hydropicos.
66 T) Cevada limpa duas onças.
XX • Alcaçuz onça meya.
Uvas pajjadas oitavas tres.
Agoa libras feis.: faça-fe S. A. Far-fe-ha
na fórma feguinte : Nas feis libras de agoa,
eílando quente , íe cozerá a Cevada até ga¬
ílar libras tres, então fe lançaráõ as paflas,
e o Alcaçuz rafpado, e cozerá até que fi¬
que em duas libras, e paífadas feis horas fe
côe , e guarde para o ufo.
Eíla Tizana he boa para os Hydropicos,
e para os que padecem fluxos Hemorrhoi-
daes: dá-fe pela manhãa cedo de quatro até
feis onças , e também fe pódedar por bebi¬
da ovdinaria, ajuntando-lhe mais agoa de
cozimento de Cevada.
TIZANA DE AVEA DE MADAMA
y ! Focquet.
6y T) A vê a meya oitava de hum al-
XX» queire.
Folhas de Almeirão bravo colhidas de frefeo
manip. hum.
Cryjlal mineral onça meya.
Mel onças quatro. ,^ >
Agoa quatro canadas e meya. Itq Madanm
Focquet lib. de Re medijs fecretis 2.part. mihi,
pag. i8i. Far-fe-ha na fórma feguinxe : A
Ayéa fe efeolherá da melhor , e fe lavará
muito bem, e lançará na agoa com as fo¬
lhas de Almeirão, que haõ de fer colhidas
135
de frefeo , e ferverá o cozimen.to tres quar¬
tos de hora, depois lhe lançaráõ o cryílai
mineral, e o mel, e tornará a ferver tudo
junto mais meya hora , e depois fe.tirará do
lume, e coará o licor por pannò branco , e 1
fe lançará em huma quarta de barro' 5 e aflim
fe dará para o ufo. Alguns lançaõ em lugar
de Mel Açúcar; fendo em terra quente he
melhor ufar de Açúcar , que do Mel; po¬
rém nas terras mais frias, e onde houver
bom Mel branca, fe poderá lançai- no cozi¬
mento antes o Mel, que Açúcar. Póde-fe
fazer mais purgante , ajuntando a cada libra
da Tizanà duas oitavas de folhas de Sene.
Tomaõ-fe deíla agoa dous copos em je¬
jum , e outros dous de tarde , depois de jan¬
tar tres ou quatro horas. Continua-fe to¬
mando-a deíla forte quinze dias , fem eílar
de cama : naõ faõ necefíarias fangrias, nem
dieta, mais que ufar do comer ordinário
fem invenção : aspeíToas fracas naõ tomaõ
mais que hum copo cada vez ; os que eílive-
rem conílipados, ou repletos no Ventre co¬
meçarão por ajuda , ou purga, para que o
remedio faça melhor eífeito. Eíla bebida he
muito füave nas fuas operaçoes ; porque
purga com perfeição os Rins, faz ourinar, e
efearrar, defearrega a cabeça , alimpa o bo¬
fe , fígado , e baço ,,.expulfa a putrefação in¬
terna , e todo o mal da cabeça , arêas, e pe¬
dra novamente formada , todas as febres
quartãas, e terçãas , ainda queTejao invete¬
radas , toda a cólica , dôr de ilharga , Sarna,
Bortoeja , e canfaílb de todos os membros,
faz vontade de comer , e dormir, refrefea,
e engorda, dá força, e vigor-aos fentidos,
he muito fubílancial, parece que ainda faz
effeito hum ou dous mezes depois de toma¬
da. Eíle remedio em tempo de Canicula
faz melhor eífeito , que em nenhum outro,
a experiencia moílra , que he hum remedio
univerfal para todas as doenças; póde-fe to¬
mar todos os dias, fem que poífa fazer mal
algum , exceptuando os dias de grandes
frios, e geadas; mas fem embargo do refe¬
rido , querendo ufar do dito remedio nos
taes dias, fe deixaráõ eílar em cafa bem en-
roupados, fem que fintaõ frio ; para a cón-
fervaçaõ da faude , baila que fe tome quinze
dias huma ou duas vezes no anno no tempo
das mayores calmas : naõ relaxa , mas antes
defearrega das ourinas groífas, arenofas, das
pedras, e de todos os humores nocivos.
Monfeur de Santa Catharina, Medico
muy celebrado tomava eíle remedio tres ve¬
zes no anno : a primeira , antes do Inverno:
a fegunda , pelo tempo da Pafchoa : a ter¬
ceira , no tempo das mayores calmas, e pe¬
la virtude deíle remedio viveo quafi cento e
vinte
 13 6 Pharmac. Lúflt. Augmeiit. Trat.IV.
•vinte annos. Foi também experimentado agoa, e outras vezes mo m^ndáraG fazer
efte remedio por muitas peííbas, que fará- em igual quantidade de ágoa , e vinho , com
raõ desvarias doenqas inveteradas, ejá def- que quando fe dér , fe ha de advertir na pef-
amparadas dos Médicos ; também curou foa , que o toma *• porque fefor muito cf-
hqma contínuadôr de cabeqa inveterada, quentada, de nenhuma forte fe faca com
que cuidáraõ na5 teria remedio * também vinho, fenaÕ com agoa.
huns, que a tomáraÕ, livráraÔ de huma con¬ TIZANA CONTRA MORBUM.
tínua fluxao nos braqos. Atéqui fao palavras 69 T) Pào fanto limado onças quatro,
formaes/que o curiofo Leitor pode vêr no JÁ ' Cafeas do mefmo onças duas,
mefmo livro de MadamaFocquet nafegun- Salfa panilha onça huma.
da parte mihi, pag. 185., donde traduzi de Ran da China oitavas duas.
Idioma Francez, pelas íbrmaes palavras, que S andai os vermelhos huma oitava.
acima ficaò ditas. Eu na5 lhe confidero tan¬ Canela oitava huma e meya.
tas virtudes, como delia nos inculca a dita Herva doce oitava huma.
Madama* mas hefem duvida, que cila re- Cremores de T ar taro onça meya.
frefca, e he fingular para os figadaes, porque Sene nove oitavas.
alimpa o fígado , e purifica o langue $ fe fize¬ Agoa de Almeirão.
rem efta agoa com Páo fanto , Sal la parri¬ Acro a de Malvas and libras nove: faça-Ce
lha, Raiz da China , e alguma Canafiftula co\imento ufque ad medietatem. Far-fe-ha na
com huma pouca de Avença, teráÕ a cele¬ fórma feguinte : O Páo fanto fe rafpará, e
brada agoa do Francez ta5 decantada nefta as calcas do mefmo fe machucaráo , a Salfa
Corte. NaÕ efcrevo aqui efta receita por fe rachará, e cortará em boceadinhos, c jun¬
nova, porque apenas fe achará peífoa , que tos com os Sandalos, e Raiz da China fe lam
nao faiba o de que eHa fe compõem * mas cem em vafo de barro capaz, c emeima del-
porque vi algumas receitas manuferiptas les lançaráo as agoas, e fe porá tudo em di-
(antes que tivefte o livro , donde traduzí geftaô em lugar quente vinte e quatro ho¬
efta), e das que ví todas eraÕ diverfas, por- ras ; e pafíádas ellas , fe ponha a cozer até
iíFo a eferévo , para que'os novos pratican¬ gaftar amétade , e na ultima fervura lanca-
tes fe nao canfem com a traíkdar. ráõ o Sene , e mais fimplices, e fe tirará do
TiZANA CONTRA MORBUM fogo , e porá em cinzas quentes doze horas*
de Focquet. pafiadas cilas , fe côa , e as quatro libras e
6S T) Pào fanto rafpado, meya , que ficaô , fe daõ para o ufo adoçadas
jLv• Cafeas do mefmo, com q.f. de Açúcar a d gr atum fapor em.
Salfa parrilha rachada. Efta Tizana he boa para a cura do Galli-
Sene and onças quatro. co , da terceira e quarta efpecie * toma-fe
Herva doce onça huma. depois das evacuações neceftarias em nove
Vinho branco , libras nove. Ita Madama dias contínuos pela manhãa em jejum meyò
Focquet lib.de Secretis Ramedijs z.part. mihi, quartilho * e paífado o dito tempo, fe ha de
pag. 276. Far-le-ha na fórma feguinte: O guardar trinta ou quarenta dias regimento,
Páo fanto fe rafpará, as cafcas fe quebraráõ, comendo afíado, e bebendo agoa de Salfa
e a Salfa fe rachará miuda , depois fe infun¬ parrilha. He também boa efta Tizàna para
dirá huma noite , entaó fe porá a cozer até acura das Gonorrheas antigas, é nao he
gaftar a terça parte, e nas duas que ficaÕ fe neceftário que guardem regimento , depois
lançará o Sene , e Herva doce* e afíim fica- de a tomarem * porém fe o doente fe quizer
ráõ mifturados com as mais drogas para fe fugeitar a elle ao menos vinte dias, experi¬
dar para o ufo apozima , fem que delia fe mentará melhor effeito.
tirem os fimplices, fenaÒ depois de acabado AMENDOADA OU EMULSAM
o licor, afim 0 enfina afa\er a mefma Ma¬
dama. <
Efta Tizana he maravilhofa para toda a
70R de Amêndoas.
Amêndoas doces efeafeadas onça
• huma.
cafta de gallico, toma-fe meyo quartilho Açúcar oitavas feis.
delia pela manhãa em jejum , e de tarde ou¬ Agoa de Cevada onças feis : façafe S. A.
tro , depois de jantar tres ou quatro horas: Ita Nicolaus Lemery in Parmacop. univerf.
fe he neceftário , continua-fe o remedio dez cap. -j. de AmigdalaUs , pag. j6. Far-fe-ha
ou doze dias, fem que feja neceftário regi¬ na fórma feguinte: As Amêndoas fe pila-
mento * e póde quem o tomar , fazer o Teu ráo em agoa quente, e depois fe lavaráó
exercício coftumado. Eu tenho feito efte muito bem , e lançaráó em gral de pedra, e
remedio algumas vezes , e fempre ví delle nelle fe pifaráÕcom maó de páo, e fe lhe
bom eífeito * porém faço o cozimento em hirá lançando a agoa pouco e pouco, e pi¬
fando
 Dos Eclegriiasy ouLochs, &c
fando as Amêndoas com o Açúcar , e tanto
que tudo eftiver feito em huma mafía a mo¬
do de leite, fe coe por pannò muito limpo, e
fe dê para o ufo.
Efte remedio feito com amêndoas fe ufa
já hoje bem pouco $ porém em terras frias,
e tempo de Inverno, fe póde ufar $ pois he
remedio muito alimentofo, proprio para‘ríü-
trir, e humedecer 5 cura òs achaques do Pei¬
to , abranda a toflê, adoça os humores açiês
da afpera artéria. Dá-fe lneya libra dada vèz,
que he huma receita fÓ. j da que fica eícripta.
Efte nome Emulfaõ vem do Verbo latino
Emulgeo , que fignifica mugir , ordehháf, ou
tirar leite 5 e porque efte remedio he leite ti¬
rado das Amêndoas, ou de outras feméfrtes,
e adoçado com Açúcar, oü Xaropes, por iííb
lhe chamaõ Emulfaõ , como diz Lemerynb
lugar citado por eftas palavras. Emuífon )ji'
ent du verbe latin Emulgêre , qui figntfie tWfr
du lai £1 v en ejfetice reméde éfi un laiã, quon
tire des Amendes , des femences froides , tf qif
on edulcore avec des furopsi * : :: !
EMULSAM PEITORAL;
71 D Amêndoas doces efcafcadds numer.
j quatro. ;_iJ '
Sementes frias mayores oitavas duas.
Semente de-Dormideiras brãcas oitava meya.
Agoa de Cevada , e Jujubas féis onças.
Xarope de Avença onça huma fiat pro doji
una. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. cdp. 6. de
JLmulfion.pag 74. Far-fe-ha na forma feguin¬
te : As Amêndoas fe pilai áo , e depois fe ..pi¬
far áõ com as femente, até que fêfaçaõ rnafta,
então lhe hiraõ lançando a agoa do cozimen¬
to da Cevada, e Jujubas, e como eftiver o li¬
quor a modo de leite lê coe por parírio, e lhe
ajuntem o Xarope de Avença , e tudo fiem
mifturado fe dará para huma bebida.
Efta Emulfaõ he própria para humedecer,
e adoçar os humores accidos do Peito,abran-
da a tófíe , e provoca fomnoj fe em lugar de
Xarope de Avença lhe lançarem o de Dor¬
mideiras , fará melhor effeito.
EMULSAM COMMUA.
71 Sementes frias mayores limpas de
U cafca , oitavas cinco.
Agoa de Cevada onças feis.
Açúcar onça meya: faça-fe de tudo huma be¬
bida S. A. Far-fe-ha na fôrma feguinte : As
fementes fe pefaráõ depois de fe lhe tirarem
as cafcas, e fe pifaráõ em gral de pedra com
maõ de páõ juntas com o Açucare tanto que
eftiverem feitas em rnafta,lhes vaõ lançando
a agoa, e remoendo a rnafta,até que o liquor
tenha côr branca , como a do leite, entaõ fe
côe por panno , e dê para o ufo.
Saõ boas as Emulfoês das fementes frias
para refrigerarem o ardor, e intemperança
*37 ,
das entranhas j fe houver falta de fomno no
doente , que as tomar, fe lhe ajuntaráÕ duas
oitavas de fementes de Dormideiras,e huma
1 onça de Xarope das mefmas, ou também do
violado, oú outro qualquer confórme a en¬
fermidade o pedir 5 tomaÕ-fe as Emulfoes
pelas onze horas ou meya noite, antes que
fe recolha o doente, ou em outra qualquer
hora diftante da cêâ , e fempre fria.
EMULSAM REFRIGERANTE,
' ‘ e aperiente.
73 "D Sementes frias mayores limpas oi*
XV. tavas duas.
Sémente de Malvas , e de
Dormideiras and oitava huma.
Xarope de Aí the aonça huma.
f' Aéfoa ãe cozimento de Golphãos, e Malvaif-
€o libra meya: faça-fe huma bebida S. A. Far-
Te-ha tiâ fôrma feguinte: As fementes fe lhes
" tirará’a cafca , e íe pefaráõ depois de limpas,
e machüêaráõ em gral de pedra com as Dor¬
mideiras, e fementes de MalVasj e tanto que
eftiver tudo emmaftafelhe vá lançando o
cozimento , e como tiver o liquor cor bran¬
ca a modo de leite , fe coe por panno , e dê
parâ'ftufná' bebida adoçada com o Xarope de
Althea.
Efta Emulfaõ desfaz ds arêas dos Rins e
da bexiga, adoça, e tempera os ardores acres
da ourina, dá-fe também com bom fücceíTo
no principjq das Gonorrheas.
EM U L S A M REGIA
laxativa.
Sementes frias mayores limpas da
74
R. cafca onça meya.
Agoa de Cevada OnÇas tres.
Cal amei anos Turqueti gr aos de%.
Diagridio graõs cinco.
Rejina de Jalapa eferop. hum $ faça-fe bebi-
da S. A. Far-fe-ha na fôrma feguinte: As fe-
mentes depois de limpas fe piláráõ em gral
de pedra,e fe lhes lançará a agoaj e tanto que
o liquor eftiver branco a modo de leite, lê
coe, e á coadüra ajuntarão os mais frrnpli-
ces pifados em pó fübtil, e em hum gral de
pedra com maÕ da mefma fe vaÔ difíblvendo
na Emulfaõ j e tanto que eftiverem bem des¬
feitos fe dará pata huma bebida. Algümas
pefíbas melíndrolas, que vomitaõ os medi¬
camentos , fe purgaÕ com efta Emulfaõ , e
com bom fuccefíb. Chamaõ-lhe Emulfaõ
Regia , porquê foi receitada a primeira vez
para hum Principc Soberano, e com ella fe,
coftamava purgar ; os Calamelanos fe pó-
dem augmentar na dofi, ou diminuir, e tam-
bem os mais ftmplices, conforme parecer ao
prudente Medico , que a applicar.
Purga efta Emulfaõ branda , eadmiravel-
mente os humores tartareos, biliofos epitui-
S tofos,
 lj8 Pharmac. XaHu; oíF-,
toíbs V^nao efqueHta demuhadamente y.por¬ dji pedra', e como,eiiiverem em.rraíTa, Ibè
que a v ifiúderetrigeiauie das rementes.fer- ajjçutaráõ aSj agiras tanto quejeíliver o li*
ve iie coií éetivo auf .()urganles.^'„k; qúo(r çpmo Feiteie^pf > .$ na coadura lapqas
; hmulsam syrumd**”*'® raõXhMirhm ,.e olhos de Caranguejo em pó
75
íubtdjftjuio ,.e Fç dftvá aEmuliau.paiu hújma
f g~^
✓ •j • uX
’ V.. ‘ 1 obiiLiífml bebida,.,ffiaioq ,oouoq moà &jpti sj.
ira W ■/ i «. v

Sementeae.F ancTuigem. ãíii ^FíU. ÉmulFap be boa para ajcj&a dasGx*

Pd
Dormideiras br jacas". nqrrbéas ; . tomapríe até quiuze em horas
Sealente de Mdrmeílàs. ,., con-veniéptjçs, e dias fucçeflivos,, : .
Xarope de rofas f&ccas onça humarfaça-fe
hum a bebida S. A Far-íe-Iia na forma fçgqin-
te : Os fimplices todos fepifara^ émgraí de
pedra até que Fe faça 5 eni m^fla., entaç» lhe
lancem o çozimento , e Fe mexa muitp, bem,
e como eftiver oliquor com a cor branca íp
côe j e neíla coadura Fe ajunte o, Xavppe de
Rofas feccas , e affim Fe dará paxii ljqi^h^'
bida. Serve eíla Emulfaõ para os.qu^.efçar-
rao fangue Vpàra as Dyfeijte.rias,, e:<5u^^p
ventre , ou das Hemoj;rboidas.r>vj
EMULSAM PARA OS ARDORES
da ouriha. . . n
y6 TJ Sementes frias mayores impas pi-
l l. m tCLOãS tf CS* yur) U
Semente de Alface. ., ■> pp
Mlliuni Sol is and oitavas dúa.s e meya\ t,
SalpruneTle efcrop.hum. :.í!ij;Tv. . •
Xarà/ié de Althea onça hum a. , •
Coxjmento de Matvàifço onças cinco: faça-Je
Emulfaõ. S. A. Far-fe-ha na forma feguinte:
As fementes Frias Fe pi Faraó depois de i impas
da cafca com as outras, e Sal prupelle} e tan¬
to que tudo eftiver em rpaíla , Fe jhe lançará
o cozimento, e Fe piFafao com elle,.e çomo
o liquor eftiver bem branco Fe. côe , e^lhe
ajuntem o. Xarope , e depois de bem rnifto
tudo, fe davá a Emulfaõ para. huma bebida.
He boa efta Emulfaõ:para o,s ardores da
ourina , e para as (iippreftbés, ou p, humor
efteja nos Rins,ou nas vêas uretasj, e também
ou feja caufado da intemperança quente das
ditas partes,ou Feja procedida de humor Gal-
lico , toma-Fe ás horas coftumadas.
E M U L S A M PARA
Gaíiprrheas,
77 T3 Caroços cíe Ginjas limpos da
í3l. Cafca oitavasfeis. , . ;
Sementes frias mayores oitavas duas?
Açúcar onça hunui,
Vi a'-fim .
Olhos de Caranguejo and oitava meya.,
Agoa de Malvas , e Tanchagem. nnçfls feis:
fãçn-fe Emulfaõ S. A. Far-Fe-ha na fórma
Feguinte: Os caroços das Ginjas depois de
limpos da cafca , e as Fementes frias da me-
fma Forte Fe piFaráõ com o Açúcar em gral
•:. -/
rjM^ctS A M ..P L E U R mh& fai
TSi Amêndoasfoces pitavas duas. b
,JtV • Sementes fria.s. ma) oxesxmtavas 4.
Seniejite derAlfaceiy j i lft«t3 union víd
Semente de Dormidpiras , and oitava hum.
^Xarope viotadf.çnçA íjHfflÁzçrq 3 ; u^iíjí
Cozimento de Cevada e Alcaçivjj xyjico ont
Çjfs : faça-fe Emulfaõ S. A. Far-Fe-h&vna$oi>
ma fegpinte: As.Fe,mentes todas Fe pilaváo
epOgral. de pedra , e como eftivejjem feitas
,nxáíía lhe lanqaráõ o cozimento,^ eftanT
t|> o liquor branco Fe.côe , e depois lhe ajun¬ 1
tem o Xarope , é aftim Fe dê para o ufp.
vEfta Emulfaõ he muito util nos Pleurizes,
principylmente naõ podendo ,0 doiente dor-
. mirp te lhe ajuntarem cinco ou Feisgottas
dê eípirito Fuliginis, fará melhor éffeito. Àf-
Jim 0 enfim 0 Doutor Francifco de, ,Ajjovfeca
Hgnripues infua pleuriçolog. Dialexi 4.p.\6y.
Õ imeímp Áuctpr diz, que o cozimento pleu-
ritiçp com Xaropes expedi ovantes he hum
admiravel’remedio para ps Pleurizes , cuja
receita he a Feguinte. • •
R. Cevadf limpa pug. hum.
.rrXUaçwz..
Didorá
PlcuriU-
Cum.
. ( Paf as. de Uvas and onça meya.
. Jfjubap pum- vinte. .
j. Semente de Dormideiras brancas.
Semente de ortigas and dragmas duas.
Sementes frias mayores and oitavas tres.
. ■ Êlor, de Papoilas. . ...
, Fior de Puxo.and pug. dons.. ,
Flor de violas. . .
Lingua de vaccp and pug. hum.Caga-feS. A.
em agoa da fonte , até one fi/ue em-duas libras.
Ita fupradiãus Aufior Dialexi 4 pag. 5 64.
Far-Fe-ha na fórma .Feguinte; Em cinco li¬
bras de agoa eft.ando quente Fe.por.á a Ceva¬
da a coser, ecomo gaftar.huma libra, Fe lhe
lance o Alcaçuz, e dahi a pouco as paftas , e
Jujubas,e como eftiver em. quafj.duaslibras,
lhe lançaráõ as Fendentes todas,machucadas,
e as flores, e depois de dar huma leve ebulli-
qaõ Fe tire do fogo; paíiadas Feis horas Fe côe,
e dê para o ufo.
Efte cozimento. Fará bom eíieito nos
Pleurizes , daedo-fe com Bezoarticos , e-
Diaphoreticos, 011 com expedlovantes Fen¬
do neceflario. Póde-Fe tomar do dito co-
Zi-
 Dos Eclegmas, ou Lochs, &c.. ti 9
zimento toda a quantidade que quize-
rém.
A U G M E N T o J>Tí
EMULSAM CONTRA Do IV. Tratado.
Vermes. EMULSAM ANTIPTÍSICA.
72 T) ‘ Caroço de Pejfegos limpos. 8° TF} ' Semente de M.eliau , e
JA, da cafca oitavas /eis. Jtv • Pepinosfem cafca anà duastoitav.
Semente de Beldroegas. Dormideiras brancas meya Onça.
Semente de Axedas , and oitava huma. Amedoas de caroços de pejfegos i. oit.e meya.
Semente de Cidra a%eda oitava meya. Ag dá de Verónica, e
Pós de Alexandria oitava huma. Morangos and tres onças. .r • •
'Xarope dè himoes onça huma. Açúcar Cànde feis oitavas.
Açroa A\edas onças cinco: de tudofe faça he Aljôfar preparado hum efcropaàe tudo fe fa-
bidaS.x\.Far-fe-ha na fórma feguinte: Aos ca- ça emulfad S. A. Na fórma feguinte : As fe-
roços de PelTegos fe lhes tiraráõ as calcas,de- mentès,e amêndoas de pelTegos fe piíáraõ em
pois fe pifaráõ com as mais fementes em gral gral de pedra com Açúcar cande, e como tu-
de pedra, e fe lhe lançará a agoa,e como o li- do eíliver em maífa bem pifado fe lhe ajun-
quor eftiver como leite fecôe, e na coa- tem as agoas, efe hirá desfazendo até!o li-
dura deitaráo a femente de Alexandria em quor ter a cor branca como leite , nelle de-
pófubtil, e o Xarope, e affim fe dará pa- pois de coado fe desfaça o Aljôfar, dando-o
ra o ufo. deftà forte para huma bebida:ferve para a Ti*
Efta Emulfaõ faz admiravel effeito , co¬ fica, efe dá na Afthma, toífes inveteradas, c
mo poderá experimentar quem for acha¬ em todos os achaques do peitoma Tifica tem
cado de lombrigas , he neceíTario conti¬ obrado' maravilhas continuando o remedio
nuar oito ou dez dias. Tomao-fe pela ma- míiitos dias, toma-fe á noite, e fe daõ as feis
nhãacedo. f oneas da receita acima.
A fementede Alexandria fe chama aflim, EMULSAM PARA AS BEXIGAS.
Scmen
Alcxan- porque vem de Alexandria do Ègypto, è na- 81 TV Semente de Mellaõ , e
drix. fce em huma caíla de Lolna, que lá ha , da Xv. Nabos and quatro oitavas.
qual plahta os Egyptios fó aproveitao á fe- Pedra Cordial meyò eferop.
mente , e de lá a trazem para V eneza , e da- Pedra Bafar feis gr aos.
Santoni-
hi fe provê toda a Europa. Alguns lhe cha- Aljôfar preparado meya oitava.
curo.
mao femente fanta , ou fantonicMh, como diz Ago'a de flor de papoilas do\e onças.
[O
Efcordero 14pag.ijz. z: Alexandrinumfemen, Açúcar empedra huma onça : de tudo fe faça (Jj
cui Santoni cum,& femen fanãum:~ em muitas emlfdo -S. A. Far-fe-ha na. forma feguinte '
partes deíle Reyno chamaÕ a efta femente Da femente de Mellaò fe tomará depois de
Herva Lombrigueira; e uifim quando fe pedir limpa quantidade , que le pede na receita,
Herbac
lumbri- femente de Alexandria , ou contra Vermes, ou é junta com a femente de Nabos fe pifará em
corum. Herva Lombrigueira, fempre fehade dar de- gral dê pedra até que fe ponha em maífa ,
fta de que fatio , e naõ femente de Rofas de então fe desfará na agoa , e eftandò como
Alexandria , como a mim me diífe certo fu- leitefê:eoará, e n efta de diftolverá o Açúcar,
geito que a ufava , porque entaõ valia carâv e os mais fimplices todos, e fe dará pára duas
a femente de Alexandria, e efte como/era bebidas, que fe tornaráõ pela manhãa , e á
tempo de Rotas fe aproveitava dos pés dei-1 noite em horas competentes: he efta emul-
1 4-ivov oa fpmpnrp
las para lhe tirar femente ,. ee na
na5n fei,
feL fe
fpcuu fao
cuú- fa admiravel para
5 admiravel nara asa<? bexig
heviorjic
gas,. ep Íarampaoj
fava mV* -j m
dara ainda , que o mefmo he femente de A-a porque lanqa fora o humor ruim ficando as
lpyandriav.que a das nolfa* Rolas Perficas , partes internas livres da corrupção, que ti-
.nboru.! Tp:»
OU de Alexandria nhaô v daõ-fe feis onqas para cada bebida.

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O/J i'jir]íh II * . ' ‘> I j

OJÍ Uíll O nus fciuq

Sz TRA-
 m
14°

R A T A D O y.
DOS XAROPES assim compostos
como fimplices.
Syrupus Y RU PUS efi medicamentam fórpia U- to cuberto o vafo $ e tanto que der huma u-
quid 1 qui da ex fuceis , vel aliis plantar um nicá fervura fe tirará do fogo , ecoará, e af-
partibus curti liquore aliquo decoãum , fim fe dará para oufo. Erte Julep fe nãõ deve
l J( cà»/ me lie , zv/ faccharo ad faporis ter feito , fó fe fará quando quizerem uíar
gr adiam, £2’ ad cujlodiam diuturnitatis. dclle , porque fe he feito de tempo fe perde
Ita Joannes V ekherus in antid. fpeciali lib. 2. e corrompe: quando fe pedir Julep abfoluta-
feã. 2. de Syrupis. Quer dizer , que o Xarope mcnte fe ha de dar feito pela receita acima.
he hum medicamento de fórma liquida fei¬ Artim oenfina Jacobo Manlio traã. de Syrup. Julep
to de qumos , ou de outras partes de plantas pag. 5 $. Chama-fe a erte medicamento Julep abfolutè.
cozidas com algum liquor , mel ou aqucar, Regio ou Julep Alexandrino $ porque foi in¬
para que tenhaõ melhor faibo, e fejaõde ma- ventado para o grande Rey Alexandre, artim
yor duraqaõ. Erta he a diffiniqaô dos Xaro¬ o diz Lemery no lugar acima citado.
pes em commum j porem huns faõ fimplices Serve erte Julep para fortificar o Cerebro,
e outros compoftos. üs fimplices fediffinem eftomago e o Peito, e também he conveni¬
s artim : Syrupus fimplex ejl ille, qui componitur ente aos que tem curfos, ou fluxoes Hemor-
fimplex8 ex um tantum fucco , vel decoão : G Xarope rhoidaes,: dá-fe de quatro até feis onqas.
quid ► fimples he aquelle , que fe compõem dc hum JULEP PARA CHAGAS
fó cu mo, ou cozimento. O compoftp fedif- 1 t i dos Rins.
fine nefta fórma : Syrupus compofitus .ejiijle , 2 T) Bai\ de Malvaifco onça meya.
qui ex plunmis medicanientis componituy.- O JL\ • T anchagem.
comporto he aquelle , que fe compcrerfl de Agrjnwnia. o.
Syrupus muitos qumos ou medicamentos : Patet ex ■ Avença, g '• *
compofi. Bauderon traã. de Syrupis, Cf ^///^.Erte^nome t Malvas and manip. hum.
tus quid? Xarope tomou fua ethymologia de Syrupus i S ement e de Mal vas.
nome Latino,e Syrupus de Syria yubi primum '•Semente de Mellao com cafca and onça meya-.
inveritus. De forte,que fe chama Xarope,por- Alkekanges oitavas feis.
q na Syria foi primeiro inventado: artim o diz, wAicaçü\ rafpado onça huma.
Miguel Martins de Leache nasfuas cvtroyerfias Cevada inteirapug. hum. aA
febre as preparações dos, Cânones de Mefue c. i. * „ Mel rufado onças tres.
p.2i). Julép he o mefmò que Xarope fimples, - Açúcar Cande onças duas: cojafe tudo S. A.
Julep difhne-fe artim: Julep etl Syrupus faãusex fo- até ficar 0. cojimento em libras duas. Ita La ja-
quid. ]a 'aquáy& Saccharo; quer dizer,que Julep he rus Riverius Ub. 14, capit. 5. deUIcere renunl'
hum Xarope feito fó de Agoa e Aqucar.. Af- mihi.pag. ^59. Far-fe ha na fórma feguinte:
fim o diz J acobo M ardi o traã. de Syrup.p. 5 $. Em cinco libras de agoa fe ponha a Cevada
Também fe diffine,affirn : Julep he huma be¬ a-cozer , e como gaftar huma (libraSlhe lan¬
bida ou'efpecie de bebida alterativa compo¬ cem o Alcaçuz c Malvaifco machucado, e fe
rta de Xaropes, ede.agoa-s diftilladas ou co¬ continuará mais o cozimento até gaftar ou¬
zimentos. Neíla fortna*o difhne Nicolao Le- tra libra , entaõ lhe ajuntem as Hervas, Al-
mery na fua Pharmacopea univerfal cap. 4. das kekanges, e fomente de Malvas,e como efti-
Ethimologias Littera I. por eftas formaes pa¬ ver em quafi duas libras,lhe deitaráõ a Aven¬
lavras : Julep e/l une efpece de potion alter ati¬ ça,» e-(ementes frias machucadas , e fe tirará
ve , compofêe de Syrops , ou de decoãions. • do lume , e pafíadas feis horas, fe coará , e á
JULEP A L E XANDRI N Ò. coaártra'ajuntaráó o Mel rofado , e Aqucar
i T) Agoa Bofada dijlillada libras tres. \ CanJe $ e artim fe dará para o ufo.
Jlv • Açúcar libras duas ,fiat J ulep S. A.': •Serve erte Julep para alimpar as chagas
Jta Nicolaus Lemery in Pharm. univ. cap. 4. 1 dos Rins e bexiga } dá-fe de feis até oito on-
de Syrup.pag.265. Far-fe ha na fórma feguin- qàs dez dias pela manháa.
te : O Aqucar fe lanqará com a agoa Rofada
em vafo capaz, e fe porá em fogo muito len¬
ÍU.
 Dos Xaropes fimpl ices, e compoftos.
JULEP peitoral.
3 T) Xarope de J a jubas onça huma.
XV. Agoa de efcabiofa.
Agoa de Borragens.
Agoa de flor de Papoilas and onças duas:
mifiure-fe , e faça-fe Julep para huma ve\.
Far-fe-ha na fôrma feguinte : Asagoas di-
ílilladas fe ajuntem , e millurem com xaro¬
pe , e íe de para o ufo.
Eíle Julep humedece o Peito , e adoqa os
humores acres, e falgados, que nelle ca-
hem : dá-fe toda a receita para huma be¬
bida.
JULEP HYSTERICO.
4 T) Agoa de Herva Cidreira , e de Ar-
XV , . te mija and onças duas , e de
Flor onça huma.
Agoa de Canela oitavas duas.
Xarope de Ar te mija onça huma.
Tintura de Cajioreo.
Ff pinto volátil oleofo aromatico and got. 8.
Oleo de Alambre got. quatro : mifiure-fe pro
dofi. Ita Nicolaus Lemery in Phannacopea
úniverfcap. 5. de Julep. pag. 74. Far-fe-haiia
forma íeguinte: Gom as agoas fe mifturaráo
as mais coufas, e depois de tudo bem miíto
fe dè para o ufo. NaÕ efcrevo aqui as mais
receitas de Julep , porque os Médicos os co-
ílumaÕ hoje receitar conforme o achaque,
que pertendem curanfendo neceíTarias mais
receitas, fe vejaõ em Henrique Tenkhe cap.i.
feã. de Medicinis alterantihus.
Serve o Julep Hyflerico para abater os
vapores da madre j e provoca a conjunqa5
menfal ás mulheres. Nefte medicamento
Tintura entra Tintura de Caítoreo , eíla fe faz na
Caftorij. fórma feguinte : Tornarão meya onça de Ca¬
jioreo bom , e 0 cortarão muito miudo, e mette-
rdô em vafo de barro vidrado , e emcima lhe
lançarão efpirito de vinho, que bafe para bem
0 cobrir , então taparão 0 vafo , e 0 porão em
digefao em cirnas quentes vinte e quatro horas,
p a fadas ellas, fe coarã com forte exprefao, e
fe filtrará 0 licor, e afjim fe dará para 0 ufo.
Eíla Tintura ferve em todos os achaques
Flyllericos.
IN FUSA M ROSADA DE NOVE
permutaqoés.
5 1 Fofas frefcas das dobradas , elim-
XV. Pas dos pés libras feis.
Agoa libras quin\e\ faça-fe infufaõ nove ve-
\es S. A. Ita Mefues lib. 1. fimpl. dijiinã. 6. de
Syrupis. Far-fe-ha na fôrma íeguinte : As
Rolas fe alimparáô dos pés, e de todo o
eilranho , e depois de limpas fe pefaráõ feis
avrateis, e fe metteráõ em vafo de barro vi¬
drado, de bocca eílreita, e emcima delias
lancaráõ as quinze libras de agoa , eítando
muito quente -7 tapar-fe*ha o vafo, e ie co-
141
brirá, e deixará ficar aflim oito horas, paíía-
das ellas fe efpremaõ as Rofas muito bem , e
outra vez na melma agoa quente fe lancem
novas Rofas , e fe faca o melmo, e fe conti¬
nue até fe lhe darem nove permwtuqoésj
acabadas ellas fe faca logo o Xarope , po¬
dendo fer , quando naõ fe guarde em vidro
com humas gottas de oleo por cima. D eíla Infufio
melma forte fe faz a infufaõ de Rofas de Alexan¬
Alexandria, e a de Violas, e de Mofque- drina.
tas. A infufaõ fimples, que fe faz das Rofas Infufío
V iolar.
dobradas, naõ leva mais que cinco permu¬ Rofar.
taqoés, como também a infufaõ Violada, Mofea-
que fe faz para o Xarope de Rey. As flores tar. Sc.
para qualqüer infufaõ que feja, fempre fe fimpl.
haõ de colher bem maduras, e em manhãas
ferenas , porque as que fe colhem em dias
chuvofos vem chêas de agoa , e fazem a in¬
fufaõ de menor vigor.
TINTURA DE ROSAS.
6 T) Rofas vermelhas feceas onça meya.
XV • Agoa libras duas.
Efpirito de Vitriolo oitava meya.
Açúcar bom onças feis. Ita Joannes Zuet-
pherus in Pharmacop. Augufiana Claf. ij.de
a quis, pag. jo 6. Far-fe-ha na fôrma feguin¬
te : As Rofas fe mettaõ em vafo de barro
vidrado, de bocca eílreita , e emcima lhe
lanqaráõ as duas libras de agoa , e o Aqucar
fervendo j depois fe cubra o vafo , e fe con-
ferve em lugar quente feis horas, paífadas
ellas fe lhe lance o efpirito de Vitriolo, got-
ta egotta, até que a Tintura fique muito
encarnada , entaõ fe coe, e dê para o ufo.
Pôde-fe fazer adoqada com qualquer Xaro¬
pe conveniente ao achaque j e quando fe
lhe deita, fe naõ ha de lanqar Àcucar na Tin¬
tura. As Rofas para fe fazer a boa Tintura
haõ de fer das mais encarnadas, que faõ das
que neíla terra fe chamao Avelutadas , ou
Rofas de Veludilho , porque tem acôr co¬
mo de Veludo 5 e no cafo que naõ haja de-
flas, fe pôde fazer com as dobradas de cem
folhas: para fe fazer a Tintura fempre boa,
he neceflario que feja com Rolas feccas,
porque eílas faõ mais adílringentes que as
verdes. Feita a Tintura , naõ dura mais que
dous dias de Veraõ, e até tres no Inverno.
Aflim o enfina Lemery na fua Pharmacop.
cap. \. das infufoés.
A Tintura das Rofas he hum notável re¬
frigério nas febres ardentes Reumáticas j he
muito confortativa do fígado, ferve para as
Diarrheus, Dyfenterias , e para quem lanqa
fangue pela bocca por efcarros 5 he também
boa nos fluxos brancos das mulheres ; fe a
qui/.erem mais adílringente , fe pôde fazer
em agoa ferrada , e depois cozida com rafu-
ras de Corno de Veado : toma-fe como Ti-
zan.t 7
 142 Pharmac. Luíit. Aügment. Trat. V.
zana , e póde-fe beber toda a quantidade,
que quizerem.
TINTURA DE PAPOILAS.
7 TT Flor de Papoilas Jeccas onça meya.
JlV* A ao a diftillada das mefniaSy libras
duas.
Açúcar onças íeis.
é * **
Efpirito de Vitriolo oitava meya. Ita Vetrus
Poteriusin Pharmacopea Spargiriça l. i.feif.z.
de Infuf. pag. 344. Far-fe-ha na fórma fe¬
guinte : As Papoilas, e o Aqucar fe lanqaráõ
em hum vafo de barro vidrado , e em cima
lhe botaráõ a agpa fervendo , e fe cubrirá
muito bem por efpaco de feis horas, pafla-
das ellas lhe ajuntem o efpirito de Vitriolo,
pouco e pouco , e ultimamente fe coe , e
Duratio dê para o ufo. Efta Tintura , e todas as
Tindu- mais que fe fazem de flores, naõ duraõ
rarum.
mais que dous dias de VeraÕ , etres de In¬
verno.
Serve efta Tintura para os Pléurizes, e
he hum fingular remedio 5 dá-fe em todo o
tempo do pleuriz $ porém no principio faz
melhor efteito dada com Xaropes incraflau¬
tes , cpmo de Beldroegas, Violas, e de flor
de Golphao: Ajjim 0 di\ 0 Doutor Francifco
da Fonfeca Henriques in fua Pleuricologia
dialexi 4. por eftas palavras : Tinttura in
omni pleuritidis tempore exhibetur ,fed in prin¬
cipio laudanda magis.cum Syrupis incrajjdnti-
bus admixta VÍ cr, pdde-hs tomar toda a quan¬
tidade , que quizerem.
TINTURA DE HIPERICAM.
8 T) Cimas de Hipericaô , quanto bafie,
tX. e
com femente, flor q.f.
Efpirito de vinho bem retificado q. f.
Açucar^que bafte^para faier a Tintura doce:
faça-fe S. A. Ita Joannes Zuelpherus in Phar-
macop. Augufi. claf ultima traãi de Tinótu-
ris iPag. 438. Far-fe-ha na fórma feguinte:
Tomaráó a quantidade , que quizerem de
femente , e flor de Hipericaô ( que he o que
fe chama Cimas), e a pifaráo em gral de pe¬
dra ,.e a lanqaráõ em vafo de barro capaz, e
emcima o efpirito de vinho , que bafte para
bem a cobrir , e com elle o Ácucar, que pa¬
recer, e fe ponha o vafo em digeftaõ oito
dia& era lugar quente., mexendo algumas ve¬
zes , ■ e paflado o dito tempo fe eíprema , e
côe, e fe naÕ efliver o efpirito bem tinto, fe
lheJànce mais Hipericaô , e fe faca a mefma
digeftaõ por outro tanto tempo , e ultima¬
mente fe côe , e dê para o ufo.
Efta Tintura corrobora as partes nobres,
he conveniente aos que tem falta de memó¬
ria , principalmcnte aos que faõ imaginati¬
vos, provoca as ourinas, e a conjunqaõ
menfal ás mulheres : dá-fe de huma oitava
até duas em qualquer licor , ou por fi fó.
T I N T U R A DE V 1 O L A S.
g TT> Violas verdes limpas dos pés onça
J\. ht ma. .
Agua libras duas.
Açúcar onças cinco ou.mais.
Oleo de Vitriolo oitava meya. Ita Petrus
Poterius in Pharmacop. Spargir.ua feàt. 2.
pag. 343. Far-fe-ha na fórma feguinte: As
Violas fe alimparáõ dos pés, deTovte que
para bem fe fazer a Tintura hau de ier fó as
folhinhas roxas,fem.que levem parte herbá¬
cea alguma , e fe piiaráõ em gral de pedra
com o Aqucar , depois fe lanqaráõ em valo
capaz , e emcima lhe deitàráo áagoa muito
quente , e fe porá o vafo em lugar tépido
oito ou dez horas, pafladas ellas lhe ajun¬
tem o Oleo de Vitriolo , e fe côe, e dê a
Tintura para o ufo. ■ L
Dá-fe a Tintura das Violas nas febres
podres , alegra o coracao , e ferve para to¬
do oachaque do Peito, e Bofes : póde-fe
tomar toda a quantidade , que quizerem.
•, TINTURA ANTIPLEUR1TICA. .
10 X? ^or ^ Papoilas vermelhas pug. 2.
JlV. • Flor de Buxo pug. hum e meyo.
Flor de Violas pug. hum.
Agoa da fonte libras ir es: tire-fe a Tintu¬
ra S. A. Ita Doâtor Francifcus de. A fonfeca
Henriques in fua Pleuricologia dialexi 4.
pag. 363. Far-fe-ha na fórma feguinte : As
flores fe lancem em vafo capaz , e emcima
deitaráõ a agoa fervendo, e fe deixará eftar .
o vafo muito bem cuberto feis horas, pafla-
das ellas fe côe , e dê para o ufo.
Tem efta Tintura huma grande virtude
para curar pleurizes 3 daõ-fe tres onças delia
cada hora com hum efcropulo ou dous de
coral preparado.
•.TINTURA CEPHAL1CA.
■í i T) Ac oro.
TV» Li rio Florentino. >
Peonia and onça meya.
Galanga.
Canela.
N o\es mofe adas\ -
Cravo.
Salfafras.
Carda momo.
Cúbebas and oitavas tres e meyÀ.
Folhas de Salva. > ?
• Li rio Convalle. ' •
Po [maninho.
Alfa\ema. !; 1
; Alecrim and nuinip. meyo.
Sementes de Funcho , e de
Herva doce.
■ ídauco.
■ Peonia and oitavas duas.
<Gafe as exteriores de Cidras féccas..
Zedoa-
 Dos Xaropes fimplices, e compoílos. 145
Zedoaria. coe , e filtre , e ultimamente fVguarde para
,fj5Macis. ri;, . fj V;UJ ■■ jLhf.biv o o uíb. Eíle he o Elixir piôprietatis de Para-
. Sandalos, Citrinosi áfoq jjsqiu q. Ü ceifo: chama-íe de ParaceJlo , porque eíte
Pimenta longa and efcrop.hum. ;bffb;cr Au&or foi o primeiro que-b inventou: e pio-
Gengibre. : í :,>i; rua • íbmnj 3 prietatis, por fer taõ bom remedio, que con¬
t- Spiçi&óhflrofa. -.IbsuiSM , niod oB vém , e he propriò medicamento para todas
Cardamomo menor and gr aos nove. ...lofi3 as idades, e lexos. Aífra o diz jacobo Lemor-
... EJpifjto, de vinho libras. quatro: digira•fe tu¬ cio in colleâan. chimic. traã. de Elixiriis.
do oito dias , y> faça a Tintura. S*; A. 1 ta Eíle remedio fortifica o coraqaõ, e eílo-
Jslicotaus Lemery in PJiar niacop. Hap. 12, <f<r mago , ajuda muito adigeílaõ, purga uni-
Ehxirjis , pag. 8431. Far-fe-ha na fórma fe- verialmente , provoca fuor, preferva da po-
guinte : Os fimplices todos fe pifáíáõ grof- dridaõ , purifica o langue ,, e he anodinp , e
íps, e mettefáo em humivafo de barro capaz, conveniente em toda a idade, e lexo 5 íè fe
e emcima delles lanqaráõ o eípirito de Vi- applica para corroborar, e alterar , fe dao
11 ho, e depois de bem tapado o vafo, fe porá' fó leis gottas $ e fe he para purgar, fe pódem
em digeílaõ em lugar 'quente oito dias, e em dar duas oitavas ^efajadas em qualquer licor, /
todos fe,mexerá a matéria' ■, paliado o dito ELIXIR A D P A R T- U M
temp^ife coará com foilte expreíTaõ * e ul- facilitandum. .xv wK
timamente fe filtrará, e-guardará para oufo H dPào de Aguila. ' r ’.ú
em vidro bem tapado.: Alguns chamaõ a eíla .Gularigap' • " v.y- "
Tintura Elixir■ Cephatico. ;vmqr.q Zedoaria. '’ ■
., Eíte nome Elixir , conforme a mais pro¬ Efcorcioneira anà onça huma.
vável opinião , quer dizei, licor efpirituofo, Macfí. \ •/ Võ%üv. • ; .
apropriado para o uro interno , feito da.par¬ Cravos. d -' g ■ wúry
te màis pura dos mixtos paliada ao licor por Canela^ taijjrcH.gi gobõj
caufa da digeílaõ , ou infufaõ. AíTim o enfi- Cardamomo. í li i i. u ■ ■ xj;q
na M. oi fés Charàs in Pliarmacop. R eg.: Chi mi¬ Diãamo. if v • niyd ain \> c , ofifíi.’
ca i.part. cap.48. de Elixiriis,pug.iéf Tam¬ Cafeas de Cidra , and onça meya.
bém fe diftinè afim n EUxtr he' hum efpirito, Coentros preparados. — r f -‘f •
Tintura , ou quinta-, efencia, que fe continha Alkhekhanges. d 4 om àj -í ;
na parte mais pura de muitosJimplices , e he J uni pero and oitavas tres.
dejUnada para 0 ufo'internai Aífim o diz Le- Agoa ard&nte forte q.f.: faça-fé S. Â. Jta
mery. por eílas palavras: L’ Elixir eji itn fpi- Jofephus Quercetanus in Pharmacop. Dogma-
rit, ou un.eTinturs , quiniiefcencielle de pht- tica cap. g de EUxirus , pag. 5 2. Far-le-ha
Jieurs niixtes choips coníenant leur ftbjlance la na fórma feguinte : Os fimplices fe pifará5
plus pure , il ef dpjijne pour les ufages inter- todos grojjb ntodo , efe metteráo em vafo de
nes cap. 12. de Elixiriis in.principio. barro vidrado de colo alto, e emcima lanca-
Servq elle medicamento para fortificar o ráo a Agoa ardente , que paíTe de cobrir os
-Cerebro, e Eílomago, para a Epilepfia , fimplices quatro dedos, depois fe cubra o
Parlefia , Apoplexia , e reíifte a todo o ve- vafo, e fe ponha em lugar frio oito dias, me¬
neno ; dá-fe de meyá ate duas oitavas. xendo em .todos a matejia 5 paíTado o dito
ELIXIR PROPRIETATIS: tempo, fe ponha em cinzas quentes até
12 Myrrha. aquecer , e ultimamente fe coe , e guarde
. -Mebre Succotrino and onças duas. em vidro bem tapador d •
Açafraõ bom onça huma. Serve eíle remedio para facilitar o parto
Efpirito de vinho q. f. : faça-fé S. A. Ita toma-fe dó feptiiho fnèz até á occáfiao def
Nicolãus Lemery in Rarmacop.univerfeap. 12. le todos os dias huma colher até duas.
de Elixiriis, pag. 8$o. Far-fe-ha na fórma ELI X I R VI T M
feguinte ; A Myrrha , e o A zebre fe pifem 14 S andai os Citrinos onças duas.
fubtis, e o Acafraó groífo , e fe mettaò em XX. Canela.
hum vafo de barro capaz, e emcima lhe lan¬ Cardamomo anà onça huma e.vieya.
cem efpirito de vinho, que baile para bem Gengibre. > " * > '.
cobrir os fimplices: tape-fe o vafo , e fe po¬ Zedoaria. v. ■ , ' ’• •' ■' *-
nha env lugar quente vinte e quatro horas, Cafeas de Cidra. - >
paliadas ellas, lhe lancaráõ efpirito de En¬ Diambra. •'
xofre , que baile para cobrir os fimplices, de Diamufcho doce.
forte que fqbrepuje quatro dedos , entaõ fe Diarrhodad Ablade and oitavas feis-
cubra p vafo , e ponha fegunda vez em cin¬ ■ Semente de herva doce. '
zas quentes quatro dias ? paliados elles fe S emente de M angericad.
Rah
 144 Pharmac. Lufit. Augrftenti. Trat.Vi
Eai^ dt Angélica. groííbs, e fe mettaõ em huma cabaça de bar-
Calamo Aromaüco. ro vidrada , e emeima lhe lancem o vinho,
Valleriana anà onça. meya. e bem tapada lé porá em digeftaõ oito dias,
~No\es mofe adas. ■ palTados elles fe diftille em fogo de arêa , e
Galanga. fe guarde a agoa em vidro bem tapado.-
Cravos anà oitavas duas c meya. £Je bom efte remedio para fortificar o
Folhas de.Sclarea. Eftomago , e o Cérebro, ediminue as fe¬
Thimo. bres intermitentesdá-fe de duas oitavas até
Eleveda. !')•( húmà onça. ; $.
Voo) os. XAROPE ROSADO SIMPLES,
Ortelãa. í 6 TY Infufaírâe Ro/as dobradas] de cin-
Serpaõ. w XV • co permutações librés cinco.
Manjerona anà manip. hum. Açúcar libras quatrofaça-fe Xarope S. A.
Flor de Salva. Ita Vhatmaeopea Valentina tra&t. de Syrup.
Alecrim, e de pagy 14. Far-fe-ha na fórma feguinte : A in-
Vofmaninho anà manip. meya. fufaÕ fe porá com o Açúcar a cozer,até que
Efpinto de vinho libras do%e. tenha ponto conveniente, e depois de ef-
Ambar. cumado., e coado fe guarde para o ufo.
Almifcar anà oitava meya: tudo feponha Efte Xarope he bom para abater o fervor
em digejlaõ qulnxe dias, e depois fe difille da cólera, e também he conveniente nas fu-
S. A., e fe ajuntem os cheiros!com nova dige- perpurgaçoés ; dá fe de huma até tres onças:
fiad. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop. uni- no ufo externo ferve para refrefear, emun-
verfeap. 12. de Elixiriis ,pag. 12. Far-fe-ha dificar as chagas de toda a fordicia, que ti¬
na fórma feguinte : Os fimplices fe pifaráõ verem.
todos groííbs, e metteráô em cabaça de bar¬ XAROPE PÉRSICO DE NOVE
ro capaz , e emeima lhe lançaráõ o efpirito infufóés.
de vinho , e fe tapará bem o vafo, o qual fe 17 TY Infufad de Rofas de Alexandria
terá em digeftaõ quinze dias ; paliados el¬ XV • libras feis. ■ . ■’•’■'*
les, fe lhe ponha lambique de vidro, e re¬ Açúcar libras quatro-.far-fe-ha Xarope S.A.
cipiente do mefmo , e depois de bem luta Ita Vharmacopea Valentina traã. de Syrup.
das as junturas fe ponha a diftillar em Ba- pag. 26. Far-fe-ha na fórma feguinte :À in-
nho de Maria ; e na agoa depois de diftil- fulaÕ, e Açúcar fe porão a cozer até ter pon-
lada fe ponha o Ambar , e Almifcar pifados, to conveniente de Xarope , e depois de coa-
e tapado o vafo fe ponha em nova digeftaõ do fe guarde para o ufo. Algumas vezes fe
mais quinze dias, tendo-o fempre bem ta- pede o Xarope Perfico de dobradas infufóés,
pado; paflado o dito tempo fe côe, e guar- o qual fe faz , lariçando a quinze partes de
de para o ufo em vidro conveniente. Efte agoa commua doze de Rofa , eaflim felhe
Elixir vitte he o de Mathiolo $ porém a re- daõ nove permutações, e com feis libras de-
ceita he reformada por Lemery. fta infufaõ, e quatro de Açúcar fe faz o Xa-
He bom efte remedio para todos os acci- rope, cozendo-o até tomar ponto conve-
dentes, e para a Epilepfia, e Apoplexia, for- niente 5 efte he o verdadeiro modo ( con-
tifica o CoraçaÕ, Cerebro, e desfaz os fia- fórme as regras da arte ) de fazer o Xarope Syrupt»
tos , ajuda a digeftaõ, e he bom para o máo Perfico de dobradas infufóés, e naõ como al- Pcrficuj
cheiro da bocca : dá-fe de huma oitava até guns fazem , que fuppofto lhe lancem a me- cx duph-
catis in-
tres. fma quantidade de Rola , fem lhe faltar al¬
fufioni-
ELIXIR VIT^E MINUS. guma , erraÕ em o fazerem com doze libras bus.
15 TY Genciana. de infufaõ de nove permutações ; porque
JLV« Centaurea menor anà onças tres. quando chega a ter ponto o Xarope, naõ
Galanga. tem já virtude alguma , que lha tem refol-
Canela. vido o largo cozimento das doze libras de
Macis. infufaõ, e quatro de Açúcar ; e aftim baila¬
Cravos anà onça huma. rá , que quando fe fizer a infufaõ, feja o pefo
Flor de S alva , e de da Rofa dobrado $ e agoa a méíma quanti¬
Alecrim anà pug. dous. dade, que havia de ler para infufaõ ordi¬
Vinho branco libras feis : de tudo fe faça di- nária.
geftad por tempo de oito dias , depois fe diflil- Efte Xarope purga todos os humores fo-
le. Ita Jofephus Quercetanus in Vharmacopea rofos, queeftaõ nas véas , e juntamente a
Dogmaticacapii.de Elixiriis,pág.s, i.Far-fe- cólera; dá-fe de huma até tres onças, mi-
ha na fórma feguinte: Os fimplices fe pifem fturado com algum licor, e outros medica-
f mentos
 Dos Xaropes fimplices , e compofiosf 145;
mentos purgantes 5 porém bem fie póde dar que nemiiii mirum ejfe debet yf ad hujus Syrupl
fó diluto em qualquer licor conveniente, pr&parationem non adducatur ea,qua. ojienta-
até quatro onças e meya. „ tionis plena, non fine temporis âifpenüio , G
XAROPE ROSADO DE NOVE tadio ab antiquis obfervata fuit. E jacobo
infufoés de Rofas dobradas. Sylvio fu per Mef. cap. de Infufionibus , diz:
18 T) Infufao de Rofas dobradas de no- Qui vero ex fucco Rofarum clarificato coqui-
Ía» ve permutações libras feis. tur, tribus partibus, cum aqua portione fac-
Açucar libras quatro: façafe Xarope S. A. chari alvuni folvit,fed multo clementiús, quàm
Ita Antonius Mufa Brafavolus lib. Examin. qui ex multis infufionibus Bofarum recenthim.
Syruporum mihi ypag. ^21. Far-fe-ha na fór- Eaííim do que dizem eíles Auêtores bem
*ma feguinte ; A iníufaõ, e o Açúcar fe po- claro fe vê que o Xarope feito com çumo
nha a cozer até ter ponto conveniente , en- de Rofas de Alexandria purga mais que o
tao fe tire do lume, e depois de coado fe que fe faz com a infuiaõ das mefmas.
guardará para o ufo. Purga eíte Xarope as forofidades, e o*s
Eile Xarope purga brandamente os hu- outros humores de todo o corpo branda-
mores forofos, que eílaÕ era varias partes mente , e conforta o eílomago j dá-fe de
do corpo , ferve também pára purgar da ca- meya onça até duas.
beça, confortando-a $ dá-fe de huma onça XAROPE ROSADO COMPOSTO.
até tres. 20 TJ Folhas de bom Sene onças quatro.
XAROPE DE ÇUMO DE ROSAS, JLV» A gari co onças duas. '
iy TT) Çumo de Rofas de Alexandria. Tar taro branco machucado onça huma.
l\ , Açúcar and partes iguaes: cexafe Çumo de Rofas de Alexandria libras feis.
até ter ponto de Xarope. Ita Moifès C bar às in Açúcar libras quatro : depois de digejiad de
Pliarmacop. Reg. Gale nica 1. par.t. cap. ij.de vinte e quatro horas fe clarifique 0 licor) e fe fa¬
Syrup.pag. 184. Far-fe-ha na fôrma feguin¬ ça Xarope , que fe aromatizará com humas
te: As Rofas fecolheráõ Hem abertas pela gottas de oleo de Herva doce. Ita Mo fés Cha¬
manháa com o orvalho, e depois de limpas ràs in Phannacop. Gale nica cap. ij.de Syrup.
dos pés , e de todo o eítranho, fe pifaráõ em pag. 186. Far-fe-ha na fôrma feguinte : O
gral de pedra , e felhe tirará o çumo , e fe Sene bem limpo , e o Tartaro pifado, o A-
porá ao Sol a clarificar (110 cafo que o naõ garico cortado fe mettaõ em vafo de barro
haja , fe ponha em fogo muito brando ) , e capaz, e emeima lhe lancem o çumo das
tanto que eítiver bem clarificado fe ajunte Rofas de Alexandria , e fe porá em digeítao
com o Açúcar , e fe ponha a cozer até ter vinte e quatro horas em cinzas quentes j paf-
ponto de Xarope j entaõ fe coe , e guarde fadas ellas, fe lhe dê huma leve ebulliçaõ , e
para o ufo. fe côe o licor, clarifique-fe com ovo frefeo,
Eile Xarope he melhor , e mais purgati¬ e fe ponha a cozer em fogo muito brando, e
vo , que aquelle , que fe faz com a infufao tanto que tiver ponto conveniente fe côe, e
Perfica , porque vay ao fogo muitas vezes, depois de frio íe aromatize com feis gottas
e fe gaíla tempo , em quanto fe lhe daô as de oleo de Herva doce , e com onça huma
permutações da Rofa , e neite largo tempo e meya de Açúcar muito fino feito em pô,
perde a infufao a virtude efpirituofa da Ro¬ e aflim fe guarde para o ufo,aifim o enfina a
fa, e por iílo os modernos o naõ fazem ho¬ fazer o mefmo Auétor no lugar citado. Al¬
je com infufao , fenâõ com o çumo , como guns chamaÔ a eile Xarope Polycrejlo , e o Syrupus
fe ve de Lemery , da Pharmacopea Londonien- fazem da mefma forte, e com as mefmas P°b'cre-
fe , de Chrijlovao Love Morley , e de Moifés quantidades , excepto que em lugar do Tar- us*
Charàs no lugar citado , o qual diz que he taro branco lhelançaõ o Tartaro foluvel, ou
melhor fazer eile Xarope com o çumo , que facil de diíTolver. Faz-fe o Tartaro foluvel Tartarus
com a infufao , como fe ve nas palavras fe- na fôrma feguinte : Tomaráõ quatro onças íblubilis
guintes : illi ad Syrupi hujus compofitionem de farro de vinho branco, e o pifaráõ, e mi- quom°-
etiam novenas Rofarum infufiones injiituebanty íluraráo com duas onças de fal de Tartaro, 0 u
mini me perpendentes unà cum profufa , Cif inú¬ etudo fe desfará em quanto baile deagoa,
til i Rofarum. j aã ura , illis fimiil maximefpi- depois fe porá ao lume em vafo de barro
rituofam , Cif; odor atam partem decedere , imo capaz , e ferverá hum pouco , e entaõ fe
Cf plurinXam infufionis partem panis , vafisy coará , e filtrará , e porá ao lume em fogo
aliifque vrganis illurn in u fum dicatis ad/nzre- brando , até fe evaporar o licor $ e tanto que
re , fed tamen emergere fpiritum infuaviorem o Tartaro , que eítiver no fundo do vafo fe
quidem, at non ejficadorem eo, qui hic praferi- feccar bem , fe guarde para o ufo j afiim o
ptus ejl, cujus praparationem eapropter ample- enfina a fazer Chrijlovao Love Morley no feu
éiendumfuadeo. E em outra parte diz : láeo- ÇoUeãaneo Çhimico cap. 462. tratl. deTar-
T taro.
 146 Pharmac. Lufit. Augment. Trat.V.
taro. He o Tartaro íbluvel muito penetran-
te , e conveniente para defpegar os humo-
res melancólicos , e ictéricos, ferve tam-
bem na cura das obílruqoes 5 dá-fe huma oi¬
tava delle em cada bebida liquida, como
caldo de galinha, ou cozimento aperiente,
ou outro qualquer conveniente ao achaque,
que fe pertende curar. Serve o Xarope Ro-
fado, compoílo ou Polycrefto, para purgar
todos os humores fem moleítia alguma,
principalmente os do Celebro, e melancóli¬
cos j dá-fe de meya onqa até huma e meya,
ou em purga fó quatro onqas diluto com
agoa conveniente.
MEL ROSADO.
21 TI Mel bom.
XV • Çumo de Rofas anà partes iguaes:
faça-fe S. A. Ita Mefues íib. 1. difinã. 4. de
Condi tis mihi foi. 124. Far-fe-ha na fórma fe-
guinte : O mel, e o qumo fe ponhaÕ a cozer
até ter ponto conveniente, e depois de coa¬
do fe guarde para oufo. O qumo das Rofas
fe tira pifando-as em gral de pedra, e depois
fe deixaô em digeítaõ tres ou quatro horas,
paíTadas ellas, fe efpremem á maõ, ou em
imprenfa , advertindo, que quando fe tira o
qumo das de Alexandria, fe naõ devem aper¬
tar muito na imprenfa, porque fe lhe naõ
tire a parte interior aílringente: Aecio, Rue-
Uo , e Plinio com todos os mais antigos, e
ainda alguns dos modernos, quando man-
daõ tirar o qumo das Rofas, querem que fe
lhe tirem as unhas verdes, que cada folha
tem } porém he coufa tao impertinente, que
ninguém o faz , porque fe fe tirarem as
unhas verdes a tanta quantidade de Rofas,
como faõ neceifarias, feria hum nunca aca¬
bar , e nao ficaria tempo para fe fazer mais
nada \ e no da Rofa fempre nas Boticas ha
mais que fazer , com que fe pódem todas pi¬
far , na fórma que acima fica dito, fem fe
canfarem com mais do que tirarem-lhe os
pés, e tudo o mais que tiverem eílranhoj
aílim o fazia Luiz de Oviedo , como elle diz
no liu. *. Method.pag. 206. As Rofas verme¬
lhas de cem folhas, faõ as melhores, e mais
convenientes para fe fazer eíle medicamen¬
to por caufa da muita virtude , que tem
aílringente , como diz Lemery cap. de Mel-
le Rofato , pag. 165.
Md Ro- O Mel Rolado he muito mundificativo,
fatu cura ferve para todos os achaques da garganta,
íaccharo. mettendo-o em gargarejos. Póde-fe fazer o
Mel Rofado com Aqucar da mefma forte
com igual qumo , e Aqucar , e coze-fe até
ter ponto conveniente , e fe guarda para o
ufo 5 eaífim todo o Boticário curiofo o deve
ter feito de ambas as fortes, para que os Mé¬
dicos ufem do que entenderem he melhor
para o achaque, que curaô. Eíle Mel Rofa-
do de Acucar he mais frefco , tem as me-
imas virtudes, que aquelle que fe faz com
o Mel, porém he menos mundificativo.
XAROPE VIOLADO SIMPLES.
12 T) Infufad Violada de tres permuta-
XV• çoes libras cinco.
Açúcar libras quatro : faça-fe Xarope S. A.
Ita Mefues lib. 1. cap. de Infuftônibus mihi,
foi. i $ $. Far-fe-ha na fórma feguinte: A in^
fufaõ fe porá a cozer com o Acucar em fogo
muito brando, e tanto que tiver ponto con¬
veniente fecôe, e guarde para o ufo. Os
mais dos Auétores antigos, e ainda os mo¬
dernos mandaõ fazer eíle Xarope com a in-
fufaÕ das Violas .5 mas neíle Reyno ningnem
aflím o faz, ou porque naõ ha aquella quan¬
tidade de flores, que faõ neceifarias, ou tam¬
bém pelo exorbitante preco, por que valem*
com que em todas as Boticas o fazem com
a conferva Violada, eaílim vemos que faz
muito bom effeito. Eu o coílumo fazer na
fórma feguinte: Depois de clarificado o Acu- Sympus-
car , e poílo em ponto conveniente lanqo a
cada libra de Aqucar duas oncas de confer-
va V iolada, e tanto que com cila dá huma
leve ebulliqaÕ , o tiro do lume , e depois de
coado , o guardo para o ufo. Aílim o enfina
a fazer Fr. Antonio de Caílella Ub.i.divif.z.
dos Xaropes, e a Pharmacopea Valentina
traã. de Syrtip. pag. 14., ainda que eíle Au- Ju,ePu*
dor lhe lanqa mayor quantidade de Violas. 'lolatu**j
OJulep Violado fe faz de agoa de flor de
Violas diftilladas , e igual parte de Aqucar,
e em falta do dito Julep fe póde ufar do Xa¬
rope feito como acima fe difle.
Serve eíle Xarope Violado , ou vulgar¬
mente chamado Lambedor de V iolas, para
refrefcar , e humedecer o Peito , adoça os
humores acres, e mordazes , rebate a cóle¬
ra , e abranda a toííe 5 dá-fe ás colheres to¬
da a quantidade, que quizerem.
XAROPE VIOLADO ROXO.
.23 D Violas limpas de todo 0 branco on-
XV9 ças quatro,-
Açucar onças do\e : pifem-fe as flores em
gral de pedra , efe faça Xarope S. A. Itajo-
fephus Quercetamis in Vharmacop. Refiitula,
cap. 12.pag. 202. Far-fe-ha na fórma feguin¬
te : TiraráÕ os pés ás violetas, em tal fórma
que fó fe aproveitem as folhinhas roxas, e
depois de bem limpas fe pifaráõ em gral de
pedra , e fe metteráõ em hum vafo de bar¬
ro vidrado , e emcima delias fe lanqará o
Aqucar primeiro clarificado , e pofío em
ponto de talhadas, e depois de bem miílu-
rado com as flores, fe tape bem o vafo, e
ponha em lugar quente vinte e quatro ho¬
ras , paíTadas ellas fe metta o vafo em Banho
de Ma-
 Dos Xaropes íimplices, e coríipofics. 147
de Maria , até que aq.ueqa o Aqucar, e de Philippe II. Rey de Cafiella. AiFm o diz Luiz
mima fervura , entaõ ie coe por panno bafio de Oviedo 1ib< Method.pag. z\o. O Xaro-
e 7 ^ ^uaide aílim para o ufo pe de Rey purga todos os humores , princi-
em vidros pequenos ; deita forte fe tem o palmente os da cabeqa j dá-fe de huma onqa
verdadeiro Xarope Violado roXo, que fica até tres miílurado com medicinas apropria¬
com a mefina cor, e cheiro das Violas, e das para o achaque, q com elle í’e cura;póde-
naõ como alguns o fazem, que ainda que fe dar também íó diluto em qualquer licor.
tenha a-cor ro,\a , he feito com a tintura de XAROPE DE RUIBARBO.
poucas Violas tirada a poder de accidos,que 26 "O Ruibarbo bem libra meya.
lhe ajuntaõ , os quaes miíturados no Xaro¬ JL\ * Ta rtaro folu vcl oitavas feis.
pe fazem mais damno ao Peito, que pro¬ Açúcar libras tres: infunda-fe em q. f de
veito : Pedro Po te rio na Jua Pharmacápea agoa cotnmua por do%e horas , depois ferva le¬
Spargirica o enjlna a fa%er na fôrma acima vemente , efe faça Xarope S. A. Ita Lemery
dita lib. 3. fedi. 2. dc Syrnp. pag. 554, in Pharniacopntniverfcap.rç. de Syrup.pag.iyÜ.
O Xarope Violado roxo ferve para en- Far-fe-ha na fórma feguinte : O Ruibarbo fe
groíTar os humores delgados, que cabem cortara miúdo, e fe metterá com o Tarta-
do Cerebro no peito , abranda a acrimonia ro foluvel em vafo de barro capaz , e emei-
delles, extingue o ardor do Ventrículo , e ma lhe lancaráo agoa fervente , que baile
do Figado ; dá-fe em todas as febres belio- para bem cobrir, e fe deixará em digeílao
fas, e em todos os achaques do Peito, Pleu- vinte e quatro horas , paíTadas ellas fe leve
rizes, e febres ardentes j toma-fe ás colhe¬ ao fogo , e como dér huma leve ebulliqa6,
res a quantidade, que quizerem. r-’. lecôecom forte efpreíiaõ, eorefiduo do
XAROPE VIOLADO SOLÜTIVO. Ruibardo fe torne ametter no vafo, eco¬
24 Infufaô de Violas de nove permu¬ brir de nova agoa fervente , e depois de cin¬
tações libras feis. co ou feis horas fe torne a coar com forte
Açúcar libras quatro : faça-fe Xarope S. A. efpreífaõ , e ambas as Tinturas fe miíturem,
Ita Hypolito Seccarelli in Antid.Romano traól. 'ecoem por panno de lãa muito bailo , até
de Syrnp.. pag. 175. Far-fe-ha na fórma fe- que fique o licor claro , entaõ fe ajunte com
guinte : A infuíaõ fe porá a cozer com o o Aqucar , efe coza em fogo muito brando,
Aqucar em fogo muito brando, e depois de e tanto que tiver ponto conveniente,fe coer
ter pontò conveniente fe coe, e guarde pa- e guarde para o uíò.
ra o ufo. Quando fe fizer a infuíaõ violada O Xarope de Ruibarbo purga a cólera, he
fe naõ efpremaõ muito as Violas 5 porque bom-para os fluxos do Ventre , porque pur-
trazem da parte herbacea huma vifcozidáde, ga adliringindo, e mata as lombrigas >7 dá-fe
que naõ ferve para o que delias fe pertende, de meya onqa até duas
como diz Fr. Antonio de Caílella naannota- XAROPE DE SENE.
çab d efe Xarope no liv. i. divif. 2. pag. 6 5. 27 IH) Sene bom libra meya.
O Xarope Violado foíutivo purga a cóle¬ XV. Tartaro foluvel oitavas feis*
ra , e todos os humores forofos j dá-fe d@ Agoa libras tres-
meya onqa até duas. Açúcar libras duas : tnfunâa-fe 0 Sene, e 0
XAROPE DE REY. Tartaro por vinte e quatro horas , e depois de
25 Sene onças quatro. filtrado fe faça Xarope Lemery cap. 4. de Sy-
Agoa de Funcho libras tres, e on¬ rup-pag. iy). Far-fe-ha na fórma fegüinte:
ças quatro. O Sene , e Tartaro fe lancem em vafo ca*
Infufaô violada de cinco permutações- paz , e emcLma lhe deitam a agoa fervendo,
Infufaô Perfica de nove permutações anà e fe deixe ficar bem tapado vinte e quatro
onças degafeis, horas 5 pafíádas ellas, fe leve ao fogo 7 e
'Açúcar libras quatro : faça-fe S. A. Ita tanto que dér huma leve cbullicao, fe coe
Zacutus Lufitanus in Pharmacop. cap. ■>. de com forte efpreíiaõ, e acoadura fe clarifi¬
Syrnp. pag. 107. Far-fe-ha na fórma feguin¬ que , e ajunte ao Aqucar, que fe porá a co¬
te r O Sene fe infunda na agoa de Funcho, zer , e como tiver ponto conveniente fe
eflando bem quente , e paliadas vinte e qua¬ cóe , e guarde para o ufo. O Tartaro fe mi-
tro horas fe côè com forte efpreíFaõ, e a efla ílura na infuíaõ para ajudar a tirar a Tintu¬
fe ajuntem as infufoés, e Aqucar , e cozerá ra do Sene, e também para lhe fervir de cor-
ate que tenha ponto de Xarope 5 porém ha rectivo, e para defpcgar a fubílancia vifeo-
de ler mais alto alguma couíá, entaõ fe coe, fa , que eflá pegada nos inteílinos.
e guarde para o ufo. File Xarope purga admiravelmente os
Elle Xarope fe chama de Rey, porque humores melancólicos , biiiofos $ dá-fe de
foi inventado para com elle purgarem a meya oncaaté duas.
T 2 XARO-
 i4$ Pharmac. Luílt. Augment. Trat. V.
XAROPE CATHOLÍCON,
ou Catholico..
28 T) Polipodio de Carvalho onças feis.
JX. Sene.
Ruibarbo.
Polpa de Canafijlola, e de
Tamarindos and onças quatro*
V tolas.
Herva doce and onças duas.
Sementes frias onça meya.
• Alcaçüx.
Alfenim.
Açúcar Cande and oitavas tres.
Açúcar bom libras duas e meya : faça-fe
S. A. Ita Prancifcus Verni fup. Bauderon in
append. Pharmacop. pag, 269. Far-fe-ha na
fórma feguinte: Em dez libras de agoa fc
cozerá o Polipodio machucado até gaitar
quatro j entaÕ lhe lanqaráõ o Alcaqüz , fe-
mente de Herva doce, e fe continuará o
cozimento, até que fique em libras quatro de
agoa: tire-fe do fogo , e depois de paííadas
oito horas fe coe o cozimento , e nelle lan¬
cem o Sene, Violas, e fementes frias, e
como dér huma leve ebullicaÕ , fe aparte do
fogo, e paííadas feis horas fe côe, e em par¬
te da coadura infundirád o Ruibarbo em o
que bailar de cozimento $ e depois de vinte
e quatro horas de digeílaõ fe lhe dê huma
leve ebulliqaõ, e fe efprema fortemente, e
fe guarde eíla infufaõ para fe lanqar a feu
tempo 5 no cozimento fe deite o Aqucar, e
coza até ter ponto alto de Xarope , entaõ
lhe ajuntem a infufaõ do Ruibarbo, e as pol-
pas, e como dér com tudo huma fervura le¬
ve, lhe lanqaráÕ o Alfenim , e Aqucar can¬
de em pó , e fe coará , e guardará o Xarope
para o ufo : aífim o enfina a fazer o mefmo
Au&or no lugar citado ; porém as femen¬
tes frias he melhor fazer delias huma emui-
faõ na Tintura do Ruibarbo, e depois lan-
qar-lha, quando o Xarope tiver ponto alto,
e as Violas também fe lhe pódem lanqar,
quando o Xarope eíliver quafi em ponto , è
depois fe coaõ. Eíje Xarope fe deve coar
duas, ou tres vezes, para que fique com a
côr clara, e fe aromatizará com humas got-
tas de agoa de Canella , como adverte Por-
terio feã. 2. de Syrup. Chama-fe a eíte Xa¬
rope Catholico, ou Catholicon, que quer di¬
zer, que he hum medicamento, que pur¬
ga brandamente todos os humores $ af-
fim o diz Lemery cap. de Ethimolog. le¬
tra C.
Eíle Xarope purga univerfalmente todos
ps humores $ dá-fe diluto em qualquer licor
áquellas pefíbas, que naõ pódem tomar o
Ele&uario Diacatholicon porque tem as
meimas virtudes , póde-fe dar a todo o fe-
xo, e idade de meya onca até duas e meya,
ou tres diluto em licor conveniente.
XAROPE CATHOLICO
parâ meninos.
25 TJ Sene.
JlV • Ruibarbo.
Agarico.
Semente de Funcho.
Herva doce.
Alfa%ema and onças duas.
Mercúrio doce.
Vitriolo de Marte and oitava huma.
Scamonea onça meya.
Oleo de. Tartaro onça huma.
Agoa libras feis: infunda-fe tudo por vinte
e quatro horas, e depois fe filtre , e faça Xa¬
rope com quatro libras de Açúcar, que fe aro-
matizará com meya oitava de oleo de Herva do¬
ce. Ita Chrijiophorus Leve Morley in fuoCol-
leãaneo Chimico cap. 45 o. pag. 452. Far-fe-ha
na fórma feguinte: O Ruibarbo fe cortará
miudo , o Agarico le ralará , e a Scamonea
fe pifará grofía , juntos com os mais fimpli-
ces fe mettaõ em valo de barro capaz , e fe
lhe lance emcima a agoa fervendo , e fe dei¬
xe o valò ficar em cinzas quentes vinte e
quatro horas j pafíádas ellas, iecôe, e de¬
pois filtre poi*4>apel groííb, e a eíle licor
ajuntem o Aqucar , e fe ponha a cozer em
fogo brando , até que tenha ponto de Xa¬
rope , entaõ fe côe , e depois lhe lancem o
oleo de Herva doce $ e aífim fe guarde para
o ufo..
Purga eíle Xarope univerfalmente todos
os humores , mata as lombrigas, e as faz lan¬
qar fóraj dá-fe a meninos de huma oitava até
quatro , e a peííbas grandes até huma onqa.
Pede o Au&or na receita Vitriohtm Martis , Vitrio-
o qual Te faz na fórma feguinte : TomaráÕ luro Mar-
huma onqa de limadura de ferro novo , e ó tis.
lanqaráõ em vafo capaz com tres onqas de
agoa da fonte , e emcima lhe lanqaráõ onqa
huma e meya de oleo de V itriolo , e como
paflarem as fervuras , que levanta o oleo,
quando fe miílura com a agoa , fe tape o va¬
fo , e fe deixe ficar em digeílaõ vinte e qua¬
tro horas mexendo a matéria muitas vezes,
e paífiado o dito tempo fe côe , e filtre o li¬
cor, e fe leve ao lume até fe evaporar a agoa,
e depois de bem fecco q Vitriolo , que fica ;
no fundo do vafo, fe guarde em vidro bem ‘ 1
tapado, aífim o enfina a fazer o mefmo Chri-
Jlovao Love Morley no feu Colleãaneo Chi mi¬
mo cap. 52 4.
He o Vitriolo de Marte hum grande ob-
ílruente , mata as lombrigas, preferva de
corrupqaõ , purga os humores pituitofos, e ;i
forofos, e he bom para Cachexia das mulhe¬
res : dá-fe de quatro grãos até vinte.
XARO-
 Dos Xaropes fímpl ices, e compoítos*
XAROPE DE SCAMONEA.
3 ° "O $ ca mo ma boa oitavas feis.
I\í Aicaçii\ rafpado oitavas tus.
Agoa Ardente libra huma e meya.
Açúcar bom libras duas, infunda-fe tres dias,
e filtre-fe , e da Tintura com o Açúcar fe faça
Xarope S.A. Ita Nicolaus Lemery in fua PJiar-
viac. univ. cap. 4. de Syrup.pag.1 y 3. Far-fe-ha
na fórma feguinte : A Scamonea fe pifará
groíTa, e o Alcaçuz fe machucará, e metterá
em valo de barro capaz , e emcima lhe lan-
caráõ a agoa Ardente , e depois fe tapará
bem o vafo , e fe porá em cinzas quentes tres
dias mexendo a matéria muitas vezes a miú¬
do $ e paíTado o dito tempo fe eôe , e filtre o
licor, a que fe ajuntará o Aqucar , e fe porá
a cozer em fogo brando, até que tenha pon¬
to de Xarope, e tendo-o fe coe, e guarde pa¬
ra o ufo. A Agoa Ardente , que entra nefte
Xarope he o diffolvente proprio da Scamo¬
nea 5 porque fe lhe quizerem tirar a Tintura
com qualquer outro menílruo,naõ ferá facil,
e por iíTo o Auétor a mette na compoficaõ
do Xarope ; o Alcaqúz entra no compoíto ,
porque he correétivo da Scamonea.
Purga eíte Xarope os humores melancó¬
licos , e por iíTo he conveniente aos melan¬
cólicos Hypicondriacos j dá-íe também nos
accidentes Apopléticos , quando ha neceíli-
dade de purgar; toma-fe diluto em caldo de
galinha de duas oitavas até huma onça e
meya.
XAROPE DE SABOR REY
dos Medos.
31 TTJ Çumo de Ca moedas libra tres.
JL\ ^ Çumo de Borragem.
Çumo de Unorua de vacca and libras duas,
is ene onças quatro.
Açafrad oitavas duas.
Açúcar libras tres:faça-fe Xarope S, A. Ita
Mefues cap. 2j.de curat. Mania., & Melanco¬
lia mihifoí. 20 j. Far-fe-ha na fórma feguin¬
te : O Sene fe infunda nos qumos eítando
quentes, e depois de depurados, eíteja em
lugar quente em digeftaó vinte e quatro ho¬
ras ; paíTadas ellas , dé huma leve ebulliqaÔ,
e fe coe , e á coadura fe ajunte o Aqucar, e
ponha a cozer com o Aqafraõ mettido em
ligadura , o qual fe efpremerá de quando em
quando , com a efpatula na borda do vafo,
em que fe coze o Xarope , e tanto que tiver
ponto conveniente fe coe , e guarde para o
'orna ufo. Pede Mefue neíle Xarope Maqãas do¬
ulcia ces , por eftas fe entendem as que entre nós
uid í
fe chamao Camoezas, aílim o diz a Pharm.
Valent. traã. de Syrup. pag. 29. por eílas for-
maes palavras: Òbfervandum eji no mine fucei
pomorü redolentium intelligi fuccum extraãum
ex pomis dictis Camoefas. Eíte Xarope fe cha-
149
ma de Sabor,porque foi inventado para com
elle fe purgar o antigo Sabor Rey dos Medos.
Serve eíle Xarope para preparar, e pur¬
gar o fucco melancólico, e a cólera negra ;
dá-fe de duas até quatro oncas.
XAROPE DE CHICOREA
R de Nicoláo.
.Almeirões domejiicos.
• Almeirões Sylvejlrcs,
Chicorea anã manip. dous.
Tarraxacon.
Cicerbita.
Fpatica.
Alface.
Molar inha.
Luparos and manip. hum.
Cevada limpa.
Alkhe canges.
Alcaçii\.
Avença.
Douradinha*
Politrico.
Avencad.
Cufcuta and oitavas feis.
Raives de Funcho.
Aypo , e de
Ffpargo and onças duas: coxa-fe tudo em
bajiante quantidade „de agoa , e com Açúcar fe
faça Xarope ; e por cada libra do dito Açúcar fe
porão oitavas quatro de Ruybarbo ,e quatro efcro-
pulos de Spica, e fe farà o Xarope S. A. Ita Ni¬
colaus Florentinus lib. j. cap. de Opilatione ha-
patis excaufa calida. Far-fe-ha na fórma fe¬
guinte: Emdezafeis libras de agoa fe porá a
cozer a Cevada com a cafca, e fe cozerá até
gaitar fete libras , e ao depois feponhaõas
raizes de Alcaqúz rafpado, as de Aypo, Fun¬
cho , e Efpargo , e fe cozeráó até gaitar mais
libra huma e meya;e entaõ fe lancaráó as her-
vas todas, Alkhecanges, Douradinha, e Cu¬
fcuta, e fe continuará o cozimento até que
de todo fe tenhao gaitado dez libras , entaô
fe lhe lançará a Avença, e as duas efpe-
cies delia, que fe pedem na receita , e dará
huma fó fervura, e fe tirará do lume, e páf-
fadas feis horas fe coará , e a efta coadura a-
juntaráó feis libras de Aqucar, que fe porão
a cozer,até ter ponto conveniente: em quan¬
to fe coze,fe trará dentro em hum panninho
atado o Ruybarbo, e Spica , que por cada
huma libra de Aqucar íé puem meva onqa
de Ruybarbo,c quatro cfcropulos de Spica,e
aífim fazendo a receita toda com as leis li¬
bras de Aqucar, fe devem pôr tres oncas de
Ruybarbo , e huma de Spica , e fe ha de hir ^
efpremendo muito bem, em quanto o Xaro- ne°s gyrlu
pe toma ponto , que deve ler bem alto, e pJS q.
tendo-o fe côe , e guarde para o uío. chore»
A eíle Xarope fe lhe dá o ponto alto, por- Nicolai.
que
 I

Pharmac. Liiíft, Aügment Tvaú V-

que íe uífirn nao lie tanto que o, vidro nao
eilá cheyo logo referve, e cria bolor, aífim o
moílra a experiência, e o enfina Er anafe o
Vellesfeã. 5. deSyrifp. O cozimento depois
tle feito antes que le lhe lance o Açúcar , íe
deve primeiro clarificar com clara de ovo
frefco, para que .aífim tome melhora Tintu¬
ra do Ruibarbo. O melhor modo de aroma¬
tizar cfle Xarope , he lançando de infufaõ o
Ruybarbo em q.f. do dito cozimento , e de¬
pois de paííadas dez ou doze horas fe eípre-
mem , e o refiduo fc lança no cozimento , e
a Tintura 1’e guarda á parte para fe lançar no
Xarope , quando eftá quafi cm ponto ; por¬
que deita forte naÕ perde o Ruybarbo nada
da fuá virtude, e fica o Xarope mais purgati¬
vo , e com bella cor , eu aífim o coftumo.fa-
zcr íeguindo a Lu/s de Oviedo no lib. 3. Meth.
Endivia V• 2Í>7* Pede o Auétor Endivia domejlica, e
domcíli* Endivia Sylvejire, por Endivia domejlica., fe
ca,& fyl- entende a Chicorea das Hortas, que he de
vcílris huma caíta, que tem as folhas mais eítreitas,
quid :
ea Chicorea verdadeira também he a das
Ruybarbo , e bem baílab de correctivo qua-
tro efcropulos de Spica para a onça do Ruy¬
barbo 5 defte Xarope aífim feito le nao deve
dar , fenao pedindo-fe com o nome de do¬
brado Ruybarbo.
O Xarope de Chicorea he Hepático, e
Efplenetico, porque fe compõem de ingre¬
dientes aperitivos, desfaz as cbftrucçoés do
Baqo , e as que fe fazem nos vafos pequenos
do Fígado ; dá-fe com bom fuccefíb aos Hy-
dro.picos, e Cacheticos, desfeito em Julepes,
Apozemas, ou Emulfoes de huma onça até
tres.
XAROPE AD MENSTRUA
provocanda.
3 3 T) Agoa de Borragens libras oito.
J\, Agoa de Ar te mija libra huma c
meya.
Apoa de Sabina libra huma.
Agoa de Arruda libra meya.
hofna.
Canela and onça meya.
Pão de Ap;itila.
^^ g

hortas; porem he huma eípecie delia , que Herva doce ana oitavas tres.
tem as folhas mais largas, e eíla he a diffe- Eupatorio.
rença, que ha de Chicoreas j e a Endivia Syl- Avença.
veítre he o noíío vulgar Almeirão , aífim o Arteniija.
enfina a Pharm. Valent. tr. de Syrup. pag. 351. Vouradinha.
por eítas palavras: Nos quantum polui mus in Sabina and manip. dous.
lucem hiftoriam earum tf adere ex variis Auão- Ne veda.
ribus coileãam conati fu mus; ut pro Endivia do- Poejos and manip. hum.
wejiica intelligàs plantam, quam fcariolam , Çumo de Arteniija , e de
veljca rolam vocamus , qus. vera, A legitima Mercuriaes and libra meya.
Endivia domcfjtica éji: pro EndiviaJylvejiri, Notes mofe adas.
herbam illam, quam nofíri herbarijpro Endivia Macis and onça meya.
qiwtidie vendunttfua condnlla herba ejlnafcens Flor de Wofmaninho.
in liortis in locis aquofis. Pro Chicória , verum Flor de Salva and pug. dous.
Chicorium , A legitimam à D io/cor. cap. 121. Pafias fern gr ao pug. tres.
Se ris võcatunuT arafacon he a Serrai ha chama- Vinho branco libra huma: tudofe infunda por
da por Diofcorides rofio porcino. Sic ait idem tempo de vinte e quatro horas , depois fe cota.
Auélor , pro Tarafacon rojlrum porei num , quod até gajíar aniêtaàe.
Tarafa- Sonchus Diofcorides eft. Ã Cecevbita hehuma Ruybarbo bom onça e meya.
coii quid eípecie de Almeyraõ, que tem as pontas das Aparico.
Cicerbi- folhas agudas , a que os Herbolarios chamaõ Diarrhodaô Abbade.
6a quid.' Y)ente de Leab. Patet etiam ex Pharm. Valent. Aromático Rofado and onça meya.
pro Cicerbita herbam , qua. dens Leonis vocatur, Agoa de Flor.
qua etiam fpeei es Endivia eji. As hervas to¬ Agoa de Canela.
das fe haõ de pôr no cozimento, depois dee- "Xarope de Chicorea de N.
ílarem hem murchas,para que percao a mui¬ Xarope Bifantino.
ta humidade laéticofa que tem $ porque de* Xarope de duas raitps fem vinagre and on¬
íla fuperflua humidade nafee o perder-fe o ças cinco.
Xarope muitas vezes por fer feito logo , ã as Triaga de Veneta.
Syrupus hervas vem do campo.Algumas vezes fe pede Mitridato and onça meya.
Cichorca Xarope de Chicorea com dobrado Ruybar- Açúcar libras feis : f. S. A. Jta Zacutus
cum du- [K)} o qual fe faz da mefma forte; porém lan- Lufitanus lib. 3. prax. hijloriar. capit. 9. de Re-
Ru”'bar cía'lc l1uma onça de Ruybarbo, e os mefmos gim. monflruorum obfervat. 2. mihipagin. 48 61
bere.' ^uatl'o efcropulos de Spica a cada libra de Far-fe-ha na fórma feguinte: As Hervas, Ca-
Açucar 5 á Spica nunca fe lhe dobra o pefo * nela, Macis, Herva doce , Páo de Aguila,
porque o Auélor a nao quer dobrada>fenaõ o Nozes mofeadas, e as flores íe mcttao em va-
fo
 Dos Xaropes fímplices, e compoftoSà 151
fo dc barro capaz, e emcima lhe lancem as una, in qua Sene uncis. tres, Rhabarbari uncia.
agoas diítilladas, çumos, e vinho (excepto a femijjísper noãem maduerint.
agoa de flor,e de Canela), e fe ponhaõ em di- Serve efte Xarope para a cura das obftruc-
geítaõ.em lugar quente vinte e quatro ho¬ coés de fígado, e com os fímplices lolutivos
ras , pafíadas ellas, fe coza até gaitar ameta- nca melhor , porque purga branda mente os
de, e depois de frio fe coe ; o Ruybarbo , e humores viícofos, e tartareos ; dá-fe de duas
Agavico fe infundirão na agoa de Flor, e na onqas até tres pela manhaa em jejum diluto
de Canela , e depois de doze horas fe côe, e em qualquer licor. Pede o Audor neíia re- Calybs
guarde a Tintura j feito iíto tomaráô o cozi ceita Aço preparado; o qual fe prepara na fór- quRmo-
mento , e o poraõ ao lume com o Açúcar, ma feguinte: Tomaráõ a quantidade de Aço, pr*para-
e tanto que tiver ponto alto lhe lancem a que quizerem preparar , que fempre ha dctur*
Tintura do Ruybarbo , e Agarico, e com el- fer novo , e do melhor, o qual depois de li-
la dê huma leve ebulliçaÔ, depois lhe ajun- mado lavaráõ muito bem, e tanto que a agoa
tem os Xaropes todos, e em parte delles fe fahir clara o lançaráõ em vafo vidrado,e em-
defate a Triaga, eMitridato com o Diar- cima lhe deitaráo o vinagre ,que bailar para
rhodaô,e Aromático,que lhe deitaráo, quan- bem o cobrir, e aífím fe deixará eílar ao Sol
do o Xarope fe quizer tirar do fogo ; o réfí- trinta dias, ou o tempo que bailar , e o me-*
duo do Ruybarbo, e Agarico fe ha de trazer xeráÕ duas ou tres vezes na femana lançan-
dentro do cozimento com o Açúcar, e eftan- do-lhe mais vinagre, fe necefíario for, paf-
do tudo aífím feito fe tire do fogo , e depois fado o dito tempo fe feque á fombra emcima
de coado fe guarde para o ufo. de prato de barro , e tanto que eftiver fecco
Efíe Xarope he admiravel para as mulhe- fe pife muito fubtil,e fe torne a lançar em vi¬
res , que por caufa da debilidade , e obílruc- nagre novo fegunda vez, e fe faça a mefma
cao de entranhas lhe falta a conjunção men- diligencia; e ultimamente fe feque á fombra,
fal , principalmente havendo más cores , e e pife fubtil, e depois fe prepara na pedra
inchaçaÔ de pernas, muito faítio com debi- até fe pôr fubtiliífímo , em tal fórma , que
lidade do Ventrículo ; dá-fe de quatro até provando-o entre os dentes de nenhuma
cinco onças todos os dias pela manhaa, e fo- forte fe lhe perceba afpereza alguma, e aífím
bre elle fe faz algum moderado exercício. fe guarde para o ufo. Deite mefmo modo fe
XAROPE DE AÇO prepara o Ferro, Cobre , e a Elcoria do Fer¬

14R de Riverio. ro. Também fe prepara o Aço com Enxofre,

Aço preparado com vinagre onças que aífím fe ufa muitas vezes ; a qual pre-
• duas. paraçaÒ fe faz na fórma feguinte : Tomaráo
Cafeas de Tarmagueira onça meya. huma verga de Aço , e o metteráõ em fogo
Douradinha mantp. meyo. forte, até que fe faça em brafa, entaõ fe tire
Canela oitavas duas. do fogo,e fe lhe chegue hum canudo de En¬
Agoa de Lofna, e de xofre , e tanto que o Aço fe começar a der¬
Agrimonia and libra meya. reter fe lhe ponha em baixo huma tigela
Vinho branco libra huma. com agoa , em que elle vá cahindo , e tanto
Açúcar libra huma e meya : infunda fe tudo que todo eíliver derretido,fe tire da agoa, e
feis dias em lugar quente, depois fe faça oXa- fe pife, e lance em hum cadinho , e fe ponha
rope S. A. lta°hafarus Riverius prax. Medie, no fogo por algum tempo:até que fe queime
lil\ 11. de objlrutt. hepat. cap. 5. mihtpag. 323. algum Enxofre , que com elle vem miítura-
Far-fe-ha na fórma feguinte : Os fímplices do , e depois de frio fe pife fubtil, e prepare
todos fe metteráõ em vafo de barro vidrado, na pedra até fe pôr taõ fubtil, que fe lhe naõ
c emcima delles fe lançaráõ as agoas e o vi- perceba afpereza alguma , e depois de bem
nho , e depois fe tapará muito bem o vafo, preparado fe guarde para o ufo : de huma e
e fe porá em cinzas quentes feis dias, pafía- outra forte o enfina a fazer Joaô Zuelphero
dos elles fe côe, e á coadura ajuntem o Açu- na fua Pharm. 2. part. clajj. 20. tratt. de variis
car , e fe cozerá até ter ponto de Xarope , e praparatiônibus mihi pag. 40^ , e Francifco
depois de coado fe guarde para o ufo. Sequi- Vellesy^é?. 10. depraparat.Jimpl.pagin. 190.
zerem eíle Xarope de mayor efficacia o fa¬ Quando os Auétorés pedem Aço preparado
raó purgativo , lançando nelle , quando fe fem dizerem mais, fe lhe ha de dar daquellc,
faz huma libra de agoa de ciílerna , em que que fe prepara no vinagre; porque quando o
fe tenhaõ infundido tres onças de Sene, e querem preparado com Enxofre , o pedem
meya onça de Ruybarbo. Aifím o diz o me¬ aífím abfolutamente.
fmo Riverio loco cit. per formalia verba : Hu- XAROPE DE ACO DE ZACUTO.
jusmodi Syrupus purgans ejf.cacior evadet, Ji 33 Aço preparado onças feis.
cum Saccharo dijfolvatur aqua. ciJiernA libra Rafas fem gr a 9 ouças quatro.
R«h
 i j2 <5 Pharmac. Luíít. Augment. Trat. V.
Rail de Rubea.
Rai\ de A%edas and onças duas.
Ra/i de Funcho.
Ra/\ de Alcaparras and onça hum a.
Douradinha onça meya.
Avença manip. dous.
Xarope de Eupatorio de Mefue onças duas.
0ximel fimples cnça huma.
Diarrhodad onças duas.
Jgoa de Luparos.
Agoa de Grania.
Agoa de Rubea, and libra huma e meya.
Açúcar libras duas : fàça-fe Xarope. íta
Zacutus hufitanus lib. 3 .cap. 1 o. de menjtrui fu-
prefione mihipag. 48 5. Far-fe-ha na fórma fe-
guinte : Nas agoas diftilladas fe infundirá o
Aço em ligadura por efpaço de tres dias,paf-
fados elles fe ponha ao fogo em vafo de bar¬
ro vidrado com as paífas e raizes; e tanto que
gaftar huma libra lhe lancem a Douradinha,
e dahi a pouco a Avença, e fe tire do lume,
e paliadas feis horas fe côe, e ponha a cozer
com o Açúcar ; e tanto que tiver ponto , fe
côe , e fora do fogo lhe lancem o Diarrho-
daõ , e os Xaropes, e depois de eftar frio fe
guarde para oufo.
Serve eíte Xarope na cura da obftrucçao
do Figado , eBaço, provoca a conjunção
menfal ás mulheres; dá-fe de duas até qua¬
tro oncas em caldo ou licor conveniente.
XAROPE DE AÇO DE ZACUTO.
3 6 T) Limadura de Aço , libra huma.
XV. Agoa de Borragens libra feis.
Avènca.
Douradinha and manip. hum.
Pajfasfem grab pug. dous.
Xarope de Borragens.
Xarope Bifantino.
Xarope de Avença.
Triaga magna.
Metridato and oitavas tres.
Açúcar libras tres :f. S. A. Ita Zacutus Lu-
fitanus in Pharm. cap. 2. dijlinã. 2.de Syrup.
mihi pag. 104. Far-fe-ha na fórma feguinte:
Na agoa eítando quente fe lancem as paífas,
efe hiraô cozendo até fe gaitar huma libra ,
depois lhe deitaráÔ a Douradinha , e como
ferver com ella mais hum pouco,fe lhe ajun¬
te a Avença, que dará fó huma leve fervura,
e ultimamente fe tire do fogo, e paliadas
feis horas fe coará , e neíta coadura fe extin¬
guirá a libra de Aço , que fe fará em brafa, e
fe lançará'nó licor , e depois fe tirará , e tor¬
nará a fazer brafa legunda, terceira e,quarta
vez, extinguindo-o fempre neíte cozimento,
então fe lhe íance o Açúcar , e fe cozerá até
ter ponto de Xarope, e fóra do fogo lhe dei-
taráõ os Xaropes todos, e miíturaráõa Tria¬
ga , e Metridato , e ultimamente fe coará, e
guardará para o ufo. O Açofepóde fazerem
brafa , pondo-o em colher de ferro emcima
do fogo ; e tanto que eítá bem vermelho , fe
facóde o Aço dentro no cozimento, e depois
fe tira , e faz o mefmo. Alguns naõ lançaô o
Aço limado , mas tomaõ huma libra delle
cm brafa,e o extinguem no licor tres ou qua¬
tro vezes ; porém efte modo ainda que he
menos trabalhofo , naõ he de tanta utilida¬
de para o Xarope.
Serve efte medicamento na cura das ob-
ílrucçoés, defobftrüe, abre, attenúa , e pro¬
voca a conjunção menfal: he util nas doen¬
ças das mulheres, que tem más cores, e fá-
las fecundas, conforta o eftornago , e as en¬
tranhas ; afíim o affirma o mefmo Zacuto no
lugar acima citado.
XAROPE CHALIBE ADO.
37 13 JJmadura de Aço onças feis.
XV* Raii de Funcho.
Raiyâe Chi cor ea.
Rubea Tintorum and onças tres.
T ar taro branco machucado.
Agoa da Fonte , em que fe tenha extinguido
0 Aço fete-ve\es libras nove.
Folhas de Arruda.
A%edas. ■t
Luparos. t
Agrimonia.
Avença and manip. tres.
Sene libra meya.
Semente de Carthamo machucada onças 4.
Lartaro Vitriolado oncai
huma.
Açúcar libras cinco e meya.
Oleo de Canela feis gottas. Ita Nicolaus Le-
mery in Pharm. cap.4. de Syrup. pag.208. Far-
fe-ha 11a fórma feguinte: Nas nove libras de
agoa eftando fervendo fe extinguirá fete ve¬
zes huma verga de Aço feita em brafa , e de¬
pois nefta agoa fe poraõ as raizes, e o Tárta¬
ro branco , e as feis onças de limadura do
Aço fe metteráõ em ligadura, efelançaráo
no cozimento , e como lé gaftarem duas li¬
bras de agoa lhe deitaráo as Hervas, e eftai>
do em pouco mais de feis libras, lhe ajuntem
a Avença , e com ella dè huma leve ebulli-
çaõ , e fe tire do lume, e depois de pafíadas
feis horas fe côe , e nefta coadura fe lance o
Sene , femente de Carthamo machucada , e
fe ponha o vafo em cinzas quentes doze ho¬
ras; paftadas ellas fe lhe dé huma leve fervu¬
ra , e depois de frio fe côe com forte efpref-
faõ, a qual fe clarificará muito bem com ovo;
e depois com o A cucar fe porá a cozer até
ter ponto alto de Xarope, e ultimamente
fe lhe lance o Tartaro Vitriolado desfeito
em huma ou duas onças de agoa de Grama ,
ou. de Chicorea , e fe leve outra vez ao lu¬
me , e tanto que começar a aquecer, fe apar-
 Dos Xaropes fimplices, e compoftos. »ÍJ
te do fogo , e guarde para o ufo depois de tirará o vafo do lume , e paliadas óito horas
coado. fe coará o cozimento j e clarificará com ovo,
Serve efle Xarope para curar a obílrucçaõ e porá a cozer com o Açúcar,e tanto que ti¬
do Figado do Bofe , do Mefenterio , e da ver ponto muito alto,fe tire do lurfte;o Sene,
Madre; purga fuavemente os humores vifeo- Ruybarbo, Jalapa, Mechoacaõ, Hermodati-
fos, e Tartareos ; dá-(e na Cachexia , Hy- los, e Canela machucados fe poraõ em vafo
dropeíia , e para provocar a conjunção men- de barro vidrado , e emeima lhe deitaráõ o
fal ; dá-fe de huma até duas onças em caldo, que bailar de agoa de Herva Cidreira, e o
fartarus ou qualquer licor conveniente. O Tartaro poraõ em digeílaõ em cinzas quentes vinte e
Vitriola- Yitriolado, que neíla receita entra, fe faz na quatro horas , paliadas ellas, fe lhe dé huma
11 forma feguinte: TomaráÒ a quantidade, que leve ebulliçaõ , e fe efprema fortemente , e
quizerem de bom fal Tartareo, e o diíTolve- /depois fe clarifique , e ajunte ao Xarope -r e
ráo em huma pouca de agoa muito clara , e fe com eíle licor abaixar de ponto, fe torne
tanto que eítiver bem desfeito,fe lhe vaõ lan- ao fogo; porém feja muito brando , e fóra
. çando algumas gottas de oleo de Vitriolo, delle lhe deitem ultimamente o Tartaro Vi-
até que a agoa deixe de levantar huma fervu- triolado , que fe diíTolverá em huma peque-
ra que faz, e depois fe filtre o licor , e po- na porção da mefma agoa de Herva Cidreira,
ilha em vafo capaz ao lume em fogo muito e fe côe, e guarde para o ufo. Póde-fe fazer
brando , até que fe evapore toda a agoa, e fi- eíle medicamento tem os fimplices purgan-
que o fal bem fecco, e cryílalizado ; entaõ fe tes; porém fó fe deve fazer fem elles orde-
metta em vafo de vidro bem tapado , e delia nando-o aífim o Medico , que o houver de
forte fe guardará para o ufo. Aífim o enfina gaitar. Eíle Xarope * e todos os mais, em que
a fazer Chrifiovaõ Love Morley nos feus Colleã. entraõ alguns medicamentos accidos, fe de-
Chimicos trafi. Tart. cap. 465. p. 471. vem fazer em vafo de barro vidrado, porque
He o Tartaro Vitriolado hum notável os de cobre ainda que fejaÕ eítanhados,íem-
remedio para as obílrucçoés principalmente j6re communiçaõ ás drogas, que nelles fe co«
nas dos mezes, Mefenterio, e do Baço move zem , algum faibo, e má qualidade do metaU
as ourinas , provoca os mezes miílurado Eíle Xarope defopila , e purga os humo-
com medicamentos purgantes, efperta-os res vifeofos e terreílres, que fazem a obílruc
mais na lua operaçao, attenua , corta, e re- çaõ 3 dá-fe também na Cachexias, e Hydro*
foiveos humores vifeofos, e groílbs $ dá-fe pefias, e ás mulheres, que tem más cores ,
de quinze graõs até hum efcropulo. e falta de purgaçaõ menfal $ dá-fe de huma
XAROPE A P ERIENTE onca até duas em licor conveniente.
> Cachetico. ’ XAROPE MAGISTRAL
3S TJ Rah de Aypo. %
de Riverio.
XA. • Rah de funcho. I? "D Çumo de Borragens,
Rah de Salfa. JLV • Lingua de V ac ca.
R ubea Tintorum. Almeyraõ.
Arijloloquia longa and onças duas) Chie ore a.
Artemija. Tumatià, e de
Loína. \ A\edas and libras tres.
A cerimonia. Çumo de Camoedas libras duas*
Roejos. Polipodio libra meya.
Cameãrios and manip. hum. Sene onças oito*
Arruda manip. meyo. Epithimo oitaüas tres.
R uy barbo. Agarico trochifcado de frefeo onça huma.
Sene. . • Cravos oitava huma.
Jalapa. Ruybarbo onça huma.
Mechoacaõ and onça huma. Canela onça meya*
Tartaro Vitriolado oitavas feis. Açúcar libras fete \faça-fe Xarope S. A. Ita
Canela onça meya. hafarus Reverius lib. 11. cap. 5. de melancolia
A cucar libras cinco. hypicondriaca
.. mihipag.
. 336. Far-fe-ha na fór-
Ogoa ferrada com Aço libras oito\ faça-fe ma feguinte : Os çumos fej depuraráõ, e nel-
S.A. Ita SicolausLemery in Pharm. cap.de les fe lance o Polipodio machucado com
Svrup. pag.206. Far-fe-ha na fórma feguinte: huns graõs de Herva doce, e fe lhe dê huma
>ías oito libras de agoa depois de ferrada fervura , depois fe deixe ficar vinte e quatro
com Aço fe poraõ a cozer as raizes, e tanto horas , paliadas ellas, fe ponha a cozer até
que gaitarem duas libras lhe lançaráõ as her- gaitar feis libras, entaõ fe côe, e na coadu-
va$,e com ellas dará hum par de fervuras,e fe va lançaráõ as folhas do Sene, e 0 Epithimo,
V e como
 i j4 .fharmac. Lufit. Augment. Trat,
e como der huma leve ebulliçaõ , fe tire do
lume , e ponha em lugar quente por tempo
de doze horas,depois fe coe com fórte efpref-
faõ , e no que bailar deíle cozimento fe in¬
funda o Ruybarbo , Agarico trochifcado , e
Canela machucada, e fe ponha em cinzas
quentes doze horas,então fe efprema,e guar¬
de a efprefíaõ para fe lançar no Xarope a feu
tempo,e o refiduo fe deite no cozimento dos
çumos, e Polipodio , e com o Açúcar fe tor¬
ne ao fogo a cozer, até ter ponto alto de Xa¬
rope , tendo-o lhe lancem a infufaõ do Ruy¬
barbo , e ultimamente fe côe , e aromatize
com duas oitavas de Triafandalos, e neíla
fórma fe guarde para o ufo.
Eíle Xarope ferve para a cura dos me¬
lancólicos, Hypicondriacos, dá-fe depois das
evacuações univerfaes duas ou tres onças
delle diluto em caldo de frango ou agoade
Chicorea, ou outro qualquer cordeal, tres
vezes cada mez.
XAROPE DE POMOS
magiílral.
Folhas de bom Sene onças /eis.
• Tartarofoluvel onça huma e meya.
Agarico.
Ruybarbo and onça meya.
Çumo de Camoedas libras tres.
Agoa de Borragens} e de
Língua de Vacca dná libra huma e meya.
Açúcar libras quatro , aromati\e-fe com Ma-
cis efcrop. quatro.
Canela efcrop. dous.
Açafraõ oitava meya : fiat S. A. Ita Nico-
laus Lemery in Pharm. cap. 4. de Syrup.p. 18
Chama-Je a e/ie Xarope magjiral de Pomos ,
porque ha varias receitas , porem efia de todas
he a melhor , e por ijfo 0 feu Auãor lhe chama
Magiftral como elle diz no lugar citado. Far¬
fe-ha na fórma feguinte* O Sene fe lance em
vafo de barro, e com elle o Tartaro foluvel,
e emcima lhe lancem o çumo clarificado,e as
agoas,e fe ponha em digellaó em lugar quéte
vinte e quatro horas,paífadas ellas,te leve ao
fogo,e dê huma leve fervura,depois fe efpre-
ma , e em parte deita efprefíaõ fe infunda o
Ruybarbo , e Agarico, e depois fe efprema ,
e guarde a infuiaõ para fe lançar no Xarope
a leu tempo : então fe ajunte o Açúcar á in¬
fufaõ do Sene com os Aromáticos, em liga¬
dura , e fe ponha a cozer , e tanto que tiver
ponto alto,lhe lançaráÕ á infufaõ do Ruybar-
bo , e depois de paflados dous dias fe coará ,
e guardará para o ufo: a infufaõ do Sene com
ò Açúcar fe ha de clarificar.
Purga eíle Xarope todos os humores ,
principalmente a melancolia j dá-fe de meya
onça até duas^em agoa de>Efcorcioneira, ou
de Herva Cidreira. 'i! . r.i
V.
XAROPE DE POMOS
Solutivo.
Çumo de Camoezas depurado libras
# quatro.
Çumo de Borragens.
Çumo de 1'mgita de vacca and libras duas.
1' ar taro branco onças duas.
Folhas de Sene onças quatro.
Açafraõ^ onças duas: fiat S. A. Ita Moyfes
Charàs in Pharm. Gale nica tr. de Syrup. />. 182.
Far-fe-ha na fórma feguinte : O Sene fe lan¬
çará em vafo capaz, e com elle o Tartaro
branco machucado , e emcima lhe deitaráõ
os çumos depurados , e fe porá em cinzas
quentes vinte e quatro horas, paífadas ellas,
fe lhe dê huma ebulliçaÕ , e fe efprema , e a
efprefíaõ depois de clarificada fe ponha com
o Açúcar a cozer, e em quanto fe coze fe tra¬
rá dentro em ligadura o Açafraõ, o qual fe
efpremerá varias vezes, ecomo tiver ponto
conveniente fe tire do fogo, e coado fe guar¬
de para o ufo. O Açafraõ também fe póde
lançar de infufaõ em quatro onças de efpiri-
to de vinho,e depois de ter o Xarope o pon¬
to bem,alto fc lhe lança a Tintura: defía for-'
te o enfina a fazer o mefmo Auétor no luçar
citado. '
Purga eíle Xarope os humores bilíofos, e
melancólicos bitandamente 5 dá-fe aos Ma¬
níacos, principnlmente nos affeélos hypi¬
condriacos j he ut.il também nas febres quar-
táas, purga os humores adüílos e acres, que
caufaÕ fama , e comichocs nas partes cutâ¬
neas 5 dá-fe duas oncas até tres.
XAROPE M ERCURIAL
Solutivo. ‘ •
42 T) Çumo de Mercuriaes.
X\ • Açúcar and libras tres.
Polipodio de Carvalho onça humá.
Ameixas num. fejjenta.
Herva doce pug. hum.
Sene onças tres.
Flores de Borragens.
Lingua de Vacca , e de
Violas and pug. hum. W v- v
Infufaõ Per fica libra huma/aça fe cozimen¬
to de Polipodio, e maisJimplices em qf de agoa
até ficar em tres libras , que juntas com 0 cimo,
infufaõ , e Açúcar , fe fará Xarope S. A. Ita
Pharm. Valent. in principio. Far-fe-ha na fór¬
ma feguinte : Em oito libras de agoa quente
fe lançará o Polipodio machucado f e cozerá
até gaílar libras tres, entaõ lhe lánçaráõ as
Ameixas fem caroço , e a Herva doce ma-1
chucada, e irá cozendo até gaílar mais libras*
duas; e ultimamente nas tres que ficaõ, lan-
çaf ãtl o Sene , e as Rores cordéaes, e cóm t\-
las dará huma leve ebulliçaõ , e le tirará do
luriié-, ê bem abafádo fe deLxaráeílar íeis ho-
 Dos.Xaropes íimplicesj ècompofloé. jjj
ias, paliadas ellas, fe coará com fórte efpref- pe de Genciana,outros Xarope de Lona a vida»
faõ , á qual juntarão o qumo depois de clari- X A R O 1J B AURE * TT ™ ^ Oi,
ficado , e a infufaõ.com o Aqucar, e fe coze¬ Alcaçít\ rafpado.
....
rá até ter ponto conveniente de Xarope^
cntaõ fe coará , e guardará para o ufo.
45
R. Pafjas fem grao and onça huma.
Ameixas fem caroço num. vinte.
Purga eíle Xarope brandamente os humo¬ Jujubas num. defoito.
res íorolos, e provoca a conjunqao mcnfal ás Avença manip. hum : co%a-fe tudo em q.f de
mulheres; dárle de huma onca até tres, e em agea ufque ad medietatem , eJe infutidau no
ajudas quatro onqas diluto ém licor conve- cofmento.
mente. k. Sene onças quatro.
XAROPE MERCURIAL SIMPLES. Conferva Perfica libra huma.
4 J T3 Çumo de Mercuriaes depurado. Conferva de M ofquetas libras quatrO.
JlV« Açúcar and libras duas : faça-fe Cremores de Tartaro onça meya*
Xarope S. A. 1 ta Nicolaus hemery in Pharm. Herva doce oitava huma.
univ. cap.de Syrup.pag. 15)4. Far-fe-ha na fôr¬ Maná onças oito.
ma feguinte: Os Mercuriaes fe colheráõ Açúcar libras quatro: f. S. A. Far-fe-ha ná
quando eíliverem em leu vigor, e fepifaráõ fórma feguinte : Em libras nove de agoa fe
em gral de pedra, e o qumo fe efpremerá em ponha a cozer o Alcaqúz , e como gaílar hu-
imprenfa, e depois fe porá no lume, e como malhe deitem as Ameixas , Jujubas, epaíTas
der huma fervura ou duas fe côe por panno de Uvas , e depois de gaílar mais quafi duas
ide láa branco , e fe ponha a cozer com igual libras lhe lancaráõ a Avença , e dará com el-
quantidade de Acucar, e tanto que tiver la huma leve fervura , e fe tirará do lume ,
ponto conveniente íe côe , e guarde para pafTadas fe is horas fe coará , e ne/la coadura
o ufo. fe lançará o Senc, e Cremores de Tartaro, e
Eíle Xarope laxa o ventre , e faz lançar as fe lhe dará huma fervura , e fe terá em díge-
pareas ás mulheres depois do parto; dá-fe de flaõ íeis horas, entaÕ fe coará , e neíla coa-
huma onqa até tres,e em ajudas toda a quan- dura lancaráõ a Herva doce, e confervas , &
tidade que quizerem. fe porá o vafo em cinzas quentes doze horas*
XAROPE MERCURIAL > depois dará huma leve fervura, efe coará
compoílo. com forte efpreíTaõ , a qual fe clarificará com
44 TJ Çtimo de Mercuriaes depurado li- ovo frefco , e fe porá a cozer com o Aqucar
jLv « br a huma e meya. até ter ponto conveniente; e ultimamente
Cume de Borragens. fe ajunte o Manná , e tanto que eíliver des¬
Çumo de lingua de vacca anu onças oito* . feito fe côe o Xarope ; e guarde para o ufo*
Raiz de JJrio onças quatro. Alguns fazem eíle Xarope fem Manná, e lhe
Ran de Genciana onças duas. accrefcentao as confervas j naõ deixa de fer
Acucar bom. mais purgativo ; porém naõ he tao peitoral,
Mel branco and libra huma: f. S. A. Jta KL e aífim cada hiyn pôde feguir a opinião, que
colaus Lemery in Pharm. cap. e^.pag. 19$. Far- for mais acertada, para que o medicamento
fe-ha na fórma feguinte: Os cumos fe depu- feja de mayor utilidade ao enfermo que o
raráo , e depois fe tomará delles a quantida- tomar. Chama«fe eíle Xarope Aureo pela
de pedida na receita; a.raiz do lírio fe alim- côr loura,com que fica depois de bem feito,
pará muito bem , e fe pifará em gral de pe- e aífim como o ouro entre os outros metaes
dra, e fe efpremerá fortemente miílurando-a he o melhor, aífim eíle Xarope por ler de
com alguns dosqumos, e depois fe ajunte mayor virtude, que os mais, he entre elles
aos mais: a raiz da Genciana fe machuque, e o mais preciofo , e por ifío mereceo o nome
infunda em q. f. de vinho branco vinte e de Aureo. Em algumas partes coílumaõ fa-
quatro horas, entaõ fe côe, e com o Acucar, zer a conferva com as Mofquetas, que na-
Mel, e todos os cumos fe ponha a cozer até Icem pelas fylveiraso que fupponho fazem
ter ponto de Xarope , e ultimamente fe côe, por naõ terem as das hortas; dizem eíles, que
e guarde para o ufo. A Genciana fe infunde as Mofquetas bravas cheiraõ mais; iflo he o
no vinho, porque eíle he melhor difiblvente que eu nego ; porque ellas faõ muito menos
para lhe tirar a Tintura , que os cumos. cheirofas que a das hortas, como poderão
Purga eíle Xarope as forofidades , purifi- experimentar os que dizem o contrario; e fe
ca o fangue , excita a conjuncaõ menfal ás bem repararem nas bravas, que faõ humas,
mulheres, facilita o parto , e faz lanqar as que tem tres ou quatro folhas, e algumas few,
pareas; dá-fe de huma onqa até tres. Em al- naõ cheira fenaõ o amarello, que efiá no bo-
gumas partes fe acha eíle Xarope com diver- taõ; e fe as desfolharem logo veraõ , que as
fps nomes, porque huns lhe chamau Xarih folhas, quehaõ defervir para a conferva-1
V 2 chei-
 t$6 Pharmac. Lufit. Aiigmènt* Trat. V.
cheiruo pouco , ou qüafi nada j pelo contra¬
rio asàViòfqüetas dobradas das hortas tem
muito mais cheiro fem comparacaõ alguma,
fegueÃfe logo que as que laÔ mais cheiro-
fas faó mais purgativas, e as com que fe deve
fazer a conlêrva para efte Xarope : tenho
•por mim a opinião de muitos Doutores, a
quem coufultei, e de todos os Boticários de-
fta Corte, que todos fem difcrepar algum
fazem a conferva com as Molquetas dobra¬
das , que nefta terra náõ faltaôj e fe vê clara¬
mente o quanto lê ufa o dito Xarope, que
apenas fe achará Botica das de mayor con-
curfo, onde fenaõ gaílem muitas arrobas
defta conferva cada anno.
r Pürga efte Xarope brandamente todos os
humores, mas mais principalmente os dò
Peito 5 dá-fe de duas até quatro oncas diluto
em caldo de galinha , ou outro qualquer
licor.
X A ROPE DA GOTTA.
46
R. Sene onça huma.
Polipodio Çhiercino onças quatro.
Mirabolanos Citrinos onça huma.
Chebuíos ouça meya.
Rai\ de Euncho.
Aypo.
Efpargo.
Gilbar beira.
Salfa anã oitavas duas.
Açúcar Rofado Per fico onças quatro.
*Tamarindos em rama onças duas.
-■ Flores cor deães and pug. hum.
Grãos de bico pretos onça hutiia.
Eleãuario Cariocofiino onças duas , com q.f.
de Açúcar fe faça Xarope S. A. Far-fe-ha na
fórma leguinte.-Em oito libras de agoa eftan-
do quente fe ponha a cozer o Polipodio ma¬
chucado, e os Graós de Bico, e cozaõ até ga¬
itar libras tres, entaõ fe ponhaó as raizes to¬
das , e continue até gaftar duas libras, e lo¬
go lhe lancem as cafcas dos Mirabolanos e
Tamarindos , e coza ate até gaftar quafi huma
libra ultimamente lhe ajuntem as flores
cordeaes, e dê huma ebulliqaõ , e lê tire do
lume, paftadas feis horas fe côc com forte
efpreíTaõ,e fe infunda o Sene com huns graõs
de Herva doce machucada, e o Acucar rola-
do eftando o cozimento bem quente, ponha-
fe o vafo em cinzas quentes feis horas ou oi-
to , paftadas ellas fe côe com forte efpreftaó,
e á coadura fe ajunte o Acucar , e coza até
ter ponto conveniente , e ultimamente fóra
do fogo lhe lancaráõ o Eleétuario Carioco-
ftino, e fe deixará eftar até que de todo arre-
feqa , entaõ fe côc , e guarde para o ufo.
Purga efte Xarope os humores blliolbs, e
melancólicos , ferve de prefcrvaqaG aos got-
tolos, que para elles he maravilhofo: toma-
• "
fe no Outono ye Primavera de quatro ate
cinco oncas dilutas em agoa de lingua de
vacca: póde-fe tomar fem preparaqaõ , mais
do que comet gallinha hum ou dous dias
antes, e outro depois $ toma-fe de pé pré-*
cedendo primeiro huma ajuda. j
xarope de pao santo.
, 47 T}. hi maduras de Pdo fanto onças de*
-•./ XV. \afeis.'
Agoa libras de\afeis : infunda-fe por vinte ó
quatro horas, e depois fe co\a ate que fiquem
tres libras , e com Açúcar libras duas fe faça
Xarope S- A. Ita Eduardus Madeira i.part.
cap. i ff.pag. 254. Far-fe-ha na fórma feguin-
te : O Páo fanto fe limará, e depois _ , fé pifa-
.ráo as dezafeis oncas, e fe infundiráõ na
agoa, eftando quente, vinte e quatro horas/
-paliadas ellas ie ponha a cozer , até que fi¬
quem fomente tres libras, entaÕocoaráõ,e
poráó o cozimento com o A cucar a cozer
até que tenha ponto de Xarope , e depois de
coado fe guardará para o uib. n 1; >
Serve efte Xarope para-os febricitantes
da quarta efpecie de Morbo gallico, e paraá
cura de todo o Gallico antigo : darTe-haô
por cada vez tres onqas pela manháa , e dé
tarde duas baixas de ponto com agoa fim-
pies do mefmo Páo fanto , ou com outra
conveniente: aífim o enfina o mefmo Au-
dlor no lugar citado.
48R.
XAROPE DE POLIPODia
Polipodio Çhiercino libra huma.
infufao Per fica libra huma e
meya-.
Agoa de Borragens.
Fumaria , e de
Luparos and libra meya.
Sene onças feis.
M ira boi anos Citrinos.
Chebuíos , e
Indos and onça huma e meya. <
Açúcar libras tres : façafe S. A. Ita Nico-*
Jaus Lemery in Pharmacop. univerf. cap. 4. de
Syrup.pag. 20}. Far-fe-ha na fórma feguin-
te : Em doze libras de agoa , eftando quen-
te, fe ponha o Polipodio machucado com
huma onqa de Herva doce de infufaô vinte
e quatro horas , paftadas ellas fe coza até
gaftar amétade , depois fe côe, e ajunte com
a infuíaÔ, e agoas diftilladas, e neílas fe dei¬
te o Sene , e Mirabolanos machucados, e
fe ponhaõ em lugar quente doze horas, paf-
fadas ellas, fe coza até diminuir a quarta par¬
te de todo o licor , então fe côe, e lhe ajun-
tem o Aqucar , e fe ponha a cozer até ter
ponto conveniente de Xarope , c depois de
coado fe guarde para o ufo.
Purga efte Xarope a cólera , e a melanco-
lia , purifica o fangue , e os mais humores;
dá-fe
 Dos Xafopes fimpl ices , e compoílos.
dií-lG de meya onça ate huma e meya em li-
Açúcar libras feis: de tudo fe faça Xarope.
ffíi conveniente. v,
S. A. Tar-fe*ha na fórma feguinte.; Os cu-
XAROPE DE TRIBUS. mos fe depurem primeiro , e delle$*fe tome,
49 13 Sane onças quatro. ty-
a quantidade , que na receita fe pede, e Iam,
DV# .Agarico trofchifcado onças duas.• cem em vaJo capaz com o f olipodio machu*^
;• Ruibarbo. j ;
cado , Páo fanto limado, a Salía rachada* e
rartarofoliiuel andonça huma. ; /
os mais alexipharmacos, e íe deixem vinte
- Agoa libras quatro. -A. .r. ■
e quatro horas em digeftaõ em lugar quen*
Açúcar libras trcs: feitp digejlad de vinte e
te $ paíTadas cilas, fe ponha a coxer , e co*
quatro horas fe faça Xarope/ Itti NicoTaus
mo tiver gabado tres libras, lhe deitem os
Letnery inPharmacop. cap. 4. de Syrup.p.200.
Heimodaétilos , pafias de Uvas, e Ameixas
Far-fe-ha na forma feguinte: O Ruibarbo fe
e dahi a pouco os Mirabolanos, Herva do¬
cortará miydo , emçtterá em vaio de bâxro
ce, Sémente de Carthamo , cashervas; e
vidrado com os mais flmplices, e depois fe tanto que eftiver o cozimento cm pouco
lhe lançara a^agoa eme imã ,.a qual virá fer¬ mais de íeis libias, lhe ajuntem o Epithimo
vendo , e ailim ie cobrirá bem o vafo,-,. e fê
Sementes frias, e flores cordeaes, e depois
porá em lugar quente vinte e quatro horas, de dar huma ligeira fervura,.fe tire do luV
0 panadas ellas íe fará ferver levemente a jn- me ; e paíTadas feis horas, fe cóe , e neíta
fufaÕ , e fe efpremerá fortemente, e fe,dei¬ coadura fe infunda o Sene com os cremores
xara aíTentar , e coará por panno de lãa bem
deTartaro, e paíTadas doze horas de dige-
bateo , então fe lhe mifturará o Açúcar , e o RaÕ , fede huma fervura , e depois fecôe
reíiduo dos purgantes fe metta cm novelete com,forte efpreíTàõ, o qual fe clarificará, e
de.panno , e fe lance com o mais, o qual porá a cozer , até que tenha ponto de Xaro¬
fe efpremerá com efpatula quatro, ou cin¬ pe ; e tendo-o , fe coe , e guarde para o ufo;
co vezes, em quanto o Xarope toma ponto,
Serve ebeXarope para acura do morbo
e como o tiver conveniente fe coará , e gallico, de qualquer efpecie que feja; dá fe
guardará para oufo.
depois das preparações univcrláes, ainda que
Purga eíle Xarope todos os humores; dá- nao houvefle fuores, nem unturas: toma fe
fe aos Paralíticos, aos Apopléticos , Epilé¬ de duas até quatro onças diluto em agoa de
ticos , e em todos os accidentes , porque Fumaria, ou licor conveniente; cfta hei a
purga os humores doCerebro; toma-fe de verdadeira , e boa receita do Xarope contra
.meya onça até duas. 1 . morbum,tao recatada de alguns fugehos ne-
- XAROPE DE ÇUMOS CONTRA Ra C01 te , a qual aqui eicrevo por fèrviço
Lu em Gall icam. ■, . / de Deos, e bem dos meus proximos, e para
50 13 Çumo de R ofas , e de que os Cirurgiões fe aproveitem delia j e os
JlV • Fumaria and libras quatro. que a ufarem , experimentarão melhor cfTei*
Borragens.
to que de algumas que eu já vi; as quaes nao
Almeirão.
tem mais efhcacia para a cura do Gallico
Língua de vacca , e de ;r . . . que teiem o nome, ou titulo de Xarope ccn~
Luparos and libra huma. tra morlntm.
Pdo fanto onças quatro.
XAROPE DE MOSQUETAS;
Cafeas de Pào fanto.
5 1 T3 Çumo de Mofquetas.
Salfa par ri lha and onças duas.
X-V. • Açúcar partes iguaes ; façafe
Raiada China.
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacopea
Salíafràs.t
cap. 4. de Syrup. pag. 1 Só. Far-fe-ha na foi>
Pa fãs femgrad.
ma leguinte . O çumo das Alofquctas fe de-
Polipodio.
-purará , e porá a cozer em fogo brando,
Herva doce.
mifturado com o Açúcar , até que tenha
Hermodadiylos and onça huma.
ponto conveniente, e depois de-coado fe
Ameixas num. quarenta. guarde para ulo. Se fe naõ puder haver quan¬
T)e todos os Mira boi a nos onça huma e meya. tidade dc çumo de Mofquetas para eíle XV
Semente de Carthamo. íope, fe pode lazer com a infufao de nove
EpUhimo and Onça huma.
peimutações de Mofquetas , lançando feis
Agrimonia.
libias delia , e quatro de Açúcar, e fe faz na*
1 va arteílica and manip. hum. forma dos mais Xaropes de infufoês dç
Sene onças feis. flores.
Sementes frias onça huma.
Purga efle Xarope univeríalmente todòs
■ F/ores 'cordeaes onca huma e meya. os humores ; porém efquenta mais que o
Cremores de Tqrtaro onça meya. Xarope Perfico. Em algumas partes efeu-
faÕ fazer
 rjfc -Pliàrmac. Lufit. Augment.iTrJí. V.
fao fazer efte Xarope y porque quando fe
querem purgar,tomaõ quinhentas folhas de
Mofquetas, e fazem delias huma cellada,
que temperaôcom azeite, e vinagre , e a co¬
mem antes de jantar, e logo lhe bebem hum
caldo de gallinha, e comem , fe querem, ©
depois fe deitaó a dormir, até que a cellada
eomeqa a fazer feu eífeito, que me affirmao
muitas peífoas o tiveraõ bom.
XAROPE L 1 E N T E R IC O.
52 TI Cimas de Lofna.
|\, Kofas vermelhas anà matiip. tres.
Limaduras de Aço em ligadura anà onças
àuasi
Ruibarbo bom.
Cafcas de Mirabolanos citrinos anà onça
huma e meya.
Tartaro branco pulverizado onça huma.
Sanâalos vermelhos machucados onça meya.
Çitriw de Tanchagem, e de
Kofas vermelhas.
Açucar anà libras tres : de tudo fe faça di~
geftaõ de vinte , e quatro horas, depois fe fer¬
va hum quarto de hora , e fe faça Xarope S. A.
Ita Moifes Charàs in Pharmacopea Galenica
i.part.cap.\^. de Syrup.pag. 176. Far-fe-ha
■na fórma feguinte : O Ruibarbo fe cortará
miúdo, o Aco feporá em ligadura cie pan-
no, que efteja bem laxa, os Sandalos fe ma-
chucaráo, eos Mirabolanos, e com os mais
íimplices fe metteráo em vafo de barroca-
paz , e emeima lhe lancem os cumos já de-
purados, efeponhao em digeftao vinte e
quatro horas em cinzas quentes; pafiadas
ellas, fe ponha ao lume, e cozerá hum quar¬
to de hora, depois fe coe , e a coadura fe
clarifique , e com o Acucar fe coza até ter
ponto de Xarope , e coado , fe guarde para
o ufo. j- ,!
Serve efte Xarope para aquella cafta de
curfos, a que os Auótores chamaó lienteria,
adoqa a acrimonia dos humores , fortifica o
eílomago, e as entranhas, ferve também no
fluxo das Hemorrhoidas : efte compoílo he
conveniente na lienteria , porque como a
caufa delia procede da relaxaqaõ das fibras
do eílomago, na5 fe póde nelle cozer o ali¬
mento ; e os ingredientes, que entraó no
Xarope, depois de purgarem fuavemente
os humores, que caufaõ o dito achaque,
confortaõ o eílomago , donde procede a
caufa; dá-fe de meya onca até huma e meya.
XAROPE EMETICO.
53 T> Figado de antimonio em pó fubtil
TA. • onça huma e meya.
Çumo de Marmelos Apurado libras duas:
Aigira-fe tudo por feis dias ; depois fe filtre, e
faça Xarope com huma librd de Açúcar. Ita
Nicolaus Lemçry in Pharmacop. univerj.cap.%. Jlaõ vinte e quatro horas > depois fefaça Xa¬
deSyrup.pag. 214» Far-fe-ha na fóíma fe-
guinte : Os pós de Quintilio fe* lancem em
vaio- de barro vidrado , e emeimà lhe deitem
oqumo clarificado primeiro , e fe ponha o
vafo feis dias em lugar quente , mexendo a
matéria todos os dias duas, ou tres vezes j e
paífado o dito tempo fe filtre, e ponha a co-
zer com o Acucar, até que tenha ponto con-
Veniente coado , fe guarde para o ufo.
Purga efte Xarope por vomito , e curfq
muito fuameme, e fem moleília algumaj
dá-fe de duas oitavas até onqa huma emeyaj
pódé-fe dar a meninos, e a toda a pefíba de-
íicada: também fe póde fazer efte Xaropò
com vinagre em lugar do qumo de Marme¬
los , porém naõ fe deveufar, fenaõ para pef-
foas robuítas; porqüe fica muito fórte , por
fero vinaerc melhor diflolveiite do Enxo-
frè Salino do Antimonio.
XÂROPE EMETICO DE ANGELO
I • ’ : Sala. '• toffl ít
54- | Vidro de Antimonio onça huma.
V. Sandalos vermelhos onça meya. •
Canela.
Zedoaria.
Semente de Angélica anà oitavas duas.
Açafrad oitava meya.
Vinagre rofaâo onças vinte.
Açúcar libra huma e meya: ponha fe a ma-
teria em digejiad vinte e quatro horai, depois
fe filtre, e faça Xarope S. A. Ita Nicolaus
Lemery in Vharmacop.cap.rç. de Syrup.pag.i 1 f.
Far-ft-ha na fôrma feguinte : O vidro de
Antimonio fe pifará fubtil, e fe lançará em
vafo de barro vidrado com os mais fimpH-
ces machucados, e emeima lhe deitaráõ o
vinagre, e poráó o vafo em lugar quente
vinte e quatro horas, pafiadas ellas fe coará
o licor, e filtrará, e fe porá a cozer em fo-
go brando com oAqucar até ter ponto de
Xarope , e depois de coado fe guarde para
o ufo.
Efte Xarope he menos purgativo , que o
da receita , que fica atrás eferipta ; porque o
vidro de Antimonio dá menos virtude Emé¬
tica á infufaÔ , que o Antimonio; e também
porque nameíma infufaÕ fe mifturaõ mui¬
tos firnplices aromáticos, de que o vinagre
logo fe enche , e nao dá lugar a que bem fe
diiíblva o vidro do Antimonio, e he íinal-
mente de menos virtude ; porque leva mui-
to Aqucar, e afíim he vomitivo, porém pou-
co ; dá-fe de meya onqa até duas e meya.
55 R
XAROPE EMETICO CA TH ÁRTICO.
Rah de Ajjaro onças tres.
• Efula.
Eleboro negro anà onças duas.
Agoa- libras quatro : ponha-fe tudo em dige-
rope
 Dos Xaropes fímplices , e cofopoftqs.
rope S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop.
univerf. cap. de Syrup. pag. 216. Far-fe-ha
11a tórma feguinte: Os fimplices fe machu-
caráõ , e lançaráõ em vafo capaz , e emcima
delies lhe deitaráõ a agoa fervendo, e fe dei-
xará ovalo em digeftaõ em lugar quente
vinte e quatro horas, pafíadas elias fe côe,
,e filtre, e com o Açúcar le ponha a cozer
até ter ponto conveniente, e tendo-o fecôe,
e guarde para o ulo. Chama-le a efte Xaro-
pe Fmetico pela virtude vomitiva que tem,
e Cathartico , porque purga muito, e com
violencia.
He efte remedio compofto de medica-
mentos tao violentos, que fe naÕ deve ular
delle , ienaõ quando lequizerem remover
os humores j purga fortemente por baixo,
e por cima , he bom para os Hydropicos,
Flypicondviacos , e Apopléticos ; dá-fe fó-
mente de duas oitavas até feis.
XAROPE VOMITIVO
5* R de Schrodero.
Agoa Benediãa onças feis.
% Agoa Po fada onça huma e meya.
Canela pulveri%ada oitavas duas.
Açúcar onças oito : depois de vinte e quatro
horas de digejiad fe faça Xarope S. A. Ita
Joannes Schroderus in Pharmacopea Chimica
lib. 2. cap. 84. de Syrup. mihi pag. 290. Far-fe-
ha na fórma feguinte: A Canela fe fará em
pó , e fie mífturará com as agoas, e fe porá
tudo em digeftaõ em lugar quente , e de¬
pois de palfadas vinte e quatro horas fe côe,
e na coadura deitem o Açúcar , e fedoza em
fogo muito brando , até que tenha ponto de
Xarope , e coado fe guardará para o ufo.
Efte Xarope faz vomitar brandamente; é
também purga por baixo com fuavidade;
ferve para aquellas peíioas, que para have-
jem de vomitar, naõ querem bebida grande;
dá-fe de huma oitava até meya onça. : < •< I
XAROPE DE ROSAS SECCAS.
57 TV Bofas feccas libra huma.
XV. Agoa fontana.
Açúcar and libras féis : faça-fe digejiaÕ da
matéria em lugar quente vinte e quatro horas,
depois fe faça Xarope S. A. Ita Moifes Cha-
ràs in Pharmacop. Galenica cap. iq.de Syrup.
r 1 _— fy —__É A A
pag.iyi. Far-fe-ha na fórma feguinte: As
Rofas fe metteráõ em vafo vidrado , c emci¬
ma delias lançaráõ a agoa fervendo, e fe
confervará o vafo em lugar quente vinte e
quatro horas, pafíadas elias fe ponha rto to-
go , e como dér duas, ou tres fervuras fe ti-
re do lüme, e efprema,' e efta Tintura fe
ajunte-com o Açúcar, que eftará á parte
clarificado, e fe ponha a cozer em fogo mui¬
to branda , e como tiver ponto , fóra do fo¬
go fe ajunte huma oitava de efpiriU) de, Vi-
ífp
triolo para lhe exaltar mais a cór, e fe coe, e
guarde para o ufo. Aflimoenfina a fazer o
mefmo Auétor no lugar citado, e Francifco
Verny fup. Bauderon lib. i.feã. 2. de Syrup.,
e Nicoláo Lemery nafua Pharmacop., e ou-
tros muitos, que todos ajjím 0 fa\em.
Póde-fe fazer da infuiaõ de varias permu-
taçoés de Rolas feccas, como enfmaJacobo
Sylvio na fua Pharmacop. lib. , e Girolano
Caleftano na defcripçad do mejfrno Xarope, Ja-
cobo Manlio, e Vaíerio Gordo traã. de Se-
leãis Pharm. mihi,pag. 579.5 porém he cou-
fa impertinente faze-lo com as infuioes , e
aflim os modernos o fazem na fórma que fica
dito , e bem fe vê que he baftante huma li-
bra de Rofa para dar virtude a íeis de agoa,
e fe lhe lançarem mais,lerá perde-la; porque
a libra, com que fe faz, he fufficiente para
encher os poros de feis libras de agoa , o
que fe verá claramente ; porque aquella que
paflar da libra, naõfahe da infuiaõ corna
cor branca , fenaõ traz a mefma que antes
tinha, ou pouco menos, o que procede de
eftar a agoajácheya da virtude , ou Tintu¬
ra da Rofa, que lhe bafta. Aflim o diz Le-
mery no lugar citado
Serve o Xarope de Rofas feccas para as
Diarrheas, Dy fenterias, para os vomitos de
fangue, e para fortificar o eftomago * dá-fe
áscuiheres de meya onça até duas em ho¬
ras convenientes.
A infuiaõ das Rofas feccas fe faz com ínfufío
huma libra de Rofas feccas, e quinze deR°fa:
agoa e fe lhe daõ tres permutações , ou as
rum fic-
que baftarem ; aflim o enfma a fazer Paulo carum‘
Zuardo in fuo Thefauro Aromatariorum , e
Oviedo nohb. pag. 212., e ahi diz que he
a proporção mais certa para fazer a infuiaõ
S. A., porque de feis libras de tolhas de Ro¬
fas verdes fica quafi huma depois de feccas*
XAROPE ROBORANTE.
Ruibarbo onças quatro.
Murtinhos.
Rofas vermelhas and onças tres..
Tartaro branco onça huma.
Açúcar libras quatro.
Agoa ferrada com Aço libras feis: tudo fe
infunda por vinte e quatro horas, depois je faça
V O J í f /* KJ */»/»/ /tf/r T Jw D/l
Xarope S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar¬
macop. univ. cap. 4; de Syrup. pag. 207. Far-
fe-ha na fórma feguinte: O Tartaro fe pifa¬
rá groflb , e o Ruibarbo fe cortará miúdo,
os Murtinhos machucados , e com as Roías
fe mettaõ em vafo capaz, e emcima lhe lan-
cem a agoa , que primeiro ferá ferrada com
Aço, eftando fervendo e aflim fe deixe o
vafo em digeftaõ vinte e quatro horas em
lugar quente; pafíadas elias fe efprema, côe,
e clarifique,, e com o Açúcar fe ponha a co-
 i6o Pharmac. Lufit. Augment. Trat. V.
zer em fogo brando , até que tenha ponto
conveniente de Xarope , e tendo-o fe côe,
e guarde para o ulb.
Eíle medicamento fortifica o eílomago,
e as entranhas, pára oscurfosdo ventre, e
as fluxoés hemorrhoidaes 3 dá-fe de meya
onça até duas.
XAROPE DE CENTAUREA MENOR.
5 y TJ Çunio de Centaurea menor libras
XV, tres.
Fior de Centaurea menor onçasde%.
Açúcar libras duas: depois de tres dias de di- fe deixe em digeílaõ leis, ou fete horas, paf-
geftav fe faça Xarope. Ita Joannes Zuelphe- fadas ellas fe tire o qumo em imprenfa , e
rus in Pharmacop. Reg. 1. part. pag. n. Far- delle depois de depurado , e muito clarifi-
fe-ha na fórma feguinte: A Centaurea me-
nor fepife muito bem em gral de pedra, e
depois de paíTar hum dia fe efprema em im-
prenfa, e o qumo fe clarifique , e tomem
delle a quantidade , que fe pede, e fe lance
em vafo capaz, e com elle fe miílurem as
flores de Centaurea , e fe ponha em dige-
ílao tres dias em lugar quente , e paíTados
elles fe coe , e com o Acucar fe ponha a co-
zer, até que tenha ponto conveniente de
Xarope , e ultimamente coado fe guarde
para o ufo.
Serve eíle Xarope para as febres Tercaãs,
e Quartaãs, corrobora o'Ventrículo, e def-
faz todas as obílrucçoes das entranhas; dá-fe
de meya onqa até huma em hora conve¬
niente.
XAROPE DE AVENÇA.
60 "|3 Avença verde onças quatro.
XVt Açúcar libras tres.
Agoa libras quatro : infunda-fe a Avença
na agoa feis , ou fete horas, e fe faça cozi¬
mento , e Xarope S. A. Ita Nicolaus Lernery
in Pharmacop. univ. cap. 4. de Syrup.pag.iyi.
Far-fe-ha na fórma feguinte : A Avença fe
efcolherá a mais verde 3 e branca , que fe
achar, depois fe corte miuda, e metta em
valo capaz, e emcima delia lancem a agoa
fervendo , e fe ponha em digeílaõ feis, ou
fete horas 3 paíTadas ellas fe leve ao lume, e
como dér huma fervura fe côe, e clarifique,
e com o Aqucar fe ponha em ponto até o
ter conveniente, e depois de coado feguar-
de para o ufo. vv .
Êm algumas partes, onde naõ houver
Avença verde, fe póde fazer com a confer-
va da mefma , tomando huma libra de con-
ferva, e infundindo-a em quatro libras de
agoa quente , e depois de paíTadas feis horas
de infufao,fe faz o Xarope com tres libras de
Aqucar. Aflim o enfina o mefmo Lernery
no lugar citado, e Luiz de Oviedo no lib. 3.
Meth. pag. 214.
Serve o Xarope de Avença para abrandar
a tóíle, epara todos os achaques do Peito,
eadoça muito os humores acres, que def-
cem á madre : toma-fe ás colheres, ou em
Julepes, ou Emulfoés convenientes, ou per
fi fó.
XAROPE DE CHICOREA SIMPLES,
61 "Q Çitmo de Chicorea libra huma e
XV« meya. . -
Açúcar libra huma ? faça-fe Xarope S. A.
Ita 0 Auãor do Modas faciendi traã. de Sy~
rup.pag. 88. Far-fe-ha na fórma feguinte:
Pife-fe a Chicorea em gral de pedra,e depois
cado fe tome a quantidade, quefe pede na
receita, e com o Aqucar fe ponha a cozer,
até que tenha ponto de Xarope , e tendo-o
fe côe, e guarde para o ufo. Eíle Xarope,
e todos os mais de femelhantes hervas fe de¬
vem fazer dos qumos, enaõ de cozimentos,
como alguns fazem , fupponho que he por
evitarem o trabalho de tirarem os ditos qu-
mos 3 naõ acho razaõ pelos que aflim o fa¬
zem,mais que a unica auótoridade de Fr.An-
tonio de Caflella no Ub. 1. divif 2. pag. 29.,
que diz , que eíle Xarope fe póde fazer do
cozimento 3 mas em nenhum dos que efcre-
ve diz que fe faca, fenaõ do cumo , e efcre-
vendo eíla receita , em primeiro lugar a faz
com o cumo, e ao depois dá a entender que
também fe póde fazer com o cozimento.Di-
ráõ os que compõem o Xarope com o cozi¬
mento , que o fazem por evitarem a vifcoíi-
dade , que tem, fazendo-fe com o cumo: por
fe livrarem deíle inconveniente, clarifiquem
o qumo primeiro , ecôem o Xarope depois
oe
de rno
frio por panno_
panno deláabem bailo, loiro
nao ficará viícofo , fenaõ claro , delgado , e
muito bom. Clarificaõ-fe os qumos de dous Succw
modos: o primeiro, he pondo o qumo em quomo
fogo brando , e depois de ferver hum pouco do clari
fe côa fem efprefíaÕ tantas vezes, até que fi- fcatur>
que bem claro, e fe he necefíario fe torna
fegunda vez ao lume , e fe faz o.mefmo ; e
aflim fica bem puro,e livre da parte terreílre,
e vifcofa que tinha. O fegundo modo he
pondo os qumos em digeílaõ ao Sol alguns
dias, e entaõ fe coaÕ quatro ou cinco vezes,
até que fiquem muito claros, e puros, aflim
o eníina o Auãor do Modus faciendi na deferi-
pçaõ do Mel Rofado , pag. po.
He o Xarope de Chicorea fimples muito
aperitivo, e purifica o fangue admiraveL
mente 3 dá-fe de huma até tres onqas.
XAROPES DE BORR AG E N S.
62 TJ Çumo de. Borragens libras cinco.
XV • Açúcar libras quatro: faça-fe Xa-
roge S. A. Ita Pharmacop. Valentina traã. de
Syrup.mihi pag. i\. Far-fe-ha na fórma fe¬
guinte:
 Dos Xaropes fimplices , e compoftos.
SlICCM guinte; O qumo fc depurará primeiro mui-
Borragi-
to bem, e depois fe clarificará com ovo, e
his quo-
nüdo com o Acücar fe porá a cozer, até que tenha
:xtrahi- ponto conveniente, e ie coará depois de
ar. frio, e guardará para o ufo. Alguns fazem
eíle Xarope da infufao das flores das Borra-
gens, e outros da conferva das mefmâs po- j
rêm nem com flores, nem com a conferva
fe deve fazer, porque he afíim inútil , fó fe
deve de ufar do que fe faz com o qumo 5 af-
fim o diz a mefma Pharmacop.Valentina in
Annotat. Syrup. Borrag. pof eftas palavras:
Ex tribus modis parandi Syrupos pr&diãos, duo
priores funt rejicicndi tamquam imtiles , qui
non refpondent facultati, qua. defideratur in
Syrup. Borraginis, Ü* Bugiofz $ in flonbuS
namque imbecilta facultas , reperitur prapa-
randifuccum melancolicum, pttuitam Saljam,
aut atram bilem Zfc. Prateream Syrupopata-
to éx infufione conferva., non reperitur facultas,
qua refpondeataãioni 5 ac proinde ultimus mo-
âusparandipradiãosfyrupos exfucco, fcihcet
cumSaccharolaudandus ejl. O cumo das Bor^i
ragens fe tira, pifando-as muito bem em
gral de pedra , e depois fe deixaõ em dige-
ítao no mefmogral, ou outra coufa çónve-
niente, dous ou tres dias, e no Inverno mais,
e depois fe efpremem em imprenfa : *deílá
forte o enfina a tirar Fonte Pérola cap. y.
pag. 88. Deve-fe eíle qumo tirar, qpando as
Borragens eílao chèas de flor, e de Semente,
como adverte a PJiarmacop, Valentina no lu-
gar citado: aflim eíle Xarope, como os mais
dos qumos, que faõ preparantes, fe ufao já
hoje bem pouco $ porém naõ quero deixar
de eferever a receita, poderá vir tempo, em
quefe torne a ufar como moda antiga.
Serve eíle Xarope para humedecer o pei-
to, e purificar o fangue, e difpôr os humo-
res melancólicos para fe haverem de pur-
gar , he também bom para impedir o ardor
da cólera , o que faz ex accidenti, por razaô
da humidade do qumo j dá-fe de meya onqa
até duas.
XAROPE DE LINGUA DE VACCA.
63 T3 Çumo de lingua de vacca libras 5.
Xv. Açúcar libras quatro: façdfc Xa-
rope S. A. Ita Pharmacop. Valentina traã. de
Syrup. pag. 14. Far-fe-ha na fórma feguinte:
A lingua de vacca fe cortará miuda, e pifará
em gral de pedra, depois fe depurará , e cia-
rificará com o Aqucar , efe cozerá até que
tenha ponto conveniente, então fe tirará do
Succus fogo , e fe coará depois de frio. O qumo da
àugloíT.v linguade vacca fe tira pifando-a em gral de
qiioino- pedra, efe deixa nelle em digeftao hum , ou
Jo extra-‘ dous dias, depois fe efpreme em imprenfa ,
«Uur,
afíim o enfina a tirar Valerto Cordo traã. de
Syrup. pag. mihi 120.
161
O Xarope de lingua de vacca tem as me¬
imas virtudes, que o de Borragens, e he taõ
femelhante, que fem efcrupulo algum fe pó-
de dar hum por outro, aífim o affinna Le-
mery por eftas palavras: LeSyrup.de Bugio-
fe approcheJifort in qualite âu Syrop. dc Borra¬
,
che qti onpeut fort bien fubfituer V tín enpla-
ce dc V auterfansfcrupule j dá-fe de meya on-
qa até duas.
R
XAROPE DE ALMEIRAM.
Çumo dc Almeirão depurado libras
• oito.
Açúcar libras cinco e meya : de tudo fe faça
Xarope S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pliarm.
univ.cap. 4. de Syrup. pag. 0.0]. Far-le-ha na
fórma feguinte: Os Almeirões fe pifaráõ em Succus
gral de pedra, e o qumo fe depurará , e de- Endivi*
pois fe porá a cozer até que tenha ponto con- quom°-
veniente de Xarope, e coado fe guarde para ^íutur
o ufo. O qumo dos Almeirões fe tira, quan-
do a planta eílá com flor , e em feu vigor,
depois fe pifa em gral de pedra, e nelle , ou
em outro vafo capaz fe deixa em digeftao
hum dia , enta5 fe mette naimprenfa, e fe
tira o qumo , o qual depois fe deve depurar
ao fogo muito bem , e clarificar paflando-o
por panno de lãa bem bailo , e fobre tudo o
melhor modo he filtra-lo por papel, aflim a Notatío
eíle como aos mais qumos, porque deíla for- circa
te ficaoos Xaropes fem vifeofidade alguma,e Purat'°-
livres também de toda a parte terreílre, que corun»UC*
lhecaufa a vifeofidade : aflim o enfina Le-
mery no lugar acima citado,
Serve eíle Xarope para fe dar nas febres,
e para temperar o ardor da cólera , e purifi-
car o fangue: dá-fe de meya onqa até duas.
XAROPE DE AZEDAS.
65 "|3 Çumo de A\edas depurado libras
XV • tres,
Açúcar libras duas : de tudo fefaça Xarope
S. A. Ita Hypolitus Seccarelli in antrd. Rom.
tr. de Syrup.pag. 161. Far-fe-ha na fórma fe¬
guinte : As Azedas fe efeolheráõ dasqüe tem
a folha miuda , e ponteaguda, e fe pifaváó
em gral de pedra, e fe deixaráo em digeílaò
hum ou dous dias, paflados elles fe efpreme*
ráó em imprenfa, e depois fe depurará o qu-
mo, e clarificará , como fe diflè do de Almeí-
rao, e delle depois de bem claro , e puro fe
tome a quantidade pedida na receita, e jun-
ta com o Aqucar , fe ponha a cozer até ter
ponto conveniente de Xarope, e coado fe
guarde para o ufo.
Serve eíle Xarope para defalterar, e forti-
ficar o coraqaõ , e também para purificar o
fangue : dá-fe nas febres ardentes, cmali-
gnas, e finalmente mata as lombrigas: toma-
Te de meya onqa até duas.
v
A A A-
 162 , Pharmac. Lufit. Àugrnent. Trtâ. 'Jóí
XAROPE DE CARDO SANTO. te.do Xarope, e depois de tudo feènnf mirto '>■
66 T) Çtttno de Cardo Santo depurado. fe dá para o .ui o de liüma onça até 1. e meya.
1\ • Açúcar and libras duas. X A R O P E\* >D E <S C A B í O S A. * J|
Sal de Çardo Santo onça huma ; de tudo fe 68 T) Çumo de Scabiüfadepurado libras
faça. Xarope S. A. Ita . Nicolaus Lemery in \XV • ires.á: as 0, . isblfiUg 0 torA ■
Pharm. uniu. cap. 4. de Syrup. pag. 2$ Far- Açúcar libras.duas £ de tudorfdfdçà'Xeirbpe
fe-ha na fórma feguinte : O çumo depois de S. A. Ita HypolitusSeecnrelh in aiitid. R-ontaà.
depurado te porá com o Açúcar a cozer , e tt.<de Syrup. pagi r6i; Far-le-ha na fórma (en¬
tanto que tiver ponto de Xarope te lhe dei- guinte í A fcabioía fe colherá/quando eftF
ate o fal do Cardo Santo , ertando o Xarope ver bem florida, e fe pifará emgfcal depedrá*,
fora do fogo , e depois fe coe, e guarde para e depois fe deixará eni digeftaõ humybu doük
o ufo. O çumo de Cardo Santo fe tifa, e de- dias •, paliados elles feeíp remarem’ impren(a-,
pura, pifando as folhas verdes, quando eftaÕ e,oçumofe depure,e clarifiquecofflaos maié,
em fcu vigor, depois fe deixaõ eftar era dige- entaõ fe tome a quantidade, que fe pede ni
fíaõ hum diã , partado elle fe mette na im- receita, e com o AçuCar fe portha a Cózèr até
prenfa , e então fe leva ao fogo, e como dá ter ponto de Xaropè , e depondecoadò fe
huma ou duas fervuras, fe palTa por panno guarde para o ufo.cDa méfmk ióvtb fe faz ó Sympi
de laa harto qüatro ou feis vezes fem efpre- Xarope de Tuffilagem, e de flor dêJMacelíá\ Tuílil?
mer , ou fe parta por papel capaz , e aflim e- - O Xarope de Scabiofa he müitõ peitofáfy gmís,
rtando muito puro , e claro fe faz o Xarope* aljrapa o peito da fleuma vitcotèi jâdelguça ("a®10*
Serve efte medicamento para refiftir aos os efcarros, e para acura da fama, e toda k nu *’
máos humores, excita fuor, mata as lombri- comichão cutanea he exceli ente ^*dá-fe de
gas , e he bom para as febres malignas, pleu- huma -até duas diiças. • ^ > **A •>"•' • 1
rizes, e bexigas y dá-fe diluto em agoa do n X A R ü P E D E L U PA R O S
mefmo de huma onça até duas. 69 TV Çumo 'de Lupatos libra?'duas. ]
XAROPE DE S COR D IO" JA. Çumode Fumarias libra huma.
fimples. ! r p Açúcar libras duas : ' de tudo fe façaXaropè
67 T) Çumo de Scordio libras duas e meyav S. AAta Valenm- Cordus traã. da Syrup. mihi
XV • Açúcar libras duas. > pag. 17a. Far-fe-ha na fórma feguinte ;f Os
Sal de Scordio oitavas feis : de tudofe faça Lu par os.,' e Fumaria fe pifafáõ em gral de.
Xarope S. A. Ita Nicolaus Lemery. in Pharms pedra cada hum per íi,e fe deixafáÕ dóus dias
cap. 4. de Syrup.pag. 287. Far-fe-ha 11a fórma emdigeftaõ , e paliados elles fe efprema em
feguinte : O Scordio fe colherá quando efti- imprenfa, ie depois fe depurem ha fórma,
ver bem verde, e em feu vigor, depois fe pi- muitas vezes dita 5 e de cada hum fe tome a
fará , e deixará doze horas em digeftaõ, pal- quantidade pedida na'receita *e fe ponhao a
fadas ellas fe efpremerá cm imprenfa, e cia- cozer.cóm o Açucár até que tenha ponto de'
riflcará/na mefma fórroá*dos mais çumos , e Xarope, e coado fe guarde para 0 ufo. Póde-
íe porá a cozer com o Açúcar, até qujé tenha fe fazer efte Xarope fem o çumo deFurna-
ponto conveniente , e fóra do lumè fe lhe ria y e quando aflim fe faz, fe lhe laiVça mais
ajuntará o fal, e depois de bem desfeito fe huma libra de çumo de Luparós em lugar dõ
coará , e guardará para o ufo : O Scordio dá de Fumaria. Aflim o enfina Lemery cap. 4.
o çumo com difhculdade , para o que le lhe de Syrup. pag. 257. - ■
deve ajuntar humas gottas de vinho branco, Efte Xarope purifica o fangue , e apaga o;
ou agoa do mefmo diftillada,e.com qualquer fervor delle , gafta a cólera, e difpôein os hu-
deftes licores le borrifa fómente , antes que mores melancólicos para fe haverem de pur-
fe metta na imprenfa. . ■; gar 5 dá-fe de meya onça até duas;
He efte Xarope hum notável remedio XAROPE DE TANCHAGEM.
contra a péfte, e febres malignas, mata as 70 TJ Çumo de T anchagem.
lombrigas, e provoca a conjunção menfal ás TV • Açúcar and partes iguaes: de tu-
mulheres. Póde-fe também fazer compofto do fe faça Xarope S. A. Ita Nicolaus Lemerv
com mais íimpliees, como enfina Jeronymo in Pharm. univ. cap. 4. de Syrup. pag. 25 7-:Far-
Merçurial, e o mefmo Auélor no lugar ci- fe-ha na fórma feguinte: A Tanchagem fe
tadoj o qual tem as mefmas virtudes, mas pifará, e partadas duas horas fe efpremerá em
com mais efficacia. - • . imprenfa , e depois fe depurará em o fogo, e
Syrupus Faz-fe compofto o Xarope de Scordio na filtrará; edelle ailim bem puro, e' limpo fe
Scordii fórma feguinte: Tomaráõ duas libras de Xa- tome a quantidade que quizerem-’, e com Syrupus
frnmpofi' rope fimples de Scordio , e nelle mifturaráõ igual povçaõ de Açúcar fe porá a cozer até 0noí1i'
tus.
meya onça de efpirito volátil oleofo, e doze que tenha ponto conveniente de Xarope, e
gi aos de Almifcar, o qual fie desfará em par- depois de frio fe coe, e guarde pau o ufo. *
A f V. Derta
 e^r{ífíhplic%s '/^ebmpóftésr^
Delta feèftna; fórte
cie Centinòii'à
joia j eta^fíbem
ou no ndfluidiotila y*U/^iãgaba fcàfraõiíánguÊydá-fè dfemeya onqa afe-huma.
í Serve o Xarope de Ta nc tragem pâM -OXAROPE AGRADO.
parar os ífuXoS do ventre'-/*’®*** fítí^ò^^é-' 73P Wy^Çmo de Agfáco frefco depurado.
ruorrhoidaes, e he também util nas - -.:M Açúcar and libras duas:: mvjture-fe,
rheásj par^d^CüáósTe^á^iltito^ém ágódtie e faça-[e Xarope S. A. Ita Nlcolaus isemery in
PhdrrilómiVicap. 4. AevSyrup. pagr via.'. Ear-
fe-ha na^nuà Teguiute;: Golhaü-tfe as U vas Succus
até duasbu trésU 'l,; ° ou\:a, '-vrjon vh.ó eftandó <em Ágrafo bem: verdes, e fe lhe ti- Agreíta:
«• ■ -X A R OP E D RíiS A Y A M-^d ub rcm oS;bag08:yfepLíerr>:em.gral de;pedra , e quomo‘
ou EnfayaÕ. .esmainavnou depofeífôítítéiõi^tBnD^aai nuípréiiia , ó qual h°tuCr*tra'
7Í fe nnrá ao Sol alguii?
* (jibko àe ]&$ítõ WfkrjàjfifàÚkbsfy. fepor-á abrum diasyou
diasiroirlP Ipvará ao
fe levará nn lu
ln.
l * A çucar Yibrks faça*fé XÓr mepejdépQÍs tfe feraréé isLcoatâ poi-rpanin a de
•\rope S. A. Ita Nicolaus héméry in ifhârmac. ' luaba^ydiliasjou t r esvazes’., e entaõ ie filtre,
'iàiiverf'bapr/y. de Synip. pdg. Pabfe-tia e coínfi ^uttlr^uantidaíleulie' Acucarfa-ponha
na fórmaleguinte •: ••0«Súy$i&vfè pifeerfiVjrcll a-<2ò»ái*cetníJvafo de>bár®qfeapaz , e como ti-
de pedra-, e fe ponha' eip 'd-ígeíta& do\i^\ou' ver ponto-fe>eôsq «'guardepara o iilbL >
tres diasy -pafFádos elles1, fe eiprema fee p£>T ?c>S®?v6; êfté; Xamffeiparafezer parar. osJvo^
*nha a cozer ç e tanto qüéfèYv-er humrpauc mito^ fefepera 'ar colerái,;excita o apetite,
CO, fe ti ré dò limie,.ecôc lerri»^fpreíraõj:e"de'- ehe •bottlíftas^Diarrhea^brliofas^eTeneímosj
pois fe pàífe pof pannò de 1'5'á bàftó , e fe fttq dú-feidèvnfeya onqa átéhuma e meya.
tre, e defta forte depurâdb^e clarificadoco^ X AüRaCtR li : D ierMaA R M E iLGS.
ovo fe ponha a cozer com o Aquear atésque 74 Çitmo de M ar meios depurado.
tenha pónto- de Xarope , e coado fe guaVde 5# Açiicàr ãkXfbrús quatro : faça fe
yrupus para o üfo. Póde-le fáfeneite-Xarope1 c&mr Xarope S. A. ltà M-ôffes\£foaràs in Phdrmac.
:mper poffco , ajuntando a cada libra dellé depcüsdeKegPddByrup^cap. lyrfòlr 1^. .Farrfeiia na Succus
wi com. na fórína—dita huríia oitava- dé-fa>i Ar-
fórmahèguihte : OsXlarmelos fealimpafáõ Cydonio-
tòoniaco.: Elte faiTe tu Hidra no Xavópe co- das pevides', e-fe p!ifaTÚ5.çmgral de pedra, e rum quo.
rno cor-redtivada demafiada frialdadejdéque fe deixarád em digeftàõlium -diu;, então le rnocio
fe compõem o como. ^ ^ ,4 / y,
efpremerád ‘em.n-mpvenfa ;;e fe poráoctrmo ^rahi*
Serve o Xatópe de Sâ^ao para' tertlpêta-t ao Softres dias, pàíiadóselles fe filtre , e de-
bs ardores venereos, tempéra grandeiirCnte pois de bem púro , e clarificado fe mifturará
òs humoresy apaga , e extingue a fede; dá-fe com igual porcaõ de bom A-cucar,- e fe coze-
lias febres arden tes, e em coda a occafiaõ , rá até ter pontò con venien te de Xa-Vope:r e-
t|Ue ha de engroíTar os humores , e fobriMu- coado fe guarde paraqoòíb. Para a eompoíi-
do he hum foberano remedio para os que Ca- caõ defte'rnedicamtnito iempre fe devem e-
liiraõ de alto- dá-fe hnma onca até duas. fcolher O^Mármeíos p-que-1 faõ mais peque¬
XAROPE ACRPOSO SÍMPLES.- > ■ nos , redondos, e cheívofos, porque eíles faõ
'-■72 Si Acarar bom libras cinco. 1 os melhoreí-y como1 dit Jacobo Sytvio Ub. ■ 3.
'-7' JÁ.* Âgoa da Fonte libras quatro-. Pharm. pagí yy,. :n i.vr. t-sr , r
Vinagre bom libras tres- : faça-fe Xarope He ó Xarope de Marmelos muito aftrin-
S: A. Ita Hypoíuo Seccareíti in anttd: Rom.tr. gente , e confortante ppróprio para fortifi-
de Syrup. pag.iyq.. Ear-fe-ha na-fórma fegüin- car o eílomago , epurapa-rav os curfo? do
té : O Aquear fe clarificatà , è porá a cdzcr ventre y dá-fe huma oncatdelle ás colheres:
com a agoa em vafo de barro Capaz , e coma para que fique eite mçdicamènto íúais fuave,
. tiver... -..í.—rr
ponto muito altopfe lhe lance o vina- cicbeirófa;fe aromàtizeebm feis gattas de
•; gre ,.e coza muis até ter pontbcbnvehrerfteq Oleo de Cravo envolvicias‘em htíns pós-de
. é depois fe coe , e guarde parado ufo. Elte Aquear fino-p.que feila'iTqarà'no' Xampe de¬
Xarope feito neíta fórma he medíocre , e o pois de feito.,aílim o<aconfelha o mefmoAu^
que fe deve ter fèitoiil Ròtfca , e quando o étor no lugal* citado., ; ro
q-uizerem muito forte,fe lhe lancem as cinco X A R O P E D E - M ULR TI N H 0';S.
libras de Aquear, e quatro dè bom vinagreq 73 TJ Çamo de Martinhos'depurado libras
que.lénipre fe deve efeolher do branco-y e *• - Jd\.k''■ tres. aín.^r!bnc.-i <0. o { (
daquellc o que for mais íbrtefi porém-eiíte , Açmtr 'libras■duasvftiçafa de tudo Xarope
. que fe faz com mais vinagre, fe naõ deveidar, S.A. Ita Hypolito Seccareíii-àn Antid. Ràttnin lif., r4>\
. fenao quando o Medico,- que b receita, aíTim de Sjmp.phgn áit F&r-fe-Jia na*fóhna fc^uihv ->.v. sír.n
■ .0 pede. ; if : v d te: Os Nlurtinhosifecoiberáu depois de.befà .*4
...* Xa madu-
 164, t 1
maduros, e, :fc pifará#, ;e íe lhe tirará o çiimo comppfiqqês,ççvn Mel,, ,0 qual fe/àz com li- >•
m i.mprenTa, e depois Te porá ao SoUrje?,#is,; bras i'e§e4e c,uh^*Óe:Wím°ês^e^qfátio ecii>
ou le*de.pur4ráao lume riltrandoro >feiíi- cftiíftMeí eicumada, como enjina Fernando
cando o com ovo $ então íe tomaráaquanti- de Seputveda. na djjüneaõ dos Xaropes * eite
dade de çumo, que,te pede na receita, e com qpe/e taz.com Mçl.,fe chama Mel de Limoés,
o Açúcar íe porá a cozer, até ter ponçocton- o^&tnonaca Mellis:r çomp diz Oyiedo hb. 5.
veiiientç de -Xarope, e tendo-o fecôe^eguar- Maíh\oÀ>r.a tísu mòáttrtí.
deparaolufo. /I •. í\ .1..: •.« % ídH.e>q. Xaropede Limoés muito cordeal,
Coftumaõ em algiimàs..partes;fazer,èíle refrefça;> .rellfte.^corrupção,dqs^humores,
Xarope com o cozimento: de Martíálio.s^ao; prefiery.* dapeAe^/mata asdomhrigás, e re-
fei, que ra^aõ teuhaõraá que aflimií) ífètzemj, bate notavelmente o ardor das febres y dá-fe
nem onde pudeilém achurqAudoi^-que tal de hqrM onça ft.té; húma e meya em Julepes
os enfme r eíles taesdigaosrfao degrandecaTí convenientes. .01;v
digo , porque havendo por todas as. partes .^XAROPE DD Á&EDO DA CIDRA,
tanta imqienfidade.de: Murtinlio&v^em o -7.7.; "TV-: . ÇmQ.-.jâe Cidras acedas depurado -
Xarope contra a doutdna: de tanitòSoAuííUi? « iÚbrytscdppitto. . :fucciü.
res , e bem claro fe vjêç qite.QqumofdaiSfplan-, TriAçuçdti libras feis y faça-fe Xarope S. A, tri.
tas lie mais virtupfo, que o cozimeiuodellas, Ita JoannesoZuépherus in Pharmacop. Reg.
como diz Velles, éoutras muitos..-,3noq rj* <&e$':Mè\deS.yrujh^pag.2. Far-fq-ha nafórraa
Serve o Xarope de.í)4ur.tinhei$; para os Cegpmte: As Cidras lé lhe tirará acafca, par- guccu,
cúrios ,-i epara os fluxos hemorrhoijd^es , rer tq carnofa, ca femente , e o interior, ou go- Citri
todos os mais de qualquer parte que^Çejao:, mós delias fepifaráõ em gral de pedra, e de-,q«oi™>
he bom para.os vomito s , e para foríífiear q. pbis íe ej premerá# em imprenfa , efte he o {J|jucxírak
eílomágo^ dá-fe deimeyía dnça: atd huma t melhor modo de,o tirar , ainda que feja maism ur‘
meya ás calheres.uv euftoíb , como diz a Pharmacopea Valenti-
XAROPE DE LIMOIS. na ir aã. de Syrup. in Atinot. hujus Syrup., a
76 T) Çumode,Limoés depurado, libra 1. qualo enfina a tirar de tres modos $ mas diz,
Açúcar librasdaas,faça-fe XprO- quefefle. he o melhqr,e de mais virtude.-TVr-
pe S.. A. La Nicolaus Leniery in Pharni. univi tias Modas extrahendi lutnc fticçum eji y mani
cap. 4. de Syrup. pag. 2.2 r. Far-fe-hana,fórma bus cuHello ligneo feparatur pars accida ab
leguinte: Os Limoés fe elcolherão dos maiá omnibus aliispartibus , Cf deinde torculari, vel
maduros, e íc lhe tirará o, çumo o qual fe pràto extrahitur fuccus optimus omnium $ fed
porá alguns dias éímvafode vidro ao Sol, ou quin,maxime onerofum ejlitahunc fuccum ex-
nao o havendo em fogo^brando , e depois fe trahere , abhorrent Pluirmacopela. ab hoc modo
coe , e filtre, e delle depurado muito bem fe extraãiotús^fed re vera ita ejl extrahendus, ut
lança em valo de barro vidrado com dobrada viribus refpondeat. Tirado o cumo na forma

com mais Açu par que çumo., para que gaflc
menos tempo em fe pôr em po.nto neceífa-
rio j porque o que leva mais quantidade de
çumo que Açúcar para fe por em coníiflen-
cia de Xarope gafla no cozimènto largo tem-
po, pelo que adquire Jium azedo muito mão,
para o que delle fe pertende ; affim o en-íina
Sympus o mefmo Audor no Jugar citado. Pódcrfe fa-
Limono- zer efte Xarope fem fogo , cortando os Li-
rum fme
ígne.
moés em talhadas delgadas, e pondo-as em*
cima de huma peneira limpa culpertas de A-
çuCar, e a peneira fe pôem era hum prato
em lugar húmido, para que o Açúcar fe vá
diftblvendo , è depois de tirado do prato , e
coado fe guarda para o ufo. He o Xarope de
Mel Li-
Liinoés muito femelhante ao do azedo da
monum Cidrã , que alguns-omfaô em feu lugar , co-
fivc limo mo diz Quirico dè Auguflis traã. de Syrup.
nataMc- Ponte Peroliip. 90., i^Ouiedo no lib. 5. Me th.
Jú. (Coftuma-fe fazer, efte Xarope para algumas
a X
cozer, erjí vafo de barro vidradô , efe o qui-
zerem mais preciofo fe lhe lancem algumas
gottafrde çumo da ca (ca exterior, da Cidra,
e depois de coado, fo guarde para o ufo.
. Póde-fe fazer também efte Xarope , que
fique quafi cojqo a conferva , que he o de
que os Italianos muito ufao. Tomaráo as Syrupuí
Cidras , que qmzerçm , elhe tirará# os <*o-acetofita*
mos -azedos , emsalimpará# da Semente^, etis Citri
pa,s n?a#s qs desfará# muito bem , e os lan- do°oT*
çárã.õ err? dobrada quantidade de Açúcar, ratus.!*
que eftará já clarificado, e pofto em ponto
alto, e eqado , e naô tornará ao lume , e de-
pois/de frio fe guarde em frafco de vidro ca-
paz, e nelle 0 irá#aromatizando com o efpi-
rito das cafcas de Cidra , as quaes fe iráopar-
tindo em pequenos boceados , para que o
efpirito qiie ddlas fahe, quando fe partem, Confcr"
cava dentro do Xarope, e defta forte fe pó-
de guardar para o ufo, que aflim terá# hum tri.
admi-
 Dos.Xaropes íimplices:, e compoílos.
admiravet Xarope j indo-lhe tirando a Mi-
\a, e da Cidra, que eílá no fundo como con-
ferva , fe dá aos doentes febricitantes.
Serve eíte Xarope para temperar o ardor
das febres, aílim malignas , como ardentes,
recre% o çoraqao , e o defende da podridão
dos humores nocivos, gaita a acrimonia da
cólera em todas as febres, e corrobora o
V entriculo ; dá-fe de duas até quatro onqas
em licor conveniente.
i6ç
do fe hao demiíter, que he pela CanicuJa,
eílaó as Laranjas muitas vezes fem cumo , e
o Xarope allim faz o mefmu eiTeito ,’ e fe pó-
de coníervar para qualquer tempo do anno,
que feja necefíkrio.
XAROPE DE FLOR DE LARANJA,
8o ~R. Flor de Laranja libra huma.
Agoa de flor de laranja li br. 4.
Açúcar libras tres \faça-fe Xarope S.A. Ita
Nicolào Lemery in Pharmacop. cap./^.p. 242.

~7$ R
XAROPE DE CASCAS DE CIDRA.
C afeas verdes cie Cidra libra huma.
, Agoa libras cinco.
,
Far-fe-ha na forma feguinte: A flor depois
de bem limpa e efeolhida fe metta em va*
fo capaz, e eme ima fe lhe lance a agoa , e fe
Açúcar libras tres. deixe em digeítaõ vinte e quatro horas, ta-
Almrfcar graõs dous. padas bem as junturas da cabgca , e lambi-
Ambar gr. hum: faça fe Xarope S. A. Ita que $ paíTado o dito tempo, fe ponha em
Francfcus Dijfaldeus traã. de Syrup.pag. mi- banho de agoa a diltillar, e tanto que tiver
hi 644* Far-fe-ha na fórma feguinte: As caf- diítillado huma libra, fe tire o valo do lu¬
cas de Cidra fe poráo a cozer em valo capaz me , e a matéria , que eflá dentro , fe efpre-
com as cinco libras de agoa, até fe gaitarem ma, e clarifique, e ponha a cozer com o
duas libras , e depois de frio fe coará , e eíla
Acucar; e tanto que tiver ponto de Electua-
coadura fe porá acozer.com o Aqucar clari- rio folido fe lhe lance a libra de agoa , que
ficado; e tanto que tiver ponto convenien- primeiro fe diftillou , e entaõ fe coe, e aílim
tefecôe, e em parte do Xarope fe delatem fe guarde para o ufo. Eíle Xarope fe faz
os cheiros. neíta fórma : diftiliando primeiro a parte
Serve eíle Xarope para a intemperanqa mais volátil, e efpirituoia da flor, porque o
fria do Ventrículo , e para a cura dos fla- que fe faz com infuíoés da mefma flor, nao
tos; dá-fe de huma onqa até tres ás colhe¬ he taôbom ; porque pelo cozimento fe lhe
res por varias vezes, ou em licor conve¬ refolve aparte volátil, e eflencial das flores*
niente. o que nao fuccede diílillando-as primeiro, e ,,
XAROPE DE LARANJAS AZEDAS. lanqando-as no Xarope depois de cozido: da c^tícurn
79 T) Çumo J de Laranjas azedas depu- mefma forte fe faz o Xarope das cafcas de Arantio-
1 • YfluO» laranja. rum.
Açúcar anà libras duas : faça-fe Xarope Elte Xarope fortifica o Cerebro, recrêa
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop. uni- os efpiritos, excita o fiuor, refifte á maligni¬
vef. cap. 4. de Syrup. pag. 24]. Far-fe-ha na dade dos máos humores, e he íinalmente
fórma feguinte: As Laranjas fe lhe tirará o hum foberano remedio para abater os va-
cumo , e fe porá ao Sol dous ou tres dias, pores hyítericos-, dá-fe de meya onqa até
então fe filtrará , ou fe porá ao lume , até duas.
que dê huma ou duas fervuras , e delle aílim RARO PE DE RO M A A S.
bem claro , e depurado fe tomará huma par- 81 TJ& Çumo de Roma as azedas depurado.
te , e duas de bom Aqucar , e fe porá a co- jLV» Açúcar anà libras duas: de tudo
zer em vafo de barro , até que tenha ponto fe faça Xarope. ita Nicolaus lemery in Phar-
conveniente de Xarope,e coado fe guardará macop. univerf. cap.\. de Syrup. pag. 220. Far¬
para o ufo.Póde-fe fazer eíle Xarope também fe-ha na fórma feguinte : Tirar-fe-ha o cu- Dcpura-
pondo o Aqucar depois de bem clarificado mo de Romaãs azedas, e depois fe porá ao'cranàto!
em ponto mais fubido , que de Eleétuario; e Sol em hum vidro com humas gottas de r^m
fóra do fogo fe lhe miílura bem o cumo,que azeite emeima ; depois de eílar muito claro,
eílará primeiro depurado , e depois de bem e puro , fe lhe tire o Azeite de cima , e to-
mixto fe pôem a aquecer no fogo fómente, mera a quantidade de cumo , que na receita
c fe côa, e guarda para o ufo. fe pede , e com o Aqucar fe ponha a cozer
Serve o Xarope de Laranjas azedas para em vafo de barro , e com fogo brando, até
corroborar o coraqaÕ, e eítomago , para re* que tenha ponto de Xarope , que nao feja
íiílir á malignidade dos humores, e para re- muito alto, e depois de coado fe guarde
frefear, e rebater o fervor da cólera j dá-fe para o ufôXJVmbem fe póde fazer toman- syrupus
de meya onqa até huma e meya em jejum, e do duas partes de Aqucar, pondo-o em pon- Crana-
fe póde ufar delle em lugar das Laranjas fe- to de Eledtuario folido , e depois miíturan- tor, fins
renadas, que fe mandaõ dar , porque em al- do-lhe huma de cumo bem depurado , en- ígnc-
gumas partes as nao ha, e cm outras, quan- tao fe côa , e guarda para o ufo. As Romafts
", .. ' n azedas;
 i46 Pliarmaci Lufit, Augtnént. Tr/t/Vi
azedas laõ as que fe devem ufar íempre na eifcandd em feu''Vígòr, edaá firôis groíFasy
Medicina, porque cilas laõ muito córdeaes. qué hoúver , entap te lavanto y e4he tirarão
As doces também faõ boas para comer por o amagó y-depois íe Cortarão mi ud ás, e po-
regaio•, fe.íaõ das de Thomar, ou de Santa-* ráõa cozer nas cinco libras de agoà , e tan-
rem , que do uib da Medicina eu as-efcufo: to que gaitar a terca'parte íè tirein doíogo,
fó pára émplaíto de Romaás , que fe acha e paliadas iePs hórâ^íVcÔe , e elaíifiqbe coit*
eicripto em alguns Auétores $ porém como ovo , e junto o cozimento cdm o Aclicâr le
o einplafto le ufa taõ pouco , que ihiagino ponha a cozer até qúé tenha-ponto de Ele>*
neltes tempos ninguém o faz , fe pode dizer, ctuario folido , e de- lhe lance o vinagre, é
que as Romaás doces fervem de pouco. O logo fe tire do fogo^e côè", e dépofs de cóa-
legundo modo de fazer o Xarope he o me¬ doie guarde para o ufo. AlTimi otèhfma' a fa-
lhor , porque como o cumo naG vay ao lu¬ zer joaõ Zuelphe.ro m i*partVPraflf]de Sy¬
me , naõ ha receyo, que fe lhe refpíva o fal rup. pag.34. ■' -V1- e
accido, e efiéncial das Romaás. Alguns ufa5 defte Xarope feito fem vina¬
Faz o Xarope das Romaás reviver os efpi- gre, e afiim he melhor V porque bvinagre
ritos , applaca ofallio , cura os vomitps, faz hevallringentrj, e poucò conveniente a hum
parar os curfos,e fluxos hemorrhoidaesq-efre* Xarope, qufj he aperitivo, e fempre fede-
íca , e tempera muito o ardor das febresfdá- ve ter feito -com elle f porque qüando fe pe
fe de meya onqa até huma e meya emjule direom vinagre, fe lhepódé ertta&ájutftar.j
pes, ou. licor conveniente. He efte Xarope bom para curar as obítruc-
TAROPE DE DUAS RAIZES. coes do Eigado, Baqò , e Mefenterio, pur¬
82 1F| R ai% de Salfa , e de ga por ourina , he util aos Hydropicos, pur¬
. Funcho anà onças quatro. * ga as a/rêas dos rinsy e finalmente ferve para
Aproa li br as.cinco. todos os males caufados de opilaqõês j dú-
Açúcar libras duas: faça-fe cozimento u/que fe de meya onqa até duas. .-xiibrí', .-.o
ad medietatem, e depois Xarope S. A. Ita XAROPE DE O XIS ACCHARO
Joannes Zuelpherus in Pharmacop.Reg. 2.part. fim pies.
pag. 54. Ear-fe-ha In a fórma feguinté As *4 T3 Çumo de Romaás azedas onças
raizes fe colherão eftando em feu vigor , de¬ -- . JL\!• Oito: iã: ÍJ.'

pois fe lavarão, e lhe tirarão o amago , e Vinagre onças quatro. •' "?
cortadas fe ponhaõ a cozer nas cinco libras A cucar libra huma ■: faça-fe Xarope S. A.
de agoa até,gaitar ame ta de , e paliadas leis Ita Nicolaus in Antidot. nuhi pag. 180. Ear-
ihoras fccôe o cozimento , e clarifique coro fe-ha na fórma feguinte : Depois de bem
ovo , e junto com o Aqucar fe ponha a co¬ purificado o cumo , fe tome a quantidade,
zer até que tenha ponto de Xarope $ e ten¬ que íe pede na receita , e com o Acucar fe
do-o, fe coe, e guarde para ouío. Efta mel ma coza até ter ponto muito alto, entaõ fe lhe
receita traz Lcmery , e os mais modemosj lance o vinagre , e como dér huma fervura
porque a que fe acha eferipta nos antigos fe tire do fogo , e depois de coado fe guarde
leva Sementes, e nao felhepóde chamar para o ufo. Elie Xarope, e todos os mais
Xarope de duas raizes; porque leva tres das que faõ feitos de cumos azedos,le devem fa-
diureticas, e deita mefma forte o enfina a zer em vaíbs de barro vidrados, como ja va¬
fazer Valerio Gordo traU.de Syrup, pag. mi- rias vezes íe difié. Chama-fe a efte compo- Oxifac.
hi 1^4., e outros muitos. íto Oxifaccharo , porque fe compõem de c^arutn
Serve eíte Xarope para a cura das obítru- vinagre, e Acucar, como diz Plateriofup.
coés, e para fazer ourinar $ dá-fe de meya Nicolaum mihi pag. 182. poreftaspalavras:
onca até duas. Oxifacchnrum áicitur ab Oxi, quod cjl acetumy
XAROPE DE CINCO RAIZES. faccharum , ex quibus componitur.
8 5 T> Rahde Aypo. Serve eíle Xarope para fazer reviver os
■ JLV* Funcho. efpiritos, refiíle ã malignidade dos humo¬
Salfa. res , refrefea precipitando os humores be-<
E/pargo, e de liofos, fulphureos, efalinos, faz parar os
Gilbarbeira anà onças duas. cuvfbs, e fluxo das hemorrhoidas j dá-fe de
Agoa libras feis. meva onca até huma.
Acucar libras tres. XAROPE OXISACHARO COMPOSTO.
Vinagre branco onças oito : faça-fe cozimen¬ T> Avença. Oxifac-
to até gafiar a terça parte , e depois 0 Xarope Língua Cervina. - charum
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop. Douradinha. compoá
Hepatica. tum.
univerf. cap. 4. de Syrup. pag. 2 32. Far-fe-ha
na fórma feguinte : As raizes fe colherão Avença 5.
Rai\
 Das. Xaropes fimpl[ices, è compoííos.
. Rai\Ae Funcho.
Rfpa/go*. ' •
4i G/lbarpetra,
Grama atui onça huma.
CjumofeRomaás a\edas libras oito.
Açúcar libras quatro : tudo fe infujnda tres
dias no çumo , e depois de huma leve fervura
Je faça Xarope $, Jl Itajoannes Zuelphcrus
ui fharmacpp. Reg. Augujiana 2. part-.claf. 1.
de Syrup ^pap. 48. Far.-fe-ha na fóírna.fe-
gniçtç; -j4s nervas fe cortaraõ miudaS*^
4^!ze&:fç.íq^a<;hu.caráõ. e- metteráõ eij).< yafo
de bitfrojçápa?,-,- e emcima. lhe lançárá&,o
fÇumo dás,Ro.maãs , e fe porá o valo em/dir
:U" "t
geílaõ tres dias, paíTados eíksie .faifáifjefver
levenjente,». e depois fe coará ,. e clarificará,
e ultimamente fe porá aj cozer e-m^yaÍQ dç
barro ccfrp.p Aqucar , e tartto que rív<çioppn-
to cpnv^niente^ íe coará para o ufoü • •
*, SerYe efte çompoílo pafa< acurjaidas. ob/
ítrucçoés, e para fortificar as entranhas, e-he
n;il rcothas!,/Áem todosfoí-áfifé-
dlos, que procedem dev*fervor de*langue,
ou de çolçtftò dá le de meya onca até huma
e meva. cV» "' ■'r
XARO£&£)XISACHARQ VOMFOTO.
)xifac- T) Vidro de Antimonio oita?néyq.\
harum
£v• Vinagre brancofino onçaspHO-
omiti-
um.
Açúcar onças quatro tAe.pois de,quin%plwras
de digejiaô fe côe, e faça, Xarope S^A-Wlta
Jo anues Schorderus in, Phartnacopea Chi mi ca
lib. 2. cap. 84. mihi pag, zyo. Far-fe-hã' na
fórma íeguiute :-0 vidro de Antimonio fe
pilará, é.lajriçará em vaio.de barro vidrado,
eemchnaídelie fe deita/á ò vinagre , e dei-
xará .0 va.Co era digeílaõ quinze horas, palia¬
das ellas fe côe , e com o Açúcar fe ponha à
cozer até ter ponto conVêmente de Xarope,
e depois de coado le guarde para o ufo.
Também fe pode fazer eíle Xarope com os
pós de Quintilio em lugar do vidro do An¬
timonio. i .
He efte Xarope hum admirarei vomito-
rSo contra as febres continuas, peftilenciaes,
e intermitentes : dá-le antes que venha o
frio , ouáebre, e também he util para aquel-
lcs que bebèraõ veneno : dá feduas oitavas
até iéisdiiuto em agoa tépida.
XAROPE DE DORMIDEIRAS.
87 TT Cabeças de Dormideiras brancas
JLV » libras duas.
Cabeças de Dormideiras negras libras huma.
Aproa
«£r»
libras oito.
Açúcar libras tres : de tudo fe faça Xarope.
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmácop. uni-
verj. cap. 4. de Syrup. pag. 229. Far-fe-ha na
fórma íeguinee : As Dormideiras fecolhe-
ráõ quando eíliverem maduras , e antes que
a femente lhe caya , e as lanqaráõ em vaio
í6y
capaz , e emcima delias deitaráó a agou fer¬
vente , e deixaráõ a matéria vinte e quatro
horas em digeílaõ , paliadas ellas fe coza até
gaílar amétade , entaõ fe côe , e clarifique
com ovo , e depois le ponha a cozer com o
Aqucar, até ter ponto de Xarope , e depois
de coado fe guarde para o. ufo. Se naõ hou¬
ver cabeças de Dormideiras negras, fe póde
fazer com as cabeças das brancas. Elias para
eíle Xarope fe haõ de colher eílando bem
maduras ,e quafi feccas, porque fe fe faz o
Xarope com as que eftaÕ muito verdes, po-
déráÕ Com a demafiada vifcofidade , que
tem , corrompe-lo : dado cal o ,.que fe, aca¬
be o Xarope no decurfo do anncx, em tem¬
po qué naõ ha Dormideiras verdes j fe po¬
derá afazer com as feccas 5 mas ba-íe de dar
á agoa duas , oü tresjpeçmutaçoês de cabe¬
ças de DormideiraSjfeceas, em que vá al¬
guma femente rniílnrada.
Serve .o Xarope de Dormideiras de pro¬
vocar fotrino, e para . adoçar os accidos dá
garganta., e afpera artéria, applaca as dores,
faz parar as, flqxoéá j e os efoarros de fangue,
abranda atófié, e he bom em todas as occa-
-fioés, erá que há neceffidade de abrandar, e
parar o movimento dos humores : dá-fe de
meya onça áté huma emeya. •
, X AR O PE DE PAPOILAS.
88 T) • Çunio de flor de Papoilas.
XX. Açúcar and partes iguaes : faça-
fe Xarope S. A. Ita Moyfes Charás in Pliar-
macop. Reg. traã. de Syrup. pag. 171. Far-fe-
ha na fórma feguinte : A.flor das Papoilas fe
pifará em gral de pedra, e fe efpremerá em
imprenfa, depois fe porá ao Sol a depurar,
e fe filtrará , e com huma parte do çumode¬
purado, e duas de bom Açúcar fe porá a co¬
zer , até que tenha ponto de Xarope , e de¬
pois de coado fe guarde paia o ufo. Pddè-fe
fazer também com a infufao da flor das Pa¬
poilas repetida tres vezes , v. g., tomando
huma libra de flor , e infundindo-a em qua¬
tro libras de agoaj pafíadas fete, ou oito ho¬
ras fe efpreme, e faz o mefmo , aquentando
o licor, e lançando nova flor , fegunda e ter¬
ceira vez , e depois com quatro1 libras de
Açúcar fe faz o Xarope , affim o enfina Le¬
mery traã. de Syrup. cap. 4., e Charás no lu¬
gar citado $ mas o Xarope, que fe faz com
o çumo fica com mais galante côr, e de mais
virtude , por ter menos cozimento , o qual
fendo largo lhe refolve a virtude eíTencial
e volátil da flor.
Serve o Xarope da flor das Papoilas para
engroíTar as ferofidades fubtis: he admiravel
nos achaques do peito, efpecialmente nos
Pleurizes , quando fe querem parar as flu-
xoés dos humores ténues, e acres, provoca
fomiio,
 i6$ . Pharmac. Lufit. Âugment. Trat.V.
fotnno , e efcarros, gaita por tranfpiraçaÕ a
cólera, e faz íuar : dá-fe de meya onça até
duas ás colheres , ou cm licor conveniente.
X ARO PEDE ALCAÇUZ.
8y T) Alcaçà\ rafpado onças duas.
I\. Avença onça hum a.
Hyfopo fecco onça meya. v guarde para o ufo. Chama-fe a eíte Xarope
Mel efcumado.
Açúcar bom.
Alfenim and onças oito.
Agoa Rofada libra meya: de tudo fe faça di-
gejiad vinte e quatro horas , depois fe co%a atè
ga/lar amétade , e fe faça Xarope S. A. Ita
Nicolaus Lemery in Pharmacop. univerf cap. 4.
de Syrup. pag. 241. Far-fe-ha na fôrma fe*
guinte; G Alcaçuz fe rafpará, e machucará,
e com as hervas cortadas miúdas fe metterá
em vafo capaz, e emcima lhe lançaráõ qua-
tro libras de agoa quente, e fe deixará a ma¬
téria em digeítaõ vinte e quatro horas, paf-
fadas ellas fe coza até gaitar amétade-j entaõ
fe cóe, e ponha a cozer com o Mel efcuma¬
do, Aqucar, e Alfenim, tudo clarificado
com ovo 5 e tanto que tiver ponto mais al¬
to que de Eleótuafío folido, fe lhe lance a
agoa Rofada, e depois de bem miíturada fe
côe o Xarope, e guarde para o ufo» Neíta
mefma fórma o enfina a fazer Hypõlito Sec-
carelli no Antidot. Roman. traól. de Syrup.
pag. i6y. , e o rnefmo Lemery , e todos os
modernos. Alguns efcrupulofosqtierem que
eítè cozimento fe gradue , fenaõ que perde
a virtude a Avença , .por fer de ténue fub-
ítanciaj porém nao importa que haja gra-
duaçao $ porque todas as vezes, que fe fe-
guir cozimento depois dè infufao ,* ainda que
eíte feja largo , eos medicamentos, que le¬
va , huns fejao de groíFa fubítancia , outros
detenue , nem por iífo fe lhe reíolve a vir¬
tude ) porque eítájá communicada ao licor,
em que íè infundio , e mixta com a virtude
dos mais medicamentos, e por eíta razaÕ
livre de fe refolver: aílim o eníinaõ os Au¬
ditores acima citados , que nenhum falia em
tal graduaçao , e Antonio Mufa Brafavolo
tio exame dos Xaropes, na defcripçaõ do de
Lofna , e ultimamente o prova elegante¬
mente Fonte Pérola cap. y. de Syrup.pag. y f.
O Xarope de Alcaçuz excita os efcarros,
adoça a afpera artéria, he bom para os Pleu-
rízes,Afma, e para todos os achaques do pei¬
to 5 dá-fe de meya onça até duas ás colheres.
XAROPE BIZANTINO SIMPLES.
5>° T> Çumo de Chi core a , e de
. Aypo anà libras duas.
Çumo de Borragens, e de
Luparos and libra huma.
Açúcar libras duas e meya: de tudo fe faça
Xarope S. A. Ita Joannes Mefues Uh. 1. di-
fiinã. 6. de Syrup. mihi foi. i^y. Far-fe-Ha na
fórma feguinte : Os çumos fe tiraráô , pon¬
do-os ao Sol, ou em o fogo, e depois de
■
filtrados fe lhe ajunta o Açúcar clarificado
comovo, e tudo fe pòem a cozer até ter
ponto conveniente de Xarope, e coado fe
Bifantinò , porque foi inventado em huma
Cidade antiga , chamada Bicando , que ho¬
je htConJiantinopla , e deita tal Cidade cha¬
mada Biyancio toma o nome , ejúntamente,
porque nella muito fe ufava. Algunsf he cha-
maÕ Xarope Dinario, nome Arábigo , que
quer dizer Diurético, ou Aperitivo: Aílim õ
enfina JoaÕ Caílilho lib. 1. cap. 24» pag. 54. Syriipi
de Syrup,, e Lemery na fua Pharmacop. cap.%. Dinari;
fimp.
de Syrup. pag. 244. — ! - '>
He o Xarope Bizantino muito Hepático,
e aperitivo j dá-fe para curar as obítrucçoes’,
e para fazer ourinar: póde-fe dar de meya
onça até duas. -
XAROPE BIZANTINO COMPOSTO.
y11. TJ Çumo de Almeirão:
X\. Çumo de Aypo atid libras 2.
Çumo de Luparos.
Çumo de Borragens and libra huma,
Rofas onças duas: * ] <• ■
Alcaçú\ oitavas quatro. - ÜÍ'JJ
-kjUTJj
'' '“ 'Semente de Funcho. .111X11
'' Herva doce, e de ^ ^
Aypo and oitavas tres.
' Spicanardi oitavas duas.
Açúcar libras duas e meya.
Vinagre branco libras duas: de tudo fe faça
co\imento, e depois Xarope S. A. Ita Mefues
lib. 1. Simp. âijlinãione 6. de Syrup. foi. mi¬
hi i jy. Far-fe-ha na fórma feguinte : Cozaõ-
fe os çumos, e nelles lancem as Roías, Al¬
caçuz machucado, e rafpado, e as mais cou-
fas, excepto a Spica, que fe porá cortada
em ligadura 5 e em quanto fe coze, fe irá
efpremendo, e depois de terem gaitado mais
da terça parte fe tirem do lume, e fe efpre-
maõ fortemente, e eíta efprelfaõ fe torne a
coar, e clarificar com ovo, então fe miítu-
rará com o Açúcar, e fe porá a cozer até
ter ponto de Xarope muito alto, e fóra do
fogo lhe lancem o vinagre, c no cafo que
feja neceífario fe ponha outra vez ao lume
em fogo brando , até que tome ponto capaz,
e ultimamente coado fe guarde para o ufo.
Eíte Xarope fe ufa tao pouco, que naõ im¬
porta tê-lo feito , porque fe fe pedir, fe pô¬
de ufar em feu lugar do Xarope acetofo
compoíto, aílim o diz Fr. Antonio de Ca-
ítella lib. 1. divif 2. de Syrup. pag. 4., e Bau-
deron lib. \.feã. 2. de Syrup.pag. 5 6. Todos
os modernos, quando fazem eíte Xarope,
lhe naõ lançao vinagre, por naõfcr conve¬
niente
 Dos Xaropes fimpl ices, ecompoftos.
niente ao que com elle fe pertende curar j e
aflim no ca fo que fe faca , fe lhe lançará,
querendo-o aífim o Medico , que o houver
de gaftar.
Serve efte Xarope para abrir as obftruc-
qoês do Fígado y Mezenterio, e Baco, he
proprio para curar as más cores das mulhe¬
res , provoca a conjunqaõ menfal , cura as
febres podres, aíTim biliofas, como fleuma-
ticas diffièeis, e rebeldes: dá-fe de meya on¬
ça até huma.
XAROPE DE ROSMANINHO.
9 2 TJ F1°r de Roftnaninho oita vas trinta.
JlV. Thimo.
Neveda.
Ouregads and oitavas de%.
Herva doce.
Raiz de Piretro and oitavas fete.
Pimenta longa tres oitavas.
Gengibre duas oitavas
Faffas de Uvasfemgraõ onças quatro.
Mel libras cinco : tudo fe aromatize com
Canela.
Cal amo Aromático.
Spica.
Açafraô.
Gengibre.
Pimenta negra.
Pimenta longa and oitaVa humà e meya: fa- pag. $y. Far-fe-ha na fórma feguinte: As
ça-fe S. A. Ita Mefues tib. i. diftinã. 6. deSy¬ Sementes fe machuquem , e com as hervas
rup. mil'yfoi. 148. Far-fe-ha na fórma feguin- cortadas, e flores fe mettaõ em vafo capaz,
te : Em oito libras de agoa poráõ a cozer o
Piretro , e Gengibre, e logo as paíTas fem
graõ , e aflim irá fervendo hum pouco , que
poderá gaitar,, até libra huma e meya, e de¬
pois fe lancem as mais coufas, e irá ferven¬
do até gaílar mais huma libra, e ultimamen¬
te fe lhe lancem as flores do Rofmaninho, e
a,Pimenta longa, que ferverá até ficarem
libras cinco, e tanto que paíTarem feis horas
fe côe.com forte efpreflaõ , ecoada, e cla¬
rificada a coadura , fe ajunte com o Mel ef-
cumado, e em quanto toma o Xarope pon--
to , lhe traráõ dentro em ligadura larga os
ilmplic.es., com que fe manda aromatizar,1
os quaes fe iráõ efpremendo de quando em
quando , e tanto que o Xarope tiver ponto
convètfiente fe coe , e guarde para o ufo.
Para etle Xarope fe devem tomar as cabeças
do Rofmaninho , e nao as tres folhinhas, que
eílaõ. na ponta da cabeça, como dizem al¬
guns 5 porque para fç ajuntarem trinta oita¬
vas deílas folhinhas , nao bailaria o Rofma-
ninho da Arrabidaj e aílim pelas flores fe
entendem as cabeças, que/aõ as que Mefue
quer neíle Xarope, como diz Velle fett. 3.
deSyrup.pag. 84. v 6
Serve elle Xarope para fortificar o C.eíe-
bro, Nervos, e Eílomago, corta a fleuma
169
groíTa', desfaz os flatos * e os rííáos hu¬
mores por tranfpiraçaõ ,.e ultimamente fer¬
ve para todos os achaques , que proce¬
dem de caufa fria : dá-fe de meya onça até
huma.
XAROPE DE ROSMANINHO
de Fernelio.
9 ] TJ FUr de Rofmaninho onças quatro.
JLV* Thimo.
Neveda. ' j .
Ouregads and onça huma e meya.
Salva.
Betonica.
Flor de Alecrim and onça meya.
Semente de Arruda. * :
Peonia, e de
Funcho and oitavas tres.
Agoa libras nove.
Açúcar.
Mel efeumadf and libras duas t aromatize^
fe com
Canelai
Gengibre.
Calamo Aéomatico and oitavas duas : de¬
pois de vinte e quatro horas de digejiaô fe co%&
até gafar a terça parte, e fe faça Xarope
q S. A. Ita Joannes Zuelpherus in animadverf.
Phaxmacop. Aug. 2, part. claj. 1. de Syrup.
e emeima lhe lançaráõ a agoa, e poráõ o va¬
fo em digeílaõ vinte e quatro horas $ pafia¬
das ellas, fe porá a cozer a matéria até ga¬
ílar a terça parte, entaõfe coe, e depois fe
clarifique com ovo , e com o Açúcar, e Mel
efeumado fe ponha a cozer, e em quanto to¬
ma ponto fe lhe traga dentro em ligadura à
Canela , Gengibre , e Calamo aromatico pi¬
fado grofíb, e fe irá efpremendo de quando
em quando, e tanto que o Xarope tiver pon¬
to , fe coe, e guarde para o ufo. Eíla receita
de Xarope de Rofmaninho , que efereveo
Fernelio, he a melhor, e de que fe deve ufar,
por fer mais proporcionada nos fimpliCes , e
livre das Pimentas, aílim o diz Nicoláo Le-
mery na fua Pharmacop. cap. 4. de Syrup. ha
annotaçao dó mefno Xarope.
Tem èíle Xarope as mefmas virtudes,
que o de Rofmaninho acima efçripto n. 92.
porém eíle ainda he muito mais efficaz j éo
de que fe deve ufar, como diz ZueJphero
no lugar citado , por eílas palavras: Syrupi
fupra ditli vires aquat, imb quoad Cerebri af-
feãus fanando s longe validior exifit, utprid-
ris Syrupi ufus pra. hujus compofitione jampro-
pé negligatur èv.j dá-fe de meya onça até
huma émeya.
* XARO-
 Xjo Pharmac. Lufit. Augment. Trat. V.
X A RQ PE DE HYSOPO ve fervura, entaõ fe tire do lume , e pafladas
H T3 Hyfopo fecco. pito horas, fecôco cozimento, e clarifique,
XV • Raizes de Aypo. e ponha a cozer com o Acucar, até ter pon¬
Funcho, e de
to conveniente , e ultimamente lhe déitaráõ
Alcaçuz anà oitavas de\. >r os tres Xaropes , e fe coará tudo, e depois
Cevada ejbulhada meya onça. de coado fe guardará para o ufo.
Sementes de Malvas, e Eíte Xarope he hum notável remedio
Marmelos. : * nos Pleurizesj dá-fe depois de pafíádos os
Alcatira anà oitavas tres. primeiros dias nos que faõ eítuantes , e bi-
Avença oitavas feis.
liofos, e em que convêm remedios incraf*
Ja)ubas. . • ■ : ~
fantes, de huma até duas onqas em JulepeS
Ameixas anà num. trinta.
convenientes, ou ás colheies. Como aqui
Faffasfem grad do%e oitavas. fali o em Pleurizes, e tenho do Pomo de
Figos feccos , e
Quercetano boa experienciay lhe eferevo a
i amaras anà num. dez.
receita para os Praticantes novos a fazerem
Alfenim libras duas: de tudo fe faça Xarope
com certeza, pòTque já vi variedades èin
lta Mefues hb. i. dijiinã. 6. de Syrup. taõ pequeno compoíto.TomaráÕ huma Ma-
m/hi foi. 4^. Far-fe-ha na fórma leguinte: cáa Camoèza , a que neíla terra chamaõ Pe¬
Em oito libras de agoa fe ponha a cozer a ros doces , e a efeolheráõ sãa ,e grande, ou
cevada até gaitar libras duas, entaõ fe lhe a melhor que fe achar, fár-lhe-haõ hum bu¬
lancem as raizes de Aypo, Funcho, e AI- raco redondo, por onde lhe tiraráõ o carof-
caquz, e ferverá até gaitar mais outra libra, fo, e pevides, e neíte vaõ metteráõ huma
e lhe ajuntem as Ameixas , Jujubas , PaíTas, oitava de incenfo branco em pó iubtil; e
Ejgos, e 1 amaras, e fe continuará o cozi¬ meya oitava de Aqucar Cánde , entaõ íe lhe
mento até gaitar mais outra libra , e lhe dei¬ porá o boccado, que fe lhe tirou , c fe fe-
tarão as Sementes, e Alcatira em ligadura, gurará com alguns bicos de páo 5 depois fe
c o riyiopoj e tanto que eítiver em mais de
duas lihras fé lho 91-„ 7 . uc porá a a«arjem
PUia aíTar„,em tórma
fórma que le
fe nao
naõ queime, e
eía huma le e S" * COm Con,ü eíli™ b<™ a^da, fe tire do fogo e
.„:TU,ia * c ® tlie d° fogoj faqa em quatro quartos, que fe daráõ ao

conveniente e tendn-n fé X Fa pa*' lVm remedio le dá paífado o ter-

para o ufo. ’ * e &uarde
Serve efteXarnr^na.-o , de ° doentc beber duas, ou tres oncas de
do oèito e hnfá n P t0doS 7 achaclu,es
miUosXatfen.’ Pr “ 05 efCarr°S ’ Íe
A maticos , e paia os que tem toífe
dedídas' ^^
até huma e meya ás colheres. 6
XAROPE^ ANTIPI fÚr ITirn
T> AlcJnílat
li. CnCr.il' a ‘'P a j} j , ro tema ya eerra dos los dientes , y era mene-
onçahmta'. f 4 X de va,dana ana
’ Flor de Buxo.
Papoilas, e de
v Violas anà pug. dous.
Agoa da fonte libras fei$.
Xaropa de Papoilas onças feis. '
Avença, e de , ..
,, Jujubas and onças duas.
f Aucar libras ires: faça-fe Xarope S. A.
lta. Doãor Françifcus de Afonfeca Henriques
'nfuaPleuncologiadialexi^pag. rU. Far-
íe-ha .na fórma feguinte: Nas feis libras de
agoa., .eítando quente, fe ponha a cozer o
Alcaquz r^fpado, e maqhucado, e a raiz da
oarclana , e tanto que gaitar duas libras fe
ine lancem as flores, e com ellas dê huma le-
cetro dia da doenqa , e emeima do Pomo ha
?Soa de Cardo fanto, e depois fe ha dé aba-
far Para Prov°car o fuor, com fó efte reme-
dio diz o Auétor eme vira farar a
° "S™ dizD A?d» ^4.
£1*™“ 'Sf* J°’ > onde conti ° <*-
f fcg_u*nte, que lhe luccedeo com hüm Car-
P"Ue,r0 POr formalia verba = W‘ C“rpinu-
MfMrfeloscon unacucharjidJaton, y-cm
cuchillo, y fe lapufieron en la boca lo mejor
que fue pojjible, y en menos de media hora fe
bolvio a un cabo de la cama, y efcupib una
gran quantidad de Apojlema ; defpues durmib
mas de nueve horas , y quando defperto deman¬
do de comer, y fue fano à gloria de Nuejlro Se- •
nor ycuyo nombrefea bendito para fiempre.
XAROPE DE E U PATO RI O.
$6 T> Raizes de Aypo.
XV • Funcho.
Almeirau anà onças duas.
Alcaçuz.
. Squinanto. > i; ;-
Cufcuta.
Rofas anà oitavas feis*
Flores
 Dos Xaropes fimpljces, ecompoftos.
VI ores àeiingUA de vacca, ou rai\es da coufa, que taõ pouco importa , eaflim di-
niejma.
He rua doce.
Semente de Funcho.
Eupatorio.
Avença and oitavas cinco.
Ruibarbo. . j’ .
Almecega and oitavas tres.
Spica. !(.•'' . .
A\aro. \■ :
Folio and oitavas duas.
■ Agoa libras oito.
Açúcar libras (jtiatro.
Çamo de Aypo.
Almeirão and libras duas: de tudo fe faça
Xarope S. A. lta Mefueslib. i. dijiinã. 6. de
Syrup.fol. milii 147. Far-fe-ha na forma fe-
guinte: Nas oito libras de agoa, eílando
quente , fe poráõ a cozer as raizes, e depois
de ter gaftado libras tres fe poráõ as Semen¬
tes , Hervas, Almecega , e Azaro, e como
gaftar maishuma libra lhe lancem as Rofas;
e ultimamente tendo fervido mais hum pon-
co lhe deitem a Avença , e flores ; e tanto
que der huma leve fervura,fe tirará do lume,
e paítadas feis horas fe coe com forte ef-
preííao , a qual fe ajuntará com os cumos
depurados, e fe clarificará com óvo , e po¬
rá a cozer com o Acucar, até ter ponto de
Xarope , e em quanto o toma , fe trará den¬
tro em ligadura o Ruibarbo , eSpica, e fe
irá efpremendo varias vezes no Xarope, e
como tiver ponto fecôe, e guarde para o
ufo. Também o Ruibarbo , e Spica fe pó-
dem infundirem parte do cozimento , ede¬
pois lanqar-lho , qiundojá tem ponto , e o
reiiduo fe deita no Xarope, quando fe coze;
feito aliim fica mais efficaz a virtude do Rui¬
barbo , por fe lhe naÕ ter refolvido a parte
fubtil, e volátil. Pede Mefue dous fimplices
nefte compoílo , aqueelle chama Bedegar,
Sttchaa, os quaes eu naõ eferevi na receita
por ver a variedade de opinioes , que ha
acerca do que fao ; porque Amato Lufitano
na erjarracaõ do cap. 12. do lib. 3. de Diofcori-
des diz , que por elles fe ponha o Cardo fan-
to : íoaõ Cofteu na Annotacad da Confeição
» j « j *
Hamechsz. de Mefue , diz omefmo, André
Mathiolo no lib. 5. das Epiftolas , quer , que
por elles fe ufe a raiz.da Gariophylata , Bra-
zavolo Ferrarienfe no exame defle Xarope
a Sabma, ou Poli podio, Valerio Cardo na
Annotaqaõ defle Xarope, Carlina , ou Car¬
do fanto , e A vice na no cap. 48. do lib. a. diz,
que fe pode pôr Fumaria por eíte fimples,
porque as virtudes delia conferidas com as
que Mefue dá a efte Xarope , fao muito fe-
melhantes, deixo de por aqui mais alguns
Au&ores, porque me naõ quero dilatar em
171
go , que bem le póde fazer o Xarope íem
lhe lanqarem os dous fimplices, que Mefue
pede , e nem por iflo ficará peyor, e haven¬
do de le lanqar algum por elles, leja antes a
Fumaria, vifto o que delia diz Avicena , a
quem fe deve feguir , como a taõ grande
Meftre. Por Folio fe deve pôr nefta receita
A%aro , como diz V elles in fua Fharmacopea
feã. 3. de Syrup. pag. 81.
Serve efte Xarope para fortificar o Efto-
mago, e Figado , cura as obíiruçqoés, e fer¬
ve para a cura dos Hydropicos; dá-fe de
meya onqa até huma e meya.
XAROPE DE J UJ U B AS.
y7 TJ Jitjubas num. fejjenta.
Xv-• Cevada limpa.
Alcaçuz and onça huma.
Violas manip. meyo.
Sementes de Malvas.
Marmelos.
Dormideiras brancas.
Melaô, e de
Alface and oitavas tres.
Agoa libras feis.
Açúcar libras tres: de tudo fe faça cof; men¬
to , e Xarope S. A. lta Moyfés Charàs in
Pharmacop. Reg. cap. 15. de Syrup.pag. 1Ó4.
Far-fe-ha na fófma ieguinte : Nas feis libras
de agoa , eílando quente , fe lance a Cevada,
e fe cozerá até gaftar huma libra , entaõ lhe
lanqaráõ o Alcacuz rafpado , e machucado,
e asjujubas, e depois de ferver mais hum*
pouco,lhe deitaráõ as Sementes de Marme¬
los , e Malvas machucadas, e as Dormidei¬
ras , efeirá continuando o cozimento até
eflar em pouco mais de tres libras ; eílando
neíles termos, lhe lancaráõ a Avença , Se¬
mente de Melaõ , e as V íolas, que fe forem
verdes, ferá melhor; e tanto que dér huma
fervura , ou pouco mais, fe tire do lume , e
pafiadas feis horas, fe aquente fomente o
cozimento, e fe coe com forte efpreflaõ, a
qual fe clarificará com ovo , e depois porá a
cozer com o Acucar até ter ponto conve¬
niente , e coado fe guarde para o ufo. Aflim
oenfina a fazer Charás no lugar citado , e
Lemery cap..4. de Syrup. p. 227. Alguns met-
tem neíla receita Alcatira , a qual naõ efere¬
vi , porque parece efeufada no compoílo ,
porque o faz muito vifeofo , e por efta razaõ
os Modernos a excluem do Xarope 5 porém
fe houver algum curiofo , que queira fazer
efte remedio pela frafe antiga lhe ajunte tres
oitavas de Alcatira , e a metta em ligadura
com a Semente de Marmelos, e a traga den¬
tro do cozimento do Xarope , tudo he dou¬
trina de Lemery no lugar citado.
Serve o Xarope dcjujubas de engraftar
Y z w as
 IJ2 Pharmac. Lufit. Augment. Trat.-FC
as forofidades, e os outros humores muito XAR.ÕPE DE. FUMARIA
iubtis, e acres, que cahem fobre os Boles $
provoca os eicarros , e faz parar a toíie $ he
util nos Pleurizes, Almas, e em todas as fiu-
99 R fimpies.
Çumo de Mola rinha depurado.
. Açúcar and partes igtiaes : faça-fe
xoés , que cahem no peito : dá-fe de meya Xarope S. A. La Jacobus SilviusAtb. p Phar¬
onca até hum a e meya» mac. p. mihi 141. Far-fe-ha na fôrma leguin-
. X A ROPK DE LOS N A. te : Pifar-fe-ha a Fumaria em gral de pedra ,
y6 T3 Lofna fecca kbrameya. depois fe depurará o quino ao Sol, ecoará,
JLV, Fofas vermelhas. e filtrará, no cafo, que naõ haja Sol fe.depu¬
T ar taro branco , anã onças duas. w re em o fogo, entaõ o ajuntaráô a outra tan¬
Spica 'Vardi oitavas tres. ta porcaô de Aqucar, e fe porá a cozer até
■ Cf amo de Marmelos depurado. que tenha ponto de Xarope, e depois de Coa¬
• Vinho branco cheirofo and libras tres e meya. do fe guarde para o ufo.
Açúcar bom libras quatro. * . Serve eíte Xarope para a cura da fama , e
Tintura de Lo/u a tirada em efpirito de vi¬ comichaôexterior, excita a ourina, epurifi¬
nho duas onças : depois de vinte e quatro horas ca o langue : dá-fe de meya onqa até huma
de digejlao fe faça Xarope S. A. La Nicolaus c meya.
Lemery iu Pharmac. univerf. cap. 4. de Syrup. XAROPE DE FUMARIA
pag. iç]. Fur-fe-ha na fôrma feguinte: A compoílo.
Lofna fecca fe cortará miuda , o 'Partaro fe .100 T) Mir abo lano s Citrinos.
pifará groftô,a Spica fe cortará também miu¬ jLV* Sene.
da, tudo junto fe lanqará em hum vaio capaz, Violas and onças tres.
e emcima lhe deitem o vinho, e cumo de Sal de Fianaria onça huma.
Marmelos depurado , e fe porá em digeftao Cf amo de Fumaria depurado libras- quatro.
vinte e quatro horas, pafladas ellas fe ponha Açúcar libras tres : depois de vinte e quatro
a cozer em fogo brando até gaitar a terqa horas de digejlao , fe faça Xarope S. A. Ita
parte , depois fe coe , e clarifique com ovo, Nicolaus Lemery in Pharm. cap. 4. de Syrup.
e ponha a cozer com o Xarope,até que tenha pag. 15*2. Far-fe ha na fôrma feguinte: O qu-
ponto alto , então tora do lume ihe deitarão mo fe depurará ao Sol, ou ao lume, e depois
a tintura da Lofna , e ultimamente fe coará, fe filtrará , e lançará em vafo de barro capaz,
Tiníturn e guardará para o tifo. A Tintura da Lofna e com clle os mais íimplices , e fc poruõ em
Abiinthii fe faz tomando a quantidade , que quizerem digeftao em lugar quente vinte e quatro ho¬
de Si mas de Lofna fecca, e fe deita cortada ras , paíTadas ellas fe leve ao fogo, e como
em vafo de barro vidrado , e emcima fe lhe der huma fervura fe coará , e clarificará com
lance efpirito de vinho quanto balte para ovo, e porá a cozer com o Aqucar , e tanto
hem remolhar a herva , e fe deixe em dige- que tiver ponto fe coe , e guarde para o ufo.
ítaõ cinco ou feis dias: paíTados elles fe coa Naõ eferevo o Xarope de Fumaria compo¬
com forte efpreiíào, e depois fe côa, e filtra, ílo , que traz Mefue , por fer taõ carregado
e aílhn fe ufa delia: deita forte a enfina a tà- de íimplices , que huns faõ inúteis , e outros
Virtus zer Lemery no lugar citado. Serve a Tintu- nocivosjporque com a fua aftriqaõ impedem
Tinítura ra da Lofna para fortificar o eftomago , para a obra aos purgantes, e feito afilm purga ad¬
Abiinthii ajudar a digeílaô , c para excitar a conjunqaõ miravelmente por caufa do Sene , que fem
menfal ás mulheres, dá-fe de feis gottas até elle obra pouco , e o lai de Fumaria lhe ac-
Afintro trinta. A Lofna coílumaõ em algumas par- crefccnta a virtude aperitiva , ferve de cor-
quid; tes deite Reyno chamar Afintro dirivando a reétivo aos purgantes 5 porque como o Al-
palavra Afintro de Abjinthium nome Latino. kali faz rara a fub(laneia vifeofa , e impede ,
Para eíle Xarope fe deve efeolher aquella que fe naõ pegue ás membranas das Vifce-
cafta de Lofna, a que Mefue no liv.dosfimpli- ras, e que faqa com a fua acrimonfa dores ,
ces chama Abjinthium ponticum , que he a que e puxos.
tem as folhas brancas, largas , brandas, que Serve eíle Xarope para laxar o ventre,
nafee em lugares livres, e que tem ofaibo gaita as obftruccoés, fortifica o eftomago, e
amargo. Fígado , cura a farna , lepra, e todas as co¬
Serve o Xarope de Lofna para fortificar o michões , e achaques cutâneos : dá-fe de hu¬
eftomago, ajuda a digeftao, e para a curadas ma onca até duas.
Diarrheas, cólicas ventofas, doenqasema- XAROPE DE ESCORCIONEIRA.
les hyítericos, provoca a ourina, e a conjun¬ i o i T3 Efcorcioneira libra huma.
ção menfal: dá-fe de meya onqa até huma , JLV • Agoa da fonte libras feis.
miítura-fc também com unguentos para a- Açúcar libras tres : de tudo fe faça Xarope.
liropar chagas, e refiílir ácorrpucaõ. Ita Francifcas Vellefius in Pharmac. fett. ^.de
Syrup.
 Dos Xaropes fimplices-, exrompoftos.
Syrup.pag. Far-fe-ha na fôrma feguinte :
A Eicoicioneira ie lave muito bem, e lhe ti-
rcm as pelles, entaõ ie ponha a cozer em feis
libias de agoa, e tanto que gaitar tres, fe tire
tiO lume j e paliadas leis horas fe coe o cozi-
mento, e feclarifique com ovo , e ponha a
cozer com o Açúcar , até que tenha ponto
conveniente , tendo-o fe coe, e guarde para
o uio. Chama-fe a eíta raiz Elcordonèira
pela admirável virtude, que tem poíta pila-
da fobre a mordedura do Efcorço, e ram-
bem porque he do tamanho do mefmo Bi-
Radix clio j alguns lhe chamaO Rai\ Viperina, por-
Viperina. qUe ierve para os que foraÕ mordidos de V i-
boras, aílirri 0 diz SeUarelli in eleã.fimpli-
eiutHi
He bom eíte Xarope para as febres mali-
gnas, defmayos , triílezas do coraçaõ , me-
lancolia , Bexigas , Sarampãos ; dá-fe huma
bnça até tres em algum licor conveniente.
jy*
pag.mihi 105. faltando nas Bexigas, e Saíam-
po diz: /n quibusniorbisfumniepivuejt-.humhu-
mores à centro ad circu'mferentiamvatcraiui
exanthematà provocntadcutem. jjá-ie ^e hu-
ma até duas onças em licor conveniente
“XAROPE DE LÜNTlLHAS
io 3 Lentilhas brancasfem tafca libra.
JLV. meya.
Agoa libras feis.
Açúcar libras tres: de tudo fefaça Xarope
S. A. [ta Pharmac. Londontenfe DÔron Medi-
cum cap. 24. pag. 233. Far-ic-ba na fórtna lé-
guinte : As Lentilhas fe lanqaráõ em a"oa
fervendo, é nella Ie efeafearáõ, e depois po-
raõ a meya libra delias a cozer até gaitar amé-
tade da agoa , e paliadas feis horas te cóe , e
clarifique com ovo o cozimento , e ie ponha
á cozer com o Açúcar, até ter ponto conve-
niente de Xarope,e depois de coado ie "uar-
* para o ufo.
de

í 02 R
XAROPE DE L AC CA.
Figos p a fados fete oitavas.
• Lentilhas fem cafca.
bacca and oitavas tres.
Al c atira.
Semente de Funcho and oitavas duas.
Açúcar libras duas.
Agoa libras quatro e meya : faça-fe 0 coy*
mento S. A. até gajlar a terça parte, e fe faça Rofas vermelhas onças duas.
Xarope. Ita Avicena Fen. r. traél. 4. cap. 10.
decuratione variolarum , Z? morbillorum. Far-
fe-ha na forma feguinte : As Lentilhas fe e- ...,
Jta Nicolaus Lemery in_ Pharm.
feafearaô primeiro, e depois fe porão a cozer rup.pag. 251. Far-fe-ha na forma feguinte :
em quatro Ubras e meya de agoa quente , e
lhe lançaráõ os Figos, Lacca, Semente de
Funcho , coni a Alcatira metida em ligadu-
ra , ele continuará o cozimento, até que li-
que em tres libras, ou pouco menos, entaô
fe tire do lutne , e paliadas oito horas fe a-
quente , e coe, e depois fe ajunte com o A-
cucar, que fe clarificará , e porá a cozer até
ter ponto conveniente, ecoado fe guarde
—...
Lacca para o ulo. A Lacca íe ha de lavar primeiro,
;}uo-n<v que Ie lance no cozimento , que fe lance no
io lava- cozimento , e eíta fe lava na forma feguinte:
,ur* Tomaráõ da Lacca a quantidade , que qui-
zerem lavar, e depois de pifada le lava com
hum cozimento teito de Ariítoloquia redon-
da , e Squinanto , com elle quente fe lavará
tantas vezes, até que faya clara a agoa , em
que fe lava ; aiiim o enfinaõ os Padres Cenfo-
res de Mefue na compofiçaô da Dialacca mayor
de Mefue, e Valerio Cordo traã. praparationis
quorund.fi.np. mihipag. 3 6o.
Serve o Xarope de Lacca para acuradas
Bexigas, e Sarampo , porque nas taes doen-
ças faz fahir rodo o humor ruim para fóra , e
o lança á parte cutanea , como diz Zacuto in
Pharm. cap. 2. de Syrup. dfponentibus pituitam
He bom o Xarope de Lentilhas para fazer
fahir para fora as Bexigas, e Sarampos. Dá-
fe em julepes convenientes de huma até duas
onças ,011 mais.
XAROPE DE HORTELÃ A.
104 T) Çumos de Marmelos , e dt
de
JLV# Romã as and libra duas.
Folhas de Hortelda verdes onças oito.
Qalia mofchata oitavas duas.
Açúcar libras quatro : façafe Xarope S.A.
* .. cap. 4. de Sy -
Os çumos fe clarificarão, e depois fe lançaráo
em vafo capaz com as folhas da Hortciãa
verde machucadas, e as Rofas, e fe porão em
digeítaõ doze horas , paliadas ellas fe ponha
a cozer até gaitar a terça parte, entaõ fe coa-
rá , e clarificará o licor , que fe porá a cozer
com o Açúcar até ter ponto de Xarope ; e
em quanto fe coze fe trará dentro a Galia
molchata em ligadura, que fe hirá efpremen-
do , e ultimamente fe cóe , e guarde para o
ufo -f fe quando fe acabar o Xarope lhe lan-
çarem doze gottas de Oleo de Horteláa Chy-
mico embrulhado em huns pós de Açúcar fi¬
no , ferá o Xarope de muito mayor eíficacia.
Achaõ-fe muitas receitas de Xarope de Hor¬
telãa em vários Auctores aílim antigos , co-
mo modernos; porém eíta de todas he a me*
lhor, como afíirma o mefmo Lemery no lu-
gar citado.
Serve eíte Xarope para confortar o eíto-
mago , e firmar-lhe as fihras, impede os vo-
mitos, foluços, corrobora o ventrículo frio,
e pára os curfos: dá-fe de meya onça até on¬
ça e meya.
XA-
 174 PharmaCé Luíit. Àiígment* Trai, V.
XAROPE DE PEON.1A. Semente da mefma and onças ditas.
10$ T> blor de Peonia libra huma. ; Raiz.de Vale na na* .r-. ;o . ;
XX • Rais de Peonia macho onças 4. i Angehca. ' , ltl ....... :;•) p•• -
Semente ae Peonia huma enieya. . a iImperatoria.
Agoa libras quatro. ... hirto piorentjno,
Açúcar libras duas. ,<
*
•\ p /
'v *' * r
; Diãamo branco and onça huma.
/ y lm

Salde Peonia onça huma : depois de vinte e c, j Beto nica. ; ;

quatro horas de digejiaõ fe faça cozjmento ate , Arruda,
gajtar a quarta parte, ha Nicolaus. Lemery in hirto convalle. .
Jpharm. cap.\. de Syrup.pag. 237. Far-ie-ha na . Tilia.,
fôrma, fegiiirtte. A raiz de Peonia, e fiemen- -.■Alfazema and manip. hum.
te le machuquem , e com a flor da mefma fe T.artaro branco onça huma e meya*
lancem em valo capaz, e emeima lhe deitem Agoa de cerejas negras , e de }
a agoa , e ponhaõ o valo em digeítao'-vinte e Vl orde Ti lia and libras tr es.
quatro horas, pafiudus ellas le cozerá em fo¬ . Açúcar libras 4.\faça-fe de tudo. djgefaõ pof
go orando até gaitar huma libra, entaõ le côe, 24. horas , depois ferva hum pouco em banho re
e clarifique , e com o Aquear fe torne ao fo- fe faça Xarope.S. A. Ita Nicolaus, Lemery in
go até ter ponto de Xarope , e ultimamençe Pharm.c.4. de Syr. p. 259. Far le-ha na tórma
le lhe ajunte o lai da Peonia , e depois de feguime: Os fimplices fe machuquem,e met-
bem desfeito fe côe o Xarope, e guarde para taõ em valo capaz , e entaõ lhe lancaráo as
o ufo. Póde-le fazer eíte Xarope compoílo agoa?, e fe porá em digdíaõ vinte ç quatro
lem o lai de Peonia, porém naõ fica a lua horas,, pafladas ellas le ponhaõ a diltillar em
obra de tanta efficacia. Banho de Maria com lambjqu.e de vidro,
Serve eíte Xarope para as Parlefias,, Epi- tapadas as junturas , e como tiver diítillado
lepfws, ea Apoplexias, purifica o cerebro, a parte mais efpirituofa , que lerá coula de
e provoca as ourinas: dá-fe de meya onca huma libra, fe tire a matéria do lume , e le
até duas e meya. Duas caítas de Peonia ha, efprema fortemente, e o licor le clarifique,
huma fe chama femea , e outra macho ; di- e ponha a cozer com o Aquear , e tauto que
ítinguem-fe , porque a Peonia femea tem as tiver ponto bem alto fe tire do lume , e lh<?
folhas compridas,e agudas como as do Sm ir- lancem a agoa , que fe diltillou , e depois de
hio , e as do macho tem as redondas, como bem tniílo fe guarde coado para o uío. Bem
as da Nogueira , afllm o diz Diofcorides lib. ]. fe pode fazer elle Xarope fó corn a digeítao ,
cap. 61. a femea he aquella, que tem fete rai- e depois com hum leve cozimento ; porém
zes todas pegadas ao pé, e fe eflendem ao feito affim fempre fe lherefolve parte da vir-
redor da planta $ eíla efpecie de Peonia he a tude efléncial, e volátil das flores, o que naõ
que fe acha por ellas partes, que o macho fuccede fazendo-fe com a diíliiluqaõ. Afllm
com muita difficuldade fe ha de deCcobrir o enfina a fazer o mefmo Auétor 110 lugar ci¬
tem notável virtude toda a planta , porque tado. He elle Xarope bom para a gotta co¬
femente, raizes, e flores todas fao boas para rai , Epilcpfia , Apopletia , Pariefia, e para
os achaques capitaes * a raiz delb trazida ao todos os achaques do Cerebro. Dá-fe de
pefcoíTo preferva dos accifenccs da gotta me va onca até huma e meya.
coral, aflim o diz Theodorico Dorftenio iibr. ' X A R O P E DE AL T H E A.
Jimpl. cap. de Peonia , e affirma que hum me¬ 107 Raiz de Malvaifco onças feis.
nino, que tinha accidentes de gotta coral, fe Agoa da fonte.
livrava dellcs trazendo-a fempre ao pefcoco, Acarar and l Unias tres : de tudo fe faça Xa-
e que fe lha tiravaõ,lpgo lhe Alava o acciden- rope S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac.
te , como fe vê das formaes palavras, que o cap. 4. de Synip. pag. 17$. Far-fç-ha naiôr-
dito Auétor diz : Radix coitofufpenfa morbum ma leguinte : O Malvaifco fe cortará muito
comitialem tollit. Contigit, qztod collopueri hac miudo , e machucará , depois fe infundirá na
radixfuerit apnenfa, &puer morbum non Jen- agoa eílando quente, e confervando fempre
tiebat, quandocitmque auteni radix amota erat, o vafo em lugar quente por efpaqo de vinte
protinus denub coninúfione corripiebatur. Cha- e quatro horas, pafladas ellas fe lhe dem duas
ma-fea eíta planta Peonia, porque foi delcu- fervuras, e le côe , e depois fe clarifique com
berta fua virtude por hum Medico chamado ovo, e fe ponha a cozer com Aquear, até
Peon, afllm o diz o mefmo Theodorico, e La¬ que tenha ponto conveniente , e tendo-o fe
guna fu p. Viofcorid. cap. 61. lib. 3. côe , e guarde para o ufo.
XAROPE ANT1EPILETICO. Serve eíte Xarope para adoçar os humo¬
Vifco onerei no.
I o<>
R. Raiz de Peonia.
res do Peito , abranda a aerimonia dos hu-
morejqe he util em todos os achaques da be-
 Dos Xaropes funpHces , e compoftos.
__' 1
xiga: dá-fc de huma onça até duas.
XAROPE DE ALTHEA
deFernelio. c io<> "O Epithi mo oitavas vnte.
l0^ T5 de Malvaifco onça duas.
XV# Grama.
Efpar aos.
Alcaçü\.
Vvaspafjaâas.
Graus de bico vermelho.
Simas de Malvaifco.
Malvas.
Parietaria.
Pmpinela.
Pohtrico.
Avencad.
Avença.
As quatro/ementes frias mayores, emenòres,
ana oitavas duas.
Agoa libras oito.
Açúcar libras quatro : corta fe tudo S. A atê
gafar a terça parte. Ita Moyfés Charás in
Pharm. Reg. cap. ij.de Syrup.pag. 114. Far-
fe-ha na forma feguin te : As Raizes ie lavem
primeiro muito bem , citando a agoa quen¬
te lhe lancem o Malvaifco machucado , Ef-
pargos, e Grama , e como gaftar
w huma libra,,
lhe ajuntem os graõs inteiros,e depois de ter*
ver hum pouco , lhe deitarão as Uvas fem
graÕ, o Alcaqüz machucado , e dahi a pou-
co as hervas, e Sementes frias menores, e ul-
timamente quando o cozimento eftiver em
cinco libras , ou pouco mais lhe .ajuntem.o
Avencaõ, Avença, e Sementes friasmayo*
res, e depois dc dar huma fervura, fe tire do
lume , e palTadas cinco ou feis horas fe coe
o cozimento , e clarifique com ovo , e .ponha
a cozer com o Açúcar, e tanto que tiver o
ponto conveniente fe côe, e guarde para o
ufo. Afíim o enfina a fazer o melmo Auélor
no lugar citado , e Lemery no cap. 4. deSyrup»
na Annotaçaõ do mefmo. Eita receita heat
que efereveo Joaõ Fernelio lib. 7. method. me?
iend. pag. 482. $ porém he emendada pelos
modernos, que lhe tiraÕ a fémente deTan-
chagem ,. e accrefcentaõ meya onça das rai-
zes, e paífadas, e duas libras de agoa tirão-
lhe a Semente da Tanchagem, por fer aftrin-
gente , eeRe Xarope fer aperitivo, e acere-
lcentaõ mais duas libras de agoa, para.quéos
fimplices deixem no cozimento melhor a*£ua
virtude. .. .. > > .'Xiv.A
Serve eílc Xarope de Althea de Ferriélio
para adoçar a fleuma acre, .que cahe no pei¬ R. Mirabolanos Citrinos.
to , e nos rins , excita o efearro, provoca as
ourinas , e faz lançar as aréas dos rins, e he
muito util nas cólicas Nephriticas. Dá-fe
de huma onça,até huma e meyaemTiza-
nas, Emulfoés, e Julepes, ou fe toma ás co¬
lheres. .vi..A- ■ horas didigejiad fe lhe délwma leve fervura, è
n « ,
XAROPE DE EPITH1MO
_ J *75
âtMefue.
X\ • Mirabolanos lados , e
Citrinos and oitavas quin\e.
- Cafcuta.
Fumaria and oitavas de\.
Thimo.
Ne ve da.
Lingua de vacca.
RoJmaninho.
Alcaçú\.
Polipodio.
A garico.
M irabolanos emblicos, e
Belericos anã oitavas feis.
Rofas.
Semente de Funcho.
Herva doce and oitavas duas e mey a.
Ameixas num. vinte. 1
V vas pajjãdas onças quatro. i
T ámarindòs onças duas e mey a.
Açúcar libras quatro.
Arrobe libras duas; de tudo fe faça tofimen*
to em libras de\ de agoa , até que fiquem quatroy
efefará 0 Xarope S. A. Ita Me/ues difiinã. 6.
de Syrup.fol. rnihi 148. Far-fe-ha na fôrma fe*
guinre: Nas dez- libras de agoa eftando quen-
te le infunda o Polipodio vinte e quatro ho-
ras, pafTadas ellas fe ponha* a cozer até ga-
Rar tres libras, então lhe lançaráô o Alcaqúz,
e cozerá mais até gaitar huma libra, e depois
de ferver hum pouco lhe ajuntem os Mira¬
bolanos todos machucados, as Ameixas fem
caroço, as paílas fem grao, as Rofás, Hervas,
Sementes, e Tamarindos j e como o cozi-
mento eítiver em pouco mais de quatro li-
bras lhe deitaráoo Épithimoj e tanto que der
mais duas ou tres fervuras, fe tire do lume, c
paliadas feis horas fe côe, e clarifique, e com
o Açúcar , e Arrobe fe ponha a cozer até ter
ponto de Xarope , e coado fe guarde para o-
ufo. O Arrobe também íè lhe póde lançar’
depois deter o Xarope ponto. Deíla forte1
enfina Mefue no lugar citado a fazer eíte Xa-J
ropej porém os modernos o naõ ufaõ, porque;
entendem , que a muita quantidade de fim-’,
plices impede a operaçaõ aos folutivos, e he-
Ra fôrma o ufa5 de outra forte , cuja receita
he á icguiiiíe. V f 5
. ‘li.
0 Epithi mo. Çyrupus
*W -Epithimi
Tamarindos and onças duas e meya. /n- ‘rífnrma-
Agartco. o o- tur.
Sal de Fumaria anã oitavas feis. •*> j
Agoa de lingua de vacca difiillaJa libras 4.
A çucar libras duas , depois de vinte e quatro
fe
 176 Pharmaci Lufit. Augmenti TrãU V* ■>
fe fará Xarope S. A. Ita Nicolaus Lemery in e alimpa todos os humores, que cahem nos
™ ----------
Pharmac. »-«
cap. 4. de --r-
Syrup. pag.• i91. Far-fe-ha bofes, e- c~~ív.+i.
facilita *á reipíraqaõ Vdá-fè
: de-huma
na fórma feguinte: Os Mirabolanos fe ma- onca até huma e meya ás colheres. t
chuquem , o Agarico fe ralle, e com os mais XAROPE- D E. - M UCIL A G FiN S.
fimplices fe mettaõ em vafo de barro capaz, 111 T) Sementes de Malvaifco. A
e emcima lancaráõ a agoa de linguadevac- jLv, Malvas, e
ca , e poraõ tudo em digeftaõ vinte e quatro Marmelos and onça huma.
horas em lugar quente, pafíadas ellas fe leve Alcatira oitavas tres , infundad-fe em tor¬
o vafo ao fogo , e como der huma ebuiliqaõ mento de Malvas , Semente de Dormideiras', c
fe tire delle, e côe com forte efprefiaõ, e eíla de Alkekenges libras duas •, e com-hbrà huma e
fe clarifique com ovo , e ponha a cozer com meya de Açúcar fe faça Xarope S. A. Ita Mat-
Acucar , até ter ponto de Xarope , e depois theus de Grada cap. \C.pag- 404-Far-íe-ha na
ce coado fe guarde para o ufo. Efcrevo eftas íórma feguinte: Em tres libras de agoa quen-
duas receitas do mefmo Xarope, para que os tc fe porá a cozer huma manchéa de Malvas,
curiofos faqaÕ a que lhe parecer mais.util pa- feis oitavas de Dormideiras, e quinze ou \mri¬
ra a boa cura dos achaques, a que fe applica. te grãos de Alkekenges, e tanto que gafta-
Serve efte Xarope para a cólera negra, è rem pouco menos de libra de agoa, iecôe^e
Melancolia Hypicondriaca , he bom pata os nefla coadura eftando quente Je infundiráõ
Leprofos, Saj-nofós, Gallicados, e para a- as Sementes, e Alcatira por efpaco de doze
quelles, que tem chagas malignas: dá-fe de horas, pafíadas ellas fe lhe dé huma fervura,
meya onca até duas. e fe côem as Mucüagens por panno branco
XAROPE PE MARROYOS. muito limpo , e nellas mifturem o Acucar, e
110 T3 Marroyos onças duas. fe ponha 110 togo até fe encorporar com as
■ XV• Alcaçiirafpado onça huma. Mucilagens , entaõ fe tire , e depois de coa-
Avença. 4 . . .. do.fe dê para o ufo. Nefta fórma o enfina a
Hyfopo. ♦ . fazer, Lemery cap. 4. de Syrup. na annotacau
Neveda. f do mefmo., Efte Xarope fe naõ deve ter fei¬
Herva doce and oitavas feis. to } porque como naõ fe poem em ponto ca¬
Rai%de Aypo , e de paz , fe corrompe, e fe o quizerem cozer, até:
Funcho and oitavas cinco. lhe confumirem a humidade ficará de muito
Semente de Malvas. pouca virtude} com que neftes termos a pra-*
Al for vas. tica mais fegura he faze-lo , todas as vezes^
Marmelos. . - que fe pedir , porque niftb naõ ha mais diffi-
Linhaças y. . . culdade , do que eíperarem , que fe faca, c
Rai\ de Uri a and oitavas tres* fendo muita a prefía, com que fe procura fe
Faffas■ fem gr ao onças duas. póde fazer a infufaõ em menos horas, pondo"
Figos pa fados num. de%afeis. o vafo em lugar quente.
yAlfenim. n Serve efte Xarope para adoçar a acrimo-:
Mel and libras duas. vn nia da fleuma, que cahe do Cerebro, pára os
Agoa libras fete: faça-fe Xarope S. A. Ita fluxos hemorrhoidaes, e dores procedidas do
Mefues. Hb. i. diJUnft. i/Âe Syrup. mihifol.i^y. mefmo achaque,éngroíTa os humores fubtis,'
'Far-fe-ha na fórma feguinte: Nas fete libras abranda ,eexpurga as Gonorrheas, e provo-'
de agoa eílando quente} fe lanqaráõ as raizes ca òs efearros : dá-fe de meya onca até huma.
de Alcaqúz machucado, e as mais cortadas, XAROPE DE AGOSTINHO.
e fe cozeráõ até gaftar libra huma e meya, e 112 T> Polipodio quercim libra huma.
depois-as bervas, pafTas, eSeméntes em li¬ JtV« Cimas de Fumaria-
gadura ., e tanto que o cozimento eftiver em ■ Luparos and onça huma e meya.
pouco.mais de quatro libras, lhe ajuntaráõ a Mirabolanos Citrinos. , ■■
Avença, com a qual dará huma breve ebulli- Ruybarbo.
qao , e fe tirará do lume, e pafladas oiro ho¬ i.Sene.
ras fe torne a aquentar, entaõ fe côe, e de¬ Epithimo, and onça huma.
pois fe clarifique com ovo , e ponha a cozer Flores 'de Forragens.
com Mel, e Alfenim,, e como tivér ponto Lingua de vacca.
conveniente fe côe, è guarde para o ufo. Af- Violas. .a . •;
fim o enfina a fazerJoaõ Zuelphero na Pharm. Iva arthetica and onça meya.
Reg. claf 1. de Syrup-. Alcaçú\.
Serve'o Xarope de Marroyos para todos Pàfas fem grau, and oitavas tf ei.
os ac.haques do Peito de caufa fria , princi- Çumo de Fumaria, $ de
palmentepará os Afmaticos, porquecorta, /K Luparos and libras duas.
Acucar
 Dos Xaropes fimplices, e compoílos. 177
Açúcar libras quatro. Saxifraya, e de
Agoa libras do\e : faça-fe de tudo Xarope EnutaC ampana.
S.A. ItaHypolitus Seccarelli in antid. Roma 12. Diãamo.
traít. variar, receptarum pag. $$8. Far-fe*ha Rait dejunça.
na fôrma feguinte: Nas doze libras de agoa Rubia tinálorum, e de
eílando quente fe lance de infufaô o Polipo- Lírio, e
dio machucado com huma pouca de herva Peonia, and onça meya»
doce , e fe deixe eílar de infufaõ vinte e qua¬ Semente de J uni pero.
tro horas , paliadas ellas fe coza até gaílar Levijiico.
amétade, então fe coe, e neíla coadura fe lan¬ Aypo.
cem as Ameixas, Palias de Uvas, e Alcaçuz, Herva doce.
e tanto que gaílar huma libra,lhe deitaráõ os FJigelía.
Mirabolanos machucados, eashervas, efe Piretro.
continuará o cozimento até que fique em Cúbebas. »
tres libras, entaõ lhe ajuntaráõ o Sene, Epi- Cojio.
thimo, e as flores cordeaes, e depois de hu¬ A\aro.
ma leve fervura íe tire do lume, e paliadas f anela.
feis horas fe coará com forte efpreíTaf),a qual Cardamomo.
fe clarificará, e ajuntará com os qumos, e Catamo aromaticõ.
Acucar , e ic
Acucai fe ima,
hirá cozendo até ter
cozenuo aLc Lei ponto de
Valeriana
...
and oitavas
_ m — , 1
tres:
a
infimàâo-fe
* - 1
os. 44

Xarope , e tendo-o fe lhe lance à Tintura do
Ruibarbo, que fe terá tirada em parte do co-
zimento , e refiduo domefmo fe trará den-
tro do Xarope, em quanto fe coze, e ultima-
mente fe côe, e guarde para o ufo. Os qumos
j? baõ primeiro de depurar e clarificar, que
fe ponhao a cozer com o Aqucar, e fe hao de
medir depois de depurados. Chama-fe a eíle
Xarope de Agojlinho, porque foi compoílo
por hum Medico natural de Sego via , que ie
chamava Agojlinho N ipho^oSPvon o diz Valerto
Cor do tratt. de.variis formuüs niihi pag. 579-
Serve eíle Xarope para purgar a fleuma
faigada, e os humores melancólicos, ferve
para as intemperanças quentes, e feccas do
Figado : he hum admiravel remedio para os
Gallicados, e bom também para as febres
quartãas, e lentas: dá-fe de huma até tres on¬
ças em licor conveniente.
' XAROPE DE ARTEMIJA.
111 D Ar temij a manip. deus.
Jtv. Poejos.
Fdeveda.
Ouregãos.
Herva Cidreira.
Perficaria.
Subi na.
Manjerona. *
Camedrios.
Hypericad.
Jua arthetica. .
Artemija com flor.
Centaurea menor.
Arruda.
Betonica.
Lingua de vacca and man. hum%
Ra/\es de Funcho.
Ff pargo.
Gilb arbeira.
fimplices,efe co^ao ate gafar ******** r* íh*
ajuntem Mel, e çucar q.J,, ai \ f
Canela , eSptca ana onça un . y
Matheus de Gr aa cap.z\. c> re-
fruorumpag.mt1447* ' e as ra{zes
Sjunte: As H ^ em ^
machuca d ^^
bras de agoa eílando quente, e paliadas vin¬
te e quatro horas fe coza ate gaílar amétade,
entaô fe coe o cozimento deixando-o alTen-
tar no fundo; depois o clarificarão,e lhe ajun¬
taráõ duas libras e me.ya de Mel, e outro tan¬
to de Açúcar, e fe porá á cozer , e em quanto
toma ponto,fe trará dentro do Xarope a Ca¬
nela machucada , e Spica , tudo em ligadura,
a qual fe hirá efpremendo muitas vezes 3 e
tanto que o Xarope tiver ponto convenien¬
te fe côe , e guarde para o ufo. Pede o Au-
dtor Artemija para fazer eíle Xarope, a quat
nao ha por eílas partes, e cuido, que a ver¬
dadeira poucos a viraõ, e em fua falta fe ufa»
rá da Matricaria, que ha pelas hortas, a que
vulgar men te fe chama Artemija, e tem a vir¬
tude muito femelhante , como diz Jacobo
Mantio traã. de Syrup. in annot. hujus pag. 6$.
Deíla forte o faziaõ os Antigos 3 porém os
Modernos acháraõ, que nao eraô neceílarias
tantas drogas para hum compoílo, que hu-
mas impedem a acçaõ ás outras; e aífim quem
o quizer ufar pela receita moderna experi¬
mentará os mefmos, ou melhores eífeitos; &
receita he a que fe fegue:
115 R Artemija frefea onças quatro Syrüpus
• Agoa de Artemija dif tilada U- Àrterni-
Iras quatro.
u/itrô. /- <•
lix refor¬
matas.
Açúcar libras duas.
Sal de Artemija onça meya*
ÇiWtU oitavas tres.
Spi'
7
 178 Phàrmac. Luíit. Augment. Trat. V•
Spica. preíTao do fogo : dá-fe de meya onça até on-
Cajioreo anà oitava huma: depois de dote çaerneya
horas de infufao fe co\a até gafar a quarta XAROPE DE CANELA.
parte , e fe faca Xarope S. A. Ita Nicolaus Canela boa meya librav
Lemery in Pharmac. cnp:,4. de Syrup. pag. ij6.
JFar-íe-ha na fôrma feguinte: A Artemija fe
115
R.
_ _ Vinho bom.
Açudar anà libras duas.
" L
'
corte , e depois machuque , e fe metta em Agoa libra huma: faça-fe Xarope $. Áv Ttà
vafo capaz , e emcima delia lançarão a agoa, Nicolaus Lemery in Pharmacòp. capl 4. de Sy-
e poráõ a matéria em digeítaõ doze horas rup.
- - 0--— wwr r
■
pag. 254. Far-le-ha na fórma féguinté/
■ ”*r * —

em lugar quente, paíTado o dito tempo fe A Canela fe machuque , e metta em cabaça

ponha a cozer até gaitar a quarta parte , en- de barro capaz, e emcima lancem o vinho,
tao fe coe , e clarifique > e com o Açücar fe entaõ fe lhe ponha lambique de vidro , e re¬
ponha a cozer; e em quanto toma ponto, fe cipiente do mefmo , e bem lutadas todas as
traga dentro do Xarope o Sal, a Canela ma- junturas fe ponha em digeítaõ etti lugar
chucada , e a Spica cortada , e fe efpremerá quente tres dias, paiTados elles fe poiiha a
muitas vezes: e tendo ponto conveniente fe diítillar ém fogo muito brandò', e Como ti-
coe, e guarde para o ufo. 4 ver diítillado oito onças, que hé a parte mãfif
Efte Xarope provoca a conjunçaS men- efpirituofa , fe deixe apágar olume, e dé-
fal ás mulheres, abate õs vapores Hyííeri- pois de fria a matéria^ fe guarde o licor
cos , applàca a cólica véntofa , fortifica o ítillado , eao refiduo , que eítiver no furidcr
Cerebro , refiíte ao veneno, e excita a o d- da cabaça , fe ajuntará huma libra dé ago^
rinay dá-fe 'dejney aortça até humâ e meya. commua, e tanto que dér huma leve fervu-
X.ARO-P E DE CAMOEZAS. ra em fogo brando fe coe , e efprema. Eíta
de Cameetas libras duas. elpreíTaõ fe clarifique Com ovo , e ponha a
m! jLv •' Açúcar fno libras quatro: em va cozer com o Açúcar até ter ponto de Eíe-
fo de-barro
t -fe .faça Xarope S. A. Ua Moyfés
,-—ctuario folido, então fora do lume fe lhe
Cintras in Pharmacòp. Reg.cap. rf. deSyrup. deite a agoa efpirituofa , que primeiro fe di-
pag.Kiy Far-fe-ha na fórma feguinte : Ó çu- íiillou., e depois de tudo bem encorporado Syrupus
mo depois de depurado , e filtrado fe miítu- ie coe , e guarde o Xarope para o ufo, SeGan«-
rai a corrro Açúcar, e fe pôr a a cozer em fo- houver oleo de Canela fe poderá aromatizar P^yh°*
go muito brando , até que tenha ponto de com feis gottas dellè , que aflim ficará o XVru.m’San'
Xatopeu, e tendo-o íe coe-, e guarde para o rope de mayor virtude. Deite modo e Com* <Vtrino-
Succus
Pomo-
u o. U çumo das Camoezas íe tira , pifan- as mefmas quantidades de fimplices fepóderum, A-
fum dul- uo-as eni gial de pedra, e depois deixando-as fazer o Xarope de cravos da índia, Páode nil1 >
cium em digeítaõ por dous ou tres diaS , entaõ fe Rofas, Sandalos Citrinos, Herva doce, Se- niculi> &
;uo mo¬ mettem erojmprenfa, e fe efpremem , e no mente de Funcho , e de coentros. coriau-
do extra-
cafo quenao haja Sol, fe aquente a maíTa ao Serve o Xarope de Canela para fortificar roiu‘u*
hitur?
ume, efe tire o curno: alfim o eníina Luiz o coraçaõ ,o eítomago , recrêa os efpirítos,
e v'fdo ubfr Meth ttaã. de Syrup.p.2^2. ajuda a digeítaõ, dá hum alento agradável,
e Xarope íe pode fazer fem fogo , e fica e provoca a conjuncaõ men fal ás mulheres:
a im muito melhor, e mais agradavél , po- dá-fe de meya oncaaté huma : algumas ve¬
rem nao he para durar muito tempo: e fe faz zcs fe pede o Eleofaccharumde Canela,on Oleo
Syrupus
Pomo- na rorma ieguinte : íomaráõ a quantidade faccharum de Canela , que quer dizer miílura
rum fine que f!,zerem »:e as cm °leo , e Açúcar. Affim o diz JoaÕ Sehbr- Eleofac-
ignc. q 0$ ,^ e lhe tirarao aS pevides , e depois dero in Pharmacòp. Chymicacap. j. de Kelnts chamm ,
as pilarao em gral de pedra , e as mifiuraráõ Medicamentalibus Praparatis Ub. i.p. 9. por ‘5U Olco'
com dobrada quantidade de Açúcar, e depois eílas palavras: Eleofaccharum, fwe Oleo fac-laccha'
-í* S m'xto.tuf° fe Pora * •"»«» emcima chnrum vihtt aVmi eft , cuàm olíurndijiilhtum q7d’-
dehuma pencra limpa muito eftendida, e a cumfacchan mhtum. Hfte Eleofaccharo fe faz
.Tene ateta pot baixo hum prato limpo, com huma onca de Aqucar candi, e hum
ponha-fe em ugar muito húmido bem cu- elcropulo de Oleo de Canela, tudo miftura- Eleofic-
r l a Seus ias, e depois .e tirará o Xaro- do muito bem fe guarda em vidro tapado cílarum
pe, que ha de eftar no prato, e aflim fc dê paraoufo, aflim o enlina o mefmo Schro-Cinua'
wXW0/°^U* tV° n° ^uSar citado, e Chriftovaõ LoveS-’

*eJ XPT- °mOS '"“í1,0 COrdeí,l> 4Ô-. Wódo fc faz o Elco faunà- ^ A-
peitoral, eadmnave! contra a Melancolia; rum Gariophyllemm, e de Nozes mòfcadas níí’&a'
o que he feito lem fogo , he ainda mais effi- Herva doce , ou de qualquer outro iimoleslia 4“°'
caz
, porquenaõ tem reíebido alguma im- aromar,co. Se acafo ,uõ houve" olco^Je^í.
 Dos Xarope&jfimpl íçesT, e compoftõ^
.CaneUs <iuc algumas vezes falta ,. ie póde
fazer, o hãeçfacclxãrum Cinnamomi com huma
oitava de eilencia, ou extradto da meima
Canela, que tüdo he o njefmo , como diz
bçhrodero : £xtrattum ej/èntia rei ejl^ vili-
(juoris aiicujus, è corpore.crajjiore feparata ad
Extra- confijlentiam j.ujiam tnfptjjata. Da Çaji ela íe
ôum, fi* tira o extraólo, ou eíiencia na fórmaíeguin-
VC ClieIV te;: 1 qmaráõ.a quantidade de Canela., que
tia Cin-
namoiiú
quizerem,-e;a macliuçharáõ, e meçteráo em
quomo- vafo vidrado , e emcimajhe lanqaráõ efpiri-
do tiunt. to de vinho revtificadiiíimo,, o que bailar pa<*
•vei m ui ra cobrir a Canela,, mais tres ou quatro de¬
dos , tape-fe bem o yalo, e íe ponha tres
dias em digeílaõ em cinzas quentes, mexen¬
do a matéria todos os dias, e lancapdo-lhe
mais efpirito , fendo neceífiiriQ, e paíTadoo
dito tempo.fe efprema fortemente, e: depois
fe coe, e ponha o licor em vafo capaz, e bem
cuberto em fogo muito brando , até que fi¬
que em confíílencia de Mel, e neíla, fórma
fe guarde para o ufa. Deíla meima forte fe
podem tirar os extra&os de todos os: mais
aromáticos, aflim^o enfina Lemery nafua
Pharmacop. Chymica , e Scbrodero Ub.i.tratt.
Extradb' de Extratt. cap. 57., e outros muitos. Pede-
aromati- - le também algumas vezes a Tintura da Ca¬
corum. . nela, e para que os novos Praticantes lhe
Tirvíiura
íaibao a receita , e modo’de afazer , Ihaef-
Cinna-
momi. crevo aqui. Etla fe faz na fórma feguinte:
TomaráÕ huma onca de Canela boa, e a pi¬
farão groíTa, e metteráô em vafo de barro, e
a cobrirão de efpirito de vinho bem redtifi-
cado, em fórma que dleja o efpirito por ci¬
ma da Canela, dous ou tres dedos atraveíTa-
dos, e fe porá em digeílaõ fete ou oito dias
em lugar quente, paífados elles fe efprema
levemente , e depois de coada fe guarde em
vidro bem tapado. Aílim a enfina a fazer
Chriílovaõ Love Merley nos feits Çolletta-
neos Chymicos cap. 11 ]. pag. 150.
Aflim a 'Pintura da Canela , como o ex¬
tradto , ou eflencia feccaõ, e aquentaó, mo¬
vem muito, e refotvem, faõ famoios Eílo-
machicos , Uterinos, Cardíacos , Cephali-
cos, e Hyílericos. A Tintura fe dá de doze
gottas até meya oitava , e o extradto de feis
graôs até doze ou quinze , em licores conve¬
nientes.
XAROPE DE NE VEDA.
116 T) Neve da domeflica.
JLv.» Nevedafilvejire and-onças duas.
Semente de Levifiico , ou LigujUco.
Semente de Dauco.
Squinantho and oitavas cinco.
PaJJds de Uvas fem gr ao libra meya.
Mel efeumado, ou
Açúcar bom libras duas: de tudo fe faça Xa¬
rope S. A. ha Mefues lib.fimp. dijiinã: 6. de
179
Syrup. foU mhi 147. Far-fe-ha na fórma fe-
guinte : Em quatro libras de agoa le ponha
a cozera,Neveda domeflica, e lilveílre, cor-
tadaínjud.a , e as.Pafiãs fem gruõ, tanto que
gaitar huma libra*lhe lancem as.Sementes, e
como 0 coz i m e n t o eíl i v e r empo tfeo m a i s
de duas libras fe tire do lume , e paliadas
feis horas fe coe, e depois fe clarifique com
ovo, e junto com Mel efeumado, ou A cu¬
car ie ponha a coZ.er. até ter ponto conve¬
niente, e coado íe guarde para o ulo; he
melhor fazer o Xarope, com Acucar., por¬
que aífim naó fica taõ quente, pede iVieíue
Neveda domeílica , efylveíire, peia dome-
ílica fe entende huma planta, que ha pelos
Jardins , que tem a folha larga , ;e he. muito
femelhante á Manjerona , ea Neveda íy 1 ve-
ílrç heaquella Planta, quenafee nos mon¬
tes bem cheiroía , e tem a folha mais miúda,
e he algum tanto brancaccnta, aífun o.diz *
Diofcorides no Uh. 5.cap. 55?. & 40., e o me-
fmo diz Schordero cap.áj. lib.4. mihi> pag. 5 7.
Nocafo que naó haja a Neveda domellica,
fe póde por em feu lugar aHorçelãa , como
diz Manardes fuper Me fu em dijiinã. 6. Non
cognofco Calementhum domejiicum p credo In¬
tel li gi Mentham, ficut et iam fupra Uc. Por
Semente de Levjlico , ou Ligu/lico ié póde
pôr a Semente de Senoulas, como diz Valc-
rio Cordo tratt.de Succedaneis mihi, pag.^lo.
Serve o Xarope de Neveda para a .Afina,
facilita a refpiraqaõ, gaíla as obílruccocs,
desfaz Os flatos, refiíle á cormpqaõ dos hu¬
mores , e excita a conjuncao mèníal ás mu--
lheres j dá-fe de meya onca até huma e
meya.
X AROPE DE FLOR DE
117 I ~y
Golphaõs.
F toras brancas de G olphaõs libras byrupus
X, • duas. Nim-
Agoa libras nove: dê-fe-lhe fegunda pcrniii-
taçao de flores , e com quatro libras de Açúcar
fe faça Xarope S. A. Ita Nicolaui Lemery in
Pkarmacop. cap. 4. de Syrup.pag. 22S. Far-fe-
ha na fórma feguinte : As flores de Golphaõs
fe efeolheráõ das mais brancas, e fe lança¬
rão em vafo capaz, e emeima lhe deitarão
a agoa quente , e paíTudas doze horas de di-
geftaõfe leve aolume, e tanto que der huma
leve fervura fe coe , e na agoa ajuntem mais
duas libras de nova flor ., e fe faca o mefmo
fegunda vez , c depois fe côe o licor, e com
ovo fe clarifique , e entaõ fe ponha a cozer
com o Aqucar , e tanto que tiver ponto fe
côe-, € guarde para o ufò.
He o Xarope de Golphaõs bom para tem¬
perar o ardor das entranhas, e engroíiár os
humores muito fubtís , provoca fomnolcn-
cia , applaca os ardores venereos , modera
■ - Z 2 os cur*
 Tgt> Ptinrmac^Lunt. Àilgmeht. -Trâ/. K,
os carfôs-, <iue
. procedem dos SaeiacféS) c XbWápeS-, -A.; • ItóMtyfés Chattâfà Pharmaê.
biiiotos^e hl; util nos fluxos hemorrhoííkiès* Keg. cap.i*,. deSyritp. pag.
’ ' ‘ ' '-l L

nal&rma feguinte : As flores de Péileguei-

dá-ie de meyã onca até huma e meya.
X-A RÜP E D £■ ÒO R V A S. : ro'fe eóTfreráõ pela maiihuu bem cedo , e lo¬
li 8
„
'-fumo de Sorvas depurado. < go- fe pifaráõ em gral de pedra, e-a$ deixarão
Açuíat and partes iguaes: faça- ém digeftao dez ou doze horas s* paliadas d-
fe Xrtrt^/s.~ A. Ear-ie-Ilaua fórma feguinte: las fe metta emimprenU , e o ^dmo le de* •jnirSJ
As Sorvas fê colheráõ depois de vingadas, e pure , e ciarifiqüe corii ovo , é ponha a co-. CMiíi

UU UUUa ^ v* u^iwuiviuo guAluai a piU A vi - * *

em imprenfa, e fe clarificará o qumo , ou
em fogo , ou ao Sol j’ e ellando depurado
fe ponha ao lume com igual quantidade de
Aqucar, e como tiver ponto fe côe ,e guar-
de para 0 ufo.
- He o Xarope , ou o Lambedor de Sorvas
para toda a cafta de curfos hum admiravel
remedio, porque conforta, refrefca , eaper-
ta; dá-fe de huma até tres onças ás colheres
em horas convenientes.
XAROPE DE ENGOS.
11p T) Cafeas de rahes de Engos ouças
quatro.
Folhas de Engos trianip. dons.
Semente de Engos onças duas,
Açúcar libras duas.
Vinho branco.
Agoa da fonte and libras duas.
Sal de Engos oitavas feis : depois de vinte e
quatro horas de infufaõ fe coxerà até gajiar a
terça parte , e fe fará Xarope S. A. ItaNi-
colaiis Lemery in Pharmacop. cap. 4. de Syrup.
pag. 209. Far-fe-ha na fórma feguinte : As
calcas das raizes dos Engos fe alimparáõ , e
cortaráõem pedaqos pequenos, a Semente
fe machucará, e com as folhas fe ponhaõ
em vafo capaz , e emeirtia lhe lanqaráõ a
agoa, e vinho , e poráõ tudo em digeflaõ
em cinzas quentes vinte e quatro horas,paf-
fadas ellas fe ponha a cozer , e como gaftar
a terqa parte , fe tire do lume , e paífadas
feis horas fe coe ,e clarifique , e ponfia com
o Acucar a cozer até ter ponto conveniente,
então lhe destaráõ o Sal dos Engos, e de-
pois fe coará o Xarope , e guardará para o
Syrupus ufo. Póde-le fazer eíle medicamento , como
bulorií" 0 rnclmo Audlor , do qumo dos Engos,
uiciru. pujificado e clarificado, e outra tanta por-
caõ de bom Acucar , cozido tudo em fogo
brando até ter ponto de Xarope.
Purga o Xarope de Engos as forofidades
por., curfo , e pela ourina , he util aos crot-
tofos, hydropicos , e provoca os mezes ás
mulheres; dá-le de mevaonqa até tres.
XAROPE DE FLOR
clé Pefiegueiro.
120 Tl Çuní0 dcftor de Pejfegueiro.
LV'i Acucar partes iguaes : faça-fe
efte Xarope com a intulaõ das flores néfia l“ls“}j^*-
fórma: Tomaráõ huma libra de flor de Pel- rum per,
fegüeiro , e a pifaráõ j e infundirão em H- faorum.
bras quatro de agoa , e depois de paiTadas
doze h-orasp- fe lhe dê huma leve ebuiliqaõ, e
fe êfprémaõ , e-nefte licor le torne a lançar
fegunda vez huma libra de flor, e fe faqa o
ínefmo, e ultimamente elta infufaõ com
qmttro libras de bom A que a v clarificado fe
porá a cozer até ter ponto de Xarope, ecoa- Syrupus
do le guarde para o ulo. A Dole deíle Xa- fuccitV
rope he de huma até duas onças ; aflim o en- liorum
fina a fazer Lemery in Ç/iarmacop. cap. 4. de Pcrí,co«.
Syrup. pag. 184. Póde-fe fazer também orum*
meffno remedio das folhas de Pefiegueiro
bem tenras, e a eíle heque eu mais me iii-
clino , porque he laftima vindimar os Pefie*
gos antes de maduros. O Xarope do cumo
das folhas de Pefiegueiro fe fará na fórma
feguinte : Tomaráõ a quantidade de folhas
tenras de Pefiegueiro , que quizerem , e as
pifaráõ em gral de pedra , e depois de pafiã-
das algumas horas de digeflaõ fe eípremem
em imprenfa, e o cumo fe depura, e filtra, e
com outro tanto Acucar clarificado fe pôem
a cozer até ter ponto de Xarope , e tendo-o
fe côa , e guarda para o ufo. Dá-fe a mefma
Dofe , que do da infufaõ, eíle aflim feito
purga , c diz o tnefmo Lemery , que he mui-
to mais purgativo que o que le faz das flo-
res , aflim o enfina o Auélor por ellas pala-
vras no lugar citado, fallando no Xarope
do cumo das folhas , il aura la mème vertu
que T aittre, mais ilferà unpeu piaspurgatif.
Serve o Xarope do qumoda flor do Pefíe-
gueiro, e da infufaõ para purgar os humores
forofos do Cerebro, nervos, e mufeulos,
purga também os humores biliofos, ferve na
Apoplefia, Parleíia , corta os humores grof-
fos no Mcfenterio , Figado, e Bofe, he bom
para as obfirucqoés , e para matar aS lom-
brigas; dá-fe de huma onca até duas.
XAROPE DE HERA TERRESTRE,
121 T) Çumo de Hera terrefre depurado.
JLV» Açúcar and libras duas: faça-fs
XaropeS. A. íta Nicelaus Lemery in Phar-
macop. cap. 4. de Syrup. pag. 2^. Far-fe-ha
na fórma feguinte: Tomaráõ duas ou tres
mancheas
 Dòs. Xaroperfimpl ices V^áompo-ílosV-
Succus ganche a$;deHera terreílre', quando, eitiver
hcdcr*
em ieu y igor , que he em May o, ou junho,
-tcrrcilrís
quomo- Ç 4 phar4õ jtBuito bem -em gral üe pedra, e
do extra- depois le humedecerá com nove ou dez on»
hiwr. qas de agqã diiiiUada damefma planta , è a
pQÚQ çm digeíiaõ dez ou.doze horas, paíTa-
das ellaxie eipremeráem imprenfa, e o qu*
mo, que der ie porá ao lume a depurar , e
tanto que.der huma leve fervura ie coará
por panho de láa bailo , duas ou tres vezes,
até que tique muito claro í então fe porá a
cozer com igual quantidade deAqucar até
ter ponto de Xarope , e tendo-o, fe guarde
para o ufo depois de coado. Tira*fe o qumo
da Hera tetreftre ajuntando-lhe licor,porque
he ta5 pouco qumarenta , que fe fe nao hu¬
medecer dará pouco, ou nenhum quino* po¬
rém te a houver taõ viqofa, que pofla fem
outra humidade dar o qumo , terá o Xarope
de melhor efficacia, ainda que alguns que¬
rem <j lempre fe lhe ajunte a agoa diftillada,
porque pela fermentaqaõ , que com ella faz,
le lhe tira melhor o Sal eÁencial da planta,
que he muito util no Xarope.
He o Xarope de Hera terreílre hum ad¬
mirável remedio para os males do Bofe, e
Peito , principalmente quando procedem
de fleuma groífa, que nelles caya , porque
alimpa-, e confolida , ferve para a Aífna , e
para as obltruccoés do Fígado , Baqo , Me-
fenterio, e da Madre, e provoca aconjun-
• caõ menfal ás mulheres 7 dá-fc de meya on-
qa até duas.
XARGPE DE FLOR DE GIESTA.
122 TJ Flores de Gtsjia frefeas libra
JlX. huma.
A oro a libras cinco.
Açúcar libras tres.
Mel onças tres.
Sal de Giejla onça huma: faça-fe Xarope
depois de fegunda permutaçaô de flores. Ita
Nicolaus Lentery in Fharmacop. cap. 4. de Sy-
nip. pag. 209. Far-fe-ha na fórma feguinte:
As flores deGieíta fe pilaraò , e metteráo
em vafo capaz , e emeima delias lanqaráo
as cinco libras de agoa fervendo , e fe porá
o vafo em digeftaô em cinzas quentes por
efoaq > de doze horas, paifadas ellas fe po¬
nha no fogo, e tanto que der huma leve fer¬
vura fe côe , e na coadura fe lancem novas
flores também pifadas, e fe fará o mclmo fe-
gunda vez , e depois fe côe, e clarifique com
ovo, efe ponha a cozer como Acucar, e
Mel até ter ponto de Xarope , e tendo-o
fe lhe lance o Sal daGiefta, e depois de
bem desfeito fe côe , e guarde para o ufo.
Eftc Xarope he muito aperitivo, proprio
para curar as obftrucqoés do Baqo, e Mefen-
terio , fortifica o coraqaõ, e fe dá aos me-
xSx
lancolicos , de huira onqa até huma e
meya. - -’
XARGPE DE FLOR DE GIESTA
compoíto.
125 T) Çumo de f ior de Giejla libras tres,
ly . Ç amo de Cimas de Freixo.
Çumo de Fumaria and libra huma.
Hepatica.
D&uradinha and manip. hum.
Flores de Forragens.
Lingua de vacca , e de
Vtolas.
Epithimo anã pug.dous.
Semente de Funcho.
Herva doce, e de
Cardo Janto oitavas feis.
Canela oitavas duas.
Pblipodio onça huma e meya.
Polpa de Tamarindos onças tres.
Sene onças quatro.
Açúcar libras duas.
Xarope de pomos fmplices libra huma : co-
\n-fe , e clarifique fe , e depois fe faça Xarope.
Ita Jofephus Qiiercetanus in Pharmacop. Vo-
gmatica cap. 12. de Syrup.pag. 224. Far-fe-ha
na fórma feguinte: O Polipodio lé machu¬
cará , e fe mettevá em vafo capaz com a Se¬
mente de Herva doce, e emeima lanqaráo
os qumos quentes, e fe porá o vafo em di-
geítaõ vinte e quatro horas, paíTadas ellas,
le ponha a cozer , e tanto que gaftar huma
libra lhe lancem as hervas t( das, Semente
de Funcho, Cardo-fanto, e Epithimo, e
depois de gaftar mais outra libra lhe lancem
a Canela machucada, Sene, flores cortleaes,
e a polpa dos Tamarindos, e dê huma leve
ebulliqaó , e paíTadas oito horas fe côe com
forte efpreflaõ, a qual depois de clarificada
fe ajunte o Acucar , e cozerá até ter ponto
de Xarope , então lhe lanqaráo o de Pomos,
e tanto que cftiver bem mifturado fe côe, e
guarde para o ufo.
O Xarope de flor de Giefta purga a cole-;
ra recozida , ou requeimada, e he util aos
melancólicos , hypicondriacos -7 dá-fe de
huma onqa até duas.
XAROPE DE GINJAS.
124 T) Çumo de Gin)as depurado.
XV. Açúcar anà libras tres : faça-fe
Xarope S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar¬
macop. cap. 4. pag. 222. Far-fe-ha na fórma
feguinte : As Ginjas fe pifaráo em gral de
pedra , e poráô dez , ou doze horas em dige-
ftao, e depois fe efpremeráô, e o qumo fe de- *
purará ao fogo, e clarificará., e com igual
quantidade de Acucar fç ponha a cozer até
ter ponto conveniente, ecoado fe guarde pa-
ra o ufo : da mefma forte fe póde fazer o Xa- rum ni-
rope dc Cerejas negras. gforum,
Efte
 182 Pbafâ»acvl-afií. AiigBtónfcqí
Kittí Xarope refrefca, he bom paaíos fe- los/êin pxá, e o Açafraõ macMcádtí , que fé
bricicantes, e para temperar a cólera :,dá-lft l^trá eipixmencló muitas vezes,, e côrho tiver
de huina até duas onças em Julepes,ó»agoas potuot coiiveniepce fe côe , eugoaráepara o
conveniences. '
XaKQPE DE MORANGOS.. •; Sçrve efte Xatope para côm ellefe purgai*
12$ Qumo de Morangos depurado. rem os.humores melancólicos y c poí- fflb he
- Açúcar and libras duas ; faça-fe muito -conveniente:, na cura 4a melancolia-,

fem em gral de pedra, e le depure o cumo , Melancolia. í

pondo-o ao Sol alguns dias,ou em fogo bran¬ 127 Agoa de Chi core a.
do , e tanto que eítiyer bem puro fe clarifi¬ Borragens , • e de! í, <;
que , c ponha a cozer com igual quantidade í í Luparos and onças de\;
de Aqucar até ter ponto conveniente', e coa¬ Çiimo de Borragens depurado onças oito.
do fe guarde para o ulo. Çunio de Camoe\as onçasfeis. ■<
Efte Xarope alegra.o coraçao, fortifica o ( Sene oncas
4 duas. *

cftomago , purifica admiravelmente o lan¬
gue , alimpa as arèas dos Rins, e provoca a
ourina : toma-fe de meya onqa até huma e
meya.
XAROPE ANTIMELANCOLICO.
126 TJ Folhas de Borragens.
X\, Língua de vacca.
Herva Cidreira.
Almeirão.
• Avença and manip. hum.
Violas.
Cufcuta and onça meya.
Volipodio onça huma e meya.
Epithimo onça huma.
Ameixas num. vinte.
Pajjas fem graõ onça huma.
Alcaçu\ onça meya.
C afiei a*
S anda los vermelhos.
Cajcas de Cidra and oitavas duas.
Açafraô oitava meya.
Sene onças tres.
Açúcar libras quatro.'
Agoa libras dev. de tudo fe faça Xarope S.À.
Ita Honorio Heringio cap. 2. de remediis anti-
melancholicis, pag.mihi 162. Far-fe-ha na fór-
ma leguinte. O Poiipodio machucado, e hu-
ma pouca de Herva doce fe lancaráõ em va-
fo capaz , e emcima deitaráõ as dez libras de
agoa quente, e pafladas vinte èquatro horas
de digeftaõ fe porá a cozer, e tanto que tiver
gaftado duas libras lhe lançaráõ as Ameixas, mulheres he muito melhor , purga branda¬
ePaflas tudo fem graõ, o Alcaçuz machu-. mente os humores melancólicos: dá-fe de
cado , e as Camoezas em quartos, e todas as duas até quatro onças em agoa conveniente.
hervas; e tanto que o cozimento efliver em
feis libras lhe ajuntem o Sene , Epithimo,
Violas , Avença , e a Herva Cidreira , c ca-
feas de Cidra , e depois de huma leve ebulli-
çao fe tire do fogo , e pafladas oíto horas fe
côe com forte efprefíaõ , e clarifique , e ulti¬ Lofna manip. dons.
mamente fe ponha a cozer com o Açúcar, e,
dentro fe trará em ligadura larga os Sanda-,
‘."
Flores cor deães and püg. hum.- t- ■
Rai\ de Efcorcioneira onças duas.
Ruybarbo. -f
Agarico trochifcaào. and oitavas cinco.
La pis lja\uli preparado in nodulo ligatus oir
tavas duas; -
Canela oitava huma. . u
Açúcar libras quatro•: faça-fe Xarope S. A.
Ita Rodericus à Cafiro cap. 5. de melancolia Vir-
ginurn pag. mihi 18 6'. Far-le-ha na fórma fe-
guinte. A Efcorcioneira fe machucará, e com
o Sene, e flores cordeaes fe metterá em valo
capaz , c emcima lhe lancaráõ as agoas, e os
çumos depurados,pôr-fe*ha em digcftaõ vin¬
te e quatro horas ; pafladas ellas fe ponha
vafo no fogo , e como der huma leve cbulli-
çaõ» então fe côe , e em parte défta coadura.
fe infunda o Ruybarbo , e Agarico por ei pa¬
ço dc feis horas,ou oito,entaõ fecôe, e guar¬
de para fe lançar no Xarope a feu tempojfei-
to: iflo fe clarifique , c ponha a cozer com o
Açúcar, e em quanto toma ponto fe lhe tra¬
ga dentro em ligadura a pedra Lapis Lazuli,
e Canela , que fe hirá efpremendo o novelc-
te muitas vezes, e o rehduo do R.uybarbo fe
póde lançar com o Açúcar , que aflim deixa-
rá no compofto alguma virtude, que ainda
lhe ficafle , e tendo o Xarope ponto alto lhe
deitaráõ a infufaõ do Ruybarbo , e bem mi-
flurado tudo fe tire do fogo, e coado fe guar¬
de para a cura da melancolia , c para a das
XAROPE DE AMMONIACO.
128 T> Raix de Chicorea.
XV • Raix de Ff pargos and onça duas.
Folhas de Agrimonta.
Douradinha and manip. quatro.
Agoa de Rahads, e de
Fumaria and libras duas.
:'1 " ' ‘ Vinho
 Dos Xaropes fimplices, e compoflos.
1 inho branco onças tres.
Anmoniaco def atado em vinagre , e depois
(fp-.Uãdo orças duas. v ...
Açúcar libra huma : faça-fe Xarope S. A.
Ita Nicolaus Lemery in Pliarm. cap. 4.de Sy~
*ltp. pag. 226. Far-fe-ha na fórma feguinte.
As raizes da Chicorea, e Efpargos cortadas
miúdas com as hervas fe mettaõ em vafo ca¬
paz , e emcima lhe lancem as agoas, e fe po¬
nha em digeftao vinte e quatro horas, paífa-
das ellas fe coza até gaftar amétade, entaõ fe
coe, e clarifique , e com o Àcucar fe coza até
ter ponto alto , então lhe lançaráõ fóra do
fogo o Ammoniaco defatado nas tres onças
de vinho eftando quente, e depois de tudò
mi (lurado fe côe, e guarde para o ufo.
Serve efte Xarope para curar as obflruc-
cpés do Baqo, e da Madre; dá-fe nas más co¬
res das mulheres, e para os fcirros do Figa*
do , c nas faltas da conjunqaõ. Toma-fe de
meya onca até huma.
XAROPE DEK1NA-KINA.
129 T3 Kina-Kina meya libra.
JLV* Vinho branco libras quatro: depois
de vinte e quatro horas de digejiaõ fe faça Xa¬
rope S. A. Ita Nicolaus hemery cap. 4. de Syr.
pag. 240. Far-fe-ha na fórma feguinte; A Ki-
na-Ki>i.a fe pifará grofia, e lançará em vafo
de barro , e emcima lhe deitaráõ o vinho, e
fe porá em digeftao vinte e quatro horas, paf-
iadas ellas fe coza até gaftar huma libra j de¬
pois fe côe com forte efprcíTao , e fe clarifi¬
que , e ponha a cozer com o Açúcar até ter
pomo de Xarope, e coado fe guarde para
o ulo-
Efte Xarope he muito febrífugo, ferve pa¬
ra a cura de todas as febres intermittentes:
dá-fe de huma até duas onças depois das pre-
paraqoês univerfaes, diluto em agoa de Chi-
corea , Çentaurea, ou outro qualquer licor.
Naõ parece muito conveniente o amargo da
Kina com o doce do Açúcar, porém diz o
Auctor , que fem embargo diflo faz boa ope¬
ra çaõ.
XAROPE DE CORAL.
1TI Coral fino preparado, onças quatro.
JLV. Çumo de Limões aiedos libras
àigira fe a matéria dotts dias , e depois fe filtre,
e com igual porção de Açúcar fc faça Xarope
S. A. Ita Petrus Poterius in Pitarm. Spargirica
fedi. 2. de Syrup. pag. mihi <, 62. Far-fe-ha na
fórma feguinte: O Coral depois de bem pre¬
parado fe metterá em hum vafo de barro al¬
to , c emcima lhe lançaráõ amétade do çumo
dos Limões , e fe mexerá bem o coral, e o
vafo fe tapará , e porá enterrado em efterco
de cavallo, ou em cinzas quentes por eipaço
de dons dias, no primeiro fe mexerá a ma¬
téria com efpatula de páo duas vezes * eno
185
fegundo dia fe lhe deite a outra atnétade do
çumo, e com elle fe deixe eftar até que o Co¬
ral efteja. todo diífoluto, e fe for neceíTario
mais çumo * le lhe lance , e depois de eftar o
Coral desfeito, e o çumo tinto fe tire do va¬
fo , e filtre, e com igual porçaõ de Açúcar fe ,
ponha em ponto conveniente, e coado fe
guarde para o ufo , aflim o enfina a fazer o
mefmo Poterio no lugar citado, e Quereetano
cap. 12. de.Syrup.: o vafo, em que fe faz a di-
geftaÕ encomenda-fe que feja grande, por¬
que quando fe lança o çumo emcima do Co¬
ral,faz huma grande fervura, e efeumada por
caufa do accido do limaÕ. Lemery quer, qüe
efta foluçaõ do Coral fe faça com çumo de
Berberis; porém como entre nós naõ ha os
verdadeiros, ou fe os ha , fao de poucos co*
nhecidos por ifíb fe faz o Xarope com çumo
de limaó, e fe o fizerem com o daquelles,
que naõ tem pevides, ou com o çumo de Li¬
mas azedas ferá melhor , porque como tem
mais accido difiblvem o Coral corri mais fa¬
cilidade. Quando o Coral fe pôem em dige-
ftaÕ, fe em lugar de porem o vafo em cinzas
quentes , ou em efterco de Cavallo o mette-
rem em banho de agoa fervendo , e nelle o
confervarem , em menos tempo teraõ a ma¬
téria digerida. O Xarope de Pérolas enfina
Poterio no lugar citado a fazer na mefma fór¬
ma , que o. do Coral. Aflim o diz por eftas
palavras: Syrupus Perlarum fit cum fucco li- gyrupils
monum depurato, ut fupra diãum eft in folutio- Perlarum
ne Corallorum , (íf cum Caccharoficfit. Poterii.
Serve o Xarope de Coral para fortificar o
Eftomago , e o Figado , pára os curfos, cu¬
ra os fluxos menfaes ás mulheres, e os das
heifiorrhoidas, he muito util aos que lan-
çaõ fangue pela bocca $ dá-fe de meya onça
até huma. * ,
XAROPE DE PÉROLAS DE LEMERY*
131 T> Agoa roj'ada dijlillada.
XV •. Borragens.
Lingua de vacca and libra meya.
Sal de Pérolas onça e meya.
Amêndoas doces q. f.: de tudo fe faça emttí-
fao , e com huma libra de Açúcar fe faça Xa¬
rope S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharma-
cop. cap. 4. de Syrup. pag.. 217. Far-fe-ha na
fórma feguinte ; Pifar-fe-ha huma onça de
Amêndoas doces fem caíca em gral de pe¬
dra , e fe lhe tirará o leite com alguma par¬
te das agoas mifturadas, e nellas difiolvaõ o
Sal das Pérolas , e tanto que eftiver bem
diflbluto fe côe todo o licor , e íe mifture
com o Açúcar , e coza até ter ponto de Xa¬
rope , e coado fe guarde para o ufo. Na re¬
ceita defte Xarope fe pede Sal de Pérolas,
ou Magifterio de Pérolas , que tudo he o
mefmo , como diz Schordero Ub. j. de Mar*
gari tis.
 184 Pharmac. Lufit. Augment. TraitV.
Sal Per- craritis. Faz-fe o Sal, ou Magiílerio das Pe-
kirum,fi- ro]as na fórma feguinte : Tomaráõ a quan-
ve Ma§i* tidade de Aljôfar fino que quizerem, e o
Perlai reduzirão a pó fubtüiiTimo, e depois o lan-
caráõ em valo de barro vidrado , e emeima
lhe deitaráõ efpirito. de vinagre reétificadif-
furo, o que bailar para bem o cobrir , en-
taõ fe porá o vafo em digeílaõ vinte e qua-
tro horas em banho de agoa fervendo , me-
^endo a matéria varias vezes com efpatula
de páo , efe for neceífaiio mais efpirito de
vinagre fe lhe ajunte , e tanto que eíliver o
Aljôfar bem foluto,fe lhe lance alguma agoa
limpa , e bem confundida com o efpirito de
vinagre, fe filtre o licor, e depois fe faqa
precipitar, lançando-lhe humas gottas de
.Oleo de Tartaro ; e tanto que no fundo do
vafo eíliver aífentada a matéria , que ha de
fer branca , fe coe o licor por inclinaçaõ , e
fe lhe lance nova agoa limpa , e fe continue
a lavaçao até que a agoa fava muito doce , e
fique o Sal, ou Magiílerio no fundo do vafo
muito branco, elivre do accido do efpirito,
com que fe diííblveo , e ultimamente fe fé-
que ao Sol, e depois fe guarde para o ufo.
Deíla mefma forte fe faz o Sal, ou Magiíle-
rio do Coral. O Magiílerio das Pérolas he
muito cordeal, alegra o coraçaõ, e o defen-
Sal five de da corrupção dos humores; dá-le de hum
Magifte- efcropulo até meya oitava. Affim o enfina a
rium Cp- fazer Scordero cap. 7. de Margaritis, e Chri-
rallorum.
ílováÕ Love Morley nos feus Colleãan. Chi-
mie. traã. de Metalib. pag. mihi 301., e ou-
tros‘muitos.
Serve o Xarope de Pérolas para fortificar
o Coraçaõ, e Cerebro , e adoçar a acrimo-
nia dos humores ; he também util ás mu¬
lheres , que criaõ, porque lhe accrefcenta o
leite,e dá-fe nas febres miílurado com agoas
convenientes de meya onça até huma.
XAROPE DE CRAVELINAS.
132 T> Flor de Cravelinas libras tres.
JLV» Agoa libras nove.
Açúcar librásseis : com duas permutações de
f lores fe faça Xarope S. A. Ita Moyfés Charàs
in Pharmacop. Reg. cap.i <$. deSyrup,pag, 172.
Far-fe-ha na forma feguinte: Efcolheráõ as
Cravelinas, ou vulgarmente Cravetas, das
mais vermelhas, e íe lhe cortaráo as folhas,
em fórma q fe aproveitem do encarnado dei-
las, lançando fóra o verde, que eílá dentro
do pé, limpas deíla forte fe metteráõ em va-
fo de barro vidrado , e lhe lançáráÕ emeima
a agoa fervendo , entaõ fe cubrirá o vafo, e
abafara por tempo de doze horas, paíTadas
ellas fe leve ao fogo, e tanto que der huma
leve fervura, fe tire , e coe; e neíla mefma
agoa , eílando muito quente, fe lancem fe-
gundas flores, e paíTado o mefmo tempo da
infufaõ fe leve ao lume , e depois de huma
]eve ebulliçaÕ fe coe ; a eítacoaduia le ajun-
te o Açúcar, e fe claiihcaia, e cozeia ate
ter ponto conveniente, ecoado fe guaide
para o ufo. Aílim oenfina a fazer o mefmo
Gharás no lugar citado. As Ciavelinas para
eíle Xarope le hao de efcolhei das mais en-
camadas, e os pes fe lhes haÕ de cortar mui-
to bem com tefoura , para que najda da par-
te herbacea fe metta em infufao, porque
lhe iffipede o largar a Tintura. A(Tim o en*
eommenda o dito Audtor : Eligantur Cario-
phylli intenfi coloris rubri, quorum foi a pars
purpurea retinendapartem herbaceani floris ca-
lies conclufa forficibus refecando , aljtcien-
dotfc. NaÕ havendo Cravelinas para o Xa-
rope fepóde fazer com Cravos da Arrochel-
la, que eíles por ferem de menos tolhas,
mais purpureos, e chcirofos, fa5 melhores,
cbmo diz Lemery no fcu livro das Drogas,
letra C, pag. r 6o. O mefmo Audlor na an-
notaçao deíle compoílo diz , que o Xarope
ficará melhor, mais cheirofo , e Cephalico,
fe lhe ajuntarem duas ou tres oitavas de
Cravos da índia machucados, e em ligadura
de panno branco, quando o Xarope fe coze,
ou pôem em ponto , aflim o diz por formaes
palavras: V oevillet donne au Syrop. une odeur
de Gyrofle fort agreable, mais onpoitr oit la
rendere plus forte en faifant bouillir dans le
Syrop. clarefie fur lafin de la Coãion, deux, ou
trois dragmes de Gyrofles concaf'è\, CS" enueló
pe\ en un novet de Unge elair, le Syrop fer oi
tauffiplus Cephalique.
O Xarope de Cravelinas fortifica o Eílo-
mago , e o Cerebro , alegra o coraçaõ, refi-
fle ao veneno, desfaz por tranfpiraçaõ os
máos humores, preferva da péfle , he util
nas Bexigas, febres malignas, e nas Epile-
pfias;dá-fe de meya onça até huma ás colhe-
res, ou em licor conveniente.
XAROPE DE BETONICA.
133 TJ Çumo de Beto nica depurado.
Xv« Açúcar and libras duas: façafe
'Xarope S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar-
macop. cap. 4. de Syrup• pag. 239. Far-fe-ha
na fórma feguinte: A Betonica fe pifará em
gral de pedra , e depois fe borrifará com
agoa da mefma diílillada , e fe porá em di-
geílaÕ em lugar frio oito ou dez horas, paf-
íadas ellas fe tire oçumo na imprenfa , e de¬
pois fe clarifique, edepure, e com igual
porçaõ de Açúcar fe coza até ter ponto con-
veniente , e coado fe guarde para o ufo. Da Syrupu».
mefma forte fe póde fazer o Xarope de MeliíTx*
Herva Cidreira.
He o Xarope de Betonica bom para o Ce-
rebro, conforta-o muito, e provoca as ou-
rinas; dá-fe de meya onca ate duas.
KARQ*
 Dos Xaropes fimplices , e compoftos;
XAROP. E M A S 1’ I G H1 N O.
T> Puftas de Uvas fem grau, cinco
JTV. • onças e duas oitavas.
Semente de Funcho.
Herva doce anà oitavas feis.
Almeeega onças duas e duas oitavas.
Agoa da fonte q.f
Açúcar libras tres: faça-fe Xarope S. A. Ita
Joannes Scroderus in Pharm. Chymica cap. 84.
Itb. 2. mihi pag. 175. Far-fe-ha na fórma le-
guinte : Nas cinco libras de agoa fe poraÒ a
cozer todos os Simplices, e tanto que gaitar
duas fe tirará o vafo do lume, e pafladas feis
horas fe coará , e clarificará com o Acucar,
e fe porá a cozer até ter ponto conveniente
de Xarope , e coado fe guarde para o ufo.
Serve eífe remedio para os que lanqaô e-
fearros de fangue, conforta o peito, epára os
curfos: dá-fe de huma até duas onqas por ya-
rias vezes ás colheres.
XAROPE DE NICOCIANA
fimples.
15 $ T> Çumo de Herva Santa depurado.
• Açúcar anà libras duas \ faça-fe
Xarope S.A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm ac-
cap. 4. de Syrup. pag. 213. Far-fe-ha na fórma
NIcotia- feguinte: Pife-fe a Nicociana, a que vulgar-
na quid ; mente fe chama Herva Santa, ou Tabaco, e
depois de bem pifada fe lhe efprema o qumo
em imprenfa , e fe depure ao fogo , e filtre,
e depois com o Acucar le clarifique, e coza
até ter ponto conveniente de Xarope, e coa¬
do íe guarde para o ufo.
He eíle Xarope algum tanto vomitíyo ,
ferve para a Alma, purga o Cerebro , e eíio-
mago , gaíla as obftrucqoés do baqo 5 appli-
ca-fe fobre as chagas velhas, alimpa-as, c
abranda-lhe a dorpara o ufo interno fe dá
de nieya onqa até huma.
XAROPE DE NICOCÍAHA
compofto.
i]6 Çumo de Herva Santa depurado
libras duas e meya.
Hydromel fimples libra huma.
Hyfopo.
Avencao.
Avença anà manip. meyo.
Flor de TuJJilagem.
Rofmapinho.
Violas.
JJngua de vaçca anà pug. dous.
Semente de Algodão.
Flor tio-as , e de
Cardo Santo anà onça huma.
Folhas de Sene onças tres.
Agarico trocifcado de frefeo onça huma.
Canela.
M acis.
Cravos and oitava huma.
i S;
Açúcar libra huma e meya-Jepois. de tres dias
âedigejtad fe purifique 0 hcor, e fe faça X aro-
pe ò.
S. A. Ita ] ofephus Quercetanus tnPl
ita ]ofephus tn Pian
ar m ac.
Dogmatica cap. 12. de Syrup. pag.núhi 230.
Far-fe-ha na fórma feguinte : O qumo de¬
pois de tirado fe depure, e junto com o Hy-
dromel íimples fe lance em vafo capaz , e lhe
miílurem os aromáticos machucados, e os
mais fimplices , tudo fe ponha em digeííaÔ
tres dias em cinzas quentes, paliados elles fe
ponha a ferver toda a matéria , e depois de
dar huma leve fervura fe efprema fortemen-
te, e o licor fe depure, filtrando-o muitas
vezes por panno de lãa bailo, e junto com o
Aqucar fe clarifique , e coza até que tenha
ponto de Xarope , e coado fe guarde para o
ufo. Pede o Atiélor Hydromel fimples, o
qual fe faz com quatro partes de Mel, e vinte
de agoa, e depois de ferver hum bom pouco
fe côa : a eíte Hydromel fe chama também
MeUcratum , Mulfa, e Apomeli, que quer di- Hydro.
zer miílura de agoa e mel. Afilm o enfina rae,j Me‘
Lemery na fua Pharm. c. 3. de Mellibusp. 162.
Aflim como acima fica dito enfinou Querce- Apomeli,
tano a fazer eíte Xarope, porém,hoje fe al- quid 1
guem o faz he pela receita de Lemery, a qual
clle no capit. 4. dos Xaropes efcreye neíta
fórma*
Çumo deHerva Santa libras duas s meya. Syrupus
Hydromel. libra huma. Nicotia-
Sene onças tres* na: re for¬
ni a tus.
A gari co trocifcado.
Sal de Nicociana anà onça leumà*
Semente de Violas onça meya.
Açúcar libras duas éméya: Far-fe-ha na
fórma fcguinte:0 Sene, Agarico, Sal de Her¬
va Santa , e a Semente das Violas fe metta
em vafo capaz , e emeima -lanqaráõ o qumo
depürado, ç o Hydromel, e por.aô o vaíò em
digeílaô tres dias em lugar quente, paífados
dles fe ponha no fogo, e dará huma leve fer¬
vura , então fe coará fortemente} e, depois
fe clarificará muito bem , e fe porá em ponto
com o Aqucar , e tanto que o tiver capaz fe
côe , e guarde para o ufo.
He o Xarope de Herva Santa bom para
a Afma,alimpa o Peito dos humores groílôs,
que nelle cílaõ , purga o Cerebro ^ gaíla as
obílrucqoês purgando por baixo , e algumas
vezes por vomito : dá-fe de meya onqa até
huma e meya.
137 R
XAROPE DE DOURADINHA.
Polipodio Qitercino.
• Raives de lingua de vacca.
Forragens.
Alcaparras, e de
Tantargueira anà onças duas»
Douradinha manip. tres*
Aa Lu-
 186 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. V.
Luparos. ftilladas dez onqas de agoa pouco mais ou
Avença. menos , fe deixe esfriar a matéria , e a agoa,
Cufcuta. que fe diAillou fe guarde para fe lançar no
Herva Cidreira and man. dons, Xarope afeu tempo, os fimplices, errijais
Agoa libras nove : co\a-fe atè ga/lar améta licor , que ficou no vafo le ponhaõ ao lume
de, e com quatro libras de Açúcar fefaça Xa- lanqando-lhe mais huma libra de agoa com-
rope S.A. Ita Beneditíus Bauderon lib.i.feti.i. muu , e tanto que ferver hum pouco fe tire
de Syrup.pag.
-f - fV ~ _ ..
Far-fe-ha na fórma leguin
. _ O l_i' .. .. I L />■ .4 ,« lr »* »■*■» \ ' I J A1;! lll J
do fogo, e coe com forte efpreflaõ , a qual
te: Ém nove libras de agoieílando quente te fe clarificará , e com o Aqucar fe cozerá até
porá a cozer o Polipodio machucado , e co¬ ter ponto de Eleétuario foi ido , entaò fora
mo gaitar duas libras, lhe lancaráo as mais do fogo lhe deitará5 a agoa efpirituofa , que
raizes, e dahi a pouco as hervas, e tanto que fe diftillou , e coado fe guarde para o ufo.
o cozimento eflíver quafi em cinco libras,lhe Feito deita forte nau póde haver difíipaqaô
deitaráo a Avença, e depois de dar huma le- da parte volátil, e eflencial das flores, que fe
ve ebulliqaó, fe tire do fogo , e pafladas oito de outro modo fe lanqaflem no compofto,
horas fe côe com forte efpreflaõ , a qual de¬ poderiaS perder a mayor parte da fua vir¬
pois de clarificada fe cozerá com o Aqucar tude.
até que tenha ponto de Xarope, e coado fe EAe Xarope he proprio para os achaques
guarde para o ufo. dos nervos, ferve na Parleíia , Convulioés,
Efie Xarope purga brandamente os hu¬ Epilepfia , conforta o cerebro, he bom para
mores melancólicos , groífos, e terreílres , a Ciatica , e para os gottofos, porque purga
ferve para a obArucqaõ , ou tumor no Baco, brandamente- dá-fe de meva onqa até huma.
he conveniente aos Melancólicos, e ferve XAROPE DE BELDROEGAS.
nas febres quartSas antigas: dá-fe de duas até 13<> T) Semente de Beldroegas libr. meya
tres onqas. X\« fumo de Beldroegas libras duas,
XAROPE DE PI RETRO. fumo de Romãas a\edas onças nove.
15 ^ T) Agarico branco onça huma e meya. Açúcar libra huma : faça-fe Xarope depois
♦ JlV. Ra/% de Piretro onça huma. de vinte e quatro horas de digejlad. Ita Nico¬
Peonia• laus Lemery in Pharm. cap. 4. de Syrup. p.z 5 7.
Acoro. Far-fe-ha na fórma feguinte : A femente das
Pimpinella and onça meya. Beldroegas fe machucará, e metterá em valò
Semente de Funcho. capaz , e emeima lhe lanqaráõ osqumos de¬
Peonia. pois de bem depurados , e fe porá o vafo em
Bagas de J uni pero, and oitavas tres. lugar quente vinte e quatro horas , pafladas
Matri caria. ellas fe ponha a cozer até gaitar a terça parte,
Agrimonia. entaõ fe côe , e clarifique com ovo , e ponha
Hy/opo. em ponto com o Aqucar, e ultimamente fe
Pnntula ver is. côe , e guarde para o ufo.
Mangerona. He eíte Xarope bom para defalterar, e
Mentrajlos. abrandar os grandes movimentos dos humo¬
Neve da and oitavas duas. res no tempo da febre , e para as durezas do
Flores de Lírio convale. Fígado , e também para as lombrigas: dá-fe
V erbafco. de huma onqa até onqa e meya.
Lingua de Vacca , e XAROPE EXHILARANS.
Bofmaninho and oitava huma e meya. 14° T) fumo de c amoedas depurado libra
Canela. , XV. huma.
No? es mofe adas. Lingua de vacca, e âe ‘
. Cúbebas and oitava huma. Borragens and onças de^. '
Agoa de Salva , e de fumo de Herva cidreira onca •fiieya.
Alecrim and libras tres. Grãos de Kermes oitavas tres.
Açúcar libras duas:faça-fe Xarope S.A. Ita Diambar eferop. quatro.
Nicolaus Lemery in Pharmac. cap.\. de Syrup. Diamargantad frio.
pag. 212. Far-fe-ha na fórma feguinte : Os Açafrao and oitava meya.
fimplices todos fe machuquem , e iufundaõ Açúcar libras duas:faça-fe Xarope S.A. Ita
nas agoas em valo capaz , e em lambique de Nicolaus Lemery in Pharm. cap. 4. de Syrup.
vidro , e recipiente do mefmo, bem lutadas pag. 265. Chama-fe efle Xarope Exhilarans Exhil*.
todas as junturas, fe ponha em digeílaa dous participio de Verbo ExhiJaro Exhilaras, que ran*
mas , paíiados elles le ponha a diAillar em íignifica alegrar , porque ferve para alegrar {
líanho de Maria, e tanto que ettiverem di- os melancoíicos. Far-fe-ha na fórma fevuin-
te:
 Dos Xaropes fimplices, e compoflos. 187
te: os cumos depois de clarificados fe lan-te: As Bagas do Rhamno cathartico fe colhe-
qaráõ em vafo capaz , c com elles os Kermesráõ eííando bem maduras , e fe pifaráõ em
machucados,e fe porá o vafo em lugar quen- gral de pedra, e depois de algumas horas de
te vinte e quatro horas, paífadas ellas fe lhe
digeftaõ fe eípremeráo , e o çumo fe dciAará
dará huma leveebulliçaõ,e fe coará, e clarifi-
cílar dez,ou doze horas em lugar quente, pa¬
ca rá com ovo , e depois fe cozerá com o A- ra que fe lhe feparem as fezes , entaõ fe coe,
çucar , trazendo dentro no Xarope o Aça- e defte çumo depois de clarificado íe-tomem
fraõ machucado em hum novelete , e como as leis libras, e fe lhe ajunte 0 Açúcar com o
tiver ponto fe coe, e lhe miílurem os pós doMel efcumado, ele vá cozédo em fogo bran-
Diambar , e Diamargaritaõ trio , e affim fe do , trazendo no cozimento a Canela , e A3-
guarde para o ufo. mecega em ligadura, e nefta fórmu fe cozerá
He bom efte Xarope para fortificar oce- até ter ponto de Xarope , e coado fie guarde
rebro , ecoraçaõ, e para mover a circula- para o ufo: Alguns Audtores modernos di-
çaõ dos humores , e efpiritos, e para alegrar
zem que he inútil neíle compoílo a Canela,e
os melancólicos , o qual fe lhe dá quando e-Almecega , que fe lhe lança em ligadura, po-
ftaõ com o accidente de melancolia: dá-fe derêm de nenhuma fórte fe lhe ha de tirarjpor-
meya onça até duas em agoa de Hervaci- que fempre conforta , e dá hum cheiro aro-
dceira , ou outra conveniente. matico , e agradavel ao Xarope , e para que
XAROPE CARMES IN O. naõ purgue com violência, le deve logo co-
141 T) Çumo de Grãa dos Tintureiros. mer fobre elle, que affim nau póde caufar do-
Jtv.» Açúcar and libras quatro : faça-
res 5 porque a fubftancia mucilaginofa dos
fe Xarope S.A. Ita Nicolaus Lemery in P/iar- alimentos,que fe tomaÔ, impedem que o çu-
Syrupus mac. cap. 4. de Syrup. pag. 262. Far-fe-ha na mo do Rhamno cathartico com o feu fal ef-
Grr.nse- fórma feguinte : Pifaráõ a Grãa fendo colhi- fencial accido naõ pique as fibras do eftoma-
tíniUoru. da de frefco , quando eftiver perfeitamente go , e.ínceílinos caufando-lhes dores. Em
madura , e a pifaráõ em gral de pedra, e de-
algumas Pharmacopeas fe acha efcripta eíla
pois a efpremeráÕ em imprenfa, e o çumo compofiçaõ com o nome de Xarope Hydrá- Syrupus
fe porá ao Sol hum ou dous dias a purificar,
gogo, mas feito fó com Mel, e fem Açúcar Hydra-
entao fe coe, e filtre duas ou tres vezes por
algumjporêm he muito melhor o que fe faz S°SUS-
panno branco, para que nelle fique a vifco- pela receita acima , porque fe fe toma pela
íidade que tiver, e delle aífim depurado to-bocca efquenta muito o Mel , e levando a
maráõ huma parte, e outra de bom Açúcar, porção de meya libra delle , bafta para que
e fe porá a cozer até ter ponto conveniente ,
guardando-fe o Xarope largo tempo fe naõ
e depois de coado fe guardará para o ufo.' encandile, e deíla forte feito fica de muy boa
Póde-fe efte Xarope fazer fem fogo toman- operaçaõ: He eíle medicamento hum gran-
Syrupus dp . tres partes
| — ,— de Açúcar,
) /' e huma de Grãa, e
de purgativo, evacua principalmente as fo-
'

kcrmefi- fe pifa tudo em gral de pedra, e depois fe rofidades, dá-fe aos gottofos ,e hydropicos,
nus tine põem em djgeítaõ vinte e quatro horas, paf- e he conveniente nas obftruççoes j póde-fe
‘gne.
fadas ellas fe efpreme fortemente , e o licor
dar de duas oitavas até onça e meya em li¬
fe côa, e depois fe guarda para o ufo. cor conveniente. O Rhamno cathartico he Rhamnus
hum Arbufto, que creíce algumas vezes á cathartius
Efte Xarope fortifica o cpraçaõ , eftoma-r
O
go , e reififte á malignidade dos humores, e
7 - . . . O ‘ ' '
maneira de Arvore pequena , e de pouca al- Rhamnus
9

impede os vomitos ás. mulheres: da-fe de tora', o tronco he groílo mediocremente cu-
meya onça até huma. r- ■
berto de cafca femell^ante á da Cereijeira , o mfccto-
páo he amarello , os ramos faõ guarnecidos ria.
AU G M E N T o de efpinhos , ou bicos agudos como os que
tem as Pereiras fylveftíes, as folhas faõ lar¬
1)0 V. TRATADO. gas , verdes , e mais pequenas que as da Ma-
Dos Xaropes Jimplicès e compoJlM. ceira, porém guarnecidas de pontinhas mui-
to miúdas a modo de dentes, a fua flor he
XAROPE DE RHAMNO. pequena , e de cor de herva, á qual fe lhe fe-
Cathartico. guem humas bagas moles do tamanho das do
142 T> Çumo de Buo;as de BJiavino ca- Zimbro , verdes no principio , que depois de
R • thartico feis libras.
Açúcar. quatro libras.
maduras le fazem pretas, e refplandecentes,
chêas de fucco negro, que declina a verde
Mel efçumado meya libra. com o gofto algum tanto amargo , e junta¬
Canela trçs oitavas. mente tem dentro humas fementes redon-
Almeceoa da Índia duas oitavas : de tuâofe das cubertas de huma cafca ou pelle cartila-
faça Xarope S. A. Far-fe-ha na fôrma ieguin- ginofa j creíce efte A rbufto em Azin hagas,
Aa 2 Tupi-
 i n Pharmac. Lufit. Augment. Trat. V.
Tapigos, Bofques, e lugares incultos, e fe
dá bellamente nas bordas dos rios, regatos, e *45R
XAROPE DIANUCUM.
Çumo de notes verdes depurado.
• quatro libras.
cm lugares húmidos, o fruto, ou bagas le
colhem, quando eftaõ maduras, que lie pelo Mel efcumado duas libras : co\afe tudo até
Outono , ou junto ás vendimas , e lendo de¬ ter ponto de Xarope. Fai-fe-ha na fórma fe-
ita forte fervem para o ufo dà medicina : As guinte: Nomez de Junho, quando as nozes
Bagas do Rhamno cathartico purgaõ forte- eftaõ bem verdes, e já creícidas , fe piíaráo;
mente as forofidades fervem para a Hydro- em gral dc pedra , e fe deixaráõ eftar dous
pefta , Gotta , Reumatifmos, Parlefia , e dias, paíTados elles fe elpremeiáõ em im-
Cachexiaj pódem-fe dar feis bagas até dezoi- prenfa , e o qumo fe porá ao lume em fogo
to , comendo-lhe emcima alguma coufa , as brando,até que felhegaftç a parte terreftre,
folhas também faÕ deterftvas, e vulnerarias, entaÕ fe coará , e tomará a quantidade do
fendo que andaõ pouco em ufo. qumo , que na receita fe pede, e fe lhe ajun¬
XAROPE ACETOSO COMPOSTO. tará o Mel, e fe cozerá até ter ponto conve¬
143 T) Rai\ de Funcho, niente de Xarope , e coado fe guardará para
XV • Jypo, e de o ufo } efte medicamento naõ differe do ar¬
Almeirão and tres onças. robe de nozes mais que em ter o Xarope o
Semente de Herva doce. ponto menos alto que o arrobe : ferve para
Funcho. as defluxoés, que cahem do cerebro no pei¬
Aypo and hum a onça. to , he util nas cfquinencias , excita fuor , e
Almeirão meya onça. provoca os efcarros $ dá-fe de meya onqa
Agoa da fonte oito libras. até huma e meya, ou per fi , ou com qual¬
A cucar tres libras.
i
quer licor conveniente.
Vinagre duas libras : de tudo fe faça Xaro¬ XAROPE DE SENE.
pe S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte : As 146 T) Folhas de Sene meya libra.
raizes tiradas de frefco da terra fe lhe tirará XV* Fartar0 foluvel feis oitavas.
o amago e das calcas depois de lavadas fe Agoa conmua tres libras.
tomará a quantidade, que fe pede na receita, Açúcar duas libras: depois de infundido 0
e fe cozeráõ juntamente com as fementes Sene fe filtre 0 licor S. A. Far-fe-ha na fórma
até gaftar amérade do licor , entaõ fe coará, feguinte: O Sene, e Tartaro foluvel fe lan-
e fe lhe ajuntará o Aqucar, com que fe irá caráõ em vafo de barro vidrado, e emcima
cozendo, até quafi ter ponto capaz, entaõ lhe deitaráõ a agoa bem quente , tapado o
fe lhe lançará o Vinagre , e tanto que tiver vafo, e bem cubcrto fe deixe vinte e quatro
boa conftftencia fe coe, e guarde para o ufo. horas de infufaõ em lugar quente, depois
Serve para alimpar a cólera grofta , e para fe efprema, côe , e filtre , e fe lhe ajunte o
adelgaflar as fleumas, gafta as obftrucqoés, e Aqucar , que fe porá a cozer em fogo bran¬
provoca muito as ourinas $ dá-fe de meya do até ter ponto conveniente, e coado fc
onça até huma em licor conveniente. guarde para o ufo. Serve efte medicamento
XAROPE DE CLARAS DE OVOS. para purgar os humores biliofos, e melan¬
x44 T3 Claras de ovos numero oito. cólicos, he bom o ufo delle para os gottoios,
XV • Agoa commua tres libras. tomando-o alguns dias, antes que lh e come¬
Açúcar em pedra duas libras. ce a dor 5 dá-íe demeya onqa até duas em li¬
Alcatira duas oitavas : de tudo fe faça Xa^' cor conveniente: os que forem conftipados
ropeS. A. Far-fe-ha na fórma feguinte : To¬ do ventre pódem tomar mpya onca até
marão as claras de ovos , e as lancaráõ em huma diluto em duas de agoa de Borragens
bacia de barro muito limpa , e fe irá deitan¬ fem preparacaõ alguma mais que naõ co¬
do nella a agoa pouco a pouco, batendo mer peixe nos dias , em que'tomar a dita
com ella as claras dos ovos, depois felhe agoa.
ajunte o Aqucar , e Alcatira pifada, e tudo XAROPE DE MIRABOLAjNOS.
fe torne a bater , e fe ponha a cozer em va¬ 147 TJ Mfrabolános chebulos huma onça
fo capaz com fogo brando, e fem fumo, até XV* e meya.
que tenha corpo de Xarope, entaõ fe coe, e Citrinos feis oitavas.
fe guarde para o ufo: he admiravel para hu¬ F aJfas de Uvas fem granitos duas onças.
medecer , e refrefcar o peito , abranda a tóf- Canela feis oitavas. -
fe , adoçando toda a acrimonia, que do ce- Agoa ferrada com aço tres libras.
Tebro defce ao peito , excita os efcarros , e Açuear huma libra: de tudo fe faça coymen*
n aA 1._• 4 /r» . . '

ne conveniente nas tófíes antigas : dá-fe de to até ficar com amètade. Far-fe-ha na fórma
Fuma-* onqa ate- onqa
- - e meya ~
feguinte:OsMirabolanos, Canela , e as Paf-
fas fem granito fe pifaráõ muito bem , de¬
pois
/
 Dos Xaropes fimpliees > e compoílos. l8$>

pois fe cozerá tudo nas tres libras de agoa Xarope emeima das chagas das gengivas, as
fe*rada*até gaílar amétade, e eítando frio o cura e fecca admiravelmente.
cozimento lhe lanqaváõ o Açúcar, ele co¬ XAROPE DE SEMENTE
zerá até ter ponto conveniente , e coado fe de Funcho.
guardará para o ufo. Serve nas dyfenterias, i j o TJ Semente de Funcho hum a libra.
e em qualquer caíla de fluxo do ventre j dá- JLv.
Agoa de Funcho meya libra.
ie de'huma onqa até tres em cozimento de Almeirão, e de
Tòrmentilla,ou em outro licor conveniente. Flor de harangeira anà tres onças.
XAROPE DE AGRIOENS. Açúcar bom huma libra.
148 TJ Çumo depurado de Jgrioés. Ambar.
Açúcar bom anà duas libras: de Al mi fc ar.
tudo fe faça Xarope S. A. Far-fe-ha na for¬ Canela anà grads dó\e.
ma feguinte: Tomaráó o çumo dos Agriões Açúcar cande huma onça : de tudo fe faça,
coiniüos
colhidos üede rreico
frefeo , e o porão em Xarope S. A. Far-fe-ha na forma feguinte:-
poráõ ao lume cm
fogo brando } tanto qüe fc feparar o craffo A femente de Funcho depois de bem limpa
do cumo , fe coará duas ou tres vezes, para fe pifará em gral de pedra, e fe lhe irao ajun-
que fique bem depurado, então lhe ajunta- tando as agoas pojico e pouco , como quan-
ráo igual quantidade de Aqucar fino, com do lc faz emulfao , e ne as agoas e an o
que fc coze.rá em vafo de barro vidrado com brancas como leite, e coa as e ie a e o
fogo brando, até que tenha confidencia de Acucar, e em vafo e ano apa o epora
^ - 1-T
’ , ? w -“ --
, r frwrrrk hrandí>i etailtO QUC tlVCf
Xarope , e coado fe guardará para o uío : da a cozer em fogo brando } e tanto que tiver
. J_ __

mefma for te fe pódem fazer os Xaropes de ponto o Xarope, eflando ainda quente , fe
lhe ajunte o Aqucar cande, e os cheiios pi¬
Syrupus cumos de huma , ou de mais plantas. Serve
fucco- o Xarope de Agriões para dulcificar os hu¬ fados , desfazendo-os em parte do Xarope, e
rura. mores accidos, he conveniente no cicru- deDois cíe
uc tudo
iuUU bem — midurado ie coará, e
eferu- oepoi*
* i r TJ . m^liVumpnm
buto, excita a ourina, desfaz as obdruccoés guardara para o u o. • ,
. . ’ _• , ■___nas admirável nasentermidades lau¬
enfermidades do peito , lan¬
do baco , e mezenterio, he aperitivo , refo
ça fóra os flatos, he bom nos achaques hi-
lutivo , e incifivo, gaíla as arêas, e affirmao
dericos, procedidos de flatulência no ute-
alguns que faz lanqar as pedras •, o ufo dede
e aos que padecem falta de refpiraqao*
remedio he hum grande foccorro para os ti-
e nos achaques efeorbutos f dá-ie de duas oi-
ficos, e fe deve delle fazer muito cafo, dá-
fe de meya onqa até duas, ou per fi , ou em tavasis até meya Sn<§
ate meya onqa.
XAROPE MAGISTRAL
outro qualquer licor Conveniente. As gran- X A Iv 1
adítr ingente.
des, e prodigiofas virtudes dos Agriões fe
151 TJ Hortelãa fecca.
pódem ver na Ancora medicinal do iqfigne,
XV. Balaujlias.
e fapientiflimo Doutor Francifco da Fonfe-
ca Henriques cap. 12. pag. 297., onde traz Tormentilla.
Rofas vermelhas anà huma onça.
o cafo do tifico , que fó com Agriões, que
comeo crus, e cozidos livrou do achaque, Murtinhos.
Cafeas de Carvalho anà duas onças.
depois de edar lançando efearros perulen-
Sandalos vermelhos em rafpa tres onças.
tos, eos bofes pela bocca fóra * e he o cafo,
que efereveo Boneto no Sepulchro anatô¬ Rai\ de Cipó meya onça.
Canela duas oitavas.
mico Ub. i.feã. 1. olf 2 $.
XAROPE MAGISTRAL Agoa da chuva feis libras.
Açúcar duas libras: depois de coydos os fim-
antifeorbutico.
pliccs até gajlar anictade do licor fe faça 0
14? "D Çml° d* Agriões huma tibra. Xarope S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte:
XV. Mêlarinha, e de
Os fimpliees todos fe machucaráõ, excepto
Lttparos anà meya Uhra. a Canela , e juntos fe cozeráo em vafo de
Acucar bom duas libras : clarificados os çu-
barro bem tapado até gaílar amétade, de¬
tnos fe faça 0 Xarope S. A. Far-fe-ha na foi-
pois de frio fe coará o cozimento , e nefle
ma feguinte : Tomaráõ a quantidade , que
coado felhe ajunte o Aqucar, e a Canela
na
na receita
receita fe
fe pede
pede ,, de
de qumos
qumos depois
depois de
ae bem
oe vjccados pequenos, e fe vá cozendo até
, __ fprnjpra
depurados , e juntos com o Aqucar fe cozer caiiaz entaõ fe coará e guardará
tudo ™ íoS°b^df “fiuafdCaTpartno dfo. pi'à ° para osqua ...

ites onqas, e applicando alguma porqao de o q

 IC9
T R A T A D O YI.
DOS ELECT U A RI OS PURGANTES,
Hieras, Confeições, Corãiaes, eOpiatas.
1
Ficflui- " —' LECTUJRIUM iiem eji , t/uoi
ri um * jy à eleãum ex variis , quia ex mui tis,
quíd.» fr-^ Cf variis rebus eleãuaria conficiun-
ff i tur, tf dijferentia Eleãuariorum eft
- multiplex , quia quadam funt Eh¬
ãuaria dulcia , qu&ãam amara , quadam acria,
wí Diaprunis , Cf Diatamarindis. Ita SaUdi-
nus parti cuia i. utilibus interrogationibus,
/w^-. mihi 252. Quer dizer , que o Eleduario
fe chama affim, porque fe compõem de mui¬
tos , e vavios medicamentos fimplices, todos
efcolhidos, e que ha. muita differenca nos
Eleduarios, porque huns faõ doces, outros
amargos, e azedos, alfim como o Diaprü-
nís, eo Diatamarindos. Joaõ Schordefo na
fu a Phannacop. cap. ]. de Rebus Medicamen-
talibus Praparatis liitera E , o diffine aífinu
Eleãuarium eji medicamentam Syriipo , Cf
Eclegmate crafjius confiam ex medicanientis
durioribus pulverifatis meílis confifientia. accu-
rate mixtis. Quer dizer, que o Eleduario he
hum medicamento mais groíTb que Xarope,
ou Eclegma , o qual confia de medicamen¬
tos duros reduzidos em pó mifiurados nelle
Confc- depois de efiar em confifiencia de Meh Con-
aioquid>feãio , idefi fimuí faãio , Cf dirivatur à con-
ficio confieis, quia ex pluribus rebus conficitur,
Cf poteji e Je dura, veí mótlis. Ita Joannes J aco-
btts Maniius traã. de Eleãuariis, pag./\. Quer
dizer, que aconfeicao, ou compoficaõ he
aqueila, que fe faz também de muitos medi¬
camentos , e efie nome confeiqaõ Te deri¬
va do verbo Conficio confieis , que fignifica
confeicionar,ou acabar alguma coufa, e po¬
de fer efta dura, ou molle.
CONFEIÇAM DE DACTILES,
ou Diaphinicao.
' 1 "R tamaras boas infundidas tres dias
XV* em vinagre oitavas cento.
Alfenimfeito com coxjmento de Cevada cin-
coenta oitavas.
Amêndoas trinta oitavas.
Turbit trinta e cinco oitavas.
Scamoriea oitavas do\e.
'■ Gengibre.
Pimenta longa,
Eolhas de Arruda»
Canela.
Jjfacis. * " ‘'■
Pdo de Aguila.
EI erva doce.
Semente de Funcho.
Dauco.
Galanga and duas oitavas e meya.
Mel efeumado q.f. : de tudo fe faça boa tri¬
turação , e 0 Eleãuarto S. A. Ita Mefues
lib. i.Jímplicium dijimã. 3. de Medieinis Jolii-
tivis foi. mihi 121. Far-le-ha na forma fe-,
guinte : TomaráÕ as Tamaras dás melhores,
mais louras , e melofas, que he o que quer
dizer a palavra Cheiron,como àffirma Fr.An-
tonio de Cafiella no liv. i.divif. 6. , e lhe ti-
raráõ os caroqos, e pefaráõ delias as cem oi¬
tavas , e depois de pefadas as infundirão em
vinagre tres dias, e pafiados elles Te pifarão
em gral de pedra , e fe lhe tirará a polpa , c
guardará aparte para fe lanqar no Mel a
feu tempo , e ao depois fe pifem as Amên¬
doas , ou fe cortem com faca muito miuda-
mente , e fe pafíem por peneira capaz, e fe
guardem á parte, entaõ fe pifem os mais
pós com boa trituraqao: convêm afaber, ca¬
da hum conforme fua fubfiancia , como diz
Oviedo no liv. 2. pag.y6. A Efcamonea fe
moerá na trituraqao groíTa fubtilmente , o
Turbit em a trituraqao medíocre grofía-
mente, o Páo de Aguila fubtil, e os mais
Aromáticos fe moeráõ na trituraqap medío¬
cre , mediocremente ( eftes fimplices Aro¬
máticos fe pifão affim , para que juntos com
a Efcamonea fe detenhaõ algum tempo em
o ventrículo,\afiirp o enfina aPharmacopea
Valéntina traã. de Eleãuariis Tn dnnotatiene
Diaphenicon, e o diz por cftas palavras: Aro¬
mática mediocriter funt terenda, ut in ventrí¬
culo aliquo tempore detineantur cum Scanw-
nio, tf Turbit. ) Tendo os pós affim prepa¬
rados, e todos bem mifiurados, excepto a
Efcamonea ; tomarão o Alfcnim , que na re¬
ceita fe pede, e com alguma agoa fe porá em
ponto de Eleduario , e entaõ lhe ajuntem
vinte e nove onqas, e feis oitavas de Mel
efeumado , que he o que cabe aos pós, e de¬
pois de dar huma fervura lhe ajuntem a pol¬
pa das Tamaras $ e fe acafo abaixar, torne
ao fogo a tomar bom ponto, e fóra do lume,
eftando quafi frio , lhe ajunpem os pós, e ul¬
timamente a Efcamonea , e tudo bem míxto
ic guar-
 Dos Ele&uarios purgantes , Hieras , &c.
fe guardara para o ulo. As Amêndoas fe pó-
dem depois de piladas pelar, e ajuntar com
as Tamaras, pifando-as juntas com ellas, e
entaõ fe lhe tira a polpa , e paífa por bom
Quínti. Cedaqo. Em todos os Eleótuarios purgan-
chJC\\ tes * cm ^ue os Audores naõ pedem certo
'Mcllis in Pefo de A^ucar » ou Mel , fe deve pôr a
ÍElcdtua- huma parte de pós , quatro de Aqucar , ou
rhs miti Mel, aífim o enfina Jacobo Sylvio , e Fe/-
pus. nelio no cap. 15. pag. 4., e nos Eleduarios,
ÍQuanti-
que vao em fórma de Opiatas, que faõ os
jtas fac-
chari in que levao Opio , fe lhe lanqaõ quatro onqas
Opiatis! pós a huma libra de Acucar, ou Mel, que
In Ele- fa5 tres partes de Aqucar , ou Mel, e huma
duanis de pós. E nos Ele&uarios duros, ou folidos,
folidis.
a huma libra de Acucar fe lanca huma ofica
de pós. Aííiin o enfina Fonte Pérola,
e por eftarazao , quando fazemos eífa recei¬
ta pomos vinte e nove onças, e íeis oitavas
de Mel, que com feis onqas, e duas oitavas
ac Alfenim vem a fazer trinta e feis onqas,
que he ó que toca a nove onqas de pós fec-
cos, que ha neíla receita , naõ contando a
Efcamonea, nem as Amêndoas, e Tamarasj
porque eílas por caufa da humidade , -que
tem, fe naõ pódem reduzir a pó, e fó fe con-
taõ as coufas feccas, que naõ tem humida¬
de , aflim o enfina Oviedo lib. 2. pag. toi.
As folhas de Arruda fe devem pôr neíle me-
dicamento, <!] naõ eftejaõ verdes, nefp total¬
mente feccascom que fe poráõ depois d=e
murchas, antes que com a mao fe poífaõ^fa-1
zer em pó , por caufa de citarem muito fec¬
Amígda¬ cas. Pede Melue neíla receita Amêndoas, e
la abíiu- naõ diz quaes, e affim iodas as vezes que
iiitc.
fe pedirem fem mais determinação , fe haõ
de pôr as doces , como enfina 0“ irico de
Auguílis , e Oviedo lib. 2. pag. <77. O Mel,
que efla cornpofiqaõ recebe, le deve efcu-
mar primeiro , entaõ ao depois fe;.pefa a
quantidade,, que na receita fe pede , porque
fe fe pelar antes de efeumado ^ ao depois
naõ fe achará a conta certa , que hê necef-
faria para bem fe formar o Eledtuario; nas
Tamaras, quando fc infundirem, fe naõ lan-
ce mais vinagre , que áquelle que ellas pu-
derem embeber porque aqvi naõ ferve o
licor-da infufao, fenaõ as Tamaras depdis
de infundidas :- aíTim o diz Franciico Veíles
feã. de Eteéluariis purgantibus , pag. 47.
Serve eíle Elettuario para purgar a fldu-
ma «roíTa e as lbroíidades, purga também
a cólera loura , e he conveniente nas dores
doventriculo , fendo procedidas de hiimo-
res crus , e aproveita tanaoem nas doenças
Hyílericas , dá-fe de huma oitava ate qua-
tro ou cinco.
LOl
foi
CONFE1ÇAM H A M E C h
R Mirabolanos Citrinos onças quatro.
• Mirabolanos Chebulos.
Indos.
Ruibarbo anà onças duas.
Jparico.
Colloquintida.
Polipodio anà de\oiio oitavas.
Lofna.
Th/mo.
Sene anà onça hm a.
Violas oitavas quinxe.
Epithimo onças duas.
Eerva doce.
Rofas.
Semente de Funcho anà oitavas feis.
Çunw de Fumaria libra huma.
''Mnielxas núm.fefjenta.
PfiJJas fem gr aã feis onças : infunãao-fe
efias coufas cinco diks em q.f de foro de leite,
epajjados elles dè hüma fervura , e fe coe ye á
coadura ajuntem
Canafijiola limpa onças quatro.
Tamarindos cinco onças.
Mannd duas onças : esfreguem-fe com as
unaõs, e fe doe, e fobre elle lancem
Açucdr libra Ímpia e meya. r.
Êfcamonea onça huma e meya : coytfe até
terponto de Mel," e depois fe lhe lancem-*:
Mirdboianàs? citrinos. A
''Ctietnáos yd ■ r
dndos anà meya onça. s'At,\\v
MirábotUhOs R elencos. v '
> Emblicfá. .(■./.
' Ruibarbál í '
S e th ente de Molar inha anà oitavas tres.
> Herv&doce. - r .
$ pica anà oitavas 'duas , tudo em pá ; faça-
fe EUãuario S. A. Ita Mefues dijiinã. j. de
Medkinis folut. foi: niihi 124. Ear-fe ha na
fótiíiaTeguinte : Os Mifabolanos, e Polipo-
dio-fe piía-ráõ groííb modo, ou fe machu-
,'caráõ YDtnelhor que puder fer, o Ruibarbo
fe cortará'^com tefoura muito miudo , o Se-
nepfctnáis hervas fe machucaráõ , as Amei-
xas fém carotío , as Paífas fem graõ , Acolo-
quintida'Cortada , ô Agarico ralado , e ani-
bos etin ligadura ; tudo aparelhado neíla fôr¬
ma fe laftctf em vafo de vidro de boceu
eílreita, e emeima lhe deitem o que bailar
dCiforo de leite quente , e o curiiõ -de Eu-
rtiafia ,r com que venha eíle licor a fobre-
pujar dous dedos’pot cima dos fimplices, e
aíTim fe poiáo em digeíláõ por eípaco de
cinco dias , e nelles le mexeráõ duas vezes
cada dia , e fe for necelFario mais foro fc lhe
ajuntará ; paífado o dito tempo le pora o
vafo ao lume , e como der huma fervura ie
tire, e côe com forte efpreílaõ , e com parte
deita
 102 Pharmac. Luíít. Augment. Trat. VI.
defta coadura, eílando quente, fe defate a
Canafiftola , e Tamarindos, eno licor , que
ficou , fe lance o Aqucar , e tanto que tiver
ponto de Mel lhe ajuntem as polpas,e Man-
ná , que eftará desfeito em parte de Xarope,
e fe abaixar torne ao fogo ate tomar ponto
conveniente , então fe coe , e fora do lume
lhe lancem os. mais fimplices , que fe pedem
na receita , feitos empo , que todos haõde
fer tirados na trituraqaõ medíocre, medio-
cremente, e a Spica fubtil , a Efcamoneana
trituraqaõ groíTa mediocremente , a qual fe
ha de deitar no Eleduario, eftando de todo
frio , e ultimamente mifturados bem todos
os fimplices fe guardará a compofiqaõ para.
oufoj aflim o enfina a fazer Lemery na fita
Pharmacop. nniverf. cap. 10.de Confeãiônibus,
pacr. ^75., e a Pharmacopea Valentjina traã.
dtConfeãionibus, pag. 98. A Efcamonea fe
lanca no medicamento depois de eftar frio,
porque fe fe lhe ajunta eftando quente,fe faz
em grumos , e fe nao miftura berr\^ e daqui
fuccede , que em huma Dofe dçfte medica-
mento vay muita mais Efcamonea do que
havia de ir, fe eíliveífe bem mi^ta , aflirti o
adverte Lemery no lugar citado, e o diz a
Pharmacopea Valentina na Annotaqaõ do
mefmo Electuario, por eftas palavras*T^iinc
abignepxtraãis, reHqiiaxaddenda funt jfluni
fere accefferit confeãio ad refrigeratiomm^
nam fcamonium, ji calor em fentit, ip grumos
coagulatur , unde in una. dofi medicamenti mui-
ta quantitasfcamonij reperitur, in a/Ja vero nitl-
la ,(fc. Os Mirabolanos, que entraõ nefte
Ele&uario , fe devem pelar fe|h> caroqos,
porque nao fervem com elles para...a Medi-
cina , e aos Indos fe nao tiraõ, porque os
nao tem : o Agarico , e a Colocynt-hida fe
põem nefte medicamento em ligadura,\por-
que fe quando fe coar o medicamentÇK paf-
far alguma coufa da Colocynthida , e Aga-
rico , e for no compofto , que fie ha de to-
mar , fará grandes dores dc tripas, e outros
damnos ainda peyores , como diz Bernardo
de Senio 110 liv. 3. na Annotaçad do T)íqniiçuyi
de Mefue. O meimo fente Sergpiaõ no livro
dos-fimplices, onde acpnielhà que a Colo-
cynthida fe ponha nos .cozimentos inteira,
ou em pedaços grandes, para que naõ pafie
alguma parte deila ao coar. O foro fe deye
fazei deleite de cabras negras novas, e paf-
lidas de pouco , e que tenhaõ ;bom. paftq,
como diz Mefue no livro dosfimplices cap. 9.
de Sero latis. Pede o Audtor para efte Ele-
ccuario Canafiftula limpa; e aflim nefte, co-
mo nos mais , em que le pedir nefta fórma,
e deve tirar da Cana, e apartar-lhe a femen-
tc.’ a:’qando lha fóra j e das laminas, ou
11110 0 dentro , fe ha de pefar a quantida**
de, que fe pede, antes que lhe mifturem al-
gum licor , aflim o affirma Oviedo , e ou-
tros , que elle aponta. Nefta compofiqaõ íe Teríní».
pede Teriniabim, efte he huma eípecie de
Manna , a qual nos nao conhecemos, mais
que pelo nome : he o "Teriniabim , como
diz Quirico de Auguftis Jijlinã. 5. de Medi-
cinis felutivis pag. 12., hum orvalho , que
de noite cahe em certas partes do Egypto,
fobre as folhas de algumas arvores : Tm*
niab.m eji ros , qui noóle cadit in quibufdam
partibus AEgypti fuper frondes aliquanm ar-
borum , tf fic colligitur. Coftumaõ. alguns
in fundir o Ruibarbo á parte para o lançarem
no Acucar a feu tempo, e dizem, que o
Ruibarbo naõ foffre cozimento. Sendo o
jRuibarbo bom fe póde cozer, porém na5
deve fer largo o cozimento; porque nao ha
fimples de taõ debil virtude , que o naõ fof-
fra: no Xarope de Eupatorio manda Mefue
cozer o Ruibarbo, com que nefte medica-
mento fe póde fazer feguramente depois de
infundidojporque como he taõ pouco o cozi¬
mento, q fe dá aos fimplices, depois da infu-
faõ, que na5 fe póde refolver a virtude ao
Ruibarbo, nem ás Violas, e também por-
que a virtude de hum , e outro eílá já con-
fundida, e mifturada com a dos fimplices de
groíTa fubftancia. * ,1 K
- Purga efte Eleãuario huma, e outraco-
l$ra , e a fleuma falgada , he util aos galli-
cados, e aos que tem fárna, chagas, ou qual-
quer achaque cutâneo : dá-fe de huma oita-
va até feis.
A Confeiqaõ Hamech fimples, he ame-Confc-
fma receita , que fica efcripta $ porém quan- tfio Ha-
do fe quer fimples, fe lhe tira a Colocynthi-
da , e Efcamonea, e o mais fefaz na fórma ílIBp cx*
acima dita: naõ fe ufa hoje em parte alguma
a Confeiqaõ Hamech feita fem os dous. fim-
plices, porque aflim fica de pouca, ou ne-
nhuma virtude , por lhe faltar a Efcamonea,
que he a efpora , que faz efpertar os mais.
fimplices, principalmente havendo na re¬
ceita tantos fimplices aftringentes. Aflim ò
diz a Pharmacopea Valentina traã. de Ele-
ãiiariis in Annot. Qonfeãionis Hamech. por
eftas palavras: Reverá tamen demptis abhac
confeãione Hamech Scamonio,tf Colocynthida
veluti inanis remanet, prafertim ratione Sca-
monij : nam praterquamqubd fuam exercei
qãfonemin bilepurganâa , idpreXerea calcar-f
& fimulus ejl reli quis medie amentis , qus. cir
tra Scamonium in hac confeãione tarde, tf im-
lecitliter purgant, pra fertim cim tanta copia
ajlringentium medieamentorum reperiatur in
prxdiãa Confeãione.
Chama*fe efte Eleduario Hamech, por-
que foi inventado por hum grande Medico
Arabe
 Dos Ele&uarios purgantes , Hieras, &c.
Arabe chamado Hamech, aflim o diz Fr. An-
tonio de Caílella no Uv. i. divif. 6.
D I A G A T H O L 1 C A M.
5 TI Sene bem limpo.
X\, Canafijiola limpa.
Tamarindos and onças oito.
Ruibarbo.
Violas.
Polipodio.
Herua doce and onças quatro.
- Alcaçú\.
Alfenim.
Açúcar em pedra and oitavas quatro.
Sementes frias may ores-onça hum a.
Polipodio quercino libra huma : machuqtie-fe,
e coza-fe muito , 'e depois fe coe , e d coadura fe
ajuntem libras oito de Açúcar, com que fe faça
Eleáíuario S. A. Ita Nicolaus in Antidot. mi-
Diaca- ^ ->Paê% 1 Chama-fe eíte Eleótuario Dia-
tholicon catholicad, porque purga univerfalmente to-
quid ; dos os humores brandamente , aíTim o enfi-
na Pia tear io fup. Ni cola um na Annotaçao do
me/mo , per formal ia verba: Dicitur CáthoU-
con , id eft, univerfale , eo qubd omnes humores
educit liniendo abfque no-cumento. Far-fe-ha
na fórma íeguinte : Em doze libras de agoa,
eítando quente , le porá huma libra de Poli¬
podio machucado , e pafládas. vinte e qua-
tro horas fe cozerá até gaitar amétade , lan¬
çando-lhe huma pouca de Herva doce, e
apartado do fogo le abafará, e pafladas leis
horas fe coará ; com parte deite cozimento
fe tirará a polpa da Canaíiítola , e Tamarin-
dosj o cozimento,que ficou,fe porá ao lume
com o Açúcar, e fecozerá até ter ponto de
Mel bem alto , entaõ fóra do fogo lhe ajun¬
ta ráõ<as polpas , e fecom éllas abaixar ^tor¬
ne ao fogo, e dè mais algumas fervuras leve-
mente, eultimamente fóra do lume lhe lan-
c.em os pós: dos mais fimplices, que eítarao
pifados na fórma feguinte : O Sene , e VioJ
las fe piíaráõ na. tjjturaçaõ mediocre grofla-
mente , o Ruibarbo , e os mais na trituração
mediocre , medioçremente', como enfina.
Qy.iedo no Uv. 3. Meth.pag. 129., e o diz por
citas palavras : Quando fe fuere enfriando , fe
anadirân los polvos , que recibe, aviendo nwUmr
do primero el Sen , e Violetas en la trituracion
mediocre gruejfaniente , y el Ruibarbo, y lo,
de más , que leva , en ejie grado de tritur açion
mediocre , medioçrementeque aunque el Po¬
lipodio es medicina purgativa , por ferde tan
gruefdfuhjiancia, le conviene ejla rndnera de
tritur acion. Naõ errará quem fizer a tritura¬
ção de todos eítes fimplices mediocre 5 por¬
que a Pharmacopea Valentina no modiis fa-
ciendi do mefnio Eleãuario os manda a todos
triturar medioçremente;: Etreliqua omnia
permifce in pulverem redatta mediocr em: as fe-
193
mentes fe cortaráõ primeiro muito bem , e
depois fe pafiaráõ por peneira com o Rui¬
barbo , que aflim pafiaõ bem , porque cor¬
tando-as primeiro empapei lhe fica nelle a
humidade oleoginofa , que he a que lhe im*
pede a trituraçaõ ; também fe pódem desfa¬
zer em parte do Xarope , depois de eítar em
bom ponto, efe lançaõ fóra do fogo ; po¬
rém naó he taõ bom modo de as miíturar. no
compoíto j preparados todos os fimplices na
fórma dita fe lançaráó no Açúcar , e depois
de bem miíturados fe guardará para o ufo.
Aflim o enfina a fazer Luís de Oviedo no lu¬
gar citadOyd. Pharm. Valent., e Lemery c.io.
de Eleãuariis pag. 66], Pede o Audor ne.fte
compoíto Sene bem limpo, deve-fe efcolher
limpo de todos os páos que tiver, e fó fe lan¬
çaráó as folhas , que forem mais verdes, e in¬
teiras. As oito onças de Canafiítola , que fe
pede limpa, fe haó de pefar depois de limpa
de cafcas, e fementes, entaõ fe lhe tira a pol¬
pa paflando-a por fedaço , aflim o enfina Bra-
zavolo no liü. do Exame dos Eleãuarios.
Purga o Diacatholicam univerfalmente to¬
dos os humores nocivos ao corpo humano :
dá-fe em purgas diluto em licor convenien¬
te , e em clylteis de huma oitava até huma
onça.
Na primeira imprefíaõ, que fiz deita Phar¬
macopea , infmuava aos novos praticantes,
que quando fizefíem o Diacatholicam).he lan-
çaflem quatro onças de Sementes frias, fun¬
dado nas aüdoridades , que ahi moftrei ■, po¬
rém ainda que por mim fe naõ pofla dizerj
Sapientis eji mutare confilium 1 com tudo, af-
firmo , qu© fempre me fez grande duvida ,
ver neíte medicamento tanta quantidade de
Sementes frias j e fazendo mayor diligencia
por alcançar a verdade do cafo para defenga-
no do meu efcrupulo , bufquey a receita de
vários Códices de Nicoláo■, e em cinco, que
dfifcobri de varias impre!Toês,em todos achei
a receita.eferipta da mcfma forte , a qual di¬
zia : Qiiatuorfemtnum frigidorum mundatorum
unciam ntifmyt em nenhuma vi á palavra And,
que buis de Oviedo quer fe entenda $ em cu¬
jos termo.s me parece fer mais acertado por
huma fó onça , e nao quatro porque bem fe
vé que as Sementes entraõ por correótivo da
feccura do Ruybarbo,e que nao entrando no
compoíto rnaiâ que quatro onças, nao ba de
fer iguàl 0 ,pefo do feü correótivo 5 quanto
mais que,taó grande quantidade de Semen¬
tes frias , haõ de embotar, e impedfí a virtti-
de folutiva.,do Ruybarbo, como diz Sylvio
lib.fimpl. Pr&par. fali ando na trituraçaõ do
Ruybarbo : Rhabarbarum .cim anitgdalhfa-
cilius quidem teritur , nec evólaL, nec cxhalaty
fed m inus ' f i purg aiorium. N e n hum -dos Au-
Bb
 194 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. V.
dtovcs, que puem as quatro onqas de Semen-
tes, diz a razaõ porque o faz 5 fó Oviedo dá
algumas, que por frivolas me parece fe na5
devem admittií';0 que fe pode piamente crer,
e o primeiro que traíladòu a receita , efcre-
veo por erro a palavra Anà , e os mais que fe
feguirao fizeraõ o mefmo tem reparo algumj
e neftes termos me parece fe deve feguir
Brazavolo no Iro. do Exame dos Eleãuarios
pa&. mihi T07. FrancifcoV elles na fita Pharm.
pagA^ 5-.Fr. Eftevaõ de Villas no leu Efpelho
de Plantas na Annotacaõ do Diacath. , e Si-
maõde Thovar naRecogniqaõ Pharmaceuti-
ca fobre o Diacatholicad pag. mihi 58. O qual
aíiirma ha de fer huma fó onca , e nao qua¬
tro , por efias palavras , que traz á margem
litera B, Legimus in integra hujus Eleãuarii
âefcriptione, ut legerunt Saíernitani quatuor
fie nu num frigi dor um unciam unam , quoniam
hac leãio magis congruit cum deficriptione Ele-
éiaarii Nicoíai Alexandrini vetufitioris 5 non
autem anà unciam unam. Quem mais clara-
mente nos desfaz eíta duvida hc o famofo
Frácifco 'Verni Boticário em Monfpilher na
Annotacaõ , que faz ao mefmo Eleãuario ,
que efcreveo Bento Bauderon,o qual affirma,
que ha de fer huma fó onqa , e naoquatro, e
diz que efte erro procedera de hum que tras-
ladou a receita, e nella notou, e pôs: Quatuor
fieminum frigidorum mundatorum , jingulorum
unciam unam , e que alguns, que ao depóis
elcrevéraõ Pharmacopcas tirárao 0Jingulorü,
e uíavaõ da palavra Anà, fendo affim huma,
como outra errada , e diz , que na verdadei-
ra receita de N icoláoAlexandrino fe acha fó
unciam unam, e nao anà unciam unam , e ulti-
mamente me parece faõ dignos de fe fcgui-
rein os Auótoves acima citados, vifto ferem
de taõ boa nota , e os que dao a razaõ , que
tiveraõ para porem fó huma onqa de todas as
fementes frias, e;naõ adaquelles',' que'erra-
damente querem que o compofto fe faca com
quatro onças, fem que para iííb tenhaõ fun-
damento algum.
ELECTU A RIO ROSADO
de Mefiue. . '
4 T) Qumo de Rofias bem maduras libras
JlV . quarro.
Açúcar libra huma e rne-ya.
Mannà bom onças fieis. . ELECTU ARIO DE QUMO
Eficamonea Antiochena onça huma e fheya:co-
%adfie todas efias confias em fogo, que fie) a como
de candêa, até que tenha corpo de Mel; entaõ
lhe ajuntem .
Trochifcos de Spodio huma onça. - ' l*
A..Gallia.. .
Açafrao anà oitavas duas.
Trochifcos- de Berberis oitavas quatro • faça-
fe Eleãuario S. A. Ita Mefiues difiinã. y de
medicinisfiolutivis mihi foi. 125* Fai-fe-ha na
íórma leguiute : O qumo depois de ciai ihca-
do íe pora a cozei com o Aqucai em togo
brando , e tanto que tiver ponto de Mel , !e
lhe lance o Manftá, e depois de derretido le
coe , e fora do togo eftando quafi^fiio lhe
lancarao os Iiochiicos, e Aqafiaocm po
fubtil, e eftando totalmente frio,lhe deitarão
a Eícamonea triturada grofíá na-fubtil tritu-
racaõ, e depois de bem mifto fe guardará pa-
ra o ufo. AíTim o enfina a fazer Lemery na
fita PhannaC. cap. 10. de Eleãuariis. A Elca-
monea fe naÕ coze nefte Eleótuario com o
qumo, e Manná, como Mefiue quer, porque
pelo cozimento perde da virtude purgativa
que tem, por iíTo he mais conveniente po-la
em pó} aftim o enfina Lemery no lugar citado,
e a Pharm. Valent. traã. de confeã., o diz por
palavras: Quamvis Mefiues ficamonium deco-
tfuendum efife pracipiat, nos aliter fiaciendum
efife cenfiemus ^c. pode a ab igne abjlraãis adde
pulveris fiubtiliter tritos , Cif cum jam frigida
omninb fuerit Confieãio, addatur ficamonium.
Pede Mefiue neíle Eleãuario GaWa, e nao
diz qual, e neftes termos fe deve pôr a Gallia
Mojchata^omo diz Joao de Caftilho l.i.c.12.,
e Fraucifco Verni na Annotacaõ defte com*
poftopag. 280., e outros, e fe alguém pufer
a Gallia Alephangina nao errará, por fer mui-
to femelhante a Mofichata 5 os Trochifcos de
Spodio, que aqui fe haõ de pôr,faõ os primei-
ros, que Mefiue efcreve, porque quando quer
os da legunda receita, os pede, dizendo Tro-
chificosde Spodio com temente de Azedas: af-
fim o enfina Oviedo lib. 2. Method. pag. 1 $5.
Efte Eleótuario depois de feito fe deve me-
xer os primeiros tempos, em quanto fe naõ
fermenta , porque fe afiim fe nao faz, a Efica-
nionea vem toda acima do compofto, afiim o
moftra a experienda , e o adverte a Phartii.
Valent. no lugar citado: Cum experientia con-
fiei ficamonium in hac confeãione tendere fiur-
fium , ob id Ph ar mace pola. per aliquos dies agi-
tent fipatulâ , Jic pracavebitur à damno
Serve efte Eleãuario para purgar a cólera,
para a cura dos que tem más cores, e para as
vertigens, e todos os achaques capitaes: dá--
fe de huma oitava até feis diluto em licor
conveniente, e algumas vezes em dyfteis.
v5 R
•’ • ^ • 'iV' de Rofas. ‘
.Açúcar.
- .
• Qumo de Rofias and libra huma e
-
onças quatro.
Sandalos brancos.
Vermelhos, e
Citrinos and oitavas fieis.
Spodio oitavas tres.
' Diagridie onça huma e tneyif.
Canu
 Dós Ele&uarioB purgantes, Hicras, Scc. 19;
, Camphera Efcroputo hum: faça-fe EUftua- Au&ores fe colhe',- que fempre fe deve lan-
no com Xarope feito de Açúcar, e çumo de Ro- qar nas corapoíicoés a Efcamonèa por prepa-
jae. lta bitcolaus in antid. milúpag. 175. F^r- rar,ou fe peqa corti nome de Efcamonèa ou
le-ha na íormaíeguinte: ü Acjucar, e qumo Diagridio , e fó quando abfolutamente a pe¬
le porão a cozer até ter ponto de Eledtuario, direm cozida em Marmello,fe deve aflim lá-
e depois de coado, eftando quafifrio, lhe qar, e fe em alguma receita, que. vier por or-
Jancaráõ os fimplices em pó fubtil, e a Efca- dem do Medico , em que mande fazer algu-
monea triturada fubtil na groila trituraqaõ, masPilulas, ou em outra qualquer receita
e depois de tudo bem mifto te guardarápara pedir quatro ou cinco graõs,ou mais de Dia-
o ulo. >He neceíTario , que efte compofto fe gridio^zntaÕ fe lanqará na dita receita a Efca-
mexa todos os dias, em quanto fe naõ ler- monea cozida no Marmello , a que os Auéto-
menta, porque fe fe não faz , a Efcamonèa res'modernos chamaõ Diagridio , e Nicolao,
le aparta dós mais fimplices $ e depois hirá e os mais antigos fempre eutendéraõ,que E-
muita em huma Dofe, e em outra nada. A’- fcamonea, e Diagridio era huma fó couta com
cerca do Spodio, que entra nefta receita, ha dous nomesj e fe bem fe reparar nas compo-
varios pareceres,porque Avicena nocap. 6iy. íiqoés, em que os Auétores a pedem, fem ter
tr. 2. liv. 2. diz, que laÕ raizes de Cana quei- cozida no Marmello , acharáó , que' no tal
madas, a quem fegue Schrodero tib. t).p. de compofto entraõ alguns fimplices , que faõ
MetalUsy Plateario no cap.22. letra S. diz, que corre divo da Efcamonèa, aftim o enfina Luís
he Ofo de Efefante queimado $ Serapiao no ca- de Oviedo no liv. 5. pag. 13 á., e que fe haja ne-
pit. 242. do liv. dos fimplices, diz, que o Spodio fte compofto de por a Efcamonèa por prepa-
tem a virtude da Rofa. Entre eftas Varieda- rar o verá claramente quem ler Bauderonl. 1.
des de Opiniões fe deve feguir a de Simao de fedii j.<de Eleãuariis na aimotaçao do de çumo
Tovary Medico de Sevilha na Kecognicaõ de Rojas. Para efte medicamento íé ha de
P/iarmaceutica, aonde diz, que nede-Ele- efcolher Efcamonèa , porque he o íimples
duario,e nos mais que fe tomarem pela boc- unicòípurgativo, que entra no compofto , e
ca , fe ponhaõ Rofas em lugar do Spodio, o ná5 ha nenhum fem ella,como. diz Zacuto in
mefmoTente Oviedo lib.^.Meihod. Também Pharnu cap.4. de Efcamoniopag.mihi 85 .Efca-
da Camphora que fe hoje ufa,ha duvida fe he a monea ef fundamentam omnium Eleãuariorumy
mefma, de que cs Antigos ufavaõ,e em quan- ($ Catapoliorum in purgando , e Laguna no
to efta fe na5 verifica, fe poraô em feu lugar Uvi 4. cap. 172. diz que a Efcamonèa he a ef-
Sandalos vermelhos em todos osí medicamen- porã , que faz efpertar os mais medicamen¬
tos, que fe tomarem pela bocca, Como diz tos purgãtes.De quatro modos fe faz a E/2vr-Scamo*
Arnaldo de Villanova, e Oviedo no lugár ci- monea: O primeiro cavando a raiz ao redor,
tado, e aquelles que querem fe lancca Cam- e apartando que fique a raiz limpa, então fe
phora nefte FJediúario fe naõ devem feguir-, lhe dá hum golpe por onde vay diííillando o
porque de medicamentos, em que ha fúfpéi- çumo, que depois com o Sol fe fecca, efta
ta de veneno fempre fe deve fugir, e nuncã he a melhor: O fegundo modo he cavando-a
fe darao pela bocca fem primeiro os prepa- totaímente, e depois fe lhe dao alguhs gol-
rarem , como diz Mefue nos Cânones uni- pes, eo çumo que delia cahe , fe apanha , c
verfaeSi Pede o Auétor Diagridio, e duvidao fecca ao Sol, efta nao he tad boa: O terceiro
alguns,fe ha5 de pôr a Efcamonèa preparada modo he pifando a raiz, e 0 çumo que dá, fe
no Marmello , ou fem fer aflim preparada, e fecca $ efta he má: O quarto c ultimo modo
dizem que Efcamonèa he huma coufa, e Dia- de a tirar, he pifando as folhas, tallos, e raiz,
gridiooutra , porém enganaõ-fe , què Dia- e depois fe lhe tira o'çumo, e fecca ao Scl $
gridioy e Efcamonèa tudo he o mefmo , e af- efta he totalmente má: O primeiro e fegun-
íim nefta compofiqaõ fêtdeve lanqar a Efca- do modo de a tirar enfina Diofcorides no livro
monea antes de preparada , porque fe o Au- quarto cap. 172., e Mfefue no livro dos fimplices
étor quizera Efcamonèa preparada a pedira cap. 1. dos medicamentos, quepurgaõ vio-
por outro modo , dizendo Diagriâium ,fiue lentamente,a enfina a tirar pelos quatro mo-
Scamonea codia in pomo, que nefta fórma a dos acima ditos, ã quem fegue Leache vas
coftuma pedir em muitas partes, e sambem fias controverfias Pharmacopeas cap.y.de Efca-
naõ hé neeeflaria preparacaõ para eftèTld- monea pag. 124.
duarioj ‘porque como nella entra tanti qua- Efte Eleãuario purga a cólera fem impe-
tidade de çumo de Rofas, bafta para reprimir dimento algum , he proprio para os que tem
a agudeza," e calor da Efcamonèa, aflim o en- dores de juntas nafeidas de humores quentes,
fina Arnaldo de V illanova W0 feu antidotario,e e ultimamente ferve para as febres terqaas:
Velles na expofiçaô dejle Eledtuario pag. $ 2. e dá-fe dediuma oitava até quatro. '-
outros, muitos -} com quedo que dizem eftes
Rb 2 ELE*
 i q6 Pharmac. ILufit. Augment, Trat. VI.
BLECTUARIO 1N1DO MENOR.
6 TJ Turbit. v z
J\t Açúcar and oitavas cento.
Macis. ‘
Pimenta.
Gengibre.
Cravos.
Canela. .
Cardamomo. • do, e o cozeráõ até ter ponto de Eleótuario,
2foi.es mofe adas and oitavas fete.
Efcatiionea âo\e oitavas: com Mel efeumado
fe fará Eleãuario S. A. Ita Mefues dijiinã. 3.
de medicinis folutivis mihi foi. iai. Ghama-fe
a eíle Eleãuario indo , porque os primeiros
que o ufáràõ,foraõ os Médicos das índias O-
rientaes $ e Menor a refpeito de outra com-
pofiqaõ, que fe chama Eleãuario indo mayort
porque nelle entraõ mais fimplices, aflim o
enfina Bauderon lib. i.feã.%. & Lemery c. ,10.
Far-fe-ha o Eleãuario na tórmà feguinte: O
Mel fe efcumãrá,e depois tomafáõ delle cin-
co libras, e oito onqas, e com o Aqucar fe
ponha no fogo, até que tenha ponto de Ele-
duario , entaõ fóra do lume lhe lanqarápos
fimplices aromáticos triturados medíocre-
mente,o Turbit groflb,e Efcamonea fubtil na
groíík trituraqaõ, e depois de todos bem mi-
(los fe guardará o Eleduario para o ufo; Eíle
Eleãuario he o que mais fe ufa , e fe alguma
vez fe pedir Eleãuario indo fem mais deter-
minaqaõ, fe ha de dar deíle, pór fer mais ufa-
do, aflim o diz Ovied. lib. t,. Method. p. j 38.
Purga eíle Eleãuario a fleuma, e o ventrç
inferior, e das juntas , e a todos os mais hu-
mores 5 desfaz os flatos, e he util nas cólicas
Nephriticas: dá-fe de huma oitava até qua-
tro diluto , ou infundido em licor couve-
mente. « - f.
ELEGTUARIO INDO MAYOR.
R
7 T) !'s«■: Canela.
‘V Cravo.
Spica-nardi.
RoJ,as vermelhas.
Macis. ;,
Junca and oitavas quatro.
S andai os Citrinos oitavas duas e meya.
Pào de Aguilç\
Nous mofcadas and oitavas duas,\
Turbit bom oitavas cincoenta.
Açúcar. f rr\<
Ȓ, li
t mente.cozída , ou;paxas melhor dizer.prepa¬
Alfenim and onças vinte•
Galanga.
Cardamomo mayor , e menor.-
^ !
A\aro.
Almecega and. oitavas feis.
-cr -4 . .
irfrlfr ff,"
cmfasyre esf&um
CnZ Zm h depois fe pifem.
Çumo de Marmellos.
Romãas.
Aypo.
Flincho and ti br a meya: co^a-Jà com Mel até
que tenha.ponto conveniente* entaãdhe mijiurem
as coufas aromatiças. Ita Mefues dijiinã, p de
medicinis folutivis foi. mihi 121. £ ar-fé* ha na
fôrma feguinte: Depois de clarificados os qu*
mos lheajuntaráõ tres libras de IVlel efeuma-
então lhe lanqaráõ o Açúcar, e Alfenim feito
em pó fubtil, o Turbit groíTo na mcdiocre
trituraqaõ, e ultimamente a Efcamonea fubtil
na grofta trituraqaõ, depois de fè ter prepa-
rada no Marmello , os aromáticos primeiro
que fe pifem fe esfregarão nas rriaõs com hu-
mas gottas de Oleo de Amêndoas doces, co*
mo quer o Auétor do compoftoj eílando tu*
do bem miílo fe guardará o El eduario para
o ufo: Aflim o enfina a fazer Fvey Antonio de
Caftella nojiv. 1. divíf. 6. Eíle medicamento
anda pouco em ufo, que já no* tempo, que
Chrifiov-aôje HoneJUs commenfcou Mefue, fe
naÕufava,;, como elle diz na annotaq^iô do
mefmo.. Neíle Eleduavio entra a Efcamonea pr*para-
preparada no Marmellôj a qual fe prepara na tio Sca.
fôrma fegukitç : Tomaráõ hum Marmello monc*.
grande dos mais redondos, e lhe tiraráõ da
parte füperior huma roda , e pela mefma o
alimparão da Semente, e faraõ vaõ baílante
conforme a grandeza do Marmello,entaõ lhe
metteráõ dentro a Efcamonea pifada grof-
ia, e depois lhe tomaráõ a pôr a roda, que fe
lhe tirpu, a qual fe pregará com brochas fei-
tas de páo, e o embrulharão em mafía de fa- \
rinha de trigo , ou outra capaz , que pegue
bem 5 neíla fôrma o metteráõ em hum forno
até ,a mafla fe cozer, e como aflim eítiver fe
tire do forno , e apartando-lhe hum bocado
de mafla, fe metterá huma palha de Cen-
teyo , fe efta entrar com facilidade , fe en-
teqderá-que a Efcamonea eflá cozida$ porém
•eíle %nal naõ he taõ certo, porque pôde p
Marmello fer mais carnudo , e o fogo pou¬
co1, em fôrma que lucceda eílar o paõ de
fóra cozido, e o Marmello mal afiado , ne-
íles termos he melhor tirar a rodinha de ci¬
ma ao Marmello, e fe a Efcamonea eftiver
derretida, e com h&ma côr branca a .mod.o
deleite, hc fignal cpvto de eílar perfeita-
rada , e ultimamente fe deixa esfriar o Mar-
mèllp^c congelar outra vez a Efcamonea\ en-
taõ;fe lanqará fóra o, Marmello, e a Bfcamo- Diagrí-
nea> feiguardará paca o ufo. Afltm o enfma dium
'n:: Nico.láo,doLétnéry^vifua Pharmaé. can.11. Cydo*
oHams fimpticts.-Çòiít-k tam- nc,tu“'-
dtv bem preparai a Efcamonea, tomando duas
partes de Efcamorteapalvertzada,e huma de
çumo de Marmellos^epuradQ^e tudo fe j
pôem
 Dos Ele&uarios purgantes * Hieras, &c.
póemem hum valo de barro vidrado ao Sol
algum tempo, e depois iepôem em cinzas
qpentes até fe evaporar a humidade toda , e
mexendo a matéria lémpre , porque fe na5
queime e depois de bem enxuta fe guarda
para o uio, a eftu Efcamonea áílim preparada
chama Lemery Diagridio Cydoneado.
Diagri- Também çm algumas partes ufaõ de Efca-
dium gli ■ monea preparada com Alcacüz, a que os mo¬
cyrrhila- dernos chamao Diagrido GUcyrrhifado , a
tura.
qual preparaqaõ fe faz na fôrma feguinte:
Tomaráõ meya onqa de Alcaqüz, eo ma¬
chucarão, ou pifaráõ groíTo, eo lanqaráõ
em oito oncás de agoa, eílando bem quen¬
te, epaíTadas vinte e quatro horas fe lhe
dará huma ebulliqaõ , e fe coará ; efta coa¬
dura fe lanqará em huma tigella de barro vi¬
drado , e fe lhe ajuntaráõ quatro onças de
boa Ejcapionea em pó, e fe porá a tigella em
çinzas quentes, ou em fogo muito brando,
até que le evapore toda. a humidade,e fique a
Efcamonea bem enxuta je deíla forte fe. guar¬
da para o ufo em vafo de vidro bem tapado,
porque fe na5 fe faz aífim fe humedece, Pre-
para-fe finalmente a Efcamonea com enxofre,
___ _. r
1_ _JiV ♦
r.*
Diagri- a que vulgarmente fe chama Diagridio Sul-
dtum phurado, o que fe faz na fórma feguinte: To-
íulphii- maráõ a quantidade de Efcamonea que qui-
tatum. zerem, e a faraó em pó, e a eílenderáõ emei-
ma de hum papel , o qual fe porá nas cofias
de huma peneira , ou em o que fizer melhor
geito eo porão emeima de humas brazas,
em que fe iráó lançando huns pós de enxo-
fre em fórma , que o papel, em que eflá a
Efcamonea receba todo o fumo do enxofre,e
nella fórma fe lhe irá fazendo fumo , até que
a matéria aqueqa bem , e comece a liquecer-
fe , e tázer-fe branca , e entaó fe tirará do
papel, e fe guardará para o ufo , em quanto
fe lhe dao os fumos fe mexerá continuamen¬
te : aífim a eiiljna a preparar Scrodero na fia
Pharmacopea Chymica lib. 4. pag. mihi -57a.
Com qumo de limoés, Rofas, e outras plan-
tas fe póde também preparar a Efcamonea,as
quaes preparaqoés aqui naõ eferevo; porque
faõ entre nós muy pouco ufadas, fe algum
curiofo o quizer fazer de outra forte , veja
Lemery na fua Pharmacop. cap. das prepara-
foes , e Joao Mangetoyâá/v Scrodero noliv.4.
cap.^ü.deScamonea.
Tem o Éleótuario Indo Mayor as mefmas
virtudes, que o Indo Menor, como nos af-
firma Bauderon lib. i.feft. 8. de Eleãuariis,
dá-fe de huma oitava até quatro.
Dl AP RU N IS SI M P ES.
8 TJ Ameixas verdes Damafcenas num.
IX» cento j as quaesfeporàõ a co\er eni
vafo ejíanhado com 0 que bafar de agoa , que
jpem as cubra , e tanto que ejiiverem coxjdas fe
197
tirem do lume, e depois de frias fe lhe tire a
polpa por hum Sedaço, na agoa , quefcoúdas
Ameixas ,fe lance onça 'huma e meya de viole-
tas, * tanto que com ellas dér huma leve fèr-
vura fe tire do lume , * coe, a ejia coadura
ajuntarão duas libras de Açúcar , e codio tiver
ponto lhe lancem
Polpa de Ameixas libra huma.
Polpa de Tamarindos , e de
Canafijiola anà onça huma.
Sandaíos brancos.
Sandalos vermelhos.
Spodio.
Ruibarbo.
Canela anà oitavas tres.
Rqfas. :
Violetas.
Semente de Beldroegas.
Chicorea.
Berberis.
(fumo de AlcaçM.
Alcatira anà duas oitavas.
Semente de Mel ao,
Melancia,
Cabaça anà oitava huma : faça-fe Eteãua-
rioS. A. Ita Nicolaus inAntidot. pag. 16o.
Chama-fe a eíle Eleçluarío Diaprunts, por¬
que o leu fundamento he polpa das Amei¬
xas , que nelle entra , e Simples a refpeito
do outro , que fe chama Compojlo , porque
nelle entra Efcamonea , afiim oenfinaBau-'
deron lib. i.feôi. S.traél. de Eleãuariis. Far-
fe-ha o Eleóíuario na fórma feguinte: As
Ameixas le cozcráõ no que bailar de agoa,
que bem as cubra , e depois de cozidas fe lhe
tirará a polpa, paíTandò-a por peneira de fe¬
das,} eíla polpa fe porá depois em vafo ca¬
paz fobre fogo muito brando , para que lhe
gaíle alguma humidade , que lhe ficou , ti¬
rada aífim a polpa fe lançará no cozimento
de Ameixas onqa huma e meya de Violetas,
e como dér huma leve fervura, fe tire do fo-‘
go, e paíTado algum tempo fe côe , e ponha
a cozer com o Acucar até ter ponto de Elc-
éluario, entaõ fe ajunte huma libra de pol-
pa de Ameixas, e depois de bem miílurada
feleve ao fogo', fendo necefiario , elhedei-
tem as mais polpas, e ultimamente os mais
íimplices todos em pó fubtil , cxcepto as
Violas, queferáo medíocres ; as fementes
frias fe pódem pifar juntas com o Ruibarbo,
que aífim pafíaõ bem , miílurado tudo mui¬
to bem fegüárdará o Eleóíuario para o ufo.
No cozimento das Ameixas pede o Auélor
onca e meya de Violas, que parecem efeu-
fadas, porque como a agoa , em que fe co¬
zerão as Ameixas , eílá impregnada , c chca
da virtude das Ameixas, que nella fe cozc-
raõ, naõ póde receber a fubílancia, ou vir¬
tude
 $S§? ■ Pharmac. Lufit.
tude das Violas,e por eíla razaõ parecem fu-
p cr fluas no cozimento, como adverte Le-
jnery cap. 10.de Eleãuariis pag. 6?S., e ha¬
vendo de lhas lanqar melhor pratica parece,
fe lhas deitarem piladas com os mais pós,
porém éntaÕ bafíará , que feja fó meya onqa
delias. Pelo Spodio neíle compoílo fe pódem
pôr Roías, ou Marfim preparado fem fogo $
he doutrina que fegue Lemery no lugar cita¬
do, eCharás na fu a Pharmacopea Galenica
cap. 2. dos Eleãuarios pag.286. Pede o Au-
dtor neíle Eleótuario Semente de Berberis ,
os quaes neíle Reyno faô de bem poucos co¬
nhecidos, porque aquella Semente negra,
que he como Murtinhos,a que alguns Her-
bolarios chamaõ Berberis, o nao faô, porque
os verdadeiros Berberis faõ aquelle frudto , a
que Matlúolo, Diofcorides, Dodoneu, e outros
chamaõ Oxiacantha, o qual ha de fer verme¬
lho , e que tenha dentro caroco , como diz
Theodorico Dorílenio lib.fimplicium, por
eílas palavras: Oxiacantha arbor eji!fimilis a-
grejii pyro, fruãum fert rubentem , fragilem,
jjuclos intús habentem. E neíle compoílo, em
quanto fe naõ achaõ os verdadeiros Berberis,
que he o fru&o da Arvore chamada Oxiacan¬
tha, fe ponhaõ por clles os grãos, ou Semen¬
te de Romaas azedas $ porque os verdadeiros
Berberis tem virtude de refrigerar, e hume¬
decer , faõ algum tanto aflringentes, provo-
caq 0 appetite , e corroboraõ o Ventrículo,
corno dizjoaõ Schrodero lib. 4. claf. 1. por
eílas palavns: Refrigerant, humeãant, ajlrin-
gunt, appetitiim excitant, roborant ventri-
culum. As quaes virtudes fe achaõ em os
graõs., ou femente de Romaas, como diz
IV;Iangeto íuper Schorderum lib.^p.mihi 442.,
fallando nas Romaas azedas Ehiclei refrige¬
rant itidem ajiriiiguntcjue in primis, qui ex po-
mis accidis colleãi, üV. £ aflim me parece
obrará melhor o que pufer em lugar dos Ber¬
beris. a Semente das Romaas azedas. Pede
Nicoláo neíle medicamento Ameixas Dama-
fcenas, e como entre nós as naõiía, fe haõ de
pôr em feu lugar aquellas, que fe chamaõ
Çajragoçanas , porque faõ muito carnofas, e
tem o faibo algum tanto íliptico, que para
QlÇPPpoílos folutivos he muito louvavelj e
que as Ameixas mais carnofas fejao as me¬
lhores o diz Plateario na amwtaçaô dejie Ele-
âiuario: Pr una carnofa pliis valent, qudrn pa-
rum carnofa: a eílas a que chamaõ Çaragoça-
nas chama Simaõ. deTovar Ameixas Mirabo-
lanas , porque no tamanho faõ como os Mi-
rabo/anos Chebulos,t algumas mayores, e eílas
dizAntonio Mula , e o mefmo Audor na
fu a R e,c o gn i ca õ Pharmaceutica faõ as que fe
haõ de pôr no Diaprunis , e naõ havendo de-
íla?de poraõ das que chamaõ pias, que tam-
irii.TratVl*
bem faõ boas, e muito femelhantes ás Dama-
feenas. Deve-fe eíle Eíedüario fazer fempre
com Ameixas frefeas, e nao feceas (comó
alguns teimofos querem) : eu bem vejo , que
feito o medicamento com Ameixas paíiadas
naõ obra mal, mas fica mais vigoròlo o que
fe faz com as Ameixas frefeas, e maduras $ •
porém naõ o haõ de fer tanto, que eílejaõ de
maduras já muito molles , e quafi podres í
Nicolao diz Brunoruni viridium, naõ fe en¬
tende pela palavra viridium, que fejaÕ ver¬
des , fenaõ que eílejaõ maduras, ou quaít
maduras j porque fendo aflim tem alguma e-
ílipticidade, que he conveniente ao medica¬
mento,e que eíle medicameto fe haja de fazer
cõ Ameixas frefeas patet ex Phàrní.Reg. Aug.
tr. de Eleãuar.mihi p.jy.zz Melius tamen erit,
fi pruhorum recentum pulpa noviter extraãa
per fe infpijfetur, &c. Bauderon lib. 1. feã. 8.
de Eleãuariis pag. 37 6. diz, que haõ de fer
Ameixas frefeas, maduras, e doces: Bremie-
rement il faut bovillirles prunes recentes, meu-
res, (9* douces. Moyfes Charás in Pharm. Ga¬
lenica cap. 20. de Eleãuar. pag. 286. diz Bru¬
ta recentia, €9J matura , Lu is de Ovi edo nè
liv.i.Method. diz Ciruelas Damafeenasfrefeas.
O mefmo diz a Pharm. Valent. traã. de Con-
feãionibuspag. rnihi 1 oa.Hypolito Ceccarel-
li no Antidotario Romano traã. de Elettuar fo-
lut.pag. 129. diz , que fe faca com Ameixas
frefeas, maduras, como fe vê no modo de
fazer o dito compoílo : Piglia prune Damaf-
chine frefche, & 'mature, e o famofo Lemery
na fu a Pharm. Uniuerf. cap. 10. de Eleãuar.
diz que as Ameixas haõ'de fer frefeas,negras,
e novamente colhidas, quando eílaõ em lua
perfeita maturacaõ : On aura de bellesprunes
noires novellement cueillies quand font dans léur
maturite. E o mefmo affirmaõ outros muitos
Àudores, que por naõ parecer proluxo dei¬
xo de apontar, e imagino baílaráÔ eíles, que
por muitos poderáõ defenganar a hum fó tei¬
mo fo, que por fi , imagino , me naõ moílra5-
rá aucloridade alguma , e fó me poderá di¬
zer, que afliíle em parte,onde lhe he mais fá¬
cil alcancar as Ameixas palhadas, que as Ça-
ragocanas frefeasj porém digo-lhe, queefeo-
ília das feceas, as que forem mais carnofas, è
fnelhores, e nàõ de mais de huiq anuo, e que
achando das que faõ paliadas , que vem do
lugar das Pias perto de Thomar , ou das que
ha no Efpinhal, e nos arrebaldes de Coim¬
bra fe aproveite delias, porcjüe entre as pal¬
iadas as que vem dos ditos lugares faõ mais
aceomodadas para fubílltuirem a falta das
Caragoqanas, que faõ frefeas.
He o Eleãuario Diaprunis fimptes conve¬
niente nas febres agudas , ardentes, contí¬
nuas , e lypirias caufàdas de cólera, e em to-
> dos
 Dos Ele&uarios purgantes, Hieras} &c.
dos os achaques de cauia quente, e ainda pa-
ra os do Bofe , rins, e bexigas; dá-fe em pur¬
gas de duas oitavas até huma onça , e mais
oídinariamente em clyíleis aos doentes, que
por melindrofos o na5 querem tomar em
purgas.
D1APRUNIS COMPOSTO,
ou laxativo.
9 T> Diaprunisfimples libra huma.
JCV. • D ia gr idio ouça meya, mi (lure-fe tu¬
do. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac. univerf.
top. io. de Eleãuariispag. 678. Far-fe-ha na
fórma feguiine:Tomaráõ huma libra de Dia-
prunis Fm pies acabado , como acima fe dif-
fe , e eílando com alguma quentura fe lhe
ajuntará o Diagridio pifado fubtil, e depois
de bem miílurado fe guardará para o ufo a
libra do Diaprunis ha de fer a medicinal de
doze onças , que he o que fe entende, todas
as vezes que fe pede em algum compoílo ,
como mais largamente fe tratou , quando fe
fallou nos pefos , e medidas. Eíla receita he
de Nicolao Alexandrino, a qual efcreveo no
cap. 227. da compofiçad dos medicamentos, al-
guns efcrevem a receita, que Nicolao Mire-
pFo traz no feu Antid.,11a qual pede fete oita-
vas de Diagridio , e outros lhe lancao mais;
porêm a melhor , e mais fegura he a que fe
faz fómente com meya onça de Diagridio ,
porque he baflante hum efcropulo delle a ca-
da onça de Diagridio , aífim o enfina a fazer
Charás na fua Pharm. rGalen. cap. 20. dos E-
leãuarios ; o qual fallando no modo de o fa-
zer , diz : Qui paratum hahere voluerh Ele-
ãuarium compofitum , Cif rnagis laxativum, ad-
tnifceatur femiuncia Diagridiifibtiliter pulve-
rifatiprofingula quaqite Eleãuarii adhuc ca-
Untis libra,., Cfc. Eíla Efcamonea , ou Dia-
gridio para eíle medicamento deve fer pre-
parada noMarmello , como diz Bauderon
lib. i.fetf.8, de Eleãuariis pag. 575. Sc amo-
niipraparati unciam dimidiam , Cf npn drach-
mas feptqm., Cf c. SyW\o na fua Pharmacopea
lib. p. pag. ^6^.
Tem eíle Eleãuario as mefmas virtudes,
que Diaprunis fimples , porém he mais pur-
gativo por caufa da Efcamonea , que nelle
entra, e porque o faz mais quente que o fim-
pies, por ifíb hoje fe ufa pouco: dá-fe de hu-
ma oitava até cincoo.i.. ií .. v
10 R
B E N E D ICT A L A X A T I V A.
Turbit bom.
é Raiii de E%ula preparada.em vi-
nagre.
Açúcar and oitavas àe\.K-
Hermodaãylos. , i; 3Up p
Diagridb.. 1 r: ç _ iOCJO . !•
Fofas vermelhas and oitavas feis. .v\
Cravos,;. . - ‘
199
Spica nardi.
Gengibre.
Açafrao.
Pimenta longa* •
Amorno, por elle cal amo aromaiico. f
Cardamomo.
Sementes de Aypo.
Salfa.
Alfazema.
Funcho.
E/pargos.
Gilbarbeira.
Saxifraya.
Milium foi is*
Sal gema.
Ga langa.
Macis and oitava huma.
Mel q. f façafe Eleãuario S.A. Ita Ni-
colaus in antid. pag. mihi 167. Chama-fe a eíle
Eleéluario Eenediãa Laxativa, porque pur-
ga fem violçncia , e he muito louvado de to-
dos os que o tomaõ;, afllm o diz omefmo
Nicoláo no principio da receita : i Benediãa
dicitur quoniam ab omnibus , à quibus fumitur ,
cjl benediãaJi detur habentibus infirmitates ,
contra quas inventa fuit. Far-fe-ha na fórma
feguinte : O Turbit fe pifará gr o fio , a Efca-
monea fubtil na grofia trituração , as femen-
tes de Efpargo , Gilbarbeira , Miiium folis ,
Spica, e Salgema fubtis, e os mais mediocres,
preparados os fimplices neíla fórma fe to-
mao duas libras e meya de Mel efçumado, e
fe porão a cozer, e tendo ponto cppveniente
lhe lançarão fóra do fogo os Aromáticos, e
Turbit ; e ultimamente a Efcamonea , e de-
pois de tudo bèm miíto fe guardará para o
ufo : Na receita fe pede Amorno : eíle entre
nós fe nao conhece fenao pelo nome , e ain-
da alguns Auétores, que fallao nelle , nao di-
zem certamente o que he, como fe póde ver
em Laguna noliv. 1. cap. ip fobre Diofcori-
des , com que neíla compofiçaó fe porá por
el]e Calanto aromático , como enfma Valerio
Cqrdo Tratado dos Eleãuariosp. mihi208. Prepara.
A raiz da Ezula,,que entra nefle compoílo fe tioEfula.
ha primeiro de preparar na fórma feguinte o
Tomaráoa raiz da Ezula,^ lhe tiraráò a cafca
de fóra, e.fe porá a feccar,depois de bem fec--
ca fe infundirá em vinagre^forte vinte e qua-
tro; horas, ?pafiadas.ellas fe tire do vinagre, e
ponha a feccar ao Sol , e depois de bem en-
xuta ^ e fecca.y fe guarde para o ufo- Aífim st'
enfina a preparar Lemery.c/7/?.51. da prepara-
çap.da mefma. A Ezula he huma cfpecie de.-Efula,
TrovifcOyQ qual temos tallos.tenros , eafo- quiií ?
lha miuda, redonda^e que paytin.de) qualquer
tallo lança de fi hum humor branco a modo
de Jeite;deíla tal planta fe ufa a cafca da raiz,
que he a melhqr parte delia, como diz Theo-
dorico
 200
Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VI.
- todos os mais fimplices triturados mediocre-
dorico Dorftenio íib.fimpí. pag> 116. — Et
inelior pars plãta eji córtex radieis ejus~,e de¬
pois da raiz fervem no uío da medicina as fo¬
lhas , eo qumo delias rariflimas vezes, co¬
mo diz SchfõdeVo íib.A.pag^ mihi 558. ~ Cór¬
tex pracipue radieis , hinc 25 folia , quibus addi
poteji tf fuccusjed r ar {(Jimi üfus eji - : pouco
fe ufa cila planta , e aflim ferve mais para a
cura dos Rufiicos , que de pefibas delicadas,
e mimofas, como diz Mangèto fuperSchro-
dernm /. 4.~Hoc Pharmacum magis Rufieis,
quàm Dominis, tf aliis fübtilis textura, homini-
1)ms infervit, ob fummam ejus vehementiam.
Serve efte Eleãuario para purgar a fleuma,
e forohdades de qualquer parte do corpo,ga-
íla as obílrucqoés , e desfaz os flatos: antiga¬
mente fe dava efte medicamento pela bocca,
de huma oitava até feis , porque eftavao en-
taõ as naturezas capazes de o aétuarem 5 po¬
rem hoje fe naÔ ufà já fenao em ajudas, e em
eada humafedefata de -treS oitavas até huma
onca ; eftazfmuito bòns effeitos.
^ D í A S E ti E. m
n Tj.7' Se fie ouças ires.
JfV FAvelãas afpidàs n. cincoenta.
Seda queimada oitavas duas.
- Pedra ArmWa preparada oitava huma.
Lápis La^li lavada, e preparada oitavas 5.
. . Açticüf hmçiis feis:''
■ Canela onfa hufnâ. j
■ -Cravos! d. \ ■
. Galahgàf f' ;
siPmeWàmegta. bffrtaisi
S picai
- 'Mtwgetf£í0i-u:\ {\ bfnãmfíffirn a 9 :i -ujl
Follhts âe Cfávò, por etlas Cravo.
Gengibre."'' ■■ obso oi' r.yyr■*}">
Cardamdmó.! :no;
Açafrad.- -'
fZedirarià‘. '
Flor dó Alecrim*
Pimenta longa. ■yj dl*- - - em as minas de prata , e a Lazull em as do
Mel q. f\faç a-fe Eíeãüario S.A. Ita FJico-
íàus in antid.pag. mihi 172. Chama-fe a efte
compoftò Dirtjfene , porquê neilé entra Sene
em mayor qüantidãde qUe--outro algum fim-
ples j e porque efte pOr íèP phrgatiVo he a ba-
fe do medicamento, aflífh òdiz Plateario fu-
per jSIicolao , e Èémery mo cap. 4. das Ety-
motoglas-iâtrwTft’FaWe-hà na fórma fêgüin-
te: Tomatráô duás Fbrasfe meya de Mel efeu-
mado, e oporaS a cozef ;êffi Fogo brando, até
que tenha1 pontó convenientefêntaõ lhe dei-
taráÕ fóitá' do lüifie eft‘andò tibio os mais fim-
: plicespreparados naFórnía-Feguínte : As A-
vetâak- fê^alfár^õ efn mOdO que fe naõ quéià
mem , edèpoís fe pifàVá6?cornf o Sené ria tri-
turacaó gfòfta mediôcrbméhtève a pedra
pisLa%uli lavada; t preparaida fubtiliflirria,1^
u : ;
mente , e a Seda da mefma forte depois de
queimada , e ultimamente eílando tudo bem
mi.ílo ,e encorporado fe guardará o Eleétua-
rio para o ufo : Achaõ-fe nefta receita eferi-
ptas duas palavras abbreviadas,as quaes algus
dizem , que fad dous íimplices , porque as
vem ei criptas deíla íorte Fol.Gar. dizem que
he o Folio, e Cravos , porem nad he aflim, co¬
mo elles o entendem, porque a verdadeira
intelligencia delias he Foliorum Gatyophyllo-
rum, que faò as folhas da Arvore , que dá o
Cravo da índia , com que as folhas defta Ar-
vore fao as que fe devem pôr no compofto,
havendo-as, aflim o diz Valerio Cordo traã.
de foíutivis 'mihipi 207. efereve ad extenfum\
as duas palavras, e fuppondo a difficuldade,
que póde haver em fe acharem as folhas do
Cravo , diz, que por ellas fe ponha o mefmo
Cravo , porque fa5 no faibo , e cheiro muito
femelhantes: Folia Garyophyllorum funt fimi-
lia foliis la uri, tf odorem atque[aporem habent
Garyophyllorum: eorum locofunme Garyophyl-
hstpfos. O mefmo fe vê em Hypolito Secca-
relli no ant. Rom.pag. 132. Francifeo Velles
na íua Pharmacopea na Annotaqao defte E-
leduario , diz, que vira em huma impreftaô
antiga defNicolao, e nella achara as duas pa¬
la v ras ad éxtenfum, Fóliorum Garyophyllorum,
o mefmo fegue a Pharmacopea Valêntina ria
ÀnnotacaÕ do mefmocompofto , onde diz :
Çhita nojbris temporibús folia Garyophyllorum
defiderantur, loco eorum Garyophyllos efje fo¬
ne nãos cenfemus , cum magis ad naturam folio-
rum accedant. Pede o Aucftor pedra Ar me na.,
efta naõ fe conhece entre nós, mais que pelo;
nome, « fe alguma vòm a efte Rey.no , na5
he a legitima, e verdadeira 5 e aflim em feu
lugar‘fe porá a pedra- Lápis Laxuli, pbrque
he femelhante á AMiena, e naõ ha entre ellas
mais differença , que nafeer a pedra Armena
ouro, e por ifíb he mais madura, e tem mais
pontinhos dourados, alflm o explica Mange-
to fupef SchroderUm lib. Pharm. Chyniic.
pag. mihi 216. ~ Lápis Armenus eji lápis má-
culis veridibus , canil eis , tf fubnigris relucens
ficuti Lápis Lafulipunãis aureis , adedque non
diferuntur inter fe , nifi fola maturitate: Lapis
tamen Lafuli, feu maturior crebriusingènitur
in fódinfc dureis * Ãrniemts in argenteisy s to¬
das as vezes que entrar a pedra Idapif Laxuli
em qüalquef mèdicámento fe deve pvirneiro
preparar, porque tem as mefmas virtudes do
Antimonioy e parece,-que ainda he menos pe-
rigofo, que a pedra, como diz Poterio na lua
Pharmacopea Spargiricacap. 16. do'Uz..~xíàa-
pidis Armenii\-p-ut 'Ijrjttliwirtm-afrAntimonio
non eji valde dijjimilis, Antimonium tàmenfni
\\ ■ fáller)
 Do* Ele&uarios purgantes,, fíieras, &fc. 201
Triepara- minas periculofum , e que o Ltf- Cravos and oitava huma.
ti0 ?’■>// fe haja de. preparar, e. lavar primeiro,que Xarope feito de Mel, e vinho banco q.f: f&m
H fivc fe ufe o enfy?a Mefue nos Cânones Üniver- ça-fe Eleãuario S. A. Ita Petrus Bayrus Tau*
Cxrulei, faes , naquelle, que comeca: Et quandoque la-
rinenfis de medendis corporis humani mal is I.18.
aut Cya- vamús medicinam , & c. Prepara-íe o La pis c. i. de curatioxie doíorum junãarum pag. 465.
nei- Lafuli na fôrma feguinte. Tomaráõ a quan- Chama-fe a efte Ele&uario Cariocojlino, por- .
tidade de pedra que quizerem , e a.pifará5 que na fu a compofiqao entrao Cravos,e Cofio,
fubtil em Almofariz de pedra , e depois a la- a^m o Lemeiy cap. 4. das Etymologias
varáõ trinta vezes, ou as que forem neceíTa- letra C. rar-fe-ha na forma feguinte; Toma¬
rias , lançando fempreaagoa fóra , e depois ráo quatro oncas de Mel efeumado, e duas de
que fahe a agoa clara, e fem faibo algum, fe vinho branco, tudo junto fe porá a cozer em
lavará hum par de vezes com agoa Rofada, e muito biando, e tanto que tiver ponto,
fe lançará na pedra de preparar,e nellafe hirá ie tirará do lume , entaõ lhe lançaraõ osfim-
moendo com alguma agoa Rofada , e tanto plices pifados fubtilmentej o Diagndioie pi¬
que eftiver bem fubtil, que felhe nao finta ^ara também na mefma trituração, efe
afpereza alguma, fe feque ao Sol, e fe guar- deitara no compofto ultimamente , e depois
de para o ufo, allim o enfina Leache no cap. de todos bem rniífos fe guardará o Eleétua-
das lavaçoês pag. 48., ejoao Zuelphero na rio para o ufo, aílim o enfina a fazer Lemery
fu a Pharmacopea Regia tom. 2. claf 20. daj™ fua Pharmacopea cap. 10. dos Eleãuarios-,
preparaçaõ dosfimp. pau. 41, e Lemery no e Bauderon no liv. i.feã. 8. de Eleãuariis a-
cap.xx. dapreparaçao damefma,pag. np Al- confelha, que todos os fimplices íepifem fu-
«uns chamao aefta pedra Turquefca, porque btís, porque efte Eleduario fe inventou pa»
vem alguma da Turquia, e também lhe cha- ta a cura dos humores das juntas, como fe vê^
mao pedra Carulea, ou Cyanea, por caufa das formaes palavras, que o dito Audor diz:
das maculas, que tem de cor verde declinan- Ufautfutilement pulverifer enfemble les raci-
te a azul, como diz Mangeto fuper Schrode- nesi gerofles, e cuminpour ce que cet Eteãuaire
rum. A feda torrada , que nefte compofto dejlinê pour lesjointures $ le Diagndefera
Prarnara- entra fe prepara na fórma feguinte : Toma- puíverifee apart. Nefte Eleduario fe ha de
tio feuráõ de Seda nova toda a quantidade que qui- Por o Diagndio preparado no Marmello ,
aduilio zerem, e lhe tiraráo o bicho , fe o tiver ain- porque naõ entra no compofto , fimples que
feriei. da dentro , e a pellicula, que eftá na maqa- lhe firva de corredivo.
roca ou capulho (como alguns lhe chamao) Purga efte Eleãuarto a cólera, os humores
onde fe cria o bicho , e depois de bem limpa forofos pelas ourinas, purga fem moleftia os
fe corte miuda,e fe ponha em panella de bar- humores das Juntas, e tira as dores delias aos
ro nova cuberta por cima, e fe metta em for- gottofos, por iftb naõ ha Efcriptor algum ,
no com pouco lume, ou em cinza muito que na5 o decante para o dito achaque , co-
quente , e fe deixará eftar até que fe torre mo a fmgular remedio , aftim o diz o mefmo
bem advertindo, que fe na5 queime , de for- Pedro de Bairros no lugar citado, por forma¬
te que fique em carvao , que defta forte nao Ma verba : Hoc Eleãuarium eji mirabile adau-
prefta e tanto que eftiver bem torrada fe ti- ferendos junãurarum dolores , fubitbfolvensfi-
rará da panella, e fe fará em pó, que fe guar- ne molejlia : rarus ejl Scriptor Medicina., qui
dará para o ufo. A feda fe conhece eftar bem Ulud non decantet tanquamfingulare remedium
torrada quando fe lhe vê huma cor parda , adtollendosjunãurarum dolores:&à-fe pela rae-
Áduftio efcura,aflun o enfina JoaÕ Zuelphero 2. par- nhía de duas oitavas até quatro
Lan.
_te claf.
claf. 20. da .preparaçaõ
. . dosJimplices
. p. 417. E L E C T U A RIO L E NITIV O.
da mefma forte enfina Galeno no cap. 25. do 1 ^ LI ?a.fas de U vas fem gr ao onças 2.
liv. ii .da faculdade dos fmplices , a queimar JLV* Avença.
a Ifta. Violas.
Serve o Diafene para purgar brandamente Cevada fem cafca and manip. Hum*
aos melancólicos, Hypicondriacos, aos Ma¬ Jujubas.
níacos, e heutilnas febres quartãas: dá-fe Ameixas and num. vinte.
de meya onça até onca huma e meya. Alcaçü\onça meya.
ELECTUARIO CARYOCOSTINO. Tamarindos oitavas feis.
12 T) Hermodaãylos bancos limpos da Sene.
XV • cafca. Polipodio and onças duas.
Diagridio and oitavas duas. Mercuriaes manip. hum e meyo , tudo fe ooza
Cojto. em fujficiente quantidade de agoa , s d coadura
Conúnhos\ ajuntem
Gengibe. >
Polpa de Canafijlola.
Cg Polpa
 202 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VI.
Polpa de Tamariridos. ícripta em Arnaldo de Villa-nova, e em ou¬
Polpa de Ameixas. tros muitos Audores, e como ellas diíferem
Açúcar bom. em pouco , naõ importa que fe faça eíta ou
Açúcar Ca ride violado and onças do\e. aquella, porque tudo he quafi o mefmo. Far-
Pós de Sene onças tres e meya : faça-fe Ele¬ fe-ha na fórma fegüinte : Os Herniodaãylos,
ãuario S. A. Ita Zacutus Lufitanus in Phar- Gengibre, e Turbit fe pifaráõ medíocres, a
rnac. cap. i. de Eleã. bilem purgantibus pag. Efcamonea ou Diagridio na trituraçaõ fubtil
inihi 1051. Chama-fe a eíte Eleduario Leniti- da groíTa , á temente do Carthamo fe lhe ti-
vo, porque purga os humores brandamente} rará a cafca primeiro , e depois íe pifara com
a rkc n 10 Io li m nl ir*Ac o- nnlnu rlnc A/1 o vm pI ac .0*
aífim o diz Lemery cap. 4 das Etynwlop;ias. os mais fimplices, a'polpa dos Marmellos fe
/v : • f __ _ J
c?

Far-fe-ha na fórma feguinte : Em oito libras lhe tirará depois de cozidos ; preparado tudo
de agoa , eítando quente , fe ponha a cozer o neíta fôrma, tomaráo o Açúcar, e com outra
Polipodio machucado com huma pouca de tanta agoa o porão a cozer, e como tiver põto
Herva doce , e como gaitar duas libras , lhe de Eleduario lhe ajütem o Manná,e Mel ro¬
lancem a Cevada efbulhada , e depois de ga¬ lado,depois de desfeito fe coará,e Como alfim
itar mais outras duas libras, lhe deitem as A- eítiver lhe deitaráõ a polpa dos Marmellos,e
meixas fem caroço," PaíTas fem grao , Juju eítando tibio os fimplices, e ultimamente a
bas, Tamarindos , e Alcaçuz , e dahi a pou- Efcamonea, e o Diatragacantho, e depois de Diacar
co os Mercuriaes; e ultimamente , quando o tudo bem miílo fe guardará o Eleduario pa- tha™um
cozimento eítiver em poucO mais de duas li- ra o ufo.Alguns coílumaô fazer eíte compo- in forma
.
folida..
bras e meya ajuntem as duas onças de Sene, íto em fórma lolida , o que fe fará pondo o
e os mais fimplices, e tanto que dér huma Açúcar em ponto de talhadas , tendo-lhe já
leve ebulliçao fe tire do lume, e paífadas feis miíturado o Mel Rofado, Açúcar, Maiíná, e
horas fe coe com forte efpreíTkÕ , a qual de- polpa de Marmellos, e depois de coado,
pois de clarificada fe porá a cozer com o A- eítando tibio , lhe lançaráõ os pds todos , e
çucar commum , e o Cande de redoma , e como tudo eítiver miíturado fe lance a maf-
como tiver ponto de Eleduario bem alto, fe fa emcima de hum papel , que fe terá unta-
tire do lume , e fóra do fogo lhe lancem as do com oleo de Amêndoas doces, e eítan-
polpas todas, e como eítiverem bem desfei- do bem eítendido tudo , e frio , fe corte a
tas lhe deitaráõ as tres onças e meya de Sene, maffa em talhadas na fórma ordinaria; aífim
e alguns graõs de Herva doce , tudo pifado o eníina a fazer Lemery na fua Pharmacop.
mediocre,e eítando tudo bem miíto fe guar- cap. y. dos Eleãuariosfolidos , pag. 554. Lê-,
de o Eleduario para o ufo. No cafo que em fe nefla receita Manná, e Mel Rofado , quar-
alguma occafiao falte eíte compoíto fe póde tam femijjem } iíto naõ he a quarta parte de
ufarpor elle o Diacatholicad como diz Ma- libra , como alguns querem , fenaõa quarta
thias Lobel notraã. dos compo/ios p. mihi 445. parte de huma onça , que faõ duas oitavas,
Eíte Eleduario abranda , e adoça os hu- porque oAudor do compoíto atraz 'cfeftas
mores, e purga principalmente os bdiofos palavras vem dizendo onças , e naõ libras , e
iem molefiia , íerve nos Pleurizes , e febres dahi fe infere, que he a quarta parte de
humoraes: dá-fe de tres oitavas até huma huma onça , e naõ de libra. Aífim o enfina
onça. Francifco V elles na fua Pharmacopea na An-

14R diacarthamo.
Diatragacantho onça huma.
• Polpa de Marmellos onças duas.
notaçao defie Eleãuario, pag. 60. $ naõ pede
o Audor 11a receita licor algum , para que
com elle fe diíTòlva o Açúcar para fe fazer o
Gengibre. Eleduario , e neítes termos fe deve lançar
Herniodaãylos ana onca meya. agoa , que he fimples, que naõ altera a vír-
Polpa ou Medulla de Semente de Carthamo tude do medicamento: Se acafo fe fizer eíte
oitavas feis Eleduario em tempo , que fe naõ poíTaõ
Diagridio oitavas feis. achar Marmellos, em feu lugar fe póde pôr
Turbit onça huma. a Marmellada , como diz Lemery no lugar
Manná. acima citado. Os modernos naõ ufaÕ eíte
Mel rofado and oitavas duas. compoíto na fórma , que o efcreveo Guido,
Açúcar onças de\afeis : faça-fe Eleãuario Arnaldo de Villa-nova , e outros, fenaõ fa¬
S. A. Ita Guidus traã. 6. doãrina 1. de agri- zem a receita feguinte:
tudinibus junãurarum p. }o<;. Chama-fe a eíte
Eieduario Diacarthamo, por caufada femen-
te do Carthamo, que nelle entra : aífim o en¬
R Turbit gomofo onça huma e meya.
• Herniodaãylos.
Diacar-
thamum
fina Lemery na fua Pharmacopea cap. 4. das Semente de Carthamo. in forma*
Etymologias leira D. Acha-íe eíta receita e- rum.
Diagridio and onça huma.
Traga-
 /

Dos EleduariospurgàntíS 4-Hleras y &c.' 20 j

Tragacantho onça mçya. --- . -i*vn láõemella lanqaráõ a Zaragatoa, e feporá
Mannd onças quatro e meya. * em lugar quente por efpaqo de leis horas,
Xarope rofado folutivo onças duas,*' •* 'A. em que bateráõ o licor com huma rodinha
Açúcar branco onças vinte e duas \ faça-fe de páo, e paíTado o dito tempo fe coe, eftan-
S. A. Ita Nicotaus Lemery in Phafmacopea do bem quente 3 neftas mucilagens dcitarào
cap. 10. de Rleãuiiriis\ pau. 5.5óõ Faf-fe-ha. o Aqucar, e le porá á cozer em fogo brando
na fôrma feguinte. A Elcamonea lepffará até que tenha ponto de Eleduario , eulti-
fubtil na grofía tritüracao^.e os mais mamente, eftando quaíi frio, lhe miftura-
ces íriediocres. O Aqucar fe diíTulvçeraÍjem rá&odàiagrrdio preparados, e triturado fubtil
agoa, e fe porá a cozer até ter ponto.de ta>i na grolla trituraqaõ , e os Trochyfcos todos
lhadas, entaõ lhe lanqaráo Mannáy e.Xarope. em pó fubtil, e tanto que tudo eftiver bem
Rofadò, e depois de coado eftando. iibi<y.os> mifto íe guardará o Eleduario para o ufo.
mais fimplices $ e ultimamente lè faráõ. as Os cumos, em quefe infundem os fimplices
talhadas , como acima fe difíe , bu tauiibem eílaó taõ carregados , e impregnados de lua
fe póde fazer em fórma liquida, fe. aflim o melma virtude, e principio, queumõ podem
encommendarem. Efta receita he melhoh bem receber a dos fimplices, que te lhe in-
que ade Guido, porque naõ leva polpa de fundem , nem extrdiiir as mucilagensdc Za-
Marmellos , nem oíMel Rofado, que faõ ragoa , e por efta razaó os modernos fazem
fimplices aftringentes, nem outros que pa-v efte Eleduario pela receita feguinte:
recem fuperfluosj e para corredivo da Efca- V%U\

monea baila a meya onca de Alcatira, que Semente de Vivias onças tres.
entra na receita. £i0ílA\arVv ^ .9 .'-\n o ■ 0 *,*
Efte Eleduario purga a fleuma e cóle¬ Se nr. . tf -..vi ih? ■'<: u;\
ra, ferve para todos os achaques do cerebro, Tartaro foluvel and onça meya: infundad- Elcftua-
e para todas as febres Pituitofas, e compli¬ fe por vinte.e quatro horas em ri um Pfi-
cadas ; dá-fe de huma oitava até huma onqa. Âgoa de Chie ore a.> t • , >r? n. , lij refor-
ELECTUARIO DE ZARAGAPOA. Borragens anã libra huma e meya. matum.
í 5 TJ Çumo de Borragens depurados. ■ •■ Âgoa de Fumaria, e de -
X\. • Língua de vacca. s*'" > i Âypo and onças duas ú depois fe co\a leve-
Al me iraõ, e de • - % 'r menixe-, e fe câe, e na coadura lancem
Aypo and libras duas. Semente de Zaragatou inteira onças tres.
Fumaria onças ti es, nelles fe infunda por Açúcar libras tres.
vinte e quatro horas. Diagridio onças tres.
Violas onças tres. Rucbarbo ouça meya : fiat Eleál. S. A. Ita
Epithimo. Nicolaits Lemery in Plnirmacop. cap. 10. de
Cufcuta. Eleã.pag. 6S2. Far-le-ha na fórma feguin¬
Herva doce. te : A Semente de V iólas machucada (quan¬
Sene. do a naõ haja feráõ as flores), e os mais fim¬
Ar aro and onça meya. plices ( cxcepto a Zaragatoa), fe metteráo
Avença manip. hum. em vafo de barro capaz , e enicinia lhelan-
Spica oitavas duas : de tudo dê huma fervu¬ qaráo as agoas diftiiladas, eflando quentes,
ra , depois de pajfado.o dito tempo, e fe. cfe, e e fe poráõ em digeftaõ vinte e quátro horasj
lhe lancem • 1 .v s > >' pailíidas dias fe lhe daht huma fervura, e
Semente de Zaragatoa oncas tres. depois fe coará com forte efprefíaõ , na qual
Açúcar libras tres. fe lanqará a Semente de Zaragatoa, e fe po¬
Diagridio preparado onças tres. rá em lugar quente feis horas, mexendo o
Trochyfcos de Spodio.' licor com huma rodinha de púo varias ve¬
Diarrhodad, e de zes , depois fe coe , e na coadura fe deite o
Ruibarbo and onca huma. Acucar , que fe porá a cozei*, até que tenha
Trochyfcos de Berberis onça meya : faça-fe ponto de Eleduario, entaõ fe coará , e fó-
Eleãuano S. A. Ita Mefues lib. i.fimplicium ra do fogo , eítando tíbio, lhe ajuntarão o
difiinã.5. de Medicinis folut.pag. rnihi 125. Ruibarbo pifado medíocre, e o Diagridio
Far-fe-ha na fórma feguinte: Os qumos de- fubtil na groílá trituraqaõ , e depois de tu-
purados fe ajuntaráõ todos, e lanqaráõ em do bem miílo fe guarde o Eleduario para
vafo capaz, e emeima delles lanqaráõ os o ufo. '
fimplices todos (excepto a Zaragatoa) e os Purga efte Eleduario a cólera , e fleuma,
deixaráõ em digeftaõ vinte e quatro horas, he excellente remedio nas febres rebejdes,
pafladas ellas fe porá tudo no fogo , e como e antigas, e para a cura das obftrucqoés, e
der huma fervura fe coará com forte efpref* más cores, eultimamente he bom para as
Cc z verti-
 2 oA Pbarmac. Xyfeü Augmentk iMatiJf.I,
vertigens, que procedem de humoresbflio- ' ' Açúcar fuluto em Agoa Rofada onças qiiin
íos j dá-fe de huma oitava até meyaonqaio* 5^: fa ça-fe Eleòluario em forma folida.S. A.
ELECTUARIO APERIENTE. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop. y.
16 TJ Sene onças quatro. Eleãuar.folidís , /wg, 5 5 6. Chamã-fe aeíle
j\, Diagridio. >D compoRo Diaturpheti, porque na fuâ com-

Trochyfcos de Albandai, pofiqaõ eütra oTurbit em mayor quantida¬

Agarico bonu. • o: de, que outro algumiimples purgante, aflim
Ruibarbo. o.j dm i Lemery^ capi 4. das Ethymologias le¬
Semente de Violas anà onça huma e meyd. ’ tra D* Ear-fe-ha na fórma íeguinte: A Efca-
Segapeno. ' •o*p. . : í .■n Kli monea fe pifará, a parte fubtil na grofía tri-
Myrrha. : oi::;:) : turaqaô, untandò-á com humas gottas de
Armoniaco anà onça huma. j O í)i. Oleo ..de Amêndoas doces, o Turhit fe pi-
Antimonio diaphoretico. ?íJ J fará«medioere na grofTa trituraqaõ, e os mais
Mercúrio doce. f.OD fimplices fubtis, e depois de bem miílura-
Sandalos citrinos. dosle laiicaráõ nq Aqücar, que eftará jápo-
;.Branco , , fto em ponto de Eleéfcuario folido, e ultima¬
Vermelhos and oitav, mente fe deite a maíTa emcima de papel, ou
•SW Martis. -j . taboa muito limpa, e fe corte,ás talhadas
Tamargueira anà onça meya.: * de- grandeza ordinaria, e aflim fe dem para
M<?/ bom efcumado fem licor libras feis: fa o ulb. ■ • a *filaqui çm :yn
ça-fe Eleãtiario S. A. Ita Nicolaus Lemefy Purga docemente a fleuma do cerebro,
in Pharmacop. cap. \o.pag. 688. Ear-fe-ha na ferve para os gottofos, e para purgar nas
fórma feguinte : Os Sandalos, e Myrrha fe Apoplexias, Parlefias, e Hydropefias $ dá-
pifaráõ fubtis á parte , o Agarico fe ralara ,0 fe de huma oitava até huma onca.
Sene , Ruibarbo, eSemente de Violas leráo (ELECTUARIO DE AÇO
triturados medíocres, o-,Antimonio ,v.ç.Saes ip ; • fifíiuf! de Zacuto.
fe ajuntarão aos mais fimplices, o Diagridio 18 T) Folhas de Sene onça meya.
fe pifará á parte na trituraqaõ fubtil da grof- JLV* Epithimo.
fa ; o Mel .fe efcumará fem algum lieoL, e Polipodio.
depois fc levantará mais de ponto , e fórado Semente de C ar th amo anà oitavas duas.
lume lhe deitaráõ os pós todos com os Tro- Flores de Borragens.
chyfcos pifados fubtiliflimos ç e ultimamen¬ Violas.
te o Diagridio * antes que fe eomecç a lan¬ Lingua de Vacca anà oitava huma e meya.
çar os pós no Eleétuario, fe desfaráõ as duas Pajfas de U vas fem gr ao onças tres.
gomas em parte do Mel, e tanto que efti- Ameixas fem caroços num. de\.
verem bem desfeitas fe ajuntaõ ao mais: as Herva doce.
gomas fe haõ de pefar depois de eftarem de¬ Semente de Funcho and oitava huma.
puradas em vinho branco , e poftas- em feu Avença manip. meyo.
ponto, e fe acafo eíliverem duras, que fe Eupatorio.
poffaõ reduzir a pó , fe-pifaráõ fubtis, então Douradinha anà manip. hum.
fe ha5 de alimpar de tudo o que tiverem, Cájcas de Cidras feccas onça huma.
eflranho em tal fórma , que fe naò pife, fe- Cafeas de Tamargueira manip. meyo.
naõ o mais puro das gomas, e ultimamen¬ Mirabolanos Chebulos, e
te eftando tudo bem mifto fe guarde o Ele- Indos anà oitavas tres: cot a-fe tudo em azoa
dtuario para o ufo. de Aço, até que fique huma libra, na qual fe
Purga efte Eleétuario todos os humores, infundirá
adelgaqa as fleumas vilcofas, e groflas, cu¬ Ruibarbo oitavas duas.
ra as obftrucqoês, excita a conjunqao men- Agarico Trochyfcado.
fal ás mulheres, he util nas febres quartaas, Hermodaãylos.
Cacbexias, e em as Hydropefias, aflim o af- Mechoacaõ anà oitavas duas: depois fe efpre•
firma Lemery no lugar citado 5 dá-fe de ma, e lhe ajuntem
huma oitava até feis. Xarope de Fumaria mayor.
ELECTUARIO DIATURPETHI. Aço preparado anà onça huma.
17 T> Turhit bom onça huma. Con feição Alkermes.
JlV, Hermodaãylos. Eteãuario de Pérolas.
Diatragacantho frio anà oitavas feis. ' Confeição de Jacinthos anà oitavas tres.
Efcamonea. Aljôfar oitavas duas.
Cafeas de Cidra anà onça meya. Pedra de Ba%ar graõs trinta.
C anela oitavas duas. Marfim preparado oitavas duas.
Flor
 Dos Elfiâüãrios purgantes V rHieras jriWc.’
Flor de Hetva Cidreira oitava meya.
Sene em pó oitavas duas. - .; : 1
Tartaro branco oitava huma e meya.
T riaga oitavas duas e meya.-,;.
Mytndato oitava humt&e meya.
Aromáticot>Rofado. t)o yv3'> . • oiu
Diarrhodaô Abbade and oitava,
Rubins vp , ; ;j y ; c. . i j • ;: : h
Granadas preparadas anà Oitava huma.
t* i&i&i crÀr efcropulos.dousx .... i. . aí %*J\ '
- v.Et;//w/ ífc »«/;/. zu/ziíT. 1
Açúcar ej. f.i detuJo fefaçapô fubtiUJJimo,
e depois Eleãuario brando S. A. Ita Zacutus
hufitanus lib. 1. cap. S.de Melancholia , pag.
mihi 210. Far-fe-ha na fórma feguinte: Em
libras quatro de agoa , em que fe tenha ex-
tinto huma verga deAqo nova, fe larice o
Polipodio machucado , e fe ponha a cozer
até gaitar huma libra, então lhe lanqaráó
as Partas de Uvas, e Ameixas fem.caroqos,
os xMirabolanos, cafcas de Tamargueira, e
gaftará mais hum!a libra', e fe irá cozendo
mais hum pouco, entaô lhe deitarão os mais
fimplices ( excepto as flores), e corno o co-
zimento eftiver em pouco mais de libra, lhe
ajuntem as flores, e tanto que dér huma fer-
vura fe tire do lume, e palfadas feis horas
fe coe com forte efprertaó , e nella infundaó
o Ruibarbo, Agarico trochifcado , Hermo-
daétylos, e Mechoacaó machucados j e de-
pois de pafladas vinte e quatro horas , fe a-
quente o licor, e efprema, e neíle fe diflbl-
va huma libra de Aqucar, e ponhaó a cozer
até ter ponto de Eledtuario, ertando fóra do
fogo, lhe desfarão as confeiqoés, e lhe dei-
taráõ os pós dos mais fimplices feitos em pó
fubtiliflimo, e ultimamente as folhas de ou-
ro , e ertando bem mirturado fe guarde para
o ufo.
Serve erte Ele&uario para a cura da Me-
lancolia Hypicondriaca , defobítrue , cor-
robora o Ventrículo , e as partes internas:
tomaõ*fe depois das preparaqoes univerfaes
duas oitavas em jejum , diluto o Eleétuario
em vinho, agoa de Elcorcioneira , ou em
alguma porqao de cozimento aperiente, e
depois de fe tomar fe faz exercício de meya
hora, podendo fer.
ELECTUARIO CHALYBEADO.
i<> TJ Crocus Martis aperiente libra
^ Jtv. meya.
Canela.
Nox.es mofe adas anà oitavas feis.
Ruibarbo bom onça meya•
Mel defpumado.
Açúcar anà libra huma : faça-fe Eleãua¬
rio S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop.
univerfeap. 10. de Eleã.pag. 645. Far-fe-ha
ma feguinte : Os fimplices fe pifarão fubtis
na fórma feguinte: A Canela, Nozes mofea- cada hum per fi , e depois o Ambar , e Al-
* ”
aoj
das, e o Ruibarbo fe^pifaráb fubtis, o Crocus
Martis fe prepaiará na pedra até fe pôr im¬
palpável , eu taõ le riiHburaráfcomo>Mel, ç
Aqucar, que ertará .em poifto de Eie&uario,
rrjM e depois de tudo beiü.tmírto i'e guardará o
comporto para o ufo. Põde-fe. fazer eité me¬
dicamento , lanqando-lhe Aqucar em lugar
do Mel $ maõ elcrevo o Electuario Chuii«
beado p que traz Fabricio Barzoni , porque
diflère pouco deite., e leva de mais o Aro-
matico Ròfadó, o quál para/efté medicamen¬
to he inútil, porque como ordinariamente
fe dá a mulheres, por caufa do cheiro , que
leva, lhe pódc levantar alguns vapores, c
fazer-lhe mais damno que proveito. Entra
nefta receita o Crocus-Martis Aperiente , o
qual fe faz na fórma feguinte : Tomarão
quatro onqas de limadura de Aqo fino , e
novo, e lhe ajuntarão outro tanto enxofre
feito em pó, e mifturaráõ bem huma coufa
com outra $ depois de tudo mirto fe lanqa-
rá em huma tigella de barro nova, a qual fe
enterrará até o meyo em carvaõ, que erteja
accefo , e fe irá augmentando o fogo ate
que fe comece a accender dentro o enxofre;
depois de bem accefo, fe mexa muitas ve-
zes a matéria , e fe calcine até que o Aqo
erteja em braza , e o enxofre gartado , e ul-
timamente fe deixe apagar o lume , e tanto
que a matéria ertiver fria, fe tire da tigella, e
pife em pó fubtil, c fe lave algumas vezes, e
fe moa na pedra até que a marta fe ponha
impalpável, e depois de fecca fe guarde
para o ulo. Aflim o enrtna Moyfés Charás
nafua Pharmacop. Reg. 2. part. cap. 20. de
Cr oco Martis mihi , pag. $ 14. A agoa , com
que fe lavar o Aqo depois de pilado, ha de
fer de grama, ou de Chicorea , e na pedra
também com cila fe póde moer; porém de-
pois de lecca a marta fe ha de pulverizar pa-
ra aflim fe guardar.
O Eleãuario Chalibeado ferve para acura
dc todas as obftrucqoes, e más cores , e para
provocar aconjunqaó menfal ás mulheres;
dá-lede meya oitava até duas diluto em vi-
nho branco , cozimento aperiente, agoade
Grama, ou outro qualquer licor,
20 R
ELECTUARIO DE SASSAFRAS.
Páo Sajjafras onças duas.
• Canela oitavas tres.
Ambargris oitava meya.
Mac is eferop. hum.
Almifcar gr aos tres.
Açúcar coxido , e diluto em agoa de Funcho
libra huma e meya : de tudo fe faça Eleãuario
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacopea
cap. 10. de Eleã. pag. 628. Far-fe-ha na fór-
milcar
 2oá . Eíiarmac. JLu/it. Augmçnt/íWmmWwúC
jniicaí ftí.raííbiraíáõ: cqnijelles , .'fcfé irádpi^
fando cum golpes,brandos-, ò Aqirçar. fe>po-
rá a cozer em agoa dé Fuiicho, e como ti-
ver poato :de ÊleâiiMirio lhe làncaráo os pós
fór.a do>fogo, e eilando tu dó beni miílo fe
o-uardavá o Electuàfio pára o ufo.
^ He bom; eíle medicamento para refiftir á
mal hm idade; dos humoresajuda a digèílaõ,
fortilica o cerebró, corarcaõ,eftomago,é pro¬
voca o fuor; dá-fe dei meya oitava até huma.
E L E C T U A R I O A M A R G O.
Azebre facotrinp oitavas feis.
Agarico Trochyfcado.
fTurbit.
Ruibarboand oitavas duas.
Çremores de T ar taro oitava huma e meya.
Xarope Rofadofolutivo libra meya : faça-fe
S, A. Ua Nicolaus Lemery in Pharmacopea
cap. rcr. de Eleã. pag. 712. Far-fe-ha na fôr¬
ma fegitinte: O Azebre fe pifará fubtil na
groíTa trituraqao, o Ruibarbo, e os Cremo¬
resmedjocres ; juntos todos os fimpfices fe
miíluraráô com o Agarico Trochyfcado , e
depois fe incorporarão com o Xarope rofa¬
do folutivo , que eílará já em ponto de Mel,
e ultimámeute , eilando tudo bem miílo , fe
guârde o medicamento para o üfo.
. Serve eíle Eleduario para purgar a cóle¬
ra e fleuma , e para matar e expulfar as
lombrigas.$ dá-fe de meya oitava até feis , e
em ajudas mayor quantidade.
Hl ER A PI CR A SIMPLES
. . i.\í uc Galeno. .
22 T) Canela.
. JlV • Xelobalfamo, por elle pdo de
Aguila.
Aparo.
Spica narâi.
Açafrad.
Almecega and oitavas feis.
Azebre onças dope e meya.
Mel efcumado libras quatro : façafe S. A.
Ita Galenas lib. 7. Method. medend. cap. 1 r.
Çhajm-fe a eila compofiqaô Hiera,que quer
dizer Sagrada, e Picra,que quer dizer Amar¬
ga , cbama-fe Sagrada pelos admiráveis ef-
feitos que faz , e ^Amarga pelo faibo fumrna-
mente amargo , que lhe dá o Azebre 5 aílim
o diz Manardes., e Bauderon lib. i.feã. y.
ãe Hieris. Far-fe-ha na fôrma feguinte: A
Spica fe pifará fubtil, e os aromáticos me¬
díocres , e o Azebre fubtil na groíTa tritura-
çaõ; preparados neíla fôrma fe poràõ quatro
libras de Mel efcumado a cozer em fo"o
- muito brando , e fem humidade alguma ^e
como çfliver mais alto alguma coufa , lhe
lancem os pôs fôra do lume, eilando o Mel
tibio : e depois de tudo bem miílo fe guarde
o Eleduario para o ufo. Póde-fe também
guardar feita em pó em vidro bem tapado;
porém hoje he efcufado guardada aílim,
porque comòfe naô toma pela bocca, fem-
pre he neceífario ter feito o Eleâuario, que
aífim he que-ferve para Ajudas. 0 Mel nelle
Eleduario fe deve cozer pouco , ou nadaj
porque quanto menos cozido , tanto he
mais purgativo ; e quanto mais cozido, tan-
to hernais reílridivo; como diz Paulo Zuar-
do in fuo thefaur. aromatar. pag. 19. zz Mel in
Eleãuarijs foiutivis parum uel nihil àecoquen-
dum ejl, Mel enim tanto minus coétum, quan¬
to magis laxativum $ Cf quanto magis cofíum+
tanto mugis refriãivwti.z: Defte Eleduario fe
formaÔ mechas, a que chamaô de Hiera Pi*
cra; as quaes fe fazem tomando duas oitavas
de Mel , e pondo^o ao lume até ter ponto
de Eleduario folido , o qual fe conhecerá
lançando huma pinga delle emeima de pe¬
dra, lifa, e fe logo depois de coalhado fe def-s
pegar fem a' cujar, he certo fignal de tec
ponto capaz ; entaõ-fóra do fogo fe lhe lan-
cará meya oncade Hiera Picra ; c depois de
bem miRurada com o Mel fe deita emeima
de taboa , ou-pedra lifa , ou emeima do fun¬
do de hum almofariz;, untando-o primeiro
com huma gotta de Azeite ; entaÕ fe fôrma
a mecha / mettendo-lhe hum fio, por onde
fc pofTa tirar, e fefaz do tamanho de hum
dedo pequeno , aguda na ponta; e depois de
feita com toda a curioíidade fe ufa delia. A6*
ílm a enfma a fazer Lemery cap. 16. àe Sup-
pofitorijs j pag. 80., e Charàs cap. 8. de Sup-
pojítarijs, também diz que as Mechas , ou
Suppofitofios, como lhe chamaô os Latinos,
hau cie fer do tamanho do dedo minimo da
maô , e que hao de fer redondas , ôu rolí-
qas, pontiagudas como Pirâmides: Suppofito■-
ria medicamenta funt folida longitudinis , C5*
magnitudinis prope mo dum minimi digiti:, cy-
lindracea , Cf fere piràmidalia , Cf c. Pelo Xyt
iobalfamo , que 110 Eleôtuario fe pede,, fe ha
de por Páo de Aguila , como diz a Pharma¬
copea Valentina traã. de Pulverib. pag. <íy.
~ In hoc pulvere parando , quoniam Xilobalft-
mo caremus, ejus loco tígntm aloes ejh acçi-
piendumAlguns Auétores pedem Hiera eu
oão rebus , deve-fe dar deita , que he o me»
fmo,como diz Quirico de Auguílisdijiinã.3.
de Medicinis folut. pag. 11.
Serve a Hiera Picra para purgar o eflo-
mago , gaíla as obílrucqoes, excita a con-
junqao menfal, e purifica o fangue; dá-fe de
huma oitava até meya onca : he tao amargo
eíle remedio por ca ufa do Azebre , que fe
naô toma já hoje pela bocca , e fó fe ufa e^i
Ajudas para Cólicas / Apoplexias, e males
Hyflericos , c cm cada huma fe lanca de
tres oitavas até huma onca.
HIERA
 Dos Ele&uarios purgantes, Hieras, &c.
HIERA MAGNA NI COLAI ALEX.
RS
Açafraô.
Canela.
Spica.
Squinantho.
A\aro.
Xilocd\ia , por efle fimpUs Caneta.
Xilobal/dnw , porelle páu de A guita,
Carpobalfumo ,por elle Cúbebas,
Violas.
Lofna.
Epilhimo.
Agarico.
Rojas.
Turbit.
Coloíjuinthida.
Almecega and efcrop. dous.
A\ebre tanto como de tudo.
Mel q.f. Ita Nicolaus infine Antidot. mihi
fol. 191. Far-fe-ha na fôrma feguinte : O
Azebre fe moerá fubtil na grofla trituraqaõ,
a Spicai, Aqafraõ , Canela , Almecega, Páo
de Agüfla , e Cúbebas lubtis, aColoquinti-
da fubtiliflíma , o Agarico fe ralará, e pafla-
rá por Sedaqo , e todos os mais fimplices fe
nioéráõ medíocres $ preparados nefta fór-
ma le guardaráô aflim em vafo de vidro bem
tapado , ou fe.quizerem fazer o Eleduario,
tomaráõ huma libra de Mel efcumado fem
licor, e o poráõ no lume até tomar mais al¬
to ponto , entaõ fóra do fogo lhe lanqaráó
tres onqas de pós de Hiera , ou também fe
quizerem fazer mayor quantidade, poráo
duas libras de Mel , e íeis onqas de pós , ou
mais fe for neceflario, pondo fempre por
tres onqas de pós huma libra de Mel, como
acima fedifle j importa pouco hoje ter feito
efle comporto , porque de nenhuma lorte fe
Hiera Pi-ufa , e todas as vezes que fe pede a Hiera
cra abfo- pjcra fem lliais determinacaõ , fempre fe dá
ute.
da fimples, que he a que fica na receita an-
tecedente.
Ufava-le efle Eleãaario antigamente pa-
ra purgar o eftomago , e cerebro, e também
para as cruezas do eftomago , e Epilepfiasj
dava-fe de huma oitava até cinco: nefte tem-
po fe fe ufar fó , poderá fervir para ajudas
carminativas, lanqando a cada huma de tres
oitavas até huma onqa , ou pouco mais.
HIERA PICRA DE MESUE.
24 T> A%ebre fucotrino oitavas quin%e.
Agarico.
Canela.
Almecega.
Calamo aromático and oitavas fete.
Euphorbio.
Açafraô.
Spica-nardi.
Camedrios and oitavas feis.
20 7
Epithimo.
Cojlo and oitavas cinco.
XtlobalJdmo,por elle Pdo de Aguita and on¬
ça meya.
Diagridio.
Cravos and oitavas duas.
Pimenta branca.
Pimenta negra.
Genciana.
Amorno [por elle Acoro , cu Cardamomo) and
oitava hum a.
Mel defpumado libras duas e onças nove e
meya : faça fe S. A. Ita Mefues lib fimpl. âi-
Jlinãione 5. de medicinis folutivis foi. mihi \ 1 y.
Chama-fe aeíla Hiera de Mefue, porque foi
o que a inventou,como elle mefmo diz: Cap.
prop. Hiera nobis inventa, tfc. Far-fe-ha na
forma feguinte : O Azebre , e Eícamonea fe
triturarão fubtis na grofla triiuracao, o Aga-
rico fe ralará, a Spica, Almecega, e Acafraó
feraó fubtis, os mais fimplices medíocres , o
Euphorbio fe ha de pifar depois de prepara-
do, pifados os pós todos neftafórma, fe po¬
rá o Mel depois de efcumado ao lume , eco¬
mo tiver ponto capaz lhe lançaráÔ fóra do
fogo os pós todos, e miílurado tudo fe guar-
dará para o ufo. O Euphorbio fe prepara pi- Pnepara-
fando-o fubtil, e depois fe lhe lanca algum tio Eu-
oleo de Amêndoas doces , e fe torna a pifar phorbii.
com elle até eftar tudo em mafla, efta fe
mette dentro da concavidade de hum Mar-
mello , e fe embrulha em mafla de farinha de
trigo , e fe manda cozer ao forno , e depois
de bem cozida a mafla de fóra, e Marmello
aflado fe lhe tira o Euphorbio , e depois de
fe feccar fe guarda para o ufo em vidro bem
fechado, aíflm o enflna Joaõ Zuelphero in
Pharm. Aug. 2. part. Claf.20. de prapar. fimpU
pag. mihi 411.
No tempo de Mefue, em que as naturezas
fe achavaõ mais fortes, e os homens erao
mais devotos do azedo, e amargo, que do
doce fe ufava efta Hiera , ele dava pela boc-
ca para as cólicas ventolas, Apoplexias, E-
pilepfias, e para todos os accidentes $ porém
hojenaõ fervem já, fenaóos orvalhos de Ma-
yo clarificado , e os extrados das plantas , e
aflim efte compofto por amargofo fó fe ufa
em ajudas, e a cada huma fe lancaó de tres
oitavas até cinco ou feis.
hiera logadij, ou
Logadion.
2$ TJ Coloquintluda.
Polipodio and oitavas duas.
Polio montano.
Euphorbio.
Semente de Thimelea and oitava huma e me¬
ya, e graôs feis.
Lqfna.
Myrrha
 20 8 Pharmac. Lufit. Augment. Trat.VI.
Myrrha anà oitava htima, e graõs do\e.
Centaurea menor.
Agarico.
E>
Ammoniaco.
Folio , ou em Jeu lugar Ma eis.
Spica. , . i
Cebola albarra a preparada.
Diagridio and oitava hum a.
A\ebre.
Thymo.
Camedrios.
Canela.
Bedelio.
Marroyos anà efcrop. hum, e gr aos quatorze.
Opoponaco.
Cajloreo. » Ariftoloquia redonda.
Arijioloquia longa.
Pimenta longa.
Branca , tf
Fie gr a. l . ,
Açafrao, f Folio Indo, por elU cravos.
Sagapeno.
Semente de Salfa and oitava meya.
Eleboro Negro , e
Branco and graõs feis.
Mel q.f: faça-fe Èleãuario S.A. Tta Nicol.
in Antidot. pag. mihi 190. Toma efte medica-
mento o nome de feu Audor , que foi hum
Medico chamado Logadio natural da Cida-
de de Memphis, affim o diz Lemery na fua
Pharmacopea Univerfal cap. 10. de Eleãuar.
Fardé-ha na forma feguinte: A coloquinthi-
da fe triturará fubtiliffima , o Azebre, e Eíca-
monea na trituracaõ fubtil da groffia , as go-
mas fe pifaráõ á parte fubtís, o Polipodio ,
Aqafrao , e Ariftoloquia também fubtis, e os
mais fimplices na trituraca5 mediocre j ace-
boüa Albarráa fe aíTará, e depois fç pifará em
gral de pedra , e fe lhe tirará a polpa paíTan-
do a por fedaco : tanto que os pós eftiverem
todos aparelhados feporaó treslibras de Mel
elcumadoje como tiver ponto lhe lancem os
pós fora do lume , e depois de bem mifto fe
guarde o Eleduario para o ufo. Nefte medi-
AíTatio camento entra Cebola Albarráa aíTada , o
Scyllaj. que fe faz na fórma feguinte : Tomaráo hu-
ma Cebola Albarráa , e depois de bem limpa
lhe tiraráo as primeiras cafcas, que eftaõpe-
la parte de fóra, e então a lutaraõ com maf-
fa de farinha de trigo , e fe porá no forno a
cozer 5 e tanto que a mafta eftiver cozida fe
tire hum boccado delia , e fe pique a cebola
com a ponta de hum páo brando,ou palha ri-
ja, fe entrar com facilidade he certo fígnal de
eftar perfeitamente afiada , e depois de fria
fe lhe tira a mafta , e então fe pifa para felhe
tirar a polpa, affim o enfina Lemery cap. 5^.
dapreparaçaõ da cebolla albardap. 18.
Ufavao os Antigos efte Eleduario para a
cura da Melancolia Hypicondriaca , verti¬
gens , Epilepfias, Parlefias, lépra , e Hydro-
peíia, e a davaó de huma ojtava até tresj co¬
mo fe nao ufa hoje he efcufado faze-la, fó fe
pode dar em ajudas de quatro oitavas até feis.
ou fete.
H I E R A PACHII. .
26 T) Bofmanhino.
X\m Marroyos. .
Camedrios.
Agarico.
Coloquinthida and oitavas de%.. .
Opoponaco.
Sagapeno.
Semente de falfa.
Pimenta branca and oitavas cinco.
Canela. • **
Spica-nardi.
j Myrrha.
'
Açafraõ , ana oitavas quatro.
Mel efcumado q.f. : faça-fe S. A. ItaScri-
bonius Lar gins lib. de compofitione medie. p. yp.
Mefue chama a efta Hiera de Coloquinthida , Hicra
porque o principal, e mais tone folutivo , Diacolo-
que nella entra he a Coloquinthida } porém cynthid
o léu nome mais vulgar entre os que efere-
vêraó he Hiera de Pachio natural de Antio-
quia, o qual revelou a fua compoficaõ a Scri-
bonio Largio,Medico famofo daquelles tem-
pos, affim o diz Bauderon feã. y. de Hieris
Ub, 1., e outros muitos: Far-fe-ha na fórma
feguinte : O Agarico fe ralará , e paffiará por
lédaqo, a Coloquinthida depois de trochifca-
da fe tornará a pifar fubtiliffimaj as gomas, e
todos os mais fimplices fe pifaráô íubtís , e
depois de bem mifturados fe guardaráõ para
o ufo em vidro bem tapado. E fe a quizereni
em Eledfuario poraòtres partes de Mel efeu-
mado , e o porão em o lume a tomar ponto
conveniente , entaó lhe lanqaráõ huma par-
te de pós, v. g. huma libra de Mel,e tres on-
qas de pós 5 porém he melhor guarda-la em
pó para delia fe fazerem Pilulas, quando fe
pedirem. Em alguns Audores fe lé na recei-
ta Polii, o que fe vê fer erro da impreffiaõ ,
porque os mais delles dizem Folii , que he o
Folio Indo, como diz Lemery , Bauderon , e
Francifco Verni na Annotacaó da mefma
Hiera 5 por efte tal Folio Indo fe pôem o Cra-
vo , porque he muito femelhante , e quaíi
do mefmo genero do Cravo, affim o diz Fe-
derico Hoftmano fuper Schroderum lib. 4. Foliun*
pag. mihi 437. r Non eft Garyophyllorum fo- quid»
lium , nec in Syria , aut JEgypuo nafeitur, fed
eft. fuigeneris foliurn in índia ex arbore decer-
ptum.
He efte remedio tao fingular para muitos
acha-
 Dos Ele&uarios purgantes; jHieras, &c.
achaques, que he digno de que o haja em
todas as otficinas, e que o ponhaõ muito em
ufo , e vejaõ o que delle diz o noíTo Portu-
guezJoaõ Curvo no tr. i.cap. 17. n. 6.p. rnihi
14 ç.,ewcap. 29. n. 12. p. rnihi 252., e em ou¬
tras ^niais partes, e Joaõ Zuelphero 2.part. in
Pharm. Aug. rnhipag. 90. diz: Scribonius Lar-
gins Hierum hanc ad Pachium auftorem refert,
mirtfieis lattdibus in Cedum efert, C9V.
Serve para curar as Epilepfias, Manias,do¬
res de cabeqa, Afina, difficuldades de refpi-
raqaó, e a outros muitos achaques, afíim dos
olhos, e ouvidos, como da cabeca, Purga
admiravelmente o eílomago , corrige os ví¬
cios do Figado, alimpa o Bofe, foccorre aos
inteílinos, e desfaz os tumores do peito ás
mulheres, e final mente tem muitas mais vir-
i pjfui* tudes, que fe pódem ver em eml Zuelphero
Pachij. no lugar citado , e em Baudcron na Annota-
qaõ do mefmo: dá-fe de dous efcropulos até
t oitava e meya em pílulas aguqadas com dous
até quatro graõs de Diagridio 3 e em ajudas
de meya onqa até huma.
CONFEIÇAM ALKERMES.
27 T) Seda crua tingida de frefeo com
XV* Gr ao-libra huma.
Çumo de camoeyis depurado.
Agoa rofada and libra huma e meya: infun-
da-fe tudo por vinte * quatro horas até que 0 li¬
cor fique vermelho, e depois fe lance afedafóra.
Açúcar bom libra huma e meya : etna-fe tudo
até ter ponto de Mel, e fóra do lume lhe lancem.
Âmbar onça meya.
Pão de Jguila cru.
Sandaibs Citrinos. r-
Canela and oitavas feis.
Ouro oi ta va huma. "• \
Lápis LaXiili lavada, e preparada.
Margaritas brancas and oitavas duas.
Almifcar efcropul. hum: faça-fe Eleãuario
S. A. Ita Mefues di/Unã.i. de Etéttuariis Cor¬
dial ibus foi. rnihi 98. Efte Eleótuario toma o
nome de feu fundamento, que fa5 os Hermes
ou Efcarlatai com que fe tinge a feda, a eíles
graos chamao os Árabes Kermes, e os Gre-
Hilloria gos Cocon Baphicon, ou Cocus Baphica , e os
granoní Latinos lhe chama o grana tinãorum, ou gr a-
bn ori1, num infeãorium, qs quaes fa5 bem conheci¬
dos dos moradores de A%eitaõ, e feus Arre-
baldes, onde ha muita quantidade de Graa,
a qual fe dá em huma planta pequena , que
deita muitos ramos, e tem as folhas afperas,
e com baílantes bicos ou efpinhos : eíta tal
planta he huma efpecie de Azinheira, a que
os naturaes vulgarmente chamao Carrafco ,
tem as folhas fempre verdes, e dá o feu fru-
óto, ou gra5 no principio do verão, os graos
em quanto eftaõ frefeos faõ vermelhos, e
cheyos do çumo, c tanto que fe fecca5 fe fa-
209
zem em bichinhos, que depois voaõ, e por
eíta razaõ os colhem os naturaes da terra , e
logo os pifaõ, e borrifaõ com vinagre, e de-
íla forte os prefervaõ da corrupqaõ dos bi¬
chos, que nelles fe geraõ, e os fazem em pa-
ílas que depois íéccaõ ao Sol para delles fa¬
zerem a tinta de Carme\im. Naõ fomente
fervem para a tintados pannos e fedas, mas
também faõ muito necefíarios no ufo da me¬
dicina ; faõ quentes e feccos, e algum tanto
aílringentes, alegraõ o coracaõ, fazem revi¬
ver os efpiritos, e tem muitas mais virtudes
cordeaes, como diz HofFmano fuper Schro-
derum pag. rnihi 585. n Totum granum liquo-
re purpureo pragnans eji , qui maturus tandem
abit in vermiculos alatos , & volatu abeuntes j
impeditur tamen vermicolorum generatio foi a
aceti afperfione, &c. Far-fe-ha na fórma fe-
guinte: Tomaráõ huma libra de feda tinta,
com graa,e a infundiráõ no qumo das camoe-
zas depois de depurado,e na agoa rofada,c tu¬
do em vafo de barro fe porá em digeítaõ 24.
horas em lugar quente, depois fe eípremerá,
e na efpreíláõ fe lançará o Acucar, e le coze¬
rá até confidencia de Mel, entaõ lhe lanqa-
ráõ os mais fimplices pulverizados na fórma
feguinte: A Canela, e Páo de Aguila fe tritu-
raráõfubtís, o Aljôfar fe preparará , e moerá
fubtiliffimo,e o Lapis Lazuli da mefma forte,
o Ambar , e Almifcar fe pifaráõcom alguma
porqaõ de pós, ou fe defataráõ em parte do
Xarope: tendo os fimplices afíim preparados
fe lanqaráõ no Acucar eítando quafi frio , e
paííados alguns dias fe lhe botará o ouro,que
fe miíturará com huma porqaõ do Eledtua-
J' rio em hum gral de pedra , e entaõ fe ajun¬
tará a confeicaõ, e aílim fe guardará em va¬
! fo de vidro bem tapado para o ufo. O ouro
também fe póde lanqar miílurando-o com os
pós, porém he muito melhor lanqa-lo depois
de ter o Electuario alguns dias de fermenta¬
ção , porque afíim fe vé melhor. A feda para
cila confeicaõ fe ha de pelar, antes que fc
tinja, e também fe ha dc tomar da que for
tingida de pouco tempo. Tinge-fe a feda na Tin&ura
fórma feguinte: Tomaráõ quatro libras de Seriei,
agoa, e a lanqaráõ em panella de barro vidra¬
do , c nella deitaráõ íeis onqas de graa de
Tintureiros feita em pó, e depois de dar hu-
mas fervuras lhe defatem duas onqas de A-
quear de pedra, e lhe deitem dentro a libra
de feda muito bem limpa dos bichos , fe os
tiver , e efearpeada com toda a curiofidade,
fe deixe eílar afíim em cinzas quentes,até que
a feda tome a côr da agoa, e fique bem en¬
carnada , entaõ fe tire da panella, c fe ponha
dentro de huma peneira a efeorrer a agoa
que tiver, fem que fe efprema , e depois de
enxuta fe ufe delia, os modernos naõ ufaõ de
Dd %
feda
 21 o Pharmae. Luíl t.
fedaáfílm tingida, fenaõ infuüdem-ná no cu»
mo , e agoa rolada , e depois a efpremem, e
fazem Xarope } e tanto que tem ponto alto
lhe lunçaÕ huma libra de çumo dos Kermes
tirado quando eítaÕ errt ieu vigor-, ~t>U' fa¬
zem o Ele&uariò com o Xarope Kerme\hw)
e neíla iorma íica com mais engraçada cor, e
mais vHoroíb ; porque ditferente he-a virtu¬
de dos Kermes eílando feccos , quê á do qu-
mo dei 1 es tirado em féii tempo 3 aíTim o em
Eledlio fina Moyfes Charás na'lua Pharmacopea c ti¬
Margari- pi t. 20: de El cã. Pede Mefue Aljôfar branco
tamin. eíte ha de-fer do mais branco , lirb , hno , re¬
dondo, e pelado, porque o que he preto, lu¬
rado, e leve,naõ he taõ bom,como diz Plínio
cap. 55. Faz-le também preto o Aljôfar por
fer pelcado no mingbante , ou crefcente da
Lua, porque fó aquelle, que íe pelca na Lua
cheya he o melhoi^afíim o affirma Gracia de
Prepara- Horta no ultim. cap: dos Aromas. Prepara-fe o
tio Mar. Aljôfar 11a forma feguinte : TomaráÕ a quan¬
garitarií.
tidade que quizerem , e o pifaráõ em gral de
pedra mármore ; e depois o pafTaráo porTa-
miíTo fino , e o botarão em pedra de prepa¬
rar; e neila fem licor algum fe moerá em fcc-
co até íe pôr íbibtiliíliimo , que de nenhuma
forte fé finta afpereza ál guina 3 então fe guar¬
da para o ufo: ou também fe prepará, moen¬
do-o na pedra com algumas gottas de agoa
cordeal ,-aflim como Rofada , ou de Herva
Cidreira ; e depois fe deixa feccar na mefma
pedra, e fe torna a moer em fecco para guar¬
dar em pó : a (fim o enfna a preparar Schro-
dero cap. 7. Ira. 3. pag. mihi 202. O Aljofár, e
todas as mais pedraspreciofas fe devem pre¬
parar íubtil iifimas 3 que fe affim o naõ faõ,
naó valem nada : também fe adverte, que al-
fim o Aljôfar, como as mais pedras precio¬
fas,le nao haõ de nenhuma forte pifar em Al
moíarizes de metal , porque lhe communica
huma má qualidade, como diz Laguna zvt-
pit. i$4.do lia. c doutamente o adverte o
famofo Hofifmano fuper Schrodevum cap. 7.
por-eftas palavras: Perla praparantur more
vulgari fuper Porphirio lapide Is.vigahdo , if c.
vide 7ie Margaritas prius in mortario atiço con¬
terás: inãuunt enim vitriolatam qualitateni, qita.
Lígnum pojlmodum pro confortatione creat naufeanu Na
Ailocs receita pede Mefue Páo de Ag ui la cru, o qual
crudum.
he aquelle., de que ainda fe naõ tirou tintu-,
ra alguma , e he cheirofo , e pefado 3 e fe co¬
nhece o que he bom, porque lanqando-o em
agoa íe vav ao íundo ; e o que he já cozido,
ou de que fe tem tirado a tintura, ou Refina,
nao he bom 3 affim o enfina Miguel Martins
de Leache nas fuas Gontrov-evfias Pharmaco-
cap. 20. pag. i^r. Na> fórma acima dita
fa?iao os Antigos eíte Eleãiutrioj.porém ho-
jc os modernos o fazem tirando-lhe alguns □ gra o cofaqaõ , faz reviver os efpiritos, he ex-
1
Axigaient 'TrJt< Vil
fimplices-, que nelle faõ inúteis? o< primeiro
que lhé:tiraõ he a feda , porqueefta deixa.a
virtude que tem na ag.oa , em quede tinge, e
depois, naõ cummumca virtude alguma ao
Elebtuano. A agoa Rofada pelorcozimento
perdeo a fubítancia íubtil , eeipimtuofa, e
fica-fem cheiro algum 3 o Aljofavpp e. Lápis
Lazuli-, como faõ de-matérias Aíkulinas, e
Aítrirf gentes faõ muito próprias para-dulci-
ficarem os accidos, mas naõ paracommuni-
carom virtude algüma Cardíaca ao medica¬
mento, porque ellas naõ tem partesvVplateis,
e penetrantes paira a poderem communicar
ao fàngue puriíicando-o : o Ouro ainda que
feja de matéria riéá , e preciofa naõ ferve no
EÍe&uario mais que de o fazer viftofo , e
agradável 3 porque como hede fua natureza
duro, fe naõ desfaz facilmente no Eftomago:
efta he a razaõ porque fazem eíte medicamé- 1
to tirando-lhe os ditos fimplices , eo fazem
pela receita feguinte :■
R "Xarope Kermexjno libra luma) e meya.
• Sandalos Citrinos.
Canela anà onça huma.
Ambar-gris oitava huma.
Almifcar eferop. hum.
-» Oleo de Macis , e de
Cravo djtillado anà got.feis: faça-fe S. A.
Ita Nicolaus Lemery in Pharm. cap. 10. de E-
leã.pag. áiy. Far-fe-ha na fórma feguinte:
o Âmbar,, e Almifcar fe pifaráõ lanqando no
gral as gottas dos oleos, para que lhe impi-
daõ a exhalacaõ das partes voláteis; e fe hiraõ
pifando brandamente ; e depois fe miftura-
ráõ com a Canela , e Cravo , que eítará pifa¬
da íubtil3 e deita forte fe acabarão de pifar os
Cheiros: tendo-os afifim fe porá o Xarope
h
Kermeiim feito de freíco em ponto de Mel ,
então íjóra do fogo eftando tibio, lhe botaráõ
os pós todos, e depois de tudo bem miíto fe
guardará o Elebtuarioem vafo de vidro bem
tapado: o Almifcar, e Ambar fe pódem tam¬
bém desfazer em gral de pedra com parte do
Xarope ; e tanto que eftaõ bem desfeitos fe
mifturaõ com ornais, Efta confeicaõ , ou fe¬
ja feita pela receita de Mefue, ou de Lemery Cõfcflio
reformada , fempre fe deve ter compoíta de Alkcr-^
dous modos, que vem a fer Completa, ou Í/K mcs co*
completa 3 aquella que tem o Ambar, e Aími-
fear fe chama Completa , e a que he feita fem picta.
os dous fimplices fe chama Incompleta , e he
a que le dá a mulheres em as oceafioés , em
que lhe naõ faõ convenientes os cheiros , af-
fim o adverte B.auderon.
Serve aconfeiqáa Alke.rmes para confor¬
tar o coraqaõ , eílomago , e o cerebro , refi-
fte á podridaõ dos humores , recvêa, e ale¬
cellen-
 Dos Ele&uarios purgantes y Hieras, &c.
cellente remedio na palpitaqaõ do coraqaõ,
fyncope , e aos que eítao triíles , e melancó¬
licos , naõ íendo a cauia evidente : dá-fe de
hum Jbiicropuio até huma oitava em licor
conveniente, ou fe applica em Epithemas
íobre a regiaõ do coraqaõ , e eílomago.
CONFEICAM DE JACINTOS.
28 TI Jacinthos. . ■ X'
XV♦ Coral vermelho.
Bolo Armênio.
TerraJigillada anà onças duas, e duas oitav.
Gr ao de Tintureiros.
Diãamo Cretico.
Rat\ de Tormentilla.
Semente de Cidra fem cafca. » que fique com a cor mais amortecida 5 pox
Açafraõ. < efta caufa os modernos a fazem com o Xa¬
Myrrha boa. i 1
Bofas vermelhas.
Sandalos Citrinos. &.
Brancos , e > Póde alguém dizer, que o accido dos limoés
Vermelhos. •' iprl
Offos de coraçaõ de Veado. \ íubtis, e que deita forte faõ boas pai a o me¬
Ra\uras de corno de Veado.
Rasuras de Marfim.
Semente de Acedas, e de
Beldroegas and oitavas cinco e hum eferop.
Saphiras. . ,. . ;
Efmeraldas. .....
Topaftos.
Aljôfar.-
Seda crúa, por ella cafcas de laranja a%eda.
Bolhas de ouro , e de
Br ata and eferop. oito.
Almifcar.
Ambar-gris and grãos vinte.
Xarope de Flor de Cravelinas libras fieis, e
onças oito : faça-fie Confeição S. A. Ita Moyfiès
Charàs in Pharm. Reg. cap. 20. de Eleã. foi.
viilmúj. Faj-fe-ha na fórma feguinte : As
pedras todas, ou juntas ou feparadas fe pifa¬
ráõ fubtiliíTimas, e fe prepararão na pedra ,
o Bolo Armênio, e Terra íigillada fe pifaráõ
ambos na trituracao fubtilj os oíibs do cora¬
qaõ do Veado,e razuras do corno do mefmq,
e as de Marfim também fe pifaráõ á parte
muito fubtísj o Acafraõ fe feccará entre doüs
papeis trazendo-o no peito , ou pondo-o ao
ar do lume , e todos os mais fimplices jun¬
tos também fubtís, e ultimamente o Ambar,
e Almifcar miíturado com alguma porqaõ
de pós} preparados todos os fimplices na fór¬
ma dita fe lanqaráõ no Xarope tendo ponto
de Mel, excepto as pedras, ouro , e prata ,
que eíles fe ajuntarão á Confeiqaõ depois de
paíTados alguns dias de fermentaqaõ, em que
íé mexerá duas vezes cada dia com Efpatula
de pão, e finalmente depois de bem fermen¬
tada fe lhe lanqaráõ as pedras, ouro, e pra¬
ta desfazendo-os em parte da confeiqaõ, e
211
neíla forma fe guarda para o ufo. Se naõ hou-
ver oíTos do coraqaõ do Veado , fe póde pór
por elles Aljôfar , como diz a Pharmacopea
Valentina traã. de Confcã. z ln defeãit oJJís
de Corâe Cervi inhac confeãione, iS1 aliis Mar-
garitás ponendas decrevimus. Todos os Au-
étores antigos formaÕ efta confeiqaõ com
Xarope de limoés, o qual naõ he de utilidade
alguma ao compofto 5 porque com o feuae-
cido deílroe , e impede a virtude Alkali-
na das pedras , e naõ, ferve mais que de
lhe fazer huma effervefcencia, em tal fórma
què fe o vafo, em que eíliver naõ for grande,
toda fe fahirá fóra delle , e também faz com
rope de Cravelinas em lugar do de limoés,
porq efte tal Xarope lhe dá huma côrgra-
ciofa , e lhe accrefcenta a virtude Cardíaca.
he bom para cortar as pedras, e po-las mais
dicamento : ao que aífim o diíTer , fe lhe ref-
ponde, que o azedo do limaõ eílá miflura-
do com o doce do Aqucar , com que fe faz
o Xarope, e por iíTo naõ póde cortar as pe¬
dras, fó lhe poderá fazer alguma coufa-na
íuperficie, e affim fe póde fazer inchar, e
ferver o dito Compofto , e baíta para boa
preparaqaõ das pedras ferem pifadas fubtilif-
íimas., e depois moidas na pedra, até fe
pôrem impalpáveis, efta he a verdadeira pra;para-
preparacaÕ de todas as pedras preciofas 5 fi- tio om-
nalmente feita a Confeição de Jacinthos com n‘um k-
o Xarope de Cravelinas, fica com a côr pur- Pidut”
purea, o cheiro agradavel, e livre de eífer- }^10 -
vefcencia, e de toda a alteraqaõ , que lhe
póde caufar o accido dos limoés, aífim o diz
Moy.fés Charás no cap. 20. dos Eleãuarios,
onde elegantemente prova , que efta confeF
qaõ fedeve fazer com o Xarope de Craveli¬
nas, e naÕ de cumo de limoés, e acaba com
eítas formaes palavras: Toti etiameompofitio-
fii egregium colorem purpureum confiliat, unà-
que odorem gratijjimum, nullo ac cedente effer-
vefeentis. metu, aut alterationis ab accido fucei
limonum induãa. Terris, & lapidibus, acproin-
de toti compofiito. O mefmo diz Lemery na
fiua Pharm ac op. univerfi. cap. 10. dos Eleãua¬
rios, e outros muitos dos modernos. A pon¬
ta do V eado para efte Eleétuario, e para
todos os mais cordeaes ha de ler feita em
rafuras , e depois pifada fubtiliíTima , porque
a queimada pela adqítaõ , que adquirio do
fogo , naõ he de utilidade alguma nos me¬
dicamentos Cardíacos. Aílim o diz V elles
na Annotaçao do Diamargaritao frio, pag. 5 6.
Em lugar da feda, porque he inútil para efte
medicamento , fe pódem pôr cafcas de la-
Dda ranja

2 I 2
Pharmac.1 Lufit. Augtnent. Trat.VI.
ranja azeda , como enfina Lemery nò ugar
acima citado , eo diz por eftas palavras: Lu
foye sfi encore un ingredient ajje\ mutile ici , c
eile donnebien de ia peine apaíverizer:on pour-
roit metre en fa place , de f ecorce d O range
amere t]ui proãuiroit un bon effet d a ns lã Con-
feãion.
Serve a Confeição deJacinthos paralortih-
cav o coraçao, eftomago e cerebro ; reçrea
os elpiritos, mata as lombrigas, refifte á cor¬
rupção dos humores, e á malignidade dos
ares * adoça os accidos dos humores , faz pa¬
rar os curíos, e os vomitos j dà.-fe de hum
efcropulo até quatro em agoas convenien¬
tes , e também le applica por fóra á região
do coracaÕ , e eftomago.
T RI AGA DE tSMERAL D A S.
29 T) Cün^a onÇa huma,
ix. D idl amo cr e tico.
Semente de Cidra and oitavas duas.
Raiz de Peonia oitavas duas , e dous efero-
pulos.
Semente de Azedas.
Grana tinãorum.
Coral vermelho preparado and oitava huma.
Rafuras de Marfim. 1 -1 c
Ga langa and eferop. dous.
Vifco quer ano.
Efmeraldas preparadas. ■ >■
J acinthospreparados and eferop. hum.
Mel de Limoês libra huma : faça fe confiei-
çad S. A. Ita Sicolaus Lemery in Pharmacop.
Á - w.iverf cap. \o. de Eleã. pag. d42. Chama-
fe a efta confeição Triaga , porque hecon-
Límona- travencno , e de Efmeraldas, porque eftas
taSmara- entraõ na lua compofiçao : alguns lhe cha-
gdina. maõ Limor.ata Smaragdina , ou Limonada de
Efmeraldas. Far-fe-ha na fôrma feguinte:
As pedras le pilem fubtiliffimus , e fe moaõ
na pedra de preparar , e os mais fimplices fe
pilein fubtis, e depois de pifados, e bem
mifturados ie lançarão em huma libra de
Xarope leito dc Mel, e çumo de limões-, de-
pors dc eftar em ponto capaz 5 e finalmente
mifturados os fimplices todos, excepto ás
pedras, que íe haõ de lançar depois de paf-
lados alguns dias de fermentaçaõ , para que
o accido dos limões lhe naõ faca perder per
côr natural, e tudo bem mifto fe guarde.
Vifcum para o uio. Pede o Auétor na receita Vifco
qucrci- quercina ; e aftim nefta, como nas mais com-
“pofiqoés , que le tomaõ pela bor •., fe haõ
Oucis! ^ f os ramos 5 tlue faõ aquelles , a que or-
dinariamente os Latinos chamaõ Lignum
f rucis , porque os cria a natureza a modo
de cruzes, £ nos einplaftosy e unguentos
Prepara- pócin a vifcofidade , que 1c tira do fruto
tio Co* verde, que dá a dita Arvore: aftim o dizjoaõ
rallorum. PlacoLoiio na fia Phanjiucopea. Na receita
~ r- ' ,
I
le pede Coral preparado , o que fe.faí pifan¬
do-o lubtiliíhido, e depois moendo-o nà
pedra lem licor até le pôr impalpável, ou
lançando-lhe humas gottas de agoa roíada*
e depois de bem moida fe guarda em Tro-
chifcos j aftim o enfina Lemery nu fita Phar-
macopea traã. de pr&parat. cap. 50.
D1AMARGAR1TAM F R I O.
50 TJ Aljôfar preparado onda meya.
JlV* Rojas vermelhas.- -
' Pior de Golfaõs.
Violas and oitavas tres.
Pdo de Apuila.
^ £P
b andai os vermelhos , e
Citrinos.
R ah es de Tormentilla.
Di dl a mo branco, e -vv. *
Ouinque foliam.
Marti nhos.
G rana tinãorum. - ' - •' '
Semente de Melab fem cafca,
Almeirad.
Acedas. > ■ v. • v -x
Rafaras de Marfim , e de
Corno de Veado. > - • •
Coral branco ç e - • • ,
• Vermelho preparados and oitavas duas.
Ambarpris.
bolhas de ouro ana meya oitava»
Alrnijcar grãos quatro: faça-fe S. A. Ita
Moyfes Charàs in Pharmacop. Reg. cap. 1 y: de
Pulverib.pag. mthi 215. Chama-le a efte me-
dicumento Diamargaritao, porque o feu fun-
daniento he o Aljôfar , e frio, porque nelle
entraõ. alguns fimplices de qualidade fria,
affim o diz Lemery na fita Pharmac. pag. 34.
O Aljôfar , e coral depois de preparados íe
pifaráõ com o Ambar, e AlnnTcar , e os mais
fimplices fe triturarão íubtis, o fe miftura-
ráõ todos muito bem, e ultimamente o ou-
ro fe porá entre cama , e cama de pós, e fe
irá cortando miudo , e tanto que tudo efti-
ver bem mifto fe guarde o medicamento em
vafo bem tapado para o ufò.Em todas quan-
tas Pharmacopeas ha , fe acha eferipta efta
receitiÇcom mais, ou menos fimplices, fem
que fe faiba quem foi o Audtor, que primei-
a roa inventou. Eu coftumo fazer a quedei-
xo eferipta ,• que he de Charás í porque das
que ha modernas he a melhor, e me pare-
ce digna de que todos a façaÕ, vifto fer de
taÕ gfande Meftrc , efta mefma efereveo fa-
mofo .Lemery cap. 6. de Pulveribus , e aftir-
ma que he a que deve fazer quem a defeja
ter com perfeição 5 e que efta feja a melhor
o diz Charás no lugar citado per formalia ver*
la : Ex eompofitionibus ufitatis nulla ejl, cu-
jns deferiptio in defpenfatorijs magis varieta-
tis cxhibe-at, qudnihujus pulvcris^nullius
’ ftoris
 Dos Fle&uariòs purgantes , Hieras , &:c.
Ctoris nomenprs. fi ferenttsex mea vero fen-
■tentia, h&c nulli ahanim pofiponenda eji tam
ratione eleitioms ,qaàm dofeos jimpUcium. Em
lugar du.> folhas de Gólfãos fe pódem pôr as
das Violas. As Rolas para eltc eômpofto
haô de fer das de Veludilho, porque faõ me-
lhores que as do Rolai, elhedaõ huma ad-
miravel cór.
Serve efte Compofo paracorroborar as par-
tes principaes , reíVuura' as forças aos doen-
tes , he útil áos Àfmaticos, porque lhe tá-
cilita a relpiraçaõ , ferve ém todas as febres,
e refiíte aos máos humores $ dá-le dc hum
efcropulo ate dous.
DIAMUSCHO D OCH.
3 i T> Açafrao.
TV, D oro ui cos, por elles Hervu Ci¬
dreira. - -V •
Zedoaria. v Meihodi Por Been branco, c vermelho, te po-
Pão de Aguila anà oitavas duas.
Aljôfar branco.
Seda crúa queimada.
Alambre.
Coral. •/
Gallia Mofchata.
Mangericaó anà oitavas duas e meya.
Been branco.
Been vermelho.
Folio , por clle Cravos.
Spica-nardi.
Cravos.
a Gengibre. '•
Cúbebas.
Pimenta longa anà oitava huma e meya.
Al mifc ar efçrop. dous.
Mel crà , que feráb quatro partes de Mel:
façd-fe Confeição S. A. Ua Mefues Itb. i. di~
Jtinft. 1. de Etefluarijs cordiahbus , pag.q9.
FarTe-ha na fôrma leguinte : Os íimplices
ie pitaráo todos bem íubtis , e depois le laiT
qaváõ no Mel, que le terá eícumadò ícm li¬
cor algum j e tanto que tiver ponto capaz,
lhe deitem os pós, e eltando bem miilura-
dos ie guardem para o ufo. Eíle hleótuario
ie póde fazer em fôrma lolida , que he ao
que chamamos Talhadas , que vem a ler
hum medicamento pela mayor parte feito
em fôrma quadrada , cuja matéria laõ pós
de Simplices miilurados , e cozidos com A-
çiicar , e depois lançados lobre taboa de páo,
de pedra , ou de cobre, para que nella íe
condcnlem ^ allim o enfina Joaõ Schrodero
na fua Pharmacopea Chi mica Ub. 1. cap. 5. de
Tabula lie bus Medica minalibus praparatis. ~ TabiiUa
medicamenta funt quadrai a , ut plunmum , pa-
quid:
21}
fôrma feguinte : Tomaráõ huma libra dc
Açúcar , c te porá a cozer até ter ponto bem ÇUüUi0'
alto, que taça fio , entaó lhe lurôçaráõ fói* uu “ulKÍ
do’fogo huma onça dc pós, e depois dc nem
milturados le lançará émcima de taboa liia,
tintada com oleo de Amêndoas doces, ou
também emcima de pedramuito limpa , c
lilá , ou de papel branco j e depois de eíur
hem coiidenlado , ie cortaráõ as Talhadas
em fôrma quadrada , e aíTim ie daõ para o
ulô. Deita forte ie pódem tuzèr Talhadas,
dee]uaeíqucr pós que fejaô , lançando por
cada libra de Açúcar huma onça de pós: ai-
íim o enfina Lemery cap. \ 9. dos Eleãuarios
folidos. As Talhadas fempve fe devem fazer
com Açúcar, porque fe as quizerem fazer
com Mel , ie queimará antes que tenhafpou-
to capaz, ailim o adverte Oviedo rio Uo.
ráõ calcas de raizes de Almeirão, Borragens,
ou Lingua de Vacca , como eniuia Ovieeo
770 hv. p pag. Í4. Também na receita ie pe¬
de Octmo Cidrado jCÍla planta he huma caiia
de Mangericaó , que cheira muito ás Cidras,
c por iíió ie chama allim : Patct ex be/uptio-
Tie- Uh. jtnip. cap. 116., e Maihiolô l/b. injj,
Pede Meiue na receita Gallta Mofchata , e Gallia
alguns duvidaó de qual haô de por , e alíuii abiuiutà.
neíta compoiiçaô ie ha de metter a que el-
creve Meíue^ e nus compoíiçoês de^vicoláò
lelheha depor a que elle elereveo no leu
Antidotàrio, aflim o enfina a Phármacopeu.
Valentina tratl. de Óonfettionibus, onde o
diz por eílas palavras : Galliam Mófchatam
in hac confe&ione pommus , cum quotufcuiu-
que gallia àbfoiute inveniatur, Mofchaiam in-
Ulligeúdam ejje decrevimus , fed acciptenda cjl
Galiia.deferiptio tradita ab eodem Mefus: num
dl alia Gallia Mofchata a Fticolao dejcnpín,
ou a. inconiòoâLlotiihus
incouipofuhuibus iilius iniponenda ef. O
imponetida e!i. ^ Mc] cru.
Mel cru , que o Auétor pede para formar aum,iive
eílc Compoíto em forma lolida, he açude Mta vir»
que corre dos favos fem fer elprimido , e a »inü'c
eíte chamaó muitos Mel Virgem , como diz ^ulu‘
a méfilia Pharmacopea Valentina 110 lugar
citado : Vt Melfeniper accipias ad hanc confe-
rf? io nem par andam , quale ex favis fua fppnte
fluti à noois Mel virginaie dillum.^Ç. pmoos
Dordnicos verdadeiros fe íwõ achaõ , ie deve
pôr por elles em qualquer medicameino a
noíía Herva Cidreira , porque he muito le-
melhunte na virtude aos verdadeiros Doro- Doroni-
iiicus , como diz a Pharmacopea Valentina l(,cu
■ ■ ]Uid "
traii.de Confeã~ Quia nojiristemporibusgoero,
& legitimo Doro meo Çàrcmus, & cum Dor om -
 2Í4
Pharmac. Luílt. Augment. Trai. VI.
âicamentum aã facultates veri Doronici magis pag, i ó8., e Hypolito Seccarelli /w Antidota-
accedat. rio Rom. traã. de Aromaticis , pag. 97. Va¬
Serve o Diamufco do.ce para a Melancolia, rias faõ as receitas de Aromáticos Rojados,
para fortificar o coraçaõ , para as vertigens; que feachaõ em Mefue, porem fóefta he
adelgaça a fleuma yifcofa do cerebro , he a que fe ufa.
bom para as Epiiepfias, A finas, e para as O Aromático Rofado he bom para fortifí-
_i_-a a j.
palpitaqoés do coraqaÕ j dá-fe de meyo Ef- car o cerebro , coraqao, eftomago, e as mais
■* i . • 1 __
cropulo até dous. partes nutritorias, Pvritíi
_«nfvitnvioc
excita r\
o onnPt-itP
appetite, 0111^0
ajuda
aromático rosado o cozimento, e corrige a humidade do efto¬
ex defcriptione Gabrielis. mago j dá-fe de meyo Efcropulo até dous.
y2 TJ R°fãS vermelhas oitavas quinze. D I A M B A R.
Canela.
XV • Alcaçuz rafpado oitavas fete.
Tào de Aguila.
Sandalos Citrinos anà oitavas duas.
D

dreira.
R. Doronicos , por elles Herva Ci¬
:.:í; o.
Canela cinco oitavas. Cravos. [ í> . , ;/ ;
Macis. Macis.
Cravo da índia anà oitavas duas e meya. Nozes mofe adas. . .
Goma Ar alia. , Folio, por elle Cravos. " .
Alcatira , anà oitavas duas e dous Efcrop. Galanpra anà oitavas tres.
Nozes mojcadas. Spica-nardi.
Cardamomo. Cardamomo mayor, e
Ga langa anà oitava hitma. Menor anà oitava huma.
Spica-nardi efcropul. dous. Gengibre oitava huma e meya. .

Almifcar efcrop. hum. Sandalos Citrinos.

Ambar efcrop. dous.
Xarope rofado, e de cafeas âe Cidra q.f.
Ata Mejites lib. fimp. dijiinã. 1. de Eleã. Cor-
àiali ,fol. mihi 104. Chama-fe a efte Eledua-
rio Aromático Rofado de Gabriel, porque efte
Audor foi de quem Mefue o tirou , e Aro-
matico pelas coufas cheirofas, que leva $ Ro-
fado, porque em fu a compofiqaõ entrao ro-
ias em mayor quantidade, que outro algum
íimplices 5 aífim o enfína Bauderon feã 4.
dos pós Aromáticos. Far-fe-ha na fórma fe-
guinte^: Os Sandalos, Goma , eSpica fe tri-
turaráo fubtis, o Ambar, e Almifcar fe pi-
faráo , ajuntando-lhe alguns pós, e os mais
flmplices feráo medíocres, e ultimamente
depois de bem mifturados fe guardarão em
viuio bem tapado, para delle fe fazerem
1 alhadas, quando fe pedirem , ou Eledua-
Tio biando com Xarope feito de Aqucar, e
agoa rolada, e de cafcas de Cidra , guardan-
j?f tu.d° ^ pratica, que fica eferipta no
ecliiario Diamufco. Acha-fe nefta, e em
outia receita Santali Mafachari , que he
uma palavra Arabiga, que quer dizer San-
Santali ^ttrinos } aflim o diz a Pharmacopea
Mafacha- V aWntina traã. de Confeã. Mefue diz , que
Ji. o compofto fe fórma com Xarope rofado , e
nao diz qual} neftes termos fe fará com o
Xarope feito de Aqucar , e agoa rofada , co¬
tavas e meya.
Pào de Aguila.
Pimenta longa anà oitavas duas.
Ambar efcrop. quatro.
Almifcar meya oitava, com q. f. âe Xarope
de agoa Rofada , e Açúcar fe faça Eleãuario.
Jta Mefue lib. 1. dijiinã. 1. de Èleã. Cordial,
foi. mihi 106. Chama-fe a efte compofto
Diambar , porque nelle entra Ambar em
grande quantidade , e por fer hum dos fim-
plices mais aromáticos, que nelle entraõ,af-
fim o diz Joaõ Jacobo Manlio no tratado dos
Eleãuarios, pag. 7. Ear-fe-ha na fórma fe»
guinte: Os íimplices fe pifaráõ fubtis, oAm-
bar, e Almifcar fe mifturaraÕ com alguns
pós, e com elles íe iráõ pifando até fe po-
rem finos., e aflim fe mifturaráo, eguarda-
ráó todos em vidro bem tapado para oufo.
Efte Eleduario fe póde ufar em fórma li-
quida, que fe fará com Xarope feito de agoa
rofada, e Aqucar, ou em Talhadas , que fc
faráó, como fe diíTe 110 Diamufco doce.
Efte compofto he bom para fortificar o
cerebro, e eftomago, ajuda a digeftao , e re-
fifte á malignidade dos humores j dá-fe de
hum Efcropulo até quatro.
DIARRHODAM A B B A D E.
34
R.
Sandalos brancos.
Sandalos vermelhos anà duas oi¬

mo diz Joa5 Cofteu fuper Mefuem. NaÕ fe Alcatira.

triturao os fimplices defte Eleduario todos Goma Arabia.
fubtis , como nos mais que fao cordeaes: Spodio anà efcrop. dous.
porque eftes fazem Tua operaqao no eftoma¬ Azaro.
go , aflim os enfína a triturar Fonte Pérola Spica-nardi.
cap. 6.pag. mihi 5 8., Oviedo no liv. 3. Methoi. Al me cega.
Se me d*
 Dos Ele&uàriarpxir gantês ,IHieras;, &c.
' Semente de Beldroegas. a.
Cardamomo-ooilç» o n: r
Açafraõ. . . . tr/.A uru:
Páo de Aguila. : .; . uu-q
Cravos.
Mofchata.
Herva doce. - ... t A;
Semente de Funcho.
Canela. :? ,
Çumo de Alcaçüx. ..
Ruibarbo.
Semente de MangerJcaâ. ■
Semente de Berberis. j .
Chicorea.
Dormideiras brancas.
Melancia. ; .
Mel ao.
Pepino y e de
Cabaça and eferop. hum. . f- ’ : AlcaÇUXj.
0//1/j- do cor açad. de Veado.
Aljôfar and eferop. nieyo.
Açúcar Cande.
Rofas vermelhas and onça huma e tres oi¬
tavas. q . . ...
Camphora gr aos fete.
Alnufcar grads tres e meyo : fe fe fi\er Eíe-
£tuario brando, fe'formará com Xarope feito
de Agoa Rofada , e Açúcar. Ita Nicolaus in
Antid.pag. mihi 170. Chama-íe a e.íle com-
poílo Diarrhodaõ y. porque nelle entrao Ro-
ias em mayor quantidade, que outro íim-
ples, e Ãbbade , porque foi com poílo por
hum Abbade da Curta , çpmo diz o mel mo
Nicoláo no principio da receita. Far-fe-ha
na forma feguinte:• Pifarão os fimplices to¬
dos, fubtis, e depois'triturarão o Ambar ,. e
Almifcar , mi,(lurando-lhealguns pós , para
que melhor fe pofláô pifar ; e final mente de¬
pois de bem mifturados fe guardem os pós
para. o ufo, em vafo de vidro bem tapado.
Coílumaó. alguns fazer eíle com poílo fem
as fementes* e dizem que aílim o fazem, para
que os pós fe nao enchaõ de ranqo 5 e quan¬
do querem ufar delles,então lhas lanqaojeíta
he muito boa, pratica , mas póde fucceder
que tãzendo-fe omedicamento com preíTa,
efqueqao i e porque^também he grande pro¬
lixidade eílar a lançar contas ao que cabe de
fementes . a meyo efcropulo.de pós j porém
póde-fe fazer feguramente com as fem entes,,
porque ellas. lhe nao caufao alguma altera-
ça5.,. nem ha perigo de fe perder o compQ-
ílo. Aílim o affirma Oviedono liv. p. 147.
Faz-fe eíle Electuario em Talhadas ordina¬
riamente,, as qnaes fe faraó cpm Xarope de
Aquçar e Agoa rofada , na fórma que fe
diílé na difcripqao do Diamufeo y pela Cam->■
phora fe-porão Rofas, ouSandalos verme*
lhos. Os modernos jã naõ ufaõ da receita açi-
215,
.. .. ma de Nicoláo j rporque achaó quft nelle,
compoílo entrao muitos fimplices i$uteis„
porque ; o Aquçar faz .humedecer os. pós , o
Spodio como hç feito de XI ar íbn queimado,
un kjsi.sf 1 perde pelo fogo, em que- íe queapa , o fal
volátil do Marfim ,e por iílòfe fia depór na
•; receita antes o Marfim lubtiiizados) 0 Aza¬
< ro , Camphora , íementes frias, Agonias laó
efeufados neíte medicamento, por içr efpiri-
of- tuqfo , e ultimamente fe lhe tira o cumo do
. - Alçaqúz * porque póde naq fer bem çompo-
v.., . ílo yo Aljôfar também o tiraõ, porque como
hç de matéria Alkalina , nao ha ueceflidade
delle para eíle compoílo, eaílim o fazem
pela reçeita feguinte ; ;
Rofas de veludilho feccas onças duas..
Sandalos Citrinos. Diarrho.
don Ab-
• ; y.i ■ ;
ai
- >■ tacis re-
Herva-doce and oitavas duas. , , formatus.
, Canela. ■ . • ■ ;
Spica cheirofa.
Ra furas de Marfim. ,• *
Ofjbs da cor açad de Veado.
^ Al me cega. . . ■ .
Cardamomo. í
Rhapontico. ■ ..? >
Semente de MangericaÕ and oitava huma'. de
tudo fe faça pó. Ita Nicolao Lemeryin Phatm;.
aniverf. cap. 6. de pulveribuspag. 540. Far-fe-
ha na fórma feguinte; Os fimplices fe pifa¬
rão todos fubtis, e fe guardarão em valo de
vidro bem tapado,para delles fazerem Talha¬
das , ou Eleótuario , como acima le diíié.
Neíte Eleétuario he melhor pór o Rhapoh*
tico , que o Ruibarbo , como diz Charás na
fua Pharmacopea cap. de pulveribus pag. mihi
214. Rhabarbartm autem vi purgante do na t um
hic toei inutili Rapontico locum jude cedere ,
cttjus cunãcL qualitates fatisfaoiunt indicatiôni¬
bus , quarum gratia hicpuhis inventus fuit, e
o mefmo faz ella receita reformada.
O DiarrhodaõSetve para corroborar o ven¬
trículo , reílitue o appetite perdido , diífipa
os flatos, fortifica o cerebro , coracaõ, e Fí¬
gado, ajuda a digeílaõ, e impede os vomitos;
dá-fede meyo cícropulo até quatro.
DIATRAGACANTHO FRIO.
35 R.
Alcatira branca duas onças.
_
Goma Arabia branca duas onças.
Goma de Trigo onça meya.
Alcaçú\^ ' - v ....
Sementes de Melaô, e de
Melancia , e de
Cabaça and oitavas duas.
Alfenim duas onças.
Camphora F.fcrop. meyo: com q.f. de Xaro-
pe violado fe faça Ele dl. Ita Nicolaus in Anti-_
 216 Pharmac. Lufít. Augment. Tm. VI.
ãvt. mihipa*. 171. Eíle medicamento toma
o nome da Alcatira, que neHe entra, porque
eíla he 0 feu fundamento 5 efrio , porque na
fua compofiqaõ entraõ as fementes frias .*
aííim' o eníina Plaféar.fuper EUcolaum. Far-
fit-ha na fórma feguinte : Os íimplices-fe-pi-
faváõ todos fubtis,as fementes frias fe pifaráo
azerem em paíla,depois fe miíluraráõ
até fe fazer
com os5 pós, e fe tornaráõ com elles a pifar,
■-
e paíFar por peneira capaz e neíla fórma fe
«uardará para o ufo 5 porém como eíle me-
dicamento leva tantas fementes, fe fe fi-
zer muito fe poderá corromper , e aflim pa-
rece mais acertado fazer-fe quando fe pedir,
ainda que ao tempo prefente he eíle medi-
camento efeufado: fe fe fizer em talhadas, fe
faráò com Xarope violado , entaô em parte
delle defataráô as fementes, e depois fóra do
fogo eílando em ponto muito alto lhas lan-
caráô, e ultimamente os pós 3 e fe fe fizer
Eledluario brando feporaó as fementes da
mefma forte, que aflim fe fatisfaz ao Auétor,
ainda que naõ he totalmente como elle diz,
porque os manda cozer primeiro, aflim o en-
fina a fazer Oviedo lib.3. e VçBzsfeã. 1. Eíle
he o Diatragacanthofrio dos Antigos, o qual
efereveo Nicolao no lugarcitadoj os moder-
nos o enfinaõ a fazer reformado, cuja recei-
ta he a feguinte:
Diatraga* R Ah atira branca onças duas.
Alcatira
canthus •1 Goma Arabia branca oitavas âe\.
de\.
frigidug
, Alcaçúx. rafpado.
reforma*)
tus. 1 Goma de Trigo and onça meya. Ita Nico-
íaus hemery inPharm. univerf. cap. 6. de Pul-
veribuspag. 333. Far-fc-ha na fórma feguin¬
te : Os íimplices fe pifaráo todos fubtis, e fe
guardaráõ em vafo de vidro bem tapado para
dellcs fe fazerem tathadas , ou Eleétuario
brando na fórma que fe tem dito. A Alcatira
e Goma Arabia fe haõ de efeolher das mais
limpas, e brancas, que as que faô pardas, e
com outras miíluras faô más para os medica-
mentos: o Diatragacantho quente eferevem
os modernos na fórma feguinte :
Diatraga- R Alcatira onças quatro.
canthus •1 Canela.
Canela.
calidus
Hyfopofecco and oitavas feis.
reforma-
tus.
Alcaçii\.
Magijlerio de enxofre and onça meya.
Gengibre oitavas duas. ... 'J
Flores de beijoim oitava meya: faça-fe S.A.
Ita Nicolaus Lemery in Pharm. capAidepulv.
J41* Far-fe-ha na fórma ieguinte: Os
fimpjices fe pifaráo fubtis , e depois lhe ajun-
taraô o Magiílerio de Enxofre, c as flores de
Beijoim, e tanto que eíliver bem miílo fe
guardara para o ufo. Serve o Diatragacantho
quente para a Afma, excita os efearros, fortt-
fica o eílomago , e ajuda a digeílaô: dá-fe de
hum Efcropulo até huma oitava.Neíle com»
poílo entra o Magijlerio de Enxofre, o qual
lefaz na fórma feguinte : TomaráÕ huma MagiOc-
parte de flor de Enxofre, e a miíluraráõ com
tres de fal Tartaro ; e depois de miílurado pruris,
tudo fe lanqará em huma panella de barro*
vidrado , e fe lhe deitará agoa da fonte cm-
cima dos íimplices, que bem os cubra, e fo-
brepuje feis dedos, então fe enterrará a pa-
nella até o meyo em arêa, efe lhe faca lume,
de forte que ferva a panella cinco, ou feis
horas, qüe he o que baila para bem fe difibl-
ver o Enxofre, em quanto ferve fe ha de me-
xer muitas vezes j e tanjo que o licor eíliver
com a cor vermelha,fe hltrp por papel claro,
e depois fe lhe lancem algumas gottas de Vi-
nagre diílillado para precipitar o Enxofre ao
fundo do vafo 5 e antes que fe deixe aíTentar
no fundo do vafo fe mexa muitas vezes até
que todo o licor fique com côr a modo de
leite : enta5 fe deixe aquietar , e dçpois fe
côe por inclinacaõ , lanqando fóra o licor , e
a matéria , que eílá no fundo do vafo, que
ha de fer branca, fe lave doze vezes , ou até
que fe duldfique bem , e ultimamente fe fe¬
que ao Sol, e fe guarde para o ufo. Eíle he
o Magijlerio de Enxofre, ou leite de Enxofre$
a panella , cm que primeiro fe faz a foluqaõ,
e o cozimento de Enxofre, ha de fer grande
em fórma, que fique mais d,a quarta parte va¬
zia: póde-fe tirar também com cal, e de ou¬
tros modos, porém eíle he o melhor, c o
que primeiro enfinaó os Auélores Chimicos,
por eíle modo o eníina a fazer Joa5 Scrodero
lib. 5. cap. 28. mikip. 557., e Charás in Phar-
mac. Sparg. a.part. cap. 29. de Magijlerio Sul-
phuris pag. mihi 26 A eíle Magiíterio , ou
leite de Enxofre chamaó os Auótores Balfa- Balfamá
modos Bofes: he fingular remedio para a tóf- Pu,mo*
fe, Afma, e Tifica , faz parar as fluxoés, que nura*
cahem no peito ,facilita o efearro, he difeu-
ciente de flatos, c bom para as cólicas: dá-fe
de hum Efcropulo até meya oitava.
Também no Diatragacantho quente entraõ
flores de Reijoimjas quaes fe fazem na fórma
feguinte: Tomaráô de bom Beijoim a quan- Fiorc*
tidade , que quizerem , c depois, de pifado o Scnzoin.
metteráõ em huma cabaqa de barro , c lhe
poráô emeima huma cubcrta óvada, a modo
de lambiquc feito de papel, entaÕ o ataráô
muito bem, c metteráõ a cabaqa em arêa , e
fe lhe fará fogo , que baile para fe calcinar o
Beijoim 3 e depois que parecer eíláqueima-
do, fe lhe tire o papel , c ncllc eílaráô as flo-
res do Beijoim , as quaes fe guardaráõ para o
ufo. A cobertura do papel que cobre a caba-
qa, bom ferá que feja feita óvada a modo dc
pyra-
 Dos Ele&uarios purgantes", Hleras, &c.
pyrarriide: nefta fórma enfina a fazer as flores
dè Beijoim Moyfés Charás na fua Pharmaco-
pea Spargirica i.part. cap.44. de Ben\oinpag*
tnihi 99., Scrodero lib.rç.CUf. 2.pag.mihi jii.
K adverte, que as flores fe vaõ tirando muitas
vezes, para que naÒ tornem a cahir abaixo:
Sic fublimabuntur flores , carthaque j adhare-
fcent, quos fapius exime , ne rurfum âecidant.
Servem as flores do Beijoim para a Afma,
Tófle, e para provocar fuor: dá-fe de tres gr.
até meyo efcropulo.
ü Diatragacantho frio ferve para engrof-
far , e adoqar os humores forofos, acres, e
fubtis, que cahem no peito, abranda a Tófle,
e excita os efcarros : dáTe de meyo efcrop.
até huma oitava.
TRIA SANDALOS.
S anda los brancos.
3<!
R. Vermelhos, e
Citrinos.
Rofas vermelhas.
Açúcar anã oitavas duas: e dous efcropuUs.
Ruy barbo.
Spodiò. ‘ • ' • •
Semente de Beldroegas.
Çumo de Alcaçu\ and oitavas duas.
Amido.
Goma Arabia.
Alc atira*
Sementes de Melaõ, de
Melancia, de . j o
Pepino, e de
Cabaça.
Semente de chicorea and oitava huma e hum
efcropulo.
Camphora efcropulo hum e meyo: Jta Nico-
Uns in Antidotario pag.mihi 18 9. Far-fe-ha na
fórma feguinte: Os fimplices fe pifaráó todos
fubtis, as fementes fe pifaráó até fe fazerem
em pafta, depois fe mifturaráó com os pós,
e fe hiraÓ pifando com elles,e fe paflaráõ por
peneira fina, e nefta fórma fe guardem para
o ufo. Se fe fizerem talhadas fe faraó com
Aqucar, eagoarofada na fórma, que varias
vezes fe difle5 pela Camphora fe ponhaÕ Ro-
fas , ou Sandalos vermelhos, epeloSpodio
razuras de Marfim: na receita pede o Audor
Solidus tudo por Solidos , efte nome he de hum pefo
quid: aflim chamado , que vai quatro efcropulos:
Solido, e exagium he o mefmo, naó differem
mais, que em o nome : aflim o diz Pedro Ca-
ftelli no Aniid.Rom. tratl.de pond. A efte com-
pofto fe chama Diatriafandalos, que quer di-
2er compofiqaódos tres fandalos j porque e-
ftes faõ abafe do medicamento 5 aflim o diz
Lemery cap. 4. de Ethimol.pag. 27.
Serve efte medicamento para confortar o
coraçaó , fígado , e eftomago , he bom para
asobftrucqoés do Baqo , a para recuperar as
217
forqas perdidas depois das doenças: dá-fe de
meyo efcropulo até dous.
DIACMINO.
57 T3 Cominhos infundidos em vinagre ,
■ JLV. hum dia, efeccos onça huma e hum
efcrop*
Canela*
Cravos and oitavas duas e meya.
Gengibre.
Pimenta negra and oitavas duas e graôs 5.
Galanga.
Segure lha.
Neve da and oitava huma e dous efcropulos.
Ameos.
hevijiico and oitava hum a e graus dexpito.
Pimenta longa oitava huma.
Spica-nardi.
Carda morno.
No^es mofe a das and efcrop. dous[ e meyo,
com q. f. de Mel\fe faça Eleãuario. ItaNi-
colaus in Antid. pag. mihi 171. Chama-fe
aeíle medicamento Diacymino , porque nel-
le entraó Cominhos em mayor quantidade
que outro fimples algum, aflim o diz Platea-
rio fuper Nicolaum na Annotaçaõ do me-
fmo. Far-fe-ha na fórma feguinte : Os fim-
plices fe pifaráó todos na trituraqaÕ medío¬
cre , e depois fe guardaráó para fe fazerem
talhadas, ou Eleétuario brando , o qual fe
fará com Mel, efe fe fizerem talhadas fe fa¬
raó com Aqucar, porque com Mel fe naõ pó-
dem fazer 5 porque antes que chegue a ter
ponto capaz fe queima. Alguns querem que
a trituraqaó defte compofto fe faqa fubtil, o
que parece erro , porque o Au&or quer que
o medicamento obre no eftomago,e por efta
razaó lhe convêm muito a trituraqaó medio-
cre, que fe fe fizer fubtil,obrará diverfos eífei-
tos, como largamente prova Oviedo no l. 5.
method. na Annotaqaó do meímo compofto,
Joaõ Jacobo Manlio/w^^.jQuirico de Augu-
Jiis na defcripçaô 6. pag. 2., e Paulo Zuardo in
Thefaur. aromaticorumpag. outros mui-
tos. Ameos he huma femente muito pareci- Amco»
da a da falia , mas mais miúda , e muito aro- quid >
matica , naõ a havendo fe lance em feulu*
gar Herva doce. Eeviftco , ou IjiguJlico he a Loco A»
femente de huma planta aflim chamada, que mcos*
nafee nos montes Alpes, como diz Dioícori- Anyfum,
des no liv. 3. cap. 5 4., naÓ coftumaó traze-la a Levifti-
eftas partes, e fe acafo vem, me parece , que c«s quid?
naó tem os fignaes que Diolcorides diz, com Loco Lo
que qm íeu lugar fe pódem pôr Cominhos, ™lcl
fminu.
como diz Galeno no liv. 7. dosfimpUces : Os i
modernos naó querem , que os Cominhos
antes fe infundaõ no vinagre , porque pela
infulaó perdem a mayor parte da virtude Ci-
fencial, porque a deixaó no licor , em que fe
infundirão3 e aiTim me paiecc mais aceitado
Fe pôr
 21 fr Pharmac. LufítrAugment. Tratai
pür os Cominhos no compofto,fem que pri¬ DIAIRIS CPMPOST O.
meiro haja infufaõ ; aflim o eniina o grande, ]9 T) Rai^de lirio Florentino onça fama.
Lemery na fua Pharmacopea paga 563. por Porjos-
eílas palavras, que os curíoíbs podem ver ; Byfopo.
ha prepáration qü on àonnc aucumtn.es Ve met- Alcaçúx anà oitavas Jeis.
tant infufer dans da vinaigre lut ef per judicia- Alcáúra.
hle, car elle leprive de la partie la plus effen- Amêndoas.
tielle qui pajfe dans ta liqueucj 0 ejlun abus des Pinhões. ;
Anciens le quel on ne doit pasfuiure, ilfaut em- Canela.
píoyer celtéfemence feche comme on la trouue Gengibre. , .-.-h .■
chei les Marchands aprés le avoirbien netoye Pimenta and oitavas tres> -1.,
de fes pailletes, &c. Figos pafjddos. , v-.v>v. G,
Serve efte medicamento para adelgaçar a Polpa de Tamaras, e de
fleuma grofia para fortificar o cerebro,e efto- PaJJds de uvas fem gr ao oitavas tres e meya.
mago , e para desfazer os flatos, e provoca a Ejioraque rubeo oitavas duas , e hum efero-
conjunção menfal ás mulheres dá-fe
r~ de pulo, com q.f de Mel fe faca Eleãuario. Ita
meyo efcropulo até dous. Nicolausdn Antidot. pag.mihi 172.: Efteme-

■ 3 *
R
D I AR I S SIMPLES.

• Diatragacantho frio.
dicamento fe chama Diairis , porque o Au-
Rat\de lirio Florentino onça meya. dor pede a raiz do lírio em grande quanti-
dade, e porque efta he o fundamento do
Açúcar cande anà oitavas duas : mijlure-fe compoílo , o que alguns chamaõ Diairis 6a- Diaireos
tudo. Ita Benediãus Bauderonlib. 1. fedí. 4. de lomonis ) porque o primeiro que o inventou, Salomo-
nis , five
pulverib.pag.17j. Far-fe-ha 11a fórma feguin- foi hum Medico chamado Salamaõ, do qual Ele&ua-
te: A raiz do lirio Florentino fe pifará com o Nicoláo o tirou para o leu Antidotario : aí- rium Sa-
Açucar na trituraçaõ fubtil, e depois fe lhe fim o diz Bauderon lib. ií fett. 4. pag. 174. lomonis.
ajuntará o Diatragacantho , e como éftiver Far-fe-ha ná fórma feguinte : As Palias de
tudo bem mifto fe guardará paraoufo: a raiz Figos, Uvas, e Tamaras fe cozeráõ, e de¬
do lirio Florentino fe pifa melhor á parte $ pois fe pifaráõ, e fe lhe tirará a polpa , e os
porque fe fe miftura com o Açúcar,naõ quer mais fimplices fe triturarão fubtis, depois
paflár, e aífim he melhor pifar os fimplices fe fará Elccluario brando , que fe guardará
cada hum de per fi , e depois fe mifturaõ. para o ufo. Se quizerem guardar o Eledtua-
Os modernos fazem efta receita accrefecn- rio em pó, fe pifaráõ as flamaras fem caro*
tando-lhe mais fimplices ; porque de mais ço os F igos o
e as Uvas limpas dos pés , e
lhe mettem Goma de trigo, e Arabia , que fe lhe pafiáráa polpa, por feda60 , e fe miftu-
faõ boas para correger a acrimonia do lirio,e rará com os mais fimplices, tornando-os a
para engroilárem as forofidades, que ca hem pifar, e pafiándo tudo por peneira fina ; no
do cerebro , e a receita he a feguinte: fta fórma: fe guardaráõ para fe fazerem ta¬
lhadas, que fe guardaráõ para o ufo. As pol¬
Diaircos
reforma-
tU5.
R Lirio Florentino onça huma.
• Goma Arabia.
Alcatifa- aná oitava huma e meya.
pas fempre fe devem lançar no compofto,
ou le faça em fórma fólida , 011 liquida; por¬
que naõ he razaõ , que fe lhe falte com tres
Goma de trigo.
A c?
fimplices taõ eflénciaes, como fao as Tama¬
Alcaçuj rafpado. ras , Figos, c Uvas, aífim o eniina Oviedo
M agi flerto de Enxofre , and oitava huma. lib. j. Method. pag. 181- Naõ diz o Auélor,
ltalsicolaushemeryinPharmacopea capA.de com que licor fe haõ de tirar as polpas,
pulv.pag. jji. Far-fe-ha na fórma feguinte aífim fe devem tirar com agoa de Èfcabiofa,
Os fimplices todos fe pifem fubtilmente, e ou Avença, como diz Fr. Antonio de'Ca-
fe mifturem com o Magifterio de enxofre, e ftella lib. i.divif 4. Pede o Auótor Ejioraque
Styras
depois dc bem miftos fe guardem para o rubeo : todos por efte entendem o Calamilha, rubens
ufo , que fe faraó talhadas, ou Eleótuario que he o que fe ufa nas compofiçoes , que quid?
brando , quando fe pedirem • porém em entraõ pela bocea ; e áquelle a que chama¬
po he que fe ha de ter fempre efte com¬ mos liquido naõ fe ápplica , fenaõ nò ufo ex¬
pofto. terior , como eniina Fr. Antonio de Caftel-
Serve o Diairis para facilitar os efearros la lib. r. divif 4. pag. 96., e que o Ejioraque
para a Afma, e para fazer defpegar as fleu¬ rubeo feja o Calamilha o diz Lemery capA.de
mas glutinofas, que eftao pegadas no peito; Pulverib.pag. yyx.
dá-fe de meyo efcropulo até dous. He bom efte Eleótuario para a Afma , e
para adelgaçar a fleuma, cólera , e todos osc
humores groflbs do cerebro r ultimamente
v provo-
 Dos Ele&uarios purgantes, Hieras, &c. 219
provoca'o efcarro -r dá-le de huma oitava de Mellib. pag. ióy. Por Ben branco, e ver¬
ate tres. melho fe poráõ Raizes de Borragens, e pelos
ELECTUARÍO DE PÉROLAS. Voronicos, herva Cidreira. A pedra Sardonis,
40
R,
Jacinthos.
Aljôfar branco oitavas duas.
Saphira.
ou Sardonia he huma pedra pequena , que
tem a cor vermelha com alguns fios brancos,
como diz Mattheus Sylvatico , eomefmo
Sardonis. dá a entender o Padre Bento Pereira nafua
Granadas. Profodia letra S. Efte medicamento luppo-
Efmeraldas and oitava huma e meya. rto no tempo de Mefue fe fazia com o Mel
Voronicos. dos Emblicos, e aíTim fe guardava para o
Cafeas de Cidra. ulo , os modernos o nao fazem aflim , fena5
Ma eis. o guardaõ em pó, e aflim he que fe deve
Semente de Mangericaõ anà oitavas duas. ter, como diz a Pharmacopea Valentina
Coral vermelho. - traÓi. de Pulveribus. zz Conficitur hic pulvis
Alambre. cum Melle Embli-corum , ü* Melle Boia to co-
Rafaras de Marfim anà eferop. dous. lato , fed in noftris temporibus in pulverem fer-
Ben branco. vamus.zz Alguns Auótores fazem efte Ele- Eledua-
Ben vermelho. dtuario fem os Aromáticos , e fó lhe lancaõ "um dc
Cravos. as pedras, Alambre , Marfim , ouro , e pra- finCcn}mj^
Gengibre. ta, e lhe chamaõEleãuario de Pérolas fem ciebus.
Pimenta longa. ffffffl efpecies.
Spica-nardi. . j . Serve efte Elecfuario para fortificar o Co-
Açafraõ. racao, Cerebro , e Figado, he util aos Me¬
* Folio. lancólicos , adelgaça os humores pituitofos,
Cardamomo anà oitava huma. e groflbs, e excita a circulacaó do fangue$
'Trochyfcos de Diarrhodaõ de Mefue. dá-fe de meyo efcropuloaté hunia oitava.
Pào de Aguila anà oitavas cinco. Í;DI ALACCA M A Y O R*
Canela. 41. TY Lacca lavada.
Galanga. JLV. Ruibarbo anà oitavas duas.
Ze doar ia anà oitava huma e meya. Spica-nardi.
Folhas de ouro , e de Almecega.
Prata anà eferop. dous. Semente de Aypo.
Almifcar oitava meya. Squinantho.
Ambar oitavas duas:faça-fe Eleãuario cont fRçfna..
(j.f de Mel de Emblicos, e Bofado coado. Ita fumo de Eupatorio.
Mefues dijiinã. i. de Eleã. cor d. mihi foi. <75. Arnèos , por elle Herva doce*
Far-fe-ha na fôrma feguinte: Os fimplices Sabina.
fe pifaráò todos fubtís , o Ambar , e Almif¬ Amêndoas amargas.
car fe pifaráo com parte dos pós, e depois os Cofto.
mifturaráÕ , e paíTaráõ por peneira , as pe¬ Myrrha. /
dras fç haõ de preparar na fórma já dita, Rai? de Rubea.
moendo-as fubtiliííimàs, então fe miftura* Semente de Funcho.
ráo com o mais, e ultimamente lhe ajunta- Herva doce.
ráõ o ouro , e prata , que com os pós fe cor- A\aro. . i
taráõ até ertarem bem miúdos, e aflim fe ArifoloqUia.
guardaráõ parafe fazerem talhadas, ou Ele- Genciana.
óluario brando \ fe fe fizer em fórma branda, Açafraõ.
fe fará com o Mel dos Emblicos, e Bofado. Canela«
Eaz-fe o Mel dos Emblicos na fórma feguin¬ Hyfopo.
te : TomaráÕ huma libra de Mirabolanos Cimas de Squinantho.
Emblicos, e os pifaráo gvofíbs, e in fundi¬ Bdelio anà oitava huma e meyà.
rão em feis libras de agoa por vinte e qua¬ Pimenta.
tro horas , paíTadas ellas fe ponhaõ ao lume Gengibre anà oitava huma : a Myrrha , e
até gartar amétade , entaõ fe coe , e com Bdelio fe infunddõ em vinho, e as mais cou-
tres libras de Mel fe torne a cozer até tomar fas fe pifem , e com q.f de Mel efeumado fe
ponto de Mel, e coado fe guarde para o faça Eleãuario’. Ita Mefues lib. 1. fimp. di-
ufò ; da mefma forte fe faz o Mel de qual- flinói. 1. de Eleã. Cordial, foi. mihi 112. Cha-
quer das efpecies deMirabolanos^aífim o en- ma-fe Dialacca mayor , efte comporto , por-
fina a fazer JLemery nafua. Pharmac. çap. 3 que leva mais fimplicés, que outro que ha
>4 •• t Ee a de D/tf-
 220 Pharmac. Lufit. Augment. Trat.VI.
de Dtalacca menor , que leva menos ingre- fe faça Eleãuario S. A. lta Mefv.es dijlinâi.i.
dientes 5 também fe chama Dialacca , por- de Eleã. pag. mihi 112. Far-ie-ha na forma
que efta a pede o Au&or em primeiro lu- feguinte : A Myrrha, e Bdelio fe pifaráo
gar, aflim o diz Chriftovaõ de Floneftis na com todos os mais fimples fubtilmente .,
Annotaçad do mefmo Eleãuario. Far-fe-ha na depois com o que baftar de Mel efcumado
fôrma feguinte : A Myrrha, e Bdelio fe pi- fe fará Eleduario brando , on com Acucau
íaráõ á parte lubtís, e os mais fimplices tam¬ fe faraõ talhadas, e nefta fôrma fe dá para
bém na trituraçaõ fubtil j e depois de bem o ufo. ^
miftos fe fará Ele&uario , lanqando a cada Efte medicamento, ainda que feja mais
libra de Mel efcumado tres oncas de pós, facil de fazer , fc ufa pouco ou nada , por¬
em parte do Mel fe defatará o çumo do Eu- que havendo de ufar a Dialacca, antes a
patorio, e depois de tudo bem unido, e for- Mayor que efta , porque he de menos effi-
mado o Eleduario em fôrma branda feguar- cacia, ainda que firva para a cura dos me-
dará^ parâ o ufo. Se fe fizerem talhadas, fe fmos achaques $ dá-fe de huma oitava até
faráõ com Acucar, na fôrma que varias ve- duas e meya.
zes fe tem dito. Mefue diz que a Myrrha, e ELECTUARI U M LfETlTlJE
Bdelio fe infundaô em vinho , eftas faõ taÕ
rijas, que difficultofamente fe diflblvem em
licor algum, e nefte medicamento, e em
41 R Nicol. Salem.
Açafraô.
• Zedoaria.
todos os mais em que entrarem eftas gomas, Xilobalfamo.
naõ errará quem as pufer empô, aftim o Cravos.
diz a Pharmacop. Valent. traã. de Confe- Cafeas de Cidra fecca.
ãionib., por eftas palavrasAd hanc confe- Ga langa.
ã tonem par andam Myrrham , tf Bdeliuni cum Macis.
ví no dijjbhiit Mefues , reliqua in pulverem re- No\es mofe adas.
digtt, (2 oirnnia cum Melle permifcet, feâ fi Stcraque Ca lamitha.
Mytrliam , G Bdelium cum alijs Jubtiliter te¬ Semente de Mangericaõ and oitavas duas t
rás , in nullum incides errorem 5 cum no/ira meya.
Mynha , £5 Bdeliuni difjícilime in humore Herva doce.
aqueo liquefcant.- Pede o A udor Cimas de Ida furas de Marfim.
Squinantho , e em outra parte o mefmo Ef- Thimo.
quinantho, pelas Cimas fe entende a flor , e Epithimo.
pelo Efquinantho a planta , com que aqui fe Aljôfar and oitava huma.
deve pôr huma e outra coufa $ e naõ haven¬ OfJos do coraçaõ de Veado.
do a flor, le porá por ella o Efquinantho. ' Ambar cin\ento.
Ariílolo- I ambem pede Ariftoloquia , e naõ diz qualj
Almifcar and oitava meya.
chia ab-
com que neftes termos fe ha de por a redon¬ Folhas de ouro , e de
foluté.
da , que he a que * fe entende
- -,, todas
--- as vezes -- and eferop. mejrv
Prata meyo :. jiUfU-jc.
faça-fe rsiecuiano.
Eleãuario.
que os^Auctores a pedem fem mais deter- Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop. uni ve rí.
mmaqao, aflim o diz V ekero no liv. 2. traã. cap. 6. de Pulveribus , pag. 249. Chama-fe a
de Eleã. pag. 781. efte, Ele&uario de Alegria, porque a caufa
oerve a Dialacca mayor para corroborar o aos que uíaõ delle : aflim o diz Fr. Antonio
Ventnculo^, e o Figado , desfaz o Scyrfho, de Caftella no liv. 1. divif. 4. pag. 112. Far-
e obftrucqoes delle , he admirável remedio fe-ha na fôrma feguinte: O Eftoraque fe ni-
no principio das Cachexias, e Hydropefias, fará, untando o almofariz com humas oQt-
move as ourinas, e quebra a pedra na Bexi- tas de oleo de Cravo } o Acafraõ fe feccará
ga
gaj5 da-fe
da-fe de
de huma
huma oitavaaté
oitava até duas
duas e meya.
e «neva. entre dous papeis, tràzendo-o no peito oí
d i_a l a c c a menor. pondo-o em fogo muito brando , o Ambar
42R Lacca lavrada.
• Açafrad.
e Almifcar fe pifaráo com parte dos pós, os
mais fimplices fe tríturaráõ fubtís, e todos
Cp/lo.
fe mifturaráõ com o ouro , e prata , e aflim
S quina ntho.
fe guardaraõ em vafo de vidro bem tapado
Rai\ de Rubi a.
para delle fe fazerem talhadas , ou Eleótua-
Artjloloquia.
Alcaçíh rio brando , e quando fe fizerem talhadas fe-
rá com Aqucar diluto em agoa de Borragens,
Pimenta and oitava huma e meya.
e fazendo-fe Eleófuario brando fera com qu-
Ruibarbo oitavas tres.
M vrrha. mo de Camoezas, Borragens, Marmellos, e

t, m SSaSáSaBKBKSS!
Borra*
 Dos Eleduarios purgantes , Hieras, &c.
Borraginis foi titi quantum Jujficit. Si noíle cu-
pis faccharum fotvatur fuccorum pomorum re-
dolentum , Cydoneorum Borraginis, & vinive-
optimi aquispartibus , Cfc.
Serve eíle Eledtuario para fortificar o eílo-
mago , e ajudar a digeftaõ, excita o apetite ,
facilita a reípiraqaô , recupera as forças per-
didas nas largas enfermidades, he admirá¬
vel remedio para a melancolia, e para as pal¬
pitações do coracaõ, fe fe der a mulheres, fe
ha de fazer fem Âmbar , nem Almifcar : dá-
fe de meyo Efcropulo até dous.
ELECTUAR1UM L^TIFICANS.
44 R. Herva Cidreira.
Cafeas de Cidra.
Cravos.
Gallia Mofchata.
jB me ce z a.
Açafrad.
Canela.
No\es mofeadas.
Cardamomo.
Neherefmich. por efie fimples, femente de
Peonia.
Ben brancOypor elle rai\ de lingua de Vacca.
Ben vermelho , por elle rah de Borragens,
Zedoaria.
Doronicos , por elles Herva Cidreira.
Semente de Mangericad and onça meya.
Almifcar grãos vinte e quatro Açúcar q.f.
Jta Raiis hb.q. ad Abnanforem cap. de melan-
Ua. Far-fe-ha na fórma feguinte : Os fimpli-
ces todos fe pilem fubtis , e depois fe guar-
dem emvafo de vidro para fe fazerem ta-
lbadas, quando fe pedirem; e no calo que fe
.faca Eleduario brkndo, fe fará tomando Mi-
ra boi anos Cbebulos numero vinte , Embli-
COS numero trinta, e depois de pifados fe
cozeráo em tres libras de agoa até fe gaita¬
rem duas, e a que fica, depois de coada fe
ajuntará huma libra de Mel, que fc irá co¬
zendo , e efeumando até ter ponto de Ele¬
duario , então le lhe lancaõ os pós, e depois
de bem mexidos fe guarda para o ufo , aflim
o enfina a fazer Nicolao no feu Antídoto.
Neíla receita le acha eferipta efta palavra A-
íehcrcf- rabiga Neherefmich 1, ^e como ha dúvida do
íuniya iyeneTeinn*>ii ^ —j.
nich
que he , fe põem no Comporto em feu lugar
fuid í Semente ie Peonia , que alguns querem feja
o mefmo, como diz Plateario na Annotaqaõ
derte Comporto , e Mattheus Silvatico le-
tra N. Neherefmich ejl fios Rç/Jt afim , € A-
verroes dieit Peonia , iiefi , rifa afmomm , o
mefmo affirma Valerio Cordo tiafi. ie Ele-
fiuar. pap. mihi 61., e Bauderon lib. 14.de put-
, ,
Ver. Neherefmich , ideft Peonia feu R«/«
afinina J fórma feguinte : O Acucar le diflblvera em
Serve cite Elcctuavio para confortar to-
dos os membros pvincipacs,donde procedem
221
as virtudes naturaes, e animaes, ajuda o ca-
lor natural, e vivifica os Klpiritos , e he util
na melancolia, porque tira a caufa aos que
o ufaG: dá-le de meya oitava até duas.
D1ACOS i O.
45 T) Cofio amargo.
JLV
_ ._ Canela.
Cinamomo and oitavas cinco.
Semente de Aypo.
Herva doce.
Ruybarbo.
Squinantho anã oitavas tres.
Ay aro onça meya.
Açafrad.
Arifioloquia.
Myrrha anã oitavas duas.
Mel efeamado q.flta Mefues difiinâf. r. de
Eleã. cordial, foi. mihi 212. Chama-ie a elle
Eleduario Diacofio , porque o Audoropede
em primeiro lugar, e porque he o íimples ,
que dá o fundamento ao Compoíto. AíTini
o dizjacobo Manlio naAnnotaqaõ dome-
fmo foi. 12. Far-fe-ha na forma feguinte: Os
fimplices fe pifaráõ todos lubtis , e depois fe
guardaráõ para o ufo em valo de vidio bem
tapado. Se fie fizerem talhadas, fe faiaõ com
Aqucar , e fe o quizerem em fórma branda ,
tomaráõ quatro partes de Mel efeumado , e
huma de pós, e fe tavá , como varias vezes le
tem dito. Pede o Audor em huma parte Ca*
nela , e em outra Cinamomo , e affim nelte R-
leduario fe porão dous pefos de Canela,hum
pela Canela, e outro pelo Cinamomo , como
enfina ValerioCordo no 1 ratados dos Ele-
duarios Cordeaes.
Serve efte Eleduario para gaitar as ob-
ftrucqoés doFigado, e da madre, desfaz os
flatos, e provoca a conjuncaó menlal ás mu¬
lheres : dá-fe de hum efcropulo até huma
oitava.
CONFECTIO MAN US
Chrifti Perlarurri.
4 6 TJ Açúcar fino libra huma , dijfolva-fe
JLV. • em feis onças de
Agoa rofada.
Aljôfar preparado meya onça : façafe S. A.
Jta Joannes Vekerus in Antidot. lib. 2. p. 1070.
, r>i n-
Efte comporto fe chama de Manus Chnfit,
por fer adnnravel nas fuas operaqoes, e de
Pérolas, pelo Aljôfar, que nelle entra, aflim
odizjoaõde CaftilhoIth. i.par. n|. Alguns
lhe chamaÕ Açúcar rofaio de Pérolas porque
o Aqucar com que fe forma he diluto tom
Agoa rofada , e outros lhe chamao «mente
Açúcar de Pérolas, como fe ve <*e L.emery
cap. 6. dospos, e em outras partes, l ai-lema
feisonqasdc Agoarofada, e depois fe porá a
cozer até ter ponto dc E cc uano 01 o^e
 222 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VI.
fóra do lume , efiando coado lhe deitaráõ o
Aljotar-, e como fe começar o Açúcar a con-
gelar , le lance emcima ué tauoa , ou pedra
lifa, e fe cortem as talhadas, que fe daraõ pa¬
ra o ufo. Pódem-fie fazer eílas talhadas com
o Açúcar diluto em agoa de lingua de Vac-
ca , ou A venca , ou outro qualquer licor , e
então lhe chamao Talhadas de Manus Chrijii
Buglofata., como diz Man lio no traã. dos E-
leã.pag.45. A Agoa Rofada, com que oAu-
ctor diz ie diíTolva o Açúcar parece inútil 5
porque eíla agoa pelo cozimento, que fe lhe
dá , perde a virtude , que.confiíle na parte
volátil, a qual fe lhe evapora , e neítes ter¬
mos parece eleufado fazer o medicamento
com eíla , ou aquella agoa , e aílim os mo¬
dernos fazem ella receita com melhor me-
thodo , e mais utilidade para o doente, que
ufa do remedio , e o fazem pela feguinte re¬
ceita.
Sacclia- Aljôfar preparado onça huma.
rum Per • Açúcar finijfimo libra meya.
larum
Mucilagem de Mc atira tirada em agoa ro¬
íine igne
dada q.f. :faça-fe S. A. Ita Nicolaus hemery
in Pharmac. univerf. cap. 9. de Tabellisp. 5 69.
Far-íé-ha na fórma feguinte : Efcolheráõ do
mais fino Açúcar que houver em pedra, que
feja muito branco , e rijo , e fe pife em gral
de pedra , e com elle fe miílure o Aljôfar, e
depois de bem miílurado fe lhe vá lançando
a mucilugem em fórma , que fe faça maiía
groífa , da qual depois faraÕ talhadas redon¬
das ,ou quadradas, e fe poraõ a enxugar , e
tanto que eíliverem enxutas, e feccas fe dem
para o ufo. Elle he o melhor modo de fazer
as Talhadas de Manas Chrijii; e dos fimplices
que leva bem fe vê que baÕ de fer de melhor
operaçaõ , que as que fe fazem pela primeira
receita , ainda que quem as fizer pela mefma
receita naõ errará,eTaõ as que ordinariamen¬
te (e tazemjporêm como eílas fazem melhor
obra , os que detejaõ acertar , as devem ufar.
Serve eíle Compoílo para fortificar o e-
ílomago , e para adoçar os accidos , quando
os ha em muita quantidade 5 faõ de utilidade
aos que efearraõ langue, e para toda a fluxaõ
do ventre : dá-fe de huma oitava até meya
onça.
ELECTUARIO CONTRA
V ermes.
47 "D Semente de Alexandria onça huma.
XX • Ruy barbo.
Calomelanos and onça hieya.
Xarope de çumo de Beldroegas q.f. Ita Ni-
colaus Lemery in Pharmac. univerf. cap. 9. de
Eleft.pag. 624. Far-fe-ha na forma feguinte:
A leniente , e Ruybarbo fe pifaraõ medío¬
cres , depois fe miíluraráõ com os Calomela-
nos, e com o que bailar de Xarope de Bel-
droegas , fe formaráÕ PiluJas, e aílim fe da-
raõ para o ufo. Elle Compoílo le naõ faz em
forma branda , porque depois para fe dar, le
ha de desfazer em coufa liquida, e como eíla
chega aos dentes os abala , e faz negros pot
caufa dos Calomelanos, e aífim he mais fá¬
cil ter feito o Ele&uario em pó , e quando
fe quizer ufar fe fará em Pilulas. Neífa recei¬
ta fe pedem Calomelanos , a que os Auótores Cnlomc-
ianos, A
Spagiricos chamao Aquila alba , ou Drapao quila al¬
mitigado , o qual fe faz na fórma feguinte : ba, feu
Tomaráõ oito onças de folimaõ, e feis de A- Draco
zougue , e os miíluraráõ em gral de pedra , initigatuij
idem.
com maõ da mefma, e fe pifará tudo até to¬
talmente fe mortificar o Azougue ■, entaõ fe
lance 11a pedra de preparar., e nèlla femõa
até bem fe extinguir o Azougue, depois fe
metta em huma cabaça de vidro de pefcoço
alto , e fe ponha o fundo em arêa , e fe lhe
dará fogo brando no principio , e depois fe
augmenta, e continua até que todo fe tenha
exaltado , e que no fundo naõ fique mais que
huma matéria negra , depois de fria a maté¬
ria fe tire , e quebre a cabaça, e fe faça o me-
fmo calcinando neíla fórma a matéria tres
vezes, até que os Calomelanos eílejaõ mui¬
to brancos,e tranfparentes a modo de criílalj
e ffe for neceífario fe calcinaráõ quatro , cin¬
co , ou feis vezes, porém naõ ficaõ entaõ taõ
purgativos. Os Calomelanos purgaõ branda-
mente todos os máos humores fem pertur¬
bação alguma,e por iííò até a meninos ie pó-
dem dar: aíTim oenfina Frederico HoíFmanó
fuper Schroderum lib.y. cap. 15.pag. 269. R/i
ver. foi o primeiro , que a eíla preparaçaõ do
mercúrio chamou Calomelanos.
Serve eíle Eleóluario para matar as lom¬
brigas , e faz com que naõ fe criem mais , e
purga brandamente : dá-fe de hum eferopu-
lo até duas oitavas.
ANTÍDOTO ORVIETANO
reformado.
48 T) Rai\ de Angélica libras duas.
iA. PósdeViboras onças oito.
Rai\ de contra-herva.
Genciana, -m • ■ .. ;j..
Cal amo aromatico. < .
Cofio. * ■ i .
Galanga.
■ Carlina. 1
-Gengibre.
Semente de Dauco.
Diãamo branco.
Arijtoloquia longa.
.. Imperatçria and onças duas.
Folhas de falva. .' V
Alecrim. •
Lqfna,
Neve-
 Dós Eleâuarios purgantes, SHieras, &c. ^223
Ne veda. pulo até huma oitava e meya.
Segmelha. ELEGTUARIO ORV1ETANO
Mangerona. v . /- de Fouquet. r •
Scordio. 49 TJ Raives de Cxenciana onças Cr.es.
Dtftamo Cretice. XX. Angélica.
; Hyfopo. ' f Efcorcioneira.
Thimò. \\ c. Pi. . J Ariftoloquia redonda and onça huma.
Volto montano, v. 4 > Xe doaria meya onça.
F/tfr de Rofmaninho ^ e de v-.v Semente de Junipero onças duas.
Alfazema. A' a Arruda fecca oitavas feis.
Cafeas de Cidra. Antimonio Diaphoretico.
C afeas de laranja» • .-a Cravo. . •.
Macis. Raxiiras de ponta de Vead0..
Canela. y*‘. . ; Confeição Alhermes. . \
Cravos. ■ v. Confeição de Jacinthos and oitavas duas.
de J uni pero ,e de Triaga antiga onças duas.
Louro. ' - Lirio Florentino onça meya.
Semente de Alexandria. Troclúfcos.de Viboras oitavas duas e meya.
Cardo Janto. > ■ Mel branco libras duas.
Cidra. Vinho branco chei rof0 libra huma. Ita Ma da¬
Carda momo. ma Fouquet nos feus remédios caritativos 2. p.
Salfxi i pag. mihi 4$ Efta receita diz a mel ma Ma-
Alfaxema. . • danta, que he a verdadeira , e como a defeu-
•Sd/ Armoniaco. brira, naÕ queria privar aos pobres de hum
Sal Tar taro and onça huma. taõ foberano remedio : fáz-íe efte na fórma
TW antiga li br a h uma. feguinte: Os Íimplices fe pifaráõ fubtís, e
- Baljamo Peruviano onças duas. depois fe porá o Mel efeumado a cozer com
Oleo de Alecrim dtfiliado onça humane meyai vinho até ter ponto conveniente , então de¬
Mel efeumado libras vinte e tres: fiat Antid. pois de coado fe lhe lanca a Triaga, e Con-
Jta Nicolaus Lemery in Pliarin. univ. cap.io. feicaõ Alkermcs, e de Jacinthos desfeitas em
Orvíeta- de Eleã.pag.605. Orvietano he huma efpecie partedo mel, e ultimamente lhe ajuntem os
nú quidí
de opiata , ou hum Antídoto manjLvilhofo , pós j e fe mexaõ muito bem com efpatula de
que toma o feu nome de Orviete Villa de lta- páo1, e tanto que tudo eítiver bem mifto fe
lia, onde o dito medicamento primeiro fe guarde para o ufo. Pode-fe fazer efte reme¬
compoz , e fe ufou muito. Aflim o diz o me- dio com Acucar diluto em vinho branco,
fmo Lemery cap. 4. de Ethimol. letra O , per porque d efta forte naõ ficará taõ quente co¬
formalia verba: Orvietanum eji une efpecie de mo o que fe faz com Mel, e quem tiver
opiat ou un antidote fameux , quid premi, fon Xarope de Cravelinas , ou dos Cravos ver¬
nom d’ Orviete ville d’ I tal te 5 il a ejleprimie- melhos de Arrochella , póde formar com el¬
rement fait, o* en ufige. Far-fe-ha na for¬ le o EledVuario , porque aftim ficará de ma-
ma feguinte: Os íimplices íe pifaráõ todos yor ethcacia.
fubtis, e depois fe efeumará o Mel, e porá Efte Eleótuario he contra a peçonha ,
em confiftencia de Ele&uario,entaõ emp‘ar- mordedura de Viboras, e Lacráos, e de Caõ
te delle defataráõ' a triaga , e ultimamente damtiado , paraiílo fe toma diluto em vi¬
lhe ajuntarão os pós todos, que fe mexerão nho 4 .para as febres peftilcnciaes fe toma
com Efpatula de páo muito bem , e afiim fe em agoa de Cardo ianto , e para as quartaas
guardará para.o ufo. Efta receita he muito fe dá com agoa de Nozes , Ulmaria , ou de
grande, quado fe fizer bailará que feja a quar¬ Cardo fanto 5 para tercaãs com agóa de Al¬
ta parte , ou ainda menos, ou também con¬ meirão, ou de Chicorea; contra a Epilepfia,
forme o goílo, que elle tiver, efta he a recei¬ e vertigens com agoa de Peonia , òu de Be-
ta de Lemery reformada , naô eferevo a ou¬ tonica ; contra a indigeftaõ do eftomago, e
tra , que traz o mefmo Auélor, porque efta vomitos com agoa de Lofna , ou de Horte-
he a que elle ufava 5 e diz , que he a melhor, láa ; e para a Melancolia com agoa de Her-
e que tem o cheiro, e bondade necefíaria. va Cidreira , ou de Borragens; para Cólica
Serve efte compofto contra a pefte , he le miftura com agóa ardente, e feãpplíca
util nas malignas, e bexigas, ferve para as por fóra'5 para a Cfatica fe appÜca com agoa
mordeduras de bichos peçonhentos , fortifi¬ ardente , e Oleo de Hera , e finalmentc ap-
ca o cerebro, corãçaõ, e- eftomago : dá-fe di- plica-fe emeima de toda a mordedura de
luto em agoa conveniente de hum efero- qualqueF bicho que fejaj dá-fe dc hum efero-
, pulo
 224 .vPharmac. Lufit. Augment. Tràt. VI. I
pulo até duas oitavas. Todas as virtudes, que planta, parece elcufado pôr dous pefos da
acima ficaõefcriptas, trazFouquet no iugar mefma Tormentilla 3 e aiiim os modernos
citado onde o curiofo póde ver o mais fazem o Eleduario Diafcordtum Fracajiorij
que diz deite vemedio. pela receita feguinte.
DIASCORD1ÜM FRAGASTORIJ.
5° R. Efcorâio.
Fofas dg Veludilho.
R;Folhas

,
- dg Efcorâio
. onças
. tres. Diafcor-
, Bofas vermelhas de Veludilho onçadlum „
Fracalto*
Bolo Armênio and onça e meya. sv huma e meya. fij rcfor.
EJloraque calamitha Canela. • matum.
Canela. > VjV Tormentilla and oitavas feis. .
Cinamomo. Efioraqae Calamitha. ,
Folhas de Diãamo Cretico. Diãamo Cretico.
Rai\ de Tormentilla. Genciana.
Bijlorta. Galhano.
Geúciana. Alambre and onça meya.
Galhano. Opio. / . >. \
Alambre. Pimenta longa.
Terra figillada and onça meya Gengibre. *. v ■
Extraão de Opio. Semente de Acedas and oitavas duas.
Pimenta longa.
«✓ Mel Bofado libras tres.
Gengibre. Vinho branco onças duas : faça-fe Eleãua-
Semente de Acedas and oitavas duas. rio S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop.
Mel Bofado coado libras tres, e onças quatro, cap. 10. de Eleã. pag. 610. Far-fe-ha na fór-
Vinho branco cheirofo onças duas : faça-fe ma feguinte: O Galbano fc pife fubtil, eílan-
Eleãuario S. A. Ita Moyfés Charàs in Phar- do capaz, e quando naô , fc diflblva com o
macop.Reg. cap.20.de Eleã. pag. mihizj o, O vinho, e com eMe o Eíloraque da mefma
Diafcerdiam he hum nome de huma Opia- forte, e os mais fimplices fe pifem fubtil-
ta , ou Eleduario, que refiíle ao veneno. Al- mente 3 o Opio também fepóde difTolver
guns lhe chamaõ Eleãuario fomnifero , toma em algumas gottas de vinho 3 o Mel Rofado
o feu nome do Efcorâio, que nellecentra ; e fe ponha em fogo brando até que tenha
Ele&ua- Frafcatprij he o fobvenome de hum Audor, mais alto pontoj então fóra do lume, eílan-
tiiim l'o* que muito o ufou , chamado Antonio. Fra* do tíbio , lhe ajuntem os fimplices, e depois
mnife-
caítorio , aífim o diz.Lemery cap. 4. de Ethi- de bem miíturados fe guardem para o ufo.
rum.
niolog. letra D. Far-fe-ha na fôrma feguinte: Serve eíte medicamento para as febres
O Galbano , eílando capaz fe reduza a pó malignas, péíle, e para mataras lombrigas*
fubtil com os mais fimplices, quando naõ, he bom para refiítir á podridão dos humo¬
fe diíTolva em vinho , e depois feiajunte ao res , c para as cólicas, quando eítá feito de
compoílo ; o Eíloraque fe pifará, aquentan- novo, provoca muito o fomno 3 dá-fe de
/I On ^ #1 v-v A 1 . —— _ £*_•_
f*__ •
C*
do a maõ do Almofariz , em que fe pifa , ou hum eícropulo até quatro.
fe diíTolva com as duas onqas de vinho 3 os CONFEIÇAM NARCÓTICA.
fimplices todos fe pitem fubtis, e depois fe 51' T) Motes mofe adas.
ponha o Xarope em ponto de Eleduario, e XV..Terra figillada.
fe lhe lancem todos: os fimplices , e última¬ Opio.
mente a Goma, e Eíloraque , de.huma ou; Flor de Papoilas and oitavas tres.
outra forte preparados j e tanto que eftiver Açnfrao.
tudo bem miílo,fe guarde o Eleduario para Trochyfcos de Ramich and oitavas duas.
o ufo. Pode-le íazer eíla receita, tirando- Crocus Martis ajlringentis oitava huma c
lhe alguns fimplices, que parecem nella inú¬ meya.
teis , afiim como o Bolo Armênio, e Terra Tormentilla.
figillada j porque fa5 de matérias terreílres, Bi (torta.
privadas dos princípios adi vos , e por ilTo Zedoaria and oitava huma.
pouco convenientes para huma compofiqao, Magijlerio de Coral.
que fe ha de diílribuir pelos humores, e fu» Alambre.
bir ao celebro 3 a Canela pedida duas vezes, Corno ãe Veado.
naó ferve mais que de augmentar a dofis ao Cravos and oitava meya.
medicamento , e da mefma forte 4 Biílorta, Camphora grabs cinco.
porque a pede o Audor na receita, eTor¬ Xarope de Papoilas , e de
mentilla; e como eíla he femelhante nas Jújubas and onças quatro \ faça-fe S. A. Ita
virtudes,.ou como alguns querem a mefma Nicolaus Lemery in Pharmac. univerf cap. 10.
de Eleã.
 Dos Ele&uarios purgantes, Hieras, &c. 225
• de Eleã.pag. 612. F a r- fe - h a na forma feguin- Lemery cap. 48. de Praparat. pag. 12 3.
tc : Os fimplices fe pifaráõ todos fubtis, e Serve efte Eleótuario para a Epilepfia,
depois fe lanqaráõ em gral de pedra , e em- Apoplexia , Parlefia , e para todos os acha-
cima delles lhe deitaráõ os Xaropes, mexcn- ques do cerebro , toma-te depois de bem
do tudo muito bem $ e tanto que eftiver em purgado o corpo, huma oitava pela manhaa,
fórma de Eleótuario fe guardará para o ufo. e outra á noite antes de le recolher; e con-
Locn Neíla receita pede oAuétor Magijlerio de tinua-íe efte remedio quinze dias, fe acafo
magiftc- Coral$ havendo-o, fe lhe póde lançar , quan- fe moverem com o tito delle muito os hu¬
rii cora- do nao , por elle poráb o coral bem prepa¬ mores , fe fu (penderá , ou tomará entretan¬
Jij ipíu to em lunar
Coral*
rado, que faz melhor effeito , como diz o O detle medicamento
^ % o Eleãuario
Jium po' . mefmo Lemery na AnnotaqaÕ deita receita,
Diamofcho doce , ou a ínaga*
nitur. por eftas formaes palavras: Le corai1fimpíe- DIACüDYUM FERNELIJ.
ment prepare produit un meilleur efjet que fon 53 13 Polpa de Marmelos onças nove.
Magijlere. X\ . Çumo de Marmelos onças tres.
He bom efte Ele&uario para as dores de
x Jl V* L/V/lll Vltv* XilVVkUUl IV piUM ^ viv» Wfc/ V» -W -
Açúcar
J-
fino libra huma : co\a- fe até confi-
j / •

cabeca, do peito , eílomago , e da Madre, fiencia de Mel, elhe lancem os pós fegumtes:
9 r* ** n r C* . ... h-tt+irst
provoca o fomno , faz parar os curfos , ferve Scamonea onça huma
para as Gonorrheas, abate os vapores , a- Canela oitavas duas.
branda a tóíTe, e fára a rouquidão j dá-fe de Genoibre.
meyo efcropulo até hüma oitava. Macis.
ELECTUARIUM ANTIEPLET1CUM. Cravos anà oitava hteya: faça Eleãuario
52 T3 Crânio humano onças oito. S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacopeá
Jt\« Rah de Pi retro. cap. 10. de Eleã. pag. 709. Diacodyum , quer
Ariftoloquia redonda anà onças huma. dizer Opiata feita de varias drogas ; e tam¬
Semente de Peonia. bém os modernos chamao D iacodyum ao
Arruda, e de Xarope dc Dormideiras brancas ; aflim o diz
Siler montano anà onça meya. Lemerv cap. 4. de Ethimolog. letra D. Far-fe-
Hy/opo. ha na fórma ieguinte : Os marmelos fe alim¬
Spica-nardi. parão de pevides, e cafcas, e depojs pefaráo
Epithimo.
delles as nove oncas, e fe cozeráõ em agoa
Piores de Macella , e de até eftarem muito brandos, então fe Ihepal-
Rofmaninho anà mamp. hum. fe a polpa por fedaqo 5 o Acucar fe difíolve-
Cú bebas.
rá com o qitmo de Marmelos, depois de
coado fe porá a cozer com a polpa , até que
Galancra.
4s f.
Carda momo anà onça meya. efteja muito desfeita, e pofto o Acucar em
Canela onça huma. ponto conveniente $ e ultimamente fe pifa*
Notes mofcadas num. tres. ráõ os mais fimplices fubtis, e fe deitaráõ
Cravos oitavas duas. no Eleétuario , eftando quafi tibio , e tan¬
A gari co Trochifcado. to que tudo eftiver bem mifto fe guardará
Lapis Lafuli anà onça meya : façao+fepôs para o ufo.
fubtis, e a cada duas onças fe lhe ajunte huma Purga efte Eleéfuario a cólera , e a fleu¬
libra de Mel, efe faça Eleãuario. Ita Frede- ma ; dá-fe de huma oitava até íeis.
ri cus Ho ff ma nus in rPhefauro Pharmaceutico ELECTUARIUM DE CHOCO
feã. 8. de Eleã. pag. mihi 67$. Far-fe-ha na Martis.
fórma feguinte : Os fimplices fe pilarao to¬ 54 TJ Diãamo de Creta efcrop. hum.
dos muito fubtis, e depois lepora o Mel XV. Canela oitava meya.
eícumado ao lume,até que tome ponto con¬ Eleãuario de Pérolas efcrop. dous.
veniente , e entaõ lhe lanqarao duas oncas Diarrhodam Abbade oitava huma.
Aço preparado onça meya.
dos .fimplices pulverizados a cada libra de
Vlel ;• ee tanto que tudo eftiver
Mel eitiver bem
nem mifto,
mua», Açúcar bem foluto em agoa ♦ ou
Proepara- è guávde o Eleãuario para o ufo. O Agari- HervaÇidrthaoaças
tio Cra- •o Trochifcado fe póde defatar em parte do S. A. Ita Bemd^us Bauderon hb. i. JcS. 4-
nij hu- Mel. O Crânio, que nefta compofiqaõ entra de Pulverib. pag. 253. Far-fe-ha na fórma fe¬
mani.j guinte : A Canela , e Di&amo fe pifaráõ lu-
fe ha de preparar na fórma feguinte; Lima¬
rão a quantidade de Crânio infepulto, que btís, e depois lhe ajuntaráõ os pós dos Com-
quizcrem , e depois o pilarao, e triturarão poftos, e o Aqo preparado, e depois de tu¬
do bem mifturado , fe ponha o Aqucar em
íubtiliflimo , e entaõ o tnoeráõ em pedra de
ponto de Eledtuario brando, e tóra do fo¬
preparar , até que fe naõ finta aípereza al¬
go , depois de coado , le lhe ajuntem os
guma, e nefta fórma feufa $ aífim oenfina pos,
Ff
 226 Pharmacop. Lufitan. Augment. Trat.VI,
pós , e tanto que eftiver bem mifturado ie J ac bit hos preparados oitava meya.
.guarde para o uío.Póde-fe fazer efte Eleétua- Canela.
rio em talhadas, ou dar-fe em pós, ou em Cravos.
Pílulas , na fórma que melhor agradar a Macis anà efetop. hum.
quem o houver de ufar. Açúcar onças quatro.
Serve efte medicamento para corroborar Agoa Rofada onças oito : faça-fe S. A. Ita
o Fígado, eBaqoj he util em todas asob- Nicolaus Lemery in Pharm. univerf. cap. 10.
ftrucqoés, e para acura das más cores, e de Eleâ. pag. 652. Far-fe-ha na fórma fe-
provocar a conjunqaõ menlal ás mulheresj guinte : O Aljôfar , e Jacinthos fe preparaó,
dá-fe de huma oitava até duas. e os mais fimplices fe pifaráó fubtís, o Aqu-
ELECTUARIO DE TARTARO. qar fe porá com a agoa rofada a cozer até
5 5 T) T artaro branco onças tres. ter ponto conveniente , e eftando quafi frio
JlV. Xarope feito de Mel, e vinho on¬ lhe lancaráõ os pós todos, e depois de bem
ças duas. mifturados fe guardará o Ele&uario para o
Agoa de Canela onça huma : faça-fe S. A. ufo. Efte Eleduarioefcreveo Gentil deFul-
Ita Hypolito Seccarelli in Antidot. Rom. traã. gino , alguns lhechamaõ Elettuario contrl? Eledua-
de Varijs fcheduUs , pag. 354. Far-fe-ha na a Melancolia ± porem leva efta receita tanto ril,m
fórma feguínte: O Tartaro fe pifará fubtilif- Aljôfar, que parece fuperfluo, e aftim os
fimo , e fe lançará nas duas oncas de Xarope modemos o fazem pela receita feguínte: coliam.
feito de vinho, e de Mel, e na onqa de agoa
de Canela , e depois de bem mifto fe dê para
o ufo.
Eíte medicamento headmívavel para pur¬
R Canela.

Macis.
Cravos.
Confe-
âio cor-
dialis re¬
formata,
gar por ourina todas as agoas dos Hydropi- Aljôfar anà oitavas tres. feu Ele-
cos. Alguns Audtores , que o rafárao muito, Xarope de Cravelinas libra meya: faça- fe duarium
lhe chamaÔ Eleóluario ÜydropitSO , ou Antc- S.A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacepea contra
Eíedhia- hydropico. TomaÕ-fe delle duas, ou treson- univerf. cap. 10. de Eleã. pag. 553. Far-fe-ha Mclan-
rium
Hydro-
qas antes de jantar quatro horas 5 fe fe nao na fórma feguínte: Os fimplices fe pifarão c,1o!iam
picum , puder tomar aíTim por groftb , fe lhe ajunta- fubtís, e depois íe porá o Xarope em fo.go tLJD1
feu An-. ráõ algumas gottas decaído deg£>.llinha pa¬ muito brando até íe pôr mais alto de pon¬
tchydro- ra fazer a bebida mais liquida : a experiencia to , entaõ fóra do lume , eftando já muito
picum. moftravá os grandes effeitos defte remédio. frio, lhe mifturem os pós, e ultimãmeine fe
ELECTUARIUM DIAMANA. guarde o Ele&uario para o ufo.
5 6 T) Mannà puro. Efte medicamento fortifica o coraqaô, ce-
IA p Çumo de Fofas de Alexandria anà rebro, e eftomago , abate os vapores, e cu¬
libra huma. ra a Melancolia $ dá-fe de huma oitava até
Diagridio onça huma. duas.
Al me cega oitavas tres: faça-fe Eleãnario ELECTUARIO DE CASCAS
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacopea de Cidra.
cap. 10.de Eleã.pag. 170. Far-fe-ha na f ór¬ 58 Cafeas de Cidra onças tres e meya*
ma feguínte : ü Manná fe porá a cozer no Cravos.
qumo das Rofas, depois de depurado em Pào de Aguila.
fogo muito brando , ecomo eftiver em con- Canela.
fiftencia de Mel, lhe lancem o Diagridio Macis.
em pó fubtil , e a Almecega fóra do fogo, Galanga anà oitavas duas.
eftando o Eleótuario quafi frio, e aftim íe C ar d amo mo.
guarde para o ufo. Nefta fórma o enfma a Gengibre anà oitava huma.
fazer o me(mo Audtor no lugar citado. Almifcar oitava meya.
Serve efte Eleófuario para purgar a cóle¬ Mel efeumado onças quinfe : faça- fe S. A.
ra , e todas as forofidades, e he util em to¬ Ita Mèfues dijvnti. 1. de Eleãuanjs Corãia-
dos os achaques do peito. 5 dá-fe de huma lih.fol. mihi 98. Far-fe-ha na fórma feguin*
oitava até meya onca diluto em licor con¬ ■te ; Os fimplices todos fe pifaráõ fubtís, e o
veniente, ou junto com outros medicamen¬ Mel fe porá a cozer depois de efeumado, até
tos purgaqtes. que tenha ponto conveniente , e fóra do lu¬
CO N RE IÇAM DE CORAL. me, eftando quafi frio, fe lhe lancem os pós,,
57 13 Aljôfar preparado onça huma e e fe guarde para o ufo. O Almifcar fe pifará,
^ JL\» meya. ajuntando-lhe huma pedra de Aqucar Can-
Folhas de ouro , e de de, para que aftim pafíe melhor, e & lhe nao
Prata anà oitava huma. refolva a virtude pela trituraqaõ. Efte Ele-
, ótuario
 Dos Ele&uarios purgantes , Hieras , &c.
ctuario fará melhor obra, e naõ efquentará
tanto, le o fizerem com-Acucar em lugar
de Mel. * . C-..
Efte Medicamento fortifica o eílomago,
ajuda a digeílaõ, excita o appetite , e bejitil
para o máo cheiro da bocca dá de de íírçya
Oitava até duas. • S andai os Citrinos oitavas tres.
COJNFECTIO CONTRA VERMES.,
ff) Semente de Alexandria ótima
n' ■ JEV « hum a. ü d- ■ : ■ '• i
Rai^deféto.
Grama, •« . \ • •>
Diãamo and eferop. ious.
Corno de Veado queimado.
-t Ruibarbo and efcropulos quatro.
Açúcar diluto em agoa de grama onças /eis:
faça-fe S. A. lta Joannes Zuelpherus in ani¬
ma dverf Pharmacop. Augitji. çlaf 5. de Co nr
feã. pág. 98. Far-fe-ha na fôrma fieguinte:
O Ruibarbo fe pife medíocre, e os mais fim-
plices fubtis^ o Açúcar fie cozerá em agoa de
grama,atéque tenha confidencia de Mel,
entaõ fóra do fogo, e fiando quafi frio, fe
lhe lancem os pós, e depois-de bem miílura-
dos fie guarde para o ufio. Pede o Auctor ne-
íla receita Corno de Veado preparado, ou quei-
mado , o qual fie prepára na fórma fieguinte:
Praepára- TomaráÔ aponta de Veado quequizerem, e
tio cornu a ferraráõ em pedaços, e metteráu em huma
cc,v|t' panei la de barro, que naõ.ieja muito cozida,
♦jufidem e a mettaó em hum forno , e depois de eflar
em o fogo hum dia, a tiraráõ , e veráo a
ponta, fie eíliver muito branca, he certo
fignal, que efilá queimada , então fie pife , e
depois fie môa na pedra de preparar , lançan¬
do-lhe agoa de Almeiraó, Rofada, ou ou¬
tra qualquer conveniente 5 e como eíliver
taõ moida , que provando-a entre os den¬
tes , fie na5 finta afpereza alguma, fe façaõ
Trochyícos na fórma coílumada , e fie fé-
quem , e guardem para o ulo. Aífim o enfi-
na Dioficorides no liv. 2. cap. 52. pag. 154.
Prepara- Deíla forte fe prepara o corno de Veado
tio vera
para efte medicamento , e para todos aquel-
cornu
les, em que fe pede queimado 5 porém para
cervi, &
Rafur. os Cordeaes, ou outro quatquenEleótuario,
Eboris. fie ha de preparar fiem fogo, pifando-o de-
pois de limado , e paífiando-o por Tamis fi-
niffimo, em fórma que o pó fique tao fubtil,
que fie naõ finta entre os d.entes, e deíla me-
fma. forte fie prepara o Marfim , e naõ quei-
mando-o como fazem alguns, porque en-
taõ naõ fica Marfim , fenaõ Spodio.
Serve efte Eleótuario para matar as lom-
br igas, e as lança fóra , também preferva
da corrupção dos humores, que ascaufaõj
dá-fie de huma oitava até tres.
. . . - o UÍQ.
22 7
ELECTUARIO DE POMOS.
,60 Camoe\as limpas de ca/ca , e pe-
JlV • vides libras feis.
Açúcar libras cinco.
Agoa Rofada libras duas.
Pào de Aguila oitavas cinco.
Cravo oitavas quatro.
Canela oitavas quatro e meya.
Ambar oitavas duas.
Almifcar eferop. hum : faça-fe S. A. Itá
Mefues di/iinã.i. de Eleff.fol. mihi 108. Far-
fe-ha na'fôrma feguiiíte : As Camoezás fe
alimparáõ da cafca, pevides, e caroços, e
feitas em quartos fie poráõ a cozer até eíla-
rem molles, então fepifiaráo , e a polpa fie
paílará por Sedaço : os fimplíces fie piíàráõ
fubtis, o Ambar, e Almiíbar fie pifará á par¬
te com alguma porção,-dos pós, ou com
hum boccado de Açudar Cande. O Açúcar
fe porá a cozer em o cozimento das Camoe-
zas, c na agoa Rofada $ e tanto que tiver
ponto capaz, lhe lançaráõ a polpa , e de-
pois de bem desfeita fóra do lume, lhe mi-
llurem os pós todos, e affim fie guarde o
Eleétuario para o ufio.
Efte compoílo fortifica o coraçao , eílo-
mago,ajuda a digeílaõ, e caufia gofito aos que
o ufiaõ; dá-fe de h.uma oitava até meya onça*
ELECTUARIO DE ÇUMO
61 R de Arruda.
Raives de Arifoloquia longa«
• Arfioloquia redonda»
Rubia tinãorum.
Bagas de louro.
J uni pero.
Sa bina.
Dauco.
Agno cajio.
Semente de Arruda and oitava huma*
Semente de Peonia.
Diãamo Cretico.
Açafraõ.
Azeviche.
Myrrh a.
Cafioreo and efcropulo hum : faça-fe tuâd
em pó fubtil, e com tres onças de Açúcar, e
çumo de Arruda depurado fe faça Éleãuario
S. A. lta Nicolaus Lemery in Pharmacopea.
cap. 10. de Eleã.pag. 624. Far-fe-ha na fór-
ma fieguinte : O Azeviche fie preparará , pi-
fando-o fiubtiliflimo , e moendo-o na pedra
de preparar, até fe pôr impalpável $ os mais
fimplices fepifiaráo fubtis, o Açúcar fie po-
rá a cozer com o çumo da Arruda feparadoj
e como tiver ponto de Eledtuario , lhe lan-
çaraõ os pós todos fóra do fogo, e depois
de bem miílos fe guardará o compóflo para
'
ff 3 * Ser-
 228 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VI
Serve eíte medicamento para provocar a boíanos , oitava huma $ e na efprefjad fe lance
conjunção menfai ás mulheres, abate os Açúcar libra meya, a que fe ajuntarão pós
vapores hyílericos , e facilita o parto $ dá- de Canela.
fe de hum efcropulo até quatro. ■ Cravos.
ELECTUARIO DE ESCORIA Güldnga.
,
62R lncenfo.
de ferro.

• Spica cheirofa.
Notes mofe adas. and oitava huma.
Sementes de Herva doce , e de Funcho and
oitava meya : façafe Eleãuario S. A. lta-Ni-
Junça. :volâUs Lemery in Pharmacop.cap.10. de Ele 11.
Gengibre. pag. d]o. Far-fe-ha na fórma ieguinte : Era
Pimenta. cinco libras de agoa fe poráò a cozer as Paf-
A me os and onça ineya. fas, e Alcáqúz , e como fe gaitarem mais de
Efcoria de ferro infundida fete dias em vi- tres fe tirarão do fogo , e efpremeráÕ forte-
liagre , e depois torrada oitavas tres. mente 5 neíla efpreíTaõ fe lanqaráò os Mi-
Mirabolanos lndos, rabolanos machucados, e depois de ferve-
Belericos, rem hum pouco , fe coará o cozimento , e
Emblicos and oitava huma. nelle deitaráõ o Açúcar, que fe porá em con-
Mel de Mirabolanos, cot ido até confijiencia íiftencia de Eledttiario, e ultimamente lhe
de 0pi ata onças detafeis : faça-fe Eleãuario lanqaráò osfimplices todos em pófubtil 5 e
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacopea tanto que eítiverem bem miítos, fe guarda-
cap: 10. de Eleã.pag. 6^. Far-fe-ha na fór- rá o Eleétuario para o ufo.
mafeguinte : A Efcoria de ferro fe pifará , e Eíte medicamento fortifica o eítomago:,
depois fe infundirá em vinagre forte fete e cerebro , excita o appetite, e faz reviver
dias 5 pafiados elles fe porá em fogo brando os efpiritos; dá-fe de meya oitava até huma
até le gaitar toda a humidade , e a Efcoria fi- e meya.
car bem fecca 5 então fe pifará fubtil, e fe CONFEIÇAM AN AC ARDINA
moerá na pedra de preparar até eítar fubti-
liffima , e impalpável 5 os mais fimplices fe
pi fará õ fubtis, e depois de bem mifturados
R<4
deMefue.
Pimenta negra.
• Pimenta longa.
fe ajuntarão ao Mel dos Mirabolanos , que Mirabolanos Chebulos.
eítará em ponto de opiata ; e tanto que tu¬ Emblicos.
do eftiyer bem unido , e miíturado fóra do Belericos, e
fogo , fe guardará o Éledtuario para o ufo. lndos.
Pela (emente de Ameos fe podem pôr Comi¬ Cajioreo and oitavas duas.
nhos , ou como alguns dizem Herva doce. Cofio.
Mel Mi- Pede o Auéior Mel de Mirabolanos , o qual Anacardos.
rabola- le faz na fórma feguinte : Tomaráõhuma li¬ Ni gel a , ou Bagas de louro.
norum. bra de todos os Mirabolanos , e os pifaráo Açúcar bom and oitavas feis.
grofios, e os lanqaráò em vafo capaz, e em- Rait, de Junça onça meya.
cima ,delles lhe deitaráõ feis libras de agoa M anteio-a de vacca , e
z? f

quente , e poráò o vafo em digeítaõ vinte e Mel and onças cinco e meya: faça-fe S. A.
quatro horas em lugar quente $ e paíTadas Ita Mefues dijiinã. 1. foi. mihi 115. Eíte Ele-
eilas le cozeráõ até fe gaitar amétade, e fe dtuario, naõ ló agora fe ufa pouco, mas ain-
coaráõ, e efpremeráÕ fortemente , e á coa- da em tempos mais antigos fugiaõ de o dar,
dura ajuntaráõ tres libras de Mel efcumado, por fer fummamente quente , como diz
e fe cozerá até ter ponto de Xarope 5 e af- ChriílovaÕdeHoneítis fuper Mefuem~ lfiud
fim fe guardará para o ufo. Delta mefma Eleãuarium rarijjimè habetur in ufu propter
forte fe póde fazer o Mel de qualquer caíla excefjivam ejus caliditatem $ ~ chama-fe Con¬
de Mirabolanos $ aífim o enfina a fazer Ni- feição de Anacardos , porque eíte he o feu
coláo de Lemery cap.^. de Mellibus,pag.i 69. fundamento, e alguns lhe chamaõ Confei-
Serve eíte medicamento para acura das çaódefabios* porque facilita a percepcao, e
obítrucqoés, provoca a conjunqaõ mehfal augmenta a memória , como diz o mefmo
ás mulheres, e abate os vapores Hyílericosj ChriítovaÕ de Honeítis z: Ouod eji confeãio r
dá-íe de meya oitava até duas. fapientum exacuens intelleãum , memoriam cuü %
ELECTUAR1UM V IT JE. uparam Vc. - A receita deíla ConfóçtõTc picntfâ!
T3 Uvas pajjddas libra huma. acha em muitos Audtores eferipta por va-
-CV* Alcaçuz rafpado onça meya : co- rios modos, e por eíla razaõ eferevo tres re-
\qd fe em q.J. de agoa commua , efpremad-fe, ceitas do mefmo Compoíto , para que eíco-
e na coadura fe co\ad cafcas de todos os Mira- lhaõ a que parecer mais conveniente, e de
mais
 Dos Ele&uarios purgantes, Hieras* &c.
mais utilidade para o que quizer tomar efte
Comporto- Far-fe-ha na forma feguinte: Os
Anacardos depois de preparados fe pifaráo
fubtis á parte , e os mais fimplices fe tritura-
ráÕ fubtis j as feis oitavas de Aqucar também
fe pilaráo, e mirturaráÕ com os mais fimpli-
ces, ao Mel depois de efeumado fem licor*
e eftando quente, fe lhe ajuntará a Mantei-
ga, e fe desfará, e fóra dq fogo lhe ajuntem
os pós, e depois de bem niiftos, e encorpo-
rados fe guarde o Ele&uario para o ufo. A-
cha-fe na receita de Mefue huma palavra ,
que diz, Burungi por ella entendeo o mefnio
Audor a Nigeta $ Lemery diz, fao Bagas de
touro, Pedro Condembergio diz, que hea
femente de Moftarda* a Pharmacopea Valen-
tina diz , que he difficultofo faber o que feja
Burungi, mas que por elle feponhaõ Cúbebasi
Vox Burungi dificílima omnibus vifa fuit, nos
vero pro Burungi Cúbebas imponendas cenfemus
ex communi Medicorum fententia. Com que
quem fizer efte comporto naõ errará em pôr
efte, ou aquelle íimples dos apontados. Os
Prepara. Anacardos, que nefte medicamento entrao
tio Ana- fc haô de preparar * o que fe faz pifando-os,
cardioru. e p0ütj0_0S fete ^ias em jnfufagje vinagre,
que bafte para bem os cobrir, e partado o di¬
to tempo fe pôem em fogo brando a enxu¬
gar a humidade , que tem , e depois de bem
feccos fe pifão muito fubtis ; e affim feguar-
dao para quando fe querem üfar : Alguns os
prepáraÕ de outra forte*porêm erte he o me
lhor modo, como adverte Joao Zuelphero
na Pharmacopea Regia , i.part.claf. 20.de
praparat. fimpl. na nota da mefmapreparaçao
dos Anacardos p. niihi 404. Em lugar da man*
teiga fe pode pôr Aqucar , porque como efta
compofiqaõ fe nao pôde dar fenao partados
feis mezes, a manteiga a faz rancofa, e tomar
má o faibo , e por erta razaõ he mais acerta¬
do faze-la com Aqucar, como aconfelha Le¬
mery cap. 10. de Elett., e no cafo que fe fa-
ca com Manteiga, ha de fer fem fal, como
adverte Zuelphero: Deinde omnia incorporen-
tur cum Butyri recentis non faliti,& mellis and
Anacar- quantum fatis, €c. Os Anacardos faõ fru&o
diu quid? de huma arvore , ao qual fru&o chamaõ os
Indios Bibo, e os Árabes Balador, do qual
frudo ha quantidade em Cananúr, Calecut,
Decan , e em outras partes da índia, como
diz Gracia de Horta no hv. 1. dos Aromat. c. 5.
Chama fe Anacardo, porque fe parece muito
ao coracaõ de huma Ave, como diz Hoffma-
no : Anacardium dicitur d forma AvicuU cor-
dis amula ,fve à fimilitudine, quam cum corde
habet. Parece-fé muito á fava, e tem miolo
como Amêndoa, entre o miolo,e a cafca tem
hum licor oleofo muito corrofivo , o qual
quando eftá verde he vermelho a modo de
229
fungue , e depois de íecco fe faz negro. To-
dos os Anacardos verdes iáó bons , os que
eftao feccos total mente naõ preftaõ , artim o
diz Chriftovaõ de Honertis iuper Mefuem di-
Jiiná.\.pag. milu 11 $. Saõ os Anacardosquen- Vírcs A-
tes e feccos, confortaõ a memória debilita- nacardio-
da por caufa fria > agucaõ > e efpertaõ os fen- rum‘
tidos, como diz Hofímano* Anacardus niemo-
tiam confortat debitem á caufa frigida , CF reli-
quos acuit fenfus. A receita da Confeição A-
nacardina de Arnaldo de Villa nova he a que,
fc fegue.
Mira boi anos Emblicos. CõfeéKo
a Belericos. Anacord.
Arnaldi á
Pimenta branca.
V illanov.
Pimenta longa and onça huma e meya.
Gengibre.
Mel de Anacardos and onça huma*
Caforeo.
Eforaque calamita.
Cravos and oitavas cinco.
Flor de Maceita.
Bagas de louro.
Bai\de Junça , and oitavas tres.
Açúcar onças duas e meya.
Mel q.f : façafe FJeÜuario S. A. Tta Ar-
tialdus d Vitla nova cap. 18. lib. i. breviariitr.
de defeâlu memória. Far-fe-ha na fórma fe-
guinte : Os fimplices fe pifaráõ todos fubtis,
depois fe poraÕ em fogo muito brando tres
libras, e onqa e meya de Mel,e o Aqucar,que
pede o Audfor na receita , e fe cozerá até le-
vantar pouco mais de ponto de Mel,e como
cftiver bem efeumado lhe lancem foia do
todos os fimplices, e ultimamente a
onqa de Mel de Anacardos, e como tudo e*
fíiver bem mirto fe guarde para o ufo.
O Mel dos Anacardos, que nefte Compo* Mel Ana-
fto entra, fe faz na fórma feguinte: Tomaráo card*
huma libra de Anacardos, e os pifaráo grof-
fos, e infundiriÔ em libras feis de agoa quen-
te, e fe poraõ em digeítaõ vinte e quatro ho-
ras, paliadas ellas fe porão a cozer até gaftar
amétade do licor , entaÕ fe coaráô : e a efta
coadura ajuntaráô tres libras de Mel,e o co*
zeráÔ até ter ponto de Xarope , e nefta fór-
ma fe guarde para o ufo : artim o enfina Le-
mery cap. 3. de Mellibuspag. 169.
Serve o Mel de Anacardos para todo o a- ViresMcL
chaque do cerebro , fortifica os nervos, elis Anav
gafta a fleuma grorta, póde-fe dar pela boc- cordioní.
ca de meya onqa até huma : Entre as recei-
tas,que eferevem os modernos, a de Lemery
he a melhor , e a que fe deve fazer: cuja re-
ceita he a que fe fegue.
R_
. .Anacardos preparados onça huma
• Mirabolanos Indos onça numa.
e meya.
r#%nP,A.
^ontct|,10
Anacard.
reforma
Cojto.
R ai\
 25O Pharmac. Lufit. Augment. Trat.VI.
Kah de Junça.
Bag as de Louro.
Semente de Mangericaõ and .oitavas feis
Pimenta longa onça meya.
Cajioreo oitavas duas.
Açúcar.
Mel and onças nove : faça-fe Eleói. S. A.
ItaNicolausLemeryinPharmac.cap.10.de
Eleã.pag. 626. Far-fe-ha na forma ieguin-
te : Os Anacardos fe prepararão , e pifaráô
fubtís com os mais fimplices, e depois Ce po¬
rá o Mel, e o Açúcar a cozer , até ter ponto
de Eleóluario j entaõ fóra do lume eílando
quafi frio lhe ajuntaráõ os pós, e depois de
blfif bem miílurados Ce guardará a Confeição pa¬
ra o ufo, a qual fe naõ ufará fenaõ paífados
feis mczes de fermentação , como adverte
Mefue dijl.i. Pharm. Valent. traã. de cohfeât.
~ Sed fciendum eji non dehere nos uti hac con-
feãione , nifi tranfaãis jam fex menfibus poji
praparationem illiusçutpojjint refringi vires
facultates acrium medieamentorum : “ e aíiim
paíiádos os feis mezes depois de feita, fe pó-
de tomar fenf receyo , de que o ufo delia fa-
ça perder alguns dos fentidos aos que a to-
maõ, como erradamente diz o Vulgo.
Vires Serve a Confeição Anacard. para a cura dos
Confe- achaques frios do cerebro , e do ventrículo
üionis
inferior , purifica o langue, efperta os fenti¬
Aca ard.
dos , augmenta , ;e recupera a memória per-
dida , ou. debilitada , abate todos os vapores,
que offendem ao cerebro, he util nas cólicas
ventofas, facilita a percepção do que fe eílu-
da , aviva todos os fentidos, recupera a fal¬
ia perdida aos que ficáraô com impedimen¬
to na lingua depois de algum acciderite un¬
tando-lha duas vezes com huma pouca de
Confeição : dá-fe depois das evacuações ne-
celfarias de hum elcropulo até quatro des¬
feita em agoa de Funcho, ou Herva Cidrei¬
ra , e fe nao tome em dias de muita calma ,
ou em tempos quentes, e fe dê fó duas vezes
na femana depois de fe conhecter, que o a-
chaque he de caufa fria. Algumas peífoas
ufaõ defta Confeição em fórma folida para o
ulo externo , a qual ebamao Pinhões para a
memória , ou Pinhões de Anacardos , os quaes
fe fazem pela feguinte receita.
R Hortelãa fecca.
Poejos.
Euphraja.
PefTuli, Urgibo.
feu Errhi-
ni ad au¬
Semente de Coentros preparada.
ge ndam Galla Chrifli and oitava huma.
memoriã. Flor de Alecrim oitava huma e meya.
Calamo aromatico.
Canela and oitavas duas.
Cravos oitavas huma e meya*
Almifcar.
Algalia and gradsfeis.
Mel de Anacardos.
Eji ora que calamitha and oitava meya : com
q.f de agoa de funcho fe façao Pinhões S. A.
ItaThomás Rodrigues da Veiga in fua praãica
- n. r
medica cap.66. depejjuHspag.] ] ]• Fairle-haç
de.peJ^ul£sjiag.]j^
na fórma feguinte:Os fimpliceslepiia.ráo to-
dos. fubtís, depois fe ajuntaráõ com o Mel
dos Anacardosj e tanto que tudo eíliver bem
miíluradOjlhe lançarao o que bailai de muçi-
Jagem de Alcatira tirada em agoa de Fum-
cho , e fe formara maífa rija , de que fe faiáo
os Pinhões , como caroços de Azeitonas peT
quenas, ou do tamanho de Pinhões giandes,
e neíla forma fe feccaráõ á fombra, e depois
fe guardarão para o ufo em vafo bem tapado.
Servem eíles Pinhões para o ufo externo
trazendo-os com o tabaco , de que fe ufa,
que aíiim iaõ bons para as dores de cabeça: os
que tem falta de memória , os poderáo ufar
depois das preparações univerlaes, metten?
do hum na venta elquerda , e a direita te
tapa com algodaó , ailim ie deixa ficar ate
pela manhãa, entaó íe tira , e ie eftuda o que
fe quer tomar de memória,e ifto fe continua
dez dias, comendo fempre dieta , eufando
alimentos de facil digeílaõ. Aíiim o enfina o
meímo Aucfor no lugar citado confortaõ o
cerebro , e íao muito uteis aos que eíludao,
ufando-os de qualquer íorte.
D 1 ATARTARUM,
*5
R.
.> Mannd.
Tartaro branco.
Sene.
Açúcar mafeavado and onça huma.
Gengibre.
Herva doce.
Canela.
Galanga , and oitava huma.
Xarope rofado folutivo onças cinco: faça-fe
Eleãuario S. A. Ita Petrus Cajleüi in An ti d.
Rom.pag.161. Far-fe-ha na fórma feguinte:
OSene fe pife medíocre, os mais fimplices
fubtís , o Manná , e Açúcar mafeavado bem
eleolhido fe diífolverá no Xarope de Rey , e
depois de coado lhe ajuntem os pósj e tanto
que eíliver bem miílurado tudo fe guarde
o Eleéfuario para o ufo.
Serve efte medicamento para as peífoas
difficultofas em purgar: toma-fe andando de
pé, efern preparaçaõ alguma, purga branda¬
mente da primeira regiaõ , e ferve também
nos achaques do peito: dá-fe de meya onça
até huma , diluta em huma gotta de agoa ,
ou fe come, e fe toma quatro horas antes de
jantar , e cêa, e fe continüa os dias que pare¬
cem neceífarios, tomando-fe, ou duas vezes,
ou huma , conforme a neceíiidade o pede.
MI-
 Dos Ele&uarios purgantes, Hieras, &c.
66 R M I C:
Mirabolanos Citrinos.
* Indos.
L E 1
T' A.
Chebulos afiados aná oitavas duas e meya.
Semente de Majirunços oitava ttieya.
Mirabolanos Belericos.
Emblicos afifados anà oitavas duas.
Cominhos.
Herva doce.
Ame os.
Alfa\ema.
Semente de Funcho anà oitava huma e meya:
infnnâad-fe em vinagre hum dia , e depois fe
pulverizem.
Spodio.
Baíaujiías. ' •
Ç um agre.
Al me ceo-a.
Goma Arabia oitava huma, e graõs quiniè.
Mie lcta Xarope de Murtinhos q.f : faça-fe Eleãua-
quid. rio S.A. Ita Nicolaus in Antidot. pag.mihi ijy.
Chama-fe a efte medicamento Micleta , que
quer dizer Experta , ou para melhor dizer,
medicina experimentada, aftim o affirma Pau-
lo Zuardo in Thefaur. aromat. pag. 25. Far-
fe-ha na fórma feguinteO Spodio, Balau-
ftias, Çumagre, e Goma Arabia fe pifaráò
fubtis, os Mirabolanos, depois de machu-
catlos, juntos com os maisfimplices, fe in-
fundirão no que baftar de vinagre, de for-
te que naÕ feja mais que aquelle que pude-
rem embeber , e fe deixem em digeftao vin±
te e quatro porás, paftãdas ellas fe ponhaõ
em Certãa de ferro em fogo brando até fe
enxugarem, e eftarem torrados, o que fefa-
rá com muito fentido , porque fe naõ quei-
mem 5 e depois de bem torrados fe ajuntem
aos mais pós, e fe tome huma libra e quatro
onqas de Xarope de Murtinhos, e fe levante
mais de ponto , e tanto que eftiver frio lhe
lancem todos os pós, e depois de tudo bem
encorporado fe guarde o Ele&uario para o
ufo. Os fimplices todos fe devem torrar de-
pois de infundidos (excepto os quatro); por-
que aftim o diz omefmo Auófor , e o enfina
Valerió Cprdo traã. de confeã.pag. mihi 98.
~Omnia cruda terantur macerentur in ace-
to vini modico per viginti & quatuor horas exfic-
centur cum infperfo aceto, poflea torreantur fu-
pra prunas\tofiis addantur fubfequentia Spodiij,
Balaujiiorum ,1Z?c.
Serve efte medicamento para fazer parar
o fluxo de fangue ás mulheres, he bom para
os que elcarraõ langue , para vomitos, Go-
norrheas, e para fluxo de fangue das Hemor-
rhoidas dá-fe de meya oitava até duas em
^ 1 . 1 ' k. _ „ 1. ! 1 I _
f
agoa de Tanchagem, Tormentilla , ou outra
qualquer conveniente.
, 25!
PHILONIÜ
P Hl LONlü
"R.
P
PÉRSICO.
Sementes de Dormideiras brancas,
e de
Meimendro aná oitavas vinte.
Opiò.
Terrafigiüada aná oitavas âe%±
Pedra Hematijia.
Acafrad , aná oitavas feis.
Cajloreo-.
Spica.
Èuphorbio.
Piretro.
Aljôfar.
Alambre.
Xe doaria.
Doronicos.
Trochtfcos de Ramich and oitava huma.
Camphora efcrop. hum.
Mel rofado libras duas e meya : faça-fe S.A.
Ita Mefue lib. 2. de egritud. peã. & pulmon.
cap. 6. in fine mihi foi. 250. Chama-fe a efte
medicamento Philonio , porque foi inventa-
do por hum Medico chamado Philpn , £5*
Perfiico,porque fe ufou muito na Perjia: aftim
o diz Chríftovaõ de Honeftís fuper Mefuem
pag. mihi 115. Far-fe-ha na forma feguinte:
As Sementes.fe pifaráÕ em grkl de pedra até
fe fazerem em pafta, depois fe metteráõna
pedra de preparar, até fe porem muito fubtis*
e nella fe deixarão feccar, e entaõ pefaráõ a
quantidade que fe pede na receita; o Opio ie
defatafá em parte do Mel, e os mais fimpli-
ces fe pifarão fubtís, e feajuntaraÓ as Semen-
tes, que eftaráõ em pó; o Mel Rofado fe po-
rã em fogo brando, até que tenha confiften-
cia de Eleétuario, e fóra do lume lhe lancem
o Opio desfeito na forma dita , e os pós to-
dos, e tanto que tudo eftiver bem mifto fe
guardará para o ufo. Grande he a controver-
Ea , que ha entre os Aucftores a refpeito da
iemente de Dormideiras,que alguns naõ que-
rem , que feja fenaõ Pimenta branca • porém
cm quantos Mefues ha , fe lê Papaveris albi ,
e naó Piperis albi , ainda que fejaõ de varias
imprenfas; a mim me parece fe deve fazer o
Philonio Per fico com a ferneme de Dormi-
deiras brancas, porque a mayor parte dos
modernos aífim o fazem , e também porque
a Pimenta he aftringente , e as Dormideiras
narcóticas, e bafta para corre&ivo do Opio
o-r---—.
Èuphorbio ; e os mais fimplices para a fe-
mente de Meimendro , e Dormideiras, aftim
o enfina a Pharmacopea Valentina traã. de
confeã. pag.%7., Lemery cap. 1 o. de Eleãuar.
pag.<,<)4. Entre os Boticários Elpanhoes hou-
ve já a mefma queftao, e recorrendo ao Pro
_ . « i-un f í /-» /-» TI "fk. J .. ^ < T T _ ^ i . rí
tomedico de Philippe II., que então era o
Doutor Francifco de Valies mandou por de¬
creto de n. de Mayo de 15511., que quem fi-
zefle
 252 - Pharmac. Lufit. Augment. Tràt. VI.
zeííe com Pimenta branca,t naõ com Dormi-
deiras brancas ; porém em quanto o noflb
Protomedico naõ mandar o contrario, fe deve
fazer a receita aflim como fe acha no Tex.to,
e repare-fe bemno que diz Oviedo lib.]. Me-
thod. pag.iyj., fallando 110 decreto do Proto¬
medico : Por lo qual defpues a cá fe compone
com Pimenta blanca, puefto que machos Médi¬
cos Doãos tienen lo contrario-, y las ratpnes, quetural de Tarío o feu primeiro inventor: af- fcnfe.
tenemos dicho,lo prueban bajlante. Por Sedene-
gi fe põem a pedra Hematijla,como diz Gui-
do de Cauliaco doã. 2. traã. ]., e a Pharma-
copea Valentina traã. de Confeãaalguns ha
que duvidáraÕ fe haviaõ de pôr neíle medi-
camento a femente de Meimendro, ou as fo-
lhas da mefma planta , ainda que Mefue nao
diga mais que Hyofchyami, entende-fe a fe-
mente $ porque efla he a melhor parte da
planta , e mais adequada para eíle medica-
mento pelas virtudes que tem, como diz
DioTcorides no liv.4. cap. 70., e para todos os
medicamentos fe deve efeolher aquella cafla
de Meimendro, que dá a femente branca ,
como diz Laguna fuper Diofcorides no lu-
gar citado: pelos Doronkos fe porá a Herva
Ramich Cidreira: Ramich he huma compofíçaõ de
quid i Trochifcos, que Mefue efereve na ãijlinçad
8. dos Trochifc., e eíles de Ramich, fó porque
entraÕ em muitas compoficoes fe fazem; naõ
fe deve ufar deíla compoflqaõ , fem que pri¬
meiro tenha feis mezes de fermentaqaõ, por¬
que fe antes delles fe dér luccederáõ terríveis
fimptomas ao enfermo , que a tomar , como
diz Galeno lib. 12. de arte curat. ad Glau-
conem.
Serve eíla Opiata para fazer parar qual¬
quer fluxo de fangue aflim como as demafia-
das purgaqoés das mulheres, e todo o fluxo
do ventre , e Hemorrhoidas , retêm o feto,
e impede os movitos: dá-fe de hum efcropu¬
lo até huma oitava.
PHILONIO ROMANO.
68 Pimenta branca.
Semente de Meimendro and onças
cinco.
Opio oitavas duas e meya.
Canela oitavas tres.
Semente de Aypo.
Cojio.
Myrrha.
Salfa.
Funcho.
Dauco.
Cajloreo, and oitava huma.
Açafraô.
Piretro.
Spica cheirofa and eferop. hum.
Mel bom onças nove: faça-fe FJeãuario S.A. miílo fe guarde o Eleótuario para o wío do
itci Galenus hb. y. cap. 4. de compojit.medicam. qual fe nao uíará , fenaÕ depois de paífados
Chama-fe eíle medicamento Philonio Roma-
no , por fer inventado pelo grande Phiíon de
Naqaõ Grego , e natural de Farlo , o qual
paílàndo a Roma o ufou elle,e outios Medi-
cos do feu tempo na dita Cidade , e por cila
razaÕ lhe chaniaõ Philonio Romano , outros Philonf-
lhe chamaõ Philonio magno,porque leva mui-
tos fimplices ; também Tarfenfe, por ler na - five Tat’
fim o diz Lemery cap. 10. de Eleã., e Baude-
ron lib. 1. „feCt. 4. traã. de Opiatis. Far-fe-ha
na fórma ieguinte: Os fimplices todos íe pi-
faráõ bem fubtis, o Ojfíofe eícolherá domais
limpo, e depois fe delatará em huma peque-
na porqaõ de Mel. Preparados aflim os lim-
plices fe porá o Mel efeumado em fogo mui-
to brando 5 e tanto que tiver ponto pouco
mais alto que o de Xarope , lhe lanqaráõ to-
dos os pós fóra do fogo , e depois de bem
miílurado tudo fe guardará para o ufo.
Serve eíle medicamento para os Pleurizes,
Cólicas, e para todas as dores internas, pro-
voca o fomno , faz parar todas as fiuxoés in-
ternas, de qualquer parte que fejaõ, hebom
para os eílomagos nauzeados, abranda as do-
res do ventre , fígado , baqo , e rinscaufadas
por deílemperança fria de flatos, ou de hu-
mores crus: dá-fe de hum efcropulo até hu-
ma oitava.
MUSA JE N E A.
69 T) Pimenta branca grãos desafete.
Jlv« Incenfo.
Myrrha.
Genciana.
Semente de Meimendro and oitavas feis.
Opio oitavas quatro.
Açafrad oitavas tres.
Euphorbio.
Arijioloquia longa.
Mandragora and oitava huma, e hurii eferop.
Mel quanto ba/le ■. faça feEleãuario S. A.
ItaJSlicolaus in Antid.pag. mihi 1751. Chama-
fe eíle Medicamento Mufa ; porque foi in-
ventado por hum grande Philofopho aflim
chamado; Mufa JEnea àperitijjimo Philofopho
inventa; aflim o di? Saladino-, e o fobre nome
de JEnea lhe dá a cor alambreada * com que
fica depois de feito, como affirma Lemery
na fua Pharmacopea cap. 10. de Eleã. Far-fe-
ha na fórma feguinte : A Semente de Mei¬
mendro fe pifará na fórma que fe difíe no
modus faciendi do Philonio Perfico ; e os mais
fimplices fe trituraráõ fubtis, depois fe po-:
rao tres partes de Mel eleumado em ponto
conveniente, e ftjra do fogo lhe deitaráõ os
pós todos eílando tibio ; e o Opio fc desfará
em alguma porqaõ de Mel, e eílando bem
fei$
 Dos Ele&uarios purgantesyjHieras, &c.
feis mezés de fua fefrtientaçaÕ : Algutnas re-
fceitas delle medicamento fe achaõ eferiptas
em variòs Auétores $ porém entre todas eíla
he a melhor, comó diz Plateario fuper Ni-
colaunft: 1: Sunt aútem diverfs. Mufa,fed i/la
inter omnes ejjicacior eft.
Sefvfe eíla Opiata para a cólica, e para
abrandar qualquer dor, refiíle ao veneno , e
provoca o fomno : dá-fe de hum eferop. até
huma oitava.
70 R
R E QU I E S
i Rofas. , o!j!
MAGNA.
o?
• Vtolas anã onças tres.
5.
Opio. . •
Somente do Meimendro, e da
'Dormideiras brancas.
Cafeas de rai\ de Mendragora»
Semente de Chie ore a.
Alface.
Beldroegas. j •
Zaragatoa. oõ -
Notes mofe adas.
Canela. >
Açúcar and oitava huma e meya.
Sandalos brancos,
Vermelhos, e
Citrinos.
Spodio.
Goma Arabia and eferop. dous e cincograds.
Mel efeumado q.f: faça-fe Eleãuario S.A.
lta Nicolausin Antid. pag.mihi 184. Chama-
fe a eíte medicamento Requies magna pelo
grande alivio , e defeanfo, que caufa a quem
o toma. AíTim o diz Valerio Cordo traã. de
Opiatis n Requies dicitur, quia requiem ac dpi-
entibus praftat.~ Far-fe-ha na fórma feguinte:
A femente de Meimendro fe preparará na
fórma , que fe diíTe no Philonio , e os mais
íimplices fe trituraráÕ fubtís, a Zaragatoa fe
infundirá em agoa Rofada,e depois de fe lhe
tirar a mucilagem, fe lançará no Mel, quan-
do tiver ponto capaz $ preparados os fimpli-
ces todos fe porá o Mel efeumado a cozer,
que feráõ tres partes , e huma de pós $ e de-
pois-de ter ponto capaz , eílando fóra do fo¬
go, e tibio , lhe lancem a mucilagem , e os
pós, e ultimamente eílando tudo bem en-
corporado fe guardará para o ufo , e na5 fe
dará fenaÔ paliados feis mezes, como adver-
tejacobo Manlio dift. de Eleãuar. O me-
lhor modo de ter eíle Eleétuario, he em pó,
porque delle fe póde fazer depois Opiata, a-
juntando-lhe o Mel , e as mucilagens de Za-
ragatoa: o Açúcar que na receita fe pede , fe
porá do Cande.
Eíle medicamento provoca o "fomno ,
abranda todas as dores, e faz parar o fluxo de
fangue : dá-fe de meyo efcropulo até dous,
applicado eíle remedio pela parte exterior
255
he íingular para as-grandes dores dè cabeça,
que nas Sezoés, e grandes febres cottumaõ
vííb$ applica-fe em hum a tira de panno em-
cima da teíla , que tome de fonte a fonte j e
para que os pós fe peguem ao panno, fe lhe
lança o que baila de mucilagem de Zaraga-
toa para fazer huma maíía branda: póde*fe
applicar a qualquer pelToaque feja, havendo
dores de cabeça-, ou com febre , ou fem ella.
A U G M ENT O
Do yi. Tratado. n
TRIAGA R E FORMADA.
‘ R. Carlina.
Angélica and tres onças.
[' -Pós de Víboras feceas.
Flores de Enxofre and de\ oitavas.
Terra figillada dote oitavas* ’ ■ ~'
Açafrao bom. o b ■ •, /— ’
Canela and feis oitavas*
Cravo da índia quatro oitavas.
Opio feleão feis oitavas.
Mel efeumado.
- Extraão de J uni per o, tirado em agoa coní-
mua , e em conftjiencia de mel, and vinte e hu¬
ma onças: mifiure fe, e faça-fe Eleâtuano S.A.
Far-fe-ha na fôrma feguinte; Efcolher-fe-
ha5 primeiro os íimplices todos, que fejao
novos, e dos mais feleétos que houver, os
quaes depois de eleolhidos fe pifaráõ filbti-
liífimos cada hum per fi,e neíla fórma fe to-,
mará a quantidade, que fe pede na receita ,
depois fe confundirão, e miíluraráu bem ; o
Mel depois de efeumado fe pefará,e com ou-
tra tanta porçaõ de Extra&o de Juniperofei-
to com a agoa commua,e reduzido fó a pon-
to de mel fe lançaráõ em vafo de barro vi-
drado, e fe porão em fogo muito brando ,
para que melhor fe unaõ os dous licores , e
fóra do fogo , eítando quafi frio , fe lhe dei-
tem todos os pós, mexendo a matéria huma
ou duas vezes cada dia , em quanto fe fer¬
menta , que ordinariamente fe acaba em oi¬
to ou nove dias, no fim delles fe o compoílo
eíliver duro,fe borrife com vinho branco do
mais cheirofo , de forte que fique em fórma
de Eleétuario brando, e delia forte fe guarde
para o ufo em vafo de vidro bem tapado. O
inugne D.Felis Palacios na fua Paleílra Phar-
maceutica part. 2.pag. ly^. nos inculca eíla
Triaga pela melhor, e fallando neila diz o
feguinte por formaes palavras : Efta es una
de las me)ores Thereacas reformadas, que ba-
fta a ora fehan deferipto , pues lleva folo aquel-
los fimplex ejfenciales, y proprios a los afeãost
que fe applican feme) antes compoftciones, quita
de la confu%Jon} y caterva deftmplices^ue ecínm
Gg enU
 234 Pharmac. Lufit/Augmentv, Trat. Vf/i
en la Therhga^y Mithndato^ae la niayorpar- la , e que a V iboru viva naÕ tem em íl vene-
te âe ellosjirven mas de debilitar fus virtudes , no material, nem nas bexigas , que eilaõ na
que deaugmàntar-las. E nós com o dito.Aü- raiz do^ dejrtes flexiveis do queixo de cima,
c^lor , di/iemos o mefmo. Serve para provo
car o íuor \ he contra a pélte ,-util nas maÜ-
gnas^ e venenos coagulantes, conforta oco-
laçaõ , e as mais partes principaes do corpo,
he boa para os fladlos , dores de cólica, íerve
nos achaques hyflericos , e fendo nova faz
parar os curiós: dá-íe de hum efcropulo até
quatro em licor conveniente. As viboras pa-
ra efte compoílo , e para os mais le preparaõ
como íe dirá no 1 ratado 8. dos Trochifcos
era. numero 45. He a Vibora huma efpecie de
Serpente, que do ventre da mãy naõ lahe em
ovo , como as outras, antes fahe viva , don-
de lhe yeyo o nome Latino Vipera , como
quem diflera vivi per a, quia viva paritur. Tem
a Víbora a cabeqa chata, os olhos muito pe-
quenos,e centilantes,a língua parda, e farpa-
V TVr* vayadelgaí;ando atéaponta, a
pe e he Jiía , ondeada de pardo , e amarello
nas coitas mole , e vileofa pela parte de bai-
xo. A temea le differenqa do macho, em que
aqueila tema cabeqa mais larga, o corpo ma-
yor, e o embigo mais chegado á cauda. Das
cobras, e outras Serpentes differe a Vibora,
™ C ta teiTí huma/0 ordem de dentes
em cada queixada , e nao tem em fi couía de
mao cheiro. Também fe differenqa em ter
dous dentes compridos,e muito agudos,hum
de cada banda , e finalmente em ter as vérte¬
bras do eípinhaqo encadeadas por hum mo
ròfcaMe1 noZÍded° P°der r ^máacalqado moTdTr nelíefou'em
de 2mpnr°T de hUm bra<ÍO smtíur*
n*,dU“ P° eSadaS ^ °UtraS tera.dous e tres
nord™ ’ algumf fa“ mu'to mals pequenas;
poiem nunca chegao a fer da groílitradas
Cobras grandes: as melhores laõ as mais
groiTas, e bem nutridas; apanhadas, ou ca-
q das no tempo das vendimas, e outono: de
vém‘a’ ^ze,tao’ e de outras partes no-las
res quedas coftum ^-0men? dos dltos Iuga-
fecc’as fem cahern 1
ecaud ^P,-b Sií
’ C 35 tnt7a
pas d° '“tenor, pele,
que fó qúando ella quer mortier fe levantaõ ^
mas que todo o veneno da Vibora he coufa
intencional, e efpiritual > movida, da ira , e
animada da idéa do* furor, e efpirito interior,
imprefja nos dentes , e na íaliva , que lanca-
da na ferida pelo buraco, que faz o dente, fe
communica por meyo da circulacaõ com to*
da amaflá languinària?e?perturbándó o eípi-
rito interior do ferido , Ihefcaufa outro íè-
melhante furor , o que também fuccede nas
mordeduras dos Caés , gatos , e outros ani- A
maes, e ainda nas do homem , que fó-quan-
do eílá raivofo faõ nocivas , e ás vezes mor¬
taes, como contao alguns Au&or.es de cer-
tas peíToas mordidas de homens jra-dos, e in-
furecidos ; de forte que naõ he a Vibora no
eiva , fenaõ quando eílá irritada e furiofa
tanto affim , que naõ accõmette a quem dor-’
me , nem a quem eílá nü , e fem armas para
a offender. Nafcem as Viboras em luares
afperos e pedragofos,o feu ordinário fuílen-
to faõ ratos, rans, minhocas, e outros infe-
dos: pódem eílando fechadas em huma ar-
ca de páo , que tenha buracos pela parte fu-
perior por onde refpirem,viver mais de hum
anno fem comerem coufa alguma ; porque
com o meímq ar , que pelos buracos da arca
lhe entra, le Íuílentaõ, como aífirma Leme-
ry , e outros. Coíluma a Vibora depois de Effcítos
Z d=ZT
C01 accid0 >»« to volátil, e queP c" ,nZ, :
cando-fe ás vêas , coalha pouco, e pouco o
fangue, interrompe a circulacaõ delíe e dos
efptritos, a que le legue a mirte lenaõ a-
codem aò mordido com remedios cZZ
eíte effeito fuccede como le le introduzifíe
com huma ceringa algum licor accido e
mordaz, nas véas de algum caõ ou outro
qualquer animal, o qll depois’ de pouco
temP° cahiria “> lluma convuliaõ, e morre-
ria; da mefma forte fuccede aos mordidos

fao de pouca, ou nenhuma utilidade v ndo faõ em primefro luna v ‘ V,,bora ^

ssérsSst^^
tossssasxdzst
a Vibora nem viva, nem morta, he veneno-, achfrdeT fangue^guWoTarr^cViro
lugar,
 Dos Ele^uarios purgantes > Hieras
lugar, tem frio como de Sezaõ , naufeas, e
vomitos convulíivos ; porque as partículas
falirias, e accidas, que Te introduzirão no
langue, irritaÕ, e picaõ as membranas inter¬
nas das vêas, e das artérias ; e finalmente fe
morre da mordedura da Víbora, porque o
langue todo i'e engroíTa, e coagula pouco e
pouco, fechando-ie a paíTagem dos eípiritos
interiores, faltando-lhe a circulaqaõ, fem a
I Remed. qual fe naõ póde viver. Os remedios exterio-
cxtcrior. res para a mordedura da Vibora he a cabeça
da mefma, que mordeo, pifada , e porta em-
cima da ferida , e nao podendo fer a da me-
fma, que fez o mal, baftará, que feja de ou¬
tra qualquer, que ie puder apanhar , alguns
dizem, que a cabeca da Víbora feita braza
emcima de hum ferro candente , e com efte
mefmo fe cauteriza a parte mordida 5 tam¬
bém untada com Alho pifado T e com Tria¬
ga porta emcima , porém eftes remedios fe
devem fazer logo no campo, tanto quefe
fentir a mordedura, e antes que fe commu-
nique o veneno, ou efpirito accido da V ibo¬
ra ao fangue do mordido , porque depois de
paflar muito tempo nenhum remedio apro-
Rcmcd. vcita. Os remedios interiores, que fe devem
interior, applicar aos mordidos da Vibora faõ os faes
voláteis dos animaes, que fervem para todas
as indicaqoés, porque faõalkalinos , muito
voláteis, rarefacientes, fudoriferos, aperiti¬
vos , e aflim o fal volátil das mefmas V iboras
he o melhor remedio , depois o de corno de
Veado , Craneo humano , e de Ourina $ a
Triaga velha também he boa para erte acha¬
que, por fer comporta de engredientes atte-
nuantes, e rarefacientes, fe for nova fe naõ
deve dar por caufa do Opio , porque enta5
condenfará o fangue , a confeição de Jacin-
thos, Alkermes, os Pós das mefmas Víbo¬
ras, e outros Bezoarticos,que nao levaÕ Opio
Virtudes faõ uteis no dito achaque. As Viboras limpas
das Vib. da péle, e entranhas faõ próprias para refiftir
ao veneno , purificaõ o fangue, fervem para
as Bexigas,febres malignas, e intermitentes,
faõ boas no tempo da péfte, curaõ a farna ,
eferobuto, e lepra •, a carne das Viboras co¬
midas em frefeo depois de cozida limpada
péle , interiores, cabeça , e cauda > he util a
todos,os que fe quizerem confervar com fau-
de , e boa difpofiçaõ, como affirma Mefue $
tomaÕ-fe também em caldos de duas até feis
onças,ou em pó de oito graõs até dous efero-
ulos, ou huma oitava. O unto das Viboras
e fudorifero, anodino , e rêfolutivò, ufa-fe
interiorrhente , e fe póde dar de huma gotta
até feis. Do fígado , e coraçao das Viboras fe
faz o Befoartico animal, c tem as mefmas vir¬
tudes , que os pós das V iboras, mas faõ mais
eíficazcs, e fe dá de feis graõs até méya «ita-
7 Òce. 255
va. O Fel das V iboras fecco he fudorifero,
fedaõhum , ou dous graõs em licor conve¬
niente: o frefeo lançado nos olhos por fer
muito refolutivo he bom para as cataratas
delles j o que deixamos eicripto ácerca das
V iboras fe póde ver em Charás, Lemery ,
Mangeto,e outros muitos, que delias trataõ.
As Bagas de J unipero , de que fe ha de fa¬
zer o extraófo para a Triaga, que deixamos
eferipta haõ de fer , das que vem de França,
ou de Italia $ porque nefte Rcyno , nem no
de Efpanha ha o verdadeirojunipero , fó fe
acha na Província de Traz dos montes, c cm
Caftella huma arvore grande , efpecie de Ju-
nipero, a que vulgarmente os naturaes da
terra chamaõ Zimbro. He efta arvore muito Zimbío.
■grande , dá humas bagas negras por fóra, e
por dentro algum tanto avermelhadas, tem
muitos efpinhos em lugar de folhas, o tron¬
co he pouco direito , e os ramos fe mettem,
e mifturaõ huns com os outros; o páo da ar¬
vore queimado cheira bem , e he bom o feu
fumo para purificar o ar corrupto. A Mera Mera»
que he hum licor,de que ufaõ os paftores pa¬
ra as enfermidades do feu gado, e também
os Alveitares em algumas curas doscavallos.
Fazem efte licor, do páo do Zimbro, e de A-
zambujo feitos em achas pequenas eftando
verdes, e as mettem em hum vafo de barro,
em que ha hum pequeno buraco por onde fe
diftilla pondo-fe no fogo o dito vafo, até que
lança a humidade toda, a qual fe apanha em
outro vafo, que felhepôem debaixo, para
que a receba j defta forte me dizem o fazem
em Caftella,na Província de Traz dos motes,
e no Alem-tejo, onde fazem o dito licor fó
com páo de Azambujo ; em muitas partes
defte Reyno lhe chamaõ Azeite Zimbro, ou Azeite
Oleo de Zimbro , e fe algum curiofo quizer Zlmlxc>'
fazer a dita Mera, ou Azeite Zimbro, toma¬
rá o páo de Zimbro eftando verde, e o lima¬
rá , ou fará em pedaços pequenos, os quaes
fe poráõ em huma retorta de vidro bem luta¬
da , que fique a terça parte vafia, e fe porá
em fogo de reverberio pondo recipiente na
retorta , e aflim começando o fogo brando fe
lhe irá augmentando, até que comece a di-
ftillar, e com o mefmo fogo fe irá diftiílando,
até que naõ lance nada , depois fe guarda o
Oleo para o ufo , o qual feito djefta forte he
melhor, do que o que fe faz no v.afo de barro
como acima fe difle: ferve a Mera para a cu¬
ra dos gados, e para o ufo da Alveitaria $
Curvo na Polianthea medicinal traã. 2. c.68.
num. 37. diz , que a Mera he boa para a cura
da lepra barrando o corpo com ella, como fi¬
zera a hum carpinteiro morador ao Correyo
mór defta Cidade , e a outras muitas pefíbas.
Heojunipero huma arvore pequena , qtie Junipcro*.
Gg z tem
 2^6 Pharmac. Lufiti Augrnent. Trat. Vl«\
iem o tronco delgado, e cuberto de huma
caica alpera, o páo he muito duro declinan-
te a vermelho principalmente quando eftá
Xecco, e de hum agradavel cheiro, quando le
queima, lanqa huma grande quantidade de
ramos guarnecidos de folhas pequenas, e-
.ftreitas , ponteagudas, duras, e efpinholas,
que Lempreie coniervaõ verdesj o leu früóto
láõ humas bagas groflas íemelhantes ás da
Hera , redondas , verdes no principio, e de-
pois de maduras fe 1'azem negras, tem den-
tro huma pouca de polpa, que declina a ver-
melha, glutinofa, oleoía, aromatica, de hum
gofto urinofo, acre , mifturado com alguma
doqura,e tres ou quatro lenientes compridas
lagrimas muito limpas, e fe pifaráõ fubtís ca-
da lium per íi, depois tomaruõ a quantidade,
que íe pede na receita, e todos íe miíturaráõ
bem, entaõ tomaráõ o Mel elcumado, e le
porá em ponto capaz, depois de coado eitan-
do quaíi trio lhe ajuntaráò os pós, e bem mi-
fturado, e encorporado Te guarde para o uío,
mexendo-o alguns dias, em quanto durar a
fermentaqaó j e íe ticar o Eleótuario duro, íe
abrandará com algumas gottas de bom vinho
branco , de forte que fique em fórma de Elé-
ótuario $ efta compofiqaõ elcreveo Meiue
chamando-lhe Diatejfaron, e os modçrnos o Diatefla'
intitulaõ Triaga de pobres, por fer o medi- ron.
camento pouco cuftofo, e que com facilida- '

triangulares j as ditas bagas nafcem entre as de fe póde fazer em qualquer botica, ferve
• folhas em grande quantidade, crefce efta ar- para as mordeduras das Viboras, e de todo
vore nos campos , e bofques de muitas par- o bicho peçonhento, he conveniente nas E-
- tes de Franca , e ltalia, e deftas partes man- pilcpfias, convulfoés, cólicas, excita a con¬
dão vir as bagas para efte Reyno os que de- junqaõ menfal, fortifica o eftomago , e he
fejaòfazer os medicamentos com perfeição : util nas fezoés intermitentes: dá-ledehum
contém muito Oleo , e fal eftencial j faõ ce- eicropulo até huma oitava em licor conve¬
phalicas, próprias para fortificar os nervos , niente.
eftomago , e coracaõ, ajudaõ a digeftaõ , ex- TRIAGA MAGNA.
citaõ a ourina , provocuõ a conjuncaó men¬ Ándromachi fenioris.
fal , reliftem ao veneno,fervem nas toflés an¬ 7) T) Trochifcos de Cebola Albarrda hu-
■t» , cólicas ventofas, e nas dores nefriti-
tigas £\ « ma libra.
cas faõ infefivas, aperitivas, e refolutiyas j De Víboras , e
devem fer notavelmente feecas, grofías, bem HeJrico.y. l .
nutridas, de cheiro forte , e aromático: al¬ Pimenta lonera.
gumas peíToas em Franca , e nas terras do Opio Thebaifo anàfeis oitavas.
Norte as trazem feccas em huma bolfa , ou Rofas vermelhas.
caixas de faya para maftígarem tres, ou qua¬ Çiimo de Alcaçiix. , .
tro pela manhíia , com as quaes fe prefervaõ Semente de nabos.
dos ares máos, e corruptos, e para fazerem Efcordio.
bom cheiro na bocca : muitos Parochos, e Opobalfamo, por elU oleo de Nó^ mofcada.
alguns ConfelTores em Franqa mandaõ co¬ Canela. ,
brir de Aqucar eftas bagas dejuniperos fec¬ Agarico.
cas de pouco , e lhe chamaõ confeitos de Cojlo,. >, ):

S. Roque 5,porque em tempo de pefte , ou Efpica cheirofa. . .

doenqas más, e contagiofas comem duas ou Diãamo cretico. gOUUJ!/ 7
tres bagas confeitadas pela manhaa, antes Rhapontico. , . • fllV
que vaoconfeftár os enfermos , e fegura Le- Rai% de Pontentilla.
mery, que com efte remedio fe prefervaõ de Gengibre-
fe lhe naõ communicar o achaque dos enfer¬ Mar royos brancos.
mos , que confeífaõ $ deixamos nefte lugar Rofmaninho.
eferipto , p que he Zimbro , e Junipero , pa¬ Efquinantho.
ra que fe venha no conhecimento, que as Semente de Petrocelino macedonico.
fuas bagas, e as do Zimbro naõ faõ as de Sa- Neveda monta na.
bina , como-alguns erradamente affirmao. Açafraõ.
TRIAGA DOS POBRES. Pimenta branca , e
72- TV Rait de Genfiana. Preta.
Arifolocjuia redonda. Myrrha troglodita, íU
Bagas de Loureiro. lncenfomacho.
Myrrha boa and duas onças. Almecega da índia and, onça e meyaç
Mel efeumado âiçqs libras de tudo fe faça Rai^ de Genciana.
Eleãuarip S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte: A%aro verdadeiro
Os fimplices fe efeolherao dos melhores que Funcho branco. >rr?
fe acharem, e a Myrrha da mefma forte em Valeriana mayor, e d$
Nar-
 Dos Ele&uarios purgantes , Hieras, &c. 2J7
'más, e qumos com a vifcofuia.de que temprn-
Nardo celtico.
Amomo racemofo. pedem a evaporuqaõ, que le.receyaj e depoii
Iva arthetica. de pifados os fimplices fe;etcume o Mch, et
Cimas de Hypericaõ. purifique lanqaudo-lhe alguma porquóde vi->
Sementes de Ameos. nho branco, cozendo-o em fogo muito, bran-*
Mojiarda fylvejtre. do, até que tenha ponto alto de Xaropfc,.en=>
Endro. taõ fe côe, e fe tomem tres partes de-Mel > ■©
Funcho. humadepôs , e eftaudoLo Mel quaíHrio le
Clefeli de Marcelha , * lhe vaõ lanqando os pós pouco , e poucòí^ e
Cardamomo menor. ultimamente fe lhe lance a Tormeutiiu:-, e!
Folio indo. ' j OleodeNóz mofcada derretidos com algu-»
Cimas de Polia montano. ma porqaõ de Mel quente, depois de. tudot
Camedrios. míílurado fe lanqaráem vafo grande, de bair¬
Páo de Aguila. ro vidrado , que fique amétade em valiu7 e
Çumo de Hypofijlhidos. 1fe vá mexendo a matéria toda duas^etu. txes
i r -vezes no dia , para que .melhor £e fermente., srnuisaL
Acafia.
ou.Qoma Arahia. v o que féfatá por efpaco de . doze ou^quinze
;vrí;;íi
Efioraque calamitha. í dias, tendo cuidado de tapar bem 0 vaio !."• ( oi<i
T erralemnia. quando fe acabar de mexer , paliado-o dito lü'i A
Caparrofa. tempo fe borrife com algumas gottas de-vl-
Sagapeno and hiima oitava. nho branco muito cheirolbj e palfádos-mais
Raix. de Arifioloquia. alguns dias fe o compoflo eíliver duroqíc lhe
Cimas de Centaurea. lance o que bailar de vinho , de forre^qúc
Opoponaco. fique em cônfiílencia de Eleóluario brandoq
Qalbano. feito na fórma dita depois de bem fermenta¬
Betume judaico. do, o compoflo , fe guarde para o ufoo Eíle
Cajlorio and meya onça. Antídoto , Triaga , ou Opiata ferve contra
Mel efcumado tanto pefo como d& tudo tres todas as doenqas contagiolás, como peíle ,
vexps, com vinho branco generofo fe faça Ele- febres malignas, bexigas, mordeduras de V i-
ãuarioS. A. Eíla receita da Triaga magna , boras, ede outros bichos peçonhentos, he
ou de Andromacho, he a que fe faz no gran- util nas cólicas flatulentas, lombrigas, afinas,
de hofpital de Gênova por ordem da fuaRe- febres intermitentes, Parlefias , Apoplexias,
publica, e a mefma fe faz em Veneza pelos Epilepfias, accidentes, e para todos os aeba-
melhores Boticários daquella Cidade , po- ques ffijlericos: em quanto he nova eíla
rêm primeiro que fe faqa pôeni õ Artífice os Triaga^oü Antídoto, por caufa do Opio que
fimplices todos em publico depois de efeo- - leva, provoca fomno , ferve para fazer parar
lhidos, e os moílra ao Prothomedico , e aos as hemorragias, e fluxos do ventre ; porem
mais Doutores, e Boticários para ferem vi> -depois que fe faz antiga,perde a qualidade fo-
ílos por elles, e examinados, depois de redu-.- mnifèrafpofque as partes vifeofas do Opio fe
zidos a pó fubtil, os tornaó a ver , e eomeílít tem adelgaqado , e exaltadas pela fermenta-
approvaqao dá o Senado licenca, para que fé çaê f de forte que nao fica capaz de fufpen-
poíTa fazer a Triaga, e fó a que fe faz com os t|er, nem moderar os efpiritos animaes do
fimplices expoílos a todos, e examinados,he^cerebro , que eraó precifos para caiifar fo-
a que fe póde gaílar na dita Cidade , e man- nino: A Triaga velha he melhor, que a frefea
dar para outras terras , e fe neíla nofia hou- para refiílir ao veneno ; porque pela fermen-
vefie o mefmo zelo , também fe poderia cá taqaõ fe fubtilizaó , e exaltaó as fuas partes ,
fazer a dita Triaga , e eíla receita me com- e ficaò mais capazes de difiblver, e adelgaçar
municou o muito R. P. Fr. Antonio de Ge- a coagulacaõ do fangue, e mais humores, ou
nova Capuchinho da Ordem de S. Francifco feja caufada de mordedura de bicho , ou de
ta5 infigne na Pharmacea , como na virtu- peqonha dada de propofito , ou ar corrupto,
de, o qual eílando na adminiílraqao da boti- ou também por caufa da muita quantidade
ca do hofpital de Gênova muitos annos af- de accidos, que por alguma caufa fe achao
fim a fez varias vezes. No cafo , que algum introduzidos no corpo; ferve a mefma Tria-
curiofo a queira fazer neíleRevno a póde ga antiga para fortificar o cerebro, e para ex-
fazer na fórma feguinte.Depois dc bem efeo- citar tranfpiraqaõ $ porque a larga fermenta-
lhidos todos os fimplices fe pifarão juntos , qao lhe augmenta mais parte‘s fubtís , e pro-
porque aífim juntas todas eílas drogas fe pó- prias para produzir eíle eflfeito: dá fe de hum
dem pifar fubtiliflimas, fem que fe evapore efcropulo até huma oitava. O nome Thcrea-
alguma parte da fua virtude 5 porque as Go- ga,ou Triaga fe deriva do verbo Grego T/iir,
•AJTí ou
 / Pharmac. Luíít. Augment^Tfytf* VI*
ou Thirion nomes, que valem o mefmo que to das agoas íbbe acima , de forte que an-
Fei-a , ou porque as Viboras daõ fundamen- dando fobre ellas, e com o grknde calor do
to aelia Triaga,ou também por fer remedio, Sol, que ha naquellas partes , e porcaõ doial
que ferve para as mordeduras de qualquer bi- das agoas,que de miílura traz, le condenca, c
cho peqonhento. Primeiro que l'e facacíle endurece, que parece pez negro. Os habi-
grande remedio le devem efcolher os fimpli- tantes daquella terra, quando ha ventos tor¬
ces , e examinar como acima diíTemos, que te's vao ás prayas do dito mar,e le vem o Be-
todos com facilidade fe podem achar man- tume perto da terra , o tiraõ com páos com-
dando-os vir de Franqa, e Italia, que fendo pridos fem chegarem á agoa pelo perigo de.
fementes por ellas fe poderáõ pôr outras, que vida, que correm em fe. metter nella, e mui-
tenhaô igual virtude, e ficará o compoílo tas vezes por caufa do máo cheiro delias a-
feito com perfeiqao.A Veneza coílumaõ tra- goas, e ar corrupto, que delias fahe, alguns
zer os moradores do Levante o Betume ju- deíles homens morrem $ porem fempre, ha
daico , ou Afphalto , e daquella Cidade o le- alguns, que naô reparaõ no perigo ló pelo
vaõ para muitas de Italia. He o Betume ju- lucro que tem em o tirarem: O melhor Be-
Betume daico raque também chamaõ Betume Baby- tumejudaico he o negro, muito luzidio,com-
iU(Jaico’ lonico,ou Afphalto huma matéria fólida, que- paclo, mais duro que o pez, de forte que
“ y °* bradiqa , negra , femelhante ao pez negro , cheirando-o naõ tem cheiro algum , lenaõ
Afphalto'‘fulphurofa, e inflammavel, a qual queiman- quando fe queima , ou fe tira do lume , por-
do-a deixa hum cheiro muito defagradavel , que o que cheira fem fer queimado, tem mi-
acha-fe eíle Betume nadando fobre as agoas ílura de pez : O Betume judaico, ou Afphal-
do mar Afphaltico , que em outro tempo fe to he muito fortificante , refiíle ao veneno,
chamava morto , onde eílivelaõ as Cidades e podridoés, refolve , attenüa, cicatriza , e
de.Sodoma, e Gomorra, o dito Betume fahe alimpa as chagas : dá-fe mi/lurado com ou-
de tempos em tempos da terrai, que eílá de- tros fimplices de quatro graõs até doze, e fe
baixo do dito mar, e obrigado do movimeri- ufa também exteriormente.
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tra-
 239

tratado
E
vii.
DAS PÍLULAS, EXT K AC T OS.
Pi lula: í LULA? ditto. funt à rotunditate Carpobqlfanto and onça huma. i
quid i quafi parva. pil esquia admodumpar- ■hofna. ' \.y\ *. r; 'íJCff
ve. pila funt rotunâeyftc tenet Sala- Rofas anã oitavas cinco \moadfe todas eflas
dinus in utilibus interrogai, ad Aro- coufas grojjamente ,> efe ponhav a co\er em do\e
matarios pag. mihi 253. Quer dizer, libras de' agoà'atéagafiar duas partes , esfre-
c]ue fe chamaõ Pilulas pela redondeza, que guem-fe coni as mads^depoisfe efpremad^côem,
tem , ou porque faõ redondas como pelotas: e lhe lancem ^ i.a-c f
o meímo enfina Scrodero na fiia Pharmaco- A\ebi"e>Sücotrino libra huma ) lave-fe emti-
pea Chimica cap. de rebus medicam, preparat. gela debarro vidrado com ago* da chuva muitas
mihi pag. y. por eftas palavras: Pilule , tdeji, vetes.-, fe que fe, e deite-fe fobre ella da efpref-
parve pile funt medicamenta rotunda aptata fad Jbbredita ^quafi duas libras , mexa fd, e tra-
Catap degluttoni : os Gregos lhe chamaõ Catúpotia, ga-fe ao Sol, e depois lhe lancem
tia quid ? nome dirivado do verbo Grego Catapino^que Myrrha.
he o mel mo que devoro j porque fe tomaõ as Almecega and oitavas cinco.
pilulas inteiras, e fem le maíligarem, aílim o Açafnib tres oitavas : moafe tudo com boa
eniina Frandfco Verni fuper Bauderon feét. trituração, elhe ajuntem 0 que ficou do dito co-
Cur Pilu- J o. depilai', p. 429., e o mefmo ahrrma Cha- \imento : mexa fe mmtas netes , efe façaô Pi¬
te inven- rás cap. 22. de ptlul. Vocantur et iam Catapotia, lulas do tamanho de gr aos de bico. Ita Mefues
tas.
quia folide deglutiuntur. Por duas razoés fe lib. 1. dfiintl. 1. depiiul. foi. mihi 165 .Chamaõ-
inventáraõ as Pilulas em fôrma folida ; pri- fe a eítas Pilulas Alephanginas , nome diriva-
meira, para fe poderem tomar, engolindo-as do da palavra Arabiga Alephangium,que qucv
fem le maitigarem , porque tem hum iaibo dizer , aromatica , e alguns lhe chamaõ Pilu-
notavelmente deíagradavel : a legunda , para las ar orna Ucas , como diz Chrifrovaõ de Ho- Pilulas A-
que fe dilatem mais no eflomago , e pofíaõ neílis fuper Mefue na AnnotaqaÕ do mefmo roniatica:
attrahir,e purgar os humores das partes mais compoflb. Para fe fazerem eítas Pilulas man-
remotas,o que naõ podem fazer medicamen- da Mefue cozer os aromáticos em doze libras
tos,que fe tomaõ em fôrma liquida, ou bran- deagoa atégaftar oito: parece demaíiado co¬
da , os quaes fazem pouca demora no efto- zimento, e nao he pofíivel que deixe de fe re-
mago j porque logo paííaõ abaixo , tudo nos folver a Virtude dos ditos fimplices , pois pe-
eniina o noíTb grande Meílrejoaõ Mefue na Io largo cozimento fe lhe evapora o chéhrò
difiinçao 1. das Pilulas per formalia verba: Pro- deli es, o qual confifte em os Saes voláteis , e
pter duas utilitates , tf juvamentaprincipal:- fulphureos dos fimplices, e muitos reparan-
ter pi lula fuerunt invente. Et prima utihtas do nifto fazerti o cozimento de vários modos*
efipropter eariim difphcentiam injenfu giijhis. porque cozem os fimplices em libras quatro
Secunda utilitas efi , ut magis à remotis attra- de agoa , e depois de huma noite de intülao
hant matérias in eis contentas mayorem moram lhe daõ huma leve fervura, e os mefmos íim-
in fiomacho contrahendo. Medicine autem li- plices tornaõ a cozer, até que fiquem pouco
quide folutive , quia cito defcendunt de fioma- mais de duas libras, então coaõ o cozimento,
cho, pauca in ipfo moram contrahunt, tf ideo ajuntao ambos os licores , e com elles fazem
non funt tante potentie in attrahendo , tf foi- as Pilulas , e aílim dizem que tiraõ a parte A-
vendo humores, quantum funt pilule. romatica , e confortante aos fimplices, co¬
PILULAS ALLPHANGINAS. mo o enfina a Pharmacop^a Valentina : Sed
1 T) Canela. non erit alienum à ratione addere modum com-
JL.V» C ú bebas. ponendi ipfas, (5* erit, ut omnia fimplicia in li¬
Pão de A&o-ui ta. t bras quatuor aque infundenturper noãem , tf
%
Lalarno aromatico. unico fervore coquantur, f cum colata fuerinty
Cravos. in reliquis libris oão aque coquantur ,jficque ex
Aturo. decoãione pofieriori, f priori infujione perfeãa.
Almecega. viateries ad ifias pilulas fervabitur, ita ut utra-
fquinantho. que facultastam tenuior, quàm etiam terrefirior
Kfpicd. in ipfis Pilulis confervetur. Outros fazem o
cozi-
 240 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VII.
cozimento em feis libras de agoa , e coeem
é>s fimplices até gaitar tres, e com a que fica
fazem as Pilulas, çomo enfina Oviedo no Uv.
3. method.^o qual para o fazer,fe vai da auéto-
ridade do mefmo Mefue no Uv. dos Simplices
cap,proprio , onde trata da reétificaqaõ do A-
zebre , o qual diz que fe reétifica com os
aromáticos em igual quantidade, cozidos
em (eis tantos de agoa , até que fique a terqa
parte: Requirimus enim ei citam , Cf facilem
operationem cum efpeciebus Alephanginis,fcut
Çinamomum,fpica, Cfc. De quibuspartes aqua-
les, Cf fextuplo eariim aquaufque ad tertiam
ejuscumfacultate. Outros as diítillaõ ajun-
tando-lhe agoa, e com a efpirituofa , que
delles fahem, fórmaõ as Pilulas, còmo enfina
Zuelphero Cíafiá. de Pilulis: entre tanta va-
riedade de opinioes fe devem feguir os mo-
demos \ «s quaes fazem eíle cozimento na
fórma feguinta.w. .
T ornar ád os aromáticos todos, e depois de pi-
fados os lançarão em vafo de barro vidrado, e
emcima lhe deitarão a agoa, que bajlarpara os
■cobrir , de forte que fobre puje 0 licor feis dedos
for cima dos fimplices ,e depois de bem tapado 0
vafq.fe porã em digefaô em cintas quentes vin-
te e quatro horasypaf adas ellas,fe lhe dê huma
Uve ebulliçaõ , e fe efpremaofortemente, e com
efa efprejjaõfe far ad as Pilulas:ajjim 0 enfina 0
Miguel Ettmulerus cap.j^.in Comment. fuper
A 'dü Schrodernm', Cf Mangeto fuper Schroderum
Qaf. 4. Feito o cozimento fe lavará primei-
ro a libra do Azebre em agoa da chuva , ou
de ciíterna , até que nao traga côr, nem fai-
FOjdo Azebre $ entaõ fe porá a feccar ao Sol,
OU em cinzas quentes $ e tanto que fe gaflar
a,humidade fe pifará , e lhe lanqaráõ quafi
duas libras do cozimento feito na fórma dita
dp coufas aromaticas, e fe pórá ao Sol nos
dias caniculares , ou em cinzas quentes, até
gaitar a hurmdade,entaõ lhe lancaráÕ a Myr-
rha Aqafraõ, e Almecega em pó fubtil, e fe
iprmaia mafía com o que baítar do mefmo
licoi aiomatico, e depois de bem malaxadq
tudo ie iaqaõ madaleoés, ou huma mafia ,
que le guaidaiá para oufo. Quando os Au-
Lavatio ctoies pedem Atebre lavado para que pela la-
Aloes. vaqao e lhe a parte a virtude purgativa, fe
deve lavai na forma feguinte: Tomaráõ de
Azebie bom , e limpo de aréa, e do mais que
cima feis tantos de agoa da chuva, ou de Ci-
íterna , e o mexerão com efpatula , e deixa-
rao depois aífentar o Azebre no fundo da ti-
gella^, então fe lanqara fora a agoa por ineli-
naqao com muito fentido , em fórma , que
mo va 0 Azebre, e fobre elle fe faqa a mefma
diligencia fegunda, e terceira vez, ou ate que
a agoa fayà clara, e tenha pouco,ou nenhum
faibo do Azebre , e lavado neíta fórma le íe-
que ao Sol, ou em cinzas quentes$ allim o
enfina Miguel Martins de Lèache nas íuas
controverfias Pharmacopeas cap. 2. de Uivat.
pag. 60. He grande a queílaõ , que ha entre
os Auétores na lavaqaõ do Azebre j porque
huns querem que a agoa, com que fe lava, fe
lance fóra , e outros que fe feque com elle j
porem todas as vezes que fe lavar para le lhe
tirar a virtude folutiva , fe deve derramar a
agoa $ porque fe aífim íe naõ fizer , naõ ferá
lavaqaõ, fenaõ imbicaõ: e fe o Azebre hou-
ver de ficar com a agoa, com que fe lava , fi-?
cará com a virtude purgativa, que antes ti-
nha $ e os Auétores quando o querem lava-
do, he porque lhe pertendem tirar a mayor
parte da folutiva, e accrefcentár a conforta-,
tiva; e efta he a razaõ, porque Mefue manda
primeiro lavar com agoa o Azebre para as
Pilulas Alephanginas, e depois com o cozi-
mento das efpecies aromaticas, que he o que
no Azebre fe ha de embeber j hum dos Au-
étores que quer fe embeba a agoa , e naõ fe
derrame he Oviedo no Uv. 2. cap. 20. , e fe vai
de hum lugar de Galeno na compoficaõ de
LampaÕ Peluziota no Uv. 8. cap. 2. de compof
Pharmaconm fecundum tocos 5 onde diz eltas
palavras : Et accepta Aloes Indica, libra una
aquam pluviam fuficientem fuperinfundito , Cf
fub Canicula afu, donec reficcetur tertiò, atque
ubiplurimum per hanc aquam Aloem ipfam e-
dulcearis, Cfc. Quer dizer, que fe tome huma
libra de Azebre Indico , e que fe lance em
baílante agoa da chuva, e fe feque , e fe repi-
ta tres vezes, até que a agoa faya bem doce,
fito he o que Galeno diz , porém todos tem
por impoífivel apartar-fe a virtude purgativa
fem fe lanqar fóra a agoa, com que fe lava,e
que efta feja a mais provável opiniaõ o verá
quem lêr a Jeronymo Mercurial lib. cap. 4.
de lotione, onde o enfinúa per formalia verba:
Qui volunt Atoem abluere , primo conterunt
in minimas partes , ut ratione ablutionis pojjit
penetrari tota fubfantiafeinde efundunt aqua-.
agitant, ac dimittunt ut fubjideat; ubi fubfede•
rit,projicitur , Cf iteriim nova efunditur aqua
agitatur, ac ad fubfidendum demittitur, ficque
interdumfexies, oUies, decies id fit. urout vo-
lava a cal , como aquella com que fe la-
va o Azebre , fe deve lançar fóra: Caterum
ex his, qua adfordium feparationem abluuntur,
fcilicet calx, Cf Aloes tenuijjimè terenda funt,
deinde ejfufa aqua copiafatis magna fimul mi¬
feentur, Cf quiefeere ad fundum vafs, cf fubft-
/ derc
 • ir] Das Pilulas, e Extractos. . i 241
4erefinuntur, tutic efunditur aqua, atque idfia- PIPULAS AGGREG ATIVAS.
pius repetitur , âonec aqua pura remaneat, dein- 2 TV Mirabolanos Citrinos.
de medicamentumJiccatur* ac reponitür. ü me-, Jfcv*, Rufiar bo and oitavas quatro. .
imo enfiua J.acobo Sylvio na lua Pharmaco- Çumos de Eupatorio , e de
pea lib.%. de prapar. medicamentorum pag&yp Lofna and oitavas duas.
~ Atoem vero fii lavas ter, quater Cf dum rjfied&* Efcanwnea coxjda no marmellú oitavas fieis.
te , aqaarn abjeceris , quod relinquctur, amari-. Mirabolanos Chebulos, y e
tudinem quidem exuerit poji aliquot lotiones. — 1 tidOS- • V,i, ■
E indo fallando mais abaixo no mefmo Aze- A gari co.
bre ácerca de Te lavar com algum cozimento Coloquinthida. ,. -v. •
aromatico, entaõ lhe naõ Chama lavaqaõ, fe- Polipodio and oitavas duas*
naõ imbibiqao, como fe póde ver no mefmo Turbit.
Audor no lugar citado, Fernando de Sepu- A\ebre and oitavas fieis»
lueda diji. i i.depilul. na Annotaçaõ das Ale- Almecega.
phanginas, enfinando a lavar o Azebre pôs Rofias. •
a düvifta o haver de fe lanqar fóra , ou naõ a Sal gema.
agoa com que fe lava, e o.diz aflim : Ejlatia Epithmo.
dubitatio in lavatione Atoes cum aqua pjuviali, H erva doce.
Cf eji andebeat tal is aqua in unaquaque lavatio¬ Gengibre and oitava huma.
ne removeri ab Atoe, an debeat imbibi, Cf demit- Eleóluano Rojado q. fi.para fie formar mafià.
tere eam in Alpe , Cf exjiccare, ut aliqui dicunt*. Jta Mefines diiiinã. io. de pilul.fol. mihi i66-
Re/pondetur, quod aqua, de.bet removeri ab ipfo Chamaõ-fe a eílas Pílulas Aggregativas , ou
Aloe-, Cf fiat hoc modo: Alotsb.onum bene tritu- Policrejias , porque ajudao muito a quem as
ratum ponatur in fcutella lapide a, vel vitriata, toma, e porque purgaõ univerfalmcnte to¬
Cf ibi cum aqua pjuviali bene mi fit eatur per una dos os humores , como diz Chriítovaõ de
horam,pofiea dimittantur refidere, Cf Atoes pe- Honeílis fuper Mefuem in Annot. Pilul. Ag-
tatfundum fcutella., Cf aquafupeniatabit, Cf greg. 2 Dicuntur Aggregativa, quia juvamen-
tal is aqua fiat iterum, ut diéium e/l, Cf remota ta multa aggregant Jblvendo univerfaliter o ni¬
ilia cumtertiafitJimiliter, Cfpenfiamlavatio- nes matérias, tam crdjjas , quàm fubtiles , tam
nem eji per quam removentur partes calidaab calidas , quam frigidas. ~ Varias receitas de
Aloe , utremaneat magis confortativum, Cf mi- Pilulas Aggregativas traz Mefue , porém fó
tiusfolutivum. Carlos Clufio lib.z. de lavatione. as que ficaõ acima efcriptas faõ as que fe de¬
Species Aloes tenwjjime terenda funt, deinde vem ufar , como diz Chriftovaõ de Honeílis
affufa aqua copia fatis magna fimul mifcentur , no lugar citado : Hic de Pilulis aggregativis
Cf quiefcere , ac ad fundum vafis fiubfiidere fi¬ ponuntur tres deficripüones, fied ifia prima uji-
nuntur, ejfunditur aqua , atque id fdpius repeti- tatur, Cf communiter habetur in ufiu iibique. Far-
íwr, remaneat O mefmo en- fe-haõ na fôrma feguinte : A Coloquinthida
íina o Collegio Bergomenfe lib. de eleãioni- fe triturará fubtiliífima, a Efcamonea , e A-
bus, Cf prepar.fuper Aloem: — Aliquando ablui- zebre fe moeráõ fubtts na groiTa trituraqaõ ,
tur, ut de vipotjjimum purgatória aliquid de- o Agarieo fe ralará , e paíTará por Sedaco, o
perdat, id quod viaxime fit ,Ji ejus tenw jfinia , Salgema , e Almecega feráõ fubtís, e os*mais
acerrimaque pars , Cf qua maxime vim Cathar- fímplices medíocres, bs cumos femiíluraráõ
ticam, feupurgatoriam obtinet, unà cum aqua cotii os pós, e depois lhe ajuntaráõ o que ba¬
feparata effundatur ,fieu abjiciatur. Com que ilar de Eleduario Rofado para fe fazer maf-
do que dizem eíles, e outros Audores, que ía , da qual depois de bem malaxada fefaraõ
aqui pudéra apontar, lè vè que a agoa da chu¬ madaleoés, que fe enxugaráõ á fombra in¬
va com que fe alimpa o Azebre, ou fe lava do-os comprimindo todos os dias , até que
para que feja menos purgativo, fe ha de lan¬ de todo eílejaõ enxutos, e affim fe gilarda-
qar fóra , e naõ feccar-fe , nem embeber-fe ráõ para o ufo. O Eleduario com que fe haõ
nelle, e fó fe deve embeber o cozimento das de formar eílas Pilulas ha defer o Rofado ,
efpecies avomaticas, que o fazem mais eon- que eícreveo Mefue ,como diz a Pharmaco-
fortativo , e cheirofo. «. :• pea Valentina tradi. de Pilul. ~ Si vero com-
As Pilulas Alephanginas purgaõ, e confor- pqfitio fit Mefiues, ab eodem Mefue defiumenda
taõ o eílomago, ajudaõ a digeltaõ, e diffipaõ ejl deferiptio Eleãuarii Rofiati, Cf Pílula. Ag-
os flados, purgaõ o ventrículo, eosorgaõs gregativa ex Mefue parentur, debentformari
dos fentidos de todos os humores crafíos, Eleãuario Rofiato. Os qunios de Lofna , e
podres, epituitofos, prefervaõ , e alimpaõ Eupatorio que entraÕ neftas Pilulas haõ de
o corpo em tempo de corrupquõ de ares: fer elpefíados, e naõ tirados da planta, e af¬
daõ-fe de meyo eicropulo até Iíuma oitava. fim lançados 110 conxpoíío, porque ainda que
Hh Mefue
 242 PharmaC. Luftt. Augrnent. Trai. VII.
Melue o naõ diga, bem Ce deixa ver, que hc
pouco duas oitavas de qumo liquido pata taõ
grande compoílo 5 e lendo eípeílado haíta ,
porque leva muito mais, e he de mayor ope-
racaõ j porque para haverem de ficar duas
oitavas de qumo elpeffado,he neceiiario que
fejaõ leis, ou mais delle citando liquido , al~
fim o enfina Oviedo lib. 3. Method.pag. 275.
Tira-ie o cumo da Lofna , e fe elpèlia para
eftas, e mais Pílulas em que entra, na fórma
Succus feguinte : Pifaráõ a quantidade de folhas, e
Abfmtii , cimas de Lofna que quizerem, e a pifaráõ em
&. Eupa' oral de pedra, depois a elpremeráõ em ini-
rii quo-
prenfa , e o qumo que der fe depurará, e de-
modo cx-
trahitur, pois fe porá em fogo muito brando $ e tanto
& fpiíla- que tiver ponto quafi de Mel, ie côe , e lance
rur. em bexiga fecca de Boy , e ie ponha ao Sol
até fe ieccar , ou fe guarde affim em vidro
bem tapado, e deita forte fe con ferva todo o
anno , lem ter corrupqaÕ 5 porém quando fe
coze be neceíTario , que leja em fogo muito
brando, e mexendo o fempre com muito
cuidado* porque fe acafo fe queima, naõ fer¬
ve para nada, e por cita razaõ alguns o peiem
em ponto de Xarope , e entaõ o lancaõ na
bexiga, para que nella o Sol lhe acabe de
gaitar alguma humidade fu per flua , que ain-
da lhe fica : nefta melma fórma fe lira o qu«
mo do hupatorio para eílas, e mais Pilulas,
em que entra $ como o enfina Lemery in
Notatio Phai macop. cap. 8. de pilul. Coítumaõ alguns
circa mo terem eftas , e as mais Pilulas feitas em pó,
dum có- embrulhadas em papeis,e naõ as formaõ com
ficicndi o licor , que o Auólor delias manda j e deita
Pílulas.
forte fazem as Pilulas, quando lhas pedem
com aquelle Xarope, ou licor , com que o
Medico as manda formar: o que naõ tem lu-
gar por fundamento algum, pois álem de
lhe faltar aquelle modo de fermentaqaõ, que
eítando formadas adquirem , naõ peidem
conlervar luas virtudes * porque como pela
trituracaõ íe fizeraõ fáceis de exhalar por
naõ haver vifcofidade , que as abrace , naõ fó
ie perderão, mas adquirirão contraria quali-
dade : aílim como fe nellas entraõ fementes,
ou outros fimplices, que pelo tempo fe alte-
raõ, e mudaõ de qualidade , como naõ hou-
ve real miftaõ , evaporaõ-fe as partes fubtís,
e íicaõ as craftas, e terreftres j pelo que pare-
ce , tomaõ contraria faculdade , e faõ aflim
nocivas, e de pouca, ou nenhuma utilidade
para quem as toma: e fe os Auótores as nao
mandao formar com agoa, ou qumos íimpli-
ces, porque fe feccaõ, e perdem totalmente
a fua virtude , como as podeváõ confevvar
feitas em pó , e guardadas affim muito tem¬
po j E taijnbem cpnfervadas em pó nunca fe
pódem dar as doze certas, porque os Auóto
res as calculáraÕ ás maftas, e naõ aos pós: e
lendo que queiraõtlfier , que quando as daG,
as fazem primeiro , e depois peíao a dole j
com tudo também he incertàqpelõ recentfr
licor com que fcfoimaõ , que-tempi e ha de
fazei piais pelo , do que le de priíitipio foft
fem formadas $ alem de que a íazao mayoi
que ha para fe nao guardai em em po j he áf
faltada fniftaõ f pbrque como dizSerapiaõ ±
fazem feu vigor depois de paíladok dous mei
zes.de boa fermentacaõ, para que neftes ie
tranípirem, e unáõ ás virtudes em huma, co-
mo ie podeiáõ eílàsiunir , e tranlpirar eftan-
do em pó, faltando-lhe a humfdade, e viíco*
fidade , que as agite, e conlerve l L que e) las
fe naõ poííaÕ confervar ienaõ formadas em
maftà com humor glutinoío , enaõ agoa
nem qumo íimples *,' o diz Silvio iüper Me-
fu em : C atapotia. aqiiu Joia , veljuccú folo ne
formavais, quòd citiusficcentur, velfkum con-
trahant, fedfyrupis atiionem catapotiorumju-
uantibus , vel alio, & glulinpfo, jucundo hu-
more, e o mefmo enfina Henrique Tenkhe
capit. 7. de pilul. “■ CompomnUir ex fpeciebus
aperientibus , &c. prout varia eji inter.tio * qus.
excipiuntur liqaore aliquo glutimfo , utfyrupo,
Mclle,Jdppa, Mucilagine, ut in majjam aptius
cohareant * — e finalmente naõ tem deicuipá
alguma os que querem guardar , e confer-
var as Pílulas em pó , porque me quer pare-
cer, que naõ haõ de achar Auctor algum,
que tal lhe enfine*e todos fem haver contro-
verfiaalguma , asmandaõ guardar formadas
em maíTa fólida , mas de tal forte que fe con-
ferve algum tanto branda * porque aílim he
melhor , que aquella que eítá fecca , como
diz o grande Lemery na fua Pharmacopea
cap. 10. de pilul. por eítas formaes palavras :
1/ ejl plus avantageus, que ta m a ff'e des pilules
fe conferve mollete que trop dure, parce que la
fermentationfe fait beamoup mieux dahs V hu-
mi de , que dans lefec. E aílim me parece, que
aquelles que defejaõ obrar os medicamentos
com pcrfeiqaõ , devem ter eftas, e as mais
Pilulas formadas em maíTa na fórma dita , e
naõ em pó pelos inconvenientes ullegados.
As Pilulas Aggregativas purgaõ univer-
falmente todos os humores, mas mais prin-
cipalmente os da cabeqa , e eftomago: daõ-
fe de hum efcropulo até huma oitava.
PILULAS POLI CRETAS.
5 T) Extraão de A\ebre eferop. quatro.
Coloquintlúda preparada, cum agoa
de Fumaria.
Refina de Efcamonea.
Açafrad.
Sal Tar taro.
Myrrha.
Flor de Enxofre Benjoinaâa and efcropulo
hum: com q.f. de agoa fe faca ma ff a) e delia Ei.
lulas.
 Das Pilulas
Mas. Ita Michaet Ettmullerus traã. dg piluU
tom. 2. pag. nuhi 466. Far-fe-haõ na fónna fe*
guinte: A Coloquinthida fe pilará fubtil-
mcnte , e fe lhe lançará alçuma açoa de Fu-
maria, depois fe ieccará, e tornará a pilar fu-
btilmente , e delia aílim preparada fe tomará
a quantidade,que na receita fe pede, os mais
fimplices fe trituraráõ medíocres , e tanto
que todos eíliverem bem miíturados fe lhe
lanqará o que bailar de agoa de Fumaria pa¬
ra fe formar mafia , a qual depois de enxuta,
e bem malaxada, fe guardará para o ufo em
vafo de vidro bem tapado,ou em outro qual¬
quer que feja conveniente : Alguns fórmaõ
eftas Pilulas com Xarope de Fumaria , e af-
íim fica melhor a maíTa 5 porque fe con-
íerva em fórma , que delias fe podem fazer
Pilulas, fem fer neceíTario ajuntar-lhe novo
licor. O Extraélo do Azebre fe tira na fórma
feguinte.
Extra&u Tomaráõ huma libra de Azebre , e o pifa-
Aloes. fino ^ e lanqaráõ em vafo de barro vidra¬
do, e emcima delle lhe deitaráo o que bailar
de agoa de Almeirão, e poraõ o vafo em cin¬
zas quentes por efpaco de vinte e quatro ho¬
ras, mexendo a matéria muitas vezes , para
que fe diííblva , e tanto que a agoa eíliver
tinta fe coe , e emcima do Azebre que ficar,
fe lance o que bailar de eípirito de vinho , e
fe ponha fegunda vez em cinzas quentes,
mexendo a matéria na mefma fórma que aci¬
ma difie, e paifadas vinte e quatro horas fe
coe , e eíla coadura com a primeira fe ajun¬
tem ambas em vafo capaz $ e tanto que eíli¬
verem bem confundidas fe filtre o licor, e fe
ponha em vafo de barro vidrado ao lume em
fogo brando , até evaporar a humidade , e
ficar o Extraéto com a corpulência mais al¬
ta que de Mel, em fórma , que delle fe pof-
faõ formar Pilulas, quando fe pedirem j e ul¬
timamente fe guarde para o ufo em .vafo de
vidro bem tapado. Aílim o enfina Zuelphe-
ro in Pharmacop. Reg. 2. tom. Clafl. 7. de Ex-
traã. p. T2Ó., e Mangeto fuper Schroderum
ClaJ). 4. de purg.pag mihi j 67. O extraélo do
Azebre fe tira com agoa primeiro , e depois
com efpirito de vinho , porque como o bom
Azebre confia de partes falirias, e aquofas,
por ifib fe lhe tira a primeira tintura em a-
goa , que he o menílruo capaz de lha extra-
hir , e depois de tirada eíla fubílancia aquea
e falina, lhe fica outra , que he refinofa , a
qual fó fe tira com o efpirito de vinho, que
he o licor mais capaz de diflfolver , e tirar a
parte refinofa,de que coníla o Azebre.Alguns
chamaò ao extraóto do Azebre tirado na fór-
üve EfU, ma ^ita Balfamo de A%ebre, ou Effencia de A+
íentia : póde-fe tirar o extraélo do Azebre ti*
Aloes. raiido-lhe a primeira tintura comqumode
e Extra&os. 245
Violas, e agoa, e cntaó lhe clramaó A%e’jre Aloes
Violado, ou também fe póde tirar a pnmeira Vhoiata.
tintura com cumo de Rolas Perficas, e agoa,
ou com a infulaõ das mefmas Roías, e fe cha¬
ma Axebre Rifado , o que fe faz com o cumo Aloes
das violas, e também lc póde fazer pom a in- Rofata.
fufaõ das mefmas, como diz Mangeto no lu¬
gar citado.Purga o Extraélo do Azebre bran¬
damente fem moleília alguma , preferva das
podridoés internas, alimpa o ventrículo, e
o conforta, purga, e alimpa de todas as crue¬
zas , e mata as lombrigas: dá-fe de doze graós
até meya oitava em Pilulas, ou mettido em
hum boccado de Macáa afiada antes da cea ,
e logo no principio da mefaj e ordinariamen¬
te naó comeqa a fazer fua bperaqaõ,fenaõ pal¬
iadas dez ou doze horas. A Refina da Efca- Rcfina
monea fe tira na fórma feguinte : Tomaráfr a Scamoo.
quantidade que quizerem de Efcamonea, e
a piíáráõ groífia , e depois a lanqaráõ em va¬
fo de barro capaz , e emcima lhe lanqaráõ o
que baila de bom efpirito de vinho , que cu¬
bra a matéria em fórma que fobrepuje qua¬
tro dedos por cima, ponha-fe em cinzas mui¬
to quentes, ou em banho vinte e quatro ho¬
ras mexendo muitas vezes a matéria,até que
eíleja bem difiblvida , entaõ fe côe , e filtre ,
e depois lhe lancaráõ alguma agoa fria da
fonte , ou Rolada, e fe confunda bem$ e tan¬
to que todo o licor eíliver com a cor branca
a modo de Leite íe deixe aíTentar , e aquie¬
tar o licor, para que a Refina fe vá precipi¬
tando ao fundo 5 entaõ fecôe por inclinacaõ
o licor , ou fe ihe tire a refina com huma co¬
lher , a qual depois fe porá emcima de prato
limpo,para que fe enxugue, e afiim fe guarde
para o ufo,neíla fórma a enfina a fazer Schro*
dero lib. 4. pag. mihi 572. A eíla Refina de gstfi(t|á
Efcamonea fe chama também Extraélo , ou fjvc Ma-
Magiílerio , e alguns lhechamaõ depois de giftemi
reduzida a pó, Pós fyrios, como diz o mefmo Scam°-
Schrodero no lugar citado, e outros muitos: |’vigaUt
dá-fe a Refina da Efcamonea de feis até vinte rvur,'ls
e quatro graos, purga brandamente os hu¬
mores biliolos, e pituitofos fem moleília al¬
guma. O Sal 'Partaro fe faz na fórma feguirn $nl Tar-
te: Tomaráõ a quantidade de Sano de vinho tari.
branco , que quizerem , e o pifaráõ fino, de¬
pois o calcinaráõ em tigella de barro capaz \
ou em algum cadinho 5 e tanto que o Sarro
fe fizer embra fa fe deixe apagar o lume, de¬
pois de fria a matéria fe tire , e pife de novo ,
e fe torne outra vez a calcinar,até que o Sar¬
ro fe reduza a cinza muito branca, entaõ fe
diflblverá em agoa quente, e depois lé coa¬
rá , e filtrará o licor até que fique muito cla¬
ro $ e ultimamente fe leve ao lume a evapo¬
rar a agoa, até que fique , o Sal no fundo dó
valb, o qual fe tirará delle, antes que fe quei-
Hha me,
 244 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VII.
me, e fe enxugue ao Sol, ou em fogo rduito
brando eincima de hum papel j e tanto que
eíliver bem fecco , fe guarde em vidro bem
tapado , em parte onde naõ haja humidade,
e deílu forte le guardará para o uib. Aífim o
enfina a fazer Mangeto fuper Schroderum ,
e Chriílovaõ Love Morley nos feusColleéla-
neos Chimicos trati. Tartari cap.^y.p.^^.
Confer- Coíluma o Sal Tartaro fixo, e das mais plan-
\aiio Sa-tas humedecer-fe muitas vezes,fem eílar em
lis .lar- parte húmida j o que le evitará tomando o
Sal depois de feito, e bem enxuto, eílenden-
do-o emcima de hum papel, e lançando hum
pouco de enxofre emcima de humas brazas,
e pondo o papel em fórma , que o fumo fe
communique ao fal, o qual fe vay mexendo
em quanto o fumo fe naõ acaba , e fe repete
eíla rnefrna diligencia duas ou tres vezes, e
entaõ íe guarda o Sal em vidro bem tapado.
Alguns calcinaõ o Tartaro com enxofre , e
depois de eflar bem branca a cinza , lhe tiraõ
o Sal 5 porém he neceílario , que fique a cin¬
za fem cheiro algum do enxofre 5 porque fe
aífim naõ for , quando fe evapora a'agoa , fe
faz loura, e fica o Sal amarello , e com mui¬
to cheiro de enxofre : neíla fórma o enfina
a fazer Moyfés Charás na fua Pharmacopea
Vires, & Chimica cap. 66pag. 140. O Sal de Tartaro
dofis falis refolve , attenúa, corta , e abre, corrige , e
Tartari. deftróe logo os accidos exaltados do eíloma-
go , e laxa o ventre : dá-fe de doze graõs até
Flores meya oitava. A % flores de enxofre fe fazem na
íulphuris fórma feguinte : TomaráÕ huma libra de en¬
xofre , e fe fará em pó groíTo, o qual fe met-
terá em huma cabaça de barro ( que nao feja
vidrada, e que tenha a bocca eílreita) ; entaõ
fe lhe porá emcima huma cabeça , ou lambi-
que de vidro, que feja largo, e redondo, co¬
mo o fundo de huma redoma, e fem ter bi¬
co 5 depois de bem tapada ajunta , fe ponha
a cabaça em fogo de arêa, o qual no princi¬
pio fe fará brando, e depois fe augmentará
até aquecer o lambique , em fórma que pon¬
do-lhe a maÕ fe foífra fempre, e aífim fe iráõ
fublimando as flores, e o lambique fe moverá
algumas vezes, para que as flores fe defpe-
guem , e fe naõ endureçaõ , por fe pegarem
todas em huma parte$e tanto que todo o en¬
xofre eíliver fublimado no lambique,fe tirem
as flores , e fe guardem para o ufo. Aífim o
enfina Chriílovaõ Love Morley nos feus
Colleétaneos Chimicos traã. Sulphur. c.455.
Quando fe move o lambique fe porá hum ti¬
jolo,ou telha da parte do fogo, ou dõde hou¬
ver mais calor,para que o ar, que entrar den¬
tro, naõ.accenda as flores, que eílaõ fublima-
das , nem o enxofre , que eílá na cabaça ; e
fe accafo alguma vez por defeuido fucceder
accender o fogo no enxofre,fe lhe lance em-
cima huma pouca de cinza , que aífim logo
fe apaga. As flores de enxofre attenuaõ, cor- yirCs? &
taõ, aquentaõ , e íeccaõ, faõ boas para a Af- dofis fio.
ma , e qualquer chaga dos Bofes 5 daõ-fe em iul-
pó, mifluradas com lambedores, ou xaropes. phuns- '
que refpeitem ao achaque , que com ellas íe
pertende curar de hum efçropulo até meya
oitava. A flor de enxofre beijoinada, que na
receita das Pilulas Policrejias le pede, fe faz Flores
na fórma feguinte: Tomaráõ huma onça , fulphu.
ou duas de flor de enxofre feito como acima ns Bezoí'
fe difie, e as lançaráõ em hum prato limpo, nan*
e no meyo do prato poraõ hum teílo peque¬
no de barro , no qual poraõ huma brafa de
lume bem acceza,e emcima lhe lançaráõ hum
pouco de Beijoim em pó fubtil $ e tanto que
começar a lançar fumo fe mettaoprato den¬
tro de huma gaveta, ou fe cubra com outro
mayor , de forte que o fumo do Beijoim naõ
faya para fóra , e acabado eíle fe lhe lance
mais até que as flores fiquem com o cheiro
do mefmo Beijoim , o que fe deve fazer com
muito fentido,para que as flores fe naõ quei¬
mem $ e ultimamente depois dc bem cheiro-
rofas le guardem para o ufo : Aífim o enfina
Joaõ Mangeto fuper Schroderum lib.^.c.2$.
He a flor de enxofre Beijoinada mais agrada-
vel para fe tomar , ferve para os melmos a-
chaques $ porém he de mayor operaçaõ, dá-
fe delia a mefma quantidade. Eíla receita
que acima deixo eferipta he a verdadeira das
Pílulas Policrejias $ e aífim todas as vezes que
fe pedirem Pílulas Policrejias, fe devem dar
eílas, e naõ Aggregativas, a que alguns tam*
bem chamao Policrejias.
Purgaõ eílas Pilulas brandamente todos
os humores fem moleília alguma: dá-fe hum
efçropulo delias fem mais algum fimples,
toma-fc pela manhãa em jejum, ou duas ho¬
ras depois de cèa.
PÍLULAS COCHIAS
de Razis.
4 T) Hiera pi cr a de? oitavas.
JLV* Coloquinthida tres oitavas , e hum
efçropulo.
Efcamonea duas oitavas e meya.
Turbit.
Rofmaninho and oitavas cinco: com q.f de
Xarope de Rofmaninho fe forme majja. Ita Ra-
\is lib. y. ad Almanf capit. 1. de Cephalica , e
Hemicranea. Chamaõ-fe a eílas Pilulas Co-
chias, porque fervem para os achaques Capi¬
tães , e fe diriva o nome Cochias de Cochos ,
palavra Grega, que quer dizer Cabeça, aífim
o diz Jacobo Man lio traít. de pitul. pag. S r. E p.| j
alguns lhe chamao Pilulas Cephalicas, por fe- Cephaü-
rem muy capitaes, como diz Zuelphero cx.
Clajf. 6. de pilul. z: Cephalica rede dicuntur,
eo qtibi caput magna ejficacia expurgant. ~
Far- *
 Das Pilnlas, e Extraflos. 24J
Far-fe-haõ na fórma feguinte: A Coloquin- mores, mas mais principalmente os pituito-
thida fe triturará fubtiliflima , a Efcamonea fos, e por ifíb faõ muito convenientes para
íubtil na groíía trituracaõ , oTurbit, e Rof- purgarem o cerebro , daõ-fe de hum efcrop.
maninho medíocre, depois de todos eíles até huma oitava.
pós bem miíturados, fe lhe ajunte a quanti¬ PILULAS DE AGARICO.
dade de Hyera , que na receita fe pede , e 5 T> Agarico bom oitavas tres.
com o que bailar de Xarope de Rofmaninho JÁ, Ra/\ de lírio.
fe forme mafía , a qual depois de enxuta á Matroyos , and oitava huma.
fombra, fe guardará embrulhada em couro Turbit oitavas cinco.
de bexiga de Boy , ou em vafo vidrado bem Hiera picra oitavas quatro.
tapado para o ufo. A refpeito da Hyera, que Sarcocola.
fe ha de pôr neílas Pilulas,ha grande contro- Coloquinthida and oitavas duas.
veríia nos Au&ores $ porque huns dizem , Myrrha oitava huma: Com q.f. de Arrobe fe
que ha defer a de Galeno, e outros a que faça majjd. Ita Mefues dijiinã. 10. de pilul.foi.
efcreveo Razisjporèm a Hyera com que eftas mihi 170. Far-le-haô na fórma feguinte : A
Pilulas fe haõ de fazer, ha de fer a que efcre¬ Coloquinthida fe triturará fubtiliflima, o A-
veo Razisj porque como a receita da compo- garico fe ralará, e paífará por Sedaqo, o Tur¬
íiqaõ he fua, nao tem dúvida alguma , que a bit fe pifará fubtil na medíocre trituracaõ, c
Hyera que nella pede,ha de fer a fua, e naÕ a os mais fimplices fubtís, entaõ lhe ajuntaráõ
de Galeno : aflim o diz Oviedo liv. 3. Meth., a quantidade de Hyera, que na receita fe pe¬
Vellesfeã.<,. de Pilul. p. 1 , Valerio Cor- de^ depois de miílurado tudo fe fórme maf¬
do trsáf. de Pilul., JoaÕ Zuelphero no lugar ía com o que bailar de Arrobe de vinho , e
acima citado, e Lemery cap. 8. de Pilul., e quando fe malaxar, fe untem as maõs com o-
outros muitos. A receita da Hyera, que fe leo Violado, ou de Amêndoas doces, e fei¬
ha de pôr nas Pilulas Cochias de Razis he a tos madaleoés fe enxuguem á fombra , e de¬
feguinte. pois fe guardem para o ufo. Neíle compo-
ílo fe deve pôr a Hyera picra de Galeno, que
Hvera
Picra
R. Rofas vermelhas.
Spica.
* v»«

A fica efcripta no tratado dos Eledtuarios pur¬

gantes } porque fe Mefue quizera a lua, a pe¬
Razis.
Almecega. dira dizendo Hyera ex inventione nojira ; e af-
Xitobalfamo , por etle pâo de Aguila. fim quando fe fizerem eílas Pilulas, fe lhe ha
Carpobalfamo, por elle Cúbebas. demetter a Hyera fimples de Galeno, affim
Canela. '* o enfina Quirico de Auguílis dijiinã.5. infine
Xilocacia, por ella Canela. pag. 17., Oviedo traã. de pilul. p. 280., Joaõ
A\aro and efcrop. hum , e grãos feis. deCaílilholib. t.capit. 16., ValerioCordo
Azebre oitavas jfeis , e efcropulo dous :façaô- pag. 229., Joa5 Zuelphero ClaJJ. 6. de pilul.
fe todos os fimplices em pó S. A. Ita Razis l. 9. z.part.pag. iq.,e outros muitos.
ad Almarif. cap. 54. de doloreJíomachi. Far-fe- As Pilulas de Agarico purgaõ a fleuma
ha na fórma feguinte : As Rofas, Almecega, grofla do cerebro, e Bofes, faõ uteis aos Af-
e Spica ferao fubtís, o A zebre fe triturará fu- maticos, porque alimpaõ os Bofes dos hu¬
btil na groífa trituraqaõ , e os mais fimplices mores groflos, e pituitofos, que nelles na-
ferao medíocres $ e ultimamente depois de fcem, e ultimamente faõ convenientes aos
bem miíturados fe guardarão em vidro bem Hydropicos, como diz Mefue no lugar ci¬
tapado para o ufo. Eíla Hyera fe naÕ deve tado : Jam vidi folum cum hoc medicamine ,
ter feita $ porque como fe guarda em pó , fe alio bono regimine in fex rebus non naiuralibus
lhe exhala alguma de fua virtude, e como he plures Hydropicos curatos ejfe: daõ-fe de hum
medicamento,que nao fe ufa fenaõ neílas Pi¬ efcrop. até quatro.
lulas , fe deve fazer quando as Pilulas fe fa¬ PILULAS DE RUIBARBO.
zem , e fó aquella quantidade, que he para el- 6 T) Ruibarbo oitavas tres.
Cinamo- las neceífarias. Pede Razis neíla receita Xi~ Ja« Çumos de Alcaçux, e de Lofna.
mum po- locada pela qual fe entende a boa everda- Almecega , and oitavas huma.
xír Pr ° dcira Canela> e por falta deíla fe pôem em Mirabolanos citrinos oitava tres e meya*
fia.°Ca feu lugar a canela,' que he mais aguda, e chei- 1 Sementes de Aypo , e de
rofa , como eníinajoaõ Zuelphero Cla/f. 6. Funcho and oitavas meya.
de pilul. “ Pro XilocaJJia Çajjiam ligneam ve- Trochifcos de Diarrhodaõ oitavas tres e meya*
ram, quam Auãor nomine XilocaJJia. intelligit, Hyera fimples de Galeno oitavas de\: for-
qua. fi defucrit, fubjiituatur odoratijjimum , & memfe com çumo de Funcho. Ita Antonius Mu-
acutijjimum Cinamomum. fa Bra\avolus in examine pilul. pag. mihi 103.
As Pilulas Cochias purgaõ todos os hu- Far-fe-haõ na fórma feguinte : O Ruibarbo
fe pi-
 246 Pharmac. Lufit. Augment, Trat. VIJ*
fe pifará fubtil na medíocre trituracaõ, a Al-
mecera, fubtil, e os mais fimplices medio-
cres, entaõ fe mifluraráõ com a Hiera , e os
Trochifcos cm pó, o cumo da Lofna fe eíti-
ver feccofe pife como do Alcacúz, quando
naó, fe difiblva com o qumo,com que fe for-
maõ as Pílulas; eílando aíTim preparados to-
dos os fnnpli
fimplices fe lhe lance o que bailar de
cumo de Funcho cozido com Mel, em fôr¬
ma que fique como Xarope ; e depois de
bem malaxadas fe fórmem madaleoés , que
eílando enxutos fe guardaráo para o ufo. Af-
ílm eílas, como todas as mais Pílulas, que le
mandaõ fazer com cumo , fe devem formar
com o qumo cozido com Mel5 porque fe af-
fim fe nao faz , fe feccaÕ as Pilulas em fórma,
que para fe fazerem he neceífario reduzidas
a pó , e deitar-lhe nova humidade $ e as que
fe fazem com qumo cozido com Mel íe con-
fervao molles todo o anno, e íem perderem
a fua virtude , como já fe diífe no modus fa-
ciendi das Pilulas Aa arep-ativas. AíTim o cn-
finajoaõ deCaílilho lib. i.feât. %. cap. 24., e
a Pharmac. Valent. traã. de Pilul. ~ Adfor-
mandas lias Pilulas preceptumproponemus, non
ejje funiendum fucetm Fanicnliper.folutn 5 fed
ipfum cum Melle debemus coquere in modum fy-
rupi liquidi, quodfit utlentore Mellis majfa pi-
lularum confervetur. z: Alguns duvidao da
quantidade do Mel, que haõ de pôr com o
qumo , porque huns pôem mais qumo, e me¬
nos Mel, e outros mais Mel que cumo, e ne-
íles termos parece mais conveniente cozer o
cumo depois de clarificado, e depurado com
igual quantidade de Mel, até que tenha pon-
.to de Xarope, e com eíle aílim fe haõ de for¬
mar as Pilulas: eíla he a doutrina mais fegui-
da de todos. O qumo, ou extraclo do Alca-
qúz fe tira na fórma feguinte : Tomaráõ hu-
Succus, ma boa quantidade de Alcaqúz eílando fre-
fivc Ex-
fco , e o rafparáÕ, e depois cortaráô miudo ,
tradum
liquiritia.
e o machucaráÓ, entaõ o metteráo em hum
vafo de barro grande , e emeima lhe lanqa-
ráõ o que bailar de agoa muito quente , e fe
porá em cinzas quentes dez , ou doze horas
em digeílaõ, paífadas eílas , lhe daráo huma
fervura, e efpremeráo a matéria , emeima da
qual fe lanqará outra tanta agoa quente , e fe
fará o mefmoje ultimamente ajuntaráõ hum
e outro licor, e (e porá a cozer em fogo bran-
do , até que tenha ponto de Mel, e aíTim fe
guarda o Extraélo para oufo,e eíle he o ver-
dadeiro; porém como naõ póde durar muito
tempo fem corrupqaõ , fe faz na fórma fe-
guinte: Depois de acabado o extraólo na
fórma dita , tomaráõ duas libras delle feito
como acima fe difie 5 e eílando em ponto de
Mel, lhe lanqaráõ quatro onqas de Goma A
rabia , e outras quatro de Alcatira , que de-
: com
pois de pulverizadas (e diífolyeiáo em tres 1
bras de agoa , áqual ajuntai ao meya 1 ra e
Acucar, e tudo junto !e poia em ogo ran-
do até fe evaporar toda a humidade, e tanto
que tiver ponto bem duro te tarao macta-
leoés, que fe feccaráõ á fombra , e aíiim le
guardaráo para o ufo. AíTim o eníina a ta-
zer Lemery cap. áe judieis pag. 150. I irado
neíla fórma he melhor , que algum que fe
acha na maõ dos mercadores, que tudo he
Acucar , e gomas. Serve eíle qumo para a
tóíTe, facilita o efearro , e adoca muitò os
humores acres, que cahem no peito : traz-fe
hum boccado delle na bocca, c le lhe vay en-
golindo o fucco doce , que de fi lanqa.
As Pilulas de Ruibarbo purgao os humo-
ves biliofos, groíTos, e vifeofos, e taõ con¬
venientes nas febres antigas, e rebeldes: dao-
fe de hum efcropulo até quatro.
PILULAS, SINEQUIBUS
eífe nolo.
7 T} A\ebre lavado oitavas quatorxe.
IA. Mirabolanos Citrinos.
Chebulos.
B e ll e ricos.
Emblicos j e
Indos.
B ui barbo.
Almecega.
Lofna.
Bofas.
Violetas.
Sene.
Agarico.
Cufcuta and. oitava hma.
Efcamonea oitavas feis e meya: Com q. f de
çumo de Funcho co\ido com Mel fe faça mãjfa
S. A. 1 ta Ni cot a tis in An ti dotar io milii pag. 182.
Cbamao-fe eílas Pilulas fine quibus ejfe nolo ,
porque purgao muito , íem as quaes naõpó-
de eflar huma Botica , ou hum Pay de famí¬
lias, como diz Bauderon lib. i.fett. 10.^.400.
por eílas palavras: Ces pipules fon ainfi non-
meès pource qíC un pere de famille ne doit pas
etre fans icelles , pour leurs grandes vertus à
purger , (SV. Far-fe-haÕ na fórma feguinte ':
OAzebre fe pifará fubtil na groíTa tritu-
raqaÕ , ea Efcamonea da mefma fórte, a Al-
mecega fubtil, o Agarico fe ralará , e palTa
vá por Sedaco , e os mais fimplices ferao me¬
diocres-, preparados todos neíla fórma fe for-
mará maífa, da qual depois de bem malaxada
fe faraõ madaleoés, que depois de enxutos fe
guardaráõ para o ufo. Quando a maífa fe ma-
laxar com o qumo de Funcho cozido com
Mel fe untaráõ as maõs com humas gottas
de Oleo violado,como adverte o mefmo Au-
dlor no lugar citado. O Azebre lé ha de la-
var primeiro com agoa da chuva , e depois
 ' ■’> Das Pílulas > e Extrados.
com o cozimento das efpecies aromaticas,
porque aílim o pede o Auótor na receita,
Aloés abluti, CíT odunferi, e o aítirma Arnaldo
de Vilia nova na defcrtpçaõ, dejias Pílulas , e
Francifco Velles feã. 5. de Pilui. pag. 13 8.,
e outros muitos. Manda o AuCtor defatar a
Elcamonea em cumo de Funcho, porém pa¬
rece melhor pratica lança-la no compoílo
triturada $ porque affiili faz mayor demóra
no eílomago, e lhe líca tempo para poder at-
trahir os humores de mais longe , o que naõ
íuccederá indo defatada no cumo ; aíTim o
adverte, eeníina a Pharmacopea Valentina
traã. de Pilul.pág. 145. " Cumfucco Fanicu-
li liquefaciendum efje Scamoneum pracipit Ni-
colaus adfor mandas has pilulas : qwx. fententia
nobis non placet, fed ipfum terendum ejje cenfs-
nuts , &c ■ .a
As Pílulasfine quibus, purgao os humores
Biliofos, Pituitoíos, e Melancólicos, faõ con¬
venientes nos achaques do cerebro , e ouvi¬
dos, e faõ muito próprias para aclararem a
viíla, e aíTim fe devem ufar nos achaques dos
olhos : daõ-fe de hum eferop. até quatro.
PÍLULAS AUREAS.
.8 T) A\ebre.
Diagridio and oitavas cinco.
Rü/as.
Semente de Aypo and oitavas duas e meya. .
Açafraõ.
Cdloquinthida.
Al me cega and oitava hum a : de tudofe faça
rnafja com mucilagem de Aícatira, ha Ni-
colaus in Antid. p. mihi 18 $. Chamaõ-fe eílas
Pílulas Áureas, porque aíTim como o Ouro
entre os metaes he o mais preciofc , aíTim
também eílas Pilulas entre as mais faõ de
ma^or efficacia , e virtude , como diz o me-
fmo Nicolao no lugar citado: Pilule. Áurea,
ab excellentia auri dicuntur : Jicut enim aurum
inter catera metalla pretiofius habetur,ficpílu¬
la tjlük inter alias me li ores approbantur. Far-fe-
haõ na fórma feguinte: O Azebre, e Efcamo-
neafepifaráÕ fubtis na groíTa trituraqaõ, a
Almecega fe triturará fubtil, aColoquinthi-
da íubtiliíTima (e fe for Trochiícada ferá me¬
lhor),os mais fimplices leraõ medíocres,pre¬
parados todos neíla fórma, e depois de bem
millurados íe fará maíla com o que bailar de
mucilagem de Alcatira? e tanto que eíliver
bem malaxada fe faraó madaleoés, que fe
guardaráõ para o ufo. A mucilagem de Al-
Mucilav. ca tira fe faz na fórma feguinte : Tomaráõ
Tragac? meya onça de Alcatira da mais branca, e mais
limpa que houver , e depois de pifada femet-
terá em hum vafo de barro , e emeima delia
lanqaráõ meya libra de agoa, e fe porá o vafo
em cinzas quentes por efpaqo de quatro até
íeis horas, e depois de eílar bem desfeita a
247
gomafecôe, ea mucilagem depois de btm
batida com efpatula le de para o ufo. Aflim
o eniina a fazer Lemery cap. 21.de Mucilag.
pag. 96. Serve eíla mucilagem para refreícar
o peito , para adoçar a tolfe , para engroífar
os eílillicidios, e defende que naõ defeaõ ao
peito , miflura-fe com Xaropes expeétoran-
tes, e he bom para as rachas do peito, e das
maõs, e para os beiços rebentados. As Pilu¬
las Áureas formadas com a mucilagem de Al¬
catira fe feccaõ , de tal forte que em pouco
tempo he neceífario forma-las de novo, com
que para fe confervarem fempre em boa con-
liílencia fe formarão com Xarope Rofado fo-
lutiyo, como enfina Lemery cap. $. de pilul.
Os modernos ufaõ muito éilas Pilulas refor¬
madas , por ferem melhores, e as fazem pela
feguinte receita.
R ...<>■ '''' ‘ ■i tf' r'J
AXebre fucotrino oitavas feis.,
• E/camonea oitavas cinco.
■*: v Mr
Pilulas
Aurcae
rc formal.
Tartaro foluvel oitavas duas.
Trochifcos de Coloqumthida.
Açafraõ and oitava huma: Com q. f de Xa¬
rope Rofadofolutivò fe.faça majja S.A. Ita Ni-
colaus Lemery in Pharmacop. cap. 8. depiluU
pag. 435. Far-fe-haÕ na fórma feguinte : O
Azebre , e Efcamoneafe trituraráõ fubtis na
groíTa trituraqaõ , ó Açafraõ medíocre , os
Trochifcos fe pifaráõ fubtilíílimos, e tudo
miílurado com o Tartaro íe fará maíTa com
o que bailar de Xarope Rofado íolutivo , e
depois fe faraõ madaleoés, que fe enxugaráõ
á fombra , e fe guardaráõ para o ufo.
As Pilulas Áureas purgaõ o Cerebro, acla-
raõ a viíla, diíEpaõ os ílaétos do ventrículo,
e inteílinos, e purgao univerfalmente todos
os humores; daõ-fe de hum efcropulo até
huma oitava.
PILULAS LÚCIDAS MAYORES.
0 T) Rofas.
IX. Violas.
Lofna.
Coloquinthida.
Turbit.
Çúbebas.
Cal amo aromático.
No\es mofe adas.
Efpica.
Epithimo.
Carpobaifamo, por (lie Cúbebas.
Xilobalfamo , por elle Pào de Aguitã.
Se% eleos, por ejta femente a de Funcho.
Semente de Arruda.
Efquinantho.
A\aro.
Almecega.
Cravo.
Canela.
Herva
 248 Pharmac. Lufit. Augment. Trãt.VII.
Herva doce.
Semente de Funcho.
Aypo.
Açafrao .
M acis and oitavas duas.
Miraholanos citrinos.
• Çhebulos.
Indos.
Belericos^e
Emblicos.
Ruibarbo and oitavas quatro.
Agarico.
Sene and oitavas cinco.
Eupharfia oitavas /eis.
A\ebre tanto como de tudo : faça/e ma ff a
com çumo de Funcho. Ita Mefues dijl. 10.de
pilui. mihi foi. 169. ChamaÕ-fe eílas» Pílulas
Lúcidas , porque fervem para com ellas fe
purgarem os humores, que caufao ncvoas
nos olhos, e mayores, a refpeito dé outras
que fe chamaó menores, porque levao menos
flmplices, e naÔ fe ufaõj aflim o enfinajaco-
bo Manlio traã. de Pilul.pag. 78. Far-fe-hao
na fórma feguinte : A Coloquinthida fe pi-
fará fubtiliíflma , o Azebre fubtil na grofla
trituracao , a Almecega , e Efpica fubtis, o
Agarico fe ralará, e paíTará por Sedaqo, e os
mais flmplices ferao medíocres , e depois de
todos bem miílurados fe fórme maia com o
que bailar de qumo de Funcho cozido com
Mel j e tanto que a mafla eíliver bem mala-
xada fe faraó madaleoes, que fe guardaráo
para o ufo depois de bem enxutos á fombra.
Loco fe- A fementede Sexeleos,que fepede na receita,
™ fe‘ he aquella da planta chamada Silermontanum,
outSilcrisconiü ^ Frederico Floffmano fuper Schro-
montani derum Ub. 4. pag. 4844 porém aflim de huma
quidí como da outra , ha entre nós pouca noticia,
porque a naócoílumaó trazer a eílas partes,e
aflim me parece, que neílas Pilulas fe ponha
Pibula a Semente de Funcho, ou os Cominhos rujiicosy
Opticíc. como alguns querem. Alguns chamaõ a eílas
Pilulas Ópticas , porque faõ próprias para a
cura dos achaques dos olhos, como diz Le-
mery cap. 4. de Etymoí. Litetra 0.pag. 41.
Servem eílas Pilulas para purgar a fleuma
do cerebro, e os mais humores, e aclaraõ a
viíla, e pela mayor parte fó fe daó nos acha¬
ques dos olhos, de hum efcropulo até quatro,
PILULAS A SSAIERET.
' 10 Tl Axebre Sucotrino onças duas.
Jl\. • Hiera fimples de Gal. onça huma.
Mirabolanos Citrinos.
Almecega anà onça meya : com q.f de Xaro¬
pe de Rofmaninho fe faça majfa S. A. Ita Avi-
cena lib. 3.
, .fen. 1. traã. $.cap. 29.
, Eílas Pilu-
ias fe chamao Affaieret, que he humá palavra
Arabica , que quer dizer Pilulas que purgaõ
muito os humores da çabeça, aflim o diz Jacobo
Manlio traã. de Piful. Far-fe-hao na forma
feguinte : O Azebre fe pife íubtil na grolTa
trituraqaõ , a Almecega íubtil, os Mi rabo-.,
lanos medíocres , e depois fe ajuntem aos
pós da. Hiera , ecom o que bailar de Xarope
de Rofmaninho fe fáqa mafliqda qual depois
de bem malaxada fe formem madaleoes, un¬
tando as maõs com oleo de Amêndoas do¬
ces , e tanto que eíliverem bem enxutos fer
guardem para o ufo. • >n
Eílas Pílulas purgaõ fem moleília alguma
a cólera , e a fleuma do Ventrículo, faõ boas
nos achaques da Cabeça, fortificaõ o eíloma^.
go , e. purifícaÕ o fansue : daõ*fe de hum
efcropulo até quatro:
PÍLULAS DE FUMARIA.
íí RA xehefucotrino oi ta vas fete.
m Mirabolanos Citrinos,
Çhebulos , e .•
Indos. í . Á
Efcamonea anà oitavas cinco: com q.f de
çumo de Fumaria fe forme maffa , -e terceira
ve\fe faça com Xarope de Fumaria. Ita Avi-
cena.fen. 7. lib. 4. traóii\. cap. de curat.fcabieiy
(f pruritus. Far-fe-haõ na fórma feguinte : Q
Azebre , e Efcamonea fe trituraráo fubtis na
grofla trituracao , os Mirabolanos ferao mer
vdiocres, e depois de bem miílurudos fe tW;
mafla , a qual fe formará com qumo de Fu-
maria depurado, e fe porá a feccar á fombra,
e depois de fecca fe torne a pifar, e a formar
fegunda vez, o que fe fará terceira da mefma
forte j porém ha de fer com Xarope de Fu-
maria , e tanto que eíliver a mafla bem ma-
laxada fe faraó madaleoes, que enxutos fe
guardarão para o ufo. Alguns naõ formaó;
eílas Pilulas com o qumo as duas vezes , que
o Audtor quer , e fó as fazem huma vez com
o Xarope de Fumaria, o que he erro , pois
vaó contra a direccaõ do Auétor, em lhe fal-
tarem com hum fimples taó principal, como
he o qumo da Fumaria, que he a bafe do me-
dicamento , o qual fe conhece facilmente,
porqueaquellas,quefeformáraocomoXa-
rope huma fó vez , partindo hum boccado
da mafla logo fe lhe percebe, e vê a Efcamo-
nea , e o Azebre, e as que fe fazem forman-
do-as duas vezes com o qumo., e huma com
o Xarope , fe nao conhece algum dos dous
flmplices, porque eíles os difíblveo o qumo,
por fer mais apto para o fazer que o Xarope,
que por caufa de fer mais groflo o naõ pòde
fazer: aflim o enfina Oviedo/íá. 3. Method.
pag. 288.
Purgaõ as Pilulas de Fumaria os humores
Biliofos, acres, e falgados 5 fervem para a cu¬
ra da Sarna , Comichoes, e para todos os a-
chaques cutâneos: daõ-fe de hum efcropulo
até huma oitava.
PILU-
 Das Pílulas,1 ê Extra&os. 249
pílulas fétidas mayores. as obftruccoés, excítao a conjunção menfal
ás mulheres, fervem para os gottofos, hydro-
12 T> Ságape no.
picos, e faõ boas nos Reumatilmos: claõ-le
JLV# Ammoniaco.
de hum efcropulo até quatro.
• Opoponaco.
■ Bedelio. óiu -■ •
pílulas indas,
Coloquinthida. M T) Mirabolanos Indos.
Eleboro negro.
Harmei, idejl, feminis Ruía..
Polipodio and oitavas cinco.
A\ebre. J ^ ; '• %J
Epithimo and oitavas cinco. Epithimo. ' j
Hermodaãilos. Rofmaninho and oitavas feis;
Efula preparada and oitavas duas. , Agarifio.
Wd , Eapis La%uli.
E.fcamonea oitavas tres.
»VvA Coloquinthida.
Canela.
Sal Indo. and oitavas quatro, idejl $ algema.
Efpica. -nj
A . Çupio de Eupatorio.
Açafrad.
Cafioreo and oitava huma. Èfpica and oipavas duas.
Turbit oitavas quatro. Cravo huma oitava.
Hieea picra oitavas do\e \ com çump de Aypo
Gengibre
SjTCuO oitava lUltiUA
li)) & VllUVU huma *e nteya v„w x. - r J r* A t J. 7\ r r ?*•/?• ri

Euphorbio dons efcropulos : as gomas fe âef fe forme majfa. S. A. Ita atfiinã. 10.
atem em ao-oa de Alhos pórros, efefaça majjd de Pilul.fol.mihi 1 67. tffc* Pílulas e chamao
«S. M. íta í/lefies dijiinã. 10. de Pilul.fol. mi- > wu porque na Índia muito .e u aiao ,
hi 168. Chamaõ-fe eftas Pilulas Fétidas, por- ou também por caufa do Sal mdo,que nellas
que purga» os humores corruptos, e hedi- entra* aílim o diz Sylvio fuper Me uem: ip
ondas, e também porque nellas entraÕ as go- lulaautem vocantur Indo. , vel quta in índia
mas, que lhe daõ máo cheiro, como diz celebrentur , vel a faleIndo ,&c. Fai-fe-hao
Chriftovao de Honeftis fuper Mefuem : Ha. na fórma feguinte : O Eleboio, Sal Indo, P
SiiumZZ mu,, f «M.fAtidos , er cora,- lipodio e: Elpjca feAto, t> Coo-
pios humores educunt, vel dicuntur f atida, quta qumthida fubtihffima , o Agaiico íe.ialai a, e
íildam fatida inorediuntur. Chamaõ-fe paffará por Sedaqo,os mais hmplices medio-
vores , porque ha outra receita das mefmas, cres, o cumo fe eftivei fecco fe pife, c quan
que levaf) menos fimplices, e por diTorlhe do nao, fe ajunte ao outro , e com ambos fe
charnaô Fétidas menores, alTim o enfuia JoaG formaráo as Pílulas: miftuiados todos os
de Caftílho U. f%»P* 221. Far-fe-haona fór- ingredientes com Hiera fe fara mafla , e de-
ma feo-uinte: A Coloquinthida fe pilará fub- pois de bem malaxada fe faiao madaleoc>
tilhTima, o Caítoreo, e Eúphorbio fubtís, os que eftando enxutos fe guardai ao paia o tif .
mais fimplices medíocres , as gomas fe.def- A pedra Lapis Lazuh fe ha dc poi nefte 11 e-
ataráÔ com o qumo dos Pórros, e depois fe dicamento lavada, como quei Valeuo C -
miituraráó com as mais coufas, e fe formara d otraã.de Pilul.pag. .f- O Sal Indo , que Sal Indu,
five Sal
maffacom o que baftar .de qumo de Pórros o Audor pede^a receita he aquelle que na^ foílilc ,
cozido com Mel; e tanto que eítiver tudo vulgarmente xe chama Salgema . eíte Sal ft aut gema
bem malaxado fe guardará em madaleoés pa- chama Salgema pela femelhanca que tern na
ra o ufo. O cumo dos Porros fe tira cozeu- cor com a das 1 erolas, e alguns lhe chamao
do-os no que baftar deagoa para os cobrir, e Salfojfüe, onfojjil, como diz Schiodeio/. 3.
depois ^cozidos fe lhe efcorra a agoa, e fe cap. lo.pag. rnihi 314.^ Sagemmajaliscom-
efpremaõ os Alhos pórros, e efta agoa , ou munis gentis ejl, quod infoâm.s lapidum f an-
cumo que dér íe guarde para fe formarem as gitur ,fpecieque cryfallorum fplenãem ei uitui,
Pílulas: depois de tirado aftim efte qumo fe unde gemmeumngemmisob colorem nunuipa-
naõ ccmferva mais, que dous ou tres dias , e tur , dicitur aliás Sal foJJile. .
fe accafo o quizerem confervar fe ponha em As Pílulas Indas puigau vigoiofamente os
ponto com Mel, que aílim póde durar hum humores tartareos, e melancólicos, fao bons
annooumais. A Ezula fe prepára tirando a para os Hypicondriacos, c para acuradas
Prepara- ^ más cores, que procedem do Baco : dao-fe
tio radi- cafca da raiz , e feccando-a ao Sol, e í.epois
cis Efula. cerrando-a, e infundindo-a em vinagre íoite de hum efcropulo até quatro.
por cfpaco de vinte e quatro horas, paíTadas PILULAS DE LAPIS LAZULT.
ellas fe tira do vinagre , e fe torna a íeccai, e 14 TJ Eapis LaytU lavada , oitavas fe/s.
defta íorte fe guarda para o ulo. Aílim o en- £\_« Epithimo.
fina Nicolao de Lemery cap. 51. depraparat. Polipodio and oitavas oito.
fimplic. t ^ Efçamonea.
Purgao cftas Pilulas a fleuma groíla, gaflao Èleboro negro.
Ii Sttlgt

I
 250 Pharmac. Luíit. Augment. Tvat. VII.
Salgema and oitavas duas Cf meya. mafía com qumo de Iva artetica cozido com
Agarico oitavas oito. Mel, e depois de bem malaxada fe faraõ ma?
Cr avó. > - daleoés, que fe guardaráõ para o ufo.
Herva doce and oitavas quatro. As Pilulas Arteticas fervem para os hu¬
Hiera pura oitavas quin\e : faça-fe majfa mores das juntas, e faõ boas para os gotto-
com çumo de Almeirão. Ita Mefues dijtmct. fos, e para os Reumathifmos: daõ-fe de
10.de P1lul.fol.17i• Far-fe-haÕ na*&fea fe¬ hum efcropulo até quatro.
guinte : A Pedra Cyaneo , ou Lazulife lava¬
rá , e depois le pifará fubtiliíflma , preparan¬
do-a pnmeiroj o Polipodío, Salgema, e, Ele-
16 R
PILULAS ARABICAS.
A%ebre onças quatro.
• Ra A de Norça fecoa.
boro ferao lubtís j a Eicamonea’ fübtil na Mirabolanos Citrinos , . -, ■ \ •
grofla trituraqao , os mais feraõ medíocres , Belericos , : ...u v, A'
e depois de todos bem mifturados com a Indos, ... ,.<\ 1
Hiéra le formará rriaffa com o que bailar de Chebulos.
cumo de Almeirão cozido com Mei; e tan¬ Emblicos. -V . ‘
to que eftiver bem malaxada fe faraõ mada- Almecega.
leoes , que fe guardarão para o ufo. A Hiera, Diagridio. v.
que neftas Pilulas entra , ha de fer a.fimples, A\aro. i .
que efcreveo Galeno , como o enfina Baude- Fofas anà onça huma. ‘ . • vV
ron lib. i. fett. iò. de Pelut. pag. 46 <7. Açafrad oitava huma.
Servem eílas Pilulas para purgar os humo¬ Cajloreo oitavas tres : faça-fe majfa com çu*
res melancólicos procedidos de cólera adu- mo de Funcho , ou de Lofna. Ita ‘Nicolaus in
ftaj fervem para purgar na lepra , cancros, Antidot. pag. mihi 183. Far-fe-haõ na fórma
e nas quàrtãas , que procedem de matéria feguinte: O Azebre, e Diagridio fe pifaráõ
aduíla: daõ-fe de hum efcropulo até quatro. fubtis na grofla trituraqao, a Almecega, e
PILULAS ART ÉTICAS. Caftoreo fubtis, e os mais fimplices íe pifa¬
U Rílennodaãylos. ráõ mediocres , e depois de bem mifturados
! tíll!
• Turbit. fe fará mafla com qumo de Funcho , ou de
Agarico and oitavas quatro. de Lofna cozido com Mel j e tanto que efti-
Canela. ver bem malaxada fe faraõ madaleoés r que
Ff pica. ‘ depois de enxutos á fombra,fe guardaráõ pa¬
Cravos. ra o ufo. Chama-fe a eftas Pilulas Arabicas ,
'Xilobdifamo , por elle Pào de Aguila. porque na Arabia primeiro fe ufáraõ.
Ccirpobalfimo , por elle Cúbebas. . s As Pilulas Arabicas faõ boas para toda a
Macis.' '■ ■ ’1 ’ caftá de dores de cabeca , purgaõ todos os
Ga langa. humores, caufaõ alegria , e tiraõ a trifteza ,
Gengibre.
Gr , . aguqao, e aclaraõ a vifta , reftauraõ a furder,
Almecega. augmentaõ a memória , alimpaõ , e confor-
f Afjdfetida. taõ o eftomago 5 pódem-fe dar em todo o
Semente de Funcho. tempo , e idade , aflim a homens, como a
Herva doce. mulheres : daõ-fe de hum efcropulo até
Saxifrava. quatro.
Semente de Efpargo. PILULAS DE HERMODACTILOS
Gilbarbeira. mayores.
Fofas. ■ l7 Hermodaãylos.
Milium folis. R. A%ebre.
Salgema and oitavas duas. M i rabol anos C1 í ri nos.
Hfcamonea onça hum a. Tiirbit.
A%ebre tanto pefo como de tudo: faça-fe maf Coloquinthida.
fa com çumo de Iva artetica. Ita Nícolaus in Bedelio.
Antidot.pag. mihi 183. Far-fe-haõ na fórma Sao apeno anà oitavas feis.
feguinte : A Efçamonea , e Azebre fe pifa¬ Ci \ >reo.
rão fubtis na grofla trituraqao , o Agarico fe Sarcocola.
ralará , e paflará por Sedaqo , as fementes, Fuphorbio.
efpica , e Salgema fe pifaráõ fubtis, e a Afla- Opoponaco.
fetida da mefma forte podendo fer , quando Harmei, idejl femente de Arruda.
nao fe defate em qumo de Iva artetica , os Aypo anà oitavas tres.
mais fimplices ferao medíocres 5 e tanto que Açafrad oitava huma e meya: com q.f de
todos eftiverem bem mifturados fe formará çumo de couves fe faça majfa. Ita Mefues di-
 • Das Pílulas, eExtraâm
fiinã. lò. de pitutrfot. 172. Chamaõ-fe eftas
Pilulas de Hecmodaãylos, porque eftes pede
oAu&or iix receita em primeiro lugar, e
m ay ores a relpeito de outras, que efcreveo o
mefmo Audor que levaõ menos fimplices
aflim o enfmajoaõ de Caftilho lib. i.p. 222.
Far-fe-haõ na forma feguinte : O A zebre fe
triturará fubtil na groíTa trituracaõ, a Colo-
quinthick fubtiliflíma, o Caftoreo fubtil,e as
gomas da mefma forte, quando naõ , fe def-
atará5 em cumo de couves, c os mais fim¬
plices fe pifaráo medíocres 5 depois de bem
mifturados fe fará maíTa com qumo de cou¬
ves cozido com Mel, e tanto que eftiver ma*
laxadafe faraõ madaleoés,que depois de bem
enxutos fe guardará5 para o ufo. Harmei he
huma palavra Arabica , quequer dizer Anu-
da Sylvejire, e aflim todas as vezes que fe pe¬
dir femente de Harmel fe ha de dar a femen-
tede Arruda Sylveftre, como diz Bauderon
lib. i.feã. 10. de Pilul.o mefmo enfina Le-
mery cap. 8. de Pilul.
As Pilulas de Hermodadylos , purgaô os
humores dasjuntas, faõ boas para os gotto*
fqs, e provocaò a conjunqao menfal ás mu*
lheres : daõ-fe de hum efcrop. até quatro.
PILULAS DE HERMODACTYLOS
menores.
18 TTV Hermodaólylos oitavas cinco.
JlV* Efcamonea oitavas duas emeya.
Mirabolanos Citrinos oitavas tres.
Rojas oitavas duas.
A\ebre oitavas de%: forni em-fe com PJeãua-
rio Rofado. Ita Mefues dijlinã.10.de Pilul. fot.
mihi 172. Far-fe-haõ na forma feguinte : A
Efcamonea, e Azebre fe pifaráo fubtis na
groíTa trituraqaõ, os. mais fimplices medio-
cres j e depois de todos bem mifturados fe
fará maíTa; e tanto que eftiver malaxada fe
faraó madalcoés, que fe guardaráo para o ufo
depois de enxutos á fombra. Pede o Auétor
neftas Pilulas Rofas , e na5 diz quaes ha5 de
fer; e aflim todas as vezes que fe pedirem
Rofas fem mais determinaqao, fe devem pôr
das vermelhas dobradas. Aflim o enfina Qui-
rico de Auguftis tradl.de Pilul. pag. 4.
Servem as Pilulas de Hermodaôtylos me¬
nores para purgar a fleuma , e cólera cozida
dasjuntas, e faô convenientes aos gottofos:
daõ-fe de hum efcropulo até quatro.
PILULAS MASTICHINAS.
iy T) Azebre fucotrino oitavas de\.
JÁ « Almecega oitavas quatro.
A gari co T rochifcado oitavas tres : com q.f.
de Arrobe de vinho fe façao Pilulas S. A. Ita
Ni cola us Lemery in Pharmac. Vniverf cap. 8.
de Pilul. p. 446. Far-fe-haõ na forma feguin¬
te: O Azebre fe pifará fubtil; e depois de mi¬
fturados os dous fimplices lhe lanqaráo o A-
251
garico Trochifcado, e com o que baftar de
Arrobe de vinho fe fará maíTa, da qual de¬
pois de bem malaxada fe faraõ madaleoés,que
fe guardaráo para o ufo.
PurgaÔ eftas Pilulas, e confortaõ o efto-
mago,ecerebro, provocaõ aconjuncaô men¬
fal ás mulheres, e purificaô o fangue : daõ-fe
de hum efcropulo até quatro.
20 R
PILULAS DE TRIBUS.
RuybarbOi
• Azebre.
Agarico Trochifcado anã partes iguaes\ coiti
q. f dé Xarope Rofado foi ativo Je faça ma/fa.
Ita Nicolaus Lemery in Pharmac. cap.S. de pi¬
lul. pag. 51 $. Far-fe-haõ na fôrma feguinte :
O Azebre fe pifará fubtil na groíTa tritura-
cao, e o Ruybarbo fubtil na medíocre : e de-
pois fe mifturaráõ com o Agarico Trochi¬
fcado, e com o que baftar de Xarope Rofado
folutivo fe fará maíTa , e depois madaleoés,
qile fe guardaráo para o ufo. Alguns lhe tiraõ
o Ruybarbo e Agarico, e em lugar delle
pôem Myrrha e Aqafraõ , porém eftas nao
fao as melhores 5 e aflim pedindo-fe as Pílu¬
las de Tribus fe haõ de dar das que fe fizeraõ
pela receita acima, porque he mais vigorofa
na fua operacaõ.
Eftas Pilulas purgaô a fleuma e cólera,
fortiíicaõ o eftomago , mataõ as bichas , e
provocaõ aconjuncaô menfal ás mulherest
daõ-fe de hum efcropulo até huma oitava.
PILULAS DE HYERA
com Agarico.
21 T> Pós de Hyerafiniples onça huma â
XV* meyai
Agarico Trochifcado onça nièya: com Mel
Rofado fe faça majfa. Ita Nicolaus Lemery in
Pharmacopea cap.%. de Pilul. pag. 459. Far-
fe-hao na fôrma feguinte: Tomaráõ a quan¬
tidade de Hyera , que na receita fe pede ; e a
mifturaráõ com o Agarico Trochifcado, e
depois com o que baftar de Mel Rofado fe
fará maia, e depois madaleoés, que fe guar¬
dar áo para o ufo.
Eftas Pilulas purgaô a fleuma do cerebro,
e das entranhas, faõ boas para as Apoplexias
e Epilepfias, e em todos os accidentes: daõ«
fe de hum efcropulo até quatro.
PILULAS DE HYERA
compoftas.
22 TJ Canela.
JLV * Efpicanardi*
Açafraô.
Efquinhanto.
A%aro.
Xilobalfamo, por elte Pdo de A guita.
Xilocacia , por elle Canela.
Carpobalfamo, por elle Cúbebas.
... Elor de Violas. . . ;
li 2 Lofna.
 252 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VII.
hofna.
Epithimo.
Âgarico.
Rojas.
'Turbit.
Çoloquinthida.
Almecega and oitava meya.
A\ebrtfucotrino onça hnma: com q.f de Mel
Rofado Je fuça mafjd. Ita Bauderon lib. 1.
fed.io.de Pilul.pagM*'. Far-fe-haõ na forma
feguinte : O Azebre fe pilará lubtil na groíTa
trituraqaô, a Çoloquinthida lubtiliííima , o
Agarico fe ralará , e paliará por Sedaco , a
Efpica,e Almecega feraõ fubtísj os mais fim-
plices medíocres, depois de todos bem mi-
ílurados fe fará mafia com o que bailar de
Mel Rofado, e ultimamente fe faraõ mada-
leoés, que fe guardarão para o ufo. Os mo
dernos naÕ mettem nefla receita tantos fim-
plices, por entenderem que nella la5 inúteis,
e fazem as Pilulas pela feguinte receita.
Pilulíede RAgebre fucotrino onças duas.
Azebre [ucotrino
Hicra co- •, Tartaro foluvel
fohtvel oitavas duas. .
pofita; re¬
T urbit bom.
formata;.
Trqchifcos de Çoloquinthida.
Semente de Violas.
A\aro and oitava huma : com q.f. de Mel
Rofado fe faça ma ff a. Ita Nicolaus Lemery in
Pharmacopea cap. 8. de Pituí. pag. 440. Far-
íe-haõ na forma feguinte: O Azebre fepiía-
rà fubtil na groíTa trituraqaô , os Trochifcos
da Çoloquinthida feraõ fubtilíffimos, os mais
medíocres, e fe mifturaráô com o Agarico
trochifcado, e depois com o que bailar de
Mel Rofado fe fará maíTa, e delia madaleoés,
que fe guardarão para o ufo. O Tartaro fo-
luvel, que neítas Pilulas entra baila para cor r
reger a acqaõ dos purgativos, e impedir, que
naõ caufem dores, e outros fymptomas pe-
yores, affim o enfina o mefmo Lemery no
lugar citado.
Servem eílas Pilulas para purgar o cere-
bro, faõ boas para as dores antigas da cabe-
qa , para todos os achaques capitaes, purgao
do eílomago, e das juntas: daõ fe das da pri-
meira receita de hum efcropulo até oitava c
meya , e das reformadas de hum efcropulo
até huma oitava.
PILULAS STOMACHICAS.
Turbit oitavas de\.
23 —
Almecega oitavas quatro.
Rofas oitavas tres.
A\ebre, tanto como de tudo: faça-femafa
com q.f de çumo de Funcho. Ita Mefues dif.io.
de Pituí. foi. mihi 169. Far-fe-haõ na fórma
feguinte : O Azebre fe pifará fubtil na groíTa
trituraqaô, a Almecega fubtil, e os mais me¬
díocres , e depois de bem miílurados fe fará
maíiá com cumo de Funcho cozido com
Mel} e ultimamente fe faraó madaleoés, que
Te guardarão para o ulo. ■ Fm Mclue , e ou¬
tros Audtores fe achaõ muitas receitas de
Pilulas (tomachicas eícriptas 5 porém ió etla,
que he do mefmo Meiue , he a que mais fe
ufa , como diz Chriílovaõ de Boneílis luper
Mefuem , e a Pharmacopcu V alen tina tradl.
de Pilulaz. Qiiamvis variafint dejcriptjones ha-
rum pilularum à Mefue lr adita. 5 foi um tamen
tnufu oficina habentur, ou a. à Mefue pílula.Jio-
machie a , alias ànobis inv-ni-. vocantur , £2 c.
Purgao eflas Pilulas o. h' mores bilioíos ,
epituitofos , prindpah çi os que tílaõ
pegados ao ventrículo , fjdnaõ o cozimento,
e fao boas para os que vomiiaõ o alimento,
fortificao , ecorroboraõ o eílomago, e en-
tranhas: dao-fe de hum eferop. até quatro.
PILULAS ANTE C iB U M.
a4 I) Aiebre fucotrino onça huma e meya.
IA . Bofas vermelhas.
Almecega and onça meya : com q.f de Xa~
rope de hofna fe faça majja. Ita Moyfes C har.
in Pharmac. Reg. cap. 22. de Pilul.pag. }4f.
Chamaõ-fe eílas Pilulas Ante libam , porque
fe tomaõ antes de jantar, ou cèa, e alguns
lhe chamaõ também Pilulas Jiomachicasjim-
plices. Far-fe-haõ na forma feguinte: O Aze- Pilulas
bre fe triturará fubtil na groíla trituraqaô , a íUmachi-
Almecega, e Rofas fubtísj e tanto que eíliver cx imP •
tudo bem miílurado, fe formará maíía com
o que bailar de Xarope de Lolna j e ultima¬
mente fe faraõ madaleoés, que fe guardarão
para o ufo.
Servem eílas Pilulas para purgar branda-
mente do eílomago, purgao contortando-o,
e fao boas para aquellas pcííbas que íaõ dtífi-
culto las, e conílipadas do ventre , alimpaõ
o ventrículo de todos os humores impuros,
e provocaõ aconjuncaõ mental ás mulheres:
tomaõ-fe antes de jantar logo no principio
da mefa , e fe ufaõ fem alguma preparacaõ ,
como diz o mefmo Charàs no lugar citado :
Ante pajlum adfumi folent, neque alio fingula-
ri regimine opus habent. Tomaõ-fe eflas Pilu-
las, e logo immediatamente fe come emei-
ma delias , para que o comer impeça , e em-
bote o fal acre do Azebre, que por muito pi-
cante caula dores nas tripas, e para que naõ
caufe eíles fymptomas, íe come tanto que
fe acabaõ de tomar: daõ-fe de meyo eferop.
até meya oitava.
PILULAS DECYNOGLOSA.
$ T> Myrrha boa oitavasfeis.
jLV • Semente de Meimendro.
Opio and onça meya.
Incenfo oitavas cinco.
Ra/\ de Cynoglofa oitavas quatro e meya.
Açafrao.
Ca fio•
 • Das Pilulas, eExtra&os. 255
Pimpara-* Caftoreo and oitava hum a e meya : com q. ff. cahem do cerebro no peito , e abrandaõ as
,io 1'cmi- dores: daõ-fe de quatro graõs até doze.
de Xarope violado fe faça ma ff a. lta Nicolaus
nisHyof-
Lemery in Phannacopea capf>. de Pi/ul.p. 5 54. PILULAS NARCÓTICAS.
ícbiam.
FarTe haõ na forma feguinte: A Semente de 27 T) Açúcar Cande onça huma.
Meimendrofe pife fubtiliííima moendo-a na Jt\. Canela oitavas duas.
pedra , os mais fimpliccs fe trituraráõ fubtís, Pimenta.
o Opio fe diílblverá com alguma porção de Lauda no and oitava huma.
Xarope violado , e emcima delle lhe lança- Semente de Coentros preparada eferop. dom.
ráõ os pós, e com o que bartar de Xarope Açafrad oitava meya.
violado fe faça marta, edelia madaleoés, que Al mifc ar efcropulo meyo: com q.f de Xarope
fe guardarão para o ufo. Alguns Au&ores de Dormideiras brancas fe faça majjd. lta Ni¬
mandaõ formar eftas Pilulas com Agoa Ro- colaus Lemery in Pharmacop. cap. 8. de Pilul.
fada , as quaes logo fe feccao , e fe poem tao pag. 5 ]6. Far-fe-haõ na fórma feguinte : A
feccas, que fempre que fe fazem algumas, he Canela , Pimenta , Açafraõ , e femente de
neceíTario que de novo fe pifem, e formem^ Coentros fe pifaráõ fubps, o Almilcar ie pi-
eaflim he mais conveniente forma-las com fará primeiro , e depois fe diílblverá com o
o Xarope violado, como enfma Lemery no Laudano , e lhe ajuntaráõ o Açúcar em pó,e
lugar citado. AchaÕ-fe também algumas re¬ os mais fimpliccs,e lhe lancaráõ o que bailar
ceitas deftas Pilulas, em que entra Canela , de Xarope de Dormideiras} e tanto que tudo
Cravos, e Eftoraque, os quaes fe nu5 devem ertiver bem malaxado fe faraõ madaleoés,
pôr nas Pilulasjporque como faÕ muito efpi- que fe guardaráõ para o ufo.O Laudano com Ele&io
rituofos, e acres pódem diminuir a virtude que fe^hao de fazer as Pilülás ha de fer do Laüáani.
aos fimplices incrafíantes, e fomniferos, que mais frefeo , cheirofo , com a cor quaíi ver¬
no comporto entraÕ. A Cynoglofa he huma de , e que efteja brando , leve , e faeil de a-
elpecie de lingua de vacca , a que mais vul¬ molecer, pingue, e refinofo j e também que
garmente fe chama Lingua decaõ, como diz feja muito limpo, livre de toda a couía eílva-
Cyno- Hoffmano lib. 4. Schrod. rr Cynoglofim, aut nha, e que naõ feja arenofo: aífim o diz Man¬
giofum, Cynoglofa e(l lingua canina, crefcit juxta fepes, ge to fuper Schroderum : Laudanum taudatur prj.paj>a.
aut Cy- loas mcultis, &prope muros: — e para qual¬ odor atum, fub viridi, leve, facile mollefcens, tioCori-
quer medicamento fempre fe deve ufar a ca¬ pinoue, refmofum, aremlarum, alidrimque for- anòroru.
noglola
quid ;
lca da raiz , a qual fe ha de colher , quando d/um expers. Os Coentros ie preparao na tor-
ma feguinte : ToroaráÕ delles a quantidade,
principia a lançar as folhas , como adverte
Charás in Pharmac. Reg. cap 22. de Pilul. — que quizerem preparar , e os lavarão primei¬
Cynoglofi radix colligenda e(i , cum in folia ro em a^oa , e depois os infundirão em vina¬
erumpere incipit. gre por elpaço de quatro dias, paílados el-
Servem as Pilulas de Cynoglofa para ado¬ fes , fe poráõ a enxugar ao Sol, e depois de
çar , e engrortar os humores acres, e forofos, bem leccos fe guardaráõ para o ufo. A quan¬
que cahem do cerebro no peito, bofes, e den¬ tidade de vinagre } ha de fer íómente o que
tes , faõ boas para a tóife, catarros, e para os elles puderem embeber $ os coentros de ne¬
que lançaõ fangue pela bocca , abrandaõ to¬ nhuma forte fe devem ufar, fenaõ depois de
das as dores, e provocaõ fomnolencia: daÕ- preparados, porque íe artim naõ íor, cauia-
fe de dez graõs até hum efcropulo, tomao-fe ráõ notáveis fymptomas, como diz Mathio-
depois de comer quatro , ou leis horas, ou lo fuper Diofcorid. cap. 62.lib. y p. mihi 5 6o.
ás que parecerem convenientes a quem as - Attamen femen Coriandri in ciborum,aut me-
dicamentorum ufum numquam admitti debet,
mandar dar.
PILULAS DE OPIO. nifi priiis triduo aceto fuerit maceratum.
Servem as Pilulas Narcóticas para appla-
26 OpJ°‘
car toda a carta de dor, excitaõ fomnolen-
X\» Canela.
Açafraõ and oitavas quatro: com q. ff. de vi¬ cia , e provocaõ fuor: daõ-fe de meyo efcro¬
nho branco fe faça ma ff a. lta Jacobus Manlius pulo até meya oitava.
traíl. de Pilul. pag. 8}. Far-le-haõ na fórma PILULAS CONTRA A PESTE.
feguinte : O Opio fe diílblverá em o que ba¬ 28 13 A%ebre fucotrino onças duas.
ilar de vinho , e lhe mifturaraÕ a Canela, e JLV. Myrrha.
Açafraõ em pó fubtil, e fe fará marta , ajun¬ s Bolo Armênio anà onça huma.
tando-lhe mais vinho, fe tor necefíario 5 e Açafraõ.
ultimamente bem malaxada fe guarde para Triaga velha anà onça meya : com q.f. de
Xarope de Limoês fefórme maffa.lta NtcoUus
o ufo.
As Pilulas de Opio abrandaõ a tórte , en- Lemery in Pharmac. cap. 8. de Pilul. pag. 447.
grortàõ , e adoçao as forortdades acres, que Far-fe-haõ na fórma leguinte: O Azebvc fe
pifa-
 2?4 Pharrrtac. Lufit. Augment. Trat.VII.
piiurá fubtil na grofla trituraqaõ, e os mais
íimplices fubtís, e depois fe miíluraráÕ com
a Triaga , c farámafla com Xarope de Li¬
mões , e tanto que eíliver bem malaxada, fe
faraó madaleoés , que fe guardaráõ para
o ufo.
Eftas Pílulas purgao, e fortificaõ o eílo-
mago , e refiílem á podridão dos humores:
daõ-fe de hum efcropulo até quatro.
PÍLULAS ÍMPERIAES.
2y TJ Canela.
JLV. Amorno ,por etle Acoro.
Herva doce.
Al me cega.
C ar d amorno.
Gengtbre.
Zedoaria.
Macis.
No%es mofcadas»
Cravos.
Açafraõ.
Cúbebas.
Pdo de A guita*
Tar bit.
Mannà.
Agarico.
Sene.
Efpica.
Mirabolanos de todos and efcropulo hum.
Buybarbo onça huma.
A\ebre onças duas: com Xarope rofado fe
faça maffa. Itajoannes Zuelpherus in Pharm.
Auguftan.z.tom. Cia ff 6. de PU alui. pag. 117.
Chamaõ-fe eflas Pilulas Imperiaes, porque
foraõ inventadas por hum Emperador , e
também porque iiãquelles tempos fó os
grandes Senhores ufavao delias, aflim o en-
flnajacobo Manlio tradt. de Pilai.pag. 83.
Ear-fe-haõ na fórma feguinte : O Azebre fe
pifará fubtil, na grofla trituraqaõ , a Alme-
cega , e Efpica fubtís, o Agarico fe ralará , e
paflarà por Sedaco , e os mais fimplices fe-
ráo medíocres, o Manná fe defatarà em hum
pouco de Xarope rofado, e fe ajuntará com
os pós, e emeima lhe lanqaráõ o que bailar
de Xarope rolado , e fe fará maíTa , e delia
madaleoés, que depois de enxutos fe guar-
(Iaraõ para o ufo.
Eflas Pilulas purgao pouco, mas corro-
borao muito o ventrículo , aquentao as en-
tranhas frias, accrefcentaõ o esforqo da fa-
euldade natural, e purificaõ o fangue. eos
elpiritos: daõ-fe de hum efcropulo até oita¬
va e meya.
PILULAS CONTRA FLUXUM
Ventris.
3° "O Marti nhos.
I\. Balauftias.
Cafeas de Bom das.
Confolida.
Sangue de Drago•
Bolo Armênio.
Acacia.
Hypociftidos.
Bofas.
Tartaro. '
Ç umagre.
Açafraõ.
Galia mofe ata*
Canela.
Galhas.
Spodio.
Al me ceo-a.
Cf
Goma Arabia and oitava huma.
Opio oitava mey a,com çumo de cimas de Leti-
tifeo, e de Murta ,fe faça maffa. Ita Nicolaus
in Antidot. mihi pag. 185. Far-fe-haõ na fór-'
ma feguinte: Os íimplices fe pifem todos fu¬
btís, o Opio fe delate em humas gottas de
qumo de Murta, e depois fe ajunte aos mais
pós, e com o que ba (lar de qumo de Lenti¬
fco,e de Murta cozidos com Mel fe faqa maf-
fa j e ultimametne madaleoés, que fe guar¬
daráõ para o ufo : o HypocijUs, ou Hypocjli-
dos, he o qumo da raiz de huma planta feme-
Ihante á do Sargaço, como diz Hoffmano fu-
perSchroderum lib. 4. zz HypocijUs nomen ac-
cepit à fratice Cifto,ex qaa exprimitar $ fed hac
planta eji rara. zz E como naõ tragaõ a eíte
Reyno o verdadeiro HypocijUs, fe póde pôr
por elle o qumo da flor da Romã a azeda fyl ve-
ílre, como enfina Mathiol. Ub. 1. fuper Diof-
cord. cap. iop.zz De Cifto,potefi etiam, fi defit
HypocijUs, ajjumi ejus loco floris a gr ef is puni-,
ca fuccas, quippe qui eadem prajiet, qaa. Hy-
pocijiis. zz Também em lugar do Hypodftis fe
podem pôr as folhas de Lentifco, como quer
Oviedo libg.meth.pag. 117. A verdadeira A-
cacia difficultofameine fe acha , e fe appare-
ce alguma, he a que fe faz do qumo de Abru-
nhos , ou Ameixas fylveílres ; havendo eíla
Acacia fe póde ufar delia em lugar da ver da-
deira , como diz Frederico Hoifmano lib. 4.
fuper Schroderum : ” Suecas ex fruitibus ex-
primitur , infpijfatur , inqae taleolas formatas
affervatur pro Acacia. vera fubjiitutione.zz Para
fe fazer a Acacia, fe haõ de pifar as Amci-
xas fylveílres, antes que totalmente eílejaõ
maduras, e depois de efpremido o qumo, fe
depurará , e cozerá, até que tenha ponto dc
Mel, então fe acabe de fecear ao Sol , até
que fe poflaõ delle fazer Trochifcos redon¬
dos, e aflim fe guardaráõ para o ufo. E fe to¬
talmente naõ houver nem eíla Acacia, fe
poraõ em feu lugar as folhas de Lentifco, ou
o feu qumo , como diz Laguna fuper Diofc.
tap. 113. lib. 1.
Saõ boas as Pilulas contra f luxam para fa-
 Das Pilulas $ e Extratos.
zer parar os curfos, principalmente nas Diar-
r.heas , e Dyfenterias-, e provocaõa Ibmno-
lencia : daõ-le de hum efcropulo até quatro.
PILULAS CATHÜLICAS
Imperiaes.
31 Tj} Extraclo dè 'Atebre onças quatro.
XV# liuybarbo onça huma.
Almoço a a onça meya: com çumo de Rofas fe
faça-majfa. Ita Nicolaus Lemery in Pitarmac.
cap. 8. doPilai. pag. 451. Far-íe-haÕ na fôr¬
ma íeguinte : O Ruybarbo, e Almecegafe
pitarão ínbtis , e femiíluraráõ com o Extra-
éto do Azebre, e com quanto baile de qumo
de Roías cozido com Mel fe faqa mafla $ e
ultimamente delia fe faraó madaleoés , que
íe guardarão para o ufo.
Elias Pilulas purgaõ a cólera , e os mais
humores, confortaõ o eílomago : tomaõ-fe
antes de jantar , 011 cea , e fe da5 de meyo
efcropulo até huma oitava.
PÍLULAS CATHOLICAS.
32 Aiebre fucotrino onças duas.
XV# Kuybarbo onça huma e meya.
Agart co Trochifcado.
Seno limpo anà onça huma.
Canela oitavas tres
Gengibre oi ta vas duas.
Notes mofe adas.
Cravos.
Efpica-nardi. 1 Atpbre.
Almecega anà oitava huma : com Xarope
violado fe faça majjà. Ita Nicolaus Lemery in
Pharmac. cap-8.de PHui.-pag. 450. Far*fe-ha5
na fórma feguinte: O Azebre fe pifará fubtil
na grolía tnturaqaõ, o Ruybarbo , Efpica, e
Almecega fubtis, o Seue , e os mais íimpli-
, ces medíocres, depois de bem miílurados fe
fará muíía com Xarope violado 5 e tanto que
eiliver malaxada fe façao madaleoés, que fe
guardarão para o ufo. Alguns fazem eíla re¬
ceita com com menos íimplices; porque jul-
gaó que os aromáticos fao efeufados neíta
compoliqao, e aflim tázem as Pilulas pela re¬
ceita feguinte.
Filulte TJ Atebr e fucotrino.
Catholi- X\_ • Ruybarbo bom anà onça huma e meya.
cx rcí"or* Aaarico "Crochifcado.
matx. f
òeric limpo and onça huma.
Tartaro foluvel onça meya-, com Xarope Vio¬
lado-,ou Rofado fe faça majfa. Ita Nicolaus Le¬
mery loco citato. Ear-fe-hao na fórma feguin¬
te : O Azebre fe pife fubtil na grolía tritura-
qaõ , o Ruybarbo , e Sene fubtis , e fe miílu-
rem com o Agarico, e Tartaro, e com o que
bailar de Xarope V iolado, ou Rolado, fe fa¬
ca mafla, e delia madaleoés, que fe guarda¬
rão para o ufo.
As Pilulas Catholicas purgaõ univerfal-
menté todos os hu mores, fortificao o eílo¬
mago , e cerebro, e gaftaô as obílrucqoés:
As Pilulas da primeira receita fe daô de hum
efcropulo até quatro, e as; da fegunda de
hum até huma oitava.
PILULAS MAGISTRAES
de Aqo.
3 3 TJ Aço preparado onça huma e meya.
XX.* Diarrhodao Abbade.
A\aro.
Canela and oitavas duas.
Ra furas de Marfim oitava huma e meyai
com q.f. de Xarope de Chicorea de Nicoláo fe
façao Pilulas S.A. na fórma feguinte: Os
íimplices fe pifaráõ fubtis, e fe miíluraráõ
com Aqo , e depois fe fará rnalía com Xaro¬
pe de Chicorea de Nicolaoj e tanto que eíli*
ver bem malaxada fe guarde para o ufo.
Servem eílas Pilulas para a cura das ob-
ílruccoês, e para as cores pálidas das mulhe¬
res , fao boas nas Cachexias, e Hydropefias:
daõ-fe de hum efcropulo até huma oitava
nove dias contínuos demanhãa, e tarde, e
depois de fe tomarem,fe faz com ellas algum
exercício, porém que naõ feja violento.
PILULAS DE AÇO
de Riverio.
34 TJ Aço preparado com enxofre onça
XV* meya.
Sene.
Agarico Trochifcado de frefeo.
Ruybarbo bom and oitava huma.
Diarrhodao Abbade oitava meya.
Açafraõ efcropulo hum : com Xarope Rofado
folutivo fe faça majfa. Ita Lafarus Riverius
Prdx. med. lib. 11. cap. 3. de obfiruã. hepat.pag.
mihi 325. Far-fe-haõ na fórma feguinte : O
Azebre fe pifará fubtil na grolía trituracaõ, e
o Ruybarbo , Sene, e Aqafrao fubtis, e de¬
pois fe miílurem com o Aqo , Diarrhodao,
e Agarico Trochifcado , e fe lhe lance o que
bailar de Xarope Rofado folutivo , e fe faça
maíía 5 e tanto que eiliver bem malaxada fc
guarde para o ufo.
Purgaõ eílas Pilulas brandamente todos os
humores, e fervem para a cura da obílruc-
qaõ do fígado ; dà-fe huma oitava de Pilulas
pela manhaa em jejum tres horas antes de
jantar, e fe continua a cura quinze dias: A Notatío
eftas Pilulas fe podem ajuntar gomas, raizes, p.^
ou outros quaefquer fimplices que fejaõ con- “u]arum*
venientes ao achaque, que com ellas fe per- Chalybis
tende curar, também fe deve advertir, que
todas as vezes que fe tomar algum medica¬
mento , que leve Aqo, fe ha de fazer algum
exercício, ou ao menos paííear por efpaqo
de duas horas, para que o medicamento te¬
nha mais vigor para poder penetrar, e paliar
as
 2^6. Pharmacop. Lufitan. Àugment. Tpat VIL
»s partes, que eílay obllruidas. Ailim o ad¬ pura fazendo-o em boccados pequenos,e de- Depura
verte o metmo RiVerip no lugar citado ,, per pois fe infunde em vinagre , que baile para noA vir
formaLa verba: Itt)omni'HS medie amentis lha? bem o cobrir, palTadas vinte e quatro horas tus Am«
moniaci.
lybeatipji^perpcUw oifervandu.m efipit ptji eo- ■ fe põem em.fogo brando até que toda a go¬
■um ajjiimptionem deamAdutione cor pus exer- ma eíleja diluta , então fe coará por panno
ceatur, iit.liuju.s beneficio mediçamenti vuesin limpo, e ultimamente fe torna ao fogo a e-
adi um melius redu.cantur , ac i n partes oojiru- vaporar a humidade, até fe pôr em ponto ca¬
ciu.s tranímittantur , ja(fue.deambulatio conti¬ paz , e eítando fria fe fazem madaleoes, que
nuando. per duas. horas , &c. fe guardaràõ embrulhados em bexiga fecca ,
pílulas marciaes ou em vafo vidrado ; e deíla forte fe ufa del¬
de Lemerv, ia : quando fe evapora a humidade hade fer
^ <. yj A\ebre fcotrino onçahma. em banho de Maria , ou aa menos em fogo
£\, C. rocas Marlis aperiente oitavas-6. muito brando , como enfina o mefmo Chri-
Ejcjamoiiea* ílovaõ Love Morley nosfeus Colledlaneos cap.
Ammoniaco de pujado and onça nieya. 17. degiimmis pau,40. O Amoníaco purga,
. Aça fraã. ■. . n r:] attenúa, e corta , he muito util em todas as.
far taro ifiriolado and. oitava hu.ma,e meya : obílruecoes do utero , defpega. a cólera , e
co/v Qai mel MUiticofe faça mafja. Ita Isico- a fleuma. A tintura do Aço fe tira na fórma Tin&ura
Pilul-E haits Lemery in Paarm. cap. 8. de Pilai.p. 529. feguinte. TomaraÕ tres onqas de Efpirito de Chalybis
Calibea-
Chamaõ-ie eltas Pílulas Marciaes por caufa Nitro dulcificado , e o lancaraõ em vafo V1*& ^'u ”v!
c£ feu
chalybis do Croças Martis, que levau, e também fc drado, e em cima lhe lancaraõ huma onqa de rcs<
Lemery. chamaõ Pilulas Chaiibeadas , ou de AçOj co¬ lima duras de bom Aco feitas em braza; e de¬
mo diz o mefmó Lemery..Fur-le-haõ na fôr¬ pois taparaõ o vafo , e o poraõ em' digeílaõ
ma ieguinte- O Azebre, e Efcamonea fe pi¬ em cinzas quentes por efpaco de dous diaSj e
farão, luòt is na groíía trituracaõ, o Aqafraõ tanto que o licor tiver a cor vermelha fe fil¬
lubtil, o Ammoniaco fe diííblverà:, e depu¬ tre, e a tintura fe guarde em vidro bem tapa¬
rará primeiro em vinho branco , e depois fe do para o ufo. Aífim a enfina a fazer o mef¬
tornara a pôr em ponto capaz ,, do qual to¬ mo Auclor acima citado cap. 2^0.pag. 2551.
mar áô a quantidade , que ie pede na receita, Pode-fe também tirar a tintura do Aco com
eo miííuraráõ com o Tartaro vitriplado , e efpirito de vinagre , como enfina Schorâero>
CrocusMartis j e tanto que clliverem bem e ha outros modos de a tirar , que fe podem
miflurados , .fe lhe ajuntara o que bailar de ver em Mangue to , Hojfmano , e CJiafàs. Eila
Oximel fciilitico para fe fazer maíià, e depois tintura he boa para a cura das obílruccoés do
madaleoes, que fe guardarão para o ufo. baqo , e mefenterio, move as ourinas, e pro¬
Lítas Pilulas purgaõ , e gaíiaõ as obflruc- voca a conjunqaõ menfal às mulheres: Da-fe
çoes , excitaõ a coniuncaõ menfal ás mulhe¬ de cinco gotas até vinte. O Efpirito de Nitro Spintus
res , e lhe enraõ as más cores; fa5 uteis nas dulctficado fe fa\ na fórma feguinte. 1 orna- “U U
- 1 ' C rr ■ ■ i°xT j cis,oc nr-
Caehextas, e Parleíias: dá-fe delias huma oi¬ rao huma parte de Lipirito de IS ítro, e duas tUs cjus.
tava pela manháa em jejum , e fe contitiúaÔ de bom Efpirito de vinho bem reclificado,
ate qujnze dias paíTeando fobre ellas, ou fa- tudo miilo fe lance em retorta, e fe lhe po¬
zendo-le o exercício,'que for poflivel: Ailim nha recipiente bem largo, e em fogo de area
eftas, como as arais de Aco fe tomaõ depois fe diflille depois de fetc, ou oito dias de dege-
das preparaqoes univevfaes. íiaõ,e fe guarde para o ufo. Ailim o enfina a
P I L U L A MARCIAES fazer Jóau Lemorceo in Collett. Chim. cap. 291.
de Morley. p. 516. Serve o Efpirito de Nitro dulcificado
3 ó> 'jTp Ammoniaco depurado oitavas 4. para as febres ardentes, refrefea moderada-
JLU* Efcamonea oitavas duas. méte, apaga a fede aos hydropicos: da-fe de ... ■.
1 intu.ra de Aço oitava huma: de tudo fe faça tres gottas até doze. O Efpirito de Nitro fe tira
mafja de Pílulas. Ita Chrijlcphorus Love Mor¬ na fórma fevuinte.Tomaraõ huma libra de bõ ^i>lí.itus
d- ley injuis coüeCianeis Chimicis tracl. Martis lalitre ,e o pilarao , e meterão em retortade
cap. 255. pag. 2d4. Eav-fe-haõ na fórma fe- vidro, e em cima lhe lancaraõ huma libra
guintc:A Lícamonea le pifará fubtil na grof- de Oleo de Vitriolo , e depois poraõ na
Ja trituracaõ , e ie mifturarà com o Ammo- retorta recepiente , que feja bem largo , q
niuco depurado j e depois com aoitavada grande, e tanto que tiverem as juntas bem
tintura de Aco fc fara maíia , e fendo necef- lutadas fe faca a diílillaqaõ em fogo de area,
iario mais licor ie lançarão humas gottas de fazendo-íc brando no principio , e ao depois
Narope de Aco, ou de Chicorea de Nicolao; forte,a retorta fe ha de lutar com bom barro
e tanto que eíliverem bem malaxadas, fe primeiro , depois fe.hadc fecar,porque ailim
guardaráõ para o ufo. O Ammoniaco fe dc* refiíle ao fogo , c naõ fc quebra $ o Efpirito,
oue
V
 Das Pilulas ] e Extractos.
que deíla diílillacaõ fahir, fe naõ vier forte,
íe torne a diílillar fegunda vez, fendo necef-
iario. Aífim o enfina a fazer Chriftovaõ Lo-
ve Morley nos feus Colledaneos Chimicos
cap. i%%.pag. 3 14. Eíle Efpirito ferve para o
ufo chimico , e para fe fazer delle o Efpirito
de Nitro dulcificado , que acima fica efcri-
pto. Em toda a diílillacaõ , que fe fizer com
inílruraentos de vidro, depois de acabada fe
ha de apagar o lume , e fe naõ ha de tirar o
recipiente, nem o Lambiquc , ícm que pri¬
meiro a matéria, c os inflrumentos eílejaõ
frios, e também acafa ha de fer tapada de
ventos, e frios, porque fe aífim naõ he, fe
quebra , e perde tudo.
Servem as Pilulas Marciaes de Morley pa¬
ia a cura das Cachexias, obílruccoés, e para
as melancolias hypicondriacas:daÕ-fe de tar¬
de nove Pilulas cada huma de pefo de feis
grãos , e fe pódem accrefcentar as Pilulas,
iazendo-as mayores em fórma que a mayor
dofe feja até huma oitava em todas as nove
Pilulas, que aífim haverá mayor purgacaõ.
PILULAS MARCIAES'
de Maecio.
37 TJ Aço preparado com enxofre oitavas
quatro.
Ammoniaco depurado oitavas duas.
Diagridiofulphurado oitava huma : com Xa¬
rope Rofado folutivofe faça maffa. lta Carolus
Macfius cap. 401. Far-fe-haõ na fórma fe-
guinte : O Aqo depois de bem preparado fe
íniíturará com o Diagridio , e Ammoniaco ,
e le fará matfa com Xarope Rolado folutivo,
e tanto que eíliver bem malaxada,ie guardará
para o uib.
Purgaõ eílas Pilulas fuavemente , faõboas
para a cura das obílrucqoés, e fazem admi¬
rável effeito em todas as doenças chronicas:
daõ-iede hum efcropulo atAquarenta grãos.
PILULAS DE ALAMBRE.
38 X) Alambre.
JLV« Almecega and onça nteya.
J\ebre oitavas de\.
A gari co oitavas tres.
Arijioloquia redonda oitava huma : com Xa¬
rope de Betonica fefaça majfa.lta Michael Et-
tmullerus cap. 73. in Commentaris Schroderj 2.
tom.pag. 466. Far-fe-haõ na fórma feguinte:
O Azebre fe pife fubtil na groíla trituracaõ ,
o Agarico le ralará, e paliará por Sedaqo, os
mais fimplices feraõ lubtis, c depois de bem
miílurados fe fará maíTa com Xarope de Be¬
tonica , e aífim fe guardará para o ufo.
Purgaõ eílas Pilulas brandamente , corro-
boraõ a cabeca , e perfervaõ muito dos Ca-
tarros:dá-le hum efcropulo por cada vez,de¬
pois do primeiro fonino, e fe tomaõ duas
vezes cada mez.
257
PILULAS TARTAREAS
de Boncio.
3y T) Ammoniaco depurado onça huma e
XV* meya.
A\ebre JacGirino oitavas tres.
Par taro vitriolado oitava meya : com q.f de
vinagre feilliti co fe faça majja. lta Nicolaus
Lemery in Pharmac. cap. 8. de Pilul. pag. 45 6.
Chamaõ-fe eílas Pilulas Tartareas , por cau-
fa do Tartaro vitriolado , que nellas entra ,
aifim o diz o mefmo Aucíor no lugar citado.
Far-fe-haõ na fórma feguinte : O Azebre fe
pifará fubtil na giofia trituracaõ , e fe miílu-
rará com o Ammoniaco , e Tartaro vitriola¬
do , depois fe fará mafla com vinagre fcilli-
tico 5 e tanto que eíliver bem maiaxada le
guardará para o ufo. O Tartaro vitrioiado ,
que entra neílas Pilulas, he taõpouco , que
naõ póde fazer grandes effeitos , e também
humedece muito as Pilulas, e por eífa cau-
fa alguns as fazem pela receita feguinte co¬
mo enfina Lemery.
RChrifial Tartaro.
• Ammoniaco depurado , and onca huma 5'u?e
' 1 J Tartares
*?*{*'r • • v reforma-
Azebre fu co trino atavas fets: com Xarope tx.
de pomos folutivo fe faça majja. Ita Nicolaus
Lemery in Pharmac. cap. 8. de Pilul. pag. 43 7.
Far-fe-haÕ na fórma feguinte : O Azebre le
pifará fubtil na grofia trituracaõ , o Chryllal
Tartaro fubtil, e fe miíturarà com o Ammo¬
niaco , e depois fe fará mafía com Xarope de
pomos folutivo , e tanto que eíliver bem ma-
laxada, fe guarde para o ulb: o Cryjial Tarta- crcrnor
ro, ou Cremores de Tartaro fe fazem na fórma flvc Cri-
feguinte : Tomaráõ de Tartaro branco a íialius
quantidade que quizerem , e o lavaráõ mui- Tartari,
tas vezes até que fique muito alvo, entaõ po- & e;us *
raõ em o lume huma panela de barro , 011 de virCi*
cobre bem eílanhada com dous tantos de
agoa limpa, e como ferver lhe lancaráõ den¬
tro o Tartaro inteiro , e o deixaráõ ferver
bem , e fe irá desfazendo com huma colher
de páo , e tanto que eíliver diííòlvido, fe ti¬
re a panella do lume,e íè coe o licor por pan-
no bailo em cima de vafo bem limpo, ele
ponha em lugar frio $ e depois de eílar coa¬
lhado o Tartaro por cima fe tire com eícu-
made ira , e a agoa que eíliver no vafo fe lan¬
ce fóra,e fe tire o que eíliver pegado ao fun¬
do , e bordas do vafo , em que fe lançou a
agoa , e fe feque ao Sol, e guarde para o ufo.
Aífim o enfina Frederico HofFmano luper
Schroder. lib. 4. §. Tart.pag. mihi 5 $2. A Co-
ticuia , que náda por cima da agoa , em que
o Tartaro fe difíblveo , chamaõ Cremores , e
ao que fe apega no fundo do vafo , ou bor¬
das delle, c bamaõ Cryjial Tartaro, ainda que
Xk huma
 258 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VII.
huma e outra coufa he a mefma , enaõha
mais diíferenca, que ficar mais cryílalizado,
o que fe pegou no fundo , que aquelle , que
fica nadando por cima da agoa , e aífim faô
ambos da mefma efficacia , e virtude. Aílim
o eníiua Mangeto fuper Schroderum lib- 4.
Claf. 2. zt Sunt qui cuticulam fupernatantem
feorjim colligunt (nomine Cremor is T ar tu ri) ,
& cryjhilliis itidem feorfim (titulo cryflallorum
Tartari): veriim ciim utrumque ejufáem jit na-
tura., & efficacia., âijlinãionem hanc parvi mo-
menti autumo. — Se acafo os Cremores, ou
Cryílal Tartaro nao ficar bem claro quando
fe fizer , fe torne a diíTolver em agoa quen-
te, e íe cóe, e filtre eftando quente, e depois
fe deixe esfriar , e entaõ fe lhe tirem os Cre-
-7 w 1.V, I1IV U1 VUJ
mores, ou Cryílaes $ o vafo em que fe coar,
ou filtrar a agoa , deve fer de páo , porque
aílim fe-pegaÕ os cryílaes mais facilmente ,
como adverte o mefmo Mangeto. Os Cre¬
mores de I artaro, 011 Cryílaes cortaô, e def-
pegaõ os humores tartareos, que eílao pega , 0
dos na primeira regiaõ do ventre 5 applica-fe
paia as ohílruccoés do fígado, baco , mefen-
terio, e rins , ferve para todos os a fie él os
hypicondriacoSjhe bom para aguqar, e efper-
tar os medicamentos purgativos: daó-fede
hum elcropulo até oitava e meya, ou duas.
Servem as Pilulas Tartareas para purgar a
cólera , e melancolia , difíblvem as Glandu-
las do Mefenterio , desfazem as durezas do
baqo, gaftaô as obílruccoes, laõ boas para os
Cancros, febres quartáas, purgao todos os
humores viicofos, epurificaõ a mafía fan-
guinar.ia: dao-fe de huma oitava até duas pe¬
la manhãa em jejum, e fe podem tomar duas
vezes no dia , fendo aífim neceiTafio.
pilulas tartareas
de Schrodero.
4o T) 'Ayebrè em que fe tenha embibido
Lv» çumo de Morangos onça huma:
Refina de Ammoniaco oitavas tres e meya.
S al Martis dulcifcado.
Tintura de Açafrab and oitava huma.
Magijlerio de T'artaro purgante foluto -, e
depois coalhado em agoa de língua de V ac ca oi¬
tavas duas.
Extraão de Genciana oitava huma e meya:
Com q f de tintura de Tartaro fe façad Pilulas.*
Itajoannes Schroderus lib. 2. cap.it>. de Pilul.
pag.milu 1,4. Far-fe-haõ na fôrma feguinte:
U Azebre fe pifará íubtil, e depois fe lhe Ian-
qara o que bailar de qumo de Morangos, e fe
pora ao Sol a feccar, eentao fe tomará dúte
a quantidade,que na receita fe pede, e fe tor¬
nará a pifar, e fe miílurará com as mais cou-
Ls 5 e tanto que tudo efliver bem mifto , fe
lhe ajunte o que bailar de tintura de Tarta-
1*0 nva fp p,rJ /t j /•*
pau fe íazer maíia , g deíla íorte fe guar-
dará para o ufo. A Refina do Ammoniaco Refina
fe faz da mefma goma: depois de bem depu- Ammü"
rada , fe torna outra vez a diíTolver em elpi- niaci*
rito de vinho $ e tanto que eíiá desfeita íe
deixa atfinr ficar alguns d ias j então fe lhe tira
a Refina , e o licor fe coa por panno muito
bailo, e fe lhe lanqa a Refina,que primeiro fe
lhe tirou , e fe pôem em banho a difiolver j
depois de eílar bem desfeita fe côa o licor, e
fe pôem em banho de Maria a evaporar a hu¬
midade ; e ultimamente fe fecca , e guarda
para o ufo: Ella Refina também fe chama
Magijlerio ãe Ammoniaco , ou Extraão Refi- Magifte.
nofo 5 deíla forte enfina a fazer a Refina do fium» fi¬
Ammoniaco Mangeto fuper Schroderum c. 67. 'e ex^ra*
Uh. 2. As virtudes deíla Refina faõ as mefmas fmU™urnC*
do Ammoniaco : fe nao houver occafraõ de Ammo-
íe fazer a Refina para eítas Pilulas, fe podem niaci.
fazer com o Ammoniaco bem depurado duas
vezes, como fe vê de Lemery cap. 8. de PiluU.
O Magijlerio de Tartaro purgante fe faz na
fôrma leguinte : Tomaráõ de Sal Tartaro a rium
quantidade que quizerem , e a lancaráô em -Tartari
huma tigella de ferro, depois lhe deitaráÕ de Pur&ans
efpirito de vinagre o que bailar para bem o !|ufires
cobrir, e aífim fe deixará ficar, até que fe ga- C ° lb‘
íle o licor , e fe lhe lanqará de novo outro
tanto efpirito de vinagre , fe fará o mefmo
duas até quatro vezes, ou até que o Sal nao
faca fervura alguma , quando fe lhe lanca o
Efpirito, que he final certo, de que o Sal nao
pôde embeber mais o accido do vinagre, en-.
taõ fe evapora alguma humidade, ou ao Sol,
ou em fogo brando , o que fe deve fazer to-’
das as vezes que fe lhe lafiqao efpirito de vi-'
nagre ; e ultimamente fe lhe deite Efpirito
de vinho,e fe diíTolva o Sal impregnado com
o accido do vinagre , e fe evapore em fogo
brando , e fe repita o mefmo , até que o Ma-
gitíerio nao tenha faibo algum azedo , e fi¬
que muito claro , é dulcificado, e deíla forte
eílando bem fecco fe guarde em vidro berci
tapado para o ufo. Aílim o enfina Hôffmano
fuper Schrod. lib. 4. Claf. 2. Purga fiem mo-
leília, e he conveniente em todas as doenças
Tartareas: da5-fe de cinco até quinze, ou
vinte graos. Eíle Magiíferio para elías Pfiu^Magiftc
las, e para alguns medicamentos, em que for rium
neceflário fe ha dé dííTolver+em agoar de lin-Tartari
gua de Vacca , ou de Borragens r e depois fef^^J
hade evaporar, e cryílalrzar, comodiz Mán-*Tartar.’
geto fuper Schroderum lib. 4. ClaJffi.zz Sal
iilud Tartari acito diJUUattt fufficienter impre.-1
gnatunl y fi in aquã- diflilluta ,. ( v. g. dlorragi-
nts ,- aut: Biiglofx ) folittum atque f. aJcryJlafU- Sal Tar-
tuníjit, conveniens' Wdicamentum evadit rwhari folia
morbis Tartareis. z^O Magitlerio de fl'arta-;tuiu’ f1VÍ
rqpurgante fe chatj-ra üíí*'
Sal Tartaro foliato, ou tc,re ío'
* 5 1 íí/hí/í/Ou j
lata Tai
Terra foliata Tartari. Aífim o diz' Hoffmano-[‘ri
no
 Das Pilulasjj e Extratos.
lio lugar acima citado: Mdgi/ierium Tarta-
npurgans nihil atiud eji, quam Terra foliata
Tartari ex Sale Tartarifí aceto dijlillato ela•
borata. O mefmo diz Philippe Miílléro inmir.
Chim. lib. 5. cap. 4., Sennerto in infiitut. medie,
lib. '5. part. 3. 6. , Rolfinkius infua Chim;
lib. Af.feã. 1. árt. 3. cap. 13.,, e Moyfés Char.
inPharmac. Reg. cap. 68. de Sale Tartari fo-
Sal Mar- tiato. O Sal Martis fe faz na fôrma feguinte i
tis,&ejus Tomaráo duas onqas de limádura de Aqo , e
Vires,‘ , oiítras duas dè olio de vitrioío , ao lancaráõ
ctií vafo de barfé capaz , e o poraõ em digé-
ftàÕ vinte e qivatro horas , paliadas ellas, lhe
áruntáráÕ qiiatro onqas de agoa ; e tanto que
eftiver feita boa miftufa fe porá em fogo
bfandb até ferver, então fe coará, e filtrará
o licor, e depois fe evaporará a humidade 5 e
‘tánto que o Sal eftiver criftalizado, e bem
Tecco fe guarde para o lífò. Àílim o enfina
^Mángetò [lib;.4. fuper Schròderum cap. 11.
X Sal Martis. Hz efte Sal huminfigne defob-
ílruente , e corfigente dos humores accidos:
dá-fe diliitõ émagòa, ou em qualquer licor,
ou rriedicamentó em Pilulaá para purgar os
humores groííbs: toma-fe de doze grãos até
hum efcropulo. Nefta receita pede o Auótor
Sal Mar- Snt Martis fubdulce , o qual fe faz na fórma
tis íub- feguinte : Tomaráo huma pouca de limadu-
UiCC* ra de Aqo, e lhe ajuntaráõ vinagre diftillado,
' O que baftar para fazer mafla,aqual feccaráõ,
't depois de fecea a pifaráo, e tornaráÕ afa¬
zer o mefmo quatro até feis vezes ; e ultima-
mente fe pife, e fe ponha a ferver com hum
pouco de vinagre eftilado (mas que feja pou¬
co fórte, ou vinagre branco); e tanto que
der algumas fervuras fe côe , e filtre , e o li¬
cor filtrado fe ponha em fogo brando,até e-
vaporar a humidade , e fe^fecear o Sal; feito
nefta fórma fe dulcifique com efpirito de vi¬
nho algumas vezes , até que fe lhe naõ finta
accido algum,eftando aflim fe torne a filtrar,
e evaporar a humidade , até que o Sal fique
bem fecco , e criftalizado, e atfim fe guarde
para o ufo : Nefta fórma o enfina a fazer
Schrodero cit. §. Sal Martis pag. mihi 24?. O
Sal Martis doce, ou dulcificado he bom pa¬
ra cortar,e abrir os humores contumazes das
entranhas, e utero: dá-fe de meyo efcropu¬
lo até hum em licor conveniente , ou em Pi-
lulas : Efte Sal Martis dulcificado he o que
le ha de pôr nas Pilulas Tartareas de Schro¬
dero , porque afiim o pede o mefmo Auótor.
Sal Mar- O Sal Martis , ou Vitriolum Martis de Riue-
tis,íivc vi-rig fe fãz na fórma feguinte : Tomaráo meya
Martis” ^ki'a de efpirito de enxofre , e o lancaráõ em
Kivcdj huma ccrtáa nova,e com elle mifturaráõ hu¬
ma libra de Efpirito de vinho, e poraõ a cer-
taa ao Sol por efpaco de quinze dias até o Sal
fe fieccar , e no cafo que fe faqa cm tempo de
ajy
Inverno fe feque em fogo muito brando ; e
tanto que eftiver bem lecco,fe guarde em vi¬
dro bem tapado ( de tal forte, que lhe naõ
dé o ar , porque o diííolverá) , e dcíla fone
fe guarde para o ufo. Afiim o enfina a fazer
o mefmo Riverio lib. ii.prax. med. cap. 5.de
melancolia hypicondriaca /wp 3 3 7.Ser ve o Sal,
ou Vitriolum Martis de Riverio paraa cura
das obftrucqoés, corrobora as entranhas, e
lhe emenda a intemperança cálida: dárfe de
doze até vinte graõs em licor, ou conferva
conveniente. O Extraãoda Genciana fe tira Extraclu
na fórma feguinte : Tomaráo da boa raiz de Genua'
Genciana a quantidade que quizerem, e a pi n e*
faràõgrófia , e ainfuildiráõ em quanto bafte
de bom efpirito de vinho ,- que a cubra mais
tres dedos, e fe deixe aífim eftar em lugar
quente dous ou tres dias, paíTados elles ie a-
quente a matéria, e depois fe côe , e efpre¬
ma fortemente , e o licor fe ponha era vafo
capaz fobre manfo fogo,, até que tenha con-
fiftencia de Extracto, e defta forte íe guarde
"para o ufo. Afiim o enfina Mangeto furer
Schroder. lib.\. ClaJJ. 1. de VègetaUl. O Ex-
tracfto da Genciana he ütil nas febres mali¬
gnas, tercáas, e quartáas, refifte à cõrmpcao
dos ares, he bom paraos mordidos de bichos
peçonhentos, ou caõ damnado, e lérve para
as obftrucqoés do hofe , e baqo : dá-fe meya
oitava, huma, ou quatro efcropulos: kTin- Tintura
tara de Tartaro fe faz na fórma feguinte: To- Tartari
maritõ de Tartaro branco huma onqa , Salvera*
de Tartaro meya onqa , Efpirito de vinho
bom quanto bafte para eubrir a matéria ,
dous, ou tres dedos, ponha-fe em digeftaõ
tres , ou quatro dias, mexendo a matéria va¬
rias vezeSje tanto que o Efpirito eftiver com
a cor vermelha fe côe , e fe lhe lance outra
tanta porqaõ de Tartaro , e Sal 110 mefmo li¬
cor , e fe deixe digerir quatro , ou feis dias,
depois fé côe , e guarde para o ufo. Aífim o
enfina Jacobo Lemorcio nos feus ColleCian.
Chim. cap. 460. traã. Tart. Efta he a verda¬
deira Tintura do Tartaro , e he muito me¬
lhor queaquella que fe faz fomente com o
Sal, como diz o mefmo Auótor no lugar ci¬
tado: Hac efi vera tinãura Tartari, & duplo,
vel triplo plus viriam obtinet, quam tinãura
vulgaris falis Tartari. Serve a tintura do
Tartaro para mover as ourinas, e quebrar a
pedra, he hum digeftivo geral, aguqa os pur¬
gantes , e fó per fi laxa o ventre, e provoca
aconjunqaõ menfal ás mulheres: dá-fe de
dez gottas até huma oitava.
As Pilulas Tartarias de Schrodero purgao
os humores Tartareos, e terreftres, gaftaõ
as obftrucqoés , pjovocaõ a conjuncaõ> men¬
fal às mulheres, e lhe curau asmiàs caves,
fervem nas febres intermittentes , e para as
.Kka hydro-j
 /
2<5p Pharmac. Luíit. Augment. Tr$. VII.
hydmpefias: dao-fe de. hum efcropulo até
huma oitava.
PÍLULAS PRO COLICO
morbo.
41 "O Axebre bom impregnado com çumo
XV• de Rofas Perjicas , e depois fecco.
onças. tres.
' Agarico bom onça huma e meya.
jExt radio de Ruybarbo onça huma.
Vipado.de Lobo preparado oitavas feis.
Si mas de Lofna onça meya.
Diarrhodaõ Abbade.
Sal de Lofna.
]So\es mofcadas , and oitava huma e meya:
com Xarope de Chicorea com Ruybarbo fe faça
majfa. Ita Fredericus Hojfmanus lib. 2. cap. 8 p
de Pilul.pag. mihi 149. Far-fe-haõ na fórma
feguinte.: Ü Azebrç fe pifará , e fe lhe lanqa-
rã emcima o que bailar de qumo de Rofas de
Alexandria , e le porá a feccar ao Sol, ou em
cinzas quentes, e depois de fecco fe torne a
pifar , e lhe ajuntem mais quino , e fe faca o
mefmo fegunda e terceira vez^entaô fe toma¬
rá ddle a quantidade , que na receita fe pe-
de , e fe pifará fubtil, e lhe lanqaráo a Lofna,
e Noz mofcada em pó fubtil, o Agarico fe
ralará, e o Figado de Lobo fe fará em pó de-
pois de preparado ; e tanto que tudo eíliver
iniílur.ado com o Diarrhodaõ,e Sal de Lofna
fe fará mafía com Xarope de Chicorea de
Nicolao , e depois de bem malaxada fe faraó
madaleoés , que fe guardarão para o ufo. O
PrEpara- Figado de Lobo le prepara lavando-o pri-
tio' Hepa- meiro.muito bem, e depois feceando-o no
tis Lupi, forno
virtus, Sc
Cm fogo brando feito em talhadas, pa-
doiis.
ra que melhor fe leque, o que fe póde fazer,
pondo as talhadas do Figado em huma frigi-
deira nova com o fundo cuberto de Hyfopo,
ou Marroyos , e nella fe deixao feccar , vi-
rando-os , para que fiquem igualmente bem
feccos , e aífim le guardaó para o ufo : Neíla
fórma os enfina a preparar Lemery na fua
Confcr- Pharmacopea cap.
l a/ » de prapa*. fimpl. He
<54. j i
vatio irlc admirável o Figado do Lobo para as cólicas
patis Lu-
ventofas : dá-fe de hum efcropulo até huma
pú
oitava , conferva-fe embrulhado em folhas
Exrraftií de horce,lua , ou de ouregaos feccos. O Ex~
Rhabar- traão do Ruybarbo fe faz na fórma feguinte :
bari.
Tomarão feis ou oito onças de Ruybarbo , e
o pifuráó groílo, e o lanqaráo em vafo de bar¬
ro vidrado capaz , e emcima lhe lanqaráo o
que bailar de agoa de Chicorea que bem o
cubra, e tapado o vafo fe porá em digeílaô
em lugar quente vinte e quatro horas, paífia-
das ellas, dará huma fervura, e fe efpremerá
íortemente, e o refiduo do Ruybarbo fe tor-
neta digeriríegunda vez, e fe efprema, e hum
e outro licor fe ajuntará , e coara ; e ultima-
mente fe porá em fogo brando a evaporar a
humidade,até hca^o Extracto em c.onfiftcn-
cia de Mel bem groíTo , e aífim fe guarde pa-
rao ufo. N eítáfor-mao enfina 4 tirar Nico-
lao, Lemery np ,lêu Curío Çhimico 2. part.
cap. 2. de Rhabarbaro pag. miM 47 ]« O Extra-
<So do Ruybarbo purga brandamente con-
fortando, he bom para fazer parar os cu rios,;
para os achaques.Uo eílomago , excita o ap-
petite, he conveniente nos achaques do fih. -.c.ii
gadp, e baco dá-fe de doze graòs até dous - j&J
efcropulos: O Sal de Lofna, fe faz na forma SaI Aml
feguinte : TomaráÒ a quantidade de Lofna
fecca que quizerem , e a queimarão em parte
limpa, e depois a tornarão a calcinar em
hum cadinho grande , até que fe fac;a a cin-
za em brafa 5 eílando bem calcinada fe lance
em panella de barro, e emcima agoa ferven-
do neíla fórma a deixarão ficar em digeílaô
quatro ou feis horas; paííádas ellas, fe leve ao
fogo a dar duas fervuras, e aífim fe filtrará, e
guardará o licor e emcima da cinza fe lanr
cara mais agoa fervendo , e fe fará o mefmo
fegunda e terceira vez, ou até que a agoanao
tenha o laibo falgado. Juntos os licores to-
dos fe poraõ em fogo brando a evaporar a
humidade; e tanto que a matéria eíliver fec
ca , e tiver a cor quafi vermelha , fe calcine
até que fique branca, e depois fe difiolva em
agoa quente ; e ultimamente fe ponha a eva-
porar a humidade , e como o Sal eíliver feç-
co, e bem criílalizado,fe guardará para o ufo
cm vidro bem tapado. Aífim o enfina afazer
N icolao Lemery no feu Curfo Chi mico 2. p.
cap. 11. pag. mihi 508. Deíla mefma forte fe
tira o Sal fixo de todas as plantas , as quaes fe
pódem primeiro diílillar, e do caput nwrtuum Sal om-^
que fica , tirar o. Sal. Serve o Sal da Lofna
para abrir , cortar, alimpar , he muito eílo-
macal, e util nas febres terqftas , e quartãas,
e fe conta também entre os Saes febribugos :
dá-fe de meyo efcropulo até hum, ou dous.
Servem as Pilulaspr# para pur-
gar brandamente todos
c; - —-
os humores, faÕ mui-
to uteis em todas as cólicas, principalmente
nas que chamaõ Piétonicas: daó-fe de hum
efcropulo até huma oitava.
PÍLULAS de sagapen o.
42 T>
R-Extraólo de Coloquinthida onça
• huma.
Sagapeno depurado oitavas feis.
Diaaridio onça meya.
Ammoniaco depurado oitavas tres.
Salgema oitava huma e meya : com Xarope
violado fe faça majfa. Ita Nicolaus Lemery in
Pharmacop. cap. 8. de Pilul.pag. $04. Far-fc-
haó na fórma feguinte : O Sagapeno depois
de depurado , e o Ammoniaco , fe miílura-
ráõ com os mais fimplices em pó fubtil, e
com o que bailar de Xarope de Violas fe fa¬
rá
, .11 Das Pilulas, e Extra&os. ,
rá maífa, que depois de bem malaxada fe guinte: O Diagridio depois de pifado fe mi-
261
Extraflu guardará para p uio.O Extraóto daCploquin- ltur^rà com o Ammoniaco,e Trochifcos em
Colocyn- thida fe tira na fórma feguin te : Tomaráõ a pó fubtiliífirao, e o Sal , e fe íhe lanqarà o
thidis. quantidade, que quizerem de Coloquinthida, Xarope,, que bailar para formar maífa, a qual
e a cortaráõ miuda , e lanqaráõ em vafo ca¬ depois de malaxada fe guarde para o ufo. O
paz , e lhe ajuntarão a quantidade de efpirito Sal de T'amarguelra fe faz como o de Lofna, Síll Ta-
de vinho , que battar para bem a cobrir , e fe aflim o enfina o mefmo Lemery no leu Cur- marilcí *
porá em digeílaõ vinte e quatro horas, paífa- fo Chimico cap. n. part. 2. Eíle Sal attenúa,CJUSVircs-
das ellas, le coará com forte efprefíao, e fe e abre , he diurético , e defobílruente , e ad¬
lançará fegunda vez mais efpirito de vinho mirável para os achaques do baqodà-fe de
emcima da mefma matéria j e depois do me- doze graõs até dous efcropulos. f)
fmo tempo fe efpremerá eíle licor, e pri¬ Ás Pilulas de Sagapeno purgao os humo¬
meiro fe filtrarão, e porá5 a evaporar em fo¬ res Tartareos, e melancólicos, curao as ob-
go brando.até confiítencia de mel, e aflim fe ílrucqoés, e faõ boas nas febres terqãas, dan¬
guardará para o ufo. Neíla fórma o enfina a do huma fó Pilula do tamanho de hum graõ
Extradu tirar Schrodero Ub. 4. Cia//' ].pag. mfkk 5 <, j, de bico no principio da fezaõ, e fe continua
Colocyn- Se quizerem o Extraélo da Coloquinthida o mefmo até que de todo fe vaõ : a dofe or¬
thidis dulcificado * o tornaráp a diífolver em efp.i- dinária para os mais achaques he de hum
dulcifica-Fjto (jc vj.njj0 ? e depois o porão em ponto efcropulo até huma oitava.
• de Extradloj aflim o diz o mefmo Auéfcor.no PILULAS ANTE FEBRIS.
lugar citado. Também fe póde tirar eíle Ex- 43 TJ Ext radio de Cardo fanto oitava me~
traólo com duas partes de agoa de Tancha- ' JLv* ya, e de
gem, e huma de efpirito de vinho, da mefma Centaurea menor efcropulo hum.
forte que açima fe diífe 5 e eíle aflim tirado Corno de Veado preparado.
na5 deixa na Coloquinthida virtude alguma, Sal de Lofna and efcropulo meyo : com q.f
porque a agoa de Tanchagem lhe extrahe a de Xarope de Cardo fanto fe fonnarà majja de
parte vifcofa, e 0 efpirito de vinho a Refino- que fe faraó vinte Pilulas. lta Joannes Schro-
fa, como diz. Mange to fu per Schroder. Ub. 4. derus Ub. 2. cap. 7]. pag. mihi 147. Far-fe-haõ
zz Menjiriium ex aqua plantaginis , V? fpirit.üs na fórma feguinte : O Corno de Veado fe
vim comnufcet, nequid ex parte Refinofa , ac miílurarà com os Extraélos, e Sal de Lofna,
vifcofa , quibus Colocynthidis conjiare ait, inta- e depois com o que bailar de Xarope de Car¬
ãum maneat. Purga fortemente o Extracto do fanto fe facaõ vinte Pilulas , as quaes fe
da Coloquinthida a fleuma , e mais humores douraràõ, e aflim fe daràõ para o ufo. O Ex- Extra&u
groííòs, attrahindo-os das partes remotas , traão do Cardo fanto fe tira pifando-o , e de- Cardui
miílura-fe com os medicamentos purgantes pois fe efpreme em imprenfa , e o cumo fe Benedíft,
para os efpertar,e fazer que obrem com mais depura , e côa j e ultimamente fe pôem em
brevidade : dá-fe de quatro até dez graos. O fogo brando a gaílar a humidadeje tanto que
Depura- Sagapeno,ou Ser a pi no (que tudo be o mefmo) tem ponto de Mel, fe guarda para o ufo. De-
tio Saga- fe depura infundindo-o em vinagre forte fei- íla forte o enflna a tirar Lemery no feu Cur-
pcm, teu taem boccados •, e tanto que eítá desfeito fe fo Chi mico cap. 1 i.part. 2.pag. mihi 508. He
Sciapme.c^a pOU panno limpo, fe poem fobre fogo eíle Extraéto muito fudorifero, e bom para
brando, até tomar ponto , e defla forte le reíiflir aos humores corruptos ; dá-fe de
guarda para o ufo: Aflim o enfina Schrodero meyo efcropulo até dous. O Extraão da Cen- Extra&u
Ub. 4. Cldjf. 2..num. 401. Purga efla goma os taurea fe .tira pifando as cimas da planta com Centaurií
humores groífos, e vifeofos, principalmente flores, e folhas, e depois de pifada fe lanqa
os do cerebro, e por iíTò he 11 til na dores an¬ em vafo de barro, eemcima huma pouca de
tigas da cabeqa : dà-fe de meya oitava até agoa , e fe deixa em digeílaõ doze horas, de¬
huma. O mefmo Lemery traz ellas Pilulas pois fe côa com forte elpreflaõ, e o licor que
reformadas, e diz, que faõ melhores, e a re¬ dér fe depurará, e porá em fogo brando , até
ceita he a íeguinte. que fique em confiílencia de Mel, e neíla
fórma fe guarde para o ufo. Aflim o enfina a
1, T) Saga peno.
Pilultr? fa. fazer Schrodero no lív. 4. ClaJJ'. 1. n. S]. Elle
gapem JL\_. Trochifcos de Coloquinthida and onça Extraélohe hum efpeçifico antefebril, corri¬
refotma. ge o formento do fel ? he Balfamíco, e pre-
tx.
Diagridio onça meya. fervativo da maífa fanguinaria : dà-fe de
Sal de Tdmargueira oitava huma e meya : meyo efcropulo até hum e meyo. O Sal do Sal Car-
com quanto bajie de Xarope Violado fe faça C ar do fanto le faz dá mefma forte , que o de duiBenc-
majja. lta Nicolaus Lemery in Pharm. cap. 8. Lofna , a fua virtude he fudorifera , e ante-
de Piliil. pag. 405. Far-fe-haõ na fórma fe- febril: dà-fe de meyo efcropulo até huma oi¬
tava.

262 Pharmac. Lufiti Augmènt.TW. VII.
Sal ccii* títVa* ® ^ ^tl CtntaúrbaTe faz também co-
taurii, mo o da Loína^o que fé póde ver neíte Tra¬
tado no numero 41. Tem eiteSal ás mefmas
virtudes,que o Extradto da planta t dá-fè de
trieyo efcropulo até huma oitava. ' ; :
Servem as Pilulas febriz, ou antefebriz pa¬
lra a cura dç todas as febres tercãas, eqüar-
tãas: dá-íè toda a quantidade, que na receita
fe diz -, feita em vinte Pilulas, ou mais, ou
menos ,'como quizerem , e fe tomao antes
que venha a Sézao, e fe continüaõ até quin¬
ze dias.
PILULAS FEB RI Zj
44 T) Extraão de Centaurea métibiff e de
Genciana. ' '
Antmónio diaphoretico and efcropulo meyo.
Sal de Centáurea gradsfete. : 1
Tartaro vitriolaâo gr aàs quatro : com Xaro¬
pe de Cardo Janto fefaçad Pilulas , que fe dou-
raráô. Ua Andreas Cnofelius infafçiculo medi¬
cinaram titulo 2]. de febril.pag.mihi j66. Far-
fe-haô na fôrma feguinte : Os fimplices fe
mifturem com o Tartaro vitriolado todoie-
duzido a pó, e depois de bem miílos fe fa¬
raó Pilulas com o que bailar de Xarope de
Cardo fanto, as quaes fe douraráó , e fe da-
Antimo- rao para o ufo. O Antimonio Diaphoretico fe
niumdia- faz na fórma feguinte : Tomaráó huma par-
phorctic. te (je Antimonio em pó , e tres de bom fali-
do°ík °&tre tam^em em pó , e íe miílurárá tudo , e
cjus v^res denois fe porá hum cadinho grande em fo-
& dolis. go forte, e tanto que eíliver feito ení 5rafa,fe
lhe lançará huma colher da miítura , e como
aquella matéria eíliver fundida, lhe va5 lan¬
çando mais dentro do cadinho, até fe acabar
todo o Antimonio, e falitre, então deixaraó
ir calcinando toda a matéria mais duas , ou
tres horas , ou até que a miítura èíleja bem
branca: Feito iíto deixaráó apagar o lume ,
e depois de fria a matéria fe tire do cadinho,
e pife em gral de pedra , e fe lance'em vafo
de barro capaz , e emcima lhe lançaráó agoa
fervendo , para que fe aparte o falitre , e fe
lavará,e irá lançando fóra a agoa até que faya
bem doce, e fem faibo algúm do falitre , e a
matéria branca, que eítá no fundo do vaíb fe
feque, ou enxugue ao Sol, e depois fe guar¬
de para o ufo. Allirn o enfina Lemery no feu
Díapho- Curfo Chi mico part. 1. c.y.de Aniim. p.á8$.
reticum O Antimonio aflim preparado fe chama Dia-
niinerale,phoretico mineral, ou Cal de Antimonio, como
Àntiino-X ^IZ ° mcí1110 Lemery no lugar citado. Serve
nij. eíle medicamento para fazer fuar , refile ao
veneno , he bom para as febres malignas,
bexigas, e para todos os males contagiofos:
dá-fe de feis graõs até trinta em licor conve¬
niente.
As Pilulas Febriz faô boas para toda a ca-
íta dc terçftas, e quartãas: dá-fe a quantidade
1
\
efcripta na receita por huma fó vez antes da
Sezáõ j éfe continüaõaté dez , ou doze dias $
áreceita fe póde dobrar, ou quatropear, ou
da forte que quizerem. J
' PILULAS PARA FEBRES
■ ‘‘h1/ ' quártáas. ’ " •*'!
45' T% Axehrefucotrino onça huma.
JLv« Diagndiá. ~
Agarico. ’ ■
' Tartaro foluvel- aná ditavas duas*
Aiaro.
E He boro negro and efcropulo huní: com Xa¬
rope de pomos folutivo fe façao Pilulas. Ita Ni-
colaus Lemery in Pharmacop. cap. 8. de PiluU
Far-fe-hao na fórma feguinte: O Azebre fe
pifefubtil na groífa trituraqaõ, o Agarico fe
ralará', e paífará por Sedaço, o mais lerá fub-
til, cílàndo bem rriiíturados fe fará maiíá
com Xarope de Pomos, e fe guardará para o '
ufo. Os antigos preparavaó o Elleboro met- Pr*para-
tendo-o dentro da raiz do ivabao,e o punhao |*° El,e-
a áffar , depois o ufavaõ j porém eífa prepa- orl’
raçaõfiaõ he tao fegura,como a que enfnao
os modernos, a qualfe faz infundindo a raiz
do Elleboro negro em vinagre forte por vin¬
te e quatro horas , ou dous dias, e pufludo o
dito tempo fe tirão as raizes, e fe pôcm a lec-
car ao Sol, e deita forte fe ufa5. Aflim o en-
fina Lemery na fua Pharmacopea cap. 51. de
praparat. pag. 118.
Servem eítas Pilulas para purgarem a fleu¬
ma , e melancolia , fa5 boas para as febres in—
termittentes, principalmente para as quar-
tiias: dao-fe de hum efcropulo até dous.
PÍLULAS NEPHRIT1CAS. ,
46 O Olhos de Caranguejos preparados.
JLv* Pedra Judaica preparada.
Mille pedes preparados.
Tromentina lavada em agoa de Salfa and
oitavas duas : de tudo fe faça majjd, de que fe
fardo Pilulas. Ita Paulus Barbete cap. 8. de
dolore nephrit. pag. ijy. Far-fe-haÕ na fórma
feguinte: A Tromentina fe lavará em agoa
de Salfa , até que fe faça muito branca $ e de¬
pois a levantarào mais de ponto , elhelan-
çaraõ os mais f mplices em pó fubtilifllrqo, e
tanto que eíliver bem formada a maíTa, fe fa¬
raó Pilulas para o ufo. A pedra Judaica fepre- Praepara-
para pifando-a fubtiliflima , e depois moen-tio Lapa-
do-a na pedra com alguma agoa de Salfa , e d«J«dai-
depois de iecca fe torna a moêr em fórma CI*
que fique fubtiliflima , e impalpável, e deita
forte fe ufa delia : Eíla pedra fe chama Ju- sy*
daica , porque nafce em Palejiina de Judea, nacus*
e de là vem a verdadeira, que he aquella, que
he femelhante a Belota, ou Azeitona , aflim o
diz Hoffmano fuper Schrod. lib. ^.cap. 8. ~
La pis Judaicus (ita dicitur , quia in Paleflina,
& terra Judeorum reperitur) fimilis ejl glandi,
five
 Das Pílulas, e Extra&os. 26}
five oliva, ~ Também fe chama Pedra fyria-
duas vezes no anno , huma Pilnla pela Pri¬
ccr, porque vem da Svria , ou Phinicites, co¬
mavera , outra pelo Outono , que pele dez
mo diz Schrodero lib. p pag. 220. Vem tam¬
ou doze graos todos os dias por elpaço de
bém efta pedra de algumas partes de Alema¬
hum mez , ou mais, podendo ler.
nha, como diz Hoffmano no lugar citado. Os
PÍLULAS PE1TORAES.
Prepara- Millepedes, a que mais vulgarmente chama5
47 T> Efloraque Calamitha oitavas duas.
Í‘. Sacnt0 Antad > ou bichos contas, £v • Ext raã 0 de Alcaçü\ oitava meya.
vc Míllc- c PiePaiao mfundindo-os em vinho vinte e Extraão de Açafrao efero pulos quatro.
pedum. quatio horas , e paíTadas ellas, fe feccao e Eaudano.
depois le infundem fegunda e terceira vez • Ince n/b.
e ultimamente fe feccaÕ, epulverizaoj enta5 Myrrha.
fe bornfaÕ com Efpirito de vitriolo , e algu¬ Extraão de Opio and oitava huma.
mas gottas de agoa de Morangos, e fe o-ujr-
Ambargn\ efcropulo hum : com Xarope de
daò os pós eftando bem feccos" Affim o^enfi¬
cafcas de Cidra fe faça majjd. Ita Moyfés Cha-
na Hoffmano fuper Schrod./rá. 5. Claf 4. de rás m Pharm. Reg. p. 4. c. 1. de variis remediis
animal. Dao-fe de;hum efcropuloaté quatro. pag. 455. Far-fe-haÕ na fórma feguinte : O
, ?aÕ convenientes nas fuppreffòés de ourinas Incenfo, e myrrha fe pifaráõ fubtís, o Eflora-
quebraõ apedra, e a reduzem a hum modo que fe pifara, e fe diffblverá com o Laudano,
de Mucilagem, fao muito aperientes nas ob- o Extrado de Alcaçuz fe pifará , e depois fe
-ílruccoés das entranhas. Os Olhos de Caran¬ mifturará tudo com os mais extrados, e lhe
guejos íe pifão fubtiJiííimos,e depois le moem
ajuntaráÔ o que baftar de Xarope de cafcas
na pedra , e alguns lhe lançao humas e;ottas de Cidra, e fe fará maffa , a qual depois de
de agoa , e moem com ella para melhor os bem formada fe guardará para o ufo. O Ex¬
fubtili zai em , e depois os deixao feccar , e traão de Açafrao fe tira pifando-o groffb , e Extraftú
tornaõ a fazer em pó; porem baffa que fe
depois lançando-o em vafo cwpaz bem tapa- croc‘*
pifem tao fubtís, que provando-os entre os do, e fe lhe lança emeima o que baftar de
dentes le nao ffnta aipereza alguma , e nefta Efpirito de vinho, ou agoa ardente boa , e
foi ma íe guai cia paia o ufo. Affim o enfina fe deixa effar vinte e quatro horas em lugar
Schrodero lib. 5, Cia//. 3. de animalibus\ Deftes quente , depois fe efpreme , filtra, e coa^ e
olhos de Caranguejos fe pódem dar até duas ultimamente fe pôem em fogo brando a eva¬
oitavas , he hum fingular abforbente. O Ma- porar a humidade $ e tanto que eftá em pon¬
Wagifle. gifteriodos olhos de Caranguejos fe faz na fór- to de Mel fe guarda para o ufo. Affim o en¬
riurn ocu- ma fcguinte 1 Pomar ao a quantidade que fina Schrodero hb. 4. Claf'. 1. pag. mihi 400.
lorum Cã- quizerem de olhos de Caranguejos , e os pi-
lambem fe póde tirar com agoa de Almei¬
crorum. far^5? e ]anqaráõ em vaio de barro vidrado, e
rão Borragens , Língua de Vacca , ou Ro-
eme ima lhe lanqaráõ Efpirito de vinagre,que fada lançando primeiro no Açafraó humas
fT bem os cubra , e affim fe deixaráõ effar \nn- gottas de efpirito de vitriolo , ou de Enxo¬
. . ,tee quatro horas , ou mais , mexendo a ma¬ fre, como diz Mangeto fuper Schrodero í. 4.
téria , até que toda effeja diffblvida, então fe mm. no. He o Extrado do Açafrao muito
i-ffcôe, e filtre , e emeima do licor lhe lançaráò eftomatico, Cardíaco, Sudorifero, e Hifte-
algumas gottas de Oleo de Tartaro , para rico : dá-fe de quatro até dez graos. A tinãu* Tinffura
que faça precipitar o Magifterio, feito iffo ra de Açafrao fe faz,tomando meya onça dei- Croci.
lançaráo fóra a agoa por inclinação, e a ma¬ le ,e lançando-o inteiro em huma garrafa, e
téria que fiça branca no fundo,fe lave até que emeima. delle ajuntando-lhe feis onças de
fique dulcificada , e depois de fecca fe guar¬ agoa ardente branda , e fe deixa digerir dous
de para o ufo. Affim o enfina Chriffovaó Lo- ou tres dias * e pafíados elles fe coa , e defta
ve Morley nos feus Colledaneos Chimicos ioite fe guarde para o. ufo. Affim o enfina
cap. \2j.pag. i $y. $ dá-fe efte Magifferjo.de Chriftiano Margravío nos Colledaneos Chi* Menftmu
meyo efcropulo até dous, e tem as mefmas micos traã. Croci. Efta tindura le tira com veri,ni
virtudes, que ps olhos de Caranguejos bem agoa ardente , que feja brandinha , ou tam- tindW
preparados, e alguns querem; que feja me*? bem le pode tirar em vinho branco , porque Cioci.
íhor , e de mais utilidade para os doentes, o o menftruo aquofo tira melhor a tindura do
ufo delles preparados, que o do Magifterio, Açafrao, ailim o diz o mefmo Margravio no
que por caufa do accido , com que fe diííol- lugar citado : Aquofo enim menfruo optime
vcu fica huraa cal inútil. . extrahitur e Croco tinãura. Com efte mefmo
Servem eftas Pi.lulas Nephriticas para to¬ menftruo fe póde tirar o Extrado, o qual ha¬
das as difficuldades de ourina , quebrao a per vendo-o fe pódediffolver em licor conveni¬
dra nos rins, e a fazem lançar fóra; os que fe ente , e ufar delle pela tindura , a qual tem
quizerem prefervar da pedra pódem tomar as mefmas virtudes, que o Extrado : dá-fe
 264 Pharmacop. Lufitan. Augment. Trat.VII.
a tindtura do Açafraõ de quatro até leis got-
Extraílu tas.O Extraão do Opto fe faz na fórma fieguin-
Opij. te : Toraaráõ quatro onças de bom Opio, e
o cortarão em boccados pequenos, e o met-
terão em valo de barro capaz , e emeima lhe
lançarão huma Pinta deagoa da chuva filtra-
da ( que faõ trinta e duas onças huma Pinta
Pinta de Pariz , como diz Lemery : Pinta ejinne
quid. viefure de liqueurs qui contient trenta deux iin-
ces dei eau ) , e depois poraõ o vafo bem fe-
chado em fogo brando , e nellc ferverá duas.
horas, paíTadas ellas fe coará eftando quente,
e fe guardará o licor em vidro tapado, ü
Opio, que fe nao diflblveo, fe feque em fogo
brando emeima de tigella de barro , até que
fe ponha capaz de trituração ( porem ha de
fer fiecco com muito fentido, para que fe fe-
que , e fe nao queime ) , e eftando pifado fe
ponha outra vez cm vafo de barro , e lhe lan-
cem o que baífar de Efpirito de vinho , que
bem cubra a matéria,e a Ibbrepuje mais qua-
tro dedos, e aflim fe ponha em cinzas quen-
tes doze horas ou quinze, entaõ fe coe, e efta
coadura fe ajunte ao primeiro licor, e ambas
fe confundirão, e fe porão em fogoT>r:indo a
evaporar, até que tenha confidencia de Mel,
e nefla fórma fe guarda para o ufo. Aflim o
enfina a fazer Lemery no feu Curfo Chimi-
co part. 2. cap. 23.pag. mihi 614. He o Extra-
cio do Opio hum admiravel fomnifero, a-
branda todas as dores, que procedem da
grande fubtileza dos humores : ferve para
dôr de dentes applicado emeima delles, ou
em fórma de emplafl.ro nas artérias das fon-
tes, faz parar os efearros de fangue, as defen-
terias, fluxoés menflruaes, e hemorrhoidaes,
para as cólicas, achaques de olhos , e Rheu-
matiímos: A razaõ porque o Opio , ou Ex-
traefo delle ferve para todas as dorés, he ,
porque eftas, faõ caufadas da agitaçaõ dos
£ efpiritos, os quaes fe congellaõ depois de to-
mado o remedio do Opio: A caufa porque
faz parar as defenterias, fluxoés menflruaes,
e hemorrhoidaes , he , porque o Opio adoça
os Saes acres, fufpende , e entretem o feu
movimento : dá-fe de hum graõ até tres, e
deíla dole le nao póde paflar fem perigo evi-
dente no que o toma. O Opio fe compõem
de huma parte efpirituola , e outra refinofaj
a parte etpirituofa fe tira facilmente com, a
agoa^da chuva , e a refinofa fe naõ póde tirar
lenaõ com o Elpirito de vinho, e efta he a ra-
zaõ , porque íe ufa de dous menftruos para
Laudanu extrahir a virtude do Opio. O Laudano Opia-
Opiatum do , nao he outra coufa , mais que o Extra-
qiíid. dfo de Opio tirado na fórma dita , e miílura-
do com alguns corredtivos , chama-fe Lau-
dano^ pelas grandes virtudes, que tem, aflim o
diz Schrodero Ub. 4. CUJJ. 2. z Laudanum 0-
pi atum mlul aíiud ejl, quàm Extra Rum Opii
admijiione alexipharmacorum, cardialiumve,
dicitur auteni Laudanum , quafi laudatum me-
dicamentum ob infignes operationes. z Faz-le o
Laudano Opiado pela receita íeguinte : To-Laudamí
maráõ huma onça de Extradlo de Opio em ^Piatam
ponto de Mel , e lhe ajuntarão Sal de coral, ciro er
e Sal de Pérolas ,' de cada hum meya oitava,
e duas oitavas de Extruóío de Açafraõ tirado
com efpirito de vinho , e fe miílura tudo em
fogo muito brando , até que tenha boa con-
fiftencia, e.neíta íórma fe guarda para o ufo.
Aflim o enfina Schrodero na fua Pharmacop.
Chimic. Ub.4. ClajJ.2também fe lhe pódem
ajuntar humas gottas de Oleo de Cravos :
He feguriflimo eíle Laudano , como diz o
mefmo Audfor : Hoc Laudanum ejipene in-
culpabile , C2* fecurefine omni alicujus peregri-
na. afeãionis metupotejl adminifirari; dá-fe de
dous graòs até cinco : O Laudano Opiado de Laudamí
Morley he o feguinte : Tomarão huma onça °Piaturn
de Extraélo de Laudano tirado na fórma aci- ^lor^cy*
ma dita , e huma oitava de bom Açafraõ ení
pó fubtil, e meya de Cafloreo também em
pó , e fe mifturará tudo , e fe guardará para
o ufo. Aflim o enfina Chridovaó Love Mor-
ley nos feus Colle&aneos Chimicosc.7^.3 r<?.
traã. Opij. He o Laudano Opiado anodino ,
narcotico , fomnifero , ferve para as cólicas*
dor de pedra , he util nas febres- $ eultima-
mente tem as mefmas virtudes, que o Ex-
tradlo do Opio: dá-fe em Pílulas confervas, 4
ou licor conveniente de dous graos até cin-
co. O Laudano Cydoncado fe faz pela fe-
guinte receita,
T> Opio bom libra huma. Laudanu
JLV» Çumo de Marmelos bem maduros libras cydonea-
de\. tumHof-
Sal Tartaro bem fecco onça huma. fmani.
Açúcar em pedra onças quatro: faça-fe Ex-
traído. Ita Fredericus Hqfmano Ub. 4. fuper
Schrod. traã. Opij. Far-íe-ha na fórma fe»
guinte : Em vafo capaz fe porà o Opio cru
feito em boccados, e o Sal Tartaro , e emei-
ma lhe lançaráõ o çumo dos Marmelos de-
purado: pôr-fe-ha o vafo em digeftaõ em lu-
gár quente tres ou quatro dias, pafládos el-
les fe lhe fará algum fogo brandamente $ e
tanto que fe virem efeumas emeima do çu-
mo fe lhe tirem com huma colher ( defvian-
do a cabeça dos fumos do Opio, que faõ no-
civos), entaõ fie'lhe lance dentro o Açúcar^
e depois fe deixará ferver brandamente hurn
pouco , até que o licor, que eftá no meyo do
vafo tenha a cor a modo de Rubim, entaõ le
coará com muito fentido tirando decima
algum licor, e aproveitando fó a parte mais
pura , que he a que tem a côr como Rubim,
 Das Pilulaâ, è Extratos.
e o refidao, ou a parte mai s impura do Opio,
que eftá no fundo do vafo , fe lance fóra , e
o licor fe ponha em fogo brando, até que te¬
nha confidencia de Mel, feito neíla fórma
fe torne a lançar o Extra&o em vafo capaz,
e nclle fe diíTolva com o que bailar do me¬
lhor efpirito de vinho que houver, efe fil¬
tre , e depois de filtrado fe deixe eílar em di-
geffcao hum mez, para que alguma parte do
Opio que ficou crua fe digira , e madure $ e
ultimamente pafíado o dito tempo fe ponha
em fogo brando, até tomar confidencia de
Extrafto, e neíla fórma fe guarde para o ufo.‘
Aílim o enfina a fazer o mefmo Au&orrtO
lugar citado. DiíTolve-fe o Laudano Cydo¬
neado em Efpirito de vinho , e com elíéjfe
forna a pôr na fua confidencia , porqiié lhe'
ferve de corredivo ; e também para quefe1
hao didolva depois defeito; porque o í>ái
Tartaro o faz liquido , em fórma , que dellè
fe na5 pódem formar Pilulas; o que fe evita
diífòlvendo-o no Efpirito do vinho na fórma
áçima dita. O Laudano Cydoneado fe chama
EíTentia' também Ejfencia de Laudano Cydoneado , ou
Laudani
Extrato de Laudano Cydoneado , e aílim feito
cydonòaf.
ti, íivc " he medicamento feguro: Hac efjentia eji me-
Extractd dicamentum tutum, ac immune à vutgi ditte-
Laudani rih y C5V. He‘admirável, e feguro remedio
cydonca' para todás as dores, aílim de cólica, como
ti.
'de pedra, gotta, ou feja vaga , ou fixa. Servé
em todas as fluxoés de qualquer parte que fe-
ja5 , e tem muitas mais virtudes, que fe pó¬
dem verem Ettmullero 2. tratt. Oplj.
dá-fe de hum grao atéfeis em caldo, Pilulas,
ou em qualquer outro medicamento conve¬
niente. Também fe póde fazer o Laudano
Cydoneado pela receita feguinte^
Laudanü TJ Çumo de Marmellos libras de%.
cydonca- JA# Opio bom libra huma.
Cancila onças quatro.
Cravosi > - ■
Macis. • ; de veget. 2. tom. pag. 170. Eíla tinélura pro¬
No^es mofcadas. ■ ’1 ' ! /;
Cardamomò and onça huma.
Galanga onça huma e meya: depois de duaSy
àu tres femanas de digefiaõ fe faça Extraão*
S. A. Ita Carolas Maetjius in Colleã. Çhimiò.
traã. Opii pag. ^9. Far-fe-ha na fórma fe-
guinte : O Laudano fe cortará miudo , e fe
lanqará em vafo capaz, e emcima delle lhé
lanqaráÔ o qurno dos marmelos depurado, e:
fe ponha o valo em cinzas quentes por efpa-‘
qo de duas oú tres femanas; pafíado o ditò
tempo , fe aquente bem toda a matéria , e fe
côe: Neíle licor lançaráõ os íimplices todos
pifados fubtis, efe torne a pôr o vafo em di-
geílaõ dous òu tres dias em lugar quente,
pafíado o dito tempo, fe evapore em fogo
26$
brando, até que tenha ponto de Mel, cntao
íe difíblva em o que bailar de bom efpirito
de vinho , e fe ponha de novo em digeílaó
doze ou quinze dias,e pafíados elles fe aquen¬
te o licor, depois fe filtre , e ponha ultima¬
mente em fogo brando, até que tenha coníí-
ftencia de Éxtraélo , e aílim fe guarde para o
ufo. Eíle Laudano Cydoneado de Maetfio
fe póde dar na mefma quantidade , que o da‘
receita acima de Hoffmano,e tem as mefmas
virtudes. O Laudano liquido fe faz pela fe-
guinte receita.
- i •'+* V’. * *■i ;
TJ Opb feceo fobre lamina de ferro onça ^ai,dani5
JA. meya. ' "
ÍLfpirità de vinho bem retificado onças 4. OuraOpií
'EfpíHtò dê Vitriolo Onça meya.
^Açkfraô.’
Diambar. 1 ,J,
Aromático Rofadò and eferop. quatro.
Ambargrig oitava meya: digira-fe a mate-
ria vinte diasy e fe faça S.A. Itajoannes Schro-
derus Ub. 4. n. 55)4, de Opio pag. mihi 524. Far-
fe-ha na fórma feguirite : G Opio fe prepára
para eíle Laíidano,ou tinélura fazendo-o em Prepara,
boccados pequenos, e lanqando-o emcima tio Opii.
de huma,pàfta larga de ferro, e neíla fe fecca
com muito fentido em fórma que fe na5
queime ; e depois de ter exhalado o chéiro
fétido, e arfenical, fe pifa para fe fazer a tin-
élura , ou Laudano liquido. Do Opiopre-
pafado na fórma dita fe tome a quantidade,
que fe pede na receita, e fe lancè em vafo de
Vidro groffo , ou barrado por fóra, e çom el-
lèõ Ambâf pifado , as efpecies aromaticas,
o Efpirito de Vitriolo , e de vinho, entaõ fe
tape berii ò vafo, e ponha em cinzas quentes
erh digéilaõ. vinte dias contínuos , páíTados
elles fe côe o licor , e depois fe filtre , e aílim
fe guarde para o ufo. O Opio para eíla tin-
élura’Tempre fe deve dar do preparado na
fórma dita, comó enfina .Ettmullero Clajf. 2.
voca o fomno, e abranda âs dores, e tem as
virtudes dò Laudano Opiado: Para o ufo in¬
terno fe dá ás gottas de huma até feis, e para
o ufo externo fe applica em panno molhàdo
poílo na teíla, queehegue de fonte a fonte,
quando ha grandes vigilias. Alguns ha que
dizem, q o Opio,e Meconio he tudo o mefmo; Opíum,
pbrêm nao he aílim , que o Opio verdadeiro & Mcco-
he o que diílillaô as cabeqas das Dormideiras "iumrí”t
depois da incifaô que fe lhe faz, e o Meconio dlYcds-
he o Opio que fe faz do çumo das cabeças de
Dormideiras pifadas ; aílim o diz Schrodero
Ub.4. n. 1^4. de Opio: z: Suntyqui Opij, ac Me-
conij nomina confunduni, Cif duo uno eodemque
habent yfed mate. Opium enim lacryma eji ,
qua. fiillavit ex capitibus papaveris} dum ma-
LI fure-
 266 Pharmac. Lufic. Augment. Trat. VII.
turefcebant, leviter incijis. tàícqhjim e contra
fuccuseji ejufdeví exprèjjus. ~ OOpioMecò-
iiío , que lie o de qúeie ufa em taita 'do ligi-
timo, le ha de efcolher o que for mais puro,
limpo da terra ;, e folhas , e o que fe des ia z
mais facilmente em licor conveniente , e
também o que tem cheiro forte. Entre as
eípeciés de Meconio, o que vem da índia de
Cambaya , e Decan heo melhor, por fer
mais molle, como diz Hbflfmano tib. 4. fu per
ScTiròdef.-ftó. $94. — Plurimum ex Índia.
Orientalis Cambaya, & Decan in vicinas fegio-
nes, ex inde in c ater as partes terra, exporta-
tur: melius,flavefçensyVf mollius exCambaya^
tjf Decan. L ArifloToquia, e Çenciana fe pifaráõ lubtfe,
Servem as Pílulas Peitoraes para fazer pa- depois pifaráõ o Tartaro, Refina de Jalapa,
rar as fluxoésés, que cahem no peito, é bofe, e Diàgridio , e fe miíluraráo com o.Extra-
faóboas para acura das toífes fortes, jeán ti- &o}deRuybarbo,e Magiíleviode Aqoj eílan-
gas:
rr o o •
daõ-fe de
rli»
quatro até feis grãos*
ot-p fpíe rrranc.
PÍLULAS para o BAÇO.
48 TJ Ammoniaco oitavas quatro* .
XV« Ruybarbo. . ■.
A\ebre. , • •; : . 's ....
Cremores de Tartaro. ', >;
Crocus Martis aperiente and oitava huma.
Myrrha.
Açafrad. ; • . . para a cobrir bem , tapar-fe-ha o vafo , e fe
Almecega and\oitavas duas: com Xa.rope de
Lofna fe façamajfa. Ita NLadama Eouqpet{ 2,
part.pag. mihi 270. Far-fe-haõ na fórmale-
guinte: O Azebre fe pifará fubtil pa groíTa
fríturaqaõ, os mais fimplices fubtis, e^ie mi-
ílurariõ com o Ammoniaco depois de depu-
rado, e com o que bailar de Xarope de Lo-,
fna fe faqa maíTa , e delia madaUqés que fe
guardáráõ para o ufo. , . , .
Purgaõ eílas Pilulas brandamentè todos
os humores, e principalmente fervem para
a cura das obflrucqoés do baqo: daõ-fe'jt|e hu-
ma oitava até quatro efcropulos, e fetpmaõ
tres horas antes de comer, e duas vezes em
cada femana. ' inclinaqaõ , e fe lhe tire a Refina, e fe enxu-
PILULAS DELAUDANO.
49 13 Landano.
XX.* Eleítuario de çumo de Rofas and
onçameya.
Troçhifcos de Coloquinthida oitavas tres.
Almecega oitava huma i com Xarope Rofado
folutivo fe faça mafd. Ita Nicolaus Lemery
in Pharmac, cap. 8. de Pilul.pag. 509. Far-fe-
haõ na fórma feguinte : Os Troehifcos ,de
Coloquinthida fe pifaráõ fubtiliflimos, e a
Almecega fubtil, e fe miílurarápcom-o Lau-Í
dano , e Eleéluario ; e tanto que eíliverem:
bem miílurados íe lhe lançará o que bailar
de Xarope Rofado folutivo , e como a maíTa
eíliver bem malaxada fe faqaõ madaleoês ,
que le guardarão para o ufo.
Purgaõ eílas Pilulas os humores Tarta-
rcos, e melancólicas, e.faõ convenientes nas
cólicas ven tolas": daõ-íe .de hum eicropulo
até huma oitava.
PÍLULAS À R T H RIT í C A S,
5 o TJ Refina de Jalapa oitava meya.
JLV« Extraão de Ru y barbo efcrop.hum.
Afijtoloifuia redonda efcrop. quatro.
Genciana.
Tar taro vitriolado and efcrop. hum.
, Diàgridio Rojado efcrop. quatro.
Magi/lerio de Aço efcrop. hum: com Extra-
tio , ou effencia de Senefe faça majjd.. lta Jo-
annes Schroderus lib. 2. cap. 75. de PiláU pag.
vdhi 148. Far-fe-haõ na fôrma feguinte. A
do tudo bem miilo
r\
fe fará maíTa com
miírr* fp
o que
mm a nnp
bailar de Extraéio de Sene , e ultima,men-
te depois de formada a maíTa fe guarde para
o ufo. A Refina de Jalapa , ou Magijierto dq Refina
Jalapa fe faz na fórma feguinte '1 omaráõ Jalapa,fi-
huma libra de boa Jalapa , e a pifaráõ groíía, ve MagU
e metteráõ em vafo capaz,e emcima lhe lan-
qaráõ.o que bailar de bom Efpirito de .vinho ÇJ* em*
porá em digeílaõ tres dias em cinzas quen-
tes, paíTado o dito tempo fe côe o licor , e
emcima da mefma matéria fe torne a lanqar
mais efpirito de vinho que a cíibra, e fobre-
puje.quatro dedos, e fe ponha em digeílaõ
tres dias em cinzas quentes : entaõ ie coe, e
eile licor fe ajunte ao primeiro , e tanto que
eíliverem bem confundidos fe filtrem , c po?
nhaoem fogo brando a exhalar parte do E-
fpirito , e ultimamente fóra do fogo lhe lan*
qaráõ agoa clara , e bem fria, e fe mexerá até
que fique cóm a cor branca, e aílim ficará
hum dia para que a Refina, ou Magiílerio fe
precipite ao fundo ; lance-fe fóra o licor por'
guc ao Sol, e depois fe guarde para o ufo: af-
íim o enfina a fazer Nicoláo Lemery no feu
Curfo Chimico^rí. i.cap. i. de Jalapa pag.
mihiqúy. Serve a Refina de Jalapa para pur-
gar os humores forofos, e pituitofos, he util,
aos hydropicos, e em todas as obílrucqoés:
4á-fe de quatro até doze graõs: O Diàgridio Diagri-
Rofado fe faz na fórma feguinte : Tomaráõ diumRo-
hpma onca de Efcamonea, e a pifaráõj c lan-
qaráõ em vafo de barro vidrado , e emcima
lhe lanqaráo duas onças de cumo de Rofas
de cem folhas, s porab o vafo ao Sol vinte e
quatro horas ,, palfadas ellas fe levará ao lu-
me , e nelle fendo o fogo brando fe evapora-
rá o que reílar do licor , e tanto que eíliver
bem fecca fe guarde a Efcamonea para fe
ufar aílim, quando fe pedir Diàgridio Rofi-
' ‘ do :
 Das Pílulas, e Extraflos. 2 67
do : Neíla fórma o enfina a fazer Schroder. dura de tres até quatro oncas mifturadas
lib. 4. 71. 448. §. de Efcamonea : purga os hu¬ com humas gottas de Oleo de Herva doce ,
mores acres, biliofos, e forofos: dá-fe de tem as mefmas virtudes, que o Extracto do
Magifte* quatro até quinze graõs: O Magi/lerio de Aço Sene.
rníChali- fe faz na fórma feguinte: Tomaráõ de lima- Servem as Pílulas Arthiticas para todas as
bis, five dura de Aqo a quántidade que quizerem, e o fluxoês catharraes * purgaõ os humores foro¬
Martis.
metteràõ em hum cadinho , o qual fe porá fos, epituitofos, que cahem nasjuntas, e
em o fogo , e fe lhe farà forte , e fe deixará faõ bons para a cura das obílrucqoes das en¬
calcinar bem feito em brafa duas ou tres ho¬ tranhas : dao-fe de hum efcropulo até dous
ras , depois fe tire do cadinho, e fe pife o A- em oito ou nove Pílulas.
qo, e fe lance em vafo de vidro o efpirito de PÍLULAS HYSTERICAS.
vinagre que bailar para o cobrir j e tanto que 51 T> Extraão de A%ebre tirado com çu~
fe feccar, fe lhe lance outro tanto efpirito , e 1\« mo de Artemija oitavas de\.
íe repitirà quatro vezes: depois lhe lancaráo Fecal a de rai%, de N orça.
novo erpirito de vinagre,que cubra bem to¬ Myrrha.
da a matéria, e fe porá em digeílaõ, e tanto Vitriolam Martis*
que o licor tiver a cor vermelha,fe mexa mui¬ Sal de Artemija and oitavas duas*
tas vezes, e depois fe côe , e fe lhe evapore a Cafioreo.
humidade , até que fique em confidencia de Camphora*
Mel, o qual difíòlveráô com agoa da chuva Folhas de Arruda fecca and dous efcrop. com
didillada, e depois fe filtre , e no licor fe lan- çumo de Artemija fe faça ma/Jd. Ita Nicolaus
cem algumas gottas de efpirito de vitriolo Lemery in Pharmacop. cap. 8. de FilaUp. 470.
para precipitar o Aqo , e ultimamente lan- Far-fe-haõ na fórma feguinte: As drogas to¬
cando fóra o licor por inclinaqaõ , ou evapo- das fe pifaráô fubtis cada huma de per fi , e
rando a humidade fe achará o magiílerio no fe miduraráõ com o Extracto , e depois com
fundo do vafo , como cal branca, o qual fe o que bailar de qumo de Artemija cozido
lavará algumas vezes, até que perca o faibo com Mel, fe fará mafia , que fe guardará pa-
que lhe ficou do vinagre , e fique o magiíle- ra o ufo. O Extracto do A zebre para eílas Pi- Extra£hí
rio adocicado j neíla fórma fe guarda para o lulas fe tira primeiro com qumo de Artemija Aloes oí
ufo. Aílim o enfina a fazer Frederico Hof- depurado , e depois com efpirito de vinho, e fuccoAr-
fmano lib. 5. faper Schroderum traã. Martis ambos os licores femiíluraõ, e pôem em thcm!Ílfi
pag. mihi 248. Serve eíle magiílerio para a confiílencia de Mel na fórma que fe diífe Par,uum*
cura das obílrucqoes, he util aos Hypicon- neíle Tratado no num.-). das Pílulas Policre-
driacos, e hydropicos: dá-fe de feis graos até fias. A fécula da rai\ de Norça fe faz na fór- Faecu|a ■
vinte em caldo, ou licor conveniente. O Ex ma feguinte : Tomaráõ de raiz de Norca a radieis
Extra&u tratto, ou efencia do Sene fe faz na fórma fe- quantidade que quizerem , e a lavaráÕ , e lhe Bryorrix;
Senx. guinte : Tomaráõ huma onqa de Sene, ou a tiraráõ a cafca de fóra ; e tanto que eíliver Iridis Ji-
quantidade que quizerem , e o deitarão em bem limpa, fe pife em gral de pedra, e fe lhe liorum
alborum
vafo capaz, e emeima lhe lancaráo oito on- lancem emeima algumas gottas de agoa,de- p^onix
qas de agoa, e humas gottas de Oleo de vi- pois fe côe por panno limpo, e bailo, e fe & íerpé-
triolo , e fe porá em digeílaõ em cinzas quen- efprema na imprenfa , e como naÕ deitar qu* tarix.
tes , paíTadas oito horas fecôe, filtre , e ulti- mo algum, fe deixe aquietar o licor , e aílim
mamente fe lhe evapore a humidade, até que eíleja oito ou dez horas, paíTadas ellas fe côe
fique em confiílencia de Mel, neíla fórma fe por inclinaqaõ , e a parte fubílancial, que fi-
ufe delle: Aílim o enfina a fazer Joaõ Schro- cou no fundo , fe feque ao Sol , e depois de
dero na Pharmacopea Chimica/íAq. Clajf.i,. fecca fe faqa em pó , e aílim fe guarde para o
p. mihi 5 60. O Extra&o do Sene purga bran- ufo. Neíla fórma fe fazem as féculas de rai-
damente , e fem moleília alguma todos os zes de Lirio roxo, e branco, de raizes de Peo-
humores: dá-fe de meya oitava até huma. nia , e de Serpentaria , ou de outra qualquer
TimSura Do Extra&o do Sene fe póde fazer a boa tin- raiz: Aífim o enfina Schrodero no liv. 2. c. 5 7.
Scnx. ótura : ou também lanqando duas oitavas de de feculis.
Sene em dez ou doze oncas de agoa, com Saõ as Pílulas Hyílericas boas para osac-
meya oitava de Oleo de Tartaro, ou Sal do cidentes uterinos, abatem os vapores, alim-
mefmo , e fe pôem em digeílaõ doze horas paõ a madre das fezes impuras, que lhepro-
em cinzas quentes, pafiado o dito tempo fe cedem das obílrucqoes , purgaõ brandameil-
coa lem eípreíTaõ , e neíla fórma fe dá para te, e excitaõ a conjunqaõ fnenfal ás mu-
oufo o licor. Aílim o enfina Poterio feã. 2. lheras : daõ-fe de hum efcropulo até oita-
de infufs póde-fe-lhe accreícentar mais Sene va e meya.
querendo-a mais purgativa: daõ fe deíla tin-
LU PILU-
 2 68 Pharmac. Lufit. Augment. Traí. VII.
PÍLULAS mezentericas. jantar , e duas vezes cada femana.
5a Ext radio de Azebre tirado com çu- PÍLULAS aperientes.
XV. mo de Eumarta. 54 Aço preparado com enxofre onça
Ammoniaco and onça huma. XV. huma.
Crocus Martis aperiente. Diarrhodaõ Abbade oitava huma: com Xa¬
Diagridio and onça meya. rope de Avença fe façab Pílulas. Ita Henrique
Myrrha. Tenke cap. 7. de Pilul.pag. mihi 155. Alguns
Açafraõ. chamaõ a eílas Pílulas Aperientes, outros
Sal de Tamargueira and oitavas duas. Deobjiruentes $ porém como fe compõem f(5
Sal Martis Riverij eferop. dons: com Xarope de Aço , ,. e do feu corredivo parece
_ mais a
de Chicorea com Ruybarbo fe faça maffa. Ita certado chamar-lhe Pílulas de Aço de Tenke, pílula*
Moyfes Charás in Pharmacop. Reg. cap. 22. de pois o dito Andor foi o leu inventor. Far- Chalybu
Pilul. pag. 544. Chamaõ-fe eílas Pilulas Me- fe-haõ na fórnia feguinte: O Aqo depois de Tenke.
\entericas , porque fervem para a curadas depurado fe millurará com o Diarrhodaõ , e
obílrucqoes do Mezenterio, como diz o me- com o que bailar de Xarope de Avença fe fa-
fmo Audor no lugar citado : Mefentericas rá maífa, e delia Pilulas.
vocant has Pilulas , quiapotentiffime objiruãio- Servem eílas Pilulas nas obítrucqoés das
nes ín Mefenterio latentes aperiunt. Far-fe-haõ entranhas , para as doenças melancólicas , e
na fórma feguinte : O Extrado do Azebrc para a cura das más cores das mulheres: dá-
fe tirará primeiro com quino de Fumaria , e fe huma oitava pela manhíía em jejum , e
depois com efpirito de vinho, e fe fará o me- emeima fe lhe bebe alguma agoa dej íngua
fmo que fe diíie na receita das Pilulas Hyjie- *de Vacca , ou Chicorea , e ie continuaõ no-
ricas } os fimplices fe pifaráõ fubtís , e fe mi-ve dias.
íluraráõ com o Ammoniaco , que ha de fer PILULAS PARA T 0’S S E.
depurado , e com o Extrado do Azebre , e 5 5 X) Çumo de Alcaçúx.
como eíliver tudojunto fe fórme maíTa com XV • Incenfo and onça meya.
o que bailar de Xarope de Chicorea , com Myrrha.
Ruybarbo,e depois de bem malaxada fe guar¬ Açafraô.
de para o ufo. E fempre ferá conveniente Opio and efcropulos quatro : com Xarope de
nau ufar delias, fem que primeiro paífem al¬ Dormideiras fe faça maffa. Ita Nicolaus Le-
guns mezes de fermentacaõ. mery in Pharmacopea cap. 8. de Pilul. p. 539.
Purgaõ eílas Pilulas brandamente , gaílaõ Far-fe-haõ na fórma feguinte : Os íimplices
as obítrucqoés do Mefenterio, Figado, e Ba- fe pifem fubtís, o Opio fe diíTolva em humas
qo, fortificaõ o eílomago, e provocaõ a con- gottas de Xarope , e como tudo eíliver bem
juncaõ menfal : daõ-fe de hum efcropulo até miilurado fe faqa maífa com Xarope de Pa-
quatro. poilas, e tanto que eíliver malaxada fe faqa5
PILULAS HYDROPICAS. madaleoés que fe guardaráõ para o ufo.
5 5 T) A\ebre fucotrino onça e meya. Eftas Pilulas engroífaõ os humores acres,
XV. Ruybarbo oitavas tres. que defeem do cerebro ao peito , abrandaÕ a
Cryjial Tartaro. tóífe , excitaõ , e provocaõ os efearros, e
Mechoacaô. caufaõ fomnolencia : daÕ-fe de feis graõs até
Jalapa and oitavas duas. hum efcropulo.
Ammoniaco. PILULAS HARMÔNICAS.
C ancila. 5 6 T) Semente de Meimendro.
Efpicanardi. JLV. Myrrha.
Macis and eferop. hum : com Xarope de R0- Opio and onça meya.
fasfeccas fe faça majja.lta Madorna Fouqueut EJioraque Calamitha.
2.part.pag. mihi 315. Far-fe-haõ na fórma Cajioreo.
feguinte : O Azebre fe pifará fubtil na groífa Pimenta negra.
trituraqaÕ , o Ruybarbo fubtil , a Jalapa , e Cardamomo and oitavas tres : com quanto ba»
A T
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A s-% ^ ^ A --I9. í9
McchoacaÕ , e mais fimplices medíocres, e« Jie de Arrobe de vinho fe faça majja. Ita Nico-
ílando todos bem miílos fe lhe ajunte o Am- laus hemery in Pharmacop. cap. 8. de Pilul.
moniaco depurado , e com algum Xarope pag.<, $8. A eftas Pilulas chamaõ Harmonicas}
de Rofas feccas ie faqa maífa , que depois de porque fazem o feu effeito muito branda-
bem malaxada fe guardará para o ufo. mente fem alteraqaõ alguma , ou para me-
Eílas Pilulas purgaõ fuavemente , fervem lhor dizer docemente , e com bem propor-
para as obítrucqoés, e fao muito uteis nas cionada armonía. Far-fe-haõ na fórma fe-
Hydropezias: daõ-fe de hum efcropulo até guinte: Os fimplices fe pifaráõ fubtilmente,
quatro, e fe tomaõ huma hora antes de a femente de Meimend.ro fe moerá na pedra
para
 Das Pilulas, e Extra&os* 269
para fe fazer bem fubtil, o Opio le delatará Jacobo Limorcio Colleót. Chim. cap. 2^5. Purífict-
em humas gottas de Arrobe 5 e como todos de Nitropag. 520. Se quizerem mais puro o t10 la,J®
os fimplices cíliverem miílurados,fc lhe ajtin- Sal prunelle fe diílblva depois de feito em prunc
tarà o Arrobe que bailar, e fe fará mafía, que agoa bem clara, e fe filtrará , e fe lhe evapo-
fe guardará para o ufo. rara a humidade até ficar a matéria em cry-
Servem eílas Pilulas para impedir as flu- ílacs, entaõ fe tornará a difiblver com algu-
xoes , que cahem do cerebro no peito, exci- ma flor de enxofre , e eílando liquido fe lan-
taõ a fomnolencia , ofuor, e abatem os va¬ ce em bacia de arame remoendo-o de huma
pores : daõ-fe de quatro graõs até dezoito. para outra parte para que fique mais delga¬
PILULAS DE TORMENTINA do, e neíla fórma íe guarde para o ufo. Affim
cozida. o enfina a purificar Lemery no feu Curfo
Tor menti na de Veneta cotida em Chimico part. 2. cap. 16. de Nitrop. mihi ^66,
Pilulas de 47
Tercbé- R.
jthina ^ ges onças quatro
ap-oa de Rabads ou de Alkeken- Chama-fe eíle Sal Cryjial mineral j porque o
bom falitre parece verdadeiro Cryllul,e tam-*
formata:.0 Alcaçüt onça huma: faça-fe majfa. Ita Moi- bem fe chama Sal prunelle, ou Lápis prunellaj
fès Chards in Pharniac. Reg. cap. 22. de Pilul. porque ferve nas febres grandes, onde o ca*
pag. ^49* Far-fe-haG na fórma feguinte : A jor he taõ grande, que fe compara ás brazas
Tormentina fe cozerá em agoa de Rabaõs, accefas, que os Latinos chamaõ Prima: aflim
ou de Alkekenges , e como tiver mais alto o diz o mefmo Lemery no Curfo Chimico,
ponto, fe tire da agoa, em que fe cozeo, que Serve o Sal prunelle para fazer refrefcar nas
ha de fer eílando fria, e fe lhe ajunte o Alca- febres ardentes $ faz ourinar , he bom para as
cúz em pó fubtiliífimo, e como eíliver bem Efquinencias, gonorrheas, epara todo o a-
malaxado fe faraó Pilulas para o ulo Alguns chaque , que procede de calor , e deobílruc-
dos modernos fazem eílas Pilulas pela recei coés: dá-fe de meyo efcropulo até huma oi¬
ta feguinte. tava. O Sal Policrejlo fe faz na fórma feguin- Sal Polí*
te : Tomaráõ partes iguaes de falitre, e en- creftum‘
xofre , e pifaráõ tudo j e como eíliver bem
R Tormentina clara onças quatro.
Pós de rahes de Malvaifcofecco.
Olhos de Caranguejos and onça huma.
miíla toda a matéria, fe porá hum cadinho
grande em o lume, tanto que aquecer lhe
Sal prunelle. lançaráõ huma pouca da matéria $ depois de
Millepedes preparados and onça meya. paliarem os fumos fe lance outra tanta por-
Sal de Alambre oitavas duas : faça-fe de tu- qaõ , até que todo o falitre, e enxofre fe der¬
do majjd. Ita Nicoláus Lemery tn Pharmacop. reta , entaõ lhe daraõ fogo forte por efpaco
capÜ. de Ptlulpag. 540. Far-fe-hao na fórma de duas ou tres horas mexendo a matéria
feguinte : A Tormentina fe levante mais de com efpatula de ferro , até que fe faça mui¬
ponto , e com ellafe millurem as mais cou- to branca , e que naõ tenha cheiro algum ao
fas em pó fubtil, e fe malaxará tudo bem , e enxofre , depois fe deixe esfriar o vafo , e a
aílim fe guardará para o ufo. A Tormentina matéria , e eílando fria fe pifará , e fe difibl-
t^Tcíc- fe levanta do ponto lançando-a em agoa clara, verá em agoa muito clara, como eíliver des-
bentinfc, e fe póem a cozer até ter o ponto neceflario, feita fe filtre , e fe ponha em fogo a evaporar
& redu- e fe a quizerem reduzir a pó para algum me- toda a humidade, e o Sal que ficar no fundo
dio ejus dicamento,íecoza na mefma agoa,até que fe cryílalizadb fe irà tirando com huma colher,
in pulvc- njia ta£ ajtaj qUe depois de fria fe faca tri- e fe acabará de feccar ao Sol, e na5 o que-
rcm* turavel, mas fempre fe ha de cozer em agoaj rendo muito cryílalizado o deixaràõ feccar
porque deíla forte fe fecca, e naõ fe queima, no mefmo vafo, em que fe faz a evaporaçaõ
Oc ,
Sal prunelle, Cryjial mineral ou Nitro depu- da agoa, e eílando bem fecco fe guarde para
prurelle, rado fe faz na fórma feguinte : Tomaráõ hu- o ufo. Aflkn o enfina Nicolao Lemery no
five Cry- ma libra de bom falitre , e o pifaráõ, e lança- feu Curfo Chimico cap. 1 o. de Nitro pag. mi
fiallum ráó em hum cadinho, ou tigella nova de bar- hi 568. Purga eíle Sal as forofidades pelo ven¬
™mcTj]cl ro , e a poraõ em lume forte, e como o fali¬ tre , algumas vezes pelas ourinas : dà-fe de
am Isitru ^ comecar a derreter, fe irá lançando por meya oitava até feis. O Sal volátil de Alam- Sal vola.
€pwa u meya Qllca de flor de enxofre, ou pou- bre fe fará na fórma feguinte: Tomaraõ dous tile fuc*
co menos 5 e tanto que a matéria toda eíli- arrateis de Alambre em pó, e o metteráõ em cmi*
ver bem fluida , fe pegue com tenaz de ferro huma cabaça vidrada grande , de forte que
no cadinho , e fe lance em huma bacia de ar- fique mais da quarte parta da cabaça em va-
rame novo , ou tacho do mefmo , bem lim- fio, e lhe poraõ feu capitel de vidro , e reci-
po , e enxuto , fem alguma humidade , e co- piente , e lhe lutaràõ todas as junturas, e fe
mo eíliver a matéria fria,fe quebre em peda- porá em fogo , o qual no principio le lhe fa-
cos e fe <marde para o ufo. Aífim 0 enfina rà brando , e folhe irá augmentando até co-
* ü ' meçar
 27° Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VII.
-mecar a diftillar , que no principio ha de fer
a fíeuma , depois o efpirito , e logo começa
o Sal a fubir em fôrma de nuvem , e fe pega
emcima por dentro do Lambique j e tanto
que fe naõ vir fubir mais, fe apague o fogo, e
deixe esfriar a matéria, e Lambique , do qual
fe tirará o Sal defpegando-o com huma pen-
na, e como eíle fahe com alguma miftura de
Oleo fe lança em garrafa de vidro groíTò , e
tapada a bocca com papel fe pôem em fogo
de arêa , até que fe confuma alguma porção
de Oleo que tiver, e o Sal fique branco , e
cryílalizado: neíla fôrma fe guarda para o
ufo. Afíim o enfuia a fazer Nicolào Lemery
no feuCurfo Chimicopart. ].cap. 21 .de Ka-
rabe pag. 4.61. Quando fe depurar o Sal fe lu¬
te o fundo da garrafa para que a quentura a
naõ quebre. He o Sal de Alambre muito ape¬
riente $ ferve ria cura das cores palidas, cha¬
gas da bexiga , e para fazer ourinar j he util
em todos os achaques procedidos de ob-
ílrucçoes: dà-fe de oito graõs até vinte em
licor aperiente ou no que for mais couve-
íiiente.
As Pilulas de Tormentina fervem para a
cura das gonorrheas , pedra , aréas , chagas
dos rins, e da bexiga : daõ-fe de hum efcro-
pulo ate quatro.
PÍLULAS PRESERVATIVAS
da peite.
5 8 T) Axebre bom.
JA» Mirabolanos citrinos and meya
onça.
Myrrha.
Açafraô.
Bolo armênio.
Coral vermelho ana oitava huma.
Mel Rofado quanto bajle para faxer viajfa.
Ita Madama Fouquet 2.part. pag. mihi $88.
Far-fe-haÕ na fôrma feguinte: ü Azebre fe
pife fubtil na groífa trituraçaõ , os Mirabo¬
lanos citrinos medíocres, e os mais fimpli¬
ces lubtis; e como todos eftiverem miftura-
dos, fe faça mafía com o que baftar de Mel
Rofado, e depois de bem malaxada fe guarde
para o ufo.
Eftas Pilulas purgaõ brandamente, prefer¬
vaõ de pefte, e dos ares corruptos: daõ-fe de
hum efcropulo até quatro : tomaõ-fe duas
ou tres vezes na femana depois de céa em
horas convenientes.
PILULAS CONTRA PESTEM.
5 9 T> Axebre fucotrino onças duas.
XÁ.» Myrrha.
Bolo armênio and onça huma.
Açafraô.
Triaga velha and onça meya: com Xarope
de Umoêsfefaça maffa. Ita Nicolaus Lemery
tn harmac.cap. 8. de Pilul.pag. 447. Far-le-
huõ na fôrma feguinte : O Azebre fe pifara,
fubtil na grofía trituraçaõ , os mais fimplices
feraõ fubtis , e como eftiverem mifíurados
todos com a Triaga,fe faça mafía com o que
bailar de Xarope de Limões, fe for veaaõ ,
que no Inverno fe poderão formar com hu-
mas gottas de bom vinho branco; e depois
de bem malaxada fe guarde a mafía para
o ufo.
Eftas Pilulas purgaõ, e fortificaõ o efto-
mago , e refiftem à corrupção dos humores,
e mãos ares: daõTe de hum efcropulo até
quatro.
60 R PILULAS PESTILENCIAES.
Axebre bom ouça huma.
• Açafraô.
Myrrha.
Zedoaria.
Genciana and efcrop. hum.
Ruybarbo oitavas duas.
Agarico oitava huma.
Triaga velha quanto ba fe para faxer majja.
Ita Joannes Schroderusin Pharm. lib.2. cap.j;.
de Pilul.pag. tnihi 152. Far-fe-haõ na fôrma
feguinte : O Azebre fe pifara fubtil na groífa
trituraçaõ , o Agarico fe ralara , e os mais
fimplices fe pifaràõ fubtis, e como eftiverem
milturados fie lhe ajunte o que bailar de boa
Triaga de Veneza para fe formar maia , e
tanto que eíliver bem malaxada fe guarde
para o ufo.
Elias Pilulas corroborao a memória, acla-
raõ a vifta , confortaõ todos os membros,
aplacaõ as dores do ventre , laxaõ o ventre,
purgaõ as cruezas, e prefervaõ da corrupção
dos humores, e males peílilenciaes $ e algu¬
mas vezes provocaõ o fuor: daõ*fe de hum
efcropulo até quatro.
PILULAS ANTIPESTILENCIAES.
61 T) Petaxitis.
JX. Carhna.
Diãamo.
Angélica.
Enula campana and onça meya.
Genciana oitava huma e meya.
Ruybarbo onça huma e meya.
Agarico onça meya.
Efcordio.
Centáurea menor.
Arruda and onça meya.
Cardo fanto oitavas feis.
Elor de RoJ.maninho oitava huma e meya.
Sementes de Cidra, e de
Laranjas.
Zedoaria and oitava huma : todos os jimpli-
ces feitos em pó groffo fe infundaô em libras tres
..
de vinho branco, e depois de ferver fe coe , e na
coadurafe defate.
Axebre onças tres e meya.
Myrrha
 _ js.em q‘fe áposetao as v{
tjúê na píimeira di mão direita fe achaõ as unida^
ro ájquefehamao ^Digito, qúe fimblesmcte 'figni
portal número fe reprefenta , e por fi eílá. moítr
fegúnda, quo he a dezena , fe achaó os dezes, qu-e
mero a que chamáó Artículo, q‘ vai dez vezes ta\p.
to reprefenta.Na.terceira, q‘ he a centena, jc acb*
tos, e na quarta os milhares,,&ç. ; advertindo,q* .
ros fe haô de ler a o revez : ijfto l>e,da mão direita Ji-
querda ; como por exemplo 4521. que conftadé/p^V
meros , fe lerád da parte direita para a efquèrdâ, d^
1. unidade, no 2. dezena, no 3. centena , no 4. rafT
pafTando Ibgo a declarar o valor dos quatro número^
dem em q‘ eílaó collocados, leremos da parte efque
ra a direita , dizendo na caza de milhar quatro mi! .
centena, trezétos.na de dezena vinte.ê na de uidade
iílo he, quatro mil trezétos e vinte hum ; porque t
direita para a eiquerdafeha de fabera dignidade,ou
dp dos.aómeros; e da parte eíquerda para a direita í
faber o quanto vai cada hum no lugar em que eílá j
efta mefma ordem fe pradicará crefcendo os númt
quantidade, peita quantidade Difcreta , ou Numera
a Arithmetica.e delia conhece,lomando.diminuindr
tiplicando , e repartindo ,'de cujas fpecies daremo:
huma breve noticia.
*
& U S O M M A R. ,
Sa-fe deíla fpecie quando queremos reduzir ai
fó quantidade outras parcellas da mefma codiç
zo,e medida. Para fe formar feaflentaõ os-números t
* dem conrefpodentecom os feus fimilhantes ; iilo h
* ocando as unidades debaixo das unidades,as dezenas 1
$8? xo das dezenas, as centenas debaixo das 754
* centenas, &c. como fe vê no exemplo, $ 2 i 1
que proponho , para /eduzir a huma fó 4 9 6

§ quãtidade a tres feguintes parcellas. Pa- ■

ra eílas fe sómarem,fe começaó da par- x 5 6 t
■— •

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v v. 2 r4 > Xll . V. 22 r; CCCC v* . 4°°

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a txxvn.v;z81im v. «*» *
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' ' l.'T 1 e ineio?-^////|Í4.f arro¬
> i *aà i bas. Arroba 32 arrates. /?»•>■«•
4.íí^ i.p -22 •■ • «M&tó
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- :*9 ? 57 \étydtiça'&. oitava*. Gii&>à í • eí* ff
*8 tf *9 4 76 4 i cr o putos. 'E?çr,-pdfv%4- g^os,' ff
19 5- 9ã 5 i Marco de^ratatetn S.nnças. e mi
!p 6 Í14 6 ! va! qóoo. rt. Óiiça S.oitav. 0<-
ff
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:,f0Sh9 7' MX|7ÍÍ:,U£. 5- etcropulos. Efcvoynh 4ÊÉ^
ff
,J>' ró 8 !C2 : 8 ?-4.^5rãos. Oitava <fc otro de lei ■Act.^y, c" "~y
ir> o i-TT t vàlj'400. rs. Efcropuh tens 6, ff
numI'cs.Q(ulatè4. graós. Grão' ff
5 ^19 10 190 o ****'GrSo'' ff
yal 20 rs.Tó/u'/teuVí.pipas Pi^-
>^’20 i ' 2*0 | 2 na 25 almudes. Almrde 2..po¬ »-
i I ou _ i tes. Pote d. canadas Canada 4.
W$20 2 4O14
<rs rt 20 $ 60 ! 4 quartilhos. Moto tem i;. fan-
f.VÍ èW'ot< Co alqueires. FauÇa 4. *•
C%%20 4 80 8 ?alqueires. Alqueire 4 quartas. ff
,•..4 20 4 100 íTüarto. 1 ohv. 'Oitava 2 ma¬ ff
j ^ 20 6,120 $ quias. Maquia 2 celemins.T<nvr ff
ÊC 5 20' 7 ' 40 5 tem 4 quartas,nu 3.terças,ou ç ff
iV, 20 8 1 4o ) 7 palmos, ou 6.ietVnás , o\i S oi¬ ff
F^70 ■ 9 i 8o o tavas. Covado tem 3 palmos , ff
<0:^20 10 200 1.2 ou tres terças ff
VeU ff
 /
Das Pilulas, e Extrá&os.
Myrrha. tres oitavas. e meya : faça-fe evapo¬ cap, j.zí Extraãum effenti a rei ejl vi licor is
ra: ao da humidade, e da nfafld fe façaõ Filulas. a li cajus e corpore cr afio re feparata , ad confi-
lia Fredericus Hojfnianus lib. 2. fu per Schrod. Jientiam jufium infpi/Jata. zz Cháma-fe Catito-
cap. i y. de Pilai? pag. mihi 152. Far-fe-haõ lico , ou Catholicon , que quer dizer , univer-
na fôrma feguin.te : Gs fimplices fe pifaráõ
todos groflos, e leporaõ em digeftaõ vinte
e quatro horas em cinzas quentes com o vi¬
nho 5 e depois fe porão em fogo brando , e
como ferverem hum pouco fe efpremeráo
fortemente : o licor fe côe, e nelle diflblvaõ
o Azebre, e fe ponha em fogo muito brando
a evaporar a humidade $ e tanto que eílive-
•rem em ponto de Mel lhe lanqarao a Myr¬
rha em pó fitbtil, e neila fórma fe guardará
para o ufo.
Purgaõ brandamente fem moleília algu¬
ma todos os humores: daó-fe de hum efcro-
pulo até dous, hum dia, outro nao, em tem¬
po de péfte ou corrupqaõ de ares, dos quaes
prefervaõ admiravelmente.
EXTRACTO CATHOLICO.
Í3 ttj A\eki fucotrino ouça huma.
. Turbit bom onça meya»
Çoloquinthida oitavas feis.
Agarico.
Di agridi 0.
• Elleboro negro and onça meya.
Diarrhodao Abbade onça Uma.
Macis.
Rof maninho.
Ga langa.
Cardamomo. ■■-d -
Zedoaria.
Cravos.
Vâo de Aguila. . e pôem em fogo brando, até que tenha o Ex-
Vifco quercino and oitava meya.
Ambar e fero pulo Um : com efpirito de vinho
fe faça Extraão S. A. íta Joannes Schroderus
lib. 2. cap. 5 8• pag. mihi 128. Far-fe-ha na fór¬
ma feguinte. Os fimplices purgantes, e aro-
/ imticos fe plfaráó groíTos, e depois os. lan¬
qaráo em vafo de barro Vidrado , e emeima
lhe lanqaráo o que bailar de Efpiiito^de vi¬
nho , e o taparáõ muito bem, e porão tudo
em digeftaõ oito dias,paflados elles fe aquen¬
tará a matéria , e fe efpremerà fortemente.
O Diarrhodao fe porá à parte em outro valo
quatro dias em digeftaõ com o que bailar de
efpirito de vinho , e fe eípremera : bile fe-
<uindo licor fe ajuntará ao primeiro, e depois
de bem confundidos, fe porá tudetem togo
■muito brando, até que tenha confiilencia de
Mel, edefta forte fe guardará para o ufo. Ha
varias receitas de Extraélo cathohco , mas
entre ellas efta he a melhor. Efta palavia
íxtraaa Extraão quer dizer tirado , ou para melhor
[uid r dizer he a efíéncia , ou lubílancia da couta
tirada por forqa de algum licor apartada do
corpo mais groftb , afíim o diz Efcrod. lib. 1.
271
fal, porque purga todos os humores.
Serve eíle Extra&o para purgar todos os
humores groftbs, e forofos : dá-fe de hum
efcropulo até dous feito em Pilulas.
EXTRACTO POLICRESTO.
6 j Tj Çoloquinthida oitavas feis.
Jtv« Agarico.
: f Diagridio.
Elleboro negro preparado.
Turbit bom and onça e meya. *'
A\ebre onça Urna. .
Diarrhodao Abbade onça e meya : eom o que
bafiar de efpirito de vinho fe faça Extraão S .A.
Jta Difpenfatorum Londonienfe Doron Medie,
lib. 1. cap. q. pag. 49. Far-fe-ha na fórma íe-
guinte: \Os fimplices purgantes fe pifaiao
groflos, e fe metteráÕ em vafo de barro vi¬
drado, e emeima The lanqaráo efpirito de vi¬
nho , que os cubra , e fobrepuje mais dons
dedos, e fe poràõ em lugar quente em dige-
ílaõ oito dias , eftando o vafo tapado : pai-
fado o dito tempo fe aquente a matéria, e fc
efprema fortemente, o Diarrhodao ie porá
tarnbem em digeftaõ com o que bailar de
a^oa ardente por efpaqo de quatro dias, en¬
tão fe côa , e cfpreme, e efte licor fe ajunta
com o outro, e o tefiduo dos purgantes, e do
Diarrhodao fe ajuntaõ , • ê põem em digeftaõ
vinte e quatro horas cubertos do que bailar
de agoa de Chicorea , depois fe efpremem
todas eftas tinóluras ou licores, e fe ajuntao,
traóto confiilencia de Mel, e at%cr fe guarde
para o ufo.
O Extradlo Policrefto purga uniyerial-
mente todos os humores groflos vifcòfqs, e
tartareos : dà-fe em Pilulas de hum èferopu-
lo até meya oitava,
EXTRACTO PANCHYMAGOGO.
^4 U Ruybarbo bom onça huma.
XV. Agarico onças duas.
Jalapa onças tres.
Çoloquinthida onça huma e meya.
Elleboro negro onças duas.
Sene onças quatro.
, Semente de Engos.
Efcamonea and onça Uma.
Axebre Rof ado oitavas feis : tire-fe o Extra'
ão de todos os fimplices , excepto o Axebre , que
fe diffolverà na tinãara antes da evaporaçao.
Íta Joannes Zuelphero in Pharmae. Reg. Aag.
part. í. Clajf. 7. de Extraã. pag. jy-. Chama-fe
eile Extraólo Panchyniagogo, que quer dizei,
purgante .univerlahaflim o diz Lemery cap.4.
de EthimoUg. littera P. Far-fe-ha na fórma
fesuin-
 272 Pliármacop. Luíltan. Aügmént. Trat.VII.
feguinte: Os íimplices todos fe pifaráõ grof-
ÍGS. e metteráõ cm vaio capaz , e emcima
deüés.lanqaráõ qquebaftar de Efpirito de
vinho , que bem os cubra, e fe porá em lu¬
gar quente leis ou oito dias, paftados elles
le aquente, e efprema fortemente. No reíi-
duo fe lance mais efpirito de vinho, c fe po¬
nha em digeftao vinte e quatro horas, depois
fe coe , e terceira vez fe ponha em digeftao
feis ou oito horas em cinzas quentes, cuber-
ta a matéria com agoa de Chicorea , e fe e-
fprema: Eftes tres licores fe confundirás, e
nelles destaráò o Azebre, e fe porá tudo cm
fogo muito brando a evaporar toda a humi¬
dade j e tanto que o Extraéto tiver ponto
capaz fe guarde para o ufo.
Pürga efte Extra&o todos os humores:
dá-fe cm Pilulas, porque fica muito amargo-
fo , e fe toma cada vez de meyo efcropulo
até hum. - : lada , e fe porá tudo em digeftao cm cinzas
EXTRACTO PANCHYMAGOGO
de Hartmano.
6$ T) Sem onças duas.
XV» Ruybarbo onça huma e meya.
. EUe boro negro onça huma.
Turbit bom.
Poíipodio.
Trochifcos de Coloquinthiàa and onça meya.
Semente de Carthamo.
Myrrha and oitavas tres.
Aromático Rofado..
Diambar. < 0
Cafeas de Cidra and oitava huma.
Extraão de A%ebre onças tres: façafe Ex¬
traão S.A. Ita Joannes Schroderus lib . £.$7.
de Extraã. pag. mihizzq. Far-fe-ha na fórma
feguinte: Os íimplices fe pifaráõ grofíos, e
-femetteráõ em vafo capaz, e emcima lhe
lanqaráo efpirito de vinho,que cubra as dro¬
gas , e fobrepuje o licof quatro dedos por ci¬
ma delias, efeporaõ cm digeftaõ em lugar
quente quatro dias , paftados cllcs fe aquen¬
tará a matéria no mefmo vafo em que eftá ,
e fe efpremerá fortemente, c no refiduo fe
lanqará agoa dc Canella, que bem o cubra ,
e porá em digeftao vinte e quatro horas, de¬
pois fe efpremerá , e o licor fe ajuntará ao
outro , e fe coará huma ou duas vezes por
panno bafto, fem fe efpremer , e fe porá em
fogo muito brando, até, que tenha ponto dc
Mel, e então lhe ajuntaráõ o Extra&o de
Azebre , e como tudo tiver corpo capaz de
fe poderem formar Pilulas, fe guardará o
Extraão para o ufo.
Tem efte Extra&o as mefmas virtudes
que o da receita acima: dá-fe em Pilulas de
meyo efcropulo ate hum e meyo.
EXTRACTO PANCHYMÁGOGO
de Lemery.
66 TY Coloquinthidas onça huma e meya.
JlV, Diarrhodad Abbade.
v Ag ar ico bom and onça huma.
Ellcboro negro onças duas : de tudo reduzi¬
do em pó fe tire 0 Ext radio com 0 que bajtar de
Orvalho de M ay0 , ou de agoa da chuvadjiilla-
da, depois de tirada a ünãura,fe lhe ajuntará.
Refina de Efcamonea onça meya.
Extraão de A\ebre onças duas. Ita Nicolaus
Lemery in Curfo Chimic. 25. p. mihi 6zy. Far-
fe-ha na fórma feguinte: Os fimplices fe pi¬
fem , e mifturem com o Diarrhodaó , e fe
mcttaõ em vafo capaz, e emcima lhe lancem
orvalho, que bafte para cobrir a matéria , t
fobrepujar por cima quatro dedos, ou naõ
havendo o orvalho ferà agoa da chuva diftil-
quentes dous dias, no fim dellesíe efprema
fortemente , e emcima do refiduo fe lance
novo orvalho, ou agoa diftillada> efe faqa
a mefma digeftao vinte e quatro-horas, en¬
tão fe efprema, e depois de coado hum e ou¬
tro licor fe mifturem , e ponhaõ em fogo
muito brando, e como tiver ponto de Mel,
fe lhe lance a Refina da Efcamonea em pó, e
o Extraélo do Azebre* e eftando tudo mifto,
e tendo ponto capaz de fe fazerem Pilula1s,fe
guarde para o ufo. ~
Efte Extraéto por mais frefeo he o que
mais fe ufa: Purga todos os humores: dá-
fe em Pilulas de hum até dous efcropulos.
EXTRACTO DE J ALÁ PA.
6j TY Jalapa toa , a quantidade que qui-
JLV« \erem. '
Efpirito de vinho qf. tirefe 0 Extraão S.A.
Ita Joannes Schroderus in Pharmac. Chim. í. 4.
num. \zy.pag. mihi 559. Far-fe-ha na fórma
feguinte : TomaràÕ boa Jalapa, e a pifaráõ
grofla, e a metteráõ em vafo capaz , e lhe
lanqaràõ de bom Efpirito c^e vinho o que ba-
ftar para a cobrir, e fobrepujar o licor por
cima mais quatro dedos, tape-fe o vafo bem,
e fe ponha era lugar quente oito dias mexen¬
do a matéria algumas vezes, e pafíado o di¬
to tempo fe efprema fortemente, e fobre o
refiduo fe deite novo efpirito de vinho , e fe
digira a matéria mais vinte e quatro horas ,
depois fe efprema , e o licor fe ajunte com o
primeiro, e fe ponha em fogo brando a eva¬
porar o efpirito , e ficar o Extraélo cm
confidencia de Mel, e aflim fe guarde pa¬
ra o ufo.
Purga todos os humores, mas mais prin*
cipalmente os forofos: dá-fe em Pilulas de
meyo efcropulo até hum.
E X-
 Das Pílulas, e Extra&os.
EXTRACTO DE MECHOACAM.
6$ TJ Mechoacad a qu antidade que quL
3 jLv. \erem.
Agoa de Chicorea q.f. faça-fe o Extraão S.A.
Ita J ofephus Quercetanus in Pharmac. rejiitut.
cap. ij.pag. 540. Far-fe-ha na fôrma feguin-
te. Pifar áõ a Mechoacaõ, e a metteráõ em
vafo capaz, e emeima lhe lanqaráõ o que ba¬
ilar de agoa de Chicorea para cobrir a mate-,
ria, e fe porá o vafo em digeílaó em cinzas
quentes vinte e quatro horas, paliadas ellas
fe efprema com forte efpreííaõ , a qual de¬
pois fe coará, e porá a evaporar a humidade,
e como tiver ponto de Mel fe guarde para o
uf0. Também fe póde tirar com efpirito dé
vinho eíle Extrado , porém naõ he neceíTa-
rio fenao para aquellas raizes, que de fua na¬
tureza faõ refmofas,que as que o na5 faocom
qualquer licor aquolb fe lhe tira a virtude ,
Extradla aflim o enfinaLemery no feu Curfo Ghimico
Pconia, part. i.cap. 11. O Extrado da raiz da Peonia,
& Vífci e Vitco querei no fe tira com agoa de Peo-
qücrcmi. nja^ oll deTilia, e neflafórma fepódem ti¬
rar muitos Extrados com o licor conve¬
niente.
Purga o Extrado de Mechoacaõ os hu¬
mores aquofos , e forofos de todo o corpo :
dá-fe de doze graos, até hum efcropulo.
EXTRACTO DE ELLEBORO
negro.
TJ Elleboro negro q. f
JtV. Vinho branco 0 que bajlar para nel-
Je fe co%er por efpaço de tres horas , depois lhe com q.f de efpirito de vinho fe faça 0 Extraão.
ajuntar áõ agoa , e fefaça 0 Extraão S. A. Ita
Joannes Schrodero in Pharmac. lib. 4. num. 420.
pag. mihi 5 $ 6. Far-fe-ha na fórma feguinte: ma feguinte: Os fimplices-todos depois de
Tomaráo o Elleboro, e o cozeráo em vinho,
tendo-o tres horas no fogo fervendo $ no fim
delias lhe ajuntem huma pouca de agoa,com
que dará mais algumas fervuras,então fe coa¬
rá o licor efpremendo a matéria fortemente:
o licor depois de bem coado fe porá em fogo
brandq, até tomar ponto conveniente , e af-
íim fe guardará para o ufo : também le póde
tirar com agoa , como diz Mangeto luper
Schroderum lib. 4. n Alii loco vini fola aqua
pulviali utuntur.
Purga eíle Extrado os humores aduílos,
tartareos, e melancólicos, e heutil em todos
os affedos que deli es nafcemjaífím como nas
manias, e louquices hypicondriacas: dà-fe de
dez graos até quinze ou vinte em Pilulas, ou
diluto em licor conveniente.
EXTRACTO LINITIV O.
7° T) Ruybarbo onças tres.
XV. Rapontrco onças duas.
Mirabolanos Chebulos , e
Citrinos and oitavas feis.
Rofas vermelhas onça msya.
273
Raives de Ayedas, e de
Almeirão and oitavas feis.
Cafeas de Laranja onça huma: com q. f. de
efpirito de vinho fe tire 0 Extraão. Ita Joannes
Zuelph. inPtiarm. Reg. de extr.pag. 80. Far-
fe-ha na fórma feguinte: Os fimplices fe cor-
tarád miúdos, ou fe pifaràõ grofibs, e fe met-
terád em vafo capaz, e emeima delles lhe lan-
qaràõ efpirito de vinho que os cubra,eíbbre-
puje quatro dedos por cima$ e fe tape bem a
vafo , e fe ponha em cinzas quentes vinte ç
quatro horasj depois fe efprema fortemente,
e fe lhe torneia tirar fegunda e terceira vez a
tindura 5 entadfe ajuntem, e côem por pan-
no bem bafio , e fe ponha em fogo brando a
evaporar a hum idade,e como tiver confiíten-
cia capaz fe guarde para o ufo.
Em todos os Extrados íé deve fazer a di* Notatio
geílaõ dos fimplices em vafo bem tapado, e Extra-
o licor com que fe lhes tira a tindura fem- Ctorum.
pre ha de cubrir os fimplices, e fobrepujar
por cima delles quatro dedos.
Eíle Extrado he feguriífimo, purga bran¬
damente, he util em todos os achaques do fí¬
gado, baqo, e mefenterio : dá-fe em Pilulas,
ou diluto em algum licor de meya onca até
huma e meya.
EXTRACTO ANTIFEBP.IL.
71 TJ Kina-kina onças duas.
XV. Calamo atomatico onça huma.
Genciana.
Flor de Centaurea menor and onças duas :
Ita Fredericus Ho ff mano lib. 2. cap. 57. fuper
Schroderum pag. mihi 124. Far-fe-ha na fór¬
bem pifados fe metteráõ em vafo capaz, e os
cubriráó do que bailar de efpirito de vinho,
e fe porào em digeílao vinte e quatro horasj
paífadas ellas te lhe faqa dar huma leve fer¬
vura , e fe efpremaó fortemente, emeima do
refiduo fe lance o que baile de agoa de Cardo
fanto , ou cozimento do meímo bem vigo¬
rado , e depois de dez ou doze horas de di-
geílaõ fe faqa o mefmo , e fe ajuntem as tin-
duras, e eílando coadas feponhao a evapo¬
rar a humidade, e tanto que tiver confiílen-
cia capaz fe guarde para o ufo.
He eíle Exrado hum admiravel remedio
nas febres terqãas, quartáas intermittentes,
e continuas: dá-fe em Pilulas, ou diluto em
algum licor no principio da Sezão , ou huma
hora antes do frio de hum efcropulo até
meya oitava.
82 R
EXTRACTO BEZO ÁRTICO.
Rai\ de Angélica.
• Zedo ar ia.
Galanga.
Tormcntilla.
Mm C afeas
f

274 Pliarmac. Luílté Augment. Trat. VII,

Cafeas de Çidra.
brando, até que tenha confiílencia de Mel, e
Páo de Aguila.
neíla fórma íe guarde para o utb.
S andai os vermelhos , e
He bom eíle Extraéto para todas as dores
Citrinos and onça liama.
de cólica , ou para todas aquellas que tem o
Cxrana Unãoruni.
vicio no ventrículo, e i.nteílinos: dá-fe de
Ditlamo.
quinze até vinte graos em Pílulas, oudiluto
Efpicanardi.
em licor conveniente,e também para os me*
Cravos.
fmos achaques he util dado em ajudas de hu¬
N ó%es mofe adas.
ma oitava até duas.
Ma eis.
EXTRACTO POLIPODIO.
Canela.
74 T) Polipodio q.f
Been branco.
Been rubro and onça huma e mgya.
XX. Agoa fontana^a que for necejfaria
parafefater Extraão S. A. íta Phamacopea

d‘nPÃ6 Hf
7/7, „0 hxtraCtí
VrhrnJsru' „ jA-Jt*S°*rms
-n n- Bar-le-ha «ft
na fórma feguinte:.* Tomafáõ
íuiuia íegUinte a
X OinaiaO ã
X# ds^tr“a'PaP' quantidade de Polipodio , que quizerem, e o
íimDlices dennic m i lma» ^eSuinte : 9í pifaráô groííb , e o infuudiráõ em ballante
eS r!r ,d machucados íe metterao agoa da fonte, ou da chuva, e o poraõ em di-
em \ alo capaz, e emcima lhe lanqarao o que geílao dous dias em lugar quente : paliados
ooHemmS C taPado ° íe elles o cozeràõ ajuntando-lhe'mais agoa , e
poia em di^eítao em cinzas quentes tres dias, huma pouca de Herva doce , e como o Poli-
ff01* orte/nen^c > e o fe podio eíliver bem cozido, o efpremeráõ for-
, Vrmf íf fraudo, at? ^ue te“ temente> e o licor fe coará, e depois ie coze-
n . p encu e Mel ? e aílim fe guarde rá em fogo brando , até que tenha conflílen-
paia o u o. cia de Mel, e neíla fórma fe guardará para
Serve eíte Extrafto para todas as doenqas o ufo. . F
malignas , e contagiofas dá-fe de meyo O Extraélo do Polipodio ferve para pur¬
efcropulo até hum.
gar a cólera aduila, e a fleuma lentamente.,
EXTRACTO CARMINATIVO. he util nos affeétos hypicondriacos, e efeor-
7) T> Pagas de louro libra huma. buticos , e nas obílrucqoés do mefenterio,
Bagas dejunipero Ubrdnieya. figado , e baqo : dá-fe miíluradó com outros
Semente de Bifnaga.
purgantes em Pilulas,ou ditulo em licor con¬
. Cominhos.
veniente de meyo elcropulo até huma oi*
Funcho. tava. . .4 . . '.
Herva doce and onças quatro.
ÉXTRACTO DE ROSAS.
Nevedafecca.
75 T> Rofus de Alexandria.
Oaregads.
XX. Çumo das mefmas partes iguaes
Poejos.
depois^ de alguma dijlillaçad fe faça Extraão.
Endros and manip. dous.
lta Nicolaus Lemery in Curfu Chimico part. 2.
Flor de Macella.
pag.mihi 522. Far-fedia na fórma feguinte:
Flor de Notes, e de
Tomaráõ v.g. duas libras de folhas de Ro-
Sabugo and pug. quatro.
fas, e as piíaráo, e como eftiverem feitas em
Canela.
paíla fe mettao em cabaqa capaz , e emcima
Notes mofe adas.
lhe lanqaráo outro tanto qumo das mefmas,
Pimenta.
e lhe porão lambique de vidro , e recipiente
Cardamomo and onça huma: comq.f de vi¬
do mefmo tapado , c lutadas as junturas fe
nho branco generofofe faça Extraão. lta Jo-

$<4. Far-fe-ha na fórma feguinte: na cabaça, e fe efprema , e o licor fe côe e

em vaio cana/* Pí"° F0®?’,,6 fern,,etterâ5 depois fe ponha em fogo muito brando , âté
lue haftarT1 “ fe !?nCe ° <Jue tenha confiftencia de Mel , e aílim fe
em di«£tosaml7r° branC0 ’ * '* P"* ufo. Nefla mefma fórma fe Extrníli
ouentes nsíTH a *nco ias em. cinzas pode tirar o Extraélo de todas as flores que «nuiium
quentes, paílados elles fe efpremera em 1111- forem fúdoleutas. 1 fJorom.
£raCp°? * e fobr,e 0 reflduor fe,lanc^ 0 ^ ba- Purga efte ExtraAo brandamente a cole-
dia^-5^a,aidente ’ 1 fe deixara ™'s- em ra > e purifica o fangue; dá-fe cm Pílulas de „ _
0 vmte e quatro horas , então,fe tor- meya oitava até duas, ou desfeito em agoa
nau a efpremer, e hum e outro licor fe èoa- de Rofas ^ ^cI,íla»
ri > e amb°s juntos fe.poráS em fogo muit» O Extrado da Herva Cidreira ..Manjero- íacT'
\ ' ' " 4 na,
| . LFà , Das Pilulas £ e Extra&òi:' * 275
na, e de todas a* plantas cheirofas, fe tira da Purgaêfte Extra&ô a fleiUttá ] e humores
mefma ibrte, que o dasTto fas. • > 7 ■ - : aqueos j* e para que naõ caufe flatos fe lhe a-
.1 EXTRACTO DE KINA-KINA. jí : juntaràõ algumas gottas deOlco de Herva
7 & T> * ü&na-kiné boa titáonças, ••UH doce-:: dà-fc de hum éfcropulo até dous em
XX • AgM de N<nes q.f. para fefa\er>Q Piíülás* > òu em outro qualquer licor.
Extraão. lta Nicolaus hemeryix Cürfa. Chi-
mico part.z.pag. mihi 4^2~Ear-le-ha na forma A UC ME N T O '^S
íégtfinte £ A Kina-kina »fe;pifarà groiTa , è~ fe
metterà èm&afo capaz ,.e emcima lhe lahqa- . Do VII.'Tratado.
ráo ó que baftai de agoa de iJsíozes diftillada, PI LUi jL. A S A N G B L- • IC AS.
• ■
e fe porá em ídigeftaõ vinte e quatro ^horaâ;, .. . ^ ÍF •

paliadas ellai fêáhe dê: Ruma fervura, e-de- 78 T) Extraão de Atebre feis onças.
pois fe efprema fortement'er, e norefiduo fe. ’ Kuybarbo bom meya onça. i
lance mais* agoa, e le torne a digerir dozeho- Agarico trochifcado duas oitavas.
Vas, e fbHhe de hum a íêtvura-, e fe toriíe a Camlâhama oitava: com Mel Rofado fe fa¬
efprerítéf ecoar, e como, eftiverem juntos' ça, ntajja4'e'Eilulas S. A. Far-le-haÕ na íórma
ambos OsHiebPes lê pora& em fogo brando , feguinte : O Ruybarbo , Canela, eTrochi-
até que tenha ponto conveniente, e aíTim fe fcosde Agarico juntos fe pifaràõ lubtis, de¬
guarde o -Extraêto para ô ufo: Naõ ie rira pois fe lhe mifturará o Extracfto dc Azebre y
bem êíle Extrado com efpirito de vinho, e com o qtie baftar de Mel Rofado fe fará
porque quando fe evapora o licor fe exbálaõ mafla dfc Pilutó&, que fe guardará para o ufo
com elleas partes mais fubtis , e por iffo’ he embrulhada em pergaminho untado com
mais conveniente faze-lo com agoadeNoí- Oleo de Amêndoas doces, para que melhor
ze$., Gardo fanto, ou outra qualquer febrí¬ fe conferve. Em todas as terras do Norte fe
fuga f porque eftas como faõmais grofíasye ufaõ muito eftas Pílulas,as quaes te feitas nas
na5 faõ-taõ fabris, por iífo diilipaõ menos as Boticas erri fórma dè gtaõsredondos, e lhe
partes-fabris ,• e voláteis da Kina-kina. A tin* chamaõ Grads:Angelicos, por caufa da gran- Grátis
de virtude que tem , e alivio que com elles Ange^ic.
Tinílur. fbura dá Kina-kina fe tira tomando quatro
Kina-ki-' onqas delia, e pifando-a groíTa, e depois met- confeguem os que os tomao, os quaes ufaõ
na^ tendo-a em vafo capaz com o que baftar de fem preparacaõ antes de jantar tomando-os
nefta hora , para que o alimento corriga a
bom efpirito de yinhoq ebem tapado o vafo
vMtudeJ violenta do Azebre, de foi te q*ue
fe pôem em digeftao quatro dias em cinzas
quentes mexendo a matéria todososdias, e tomados no dito tempo nao caufaõ dores no
ventre. Purgaõia cólera, e mais humores, e
tanto que o efpirito do vinho eílácom a cor
fao uteris aos que padecem conftipacao de
da Kina-kina fecôa ,e filtra,e aíTim fe gUar-
ventre: daõ-fe.eftasPilulas, ou Graõs Ange-
da para oüfoí dá-fe efta tiu&ura de quinze
licos de meyo efcropulo até huma oitava , c
ai-á5s àté huma oitava. - • • _ fe pódem ter feitos, e prateados os ditos
& Tem a titt&ura da Kina-kina, e o Extra¬
Graõs para fe dar promptamente a quanti¬
io as mefmaS virtudes q ferve para todas as
dade ,':que delles fe pedir: porém fe naõ tive-
febres intermittentes tercãas, e quartãas:
rem muito gatto , mais conveniente feri
dá-fe o Extra6to em. Pílulas de dez graos guardar-o medicamento em maíla folida,
ate meya-oitava , ou em licor conveniente , norque afllm conlêrva melhor a fua virtude.
toma-fe no principio da Sezão, e le continua P qpiLULAS DE■ RONDELECIO.
o tempo necefíario. 70 T) Alcatira.
EXTRACTO DE AGARICO. XX • Goma arabia and meya onça.
77 TV Apático bom q.f. com agoa quente
Amido duas oitavas.
" jx. Maça Extra ão. Ita J ac obus Le-
Incenfo:,
iiíórúus inColleã. Chim. traã. de Extr.p. 200.
EJioraque calamitha.
Far-fe-ha na fórma feguinte: Tomarao o A-
Myrrha.
garico , e o ralaráÕ, e metteráõ em vafo ca-
Citmo -de Alcaçú%.
‘ paz , e emcima lhe lanqáráÕ o que baftar de Òpio and quatro efcropulos: com que bajte
a<roa fervendo, e depois de bem tapado o va¬ de Arrobe de vinho fe faça maffa de Pihuas.
fo íe porá em digeftao vinte e quatro horas, Far-fe-ha na fórma feguinte : Em almoranz
paííadas ellas fe efpremerá fortemente , e no de bronze eftando bem quente fepife a Alca¬
refiduo fe lhe lance nova agoa, e faqa o mc- tira , e Goma Arabia, os mais fimplices fe
ímo , e depois de coados ambos os licores le pifaráõ juntos, e huns e outros fubtis, o Upio
ajuntem, eponhaõ em fogo brando a evapo¬ fe diflblverá , e desfará muito bemcom al-
rar a humidade, e como tiver ponto de iVici. (Tuma porqaõ de Arrobe , depois de pifado,
fe guarde para o ufo. ^^ Mm a efe
 37# Pharmaç. Luílt. Augfneh£<';Tróf. VII.
efe mifturará tudpi enj almofariz capaz y e eGccobuticas> fe fcfcrorfulofas ,~ pjfovocaõ os
cmeimaíe lhe lahqará p.quco e ppuco o.que efcarros, e ourtíu-|lcoacinüa-íe muitos dias,
baftar 'de Arrobe ,. ede.hírá batendo,,toda a e fe da0.de oiteÉ gíaõs até hum efcropulo.
matéria até eítar em maia bem 1 igada, >« ne- 'PÍLULAS * HLCHICAS J&RANLAS.
íta fórma fe guardará para ou (o. O Ejtora- -81 Açúcar, candé. ■ v, „
que, incenfo , e Myrrha entraõ no compo- -üu Goma :de trigo anãfeis Wçfà
fto ; porque com a fúa fubítancia JulpJiurea, txAlcatira onça e.rkeya,
e faliria fervem de cqpeçUvo ap Opio. Eftas Alfenimtres ónça&icom quanto bkjle de agoa
Pílulas
Jl excitaõ yJ
11 Ul d b CAClCaL# ò iviiTUV/j
fõhinoV rav^
fa5 p
péitoraes, la- /rofad&fe
vi wv-fi o,v* o ) ia* façamajfd
v/*ÉMu*y ç j para PiluiasSuA* Farde-,
uy*+ /ftHflLu f/Ufi
zem parar ps curfps, e fufpendem as fluxoes, ba ínáifómia feguinte: te i.jA Alcatira fe; pifari;
quêcâhèfn rías juntas* daõ-íe detaeyo efcro- eftando o almotatiz bei bem quente i, como já íé
pulo até meya oitaya. diífo, depois fepifaràõ os mai£ fimpliçes em
PÍLULAS DER IC A R DO pó fubtil , e eftando'miftos fe lhe vá lançan¬

3o R ’ . jMojrton.

* AmmoniacD híima oitava 6 meya.

. . . U: do n^Agoa rofada, até que eíleja aonaíTa bem
Millepedes preparados tres,oitavas. ligada e dura, e delia em quanto frefca fe
formarão Pílulas, Talhadas, ou Partilhas,
BeijOim hum a oitava* O ; as quaes fe feccaráõá fombra, c fe guardaráõ
Extratfo de Açafraõ* r : cm vidro bem tapado para fe darem para 9
Balfamo Peruviano and meyo efcropulo : fa- ufõí quando fe pedirem : Eia maífa le naõ
çaõ-fe Pílulas com quanto bajie de, Balfamo de guarda como a das mais Pilulas j. porque lo-
Enxofre Therehintinado. Far-fo-haõrna fórma go fe fecca , e fe. naõ pódem formar ertando
feguiute: O Ammoniaco, e Beijqiim fe faraõ aflim. Servem para engroífar , e adoqar os
em pó fubtil, e fe mifturaráp com o&Mille- humores acres, que cabem do cereb.ro no
pedes preparados , o Extraio, de Aqafraõ, e peito, excitaõ os efcarros, c fo?ti6ca0)o pei-
Balfamo'Peruviano fe desfaráõ em alguma to;, daõ-fe de hunj efcropulo.afé quatro, ou
porqaj de Balfamo de Enxo&e. Xherebinti- a quantidade que quizerem ., itmem-fe na
nado, efe ajuntaráõ aos mais fimpliees,e lhe bocca até totalmente fe desfazerem , e o fuc-
hiraõ lanqando pouco a pouco o que for ne- co fe vay engolindo , e fegUramente.fe pó-
ceiTario de Balfamo de Enxofre, com qüe fe dem applicar em qualquer carta de toíTe.
hirà formando maífa, que fique bem ligada, PILULAS BECH1CAS NEQRAS.,
■ e folida , e defta forte fe guarde para o ufo. » 8a T) • Çumo.de^Alcaçú\. boanio : o;od
Alguns modernos, que ufaÕ muito defte re** c.. M;. JlV • Açúcar and Jeàs oi ta vasi ...... m
Pilulas medio, lhe chamaõ Pilulas Balfamicass por- *.» Goma de trigot ,v . ■. i.-jn-wn ur;
Balfamic. que faõ dulcificaiitea, e defcoagufántes dos Alcatira. o qup - r. .,j
humores groíTos, e abres , por ferem com¬ Amêndoas doces fèm pelle and meya onça :
portas de íimplices infindentes., è attenuan- com o que ba (lar de mucUage âe fomente de
tes, que com fuas partes falinas fulphureas , Marmellos tirada em Agoa rofada fe faça maf
adelgaqaõ as matérias viciadas , que coftu- fa de Pilulas. Far-fe-ha na fórma feguinte -
maõ impedir os conduótos dos bofes, ehom A Goma de trigo. , e Acucar juntos fe faraõ
as partes balfamicas afrouxaõ , e dulcificaõ a eip pó fubtil >.a Alcatira fe pifará e.m almofir-
acrimonia da himfa, que caufaa toíTe , faci- riz quente , as Amêndoas limpas da pelle fe
litando ao mefmo tempo o efcarro. Comp pifaráõ em gral de pedra , .até que fe redu-
Limfa, falíamos em Limfa, nome de que muito ufaõ zaÕ a malfa muito fina , a qual fe mifturará
os modernos, diremos aoá curiofos o que he, com os mais pós, o qumo de Alcacuz fe dif*
conforme os mefmos enfinaÕ fallando em folva em fogo brando com alguma porqaõ
termo medico, dizem, que a himfa , he de Agoa rofada , de forte que fique em con-
hum licor fubtil, naturalmente aquofo , e fiftencia de Mel, çntaõ fe ajunte aos mais
impregnado cie huma temperada acrimonia: fimplices lanqando-lhe,, o que for neceífario
He comporto das forofidades, que comíígo de mucilagens de femente de Marmellos ti-
traz o fuceo alimentofo das partes fprema- rada em Agoa rofada, e fe hirábatendo em
ticas, ou nervofas, que fe ajunta nas glandu- gral de pedra deixádo-a enxugar algum tan-
las, e fe mette no fangue : Dizem , que fer- to , para que receba baftante mucilagem j e
ve de adminirtrar a faliva , que he o difibl- ultimamente fe faqa logo a maífa toda em
vente do ertomago , faz o chilo mais fluido , Pilulas, Partilhas, ou em fórma de Talhadas,
c corrente, nutre, e vivifica as partes com a que fe feccaràõ á fombra, e depois de feccas
fubrtancia que lhe communica. Servem as fe guardaráõ para o ufo. Servem para dulci-
Pilulas Balfamicas de Ricardo Morton, para ficar os humores, que caufaõ a tóífe fecca ,
fazer lanqar as fleumas glutinofas, e vifeofas faõ uteis nas rouquidoés , e excitaõ os efear-
dosafnuticos iáÕ convenientes nas Tificas ros fem violência; daõ-fe de hum efcropulo
i1f até
 I Das Pilulas , e Extia&os. 277
até oitava.etneya, ou a quantidade, que qui- com .algumas gottas de Oleo de Canela j os
zeremyoufc trazem na bocca continuamen- Trochifcos de Galia também fe íaráõ em pó,
te engulindo o fucco, e acabada hurpa Pílu¬ e junto*uao fe lhe mifture o Oleo d.e Cane¬
la , Paílilha, ;ou Talhada fe metta outra na ladepois fe lhe hirà l^nqando 0 que bailar
bocca. Alguns coítumaõ .quando fie reco¬ de .Mucilagem de AJçatira feita com Agoa
lhem á cama toma-laa* e as deixaõ ficar até de Canela, batendo a maíTa , até que eíteja
fe desfazerem. \é em fórma fólida, e delia fe faráõ logo Pilulas
PILULAS DE TORMENTINA. pequenas do tamanho de graõs deCaçhun-
Magíílraes. dé , e fe ieccaráõ à fpmbra guardando-fe de-
.18$ T) Tormentinafina duas anççs.\; fta forte para o ufo. Servem eítas Pilulas pa¬
XV. R<«\ de ÚahmifçQ fecça huma ra acura do fedor da.bocca, e para lhe darem
onça. ’ ■' .. bom cheiro, e fe acaufado achaque for , e
Marfim, em pó. , - ! .••_ : proceder de dente podre, entaõ fe metta no
Coral preparado. ■ :/n- .üí; <-h.dk-> buraco huma Pílula , que hem cajba nelle, e
Olhos de Caranguejo, naõ o fendo fe coílumaõ trazer na bocca, e
Pedra Judaica preparada and meya onça. afhrma quem ufou eíle remedio , que lhe fi-
o Sal PruneU .zera admiravel effefto.
MHlepedes preparados-• PILULAS HYPNOTICAS.
Sal volátil de Alambre and.duas oitavas : de 8 5 T> Laudano opiado huma onça.
tudo fe faça majfàfte, Pilulas. Far-fe-ha na fôr¬ XV. Açafrad.
ma feguinte: . A ?Raàz de Malvaifco fecca fe Pós. de Diamargaritaô frio , e de
fará em .pó fubtiliífimo:, e o Marfim da me¬ Confeição de Jacintos and duas oitavas.
fma forte, os Olhos de caranguejo, Coral, e Alambre preparado..
Pedra. Judaica fe prepararàõ fobre a pedra , Coral vermelho preparado and hwm oitava:
até fe pôr em em pó impalpável, os Millepe- com Xarope de Goífãos fe faça majja de Pilu¬
des,que faó os Bichos contas, fepifaráó bem, las S. A. Far-fe-haõ na fórma feguinte: O A-
e fe miíluraràõ aos mais pós , e com as duas qafraõ fe pifará, feccando-o primeiro em fo¬
onqas de Tormentina fe formará a maíía , e go brando entre dous papeis , o Alambre ,
nocafo, que fique branda fe lhe deite mais e Coral fe prepararàõ na pedra, e fe ajunta¬
algum pó de raiz de Malvaifco, até que eílc- rá tqdo com os pós de Diamarganfaõ , e da
ja a maíTa1 bem ligada cdura, de forte que confeiqaõ de Jacintos, e depois de bem mi-
fe pofíaõ formar as Pilulas, e aífim fe guar¬ ílurados fe lhe deitará o Laudano desfeito
dem para, o ufo. A Tormentina para eíte em alguma porqaõ de Xarope de Golfaos, e
•compoílo fé naõ deve lavar, nem levantar fe baterá tudo até eílar em maíTa tblida, dei¬
de ponto em agoa, porque nella ficaõ as par¬ tando-lhe o que bailar de.< Xarope , e aífim fe
tes fubtis, e a mayor porqaõ da lua virtude$ guarde para o uto. Servem para provocar o
e aífim para eíle medicamento fedeve efco- fomno, excitaõ fuor, fazem parar o.s curfos,
Jher a melhor Tormentina, que fe achar cla¬ e as hemorrhagias: daõ-fe de quatro graõs
ra, tfánfparente e cheirofa. Servem eílas até oito , advertindo , que tres graõs deftas
Pilulas para fazer purgar as Gonorrheas, e Pilulas tem de Laudano hum graõ , e ^quar¬
muitas vezes com o ufo delias, e boa dieta ta parte de outro , e íeis graõs de Pilulas tem
fe tem curado fem outro algum medicamen¬ dous graõs e meyo,c nove do dito compoíto
to o dito achaque, fazem ourinar, alimpao tem tres e tres quartos do Laudano.
as chagas idos rins, refrefcando, e humede¬ PÍLULAS DE A L ANDA L.
cendo aquellas partes,faõ uteis para as areas, Ty Trochifcos de Alandal feis oitavas.
e para os mais achaques dos rins: daõ-fe de XV.. A\ebre fucotrino huma onça.
meya oitava até quatro efcropulos. Trochifcos de Agarico.
PILULAS ODORÍFERAS. Efcamonea.
84 T) EJloraque calamitha huma onça. Elleboro negro.
XV. Beijoim meya onça. Turbit and meya onça.
Rai\ de Lirio Florentino duas oitavas. T ar taro foluvel tres oitavas: com quajito ba-
Trochifcos de Galia mofe ata. Jie deXarope regiofe faça ma fia. de Pilulas S.A.
Sandalos citrinos and quatro eferop. Far-fe-haõ na fórma feguinte : Os Trochi¬
fcos de Alandal, e de Agarico fe pifaráõ fub¬
Oleo de Canela dous efcropulos 5 com quan¬
tis , e da mefma forte os mais fimplices jun¬
to bafie de Mucilagem de Alcatira tirada em A-
goa de Canela fe faça majfa de Pilulas S. A.tos, untando a maõ do almofariz com algu¬
Far-fe-ha na fórma feguinte: Os Sandalos, e mas gottas de Oleo de Amêndoas doces, pa¬
Lirio fe pifarào fubtis, e da mefma forte o ra que aífim fe lhe naõ diífipe a virtude fub-
Eíloraque, c Beijoim em almofariz untado til: o Tartaro foluvel fe lhe ajuntará depois
dc
 57? Pharmacôp.1 Lufitan. ÀúgmentsTrat\ VII.
de tudo mifto, e Té lhe hirá lançando o que
•for néceflatio de Xarope regio t- pura que fe
faqa mafla fólida, á qual depotè dé bém bati¬
da , e unidos os íimplices íeguardátifipàra o
ufo. Purgaõ eílaà Pílulas todos os huniores,
fervem'nas Melancolias HypicondriaCàs, A-
poplexias, Parle fias, e fe tem viflopqüeduas
ou tres vezes' i que^s tòmárao alglíns quár-
tanarios ficáraõ livres -das impertinentes, e
rebeldes quartans, que^os moleítávaõ : daõ-fe
de húm efcropülo até híima oitava.yy‘u~
PÍLULAS DE T RI BUS.
87 TJ Ruybarbobom. sbhotíooprq
Jtv • Agarico trochifcado. 00)
Azebre fucotrino and partes iguaesv com 0
que b afiar de Xarope rofado folutivo fe fàça
majja de Pilulas S. A. Far-fe-ha na fórma fe-
guinte : O A zebre, Ruybarbo, e o Agárico
trochifcado fe pifaráõ cada hum pefcfr, e cle-
pois fe miíluraráõ todos, e fe lhe hirá lançan¬
do o Xarope rofado folutivo, que bailar pa¬
ra formar mafla , a qual fe hirá batendo era
almofariz até eílar bem unida á matéria , e
em forma fólida com alguma humidade , e
afllm fe guardará para o ufo. Eílas Pilulas
fortificaõ o eílomago, excitaõ. a conjunqa5
menfal, purgaõ a cólera , e fleuma': daõ-fe
de hum efcropulo até huma oitava.
PILULAS DE DIARRHODAM.
88 TJ Atebre fucotrino quin\e oitavas.
JTV • Trochifeos de Diarrhodadi ‘
Folhas de Lofna fecca and cinco oitavas.
Efquinanto. ''
Almeceo-a and duas oitavas.
1 Salgema huma oitava: com quanto bafie de
Xarope de Lofna fe faça maffa de Pilulas. Si A.
Far-fe-haõ na fórma feguinte. Pulverizar-fe-
haõ as folhas de Lofna, Efquinanto, Trochi-
fcos de Agarico , ô Azebre, e Almecega da
meíma forte fe pifaráõ á parte; e ultimameri-
te o Sal gema, depois de todos juntos fe lhe
lançará o que haftar de Xarope de Lofna,
para que fe fórme mafla , que fe hirá baten¬
do em almofariz, até que eflejaõ os fimplices
bem unidose afllm fe guardará para o ufo.
Eílas Pilulas purgaõ,e fortificaÕ o eílomago,
ajudaÕ a digeílaõ , e desfazem o mào cheiro
da bocca : daõ-fe de hum eferop. até quatro.
PILULAS DE ESTORA Q_ U E.
851 T) . Efioraque calamita nove oitavas.
JLV • Myrrha.
Opio and meya onça,com quanto bafie de Xa¬
rope de Dormideiras fe faça ma fade Pilulas
S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte : Os iim-
plicés fe faràõ em pó fubtil , e depois com o
que bailar de Xarope de Dormideiras fe vá
batendo a mafla , até que eílçja bem unida ,
e neíla fórma fe guardará para o ufo. Sáõ c-
ílas Pilulas mimo anodinas,abrandaõ a t-ofle,
prWvocaõ fomno, é ápplacaõ aí'dôres; daõ-fe
de feisgraõs até doze ou quinzé , à noite ao
reebíhér à camajóií fpela manháa^muito cedo;
'PILU L A S Dà1AM MONIA CO. '
< Extrcfóto 'âe A\ebró qiiatro onças.
cJü -i mnioniaco. -i.fi • ■ •
Myrrha and meya onça. .m
Alníeoegâi • ! f H (I dU d i 4
DiatriafandaloVüúl pitava huma e meya.
Sal-de'Freixo, Ou de Lofna qíòatrof feropul.
Ãçafraã dous e/crOfkãds : com Xarope de Ro-
fmaninho fe faça maffa de Pilulas S. A. Far-
fe-ha na fórma feguinte : O Ammontaco ef-
colhido em lagrimas, a Myrrha Almece¬
ga fe pifaráõ tinos , dépóis lhe ^juntaráo os
pós de Tíiafandalusj e-tàl de Freixo j ou Lo¬
na , e o Extraélo de Azebre, e íhe deitaràõ o
que bailar de XaropedeRofmanmho,baten¬
do em hum almoffcrfótodá- a matéria muito
bem, até que elleji á mafla unida-e ligada
em fói-nia fólida cõm á-lghma humidade, e
afllm fe guardará para o ufo. nSáõ eílas Pilu¬
las purgativas, boas para gáftar a£ obílrnc-
qoés, e excitar a conjUncaõ menial, íaõ uteis
na cura das más cores, cachexias pe para to¬
dos os achaques uterinos : daõ-de-de hum e-
fcropulo até huma oitava. < - ^ • Ur; •* *
c > PI L ULA S PERPETUAS. 0
5>í T) Regulo: de Antimonio ordinário a
JLV • quantidade, que quiserem feito em
pôfe funda, e fórmem Pilulas S, A. Fàr-fe-haÕ
na fórma feguinte: O Regulo fe reduzirá a
pó*limando-o, ou pifando-o groflo, depois
de pifado fe deitaràõ tres oncas deliciem hum
cadinho,o qual fe porá ate mais de meyo ei>
terrado em carvaõ accefo , tanto que eíliver
o cadinho bem quente , fe cubra. com hum
boccado de tijolo , e fe lhe va fazendo fogò
muito forte, para que 0 Regulo, que eflà no
cadinho le derreta , até eílar bem fluido, en-
taõ tomaràõ huma forma das balas pequenas,
que fe fazem de chumboja qual untaváõ com
azeite, e tendo-a apertada lhe deitaràõ den¬
tro o Regulo derretido , que bailar para en¬
cher a forma, e depois de fria fe abrirá , e fe
lhe tirará a Pilula, que eítá dentro, e fe o fer¬
ro tiver mais formas como coítumaõ ter al¬
guns , ferâ muito melhor ; porque de huma
fó vez fe pódem fazer tantas PjlulaS r como
tiver de formas: As Pilulas fe limaráõ com
toda a curiofidade, de forte que fiquem
muito lifas , e deíle mefmo modo fe pódem
fazer, ou fundir cópos de Regulo, fazendo-
lhe formas para elles do feitio de chicaras ,
outigelinhas pequenas, as quaes formas fe
pódem fazer em barro forte amafíado como
o das fornalhas, ou de pedrá ; mas primeiro
que nellas fe deite o Regulo fluido fe untará
a forma com cebo,ou azeite, para que ie naõ
pegue
 Das Pilulas, e Extractos.
pegue a matéria a ellas. Eflas Pilulas perpe-
tuas fe ufaO muito nas terras do Norte , e.
com bom fuccetfb purgaó todos os humo-
res, mátaõ , e desfazem a.s lombrigas, e faõ
uteis nas obítrucqoes: O modo com que as
tomaõ he, engolindo huma Pilula , a qual
pouco tempo depois de tomada vay fazendo
a lua operaqao purgando fómente por baixo
fem excitar vomito algum 3 e tanto que fe
acaba a fua operaqaó, fahe outra vez a Pilula
inteira, aflim como fe engulio , miílurada
com a matéria , que purga, e dizem alguns,
que pela tarde acabando de fazer a fua opera-
qa5 fahe a dita Pilula, de forte que nunca fi-
ca no eftomago mais, que oito até nove ho-
ras: A caufa, porque na5 faz vomitos he ,
por fer pefada, e cahir logo do eftomago no
ventre, o que naÕ fuccede ao Regulo, ou á
fua infufaõ, que no eftomago, he que obra
por fer leve , e hemetico : A dita Pilula de-
pois de fe lanqar fóra lavando-fe, enxugan-
do-fe, e alimpando-fe póde fervir muitas ve-
zes * porque a mefma virtude purgativa con-
ferva,em quanto dura a dita Pilula.O Regulo
ordinario de Antimonio,com que fe deve fa-
zer aPilula perpetua he o da feguinte receita,
REGULÒ DE ANTIMONIO
ordinario.
? 7í>
Salitre bom de canudo quatro onças , de tudo
fe faça 0 Regulo S. A, Far-ie-ha na fórma le-
guinte: O Antimonio, Tartaro , e Salitre "fe
pilaráõ fubtis cada hum per i\, depois fe mi-
íturaráo bem, entaõ fe porá hum cadinho
erri o lume até aquecer, eltando muito quen-
te fe lhe vaõ lanqando os pós pouco e pouco*
e tanto que o cadinho fe comeqar a lazer em
brafa, fe vá fazendo o fogo mais forte , efe
continuará, até que a matéria efteja fundida,
e liquida como agoa , então com huma tor-
quez fe tirará o cadinho com a matéria flui-
da, e fe lanqará em almofariz de bronze,
que eftará quente, e untado muito bem com
ceboj e tanto que eftiver frio o almofariz
fe lhe dará huma pancada por fóra, para que
o Regulo caya no fundo , depois fe tire, e
alimpe o Regulo apartando-lhe as efeorias,
e guardando o dito Regulo bem limpo para
o ufo. Serve eíle Regulo para fazer com elle
vafos, em que fe lanqa vinho deixando-o fi-
car nelle vinte e quatro horas, que afllm fl-
ca muito hemetico , e fe dao duas onqas do
dito vinho por cada vez nas apoplexias, par-
lefias, e com bom fucceíTo na cura das quar-
tans rebeldes: O Regulo feito na fórma di-
ta nao fómente ferve para as Pilulas per-
petuas, cópos. mas também para o Anti¬
monio de Poterio, e outras operaqoés chi-
micas.
TRA
 TRATADO VIII.
DOS T R O C H I S C O S.
Troch.
quid,
T ROCHISCUS efi compofito qwx.- mais determinação fe ha6 de dar cfles , por-
: dam ex diverfis pulveribus , & que faõ os que elle compoz $ affim o íafhrma
efpedebus mediante atiquo licore Manardes fuper Mefue : Hac confeãio apud
aggregatis, (5* diritur Trochi- Aromatarios eji multum in ufu, & dixeruntfa-
fcus aThrochos , quod eftrota, pientes , qubdijia deferiptio debetponi in confe-
quia Trochifd funt fimiles rota currus , aífim ãiônibus, ac eleUmrüs , quafunt ipfms Me-
os define Saladino lib. de utilib. interrogat. ad fue : o mefmo íegue Fr. Eítevaõ de V illas in
Aromatarios pag. mihi 245. Quer dizer , que fuo examine aromatariorum cap. 3., e a Phar-
os Trochifcos faõ huma certa compoíiqaÕ de macopea Valentina tradl.de Proclufc. com oq-
diverfos pós, ou efpecies aggregadas com al. tros muitos.
gum licor , e chamaõ-fe Trochifcos , porque Os Trochifcos de Gallia fortificaõ o ce¬
ie dirivaõ da palavra Grega Trochos, que rebro , coraqaõ, eeílpmago, recuperaõ as
quer dizer roda , ou também porque faõ re- forcas perdidas, pàraõ os vomitos: daõ-je
dondos, e femelhantes ás rodas de coche, de dez graõs até hum efcropulo, e no ufo ex-
Fazem-fe também os Trochifcos em fórma terno podem fervir de perfume.
fólída para que os pós, de que fe compõem, TROCH1SCO/S DF GALLIA
pofiaõ durar , e confervar fua virtude intei¬ Mofchatá de Nicolào.
ramente mais tempo, como diz Schrodero 2 T) * Almwjga onças duas.
in Pharmacop. lib. 1 .cap. derebus medicam. JLV* Goma Arabia onça huma.
prapar. — Trociúfci funtfpecies, feu pulveres Camphora efcropulo hum, em feu lugar Ro<
mucilagine, v. g. tragacantha , althea , C* fi- fas: pifem-fc ejiesfimplices fubtis, & fe faça
tnilium, ut eo melius ad tempus durare pojjint, viajfa com agoa rofada Almifcrada , e depois de
fifcepti , incorporati , &c. feccos fe tornem a pifar, e lhe lancem
TROCHISCOS DE GALLIA Canela.
Mofchata de Mefue. Cravos.
1 TJ Pdo de Aguila oitavas cinco. Noyes mofcaâas and onça meya: façadfe
JLV* Ambar oitavas tres. Trochifcos com Oleo de Jafmins , e ejlajido fec-
Almifcar oitava huma : com mucilagem de cos fe molhem com agoa rofada Almifcrada. Jta
Alcatira tirada com agoa rofada fe façad Tro- Nicolausin Antidot. pag.mihi \ 6y. Far-fe-haõ
Galte chifcos S. A. Ita Mefues dijlinã. 8. de Troch. na fórma feguinte: A Almecega , Goma A-
Mofchat./c>/. mihi 181. Chamaõ-fe eftes Trochifcos de rabia , e Rofas fe pifaràõ fubtis, e fe farà maf-
Gallia , porque em Franqa foraõ primeiro fa com agoa rofada Almifcrada, efeporàa
inventados, e muito ufados, o fobrenome feccar à fombra $ e tanto que eftiver íecca fe
lhe dá o Almifcar que nelles entra, como diz torne a pifar com a Canela, Cravos, e No-
JoaÕ de Caftilho cap. 21. tr. de Troch. p. 242. zes mofeadas bem fubtis $ entaõ lhe lanqaràõ
Far-fe-haõ na fórma feguinte t O páo de A- o que bailar de Oleo de Jafmins para fe fazer
guila fe pifará fubtil, e depois de pifado com malía, da qual fe formaràõ Trochifcos, e
elle fe hiráõ triturando o Ambar, e Almifcar como eíliverem muito feccos fe molhem em
com brandos golpes e algum refiduo , que agoa rofada Almifcrada, e ultimamente fe
ficou dos cheiros,fe defatará com humas got- guardem para o ufo depois de bem enxutos,
tas de mucilagem de Alcatira, com a qual fe Achaõ-fe no Texto aquellcs quatro pontos
formará maíTa , e delia Trochifcos redondos antes da onqa, que alguns querem fejaõ qua-
do tamanho de paílilhas , e depois de bem tro onqas por verem eferiptas as palavras fe-
Gallia feccos à fombra fe guardaráõ para o ufo. O guintes: Et mifceantur cum iuj. unica oleifam-
abfolutè. Ambar, e Almifcar fe podem pôr nefta com- bacici bulliti, h* collati 5 porem he fem düvi-
pofiqaõ desfazendo-os em gral de pedra com da , fe foraõ quatro onças , nunca poderiaõ
alguma porçaõ da mucilagem de Alcatira , e formar malTa , antes ficaria muito liquida, e
com ella fe fórmaÕ os Trochifcos. Quando afiim alguns querem que feja a quarta parte
Mefue em alguma compofiqaõ fua pedir de onça, que faõ duas oitavas, como he Af-
TrochfcQs de Gallia mofchata, ou Gallia fem fonfo deJubera na fua Pharmacopea tratt. de
•• >• ' Troch.
 Dos Trochifcos. 2&1
Troch. cap. 145. Outros querem , que feja a- Aí mifc ar efcropulo meyo: com mucilagem de
metade de meya oitava, como he a Pharma* Alcatira tirada com agoa rofadaJe façao Tro-
copea Valentina traã. de Troch., e neíles ter- chtfcos. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop.
mos feguindo o methodo mais confòrme capp.de Troch. pag. 195. Chama-fe eíla com*
com as regras da arte , fe formaràõ os Tro* poíiqaõ Alipta, que quer dizer mijiura , e mo-
chiícos com quãto baile de Oleo dejafmins, fchata, por caufa do Almifcar, que nella en-
como o mefmojubera no lugar citado enfi- tra , aflim o diz Plateario fuper Nicolaum.
na na refoluqaÕ que traz no fim do dito ca- Confeãio Alipta,id eji mijiura. diãa mofchata, Alipta*
pitulo: diz mais o Auétor, que o Oleo deja- quia mofchus intrat. Far-fe-ha na fórma fe- moichau
fmins ha de fer cozido , e coado: pelas pala- guinte : O Almifcar, e Âmbar fe desfarão
vras buliiti, Cf collati, entendem todos, que com o Laudano em huma pouca de mucila-
fe ha de gaílar amétade da agoa do banho,em gem , e os mais fimplices fe pifaràÕ fubfis, e
que fe coze o oleo quando fe faz , e que de- todos fe ajuntarão ao Laudano , e com o que
pois de cozido fe lia de coar, aflim o enfina bailar fe fórme mafla dura , e delia Trochi-
Oviedo//^. 3. method. pag. 301., e o explica fcos, que depois de feccos à fombra fe guar-
a Pharmacopea Valentina traã. dos Troch. daráÕ para o ufo : O Laudano fe depurará
elegantemente: Sedbrevifumma verainter- efcolhendo-odo melhor, e mais limpo, e de¬
petratio eji hac, conjuevijfe Nicolaum olea pa¬ pois felanca em vafo capaz, e emcimadelle
rar e per ignis coãionemfò vas continens oleum fe lhe deita o que baila de bom vinho, e fe
ponere inlra aliud appellatum caldarium, aqua deixa eílar em lugar quente feis horas, de¬
fontana plenum, Zf deinde coquere oleum exflo- pois fe coa por panno bailo , para que nelle
ribus par atum fic expomtum aà confumptionem fique alguma terra, ou arêa, fe a tiver , e o li¬
certa, quantitatis aqua exijientis in caldario: C2* cor fe pôem em fogo brando até ter poiito
ita dicimus illam medietatis confumptionem in- capaz , que feja mais alto , que o de Mel $ o
telligendam efe de aqua, in qua oleum deco- que fe deve fazer com fentido para que fe
quitur, Zf non de humiditate flor um, nec de ipfo naõ queime , e neíla fôrma fe guarda para o
cleo. Também fe duvida fe o oleo ha de fer ufo. O Laudano fe depura com vinho, por¬
de flor de Sabugo , ou de Jafmins, porque que he o menílruo mais conveniente para a
faõ muito femelhantes as palavras Sambucus fua difíbluqaÕ, e purificaqaõ , como diz a
-que fignifica o Sabugueiro , ou Sambacus que Pharmacopea Valentina traã. de Trochifc.
Ágnifica o Jafmim: e aflim como nas mais das Diffolvitur , Ztf depuratur Laudamtm vino , (2*
receitas fe lê Sambacini por efta razaÕ fe ha non alio liquore, quia vinum magis accommoda¬
dc por o Oleo de Jafmins,ainda que vay pou¬ tum eji natura , Cf facultati Laudano.
co em formar os Trochifcos com hum , ou Servem eíles Trochifcos para fortificar o
outro oleo, como diz a Pharmacopea Va¬ cerebro , eílomago, efígado, refiílemà ma¬
lentina no lugar citado : Sedfwe accipias lignidade dos ares corruptos: daõ-fe de meyo
oleum Sambucinum , vel Sambacinum utrum- efcropulo até hum, e no ufo externo fervem
que accommodatum efi viribus horum Trochifco- para provocar , e facilitar o parto tomando-
Lqua ro-runL A agoa rofada , almifcrada fe faz com lhe os fumos.
ata mo-quatro efcropulos de Almilcar, eduas libras TROCHISCOS DE EUPATORIO.
chata, de agoa rofada tudo diílillado em lambique 4 TJ Manná.
de vidro como enfina Oviedo no lugar cita¬ X\.# Çumo de Eupatorio and onça huma.
do. Quando Nicolao pedir em alguma com- Bofas onça huma e meya.
poflqaõ fu a Gallia mofchata fe lhe ha de dar Efpica oitavas tres.
deila, por fer a que elle efcreveo, aflim o diz Ruybarbo.
Velles pag. 103. A\aro.
Eíles Trochifcos iervem para entrarem Herva doce and oitavas duas.
cm algumas compoficoés de Nicolao , e pa¬ Efpodio oitavas tres e meya : façao-fe Tro-
ra o ufo externo faõ uteis em os achaques do chifcos com 0 çumo das Hervas. Ita Mefues di-
utero em perfume 5 corroborao-no, edifli- jiinã. 9. de Troch. foi. mihi 153. NaÕ diz Me-
paõ os flatos que nelle ha. fue de qué hervas ha de fer o qumo,com que
TROCHISCOS DE ALIPTA fe haõ de formar os Trochifcos, de que na-
mofchata. fce haver grande controverfia entre os Au-
Laudano purijjimo onças tres. dlores, e aflim feguindo a mais fegura opi¬
• EJicraque Calamitha onça huma e nião fe devem formar com o qumo das her¬
meya.
vas, de que fe compõem o Xarope Bifantino,
Beijoim onça huma. que faÕ Borragens, Luparos , Aypo, e Chico-
Páo de Aguita oitavas duas. rea , aflim o diz Oviedo lib. 3. Method.p. 411.
Âmbar oitava huma. Quirico de Auguílis dijiinã. 4.p. ty. Jacobo
Nn Man-
 282 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VIII.
Man lio traã. de T rochifc. pag. fp. , e outros
muitos com a Pharmacopea Valentinaíraíí?.
de Troch.pag. 129. — Herbarum nomine jure
intelligimus quatuor tilas plantas , ex quarum
fuccoparatur Syrupus Bifantinus,fcilicet, Lu-
piâum, Apium , Endiviam , & Borraginem,
fucei namque ex his plantis extraãi maxime
refpondent viribus , Cf facultatibus horum Tro-
chifcorum.zz Far-íe-haÕ na fórma feguinte :
Os iimplices fe pifaráõ fubtís, e fe mifturaráo
com o qumo do Eupatorio , que fe terà pri-
meiro tlepurado , depois com o que baftar de
qumo das quatro hervas acima ditas, em que
fe terá diflolvido o Manná $ e-tanto que efti-
ver malfa dura fe formem Trochifcos , que
depois de feccos á fombra fe guardaráõ para
o ufo. Pede o Auctor Efpodio , o qual fe faz
de Marfim queimado, e nefta receita he de
mayor utilidade o Marfim pifado fubtilifli-
mo , que o Efpodio $ porque como em o
Marfim ha hum certo Sal volátil e oleofo , o
qual pela calcinaçaõ fe lhe perde, por iflb he
melhor pôr nefte compofto o Marfim pila-
do , como diz Lemery traã. de Troch. p. 387.
I ' . _ _1 *
f f*_ _ 1 _ T7 . • _ _ l_
. r*
Õs Trochifcos de Eupatorio gaftaõ as ob-
ftrucçoês do figado ebaqo, fervem para as
hydropefias kftericias, e para a cura das más
cores: daõ-fe de hum efcropulo até huma
oitava.
5 R
TROCHISCOS DE ESPODIO.
Efpodio oitavas quatro.
9 Bofas vermelhas oitavasfete.
Semente de Beldroegas.
Çumo de Alcaçm aná oitavas duas : com mu-
cilagem de Zaragatoa fe façaõ Trochifcos.
Ita Mefues dijiinã. 8. de Troch.fol. mihi. 155.
Far-fe-haõ na fórma feguinte : Os fimplices
todos fe pifaráõ fubtís, e com o que baftar de
mucilagem de Zaragatoa fe formem , e de-
• » r t r* • /. « f
pois de ieccos a íombra íe guardaraõ para o
ufo: Em lugar do Efpodio íe pódem pôr Ro-
fas , como enfina V ellés feã. 4. de Troçhifc.
pag- 114.
Servem cfs Trochifcos de Efpodio nas fe¬
bres agudas , e para a inflammaçao do ven¬
trículo , e figado : daõ-fe de hum efcropulo
até huma oitava.
TROCHISCOS DE ESPODIO
6
R com femente de Azedas
Bofas vermelhas onça huma e meya.
• Efpodio oitavas de\..
bemente de A\edas oitavas feis.
Semente de Beldroegas.
Coentros preparados, depois torrados.
Polpa de Çumagre ana oitavas duas e meya.
Goma de trigo ajfada.
Balaujtias.
Berberis and oitavas duas.
■Goma Arabia ajjdda oitava huma e meya:
formem-fe Trochifcos com çumo de Agraçv* ít&
Mefues dijiinã. 8. de Trochifc. foi. mihi jff,
Far-fe-haõ na fórma feguinte: Os Goeiarros,
e gomas fe afiem com muito cuidado, para
que fe naÕ queimem , depois de afiadas fe pí-
fem com os roais fimplices bem fubtís, e com
o que baftar de çumo de agraço depurado fe •
fórme mafia, e delia Trochifcos, que depois
de feccos fe guardaráõ para o ufo : As goma»
fe afíarkõ cada huma per fi, e fe faràõ em bo-
cadinhos pequenos, para que mais brevemen-
te fe afiem, cm fórma que naÕ fiquem de hu-
ma parte queimadas , e de outra por afiar,
Quando fe pedirem Trochifcos de Efpodio
fem mais determinaqaô fe daráõ os da pri-
meira receita^ porque quando os querem de-
ftes os pedem com o nome de Trochifcos de T|,och.
Efpodio com femente de A\edas , afiim o diz
Gviedo tib. Method. pag. 511. 0
Os Trochifcos de Efpodio com fementes
fervem para temperar o calor do eftomago,
e figado , faÕ uteis nas febres biliofas, e para
parar os curfos, hemorragias, e gonorrheas:
daõ-fe de hum efcropulo até huma oitava.
TROCHISCOS DE BERBERIS.
R. Berberis.
Efpodio.
Çumo de Alcaçú\.
Semente de Beldroegas and oitavas tres.
Efpica.
Ãçafraõ.
Bofas oitavas feis.
Goma de trigo.
Alcatira and oitava huma.
Semente de Melancia oitavas tres e meya;
Camphora oitava meya:formem-fe com Man
ná. Ita Mefues dfitnã. 8. de Vrochifc. foi. mi
hi 153. Far-fe haõ na fórma feguinte: Os
fimplices fe pifaráõ todos fubtís , e fe ajunta-
ràÕ a huma onça de Manná, que eftarà des-
feita em cozimento de Berberis, e depois de
fe formar malfa dura fe façaõ Trochifcos,
que eftando Ieccos fie guardaráõ para o ufo.
Mclue naõ diz , que o Manná fe defiate em
algum licor, mas havendo de ter aflim pi eci-
iamente, he melhor que feja em cozimento
dos mefmos Berberis, como diz Oviedo no
Ko. ?• Method. pag. 314. Também naõ diz o
Au&or a quantidade, que fe ha de pôr de
Manná, e aflim para que os Trochifcos fi-
quem bons, e fe naõ corrompaõ em breve
tempo, baftarà que feja huma fó onca, como
diz JoaÕ de Caftilho lib. 1. cap. 11 pao- ,, <
e Nicolao Lemery na lua Pharmacopea cap.
de Troch. pag. 40.5. Em lugar de Berberis fe
poráõ os granilhos das Romaas azedas. Os
modernos fazem efta receita reformada, a
qual he a feguinte.
R. Bei'-
 Dos Trochifcoíi 58»
Trpch.
Berberis
R BerUris Jeccçs onças duas.
• Balaujtias.
no lugar citado. Serve o Sal Saturno para as
elquinencias, e para parar o fluxo mcnlal,
rcformati
Rojas vermelhas and onça meya. he util nas dyfenterias, e no principio de to¬
Al catira. das as inflamações , farnas, e para todos os
Efpodio. ' : . achaques cutâneos : dá-fe de dous graõs até
Goma Ar a l/l a. * quinze ou vinte em licor conveniente j no
Goma de Trigo. uíb externo ferve para todas as inflamações.
Sementes de M.elancia limpas aiiã oitavas _ abrandao
Os Trochifcos de Berberis _ _ , e
__^_1_i_ n h i
duas. , temperaõ o ardor da febre , faô bons para os
Salfaturno oitava meya : com q.f.de co%i- curfos, e gonorrheas: dao-fe de hum efero-
rnento de Berberis Ce faça majfa, Cf delia Tro- pulo até huma oitava.
chifeos S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. - TROCHISCOS DE ALCAPARRAS.
cap.y. deTrochifc.pag. 402. Far-fe-haÔ na.
I / •/ / & l- - : g ü Cafeas de rai\es de Alcaparras.
fórma íeguinte: Os fnnplices fe reduzao a pó R • Semente de Agno-cajio and üitav. 6.
fubtil, depois fe formarão os Trochifcos , Nigella. ■
com o que bailar de cozimento de Berberis,e Nevada. -A
depois de feceos fe guardarão para o ufo. O A%aro.
Sal Sa- Sal Saturno fe faz na fórma íeguinte: Toma¬ Çumo de Eupatorio.
turni. rão de chumbo a quantidade que quizerem , Amêndoas amargas.
e o derreterão em cadinho grande, ou tigel- Majiruços.
la de ba*rro por vidrar 5 e tanto que eíliver Ammoniaco.
bem derretido, e liquida a matéria fe mexe¬ Folhas de Arruda.
rá continuamente com efpatula de ferro até Ari/loloquia redonda and oitavas duas.
que o chumbo fe reduz a huma cinza parda Rai% de Junça.
algum tanto eíbranquiçadajdeda
*—7--- tal cinza de Doura dinka """
-- and oitava huma
i.nu.n :• 0
v Ammoniaca
—'
chumbo fe fará o Sal lançando-a em valo ca- fe defate em Vinagre, e os mais pós fe unaó com
paz, e emeima delia efpirito de vinagre, que elle. Ita Mefues d jlinã.%. de Trochifc.fot. mi-
bade para cobrir mais quatro dedos, e fe po- hl Far-fe-haÕ na fórma íeguinte: O
rã o valo em cinzas quentes mexendo a ma- Ammoniaco fe depurará primeiro , e depois
teria muitas vezes; pafíados os tres dias fe fe pefaráo as duas oitavas, e fe defataráo em
lhe tire o efpirito de vinagre por inclinação, Vinagre, e com elle fe mifturarà o çumo do
e fe guarde, e na cinza do chumbo fe torne Eupatorio , e os mais fnnplices em pó íubtil,
a lançar mais efpirito de vinagre fegundae e de tudo fe fará matfa com o que bailar dc
terceira vez, até que a cinza fe desfaça toda, Vinagre , e ul timamente Trochifcos, que
eíles licores fe ajuntem , e côem j depois fe fe feccaráó á fombra , e fe guardarão para o
ponhao em vafo capaz ao lume, até que fi- ufo. Em lugar do Vinagre fe pódem eíles
que fómente a quarta parte delle , então fe Trochifcos formar com çumo de Eupatorio
tire do fogo , edeixe esfriar , e oscryílaes, podo em confidencia de Mel, como quer
ou o íkl que ha de edar nas bordas do vafo, e Lemery cap. 7. de Troch.
emeima do licor fe tire, e feque ao Sol, e tor- Sao bons edes lrochiícos paiaabianda-
ne o licor ao lume outra vez a ferver, e ulti- rem, e gadarem as durezas, e obdrucçoés
mamente fe ponha em lugar frio, epaííadas do baço , eentranhas, difllpao os flatos, e
vinte e quatro horas, tendo o vafo em lugar prorocaÓ as ourinas, e a conjunção menfal
frio fe lhe tire o fal todo, que edá no fundo, ás mulheres: dao-le de hum efcropulo ate
e ao decima do licor, e fe feque , e çuarde huma oitava.
para o ufo. Aífim o enfina Chridiano Mar- TROCHISCOS DE TERRA
gravio nos feus Colleétaneos Chimicos ca- figillada.
pit. 40Í. pag. 404. Purifica-fe o Sal faturno p T) Sangue de Drago.
Purifica'
Goma Arabia a fada.
tio Salis defatando-o em vinagre dídillado , e igual
Saturni. quantidade de agoa commua, e depois fe fil¬ Folhas de Rofa.
tra, e pôem em fogo brando até gadar, e eva¬ Semente d as mefmas.
porar a humidade , e como edá bem cryda- Goma de trigo ajfada.
lizado , e fecco fe guarda para o ufo. Áifim Ramich.
o enfina Lemery no feu Curfo Chimico^. 1. Efçodio.
Sacclur. cap. <,.de Plumbop.mihi 1 3 £. A ede Sal Satur- Acacia.
Satumi, no adim feito fe chama tamhem Açúcar de HypociJHdos
five Mag. Saturno, 011 Hagifterio de Saturno , e naó ha Pedra Hematiflét.
Saturm. ditrerenqa do Sal ao Açúcar, ou Uagijierio, Balaujlias.
como diz o mefmo Margravio, e Lemery Bolo armênio.
Nb % Teria
 284 Pharmac. Lufit. Áugment. Trat. VIII.
Terrafigitlada. *
Sedenegt.
Alambre.
Coral and oitavas duas.
Margarttas.
Ale atira.
Semente de 'Dormideiras negras and oitava
ha ma e meya.
Semente de Beldroegas ajada.
Corno de Veado queimado.
Incenfo.
Açafraõ and oitavas duas:com agoa de Tan-
chagem fe façad Trochifcos. Ita Mefues in di-
Jiinã. 8» de Troch.~ fok mihi 154. Far-fe-haõ
na fôrma feguinte: Os fimplices , que fe
mandaõ aflar fe pifem depois, e os mais fe
faqaõ também cm pó fubtil, e as pedras feraÕ
fubtilififimas, e como eíliver tudo bem mi-
ílurado fe fará maíTa dura com agoa de Tá-
chagem , e depois Trochifcos, e como eíli-
verem bem feccos fe guardaràõ para o ufo.
Por Acacia, e Hypocijlidios fe póde pôr qumo
de flor de Romáas azedas, ou os graõs delias,
Sedene- ou também folhas deLentifco. Por Sedene
gi fe poraô os graõs das Romáas fylveílres ,
em quanto fe nao fabe verdadeiramente o
que quer dizer a palavra Arabiga Sedenegi,
porque huns querem que feja a femente da
Fumaria, outros a do Linho canemo, ou os
graõs das Romáas fylveílres, como diz Ma¬
nardes fuper Mefuem : Nam qtiidam dicunt
quod eji femen fumi terrenalij vero dicunt quod
ejifemen cannabis: nonnulli vero dicunt, ut ha- part. 1. cap. 7. do Ferro. Serve eíle Extraélo
betur infynonimis Avicena , credo meliits , para as Diarrheas, Dyfenterias, epara as de-
quodfemen granatifylvejiris , & efi meliits ai
propofitum. Alguns fazem eíles Trochifcos
pela feguinte receita.
fubtts, e como eíliverem miílurados fe ferá
mafia dura com o que bailar de muciUgem
de Alcatira tirada com agoa de Tanchagenij
e tanto que os Trochifcos eíliverem leccos
fe guarí^iráÕ para o ufo : O Alambre íe pre- Prspara-
pára pirtfndo-o fubtiliflimo, e depois moen-tio deci¬
do-o em pedra de preparar , e aflim fe guar- ni‘
da para o ufo: Neíla ibrma o enfina a prepa¬
rar a Pharmacopea Amílelodamenfe/tftf. 15.
de praparat. ftmpl. pag. 128. O Diaphoretico
mineral, que o Audlor pede na receita he o
Antimonio Diaphoretico, a que alguns chamaõ
de Antimonio , ou Diaphoretico mineral, o
qUal fe faz comojk diíle no mim. 44. Traã. 7.
das Pilulas , e que o Ammoniaco Diaphore- Extradlú
tico mineral o diz Lemery no feu Curfo Chi- ^artls„
rnico part. 1. cap. 9. do Antimonio. O Extra fio a rmSes-
de Marte Aftringente fe faz nafórma feguinte:
Tomaráõ oito onças de ferruge de ferro no-
vo , e 6 pifaràõ fubtil, e o metteráõ em valo
de ferro , e emeima lhe lanqarúõ quatro li-
bras de vinho vermelho do mais tinto, que
fe achar , e fe porá o vafo em fogo brando
até ferver o vinho , a matéria fe hirá mexen¬
do com efpatula de ferro, e como fe tiver
gaílo do vinho quafi tres libras fe tire do fo¬
go , e fecce , e filtre, entaõ poraõ em fogo
brando o licor ( depois de eílar bem claro)
a evaporar a humidade , e ultimamente co¬
mo tiver ponto , e confiílencia de Extraélo
fe tire do fogo , e guarde para o ufo. Aflim o
enfina a fazer Lemery no Curfo Chimico
maíiadas fíuxoés menfaes : dá-fe de dez ate
doze graos em Pilulas, ou em licor con-
veniente.

Troch.
terra: íi-
R Terra figillada onças duas.
• Pedra Hematijla.
Os Trochifcos de terra figillada fao bons
para os que lanqaõ fangue peia bocca , e pa¬
ra as hemorrhagias: daõ-fe de hum eferopu-
gillata rc- Alambre, e lo até huma oitava : No ufo externo faõ con¬
formati.
Coral preparado. venientes nos fluxos de fangue, ou fejaõde
Efpodio. artéria , chagas, ou de qualquer parte que
Amido. feja , fe lanqaõ em pó na parte donde proce¬
Diaphoretico mineral. de o fluxo: Eíles faõ os da ultima receita ,
Maçâas de Aciprefte. que he a que acima fica eferipta reformada ,
Acacia. que os da receita de Mefue , fuppoílo fejaõ
Hypocijlidos. bons nao tem tanta efhcacia na fua opera-
Goma Arabia% qaõ 5 e havendo de ter alguns feitos, melhor
Balaufias. ferá fazer os da rçceita reformada. O Crocus Crocus
Dormideiras. Martis, Aftringente fe faz na fórma feguinte: Marti*
Bofas vermelhas. Tomaráõ de íimadura de Aqo, c Enxofre aftringes.
Extraão de Marte aftringête and onça meya. partes iguaes, e com huma pouca de agoa
Opio oitava huma. commua faraó dos dous fimplices huma maf-
Sal Saturno oitava meya: com mucilagem de fa , a qual deixaráõ fermentar leis, ou oito
Alcatira feita em agoa de Tanchagem fe façad horas, depois em t\gella de barro fe enterra-
Trochifcos. Ita Nicolaus Lemery inPharm. rá em carvaõ , e fe lhe fará fogo forte, até
cap. 7. de Troch. pag. 590. Far-fe-haõ na fór¬ que fe accenda o Enxofre,hir-fe-há mexendo
ma feguinte : Os fimplices fe pifaráõ todos a matéria, até que fe veja toda negra, depois
fe
 Dos Trochifcos. c.•: 285
fe continuarão mefmo fogo, até que tenha a co,então lhe lanqaráo emcima todos os mais
côr ruiva, entaõ fe deixe apagar o lume, e fimpliccs bem moidos; e ieponhaõ em ti-
depois de frio o valo fe tire a matéria, e fe gella de barro vidrado , e fe mexerão muitas
pife fubtil f e tanto que ailim eíliver fe lance vezes, e como eltiver a matéria bem fecca
cm tigella de barro , e fe lhe deite por cinco fe torne a pifar fubtiliífimamente, e lhe ajun-
ou íeis vezes algum vinagre forte de hora tem a Gamphora,e com o que battar de agoa
em hora, e como eltiver enxuta a matéria rolada fe faqa maí£a dura,e delia Trochifcos,
fe torne a calcinar, até que fe faqa cm brafa, que depois de feccos fe guardaráõ para o uíq.
e aflim fe terá no fogo cinco ou leis horas, e O qumo do Agraqo , e Murtinhos fe lanqa-
como eltiver o fogo apagado, e a matéria ráõ no compotlo efpeíTados: também fe pó-
fria íe pife, e moa na pedra até fe pôr muito dem fazer os Trochifcos com qumo deMar-
fubtil, e fe guarde para o ufo. Aflim o enfi- meios , em lugar do de Azedas , comodiz
na a fazer Lemery no feu Gurfo Chimico Mefue no lugar citado : He taô grande erta
part. 1. capit. 7. de Ferro j e Mangeto fuper receita , que he melhor fazer a quarta parte
). 9. ,
Schroderum lib. t cap. de Ferro. Póde-fe delia porque fe naõ faqa antiga entra na- j
tambem fazer o Crocus Martis afiringente do quellas compofiqoés de Mefue , em que elle
Aperiente, depois de acabado , como fe dif- pede Trochifcos de Ramich , ou Ramich. Os
fe no Trak. 6. num.19. pondo-o a calcinar de modernos fazem elle comporto pela receita
novo por efpaqo de íeis horas, e depois fe feguinte, por fer menos impertinente afua
torna a pifar, e aflim le ufa. Serve o Crocus compofiqaÕ.
Martis aítringente para as Diarrheas,Dyfen-
terias , Gonorrhcas, e para todos os mais
fluxos: dá-fe de quinze graos até huma oita¬
R Maçãas de Acyprejle.
• Murtinhos.
Troch.
Ramich
reformati
va em Pilülas, ou em Talhadas. Goma Arabia and onça huma e meya.
TROCHISCOS DE RAMICH. Rofas vermelhas.
10 T} Çumo de Axedas onças âexafeis. Sandalos citrinos and oitavas de%.
JlV p Rofas onça havia. Çumagre.
Murtinhos onças duas , 0 çumo fe coxa hum Ra furas de Marfim and onça huma♦
pouco , e coado lhe lancem Galhas curiofimen- Pào de Aguila.
te moídas, e com ellas dê huma fervura, depois Cravos.
lhe lancem Macis.
Rofas onça huma. Noxes mofeadas and onça meya.
Sandalos citrinos huma onça e duas oitavas. Camphora efcropulos quatro : com q. f. de çu-
Goma Arabia onça e meya. 77JO de Axedas pojlo em confiftencia de Melfe fa-
Polpa de Çumagre. çaõ Trochifcos. Ita Nicolaus Lemery in Phar-
Efpodio ana onça huma. macop.cap. 7. de Troch. pag. 391. Far-fe-haó
Çumo de Agraço oitavas fete. na fórma feguinte: Os íimplices fe pifem to¬
Çumo de Murtinhos onças quatro. dos fubtís, e como eftiverem bem miftura-
v dos fe forme mafía dura com qumo de Aze¬
Pào de Aguila.
Cravos. das porto em confidencia de Mel, e ultima¬
Macis. mente fe faqao Trochifcos pequenos , que
Noxes mofeadas and onça meya, ponhad-fe depois de feccos le guardarào para o ufo.
todas ellas coufas em tigella de barro vidrado , Servem eftes Trochifcos para fortificar o
* menad.fi muitas vex.es atèfe feccarem, * de- eftomago , e coraqaõ, apjacao a cólera , e
pois fe pife tudo muito fubtil, tf lhe ajuntem páraÕ as hemorrhagias: dao-fe de hum efero-
Camphora efcropulos quatro , e com q. f. de pulo ^quatro. rrrrxir tre
agoa rofada fe façao Trochifcos. Ita Mefues TROCHISCOS DE ALKEKENGES.
lamich
juid. difiinã. 8. de troch. foi mihi 15 2. Chamao-ie 11 T> Alkekenges oitavas tres.
eiles Trochifcos Ramich , ou de Ramich no- XX • Sementes de Melancia.
me Arábigo corrupto da palavra Latina Ru- Melão , e de
muic rumecis, que fignifica a Labaça, ou A\e• Cabaça and oitavas tres e meya.
da, artim o diz joaõ de Caftilho noliv. i.c. 4. Bolo Armênio.
pa<r. ca6. Far-fe-haC na fórma feguinte: Em Goma Arabia.
o cumo das Azedas clarificado fe lancaraõ as ] ncenfo.
Rofas, e Murtinhos, e como der huma leve Sangue de Drago.
fervura fe coará,e á coadura ajuntarão as Ga¬ Dormideiras brancas.
lhas bem fubtis (que he o que quer Mefue Amêndoas amargas,
dizer, quando diz que fejaõ curiofamentc tfumo de AÍcaçu\.
moidas), e com ellas ferverá mais hum pou- Al catira,
 2%ó Pharmacop. JLufuan.Augment. Trat. VIII.
Goma de Trigo.
Semente de siypo. • ,
R Alkekenges feccos onças duas.
• Bolo armênio. *
Troch.
AlKek.cn-
Pinhões oitavas /eis, Sangue de Drago. • < ■. gi refor.
Alambre. Incenfo. ?
Meimendro. Almecega. -■ >•
O pio and oitavas duas com çumo de Alke¬ Alambre• .1
kenges fefaçaô Trochifcos. íta Me/ues dtji. 8. Goma Arabia. - ' -• •
de Troe. foi. mihi í$$. Far-fe-haõ na fórma Çumo de Alcaçüx.
feguinte: Todas as 1ementes, Amêndoas,e Amido and onça huma. ■ J
Pinhões fe pifem juntas em gral de pedra, Ate atira oitavas /eis.
até que eítejaõ b.em empaftadas, e fubtis, ou Sementes de Meimendro , e de
le diílblvaõ com hum pouco de qumo de Tanchagem and oitavas tres.
Alkekenges, c lhe lancem os mais fimplices Opio oitavas duas.
em pó íubtil $ e tanto que tudo eíliver redu- Sal Saturno eferopúlo hum; tom q.f de muti¬
zido a maíía dura fe faqaõ Trochifcos , que la gem de Alcatira tirada com çumo,011 co%imen-
depois de feccos fe guardaráõ para o ufo. to de Alkekenges fefaçav Trochifcos. Ita Isi-
N ao diz Mefue com que licor fe haõ de for- colaus Lemery in Pharmacop. cap. 7. de I roch.
mar eíles Trochifcos fendo neceiTario para pag. 385». Far-fe-haõ na fórma feguinte : Os
iíTo , e aílim o melhor, e mais conveniente fimplices fe pifem todos iubtís, o Opio, e Sal
* he o qumo dos Alkekenges, ou o cozimento faturno fe ditíblvaõ em alguma porqao da
Bolus ar- delles como diz Oviedo no liv. 3. Meth. Ne- mucilagem, e como tudo eíliver bem milto
menus fies Trochifcos pede Mefue em huma parte
menus fe faqa maíTa dura com o que bailar de rnuci-
verus.
Bolo Armênio,em outra Bolo fem mais deter- lagem de Alcatira tirada com o cozimento
minaqaõ: Pelo Armênio fe entende aquelle q de Alkekenges, e depois de ieccos os 1 ro¬
be muito puro e leve , livre de todo o are- chifeos fe guardem para o ufo.
nofo , e que tenha a côr vermelha, que a ti- Servem eíles Trochifcos para a cura das
re a amarelo, atlim o explica a Pharmacopea chagas dos Rins, e da Bexiga , íaõ conveni-
Valentina: Efl enimlevijimus maximepaUi- entes nas diíurias, nos fluxos de fangue, e
dus, Unguam fi illi admoveas, aut illumfi com- provocaõ fomno : daõ-fe de meyo efcropul.o
mimas dentibus , percipies /aporem plane ju- até dous.
cunditm ,/ed mire adjlringentem/me uUo vejli-
gio terrena, fubjianúa. E naõ havendo eíte fe
póde ufar daquelle, que vem preparado, a
12R TROCH1SCOS DE ALAMBRE.
.Alambre onça huma.
, Corno de Veado queimado.
Terra fi que chamaõ Terra figillada , da qual fe naõ Goma queimada.
giliata.
fabe certamente donde vem , como diz a Gorai vermelho queimado.
mefma Pharmacopea Valentina : Denique Alcatira.
terra figillata vera, & germana qua fit, non- Acacia.
dum fatis conjlat, aut certe eft expticatu dijfi- Lacta.
cile y alii enim candidam , alii rubram abluiam Hypoci/idos.
Bolus ab- volunt. Eft ve ri) credibilius Bolum 0 ri entalem, Balau/ias.
folutè. quo pro vero Bolo armênio plerique ufi funt, ter- Almecega.
ram ejfefigillatam $ quem ufurpare poterunt de Semente de Dormideiras negras a fadas and
hinc Pharmacopota , & quidem tutopro terra fi- oitavas duas , e dous e/cropulos.
gillata. Pelo Bolo fimplezmente pedido fe Ince n/o.
ha de pór aquelle barro, ou lodo , a que fe Açafrau.
chama Almagra, que he o com que os Ser- Opio and oitavas duas: com mucilagem de
radores l.anqaõ as linhas nos troncos para ti- Zaragatoa fe façab Trochifcos. Ita Me/ues
rarem as taboas direitas, como enfina a me- dijiinôi. 8. deTroch.fol. 155. Far-fe-haõ na
fma Pharmacopea traã. de Troch. ~ Affir- fórma feguinte : O corno de Veado , goma
mant enim Bolum ejfe Synopiam,five Macram, Arabia, e Coral fe queimaráõ, as Dormidei-
quafabn lignarii fua ligna, trabe/que folent ras fe aííaráõ, e os mais fimplices fe faraõ em
di/inguere, atquefgnareitf ita in omnes com- pó fubtil, e com o que bailar de mucilagem
po/itiones, in quibus locus erit Bolo, Macra erit de Zaragatoa fe fará maíTa dura, e dclla/Tro-
admittenda. Eíles Trochifcos por caufa da chifcos , que fe guardaráõ para o ufo. Por
oleogenofidade que tem das fementes, fe fa- Acacia, e Hypociílidos fe pódem pôr folhas
zem ranqofos, e fe perdem, por eíia razaõ de Lentifco , ou Çumagre, como diz Diof-
os modernos as tiraõ , e fazem o compoílo coridcs no cap. 124. do liv. 1. Naõ diz o Au-
pela feguinte receita. dtor que Coral ha de fer, e aílim pedido, abfo- Coraius
lutamente fedeye dar do vermelho, como abíblutè.
diz.
 . Dos Trochifcos. ~ •
Jz Quirico de Augullis dijlinã. 4. deTroch.
foi. goma também pedida abíolutainen-
te ie entende a Arabia , como diz Fernando
de Sepulvedo na Jetra G, e Bartholomeu U-
bertano dijtinã. j.cap. 120., eoutros muitos.
Summi
abfolutc
A eíles 1 rochifcos chamaõ de Karabe nome
Arábigo , ou Eletro nome Grego , e Succino
nome Latino , que quer dizer Alambre j e
J- 1 - ÍT * * 7
le cnamao aliim,porque o Alambre he o fun-
Hl amento do medicamento , e também por-
que o Andor o pede cm primeiro lugar, co-
mo dizjoaõ de CafUlho lib. 5. c. 5. de 1 roch.
Servem eíles Trochifcos para fazer pa-
rar toda a fluxaõ de qualquer parte que leja ,
por iiíb íaõ convenientes aos que efearraõ
langue, e nas Dyfenterias, DiarrheaS', e Go-
norrheas : daõ-fe de meyo efcropulo até
dous.
TROCHISCOS DE AGARICO.
11 T) •Agarico bom q.f
JL\ • Infufad de Gengibre feita em vi¬
nho branco , em 0 qual fe tenha infundido tres
ou quatro vetes Gengibre, com a qual infufad
fe faraó Trochifcos. lta Mefues lib. x.fimplic.
cap. proprio foi. 51. Far-fe haÕ na fôrma fe¬
guinte: Infundiràõ huma pouca de Gengi¬
bre pifada grofla em vinho branco , e palia¬
das vinte e quatro horas feelpremerá, efo-
bre o mefmo vinho fe lanqará mais Gengi¬
bre , e fe fará o mefmo dando tres permuta-
çoés delia ao vinho, e com efta infufaÕ faraõ
os Trochifcos, depois deterem o-Agarico
ralado, e paliado por peneira de fedas, e co-
mo eíliver a maflaaflim feita, que fique bran-
da fe guarde para o tifo. Feitos aflim eíles
Trochifcos fe feccaõ muito, e tanto que
eítaõ feccos fervem para poúco»; porque pe-
la defeccacaõ fe lhe refolvêraõ as partes fub-
tis, com que obra o Agarico , e lhe ficaõ as
groíías, e terreílres: e eíla he a razaõ porque
fempre os Médicos o pedem Trochifcado
de frefeo , o que fe faz com muita facilidade
Trochifcando-o com Salgema , como enfi-
na o mefmo Mcfue no lugar citado: Ver um
vigoratur ejus operatio fi addatur ei tertium
ipjius Saloema , & fiant ex en Trochifci cuni
fecaniabini: e neíla fôrma fe pódem fazer pe-
la receita feguinte.
Agaricus
TrochíC-
R Agarico bom partes tres.
• Salgema parte huma.
catus cu Oximel quanto bafe. Far-fe-ha na fórma fe-
Salgema, v .crema fe pifará,
Ca rȒ Aim e
*» depois
ílf-nniç fe
fí* dif-
rlif-
íruinte . Q
,.uiiuw _ ^ ,
íoíverà em aiguma porcaõ de Oximel, o A-
oarico fe ralará, e paffará por peneira de fe-
das, e com o Oximel, em que eftá o Salgema,
e o mais que for neceflario fe faraõ osTro-
chifcos guardando-os em maffa branda em
vafo de v idro bem tapado. Eftes Trochifcos
287
fe chamaõ de Agarico , e tárnbem Jgarico Troeh.
Trochifcado, com que naõ faca duvida aos Agarici «
novos praticantes o modo com que fe pe- & ATgari-
dem ; porque Trochifcos de Agarico , e Aga- chjfcatus
rico Trochifcado , ou Agarico corredio tudo he idem.
o mefmo, como diz Oviedo, Velles, e Qui¬
rico de Augullis difinã. 4., e outros muitos,
feitos os Trochifcos com Salgema fempre
w • ~ * w ^ w’ a ivwuiiVUO tuill kjaigviua Itllipit
confervaõ hum lentor caufado pelo Oximel,
com o qual confervaõ a fua virtude inteira-
mente, e com muita facilidade le podem fa-
zer os Trochifcos de Agarico com o Salge-
ma , pedindo os Trochifcos feitos de freico
na forma acima dita.
Servem eíles Trochifcos para purgarem a
fleuma do cevebro , e fe daõ nas Apoplexias,
Parleíias, e em todos os accidentes: daõ-fe
de hum efcropulo até huma oitava.
TROCHISCOS DE MYRRHA.
14 T) Myrrha oitavas tres.
ÍA. Tremoços bem moidos oitav. cinco.
Folhas de Arruda.
Rubia tinãorum.
MentraJios.
Poejos.
Cominhos.
A (J a fétida.
Saga peno.
Opoponaco anã oitavas duas : façad-fe Tro¬
chifcos com cov mento de Junipero. lta Rafis
lib. 6. ad Almanforem capit. 4. deprovocatione
menftruorum. Far-fe-haõ na fôrma feguinte :
As gomas, que fe puderem reduzir a pó fe
fubtilizem, e as outras feinfundao, e de fi¬
atem em alguma porcaõ de cozimento de
Junipero, edepois dedepuradas, e polias
em feu ponto, fe pefe delias a quantidade ,
que na receita fe pede, e fe ajuntem com os
mais íimplices em pó fubtil, e com o que
bailar de cozimento de Juniperó fe farà maf-
fadura, e delia Trochifcos, que depois de
feccos fe guardaráõ para o ufo. Alguns Au-
dores, que eferevêraõ eíla receita pôem nel-
la em lugar de dous fimplices hum, a què
chamaõ Poíeoceruino, o que parece fer erro
da impreíTaõ dc algum dos Rafis, donde tirà-
raõ a receita; porque Poíeoceruino fe naõ fabe
o que feja , nem ha algum Audor , que em
tal falle , e fe vê claramente , que faõ dous
fimplices, que he Pullegii, & Cymini, como
fe póde ver em algum dos Rafis mais corre-
dos 3 naquelle donde eu tirei efta, fe lê Pu-
legit, Cymini e naõ Poíeoceruino e fe al-
,
guem duvidar iílo póde ver algum dos Rafis,
que fe imprimiraõ em Veneza na impreflaó
de Diogo Pencto mannojei508. , eneliea-
chará a receita deíles Trochifcos na forma
que acima fica dito, e a mefma trazem en-
tre os modernos Moyfes Charas no iraã. dos
 288 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VIII.
Troch. pag. 518., c Nicoláo Lemery traã. 7.
de Troch. pag. 400., e outros muitos.
Eíles Trochifcos provocaÕ a conjuncao
roenfal ás mulheres, abatem os vapores hy-
ílericos, facilitao o parto , e tem algumas
mais virtudes, que os curiofos poderàõ ver
em Lemery, e na Pharmacopea Londonien-
fe: daõ-fe de hum efcropulo atê huma oi¬
tava.
TRO CHIS COS DE LOS NA.
*5 R Rofas.
• Lofna.
Herva doce anã oitavas duas.
Ruybarbo.
(fumo de Eupatorio.
A\aro.
Aypo.
Amêndoas amargas.
Efpica.
. Almecega.
Folio and oitava huma : façaõ-fe Trochifcos
com çíimo de Almeirão. Ita Mefues dift. 8. de
Troch. foi. mihi 1^3. Far-fe-haõ na forma fe-
guinte: As Amêndoas depois de piladas fe
pifaráõ até fe fazerem em paíla , o Eupato-
rio fe eíliver fecco fe pifará corn os mais fim-
plices , que todos haõ de fer fubtis, o Ruy-
barbo fe pifará com as Amêndoas também
fubtil $ e como tudo eíliver bem miílo fe fa-
ca maha , e delia Trochifcos, que depois de
feccos fe guardaráõ para o ulo. Pelo Folio
fe porá Efpica cheiro fa , como diz Joaõ Co-
íleu fuper Mefuem. Também fe podem fa¬
zer eíles Trochifcos pela receita reformada,
que he a feguinte :
Troch.
abfinthij
R Cimas de Lofna feccaonça huma.
% Semente de Alexandria onça meya.
reformati Rofas vermelhas.
Efpicanardi.
Ruybarbo.
- Almçcega.
Azaro.
Folio, por elle Efpica and oitava huma: com graõs fetc.
mutila gem de Alcatira tirada em agoa de Lof
na fe façao Trochifcos. Ita Nicotaus Lemery Ita Nicolaus in Antid. pag. mihi 187. Far-fe-
in Pharmacopea cap. 7. de Trochifc.pag. 399. haõ na forma feguinte: As-Rofas fe lhe eor-
Far-fe-haõ na fórma feguinte : Os fimplices
fe pifaráõ todos fubtís , e com mucilagem de
Alcatira tirada em açoa de Lofna , fe faqa
maha dura , e delia Trochifcos, que depois
de feccos fe guardaráõ para o ufo.
Servem eíles Trochifcos para gaílar as
obílrucqoes do fígado, e entranhas, fortifícao
o eílomago, provocaõ o appetite, e mataõ
as lombrigas: daõ-fe de hum efcropulo até
quatro.
TROCHISCOS DE DIARRHODAM
de Mefue.
16 T) Rofas vermelhas onça huma. i
XV* Efpica duas oitavas e dous efcrop.
Alcaçitst oitavas tares.
Páo de Aguila oitavas duas e dous efcropul.
Efpedio efcropulos quatro.
Açafraõ efcropulos dous.
Almecega oitavas duas: com q.f. de vinho
branco fe façao Trochifcos. Ita Mefues difi. 8.
de Troch. foi. mihi 151. Far-fe-haõ nafórma
feguinte: Os fimplices fe pifaráõ fubtís, e
com o que bailar de bom vinho branco fe fa-
qa ma ha dura, e delia Trochifcos, que de¬
pois de feccos fe guardarão para o ufo. Fei¬
tos eíles Trochifcos com vinho fe delogre-
gaõ depois de feccos, e afíim alguns os fa¬
zem pela receita feguinte :
R Rofas vermelhas onças huma.
. S andai os citrinos oitavas, feis.
Troch.
Diarrho-
Páo de Rofas. donis rc
formati,
Ra furas de Marfim anã oitavas tres,
Almecega boa oitavas duas.
Açafraõ oitavas huma : com q.f de mutila-
gem de Alcatira tirada em agoa rofada fefaçad
Trochifcos. Ita Nicolaits Lemery in Pharmac.
cap. j.de Troch.pag. 398. Far-fe-haõ na fór-
ma feguinte : Os fimplices todos fe pifaráõ
fubtilmente , e com o que bailar de muciH-
gé de Alcatira tirada em agoa rofada fe faqa
maha dura, e delia Trochifcos, q fe feccaráõ
á fombra, e depois fe guardaráõ para o ufo.
Eíles Trochifcos fortificaÕ o coracaÕ
eílomago e fígado , faõ convenientes nas
dyfenterias , e em os fluícos do ventre : daÕ-
fe de hum efcropulo até quatro.
TROCHISCOS DE DIARRHODAM
de Nicolao.
17 T) Açafraõ efcropulos dous e graõs 7.
XV • Camphora graõs doze.
Rofas verdes oitavas quatro.
Efpodio oitavas duas.
S andai os vermelhos oitava huma e meya, e
Sandalos brancos oitava huma e graõs doze.
taráõ as unhas verdes, que as'folhas tem , e
fe pifaráõ em gral de pedra , e como eíltve-
rem muito bem pifadas lhe lancem os mais
fimplices em pó fubtil, e com o que bailar de
qumo de Rofas fe faqa mahk , e delia Tro¬
chifcos , que fe guardaráõ para o ufo depois
de feccos. Quando em alguma compofiqaõ
de Nicolao, fe pedirem Trochifcos de Diar-
rhodaõfe haõ de dar deíles, pois faõ os que
elle compoz, afíim o diz Joaõ dç Çaílilho /. 1.
cap. a. de Troch. pag, 155.
Ser*
1
 Dos Trochifcos. 2$9
. fervem eftes Trochifcos para as dyfente- mucilagem dc Alcatira fc fará tnaífa , a qual
rias, e para os fluxos celiacosj daõ*fe de hum fe feccarà á fombra, e depois de iecca fe tor-
elcropulo até huma oitava^, e (eivem para nará a pilar fubtiliífima , e fe formará fegun-
entrar nas compofiqoés de Nicolao. da vez maífa, ecomoeftiver fecca fe pife
TROCHISCOS DE RUYBARBO. terceira vez também fubtil, e com mucila¬
18 T) Ruybarbo bom oitavas de\. gem de Alcatira fe façaÕ Trochifcos , que
XV* Çumo de Eupatorio. depois de feccos fe guardarão para o ufo.
Amêndoas amargas and oitavas quatro. Mefue manda formar eftes Trochifcos com
Rifas tres oitavas. mucilagem de Alcatira , Bdelio , e Goma A*
Efpica. rabia, porém nelles fa5 efcufadas as duas go¬
Herva doce. mas Bdelia, e Arabia, e bafla a Alcatira* por¬
Ritbea tinãorum. que efta ferve para bem formar os trochifcos*
Lofna. e para adoçar, ecorreger a malignidade dá
A\aro. Coloquinthida , porque como he mais mu-
Semente de aypo and oitavas hima * façaõ- cilaginofa , reumofa , eglutinofa , fixa , e li¬
fe Trochifcos com çumo de Eupatorio. íta Me- ga os faes do mifto , que por ferem acres, e
fues di/linã. 8. de Troch. foi. mihi 152. Far-fe- mordazes caufaõ grandes dores , e pontadas,
haÕ na forma feguinte : As Amêndoas fe pi- , e lhe abranda o movimento que pódem fa-
fem fó até fe cozerem em maíTa, e depois fe zer fobre as membranas das entranhas, e por
mifturem com o qumo de Eupatorio, e lhe efla razao he melhor formar os Trochifcos
ajuntem os mais pós de todos os fimplices fó com Alcatira, como enfina Lemery no
pifados fubtis; e com o que bailar de çumo lugar citado.
de Eupatorio fe faqa maíTa dura,e delia Tro- SaÕ os Trochifcos de Coloquinthida, ou Co!o-
chifcos , que depois de feccos leguardaráõ a Coloquinthida preparada muy purgativos, quimhid»
para o ufo. As Amêndoas fe mifturaráÕ mui- purgaÕ principalmente a fleuma groíTa, e PrasParat*
to difticultofamente neíle compoílo , e af- todos os humores groíTòs, e pegajofos$ fer-
fim por cilas fe póde pôr huma oitava de Al- vem nas Apoplexias, Hydropefias, e em to-
catira , como enfina Lemery na lua Pharm. dos os accidentes , e provoca a conjunção
cap. 7. de Troch. Na5 diz Mefue o çumo , ou menfal: dá-fe de dous graõs até dez ou doze
licor com que fe ha5 deformar eftes Tro¬ em Pilulas.
chifcos,e affim feguindo a Chriftovao de Ho- TROCHISCOS DE AÇAFRAM.
rieftis fuper Mefuem fe devem fazer com çu¬ 2o T) Açafraõ oitavas tret.
mo de Eupatorio : Notabis unum , qubd Me- £Y. Rofas.
fues non ponit tiquorem cum quo debent confci Ame os.
ifti Troch fci fedfecundum quofdam debent con* Myrrha and oitava huma e riieya.
fci cumfucco de Eupatorio. Pdo de Aguila efcropulo dous: com q.f. de
Servem eftes Trochifcos para as obftruc- agoarofada fe formem Trochifcos. ItaNico-
çoes do figado, mefenterio, e baço* faõ bons laus inAntid. mihi pag. 188. Fàr-íe-haÕ na
para os curfos, purgaó brandamente con¬ fórma feguinte : Os fimplices todos fe faraõ
fortando : dao-fe de hum efcropulo até em pó fubtil, e depois com o que baftar de
.quatro. agoa rofada fe fará mafla, e delia Trochifcosj
TROCHISC DE COLOQUINTHIDA. que depois de feccos fe guardaráo para o
iy 73 f Polpa de Coloquinthida limpa de ufo. Alguns fórmaÕ eftes Trochifcos com
XV • graõs q.f depois de cortada miú¬ agoa de Chicorea à que ajuntaõ Alcatira , e
da fe unte com algumas gottas de Oleo de A- fe aproveitao da mucilagem , para fazerem
mendoas doces \ e com mucilagem de Alcatira os Trochifcos, porque a agoa rofada leVan-
fe façaõ Trochifcos formando-os tres ve\es. íta ta alguns vapores} e também fe lhe devem
Sicolaus Lemery in Pharmac. cap.y. de Troch. tirar as Rofas , porque eftas faõ adftringen-
Troch. pag.] 82. Eftes Trochifcos fe chamao tam- tes, eos mais fimplices aperitivos, e carmi¬
Ahandal, pem Mandai, ou Alaandal nome Arábigo. nativos.
five Han
E aftim Trochifcos de Coloquinthida,ou Han- Servem os Trochifcos de Açafraõ para
dal.
dal, ou de Alaandal tudo he o mefmo, co¬ gaftar as obftrucçoés do figado, e baço, dillí-
mo diz JoaÕ de Caftilho lib. 1. cap. 20.p. 141 paõ os flatos , e refiftem á malignidade dos
Far-fe-haõ na fórma feguinte : A Coloquin- humores: daÔ-fe de meya oitava até quatro
thida fe cortará miuda, apartando-lhe as fe- efcropulos.
mentes , e delia tomaráõ a quantidade que TROCHISCOS DE VALERIANA.
quizerem , e lhe lançaráõ humas gottas dc 21 73 Rai\ de Valeriana onça huma e
Oleo de Amêndoas doces com que a unta¬ XV* meya.
rão, e depois apifaraõ fubt/liflima, ecom Çafeas de raiies de Alcaparra.
Òo Lyriê
 29° Pharmac. Lufit. Àugment. Trat. VIII.
Lyrio EUrenüno. Ugem de Alc atira feita em cozimento de fia f-
Arijloloquia longa and oitavas duas: com Xa- fas dc \J vas fe façao Trochifcos. Ita Mefuei
vope de Avença fe façao Trochifcos. Ita Nico- dijiinã. 8. de Troch.fol. mihi 15$. Far-fe-haõ
laus Lcmery in Pharmacopea capit. 7. de Troe. na forma feguinte : Os íimplices fe pifará5
pag. 418. Ear-fe-haõ na fórma feguinte :Os todos fubtís, e com a mudlagem de Alcati-
íunplices fe pifaráõ todos fubtís, e com Xa» ra feita com cozimento de paflas de uvas íc
rope de Avença fe fará mafía dura , e delia fòrme maíTa dura , e delia Trochiicos , que
Trochifcos, que depois de feccos fe guarda- fe guardaváo para o ufo.
ráõ para o ufo. Mefue manda formar eíles Trochifcos
Eíles Trochifcos provocaõ o parto , ex- com Mel de Uvas ; porem como por caufa
pulfaõ as pareas , gaílaõ as obílrucqoés do do Mel recebem a humidade do ar, os Tro-
baco , e do mefenterio: daò-fe de meya oi- chifeos fe humedecem, c corrompem , e af-
tava até quatro efcropulos. fim he mais conveniente faze-los com a mu-

22 R
TROCH1SCOS DE SANDALOS.
S and al os citrinos.
• S andai os brancos.
cilagem de xAlcatira feita em cozimento de
Uvas palTadas, porque logo fé feccao por
caufa da Alcatira , e afíím fe confervaõ em.
Sandalos vermelhos and onça huma. fua virtude , e enxutos fem algum prejuízo :
Efpodio. Keíla fórma os enfina a formar Nicolao Le-
Sementes de Pepino. mery no cap. 7. dos Troch.
Cabaça, e Eíles Trochifcos fortificao o cerebro,
Melancia. eílomago , e ajudaõ a digeílaõ , refiftem à
Semente de Beldroegas. malignidade dos humores em tempo de pe¬
Bolo Armênio and onça meya. ite ; daõ-fe de meya oitava até quatro efero*
Bofas oitavasJeis : com agoa de Beldroegas pulos em licor conveniente
fe façao Trochifcos. Ita Mefues dijiinã. 8. de TROCH ISCO S DEROSAS.
Troch. mihi foi. 161. Far-fe-hao na fórma fe¬ 24 T} Bofas oitavas quatro.
guinte : As fementes fe pifem juntas até fe XV» Pdo de Aguila oitavas duas.
fazerem em huma paíla , e depois fe pifaráõ Almecega oitava huma e meya.
os mais íimplices em pó fubtil , e fe miílu- Lofna.
raráõ com as fementes , e tudo fe tornará a Canela.
pifar , e pafíar por peneira'fina, e com o que Efpicanardi.
bailar de agoa de Beldroegas fe faqa mafía ri- Efquinantho and oitava huma : com vinho
ja , e delia Trochifcos , que fe guardar.áÕ pa- velho, e agoa de coymento das raives fe façaõ
ra o ufo. Trochifcos. Ita Mefues difwã. 8. de Trochifc.
Eíles Trochifcos fervem nas febres ar- foi. mihi 152. Far-fe-haõ na fórma feguinte:
dentes ? e faó uteis nas fedes, e intemperan- Os íimplices fe pifem fubtís, e com o que
cas quentes do ventrículo , e fígado: daõ-fe bailar de vinho, e cozimento das raizes diu-
de hum efcropulo até quatro em agoa de reticas fe faqa maíTa dura , e delia Trochi-
JBeldroegas ou em quino do azedo da fcos , que fe guardaráõ para o ufo. Mefue
Cidra. manda formar eíles Trochifcos com cozi¬
TROCH ISCO SDE PAVO mento de raizes, e vinho, c na5 dizquaes
de Aguila. haõ de fer as raizes , de que fe ha de fazer o
a! R. Pdo de Agutla. cozimento 5 e afíim por eílas raizes pedidas
Bofas vermelhas and oitavas duas. fem mais determinaqaó fe haõ de dar as diu¬
Almecega. réticas, como diz Jacobo Silvio fuper Me-
Canela. fuem : Badices funt diurética quitique intelli-
Cravos. genda e o mefmo diz Zuelpbero na Phar-
j Ra(jjccs

Gallia mofchata. ■> macopea . Auguíl. no fim da receita dcíles abiblutè^

Efpica. Trnrhiímç
Trochiicos r:' i'um
Ciim nina veteri, Cif de
vino itsts.ri Así-aMa /rui*.-
cotio qui ti¬ t
M acts. que radicum aperientium formentur Trochifci.
No%es mofe adas. Servem eíles Trochifcos para as dores do
Cardamomo mayor, e ventrículo , ajudaõ o cozimento , e faocon¬
Menor. venientes nas febres antigas , e também nos
Cúbebas. princípios das hydropefias : daõ-fe de meya
Cafcas de Cidra feccas. oitava até quatro efcropulos.
Sementes de Cenoura and oitava huma e TROCHISCOS DE CAMPHORA.
meya. 25 TJ Bofas oitavas quatro.
Ambar. JlV • Efpodio oitavas duas.
Almifcar and graõs do\e: com q. f. de mupi- Sandalos citrinos oitavas duas c meya.
tdçafraõ
 Dos Trochifcos.
Açafraõ oitava huma.
Alcaçuz oitavas duas.
Sementes de hl cl ao.
Melancia.
Cabaça, c
Pepino.
Alcatira.
Goma Arabia.
Efpica-nardi atià oitava huma.
JPào de Aguila.
ÇardamomOi
Camphora and efcropulo dons.
Açúcar branco.
Manná bom and oitavas tres: façao-fe Tro-
chifcos com mucilagem de 'Zaragatoa tirada
em agoa rofada. Ita Mefues dijlinã. 8. de Tro-
chifc. foi. mihi 152. Far-fe-haõ na fórma fe-
guinte: As fementes fe pifem , até fe redu-
zirem em mafla , e os mais íimplices fe tri-
turem fubtís, e fe mifturem com as femen-
tes, e fe tornem a pifar juntos com ellas, e
jepafle tudo por peneira fina 5 o Manná , e
Aqucar bem limpos fe defatem em gral de
pedra com parte da mucilagem de Zaraga-
toa , e lhe ajuntem os mais fimplices, e com
o que for neceftario da mefma mucilagem
fe faça malía dura , e delia Trochifcos, que
fe guardaráo para o ufo. Pela Camphora fe
pódem pôr Sandalos , ou Rofas, como diz
.Oviedo no liv. 5. Method.
Servem eftes Trochifcos para tempera-
rem o ardor da cólera, e do fangue, fao con-
venientes em todos os achaques hyftericos:
daõ-fc de meya oitava até huma e meya.
TRüCHISCOS DE CEBOLA
Albarráa.
26 TJ Cebola albarrãa ajfada libra huma.
Rah de Diãamo branco onças oi-
to; de tudo fefaçab Trochifcos S. A. Itá Moy-
fés Chards in Pharmac. Reg. cap.21. de Troch.
pag. Far-fe-haõ na fórma feguinte: A
Cebola albarráa fe alimpará dos cafcos de
fora , e do interior, e os cafcos do meyo fe
metteráõ os que baftarem dentro da maíTa
de farinha de trigo, e fe aífaràÕ aftim no for-
no 5 como a mafta eftiver bem cozida fe lhe
tirem de dentro os cafcos da Cebola, e fe pi-
zem em ^ral de pédra, e a polpa fe palie por
Sedaco ,% que fe fará depois deeftaraCe-
bola fria : Da polpa da Cebola tomaráõ hu-
ma libra , e lhe ajuntaráõ oito onças de raiz
de Diótamo branco em pó fubtil, e como tu¬
do eftiver bem mifturado fe fará mafta , e
delia Trochifcos, que fe guardaráõ para o
ufo depois de feccos. Os Audtores antigos
formavaõ eftes Trochifcos com farinha de
Chicharos como fe vê em Pedro Caftelli no
S
Antidot. Roman., e' em
Z outrosj
nntrnsi porém
norém os
os mo-
mo-
demos entendem, que os Chicharos nao fcr-
2jri
vem para a Medicina , que fo faõ bons parx
gaftos de cafa, ou para fuftento de Pombas,
e em feu lugar pôem o Di&amo branco por
fer mais cordeal , e muy conveniente para fc
formarem eftes Trochifcos. Afíim o enfina
o mefmo Moyfés Charás no lugar citado:
Orobi in ufum medicam folum admittantur cufti
cataplafmata par anda $ c ater a efcafmt, vel
columbarum , vel fuum in economia aomejiica :
at vero nenio non calculam adjiciet, qucd à me
hic, vice oroborum prafcripta fit radia Difiami
albi, quandoquidem radix hac pulverata , hon
folum pr afiar e poteji id, cajus gr atia adponun-
tur orobi , fcilicet confijientiam prabere fcylla ,
ut in Trochifcorum 'formam âeduci pojjit, fed
quia pretere a, vim fitam cardiacam , ü* alixe-
teriam his Trochifcis impertit, ac proinde The-
riaca , qtiam hi Trochifci fubingrediuntur ma-
yon quam quodvis aliud medieamentum copia.
O mefmo dizZuelphero naPharmacop. Au-
guít. Clajf. io. de Troch. “ Pro farina orobi
reãe hic à nobis fubjlituitur pulvis radicam Di-
ãami albi :r A Cebola albarrãa para eftes Tcrapue
Trochifcos, e para o mais ufo da Medicina colligcn-
fe deve colher no principio do Outono ,dl
quando as folhas eftiverem feccas$ porque ,am‘
nefte tempo lhe tem o calor do Eftío gaíta-
do a humidade fuperflua., e também fe deve
colher em occaíiao de Lua cheya , e em lu-
gar onde ha múitas, c que fejaõ nafeidas em
terras livres longe de lagoas,e de lugares hu-
midos como adverte Joa5 de Caítiiho lib. 1.
div. 9. de Troch. pag. 246.
Sa5 eftes Trochifcos hum famofo contra-
veneno, cor taõ, e defpegaõ os humores grof-
fos do cerebro, e do peito, fervem nas Apo-
plexias, Epilefias, e para as Afmas , entraõ
na compofiçaõ da Triaga: daõ-fe de hum
efcropulo atédous.
R
TROCHISCOS DE MINIO.
27 Miolo de paõ onças quatro.
m Solimao onça huma.
Minio onça meya: com q.f. de agoa rofada fe
façaõ Trochifcos. Ita Joannes á Vigone tib.S.
Antid. c. 14. de medicinis corrofivis mihip. 242.
Far-fe-haõ na fórma feguinte : O miolo de
paõ fe feque, e depois fe pife fubtil com o
Solimao, e Minio, c com o^que baftarde
agoa rofada fe façaõ Trochilcos, quefe
guardaraõ para o ufo depois de lecços. ü So¬
limaõ fe faz pela feguinte receita:
R Azougue vivo libra meya.
. Caparrofa de Ungria calcinada até
ejiar branca.
Sal
— commum decrepitado
. and libra huma: de Sublim*-
tudo fe faça maffa com humasgottasdeVtna- tus cor-
m. / » f*t* S. A. Ita Fnétnm_ Htfmamt «fim.
gre.efefaça
fupçr Sçiirodsrumn. 3. ap. 5 Mercurij pag.
mihi
 292 Pharmac. Lufít. Augment. Trat. VIII.
tnihi 269. Far-fe-ha na fórma feguinte : A
CapaiTota de Ungria depois de bem calcina¬
da fe pifará, e mifturará com o Sal dccrepi-
tado, que eftará também em pó, e em gral
de pedra fe vaõ encorporando com o Azou¬
gue,até que tudo fe faqa em mafla$entaõ lhe
ajumaráõ humas pingas de V inagre, e eftan-
do tudo bem encorporado com o Azougue,
fe metterá em cabaqa de vidro bem lutada ,
e fe pora em fogo de arêa, que fe lhe irá au-
gmentando , (na cabaqa fe porá Lambique
lem recipiente), e aílim fe lhe continuará o
fogo muito forte feis horas, até que o Azou-
gue fe fublime, e depois de fria a matéria , fe
tire a que eftá fublimada, e fe lhe ajunte
mais Sal decrepitado, e Caparrofa, e fe faqa
fegunda e terceira fublimaqaõ na mefma fór-
ma , ou até que o Solimaõ fique pegado ás
bordas da cabaqa, e no Lambique,e que efte-
ja muy cryftalizado, e aflim fe tire depois
dc frio , e fe guarde para o ufo. O Solimaõ,
ou Mercúrio lublimado corrofivo íerve para
o ufo externo, alimpa as chagas velhas, e ga-
fta fem notável dor a carne podre,ou elpon-
giofa ; pela bocca íe naÕ deve adminiftrar
nunca , nem em pouca, nem muita quanti-
dade: A Caparrofa de Ungria , ou de Chy-
pie he aquella. mais azul, e dura,a que fe cha-
ma Pedia Upis 5 aílim o diz Schrodero no
VitrioM V caP' de Vitriolo: n Vitrioli varia
Ungaricu^wr generapronatura minerâ, quam in fe con-
& Cypri tinent dijferentia $ pracipua autem quarum hoc
4 tempoie eft exif matiofint 1. caruleumfaphiri
tnfar , compatium ut faccharum candum , ta-
ãu' ficcunu Hnngaricum vocant, CíT Cyprium. n
Fita tal Caparrofa de Ungria fe ha de calei-
nar ate le lazer muito branca, que affim fer-
ve o medicamento, que aflim fica eferi-
Decripi- pto O Sal decrepitado , ou queimado fe faz
caiana-U na fül'™ feguinte : Tomaráõ huma panella
‘ Salis. noJa d€ ba1rro» ^ue nao íeja vidrada, e a po-
tio
rao em o lume, e lhe lanqaráõ huma man-
chea de Sal, e logo a cobriráõ com hum te-
lto , e como pairarem os eftrondos, que o
Sal faz , e eftiver feito em brafa fe lhe lance
mais Sal, e fe ira continuando ate fe quei-
mar, ou decrepitar toda a quantidade, que
quizerem , e depois de fria a matéria fe tire o
Sal, e le faqa em pó , e fe guarde aflim em
vidro bem tapado, para que naÕ receba ar
que o pofia fazer humedecer, e nefta fórma
fe guarde para o ufo. Aflim o enfina a fazer
Lemery no íeu Curfo Chimico capit. 15. de
òale. Serve o Sal decrepitado , ou calcinado
para o ufo chimico , e trazido em hum faqui-
nho ao pefcoqo junto da carne gafta e con-
fome as humidades do cerebro, abre os pó-
ros, e facilita a tranfpiracao.
Servem os Trochifcos de Minio no ufo
exterior para abrir cancros, e para a cura das
chagas gallicas , alimpa a carne fuperflua, e
gaíla as calofidades.
TROCHISCOSDERASIS.
28 13 Alvayade lavado oitavas de%.
JÁ» Sarcocolla preparada onça meya.
Alcatira onça Huma.
....
Opto oitava meya : com agoa rofada fe façaô
Trochifcos do tamanho de lentilhas. Ita Rafis
Uh. 9. ad Almanforem cap. 14. Far-fe-haÔ na
fórma feguinte: O Alvayade depois de lava-
do , e a Sarcocolla preparada fe pifaráÕ com
os mais íimplices fubtilifiimos , e com o que
baftar de agoa rofada fe faqa maftk dura , e
delia Trochifcos, ciue
que fe guardaráõ
nuardaráõ Dara
para o,
ufo. A Sarcocolla fe prepara , ou nutre to- Prsepara-
mando a quantidade que quizerem , e lan^tio- flvc
qando-a em huma tigella de barro vidrado , "utntio
e emcima fe lhe lanqa hum pouco de leite arcoco •
de burras, e fe deixa eftar cinco dias , e em
todos elles fe lhe vay lançando o leite, que
élla póde embeber 5 porque fe lho lançarem
todo junto fe azedará, c corromperá, e paf-
íado o dito tempo fe ponha a íéccar , e de-
pois dc bem fecca fe guardará para o ufo.
Aflim o enfina Franciico Velles fett. 4. de
Troch.pag. 122. O Alvayade fe lava na fór- Lavatio
ma feguinte: Tomaráõ o Alvayade , eo lan- CeruíTa.
qaráõ em huma tigella , e emcima lhe deita-
ràõ agoa rofada,que bafte para o cobrir bem,
entaõ fe mexerá com colher, e a a^oa fe lan-
qara em outro vafo por inclinaqaõ , eno Al-
vayade , que ficar no fundo da tigella fe lhe
lance nova agoa , e fe mexa , e fe faca o me-
fmo fegunda e terceira vez,ou até que o mais
fubtil do Alvayade pafte no licor e fique fó
na tigella o arenofo , e as agoas de todas as
lavaqoés fe ajuntem, e deixem eftar, até que
o Alvayade, que com ellas paíTou fe aíTente
no fundo da tigella , entaõ fe lance fóra por
inclinaqaõ a agoa, e o A lvayade fe guarde
depois de fecco , ou tamlbem fe pódem fil-
trar as agoas, com que fe lavou , e emcima
do papel fica o Alvayade, aflim o enfina a Ja-
var Lemery na fua Pharmacopea capit. 22.
przpar. fmplicium. Eftes Trochifcos fe tk-
zem também fem Opio,e aflim fe devem ter
e fe lhe ajunta quando o pedem : alguns cha-
maõ a eftes Trochifcos Sief ciue he hum no-
me Arabe , que quer dizer Cüllyrio, ou me-
dicamento para os olhos , como diz Charás
na fua Pharmacopea cap. 21. c£,e Troch. Os
modernos fazem os Trochifcos de Rafis pela
feguinte Receita
R Alvayade lavado oitavas der,.
• Sarcocolla preparada oitavas tres.
Trocb.
Rafis,five
coijirium
Amido oitavas duas. albura
Ralis rc-
Goma Arabiij.
formatú.
Alca-
 Dos Trochifcos. 295
Alcaiira anà oitava huma. ca fe devem applicarpara o ufo interior.
Camphor a oitava meya : com agoa rofada , TROCHISCOS DE VIOLAS.
cu leite de mulher Je façad Trochifcos. Ita Ni* 3° TJ Violas verdes oitavas feis.
colaits Lemery in Pharmac. cap. 7. de Troch. XV. Turbit oitavas (juatro.
pag. 4°4- Far-fe-haÕ na fórma feguinte: As Çurno de Alcaçü\.
gomas fe pifaráõ fubtiiiflimas, e o Alvayade Manná ana oitavas duas.
íe moerá na pedra , e fe mifturará com os Efcamonea efcropulos oito : com Xarope vio¬
mais fimplices, a Camphora fe diíTolverá _^
lado fe façad Trochifcos. Ita Mefues lib. 2. de
com humas gottas de efpirito de vinho, e de* agritud.peã. cap. 1. de afihmate foi. mihi 238.
pois de bem miílurada com o mais fe faqa Far-fe-haô na fórma feguinte : A Efcamo-
maííà com agoa rofada , e fe facao Trochi- nea , e os mais fimplices fe pifem fiibtis, as
fcos pequenos, que fe guardarão para o ufo. V iolas fe pifem eftando frefcas, e fe lhe paf-
Troch. Efhes íaõ os Trochifcos de Rafis fem Opio , fe a polpa por Sedaqo. O Mannà fe diflblva
feu Col
num ^Ue ^ ^evern u^ar tot^as as vezes que fe pe-
lyrium
com humas pingas de Xarope violado j e co-
Ráfisfiruí ^iem ^e,m e^e » no ca^° clue leJa neceffario mo tudo eítiver junto faráó maíf.i dura com
Opio. fe lhe póde ajuntar pedindo-os aflim quem o que bailar de Xarope violado, e deliaTro-
os houver de ufar. Depois de feccos os Tro- chiícos, que fe guardaráo depois de feccos
chifcos fc tazem taõ rijos como huma pedra para o ufo. Mefue naõ determina o Xarope,
por caufa do leite , com que fe fórmaÕ, e da ou licor , com que fe haÕ de formar os Tro*
Sarcocolla 5 porque aquella fubílancia cafeo- chifcos, e aflim fe devem fazer com o Xaro-
fa abraqa e une tanto os pós, que he necefla- pe violado, que he o licor mais convenien-
rio todas as vezes que fe uíaó tornar de no- te ao achaque para que fervem os Trochi-
vo a pifa-los, e fübtiliza-los 5 e aflim he me- fcos, aflim o enfina Valerio Cordo traã. de
lhor guarda-los em pó, e fe confervaó muito Troch. pag. mihi 5 y 8., e Lemery no cap. 7 dos
bem , como diz Charás no cap. 21. dos Tro- Troch. pag. 3 86.
chifc. pag. 311. 'z.At cum hi Trochifci exficca* Purgaõ eftes Trochifcos a fleuma , e có¬
ti in duritiem fere lapideam abeant, ab adjun lera brandamente, e faõ muito convenien-
ãa parte cafeofa laãis muhebris, ííT Sarcocolla tes nos achaques do peito : daõ-fe de meyo
cum fubjiantiisficeis pulverem componentibus , efcropulo até dous.
fatius multo fuerit pulverem perfeãum adfer- TROCHISCOS DE GORDONIO.
vajfe, (]uàm Trochifcos parare, 1juandoquidem ji ^ Bolo Armênio.
ea forma fine labe confervari licet. Sangue de Drago.
Os Trochifcos de Rafis fervem fomente Efpodio.
no ufo exterior para todo o achaque dos o- Bofas vermelhas.
Ihos, faõ bons nas inflammacoes, e cm todas Myrrha and onça meya.
as fluxoés, que caheni nelles 3 no ufo interior Goma Arabia.
fe póde applicar em ajudas para as chagas das Alcatira.
yreteras, e bexiga principalmcnte nas Go- Alcaçüx rafpaâo.
norrheas, e para cada ajuda fe desfaz huma Pinhões limpos.
oitava dos Trochifcos em quatro onqas de Fificos.
agoa ou licor conveniente no achaque. Cevada efbulhada.
TROCHISCOS DE INCENSO. Murtinhos.
gp TJ Alvayade onças cinco. Amêndoas doces.
XV. Tutia preparada onças duas , e Sementes frias mayores limpas.
meya. Sementes de Dormideiras.
Incenfo oitavas de\. Malvas.
Goma A rabi a. \ f. Beldroegas.
Opio anà oitavas feis: com agoa commuafe Marmelos yede
faça majja. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac. Algodau.
cap. 7. de Troch.pag. 405. Far-fe-haó na fór¬ Açúcar cande.
ma feguinte : O Opio fe diíTolverá em algu¬ Alfenim.
ma porcao de agoa , os mais fimplices fe pi- Mucilagem de Zaragatoa anà oitavas duas:
faráó fubtiliflimos, e fe ajuntaráo ao Opio, e com Hydromelfe façao Trochifcos. Ita Per*
com o que bailar de agoa fe faqa maffa dura, nardus Goriomus m partícula 6.
e delia Trochifcos’, que fe guardaráo para o Far-fe-hao na torma feguinte: As (ementes
eucua iroumu», q » r todas fe pifaráõ em gral de pedra ate fefaze-
U Saõ bons eftes Trochifcos para adoqar, e rem em pafta , os mais fimplices fe pifaráõ
defeccar os humores acres, e fervem em fubtis, e fe mifturarao com as fementes, e
todos os achaques dos olhos; porém nun- tudo com o Aqucar cande, e Altemm eto -
ne
 294 Pharmacop. Lufitan. Augment. Trat. VIII.
ne a pifar, c paíTar por peneira , cntaõ lhe
ajuntaráÕ a mucilagem , e com o que bailar
de Hydromel fe faça maíTa dura , e delia fe
formaráõ Trochifcos, que depois de feccos
fe guardaráõ para o ufo. Manda o Auclor
formar eíles Trochifcos com Hydromel, o
qual fe faz com quatro partes de Mel, e vin¬
te de agoa, e fe coze até gaílar a terça parte,
mef M*c a^m ° en^ina Diofcorides lib. 5.cap. 10.pag.
íicratum*5l2' Hydromel he hum nome Grego , a
Mulfa, * efte também fe chama Melicratum, Mulfa ,
leu Apo- & Apomeli , como diz Lemery na fua Phar-
mcü idé. macopeapag. 162. Os Fifticos he fru&o de
huma Arvore femelhante ao Therebinto
nafee na índia , Perfia, America , e Mefopo-
tamia ; o frudto he femelhante ao da Avelãa,
porém tem a cor por dentro verde , o faibo
he doce declinante a Azedo. Aífim o enfina
Piftscia Frederico Hoffmano fuper Schroder. n. 25 5.
quid. zz Pifada arbor ef fimilis Therebintho, copio-
fe provenit non folum in índia, fed etiam in
Perfia , America, ü* Mefopotamta. Fruãus,
Píjtacia, avellanam referunt oblongam cor ti-
ce alho crufofo magis, quam ofeo, externa tu-
nica arida , cinericia , decidua , medulla inter-
tiaviridi, dulci, fubacri. zz As fuas virtudes
fao abrir, e humedecer, e attenuar. Os mo-
demos fazem eíles Trochifcos pela feguinte
.. reformada
receita r j
R
Troch. TJ BoJo Polo Armênio.
Gordonii JlV»• Sangue de Drago.
reformat. Rfanjin.
Ffpodio.
Rofas vermelhas.
Myrrha and onça meyay
Goma Arabia.
Alcatira.
Cevada fem cafca.
Murtinhos.
Alcaçü\ and oitavas duas.
Semente de Dormideiras brancas , e de
Algodão.
Beldroegas, e
Marmelos and oitava huma\ com mucilagem
de Zaragatoa tirada em agoa de Tanchagem
fefaçad Trochifcos. Ita Nicolaus Lemery in
Pharmacop. cap. 7. de Troch. pag. 407. Far»
fe-ha na forma feguinte : Os íimplices fe pi
faràõ todos fubtís,e com o que bailar de mu-
cilagem de Zaragatoa tirada em agoa de Tã-
chagem fe faça maíTa dura , e delia Trochi-
fcos, que fe guardaráõ depois de feccos pa-
ra o ufo. A caufa porque os modernos tiraõ
as fementes, e Açúcar deita compofiçaõ,
Re porque como faõ muito oleofas naõ dei-
xao bem unir os fimplices, e o Açúcar , c
Alfenim os faz humedecer em tal fórma,q fe
faõ antigos fe fazem rançofos, è também por
ferem de pouca utilidade ao medicamento, no peito ? e bofes faõ convenientes, em to-
Saõ bons os Trochifcos de Gordoniopa-
ra as chagas dos Rins, c da Bexiga, fervem
para os que ourinaõ fangue , e para as Go-
norrheas, e também para os que ourinaõ
continuamente : dao-fe de meya pitava até
huma em licor conveniente.
TROCHISCOS PARA
Gonorrheas.
92 T3 Bolo Armênio.
XV* Alambre preparado.
Ra furas de Marfim and oitava humane meya.
Semente de Tanchagem efcropulo quatro.
Agno cajio.
Semeiite de Alface.
Balai fias.
Rofas vermelhas and oitava huma.
Salfafra\ efcropulos dous : com mucilagem
de Semente de Marmelos tirada em agoa de
Golphãos fe façaõ Trochifcos. Ita Nicotaus
Lemery in Pharmac. cap. 7. de Troch. pag.\o%.
Far-fe-hao na fôrma feguinte : Os íimplices
fe pifaráo fubtís , e o Salfafraz á parte íubti-
liílimo, e como tudo eíliver bem miílo fe
faça maíTa dura, com o que bailar de muci-
lagem de (emente de Marmelos, e delia
Trochifcos, que fe guardarão para o ufo.
Eíles Trochifcos fervem para defeccar as
chagas das vreteras fortificaõ os vafos efper-
rnaticos, e curaõ as Gonorrheas$ porém ha5
fe de dar depois de haver baílante purgaçaõ:
da5-fe de hum elcropulo até huma oitava, e
fe podem applicar em cryílaes desfazendo
huma oitava delles em oito onças de agoa
xle Tanchagem, e huma de Mel rofado, para
os mefmos achaques acima referidos.
TROCHISCOS SUBLINGUAIS
para Tiíicos.
3 3 T) Semente de Beldroegas oitavas f.
XV* Alcatira.
Goma Arabia , and oitavas tres.
Semente de Melancia oitavas quatro.
Semente de Cabaça, e de
Marmelos'and oitavas fete.
Çumo de Alcaçü\oitavas 5.: com mucilagem
de Marmelos fefaçad Trochifcos. La Mefues
lib. 2. cap. 13. medie, a d Phtijicos foi. mihi 25 S.
Far-fe-hao na fórma feguinte: As fementes
frias, e os Marmelos fe alimparáÕ da cafea ,
e fe pifaráo depois, até fe fazerem cm maíTa,
e os mais fimplices fe trituraráÔ fubtís, c to-
dos fe miíluraráõ com as fementes, e fe toi>
naráõ a pifar, e a pafíar com cilas j e tanto^
que todas palTarem fe farà maíTa dura corri
mucilagem de femente de Marmelos, cdeL
la fe faraõ os Trochifcos, que depois de fec-
cos fe guardaráõ para o ufo.
Servem eíles Trochifcos para fazerem pa-
rar as fluxoés, e adoçar as acres, que cahem
 Dos Trochifcos. *
das as toíTes, e rouquidões, e muito uteis
aos 1 ificos, e Almaticos : daõ ie de hum e-
lciopulo até huma oitava em licor conveni-
te j ou em Pílulas, ou também fe trazem na
bocca debaixo da lingua , até fédiííblverem,
e le leva para baixo o qumo delles, e por eíla
razaõ alguns Auétores lhe cbamao rl rochi*
fcos Subiinguaes.
TROCHISCOS SUBLINGUAES
contra peílem.
34 T> Rai\ de Angélica onça meya.
JlV • Rai\ de Pimpinella.
Zedoaria.
Semente de Angélica.
Cafeas de Cidra feccas and oitava huma.
Açúcar branco onças oito: com mucilagem de
Alc atira tirada em agoa rojada fe faça?) Tro-
chifcos. Ita Nicolaus Lemery in Pharm.cap. 7.
de Trochifc. pag. 35)6. Far-fe-haõ na fórma
feguinte : Os íimplices fe pifarão todos fub-
tis, e com o que bailar de mucilagem fe fa¬
ca mafia dura, e delia Trochifcos, que de¬
pois de ieccos íe guardarão para o ufo : Para
que ellesTrochifcos fejaõ mais agradaveis fe
lhe podem ajuntar quatro graõs de Ambar ,
e dez de Almifcar , e hum de Algalia.
Saõ muito convenientes os Trochifcos fub-
Unguaes contrapefiem em tempo,em que ha-
ja doenqas de màs qualidades, ou ares corru-
ptos, e o ufo delles be admiravel para enfer-
meiros ou pelToas, que por razaõ de feu offi-
cio ailillem em Enfermarias de Hofpitaes :
daõ-fe de hum efcropulo até huma oitava,
ou fe trazem na bocca até fe desfazerem.
TROCHISCOS DE HERVA DOCE.
Herva doce.
35
R.
vas duas.
Çumo de Eupatorio infpiffadooita-
Semente de Endros.
Efpica.
Al me cega.
Polia.
Lofna.
Aypo.
A\aro.
Amêndoas amargas and oitava meya.
A\ebre oitavas duas.
Macis.
Folhas de Lofna feccas.
Rai\es de A\aro , e de
Aypo and oitava meya : com çumo de Lofna,
e de Aypo fe façao Trochifcos. Ita Me fu es di-
Jtinã. de Troch. foi. mihi 15 3. Far-le-hao
na forma feguinte : O Azebre fe pife á parte
fubtil, e os mais fimplices com o qumo do
Eupatorio também fubtis, ecomo tudo eíli-
ver bem miílurado fe faqa maíTa dúra , com
o que bailar de qumos de Lofna , e Aypo, e
29y
tanto que os Trochifcos eíliverem feccoS, Te
guardarão para o ufo.
Servem elles Trochifcos para desfazer os
fla&os, e fortificar o eílomago; adelgaqaõ os
humores frios, e vifcofos , e para as obílruc-
qoes do figado , e baqo , purgaõ brandamcn-
te: dao-te de meya oitava até huma e meya
em Pílulas pequenas , porque como ficaõ
muito defagradaveis por caufa do Azebre ,
fenaõ podem tomar fenaõ affim.
3tt R
TROCHISCOS DE LACCA.
Lacca lavada onça huma.
• Çumo de Alcaçu\.
Lofna.
Çumo de Eupatorio.
Kuybarbo.
Arijiolocjuia tônga.
Cofio.
Ayiro.
Amêndoas amargas.
Rubea tinãorum.
Herva doce.
Aypo.
Efjuinantho and oitava huma \ com çumo de
Eupatoriofe façao Trochifcos. Ita Mefues di-
finfi.%. de Troch. foi mihi 154 Far-fe-hao na
fórma feguinte: A Lacca depois de lavada
fe pifará com os mais íimplices todos fubtis ,
e com qumo de Eupatorio , fe faqa maíTa
dura , e delia Trochifcos, que depois de fec-
cos fe guardarão para o ufo. Melue nao de-
termina o licor,com que fe haõ de formar os
Trochifcos, e affim fe devem fazem com qu-
mo de Eupatorio tirado de frelco , como diz
Lemery n0 caP- 7- d<>s Troch > ou com 0 Cü/i’
mento do rnefmo Eupatorio , como acon-
felha Valerio Cordo traã. de Troch. pag.
mihi 264. Os modernos faõ de opinião , que
neíles Trochifcos fe lance huma onqa de
Lacca , e naõ huma oitava, como enfinaÕ os
antigos, e bem fe vê que he pouca, a refpei-
to dos mais fimplices, e como eíla he o fun¬
damento , por iífb fe deve lançar huma onqa
como affirma Nicoláo Lemery no cap. 7. dos
Troch. pag. 410.
Servem elles Trochifcos para a curadas
obílruccoés do figado , e baco, faõ bons pa¬
ra as hydropefias, e para a cura da más co¬
res : daõ-fe de meya oitava até huma e
meva.
TROCHISCOS DEJUNÇ A.
37 X? Gengibre.
XV, Carda mo mo.
No\es mofe adas.
Cúbebas.
Macis.
Cravos.
Gallia.
Goma Arabia and efcropuíos quatro.'
Cafcas
 *?6, j Pharmac. Lufit. Augment. Trat. VIII.
Abnecega. ' ,a^U“' «fraõ^h. !r T' <Íor?0fleva 0 comPoffo A*
Efyuinantho. Sdfla°. he da depois de feito huma côr viflo-
Jimça. o ’ f11 „° dlz Lemery no cap. y. dos Troeh.

fia_ Salsas
og;s.r- ^S^êSB ís;*.t£
Mmtfcar gr aos oito: com Mel de paffas fe na^eceita Dede^fe
5
qUC ° Au(^or
façab T rochi/cos. Ita Mefues diftinã 8 de fír? nn i Püern a Manj aro na fyl ue-

MS&s&aasí
spsssri V"'1

f
fccfsUcom o°Mel'das paffis oAco^rTobe
fe feccaõ muito di^ltofamemeT elm JZ ctJa^e
^ ^
quando fe fizerem , fe formaráõ com cozi- chaques mali«noTrefif£í^°d‘°1°S “*
mento de paffas, no qual fe tirará mucila- res,e os desgzem poí tra^fn^r ““f
gem de Alcatira, que affim fe aggrega bem também para emraremUa T^t» ’ T-?
a maffa, e ficao os Trochifcos capazes de fe de hum efcropulo até huma oTtavf ’’ d fe
nao humedecerem; nefta fórma o enfina a TROCHISCOS ANTIASTH*MA Trrnc
Cerstion, formar Lemery meap. 7. dos Troch. O Almi- „ T» 1 HMATIC°S-
livuCcra: ic-ar pede Melue por Ceratios , que he nome
tia quid. de hum peio chamado Çeration, ou Ceraoia,
R S""W-
-Amido onça huma e meya.
Lírio Florentino.
e vai cada Ceraíio quatro graos, como diz
Magíjierio de Enxo fre and onça meya.
Joaõ de Caílilho traã. de pond. pag. 12?. O
Alcaçúx rafpado oitavas tres.
Au&or defte medicamento, diz^queoAI-
Flores de Beijotm efcropulos dous: com mu-
'ilavem de Alcatim __ .. r , -

Saobons eftes Trochifcos nara fortificar !w f° °r í/í1?*. f®guinte • Os iimplices to-

o eftomago , ajudao a digeftaô? e faõ muito Alcatira fefaca^T ’ m * muci,aSem de
uteis a quem tem máo cheiro na bocca dâõ° fe » / , Tjoch.fcos que depois de
fe de hum efcropulo até quatro
quatro. ’ uío'
Sei vemeftes Trochifcos para a Afma e
TROCHISCOS HYDRiCHOY.
para a tofle antiga, ajudao a refpiraçao , e
3% T) Amorno onças tres, por elle
XV • Acore. facihtao os efearros , adelgaqaõ a fleuma
giofla, e vifcofa, e a defpegaõ das fibras do
Folio , por elle Cravos 7ou E/pica fina,
Ffpica-nardi. oote , e Diaphragma , e por ríTo fica livre a
Canela. relpiiaqaÕ : daõ-fe de dous efcropulos até
Açafraõ. qyatro em licor conveniente.
Myrrha and onça huma e meya. TROCHISCOS BECHIOS
brancos.
Xilohalfamo ,por elle Pdo de A guita.
Opobalfamo , por elle Cubebas. 4° "O Açucar em pedra Ubrahuma e meya
Ffquinantho.
XV. Amido. ■
Cojio. Lyrio Florentino.
Vdleriana. Alcaçü\ rafpado and onça huma.
Ambar gri\.
Catamo aromatico and oitavas /eis.
At aro. Almifcar and graôs quatro: com q. f.de mu-
Afpalatho, por elle Agnocajio. cuagem de Alcatira feita em agoa rofada fe
Manjar ona fylvefire , e façao Frochi/cos. Ita Moyfès Chardsin Phar-
macop. Reg. upartm Cap% 2ude Troch
Manjarona domejiica feceas and attr* »«,, ^f C0P- ‘pg- i-part.cap. 21. de r»Troch.
t .hrmttfí-lo Afían rI'_1j ..
p. ;oo.
r • 7
“*f f Amecega oitavos ditas-, com vinho tom fitfa- Gré^°‘ dirtfado^10chfCOS Bechi™ nome Bcch
Hydn. çaõ Trochifcos. ItaGalen lib r AntiJ r „ S?.’ d nrvado da palavra Beciuca, queiive»

». 1.5.. ao*,„ í‘zz tetoTS?.

de

dc jujubas, ou de Tuflilagem , e ás Talhadas
peítoraes, allim o diz Lemery no cap. 4. das
Ethimologias letra B. por eftas palavras: Be-
cluca id efi tujjis 5 font des remedes qui calment
ia touxqui adoufcifent lesacrete\delapoitriney
tels font les fyrops dejujebes, de Tujfilage, les
tablettes peãorales. Fár-fe-haô na forma fe¬
guinte.: O Aqucar fefaqa em pó , e os mais
fimplices fe pifem
--1---- t-- fubtis
T.T. • , e como todos efti-
7 wiu-
_ | »/1 4 * r*
verem bem mifturados fe faca maíTa dura
^
que baftar de _:l_ a 1_• ...
com o mucilagem de Alçatira,
e delia Trochiícos, que fe guardarão para
o ufo.
Eftes Trochifcos abrandaó atofíe, e fu im¬
pendem asfluxoés, que cahem do cerebro
no peitoj trazem-fe na boeça até nella fe des¬
fazerem , e fepóde tomar a quantidade que
quizerem.
TRO CHIS COS BECHICOS
• «; . • j
negros.
o pag. 428. Far-fe-haõ na forma feguinte : Os
41 TA Açúcar cande libra huma.
JA.» fumo de Alc a çâ\ onças quatro.
Cevada limpa da cafca.
Amido and onça huma.
Lyrio FlorenUno.
Goma Arabia.
Alçatira and onça meya: com mucilagem de
Malvaifco fe façad Trochifcos. Ita Nicolatts
Lemery inPharmaç. cap.y. de Vrech. pag. 412.
Far-fe-haõ na fórma feguinte : Os fimplices
<"* . __
? . _ J P.
.1. -*-*T. ■ />
fe pifem todos fubtis , e com o que baftar de
mucilagem de Malvaifco fe faqa maífa dura,
e delia Trochifcos, que depois de feccos fe
guardarão para o ufo.
Eftes Trochifcos gaftaõ,e desfazem a fteu-
ma, façilitaõ a refpiraqaõ , e o efearrp, ado-
cao a acrimonia do peito , e da afpera arte-
ria : Saõ também muito convenientes aos
Afmaticos: trazem-fe nabocca , e nella fe.
^ J.I l*»W • V- - /
deixaõ desfizer, pódem fe ufar em todo o
tempo , e fem preparaqaõ alguma.
TROCHISCOS DE CHUMBO.
42 TA Chumbo queimado, e lavado.
XV. Cobre queimado.
Antimonio.
Tutia.
Goma Arabia.
Alçatira and onça huma.
0pio ditava meya, com agoa rofada fefaçaõ
Trochifcos. ha Nicolaus Lemery in Pharmac..
cap. 7. de Troch.pag. 404. Far-fe-hao na for¬
ma feguinte : Os fimplices fe pifaráõ fubtilif
fimos moendo-os na pedra , e depois com
igoa rofada fe fará maíía dura , e delia Tro-
:hifcos , que feguardaráõ para o ufo : O
La v ah* o Chumbo fe lavará lanqando*o em huma ti-
plumbi. gclla vidrada e emeima delle fe lhe lance
a"oa rofada , e fe mexe muito bem, ede-
doís fe deixa alTentar a matéria no fundo da
t ..... ... . ...
Dos Trochifcos. 297
tigella, e fe lanqa fóra a agoa por inclinacaõ,
e efta roei ma diligencia fe repete tresoy
quatro vezes, e ultimamente fe fecca , e íç -
guarda em pó fubtilifíimo.
Eftes Trochifcos alimpao os humores dos
olhos, desfazem as cataratas no leu princí¬
pio ,fáõ bons para as inflammaqoés 3 e todas
as dores dos olhos. Applicaõ-íe desfazendo
huma uiirtva
Jiuum oitava v.ij.i
em feis‘vu onqas de uv agoa de Eu-
| 11 * r_ 1 ** 11
phrazia, ecom elláfelavaõ os olhos
1 rpnnnriTonAo nr rTTnTrri^/
TROCHISCOS PLEURITICOS.
44 T) Sangue de Bode preparado onças
XV» quatro.
Incenfo onça huma.
fumo de Alcaçú\.
Figa dos , e Cor aço es de Viboras.
Diaphoretico mineral and onça meya : com
Xarope de Papoulas fe façad Trochifcos. ha
Fhcolaus Lemery in Pharmac. cap.y. de Troch.
íimplices fe pifarão todos fubtis, e fe miftu-
raráo com o Diaphoretico, e com o Xarope
de Papoilas fe faqap Trochifcos, que depois
de feccos fe guardarão para o, ufo. Também
v fe pódem formar com mucilagem de Alcati-
ra tirada em tinctura de Papoilas 5: porque
aífim fe feccaõ melhor : fe naõ houver para
efte compofto coraqoés, e fígados de V ibo-
ras,fe podem pôr as mefmas (eccas i e pre-
paradas
_Wfr^ aftim como , . . vem
.de fóra _, 01
pu pôr os
L. n fl n U _ A _ * .. ! M A T T -4 /■ Aj ^ A I V <1 .A 4.Vk -
pôs viperinos. As Viboras fe.prepárâõ na fór- Prwpaf*-
ma feguinte : Tomaráõ as que forem mayo- v>'pe-
res, e caqadas no principio do Outono, e:,,?^u^r•
lhe cortarão o rabo, e cabeca , e ihe tirarão
tudo o que tiverem dentro aproveitando fó
os coraqoés, e fígados, entaõ lavaràõ em vi-
nho branco aífim os corpos, como os figa-
dos , e coraqoés, e poraõ as Viboras a feccar
enfiadas em hum fio, e os coraqoés, e fíga¬
dos da mefma forte em lugar fecco livre de
toda a humidade,e como eftiyerem bem en¬
xutos e feccos fe guardarão embrulhados
em papeis em lugar fecco , e quando forem
neceífarias fe faraõ em pô para o ufo. Para
que as V iboras inteiras , os coraqoés, e fíga¬
dos fe confervem muito tempo fiem corru-
pqaõ, fe untarão com Balfamo Peruviano,
e fe guardarão em vidro bem tapado.Servem Colher¬
as Viboras aftim preparadas, eos feus inte- vat,° Vi*
riores para purificar o fangue , desfazer os Pcrarum*
mãos humores por tranfpiraqaõ, para refi-
ftir ao veneno , para as febres malignas, e
intermittentes, e para as bexigas .* daõ-fe de
oito graõs até dous efcropulos. O fígado , e
coracaõ das Viboras depois de íeitos em pó
tem
— as mefmas virtudes,• e ainda ..mais etíi-
r
cazes, e aos pos deftes dous fimplices cha- Feíbarli-
maõ os modernos Befuartfco animal, como.um ani_
diz Lemery cap. 47. das I iboras foi, 122. O maic#
- - JPp Sangue
 Itt Pliarmac. Lufit; Augment. Trat. VIII. , ,
??.nguw Saraus di Foâe re prepara nu fôrma teguin- delia Trochifcos, què eííandò feccõS fe guar-
> >rc> %£ iomáráõ brim Bode de mediana idade daráõ para o' ufo.
pr«para* ^oTnftèíítàrâo híiim mez , ou'quarenta dias Servem efles Trochifcos para fortificar o
tio. coraqaõ, para as palpitaqoês déllé, ê fao con¬
em cala com Pimpinèllá, Salfa , Aypò|Mal¬
vas , e Saxifraba , e ncfte tempo o ira5 dei- venientes pàra todas as ftuxoês do ventre:
SiaráÕ beber' y fó o poderáo' deixar de nÓite dáõ-fè de hum eicròpulo ate quatro em li-
fóra de cafa onde pofia lamber algum orva¬ cor converiiehte. ' ' , • f, T V
lho da noite, como adverte Hòffnrànõ hb. 5. i;ROCH i SCO S V TP EÉ/INOS»
ftiper Schroderüm: A pota eifm prolubendo, ni- • ou de ^iboras. ^
Ji ut fub noãem decidentem plüviam lambiret $ 15 Corpos, Figàdos, eCorafoês dc Vi»
paliados os quarenta dias, e nò princípio do X\ . boras feccas q. f. com mfcilágeiii
__7
Efiio fé mate o Bóde ferindo-o de Alcatira feitu com vinho branco do melhor fe
nas artérias,
e o langue que der r fe apanhara em vaíb lim»
formem Trochifcos. Ita Ntcolaus Lemery iri
po , e le coará , deixará coalhar , entaõfe Vharmuc. cap. 7. deTroch.pag. jpL Far-le-
lhe efcorrerá a forofidade, que tiver, e o lan¬ haõ na fôrma feguirité : As V ibqrasr ?7 cora*
gue que ficar , fe feccará em forno com mui¬ coes, e figados depois de preparados, e fec-
to cuidado , para que fe nao queime , e tan¬ cos fe faraó em pó fubtil y e com a mucila-
to que eftivei bem fecco fe guarde para o gem fe fará mafia dura,, e delia Irochilcos',
ufo , em iügar livre de humidades. Aífim o que fe guardaráo depois de feccòs para o
enfina a preparar Lemery na íua Pharmaco- ufo. Como cftiverem bem feccos 0$ Tro¬
,
pea cap. 46. de prs.parat. fang. Hirci e Zuel- chifcos fe úntaráÕ com Balfafno Péruviáno,
phero in Aiig. Cíaf. 20. de prsparaúfimp. Nu- porque aí fim fe conferVaÕ melhor como
tre-fe primeiro o Bode com as héfvas medi- adverte o rnefrno Auélor nó lugar citado.
cinaes, para que o fangue fe lhe purifique, Efles faó os Trochifcos Viperinos qife os
e feja -mais êfpirituofo, é nao fendo primeiro modernos enfmaõ a fazer $ aquelles que fe
nutrido te-rp pouca éfhcácia naTua opefàqaÕ,' achaõ efcriptos dos antigos faõ de pouca, ou
co;modiz !íVÍangeto fupèr Schroderüm Hb. q nenhuma operacaõ, porque quando 0$ fa-
He o Sangue Bode preparado muy iudo- ziao aqoutavao as Viboràs primeiro que as
rifero , aperitivo, e diurético , ferve pára os matafièm , por entenderem , que aífim lhe
pleurizes, e para todoS os achaques da be¬ tiravaó o veneno, e efta tal irritaqaÕ, lhe nao
xiga , quebra , e!expulfa a pedra , e arêa dos fervia mais, que de fazer-lhe exhalar pela
rins: dá-fc de liumbfcropulo até quatto. bocca , e poros os efpiritos , que ao depois
■ Servem os' Trochifcòs pléuriticos para a vem a faltar na virtude dos corpos das Vi*
cura dos pleurizes, pròvocao muito o efear- boras depois de feccas, e por efia razao hé
fo , fuor, dalgumas vezes as ou rí nas : Eftês melhor fazer a receita dos modernos , antes
Trochifcos naõ fazem bom effeito logo no que a dos antigos, porque as V iboras depoià
principio dos pleurílzes, porque entaõ eftaõ de caqadas, tanto que fe lhe corta a cabeca^
os humores ci üs, e(aífim he ndcefíario fazer e o rabo ficaõ fem veneno algum como
fangrar o doente bâílantèmente , e dar-lhe conda das muitas experiencias , que com el-
alguns Xaropes expedforantes^ ejulepes pa- las os modernos tem feito , que fe pódem
*a preparai em , e aiiiolecerem os humores, e ver em Moyfés Charás. cap. 4. tom. -5. de reme-
pá fiado o fetimo dia fe pódem dar os Tro- diis defumpt. ex Vipenb.pag. mihi 2^4. E que
clfi cos em licor conveniente de meya oitava as Viboras fe na5 hajaÕ de aqoutar, ou irri¬
até huma e iPeya ; e aífim veraõ delles hum tar , como faziaõ os antigos, o diz claramen¬
maravilhofò effeito. te o mefmo Charás no lugar citado , onde
TROCHISCOS DE PÉROLAS. v falia na preparaqaõ das V ibofas: A fume vi-
44 Aljôfar preparado onça huma.' * per ar um quantum placuerit, Zfc. de mija flage-
' Efpodio, e latione , & quacumque irriiatione , forficibus
Coral vermelho preparado. amputentur capat, & Cauda j interanea quávis
Sandnlos citrinos. eximantur, feorfum repofitis cordibtis , & jeco-
Sementes frias mayores and oitavas tres. • ribas, pinguedinem a d ufus recondendo j eluan-
Semente de Beldroegas. tur irunci, corda, 29* bepata aquâ límpida pojt-
Rofas vermelhas and oitavas duas : com mu- mo dum vino alho , 2íT c. A fegunda razao por-
cilagem de femente de Zaragatoa fe faça0 que os Trochifcos de Viboras dos antigos fe
Trochifcos. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac. nao devem fazer, hé porque lhe ajuntavaÕ á
cap. 7. de Troch. pag. 429. Far-fe-haõ na fór- carne das Víboras muito pa5 que os fazia in-
mi feguinte : Os fimplices fe pifem todos fipidos, e de pouca obra, e aífim feitos mais
fubtis , e depois de bem filifturados fe faqa fe lhe podia chamar Trochifcos de Pad, que
maflá^ura com mucilagem de Zaragatoa, e de V iboras, como diz Lemery no cap ff. dos
v-v 7 •' i* .. Troch.
 Dos Trochifcos.
fr.w°S Tr°chiítos df Vieras fempre
Ti !! foTa,d0S ’.e nf° en’ Pó >
porque aflim fe lhe exhala a virtude, e fe faõ
antigos iervem de pouco, e quando fe pedi¬
rem os pós Viperinos, fe podem tornar a pi¬
far , e dar aíTim para fe uiarem , e que feitos
em Trochifcos fejaõ melhoresjpatet ex Cha-
rás in Pharmacopea Regia cap. 21. de Troch.
pag. mihi 5 ] 1. ~ Trochifci Viperini, eo modo
parati , multo magis idonei funt confervationi
ipfo pulpere, eo quod dijjolutio gummi in vino
faãa Trochifci foliditatem largitur, ac fub-
llantiam compaãam , contrUhfque ifiorum poris
aens penetrationem arcet.
Sao os Trochifcos Viperinos hum admi-
ravel contraveneno, principalmente contra
a mordedura da cobra, ou de outro qualquer
animal venenofo 5 faó bons nas febres mali-
gnas , e em todas as doenças Epidêmicas,
afíim como nas em que ha corrupção de fan-
gue5 desfazem os mãos humores por tranfpi-
raçaõ , e recuperaõ as forças perdidas: daõ-
fe dè meyo efcropulo até huma oitava.
TROCHISCOS PARA VüxMITOS
de fangue.
46 Tp| Bofas vermelhas.
Jt\. • Semente de Meimendro.
BalaufJas.
Bolo Armênio Oriental.
Acacia.
Goma Arabia.
O pio anà partes iguaes : com mucilagem de
Alcatira feita em agoa rofada fe façad Tro-
chtfcos. Ita Nicotaus Lemery in Pharm. cap. 7.
de Ttoch. pag.' 423. Far-fe-hàõ na fórma fe-
guinte Os fimpíices fe pifarão todos fubtís,
e com o que bailar de mucilagem de Alcati-
ra fe faça maífa dura , que depois de fecca
fe guardará para o üfo.
Saõ bons eíles Trochifcos para as hemor-
rhagias , e para todos os fluxos de langue :
daõ-fe de oito graõs até hum efcropulo.
TROCHISCOS PARA D1ARRHEAS.
47 Semente de Axedas.
JA • Berberes.
Murtinhos.
Cajianhas feccas
Amido.
Efpodio and: oitavas cinco.
Alambre.
Coral vermelho and oitavas tres : com muci¬
lagem de Alcatira tirada em agoa rofada fe fa¬
çad Trochifcos. Ita Nicolaus Lemery inPhar-
tnacop. cap. 7. de Troch. pag. 425. Far-fe-haõ
na fórma feguinte : Os fimpíices fe pifaráõ
todos bem fubtís, e como eíliverem miílu-
rados fe faça maífa dura , com mucilagem
de. Alcatira, edelia Trochrifcos, que fe guar¬
darão para o uíò. - - * J
209
Servem eíles Trochifcos para todos >o*
fluxos d0 «ntre. e fa6 convenientes nas he-
morrhagias : daõ-fe de meya oitava até
duas.
48 R
TROCHISCOS DE BEIJOIM.
Açúcar cande onças nove.
• Vão de Aguila onças duas.
Beijoim onça hum a e meya.
JZfloraque oitavas feis.
Lyrio florentino onça meya.
Álmifcar graus nove, com mucilagem de AU
catira feita em agoa rojada fe façad Trochi-
fcos. ItaNicolaus Lemery in Pharmac. cap. 7.
de Troch.pag. 415. Far-fe-haÕ na fórma fe-
guinte : Os fimpíices todos fe pifem fubtís ,
e com mucilagem fe faca mafia dura , e de-
pois Trochifcos , que fe guardarão para
oufo.
Eíles Trochifcos fortificao o cerebro, fa-
cilitaõ a refpiraçaõ , e refiílem á malignida
de dos humores’: daõ-fe de hum efcropuk
efcropulo
até huma oitava.
49 RTROCHISCOS HYSTERICOS.
Afafetida.
• Galbano and oitavas duas e meya.
Myrrha oitavas duas.
Cajioreo oitava huma e meya.
A%aro.
Sabina.
Arijloloquia redonda.
Neve d a.
Matrkaria anà oitava huma.
Diãamo oitava meya: com covmento de Ar-
rudafe façad Trochifcos. Ita Nicolaus Leme¬
ry in Pharmac. cap.y. de Troch. pag. 400. Far-
fe*haõ na fórma íeguinte : Os fimpíices fec-
cos fe pifem fubtís , e as gomas , que fe naõ
puderem reduzir a pó fe cortem miúdas , e
diífolvaõ em cozimento de Arruda, e de¬
pois de depuradas fe tornem a pôr em feu
ponto, e delias tomem a quantidade, que
na receita fe pede , e lhe miílurem os pós, e
Com o que bailar do dito cozimento fe faça
matfa dura , da qual fe formaráõ Trochifcos
que fe guardarão depois deleccos para o ufo.
Servem eíles Trochifcos para abater os
vapores hyílericos, provocaõ a conjunção
menfal ás mulheres, e faõ convenientes na
cura das más cores: daõ-fe de hum efcropu¬
lo atédous.
TROCHISCOS DE ESTANCAR
fangue.
q o T) Pedra Hematifla preparada.
Almecega fina anà onça huma.
Sangue de Drago fino oitavas feis.
Terra figillada.
Bolo Armênio.
Pello de Lebre preparado.
Sypti'--:
Pp
 3 o© Pharmacop. Lufitan.
Cato anà onça meya.
Lauda no Optado oitava huma : com mucila¬
gem de Alcatira feita em agoa de Beldroegas
Jefaçaõ Trochifcos S. A. na fôrma feguinte :
üs fimplices le piíaráo lubtilifiimos, a pedra
Hematiíla le preparará moendo-a primeiro,
e junta com os mais fe fará maíla dura com
mucilagem de Alcatira , e depois fe faraó
Trochifcos , que fe guardaraõ para o uíb
feitos de peio de huma oitava cada hum, e
fe faraõ em'fôrma triangular.
Servem cíles Trochifcos para eílancar
fangue de qualquer parte que feja, e também
os fluxos do ventre ; pódem-íe dar todos os
dias j e em qualquer hora , que haja necefli-
dade : defata-fe huma oitava delles em tres
oncas de cozimento de Bolfa de Paílor, Sal¬
va , ou agoa de Tanchagem , e huma de Xa¬
rope de Rolas feccas ; e no cafo que o doen¬
te fe enfaftie do Xarope,e cozimentos,fe pô¬
de dar em qualquer agoa diílillada , que feja
conveniente ao achaque.
TROCHÍSCOS VERDES.
51 T> Alvayade lavado.
XV • Açafrao anà oitavas tres.
Goma Arabia.
Myrrha.
Opio anà oitava huma e meya.
Chumbo queimado.
Verdete.
Efpica-nardi.
Acacia anà oitava meya : com mucilagem de
Tragacantho tirado em agoa da chuva fefaçao
Trochifcos. lia Nicolaus Lemery cap. 7. de
Troch.pag. 417. Far-fe-haõ na fôrma feguin-
te : Os fimplices le pilem fubtiliflimos, e co¬
mo eíliverem juntos fe faqa delles maíTa du¬
ra com a muci|agem, e depois Trochifcos
pequenos, que fe guardaráõ para o ufo.
Sa5 eíles Trochifcos proprios para alim¬
par as chagas dos olhos, para as contufoés,
e dores dos mefmos, applicaõ-fe em Colly-
riodefatando huma oitava delles em cinco
onqas de agoa de Tanchagem , e com ella fe
lavaõ os olhos.
TROCHÍSCOS DE ENULA.
$2 T3 Eat\ de Enula fecca onças duas.
XV» Amido.
Alcatira.
Goma Arabia.
Lyno Florentino.
M agi ferio de Enxofre anà oitavas duas.
Flores de papoulas vermelhas feccas oitava fôrma feguinte : A Myrrha em lagrymas ,e
huma e meya.
Flores de Beijoimefcropulo hum.
Balfamo de Enxofre aniytdo gottas de\: com pero ; ás Paflas fe lhe tiraráÕ os granitos, e
mucilagem de Alcatira feita em agoa de Papou¬ em almofariz íe iraõ pifando humedecen¬
las fe formem Trochifcos. Ita Nicolaus Leme¬ do-as com algumas gottas de vinho , e fciel
ry in Pharmac. cap.y. de Troclnpag. 4} 1. Far- efeumado, e eítando bem pifadas fe lhe tire
Augment. TralVIII.
fe-haõ na fôrma feguinte: Os fimplices fe
pifaráõ fubtis, e fe miíluraráõ com o magi-
ílerio, e como tudo eítiver junto lhe lanqa-
ráõ o Balfamo de Enxofre anizado, e com o
que bailar de mucilagem fe faca maíTa, e del¬
ia Trochifcos,que fe guardaráõ para o uíb. O
Baljamo de Enxofre anhadd fe faz na fôrma Balfamu
feguinte : Tomaráõ oito onqas de Oleo de áilphuris
Herva doce tirada por efpreífaõ , e o lanqa- ani atum*
ráÕ em vafo de barro vidrado, e emcima del-
le lanqaráõ onca e meya de flores de Enxo¬
fre , e fe porá depois o vafo em fogo de arêa
huma hora , paífada ella fe lhe augmentarà
mais hora e meya , ou até que o Balfamo te¬
nha a cor algum tanto vermelha , e as flores
diiTblvidas, as quaes fe haÕ de meker conti¬
nuamente, porque fe naÕ queimem; e co¬
mo a matéria efliver fria fe aparte o Balfa¬
mo , e fe guarde para o ulo. Serve eíle Balfa¬
mo para as chagas do peito , e bofe : dá-fe de
feis gottasaté dez. Da mefma forte fe faz o
Balfamo de Enxofrefuccinado , o qual fe faz Balfamú
com oito oncas de Oleo de Alambre e huma fulphuris
e meya de flores de Enxofre : Serve também fuccina.
para os achaques do peito, e para abater ostum*
vapores hyftericos: dá-fe de feis gottasaté
dez. Aflim o enfina Lemery no leu Curfo
Chi mico part. 2. cap. 20. de fulph. p. mihi. 444.
Saõ bons os Trochifcos de Enula para a
Afma; excitaõ o efcarro, fervem para as tof-
fes antigas , ciíraÕ todas as chagas do bofe, e
peito.* daõ-fe de hum efcropulo até huma
oitava. . .
A U G M E N T O *
po VIII. Tratado. : ^
TROCHÍSCOS CYPHI.
$ 1 T> Polpa de pafjas de uvas.
XV» Tor menti na boa anà 5. onças.
Myrrha em lagryma.
Efquinantho anà onça huma e meya.
Calamo aromatico nove oitavas. \
Canela fete oitavas.
Bagas de Junipero.
Bedelio. r V. . >
Junça.
Efpica cheirofa anà tres oitavas.
Afphalto duas oitavas e meya.
Açafrao huma oitava , com vinho branco, e
mel fe façao Trochifcos S. A. Far-fe-haõ 11a
o Bedelio bem fecco fe faraõ em pó, untan¬
do primeiro o almofariz com oleo de Juni¬
a polpa
/
 Dos Trochifcos. 301
a polpa paífando-a por Sedaqo , dc forte que ma raiz , que vem de Franqa , Bohemia, Ita-
vá bem tina , e fe lhe mifture depois a Tor- lia , e a ha em muitas partes deftc Keyno , e ^
mentina: oCalamoaromatico, Efquinantho, aflim diremos ao dito herbolario, que a An-
Canela, Bagas de Junipero , Junca , Efpica, gelica he lluma planta , que lanqa muitos
Acafraõ, e Aíphalto fe pifaráõ juntos todos tallos de altura de dous, ou tres palmos,
fubtis ; eílando neíla fôrma os iimplices pre- muito grofía , de hum Verde declinante a
parados fe miíluraráÕ todos, e fe iráõ baten- amarello pela parte de baixo , corn os i os
do em almofariz , lanqando-lhe o que bailar tallos ocos e cheirofos, as tolhas íao gia -
de vinho , e mel efcumado 5 e como a maffa des, e denteladas, os ramos eítao fo de huma
eftiver bem unida, e fem humidade mais parte em boa ordem , queacabaoem huma
que a precifa íe fórmem os Trochifcos, os fó folha, as flores natcem nas pontas, ou ci-
qüaes fe «mardaráõ para o ufo em vafo tapa- mas dos tallos em forma de chapeo de Sol,
como diz Lemery , he pa- com a côr branca, e cada huma de las tem
Dyphi.
lavra Arabe, que vai o mefmo, que dizer cinco folhas, que parece rota , e fe lullem
cheirofo ediz, que os antigos Sacerdotes na extremidade de hum copolmho, quan-
os offereciaÕ em fumo aos feus Deofes. Saõ do cahe a flor, apparccc hum ru ^
elles Trochifcos proprios para as chagas dos porto de dous grao,. *>8U ,Pda
bofes, fervem no tempo da pefte, e doenqas dos, eftrettos .redondos,
epidêmicas, refiftem á malignidade dos hu- ambos, a íatz he hum q
mores- da5-fe de hum efcropulo até huma te groflTa , de que faltem muitas raizes co
oitava em“cor conveniente T Nas terras do pridas, de quaf, meyo palmo ama Us de-
Norte os ufao muito em perfume, no tem- dm antes a pardo po fora , e branca^i por

crefce ordinariamente em terras baixas , e

54
R
CTroCH[SCOS contra peste.
Rai\ de Angélica tres oitavas.
. Tormentilla,
Lyrto Florentino.
Ze doaria.
Cafeas de Cidra anà duas oitavas*
Gengibre.
Coentros preparados.
Rofas vermelhas anà huma oitava.
Macis.
Canela. t vUiUi„
Cravo ia Índia anà meya oitava.
Extraão ie Junipero quanto ba te -.faiao-fe
T roM/cos S. A. Far-fe-haõ na tórma legem-
te:Todos os f.mplices bem cfcolhidos fe pr-
laráõ fubtis, e depois fe lhe ajuntara o que
bartarde Extra&o dejunipero, e em almo¬
fariz fe vá batendo a matevia ateertar bem li¬
gada , e tendo confidencia dura e_ °r
os Trochifcos, os quaes fe leccarao _a foi
hra e depois fe guavdarao para o ufo. N o
cafo, quePnaô haja Extrado de Junipero fe
pódem formar os Trochifcos Car¬
do Santo, ou com o que baftar <ie Agoa The
riacal diítilíada. Saõ
r-iacal diliiHada. Saó eftes Trochta»
rrochilo» nao
fómente bons para a pefte, 1 r rnMtademá ma feguinte: O Caftoreo, Mynha ,e
ra todas as febres, em que ha fulp^ade ma
qualidade, fervem de ptelervativo na_co
rupqaõ dos ares màos: dao-fede h
pulo até huma oitava em agoa de eicorcio
Ltta , ou outro licor conveniente A a,z
neira
Angélica, que neíbe compo ’ Mucilagem de Alcatira feita com o itoqu
de
■ Sa daquella
nao ne daquella flor
flor affim
aíTrm charn^,
cbamaua^ tt
v mo purificado,
naô he a
groflas: A melhor raiz de Angélica he , a
que vem fecca de Bohemia , c Inglaterra, e
depois a das oütras partes $ deve ter giofía ,
cheirofa , con.1 o goíto aromático declman-
te a amargo 5 a que he picada do bicho, ou
velha naõ preíla, contêm muito oleo exalta¬
do , e fal volátil Chama-fe Angélica , ou
Archangelica y por cauta das grandes vir tu- Archan-
des que tem 5 he cordeal, eílomacal, ceta.i • g
ca, aperitiva, fudorifera , vulneraria, ren-
ílc ao veneno, ferve no tempo da peite,
”® ' TJj ’ doenças contagiofas, e mor-
í b S damnados : dà-fe de hum
““ ou mais mas mais or-
^ nos compoftos., _ _
dinanaroe
T RO CHI S C O S ANODINOSlKnm
Magiílraes.
t é T) Laudano opiado meya onça.
XV. • Cajtoreo.
Myrrha.
Açafrao anà duas oitavas.
Camphora hum efcropulo.
Mucilagem de Alcatira feita com çumo ie
Meymendro purificado quanto bajte paraje
7 A Far-le-ha5 na for-
habnafot-
qa
m 8 & fubtis. 0 Laudano, e a Cam-
‘ & P. diffolveriõ em alguma porqao de
cumo de Meymendro punheado ; então ie
g ^ e fe iri batendo a matem
d«t*. ^^ lan(.audo.lhe o que baftar de
r?ficadoi e
e tanto
tanto cue
que a maffa eflivei

b“ 1 IS
 Pharmac. Lüfit. Augtnent. Trat. VIII.
que fe feccaràõ á fombra, e fe guardaráõ
para o ufo. Eíle medicamento ferve-para
abrandar as dores do corpo de qualquer par-
te que fejaõ , abate os vapores hyílericos,
excita fuor , provoca fomno , abranda a tóf-
fe, ou de todo a tira : dà-fe de quatro gra5s
até doze , e naó mais.
TROCHISCOS DE PEDRA HUME.
5 6 T) Pedra hume crua.
XV • Pi retro and me} a onça. s
Pimenta longa.
Semente de Meymendro and duas oitavas.
Farinha fina de fevada.
Greda branca.
Sal prunel and oitava huma e meya.
Gengibre.
Cravo da índia.
Extraão de Opio and huma oitava.
Çumo de Hortigas quanto bafe para fe for-
marem Trochifcos S. A. Far-fe-haõ na fórma
feguinte: O Piretro , Pimenta longa , fe-
mende de Meimendro, Greda, Gengibre,
e Cravo fe pifaràõ juntos todos fubtís, o Sal
prunel, e Pedra huma fe faraõ em pó , o Ex-
tracto de Opio fe diíTolverà com algumas
gottas de cumo de Hortigas purificado , e fe
miílurará com os mais fimplices, e fe irà ba¬
tendo tudo , lancando-lhe o que for necel-
fario do ditoqúmo de Hortigas , e como a
maíTa eíliver bem unida,e durafe faraõ Tro¬
chifcos , que le feccaràõ à íombra. Servem
para abrandar as dores de.dentes applican-
do-os em pó emcima do dente que padece ,
ou com o mefmo pó fe fazmafla com o dito
cumo , e fe applica em hum parche na arté¬
ria temporal, e outro mayor emcima da fa¬
ce da parte da dor. -*
TROCHISCOS PEITORAES.
57 TJ fumo de Alcaçú\ meya onça.
XV. Goma de trtgo huma onça e meya.
Almifcar.
Algalia and tres graõs.
Oleo-de Herva doce do%e ffraos.
Açúcar refinado doxe onças.
Mucilagem de Alcatira feita em Agoa rofa-
âa , a que bafar para fe formarem Trochifcos,
Paftilhas ou Paf ilhas S.A. Far-fe-haõ na fórma feguin-
peitoraes. te : O cümo de Alcacüz eílando duro fe re-
duzirà a pó , e fe for feito de frelco fe diflbl-
verà em Mucilagem de Alcatira , o Aqucar
-fe pifará fubtil, e o Almifcar da mefma for-
te, pifando-o com alguma porqaõ do dito
Aqucar, entaõ fe miílure com o cumo de Al-
cacúz, e Algalia ,efe irà unindo tudo, e ma-
laxando, com o que bailar de Mucilagem de
Alcatira até eílar a mafía bem unida , e dura,
■e deíla fe formem Trochifcos, ou fe faqa em
fórma de paílilhas, que fe feccaràõ à fombra,
e fe guardaràõ para o ufo. Servem para a tof-
fe, facilitaõ a refpfracaõ aos afmaticos, e faõ
bons em todos os achaques do peito: daõ-fe
de huma oitava até duas , ou fe faõ formados
a modo de Paílilhas fe trazem na bocca, e fe
lhe vay engolindo o fucco.
TROCHISCOS DE BALAUTIAS.
5 8 13 Balaufias huma onça.
XV • Rofas vermelhas.
Bolo Armênio oriental.
Goma Arabia.
Acacia and tres oitavas. >
Mucilagem de AU a tira tirada em Agoa ro-
fada , quanto bafe, fvrmem-fe Trochifcos S.A.
Far-fe-haõ na fórma feguinte : As Balauílias
fe efcolheràÕ , e fe pifaràõ com as Rolas fu-
btís , o Bolo Armênio fe faqa à parte em pó
fubtil , a Goma Arabia fe pifará da mefma
forte em almofariz eftando quente, a Acacia
fe difíòlverà com alguma porqaõ de Mucila-
gem de Alcatira feita em Agoa rofada, então
fe lhe ajuntem os mais fimplices, e fe va5
batendo em almofariz, lancando-lhe o que
for neceflario de Mucilagem $ e tanto que a
matéria eíliver bem unida , e dura fe faqaõ
Trochifcos, que depois de feccos à fombra
fe guardarão para o ufo : faõ proprios para
fazer parar os curfos do ventre , as Emorrha-
gias, eGonorrheas: daõ-fe de hum elcropu-
lo até oitava e meya.
TROCHISCOS DE DORONICOS.
59R. Raiz de Doronicos duas onças e
meya.
Cal viva.
Galhas and de% oitavas.
Verdete.
Caparrofa and cinco oitavas.
Pedra hume.
Acacia.
Balaufias and tres oitavas.
Vinagre forte quanto bafe para fe fa\erem
Trochifcos S. A. Far-fe-haõ na fórma feguin¬
te: A Raiz de Doronicos, Galas, e Balauílias
fe pifaràõ fubtís, o V erdete, Pedra hume, e
Caparrofa fe pifaràõ juntos, a Acacia fe dif*
folverà em alguma porcaõ de Vinagre , en-
taõ fe ajuntaràÕ todos os fimplices , e fe lha
lanqarà a Cal viva, e tudo em gral de pedra
fe irà batendo , lancando-lhe o vinagre que
for neceflario , e como toda a matéria eíli-
ver bem unida, e a maRa dura, fe faraõ Tro-
chifcos, que fe feccaràõ à fombra , e fe guaiv
daràõ para o ufo. Depois que eíla miílura
eíliver feita , fera bom, que fe deixe ptimeir
ro fermentar algum tempo , antes que fe
formem os Trocifcos, porque os accidos der
fta compoliqaõ , que faõ muitos, penetraõ a
C^l viva, que he Allcali, e fe a mafía naõ eíli-
ver bem fermentada , fe naõ poderàõ formar
os Trochifcos, porque os fimplices fe dek
aggre-
i
1
aggregarao. Sao deterfivos, c defeccatiyos,
ÍStV.CíH pà*& JLCtlíâ das-chagas da boct ã , e
gengivas 5'rcuftem a podiiday da carne : dif-
íoive-íe numa oitava delles em duas onças
de Agoa de Tanehagem, efe fomenta ,a par-
Porom* te enferma. He o Doronico, confórme enfi-
eus. naõ os modeinos huma planta , que lanqa
as folhas laVgas , fédondas, e verdes cubertas
de pello^emelhantesàs do Pepino de S.Gre-
gorio , porém mais pequenas, e brandas} o
tallo he alto de palmo , ou pouco mais, la-
noginofo , redonda, acanellado, dividido
nas cimas em muitos ramos pde que la hem
humas dores farpadas, amarellas, femelhan-
tes às do Chryfantemon , a ella flor fücèe^
drgi humas Gementes miúdas declinantes a
negras, de godo algum tanto acre, as raizes
fatõ huns tubérculos brancos pegados a hu¬
mas fibras , que fe enrofeaõ às voltas pela
terra T como a gràma , e cada hüma delias
raizes reprefentaõ a figura de hum Eícor-
piaõ. Crelcc eíla planta nas montanhas de
Fuilfa junto a Genebra, Fráiíqa , na Proven -
ça, e em Languedoc e deílas partes vem a
dita raiz limpa das fibras, e Cecca* a melhor
he a mais grofla do tamanho de nozes, car¬
nuda , amarélla por fóra »e branca por den-
fr ’-- tro , de goílo doce algum tanto adílringen-
' - ü tre y contém muito oleo, e fal volátil, e eífen-
cialL Eíla raiz fenaÕapplíca interiormente,
• ‘ •
c e. •: ;■ •. - ; ■ >:}>'
Dos Trochifcos. 3013c
porém ferve tio ufo externo para a cura das
chagai-venáhofas , íoi-tifica u coracaÔ^ des-
faz as pajpiíaqoés delle , fomentando a par-
te com o feu cozimento, e dizem alguns
AuétoVes, que a dita raiz cozida , e dada a
comer aos caés lo«o os mata;
TROCH1SCOS FLORENTINOS.
60 T) Rat\ de Lyno Florentino, huma.
XÁ.» onça.
Pimenta branca.
Goma Ammoniaco and meya onça. ç.* *'
Vinho branco qaanto bajie para fe forníàr í :
majfa de Trochifcos S. A. Fav-fe-haõ na fôr¬
ma leguihte: A Raiz de Lyrioe Pjmenta fe
pulverizarão juntos , o Ammoniaco íe elco-
lherà em lagryma , ele reduzirá a pò, e quan¬
do fe nao pofla pul verizar , fe diíTolverà em
vinho, e fe porà em boa confiílenciaj depois
fe mifturarà cóm os mais fimplices , e todos
fe bateràõ ém alniofariz , até que a mafia
eíleja bem unida , lanqando-lhe o que for
necefíario de vinho branco* e depois de du^
ra fe formaràò Trochifcos , que feccòs à
fombra fe guardaràõ para o ufo. Saõ pró¬
prios para refolver as obílruqoes do baqo , e
melenterio, fervem na cura das màs cores,
e provocao a conjunqaô menfal : daõ-fe de
meya oitava até quatto efcropulos em licor
conveniente.
■ ':>r ; ■:u;
TRA
 > /k>i
TRATADO A sb
i.‘í> ji •icitro'

DOS C O L L Y RIOS, P Ú s ~> i'I

MÈM e Talhados/ ' •«T^«*w»inídbn.ív. 'Vj

• > < “r ’ w
Collyr.
°t^Y^A dicmtur medicamen-
juid !
ta ocular ta , qua videlicet oculis
tniuntw, quorum formí tresfunt:,
V alta emmfunt Uquida^que, ex tico-
, r ji»* /utuujv jimpucium ren
pulmjcuhs - tenuiffimis
• confiam-, alia funt ar ida,
quaexfohs puíveribus , oleis , autfucco aliquo
tmfiamtur. Da Francifcusjoelis feã. t.c.iz.
■ * r 4
As claras de ovos frefcos fe bateràõ muito*
bem e fe poraG a diftillar ea-aom •
feipifturaràcopi as mais, e affimfe dar/nà*!
ra o ufo. mais, e amm le dará pa-.
' ,S<:rvf.eíle Collyrio para toda a infWW,
<jflo, e dor de olhos, reffefca ^ é adoça os tíu*i
mores acres, qUe nelles cahem, applica-fe àf
parte pmem panninhos_11_i
molhados. rr

Metlmd mihipag.jtf. Quer dizer, que os

COLLYRIO DETERGENTE.
4 Vo1 yuos chamaõ medicamentos ocula- 2 ^ Vidro de Anlimonio.
íes $ porque fe mettem nos olhos para os cu-
_ Tutia preparada,. i:j - . . , ,
rar , dos quaes ha tves formas ^a primeira, he
Sal Saturno and efcropulo hum. <
o o lyrio ,<jue he fó de colifas Jiquidas, que
Agoas de Euphra\ia. : ,
coníbo de licores,, qumos , ou pós muito fu-
Tanchagemy ., \ o
faõ os f,a lf mp)ÍCreS- A %unda fórma , bofada, ede
íao ps Collyrios, que faõ fó de pós de hum ’
— de
ou -vuiuiius
mmtos meuicamentos. fór-
medicamentos. A terceira for- ' rni$íire^f* > *fa~
ma , Inn
ma .
laõ r\c
os niiA
que fe fazem a morí. t.
U X_
r C^lyrto S. A. na forma lequinte : O Vi-N°tat'«
Pu 1 vis to, e quedro de AntimouioTe pifará fubtiliffimo,
quid e Wí nomtn Wfi generahter niinut^ffimT* P“l com^ ^ut!a preparada, e.Sal Saturno fefa-
àenotet, quçcumque modofaãa - attnvn $a ° Cóllyrio em almofariz de chumbo , a-
juntando lhe as agoas, eaflTm íe dc paia o
fimplicia illa fint ftve conwoíit* Oi , Todos os Collyrios fe devem fazer dc
Ve ainda q/e S feffieS * P<,‘'qUe °S ^
muito moído de qualouer mndn r citao teitos ^ perdem , e tem pouca, ou ne-
chame pó, com tudo^ commumnièmé fe Vlrtudei e íe devem fazer todas
chama pó àquellas coufas que fe miiven™" • v^s cJuc.)je Pet^irem. O vidro de Amimo- Vitrwn
ou íejaõ de hmplices ou d^ comnnfín r M°^t faZ * P,rando huma 1Jt>ra delle , e de- Antimo
lim o enfina J<V SchroderoT/f ?°'S ™ Vafo de ba"° - ^ "aõ nÍÍ-
Tabulx , PH'mihi 7- = TubuU, Morfuli fa,'Mordi feja vldrado > ,e «He fe pôem enterrado em
Morfuli ,ll medicamenta funt quadrataut òíurímàm V" 'a° fazend°-1 he fogo forte , en taô fe me-
fcu Mor■ rata ex pulveribus, & timilibús faccharo ínL/a xera com e,P2tula de ferro continuamente
fei. quid 'ffcepUsJuperque tabulam tigiíeam, lapfdlam acab^em nlftei'la fi,Car.ern Srl™os, e fe lhe
cupreamveeffufis, utconfolidentur. -Quer di- ri .í"* fUm0S do Antim°nio, fedeixa-
2fr ’ ‘i« as Talhadas faô hum medicamento vt, f S r °Ume > e,tanto S« 2 matéria eíii-
duto feito em fórma quadrada com pós e hn/í/6’ e Plfe > e depois fe lance em
Açúcar derretido, lançando-os em taboade te te/dó"^ ’k° qU3 fe porà em FoS° for-
pao , pedra, ou de cobre, para que fe con f iiAl "° cubei t0 com hum boccado de
gelem. Affim 0 diz o mefmo Schrodero »ã ier aT? ’ * dÊ qUando em ^amlo fe me-
Cap. atadopag. mihi 6, íei.j a materia
flilMt, « , rrate que
v totalmcnte cheia
LWLttlu,Lnte eiteja
COLLYRIO REFRIGERANTE. huida -, «e —
fl“'da como aflim ehiver,
. fe ...lhe dará
. . fe.
1 T> Agoas de Tanchag em. go brando ma's meya hora, tendo o cadi.
IV. Euphra%ia,e nho delcuberto ; e ultimamente fe lance a
Rofada
A
and onças duas.
4 • /J I . . “X f'm ,lf5Iu,da emchoa de huma pe.
Agoa difiillada de claras de ovas frefcos on- dia hfa, a qual fe aquentará primeiro muito
\mevn ■ ■vnifí.e»» . S ^
u" f"S°. “s ”

"-'Z,0’: *”** "* »£% %ZSttK t& 32

timonio
 . Dos Collyrios, Pós, eTalhadas.
timonio para o Xarope Emético , he vomi-
tivo muito violento ; e havendo tal neceíii-
dade , que o obrigue a dar em pó , fe dará de
dous grãos ate cinco , conforme a forca , ou
robuílidaõ do que o tomar.
Serve o Collyrio detergente para gaílar,
e confumir as cataratas dos olhos no princi-
pio, e para as alimpar de todo o humor, ap-
_1 * I a mn M an r\ I Un s-v ^ « J -
plica-íe em pannos molhados emcima da
parte.
COLLYRIO ALOETICO.
.5 T> Azebre bom oitava hum a.
JLV • Vinho branco.
Ag oa Roftda aná onça hum a e meya: mi-
Jlure-fepara Collyrio. Far-fe-ha na fórma fe-
guinte: O Azebre fe difíblverá na agoa e vi¬
nho, e depois fe filtrará, porque naõ leve al¬
guma arêa, ou outra coufa eítranha, e de¬
pois de filtrado fe dê para o ufo. Chama-fe
eíle Collyrio Aloetico , porque o feu funda¬
mento he o Azebre, que nelle entra.
Serve eíle Collyrio para a cura da farna,
que fahe emcima da capella dos olhos; ap-
plica-fe molhando algodaÕ no Collyrio, e
lanqando-o na parte, e defecca a farna ad¬
miravelmente.
COLLYRIO DE CHARYS.
. 4 TI Açúcar cande onça huma.
JtV. Raiz de Lyrio Florentino oitavas
tres.
Tutia preparada oitavas duas.
Sarcocolla preparada.
Vitriolo branco aná oitava huma.
Agoas de Euphra\ia , e de
Funcho.
Vinho branco aná libras duas.
A%ebre bom.
Cravos aná oitava huma.
A<roa Rofada onças oito i de tudo fe faça
Collyrio S. A. na fyrma feguinte: Todos os
íimplices fe pifaráõ fubtilitfimos, c fe mette-
ráo em valo de barro vidrado, e emcima lhe
lancaráõ as agoas, e vinho j e depois de bem
tapado íe pora ao Sol nos Caniculaies poi
efpaqo de quinze dias, e nao havendo Sol fe
póde pôr o vafo em arêa quente o mefmo
tempo , mexendo a matéria muitas vezes
depois do dito tempo fe coará o licor por
inclinacao e fe guardará para o ufo. Neíta
fórma o enfina a fazer Moyfés Charás na
Pharmacopea Reg. cap.i^ de Collyr.pag. mi-
hi 4.96 O Vitriolo branco fe faz na fórma fe-
Vitriolü
album. euinte • Tomaráõ a quantidade que quize-
rem de Caparrola boa, e da mais limpa, e
fe metterá em huma tigella , ou outro vafo
de barro que naõ feia vidrado , e fe porá ao
lume até que a Caparrofaie faqa em agoa,
entao fe deixará ir gaílando toda, até que fi-
entaq ie aeixara * 5
que fem humidade alguma 7e a mateua que
505
eílá 110 vafo , fe taca branca , e dura : eíla tal
Caparrola aílim calcinada ie diflolverá em
agoa muito limpa , e depois de tiltrada fe
ponha a evaporar a humidade, até que tique
huma matéria branca a modo de fal , e tan¬
to que eíliver bem fecca , fe guarde para o
ufo. Aífim o enfina a fazer Lemery no feu
Curfo Chimic. part. 2. cap. 18. de Vitriol. pa-
_* 4 t / \ T 7 • ■ t a • .
gin. mihi 4oy. O Vitriolo branco he vomiti-
vo : dà-fe de hum efcropulo até huma oita¬
va, enouío externo ferve para Collyrios,
e para outros medicamentos.
Serve o Collyrio deCharás para alimpar
os olhos de todo o humor , que nelles cahir,
desfaz as cataratas, e cura as chagas das pa-
ílanas , e livra de toda a comichão, que aos
olhos fobrevem.
COLLYRIO PARA CONSERVAR
os olhos das Bexigas.
5 "O Açafraõ efcropulo hum.
X\ • Agoa Rofada.
Tanchagem , e de
Euphraya aná onça meya: de tudo fe faça
Collyrio. Ita Nicolaus Lemery in PharmaCop.
cap. 27. de Collyr. mihi foi. 106. Fav-fe-ha na
fórma feguinte: O AqafraÕ fe lanqará intei¬
ro nas agoas diílilladus, e nellas eílavá de in-
fufao tres horas, depois fe coará , e eíla tin-
dtura fe dê para o ufo.
Serve eíle Collyrio para alimpar o humor
que cahe nos olhos, aclara a viíla , e impe¬
de que o humor acre das bexigas naõ faqa
muita impreíTaõ nos olhos.
COLLYRIO OPTALMICO.
6 T) Tutia preparada.
JLV* Cravos pulverizados aná onça huma
$ meya.
Açúcar cande onça huma.
Camphora.
A\ebre bom aná oitava huma e meya.
Vinho branco libras quatro.
Agoa Rofada libra meya.
Cehdonia.
Funcho.
Fuphra\ta, e de
Arruda aná onças duas: de tudo fe faça Cot-
lyrio
. S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac.
cap.27.de Collyr. pag. 107. Far-fe-ha na for-
ma feguinte: Os fimplices fe pifaráõ fubtilif-
fimos, e fe metteráõ em hum frafco.de vi-
dro, e emcima lhe lanqaráõ o vinho , e as
agoas, e fe porá depois de bem tapado ao
Sol nos Caniculares por efpaqo de quinze
dias, mexendo a matéria duas vezes cada dia,
e paíTado o dito tempo fe coe por inchna-
qao , e fe guarde para o uio. 1 ambem le po-
de fazer pondo o vafo em cinzas quentes pe-
lo melmo tempo no calo que feja ncceíTa-
rio focr-fe fóra dos Caniculares.
Eíle
 3 o6 Pharmac. Lufit. Augmcnt. Trat.IX.
Eíle Collyrio alimpa os olhos de todo o
humor,• que nelies cahe deíecca-lhe as cha-
gas , aclara a vifta , e ferve em toda a inflam-
maçaõ , applica-fe de noite em pannos finos
molhados nelle , os quaes íe teráõ fempre
com humidade , e de dia fe pódem lavar os
olhos com o mefmo Collyrio.
COLLYRIO SECCO.
7 T) Açúcar cande oitavas duas.
• T utui preparada.
hi xo de Lagarto anà oitava hum a.
Vitriolo branco.
A\ebre fuccotrino anà oitava meya : de tudo
fe faça Collyrio S- A. Ita Moyfes Charás in
Pharmac. Reg. cap. 15 .de Collyr.p. mihi 4 97.
Far-fe-ha na fórma feguinte : Todos os fim-
plices íe pilem fubtiliflimos , e fe guardem
aflim para o ufo.
Serve eíle Collyrio para gaílar as catara-
tas dos olhos, alimpa-os de todo o humor,
e aclara a viíla , lancaõ-fe tres graõs delle
por hum canudo no olho enfermo : Póde-íe
applicar cm fórma liquida com agoas ocula¬
res feito na fórma dos mais.
^COLLYRIO DE ANTIMONIO.
8 T) Antimonio cru hum efcropulo.
X\» Tutia preparada oitava huma.
Lixo de Lagarto
Açúcar cande and meya oitava.
Agoas Rofada onças duas , e de
Buphraya onça huma.
Vinho branco onça meya.
Agoa diftillada de clara de ovo oitavas duas,
de tudo fe faça Collyrio S.A\ na fórma feguin¬
te : Os fimplices fe pifaráõ fubtiliflimos,,e em
almofariz de chumbo fe diflblvaÕ com as
agoas, e aflim fe dé para o ufo.
Serve eíle Collyrio para toda a inflamma-
qao dos olhos , e dores delles, adoqa os hu-
mores acres, qup as caufaõ, applica-fe em
panninhos de noite e de dia fe lavao varias
vezes com elle.
9 R COLLYRIO DE LANFRANCO.
Ouro pimente oitavas duas.
. Verdete oitava huma.
Vinho branco libra huma.
Agoa de Tanchagem , e de
Rofas anà onças tres.
Myrrha.
A\ebre anà efcropulo âous: de tudo fe faça
Collyrio S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm.
cap. 27. de Collyr. pag. 108. Far-fe-ha na fór¬
ma feguinte : Os fimplices fe pifaráõ fubti-
liliimos j e fe ajuntaráõ aos licores, com que
fe desfaráõ muito bem , e aflim fe dê o medi¬
camento para o ufo.
Eíle licor impropriamente fe chama Col-
lyrio, porque nunca fe applica nos achaques
dos olhos, ferve fó para alimpar a cura das
chagas veiiereas, quenafcem nas partes pu-*
dendas, e também ferve para com elle tyriíl*
gar as chagas , que fobrevem ásgonorrheas,’
e então fe lhe ajunta alguma agoa de Herva
Moura.
O Collyrio branco de Rafis fe faz com os
Trochifcos de Rafis fem Opio , que ficaõ e-
fcriptos no Tratado oitavo dos Trochifcos nu-
mer. 28. os quaes fe desfazem em aquelias
agoas oculares, que parecem convenientes,
applica fe eíle Collyrio em toda a inflam-
macaõ dos olhos ém panninhos molhados
nelle.
COLLYRIO VERDE.
10 T> Verdete oitava huma.
JA % Vitriolo branco oitavas duas.
Agoa da chuva duas libras e meya e duas on¬
ças : de tudo fe faça Collyrio S: A. Ita Mada-
tiia Fouquet part. 1. pag. mihi 86. Far-fe-ha
na fórma feguinte * O Verdete , e Vitriolo
branco fe pifaráõ fubtiliflimos, e fe metteráo
em vafo de barro vidrado, e emeima lhe lan-
qaráÕ a agoa fervendo , e fe deixará aflim
eílar bem cuberto , até fe esfriar , entaõ fç
filtre a agoa, e fe dê parado ufo. <>• '
Serve para alimpar as chagas dos olhos, c
para as inflammàcoes dos mefmos, e tam¬
bém he conveniente nas chagas de queima¬
duras , applica-fe lavando os olhos com a
dita agoa muitas vezes.
COLLYRIO OPTALMICO
de Fouquet.
11 T) Tutia preparada onças duas.
XV • Macis onça huma.
Vitriolo branco oitava huma.
Agoas de Funcho , e
Rofada anà libra huma e meya.
Agoa de T ancha gem libra meya: de tudo fe
faça Collyrio S. A. Ita Madama Fouquet p. 2.
pag. mihi 228. Far-fe-ha na fórma feguinte s
Os fimplices fé pifaráõ todós fubtiliflimos, e
fe metteráo em huma garrafa, e emeima lhe
lanqaráõ as agoas, e depois de bem tapada
fe porá ao Sol feté ou oito dias, ou em cin¬
zas quentes, e paflado o dito tempo fe coe
por inclinaqaõ , e fe dê para o ufo.
He bom eíle Collyrio para alimpar, e for¬
tificar os olhos j aclara a viíla defecca as
chagas, e abranda as dores.
COLLYRIO DE MYRRHA.
12 T) Myrrha oitava huma e meya.
XV. Tutia preparada oitavas duas.
Verdete efcropulo hum.
Çamphora grãos fete.
Vinho branco.
Agoa Rofada.y.e de
T ancha gem anà onças tres: de tudo fefaça
Collyrio S. A. Ita Fredericus Hojfmanusfupet
Schrod. lib. 2. cap de aquis pag. mihi 8 6.
Far-
 Dos Collyrios, Pós, eTalhadas.
Far-fe-ha na fórma feguinte : A Myrrha , e
mais fimplices fe pifaráõ fubtiliflimos, e mi-
íluraráÕ com as agoas, e vinho , e fe porão
em fogo brando a dar huma fervura , depois
fe coará , e dará o Collyrio para o ufo.
File Collyrio gaíla as névoas dos olhos,
aclara a viíla , desfaz as belidas cominuan-
do-o muito tempo $ e finalmente ferve em
todos os achaques dos olhos, e nelles obra
milagres, como diz o meímo Auélor: Vai et
in omnibus oculorum ajfeãibus ufquead mira-
tulum.
PO’S B EN EDICTÍNO S.
13 TJ Coentros preparados onças feis.
Jt\.» Herva doce.
Semente de Funcho.
Rai\ de Diãamo.
Alfa\ema.
Alcaçú\.
Canela and onça huma.
Açúcar bom libra huma: de tudo fe façaó pòs.
Ita Pharmac. Valentina traã. de pulver.p. £8*
jChamaõ-fe eíles pós Benediãinos , porque
foraÕ inventados para o Papa Benediólo, co¬
mo diz JoaÕ de Cadilholib. i.feã. 4. depuU
ver. pag. 126. Far-fe-haõ na fórma feguinte:
Os fimplices fe piíem iubtis, e fe miílurem
com o Acucar , e depois de bem miílos fe
guardem para o ufo em vaio de vidro bem
tapado, ou também fe podem guardar os
pós fem Acucar, equando fe pedirem , fe
lhe póde ajuntar $ advertindo , que fe pedi¬
rem meya onca de pós,fe hao de pefar duas
oitavas , e outras duas de Aqucar , que aflim
fazem a conta certa dos pós completos.
Servem eíles pós para ajudar o cozimento
do ventrículo , e desfazer os flatos, faõ uteis
nas dores da cabeça procedidas de flatos ele¬
vados do ventrículo. Toma5-fe logo depois
de jantar, ou cêa , de huma até duas colhe¬
res: porém naõ os devem u!ar os que não
tiverem quarenta aiinos de idade 3 e também
fó poderão lazer bom eAfeito em tempo de
Inverno, e em terras frias, como adveite a
mefma Pharmacopea no lugar citado.
P ü’ S DIGESTIVOS
de Lemery.
14 'O Semente de Funcho.
XV. Herva doce.
Coentros preparados and onça huma e meya.
Canela.
Ca Ceas de Cidra , e de
Laranja and oitavas tres.
Cravos.
Ruybarbo and oitava huma.
Acucar cande onças oito : mfurefe tudo, c
fe façaõ pós. Ita ídicolaus Lemery in P1\ar-
macop. cap- 6. de pulver. pag. 310. Far-fe-haõ
na fórma feguinte: O Acucar cande fe pife
507
á parte , e fe paflé por peneira fina, e os mais
fimplices fe trituraráõ medíocres, e miílura-
ráõ com o Aqucar, e aflim fe guaidaráõ para
o ufo.
Eíles pós ajudaõ a digeílaõ , desfazem os
flatos, fortificaÕ o eílomago , e excitaõ o ap-
petite : tomao-fe logo depois de jantar, ou
cea de huma oitava até duas.
P O’ S CACHE TICOS
de Quercetano.
15 "O Crocus Martis aperiente onça huma.
XV* Facula radieis Aronis citava hu¬
ma e meya.
Alambre preparado.
M agi ferio de Coral.
M agí ferio de Aljôfar and eferop. quatro.
Ambargrh oitava meya.
Açúcar q.f: de tudo fe façaõ pós. Ita Jofe-
phus Quercetanus in Pharmac. rejlituta cap. i ç.
de pulver. pag. 320. Far-fe-haõ na fórma fe¬
guinte : O Crocus Martis fe pifará fubtilifli-
mo, e os mais fimplices fubtís, o Âmbar fe
triturará com algum Aqucar cande, e depois
de todos os ingredientes eílarem pifados, fe
miílurem, e fe lhe ajunte o que bailar de A*
cucar em pó, para lhe dar bom goílo, e aflim
fe guardem para o ufo. Ainda que o Auétor
nao diga , que o Acucar feja caigde , com tu¬
do para que os pós fe naõ humedecaÕ fe de¬
vem fazer com o Aqucar cande, por fer mais
enxuto, e duro j aííimoenfína Lemery na
fua Pharmac. cap. 6. de pulver.
Eíles pós curaõ as obílrucqoes , a melan¬
colia, alegraõ, e fortificaÕ o coracaõ, faõ
convenientes na cura das más cores, e ca-
chexias em qualquer fexo, ou idade que fe¬
ia : daõ-fc de hum efcropulo até huma oi¬
tava.
PO’S CACHETICOS
de Lemery.
1 ^ "D ^r0CUS Curtis aperiente onça huma
XV. • Coral vermelho preparado.
Pecula de tai\ de Norça and oitavas duas.
Rafuras de corno de Veado.
Alambre preparado.
Canela.
Macis and eferop. quatro.
Açúcar onças tres : de tudo fe façaõ pós. Ita
Nicolaus Lemery in Pharmac. cap. 6. de pulv.
pag. ^16. Far-fe-haõ na fórma feguinte : O
Cíocus Martis fe pife fubtiliflimo, e os mais
fimplices fubtís, efe miílurem com o Aqu¬
car , que ferà do cande, e fe terá pifado à
parte,e como tudo eíliver bem miílo íe guar¬
dem os pós em vidro bem tapado para o ufo.
Eíles pós adoqaõ os humores acres, e os
accidos do eílomago, provocaõ a conjun¬
ção menfal às mulheres, e fervem na cura
das más cores, cachexias, obílrucqoes, e
Qq ? cm
 }o8 Pharmacop. Lufitan. Augment. Trat. IX.
cm todos os achaques , que delias proce¬ Diaçrndio oitavas tres.
dem : daõ-ie de mcyo elcropuio até huma Ru/ barbo oitavas feis.
oitava. Turbit gomofo onça huma.
LA PIS CONTRAYERVA. Sene onças duas \ mfiure-fe , efaçaó-fe pós
■7 O R'"X contrayerva. S. A. Ita Mtchael Ettmullerus-in Çommentar.
Schrod. cap. 7. de pulver. pag. 466, Far fe-baõ
\
Iv» Aljôfar.
Coral vermelho, e na fórma feguinte : O Turbit lé pife medio-
Alambre branco preparados oitava huma. cre , 0 Sene , Ruybarbo , e Diagridio na me¬
Olhes de Caranguejos preparados oitavas fma fórma cada hum à parte , e os mais fim-
quatro fiçad-fe pós.lta Moyfés Charàs in Phar- plices fe triturarão fubtís , e como todos
niac. Reg. i.part. cap. i. de Variis remediis eíiiverem bem miíturados, fe guardem para
pag. 426. Far-le-haõ na fórma feguinte : Os o ufo em vafo de vidro bem tapado.
íimphces Te piíaráõ todos muito iubtis , eas Eítes pós purgaõ todos os humores , po¬
pedras fubtiliífimas , e como tudo eíliver rém mais principalmente a cólera : daõ-
miílurado Te guarde em valo de vidro bem fe de huma oitava atè quatro eferop.
tapado , ou também para que melhor fe ESPECIFICO CEPHAL1CO
confervem , fe fará maffa dura coro mucila- de Ettniullero.
gem deAlcatira, em que fe diííblveràô al¬ 20 TJ Ci na brio de Antimonio bem prepa-
gumas fevaras de Açatraõ , e huma pequena JLV • rado grãos Jejjenta.
porçaõ de pós Viperinos, e deita maífaie Sal volátil de Alambre oitavas duas.
formaràÕ huns globos redondos , ou boli¬ haudano Opiado graus oito.
nhas agudas do feito das pedras cordiaes , e Camphora grãos quatro : de tudo fe façaõ
depois de leccas fe guardem para o ufo. pós. Ita Michael Ettmullerus in Commentar.
Eítes pós, ou pedra Contrayerva faõ de Schrod traã. de pulv.pag. 448. Efies pós fe
grande efiicacia contra todo o veneno , e chamaõ Efpeafcos , porque cada hum dos
doenqas Epidêmicas : dà-fe em pós fubtís fimplices he conveniente na cura do acha¬
de doze até trinta grãos , ou mais, torna- que para que foi o efpecifico compoíto , o
fe em caldo, ou agoa cordeal. íobs enome de Cephalico , he porque faõ to¬
SPECIES CEPHALICAS. - dos os fimplices capítaes , e muito uteis aos
i ^ T) Canela onças duas. achaques da cabeça : Far-fe-ha na fórma fe¬
JLV • Rai\ de Peonia. guinte : A Camphora fe pifará com o Cina-
Semente da mefma. brio de x^ntimonio , e Sal de Alambre , e fe
Cafcas de Cidra fecca oitavas de\ e dons mifiuraráõ com o Laudano opiado , e eflan¬
eferopulos. do tudo em pó fino fe guarde em vafo de vi¬
Gengibre. dro bem tapado para o ufo. O Cinabro de An- Cinnaha-
. Cúbebas. timonio fe faz na fórma feguinte : Tomaráõris Anti*
Cravos. partes iguaes de Antimonio em pófubtil, e momi*
Macis and oitavas cinco C5* dous eferoputos. de Solimaõ , e como eíliver de tudo feito
Pós cordeaes. boa miítura fe mettaÕ afíím em pó fino em
Aromático Rofado and efcropulo oito. huma retorta , de tal forte que fique mcya
Dianiufcho doce. cheya, e fe lhe porá feu recipiente lutado,
Jdiambar and oitava huma, e gr aos feis. e em fogo brando de arêa fe irá diftillando ,
No%es mofadas num. duas: de tudo fe façaõ ao principio fahirá hum licor claro, e depois
pós S.A. Ita Nicolaus Ettmullerus inÇommen- fe lhe continuará o fogo mais forte , e co¬
tar. Schrod. cap. 7. de pulver. pag. 455; Far- mo tiver no collo da retorta hum licor bran¬
fe-haõ na fórma íeguinte : Os fimpliccs fe co , e grofTo , fe lhe tire o recepiente , e fe
pifaràÕ todos fubtis , e depois fe guardaráÔ chegue hum carvaõ accefo á bocca da retor¬
em vaio de vidro bem fechado para o ufo. ta , para que fe defcongele eíte licor, e apa¬
Eítes pós Cephalicos, ou Species Cepha- nhe em outro recepiente ( eíte tal licor he
licas aquentaò a cabeça , feccaÕ os catarros, a que os Chimicos chamaõ Manteiga de An- Butirum
purificaõ, e corroboraõ os efpiritos vitaes , timonio, a fua virtude he cauítica , e ferve pa- Antimo.
e animaes: daõ-fe de meya oitava até huma. ra gaitar toda a carne podre ), entaõ poraõ ni,‘
PO’S PASSAV ANTICOS. novo recipiente na retorta, fem ferem luta¬
i<) ~Í3 Flor de Borragens. das as juntas, e fe lhe fará fogo forte quatro,
jL\ • Violas and efcropulos dous• ou feis horas,até que fe veja fahir hum vapor
Flfpica-hardi and oitava huma. quafi vermelho , e fe và continuando o me-
Gcnortbre. r fmo fogo, até que a retorta fe faça quafi ver¬
AicaçrA'. melha , entaõ fe deixe esfriar , e ultimamen¬
Semente de Herva doce and oitavas duas. te fe quebre , e fe lhe tire o Cinabrio , que
eítarà
 I
Dos Collyrios, Pós, e Talhadas.
Rcftifica-
tio leu
puritica-
tio Citi- e pondo-o em hum cadinho, e fe calcine
nabans muito cem , ate que fique com cor verme»
Antimon. lha declinante a negra , e deita forte fe guar¬
de para o ufo. Afiim o enfina Lemery no
feu Curfo Ghimico, part. i.cap. 9. Ò Cina*
brio de Antimonio he util nas Hpilepfias, e
Bexigas, purga por fuor notavelmente: dá-
fc de dous graõs até dez , ou doze.
Tr.es efpecies de Cinabrio fe ufa na Medi¬
cina : A primeira he , o Cinabrio nativo , ou
mineral, de que fe tratará no numero fe-
guinte: A fegunda he, o Cinabrio de Anti¬
monio , que acima fica eferipto : A terceira,
Cinnaba-
ris artifi*
e ultima efpecie he , o Cinabrio artificiai que
i cialis. fe faz de huma parte de Enxofre , e tresde
Azougue na fôrma feguinte : Tomaràõ o
Enxofre, co poraÕ em vafo de barro que
naô feja vidrado , e como eítiver derretido
lbe lanqaráõ o xAzougue pouco a pouco me-
xendo a matéria com eipatula de ferro , até
que o Azougue le naõ veja , e depois de fria
a matéria fe pife , e calcine augmentando-
lhe o fogo, até que eíteja em huma mafia
muito dura , vermelha , e refplandecente ,
e delta torte fe guarde para o ufo. Afiim o
enfina Letnery no Curfo Chimico part. 1.
cap. 8. Serve o Cinabrio artificial para o ufo
externo nas pomadas, com que ie cura a far-
na , e para ie darem com elle fumos aos Gal
licados, alguns o dáÊknela boccaj porém naõ
he medicamento mufio leguro : Efie Cina-
brio artificia! depois de pifado muito fubtil
fe chama vulgarménte Vermelhão , ferve pa-
Verme¬ ra as pinturas , e para tingir a cera de ver-
lhão.
inelho como diz Lemery no feu tratado de
drogas letra C,p 199. Todas as vezes que os
Auàores pedirem nas receitas Cinabrio fem
Cinnaba
ris abfo- mais determinação, ie ha de dar do Cinabrio
lute. artificial • poroúe quando querem o nativo,
ou o de Antimonio o dizem pondo lhe o fo-
, t
' serrem os pós Cephalicos, ou Efpecies
Ccphalicas para a cura, e prefervaqaõ das
Epilepfias, Apoplexias, Parlefias, e no prin¬
cipio das Bexigas, e Sarampãos: dá-ie de
meyo efcropulo até hum. ■
ESPECIFICO CEPHALICO
J oannes Michaeiis.
21 TI Cinabrio de Antimonio retificado,
IX. Cmabrio nativo preparado anà on-
r e taõquebradiqo , que com facilidade fe m-
ça meya. , ca em pedaqos, entaõ fe tirará , e afiim fe
«WSF&sbe-1
‘fefaça i"Efptctfico- Ua Fr/diricus eílejaó plantas Cordiaes, e Cephahcas^
tudo, e
pois fe reduzirão a pó fubtil , e nefia fôrma
fe guardaráõ para o uío.O Cinabrio nativo he Cinnaba.
huma terra minera! lupidola, nau porque feja tis nativi
terra, ou pedra, mas porque he quafi taõ du- <luid?
ra como a pedra: Confia o Cinabrio de Mer¬
cúrio , e Enxoire , e defies dous mifios for¬
mou a natureza eíta pedra , a qual le tira das
minas em que ha Azougue , e Prata $ a me¬
lhor he, a que tem muitos fios brancos a mo¬
do de Aqo , e partindo-fe he por dentro ver¬
melha miílurada ella côr com os lios: o que
he bom vem da America, e da Ungria : Pre-
para-fe o Cinabrio nativo para le dar pela buc-
ca na fôrma feguinte : Tomaràõ a quantida¬
de de Cinabrio nativo , que quizerem , e o
pifaràõ fubtil, e depois o iahqaràõ em huma
tigella de barro vidrado, e o poràõ a cozer
em fogo brando , tendo a tigella defeuberta
para que os fumos mercuriaes fe cxhalem , e
tanto que fe gafiar a agoa fe lhe lance outra
nova , e fe cozerá nefia fôrma o Cinabrio
feis vezes, e na ultima fe apanhe com colher
de pào o Cinabrio , que andar nadando por
cima da agoa , e as efeorias dei le ou alguma
area , que pofia ter, ficaràõ no fundo do va¬
fo 5 efte que fe apanhou por cima da agoa
fe lance em hum côpo de Prata , ou outro
vafodamefma, e emeima delle lhe lancem
hum pouco de bom efpirito de vinho, e fe
lhe ponha o fogo , e como fe gafiar íc lance
fegunda vez , e terceira novo efpirito , e o
Cinabrio que ficar no fundo do vafo,té guar-
de para o ufo. Afiim o enfina Hoffmano fu¬
per Schroder. íib. ].cap. 16. de Cinabrio: Pre-
parado o Cinabrio nativo na fôrma dita , he
hum admiravel remedio nas Epilepfias, e
Bexigas: dà-fe de dous graõs até dez. O Cor*
no de Veado ie prepara Phylofophicamente
na fôrma feguinte : Tomaràõ as pontas do
Veado , e as cortarào em pedaços, os quaes
atarao, e dependurarão com hum cordel,
e os metteràó dentro de huma cabaqa grau.
de de barro vidrado , no fundo da quaCefta-
raó algumas plantas cordiaes , e cephali-
cas, e fe lhe porá Lambique de vidro, e
fe diftillaràõ as plantas, as quaes com o va¬
por, que lanqaõ, caicinaõ o Corno de Veado,
e tanto que naõ diftillarem fe lance nova
matéria na cabaqa, e fe faqa a mefma difitl-
Iaqaõ, ate que o Corno eíteja muito nanco,
 310 Pharraac. Lufit. Augment. Trat. IX.
poique com o eípjrito , que delias fe diftilla ces, e aflim ficao huma cal inútil, como diz
le a ug menta a virtude de ponta de Veado Zueiphero iti MantiffaJparririca vart 2 r *
que e prepara. N eíta lórma o enfina a fazer ” Magifieria Perlarum, Corallorum Utmtis.
^citrT 7 ^«roàcopea Auguft. aleis , & UsJimiUum, contrariei ate hetefoge-
pu.rt.~j. Clajj. 20. de piapar. fimn. O Crânio nporitm ti/nunnivn . v

ii hu- “ai 1 nyioiopmcamente na mefma fórma,

«“le qUe a FTph°i
tI"g1
fit ° Corno do VeadJ
PiePaiado Phy olophico he muito cordeal ,
po7Z7^Z
melhor ufar do Coral , e Pérolas preparadas
e ccphalico , adoca admiravelmente os acci- bem fubtiliflimas, que do Magflteíio das
dos do eílomago : da-fe de meyo cfcropulo mefia-ias, e do Coral,
are Kima oitava. A L nha de gram befia fe Servem eíles pós para a cura das Enile
^777^777 bti!iffim° ’ ^ Pf^
* •/ Apoplex,'aPs,
1 I / ? de todo, osach^es'
--wviitUjUL>
sulieal- P01^ le llloe na pedia de pieparar com agoa ^~* n» J—*-í j ^ • graõs
C'apitaes:daó-fe de dez até dezafeis - duas
-
de Peonia ,' ate- que fe lhe nao íinta
T-,.. uma afpereza
flipciaa
vezes na femana , como diz Schrodero no
alguma, então le deixa feccar na mefma pe¬
lugar citado.
dra , e nella fe torna a remoer , até eflar em
PO’S ANTIEPILETICOS
pó bem fino, e aflim fe guarda para o ufo em
de Charâs.
vafo de vidro bem tapado: nefta fórma a en4-
2 5 T> Bai\ de Peonia macho.
fina a preparar Joaõ Zueiphero part: 2. ClaJJ.
jLV • Semente da mefma.
20. de pra.par.fimp. A Unha de gram befta
P ai\ de Diãamo branco.
a que os Latinos chamaõ Ungida aleis- he Vifco quere ino.
hum efpecifico remedio para a Epilepfia., ou Cranio humano.
Gota coral: da-le de hum efcropulo avéhu-
Unicomio.
ma oitava j e mifturada com outros remé¬ Marfim.
dios antiepileticos , de meyo efcropulo até
Unha de gram be/ia anã onça huma.
hum : No ufo externo ferve para delfla fe fa¬ Aljôfar.
zerem anneis, que fe trazem no fegundo de¬
Jacynthos , e
do da ma5 efquerda , ou também íe traz ao
Coral preparados anã onça meya.
pefcoqo junto da carne, para a prefervaçaS
Semente de Mangericao.
dos ditos achaques. ^
Flor de Ti lia.
Tem o Eípecifico Cephalico fie Joao Mi- Be tônica.
cbael as mefmas virtudes, que o de Hoífma-
Lyrios convalles and oitavas duas.
no , poiem he mais vigorofo «em fua opera-
Ambar-gri\ efcropulonieyo.
cao, por fe compor de mais fimplices Cepha-
Açafraõ graõs fieis.
licos, leem lugar do Cinabrio de Antimo-
Folhas de ouro numero quinze: miflurefie tu-
nio lhe lanqarem o mefma pefo do nativo
depois de preparado ficará de melhor , e p» *J*f*Ça*Pôs S.A. Ita Moyfiès Charás in
rnarm.Keg. cap. ir>. depulver.pag. mihi 220.
mais fegura obra eíle medicamento de
m^Èropulo ate humT^quTfe pó- p"^Te
neceílitao de preparaqaõ, fe pifarào todos
PO’S antiepileticos muito iuhtic. P rnrriA r*fí-I__• n
muito lubtis, e como eftiverem bem miílu-
22 R de Schrodero.
Cinabrio de Antjmonio purificado.
• Magifierio de Coral, e de
rados lhe ajuntem as folhas de Ouro , que fe
cor taraõ com os pós, e aflim fe guardaráõ
Aljôfar. p ia o ufo. A raiz de Peonia para eíle, eTcmpí
Cranio humano preparado and partes itruaes: mais medicamentos Epiléticos fe ha de co- coi]«gc
m,Jlure.fi tudo , & fi façaõ pós. ítajoannes iher no principio do Veraõ, e no minguan- di radl
te da Lua 3 porque então eftá a virtude de !??™
Schroderus Ub. 2. cap. 71.de pulverib iTZ, ttona
J a r>lon^—
1 5 P°rqUe11_:enta5
j_ ' eftá a virt“de
„ & Z
de <X- lct
mihi i$9. Far-fe-haó na fórma feguinte ^Ss da mefma3^!16001111^ ^ raÍZ 5 e a fenientc wldc

nao havendo feitos os dous Masiftérios fé R<Jl 2 memt> Charás no lugar citado :
pódem fazei os pés coiu oAl/olr .écirÜ! %iM. **f^Á7* ^

,5, gjj».
preparados , e ficará ainda de melhor onera-
7 7-w v magre, com que
íed.flolvem o Coral, e Aljôfar, quando fe
Terena n declínante ifenien autem die

taz o Magiftenodiflipa a mayor parte da vir¬ do:o, e reduzindo-o a pó muito fubtil, eV oóT
tude Cephalica , que tem eiles dous flmpli- nh L”°e-dr°'n pedra com aS°» de Peo- tué u
e nao felhe fentir afpereza alguma^ en- c«ma.
 Dos Collyrios, Pós, é Talhadas. 311
ta5 fe deixa feccar na mefma pedra, e depois nháa em jejum, como diz Charás in Pharma-
le torna a pulverizar tino , e neíla fórma fe copea Regia Chimica part. i.cap. 16. de Pa-
«uarda para o uio. Aflim o enfina Lemery vone. Eila intuiaõ tamhem le póde fazer to¬
na tua Ph^rmacopea cap. 48. deprapar. Serve mando huma oitava do dito pó , e infundiu-
o Unicornio preparado 11a fórma dita para do-o no que bailar de efpirito de vinho, e
todas as febrçs malignas ; cià-fe em agoa de depois le côa , e fe da o efpirito em tres dias
Cardo fanio , e aflim he hum admiravel Su- contínuos. O Sal volátil de como de Veado íe fal v°lat
dorifero , e excellente mexipnarmaco
Alexipharmaco con- taz fórma leguinte. vj
faz na rorma O corno cie. v eano ie
de Vcado fe y; .
tra todo o veneno , e muy conveniente nas cortará em boccados muito pequenos, e fec^v ’
Epilepfias : dá-fe de leis graõs até doze j pre- metterà em huma retorta de barro7, 1na qual
* ~ -- * -- --

_ da
ferva dos accidemes ... gota coral trazido ao
pcícoco em fórma , que tóque a carne.
^ Os pós Ântiepiieticos de Charás laó bons
paraa Epilepfia, e para todos os achaques
do cerebro , fortificaè o coracaõ , e refiftem
á podridão dos humores: daõ-fe de meyo
eícroDulo até meya oitava em licor conve-
ielheporà
fe lhe porá hum recipiente de devidroquefe
vidro que fe-
ja redondo , e muito grande , então fe por;.
a retorta em forno, que poíTa dar toda a for-
ca do fogo no fundo da dita retorta, que
eílará lutada com barro, no principio fe lhe
fará fogo brando, e depois que acabar de di-
ílillar a fleuma,a qual fe verá cahir no recipi-
~ ~--- W ^ ’ r

. X 1 . fará fogo mais forte, para

ente , então fe lhe tará
nlepO’S ANTIEPILETICOS quepofia fahir o efpirito,que logo fe verá en¬
de Lemery. chendo o recipiente de nuvens brancas, aca¬
R Crânio humano preparado. badas eílas, fe verá fahir hum licor negro , e
24
. Pós de Víboras com figados, e co¬ acabando de fahir efte , fe apague o lume , e
como a retorta eíliver fria, fe lhe tire o reci¬
rações preparados.
piente , e remexa muito bem o licor que nel-
'Unha de gram beja and oitavas cinco.
le eflá,para que o Sal volátil que eílá pegado
Vi co quere ino.
às bordas do recipiente fe poíià todo defpe-
Rai\de Peonia.
gar,e como aflim eíliver fe lace do recipiente
Valeriana, e de
tudo em cabaca de vidro, ou de barro vidra¬
Contra y erva.
do , que tenha o collo alto , e fe tape bem a
Alambre branco and onça meya.
bocca com couro de bexiga , e depois papeis,
Secundina de mulher de temperamento fan
e fe lute bem por cima, para que nada eva¬
aninho limpa. de membranas , e depois feçca.
pore , e aflim fe ponha em fogo de arêa atè
** Offo docoraçab de Veado. ^ ■
que gaíle toda a fleumae efpirito, e o Sal fu¬
EJierco de Pavadfecco ana oitavas tres.
bá a pegar-fe no collo da cabaqa, e como efli-
Cinabrio de Antimonio. t « ver fria a matéria fe deslute a cabaqa, e fe lhe
Sal volátil cor nu cervi and oitava huma : de ( n_l M sf /-» /-I M rv A*/\l 1 /I n
ti" o Sal , que eftará pegado no collo da
tudo fe fuçtto po> S. j‘ l Far- cabaqa , e aífim fe guarde para o uio. Nefta
in Phurmac.cap. *g de prepa- fórma o enfina a fazer Lemery no ieu Cur-
fe-hao na forma » necefütao de prepa- fo Chimicopãft. 2. Cup.de cornu cennpag.
rados os CmplicM, que n P P e miy 21. He0 Sal volátil de corno de Vea-
raqaõ,fe reduzirão todos a po do h7urn remedio univetfal: Serve nas Epi-
como eíliver em bem miltuiaci°s e gu - ^ ymjcTens ? e na fuífocacao hyílerica
* -r» _/4/a T/lVlvn ,Shem rnuada lepfias,"Vertigens, e na fuffocaçaõ hyflerica
ráQ para o ufo em vafo de Yjdro' b •P ^ hePhu^ fingutar efpecifico applicado aflim

arpara
ft
A Mcaiiu,..., ''"--.
Secundina, ou que tiverem, interno, como externo: dá-le
interno, dá-fe de dez até vin-
Secú- alimpando-as das fenulveriza- te graus. T
«mu- e depois fehaõ de leccat Pa 1 ‘®PU Servem os pós ântiepiieticos de Lemery
rú. ,-em , devem-fe efeolher as de mulhei moqa Ver<igens, e Epilepfias, e entre
de temperamento fangumo, e qn f J ^^ , que ha de pós antipileticos
menino, e do pnmeir o pai to, co L efta he a melhor, e de mais operaqao, e aflim
Schrodero Ub. a. cup- 77. num. 11. de pia t _ _ A „A,„. IK inti[Ula Pés AnttpüeUcostn-

„ho, e depois fefecca,efe faz em pol^b ^ que poffa levantar vapores :_para a
e delia forte fe guarda paia o • prefervaqaõ das Epilepfias fe tomao hum
eílerco de PavaÕ aflfim prepaiadc1 para V S os ^ ,a manháa emjqum , e
Vertigens , e EpÜepfi^. • a '',f“ para quc o Cinabrio fei.af» pegue aos den-
SnoTatél Ch"Ã oídTi ma- les fe^de tomar os pós formados en, 1 fiu-
 ' J12 v Pharmac. Lufit. Augment. Trat. IX. ,
las com Xarope de Peonia, ou desfeitos no Servem eftes dós Dara as Fnil^r ^
„,clmo a modo de lambedor, e fe tomaõ ás meninos, e le daõ em agoas antKkas ^

rfeVedíSí!eermóSSch™:

líSriS; oumaispat^dCsma/ore7U,°^^
extirpando fingularis eji virtutis , pro
PO’ S DE GÜTTETA
arcano quafi refiervandus fuijfet, multiplici ufu
illum probatum fui.
PO’S EPILÉPTICOS
27 R Raiz
de Lemery.
de Peimta.
• Vi fio querei 110 and onça meya.
<

25 R Marchionis.
Rat\ de Peonia onça nteya.
• P7/£í? querei no.
Crânio hum ano.
Unha de gram befia and oitavas ires.
Sementes de Manjericaô, e de
Ra furas de Marfim.
Peonia anà oitavas duas.
Unha de grani befia, ou ponta de Veado pre¬ Betonica.
parada fem fogo.
Efpodio. Flores de Tília anà efcropulo quatro,
Coral vermelho, e rolhas de Ouro num. d*. : de tudo fe façaô
Branco preparados. p0s S:A) lta Fitcolaus Lemery in Pharmacop.
Aljôfar and oitava hutna. capU. depulver.par.ic». Far-fe-haõ na fór-
Folhas de Ouro numero vinte : de tudo fe fa- muimgU,!he': °srfilllP[Íces re pifaráõ todos
çao pôs S. A. Ita J oannes Z uelpherv.s in Phar-
niu to xubtis, efe mifluraráõ com o Ouro
maeop. Augufl. 2. part. Clafi. p. de Pulverib. coitado ttntído , e fe guardaráõ para o ufo
pag. 160. Far-fe-hao na fórma feguinte : Os em v^ro bem tapado Chamao-fe eftes pós Gutteta
fimplices , que neceffitarem de p°repafacaõ “nda deiZZil, muito ufadana
Tito ufada « Pro-quid*
Pro.
depois de eflarem preparados fe ajuntaráõ dizer Evilevda ern Franqa, a qiial quer
aos
aos mais, que fe
mais, que terão pifados
fe teráõ pifados todos
todos fubtís
fubtís., na cm/da/f piíeL^ifl^o^^te
e fe lhe lanqará o Ouro cortando-o com os ono m ... IIlw

chama posae Gutteta; aflim o diz o mefmo

pós, pondo huma cama delles, e outra das
folhas de Ouro , e fe cortarão com faca até Lemery por formaes palavras: Guiutetfiun
eítarem miúdas, e aílim fe guardarão os pós T-r ?■ iupatms, nanguéãectien, <,ui fítnifit
em vidro bem tapado. hptUpUe ,on a donnê ce nm à Ia pouirfpar-
;f íu„ml ‘"Vloy* àahs cetu maladie comme
Servem eftes pós para a cura da Epilepfia, U a efte dit.
Pailefia , Apoplexia , e para todos os acha-
Fazem eftes pós admirável effeito nas E-
ques frios do cerebro: daÕ-íe de hum efero- pilepfias dõs mJninn. ”**!> efFeií? nas E*
pulo até huma oitava. -
vnr«- ,
• f«- --7
emno. s > v
e .mo
nas uns
das penuds
peflbas ma*
ma-
y es i ler vem também em todos os acha¬
po’s epilépticos
de Riverio.
ques do cerebro : da5-fe de meyo efcropulo
2 6 T) Rai\ de Peonia. ate meva oitava mifturados com igual peíb
de bom Acucar, e fe daõ em agoa de Betoni¬
£V. Semente da mefima.
ca , ou de Hortelãa.
Dióiamo branco.
Vifco quercino anà onça meya. PO’S diacinn abaris
Semente de Armoles and oitavas duas. : • /reforrnados.
Crânio humano onças tres. 28 Tj Cinabno nativo preparado onça
Coral vermelho preparado. 1V« meya. . *
Unha de gr am befia oitavas tres.
Jacynthos preparados and oitav.huma e meya.
Crânio humano.
Unha de gr am befia onça meya.
Almificar efcropulo hum. Vifco quercino anà oitavas duas.
Rai\ de Peonia.
Folhas de Ouro oitava huma : façaõ-fe pôs
S. A. Ita Layirus Riverius lib. 1. prax. me d.Semente da mefima and oitava huma e meya.
Dtamuficho. '
cap. 0. de Epi 1 epfia puerorum pag.mihi iyq. A
Diambar anà oitava huma.
Pulvís de ^ftes pós chama também Riverio de Gutteta.
Sal volátil de Alambre.
Gutteta rar-fe-haÕ na fórma feguinte : Os fimnlirp<? „
Açafrau bom and efcropulo hum façaõ-fe pôs
Rivcrij. fe pifaráõ todos fubtís, e fe lhe ajuntará o S J‘n
A. Itü tZ"‘ fe{cropuU
Wirnlstiir T __ *um nifefaS-fe
J rpâs
.
Ouro, quefe cortará miudo e taütb que dfiutr ^ h4”‘Ví”fW «A
tudo eftiver bem miílurado fe guardaráõ pa- guinte • (CfmiSLfna fóIFa fe-

mo
 Dos Collyrios, Pós, e Talhadas." 315
roo de tudo fe fizer boa miílaõ , fe guardem eíliver no fundo, fe côe a agoa"por inclina-
cm vafo de vidro bem tapado para o ufo. cao , e a matéria que eíliver no fundo do va¬
Servem eíles pós para a cura , e preferva- io, que ha de fer a modo de cal branca , fe
qaõ das Epilepfias, e de todos os achaques lave muitas vezes, até que perca toda a acri-
do cerebro : daõ-fe de hum efcropulo até monia que tiver, e ultimamente fe lave com
dous em licor conveniente. agoa de Peonia , e depois de lecco o Magi-
PO’S EPILÉPTICOS ílerio fe guarde para o ufo. Eíle Magiílerio
para Meninos. ainda que tenha o íáibo ingrato, he hum dos
20 "O Crânio humano preparado com a ao a melhores remedios que ha para as Epilepfias,
i\. de Peonia.. e para todos os achaques capitaes, e com o
Corai vermelho preparado. ufo do dito Magiílerio fe livrou dos acciden-
- Corno de Veado Philofophico and partes 1
tes de gota coral Vladifiao V. Rey de Polo¬
iguaes. nia , e totalmente ficou faõ de todos os que
Açúcar em pedra,tanto pefo como de tudo: fa- o dito Rey padcceo na fua meninifle 5 aí¬
çao fe pós S. A. Ita Andreas Cnofelius trafi. de fim o affirma o mefmo André Cnoíelio no
Confultis Regis Polonia cap. 3. dcEpilepticis lugar citado,per formalia verba: — Hujus Ma-
pag. mihi 721. Far-fe-hao na fórma feguinte: gifterii beneficio Serenijfimus RexZJladijiausi V.
O Crânio fe pifará fubtiliflSmo moendo*fe na injuventute à comitiaiismorbi infultibus felici-
pedra com agoa de Peonia, e depois de fec- ter curatus ejlzs dá-fe de léís até dezoito graõs
co fe torne a pifar, e fe ajuntará ao Coral, e em agoa de Peonia, ou em outro licor con¬
Corno de Veado , que também eílaráo pre¬ veniente.
parados , e depois de bem miílos fe ajuntem Servem os pós Epilépticos Régios para %
ao Aqucar, que fe pifará fubtil, e affim fe cura , e prefervaqao das Epilepfias, e de to¬
guardaráõ para o ufo em vafo de vidro bem dos os achaques capitaes : daõ-fe de hum
tapado. efcropulo até huma oitava em agoa de
Saõ bons eíles pós para a cura das Epilep¬ Peonia.
fias dos meninos; da5-fe de meyo efcropulo PO’ S DE TARTARO
até hum, ou huma oitava em licor conve¬ folutivo.
niente , ou miílurados em algum boccado 31 "H Cryfial Tartaro.
de doce. JLV. Folhas de bom Sene and onça 1.
PO’S EPILÉPTICOS RÉGIOS. Tiagridio oitavas duas.
3 o 13 Magifierio de Prata efcropulo hum Herva doce.
XÁ. • 6 meyo , e graôs dous. Galança.
Crânio humano, e Canela anà oitava huma : mijlure fe, efa-
Alambre preparados anà oitava huma e gr aos çaõ-fe pós S. A. Ita Pharmacop. Londonienfe
quatro. , Doron Medie. lib. 2. cap. 21. de Pulver. p. 38 7.
Coral vermelho, e Far-fe-hao na fórma feguinte; Os fimplices
Açúcar fino em pedra anà onças cinco, e aromáticos fe pifem juntos fubtís, e os mais
efcropulo hum: mijlurefe , e façad-fepós S. A. cada hum per fi também fubtís * o Diagridio
Ita Andreas Cnofelius traã. de Confultis Regis ferá primeiro preparado no Marmelo, e co¬
Pülonis. cap. 3. de Epilepticis pag. mihi 721. mo todos eíliverem bem miílos, fe guarda-
ChamaÔ-fe eíles pós Epilépticos Régios, por¬ ráo em vidro bem tapado para o ufo. Alguns
que fe compuferaõ a primeira vez para Ula- chamaõ a eíle compoíto Pós Tartari\ados fo- Pulvis
dijlao IV. Rey de Polonia : Far-fe-ha5 na fôr¬ lutivos $ e outros fazem delles os Trochifcos Tartarif.
íblutivuç
ma feguinte : Os tres fimplices fe pifem fub- chamados de Fieravanto, e os fórmaõ com
five Tro-
tís depois de preparados,e fe ajuntem ao Ma- mucilagem de Alcatira feita em agoa Rofa- chifci
giílerio , e Aqucar, que eílaráõ pulverizados* da j o fobrenome de Fieravanto parece im¬ vocati
e como de tudo fe fizer boa miflura, fe guar¬ próprio 5 porque em todas as obras de Leo- Fioraváti
daráõ em vafo de vidro bem tapado para o nardo Fioravanto , que fao os Caprichos Me-
1a*ifter.ufo. O Magifierio de Prata fefará na íórma dicinaes, Compendio de Segredos racionaes, Re¬
.unse, fí- feguinte: Tomaráõ huma onqa de Prata fi- gimento da pejie, a fua Cirurgia Difcurfo de
cArgéti. niflima fem liga alguma , e a faraó em lima-
Ciurgia, Efpelho da Sciência univerjàl, The-
dura muito miuda, caporaô em digeílaõ fouro da vida humana, e a Phyfica,cm nenhum
em cinzas quentes miílurada com tres onqas deíles livros, e todos do mefmo Audtor fie
de agoa forte por efpaco de vinte e quatro acha a compofiqaõ dos ditos Trochifcos de
horas , ou até que a Prata eíleja difiblvida, e Fioravanto, nem outra femelhante : c por
como aífim eíliver fe filtre, e depois fe lhe eíla razaô parece mais acertado, que os que
lancem algumas gottas de efpirito de Nitro fazem dos pós de Tartaro folutivo Trochifcos Trocht-
para precipitar o Magifierio 3 e tanto que para oue durem mais fem cxhalaqaõ da vir- fei Tart.
Rr tude

Pharmacop. Lufitan. Augment. Traf. IX.
5»4
tiuie de fim pies algum , lhe chamem Tro-
chfcos de Tartaro , por fer o primeiro fim-
ples, que entra na receita , e íiaõ intitulados
de Fioravanto , na5 fendo o compofto in¬
vento do dito Audor.
PurgaÕ os pós de Tartaro folutivo , ou
Trochilcos de Tartaro os humores taita-
reos, vii colos, e melancólicos , curaõ as
cruezas do eflomago , confovtao-no , e exci*
ciuezas ÜO ■»
Mõ-o appetite de comer: <We de quatro
eieropulos até duas oitavas em c^ldo de ga
linha , ou em outro licor conveniente.
PO’S DE SENE COMPOSTOS.
32 Folhas de Sene onça huma e meya
Gengibre.
M acis.
Canela.
Tartaro branco and oitava huma e meya\fa-
— «
çaõ-fe pós S. A. Ita Nicolaus Lenrery in Phar
macopea cap. 6. de Fülver. pag. 28a. Ear-fe-
haO na fórma feguinte: Os aromáticos le pi¬
fem todos juntos fubtís, e depois o Sene, e
Tartaro cada hum per fi , e ambos fubtís, e
como aflfim eftiverem preparados fe miftu-
rem bem , e fe guardem para o ufo.
Eftes pós purgaÕ a melancolia , cólera ,
confortaõ o eflomago , e provocaõ a con-
juncaõ menfal ás mulheres : daõ-fe de huma
oitava até oitava e meya em caldo de gali¬
nha , ou Ce fórmaõ delles pilulas, e fe dou-
raó.
P 0’S CHOLAGOGOS.
3 3 TJ Refina de Ffcamonea onça huma.
X\, Diarrhodao Abbade onça meya.
Cremores de Tartaro oitavas duas.
Rofas vermelhas vitrioladas.
Flores de Centaurea menor and oitava huma:
âe tudo fe façad pós S. A. Ita Nic olaus Leme-
ry in Pharmacop. cap- A. de Pulver. pag. 28$.
Medica Chamaõ-le eftes pós Choiagogos, nome deri¬
menta vado da palavra Grega Cholagoga, que quer
Cholago
<alag°- dizer medicamento , ifue purga os humores bi-
ga 4uld ? lio/bs , aífim o diz o mefmo Lemery cap. 4.
de Ethimolog. letra C. Ear-te-haÕ na forma
feguinte : A refina de Efcamonea fe pife á
parte fubtil, e os mais fimplíces juntos tam¬
bém fubtís, e depois de miflurado fe guarde
Rofae vi- para o ufo. As Rofas vitrioladas . que o Au-
triolat». dtor pede na receita fe fazem tomando a
quantidade de Rofas feccas , que quizerem,
e burrifando-as com algumas gotas de eipi-
rito de Vitriolo ,\até que o accido do efpi-
to lhe exalte
LU illv» mais a
tAvULU IIKUU W côr,
vVl j e UVJuvu-i
fiquem muito ver-
melhas, entaÕ fe fectaÕ , e guardaõ para o
ufo. Aífim o enfina Lemery no lugar citado.
O efpirito de Vitriolo fe faz na fórma feguin-
Spidtus te : Tomaráõ a quantidade de Vitriolo que
Vitrioli. quizerem, e o calcinaráõ ate fe fazer bran-
L/i V lil J V U vwl V V IMbVI
co e depois o metteráõ em huma retorta
' r ' ■
I
de barro que fique a terqa parte vafiá, na boc-
ca lhe poraõ recipiente de vidro, e o lutarao,'
e a retorta fe porá em fogo cuberto , de for*
te que todo dê no fundo da retorta, e íe lhe
fará brando no principio , continuando-o
vinte e quatro horas , ou em quanto diftiUav>
a flcuróa do Vitriolo, que fe vent cahir no Fleuma
recipiente ás pingas, e como cumeqarem a Vitnoh.
íahir algumas nuvens brancas,fe tire-efle re- ^
cipiente , e fe guarde a fleuma ( a.qiial ferve
c piente, e e a T .. ^
para as inflammaçoês dos olhos ) e fe lhe po*
nha novo recipiente de vidro,que feja redon¬
do , e muito grande para que o efpirito fe
pófTa circular fem quebrar o vidro , e fe lhe
continue o fogo forte até que todo o recipi¬
ente efleja com a cor efhranquiqada, e fe ve*
jao efpirito eflar liquido no recipiente, e
como aífini efl iver fe deixe apagar o lume ,
_„ _— n n oítMvifn Ir» hnco nu L
e esfriar
•
a matéria , e o efpirito fe lance- ou¬
tra vez em huma cabaca vidrada,cotn Lam^
fique de vidro , e recipiente do ftitfnio , é
depois de bem lutadas todas as junturas fe
difiille novamente o efpirito, e eflé aífim
retificado fe guarde para o ufo em vidro Rcdifi-
bein tapado : nefla fórma o eníina a fazei.catlo^Pl
Lemery
_ery no feu leu Curfo unmuco part. z.
v^urto Chimico 2.c.
t. 28.
zo. "VJ.
trioli **
deVitriol.pag. 417. Efie efpirito naõ he ou¬
tra coufa mais que hum Sal^accido do V i-
triolo refolvido em licor,por caufa do gran¬
de fogo que fe lhe faz. He o efpirito de Vi-
triolo Diurético , Diaphoretico, Incidente,
Attenuame, vefifle á podridaÕ dos humoresj
heütil nas febres ardentes, nas obflruccoés
do baco , fígado, e mefçnterio, reílitúe o
appetite proftrado, e fe miflura em algumas
bebidas para as fazer accidas agradavelmen¬
te : dà-fe de tres graõs até meyo efcropulo
ou hum.
Servem efles pós Choiagogos para pur¬
gar os humores biliofos, e íaõ muito con¬
venientes para purgar nas febres rebeldes, e
antigas : daõ-fê de oito graõs até hum e-
fcrópulo.
34 R
P_0’ S MELANAGOGOS.
Sene onça huma.
• Herva doce.
Semente de Funcho and oitava huma.
Canela efcropulos dous.
Cryflal Tartaro oitavas feis.
Açúcar onça huma , e meya : de tudo fe fa¬
çad pós S.A. Ita Jofephus Qiiercetanus tn Phar¬
macop. Dogmatica cap. de Pulver. pag. 2yy.
Chamaõ-fe eftes 1pós Melanagogos Vpalavra
CP CP
Grega, que quer dizer nigrum duco, e por
iíTo chamaõ Melanagoga a todos os medica-
mentos, que purgaÕ a melancolia , e cólera
negra , aífim o diz Lemery no cap. 4. da fita
M
Pharmacopea. Fai-le-hao na torroa feguinte.
f ^ #
OSenefe pife fubtil á parte , e osaromati-
, COS
 Collyrios ; Pós, e Talhadas.
costodos juntos também fubtís , e depois
Je mifturem com o cryftal lartaro, e Aqu-
car pulverizados, e como eftiverem miftos
fe guardarão para o ufo. '■
Eftes pós purgaõ os humores acres , falga-
dOs, retorridos , e melancólicos, alimpao o
Ventriculo da matéria vifcofa , e mucilagi-
nofa , e juntamente o corroborao : daó-fe de
bum efcropúlo atè oitava e meya em caldo
de galinha i ou litor conveniente,
P Oy S ANTIH YDROPICOS
de Çuercetano. -<
35 T> ^aro’
Mechoacaõ and oitavas duas.
Rai\ do Ezula preparada.
Braftcamarina and oitava huma.
T)iacartha??w oitava huma e meya.
Efcamonea preparada. ‘ Herva doce.
Fécula de rai\ de Norça , e de
Lyrio and efcropulos quatro.
Trochifcos de Ruybarbo, e de
Eupatorio and efcropulos dons.
' Tria -/andaios.
Canela.
Macis and oitava huma.
Crocus Mar tis oitava meya.
Açúcar Rofado de Redoma tanto como de to-
dos osfimplices: mijiurefe , efe façaupós S. A.
Jta Jofephus Qiiercetanusin Pharmac. Dogma-
ticacap. de Pulver. pag. 300. Far-fe-haó na
fórma feguinte :.Os fimplices fe pifem fubtís,
e fe mifturem com os compoftos, que entraÕ
na receita também reduzidos a pó, e como
eftiverem bem mifturados fe guardem para
o ufo. A raiz de Ezula fe ha de preparar co¬
mo já fe difte, e depois fe ha de tornar a pul¬
verizar. Os modernos fazem eftes pós refor¬
Pu 1 vis mados , a que chamaó Pós Hydragogos, que
Hydra
quer dizer medicamento, que purga as agoas
^ucrcct-aos Hydropicos, como diz Lemery no cap.jy.
da fia Pharmacop. univerf. pag. 35. A receita
dos Pós Antihydropicos reformada he a fe-
guinte
Cryftal tartaro onça huma.
Pulvis
antihy-
dropicus
R. Raizes de A\aro.
'Mechoacaõ.
reforma- Ruybarbo and oitavas duas.
tus. Soldanela oitava huma.
Diacarthamo.
Crocus Mar tis aperiente ana oitava huma e
meya.
Diagridio.
Fécula de raiz de Norça, e de
Lyrio and oitavas quatro: mijiurefe , efa--
çaô-fepôs S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar¬
mac. cap.6 de Pulver. pag.i%q. har-fe-hao
na fórma feguinte: Os fimplices fe pifarão
todos fubtís, e depois de bem mifturados fe graõs.
guardaràõ para o ufo em varo de vidro bem
tapado
Servem eftes pós na cura de todas as hy-
dropefias, purgaó admiravelmente as agoas
aos hydropicos , e juntamente lhe corrobo-
raõ o bofe : daó-fe em licor conveniente, os
da primeira receita de Quercetano, de hum
efcropulo até quatro'$ e os da receita refor¬
mada de Lemery de hum efcropulo até
dous. )
PO’S ANTIHYDROPICOS,
ou Hydragogos de Bauderon.
3^ T) Jalapa onça meya.
jLV» Mechoacao duas oitavas.
Ruybarbo.
Canela and efcropulos quatro.
Semente de Engos.
Brafica marina and oi taba huma: de tudo Je
façav pôs S. A. Ita Bauderon Ub. i.feã. /y.pa-
gin. 2^. Far-fe-haó »a fórma feguinte: Os
tres fimplices folutivos fe triturem fubtís ca¬
da hum per fi , como diz o mefmo Auétor ,
os aromáticos, e a Brafica marina juntos
também fubtís, e depois dc bem mifturados
fe guardem para o ufo em vidro bem tapado.
Eftes pós purgaó as agoas aos hydropico9
fem moleftia alguma , gaftaõ as obftruecoes
das entranhas, e as corroborao: daó-fe em
licor conveniente de dous efcropulos até
huma oitava.
PO’S CONTRA VERMES
37 R vulgares.
Semente de Alexandria onça 1
„ Sementes de Couves, e de
.
Beldroegas and oitavas tres.
Semente de Cidra oitavas 2.
Ruybarbo.
Flores feccas de Pecegueird.
Folhas de Efcordio and oitava huma ê meya:
de tudo fefaçaõ pós S. A. Ita Nicolaus Lemery
in Pharmacopea cap. 6. de Pulvertb.pag. 292.
Far-fe-haó na fórma feguinte : Os fimplices
todos fe pifaráõ fubtís, e depois fe guardaràõ
para o ufo em vidro bem tapado.
Eftes pós niataõ as lombrigas, e prefervaõ
da corrupção dos humores, que as geraó:
daó-fe de hum efcropulo até dous em licor
conveniente , em Pilulas, ou em hum boc-
cado de qualquer cafta de doce.
PO’S CONTRA VERMES
de Zuelphero.
3 8 T) Semente de Alexandria onça meya.
JLV • Farinha de Tremoços onça huma.
Diãamo branco, e de
Creta and onça meya.
Corno de Veado queimado.
Efcordio and oitava huma e meya, e feis
Rrz Açúcar
 )i6 Pharmac. Luíít. Augment. Tfat.TK.
Açúcar branco q. f a d gr atum /aporem : fa-
çabfe pós S. A. Ita Joannes Zuelpherus in
Pharmacqp. Aug. Clajf. u. de Corifcãion. pag.
’ mihi ipi. Far-le-haõ na fórma leguinte: Os
iimpliçes fe pifem fubtis todos, e ie lhe ajun-
tem duas onças de Açúcar fino feito em pó ,
c le mifture tudo, e fe guarde para o ufo*. po-
dem-le delles pós, fazer talhadas, ou Con-
feição ajuntando-lhe mais algum Açúcar.
Servem eftes pós para matar as lombrigas,
e prefervar da corrupção de que fe geraô *
daó-fe de huma pitava até quatro efcro-
pulos.
,PO’S CONTRA VERMES
de Charàs.
35»
R.
Giefia.
Semente de Alexandria.
Semente de Cidra.
Beldroegas , e de
Couves. '/■ , ..
Ruybarbo. : p, ■ faça0 pós S. A. Ita Eduardus Madeira part.i.
Efcordío.
Centaurea menor. - . '
Rai\ de Genciana.
Corno de Veado preparado and onça huma
façad-fe pós S. A. Ita Moyfès Charàs in Phar
macop. Reg. cap. 19. de Pulver.pag. mihi 224.
Far-fe-hao na fórma feguinte : Õsfimplices
todos fe pifem muito fubtis, e depois fe
guardem para o ufo em vidro bem tapado.
SaÕ bons efte* pós para matar as lombri-
gas, prefervao delias, e extinguem as febres,
que muitas vezes caufaÔ : daci-fe de hum
efcropulo até huma oitava em agoa , vinho,
ou outro licor conveniente. Eftes, e mais
faotatio remedios contra Vermes fe devem dar na
circa ap- declinaçaõ da Lua em os últimos tres dias
plicatio- nag havendo nçceftidade de os ufar em ou¬
ve o nu tro ciualquer tempo : pódem-fe a eftes ajun¬
vermes. tar alguns graós de refina de Efcamonea, ou
de Jalapa querendo-os purgativos : defte re-
medio fegura o Auélor o effeito certo , co-
mo elle mefmo diz no lugar citado : Quan-
tum licet eligendi tres pofiremi declinantis Lu-
na. dies cumpulvisprahendus efi, ficuti ad re-
mediaj que. vis interficiendís vermibus dicata ,
fuccejjuf enim proculâubio certior eji.
P O’ S LAXATIVOS
de Salfa-parrilha.
4° T) Salfa-parrilha onça huma e meya.
l\ - Folhas de Sene onça huma.
Hermodaãilos.
Turbit.
Jalapa and onça meya.
Diagridio.
Tartaro branco and oitavas duas
Incenfo.
H erva doce and oitava huma : de tudo fe fa- fe façad pós S. A. Ita Joanes Zuelpherus in
çaõ pás S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharma- Phartn. Aug. 2. part. Clajj. 9. de Ptilv. p. 1 % 4.
cope a cap. 6. de Pulver. pag. 29 Far-fe-hao
na fórma feguinte : Os fimplices todos fe pi- -
íem á parte lubtis, e depois untaráõ o Almo-
fariz com humas gotas de Oieo de Amen-
doas doces, e nelle fe mifturaráo os pós, e
como le fizer de tudo boa miftaõ,fe guardem ,
para o ufo. /
Eftes pós purgaõ as agoas, excitaõ fuor, e r
fe daõ nas hyuropefias y com eljes fe pódem
purgar os gottçftos , e gai içados , faó con ver*
nientcs nas retenções menfaes das mulheres:
daõ-fe de hum e.cropulo até quatro.
PO’S DE S A LS A-P ARRILHA,
4 i TJ S alfa-par rilha onças quatro.
JlV • Rar\ da China. H
Sene onça huma.
Jdlapa onça meya,.,
Canela duas oitavas.'
, * , \
Mira bola nos chebulos.
?■■■•• - Hermodaãilos' and oitavas tres r de tudo je
mm. 16. pag. mihi 211. Far-fe-haõ na fórma
feguintetOs fimplices fe pifem á parte, e to¬
dos fubtis , e depois de mifturados le guar¬
dem para o tiíò.
Servem eftes pós para a cura do morbo
galico antigo , e rebelde de curar daó-fe
de huma oitava até oitava e meya todos os
dias em agoa de Salfa, e fe quem os ufar.fe
achar efquentado,os póde tomar em agoa de
Almeirão , ou Soro, como diz o mefmo Ma¬
deira, continuaõ-fe quinze , ou vinte dias,ou
mais, le parecer a quem os ufar.
42 R
P (),S ARTHETICOS.
Hermodaãilos.
m Turbit bom.
D iagridio.
Folhas de Sene.
Crânio humano.
Açúcar fino and partes iguaes: de tudo fe fa-
çaõpós S.A. Ita Joannes Schrod. lib. 2. cap. 77.
num. 1. de Pulver. pag. mihi 16 p Far-ie-haõ
na fôrma leguinte : üs fimplices fe pifem to-
dos á parte , e fubtis , e depois fe mifturaráó
com o Açúcar, que eftará pulverizado, e co-
mo tudo eftiver bem mifto le guardem os
pós para o ufo.
Purgaõ eftes pós branda e leguramente
todas as fluxoés aos gottofos : daÕ-fe de
meyo efcropulo até dous em agoa de Iva
arthetica.
PO’S DE SENE PREPARADOS
43 T) Folhas de Sene onça huma e meya.
Gengibre.
Macis and oitavas tres•
Canela.
Tar taro and oitava huma e meva : de tudo
' Far-
 Dos Collyrios, Pós, e Talhadas. 517
Far-re-haõ na fórma íegui-nte i O Sene iç pi- fe eíles pós Jolutivos de Tribus,porque fe com-
fdá parte fubtil, e os mais íimplices também pôem de tres fimpliccs purgativos, que fa5
fubtis , e todos juntos depois fe miítuvem , e o fundamento do medicamento,
guardem para o ufo. Purgaõ eíles pós^a fleuma, cólera,^ e os hu^
Purgaõ eíles os humores adullos, e retor* mores frios, purgaô as agoas aos hydropicos,
• ridos , o fucco melancólico , a fleuma fajga- e gaílaõ as obílrucqoes: daÕ-fe de hum eícro-
da, e as agoas forofas: daõ-fe de hum efcro* pulo até quatro em licor conveniente, ou
pulo até quatro em caldo de galinha, ou em em Pilulas, que fe pódem tomar pela ma-
licor cqpveniente. nhãa em jejum.
P O’ S CORNA CHI NOS. PO’S DE DIATARTARO,
44 TJ Diagridiofulphurado onças duas, e 4Ó T) T ar taro vitriolado.
J\, oitavas duas. jtv# Rejina de Efcamemea. and onça.
Antimnio Diaphoretico onça huma e meya. huma.
Cremor es de Tartaro onça meya ' de tudo fe Turbit gomofo.
façao pós S. A. Ita Moyfes Chards in Pharmac.' Hemoãaãilos and onça meya.
Reg. cap>. 19. de Pulver. pag. ntihi 2^2. Cha- OUo de Cravos , c de
ma5-fe eíles pós Cornachinos, poi ferem in- Canela ».•»
i/h»»™ and 7-v r»V : façaó-fe
efcroputo- meyo J * ", Lpós.
i»
ventados por hum Medico da Cidade de Pb Ita Ntcotaus Lemerytn Pharmac. cap. 6. dê
fa, que fe chamava Marcos CornacUno, affim Pulver.pag.296■ Far-fe-hao Mfórma legum-
o diz Lemery pag. 298., eCharás no lugar te: Os Hermodaa.los , e imbit leplem
>ulvi» citado: PuIveri huic CornaeUni nomea inditum ambos fubtis untando 0 P’ “
:omitit ab Auãm Domino CornacUno Pifts Mediana, com algumas gottas de Oleo de Crat0 ,
Jvaruvi- p .f /rere mi de eo infignem conmentartuM Canela, a Refina da Efcamonea le pife . 1
*• dííiil l também fe chfmaS pis do Conde te fubtil, e o Tartaro da meima forte itio-
uZJcf Xue dJSmei» fl«e os ufou mO mo IUUU
tudo ClUVCl
eftiver bem mirto,, - lhe ajuntem
j os
^

foi hum Conde aíTim chamado, como diz Oleos, e os pós fc guardem para o ulo : nau
havendo os Oleos diílillados, fe pódem iazer
Eemery cap. 6. de Pulver. cap< 298. Ear-íe*
os pós com o mefmo pefo de Cravo , e Ca-
Pulvis haÕ na fórma feguinte : Os fimphces fe pi a-
nela pulverizada. O Oleo de Canela le taz na
SStT Tomaráõ quatro libras de ,
plex. nne o Andor pede he o Diaoridio fulphuredo, Canela muito fina , e depois de machuc a
na Pharmacop. Beg. amctteráõ
U lliC LLCl ttW em vafo de barro,
-1 eemcimalhe
- -

Cia ff. 9. de Pulver.2. part.pag. 15 5 • ambem

lancaráõ doze libras de agoa, e fepora o va¬
Antimo- chajm5 alguns a eíte compoílo Antimomo fo cuberto em digeílaõem lugar quente por
efpaqo de vinte e quatro horas, paíTadas el-
"'Ti,*' di urridiado , como fe vê em Lemery no lu-
las, fe metta toda a matéria em cabaca de
CZ’ garacima citado , onde efcreye a receita dos
cobre eílanhada com Lambique do mefmo,
visCorna- pós Cornachinos com partes iguaes de todos
chim ex os fimpliccs; porem fazem menos ope- e refrigeratorio $ e depois de bem tapadas as
juntas fe ponha em forno capaz, e com fogo
Lemery. ra(«g5 que os de Charas.
qa5 que.os ‘de Ç £ bvandamente forte fe faca dirtillar, tendo feropre no refri
todoTirhumPofes fup" tfluos, que erta5 nas geratorio agoa fria, e tanto que fcd.rt.Uu-
TOOÜ? nuiin/i - '11 rem quatro libras dc licor , fe tire o re¬
entranhas, faõ convenientes aos hydropicos.
cipiente , e fe deslute o Lambique , e o licor
e aos que tem febres antigas fe podem^ dar
diílillado fe lance outra vez dentro da caba-
em agoa de Chicorea, ou de Almeirão de
qa 5 porém ha de fet com tal fentido, que o
me vo efcropulo até hum emeyo. Oleo que eítà no fundo do recipiente, nao fe
PO’S SOLUTIVOS DE rRlBUS.
lance outra vez dentro da cabaqa: eíle Oleo
Folhas de Sene oitavas feis,
45 fe guarde á parte, e fe tornem a lutar as jun-
V. Turbit onça meya.
tas^ e fe faqa diílillaqaõ na mefma fórma, até
Ruybarbo oitavas duas. fc tirarem outra vez as quatro libras de licor,
A!caçü%. . entaõ fe deslute, e felhe lance dentro o li¬
Semente de Herva doce, e de cor diílillado , e fe guarde o Oleo com o da
Funcho ana
Funcho and oitava
oitava huma.
huma. nrimeira vez ; e fe continue a mefma opera-
Efpicafina efcropulo meyo : de tuiojifaç^ até oito ou nove vezes, ou até que naõ
pós. Itajoannes Zuelphents tn tat ‘ ' ^ Q]co al’aum, e ultimamente fe retifique
Càj.» de Pulver.pag. “e fetem tirado, lançando-o em ca¬
ma leguinte: Os fimplices pur0an P pondo-lhe Lambique , e reci-
fem á parte fubtis, os aron.at.cQ>,eBfp« ^a^paz, e^^ ^ fc ,hc fa,.. f
juntos também lubtisje como e 1 brando e como o efpirito fubir, fe deixe
miftarados fe guardem para o ufo. Chamao- brando , e como o v esiVl>r
 318 Pharmac. Lufít. Âugmént. Trcit. IX.
esfriar a cabaca, e fe lhe tire o Oleo, que eíla*
ra no fundo: fe eíle ainda tiver alguma pou-
ca porqaõ de efpirito emeima do 01eo,fe lhe
tire com algodaõ , e o Oleo fe guarde para
o ufo em Vidro bem tapado. Aiíim o enfina
a fazer Lemery no íeu Curfo Chim. pari. 2.
cap. $. de Cinam. pag. mihi 488., e Moyfés
Charás 2. part. cap. 351. pag. mihi yo. A agoa
que com o Oleo fobe quando fe diílilla , lhe
Aquse chatnaõ Agoa Etherea de Canela. He o Oleo
sctherca de Canela hum excellente corroborativo,
Cinamo fortifica oeílomago, ajuda a natureza em
mi.
todas as fuas operacoes , excita o parto , e
provoca a conjunqaõ menfal ás mulheres:
dá-fe de quatro até feis gottas. A agoa Ethe-
rea de Canela tem as mefmas virtudes que o
Oleo, como diz o mefmo Lemery no lugar
citado, e feda de duas até tres oitavas. Da
Oleum mefma forte que fe faz o Oleo de Canela, fe
Gario- póde fazer o de Cravo, Herva doce , Alfa\e-
philorum
Jigni Ro-
farum
ma , Pào de Rofas , que todos eíles fe preci-
pitao no fumdo do recipiente por caufa dos
Aníie la* faes, que em fi tem, e aiíim aquelle que eftá
#ewdula. carregado muito de Sal , fe precipita mais
brevemente j e o que tem menos fe precipita
mais devagar : neíla fórma os enfina a tirar
Lemery , Ettmullero , e outros. He o Ofeo
de Cravos muito cordeal, e cephalico: dá-fe
de huma até tres gottas, e he excellente re-
medio para dor de dentes procedida de den-
te podre, e de humor frio , mette-fe huma
pinga delle na cova do dente , e com ella
logo paífa a dor, ou abranda, como diz Schro-
dero : Oleum hoc denti cavo inditum odontal-
giam mirificè lenit, íib. 4. num. 88. de Caryo-
philis.
Os pós de Diatartaro purgaõ os humores
_i___ _r r . 9?
tartareos, melancólicos, pituitofosi faõ muií
to convenientes para com eíles fe purgarem
os gottofos, leprofos, hydropicos, e para
todos os affectos efcrobuticos : daõ-fe de
mevo efcropulo até dous.
Í> O’ S MAGISTRAES
47R de S tocai do.
Folhas de Sene.
, Diagridio.
Hermodaãylos.
Turbit and onça meya.
Canela.
Genvibre and oitavas duas.
Herva doce.
Cardamomo.
Galanga.
Mmecega. and oitava meya.
Açúcar onças tres : de tudo fe façao pbs S. A.
Ita Joatines Zuelpherus in Pharm.Aug. 2. part.
ClaJJ. y. de Pulver. pag. mihi 155. Eítes pós
fe chamaõ Magijlraes de Stocaldo, porque fo-
raõ inventados por hum Medico Alemaõ af-
fim chamado , e elle foi o que os pós primei¬
ro em uío. Far-fe-haõ 11a fórma feguinte: Oá
fimplices purgantes fe pifaráo fubtis, untan-
do primeiro o almofariz com Oleo de Amé-
doasdoces, os aromáticos fe pifaráõ juntos,
fubtis, o Diagridio também na mefma fór-
ma em almofariz untando-o com Oleo de
Amêndoas doces, e como todos eíliverem
bem millurados fe guardem em váfode Vidro-
para o ufo.
PurgaÕ eíles pós a fleuma , e forofidades,
curaõ as obítrucqoés, e provocaõ-a conjun-
qaõ menfal ks mulheres : daõ-fe de riieyo
efcropulo até quatro em caldo de galinha,
ou licor conveniente , e também delles fe
podem formar Pilulas com mucilagem de
Alcatira , em agoa de Grama, ou Rolada,
PO’ S SOLUTIVOS
de Fouquet.
48 Tartaro vitriolado.
R.
va hum a.
Extraão de Efcamonea and oita¬
Turbit branco.
Hermodaãylos and oitava nieya*
Canela efcropulo hum : de tudo fe façao pôs.
Ita Madama Fouquet 2. part.pag. niíhi 404.
Far-fe-haõ na fórma feguinte : Õs fimplices
fe pifem cada hum per fi, e todos fubtis , e
como eíliverem bem miíturados fe guardem
em vidro para o ufo.
Eíles pós purgaõ, e defpegaõ os humores
tartareos, que caufaõ a gota, purgaõ copio-
famente a cólera, a fleuma, e faõ muito con-
venientes aos hydropicos: daõ-fe de hum
efcropulo até dous, e para peflbas robuílas
até huma oitava.
P O’ S T ARTAREOS
de Fouquet.
4y TJ Jdlapa boa oitavas duas.
JLV* Tartaro vitriolado huma oitava.
Canela hum efcropulo: de tudo fe façao pôs.
Ita Madama Fouquet 2. part. pag. mihi 404.
Far-fe-haõ na fórma feguinte : Os fimplices
fe pifem todos á parte fubtis, e depois ie mi-
ílurem, e guardem em valo de vidro para
o ufo. '
Eíles pós purgaõ a fleuma , e diílipaõ os
flatos: faõ bons para purgar os gottofos, aos
melancólicos hypicondi iacos, e fervem tam¬
bém na cura das obílrucqoés: daõ-fe de meya
oitava até dous efcropuíos , e huma oitava
aos robuílos em caldo de galinha , frango ,
ou em Pilulas formadas com mucilagem de
Alcatira feita em agoa Rofada.
PO’S ALEXETE RICOS
de Barbette.
5°
R.
Tomentilla.
Contrayerva onça meya.
Petafitis.
Enula
 - ©a$;Gollyriosy Pós,
Emita campana and oitavas duas.
Terra figillada.
Bolo Armênio and oitavas tres.
Rafuras de corno de Veado, e de
Marfim and oitava huma.
Coral vermelho efcrop. quatro.
Canella oitavas duas.
> Antimonio diaphòretico onça meya: de tudo/e
façao pós S- A. Ita Fredericus Hojfmanus fu~
perSchrod. num. i. Uh. 2. cap. 77. de Pulverih.
pag. miJtl 157. Far-fe-haõ na forma feguinte:
Os fimplices le pifarão muito fubtis, e como
todos cíliverem bem miftuvados fe guarda-
ráõ para o-ufo em vidro tapado.
Servem eftes pós nas febres malignas, c
doenqas contagiofas: daõ4e nas Bexigas, Sa-
Fampãos, e faõ muito diaphoreticos, podem*
fe dar de hum efcropulo até dous.
' pO’S RÚBEOS PANONICOS.
^ I tj Bobo Armênio Oriental onças duas* bem fubtis, e depois fe guardarão em vafo
VV, Terra Jigillada onçasfeis*
. Jacynthos. 1 Saõ eftes pós muito convenientes no tem¬
Saphiras.
Rubtns. ^ 4
Efmeraldas and onça humd.
Aljôfar oitavas de\.
Efpodio.
Ra/uras de Marfim and oitavas cinóô*
Coral vermelho onça huma.
Coral branco onça huma e meya*
Rai\de Tormentilla.
Eiãamo and onças quatro.
Ra furas de Corno de Veado oitavas feis»
Sandalos brancos oitava huma.
Doronicos oitavas fieis, j
Semente de Afiedas oitavas duas*
Caficas de Cidra oitava huma e meya*
Folhas de Ouro numero cincoenta : de tticto cap. 6. de Pulver* pag, 175* Far-fe-haõ na fór-
fe façao pós S. A. Ita Joannes Zuelpterus tn
Pharmac. Ana. 2.part. ClaJT- 9- lif ^ f' pois fe pulverizará , o Bolo Armênio, Terra
mihi 162. ChamaÕ-fe eftes pós litros pda
cór que tem , e Panomccs , porque le uUo
muito em huma Provinda de Ungria, e_em
Alemanha, porém hoje pouco leu fao fora
das ditas partes , çomo diz Leme y p dos fe lhe mifturará a Sperma-Ceti, e junta
Pharmacopea cap. 6. de Pidv.pag. j ■
fe-haó na «raia feguinte: As pedias le pre
pararáSfubtiliffimas,e femifturarao corn os
pós dos mais fimplices, que todos fe tritu-
raráõ fubtis, e como eftiverem mifturados
lhe ajuntem o Ouro cortando-o com «a
•>m pedaços pequenos, e nella foi ma 3 qao: daõ-fe de meyo efcropulo até meya oi¬
deEftes pós fao contra a pefte , febi-es mali¬
gnas , e contra todos os achaques Epidem -
cos desfazem os máos humores poi mvi 1-
veí tranfpiraqaõ : da5-fe de hum efcropulo
até dous.
eTaIhadas;
PO’S . £TO
52 n rjy 1 KA PESTEM
K. s»&?‘ Veaí
Caficas de Laran/fi* Cidra aUa oitavas 6.
Rai% de Diãamo br\e<das oitavas tres.
Canela and oitavas düi.
Cravos. . '* - : ,.
Rofias. ,
Macis.
Pdo de A guita.
Bagas de Zimbro.
Folhas de Mangerona Jeccá*
0(fios de çomçab de Veado.
Tormentilla* . .
Sandalos citrinos and oitava huma e meya.
Sementes de Coentrose de
Mangericao and oitava meya ; de tudo fie fd-
çadpós S. A. Ita Nicolaus Letíiery in Pharnt.
cap.6. de Pulver>pdg- 556. Farde-haõ na tór-
ma feguinte : Os fimplices fe pilaráõ todos
de vidro para o ufo.
po da pefte , e bons para febres malignas , t
doenças contagiofas, desfazem os máos hu¬
mores por invifivel tranfpiraqaõ : daõ-lé de
meyo efcropulo até dous.
PO’ S ES TIT I COS.
53 T) Spermá-Ceti onça huma.
. XV. Ter ra.figillada onça meya.
Bolo Armênio, r
Sangue de Drago*
Pedra Hematijia and oitavas duas*
Olhos de Caranguejos preparados oitava i<
Rai\ de A.ngelica*
Ruypontico.
Ruy barbo and oitava mèya : de tudo fie façao
pôs S. A* Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop.
ma feguinte : As tres raizes fe pifarão juntas
fubtis* a pedra Hematifta fe preparará, e de¬
ftgillada fe pifaráõ juntos também fubtis, o
Sangue de Drago ,* e Olhos de Caranguejos
depois de preparados fe farão em pó , e co-*
mo todos os fimplices eftiverem pulveriza¬
com elles fe pifará , e paífará por peneira
fina tudo junto , e nefta fórma fe guardao
para o ufo em vidro bem tapado.
Saõ proprios eftes pós para as chagas, que
fe fazem dentro do corpo, faõ uteis aos que
cahiraõ de alto, delcoalhao o fangue , e ado-
tava em vinho quente. TT
P ü’S CON TRA CASU M
de Zuelphero*
5 4 T) Tcrra flê> ilíada.
JLV« Sangue de Drago*
Mumia
 Augment. Tr-aí; IX*
XlO , ;
Pharmac
.
Alumia and oitavas duas.
Spernia Ceti oitava iv^façaõ-fe pôs S. ^4.
Kuybarbo oitava me^fn pharmaçop. Aug.
Jta Joannes Zz«?//^Í5<>. Far-fe-haõ na fór-
çiajf. y-de Pw/w-fimpliccs todos fe pifem
roa feguinte :/pois lhe ajuntem a Sperma-
bem fubtís i nem a pifar , e paliar por pe-
Ceti, e, re aíTim fe guardem para o ufo.
neira-A* eftes pós para aquelles que cahi
e alto, e que tem contufoésquebra-
das , ou vêas rotas: daõ-fe em agoa de
Fanchagem, ou licorjconveniente de hum
efcropulo até quatro , e fe continüao algu-
mas, vezes $ também faiem parar o fluxo de
fangue exterior de alguma vêa , desfazendo
duas ou tres oitavas delles em huma pouca
de agoa , ou clara de Ovo .frefco, e fe appli-
ca áparte em pannos molhados nelles.
PO’S CONTRA CASUM
de Lemery.
5 5 T) Sperma-Ceti oitavas feis.
XV • Alambre onça meya.
Rubi a tinãorum.
■ Tormentilla and oitavas'duas.
Myrrha.
Rapontico.
Incenfo and efcropulo dous : de tudofe façaô
pós S. A. Ita Lemery in Pharmac. cap. 6. de
Pulver pag. 302. Far-fe-haõ na fórma feguin¬
te : Os íimplices fe pifem todos fubtis , e de¬
pois fe tornem a pifar com a Sperma-Ceti,
e tudo fe pafíe por peneira fina , c depois fe
guardem os pós para o ufo.
Saõ bons eftes pós para os que cahirem
de alto, fazem parar o fangue, e diflblvem
o que eftá coalhado dentro do corpo, abran-
daõ as dores cauladas de quedas, fortificaõ
as partes debilitadas, e unem os vafos que¬
brados dentro do corpo : daõ-fe de hum
efcropulo até huma oitava em licor con¬
veniente.
PO’S CONTRA CASUM
de Guido.
Bolo Armênio.
R. Mumia.
Terrafigillada and partes iguaes'. de tudo
fe façaô pó* S. A. Ita Joannes Fragofus in An-
tid. pag. 482. Far-fe-haõ na fórma feguinte:
Os íimplices todos fe pifem muito fubtís,
aflim fe guardem para o ufo.
Servem para quedas : daõ-fe de meya oi¬
tava até quatro efcropulos com tres, ou qua¬
tro onqas de agoa de Tanchagem adoçada
com Xarope de Murtinhos.
PO’S ASTRINGENTES
57R para o ufo externo.
Caparrofa de Chipre calcinada onça
• huma e meya.
hPedraHt,mí.
Atebre epatico•
Incenfo.
Al me cpga.
Galhas. ■ •• •
Terra figillada.
Pedra Hematijia. • 1
Rai\ de Tomentilla and onça meya : de tu-
do fe façaô pós S. A. Ita /Ni cola us Lemery in
Pharmac. cap.ó. de Pulver. pag. $04. Far-fen
haõ na forma feguinte: Os íimpiices fe pifa¬
raõ todos muito fubtís , e fe guardar áõ para
o ufo.
A Caparrofa, ou feja da de Chipre, ou ou4Calcina-
tra qualquer, fe calcina na fórma feguinte : *•<> vitno
Tomaráõ a quantidade que quizerem , e ef- “•
colheráõ da melhor, e mais limpa , e a met-
teràõ em panella de barro nova com feu te¬
fto, e a lutaráõ muito bem , e aflim fe man¬
dará ao forno a cozer,ou até fe calcinar bem,
o que fe conhecerá fe eíliver bem vermelha,
e nefta fórma fe guarda para o ufo. Aflim a
enfina a calcinar Diofcorides no liv.5. cap. 74.
pág.J45 *
Servem eftes pós para fazerem parar os
fluxos de fangue, feja de vêa , ou dc artéria,
efeapplicaó com clara de Ovo frefco emci-
ma da ferida , e fe lhe pôem emcima pannos
PO’S ASTRINGENTES
de Charàs.
58 T3 Bolo Armênio.
XV* Terra figillada and onçps duas.
Balauflias.
Murtinhos.
Incenfo.
Sangue de Drago.
Semente de Ç um agre.
Almecega and onça huma : façaÔ-fepós S. A.
Ita Moyfes Charàs in Pharmac. Reg. Chimica
part. 4. cap. 1. de remediis fingular.p. mihi 4 ] 6.
Far-fe-haõ na fórma feguinte : Os íimplices
todos fe pifaráõ muito fubtís, e aflim fe guar-
daráõ para o uio.
Servem eftes pós para as hemorrhagias ,
e debilidade do ventrículo, e inteftinos: daõ-
fe de hum efcropulo até huma oitava em
licor conveniente 5 e para o ufo externo fe
applicaõ com clara de ovo em fórma de Ca-
taplafma, que fe pôem emcima da véa, ou
artéria, donde fahe o fluxo do fangue.
PO’S CONTRA FLUXUM
fanguinis.
5 9 T> Incenfo.
XV# A\ebre.
Bolo Armênio.
Pello de Lebre preparado and partes iguaes-.
de tudo fe façaô pós. Ita Henrique Tenhe c. 8.
de Pulv.part. 1. de alterant. pag.mihi 169. Far-
fe-haõ na fórma feguinte: O Incenfo, Aze-
bre,
 Dos Collyrios , Pqs, e Talhadas.
bre , e Bolo armênio fe pifem fubtís, e de
pois fe miílurem com o pello da Lebre , que
eílará. preparado, e pulverizado , e tudo fe
Prtepara- guarde para o ufo. O pçllo da Lebre fe pre¬
jio Pilo- para na fórma feguinte : Tomaràõ delle a
jTnn Lc* quantidade que quizerem , e o metteráò em
poris.
panella de,barro novo , e depois de bem lu-
tada a metteráò no forno,, e como o pello
eftiver bem torrado fe pife , e guarde para o
ufo. Afíim o enfina Zuelphero z.part. ClaJJ'.z.
de Praparat.
Eíles pós fervem para,fazer parar qual-
quer fluxo de fangue de vêa , ou de artéria*
applicaò-fe em fórma de~ Cataplafma feita
com clara de ovo , e pofta fobre a parte don¬
de fahe o fluxo.
PO’S CARMINATIVOS.
60 TJ - Cominhos.
X\, Herva doce aná onças tres.
Gengibre oitavas feis.
Macis oitavas tres.
Açafraô oitava huma : de tudo fe façao pôs
S.A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. cap. 6.
de Pulver. pag. 364. Far-fe-haõ 11a fórma fe¬
guinte : Os fimplices fe pifaráõ todos fubtís,
e depois fe guardaráõ para o ufo.
Saõ eíles pós muito carminativos , bons
para as cólicas ventofas,e facílitaõ a digellaõ:
tomaõ-fé logo depois de comer de meyo
efcropulo até huma oitava.
p Q’ S I M P E li I A E S.
»i T) Canela oitavas de<{.
JLV.» Gengibre onça humâ.
Cravos onça meya.
Galanga.
&
Macis.
Nozes mofeadas ana oitavas duas*
Al mifc arefcropulo meyo: de tudo fe façao
f)ô's S.À. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop.
cap 6 de Pulver.pag. 04. Far-fe-haõ na fór-
ma feguinte : Òs fimplices fe pifaráõ todos
fubtís , e depois lhe ajuntaráÕ o Almifcar ,
eme fe hirà pilando com os pós até fe pafíar
tnHn nor neneira fina, e nella fórma fe guar-
dem ParaPo ufo em vidro bem tapado.
Efies pós confortaó o cerebro , alegraó o
coracaõ, diffipaa os flatos, e delfazem a me-
lancolia daõ-fe de meyo efcropulo até dous,
e oara ai mulheres lefazem fem Almifcar.
---ANT1DYSENTÉRICOS.
PO’S - - — v r-a tr c nxirrcurrnc
62 T) Terra figillada:
Xv. Bolo Armênio.
Rofas vermelhas.
Raiz. de Tôrmentilla.
Balaujlias.
Bijlorta.
Sangue de Drago.
Coral vermelho preparado.
Pedra üemaUJla anà onça huma.
321
Semente de Beldroegas , e
Tdn chagem and onça me va. v
Cravos.
Macis anã oitavas duas: de tudo fe façao pôs
S.A. Ita Moyfés Charás in Pharmacop. Reg.
cap. ic). de Pulver.pag. mihi 229. Far-fe-haõ
na fórma feguinte : Os fimplices fe pifem to-
dos fubtís , e depois fe guardem para o ufo.
Servem eíles pós para as Dyfenterias , e
para todos os fluxos do ventre, laõ conveni-
entes em todo o achaque , que neceflita de
aílringçnte, e também faõ bons para a debi-
lidade do ventrículo : daõ-fe de hum efero-
pulo até huma oitava em licor idoneo.
PO’S DYSÈNTER1COS
R de Crol lio.
Alambre.
• Sangue de Drago.
Pedra Hematijia.
Coral vermelho preparado.
Semente de Beldroegas , e de
Tanchagem.
Authora, por ella 7. edoar ia.
T erra figillada.
Raiz de Tôrmentilla aná onças duas.
Balaujlias..
Crocus. Martis ajlringente.
Talco calcinado.
Madre Pérola , ou 0 feu Magiflerto.
Of as humanos calcinados anà onça huma.
Canela onça meya.
Noy.es mofeadas numero quatro: de tudo fe
façao pôs S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar-
niacopea cap. 6. de Pulver.pag. 305. Far fe-
haõ na fórma feguinte: O Coral, pedra He-
matiíla , Talco , e os Oflbs humanos depois
de preparados fe pulverizarão, e os mais íim-
plices fe faraó em pó bem fubcil, e como to-
dos eílíverem miílurados fe guardaráõ para
o ufo. O Talco fe calcina mettendo-o em Cr.ldna-
panella nova * e depois de barrada fe manda
ao forno , e tanto que eíU reduzido a cinza
branca fe pifa lubtil, e fe prepara moendo-o
na pedra com agoa de Tanchagem, e como
efiá fubtil em tal fórma, que fe lhe naõ finta
afpereza alguma fe fazem 1 rochifcos, e de-
pois de íeccos fe guardaõ para o ufo. Deita
mefma forte fe calcinao, e preparao os Oiros
humanos, quando faõ necefiarios para o ufo
da Medicina.
Servem efles pós para fazer parar as Dy¬
fenterias, e as mais fluxoes, faõ também bons
para as Hemorragias: daõ-fe de hum efcro¬
pulo até huma oitava.
PO’ S .DYSENTERICOS
R de Lemery.
*4
% ma e meya.
,
Corno de Veado calcinado Onça hu
Sementes de San guinaria e de
Tan*
 5 22 Phartnac. Lufit. Aügment. Trat.TKè
Tanchagem and-onça huma.
Terra figillada.
No\es mofe adas.
Vifco querei no.
Nitro purificado and onça meya : de tudofe
façadpós S.A. Ita Nicolaus Lemeryin Phar-
ftrabvfi. cap. 6. de Pulvir^pag^o^. Far-fe-haÕ
na fórma feguinte: Os fimplices fe pifem to-
dos fubtís, e depois fe guardem para o ufo.
Nefta receita pede o Audlor femente de
Sanguinaria , efta planta he a bolfa de pafior,
que he a verdadeira Sanguinaria , como diz
Theodorico Dorftenio infuo Botânicoplan-
Burfa pa- tarum foi. 54. ~ Burfa pafior is mui tis, nomtni-
íloris, & bus à recentioribus Medieis donata efi: Sangui-
Sangui- nana ettam dicitur , quia miram injifiendo fan-
nana idé.
guine potefiatem habent 5 funt autem plures
Sanguinaria., fed hac virtute prapollet. E af-
fim para efte comporto fe ha de apanhar a fe-
inente da Bolfa de pafior, e no caio que a na5
haja fe ufe da femente do Poligohio vulgar¬
mente chamado , Centinoáia , ou Correjola ,
a que alguns também chamaõ Sanguinaria,
como fe vê de HofFmano fuper Schroder.
lib. 4. Clajf. 1. nurii. 258.
Servem eftes pôs para fazerem parar as
Dyfenterias , e todas as mais fluxoés do ven¬
tre : daõ-fe de hum efcropulo até huma oi¬
tava.
PO*S DYSENTER I COS
de Hoffmano.
R
<5
meya.
Crocas Martis afiringente onça 1.
* Corno de Veado queimado onça
Raives de Bifiorta, e de
Tormentilla aná oitavas duas.
Açúcar de Saturno eferop. dous.
Canela efcropulo hum: façad-fe pós S.A.
Ita Fredericus Hoffmanus in fuo Thefauro
Vharmaceutico feói.z^.de Puíver.pag. 5.
Far-fe-haõ na fórma feguinte: O còrno de
Veado fe pulverizará depois de preparado ,
e os mais fimplices fe pifaráô fubtis, e eftan-
do bem mirtos fe guardarão para o ufo.
Saôbons eftes pós para as Dyfenterias, e
para todas as fluxoes do ventre : dao-fe de
hum efcropulo até dous.
P O’ S C A C H E TICOS
fimplices.
6 6 TJ Crocus M artis aperiente onça meya.
JlY • Canela onça huma.
Açúcar onças duas : façad-fe pós S.A. Ita
Nicolaus Lemery inPharmaC. cap. 6 de Pul-
verib.pag. 515. Far-fe-hao na fórrria feguin¬
te : A Canela fe faqa em pó futftíl , 'e le mi-'
fturará com o Aqucar , e o Crocus Martis,
que eftaráõ já pulverizados, e como tudo
eftiver bem mifturado fe guardarão os pós
para o ufo. • mais fimplices te triturarão fubtis, t depois
Saõ bons eftes pós para a cura dás obftruc-
coes, cachexias, provocaõ a conjuncaõ men-
fal ás mulheres, eihe curaõ ás más cores:
daÔ*fe de meya oitava' até duas em caldo de
frango , ou licor conveniente , e também fe'
pódem dar em Pílulas fem o Ácucárefor-í
madas com mucilagem de Zaragatóa feita ■
em agoa Ròfada , e entaõ le daõ de dous
efcropulos até huma oitava.
P O’ S CO fiDIAES
reformados.
h
R. Pedra dfr Ba? ar Oriental:
Ofjos dó coraçad de Veado and oi¬
tava huma e meya. J J ‘
Alambre branco.'
Rafuas de Marfim. , ... ‘ .
Ufihade grambefia.
Rah de Tormentilla aná oitava huma.
Angélica.
Tjedoaria.
Páo de Aguila. . . •
C afeas de Cidra aná efcropulo dous.
Âmbar gri? efcropulo meyo.
Âlmifcar grads quatro : façad-fe pós S. Al
Ita Nicolaus Lemery in Phartnac. cap. 6. de
Pulver.pag.T)\<). Far-fe-hao na fórma feguin¬
te : Os fimplices fe pifaraô todos fubtís, e
depois fe guardarão para o ufo em vidro bem
tapadÔ. ’
Eftes pós fao muito Cordiaes, fer.vèm pa¬
ra fortificar o coraqaó,refifteni á malignidade
dos humores, e facilitaoa tranfpiracao def-
les: daõ-fe de doze graõs até dous efcro¬
pulos.
PO’S CORDIA E S
R , Saxonicos.
J acynthos preparados.
• Aljôfar preparado.
Coral vermelho, e
Corno de Veado preparados.
Terra figillada aná oitavas feis.
\ Saphiras oitavas duas.
Ffmeraldas.
Alambre branco.
Unicornio and oitava huma,
Offos do coraçad do Veado.
Olhos de Caranguejos.
Lapis Percarum.
Olhos de Lu cio.
Zedoaria and oitava huma.
Folhas de Ouro numero quin%e : de tudo fe
façad pós S. A. Ita Fredericus Hoffmanus in fuo
The fauro Pharmaceutico feã. 2 5 de Putverib.
pag. mihi Chainaõ-le eftes pós Cordiaes
fixonicos , porque em Saxonia fe ufaõ mui¬
to , e apenas fe acha Botica , em que os naõ
haja feitos. Far-fe-haô na fórma feguinte :
As pedi as fe prepararão, e pulverizarão, e os
• de
 DosCollyrios, Pós, eTalhadas. }2J
de tõdôs mifturados fe lhe ajunte o Ouro , e Macis.
fe corte tom faca em boccados pequenos, e C ar d amorno.
aíljm.;fe guardaráõ para o ufo. PedeoAu- Sementes de A\edas, e de
pere», & dor Pedra de Percas , efta tal fe acha na ca- Coentros,
LapisPcr- beqa de hum peixe chamado Perca, a qual Rofas aná oitavas duas.
cmü quid nafce na cabeqa junto á efpinal medulla, Açafraô oitava huma.
aílim o diz Schrodero no Uv.$. Ctqff.^.de ani- Anilar.
. maíib. §. 26. ~ Lapides in capite reperti juxta Almifcar aná gr aos tres : de tudo fe façaô
___r-
fpinaãorji initium. Z NaÕ as havendo fe pó- pôs S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop.
dem pôr por ellas os Olhos de Caranguejos , cap. 6. de Pulver.pag. fôi. Far-fe-haÕ na fór-
que tem a mefma virtude* também na recei- ma feguinte : Os fimplices todos fe pifem
Lucius, ta fe pedem Olhos de Lucio * efte tal Lucio he bem fubtis, e depois fe guardem para o ufo.
fivepifeu hum peiye, que fe cria em alguns Rios, co- Servem eftes pós deprefervar da péfte,
k*1115* mo fe yê. de Bento Pereira na fua Profodia máos humores, e de todo o achaque conta-
letra L,eo mefmo afhrma Schrodero Uh. 5. giofo , e por efta razaõ lhe chamaõ Pôs libe-
ClaJJ.\. de Animal. §. 28. Também fe pódem rantes : daõ-fe de meyo efcropulo até dous *
pôr por elles (naô os havendo ) os olhos de e para mulheres fe ha de tirar o Ambar , e
Gàrariguejos. Almifcar.
Servem os pós Cordiaes faxonicos para P O’ S LiBERANT E S
. _<í _r- ou Cordiaes de Lemery.
fazer reviver o coraqaõ, e preferva-lo de to¬
dos os ares corruptosifaõ bons nas malignas, 71 T) Aljôfar.
prcfervaÔ da pefte , e de todos os ares con- XX. Granadas.
tagiofos : daõ-fe de meyo efcropulo ate Efpodio.
meya oitava. Canela.
* P0’S CORDIAES Tormentilla.
de Hoffmano. Bolo Armênio and oitavas tres.
íj T) Aljôfar onça huma. Terra figillada oitavas duas , e deus eferop.
Rafuras de corno de Veado oitav.6, Sandalos citrinos >
OJJos do cor aças de Veado numero quime. Vermelhos, e
S anã aios citrinos eferoputos quatro. Brancos.
Efmeraldas. Rafuras de Marfim.
Rubins. . . XJnicornio aná oitavas duas.
Granadas aná efcropulo hum: mtjture-fe tu- Jacynthos.
do, efe façaô pós fubtis. Ita Fredericus tíof - Saphiras.
fmanus infuo Thefauro Pharmaceuticofetí- z 3. Coral.
de Pulver. pag. tnihi 694. Far-fe-haõ na fôr¬ Alambre.
ma feguinte*: As pedras fe prepararão, e os Pào de Aguita.
mais fimDÜces le trituraráõ iubtiliftimos, e Rat\ de Valeriana.
como eftiverem todos mifturados,fe guarda- Viãamo branco.
Zedoaria and oitava huma«
ràõ para o ufo.
Servem eftes pós em todas as febres de Seda crua.
má qualidade, confortaÕ o coraqaõ, e o de¬ Been branco.
fendem da malignidade dos humores: dao- Been Vermelho aná efcropulos dous.
fe de húm eferop. até huma oitava. VJJos do coraçaô de Veado oitava meya.
p 0'S liberantes Ambar.
Almifcar aná graôs de%.
R
7o
reformados.
R ai\ de Tormentilla*
# Diãatno real.
Folhas de Ouro numero cinco : de tudo fefa*
fao pôs S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm.
cap. ô. di Pulver. pag. 380. Far-fe-haõ na fôr¬
Been branco.
ma feguinte: As pedras depois de prepara¬
Angélica, e de das fe pulverizaráõ, e os mais fimplices fe pi-
Zedoaria aná onça meya,
faráõ bem fubtis, e fe mifturará tudo com o
Sanda los citrinos. Ouro, e como eftiverem as folhas cortadas
Brancos, e miúdas fe guardem os pós em vidro bem ta¬
Vermelhos. pado para o ufo* Efte medicamento tem
Alambre. muita femelhanqa com a confeiqaõ de Ja- Confe-
Rafuras de Marfim. cynthos, e aflim fe póde fazer em fórma li - aio libe-
Cafeas de Cidra. quida, ajuntando-lhe o que baftar de Xaroperans*
Ojfos do coraçaô de Veado. de Cravos de Arrochela } que nefta tór-
Canela aná oitavas tres. a ma
 j 24 Pharmâcop. Lufitan. Augment. Trat. IX.
ma fará ainda mayor operaqaõ. as doenqas contagiofas, refifte à'põ<fc'ida 5
Serve efte compofto para as febres mali- dos humores, e os lança fóra humas vexes -
gnas, refifte á podridão dos humores , con- por fuor, e outras por írtVifivel tranfpiyacáõ,
for ta o coracaõ, eftomago , e faz parar todas he util aos hydropicos, e nas curas déto- j8 f ao M
-v/leicl
as fluxoés do ventre r dá-fe de meyo efcro- das as obftrucqoes: dá-fe de feis até -vintc
hiuj. í p
pulo até dous, e em fórma liquida, d<; hum graõs em caldo , ou licor' conveniente.
efcropulo até huma oitava , e para mu lhe- Servem os pós Bezoarticos-de Charàs pa~;
res fe deve fazer fem Âmbar , e Almi- ra todo o genero de veneno dado por-éno >
fear. ou malícia 5 he bom nas febres malignás-, e \
’ PO’S BEZOARTICOS em todas as doenqas contagiofas -r porque de¬
•de Charàs1 fendem ocoraqaõ de toda a corrupt*à& de
72 TJ Ra/\ de Angélica. humores, lancando-ós fóra por ou âübf
fliqs
• Contrayerva. por invifivel tranfpiracaõ: daõ-fe- dé^wieyo-
Bijiorta and onça meya. efcropulo até huma-oitava em-fidot ído*
JtUl4
Pedra de Ba\ar Oriental. neo. '
Pós Viperinos. P 0
’S BEZOARTI 0 OS
Be\o ártico mineral and oitavas tres. de He ff Mano. ) otb toq iòq
Oleo de Canela gottas feis: façad-fe pôs S-A. 73 T) Antimonie Diaphoretice onçãJtuma.
Ita Moyfès Charàs in Pharmac. Reg. Chi mic. JLv. Magijlerio de Coral vermelha oita¬
part. 4. de variis remediis pag. viihi 4} <•>. Far- vas duas. ' vyú /-4:. 1)
le-haõ na forma feguinte : Os fimplices fe Margaritas Orientaes oitava huma'.c -
pifaráo todos fubtis , c depois fe lhe ajunte o Corno de Veado preparado fem fogõ oitavas
Oleo de Canela ; e como tudo eftiver bem duas e meya. 1 * ' ‘ -o. •j
mifturado, fe guardem os pós para o ufo em Untcornio fino oitava meya.
Befoarti- vidro bem tapado. O Be\o ártico mineral, naõ Rafaras de Marfim oitava huma e meya
cumrai- he outra coufa mais, que o Antimonio fixo de tudo fe façaõ pós S. A. Ita Fredericus Hof-
nerale. pe]Q efpirito de Nitro , e tornado de Emeti- fmanus in Thefauro Pharmaceuticofe£i. 2de
co fudorifero , o qual fe faz na fórma feguin- Pulver. pag. mihi 694. Far-fe-haõ na fórma
te: Tomaráó duas oncas de Manteiga de feguinte: Os fimplices le reduziràÕ todos a
Antimonio , e as lancaráõ em hum cadinho, pó fubtil, e depois de bem mifturados íe
e emeima lhe ajuntaráõ outras duas oncas guardaráõ para o ufo.
de efpirito de Nitro lançando-lhc gotta, e Efte compofto he hum remedio feguro
gotta , até que a manteiga fe faqa fluida: en- agradavel, e util nas malignas , e em todas
taÕfeporá o cadinho no lume fazendo-lhe as doenqas, em que ha indicacaõ demover
fogo brando , até que fe evapore o efpirito, fuov $ ferve nas bexigas, farampáos, e nas
defviando a cabeqa, e narizes do fumo, por- doenqas de má qualidade: dà-fe de meyo e-
5
que fa nocivos j e tanto que o efpirito todo fcropulo até huma oitava.
fe evaporar , fe lhe augmente o fogo, fazen- PO’S BEZOARTICOS
do-o forte por efpaco de hum quarto de ho¬ fine pretiofis.
ra ; paflado o dito tempo fe deixe esfriar a 74 Belo Armênio.
matéria, que ficará quaíi branca, e depois Terra fio ilíada.
fe lhe lancem mais outras duas oncas de efpi¬ Rai\es de Diãamo branco anã oitavas feis.
rito de Nitro, e mexendo tudo bem fe faca Angélica.
evaporar da mefma forte , que da primeira Genciana.
vez , e ultimamente fe lhe lanqaráo mais ou¬ Petafitis. >'
tras duas onqas de efpirito, o qual depois Zedo ar ia.
de evaporado fe lhe faca fogo forte meya Corno de Veado preparado.
hora , até que a matéria efteja muito branca, OJfos do coraçaõ de Veado.
que he o fignal certo de eftar bem calcinada, Rafuras de Marfim.
e depois de apagado o lume, e fria a maté¬ Cafeas de Cidra.
ria le tire do cadinho quebrando-o (fendo Coral vermelho preparado and oitava mera:
neceflario) , e entàõ fe faqa em pó, e fe guar¬ de tudo fie façaõpós S.A. Itajoannes Schrode-
de para o ufo em vidro bem tapado, aflim o rus in Pharmacop. Ub. 2. cap. 77. de Putverib*
enfina Lemery 110 leu Curfo Chimicopart. 1. pag. mihi 158. Far-fe-haõ na fórma leguince;
cap 9. de Ahtimoniopag. mihi 260., e Chrifto- O Coral depois de preparado fe pulverizará,
vaõ l^ove Morley nos Collectaneos Chimi- e os mais fimplices fefaraõ em pó fubtil , e
mos cap. <}6. pag. 100. O Bezoartico mineral tanto que todos eftivercm mifturados, fe
1_1__ 1_• . 1 r» 1 _ *r_ _ 1___ _ t tr* n *
hc hum admiravcl Sudorifero, e bom para as guardaráõ para o ufo.
malignas, bexigas, farampãos, e para todas Eftes pós faõ convenientes nas doenqas de
' • * . mà
 *j©os.GGllyríjQS;,){ PÓ5-, e Talhadas.
Bofas vermelhas. ■
m . [ ^
má qualidade , em que ha ’ fufpeita de ma¬
ligna : daó-fe de hum efcrópulo até huma Simas de Mangeronafecca anà onças tres.
Oitava. 4 Flores de hyrio convale. x; j
. po‘s bçzo árticos :; Betonica.
* cum pretiofís* . Rofmaninho anà onças duàs.
75 TJ Vbs preparados da receita acima Beijoim.
XV • onça huma. Ffloraque Calaniitha.
Aljôfar bom graus de\afeiç* Tacamacha.
Jacynthos. Cravos. • *
Rubinsfe ‘ r>/ . _ r, Canela. ■
Granadas preparadas. N'o\es nufcadas anà oitavas tres: de tuáoje
Pedra de Ba\ar anà graus oito• façaopós 5. A. Jta Nicolaus Lemery inPhat•
niacop.cap. 6. de Pulver.pag. 324. Fay-iç-^aô
"Folhas de Ouro, e ^ # ;
na fórraafeguinte: Os fimplices fe pifem ^to¬
Prata anà numero hum \ façao-fepcs S. A.
dos medíocrese depois de bem mifturados
Jtajoannes Schroâerus in Pharpiac. cap. 77? dâ
Pulver.pag. mihi 158. Far-fe-haõ na fórma fe guardem para o ufo.
Eftes pós fervem para eftofar barretes.,
íeguinte : As pedras depois de preparadas
tem as méftpas. virtudes ,„que os da primei¬
fè pulverizará^ , e os mais ftmplices fe pita-
ra rec^m -, . porem efta .he de mayor etti-
fá5 fubtis j e como tudo eftiver mift.uyadg
thé ajuntem o Ouro , e Prata, e depo.i? de
cortada miuda fe guardem para o cfm.
C"C?as h^A EP1THEMA
do coraqaô ex Zuelphero. -?
SaÕ eftes pós muito cordiaes , e diaphpre-
78 T| Flores.de Borragens. ... \j,
tíeos O ufo delles he principalmente nas
LinguadeVacca.
malignas: daÕ-fe de hum.efcropulo até dous
Fterva cidreira anà manipulo meyo.
em licor conveniente. ~ _ ■■ D
S andai os citrinos ,
p O’ S PARA ESTOFAR
Vermelhos , e , ; j<- ,
barretes.
Brancos:> *
76 T> Cravos. Bofas vermelhas anà oippvas duas*
X\j. Canela. Cafeas de Cidra.
Çalamo aromático. Semente de Axedas»
Ffquínaniho. Pào de Aguila.
Matigerona. Cravos anà oitava huma e meya.
Alecrim. Do todas as pedras preciofas anà oitava 1.
Betonica« Doronicos. * .
hyrio. • ■ Been branco.
Salva. t Alambre. •
Bofmaninho anà oitava numa* Been vermelho.
Bagas de touro* Ojfos do coraçaõ de Veado anà eferop. quatro.
EJioraque.
Coral vermelho, e
Tacamacha anà oitava meya: de tudo fe fa~
Branco. ;
■ - „ ç a Ita Nicolaus Jjemery in Pharnt.
çaopos o. A. tía l f>-haõ na Efpcrdio and oitava meya.
Açafraõ eferop. meyo.
Ca.nphora graosfeis. ■ „ .
AUnifcar graus tres : de tudo fe façao pos
S. A. Ita Zuelpherusin Pharmac. Aug. part. 2.
Clafjx 5.. de Pulver.pag. mihi 13 9. Far-fedrao
na fórma feguinte * As pedras depois de pre-
naradas fc puíverizaráo, e os mais fimplices
e forrados de 1 afeta ’ cotlfoi taõ fc pifaráÔ muito fubtis , e depois de bem mi¬
fturados fc guardará5 para o ufo em vidro
bem tapado. s ^ .
Eftes pós confortaô o coraqao, e o 11-
V'dcapCS"tn“RRETES.
vraõ da palpitaqaõ , avivaõ os efpintos vn
•77 -n hyrio florentino onças oito. taes, faõ também muito convenientes aos
Pào de Bofas onças quatro. melancólicos, alegraô o coraqaó , e o re-
Calamo aromático. créaõ defendendo-o de toda a corrupcao:
Cofio doce. applicaõ-fe em panno de Efcarlata na re^
* ** giao
Junça.
 \ ..'

fi$ Phartiac. Lufit. Augitfélt. Trtó; ÍÍST» , • , ,

giaõ do coraqaõ desfeita huma pòrqaõ delles é outros da níefma qualí<jac|e .lhe ajuntaÕ
em vinho branco, agoa de tíerva Cidreira, Vinagre , o qual haÔ he conveniente por fe£
_
_ !• __
ou outro licor idonèõ. aílr ingente, porque impede ^ue a virtude
_^ :_'

PO’S PARA EPITHEMA efpiritúofa dos fimplices naÕ penetre os pó-

do coraqao èx Lemery. ros, e ajude a defôpilàr $ è pór eíla raz^õ he
77 TJ Sandalos Citrinos. melhor fazer o Epithèma com as ditais agoas
XV • Rojas vermelhas. 1 v cordiaes. *
Cüjcas de Cidra , c de P O’ S PA RA E PÍT*HÉ MA /
do Figado ex Zuelphero.
Laranja feccas.
Alambre
y' fc.
Canela.
* and onça
.
• huma.
vt-!H - r- • 8i R. Sandalos vermelhos,*'Ü V ->n \
Brancos
Cw/rd íte Veado. Citrinos aiià onça meya.
■S)
Rafuras de Màirfim. Ro/as vermelhas.
Liamargaritao frió and onça meya. Coral.
UVi * t
Açàfrao oitava huma. Efpodio and.oitava huma.
Camphora efcropulo hum : de tuiofe façdõ Camphora efcropulo hum: de tfido fefaçàe
pôs S. À. Ita Nicoíáus Lemery in Pharmacop. pós. Ita Joannes Zuelpherus in Pharmac. Atígj
capA.de Pulver.pag. yi}. Far-fe-hdBnafÓr- 2.. part. Ctajf <jf pad. mihi i£6.‘Far-fe-haÕ na
ma feguinte : Os‘ ímfplites fe4pifaráÔ todos fórma feguinte : Qs fimplices’fc pifemtodóá
fubtís, e fe miílpraráÕ cpm.o Pjamargaritaõ’, fubtís, e depois fe guardem para o ufo.
e affim ie guardèrtv.em v,afo de vidro bem ta- Servem eíles pós para toda a inflammá-
pado para o ufo. 'Jfj. qaõ do Figado , e lhe temperaõ o calor: áp-
Eíles pós faõEorís para fortificar o còra- plicaõ-fe dilutos em agoas Rofadas, de Ál-
caõ , e para as'palpitações detle $ excitaõ a meiraÕ ,e de Azedas, e nellas fe molha hum
2: 1.. JLk do fâhguè, ex deícoalhaõ
circulaqab A~c 1K-R_.11. _
aqueile pann.o , e fe pôem na região do Figado.
que eflá já meyo coalhado em os ventrículos P O’ S R E F ECTI VOS.
do coraqao j porque eíla tal coagulaqao do 82 TJ Açúcar cande violado onça huma.
íangue nos ditos ventrículos} he a caufa das JÁ • Magijierio de Enxofre.
palpitações , que ò coracaõ pádece, e como Flores de Enxofre.
eíle compoílo he de fimplices voláteis,e fui- Pôs das cfpecies da confeição de Alchermes
phuroíos,que communicaõ fua virtude pelos anã oitavas duas. ‘ 1 ('
pói os , por ilfo fazem circular o fangue , e Magijierio de Pérolas.
adelgaçar o que èílá já groflb nas partes di¬ Magijierio de Coral.
tas; applicaó-fe cm fórma liquida dilutos em Açúcar de Saturno and oitava huma : ie tu-
vinho branco, ou agoas cordiaes, é nellas do fe façaô pçs. Ita Nicolaus Lemery in Phar-
fe molha hum panno de Efcaílata , que fc macop.cap. 6. de Pulver.pag. $50. ChamaÕa
a _• _ pf 1 __e- ^ .__ __/v J _ ^ /• - /1
pôem na regiaõ do coraqaõ $ e tanto que fe eíles pós Refeãivos $ porque faô compoflos
feçca o panno fe molha, e fe torna a applicar de remedios, que recuperaÕ as forqas perdi¬
fobre a mefma parte. das , aífim o diz o mefmo Lemery no cap. 4*
PO’S PARA EPITHEMA das Ethymologias letra R, por eftas formaes
do Figado e* Lemery. palavras: Refeãiva font des remedes reflau-
80 T) Rofas vermelhas. fiants, e proprespourreparer les forfes abatues,
XV • S and aios brancos, e Far-fe-haõ na fórma feguinte: Os fimplices
Vermelhos. fc pifem todos fubtís , e fe miílurem com o
Sim as de Lofna fecca. Aljôfar, e Coral preparados, que fe poraõ
Efquinantho. ' - em lugar dos dous Magiíterios 5 e tanto que
Rafuras de Marfim. tudo eílivèr miílurado fe guardem os pós
EJpica cheirofa and partes iguaes *. de tudo para o ufo: alguns fazem eíles pós pela fc-
fe façaô pós S.A.lta Nicolaus Lemery in Phar- guinte receita reformada. d
tnacop. cap. 6. de Pulver. 325. Far-fe-haõ
fórma feguinte : Os fimplices fe pifaráõ to- Pôs viperinos.
dos bem fubtís, e aífim fe guardaráõ para \Magijlerio de Enxofre and onça meyjL^,
o ufo. Efpecies da confeição Alchermes. rebati-
Servem eíles pós pára ajudar a gaílaras Dtaphoretico mineral and oitavas duas.
obílrucqoés do Figado, e o fortificaõ-, appli- Açafraô. formatus
cao-fe dilutos em agoa Rofada , e deChicò- Sal fatterno and oitava meya: mifture-fe tu-
ria , e nellas fe molha hum boccado de tafe- do, e fe façaô pós S. A. Ita Nicolaus Lemery
tá vermelho, e fe pôem fobre a regiaõ do Fi- in Pharmac. cap. 6. de Pulver.pag. 3 3 6. Far-
gado. Alguns neíle Epithèma para o Figado, fc-haõ na fórma feguinte; Ós fimplices fe
< redy-.
 Dos Collyrios , Pós, e Talhadas. P7
reduzaõ a pó fubtíl, e fe miílurem com as feguinte : Os fimpljces fe pifarão todos íut&-
efpeciesda confeiqaõ Alchermes , e depois tis, e fe guardarão depois para o ufa.
de tudo bem miílo Te guarde para o ufo. Eftes pós fervem para todos os pleurizes :
Saõ bons eftes pós para recuperar as for¬ daõ-fe na fórma dos mais de nieya oitava
cas perdidas , fortificaõ o coracaó , párao a até huma.
fleuma do cerçbro , abrandao a toíte , lao PO’S ANTIP LEURITICOS
uteis aos Afmaticos, eTyficos: dao-fe de flmplices.
mevo efcropulo até hum. 8 6 T) Rasuras de dente de Javali oitavas
P0’S antipleuriticos. JLv» tres e meya.
83 T) Sangue de Bode preparado onça 1. Vifeo que rei no.
X\. Pós Viperinos. Rai\ de Bar dana oitava huma e meya ; de
Antimonio Diaphoretico. tudo fe façao pós S. A. Ita Frederieus Hqffma-
FloreS. de Papoilas vermelhas. nus in Thefauro Pharmaeeittico Jeíl.i^.de Put-
Olhos de Caranguejos. verib.pag.6y ]. Far-fe-haõ na fórma feguin¬
Dente ,de. Javali. te : O dente de Javali fe rafparà, e depois fe
Semente de Cardo fanto. preparará , e tanto que eíliver fubtilifftmo fe
Incenfo and oitavahuma ‘ de tudofe façao mifture com os mais flmplices, que eftaraÕ
pós S. Â Jta Nicolaus Lemeryin Pharmac. feitos em pó fubtil, c aflim fe guardarão pa¬
cap.6. de Pulver.pag. ^ 6. Far-íe-haõ na ror- ra o ufo.
ina feguinte : Os flmplices fe pifem todos u* Eftes pós fervem para os pleurizes, e ain¬
btis, e.fe miílurem com o fangue de Boue > da que a receita fe componha dc poucos in¬
que edará preparado , e pulverizado, e como gredientes, nao deixa de lazer muito boa
tudo eíliver junto, fe guardem para o ufo. QperacaÕ : daõ-fe de meya oitava até huma.
SaÕ eíles pós hum admiravel remedio pᬠPO’S SUDORl FEROS.
ra-os pleurizes , applacao a dôr, pròvocaõ o
87 T3 Pai\ de Contrayerva oitavas cinco.
fuor , efcarros, e as ourinas • daõ-le depois Valeriana.
de algumas fangrias de hum efcropülo ate Imperatoria.
Angélica and onça meya.
p O’S P L E U PÃ T í C O S. Folhas de Cardo fanto oitavas tres.
R Sangue de Bode preparado onça 1. Olhos de Caranguejos, e
84 Conchas preparadas anà oitavas duas*-
* Dente de Javali onça meya.
Olhos de Caranguejos oitavas duas. Açafrav efcropulo quatro.
hauâanó oitava meyade tudo fe façao pôs
Bai\es de Papoilas oitava huma e meya. ^ ,
Acafrad oitava huma: de tudo fe f açao pos S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac. cap. 6.
de Pulver.pag. ? 14. Far-fe-haõ na fórma fc-
S A íta joannes Zuelpherus in Pharmacopea
guinte: Os flmplices fe pifem fubtis, os olhos
Rea. 1. part.Clafy.de Pulver. pag.miht104-
de Caranguejos, eas Conchas fe prepararão,
Far-fe hao na fôrma feguinte: Os flmplues
lepois fe pülverizaráõ ,# e tudo le miílurará i-iifi
fe pifem todos fubtis, e depois fe guardem e (Uj/uiui— -
com o Lauda no , e fe guardarão os pós para JCto"a
•oara o ufo. . r o ufo. Pede o Au&or nefta receita Conchas,c nc ar*
Servem eftes pós para os pleurizes, ou le-
e como ha muita cafta delias, duvidáraõ al-
jaS efpurios, legítimos, ou nothos: d.io
guns , que conchas faõ eftas, de que os mo¬
depois de boa deícarga de fangue de meya
dernos ufao nas fuas receitas 3 e aflim íeguin-
oitava até huma tÍCOS do a mais provável opiniaÕ, fe devem pôr as
P O’ S A N T I P L E U R1TIC O ò
Conchas, em que fe criaõ as Pérolas, a que
de Hofmano
ü dente de Javali onça chamaõ Margaritiferas, ou mais vulgarmem Margari-
8 Ra%uras de de J te Madre-Perola , e que eftas Conchas (ejao tifcrse, &
meya. as de huma cafta de peixe deftituido de ca-
- • Rande Bar dana. beca o diz Schrodero no hv.j. cap. 5. de Am- [Jem>
.Semente de Cardo fanto. maltb. §. 77. r Concha ejtgenus pifeium capite
Vifco quercino and oitavas duas. deUitutum , telUs ( quaS eodem no mine conchas
.. Flores de Papoilas vermelhas oitava meya. vocant) circumvalatum , five duplex tcflailla
Incenfo oitava huma. fu , & cemplicabilis,five fmplex , Cf ex hanirrt
C }ios de Caranguejos oitava huma e meya. Jgenere funt Margaritifera ~: e Frederico
ZJapts percaúim efcropulos dous. Hoftmano no liv. \.fup. Schrod. cap. 7. diz,que
Acafrad efcropulo meyo.wa hma . as Conchas chamadas Margaritiferas , !aõ as
S aí de Cardo fanto oitava huma : mfturem
òai uew»» jy>y 1 Fredericus Hof- da Madre-Perola : In Conchis nonúitlUs. Un-
>, e façao fe posS.A. Ita Fre ^ ^ Margaritifera vulgo M ater-Per lar um
fmimus m 'neP?fkMPg\g J ^ fóltxia
Pulver.pag. mtht áyp rai-le-nao na
tpptlkntufu Lm filo W.falo rtptmmr,
pp ✓ fím
 mJ2S Pharmac. Lufit.
-******4 1 JLAugment. Trat. IX:
W IWI JL

K/. //// 00"*

mmfolim vero in marifed 1*J
Cf influminibúslim- / J « C- 1
de febres, as quaes evacua por fuor : da6-
puLjJimis, purijjimis non profundis ac eonini íe de meya oitava até huma.
conchisinveniuntur. E neítes termos, todas
Concha
P O’ S FEBRIS
, -----, *svczes que. os Audcres pedirem Conchas de Lemery.
abfolutc. lena determmaqaõ, fe haõ de dar deitas
$9 T> Cal amo aroniatico onça huma.
que chamaõ Madrepérola, e naõas de Me¬
xilhões , Ameijoas, ou outras femelhantes ,
JLV. Rai\de Genciana.
Arijioloíjuia redonda.
que ainda que iejaõ também genero de peixe Gengibre and onça meya.
dcítituido decabeqa, nao íaõ Cordiaes, nem Sal de Centaurea menor.
Diapboieticas, como o faõ as Conchas em Sal de Cardo fanto. v
que le criao as Peroias,antes íaõ defeccantes Sal de Lofna and oitavas tres.
e aftringentes : Schrodero diz , que entre a Corno de Veado preparado.
vaiiedade de Conchas hahumas, que tem
Semente de Cardo fanto anã oitava huma’. de
vianda dentro , a que elle chama carne, ou
tudo fe façao pós S. A. Ita Nicolaus Femery in
fubítancia , que fe póde comer depois de co¬
Phai mac. cap. 6. de Pulver. pag, ^ 2y-. Os íim-
zida , e que eít^ he util para comida dos que
plices le pifarao fubtiliíljmos ç e fe miítura-
tem quartâas
í : Caro concharum, idejl,fubftan-
> "tep-ijuvjian- rao
ráõ com o corno de VeadoVeado , e Saes
Saes. nnc t.i
que tu-
ti/l fisli/lic th'... ... n _.
t/a eâutís , cultnaruspotijfinmmeft, & inciio do eftarápulverizado, edepoisfe miftnd'
E xFrederico
^ Hof- ráõparaoufo.
4 '-WV/1 ILU iiUl« pois le miftura-
imano comentando cite lugar , diz , que eíta
SaÕ uteis eítes pós em todas as febres in*
tal Crtíta de Conchas fa5 de admirável virtu¬
teimittentes : daõ-fe de meya oitava atê
de Diaphoretica , e Cordeal muito conveni¬ huma.
ente nas febies : Hajas te fia. inter alia marí¬
PO’S FEBRIS LITUANICOS. 11
tima admirando, eljarn funt virtutis diaphoreti¬
9° "O Pedra hume criia.
ca, Cf pracipitantis juxta vim fuam Cordial em
unde in omniòus febnbus cum notabili effeãu
XV • No\es mofcadas and oitava huma.
lncenfo ef reputo hum. , ■
adhibentur m intermittentibus hora una , Cf cir-
Pimenta negra grãos cinco.
citer ante paroxifmum , cfc. Eítas tres Con¬
Cravos da índia gr aos tres: de tudofefa-
chas, de que fallaõ eítes Audtores, nao faò
Cno pós S. A. ItokAndreas Cnojfelius in ConcU
conhecidas entre as que ha nos portos do
lus Reg. Polonia titul. 23. de febfiliis paa. mi-
mai deite Reyno , e neítes termos me pare-
cc mais convénienteoüfo dà^Vládrfpprnla* r 7f F^r-fe;haõ •»'«™ur feguinte: Os
o ... ,r„ r.«“tfSR! asUT^S?;í
d j •
verdadeiras Conchas.
Conchas. Preparaõ-fe
pau o ulo.
PrenaraõJV^
*** *
, quaes iao as
ca_rí>ud,uem
rtXris ;eidade,ras as Madre- Ei(.es pos fervem na cura das febres inter-
pcrJaium Perola/ PJ^ndo-as fubtls, e moendo-as com
nnttentes, e fe daõemagoa de Centaurea
agoa de Caído fanto na pedra de preparar e
de meya oitava até huma antes da febre ; O
depois de fubtiliffimas fe deixaõ feccar , eVe
guardaõ em pó. Auétordelles diz, que curao a febre com’ad-
miraqao , e que fora fegredo , que lhe com-
Os pós íudoriferos excitao fuor, efomno-
mumeara hum Cirurgiaó de Joaõ Cafimiro
lencia , reíiítem aos máos humores, abatem
Key de Polonia : Febrem tollit cum admi-
os vapoies hiítericos, e fa5 convenientes
ratione ex fingulari communicatione diãi Chi-
nas febres malignas, efa5 intermittentes: rurgi , Cfc.
dao*fe de meyo efcropulo até huma oitava.
P O’ S FEBRIS
Pas FEBRIS TARTARIADOS.
9l Tj F ar taro vitrielado.
de Schrodero.
88 T) Rai\ de Diõiamo• Xv* Sal de Centaurea vitriolado anà
onça huma.
ÍA« Petafitis.
Zedoaria. Kina-kina boa oitanas duas ; de tudo fe fa¬
çao pos S. A. Ita Madama Fouquet in Addita-
Folhas de Ffcordio anà onças duas.
Semente de Cardo fanto. ment. i.part.pag. miluA94r. Far-fe-ijaõ na fór-
ma feguinte: A Kina-kina fe pulverizará fub-
Corno de Veado preparado anà onça huma.
tiliíiima, e fe miíturará com os mais fim-
Antimomo Diaph ore tico oitavas tres; de tu-
p ices , e depois fe guardaráo os Pós -
àofe façao pós S. A. Ita f oannes Schroderus in
ulo em vidro bem tapado. O Sal de tau- ca, r
PJiarmacop. cap. 6. de Pulver. pag. mihi 160.
iea vitriolado fe íaz lanqando huma Oua^j
Far-Je-hao na fórma feguinte : Os iimplices
de efpirno d<5 \ itriolo em huma onca de ttioJatí
ie piíaraõ fubtililEmos,e fe miíturaráó com o
ba de Centaurea , e tudo em vafo de barro
Antimonio,q também fe pulverizará, e como
vidrado le poem em fogo muito brando até
tudo e.|iver junto fe guardarão para o ufo.

fe
 Dos Collyrios, Pós, e Talhadas,
fe póde vitriolar qualquer fal de plantas, ou
de mineraes.
Servem eíles pós para todas as febres ter-
qaas , ou quartãas, ainda.que fejaõ invetera¬
das : dac-fe em nove dias contínuos de me*
nhãa, e de tarde em horas competentes dous
efcropulos de cada vez $ tomaõ-fe em agoa
de Centaurea , Cardo fanto, de Grama , ou
outra qualquer qucfeja, e para que acura
fique mais fegura fendo em quartãas rebel-
des,que ficaffiem do Outono,fe tomaráõ mais
tres vezes j a faber, depois de acabada a cura
dos nove dias, fe tomará a primeira 5 dá-fe
aos dez dias de regimento : a fegunda fe to¬
mará aos vinte , e ultimamente a terceira,
Pilulaean-dá-fe aos trinta ; podem-fe fazer deites pós
tifebriles Pilulas , que fe formarão com mucilagem de
Tartari Alcatira feita em agoa de Centaurea, Cardo
lata.
fanto, ou outra, que feja conveniente.
PO’S ANTE FEBRIS
Cnoffelianos.
T) Cremores de Tartaro efcropulos 2.
’ XX. Sal de Centaurea vitriolado efcro-
pulo nieyo.
T ar taro vitriolado graõs fete.
Efpirito de Vitríolo bem r edificado grãos
dous : mifiure-fe, e fe façaô pós S. A. Ita An¬
dré as Cnoffelius in ConfiYus Regis Polonim ti-
tul. 23. de febril, pag. mihi 766. Far-fe-haõ na
fórma feguinte : Os fimplices fe pulverizem,
e depois fe miílurem com o efpirito de Vi-
triolo , e aífim fe guardem para o ufo em vi¬
dro bem tapado.
Eítes pós íervem para a cura das febres in-
tcrmittentfcs: daõ*íe de dous efcropulos ca¬
da vez antes da fezaõ em licor conveniente :
e ainda que naó levem Kina fazem bom
effeito; porque como todas eftas febres, ou a
mayor parte delias procedem de obílrucqoés,
de que fe faz a podridão dos Fu mores , e de¬
ita a ebuliqaó delles, epároxifmo, fe curaô
bem,por fer eíte medicamento feito de fim¬
plices de obílruentes, e affim fazendo-ie o
compofto com bons ingredientes poucas ve-
ves falta na tua operacao.
P O’ S ANTE FEBRIS
Magiítraes.
. o? “TV Kina-kina boa oitavasfeis.
XV* Sal de Lofna.
Sal de Centaurea and oitavas tres : mifiure-
fetudo S.A. Far-fe-haõ na fórma feguinte:
A Khia-kina icílife fübtiiilfima fe oTsàeTfe
pulverizem, emiílurem em gral de pedra ,
e deDois de bem miíto tudo , fe guardem os
e depois dc oem ,6
P°Seravem
oervem eftès pós para a cura das fezoes,ou
/ as Viboras, e fe daO para o ufo, ou também
oervem ettes pt P , . , •
fejaõ terqãas, ou quartãas : daõ-fe depois das
evacuaqoés univerfaes dous eícropulos antes
da fezaõ , e outros no fim em agoa de Cardo
529
fanto , ou de cie Chicorea
lUncorea , fendo o doente
efquentado, continuaõ-fe nove dias* para o
que fe repartem os pós em dezoito papeis, a
dous efcropulos em cada hum , e cita quan¬
tidade quefe efcreve na receita,he huma cu¬
ra delles. Alguns Médicos delta Corte os
ufaõ nella com muito bom fucceííò : fe o do¬
ente que os tomar fe enfadar do amargo da
Kina , fe pódem delles fazer Pilulas, que fe Piluheart.
formaráó com mucilagem de Alcatira feita tííct,ril
em agoa de Cardo fanto , ou de Chicorea, e magiftral*
maS
deitas Pilulas fe daõ os mefmos dous efcro¬
pulos por doze.
PO’S FEBRÍFUGOS
Antrmoniaes.
24 T> Antimonio Diaphoretico.
XX. Kina-kina boa.
Arifioloquia redonda and oitava huma.
Sal de Lofna.
Cardo fanto, e de
Centaurea and oitava meya.
T ar taro vitriolado cfcrop. t.
Cremores âe Lar taro ejcropulo meyo ; de tu¬
do fefaçaopós. S. A. na fórma feguinte : A
Kina, e Ariíloloquia fe pifaràó fubtiliífimas,
e os mais fimplices fe pulverizarão em gral
de pedra, e depois fe miíluraráÕ bem; c aífim
fe guardarão para o ufo em vidro bem tapado.
Eítes pós fervem para todas as febres in-
termittentes: daõ-fe de dous efcropulos atç
huma oitava em agoa de Cardo fanto , ou
em licor conveniente.
P O’ S VIPERINOS.
9 5 T) Corpos de Viboras, figados, e co*
XV. rações das mefmasfeccQs q.f: fa•*
çaó-fe pós, que fe guardar àõ. Ita Nicolaus Le-
mcry in Pharmacop. cap. 6. de Pulver. p. 318.
Far-fe-haõ na fórma feguinte : As Viboras
fe caqaráõ no principio do Outono , e fe ef-
colhcráÕ das mayores, e mais grandes, e lhe
cortarão cabecas, rabos, elhe tirarão as pe¬
les , e entranhas , entaõ lhe apartarão os co-
raqoés, fígados, e corpos, os quaes lavarão
muito bem em vinho branco, e depois enfia-
ráõ os corpos, coraqoés, e fígados em hum
fio, e poráõ tudo a feccar ao Sol $ e tanto que
eítiverem bemfeccos, os pifarão labtis * e
eítes pós aífim fe guardarão para o ufo em
vafo de vidro bem tapado. Eíles pós fe faõ Corru-
velhos coílumaõ criar huns bichinhos, que píío pul-
loCTo fe percebem, os que aífim eítiverem «rum
naó preftaO para nada, e por efta razaõ he
melhor conlervai as Viboias, pgados, e
Coraqoés bem feccos em vidro apat o , e
quando faõ neceflforios os pos fe pifão iubtis
fe pódem guardar em Trochncos , e depois
fetornaõ a pitar fendo necefíario. Eítes pós
de Viboras na fórma dita fe chamuõ Pós Vi-
Tc perimi
 55° Pharmac. Lufít. Augment. Trat. IX.
perinos-fimplices 5 porque ha hum compoílo
que leva Víboras , a quechamaõ Pós Viperi-
nos compfios j porém pós Viperinos pedidos
abfoiutamente fempre fe entendem eíles,
Bcz'’rrti- como diz Lemery no lugar citado. O Be\o-
curn ani ’ ártico animal fe faz dos coraqoés,e fígados das
iijaic. Víboras pifando huma, e outra çoufa em
partes iguaes. Aílim o enfina o mefmo Au-
dtor no lugar citado, per formalia verba:
On p uive rife anjfilesfoyes, eles coe ars de Vipe-
refeparament des trones, e V on appelle cette
pondre betpard. animal. <
SaÓ eftes pós muito fudoriferos , c febrífu¬
gos , jreíiltem á malignidade dos humores,
e purifica© o fangue: daõ-fe de feis graõs até
dous efcropulos.
PO*S CONTRA MALIGNIDADE.
r: Terra Lemnia , ou Bolo Armênio
preparado oitavas tres.
Semente de Cidra.
Scordio.
Difíamo.
Pérolas preparadas anà oitavas duas.
Ojjo do coraçaõ do Veado.
Marfim and oitava huma.
Unicornio.
Pedra de batar anà graõs quinip , e faltan-
do o Unicornio fejaõ vinte e cinco graõs de Pe-
àra de ba\ar boa de tudo fe façaõ pósfubtis , e
nelles fe mifiurem do\epaes de Ouro. Ita Frey
Manoel de Ate vedo na i.part. da fua Obra in¬
titulada Correcçaõ de Abufos traái. 5. pag. mi-
hi 178. Far-íe-haÕ na fôrma feguinte : Os
fimplices fe pifarão todos fubtilifíimos , e fe
miíluraráõcom o Ouro, e depois de tudo
bem miílo fe guardem para o uío,
Sao eíles pós hum grande Be\oartico con¬
tra todas as febres malignas, remedeaõ os
flatos melancólicos , e hyílericos, que fufFo
cao o coraqaó * para contra peçonha faõ ap-
provado remedio, e para expeli ir, e matar
as lombrigas, e em todas eftas coufas mi¬
lhares de vezes experimentado : dao-fe de
hum efcropulo até meya oitava miílurando-
lhe huns pós de Acucar branco para lhe mi¬
tigar o amargor : devem dar-fe em jejum , e
depois das fangrias neceflarias em agoa de
Efcorcioneira , Porco efpim , Borragens, ou
em caldo de galinha , que he o melhor $ pois
fazem grande effeito miilurados.com o ali-
mento, aílim o diz o mefmo Auótor no lu¬
gar citado por formaes palavras$ porém ain¬
da que eíle Bezoartico feja tao excellente re¬
medio , como publica o feu Auétor, e feufa
com bom fuccefíb no tem$}q,em que o efere-
veo , com tudo hoje pouco o applicaõ os
Médicos para acura das malignas, e doen¬
ças contagiofas , e fó fe aproveitaõ do Be\o-
artico contra febres, ou Be\o ártico diaphor e-
tico, que alguns curiofos fazem reformado
pelaleguinte receita:
R Ruites de Contrayerva.
* Carlina.
Pulvis ctí.
tra malig-
Tormentilla, e de nitatem
DUiamo branco.
reforma-
tus, five
Folhas de Cardo fanto, e de Bezoartic.
Scordto. contra fe¬
- Flor de Papoilas anà oitavas duas. bres , aut
Aljôfar. Bezoartic.
diaphor.
Olhos de Caranguejos.
Corno de Veado preparado fem fogo.
Antimonio diaphor etteo.
Pedras de Cananor,
Ba%ar, e
Cordeal anà oitava huma.
Kina-Kina boa onças duas.
Ouro em folhas numero vinte : de tudo fe fa¬
çaõ pós fubtilifjimos 5 dos quaes fe faraõ Tro-
chifeos cora mucilagem de Alcatira tirada em
agoa de Efcorcioneira. Far-fe-haõ na fórma
feguinte: Os fimplices todos fe efeolheráõ
dos melhores, e mais feleclos que fe acha¬
rem , e cada hum per fi fe preparará , e pifa¬
rá íubtiliflimo, e como tódos defta ioi te eíli-
verem preparados, ie tomará de cadk hum
deli es o pelo , que na receita fe pede, e fe
miílurará tudo muito bem ajuntando-lhe o
Ouro , e com o que bailar de mucilagem de
Alcatira feita em agoa de Efcorcioneira fe
fórme mafla dura , e delia Trochifcos èm
fórma redonda , ou triangular, ( que naõ faz
ao cafo ferem formados defta , ou daqueila
forte) e ultimamente fe fequem á fombra,
e fe guardem para o ufo. Póde-fe eíte Be-
\oártico guardar em-pó em vidro bem tapa¬
do-,porém para que dure mais tempo fem ex-
halaqao de virtude, fc fórma em Trochifcos,
que aílim naõ fdmente póde ir á Índia, mas
ainda a partes mais remotas levando-o em
parte onde naõ chegue humidade.
Serve eíle Be%partico em todas as febres
malignas, Bexigas, Sarampãos , e nas doen-
qas, em que ha ancias, e palpitações do co-
racaÕ, e he também excellente contra vene¬
no : póde-fe dar fimples, ou purgativo : o Bezoartic*
que le fazpurgativo , he lançando em quatro folutiv.
libras do cozimento de Efcorcioneira , c pe¬
vides de Cidra alterado com feis onqas de
conferva Perfica , e quatro oitavas de folhas
de Sene, e depois de conveniente digcílafr
fe côa, e neílas quatro libras de cozimento
vigorado , fe difiblvem duas oitavas dos
Trochifcos acima ditos, e fe dá deile ao do- Bc7oart
ente em horas competcntçs de quatro até fimplcit.
feis onqas; e querendo que eíle medicamen¬
to naõ purgue, fe lhe tira a conferva Perfi¬
ca e o Sene, e fe dá a mefma quantidade ,
ou
 . Dos Collyríos, Pós, eTalhadas. Ul
ou mais, para Bexigas, eSarampáos fe dà milluraráõ com hum eoutro Açúcar eme
emcozimento de Milho miudo pillado, e de eftaráõ pulverizados, e ultimamente lhe a-
Figos paflados , a cnanqas fe da de hurna até juntaráõ o Diarrhodaõ , e affim fe uuardarfõ
tres ontjas, e as peiToas mayores de quatro para o ufo. Biles pós por caufa das^ememes

ítC P O’ S P A R A F R £ N E SIS. ~~ melhor

quando, forem neceífarios, he
que conferva-los-
5» 7 T) Flores de Golphãos feccas oitavas muito tempo.
JLV* tres. Servem eftes pós na cura dosTyficos, fa¬
Violas. zem parar a fluxaõ, e abrandaõ a tofle: daõ*
Rofas vermelhas. fe de dous efcropulos até huma oitava em
Coentros anà oitavas duas. huma colher de Lambedor , e fe conti-
Coral vermelho preparado oitava hua e meya. nuao.
Sementes de Alface, e
Dormideiras and oitava fuma.
S and aios vermelhos efcropulos dous: de tudo
99 R
PJ? S SARCOTiCOS.
lncenfo.
. Sarcocolla.
fe façaõ pôs S. A. Ita Nicolaus Lemery in Almecega.
Pharmac. cap. 6. de Fui ver. pag. ] 6p. Far-fe- Myrrha. N '
hao 11a forma feguinte : Os fimplices fe pifa¬ A%ebre.
rão todos fubtís, e depois fe guardarão em Mumia.
vidro bem tapado para o ufo. Anjiolocjuia reâonâá.
Eftes pós abatem os vapores, que fóbem Arijioloquia longa anà ênça huma : de tuâê
ao cerebro , e abrandaô todos os humores, fe fãçaÔ pós S. A. ha Moyfès Charàs inPhar-
que fazem os frenefis: applicaõ-fe na tefta macop. Reg. Ckimica 4.part. 2. tom. cap. t. de
em pannos molhados em Oxyrhodino , v. g. variis remed.pag. mihi 458. Far-fe-hâõ'na
duas Oitavas de pós fc lanqao em duas onqas íórma feguinte: Os- fimplices fe pifarão to-
Oxyrho- de Oxyrhodino , e nelle fe molllaó os pan- dos fubtís, e depois fe mifturaráõ muito bem
dumni. nos, e fe applicaõ á dita parte,.que chegueme aíftm fe guardarão para o ufo.
de fonte a fonte , e para a parte fuperior que Eftes pós fervem 110 ufo externo, faõ bons
cheguem aos cabellos. O Oxyrhodino fe faz para alimpar as chagas de toda a fordicie , e
com partes iguaes de Oleo Rofado, e Vina- depois de limpas as une , e conlólida , e lhe
gre Rofado, como enfina o mefmo Lemery faz nafeer Carne nova: app!ica5-fe fós, ou
no lugar citado. mifturados com unguento. Chamaõ fe eftes Medica-
PO’S AN TI TÍSICOS, pós Sarcoticos, nome dirivado da palavra menta
p 8 TJ Lyrio Plorentino. Grega Sarcotica, que quer dizer Caro, eaLSareotica
Efcorcioneira anà oitava huma* fim fe chamaó medicamentos Sarcoticos a to* ^Ulíi!
As quatro fementes frias mayores, dos aquelles, que fazem renafeer a carne nas
Semente de Dormideiras and oitava huma e chagas 5 aflim como a Sarcocolla, Sangue
meya. de Drago , e outros: Nefta fórma o enfina
Semente de Beldroegas, Lemery cap. 4. de Ethimol. tetra S.
Malvas , PO ’ S CEPHÀLICOS.
Malvaifco. 100 TJ Myrrha.
Cidra, e de XV. Incenfo.
Mar mel los and oitava huma* Almecega .
Amido. Sangue de Drago.
Goma A rabia. Bolo Armênio.
Alcatira and efcropulos dous. Sandalos vermelhos.
Terra figiliada oitavas duas. Sarcocolla.
Bolo Armênio. A\ebre anà partes iguaes í de tudo fe façaõ
HypocijUdos anà oitava huma. pôs S. A. Da Henrique Vacca lib. 1. fu a Chi-
Bofes de Rapofa preparados oitaVa huma i rurg. cap. 15. pag. mihi po. Far-fe-haõ na fór¬
meya. ma feguinte 2 Os fimplices fe pifem á parte
Açúcar cande onça huma. todos bem fubtís, e depois fe ajuntem partes
Açudar branco onças tres. iguaes, e como eftiverem mifturados fe guar¬
Oleo de Herva doce efcropulo hum. dem para o ufo.
Diarrhodaõ Abbade oitava huma : mifiure-fó Servem eftes pós para alimpar as feridas
tudo S. A. Ita Fredericus Hoffnianus in The- da cabcqa de toda a Sordicie que tiverem , e
faur. Pharmac. fedi. 2]. de Pulverib. pag. nii- as confolida , e lhe faz renafeer carne admi-
hi (tp\. Far-fe-ha5 na fórma feguinte: Os ravelmente , e fe pódem ufar também cm
fimplices todos fe pifarão fubtís, e depois fe lugar dos Sarcoticos, porque eftes faõ me-
Tta lhoresj
 $32 Pharmacop. Lufitan. Augment *Trat. IX•
lhoves, e reparem os curiofos nas curas, que Aljôfar.
com elles fez o dito Auótor, e o modo, com Jacynthos.
que os applicava, que tudo achará no lugar Efmeraldas.
citado. Saphiras. . ■ '
PO’S ESTERNUTATORIOS. Rubins. A.& ,
101 TJ Mangerona oitava huma e meya. Coral branco, e
JÁ.. Betonica. Vermelho.
Piretro anà oitava meya. Ratfde Tormentilla.
Eleboro negro, e Doronicos.
Branco anà oitava huma. Diãamo branco.
Poejos efcropalo hum : de tudo fe façaõ pôs Sanda los Citrinos- » " > . . :
S. A. Ita Joannes Zueípherus in Pharm. Aug. Rafuras de Vnicornio, e de
2. part. ClaJJ. y. de Pulver. pag. mihi 16]. Far- Marfim anà onça meya.
fe-haõ na fórma feguinte : Os fimplices fe C afeas de Cidra feccas. v' ‘
pifem medíocres, e depois fe miftürem , e Semente de A\edas anà oitavas tres.
guardem para o ufo. Canela oitava huma.
Servem eftespós para fazer efpirrartoman- Cravos.
\ do delles como tabaco , e em pouca porqao Açafrad anà oitava meya. f
pela manhãa; purgaõ pelôs narizes o cerebro Folhas de Ouro numero vinte e cinco: de tu*
cia fleuma, aííim delgada como grofla, e tam¬ do fe façaõ pós S. A. Ita Nicolaus Lemery in
bém ciiraõ a obftruccaõ do Oflb Ethmoi- Pharmacop. cap. 6. de Pulver. pag. $3 1. Gha-
do , que he o mufculo , ou meato das nra5-fe eftes pós Pannonicos, porque foraõ Pulví*
ventas. inventados em huma Província de Ungria , Hungár.
PO’S ESTERNUTATORIOS onde fe ufaõ muito, aííim o diz o nieímo
de Lemery. Auótor no lugar citado : Far-fe-haõ na fór¬
R.
102 Folhas de Betonica.
Mangerona,
ma feguinte : Os fimplices fe pifaráõ todos
rruito fubtís, as pedras fe pulverizaraõ dc- .
Salva. pois de preparadas; e como tudo eftiver bem
Flores feccas de hyrio convalle. mifto, fe lhe ajuntará o Ouro , que fe corta¬
Rofmaninho. rá miudo , e ultimamente fe guardaráÕos
Rat\ de Lyrio florentino anà onça meya. pós para o ufo enwidro bem tapado. Podem-
Piretro. íe guardar também em Eledluario folido,que
Elleboro branco. fe fará com huma libra de Aqucar cozido
Tabaco anà oitavas duas. com agoa Rofada, e pofto em ponto de ta¬
Cafeas de Laranja feccas ritava huma : de lhadas fe lhe lanqa onqa huma e meya dos
tudo fe façaõ pós S.A. Ita.Nicolaus Lemery in ditos pós, e fe fazem as talhadas, que fe dao
Pharmacop. cap. 6. de Pulver. pag. ]iy. Far- pára o ufo. A eftas talhadas chama Lemery
fe-haõ na fórma feguinte: Os fimplices fe pi¬ Talhadas Ungaricas. Tabcll*
fem todos mediocremente, e depois fe guar¬ Servem os pós Pannonicos para todas HunSa*
dem para o ufo em vafo de vidro bem ta¬ as febres malignas , e achaques Epidêmi¬
pado. 0'.U cos j desfazem os máos humores por invifi-
Eftes pós fazem efpirrar fem violência al¬ vel tranlpiraqaó: daõ-fe de meyo efcropulo
guma , fortificaõ o cerebro, e fervem nas até dou s.
Epilepfias, Parlezias, e Apoplexias, purgaó PO’S PARA CHAGAS
o cerebro de todos os humores pituitofos, e da Garganta.
grofíbs, facilitaõ a refpiraqaõ abrindo, e def- 3 °4 T3 Enxofre onças quatro.
obftruindo o meato dos narizes: faõ muito JÁ • Myrrha.
convenientes em todos os açcidentes, e fen¬ Açúcar de pedra Hume aná onças duas,
do grandes fe lhe ajuntaráÕ aos pós huma Almecega. ’
pequena porqao de Euphorbio applicaó-fe Incenfo aná onça huma.
ufando dos pós como quem toma tabaco , Piretro oitavas feis : de tudo fe façaõ pós
todos os dias pela manbáa , e fe o doente S.A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm ac cap. 6.
,eftiver fem fenticjp por caufa de accidente,fe de Pulver.pag. 330. Far-fe-haõ na fói ma le-
lhe lancem dentro dos narizes pelo melhor guinte : Os fimplices fe pifem todos fubtis,
modo que puder fer. - e depois fe miftürem , e guardem para o ulo.
P O’ S PANNONICOS. , O Açúcar de pedra hitme, a que os Auótorcs
105 R. Bolo Armênio, chamaõ Alúmen Saccharatum , fe faz na fór- n c
Terrafigillada anà onça huma ma íeguinte : I omarao a pedra hume , e a tio aW
e meya. purificarão duas vezes ou tres,dilfolvendo-a minu. ’
cm
 « Dos Collyrios, Pós, e Talhadas. $33
em agoa clara, c depois filtrando o licor, e in Pharmac. cap. 6. de Pulver.pag. ^Far-
— ' ~ ~ r„ r_r
„„ fórma feguinte:
como aflim eftà fepôem ao lume a gaitar a fe-haõ na ÒsTimpíices fe
humidade , e fe torna a diflblver fegunda e colheráõ na enchente da Lua no mez de Ju-
terceira vez,e depois de cryftalizada,íe guar¬ nho, e fe feccarào á fombra , e depois de
da. Aflim o enfina a purificar Lemery no bem feccos fe pifaráõ fubtis, tomando de to¬
feu Curfo Chimico i.part.cap. iy» Serve a dos partes iguaes, e como eftiverem nhflu-
Pedra hume aflim purificada para os acha¬ rados fe guardarão para o ufo. Chamaô-fe
ques da garganta applicada em gargarejos r eíles pós Antilijfos, que he hum nome Gre- Antiíiíft
he
ne aflim
anuii muito
muiuvw.u.»deterfiva , alimpa
-—r as chagas go ,, que quer dizer
-q-—í-*'* -****— pós
r— contra
— --> Rabiem, -aflim quícL»
dabocca, egarganta 4 firma, e alimpa os o diz o mefmo Au&or no cap. 4. das Etliimo-
dentes: da Pedra hume aflim purificada to logias letra A.
fumAlu- maráõ a quantidade que quizerem , e a met- Efl.es pós fervem para livrar dos acciden-
minis, íi* teráÕ em Lambique de barro com cabeca de tes, quecoftumaõ ter os que foraÓ mordi¬
vc Alu- vic|ro ? e lhe faraõ diftillar a fleuma , a qual dos de caõ damnado t daÕ-fe de meva j oitava
men fac- iancará5 dentro no Lambique, e a miftura
UnÇaiaU ucuiiu uu^MUiu*vjMv j v ^ .-
até tres em vinho branco por elpaqo de
-- - - — r r , —

charatü ,. j.£-com
rharatü ^ 0 Qaput
^ mortuum, e tornarão a fr»
__í, fazer quinze dias: deftes pós fó fe aproveitaõ os
*“VdíLa deliria diftillaqaõ fegunda terceira e quar- que eftaõ longe do mar, que he o melhor re-
Cvvlv/ A1U . > r* 1 T fl ^a v4 ■ Mn %• n n (n/AC nâ Ti /I o tv\ n o .-1 r»

minis. ta vez, lanqando-lhe fempre a mefrna fleu-
diftíUar-, e ultimamente com aquel-
la norcao' de flcuma , que na ultima diflilla-
caó fahir fe difíbiva o Caput mortuum , que fe
terá tirado do Lambique, e em valo capaz fe
poràem fogo de arêa até fe evaporar , e ficar
LL, »V V f V» J-» V/ • V* J
medio para os ínordidos de caó damnado-,
porem o primeiro Auótor que os efcreveo
foi Monfeur Palmam Medico em Pari\, no Vu
vro que compôs da mordedura de cad damnado,
diz, que nunca faltaõ na fua operaqaõ, fen-
J —— do os fimplices colhidos no dito tempo5por-
1 ‘ ' »

miuda como arêa, é que então eflao as plantas mais vigorofas , e

l'k. fó,ma fe suarda para o ufo. Affim o en-
fina a fazer Schrodero na t‘°- ?. cap. 2 i,.ieA-
lumme Chama-fe eíle medicamento Açúcar
Ac Pedra hume, ou Pedra hume Sacchuraia ,
aereuiu! , . . ,
porque fica brando , e adocicado como o A-
Ma.iHet cucar, e alguns lhe chamaÕ Uapfierto de Pc-
Alumiais dra hume , o qual fazem da mefrna forte , co-
mo fe vê de Zuelphero na z.partXla//. 20, de
prepar. /impUcium pag. milú 447- 1 em ãS me*
Las virtudes, que a pedra hume punücada:
de mais, dizem muitos que o Aqucar de l e-
dra hume pofto emeima das gengivas firma
os dentes, e abranda as dores, e que também
fervem nos achaques do peito i da-fe de ties
até quatro grãos.
também porque o Sol, e mais Aílros lhe m-
f^em mayor vigor, que em outro qualquer
tempo do anno, d.z ma,s o dito Adítor, que p rs-
fe tem obfervado , que naQ fendo colhidas as b|c[n
a hervas todas no dito tempo, que nao tazem
bom effeito os pós. Também fe chama efte
compofto Pós contra rabienti
PO*S SOLUTÍVOS
CnoffelianoSi
I06 R Rat\ âe Jdl apa ónça humd.
• Refina de Efcamonea efcropulos
quatro.
Tartaro vitriolado graôsfeis.
Oleofaccharo de Canela efcropulos âous ,

alimpar
te: A Jalapa fe pitará fina , e naó em iarelos
fos'ndfturando huma ònqa dos pós em huma como alguns coflumao, e fe miftúrará com
lib a de agoa ardente. a refina da Efcamonea j e Tartaro vitriolado,

105 R
P O’ S A N T I L 1 S S O b.
F olhas
. Urgibb.
de Arruda . .
que fe terão pulverizados em gral de pedra ,
e depois de mifturados os tres ingredientes
lhe ajuntaràp o Oleo faccharo de Canela , e
T anchagem• fe guardaráó os pós em vidro bem tapado
Salva. para o ulo.
Polipodio. Purgao eftés pós todos os humores excre-
hofna. menticios fem moleftia , e he hum famofo
Hortelãa. cathartico: Os pós que faOantigos nao obrao
Artemija. também, como adverte o mefmo Au&or no
Miltefelium. lugar citado : Çhwd recenter par atum, muitos
Betonica* ..r_
ejjicacius in operatione, quàmfi
, diutius a ferve-
Hypericaô. , . . .. rin. iur: daõ-fe de hum efcropulo até duas oita-
CeLurea menor anà partes iguaes
Lenuiurea »
■■ or firn-
■* y
. . .
vas em caldo de galinha.
plices fe colheràS em feu wgçr, ‘fecc*({™
brafe faraõ os pós S. A. Ita Uscolaus Lemery J?0’S
 554 Pharmac. Lufít. Augment. Trat. I3T.
107 R
PO’S MAGISTR A ES DE COLLE.
Extraão de Mechoacaõ.
• Rejina de Jalapa.
XFagridio ana oitavas duas.
Cre mor es de Tartaro.
Almecega anà oitava huma : mijiiire-fe tudo
€ fe façaõpos S. A. na forma feguinte: A Al-
mecega fc piíc íubtil, e os mais fimplices fe
pulverizem finos cada hum per fi, e depois fe
miílurem, e guardem para o ufo em vidro
bem tapado.
Purgaõ eftes pós fem moleftia alguma to¬
dos os humores principalmente os Tarta-
reos, e fleumas grofTas * daõ-fe de meya oi¬
tava até huma e meya em caldo de galinha
a qualquer peflba de todo o fexo , e idade.
P O’ S D I A S A T U R N O.
i °B TJ Magijlerio de Saturno onça huma,
Jt\« Magijlerio âe Enxofre.
Çumo de Atcaçífanã onça meya.
Flores de Enxofre.
Raiz da China anà oitavas tres.
Sal de Margaritas.
Sal de Coral.
Paõ ãe trigo and oitavas duas.
Bolo Armênio.
Flores de Beijoim.
Incenfo anà oitava huma.
Açafrao.
Canela anà oitava meya.
A ,1 ’ * » ^
Ün 1 0n^ãS í; esl faÇao~fe Vos
Jta Jsicohms Lemery tu Pharmac. cap. 6. de
Pulver.pag.^.5. Far;fe-haS nafórma feguin-
tC ? f 6 lecca.ra 110 > e |e reduzirá
a po íubtil, os mais fimplices também fe pi-
fem fubus cada hum per fi , e depois fe mi-
flurem com os faes, e flores que fe teraõ
pulverizados, e como tudo eftiver bem mi-
fto fe guardem os pos para o ufo.
Sao bons eftes pós para os l yficos.e A fma-
ticos: dao-fe de hum efcropulo até guma oi-
tava em algum lambedor conveniente.
PO’S DE BOLO.
[08
R. Bolo Armênio do melhor onça meya
, Raiz de Tormentilla.
Angélica anà oitavas duas.
Coral vermelho.
Rafuras de Marfim.
'Corno de Veado.
Rofas vermelhas anà oitava huma e meya.
Sementes de Melaõ}
A\edas,
Cidra j
Jumpero , e de
Algodão anà oitava huma.
Herva doce.
C anel a. .
Semente de Funcho.
Pão de Aguila.
Macis anà oitava meya: de tudo fe façaõpôs
S. A. Ita Nicolaus Lemeryin Pharmac.cap. 6.
de Pulver.pag. 56o. Far-fc-haõ na fórma fe¬
guinte : Os fimplices fe pifaráõ todos fubtís,
e fe mifturaráõ com o Coral, Marfim, e cor¬
no de Veado , que fe teraõjá preparados, e
ultimamente fe guardaráõ para o ufo^
Servem eftes pós pa-a refiftir á malignida¬
de dos humores, excitaõ fuor, eapplacaõ
os curfos : daõ-fe de meyo efcropulo ate
dous. < • : .
P O’ S DE R A I N H A.
110 T) Curcuma onça huma. r.u C
XV. Alcaçü\. ví,'. 0 .
Sementes de Saxifraya,
Milium folis anà oitavas tres. '
Aypo.
Salfa.
FuncllO. ■ i : jV':, , r
Alfazema.
Herva doce. (
Cominhos, e de r
Bagas de J uni pero, e de
Louro.
Arruda.
No\es mofe adas.
Galanga.
Sangue de Bode preparado. :
Canela anà oitavas duas. > j
M Açafrao hum efcropulo : de tudo fe facaÕ
A. pos S' A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. cap.6.
de Pulver.pag. 545. Chamaõ-fe eftes nó/de
Rainha , porque para huma foraõ inventa-
dos, como diz o mefmo Audtor por formaes
palavras: Le mm de Cettepadre marL lt
elle à efti le remede d' une Reine. Far-fe haõ
na fórma feguinte : Os fimplices fe pifem t0“
dos fubtilifllmos, e fc miílurem com o Sm,
■ gue de Bode, que eftará preparado , e pulvè-
rizado; e como eftiver tudo bem ndfto fe
guardaráõ para o ufo
Sao eftes pós muito diuréticos proprios
para atenuar, e quebrar apedra dos Rins.
e da Bexiga laõ convenientes nas ifchurias.
e Dyfurias: daõ-fe de meyo efcropulo até
huma òitava.
PO’S nephriticos
de Chat As.
111 "D Olhos de Caranguejos do Rio,
XV* Lapis Perearum.
Mille-pedes mayores} c
Menores.
Sangue de Bode.
Mill/um-folis : de tudo façaõ pôs S.A. Ita
Moyfès Charàs in Pharmac. Re cr. cap. 17 de
.
Puluer. pag. mihi 2 Far-fe-háõ na fórma
ieguinte: A femente do Millium-folis fe pi-
fe íubtil, e os mais fimplices depois de pre¬
parados fe pulverizaráõ íubtflifihno*, e í:c
mifty-
 Dos Collyrios", Pós , e Talhadas:
miílurarao , e guardarão para o ufo.
. Eíles pós faõ muito apiritivos, fervem pa¬
ra as dores de pedra , cólicas nephriticas,
provocaõ as ourinas , e fazem lanqar as
arêas : daõ-fe de meyo efcropulo até huma
oitava.
PO'S NEPHRI TICOS
de Lemery.
ii2 T) ChryJlal T ar taro onça huma.
Lápis Paca rum.
Olhos de Caranguejos anã onça meya.
Sal de Alambre oitava huma.
Oleo de Herva doce efcropulo hum.
Açúcar cande onças quatro : de tudo fe façao
pôs S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop.
cap. 6. de Pulver.pag. 546. Far-fe-haõ na fôr¬
ma feguinte: Os fimplices todos depois dc
preparados fe pifem fubtiliflimos, e lhe ajun¬
tem o Oleo de herva doce,e fe guardem pa¬
ra o ufo em vidro bem tapado.
Saõ eíles pós bons para quebrar a pedra
nos rins, e Bexigas, lanqau as fleumas, e aréas
pela ourina , faõ também convenientes nas
chagas da Bexiga: daõ-íe de hum efcropulo
até huma oitava.
PO’S ÁUREOS,
li} TJ Crocus Martisaperiente.
X\, Açúcar branco anu onças duas.
Canela.
Ga langa and onça meya.
Herva doce oitavas duas.
Folhas de Ouro numero quatro: de tudo fe fa-
çaô pós S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm.
cap. 6. de Pulver.pag. $45. Far-fe-haõ na fôr¬
ma feguinte : Os fimplices aromáticos íe pi¬
fem juntos , e todos fubtis, o Aqucar fe pul¬
verize á parte , e da mefma forte o Crocus
Martis , e fe miílurem com as folhas de Ou¬
ro , que fe cortarão miúdas, e depois de mi-
ílurado tudo , fe guardem os pós para o ufo.
Servem eíles pós na cura das obílruccoês
da Madre , baco , e mcfenterio , provocaõ a
conjunqaõ mental ás mulheres, e fervem nas
cachexias: daõ-fe de hum efcropulo até hu¬
ma oitava. x ufo. Na receita fe pede íncenfo macho, eíle }-eajus
PO’S antinephriticos.
ri4 13 Pèlles de muelasde Galinha.
XV. Efierco branco de Galinha anã
onca meya.
Pèlles do interior da cafca de ove oitavas
duas e meya.
11 erniaria.
Canela and efcropulos quatro.
Caroços de Nefperas oitavas duas.
Sementes de Funcho , e de
Herva doce anã oitava huma : de tudofe fa•
çao pôs S. A. Ita Joannes Schroderus in Pharm.
cap. 7}. de Pulver. pag. 161. Far-fe-haõ na
fórma feguinte; Os fimplices todos fe pi-
íem muito lubtis, e depois fe guardem pa¬
ra o ufo.
Servem eíles pós para alterar a pedra nos
rins, e também a quebraõ , e cxpulfaõ; pro*
vocaõ as ourinas, e alimpaõ os rins das aréas:
daõ-fe de meya oitava até huma.
PO’S P AR A HEMORRAGIAS.
11 $ D Ptdra hume criia.
JLV • Lacca dos Pintores and partes
iguaes : de tudo fe façao pós. Ita Fredericus
Hofmanus fuper Sçhroder. cap. 77. de Pulverib.
pag. mihi iáo. Far-fe-haõ 11a fórma feguinte:
Os dous fimplices fe pifem lubtis , e depois
fe guardem para o ufo.
Servem eíles pós para fazer parar o fluxo
de fangue dos narizes 5 applicaõ-íé lanqan-
do-os nas ventas, ou tomando-os a modo
de tabaco. 0
PO’S PARA HEMORRAGIAS
ex Lemery.
116 T? Crocus Martis ajiringente 01 ta-
JTV. vas feis.
Bolo Armênio.
Coral vermelho.
Pedra Hematifu.
Jncenfo macho and onça meya.
Cauda Equina.
Centinodia.
Semente de Tanchagem and oitavas tres.
Caparrofa queimada.
C:n\a de Rans.
Corno de Touro queimado.
Gejo anã oitavas duas : de tudo fe façao pôs
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. cap. 6.
de Pulver.pag. $05. Far-fe-haõ na fórma fe¬
guinte : Os fimplices fe pifarão todos muito
íubtis , e fe guardarão para o ufo. O Corno Caícína*
de T ouro fe queima na meíma fórma , que tio cornu
ò do Veado. A cinza de Rans fe faz metten- Taurf &
do-as em panella de barro , e depois de bem
euberta fe enterra em carvaõ , e fe lhe faz a 3rum
fogo forte até que todas eftejaõ reduzidas
em huma cinza branca , entaõ fc tira a pa¬
nella , e a cinza das Rans fe gua.rda para o
tal he aquelle, que he mais miudinho, bran¬
co, e em graÕs redondos, e algum tem dous
grãos pegados hum ao outro a modo de te-
íliculos, aflim o enfina HoíFmano fallando
nas caílas que ha de íncenfo m Uv. 4. fuper
Sçhroder. onde diz , que de íncenfo fe achaõ
cinco efpecies: a laber , a primeira , he o /z;-/
cenfo Indico, que he aquelle que he deiigual,
c que tem algumas manchas de varias cores;
a fegunda efpecie , he aquelle que he cofn-
prido, e redondo pontagudo a modo de pei- Quinquc
to de mulher j a terceira efpecie he o macho, fpccíes
que tem os íignacs acima ditos; a quarta ^turis..
efpecie, he aquelle que tem a fórma a modo
de
 J Pliarmac. Lufit* Augment Trat. IX.
de Chicharos, c alguns grãos redondos fe- gifterio , e o Sal, naõ ha diífercnca alguma/
melhances ao Incenlo macho, a quinta, e Serve o Magiftcrio do Crânio humano para
r aqUC a cbamra as Epilepílas , e para todos os achaques do
mais Gufhum Só ’ he °?tra coufa cerebr° •* dá-fe de doze graõs até hum efcro-
ma.squehumpo, ou farinha-volátil, que pulo. O Crânio fe dere efcolher de homem EleOi*
W±OS nCfZ ’ ;U fai'd0S> em3ue eíU ° rnorto violentamente " porque ô qST
incenlo. Qindam plures ejus confituuntfpe- que fe enterrou naõ tem virtude alguma clmmani-
, colore ,25 magmtuâine tantumgranOrum affim quando fe compra , le deve efcolher o
diffeuntcs. Prtrnum eji Indtcum, quod maxi- que for mais branco , em que haja algumas
w/j , 25 tn&qitaiihus cpnfiatglebis, hvidum , Cf manchas a modo de fari^ue e que de ne
MgrtcatiSj candicantibus, .*«f /Wj awflf/w nhuma forte feja furado,nem ftegro pro den-
vauum. Alterum manimofum obíongis grumis tro, que hefignal certo , queeffeveenterra-
mammarumforma compofitum. Tertium mafcu- do.Lemery na fua Pharmacopea no lugar ci-
lum, parvts rotundts, canâicantibus, tado , diz que nefta receita Aponha antes o
vis granis tnterdum fwguhs , tnterdum gemi- Crânio preparado que o Ma«rifterio e affim
) <luafL conftans Ufitcults. Çhiartum Orobenm, naõ o havendo feito , bem fe póde fe^uir o
mtitmrs gramiUs, aqualibus odore mafcu-- feu parecer • poraue efte m •
&“***«>** rtm,, »,M fte/os £™íCesfícíõ ’huma c" inÚT I
aUud ejl, quainpotten,® farina ex crebra eon- fem virtude alaum. ’
aiffiene infacculis abrafa. 2 ’ ma,s que com a,S>>™
P* U ta,» os votam do to- Ím X? ira

s&aBssawa ss* ttt

giaos até hum efcropulo , e le pódem para o
melmo applicar exteriormente , que fazem
l rf/wf mortuum, que M agi feri o.
muito bom effeito. Sao os pos de Diaolibano bons para as E-
pilepílas, Apoplexias, e Catarros fuffocati-
PO’S DE DIAOLiBANO.
vos. também fortificaõ , e corroborao o ce-
ll7 Eahfe Peonia.
rebio. dao-íe de hum efcropulo até huma
Ã\. • Lyri o florentino and oitavas tres.
Incenfo macho. oitava. O Açúcar coftuma humedecer mui- ' ;
Unha âe grani befa. to eíles pos, e affim !e pódem fazer fcm elle
para que melhor fe confervem , e fe daraõ
Mag ferio de Crânio hifrnano.
Açafrad. adoçados ao doente, querendo-os elle affim:
porque o Açúcar naõ he íimples,que augme-
Vifco (juercino and oitava huma.
te , ou diminua virtude ao compofto
.Açúcar cande onças duas : de tudofefaçad
P O’ S D E R U B I A.
pos S. A. Jta Nicolaus Lemery in Pharm. c. 6.
de Pulver. pag. 5 44. Fa r- fe- haõ na' fórm a fe- 11 ^ T3 Eat\ de Rubi a tinâiorü onça meya.
IV • Enula campana.
guinte : Osfimpüces fe pilem fubtis , c fe Ruypontico.
nnfíurem com o Magifterio que eílará pul¬ Açafrad.
verizado , e aílin? fe guarde para o ufo. O
Goma ia.ccapreparada anã oitavas ires.
Magifte, Mag ferio de Crânio humano fe faz na fôrma
Efpica-nardi.
riumCra- lcguinte : TomaráÕ a quantidade de Crânio A\aro.
mani«* ?UC tluizerem * c o calcinaráÕ; e tanto que Efquinantho#
ie ; eduzir a cinza fe paíTe por peneira fina , e Efcordio.
le ponha em valo de vidro, emcima do qual
Eouradinha.
iançaráõo que baftar de bom Vinagre diítil-
Çumos de Alcaçi\.
lado , e o deixarão em digeftaõ , até que a
Lofna, e de
cinza ie difiolva , entaõfe cõe, e filtre , e ao
A gri monta..
R01 ufiim impregnado com a cinza ajunta-
Sementes daSalfa.
íao algum Oleo de Vitriolo lançando-lhe Aypo, e de
gotta, e gotta , para que o Magifterio fe Herva doce.
piecipite , e paftado algum tempo fe tire do Danco.
íunoo do vaio huma matéria branca, que
Myrrha. ^
i ejle ha de eftar, a qual depois fe lavirá cin¬
Bedelio. )n
co ou feis vezes, e fe enxugará ao Sol, e co-
Cofo and oitavas duas. ' debent
n o eftiver fecca fe guardará para o ufo : af-
Canela oitava huma : de tuio fe façaõpóslTuJ?'
bm o enfina Lemery no feu Curfo Chimico S. Á.
Ita hicetaus Lemery in Pharm. cap. 6. turo Qi
Sal Cr a- ?/ VartfüP‘ 4- de Crânio humano. Efte Magi-
nü huma- tcri° ^ chama também Sal de Lranio
uriiDem òai Crânio huma- de Pulver.pag
fminrp . n r,™ V
Far-fe-haõ
r 7-
na fôrma fe-Pb ’
* lc’r ' ,í»ti,fcd
m. m
e affint naõ faSa Uüvida que entre o Ma- fs ra.zer todas jml^,

íls
 Dos.CollyriosíPos,.eflTàllladas. • 557
as feme»tes, e quino de Alcacuz , e depois Sperma-Ceii and oitava huma e meya.
oe bem miíturados ie guardem para o uío, Rat\ de Rubi a tinãorum.
Em lugar do qumo da.Lofna , e de Eupato- Hirundinaria.
rio ie póde pôr huma, e outra planta feccas, Tormentilla anã citava huma.
porque eftes, e outros femelhantes qumos Alambre branco.
l'e naô pódem feccar tanto,que íejaõ capazes Sal de Coral.
de trituraqap , fó levando-os ao lume , onde Bolo Armênio Oriental and oitava meya
fe queimao , e nau fe feccaõ ; e affim feguin-
mijiure-fe , * façao-fe pós S. A. Ita Nicoíam
do a Lemery no lugar citado, e a outros mo-
Lemery in Pharmacop. cap. 6. de Pulv. p. x x ô.
demos , melhor he ufar das plantas feccas,
Far-fe-haõ na fórma feguinte : Os íimplices
que dos qumos queimados, excepto o de fe pifaráõ todos fubtís, e fe mifturaráõ com
Alcacuz , que efte fe póde feccar fem fe os que fe houverem de preparar, e como tu¬
queimar. , do eftíver bemmiíto, fe guardarap para o
Eftes pós faô bons no tempo da pefte , fe¬
ufp.
bres malignas-, e contagiofas, fazem fuar , ^a^uicnu da
O Magifterío uu pedra de Percas fe faz
fortifícaõ o eftomago , fígado , e faÕ bons pa-
calcinando-as, e depois fazendo-o na mefma Jun?’rrrQ
ia fazei em fahir as bexigas, provocaô a con-
fórma , em que fe faz o de Crânio humano, ^ pe^
juncaÕ menfal ás mulheres: daõ-fe de humcomo fe diíTe nefte Tratado num. r 17. O Sal ca rum
efcropulo até dous. deíla pedra he o mefmo , que o Mágifterio; idcm.
PCTS DIASU CCINI. o qual he muito aflringente : dá-íc de meyo
Il9
R. Alambre branco preparado onça
meya.
Magijlerio de Coral vermelho.
efcropulo até hum.
Servem eftes pós para todos os que cahi-
rao de alto: he hum famofo Diftblvente , e
Nõjes mofe adas. Defcoagulante , fortifica as partes debilita¬
Bolo Armênio Oriental. das , alimpa , e fecca as chagas interiores í
Efmeraldas preparadas and oitavas duas.
dá-íe de hum efcropulo até huma oitava.
Crocus Martis ajiringente. P O’ S ABSORBENTES
Sangue de Drago and oitava huma e meya. magiftraes.
Eftoraque calamitha. 12
1 "D Aljôfar preparado.
Rajuras de Corno de Veado. IX, Olhos de Caranguejos preparados
Laudano opiado and oitava huma. and oitavas tres.
Semente de Bofas , e de Coral vermelho preparado.
T anchagem. Rafaras de Marfim and oitava hitpia.
Flor de Papoilas and oitava meya. Cryjíal de Rocha preparado oitava meya i de
Cravos. tudo fe façao pós S. A. na fórma feguinte : As
Açafraõ. Rafuras de Marfim fe pifaráõ , e pafíaráõ por
Canela. tamix finifíimo, os mais fimplices fe prepa-
Macis and efcropulo hum *. de tudo fe façao
raráõ cada hum per fi , até fe pôrem taõ fi
pós fubtiUJJimçs. Ita Nicolaus Lemery inPhar-
nos , que de nenhuma fórte fe lhe perceba
macop. cap. 6. de Pulver.pag. 540. Far-fe-haõ
afpereza , e depois fe pulverizaráõ , e miftu
/■» . /"'v r 1 • r. > r_
' H n \ fi rr* r 1 / r
na fórma feguinte Os fimplices fe pilemraráõ com o Marfim , e affim fe guardaráõ
fubtís , o Eftoraque fe pifará untando o al-
para o ufo:Deftes pós fe pódem formar Pilu forbentes
mofariz , e a maõ dellecom huma pinga de
las abforbentes, ou antacidas com mucila* lcu anta.
gem de Alcatira feita em agoa de Efcorcio- cidas.
qualquer Oleo aromatico, e depois de pifa¬
do fe ajuntará com o Alambre preparado,neira , as quaes fe faráõ quando fe pedirem.
Efmeraldas, e as mais coufas , que eftaráõ Servem eftes pós para abforver os àcci-
pulverizadas , e ultimamente o Laudano dos dos humores melancólicos, dulcificaÕ
os accidos congelantes, e fazem foitar , e
que fe desfará , e mifturará muito bem com
circular os humores , que por congelados , e
os pós, e nefta fórma fe guarde para o ufo.
retidos pelos accidos cauíaõ as Azias , e va¬
SaÕ eftes pós bons para as cólicas , fazem
rias queixas : daõ-fe de hum efcropulo'até
parar os curfos, Hemorragias, e provocaô
o fomno ; daõ-fe de meyo efcropulo até huma oitava affim em pó, como em Pílulas,
meya oitava. e fe póde exceder até a quantidade que qui-
P O’ S DE D I A M U M I A. zerem.
120 T2 Mumia. ‘ P Ò* S ABSORVENTES
X\_* Magijlerio de Lápis Percarum de Uvedelio.
Antimonio diaphoretico.
and oitavas duas.
Sangue de Bode preparado.
Cravos.
ai2
R. Coral vermelho.
Olhos de Caranguejos.
Vv Cm*
 5*8 Pharmac. Líifit. Augment. Trai. IT.
Conchas preparadas , ou m feu lugar eíéfte vaio fe pon ha outro redondo-, que aju-
Madre-Perola. -V. ... íle ha bocca do primeiro , e eme fina deíle fe'
tmabrio nativo and sfcropulo meyo. ponha íéguiido , e hum , e outro haõ de ter
Vitriolo de Marte grffà fàs. duas bocas , que éòfrefponÜao ã do vaio de
Extraãode Opto gr ao hCm : mifure-fe e baixo, e eme ima deitas tres pellãs íe ponha
faÇaõ-fe pós , tjue fe dividirão em Jeis par- huma cabeca de Lambique com feu recipi-
tes iguaes. lia Joannes Jacobus Mangetus ente lutado , como tamben todas ás mais
in BiòUvteVa Pharmaceutica tom. 2. HteraP. junturas , é fé o buraco no primeiro vaio,
pag. 6'go. Far-íe-hao -na-'fórma íeguinte : Os que eítá eme ima do fogo fe deixará aberto ,
iimpiices íe prepararão , d ‘'püaráõ fubtiliffi- e como o primeiro vaio eítiver feito brafà, fe
mos ajunt. ndo-lhe depoiá o Vitriolo de lhe lance dentro huma colher dá ritifturá fe-
Mar té ,eo Ema et o , ení fórma que tudo li- gumte (huma libra de eíianho fino limado ,
que reduzido a pó , e^deíla forte fe dividirá e duas de Salitre , de tudo fe fará boa miilu-
em íeis partes iguaes, e fe dará para o ufo. ra)-, e como fe derreter tudo fe lance mais
Servem eíles pós em todos os affeétos by- outra colher da mefma matéria , tapando
picondriacos , e nos que delles procedem , tempre com tijolo o buraco do vaio , e como
la'6 bons em todas as vertigens, defmayos , toda a miílura efliver acabada , fe-tapeobu-
palpitaçoes do coraçaõ , Scc. Dáõ4e graus raco, por onde íe lhe lanqou , e fe deixe ápa-
vinte e hum , ou fe dividirá a receita nas leis gar o lume , e estriar toda a matéria , em.aó
partesiguaef 5 póde-.fe exceder a doze pare- deslutaràoos valos , e nas paredes delles fe
cendo ao Medico que os receitar. aebará pegada huma matéria branca, que fa5
P O’ S H Y S T ÉRICOS as fores do Eíianho , e no recipiente eílará
de Chards. o efpirito do Salitre, que na miílura fedi-
12 ] "O Verrugas que mafeem por baixo flillouj eflas taes flores de Eíianho fe lavaráÕ
JL\ • dos joelhos dos ca valios colhidas algumas vezes, e fe feccaváo ao Sol , e de- flores
720 tempo de Inverno onça huma. pois de feccas íe diííolvcráõ em agoa , a qual J°V1S-
ÁJfa fétida. d v fe filtrará , e tanto que eftiver quieta, fé lhe
Corno de Bode. lancem por vezes algumas gottas de Oleo
Unha do mefmo and oitava huma : de tudo fe de Vitriolo, para que o Magiílerio fe pre¬
façao pds-S. A. Ita M oyfes Chards in Pharm. cipite, entaõ fe lance fóra a agoa por incli-
Rcg. cap. 15;. de Pulver.pag. 226. Far-fe-haõ nacaõ , e a matéria branca que fica no fundo
11a fórma íeguinte: As \ errugas, que na- da tigella lc lave muitas vezes,até que fe dul*
feem por baixo dos joelhos dos cavallos fe cifique bem , e depois fe feque , e dê para o
bufearáõ em tempo dé Inverno , que entaõ ufo. AíTim o enfina afazer Lemery no feu
lhe cabem , e fe pifarao com os mais fimpli- Curfo Chimico i.part. cap. 3.doEjianhopag.
ces, e ie guardarão os pós para o ufo. Como rnihi 11 <?. As flores do Eíianho fervem no
eíles pós fervem para lhe tomarem os fumos, ufo externo para pomadas 5 o Magiílerio he
bailará que ie pifem grofios , ou fc limem bom para todos os achaques do Utero: dâ-
miudos, para que melhor fe queimem. fe de doze graos até hum efcropulo.
Serve eíle compoílo para as fuffocaqoés Servem os pósjoviaes hyílericos para as
da madre:applica-fe em perfume hum efero- fuflfocacoés da Madre: daõ-fede nteyo efcro¬
pulo, e fe continua o íemedio alguns dias. pulo até dons.
PO’S JOV1AES HYSTER1COS. P O’ S J O V I A E S
124 T) Magifieriú de Ejianho. de Lemery.
Madre-Pero!a. 12$ TJ Fécula de Bat\ de Norça onça
Coral vermelho preparado and oitava huma. Ia. • mcya.
Oleo de-Alambre efero pulo hum-, de tudo fe Sal Jovis.
façao pós S. A. Ita FreJericus Hofmanus fup. Madre-Perola , e
Schroder. Ub. 2. cap. 77. de Puí ver. p. rnihi 161. Coral vermelho preparados and oitavas tres.
Far-fe-haõ na fórma íeguinte : O Coral, e Rai\ de Diídamo branco , e de
Madre-Perola, fe prepararão , e depois fe Peonia and oitavas duas.
miíluvaráo com o Magiílerio, e Oleo de A- Alambre branco.
lambrc em gral de pedra , e conto tudo cfti- Açafrad.
vev bem pulverizado fe guardarão os pós pa- Vifco éjitercino.
Ma^iRc- ra o ufo em vidro bem tapado. O Magiflerio Alecrim and oitava huma.
rium Jo- de Rflanhoy ou B ceo ártico de Ff anho fe faz na Cnjloreo efcropulo hum : de tudo fe façao pós
vis, i.ve forma íeguinte : Tomarão hum vafo de bar- S.A. Ita Nicolaus Lemery in Phartn. cap A. de
Bezoarti-
r vo redondo Feito a modo depanella, e no Pulver. pag. 5 51. Far-fe-haõ na fórma feguin-
cum cjuf-
êem. meyo terá hum buraco redondo : na bocca te: ü Aqafraõ fe fará feccar entre deus pa-
- j peia.
I

Dos Collyrios, Pós, e Talhadas.

pe.s, e depois fe pifará fubtiliflimo, os mais
fimplices
ipnces feie piíaraõ
pnarao também
tarnoem nana melma
mefma iór-
fôr¬
ma, i, o Coral, e Madie-1 erola depois de pre-
parados
rados fe pulvenzaraõ, e mifturaráõ com o
Sal de Eílanho ,. e como eftiver bem miílo -
JalJotfs.fe guaidem os pospaia o uio. O Sal do E~
Jlanho fe faz na mefma foima, que o de
Chumbo , como fica dito no Trat. 8. num. y.
dos 7 toch. de Breb. Deíla foi te o enfina a fa«
zer Schrodero no liv. 3. cap. 14. dg Stannopag.
mihi 258. Serve o Sal de Eílanho para todas
as fuffocaqoés do Utero, e as cura admira¬
velmente: Dá-fe de dous grãos até fete, c
no ufo externo he hum íingular remedio pa¬
ra curar todas as chagas fétidas, cancros, e
outro qualquer Apoílema.
Servem os pós Joviaes de Lemery para as
fuffbcaqoés do Utero, e para as Epilepfías
das mulheres : daõ-fe de hum efcropulo até
dous. Chamao-fe eíles pós, e aos mais que
Medica¬ levaõ Sal, ou Magiílerio de Eílanho , /«-
menta viaes, porque osChimicos chamaõaodito
Jovis. metal Júpiter ^ por fe criar , e eílar fugeito
ás influencias do Planeta Jupiter.xAflim o en-
fina Lemery no feu Curfo Chimic. cap.
Efianho , onde também eufinâ a fazer o Sal
Jovis da mefma forte ; e o rnefrno diz Sehro-
dero lib. 5-cap. 14. de Stanno: 'z.Dicitur Her-
meticis Júpiter , qubd Jovi macrocofmico fym-
pathice conveniat.
PO’S CONTRA ABORTUM.
\26 TJ Aljôfar preparado.
. Bafaras de Unicórnio»
Rajuras de Marfim.
Alambre branco.
Coral vermelho■
Almecega.
Semente de Tanchagem» -C
Grana tinâíorum.
S and aios vermelhos.
Terrafigillada.
Rai\ de Tormentilla and onça tneya»
Macis oitava hum a.
Cravos efcropulo hum.
Ouro em folhas numero feis: de tudo fe faça*
pôs s'. A ItaMoyfés Charús in Pharmac. Reg.
cap 19/de Pulver. pag. mihi 225. Far-fe-haõ
11a fôrma feguinte: Èm lugar de Unicornio
(fe o naõ houver verdadeiro) fe poraõ as ra-
zuras de corno de Veado , e com todos, os
mais fimplices pifados fubtiliílimos fe miílu-
ra o Aljôfar, e Coral pulverizados, depois de
preparados fe guardem os pós para o ufo.
Çpi-vfm eíles pós
Servem Dara cori
nós para corroborar no Ute
yo o feto, e prohibir o parto antes do tempoj
fervem para fe dar ás mulheres prenhes, de¬
pois de darem alguma queda fortificaõ o
eílomago ,■ e pâraõ os curfos : Daõ-le de
hum eicropulo até dous em caldo de gali-
nha, em hum ovo affado , ou em algum
35 9
xarope aílringente. Os pós aàparUmprovo- ad
candum , & facilitandum ie podem ver em Pnrtum
Lemery no cap. 6. dos pôs , e Charús no c. i 9.o. J,aci]ltai?*
i
os quaes naõ efcrevo , porque bailará que os Um'
curiolos recorraõ aos Auctores alegados, e
a outros muitos, onde os acliaráõ com mui-
ta clareza efcriptos , que eu os naõ ponho
em vulgar, porque naõ fucceda que algum
pouco efcropulofo ufe mal delles.
PO'S AD SEDANDA TORM1NA
127 R. poíl partum.
Confolida mayor.
Semente de Bifnaga and oi ta -
vas duas.
Belotas de Carvalho.
Alambre and oitava hum a e meya.
Cafeas de Laranja feccas.
Macis.
Açafraô.
Semente de Segurei ha.
Coentro and cfcropulos dous : de tudo fe f a-
çaõpês S.A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac.
cap. 6. dePuluer.pag. 529. Far-fe-haõ na fór-
do ma feguinte : Os íímplices fe pifaráõ fubtis,
e depois fe guardaráõ para o ufo.
Servem eíles pós para abrandarem as do-
res ás mulheres depois do parto , e também
faõ bons para as cólicas ventofas: daõ-íe de
hum efcropulo até dous.
/
P O’ S DE AÇO.
128 TJ Aço preparado com Emofre onça
jTV« huma.
Fécula radieis Ai-anis oitava huma e meya.
Ambargrix oitava meya.
Coral, e
Aljôfar preparados and oitavas duas.
Alambre.
Canela and efcropulos quatro.
Açúcar q.f.: de tudo fe façaô pôs S. A. Ita
Layarus Riverius lib. 11. cap. 3. de obfiruãio-
ve hepatispag. mihi Far-fe-haõ na rórma
feguinte: O Aco fe preparará , e depois ie
pulverizará com o Aljôfar, Coral, e Alam-
bre , e os mais íímplices
fimplices ie
fe pilem
pifem lubtis,
íubtís, e
como todos eftiverem miílurados, fe guar-
dem os pós para o ufo.
Servem eíles pos para a cura das obílruc-
coes do fígado , e também iaõ bons nas hy-
dropefias , e na cura das mas cores das mu-
lheres: daõ-fe de meya oitava ate duas, e
fe lhe ajunta o Aqucar, que baita para os ta*
zer doces agradavelmente.
—
129 R
PO’S DE AÇO PARISIENSES.
Aço preparado onças duas.
. Canela oitavas feis.
Myrrha onça meya.
Arifioloquia redonda.
Rubi a tinflorum.
Vva Tfí*
 340 Pharmacop. Lufitan. Augment. Trat. IX.
Thtmo.
Oureg ãos.
Matricaria.
Ne ve d a montana. '
Poejos.
Artemija.
HyJ/opo.
Berva cidreira.
Pimpinella.
Betonica.
N e ve da domejiica.
Sabina anà oitavas duas.
Semente de Arrtida , ede
Aypo anà oitava huma e meya.
Macis eferopulos doas: de tudo fe façao pós
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. cap. 6.
de Pulver.pag. ]iy. Far-fe-haõ na forma fe-
guinte : O Aço depois de preparado fe pul¬
verizará , os mais fímplices fe pifaráõ fubtís,
e como eftiverem bem mifturadó$,fe guarda¬
rão para o ufo. Para eftes pós le póde prepa¬
rar o Aço fem Enxofre, nem Vinagre, e pre-
Praspara. parado aflim fe chama Croças Martis fem fo~
tioCha- go, o qual fe faz na fôrma feguinte : To-
lybisabf- maiàõ a quantidade que quizerem de Aco li-
g-^ mado, e o lavaráó muitas vezes em agoa
cus Mar- limpa , e depois o feccaráõ ao Sol, e como
tis. eftiver enxuto o lançaráõ em pedra de pre¬
parar , e o moeráõ lançando-lhe primeiro al¬
gum qumo de Limaó,e humas gottas de efpi-
rito de Enxofre , e como eíliver bem moído
fe deixe feccar na mefma pedra, e depois
lhe ajuntem mais qumo de Limaõ , e fe vá
moendo até fe pôr taô fubtil , e impalpável,
que de nenhuma forte fe lhe íjiíta aípereza
alguma, e ultimamente fe deixe feccar, e
em fecco fe remôa na pedra, até bem fe pul¬
verizar , e aífím fe guarde para o ufo em vi¬
dro bem tapado.
Os pós de Aço Pariílenfes fervem para a
cura das obílrucçoés, e das más cores, pro-
vocaÕ a conjunção menfal ás mulheres, e
lhe fazem lançar as pareas depois do parto :
daõ-fe de meyo efcropulo até huma oitava.
PO’S DE DIA MARTIS.
150 T) Tormentilla.
XA.» No\es mofe adas.
Galhas and onça huma.
Crocas Martis afiringente.
MagiJlerio de Coral.
Açafrad.
• Pedra H ema tifa anà oitavas tres.
'Ze doaria.
Cal a mo aromatico.
Alambre branco.
Rai\ de Çhiinque foliam.
Cravos anà oitavas duas.
Cima de Efponja.
Bolo Armênio. ....
Terra fig ilíada.
Acuda anà oitava huma e meya.
Semente de Tanchagem.
Rojas vepnelhas anà efcropulos quatro.
Corno de Veado , e
OJi humano calcinado.
Pedra hume queimada.
Terra doce de Vitriolo anà oitava meya : de
tudo fe façao pós S. A. Ita Nicolaus Lemery in
Pharmacop. cap. 6. de Pulver.pag. ^17. Far-
fe-haó na fórma feguinte : Os fímplices, que
fe houverem de preparar, depois le pulve¬
rizarão , e fe miíturaráó com os mais, que
todos fe pifaráõ lubtis, e feita boa miílaõ fe
guardem os pôs para o ufo. A terra doce de Terra:
Vitriolo , he o Caput nwrtuum , que fica da ííTulcis 1
diítillaçaõ do mefmo j eíla tal terra, ou Ca- ^ ltrl° *’ I
put mortuum fe faz doce , lavando-a muitas
vezes com agoa limpa, e depois de eílar bem
dulcificada fe fccca ao Sol, e fe guarda para
o ufo. AíTim o enfina Lemery no feu Curlo
Chimico 2. part. cap. 16. de Vitrioi. Com vá¬
rios nomes fe pedeefle medicamento $ por¬
que fe lhe chama Alma de Vitriolo , ou Terra Anima
doce de Vitriolo , ou Caput mortuum de Vitrio- j
lo dulc)ficado 5 quando fe pede para o ufo in - t.g
terno, le deve dar fempre dulcificado, e para rò’ortluí
o externo baila que fe dê o Caput mortuum , Yitrioii
da mefma forte que fe tira da diílillaçaõ : dulriiic.
efie Caput mortuum , fica com a cor verme¬
lha declinante a roxa. Serve a terra doce de
vitriolo para fazer parar os fluxos de langue,
he boa pava os vomitos , dyfenterias , e para
as gonorrheas: dá-íe de deus graõs até oito
em licor apropriado. Alguns chamaõ tám-
bem a eíle mefmo remedio Enxofre doce de Sulphur
Vitriolo como diz o mefmo Auótor no lu- dulcisVi-
gar citado. triol».
Servem os pós de Diamartis para fortifi¬
car o eftomago , fazem parar os curfos , as
hemorragias , as gonorrheas , e fluxo das
ourinas-: daõ-fe de hum efcropulo ate huma
oitava em licor conveniente.
P U L V 1 S H A L Y.
131 B $ernentes de Dormideiras brancas
■ -XV • oitavas cinco.
M armei los.
As quatro fementes frias mayores limpas anà
citavas tres e meya.
Beldroegas.
- Malvas. i
-• Algodão , e de
Malvaifco anà oitavas duas e meya.
Amido. • ‘ , * • .
Goma A rabi a.
Al catira.
Atcaçúj.
Rafaras de M ar fim anà oitava huma e meya.
Alfenim onças tres, e oitavas cinco e me va
 Dos Collyrios, Pós, eTalhadas. 341
façâôfe pós. La Nicolaus Lemery in Pharm. os pós, e logo fobre elles lhe lancaráõ ou¬
cap. 6. de Pulver.pag. ) ip Far-ie-haõ na for¬ tra tanta agoa de ciílerna bem quente , tor¬
ma feguinte : A femente de Algodaõ íe pifa¬ nando a fazer outras tantas lavacoés, ate que
rá com o Alcaqúz , e Marfim : As gomas fe os pós fiquem doces, e livres de toda a fallu-
pifem á parte, e as outras tementes todas gem , e acrimonia , o que te conhecerá pro¬
juntas, e como eftiverem empaíladas te mi- vando á agua na bocca 5 porque ie eíliver taõ
fturaráõ com o Alfenim , e mais fimplices, e doce como era antes de a deitarem nos pó?,
todos juntos fe pafíaráo por peneira fina , e fe deve entender que eftaõ já bem dulcüica-
quanto mais finos forem os pos, tanto me¬ dos, entaõ lancem fobre os ditos pós meya
lhores feraò. j e defta forte fe daraõ para o canada de agoa Rolada , e revolvendo-os
ui o feitos de frefco j porque tendo antigos, muito bem, eftejaõ de infutaõ nefta agoa tres
fe enchem de ranqo , e naõ valem affim para dias, no fim dos quaes le côea dita agoa mui¬
nada * Tomaõeftes pós o nome de leu Au- to de,vagar, e fe íéquem-os pos , e depo is le
&or chamado Haly , como diz o meimo guardem em vidro bem tapado para o tilo.
Aífim os enfina também a fazer o Doutor
Lemery no lugar citado.
Curvo na fua Polianthca medicinal traã. 2.
Sao bons eftes pôs para adoqar os humo¬
res acres, que cahem no peito , fervem na cap. $. pag. rnihi 39. Chamaõ alguns a eí^es
pós Crocus metallorum , pela femelhanca, que Crocus
tyfica, e tofíe violenta: daõ-fe de hum efcro-
tem com a cor do Aqafraõ 5 outros lhe cha- Mctallo-
pulo até huma oitava.
maõ Terra fanta , peios grandes efieitos que rum* ,
P p O’ S D E QJJ IN T .1LI O.
fazem.j e támbem Pedra de cevar de Saturno, Xcn#
j ,2 T} Antimomo bom.
# Salitre bem limpo anà libra meya: pela grande virtude, que tem de attrahhqdel- fanda
pegar, e arrancar os humores: eftes pós pa- Magne*
façad-fepós S. A. Ita Nicolaus Lemery inCur-
ra lerem bons, haõ de ter a cor quafi como a íatumi
fu Chi mic. 2. part. cap.9. Antmonijp. mht^yy.
do Aqafraõ , e haõ de fer bem iubtilizados, ciul
Far-fe-haõ na fórma ieguinte : Pharao em
de tal forte que fe lhe naõ perceba alpereza
eral de pedra o Antimomo , e balitre , e de¬
pois ic mifture bem > então porão hum cadi¬ alguma.
Purgaõ por vomito, e curfo : dao-le em
nho , ou outro vafo capaz no lume ate le fa¬
fubftancia de leis graõs até quinze , e a pef-
zer br ala , e como allim eftiver deitem den¬
foas! robuftas até hum dcropulo. Os acha¬
tro do cadinho huma colher dos ditos pos, e
ques pura que fervem fe pódem ver na Po-
lo>’0 cobrirão o cadinho com hum tijolo ,
lianthea do Doutor Curvo em vários luga¬
de xando o eftar cuberto ate que paíle^n os
res , que afíaz os experimentou, e com bom
ertXndos ,« fumos, refeuwdando Mg °
fuccefío , cômo elle diz.
roilo porque faõ nocivos j e como elles ti
PO’S PARA SARNA.
verem pafiado , detcubraoo cadinho, e dei- .
t-m dentro delle outra colher dos ditos pos D Enxofre.
tornando a cobrir o dito cadinho , ate que XV« Salgema.^
Majigerona fecca ana oitavas duas.
d jiimns e defta- lorte ira cpntmu-
Fe\es de Ouro.
os pós fe acabem ’e entdü!i x Raiyes 4.e. Eleboro anà oitava huma.
danô'fo®o fortiflimo por hum quarto dc>- Pinmpella oitava meya : de tudo Je façav
pós S. A.' La •tfilerius Cordus traã. de Pulver.
pag,mihi $ 76- cpar-ie-haõ na fórma ieguinte*
Os íimpliçes fe pifem todos mbtis, e fe guar¬
demeii) vidiQ para o ufp.
entender, que clU bem calcinado . tomei Servem elles pós para acura da farna^. e
e tf a tâl mafla calcinada e em hum g.al de toda a comichão cutanea ; applicaõ-fe
dfnedra a pifem ta5 lubtiHff.ma, que poffa untando a parte com Oleo Rotado, e depois
. HCirlmiabemhno^^
esfregando-a cpm elles , ou também fazen¬
eiles pós na pedra conj.agoa.de ciheina, a do hum linimento dos pós, e Oleo Rolado
fc $ 1 mafla taõ fina ,«impaIpavel que me fem ir ao fogo, e untando com elle tres ,
leoo! rcca o nome de Álcool, que he anum £ ^ ou quatro vezes, cura a farna intahvelmen-
uídt trituracaõ , que pode haver , _n-a em te naõ lendo gallica.,
• nefteclWlP, deitem a lobrediu mafiaem PO’S RESTRICTI VOS.
huma tigella de barro vidrado , H«e TJ Al me ceg a.
duas oneres canadas de agoa.de Ofterna, Incenfo. e^ .
com huma colher de puo íe mexaq os. P
M yrrha. . j ’
muitas vezes no dia para le .lle tnal Vitfaráõ SanguA.de Drago am oitavas duas.
e como os pós affeiuarem PP Cafpag.de Romãa. •
a atoa com ui cauwU , W * «ao valem
 542 Pharmac. Lufit. Augmcnt. Trat. IX.
Murtinhos. ?aZ' 68. Far-fe-haó na fórma feguinte: To-
Balaufiias. maráõ huma garrafa de vidro,que leve huma
Maçàas de Ciprefie anà oitavas quatro. canada, e que feja das garrafas de Inglaterra,
Pedra Hematijia. e dentro lhe lançaráõ o Azougue , e Agoa
Bolo Armênio and onça huma. forte, e a garrafa fe metterá em fogo de aréa,
Rai\ de Tormentilla onça huma e meya :fa- <3ue no principio fe fará brando,e depois for-
çacfe pés S• A. Ita Joannes Pragofus in Antiâ. te , até que de todo fe gafte a agoa, e que da
fu a. chirurg. pag. 482. Far-fe-hao na fórma fe- garrafa que eftará defcuberta , naõ faya iub-
guinte : Os íimplices fe pifarão todos fubtís, ítancia fumofa alguma 3 entaÕ deixarão apa-
a pedra Hematifta depois de preparada fe gar o lume, e como a matéria eftiver fria fe
pulverizará, e como todos eftiverem bem mi- quebre a garrafa , e fe lhe tire do fundo a
Furados fe guardarão para o ufo. A ejftes pós agoa , e o Azougue , que eftará a modo dc
por ferem compoftos de muitos íimplices hum paÔ de fal , efle tal fe pife fino, efepo-
confortantes, e aftringentes chamao alguns nha a calcinar em vafo de barro capaz , até
Algebiftas pós de toda a Bi/ma. que a matéria tenha a côr a modo de Minio,
Serve efte compofto no ufo externo para e como aílim eftiver , fe póde entender que
confortar , e apertar alguma parte , que por eftaÓ os pós bem preparados j a garrafa em
queda , ou outro fucceíTo efteja relaxada, que fe faz a evaporaqaó da agoa , fe lute no
diílocada , ou defmanchada. Servem tam¬ fundo , e fe deixe feccar , que aftlm fica o vi¬
bém nos fluxos de fangue dos narizes, appli- dro com mais forca para refiftir ao fogo , e
cados em Cataplafma com clara de ovo na defta forte poucas vezes fuccede .quebrar:
tefta que chegue de fonte a fonte , e pódem Ne-fta fórma enfina a fazer eftes pós a mefma
fervir para todos os fluxos de fangue de qUal • Pharmacopea no lugar citado.
quer parte que feja,pulverizando a parte com Servem eftes pós no ufo externo para
elles, ou applicando-os na fórma que pare¬ gaftar toda a carne fuperflua , e efpongiofa ,
cer mais conveniente. e para a cura das chagas gallicas e também
PO’SDEJOAM D E V IG O. fe miftura com algum unguento para de-
15 $ T) Agoa forte libra huma e meya. feccar as chagas de má qualidade.
. JlV • A\ougue vivo libra meya :façaõ- PO’S PRO DENTIFRÍCIO.
fepós por dijlillaçao S. A. Ita Joannes a Vigo-
ne Ub. 8. Antid. 13. de mcdicinis corrofivis pag.
miht 241. Far-fe-haõ na fórma feguinte: O ças duas.
D*
R. Sanp-ue de Drago.
Pedra hume queimada anà on¬

Azougue, e Agoa fórte íe lançaráõ em caba¬ Almifcar graõs quatro : façaõ-fe pós S. A.
ça de barro , e lhe porão feu Lambique de Ita Moyjès Charàs in Pharmac. Reg. cap. jy.
vidro, e como eftiverem as juntas bem lu- de Pulver.pag. mihi 225. Far-fe-haó na fóf-
tadas fe faça diftillar a agoa , e tanto que fe tna feguinte: Os fimplices fe pifem fubtís, e
diftillar a primeira agoa , fe tire o. Azougue fe guardem para o ufo.
quebrando o vafo, fe neceftario for, e depois Servem eftes pós para com elles dealbar,
o pifem , e fe lhe lance nova agoa , e fe faça è firmar os dentes, applicao-fe èm fórma de
diílillaçaó 11a mefma fórma feguda e tertíeira Opiata feita com Xarope deMurtinhos, e
vez,lançando fempre nova Agoa fórte, éntao tom tila fe esfregão os dentes pela manhãa,
fe tire a mafía,q eftará fublimada pela-cabaça, e á noite.
e fe pifará, e em vafo de barro fe calcine em
fogo brando , até que tenha a côr vermelha
a modo de Minio , e depois fè guarde para o
w R PO’S DENTIFRÍCIOS.
Pedra Pomes.
• Coral preparado.
ufo, aftim o enfina afazer o mefmo Vigo Ofjos de Ciba.
Cognirio no lugar citado. Coftumaó alguns falcificar Cremores de Tartaro anà onça huma.
pulveris eftes pós lançando-lhc Minio , o que fe co¬ Lyrio florenthio oitavas duas : de tudo fe fa-
joannis.
nhece facilmente esfregando-os entre hum çaõ-pós S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm.
papel, e fe acafo o tinje de vermelho , he cap.6. de Pulver.pag. 322. Far-fe-haó na fór¬
fignal certo que fao falcificados •. Feio con¬ ma feguinte : Os fimplices todos fe pifem
trario os que fao legitimos por mais que fubtís, e depois fe guardem para o ufo.
esfreguem o papel, nunca o tinje. Alguns Servem eftes pós para alimpar, e dealbar
fazem eftes pós por evaporação^ e pela fe- os dentes fazendo delles huma maftinha
guinte Receita com que fe esfregaráÓ todos os dias pela
Pulvís manhãa , e á noite. O eípirito dó Sal , e
Vigonis
A%pugue vivo libra huma. de Vitriolo alimpaó , e dealbaó bem os
:R.
ex Offici-
na V alcft
tina.
Agoa forte libras' duas : façaõ-fe pós dentes,' porém com os leus accidos os pe-
S* A. Ita Pharmac. Valent. traã. de Pulverib. netraõ , e calcmaõ , que fe fe ufa do dito
;v. b reme-
 DosColIyrios; Pós >t-e^ Talhadas, I 545
remedio tímjto continüado os quebra , e Tacam acha cheiròfa ahá libras du a <.
peide totalmente. r b PáodeRhodes, vulgo Pàode R-ofas.
P O’ &-D E N T 1 F RI C 1 O Sim Cal amo aromati-ep anã libra hum a.,
vv luoichados. * X La h d ano.
1 > ^ T) Pedra Pomes onças duas. v /.r;'; Canela anã libra mexa : de iudô fc façaô pós
Xv* OJJb de Giba oitavasfeis. >•-. P)
Brojjos. ha Moyfés C fiar às in Phafmac. Reg.
- Coral vermelho oitava huma. cap. 15?. de Piftver. Far-íe-haõ na fôrma fe-
Raig de LyrJo florentim onça huma. guinte : Osfimplices fepifaráotodosgíof-
Almifcar.,. ■ , íos, e fe guardaráõ para o ufo. *
Algaliaaná. efçropnlo meyo. Servem eftes pós para embalfamaros cor¬
ir, Oleo de pão ide Rofas,. « pos mortos daquellas peííoas , que fe haõ dc
o; Oleo de No\es mtfcadas dijiilladas andgot- ir fepultar longe , o que fe faz depois de tira
■tas quatro.
—,r. v . . do todo o interior, e fe unta ocorpo tôdo
Oleo de Cravosgottas tfes : de tudo fefaçaõ pela parte de dentro (depois de o terem bem
pôs. S. A. Itajoarmes Ziielph. in Pharmacop. limpo, e enxuto ) com Ballamo peruviauo ,
2. parti Claff.y. de Pulver.pag. mihi 159. Far- enta5 fe lhe iancao dentro os pós por toda a
fe-hao na fôrma feguinte : cOs fimplices fe parte, em tal fôrma que fique hum dedo de
pifemófubtrs , x fé mifturèm com a Algalia, grolTura dos pós, e eftando néíta fórma fe
■ e com.os Oleos, e como eftiverem bem mi- lança emeima delle mais Balfamo , e depois
fios fe; guardem para o ufo em vidro bem ta- fe aperta todo ocorpo com patino encera-
pado. p do com coufas aromaticas, que íe faz pela
Oleum Do Oleo de Nozes mofeadas ha duas ca- feguinte Receita :
Nucis (las, hum diftillado, e outro expreíTo: o
po!cha185diili 11 ado he o que nefla receita fe pede , o
diihllatu. pe fáz da mefma forte que o Oleo de
R Cera branca libras feis.
% Olee expreffo de Noyes mfcadas.
Tela cç-
rata ara*
aiaticíi.
Canela , aííim o enfina Hoffmano fupev Oleo dif tilado de Affa\ema.
Sc hr o der. lib. 4. ClajJ. t, num. 21 Hebom Oleo djlillado de cafeas de Laranja.
em todas as dores do Ventre, e cólicas ne- Oleo
-- diJUUado de cafea de Cidra and onçxs
phriticas, e também he muito etlomaoal : duas : façaõ fe pós. Ita Moyfés Ch<tf-ds locofi-
Oleum dá-fe de tres até feis gottas. O Oleo de Notes tato. Far-fe-hao na fórma teguinae: A Cerã
cxpreííü mofcadas expreffo fe faz efeolhendo as Nozes fe derreterá, e fóra do logo lhe lancemos
Nuciiá das mais frefeas, e pingues, que fe acharem, Oieos, e fe metta nella panrio de lmho fi-
moí'cha^as quaes fe piíaráo muito bem , e depois fe no , e fe vá encerando , e depois de frio o
aquentaráõ em fogo muito brando mexen- panno fe dè para o ulo. Depois de embaifa-
do-as • entaô fe metteráõ em hum panno mado ocadaver na fórnja dita acima fe em-
Guente e fe efpremeráo na imprenfá, eo brulhe , e aperte com efte encerado, e fe
Oleo que derem fe guardará para o ufo em metta em caixao de chumbo , que !e toldará
vafo bem tapado : Efte Oleo depois de frio mruito bem por todas as juntas, e nella tói-
fe concreia , também fe póde tirar aquentan- ma póde citar o corpo todo o tempo que
do as Nozes depois de pifadas, nas coitas de quizerem , e levarem-no para qualquer par;
huma peneira, a qual fe porá emeima de te,' que ainda que feja remota, nunca teia
hum tacho, que terá agoa fervendo, e como corrupção , como atfarnaa o mel mo Chaias:
e(tiverem quentes fe tire o Oleo na impren- Demum involutum caâaver tela incerata , ac
fa ■ de huma , e de outra forte o enfina a ti- comiffum feretro plúmbeo , cujus comfura optt-
rar Lemerv no feu Curfo Chimico z.part. me fernminentur proculdubto ad d ffl finfas
cap. 8. de Nuce mofchat. He efte Oleo muito Regiones transfera poteat in Jkculaf&cute-
pft aonlica-fe exterior, e interior, e rum durabile adverfus omnem coruipfionis me• Oleüfri
df i^is aS ^ita^S. tum tutum. OOleo de cafcas de Laranja , e diíliilatií
Servem os pós Dentifrícios mofchados das Hores da mefma, fe tira depois delias fec- cx ílorib;
de alimpar, e dealbar os dentes, per ferva-os cas na tórma em que te tira o de Canela 5 o arantioril,
Ôc cxcor-
da podridão , firma as gengivas, e os dentes. de cafcas de Cidra , também fe tira na me ticibus
1 n mc r \ \ \7 fma fôrma ; aífim o enfina Lemery no feu iplatum.
P O’ S A r\ D CA DA VERA
Curfo Chimico 2. part. cap. 14. He bom o Õicum
R
M9
lorican da*
Pftoraque Calamitha.'
. Beijoim.
Oleo diftillado da flor de Laranja para aba¬ ex carti-
ter os vapores , erefiftir a malignidade dos cibis Ci*
humores ferve para as mulheres em todos tri.
Lyr/0 florehtino and libras quatro.
os achaques hyftericos : da-le de tres ate
Si mas de Mangerona.
feis gottas. O Oleo dc calcas de Cidia he
Flores de Laranja.
Cardíaco , Diaphoretico , refiite a toda a
Alfa\ema. rurtli-
 544 Pharmacop. Lufitan. Aúgment. TraéSIX,
malignidade de humores; dá-fe de tres até TALHADASCAC HET iC AS*
feis gottas. de Lemery. * {
14 í TI T ar taro vitriolado onça huma.
PO’S DE LEMERY
JLV • Olhos de Caranguejos preparados.
ad Cadavera loricanda. Crocus Mar tis aperiente.
14° TJ Beijoim. Aromático Bofado anà efcropulos.âoiis.
X\, Eforaque caUnútha. Açúcar branco cozido em agoa de herva Ci¬
Jncenfo. . y dreira onças quatro: de tudo fe façab 'Talha¬
Myrrha. das S. A. Ita Nicolaus Lemery in. Pharmacop.
Azebre. cap. y. de Eleã.folid.pag. 5 ój.Tar-fe-haõ-na
Laudano. , forma feguinte : ü Acucar fe diflòlverá em
Betume Judaico. agoa\de herva Cidreira j re depois de coado
Goma de Junipero. : •* c fe porá em ponto de Eledtuario folidoy qufe
Tacamacha. heaqúelle que faz fioj eutaõfóra dofogo lhe
Lyrio florentino. ajuntarão os hmplices pulverizados 3 e o Cro¬
Pào de Rhodes anà libras duas. cus Martis moido íubtiliííimo na>pedra , e
C afeas de Laranja feccas. ultimamente fe lance a mafTa emeima de
Situas de Mangerona. hum papel untado de Gleo de Amêndoas
Th imo. doces , e le eítenderá com efpatúla, e de¬
Alecrim. pois de fria fe cortaráõ as Talhadas;em fôr¬
Alfazema. ma quadrada , e aíhm fe daráõ para o ufo.
Polio montam anà libra huma. Servem eílas Talhadas para' a cura das
Canela. obítrucqoes, e para apertar o ventre : daõ-
Crauos anà libra meya : de tudo fefaçaopós. fe de huma oitava até tres.
Ita Nicolaus Lemery in Pharmae. cap. 6. de TALHADAS CACHETICAS
Pulver. pag. 520. Far-fe-haõ na forma fe¬
guinte : Os hmplices fe pifaráõ todos grof-
fos , e fe davaõ purà o ufo.
142R de Charàs.
Jàiaphoretico mineral.
• Olhos de Caranguejos prepara¬
i

Servem eítes pós para embaifamar cadᬠdos anà onça meya.
veres fazendo o mefmo que acima fe diííej e Ma rgari tas preparadas oi ta vas duas.
fe houver de fe embalfamar o coraqaõ fe pi¬ ■ y Sàl Martis oitava meya.
fará á parte huma libra dos mefmos pós, que Oleo de Canela gottas duas.
fejao bem finos$ porque como o coraçaõ.he a 4 Açúcar bom pulverizado onças oito: com q.f
parte que primeiro fe corrompe , por ilTo he de mucilagem de Alcatira feita em agoa de
neceíTario , que os pós fejaó finos para o po- flor de Laranja fe façad Talhadas S, A. Ita
Loco Bi-derem penetrar. O corpo primeiro que fe Moyfès Charàs in Pharm. Reg. cap. 18. de Ta-
tumims embalfame, fe alimpe bem de toda a humi- bei. pag. mihi 203. Far-fe-haõ na fórma fe-
Judaici dade com toalhas, e efponjas. Se quando fe guinte : Os fimplices le pifem todos fubtis,
ponitur
fizerem eítes pós naõ houver Betume Judai- e o Acucar,que le efeolherá do melhor, mais
Mumia.
co, que difficultofámente o trazem .a eíle branco, eduro, fe pulverizará , e fe miítu-
Reyno, fe póde pôr por elle a Mumia , rara com os pós , e depois de eítar feita boa
conforme a opinião de Mangeto , e outros. miítura lhe ajuntem as duas gottas de Oleo
Gumi Pede o Audtor neíta receita Verniz , por de Canela , e tudo fe lance em gral de pedra
Juniperi, c^e fe entende a goma dejunipero , como muito limpo, e lhe deitem o que baftar de
five Ver- ^ p40ffmano fuper Schroder. lib. 4., e deita mucilagem de Alcatira para fazer maíTa du¬
tal goma ie deve dar, todas as vezes que nos ra, a qual fe baterá bem com maõ de páo e
medicamentos fe pede Verniz. Da mefma depois fe faraõ Talhadas, as quaes fe lecca-
goma fe faz Verniz liquido dilíblverido a di- ráõ á fombra , e fe daraõ para o ufo.
ta goma em Oleo de Linhaqa 3 e ao dito Servem eítas Talhadas para a cura dasob-
Verniz chamaõ os Audtores Verniz, liquido, ítrucqoes do Baco, da Madre , e das Entra-
ou artificial. Affim o diz o mefmo Hoffma- nhas, faõ úteis nasCachexias, nas difhcul-
Vernix no no lugar citado : Vernix liquiâus faãitius dades de òurinarnos achaques hypic'"'.
liquidiis, gft liquor refinofus exhoc gummi, CíT Oleo Uni driacos, e na cura das más cores : daõ-fe
five taítl'f}lutus. Serve o Verniz liquido para as dores huma até duas oitavas, e fe pódem fazer av
tius.
das hemorrhoydas, e para queimaduras, co- Talhadas do mefmo pefo.
mo affirma o dito Auétor: Valet ad humor- TALHADAS DE CROCUS
rhoidum dolorçs , Vf ambujia. Martis hmplices.
Crocus Martts aperiente onça
I4Ü
R. huma.
Çatie-
 Dôs Gollyriõs, Pós, e Talhadas.
Canela oitavas duas.
Açúcar branco onças quatrocom q.f.demu-
cilagem de Alcatira feita em agoa de flor de
Laranja fe façad Talhalas S. A. ItaNitolaus
Lemery in Pharm. ca/», y. de Tabell. pag. 5 66.
Far-fe-haÕ na fórma feguinte: O Crocus
Martis, c Canela fe pulverizem fubtis, e fe
miílurem como Aqucaiye tudofe metta em
gral de pedra , e lhe lancem o que bailar de
mucilagem para fe fazer malTa , a qual fe ba¬
terá bem no dito gral, e depois de encorpó-
rado tudo fe faqao as Talhadas de pefo de
duas oitavas cada huma, as quaes fe fecca-
ráõ á fombra , e fe daráo paraò ufo.
Servem efías Talhadas na cura das ob-
ftrucqoes , e más cores , e também provo-
cao a conjunqaõ menfal ás mulheres: dá-fe
huma Talhada depefò de duas oitavas.
TALHADAS DE CROCUS
Martis compoílas.
144 TJ Crocus Martis aperiente onça hu-
j£v. maemeya.
Canela.
- ■ Ruybarbo. * • { >
Fécula de Rai% de Norça,
Açafraõ and oitavas duas.
Açúcar branco diluto em agoa de Artemija
cnças nove : façao-fe de tudo Talhadas S. A*
Ita Nicolaus Lemery in P/iarmac. cap. 9. de
de Tabell. pag. 5 5 6. Far-fe-haõ na fórma fe-
guinte : Os íimplicés fe pifafáo fubtis, o
Crocus Martis fe moerá na pedra , e fe pul¬
verizará, e depois fe difíolverá o Aqucar em
agoa de Artemija , e fe porá em ponto de E-
le&uario folido, e'fóra do lume eílando o
Aqucar meyo frio lhe lanqaráõ pós, e tudo
fe mexerá bem, e íe lançara emcima de pa¬
pel oleado com Oleo de Amêndoas doces, e
com efpatula fe eílenderá a maiTa , e depois
de fria a matéria fe cortavaõ as Talhadas , e
fe gu ar daráo para o ufo : Também fe pódem
fazer as Talhadas lançando a maia cmcima
da taboa ou pedra muito limpa , e liza.
Servem eílas Talhadas para a cura das ob-
ílruccoês provocao a conjuncao menial as
mulheres : daõ-fe de huma oitava até meya
onca , e depois de tomadas íe ha de fazei al¬
gum exercício para que o Ciocus Maitis fe
excite mais a penetraqao , porque alTim obra
melhor. T ,1 '_
TALHADAS EMET1CAS.
J45 T) Tartaf0 Ü™etico‘
JLV. Alcaç{>.\ rafpado.
Amido and onças duas.
Açúcar branco em pedra libra meya . COtít q*f
de mucilagem de Alcatira fe façad Falhadas
S. A. Italricolaus Lemery in Pharmac. cap. 9.
de TabelLpag. $ 6y. Far-fe-haõ na fórma fe-
guinte : O Alcaqüz , e Amido ie pifai ao fub-
345
> ojf artaro , e Aqucar em pedra fe pulve¬
rizarão cada hum per fi, e depois fe miílura-
rá tudo , c le lançará em gral de pedra , e fe
mexera muito bem lançando-lhe o que for
neceílario de mucilagem de Alcatira, para
fe fazer huma malTa dura , da qual fe faraó
Talhadas de pefo de meya oitava cada hu¬
ma 5 e fe feccaráõ á fombra , e entaõ fe daraó
para o ufo.
Purgaõ eílas Talhadas por vomito , e
curfo fem violência alguma: dá-fe de cada
vez huma Talhada de pefo de meya oitava.
T A L H ADAS PARA
Gonorrheas.
T) Semente de Tanchagem.
XV# Agtw caflo.
Dormideiras brancas.
Arruda.
Murtinhos, e de
Meymendro.
Rojas vermelhas.
Hortelãa/ecca.
Coral vermelho preparado and oitavas duas.
Açúcar branco em pedra onças oito : com mu¬
cilagem de Alcatira fe façad Talhadas S.A.
Ita Fredericus Hoffmanusfuper Schroder. Hb.t*
cap. 69.de rotul.pag. niihi 15 <?. Far-fe-haõ na
fórma feguinte. Os fimplices todos fe pi fa¬
raó fubtis, e fe miíluraráõ com o Aqucar , e
Coral que eílaráõ pulverizados, e fe lançará
tudò em gral de pedra ajuntando-lhe o que
for neceífário de mucilagem de Alcatira pa¬
ra fazer maíTa dura , da qual depois de bem
encorporada fe faraó Talhadas, que fe fec-
caràó á fombra. e fe dar aõ. para p ufo, naó
diz o Auétoi* o licor, com que fe ha de tirar
a mucilagem de Alcatira para fe fazerem
eílas Talhadas, e neíles termos, naó fe di¬
zendo qual ha de fer, fe deve tirar a muci¬
lagem com agoa commua, por fer licor, que
naõ póde alterar o medicamento.
Servem eílas Talhadas para a cura das
Gonorrheas depois dc paíTádo algum tempo
de purgaqaÕ delias. Toma-fe huma'Palhada
todos os dias pela manháa em jejum , a qual
fe fará de pefo de meya onca.
TALHADAS CARDÍACAS
de Hcffmano.
147 TT Confeição Alkermes onça hum a*
JlV • Cafeas de Cidra,
Antimonio Diaphoretico and oitavas duas,
Oleo de Canela gotta huma.
Açúcar diluto em agoa de flor de Laranja li-
Ira hüafaçad-fe Talhadas S.A.lta Fred. tíofni.
fuper Schrod. 1.2. c.69. de Tab.p.mihi 1 ] 9. Far-
fe-haõ na fórma feguinte : As Cafcas de Ci¬
dra fe pifaráõ fubtis, e 0 Antimonio fe pul¬
verizará, e lhe ajuntarão o Oleo ao mais,'
o Aqucar fe porá cm ponto diluto corri
Xx agoa
 }4<S Pliarmac. Lufit. Augment. Trat.IX.
agoa de flor de Laranja * c pomo tiver ponto TALHADAS PE ITORA ES.
capaz , fora do fogo eftando meyo frio lhe - 14? D Diatragacanth 0 frio. \ *• ■
ajuntem os pós, e a mafía fe eftenda emci- i'p JlV» Diaireosfimples anã onça meyai
ma de papel untado com Oleo de Amên¬ . Leite', de Ènxofre oitavas duas. h •. A
doas doces , e tanto que eíliver fria a maté¬ Beijoimoitava huma. S
ria fe façao as Talhadas, e fe guardem para Oleo de Semente de. Funcho efcropulo hum.
o ufo. As mefmas Talhadas coílumaõ al¬ Açúcar branco, em pedra onças dexafeis: com
guns fazer fem fogo, e as fazem pela feguin- q. f >de Emulfad de femente de Dormideiras,
te Receita: , . brancas feita com agoa de Violasfe façao Ta¬

Tabella:R
Cardíaca:
Confeição Alkefmes onça huma.
# Cafeas de Cidra feccas. .
lhadas S. A. 1 ta Nicolaus Lemery tnPharmwCx
cap.y. de Tabell. pag.^72. Far-fe-haÕ na fót-r
ma feguinte : .O Beijoim fe pulverizará fuR*
fine igne
paraue. Ántimonio Diaphoretico qnà oitavas duas. til, o Acujcíü; femullurará depois de pifado
Oleo de Canela gottas tres. com os pós dos eompoftos, e como de todos
Açúcar branco em pedra onças oito'■ com mu fe fizer boa miftura lhe ajuntem o Oleo de
eilagem de Alcatira tirada em agoa de flor de femente de Euncho, e fe lance tudo em gral
Laranja fe façao Talhadas S. A. ha Nicolaus de J pedra, e!co.m o-• que baílár de Emulfaó de
Lemery in Pharmac. cap. y. de Tabelfp. 5.76. femente de Dormideiras brancas feita com.
Far-fe-haÔ 11a fórma feguinte : AsAcafças de agoa de V iolas fe Taça mafta, e depois de
Cidra fe pifarão fubtís, o Ántimonio , e A- bem batida em gral, fe façao as Talhadas de
cucar fe pulverizarão cada hum per fiOAe lhe pefo de huma oitava / e eftando feccas fc
ajuntarão o Oleo , e Confeição Alkermes, e guardarão para o ufo. * vv .
como tudo eíliver bem rniílo fe lance em Servem eftas Talhadas para a aípereza- da
gral de pedra , e com o que bíjftar de muci- garganta, e do peito, para a afma,'e pa¬
lagem fe faça rniafia dura,de que fe faraó Ta¬ ra a tyficn : dã-íe huma Talhada pela ma-
lhadas, as quaes fe feccaráó á fombra , e nhaa em jejum, e fe deixa desfazer ua bocca,
guardarão para o ufo. Eílas Talhadas feitas para qüe o fucco vá devagar pela garganta,
de huma , ou de outra forte confervaõ o ca¬ e peito fazendo fua.operaçao. O Qleo de íet Oleum’
lor natural , ecorroborao todos os efpiritos mente de. Funcho fe faz como o de Hervk íeminis
do corpo, faó boas nos achaques do cçrebro, doce. ,0o ; •- . v Fxniculi
fazem reviver , e alentar os efpiritos yiçaes, u talhadas feitoraes
refiílem á corrupção dos humores , f fa5 Citrinas. i
convenientes nas malignas :daó-fe de huma i $ o T> Loch fanum , ü* e Xpert um.
oitava até tres, ou quatro em qualquer tem¬ iVi Diarrlwâad Abbade anà onça
po , longe do comer. meya.
TALHADAS COR DIA ES Çamo de Alcaçiix.
de Lemery. Flores de Enxofre ana pitava huma.
148 T> Diãrrhüdaõ Abbade onça meya. Beijoim.
íl\.« Confeição Alkermes. Rah, de Lyrio florentino anà efcropul. dous.
,
Aljôfar e , Extraão de Açafraõ.
Coral preparados anà oitavas duas. Balfamo de Enxofre anixado anà efcropu¬
Oleo de Cravo, e de lo hum.
Nós mofe ada anà gottas quatro d Açucar branco onças deyifeis : comq.fde
Açucar branco diluto em agoa de Canela on- agoa de Funcho fe façao Talhadas S. A. Da
ças oito \ façao-fe Talhadas S. A. Ita Nicolaus Nicolaus Lemery in Pharm. cap. 9. de Tabelt.
Lemery in Pharmac. cap. 9. de Tabell.p. ^76. pag. 572. Far-fe-haó na fórma feguinte : O
Far-fe-haó na fórma feguinte: Os fimplices çumo de Alcaçuz , e a raiz de Lyrio florenti-
pulverizados fe m.ifturaráõ com o Diarrho- no fe pifaráó fubtís, o Açucar fe pulverizará
daõ v e Confeição Alkermes, o Açucar ;fe e fe miílurará com o Beijoim pifado fubtil, e
pulverizará , e lhe deitarão os Oleps, e co- com as mais drogas, e fe lançará tudo em
mo tudo eíliver junto fe lançará* ém gral de gral de pedra , e com o que baftar de agoa
pedra , e com o que baftar de agoa de Cane- de Funcho fe faça mafta dura , da qual de¬
la fe fará mafta dura, da qual fe faraó Talha- pois de bem batida fe faraó Talhadas de pe- pe¬
das , que depois de feccas à fombra fe guar fo de oitava, e como eftiverem feccas á Í0111-
daráõ para o ufo. bra fe guardarão para o ufo.
Eftas Talhadas fazem alegrar , e reviver o Eftas Talhadas excitao o efearro , adoçaó
covaçaõ confortando-o , e refiílem a toda a a acrimonia dó peito , defpegaõ as fleumas*
podridaõ de humores. daõ-fe de huma oi- facilitaõ a relpiraçaó, faó boas para os Afma-
tava até tres. ticos f para a tófte antiga, e para os pleu-
rizes:
 Dos Collyrios, Pós, eTalhadas. 347
jrlzes: dá-fe huma Talhada de oitava mui¬ TALHADAS DE ALTHEA
tas vezes no dia. v comportas.
T) Polpa de Kai\ de Malvaifco on-
± ALHADAS PEITORAES
JA • ças duas.
àc Charàs.
Semente de Dormideiras brancas.
i$i T) Polpa de Kai%, de Malvaifcoonçai. Lyrio florentino.
XV» Lyrio florentino. Alcaçü\.
Alcaçú^ rafpado and oitavas duas. Diatragacantho frio anà oitavas tres.
Flores de Enxofre efcropulos dons. Açúcar branco libra huma •. com q.f de acroa
Flores de Beijoim efcropulo hum. Fofuda fe façao Talhadas S.A. Ita Nicolaus
Açúcar bom onças eito : com mucilagetn de Lemery in Pharmac. cap. 9. à- Tabell.p. 571.
Alcatira fe façao Talhadas S. A. Ita Moyfés Far-fe-bao 11a fórma feguinte: A raiz de Ly¬
Charàs.in Pharmac. Beg. Chi mic. 4.part.c. 1. rio fiorentino /Alcaçuz, e Dormideiras fe
de Vdriis remed.pag.mihi 444. Far-ie-haõ na pifem fubtis , e fe mirturem com a polpa , e
forma feguinte : Os ingredientes depois de com o Díatragacantho frio: o Açúcar fe co¬
pulverizados ie ajuntem com a polpa de Mal¬ za com a agoa Rofada , ate ter ponto conve¬
vaifco , e fe lancem em gral de pedra, e em- niente , então lhe lancem ospós, e polpa
cima lhe lancem o que bailar de mucilagem fóra do fogo , e fe eftenda a maíTa emeima
de Alcatira feita em agoa commua para fe de papel oleado j e como eíliver fria fe cor¬
fazer maftadura, da qual tanto que eíliver tem as Talhadas , e fe dem para o uio. Pó- Tabcíla;
bem batida , fe facao T. alhadas, que depois dem-fe* fazer fem fogo pilando o Açúcar , e Althc5
de feccas à fombra’,feguardaráó para o ufo.. mifturandoK) com os mais pós, e fe lançaõ ^°[^c
Servem eftas Talhadas para as tóíies anti¬ em gral de pedra , e com a pòlpa da raiz parat^
gas , e rebeldes, adocaó a acrimonia dos hu¬ de Malvaifco fe faz marta , ajuntando-lhe r
mores , que cahem no peito , e^também tao mais alguma,fe for neceíTaria, e ultimamen¬
boas i>ara os Afmaticos. Tòmao-le de huma te eílando bem batida le faraó as Talhadas
oitava até duas e meya, longe do comer t de pefo de huma oitava , e como eiuverem
pódem-fefazer humas de huma oitava, eou¬ feccas Á fombra fe daraó para o ufo.
Servem eftas Talhadas para a tófíe anti¬
tras de duas, ou duas e meya.
ga , Afina , e para as chagas dos bofes: dá-
TALHADAS DEALTHEA fe huma de cada vez longe do comer , efe
fimplices. traz na bocca , até ie desfazer.
TALHADAS DE DÍASLLPHUR.
j^2 Polpa frefca de rai\ de Malvaifco
! ^ 4 tj Magijlerio de Enxofre onça huma
XV • onças quatro.
XV, emeya.
Acucar ãiluto , c coydo em agoa Bofada li¬
Amido.
bra huma e meya : de tudo fe façao Talhadas
Bai\ de Enula campana. g
S. A. Ita Nicolaus Lemery tn Pharmac. cap. 9.
Alcaçii\ anh oitavas tres. v-
ie TaieU. pag. 57°- Far-ie-haõ na ,órrnaAe-
Lyrio florentino.
«ointe-i OAqucar fe cozera emagoa Rofa-
Flores de Beijoim anà efcropulo hum.
da, até que tenha ponto con veniente , então
Açúcar em pedra libra huma : com q. f. dâ
lhe lancaráÕ a polpa j e le com ella aba.xar,
mucilagem de Alcatira feita em agoa Bofada
fe corne ao fogo levemente, e depois que fe
fe façao Talhadas S. A. Ita Nicolaus Leme¬
«aliar alguma humidade , fe lance a ma Ta
ry in Pharmacop. cap. 9. deTabell. pag. 571.
encima de papel, oleado , e como eltivci
Far-fe-haóna fórma feguinte : O Amido, e
fria, le faqaS as Talhadas na forma coftuma-
as raizes fe pifem fubtis, e as mais coufas fe
^ „ da e affim fe daraõ para o uio. Eftas 1 alha-
pulverizem cada huma per fi , e depois to¬
Ilthc"" das fe pódem fazer fem fogo na fórma fe- das juntas fe lancem em gral de pedra , e lhe
fimpliccs guinte : TomaráÕ oito onças de po pa e deitarao o que bailar dé mucilagem para
fine igiie raiz de Mairahco , c lhe ajuntarao liuma li-
fe fazer maiik dura, da qual depois de mui¬
Paratx- bra de Aqucar em pedra, e «ido fe nn _ to batida fe faraó Talhadas , que fe guar¬
vá em errai de pedra, e depois íe foi ao as L a darão para o ufo , como eftiverem feccas
lhadas^edondas , ou quadradas, e fe tecca-
á fombra.
rá6 á fombra , e afifun le darao para o uio. Eftas Talhadas faõ boas para as A imas, e
SaÒ boas oftas Talhadas para abrandarem
para astófles inveteradas, defpegaõ as fleu¬
a toífe e rebater a acrimonia , que a cau aj ma . alimoaó as chagas dos boies e pei- pei-
mas , alimpaó
engroffaõ os humores (orofos, que^«hem to: dá-fe huma Talhada de oitava , longe
no Deito, e provqcaõ o efeavro : da-le huma do comer, a qual ic traz na bocca , c nel-
Tafhada de oitava em qualquer hora, longe
la fe deixa desfazer.
do comer, e fe deixa desfazer na bocca. Xx z TA-
 34* Pharmac. Lufit# Augment. Trat. IX:
TALHADAS AD LAC Laranjafefaçao Talhadas S. A. Jta Nicòlaus'
provocandum. Lemeryin Pharmac. cap. y. pag. 580. Far-Te-
155 T) Chrijial preparado onça meya. haõ na fórma feguinte ; Os fimplrces (todos
Coral vermelho preparado oita¬ fc pifem fubtís, e fe miílurem com Açú¬
va huma. car, e Diaphoretico mineral, que e^aráS
Aljôf ar preparado. bem pulverizados, e todos fe lançaíao em
Pimenta longa and oitava meya. gral de pedra , ajuntando-lhe o que bailar de
Oleo de/emente de Funcho efcroputo hum. mucilagem para fe fazer maífa dura, da qual
Açúcar branco em pedra onças oito : com q.f depois de bem batida, fe faraõ Talhadas, que
de mucilagem de Alcatira feita em agoa de C a- fe feccaráõ á fombra , e depois fe daráõ para
nela fe façao TAliadas S. A. Ita Nicòlaus Le- o ufo. :
mery in Pharmac. cap. y. de TdbelU pag. 578. Eilas Talhadas fortificaõ o coraçaõy e ce-,
Far-fe-haõ na fórma feguinte : A Pimenta rebro , refilem á malignidade dos humores,*
longa fe pifará íubtil, e os mais fimplices de¬ e recuperaõ as forças debilitadas , e perdi¬
pois de preparados fe pulverizarão , e fe mi- das : daÕ-fe deNhuma oitava até duas.
íluraráf) com o Oleo, e Açúcar , e todos fe
TALHADAS PARA HÉRNIAS.
lançaráõ em gral de pedra , e com o que ba¬
ilar de mucilagem de Alcatira fe faça maíTa 158 T) Rai\ de Confolida mayor fecca>
dura* da qual fe faraõ Talhadas, que fe guar- jA» onça huma. ■>
étaráo depois de feccas á fombra para o ufo. Rofas vermelhas.
Saõ boas eilas Talhadas para provocarem, Al me cega.
e accrefcentarem o leite ás mulheres que Coral vermelho preparado.
criaÕ: dafi-fe de huma até tres oitavás, em Sangue de Drago fino oitavas duas.
horas competentes. A cucar
* candet libra huma ; com mutila a em
T A L H A D Ai.S de Alcatira feita em agoa commíia fe façao
de Diatragacantho frio. Talhadas S. A. Jta Moyfés Charàsin Tharm.
1$ 6 Açúcar fmjfimo onças oito.
R. Reg. 4. part. cap. 1. de variis remed. pag. mi-
Pós de Diatragacantho frio onça hi 443. Far-fe-haõ na fórma feguinte: Os
huma e meya: cm q.f. de mucilagem de Al ca- f mplices fc pifaráõ fubtís, e femiíluraráõ
tira tirada em agoa Rofada fe façao Talhadas com o Açúcar , e Coral , que eílaráõ ptilve
S. A. DaNicelaus Letuery in Pharmac. cap. y. vizados, e todos juntos fe lancem ém gral de
de Tabell.pag. 5yy. Far-fe-haõ na'fórma fe¬ pedra , e com o que bailar de mucilagem fe
Tabdla; guinte : O Açúcar fe pulverize , e fe miíla- taça maíía , da qual depois de batida fe faraõ
Diamar- re bem com os pós de Diatragacantho ,, e fe 7 alhadas de pefo dc duas oitavas, e como
fútT[í *aiice tudo em Sral de Pct5ra ? e ^ ajunte eíliverem feccas, fe guardaráõ para o ufo.
Difrrho^ 0 qut> baí*ar, mucilagem , e tudo Te hirá Servem eilas Talhadas de corroborar as
doms Ab- batendo, até que a malíá fique dura f entaõ partes relaxadas áquelles , que tem hérnias :
batis. ie faraó 1 alhadas, que ‘e leccarao a íombra, da-fe huma T.alhada cada vez em qualquer
e fe guardaráõ para o ufo. Da mefma forte hora depois de comer , e fe applicaõ aFu-
fe podem fazer
Eq n
Talhadas de Diamargaritao mnn
nllt st A /i c d* Df /f m/ivrr sirit
mas ligaduras Ade panno—__•_ _ •
primeiro á parte
frio, t Diarrhodao Abbade, ou de outro-qual- enferma.
quer compoílo , que fe guarda em pó. TALHADASDEMANUS
Servem as Talhadas de Diatragacantho Ghriíli.
frio para abrandarem a acrimonia da afpera T) Aljôfar onça meya.
artéria, e do peito 5 aplacao os ardores das XV • Açúcar branco libra huma : com
entranhas, e provocaõ efcarro : dao-fe de q.f. de agoa Rofada fe co^a 0 Açúcar, .e fe fa-
huma oitava até tres. çad as Talhadas S. A. Ita Nicòlaus Lemery in
TALHADAS REFECTIV AS Pharmac. cap. 9. de Tabell. pag. 5 6y. Far-fe-
reformadas. haõ na fórma feguinte: O Açúcar fe porá em
157 T) Pós ViperinosoitavaSiduasi ponto depois de diluto em agoa Rofada, e
XV • O/f os do co.ráçaó de Veado. como eífiver em boa confiílencia fóra do
Diaphoretico mineral anã oitava huma. fogo lhe lançará o Aljôfar, e amaíTa fe e-
Canela. ílenderá emcima de pedra lifa , ou de papel
Cravos. em quefe tenha esfregado huma pequena de
Macis. goma de trigo , e ultimamente fe cortaráo
Sandalos citrinos and oitava meya. as Talhadas, e le guardaráõ para o ufo. Pó-
Ambargri\hum efcroputo. dem-fe lazer eilas Talhadas fem fogo , e faõ
Açúcar fim(fimo libra meya: com q.f. de mu¬ as que uláõ os modernos , as quaes fe fazem
cilagem de Alcatira feita em agda de flor de pela feguinte Receita :
R. AL
 .DosCollyrios, Pós, e Talhadas, 34 9
rabcllas TJC Atjofdfpr.eparado onça huma cal . viva
. ., ou em
. pedra
* , e a lancaràC em vafo
nanus
mohIK a ‘ y* • rr+ < * •*

'Chrifti fi.
Açúcar fnijjimo Ubra meya , com q.f de barro vidrado , e emcitrà lhe deitaráõ hu-
ic igtie de mucilagem de Álcatira feita em agoa Roja- ma libra de Agoa da fonte, e fe deixará eílar
jaratíe. dafe façab Talhadas S. A. Ita Nicolaus Le- fete ou oito horas , paíládas ellas íe côe • e
r ’ mery in Pharm. cap. y. de Tah. pag. 5 65). Far- filtre a agoa , a qual depois de filtrada íe dei-
fe-hae na fórma feguinte : O Aljôfar pulve- te em vafo de cobre, e lhe ajuntem o Sal
rjzado , e o Aqucar íe lancem em gral de pe- armoniaco feito em pó bem fino , e cuberto
dra , e comò tudo eílivcr bem rnillo lhe la.n- o vafo fe deixe ficar aífim vinte e quatro ho-
cerrf o que bailar de mucilagem para fazer ras, pafiadas ellas fe guarde oCollyrioem
maífa dura da qual depois de muito batida vidro bem tapado para fe dar para o ufo. Ser-
fe faráõ Talhadas, e como eílivei em feccas ve para todos os achaques dos olhos deitan-
Saccharu á,fombra,fe guardaráo para o ufo. Eíle com- do nelles tres ou quatro gottas 5 alimpa-os,
Rofarum poíl.o fe chama Açúcar Rofadp de Pérolas, ou aclara a viíla , confóme as cataratas, e cura
Perlarum Açúcar de Pérolas} ou também Diamargari- • ' as chagas, que algumas vezes tem as palpe<
five Sac-
taãfmples. , ; . ; bras, ou capellas dos olhos.
charum
Perlarú ,
~ Servem eítas Talhadas para fortificar o PO’S CONTRA VERMES
aut Dia- eílomago, e para adoçar os accidos delle, de Palados.
margari- quando os ba em grande quantidade , faó 162 T3 Semente de A texandria hu ma onçà.
ton lirn- úteis aos que efcarraõ fangue , e para os que X\ • Corallina meya onça.
pl Icx. tem curfos; dao-fe de huma oitava ate meya Mechoacao branco duas oitavas.
onqa. CalomeUnos duas oitavas e meya.
Macis meya oitava.
A U G M E N T O Açúcar branco meya onça : façab-fe pós S.A.
Far-fe-haõ na fórma feguinte . Ã femente
Do IX. Tratado.*
de Alexandria , Corallina, Mechoacao, e
rr COLLYRIOS DE VERDETE. Macis fe pulverizaráo fubtis , o Acucar da
melma forte , e os Calomelanos fe moeráó
160 Verdete oitava e meya. muito fubtis na pedra de preparar , e depois
Efpi rito de Sal armoniaco me* fe miílurará tudo muitoexadiamente , e aí-
R. ya onça. fim fe guardem para o ufo em vidro bem ta-
Efpirito de vinho Alcamphorado feis oitavas, pado j para eíles pós he melhor o Aqucar re-
~
Agoa de Euphraxja ‘ finado , porque he muito branco, e fecco
Celidonia and meya onça que com facilidade fe reduz a pó. Serve eíle
Sal Saturno cinco Ocrraos faça-fe Collyrio medicamento , para matar as lombrigas, e
S. A. Far-fe-haõ na fórma feguinte : O Ver- faze-las lançar por baixo, ou inteiras, ou
dete fê pifará fubtiliílimo , e fe lanqará em moidas .* dá-fe aos meninos de feis graós até
hum. vafo pequeno de cobre, que naõ feja meyo efcropulo, e aos adultos de meyo
eílanhado , e no mefmo vafo fe deite o Sal efcropulo atédous. A Corallina , he huma Corallht.
Saturno , depois fe diflblva bem o Verdete efpecie de mufgo marino, com que vem em¬
com o Efpirito de vinho dentro do dito va¬ brulhado o Coral, quando o tiraõ do mar $
io entaõ lhe deitarao o Elpirito de Sal ai- também nafce nos penedos , e rochedos do
moniaco , e cuberto bem fe deixe eílar vin¬ mar, e em muitas efpecies de conchas: a que
te e quatro horas , paliadas ellas le coe o li- nafce nos ramos do Coral tem a cor decli-
cor e íe ine ajuntem
jfe lhe ajum.cn. as Agoas,
..5^^, ev bem coa nante a vermelha, mas a outra he mais bran¬
da efta tin&ura fe guarde em vidro tapado cacenta declinante a verde : a melhor Coral-
para o ufo. He bom para as inflammaqoês, e Una ha de fer muito limpa decór brancacen-
dores dos olhos, aclara a viíla , e desfaz as ta declinante a verde $ vem do Mediterra-
cataratas, applica-fe molhando hum panno neo , e em muitas partes do mar deíle Rey-
de linho *111 ui to fino, e ufado enlbpado no no a ha em quantidade : dizem os Au&ores
Collyrio efpremendo o panno, para que os modernos , que fallaó nas fuas virtudes, que
olhos recebaõ algumas gottas do medica¬ a Corallina mata as lombrigas, abate os va¬
mento , e depois fe lhe pôem emeima o me¬ pores hyílericos, excita a conjunqao menlál,
fmo panno molhado. e que faz parar os curfos : dá-fe em pó fub-
. COLLYRIO CERÚLEO. til de hum efcropulo até huma oitava.
1Ç1 T) Agoa da extinção de Cal viva hu- PO’S PARA TERICIA.
TJ EJlerco de Pato colhido no tempo
XV* ma libra.
Sal armoniaco tres oitavas: em vafo de Co¬ XV. da Primavera , e fecco ao Sol
bre fe faça Collyrio S.A. Far-fe-ha na fórma duas onças.
feguinte ; Tomaráo duas on^as e meya de Açafraõ huma oitava•
Açúcar
 35° PharmaBíXufit.Aúgment. ^rát.TÈ.
Açúcar Cande duas onças mifturefte, e fa+ muito finos S. A. A Pimenta , Herva doce ,
çao-fepós S. A. Fár-fe-haõ na fórma feguin- Alcaçuz , e Raiz de Lyrioiepifem fubtiliíTi-
te: O Eíterco de Pato fe pifará com o Aça* mos } o Açucár, e Cryftal mineral da mefma
fraõ em pó íubtil, o Açúcar Gande fe pifará forte , e juntos todòs os fimplices, e bemnit-
á parte também fubtil, e tudo depois de mi- íturados fe guardem para o ufo. Para fe fifav
flurado fe guardará para o ufo. Serve para a do dito medicamento , fe deve* tomar huma
cura da Tericia, e fe dá depois de bem eva¬ onça de pós, e fe lancem em quatro qiiirti-
cuado o corpo , e fe toma em vinte ou trin* Ihos de Agoa da fonte em hum frafeo $ otl
ta dias contínuos de manbáa, e tarde a quan¬ garrafa de vidro , que leve mayor porção rfè}
tidade de huma onça por cada vez em duas depois de bem tapada fe deixe eítar vinte e:
ou tres onças de Agoa de Rabaos diftillada.- quatro horas , mexendo ,-ou vaícolejando a
PO’S EUPHRAZIANOS. garrafa muitas V^zes $ paííado o dito tèmpó,
1Ó4
R.
1Canela.
Folhas de Euplirafta tres onças. eítando os pós no fundo do frafeo, ou gar- (r\
Semente de Funcho onça e meya. rafa fe côe por inclinaçaõ, de lorte que rtaõ' _ .
vá pó algum j e deíla Agoa fe póde beber a
Macis anã huma oitava. quantidade neceíTaria: o infigne Joaõ Lopes -
Açúcar refinado Jeis onças : façaô-fe pós fi- Corrêa no feu Caítello Forte da Cirurgiadta,
tios S. A. Far-fe-haõ na fórma feguin te : As cjeíles pós extinguem a fêdeâos febricitantes,
folhas da Euphrazia , femente de Funcho, aos hydropicos, e aos que bebem demaziadá
Ganella , ç Macis, fe pifaráõ lubtis, o Açu- agoa: Elie que o diz, fupponho os ufou mqi-
car fe faça á parte em pó fino , e preparados tas vezes, applicando-os aos leus enfermos. ’
os fimplices , e bem miíturados com o Açu- F O’ S PARA A M EM ORI A.
çar-fe guardem para o ufo. Eftes pós confor-
tao a vifta , prefervaÕ os olhos das névoas, é
faÕ muito convenientes na debilidade da me-
R.
<>7

Betonica.
Mangerona.
Salva. ' ;j
,
moria:daõ-fe de duas oitavas até duas e meya. Herva Cidreira anã huma oitava.
PO’S SOLEARES DE BATAU. Bagas de Loureiro.
165 T) Cominhos tres onças. Semente de Peonia aná oitava e meya. ‘'
XV. Cravo da Índia onça huma. Semente de Manjericão meya oitava.
Sal commv.m torrado quatro onças:mifture-fey Zedoaria huma oitava. %
e faça-fe pó , com que fe eftoforad. as palmilhas Cúbebas.
dos çapatos. Far-fe-haõ na fórma feguinte : No\es mofadas.
Lançaráõ o fal em huma panella nova' de Cravo.
barro , que naõ feja vidrada , e tapada com Pimenta longa,
teíto , e barrada, fe porá ao lume deixando- pimenta negra.
fe eítar nelle , até que o fal naõ faça eftron- Alcaçuz.
do.algum , e deita fórte ficará no fogo mais Gengibre branco aná duas oitavas.
meyo quarto de hora , até que o lume fe a- Mi rabo! anos citrinos.
pague } e eftando a panella fria, fe lhe tire o Mirabolanos indos and meya oitava.
fal , e faça em pó. Os Cominhos, e Cravo, ■\lncenfo. , -
fe pifaráõ fubüs, rnift urando-fe com o falj e Almecega aná meyo efcropulo.
defta forte fe daraõ os que forem neceíía- Açúcar em pedra feis onças : de tudo fe faça
rios para.feeftofarem as palmilhas dos çapa- pó fubtilijjimo. Far-fe-haõ na fórma feguinte:
tos aos Gotofos , os quaes os traráõ contia Das hervas fe ha de tomar fomente as folhas,
nuamente : e affirmaõ alguns Audtores, que e depois de efeolhidos muito bem todos os
quem ufar deite remedio certamente ha de mais fimplices, fe pifaráõ fubtihífimos $ o A-
experimentar notável alivio , porque as do- çucar fe pulverizará fino, e fe miíturará tu-
res naõ feraõ taõ grandes; e alguns Gotofos do muito bem , e neíta fórma fe guardaráõ
palfáraõ mais de hum anno fem terem a mo- em vidro tapado para o ufo. Mangeto affir-
leflia de tao terrível achaque : e como eíle ma, que eítes pós confortao a memória j e
medicamento fe ufa exteriormente, com to¬ a augmentaõ , recuperando a perdida , eque
da a fegurança fe póde applicar. o ufo do dito medicamento he convenicntif-
PO’S PARA A SEDE. fimo aos eíludantes, e ainda aos homens
j 66 T) Pimenta. Letrados , tomaÕ-fe fem preparaçaõ todos
XV • Herva doce aná hum efcropulo. os dias pela manbáa,e á noite em horas com*
• Alcaçuz, huma onça. petentes em quantidade de dous efcropulos
B.ai\ de Lyrio huma oitava. até huma oitava por cada vez,e que ufareíte
Cryftal mineral tres oitavas. remedio depois das preparações univerlaes
Açúcar em pedra dp\e onças : façad-fe pós experimentará melhor effeito, tomaÕ-fe fem
regi-
 Dos Collyrios, PÓS, e Talhadas. 351
çemmeto algum roais que defviando-fc quem Talhadas, ou Paílilhas cordiaes, eílon acacs,
os toma dc comeres lai gados, e groijèiios. fiidoriferas, aperitivas , cephalicas ,refiítem
P O’ S M A G 1 S T R A E S ao veneno, fervem no tempo das doenqas de
contra peite. má qualidade, e em todas as febres malignas:
daÕ-íe de hum a oitava até meya onqa,ou to¬
168 T> Semente de Feonia.
XV* Raiada mefima. da a quantidade , que quizerem.
TALHADAS DE BJfilJOIM.
Difíamo branco*
17° TJ Beijoim de amêndoa hum a onça.
Vifico quercino. > .
X\ e Piores de Enxofre duas onças.
Corollina anã duas onças.
Raix< de Lyrio filorentino onça e meya.
Ra/uras de Marfim.
Sangue de Drago fino hum a oitava.
Aljôfar anã fieis oitavas.
Açúcar em pedra'dote onças.
Al mi ficar. ■ _ . Mucilagem de Alcatir a q.fi. par a fie faté tem
Ambar gri\ and dote graõs.
Talhadas. Fai-fe-hao na forma feguinte : A
Folhas de Ouro numero àe\\ de tuàoje fiaça
Raiz de Lyrio florentino , Sartgüe de Drago,
pofukiti/fimo S. A. Far-fe-haõ na forma le-
e Beijoim lc pilem lubtiliifimos, o Aquear íc
«uinte :* O Marfim,fe pifará finifiimo , o A r
reduzira a pó fino , as Fiores de tnxohe fe
jofar ferá preparado como Ce coftuma , o Al-
mifturaráõ com os mais fimplices, e tudo le
mifcar , e Ambar fe pifaràõ com o. Marfim,
lançará em gral de pedra , e ie hira* batendo
e Aljôfar, e com alguma porcaõ de pos} os
lanqando-lhe o que bailar de Mucilagem de
mais fimplices que devem primeiro elco-
Alcatira tirada com agoarofada, ate que a
lher-fe dos melhores fe pitaváõ juntos , e to¬
matéria eíteja bem unida, ea maíía dura, en-
dos fubtiliífimos, e depois fe fará miltura
taÕ fe faraõ Talhadas, que fe feccarao a fom-
de toda a matéria, e fe guardara em vidro
bra, e fe guardaráõ para o ufo. Servem paia
bem tapado para oulo. He elle Bezoamco
a tóíTe,afma, tyfiça, e para todos os achaques
hum admirável remedio no tempo da peite, do peito :dao-fedehuma oitava ate duas,ou
doenças malignas , epidêmicas, bexigas, e a quantidadeqquizerem. O Beijoim he huma Bcfio.m.
farampáos: dá-fe de hum elcropuio ate uous goma reíinofa,que lahc fem incitao, e po\ in
em Agoa de Efcorcioneira , e também cifaõ de huma grande,e viíloia arvore,gioiia
lanca5 tres oitavas do dito Bezoartico em com muitos ramos, a qual creíce na índia no
feis Hbras de Agoa commua , ou da cozida , Reyno de Sia6,c Samatraio páo he muito du¬
Kbebc o enfermo, e fe deixa elbr ne ¬ ro, as folhas tem femelhanqa com as do Mar¬
la bebendo-fe a agoa; quando lie meleiro* porém mais pequenas, e mmda>. o
ficando fempre os p6s no fundo da qu . > dito Beijoim fe nos trazdetrcs elpec.es, o
ou váfo, em que eftieef a Agoa. primeiro, he aquellc, a q chamaG de Boninas,
TALHADAS ANGbLILAb. por ferem lagrima muito limpo, queconeo
Rah de Angélica huma onça.
fem incifaG da Arvore, mas cftc co difhculda-
? polhas de Eficordio duas oitavas.
de fe acha íieíla terra, íó Le íe muda vir de en¬
Pedra Cordeal meya oitava. comenda* a fegundaefpecie he aquelle,que fe
Ambar. chama Be joim de Amédoas,e ie chama ailim,
Almificar anã gr aos dote. porq partindo-fetem dentro humas lagrimas
Acue ar em pedra do\e onças. brancas, q parecem amêndoas limpas da pele,
Mucílacrem de Alcatira feita com g e partidas,cõ cheiro aromatico, e goíto doce*
a terceira efpecie de Beijoim, he aquelle, q
chama de carregacao , efte he fomenos, mas
deve fer limpo luzidio,ou refpladecente,r
nofo, e facil de quebrar* o de boninas he me¬
lhor, o q vem em lagrimas, e tem o cheiro lu-
maméte aromaticojdepois deite le deve e
lher,od for de amêndoas,e mais limpo de co
fturarâ tudo bem, e depois ^ ivluci- parda declinante a vermelha com as laSim
brácas,chamadas amêndoas,muy cheuofo ^
finofo e quebradiqo; e do chamado de carre
ria toda em gral de pedra com gaqa5,o melhor,he o mais limpo de pedi£, e
Sáos 6 coüuma trazer*e ha de fer cheirofo, e .
dita ^uedagem'1,-” ^ eft^ bem Jada, facil de quebrar.He incifivo, penetrante,pro-
nZ nara as chagas dos bofes, he ut.l aos a-
fmaticos, refifteipodiidaõdos humores, e o
feu perfume purifica o ar. TRA*
 3P

TRATADO X
DOS OLEOS, E BALS AMOS.
Olcum LEORUM porro alia ex floribus, mer 3 porque defiafórtefe lhe aproveita bem ttb
quid i & herbis , radicibufquc in Oleo O- do 0 Oleo que tem , e ultimamente depois de ti*
livarum maceratis finco tiifquega- radofe côa , e guarda para 0 ufo. Affim o fcn- |
O
rantur , alia ex frutlibus fernini-
bus , aliifque maieriis vi ignis eli-
ciuntur. Sic tenet Erancifçus Joelis method. me-
fina a tirar Joaõ Zuelphero na Pharm. Aiie.
2. part. ClaJJ. 16. de Oleo pag. mihi 327. Por
vários modos fe póde tirar ede Oleo* porêrri
I
m
dend.pag. mihi 741. Quer dizer, que os Oleos
«de he o que mais ordinariamente fe ufa: al¬
faõ aquelles, que fe fazem deflores , ou her-
gumas vezes fe pede o Oleo de Amêndoas do¬
vas, e raizes infundidas, ou cozidas em azei¬ ces tirado fem fogo, o qual fe faz na fôrma
te de oliveiras, e outros , que fao de frucdos, feguinte: 1
Tementes, ou também de outras matérias ti¬ \ m
Balfamu
quid ?
radas por fbrqa do fogo.
Ra fama , aut naturalia funt, aut artificia-
R Tomarão a quantidade âe Amêndoas 0,eum
• que quiserem , e as pilarão para que ò
lia. baljama naturalia cum preparatione non
Oleo faya mais claro , e depois de piladas as pi- aru ^
indigeam, illis non immoraturus fum. Artificia¬
Balfamu faraó em gral de pedra com maõ de pão-, e tanto nc igne*.
raíurale ria vero funt remedia compofita in ufus exter- que efiiverem bem pifadas as metteráô em panr.o .
6c artiíic . nos potijfmuni venientia , quer um nonmúla con-
forte, e as efpremeráô em imprenfa , e 0 Oleo
quid t fijientiam vulgatis unguentis folidiorem obti-
que derem fe coará , e guardará para 0 ufo. Af-
nent, odoris potijjimuni gratia pr&parationem fiin o enfina a fazer Nicoláo Lemery na fu a
obtinentía recreaticnis , Cf corroborationis par-
Pharmacopea Univerfal cap. 1. de 01. p. 852.
tium principum 3 alia multo liquidiora funt,
Mcfue na difcripqaõ deda receita , diz que
rconfifientia inter olea , Cf linimenta media vuU
para íe fazer o Oleo fe ha de tirarás Amên¬
veribus pracipue dicata /et/i tf quadam ad
doas a caíca menbranofa , e lignofa , e deftas
eofiiem fere ajjeãus, ad ou a linimenta , & un¬
palavias tomarao occafiaõ alguns Aucíores
guenta praparentur. Ita Moyfés Cliarás in
dedizer que as Amêndoas fe devem pilar,pvi-
Pitarm. Reg. cap.3. de Ol.pag.mihi 587. Quer
meiio que fe faca o Oleo , e que os que af-
•dizer, que os Bailamos , ou faõ naturacs, ou
fim o naõ fazem erraõj porém Mefue enten-
artificiaes. Os Balíamos naturaes naÕ fe tra-
deopor edas cafcas a primeira-que cobre a
taÕ neíle lugar , porque naõ neceflltaõ pre-
Amêndoa , que he huma pele verde, que na-
paraçaõ: Os Balíamos artificiaes faõ huns re¬
Ice emeima da cafca , e a fegunda he aquella
médios compoflos para o ufo externo , dos
caíca dura , dentro da qual edá a Amêndoa,
quaes alguns, çem a confiftencia mais folida,
com que nedes termos he que Mefue quer
que os Unguentos vulgares , edes fe fazem
fe tire huma, e outra caíca , que faõ as que
paia 1 ecicaiem com o leu cheiro , e corro-
ncaõ ditas, e naõ a película, que cobre a A-
boiaiem as partes principaes. Outros faõ lí¬
mendoaj affim oafhrma Oviedo nolivme*
quidos,e tem a confidencia entre os fimmen-
thod. pag. ^50.; eJacobo Sylvio na fua Pbar-
tos, e Oleos, e fao proprios para a cura das
macopeaye,íf?. y. lib. 3.pag. 3^0. diz edas pa-
feiidas 3 oefles alguns fe prepáraõ para os
avias: Oleum igitur Amigdalarum dulciumfit
meímos afleclos , que os linimentos , e un¬
ex Amigdalis non depilatis. E affim do que diz
guentos.
ede Auétor bem claramente fe vê que na5
OLEO DE AMÊNDOAS DOCES.
commettem erro algum os que fazem ede
1 P ornar aã a quantidade que qui\erem
Oleo com as Amêndoas por pilar, e fc hou¬
de Amêndoas doces , e as alimparão ver cui iofo que queira tirar o Oleo com as
primeiro muito bem, e depois aspijarád em gral
Amêndoas limpas da pele obrará bem , e"o
de pedra £ como ejiiverem muito pifadas as
Oleo lhe ficará muito claro, e com huma ad¬
aquentar ad em Caceta, pondo-as em fogo bran¬
mira ve! côr. O Oleo defemntes frias mayores Olcum
do 1' e tanto que ejiiverem bem quentes as met-
íe tii a da ineíraa forte, que o Oleo de Amen- quntuor
terád cm pan no forte , e lhe tiraràõ 0 Oleo ef-
doas fem fogo ■/ porem as pevides fe haõ de fcminurat
premendo-as em imprenfa , e depois de efpremi-
pifar depois de tiradas as cafcas. Também o
das a primeira ve\fe tornem a pifar, e a efpre-
Oleo de Dormideiras fe tira pifando a fem ente, veru.3^'
c fem
 Dos Oleos, e Balfamos.
c fem ir ao fogo fe lhe efpTeme o Oleo , co¬
mo o das Amêndoas, afliiii o enfma Lemery
no lugar citado.
O Oleo de Amêndoas doces abranda, ado¬
ça a alpereza , e acrimonia da afpera artéria,
e do peito , excita a ourina , aplaca as cóli¬
cas nephriticas , desfaz a pedra , expulfa as
arcas, e fleumas dos rins, e bexiga , abran¬
da ás mulhefes as dores de parto, eheutil
nos pleurizes j o que he tirado fem fogo he
o melhor : dá-fe pela bocca de duas oitavas
até onça e meya , e para o uio externo lerve
em linimentos, em que he também muito
provèitofo.
OLEO DE AMÊNDOAS
amargas.
1 T? Tomaraô de Amêndoas amargas a
Jt\
• quantidade que quiserem , e depois
de limpas as pifarão , e lançaràd em Caceta , e
netla fe aquentarão em fogo brando, e como
e /tiverem quentes fe metteràd empanno de Unho
Oleum forte •> e fc cfpremeràõ, e ultimamente o Oleo
Amigda- depois de coado %fc guardará para o ufo. Aílim
jarum a- o enfma Nicolao Lemery no cap. i. aos Oleos
raararum a g^.
íineigne. *j}as Amêndoas amargas , e dos caroços
Oleum de Pecegos fe tira também o Oleo tem fogo,
Nuclccru o que fe faz na mefma fórma , que odeA-
Pcriicorü meudoas doces fem fogo , aífim o eníina o
mefmo Nicolao Lemery no lugar citado.
Serve o Oleo de Amêndoas amargas para
os achaques da madre , abranda-lhe as uute-
zas , e extingue-lhe as intiammaçoes, faz
lançar as parcas, as arèas dos rins, e provo¬
ca a ourina , he bom para o zunido dos ou¬
vidos , e para todo o achaque uelles app.ica-
do exterior com huma mecha de algodao •
dâ-fe pela bocca de huma oitava ate íeis, ou
huma onca. Aílim o Oleo de Amêndoas a-
margas , outro qualquer que fejatna¬
como
do por efpreíTaÕ , he melhor para o ulo in¬
terno , o que fe faz fem togo , porque fica
fem faibo , nem cheiro contrario ao teu et-
feito, e juntamente porque fica mais bran¬
do , e com menos quentura que o que te ti¬
ra com fogo. Aílim o adverte Charas m
Pharm. Reg. cap. i.'de OU ~ Sei majfa exea-
,
íéfadenda non eft f hac olea tnterms ufibus
, :
dedinentur aut in Çòfmeticen ventant quo pá¬
tio oleum , tf
palato gratius futurum ejt , V na-
,
ri bus mi no ri que calefactendivt pollebtt.
OLEO DE NOZES.
. Ay quantidade de No\es , que quvie-
K , rem lhe tirardõ as cafeas , e ai pet-
nas fe pifarãô em gral de pedra , e como efiwe-
rem bem pifadas Je por ao empanno de
te efe efpremerão na imprenfa , e o Oleo de-
% l elido fe guardara par. o u[o. AO® o
enfma Moyfés Charàs na fua Paarmac. Ke^.
cap. 1. de Oleispag.nuhi fo. Da mefma for¬
te fe póde fazer o Oleo de Avelãas cirando- Otcum
lhe as calcas , e fazendo o mais como no AveJ,arap-
Oleo dc Nozes fe diííe.
Serve o Oleo dc Nozes para todas as cóli¬
cas fiatulentas , he bom em todas as contu¬
fões , e punéturas de nervos : dá-fe de meva
onça até huma. O Oleo deAvelfias tem as
mefmas virtudes , que o de Nozes , como diz
o mefmo Au&or acima citado : Facúltates
olei ex Avelanis exprejji cum viribus olei Nu-
cum jugUndlum admodurn conveniunt.
OLEO DEGERZELIM.
4 TI Tomem a quantidade que qiti\erem
jLV. de Ger\elim , e o pifem muito bem,
e depois de pifado fe aquente em Caceta , e de¬
pois fe meta em patino forte , e fe efprema nct
imprenfa , e o Oleo que der depois de coado fe
guardará par a o ufo. Aílim o eníina a fazer na
lua Pharmacopea cap. i. deOl.pag.% 54. Da
mefma fórte fe podem tirar os Oleos de
Sementes de Nabos.
Mofar da. Oleum
Linho canemôé feminis
M eim endro.
Linhaça , e de todas as maisfementes , ou ~
nafçaõ dentro de cafca, ou de caroço, ou
também fem huma coufa , nem outra. At- Hyoích.
fim o enfma o mefmo Lemery no lugar ci¬
tado.
O Oleo de Gerzelim ferve para a tóíTe , e
afpereza dos bofes, he também utii nos pleu¬
rizes; dá-fe de duas oitavas até cinco, ou feisj
no ufo externo ferve para abrandar a dureza
dos Nervos , he util nas dores dos ouvidos,
e untando com elle a cabeça faz renafeero
cabello , que tem cahido por qualquer cau-
fa que feja , naõ fendo a de velhice , ou gal-
lico.
O Oleo de Semente de Nabos aquenta,
defecca, alimpa , attenüa, e corta , he util
nas tòíTes, refiíle ao veneno, á podridão dos
humores, e he admiravel remedio nas be¬
xigas , e farampãos, porque as faz fahir com
brevidade : dá-fe de duas oitavas até huma
onça. Os Oleos das mais fementes tem a
virtude das mefmas, porém obraõ com ma-
ir efficacia.
R OLEO DE OVOS.
Gemas de Ovos cofdos numero trin-
. ta pouco mais ou menos , desfaçaõ-
em as maos, e fe ponha 3 em tigella de barro
■
drada ao lume , efevaõ mexendo com colher
,
pào ou ferro, até que fefaçao vermelhos ,
itadfe efpremao , e 0 Oleofe guarde. Ita Me-
•esdipnã. 12. de OU foi. mtht 192. Ear-fe-
1 na fórma feguinte s Os Ovos fe cozerão
mito , e lhe tiraráó as gemas , e as piía-
i5, ou desfuráõ com asmaõs, e as lança-
* Yy ráo
 3 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. X.
túü em huma tigella vidrada , e fe poraõ em vior untando com o dito Oleo quente a par-
fogo brando mexendo lempre a matéria , e te enferma , e lançado em ajudas,
como eitiver com a côr a modo de lume de OLEO R O S A D O.
candea, íe lhe tire lium boccadinho de mal- Rofas vermelhas frefcas librahuma
í'a , e fe eíta lançar de fi hum licor groíTò , íe jLV* e meya.
porá toda a malia em hum panno forte, c Aipite femfil libras tres: faça-fe o Oleo
fe elpremerá na imprenfa, e o Oleo que dér, com tres permutações S. A. íta Nicolaus Le-
fede para o ulb. Eíle Oleo fe nao deve ter mery in Pharmac. cap. i.de 01. pag. 854. Far-
feito , porque fe he de muito tempo perde fe-ha na fórma leguinte : As Rofas fe alim-
a virtude , e como fe faz com tanta facilida- paráÕ dos pés, e depois de peladas le pifaráÔ
de fe tirará fomente quando fe pedir , allim em gral de pedra , e le lançaráõ em valo ca-
o adverte Joaõ de Caítiiho no liv.2. cap. 8. paz, e emcima delias lançaráõ o Azeite , e
pag. 257. fe porá o vafo ao Sol por efpaço de lete , ou
Serve efte Oleo para abrandar a dureza oito dias, paífados elles le levará ao lume,
da cútis, e para tirar as cicatrizes, he bom e gaitará a humidade em fogo brando , e no
para encher as covas que ficaõ das bexi- mefmo Oleo fe lance outra tanta quantidade
gas, e para as rachas dos beiços, e queima- de Rolas , e le fará o mefmo legunda e ter-
duras. ceiravez* porém a terceira permutação de
OLEO DE BAGAS DE LOURO. Rofas fe deixa ficar no Azeite, e aflim íe
6 T} Tomem a quantidade de bagas de guarda ; e quando fe quizer ufar delle, fe fer¬
JlV • Louro que qui\erem , e as pifem verá até gaitar a humidade , e fe guardará o
muito bem , e as coyio em huma pouca de agoa Oleo para o ufo. Allim o enfina Lemery no
em huma caldeira , e depois de cofdas as met- lugar citado, e deita lorte o fazem os que
taõ em panno , e Je efpremao em imprenfa Ufa, delejao acertar, e ter nas fuas Boticas os re-
e 0 que dér a efprefao Je apanhe em huma ti¬ medios obrados com perfeição. Da mefma
gella , e depois de frio fe tire 0 a\eite , que an¬ forte , que fe faz o Oleo Rofado fe póüem
dar por cima , e fe guarde para 0 ufo. Afhm o fazer os feguimes:
enfina a fazer Melue na difhnc. 12. dos Oleos De Endros. Varia
mihi foi. 184. , e da mefma forte o tiraõ os Macei a. ^ca*
modernos. Neíle Reyno poucos tiraõ efte Ajjucenas.
Oleo , porque como he clima frio fe criaõ as Golphãos.
bagas muito pequenas, e allim o que le ga¬ Flor de Sabugo.
ita nas Boticas dos que faõ curiofos, heoque V er bafco.
vem da Ilha da Madeira , e da de S. Miguel Papoilas vermelhas.
onde o ha em tanta quantidade , que os mo¬ Goivos.
radores dos montes fóra daquellas Cidades o Giefias.
ufaõ muito nas candêas, em falta do das O- Malvaifco.
liveiras , que lhe culta lá boa fazenda: Al¬ Flor de Alecrim.
gum ha também muito bom que vem de Ita- Mojquetas.
lia, e de França da Província de Lingua- Si mas de Lofna.
doch , neílas partes, por ferem quentes fe Hortelda.
criaõ as bagas muito grandes , muito oleo- Mangerona.
fas, e efpirituofas, como diz Lemery na lua Flor de Murta.
Pharmacopea cap. 1. de 0 lei s per for medi a ver¬ Sabina , e de outras femelhantes plantas,
ba'. zz V huile de haurier nous vient des pays e flores. Allim os enfina afazer Lemery , e
chauds , como d’ ltalie du Languedoch , oü il todos os mais modernos.
croit beaucoup. de hauri er, e ou ta chaleur d ufo- Naõ havendo Azeite fem fal fe póde fa- Lavatio
leil rend les bayes plus haileufes , e plusjpirt- zer aflfun o Oleo Rofado, como os mais, com Olei.
tueufes. zz Da mefma forte, que fe tira o o Azeite commum , lavando-o primeiro na
Oleutn Oleo de bagas de Louro fe póde tirar os de fórma feguinte : tomaráG a quantidade de
Lentifei Bagas de Lentifco , Hera, e de Murtinhos Azeite que quizerem lavar , e o lançaráõ em
SlIaT’ P0r cfprHTaõ como enfma o mefmo Lemery hum valo de barro vidrado , que tenha hum
tiilorum.110 jtigar citado. buraquinho no fundo , e emcima do Azeite
Serve o Oleo de bagas de Louro para a- fe lançará huma pouca de agoa quente, e
delgaçar, abrir , abrandar , e fortificar os com hum páo fe hirá mexendo o Azeite mui¬
nervos he bom para refolver os tumores , to bem , e depois de bem aííentada a agoa
desfaz os fktos , fortifica os nervos , que pa¬ no vafo fe lhe tirará pelo buraquinho que
decem porcaufa fria, ferve também para a tem no fundo ; e tanto que eíta agoa eftiver
ciatica , e cólicas ventolas: applica-fe exteT defpejada, fe lance outra emcima do Azeite,
e fe /
 Dos Oleos, e Balfamos.
e fe faca a mefma diligencia tres, ou quatro
vezes, ou até que a agoa faya clara , e o A-
zeite fique fem ial, e lavado nerta fórrna fe
guardará para fe fazer o Oleo Rolado , ou o
que quizerem. Afifim o enfina a lavar Galeno
no cap. i do liv. a. de weâicamentorum facul-
tatibus. Efte modo de lavar o Azeite he mui¬
to bom j mas traz comfigo o perigo de fe
quebrar o vafo, por fer de barro } porque
havendo algum defeuido , quando fe mexe
com o páo com qualquer leve pancada fe
póde quebrar } e fe acafo o quizerem mexer
com a maõ , fe cujará, e fe porá quem o la¬
var como hum lagareiro : com que por fe
evitar huma , e outra couia , íe póde lavai*
na fórma feguinte : Tomaráõ a quantidade
de Azeite que quizerem , e o lancaváõ em
hum odre bom , e fobre elle huma pouca de
agoa quente, em fórma que naõ fique o odre
cheyo , e o mexer áõ para huma , e outra
parte muitas vezes, e dependurarão com a
bocca para baixo , e da hi a pouco fe lhe ti¬
rará a agoa pela bocca do odre , e fe lhe lan¬
çará outra , e fe fará a mefma diligencia , até
que o Azeite iaya claro , e bem lavado , e
aífim fe guardará para o ufo. Naõ he minha
eíta invenqaõ,enfina-aLuiz de Oviedo no l. 2.
cap. 27./?. 162., e outros do leu tempo.
Olcum Também das Rolas de Alexandria íe faz o
Rofatum Oleo muito mais cheirofo com tres infufoes
Alcxand. Roias de Alexandria trazendo fempre o
vidro ao Sol bem fechado. Efte Oleo he mui¬
to rcfolutivojUfa-Xe pouco, por haver outros
que tem a mefma virtude.
Serve o Oleo Rofado para fortificar, re-
frefear , e adoçar 3 abranda as fluxoés , que
cahém nas partes externas, extingue as in-
flammaqoés, abranda as dores , e tempera o
calor do ventrículo , e rins 3 ferve também
para as fraduras, e deílocacoés,untando com
ciie a parte lefa, e miílura-fe também nos
unguentos, e cataplalmas, aífim anodinos,
como refolutivos. Os mais Oleos que vao
atraz eicriptos tem a virtude das fiores, e
plantas , de que fe fazem 3 porem obrao com
mais efficacia. r» /~\ c a tv o
OLEO ROSADO
Onphancino.
g TJ Oleo de A\eitonas immaturas libra
huma. . '
Roías vermelhas antes de abrirem de todo
onças quatro: pifadas as Rofasfe metao no 0 eo
dándo-lhe tf is psr mutações. lta]oanni> Z.U-
elpherus in Pharm■ Aug. Cltff. U- de Ol.pag.
JiU ,24. Charaa-fe efte Oleo Rofado On-
phancim, porque fe faz de Azeitonas imma-
turas, a que os Gregos cha.nao Onphancino,
ou Motribes, que quer dizer cru,erepiãwo.
Aflita o aíiiimaír. An tomo de Cafteila/íf.a-
3 JJ
divif í.de Ol.pag. 245. Far-fe-ha na fórma
feguinte : As Rofas fe colheráõ em botoés,
e le pifaràõ , e metteráõ em vafo capaz , e
emeima lhe lanqaráõ o Azeite , e depois de
bem tapado o vaio fe porá ao Sol íeis, ou fe-
te dias , paífados elles, fe lhe dará huma le¬
ve fervura em fogo brando , e íe efpremerá
a Rofa , e no mefmo Azeite fe torne a lan-
qar igual quantidade de Rofa , e fe faca o
mefmo fegunda e terceira vez , e ultimamen¬
te fe coará, e guardará para o ufo: a ultima
permutaqaõ de Rofa póde ficar no Azeite em
cafo que fe naõ haja de ufar logo delle. Em
algumas partes he difficultofo o Azeite de
Azeitonas immaturas , e aífim naõ o haven¬
do,fe póde fazer lanqando em Azeite maduro
humas poucas de Azeitonas verdes machu¬
cadas , ou fimas de Zambujeiro com fuas fo¬
lhas , ou também fimas de Oliveira com fuas
folhas, ou de todas eftas coufas machuca¬
das , as quaes fe fervem no Azeite , até que
gaftem quafi toda a humidade , e depois de
coado fe faz com elle o Oleo Rofado On¬
phancino. Aííinl o enfina Frey Antonio^ de
Caftella no Uv. 2. divif. 1., c Francifco Vel-
lez na fua Pharmacopeay^í?. 9. de 01. p. 177*
Tres cafLs de Oleo Rofado le pedem nas oicum
Boficas. Oleo Rofado completo , que he o que Rofatum
fe faz com tres permutações de Rofa: a fe- complo
gunda cafia de Oleo Rofado, he aquelle tum*
que fe faz com huma fó permutacaõ de Ro¬
fa ,.a erte fe chama Oleo RofadoJimples, ou Oleum
Oleo Rofado incompleto: a terceira carta dc ^íatum
Oleo Rofado he o que fe fez de Azeite ver- üy/incã:
de, e dc Rola antes de abrir, e a erte fe cha- picmm.
ma Oleo Rofado Onphancino : e aífim quando
em alguma receita íe pedir Oleo Rofado fem Oíeum
mais determinaqaõ, fe ha de dar do Rolado
completo 3 porque fe o querem fimples, ou
Onphancino o pedem pelo mefmo nome 3
aífim o diz Oviedo no tio.method. p-^9-
He o Oleo Rofado Onphancino bom no
principio dos frenefis, tem grande virtude
de refrigerar , e repercutir , e por iiíb he
bom nas feridas da cabeca, para que as partes
do cerebro fe naõ offendaõj e finalmente he
bom para fazer o Ceroto refrigerante dc
Galeno, , _ A
OLEO VIOLADO,
9 -r* A\eite fem fal libras quatro.
# Violas, frefeas onças feis; dem*
fe tres permutações de Violas ao A%eite, efe
faca 0 Oleo S. A. Uajoannes Zuelpherus in
Pharmacop. Augujl. Cl a ff. 16.de Ol.pag. mi¬
to ,a, Far-fe-ha na fórma feguinte ; As
Violas fe pifaràõ, e metteráõ em valo ca¬
paz, e emeima delias lhe lanqaráõ o Azei-
te, e fe tapará o.vafo muito bem , e de¬
pois fe porá ao Sol fete, ou oito dias, pai-
 35* Pharmacop. Lufitan. Aügment. Trat. X.
fado o dito tempo fe lhe dê huma leve ebul- OLEO DE MARMELOS.
lieaõ , e fe cfpremaõ as Violas, e nome- ii TJ Marmelos antes âe amadurecerem^
fmo Azeite lie lance outra tanta quantidade XV • e machucados em gral de pedra.
de Violas fegunda e terceira vez j e ultima¬ A%eite commv.m and libras tres : depois de
mente fe aquente o Oleo , e fe coe , aguar¬ vinte e quatro horas de digejiau fe lhe dèfe¬
de para o ufo. Em algumas partes fe faz gunda permutação de Marmelos com igual
eíTe Oleo muito diíferente daquelle , que os quantidade , e fe faça o Oleo S. A. Ita May fés
Auctores enfinaõ 5 porque fólanqaõ humas Charàs in Pharmac. Reg. cap. 1. de Ol.pag.
poucas de Violas em grande quantidade dc mihi 572. Far-le-ha na lorma feguinte : Os
Azeite , e o póem em hum frafco , ou gar¬ Marmelos fe colherão antes que de todo
rafa de vidro ao Sol, e o deixao eítar a elle eítejaõ maduros , e depois fe pifarão em gral
muitos tempos, e tal vez todo o anno, e de pedra , e fe tomará delles a quantidade ,
fem mais coufa alguma vao ufando dejle 3 que quizerem , e fe lançarão em vafo de bar¬
naõ poílo defeobrir que Auélor os e.nfine a ro vidrado, e emcima lhe deitarão outra tan¬
fazer o Oleo Violado neíta fôrma , que ta quantidade de Azeite, e fe porá o vafo em
bem claro fevê, que ha de fer debem pou- digeítao em cinzas quentes vinte e quatro
ca virtude , pois leva taõ poucas flores, que horas, paíTadas ellas fe ponha em fogo bram
por aqucllas, que elles lhes lançaõ , bem fe do até gaitar a humidade , então fe coe o A-
pode dizer com V irgilio : Apparent rari van¬ zeite, e lhe tornem a lançar novos Marme¬
tes ingurgite vafo. Mneid. Ub. 1. p. mihi 105. los, e fe faça o mefmo fegunda vez , e ulti¬
Eíte modo de o fazer he totalmente máo, e mamente depois de ter gaito toda a humi¬
muito peor 3 o que fe faz dc outra forte, que dade fe coe o Oleo , e fe guarde para o ufo.
por modeítia naõ digo. Alguns coítumaõ fazer eíte Oleo com partes
O Oleo Violado he frio , e húmido, con- iguaes de çumo de Marmelos, e Oleo , e o
íta de partes tenues , abranda , e abre mode- cozem em fogo brando até gaitar a humida¬
radamente , he conveniente em todas as in- de j porém naõ fica taõ bom o Oleo, por¬
fiammaçoés, extingue a intemperança quen¬ que o que fe faz com. o çumo he menos ad-
te , abranda a afpercza da afpera artéria, bo¬ ílringente , do que o que fe faz com os me-
fes , e figado untando a parte com elle , he fmos Marmeios , como diz Lemery no cap. 1.
util aos beticos, frenéticos , e nas vigílias, dos Oleos na 4. parí. da fua Pharm. Univerf
e finalmente abranda, e tempera o ardor das O Oleo de Marmelos he adítringente,
febres lançado em Criítel. conforta o eilomago , faz parar os vomitos,
OLEO DE LYR I O ROXO. e as dyarrheas, he bom para os fuores im-
i° Rafes de Lyrio machucadas libra moderados , conforta o ventrículo, intcíti-
. huma. nos, e figado : ula-fe untando com elle a
piores de Lyrio roxo libra meya. parte.
A\eite libras cinco , infundao-fe as rafes, e OLEO DE MURTINHOS.
flores em 0 A\eite , e fe lhe dem tres permuta¬ A\eite libras tres.
ções. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. cap. 1. v • Murlinhos libra huma : pifem-fe os
'de OJ. pag. 858. Far-fe-ha na forma feguin¬ Murtinhos , e depois fe faça 0 Oleo S. A. Ita
te : As raizes fe efcolheràõ das mayores, e Jcannes Zuelpherus in Pharm. Aug. Clajj. 16.
mais groíTus, e ferafparáo, e pifarão com âe 01. pag. mihi ^22. Far-lé-ha na fôrma fe-
as folhas, e tudo fe metta em vafo de barro, guinte : Os Murtinhos fe pifem em gral de
e emcima lhe lançarão o Azeite , e fe porá pedra , e íê mettaõ em vafo capaz , e emci¬
tudo em digeítao em cinzas quentes por ma lhe lancem o Azeite , e fe ponha em di-
elpaço de vinte e quatro horas, pafládas el¬ geítaõ em cinzas quentes por efpaço de vin¬
las dé huma leve ebulliçaõ , e fe coe o Oleo, te e quatro horas, paíTadas ellas fe ponha
e nelle fe torne a lançar outra tanta quanti¬ em fogo brando , até gaitar a humidade , e
dade de flores, e raizes, e fe faça o mefmo ultimamente depois de coado fe guarde pa¬
fegunda e terceira vez , e ultimamente paf- ra o ufo. Sé fe dér fegunda permutaçaõ de
fado o tempo da digeítao da terceira permu¬ Murtinhos ao Oleo ficará de melhor eífica-
tação,fe ferva o Oleo em fogo muito brando, cia. No cafo que feja necelTario fazer elle
e depois de gaitada toda a humidade fe côe, Oleo em tempo, que naõ haja Murtinhos
e guarde o Oleo para o ufo. frefeos, fe póde fazer com elies feccos , os
Eíte Oleo attenúa, alimpa , e refolve for- quaes primeiro fe burrifaráõ com bom vi-
temente , ferve para todos os humores frios, nho, e fe fará como o que fe faz com os ver-
para as efcrophulas , e faz fuporar com bre- des, aílim o enfina o mefmo Zuelphero no
vidade, abranda a tófíé, rçfolve os turno- lugar citado : Non habemus femper virides
res do fígado e baço. Myrthillos, fed áridos, ut ex Italia ajferun-
tur.
 /
Dos Oleos, e Ealfamos.
tur ideo tieceffum eji , ut vino odor ato priiis
afperganturdeinde nufceanturfmul, ac Imi¬
ti ant fecundúm artem , tandem coletar , & re-
fervetur Oleum. Póde-fe também fazer o Oleo
com partes iguaes de qunio de Murtinhos,e
Azeite, como diz a Pharmacopea Londo-
nienfe traã. de Oleos.
O Oleo de Murtinhos tem quafi a mefma
virtude , que o de Marmelos , aftringe , re-
frefca , condenfa , e conforta os nervos, e
•o ventrículo , aperta as partes diflocadas, pá¬
ra o vomito , e o fangue que fahe do peito
untando com elle a parte enferma. Das fo¬
lhas da Murta fe póde fazer também Oleo ,
que he aquelle , a que os Auétores chamao
Oleam Óleo Myrtino , como diz Zuelphero no lugar
foliorum citado : efte tal tem quafi as mefmas virtu-
Myrti, fi- des , porém obra com menos efficacia. Os
vc Myr- Murtinhos para o Oleo , ou folhas fempre
IMmm* íe haõ efeolher das Murtas, que nafeem pe¬
los matos j porque eílas por fylveftres faó
melhores, que as que fe cultivaò nos Jar¬
dins.
OLEO DE ALCAPARRAS.
13 T> Cafeas de rai\es de Alcaparras , e
XV. Alcaparras anà onças quatro.
Cafeas de Rai\ de Tamargueira , e
Simas da mefma anà onças duas.
Folhas de Arruda frefeas.
Cicuta.
Douradinha.
Semente de Agno cafo.
Flores de Giefia anà onça huma.
Hai\ de Junça , e de
Genciana anà onça meya.
Ateite commum libras tres<
Vinho branco libra huma'. faça-fe o Oleo S.A.
Jta Nicolaus Lenlery in Pharmacop. cap. i. de
Ol.pag.S6]. Far-fe-ha na forma feguinte:
Os fimplices fe machuquem todos, e le met-
taõ em valo capaz , e emeima lhe lancem o
Azeite , e Vinho , e fe ponha o valo em cin¬
zas quentes por efpaço de vinte e quatro ho¬
ras , e depois delias fe ponha em fogo muito
brando até gaftar a humidade, e então fe coe,
e guarde para o ufo.
Serve efte Oleo para abrandai quaefquer
dores, e para a cura das obftrucçoés do ba¬
ço , he refolutivo , e bom para abrandar os
íchyrros, e outros quaelquer tumores un¬
tando com elle a parte.
OLEO DE ALMECEGA.
14 T) Almecega libra meya.
XV.. Oleo Rofado libras duas.
Vinho branco onças duas : em fogo brando fe
faça Oleo S. A. Ita Moyfés Charàs in Pharm.
cap. 1. de Ol.pag. mihi 374. Far-fe-ha na fôr¬
ma feguinte* A Almecega fc efeolhera da
melhor, e maisfrefea, que houver, ele
5^
machucará , e depois fe metterá en valo ca¬
paz , e emeima lhe lançaráõ o Azeite Rofa¬
do , e o Vinho , e fe porá em Ranho de Ma¬
ria , ou fogo muito brando , e neile fe hirá
mexendo continuamente , até que aAlmc-
cega fe diífolva , e fe gaíle quafi a humida¬
de do Vinho , então fe tire do fogo , e paf-
lado algum tempo fe coe o Gleo , e fe guar¬
de para o ufo. Alguns lançaõ mayor quanti¬
dade de Vinho , o que parece efeuíado \
porque quanto mais Vinho lhe lançarem ,
tanto mayor ferâ o cozimento , o qual fen¬
do largo fe refolverá toda a virtude volátil
da Almecega , e aflim he fufficiente quanti¬
dade de vinho huma onça para tves de Al¬
mecega , ou duas para meya libra , como
enfma o mefmo -Charàs no lugar citado :
Metuenda alias infignes volatilium par ti um
Mafichis de ffpa tio , ac 01 ei non meâiocris al¬
ter atio ; nihil quippefingulare expeãanâum à
vini majori copia , quandoquidem óptima ejus
portio, valatilis fcilicet, citijfma in auras abit,
fuprefite parte acue a , & terrejiri omnino inu-
tili ea propter fatis ftiii vini unam unicam ad \
tresuncias Maf ichis infundijje $ e Lemery diz
que efte Oleo fe póde fazer fem vinho, por¬
que como no Azeite Rofado fe diftolve bem
a Almecega, lhe parece fer o Vinho inútil
nefte compofto , como o mefmo aflirma no
cap. i. dos Oleos por formaes palavras.' La.
Mafich efiant une refine, il fe âiffout fort aifè-
ment dans V huile , le vin , efi imiti le ict.
O Oleo de Almecega fortifica o cerebro ,
nervos, juntas, e eftomago, faz parar os vo-
mitos, he bom nas dyfenterias, e lienterias
dado em Criftel de meya onça até huma.
OLEO DE ESPIGA,
ou Nardino.
M _ Efpica-nardi onças tres.
Vinho bom onças quatro.
At. ei te commum libra huma e meya : infutí-
da-fe a Efpica por efpaço de oito dias , e fe co-
%a depois S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar-
mac. cap. i.de Ol.pag. S66. Far-fe-ha na for¬
ma feguinte: A Efpica fe pifegrofta, e fe
metta em vafo capaz , e emeima lhe lancem
o Azeite, e Vinho, e fe ponha o vafo em di-
geftaô oito dias , pafíádos elles fe coza em
fogo muito brando, até gaftar a humida¬
de, e ultimamente-fe coe, e guarde para
o ufo.
O Oleo de Efpica , ou Nordino adelgaça,
digere, e refolve os humores grolTos, e efpi-
rituofos: applica-fe nas Parlezías, tremores
de nervos , e nas fuffocaçoés da Madre e
também metido no ouvido com mecha de
<,
algodaõ he bom para a dôr dclles,
OLEO
 Pbarmac. Lufit. Augment. Trat. X.
OLEO DE HYPER1CAM
compoílo.
16 TJ Si ruas de Hypericaõ floridas libra
JLV* huma.
Azeite commum libras duas.
Vinho onças tres , depois de trespermutações
de flor fobre o mefmo Azeite fe lhe ajunte
Tormentina fina libra huma.
Açafrad em ligadura cfcropülos quatro : de
tudo fe faça Oleo S.A. lta Nicolaus Lemery in
Pharmac. cap. \.âe Ol.pag. 859. Far-fe-ha na
fórma feguinte : O Hypericaõ fe colherá de-
pois de bem maduro, e a libra delle fe pifa¬
rá , e metterá em vafo de barro vidrado, e
emcima lhe lanqaráõ o Azeite, e Vinho, e
depois de bem tapado o vafo fe porá em di-
geílabem cinzas quentes porefpaqo de vin¬
te e quatro horas, pafiadas ellas fe ponha o
vafo em fogo brando , e como a infufaÕ dér
huma leve ebullicaõ fe tirará do lume , e fe
coará com fórte efpreflaÕ , fobre eíle Oleo
fe lhe dê fegunda e terceira permutaqao, ou
as que bailarem, até que o Azeite eíleja bem
vermelho, e ultimamente fe coará, e lhe
lançará a Tormentina , e o Acafraõ em liga¬
dura , e fe porá em fogo brando mexendo a
Tormentina , até que fie diflòlva, e una com
o Oleo , e aífim fe deixe eílar vinte e quatro
horas, pafiadas ellas fe lhe tire o Acafraõ ,
Oieum e o Oleo fe guarde para o ufo : Da mefma
Hypirici fórte fe faz o Oleo de Hypericaõ fimples,
fimplex. qUe he fó da infufaõ da flor fem Tormenti-
na , nem Acafraõ: para eíle Oleo, ou feja
fimples, ou compoílo fe ha de colher o Hy¬
pericaõ , quando lhe comeca a cahir a flor,
ou para melhor dizer fe ha de fazer o Oleo
com a femente , antes que de todo tenha
perdida a flor , porque na femente eílá hu¬
ma porqaõ de Oleo, que he muito efíencial
para a compoficaõ , e para dar boa tinélura
ao Azeite : com que fe faz o medicamento ,
aífim o enfina o mefmo Lemery nò lugar
citado.
O Oleo de Hypericaõ digere, attenua re-
folve, e abranda as dores caufadas de humor
vifeofo j he bom para confortar os nervos,
as juntas he util nagotta , e cyatica: ap-
plica-fe ás chagas para as mundificar , e
curar.
OLEO DE EUPHORBIO
J7R fimples.
Euphorbio pulverizado oitavas de%_.
m Azeite libra huma.
Vinho onças duas: faça-fie Oleo S. A. lta Ni-
eol.Lem.in Pharm. c.i.de Ol.p.%62.Far-fe-ha na
fórma feguinte : O Euphorbio fe pulverize,
e miíture com o Azeite , e Vinho, e fe po¬
nha em fogo muito brando , até que fe difi-
folva o Euphorbio , e fe gaíle o Vinho , e
depois de coado fe guarde para oufo. Póde-
fe fazer o Oleo fern fe lhe lanqar Vinho al¬
gum , como diz Lemery no lugar citado, e
baila lómente diííolver o Euphorbio em A-
zeite pondo-o em fogo muito brando , e de-
pois coando-ojporque deíla fórte fica melhor
o compoílo.
He o Oleo de Euphorbio muito refoluti-
vo, ferve para d iílol ver todos os humores
glutinofos, e frios, he util cm todos os ac-
cidentes, e nasParlezias : applica-fe esfre-
gando com elle a parte enferma.
OLEO DÊ EUPHORBIO
compoílo.
18 TJ Neveãa onça huma e meya.
JL\ • Raiz. de Cofio oitavas de\.
Piretro oitavas fieis.
Çafioreo oitavas cinco.
Saponaria.
Efiaphifiagria and onça meya: machucadas
todas efitas confias fie infundaõ tres dias em
Vinho tinto libras duas.
Azeite commum libra huma e meya : co\a-fie
depois até gafi ar 0 Vinho , e como efiiver coa¬
do fe dijfiolva nelle Euphorbio pulverizado onça
meya , e fie faça 0 Oleo S. A. lta Nicolaus Le¬
mery in Pharm. cap. 1. deOl.pag. 862. Ear-
fe-haõ na forma feguinte A Neveda, e os
mais fimpliccs ( excepto o Euphorbio ) fç
machuquem , e infundaõ no Vinho , e A-
zeite por efpaqo de tres dias , pafiados elles
fe cozao, até que fe .gaíle a humidade , e no
Oleo depois de coado fediíTolva o Euphor-
bio pulverizado , e fe faca em fogo muito
brando , e depois de coado fe guarde pa¬
ra o ufo.
Serve eíle Oleo para adelgaçar, ecozer
os humores frios, fortifica os nervos , he
bom nos Catarros Apoplexias, Parlezias,
e em todos os accidentes, e nelles fe applica
ás orelhas em quanto dura o Lethargo.
OLEO DE CASTOREO.
iy T) Çafioreo bom pingue.
XV • Vinho bom anã onça quatro.
Azeite commum libra huma: ãepots de vin¬
te e quatro horas de infufaõ fie faça 0 Oleo S.A.
Ita Moyfiés Charàs in Pharmac. Reg. cap. 1.
de 01 pag. mihi Far-fe-ha na fórma fe-
guinte O Caíloreo fe efcolherá do mais
frefeo . e pingue , e 1 pmeando-lhe fóra as
péles fe pife, ou machuque a polpa inte¬
rior , e fe miíture com o Azeite ,- e Vinho,
e tudo fe ponha em digeílaõ vinte e quatro
horas; pafiadas ellas íe ponha a cozer em
fogo brando , até gaílar a humidade , entaõ
lecoe, e depois de coado primeira vez, fe
coe fegunda por inclinaqaõ , e o Oleo fe
guarde para o ufo. Alguns coítumaõ fazer
eíle Oleo com fimplices aromáticos, e com
algumas
 Dos Oleos
algumas gomas , o que parece efculado ,
porque os fimplices aromáticos em quanto
fe gafta a humidade , fe lhe ha de exhalar a
virtude vohatil , que he a que para o Oleo
podia fervír , e as gomas nunca fe podem
diilòlver em Azeite, e neíla fôrma fe naf> po-
deriao ajuntar bem ao Oleo , e por eíta ra-
zaõ he melhor o Oleo de Caíloreo , que le
faz fó com o mefmo , que aquelle que leva
-aromáticos, e gomas j affim o adverte Cha-
rás no lugar citado.
He eíle Oleo bom para todos os achaques
frios do cerebro , tremores ,.contraccaô de
nervos , e efpafmo, ferve também para a
Parlezia , untando com elle o eipinhaqo.
OLEO DE CAST OREO
compoílo.
20 TJ Cajioreo onças duas.
Xv. • Efpica-nardi.
Cofio.
Piretro.
Pimenta negra.
Saluna anã onça meya*
EJioraqire Calamitha.
Galbano.
Opeponaco anã oitivas tres.
EuphorHo oitavas duas.
Oleo commiim libras duas.
Vinho branco libra meya.
Tinãura de Aça fraô tirada com efpirito de
Vmho onças duas i de tudo fe faça Oleo S. A.
Ita Nicolaus Lemery m Phamac. cap. i.de
CL pag. 885. Far-fe-haô na fôrma fegumte :
As goTnas fe machucarão , e le iníundiráõ
no Vinho á parte,até fe diífolverem os mais
fimplices também machucados fe metteráõ
em vafo capaz, e emcima lhe lanqarao o
Azeite , e fe porá o valo em digeílao ao Sol
quatro até feis dias, e paífados elles lhe lan¬
ça rá5í o Vinho , em que as gomas eílao des¬
feitas, e tudo junto no melmo vafo fe po¬
nha em fogo muito brando a cozer até gaftar
a humidade, e depois fe coaiá com forte
eípreílao , c o Oleo fe torne a coar fegunda
vez, ecomo eftiver bem depurado , lelhe
lançará a tinéfura do Açairaõ , c eltando tu¬
do bem mifto fe guarde o Oleo para o ulo.
Eftc Oleo tem a mefma virtude que o de
Caíloreo fimples , porém obra com mais et-
ficacia , e he muito conveniente para alur-
dez ; para os zunimentos dos ouvidos, ;e pa¬
ra qualquer achaque dos metmos.
OLEO DE ANDORINHAS.
z i T) Andorinhas inteiras numero oito*
XX. Folhas de Arruda*
T anchagem.
Folhas de Louro*
Poejos.
Macei la.
e Balíamos. 559
Endros.
Hyjjopo.
Rofmaninho.
Salva.
Hypericad.
Hortelã a anã manip. meyo.
A\eite cotnmum libras duas.
Vinho bom libra meya : de tudo fe faça OleO
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. 4. part.
cap. 1. de Oleospag. 885. Far-íé-ha na fôrma
feguinte : As Andorinhas fe cortarão em pe¬
ei aqos , e os mais fimplices fe machuearáõ , e
tudo fe metterá em vai» capaz lanqando-
lhe emcima o Azeite , e Vinho , e fe porá a
cozer em fogo brando até gaftar « humidade,
entaõ fe tirará do fogo , e depois le coará ,
e guardará o Oleo para o ufo. Pede o Auélor
para eíle Oleo Balfamita,que he huma efpe- Balfamiu
cie de Hortclãa, a qual tem as folhas crefpas, Suid f
o ta.llo quadrado , e a côr verde , e também
ha outra que tem o tallo quadrado com a
côr vermelha , como diz Theodoríco D01-
ílenio in lib.plant.pag. 44. letra A. Balfami¬
ta mentha genus efi , duo. autem ejus funt fpe¬
des, una, quafoliis eji integns , & cr fpis cau¬
le quadrato , & viridi odore jucundo ; altera
etianl caulern habet quadrai um , íif rubentem,
ifc. E affim quando fe fizer eíle Oleo fe pô¬
de pôr a ordinavia Hortelãa em lugar daBaL
íamita, que tem quafi as melmas virtudesj
porém ha de íer no Calo que fe naõ ache al¬
guma das duas elpecies de Balíamita , que
em algumas partes a ha , lhe chamaõ Horte- Mcntha
laa Romana , ou F rancei a , como diz Ga- Romana,
briel Griiley no Jeu liv. de plantas canteyro 5.
pag. 60.
Serve o Oleo de Andorinhas para fortifi¬
car os nervos, he muito refoluuvo , c admi¬
rável nas efquinencias, ciatica , gota , e par-
lezia : applica-fe untando com elle quente a
parte enferma. 4 _ »
OLEO DE AÇAFRANL
22 TJ Açafrao.
XX. Cal amo áromatico.
Alfaxema anã onça numa*
Myrrha onça meya.
Vinho libra huma.
Axeiu libra huma e meya : de tudo fe faça 0
Oleo S. A* Ita Nicolaus Lemery in Pharmac.
4. part. ca pi 1. de 01.p. 861. Far-fe-ha na fôr¬
ma feguinte : Os fimplices todos depois de
bem machucados fe mettao em vaio capaz ,
e bem tapado fe ponha em digeílaõ tres, ou
quatro dias em lugar quente , e depois le lhe
ajunte o Azeite, e fe coza em fogo muito
brando até gaílar a humidade, e ultimamen-
tc fe coará, e guardará para o uío. Eíle Oleo
feito por eíla Receita he melhor que o que
traz Mefue , porque leva mais fimplices,
e eíta
 }6o Pharmac. Lufít. Augment. Trat. X.
celta he a Receita, de que ufaÕ todos os como lie muita a que 'oAuitôr pedealgu-
modernos mas vezes tira a cor ao Oleo ; e também le
O Oleo de AcâfraÕ desfaz as durezas. a- vay ao fundo do vafo , em que fe guarda , e
branda as dores da madre , e outras quaef- quando le uía vay íem ella : Efla poicao de
quer e fortifica os nervos j applica-fe un- Tormentina he a que Lemery, Charas, e ou-
tando a parte enferma com o Oleo eftando _modernos
tros modernos lancao no Oleo de Hyperi
caô compofto , que he quafi como efte de
quente. _
4 OLEO DE APARICIO. A parido. i
He efte Oleo hum admiravel Rallamo pa¬
2 3 13 Sintas de Hypericaõ floridas onças
ra feridas de cabeça , ou de outra qualquer
5 JLV• -oito.
Trigo limpo onças cinco. parte , digere, refolve , defecca , alimpa , e
Raiz de Valeriana. he bom para as cólicas nepbriticas, cyaticas,
Cardo fanto and onças quatro. e outras quaefquer dores , e ultimamente
Vinho branco. conforta , e corrobora os nervos.
Azeite velho and libras tres. OLEO DE MINHOCAS.
Tormentina fina libras duas. 24 TJ Minhocas lavadas.
Incenfo onças oito: de tudo fe faça o Oleo Jt\ • Azeite anà libras tres.
S. A. Ita Francifcus Vellefms in Pharm.feã.y. Vinho branco meya libra : depois de vinte e
de Ol.pag. 186. Chama-fe efte Oleo de Apa- quatro horas de.âtgefaofe faça 0 Oleo S.A. Ita
ticio, porque foi inventado por hum Cirur Nicolaus hemery in Pharmacop. cap. 1. de 01.
daó aflim chamado , e a Receita depois de pag.^y%. Far-fe-ha na^foima feguínte. As
iua morte deu Zubia mulher do dito Cirur- Alinbocas íe eícolbeiao das giandes, e grot-
gia5 por ondem de Filippe II., e a entregou fas,e depois de bem lavadas em Vinho bran-
no feu Confelho Real em 15 de Março de co fe metteráõ em vafo capaz, e emeima lhe
1577., edahi fe mandou divulgar por toda lançarão o Azeite , e Vinho, e fe deixaráõ
Hefpanha. Aflim o diz Francifco Vellez em digeftaó vinte e quatro horas, paftadas
fcâl. ?. de Ol.pag. 150. Far-fe-ha na fórma ellas , fe ponha tudo em fogo brando até
feguinte : As fimas do Hypericaõ fe colhe- gaílar a humidade , e ultimamente fecôe, e
lio quando afemente eftiver bem vingada, guarde para o ufo»
e em forma , que também tenha algumas He bom efte Oleo para abrandar , e forti-
flores , entaõ fe pilara a quantidade , que fe ficar os nervos , e para as dores das juntas ,
pede, efemetterâ em hum vafo de barro refolve os tumores, ferve para as diílocaçoés,
vidrado , e emeima lhe lançarão o Azeite , e e pifaduras, applica-le morno untando a
Vinho , e fe porá o vafo depois de bem ta- parte enferma.
pado em digeftaó em cinzas quentes vinte e OLEO DE ALACRAOS.
quatro horas, paftadas cilas, fe dé á mate- 25 TV Al acra os vivos numerofejjenta.
ria huma leve cbulliçaó , e le côe o Oleo , iT\ • Oleo de Amêndoas amargas libras
emeima do qual fe lançará novo Hypericaõ tres : afoguem-fe os Alacraos no Oleo , que
fegunda e terceira vez , ou até que o Oleo efarã bem quente , e fe faça S. A. Ita Moyfès
cfteja bem vermelho , então lhe lançaráõ o Charás in Pharmac. Reg. cap. 1. de 01.p. }8o.
Trigo, Valeriana, e Cardo fanto tudo ma- Far-fe-ha na fórma feguinte : Em vafo de
chucado , e le porá em fogo muito brando barro vidrado fe lançará o Oleo $ e fe porá
até gaílar a humidade,e depois fie côe o Oleo, em fogo muito brando , e tanto que come-
e nelle fe difiblva a Tormentina também em çar a ferver lhe lancem os Alacraos vivos , e
calor brando, de tal forte que nunca com fe cubra o vafo , e como eftiverem affogados
ella chegue a ferver , e ultimamente lhe lan- lhe ajuntem oito onças de Vinho branco , e
çaràõ fóra do fogo o Incenfo em pó fubtilif- fe torne a tapar o vafo muito bem para que
ftmo , e fem fe coar fe guarde o Oleo para o fe naõ exhale a virtude volátil dos Alacraos,
ufo. A femente do Hypericaõ he melhor ê fe deixarão cozer, até que fe gafte a humi-
para efte Oleo que a mefma flor , porque dade , entaÕ fe côe o Oleo com efpreftaõ , e
nella eftá a virtude oleofa , e muito eftencial fe guarde para o ufo. Aflim o eniina a fazer
para efte medicamento , e lhe faz a côr mais o mefmo Charás, Lemery, e todos os ríio-
rubicunda. Aflim o enfina Lemery na fua demos. Efte Oleo fempre fe deve fazer com
Pharmacopea Univerfal cap. 1. de 01. \.part. os Alacraos vivos 5 porque o que fe faz em
A Tormentina com que efte Oleo fe deve fa- partes onde os naõ ha , e que por virem de
zer, ha de fer da mais fina , e clara que hou- longe vem mortos , ou languinhentos naõ
ver , e bailará que a cada libra de Oleo bem prefta para nada.Os antigos faziaÕ efte Oleo
tinto com o Hypericaõ lhe lancem meya li- pondo-o ao Sol nos dias Caniculares 5 porém
bra delia , e duas onças de Incenfo, porque ainda ^ue feja grande nunca a quentura pó-
1 r dc
 , .'r • Dos ,OIeos. e Balíamos. 361
deferul, que penetre os AJacraos jporque vas fe cortarão em boccados, e fe metteráo
tem a pelle rija , e efcamofa , e por íüo he em vafo capaz , e emcirna lhe lançarão o A-
melhor fazer o Oleo como acima íe tiiliè em zeite , e Vinho ,. e depois de bem tapado o
fogq brando, ou em banho de Maria • tam¬ vafo fe ponha em fogo brando a cozer até
bém fe deve fazer no tempo dos Canicula¬ gaitar a humidade , entaõ fe coará com ef-
res j porque entíiõ eítaõ os bichos em leu vi¬
pveíiao , e depois fe depurará o Oleo, e af-
gor , como diz Charás no lugar citado : Ca- íírn fe guardará para o ufo.
iiicuja. tempore Oleum húc joreparandum ejí, Serve dte Oleo para a cura da farna,tinha,
quo tempore fccrpiones máximo vigore poller.t.
lepra , &C para todo o achaque cutaneo'5 hc
E ainda fazendo-fe o Oleo neíte tempo, admiravel para a cura das chagas galíicas an¬
fcmpre he neceílkrio efcolhcr AJacraos mais tigas , e para a dor das Eíemorrhóidas, e íi-
venenofos, que faõ os machos , os quaes Iaõ nalmente facilita o parto untando com eilé
compridos , e tem íete nós, como diz Gui- todo o ventre.
Ihermo Plaçencio no liv. 4. cap. <. OLEO DE SAPO S.
Eíte Oleo ainda que feja feito dé animaes 28 Sapos vivos numero tres , ou quatro.
muito ven.enolos fc póde dar pela bocca nas Xv* Arei te libras duas: faça-fe Oleo
fuppreffòés de ourinas, e para quebrar a pe-' S. A. Ita Joannes Mangetusjuper Schrod. I <t.
dra nos rins, e fazer ianqar as aieas, e tam¬ CUiJf. 1. de Àmmal. pag. milii <91. Far-fe-ha
bém contra veneno, aífim o diz Charks no na fórma feguinte: Os Sapos fe metteráo
lugar citado , e Lemery no cap. dos Óleos em vafo dc barro , e emcirna lhe lançarão o
pag. 878.5 e fe dá em Vinho branco de meya Azeite , e depois de bem tapado o vafo fe po¬
oitava até duas : no ufo externo fe applica rão a cozer por efpaço de huma hora -7 entaõ
exteriormente fobre os rins , e bexiga para fe coará o Oleo, e guardará para o ufo. Se
os mefmos achaques, adelgaça cs humores os Sapos forem muito grandes baítaráõ dous,
frios , e vifcofos, refolve-os, c ferve para a
e fefoiem mais pequenos feraõ os tres até
mordedura dos mefmos, ou de V ihoras, ou quatro , e para que o Oleo feia bom fempre
também de outro qualquer animal peço¬ ha de fer feito dos Sapos vivos • porque os
nhento , e refííle ao veneno. mortos nao teni tanta virtude para eíte me¬
OLEO DE RANS. dicamento.
26 "O Rans vivas numero der ou do\e. Serve eíte Oleo para tirar manchas, e ro¬
• 3. XV. Oleo de Linhaça libra huma e deas da cava , he.bom para lepra, chagas an¬
meya : faça-fe S. A. Ita Nicolaus Lemery in tigas, e para fazer lançar as agoas aos hydro-
Pliarmac. cap. 1. de 01. pag. 882. Far-fe-ha picos untando a região do baco com elie,
na fórma feguinte : As Rans vivas fe corta¬ OLEO DELAGAR T O S.
rão em boccados pequenos, e fe metteráo 2p YJ Lagartos vivos dos verdes numero
em vafo de barro vidrado , e emcirna lhe IX. dore) ou mais conforme a Jitagran-
lanqaráõ o Oleo , e fe porá tudo em fogo dera.
brando , e fe hirá cozendo, até que fe gaite a Oleo de Nores libras tres.
humidade , entaõ fe coará com efprèífaõ , e Vinho branco onças quatro: faça fe Oleo S.À.
depois fe depurará a Oleo deixando aílen tarIta Nicolaus Lemery in Pharm. cap. 1. de Oi.
110 fundo do vafo todo o pé , que tiver 5 e pag. 88 p Far-fe-ha na fórma feguinte: Os
depois fc cóa por inqlinacao fegunda e ter¬ Lagartos fe colherão vivos, e qfle fejaô dos
que tem a cor verde , entaõ fe lançarão no
ceira vez , ou até que tique claro , e eíta me-
fma depuracao , ou purificacaõ fe faz a todos
Oleo, que eílará principiando a ferver, e co¬
os Oleos, e aímn fe guardaõ para o ufo. Pormo eítiverem aífogados fc vaõ cozendo em
Purifica-
tio oko eíte me Imo methodo fe póde fazer o Oleo fogo brando tendo o vafo cuberto , e tanto
rum. de Kagados. que gaitar a humidade íe coará o Oleo, e
bem depurado fe guardará para o ufo. Para
Serve o Oleo de Rans para adoçar, 'e tern-
Oleum tiii pevar as infiammaçoés, excita o fomno *p- que eíte Oleo obre com mais efficacia lhe
Cancroru pl içado nas fontes da cabeça, e aplaca as do- ajuntarão duas onças de cfpiritode Vinho,
fiuviati- ves da gota , untando com eíle as partes cn- e depois de bem miíturado fe dará para
iium. fermas. o ufo.
OLEO DE VÍBORAS. Serve eíte Oleo para tirar manchas ver¬
Víboras vivas numero d ore. melhas da cara , e he admiravel para fazer
27
R. A\eite bom libras duas. crefeer, erenafeer os cabellos: he também
Vinho branco generofo onças duas : faça-fe util nas hernías , e muito refolutivo , &
v Oleo S. A. Ita Moyfes Charàs in Pharm. c. 1. fortificante: applica-fe morno á parte en¬
de 01. pag. 7. Far-fe-ha na fórma feguinte: ferma untando-a com elle varias vezes.
As Viboras fe efeolheráo-das mayores, e ví-
z» OLEO
 JÓ2 Pharmacop. Lufitan. Augment. Trat, X.
OLEO DE RATOS.
Raios novos vivos numero nove, ou
V de toda a terra , que tiverem , e emcima lhe
jHL • mais.
Oleo de Amêndoas amargas libra huma ■ fa-
ça-Je Oleo S. A. Ita Doélor Curvus in olferva-
tionib. olfeevat. 63, defurditatepag. 378. i1 ar-
fe-ha na forma leguinte: El'colher>ie-haõ dos
Ratos novos, e de pouco nafcidos, que íe
achaÕ em ninhos nos palheiros, e em outras
partes * cites le mettcráõ em valo capaz , e
emcima lhe lanqaráõ o Oleo , e bem tapado
o valo fe ponhaõ a cozer em fogo brando
por efpaqo de meya hora , pafládo o dito
tempo íe coará o Oleo , e guardará para
O UiO.
Serve efte Oleo para a furdez, e zunimen-
to de ouvidos: applica-fe morno á parte de*
pois do corpo bem evacuado : he remedio
bem decantado pelo dito Audtoi no lugar
citado.
OLEO DE FORMIGAS.
j1 Formigas vivas onças duas.
XV* Aceite onças oito ' faça-fe Oleo
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac. cap. 1.
de 01. pag. 888. Far-ie-ha. na fórma leguinte:
As Formigas íe pifaráõ , e metteráo em valo
capaz , e emcima lhe lanqaráõ o Azeite , e
depois íe tapará bem o vaio , c o porão ao
Sol quarenta dias ■, no fim deiles fe cozerá em
fogo muito brando por efpaqo de meya ho¬
ra , e ultimamente íe coará , e guardara pa-
Oleum ra o ufo. Fóde-íe fazer efte Oleo por efpvef-
Formica-fao , tomando meya libra cie Formigas, e
rum per outra tanta quantidade de femente de Rin-
cxp.G1- c|3ag havendo-a , ou quando naõ femente
dicitum Moita da , e le pila tudo muito bem , e
depois de feita huma mafTa , fe pôem ao Sol
algum tempo , ou fe aquenta em fogo bran¬
do , e ultimamente fe mette cm panno for¬
te , e íe lhe tira o Oleo na imprenfa, como
o das Amêndoas , e coado le guarda para
o ufo.
As virtudes deite Oleo pódem ver os cu-
riofos em Nicolao Lemery no lugar citado,
que ahi as acharáO eleriptas com toda a cla¬
reza.
OLEO DE CA M.
32 T) Cães novos nafcidos de pouco , nu-
XV. mero dous.
Minhocas libra huma.
An ei te libras a u atro : tudo fe co\a em fogo
brando, e depois de coado 0 Oleo fe lhe ajunte
Tormentina fina onças tres.
Efpirito de Vinho onça huma : faça-fe Oleo pois de conda , e coado 0 licor fe lhe ajunte ^
S-A. Ita Nicolaus Lemery in Pharni. cap. 1. de
Ol.pag.n7. Far-fe-ha na fórma feguinte :
Tomaráõ dous Caes nafcidos de pouco ( ou
mais fe forem muito pequenos, e magros) ,
e os cortaráo em pedaqos pequenos , e o*
lanqaráõ em vafo capaz junto com as mi¬
nhocas, depois de bem lavadas, e limpas
lanqaráõ o Azeite , e depois de bem tapado
o valo,te porá em fogo muito brando a fer¬
ver por efpaqo de duas horas, ou até que os
Caes, e Minhocas eftejaÕ desfeitas , entaõ
le coará com eipreííaõ, e fe depurará o Oico,
e ultimamente, eítando bem limpo lhe ajun¬
tem a Tormentina , e efpirito de Vinho j e
como tudo eltiver bem miíto fe guarde o
Oleo para o ufo. Os Cués para elte Oleo ba-
fta que fejaõ de qualquer cor, com tanto
que fejaõ novos j porem íé o fizerem com a-
quelles, que tem a côr ruiva, lerá o Oleo de
mayor efficacia, por ferem eítes de nature¬
za mais quente , e por ifío mais refolutivos.
Efte Oleo fortifica os nervos , ferve para
a cyatica , parlezia j diííolve e refolve os ca¬
tarros , que procedem de fleuma fria , e vi-
fcofa : applica-fe untando o efpinhaqo , e
para os mais achaques a parte enferma.
OLEO DE ARANHAS.
3 3 Tj* Aranhas grandes numero fejjenta.
X\ . Folhas de Arruda , e de
Sabugueiro verdes and manipulo hum emeyo.
Oleo de Minhocas libra huma.
Oleo de Hypericaofimples libra meya.
Camphora oitava meya'. de tudo fe faça Oleo
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac. cap.i.
de 01.pag. 888. Far-ie-ha na fórma feguinte:
As Aranhas fe lanqaráõ em vafo capaz , c
com elias as folhas pifadas , e emcima lhe
deitaráõ os Oleos, e depois de bem tapado
o vafo fe porá doze horas em digeítaoem
lugar quente , e entaõ fe porá tudo a ferver
hum quarto de hora em togo brando , e de¬
pois e coará $ e como eíliver bem depurado,
le lhe diífolva a Camphora , e aíflm fe guar¬
de para o ufo.
Serve efte Oleo para as febres malignas,
para o tempo da peite , e para bexigas: ap¬
plica-fe untando as artérias dos braços, e os
mais emmuntorios do corpo. Alguns Au-
ótores ha, que affirmaõ, que efte Oleo he
melhor, que o de Mathiolo, como diz Le¬
mery no lugar citado, e outros dos mo¬
dernos.
OLEO DE R AP OZ A.
H R Huma I
Huma Rapo\a
. m le interior.
velha limpa da pèL
Sal commum onças quatro.
Agoa fontana q.f co\a fe a R apoia , e de¬
A \eite commpm libras quatro.
Thimo.
Endros and manipulas dous-.
Salva.
Alecrim.
 •' Dos Oleos , e Balfamos.
Iva artetica, ou vulgar mente herva Crina
anà manipulo hum : de tudo fe faça Oleo S. A.
Ita Moyfes Charás in Pharmacopea Reg. c. de
Ol.pag. $85. Far-fe-ha na forma feguinte;
Tomarão huma grande Rapoza, que feja ve¬
lha , e gorda, e a esfollaráõ, e lhe tiraráõ to¬
do o interior , e depois fe cortará em boc-
cados pequenos , e fe mttterá em vafo ca¬
paz , e emcima lhe lancaràõ o Sal , e o que
bailar de agoa, que bem encha o vafo, e de¬
pois de tapado fe ponha â cozer em fogo
brando , até que a’carne fe desfaça , e fe fe-
pare dos olTos5 eílando neíla forma fe coa¬
rá com forte efpreíTaõ , e neíle caldo fe lan¬
ce o Azeite , e as hervas todas machucadas,
e fe tape o vafo , e ponha vinte e quatro ho¬
ras em lugar quentejpaíTado o dito tempo,fe
coza em fogo brando eílando o vafo fempre
cuberto , e como gaílar a humidade fe coe ,
e depure, e neíla fórma fe guarde para o ufo.
Os Antigos faziaõ eíle Oleo por diverfo mo¬
do , cozendo a Rapoza no Azeite , e agoa 5
porém deíla forte fe lhe altera a virtude pe¬
lo largo cozimento , que fe lhe faz , e aííim
por elta razaÕ os modernos o cozem primei¬
ro na.agoa pela muita facilidade , com que
cila a coze, e penetra , e depois ao caldo
ajuntaõ o Azeite , é hervas aromaticas, e af-
íim fazem o Oleo , e fica de melhor opcra-
qaõ : deíla forte o eníina a fazer Charás no
lugar citado , e vejaõ o que elle diz na Anno-
taqaõ do dito Oleo t Etfi ex mente antiquo¬
rum praparandum fit ijiv.d Oleinn , vulpem in
Oleo decoquendo addita açu a, & falis reqiufi-
tis , attamen ratio illa primo in aqua cum fa¬
le ehxandi potius admittenda videtur , tum vi-
tanda. eroo alterationis ah iene Oleo inducenãa.
per diuttnam coãionem tum adfaciliorem fub-
Jiantia. vulpis extraãionem , qua multo faciliús
in aquaabfque Oleo diffolvitur , quàm hoc adje-
ão: Agat nihilomims quilibet pro arbítrio-, fatis
enim mihi in publicum expofmfje modum maxi-
mè mihiprobandum. Naõ fe afligna quantida¬
de certa para fazer o cozimento da Rapoza ,
como faziaõ os Antigos, porque póde-fe fa¬
zer o Oleo com Rapoza grande , ou peque¬
na , e neíles termos fe lhe ha de lançar a
agoa que for baflante para a cozer, e para
lhe extrahir a virtude da carne : eíta mefma
doutrina enfina Charás no lugar citado per
formalia verba : Aqua. quantitatem decoãtoni
prci fcribere arduum eji5 plus enim , aut minus
requiritur pro varia animalis magnitudine, fuf-
ficitque id prafiiufe , ut jufculi fatis ad perfi-
ciendani coãionem aéfit, ut fuccus plane ex-
hauriatur.
■ Serve o Oleo de Rapoza para attenuar , e
refolver os humores frios, fortifica os ner¬
vos , e as juntas, he bom para a Cyatica , e
Parlezia , applicando-o quente , euntando
com elle a • arte enferma.
OLEO M OSCHATU M.
3$ T) Flores de Lyrio.
Jlv • Folio Índio.
Almecega.
Co do.
Efpica-nardi anã onça meya*
Páo de Aguila.
Canela.
Myrrha.
Açafraô.
Ff ora que Calamitha anà oitavas duas <
Beâelio.
Cúbebas.
Cravas anà efcropulos quatro.
No^es mofe adas efcropulos dous.
Almifcar efcropulo hum.
Ayeite commum libras duas. V
Vinho bom libra meya : de tudo fe fâça Olée
S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phàrrn. cap. 1.
de Ol.pag. 867. Chama-fe eíle Oleo Mofcha- Oíeutti
tum , porque o fimples mais aromatícò , que Muffcli-
num,fjve
entra nelle he o Almifcar , o qual he ofeu
Motehel.
fundamento : também alguns lhe chamaõ
MuJJelinum , ou Mofchehzum , como fe ve do
mefmo Audtor acima citado: Far-fe ha na
fórma feguinte : Os fimplices todos ( exce-
pto o Almifcar) fe piíaráõ grolTbs , e fe tnet-
terkõ dm vafo capaz , e emcima lhe lançu-
ráõ o Azeite, e Vinho, e fe porá tudo em
digeílaõ em lugar quente fete , ou oito dias,
e no fim deli es fe ponha em fogo brando,até
gaílar a humidade $ entaõ fe coará , e depois
fe purificará o Oleo, e nelle fe delatará o
Almifcar , e fe deixará ficar no Oleo, fem fe
coar , e fe guardará para o ufo em vidro bem
tapado.
Serve eíle Oleo para fortificar os nervos,
a madre , e eílomago , he bom para desfazer
os flatos, e para refolver os humores grof-
fos: applica-fe quente untando a pajte en-
ferIT|a
ÓLEO RE SOLUTIVO.
3 6 TI Raties de Pepinos de S. Gregorio.
X\_* Norça , tf de
Malvaifco anà libras tres<
. Aieite commum libras dei: ponha-fe tudo ao
Sol por efpaço de trinta dias , e depois fe faça
OleoS. A. Ita Joannes Zuelpherus inPharm.
•Clajf. 16. de 01. pag.mihi 324. Far-lé-ha na
fórma feguinte: As raizes depois de bem
limpas fe machucaráõ , e infundiráõ no A-
zeite por elpaqo de hum mez , trazendo o
vafo, em que eíliver a matéria ao Sol o dito
tempo 5 e no cafo que o naõ haja fe porá em
lugar quente , e ultimamente fe cozerá , até
gaílar a humidade, e depois fé coará, e guar¬
dará para o ufo.
Ziz He
 3<U Pharmae. Lufit. Augment.
He bom efle Olèo para digerir , abrandar,
refoíver, ferve para adclgaqar, e diffipar os
humores grofios , e vifcoios : applica-ie un¬
tando com elle a parte enferma.
OLEO DE H Eli V A SANTA.
37 T3 fumo de Herva fanta.
Jtv« A\eite anà partes iguaes: de tudo
fe faça OU o S. A. lta hicolaus Lemery tn
Pharmae. cap. i. de 01. pag. 864. Far-le-ha
na fôrma feguinte : O qumo de Herva fanta
fe ponha com o Azeite ao lume, até que fe
gafte a humidade , entab ie coará , e depois
de bem depurado fe guardará para o ulo.
Efte Oleo fe fe fizer com o qumo da PU co¬
ei an a vulgo Tabaco fará melhor effeito. Da
Olcum mefma íorte fe pòde fazer o Oleo de Cy¬
Cycuta:. cuta.
Efte Oleo he muito refolutivo ferve para
refoíver, e diftipar os lcyrros , e outros
quaefquer tumores.
OLEO PARA SURDEZ.
Oleo expreffo de femente de Alhos
B.
38
potros.
Oleo de Amêndoas doces , e de
Bagas de Louro expreffo and onças duas.
Efpica-nardi.
Cajloreo.
Coloquinthida and oitava hnma.
(fumo de Arruda.
Vinho branco and oitava huma e meya : de-
pois de vinte e quatro horas de digejiao fe faca
Oleo S. A. lta Moyfés Charás in Pharmacopea
Reg. 2• part.pag. mihi 432. Far*fe-ha na fór¬
ma feguinte : Os Oleos fe lancaráo com o
qumo , e V inho em vafo capaz, e juntamen¬
te os fimplices todos pifados groflos , e de¬
pois de bem tapado o valo (e ponha em di-
geftaõ vinte e quatro horas em lugar quen-
te , e pafiado o dito tempo fe ponha em to-
go muito brando, ou em banho de Maria
até gaftar a humidade, e ultimamente fe
Oleum coara , e guardará para o ufo. O Oleo da fe*
feminis mentedos Alhos porros fe tira da femente
Porroru. depois de fecca pifando-a, e eipremendo-a
na imprenfa da mefma fórte , que fe tira o
das mais fementes por efprefíaõ.
Serve efte Oleo para a cura da furdez: ap-
plica-fe quente, lanqando algumas gottas
delle no ouvido , ou em ambos lendo ntcef-
fario: Diz oAuótor, que faz efte Oleo no
dito achaque notável eflfeito , nao fendo de
nafeimento, e o mefmo aftirma Mangeto
fuper Scroderum per formalia verba : Hoc
Oleum in aures intromiffum furditates non per-
durantes , mi rum in modum dfjipat.
OLEO PURGANTE.
X)
39 ^e0 dcLinhaça libra huma e meya.
XV» Rai\ de Norça.
A\aro.
Trat.X.
Ratees de Pepinos de S. Gregorioana onça
huma e meya.
Hermociuflilos.
Rai\ de Lyrio.
Rai\ de E\ula and onça huma.
Endros.
Centáurea menor. f .
Malvas.
Mercuriaes. ; *.•
Artemija and onças duas.
Rofas frefeas de Alexandria.
Myrrha.
Astebre and onça huma.
Coloquinthida.
Semente de Alexandria.
Semente de Çatapucia , e
Semente de Engos and oitavas fels. \
Camphora oitavas duas e meya : de tudo fe
faça Oleo S. A. lta Joannes Mangetus fuper
Schrod. UI. 2. cap. y2.pag.mihi 146. Far-fc-ha.
na fórma feguinte : As hervas, e raizes ha5
de ler todas verdes, e aftim fe peie a quan¬
tidade , que na receita fe pede, e juntas com
os mais fimplices fe pifaráõ em gral de pe¬
dra muito bem ; e depois fe metteraõcm va-
fq capaz , e emeima lhe lancaráo o OJeo de
Linhaça , e le nao cubrir bem toda a matéria
lheajuntaráõ algumas go*ttas de Vinho , e
bem tapado o vafo fe porá vinte e quatro
horas em lugar quente em digeílaô, e depois
fe ponha em fogo muito brando, até gaftar a
humidade; e ultimamente fe coara, e na
çoadura fediíTolverá a Camphora eftando o
Oleo quente, edefta forte fe guardará para
o ufo.
Serve efte Oleo para laxar o ventre , para
com elle fe purgarem as crianqas pequenas,
e he admiravel para matar as lombrigas : ap-
plica-fe morno lanqando no embigo algumas
gottas, e untando-o por fóra ; e também fe
applica em panno molhado nelle fobre todo
o ventre: ferve para as peftbas de n ayor
idade applicado da mefma fórte : póde-fe
ufar deite Oleo em lugar do Unguento de
Arthanita.
OLEO DEJASMINS.
40 T) Hum pedaço, ou tira de panno hran-
XV • co bem bajto, ou floccos de Algo-
daõ , ou de lãa branquijjima , em qualquer de-
Jtas coufas fe embeba hum pouco de Oleo de Ben\
entab fe eftenda 0 Algodab, Lãa, ou panno em
hum prato , efe lhe ponha huma cama de Jaf-
mins por baixo , e outra por cima , e fe deixe af-
fim eftar tres, ou quatro horas; pa(Jadas ellas fe
lhe tirem 'as flores , e fe lhe lancem outras no-
vas da mefma forte , e fe repitird a renovaçab
das flores àe\, ou do%e vestes , ou até que 0 Al-
godab com 0 Oleo ejleja cheiro)0 , e ultimamcnte
Je efprema a matéria, e 0 Oleofe guarde para
0 ufo.
 Dos uieos
o ufo. Ita M oyfés C fiarás in Pharmacop. Reg.
i. part, cap. 2. de 01 pag. mihi 370. Far-fe-ha
na fôrma legvinte ; 1 omaraõ hum pouco de
Algodaõ depois de bem lavado , e cardado ,
e lhe lanqaváõ o que puder embeber de Oleo
de Ben , e aílim ás palias, çomo vem de cala
dos Cardadores, o eítenderàõ cm hum prato
grande, ou bacia larga, c lhe porão huma
cama de Jafmins por baixo , e outra por ci¬
ma ( os jafmins hao de ler inteiros, e limpos
dos pés), entaõ cubriráõ bem o prato, ou
bacia , e fe deixará eftar delta lorte quatro
horas, paflkdas ellas fe lhe tiraráõ as flores,
fem que o Algodão fe etprema , e da mefma
lorte lhe ajuntarão novas flores dez, ou doze
vezes fazendo íempre o meimo , e ultifna-
mentc feelpremerá o painio, e o Oléo fe
guardara em vidro bem tapado. Osjafmis
papa elteOleo hao de ler dos mais cheirofos,
e quantos mais levar, tanto lerá mais odorí¬
fero $ no Algodaõ felhé tira melhor a fra-
grancia dos Jafmins 5 porem. naõ o havendo
íe póde fazer com Lãa.branca muito fina , e
bem cardada, ou com tiras de panno: O Oleo
de Ben , ou Balanino, he aquelle que fe faz
do frudto de huma Arvore , que ha na índia
muito lemelhante ás Avelãas , e lhe chamaõ
muitos Auctores Avelaa da imita , ou Bala*
nus Myrepcia, e que leja frudto de huma Ar¬
vore o diz Schroder. no iiv. 4*: Ben fru-
élus ejí arboris myrica.fimilts, magmtudine A*
veJlana nucisjntus micleum contmens pinguem,
CíiOleofum veluti Amígdala. Fite ta! frudto naõ
o trazem a elte Reyno, fe vem he o Oleo
feito , que alguns querem que leja de No¬
zes , e nelles termos nao havendo o legitimo
Oleo de Ben , fe póde fazer , o Oleo de jaf¬
mins com o de Nozes , Amêndoas amargas,
ou com Oleo expreJTodo miolo de carocos
de Cerejas, como diz Mangeto : Ali) tamen
cjus loco adhibent Oleum expreffum e miclcis
cerajbrum. Da mefma forte, que fe faz o
Oleo de jaímins cheirofo fe póde fazer o de
flor de Laranja azeda , de flor de Cidra, e de
Violetas. Aílim o enfina Lemery no cap. i<
dos Oleos pag. 861. O Oleo de Cravos hor-
tenfes, Rolas , e de outras quaefquer flores
íe podem fazer como o de Jafmins, affim o
enfina Charás no lugar citado , e no meimo
diz, que muitos fazem eítes Oleos fragran¬
tes com o Oleo de caroqos de Cerejas, e traz
huma auétondade de Bertaldo Bot/cario P au-
rinenfe per formalia verba : Bertaldus Phar-
macopem Taufinenfis in fua Pharmacopea uti-
tur meleis Cera for um ubivis familiaruni, quo¬
rum proventus efl eodem tempore quo flores Jaf-
mimtm, illi Oleo id fingulare inejje ait, ut
nuniquam rancefcat.
Do Oleo dejafmins naõ eferevo as virtu-
7 e Balfrmos. 36$
des j porque para o uf<> da Medicina ferve
pouco , e o para que ordinariamente ferve
he bem fabiüo de todos.
OLEO DE -PAPA RR A\S.
4* 13 Semente de Paparrás ouçahumae
JLV* meya.
Cumo de Funcho libra nteya.
Oleo A aidino libra huma : de tudo fe façd
Oleo S. A. ita Isicolaus Lemery in Pharmac.
cap. de 01. pag. 874. Far*fe-ha na fôrma fe-
guinte : A leniente dè Papartás fe pifara
groíia , e le lanqará em valo capaz, e em-
cima llie deitarão o qumo de Funcho , e o
Oleo de Elpica , e íe deixará eftar tudo em
digeítaõ quinze dias , e depois le porá em
fogo brando a té gaitar toda a humidade, <5
uitimamente íe coava o Oleo, e fe guardará
para o ufo.
Serve efte Oleo para díftipar os fladtos,e
para o zunimento dos ouvidos : applica-fe
lanqando na parte algumas gottas delle , c
pondo-lhe huma mécha de ulgodaõ molha¬
do no meimo.
OLEO ESTOMACAL.
42 TP1 Sintas de Lofna manipulo hum.
JLV» Almccega oitavas duas e meya.
Cravos da Índia.
Saiidalos Citrinos and oitavas duaSi
R ofas vermelhas.
Mac is and oitava meya.
Oleo de hojna libra humat
Vinho cheirofo libra meya: dè tudo fe faça
Oleo S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac.
cap. i.de OU pag. 87^ Far-fe-ha ha forma fe-
guinte: A Loína fe machucará, e os mais
ftmplices fc pifarão groflos , e todos fe met-
teráf) em Valo capaz, e emeima lhe lançarão
o Oleo , e Vinho , e le porá o valo em di-
geítaõ quinze dias ao Sol , e paftado o dito
tempo fe cozerá em fogo brando , até fe ga¬
itar a humidade, e ultimamente (e coará
com efpreflaõ, e fe depurará o Oleo , e af¬
fim fe guardará para o ufo.
Efte Oleo fonitiea o ellomago * abranda
as dores delle , mata as lombrigas * desfaz os
fladtos, e gafta todos os humores groflos * c
vifeofos ; applica-fe queiite á parte en-
OLÉO DE OURO.
45 RAgoa forte hbra meya.
é Sal bem Jecco no forno onça e meya.
Ouro finú em folhas onça meya : de tudo fe
faça Oleo. Ita Antonius Fetreirain fua Chi-
rurgia Ub. 10. de Vulnerib. pedL pag. 224. Far-
fe-ha na fôrma feguinte í Tomarão a Agoa
fórte da melhor que houver, c a lanqaráõ em
huma redoma de vidro, e lhe ajuntarão o
Sal, que eftarú hem fecco no forno,e quente
para que melhor fe diftolva^ e depois fe ta¬
pará
 j6<5 Pharmac.Xufit. Augment. Trat. X.
■ parà bem a redoma, e fe deixara eítar tres,
ou.quatro dias, ou até que o Sal todo fe dif-
folva , para o que fe vafcolejará a agoa , que
eftá na redoma , e como o Sal todo fe diíTol-
Ver,fe lhe lance dentro o Ouro cortado miu-
do ’ e tapada a redoma fe deixe ficar,até que
o Ouro fe confuma de todo , e fe lhe pode
ajuntar mais alguma Agoa forte , íe tor ne-
Cefíaria ‘ ae oftinHn
eítando tnHa
toda cta nrvltpn-
matéria !l Kf»ím
bem des-
feita, fe tire da redoma, e fe lance em huma
grande porqolana da índia , que feja alta de
eólio , e grofla , a qual fe metterá na bocca
de huma panella de barro grande , que eíta-
rá meya cheya de agoa , então fe lute a por-
colanana bocca da panella muito bem, para
que a quentura da agoa fe naG exhale : pre¬
parado iíto neíta fórma fe ponha a panella
no lume, e fe lhe faqa fogo , para que a agoa
va fervendo até fe gaitar , e como a Agoa
forte fe evaporar toda , e eítiver a matéria
no fundo da porqolana , dura como pedra ,
fe deflute da panella , e fe ponha a matéria
na mefma porqolana ao fereno até íe diífbl-
vei^eítundoaílim fe torne outra vez a evapo¬
rar fegunda e terceira vez, ou até quarta , fa¬
zendo a evaporaqaõ fempre na mefma fór¬
ma, e ultimamente depois de evaporada a
agoa, fe ponha a matéria de noite ao fere-
no , e fe recolha de dia, tendo a porqolana
inclinada de huma parte 3 para que íe vá di-
ítillando o Oleo, qne ha de fer hum licor
oleofo , e da cor do mefmo ouro , e affim fe
hade continuar , pondo a matéria ao fereno,
para que de dia fe vá diítillando o Oleo : cita
diligencia fe hade fazer,até que naõ deite na¬
da de fi, e o Oleo que for diítillando todos
os dias, fe hirá tomando em recipiente ca¬
paz , e fe guardará para o ufo. Deita mefma
forte o eníina a fazer o dito Auctor no lugar
acima citado.
Serve o Oleo de Ouro para a cura das fe¬
ridas frefeas do peito , e para qualquer tu¬
mor efcrophuloío 3 applica-fe em circulo ao
redor da ferida,chegado aos lábios delia: po-
em-fe hum dia outro naõ , ou de dous em
dous dias.
OLEO ANTIPLEURITICO.
44 Aboboras brancas colhidas em Ago-
jLV« fio) n quantidade que quijeremj
rafpem fie-lhe as pelheulas exteriores , e com
igualpefo de A\eite commum do mais antigo fe
faça 0 Oleo, e nellefe extinguirá feis ve\es
huma barra de ferro novo feita em brata. lta
Do flor Francifcüs da Fonfeca Henriques in
Fleuricologia dialexi 4. pag. 368. Far-fe-ha
na fórma feguinte: Rafparáõ as pelliculas
exteriores da Abobora branca colhida no
mez de Agoílo, e eíla pellicula com igual
quantidade de Azeite velho fe porá em vafo
de barro vidrado em fogo brando, até que as
pelliculas fe torrem bem , entaõ fora do fo-
go fe llie extinguira huma baVrinha de ferro
novo feis vezes , fazendo-a fempre de novo
em braza , e para que o Oleo fe naõ accenda,
e gaite,quando fe lhe mete o ferro em braza,
ailitn que fe tirar, fe cubra o vafo , e ultima-
mente fe coe o Oleo , e guarde para o ufa.
' Serve eíte Oleo para os pleurizes 3 appli-
ca-fe morno á parte , e também lie util em
qualquer pontada.
OLEO PLEURITICO DE CUMOS.
"R. Cf imos de pellicula exterior da Abó¬
bora branca.
Beldroegas, e de
‘ !
H erva Moura aná partes igiiaes.
Oleo Rojado tanto como dos çumos• •
Açúcar de Saturno onças duas : de tudo fe
faça Oleo S. A. Ita Doãor Francifcüs da Eon-
feca H'enriquesin Pleuricologia dialexi 4,p.
Ear-fe ha na fórma feguinte : Rafpar-fe-ha a
pellicula da Abobora , e depois fe pilará, e
elpremerá oqumo em imprenfa , o qual fe
ajuntará com os mais qumos, e Oleo Rola¬
do , e tudo em vafo capaz fe porá em fogo
brando a cozer até-fe gaitar a humidade, en¬
tão fe coará 3 e no Oleo depois de coado , e
bem purificado fe diflòlverá o Aqucar de Sa¬
turno , e aílim fe guardará para o tifo.
Serve eíte Oleo para os pleurizes, abranda
muito a dor quando o humor he biliolo 3 he
bom para as febres ardentes, e heticas, e
abranda o ardor da ourina.
OLEO PLEURITICO
- ■ • de Vekero. • :':
4 6 T) Oleo Rofado onças feis.
X\ 9 Tormentina fina.
Enxofre em pó fubtil.
Millepeduni aná onça huma : de tudo fefaça
Oleo S. A. lta Joannes Jacobus Vekerus Uh. 5.
defecretis pag. 120. Far-fe-ha na fórma fe¬
guinte: Os Millepedes fe machucaráõ, o
Enxofre fe pilará fubtil , e fe ajuntará com a
Tormentina , e Oleo Rofado , e tudo junto
fe porá a ferver hum quarto de hora em ba¬
nho de Maria, edepois fe côe,eguarde o
Oleo para o uío.
He muito util eíte Oleo para os pleurizes:
applica-fe á parte enferma eítando o Oleo
morno.O Efpirito antipleuritico de Ettmul-
lero he hum admira vel remedio nos pleurL
zes, cuja receita he a feguinte :
R Efpirito de Vinho libra huma.
Amêndoas amargas machucadas onças
quatro.
Canella onça meyadepois de boa fermenta-
çad fe diJUlle S. À. lta Mtchael EttmulUrussPirituá
ClaJJ. 1. dq Vegetabilib.pag. 12. Far-fe-ha na anuflcu
IlLlCUo»
fór-
 Dos Oleos, e Balíamos.
fórma feguinte : As Amêndoas depois de
limpas da calca fe pifaráô , e a Canela ic ma¬
chucará , e fe metterá em cabaça de barro
vidrado, e lhe lançaráõ emcima o elpirito
de Vinho , e depois fe lhe porá Lambique
dc vidro } e como eftiverem bem lutadas as
juntas , ie deixe a matéria em digeftaõ tres
dias , e paliados elles fe taça a diítillaçaõ j e
o Efpirito, que der,fe guarde para o uib em
vidro bem tapado.
Serve efte Elpirito antipleuritico para os
pleurizes , e para os fiactos de qualquer cau-
l'a que fejaõ : dá-fe de huma oitava até duas,
e para o ufo externo íe applica á parte toda
a quantidade que quizercm.
OLEO DE SECAR LEITE.
47 T) Huma laranja a\eda bem çumaren- >
1\, ta.
A\eite comnmm libra meya: faça-Je Oleo
S.A. Ua Ma dama Fouquet in fuo ... de Seiretis
2. part.pag. nuhi 417. Far-fe-ha nu forma fe¬
guinte : Tomar íe ha huma laranja azeda
bem grande , e çumaren ta , ou duas peque¬
nas , e as faraõ em talhadas com calca , e tu¬
do , e as lançaráõ em valo de barro vidrado,
e emcima lhe deitarão o Azeite, e poraõ tu¬
do em fogo brando , até que fe guftem duas
partes do Azeite , entaõ íe cóe,, e dê para o
ufo.
Serve efte Oleo para feccar o leite dos pei¬
tos ás mulheres , quando he muito , ou por
outra qualquer caufa que feja : appliça-fe un¬
tando com elleos peitos,eílando o Oleo bem
quente, e emcima fe lhe pôem papeis par¬
dos 5 continua-fe duas vezes no dia , e den¬
tro de dous , ou ti es fecea o leite.
OLEO DL BALSA M O.
48 "O A\*ite commitm libra huma.
XV» Oleo de Hypericao.
Boa&
as de Louro and onça huma.
*
Bagas de Zimbro.
Oleopetroleo and onça meya.
Páo de Ro/as.
Ff pica cheirofa and oitavas duas.
Semente de Angehca.
Herva doce and oitava huma.
'For menti na fina libra meya.
Paix de lingoa de Vacca onças duas : de
tudo fe faça Oleo S. A. La Nicolaus Lemery
in Pharmac. cap. 1. de Ol.pag. 874. Far-fe-ha
na fórma feguinte: As raizes de língua de
Vacca depois de íeccas íe piíaraõ groíTas
com a Efpica , e mais íimplices, e todos ie
metteráõ em vafo vidrado, e fe lhe lançarao
os Oleos , e Tormentina , e depois de bem
tapado fe porá em digeftaõ em cinzas quen¬
tes vinte e quatro horas, paíTadas ellus fe po¬
rá o vaio em banho de Maria, e como a
matéria eíliver bem quente, íe mexa com
^Cy
efpatula de páo muitas vezes, e tanto que
começar afen cr ie tire do banho , e ie cóe
com forte efprcílüo, e le guarde o Oleo pa¬
ra o ufo em vidro bem tapado.
tile Oleo, ouiiullamo, attcíiúa, aquen¬
ta , lefolve , abre , penetra , e íeive para def-
foiver os humores iiios , para as pailezias,
gotta , cyatica , e para refiftir ás grangrenas,
e alimpar qualquer chaga.
OLEO DE MANGERONA.
45) Tj) Mangerona manipulo quatro.
JLV • Serpao manipulo dous.
Folhas de Murta manipulo hum.
Abro Lano.
Hortelãa and manipulo meyo.
Axeite libras tres : depois de oito dias de di-
gejiao fe faça Oleo S. A. lta Nicolaus Lemery
in Fliarmacop. cap. 1. de Ol.pag. 872. Far-le-
ha na fórma feguinte: As henas todas ver¬
des fe machucarão , e metteráõ em vafo ca¬
paz , e emcima lhe lançarão o Azeite, e fe
porá ao Sol oito dias , no fim d cl 1 es fe po¬
nha em fogo brando até gaílar a humidade ,
e ultimamente fe coará, e guardará para
o u'o.
He efte Oleo muito rtfolutivo, fortifica
o cerebro , os nervos, e o eílomago , desfaz
os flatos , mata as lombrigas , e he bom pa¬
ra a Cyatica. Póde-fe fazer efte Oleo fim- oJcum
pies com Mangerona , e Aceite fomente , e Majora-
tem quafi as mefinas virtudes , como afíirma n:e ,im*
o meimo Lemery no lugar citado. ^lcx‘
OLEO DOS PHILOSOPHOS.
50 D Tijolos novos , e
XV» A\eitc cvtnmim, q.f.façd-fe Oleo
S. A. lta Nicolaus Lemery in Curfu Chimico
2.part. cap. 15.pag. 541. Far-fe-ha na fórma
feguinte : Tomaráõ hum Tijolo novo , c o
metteráõ em fogo forte de carvao , até que
fe faça em braza , entaõ o lançarão em hum
vafo capaz , que eftará cheyo de Azeite , e
tanto que lançarem o Tijolo no vafo , o cu-
briráõ, para que o Azeite le naõ accenda , e
aflim cuberto fe deixe ficar nelle doze, ou
quinze horas, pafíádas ellas fe tire o Tijolo,
e fe quebre em pedaços pequenos, os quaes
le metteráõ em retorta de vidro , ou de bar¬
ro capaz , e fe lhe porá hum grande recipi¬
ente , e íe lhe lutarão as juntas todas , e de¬
pois íe porá a retorta em fogo de aréa , o
qual fe lhe hirá augmentando , até que prin¬
cipie a diftillar o Oleo $ que entaõ fe fará em
fogo igual , c como naÕ diftillar nada fe dei¬
xe apagar o lume , e esfriar a retorta , e de¬
pois fe defiute , e lhe lancem fóra os bocca-
dos do Tijolo, e depois fe tome outro Tijo¬
lo novo , e fe faça em pó fino , e com o O-
leo já diftillado fe faça huma maftk dura , da
qual fe formaráõ humas bailas redondas, que
cai-
 j<5? Pharmac. Lufit. .Augment. Trat.X,
caibu5 pela bocca da retorta, c depois de gaílar a humidade , cntaò fe coará, eguar-
formadas as que fe puderem fazer com o dara para o uío.
Oleo, quefe diítillou fe metaõ na retorta , Ette Oleo aquenta, e abranda., llcbom
para todas as dores de caufa fria , ferve para
reza do utero , múfciilos, ten-
he conveniente nas dores de
ultimamente depois de fria a retorta fe des- nervos, que fao cauíadas de alguma ferida,,
lute o recipiente, e o Oleo que tiver diitil- e também ferve para a'cura da í ar na , ajiuv
lado fe guarde para oufo, lançando fora a tando-lhe a oitava parte de Elebovo branco
matéria,qu* ficou na retorta. * em pó fino, efeito hum linimento, com
que fe untará tres vezes o corpo farnento.
Vode-fe. fazer efie OU o com cirna âefo- OLEO DE M A T H 1 O L O.
brc , cu ao menos com duas partes dê TJ Aceite commurn velho-libras tres.
cinyt c huma de pó de Tijolo novo, tudo embe- . Jl\.. Tolhas verdes de Hypericaõ maa
lido no Aceite j porque a cirna he máis chea de chuçadas manipulos tres: tudo fc metia em vafb
partes Salino , Alcalinas , boas para deftruir os capap bem tapado, efe ponha ao Sol de\ , ou do
accidos do Ajeite, e facer melhor a dijíilla- ce dias , a depois fe metta o vajo fm banho de
qaó. Maria vinte e quatro horas, ejiando a agoa
Eíle Oleo refolve os tumores do b'aco$ ap- fcmpre quente, pajjado o dito tempo fe efprema,
plicado exteriormente , íerve para a Farle- e coe , e nejle Aceite lançarão
zia , Alma, e para as fuffocacoês da madre, Flor, de Hypericaó frefca.
e he bom para diíTipár os flactos, que le in: Camednos.
introduzem nos ouvidos. Neveda. > - ,. • m-
OLEO DE ALECRIM. Cardo finto and mani puto hum: machucadas
. i “O Flor de Alecrim duas partes. ejlas h ervas fe mijturem com o Ajeite , efe po-
| \ 0* Ajeite
A\eite huma parte : de tudo fe
Je fa-
Ja- nha
nua o valo
vaio em banho
l)i tres dias , depois fê efpre¬
ta Oleo. Ita Gònçalo Rodrigues Cabeara no mad as Pero as , e coe o Ajeite , então lhe lan¬
feu Compendio de remédios cap. 45. p. mihj 48. carão
Ear-fe ha na forma feguínte ; As flores do Flor âerJypsricad moâeradamente machuca-
Alecrim fe metteráò em huma garrafa de-, vi- damani pulos tres , e a infundirão no Aceite
dro groííb , e lhe lançaráõ dentro o Azeite , tres dias,.epor ao 0 vafo em banho 0 mefmo tem-
e depois fe tapará a bocca da garrafa com po, e ,no fim fe .efprema ,ecôg , depois fe repiti-
rolha de cortiça, e panno por cinia , ele rà ainfufào da flor tres ou quatro veces, ou até
enterrara em eílerco de Cavallo , que efleja que 0 Oleo tenha a cor vermelha a modo de fan-
em monte , e bem quente , e nelle fe deixará gue: feito ijlo tomarão dos . .
eflar em digeílao quarenta dias, paflades el- Grãos que tem nas ftmas 0 Hypericaó, de-
les fe tire a garrafa, e fe coe o Oleo, efe pois de calada a fW manipulas tres, os Quaes
guarde para o ufo em vidro bem tapado. A fe machucarão , e borrifarão com bom Vinho
eíle Oleo chamaG alguns B afamo de Alecrim, br anco , e fe lançarão no Oleo , depois fe porá ao
aflim o intitula o mefmo Auctor no lugar Sol oito dias , e fe lhe deitarão mais tres , ou
acima citado. quatro ve\es dos mefmos graõs do Hypericaó ,
Serve eíle Oleo , ou Balfamo para todas até que 0 Oleo tome a cor a modo de roxa: então
as dores de caufa fria j he bom para os fla- fe ponha em banho tres dias, no fm deílesfe
tos, e pontadas ; applica-fe tépido untan- coe , e efprema a matéria que tem , e m Oleo fe
do a parte enferma, e finalmente he huma lance
das boas unturas para oroílo daquelias pef- Efcordio frefeo.
foas, que defejaõ encubrir os defeitos da na¬ Neveda.
tureza , ou da idade. Centauro a menor.
OLEO DE ESTORAQUE. Cardo Janto.
5 2. TH& FJioraque Calamitha onças tres. Urgibo■, e
jLV • Ajeite libra huma. Difíamo de Creta anã manipulo meyo; ma*
Vinho onças feis: de tudo fe faça Oleo S. A, chucado tudo fe lance no Oleo , e fe ponha em
Ita J oannes Zuelpherus mPharrn. Reg.Claf. banho dons dias : depois Jé efpremais , e coe»
16. deÔl.pag. .320. Far-fe-ha na forma fe- Oleo , no qual lançar áuas raizesfegiunla
guinte: O Eíloraque fe pife groíTo, e fe met- ZeJoana. ,
ta em vafo capaz, eemeima delle lhe lan- Diãamo branco.
caráo o Azeite , e Vinho , e fe porá o vafo Genciana.
cm digeílao dez , ou doze horas , paliadas Tormcnulla.
dias fe ponha em fogo muito brando, até . Anjtoloquia rsJo-pda anã atmas cr esc
 Dos Oleos, eBalfamoS* 369
Ejcordio manipulo hum : machucado, tudo fe ro vidrado de bocca eítreita , e lhe lancaráo
lance no A\eite , e fe ponha em banho tres dias, em cima o Azeite ( que ieráõ feis libras), e
depois Je cfprema, e coe ,e á coadura ajuntarao depois de muito bem tapado o vafo , fe porá
EJloraque calamitha. ao Sol dez , ou doze dias, e no fim delles fe
Beijoim and oitavas feis. ponha em banho de Maria a terver por efna-
Bagas de J uni pero onça meya. qode huma hora , entaõ te efprema , e côe,
Nigella oitavas tres. e fe lance no vafo o Azeite , e lhe ajuntem a
Canela oitavas nove» flor do Hypericao , Camedrios, Neveda , e
Efquinantho. Cardo fanto tudo bem machucado , e fe po¬
JR ai\ de Junça and oitava hum a e meya. nha o vafo em digeílaõ em cinzas quentes
Sandalos brancos onça meya: machucado tu* Vinte e quatro horas, pafiTadas ellas fe ponha
do fe lance no A\eite , e- je ponha tres dias em a ferver em banho huma hora , então fe coe,
digejlao em banho , pajjados elles fe coe o Oleo, e efprema a matéria , e no Oleo fe lhe lance
e ejprema : entad tomaràõ nos dias Caniculares a fiorde Hyperieaõ machucada levemente,
Alacraos vivos numero trezentos , e os lan¬ e com efla flor fe lhe dem tres, ou quatro
çar do em vafo vidrado , e bem tapado o por àõ em permütacoés de nova flor, ou aquellas que
(imas quentes , e como os Alacraos começar em baflarem para fazer o Oleo muito vermelhoj
a Juar, lhe lançar do o A\eite quente dentro do feito ifto lhe lancaráo os graõs de Hyperi-
VaJo\ feito ijiofe tapará com bexiga , e je porâ caõ machucados , e borrifados em Vinho , e
em banho tres dias , no. fim delles efprçmeràó cs fe porá o vafo em digeílaõ em cinzas quen¬
Alacraos , efe coara o Oleo , no qual lançaràõ, tes doze horas, depois fe côe o Oleo, e fe lhe
csfimplices fieguintes em pó ftbulijfimo ; dem trèsy òu quatro pern\utaco€s da rnefma
Ruybdrbo.^ Tf’ * • \ ’ femehte, oú aquellas que baftarem, até po¬
Myrrha. ■ 'ff ' 7 rem o Oleo com a cor roxa 5 entaõ fe ajunte
A\ebre Epatico anâ oitavas tres» j o Efcofdio verde Neveda , Centaurea me¬
EJpiCa fina oitavas ditas. •■Av . ; > nor , Cardo fanto , Urgibò , e Didlamo de
AçafraÕ oitava humar; : ..... ■ : Creta , machucado tudo fe ponha no Azeite
Triaga. .vrv v \ em digeílaõ vinte e quatro horas em cinzas
Met ri d ato and onça meya: com tudo fe ponha quentes , pafiadas ellas íe ponha o vafo a
0 va/o em digejlao tres dias , e pajjados<.elUs fe fef ver em banho huma hora , entaõ fe côe ,
guarde o Oleo femfe coar. Ita Andréas Mat-Juo- e lhe lancem as raizes de Zedoaria, e as mais
tus In Comment. hb. 6.fup. Diofcor.p. ritihi fô o. piladas, e huma manchéa de Elcordio , tudo
Pede o Audlor deite medicamento tres'-li¬ fe ponha em digeftaõ vinte e quatro horas, e
bras de Azeite fómente : he taõ pouca eíla no fim fe lhe dê huma fervura em banho poi?
quantidade, que fazendo-fe com ella5 fe per¬ efpaqo de huma hora $ depois fe efprema, er
de a m.ayo.t parte do Azeite nas muitas di- lhe ajuntem o Eftoraque * Beijoim , Junipe-
geftoés , que te dao aos ingredientes, e tam¬ ro , Nigela , Canela , Junqa , Efquinantho,
bém nao baílaõ as tres libras para receberem e os Sandalos tudo machucado , e fe porá o
em ti a virtude de tanta quantidade de tim- vafo em digeílaõ vinte e quatro horas j nol
niices , e aifím os modernos o fazem com fim delias ferverá huma hora , e depois fe
feis libras de Azeite, como enfina Lernery efprema , e côe o Oleo : feito ifto tomaráo.
na ua Pharmacopea cap. i. de Ohpag. 88 r<, os Alacraos vivos, eos metteráõ no vafo , o
Movfes Charás na-Pharmacopea Reg. cap. 1. como eíliver bem tapado, o poráõ em cinzas
de Ól.pag. 385. o diz expreflamente per for- quentes , até que os Alacraos comecem a
malia verba : Si quid vero immutatum , idin fuar, e como aflim eítiverem lhe lancaráo
Oleo prafertim contigit, hic loci media parte , emcimaoOleo , c deixaráõ o vafo beríi ta¬
nec immerttb auditore : nam adde quod omnino pado em digeílaõ em cinzas quentes dous
impajjiAle eíi libras tresOlei in fe excipere , ü* dias; e paflado o dito tempo , o poraõ em
colUgere fingidas vires adeo inftgnis medica- banho a ferver huma hora , e depois fe efpre-
mentor um copia, futurum praterea ut max< ma rna , e côe o Oleo, e no Azeite fe diíTolva a
Oleipars pere.at per iteratas colaturas , dõ ex- Triaga, Metridato, e fe lhe lance o Ruybar-
prejjiones : nam ad funnium libra quinque fu- bo, Myrrha , Azebre , Efpica, e Aqafraõ
perflitesfutura funt, Oleo per fedio exfex libns em pó fubtil, e fe ponha o vafo em digeílaõ
nT prífcriptis. E aflim nettes termos fará bem em cinzas quentes vinte e quatro horas, paf-
Mathio- eíle medicamento o que lhe dobrar a quan- fadas ellas fe ponha a matéria a ferver meya
lo rcfor- tidade do Oleo, o qual fe fará na fôrma fe- hora em banho de Maria , e ultimameme fe
matura. guinte : 1 efprema, côe, e depure o Oleo, e fe tiver
Tomaráo as folhas verdes do Hypericao , alguma porcaõ de humidade felhe gaíleno
cas machucar àõ , e lançarão em vafo de bar- b&nho , e delia fórte fe guarde para o ufo.
* ^Vaí\ Aífim
 5 70 Pharmac. Lufit. Augmènt;Trat. X.
Afíimoenfina afazer a Pharmacopea Lon-
donienfe no liv. cap. ]. de Ol.pag. 6$9. e
da mefma forte o coftumao fazer todos os
modernos. Se eíle Oleo na ultima digeftaÕ
fe deixar ficar com os Aromáticos, fem fe
coar, naõ errará quem affim o fizer $ porque
defta forte o enfina afazer o mefmo Mathio-
lo 5 porém os que o fazem com mais perfei-
çao,o cóao, para que fe naõ tolde, quando o
tirarem do vafo, em que o guardaÕ •, porque
o Oleo já pela digeftaõ tem tirada a virtude
aos fimplices, e o que fica he huma matéria
inútil, que naõ ferve fenaõ de fazer pé, ou
ou borra no fundo do vidro , e que eftcs fe
hajaõ de efpremer , e coar na ultima dige-
ftaõo diz Charás no lugar citado: Demim
probe contundenda erunt Cinnamomum^JloraXj
Beijoin , (fc. vafcqne una cumTheriaca ,
Mitridato prafcriptis excepta , ac Oleo expref-
fo, acurate id obturandum erit, quo Balneo
Mariói tépido nyãhimerifpatio comiffo, fequu-
toque ejufdem per femi-horam circiter ftf vote ,
■omni a, colanda valide que compnmenda , tranf
mttenâaque per Ullam denfarn : & validam 5
fafta que acurata defacatione, Cif liumtdi fuper-
flui detraãione oleum in lagena optime ebtura-
ta ad tifus adferuandum : em todas as dige-
íloés, que fe fizerem, fempre o vafo fe hade
tapar com couro de bexiga , ou outro qual¬
quer em fórma , que naõ fe exhale a virtude
dos fimplices. * *•
Serve efte Oleo para as mordeduras de
qualquer bicho venenofo , refifte á maligni¬
dade dos humores, he util nas febres malig¬
nas ,. applica-fe emeima do coracaõ , e nos
pulfos dos braqos, untando com elle de tres
em tres horas , e também he boa a untura
v nrtvo o a h /nws t* __ _ ___...
delle a todo o corpo para ajudar a fahir as
bexigas.
BALSAMO APOPLÉTICO.
54 T) Oleo efprejfo de No%es mofcadas
XX. onça huma e meya.
EJloraque Calamitha oitavas tres.
Balfamo Peruviam oitavas duas.
Beijoim.
Ambar cinzento.
Atgalia and oitava meya.
Almifcar efer opulo hum.
, Oleo de Cravos.
Páo de Rhodes.
Canela.
C afeas de Cidra.
Cafeas de Laranja and efcropulos dous: de
tudo fe faça Balfamo S. A. Ita Nicolaus Le-
meryin Pharmacop. cap. 2. de Balfam.p. 892.
Far-fe-ha na fórma feguinte : Ó Eftoraque
fe pulverizará fino, ou fe desfará com o Bal
famo do Peru, _os mais fimplices fe pifaràõ
lubtis, c tudo fe mifturarà com o Oleo das
Nozes mofcadas, que fe diíTolverá ao ar do
lume , e como todos’ os ingredientes efti-
verem juntos, lhes lanqaráÔ os Oleos,e fe fa-
rá maftá branda, que fe guardará para o ufo
em vafo de vidro bem tapado. Chama-fe
efte Balfamo Apoplético, porque ferve para
as Apoplexias, e para todas as enfermida-
des do cerebro. AíTim o diz Charás cap. 5. de
Balfanu: r Apopletici nomen huic Balfamo in-
ditum cum admodum incunãis cerebri morbis
çonducat.
Serve efte Balfamo para as Apoplexias , e
para todos os achaques do cerebro r applica-
fe untando a tefta junto á raiz do cabello , e
as fontes da cabeqa , também femette nos
ouvidos para corroborar o cerebro , trazido
em caixinha j e cheirando-o muitas vezes re-
bate os flatos, preferva do ar corrupto , c
reíifte á malignidade dos humores * póde-fe
applicar pela bocca para os mefmos acha-
ques, e fe dá de feis graõs até hum efcro-
pulo. rv
55 R BALSAMO ESTOMA CHICO.
Oleo efprejfo de No\es mofcadas
• onças duas. v
Oleo de Lofna vulgar.
Oleo de Almecega ,ae de
Efpica.
Cera branca anã oita vas feis.
Oleos dijliliados de Lofna-
Hortelàa.
Canela.
Cravos.
Tliimo, / de
Macis aná oitava huma: de tudo fe faça BaJ-
famo S.A.Ita Moifes Charás in Pharmac. Re a
_ 1 /V # /* w-* n • ...
cap. ].de Balfam.pag. 35»^. Far-fe-ha na fór¬
ma feguinte: Em fogo muito brando fe der¬
reta a Cera, e o Oleo de Nozes mofcadas, e
depois fóra do fogo lhe ajuntaráõ os Oleos
vulgares, e ultimamente os diftillados, e co¬
mo tudo eftiver bem mifto fe guarde o Bal¬
famo para o ufo. u.
Serve efte Balfamo para corroborar, e a-
quentar o eftomago , faz parar os vomitos ,
provoca o appetite, abranda as dóres do ven¬
trículo , cólicas, dyíenterias, e também he
util em todos os affeótos do cerebro, c ner¬
vos : applica-fe exteriormente untando com
elle a parte que padece.
BALSAMO ANGÉLICO
reformado.
5 á T) Oleo de Notes mofcadas onças duas*
XX. Oleo dijiillado de Angélica onça
meya.
BaiK de Angélica pulverizada oitavas duas;
de tudo fe faça Balfamo Si. A. La Nicolaus
Lemery in Pharmac. cap. a. de Balfam. p.8 9 <.
Far-fe-ha na fórma feguinte; O Oleo de No
 Dos Oleos ► e Balfamos.
aes mofcadas fe derreterá em fogo muito
brando , e fóra do lume lhe lanqaráõ a raiz
de Angélica pulverifada fubtil, e depois o
Oleo; e çpmo tudo eftiver em fôrma de maf-‘
fa branda , fe guarde para o ufo.
Efte Ballàmo refifte ao veneno , ares cor¬
ruptos, e ferve para os apéftados, he util nas
febres malignas, e para corroborar o efto-
mago : dá-fe de hum efcropulo até huma
oitava em Pilulas, ou em licor conveniente.
BALSAMO CORDEAL
57 T> Oleos de Cidra.
Cravos.
Canela. - - •
Alecrtm.
Confeição Alhermes and hum efcropulo.
Extraão de Açafrad grãos quatorze.
r Almifcar , e
'. Ambar anü efcropulo meyo.
Oleo de ÍSi o%ps mofcadas q.f de tudo fe faça
Balfamo S. A. lta Nicolaus Lemery in Phar-
viacop. cap. 2. de Balfam. pag. 895. Far-fe-ha
na fórma feguinte : O Exiracto de Acafraõ,
e a Confeição Alkermes fe diíTolvaõ em hu¬
ma porçaõ dos Oleos, e depois fe ajunte tu¬
do , e lhe lanqaráõ o que bailar de Oleo de
Nozes mofcadas derretido para fazer mafla
branda , a qual fe guardará para o ulo em
vidro bem tapado.
Eíle remedio faz reviver o coraqaõ, forti¬
fica o cerebro, refifte aos máos humores,
ajuda a digeftaõ , e desfaz os flatos ; dá-fe de
íeis graõs até quinze.
Todos os Oleos dos vegetativos aromáti¬
cos fe tirão da mefma forte , que o de Ca¬
nela , como já fe difte na difcripqaõ do dito
Oleo.
BALSAMO BEZOARTICO.
58 T? Oleo à* Noxes mofcadas onça 1.
Oleos de Cafeas de Cidra dijiilia¬
do , e de Laranja.
< Alfaxema.
Arruda , e de
Angélica anã efcropulo hum.
Oleo de Alambre gottas de\-
Camphora gr aos oito : de tudo fe faça BaL
famoS. A. lta Nicolaus Lemery in Pharmac.
cap. 2. de Balfam.pag. 896. Far-fe-ha na fór¬
ma feguinte : O Oleo de Nozes moicadas fe
diíTolverá, e depois lhe ajuntaráo os mais
com a Camphora, e eftando tudo bem mifto
fe guarde para o ufo em vidro bem tapado.
A Camphora para efte Balfamo , e para os
mais fe diflolve lanqando-a em hum almofa¬
riz , e com huma gotta de Oleo no mefmo
inftante fe desfaz mexendo-a com a mao do
almofariz *. aflim o enfina Lemery no lugar
citado por eftas palavras: Le Camphrefe dif
fout en m monêt dam un moriUer auec let Imilçs-
^71
Efte Balfamo refifte aos ares corruptos,
ferve para a péfte, e para todos os males
contagioíbs , abate os vapores hyftericos , e
fortifica o cerebro 5 applica-fe em mecha ao
nariz , e também fe póde dar pela bocca de
quatro graõs até doze.
BALSAMO VULGAR
de Lemery. <•
59 T) Tormentina fina libra huma.
XV * Goma Eiemi onças quatro.
Reyna de pinho onças. duas*.
Arifioloquia longa onça huma e meya.
Sangue de Drago oitavas duas: de tuâofit
faça Balfamo S.Á. lta Nicolaus Lemery in
Pharmac. cap. 2. de Balf pag. 806. Far-fe-ha
na fórma feguinte : A Arilioioquia , e lan¬
gue de Drago fe pifaráõ fubtiliftimos , a Re¬
fina de pinho fe fará em boccados pequenos,
e fe derreterá com a goma, e Tormentina
em fogo muito brando , e tora do lume lhe
lancaráõ os pós, e como tudo eftiver bem
mifto fe guardará o Balfamo para o ufo.
Efte Balfamo he admiravel para mundifi¬
car , e alimpar as chagas, aflim novas , co¬
mo velhas faz renafeer a carne em todas as
chagas , também ferve para as diflocacoés,
BALSAMO VERDE.
60 T) Oleo de Linhaça.
X\ é Axeite and libra huma.
Oleo de Louro onça huma.
Tormentina fina onças duas.
Oleo dijiillado de bagas de Junipero onça
meya.
Ver de te oitavas tres.
Axebre fu cot ri no oitavas duas.
Vitriolo branco oitava huma e meya.
Oleo de Cravos oitava huma : de tudo fe faça
Balfamo S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar¬
mac. cap. 2. de Balfam. pag. 897. Far-fe-ha
na fórma feguinte: O Verdete r Azebre , e
Vitriolo branco fe pife muito fubtis cada
hum per fi, depois fe ajuntem os Oleos com
a Tormentina , e fe lhe dê huma quentura ,
para que fe diftblva , e fóra do fogo lhe lan-
qaràõ os pós , e os Oleos diftillados; e como
tudo eftiver bem mifto fe guarde o Balfamo
em vidro bem tapado para o ufo.
Efte Balfamo mundifica as chagas, alim¬
pa-as, e cicatriza-as, faz-lhe nafeer carne no¬
va , e he bom para as mordeduras dc quaef-
quer bichos venenofos; applica-fe quente
untando a parte enferma com huma penna
molhada no dito Balfamo.
BALSAMO UTERINO.
61 TJ Cebo de Bode onças duas*
JLV. Galbano.
AJfafetida.
Cafioreo and oitava huma e meya*
Oleos de Alambre.
Aaa a Axe-
 Pharmacop. Ltifitan. Aúgment. Trat. X.
m Azeviche. . . •• »ii:. • 5
hum pobre homem, que ertcontfóíí enii hu-
Arruda yé de ma eítrada, tedo cheyo de feridas^ e chagas-,
Sulina anà oitavas duas : de tudo fe faça o qual remedio nao conítava mais que de Aj*
Balfamo S. A. Ita Moyfes Charàsin Pharmac. 9 zeite, e Vinho , como fe vêiiijcap. 10. <fo
Reg. cap. 3. de Bdfam. pag. 399. F ar-te-ha Euangelho de S. Lucas , onde o diz per for¬
na fôrma ieguinte : As gomas iediflólveráõ mal ia; ver ba : Homo quiâam defoenâebàt ab Je-
em fogo muito brando., e lhe ajuntar ao o rufalem in Jericho, incidit in Latronès rqui
Cebo derretido , € tudo fe lance em hum etiam defpoliaverunt eum : tf plagis impoftis
Almofariz bem quente , e lhe ajuntem o Ca- abierunt femivivo relião. Samaritanus aiitem
ftoreo , e Oleos, e fe hirâ mexendo toda a quidem iter f adens , venit fecus eum : tf videns
matéria, até que eíteja bem encorporada , e eum mifericordia motus ejt: Et approprians al-
aílim fe guardará para o ufo em vafo bem ta¬ ligavit vulnera ejus : infundens Oleum , tf Vi-
pado. num , tf imponens eum fllum in jumenium fuum,
Serve, eíte Balfamo para rebater os vapo¬ duxit in Jiabulum , tf curam ejus egit. Em al¬
res hy itéricos , e para abrandar as dores pro¬ gumas partes ufaÕ deite remedio alguns cu-
cedidas do mefmo. Applica-fe enchendo hu- riofos, e fazem com elle muito boas curas,
ma meya cafca de.nós, e pondo-a no embi- como eu já vi ao primeiro que me deu a re¬
go , ou em hum parche j também fe applica ceita : duvidava dos effeitos que delle via,
aos narizes , e finalmente he bom para pro¬ por fe compor de tao poucos fimplices; en¬
vocar a conjunqaõ menfal ás mulheres. tendia , que quem ma dera occultáva alguns
BA L S A M O DE ARCliü. ingredientes porém fazendo-o eü fó com o
62 YV 1 Cebo de Bode libras duas. Azeite, e V inho , o ufei com bom fuccefíb,
X\ • Goma Elemi. e paítãndo alguns annos vindo-me á maoas
Tcrmentina de Veneza and libra luia e meya. obras de Charás, e Lemery achei nellas a
Enxúndia de Porco libra huma. dita compofiçaõ , que ainda hoje algumas
Oleo de Ilypericao onças fete : de tudo fe fa¬ peítoas, que nao tem noticia dos ditos Au-
ça Balfamo S. A. Ita Rlicolaus Lemery in aores, guardaÕ em fegredo, e a nao daó, fe-
Pluvmac. cap. 2. de Balf.pag. 893. Far-íe-ha naõ o Balfamo feito, a que chamaõ Oleo VuL
na forma ieguinte : A Goma , Tormentina, nerario.
Cehc j e Manteiga de Porco fe derreterão Serve eíte medicamento para a cura de
em fogo muito brando , e depois lhe ajunta¬ todas as feridas frefeas, naõ fendo penetran¬
rão o Oleo, e ultimamente fe guardara o tes , qualquer parte que fejaó : applica-fe á
Balfamo para o ufo. Aílim o enlina a fazer o ferida antes de outra cura , dando-lhe pon¬
meímo Audtor no lugar citado , o qual lhe tos fendo neceíTarios, e depois curando-a
pôem as fete onças de Gleo de Hypericaõ lem mais nada do que a coniinuaqaõ do dito
demais j porque le fe faz lem elle fica o com* remedio , também alimpa, e confolida as
poílo tao rijo , e duro , que fe nao póde ufar chagas , e he admiravel para fortificar os
delle. nervos.
Serve eíte Balfamo para confolidar as cha¬ BALSAMO PRODENTITIONE
gas , abranda as picadas, que ellas cauíaÕ , e puerorum fácil itanda.
he bom para as contufoes , difiocaqoes , e 64 TJ Manteiga de Porco fem fal onças
para fortificar os nervos: applica-fe a parte XY. tres.
enferma. Enxúndia de Galinha, e de
BALSAMO SAMARITANO. Pato onças duas.
6 3 T) A\eite commum. Flor de Papoilas vermelhas oitava huma,
JlV • Vinho generofo anà partes iguaes: (fumo de Caranguejos do Rio.
de tudo fe faça Balfamo. Ita Moyfés Charàs in Mucilagens de Malvaifco anà onças duas.
Pharmac. Reg. cap. 3. de Balfam. pag. Açúcar cande onças quatro.
Far-fe-ha na fôrma ieguinte : O Azeite , C Trochifcos de galia mofchata eferoputo hum.
V inbo fe poraó em vaio de barro bem tapa¬ Gema de ovo numero hum: de tudo fe faça
do , e fe cozerá tudo cm fogo brando até Balfamo S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar¬
gaitar a humidade , entaõfe coará , e guar¬ mac. cap. 2. de Balfam.pag. 903. Far-le-ha na
dará para o ufo. O Vinho para fe lazer eíte forma ieguinte: Tomaváõ tres, ou quatro
medicamento ha de fer tinto , e o mais ge¬ Caranguejos do Rio, e os pifarão vivos em
nerofo que houver, como adverte Lemery gral de pedra com maô de páo, c depois lhe
no cap. 2. dos Oleos pag.üyy. Chama-íé eíte lançarão algumas gottas de cozimento de
Balfamo Samaritano, porque com elle cu¬ raiz de Malvaifco , entaõ efpremeráÕ a ma¬
rou aquelle piedofo homem de Samaria , téria , e tomaráõ do çumo que derem os Ca-
chamado do Euangelho o Samaritano a • ranguejos duas onqas , c coai a> mucUagem,
Man-
 ; Do$ Qleos, e Balíamos,
Manteiga, Enxúndias, e a flor de Papoilas
fe porá tudo .em Vafe de, bano a cozer em
fogo muito brando até,gaitar toda a. humi¬
dade , depois fe coará , e na coaduna lanqa-
,ráo oAcucar cande e: Trochiilos em pó
muito iubtil , e ultimamente lhe ajuntaíáõ
huma Gema de ovo, conjo tudo ediver bem
mido. fe guardará para q ufo.
Ede iiallamo humedece , e abranda as
gengivas dos meninos pequenos, e lhe fa¬
cilita o nafcimento dos dentes fem moledia
alguma : applica-fe untando-lhe com elle as
gengivas. . ; • / feguinte : Os Oleos fe encorporaõ com o
BALSAMO FLOR EN TI N Q.
6 5 Yy Tormsntina Ulra huma.
JlV. 'Telhas novas bem covdas onças
cito. * , , t . , , ,
A\eite velho Ulra meya.
Oleo de Louro onças quatro.
Canela. F ov •
Efpica and onças duas : tudo fe d filie em
retorta, lta Nicolaus Lemery in Pharni. Cap. a.
de Balfim• pag. 904. Far-le-ha na fórma fe-
guinte : Tomaráó hum pedaço de telha no¬
va , e cozida de frefco a pifaráÕ groíTa, e to¬
maráó do pó delia as oito onças, as quaes fe
lancaráõ em huma retorta com a Canela , e
Efpica também pifados groílos, e lheajun-
taráõ o Azeite, eTormentina, edepois de
bem lutadas as juntas do recipiente fe porá a
di.dillav, e o que der fe guarde para o ufo em
vidro bem tapado. %,
Ede Balfamo provoca a ourina , desfaz a
pedra.} mata as lombrigas, e fortifica os ner¬
vos } applica-fe á parte enferma, ferve tam¬
bém para a Parlezia , e dores de juntas Pô¬
de-íe dar pela bocca de duas gottas até oi¬
to para a dor de pedra , e para fazer lançar
as areas da bexiga.
BALSAMO ANODINO.
66 TJ Tolhas de H ortigas.
XV. Tanchagem.
Mercuriaes, e de
M anjerona and manipulo hum.
Oleo de No%es exprejjolibras tres c onças
quatro.
Vinho generofo onças oito : de tudo fe faça
Balfamo. lta Nicolaus Lemery in Tharmac.
cap. 2. de Balfim.pag. 908. Far-fe-ha na fôr¬
ma feguinte: As hervas fe machuquem , e
mettaõ em vafo de barro vidrado , e emci-
ma lancaráõ o Olea de Nozes , e Vinho , e
fe pora em digeílaõ em cinzas quentes vinte
e quatro horas , e paliadas ellas fe ponha a
cozer até gaílar a humidade , entaõ fe côe,
e ultimamente fe depure muito bem , c fe
guarde para o ufo.
Efte Balfamo adoça os humores, e ferve
para abrandar as dores de qualquer parte que
<; 575
fejaõ , applica-fe quente untando a parte en*
ferma.
BALSAMO ODONTALG1CO.
<7 TJ 01 ecs de Cravos.
XV • Camphora , e de
Buxo anà efcropulo hum.
Oleo de A- o%es mofadas exprejfo q.f.
Extra do de Opto efcropulo hum e meyo.
Ferrugem q.f para tingir o Balfamo de pre¬
to : de tudo fe faça Balfamo S. A. Ita Aruireas
Cnoffelius in Confins Reg. Polonia. tit. io. de
Odontalgiapag. miht 753. Far-fe-ha na fórma
que bailar de Oleo de Nozes mofcadas, e lhe
ajuntaráõ o Extraclo , e huma pouca de fer¬
rugem de chaminé , que feja bem negra, e
reiplandeceute em pó fubtil, e como tiver
a cor preta , e a confidencia dura fe guarde
o Balfamo para o ufo : a confidencia dura
que o Balfamo ha de ter , ha de fer como
aquella , com que fica o Apoplético , em tal
fórma que fe conferve fempre tratavel para
fe ufar.
Ede Balfamo he admiravel para as dores
de dentes: applica-fe na cova do que edá
furado feita huma mecha delle embrulhada
em algoclaõ. Em lugar de Oleo de Campho-
ra fe póde por a mefma naõ havendo o Oleo.
O Oleo de Camphora fe fa\ na fórma feguinte'. 9!eum
Tomaráõ.tres ou quatro onqas de Cainpho- ^mPho‘
ra , a qual fe pifará , e lanqará em hum vafo
de barro vidrado , e emcima lhe lanqaráõ
dobrado pefo de Eípirito de Nitro, e fe fe¬
chará o vafo , o qual fe metterá em banho,
que edeja quente , e fe mexerá a matéria de
quando em quando } até que toda edeja dif-
foluta , entaõ fe lhe tirará o Oleo , que ha-
de nadar por cima do EfpiritOj e o Oleo, que
ha de fer muito claro, fe guarde para o ufo
em vafo de vidro bem tapado: aflim o enfina
Lemery no feu Curfo Chimico i.part.c^y.
de Camphora pag. mihi 611. A agoa do banho
em que íe fizer eda operacaõ badará que
edeja em fórma que fe faqa aquecer a maté¬
ria : mas de nenhuma fórte he conveniente
que ferva } porque o grande calor fará refoL
ver as partes voláteis da Camphora. Serve
o Oleo de Camphora para alimpar os ofíbs,
que tem corrupqaõ , c para tocar com elle
os nervos defeubertos, por caufa de chaga,
e he bom para a dôr de dentes.
BALSAMO ANTI-ARTHRITICO.
6 8 TJ Cal amo aromatico onça huma.
XV. Cafeas de Cidra, ede
Laranja anà onça huma e meya,
Lofna.
Abrotano.
Genciana ana onça huma.
Rai\ áe Enulu campana*
Con*
 J74 Pharmac, Lufit. Augmerit. Trat. X.
Confoliâa mayor.
Alfa\ema.
Serpad and oitavas duas.
Vinho branco onças feis.
Oleo antigo li br anhuma e meya: coyi-fe tu¬
do ate gajiar a humidade , então lhe lancem
Regina branca.
Oleo de E/pica and onça huma : de tudôfe
faça Balfimo S. A. íta Joannes Mangetusfu-
per Schroder. lib. 2. cap. 41. de Balfam. pag.
mihi 91. Far-fe-ha na fórma feguinte: As
raizes, e mais fimplices fe pifaráõ groííòs, e
fe metteráõ em vaio capaz , e emcima lhe
lar.caráõ o Azeite , e Vinho , e bem tapado
o vaio fe ponha em digeílaõ vinte e quatro
horas, paliadas ellas, fe coza em fogo bran¬
do até gaftar a humidade, entaõ fe coará, e
na coadura lanqaráõ a Rezina em pó fubtil,
e o Oleo de Efpicaj e como eíliver tudo bem
miílo, fe guarde em vafo de vidro beirmpa-
do. O Oleo de Efpica , que neíle compoílo
ha de entrar ha de fer o que fica efcripto
neíle Tratado no num. 45., e naÕ a agva Rãsf
de que muitos ufao.
Serve eíle Balfamo para abrandar as dores
aos gotofos, e lhe fécca a fluxaõ, que as cau-
fa : foi experimentado em Uladiílao IV.
Rey de Polonia , como diz o mefmo Audor
no lugar citado per formalia verba : Sedat
dolores podagricos , quod expertus eji Uladis-
laus IV. Rex Polonia., qui omntbus a li is reme-
diis pro poda gr a in cafum adhibitis, tandem hoc
ufus ejifibi á muliere quapiam exhibito, fiatim
vero ac Pharmacopaus per media hora interval-
la , leniter cumpenna anferina ebpartes dolen-
tes ilUnivit, mtrum in modum fedati funt dolo-
res 5 ita ut Rexfpatio aliquot dierum , fomno
ante per oãiduum privatus, dor mire , ac quie-
fcere caperit, Cif brevi medieaminis hujus auxi¬
lio convaluerit. Applica-fe á parte da dor un¬
tando-a com o Balfamo tépido com huma
ponta de penna , para que naõ faqa mayor
dor na parte, quando fe applica.
BALSAMO PARALÍTICO.
hR. Bagas de Louro.
Grads de J um pero.
Cqftoreo.
Euphorbio and oitavas duas.
Cravos.
Ma ás and oitavas tres.
Almecega.
Myrrha.
EJioraque liquido and onça meya.
Alambre branco.
Goma Elemi.
Galbano and oitavas tres.
Minhocas numero quin\e.
Tor menti nafina libra huma.
Efpirito dg Vinho librps quatro: de tudo fc.
faça difitlíaçaõ S. A: Ita Vredervcus Hqfma-
nus in Thefauro Pharmaceutico fett. 4. de BaU
fam. num. 5. pag. miíú 66j. Far-fe-ha na fôr¬
ma feguinte : Os íimplices fé machucaráõ
todos j e fe metteráõ em cabaça de barro
vidrado, e emcima lhe lanqafàõ ó efpirito
de Vinho, Tormentina, e Minhocas bem
lavadas, e fe lhe pòrá Lambique de vidro ,
e como as juntas eíliverem bem lutadas, fe
fará a diílillaqaõ ém fogo brando , é oBalfa-
mo que der , fe guarde para o úfo em vidro
bem tapado.
Serve eíle Balfamo para a Pariezra , e con-
tradura dos nervos: applica-fe untando com
elle o eípinhaqo de manháa , e tarde , eílun*
do o Balfamo tépido.
BALSAMO APOPLÉTICO
de Hojfmano.
7° T5 Oleo efprefo de Nox.es mofcadas
JLX» oitava huma.
Oleo de Alfatema.
Oleo de Alambre and efcropulo hum.
Ambar-gri\ grads quatro.
Algalia , e de
Almifcar and grads feis: de tudo fefaça BaU
famc. Ita Frederic. Bojfman. inThef.Phar-
niaceut. feã. 4. de Balfam. pag. milu 667. Far-
fe-ha na fórma feguinte : O Oleo de Nozes
mofcadas fe diffolva em fogo muito brando*
lhe lancem o Ambar , e Almifcar em pó, e
a Algalia fe desfará com os Oleos , e como
tudo eíliver bem miílo fe guarde em vafo
bem fechado. Também fe póde fazer o Bal-
lamo Apoplético pela receita feguinte: que
he do mefmo Audor no lugar citado.
R. Oleo de Canela oitavas duas.
Cravos oitavas tres, e de
Pão de Rhodes oitavas duas.
Balfamú
Apoplet.
pretioíii.
Balfamo Peruviano onça meya.
Almifcar, e
Ambar and oitava huma.
Oleo efprefo de Notes mofcadas onças duas:
mijiurefe tudo , e fe faça Balfamo S. A. na
fórma feguinte : O Ambar, e Almifcar fe pi¬
faráõ , e miíluraráõ com o Oleo de Nozes
mofcadas, que fediffolverà em fogo bran-
diílimo, e fóra delle fe lhe ajuntem os Oleos
diítillados, e o Balfamo do Peru 5 e tanto
que tudo eíliver bem miílo fe guarde para o
ufo em vafo de vidro bem tapado.
Serve eíle Balfamo nas Apoplexias, refiíltf
aos ares corruptos , perferva da péíle , reba-
te as virtigens, e conforta o cerebro , ufa-
fe cheirandoo : a mulheres naõ he conve¬
niente por eaufa dos muitos cheiros.
BAL-
 Dos Oleos, e Balfamos.
BALSAMO DE ENXOFRE
coramum.
71 "D d* Nozps efprejfo libra meya.
I\* Flores de Enxofre onça huma.
Sal Tar taro efcropulos doas.
■ Vinho branco onças duas: de tudo fefaça di-
geftad por efpaço de oito dias, depois fe lhe aa-
Jte a humidade, e fe faça o Balfamo S. A. “ita
Moyfés Charàs in Pharmac. cap“. 3. de Balfam.
Paê- 395* Far-fe-ha na fórma feguinte : Os
íímplices todos le lanqaráõ em vafo de barro
vidrado , e fe tapará bem , e porá em dige-
ftaõ em lugar quente oito dias: depois fe po¬
nha o vafò em fogo muito brando até gaitar
a humidade , e como a matéria eftiver fria
fe coe o Balfamo por inclinaqaõ, e fe guarde
em vidro bem tapado para ufo. Alguns fa¬
zem o Balfamo de Enxolre pela feguinte re¬
ceita de Rulando , e he a que fe ufa.
R Flores de Enxofre ònçahuma emeya.
• Oleo de Nozes efprejfo libra meya: tudo
fe digira, e fefaça 0 Balfamo S. A. Ita Ni-
colaus Lemery in Pharmac. cap. 2. de Balfam.
pag. yn. Far-ie-ba na fórma feguinte: As
flores de Enxofre , e o Oleo fe lancem em
vafo capaz, e depois de bem tapado fe ponha
em digeltaõ cinco ou feis horas em cinzas
quentes , e pafladas ellas fe porá em fogo
muito brando , até que o Balfamo tenha a
cor vermelha , e como aflim eftiver fe coe
por inclinaqaÕ , e fe guarde para o ufo em
vafo de vidro bem tapado. Deita mefma for¬
te fe póde fazer o Balfamo de Enxofre Tere-
bentinado com meya libra de Oleo deTor-
mentina onqa e meya de flores de Enxofre ,
como enftna o mefmo Lemery no lugar ci¬
tado.
Serve o Balfamo de Enxofre para difcutir,
e alimpar , e para refolver os humores crus,
applica-fe ás chagas para as alimpar de toda
a fordicie , principalmente naquellas onde
cahio alguma fleuma vifcofa: applica-fe á
parte enferma, ferve no ufo interior para os
achaques do peito : dá-fe de huma gotta ate
feis ou mais.
Serve o Balfamo de Enxofre Terebentína-
do para alimpar as chagas do bofe , e do pei¬
to , ajuda, e facilita a refpíraqao , e he por
efta caufa muito conveniente aos Afraati-
cos: dá-fe de huma gotta até feis.
BALSAMO PARA VERTIGENS.
72 T) Oleo de Nozes mofe adas efprejfo
oitavas duas.
Oleo de Cravos efcropulos dous.
Cravos pulverizados efcropulo hum, ou 0 que
bafiar para Ungir 0 Balfamo. Ita Chrifopho-
ms Leve Morley in ftis Colleã. Chim. traã.
Balfam.cap. pag. 122, Far-fe-ha na fórm*
57 j
feguinte: O Oleo das Nozes tnoícadas fe
diflolva em fogo brandiflimo , entaõ fe lhe
ajunte o Oleo de Cravos, e íe lhe lancem
depois os Cravos pulverizados, que na re¬
ceita fe pedem , ou aquclles que buítarem
para dar boa côr , e confiftencia ao Balfamo
( os Cravos haõ de fef pulverizados fubtis},
e ultimamente fe guarde em Vafo de vidro
bem tapado para o ufo. Efte Balfamo fe cha¬
ma também Balfamo Gariophilado, como diz
o mefmo Audtor no lugar citado.
He efte Balfamo admiravel para as verti¬
gens, dores decabeqá , e para confortar a
memória : ufa-fe trazendo-o em caixinhas
pequenas, e cheirando-o muitas vezes.
BALSAMO POLICRESTO.
73
meya.
R. Salfa parrilha boa onças quatro.
Efpirito de Vinho libras duas e
Goma de Guayaco onças oito.
Balfamo Peruviano huma onça : de tudo (e
faça Balfamo S. A. Ita Nicolaus Lemery in
Pharmac. cap. 2. de Balfam.pag. 891. Far-fe-
ha na fórma feguinte .* A faliu depois de ra¬
chada fe cortará miuda , e machucará , e fe
metterá em vafo capaz, e etiicima lhe lan-
caráõ o efpirito de Vinho , e bem tapado o
vafo fe porá em digeftao em lugar quente
quatro dias, ou até que o efpirito tenha a côr
bem loura , então fe coe , e na coadura fe
lance a goma.machucada , e fe deixará eftar,
até que bem fe diflolva , e ultimamente lhe
deitaráó o Balfamo do Peni $ e tanto que fe
diífolver fe torne a coar o licor , e fe guarde
para o ufo em vafo de vidro bem tapado.
Efte Balfamo he muito fudorifero ferve
para a cura do Gallico, Lepra , e para todos
os afFeétos efeorbutos : dá-fe de doze gottas
até duas oitavas em licor conveniente j fer¬
ve também no ufo exterior para os catarros,
Parlezia, e Cyatíca : applica-fe á pafte en¬
ferma. A goma do Guayaco be huma rezina
qüe dá o mefmo páo, e vem das índias Oc-
cidentaes, he parda, e fe desfaz muito fa¬
cilmente em efpirito de Vinho , ou em ou¬
tro femelhante licor , e a efta chaniaô huns
Goma , e outros Rezina , e aftim Goma
de Guayaco, ou Rezina de Guayaco tudo
he o mefmo, como diz Lemery no lugar
citado.
BALSAMO PARA AS MAOS.
74 T) Sabaô de Vene\a diluto em çumo de
Xa. * Limoês libra meya.
Mel virgem branco onças duas.
Talco.
Açúcar eande.
Raiz de Lyrio and onça meya.
Sal Tartaro.
EfcU/imcnto j ou Clare\a.
Ffper-
 3 j6 Pharmac. Luíít. Augment. Trat. X}
Efperma Ceti anà oitavas duas.
Baifamo Peruviano oitava fama.
Óleos de Pdo de Rhodes.
Canela , e de , fe lhe tire o recipiente , em queeftá o licor
Cravos and efcropulo meyo,
Alnufcar, e
Ambar and grãos dote: de tudofefaça Bafa
/amo. Ita Moyfés Chards in Pharm. cap. 3. de
Balf. pag. 394. Ear-fe-ha na forma feguinte:
O Sabaõ fe faça em boccados pequenos, e fe
diííblva com duas onças de çumo de Limão
em fogo muito brando , e lhe ajuntem a
Efperma Ceti, e Mel $ e fóra do fogo lhe
lancem os mais fimplices em póbemíubtil,
e ultimamente os Oleos, e como tudo efti-
Tritura- ver bem mifto fe guarde para o ufo. O Tai¬
ti0 laia co fe pulveriza, fazendo-o em boccadinhos
pequenos , e pondo-o mcyo quarto de hora
em valo de barro a calcinar , e depois fe
aquenta o Almofariz, e a mao , eafíim eftan-
dc quente le pifa, e logo fe pafía por Tamis
fino. Áíiimoenfma o mefrno Charás no lu¬
gar citado : Fac;lis erit tritura Talei V ene ti,
jt frujium illiiis medi ocre luculento igni expoft-
tum fuent per hora. Jemquadrantem, inque mor-
tario magno aneoffmulque pifiillo optime cale-
faciis.non ignava manu contunduturçpriufquam
mortarium refrigefcat , CSY.
Serve eíle Baliamo para fazer as maus al¬
vas , e a cutiz muito li la : he mais útil para
o mefmo eífeito , que quantas pomadas, ou
paftas ha.
AüGMENTO
Do X. Tratado.
t? OLEO DE N0’S MOSCADA
díílíllado.
75 Noyes mofe adas dote onças.
4 Efpirito de Sal huma onça.
**- Agoa commua quatro Ubras-.de•
pois de qiíinte dias de digejlao fe dipUardd em
retorta de vidro com fogo de arèa S. A. Far-fe-
ha na fôrma feguinte : Efcolheráõ as Nozes
mofeadas , que forem mais novas , e frefeas,
e as pifaráõ groíTas, depois fe deitarão em
huma retorta grande, que fique ametade va-
fia , e lhe ajuntaraõ o elpirito do fal., tapada
bem a retorta fe ponha em digeílao em lugar
quente, quinze até dezoito dias, remexen¬
do em todos a matéria , pafTado o dito tem¬
po , e eílandoa matéria bem digerida fe lute
a retorta , pondo-lhe recipiente também lu¬
tado , e le porá enterrada em forno , ou ba¬
nho de arêa; principie-fe a fazer fogo bran¬
do , para que com algum vagar aqueça a re¬
torta , e como fe fentir a matéria , que eftá
dentro,feryçr,fe lhe vá augmentando o fogo
fazendo-p fempre igual, até qiie fe tenhao
diftillado quafi tres libras de licor, então fe
deixe apagar o lume, e esfriar a retorta, e
mifturado com o Oleo, eíle fe apartará do
licor lançando tudo em hum funil de vidro
bem claro ; e depois que todo eftá quieto, fe
lhe deixa cahiro licor aquofo, que eftá no.
fundo do funil, até le ver que fica o Oleo fo¬
mente, que fe tirará , e guardará em vidro
bem tapado para o ufo. Também fe pôde ti¬
rar o Oleo apanhando-o com alguma porçafr
de Algodaõ ; porem o primeiro modo de q
feparar he melhor , porque pelo funil fc -ve-
bellamente o Oleo que fica. Da matéria, que
fica na retorta , le pôde fazer o Oleo efpreA
fo de Nós moícada , como d i fiemos no Tf a-
tado IX. num. 13 8., e da mefma forte fe pó..
'de fazer o Oleo de Macis por diftillaçaÔ e
efpreflio.
OLEO DE SALVA DISTILLADO,
76 T) Folhas de Salva feccas huma libra,
jLv • Sal commum huma mav chea.
Agoa conmua tres libras: de tudo fe faça dfa
gefad quime dias , ou mais,. e fe âifille em
Lambi que alto comfeu refrigeratoriô S.A. Far-
fe-ha na fôrma feguinte í Tomaráõ a quan¬
tidade de folhas de Salva feccas limpas dos
pá os, e as pifaráõ grofías, e deitarão em
Lambique grande eítanhado , e emeima lhe
lançaráõ a cada libra de Salva tres de Agoa
commua, e huma maõ chéa de fal, e bem
tapado o Lambique fe deixe a matéria em
digeftaõ quinze até vinte dias, paíTado o di¬
to tempo fe ponha a cabeça no Lambique, ç
feu recipiente com as juntas bem lutadas fe
faça a diftillaçaõ com fogo igual, e fem fu¬
mo , que aífim hirá diftillando agoa , e Oleo
tudo junto , e tanto que tiver diftillado mais
das ties pai tes do licor, que fe lhe lançou fe
tire o recipiente, e fe fepare o Oleo’, que
andará nadando emeima da agoa, e fe pódc
fepaiar da mefma forte que diífemos no nu-
mer. 75., e livre de toda a humidade aquofa
fe guarde o Oleo cm vidro bem tapado. A
Salva, e mais plantas, que fe diftiüaõ fe de¬
vem colher para efta operaçao, quando eftao
muito chéas de fementes , e maduras 5 por¬
que então tem mayorporqaõ de Oleo : Dan],naA.
mel ma lorte fe podem diftillar os Oleos de ftíUados
todas as mais plantas * porque os diftillados dc todas
empie tem o cheiro mais fuave , porque le-plãta*.
vaõem fi a virtude de toda a planta , que <e
diftilla. He o Oleo de Salva diftillado cepha-
lico, nervino, hifterico, eftomaca], refoluti-
vo, e aperitivo, ferve nas Parlezias, Apople¬
xias, accidentes, e nas enfermidades hifte-
ricas: dá-ie de duas gottas, até doze, e tam¬
bém fe applica exterior mentç.
OLEO
 Dos Oleos, e Balfamos.
OLEO DE S ABAM.
Sabaõ de Veneyi.
77
R. Efpirito de Vinho and partes
iguaes : Diílille-fe em retorta com o fogo
de arèa. Fat-fe-ha na fórma feguinte : Eico-
lheráo o Sabaõ de Veneza , que for melhor,
e mais duro , e o rafparáõ , ou ralarão com
outra tanta quantidade de efpirito de vinho
fe lance tudo em huma retorta grande de
vidro,de forte que fiquem duas partes vafias:
lutada bem a retorta fe lhe ponha recipiente
com as juntas lutadas,entaõ fe porá em arèa,
e fe lhe hirá fazendo fogo muito brando , pa¬
ra que a matéria aqueqa com algum vagar j
e tanto que a retorta eíliver quente , e prin¬
cipiar a diílillar , fe .yá continuando o fogo
fempre brando, até que quafi todo o licor
fe diítille. Depois de apagado o lume fe tire
o recipiente , e o Oleo fe lepare em hum
funil de vidro, como já diííemos no num. 75.,
e ultimamente fe guarde para o ufo em vi¬
dro bem tapado. Serve para as convulfoés,
dores de cabeqa untando com elle a nuca, e
nariz j he bom para a tinha , Contufões, do¬
res de Cyatica, e de pedra untando com elle
a parte enferma , e pondo-lhe emeima huma
folha de cove. Póde-fe também fazer elle
Oleo com pó de pedra branca , da que vem
de Anqãa , e de outras partes , que por bran¬
da fe corta com qualquer faca , e com cinza
tirada de frefeo , que feja, ou de Azinheira,
ou de Sobro-, e fe diftilla em retorta da me-
fma forte , que le diííe no Oleo de Tijolos ;
e feito eíle medicamento com a cinza , e pó
da pedra , ferve para refolver , attenuar, e
lançar fóra os humores craflbs, accidos , e
tartareos, que caufaõ Gota , Cyatica , Par-
lezia , Efpaímos, e para todos os affeétos das
juntas , refolve os tumores do Baqo ) e affir-
maõ , que he bom para a dôr de dentes un¬
tando-o com huma gotta de Oleo.
OLEO D E TARTARO.
78 TJ Tartaro a quantidade , - que qui%e-
jrV# rem , depois de pifado fe dijiillarâ
em retorta vidrada S.A. Far-fe-ha na fórma
feguinte : Efcolheráõ o Tartaro do mais lim¬
po , que naõ tenha palha , nem terra , e o la-
varáõ, e depois de fecco o faraõ em pó, e o
metteráÕ em huma retorta de barro vidrada
por dentro, de forte que fique ametade
delia valia ; depois de lutada lhe poraõ reci¬
piente de vidro claro para fe ver diílillar $
ponha-fe em forno de reverberio fazendo-
lhe o fogo no principio brando até diílillar a
fleuma, a qual fe tirará do recipiente, efe
lançará fóra , depois fe lhe augmentará o fo¬
go l até que o recipiente fe veja cheyo de
vapores $ e tanto que eítes fe desfizerem, fe
377
augmentará mais o fogo , para que aífim fe
diítille o Oleo , e tanto que virem , que na¬
da diílilia fe apague o lume, e fe deixe esfriar
a retorta , entaõ le lhe tire o recipiente, e o
Oleo íc lepare de algum efpirito que tiver na
fórma que temos dito nos mais Oleos diílil-
lados, ou fe pafle o efpirito , que tiver, por
papel pardo, porque o efpirito paíTa por el¬
le , e emeima do dito papel fica o Oleo por
ler mais groflo , e deílu forte bem purifica¬
do le guarde em vidro bem tapado para o
ufo. Eíte Oleo he, ao que chamaõ fétido
pelo delagradavel cheiro , com que fica* dif-
íolve , e refolve todos os humores craflbs, e
tartareos $ e exteriormente fe ufa na Parle-
zia , e Apoplexia untando-fe com elle as par¬
tes , que padecem , e dando-fe a cheirar he
conveniente nos achaques hiítericos. Ha
mais outro Oleo de Tartaro , a que chamaõ oico dc
por Delíquio , o qual diz Lemery no feu Tartaro
Curfo Chimico cap. 20. que fe faz tomando Por Deli-
alguma porcaõ de Sal tartaro fixo , e met- ‘l11*0-
tendo-o em hum vidro bem tapado , o qual
fe pôem em huma cova húmida alguns dias
cobrindo o vidro com terra , até que o fal fe
dilíblva , e a elta diíToluqaõ chamaõ Oleo de
Fartaro por Delíquio 5 e da mefma fórte o
enfinaõ a fazer outros muitos Au&ores j mas
parece improprio o nome que lhe daõ de
Oleo , porque verdadeiramente he huma li-
quidaqaõ , ou foluqaõ do Sal tartaro fixo; po¬
rem alfim o ufaõ , e athrmaõ , que he bom
para os erpes, e paru refolver os humores :
as Senhoras ufaõ muito deite Oleo , ou folu-
c iõ do Tartaro nacompoficaõ das íuas A-
goas Cofmeticas.
OLEO PARALÍTICO.
79 TJ Semente de Mofar d a tres libras.
JLV» Cajioreo onça e meya.
Cravo da índia duas onças.
Nós mofeada tres onças.
Efpirito de Vinho quatro onças : digirefe ,
etirefe por efprejfad S. A. Far-fe-ha^na fór¬
ma feguinte : Ò Caítoreo, Cravo , e Nós
mofeada , fe pifarão groííos, depois fe ajun¬
tarão á femence de Moílarda , e fe tornaráõ
a pifar muito bem ajuntando-lhe o Efpirito
de vinho , entaõ fe porá tudo em vafo vi¬
drado vinte e quatro horas em lugar quente
paíTadoodito tempo fe porá o vafo em ba¬
nho de Maria , até que a matéria efteja bem
quente , entaõ fe lance em hum panno fór¬
te , e bailo , o qual fe metterà na imprenfa
apertando-o, até que fe lhe tire todo o Oleo,
o qual fe guardará para o ufo em vidro bem
tapado. He eíte Oleo hum grande remedio
para as Parlezias , applica-fe em fomentacaõ
na nuca, e nas mais partes enfermas.
Bbb OLEO
 57* Pharmac. Lufit. Augment. Trat. X.
OLEO NEPHRIT1CO
diílillado.
8o
R. Oleo de Alambre.
To, ‘mentina, e de
J uni pero and quatro onças.
Fermento de trigo.
Sal commum.
Tar taro branco.
Agoa de Hera terrejire.
Salfa, e de Unha gata and tres libras : mi-
Jlure-fe , e dijíille-fe para depois fe feparar o
Oleo S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte: Pul¬
verizar-fe-ha fubiilmente oTartaro branco,
e o fal, e fe mifturará com o Fermento, met-
tendo-fe efta matéria em hum grande Lam-
bique, emcima fe lançaráõ as Agoas, e Oleos
já diílillados , cobrir-fe-ha o Lambique , e fe
lhe porá recipiente, lutando todas as juntas
muito bem , entaõ fe porá em fogo de arêa,
que no principio fera pouco , depois fe lhe
hirá augmentando , e fazendo-o forte , mas
fem fumo algum , até que fe diílille todo o
licor * entaõ lé lhe tirará do recipiente o que
eíliver diílillado , e em hum funil de vidro fe
feparará o Oleo do outro licor j e eflando
bem feparado , e livre do Efpirito , e da me*
fma forte fe guarde também o dito efpirito
em vidro á parte } porque huma e outra
coufa ferve no ufo da medicina. File Oleo
desfaz a pedra, e arèas dos rins, provoca as
ourinas, e dulcifica os ardores : dá-fé de
duas gottas ate feis. A agoa , ou efpirito di-
ílillado he aperitivo , e fe póde ufar nos me-
fmos achaques : dá-fe de huma onça até
quatro. ,.<•
BALSA MO DE ALAMBRE.
8i
R. Alambre quatro onças.
Oleo de Tor menti na db\e onças:
n.ifure fe S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte:
O Alambre fe fará em póFubtiliíhmo , e fe
lançará em redoma de vidro claro , e emci¬
ma fe lhe deitará o Oleo da Tormentina, e
tapada bem a redoma com pergaminho fe
porá ao Sol, quando o houver mais forte , e
ié hirá mexendo a matéria algumas vezes no
dia , até que o Alambre de todo eífeja bem
diífoluto , entaõ fe tire do Sol , e fe guarde
para o ufo. He admiravel confortante do ce-
rebro , e de todos os mais fentidos, ferve
nas convulfoés, achaques dos nervos, epi-
lepfias, e nos hiítericos: dá-fe dc tres gottas
até oito ou nove em licor conveniente.
BALSAMO AMO LUCATELLI.
LU C A T E LLI.
82
R.
ira e meya.
A\eite.
Tormentina lavada and huma li-
Cera amarella do\e onças.
S and aios vermelhos duas onças.
Vinho branco generofo q.f.: mijíure-fc S. A.
Far-fe-ha na forma feguinte : Em vafo de
barro vidiado fe lanqará o Azeite , e oito ou
nove onças de Vinho branco, e fe porá o va¬
fo em banho de Maria, cozendo até que íe
gaíleoVinhoj a Cera, e Tormentina de¬
pois de lavada , fe derreteráõ á parte, e coa-
ráõ emcima do Azeite fora do fogo , eílando
a matéria quafi fria fe lhe miílurem os Sân¬
dalos em pó íubtil, e miíla toda a matéria
fe guarde o Balfamo para o ufo. Serve para
alimpar, e confolidar as chagas frefeas, e
para fortificar os nervos.
BALSAMO ANODINO
Magiílral.
2)
R. Sabab de Veneza duas onças.
Opio huma onça.
Camphora huma onça e meya.
Açafrad duas oitavas,
Efpirito de vinho tres libras : digira fe, e
còe-fe. Far-fe-ha na fórma feguinte : OSabaõ
fe ralará , o Opio, e Camphora fe machuca-
ráÕ , e todos com o AcafraÕ inteiro fe lança-
ráõ em vafo de barro vidrado de bocca eílrei-
ta , e emcima lhe deitaráõ o efpirito de vi¬
nho , entaõ bem tapado o vafo fe porá em
cinzas quentes, ate que aqueqa a matéria, de-
pois fe conferve em digeltao íeis ou fete diasj
e ultimamente íe torne a aquentar em cin-
zas quentes , e fe coará , e guardará para o
ufo ern vidro tapado. Serve para abrandar as
dores da Gota , c para outras quaefquer en-
feinnidades, em que feja necefüário dulcifi-
car os humores mordazes, e crafíòs, he ape-
riente , erefolutivo: applica-fe aparte en-
ferma untando-a com o Balfamo tépido , ou
pondo-o em pannos molhados nelle.
BALSAMO ANT!VENEREO.
84 Salfa par rilha cinco onças.
Jtv • Reyna de páo fanto oito onças.
Efpirito de vinho trinta onças.
Ba lfamo Feniviano meya onça : digira fe
tudoS. A. Far-fe-ha na fórma feguinte : A
Salfa fe efcolhevá da de Funduras a melhor,
e mais nova que fe achar,, e depois de racha-
da fe cortará miuda , e machucará, e neíta
fórma fe lançará em hum grande vidro grof-
ío de bocca eflreita , e da mefma forte fe.lhe
deitará a rezina do Páo Santo, a que alguns
chamaõ Goma , feita em pó , e o Balfamo
Peruviano , entaõ lhe deitaráõ o efpirito de
vinho , e taparáõ o vidro muito bem , o qual
fe porá ao Sol, havendo-o forte , para que
aqueça a matéria quando o naõ haja , fe
metta em banho de Maria, mexendo tudo
algumas vezes $ e tanto que o efpirito eftiver
bem tinto, e a Rezina dó Páo Santo bem dif-
folvida fe coe o licor , e fe guarde o Balfamo
para o ufo. He admiravel remedio para a
cura do Galico , ferve para a Lepra, e achu-
que$
 Dos Oleos , e Balfamos.
qu.es eícorbutos : dá-fe depois das evacua¬
ções
3 neceifarias de huma oitava até duas
ou tres.
BÁLSAMO EMBRIONIS.
8 5 TJ No%es mofe a das tres onças e meya.
JlV• Cravos,
Canela,
Gengibre franco ,
Cúbebas ,
C ardanwno ,
Zedoaria and duas onças.
Macis huma onça e meya.
Galanga feis oitavas.
Açafrad duas oitavas.
Flor de Tília y e de
Cravelinas anã feis onças.
Folhas de Salva ,
Al co rouca 7
Funcho,
Vra-ibó, e de
Hortelâa crefpa ana tres onças.
Kai\ de Peonia ,
Semente da mefma,
Vifco querei no and duas onças.
Rofas de Alexandria quatto onças«
Vinho branco generofo tre\e libras.
Agoa dijii liada Je rofas br ancas,
Língua de Va cea,
Fr a gari a,
Lyrio convalle , anã dexafete onças.
Borragens,
Vrgibóy
Funcho , e de
Salva and huma libra : de tudo fe faça di-
fiillaçad S.A. Far-fe-ha na forma feguinte :
Osfimples aromáticos fe pifaráõjuntos grof-
famente, as hervas, raizes, e fementes fe ma*
chucaràõ em gral de pedra , depois de todos
juntos ic lancem em hum grande Lambique
de barro vidrado , ou de cobre bem eftanha-
do , e emeima lhe deitem o vinho, que fera
o mais feleclo que houver , e todas as agoas
diftilladas , e fe tapará o Lambique muito
exaíbamente, e bem cuberto fe entenaia em
efterco de Cavallo, ou em huma cova gran¬
de , emeftrebaria , que tenha muito efterco,
e fe deixe eítar hum mez, pafTado elle fe tire,
e depois de bem limpo o Lambique , íe de-
y/<f
llape , e fe lhe ponha recipiente com as jun¬
tas bem lutadas , e fe faqa adiftiilacao em
banho de Maria , e o licor diítillado fe guar¬
dará para o ufo em vidro tapado. Alguns cha-
maõ ao dito licor: Aqua vi ta. muUerum , ou
Aqua Embrionis $ e aflim nao deve fazer dúvi¬
da, que B alfa mo Embrionis , Aqua vi ta mu¬
Uerum , ou Aqua Embrionis , tudo he o me-
fmo. Em Norimberga Cidade Emperial na
Franconia , e em toda a Alemanha , fe faz o
Balfamo Embrionis pela receita acima eferi-
pta , e he a melhor $ porque foi reformada
pelos infignes Médicos, e famofos Botica-
rios do Collegio Medico da mefma Cidade
de Norimberga, tirando-lhe alguns fimplices-
inúteis na compofiçaG, efeolhendo efta re¬
ceita pela melhor entre as muitas que fe
achaõ nas antigas, e modernas Pharmaco-
peas} e por fer efeolhida pelos do dito Col¬
legio, lhe puferao o fobrenome de Norim-
lergeife. Fortifica o cerebro , e eilomago ,
ferve para as Epilepfias, e Apoplexias, he
admiravel para fortificar o feto no ventre
eftando em Embrião, impedindo os abortos
ás mulheres , que coítumaõ padecer odito
achaque;dá-íe demeya onqa até onqae meya
per ii ió , ou em licor conveniente.
B A L S A M O DE S A B A O.
$6 TI Sabãd de Vene\a , ou Hefpanha
Ia • duas libras.
Efpirito de vinho q.f : dijlille-fe re filtre fe.
Far-fe-ha na fôrma feguinte; TomaràÕ o Sa-
baô que for melhor , e mais duro peo rala-
ráõ, e deitaráõem Lambique de barro vi¬
drado , de forte que fiquem duas partes va¬
lias , e lhe lanqaráõ o que bailar de efpirito
de vinho , que cubra o Sabaõ ; entaÕTe lhe
ponha acabeca, erecipidnte com as juntas
bem lutadas, efehirá diílillando em fogo
muito brando , e o licor que fe dillillar , fe
lanqarà em outra tanta porcaõ de‘Sabaõ, tor-
nando-fe a dillillar da meíma forte , e o li¬
cor diílillado na fegunda diftillaçaõ fe filtra¬
rá , e guardará para para o ulo. Aíiirma hum
gotofo , que eíle Balfamo he hum admira¬
vel remedio para abrandar as dores,da gota,
untando a parte,que padece com huma peii-
na molhada no Balfamo , eftando tépido.
Bbb 1 TRA-
 T R ATADO XI.
DOS UNGUENTOS, E LINIMENTOS.
Uuguen- NGUENTUA? eji meàicamen- UNGUENTO ROSADO,
tú quid i tum topiaun pingue , linimento i TX Manteiga de Porco tovada.
durius, emptafro motins, lta Jo- XV» Rofas de Alexandria, and libras
annes Sclirod. in Pharmac. tib. i. feis : depois de fe te dias de digejiaõ /e co\a em
cap.]. de rebiis medicamentalib, fogo brando , até fe lhe gafar a humidade, en¬
praparatispag. núlú 8. Quer dizer, que o Un¬ tão lhe ajuntem outra tanta quantidade de
guento he hum medicamento topico pin¬ Rofas novas , e jéfaça 0 Unguento S. A. lta
gue, mais duro que o linimento, e mais ISicolaus Lemery in Pharmac. cap. ]. de Ung.
Un«uen- brando que o emplaftro. Eíle nome Ungu- pag. 916. Far-fe-ha na fórma feguinte: To-
tum un-ento íe diriva do verbo Latino Ungo, ou con¬ maráõ as Rofas frefeas, e as desíolharáÕ , e
de deri- fórme os Antigos Unguo, que íignifica un- delias adim pifaráo em gral de pedra huma
vatur* tar : Os Antigos chamavaõ também Ungu¬ pane , e com outro tanto de unto de Por¬
entos aos Oleos aromáticos; porém hoje co muito bem lavado fe metteráÕ em vafo
abfolutamente fe chama Unguento aquelle de barro vidrado, e fe poraõ ao Sol fete dias,
medicamento, que fe compõem de Oleo , mexendo a matéria com efpatula de páo va¬
Cera, Pós, Enxúndias , ou de outros quaef- rias vezes, e padado o dito tempo , fe po¬
quer fímplices , que fique em fórma mais nha em fogo brandojaté que gade a humida¬
branda que os emplaítros, e que íirva para de $ entaõ fe côe o unto, e nelle fe lance ou¬
Lirrímen-unturas exteriores: Ummentum medie amen- tra tanta porção de novas Rofas também pi¬
tü quitum eji topicumpingue , Oleo crajjius , Ungu¬ fadas, e fe faca digedao maniete dias na me-
ento Uqmdius , corporis illitioni dicatum.lta íma fórma 5 e ultimamente fe ponha em fo¬
JbasnesSchroderuspag. 6. Quer dizer , que o go brando a gadar a humidade , e fe côe em
Linimento he hum medicamento topico panella de barro nova , que naõ feja vidrada,
pingue, mais groíiò , que o Oleo , e mais e nellafe deixe esfriar, e depois Te tire da di¬
liquido , que o Unguento , e que eíle fe faz ta panella , e fe guarde em vafo bem tapado
para untura do corpo. O nome Linimentum para o uío. Côa-le o Unguento Rolado em
fe diriva do verbo Latino Uno tinis , que li- panella de barro novo , para que embeba o
gnifica untar brandamente: he eíle linimen¬ barro alguma humidade em fi, que oUngu-
to huma miftura de Oleo , Cera, Unguen¬ ento tiver, adim fica puro, e excedente.
to , ou de outra qualquer matéria , que leja Eíla receita he differente da que Mefue, e
capaz de untura , a quaUha de Ter de pouca os mais antigos elerevéraõ, e ainda em mui¬
mais confidencia que o Oleo , como diz tos dos modernos fe acha diverfa, e cada
Schrodero, e o endna Lçmery cap.]. de Ung. hum faz o Unguento pela que lhe parece , e
Ouanti- Quando nos Unguentos fe naõ pede a Cera o fazem com Roías vermelhas dobradas* po¬
tas Olei com pefo certo, fe ha de pôr a quatro partes rém os que deíejaõ ter ede medicamento
in Ungu- de Oleo huma de Cera , como diz Paulo Aí- feito com perfeição , e com bom cheiro , o
entis, gineta cap.\y. tib. 7. , e Ualeno no hv. ]. de haõ de fazer com Roías de Alexandria $ por¬
compofitione medieamentorum. Em os Ungu¬ que adim tem hum admiravel cheiro , e fica
entos , que fe compõem de Azeite , Cera , e de melhor operaçaõ 5 porque edas Rofas faõ
Pós, fepôem a huma onça de Azeite duas mais próprias para o que fe pertendedo dito
oitavas de Cera , e huma de Pôs, como diz Unguento , e com ellas he que fe deve fazer,
Tritura- Joaõ de Cadilho lib.2.c.2.de Ung.p.21%. To- como diz o mefmo Auótor no lugar citado ,
tio mUn- ^os os j'inip|jces qUe entrarem na compofi- porém íe naõ houver Rofas de Alexandria,
qualis de-^0 ^os Unguentos, ou iejao terras , ou mi- fe poderá fazer com as dobradas de cem fo¬
bet cífe. neraes, plantas, ou outro qualquer , fe ha lhas , porque edas também faõ cheiroláà:
de triturar fubtiiiflimo ; porque fe adim na5 Moyfés Charás na fu a Pharmacopca cap. 5.
for , mal poderáõ penetrar a parte, a que fe de Ung. tambem para fazer ede Unguento,
applicaõ 5 e fe fe puferem emeima de cha¬ pede das Rofas de Alexandria em mayor
gas, caufaràÕ grandes dores , e indammaráô quantidade que das vermelhas * porque com
a parte enferma , e por eda razaÕ devem ler ellas lhe dá a primeira permutação , e as
triturados bem fubtís.Adim o endna Corne- mais com as da Alexandria 5 e neftes termos
lio Ceifo nocap.i-j. Ubcom outros muitos. me parece o Unguento Rofado feito com
Rofas
 Dos Unguentos > e Linimentos. j 81
Rofas de Alexandria melhor que o que fe faz unto que leja de Porco macho ; porque o
com as vermelhas pelas antigas receitas, ain¬ que he dc femea naõ he taõ bom , e fica a
da que quem ailim o fizer naõ errará, pois banha ao depois muito liquida.
fegue a taõ grande Meltre como he Meíue.j Serve o Unguento de flor , ou Banha de
mas o tempo , que vay correndo, moítra aos flor para os achaques hyitericos: applica-fe
modernos algumas novidades, que os Anti¬ untando com cila o ventre , e também fe
gos naõ viraõ , porque lhes faltou a vida; pôde ufar em clifleís.
mas naõ porque elles tiveflem menos habili¬ UNGUENTO DEAGRIPA,
dade que os modernos. Se quizerem que o 5 T) Fai\ de Norça libras duas.
Unguento Rolado fique coma côr total men¬ tV • Rai\ de Eugos , e de
te vermelha , lhe lanqaràÕ duas oncas de raiz Ttibulos marinos and onças duas.
Drcancte de Orcanete pifada. Éífe Orcanete , he huma Rai\de Pepinos de S. Gregorio libra huma.
quid í efpecie de lingua de V acca,a quejoaõ Schro- Cebola albarrãa feis onças.
dero no liv. ry.pag. mihi ^72. chama Anchufa, Raix de Lyrio tres onças. '
ou Alcibiadion : cila tal efpecie de lingua de Rài\ de Feto duas onças : todas ai rai%esfe
Vacca , he huma , que tem as flores verme¬ lavem , e machuquem em gral de pedra , e lhe
lhas do meímo feitio , que as de Lingua de lancem emeima Azeite comrnum libras quatro.
Vacca , mas laõ mais largas, ailim o diz Ma- Tudo ejieja de infufad fete dias ; depois fe
thiolo fuper Diolcorid. Lb. 4. cap. 2}. pag. ponha a co\er, até que as raizes efiejad tenras;
\mihi 704. rr Anchufa. omne genus in toto fere então fe efpremad , e fe coe o Oleo, e depois di
caule purpureos explicat flores à vulgari bu- coado fe ponha ao lume, e como principiar a fer¬
glojjo non longe difJimiUs, quamvis anchufis ver lhe lancem
magis fubrubentes , magifque expahfi fpe- Cera branqii fjima onças quinze: e fe faça.
tíentiir. Unguento. Ita Nicolaus Lemery in Antidot.
He o Unguento Rofudo muito refoluti- pacr. mihi i S6. Chama-fe cite Unguento A-
vo , e adoqante, abranda as dores das he- grtpa, porque foy inventado por hum Rey
morrhoidas: ferve pára todas as inflfimaqoês, de Judeu ailim chamado, como diz Joaode
e para as dores das juntas: applica-ie untan¬ Caítilho no Hv. 2. cap. aa. de Ung. , e outros
—^ * / ^ c-» '

do com elle a parte enferma. muitos. Far-fe-ha na fórma feguinte : As

UNGUENTO D E F L O R. raizes fe lavaráõ muito bem , e depois fe
2 I3 Flor de Laranja a^eda. pifaráõ em gral de pedra , e le lanqaráõ em
JlV* Unto de Porco lava do.and q.f: fa¬ vaio capaz , e ihe ajuntaráõ o Azeite , e tu¬
ça fe Unguento com tres ou quatro permutações do fe porá cm digellaõ feis ou fete dias em
de nova flor. ha Petrus Poterius in Pharmac. lugar quente , paliado o dito tempo fe po-
S pargin ca Uh. \ .Jeã. y. de U nguenfpag. 616. raó a cozer, até que fe desfacaõ ; entaõ fe
Far-fe-ha na fórma feguinte ; Tomaráõa cõe o Oleo com efprefíaõ, e fe torne a le¬
flor de Laranja azeda , e a alimparàõ dos pés, var ao lume a gaitar alguma humidade fe a
e Laranja que tem dentro , e das folhas bem tiver, e uitimamente fe côará , e porá em
limpas tomaráõ cinco ou feis libras, ou a fogo muito brando, e lhe lancaràÕ a quar-
quantidade que quizerem , e a pifaráo em ta^parte de Cera feita em boccadinhos, e
m-al de pedra , e lhe ajuntarúõ outra tanta como fe derreter fe tire do lume, e deixe
porcaõ de unto de Porco bem lavado ; e esfriar o Unguento , e ailim le guarde pa¬
como eftiver bem encorporado tudo ,"íe po¬ ra o ufo. Feito o Unguento com as quinze
rá em vato vidrado ao Sol lete dias, paliados onqas de Ceva fica muito duro; eafiim fa¬
zendo as quatro libras de Azeite, le lhe lan¬
elles fe leve ao lume ; e tanto que o unto fe
ce huma de Cera ; e fe for menos-o Azeite
derreter fe coe , e nelle !e lance outia por¬
faráõ o Unguento lanqando a quatro partes
caõ de nova dor , e te ponha em digellaõ em
de Oleo huma de Cera : fe naõ houver rai¬
lugar quente, e tefaqa o meímo^terceiia e
zes de Tribulos marinos f® pódem por por
quarta vez ; na ultima permutaqaõ de noi^ e
ellas as raizes de Jarro , como diz Lemery
punha em fogo brando atégaftar a hiram-a-
no cap. ]<dos Unguentos ,'ou também os Tri¬
de , encaõ fe côe , e lance em panella de bat-
bulos terreftres , como enfina Francifco
ro nova , ou em outro qualquer vato de bar¬
Velles Jeã. 6- de Ung. pag. iço. AchaÕ-fe
ro , que naõ feja vidrado , e ultimamente
no Texto de Nicolào duas palavras abbrevia-
depois de coalhado fc tive do dito vato, e
das, que alguns duvidaõ que fao ; porque
guarde para o ufo. A cfte Unguento cha-
as achaõ eícviptas na fórma ieguinte: Ra-
Banhade niaõ todos Banha de flor, e os que a asem
diftcid- que eferiptas ad extenlum querem
flor. ihe daõ tres ou quatro permutaqoês , para
dizer , Radicam fuccidis, que laõ as raizes
que fique mais cheirofa : quando ie fizer eite
de Pepinos de S. Gregorio , ailim fe vè em
medicamento le ha de efeolher para elle o Vale-
 3 $2 Pharmacop. Lufitan . Ángment.
Valerío Cordo trafl.de Ung.pao\ mihi 515.
que eícrevendo u receita poern as palavras
todas ad extenfum , e o mefrno prova Ovie-
do elegantemente r.oliv. 4. Method. 407. Os
modevnps fazem cíle Unguento pelafeguin-
te Receita :
Unguen- \\ti% frefca de Norça libra meya.
tumAgri • Rai\ de Pepino de Sao Gregorio onças
ps Lera. tUS'
Cebola albarrãa onça huma e meya.
Jxahes de Lyrio oitavasfeis, e de
Engos ,
Feto, e de
Jarro anà onça meya.
Aceite libra huma e meya.
Cera amarella onças quatro e meya: depois
de vinte e quatro horas de digejlao fe faca Un¬
guento S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm.
cap. 2. de Ung.pag. 5^4. Far-fe-ha na fórma
feguitue : As raizes todas depois de bem la¬
nadas fe pifaráõ, e metteráõ em vafo capaz,
e emeima delias lhe lanqaráõ o*Azeite , e fe
porá o vafo em digedaõ vinte e quatro ho¬
ras em lugar quente , paliadas ellas fe coza
tudo até gadar a humidade $ então fe côe , e
no Oleo depois de coado fe derreta a Cera ,
e ultimamente eílando o^Unguento frio fe
guarde para o ufo.
Ede Unguento ferve para vefolver os tu¬
mores , e he bom para os Hydropicos untan¬
do-lhe a região do ventre , ebaco, he util
nas obílruccoés das entranhas : appiica-le
fobre o eíiomago , e embigo , faz laxar o
ventre.
UNGUENTO EGYFCIACO
de Guião.
4 "O Verdete onça huma.
JlV* Pedra lutme onça meya.
Vinagre fortijjimo onças feis.
Mel libra huma: de tudo fe faça Unguento
S. A. Ita Guidus Ub. 7. doflrin. i.cap. de mvin-
deficativis. Far-fe-ha na fórma feguinte t O
Verdete fe pifará fubtiliílimo , c fe lanqará
com os mais íimplices em vafo capaz , e fe
porá a cozer, até que tenha confidencia de
Unguento , e fique com a cor parda , que
tire á do cobre , e nefta fórma fe guardará
Tritura- para o ufo. O Mel para ede Unguento fe ha
tioviri- de pelar depois de eílar bem efeumado. O
dissns. Verdete para fe reduzir a pó dá badnntemo-
leília a quem o pulveriza^ porque caufa hum
aidor intolerável a quem o pifa , e come ós
nai izes, olhos, bocca , e as mais partes on¬
de chega , e adim para fe evitar o perigo da
qualidade venenofa que tem , quando fe pi¬
fa, fe póde pôr no Unguento, lanqando-o pi¬
fado muito groíTb em hum almofariz de me¬
tal, e emeima lhe deitaráõ o Vinagre , e
Trat\ XI.
adim fe moerá com elle,atc que todo fe des¬
faça , e depois fe pada toda eda matéria por
huma peneira, para que emeima fique al¬
guma parte edranha , que o cobre tiver, ou
alguma lafquinha de cóbre , que muitas ve-
çes tem , e deda forte fe niidura com o Mel
para fe fazer o Unguento , adim o enfina a
triturar Charás in Pharmacop. Reg. cap:^. de
Ung.pag. 425. ~ Moíejlia, qua uUmrniht ob-
tigerunt cum fequutus antiquorum methodum ,
CV Neotericorum , Viride ar is ficcuni contere-
bam in hujus Unguenti praparalionem , e quo
exurgebat pollen , quooculos, Cif miresfubien¬
te intoíerabilis ardor intllis excitabatur ,partes
diflas corro delido, cautum me reâdidere , ac ut
difla perteula declinarem inpulvere : cum fwi-
limam animadverterem Viria:s ar is cum aceto,
Cif melle comnúftionem, credidi in aceto non
difjicilem fure dtjjúlutionsm , aut faltem diiutio-
nem , adeo ut una cum aceto facilime per cri-
brim fetaceum transmitti pofjet, harentibus fu?
per cribrum ciipri fragmentis , aut racemorum
• » «/ €
achús ilii commiftis, res adeo ad votum fuccèjjit,
ut âeinceps hac ratione fem per ufus fuerim ,
qúam publici júris effe voluit. n Preparado o
Verdete deda forte, he neceflario lanqar no
Unguento mayor quantidade por rei peito-
do cobre , e o mais que fica emeima da pe¬
neira, quando íe palia. Todos os Edrangei-
ros modernos fazem o Unguento Egypcia-
co pela feguinte Receita, e faz melhor ope-
racaõ , como veráu os que delle ufarem.
Verdete onças de%.
V • Vinagre fortijjimo onças quatorze. Un wuen.
Mel efeumado onças vinte e oito: de tudo fe tUm E<n-
faça Unguento S. A. Ita Moyfes Charás in ) tíacum
Pharm ac. Reg. cap. 5, de Ung. pag.\2 fr., e Ni - Charás.
coláo Lemery traz a rnefma Receita ,^e ou¬
tros muitos mais, Far-fe-ha na fórma feguin¬
te: O Verdete ie pilará em almofariz de me¬
tal ajuntando-lhe o Vinagre , e depois fe
paliará por, peneira , como acima fe diífe , e
fe roidurará com o Mel,e ie porá a cozer, até
que tenha boa confidencia , e adim fe guar¬
dará para o ufo:tambem fe póde pifar o Ver¬
dete lancando-lhe algumas gottas de Azeite,
quando le triturar , como enfina a Pharma-
copea Válentina trafl. de Ung. - Hinc dum
pradiflum medicamentum in polUnem reducunt
Pharmacopola , nifi effundant aliquod Olci gut-
tas, maximum eji fu ff oca tionis penculum.n O
Verdete depois de miílurado com o Mel, e
Vinagre lhe da huma tintura muito verde ,
mas tanto que o Unguento fe vay cozeu*
do , logo os accidos do Vinagre penetraõ
o Verdete , e lhe fazem a côr a modo do co¬
bre , que he a com que o Unguento deve fi¬
car. Chama-fe ede Unguento Egypciaco)
por-
 Dos Unguentos , e Linimentos. 3 85
porque no Egypto fe ufou primeiro, e lá pag. 287. Pódem-fe por também em lugar
foi inventado por hum Medico natuial da úa Mandragora as folhas de Meimendro , co¬
terra .* aílim o dizjoao de Caftilho noliv. 2. mo diz Zuelpher. in Pharmac. Aug. i.part.
Claf. 17. de Ung. pag. mihi 5 5 8. ~ Indefeãu
cap. 20. j e outros muitos.
ü Unguento Egypciaco alimpa as chagas radieis Mandragora. fub/iitui pofjunt radices
de má qualidade de qualquer pai te que íejao, Hyofeyam, & folia ejus pondere aquali.-z Os
gafta a carne efpongiola , e podre : refifte ás Modernos coílumaõ fazer efte Unguento
gangrenas , e faz lanqar foraja eicaia das com os olhos do Choupo negro , como fe
chagas , e ferve também para Collyrios: ap- lè em Lemery no cap. ].de Ung.pag. 5) 17., e
em Charás na Pharmac, Ecg. cap. 3. de Ung.
. nlica-ie á parte enferma.
P UNGtENTO POPULEAM. pag. mihi 412.5 e efte parece que he o me¬
< Olhos de Choupo libra huma e meya. lhor , como diz Mangeto fuper Schroder.
Jtv, Folhas de Dormideiras negras, e de Ub. 4. Cl a ff', i de Vegetabiltb. ~ Ütraque natu-
ra. ejl mjU (,fed húmido fuces. ) esterumad fri-
Mandragora.
giditatem inclinantes, alflet gitijue j oçulifeu
Herva moura. I
cremms populi nigrs adhiberi Jblent adjedan-
Concheio s.
%$ dolores in ambuJUs.
Folhas de Alface. O Unguento Populeaõ adoca os humo¬
Sayaõ. res , tempera as inflammaqoés 5 abranda as
Bar dana, e de dores de cabeca , untando com elle a teftaj
. Violas. excita o fomno * ferve para as dores das He-
Cachos de telhado ana onças tres. morrhordas, e para todas as queimaduras,
Manteiga de Porco fetnfal libras duas: de tu¬
defecca o leite demafiado às mulheres: para
do fe faça Unguento S. A. Ita Nicolaus m An-
todos os achaques acima ditos fe applica à
tidot.pa*. mihi 19°* Chama-fe efte Ungueii-
parte enferma , e para defeccar o leite taz-
to populeaõ, porque na fua compoficao en;
fe com elle untura ao peito, mifturando-
traõ os olhos de Choupo em mayorquanti-
dade que outro algum fimples: aUmodiz 11,6 ufcàfiNTO DESOP1LATIVO
PI a tear io lobre Nicoláo no lugar citado. de Çumos.
Far-le-ha nafórma íeguinte : Tomarao os
olhos do Choupo, quando comeqao a na- 6 TJ Çumos d* Aypo.
Salça.
fcer e os pifaráõ em gral de peara, e lhe ian-
caráo a Manteiga , e com ella os tornai ao a Funcho.
oifar e os deixarão eftar aílim dous dias, e Uofna , e de
Chicorea and onças quatro.
paffados elles lhe ajuntem as mais hervas
bem pifadas, e fe deixe tudo em digeftao Vmho branco.
Vinagre and duas onças e meya.
oito ou nove dias, então lhe deitavao huma
Ai ei te comnium libra huma.
libra de bom vinho, eporão tudo a cozer Oleo de Amêndoas doces libra meya: com q.J.
até giftar a humidade, e ultmiamente ie de Cera fe faça Unguento S A. Ita Ludovtcus
efpvema, e côe em valo de barro mal cpz,- de Oviedo Ub. 4- Method.pag. 4U- ^ar-fe-ha
doP, e como fe coalhar a Manteiga fe tire o nafórma feguinte: Os cumos uepo.s dubena
Unguento, e ponha no feu lugar, eaffmi depurados fe porão ao lume com os C leos ,
ft ouarde paraoufo. Por tlcmiragorairao a atéV gaftar a humidade , então fe coe , e no
havendo fe pódem pôr as folhas de Dormi- Oleo fe derreta a Cera, e depois de derreti¬
deiras brancas, como quer Oviedo «a Uv 4- da fe tire do lume , e ie guarde o Unguent
para oufo. Em todas as receitas, em que
os Audores pedirem Cera iem mais detei
minaçao fe lhe ha de pôr no compofto a Ce- Ora «b-
ra amar ella 5 porque quando a R eceftã
com a Manteiga -,'e dahi por dia.ntele hiraõ ca, o dizem logo, como leve na Receita
colhendo as hervas, e lançando-as na Man do Unguento Agripa , e em outros muitos,
teiva depois de pifadas, e tanto que toda e o mefmo enfina Oviedo no Uv. 4. Method.
eftfverem juntas fe fará o Unguento na .01- Por eftas formaes palavras: Siempre que
ma dUa «L o enfinaUemery na fua Phar- dtxeumos de cera tanta quatitidad entendemos
macopea Univerlal cap- ;• àt r de la cera , que ti ene la confijlencia media , m
muitos. Sequizerem efte Unguento fi¬ miy pinam, como la frejea , nt muyfecca co-
que mais narcotico com a cor verde lhe lan ZuVl% :’e atfim do que diz efte Auítor fe
>*" cernem lugar do Vinho huma fibrade qu infere que por Cera ablolutamente pedida,
1 mo de herva Moura, como enfma br. An fe deve entender da amareüa.
tonio de Caílella no Uv. 2. divif. 2. de Ung.
 3 84 Pharmac. Luíít. Augment. Trctt- XI:
Efte Unguento he muito aperiente , fer-
ve paru a cura das opilaçoés em qualquer
parte que feja : applica-fe untando a parte
enferma.
UNGUENTO DESOPILATIVO
do Baqo. ;
R. Çumo de Aypo, e de
Salfa anà onças duas.
Oleo de Alcaparras, e de
Lyr/o and onças oito.
Oleo de Amêndoas amargas onçasfete.
Cafeas de rai\es de Alcaparra , em pó.
JLfquinantho.
Ag no cafo.
Douradinha anà oitavas duas' com q.f. de
Cera branca Ce faça Unguento. Ita Ludovicus
de Oviedolib. 4. Method.pag. 415. Far-fe-ha
na fórma feguinte: Os cumos depois de bem
depurados fe pora5 a cozer com os Oleos, e
como fe gaftar a humidade fe coe, e no Oleo
lancem a Cera 5 e tanto que eftiver derretida
fe tire do lume 5 e quando começar de fe
coalhar o Unguento lhe lancem todos os
mais íimplices em pó fubtil, e ultimamente
fe guarde para o ufo.
Serve efte Unguento para acuradadef-
opilaçaó do Baço : applica-fe untando com
elle toda a região do mefmo Baço.
UNGUENTO DESOPILATIVO
ão Brigado.
$ R Çnmo de Aypo.
• Salfa.
V uncho,
Lofna, e de
Chicorea and onças quatro.
Vinho branco.
Vinagre and onças duas e meya.
Aieite libra huma.
Oleo de Amêndoas doces libra meya.
Cera onças quatro e meya.
'N
Sandalos vermelhos oitavas tres e meya.
Ff pica cheirofa oitava huma.
Efpodio Efcropulo hum: faça-fe Unguento
S. A. Ita Ludovicus de Oviedo lib. 4. Method.
traã. de Ung. pag. 413. Far-fe-ha na fórma
feguinte : Os çumos depois de bem depura-
dos fe poraó a cozer com os Oleos, V inho,
inagre e como fe gaftar toda a humi¬
dade fe coarão , e lhe lançarão a Cera feita
em boccadinhos, e ultimamente fóra do fo¬
go eftando quafi frio o Unguento lhe ajun¬
tem os mais íimplices feitos em pó fubtil j e
tanto que eftiverem bem miftos fe guarde o
compofto para o ufo.
Serve efte Unguento para a cura da opi¬
laçaõ do Fígado : applica-fe untando a par¬
te çnferma.
UNGUENTO DESOPILATIVO
do Eftomago.
p "O 01e0 de Hortelãa.
JlV. Loftia , e
Rofado and onças quatro.
Oleo de Almecega onça huma.
Çumo de Chicorea.
■ Aypo.
Salfa , ede
Lofna and onça huma e meya.
Almecega em pb.
Coral preparado anà oitava meya.
Cera q.f: faça-fe unguento S. A. Ita Ludo¬
vicus de 0 viedo Uh. 4. Metliod. traã. âeUng.
pag. 415. Far-fe-ha na fórma feguinte : Os
cumos depois de depurados fe ajuntem aos
Óleos, e fe cozaô até gaftar a humidade, en-
taõ fe coe, e na coadura lancem a Cera, que
feráõ tres onças, e duas oitavasj e como efti-
ver derretida fe tire o Unguento do lumej e
eftando quafi frio, lhe ajuntem os pós da Al-
mecega , e Coral bem fubtísj e tanto que tu¬
do eftiver miílo, fe guarde para o ufo.
Efte Unguento conforta muito o eftoma-
go , eferve para a cura da opilaçaõ delle :
applica-fe á parte enferma.
UNGUENTO DA CONDECA.
10 Cafeas do meyo das Cajlanhas.
Cafeas domeyo da arvore das Bet¬
lotas.
Murtinhos.
Cauda equina.
Galhas.
Cafeas de Favas. -
Gr aã de Uvas.
Sorvas feccas.
Nefpèras i mm aturas.
Ra/\ de Cih doida»
Folhas de Ameixieira brava and onças qua¬
tro : todas efas coufas fe machuquem , e co\aô
em quin\e libras de agoa de Tanchagem atè
gafar feis 5 e pajfudasfeis horas depois de aca¬
bado 0 co\imento , fe coe com forte efprejjào, e
e fe guarde: então tomarão
Oleo de Murtinhos libras cinco e meya.
Cera libras duas, e onças nove , a qual fe der¬
reterá no Oleo, e como efiver derretida >fe la¬
ve com huma libra de coai mento , e fe repetirá
a lavaçad nove ve\es atèfe acabar 0 cozimento:
depois de lavada-a Ceralhe ajuntar àd
Oleo de Almecega libras cinco e meya , e as
coufas feguintes em pó fubtil.
Cafeas do mefò das Cajlanhas.
Cafeas do meyo das Bellotas.
Cafcas do meyo da arvore das Bellotas.
Galhas and onças duas.
Cima de Canas de Boy.
Murtinhos.
Grad de U vas andança huma.
Tro •
 V.

Dos Unguentos e Linimentos. 3*5

Trochifcos de Alambre onças cinco e meya : os mefmos Trochifcos , que elle compôs
de tudo fe faça Unguento S. A. Ita GuiiheU para o Unguento, e faõ os da Receita fe¬
mus Varignona traã. 6. cap. 20. de Retenãioné guinte.
menjlfuorum. Chama-fe efte Unguento da
Condeça , porque foi inventado para com
elle curarem a Condeça de Vadre em Italia ,
R Alambre onçahuma.
• Corno de Veado queimado. Trochi-
como diz Lemery no cap. 5. dós Unguentos: fei Kara-
Coral (ju cima do.
bé cxVa-
Far-fe-ha na fórma feguinte : Tomaráõ os Alcatirá. rignana.
primeiros íimpliceS , e os machucarão, e Alcacia.
cozeráõ em quinze libras de agoa de Tan- Hypocijlidós:
chagem até gaftar feis libras, feito ò cozi¬ Balaujlias.
mento fe derreterá a Cera com o Oleo de Almecega.
AJuninhos, e fe hirá lavando muitas vezes hacca.
com o dito cozimento, e como todo fe aca¬ Dormideiras negras ajfadas and oitavas duas
bar j depois de bemefcorrida a Cera da hu¬ e efcropulos doas.
midade , que lhe ficafle , fe lhe ajunte o Oleo íncenfo:
de Almecega , e fe torne a derreter, então Açafrad.
íóra do fogo lhe lanqaráo osTrochifcòs , e Junça and oitavas duas : com q.f de nnici-
todos- os mais íimpliees em pó fubtil, e tan¬ íageni de Alcatira fe façad Trochifcos S.A. Ná
to que eíliver bem mifto fe guarde 0 Ungu¬ fôrma feguinte : Os fnnplices fe pifavàõ to¬
ento para o ufo. Alguns lheajuntaó mais hu- dos íubtís, e como eftiverem bem miftura-
nia onqa de pó de Sorvas leccas $ e tmrnatu- dos fe lhe lanqará a mucilagem , e fe fará
ras , eríáõ fica aflim o Unguento de peyor maíTa dura, e delia fe formarão Trochifcos,
operaqaÕ, antes o faz o dito pó mais adílrin¬ que depois de enxutos' á fombra fe guarda¬
gente. Por cafcas do meyò dás Caltanhas fe rão para o ufo. Eftes faõ os Trochifcos, que ,
lia de pôr aquella cafca parda , que por tóra fe devem por no Unguento da Condeça^ quã-
cobre a Caftanha , que efta he a do meyo , do fe fizer,que fò para elle fervem.
porque ã primeira cafca de Caftanha he o O Unguento da Condeqa ferve para im¬
Ouriqó , em que nafce e fe cria y e a fegun- pedir os movítos, he util nas Ernias 5 forti¬
da ou a do meyo he a cafda parda, que a fica Ós rins relaxados e he admiíavel para
cobreje a terceira he a peliicula,que efta jun¬ fazer parar ós curfos í ápplica-fe énh fomen¬
to ao miolo da Caftanha, e pela caíca do to a parte enferma.
rheyo das Bellotâs (e ha de pôr aqueha calca UNGUENTO DE CASCAS
páuda, que a cobre , que efta he a do meyoj de Caftahhas.
porque a primeira he aquella caíca giona e i 1 TJ Oleo de Almecega libra hitkiá.
dura j que efta nò fundo da Bellota j e ado Jtv. Oleo de Murtinhos, e de
meyo ou fegunda , he a cafca parda , que a Marmelos and onças feis.
cobre toda ; e a terceirá e ultima , he aquel¬ Almecega.
la pellicula, que eftájunto ao miolo, e que o Acácia.
cobre todo : A cafca dó meyo da arvore das Sangue de Drago:
Bellotâs he aquella que eftá no tronco ou Coral Vermelho.
. ramos , que apparece depois de tirada a pri¬ Alambre.
meira , a qual vulgarmente fe chama entre- Terra figillada and onça hum a.
cafco : tudo enfina Oviedo no Uv. sç.dejuu Calcas de Ca (lanhas.
Pharniac. traã. de Ung. As Sorvas, e Nelpe- Efcorià de ferro preparada and onças duas
ras fe haÕ de colher, antes que eitejao madu¬ e meya.
ras , e fe pòraf) ao Sol a feccar, ou em forno,’ Refina de pinho otiçá httmd.
porque fe naó íe faz aflim apodrecem , e de¬ Cei a libra meya : faça-fe Unguento S. A.
Ita Bartholomeus Montagnanain Antid.cap. r.
lia forte naõ tem aquella virtude adftnngen-
Far-fe-ha na fórma feguinte : A Cétfsf fe fará
te que o Auótor lhe quer para efte compo-
em boccadirihos, e fe derretera com òsO-
Prcpara- ftó. As canas de BoV , ou ós oftbs das per-
leos, e fóra do fogo como o Unguento co-
tiooffis nas fe prepárao queimando-as, edepon, e
meqar a esfriar, lhe lanqaráo os mais fimpli-s
crutis moem , è preparaô na pedra com agoa de
ces em pó fubtil5 é tanto que èftivér frio fe
Bovis., Tanchagem , e depois de bem fubtuizadas
guarde o Unguento para o ufo. Pede o Au-
fe trochifcaô, e ehxugaÕ, e aflim fe^guardao
<ftor cafcas de Caftanhas , fem dizer quaes
para o ufo. Nefte Unguento fe hao de pôr
os Trochifcos de Alambre,que efcreveo Gui¬ hao de fer , e aflim fegundo a doutrina de
Oviedo noliv. 4. da fua Vharmacopea fé lan-
lherme Varignana 5 porque como o Ungu¬
caráõ as cafcas ultimas, que faõ as pellicu-
ento he de fuüinvenqaõ, fe lhe hao de pôr
Ccc las.
 ) 8$ Pharmac. Luílt. Àugment. Trat. XI.
las, de que o miolo fe cobre 5 porque eftas forvas, e outras duas defémènte de Linho
íaõ mais adílyingentes * como diz Diofcori- fe infundirá# em feis onqas de agoa quente,
áesno hv. i. cap. 122. A efcoria do ferro fe e fe deixarão eftar em digeftaõ em , lugar
preparará pifando*a muito fubtil, e dcitan- quente dez ou doze horas j paíTadas eílas^fe
do-a em Vinagre fórte fe porá ao Sol niui- ponha# a ferver até gaftar quafi amétade ,
tos dias, até eftar desfeita } e depois le moe- então fe coe com forte efpreftaõ ? eftas mu-
rá^ern pedra até fe pôr fubtiliffima ; e como cilagens fe ajuntem com os Oleos, e a Cera
eftiver fecca , fe guardará para o ufo. Affim amarella feita em pedaqos pequenos , e íè
o eníina Galeno no Uv.j.cap. 1. traft. de Ul- derreta tudo com as Enxúndias, e depois
cerib. aurium. fóra do fogo lhe delatem o Hyfopo húmi¬
Efte Unguento he bom para fazer parar do , e tanto que o Unguento eftiver coalha¬
as fluxoês do ventre , e as demafiadas men- do , fe guarde para o ufo.
ílruaes, applica-fe ao ventre , e rins. Efte Unguento humedece , refolve, fer¬
UNGUENTO RESUMPT1VO ve para os Afmaticos e para os Éticos , e

R
12
de Oviedo.
OÍeo Rofado.
• Oleo violado.
também para os pleurizes: applica-ie ás
par tes enfermas.
UNGUENTO DE CABAÇA.
Oleo de Amêndoas doces, e de 13 T) Çtimos de Cabaça.
Golphãos and onça huma. i\ * Beldroegas.
Enxúndia de Galinha. T anchagem.
Tutanos de Vacca and onça meya. Herva Moura and libra meya.
Cera branca onça huma : de tudo fe faça Oleo de Amêndoas doces*
Unguento S. A. Ita Ludovicus ab Oviedo lib. 4. Oleo violado and onças quatro: de tudo fe
Metnod.p 422. r ar-le-ha na forma feguinte; faça Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemery in
A Cera ^Enxúndia , e Tutanos fe derreterão Pharmac. pjp. de 01. pjo-. oÇn FarTe-ha
com os Oleos em fogo muito brando , e co- na forma ct rfeguinte
‘ ~ qumos
: Os ^ depois de de*
mo eftiver derretido tudo fe tire do fogo , e puracios le medirá6 , e poráô á cozer com os
fe guarde para o ufo. Muitas receitas*de Oleos, atgj.lè gaftar a humidade , então os
Unguento refumptivo fe achaÕ efcriptas, coarão, e.lhe laricaráo a Cera, e como fc
porém efta he magiftral, e a que mais fe ufa, derreter fe,tire o Unguento do íume e de-
e faz os mefmos eíFeitos, que qualquer das pois de frio fe guarde para o ufo.
outras, como diz Oviedo no lugar citado , He o Unguento de Cabaqa muito frefeo,
por eftas formaes palavras: Afji ha\en ejie e humediante *, íerve para temperar o calor
Unguento , el qual és mas fácil de componer , dos rins, e de outra qualquer parte : appli-
y enlas fuerças muy feme jante al otro: de mq- ca-lé á parte enferma.
nera , que qualquiera dellos , que fe componga UNGUENTO COR DE AL.
fe alcançará lo que con el Unguento refumpti¬ 14 1} Oleo de Golphaõs amarei los onças
vo fe pertende. Alguns ufa# do feguinte Un¬ , Í\# tres.
guento refumptivo com bom fuccefío, e o S andai os vermelhosem pó.
fazem pela feguinte Receita: Semente de Acedas.

R Manteiga frefea libra huma.

• Cera libra meya.
./ . t >
Coral vermelho ana efcropulo hum.
Aljôfar.
Ojjos do coraçaõ de Veado anãefcrop. meyo.
Manteiga de Porco onças tres. Camphora graõs tres.
Enxúndia de Galinha onças quatro. Cera branca lavada em agoa Kofada q.f x
Enxúndia de Pato. de tudo fefaça Unguento S. A. Ita Antonius
Oleos de Amêndoas doces. Gamerius in Antidot. cap. 5. Alguns chama#
, Violado.
a elte compofto Unguento Gayneiro, pon¬
.. Macei la , e de
do-lhe o fobrenome do feu Inventor. Far- UnSfUC
Endros and onças duas. tum Gay
fe-ha na fórma feguinte : Tomará# tres oi¬ nerijL
Mucilagens de Malvaifco, e de tavas de Cera branca , e a derreterá# com o
Linhaça tirada em agoa Kofada and onça Oleo , e depois a lavará# algumas vezes com
numa. agoa Rofada j enta# em fogo muito brando
Hyfopo hum/do onça meya, de tudo fefaça fe torne a aquentar a Cera , e Oleo
Unguentos. A. Ita Nicolaus Lemery inPhar- ajuntem todos os fimplices em mó fubtil
mac. cap. de Ung. pag. 9^8. Far-fe-ha na
corao eftiver tudo bem mifto, lhe lançará# a
fórma feguinte : Tomará# meva onqa de
Camphora, que eftará desfeita ém bumas
raizes de Malvaifco , e as cortará# miúdas ,
gottas do mefmo Oleo j e uítrniamente fc
ç machucará#, e çom duas pitavas de Al-
guaide para ótiío. Feios eEos do coraqa#
de

V
 Dos Unguentos y e Linimentos. - $87
de Veado fe pôde pôr Aljôfar: e no cafo , chamao a efleUnguento Suppurativo pondo- ünguet**
que quando te quizer ufar deite Unguento lhe o nome de feu effeito, e outros lhe cha- tum Su-
naõ houver o Oleo de Colphaôs de flor ama- maõ Unguento Tetrapharmaco y porque fe purati-
rella , fe póde fazer com Oleo violado , e compõem de quatro fimplices prjncipaes , vum,íivc
Tctra-
em lugar das mefmas flores , que no Ungu¬ como diz Lemery no lugar citado. Também
pharm,
ento entraõ em pó, fe pódem pôr as V io- fe póde fazer com mais fimplices, como diz
letas: afíim o enfina Oviedo no liv. 4. Meth. Mefue lib. Símp., ajuntando-lhe Myrrha , e Ungticn»
Vaè- 425- Incenfo cm pófubtil, e lhe chama Ba\alicad tum Ba-
O Unguento Cordeal abranda o calor da mayor y porém eíte aflim fe naõ ufa. filicor»
febre , refiíle á corrupqaõ dos ares , prefer- O UnguentoBazalicaÕ coze os humores, e maius^
va de malignas, e fortifica o coracao : appli- ajuda a iupura-los,pondo-o emcima de qual¬
ca-fe ao mefr^o coraqaõ a modo de Epithe- quer tumor , nafeida , ou chaga.
ma poíto em panno vermelho. UNGUENTO DE ARTHAN1TA
mayor.
UNGUENTO BASALICAM.
16 T) Çumti de Arthanita libras tres.
negro. I\» Oleo de Lyrio libras duas.
Refina. Çumo de Pepinos de Saí) Gregorio.
Cera. Manteiga de Vacca and libra huma.
Sebo de Vacca. Poíipoãio libra meya.
A%eite and partes iguaes: de tudo fe faça Polpa de Coloqiànthida onças quatro.
Unguento S. A. Ita Guidus traffi. 7. doflrin. 1. Euphorbio onça meya: todos os fimplices fa
cap. 6. de Medicinis generantibus c ar nem. Far- pifem , e infundad no çumo , e A\eite , e fe po¬
fe-ha na fórma feguinte ; A Rezina , Cera , e nha o em digejiaô oito dias : no fim delles fe co-
Pez fe faqaõ em pedaqos , e junto tudo com %aõ, e na coadura lancem osfimplices feguintesi
o Sebo , e Azeite fe ponha a derreter * e Cera amarella onças cinco.
tanto que eífiver derretido ie coe o Ungu¬ Fel de Touro. . ?
ento por panno capaz , em quanto eiiá Sagapcno.
quente , para que nelle flque o que tiver o Efcamonea.
Pez eítranho , ou também fe póde fazer fetn Axebre.
fe côar , deixando esfriar o Unguento no M e%ereao. ,
vaio , em que fe fez * e depois de frio fe vay Coloquinthida.
tirando o que eíta emcima , e fe deixa ficai o Turbit and oitavas feis , e âous efero fulos.
do fundo , que he onde eítará alguma arêa , Sal gema onça meya.
ou borra , que tiver o Pez, e netla fórma íe Myrrha.
guarde para o ufo. Feito eíte Unguento Euphorbio.
com pefos iguaes fica muito duro : Os mo¬ Pimenta longa.
dernos o fazem pela teguinte Receita « Gengibre.

R Cera.
. Sebo de Carneiro.
Macei la and oitavas ditasse efcropulos dotts'.
faça-fe Unguento S. A. Ita Mefues Ub.fimpli-
cium cap. de Arthanita pag. mihi j6. Far-fe-ha
Re%tna. na fórma feguinte : O Polipodio , e o Eu¬
. Pe\ negro. phorbio fe machucaráó , a Coloquinthida fe
Tormentinafina and libra meya. cortará miuda , e fe metteráõ em valo ca¬
Aceite libras duas e meya : de tudo fe faça paz, e emcima lhe lancaráõ os qumos, Oleo,
UncruentoS. A. Ita Nicolaus Lenicry in P\iar- e Manteiga , e tudo fe porá em digeílaõ em
macop. cap. 5. de Ung. pag. 921. Far-fe-ha na lugar quente por eípaqo de oito dias , paf-
fórma feguinte: O Pez , que fe etcolheia 00 fados elles fe cozerá até gaílat a humidade,
mais limpo , e melhor , fe fará em boccados entaó fe coará fortemente, e no Oleo fe der¬
juntamente com a Cera, e Rezina, e ie mi- reterá a Cera , e fel de Touro . e fóra do fo¬
íluraráõ com ps mais fimplices, que fe po¬ go lhe lancaráõ o Sagapeno , que fe terá
rão ao lume a derreter, entaõ te coarão , e difiblvido em Vinagre no cafo , que fe naõ
o Unguento fe guarde para o uto. Eíte v_ n- pofTa reduzir a pó y e tanto que a matéria
guento fe deve fazer com Pez negro muito eftivèr quafi fria lhe ajuntem os mais fimpli¬
limpo,e naó com o Pez grego como algüs fa- ces em pó fubtil y e como tudo eíliver bem
jzem,porque o negro he mais fuppurativo que encorporado Te guarde o Unguento para a
o grego : chama-fe Ba\alicao , ou Ba\ali- ufo. A Arthanita he huma planta aflirn cha¬
nome grego, que quer dizer Real, ou mada : os Árabes, os Gregos ,e Latinos lho
pertencente a Reys, como diz^ragofo../» chamao Cyclaminus , e no noííb Idioma Por-
Antid. mediçamnt. Çomp. pag.e&o. Alguns tuguçz Pac Porcino, tudo affirmajoaõ de
Ccc z Caíti-
 388 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. XI2
Cadilho no íib. 2. cap. 28., e deda planta ha. outra que fe chama Uthargyrio de Prata , "t
ditas’elpedes,' huma grande , e outra peque¬ adim pedindo-fe Lithargyrio abfolutamen-
na , da grande fe ha de ufar, todas as vezes te fe ha de dar do de Ouro, como diz Fran-
que fe pedir fem mais determinação , como cifco Velles feã. 6. de Ung.pag. 14&
diz Üviedo no liv. 4. dá fita Pharm. : e da raiz Serve o Unguento de fezes dc Ourop^ra
deda planta he que ie ba de tirar o qumo$ a cura da Sarna , e de toda a comichão do
porque eda he a melhor parte delia , como corpo , he bom para empolas \ e chagas da
enfirta Diofcorides no liv. 2. cap. 5 3. Alguns cabeca , ou de outra qualquer parte , he,
fazem ede Unguento com cumo de Pepinos muito defeccativo , e ferve pará toda a in-
de S. Gregorio em lugar da raiz do Cycla- flammacaõ , que feja procedida do fígado :
mino , e le valem da audtoridade de Terony- appHcade em untura á parte enterma.
Z \ ™ , rTT rxirn A 17 r"AT
1 ^ , Tr
■ J

mo de la fuente Perla no cap. 15 .dos Unguen¬

rt
UNGUENTO DE CAL.
tos pag. 16 5. 18 TJ Cal lavada fde ve%es.
Fde Unguento he purgativo untando X\.* Cera branca and onças tres.
com elle o ventre , • faz vomitar applicandó- Oleo Rofado libra huma : de tudo fe faça
fe em fomentaqaõ á região do edomago, Unguento S. A. Ita Nicvlaus Lemery in Phar¬
ferve nas Hydropezias, e finalmente mata mac. cap. p de Ung.pag. 5*51. Far-fe-ha na
as lombrigas : o ufo dede Unguento he forma íeguinte : A Cal depois de lavada fete
conveniente a todos os que nao podem to¬ vezes, ou mais fe feceará ao Sol, e depois fe
mar medicamentos purgantes pela bocca, fará em pó fubtil, a Cera fe derreterá com
ou em clideis, e por eda razaõ fe applica o Azeite, e fóra do fogo lhe lanqaráo a Cal
niais ordinariamente a meninos de pouca preparada como acima diífe $ e tanto que o
idade. Unguento ediver frio, fe guarde para o ufo.
UNGUENTO DE FE’ZES A Cal para ede Unguento , e para os mais
de Ouro. em que fe pedir lavada,fe lavará na fórma fe-
Fe%es de Ouro libra meya. guinte Tomaráô a quantidade de Cal , que
*7
R. Vinagre forte onças oito. quizerem , e a pifaráõ, e deitaráo em hum
Á\eite commum libra huma e meya: faça-fe vafo capaz , e fobre eHa lhe lanqaráo o que
Unouento S. A. Ita JÃicclaus hemery in Phar- badar de agoa, entaõ le mexerá com efpatu-
mac. cap. 3. de U ng. pag. y 1 y. A ede Ungu¬ la de páo , e a deixaráõ afíentar no fundo j e
ento chamao alguns Branco fem fogo , por¬ tanto qüe a agoa ediver quieta,fe lahqará fó¬
que fe faz fem eíie , afíim o diz Antonio da ra por inclinacaõ , e ie fará o meímo com
Cruz na Recopilaqaõ da Chirurgia cap. Um- nova agoa nove, ou dez vezes , ou até que
verfpag. 3. E outros lhe chamao Unguen¬ a agòa ultima fique fem requeimo algum , e
to butritivo , porque quando fe faz fe nutre ultimarnente fe feceará a Cal, e fe guarda-
em Almofariz de metal j e também lhe cha- rá para o ufo. AiTim o enfina Luís de Ovie-
maó Triapharmaco , porque fe cc-mpôem de do no liv. da fita Pharm. traã. de Ung.
tres fimplices, como diz o mefmo Lemery Ede Unguento adoça , e defecca muito,
no lugar citado. Far-fe-ha na fórma feguin- ebeadmiravel para todas as chagas-proce¬
te: As fezes depois de pifadas fubtilidimas, didas de queimaduras : applica-fc á parte
fe deitaráo em Almofariz de metal , e emei- untando-a com huma penna molhada no
ma lhe lanqaráo a terça parte do Azeite , e Unguento, ou edendendo-fe também em-
fe hiráÕ mexendo , e depois lhe lanqaráo a cima de panno branco , que feja ufado.
terqa parte do V inagre , e tudo fe hira nu- UNGUENTO PLEUR1T1CO.
tvindo , e1 lhe hiraõ lançando o Azeite pri- 1^
meiro, e logo o V inagre , até que tudo ede-
ja junto ; e tanto que o Unguento ediver
R. Oleo Violado onças duas.
Cera onça meya.
Enxúndia de Adem , e de
bem unido, e nutrido , e tiver bom corpo fe Galinha and oitavas cinco,
guardará para o ufo. Todas as vezes que fe tíyfopo húmido onça huma.
fizer ede Unguento feja em dia claro ; por¬ Manteiga frefea onça meya.
que fazendo-fe em dia nublado fahe com a Mucilagens de femente de Linho, e de Mal-
cor parda ; e para que tome mais breVemen- vaifeo and oitavas de\: de tudo fe faca Unau-
te confidencia fe aquente primeiro o Almo¬ ento S. A. Ita Mefues lib. 2. de JEgretud. peã.
fariz ao fogo ; porém ido fó fe deve fazer cap. y. de aqua cicerum foi. mihi 2^. Far-fe-
em tempo de Inverno , e de nenhuma forte ha na fórma feguinte; As mucilagens fe ajun¬
fe faqa em fogo , porque entaõ fica de me- tem ao Oleo , e fe ponhaõ a cozer até gada-
nos operacaÕ , como adverte Lemery, c rem a humidade ; entaõ fe coe , e lhe ajim-
todos os modernos. Duas caftas ha de fezes, tem a Cera , Manteiga , e Enxúndias, e de-
huma, a que chamao Lithargyrio de Ouro, e pois de derretidas lhe lancem o -Hyfopo Hu-
- ■).. ■ •- • mido,
 Dos Unguentos , e Linimentos.
ttiido, e como tudo eftiver bem unido fe
guarde o Unguento para o ufo. A Mantei¬
ga fe ha de lavar primeiro muitas vezes com
agoa de Cevada , até que perca todo o chei¬
ro que tem , aflim o adverte o melmo Au-
dor no lugar citado.
Serve elle Unguento para os pleurizes, fa¬
cilita muito o eíearro , e abranda a dor: ap-
plica-ie emeima da pontada, untando-a com
elle eftando quente.
UNGUENTUM APOSTOLORUM.
20 13 Cera citrina onças quatro,
Xv* Regina.
T ormenti na,
Ammoniaco anà oitavas quator\c.
Fe\es de Ouro oitavas nove.
Incenfo.
Arijioloquia redonda,
Bedelio anà oitavas feis,
Myrrha,
Galbano anà onça meya.
Opoponaco.
Verdete anà oitavas duas.
A\eite libras duas \ de tudo fe faça Unguen¬
to S* A. Ita Moyfes Charàs in Vharm. Reg.
cap. 5. de Ung.p. 429. Elle Unguento efere-
veo Avicena noliv.^.fumma j. c. 11. de Ung
ele chama dos Apojiolos, porque fe com¬
põem de doze firnplices, e naõ por íer com-
poiio peios Santos Apoilolos (como alguns
drzem) j porque os ditos Santos curavaõ com
a virtude de leu Mejlre 0 Divino Medico Chri-
Jio J ESUS , e lo com pôrem as fuas Tantas
maos fobre os enfermos os livravaõ de feus
achaques, e naõ ufavaõ de medicamentos
compoftos por arte , alTuti o diz o Euange-
1 itia S. Marcos no cap i6.dofeu Euangelíío :
•— S uper a. aros ma nus miponent, Í5* bene habe-
bunt — E que o dito Unguento fe chame dos
Apoltolos, por fer compoftode doze fimpli-
ces o diz Charás no lugar citado : IJÜus Un-
guenti nomèn potius aquali numero medicamen-
torum illud componentium deducendum , quam
credendum Sanãis illis Viris familiareni fut/-
fe diãi Unguenti ufum , quandoquidem agri à
uiorbis per Mos vendicabantur citra medica-
7iientorum adminiculum. Far-le-ha na forma
feguinte: As gomas, que fe naõ puderem
pulverizar finas, fe machucaraõ, e deiataráo
em Vinagre ,' e depois de bem depuradas fe
tornaráõ a pôr em ponto de Unguento, os
mais iimplices fe pilaráõ fubtis cada hum per
fi: Feito ifto tornaráõ as fezes de Ouro , e
as poraõ a cozer em duas onqas e meya de
Azeite mexendo-as fempre, e como tive¬
rem pónto mais alto, que ode Emplaftro
fe tire do lume , e lhe lanqaráõ a Cera, e Re-
zina, que fe terá derretida á parte com a
outra porqaõ de Azeite, e tudo junto tor-
38$
ne ao fogo para nelle dar huma leve fervu¬
ra , que aflim le encorpora melhor; entaÕ
fóra do lume eftando o Unguento tibioie
lhe vaõ lanqando as gomas pouco e pouco,
as quaes ellaráõ desíeitas com a Tormentina,
e depois lhe ajuntaráÕ os pós, e ultimamen¬
te o Verdete $ e tanto que de toda a maté¬
ria fe fizer boa miftaõ,fe guardará o Unguen¬
to para o ufo. Alguns Audores querem, que
efte Unguento fe faqa com feis onqas de
Cera, que he a que cabe a duas libras de A-
zeite j porém baftaõ as quatro onqas , que na
receita ficaõ eferiptas: porque o Unguento
leva Rezina , Tormentina , e Pós, que tam¬
bém daÕ corpo ao Unguento : aflim o enfina
Lemery no cap. p dos Ung., e Charás no lu¬
gar citado o diz per formalia verba: Cera ad-
jeãio- improbanda non efi, quandoquidem fi ob-
fervaretur ufitata propor tio in ÜnguentoYum
compofitione , fex une ia admittendà ejjent pro
duabus Olei libris pr&fcriptis $ atque verifimi-
ie eji pradiãam quantitatem praferibendam
fuíjje , nifi habita fwjfet Refina, Gummatum,
Lithargyri) , aliorumque pulverum Unguento
quanâam confifientiam conciliare valentium.
Serve o Unguento dos Apoilolos para
mundificar, al,impar , e cicatrizar todas as
chagas de qualquer parte que feja.
UNGUENTO DEALTHEA. \
21 T> Rui\es de Mafvaifco libra meya.
XV, Sementes de Linho, e de
Alforvas:
Cebola albarrãa and onças quatro.
Agoa fontana libras oito: de tudo fefaça di~
gejlao vinte e quatro horas , depois fe co\a atè
que as mucilagens ejiejad grojjas , e coadas lhe
ajunte
A\eite libras quatro.
Cera amarella.
Refina and libra huma.
Tormentina fina.
Galbano depurado.
Goma He der a em pó anà onças duas : de tU-
defie faça Unguento S. A. Ita Nicolaus Leme¬
ry in Pharmac. cap. p de Ung.pag. 5)24. Far-
fe-ha na fórma feguinte : As raizes de Mal-
vaifeo fe efeolheráõ das mais groflas, e mais
bem criadas, e depois de limpas fe machu¬
carão , e cortaráÕ miúdas, e ie lanqarao em
valo-capaz , e emeima lhe lanqaraõ a Cebo¬
la albarrãa cortada miuda com faca de páo,
e as Tementes inteiras, e fobre todas eftas
coufas lanqaráõ oito libras de agoa quente, e
fe porá a matéria em digeftaõ vinte e quatro
horas em lugar quente , paflado o dito tem¬
po fe ponha a cozer, até que as mucilagens
eftejaÕ grofías, entaõ fe coará tudo lorte*
mente , e eftacoadura fe ajuntará ao Azeite,
e ie porá a cozer em fogo brando >até gaftar
1 ahu-
 590 Pharmac. Luíít. Augment.Trat. ti.
a humidade, entaõ fe coe o Oleo , e nelle fe
derreta a Cera, e Rezina feita em pedaçosj
e tanto que eftiver derretida fe côc o Ungu¬
ento , (fe a Rezina naõ for limpa) e fora do
lume lhe ajuntem o Galbano , que eítara de¬
purado , e fe desfará na Tormentina $ e co¬
mo eíliver bem mifturada efta goma, lhe a-
juntem a Hedera feita em pó iubtil, e aífim
fe guarde o Unguento para o ufo: nefta fôr¬
ma oenfina afazer omefmo Au&or no lu¬
gar citado. .
Serve efte Unguento para abrandar, hu¬
medecer , e refolver 5 aplaca as dores do
pleuriz , he bom em todas as pontadas, a-
branda as durezas, fortifica os nervos, e fer-
ve nos rheumatifmos: applica-fe em fermen-
tacao á parte enferma.
UNGUENTO AUREO.
22 Aceite libras âiias e meya.
Cera amarella onças feis.
Tormentina onças duas.
Reyna. .•*
Grego anà onça luima e meya.
% lncenfo.
Almecega anà onça huma. \ reluza parte alguma, e deppis de queima¬
Açafrao oitava huma : de tudo fe faça Un¬
guento S. A. ltajoannes Zuelpherus inPhar-
mac. Aug.i.part. Claf.ij. de Ung.pmiihi 341.
Chama-ie efie Unguento Áureo pelácôr que
tem femelhante ã do ouro, e alguns lhe cha-
maõ também Unguento de Rey : aífim o diz
o mefme Zuelphero no lugar citado: Ungu-
£ntum Aureum à colore, Cf pretio dicitur, qui-
hufdarn et am Regis U nguentum. Far-fe-ha
na fórma feguinte: A Cera, Rezina, e Péz
Grego feitos em boccadinhos fe derreteráÕ
com o Azeite, depois fe coará de alguma
coufa impura, que tiver a Rezina, e Pez Gre-
go , entaõ lhe lançaráõ a Tormentina, e fó-
ra do fogo eftando o Unguento quafi frio lhe
ajuntarkõ mais fimplices em pó fubtil, pi-
fados á parte 5 e como tudo eftiver bem mi-
fio fe guarde o Unguento para o ufo.
. • Serve 0 Unguento Aureo para encarnar,
e cicatrizar as chagas $ adoça a acnmoma
dos humores, quenellesha, póde também
fervir para abrandar as dores das juntas: ap¬
plica-fe untando a parte enferma, ou pon¬
do-o em pannofino ufado.
UNGUENTO DE CHUMBO.
25 T) Chumbo queimado.
. JLV. Lithargyrio anà onça huma.
Alvayade.
Anlimonio aúà onça meya.
Cera amar ell a onças duas.
Oleo Rodado onças nove', de tudo fe faça Un¬
guento S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm.
cap. 3 .de Ung.p. 966. Efte Unguento efere-
veo Leonardo Berptalia tratt. 1. cap. 1. <jç
Rrifipelate •, porém naõ lhe lança Cera, nem
pede certa quantidade de Oleos: os moder-
nos o fazem pela receita que fica eferipta:
Far-fe-ha na fôrma feguinte : A Cera fe
derreterá com o Oleo , e depois, lhe lança-
ráõ o Chumbo queimado , o Lithargyrio , e
o Alvayade tudo em pó fubtiliflimo , e fe
mexerão continuamente os fimplices até o
Unguento eftar de todo frio , entaõ fe guar¬
dará para o ufo. O Chumbo para efte coiii-
poílo , e para os mais , em que fe pedir quei¬
mado fe fará na fôrma feguinte: Tomaráó
o Chumbo , e o bateráõ muito bem até o
fazerem em laminas muito delgadas, eftas
fe cortarão em pedaços pequenos, e fepo-
rao em huma tigella de barro nova com
huma cama de Euxofre , outra de Chum¬
bo , e fe porá a tigella no lume, até que o
Chumbo fe queime , o qual fe mexerá com
eípatula de ferro, para que o Chumbo fe
nao queime mal j. depois de fe acabarem os
fumos do Enxofre, fe verá o Chumbo fe efiá
queimado, o que le conhece fe efiá redu¬
. zido todo a cinzas negras, fem que delle
do fe guarda para o ufo. Affim o enfina
jaçobo Manlio no trat. dos Collyrios pag. 66.
Os modernos queimaõ o Chumbo com me¬
nos trabalho , e o fazem tomando huma
parte de Chumbo em barra , e o derretem
em vaio de barro , e depois lhe lançap
meya parte de Enxofre em pó, e o mexem
com eipatula de ferro, até que o Enxofre fe
gafta , e fica no fundo do vaio huma ma¬
teria negra, que he o Chumbo queimado,
o qual depois fe pifa, e guarda para o ufo:
aífim o enfina Moyiés Charás na Tua Phar-
macop. Reg. Chimic. 2. part. cap. 5 8. depra^
. parat. Plumbi.
He o Unguento de Chumbo muito de-
terfivo, e defeccativo, proprio para alim-
par as chagas, e tirar todas as inflamações,
que nellas fobrevem caufadas do ligado :
applica-fe ã parte enferma.
R
24
UNGUENTO DE TUTIA.
Oleo Rojado onças vinte.
• fumo de Semente de Herva Mou¬
ra onças oito.
Cera branca onças cinco.
Alvayade lavado onças quatro.
Chumbo queimado.
Tutia anà onças duas.
lncenfo onça huma : de tudo-fe faça Un¬
guento S. A. Íía Nicolaus Lemery in Pharm.
cap. de Ung. pag. yiy. Far-fe-ha na fórma
feguinte : O çuino da femente de Herva
Moura fe porá a cozer com o Oleo, e tan¬
to que gaftar a humidade fe côará , e no
Oleo depois de cpado fe derreterá a.Cera ,
{■ e t&ntp
 Dos Unguentos , e Linimentos. 39H
c tanto que eftiver derretida, fe tirará do lu- eíle compofto fe defatará com humas eottas
me , e Co
TVA P e* iKa
fe lhe lanqará o Chumbo _ _
, Tutia
• r*
, ^ de Oleo Rofado, como diz o mefmo Aüctor
1 /M 1-1 t . . ^ .

Alvayade, e fe hira mexendo continuámen- no lugar citado : Camphoram qttod attinet,

tfe para que os íimplices fe naõ vaõ ao fun- qua Unguento albo Camphorato addi jubetur ,
<lo , e ultimamente lhe ajuntarão o Incenfo, illa cum aqua rofarum commode dijjolvi ne~
e como eftiver o Unguento frio fe guardará quit, fed nccejjim eji , ut Vel fpirita aliquo ar-
para o ufo. denti útpote rofarum pro hoc Unguento, vel
Serve efte Unguento para tirar a ínflãmd- Oleo Rofato ipfo , atro fcilicet horum Ubúent,
qaõ das chagas das pernas , e para as cicatri- dijjolvatur, CSV.
zar, e defeccar : appíica-fe em panno velho Serve efte Unguento para a cura das quei¬
cmcima da parte enferma. maduras , eryfipolas, farna , e para toda a
UNGUENTO BRANCO chaga cutânea $ obra mais efficazmente efte
de Rhafis. Unguento , que o branco fem Camphora :
25 TT Al v ay ade libra huma. applica-fe íobre panno fino á parte en-
Cera branca libra meya. ÍCf 1111
Oleo Rojado libras duas: de tudo fe faça UNGUENTO MERCÚRIO.
Unguento S. A. Ita Rhafislib. y. ad Almanf. 27 TJ Azougue.
cap. i)6. de adujlione ignis. Far-fe-ba na fôr¬ JLV. Aluayade.
ma feguinte : Á Cera fe derreterá no Oleo Ve\es de ouro and libra huma.
Rolado , e fóra do fogo lhe lancem o Alva- Cima de Vides libra huma e meya.
yade em pó íubtiliftimo , e fe mexerá conti¬ Unto de porco libras quatro.
nuamente, até que de todo fe esfrie, então Incenfo.
fe guardará para o ufo. Alguns para que efte Oleo de Louro and onças quatro : de tudo fe
Unguento lhe fique muito branco o fazem faça Unguento S.A. Ita F.duanlus Madeira
com Azeite commum em lugar do Oleo i.part. cap. 25. pag. mihi 2)6. Far-l’e-ha na
Rofado } porem naõ fazem bem , porque he fórma feguinte : O Azougue fe mortificará
ir contra a vontade do Auctor, e he fem du¬ com hum boceado de unto de porco , e de¬
vida que o que fe faz com Azeite, ha de fer pois de eftar bem èxtincto lhe ajuntaráõo
de menos operaqao , que o que fe faz com Oleo de Louro , e os mais fimplíces em pó
Oleo Rofado , porque eíle hè mais frefco, e fubtil, e ultimamente lhe deitaráõ à cinza
melhor para o que fe pertende doUnguento. de Vides, que ha de fer bem peneirada,’ para
Serve efte medicamento para fazer en- que naõ leve algum carvaõ, e tudo fè fiífá
courar todas as clíagas e feridas , he bom miílurando em gral de pedra , até que efte-
para a? chagas , que ficaõ das queimaduras, jaõ os fimplices todos bem encorporados , e
r T
e para cicatrizar , e feccar qualquer chaga , depois fe guarde para o ufo. Efta he a recei¬
• _* _ 1 —1 ' '1 M ^ . .. . 1 A M 1 1 i .V Ti fX 1a ... .Laa a!

e também para as que fe fazem na cutis por ta do Unguento Mercúrio , que fe ufa nos
caufa de comichão de Sarna , ou de outro Hofpitaes defta Cidade , e com ella fé curaõ
qualquer humor: applica-fe em panno ve¬ a mayór parte dos enfermos , e he a que or¬
lho á parte enferma. dinariamente fe tem feita em todas as Bo-
UNGUENTO BRANCO ticas.
Alcamphorado. Serve efte Unguento para a cura do mòr-
26 TJ Oleo Rofado libra huma. bo Gallico : applíca-fe em unturas ás partes
JLV • Cera branca onças tres. Coftumadas , que faõ nas doze juntas, como
Al va y ade onças feis. diz Madeira nó lugar citado : á quantidade
Claras de Ovos numero feis. de Unguento , que fe applica naõ he certa ,
Camphora oitavas duas: de tudo fe faça Un- porque humas vezes He meya onça , feis oi¬
cuento S. A. Ita Joannes Zuelpherus in Phar tavas , ou até duas onças $ receita-fe confór-
macop, Auguft. *. pfirt. Chff. 17. it Vngmnto me as forqas do doente
M, mihi 11 ii. Far-fe-ha na fórma feguinte: U N G U b N I O O XI L) O R CIC O.
__ rJ\___ ni™T?r»farln
A Cera fe derreterá com o Oleo Rolado , e <• 28 TJ Manteiga frefca onças duaSi
fóra do fogo lhe knqaràõ o Alvayade, que JLV. Mel Rofado onça huma.
fe hira mex-endo até fe esfriarj entaõ lhe lan- Tutia fete oitavas e meya.
caráõ as claras dos Ovos bem batidas, e a Viiriolo branco eferop. hum : de tudo fe faça
Camphora desfeita em humas gottas de O- Unguento S.A. Ita Nicolaus hemeryin Phar-
leo Rofado , e como tudo eftiver bem mifto macop. cap. p de Unguent.pag. y 5-5. Chama-
fe n-uardará o Unguento para o ufo. Alguns fe efte Unguento Oxidorico , que quer dizer
AudWes para ia efte Unguento
__ mandaõdii
_ proprio para os olhos: Afiim o diz o mefmo
íblver a Camphora em agoa Rofada 5 porêna Lemery no lugar citado. Far-fe-ha na fórma
<çfta nunca fe diíTolve bem nella, e aífim para feguinte: A Tutia depois de prepavadaje
 392 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. XI-
pifará com a manteiga,que eftará lavada mui¬ Sarcocolla.
tas vezes com agoa de Tanchagem , entaõ íe Farinha de Semente de Linho fè de
lhe ajuntará o Mel Rofado, e Vitriolo bran¬ Alforvas.
co em pó fubtil, e tudo fe miílurarà em gral lncenfo.
de pedra , e depois de bem mifto fe guardará Almecega ana onça liuma : de tudofe faça
para o ufo. Efte Unguento quando fe fizer Unguento S. A. Ita Moyfès Charás inPharm.
v r i... r. i_j_.i- v, a, TTri/r hav-fe-ba na fôrma
menti na ie
de meyo
Manteiga. frio o Unguento , lhe lançaráõ o Mel, e as
He efte Unguento bom para alimpar os farinhas, e ultimamente eftando quafi frio
olhos, e para defeccar as chagas, que nelles lhe deitaraõ as gomas pifadas todas fubtis, e
naíceiD) fortifica a vifta, e ferve para inflam- tanto que tudo eftiver bem mifto, fe guarde
macoés dos olhos: applica-íe em untura á para o ufo.
parte. Serve efte Unguento para mundificar, e
UNGUENTO NAPOLITANO. cicatrizar as chagas, ou fejaõ novas , ou ve¬
T> Azougue onças feis e meya. lhas , e lhe faz renáfeer nova carne.
X\, Tormentina fina onças quatro. UNGUENTO MUNDIF1CATIVO
Unto de Forco libras quatro: de tudo fe faça dc Aypo.
Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar- 32 TJ Mel. V '• < - •
macop. cap. 3. de Ung.pag. 927, Far-fe-ha na JLv. • Çumo de Aypo depurado and libra
fórma feguinte: O Azougue fe mortificará huma.
comparte do Unto de Porco , e depois de Farinha de Trigo.
bem extinéto fe lhe ajunte a Tormentina, e Tor menti na anà onçasfeis : façafe Utiga-
o mais Unto , e como tudo eftiver bem en- ento S. A. íta Pharmac. Valent. traã. de Ung.
corporadofe guarde o Unguento para o ufo. pag. 155. Far-fc-ha na fórma feguinte: O
He efte Unguento bom para a curada qumo do Aypo fe depurará primeiro, ede-
farna , e de toda a comichaõ cutanea $ mata pois fe medirá a quantidade , que na receita
os piolhos, e ferve para unturas dos leitos, fe pede , e fe porá a cozer com o Mel, até
que criaõ immundicia: applica-fe em untura que tenha ponto conveniente , e coado fe
á parte em que he neceflario. lhe lance a Tormentina, e depois de bem
UNGUENTO DE CINOGLOSA. mifturada, lhe ajuntaráõ a farinha ; e como
3o T> RalVs de Cinoglofa libra meya. eftiver tudo bem mifto, fé dará o Unguento
JtV. Manteiga frefea libra huma e para o ufo. Naõ diz o Auétor, que farinha ha
meya. de fer a que fe ha de pôr no Unguento * e
Vinho vermelho onças quatro : de tudo fe faça aflim feguindo a Oviedo na fua Pharm. lib. 4;
Unguento S. A. Ita Joannes Zuelpherus in MethoJ. àvi ,que ha de fer de Trigo , ou ou*
Pharmac. Augujl. 2. part. Cia ff. 17. de Ung. tra qualquer: Efte Unguento naó hede mui-
pag. 545. Far-fe-ha na fórma feguinte: As ta dura, e aflim fó fe deve fazer, quando fe
Raizes de Cinoglofa fecolheráõ, quando a houver de dar, e no cafo que o naõ haja fe
planta eftiver em feu vigor, e depois de bem póde ufar em feu lugar o Unguento mundi-
lavadas fe machucaráõ, e ajuntaráõ com a ficativo de Refina, como diz Lemery na fua
Manteiga frefea , e Vinho, e fe cozerá tudo Pharmacopea cap. 3. de Ung.
até fe gaftar a humidade , entaõ fe coará , e Serve efte Unguento para mundificar as
guardará o Unguento para o ufo. chagas, e he bom para alimpar os buboés
Serve efte Unguento para todas as contu- abertos de pouco : applica-fe molhando me-
foés, deflocaqoés, e para diflblver o fangue chas no Unguento,
coalhado : applica-fe em untura exterior-
jnente , e fe póde tomar pela bocca para os UNGUENTORUBRO.
mefmos achaques, e entaõ fe dá de huma oi¬
tava até feis.
33 R1.' „ ,
Unto de Porco.,
• Oleo de Hypericad ana onças
UNGUENTO MUNDIFICATIVO quatro.
de Refina. Cera onças duas.
31 TJ A\eite libra huma. Terra figillada onça huma.
JLV. Refma. Minio onça meya.
T ormentina. Camphora efcropulos deus: de tudo fé faça
Melaná libra meya. UnguentoS. A. Ita Nicolaus Lemery iti Phar*
Cera onças tres. mac.cap. 3. de Ung. pag, 720. Far-fe-ha na
Myrrha. . fórma feguinte: A Cera fe derreterá com o
Oleo,
 Dos Unguentos, è Linimentos. 395
Oleo , e Unto de Porco, e depois lhe lança- Calamo aromatico.
ráo fóra do togo o Minio , e Terra figillada Cravos da índia and oitava me va : todos ejtes
em pó fubtil, e ultimamente a Camphora fimplices ptfados medíocres fe tnfundao em
desfeita em humas gottas de Oleo de Hype- Unto de Porco libras tres.
ricaõj e tanto que eftiver bem mifto, fe guar¬ Cebo de Cabrito libra hiima.
dará para o ufo. Maçãas c amo ei as limpas da c afea num.
Serve efte Unguento para tirar a inflam- Agoa de Kofas libra meya.
maqaõ de qualquer chaga , e a defecca admi¬ Agoa de flor onças quatro : de tudo fe faça
ravelmente : applica-fe a parte em untura. Unguento S. A. Ita Moyfês Charàs inParmac.
UNGUENTO DE ALDERETE. cap. 5. de Unguent. pag. 422. Chama-fe efté
54 R. Tormentina onças duas. Unguento Pornado por caufa das Camoezas,
Manteiga de Vacca onças quatro, que nelle entrao , e aflim alguns o intitulao
Al v ay a de onças tres. Unguento de Camoeias 5 e como ferve pata
Pedra hume queimada duas oitavas. as rachas, e afpereza das maõs, também lhe
Solimad cinco efcropulos. chamao Unguentoprofijfuris manuum.ldar-fe-
Gemas de Ovos numero dous. ha na fórma feguinte: Os fimplices fe pifia-
Çúmo de Limões onças tres : de tudo fefaça ràÕ medíocres, e fe ataráo todos em panno
Unguento S. A. Ita Ludovicus de Oviedo Uh. 4. raro, e fe metteráo em valo de barro capaz,
Method. pag. 442. Efte Unguento fe chama e emeima lhe lanqaráo o Unto de Porco ,
de Alderete , porque foi compofto pelo Cebo de Cabrito bem lavado , as Camoezas
Doutor Alderete Medico de Salamanca, çomo lem calcas, e pevide , e com as agoas fe porá
diz o mefnío Oviedo no lugar citado. Far- tudo em digeftao 24. horas em lugar quente,
fe-ha na fórma feguinte : A Tormentina de- e paífadas cilas fe cozerá o Unguento em
pois de lavada fe lanqa em hum almofariz , e fogo muito brando, ou em banho de Maria,
emeima lhe deitaráo a Manteiga, que fe hirá até fe gaftar a humidade toda , entaÕ fe coa-
mexendo , e depois ajuntaráõ oAlvayade, rà , e depurará o Unguento : e nefta fórma
Pedra hume , e SolimaÓ em pó fubtil 5 e co- fe guardará para o ufo em vafo bem tapado
mo eftiver tudo bem mifto, lhe lanqaráo o em lugar frio. O Unguente quando fe coze
qumo de Limaõ , e humas gottas de Oleo ha de o vafo eftar bem tapado , e os cheiros
Rolado , para que o Unguento fique mais que eftaó na ligadura fe hirao efpremendo
brando , c feito nefta fórma fe dê para ouío. de quando em quando , e também fe póde
- Serve efte Unguento para a cura da fama, fazer o Unguento lancando-lhe os cheirps
appl içado tres vezes em untura a todo o cor¬ pifados mifturadós com o Unto porque
po , a cura admiravelmente. como depois fe ha de coar, é depurar o Un¬
UNGUENTO DESECCAT1VO. guento nao importa , que fe lancem os ditos
Aieite libra huma. fimplices aromáticos em ligadura.
35
R. Cera branca onças tres.
Tutia preparada.
Servè efte Unguento, ou para melhor di¬
zer efta Pomada para as rachaS dá bocca,
Bolo Armênio and onças duas. beiqos, narizes, e máõs, he também boa pa¬
•, Peies de Ouro. ra as rachas, que náfeem nos bicos dos pei¬
Alvayadé and onça huma e meya. tos daS mulheres $ ultimfamenté he boa pára
Camphora oitava meya : de tudo fe faça Un¬ toda a afpareza da cutis: applica-fe em un¬
guento S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. tura á parte onde he neceíTaria.
*cap. ]. de Ung. pag. 920. Far-fe-ha na fórma U N G UENTODEM IN I O.
feguinte : A Cera fe derreterá no Azeite, e 37 T) Minio onças tres.
depois fóra do fogo lhe lanqaráo os mais fim¬ JlV. Lithargyriv onças duas.
plices em pó fubtil, e a Camphora desfeita Alvayadé onça huma e meya.
em humas gottas de Oleo Rolado , e então Tutia preparada oitavas tres.
fe guarde para o ufo. Camphora oitavas duas.
Efte Unguento defecca, refrefea , fortifi¬ Cera branca onças duas.
ca , faz renafeer a carne , e ferve para a in- Oleo Rofado libra huma e meya : de tudo fe
flammacaõ de qualquer chaga. faça Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemery in
Pharmac. cap. 3. de Ung. p. 920. Efte Ungu¬
R
3^
UNGUENTOPOMADO.
Ly rio flor entino onças tres.
# Sandalos citrinos.
ento he melhor que aquelle de Minio , que
efereveo Pedro Argelata no cap. do fleitmao,
Beijoim and onça huma. porque efte leva mais fimplices, e he o de'
Eftoraque oitavas tres. que fe deve dar, todas as vezes que fie pedir
Pão de Rhodes. Unguento Minio. Alguns Auétorcs lhe cha-
Alfaiema and oitava huma. maõ Rubro Camphorado, porque nelle entra a
Ddd Cam-
 m Pharmac. Lufit. Augment. Trat. XI.
Camphora , aftim o diz Lemery no lugar ci¬ Efte Unguento faz parir as ftuxoes,
tado. Far-fe-ha ua fórma feguinte: A Cera
fe derreterá com o Oleo , e lura do fogo lhe
lanqaráõ os fimplices todos em pó fubtilifti-
mo , e ultimamente a Camphora , que fe
terá desfeita em humas gottas de Oleo Ro-
fadoj e como tudo eftiver bem encorporado,
fe guardará para o ufo.
File Unguento defecca , e cicatriza as
chagas, e lhe tira a inflammaqao : he tam¬
bém admiravel o ufo delle nas chagas das
pernas , ou fejaÕ de fígado , ou procedidas
de alguma canellada.
»3 R UNGUENTO FUSCO.
A\eite libra huma e meya.
. Cera nova onças quatro.
Pê\ Grego.
Pè\ Naval.
Sagapeiio anà onças duas.
Al mecega.
Galbano.
Ince n/o.
Tornientina anà onça huma: de tudo fe faça.
Unguento S. A. lta Joannes Zuelpherus in
Pharmac. Aug. 2. part. ClaJJ. 17. de 01.p. 345.
Far-fe-ha na forma feguinte : O Sagapeno,
e Galbano fe diflblveráÕ em Vinagre , e de¬
pois fe poraõ em ponto de Unguento, a Ce¬
ra , Pêz grego , e o negro fe derreteràõ com
o Azeite , e fe coaráõ , entaõ lhe ajuntarão a
Tormentina 5 e eftando o Unguento quafi
frio lhe lanqaráõ aá Gomas , o lneenfo , e
Almecega em pófubtilj e tanto que tudo
eftiver bem mifturado fe guarde o Unguento
para o ufo.
Efte Unguento mundifica as chagas aftim
novas como velhas, gafta-lhe a carne fu-
perflua, e lhe faz renafcer outra nova, abran-
da, e coze os humores em todos os tumores:
applica-fe á parte_enferma fobre panno fino.
UNGUENTO DEFENSIVO
de Bolo Armênio.
T> Cleo Rofado libra huma.
JtV • Cera amarefa.
Bolo Armênio anà onças tres.
Sangue de Drago onça huma.
Vinagre forte onça huma e meya : de tudo fe
faça Unguento S. A. lta Nicolaus Lemery in
Pharm. cap. 3. de Ung.pag. 944. Far-fe-ha na
fórma feguinte : A Cera fe derreterá com o
Oleo Rofado , e eftando meyo frio o Ungu¬
ento lhe lanqaráõ o Bolo Armênio , e fangue
de Drago em pó bem fu.btil 5 e como eftivei
de todo frio lheajuntaráõ o Vinagre, e fe
hira nutrindo muito bem , até que efteja to¬
do encorporado com o Unguento , e aftim
fe guarde para o ufo. Defta' receita ufaõ os
modernos por fer melhor , que aquella , de
que ufavaÕ os antigos.
in>
pede e defende , que em qualquer parte en-
ferma naõ cava mayor porqaÕ de humor,for¬
tifica , e defecca a parte , a quefe applica.
UNGUENTO GUMMI ELEMF
40
R. Cebo de Carneiro capado onças
duas.
Goma Elemi.
Tornientina fina anà onça huma e meya.
Unto de Porco onça huma : de tudo fe faça
Unguento S. A. lta Nicolaus Lemery in Phar-
macop. cap. \.de Ung. pag. 6. Far-fe-ha na
fórma feguinte : Os fimplices todos juntos
fe derreteràõ , e depois fe coaráõ t e como o
Unguento eftiver frio fe guardará para o
ufo. Efte Unguento he melhor , que o que
ordinariamente fe faz pela receita de Pedro
Apono Conciliador j e he o mefmo de que to¬
dos os modernos ufaõ.
He efte Unguento muito refolutivo, e
ferve para fortificar os nervos.
UNGUENTO DE MEYA
ConfeicaÕ.
41 TY Tornientinafina onçasfeis.
JA • Cera branca onças quatro.
Oleo Rofado.
Mel Rofado anà onças duas.
Refina onça huma e meya.
Almecega fina.
lneenfo anà onça meya : de tudo fe faça Un-
guento S. A. Ita Francifcus Vellefiusin Phar-
macop.feã. è.deUnguent. pag. 15,2. Chama-
fe efte Unguento de meya Confeição, porque
a fua receita naõ leva tantos fimplices como
o Unguento Aureo, nem taõ poucos como
o Unguento Bafalicaõ , e na fua obra naõ he
taõ encarnativo como hum , nem taõ matu-
rativo como o outro 5 aftim o diz Fragoíò no
feu Antidotario pag. 442. Ftr-fe-ha na fórma
feguinte: A Cera, Refina , e Tormentina fe
derreteràõ com o Oleo, e fóra do fogo quan¬
do o Unguento fe comeqar a coalhar lhe
lanqaráõ a Almecega, e lneenfo em pó íub-
tjl, e como tudo eftiver bem miílo fe guar-.
de para o ufo.
Efte Unguento he encarnativo, e matu-
rativo , mundifica as chagas, e lhe faz rena¬
fcer a carne: applica-fe emeima de panno fi¬
no á parte enferma.
UNGUENTO PEITORAL
de Lemery.
42 TY Manteiga frefea libra meya.
Oleo de Amêndoas doces onças
quatro. .
Oleo de Macella, e de
Violas. ■ ,\Vi á> .\'
Cera branca anà onças tres.
Enxúndia de Pato , e de
Galinha anà onças duas..
Rai%,
 Dos Unguentos, é Linimentos.
&e Lyrio onça huma : ds tudo fe faça
Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phãr-
mac. cap. 3. de Ung. pag. <>$8. Far-fe-ha na
fórma feguinte: A Cera, e Enxúndias fe der-
retaõ com os Oleos, enta5 lhe lancaráo a
Manteiga frefca,para que fe difiolva fóra do
fogo com a quentura do£ fimplices, e como
o Unguento eftiver quafi frio lhe ajuntarão
a raiz de Lyrio em pó fubtil , e como tudo
eftiver mifturado fe guarde o Unguento pa¬
ra o uío. Alguns fazem o Unguento Peito¬
ral pela feguinte receita de Hypolito Sec-
carelli :
Oleo de Amêndoas doces.
• Macella , e
Violado and onça huma e meyai
Enxúndia de Galinha , e de
Pato and onça huma.
Cera branca oitavas de\.
Acafraõ grãos dexpito : de tudo fe faça Un¬
guento S. A. Ita Hypolitus Seccarelli in Ánti-
dot. Romano traã. de Variis reb. pag.zçL Far-
fe ha na fôrma feguinte: A Cera , e Enxún¬
dias fe çlerreteráo còrri os Oleos, e fóra 6
fogo lhe lancaráo o Acafraõ feito em pó fub¬
til , efe liirá desfazendo em almofariz com
alguma porqao de Unguento quente , ou
Enxúndia, e como tudo eftiver mifturado
fe guarde o Unguento para o lifoV Também
fe póde fazer pela feguinte receita de Hof-
fmano : . Hervas todas fe colheráÕ.nO mez de Mayo,
; ■ * t . .
Enxúndia de Gatinha. ' chucarkõ em gral de pedra, e as lancaráo
• Manteiga frefea. * \ < em vafo capaz , e emeima lhedeitaráõ o A-
Oleo de Amêndoas doces.
Violado , e de o to dias , pafíados elles fe poraõ a cozer até
Ãçucends and onças quatro.
Açafrad efcropulo hum e nieyo.
Cera branca onças tres : de tudo fe faça Un¬
guento S.A. Ita Frédericas Hojfmanus in The-
fúiir. Pharrnac. feã. 30. de Ung. num.<5. p. 700.
Far-fe-ha na fórma feguinte : A Cera , e En¬
xúndia fe derretaõ com os Oleos, e fóra do
fogo lhe lancem a Manteiga,pàra que com a
quentura do Unguento fe diffoíva, entaõ
lhe ajuntaráõ o Acafraõ em pó fubtil, o qual
fe desfará em alguma das Enxúndias, e co¬
mo tudo eftiver bem mifto fe guarde o Un¬
guento para o ufo.
Qualquer dos Unguentos Peitoraes acima
eferiptos faÕ muito refolutivos, fervem para
as dores do peito , cozem as matérias , e fa-
cilitaõ os efearros : applicaÕ-fe em fomen-
tacaõ k região do peito.
UNGUENTO AREGAM.
43 T) Refmaninho.
iup Mangerona.
Raiz. de Jarro.
595
Serpad.
Arruda.
Rar. es de pepinos de S. Gregorio and onças
quatro e meya.
Folhas de Louro.
Salva.
Saluna and onças quatro.
Pulicaria mayor , e
Menor onças nove.
Neveda.,
Folhas de Pepinos de 5. Gregorh and libra
meya. ■,
Almecega.
• O
Incenfo and oitavas fete.
Piretro.
Euphorbio.
Genpibre.
Pimenta and onca huma.
*
Oleo Mochelino onça meya.
Petroleo ónça huma.
Unto de Urfo.
Oleo de Louro and onças tres.
Manteiga frefea onças quatro.
Axeite libras cinco.
Cera amar cila libra huma e onças tres : de
tudo fe faça Unguento S.A. Ita ' Nicolaus in
Antid. pag. milú 187. Eíle Unguento toma o
nome de leu erfeito , porque Aragaõ , ou
Aregon quer dizer foccorro , ou ajudaj aíTim o
diz Lemery na fu a Pharmacopea cap: 3. de
Unguent.: Far-fe-ha na forma feguinte : As
ou quando èftiverem em feu vigor, e fe ma-
zeite , e fe deixaráo em digeftaõ fete, ou oi¬
fe gaftar toda a humidade > depois fe coará.,
e lhe ajuntaráõ os Oleos de Louro, e Moí-
chelino, a Cera, Manteiga, e Unto de Ur¬
fo, efe-porá em fogo brando a derreter j e
tanto que todos os fimplices eftiyerem líqui¬
dos , e o Unguento quafi frio , lhe lancaráo
a Almecega , Piretro , Incenfo , Euphorbio,
Gengibre, e Pimenta tudo em pó fubtil j e
como eftes fimplices eftiverem bem miftos
fe guarde para o ufo. Se naõ houver Oleo
Mofchelino feito , fe póde pÕr em feu lugar
de Arruda, ou de Louro, como diz Zuel-
phero in Pharm. Aug. ClaJJ. 17. de Ung. por
eftas palavras: Mofchelinum Oleo fi âeejl Ru-
taceo , aut Laurino utendum efi. Ó Unto do
Urfo naÕ he muito commum em todas as
partes, e ailim fe póde pôr em feu lugar ne-
fte compofto o Oleo de Louro, como diz
Lemery na fu a Pharmacopea cap. 3. de Ung.
pag. 5)27. por eftas palavras • Comme lagraif-
fe a OMs n eji pas bien commine on pour oit en-
cas quen ti en eujipoint , Un fubfütuer P huile
Ddd 2 ■ de
 596
Pharmac. Lüfít. Augntent. Trat. XI*
^ Laurier. Nefte medicamento entra huma Murcha and onças ires.
Manteiga frefca oitavas dez.
planta chamada Laureola,que he huma efpe-
Semente de Alforvas onça huma e fíieya.
cie de Trovifco , que da huns graõs, a que
Dioícorides chama Cocognido". aílim o diz H ortigas.
Valerio Cordo traft. de Ung. pag. 517* A Violas.
Dormideiras negras.
pulicaria he huma planta , que nalce pelos
ribeiros, e hortas, a qual vulgarmente cha- M entra fios.
maõ Herva Pulgueira , e ha deli* duas efpe- Hortelãa- das Hortas.
cies: huma , que tem as folhas mais largas, e A\edas.
agudasj e outra,a que fe chama Puíicaria me¬ Avença.
nor , e tem as folhas mais pequenas, e miú¬ Cardo fanto.
das, como diz o mefmo Valerio Cordo no Madre fylva.
lugar citado. Eílas duas efpecies de Pulica- Vãleriana.
Herva agulheira.
ria fa5 as Conizas de DioJcor ides, como affir-
'Trevo de tres folhas.
maLemery rta fua Pharmacopea cap. 3. de
Lingua Cervina.
Unguentis.
Ó Unguento AregaÕ digere, gaíla, e adel¬ Margaça.
gaça , ferve para as Huxoés, que procedem Abrotano.
Tutanos de Veado.
de humores pituitofos e grofíbs , he bom
Ejioraque Calamitha and onça meya.
para as Parlezias, e frialdade dos nervos un¬
Enxúndia de Galinha.
tando com elle o efpinhaqo, e também ferve
para as cólicas ventofas, e para facilitar o Unto de Urfo.
o parto fe appliea em untura á regiaõ do Almccega.
Incenfo anã onça huma.
ventre. Oleo N a/di no onças duas•
UNGUENTO MARCIATAM.
Cera libras duas.
44 T) Folhas de Tamagueira onças feis. Azeite libras oito : infundao-fe as hervas no
JlV • Folhas de Louro, e de
Azeite com algum Vinho por efpaço de oito dias,
Alecrim and onças oito. e então fe faça Unguento S A l ta Joannes
Arruda onças fete.
Zuelpherus iri Pharm- Aug. Cia ff. iy- de ng.
Engo\ pag. 348. Eíle Unguento toma o, nome do
Sabina. Au&or, que o inventou, que foi hum Me¬
H ortelãa aquatica.
dico chamado Marciano , e delle coirupto o
Salva. vocábulo fe veyo a chamar Marciataã : atum
Mangencaõ.
o diz Joaõ de Caílilho no Itv z. c. 24. de b ng.
Poleo Montano. pacr. 293.,e outros muitos, Ea.r-le*ha na for¬
EJeveda- ma iègufnte •’ As Hervas fe colherão no mez
Arte mija• deMayo, ou quando eíliverem em íeu vi¬
Enula campana* gor , depois fe pifaráp em gral de pedia, e
Betonica. como eíliverem bem pifadas fe porão em va-
Herva giganta. fo capaz,lanqando-lhe libras quatro de bonv
Rúbea menor. Vinho, e o Azeite, que fe pede na receita,
Parietaria.
e fe deixarão fete ou oito dias em digeílao, e
Pimpinella.
paíTado o dito tempo iepora tudo a cozer
Agrimonia.
até fe gaílar toda a humidade, então fe coa¬
Lo/na.
rá , e no Oleo fe derreterá a Cera , Mantei¬
Vrimúla veris.
ga, e mais Enxúndias $ e tanto que eíliverem
Hortelãa Romana.
derretidas fe tire do lume, e lhe ajüntem O'
Cimas de Sabugueiro.
Oleo -N ardi no , ecomo. eíliver quaít frio lhe
Cachos de telhado:
lanqaráõ o Incenfo, Almeqèga^ e Eíloraque
Milltfolium.
em pó fubtil, e eílando tüdo bem; miílo. fe
Sayao.
guarde o Unguento para o ulo* Aílim o en-
Camedribs.
fina a fazer o mefmo Joao Zuelphe.ro no lu¬
Centáurea menor.
gar citado : Eíla receita-. eíla efcripta em
Tanchagem menor.
quafi todas as Pharmacopeas , B; em poucas
Fragaria.
fe acftaõ os mefínòs íinlplices, e pefos, po¬
Sideritis.
Quinque felium and. onças quatro. rém quaíi tudo he o mefmo ; néíla que fica
eferipta acima fó faltaÕ dous ftmplices, que
Raizes de Malvaifco*
deixo de éferever, porque ncnhàmdos„Au-
Cominhos.
ótores
 Dos Unguentos e Linimentos.
âoresantigos, nem modernos aíTentaõ o 3#
ajuntaraõ o Eftoraque liquido, que fe ter â
que faÕ, e neftes termos melhor he naõ fa*-
primeiio coado de tudo o que tiver eílra"
zer calò delles, como diz Valerio Cordo
nho » e tanto que o Unguento eftiver frio
trafí. deUng. Os modernos vendo que o
lhe milturaráõ a Myrrha , Incenfò e Alme¬
Unguento Marciataõ leva tanta immenfida-
cega em pó lubti!, e como de tudo eftiver
de de llmplices y e que muitos faõ efculados
feita boa miftura le guardará o Unguento
para o eífeito , que do medicamento fe efpe-
para o uiu. feito o Unguento Marciataõ
ra,'o fazem pela feguinte receita, eobra
por efta receita fica muito bom$ e a boa opé-
admiravelmente:
raqaõ delle experimentarão os que o ufarem.

Ungucn-
tumMar-
R Rai\ de Enula campana.
• Semente de Alforvas and onças tres.
Serve o Unguento Marciataõ pará forti¬
ficar os nervos, e as juntas , adelgaça , e re-
folve os humores frios, abranda as dores da
ciatum Efpica-nardi onça íiuma e meya.
Ciatica : applica-ie ás partes ehfermas.
reforma* Folhas de Alecrim.
tum. UNGUENTO CITRINO.
Mangerona.
45 Tf) Tincal oitavas duas.
Arruda. XV • Cdmphora oitava huma.
Engos. Coral branco onça meya.
S a bina. Pedra hiime onça huma.
Hortelã a. Bu\ios do mar.
Salva. Alcatira.
Mangericaõ. Amido.
Hortelãa Romana, Cryfiai.
Folhas de Loureiro* Conchas redondas do mar.
Lo/na. Conchas pequenas das agudas.
Ouregavs. Jncenfo branco.
Abortano. Salitre and oitavas tres.
Folio montano. Mármore branco oitavas duas.
Fie veda and manipulos doás e meyo. Gerfa ferpe ataria onça huma.
Flores de Ro/maninho , Al v ay a de onças feis.
Sabugueiro , e de Manteiga de Porco libra huma e meya.
Macella and manipulos dous. Cebo de Cabra onça huma e meya.
Aieite libras oito. Enxúndia de Galinha onça huma : cO\a-fe
Cera amarella libras duas e meya. em duas Cidras em vafo dobrado , e fe faça Un¬
Manteiga de porco. guento S. A. Ita Nicolaus in Antid.mihip. 1851.
Enxúndia de Galinha. Efte Unguento fe chama Citrino, porque o
Tutanos de Veado. Auétor o manda cozer dentro ,de huma Ci-
Oleo de Louro. dnij afíim odiz Plátério fuper NicolàoinAn-
T or menti na fina and onças quatro. not. Ung. Citrini. Far-fe-ha 11a fórma feguin¬
Efioraque liquido onças duas. te: O Mármore, Coral branco, as duas caftas
Myrrha. de Conchas, os Búzios, Cryftal, e o Tincal
Jncenfo, e fe pifaráõ fubtis , e depois fe moerá5 na pe¬
Almecega and onca huma : de tudo fe faça dra de preparar até eftarem bem fubtis, oln-
Unguento S. A. ItaNicolaus Lemery in Phar- cenfo, e os mais fimplices fe pifaráõ também
macop. cap. de Ung.pag. 729. Far-íe-ha na fubtis: a eftes pós ajuntarão a Gerfa ferpen¬
fórma feguinte : As raizes de Enula campa¬ taria , e como eftiverem bem mifturadosfe
na,, e as folhas das mais plantas fe colherão guardaráÕ para fe lançarem no Unguento a
euvMayo , ou no tempo em que eftiyerem feu tempo: O Cebo , e Enxúndias feefeo-
em feu vigor , e todas fe machucarao em lheráõ das mais brancas, e fe derretéràõ, e
gral de pedra > e fe metteráô em vafo capaz, nellas depois de derretidas iançarâõ duas Ci¬
e lhe ajunta-ráÕ as flores de Roí maninho, Sa¬ dras machucadas limpas da cafca , e pevides,
bugueiro- , e de Macella, e emeima lhe lan- e fe poràÕ em digeftaõ vinte e quatro horas
qaráo o Azeite 5 e tanto que a matéria efti- em lugar quente, pafíado o dito tempo fe
ver bem fnifta fe deixa ficar em lugar quente poraõ a cozer em fogo muito brando, até ga¬
oko dias em digeílaõ , e paliados elles feco* ftar a humidade , entaõ fe coaráõ, e nas Em
-gerà até gaftar a humidade, então fe coara, xundias aflim bem qüentes fe tíiífolverá a
e rto Oleo depois de coado , fe derreterá a Camphora fóra do fogo, ecomo começar de
Cera , Unto, Enxúndias, e Tormentina , e fe esfriar a matéria lhe lançarão os pós td-
fóva do<fogo lhe lançarão o Oleo de Louro^ dos y e tanto que eftiver tudo bem mirto fé
e como eftiver meyo frio o Unguento lhe guarde o Unguento para o ufo. Naõ fectf-
ze

59S Pharmac. Lufit. Ãugment. Trat* XX
ze a Manteiga , Cebo , é Enxúndia dentro
da Cidra, como o Áuétor quer $ porque nun-
ca ie achaõ capazes, eaílirn todos os moder-
nos enfinaô a fazer o Unguento na forma di-
Tineal, ta. A’ cerca do Tineal, ou Borax, que nefta
aut Borax receita entra ha grande controverfia entre
quid ? os Audfores; porque naô aíTentaÕ certamen-
te o que feja, e aílim feguindo a opinião mais
provavel, ie porá por elle o Tineal, de que
ufaÕ os Ourives para foldarem o Ouro, que
he huma efpecie de falitre , como fe deixa
ver de Plinio no cap 5. do liv. 33. O mefmo
Antali
quid ?
diz Hoffmano no liv. 2.fupr. Schroâ. n. 4. c. 79.
Antali faõ humas Conchas brancas, e redon¬
das , que fe achaõ nas prayas do mar , e que
fejaõ eftas Conchas o Antali, que o Auótor
pede, fe vê claramente em Francifco Velles
Dental! feã. 6. de Ung.pag. 149. Dentali he também
quid í huma cafta de Conchas , que fe achaõ na
praya , que faõ compridas, pequenas, e.al¬
gum tanto ponteagudas, e fe chamaõ Dtn-
tali, porque na ponta faõ femelhantes aos
dentes ■, aílim o diz Frey Ainonio de Caílel-
la lib. 2. divif.2. de Ung.pag. 501. Amentq he
huma efpecie de Pedra hume, e também fe
chama Amiantho , e por eíle fe póde ufar da
Pedra hume , como diz Plinio no cap. 19. do
liv. 7,6., e o mefmo affirma Lemery na fua
Gerfa Pharmacopea^^. ^.deUng.p.y42. AGer/a
Serpent.
Serpentaria fe faz na fórma feguinte : Toma-
quid ?
ráõ a quantidade, que quizerem de raiz de
Serpentaria verde , e a lavaráõ , e depois de
bem limpa a pifaráõ em gral de pedra, então
fe lhe tirará o qumo em imprenfa,tendo me-
tidoa matéria em panno de linho , para que
logo fique coada , deixar-fe-ha o cumo algu-
mas horas, para que a fubílancia tenha tem-
po de fe precipitar, entaõ fe coe por inclina¬
ção , e a matéria, que eílá no fundo do vafo
íe deixe feccar ao Sol, até eífar taõ branca
como Alvayade , e fe guarde para o ufo. Af-
fim a enfina a fazer Joaõ Zuelphero na Phar-
macopea Augufta ClaJJ. 19. depraparat. fimp.
pag. 446. O mefmo Auétor chama a efte
Cerufla compofto Gerfa Serpentaria, ou CerujJa Ser-
Serpenr,
quid?
pentaria: chama-lhe Cerufa Serpentaria-, por-
que depois de feita fica em torvoés, como o
Amido, e taõ branca como o Alvayade : no
cafo que para fe fazer a Gerfa Serpentaria
naõ haja raizes, que baftem , fe póde pôr em
Facula
radieis feu lugar a Fécula de rai\ de Jarro, a qual fe
Aronis. faz da rnefina forte, que a Gerfa Serpentaria,
aftim o enfina o mefmo Joaõ Zuelphero 110
lugar citado, e Lemery na fua Pharmacopea
cap. 3. deUng. Quem em lugar deftas Ger-
fas, Féculas, ou Alvayades das plantas ufar
dos çumos infpiíTados, ou do pó fubtil das
jnefmas raizes , obrará melhor, como diz
Zuelphero na annotaqaõ deftas GeríÀs por
1 i
formaes palavras: Defaculis, Geffisfett
Cerufjis non ejl, quod muttus fit, quippé qua.
nihií aliudfunt, quàm pulveres fubtiles farina-
cei, fuccofuo nativo orbati, eonfequenter etiam
omnis virtutis , & ejficacia. exportes, quibus ego
proinde radicuni ipfarumjiccatarum , ceufucco
f!0 nativo ( infpijjato quidem , vel^ concreto )
adhuc gaudentium , pulverem longe praferen-
dum ejjeautumo. Os modernos por entende-
tem, que neíle compoílo entraõ alguns íim-
plices efeuíados, lhostiraõ, e fazem o Un-
guento Citrino pela feguinte receita :
R MagiJlerio de Saturno onças tres.
• Antali, e
Unguen--
tum Ci-!:
Dentali preparados and oitavas feis. trinum
reforma-
Salitre. tum.
Tineal and onça meya.
Cidras numero dous.
Unto de Porco libra luimae meya : de tudo
fe faca Unguento S. A. Ita Nicolaas Lemery
in Pharmacopea cap. de Ung.pag. 942. Fàr-
fe-ha na fórma feguinte :.'Tomarãõ duas Ci¬
dras, e as alimparão das cafcas, e fememes,
e as cortaráõ muito miúdas, e asmifturafáõ
com a Manteiga em vafo capaz , c poraõ a
matéria em digeftaõ em lugar quente vinte
e quatro horas , paííadas ellas fe ponha em
fogo brando até conhimira humidade, qtié
houver; então fe coará , e no Unto laftcaráÕ
o Magifterio de Saturno , e os mais fim pli-
ces em pó fubtiliffimo 5 e tanto que tudo efti-
ver bem mifto, fe guarde para o ufo. Em al-
gumas partes ufao muito do Unguento Ci-
trino Magiftral feito pela feguinte receita,
e efte he o que ordinariamente fe acha nas
Boticas.
R Camphora onças duas.
• Alvayade.
Efclarimento , ou Ciarexa and onças quatro.
Unto de Porco libra huma: de tudo fe faça
Unguento S. A. na fórma feguinte'. O Ünto
fe derreterá , e eftando bem quente íè dif-
folva em parte delle a Camphora , depois fe
ajunte ao mais, e como eftiver meyo frio
lhe lancem o Alvayade , e Efclarimento em
pó bem fubtil; e tanto que eftiver tudo mifto
fe guarde o Unguento para o ufo. Do Un-
guento Citrino , ou feja feito pela receita
de Nicoláo , ou por outra qualquer , fem-
pre fe deve fazer pequena porqaõ dellc; pòr-
que fe fe faz muito, e fe naõ gaita logo, faz-
ie muito amarello, e ranqofo em fórma, que
naõ preíla para nada, e por efta razaõ he
bom fazer pouca quantidade} e fe for do jVtá-
giftral, como he taõ fácil de fazer , fe póde
dar fempré feito de frefeo, tendo para ilTo os
ftmplices preparados,, n
O Un.
 Dos Unguentos, e Linimentos. 199
G Unguento Citrino he muito deterfivo, bello em untura , ou pannos molhados no
e própria para tirar nodoas do roílo, fardas, dito Unguento.
rugas, ou cicatrizes, queeftejaõ na cutiz j UNGUENTO REFRIGERANTE
eftende as rugas da péíe de qualquer parte de Galeno.
<jue fejaó , e faz clara e refplandecente a pai> 48 T) Cera branca onça hum a.
te j a que fe applica, e por iíTo he conveni¬ LV« Oleo Rifado onçqs quatro.
ente o ufo do dito Unguento áquellas pef- Agoa da fonte muito clara , e bem fria q.f.
foas, que defejaõ parecer o que na5 fau. Vinagre branco hum pouco: de tudo fe faça
UnguentoS. A. Ita Mefue dijiinã. ix.de Ung.
UNGUENTO AMARELLO*
4^ R. Refina.
• Cera.
mihifol. 175). Far-fe-ha na fórma feguinte:
A Cera fe derreta com o Oleo Rolado , de¬
pois fe lance em hum vafo, que eftará metti-
Pê\ grego anã libra tneya. do em agoa fria, e tanto que o Unguento
A\eite libras duas: de tudo fe faça Unguen¬ eftiVer de todo frio lhe lanqaráõ de agoa
to S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacopea bem fria a quantidade que o Unguento pu¬
cap. 5. de Ung.pag. 921. Far-fe-ha na fórma der embeber em fi * e ultimamente lhe ajun¬
feguinte : Os íimplices todos fe derretaõ tem humas gottas de Vinagre brancoj e tan-
com o Azeite , edepois fe côe a matéria por to que eftiver rpiílurado tudo muito bem, fe
panno bem raro , e depois de frio o Ungu- guarde o Unguento para o ufo: aílim o enfi-
ento fe guarde para o ufo. Efte comporto na a Pharmac.Valent.trafi. de Çerot.pag.ibtí.
efereveo Mefue na Difinçaô 11.dosUnguen- Alguns cortumaõ lavar efte Unguento de-
tos com o nome de Bafalicaô menor , porque pois de feito , e lhe tiraõ a virtude do Oleo
leva menos fimplices , que o Unguento Ba- Rofado com as lavaqoés, que lhe fazem, co-
falicaõ ordinário t e os modernos lhe cha- mo diz Zuelphero in Pharmac. Aug. Claff.xy.
maõ Unguento amarello pela cor, com que fi- de Ung. - AftinutiUm illarn cera lavationem
ca depois de feito. non adeo reprehenderem, nifi per frequentem ,
Erte Unguento he muito conveniente no reiteratamqüé hanc loluram ffimul etiamfra-
principio das feridas de nervos, alimpa , e grantia, & vires Olei Rofarum demerentur ,
encarna as chagas. vel auferrentur. zz Os que o lavaõ, fe valerr?
UNGUENTOSANDALINO. do que Mefiie diz no fim da Receita: Aqmt
47 T) ,
Rofas vermelhas onça huma e meya. fontis frigida, q. f. d d multuni diuque lavan-
XV. Sandalos vermelhos oitavas de^. dum 5 porem eftas muitas vezes, que Mefue
S andai os brancos, e quer fe lave o Oleo,ha de íer antes que fe lhe
Citrinos and oitavas feis. lance aRofa , e affim paVa efte Unguento fe
Bolo Armênio oitavas fete. ha de lavar o Azeite primeiro que fe faca o
Efpodio onça meya. Oleo Rofado como enfiria Valerio Cor do,
Camphora oitavas duas. tr. de Cerot. r Oleum vero antequam Rofas re-
Cera br anta oitavas trinta. ciniat fipius éfi lavandum cum aqua fontis ge-
Oleo Rofado libra huma: dê tudo fe fáça Un* lidifima , deinâe confice Unguéntumfecundum
ffuento S.A. Ita Me fies dijlinã. 11.de Ung. artem. “ E que efta agoa , que Meíue , e
/b/. mihi 177. Chama-fe efte Unguento San- Galeno pedem no Unguento haja de entrar
dalino , porque na fua compofiqaõ entraó as nelle como outro qualquer fimples o diz Ma-
tresefpecies de Sandalos. Mefue lhe chama nardes fuper Mefuern diftinã. 11. de Ung.
Ceroto Sandalino , porque fica em confiften- ~ Infrigidato Ceroto infpergatür tantum aqua
cia mais alta que os Unguentos 5 porem ha- frigida paulatim in mortario, quantumpotejl
je fe pede com o nome de Unguento mais fufeipere, ut molhficetur: e o raefmo diz Sil-
ordinarjamente, que com o de Ceroto. Far- vio fuper Mefuem: Cum admodum erit refn-
fe-ha na fórma feguinte: A Cera fe derreta geratum mifee in mortario paulatim tantum
com o Oleo Rofado, e em parte delle eftan- aqua frigidiffima , quantum infemothená po-
do quente fediffolva a Camphora * ecomo terit accipere. Mangeto na Biblioteca Fhar-
amateria eftiver quafi fria lhe lancem todos niaceutica tom. i.letra C pag. 545. diz *

Serve efte Unguento, ou Ceroto para as enfinaõ eftes Amfton

durezas, e «alores do figado, rins, e eílo- Ungüento refrigerante depois de feito : fe-
mago : mifturado com Unguento PopuleaÕ, uaõ o Azeite em que fe faz o Oleo Rofado
™algum Ópio, he admiravel para as dores de antes de fe lhe lanqar a Rofa , e quanto ma,s
cabeça : appUca-fe á tefta junto á raiz do ca- fe lavar o Azeite, tanto melhor hcaia o Oleo
 400 Pharmac. Lüfit. Augment. Tfat. XI.
Rofado depois de feito * como diz Mefue :
Oteum multoties lavetur lavationibus mitltis,
quanto magis elaboratur inlavandojlludfit ex-
celUntius. A mefma doutrina enfina Luiz de
Oviedo na íua Phavmacopea lib. 4. Method.,
onde adverte que efte Unguento fe naÕ de-
\e ter feito , fenaõ dá-lo de frefco todas as
vezes que fe pedir, que aflim he melhor ; po-
rêm o melhor he ter feito pouca porqaô dei-
le , para que fe gafte logo; porque fe he mui-
to, fe naÕ gabará com tanta facilidade, eo
que he velho tem pouca virtude ; porque o
tempo lhe gafta aparte refrigerante, que
tem , e fem elía fica huma pouca de Cera
inútil.
Serve efte Unguento para abrandar os ar-
dores das febres, cura as inflammaçoes, ado*
qa a acrimonia dos humores, que cahem nas
hemorrhoidas, e na cutis de qualquer parte
do corpo , he util o ufo delle a todos os fe¬
bricitantes : applica-fe em untura aos rins,
ou na parte que eftiver enferma.
UNGUENTO MOURO.
49 T> Fe%es de Ouro onças feis. ' Unguento em Almofari\ de Chumbo na fórma
Alo ay ade.
Unguento Rofado and onças quatro.
Agoa Rofada.
A\eite Rofado anà q.f
Vermelhão 0 que bafar para dar ao Unguen¬
to côr vermelha efbranquiçada. Ita Eâuardus
Madeira i.part. cap. 8. n. 3.pag. mihi 51. Far-
fe-ha na fórma feguinte: O Alvayade, e Fe-
zes de Ouro fe pifaráo fubtiliílimos, e as lan-
carào em Almofariz de Chumbo , ou gral de
pedra, e emcima lhe deitaráÕ o Unguento
Rofado , e fe lhe ajuntará a Agoa Rofada , e
o Oleo Rolado, que baftar para dar bom cor-
po ao Unguento, e fe hirá mifturando tudo;
entaõ lhe deitaráÓ o que baftar de Vérme-
lha5 para fazer a côr do Unguento verme¬
lha que tire a branca, e com© eftivercm os
ingredientes bem miftos ; fe guarde o Ungu¬
ento para o ufo.
Serve efte Unguento para as chagas viru¬
lentas , ou quaefquer outras que tenhaõ def-
temperanqa quente , e para queimaduras de
fogo , tem virtude de refrigerar , deieccar,
e cicatrizar ; mitiga as dores , e ardores de
caufa quente: applica-fe á parte enferma em
Untura.
UNGUENTO CAMELO.
5 o TJ Oleo R ofido libra huma.
jLV* Cera branca onças duas.
Fe\es de Ouro.
• Alvayade aná onças feis.
Leite hum pouco.
Vermelhão q. f. para dar ao Unguento huma to lhe deitaràõ o Eftoraque liquido, e lhe
côr vermelha quafi branca. Ita Eduardus Ma¬ lançaráõ os pós todos bem fubtis, e como a
deira i.part.cap. %. n. y . pag . mihi 5 1. Far-íe- matéria eftiver raifta lhe ajunta^ o cumo
ha na fórma feguinte: A Cera fe derreta còm
o Azeite Rofado , e depois fóra do fogo lhe
lancem o Alvayade , e fezes de Ouro, efe
hirá mexendo a matéria até que de todo efte-
ja fria , então lhe lanqaráÕ o que baftar dê
Vermelhão para lhe fazer a côr vermelha ,
que tire a branca , e ultimamente lhe ajun-
tem o que baftar de Leite , queferá fó o que
o Unguento puder embeber em fi, e como
tudo eftiver bem miílo,fe guarde para o ufo.
Serve o Unguento Camelo para chagas de
pernas procedidas de deftemperança quente:
he bom nas queimaduras ; refrigera, cicatri-
za ,)e abranda as dores, que caufa nas chagas
o humor acre emordaz: applica-fe em un-
tura á parte enfermai
UNGUENTO DE ALMOFARIZ.
5i ü Unguento de Tutia , e
X\ • Branco de Rhafs aná onças duas.
Chumbo queimado.
Pós de Joannes and oitavas tres.
Çumos de Herva Moura , e de
Tanchagem anà onça meya: de tudo fe façâ
feguintefe Em hum almofariz de Chumbo fe
lancem os Unguentos, os pós de Joannes , e
o Chumbo queimado pifados fubtis, e emci¬
ma de tüdo lançaráo os çumos bem purifica¬
dos ao Sol , e com mao de Chumbo fe hirá
tudo mifturando até eftar de toda a matéria
feita boa miftao, e defta forte fe de o Ungu-
ento para o ufo.
Serve efte Compofto para acuva de quaef-
quer chagas de má qualidade, defemflam-
ma-as, cicatriza-as, e lhe gafta alguma car-
ne fuperflua , que nellas ha, e as faz éncou-
rar : applica-fe em panno fino já uíado fobre
a chaga.
UNGUENTO MAGISTRAL
parafarna. ; ' \
52 13 Çumos de Labaçoês , e de
JlVi Molar inha aná onças feis.
A%eite Rofado onças oito.
Alvayade.
Enxofre.
Eeies de Ouro, anà oitavas tres.
Çiirno de Laranjas a\edas onça meya.
Efioraque liquido.
Manteiga crua ditavas duas.
Cera amarella onças duas • de tudo fe faça
Unguento S.A. na fórma feguinte \ O Azeite
Rufado fe coza com o qumo dos Labaçoês, e
Moraiinha ate gaftarem a humidade , de¬
pois fe coem , e á coadura ajuntem a Cera, e
fe derreta; e fóra do fogo lhe lancem a Man¬
teiga , e como eftiver meyo frio o Unguen¬
das
 Dos Unguentos , e Linimentos. 401
tlas.Laranjas, c depois de efiar bem encor- horas, mexendo o pó muitas vezes; paííádó
porado fe guarde o Unguento para o tiib. o dito tempo, fc lhe lar.ee a Cera , e fe der¬
• Efte .Unguento be admiravel para acura reta em fogo brando : e como eTlivet derre¬
da farna de qualquer cafta que íeja: applica- tida íe mexa o Alabaítro (eliaudôo Unguen¬
fe em ifntura tres vezes eítando o Ünguento to fora do logo) até que a matéria le coa¬
quente , c com as tres unturas fe vay a far- lhe , e aíiim ie guarde para o uib. A Macei la
na admiravelmente > como molhará a expe- para lé lhe tirar o çumo , fe hao de pifar as
riencia a quem ular delis. cabeças e como eitiverem bem empa fiadas
Algumas vezes tenho leito o feguinte Un¬ le lhe ha de lançar alguma agoa $ c íe ha de
guento para a cura da íarna de peífoas deli» por em digcltaõ vinte c quatro horas T e em
cadas , que naõ querem unturas que tenhaõ taó fc lhe tirara o çumo : por çumo de Mal¬
cheiro de Enxofre, o qual íe faz pela Receita va ifeo ie entendem as mucilagens, que efias
feguinte : faõ as que fe ha5 de por no Ünguento. Al¬
guns fazem cite Unguento peía feguinte
tr„. ,j T> Manteiga frí/ca onças/eis. Receita.
rdbicm IX. Oleo Ro-ado.
ixFouq. Vinagre forte. Macei la onças cinco* ÜnÇ. A-
Alvaya.de anà onças quatro* íabaltr.
• Rofas frefeas onças tres*
fcuslplij
Pedra hume queimada. . Arruda.
Solimaã and oitavas duas. Betonica and onças duas.
■ Claras, de Ovos numero âous : de tudo fe fa¬ Raiges de Malvaifco onça hum a.
ça Unguento S. A. Jta Madama Fouquet in Oleo Rozado libra huma e meya.
fuis fecretis i.part.pag. mihi 22]. Far-fe-ha na Aiübaftro onças tres.
forma feguinte; A Manteiga fe derreterá Cera branca onças cinco: de tudo fe faça Uri*
em fogo brando , e fe lançará em gral de pe¬ guento S. Ai Uajemnes V.uelnkerus in Fitar-
dra , e lhe ajuntarão o _Alvaya.de , Pedra hu¬ macop. Aug. Clajf. 17. de Ung. aag. 3 $ 6\ Far-
me queimada , e o Solimaõ em pó fübtil 3 e fe-ha na fôrma feguinte ; As raizes de Mal-'
tanto que tudo eíliver miílurado lhe lança- vaiíco fe cortaráõ miúdas > e fe machucarão
rá5 o Oleo Rozado., e com elle fe hirá me¬ com as Rofas, Macella > e mais fimplices, e
xendo a matéria , entaó lhe ajuntarão o V i- fe lançarão em vafo capaz, e emeima lhe dei¬
nagre -} e depois de bem mifturados, e nutri¬ tarão o Oleo Rozado * e fe porá o vaio em
dos todos os fimplices, fe lhe lancem as cla¬ digeítaó em lugar quente vinte e quatro ho¬
ras de Ovos 5 e como de tudo fe fizer boa ras , entaó fe porá em fogo brando até fe ga¬
miftaó le guarde o Unguento para o ufo. itar a humidade j depois le coará o Oleo e
Efte Unguento cura infalivelmente a far¬ nelle fe derreterá a Cera , e fóra do fogo fc
na , e toda a comichão cutanea ; applica-fe lhe lançará o Alabaítro preparado em pó
très vezesem untura ao recolher á cgma y fc íubtiliífimo 5 e como eíliver bem mifturado,
a farna for antiga, obrará melhor o remedio fe guarde o Ungueiíto para o ufo.
depois das evacuações univeríaes, ou ao me¬ Serve efte Unguento de Alabaítro para a»- \
nos depois de fe terem tomados alguns cal¬ brandar. j e rcíolver as durezas: fortifica o cé¬
dos frefeos huns dias antes, como diz a mef- rebro , e he bom para as dores de cabeça :
ma Madama Fouquet no lugar citado. applica-fe em panno de linho poíto na teíu
UNGUENTO DE'ALABASTRO. junto á raiz do cabello.
5 3 TI Al abafiro onças tres. UNGUENTO DE CONCHINA.
XV* Oleo Ro\ado libra hum a c mexa. 54 T3 T 'utia preparada onça meya*
Çimos de Maree tia. Xv. Camphora efcropulo hurii. .
■ Ro%:as , e de Agoa Rogada oitava, huma.
• Ralgos de Malvaifco and onças duas. Manteiga frefea onça huma.
Çumos de Arruda , é de Verde te qjd de tudoife faça Unguento S. A*
Betonica and onça luima e vieya. Jta Mkliael Ettmulerus cap. 8. de LinimenU
Cera branca onçascinco: de tudo fe faça Un¬ mihipag. 608. Far-fe-ha na forma feguinte :
guento. S. A. Jta Nicolaus Lemery in Fharm. A Manteiga , e a Camphora fe difiblvaó em
cap. v de Ung.pag. 948. Far-te-ha na forma fogo muito brando , e eítando quafi frio lhe
feguinte : Os qiímos todos depois dc purifi¬ ajuntem a Tinia $ unto que de todo eíliver
cados,fe cozaó com o Oleo em fogo brando, fria. a matéria , lhe lanearáõ o que bailar de
até fe. gaitar toda a humidade, entaó fe coará Verdete pifado fubtiliífimo , e lera fomente
o Oleo , e nclle fe lançará o Alabaítro feito a quantidade que baftar para fazer ao L n-
em pó íubtiliffimo , e preparado na pedra, e guento a cor verde j e ultimamente íe lhe
fe deixará ficar em digeítaó vinte e quatro lance a agoa Rozada, e fe guarde para o ufo-
Eee Cha*
 402 Pharmac. Lufit. Aupment. Trat. XI.
Chama-fe eíle Unguento de Conchina por-
que quando fe dá coílumaõ dá-lo alguns em
humas conchinas pequenas.
Serve eíle Unguento para a inflammaçaô
das olhos : appiica-fe untando-os pela parte
de fora * faz parar as íluxoês , que nelles ca-
hem ,e abranda as dores.
UNGUENTO OPHTHALM1CO.
5) YJ Ccbo de Cabrito lavado onças qua-
X\. tro.
Oleo Rezado onças tres.
Tu ti a preparada onças duas. ■
Cera oitavas feis.
Camphora oitava huma: de tudo fe faça Un¬
guento S. A. na fórmafeguintff : O Cebo fe
derreta , e lance em agoa fria 5 eíla agoa le
lance fóra depois de coalhado , e lhe tirem
do fundo alguma coufa cílranha , que o Ce-
bo tiver, e fe vá lavando com agoa fria em
huma tigella de barro desfazendo-o com as
coílas de huma culher de páo , até que nao
tenha cheiro algum ao Cebo$ e depois o tor-
naráo a lavar com agoa Rozada tres, ou qua-
tro vezes : lavado o Cebo delia forte, fe der-
reta a Cera com o Oleo Rozado, e fe lhe
lance o Cebo , e Camphora 3 e tanto que tu¬
do eíliver diluto fe tire do fogo , e lhe ajun¬
tem a Tu tia preparada em pó fubtiliffimo 5 e
eílando tudo bem miíto fe guarde o Un¬
guento para o ufo.
Serve eíle Unguento para as Ophthal-
mias , e para todas as inflammacoés dos
olhos j gaíia as névoas , abranda as dores, e
faz parar asfluxoes: applica-fe emcima das
capellas dos olhos, e também fe mette nel¬
les pela parte do canto quando fe recolhe á
cama o enfermo.
UNGUENTO DA GOTA.
já
R. Oleo Rozado huma libra.
Oleo de Macella meya libra.
Çumo de Engos, e de'
Arruda anà onças tres.
Minhocas libra huma.
Cera onças quatro e meya.
Tormentina duas onças : de tudo fe faça Un~
guento S. A. Ita Joannes Fragofus in Ahtidot.
pag. 4} 3. Far-fe-ha na fórma feguinte: Os
cumos, e as Minhocas depois de lavadas, fe
cozao com os Oleos, até fe gaitar a húmida-
de, então fe coe , e no Oleo depois de coa¬
do, fe derreta a Cera, e lhe lancem a Tor
mentinaj e como o Unguento eíliver frio fe
guarde para o ufo.
Alguns gotofos ufao deíle Unguento para
lhe abrandar as dores; he refolutivo, e ferve
também para dores de juntas 3 unta-fe a par¬
te enferma com o Unguento eílando té¬
pido. 1 •
*■ UNGUENTO DE ENGOS.
57 TJ Çumo de rai\es de Engos.
XV* Çumo dc folhas is Engos anà on¬
cas duas.
Oleo de Macella onças feis.
Cera orça e meya: de tudo fe faça Unguento,
efe lave com humas gotas de Vinagre. Ita An-
dreas Laguna fupra Diojcorid. lib. 4. cap. 175.
pag. niihi 488. Far-fe-ha na fórma feguinte ;
Os qumos fe cozaó com o Oleo até fe gaitar
a humidade} depois íe coe, e nelle fe derre¬
ta a Cera: e como o Unguento eíliver frio,
fe lhe lancem humas gotas de Vinágre, ou
fe lave huma vez lanqando-lhe hum pouco
de Vinagre , e mexendo-o com efpatula
pouco tempo , efcorrendo-lhe o Vinagre* c
neíta fórma fe guarde para o ufo.
Eíle Unguento he muito refolutivo ; fer-
ve para abrandar as dores da gota , ou feja de
caufa fria, ou quente 3 a algumas peííoas o vi
ufar com bom fucceflb: applica-fe em untu-
ra á parte enferma , untando-a levemente
com a ponta de huma penna molhada no
Unguento eílando quente.
UNGUENTO CONTRA VERMES.
5 S TJ Oleo de Lofna, e de
XV. • Amêndoas amargas anà onça huma
Ç umo de folhas de Pecegueiro, e de
Arte mH a anà onça meya.
Coral vermelho.
Farinha de Tremoços.
Rozas.
Corno de Veado queimado anà onça huma.
Azebre fucotrino.
Fel de Touro and oitavas duas.
Vinagre humas gotas.
Cera q. f. : de tudo fe faça Unguento S. Á.
Ita Chrijíophorus de Honejlis fupra Mefuem
fíithipag. 175. Far-fe-ha na fórma feguinte :
Os cumos fe cozaõ com os Oleos até fe ga-
ílar a humidade s c depois de coados lhe lan¬
cem meya onca de Ceraj e como eíliver der¬
retida lhe ajuntaráõ o Fel de Touro 5 tanto
que eíliver bem miíturado, lhe deitaráõ fóra
do fogo os mais íimplices em pó fubtil $ e ul-
timamente fe guarde para o ufo. Os moder-
nos vendo que 11a compofiqaÕ deíteUnguen-
to entrao alguns fimplices inúteis, o fazem
pela feguinte receita,
R. Oleo de Lofna libra meya.
Çumo de folhas de Pecegueiro.
Artemija anà onça huma.
Cera onça huma e meya.
A\ebre oitavas duas e meya.
Çentaura menor.
Corallina.
Semente de Alexandria anà oitava i.s meya,
Mereurio doa oitava huma: de tudo fe faça
Unguen
 Dos Unguentos , e Linimentos.
Unguento S.A. Ita Nicohius hemery in Vhar
viacop. cap.de Ung.pag. 944. Far-fe-ha na
forma feguinte:, Os cumos fé cozerão com
o Oleo até fe gaílar a humidade; então fe
coará , c no Oleo depois fe derreterá a Cera,
e fóra do fogo eílando o Unguento quafi
írio lhe ajuntarão o Mercúrio doce, e os
mais fimplices pulverizados fubtis, e tanto
que toda a matéria eítiver bem mifta fe guar¬
de o Unguento para o ufo.
Serve eíle Unguento para matar as lom¬
brigas a toda a pcllba de qualquer idade que
íeja.Q da Receita de Lemery obra com mais
cíücacia. Applica-fe quente em untura fobre
o embigo, e toda a regiaõ do ventre. Tam¬
bém para as lombrigas fe póde ufar do fe¬
guinte Unguento;
Ungcori. A\ebre.
i tra Vçrm.
Farinha de i. ,
jPauli Ua-
ibctte. Tremoços anã oitavas âtiasi
Myrrha.
Ver de te and oitava hum a.
Fel de Touro onça meya.
Mel q.f. : de tudo fe faça Unguento S.A. I tá
Vaulus Barhete in fua Chirurgia iib. $. de UJ-
cèrib.pag. 155. Far-fe-ha na fórma feguinte:
Os fimplices fe pifaráô bem fubtis, e depois
fe lançarão em vafo capaz,, e emcima lhe
deitaráó o fel de Touro, e tanto que eíliver
bem miílo lhe lançarão o que bailar deJVlel
cfcumado; e pollo em ponto maiíalto , e co¬
mo toda a matéria eíliver miílurada , e que
tenha corpo de Unguento então fe guarda¬
rá para o ufo. Eíle Unguento também faz
muito bom eífeito continuado muitas vezpsj
•mata as lombrigas admiravelmente : appli-
ca- e quente em untura ao embigo ., e á rc-,
giab do ventre. v. ...
UNGUENTO DE tABACO.
,5y Folhas verdes de herva fanta.
J\# Manteiga de Forco and libras
duas.
ÇjLimo de herva fanta libra meya.
Arijioloquia redonda onças duas : de tudo fe
faça Unguento S.A. Ita Nicol.Lemer. in fhar~
c.iac.cap.j. de Ung.pag. 9 52. Far-fe-ha na for¬
ma feguinte : Tomarão as duas libras de fo¬
lhas verdes de herva fanta (ou de Tabaco
colhido de frefco, havendo-o ) , e as pifarão
em gral de pedra,e depois as miílurai áÕ com
aManteiraj e íé deixarão ficar em digcílao
tres dias em lugar quente 5 paífado o dito
tempo,fe lhe ajuntará a meya libra de cumo,
e tudo fe porá a cozer atéfe gaitar a humida¬
de) entaó fe coará; e na coadura lançarão a
Ariíloloquia redonda pifada bem fubtil * e
eftando tudo rrulturado fe guarde o Un¬
guento para o ufo.
40$
Eíle Unguento alimpa as c. femeau-
far dor alguma , digere os tumores^ cura a
farna, e he mil em toda a comichão cuta-
nea i applica-íe cln untura á pane enferma.
U N G U E N T O
de queimaduras.
áo D Çumo de folhas de Hera.
JL\ • Çumo das Bagas da mefma Hera.
Aceite co mm um libra huma.
Cera branca onças tres: de tudo fe faça Un¬
guento S. A, Ita Joannes Vekeruis in Antiâot.
fpecial. lib. 2. pag. Far-fe-ha na fórma
iegüinte ■ Os çumos lé porihao a cozer com
o Azeite; até fe gaílar a humidade 3 ent;><3 fe
coará , e depois no Azeite fe derreterá a Ce¬
ra* e como eíliver filo fc guarde para o uió.
Eíle Unguento ferve para a cura das quei¬
maduras : applica-fe á parte enferma na un¬
tura.
UNGUENTO MAGISTRAL
de SayaÔ.
61 13 Çumo de Sayaô , e de
JÁ* Herva Moura and onças quatro,
Çumo fe folhas de Hera , e de
Limaô ate do and cnça hum a.
, Oleo Rifado libra.huma.
Cera branca onças tres: de tudo fe faça Un¬
guento S. A. na fórma feguinte: Os cumo $
fe cozerão com o Oleo , e como fe gaílar â
humidade fe coará; e nelle fe derreta a Cera>
e tanto que eíliver frio fe guarde para o ufo;
Serve eíle Unguento para as queimadu-
rasc applíca-fe á parte enferma.
UNGUENTO FO’RTE.
62 "|3 Unguento de Aregaô.
a IA, Marciaiaô.
Althea, e de
Agripa.
Oleo de Euphorbio.
Cajloreo, e de
Ràpofa and onças quatri.
Oleo de Arruda.
Endros.
Baga de Louro.
Minhocas, e de
Flor de Sabugueiro and onças duas.
Cera libra meya.
Vós de Cantaridas.
Elleboro negro.
. Euphorbio and onça huma : de tudo Je faça
Unguento S. A. na fórma feguinte t A Cera
feita em boccadinhos fe derreta em vafo vi¬
drado , e depois de derretida lhe ajuntem os
Oleos; e Unguentos fóra do fogo, e fe mi-
íture tudo muito bem,chegando os Oleos; e
o mais ao lume , para que fomente aqueçaó,
então lhe lancem as Cantaridas , Elleboro;
e Euphorbio em pó fubtil : mexa-fe tudo
muito bem, caílím íe guarde para o ufo
Eec 2 Eíle
 404 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. XI.
I7ng.for-Eftc Unguento fe chama também Untura
te , aut
forte ) ou Unguento forte * com que pedin-
Untura
do-íc untura, ou Unguento forte fcmprele
fortis.
Ung. for¬
ha de dar , porque tudo he o ífiefmo.
Deíle Unguento ufaõ muito os Alveita-
te fine res para a cura das beílas: applica-fe em un-
pulverib. tura á parte enferma. Póde-fc fazer efle Un¬
guento fem pós, fazendo-o compoílo como
acima fc difíe, com os Unguentos, e Oleos,
tirando-lhe os pós do Euphorbio , Cantari-
das, e Elleborojfe fa^z da mefma forte.
UNGUENTOS PARA CASCOS
de Cavallo.
6) TJ Manteiga frefca.
XV • Cebo de Bode, ou de Carneiro, and
onças deyifeis.
(fumo de Tanchagem onças oito.
A\eite conimum onças /eis.
Cera branca.
Tormentina and onças quatro.
Incenfo em pó onca hum a : de tudo fe faça
Unguento S. A. Ita Antonio Pereira Rego lib.
E quita tus fummula ar tis Veterinária cafx. 6j.
P*g 3. i 3.
. Far-fe-ha na fórma feguinte; O cu-
mo de Tanchagem fe lanqará com o Oleo,
Cebo, e Cera, e tudo aílim junto fe hirá co¬
zendo em fogo muito brando* e tanto qüe ti-
ver.gaílado quafi toda a humidade,lhe lança-
rao a Tormentina, e fe hirá cozendo até ga-
ílar a humidade que ficou * depois fe cue to¬
da a matéria , e nella depois de coada fe der¬
reta a Manteiga * e como eíliver frio o Un¬
guento, lhe ajunte o Incenfo em pó íubtil, e
fe guarde para o ufo.
Efle Unguento defaltérao calor eflranho,
faz crefcer o cafco com muita brevidade, e o
quecrefce vem bom ; applica-fe untando o
caíco todos os dias.
UNGUENTO DE ALPORCAS.
U
R. Oleo de Louro.
Alvayade preparado com Agoa ar-
âente and onça huma.
. Pedra hume queimada onça meya.
Sal oitavas duas : de tudo fe faça Unguen¬
to S. A. Ita Paulus Bar bete cap. 10. de Schro-
phulis foi. 95. Far-fe-ha na fórma feguinte :
O Alvayade fe preparará pifando*o fubtil, e
depois moendo o na pedra com Agoa arden¬
te : deíle aílim preparado fe toma a quanti¬
dade que le pede na receita , e fe miílura
com a pedra Lume e Sal pifado, então fe
Ihe ajunte o Oleo de Louro, e eítando tudo
bem miílo fe guarde para o ufo.
Serve efle Unguento para a cura das al-
porcas, póem-ie nellas depois de arreben-
tadas, acabadas de purgar, e alimpar.
UNGUENTO PARA GHAGAS
de bexigas.
Chumbo queimado onças duas.
*5
R. Lithargyrio onça huma.
Alvayade lavado. '
Vinagre and onça meya.
Oleo Ro\aâo onças tres.
Mel Ro\ado onça huma.
Gemas de Ovos nimero tres.
Myrrha- onça meya.
Cera branca oitavas feis : de tudo fe faça
Unguento S. A. Ita La\arus Riverius itb.. 17.
cap. 2. de Variolis , U mor bilis pag. miht 4 66.
Far-fe-ha na forma feguinte : A Cera fe der-
reta com o Oleo Rozado , e fóra do foco lhe
ajuntem o chumbo queimado , o Alvayade $
Lithargyrio , e Myrrha em pó íubtil ,-as ge¬
mas dos Ovos fe bateráo com o Mel Roíado,
e Vinagre , e fe ajuntarão ao mais, e tanto
que tudo eíliver bem miílo fe póde daro
Unguento para o ufo.
Serve efle Unguento para a cura das cha¬
gas que muitas vezes ficaõ das bexigas ma¬
lignas , he bom para chagas de pernas, ou
de outra qualquer parte, caufidas de intem-
peranca quente do fígado ; applica-fe em
untura á parte.
f UNGUENTO PARA TINHA.
46 TJ Manteiga falgada onças quatro. '
XV • Oleo de Zimbro dejlillado por Re¬
torta. >
Oleo de Tormentina and onças duas.
Enxofre.
Ferrugem.
EJierco de Pombas.
Verdete and onça meya.
Sal Armoniaco oitavas duas : de tudo fe fa¬
ça Unguento S. A. Ita Nicolaus' Lemery in
Pharmacopea cap. 3. de Unguento pag. 929.
Far-fe-ha na fórma feguinte ; Os fimplices
fe pifaráõ em pó íubtil, e fe miíluraráó em
grál de Chumbo com os Oleos, e Manteiga*
e como tudo fe tiver bem miílurado fe guar¬
dará o Unguento para o ufo. 0 Oleo da Tor- Olcum
mentina fe fa\ na fórma feguinte: TomaràÕ Tcreb.
duas, ou tres libras de boa Tormentina , e
a metteráõ em huma Retorta de vidro bem'
lutada, ou de barro vidrado, de forte que
fique meya cheya , e fe porá em fogo de afêa
depois de fe lhe pôr recipiente capaz com as
juntas bem lutadas,entaõ fe lhe fará fogo bra¬
do hindo accrefcentando-lho cada vez maís,
até que comece a deílillar,e depois feconti-
nuará igual; o primeiro licor , que deílillar
he o efpirito que vem mifto com alguma pe- #
quenaporqaõ de Oleo ethereo volátil 5 eíleSpiritu*
efpirito fe guarde* e na Retorta fe ponha Tcreb.
outro recipiente, e hindo continuando a de-
ílillaqaÕ fahlrá depois o Oleo com a côr lou-
 Dos Unguentos, e Linimentos.'
ra, e o ultimo, em que já o fogo aptíta mais
a matéria, lahirá algum tanto vernYelho ■, e
ultimamente depois de fria a Retorta , e a
matéria , fe guarde o Oleo para o ufo , affim
o enfina a fazer Moyfes Charás na Pharmãcop.
Re*, cap. 42. de Terebenthinapag.66. O Oleo
de Formentina que hca com.açôr a modo
de vermelha nao he taõ bom como o que
tem a cór loura, ou citrina.j porque como
o que fahe vermelho he o ultimo , naótem
tanta virtude f porque o dilatado do fogo,
com que fc deítillou, lha tem gafta Ailim o
Oleo da Tormentina , como o efpirito delia
tem as mefmas virtudes $ fao bons para os a-
chaques dos bofes, fazem lançar as arêas dos
rins , e vreteras, e fervem para as cólicas ne-
phriticas, fao uteis nas gonorrheas .* Daõ-fe
de quatro até doze gotas em licor conveni-
ente: o Oleo , que fahe em terceiro lugar ,
que he o mais vermelho , ferve para confo-
lidar as chagas, refolver tumores, e para for-
tificar os nervos. Também o Oleo Citrino
tem a mefma virtude, porém obra com mais
efficacia : applica-fe em untura á parte en-
ferma. O Oleo de Zimbro fe tira do páo na
mefma fórma, em que fe tira o da Canella,
ou de outro qualquer vegetavel, como fe
difíe no Tratado 7. num. 46. .Também para a
cura da Tinha fe ufa do feguinte Unguento,
40 j
JP e\ naval onça hum a.
Enxúndia dc Pato onça meya.
Manteiga velha onças feis ; de tudo fe faca
_Tx_r? i ' tt /•** . ; •
Unguento. Ita Fredericus Hofmanus :in The-
faur. Pharmaceut.feã. 30. de Uno-, num. 2'.
pag. 701. Far-fe-ha na fórma feguinte : Ef-
colher-fe-ha o Pez do melhor, e mais lim-
po , e fe derreterá com a Manteiga» e Fri¬
xundia, e como eítiver bem derretida fe lhe
lançavàõ os mais fimplices em pô fubtil , c
fora do fogo,eítando a matéria meva fria , e
depois de tudo bem mifto fe guarde o Un-
guento para o ufo.
Todos os tres Unguentos para a Tiuhn*
que ficao eferiptos, fao bons • applicao-fe em
untura á cabeqa ; o da receita de.Hoffmano
he melhor , applica-fe lavando a cabeça pvi-
meiro com agoa de cozimento da cinza de
raizes e folhas de Chicorea , com efta agoa
fe lava a cabeça,e fe deixa feccar fem fe alim-
par, e depois fe unta com, o Unguento , e
com tres lavaçoés, e unturas feitas de tres
em tres dias fe cura a Tinha,como diz o mef-
mo Hoffmano no lugar citado: AbUiatur ca*
put lixivio faão ex herha , & radice cichorii to-
titunc ficcetur, & inunãio fiat difio Uhga-
ento , pojl tres àieslotio, inunãto repeta-
tur, qüod cum terfeceris , Tinea ev afife vi-
debis. - •

, Ung. ad
Tineam
R Lithargyrio onças duas.
. Alvayade lavado com agua de herva.
UNGUENTUM AD INFANTUM

R
6y
alvum laxandum.
Ayebre oitavas duas.
Bruncti, Moura oitava huma. 9 Fel de Touro oitava hum a.
Pedra hume queimada oitava meya. Efcamonea efcropulo hum.
Ferrugem de forno. j. Manteiga q. f. de tudo fe faça Unguento
Cima de rah de Enutã campana. • S. A. Ita Fredericus Hofmanus in Thef Phar-
Papel queimado and efcropulo dOus. macéiit. feã. 30. de Unguento num. n.pag.
Oleo de Ovos. mihi 700. Far-fe-ha na fórma feguinte: O A-
Enxúndia de Galinha. zebre, e Efcamonea fe pifaráo fubtis, depois
Unto de Porco and q.f. faça-fe Unguento fe lhe ajuntará o fel de Touro , e com o que
S. A. Ita T homas Br une to Uh. 1. fuh fedi. 1. de baftar de Manteiga frefea fe faça Uuguento,
Achorepao\ 22. Far-fe-ha 11a fórma feguinte; o qual depois de bem mifturado fe dará para
O Alvayade depois de lavado,Lithargyrio, e o ufo.
a Ferrugem fe façaõ em pó fubtil, e fe miftu- Serve efte Unguento para purgar os me¬
iem com as cinzas da raiz da Enula, e do ninos, que por pequenos nao pódem tomar
Papel • e eftando affim miíturados os fimpli- remedios pela bocca : applica-fe em untura
r<! lhe
ces, fe lhe ajuntem
aí untem partes
Dartes iguaes
içuaes do Oleo de ao redor do embigo , e dentro delle fe met-
Ovos, Unto, e Enxúndia , e fe vá mexendo te hum pequeno boccado de Unguento , af-
toda a matéria, até que tenha corpo de U n- fim faz purgar fem moleftia, e mata as lom¬
guento: o Lithargyrio fè ha primeiro de nu¬ brigas
trir em almofariz de bronxe com igual por- UNGUENTO MEDICAMENTOSO
qaõ de Vinagre forte, e Oleo Rozado, e fei¬ reformado.
to o Unguento na fórma dita fe dê para o 68 TJ Manteiga de Porco.
ufo. Também para curar a linha feive o JLV, Çumo de Limões.
feguinte Unguento. Çumo de Labaçoes and libra huma.

Ung. ad
Tineam
R Caparrofa queimada oitavas tres.
# Arifioloquia redonda.
Oleo de T ar taro.
Pedra medicamentofa and onça huma e
meya.
Hoífm. Verdtte and onças duas. Ee%es de oure onças tres.
Tutia
 406 Pli^mac. Lufít. Atigment. Trat. XI.
Tutia onça hum a, coia-fe tudo atè que 0$
fumos fe gajl em , e lhe ajuntem
Tomentina libra meya.
Ejloraquè liquido onça hum a t meya.
Oleos de Louro.
Zimbro, e de
Ovos ahá onça huma.
Enxofre.
Cinabrio and onças duas.
Ele boro branco onca huma.
*
Pimenta longa onça meya : de tudo fe faça
Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar-
macop. cap. 3. deUnguento pag. 93 r. Far-ie-
ha na fórma feguinte: Os qumos fe depura¬
rão, e depois fe mifluraráõ com a Manteiga*
Pedra medicamentofa, fezes de Ouro,e com
a Tutia tudo em pó fubtil, e fe porá toda
efta matéria a cozer em foço muito brando
até que fe gaílem os cu mos, então fe côe, e
lhe lancem a Tormèntina , e como éftiver
derretida fe lhe deitem fóra do foço os mais
fimplices em pó fubtil, c ultimamente os
Oleos , e como de tudo fe fizer boa mihura
fe guarde o Unguento para o ufo. O pantfò
pôr onde fe coar o Unguento depois de ga¬
itados os cumos ha de ler raro,para que pof-
fa paíTar a mayor parte dos pós,que fe coze-
ráõ com os cumos. Nedc com podo entra a
Pedra medicamentofa , a qual fe faz pela íe-
guinte receita.
Lapis RCaparrofa duas onças.
Medie, • Lithargyrio. ''
Pedra humé.
Bolo armênio and onças quatro.
Salitre onças oito.
Sal Armoniaco onças duas.
Vinagre fortijjimo q.f.: depois de âigejiaõ de
,
dous dias fe evapore e calcine S. A. Ita Nico-
taus Lemery in Curfii chim. 2. párt. cap. 1Z. de
Vitriol.pag. tnihi 427. Far fe ha na fórma fe¬
guinte ; Os fimplices fe pifem todos fubtis,
e juntos fe lancem em vafo de barro\ que
naõ feja vidrado , e eme ima delles fe lhe vá
lanqando Vinagre bem forte, c mexendo os
até que toda a matéria fe una bem * entaó fe
lhe lance Vinagre que cubra todos os fim¬
plices , efobrepuje o licor dous dedos por
cima delles 5 feito ido fe tape bem o vafo, c
fe deixe em digçdao dous dias * padados el-
les fe ponha em fogo brando , até fc evapo¬
rar toda a humidade $ e depois fe calcine a
pedra por efpaqo de huma hora , e como e-
ítiver bem rija , e feita toda a matéria em
hum, ou mais torroês, fe guarde para o ufo.
Serve a Pedra medicamentofa para toda a
cada de chagas das pernas •, he boa para a
cura da farna, tinha, gangrenas , e efcrophu-
las j he util nas gonorrheas, lancando-a em
crydel com agoa de Tanchagem na via da
ourina •, alimpa as chagas dos olhos, que fi-
cárao das bexigas * faz parar o fluxo de fan-
gue appSioada 1'obíe a ferida.
O Unguento Medicamentofo ferve para
curar a Sarna, Tinha , Lepra , e toda a co¬
michão cutânea!: applica-fe em untura j ô
para que faqa melhor operacaó fe ufa depois
cios remedios da iangría* e purga, como ad¬
verte o mefmo Lemery no lugar citado.
UNGUENTO DESECCATIVO
■[' rubro.
13 A%eiie Ubràs duas.
jTV • Cera branca libra meya.
Tutia. ■'•••'' ’
Bolo armênio and onças quatro*
Lithargyrio. '’
Al v ay ade and onças tres.
Camphora onça huma : de tudo fe faça Un¬
guento S. A. Ita Moyfès Charàs in Pharmae.
Reg. cap. $. de Unguento pag. mihi 4151. Far-
fe-lia na fórnia feguinte .* A Cera fe derreta
com o Azeite , em parte delle édando beni
quente fe didblva a Camphora, entaó fe mi-
ílurará com o Unguento, e fóra do fogo lhe
lancem todos os mais fimplices em pó íubti-
liflimo , e fe hirá o Unguento rnexéndo, ate
que de todo fe esfrie , e affim fe guarde para
G Ufo. ...
Ede Unguento he refrigerante, defec-
cante , corroborante , e addiingente * he
util nas fluxòcs, que comeqaó a cahir no
peito 5 ferve para digerir, e gadar os humo¬
res fuperfluos das chagas, cura toda a cada
delias, e as cicatriza : applica-fe em untu¬
ra á parte*
UNGUENTO PARA IMPIGENS.
7° "O Sal Saturno onça meya.
Jl\_ • Mercurio doce oitava huma.
Unguento Rodado onças tres : de tudo fe fa¬
ça Unguento S; A. Ita Nicolaus Lemery in
Pharmacopea cap. 3. de Unguento pag. yyo.
Far-fe-ha na fórma feguinte: O Sul Satur-.
no , e o Mercúrio doce fe midurem em gral
de pedra com o Unguento Rozado * e tanto
que de tudo ediver feita boa midura,fe.dê o
Unguento para o ufo. 0 Mercúrio docefe fa\
11a fórnia feguinte : Tomaráõ a quantidade
de Azougue que quizerem, e o lançaráõ em
huma garrafa de vidro, e emeima lhe deita-
ràó o que hadar de efpirito de Vitriolo, e fe
deixará edar vinte e quatro horas, ou até
que o efpirito didblva o Azougue * e como
no fundo do vidro fe vir huma matéria bran¬
ca, fe lance fóra o efpirito , que ainda tiver,
e o Azougue que ha de edar no fundo,fe lan- jvicrcur
ce em gral de pedra , e fe remôa com mau dulcis.
da mefma , entaó fe lhe lance mais efpirito,
ecomo todo o Azougue fc reduzir a huma
ma*
 Dos Unguentos, e Linimentos.
matéria branca fe lhe torne a lançar fórao
elpirito , e depois fe lave o polme , que eftá
no fundo , com agua commua tantas vezes,
até que a matéria tique muito branca , e do*
ce. Também fe pôde fazer o Mercúrio doce
dos Calomelanos, tomando dclles a quanti¬
dade que quizerem , e pifando-os em gral de
pedra com maô da mefma , e depois fe lavao
ate que a matéria fique muito doce , e fem
requeimo algum * então le enxuga , e fecca
ao Sol, e fe guarda em pó para o ufo. De
huma,e outra forte o enfina afazer 14 0 ff mano
fuper Schrod. Ub.). cap. 15. pag. 271. Purga o
Mercúrio doce brandamente : Dá-fe fó , ou
mifturado com outros medicamentos * eo
mais para que fe ufa he para matar as lom¬
brigas a meninos: dá-fe de tres graõs até oi¬
to, ou doze. A preparaçao do Mercúrio do¬
ce feita com o efpirito de Vitriolo, he a me¬
lhor , e a mais fegura aftim para o ufo inter¬
no , como para o externo. Aflim o diz o mef-
ino Hoffmano no lugar citado: Mercurius
infpiritu Vitriúli folutus, &c. H ac etiam egre-
gia cjt pr apara tio , a d itfum medicwn tam in-
ternum, quam externum commendabihs.
Serve o Unguento acima para a cura das
Impigens > fama , cobveilos, e para toda a
comichão do corpo : applica-fe á parte en¬
ferma em untura.
UNGUENTO PARA FRIEIRAS.
71 T} Cera amarella onças tres.
Jlv. fv?.
Reyna.
Aieite commant.
Olev de Linhaça and libra meya.
Cebo de Vaca , e de
í arneiro anà onças nove.
lncenfo branco onças duas.
Minio onças quatroide tudo fe faça XJnguen-
to S. A. Ita Joannes Schrod. in Pharmacopea
Chi mica Ub. 2. cap. 87. num. 2\. de Unguento
pag. mihi 184. Far-fe-ha na forma feguiate :
A^Cera, Pez, Rezina, e Cebo fe derretaõ
com os Oleos 5 e fóra do fogo lhe lancaraoo
lncenfo , e Minio em pó.fubtil ; e depois de
tudo bem mifto fe guarde o Unguento para
o ufo.
Serve efte Unguento pata a cura das fri¬
eiras ainda que eítejaõ já ulceradas) tam¬
bém lccca, e alimpa qualquer chaga* he bom
nas chagas, que ficaõ das Eryíipolas 5 lavao-
fe primeiro com Agoa ardente , e depois íe
enxugaS, e entaG fe lhe pôem o Unguento*
e também he bom para as rachas f que fe fa¬
zem nos bicos dos peitos ás mulheres: appli-
ça-fe cm untura á parte enferma.
40j
UNGUENTUM AD PARTUM
fácil itandum.
72 T) :iindias de Galinha.
XV» Adem.
Pato) e de
Porco a na onças duas.
Manteiga frejca.
Oleo de Louro and onça huntd.
Trochifcos de Myrrha onça meya*
Atijioloquia redonda , e
Longa.
Canella.
Ejloraque Calamitha.
Myrrha and oitava hunia : de tudo fe fáçd
Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemeryin Phar¬
macopea cap. 5.de Ung. y6]. Far-fe-ha na fôr¬
ma feguinte : As Enxúndias , e Manteiga fe
derreterão em fogo brando, e depois íe lhe
ajuntaràÒ fóra do fogo os mais ílmplices em
pó lubtil, e como tudo efliver bem miíto fe
guardará para o ufo. O mefmo Lemery en-
fina a fazer eíle Unguento pela feguinte re¬
ceita.
Enxúndia de Pato libra meya.
• Manteiga frefca onças tres. Ütig. a<á
Oleo de Louro onça huma. partum
Myrrha oitavas tres. facilitan*
dum e-
Rai^de Arijlolfquia redonda oitavas duas.
mendat.
Canella.
Ejl ora que and oitava huma : de tudo fe faca
Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar¬
macopea cap. de Unguento pag. 92]. Far-
fe-ha na fórma feguinte: A Manteiga , e
Enxúndia fe derretaS , entaõ lhe ajuntem o
Oleo , e mais fimplices em pó fubtll , e co¬
mo tudo fe tiver bem miíturudo fe guardará
o Unguento para o ufo.
Serve efte Unguento para facilitar o par¬
to , e fazer lançar as parias. Applica-le cm
untura ao ventre.
UNGUENTO
de Herva Moura.
Oleo Rodado libra huma.
* Çumo de LI erva Moura.
Lithargyrio lavado and onças duas e meya.
Alvayade lavado onças quatro.
Cera branca onças tres e meya.
lncenfo oitavas cinco: de tudofe faça Ungu¬
ento S. A. Ita Nicolaus Lenler. in Pharmacop.
cap. ). de Unguent. pag.962. Far-fe-ha na tur¬
ma feguinte : O Oleo fe ponha a cozer com
o çumo até fe gaftar a humidade , entaS fe
coará,e no Oleo depois fe derreterá a Cera, e
fóra do fogo lhe lançarão os mais fimpliccs
em pó fubtil* e como tudo eíliver bem mifto
fe guardará para o ufo. 0 Lithargyrio fe^ lava Lavati.0
11a fôrma feguinte : rl omarao a quantidade
que quizerem de Lithargyrio pifado j e o
 40 8 Pharmac. Lufit. Auprnenf.
O Trat.XI.
lancíiráõ em hum a tiirella-, c emdma ne dei-
raráõ agoa Rozada , que bailar para bem o
çubrir 3 então fe mexerá com huma cuiher.
ou eípatula , c Te lançará cm outro vaio por
inclinaqaõ 3 e no Lithargyrio que ficar no
fundo da tigella, fe lhe lance nova agoa, e íe
mexa , e faca o mcftno fegunda e terceira
\ez , ou até que olivais íubtil do Lithargy¬
rio palie no licor, e fique ió na tigella o are-
nofo 3 e as agoas de todas as lavacoés íe ajun-
tem , e deixem eílar até que o Lithargyrio ,
que com ellas paííou,fe aílénte no fundo da
tigella ; entaõ fe lance tora por inclinaqaõ, e
o Lithargyrio fe guarde depois de fecco pa-
ra o ufo3 ou também fe pode filtrar as agoas
corn que ie lavou , e emeima do papel fica o
Lithargyrio. AíFim o enfina a lavar o mefmo
Lemery traã. de Preparai, cap. ]2.pag. 112.
Serve eíte Unguento para confoTidar , e
deíeccar todas as chagas í applrca-fe.erh un¬
tura á parte enferma ; e fc pude ufar em lu¬
gar do Unguento de Tinia.
U N ÜUENTO DE FE’ L
74 R de Touro.
Oleo Ro\ado, e de
• LoJ)ia anã libra meya.
Cera onças ires.
fumos de Hortelãa , e de ,
Folhas de Pecegueiro tirados com Vinagre
forte and onça huma.
A\ebre. ■ v
Coloquinthida and oitavas tres.
Pel de Touro numero hum: de tudo fe faça
Unguento S. A. na fôrma fuguinte : Pilarão as
folhas dé Pecegueiro e Hortelãa y e depois
depiladas as borrifarão com humas gottas
de Vinagre forte j entaõ fe efpremefãõ em
imprenta, e defi.es çumos temaráõ depois de
depurados a quantidade que íe pede na Re¬
ceita , e íe poraõ com os Oleos a cozer até
fie gaílar a humidade 3 e coado fe lhe ajunta¬
rá a Cera, e tanto que eíiiver derretida fe ti¬
re do fogo , e lhe lancem o fei de Touro 3 e
como a matéria eíiiver quaíi fria lhe ajunta¬
rão o Azebre , e Coloquinthida era pó fubtilj
e eílando tudo bem miílurado fe guarde o
Unguento para o ufo.
He cíle Unguento admiravei para matar
lombrigas ás crianças., e.ainda ás peíToas de
mayor idade: appiica-fe ao redoí do embi-
go untando todo .o ventre.
UNGUENTO HUMECTANTE
de A mato. .. . depurados fe cozeráõ com o Oleo, até íe
7) Goma Arabia.
, Alcatira and oitava huma. ■
Oleo Violado onca huma e meya.
Manteiga frefea onça meya.
Alcamphor oitava huma.
Lene de peito q.f: façafe Unguento S. A.
£> ■a! de pedra. La Amatus Lufit anus lib. 1.
em.Pi
Ceniur. curat. 29. Far-fe-ha na fôrma feguin-
te : Fm duas onqas de agoa Rozada eflando
quente fe lance a Alcatira , e Goma Arabia
ícitas era pó , e fe deixem ficar cm digetlaõ
vinte e quatro horasj paíTadas ellas fe aquen-Balneum
te a matéria, e fe lhe tirem as mucilagens, as Puerüru*
quaes fe lançarão em gral de pedra , e fe hi-
rau nutrindo com o Oleo violado , no qual
fe terá diííblvido o Alcamphor 3 depois lhe
ajuntarão a Manteiga frefea , e como tudo
eítiver bem encorporado fe lhe lancem al-
gumas gottas de leite de peito para que fique
o Unguento brando y e deíla forte íe dará
para o ufo. Alguns ufao para o mefmo efFei-
to o linimento chamado Banho de meninos,
o qual fe faz fomente com as mucilagens de
Alcatira feita em agoa Rozada, e com o que
baila de Sandalos vermelhos para lhe dár
boa côr 5 e feito deíla forte o Banho, o ufaõ
com bom fuecefib. A muciiagem para cíle
medicamento fe ha de tirar grolfa.
Serve o Unguento de A mato para os que
tem febre etica , e eílaõ marafmados 3 he o
melhor refumptivo , e o mais admiravei re¬
frigerante , e humedlante externo , que fe
póde ufar , como diz Riverio m Prax. lib. 7.
cap. 7. de Ptyfi, e Zacuto Lufit. lib. 1» prax. ad-
mir. oljerv. i2p.-} applica-fe em untura a todo
o corpo do enfermo 3 o Banho de meninos íe
applica em untura fomente aos lombos; eíle
linimento fe chama Banho de meninos, por¬
que fe uíá muito ordinariamente nas febre»
das crianças de pouca idade.
UNGU ENTO DE CÜ MOS.
Oleo Rodado libra huma e meya.
76
R. fumos.de Tanchagem.
PI erva Moura.
Centaurea menor , e de
Lavaçoes anã onças tres.
'Cera branca onças quatro.
Unguento Po pule ao ,e
Refrigerante de Galeno and onças duas>.
: Lithargyrio onças tres.
Chumbo queimado oitavas feis..
Tutia preparada onça meya.
Pó de Cevada torrada oitavas tres.
Bolo Armênio. - >1
Caniphora and oitavas duas : de tudo fe faça
Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pkar-
macopeacap. a,, de Unguent. pag. 5)64. Far-fe-
ha na fórma leguinte : Os çumos depois de
.gaílar a humidade r entaõ'íe coará, e na coa-
dura derreterão a Cera 3 . e como eíiiver der¬
retida-fe lhe lançará a Camphora desfeita
em parte do Oleo> e depois os Unguentas,
e ultimamente os mais íimplices em pó rmR-
to fubtil 3 e como tudo eíiiver bem rnifln-
rado
 Dos Unguentos > é Linimentos. 409
rado fe guarde o Unguento paru o ufo. UNGUENTO NARCÓTICO.
Serve cite Unguento paru defeccar> e en¬ 79 T3 Uleo de Nox.cs mofe adas onças
carnar quaefquer chagas,e he admiravel para JLV* duas.
as inflummacoés, que fobrevem nas feridas: Oleo de caroços de Pecegos.
applica-fe á parte enferma poito em panno Açúcar de Saturno and onça meya.
de linho ufa do. Opio oitavas duas,
UNGUENTO RESOLUT1VO Camphora.
dc Cu
3 mos. Almifcar and efcropul. dons : de tudo fe fa¬
77 T) fumo de Engos onças oito. ça Unguento S. A. ita Nicolaus Lemery in
JL\. Lofna. Pharmac. cap. ?. de Ung.pag. Far-íe-hà
Rai\cs de Lyrio onças cinco. na fórma feguinte : A Camphora fediítolve-
Salfa ) e de ra no üieo de carocos de Pecegos, e em
Aypo and onças quatro. togo muito brando ie diíTolva também ó
Oleo de Lyrio onças de%. Oleo das Nozes mofeadas, e fora do lume fe
Apeite commum. lhe lance o Aqucar de Saturno, eultima¬
Lo/na , e de mente o Almifcar, e o Opio pulverizado ■, è
Macei la and libra meya. como tudo eítiver bem miíturado fe guarde
Enxúndia de Pato , e de para o ufo o Unguento. O Opio para fe pul- pujv
Galinha and onças duas, verízar fé faz em boccados pequenos, e de-Opíj
Cera branca onças fete: de tudo fe faça Un¬ pois fe fecca em fogo muito brando , e então
guento S. A. ha Nicolaus Lemery in P/iarm. fe faz em pó ; deita forte o enfina a pulveri¬
cap. 3. de Ung.pag. y^6. Far-fe-ha na forma zar o mefmo Lemery no lugar citado. Em
feguinte : Osqumos depois de purificados fe lugar do Oleo de carocos de Pecegos fe pô¬
cozerão com os Oleos até fe gaitar a humida¬ de pôr o de Amêndoas amargas.
de j e coado fe derreta a Cera , e lhe ajuntem Serve eíte Unguento para excitar o fdm-
as Enxúndias j e como eítiver coalhado o no, e abrandar as dores: applica-fe em umu-
Unguento fe guarde para o ufo. ra á teíla junto á raiz do cabello.
Elte Unguento abranda , é refolve 5 he UNGUENTO ESTITICOi
muito proprio para as durezas do baqo , e 80 T) At elte commum libras duas.
figadoj ferve para as Parlefias, e Ciatica : ap¬ JlV« MiirtinhosJeccos machucados lihrà
plica-fe em untura á parte enferma. huma e meya.
Pedra huma libra meya.
UNGUENTO ANTIPLURITICO*
(fumo de M.urtmhos > e de
78 Tj) Manteiga velha. Sorvas and libra huma : tudo fe coxa em và-
JlV* Unguento de Althea. fo de barro até fe paliar a humidade, entaõ fe
Tolvora and onças tres* côe 0 Oleo, e lhe ajuntem n tres libras delle.
Cominhos. Cera branca onç.as nove-,
Semente de Rinchao and onça mèya. Maçans de C.yprejie em pó.
fumo de Hortigas onças duas e meya: de Ui- Murtinhbs.
do fefaça Ung- S. A. lia Fredericus Hojfman. Cafeas de Bsllotas-,
infuo Thefaur. Pharmac.feã. ].de Ung.pag. GramdeUvas.
mihi yoo. Far-fe-ha na forma feguinte: O Offoitpe, ■na de Boy calcinadèi
cumo das Hortigas depois de purificado fe f um agre.
cozerá com a Manteiga até gaitar toda a hu¬ Balavjlias.
midade j então lhe ajuntem tora do fogo o C afeas de Romansi
U nguento de Althea , os Cominhos, femen-> Al me cega.
te de Rinchao 7 e a Polvora tudo em pó fub- Acacia.
til: e tanto que a matéria eítiver bem mb Pedra lume queimadaí
íturada fe dê para o ufo. C afeas do meyo das ca (lanhas and ohàMl
Serve eíle Unguento para os Pleurizes: feis : de tudo fe faça Unguento S. A. Ita May-
applica-fe em todo o tempo emeitna da pon¬ fés Chards in Pharmac. cap. f de Ung;p. 4co.
tada,lavando-a primeiro com A goa ardente; Far-fe-ha na fórma feguinte : Os Muninhos
entaG fe fomenta com o Unguento , e íe lhe feccos, a Pedra hume crua , e os cu mos íe
puem hum boccado em panno capaz, e cm- porão a cozer com o Azeite até fe galrar a
cima delle fe pôem também huma tolha de humidade $ entaó fe coara , e em tres libras
couve , frita primeiro em manteiga, e fe deite Oleo fe derretaó as nove onqas de Ce¬
aperta com huma toalha > ou taixa para que ra j e depo-.s de eílar derretida , eitandó a
o remedio naõ caya, e íe repete de feis em matéria quajfi fria, lhe lancem os fimplires
todos em pó muito íub.til T e tanto que eílh
íeis horas.
Eff Ver
 410 Pharmac. Lufit. Augmètit. Trot.XI.
Calcinat. ver tudo miílurado fe guarde o Unguento
Aluminis pava 0 uf0> A Pedra hume , íe queima pon¬
do-a em vaío de barro em togo brando ate
gaílar toda a humidade aquofa , c como eíti-
ver bem branca , fecca , leve , e enxuta le
guarde para o ufo. Aílim o enfina Lemery
va fu. a Pharm. cap. 3. de Ung. pag. 935.
Eíte Unguento he bom pai a fazer parar
os curfos, impede os vomitos, aperta a par-
te depois do parto , he util nas ernias, for-
tifica os rins relaxados , e faz parar os vomi-
tos. Quem tiver eíte Unguento feito , cícu-
fa o da Condeíía> como diz Chards no lugar
citado ; Si quis ifitid Unguentum ex arte pa-
ratum habuerit , Unguento C omitiff a.'carere
poterit, cujas & pr a parati o ardua , & vires
inferiores.
UNGUENTO DE CAM NOVO.
8í TPJ Hum Caõ nafeido de pouco.
X\« Minhocas lavadas em vinho.
Rai\de Malvaifco.
Rai^ de Lyrio branco, e Roxo.
A coro and onça hum a.
Camedrios.
Salva.
Mangerona.
Serpaô and manipulo hum.
Flor de Rofmaninho , e de
Hypericaõ and manipulo meyo.
Vinho branco libra huma.
Oleos de Açucenas.
Hypericaõ, e de
Amêndoas doces and onças quatro.
Tutanos de Veado.
Cebo de Bode and onças duas.
Cera onça huma e meya : de tudo fe afaça
Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar¬
mac. cap. 3. de Ung. pag. y6]. Ear-fe-ha na
fórma feguinte: Tomaráõ hum Caoaialcido
do mefmo dia ( fe for ruivo ferá melhor), e
o faraõ em pedaços pequenos, e com elle
miíturaráõ as raizes, hervas , e flores machu-
cadas, e emeima lhe lançaráõ os Oleos, Vi-
nho , e as Minhocas lavadas em vinho , c íe
deixará tudo vinte e quatro horas em dige-
Íta5 5 paíTado o dito tempo fe porá tudo a
cozer até fe gaitar a humidade , entaõ íe co-
zerá, e no Oleo fe derreterá a Cera, Tuta-
nos, eCeboj e como eítiver o linimento
frio fe guarde para o ufo. Alguns o fazem
lem a Cera, porém fica aflim demaziada-
mente brando , e lancando-lhe íómentea
onqa > e meya de Cera lhe dá corpo dc lini-
mento , e naô altera a virtude do com-
poílo.
Eíte Unguento he proprio para refolver
os tumores, conforta os nervos, he bom pa¬
ra a parlefia , conyulfoes, catarros, e cia-
ticas ; applica-fe quente em untura aparte
CUNGUENTO DE TORMENTINA.
82 Tor menti na fina libra hum a.
Al me cega.
Myrrha.
lncétfo and onça meya.
Gemas de Ovos numero dons : de tudo fe fa*
ça Unguento S. A. Ita Nicolaus hemery in
Pharmac. cap. 3. de Ung. pag. y6j. Far-fe-ha
na fórma feguinte: As gemas de Ovos fe ba-
teráo com a Tormentina em tigeila de bar-
ro $ c como eftiverem miíturadas, fe lhe lan-
cem os mais fimplices em pófubtil 3 e tanto
que de tudo fe fizer boa miílura fe dará o Un¬
guento para o ufo.
Eíte Unguento digere, e difpoem as ma¬
térias para afuporacao : applica-fe fobre as
chagas novamente feitas poítos em fios.
U NGUENTO PARA
Contufoes.
8 3 T3 Ojjv de Ciba.
JLV. Alvayade and partes iguaes.
Sabaõ negro q. f parafefa\er Unguento.
Ita Fredericus Hojfmanus in Thefattr. Pharm.
feã. 3 o. de Ung. pag. mihi 700. Far-fe-ha na
forma feguinte : O oiíb de Ciba y e o Alva¬
yade fe pifaráõ fubtis , eem igual quantida¬
de fe miíturaráo com o que bailar de Sabao
negro para lhe dar bom corpo , e tanto que
eítiver tudo bem miílurado fe dará para o
ufo.
Serve eíte Unguento para tirar as nodoas
negras do roílro , ou dc outra qualquer par¬
te procedidas de quéda , ou pancada: appli¬
ca-fe á parte em que eítá anodoa,e em huma
noite lha tira , como diz o mefmo Hoffmano
no lugar.citado : Hoc una noite omnem remo-
vet negridinem infacie ex contufione , per-
cufjione.
UNGUENTO PARA
Carnofidades.
84 Pds de vigo onça huma.
JA # Pedra hume queimada onça meya.
Unguento branco de Rha\is onças tres : de
tudo fe faça Unguento S. A. Ita Nicolaus Le*
mery in Pharmacop. cap. 3. deU.ng. pag. 953.
Far-fe-ha na fórma feguinte : Os pós de Vi-
go, e a Pedra hume queimada íe pulveriza-
ráo finos, e fe miíturaráo com o Unguento
branco de Rhazis, e tanto que tudo eítiver
bem miílo fe guarde o Unguento para o ufo.
Eíte Unguento ferve para acuradascar-
noíidades , e fe introduz na via poílo em ve-
linha.
UNGUENTO ASTRINGENTE.
Oleo Rodado lavado em agoa alu-
8?
R. viinofi libra huma e meya.
Çeta branca onças quatro.
Aca~
 Dos Unguentos ; ê• Linimentos^
Acacia, S 41Í
Louro.
MuriinítOs.
Minhocas , e de
BalauJUas.
Rapofiz and onça huma■ -
C afeas de Bell oi as , e de
Oleo de Euphorbio.
Romans.
/ P- ti oie0.
Galhas.
E/pica, e de
Maçans de Cyprefie»
Ç umagre. I ormentina and oitava meya.
f ei a 1'/: de tudo fie. faça Unguento S.A. Ita
Almecega and onça huma : de tudo Te faça
A icolaus Lemery in Pharmac. cap. 3 . de Uhj-
Unguento S. A. Ita Nicotaus Lemeryin Phar-
guent.pag. 946. Far-fe-ha na forma feguii)-
macop. cap.y de 01. pag. 9]y. Far-fe-ha nu
tc : Onqa c meya de Cera fe derreterá com
forma feguinte : O Azeite Rozudo fe iuvarú
os Oleos, e depois lhe ajuntaraõ todas as
primeiro quatro ou cinco vezes com a.goa
.enxúndias; e tanto que efiiverem derreti¬
aluminofa 5 depois fe derreterá a Cera com o
as em fogo muito brando ■, fe deixará coa¬
Azeite Rozado * e fora do fogo, eftando qua-
lhar o Unguento > e aflim fe guardará para
íi trio , íe lhe lauqaráõ os mais íimplices to¬
o ufo. Alguns fazem efte Unguento peia fe¬
dos em pó muito iubtil 5 e eftando tudo bem
guinte tveceita reformada , e he a que mais
mifto, fe guarde o Unguento para o ufo.
le iiia.como diz 0 meímo Lemerv.
Serve efte Unguento para as, ernia.sj he V

bom para fazer parar os fluxos defjWngue

Unguento de Althea onças ires* tlriifuen»
fortifica e defecca as chagas; applica-íe á Cera onça huma e meya. tu Ncrv.
parte enferma. refonlii
Enxúndias de Pato onças duasi
UNGUENTO NEGRO. Unt£> de caõ , c de
S6 113 Axeite commum libras duas. G alo and onça huma.
jL\.# Cera branea. Oleo de Macella , e de
Cera amare lí a.
Minhocas and onças duast
Cebo dos rins de Carneiro* Oleo de Louro > e de
Refina. Efpica and onça huma.
Pe\ naval. Oleo de Euphorbio , e
Tormentina fina and libra meya. Petr.oiio anã onça meya : de tudo fe faça
AI me cega onças duas : de tudo fe faça Un¬ Unguento S. A. Ita Nicolaus hemery in Phar*
guento S. A. Ita Moyfes Charàs in Pharmac. mac. cap. p deüng. pag. 5147. Far-fe-ha na
Keg. z.part. cap.r de remedasfingular. p.447. fórma.feguinte: A Cera, e Enxúndias fe der¬
Far-fe-ha na forma feguinte : A Gera bran¬ retaõ com os Oieos em fogo muito brando*
ca e amarella , a Rezina, Cebo, Pez , e Tor- e tanto que tudo eftiver derretido,fe tire do
mentina fe derretaõ com o Azeite * e como fogo * e deixe coalhar * e aflim fe guarde o
tudo eftiver desfeito, fe côe por panno raro* Unguento para o ufo.
e eftando quafi frio lhe ajuntem a Almecega Serve o Unguento Nervino para fortifi¬
cm pó fubtil} e depois ie guarde o Unguen¬ car os nervos, he bom para a parlefia , e
to para ou fo- convulfoes: applica-íe aoefpinhaqo* efpa*
Serve eíle Unguento para fazer romper doas, e ás partes enfermas.
qualquer Apoftema, Buba5, ou Carbúnculo, UNGUENTO BUTYRACEO
que 1'eja de má qualidade.Applica-fe em pan¬ emendado.
no fino á parte enferma * fica efte Unguento 88 T5 Lo/ha verde.
muito duro , que quafi parece emplaftro, JL\. Mangerona»
porém aflim he melhor , e he conveniente Hyfopo.
que o feja , para durar mais na parte a Ne veda.
que fe applica. Aflim o diz o mefmo Charàs Mangericàõ.
110 lugar citado : Unguenü confijlentia qua. Arruda.
uficatorum folidior ejl, ut diutius parti affeãa . S a bina.
immorari queat. Abrotano.
®UN GUENTO NERVINO. Ar temija.
87 T) Unguento de Althea onças tres. Coroa de Rey.
JTU • Enxúndias de Adem. Flor de Macella*
Pato. Hypericaõ and onça huma e meya*
Caõ, e de Manteiga de Porco libras fete.
Gato. (fumo de Herva fanta libras duas.
Oleo de Endros* Xormentina.
Macella.' , - Ffpirito de Vinho and libra huma: dt tudo
FfFa fg

412 Pharmac. Liifit. Augment. Trat. XI.
fe fuça Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemery
in Pharmac. cap. 3. de Unguent. pag.yfè. Far-
fe-ha na fórma fcguinte • As hervas , e flores
fe pitaráõ eftando verdes em gral de pedra; e
depois fe lanqaráó em vafo capaz , e emeima
lhe deitaráó a Manteiga derretida , e fe porá
o vafo em digeftao dous/ ou tres dias em lu¬
gar quente 5 pafládos elles fe cozerá até ga¬
itar a humidade ; e na manteiga lanqaráó a
Tormentina > e como eftiver a matéria fria,
lhe ajuntaráo efpirito de Vinho; e tanto que
eíliver mifturado, fe guardará o Unguento
para o ufo.
Efle Unguento fortifica os nervos; difeu-
te, e refolve os humores frios: applica-fe
em untura ao efpinhaqo, efpadoas, e ás mais
partes enfermas.
UNGUENTO A N O D IN O.'
8y Oleo de Açucenas libra meya.
JLV* Endros, &
Macei la and onças duas.
Amêndoas doces onça hunia•
Enxúndia de Patoy e de
Galinha and onças duas.
Cera branca onças tres : de tudo fe faça Un¬
guento S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac.
cap. ■>). deU ng.pag.y^. Far-fe-ha na fórma
feguinte* A Cera , e Enxúndias fe deqretaô
com os Oleos; e como eíliver tudoáiqhido,
fe deixe esfriar a matéria , e fe guarde-para
o ufo. V.'
He bom efle Unguento para abrandar, re-
folver, e adoqar a acrimonia dos humores ;
eafllm.he util nas dores das hemorrhoidas,
e outras de qualquer parte que fejaõ.
U N G U E N T U M
ad Hemorrhoidas. j naó tiver cheiro algum ; e o Cebo eíliver al-
<70 T) ■ Oleo Rodado.
XV* Violado and onças tres. ' - " '
Cera onça huma e meya. r-
Amydo. ; >
A lv ay ade. j C
Ijthargyrio.
Chumbo queimado.
Alcatira and oitavas tres.
Camphora.
O pio and efcropulos dous.
Claras de Ovos numero dous: de tudofe faça
Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemery inPhar-
macop. cap. 3. de Ung.pag. ^49. Far-fe-ha na
fórma feguinte : Os flmplices fe pifaráõfub-
tis, o Opio fe cortará miudo , e com os pós
fe hirà triturando até fe fazer íubtil ; a Cam¬
phora fe difíblverá em parte do Oleo ; então
derreteráõ a Cera com os Oleos em fogo
brando , e fóra delle lhe ajuntaráo os fim-
plices preparados, como acima fe ditfe ; e
uhimamente eftando toda a matéria fria, fe
lhe lancem as duas claras de Ovos 9 e tanto
.n
que de tudo fe fizer boa miflura fe guardará
o Unguento para o ufo.
Efle Unguento adoca , e defecca ; abran¬
da as dores das hemorrhoidas, e lhe tira a
inflammacaó; applica-fe em untura á parte
enferma.
UNGUENTO DE REGADIO.
91 T3 Meite commum libra huma.
JLVv Ée%es de Ouro onças quatro.
Cera onças tres: ' ' 1
Al v ay ade. ■'
Cebo confeito and onças duas.
Myrrtia oitavas duas : de tudo fe faça Un¬
guento S. A. na fórma feguinte : A Cera , e
Cebo fe derreterão èm fogo muito brando; e
como eíliver a matéria liquida , fe lhe lance
fóra do fogo o Alvayade , fezes de Ouro , e
a Myrrha em pó íubtil; e depois dè eftnr tu¬
do bem miílo, le guarde o Unguèhto para o
ufo. Gliamá-fè efle Unguento de Regadio , Unguent
ou Rhaaadio vocábulo derivado de Rhaga- Rhagad.
âiwn Rhagadij nome Latino , que íignifica a
fenda, ou racha; c aflim vem a tomar o com-
poflo o nome de léu efléito. 0 Cebo confeito, Scvum
que nefle medicamento entra,fe faz na fórma confc^>
feguinte: Tomarão a quantidade que quize-
rem de Cebo de Cabrito > e limpo das péles,
e membranas que tiver , fe derreterá , e fe
coará emeima de agoa fria > ecómo fe coa¬
lhar fe hirá lavando , e desfazendo na mef-
ma agoa com as coftas de huma colher de
páo ; e fe lhe lanqará a primeira agoa fóra, e
ie continuará a lavacaõ muitas vezes, ou até
que o Cebo perca o cheiro que tiver; então
fe lavará com agoa Rozada quatro, ou cinco
vezes, ou as que necefíarias forem ; e como
viflimo, fe torne a derreter; e depois de eftar
liquido, fe lance em formas redondas do ta¬
manho , e groíTura de huma moeda nova 5 e
tanto que eftiver congelado,fe guarde para o
ufo. Algumas peflbas ufaó do Cebo confeb Sevum
to com a cor vermelha ; o qual fe faz ajun-confedh
tando-lhe depois de derretido aquella por-rubrura*
qaõ de Sandalos vermelhos, que baila para
lhe dar boa cor; e tendo-a, o lancaó em for¬
ma redonda, e aflim fe guarda para o ufo.
Serve o Unguento deRegadio, ouRha-
gadio para as rachas , que le fazem nos bei¬
ços , narizes , maõs, ou em outra qualquer
parte; ferve também para feccar> edefem-
flammar toda a chaga de pernas, procedida
de fígado, Applica-fe á parte enferma em
untura.
UNGUENTO DE ESTORAQUE.
92 T) EJioraque liquido.
XV • Goma Elemi.
Cera amarella and onças Jcte e meya.
Pe\ grego onças duas.
Oleo
 Dos Unpruerftõs
O 4
. Oteo de Notes Ubras duas e meya : de tudo
fc façaUnguento S. A. Ita Nicolaus:Lemery
in Pharmas. cap. \.de Ung. pag. ^45. Far-íe-
ha na fòrnha feguinte: Todos os íimpHces
jyntos fe derreterão em togo muito brando-,
€ depois de edar a matéria liquida ,Tc coara
por hum panao de linho muito raro;e como
o Uuguemo cítiver frio, felhepóde midu-
rar mais alguma porcaõ de Oleo de Nozes ,
para que tique mais brando ; e deita forte fe
guardará para o ufo. O mefrno Lemery diz,
que quando le fizer o Unguento, fe lhe deite
mais Oleo para ficar mais brando, porque
com as duas libras e meya fica muito duro ;
e atlim fe deve fazer, e naõ fe alíigna a quan¬royos.
tidade certa de Oleo, mas ha de ler a qüe ba¬
ilar para dar ponto mais baixo ao Unguen¬
to , e que fique na confidencia dos mais.
Serve ede Unguento para mundificar, è
e Linimentos. 41)
S. A. na fôrma feguinte : Os fimpíiccs todos
fe pulverizem finos, e le midurem côVn ás
Manteigas •, entaõ fe lance tudo em 'Almo¬
fariz de ebUiiibo , e ne-Ile fe vá nutrindo com
alguma agoa Rezada ; c- tanto que a matéria
toda ediver bem midurada,fe guarde o Un¬
guento para o ufo. Chama Te ede Unguen¬
to AntmArnB, porque nelle éntraõ os pôs
deQuintilio , que fe fazem de Antimonío.
Serve para a cura-da furna : applica-fe ent *
untura tres vezes em dias fucçeílivos; e paf-
lados-elles, íe deixa o enfermo andar com à
mefma roupa outros tres dias, e entaõ fe póa
de lavar com agoa dé- Fumaria , e de Mar-1
UNGUENTO CLYSMATICO.
íj 5 TT) Folhas de Malvas, e de
Jt\.e Malvaifco.
He rva igigante.
? <—1 • „ v' .

alimpar as chagas efcorbuticas ; fortifica os Parietaria. • r‘xi

nervos, e refolve os tumores frios; applicâ- Mercuriaes and manipulos quatro. ■
le á parte enferma. Rai\es de Malvaifco , e de
UNGUENTO CARMINATIVO. Açucenas and onças quatro. ^
Flor de Sabugueiro Ubras duas. Màcella. -
• Manteiga de Forco fem fal libra Coroa de Rey and manipules trés.
huma. Manteiga frefea libras cinco : de tudo fe fa¬
. Çumo de Macella tirado com vinho libra ça Unguento S. A. La joannes Ziielpherus hl
meya. Pharmac. Anguji. ClafJS 17. de Ung. pag, 344.
Oleo de Cravo oitavas feis. Far-fe ha na fôrma seguinte : As hervas, rai¬
Oleo de Cominhos oitavas duas. zes , c Macella fe pifem muito bem, e fe mi-
Oleo de /emente de Funcho oitava huma : de fturem com a Manteiga frelca, e em Vafo
tudo fe faça Unguento S. A. Ita Nicolaus Le- de barro capaz fe ponhaõ em digedaõ aoSol>
mery in Pharmacop. cap. $. de Ung. pag. 5154. ou em lugar quente por efpacode hum mezj
Far-fe-ha na fôrma feguinte : As tlores de Sa¬e paífado eüe fe coza em fogo brando até fe
bugueiro fe pilarão em gral de pedra, e íe gafiar a humidade ; entaõ Te coe , e guarde
miduraráò com a Manteiga , e le lhe ajunta¬ para o ufo. Chama-fe ede Unguento Ciyf-
rá o qumo da Macella, que le pilará , e bor¬ matico , porque ordinariamente entra nos
rifará com vinho , e depois íe efpremeva, e ciylleis ; e aííim todos os remedios Glyfma-
do qumo tirado neda tórma le tomara a me¬ ticos (aÕ os que fervem para os ciylleis, co¬
mo diz Lemery na Jua Pharrn. cap. 4. de Ethi-
ya libra, que fe ha de ajuntar ás dores, e man¬
teiga; e tanto que ediver tudo junto, fe poráiriolog.: Clyfnatica font des remedes define^
em fogo muito brando a cozer até le gadar pmr les lavements. -
a humidade; então fe coará , e neda coadura Serve ede Unguento para ubrandar o ven¬
edando quafi fria , miduraráò os Oleos; e tre , e adoçar a acrimonia dos humores; pur¬
edando toda a matéria congelada,te guarda- ga brandamente, e ferve para as dyfente-
rias í applica-fe em cryílel desfeito eni co-’
Oleum rà o Unguento para o ufo. O oleo de Comi-
zimento freíco , ou em agoa commua edan¬
Cyraini. nhos fe tira da mefma forte que o da Hcrva
do quente. ■
doce. 1 L ú UNGUENTO CORDEAL.
Serve ede Unguento para diífipar os fla¬
ní TH) Unguento Rodado onças tres.
tos , e as humidades do eftomago : applica-fe
Oleo exprefo de Notes mofe adas
em untura á parte enferma.
UNGUENTO ANT1MONTAL. oitava huma. ■
Oleo de cafeas de Cidra depilado efcropuU
Pós de Quinúlio oitava meya.
, Solimad efcropulos dous. meyo.
Pdo de Rhodes gottas feis.
Cryfial mineral.
Canella gottas cinco.
Chumbo ijueimado and oitava huma.
Balfamo apoplético efcropuU hum : de tudo
Manteiga de Porco fem fal onça huma/
fe faça Unguento S. A. Ita N icol aus Lemery
Manteiga crua onças duas.
in Pharrn. cap. 3 • de Ung.pag- Far-fe-ha
Agoa Hnada q.f.: para fefayer Unguento ba
 414 Pharttmc. Lufit. Âugment. Trat.XI.
11a fôrma feguinte *. Em fogo muito brando
fe diííolverá o Oleo de Nozes mofcadas, e
o Balíamo apoplético ; e como a matéria
eíliver fria , fie lhe ajuntem os Oleos deílilla-
dos, e le guarde o Unguento para o ufo em
vidro bem tapado.
Eíle Unguento refiíle á corrupcao dos
ares, he muito conveniente nas febres ma-
ligmas, e em todas as doenças contagiofas:
applica-fe em untura á regiaõ do coraqao , e
eílomago.
UNGUENTO MASTICHINO.
yy TJ Oleo de Ahnecega onças feis.
XV. Oleo de Lofna, e de
Tf pica ana onças duas.
Cera huma onça e meya.
Al me ce gr,a.-
Hortelã a.
Rotas vermelhas.
Coral vermelho preparado.
Cravos.
Canella.
Pão de Aauila.
Tfquinantho aná oitavas duas : de tudo fe fa¬
ça Unguento S. A. Ita Nicolaus Temery in
Pharmac. cap. 3.- deUng.pag. 758. Far-fe-ha
na fórma feguinte: A Gera fe derreta em fo¬
go brando ; e como a matéria eíliver quafi
fria, lhe ajuntaráõ todos os mais fimplices
em pó fubtil; e depois de eílar tudo bem mi-
ílurado fe guarde o Unguento para o ufo.
Eíle Unguento fortifica o eílomago , faz
parar os movitos, e refiíle ás gangrenas: ap-
piica-fe em untura á parte enferma.
UNGUENTO DE BEDELIO.
58 T) Bedelio oitavas feis.
JLV» Euphorbio.
Sagapeno aná onça meya.
Cajloreo oitavas tres.
Cera onça huma e oitavas fete.
Oleo de Sabugueiro onças de\ : de tudo fe
faça Unguento S. A. Ita Nicolaus Temery in
Pharm. cap.T,. de Ung. pag. y 3 2. Far-fe-ha na
fórma feguinte: O Caíloreo fe pulverize fub-
til depois de o feccarem em fogo muito bran¬
do ; as gomas fe trituraráõ também fubtis; a
Cera fe derreterá com o Oleo ; e depois de
derretida , fóra do fogo lhe ajuntem os fim¬
plices preparados,como acima fe diíTej e co¬
mo tudo eíliver bem miílofe guarde o Un¬
guento para o ufo.
Serve eíle Unguento para abrandar, e rer
folvcr as durezas da madre , e para fortificar
os nervos * applica-fe em untura á parte en¬
ferma.
99 E JJNGUENTO DE LÍNARIA.
Línaria verde com flor libra huma.
« Unto de Porco lavado libra huma
e meya : de tudo fe faça Unguento S. A. Ita
Nicolaus Temer yin Pharmac. cap. 3, de Ung.
pag. 5*5 r Ear-fe-ha na fôrma feguinte: A
Línaria fe colherá quando eíliver florida e
em leu vigor , e fe pifará em gral de pedra,
e fe miílurará com o unto de Porcoy que
primeiro lc lavará; e como eíliver tudo betn
miíturado,fe porá a matéria em digeílao tres
ou quatro dias em lugar quente; e paflados
elles, fe cozerá em fogo brando até fe gailar
a humidade ; então fe coará, e guardará pa¬
ra o ufo. Será eíle Unguento mais efficaz, fe
fe lhe der fegunda permutaqaô da Herva ,
porque aflim fica o unto mais impregnado
com a virtude da planta.
Eíle Unguento he bom para adoçar os
humores acres, que defeem ás hemorrhoi-
das , abranda as dores que caufaõ, e lhe
tira a inflammacaô.
UNGUENTO RUBRO -
de Lemorci.
100 T) Oleo de Hypericaõ onças oito.
Jtv. Cera, e
Unto de Porco and onças quatro. J
Camphora oitava meya.
Terra figillada onça huma.
Minio onça meya : de tudo fe faça Unguen¬
to S. A. Ita Carolas Maetfius in Colleã. Chim.
cap. 538. par. 540. Ear-fe-ha na fórma fe-
guinte ; Á Gera fie derreterá com o Oleo , e
depois fedhe ajunte a Camphora ; e como
eíliver difiblvida; fóra do fogo lhe deitem os
mais fimplices em pó fubtilj e depois de eílar
bem miílurado tudo; fe guarde para o ufo
Serve eíle Unguento para a cura das cha¬
gas das pernas, ou de outra qualquer parte;
tira-lhe a inflammacaô, eíecca-as; he bom
nas inflammacoés dos olhos, das maQS, e
pés queimados por caufa de frio ; e também
he bom para a cura das chagas, que fazem
as bexigas : applica-fe em untura ; c para os
olhos emeima de hum boccado depanno,
que fe pôem fobre as capelias , tendo-os fe-
chados.
UNGUENTO JOVIS.
101 T) Folhas de Meymendro.
JLV • Urgibó.
Pareetaria. >
Sabugueiro. •- f
Gerânio and manipules quatro.
Violas.
Dormideiras brancas , e
Cicuta and manipulos feis,
Sayad mani pulos tres.
Alcajfiis verde libras tres.
Manteiga frejea quanto bajie: âe tudo fe fa¬
ça Unguento S. A. Ita Joannes Zuelpherus in
Pharm. Aug. Clajf. 17. de Ung. pag. 346. Far-
fe-ha na fórma feguinte : As hervas , c Alcafi
fús fe pifem em gral de pedra, e fe miílurem
com
 t)o$ Unguentos e Linimentos. 411
com fete ou oito libras de Manteiga freíca, UNGUENTO MACEDONIO;
e fe ponha em digeítaó quinze dias 5 no fim i o 3 13 Cera.
deli es fe coza em fogo brando até gaitar a JlV* Colophónia.
humidade; entaõ fe côe, e guarde para o Pe\.
ufo. Também fe pode fazer eíte Unguento V nto , ou Tutanos de Vítellà.
pela feguinte Receita reformada; Incenjb anã onças duas : de tudo fe façà

R
Ung Jov.
reformat.
Folhas de Urgibô , e de
• Meymendro and manipulos dons.
Unguento S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phâr-
mac. cap. 3. de Ung. pag. 954. Far-fe-ha na
fórma feguinte : A Cera , Çolophonia > e ò
Manteiga frefca onças oito : de tudo fe faça Pez fe derr etao com o Unto ; e como a ma¬
Unguento S. A. Ita Zuelpherus loco citalo. téria eítiver liqüida>fe cóe por panno ráfòj é
Far-fe-ha na fórma feguinte: As duas h er¬ depois de eflar quafi fria, fe lhe ajunte o Jn-
vas fe pifem > e miíturem com a Manteiga • ccnfo em pó fubtil ; e tanto que eítiver tu¬
e depois da digeftao de quinze dias, fe coza do bem miíto, femalaxe, e facao madaleoêsj
em fogo muito brando, até fe gaitar a humi¬ que fe guardaráo para o ufo.
dade ; então fe coe , c guarde para o ufo o Eíte compoíto fe guarda feito ém mada-
Unguento. Chama-íe eíte UnguentoJovis, leoés a modo de emplaítro , porque fica tao
porque nellc entra o Sayaò, a que alguns duro, que lancandò-o em vafo o faz quebrar^
chamaÕ Barba Jovis , aífim o diz Lemery no quando delle fe tira j e por eíla razaõ antes
cap. dos Ung. pag. y6 8. fe deve chamar Emplaítro , que Unguento,
Serve eíte Unguento para todas as inflam- como diz Lemery no lugar citado. Chama-fe ErcpiaíU
niacoes, e para refolver os tumores que pro¬ Meeedonio eíte Ungüentó > ou Emplaítro ; Maced.
cedem de fangue muito fubtil ; applica-fe ]>orquc em Macedonia foi inventado, aílim
em untura á parte enferma; o aílirma Lemery no lugar citado.
Serve o Emplaítro , ou Unguento Mace-
UNGUENTO DE ÀLCASSU& donio para abrandar , alimpar , e cicatrizar
as chagas.
102 R. Atcaffus verde onças duas.
_Manteiga frefca lavada eni agoá
LINIMENTO
para Hemorrhoidas;
rota da libra meya : pfejje o Alcajjús , e Je fri¬ i°4 T3 Çamo d e'V erbafeo onça mejà.
ja com a Manteiga , efe torne a lançar outra Oleo Roxado onça hum a*
tanta porção de Ãlcajfus, e fé faça o mefmo, en¬ Gema de Ovo numero hunia : de tudo fe façà
tão lhe ajuntem Linimento S. A. Ita Fredericus Hoffmanus in
Al v ay ade lavado onça hum a e meya-. Thefaur. Pharmac.feã. 30. deUngaent.pag.
Tutia preparada oitava hüma. tnihi 700. Far-ie-ha na fórma feguinte : O
Camphora efcropulb hum. _ Çumo de Verbafeo fe miíturarà com o Oleo
Claras de Ovos numero fcis : de tudo fe faça Rozado e a gema de Ova, e tudo fe nutri¬
Unmtento S.\.ltaNicolaus Lemery in Pharm. rá em Almofariz de chumbo , e depois fe da¬
cap! 3. de Ung.pag. y<,y. Far-fe-ha na forma rá para o ufo.
feguinte í As raizes do AlcalTús fe pifarão e- Eíte Linimento ferve para abrandar as
ílando verde colhidas de pouco tempo , e fe dores das Hemorrhoidas , e para lhe tirar a
frigirão com a Manteiga em fogo brando; e imflammacaõ. Também fc pódem fazer Li¬
como fe gaitar alguma humidade , fe ajun¬ nimentos para o mefmo achaque pelas fe-
tará á Manteiga outra tanta porcao dc raizes guintes Receitas.
piladas, e fe fara o melmo íegunda e teicei-
ra vez ; e na ultima depois de coada a Man¬
teiga lhe lancaráo o Alvayade lavado; e a
I ) Flor de Enxofre oitavas duas;
Vo Oleo de Ovos onça meya.
Lirtim. ací
Hrcmorr.
ex Chaf.
Tutia preparada , tudo em pó fubtil, e a Oleo Rodado onça hum a : de tudo fe faça Li¬
Camphora , quefe diííblvera em alguma pe¬ nimento na fórma feguinte : Em Almofariz dc
quena porcao de manteiga $ e como o Un¬ chumbo fenutraõ todos os fimpliees, ele
guento eíliver frio,lhe ajuntavao as claias dos dem para o ufo.
Ovos 3 e eítando tudo bem miíto fc guarde
o Unguento para o ufo.
Serve eíte Unguento para alimpar o hu¬
R Sal Saturno onça meya.
• Oleo de Macei la, e
Línim Sá
t»™- ací
mor dos olhos, adoca os humores acres, que RoUdo. Hxmú:r:
nelles cabem , e lhe defecca as puftulas cau- Çumo de Conchellos anã onças duas : de tu¬
fadas do fangue acre, ebiliofo; applica-le do Je faça Linimento S. A. na fórma feguinte:
em huns fios aos cantos dos olhos, e também Ueumõ, Sal faturno, e os mais fimpliees
fe nutrirão em Almofariz dc chumbo , e de¬
cm untura emeima das capellas.
pois
 4i 6 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. XI.
pois fe darão para o ufo , ou também fe faz cara, pelcoqo , e maos, antes que asbexi-
o feguinte Linimento. gas total mente fe fequem.
LINIMENTO PARA -
Linim. Polpa de Cebolla afiada. vomitos.
c-cpÉ ad Oleo âe Linhaça anã onças duas. ioif Oleo de No\es Mofe adas ex-
Heçiorr.
Cera branca onça meya : faça-fe o Linimen¬ Jl\. „ prejfo.
to S. A. na fôrmafeguinte : A Cebolla depois Agoa da Rainha de Ungria anã onça meya.
de aíTada íe efpvemerá muito bem , e depois Oleo de Lofna deflillado Oitava huma.
de fria em gral de pedra fe lhe tirará a polpa, Almecega em pô oitavas duas: de tudo fe fa¬
entaõ fe derreterá a Cera com o OleodeLi- ça Linimento S.A. La Moyfés Charás in Phar-
nhaca , e fóra do fogo fe lhe ajunte a polpa macep. Reg. 4. part. cap. 1. de Variis remediis
de Cebolla , e depois de eílar frio, c bem mi- pag. 429. Far-fe-ha na fórma feguinte: O
ílurado fe dê para o ufo. Oleo de Nozes mofeadas fe diíTolverá em fo¬
go muito brando ; e fóra delle, tanto que e-
Linim. Polpa de Millepedes. íliver liquido,lhe ajuntem o Oleo de Lofna,
IVlílep.ad
Híeniorr,
R. Unguento Populeaô.
Oleo de Ovos and ortça huma.
e Almecega em pó fubtil $ e como tudo eíli-
ver bem miílurado fe guarde para o ufo. C O cum
Extrado de 0pio oitava meya : de tudofe Oleo de Lofna fe tira como o de Canella iíh iatit.
faça Linimento S. A. Afíim eíle Linimento porém quando as folhas da planta fecca fe
como os mais enfina Moyfés Charás na Phar- pôem em digeílao , fe lhe lanqa huma maõ
inac. Reg. 4. part.cap.\. de variis rem. & Hof- cheya de Sal para que a matéria fe fermente
fmanofup.Scrod. lib. 2. de Linim. cap. 87. Far- melhor , e largue de fi o Oleo; eíle tal aífim
fe-ha na fórma feguinte: Os Millepedes le tirado chamaõ alguns Ffjéncia de Lofna,
pi faraó vivos , e fe paííará a polpa delles por qual he bom para matar as lombrigas: Dá- A 'lliU *
peneira, e depois fe mifturará cora o Un¬ fe de feis até oito gottas, e conforta o eílo-
guento Oleo , e Extra&o e tudo fe nutri¬ mago appliçado em untura.
ra em almofariz de chumbo , e corno eíliver Serve clie Linimento para fazer parar os
bem encorporado fe dará o Linimento para vomitos 5 e para confortar o cílomago : ap¬
o ufo. plica-fe á região das entranhas.
Eíle Linimento , e os mais acima eferip- LINIMENTO SONÍFERO.
tos fervem para abrandar as dores das He- lo7 T) Unguento Ro%ado.
morrhoidas , e para lhe tirar a inflammacaõ: jLv • Populeaô and onça huma.
applica-fe á parte em pannos molhados no Oleo exprejfo de femente de Meymendro oi¬
Linimento eílando quente, e fe repete a cu¬ tavas duas.
ra de quatro em quatro horas, ou menos, fe Extraão de Opio liquido oitava huma : de
a dor for grande. tudo fe faça Linimento S. A. Ita Nicolaus Le-
mery in Pharmacop. cap. 5. de Ung.pag. 97}.
LINIMENTO PARA
Far-fe-ha na fórma feguinte : O Extrado de
Cicatrices.
10$ R • \ada.
Opio fe faqa mais liquido com humas gottas
Alvayade lavado em agoa Ro- de efpirito de Vinho, e depois fe raiílurc
com o Oleo , c Unguentos \ e tanto que tu¬
Llthargyrio and oitava huma. do eíliver bem miílurado, fe de o Linimento
Oleo das quatro fementes frias. para o ufo.
Amêndoas doces , e de Eíle Linimento he admiravel para as do¬
Ovos and onça meya. res de cabeca, e para provocar o fomno :
A ao a de Herva Moura , e de applica-fe molhando hum panno de linho
ifanchagem q.f : de tudo fe faça Linimen- nelle, e pondo-o na teíla em fórma que chc-
to S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. c. 5. gue de fonte a fonte , e que fique á raiz do
de Ung.p. 972. Far-fe-ha na fórma feguinte : cabello.
O Alvayade depois de lavado,e o Lithargyrio LINIMENTO DENTIFRÍCIO.
fe pulverizaráÓ finos 5 c fe miíluraráó em al¬ 108 Rai\ de Lyrio oitava huma.
mofariz de metal com os üleos,e lhe ajunta-
ráo pouco mais de meya onca de cada huma meya.
R. Pedra Pomes oitava huma

das agoas, e fe hiraõ nutrindo com a maõ do Pedra hume queimada onça meya.
almofariz, até que tudo tenha confiílcncia de Olhos de Caranguejos.
Linimento 5 e depois fe guardará para o ufo. Coral vermelho preparado and oitava huma.
Serve eíle Linimento para desfazer as ci¬ Mel Roxa do q.f. : de tudo fe faça linimen lo
catrizes , e encher as covas que deixaõ as be¬ S. A. Ita Joatines Schrod. lib. 2. cap. 87. de Lt-
xigas fobre a cu tis applica-fe em untura á nimcnt.pag. mihi 182. Far-fe-ha na fórma ie-
guinte*
 V
Dos Unguentos $ e Linimentos. T
guíatc * Os olhos de Caranguejo , e h Co¬
ral fe prepararão primeiro , e como ef ti ve¬
rem bem fubtis , fe nriiluraráõ com os mais
•fimplices ) que leaerao pifados fubtis , o lhe
ajuntarão o que bailar .de .Mel Rozado com
que fe fará Linimento; que fe dará para o
ufo. . fignaes , que coftumaõ fazer as Bexigas: ap-
Efte Linimento fortifica os dentes abadia¬
dos , e os preferva da.podridão .confen an-
.do-osfempre muito brancos: appljca-fc aos
dentes esfregando os com o Linimento , e
depois fc alimpaõ com panng aípero.
L I N I M E N T O
para Ciatica.
i op TJ Caes nafeidos de pouco , e
XV. Toupeiras vfpas aná nunu Ues.
Minhocas libra ímpia.
Folhas de Louro.
■Alecrim.
Hortelâa.
Mangeropa.
Alfazema.
Serpad.
Hypericaõ anã manipulo hum.
Azeite cemmiim.
Vinho vermelho and libras tres.
Cera nova
Enxúndia de Pato anã onças de\: de tudo fe
faça Linimento S. A. Ita Fredericus Hojfma-
tius fupr. Sclrrod, Ub. 2. cap. 87. pag. mihi 182.
íar-fe-ha na fórma feguinte : O Azeite e
Vinho fe po.r^Õ em vafo capaz a cozer ; até
que levante fervura, entaõ lhe lanqaráo os
Cuês vivos , as Toupeiras j as Minhocas $ e
depois de ferver mais hum poucojíe lhe ajun¬
tem as hervàs todas machucadas, e fe conti¬
nue o cozimento* até que fe gafte toda a hu¬
midade -j entaõ fe coará foriemente, e a efte
Óleo fe ajuntará a Cera , e a Euxundia 5 e
como eftiver derretida fe tire do fogo; e fe
guarde o Linimento para o ufo, Üs Caés
haõ-de fer nalcidos do mefmo dia ^ ou ao
menos de doüs até tres; que os qufe faõ de
mais idade, naõ faõ taõ bons para o medica¬
mento.
Efte Linimento he admiravel para as do¬
res da Ciatica , e para a dos Rheumatifmos:
applica-fe quente em untura á parte en¬
ferma.
linimento
defenfivo de Bexigas.
tio "Q H tinia talhada de beni Toucinho.
XV» Leite puro de Cabras hum a libra:
de tudo fe faça Linimento. Ita Andréas Cnof-
feliús inConfiliis Reg. Polon.tit.i6. de Cof-
meticis pag. 776. Far-fç-ha 11a fórma feguin-
te; A talhada de Toucinho fe lhe porá o fo¬
go, e tanto que comeqar de arder fe lhe apa-
tihe o pingo em huma tigella nova , em que
1
qxf
eftará o Leife j e depois de fe derreter todò
o I oucinho , ie lhe deixe coalhar o pingo
dentro no leite , e tanto que eftiver coalha-
dó fe tire com líuma colher dè prata ; e fe
dé para o ufo.
Serve efte Linimento para prefervar dos
plíca-fe untando com hüma pena ; ou Corri
hum pincel pequeno as Bexigas depois dc
maduras , antes que fe comeccrti a feceart
obra admiravelmente > como diz ó mefmo
Aucftor no lugar citado,por formaes palavrasr
Sic faciens immunis erit ab omnibus vanolaYum
vejiigi is , qmd Penfolum in aliis mal tis per fo¬
ras ; fed & in ipfa Serenffima Regina probatufn
eJU Medicamentum quideni viâetur ejfe> fimpUx,
Jed ejl magna virtutis >. & utilitatis.
LINIMENTO DE CHUMBO.
ui TT) Chumbo queimado.
Jl\. • Alvayade lavado'.
Lhhargyrio anã efcropulo hum.
Ago.a de Beldruegas onças cinco : de tudo fé
faça Linimento S. A. Ita Paulus Barbette c. i.
in Anatomiapraãica pag. 125). Far-fe ha na
fórma íéguinte : Os fimplices depois de pi¬
fados bem fubtis fe mifturaráõ; e encorpo-
raráo em almofariz de metal com a agoa,até
que tenha confiftencia de Linimento , e af-
fim fe dará para o ufo j também para o mef¬
mo fe póde fazer o feguinte Linimento.
R Alvayade lavado onças ditas : , . jLinirü.
• Oleo Rozado q.f.: façafg Linimento CcrüíTà*;
S. A. nà fórma feguinte : O Alvayade fe lan¬
çará pulverizado fino em Almofariz de me-
tabe fe lhe ajuntará o que baftar de Oleo Ro¬
zado , e fe hirá nutrindo Com a maÔ do Al¬
mofariz até ter boa confiftencia * e aiíim fc
dé para o ufo.
Servem eftes dous Linirrientos para abran¬
dar as dores das Hemorrhoidas: applica-fé
em untura á parte enferma.
LINIMENTO PARA
as Gengivas podres,
iia TJ Sangue de Drago.
JlV* Myrrha.
Almoce 0 a and efcropulo hum e meyà:
Pós de Quíntilio.
Pedra hume anã efcropulo hum.
Mel Rodado q.f : de tudo fe faça Linimen¬
to S. A. 1 ta Andreas Cnoffelius in Confil. Reg:
Polon.tit. 10. de Odôntalgicis pag. mihi 7 $
Far-fe-ha na fórma feguinte: Os fimplices fé
pifaráõ todos fubtis, e depois de bem tniftti¬
rados fe lhe ajuntará o que baftar de Mel
Rozado para fc fazer o Linimento ; eftando
aiíim preparado le dará para o ulo.
Serve efte Linimento para a cura das gen¬
givas podres; e inchadas 3 também aperta
Ggg c fir-
 4i S . Pharmac. Luíít. Augmene. Trat. XI.
t firma os dentes abadados: applioa-le em
untuta á parte ^enferma. ■ ‘ 115 X?
L I NI M E N T O PARA
‘ dores de cabeça.
JI3 R Almifcar.
• Ate bre. -
Euphorbio.
Caftoreo.
Gora a Arabia.
Pão de Aguila.
Açafrad ana oitava meya.
Opio grave, vinte e fete.
A voa de Mangeronaq.f. : façafe Lrnimen-
toS.A. lta Phàrm. Per fica fub tit. Telom. U c.
pa-v. mihi j%6. Far-fe-ha na fôrma íeguinte :
üs fimplices fe pulverizem todos, e fe hume-
decaõcom agoa de Mangerona 5 e como e-
(liver o compoflo em fórma de Linimento
fe dê para o ufo. • he também util em quaefquer chagas :• ap-
Efte Linimento ferve para abrandar as
dores de cabeça : applica-fe em untura > ou
em panno ás fontes delia.
A U G ME N T O
do XI. Tratado.
U N G U E N T O PARA
queimaduras.
114 R EJierco frefeo de cavallo quatro
• onças.
Unto de porco hum a libra,: faça-fe Unguen-
to. TomaráÕ o efterco de cavallo eíhindo
frelco , e o mifturaráõ com o Unto de Por-
co j depois o lançaráõ em caceta de cobre ,
e o poráõ a derreter em fogo brando $ e de-
pois de derretido fe deixará eílar no mefmo
fogo por elpaço de hum quarto de hora me¬
rendo a matéria continuamente com efpa-
tula de ferro $ paífado o dito tempo, le coará
por panno forte eflando ajnda quente efpre-
mendo a matéria muito bem , e a coadura
depois dc fria le guarde para o ufo: o efter-
co de cavallo contem muito Sal volátil, o
qual miílurado com o Unto fica mais pene¬
trante, e faz pelos poros fahir os corpufcu-
los do fogo que tem em fi a parte queimada.
Serve para a cura das queimaduras, aííim in-
flammadas , como por inflammar, dulcifica,
eabranda as dores admiravelmente, applica-
fe á parte em papel pardo fobre a queimadu¬
ra , porque no papel naõ íe pega tanto ás
chagas , como pondo-fe em panno de li¬
nho, e também eflando o Unguento tepi-
pido fe póde applicar com huma penna , e
-depois de feita a untura fe lhe pôem o pa¬
pel emeima.
UNGUENTO PARÁ SARNA*
Unto de Porco quatro onças*
Jtv • Mercúrio lavado quatro oitavas*
Oleo de Jafmins tres oitavas: mijlure fe , e
faça-Je Unguento.Fítr-Mya. na fórma Tegivin-
te: O Mercúrio lavaüode lançará em gral :dfc
pedra , e nelle fe hirá mifturando com o Un¬
to de Porco 5 depois de bem miftófielhedei-
te o Oleo de Jafmins, e fe hirá batendo no
gral de forte que fe una com o Untõde Por¬
co , e aflim fe dará para o ufo : fe quizerem
que o Unguento fique mais cheirofo , fe lhe
lance Oleo de Cobdoyá , ou de Cravo con¬
forme quizerem , que o efifeito que faz o di-
to Unguento naõ procede doOleé ,’pôrque
efte fe lhe deita para ter bom cheiro, e pare-
cer pomada ; do Mercúrio que entra no
compoflo fe efpera o effeito. Serve para a
cura da Sarna , e para todas as comiçhoes^ e
plica-fe untando aparte com o Unguento
tépido. '' -
UNGUENTO RUBRO
Magiftral.
116 T) Fet es de Ouro.
XX. • Oleo Rot ado and oito dniças.
Pós de Joannes duas onças e meya.
Cera duas onças: de tudo fe faça Unguento.
Far-fe-ha na fórma íeguinte: A cera feita
em pedaços fe derreterá com o Oleo vozado,
e fóra do fogo fe lhe lançaráõ as fezès de Ou-
ro , e os,pós deJoannes, pifado tudo muito
fubtil, e fe hirá mexendo a matéria até que
de todo fe congele, entaõ fc guarde para o
ufo. Serve para dcfeccar todas as chagas ve-
nereas de qualquer parte que fejaô , e cura,
da mefma forte também as mais chagas aífim
novas, como velhas, gaílando-lhe a carne
fuperflua, e calofidades fe as tiverem.
UNGUEN T O
117R. confortativo Magiftral.
Çumo de Hortelãa, e de
Lofna ana tres onças.
Oleo rotado.
Horteiaa. ' v
Macei! a. . ;rní
Nardino andhumaomp* e meya, e de
Sabugueiro huma onça.
Cera nove oitavas.
Pós de Ortelam.
Efquinantho.
Canella.
Junça.
Cufcuta anà huma oitava e meya : faça-fe
Unguento S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte?
Os çumos de Hortelãa; e Lofna fe ajuntarão
aos Oleos todos, e le poraõ em fogo brando
de forte que fe vaõ cozendo até legaftar a
humidade $ entaõ fe coará , e com o Oleo
coa-
 Dos Unguentos
coado fc derreterá a cera feita em pedaqos,
c fóra do lume citando a matéria tépida
fe lhe deitaràõ os mais fimplices em pô fub-
til, e fe hirá mexendo o Unguento até que
de todo fe coalhe , e aflim fe guardará para
o uío.
Eíte Unguento conforta o Eftomago de¬
bilitado ) fufpende os vomitos, difíblve as
fleumas que caufaÕ dores: applica-fe á par¬
te em femcntacaõ pondo-lhc emcima papel
pardo , e fe repete duas vezes no dia.
UNGUENTO DESOP1L ATIVO
Magiítral.
118 TJ Çumo de Hervafanta.
Goma Rlemi and duas onças.
Oleo fimple\de Hipericad meya libra.
Regina.
Cera amarslla and huma onça.
Amoníaco meya onça.
Pó de Arifioloquia longa.
Redonda , e de
Norça and. duas oitavas: mijliirefe S. A.
Far-fe-ha na fórma feguinte : O qumo de
Herva fanta fe cozerá com o Oleo de Hype-
ricaõ até gaitar a humidadeje depois de coa¬
do lhe deitem a Cera , e Rezina feita em
boccados para que melhor fe derreta, e fóra
do fogo lhe lancaráo o Amoníaco, e Goma
Flemi diíTolvidas primeiro em leve calor $
c tanto que eftiverem as duas gomas bem
miíluradas, lhe ajuntaráo as Ariítoloquias,
e Norca em pó fubtil, e fe guarde o Un¬
guento para o ufo.
O infigne D. Felis Palacios fallando ne-
íte Unguento diz , que he aquelle a que fe
póde chamar defopilativo $ porque leva fim¬
plices efpecificos, e proprios para eíte tffeL
to j e he fem duvida, que todos tem muitas
partes fubtis e penetrantes , que introdu¬
zidas pelos peros, diífolvem , attenuao, e
fazem relblver os humores de que proce¬
dem as obítrucqoés , que ordinariamente
caufaõ durezas, e tumores no baqo : Eíte
Unguento abranda e refolve as durezas do
baqo, he util nos feirros e tumores duros
do ventre: applica-fe aparte em fementa-
qaÕ com o Unguento tépido , e pondo-lhe
emcima papel pardo.
UNGUENTO CRINIFICO
Magiílral.
11 <> TJ Labdano onça e meya.
X\, Unto de Ur/o quatro onças.
Mel branco, ou de enxame novo huma onça.
Rai\de Abrotea em pó feis oitavas.
Cima de rai\ de cana tres oitavas.
Oleo expre/Jo de Uó\ mofe adas duas oitavas.
Balfamo Peruvtano feis oitavas: mifure-fe
S. A. Far-fe-ha na fórma feguinte : O Lab¬
dano que deve fer do de bexiga muito lim-
è Linimentos. 419
po , fe derreta com o Unto de Urfo em fo¬
go brandiffimo , depois lhe deitaràõ a Cera,
e Mel já derretidos, e fóra do fogo fe lhe
ajunte o Balfamo, e Oleo de Nóz mofeada,
também derretidos , e ultimamente le lhe
deite o pó da Abrotea , e a Cinza de canas f
e le vá mexendo a matéria muito bem até
que de todo fe coalhe, e aflim fe guarde pa¬
ra o ufo em valo de vidro bem tapado. Ser¬
ve efle Unguento para fazer crefcer ocabel-
lo, c também para o fazer renalcer nas par¬
tes donde por algum achaque tenha cahido*
applica-fe à cabeqa depois de rapada á nava¬
lha, em fórma de fementacaõj e fe póde ufar
com toda a feguranqa eíle remedio , que noa
affirmaÕ tem foccorrido a muitos, que de
todo eftavaõ pellados. O Balfamo Peruvia-
no, ou Balfamo Indico, he hum Balfamo
natural, de que nas Índias de Hefpanha ha
tres efpecks. A primeira , fe chama Balfamo
fecco, o qual he huma rezina dura, decli¬
nai) te a vermelha cheirofa que fe nos traz
em cocos pequenos j eheo licor , que fe
diílilla pelos ramos de huma arvore pequena
que crefce abuudantemente no Perú , e fe
apanha o dito licor nos cocos, e depois fe
põem ao Sol, ou em leve calor alguns dias
até que a humidade aquofa , que com o li¬
cor vem mifturada , fe evapora , e fe con-
denfa. A fegunda efpecíe he huma rezina li-
quiefa , branca, cheirofa femelhante ao Bei-
joim , a efle fe chama Balfamo branco do Pe- j*a!(*tno
ru ,r idhe pelas indfoes que fe tem feito no branLO‘
tronco , e nos ramos groflbs da mefma ar-
vore-A terceira elpecie he hum Balfamo de-
clíriante a negro muito cheirofo j o qual fe ne*ro'
faz dos troncos, ramos, e folhas da mefma
arvore , fazendo delies hum largo cozimen¬
to em agoa coramua , e depois deixaõ ar¬
refecer o cozimento,e fe vê o Balfamo andar
nadando por cima da agoa , e então o apa-
nhao , e lancaõ em garrafas , e efle he o que
mais ordinariamente trazem do Perú , e fer¬
ve na medicina , deve fer vifcoíb em confi-
ílencia de Tormentina de côr loura decli-
nante a preta cómfcheiro doce fuavemen-
te agradavel com femelhaiica ao do Eílora-
que. Todos eíles Balfamos fuõ proprios para
fortificar o cerebro , coraqaõ, e eflomago -t
refiflem às podridoés, desfazem por tranlpi-
raqaõ os máos ares, alimpaõ as chagas, for-
tificaõ os nervos , faõ bons nas feridas, re-
folvem os tumores frios, ufaõ-fe exterior¬
mente , q fe pódem dar pela bocca de duas
até feis gottas, e com perfumes he muy con¬
veniente no tempo de doenças contagiofas.
Como fallámos no Balfamo do Perú, pare¬
ce que naõ devemos pafíar em filencio o que
trazem os noíTos naturaes da America em
Ggg a
 Phármac. Lufit. Augment. Trat;
cocos e cm garrafas , e naõ fe deve efti.
r ,r mar menos qúe o do Petú. He pois o Balfa-
do Brafil,mo tjpé;vein do noflo.Bráfil hum licor rezi-
jtgío àbítí mais corpo que a Tormentina »
de cor negra, declnianté de alguma forte
a vermcEiò.V*o qual rios trazem em cocos
pequer/bs, ou em garrafas, da Capitania do
Efpirrtb Sànto , e dç óutras mais partes; e
fe tira pòr*‘jhcifaõ de humas niuíto.groflas,
e altas Arvores que ha naquellas Terras ’, as
quaesTfcrèflr com vaHos golpes no mez de
Marqo, e pelas inciíoés cone o licor que
apanhao', e o' lanqaõchí cocos,ou garrafas;
com efle Balíámo fabficaõ naquellas Terras
bandejas, contadores, e outras peqas que
primeiro fazem de páo , e.depois lhe pótm
por fora d Balfamo coiti obtras rriiflüràsV dé
forte que fica a obra muy cbeiro'fy , Wém la¬
vrada, e poli ida; deve-fè elíólhrir ddqric;e-
íliver riu is líquido ç e tfvér melftór cheiro,
que he fignál certo tléfév frçico', c naoan-
trgo. Serve' pãrk . critâri íeridas ; 'confolida
fipvlíí^c .
e alimpa 'á$ chagas, refifte ás gangrenas ,
fortifica tíjT erVos \ abrailda e cura "as do-
resprócedidásdefluxoés:feumatic;ííyuntan-
do a pavtç, que padecé, com o dito'Balfamo;
he bom aos afmaticòs, darido-lhe algumas
gottaSd como de duas atefeis ? emhuriflovo
fíefco; quente ao lume.
-JS- r
N GUEN T O P AR A
Oiíl&i
p , queimaduras de agoa.
12'd Alvayade laüado em agod^ofâ^ do-lhe hum boçeado, de Unguento no erriê
Ofíl
da huma onça.
Cai lavada em agoa Rodada tres oitaVas.
UtiiruèntQ citrino meyd onça. • K!
Micèitiàgem de MahnHos feita, em^hgoa rifo ;do Unguento1 fé laxa o ventre.
Rodada tres^onças , mijtur'e-fe $. A. Far-fe- ha
tia fórma' féguintê: O Alváyade fe iàvará
primeiro efn agoa Rozada ê fe feccai*á';, á ,
Cal também fe lavará tres ou quatro Vezés
em agòa commua , e a ultima em agoà Ro-
zadá , depois fe feccar.á ; preparados efles
dous fimplices na Fórma dita , fe lhe ajunte o
Unguénto citrino , é tudo fe nnflurecom
as três onqas de MudUíf^em , e eflando a duas ditavas.
'matéria bem müla fe d^ta para o ufo.
He admiravel remedio^ para as queimadu¬
ras feitas com agoá'fervente, tira-íhe a in-
flamniacào , e ainda qúe haja chagas as cu¬
ra em -breves dias.
U& GUEN TO DE PIMENTA.
ISI Pimenta negra tres onças.
• XV:
K Flores ’ âé Enxofre.
Rai\ de Enula campana em pó anã quatro
onças.
Unguento Rorado trinta e duas onças.
Aigalia quatro efcropulos : faça-fé Unguen-
to. S. A. A raiz de Enula carh^ána, e Pi-1
menta fe faraõ em pófubtil, e feajuntaráO
com as flores de Enxofre , e Algalía , e tu-
doTe mifturará com o Unguento Rozado ;
e dêpoísde bem mifta toda a màtériáTe da¬
rá o Unguento para o ufo. Serve para curar
a Sarna/e toda acomichaõ dó cbipó : ap-
plica-fe fomente a parte aonde eflá a Sarna
ou comiciiao •, e fe fizerem untura a todo ò
corpo, em tves diás-fucceflivos fé curará corri
facilidade a dita enfermidade. {
LI N LM E N T OCO N T R À
-Vermes. >■ - ,
Iz2,k T3 Oleo de Arruda , edè
IX. Bag ~as de Louroanà hima o riça.
A%elre Sucoínnc.
Triaga mavnà. x ' " ' '
Cera amare lía.
Çamo de Lofua and meya onçà .* nufurefe
S. A. Far-fe-ha na forma fegurnte; A Cera
fe derreta com os Oleos , e fóra do fogo
tendo pouco caiòr lhe deitem o Azébreeni
pÓ fubtif, ’ e a Triaga , e ultimámenfé d cu-
rno de Lofna que ha de fer depúiado knii
fogo , e tudo fe hirá mexendo ate perfeita
urtiao dos ingredientes, e eflando bem mi-
fturatào fe dê para o ufo. g - -y
He efle Unguento admiravel para curar
ás lombrigas aos Meninos, qite por peque¬
nos náo podem tomar remedio pela boccad
appliOa-fe untando-lhe o ventré', e.meter#
bi.So , repetindo a tintura os dias neçeíTa-
rios ; mata as lombrigas, e as lauqa pof
cmTo , que ordinariamente fempre com á
T
LINIMENTO VARA DOR;.
de Pedra. r.
g R. Mucillagens de Semente de Li*
nho.
Àlforvas , e de
Ni alvas and tres oitavas. ¥ - ;
,y-0
; J
Manteiga frefea lavada em agoa Rodada
Unto de Coelho Huma oitava e meya.
Oleo de Açucenas. •
V iolas and lutma ènça.
Oleo de Alacraos huma oitava e meya.
Oleo de Goivos huma oitava.
Vinagre forte meya onça de tudo fe faça
Linimento S A. Far-fe-ha na fórma feguinte?
Tirar-fe-ha5 as miidillagens todas com agoa
Rozada, a Manteiga fe lavará com agoafBo
zàda , e depois dè lavada fe derreterá com o
Unto de Coelho , e Oleos, e fóra do fogo
eflando a matéria "tépida lhe deitem as mu-
cillagcns, e o Vihagre, e ultimamente bem
mi-
 * Dos Unguentos , e Linimentos* r4li
nriflurado tudo , fe dc para o ufo. Serve efte pas da cafca fe pifarão cm hum gral de pedra
Lriniment»'.'para' as dore^de pedra imcMd» até fe reduzirem a huma maíla muito finít
o efpinliaqo , ventre , e a parte dos rins, que pareça polpa, então fe lhe ajunte o
abranda-as4pr«$jdhe nuiy emoliente vp a- Òleo de Amêndoas, e de Ovo$ com o Al-
periente|dos;meatõs urinários, xontihua-fe va.yade , e Fezes.de Ouro;, e fe hira batendo
a une,JÉpaph3a,, e de tarde. toda a màsteria de.fòrte^ue fe una , lanqan»
t t xt t M uxirrn x/T a r' r c rT' tj 4 t do-lhe a Agoa de Hcrva Moura ; e tanto
L1N IMEN T G IS T R A L ^ ^ unk|o > e nutri^; (l.
1 a * )p»A 'á • * que cm í'úi ma de Linimento fe dè para o uib
124 13
Fe\es de Ouro. quando fe pedir 5 póde*fe a Receita fazei
Aluayade awijneya onça.x- d mayor ou menor conforme a quantidade ~
Oleo de Amêndoas doces fem fogo., e de1 que quizerem. He admiravel parã tirar a (t *
Ovos and duas onças. ./ • - W vermelhidão da cara , e as cicatrizes que fi-
^ Polpa de Sementes fAas mayores Inana onça. cao das bexigas, e faz com que nap fiquem
, Ao-oa de Berva Monfa duas onças ': de Pudo covas delias : applica-íe em fomcntaca5'á
ft faça Linimento S. A. F.ar.-fe ha na jorma cara , e a todas as.partes em que eRivefem
feguinte : As Sementes frias dçpoísde ljm- as bexigas*
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 TRATADO XII.
EDOS EMPLASTROS, E CEROTOS.
MP LASTRA medicamenta funt
compojita, exterius admovenda? quo¬
rum tdem eft ufus qui unguentorum,
tf ceratorum : at vero illorum con-
ftfientia multofolidior ejj'e debet, ut
in CyUndros, aut magdaUones deduci queat,
cum coãa funt, tf refrigerata , qua. charta
cbvolvere fatis ejiycum adfervanda funt. Sic te-
net Charàs in Pharntac. Reg. cap. 6. de Emp.
inprtncip. Quer dizer, que os Emplaftros
faÕ huns medicamentos compoftos, que fe
applicaõ exteriormente í o ufo dos quaes he
como o dos unguentos , e cerotos: porém
tem a confiftencia mais íblida t que os cero¬
tos f para que eílando frios fe poíTaõ fazer
cm fórma redonda e comprida, a modo
de coluna, ou madaleoés que fe guardem
embrulhados em papeis. Fazem-fe os Em*
plaílros em fórma folida para que mais fe
lheconferve a virtude na parte a que fe ap-
plicao, como diz Guido traã. 7. de Antidot.
Fiunt autem Emplajiraçut eorum ziirtus iiutius
tnaneat in membro.
Ceratum medicamentum ejl forma, durioris
quàm unguenti, tf mollioris quàm Emplajlriy
vocatur autem ceratum , quoniam ex cera , tf
oleo conficitur , ficut ceratum refrigerans Ga-
Jeni j ut docet P/iarm. Valent. traã. de Cerot.
Quer dizer,que o Ceroto he hum medicamé-
to de fórma mais dura f que o Unguento ,
e mais branda que o Emplaftro $ e que fe
chama Ceroto , porque a matéria principal
de que fe faz o tal medicamento, he Cera , e
a Azeite, aflim como o Ceroto refrigerante
de Galeno.
EMPLASTRO
Diachylaõ mayor.
t T) Fe\es de Ouro fubtilijfimas libras
XÁ.» duas.
Oleo de Macei la.
Lyrio , e de
Endros anà onças de%afeis.
Raives de Malvaifco onças quatro.
Pafas de Uvas fem gr aã.
Semente de Linho.
Alfervas and onças duas e meya.
Çumo de Cebola albarrãa, e de
Rai\ de Lyrio anà onças quatro.
Grude de peixe onça harna.
Tormentina fina libra meya.
Retina.
ByJJopo húmido.
' '•
•
: •
> .
Cera amarella and onças quatro: de tudo
fe faça Emplajiro S. A. lta Nicolaus Lemery
inPharmacop. cap. 4. de Emplajlr.pag. yya.
Far-fe-ha na fórma feguinte * As raizes de
Malvaifco fe cortaráõ miúdas depois de ma¬
chucadas , e fe lanqaráo em vafo capaz , e
com ellas a femente de Linho , Alforvas in¬
teiras , e as paíTas fem granitos , e fobre e-
ftes fimplices fe lancem feis libras de agoa,
e fe deixe a matéria em digeftaÕ em lugar
quente vinte e quatro horas , pafiadas ellas
fe coza tudo até que fe gafle ametade do li¬
cor y ou até que as mucillagens eílejaÕ grof-
fas, entaó fe côe com forte expreffaõ eílan¬
do a matéria quente, e fe guardem â parte
eílas mucillagens > a que fe ajuntaráõ os qu-
iHOS da raiz de Lyrio, e da Cebola albarrãa
depois de bem depurados, e purificados
feito iílo lanqaráo as fezes de Ouro em Ta¬
cho de cobre grande, e os Olcos todos, e
com efpatula de páo fe hiraÔ nutrindo as fe¬
zes com os Oleos até terem alguma grofíu-
ra 5 depois fe lhe vaõ miíiurando as mucil¬
lagens todas , e fe ponha o Tacho em fogo
brando , que fe lhe hirá augmentando até
ferver bem , e as fezes fe mexeráo continua¬
mente para que fempre andem fufpenfas no
mevo dos Oleos,porque fe fe aíTentaó no fun¬
do do Tacho, fe queima o Emplaftro $ neíla f
fórma fe hirâ cozendo até que as fezes te-
nhaõ ponto bem alto f que faqaõ fio muito
delgado e comprido y eílando aflim fe ti¬
re do lume > e fe lhe lance a Cera , Rezina;
e Tormentina , que fe derreterão á parte , e
nella fóra do fogo fe difíòlverá o HyíTopo
húmido , e o Grude y o qual fe terà prepara¬
do , como logo fe dirá : eílando desfeito o
Grude > e HyíTopo nos fimplices acima di¬
tos fe vá miíiurando tudo no Emplaftro 5 e
depois de fe ter feito boa miftura, fe torne
a levar toda a matéria ao fogo para que ncl-
le, eílando muito brando , fe lhe confumma
alguma humidade, quelevaíTe o Grude, e
HyíTopo y e ultimamente fe tire do fogo , e
fe faqaõ madaleoés redondos do compri¬
mento de dedos > os quaes fe faraÕ lifos em-
cinm
 * . Dói Emplaílròs > e Ceròtos*
. cima de pedra capaz c muito limpa * e cie-
•pyis fe guardem embrulha do? em papel pa-
-m iO u:o. Eor algumas paxees hedifficultofa
de haver a Cebola albarfííá e raiz deLyrio
foèicampara le lhes tirar o qumojuquelles qre
' nuõ tiverem baítante quantidade deites dou3
' fimpliees para,dar as quatro oncas decumô,
•pôdem pôr. oito oncas de caícos de Cebola
aifiaiTÓa e outras oito ou dez de raizes de
jLivrio- iVe'cas , tudo machucado , e mettidò
•comos mais fimpiices quando l'e faz o cozi-
rnento para as mucillagens. O Grude de pei¬
xe fe prepara pari eíte Emplaítro cortando-:O
rnuito miúda..* e depois fe lhe lança aquell t
iquantidade.de agoa., que. bafta para o cu br ir,
e fe puem em digeltaõ em lugar quente lium
ou dous dias 5 e tanto que ellá desfeito , fe
põem em fogo brando pára todo fe acabar
cie diíTolver * entaô fe côa por panno limpo,
e depois fe torna a levar ao fogo , até que fc
lhe gaite toda a humidade que tiver, e que
fique com bom ponto 5 e delta forte he que
fe pôem no Emplaítro : os que tiverem as
oito onqas dos qumos,o diífolveráô nelle naõ
lhe lançando agoa , e deita forte o porão no
Emplaítro que ficará muito melhor : cita
Receita he a de que ufau os modernos j,pou-
co differe.da dos antigos , e na fôrma aojma
dita he que a enfinaõ a fazer , como fe vè dc
Charás, Lemery , da Pharmacopea Loudo-
nieníe , e de todos os modernos.
Chama-fe eíte Emplaítro Diachylaõ, por¬
que nelle entraõ mucillagens, a que os Gre¬
gos chamaõ. Chylon , ou Chyíus , como diz
Chnjlovaõ dc Hcnefiis fupr. Me fiem. Chylon
aut Chyíus idem ejl quod fuccus feu mucillagOy
e o mefmo diz Charás : Vocatur hoc Empla-
Jirum Diacbylum > feu Diacllylo.n , ratiòne mu-
cillaginum, qua. pro fuceis radicum Altbea ,
Vf feminum JJni ac Famtgreci habc ml a^ O
» .
íòbrenome de mayor he para haver diflfe-
renca entre elte Elmplaítro , e o outro a*que
fe chama Diachylaõ menor , que leva menos
íimplices. O Hyjjopo húmido ie faz de lua de
Ovelhas na fôrma leguinte:Tomaráô a quan¬
tidade que quizerem de laa de Ovelhas da do
pcfcoço e barriga, eaífimíem que le alim¬
pe fe íave em agoa fervendo algumas vezes,
até que á lua fe lhe tire toda a graixa , que ti¬
ver 5 e a eíta agoa com que fe lavou a lua fe
Hylfbp,
humid.
lhe ajunte huma pouca de agoa iria , com a
qual fe baterá muito bem ate que fe faqa
a mayor parte delia em efeuma j depois fe
porá a côzer, e antes que tenha ponto grol-
fo fe coe , e torne ao fogo , até que le lhe
raíte quafi toda a humidade,, e que fique o
Hyfibpo em confiítencia de Unguento-, e
deita forte íe «marde para o ufo , aífim o en-
fina afazer Lemery no cap» \j* de Pr Apara té
1 4^
medicam. , íSJ Diofcor. ‘no Vi. ilcap. &6. Cha
mufe Hyjfépo húmido eítemediaurícnto.por
que fempie fe conferva com alguma humU
dade* e para haver difterenca eutfé elic , e
aquella planta bem conhecida de todos; que
fe chama Hyflôpo. Serve o Hyflôpo hítftii*
do para abrandar, e refolver: ãppiica fe ex->
teriormdue mifturado nos Unguentos e
Emplaítrós , que he onde mais le ufa. Co- Ptóinfi
iihece-íé o ponto nos Emplaítrós, que fe fu-1» Empl.
zem de fezes , ou de outros rhínefàès', kfo
çando huma pinga delle emeima de pedra
lifa j e defpegundo-ie depois de frio , è riaô n° utar‘
cujando os dedos , he certo fjgnal de cozi-
mento dôs míneraes) ou também tirando
hum boccado do Emplaítro , e deixando 0
cahir na efpatula , então fe fizer fio delgado
e comprido , he certo íignal de ter bom
ponto. Quando fe fizer o Emplaítro Dia-^tatíd
chylaô mayor fe devè advertir, que o Grude,circa mo‘
e Hyfíòpo liumido fe lancem no Emplàflro °i^dip0í
fóra do fogo, eílando a matéria fomente te* é|utcn 3c
pida , porque fe lhe lançarem eítes dous fim* Hyííop.
plices eítando o Emplaítro no fogo , ou áiiié humid.id
daque eílêja fóra delle , e tendo muita queh- en?°‘f,í*
tura , fe incha e empola todo1 de tal forte, ^laclb -
que tudo com a fervura que levanta foge do
Tacho , e fe perde, porque como o Empla-
ftrojá eftá em ponto > e naô tem humidade
aquofa alguma , e le lhe miítufa à que leva o
Hyflopo e Grude , por fe naô poder bem a-
bracar o húmido com o fecco citando a
teviu muito quente, por ííib faz uquella efer*
vefccncia, que experimenta quem.lhe lanqa
* os dous fimplicCs efiando o Emplaítro no
lume , ou fóra delle com demaziadu-quen¬
tura.
ü Emplaítro Diachylaõ niayoi* abfánda ,
digere, madura, e relólve : applica-fe per íl
fó, ou miíturado com outros remedíos paru
o üfo exterior*
EMPLASTRO D t A C lí Yb A Ú
Goniado.
2 T3 Majflli de Emplaftrò Diachylaõ ma*-
yor libras quatro*
A mmoniaco«
Galbano.
Bedelio.
Sagapeno and onças duas: de tudJ féfaçd.
Emplajiro S. A. Ita Nicolaus Lemery iirPhiif-
mac.cap. 4. de Empl.pag. y?}. Ear 1 e-ha‘d?t[
fôrma íéguinte : O Bedelio le pifará lubtil ,
e as mais gomas fe machucaráõ , e íiifundí-
ráô em vinagre , ou em cozimento feito dc
paíTas de Uvas, raizes de Mal vailco , e de
lementes de Linho e Altoi vas ,^e depois c,e
vinte e quatro horas de digeílaõ le levar Ao
ao lume* e como eítiveiem liquidas \C coa¬
ra o
 '424 Pharmac. Lufit. Augment. Tm. XII.
jáo por panao , e depois fe poráõ cm ponto
;de Unguento ; eflando nefta fórma bem de-
pu fados , fe pezaráõ delias a quantidade, que
na Receita Te pede 5 então le derreterá o
EmpLaflro em fogo muito brando , e como
eílivep liquido , iem que chegue a ferver,
fóra do fogo fe lhe hiraõ lançando as gomas
^té que efiejaõ bem miíluradas com o Em-
plaflro 5 entaõ fe levará toda a matéria ao
jfogo fomente para aquecer o medicamento,
em fôrma que fe gafte alguma porcaõ da hu-
midade , qlie as gomas leváraõ 5 e depois fe
faqaõ madaleoês , que fe guardaráo para o
ufo. Se eíte Emplaílro fe quizer fazer logo
quando fe íaz o DiachylaÕ mayor, fe lhe mi-
Ruraráõ as gomas, desfazendo-as ( depois de
depuradas) com aTormentina, Grude , e
Hyffopo j e entaõ fe miílura com as fezes
já cozidas na fórma que fe diífe no modo de
fazer o DiachylaÕ mayor.
O Emplaílro DiachylaÕ de gomas digere,
coze , madura , refolve 5 e por caufa das go¬
mas que nelle entrao , obra com mais. effica-
cia que o DiachylaÕ mayor.
EMPLASTRO DIACHYLAM
Menor*
3 TJ • Meite libras tres.
XV» Fe\es de Ouro libra huma e mtya.
Mucillagens de raives de Malvaifco,
Alforvas , e de * .
Semente de hinho and libra huma : de tudo
fe faça Emplaflro S. A. Ita Mefues dijl. 11. de
Emplaft.fol. mihi 174. Far-fe-ha na fórma fe¬
guinte : Tomaráõ tres onqas de raizes de
Malvaifco , e as machucaráõ , e cortaráõ em
boccados pequenos , e as metteráõ em vafo
capaz com duas onqas de femente de Linho,
c outras duas de Alforvas, e emcima lhe lan-
qaráõ feis ou fete libras deagoa, e poraÕ o
■vafo em digeílaõ vinte e quatro horas em
lugar quente: pafiadas ellas, fe poráõ a co-
zer até fe gaitar ametade , ou até que o cozi-
mento efleja groíTo, entaõ fe côe. O Azei-
te, e as fezes fe nutriráõ primeiro no Ta¬
cho , e lhe hiráõ lanqando as mucillagens
todas; depois fe ponhaõ a cozer mexendo as
fezes continuamente com efpatula de pào ,
até que fe gaíle todá a humidade ; e no cafo
que fucceda gaítarem-fe as mucillagens , e
que o Emplaílro nao tenha ponto, fe tire do
lume , e fobre a matéria eflando quafi fria
3he lancem flum pouco de cozimento feito
dos fimplices acima, e fe torne depois a con¬
tinuar o cozimento até que o Emplaílro te¬
nha ponto conveniente $ entaõ fe tire do lu¬
me, e eflando capaz fe faqaõ madaleoês, que
fe guardarão para o ufo : para que o Empla¬
ílro corra melhor,fe lhe pódem ajuntar duas
onqas de Çera branca, como enfina Oviedo
no llb. 4. dafua Vharm. Eíle Emplaflfo fem.
pre deve ter a cor branca, e por eíla razaõ
lhe chama Mefue, e outros DiachylaÕ bran-
co, oy DiachylaÕ íimplez, como diz Leme-
ry no cap. 4. dos Rmplafi. Se por algum def- Dínchyf:
cuido quando'fe fizer eíle Emplaílro, fe vir
que vay tomando cor negra , fé tire do lume *
o Tacho, e fe metta aífim em agoa fria j e
'depois fe vá batendo a matéria continuamen-
te * até qúe fique com a côr branca , e depois
com pouco fogo toma ponto capaz de fe ma-
laxar.
O Emplaílro DiachylaÕ menor digere,
madura, abranda -, e coze 5 he muitoutiio
ufo delle para os cal los dos pés, porqüe os
abranda, e põem de fórte que muitas vezes
fe tirão admiravelmente.
EMPLASTRO
de Centaurea. > ' • x-
4 13 Tormentina libra huma. • > •
1TV« Cera\ rã. ô? v’
Mel de Centaurea and onças tres.
hei te de Mulher onças duas.
Refna onça huma e meya.
Incenfo.
Goma arábia.
Almecega and onça huma : de tudo fe façá
Emplajlro S. A. Jta Guidus cap. 6. traã.j. dè
Antid. vulnerum. Far fe-ha na fórma feguin-
te: A Tormentina > Rezina > e a Cera fe der-
retaõ juntas com o Mel da Centaurea e Lei¬
te , e tanto que toda a matéria efliver liqui¬
da , fe deixará eílar em fogo muito brando
até que fe gaite a humidade aquofa ; entaõ
fe coe o Emplaílro por panno raro , e como
a matéria eítiver quafi fria lhe ajuntem a Go-
ma , Incenfo, Almecega em pó fubtil ; e ul-
timamente eflando o compoílo, frio fe faqaõ
madaleoês, que fe guardarão para o ufo. OMelCcfr-
Mel de Centaurea fe fa\ na fórma feguinte itaurami-
Tomaráõ huma boa quantidade de Centau-noris.
rea eítando verde , e lhe cortaráó as cimas
com folhas e flores , e as machucaráõ em
gral de pedra , e metteráõ depois em vafo de
barro capaz, e emcima lhe lancaráÕ o que
bailar de agoa para que cubra bem toda a
matéria , e fe porá em digeílaõ vinte e qua¬
tro horas cm lugar quente $ pafiadas ellas, fe
coza em fogo brando , e com o vafo cuber-
to , ate que do licor que fe lançou , fe gaíle
quafi a terqa parte $ entaõ fe côe tudo forte»
mente, e a eíla coadura fe ajuntará igual
porcaõ de bom Mel , e fe poiá a cozer em
valo de barro vidrado até que tenha ponto
de Mel, e aflim fe guardará para o ufo : dc-
íla forte o enfina a fazer Lemery nàfua Phar-
macop. cap. 5. de mellib. O Mel de Centau-
rea he muito deterfivo, bom para alimpar as
chagas, que fe fazem das feridas.
Ser-
 Dos Empkflxos , c Ccrotosv j
‘Serve o Emplaftro de Centaurea para as
dicamentorum mimerum , âofinque aiwrVnen >
çhagas dacabeqa , alimpa-as, defecca-as, e
qiiàm ob variampurunique aceuratamprapara-
tor titica a partí enferma.
tionem : quamuarem mllits dubito quiriprafins
ümplastkomeu L o. t ò -difiripfio cate ris anüferenda jit, fi a d exa-
t■ de Lemery.
men dedudia fuerit eleàiio niedtcamentornm ,
5 T> Flor de coroa de Rey fiçca onças düfis acurata,ac praparatio minlme ardua ifiüis
1\, tres. ;
Emplafiri: 2 atíim do que diz efte taõ grave
. Brair .de Lyno. ;
Auéfor fe deixa ver que efte he o Empfaftro
Semente de Al fervask
Mcliloto melhor, e o que fe deve fazer; po-
F ol h#s ide Lofna fecea. ~, ...
tèm te houver algum teimofo e amigo de
: Apmeniaco.
antiguidades,o póde fazer pela feguinte Re¬
3; Myr.rhâ and onça hum a* ceita de Mefué.
Rafi de Junça.
- Malvaifco.
- Bfpica cheirofa.
R Coroa de Rey onças fiis.
• Macella.
femplaílr.
iVlililoti
Bagas de Louro. Al for vas. BxMefué»
Flor de Mace.Ua.- Bagas de Louro.
Açafrad and onça meya. Rar.es de Malvaifcè.
Cera apiarella libra huma* Lofna and oitavas tresi
Regina. Semente de Aypo.
Pe\ negrò» Cardamomo.
Cébo de Capado and onças quatro. Ra fies de Junça , e de
Tormentina fina, Lyrio.
Oleo de Lofna and onças tres : de tudofefá- Ame os.
ça Fmplafiro S. A. Ita Ni cola us Lemery in Efpica cheirofa.
Pharm. cap. 4. de Fmpl. foi. <jy6. Far-fe-ha na C anel la and oitdvas huma e ftièyài
lórma feguinte : Os fimplices todos fe pulve¬ Mangerona and oitavas tres.
rizarão fubtis; o Ammoniaco para que fe Ammoniaco oitavas de%.
poíTa pizar,fe efeolha em lagrima, ou do que Efioraque.
for mais limpo e fecco j e no cafo que fe Bedelio and oitavas cinco.
naõ poíía pulverizar, íe ajuntará aoEmpla- 1 or menti na onça huma e meya.
4tro depois de bem depurado , e poílo em Figos pajjados num. dote-.
ponto de Unguento; a Cera , Rezina , Pez Cebo de Capadoi
negro , Cebo , eTormentina, fe derretaõ Refina and oitavas duas e meya«
com o Oleo de Lofna ; e como a matéria Oleo de Mangerona , e de
eftiver liquida,fe coe por panno raro; eeftàn- - Efpica , 0 que bafar para fe mataxàr."
do quaíi fria, fe lhe lancem as gomas ; c tan- Cofimento de Macella, Alfarvas, e Coro d
toque eftiverem bem desfeitas, lhe ajuntem de Rey, 0 que bafiarpara fe infundirem as go¬
os fimplices pulverizados ; e depois de tudo mas, e dt tudo fe faça Fmplafiro S.A. Ita Me-
bem mifturado, fe faqao madaleoês, que fe fues Ub. 1. Simp dfiinã. ir. de Emplafi. mini
guardaraõ para o ufo. Afiim o enfina a fazer foi. 178. Far-íc-ha na fórma feguinte : As
o mefmo Auólor no lugar citado , e abfolu- gomas pízadas fe infundirão em hum pouco
tamente diz fe triture lubtil ; porém fe al¬ de cozimento de Coroa de Rey , Al for vas,
guém lhe der a trituraqaõ medíocre confor¬ e de Macella; e depois de vinte e quatro ho¬
me eníinaõ os antigos, naõ errará. Em mui¬ ras , te levaráõ ao lume para fe acabarem de
tas Phármacopeas fe acha eferipta a Receita difTolver ; entaõ fe coaráõ e depois fe po¬
defte Emplaftro , e em todas ha variedade; rão a cozer em fogo brando, ate que téhhaõ
porém por fe evitar a confufaõ , que ha em boa confidencia. Os figos fe pizaráõ em gral
fazer a que efereveo Mcfue , fe póde ufar da de pedra , e fe lhe paftãrã a polpa por ceda-
que deix.o eferipta > que he a que hoje coftu- qo , c do Malvaifco depois de cozido tam¬
mau fazer os modernos, e fica o Emplaftro bém fe tirará a polpa ; o Eftoraque fe pizará
feito por ella com ta5 boa efficacia na fua em almofariz eftando bem quente j ccomo
©peraqaô,como a dos antigos, que tem mui¬ eftiver feito em pafta; fe lhe lanqará hum
tos ftmplices, que parecem inúteis , c ou¬ pouco de cozimento f com que fe dcfataríicí
tros, em quantidade defproporcionada ; co- as gomas, e fe hirao desfazendo $ entaõ le
mo.diz Moyfés Citarás na fua Pharm. cap.y.de mifturarà com a Tormentiná , gomas > e
Emp. z Maxima pars deferiptionum Fmpl a/ir i polpas, e fe lhe ajuntará fóra do fogo á Cera^
MeU.loti f que. in difpenfatoriis profiant, non le- Cebo, e Rezina depois de derretida; e ul-
veifi iftvfhnnl cenfionem > Um ob ivgentm ma- timamente fe lanqarãõ todos os mais íimpli-
Hhll v eesi
 42Ó Pharmac. Luík. ,Augméntr; TratXII.
ces empó fubtil , e toda a matéria junta' fe deve ufar he o Trevo eheirofo, e naõ àquel-
mu pnaado ein Almofariz grande, paraque la -planta ordinariamente chamada eoroa de
melnor ie encorporem os ingredientes j. e Rey, porque eftatal o naõ he, nem tem
como cítiver de tudo feito boa miftura,le&- clídro algum , aindaque tenha alguns fignaes
rao madaieoes untando asjitaos ,ea mailá femelhantcs á terceira elpecic do Meliloto
do Emplafiro, com oque baftar de Oleo de de que faz.menqaõ o dito Au&or : affim pa-
Elp’cá, e Mangerona 3 eaffirn fe guardará rece obraõ bem os que fazem o Emplaftro
Styras
quomo-
paia o ufo. O Eftoraque nunca fc pódé re- com o Trevo 5 porque fica o compofto mui-
do poni -duzir a po íubtil, fe he bom 3 e aflimpara fe to eheirofo , ede boa operacaõ, como expe-
tur in tmiítuiar nos compoílos, íe aquentará o Alt riraentaráõ os que com elle o fizerem,
comp. moíuriz eamaõ, c nelle fe pifará até íe fa- O Emplaftro Meliloto abranda, drfeuteos
zer emmaílaj c depois com humas gottas flatos, digere, e corrobora 5 he muito util
de agoa le defate, ou com o licor que entrar o ufo delle nos tumores
-- duros douVéntre,
1 liV ) fi¬
no compofto , afíim como nefle , que fedéf- gado, e de‘ outras quaefquer partes j appíica-
ata com cozimento dc Alforvas* nos Elt.- íe exterior pofto em panno de linho na par-,
duarios com Me! , ou Xarope conveniente, tc enferma.
aflim o enfina 0 ui ido va fita Pharmop.jlib. 5. EMPLASTRO
Method. pag. 505. :v DiaphenicaÕ. v. - '. 'd
Todos os Audores , que eferevêrao do 6 T) Tamaras numero quarenlà'. •
Mclilot Meliloto , dizem que efta planta ha defer IX • Pau bifeoutado oitavas cinco.
vcrus. cheirofa ; o que fe naõ acha na vulgar Coroa Cera onças duas. ' n *
de Rey , que nao tem cheiro algum 3 e aftim Oleo Rodado, e de
por cl Ia nefte Emplaftro fe deve por o Tre¬ Efpica aná onças quatro.
vo cheiroío , o qual diz Grisley nos Tefenga- Polpa de M arme lios coydos em vinho onça$
Tios para a Medicina) Canteiro 1. num. 13. que oito
he o Mililoto por formacs palavras Sertula Almecega.
campana , Melilotus Diofcorid.lib. y cap. } 9. lncenfo. 1
he # nojjb Trevo eheirofo , {fc. E do mefmo Lofna and oitavas duas 4 meya.
Meliloto ou Trevo eheirofo diz Theodori- Pdo de Aguila.
co Dorfemo nolib. das Simpt. cap. de Meliloto Mac is.
pag. 185. letra C , que ha tres efpecics , e to¬ MyrYha.
das diz que faõ cherrofas, e a terceira he que Axebre. -h. ■ ; 1 r.;? itu
tem alguma femelhanca com a vulgar coroa Efpica. ' ' • :>t) oi:::, f
de Rejq porque diz que tem asíementes em Acacia.
vagens a modo de meyas Luas , mas que he Gallia mofchata.
cheirofaj o quc.naõ tem aquella planta, que Trochifcos de Ramich.
por tal fe ufa j porque aindaque tenha tam¬ Cal amo Aromático and oitava huma.
bém lemente cm vagens a modo dc meyas haudano oitavas duas : de tudo fe faca Etn-
Luas , naõ tem cheiro algum : Verumtria plajiro S. A. Ita Mefues lib. Simp. dijlinM; u.
ejiis inveniuntur herbário. rei prudentibus fafi* de íimpl. foi. mihi 183. Fav-fe-ha na fórma
gia 3 vulgare Jlatim ab radice fruticefum , cui feguinte: Dos Marmellos depois de cozidos
bitale, flagellis exilibus, conta trifolii,, minu¬ em vinho, f® tirará a polpa , e delia eftando
ta ac lente fimbriata , fiefeulo meline , odoris bem enxuta fe tomará o pefo que na Receita
taVh]ur“Í
vZZÁiZdíií fa t fefta pnmciríl ef- em vinho > deP0l's de fe lhe tirarem os caro*
he o Trevn i* •* */ 1 ’ p*1ece <iue C‘as ’ e Paffados dous dias de infufaÕ, fe pifa-
l crdZch f '' AltírumirafP‘a“p- riliem 2ral de pedra, e fe lhe tirará a polpa
’ ,u (f. 'Ct/ile.rJ'nÇWJÍm,s *c\rf: P»ffand°-a por cedaqo; entaõderreteràõ a
vijjimis foliis. Ter ti um fmile fcenograco, folio
Cera com os Oleos, e íe lhe lanqaràõ as pol¬
rat 0)femine in lunata filiquia, glauco, rotundo pas com que dara huma leve fervura, para
flore luteo odor ato: aliqui etiam cor onam recriam
que fc lhe gafte alguma humidade, que ain¬
appellant, &c. Schroden também ao Melilo-
da tiverem 3 e fora do fogo lhe ajuntaráõ o
ve no lib. 4. Clajf. 1. de Vegetab.p. mihi aio., . -■, e dc
Ramich com todos os mais fimplices em pó
e mais adiante no mefmo livro pag. 4y6: fal- fubtil; e tantoque toda a matéria eftivet
Jando de huma das efpecics de ^Trevo diz
bem mifturada, fe faraõ madaieoes que fc
Trifolium odor atum ef Melilotus , aut lotus : guardarão para o ufo.
e aiinn do que dizem eftes Andores íe en¬
Serve cftc Emplaftro para ajudar o cozi-
tende , que o verdadeiro Mclíioto de que fé
mento do vcntriculoj faz parar os vomicos
que
 Dos Emplartros J e Cerotos.
tjue procedem de fraqueza da faculdade re
tentriz * ferve nas Diarrheas , e em todos os
fluxos de fangues applica-fe exteriormente
á parte enferma.
EMPLASTRO
de bagas de Louro.
7 T) Bagas de Louro onças duas.
XV, Al me cega.
Jncenfo.
M yrrha and onça hum a,
. Rai\ de Jutiça.
Cojio and onça meya.
Mel efeumado q. f.: de tudo fe faça Lm pia-
Jlro S. A. I ta Me/u es lib. Simpt. dijlinã. 11. de
Empl. foi. mihi 181. Far-fe-ha 11a fórma le-
guinte : As Bagas de Louro , e os mais fim-
plices íe piíaráõ fubtis * então poraõ libra
huma e meya de bom Mel em fogo brando,
e o hiraõ efcumando * e depois de coado fe
porá em ponto de Ele&uario 5 e fóra do fo-
go eftando quafi frio , fe lhe lancaráõ os fim-
plices j o como eftiver bem mifturado fe da-»
rá para o ulo. Efte Emplaftro le naõ coltu-
ma ter feito porque como he Cataplaima
cpmo alguns lhe chamaõ, naõ fica em con¬
fidencia, que pofla durar confervalido a fua
virtude, e aflim te deve fazer de novo todas
as vezes que fe pedir 5 é para que com mais
brevidade le pofla dar, fe teraõ os fimplices
pifados para fe fazer todas as vezes que fe
pedir, como diz Lemery na fua Pharm. cap. 4.
de Empl.
He bom efte Emplaftro para as hydrope
fias, cólicas ventofas, dores de madre , e dos
intcftinos: applica-fe quente ao ventre in*
ferio r.
8 REMPLASTRO OXICROCEO.
.Açafraõ.
• Pe\ naval.
Colophonia.
Cera amarella and onças quatro.
'Tormentina*
Galbano.
Ammotáacô.
Myrrha.
1 ncenfo.
Almecegà and onça huma e tres oitavas:
de tudo fe faça Empl afiro S. A. Ita Nicolaus
in Antid. pag. nuhi 177. Far-fe-ha naiórma
feguinte : O Galbano , e Ammoniaco fe in¬
fundirão em vinagre * depois le acabaráõ de
dtflblver no fogo, e entaõ fe coaráõ, e fe po*
raõ outra vez no feu ponto * a Cera , Pez na-
val, e a Colophonia fe derreterão , e fóra
do fogo lhe mifturaráo as gomas , que fe te-
raõ desfeitas na Tormentina * e lhe ajunta-
ráõ a Myrrha , e Incenfo bem pulverizados*
e ultimamente fe pifará fubtil o Aqafraõde-
pois de fecco entre dous papeià; e eftando
v Hhli»
427
bem pifado fe lançará, efn htinla Caceta , é
emeima lhe deitaráõ hunias gottas de vi¬
nho ; e depois de desfeito fe hirá inalaxarido
o Emplaftro com o dito Açafraõ, e como
eftiver bem encorporado com toda a maííà
do Emplaftro, fe façaõ madaleoes, que fe
guardaráõ para o uío. Alguns coftümaõ fa¬
zer efte Emplaftro pala Receita de Moyfés
Charãs que he a feguinte :
R. Cera amdrella.
Pe% naval.
Colophonia anà libra humdk
Oxicr. cfc
Gharás.
Tormentina onças quatro.
Galbano desfeito em vinagre»
Açafraõ.
M yrrha-.
Incenfo.
Almecegà and onças tres: de tudo fe façà
Empl afiro S. A. Ita Moy/és Charàs in Pharm.
Reg. cap. ó. de Empl, pag. }66. Far-fe-ha na
fórma feguinte : O Galbano , e Ammonia-
co fe infundiráÕ em Vinagre , efecoâráõ,
e poraõ em ponto capaz * a Cera, Pez negro,
e Colophonia fe derreterão , e fóra do fogo
lhe mifturaráo as gomas desfeitas com a Tor¬
mentiria* e tantoque eftiver quafi frio, lhé
lançaráõ os mais fimplices bem pulveriza-
dos * o Açafraõ fe pifará fubtil, e fe diflblve-
rá com humas gottas de Vinho, e fe hirá
mifturando com a maia do Emplaftro quan
do fe malaxar * e como eftiver bem miftura¬
do, fe faraõ madaleoés, que fe guardaráõ pa¬
ra o ufo.
Efta bé a Reeèita do Èmpíaftro Òxícro-
ceo dos modernos , e da que ufa Lemery ,
Charàs , e outros muitos * e hè fem dúvida,
que eftes Audtores a efereveráo, e ufavaõ
delia por boa, porque entenderão, queeraõ
baftantes tres onças de Açafraõ para fazer
bom o Emplaftro conforme a quantidade de
fimplices, que pôem na fua Receita , e naõ
por falta, que tiveflem do dito Açafraõ, por¬
que nos Paizes onde efcrevêrao,o ha em tan¬
ta abundancia , que de là o trazem para efte
Reyno. A Colophonia he o que vulgarmente CojopHj
fe chama Pe\grego, ou Pe\fecco-,z chama-
fc Colophonia , porque vem de huma terra
chamada Colophon, como diz Francifco Vel-
les na fua Pharniac.fèã. 8; de Empl. p.
Pede o Aucftor Petnavcd , efte he aquelle Pix imal
que íe faz do Pinho* e fe chama naval , por-
que ferve para os Navios, e também fc cha-
ma Pe\ liquido, como affirma RuelUonoc.3 3.
do lib. 1. da nature\a das plantas.
O Emplaftro Oxicroceo abranda, refolve,
fortifica os nervos,mufculos,e abranda as do-
res*fervc para as fraduras>defiocaçoes,e düre^
zas da madre; applica-fe as partes enfermas.
EM»
 428 Pharmac. Lufit. Augment Trat.XlI.
E M P L A S T R U M
contra rupturam.
5> 13 Huma peile de Carneiro frefca com
i\.# a fua ída,cortada em pedaços pecjiie-
nos, fe co\a em fogo brando em qf. de agoa até
que toda ejteja desfeita , cde-fe o cof mento , e
fe exprema com a lãa ; efa exprejfaõ fe torne a
co\er com meya libra de graõs brancos da Ar*
vore chamada Vifco.quertino , vu de outra Ar-
vore afiringente, e com quatro onças de Minho-
cas lavadas em vinho ; depois fe coe, e fe ajun-
te com
Lithargyrio. .
Oleo de Marmelos , e de
Murtinhos and libra huma j e como tiverpon*
tofe lhe lance
Cera amarella libra huma.
Pe\ naval.
Refna.
Tormentina and libra meya.
Ammoniaco.
Galbano.
Myrrha.
lncenfo.
Almecega.
Sangue humano, ou de Porco fecco anà on-
fas quatro.
Arijioloquia longa, c
Redonda. 1 i o TJ
Confohda mayor, c
Menor.
Galhas.
Gefjo.
Bolo armênio.
Múmia and onças tres : de tudo fe faça Em¬
pl ajir o S. A. Ita 2vicol.ius Lemery in Pharm.
cap./ç. de Empl.pag. ioip Ear-íe-ha na fôr¬
ma íeguinte t Tomaráõ huma peile frefca de
Carneiro, e a cortaráÕ muito miúda , e co-
zeráõemoque bailar de agoa até qüe toda
fe desfaça; entaõ coaráo com expreiíaõ o
cozimento, e nelle fe lanqaráGas Minhocas
lavadas em Vinho , e meya libra de Murti-
nhos pifados em lugar dos graõs, que dá a
Arvore do V fico quercino , fe os naÕ hou-
ver j e fe faqa continuar o cozimento , até
que as Minhocas fe desfaçaõ ; depois fe tor-
ne a coar o cozimento, e íe ajunte aos Oleos,
e Lithargyrio ; e como fe nutrir bem fe po*
rá em fogo brando toda a matéria mexcn*
do-a fempre até que fe gaíle a humidade , e
que tenha o Emplailro ponto capaz; e como
o tiver fe lhe ajuntará a Cera , Pez , e Rezi-
na , que fe derreteráõ à parte; e fóra do fogo
lhe miíluráiáõ o Galbano , e Ammoniaco,
que fe teraõ depurados em Vinagre , e po-
ítos em confiílencia de Unguento , e fe des-
feraõ com a Tormentina; depois de bém en-
corporadas as gomas lhe lançaráõ a Myrrha,
. Eíle
e mais fimplices em pò fubtil ; e ultimamen*
te tanto que toda a maíTa do Emplailro eíli-
ver bem malaxada , fc fara5 madaleoés, que
Te guardaráÕ para o ufo. Deíle Emplailro he
que ufaõ os modernos, o qual fe acha efcrip-
to em diverfas Pharmacopeas , mas com as
dofes dos íimplices mal porporcionadas con-
forme as regras da arte, e aflim eíle he o que
fe deve fazer , como diz Charàs in Pharmac.
Reg. cap. 6. de Empl. Cum Pharmacopoeorum
plerifque in hujus Eniplajiri compofitione aber-
randi occafioprabeatur, eo qttbdhujus deferip-
tiones in âifpenfariis occurrentes artis regulis
par um confona fmt, ex iniquis dofibus conjiru-
dia. redlius quid depromendum fuit: hac pr&f
criptto votis fatisfaãura eji, &c. Pelo langue ^n^hu
humano neíle, e nos mais Emplaltros, fe po-mano
rá o de Porco , porque tem as mefmas virtu-quid i
des*, como diz Avicena hb. 2. cap. 610., e Ga¬
leno lib. i o. de Simpi 1$ 3. de alimentis.
Serve eíle Emplailro para as Hérnias, e
he bom para as rupturas, conforta , e com¬
prime as partes relaxadas, he util nas que¬
braduras , edeflocacoés: applica-íe emqima
de couro fino, ou de panno capaz,á parte en*
ferina.
EMPLASTRO
para Hérnias.
Peites de Enguias fem fal, e lava-
JLv * das em agoa de cal q.f. ycoxer-fe-
haõ em fogo brando até que tenhao grofjura a
modo de Grude.
De fie Grude onças quatro.
Goma Ammoniaco desfeita em Vinagre on¬
ças tres.
Pedra Hematijfa.
Chumbo queimado.
Açúcar de Saturno anà oitavas tres.
Oleo de Murtinhos onça meya : de tudo fò
faça Emplajiro S. A. Ita Moyfés Charàs in
Pharmac. Reg. cap. 6. de Empl. 568. Far-fe-
ha na fórma feguintes Tomaráõ humas pou*
cas de peles de Enguias frefeas íem fal, e fe
lavaraõ em agoa de Cal ; e depois fe cozera5
em o que bailar da dita agoa filtrada, em que
primeiro fe ferverá huma pouca de cinza -7 e
como as péles eíliverem bem desfeitas , fe
coaráo por hum Cedaqo , e fe porá o licor
em fogo muito brando até que tenha coníi-
ílencia de Grude ; e deíle tomaraõ a quanti-
dade , que fe pede na Receita $ e nella des-
faraÕ o Ammoniaco , que fc terà depurado
em Vinagre s e poflo em confidencia capaz,
entaõ fe lhe ajuntará o Açúcar de Saturno,
o Chumbo queimado , e o Oleo de Muni¬
nhos, e fe malaxarà a mafia muito bem, e fe
guardará em vafo conveniente. Alguns Au-
dores chamaõ a eíle Emplailro dc Peile de
Enguias. ' ■ -
 Dos Empiartros, e Cerotoi
Éííe compoílo he admiravel para a cura
das Hérnias 5 e para o tal achaque nau ha
ou tio melhoi como úlz Chatas in Piuirm.
Regxap.Lde Emptaftr. por formaes palavras:
Hoc Emplaftro in Hermarum curatione nuilum
prejlantius excogitandum eji.
EMPLASTRO
i i T)
lfis de Galeno.
Cera libra hum a , e oitavas fe/s.
JlV» Tormentina libras duas j e onça
meya.
Efcama de cobre preparada.
Verdeté.
Arijloloquia redonda.
lncenfo.
Sal Armoniacò.
Ammoniaco anà onça hiimà.
Pedra lume queimada oitavas féis.
Cobre queimado onça hum a.
A\eiie velho onças nove.
Vinagre forte onças dezoito.
Rai^de Serpenturia onça huma : pela Tor¬
mentina fe ponha Refina : e de tudo fe faça
Emplaftro S. A. Ita Galenus líb. per genera.
Far-fe-ha na fórma feguinte: O Azeite, e
Vinagre,fe ponhaõ a cozer até que gaftem a
humidade 5 entaõ lhelanqarào a Gera e Re-
zina , e tanto que eftivcrem derretidas fe ti¬ forte , que o de Alfazema , porém ha de fer Rut-e.
rara a matéria do fogo , e fc lhe ajuntará a
Goma, que fe terá desfeita em Vinagre, e
pofta em confiftencia dè UnguentOj e como
eftiver bem encorporada, fe lhe lanqaràõ os
mais fimplices em pó fubtil 5 e ultimamente
fe malaxará, e faraó madaleoés, que fe guar-
daváõ para o ufo. Póem fe a Rezina em lu¬
gar da Tormentina * para que o Emplaftro
tenha melhor confidencia , e porque aífim o
diz o mefmo Auétor no fim da Receita. A
efcama de Cobfe faó humas lafcas pequenas
quefaltaõ delle quando fe lavra $ òu bate j
e chama-fe efcama * por ferem á maneira de
efcamas de peixe , affim o diz Oviedo na fua
Pharmac. lib. 4. 0 Cobre : e as Efcamas do
mefmo fe prepáraõ batendo as em laminas
muito delgadas, e fe pôem dentro de huma
panella de barro com huma cama de enxo¬
fre por baixo, e outra por cima do Cobre ,
e depois fe luta, e pôem em fogo muito for¬
te, até que o Cobre fe queima, o que fe co¬
nhece qtiando tem a côr roxa, e depois fe pi¬
fa fubtiliíTimo 5 e eflando bem preparado fi¬
ca eom a côr femelhante ao vermelhaó , af-
fim o enfina Diofcor. no Uh. 4. cap 4-; . Tam¬ Cajloreo and oitavas tres.
bém fe pôde queimar bem em hum cadinho
com hum pouco de Enxofre y e fe vay me¬
xendo com efpatula de ferro até que fe re¬ de tudo fe faça Emplajlro S. A. Ita Nicolaus
duz a matéria em huma cinza de côr roxa, e Lentery in Pharnucap. 4. de Enipl. pag. 1028.
depois fe pifa muito fubtil , e íe prepara Far-fe-ha na fórma feguinte: O Galbano , 0
42^
moendo-o na pedra até fe pôr taê fino,què
fe lhe naõ perceba afpereza alguma,
1
Serve efte Emplaftro para alimpar, e ei-
catrizar as chagas velhas, e lhe gaíla toda 4
carne fuperflua que nellas ha.
EMPLASTR Ô
„ pro Matrice , de Charâs.
12
R. Galbano purificado onças quaird.
T ac ama ca.
Cera amarella anà onças tres.
Myrrha.
Tormentina anà onças duas-.
Ajjafetida onça meya;
Cajloreo onça meya.
Oleo de Alambre defiiílaâo, e de
Arruda anà onça huma í de tudo fe façà Êiii-
plajlro S. A. Ita Moyfès Charàs in Pharmaco/K
cap. 6. de Empl.pag. Far-fe-ha na fôrma
feguinte: O Galbano e AíTafetida fe diffol-
VeraÕ em Vinagre y e fe tornaráõ a pôr em
boa confiílencia 5 a Cera fc derreterá com á
Tormentina, efóra do fogo lhe mifturaráÕ
as gomas ; e eftando a matéria meya fria* fe
ajuntará a Tacamaca , Myrrha, e Caftoreo
em pó fubtil, e ultimamente os Oleos deftil-
lados; então fc malaxará a mafta toda ^ e fe
faraó madaleoés, que fc guardaráó para o
ufo. O Oleo de Arruda íe tira da mefma oietíth
a Arruda fecca , e bem fermentada para me¬
lhor fe lhe tirar o Oleo. A Receita deite
Emplaftro he das melhores , edequeufao
os modernos 5 c como os fimplices , de que
fe compõem, todos faó hyfteiicos, e com as
dofes iguaes y e naõ tem muita difficuldade
em fe fazerem , parece que fe deve antepor
a todos os mais , affim o dá a entender o di¬
to Charàs no lugar citado : Emplaftrúm diãò
modo compofitum confiat ex medie ame ntis fele-
ãifjimis, aqua dofi praferiptis, cujas item pra¬
par atio ardua fatura non eji ; admodum conda-
cit in compefcendis titeri motibus , &c. Tam¬
bém fe pôde fazer outro Emplaftro pro Ma¬
trice, que he de boa operacaõ , e muito lé-
rnelhante ao que acima fica eferipto $ cuja
Receita he de Lemery.
R Galbano.
• Tacamaca and onça huma.
ÈmpíáfC
pro Ma*
Cera citrina onça huma e meya. trícc ex
Lemery,
Tormentina oitavas feis.
AJfa fétida.
Myrrha.
Magijfterio de EJlanho.
Oleo de Alambre and oitava huma e meya:
Afia-
 43 Pharmac. Lufit. Àugment. Trat. XII
AíTafetidafe diíTolvèráÕ em Vinagre, e de¬
pois fe porão em boa confiílencia 3 e então
ie desfaraò com a Tormentina, e lhe ajun¬
tarão fóra do fogo a Cera já derretida j e
tantoque eíliverem as gomas bem desfeitas ,
fe lhe lanqaráõ os mais fimplices pulveriza¬
dos , e ultimamente o Magiílerio , e Oleo;
e como toda a matéria eíliver bem malaxa-
da,fe faraó madaleoes que fe guardaráÔ para
o ufo.
Os que eíliverem em parte onde tenhaò
muita dificuldade em fazer qualquer das
Keceitas acima, poderão ufar da feguinte j
que aindaque naõ feja taõ boa, com tudo
era a de que os antigos ufavaõ, e a que me¬
lhor pareceo a Oviedo no tempo, em que
efcreveo a lua Pharmacopea.
R No^es mofe a das.
• Cravo. .
Canella.
Artemija.
Pedra Hyman and onças duas.
Eforaque calamitha onças quatro.
Eforaque liquido onças duas.
Laudano depurado huma libra.
Pe\ grego duas libras e tres onças.
Cera amarella nove onças:
J
todas as coufas
J porque fe fe lhe lançar mais, ficará muito
feccasfe moaõ em pó fubtil y efefaça Empla-
Jlro S. A. lta Ludovicus de Oviedo Ub. 4. Me-
thod. 502. Far-fe-ha na fórma feguinte : A
Ceia , Pez grego , e Laudano fe derreteráõj
e com parte deíía matéria eílando quente, fe
desíaráo Elloraque calamitha,depois de bem
pifado 3 então íe ajunte o Eíloraque liquido,
e ultimamente os mais fimplices em pò fub-
til ; e tantoque a maíTa eíliver bem maia-
xada , íe faiáõ madaleoes , que fe guardarão
paia o ufo. A Pedra Hyman le prepara como
o Coral, cu outra qualquer Pedra 5 afiim o
enfina Lemery na fua Pharm. cap. 30 .de P ra¬
par at. lap. pag. ui.
Serve o Emplaílro pro Matrice para a-
brandar as durezas da Madre , e para impe¬
dir os vapores, que caufaô as iuffocaqoés
delia; provoca também a conjuncaõ menfal
ás mulheies: applica-íe ao embigo emeima
de como de Luva pondo no meyo do par-
che alguns graõs
praos de Almifcar,
Almifmv _ e Algalia.
Alo-ai;*
EMPLASTRO
Triapharmaco.
R Lithargyrio.
— - • Vinagre
^ forte and ...libra huma.
A\eite libras duas: de tudo fe faça Empl.
S. h. Ita Galenus lib. i.cap. y.fecundumgene-
ra. Far-fe-ha na fórma feguinte: OLithar-
gyrio ie pifará fubtiliífimamente, e fe nu¬ rezas dasjuntasj he bom para os tumores
trirá com o Azeite, e depois fe lanqará o Vi¬ cirrofos, e para as glandulas efcrophuloías.
nagre, e fe hirá cozendo em fogo brando,
até que fe lhe gaíle a humidade , mexendo
a matéria coíitinuamente 3 e tantoque tiver
ponto conveniente, fe faqaõ madaleoes, que
íé guardarão para o ufo.
Pile Emplaílro alimpa, pára o fanguedas
chagas, e as cura admiravelmente.
EMPLASTRO Z ACHA RIAS.
14 R Cera amarella.
• Tutanos de Vacca.
Enxúndia de Pato , e de
Galinha.
Mucillagens de femente de Pinho and. onçai
tres.
Oleo de Linhaça q.f-, de tudo fe faça Em-
plajlro S. A. Ita Mejues Ub. Sinipl. dijiinã. 11.
de Empl.pag. milii 183. Far-fe-ha na fôrma
feguinte: A Cera feita em boccados fe mi-
íturará com os Tutanos de Vacca, Mucil¬
lagens , Enxúndias, ecom onca e meyade
Oleo deLinhaqa, e fe porá tudo a cozerem
fogo brando até fe gaílar a humidade 3 de-
A.:„ __r_i _'
pois de fria a maíTa fe malaxará , c„ c._r.
faraó .....
ma-
daleoes, que fe guardarão para o ufo : para
que o Emplaílro fique em boa coníiílencia,
baila que fe faqa com onca e meya de Oleoj
j-'v/* v IV 4v i 1J V iUliVUl lllUla ^ U V.W* IV UIUILV/
brando, e naò fe lhe poderá chamar Em-
plaílro , nem Ceroto , fenao unguento y co*
mo diz a Pharmac. Valent. traól. de Emplajl*
Qiiantitas av.tem olei pradióli fufjiciens erit
une ia una cum dimidia y ut confijleniiam y iti
quantum poterit y Emplajiri habeant 3 namji
augeatur quantitas olei, ut aliqui contendunt^
ijque ad quatuor uncias y non Emplafruniy nec
ceratum y fed potius unguentum poterit vocarL
Alguns fazem eíle Emplaílro Magiílral pela
feguinte Receita, o qual he de muito boa
operaqaõ.
R Enxúndia de Galinha.
• Tntanos de Vacca.
Fiiii Za-
chariac
Emplâíl.’
Magiílr«
Oleo de Linhaça anã libra huma.
Cera amarella nova libras ires e meya
Cozimento de fem ente de Linho, e de Raiyes
de Malvaifco q.f para fe malaxar 3 de tudo
fe faça Emplajlro na fórma fepuinte: A Cera,
qUe fe efeolherá da mais nova , fie miílurará
com os Tutanos , Oleo de Linhaqa, En¬
xúndia , e fe porá tudo em fogo brando até
íe derreter 3 e depois de frio fe malaxe a
maíTa com hum pouco de cozimento de fe-
mente de Linho, e de raizes de Malvaifco,
e fe faqaõ madaleoes , que fe guardarão para
o ufo.
Serve eíle Emplaílro para abrandar as du¬
E M-
 ..Dos Empíaftros i
E M P L A.S T R <j ..."
sasd j:í al . Eílomatijcaó. . „. .. ;
- . i J T> T ac a maca, qhekòfa onças quátm
f ■
, . * XV. • Laudano depurado,
, , Beijoint,:: ;
.. Alanjb/e% r • lòq o ' o! aup
fRe%i.na-de'EJioraque anà ancas duas* :, .
Eforaquejtquido onça-hUma. j 16 TJ
í:n exprejjúdc N.o%es;mofcadas onça meyai
fppudo fe.xfaça Emplajlro S. A. Ita Moyfês
CharàsjnPhaom, Reg. cap. 6. de Empt;p.
Far-fe-ha na fôrma íeguinte? O Luudanote
dçrreterá .com r.o Oleo de Nozes moívàdas
~em fogo brandiíifimo j.éntaÕ lhe ajuntarão os
mais fimplices em pó fubt.il , os quaesde lhe
lanqaráõ fóra do fogo; depoisdcitaráíFa ma¬
téria em Almofariz, e com a maó delle íe
Jfirá nutrindo a maíía,.de que te faraó ma*
daleoes , que fe guardará.6 para o ufo.
Muitas Receitas deite Emplaítro ieachaó
eferiptas em todas as Pharmacopeas; parem
. eílahe a melhor,aindaque feja o medicamen¬
to compoito. de menos fimplices* tomo diz
o mefmo Charás no lugar citado • Indijpenf
' fatoriis piar ima. occurrunt. Emplafirprwn Jio-
machiconm deferiptiones, multo pi ura medica¬
menta admittentes, at reverá minus eficacia,
nec adebfuavis odoris. A Rezina do Eíioraque
Calamitha , e a do Beijoim fe fazem da mefi
iria forte , que a de Jalapa , como enfina Le*
fnery no feu Curfo Chim, s* Part. cap. i. p. 469.
Também fe póde fazer o Emplaítro Eíloma-
ticaõ pela Receita feguintC ; porém naó. he
de taõ boa operaqaó, como o de Charás*
R
íí.tl. i 'J , ;
Lo/ha,
• Roxas,
; ^
■
'f"‘ ftfjíOf* •**
. r Hortelãa,
Cafeas de Cidra and onças quatro,
Herva doce.
Vuncho and êncas duas.
Pao de Aguila, ■ --
Cr
Galanga. 1 A.
, Cravps.
. Efpica çheirofa. ■ .V. - Apofematum inparticul. Far-fe-ha na fórma
Canella.
iijtoraque calamitha and onça e meya.
Gengibre onças duas.
Atmecega onça huma. i .
Incenfo onças quatro.
Laudano depurado libras quatro.
- Vcxgrego, l.ll ••
Cera.
Tormentina and libras duas : de tudo fe fa¬
ça Emplajlro S. A. Ita Pharm. Valent.traã. de
Empl.pag. 174, Far-fe-ha na fórma leguinte:
A Cera , Pez grego , Laudano e Tormen¬
tina fe derretaõ , e fora do fogo fe lhe ajun¬
tem os mais fimplices em pó fubtil j e como
e:iGeiatdri"^rí<r 43*
eílivemn bem miflarados, fe faqaó mada-
leoêS) que fe guardarão para o ufo.
SerVe oTmplaílró EíbonvaticaÕ para cor¬
roborar o ventrículo , e para emendar a in-
temperança fria do meimo : desfaz os fiátüsj
ajuda-o cozimento , è faz parar osvomitos.
EMPLASTRO bf MIN i St
Âlvayad-e. '*■> «
1\» Cleo Royido and libras quatro
Agoa da fonte libras duas, ou-q. f
Cera branca onças oito: de tudo fefàçà Em-
plafro S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phàrm.
cap. 4. de Empl.pag. 997. Far-fe-ha na fórma
feguinte : ü Alvayadehe pifará fubtil * c fe
inilturará.cam o Oleo , e-fe nutrirá muito
bem j eiitaõ 4he lanqaráÕ as .'duas libras de
agoá , e fe porá a.cozer mexendo fempve a
matéria com efpatula de páo-continuatnen-
te * até que fe gaíle a humidade 5 entaó (è
lhe tomará o ponto, e no calo que o naó
tenha, fe tire o Emplatho do lume feicomò
deixatdc' ferver, fe lhe lance mais agoa , e fè
torne ao fogo a ematinuar o cozimento j e
como tiver ponto capaz, fe lhe ajunte a Ce¬
ra $ e depois de frio fe faqaÓ madaleoés, quê
fe guardarão para o ufo. Eíte Emplaítro fe
coze em agoa, até que tenha ponto para que
fe naó queime , e fique negro em lugar de íer
muito branco, por eíte modo o enfina a la¬
zer Lemery * e todos os modernos, e lhe PmpM,
chamao Emplafro branco , ou Emplajrro de Albím
Al u ay ade, er ' Lyedo-
Serve eíte Emplaítro para dòfeccaras ch CCkU'u,;
gas inflammadas, que ficaõ das queim-adu-
^ OJ • V l
ras, e também para cicatrizar outras quaef-
quer que íejaó.
E M P L A S T li- O
■■
de Mica pannis.
17 Miolo de pao aboborado em Leiíé
JlV, morno libra meya. . .-i' * •
Gemas de Ovos num.trest
Oleo Ro%âdo onça huma é meym.
Açafrad efero pule meyo : de tudo~ fe faça
Emplafro S. A. Ita Antonius Ferreira hb. 5..
feguinte * O miolo de Pao fe pefará, e depois
fe infundirá em quanto baile de Leite mor¬
no, que o faqa aboborar (porém naó feja
tanto o Leite que desfaqa o Paõ totalméiUe,
nem mais que uquelle., que puder embeber)
pafiadas tres ou quatro horas* entaó lhê ajun¬
tem o Oleo Rozado , c as gemas dc Ovos, e
ultimamente o Acafraõ em pó fubtil $ e co¬
mo toda a matéria eíliver bem miÜR,fe dé o
Emplaítro para o ufo. Eíte remedio fe naó
deve ter feito , porque fe corrompe, e aífim
fó fe faz todas as vezes que íe pede*
O Emplaítro de Mica pannis fêrve para
abrandas as dores* delenfiammar, e4elec-

Pharmaç. Lúfit. Augrnent TntifiXII.
feccar ps turtmr.es r-fapplica-feá parte en¬
ferma. au
,.£ ( M P LjA S T R G
de Côdeas de PaÕ.
18 TJ Coâeas de. Paã torradas,<? inf undi
XV * das em Vinagre onças duas.
Oleo de Ahnecega ede J. .
Marmellos and onça huma.
Almeceva. ■« * ;
Hortelàa. ■ ^ v . •
Efpoâio. .’ *.VvX .
Coral vermelha.
San dal os brancos AV.1
Vermelhos and oitava huma. > ■
Farinha de Cevada q: f. : de tudo fe faca
Fmplajlro S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar-
mac. cap. 4. de EmpU pag, 78 5'. Far-fe-ba na
fórma feguintc ? As Godeas de PaÕ fe torra¬
rão , e depois fe infundirão em o que bailar
de Vinagre, e fe pizaráõ 5 a Cevada fe coze¬
rá depois de bem pulverizada, até que a maf-
fa eíleja groiTa \ osilmplices feccos fe farão
em pó fubtil, e fe miíturaráõ com os Oleos,
e lhe ajuntarão a polpa das Côdeas de Paõ, e
o que bailar da maífa de farinha de Cevada
cozida 11a fórma dita $ e tanto que tiver bom
corpo, fe dará o medicamento para o ufo ; o
qual fe naõ terá feito, mas far-fedia todas as
vezes que fe.pedir:, porque paliados alguns
dias logo fe corrompe.
Eíle Emplaftro he afti ingente , ferve para
fazer parar os vomitos aos meninos/e áquel-
les que naõ pódem..reter o comer, e também
refifte. ás gangrenas.
EMPLASTRO
de ninho de Andorinha*.
19 T3 Hum ninho de Andorinhas.
XV* Fanes de Açucenas.
Malvaifco, e de
Norça.
Folhas de Malvas.
Benefe, e de
Farietàriã and onças duas.
Fermento bem a%edo.
Farinha de fem ente de Unho and onças tres.
A\eite velho.
Unto de Porco femfal and onçahuma e meya:
de tudo fe faça Fmplajlro S. A. Ita G ui das
traã. 2. de Curat. Angina. Far-fe-ha na fórma
feguinte : Cozerá# hum ninho de Andori¬
nhas limpo da terra , no que baftar de agoaj
depois de eftar bem desfeito todo, fe coará
o cozimento por huma peneira , enefte li¬
cor fe cozaõ as raizes de Acucenas, Mal¬
vaifco, Norqa, e as Hervas j e tantoque
eftiverem desfeitas, e o cozimento todo ga-
ílo, fe pizaráõem gral de pedra , e paffaráõ
por ccdaco, e a efta polpa ajuntarão o Oleo, to Pereira na fua Profoáia lit. A.
, >
unto a farinha e o fermento y e como to-
r:
da a matéria eflivèr bem rniíla , fe dê para o •#
ufo. Eíle Emplaftro também fe deve fazer
de..frefco , porque pafiados alguns-'dias de¬
pois de fe compor-* ie corrompe. Efcrevea
Guido efta Receita fem dizer as quantidades,
que fe hao de pôr dos fimplices *vedahi naf-
ce, que cada hum o fazcomò-lhe parece j
com que para fe fazer em fórma-, que fique
bom, fe haõ de puras quantidades^ que na
Receita ficao efcriptas, que- íàõ as com qúe
o fazia Lui\ de Ovieào, com oscile diz no lib. 4,
Methoâ. pag. 512.UÍÍT : r.u
Serve eíle Emplaftro para a cura das ef-
quinencias, e dè todos os achaques da gar¬
ganta : applica-fe exteriormente á; parte en¬
ferma pofto em Cataplafrrvaq e quente para
que melhor penetre a fua virtude. Também
para o mefmo achaque fe póde fazer Em¬
plaftro de ninho de Andorinhas , como én*
fina An tonto daCrmna fua Chirurgia , cuja
Receitahea feguinte: ZiT
R Hum ninho de Andorinhas.
• Rai\es de Malvaifco onças duas.
ex Chi-
rurg. An*
ton* a
Crucc.
Figos pafados numero cinco.
Cabeças de Macella. '
Parietaria.
Ro\as and manipulo hum: de tudo fe faça. 1
Emplaftro S. A. Ita Antonius d Cruce in fua
Chirurgia traã. 2. de Angina pag. 91. Far fe*
ha na fórma feguinte ; Todos os fimplices
juntos fe cozerão em o que baftar de agoa j-c
como eftiverem bem desfeitos , fe pizem em
gral de pedra $ ctanto que eftiver tudo bem
pizado fe paífe a polpa por cedaco , e affim
ie dê para o ufo.
Tem as mefmas virtudes, que o Emplar
ílro da primeira Receita,eftende-fe em pan-
110 , e applica-fe quente á garganta.
E M P L A S T'R O «
de ArnogloíTa.
20 T) Folhas de Tanchagent.
XV • Lentilhas , e
Miolo de Pad de rala and partes igttaes: tu»
do fe co\a em q.f de agoa yefe faça Empíajir.
S. A. Ita Antonius d Cruce tn fua Chirurgia
cap. ]. de Carbúnculo traã. 2.pag. 77. Far-fe-
ha na fórma feguinte s Os fimplices fe co¬
zerão em o que baftar de agoa até fe desfa¬
zerem , entaõ fe pizaráõ em gral de pedra , e
fe lhe paliará a polpa por cedaqo , e aíTim fe
dará para o ufo. Eíle Emplaftro , ou Cata-
plaírna fe chama de Arnogloffa , porque èfta ArnogK •“
entra nelle, e ú pede o Auótor em primei-quids
10 lugar : alguns também lhe chamaõ Enp ;
plaftro de Tanchagent, porque Arnoglqfa fig- EmPlaí'*1
nifick a Tanchagem , como diz o Padre BenantaS- -
Serve eíle Empiâllro paia a cura do$ Car-
bun*
 Dos Emplaflros, e Cerotos. 43 3
bunculos , e Antrazes; porque os medica- taó fe coe fortemente eftando quente, efe
mentos convenientes para efte achaque, faõ deixe depois esfriar , e fe lhe tirem as fezes
os que reprimem , refolVem , e confortao a que tiver no fundo ; e como eftiver limpa a
parte com alguma feccura,para que gaftem o maíTa, fe lhe mifturé a Almecega efti pó fub-
humor , e defendaõ que nao receba mais a til, e fe faqaõ madaleoes, que fe guardarão
parte. Applica-fe eíte emplaftro emcima da para o ufo. O nome defte Emplaftro fe lhe
efcara , e ao redor delia. dá pela grande excellencía
excellerida de luas virtudes,
virtudes ,
EMPLASTRO porque applicado , logo faz ~ borfi effeito ;
de Romans. achaó-fe delle varias Receitas, porém efta
ai T) Huma Romã a a%eâa, e outra do- he a que ufao os modernos, como enílnà
X\.* cg fe co\ad em q.f ãe Vinagre > e Lemery no lugar citado.
fe faça Emplajiro. Ita Antonius Ferreira lib. ]. Efte medicamento alimpa, une, e forti¬
Apojiematumpag. 69. Far-fe-ha na fórma fe- fica ; também he admiravel para todas as
guinte : As Romans fe faraó em quartos , e chagas, e efcoriacoes de cabeqa.
com graos, e tudo fe cozerá em Vinagre , EMPLASTRO
até que eftejaó bem cozidas , e que fe tenha de Betonica.
gaílo todo o licor, em que le cozèraÓ 5 en- 24 TJ Folhas verdes de Betonica,
taõ fe pizaráõ em gral de pedra , e fe pafTará Jtv. Louro.
a polpa por cedaco , e fe dará para o ufo. li anchagem.
Efte Emplaftro tem as mefmas virtudes, Aypo) e de '• * '
. que ode ArnogloíTa, que acima fica efibii- JJrgibb and manipulo tres.
pto : e fé applica na meíma fófma. Refina.
E M P L A S T R O Pe\grego.
maturativo. * T ormentina fina.
22 Raives de-Malvaifco. Cera amarella and libras duas: Co%a-Je tudô
i r* .'t ; 1 j . /* 1 1 ^ -
__ Maüteiga de Porco anà partes atè fe gajlar a humidade, efe lhe ajunte
ip-uaes, de tudo fe faça Emplajiro. ItaGiudus Almecega , e
doã. 1. traã. 7. de Antid apojiem. Far-fè ha na Incenfo em pó fubtil una onças, âuai: efe
fórmâ féguinte : As raizes de Malvaifco fe faça 0 Emplajiro S. A. Ita Moyfês Charàs itt
còrtàráo miúdas, e fe machucarão 5 depois Pharm. Reg. cap. 6. de Empl. pag. 356. Far-
fe cozeraÕ , e como eftiverem '•— bem brandas fe hana fórma ieguinte: As folhas das her-
fe pizèm ; efe lhe pafie a polpa por cedaco, vas fe colhaõ quando eftiverem verdes, e em
a qual fe mifturará com o unto, e aífim íe feu vigor , e fe pizaráo em gral de pedra * o
dará pára o^ufo. ' J -il Pez grego , Tovmentina , Cera, e Rezina
uviServe-efte Emplaftro:para difpôr , e cozer fe derretao , e lhe lancem as hervas pizadas;
y v, v 11 v uuimtuuo 7 - — - / ir r

as matérias de qualquer apoflema j póde»te-i e depois de dar tudo hum par de rei vuras, fc
lhe ajuntar alguma gema de Ovo , AqafraÕ, tire do lume , e deixe a matéria em digeftao
ou unguènto Bafalicaó > contórme o intéh em lugar quente dous ou tres dias ;. palTados
to do que o ufar , e a neceftidade pedir. elles, fe ponha a cozer em fogo brando, até
EM PLASTRO GRATIA DEI. gaftar a humidade ; entaõ fe coará quente - ^
R > Re\ifta Ubrn hüma. fortemente ; e como a matéria arrefecer, fe
^3
• Tormentina libra meya lhe tirem do fundo as fezes que tiver; e tan-
■j tOque a mafiTa eftiver bem limpa, lhe ajun-
Cera. onças fu atro. p
Betonica verde. ■ 1 '' ' ‘ tem a Almecega, Incenfo em pófubtil, e
Pimpinella , e 'J~:- eftando tudo bem mifto , fe malaxe, e faqaó
Urgibó and manipulo hum. # madaleoes , que fe guardaváÕ pata o ufo.,N
Vinho branco libra huma :Jtudo fe coxa ate Chama-te efte Emplaftro de Betonica, por¬
fe gajlar a humidade) e depodsde coado; e lim¬ que efta ptatnta he a principal, que tio com-
po dasfexesfe lhe ajunte ■ . pofto entfàf: alguns dos antigos lhe chama-
et em
Almecega em pó
pvjuvuv,
fubtil > e. fe
J.J..Y -r-
faça hmpla- va5 Emplajiro dejanua; porem já por efteEmP!,Hr.
firo S. A. Ita NicoUms Lemery ia Pharmacop. nome fe naÕ procura : e defte medicamento dc Januiu
cap. 4. de Empl.pae. loor. Far-fe-ha na fór- fe acha6 eferiptas muitas Receitas, potem
ma iet-uinte I As íervas fe colheráÓ quando efta he a de que ufao os modernos, e he de
-. 0
eftiverem .bem vigorofas,
. r e_ rfe-todas
machucarao a melhor, como eníina o mélmo Lna-
as folhas em gral de pedra •, depois íe dene- ràs no lugar citado : Emplajlrum hoc tiomen
terá a Cera , Rezina , eTormentina , e^:o- habet à Betonica y tamquam pracipua planta,
mo eftiver liquido tudo , fe lhe ajuntaráo as esc illis , (jua id componunt 5 Anticorum nonnul-
hervas pizadas e o vinho , fe hira cozendo li vocaverunt ttiam Emplajlrum de Janua t
toda a matéria até que gaftea humidade^ en- quod VQçabiílum obfdletum efi , plurimz ilUus
lii cir-
 454 Pharmac. Lufit. Augmenti Trat. XXL'
circumferuntur âefcriptiones, quarum quadam
magiS), quedam minus compofita funt. Nonnul-
y foUs pUntanim fuccos vfurparunt ad hujus
Emplaftri çmpojitionem; at fatius prociildu-
fao efi herbas contritas, tf cum materiis elixa-
tas in u/um ducere ob rationes alio loco alie-
gatas. c i
Serve o Emplafiro de Betonica para to¬
das as chagas da cabeça , alimpa-as , e cica¬
triza-as admiravelmente. Serve também pa¬
ra tirar os humores forofos de qualquer par¬
te do corpo $ he bom no principio das dores
de ciatica, reumatilmos, e para abrandar
os callos das maõs, e pés.
E M P L A S T R O
de Oximel.
Oximel.
2*
R. Farinha de Chicharos , ou de Er-
vilhaca q.f, efe faça Emplafiro. Ita Galen.
cap. 9. ad Glaucon. Far-le-ha na fórmaife-
guinte: A farinha dos Chicharos „ ou de
Erviihaca fe lance em hum Almofariz* e em-
cima fe lhe vá lanqando o Oximel quente
pouco e pouco,e mexendo ou pilando a ma¬
téria , até que tenha confidencia grollá j e
aíTim. fe dè para o ulo. Lança-fe na farinha o
Oximel quente, para que com ella melhor
fe una 5 porque lançando*0 trio, fe faz a mai-
la toda em grumos. , xaquequas j ,fortifica os nervos e mufculosj
Serve de.prefervar a parte ferida, apoíte-
roada ou infkmmada , para que nap receba
mais hunior; pouco fe ufa hoje elte Emplu-
ílro, porque á imitaçaõ delle tazéni huma
Cataplaímâa que chamaõ Papas preferva-
tivasn que obraõ melhor , e le fazem com o
licor que parece mais conveniente ao Cy-
Catapl. rurgiaÕ que as applica 1 edas Papas ou Cata-
preièrv. plafma , le fazem de iguaes partes de farinha
de Favas, Lentilhas > Erviihaca , e RÇ,^e-
Papas vada ,, como enfina Antonio da Crui em <*/ua\
preferv. ChyrurgJraã.3. das. feridas do ventre foi. 224.,,
e quando querem> Que pretervem < dele-
quem, as.formão com Oximel^ e feitas com
cqzimçpto. de Malvas, e Rozas , delinfíam-,
maõ, prefervaõ, e (desincha5 3 e f^tas com
o cozimentp de Macella , Corâa^ Rey, e
de outras çoufas preferyativas, aj^idao a re-
folver, e prefervar 3 feitas em cozimento de
Malvas , Malvaifcp , e Alforvas, ajudaõ a
madurar 3e feitas em decoada , deíTeccaô os
edemas , prefervaõ da podridão , egangre-
nas 3 pódem-fe fazer também com Xarope
acetofo , ou com o cozimento de Tremo-
ços, eLofna : tudo enfina o dito Antonio da
Cr ui no lugar citado , applica5-fe à parte
enferma quentes, epoílas emeima de pan-
no capaz.
1 íii
E M P I^;Av S T R O
de Guilherme Serven.
26 . Pei naval libras duas.
. Regina- .• . •
Pe^ grego.
Cera aná libra huma.
Tormentina onças oito.
Gengibre onça huma e nteya.
Bagas de Louro. r /
Enxofre. v, .
Herva doce.
Lofna., •
Poejos. ; ■ .;i
lncenfo.
Açafraõ.
Al me cega. > s .
Cravos.
Çanella.
Semente de Majlrtíços aná onça huma : de
tudoJe faça Rmplafiro S. A. Ita Nicolaus Le-
mçryjn Pharm. cap«4. de Empl. pag. 1048. Far-
le-ha
J" L- na fórma feguinte
r ------ : O Pez naval e
grego { a Rezina , Cera , e Tormentina fe
derreterão fóra do fogo eftando a maté¬
ria quafi f ia , lhe lançaráõ os mais ftmplices
em pó lubtil 3 e corno tudeí eftiver bem mi-
fto,te malaxe, efaçaó madaleoes,que fe guar-
daráõ para o ulo.
Eíte Emplatlro abranda as durezas,e asre-
folve , abranda as dores 3 he util para asen-
e^jçonyeniente nas deílocaçqés ,(contu-
loés:Jte fradturas/., r...,,
EMPL A S TR O C A PC CHO,
'J\0 ou de Aly.ayade queimado.-
27
>tr R. Alvayad^nr
A\eite cp mm um and parles iguaes:
c%afe cum fogo fçrte ajuntando-lhe,por ve\es
Vinagre forte q. f., e fe faça Emplafiro S. A.
Ita iyicolaus Lemery in Pharm. cap.4. de Em-
plafir.pag. Far-le-ha na fórma feguinte:
V> Alvayade, e Azeite/e poráõ a cozer jun-
tos j e como a matéria eíliver quente, fe lhe
lancem tres onças de Vinagre, e fe hirà co¬
zendo em togo forte até gaílar a humidade j
e como principiar a lançar humas fumaças
grandes, fe tirç-do fogo, e fe lhe lance mais
Vinagre 3 depqi^ fe continue o cozimento ,
até que fe gaíle â humidade ; e fe, lhe torne,
a deitar na mefma fórma mais Vinagre, até
que 0EmpLílro tenha ponto capaz, e fique
com a cor parda declinante a negra j entaó
fe ajunte hum boccado de Cpra , para que o
Emplafiro corra melhor ; e como a maíTa
eíliver içia,fe façaó madâleoés que fe guarda-
ráõ para o ufo. A Cera que fe lhe ajüntar, ha
de fer pouca (bailará, que fejao fó duas on-
çaspor cada libra de Oleo), e no cafo, queí
o façaõ fem ella, jiem por iíTo ficará o Em-i
_ plaílro
/
 Dos Emplaílros e Cúrotos. 42 e
plítílio de pevoi operaqaõ Eííe Êmplaftro Pedra calaminar ahà oitavas feis,
ie chama Capucho , porque depois de feito fi- Almecega.
ca com.a cor negra declinante a parda ; tam¬ lncenfo.
bém íe chama de Alvayad.e queimado^ porque Mumia and onça meya*.
eíte fimplez le queima quando o comporto Tor menti na.
le faz : outros l he chamaò Êmplaftro negro * Bedelio,
porem naõ íe deve pedir por efte nome* por¬ Galbano.
que a Receita do Êmplaftro negro he a que Myrrha.
fe efcreve abaixo no num. 28. A efte Empla- Sarcocolla.
ftro Capucho chama Lui\ de Oviedo no Ub. 4 Cobre queimado.
da fuá Pharmac. 0 Sanalotodo^oxquç, para tu¬ Efcama do Cobri*
do os Cyrurgioês de Caftella o applicaõ. Verdete.
Ele o Êmplaftro Capucho muito deterfi- Diãamo de Creta.
vo, lerve para as chagas, aílim novas co¬ Arijioloquia redonda.
mo velhas , e principalmente para as das Opoponaco and oitavas tres.
pernas. A\eitc velho libra huma : de tudo fe façâ
EMPLASTRO NEGRO. Emplajiro S. A. Ita Nicolaus in Antidot. pag.
28.
R.
Linho., e
Oleo commum libras duas.
Vinagre.
mihi 175. Far fe-ha na forma feguiute: As
gomas , que fe naõ puderem pulverizar , fe
infundaõ em Vinagre* e como eftiverem
Li tinirgyao and libra huma : tudo fe coxa desfeitas fe coem , e ponhaõ em boa coníi-
ate gafar a humidade, e depois fe lhe ajunte ftencia. O Azeite fe ponha a cozer com Li-
Cera, thargyrio até que tenha ponto de Êmplaftro*
Pe\ negro and libra huma. entaõ lhe lancaráõ a Cera, e a Coloquin-
Tormentma libra meya. thida derretidas: as gomas fe diífòlverúõ
Pedra de Cevar. com aTormentina, e com o Vifco, e fe
Chumbo queimado. lancaráõ no Êmplaftro fóra do fogo * e tan-
Myrrha and onça huma: de tudo fé faça Em- toque eftiver tudo junto, fe ponha a matéria
. A_ C* % V. . a . /-* s'-r ' 'n-f f* ^ _ _•. 1 t 11 r -
plafro S. A. Ita MoyJJs Chards in Pharma/n em fogo muito brando ,para nelle fe acabar
Reg.capA.de Emplajl.pag. $49. Far-le-ha na de coufumir alguma humidade que levaííem
fórma leguinte : O Lithargyrio fe porá a co¬ as gomas* e depois fóra delle,lhe ajuntem os
zer com o Vinagre , Vinho , e com o Azei¬ mais fimplices todos em pó fubtil 5 e uiti-
te * e tantoque gaftar a humidade, fe lhe lan¬ mamente fe malaxe , e faca madaleoes, que
ce a Cera , Pez , e Tormentina derretidas , fe guardaráõ para o ufo. Pede o Aucftor Pe¬
e fora do fogo lhe ajuntem os mais fimpli- dra Calaminar , e como efta fe nao conhece ^ -
ces em pó tubulilTimo * e tantoque toda a mais que pelo nome , fe *póde pôr em feu lu- Calamíti/
matéria eftiver bem mifturada, fe malaxe, e gar a 'Eutia , que quafi he o mefmo , como
facao madaleoés, que fe guardaráõ para o diz Diofeor. Ub. $. cap. 44.pag. 521E Também
ufo. Entre a quantidade de Receitas , que fe na Receita fe pede Propolis , o qual fimplez Propicrlís»
achaõ defte medicamento , efta he de todas he huma Cera cheiroía , que fe acha nos a-llve Pra*
a melhor , como diz o mefmo Chards no lu- gulheiros das Colmeas * e aftim fe pôde pôr po.^°#s‘
gar citado: Plurima. extant Emplafri nigri por ella a Cera nova da mais cheirofa > que^ul *
deferiptiones , non' modo in Difpenfatoriis ,fed houver como diz Zuelphero na Pharm. Aug.
& apài priva tos : hac vero curn confet p aucio- ClaJJ. 18. de Empl. z Propolis eft cera odor ata>
ri bus quidem medicamentis , fed felettioribus, qua apes alVeàriorumforamina ad hyemis an-
iS‘ juflo do/i definitis , nullipojiponenda erit. Jlentatem arcendam obturar,t. :0 Vifco que
Ele o Êmplaftro negro admiravel para a nefte comporto íe ha de pôr, ha de íer o que
cura de todas as feridas , ou íejaõ feitas por fe táz das bagas da Arvore, que he aquelle
cutilada, eftocada, ou por contufaõ* he tam- pegajolb com que fc coftumaõ cacar os paf-^
bem bom para acura das chagas antigas, e faros, e aftim o enftma o mefmo Zuelphero
pertinazes de curar * alimpa-as, enche-as de no lugar citado : Vifci quercini nomine hoc lo*
carne , e as defecca. co intelligitur glutem tllud lentum, quo aves
EMPLASTRO APOSTOLÍCON. capiuntur.
29 TI IJthargyrio onças feis. Serve efte Êmplaftro para fazer fahir por
X\* Cera amarei la. íupporaçaõ o veneno das mordeduras dos
Colophonia and onças duas. bichos venenofos, e dos Caés damnados *
Propolis. ferve também para fazer abrir os Antrazes,
Vifco quererne and onça huma, Carbúnculos, e os tumores efcruphulo-
Ammoniaco. fos.
Iii i £M-
 45 6 Pharmac. Lufit. Augmerrt. Trat.~XII.
EMPLASTRO PARACELSO.
5o Luhargyrio libra huma.
Oleo commum.
Agoa da fonte and. libras duas.
Cera libra meya.
Tonnentina onças (\uatro.
Goma Elemi.
Ammoniaco aná onças duas.
Olee de Louro onça huma e meya.
Bedelio.
Opoponaco.
Galbano.
Almecega.
Myrrha.
Incenfo.
Axebre.
Arijloloquia redonda.
Pedra Calaminar and onça huma : de tudo
fe faça Emplajlro S. A. Ita Nioolaus Lemery
in Pharm. c.4. de Empl.pag.ioo<, .Far-fe-ha na
fôrma íeguinte: As Gomas, que fe naÔ pude¬
rem pulverizar , ie diíTolveráõ em Vinagre,
como Varias vezes fe tem dito 5 o Lithargy-
rio fe porá a cozer com o Azeite , e agoa ,
mexendo a matéria continuamente , até que
fe gaite a humidade 5 entáõ fe verá fe tem
ponto capaz , e quando o naõ tenha , fe lhe
lance mais agoa e fe vá cozendo até a ga¬
itar , e ter ponto conveniente $ então fe lhe
lance a Cera derretida; e fóra do fogo fe lhe
lancem as gomas desfeitas na Tormentina;
e depois torne ao fogo para gaitar alguma
humidade , que as gomas levaíTem ; ecomo
a tiver gaita, fe tire do lume ; e tanto que a
matéria eítiver fria,lhe lancem os maisfimpli-
ces em pó fubtil; e como eítiverem bem mi-
íturados, fe malaxe , e facaó madaleoes, que
feguardaráõ para o ufo: pela pedra Calami¬
nar fe porá a Tutia , como fe diífe no modo
de fazer o Emplaítro Apoítolicon.
Serve eite Emplaítro para alimpar , e ci¬
catrizar as chagas; he refolutivo , conforta
os nervos, e também he conveniente o ufo
delle aos gotofos.
EMPLASTRO DACIANO.
1 13
3 A\eite antigo.
• Lithargyno anáiibra huma.
Pex grego libra meya.
Cera onças tres.
Amnioniaco.
Arijioloquia and onças duas.
Incenfo.
Galbano aná onça huma e meya.
Verdete.
Axebre..
Propolis and onça huma.
Efcama de Cobre preparada oitavas féis: de
tuãofe faça Emplajlro S. A. Lta Dionyfius Da-
ça in fua Pratica Chmirg. 3. part. cap. 10.
pag. 34. Far-fe ha na-forma feguinfeO Li-
thargyr.jp fe porá a cozer com o Azeite,ajun-
tando-lhe algumas gottas de agoa j e como
tiver ponto conveniente, !e lhe lanqará a Ce¬
ra , e fora do fogo fe desfaráô nelle as gomas
depurados, como varias vezes fe tem dito; e
tantoque eítiverem bem desfeitas,: fe leve o
Emplaítro >ao fogo para acabar de gaitar al¬
guma humidade , que levarem as gomas; e
depois fóra do lume, eílando a matéria quaíi
fria,lhe lanqaráõ os mais iimplices em pó fub-
til; e como tudo eítiver bem miílurado , fe
facaó madaleoes, que íc guardarão para o
ufo. , -
Serve eite Emplaítro para arrancar , e ti¬
rar de dentro do corpo ferido os boccados
dos oitos quebrados, pedaços de páo, ou
de frechas, e tudo o que eiiiver dentro da
ferida. ~ 'j :L
EMPLASTRO
de Almecega reformado.
>2
RCera.
• Reyna aná libra huma e meya.
Oleo de Almecega, e '
Almecega and libra meya.
Laudano.
Incenfo aná onças duas e meya.
M urtinhos onças duas.
Çnmagre.
Hypocijiidos.
Roxas vermelhas.
S andai os vermelhos.
'Terra figillada and onça huma c meya.
Galanaà.
c>
Hortelãa.
Coentros.
Canella and oitavas feis.
l^fna..
Flor de Alecrim aná oitavas tres : de tudo
fe faça Emplajlro S. A. Ita Nicolaus Lemery
in Pharm. cap. 4. de Empl. pag. 1057. Far-ie-
ha na fôrma feguinte: A Cera, Rezina, e
Laudano fe derretaõ , e depois lhe ajuntem
Oleo de Almecega 3 e tora do fogo citando
a matéria meya fria, fe lhe lancem os mais
iimplices em pó fubtil ; e tantoque tudo cíti-
ver bem miílurado , fe malaxe, e facaó nm-
daleoes , que fe guardaráõ para o ufo.
Eíte Emplaítro fortifica o cílomago , aju¬
da a digeítao, e faz parar os vomitos : ap-
piica-fe á região do eftomago.
EMPLASTRO
de Mucillagens reformado.
3 3 T) Mucillagens de raives de Mal uaif-
JÁ 9 co, e de
Semente de Linho.
Alforvas) e de
Figos pa fados and onças quatro.
Tormentina onças tres.
Re-
 Dos Emplaílrcs , e-CérotoS*
ki Beyna. .r,
Tutanos "de Vaccn.
Manteiga frefea anà onças ditas-.
: ■. Cera amarela onças .vinte : de tudo fe faça
Emplaft. S. A. Ita Nicolaus Len.ery in Phar-
tnacop. cap. 4. de Empl. pag.yy^. Far-fe-ha
í , í na fórma leguinte : Tofparáõ íeis oitavas do
mirn.y:^ raizes cie Mqlyailco , e as cortarão em boç-
[• iu.j j cados ; e depois as machucarão , e lançarão
em vaio capaz com meya onça de femente
de Linho, e Outra meya de Alforvas , e
buma onça de Figos * e emeima lhe lança¬
rão tres libras de agoa , e fe porá tudo em
digeílaõ vinte e quatro horas 5 pafíkdas ellas
íe ponha a cozer, até que fe gaitem duas li¬
bras , ou até que as muciiiagehs eltejaõ grof-
ias 5 entaõ íe coe eítando quente o cozimen¬
to : eíla mucillagem fe ajunte com todos
os mais íimplices, e íe ponha a cozer até ga¬
itar a humidade ; depois fe coará a matéria
por panno raro, e como eiliver fria fe ma-
iaxe, e façao madaleoés, que fe guardarão
liiiplaít. p-ira o ufo. Também fe pode fazer eíle Em-
dc Yiucd- piailro com gomas como enfina Bento Tex-
nititum. íor ’ ajuntando lhe huma onça de Ammo-
niaco, e meya de Galbano., e outra nieva
deSagapeno-, e duas oitavas de Açafraõ fiub-
tihnente pulverizado , e as gomas fe desfa¬
zem com a Tormentina , da mefma forte
que fe tem dito varias vezes.
Serve eíle Emplallro para abrandar , e re-
foiver as durezas, e para ajudar a íuppo-
racaõ. • derretida , e tanto que as gomas eíliverem
J EMPLASTRO SANTO.
34 T> ina boa onças âoye.
X\, Oleo de Louro.
Tormentina jind anà onças duas.
Coma Riem: onças quatro : de tudo fe faça
Rmplaf.ro S. A. La Joannes d Cruce Seã. 1.
fu a. Chtrurg. pa-g. 1 do. Far-le-ha na fórma le-
guinte :Os iimplices todos juntos fe ponhao
a derreter em fogo muito brando; depois fe
coe a matéria por panno raro , para que na5
tique no Emplallro alguma coula eítranha ,
que tenha a Rezina 5 e ultimamente fe façao
madaleoés , que le guardarão para o ui o.
Lite Emplallro pelos notáveis effcitos, que
faz nas feridas do peito , lhe chama o (eu in¬
ventor Empiaítro (anta, e alguns o intiiu-
laõ com o nome do melmo Audtor.
Serve cite medicamento para a cura das
Êmplaít.
Joannis feridas do peito , e pava lo; tificar os nervos,
Andras á mundifica , e une ; fie proprio para as con-
Cruce. tufoés e fradturas, e também para as cha¬
gas do peito , ede outra qualquer parte que
Tciao. Eítc Emplallro feito cm madaleoés
como fe coítumaõ fazer os mais , íe abate ; e
aífim aconficlba Lenrry na fua Pharm.ciip. 40.
de Empl. que fé guarde em vafo vidrado, da
4-7
mefma :orte que os unguentos, porquê
aífim íe conferva bem.
E MPLASTRO D I V I N O.
3 5 T} Lithargyri) libra huma e meya'.
JLV . A\eite commum libras tres.
Agoa libras duas : toyafe até quê tenha
confiftencia, entaõ fe lhe ajunte
Pedra de Cevar onças feis.
Ammoniaco.
Galbano.
Opcponaco.
Bedel lo a nâ onças ires»
Myrrha.
Incenfo.
Ahnecepa.
Verdete. \ ' a .
Arifoloquia redonda anà onça huma e meya■»
Cera amarei la oncas oito.
j
Tormentina onças quatro : de tudo fe façà
Èmplaftro S. A. La Moyfès C.haràs in Pharm.
Keg. cap. 6. de Enipl.pag. 3 d r. Far-fe-ha ria
fórma feguinte: O Lithargyrio fe nutrirá pri¬
meiro com o Azeite ; depois fe lhe ajuntará
a agoa, e fe porá a cozer em fogo brando
mexendo a matéria continuametite até ga-
ílar a humidade 5 entaõ fe lhe veja o pontcq
e no cafo que ainda o naõ tenha capaz, fora
do fogo fe lhe lance mais agoa , e fe vá co¬
zendo até que tenha ponto conveniente. As
gomas que fe naõ puderem pizar íe depura¬
rão, c desfarão com a Tormentina , a Cera
fe lançará no Emplallro depois qué eiliver
bem desfeitas , e miíturadas 110 Empiaítro,
fe po iha a matéria em fogo, que íeja brin¬
do, para lhe confumir alguma humidade que
tiverem as gomas; e ultimamencé quando
eiliver a m aí fia quafi fria , lhe lançarão todo;
os mais fimplices em pó fubtil , e fe mALxa¬
rá , e faraõ madaleoés , que fe guardarão
para o ufo. Coze-íe eíle Emplallro com a-
goa para que as fezes fe naõ queimem , c fe
lhe pode lançar toda a que for neceífiavia até
que tome ponto capaz, como diz Lèniery
na fua Pharmac. cap. 4. de Rmpl. Tem-gran¬
de etficacia na cura das chagas antigas, que
por iílo lhe chama 5 Emplafro Divlnd: aífim
o diz Lemery na fua Pharmàcopea no lugar
acima citado.
Eíle Emplallro alimpa, mundifica, ci¬
catriza, abranda, refòlve, fortifica; e fer¬
ve para acura das chagas antigas déqual¬
quer parte que fejaõ. Serve também para as
eontuToés , e para refolver os tumores,
i EMPLASTRO
eílitico de Crollio.
TI Mimo.
IV. Ee%esde Ouro, ede
Prata*
Pedra
 43 3 Pharmac. Lufit. Áugment. Trat. XII.
Pedra Calaminar} por ella Tutia anà libra, toque tudo eíliver bem encorporado, fe fa¬
meya. raõ madaleoés, que fe guardarão para o ufo.
OUo de Linhaça. Alguns coílumaõ fazer eíle Emplaítro pela
A\eite commum anà libra meya. Receita que traz Lemery reformada , que.he
Oleo de Louro libra hum a. a feguinte:
Cozimento de Arijloloquia libras tres: co\a-
fe até que tenha confijiencia de Emplajiro} e R Lithargyrio libra huma e meya. Emplaít;
fe lhe ajunte • Pedra Calaminar , ou Tutia preparada Stiticuna
Cera amarella. libra meya. Crollu
Colophonia ana libra huma. Oleo de Linhaça. - rcfo'“-
T or menti na. Aieite commum anã libra huma e meya.
Goma graxa and libra meya. Oleo de Louro libra huma.
Opoponaco. Cozimento de Arijloloquia q.f.: cota-fe até
Sagapeno. que tenha confijiencia de Empl afiro, efe lhe
Galbano. ajunte
Ammoniaco. Cera amarella.
Bedelio anà oncas tres. Colophonia anà libra huma.
Alambre. T ormentina.
Ince n/o. Goma graxa anà libra meya.
Myrrha. Madre pérola.
Atebre. . x Opoponaco.
Arijloloquia longa > e . Sagapeno.
Bedonda anà onça huma e meya. Galbano.
Mumia. Bedelio.
Pedra de Cevar. Ammoniaco anà onças quatro.
Pedra H ema tifa. Pedra Hematijia onças duas e meya.
Coral branco, e Incenfo.
Vermelho. Myrrha.
i Madre Pérola. Atebre.
Sangue de Drago. Alambre.
Terra figillada. Arijloloquia redonda , e
Vitriolo branco anà onça huma. Longa anà onça huma e meya.
Flores de Antimonio. Mumia.
Crocus Martis anà onça meya. Sangue de Draco.
Gamphora onça huma : de tudo fe faça Em- Terra figillada.
plajlro S. A. Ita Moyfès Charás in Pharm.Reg. Vitriolo branco.
cap. 6. de Empl. pag. 372. Far-fe-ha na turma Camphora anà onça huma.
feguinte: As Gomas que fc naõ puderem Flor de Antimonio onça meya: de tudo fe fa¬
reduzir a pó, fc depurarão com Vinagre co¬ ça Emplajiro S. A. Ita Nicotaus'Lemery in
mo varias vezes fe tem dito 5 as pedras fe Pharmac. cap. 4. de Empl.pag. 1021. Far-fe-
prepararão fubtiliílimas, e os mais íimplices, ha na fórma feguinte : O Lithargyrio, e Tu¬
fe faraõ em pó fubtil: preparados neíla fôr¬ tia fc nutrirão com o Azeite e Oleo, efe
ma fe nutra o Lithargyrio , Minio , e Tutia lhe ajuntará o cozimento de Ariítoloquia,
com os Oleos, depois fe lhe ajunte o cozi¬ com o qual fe porá toda a matéria no lume ,
mento da Ariítoloquia, e fe vá cozendo a e fe hirã cozendo até que tenha ponto ca»
matéria até que tenha ponto capaz ; e fe for paz,ajuntando-lhe mais algum cozimento fe
neceilario mais cozimento,fe lhe ajuntará, e for neceíTario $ e como tiver ponto capaz fe
como tiver ponto, fe lhe lance a Cera , Co¬ lhe miílure a Cera , e Colophonia derreti¬
lophonia derretidas, e fe tire o Emplaítro das , e fóra do fogo lhe lancem as gomas de*
do-lume e tantoque eíliver frio , ou quafi puradas , e desfeitas na Tormentina $ e tan¬
frio , lhu ..«.-v — s—-, que eílaráõ toq,ue eíliverem bem encorporadas com o
desfeitas com a Tormentina : feito iíto fe Emplaítro , fe levará toda a matéria ao fo¬
ponha outra vez toda a maífa no lume com go , para que fe lhe gaite a humidade das
fogo brando, para que acabe de gaitar al- gomas ; e fóra do lume- citando o Emplaítro
guma humidade, que levallem as gomas , quafi frio, lhe ajuntem as pedras pizadas fub-
entaõ fe tire do fogo , e como o Emplaítro tiliílimas, e as gomas que forem feceas, com
eíliver meyo frio,lhe ajuntem os mais fimpli- os mais íimplices tudo em pó fubtil , e ulti-
ces , e ultimamente a Camphora desfeita mamente a Camphora desfeita em humas
em humas gottas de Oleo de Louro e tan- gottas de Oleo de Louro , e fc malaxará , e
• / faraó
 -Dos Emplaftros , eCerotos. 459
faraó madaleocs , que fe guardaváõ para o mac.cap.4. de Empl.pag. 102Í. Far-fe-ha na
ulo. Se quando fe fizer efte Emplaflro , naõ fórma feguinte : As Cantaridas fe pulveriza¬
houver as fiores de Antimonio , le póde pôr rão fubtís, e fe mifturarãõ com os mais fim*
em leu lugar o Quintilio , ou Antimonio plices depois de eftarem derretidos, e quaíi
queimado , e depois pizado fubtiliiTimo: pela fria a matéria $ então fe malaxará , e fe faraó
Madre pérola fe póde por Aljôfar dogroílo, madaleoés , que fe guardarão para o ufo.
preparado na fórma das mais pedras. Pede o Cama-fe efte Emplaflro Veficatorio j porque
Auctor Pedra Calaminur , em lugar da qual depois de applicado, levanta humas bexigas
fe pôem a Tutia preparada , que nao differe na parte em que fe pôem ; efte he o qu%
delia : e alguns dizem , que Cadmia , Pedra commummente fe tem feito j porem fe o
Calaminar , OV. Tutia , que he tudoomef- quizerem mais forte , e que em poucas ho¬
mo, como fe vê em Diofcor. no lib. $.cap. 41. ras faqa logo effeito , fe fará com as Canta¬
pag. mihi 526. ridas em pó fubtil mifturando-lhe huma Varia
Serve o Emplaflro eftitico de Crollio para pouca de maíTa de farinha , ou de miolo de Veficat,
os Cravos das maõs , e pés $ e para as piza- pao,feita com V inagre, e aos pós fe lhe ajun¬
duras , e mordeduras de Animaes venenofos; tará o que bailar delia maíTa para bem en-
he bom para as chagas, aindaque eftejaõ ul¬ corporar as Cantaridas 5 e como tem corpo
ceradas ; madura , mundifica , cicatriza, re- de Unguento , fe applica a maíTa em couro
folve , edortifica os nervos $ ferve também de luva á parte onde fe quer abrir a chaga;
para a cura de todas as feridas frefcas; defen¬afim o enfina a fazer o meffno Lemery. Pó-
de que naõ cayaô nellas fluxoês: tira o pão , dem-fe também fazer cauílicos de huma on¬
ferro , oú chumbo , que eílá em alguma fe¬ ça de fermento de Trigo bem azedo, e de
rida j e refifte á malignidade dos humores , tres oitavas de pó de Cantaridas yon de duas
que pódém cáhir nas chagas , ou feridas. partes de Càl virgem , e huma de bom Sa-
EMPLASTRO PARA baÔ, ou mais fe necefiario for: efte ultimo
as picaduras dos pés dos Cavallos. cauftico obra com brevidade, e como naõ
3 7 "O Cera amarella onças oito. leva Cantaridas,fe póde applicar feguramen-
- v JLVê.Pe\grego. te; porque naõ fuccederáõ com elle nenhum
Goma Elemi. dos fymptomas, que algumas vezes fucce-
Tormentina fina and onças quatro» dem com os que fe fazem de Cantaridas; o
Cinabrio vulgar. V eficatorio que fe fizer por qualquer dos
Sangue de Drago. tres modos últimos fe.naõ deve guardar;
ArijloUqtíia longa ,e porque tantoque fe fecca, nao preíla para
Redonda and onça meya: de tudo fe faça nada ; e aflim fe devem dar feitos de frefeo
Emplaflro S. A. Da Moyjes Chat às in Pharm. todas as vezes que o pedirem.
cap. 6. de Etiipl.pag. 375. Far-fe-ha 11a for¬ Serve o Enlplaftro Veficatorio para le¬
ma feguínte: A Cera , Pez grego , Goma. E- vantar bexigas, ou bolhas cheyas de humor
lemi, e Tormentina fe derreterão em fogo forofo y eiles fe applicaõ para divertirem os
brando 5 efóra delle eftando meyo frio o humores, que naõ cayaõ em alguma parte
Emplaftrò, fe lhe ajuntem os mais fimplices principal.
em pó lubtil e tantoque tudo eítiver bem EMPLASTRO DE LO SNA.
mifto, fe guarde para o ufo feito em mada- 10 "O Lofna onça meya.
XV. Honelii ,
Serve efte Emplaflro para a cura de qual¬ Mangerona oitavas tres.
quer picadura de maõs-, ou pés de Cavallos- Roxas vermelhas.
applica-fe abrindo a picadura, e lanqando- 'No\es mofe adas.
Ihe dento delia hum pouco de Emplaftrò Gengibre. . 'U.dy-Uf.
derretido , eftando bem quente j c depois ie Cravos.
Canella. vv > \
póde ferrar, e fervir delle , como fe tal fe¬
Incenfo. ') J ...
rida , ou picadura, naõ tiveíTe; porque logo
A\ebre. , • .
a cura, e na5 fobrevem apoftema alguma a
Beijeint anà oitavas duas»
Herva doce.
Pa t EMPLASTRO VESICATÓRIO
Cominhos. <aV\\.'vav.
commum.
Alfaiema. . v.
3 8 TJ Cantaridas onças duas. Semente de Funcho anà oitava huma.
XX. Pe\ grego. Oleo de Lofna onças quatro.
Cera amarella. v . . .. r. r Cera amarella libra meya: de tudofe faça
Tormentina anà onça huma: de tudo Je]a-
EtiipUJk» S. A. UaNwlMs Uw? •!> Ptog
{a Empdjl.SA.Ua N icalaus Umery tnRhar-
 44° Pharmac. Lufit. Augmént. Trat XII
mac. cap. 4. de Empl. pag. 1027. Far-fe-ha na
fórma feguinte: A Cera fe derreterá com o
Oleo , e fóra do fogo lhe ajuntaràò todos os
mais íimplices em pó fubtil $ e como tudo
eftiver bem miílurado, fe malaxará , e faraó
madaleoés, que fe guardaráõ para o ufo.
Serve eíte Emplaftro para as frialdades, e
cruezas do eftomago, desfaz os flatos, e for-
tifica a madre.
EMPLASTRO DESABAM.
40 TJ Emplajlro Gcminis libra hum* e
JlV • meya.
Sabaõ de pedra bom onças qnatra : de tudo
fe faça Emplajlro. Ita Nicolaus Lemery in
Pharm. cap. 4. de Empl. pag. 1027. Far-fe-ha
na fórma feguinte ; O Sabaõ fe cortará miu-
do , e fe miílurará com a malTa do Empla-
ílro Geminis, e fe porá em fogo brando a
derreter $ e tantoque toda a matéria efliver
derretida , fe tire do lume 3 e depois de fria
fe malaxe , e faqaõ madaleoés, que fe guar-
daráõ para o ufo. 1 '
Serve efte Emplaflro para refolver os tu-
mores, epara fortificar a madre 3 he tam¬
bém bom para desfazer as inguas, e para
provocar a conjunqaõ menfal as mulheres:
applica-fe em parche lòbre o embigo.
EMPLASTRO DE GOMA
Elemi,
41
R. Goma Elemi onças quatro.
Cera amarella onças duas.
Tormentina onça huma e meya.
Colophonia. •
Arifioloquia longa > e
R edonda and onça huma: de tudo fe faça
Emplajlro S. A. La Nicolaus Leniery m Phar-
mac. cap. 4. de Emptafi. pag 1023. Far-fe-ha
na fórma teguinte : A Cera , Goma Elemi,
Tormentina, e Colophonia fe derretao $ c
depois fóra do fogo,lhe ajuntem ambas as A-
riftoloquias } e* tantoque eftiver bem miftu-
rado tudo, fe malaxe,e faqaõ madaleoés., que
fe guardaráõ para o ufo.
Serve efte Emplaftro para alimpar, e ci¬
catrizar as chagas 5 he bom para refolver, e
fortificar.
EMPLASTRO DE MARCA SITA
de Donzeli.
42
R Ammoniaco onças tres.
# Galbano.
Opoponaco.
Saga peno and onça huma.
Marcafit* preparada onças tres.
Emplajlro Diachylaõ mayor onças feis.
Oleo de Macella onças duas : de tudo fe fa¬
ça Emplajlro S. A. Ita Fredericus Hojfnianus
fup. Schrod. lib.2. c. 5^.de Empl.pag.mihi 114.
Far-fe-ha na fórma feguinte: As gomas fe
diiíblv^ráo em Vinagre j e fe depu-
raráõ e fe porão em boa confiftencia j o
Emplaftro Diachylaõ fe diflolverá com oO-
’
leo e nelle fóra do fogo fe lhe miít.uraràÕ
as gomas 3 e tantoque eftiverem desfeitas, fe
leve a matéria toda ao lume para gaftar al¬
guma humidade , que as gomas tiveíTem $
cntaõ fóra do fogo,fe lhe ajunte a Marcafita
preparada ; e ultimamente fe malaxe > efe
facaõ madaleoés , que fe guardarão para o
ufo. A Marcafita fe prepara de tres modos tPraparnt;
O primeiro he fazendo-a em braza, c depois Marcafit.
lancando-a em Oleo de Linhaqa 3 e então fe
piza , e faz em pó fubtil: outros a queimaÕ,
e fazem em pó groflb, e lhe lanqáõ duas par-
tes de Oleo de Linhaqa , e a pôem ao lume
até gaílar o Oleo: porém os que melhor a
preparaõ,a pizaõ fem fer queimada, e depois
a moem na pedra até eftar fubUlifíima ,e af-
iim fe ufa delia : todos eftes tres modos dç
preparar efla pedra enfina Lemery na fua
Pharm. cap. 4. de Empl. mas diz que fó a que
fe prepara fem Oleo , nem fogo, he da que
fe ha de ufar neíte Emplaftro , e para todos
os mais medicamentos externos em que en¬
trar. Póde te fazer o Emplaftro deMarcafi-
ta fem gomas pela feguinte Receita..
R. Marcafita preparada onças
mey«'
duas e
D fiude^
Laiulano onça huma.
Emplajlro de Cicuta libra huma e meya:
Oleo de Herva mouraq.fi: de tudo fe faça
Lemery,
Empl afiro S. A. Ita Nicolaus Lemery in Phar¬
mac. cafi \.de Empl.paa. 1025. Far-íe-hana
fórma feguinte : Ò Émplaftro de Cicuta, e
o Laudano fe derreterão com huma onca de
Oleo de Herva moura 3 e como eftiver Jiqui-
do,fe tirará do lume, e fe lhe ajuntará a Mar-
cafita preparada , e em pó íubtiliífimo 3 c
tantoque a matéria eftiver bem mifturada, fe
malaxe', e faqaõ madaleoés, queíeguarda-
ráõ para o ufo.
Efte Emplaftro he muito refolutivoj ferve
para as Alporcas, refõlve , defecca , e ma¬
dura os tumores cirrozos, e efcrophulofos,
com taõ bom fucceíTo , como diz Rofmano
no lugar citado por formaes palavras: i Em¬
plajtrum hoc refolvit, (5* maturat omnes tumo¬
res duros, etiam Jchirrofos cum evsntu minimè
fallaci.
EMPLASTRO DE CICUTA.
41
R. Oleo de Cicuta.
Çumo de Cicuta and libras duas.
Lithargyrio, e u,..
Ammoniaco difjolviâo > e infpijfado em çu¬
mo de Cicuta and libra huma.
Tormentina fina onças quatro : de tudo fe
faça Emplajlro S. A. Ita Nicolaus Lemery in
Pharm. cap. 4. de Empl. pag. 1011. Far-fe-ha
 . k 1"/XXos. Empkftrps i eíCérotos: srr.i I/T
444
fôrma ifegutfitc : O Oleo,'.e cumo depois ticf,'yòu Efpleneticò como diz Charàs no lu¬
ífe bem depurado, fçigori a cozei; como Li- gar/citado ~ Quoftt, ut illi impont qiteat no*
thargy.rio, até que tenhajponto conveniente, mau Emplajiri hepatici, & pHenetici.
e fòra do lume lhemift.u-raraõ a Goma ,des¬ EMPLASTRO SANDALINO.
feita na Tormentina \ e>ei>mo toda a-.mate^ 45 : T) Cera nova onças quatro.
xia eítiver bera unida -fc' malaxará, .,e, faraB jA. * Reyna onças uuco e mejà.
xpadaleoes que fe guardará5 oara o ufo. A •S and aios vermelhos. .1
Goma para efte Emplaftro fe depurará fazen¬ Efpinto de Vinho and onça huma e mèyà-,
do-a em bocca^os, e infundíndo-a era curao ■Jlçafrad oitavas duas. . ■> -
de Cicuta i e fc porá em lugar quente era di^ Incenfo. - • ■
geftaÕ vinte e quatro horas, pafiadas ellasfd Al me cega. .
pôem a ferver, entaõ.fe côas, e depois de M.yrrha.
eftar bem pura fe leva ao lume , & nelíe Pedra hume anà oitava huma e meya: de
fe evapora a humidade, até que tem boa tudo fe faça Emplaftro S. A. Ita Joannes Zu*
confidencia , e deita Corte depurada he que elpherus in Pharm. Aug. C laf 1 g. de Emplaft.
fe pôem nefte Emplaftro. O Oleo de Cicu* pag. 588. Far-fe-ha na fórma feguinte - A
Oleüna ta fc faz por cozimento com igual quanti- Cera , e Rezina fe derreterão , e depois fóra
■Cicuta:. ^ade fe qumo, e Oleo , e fe coze até que ga¬ do fogo lhe ajuntaráõ òs mais fimplices-em
ite a humidade toda. pó fubtil, nos quaes fe terá mifturado o ef-
Efte Emplaftro he muito refolutivo v fer¬ pirito de Vinho , e tantoque a matéria cfti-
ve para os tumores cirrozos do fígado ,• e ba- verbem mifta, fe faqaõ madaleoés,que guar¬
qo , ferve também para as chagas, e éfcro- darão para o ufo. Efte Emplaftro feito aífini
phulas. ■ ■* • • fica muito duro , e pára que fe abrande , em
fórma que fe poíTa efteuder fobre panno , fè
EMPLASTRO DE NICOCIANA.
lhe ajuntaráõ algumas gottas de Oleo Roza-
44 T) Cebo de Carneiro* do como enfina Lemery na fua Pharmacop.
JLV. Pe^ grego. .. . I cap. 4- —•
Regina anà libra huma. e meya. Serve efte Emplaftro para a cura das ob-
Cera libra huma. ítrucqoes do figado , e para abrandar ás du;
Herva fanta colhida verde em [eu vigor li* rezas dellc.
iras tres. • - emplastro
Ammoniaco depurado. de Euphorbio.
T or menti na jina anà onças oi te: detuàof* 46 T) Cera amarella onças oito.
faça Em pia (iro S. A. Ita Moyfes Charàs in Pe\naval.
Pharm. cap.\. de Empl.pag.^i. Far-fe-ha na Tormentina and onças quatro.
fórma feguinte: O Ammoniaco fe depurara Euphorbio onça huma: de tudo fe faça Em¬
em Vinagre,ou em qumo dc Herva fanta,co¬ plajlro S. A. Ita Nícolaus Lemery in Pharm.
mo diz Lemery, o Cebo* Pez, Rczina, e a Ce¬ cap. 4. de EmpUpag. 1042. Far-fe-ha ha fór¬
ra feitos em boccados fe derreteráõ, e.fe lhe ma feguinte: O Pez, a Cera , eTormenti¬
lanqará a Herva fanta pifada muito bem * e na fe derretaõ , e como tudo eítiver liquido
le deixe toda a matéria ficar em digeítaÔ em fe tire do fogo , e fòra delle lhe ajuntaráõ o
lugar quente dous dias, paíTados elles íe pos. Euphorbio em pó fubtil , e tantoque eítiver
nha a cozer até fc gaitar a humidade , então bem mifturado fe faqaõ madaleoês , que fe
fe coe em hum vafo limpo * e fe deixe estriar guardarão para o ufo.
a matéria, e tantoque eítiver fria lhe tirem Serve efte Emplaftro para alimpar , e co¬
do fundo alguma coufa impura , que tenhao mer a carne fuperflua de quaefquer chagas *
os fimplices, depois ie derreta eíta mafía , e ou fiftulas.
fora do fogo lhe ajuntem a goma desfeita na EMPLASTRO
Tormentina , e como tudo eítiver bem mi- Mundificativo.
íto fe malaxe, e faqaõ madaleoes,que ie guar- TJ Cera libra huma.
daráÕ para o ufo. Se o Emplaftro ficar mui¬ JLV* Re ai na.
to duro,fe pôde abrandar com humas gottas Çumo de Celidonia and onças quatro i
de Oleo de Herva fanta, como enfina Le- Oleo de Sapos, e de
Olffum mery. O Oleo de Herva fanta fe faz por co- Alacraos and onças duas.
Kicotion. zimento com igual porcaô dc Azeite, equ-> Ammoniaco onça huma e meya.
mo cozido até gaitar a humidade. Tormentina onça huma.
Emplaft. Serve eíte Emplaftro pata abrandar, e re- Eftoraque liquido oitavas feis.
hepaticú,fojvcr os tumores cirrozos do fígado, e baco, Ariftoloquia redonda onça meya-.
Myrrlun
ncticum*e Por iffü a,Suns lhe channa5 Emplajlro hepa- Kkfc - S*t*
 •v
442, Pharmac. Liifit. enti TfoiJXlL
SarcocoUA anâ ditava huma : de tudo fcfa¬ que: muitas fenhoras òfaziaõ pelasfuas maás
ça Empl afiro S. A. Ita Nicolaus Lemery in para remediõ dos pobres, como fe vê dé
Pharm.cap. 4. pag. 104.1. Far*íe-ha na fôr¬ jVladama’ Fouquet ;na; Rccopilaqaõ dos feus
ma feguinte i O qumo da Cclidoniíi fc fer¬ fêgredos, onde também efete ve eíle reme-
verá com os Oleos, até fc gaílar a humidade, dio , eomefmo dí 2, Chards na fita Pharmac.
c depois fe coem , e nelies fe derreta a Cera, Ríg. cap. 6. de EmpL por eílas-palavras:
Rezina , é Tormentina, e fóra do fogo lhe plajlrum Manus Dei celeberrimum eji, atqut
lanqaráõ o Ammoniaco desfeito no eílora- ab aliquo tempòre ufitatjffimuni, aâso ui non-
que , e como eíliver bem miílurado , fe po¬ mllâ-MatroneS’ illufires illud propriis manibus
nha a maifa no lume para gaílar alguma hu¬ pr&parare in egenorum gr a tiam non dedigneii
midade da goma , e do Efioraque $ e tanto tiir.y.ifc. iiy r; . i.r*'.
jfServe eíle medicamento para a cura das
que a matéria eíliver quafi fria, lhe ajuntaráõ
os mais fimplices em pó fubtil, e depois de chagas , feridas ,.e tumores, refolve , abràrf-
bem mifturados fe faqaõ.madaleoés, què fc da, e madura,difeute a mayor parte das ma¬
guardaráõ para o ufo. .. . térias por invifiveltranfpiraqàõ-, cicatriza *
Serve eíle Emplaílro para alimpàr, e ci¬ e faz renafeer nova carne nas feridas, e chaA
catrizar todas as chagas, e hftulas. gas r he conveniente nas fiílulas, e nas mor¬
EMPLASTRO M ANUS DEI. deduras dos bichos venenofos , e nas dos
48 T) Lithargyrio libras duas. Caes damnados: applica-fe á parte enferma.
XV* A\eUe commum libras quatro. EMPLASTRO CEPHALÍCO.
Agoa feniana libras tr.es : coxafe tudo até ■49 T) Tacamaca.
que tenha boa confijlencia > efe lhe ajunte •o ■ . XV, Beijvim.
Cera amarella libra huma. Efioraque,
Tormentina libra meya. Almecega.
Animo ni ac o. Goma hedera.
Galbano. . Incenfo. • >
Opoponaco. Laudano onças duas.
Saga peno. Canella.
Myrrha. ' * Tormentina fina and onça huma.
Incenfo. ‘ • fravos.
Almecega anã onças quatro. No\es mofe a das and onça meya: com q.f.
Oleo de Louro onças tres. de Efioraque liquido fe faça Emplafiro S. A.
Pedra de Cevar , e Ita Moyfés Charás in fua Pharm. Reg. cap. 6.
Calaminar. de Empl. pag.^ o.Far-fe-ha na fôrma feguin¬
ArifioUquia longa, tc : Os fimplices todos fe pifaráo fubtís, o
Redonda and onças duas : de tudo fe faça Laudano , e a Tormentina fe dilTblveráõ ao
Emplafiro S.A. Ita Nicolaus Lemery in Phar¬ lume, depois fe lanqaráu em hum Almofariz
mac. cap. 4. de Empl. 1004. Far-ie-ha na fôr¬ com os pós, e nelle fe hirá mifiurando a
ma feguinte : As gomas que fe naó puderem maifa , e entaó fe lhe lançará o que bailar de
reduzir a pò, fe depuraráõ com V inagre,co¬ Efioraque liquido , oqualfe ha de dilfolver
mo varias vezes fe tem dito : O Lithargyrio em fogo brando , e coar , e tantoque a ma¬
fe nutrirá com os Oleos, e fe porá a cozer téria tiver bom corpo fe malaxe, e facaô ma-
com a agoa, até que fe gaíle a humidade $ en- dáleoes, que fe guardaráõ para o ufo.
taõ fe lhe verá o ponto ,eno cafo que o naô Eíle Emplaílro he bom para fortificar o
tenha, fe lhe lanqará mais agoa , e fe conti¬ cerebro, adelgaqa, e diífipa a fleuma groíTa
nuará o cozimento , até que tenha ponto ca¬ ferve nas epilepfias, e em todos os acciden-
paz , depois fe lhe ajuntará a Cera feita em tes: applica-fe á parte enferma.
boccadinhos 5 e tanto que eíliver derretida, EMPLASTRO DIAPALMA.
fe tire a matéria do lume , e fe lhe lancem 5 o TJ Cozimento de palmas verdes.
as gomas desfeitas com a Tormentina,'- e JLV. Fexes de Ouro.
como eíliverem bem miíluradas torne o - Axeite conimum and libras tres.
Emplaílro ao fogo , para gaílar a humidade, Unto de Porco libras duas.
que levaíTem as gomas, e ultimamente eílan- Caparrofa queimada onças quatro : de tudo
do quaíi frio fc lhe lancem os mais fimplices fe faça Empl afiro S. A. Ita Nicolaus Lemery
em pó fubtil , e as pedras preparadas, e fe in Pharmac. cap. 4. de Empl.pag. 588. Far-fe-
malaxe, e faqaõ madaleoés , que fe guarda¬ ha na fórma feguinte 1 O Lithargyriõ fe mi-
rão para o ufo. Chama-fe eíle Emplaílro fturará com o Azeite, e tanto que eíliver
Manus Dei, pelo grande effeito , que faz na bem nutrido, fe lhe lancaráõ as tres libras de
cura das çhagas,aquefe applica:he taõ bom, cozimento , c fe porá a cozer } mexendo a
ma-
 Dos EmplaPuôs i eCefotos.
inateria continuataente, e depois de eítar o ruo a tiver, fe lhe lance a Cera, e Tormen-
445
Lithargyrio meyo cozido,lhe lancem o Un¬ tina , e depois de fria a matéria fe malaxe *
to de porco, e fe.hirú continuando o cozi¬ e faqaõ madaleoés, que fe guardaráõ para o
mento , até que fe gaite toda a humidade 5 e ufo. Chama-fe eíle Emplaítro Policrejlo}
no cafo que naõ tenha ponto , lhe lanqaráõ porque ferve para a cura de vários achaques*
mais hum pouco de cozimento, e fe hirã como diz o mefmo Cfiarás no lugar citado:
cozendo , até que o tenha capaz $ então í e Poli cr ef um vocant hoc Emplaftrum, quod plti-
lhe lance a Caparroza queimada desfeita em rimum affeãibus fanandis conducat.
íeis onqas de cozimento das palmas, e fe dei¬ Serve eíte medicamento para a cura dé
xe cozer mais hum pouco , até que gaite a todas as fortes de chagas , he bom para as
humidade , e ultimamente fe tire do fogo , e queimaduras * e para as rachas dos beiqos *
ie malaxe,molhando as maõs em hum pouco narizes, e maõs, e também ferve para cica4
do cozimento acima dito , e fe faqaõ mada- trizar, madurar > e relblver;
leoes, que fe guardarão para o ufo. Tam¬ EMPLASTRO ELOS
bém fe póde miíturar a Caparroza nefte Em- Unguentorum.
plaítro, desfazendo-a em pouca porqaõ do 5 a T? Regina.
cozimento, de forte que fique em fórma de Cera amaretla.
maíTa branda* e então fe miítura, quando o Cebo de Ovelhas anã onças feis.
Emplaílro fe malaxa : feito o compoíto por I ncenfo onças quatro.
qualquer deites dous modos, fica com admi¬ T or menti na onças duas c meya.
rável côr, fem que feja necetfano ajuntar- Myrrlta.
lhe mais Caparroza > ou Minto , como al¬ Al me cega anã onça huma.
guns fazem contra o que diz o inventor do Camphora oitavas duas.
medicamento. Se quando fe fizer o Empla- Vtnho branco libra meya : de tudo fe faça
Itro naõ houver Palmas verdes, fe póde fazer Em pia firo S. A. Ita Fredericus Hojfmanus fupi
o compoíto com o cozimento dêramos de Schrod. lib. 2. cap. 5 3. pag. 212. Ear-fe-ha na
Carvaiho , como diz Chards nâJua Pharm. fórma leguintc; A Cera, Rezina, eTormen-
cap. 6. z Accipiantur palma, cacuminum , aut tina fe derreterão,e depois fe coarão em hum
palmitum recenter de a for um hianipuli duo > tacho , no qual eílará o vinho, e fe porá tu¬
autfi deficiant quercus , ttfc. Os antigos faziaõ do a cozer, até que fe gaite a humidade 5 e
cite Emplaítro fó mexendo-o com efpatula tanto que a tiver toda confumida, lhe lauqa-
de palma verde , e por iíTo fe chama DiapaU ráõ fóra do fogo , eítando a Uiafla quafi fria*
ma j porém feito com o cozimento das pal¬ todos os mais fimpliceS ení pó fubtii, e a
mas verdes fica muito melhor, como diz ò Camphora que fe terá diíTolvida em humas
mefmo Auétor no lugar citado: e he fem du¬ got tas de vinho branco e fe malaxavá to-
vida, que fazendo-o fem o cozimento das da :t matéria, depois fe faraõ madaleoés,
palmas, fe queimará antes que tenha ponto, que fe guardaráõ para o ufo. Pelo Cebo de
o que naõ fuccedc ao que fe faz na fórma Ovelha fe póde pôr o de Cabrito , ou Vi-
acima dita. tella.
He o Emplaílro Diapalma muito vulne¬ Serve eíte Emplaílro para as dores de ca-
rário , e proprio para alimpar , e defeccar beca, cheutil na cura das chagas de qual¬
as chagas , e fiítolas. quer parte que fejaõ * para as dores de cabe¬
EMPLASTRO POLICRESTO. ça fe applica em parches pequenos nas arte*
5 A\eite libras duas. rias das fontes da cabeça,pondo hum em ca¬
R • Agoa da fonte libra huma e meya. da parte , ern tal fórma que cubra bem a ar¬
Alvayade. téria ; algun as vez *s tem teito boa obra em
Fe\es de Ouro, e de mitigar as dores de djntes, e outras vezes
Pratai totalmente as tira.
Cera amarella. EMPLASTRO DIAPHORETICO.
T or menti na and onças oito: de tudo fe faça 53 T) Cera amarella onças de\afeis. Êmplafl.
PLmplafiro S. A. Ita ÍAoyfès Chards in Pharm. XV, Be deli 0 onças cinco. Diaphor.
Colophonia. Lcmcry.
Reg.cap.6. de Empl.pag. 349. Far-fc-ha na
fórma feguinte : As fezes, e Alvayade fe nu- Pe\ naval and onças quatro.
triráõ com o Azeite, até que tenhaõ alguma Alambre.
groflura , depois fe lhe ajunte a agoa , e fe Ammoniaco and onças duas : de tudo fe faça
ponhao a cozer até fe gaitar a humidade, en- EmplaJiro S. A. Ita Joannes Schrod. in Pitar-
taõ fe lhe tomará o ponto $ e no cafo que mac.lib. 2. cap. 53.de Empl.pag. 111. Far-ie-
ainda o naõ tenha, fe lhe lance mais agoa, e ha na fórma feguinte : A Cera , Colophonia,
fe coia até que tenha boa eonfiílencia * e co- c Pez uaval fe derreteràõ, c fóra do fogo lhe
Kkk 2 mi*
 444 Pharmac. Lufit. Aúgment.
milturaráõ o Ámmoniaco depurado , e como
eíliver tudo bem miílo lhe lanqaráõ os mais
íimplices em pô fubtil j depois fe mala-xará,
e faraõ madaleoés, cjdie fe guardarão para o
ufo. Também fe póde fazer efte Emplaftro
pela feguinte Receita.
R Cera libra huma.
• Ee\grego.
Bedelio anà onças quatro.
Alambre onças tres.
Ámmoniaco.
Tormentina anã onças duas.
Gatbano.
Goma graxa anà onça huma.
Almececra.
Incenfo anã onça meya: de tudo fe faça Em-
pla/l. S. A. ItaNicolaus Lemery in Pharmac.
cap. 4. de Empl. pag. 1051. Far-íe ha na fór-
ma feguinte : A Cera } e Pez grego fe derre¬
terão , e depois lhe ajuntarão as gomas de¬
puradas desfeitas na Tormentina, e como
eftiverem bem mifturadas lhe lanqaráõ as go¬
mas feccas , e os mais íimplices em pó fub¬
til , e ultimamente fe malaxará, e faraó ma¬
daleoés , que fe guardarão para o ufo.
Efte Emplaftro he muito diaphoretico,
porque pofto emcima de qualquer dor, ou
tumor abre os poros , e refolve o humor por
inviftvel tranfpiraqaõ 5 he conveniente nas
dores dos mufculos, nas ciaticas, e na cu¬
ra das hydropeíias. / Sangre de Drage.
EMPLASTRO DE ALABASTRO.
54 TJ Empl afiro de Alv ay ade.
X\ • Cera branca anà onças oito.
Alabajiro preparado onças duas.
Alambre preparado.
Sangue de Drago,
Coral vermelho.
Crânio humano.
Corno de Veado queimado anà onça huma.
Tormentina fina.
EJloraque liquido anà onça meya : de tudo fe
faça Emplajiro S. A. Ita Moyfès Charàs in
Pharm. cap. 6. de Empl.pag. 375. Far-fe-ha
na fórma feguinte: A Cera , e o Emplaílro
/ de Alvayade fe derreterão em fogo muito
brando , e fóra delle lhe desfaraõ o Eítora-
que liquido , e lhe ajuntarão a Tormentina,
e fe tornará a pôr em lume brando, para
que com huma leve fervura gaíle alguma
humidade do Eíloraque $ entaõ fóra do fogo
fe lhe lanqaráõ os mais ftmplices em pó fub-
til , e tantoque eíliver tudo bem miílo fe
malaxará, e faraÕ madaleoés, que fe guar-
Pneparat. daráõ para o ufo. O Alabafiro fe preparará
Alaáaílri. pizando-o fubtil, e depois moendo-o na pe-
dra até que fe ponha taõ fubtil, que apal-
pando-o entre os dentes fe naõ finta afpere-
* •’ -
Trat.Zi 11 •
za alguma , e da mefma íórte fe prepara o Prasparu,
Alambre. fuccini.
Serve efte Emplaftro para impedir os mo-
vitos: applica-fe em couro de luva 1'obre os
lombos , e oftb facro , corrobora os liga¬
mentos do utero , e as partes juntas a elle $
por fer muy celebrado efte remedio para
prohibir o aborto nas mulheres prenhes lhe
chamaÕ alguns Emplajiro para prefervar de EmpJaff.
movi tos y como diz o mefmo Charàs.z Cetebre*^rho',
efihoc Emplafirum adprohibendum in mulieri- hibcndifl
bus oravidis abortum ; unde non immerito deno-
nnnandum nomine Emplajiri fatum in utero co•
hibentis.
EMPLASTRO
ad faetum retinendum.
55 T) Oleo de Bagas de Lentifco.
jLv« Oleo de MurLinhos.
Lithargyrio anà onças oito.
Grude de pelle de Carneiro.
Grude de peixe anà onças duas.
Bolo armênio.
Grana tinãorum.
Roxas vermelhas.
Balaujiias.
Berberis.
Semente de Tanchagem anà onça huma c
meya.
Redra de A guia,
S ar coco Ita.'
Mumia.
Sangue humano fecco and onça huma.
Incenfo.
Myrrha.
Crocus Martis aflringente*.
Coral vermelho preparado.
Alambre anà onça meya: de tudo fe faça Em¬
plaftro S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm.
cap. 4. de Emplaf. pag. 1029. Ear*fe-ha na
fórma feguinte : Os grudes preparados , co¬
mo fe diíTe no Emplaílro contra rupturam,
fe mifturaráõ com o Lithargyrio, e os Oleos,
c fe lhe ajuntarão duas libras de cozimento
de pés de Rozas , e de bolfa de Paftor , e tu¬
do fe cozerá , até que tenha boa coníiftenciaj
entaõ fe lhe lanqará a Tormentina , e a Ce-
ra derretida , e fóra do fogo os mais fimpli-
ces em pó fubtil, e como tudo eíliver bem
mifturado fe malaxará, e farão madaleoés,
que fe guardaráõ para o ufo. A pedra de A~^rxPari**.
guia fe ha de efcolher a que eftà dentro em a .
cafca , e eíla tal fe prepara pizando-a tina , e
depois moendo-a na pedra de preparar até
que fe ponha taõ fubtil, que provando-a en-
tre os dentes fe lhe naõ perceba afperezaal-
guma.
Efte Emplaftro he muito aftringente, fer-
ve para impedir os movitos ás mulheres pre*
nhes,
 Dos Emplaftros , e Cerotos.
nhes, quando os coílumaõ ter: appbca-íe fo- laxe,e faqaõ madaleoes que fe guardaráõ pará
bre couro de luva aos lombos , e ofíb facro o ulo. Coíèirma eíle medicamento ficar mui¬
44y

para que fortifique , e firme os ligamentos da to feco depois de feito,e aflim fe lhe pôde hin-
madre. ■>• qar o que bailar de Oleo de Murtinhos, ou
EMPLASTRO ISGHIADICO. Rozado para o abrandar, como enfiná o mef-
5 6 T) Cera amar tila. mo Author no lugar citado.
JA_ • Refina ou Colophonia. Eíle emplaílro he muito difcuciente, e ve-
Pe\ naval. folutivo, e por iíTo he conveniente aos goílo-
To, -mentina and libra meya. fos,e tambern aos que temReuinatifmoSjCon-
Ammoniaco. forta a parte da dor, e fe lhe applica em cima
Flor de Enxofre and onças tres. de couro de luva delgado , e poílo em poucá
1 iioenjb. quantidade.
Rai\ de Li rio. EMPLASTRO ANT1PODAGRICO.
Alforvas and onça huma e meya; de tudo fe 5 8 TJ Mafia de emplaflro Diapalma librk
faço emplajiro S. A. Ita Nicolaus Lemery in • huma e meya.
Phannacop.cap.4f. de Empl.pag.ioj i.Far-fe-ha Cera nova.
na fôrma feguinte. O Ammoniaco fe depura¬ Tormentina fina ana libra meya.
rá com V inugre $ como muitas vezes fe tem Oleo de Almecega onças quatro.
dito j a Cera, Pez grego, e naval fe derreterão, Muàlagens de Alforvas , e de
e tora do fogo lhe ajuntarão a goma desfeita Malvaifco tiradas em Vinho vermelho and
na Tormentina , e ultimamente lhe lancarád onças tres.
os mais timplices em pó fútil $ e tantoque tu¬ C afeas de C ar ac oe s calcinadas.
do eíliver bem mixto fe malaxará,e faraõma- Crocus Martis ajlringente and onça
daleocs, que fe guardaráõ para o ufo. Chama- huma e meya.
fe eíle emplaílro Ifclúadico palavra dirivada Lirio b lorentino onça huma.
do nome latino l/chias Ifchiadis,que fignííica Almecega.
a ciatica. Gomâ graxa.
Lite emplaílro fortifica e refolve , t por Sangue de Drago and oitavas féis;
iíTo he excedente nas dores da ciatica , e dos Ro^as vermelhas.
Reumatifmos; applica-fe em couro de luva á Murtinhos.
parte enferma,e aifim nas ciaticas, eReuma- Lo fina.
tifmos he conveniente,e obra admiravelmen¬ Ejtora que calamitha.
te, como diz Charàs na fia Pharmac. cap. 6. de Beijoim and onça meya j de tudo fefaça em*
Emp.zEgregios edit iftudemplafiruni ejfefius in plafiro S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmac.
Ifclúadico afeãu $ attraãls entm ad ambitum cap.4. de Empl.pag. 1052. Far-fe-ha na fôrma
corporis humoribus Jerofis > penitiús delitefcen- feguinte: Tòmaráõ íeis oitavas de Alforvas,» e
tihisjiorum malorum caufx frequenújfima, inde meya onça de raizes de Malvaifco machuca¬
oriundos compefcit dolores-, plurimum etiam con- das, e fe porão a cozer com a libra e meya de
ducit dijfipandis Rheuniaticis ac doloribus d fe¬ Vinho tinto até gaílar a terca parte} entaõ fe
ro per mufculofum genus difufo genitis, új c. coará com fórte exprefíaõ, e neílã coadura
EMPLASTRO arthritico. derreterão a Cera, e depois lhe lançarão a
57 T) Jsíajfa de emplaílro Diapalma difi- Tormentina,Oleo de Almecega,e Emplaílro
XX* folvido em Vinho ejhtico , e depois Diapalma , e tudo junto fe porá a cozer cm
gafada a humidade libra huma. fogo brando até fe gaílar a humidade , e fora
Tormentina onças tres. do fogo eílando a matéria meya fria lhe lan¬
Murtinhos. çarão os mais fimplices em pó fubtil,e fe ma-
Roías vermelhas. laxará, e farão madaleoes, que fe guardaráõ
v Almecega. para o ufo.
Sarro de pipa and oitavas duas. Eíle emplaílro ferve para confortar ás par¬
Iva arthetica. tes goiozas,e he também bom para as fraótu-
Flores de Macei la and oitava huma ; de tudo ras,e deslocações: applica-fe eni couro de lu¬
fefaça emplajiro S. A. Ita Nicolaus Lemery in va brando, e em pouca quantidade.
Pharmac.cap.4f.de Emppag.xoiz. Far-fe-ha na EMPLASTRO SAMARITANO.
fôrma feguinte*. O emplaílro Diapalma fe dil- 57 T} Balfiimo Samaritano libras duas.
folva em Vinho eflitíco, e fe ponha a cozer XX* Ltthargyrio libra huma é meya.
em fogo muito brando ate gaílar a humida¬ Cera libra huma. . ‘ '
de, entaõ fe lhe miílure a Tormentina, e fora T ormentina onças quatro. . '
do fogo os mais fimplices em pó iutil,e tanto Oleo de Louro onça huma e meya.
que a matéria toda eíliver bem mixta íe ma- Goma elsmi oitavas det*
Opa
 446 Pharmac. Lufit. Augment. Trai. XII.
OpopQíiãCd f e
Galbano depurados em Vinagre.
Arijloloqma redonda.
Anjioloquia longa and onças tres".
Ahnecega.
Incen/o anà onças duas.
Myrrha onça hunia.
Camphora dilata em Balfamo do Peru onça
meya de tudo Je faça emplaftro S.A., 0 (jualfe
mexerá com efpatula feita de pão de Freixo,
Ita Fredericus Hojfmanus in Fafçiculo medi-
cament. tit. 24. de vulnèrariis. pag. nüht 770.
Far-íé-há na fórma feguinte: O Galbano , e
Opoponaco fe diftblveráõ em Vinagre, e de-
puraráó, como varias vezes fe tem dito* o Li-
thargyrio fe nutrirá com o Balfamo Samari-
tano, e depois fe cozerá lancando-lhe algum
vinho branco para que o Lithargyrio fe nao
queime, e fe hirá mexendo continuamente
com efpatula de Freixo ; e tanto que tiver
ponto , fe lhe lance a Cera , e Goma elemi
derretidas; entaõ fe tirará do fogo, e lhe mn-
qaráõ as gomas depois com a Tormentina, e
torne tudo ao lume a gaitar alguma húmida*
de, que levaíTem as gomas, e fóra deile fe lhe
ajuntem os mais fimplices em pó fubtil, e a
Camphora, que fe diíTolverá em duas oitavas
de Balfamo Peruviano,e no Oleo de Louro,e
tanto que tudo eftiver bem mifturado fe ma-
laxe, e facaõ madaleoés, que fe guardaráo pa¬
ra o ufo.
He eíte emplaítro hum remedio univerfal
para todas as feridas,aftnn antigas, como fref-
cas; conglutina-as, c as cura em breviffimo
tempo , fem que lhe fobrevenha fymptoma
algum, como diz o mefmo Auótor no lu¬
gar citado , e lhe chama Emplaftro univerfal.
Emplafl.
Univcr* Fiat> omnibus exaãe mixtis, & copulatis (cum
íalc. piftillo ex ligno fraxineo), emplaftrum umver-
fale omnibus vulneribus antiquis, & recentibus
conducibile > quod brevijftmo temporc congluti-
nat, fanat, & ab omnibus fymptoma ti! us defen-
dit)& quidern ahfque alio remedio balfamico ad~
hibito.
EMPLASTRUM
ad fracturas Ofíium.
ío T) Atei te libras duas.
JLV . Lithargyrio libra huma.
Cera onças quatro.
Re tina onças tres.
Confolida mayor.
Bolo armênio anà onças oito„
Farinha de Favas onças duas.
Mumia.\
Ale atira anà onça huma: de tudo fe faça em¬
plaftro S. A. Ita Fredericus Hojfmanus in Vaf-
ciculo medicament.tit. 25 Je vulnèrariis par.mi-
hijyo.Far-fe-ha na fórma feguinte.-O Lithar-
gyrio fe nutrirá com o Azeite, e depois fe po-
rá a cozer com hum pouco devinhp tinto,
até que tenha ponto capaz, entaÕ lhe lanqa-
ráõ a Cera, e Rezina derretidas, e fóra do-tb-
go todos os mais íimplices em pó fubtil;e co-
mo tudo eftiver bem mixto,fe malaxará a ma-
teria, e fe faráÕ madaleoés, que fe guardaráo
para o ufo.
Efte emplaftro corrobora o gencro ner-
vozo, faz parar as fluxoês,he util nas hernias:
abranda as dores da gota, e ferve para as fra-
cturas,e deslocaqoes, principalmente das dos
oífòs.
EMPLASTRO PARA A GOTA.
61 T) Emplaftro Diachylaõ mayor orn as
XV. feis.
Oxicroceo > *
Diapalma anà onças duas.
Tutanos de Veado.
Unto deUrfo anà onça Iram a e meyá.
Tacamaca diftolvida cm Vinho onças duas-.
àe tudo fe faça Emplajlro S.A.La Michael Ut-
tmullerus tom.i.cap.iz.mihi pag.624. Far-fe-ha
na fórma feguinte: A Tacamaca fe machuca-
rá> e diíTolverá em vinho; depois fe tornam a
pór em confiftencia capaz,c fe miíhiravá com
os Emplaítros, e Enxúndias, que tudo citará
diluto em fogo brando , e então fe mataxe , e
faqaô madaleoés,que fe guardaráo para o ufo.
He efte compoílo muito difeutiente, e ve-
folutivo,e por iflo he conveniente aos goto-
zos para lhe abrandar as dores da gota.
EMPLASTRUM AD GANGLIAS.
62 T) Ammoniaco.
XV- Galbano.
Opoponacp ,e
Sagapeno diftòl vidos em vinagre > e infpif*
fados.
Myrrha pulverizada anà onças tres.
Oleo de Louro.
Efpirito de Vinho.
Enxofre.
Sal Armoniaco, â
Viíriolo branco anà onça meyá.
Euphrobio oitavas duas, de tudofe faça Eni-
píaftro S. A. Ita Moyfes Charàs in Pharntacop.
capA.de Emp.pag.379. Far-fe-ha na fórma le-
guinte. As gomas fe machucarão, e infundi¬
rão em Vinagre por efpaffo de vinte e qua¬
tro horas, depois fe coaráõ, e porão em con¬
fidencia de Emplaítro, e lhe miíluraráõo O-
leo de Louro,depois os mais fimplices em pó
fubtil, e ultimamente o efpirito de vinho; e
tanto que a matéria eftiver bem mixta,fe ma¬
laxará , e farão madaleoés, que fe guardarão
para o ufo.
Serve efte Emplaftro para todos os tumo*
res,que nafeem no pefcoqo,ou em outra qual-
quer parte debaixo dacutis, he fefoluÊivo , e
bom, difeutiente para os cároqos do pefcoqo,
cpa-
 ;irt>o? Èmpkftros rè GerotQs; i
c para cjuaefqüer chagas calozas*ferve na cu¬ çópoílo Sparadrapo, quéquer dizer pánno me¬
ra das Al porcas, e para todos. os. humpies fir* dicado degeílivo, e fuppurativo,co±o diz he*
rozos, e materias.congêladas, era qualquer niery no cap. 4. de Ethimolog
parte -do corpo, ' "
EMPLASTRO DE FULIGEM; ,
; E M P L A ;s . T, R ü M tf 5 p S abaô de V enè\a onças Cr es-.
-M rpni^i^iaí, JLVé Manteiga frefcai
ií) -p - . T or menti na.
JLV# Lithargyrio and onças 4. Fermento and onças duas.
Oleo Kpiado libra hum a. Ferrugem de chaminé onça huma e meyài
Agoa'Ro\adp onças oito. Sal commitm onça huma.
Cera branca onças tres> de tudo fe faça empl Mel Roxado oitavas feis.
S. A. Ita.Michael Ettmulleras 2. toni. cap. 12. Triaga magna. ~
defparadrap.p. mhi 635. Fav-íeha na fórma Metndato and onça meya: j
feguinte. OAlvayade> e Lithargyrio fe un- Gemas de Ovos num. quatro*
taõ com o oleo Rozado e depois fe lhe lan¬ Açafrad oitavas tres : de tudo Jefaça eni*
ce a agoa Rozada , e fe coza até gaitar a hu¬ plajlro S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharnia-
midade , e que os mineraes tenhaõ boa con- cop. cap. 4. de empl 104.6. Far-íe-ha na fórma
íiftencia , e fe for ri.eceiTa.ria mais agoa Roza-. feguinte ; A Manteiga} Tormentiná, e o Sa-
da fe lhe ajuntará , e ultimamente lhe lanca* bao feito em bocados fe derreterão fcm forO
ráÔ a Cera derretida , e fe faraõ madaleoés, brando, e fóra delle fé lhe ajuntará a Triaga*
que fe guardaráõ para o ufo. e Metridato > ultimaínénte os mais fimplices
Serve eíle medicamento para tirar a iilflam- em pó lubtil, e eítando a matéria tòtalmen-’
maçao, que fobrevem nas fontes das pernas, te fria * fe lanqaráõ as gemas de Ovos j e tan¬
e braços, e bem util na cura das chagas do fí¬ to que tudo eíliver bem mixto, fe guarde ò
gado , de qualquer parte que fejaõ : póde-fe compoílo em pote de barro para o ufo.
applicar depois de abertas as fontes com cau¬ Serve eíle emplaftro , ou para melhor di¬
tério , para que nao fobrevenha alguma in- zer cataplafrna para madurar os büboens pe-
flammaqaÔ á parte , e fe pôem era couro de ítiknciaes, carbúnculos , eentrazes; appliJ
luva, e o mefmo emplaftro fe appíica hu* ca-fe á parte enferma fobre panno, oU couro
ma, ou duas vezes no dia, e fe pode ufar del- de luva.
. le aílim , em quanto as fontes nao comecao EMPLASTRO TONSORIS;
a purgar. 66 13 Pe\ negro libra duas*
E M P L A S T R U M. JTV, Cera libra huma-.
ad Fonticulos, feu Tela Gualteri. E evna libra meya.
64 T) Emplaftro Diapalma. Al for va Si
JL\.» Diachylao gomado and libra humái Rai%' de CamaUad negro and onças quatro:
Emplajiro de Alvayade libra meya. Cominhos onças duas.
Ra/\ de Lirio em pó onça hum a é meya : de Oleo de Lirio qf: de tuâo fe façd emplaflró
tudo fe faça empl. S. A. Ita Nicolaus Lemery S.A. lia Nicolaus Lemery in Pharm. cap.4. de
inPharmacop. cap. 4. de emp.pdg. y 96. Far- emp.pag. 1046. Far-fe-ha na fórma feguinte;
fe-ha na forma feguinte: Ós Emplaítros le O Pez negro, Cera, e Rezwia fe derretaõ com
diífolvao todos em fogo muito brando, e fó- cinco, ou feis onças de Oleo de Lirio, depois
ra delle fe lhe lance o pó da raiz do Lirio tri¬ fe coe a matéria por pann© raíò,e fe lhe ajun¬
turado fubtilifíimo, e fe mifturc bem , e em tem os mais fimplices em pó fubtil * e como’
quanto a matéria eftáquente, e liquida íc lhe tudo eíliver malaxado* fe faqaõ madaíeoens *
metao pedaqos de pannofino dentro* e como que fe guardaráó para o ufo. Chama-fe eftd
eftiverem bem molhados no emplaftro, fe tk emplaftro Tonforis, porque foi invento dé
rem j e tanto que começarem a esfriar-!e fe hum Barbeiro, como diz o mefmo Lemery nct
lancem em cima de pedra, ou taboa liza mo¬ lugar citado.
lhada , e com a maÕ também molhada em Elle medicamento he muito refolütivo,
agoa, fe vá alizando o emplaftro muito bem, ferve para a gota ciatica , rheumatifmos, é
em fórtna que nao feja a groílüra muita, e ul¬ para fazer fuppurar todos os apoflemas.
timamente fe cortem em pedaços quadrados EMPLASTRO;
para fe ufarem em lugar de folhas na cura das quatro gomas*
das fontes. 6L TJ Ammoniaco.
Serve eíle remedio para com elle fc cura¬ X\ • Saga peno*
rem as fontes em lugar de folhas de Hera,aju¬ Galbano.
da muito a purgaçaõ delias, e as coníerva 1 i- Opoponaco and libra hunia.
\res de inflammaqoens,alguns chamaõ a eíle Colophonia libra meya ; de tttdofcfàçà em-
plajli

Pharmac. Luíit. Augmenti Trat.-XII.
píaji. S. A. lu Nicolaits Lemery in Pharmacop.
cap. 4. de emp.pag. 1047. Far-fe-ha na fórma
feguinte? As gomas fe machucarão , c infun¬
dirão eiii Vinagre por eípaqo de vinte e qua¬
tro horas, depois fe diftolveráó , e coarâ5 , e
então fe poraõ em fogo brando , até que te-
nhaó boa confiftenciu, e com ella fe miftura-
rá a Colophonia derretida, e como a matéria
eftiver bem mixta, fe fafáó madaleoés , ou
para que fe na5 pegue o êmplaftro ao papel,
fe guarde em hum pote de bano vidrado, e
aiTim ie dará para o ufo.
Serve eíle emplaílro para abrandar, fhadu-
rar, e refolver os tumores de qualquer parte
que fejaÕ. . fá p
E M P L A S T R O
de fangue humano.
Oleo de Hypericaõ libra hum a*
a
R. Lithargyno.
Vinagre forte anà libra meya. :
Cera amar ella. -
Tormentina.
Unto de homem*
Sangue humano anà onças duas.
Limaduras de Cobre.
Verdete.
Caparro\a de Chypre.
Sal de Per ficaria anà onça meya : de tudo fe Unguento de Arthanita onças tres ' de tudo
faça EmplaJlroS. A. Ita Nicolaus Lemery in fe faça Ernpí afiro S. A. lta Ni cola us Lemery in
Pharmacop. cap. 4. de Empl. pag. 1 046. Far-fe- Pharmac. cap. 4. de Empl. pag. 1044. Far-fe-
ha na fórma feguinte : As limaduras de Co¬
bre fepifaráo fubtiliílimas, o Verdete e os
mais fimplices também fe triturarão da mef-
ma forte, o fangue humano fe ha de defeccar
primeiro,e deiie aftím fe ha de tomar a quan¬
tidade, que na receita fe pede. O Lithargyrio
fe unirá com o Oleo, e fe lhe ajuntará o Vi¬
nagre, e fe porá a cozer, até que tenha ponto
capaz, entaÓ lhe lanqaráó a Cera, Tormen¬
tina, e as Enxúndias derretidas, e fóra do fo¬
go lhe deitarão os mais fimplices, e tanto
que a matéria eftiver bem mifturada , fe ma-
Pro fan. laxará , e fe faraó madaleoes, que fe guarda¬
is1110 raó para 0 uf0> pelo fangue humano ie póde
humano p£r Q ^ p0rco? como diz Avicena no cap.(\o.
^U1 ’ do livro 2., e Galeno no libro 1 o. dos fimplices &
pcrí-, 7). de alimentis. 0 Sal da Perficaria fe faz da
caria. mefma forte , que o das mais plantas.
Efte Êmplaftro he muito deterfivo, defec-
cativo, vulnerário ,fortificante , e refoluti-
\o. Serve para as chagas velhas, desfaz os tu¬
mores , e he bom para as contufoés.
EMPLASTRO HEPÁTICO.
Cy
R. Cera amarei la libra meya.
Tormentina onças quatro.
Sal Armoniaco onças duas e meya.
Ammoniaco.
Goma elemi.
Çumo de Agrimonia , e de
fv 7 • .^
WJpljSI
Lofnd anà onças duas.
Myrrha onça húpia. ;
jfnamn
‘''Folhas de Agrimonlafecca
Camphora dijjblvida em Oleo dè ÃUMrè áhà
onça meyav de tudo1 feffaça EmplàJlroS.A. lta
Nicolaus Lemery inPHarm. cap. Empl.
pag. 1046. Far-le-ha na fòrrhâ feguÇté :'0
Ammoniaco fe depürárá í aÇera pe> Goma
elemi fe derreterão; e lhe landaráÓ (^‘qtiinòs,
e então lhe ajuntaráõ o AmmòníaCó cfésfeíto
com a Tormentina, e como eftiver frio lhe
lancaráõ os mais fimplices cm pó ftibtil , e'
ultimamente a Camphora desfeita 'em* humas
gotas de Oleo de Alambre* depois fe maíaxa-
fft fsrnfi
e fe que<-“Tf*
faraÕ madaleoes it rm fe guárdaváó
cmírr d -ir Srí
para o ufo*
Efte Êmplaftro he ertiolíiente i e refoluti-
vo , ferve para gaftar as obftrucqoésdo £ga-
do, baco, e das mais partes.
EMPLASTRO DE PEPINOS
de S. Gregorio.
70 R ah es de Pepinos de S. Gregorio
onças tres.
Enxofre.
Cominhos anà onças duas.
Euphorbioonça hum a e meya.
Pe\ grego libras ires, e onças duas.
ha na fórma feguinte ? O Pez grego fe derre¬
terá , e depois fóra do fogo lhe diftblvaóo'
Unguento de Arthanita, e como eftiver frio
lhe deitaráó os mais fimplices em pó fubtil j
e ultimameiite fe malaxará, e faraó mada¬
leoés , que fe guardaráó para o ufo.
Efte Êmplaftro purga as forofidades, he
muito conveniente o ufo delle para os Hy-
dropicos: appliea*fe em cataplaíma fobrea
ventre inferior.
EMPLASTRO PURGANTE.
71 TJ Semente de Catapucia.
JLV» Coloquinthida anà onças duas.
Rai\es de EUeboro negro.
Folhas do mef mo , e de
Trovifco.
Çumo de Pepinos de S. Gregorio , e de
Folhas de Trovifco.
Çumo de rahes de Sabugueiro , e de
Engos anà oitavas feis.
A\ebre.
Efcamonea anà oitava huma e meya.
Tormentina oitavas tres.
Mel efeumado q.f: ie tudo fe faça Empl. S.
A. lta Andreas Cnoffelius in confult. Reg. Po-
lonia. tit. 2. de Catharticis p. niihi jii. Far-fe-
ha na fórma feguinte : Os qumos como eftft
verem depurados fe mifturaràó com a Tor¬
mentina, e os mais fimplices pulverizados
fubtis
 Dos Emplaflros, e Cerotos;
fubti?, então fe lhe lançará o que bailar de
JVlel elcumado para fazer rnaífa grotfá, que
íe poífa applicar em Cataplatma, e como tu-
do eíliver bem mixto , fe guardará em vafo
vidrado para o ulo. Eíle Emplaílro foi hum
íegredo communicado a Uladislao IV. Rey
de Polonia por hum illuílre Cavalheiro , e
depois a receita delle deu-a o Auclor acima
citado Joaõ Llekero Boticário do dito Rey ,
e diz que eílimava a receita como a huma
coufa muito fmgular ; aíTim o affirma o dito
Autftor por formaes palavras; Emplajírumhcc
mira. virtutis quonda.ni S. Reg. Mageftuti Via-
âislao IV. à Palatino Fome relha, illujlr. Dn.
de Dalinhof efl cotnmunicatum,cujus defcripüo-
7iem annis fuperioribus à Joanne Hekero Phar-
maccpceo íxegio tamquam aliquid jir.guiare, &
ego accepi.
Poílo efte Emplaílro no embigo , mata as
lombrigas, e as lanca fóra com o excremen¬
to , taz vomitar applicado ao eítomago , po¬
ílo nos lombos, e rins faz ourinar , e áppliça¬
do nos peitos provoca a conjuncaõ menfal
ás mulheres. Todas eltas virtudes diz o Au¬
dio r que tem eile compoílo; lie aílim for, re-
medio he que todos devem ter feito: tudo af-
firmao meímo Auélor por formaes palavras.
Primo fui vi t potenter alviim imbdico tmpofitü ,
erecat vermes, etfquefmiil cum excrementis ex¬
peli it-, regicm fuperiorJiomachi applicatumK vo¬
mitam ciet j rembus, & lumbis, urinam promo¬
vei, mammis muliemm, menjlriia folicitat, üj c
e tem mais algumas virtudes, que os curio-
fos poderáõ ver no lugar citado.
EMPLASTRO CALA MINAR.
72 lj| -Heite commum.
X\_ * Sebo de Carneiro.
JJthargyrio and onças quatro.
Cera branca onças tres.
Pedra calaminar por ella Tutia onçds duas.
'for menti na onça huma e meya.
Incenjò oitavas de\.
Alvayade onça huma. ,
Almecepa oitavas cinco.
Mirrha onça meya.
Camphora oitavas tres.
'Tutia oitavas duas.
Agoa commua q.f: de tudo fe faça Emplafro
S. A. íta Nicolaus Lemery in Pharmacop. cap.,
4.de Empl.pag. 1044. Far-te-ha na turma ie-
guinte: O Lithargyrio, Alvayade , Tutia, e
o Sebo de Carneiro, le iniíluraráo com o
Oleo, e fe porá tudo a cozer com huma libra
de agoa até gaitar a humidade , e ter ponto
conveniente, então lhe lançaráo aTormen-
tiila , e a Cera derretidas, e fóra do lume os
mais fimplices em pó íubtil , e ultimamente
a Camphora desfeita em huas gotas de Oleo;
e tanto que de tudo eíliver feita boa millura,
449
fe malaxará, e faraó madaleoes, que fe ^uaf-
daráõ para o ufo.
Eíle Emplaílro defecca, e abfòrvè os facà
ácidos das chagas por cauía das matérias Al-
kalinas, de que alguns dos fimplices cíuo
cheyos.
EMPLASTRO MAGNÉTICO
Arfenical.
73 TJ Sagapenó.
X\ • Ammoniacfr.
Galbano and onças tres.
Cera amarella.
TormenUna onças quatro e meya.
Magnes arfenicalis onças tres.
Terra de Vitriolo lavado onça huma.
Oleo de Alambre onça meya : de tudo fe faça
Emplajíro S.A. Ita Mòyfes Charas in Pharma¬
cop. Reg. cap. 6. de Empl.pag. 5351. Fav-fe-ha
na fôrma- feguinte : As Gomas fe diíiblveraó
em Vinagre ícillitico, e depois de coadas, fé
poráõ em confiílencia de Emplaílro , enfaS
íe lhe ajuntará a Tormentina , e Cera derre¬
tida, e fóra do fogo lhe lanqaráõos mais fim*
plices, e ultimamente o Oleo de Alambre; e
tanto que a matéria eíliver bem mixtadé ma¬
laxará , e faraó madáleoés, que fe guardaváó
paru o uío.0 Magnes arfenicalis fe faz na fór-ÁÃagnái
ma feguinte : Torriaráõ partes iguaes de An Arícm-
timoaiio , Enxofre , e de Arfenico branco, ec li-
roachucaváÕ tudo.depois meteráõ toda a ma¬
téria em húm cadinho , e a derreterão, e co¬
mo eíliver hem fluida , e o Enxofre todo ga-
ílo, fe tirará do lume , e fe lanqará em cima
de pedra liza, ou fe deixará congelar no mef*
mo cadinho , e tanto que eíliver bem fecca t
fe tire, e aflim fe guarde para o ufo: deíla for*
te o enfina a fazer o melmo Audtor, e Leme¬
ry na fia Pharm. cap. 4. de Empl. Eíle com-
poíloEe hum caullico muito brando, defec¬
ca , e mundiflea as chagas. Para fe haver dé
fazer a Terra do Vitriolo , he neceífario que áaí Vi.
primeiro fe tire o Sal do Cuput mortuum,pa-ttioli.
ra que fique a terra ; o que fe fará na fôrma
feguinte : Tomaráóa quantidade do Caput
mortuum , que fica depois da dellillacaõ do
Vitriolo , e o lavaráõ em a^oa muitas vezes,
depois filtraráõ o licor , e como eíliver cla¬
ro , fc porá a evaporar cm fogo brando , e O
Sal depois de bem enxuto , íe guardará para
o ufo : a eíle Caput mortuum depois de la¬
vado j e tirado o Sal ,íc chama Terra de Vi- Terra Vi.
trio lo, ou Terra doce de Vitriolo , e le guarda trio! i, íeu
para o ufo depois de fecca: delta íorte a enii-tcrra dul-
na a fazer Lemery no feu Curf chi mico 2. part. *'? ,Vl*
cap. iS. de Vitriol. p. tnihi432. O Sal de Vi- llDa'
triolo he vomitivo, da-le de feis até doze
grãos. A terra doce de Vitriolo he muito de-
ieccante,e aílvingente, póde-fe dar pela boc-
ca para os fluxos de fangue, dyfenterias, e
LU \omU
 45° Pharmac. Lufit. Àugment. Trat. XII.
vomitos de dous graos até íeis. Do Caput
mortuum do Vitriolo fe faz a agoa eítitica,
e he hum tuo admiravel remedio, que efcre-
vo ndle lugar a íua receita, vido naõ a dei*
xar efcripta no Tratado das aguas*
Aquafty
ilí'*
ptica,
O Caput mortuum Vitridli.
‘ XX. Pedra hume queimada,
Açúcar catide anà gràos trinta*
0urina de menino fav,
Agoa Royzda anà onça meya,
Agoa de Tanchagem duas onças: mjiure-fe
tudo , efedè coada por inclinação. La Nico-
iaus Lemery in Curfu chimico 2. part. cap. 1 'S.de
.
Vitriol.pag. nulu 426 Far-fe-ha na fórma fe*
guinte: O Caput mortuum , o Açúcar can-
de , e a Pedra hume queimada fe pifaráõ , e
diíTolveráõ em gral de pedra com a Oürina
de menino, e com as agoas$ depois uido jun-
to fe lançará em garrafa de vidro; e páf&das
dez, ou doze horas, em que fe tenha mexido
a matéria duas, ou tres vezes, fe coe por in-
clinaçaG , ou por panno , e fe dé a agoa para
unaíis^1"*° U^°* Alguns chamaG a efa agoa T)
erw 1S' porque ferve para fazer parar o íangue da ar- JlV • Cera branca onças duas.
teria cortada;he também boa para as hemor- Qalbano depurado onça hunia e meya : de tu-™*
ragias, molhando nella hum panno,e meten- do fe faça Empl. na fórma feguinte: A Cera fe matu‘ra’
do-o nas ventas do nariz: tomada interior
para os meímos accjdentes, fe dá de meya
oitava até duas em licor conveniente , af-
f m como em agoa de Bolfa dc Paílor, Tor-
mentilla, ou de Centinodia.
Serve o Hm pia ftro Magnético arfenical
para os carbúnculos peílilenciaes ; pelüa-:vir-
tude magnética que tem , attrahe para a cir-
cumferencia todo o humor, e impede que o
máo, que já eíiá no carbúnculo, !e na6.com-
munique ao langue; faz fahir das eícorphü-
las o humor, e as cura , e confolida emane-
nos de cinco ou íeis íemanas, alimpa, eítwun-
dihca as chagas rebeldes admiravelmente.
b Alguns intitulao efle Emplaftro com o nome
Emplafi.de leu A ucíor, que foi Angelo Saiu ç como
cum An"^'Z Charàs no lugar acima citado Angelas S
„c1j saj fia ijiuis Empl(jtri AuÓlor, liancpraparatiavem
pracipit, 0’c. Chama-le Magnético efle Em-
plaítro, porque tem grande virtude de atira-
hir os humores, e o fóbre-nome de Arfcnicaí,
he porque entra na íua compofíçaõ o Arfe*
nico branco.
E M P L A S T R O
de Sperma Ceti.
74 Cera branca onças quatro.
• Sperma ceti onças duas.
Galbano depurado com Vinagre onça hum a:
de tudo fe faça Empl.S. A. ha Nicoiaus Le-
mery in Pharmacop. çdp.4. de Empl. pag. 1 oiy.
Far-fe-ha na fórma feguinte; A Cera fe der-
reterá em vaio de barro vidradoj ou dc cobre
bem eílanhado, e depois fóra do fogo fe lhe
ajuntará a gomaje tanto que eíliver bem def-
feita, fe lhe lanqarà aSperma ceti, e tudo fe
porá em cinzas quentes-’, até que a Sperma fe
diflblva ; e como eíliver liquida , e bem mi-
il.urada com os mais íimplices,fe tirará do ca¬
lor das cinzas, e fe malaxará , e faraG mada-
leões, que fe guardaráw para o ufof, aflim o
eníina a fazer Lemery no lugar atado , e Çha-
ràs na Pluirmacop. Reg. cap. 6. de Empl. ; po-
rem feito aííim íiça muito duro , porque a
Sperma, que a eíle Reyno trazem,naõ he taõ
pingue como aquella com que fe faz o Fm-
plaiho nas partes do N01 te,aonde ha quanti-
dade de Halèas, de que fe tira a Sperma, e
aflim a que ao Reyno nos trazem , fuppoflo
naG venha rancoza , com tudo por ter pafia-
do o mar,vem mais fccca,e por iífo o Empla-
ftro que le faz na fórma acima dita , flca du-
ro ■, e para que íeja bom , e tratavel como o
que vem feito deÜlanda,fe fará pela feguin.»
te receita.
Sperma Cetioncas quatro. Emplaft.
sPer'
derreta em vafo capaz, depois lhe ajuntaráõ
o Galbano depurado , e pofto em confiden¬
cia de Unguento , e fóra do fogo fe lhe lan¬
ce a Sperma , que com o calor a matéria fe
diíTolve logo ; c tantoque eíliver bem mixto
tudo, fe malaxará , e fnrao madaleoes,que le
guardaráõ para o ufo. Varias faõ as opinioés Hifioria
que ha acerca do que he a Sperma Ceti, por- Spcrmat.
que huns dizem que he hum genero de Re-*-‘eti'
tume , a que nas officinas fe chama Sperma
Ceti: outros que he Ambav branco ; e outros
que he flor, ou efeuma do mar congelada: os
primeiros que a viraõ, lhe chamávao Sperma
Ceti , ententendoque era a genitura da Ba-
léa, que depois do coito , le efpalhava pelo
mar, e porque onde achavaõ a Sperma. ha-
via muitas Baléas ; porém também fe enga-
náraõ, como diz tíofmam fup. Schr. l.\. c.s, r.
de Sperm. ceti.zHoc ab initto fub Spermatis Ce-
ti nomine natiira mitcLis venil, eò qubdputarent,
eamdem ejje catigenituram in mare à coitu ol¬
Ur um efufam,cum illis in locis potijimum inve-
niatur, uli Castor um vel Ba la na rum magna efi
copia , Ü* fpematicam ad vifeidam repraJsnteS
fubflantiam ; fedfruflanea per/nafone: z e af-
lim feguindo a 01ào XJormio in Mufao cap.
14., e Bartholino c. 4. lujloria 24. , e outros,a
quem cita Uofmano fe vé claramente, que a
Sperma Ceti he huma matéria pingue, oleo-
fa , muito branda , e friável, que le acha den- Spcrtn4
tro do crânio da Balêa , a qual matéria de-
pois de tirada do crânio, a derretem , e depu-
 Dos Emplaítros > eCerotos.
rao, coando-a por hum panno,e depois a dei-
guel Ettmullers 2. tom. cap.}i. âe Spemate ce-
ti pag. mihi 455. por formaes palavras. Vidi
literas ex Haffnta Pharmacppoep curiofo tranf-
mijas, in quibus tota natura, tf origo Sperma-
tis ceti continebatur : quod nimirum copiofê col-
ligitur ex capite ceti, tf quidem quod in capiti•
bus pifeium ijforum Cetaceorum copiofe reperia-
iur , ita iit integra dolia ex uno capite hauri an-
tur bete matéria ex fefit pinguis , tf quafi ran-
cefcens: praparatar autem, ut fiat alba, tf chri-
Jlalina matéria ijia hoc modo, quam Sperma ce¬
Ellc&iò ti vocant. Deve-fe efeolher a que for mais
Sperma- branca , e mais frefea , de tal forte que naõ
tis ccti. tenha ranco algum , porque aquellaquehe
rancofa, dada pela bbcca,faz mais damno que
proveito, como diz Frederico Hoffmano no
lugar citado fatiando na eleiqaõ da Sperma
ceti. Sed rancidum non ejje debet, alias plus
Vires, 8c.nocebit quàm proderit. Toma-fe pela bocca a
Dofcos Sperma ceti para difiolvCr o fangue coalha¬
Sperma- do cm grumos depois de alguma quéda , ou
tis ceti.
por outra qualquer caufa que feja $ e na5ha
melhor remedio para a Afma, e Catarros fuf-
focativos , como diz o mefmo Hoffmano. In
afimathe, catharro fujfocativo, mhil prefiantius.
E)a-fe de hum eferopuío até numa oitava em
licor conveniente.
He bom ó Emplaítro de Sperma ceti pa
ra fecear o leite ás mulheres, diliblve o que
eftk em grumos nos peitos , abranda , e refol-
ve os tumores efcruphulofos,ou outros quaeí-
quet que fejao: applica-fe em panno fino, 011
couro de luva á parte enferma, e para feccár
o leite fe traz poíto em cima dos peitos al¬
guns dias} também abranda as dores dos pei¬
tos, que procedem do leite grumofo. No ca-
fo que alguma peíToa,aquem fe applique eíte
remedio, naõ o queira com o cheiro do Gal-
bano, fe lhepóde tirar, e pôr em feu lugar
outra tanta Sperma ceti, c algum Oleo ex-
preíTo das fementes frias, como diz Charàs.
ln gratiam Matronarum delicatarum ex h»c e fe lhe ajunte,
Jimplafro pojjât detrahi gummi ammoniacum
ob odor is in fuavitatem, addendo Cara. alba ac
Spermati ceti untiam unam ólei e feniínibus fri-
aidis exprejji, ifci
y emplastro
ad extrahendos globulos, & fagittas»
Retina.
75
R. Pe\ negro.
Tórmentina and onça meya.
Tutia preparada.
Vitriolo branco and oitavas duas*
Pedra de Cevar oitava hum*.
Camphora eferop. hum;
4^
Oleo âe Alambre eferop. dons : de tudo íe fa-
j.rar-ie-na na torma ieguinte: A Re-
zina , Pez negro , e aTormentina Ce derrete-
ráõ, e tora do fogo lhe ajuntarão a Tu tia, V i-
triolo branco , e a Pedra de cevar, tudo em
pó fubtiliifimo $ e tanto que a matéria cíliver
bem mixta , íe lhe lance a Camphora desfei-
ta no Oleo de Alambre, e depois de citar a
maíTa.bem malaxada , fe guarde para o ufò
feito o Emplaitro em madaleocs.
Serve qíie Emplaitro para tirar bailas, fer¬
ro, ou lettas de qualquer parte do corpo: an •
plica-fc cm couro de luva em cima da feri¬
da,onde fe entende que eílá a baila, ou outra
qualquer coufa que íeja.
76 R
emplastro para callos.
Ámmoniaco depurado em
• Vinagre fdlitico oitavas duas.
Pedra Jipis eferop. hum.
Mercúrio doce efer. dous: de tudo fe faça Em-
plafl. S. A. Ita Carolas Mae fins in[CoUeã.
chim. c. 164. p. mihi 187. Far-fe-ha na fôrma,
feguinte: OAmmôniaCo fedilíblva em Vi¬
nagre fcilitico , e fe ponha em confiftencia
de Emplaitro , entaõ lhe ajuntem a Pedra 1
pis, e 0 Mercúrio doce pulverizados bem
íubtis , e tanto que tudo eftiver bem mixto,
fe facaõ madaleocs, que fe guardarão paru
o ufo.
Serve efle Emplafiro para gaitar os callos
dos pés, e maos, e para cicatrizar as chagas
venercas, ou outras quaelquer que fejuõ ati¬
tigas, e rebeldes de curar: applica-íe em cou*
ro de luva à parte enterma
EMP LASTRO NERVTNO.
Minhocas lavadas onças dum.
77
R.
Alecrim.
Cirnas de Hypericad. „
Betonica.
Cauda equina.
Centáurea menor and manip. hum.
Rubia tinãonm oitavas de\: cqxjz-fe tudo
em libras quatro de Vinho , ate gafar am et ade t
hithargyrio de Ouro.
Lithargyrio de Prata and onças duas e meya.
Minio onças duas.
Sebo de V ac ca, e de
Bode and onças duas e meya.
Oleo de Macei la} e
Rodado and onças duas.
Oleo de Al me cega.
Linhaça, e de
Tórmentina and onça hum* e meya : co\a-
fe atè a confiftencia de Emplafro, depois lhe
ajuntem
Tórmentina onças quatro.
fe\
LWOr
 '4j2 Pharmac. Lufit. Augmênt. Trat. XII.
Pe« negro. ver bem mifturada, fe malaxe, e facaÓ mada-
Reyna anà onça huma e meya. leoés, que fe guardarão para o ufo.
Goma ele mit Serve eíle Emplaílro para a cura das que-
Almecega. braduras dos meninos, he bom para as her-
Galbano. nías aquozas, tem virtude de comprimir, e
Ammoniaco. confortar $ applicado em cima de panno do
Sagapeno anà oitavas tres : âe tudo fe faça tamanho de hum quarto de papel , e pcílo
Emplaftro S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharm. naquella parte em que o utero fe pega ás ver-
cap. 4. deEmpUJl. pag. 1055. Far-fe-ha na tebras dos lombos,faz reter o fedo.
fórma feguinte. As Minhocas lavadas, a raiz EMPLASTRO ATTRACTIVO»
da Rubia tin&orum,e as mais hervas machu¬ 79 T) Lithargyrio.
cadas fe cozeráõ nas quatro libras de Vinho, JLVé Pedra Caíaminar.
até gaílar ametade , enta5 fe coe, e o cozi¬ Alambre.
mento fe miíture com os Lithargyrios, Mi- Pedra de Cevar anà onças duas.
nio , Oleos, e Cebos , e fe ponha a cozer,até Oleo de Linhaça libra huma e meya.
ter ponto conveniente , entaõ fe lhe ajunta* Cera libra huma.
rá a Tormentina, Pez negro, Rezina, e a Go* Tormentina libra meya.
ma elemi tudo derretido, e fora do fogo lhe Goma grana onças quatro*
lanqaráõ as gomas desfeitas em parte da Tor¬ Opoponaco.
mentina , depois de eítarem bem depuradas, Ser a pi no.
e poítas em ponto de Emplaílro, e ultima¬ Galbano.
mente lhe lanqaráõ os mais fimplices em pó Bedelio.
fubtil 5 e tanto que tudoeíliver bem mixto, Ammoniaco anà onça huma e meya*
le malaxe a matéria, e faqaõ madaleoés, que A Une cega.)
fe guardaráó para o ufo. íncenfo.
Eíle Emplaílro abranda, e refolve, forti¬ Myrrha.
fica os nervos, he bom para as fraóluras> e A\ebre epatico anà onca huma. de tudo fe fa-
deslocaqoes, applicado fobre o efpinhaqo , e ça Emplaftro S. A. Ita Petrus Poterius in Phar-
efpaldas, he conveniente nas Parlefias. niacop. Spargyrica Uh ^.feã.ic. de Empt.pag.
EMPLASTRO MAGISTRAL ^51. Far-fe-ha na fórma feguinte; O Lithar¬
contra rupturam. gyrio, pedra Calaminar , e a de Cevar fe mi-
78 TJ Maçã as de Cyprefte. (turaráÕ com o Oleo, e fe poráõa cozer, lan-
XV * Acacia. qando-lhe humas gotas de Vinho, para que
Hypocifidos. os fimplices fe naó queimem; e tanto que ga¬
B al au/i ias. itar a humidade , e tiver corpo de Unguen¬
Galhas* to, lhe lancem a Cera , e a Tormentina der¬
Alcatira. retidas, e fóra do fogo lhe deitarão as gomas
Gonta Arabia. ( depuradas em Vinagre, e poílas em ponto
Sangue de Dragê. de Emplaílro ) desfeitas em parte da Tor¬
Bolo armênio. mentina , e com ellas torne a matéria ao lu¬
Íncenfo. me para gaitar alguma humidade, que levai-
Murtinhos. fem as gomas, e depois eílando o Emplaílro
Çumagre. meyo frio,lhe lancaràõ a Goma graxa, Aime-
Galanga. cega , íncenfo, Myrrha , c o Azebre em pó
Alambre. fubtil, e ultimamente fe malaxarà , e faraó
Tormentilla f e madaleoés, que fe guardaráó para o ufo.
Bifiorta anà onça huma. Serve eíle Emplaílro para acura dos tu¬
Pedra Hematijia onças quatro. mores , que faz a gota, dos quaes tira, e r#-
Pe\ grego. folve o aquofo.
Pe\ negro anà libra huma. EMPLASTRO DE GALBANO.
Almecega. 8 0 T) Galbano d< ff olvido em Vinagre,e inf-
Tormentina. 1\. pifado onças ff is\
Cera anà libra meya: de tudo fe faça Empla¬ Emplaftro Meliloto.
ftro S. A. Ita Pharmacop. Valent. trat. de Em- Diachylao menor anà Onças tres.
pl.pag. 174. Far-fe-ha na fórma feguinte: A Cera amarella oitavas duas.
Cera , Pez negro , e a Tormentina fe derre¬ Tormentina onça huma.
terão , e depois de coado tudo por panno ra¬ 1 Açafrao oitavas feis : de tudo fe faça Em-
ro fe lhe lancem fóra do fogo todos os fim- plaftro S. A. Ita Moyfes Charàs in Pharmacop.
pliees em pó fubtil -} e como a matem efti- Reg. cap.6. de Emp.p. 354. Far-fe-ha na fór-
 ÍDos Emplaftros , eCerotos: 4
ma feguinte: O Galbano depois de diííblvi*
ultimamente lhemifturem a (jamphíradifi
do com Vinagre íc côe , e ponha em conh¬ íoiuta em Oleo de Cravo j e tanto que a ma¬
ecia de Ernplaftro j a Cera , eEmplaftro téria eíliver bejm mixta , fe malaxará, e faraó
Meliioto, e o Diachylaõ fe derreterão em fo¬ madaleoes, que fe guardarão para o ufo. Ne-
go brando, e fóra delle lhe ajuntaráõ o Gal¬ fte compofto fe poem o Petroleo em lugar
bano desíeito na Tormentina* e como a ma¬ do Oleo de Terra, que o Au&or pede na re- OJAim
téria eíliver quaíi fria,lhe lançaráÕ o Açafraó ceita,porq(ie*o verdadeiro Oleo dé Terra hau
em pó fubtil, depois fe malaxará tudo, e fe fa¬ o trazem a efte Rcyn-o pela grande éítima-^ctrc^'
raó madaleoes, que fe guardarão para o ufo. caó , quedelie fazem na Afia, ondeo.ha , é
Serve efte Ernplaftro para abrandar os tu¬ tem lá graviflimas penas os que o ti-raõ pa¬
mores duros, c cirrofos: he bom para abran¬ ra num d ar em para fóra , como díz U o fmarro
dar as dores dos hombros, peitos, coftas, hy- Jup. Scaord. Uh. }. cap. 4. de Petroleo p. mini
picondrios, baqo , e dos peitos das mulheres Hó. por ellas palavras. Hoc Oleum d Barba-
procedidas de flatos frios $ abranda * digere , ris in tanto habetur pratio , ut Rex Achinenfis,
e diííblve os tumores congellados nadjuellas qui potentijjimus i/li us Infida tyrannus e/l / fé
partes. capita li poe na jiuà evehi ir.de pròhibeat ] &c. E
EMPLASTRO como o Oleo da Terra- feja taõ lemelhante ao
contra vermes* Petroleo , que muitos dizem que tudo he o
Bi . "O Oleo de Amêndoas amargas onças melmo, e naõ ha mais differença , que ém fer
1A« oitOk o Oleo da Terra mais louro, e refplandécen-
Oleo de Lo/na. te que o Petroleo , fe póde ufar o Petroleo,
Cera and Onças quatro. que de Olanda vem a efte Reyno > pois he
A\ebre. quafi o méfmo , coino diz Magncto ji<p. Scro-
Myrrha. der. Oleum terra oUuni e/l pelUicidb ruhcun-
Genciana and oncâ huma.
*
dum, odóris for tis petr ola.it m amulàntis. Efte li¬
Semente de Alexandria. cor corre de hum monte, e nao ha muitos
C ciaiina. annos,que dos modernos foi conhécidò, co¬
Centáurea menor. mo diz o melmo Mange to. Ante paucos a unos
Trochifcos de Coloquintidá and onça meya. nobis innotuit ex índia Orientali a/f por ià Um ,
Oleo de fel de Touros que Inflar para fe ma- ubi ex monte quodani effhterè dicitur. Também
laxar : de tudo fe faça Emplajt. b. A. na forma deltalia vem algum Petroleo, pordm he mui¬
feguinte: A Cera fe derreterá com o Oleo de to negro, e quando fe comprar fe deve efeo-
Amêndoas amargas, e deLofna , e depois de Iher o que for claro, relpluridecente, e que
cftar meyo frio , fe lhe lançaráõ os fimplices tiver a cor declinante a vermelha, e o cheiro
todos em pó fubtil $ e tanto que a matéria lempre deve fer forte* He quente, féíolutivo*
eíliver bem mifturada , fe malaxará com o e muito conveniente ao genero nervofo, e
que bailar de Oleo de fel de Touro, e ulti¬ he bom para as ciaticas.
mamente fe faraó madaleoes i que fe guar¬ Serve o Ernplaftro Capital para as dores
darão para o ufo. , de cabeça , e dentes; applica-fe em couro de
Serve efte Ernplaftro para matar as lom¬ luva ás fontes da cabeça, e fe poem em cima
brigas ; applica-fe em couro de luva fobre o da artéria de huma , e outra parte.
embigo, e fobre o ventre. E M P L A S T II O
EMPLASTRO CAPITAL, Regio para Hérnias.
$2 TJ Taca maca. 8j TJ P*K naval libra huma.
JlV. Almecega. JLV» Cera amarei la.
íncenfo and oitava huma. Tormentina and onças quatro.
Goma elenti oitavas duas. Rai\ de eonfâlica fecca.
Rexjna onça huma. Almecega and onças dtiaSi
Opio eferop. hum. Laudano onça huma e meya-.
Camphora éferop. dous. Hypocijiidos.
Petroleo q.f : de tudo fè faça Emptaflro S. A* Terra figillada and onça meya.
Jta Carolus Maetfius incollettan. chimic. traêt. Maçãas de Cyprejie num. do\e : de tndôfe
de Etnp. cap 161.pag. 186* Far-fe-ha na fôr¬ faca Ernplaftro S. A. Jta Ni cola:'s Lernery in
ma feguinte; A Rezina,Goma elemi, eala* Pnamaccp. cap. 4. de Ernpl. p. 1014. Far -fe-
camaca fe diflblveráo em fogo brando com ha na fórtna feguinte: O Pez,Cera, Tormen-
humas gotas de Oleo Petroleo , e depois fe na, c o Laudano fe derreterão em fogo mui¬
lhe ajuntaráõ fóra do fogo os mais fimplices to brando , e fóra do lume cftando a matéria
em pó fubtil, e fe lhe lançará o que baflar de meya fria, lhe ajuntaráõ os mais fimplices em
Oleo Petroleo para fazer a matéria branda, e pó fubtil, e depois de tudo bem mifturado
fe

N
 4J4 Pharmac.Lüfit. Augment." Trâí IlX.
fe rffjaxavá, e faváõ madaleoés, que Te guar- tudo eíHver bem malaxado, fe Faraio madài
daráõ para o ufo. Chama-fe eíle Emplaílro leoés, que fe guardaráõ para o ufo.
Regi o , porque o mandou j>or em publico Serve eíle Emplaílro para refolver, e difli-
Lui\ XI V. Rey de França, para que delle fe par as contufoés, e humores edeinatofos, que
aproveitaííem os feus Vaflallos, o qual re- faÕ todos os lobinhos* ou inchaços, que naõ
medio , e outros mais lhe revelou hum Prior cauíaõ dor $ faz refolver por inviliVel tranfpi-
de Cabreras, como diz Lemery^o lugar cita- racaõ os humores rheumaticos * he bom nas
do por formaes palavras. C-et emplatre vient ciáticas, e pleurtzes 5 he bom para abrandar
du Prieur de Cabriercs > qu il avoit tcnufecret as dores do baco, onde ciifcute os flatos, e as
jufqit d ce que por la bonte,e UbeTalite du Royfl matérias alheas, que ha nas ditas partes.
a éte rendu pubUc avec d' autres remedes, &c. E M P L A S T R O
Serve eíle Emplaílro para as roturas,com¬ de Linimento.
16 Fios de panno de Unho velho onças
prime, e aperta as partes laxas; defende ad¬
miravelmente, que as tripas naõ defqaõ abai¬
xo. Applica-fe em couro de luva á parte, e fe
R. quatro.
A%èite commum.
acompanha depois com funda. Agoada fonte and libras tres-, co\a-fe até ga¬
far a terça parte > e depois de ehprejfo 0 cozi¬
EMPLASTRO DE ENXOFRE.
mento y fe lhe ajunte,
84 TJ Cera amarella. Alo.ay ade libras duas.
iA« Retina. Cera amarella libra huma.
Pc\grego and libra huma» Myrrha.
Enxofre^. Almeceçra.
Oleo âe Macella and onças quatro; lncenfv and onças tres.
Tormentina. A\ebrehom onças duas : de tudo fe faça F.m-
Rat\ de Lirith plaf.ro S. A. Ita Fdwolaus Lemery in Pkarma-
Cominhos and onça Inimá e mcya i âe tudo fe cop. cap. 4. de Emp.p. 1010. Ear-fe-ha na tor-
faça Emplafro S. A. Ita Nicolaus Lemery in ma feguinte: Os fios de panno de linho fe po-
Pharmaòop. cap. 4. de Emp.pag. ioi». Far-le- ráÕ a cozer com o Azeite,e a Agoa, até gaflar
ha na fórma feguinte : A Cera, Rezina , Pez a terca parte, então fe coará , e na coadura fe
grego, a Tormentina fe derreterão com o lanqará o Alvayade * e íe irá cozendo, atéfe
Oleo de Macella, e depois de derretido tudo* gaílar a humidade , e o Emplaílro ter borh
fora do fogo,lhe lanqaráõ a raiz do Li rio* e os ponto 5 depois fe lhe lance a Cera derretida, e
Cominhos pifados fubtis,e ultimamece eílan- fóra do fogo os mais fimplices em pó fubti!,
do a matéria fria, fe lhe lance o Enxofre pi- e tanto que eíliver a matéria bem mixta, fe
fado fubtiliffimo , e fe malaxará, e faraõ ma^ malaxará, e faráõ madaleoés, que fe guarda-
daleoês, que fe guardaráõ para oufo; daráõ para o ufo.
Serve eíle Emplaílro para refolver os tu- . Serve eíle Emplaílro para mundificar, e
mores, e desfazer os flatos * applica-fe á par- cicatrizar as feridas,e chagas,aílim novas, co¬
te enferma em couro de luva , ou panno mo velhas.
capaz.
EMPLASTRO DE RANS.
EMPLASTRO DE CERA
com Cominhos. 87 T) Rans vivas num. dote.
S$ TJ Cera amarella libras duas». XV. Minhocas lavadas onças quatra
XV. Rey na. Rançs de Engos, e de
Oleo Raiado and onças cinco. Enuía campana and onças tres.
Tormentina. Ar temi}a.
Cominhos. Efquinantho.
Bolo Armênio and onças tresi RoJmaninho and manip. hum.
Flor de Macella. Vinho tinto libras quatro: cota-fe tudo > até
Corda deRey. que gajle a terça parte) depois de coado 0 coy-
Rozas vermelhas. niento fe lhe ajunte,
Murtinhos. Lithargyrio libras duas.
Sangue de Drago and onça huma. : âe tudo Unto de porco > e de
fe faça Emplafro S. A. Ita Moyfes Chards in Vitella and onças nova
Pharmacop. Reg. cap.6. de Emp.pag.1j4. Ear- Oleos de Macellai
fe-ha na fórma feguinte : A Cera, e Rezina fe Endros.
derreteráõ com o Oleo , depois lhe lanqaráõ Lirio.
a Tormentina, e fóra do fogo lhe ajuntaráõ Louro, ede
todos os fimplices em pó fubtil, c tanto que Efpica and libra mcya : mifujrefe, f coia-fe
tudo,
 Dos Emplaílros > e CeròtoS
tudo, Até que tenha ponto de EmpUJiro, entaõfe
, lhe lance,
|J Cera amareüa libra luima.
Jncenfo onças tres.
Eaphorbio onça hum a e meya.
Açafraõ onça meya.
Aiougue vivo libra huma.
• Unto de Víboras.
rFormentina.
Ejioraque liquido and Onças quatro i de tudo
fefaça Em pia/iro S. A. lta Nicolaus Leaiery
m Pharmacop. cap. 4. de Emp pag. roí 5. Far-
ieiha na íórma feguime: As Rafis vivas,e Mi¬
nhocas lavadas , fe poráõ a cozer com o vi¬
nho, e depois de ferver hum pouco,lhe ajun¬
tarão as raizes limpas cortadas miúdas, e as
hervas: e tamoque gaílar a terça parte,fe coe
o cozimento com forte expreíiaõ , a qual fe
ajuntará com os üleos, Lithargyrio , Unto
de porco, e de Vitella, e fe irá cozendo a ma¬
téria mexeildo-a continuameiite, até que te¬
nha ponto capaz, então fe lhe lance a Cera
derretida, e fe tire do lume 5 e tamoque o
Emplaílro eíliver quafi frio , lhe ajuntem o
Euphorbio , Incenfo, e Ácafraõ, e como eíli-
'ver a maíTa totalmente fria , fe lhe lance 0
Azougue, que fe terá extinto com o unto de
Viboras, Eíloraque, e Tormentina, e depois
de eflar tudo junto , fe malaxe ás mãos, ou
le deite o Emplaílro todo cm hum Almofa¬
riz grande , e nelle com a mau fe vá pilando
muito bem , e ultimamente fe façaÕ mada-
leoes, que fe guardaráõ para o ufo. Eíla he a
receita , que os modernos hoje ufaõ, por fe-*
rem as dofes dos fimplices mais bem calcu¬
ladas , que as que elcreveo Joaõ de Vigo, no
lib.t,. cap. 2. tratt.de morbo gallico pag. 192., e
a que fe deve fazer por fer a melhor, como
diz Lemery no lugar citado, c o mefmo fe vê
em Charàs in Pharmacop. Reg. cap. 6.t onde
d Í7, tá liando neíle Emplaílro: Non mi nus âif-
Crepant Auttorum fententia quoad dofes medi*
ca mentor um, quam prapatationem ifluis Ernpla-
Jiri: prafens deferiptio proculdubio defiiermm
expie bit , non mi nus ac methodus mihi in ijiius
Jimplâ'jiripraparatione famiitaris , adeb.ut ab-
fonum fuerit iterum deprava ta anti quorum ve-
ím taft fiigia premere.Erw cada libra deíle Emplaílro
Ranarti entra onca e meya de Azougue,que cabe a ca-
cum du-da onca de Emplaílro bua oitava delle. Póde-
plicato , çc fazer com dobrado,ou quadruplicado Mer-
|aut qua-cuviü , p0rcm ba de fer fó mandando-o aíEm
o Cirurgião , que o houver de ular.
Eííe Emplaílro he refolutivo: applica-fe
para abrandar as dores gaílicas, e paradiífi-
par os humores frios aos gallicados, poem-fe
em couro de luva , ou panno nas juntas de
todo o corpo, provoca laliva, e fuor.
Algumas vezes para a cura do morbo gal-
lico, fe applica o Azougue lavaáó, l fe dá pé¬
la bocca com bom fuccelfo', o qual fe lava ni
fónna feguintc.Tomaráõ hüa onqa dc Azou*
gue, ou a quantidade que quizerem , e outra LiVitflJ
tanta porqaõ de boa Agoa fórte, e lanqaràõ ^crcUr
tudo em huma redoma de vidro , e o deixaráõ
eílar vinte e quatro horas, mexendo a maté¬
ria varias vezes, e paíTado o dito tempo, fé
coe a agoa por inclinaqaô, e fe lance fóra , e
fobre o Azougue, que ficou na redoma a mo¬
do de polme da cor de cinza , fe lábee huma
mancheya de fal, e huma pouca de agoa da
fonte , e paííàdas vinte e quatro horas , ou o
tempo que bailar para fe diííblver o fal , fe
lance a agoa fóra , e fobre o Azougue fe dei¬
te mais agoa, e fe lance fóra , e deila fórte fe
vá lavando o Azougue > fette ou oito vezes *
ou até que naõ tenha acrimonia alguma, è
que eíleja bem dulcificado ; então fe lave ul-
timamente com agoa Rozada, e depois fc en¬
xugue, e feque ao Sol, e fe guarde para ò ufo;
Atfim o enfina a lavar Madeira naprmeirà
parte doTratt. de morbo gallico n. 6. pag. mihi
540. Serve o Azougue lavado para curar de
toda a efpecie de morbo gallico : provoca
muita copia de fal iva nos primeiros dias,
purga brandamente 5 póde-fe tomar fegura-
menté , porque naõ cauia outro fymptoma ,
mais do que fazer arrebentar os beiços,e gen-
givas:dâ-fe de quatro até oito grãos em hum
boccado de doce, oü em outra qualquer cou-
fa ; o modo com que fr continua eíle reme-
dio,fe pode ver em Madeira no lugar Citado.
E M . P L A S T R O
para os dentes.
88 T) Sandalos Vernielhosi
JÁ • A! me cega da índia ánà ohçà íutâi
Sangue de Drago onça huma e meya.
Opto ouça meya.
Tormentina q.f paràfe fa\er Em pia firo S.
A. na fôrma feguinte; Tomaráõ huma oneja de
Tormentina, e a fubiráo mais de ponto, co-
zendo-a'em huma pouca de agoa de Tancha-
gem j e tantoque tiver ponto capaz , fe lhe
lance a agoa fóra eíl.mdo Eia , e depois fe lhe
ajuntao os mais fimplices em pó lubtil, ecow
mo a matéria eíliver bem miíiurada , fe ma-
laxará , e faraõ madalèoés, que fc guardaráõ
para o ufo.
Serve elle Emplaílro para dores dc den¬
tes , é cabéca ; pôem-fe em parche de couro
de luva nas fontes da cabeqa , e também fo-
bre a Artéria temporal, que fe ellcnde até o
meyo da orelha.
E M P L A S T R O
confortativo dc Vigo.
8<j T) Oleo de Murtiirhos > e
Xv • RoíaJo and libra meya,
Fe\es de ouro, e ds
Pr a*
 4>6 Pharmac. Luíit. Augment. Trat.XIIí
Prata and onças tres.
Sebo de Bode libra mey a.*
T ormentinafim.
Bolo Armênio.
Terra figillada and onças duas.
incenfo.
Myrra and onça mey a.
Minio oitavas de\.
Cera branca q.fi
M uaiagens de Malvaifco.
Raiçes de Freixo.
Raix.es, e folhas de Confolida menor.
Murtinhos.
Murta.
Folhas de Salgueiro and manip. hum: co%aõ■
fe as raixes,e foi ha s em igual quantidade de Vi- que tenha ponto capaç > depois fe lhe ajunte,
nho tinto , e agoa até g afiar arnetade) e fe faça
o Emplafiro S. A. Ita Joannes á Vtgone Ub. 8.
Amidot. cap. 16. de Cerotispag. mihi 247. Far-
ie-ha na fórma feguinte ;• Tomaráõ mey a li¬
bra de raizes de Malvaiíco , e as cozerão em
cinco libras de agoa , até fe gaitarem tres, e
eítando o cozimento quente, ie côe com for¬
te exprefíaõ: os Murtinhos, e raizes machu-
cadasjuntas coai as folhas,fe cozerão cm duas
libras de Vinho, e outras duas de agoa,até fe plajt. S. A. Ita Nicolaus Leniety in Pharmac.
gaftar arnetade 5 depois fe côe, e fe ajunte o cap. 4. de Empl. pag. 1006. Far-fe-ba na fór-
cozimento com as mucilagens de Malyaifco:
as Fezes pifadas fubtis fe nutriráõ com os
Olcos, e fe lhe lançará o cozimento, e muci-
lagens, e fe porá a cozer tudo junto, mexeu-
do a matéria continuamente, para que as fé-
zes fe nuõ queimem , e como tiverem pouco
mais de hum quarto de hora de çozimento,
Je lhe lance o Sebo, e continue o cozimén-
to , até fe gaitar a humidade, e fe depois de
toda citar confumida o Emplaítro. ainda naÕ
tiver ponto capaz f fe lhe lance mais.algum
cozimento, e fe vá cozendo a matéria,até que
gaítc a humidade, que fe lhe accrefcentoii, e
depois de ter ponto, lhe ajuntem quatro 011-
eas de Cera, e a Tormentina, e fóra do fogo
lhe lancaráõ os mais íimplices triturados fub-
tis, e ultimamente o Minio também feito em
pó fubtil j e tanto que tudo eltiver bem mi-
íturado , fe mal-axe , e façaõ madaleoés ,que
Centura fe guardarão para o ufo. Como V igo efereve
conforta- eíte medicamento no Tratado dos Cerotos,
Vrranis a’suns ''■e chavnáõ também Ceroto confortatt-
0 i voj porém pelo nome de Emplaítro de Vigo,
he que os antigos o pedem: e os modernos o
fazem com mais alguns ümplices, e com as
dofes bem proporcionadas ; e hc fem duvida
alguma , que he de melhor opperaçaõ, e lhe
cbamaÕ Empl afiro catagmaticogeçaç. he o mef-
mo que Confortativo , ou para quebraduras , e
deslocaçaõ dc oiíbs : Lemery efereve a fe-
guinte receita.
R. Aix.es, e folhas de Freixo. Emplaft.
Raives, e folhas de Confoliàa mayor. ■ conforta,
Cafeas do mey o de Olmeiro. tivü Le¬
me ry,fcu
Murtinhos.
Catagma-
Folhas de Marta. ticú , aut
Folhas de Salgueiro and manip. dotis. pro fra-
Roxas onça hum a. éhiris, &
Agoa da extineçao de ferreiro. luxatione
Oiíium
Vinhó tinto and libras quatro : coxa-fe tudo
atè gajlar arnetade , depois fe lhe ajuntem ,
Mucilagens de Maluaifco libras duas.
Oleo Roçado, e de
Murtinhos.
Sebo de Bode and libras duas.
Uthargyrio libras quatro : tudo fe coxa até
Cera amareila libra huma e mey a.
Tormentina oncas oito.
Bolo Armênio.
T erra figitláda.
Sangue de Drago and libra meya.
Murtinhos.
Roxas vermelhas and onças quatro•
Incenfo.
Myrrha and onças tres: de tildo fe faça Em-
ma feguinte: De meya libra de raizes de Mal¬
vaifco, fe faraó as duas libras de mucilagés :
as raizes, Murtinhos,Rozas, e as folhas,fe po-
ràõ a cozer na agoa,e vinho até fe gaitar ame-
tade,então fe côe o cozimento com fórte cx-
prefiáõ, e fe ajuntem as mucilagés, os oleos,
e Lithargyrio, e fe ponha a cozer, mexendo
continuamente as fezes, e depois de ferver
hum quarto de hora , fe lhe ajunte o Sebo de
Bode , e fe vá continuando o cozimento, até
que fé gaite a humidade , e que o Emplaítro
tenha ponto capaz , e no calo que para o to-
mar lhe feja neceílkrio mais cozimento, fe
lhe lançará , (porque fe fecoze fem húmida-
de , fe queima , e fe faz negro o Emplaítro,)
entaõ lé lhe lance a Tormentina , e a Cera
feita em boccados $ e tanto que eíliver derre-
tida , fe tire do fogo , e fóra delle lhe lança-
ráo todos os pôs triturados fubtis, em que
haõ-de entrar as quatro onças de Rozas, e
de Murtinhos, e depois de bem mixto tudot
fe malaxe, e façaõ madaleoés, que fe gúarda-
ráõ para o ufo. Também fe pôde fazer eíte
Emplaítro pela receita magiítral, que alguns
utaõ ,e he a íeguinte.
Oleo Roçado, e dç Empíaft..
JL\ • Murtinhos. conforta-
Fexes de Ouro. tivum
Magiftr.
Sebo de Bode and libças duas. D V
Cera amareila libra hum a.
Rexjna.
 Dos Èmplaítrôs , è Cerotos.
• • 'Tetra (tgillada anà libra meya.
Bolo Armênio.
Mimo anã onças cinco.
Ince n/o.
Myrrha > e
Al me cega anà onças duas. .
K aiijs de M aí vaifco.
Rai\es ) e folhas de Freixo.
Rahes, e folhas de Confolida menor.
Folhas de Salgueiro.
Murlinhos, e
Folhas de Murta anà manip. hum.
Vinho tinto , e
Agoa and libras duas : de tudo fe faça Enr~
plajlro S. A. na fôrma feguinte \ As raizes de
Malvaifco fe machucarão, e lançarão em va-
fo capaz , e em cima lhe deitarão a agoa , e
vinho, e fc porão em digeílaô vinte e qua-
tro horas em cinzas quentes ; pafTado o dito
tempo, fe lhe lanqaráó as mais raizes,e folhas
machucadas, e le porá tudo a cozer,até fe ga*
ílar amétade , depois íe coarã o cozimento
com fcírte expreíTaõ, e íe ajuntará aos üleos;
c o Lithargyrio, e fe porá a cozer , mexendo
a matéria continuamente , e tendo fervido
hum pouco , fe lhe lance o Cebo, e fe vá co¬
zendo tudo,até fe gallar a humidade; e tanto
que tiver ponto capaz , fe lhe deitará a Cera,
e Rezina derretida , e fóra do fogo, lhe ajun¬
tarão os mais fimplices em pó fubtil, e como
a matéria eíliver bem mixta , fe malaxará , e
faráõ madaleoés,que fe guardaráô para o ufo.
Póde-fe fazer o Oleo confortativo pára eíle
Emplaílro com o Azeite Rozado , e de Mur-
tinhos , ajuntando-lhe o cozimento das rai¬
zes , e folhas feito em Vinho tinto , e depois
de gaílada a humidade do cozimento,fe guar-
Olcum da o Oleo coado parafe fazer o Emplaílro no
ad Emp.difcurfo do anno ; em que naõ ha folhas ver-
conforta. jjgg ,jos Uitos fimplices.
tivum. Serve eíle Emplaílro para confortar, for¬
tificar ,e apertar os oílbs quebrados, e para
todas as deslocações, e troceduras das juntas,
he refolutivo , e confortativo dos nervos, e
util para fazer parar as fluxoés.
CEROTO E ST OM A TI CO.
9o R Oieo Boiado libra hum a e nieya.
. Cera amarella onças quatro.
Roías vermelhas.
Almeceva and onças duas e meya.
Folhas 'de Rofna onça hurna , e oitavas fette.
Efpica cheircfa onça hum a, e oitavas duas t
is tudo fe faça Cerdo S. A. ha fUcolaus Le-
■mery inPharmacop. cap. de Cerot.pag. <74-
Ear-fe-ha na fôrma feguinte : A Cera fe der-
reterá com o Oleo Rozado, e depois de eílar
mevo frio o Ceroto, fe lhe ajuntaráô o? mais
íimplices em pó fubtil .e como cíliverem bem
r r
...... ., *57
mixtos,le malaxará, e faraó madaleoes, que fè
guardarão para o ufo.
Eíle Ceroto fortifica o eílomago , desfaz
os flatos, e ajuda a digeílaô: âpplica-ie ã par¬
te enferma em cima de couro de tu vá , ou Ué
panno fino.
CERORÜ DE MALVADO.
<?i T) Polpa de Rahes de Mal vaifco Th
JLV. branieyd.
Oleo de Macei la, e âè
Endros anà onças duas.
Oleo Roytdò.
Enxúndia de Pato and onça humà.
Oleo de hirto oitavas de\.
Diachylaô gomado onças tres e meya.
Tutanos de Vitela , e de
Vacca anà oitavas feis.
Cera branca q.f : de tudo fè faça Ceroto) qúe
naô feja duro nem molle. Ita Joannes à Vigoné
íib. 2. traêi. 3.càp. 2!). de Apoji. hematibusgu-
turispag. mihi 72. Far-fe-ha na fórrnu feguin-
tc; I res oncas de Cera branca ,.que he o que
baila, fe derreterão com o Oleo,e fé lhe ajün-
tará a polpa do Màlvaiíco bem fina , paífada
por cedaco depois de cozida, e fora do fogo,
lhe lancaráÔ as Enxúndias todas derretidas
com o Diachylaô em fogo muito brândo 5 é
ultimaménte fe malaxará, e fataõ madaleoés,
que fe guardarão para 0 ufo.
Elle Ceroto madura, e com bfáridutã faz
fbppurar todos os apoítema$,e he muito CoiU
veniente aos que nalcem na garganta.
CEROTO M A G í S I R A L
*)2R de D. Joao.
Aieite Foi ado onças òito.
. FJies de Ouro onças duas.
Alvayade onças tres.
Antimov.io cru.
Refiduos de agòa fórtè.
Tonnentina fina.
Cera branca em grumos.
Retina anà onça huriiai
Al me cega-.
Incenfo anu oitavas duas: âetudò fi Liça Ce¬
roto S.A. Ita Fr. Emmanuel de Aievedo 2. pare.
trad. VPag. 4o1- -Far-fe-ha
-- na fórrria
--feguin-
^
te: O Azeite rozado fe porá a terver, e como
a fervura abrandar, fe lhe lancem as Fezes de
*Ourò , refiduos de Agoa fórté, e duas partes
do Antimonio tudo em pó fubtil, (deixando
ficar outra parte
. para
. fe lançar a íeu tempo,)
édepois de ferver hum pouco , lé lhe ajunta-
tá o Alvayade, R.ezina, Cera, e al Oi mentí-
na, e fe irá cozendo tudo , mexendo a mate-
ria. continuamente s e tanto que tiverponto
cápaz , fe lhe lance o Anumonio que heou, e
logo íe tire do lume, ecomo eíliver a ihaiiá
quali fria lhe lançafao o Inceulo , e A me-
ga em pó fubtil; e tanto que eíliver tudo neni
Mmtli
 /

458 Pharmaç. Lufit. Àugment. Trat. XII.

mixto, fe deixe ficar aíHm o Ceroto vinte e na incliacaó dos teíticulos, mundifica , e cu««
quatro horas-, paíTadas ellas fe malaxará, un- ra as chagas velhas, e refiíte ás gangrenas.
tando as mãos com Vinagre ve fe faráo ína- C E R O T Q C A P í T A L.
daleoes , que fe guardaraõ para o ufo. Eíte
medicamento toma o nome de Cera, que lhe
?4 jT^ Cera amarelía onça huma.
Tormentina fina oitavas fieis.
dá corpo, e o fobre-nome do primeiro que o Laudano onça meya.
11 fim , que foi hum Cavalheiro deíla Cidade, Goma graxa.
chamado D, Joao de C afie Uo Branco, .0 qqai Inc enfio.
trouxe a receita do Hofpital Real de Ma¬ Al me cega.
drid, e neíia Terra o fazia,.e dava a pobres, e Páo de Agitila.
depois revelou a compòficaó , e o modo de S andai os vermelhos and oitava huma.
faze-lo , como diz o mcímo Auélor 110 lugar Oleo commum q.fi: de tudo je faça Ceroto S.
citado. ..., . A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacep. cap.
Eíte Ceroto ht refolutivo, digere, e coze 3.de Cerot. 77.978. Ear-fe-ha na fôrma fegtiin-
as matérias , e nos Apoílemas as attrahe de te: A Cera, Laudano , e Tormentina feder*
longe para as lançar fora pdefecca, cicatriza, retao com duas onqas de Oleo , c depois fo¬
encarna , e he bom para as feridas freícas. ra do fogo lhe ajuntarão ( eítando a matéria
quafi fria) os mais fimplices em pó íubtil $ c
CE ROTO DE ENXOFRE.
tanto que eíliver tudo bem mixto , íe mala-
5>5 O/e 0 de No\es exprefijb libra lut- xará , e faràõ madaleoés , que íe guardarão
ma. para o ufo.
Piores de Enxofre onças duas. Serve efte Ceroto para fazer parar as fíu-.
Sal Tartaro onça huma. xoés do cerebro, e para o fortificar .5 applica-^
Cera amarelía onças quatro. fe em couro de luva, ou panno nas artérias
Colophonia onças ires. das fontes da cabeca , e fobre a m.efim ca-.
Myrrha > tanto pefio como de todos os Jinipli- beca.
ces) e fie faça Ceroto S. A. ha Moyfies Ciiards C E R O TO MA T R I C A L.
in Pharmacop. cap. 5. de cerot.pap. 3 $8. Ear-
fe-ha na fórma feguinte; O Oleo de Nozes fe
miílurará com as flores de Enxofre , e com o
R. Galbüm depurado onça huma e
meya.
fifjafetida onça meya.
Sal Tartaro, e fe porá tudo em valo capaz Myrrha oitavas duas.
em dígeítaõ, e em cinzas quentes, até que as Bedel/o oitava huma.
flores dc Enxofre fe diííblvaô, en taó fe coa¬ Folhas fieccas de Matricária , ede
rá o licor por inclinaqaõ , e fe lhe lançará â Artemija and oitava meya.
Cera , e Colophonia derretidas, e citando a Semente de Bifinaga eficrop. hum.
matéria quafi fria , lhe lanqaráóa Myrrha em Cera onças duas. ;
pó íubtilj e tanto que eíliver bem miílurada, A\eite commum q.fi.: de tudo fie faça Ceroto
íe malaxará, e favkõ madaleoés, que guarda¬ S A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacop.cap.
rão para o ufo. Também fe póde fazer eíte 3 de Cerot. pag. 976. Far-fe-ha na fórma fe¬
Ceroto pela feguinte receita de Lemery. guinte : A Cera le derreterá com quatro on¬
qas de Azeite , e fóra do fogo fe lhe ajuntarã
Cerotum Balfanio de Enxofre libra huma. o Galbano depois de depurado , e como efti*
Diaful. Cera amarelía onças quatro. ver bem miflurado, íe lhe lançaráóos mais
phuris C3i Myrra , e fimplices em pófubtil, e ultimamente fe raa-
Lcmcry
Colcphoniü aníi onças tres : de tudo Je faça laxará, e faraó madaleoés , que fe guardaráo
Ceroto S. A, ita Nicolaus Lemery in Pharma- para o ufo. A A fia fétida íefe naó puder pul-
cop, cap.5. de cerot. pag. 977 . Far-fe ha na fór- verizar, fe difíblverá em V inagre ; porem ,
>ua feguinte : O Ballumo de Enxofre, fe fará fendo pifada aflim eíta goma, como todas as
em,Oleo de Nozes$ a Cera e Colophonia, fe mais que entraó nos Emplaílros, faõ melho-
derreteráõjC femiííuraráo depois com o Bal- res entrando nelles em pó , que diflòlvidas $
fiimp dc Enxofre , e eítando a matéria quafi porque quando fe póern outra vez em boa
Iria, íe lhe lançará a Myvra ern pó lubtil j e confiítencia , fe lhe exbalao as partes volatiz,
tanto que eíliver bem miílurada , fe malaxa- o que naó íuccede ás que vaõ pifadas , como
rá , e faraó madaleoés, que fe guardaráõ pa- diz Lemery cap. 4. de Empl.
raoufo. Eile Ceroto rebate, e diífipa o§ flatosy
Serve eíte Ceroto para abrandar , e refol- e humores frios da madre $ applica-fe á re¬
ver os tumores dcroghiiloíos, e também pa- giaó do ventre , alguns chamaõ a eíte medí? Cerotum.
ra refolver os humores frios , que fe conge- ca mento Ceroto de Galbano, por fer o primei^dc Gai-,
lao entre a carne , c a çutiz he copveniente 10 fimplez,,que o Audtor pede na rcçeita. hano,
CE.-
 Des Emplaflros, c Cerotos* t
CEROTÓ DE ALVAYADE Ceroto S. A .Ita Nicolaus Lemery i» Pharma^
cozido. cap. 3.deCerot.p. ^7$. Far-fe-ha na fórmafe-
guinte: O Lithargyrio fe porá a cozer com o
R. Oleo commum duas libras, e
Alvayade libra hum a e meya. Azeite , lanqando-lhe humas gotas de Agoa j
Cera branca onças tres : de tudo fefaça Ce- e tanto que tiver ponto, fe lhe ajunte a pe-
rote S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacôp. dra Calámihár, e a Cera derretida , e fóra do
cap.\. de Cerot.p4g.yy7.Far-fe-ha na fôrma fe- fogo, lhe lanqaráo o Ammoniáco desfeito na
guinte; O Alvayade fe miílurará com o Oleo, Tòrmentina , e depois os mais fimplices em
e fe lhe lanqaráo quatro libras de agoa pura , pó fubtil} e tanto que tudo eíliver bem mix-
e fe irá cozendo, mexendo fempre a matéria, to, fe malaxe o Ceroto, e fe fiacaõ roadaleoes,
até que tenha ponto de Cerofo ; entaõ fe lhe que fe guàrdaráo para oufo. Eíle Ceroto fe
lance a Cera , e eílando derretida , le tire o chama Policrejlo , porque ferve para muitas
Ceroto do lume ; e tanto que eíliver frio, fe enfermidades, como diz Lemery lio lugar ci-
maláxe , e faqao madaleoés, que fe guardarão tado.
para o ufo. Serve eíle medicamento paVa abrandar, di¬
Eíle Ceroto defenflamma , e defecca 5 he gerir, lupüràr, e cicatrizar todas as chagas.
muito conveniente para as chagas das pernas CEROTO DE HYSSOPO^
procedidas de figado. . de Galeno.
CEROTO DE M 1 N í O. 100 "O Üyjjopo húmido onças de\.
S7 T) Minio libra huma. XX * Oleo de Maceita .) e de
XY* Oleo cdmüinlibras duas: faç afie Ce¬ Lirio and libra meya.
roto S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacôp. Cera amaretla onças tres.
cap.3. de Cerot.p.fi2. Far-fe-ha na fórma fe¬ •Almecega.
guinte: O Minio fe miílurará com o Azeite, Ammoniáco.
edepois de bem nutrido, fe lhe ajuntem tres, Tòrmentina and onça huma.
*

ou quatro libras de agoa , e fe ponha a cozer Refina.

•até fe gaílar a humidade, e o Ceroto ter pon¬ Efioraque Calanutha and onça nieya.
to conveniente $ e tanto que eíliver frio, fe Efpica fina. _ .
malaxe , e faqao madaleoés, que fe guardaráó Açafrau and oitava huma e meya : de fàdi
para o ufo. , fie faça Ceroto S. À. Ita Nicolaus hemery ik
CEROTO RUBRO Pharmacôp.'cap. \. de Cérot.p.yyfi Far-fe-ha
Magiílral. fia fórma feguinte: A Cera , Reziná, e Tor-
58 T) Emplafiro Diapalma onças quatro, mentina fe derreterão com os Qleos • depois
Diachylàõ menor , e tora do fogo lhe lancaráÔ o HyíTopo desfa-
Geminis and onças duas. zendo-o muito bem, e íe po< á túdo em cin-
1 Oleo de Macella q.fifi: de tudo fie faça terá- zas quentes algum tempo para fe cónfumir a
'to S.A. na formafeguintet Os Emplaílrosjun- humidade do HyíTopo , e fóia do lume Ihé
tos fe der reter áõ com humas gotas de Oleo lanqaráõ o Ammoniáco desleito Com a Tor-
de Macella, que bailem para o fazerem bran- nVéntinaj e como a matéria éíliver qüaíi fria,
do, e depois de eítar derretido em fogo mui- fe lhe lanqaiao os mais fimplices em po fub-
to brando , fe malaxe depôis.de frio , e fe fa- til, e depois de tudo bem miílurado, fe ma*
qaó madaleoés, que fe guardaráó para o ufo. laxará , e fafáó madaleoés, qúe fe guardaráó
Eíle Emplaílro defecca , digere, e relol- para o ufo. , :
ve; he util em todas as chagas, c feridas Eíle Ceroto abranda, madurá , digere, è
refolve , fortifica os nervos, e he bom para as
chagas, em que ha neceífidade de mundificai^
-99R
(.KR OTO 1-OÍ.ICRESTO.
Axeite commum libra huma.
i Lithargyrio onças quatro e meya
e alimpar.
CEROTO DE BETONICA.
Cera onca huma e meya. 101 T? Tòrmentina.
* *
T or mentina. XV. Refina.
Jncenfio anà onça liunià. Cera amarella and onças dtutí.
Ammoniáco. Betonica fiecca onça meya.
Bedelio and oitavas fieis. Almecega.
lncenfo and oitavas duas.
Galha no.
Òpoponaco and onça meya. Múmia oitava huma e meya.
Oleo de Hypericaõ qfi.: de tudo fe faça Ci-
Myrrha.
roto S. A. Ita Nicolaus Lemery in Pharmacôp.
Pedra cataminàr.
cap. 3. deCerot.pag. 977* Far-fe-ha na fórma
AriJioloqu.ua longa.» e
SS&: * tudo/ífiiçt feguinte > A CmT^ f
der-
 4 6o Pharmac. Luíit. Auprnent. Trat. XII.
derreterão com quatro oncas de Oleo de Hy-
pericáó; e depois fora do fogo eílundo quafi
iria a máteria , fe lhe'ajuntani6 os mais fim- malaxe , e facaõ madaleoés, que fe guardaráó
pi ices em pó fubtil} e corno tudo eíliver bem para o ufo.
miílurado , fe malaxàfá , e faráõ madaleoés,
que fe guardarão para o ufo.
Serve eíle Ceroto para acura das chagas
da cabeça , alimpa-as, e ccnfolkiu-as admi¬
ravelmente.
CEROTO C E R I N.O.
ic2 C er a amar cila.
' JC\ • Tormentina,
A\eiíi antigo.
Salitre and libra meya.
Agoa onças vi to: de tudo fe faça Ceroto S.A.
Ita Joannes Zuelpheriis in Pharm. Aug. ClaJJ.
iy. de Cerot.pag. 392. Far-fe-ha na fórma íe-
guinte ; O Salitre fé diífolverá paagoa, e de¬
pois fe coará , e porá eíta agoa ao lume , até
gaílar a humidade, e ficar o Salitre fecco , e
bem puro ; depois fe pizará para fè lanqar no
Ceroto a feii tempo: a Cera , e aTòrmenti-
na fe derreterão com o Azeite j e fora do fo¬
go como a matéria comecar a esfriar, fe lhe
ajuntará o Salitre , e faráô madaleoés, que fe fenda
guardaráó para o ufo. Os modernos enfinaó
a fazer eíle Ceroto pela feguinte receita.
Ceratum RCera amarella , e
Ccrinum
• Tormentina anà onças quatro.
reforma-
Atei te antigo libra meya.
tum.
Salitre pulverizado onças duas : de tudo fe
faça Ceroto S.A. Ita Nicolaus hemeryin Phar-
mac. cap.3. de Cerot. p. yyS. Far-fe-ha na for¬ ça Emplajiro S.A. Far-fe-ha na fórma ieguin-
ma feguinte : A Cera , e Tormentina féder-
reteráó com o Azeite , e fora do fogo fel.he
ajuntará o Salitre pulverizado fubtilmente j
depois fe malaxará a matéria, e fe faraó ma¬
daleoés , que fe guardaráó para o ufo.
He eíle Ceroto muito detérfivo, defccca-
tivo , e util na cura das chagas rebeldes.
CEROTO ASTRINGEN T E.
10 3 TI Lithargyrio.
jLA.» Pedra de Cevar anà oitavas duas
e meya.
lncenfo.
Myrrha anà oitavas duas.
Opoponaco.
Bedelio.
Alumia anà oitava httnia e meya.
Cleu Botado onças duas e meya.
Oleo de Murtmhos ouça hum a e meya.
Cera.
Tormentina avà orças duas.
Pe\ naval onça huma : de tudo fe faça Cero-
to S.A. Ita bSicolaus Lemery in Pharrn.cap.^.
àe Ceroto pag.yyy. Far-fe-ha ha fórma íe-
guinte : A G ra /Tormentina , e Pez fe der-
rcteráó com os Oleos,e fóra do fogo lheajun-
taráõ os mais fimplices em pó fubtil j e tan-
to que tudo eíliver bem miílurado, fe lhe
Serve eíle Ceroto para a cura das chagas,.
alimpa-as, e cicatriza-as admiravelmente}
applica-fe em panno , qu couro de liiva em
pouca porqao iobie as chagas.
A U G M E N T O
do XII. Trat.
EMPLASTRO CARMINATIVO
de Sylvio.
Io4 T) G albano.
iv. Bedelio.
A ui morda co and duas onças.
O pio meya onça.
Myrrha rubra.
Inceijo macho anà hum a onça j dijòíva-ft
tudo em
Vinagre Si Ui tico, e fe reduza a boa coifi-
Cera amarella.
Pet grego anà onça huma e meya.
Balfamo Per aviam.
Oleo dos Philofophos anà meya onça.
Oleo Petroleo , em lugar de Oleo de Terra
duas oitavas.
Oleo de Alcorovea dous eferoputos.
T ormentina fina meya onça : de tudo fe fa¬
te ; O Galbano, Bedelio, Ainmoniaco, Opio,
Myrrha , e Incenío fe pizaráõ groflbs todos
juntos, e fe lancaráo em vaio de barro vi¬
drado , e em cima lhe lancaráõ o quebaílár
de Vinagre Sillitico , e o poráõ em lugar
quente vinte e quatro horas j pafiádas ellas,
íe porá o vafo em fogo brando até o Vina-
gre ferver bem ; e fóra do lume, fe côe por
panno com fórte expreífaõ, e fe guarde o li-
côr : o refiduo , que fica , fe torne a pizar , e
lançar no vaio com novo V inagre , e fe faca
o meimo, que aíTtm ie desfazem bem as go¬
mas , ejunto o Vinagre de ambas ai expref-
foés, fe ponha no lume a gaílar a humida¬
de, e eílando as gomas em bom ponto, fe lhe
deite o Pez grego , e Cera derretida •, e ulti-
mamente eílando quafi frio o Emplaílro,lhe
ajuntem os oleos, e le malaxe , e taqao ma¬
daleoés , que fe guardaráó para o ufo. Ncíle
compoRo le lanqa Oleo Petroleo, em lugar do
Oleo de Terra , porque he eíle huma eípecie
de Petroleo, e he hum licor claro, e tranípa-
rente, e oleofo, de cheiro fô.rte, que fahe em
huma Montanha da índia Oriental, o qual
trazem os Olandezes á Europa j porem he
mui-
 Dos Ehiplaftros > e CerotogJ 461
nrnjto pouco, e cm todas as partes íe ufa do gum tempo, até que a, nr ate#ia fe Veja negra*
PeLcUfO , que tem igual víuude. He o Bm- epuõ lhe lancem o Pez grego, e Cua derre¬
platuo Carminativo muy penetrante, difloi- tidos á parte, e coados, e 1c vá cozçndò ate
vetite , e rcfolutivo , lane a íóva os flatos, re- ter ponto de JBmplaího , e depois fóíu do k>.
iblvtí os tumores ouros , e frios, tira as do- go lhe ajuntarão a Myrrha feita em poilib-
ies de cóilica , Ire bom nas obílrucocs do til , e fe irá malaxando a mafía, até que eíleja
Baqo, e íigado , e util na Hydropezia j appli- capaz de fe fazerem madaleoés, que íe guar¬
ca-iç em pauno novo , por todo o ventre. darão para o ulo. Fie bom eíle Érr plaílro pa¬
EMEL ASTil O PRÜMAT1UCE ra curar feridas frefeas* chagas Velhas, ttmio-
U i uai. res^e apoílemaiq ou prccedaõ de caufa quen¬
10) 13 Laudano depurado. te, ou fria; tnuitos íujeitos ieguraõ os bons
XV. Rsyfía. eifeitos d eíle Emplaílio,pnncipahréte quem
Pn grego and feis onças. ir.e communicou a receita , e pediu a efere-
Com uuiare.lía cinco.onças. vefle para utilidade pública. v
FJioraque liquido. EMPLASTRO M ER CURIAL,
Fftoraqite caí a mitha and, onça hum a e meya. 107 TJ Mercúrio dijjolvido em agfiafvrU,
Js osçmvjcada. XV * ditas onças.
Cravos.. Unto de Porco quatro onças.
Mac/s. Cera amarelUi nova huma onça.
Canella. , Incenfo.
Folhas de Mrtèmija. A Une cega and tres oitavas*
Alfazema and hum a onça: de iuâójefaçd 'Por menti na duas oitavas : de tudo fe faça
F.mpUjiro S. A.Far-fe-ha na fôrma feguinte: Emplafro S. A. Far-íe-hana fôrma feguintei
O Éíloraque calamitha , fe fará em póy e íe O Mercúrio fe lançará em hum vidro com
miflurará com o Éíloraque liquido em Al¬ outra tanta pcrcao de Agoa forte, e como
mofariz eilando quente , e o Laudano íe dií- eíliver de.'feito,e precipitado em polme bvã-
folverá em fogo brando , c le ajuntará aos co , fe lance tora a A goa fôítej e o dito Mer¬
Efloraquesj a Noz molcada , M-acis, Cravos, cúrio fem fe lavar, fe leque ã fombra em ci¬
Canella , Alfazema , fe pizaiáõ íubt.is, todos ma de prato de barro vidrado , e depois de
juntos j a Cera , Eczina , e Pez grego feitos iecco íe moerá até Hl ar bem fubtUizadp em
em pedaços, fe derreterão , e.fòra do logo , pó Imo j o Unto de,Porco le deiicteiã exii
eilando a matéria meya fria, lhe lancem o fotio brando , ajuntando-lhe a Ceia , e fTor-
Laudano, e Hítoraques, e le va mexendo tu¬ mentina também derretidas, e eilando tóra
do j emltimamente eilando quaíi iria a ma¬ do logo , e quaíi. ipia a matena , le ihe lance
téria , lhe deitem os pós , e le vá malaxando 6 Incenfo , e Almecega em pó iubtil, e ultk
mamente fe lhe ajunte-o Mercúrio prepara¬
a ma 11 a , da qual depòis. de bem unida , famo
madaleoés, que te guardarão para o ulo. He do , como acima le dilie , e em grui ue pedra
eíle fcmpiállro compd&o d.e muitos innpli- com a mau de pao le vá batendo tudo ) ate
ces aromáticos, e confortantes,por cuja cau- eiíar bem unida toda a rnaíia , da qual íe ta-
raõ madaleoés , que fe guardarão para o ulo.
ia be conveniente nos achaques da madre,
He admiravel eíle Emplaílro para reioL
porque cofn as luas partes lubtis , penetiaoj.
ver todos os tumores gallicos, e em outios,
e diliolvem os humores erallos, que caulao
ainda que naô tenhao o principio neíla cau-,
as obilrucoés, e neita turma ferve para os
lá : appíica-fe em couro de luva poílo etu
aífedlos da madre precedidos de cauta fria ,
pouca porção, e quenao cubra Rn ao o tu-
reiblve os flatos, desfaz a opilacao do utero,e
abranda as dores : applien-fe em couvo.de lu¬ ‘emplastro galbanico.
va , ou panno berne em tórma redonda ao o Ga lhano depurado em Vinagre
10 é>
crnbigo; „ r d o
lí M P L A S T R O NEG k O • R. do%e onças.
__
Cera ayiarsila oito onças.
M ,í o»rillvíd. Termentina cinco onças : faça-fe EmplajlrO
io6 T) Meite commum.
S A. Far-fe~ha na fôrma feguinte : U Ual-
x\ . Cera amareiU and dote onças.
bano fe difíblverá em Vinagre fórte, depois
Alvayade. íe coará , e reduzirá a ponto de Unguento; a
¥c\es de Ouro. Cera amarella feita em boccudos, le derrete¬
'■MyrrhdV r r * rá com a Tormentina, e fóra do íogo fe lhe
Pt* ottero and ou atro onças: faça-Je
vá mi (lurando o Galbano-com hum l^to
*t*»riS. A. Far=fc ha nrfím•'egHi.ue tO calor , e depois de bem inixta a m^terra , e
A lvavade , e l ezes de Ouro le pizarao lubti-
■raaiiixe , ,c i*# madaleoés, queteguarM-
iiflimos, e fe por ao acozer como Azeitp aa* IàlvJ
4$2 Pharmac. Lufit. ent. Tm. XII.
ráõ para o ufo. Serve para os callos dos pés, plafiro S. A. Far-fe-ha na fôrma feguinte s-Aa
abranda-os , e com a continuaqao do ufo do Macãas de Cypreíle, Rozas , Almecega,
Emplailro os pôem de tal forte , que muitas Terra figillada , e as tres fementes fe pifaráá
vezes com a maó fe tirão $ digere , e abranda bem fubtis 5 o Opio fe feccará em calor bran¬
os humores, he-util nas Efcrophulas, tira as do , e fe fará em pó fino , e fe ajuntará aos
verrugas das mãos, e pés, corrobora os ner¬ mais fimplices 5 a Cera , Tormentina , e Pez
vos da parte, a que fe applica. grego, e negro, feitos em boccados, fe der¬
EMPLASTRO DE RUPTURAS. retei áõ comosoleos, e fe coará depois por
ioy T) 'Rai^ deTormeniiHa quatro on- hum panno de linho , e fóra do fogo eílando
JLvV ças. com alguma quentura ,fe lhe deitem os pós,
Incenfo duas oitiivas. e fe una miflurando , e malaxando a maíTa »
Myrrha oitava e meya. da qual fe faraõ madaleoés, que fe guardaráô
Balaufiias hnma oitavi. para o ufo. Eíle Emplailro adoca , e fufpen-
JB alfa mo do Brajil meya onça. de as fluxcés, que cahem nos dentes, e lhe
Agoa, ardente > a que bajiar para fe faxer abranda , e tira a dor : applica-fe em parche
i)iaj]a de Emplájiro S. A. Far-fe-ha na fôrma peqlieno etn cima das artérias tempbraes $ fe
íeguinte; A Tormentilla , Balauílias, Incen- a dor de dentes for taÕ grande, quenaõ obe¬
Jo, e Myrrha fe pifaráõ fubtisje depois fe lhe deça a eíle remedio, ou outro femelhante, fe
ajuntará o ha lia mo , que fe fará liquido com ufe dos Veficatorios applicados atraz da ore¬
o calor do Sol , e em cima de tudo, fe lhe irá lha da parte da dor.
deitando Agoa ardente de cabeqa , a que ba¬ EMPLASTRO HYDRAGYRO.
ilar para encorporar os fimplices, e fe irá raa- 111 Tj A%eite commurn coxido com Uma-
laxando até fe fazer maffa capaz de fe pôr em XV • duras de Chumbo.
cima de eílopas , e aflim fe dará para o ufo Rextna de Pinho.
quando fe pedir , porque na5 he Emplailro > Goma ele mi and onças tres.
que fecoítume guardar, porque fecco naô Chumbo com ametade de Axpugue fundido, e
ferve , nem tem virtude alguma. Serve para r 'edu\ido a pó meya onça.
as quebraduras 5 e primeiro que fe applique , Alvay-a.de lavado»
íe ha de fomentar aparte com Vinho eíli- Tutia preparada-.
ptico, depois fe enxuga, e fe pôem o Empla- Pedra Calaminar and duas oitavas.
troem cima de eílopas , feito parche do ta¬ Cera amarella derretida > e lavada em agoa
manho dá roptura, e fe repete todos os dias da pia de Ferreiro doxe onças tr de tudo fe fa¬
huma vez , renovando as eílopas com nova ça Emplajiro S. A. Far-fe-ha na fôrma feguin¬
maífa doEmplaílro, depois fe iégura com te : Tomávào feis onqas de Azeite commurn
funda , e fe deixará o enfermo eílar na cama com outras tantas de limaduras de Chum¬
alguns dias, que feraô de dez até quinze, quebo, e fe cozeráo em vafo de Cobre , até que
ueíte tempo fe foldará a roptura, como a fe gaíle ametade do Azeite, o qual depois de
tnuitos tem fuccedido. Também aos meni¬ frio fe coará; entaõ em hum cadinho fe der-
nos quebrados fe deve fazer a mefma fornem réteváõ duas oitavas de Chumbo junto com
outras duas de Azougue, e eílando derretido
tacao, e depois fe lhe applica eíle Emplailro,
ou outro qualquer de contra roptura , fegu- o Chumbo fe deixe ir queimando com o
lando còm ligadura a parte , e os meninos Azougue , até tudo eílar reduzido a pó, o
ordinariamente fe curao admiravelmente ne- qual depois de frio fe pifará fubtil; a Cera fe
fta fôrma. derreterá , e lançará em cima de agoa de pia
EMPLASTRO DENTILICIO. de Ferreiro , e depois fe lavará algumas ve¬
110 T) Macãas de Cyprejie. zes com nova agoa também da mefma phq o
XV. • Roxas vermelhas. Alvayade lavado, a Tutia , e Pedra Calami¬
Mmeceva. nar , fe pifaráo fubtiliííimasj preparado tado
'Terra Jigillada. • na fórma dita, fe derreta a Céra com o Azei¬
Semente de Majlruços. te , e a Rezina , e Goma elemi derretidas á
Dormideiras brancas > e parte fe ajuntem á Cera, e eílando a maté¬
Dormideiras negras and tres oitavas. ria toda meya fria , fe deitem todos os íim-
Opi 0 huma onça. plices preparados como fe diíTe, e fe vá mala*
Cera amarei la quatro onças e meya. xando bem, até que de toda a maíTa fe pofíaG
Tor menti na meya onça. fazer madaleões, que fe guardarúÔ para o
Pe\ grego. ufo. Alguns chamaô a eíle Emplailro ALz-Magiílç,
Pex. negro and duas oitavas. gifiral de Tenke, porque nelle fe acha eferi- dcToefcr
Oleo de Golphãos > e de tono cap.12. dos Emplaílros pag.2i$. He ad¬
Violas and onça huma : de tudo fe faca Em- mirável eíle corapoíto para a cura das cha-
* g**
 Dos Emplaftros, eCcrotos.- Af\
gas malignas, corrofim ,-Cfimeroaas, .por- RM\ de TmmentMa and ires onças 4 *
que alimpa , mundifica ,< delecca , alimpa a j
Ra/\ de pè de Leaõ duas onças. *
carne de toda a excrefcencia, prohibindo-lhe Vinagre for tijjimo oito libras.
a corrupcao , e enchendo a chaga de nova Reyna de Vinho.
caiiie em bieve tempo ; e tambein ferve pa¬ Pe\ grego and tres onças.
ra curar todas as chagas fétidas, e podres de Cera branca oito onças.
qualquer calidade que fejaõ. Carlos Mufita- Pó de Rai% de pè de Leaõ.
Do ul.bu muito eite EmplaRro com bomTuc- Pedra nume queimada anafeis oitavas.
cciiò} veja-fe o que elle porformacs palavras Sangue de Drago.
diz no leu Thefouro Armentario Medico- Mumia.
chimico pag. 16. fali ando no dito compòfio: Al me cega and tres oitaüas.
-Jfhttíi alii Empl afiro hoc naflrum in tota Cidrur- Pedra Hehiatfia preparada.
gorinn fuppelletlili comparandum efi, nec in- M yrrha.
ve tu ri fimilc poteft iti curando ulcere corrojivo > Aço preparado com Enxofre niiá ílff /7 c A/f/j*

que mundificai , exficcat, abflergit mala. car mentilla , ede pé de Leaõ , machucado tu¬
vis corruptionem , U excrefientias inhibet, carv do , fe cozerão no Vinagre , até que as rai¬
fiereplet) confohdat, CíT ad per fediam curatio* zes, e o mais eReja brando, entaõ fe lhe ti¬
nem breviter reducit. Ulcera cfifufcumque con¬ rava a polpa por cedaco fino, e deíia pelarão
di ti onis in quacumque corpons pane firdidafaS- dezuncas, que ficarão peladas á parte, guar5-
tida) pútrida, excedentia , verminofa,> & qua- dando o Vinagre que ficou depois de tirada
cumque uleufeula fimplicia , vel venere a mirà- a polpa ; a Rezina, Pez grego, e a Cera feitos
hili ad inflar intra paucos dies fanat. Cm pedaços fe derreterão , e coaráõ $ e de¬
CEROTO PARA OS CALLOS. pois fe lhe lançará a polpa, e fe desfará hem
1 12 Animoniaco, e cm fogo brando , até gaílar alguma humida¬
JL Galbano desfeitos > e tnfpijfados de que tiver, e fóra do fogo lhe deitarão os
em efpinto de Vinho ãná hum a onça. mais fimplices pifados todos fubtilifiimos,e le
Euphorbio hum a oitava. irá mexendo a matéria com efpatula de fer¬
<r.y
Pedra hume queimada oitava c meya. ro, até que tudo efieja bem miflurado , e em
Ver de te duas oitavas e mera. forma de inafTa j e fe dará feita de freico
Mercúrio da primeira Jublimaçaõ , e ãúfci- quando fe pedir eRe medicamento , ao qual
ficado duas citavas. o Doutor Francifco Soares Ribeira na lua
Oleo de Euphorbio y e \ Cirurgia Methodica chama Emplafiro Mar1- pm ,afj
Cera amarella and duas onças :■ de, tudo fe ciai, e diz que hefingular remedio na eufá Maroâl.*
faça CerotoS. A. Far-ie-ha na fôrma feguin- das hérnias intcftinaes, ou feja por laxacaõ,
te: O Ammoniaco, e Galbano fe diflolveráõ ou roptura , naõ fómente nos meninos, mas
cm efpirito de Vinho, e bem purificados fe também nos adultos, como d dito Aucftor
poráõ cm boa confidencia ; o Euphorbio le tem por expefiencia: applicâ-fe fazendo huni
pifará lubtil junto com oVerdetcj e a Pe- parche , no qual fe miRura igual porqaõ de
tira hume queimada , e Mercúrio doce fe fa- Emplaftro Carminativo de Sylvio, e primei-
raõ em pó $ a Cera fe derreterá com o Oleo , ro fe reduzaõ os inteRinos a feu lugar, en*
e fóra do fogo, eRando mais de meya fria, fe taõ fe lhe pôem o parche com os EmplaRrôsj
lhe ajuntem os pós, e ultimamente as gomas, pondo lhe em cima ligadura, ou funda bem
e tudo fe vá malaxando muito bem , e tanto ajuRada , paíTados dez , ou doze dias , fe lhe
oue a matéria eRiver unida , fe facaõ mada- pôem novo parche, e dahi por diante as mais
leoés, que fe guardarão para o ufo. vezes neceííárias , que ordinariamente naõ
He eite Ceroto admiravel na cura dos cal- paííáõ de feis: he bom para as fraóturas, e
los, e cravos das mãos, e pésj porque fem fa- deslocacoes Aneurifmas, cura as feridas dó
zer tumor, infiammaqaõ, ou dor os tira je al- vafo limphatico, e artérias, e cicatriza as
chagas antigas.
BRANCO.

o Mercúrio lavado,ou com o doce ordinário.

114 R
CEROTO
Cera branca quatro onças*
• Oleo de Amêndoas amargofas cin¬
C K R ü T O M A R C í A L. co onças.
j i j T3 Maçã as verdes de Cyprefie nume- Efperma C et i hum a onça.
1 \ • ro vinte. Al va y a de lavado em agoa Rot ada hum a on¬
Cofias-de Romãas axedas verdes; ça e meya.
Çaht-
 464 Pharmac. Limt. Augment. Trat. XII.
Camphora meya onça : de tudo fe faça Ce-
roto S. A. Far-fe-ha na forma feguinte: O AU
vayade fe lavará com agoa Rozada , e depois
de íecco fe tomará a quantidade , que na re¬
ceita fe pede ; a Camphora fe diíTolverá em
humas gotas de Agoa rozada ; a Cera fe der¬
reterá com o Oleo, e fóra do fogo fe lhe dei-'
te a Efperma Ceti, para que com o calor fe
diííolva, e fóra do lume , eílando a matéria
quente, fe lhe ajunte a Camphora desfeita
como fe difie , e o Al vayade em pó tino, e
fe vá mexendo tudo muito bem, de forte que
fique o Ceroto muito brando , e aííim fe de
para o ufo. Fie eíle medicamento anodino ,
abranda , e refolve , he comeílico 5 untando
com elle as bexigas, tira admiravelmente os
fignaesj póde-le fazer mais brando, ajuntan¬
do-lhe algum Oleo de fementes de Dormi¬
deiras tirado por expreíTao.
CEROTO DE ALABASTRO»
115 TJ , Emptajiro de Alvayade.
Xv. Cera branca and quatro onças.
Alabajiro.
Alambre.
Sangue de Drago.
Coral vermelho.
Crânio humano.
Corno de Veado queimado and meya onça.
Ejioraque liquido.
Tormentina and feis oitavas: de tudo fe fa¬
ça Ceroto S. A. Far-fe-ha na forma íeguinte*
O Alabaítro , Alambre , Sangue de Drago,
Crânio , e o Corno de Veado , fe pifaraõ , e
faraó em pó fubtiliflimo $ a Cera, e o Empla-
Rro de Al vayade,fe derreterão em fogo bran¬
do , e nelle antes que fe tire do lume fe dif-
folva o Eíloraque, e Tormentina, e fóra do
fogo, eílando ,a materia-meya fria, fe lhe dei¬
tem os mais pós,e fe vá mexendo muito bem
até a maíTa eítar de todo unida, entaõ fe ma-
laxe, e faqaó madaleoés, que fe guardaráõ pa¬
ra o ufo. Eíle Ceroto he bom para impedir
os abortos, conforta o fedto no ventre \ ap-
plica-fe fobre os lombos, e oííò facro ás mu-,
íheres, que coílumaó muitas vezes abortar*

TRATADO XIII.
LIX1C0N PHAR MA CEU TICO, EM QUE SE
dá Ethimologia a muitos nomes, e termos Pharmaceuti-
cos, tirado de vários Auctores antigos, e modernos: e aí-
fim efie nome Lexicon fe deriva do Grego Lexis, que
quer dizer dicção, e valo mefmo, que V ocabulario, oil
Dicionário..
A ,
B LU EN C I A medicamenta ,
do verbo abtuo , que quer dizer
lavar j eíles faõ os remedios que
alimpao , defpegando os humo¬
res docemente , humedecendo,
e abrandando-os: aflim como as agoas mine-
raes,ferradas,ou da pia de Ferreiros,e outras.
Abjiergentia, do verbo abjiergô, que quer
dizer alimpar, e fao remedios proprios para
penetrar, abílerger, ou alimpar , defeecando
o humor, e mitigando a mordicaqaõ : aflim
como a Agrimonia, Verônica, e as mais
hervas vulnerarias, deteríivas, e outras;
Acerbas, dos nomes acies , ou acnmen, fc
fe diz por hum faibo agudo , que pica a lín¬
gua , aperta * e comprime os lábios: aflim
como quando fe maítiga , ou come algum
marmelo verde.
Acetabuhm , era huma medida dos anti¬
gos como já diiremos.
Acetum Philofophicum , Vinagre Philofo-
phico he hum licor agro tirado do Mel por
diítiilacao.
Acetum Saturni, he o Vinagre impregna¬
do, ou cheyo de Saturno, id eji, de Chumbo.
Acopum , he hum remcdio , que ferve para
todas as laxidoés > como faõ muitos lini¬
mentos , ou unguentos > com que fe fazem
as esfregaqoés.
Acovijitca , faõ os remedios proprios , que
feapplicaõ nos achaques dos ouvidos.
Acuentia, medicamenta do verbo acuo
aguqar: aflim como quando he neceíTario ef-
pertar a virtude de algum medicamento pur¬
gativo , fe lhe ajuntaõ tres * ou quatro gr a os
de Diagridio, ou de Trochifcos de Alandal
em huma dole de pilulas;
Acumeli, veja-fe Apomeli-.
4<íJ
Egypciacum , he nome de huma compofi-
caõ íhuito deterfiva, que impropriamente fé
chama unguento , porqüe no dito compofto,
nem Oleo, nem Cera entra ; porém chama-
fe Egypciato , porque rio Egypto muito fe
ufou.
JErtóUis > erá hürii pefo fnüitò ufado pe¬
los antigos.
JEtberèã , fubftahciá, liè büm efpirito vo¬
látil , ou a parte de hiim mixto a mais def-
pegada, e fubtil , que désfaz em Ar, e fé
chama em latim JElfter:
JEthiops mineral is, he huma preparaqao dè
Mercúrio com flores dé Enxofre , ferve pa¬
ra os achaques vehereos, tomado pela boc-
ca de dous até feis, ou oito grãos ; efla pre-
paruqaõ fe acha na noíTa Pharmacopea Ba-
theana;
Aggregativa pi tuia. , èu ággregare, ajun¬
tar , he huina compoficaõ de pilulas Aggre-
gativas aflim chamadas j porque ajuntaõ to¬
dos os humores para os purgarem : daõ-fe de
hum efcropulo até quatro.
Al, he huma partícula, qüe fe coftuma di¬
zer no principio dé algum notne ,he palavra
Arabíca , que fignifica -a- ou -o-, e dizem os
Árabes,quando fallaõ em alguma coufa gran¬
de 5 porém a dita palavra, Al, he hum termo
antigo , e fe póde diíer que moderno 3 por¬
que ainda no tempo prefente o ufaõ os not-
(õs EfcrivaéS depois dò depoimento das te-
ítemunhas que fe tiraõ, porque fechaõ a cori-
clufaõ dizendo : e ellc teftémunha Al nao dif-
fe , e Francifco de Sá de Miranda Eclog. r.
num.}6. diz : Naõ quero que cuide Al ami¬
go do meu final. - *
Alchymia,deriva-fc de hum Aüdtor, qüe fe
chama Alchyma , o qual, como diz Andie
Libavio, fazia o Otiro faífo, ou fe deriva do
artigo Al, e de Cham filho dc Noé, á quem
Nnn alguns
" 4.66 Pharmac. Lufit. Augment. Trat. XIII.
alguns Chymicos fazem o primeiro inven- ftou, por eíTa razaõ, nem de Médicos, nem
toí da Arte Chymica'; outros dizem que f$r.' d,e Boticários he conhecido.
compõem do artigo AÍ, ou de lho , ou fun- MkaU , veja-te o unguento do primeiro
do, que ire o me imo } que Arte Chymica, Tratado, ,> ”j , ]*■ jk & & JF tf
que enfiúa a fiJndir Às metaes , e a fazei" a Alkoot, he: hum nome Arabe, que fe uík
i . E* A' 4 r* ír 'í c li .a «
tranlmiMacap deliesA 4 naChymiça, quando r^quer fallar em hum
Album IKnajfs \ oiTC’ngiiento*de Alvájíyade êfpirito fubtlliflimo, ou pós lubtiliífimos, e
vujgarmeme AlbiiniMhajis ou Unguento neila fdrma de chama a© eípiritoidqrVpb%o
branco,, de que o Âlvayade íiefte còmpoílo ratificado A lkdol, de, Vinho1-, e aos pó$ de GÀ-
faz a bafe. . - ral, eoutrpa fimplice? impalpáveis despis de
AUmkicum, Alambique, ou Lambique, he preparados na pedra fe chartláò AÍkòói dc Co-
nome Arábico derivado do artigo -AI-do ral , &c, j
Greg\> Ernbeca, que Vai o rnefmo qüe fahiV Al Uótica, faõ os remedios anodinos, eal-
a íubílancia dillijlando-fe \ copio fahe • a cfo ;teran.tes. '. . n,\WA Ü ík!i ^UV
vide depois de podada $ e ailim he o Alam- Aiterantia , fao os remedios , quejiorVoc-
bique hum vafo , .em qUe por meyo da fubli- ^caõ prepáraõ os humbrôs pa?a ha-v^oèm de
maqaõ, e diilillacaÕ ie tira a'íubílancia de íc purgar com facilidade. AO
varias matérias,como flores, hervas, vinhos, Alunnmfa, he huma*a^ba vulnèraT?aVc de- (•«-i «Ti* * • .

e outros licores ; por Alambique fe toma o feccante , em que o fundamento delia lie a
vaio, e feu capitel. •-A,-, Pedra hume. A
Alephangkm pílula. ep_ algphqngia, nome Am algam atiço , hé humamiftura, ouli-
Arabe , que ílgnifica.coufa chejruía; alguns ga do AXçitguè com outro qualquer metal
dizem Àl\>ephangin&\ porquep-,fundamento fundido. .) vA ':• > '•> A *
defte compoílo he o Azevre g o qual lhe dá o Amphibia , he todo .o animal, que vire na
hum grande , e fórte cheiro , e fe chama a agoa , e fobre y terra , affim como c Cafto-
efla compofiqaõ pílulas Alcphanginas , faõ ,rco , Lontra , Cágados, e Ruas.
purgativas, &c. Amuleto. , iaõ os remedios , que fe trazem
Alexifacon, he o rnefmo que opem fero, ou pendurados no pefcoco , ou juntos ao pei-
he hum medicamento, ou remedio, que ían- to para curar a febre , e refiftir ao veneno 7
ca fóra do corpo os males, que o aíiligem , obraõ eíles com fuas partes voláteis, as
e mais propriamente fe chama remedio con- quaes ajudadas do calor natural pelos póros
tra venyno. penetraõ o corpo até o interior , fazendo di-
Mexi pharmac a-, exqlexo opemfero, & Kd~ verfas fermentações nos humores.
kos mallits.) Cf pharmaccnmedicamento pro- Amigdalatum , he hum leite , que fe tira
prip para rcfiílir á malignidade dos humores, das amêndoas pifadas , desfazendo-as em
e também para fortificar as partes vitaes, af- agoa, ou qualquer licor.
iim como a Triaga , o Metridato , Confei- Anà , veja-fe o fegundo Tratado. ■
qaõ de Japinthos , e outras. Anacoliemata, fao os remedios, que fe ap-
Alexiteria , deviva íc do Grego'Aíexitas, plicaõ em frontal fobre a teflá , e fontes da
que vai o rnefmo , que remediar , defender, cabeca para abrandarem , e fufpendcrem o
acodir^e afljm le uíaõ os remedios Alexiphar- demafiadq movimento dos humores, quecíi;-
macos pára remediar, defender, eacodira hem fobre os olhos.
qualquer mordedura de bicho , ou féra peço¬ Analeptica , faõ os remedios, que reftau-
nhenta , para o que ferve fal de Víboras , de raô , e augmentao a nutriqao ao corpo todo,
corno de Veado, e as confeicoes cordeaes. e fuas partes.
Al andai, nome Arabe que fignifica a Co- AnapUrotica , fao os remedios , que cica»
loquinthida , de que ie fazem os Trochif- trizaõ as chagas : aflim como a Sarcocola, os
cos de Coloquintida, como diremos em leu Unguentos, e hmplaílros defeccativos. :
lugar. Anajlomicapíaõ os remedios incifivos, ape¬
AUpta mofeata, ou miflura mofeada , he ritivos , proprios para gaílarem todas as ob-
huma compoficaõ de Trochiícos muito for¬ flruqoês.
tificantes., de que adiante fe tratará. Anathynúafs , he hum prefume de pafti-
Àlka&s.pdvLZrn , .que he hum univerfal dif- lhas, ou de outra qualquer coufa cheirofa, e
folvente dc todas a$ qiatcrias, o qual atego- ainda de agoa de Covdova , ou mai* propriar
ra ninguém vio, e a cauia de fe nao ver o di- mente de huma Caífoyl a de bons cheiros.
to Alkaes-, lupponho eleve fer, porque certo Anhaliina , faõ os remedios proprios para
.Áuctor modqr.ipo o,.de via gafiar todo naquel- facilitar ajreípiraqaõ , aflim como as hervas
íe celebrado e;<traãp Alkaes, que deixou em vulnerarias, e as prepaíraqoesjdo enxofre. >
heranqa a^çus,herdeiros, e como todo o gar Anima HepatU, he o vtu iolo, ou Sal Mar-
 Lexicon gPharmaceutlco.1 47 *
ou cevada quando, fe ferve até arrebentar. Decantado, feu Decupletatio , he quandô
Cri bati o ã inbare, peneirar , he quando fe fe fepara por inclinacaõ algum licor claro
faz p-aífor algum pó por tamix para fe haver das fézes , que fo lhe pi ecipitáraó no fundo.
de íeparav o foi o do groííb. t f hro Tabelta., he hum 'eledüarío foli-
Crocomagnia.,he hu;ma compofiçao deTro- cio purgativo , que toma o nome das cafcàs
çhileo,fortificantes , em que o açafraô hea -de cidra , que nelle entraõ.
Jbafe, Decóãimiyfçu Decoãio fe chama a todó é
Çrccus Mar tis , he huma preparaçaÓ de li' cozimento. > .- ím ; . ood «jkío- >
xnadura de aço , que,depois de feita fica com Decrepitado , he o efírondó fe faltos , que
a cor íemelhante á do açafraó,e, por eila cau- faz o íal marino.miílurado com outras maté¬
fa fo jfie dfudTim o nome. rias compactas, quando le calcina : Decfipi-
Crocus pietallorum , he o fígado de antiino- •taçaõcf. ' \..l fofo l 'J c áJU: g‘í •. - th:;»;. 1
nio , cjue.depois
_ de lavado
, fica com a cor de Defenfwa, fao as drogasadrtringentes, è
açaíraõ , e deíie toma o nome , vide pós de tonificantes, que fe appiícaõ em catàplafmn,
Quàutilio.. . unguento, ou emplafto para fazet parar o flú*
_ Lrucibidum , he o cadinho , vafo de terra xo de fongUe, ou de outros humores, que ca-
poroío, que lerve para derreter os mineraes, hemdcbre alguma parte do corpo,
e calcinados, e outras" mais operaçoés chy- DefrvMum, he vinho cozido em morto fo-
íificus. u ■ . bre o fogo até gaitaras duas terças partes, ou
Cryftaliyitio, he quando depois de evapo? também do çumo de qualquerfruéto, epfò-
rado euvfygo , ou Sol alguma parte de licor, pviamente fe chama Arrobei _ *
que d tá muito cheyo de íal, fe pôem o que Deleteria , he apeçonha , óii fimplez, qué
fíca em lugar freíco , para qtie congelado fe por fua má qualidade caufaoa morte,
reduza em cryftaes. Deliauium 7 he a refoluçaõ , que o ar faz a
i acuda , he humá efpecie de barrete eito- qualquer efpecie de fal, affim como o fal Tar-
fado por dentro com pós Cephalicos, que fe taro refolutoem licor, ou outfos.
traz continuamente na cabeça para fortificar De Morbo,he o unguento Napolitano,com
o cerebro, , r '.. / -\Gwsivi c.<‘ que fe cura a íárna. *n-n -m.i a /.vavA
Cncurbita, he hüm vafo de vidroi, barro, ou Dsnarius} hc hurn pefô , de qtie já trata¬
de metal,que fe chama cabeça pela 'ernelhan- mos. i , . ' ol> tvi -.3 .• _ c •
ça, Çue no feitio tem com ella $ e ferve o di- Dentilavium, hc hum licor adfíringente/
tu vaio paru as diltillaçoes, pundo-ihé enfet- com que fe lava a bocca, e gengivas para fir-*
nia o feu capitel, ou cabeça. ’ mar, e fortificar os dentes: affim comoAs co¬
Guine , he huma efpecie de Retorta com zimentos de cevada, çumagre , Balauftías, e
o fundo.largo, e chato , a qual tem-o collo outros.' _ - d■
pouco levantado , e ferve para a diílillaçuo Dentifricia , fao òs remédios para alimpar,
dos eipintos áccidos. ebranquecer o dentes.
Cuíleus , era huma grande medida dos an¬ Depila torta, í ad os remedios algum tanto
tigos , que levava quarenta Urnas, que vem-a corrofivos,que applicando-os fobre a pele ar-
fazer mil e feifeentas libraSjporque huma Un r anca o, ou pellaõ o cabello.
nà contem quarenta libras de vinho. De Vfylio eleãuariitm, hc hum eleétUario"
Cyathus, he nome de hum pefo de que já muito purgativo, de que a bafe he a mucüla*
tratámos. ‘ ; 1 j gem de Zátagatoa.-
Cyphi, he notne Arabe , que fe da a huma Depuratio^hc humaelpecie de puiifícaçao,1
efpecie de perfume fortificante, e também a que fe foz aos çumos, aos cozimentos, ou ou-
huns Trpçhifços aromáticos. tro qualquer licor por rehdencia , quando a
CyplwydeSy he huma compofiçau de drogas matéria groíTa, e impura ic fepaia e piC^ipi-
aromaticas. ta no fundo.
Defecativum rubrttm , he o unguento ruhró
D alto de ponto , que affim he muy defecaíivo.
Dejpr.matio , he quando fe efeu ma o me!,5
xarope . ou outro qualquer licor, que feivc
Acryâium , veja-fe DiacryJUnn. Dama-
^ ^ ^ feena aqua, agoa Dama Ice na, he huma fofire fogo. ./ •
Dijiillatio, he huma exaltaçaS das partes
compofiçaó de agoa , que na Cidade de Da-
húmidas dor msxtos em vapores, que teCoin-
mamo íe inventou , a qual he muito cheiro-
denfaó em gotas, e depois ca hem no Reci¬
fa, ferve para borrifar os vertidos, he Cepha-
piente; c ha dous modos deditliliaçoéâiyhurn
lica , Carminativa , e ertomacal.
ite âijiiliatm per xfcenfinn, outro per àefeen-
Danich , he hum pefo , de que já fe tra¬
primeiro modo , que he a dirtillacaó
tou. ■' J ' r por
 472 Pharmac. Lufít. Augment. Trat. XIII.
por afcenfo , he aquella que fe faz pondo o
fogo debaixo da matéria , que fe quer diflil-
lar; o íeg-ttndo modo , he a diílillaqaõ por
defcenlo,, que fe faz quando o fogo fe puem
fobre a matéria , que fe ha de diílillar. - bafe he a raiz de lingua de vacca.
De fuceo rofarum tabella, he hum eledua¬
rio folido purgativo, e cholagogo , de que o
qumo das rofas he o fundamento; e também
fe faz em fórma branda o dito eleduario.
De fucco violar um tabella., feu eleãuarium,
he huma compofiqaõ folida, e outras vezes
liquida, he purgante , e nella faz a baze a fe-
mente das violas.
Detergentia, faõ os medicamentos, a que
ordinariamente chamaõ deterfiv.os, proprios
para penetrar, desfazer, e lanqar fóra os hu¬
mores : aflim como a Agrimonia , Hera ter-
reílre, &c.
Detonatio, he hum roido, ou eílrondo, que
fe faz na fahida das partes voláteis de algum
mixto, movido pelo fogo: aflim como quan¬
do fe lanca hum carvaõ accezo no falitre , ou
em pó no dito falitre ,q-uando eílá fundido.
De Vigo, feu emplafrum de ranis, he o cm*
plaftro de rãas de todos bem conhecido , to¬
ma o nome de feu audor, que foi Vigo , e
das ráas, que nelle entraõ.
Deunx, hehum pefo , de que já tratamos.
Dexta/%, he nome de hum pefo.
Dia , fe deriva do nome Grego Dyas, que
vai-o mefmo, que o numero de dous; porque
o dia he cpmpofto de duas partes,a faber,noi¬
te, e claridade, veja-fe Bluteau, letra D.
Diambar, he huma compofiqaõ de pós Cor-
diaes,Cephalicos, e eflomacaes,de que o am-
bar he o fundamento.
Dtanift, he huma compofiqaõ de pós dige-
ítivos, Carminativos , e hyftericos, de que a
herva doce he o fundamento.
Dianthos, he huma compofiqaõ de pós Ce-
phalicos, de que a flor do Akcrim he a bafe.
Diafarum, he hum eleduario algum tanto
purgativo , e vomitivo, de que a raiz de Afa-
10 he o fundamento.
Diabalaujlia , he huma compofiqaõ de pós
adílringentes, c fortificantes,que fe applicaõ
na teílu, e as Balauflias lhe fervem de bafe.
Diabalfemer, he nome Arábigo , que he o
mefmo, que Diafene.
Diaboracis , he huma compoflcaõ de pós
hyftericos, de que o Borax he o fundamento.
Diabotanum,he huma compofiqaõ, ou hum
emplaílro refolutivo, que fe compõem de
muita quantidade de diverfas plantas.
Diabrionias eleãuarium, he hum eleduario
Cephalico algum tanto laxativo, em que a
Norfa faz o fundamento.
Diabrionias unguentum, he o unguento
Agripa, aflim chamado por fer inventado
por El-Rey Agripa, e na dita compofiqaõ he
a Norfa o fundamento.
Diabuglcfi, he huma compofiqaõ de pós
cordiaes, que elcreveo Mynficht, em que a
Diacalaminthes> he huma compoflcaõ de
pós eflomacaes, que efereveo N.icoláo Ale¬
xandrino, e faõ carminativos, e hyftericos,
em que he bafe a Neveda , que entra na dita
compoflcaõ.
Diacarthami,he hum eleóluario folido pur¬
gativo phelmagogo ,que toma o nome da te¬
mente deCarthamo, que nelle entra.
Diacarycn,- veja^fe Dianucum.
Diacajjia, he hum eleduario purgativo
adocicante, de que a Cana-fiílola hè o funda¬
mento.
Diacaftoreum, he hum eleduario hyfteri¬
ço, & cephalico, digno de grande eftimaqaõ,
em que o Caftoreo he a bafe.
Diacaloiteos , he o em plaftro Díapalma, é
fe chama aflim,por fer a Caparrofa o feu fun¬
damento. <■
Diachylon , he o nome Grego, que vai o
mefmo , que mucilagcm , e aflim fe chama
ao emplaftro Diachylaõ , porque o feu fun¬
damento faõ as mucilagens,que nelle entraõ.
Diacinnabaris,he huma compoflcaõ de pós
antiepileticos, que traz Mynficht, de que a
bafe he o Cynabrio , que entra na compoíi-
qaÕ.'
Diacinnammo, he hum compofto dc pós
cordiaes, e eflomacaes, em que a Canella he
o fundamento.
Diacnicum, he o xarope de Carthamo.
Diacodium, he propriamente huma efpecie
de Opiata feita com extrato de eabecas de
dormideiras , e arrobe ; porém o Diacodium
dos modernos he o xarope de dormideiras
brancas.
Diacolêcynthidos, he a confeicaõ Hamech,
de que a bafe he a Coloquinthida , que nella
entra.
Diacorum, he hum eleduario cephalico,
de que a raiz de Acoro he o fundamento.
Diacoftus, he huma compofiqaõ de pós
aperitivos, hyftericos, e carminativos, de
que o Cofio he o fundamento.
Diacrets. , he huma compofiqaõ de pós
adílringentes, de que he a greda o funda¬
mento.
Diacrocum, feu Diacurcuma,hç huma com-
poíicaõ de pós hyftericos fortificantes, e fu*
doriferos, de que o A ca fia 5 he fundamento.
Diacrydium,feu Diagredium,he a eferamo-
nea preparada.
Diacryfalli, he huma compofiqaõ de pós,
em que o Cryftal preparado he o fundamen¬
to.
Dòr-
 Lexicon Pharmaceutico.
Diacurcuma exdia , ÇP*, curcuma > nome
Árabe , que íignitica tenra merita , ou raiz de
huma efpccie ue junca., a qual tinge cie ama-
rello ; também a outras mais drogas te dà o
nome dc Curcuma , porque fazem huma tin¬
tura quaíi amarella; íifljm como a de (delido*1
nia , Rubeamayor, e o Açairaõ , e lempre
por Diacurcuma íe deve entender o JDiacro-
cum.
Diacymirú , he hum compoflo Cephalico ,
c hyílerico , dc que os cominhos laõ o fun¬
damento. Eíle Diacymino efereveo Nicolao
Alexandrino $ porém he tambem hum Ele*
dtuario, que íe intitula Diacymo , em fórma
foi ida, que efereveo JVly.níicln, que ferve
para a aílh.ma, e he muito eílomacal, e co¬
mo o ícu íundamento faÕ os cominhos, por
cíTa caufa tomou o nome.
Dta-Damafcenum, vide D’aprumem.
Viadiãamnum Creatum > he hum Ceroto
refolutiyo, que toma o nome do Dictamo
de Creta , que nelie entra.
D/a-Ejuia, he hum compoflo dc pós mui¬
to purgativos melanagogos, ,de que a Efula
heo fundamento.
Viatetica , he o mefmo , que Dieta , que
ião os remédios alterantes, fudoriferos , ou
defeeativos , que fe appiicaõ aos enfermos,
quando andao de dieta: aíTim como os cozi¬
mentos de raiz da Chyna , Salfaparrilha , Sal*
faíraz , Pào fanto.
D rafarfara., he huma compoíiqao de Ta¬
lhadas peitoracs , de que a Tueillagem , que
íiella entra , he o fundamento.
Diagalanga , he huma compoficao de pós
eflomaeaes , e hyílericos , de que he bale a
Gala nira.
O
Diacredien veja-fe Diacryâium.
Diajatapa. , be huma compoíiqao de pós
purgativos hydragogos , de que he funda-
* mento ajalapa.
Diairecos .♦ he huma compoficao de pós
peitoraes anti-aílhmaticos compoílos de raiz
de Lírio florentino , e outras drogas.
Dtalacca , he hum compoflo de pòs ape-
Titivos , hyílericos, e fortificantes, de que
a Lacca he o fundamento.
Dialúuri y he hum compoflo de pós Car¬
minativos , e hyílericos, em que entraõ ba¬
gas delpuro, e a compoíiqao hedeMyn-
ficht,.
Diatuns., hc hum compoflo de pós anti*
epiléticos , de que a prata hc o fundamento.
D iam armei, he hum Eledluario folido al¬
gum tanto purgativo, quefie compóem de
maná, c acucar.
Diamanna , he hum Elccluario liquido ,
rruito purgante , cm que o Mana hc íunda¬
mento.
n- •
(utamargantum , rhe ,huma compoíicaó
47>de
póscordiacs fortificantes , que tomaõ o no*
me do Aljôfar , que nelie entra.
Dramarganitv.m jiri.plc\ , veia-fe Manus
Chritti.
Diamercurij , he h.urua cotnpoficaG de pós
contra vermes, em que entra Mercúrio e
lie de Mvnfic ht»
Diamorum compajitum, hc o arrobe de amo*
ras miliuraüo com o do vinho , e outros
limpi ices.
Diamcrufia, he hum Ele&uario eílomacal,
e hyílerico , que eleveveo'Meiue.
Diamofchí dulcis, he huma compoficao de
pós cordiues fortificantes, em qne o Almil*
cyr he fundamento , e fe chama doce a rei*
peito de outro , que he amargo , oi qual tem
pouca ierventia,
Diamumia y he huma compoficao de pós y
que fe daó aos que cabem de alto , de que o
íundamento hc a mumia.
Dumitri, he huma compoficao de pós diu¬
réticos, de que o laiiire he o fundamento , c
Mynfichj: feu author.
Dianucuniy leu Ducaryvn, heo arrobe fei¬
to de cumo dc nozes verdes, e de mel.
DiaoUbatd y he huma compoficao de póá
anticpüeticos, que efereveo Mynficht, na
qual entra inceníb , dc que toma o nome*
Diapalma , feu cmpladrum palmeum y hc
hum emplaflro dcfecativo , aílim chamado.
Diapsfmata , fao huns perfumes, e untu-
raí aromaticas, que fe fazem ao Corpo: aílim
como as paílilhas de fogo , e pomadas*
Diapetite> nome Grego, que fignifica hum
compoflo de cinco efpecies de drogas.
Diaphanicim , he hum Elecluario purgati*
vophlpmagogo , e hyílerico, em que as ta-
maras fao o fundamento.
Diaphorelica, nome grego , que fignifica
Sudoriferos, e fao todos aquelles, que por
tranfpiraqaõ lanqaÕ os humores fora do cor-
P°‘
Diapipereos Ceratum, he hum ceroto de*
teríivo vulnerário, em que entra pimenta.
Diaplantagmis , fao huns pós adílringcn*
tes, em que entra femente dc Tanchagem , t
os efereveo Mynficht.
DiapcmpJiotigasy hc hum unguento muito
frefeo , c defecante , em que entra a Potn-
pholis, que dà o fundamento à compoficao,
a qual efereveo Nicolao Alexandrino.
Diaprafii, he huma grande compoíiqao de
pós cephalicos , c aperitivos, e fe chama
aífim , porque nellà entraõ marroyos.
Diaprunum folutivam y feu Diadamafcemm
cíiolagogum , hc hum Elc&uano purgativo ,
dç que^a .befe fao ameixas , e o principal
purgante a Efcamonea.
Ooo Dia•
 474 ' Pharmac. Lufit. ÁugmenL Trat.XIII.
Y)íãpyrUes / he hum O roto vulnerário ,
refolutivo , em que entra pederneira prepa-
rada.
Y)iírrthcrtk>* Abbaiis , he huma compoficao
de pós cordiaes , c eítomacaes , cm que as
rofus fazem o finuüiMemo , e fe diz aflim
por íer invento dinhum Abbadede Roma.
DiarrhoJon pilulci . he huma compofiqaõ
de pilufas cíiomacaes purgativas.
Diarrluhinn Troxlv.Ja , he huma compofi-
caõ de Trochifcos cordiaes, e aclrt:r ingen¬
tes , de que as rofas feccas faõ o fundamento.
Didfaturni, he- huma compoficao de pós
para aíUhma , e üizica * de que o magiíterio
de Saturno he a bafe.
Diajiordium", he buma-efpecic de Opiata,
ou EledfuarÍQ, que refille ao veneno , e pro¬
voca fomno,e tomaonome de Efcordio,que.
nelleentra" ■ • .k , n j í
Diae/be/L: n, he hum Eleétuario,que pur¬
ga branda , e docemente , o qual efereveo
Bartholomeu Montaguana, de que a polpa
do Sebeíten he o fundamento.
Efte fimplez chamado Sebejitr,, he huma
efpecie de ameixieira, que tem todo o tron¬
co , e ramos brancos com folhas verdes, o
fruto he femelhante ás ameixas porém cõ-
prido , e o caroco triangular : neíle Reyno
naõ o ha$ açhá-fe enrmuytas partes de Italia,
e do Levante, onde ha muitas arvores , e
naõ tranfportaõ o dito fruto os mercadores,
porque delle naõ tiraó inuito lucro $ he la¬
xante ,como as noíías ameixas, que fegiira-
mente fe pòdemcifar pelo dito StbcjUn.
Ydiafinna /hehum compoilo de pòs pur¬
gativos, que toma o nome do Sene, que nel-
le eritrif. n . .
Diajtnna:, he hum Eléduario purgativo
melanagogo , de que o Senc he fundamento.
Diajpermatiinf , he huma compoficao, em
que éntraõ muitas cfpecies dé fernent-es.
Y)iajl(ccini> heihum compoilo de pòs Nar¬
cóticos , e adítringentes , em que o Alam-
bre he fundamento, v. > D/Ví naturaUs, he o efpaqo de vinte , e
Diàfiiphíifis, faõ huns pòs antiafthmaticos,
em que as Rores, e magitleríode enxofre he
fundamento , a receita efereveo Mynficht;
e também ha outro compoilo do mefmo
nome , que he' líunvEleduario , que traz
Mefue.. ' .' ■ . ..
Diajülphuriérattím, ant emplnjlrum , he
hum Ce roto vefolutivo p e vulnerário , de
que o balfamò de enxofre faz a bafe, e Ru-
lando he o leu audor. > Y)igefUvim>ht huma efpecie de unguento
Y)iafulphurts tabelhz > faõ as talhadas anti-
aflhmaticas-, que fe fazem com o leite de en¬
xofre, a receita tíáz Lemery.
Diatartari , he hiVrna compofícaõ dcpòs-
purgativos hydragogos yque traz Mynficht,
de que o-fundamento heoTartaro.
ÚiateJJiirum , ou íòiatejpefum > hcnòmé
Grego,que fignifica compoficao dç quatro
drogas. • • • •
Yííàthamaron , hehum compoilo de pòs
eflí tnacaes, aílrm chamados, porqut nclles
em :aõ Tamaras.
] )ialMgacanthi, he huma ccrrpoficaCj de
pò; glutinantes , adoçantes, e peitoraes,
em que a Gema alcativa he o fundamento.
Diatriumpiperum, he huma compoficao de
pò;: digeffivos , de que as tres efpecieá de pi¬
menta faõ o fundamento. ' . -
J Vatrium fantalorum r he hum compoilo
de pòs cordiaes fortificantes, aflim chama-?
dos, porque os Sandalos faõ o leu funda¬
mento. • lí;: ti ííííI " o ri.
Duiturbit , he huma compoficaõ de pòs-
purgativos hydragogos , de que o Turbit he
a bafe;
Diãturhit Minerale> he hum Eléduario vo-
mitivo mercurial, cm que o fundamento he
o Turbit mineral, e eíle compoilo efereveo
Myncíiht. '■
Y)intiirpât1u,\\ç. hum Eléduario folido pur¬
gativo phiemagogo muito femelhante ao
Diacarthano , de- que o Turbit he funda¬
mento.
Diayngib/r, he huma compoficao de pòs
eflomacaes carminativos, edigcíUvos, de
que he bafe a Gengibre.
Ydiatiriffiber , leu Zingiber laxativum , he
hum Eléduario purgativo folido phiemago¬
go , de que também o Gengibcr he funda¬
mento. :
Y)ichr{wiã y fui Diprofvpa aufgitva > nomes
Gregos , faõ os etnplaílros , que depois de'
velhos tomaõ varias cores: aflim como o cm-
plaflro Divino, que algumas vezes tem a cor
verde porfóra , e por dentro vermelha c
a razaõ he porque o Verdete lhe faz a cor
verde, tanto que fe fermenta, -e depois fi¬
ca cõ a cor vermelha,que participa do cobre.-
quatro horas.
Digejiio , he httma cfpecie de fermenta¬
ção , que fe dá aos mixtos para-abrandar , e
exaltar-lhe os princípios, aflim como quando,
fe pizaõ as rofas •, e fe poern em hum pote
cubertas de fal , e fedeixaõ digerir alguns
mezes , para que o efpirito lc lhe defyegue
melhor quando fe houver de fazer a diílilla-
qaõ. : <> .■ ■; jj.
liquido , ou hum linimento , que prepara a
matéria das Chagas, para que melhor fe fup-
pore , c ordinariamente fe faz deTormen-.
tina , gema de ovo , oleo de Aperidaõ ungu¬
ento Èafalicaõ, e outras couías.
D in*-
 j i f -- • Lexicon Piiarmaceiif i?ôv í
Dinarius- , henome Arabe-, queíignifica
47 '

fe dà molhando -buTrf bocado de alciniis Vio

•aperitivo , c eíte nome fe dá também ao Eclegma , e fe váy Chupando òdito pào ,
Xarope Bizantino. > •
provoca efcarros , e défpòga a ‘ílòtfma cio
DiofpoUticon , he huma compofiçaõ de pòs peito. ' ■j Vi
propnos para provocar a conjunção menfal ; Ecphraãica, faõ os remedios, que fechaõ,
toma o nome de huma Cidade do Egypto , e apertao ospòrós do corpo.
chamada Dioipoli. • Eãyloiica , faõ os remédios propríhsVqüe
Diprofopa , veja-fe Dichroma. conlòmem , e gaftaõ os calos , otí as dure¬
D/fpenfatio , he preparar, c1 colher , e a- zas , que fe criaõ fobre‘a cárne.
limpar as drogas , de que le ha cie fazer qual¬ E dulçor a ti o , he hum tempero , qiiéfe faz
quer medicamento , pelando de cada huma com açúcar aos licores , oU conVq.ii.dl;uer
o que na receita fc pede. xarope, ou por lavaçaõ , para que bbV cfle
Díjfolutio ; he huma divifaõ , e fhfpenfao movo fe lhe tire algum faf acte / que tii ef a
das partes de algurri mixto em qualquer li- coufa , que fe quer adoçar,
cor ; aílim como quando fediífolve a prata Eprvcfcentia , he huma grande fervdra ,
em agoa fórte , a Camphova em efpirito de que”e levantafem fogo e\h algum çümpoííó’
vinho , e os faes em qualquer agoa. e he Iiuma fermentação , que íe faz nos U-
Divinim emplaftnim , he hum emplaílro cores fem fepáraçaõ de partes,
yulneiario refolutivo fortihcantc , que por Eiateriiim , he o extradto de pepíhô‘s^c?e S„
ler de taõ boa operaçaõ mereceo o nome de Gregorio.
Divino. Eleãuarhmfcu Etèãjrikm, héó Ele&ua-
Dmrsiica, feu Ur ética , nomes Gregos fao rio, porque fe compõem de muitos fimplices
os remedios aperitivos proprios para abrir as todos eleolhidos , de que ha duas efpécies
vreteras, e provocar a ourina. huma em forma liquida , e outra foiiria.
Dodecapharmacum, he nome Grego,que fh EUofàcchartim, feu Oíevfaccharmft, he.hu-
gniíica remedio compoílo de doze fimplices, ma miítura de alguma eíTencia,ouGleo coIn
e efte nome fe dà ao Unguento Apollolo- Açucar Cande em pò..
rum. Elixatto, he o cozimento dos medicamen¬
Dodrans , he nome de hum pefo. tos, como já fe di íTe.
Dome, he a cubertura do forno' de Rever- Elixyrhm , he huma tintura , ou quinta
berio. eíTencia tirada de muitos mixtos,que fe guar¬
Dracma, nome de pefo dé oitava. da para as enfermidades;
Drajiricum extraãnm , he hum èxtraóto ti¬ Embroche , feu Embrocatio, he huma efpe-
rado dé Efcamonea con>çumo de laranja. cie de fomentaçaÕ , ou lavaçao , que.fe íáz
Drimea , faõos remedios acres , incinden- pela manllaa fobré a parte achaquada , mo¬
tes , penetrantes , aperitivos, e digeílivos. lhando huma efponja no licor, e com elle
Dropax , nome Grego, que he o melmo , fe applica á parte efprémendo a dita efpoiija.
que hum emplaílro depiiatorio , que appli- Emética > fao os remedios , qtie excita'5
cado a qualquer parte tira o cabello , e a pel- vomito , aífim como o1 (>uintilio , e outros.
le. Em mo ta y fao os linimentos líquidos fobre
Duella y nome dé hum pezo. as püílulas da péle em pamio de linho fíno,e
Dupondium , nome de hum pefo dos and- ufado , aíTim como fobre as bexigas, para que
gos. naõ fiquem fignaes delias.
Emoílientia , faõ os remedios , emollien-
e ;E tes, relaxantes, &: refolventes , afiim como
- TT~\- Bullitio , he huma rarefaçao dos lico* as malvas, e outros;
■ Jjj res feita nO! ft)go , ou com miflura, ou Empafmata , faõ os pòs adílringentes, que
encontro de faes de differentes naturezas , fervem na cura do mko bafo , e para impe¬
aííim como quando fe miilura oleo de Tar- direm os fuores inúteis;
tarocom oleo de Vitriolo. Emphrapca , faõ os remedios obílruenté^,
• Ecbotia , Iaõ os remedios- proprios, que fa¬ que fcchaõ os pòros.
zem lançar a criança, que eíKi morta no ven- Emplajlnm } he qualquer medicamento ,
tre'cW May. que com cera y oleo , e pòs fe faz em fórma
Eccàthíirtica y faõ os remedios deterfivos. dura, veja-fe adefiniçaõ em feu lugar.
Eçooprotica , faõ os-remédios lílxativos , Emplafiomena , faõos remedios emplaíli-
qiie purgaõ docemente,depois de tfere ábrail- cos , que fcchaõ os pòros.
• dado os humores. • Empireiymay he hum certo cheiro po.hco
Eclegina , he hum rémedio > tjüe tem a agradavel , com que ficaõas agoas » ou lico¬
confifterlcia de xarope, porem rhítís groíía, e res diílillados, quando fe faz a dTíUÍlae Õ
O oo 2 com
 4]6 Pharmacop. Lufic Augment. Trat. XIII.
com fogo forte , ou muito fumo. Epithema > he hüma efpecie de fomenta-
Emulfio ab emulgere > tirar Leite , & aífim qaõ efpir.ituofa , que fe applica fobre a re-
he a emulfaõ hum fucco branco , que pare- giaõ do coraqaÕ , & eítomago.
ce leite , o qual fe tira das amêndoas ,& de Epulotica > faõ os remedios , quccicatri-
outras varias fementcs. zaõ as chagas : aífim como o emplaítro de
Enemon , nome Grego , he hum grande Alvayade,o Diapalma , & outros,
aglutinante proprio para fazer parar o fluxo Errhina , faõ os eílernutatorios , que por
de íangue, &: para conlblidar as chagas; aífim ferem compoílos de medicamentos algum
como a raiz da Coniolida mayor, a Sarco- tanto acres, &. picantes , que ie metem no
colla, &C outros. nariz para fazer eipirrar , & aflim ledelcar-
Encheryda, fao os grumos, que algumas rega o cerebro da fleuma grofía.
vezes fe achaõ nos emplaítros,quando ie fa- Eryfipelatodes > faõ huns pós defecativos,
zem brandos , ou fe derretem. que fe applicaõ fobre as erifipelas , &.are-
Enchiloma, he o mefmo , que Elexir. ceita efcreveo Mynficht.
Enchijlum , he o unguento , ou linimento , Efcharrotica , faõ os medicamentos cauíli-
com que fe unta alguma parte enferma. cos , quefe applicaõ exteriormente para fa-
Enchyta> he o licor, que fe eílilla, ou lan- zer efcaras , & queimar a carneraífim como
qa fobre os olhes enfermos : affim como os a pèdra infernal, & outros cauíticos.
collyrios, o leite de mulher , &: outros lico- EJfencia, he a parte mais virtuofa de hum
rcs. mixto , como o oleo ethereo, tirado por
Enema) abimmitto f remedio fluido para diftillaqaõ de qualquer planta cheirofa , o
ajudar a natureza a defobftruir a regiaõ infe- efpirito , ou fal volátil dos animaes , & tamr
rior do ventre , ou huma lavagem do ventre bem o de qualquer mineral,
comferinga , a efte inílrumento , com que Evaporatio f he huma diífipaqaõ das partes
íe lanqa a ajuda , chama Suetonio , Ceifo, &: fleumaticas , ou inúteis de qualquer licor , a
Pli nio , Clyjler. qual fe faz em o fogo, ou aoi>ol, como quã-
Ens j ab ejje y he a parte eífencial dc hum do íe poem a confumir o licor das Lixívias >
mixto. para que no fundo do vafo fique o lai ,6íc,
Ens Veneris) faõ as flores de fal armoniaco Exagium f he nome de hum pezo, de que
impregnadas com alguma porcaõ mais fixa jà tratámos.
da Caparrofa dc Chipre. Exalcatio , he huma efpirituali/acaõ , ou
Enulatum unguentam, he hum unguento volatizaqaõ como quando fe ratifica ocfpi-
proprio para curar a farna , em que a raiz da rito de vinho diílillando-o mais vezes , ou
Enula campana he o fundamento. quando fe feparaõ os faes voláteis dos mix-
Epicarpía y he huma efpecie de cataplaf- tos.
ma compoíla de ingredientes acres , & pi- Excathifma} feu femicupium , he bum me-
cantes: aífim como a Cebola albarraa, teas yo banho de agoa tépida,
de aranha, eleboro, Camphora, Triaga , & Exipotica y laõ os medicamentos digcíli-
pimenta : dizem alguns, que eíla Cataplafma vos.
applicada aos pulfos dos braqos no principio Exppejfio, he o mefmo que efpremer, ou
das fezoes abranda a fébre, &c em poucos dias apertar a matéria para lhe tirar o qumo, ou
as cura. fubítancia da coufa , que fe efpreme.
Epicerajlica, faõ os medicamentos de qua- Extergentia f faõ os remedios, que alim-
lidades temperadas. paõ ,& logo apertaÕ. aífim como a cevada ,
Epidêmica } medicamenta , faõ os remedios agrimonia , & os mais fimplices deterfivos.
Alexiterios proprios para refiftir á maligni- Extinãio, extinguir, fe diz quando depois
dade do ar, &: dos humores no tempo das de feito em braza algum mineral fe tira do
doenqas epidêmicas : aífim como a triaga, fogo, & lanqa em agoa fria : affim comoquã-
JVietridato , os faes voláteis , eífencia de fal- do fe extipgue a Tutia , ouro, & outros mi-
va outros* eíle nome vem do Grego Epi, neracs, ou quando fe extingue depois de fei-
& Demos f que quer dizer povo , &valo to em braza o Cryftal lanqando em vinagre
mefmo, que doenqa popular, porque o acha- para fe haver de pulverizar,
que epidemico, ou peftilencia.l inficiona a to- Ha mais outra extinqaõ aífim chamada ím-
do o povo, idade , &; fexo. propriamente, quando fe miftura o Azougue
Epiléptica, faõ os remediqs, com que fe com Tormentina , ou unto de porco para o
cura aepilepfia. mortificar, ou extinguir.
Epiplafma > he o mefmo , que cataplafma. Extraãio , he huma feparacaõ da parte
Epifpajiica) faõ os remedios, que com vio- mais pura de hum mixto , lanqando fora , &
lencia tirão os humores! apartando a parte groíleira , como quando
fe
r , Lexícon Pharmaceutico.
tc tira polpa dc Tamaryndos por huma pc-
2 477
neira & outras mais polpas. G
G Àlbaneta , faõ os remedios, em que en¬

F Kí/í , fao as fezes, ou partes impuras,*

grofias , &t pefadas de qualquer licor,
tra muyto Galbano.
Galha Mofchata, he huma compofiqaÕ de
7 rochifcos cordiaes , em que entra . Ambar ,
A 1 /> •• _ A J A • I r» /> ;
as quaes. fe feparaõ pela depuraqaõ . fitfer- Almifcar, páo de Aguila \ St faõ forttfican-
métaqao, St le precipitaõ no fundo ,aflim co- tes<
mo as fézes do vinho , a que ordinariamente G ar a ar tf ma , he htifn licor adílringente
íe chamaõ borras. para os achaques da bocea, St garganta, que
Fécula, fao as fezes tiradas de qualquer ie compôçm de vários fnnp] ices.
qumo por ref]dencia,Ã: depois feccas ao Sol; Gelatina àgelarc , he aGeréa , que fe faz
aflim como Fcculas de raiz de lírio , Norfa, de Sumo frutos, fubftancias de carne, ou
& outras. ponta de Viado , St outras , & fe chama
Farina virgínea, he huma compofiqaõ de porque depois de fria fe gélla, oü con-
pós , que cfcreveo Mynficht 5 que fervem Se**a>&c*
para alimpar os dentes, St para fazerem bom Geleniabim, he nome Arabe ,que fignifica
bafo. Mel rolado.
Fafciculus, veja-fe no tratado dos pezos. Gilla Vi trio!i, vel GUI a Theophrafii, fâz-
Febrifuga , faõ os remedios, que affugcn- fe de vitriolo branco purificado por diflblu-
taõ a fébre , & a curaõ: aíTim como a Kina- & evaporaqaõ ; o nome de Gilla figni-
kina, St outros > que fe coílumaõ dar nas fe- «cajal.
zoes. G/lva emplajita, faõ os empíaftros, qile
Fermentação > he huma ebuliqaõ, ou fer* tem a cor loura a modo de mel.
vura , que fazem as partes voláteis, quando Gaítinatoria medicamenta > faõ Os reme*
fe querem defembaraqar das matérias groflas, > flue grudaõ , ou pegaõ, St que engrof-
com que eílaõ mifturadas» faõ o fangue, St fazem parar as hemorrhagias,
aílim como a mucillagem de goma Arabia ,
Filtratio y he huma purificaqaõ , que fe faz
aos licores , para que fiquem mais delgados, Alcatyra , de ÍVJalvaiico , Marmelo , fitou*
St claros. tras.
Fios cordialiuni) Flor dos cordiaes, he hum Glycea > fao os remedios laxativos, St ado-
Elixir , ou hum efpirito cordial, ao qual fe cicantes.
lhe deu eíte nome para moftrar a grande vir¬ Grana Angelica> faõ as piuías Angélicas,
tude do dito medicamento. purgativas , em que o Azevre he fundamen¬
Fotus, fcu Fomentam > fomentar, fomen* to , St como fc fazem em forma de gritos re¬
taqaõ , como quando le unta com unguen¬ dondos , lhe daõ eíle nome , St ode Angéli¬
to , ou linimento alguma parte enferma. cos pela grande virtude > que tem.
Fragmenta pretiojd , faõ os bocados de pe¬ Granulatio , he reduzir algum metal fun¬
dras preciofas , que fe tiraõ , quando eftas fedido em fôrma de grãos, lançando gota , St
lavraõ:aflim como os Jacynthos, Efmeraldas> gota o dito metal emcima deagoa iria.
Safiras, Granadas, St a pèdra Sardónica. Granum, he o graõ o mais pequeno pefo,
FrixiO) he o mefmo que fregir, ou huma que tem a libra, comodiflemos cm feu lu¬
cfpecie de Afíaqaõí afiim como quando fe gar. r
Gratia Del > he hum emplaftro vulnerário
frege com unto de porco a Parietaria para fe
aflim chamado j St muito femelhante ao de
appliçar a alguma dpr.
Frontale > he hum remedio , qite fe appli-Betonica.
ca em panno fobre a tefta para abrádar as do¬ H
res de cabeqa.
Fmoptóióa medicamenta > faõ os reme¬
Fulminatio à fulminare > he quando algu¬
mas matérias voláteis eflavaõ fechadas, & H dios proprios , com que fe curaõ os
apertadas eftreitamente, fe rarefazem de re¬ efcarros, St fluxos de fangue, aflim como o
pente fahiqdo çom eftrondo confideravel , Coral, ôt a pedra Hematifla.
aflim como os pòs fulminantes» Hedycroum ♦ faõ huns Trochifcos Alexi-
Fuwigaiio y he perfumar, como quando fe pharmacos de huma bella cor açafroada,
faz receber a hum corpo o fumo de outro > Hedimajla } nome Grego, íao aspoma-
aflim como quando fe prepara a eicamonea das >ou unguentos cheirofos.
com o vapor, ou fumo do enxofre > fite. Heletica , veja-fe Epiípaíticnm.
Heliofis , hc quando fe poem o medica*
mento ao Sol para fe fazer fermentar , vola-
tizar,
 4^8 Pharmacop.Lulít. Air^menUTrat. XIII.
tizar, ou feccar, e tombem íc chama lnfo-'',:". HypodWbiftes plfãtü", láõ húfqâs pílulas
latio. aditnngenter/é addcicàfites , quéf té trazem.
Bwyxejlon , Teu Wèmina > véjà-fe era %u de baixo da língua,^|e ie derreterem, e ier-
lugar. ' patrt a
vem para O. relaxaçjfe
ICldAíHjflW J, e açrimonia da ca-

Mepàr àiitimmj , he huma preparacao ..de rnmcula-, ou glandúlà vermelha , no princi¬

antimonio , a que vulgaVmeríte ie chama fi¬ pio gròfJa^’ no fim dèfgada , pendurada no
gado - de antimonio , porque fica com a cor fundo dodeo da boca tem a figura do ta¬
femelhante á de figado ,, e mais ordinaria¬ manho de hum bago de uva , d'e fiubftanci*
mente fe diz pôs de qnimtiiio. fungofa, e fofa, ferve para receber ás fuper-
Hepar SulphuriS) he hiinía miftura dc flores fluidades , quecahem da cabecà', pará qüe
de enxofre derretidas com alguma porcao de naô defcaÕ ao peito phé formada dà‘ reunião
íkl de Tartaro *, aflim Como em quatro onqas de dous pequenos mufculos redondos , que
de flores de enxofre fe lhe deita huma de íal procedem do fepto do nariz , e dò vorher , Campay
de Tartaro , e fica mafla rija , que ferve pa- chamaõ-lhe vulgarmente campaytfha, porque nha.
ra a cura da furna. ferindo nella ovircòmb cámpayvlta') fe fôr-
Hepatica medicamenta , fao os remedios ma a voz. A’s pilulas acima chanráõ ordina- *p
proprios para os achaques de figado. riamente os Authores Pilúlàs lublihguaes. et. *
Hepfema , quer dizer cozer , e vem a fer o Hyjlerica , fao os remedios proprios para
arrobe de vinho cozido,atè ter ponto de mel. a cura dos achaques da Madre.
Hermeticim Jigilíum , fe u lútum Hermeti-
cum , he quando fe cobre , e fecha todaa
abertura do pefcoco de algum vafo de vidro •i,
depois de o haver amollecido , e feito ver¬ Jf Cterica ah iãero } amarei) idad, fao os re¬
melho em fogo , e aflim a eíla operaqaõ, he medios aperitivos proprios parà a' cura
que fe chama fel)av hermeticamente. da idericia , ou amarellidaÕ , que fie faz,
Hierapicra, dous nomes Gregos , o pri¬ quando fe derrama o fel pelas partes* do cor¬
meiro , fignifica grande, c fagrada , e o fe- po : eíte nome vem do Grego Iãrs , e m La -
guntfo amarga ; aflim fe chama ao leduario tim Viverra , qüe fignifica oforaô , porque
deite nome bem conhecido de todos. eíte animal tem os olhòs de cor de Ouro , e
BordeaUtm 5 he hum cozimento fórte de nilto fe parecem com dle os que tem icfte-
cevada esbulhada, que depois fe miít ura com ricia, porque tem os oíhòs amarélloá ímitan-
açuçar , & fe toma ao recolher à cama. tes a cor do humor btliofo , que fe efpalha
Hyretica , fao os remedios, què ajudao a p<elòs olhos:, e mais partes do corpo : tam-
• iJ _ w .. . /- _ ... I_j. Tn I 1 1
digeítaÔ/ equqexcitaô o appetite. bem dizem lãents , que he huma ave de còr
Hydatodes vi num, he vinho miíturado com afnarella , da qual efereqe Plinio , qiie *ds que
muita agoa. tem idtericia
i p r i r* i n - , e í» olfrátPpafa éíta ave;' faraó
fU K») /VrVa va <*fla lí) na?» ,

Hydragoga, fao os remedios, que purgao mas que fio meírno inltame morre' ti àve.
as agoas. Mmerfi&j ab tnmeygete mergui hjiV^hç" hu-
Hydret&um, he huma miftnra dè oleo , 'ma èfpeciede lavacaô/qüe fe fá'z'rfi^rfgiifhan¬
agoa. do , dü metendo alguma droga éirJifgoa, pa¬
Hydromeí , he huma miftura de mel ra que à calcaMe fófaTe alirhpe \'db'qú:e tí-
agoa. ' ' ' ■
Hydropica,. fao os remedios, com que
cura a hidropefia , aífirn como os hidra'
gos. dade , aflim como quaiYdo fe faz 'Vermelho al-
Hyârofacchamm , he huma agoa aqueara- guííVmirièifál, fazendo-o em br aza’', e lan¬
da , ou hum j ulep. -ca'?!db*ertí'kgòaipáfr fé Alimpare privar
Hypeíatã , fao os remedios, que purgaõ os de alguma açrimonia , que dantrs tinha , cm
rins , a bexiga e figado , aflim com ba Ga¬ fie lava?)'ás firrxÜhdia^fi a cei-av, è òWrà$ rhui-
na-filtu la , o Ruibarbo , e o iaiur.o vitriò- %as<
lado. ... o as
Ilypercathartica , fao os remedios , què fiiqi
purgaõ-com exceíTo , como o Elederio , Impa Ipabíe, h e h u m n o m c P? arrvcéz Ç efu e
Efula, &c. • ' .T.q.-j fe dá a tòdós òs pòs impalpáVóis ,Aèfú'è'‘depoi*
Hypnotica. fao os remedios, que provôcao de pizadbs!> fe móèm nVpédra depfiéparar,
fomno , aflim cortto o Opio, e Dormideiras. e fica?) taõ finos-, e bráiidos, quej le'l ríe íiáõ
. Hypcaujiúm , he o lugar , aonde le com- percebe • afpereza alguma entré .16/ tíéÜd? ,
fervaô os remedios, 'que ordinariamente fc aflim como deye fer 0 Aljôfar, Coral, c ou¬
coílumac) humedecer. tros.
í/tf-
 - 1 Lexicon Pijarmaceutico. aJó
ímf^a.ti0jhc !?uma rçduc5*0 pòs , ou de Xaropes, agoas diítilladas, e de cozimem*
outras matérias feitas em ptilai, ou em mal tos.
m 9 . j . iva
Impragmtio , he quan.do.hum licor fe en¬ K
che de algum ínixto ,quc ncllefe diiiòlve, e y feu Siliqua , heonome de hum
ordinariamente fe diz impregnado 7 aí um co- peío , de que jà tratamos.
190 0 vinagre dc Saturno.
ImiiratiQ, he quando ic involvem as.pilu-
las;, ou algum balo cordial .em tolhas de Gu¬
io > e propriamente fe diz d ourar.
Z Acfulphwis, he o magiflerio.de enxo-
/ Ire, e le chama leite , porqhe em fe
Incarnativa , faõ os remedios, que fc ap-
precipitando fica com a cor branca como a
plicao fobre alguma chaga para lhe lazer naf- do leite. ■ -
cer carne nova, aflim como a Sarcocola, e a Lac virgihale , he o leite virginal de dons
raiz da Confolida. oi,- < i modos , o primeiro , he hum Oxicfatp de
lncifiva ab incindere, cortar , ou fazer em Saturno , ou de agoa , em que fe tem lança¬
bocados , faõ os remedios attenuantes , pe¬ do hum pouco de vinagre de Saunno pava
netrantes , rarefacientes dos humores vifeo- o fazer rtfanco corno leite : o iegündo , he
fds, àílirií como a Cebola albanaa , e òs faes agoa*esbranquiçada ccm alguma titidura de
i-ncifivos, . Beijoím , que fe ínitlura em qualquer-ítgoaj
Inclinatio ab inclinare , abaixar , inclinar , e ha máis outros modos de o fazer: Chama-
i A

he hum termo ufado para exprimir a fepata- fe virginal pelo ufo , quedelletem muitas
çau, que fe faz de algum licór 'reporto, -o qual mulhCres,
fe lança brandamente para fe'deparar das fe¬ Lavigaüo, he reduzir alguma ma ter i A du¬
zes > que tinha-no fundo. ra cm pó impalpável preparado em pedra.
Incorporatio he huma confirtencia , ou La pis inferna lis , he huma prepàraçatrdè'
corpo, que ledà aos pòs mirturando-lhes xa-> prata, ou a mefma prata impregnada , echéa
l I
rbpe
vórv
, ou
11\
algum
o 1 m -» nv
licor
r
apropriado , como de
onvz\íMMn/l/\ J .. — CC. - . J
pontos ^ f.. !..!* _ .1 .. .. .* .. —
de efpirito de nitro, que« a.. faz
t*
cor-
quando fe faz a maíih das.pílulas , e Trochif- roflva , e ordinariamente fe chama pèdra in¬
cos, ou também quandoie encorpora o ofeõ, fernal , ou cuurtico perpetuo.
ou licores mifturando-os com matérias foli-*- Lápis medicamentofus > he huma compofi-
das , como os oleos com o lythargirio, cera, cao» ou miíluva de matérias adrtrrngentest,
c rezinas. r ; .*n de que a Gapaírola he a bafe, e fe calcina em
Irícraffant , fignifica efpeflar ,.c aglutinar fórma de pèdra.
os humores lorofos, e muito claros, aflim La pis miraUlis , he huma compofiçaõ , ou
como as mucillagés , os xaropes peitoraes , mirtura de matérias vulnerarias } e adftrin-
eas gomas. . . gentes.
Infupi) ab infundere , pôr a molhar , ou de Laudanum , quafi tah datam , he o ex trado
molho*, faz-te quando ie pôem de molho al¬ do Opio.
gum remedio fecco, ou duro em baftante li¬ Laxativa àlaxare, fao os remedios algum
cor para lhe feparar a virtude. ■ •- ' tanto purgativos,ou que laxaõ o ventre,aflim
lnjeãio , ab injicere, lançan dentro> fe diz como a Cana-fiflula> Diaprunes , e outros.
de todo o licor, que com Seringa fe lança em Lenitivum à liniendo , he hum eleduario ,
qualquer parte do corpo humano. que purga branda e docemente.
lnfolatio , he quando fe pôem aos rayos do Lexipiretus, he huma efpecie de Cataplaf-
Sol alguma matéria ,que fe quer fermentar * ma , que fe applica aos pulfos do braço para
ou feccar. - . a cura das fébres.
Intarpa]]are , vel interfuere , he quando fe Ltmatio , behuma redueçaõ de qualquer
fazem fomentos 1'eccos de pòs,ou hervas me- ínixto duro, feita com lima em bocados pe¬
dicinaes, ele pôem em faquinhos quadrados, quenos.
para que as hervas,ou pòs fe naô ajunté huns Limonatafniaragdina , he huma compoíi-
com outros todos em huma parte , e na ou¬ qaõ aflim chamada,por entrarem neila efme-
tra nada , porque ertando ígoalmente dividi¬ raldas , éxarope de limões , e mais ordina¬
dos poíiaò melhor fazer a fua operaçaõ.- riamente fe chama triaga de efmeraldas.
Ijchiadica , faõ os remedios propriòs píira Linílits à Vmgere, he o mefmo, que cleg-'
a gota, e fciatica , aflim como as pi lulas co- ma , ou loch , que he hum lambedor, ou xa¬
chias, o xarope de Rhamnõ • Cathartico’-, c rope mais alto dc* ponto , que fe toma lam-
os aperitivos. * bendo-o depois de molhado nehe hum ho
j*! apus , feujiiiapium•, aut Juleb > he hu¬ cado dc raiz de Alcaliüs.
ma eípecie de bebida.alteratiya , comporta Liamtiere , he hum molde , que fe faz -
a \ j
pcc>
 4^o Pharmacop. Lufit. Augment. Trat. XIII.
baro , ou lata para nellc fe lançar a
pedra v Dai.o , ou raia p , hum
pedra internai quando ietaz.
Jjmmentum à Uniu , he'untar doce e bran-
damente, ou he huma etpecie de unguento,
com que fe faz alguma untura ,'ou fomenta¬
do , e he muito ruais brando , queo ungu¬
ento.
Liquatio , feu íiqnefacio, hc huma fu fao ,
ou recluccaõ de qualquer matéria capaz dc le
derretei; em fogo de lórte , que íique liquida,
como a cera , rezina, febo , e alguns metaes.
hithontripica , feu lithontviba, laõ ps i eme-
dioSjprpprios para gaitar, e quebrar a pèdra
dos rins, e bexiga. r, '
Litiis , he o linimento.
Localia medicamenta, lau os remedios, que
exteriormente fe applicaõ para alguma en-
Sr “
ry
Lmh, nome Arabe. he hum remedio pci-
toral deconfiílencia mais grtiíTo, que xaro-
pe, o qual fe toma em raiz deAicaflüs mo-
lltada nellechupando-a, ou lambendo-a.
Umàlavan, eílalocaõ fe fazquando fe
lava algum mixto , ouleja para lhe tirar a
cos em forma cilíndrica do comprimento de
? c ciiíndro íe deriva do Grego
Kilindein) que quer dizer volver, voltar vou
voltear, e neíla fóvma íe fazem osMagda-
lepes , e por ferem roliqos , e compridos
tem o dito nome.
M egiflerium, he hum precipitado de qual¬
quer d^itfòlucaõ feita por hüm ial, que abre,
e rompe as pontas ao diíTolvente , ou tam¬
bém fe diz , que o magijièrio he huma prepa-
vaçaõ chimica de algum mixto,por meyo do
qual todas as partes humogeneas fe íubli-
mao a hum grào de qualidade , ou fubftancia
mais nobre , do que naturalmente tinhao,
fem outra mudança, que a da expulíao das
impuridades externas, e por iiío os Magifte-
rios le differenqaÕdos extradios, em que no
Miigifterio ficaó, todas as partes do ntixto,
poíto que em grao «luperior , e com quaii
dade, econfidencia mais exquifita; e pelo
contrario no extracto fe coníerva (o aparte
mais nobre ua fubftancia totalmente fepaia-
da da maisgrodeira , e elementa.,
Magma, he a parte mas cfpefia„«iarefi
denc,a dc huma matéria liquida , que le tem

cafca, e acrimonia = afilm como quando fe «pritnUlo , e também de da cfte nome aos
lavaS as raizes ou untos , ou lei a para lhe 1 rochilcos, que le chamao Hedii. i y.
communicar alguma virtude : aflini como Magnes arcemcaUs , he huma mi ura e
quando fe lava o Ceroto de Galeno , ou fe partes ,guaes de Avcen.o branco . enxofre, e
lhe encorpora alguma agoa para o fazer mais antimomo fundidos , e derretidos lobte o
Irefco , ou mais fheirofo i aflim como quan- fogo, e depois condenlados em torma de pe-
do fe lavaõ as pomadas com agoa rolada , ou dra. He hum bom cauítico,
, , r Magnejia Opalina, tao
Mnor.eha Lruahna. faõ rubins
VI de Antimo-
de Cordova.
nio , ou huma cfpecíe de fígado de Antimo-
butim , he huma terra groíTa , que fe faz
nio preparado com lai marino , e Nitro.
de barro ajuntando-lhe cíterco de cavallo ,
Magveticnm empJaJlrum^hc hum cmplaftro
pelo de qualquer animal, arêa, claras de ovos,
penetrante , e digeílivo , fuppurativo, que
e outras matérias para fe fazerem as forna¬
toma o nome de pèdra magnética arccnical^’
Jhas , courir
lhas cobrir asnetortas
as Retortas,, e Lambiques, e fe
.v -7, 1 pf.
faz por muitos modos , propriamente fe lhe que nelle entra , a receita uefte empUft.o el
pòde chamar Greda fórte, e pegajofa ,e eíla creveo ^nge °Aa a* , emolientes e
mf) ha de fer a dos Oleiros. Malaãtca, fao os remedios emol entes, e
nao ha dc a cos uienos. refolutivos , que fe applicaõ extenormeme
para abrandar , e refolver.
M Malagmãta > faõ as cataplafmas, ou outros
M Aceratio, he huma efpecíe deferme-
tacao muito femelhante adigeftaõ,
remedios emollientes, c refolutivos, que ex-
teriprmente fe applicaõ ás enfermidades.
Malaxatio, he quando fe a brandão os em-
a qual
aual íe
ie naõ
nao faz
taz , fenaõ
lenao as matérias
uiaicuas efpeíTas,
uuwías, *- » r , ^ rn.„
ou bailas, affim como fe faz miftutando ro- plxftros , ou as p.lulas, e ti malaxao mdlu^
fas com unto de porco para fe fazer o ungu- rao, ou batem entre as mdos, e tratara le
ento rolado , ou flor de laranja com o mef- faz em almo ariz batenuo a malta do emplal
mo unto para a banha de fíor, ou pomadas, tro , ou pilu as. , n
y ~
e fe poem cila miílura alguns dias ao Sol ,
Malthacode ,emplafiro, be hum cmplaitro
para que a qualidade das rotas, e mais flores, de conliftencia mollc , aífím como o que.
fecommunique ao unto, eíla he a macera- fe faz de cera miílurada com pez , c muita
caõ , a que fe pòde chamar digeílaõ ; ou fer- tormentina.
Manica Hypocretis, manga dc Hypocra*
mentaqao
l/atâàLones do nome Grego Magdalis, tes , ou manga Hypocrauca , he hum facq
ou Celyndricus unguenti > que fao rolos de de panno comprido , e em cima g > V _
maíTa de emplaftros formados em pàos roli- baixo, ou na ponta agudo, o qua -
 Lexicón Pfórmàceàticô.' vic ■ 5$*
Hipociates para purificar , e clarificar os li- Metretés, lie huma medida dos antiros,vc-
cor5?\ . . ja-feotrat. dospefos.
Mtontpiiíus , veja-fe o trat. dos pefos. -Mteleta , figir.fica rerredio pára os fluxos
ManusUirtjtt, ou açúcar rolado de pero- de fangué do peito , ou do nariz, eíle norte
las ) ou Dian uigaiit&o hmplez, Loas talha- íe dà a huma compoficaõadílringente , que
das de acucar rolado , a que fe ajunta meya eícreveo Nicolao.
onqa de pérolas preparadas. Mignia , he huma mífhíra de variasefpe-
Mi anus Dei , he hum emplaftro vulnera- cies de drogas,
rio , refolutivo , e tonificante , que toma o M etridàtum, he huma efpecie de Opíata ,
nome dos feus grandes effeitos. o.u hum Antídoto de grande compoíiqao in-
MartidtumVnguentum, he hum unguen- ventada por El-KeV Metridates.
to verde nerval, e retolmivo , em cuja com- Mixta, mixtos laõ todos os corpos natu-
pofiçao entrao muitos íimplices aromáticos,e raes divididos em animaes vege.taveis,c mine-
o nome toma de feu audtor > que foi Máí- raes j eíle nome vêm de , miflurar,
ciano medico infigne. porque cada. mixtb lie huma miíiura dos
, íaõ os remedios acres, qu’e princípios da Cbymica.
fe maíligaõ , para que aquentando aboca, *? Mi/lura , he huma miflurad'e efpintosef-
provoquem elearros , e laliva: affim como a fenciaes > e elixires para fe tomar pela boca.
Salva , Betonica , Piretro , e o Tabaco de fo- £ eíle remédio fe chama miílurá.
lha. 1 - Miftura de trilais, he huma miíiura de agoíi
Matràtium, Matraz, ou Matracío, he hlim triacal, camphorada , efpirito de Tártaro’,
vafo de vidro de pefcoco comprido, què fer¬ edeVitriolo.
ve humas vezes de fazer as digeíloês, e ou¬ Mochhca } faõ os remedios, que purgaõ
tras vezes ferve de Recipiente nas di (filia¬ violentamente por baixo > e por cima.
ções. ' v Molete, he a molcta, ou pedra de porfido,
Matricalia, fáÕ os remedios proprios para bti de outra qualquer pedra dura , qpe íervá
a cura dos achaques da madre. para moer, e para preparar em cima de outrá
Maturatio , he huma efpecie de fermenta¬ pedra o Coral > Aljôfare outras pedras pre-
ção, ou cozimento, que madurece os mixtos, ciofas-
e os pôem em termos de fervirem ,t.aífim co¬ Manchemsr a, aíTim fe chamaõ aos relfie-
rno depois de aberto o fruto do Cytwrrhodon, dios, que curao em hum fó dia,
e limpo dos feus granitos, fe humedece com 7 Mortifier, he hum termo Chymíco , qub
agoa, ou vinho, pondo-fe em lugar húmido fignifica mudar > ou mortificar:: affim- como
para fe poder tirar a polpa. fe faz ao azougue , e também aós eipiritos^
Melanagoga , faõ os remedios, que pur- que miílúrando-os com outros licores, lhe
gaõ a melancolia, e a cólera negra, aííirn co¬ deílroem , mortificaÕ, e mudaõ a fua forca •
mo o Turbit, Sene, e Eleboro. alEmcomo quando fe miíiura oleo dbTartá-
MeÜicr atum , he agoa melada , ou agoa ro eom efpirito de Vitríolo , &c. ,
tniiluradu.com mel, que he o Hydromel'. MofchaUum, he huma compüfiqaõde oleo
MelmeUam, he o marmello, ou outro qual¬ nerval,em que etma Almiíbar.
quer pomo enfeitado com mel. Monf/e , he-huma coberta de barrò algum
Msfi/es Piuíefophicus , he o efpaçtybe qua¬ tanto levantada com tres, ou quatro buracos
renta dias, a que ehamaò mez Philofophico. em roda, que ferve para cobrir os cadinhos \
Men(lnm à menfe, he hum termo Chymi- quando fe pôem em cima do fogo , fazendo-
co^quítdignifica o diííblvente,de qualquer na¬ lho fórte , para fiindii|“álgum mixto. ,, <
tureza que 1'eja j eíle nome lhe vem do mez Mncago ) fèn Müçilágo , he hum licor glu-
Philofòjvhico , porque todo o diíTblvente de¬ tinante; au mucijaginbfo, que fe tira por
ve jcee acabada a- fua diíiòlucaõ \ dentro de infufaõ de muitos mixeos, eíle nome vem cè
quarenta dias1. > . . . ~.i t ' Mucus pakivru Latina,tjue he huma matéria
Menfara Germanica , he huma medida> groíTa , e pegajofa , que ordinariamente ÍC
qüe Xe chama Pinta \ 'C. fe ufa em Pariz, e chama múcilüígem.
Alemanha. .. . ■ ■ '• , Mutfi anua,he a agoa miflurada com mel.
Mefenierica \ faõ os remedios aperitivos, è Mandarji hi»rrieftno que alimpar, ou pu¬
proprios para a cura do Mefenterio: aííim rificar os nrixtcis das partes immundas, ou
confo* b Ammoniacoj bs faes aperitivos, groífeiras que tiverem : afíim como ie tazaó
Sene, quandòTeíhctirãõ ospáofiuhos que-
R u vòml^o ,-e outros., v
Metrenchita, he hum inílrumentò> oü ef¬ tem , para haverem ác ficar as foliias r e da,
pecie dc Seringa , que ferve para ièringar , mefmi fórce ít.fitz cila purificação, ,■ ou lim¬
ou laiiçar ajudas na madre. peza a outros muitos íimplices.
— Fpp Man-
 4? 2 Pharmacop. Lufit. Aúgtnent. Trat. XIII.
MunâifiçAtivum \upguentum, he hum un- : Qenodesy he hum vinho ,generofo, e em
guento deteríivo , e vulnerário. que fe lanqou muita agoa.
Mufa&nea > he hu;ma efpecie de Opiatá Oenogalia ,'jhe huma miílura de vinho , e
. fomm fera , que tomou o nome de Mula feu - leite.
Audior , e o fobrenome de ^Enea, porque fi¬ Òe no meti, he huma miílura de vinho e
ca com a côr femelbante á do arame. . mel. i/-j. s• • »
Miracopon, he hum remedio odorifero, OefypiiS , he. huma matéria mucilaginofa
que fortifica , e caufa defcanfo. grofla, que fe tira deláa cuja de ovelhas, e
MymaUs,\\z huma compoficao depós Ca- fe reduz a çonfiftefleia de unguento ,> Hyfo-
cheticos dourados. n:. po húmido fe chama ordinariamente , he di-
Myjlrtim magnumptt}^-fe o trat. dos pefos. geílivo) e refolutivo.
My/irum parvum, veja-fe o fegundo trat. Oleofaccharuni, vide Eleofaccharum
M.yua , hç a jaléa feita de frutos. Oles, fignifica toda á herva, que fecome ,
-ou ferve para alimento. ■ j - ;
Omotribes > feu Omphancimin oleam, he o
: i: n
N oleo Omphanci.no , que fe tira das azeitonas,
Arcotica > fao os remedíos proprios, antes que perfeitamente eílejaõ maduras.
que provocau fomno. , ^ v. ■Onolofat f veja-fe o trat. dos pefos.
Nafaiia, fao os remedios, que fe metí em „ Ophtalmica, íáõ os remedios proprios para
iio nariz para fazer efpirrar, e juntamcntepa- os olhos. .
ra alíiviar a cafaeca dos humores fuperfluos. Opiata ah Ópio, he huma efpecie de Ele-
Neapelitanum unguentam , he humacom- ctuario liquido,em que entra Opio, mas mais
poficaôdehum unguento aífim chamado, ou ordinariamente fe cbamaõ Opiatas a todas
tainbem unguento Mercúrio. ascompoficoés ,ou Eledtuarios brandos ,era
.. Nephritica, faô os remedios proprios para que naõ entra Opio. i
fazer lanqar.as arcas, pedras, e as fleumas da o óporice r he hum remedio tirado dos fru¬
bc-xiga. - tos, que madurecem no Outono. - ■;
Nervinp, fao os remedios, que fervem pa¬ Ôpodetdoch., feu Opodehoch emptafiríim,
ra abrandar, e fortificar os nervos. V he hura empl.aflro refolutivo , referante, for¬
Noãiçpla) he huma.eílrella-, ou huma ma¬ tificante , e muito femelhante nacompoli-
téria a modo de eftrella , que luz de noite , e qaõ, e virtude ao emplaílro íliptico deCro-
ie chama-.Pholphoro , efta matéria enfina a jio 5 a receita porem efereveo Paracelfo-, e
fazer Lemery no feu curfo çhymico, e ou¬ Mindereri. ni r •/ u-> . ..
tros muitos* 1 : . - i :*i Óptica, fau os. remedios proprios para os
Nutrido, he quando fe miílüraõ pouco.« achaques de.olhos*
poupo alguns licores de diverfas naturezas, e Orkis, feu Qrbiculus , he huma efpecie de
fe yao nutrindo, até que tudo eíleja prefeita¬ iTrochifcos, que tomao o nome da figura re¬
mente unido ,e groífio, ‘ 1 ) : donda com que fe fazem. . , ..
Nzttritum unguentam, he hum unguento Orvietanut?), he huma efpecie deOpíata>
defecativo, e refrefcante,que fe faz agitando, ou hum. famofo antídoto p que toma o no¬
e nutrindo era almofariz alguma preparaqaS me de huma Gidade de Jtalia chamada Or-
de chumbo com oleo, e vinagre, ou com cu- vieta , onde primeiro fe uiôu efle remedio.
ttio de herva Moura*; • . . OxetuLum > huma miílura de vinagre, e
ímjii azeite. i
Oxicm, lie hum remedio para a cura dos
O ouvidos.
Botas , feu OnoU\at, veja-fe o trat. dos Oxiderciam , feu Oxidorcicum, he hum re¬
1/ pefos. j medio proprio para o achaque dos olhos.
Obruentia medicamenta, fao os remedios , Oxicratum , hehuma miftura de vinagre,
que encraflao os humores muito fubtís, e os e <agoaz; .• gomd : í .
fazem parar, aífim como os Narcóticos, e ad- Oxicratum Saturnihe huma miílura de vi¬
ílringentçs. ; : nagre de Saturno, e agoa de flor de favas, e
Oãunx t veja-fe o trat. dos pefos. á dita miílura chamad leite virginal,
Odontaígica , fao os remedios para a cura r Oxicroceum, eíle nome he compoflo do
das dores de dentes. Grego Oxi, e do latino Crocits, e hehutn
Odontroümma , fao os remedios para alim¬ emplaílro refolutivo, e fortificante , em que
par e. fortificar os dentes. entra aqafrao, e vinãgre.rl ;• ’
Oemlaion, he huma miílura de vinho > e Oxifragiypir, he .nome.Grego compoftp
azeite* de Oxi 3 e do Latino frangere , quafi acci-
dum
 •u: ^ Xetfrcon Pharmacéutico^ 48 J
«um frangcns, que rompe, e adoça os pon¬ os achaques do peito: affím como os xaropes
tos dos faes accidos, que em grande quan¬ de Tucillagem , Avença, e outros.
tidade eftà5 no corpo t aíTim como os olhos Pâdilavium, he hum cozimento de hervas,
de Caranguejo, as pedras e outras matérias e de outros ingredientes com que fe lava»
AlKalinas. os pés, e as pernas dos achacados para
•Oxigala , he o leite azedo. lhe confiliar íbmno, ou para abater os vapo-
Oxiglice
. - , hehuma
... miítura
. ,de vinagre
o- ,> e-VPS _ Pe na
ves» Palava nmn
outraso muitas enfermidades,
n ^: J _ e os
mel, que ordinariamente fa chama Oximel. ingredientes, de que ie compõem haõ de
Oximel, he hum compofto de mel > vina- íer os que tem virtude de curar o achaque,a
gre , eagoa. que fe applica o Pediluvio ou lavatorio de
Oxiporion, he hum remedio penetrante, pés.
que â. viíta parece xarope de RhamnoCa- Yetiianus, eíle Peiicanò nao he aquella fa-
thartico , porque faz os mefmos effeitos, e mofa ave , de que fallaõ os Hiftoriadores, he
também o dos fats aperitivos. hum vafo de vidro, que fervia antigamen¬
Oxirriâinum , he huma miílura de Oleo te no ufo da Chymica para as circulações , ê
rofado, e vinagre * que ordinariamente fe digeftoés dos licores, os quaes felhelanca-
chama Oxirrhodino. vao *1
por hum funil,
-, e depois fe jv. fechavaÕ
id.udvdo her-
nei
Vxijaccharum, he huma miitura feita de meticamentej a figurado vafo era diverfa hu
vinagre,e açucan ma de outra , grande , òu pequena , mas taõ
redonda como alta, e no tempo prefente em
P lugar deftes vafos chamados pelicanos fe ufa
na Chymica dos vafoS de recontro * que fao
Alliativa> fao os medicamentos, que os Matrazes redondos, de que já falíamos.J
JL ___- -......
abrandaò as dores ,mas nao tiraõ a cau- Periapta * faõ os remedios, que fè trazem
ia ; atlim como os Narcóticos, e ainda que pendurados no pefcoço veja-fe Amuleta.
com efte modo de cura palliativa fe naõ dif- Pejfaritm , PeíTario he hum medicamento
íipe o achaque, nem totalmente fe cure \ hifterico em fórma folida, que fe-faz do
com tudo preferva de que nao ^nha a fazer- comprimento de hum dedo j e gròfiura cai
4 iv»
fe ** x tr\ r na enfermidade.
mayor nn rârir» i/loda n 0 7 o rrti H no *-* 4-1 *-« . .—. C ^ _ lI? «T\ •
paz, agudo na ponta, o qual fe applica a Ori¬
Panacea , he hum remedio univerfal, que fício da madre para refolver a dureza delia ,
cura todas as enfermidades. ou para abater os vapores hiílericos, que del¬
Panacea Mercuriaí, he hüm remedio, que ia fe levantaõ;
fe faz de azougue muitas vezes fublimado , Phagedenica , fao os remedios vulnerários*
lavado , e adoçado, que ferve na cura do próprios para a cura das chagas velhas ’, e pa¬
Gallico , rbeumatifmos, obftruçoés, e em ra confumir as carnes efpongiofas: aífim coi
outros muitos achaques, por cuja caufa fe mo o fublimado Gorrofivo,o Balfamo verde,
chama Panecea. e outros.
Panchrejhm, he hum remedio util para Pharmacentico, he tudo aquillo, que per¬
todos os achaques. tence à Botica.
*Panchimagoga , fao os remedios* que pó- Pharmacia, he huma parte da medicina *
dem curar todos os humores. que enfina por arte a compor os medica¬
Panisparvus , hehum Trochifco mentos.
Pi\nnu$ , he hum panno de lãa quadrado; Pharmacopea > he hum livro, que contêm
que ferve de coar os Xaropes, e ordinaria- as defcripçoés dos medicamentos, e o mo*
mente fe chama branqueta. do de os fazer, è também alguns chamaõ ao
Pkralyiica, fao os remedios proprios pa- dito livro Difpenfatorio.
ra a cura da parlezia. Pharmacop&us , he aquelle, que compõem,
Pategõricus , he hum remedio , que caufa e faz os medicamentos»
confolaçaõ, abrandando as dores, e adoçan- Pharmacopuia, he aquelle , que vende os
do o humor , que as caufa; medicamentos, fendo que há muita ditfe-
PtfSygron, he nome Grego, que. fignifica rença de faber fazer os medicamentos,a laber
medicamento liquido, e algumas vezes fe dá fó vende-los, e certamente há muitos do*
eliè nome ao emplaftro refolutivo. que os vendem, e poucos dos que os labem.
PaJUVus, he huma efpecie de Trochifco* fazer, e fempre hum, e outro nome fignifi-
cheirofos , que fervem para perfume de al- ca Boticário. *, •
guina coufa qucimadando-oS. Pharmacum , he todo o medicamento, que
Pauciferum viram, he o vinho que tem fe coftuma applicar ás enfermidades,
pouca agoa. Philonium , he huma efpecie de Opiata
y Ptãmli*, fa5 os remedios proprios para fomnifera * e anodina, que toma o nome de
' 1 * Ppp ij hum
 4S4 Pharmacop. Lufit. A ugment. Trat. III.
hum; Medico chamado Philon , que foi o adoeicante, e liniente, que toma «nomt
primeiro, que a ufou , e inventou. dos pomos, que nelle entraõ.
phlegma, principio pafíivo dos Chymi- Ppmpholyx unguentam , veja-Fe Diapom-
cos , he agoa pura, infípida, que fe fepara pholygos.
dos mixtos, quando fe faz a diílillaqao; deu- Populeum unguentam, âpopulo arhore, he
ma fe chama a eíla agoa , que he a primeira, hum unguento JNarcotico, e refolutivo, de
que fe diílilla , ou fahe na diílillacaõ do ef que os olhos do choupo faõ a bafe.
pivíto de vinho, e outros,e fe diz desfleumar. Po/ca y he o Oxicrato , ou vinagre com
Phlemagoga, iaõ os remedios , que purgaõ agoa.
a fleuma , e juntamente o cerebro, afllm co^ Potio, feu Potus à potare , he huma miílu-
mo o Agarico, Turbit, e outros» ra, ou diíToluqaõde muitos pós, confeiqoes,
Phoenigmus , he hum remedio, que excita eledtuarios > e xaropes, que fe tomaõ pela
bolhas,ou bexigas em qualquer parte do cor- bocca em diverfos licores, e ordinariamente
po, a qüe fe applica: afíim como o emplaítro fe lhe chama bebida.
Veíicatorio, a femente de moítarda, e outros; Pracipitatio, he lanqar de alto para baixo,
Phofphoros , he huma pedra, ou matéria* e he quando algum magiflerio fe fepara do
que luz de noite,eordinariamente fe faz em licor, em que eítá mixto, e cahe no fundo
fórma de eílrella, veja-fe Noctycula. do vafo á maneira de fezes: afíim como fe faz
Phtartica , faõ os venenos mortaes. o precipitado branco , o magiflerio de enxe-
Phtlwria , faõ os remedios, que facilitaõ O fre, e outros»
parto. Projettio à projicerè, lançar, he hum ter-
Phthoropeutm y he hum remedio maligno, mo Chymico, que feüfa, quando fe calcina,
ou peçonhento. ou fuhde algum mixto lanqando-o pouco ,
Phifogonum, he hum remedio, que ajuda e potico com huma colher, para que melhor
a digeítaõy e difíipa os flatos, como a Canel- fe calcine * ou funda,
la, herva doce, e outros. Prolífica, faõ os remedios, que fortifícaÕ
Picatho, he hum bocado de panno cuberto as partes fpermaticas^c» afíim como o Âm¬
de breu para arrancar cabello, ou hum em- bar > e outros*
plaftro de breu, e rezina. v Prophyliaticà, faÕ os remedios preíervatã-
Pílula , he hum diminutivo de Pila , quâ- V0$, oü qüe refiílem ao Veneno.
íi parva Pila. Pfeudo y nome Grego,quer dizer falfo.
Pinta , he huma medida ufada em Pariz: Pfilüíhrumy faõ os medicamentos depila-
veja-fe o trat. dos pefos. tonos.
Placentula y he huma efpeciede Trochif* Pforica , faõ os remedios * que curaõ a
cos chatos, eredondos, a que também fe farna.
chama rotula y ou Orbiculos. Pfyâiicay faõ os medicamétos refrefeantes;
Phleonettica, faõ os remedios proprios pa- Ptifanna , ou Ptufana, eTifanay>âcriva-
ra diminuir alguma grande replecaõ : afíim fe do Grego Ptifein , que quer dizer tirar a
como os purgativos, os fudoriferos, e os calca antigamente era huma efpecre de nu-
accídos. trimento, que fe fazia com cevada lèm caf-
Píeres Arconticony he huma compofíqaõ dc ca, e hoje he huma bebida feita com a mef-
pós cephalicos fortificantes, que elereveo ma cevada cozida até rebentar.
ISicalao Salernitano. * Pugilhmveja-fe o trat. dos-pefos.
Pleuritica , faõ os remedios proprios para Putrefacientia y veja-fe Septa.
o pleuriz , que he huma inflâmaqaõ da mem¬ Pyenotica > faõ os remedios frios , c coií-
brana, que cobre as cofias: afíim como o denfantes.-afíim como os golfaõs,herva Mou¬
xarope de papoilas, fangue de bode ,e outos. ra , e outros.
Pneumonica , faõ os remedios proprios pa¬ Pyriama } nome Grego, que fignifica a
ra facilitar a refpiracaõ : afíim como as pre¬ fomentacaõ.
parações do enxofre, o lirio Florentino , e Pyrothenia} arte do fogo , ou Chymica.
cutros. Pyrotica medicamenta, faõ os cautérios,
Podagrica, vide Antipodagrica. ou remedios acres, que queimaõ, e fe appli-
Polyanodyma, ^faõ os remedios anodinosi caõ a carne, para fazerem efeára.
que abrandàõ as dores, e fuípendem o dema-
fiado fluxo , afíim como o Òpio, e outros.
Polychrejlapalavra Grega, que he o níef-
mo, que dizer, vai, e he util para muitas
Q
Uadrans, he hum pefo dos antigos,
coufas. > ■
Pomatuniy he humacfpecie de unguento.
Q- eja-fe o trat. 2.
Quartarius, veja-fe q trat. do? pefos,
í“
 Lexicon Pha rmaceutícos
mermo nre’mhu-
nia medida dos antigos, que levava cinco
onqas dc vinho , e quatro e meya de azeite.
Ílíi ncimx, pelo dos antigos,veja-le o trat.a.
R Refumptiva á rejimere, leu rejtaurare dut
%
T) Amich, nome Arabe , que fe dá a hu-
_tv. roa compofiqaõ de 'í rochilcos fortifi¬
cantes
U /•
, e adílringentes.
L l p .
Harefacwj he huma termentaqao, ou hu-
1 diiatacao das partes
ma dilataqaõ navrps Íít* hlirri mixto,
de hum mivr/i . rlí»
fórte que occupa mais lugar, ou faz mais
volume , do que fazia antes; allim como o
moílo quando ferve, ou fe fermenta para fi¬
car em vinho.
Rafio, he a reducqao de hum corpo duro
em razuras, ou rafpaduras:aíTim como o cor¬
no de Veado, e o Marfim, &c.
Recipiens , he hum vafo de vidro, ou de
barro vidrado, que fe mete no bico do Lam-
bique , ou da Retorta para nelle fe receber o
licor, que fe didilla. Recipiente.
Rattficatio, he huma efpecie de purifica-
qaõ, e exaltaqaõ chymica , que fe faz ordi-
nariamente com as repetidas diílillaqoés da
mefma matéria.
Refeãtva, faô os remedios reflaurantes,
e proprios para reparar as forqas perdidas,
afíim como o leite , as Viboras, e outros.
Refrigeratoxium , Refrigeratorio , ou Re¬
frigerante , he o capitel do Lambique Tol¬
dado no meyo de huma .bacia , fobre que fe
pôem agoa fufficiente para o cobrir, e esfri-
ar, em quanto didilla para melhor fe conden-
farem os vapores, e ajudar a didillar com
inais facilidade.
Regulus, he á parte mais pura, fixa, e pe-
fada de qualquer metal, ou mineral, e por
fer fórte , e fazer effeitos extraordinários fe
lhe dá o dito nome.
Relaxantia a relàxare , faõ os remedioè
brandos algum tanto laxativos, que abrán-
daõ os humores, e os dilpôem para fe purga-
rem com facilidade: aífim como as ameixas>
Violas, malvas j mercüriaes , borragens , &Ci
Repellentia, Jeú Repercajiva medicamentay
à repeilere , repercutere , repercutir, faõ oá
medicamentos addringentes, que fazem pa¬
rar o curfo dos humores , aífim como a tan-
chagem $ rofas vermelhas, c bolo Armênio.
Requies Nicolai)he huma efpecie de Opia-
ta fomnifera,qufe efereveo o mefmo Nicolao.
Refidentia , he a matéria crafía, e terredre,
que fe acha a modo de borras no fundo dos
licores , que fe depuraÕ , e ordinariamente fe
chamaõ fézes. , v em que a cada libra delle fe lhe junta
Refolutiva feu Refolventia àrefolvere , rc- meyaonqa de pérolas preparadas, também fc
folver, faõ os remedios proprios pára iiqai- chama manas Chrtjli.
48?
d“r'erofoiv^oudi{IipjrDshumorcj;?uU
faiulu-os pela tranfpiracaõ, ouamolecchdo-
üs, 0u difpondo-os, paia ferem levados peU
circulaqaó , eftes taes faó o elpirito dc vinho,
o emplallro de mucilagens, e outros.
reparare, luõ os remédios peitoràes alimen-
tolos, que fervem para redabelecer as pef-
foas attenuadas , e fracas por caufa de doen-
qas
i compridas, que tivéraõ, eíles taes Re-
- w t ^ u y ei wu j Viiwa
lumptivos faõ Cágados, leite , pinhões,.ca
____4„ )_:_
de • ’
cevada bom outros muitos.
Retortà, he hum vafo de vidro, ou de bar¬
ro vidrado, que ferve nas didillacoés Chymi-
cas, e bem conhecido pelo feu feitio.
Reverberàtio , he quando a chama do fogo,
ou quentura da fornalha edáaceza para fazer
alguma calcínaqaõ,oü fufaõ, fe cobre,ou aba¬
fa para lhe rebater a forca dò fogo, ou calor.
ReviviftcatiO)he a reduccaõ de algum mix-
to tranfmutado pelos faes \ bu ènxofres eni
feu primeiro eftado : aífim como fe rcvivilicá
o Cinabrio em azougue,e o fal dé Saturno fcm
chumbo.
Rhodtnum , feu Otdrrhodtirum > he hüma
midura de oleo rofado , e vinagre.
Thedomel, he o mel rofado.
Rhyptica , he nome Grego, quefignificá
remedios deterfivos.
Rob , leu Robub, nomes Avabes, que fig-
nificaõ qumo de algum fruto evaporado , ou
cozido até confidencia de mel.
Roborantia, faõ os remedios, que fortifí-
caõ:alfim como as confeiqoés, po s cordiaes,
e agoa de Canella.
Ro%aure, he hum vafo de cóbre chato , a
que fe chama Certãa , e ferve na diftillacaõ
das rolas.
Ros nietlis , he a primeira agoa , que fe faz
didillar do mel em banho de Maria,e alguns
chamaõ á dita agoa rocio de mel.
Ros folis febrífuga, he huma tintura de Ki-
na-Kina,na qüal fe infundem coentros,Canel-
la , c fe lhe diflblve algum aquear, vitíe Le¬
mery Cutf. Chyiri.
Ros Viirioli, rocio de Vitriolo, he a pri-
meira fleuma, que fahe do Vitriolo , quando
ede fe didilla em banho de Maria.
Rotula) he huma efpecie dc Trochifcos,
oü talhadas, que tomaõ o nome da figura re¬
donda , com que fe fazem.
Rabina Anttmonii > veja-fe Magnefia Opa¬
lina.
Accharumperlatum,he o acucar rofado ,
Saccha-
 .%& 6 Pharmac; Luíit. Augment. Trat. XIII.
Saceharum tabelatum, feu rofatum he aqu- íirhplices, oleofas , aromaticas, como a Nós
car cozido com agoa rofada,até ter ponto al- moícada, e o Cravo,
to , de íórte que lauqando-© em pédra fe pof- Septa, feu feptica feu putrefacientia medica•
faõ fazer talhadaSv menta, faõ os remedios, que lendo applicados
Salaccidum, he hum fal apertado, ou fe- exteriormente, corroem as carnes fem caufar
chado nos feus poros, que naõ fermenta com dor muito fenfivel, affim como a Arfenico.
os accidos,do qual fe tira pela Chymica hum Septunx , veja-ie o trat. dos pefos.
eípirito accido : affiro como o Salitre, pédra Serperttin , he hum cano comprido de có«
hume,. e Caparrofa. bre eftanhado por dentro, que fe faz em mui-
Sal Mkali, he o faí de huma planta affim tas voltas a modo de Serpente, por cuja cau-
chamada, mas commummente fe diz Alkali fa fe chama Serpentina , e ferve para a diftil-
todo o fal, que fermenta com os accidos i laqaõ da agoa ardente , e efpirito de vinho.
affim como o fal de Tartaro, e outros* Sefcunx , feu Sefcuncia, veja-fe o trat. des
Saí effentiaíe > he hum Sal accido tirado pefos.
por cryftalizaqaõ dos cumos das plantas fem Setaceum, he huma peneira de fedas de
ajuda de fogo. animaes, e há outras de feda ordinaria para
Saí fixum, he hum Sal, qufe foffre a acqao pós finos, e támbem Tamizes da mefma.
do fogo fem diminuição confideravel i affim Sextans, veja-fe o trat. dos pefos.
como o fal commum, eode Tartaro. Sextarius, Sextier9 he huma medida dos
Saí flúor, he hum fal accido, que fica liqui¬ antigos, que leva huma libra, e oito onqas de
do , o qual nunca fe condenfa, fenaÕ quando vinho , ou huma libra e meya de oleo.
acha alguma matéria terredre com que fe Sixtuía , era pefo antigo, que confiava dè
embarace, e lhe dê corpo: eftes faes fao os ef- quatro efcropulos.
piritos de Nitro, e de Enxofre. Sexquans, he hum pefo antigo , que tem
Sal volatií, he humfal que voa, e fe fubli- feis oncas.
j

ma com qualquer leve calor t affim como o Sief, he nome Arabe, que quer dizer col-
das víboras , e corno de Veado* lyrio.
Sapa, he hum mofto de vinho, oti de uvas Sijfon hè hum cano de cóbre de altura de
maduras evaporado até confidencia de mel, tres palmos em alto, e de dous, e meyo, vi¬
Sarcctica medicamenta, faõ os remedios, rado de cima para baixo, na fôrma femelhan-
que applicados nas chagas fazem renafcer a te á de hum A$ e ferve para tirar a fleuma a
carne; aílim como a Sarcocola, e o Sangue agoa ardente, que fica depois de fe lhe tirar o
de Drago. efpirito. í.-i
Saturnina medicamentafaô todos os reme¬ Silujua , Ceration, feu Kirat, veja-fe o trat*
dios , em que entra alguma preparacaõ de dos pefos.
chumbo. Sinapifmus, he huma applicacao de femen-
Scamonium rofatum, he a Éfcamonea bem te de moílardã feita em pó, e poíla em algu¬
chêade tincfurade rofas tirada em efpirito de ma parte do corpo para fazer inflammaqaõ.
vitriolo dulcificado,e reduzida a dita Efcamo- Siphiíica aqu a he huma agoa diftidada de
nea em Trochiícos. rafuras de páoianto, infundidas? e fermen¬
Scdotirbica, fao os remedios proprios pa¬ tadas com cerveja.
ra os achaques das pernas, que tivérao prin¬ Siroeum, he o moflo das uvas evaporado
cipio em efcurbutico. no fogo até confidencia de mel.
Selerontica, faõ osvenaedios proprios para Smegma, era hum remedio, que antiga¬
adoqar as carnes do corpo* mente fe ufava para alimpar a pelíe , porem
Scorbutica remedia , veja-fe Antifcorbutiça.' no tempo prefente fe chama Smegma, ou
ScrupuUis) feu fcuupulum , veja-fe o trat. Smecdicum a todo o remedio , que fe appli¬
d0S pefoS. : , .. .. . . / i;, . -f ca fobre a carne. < .
Scutim, he hum empíaílro compoílo de Salidum , vcja*fe o trat. dos pefos.
ingredientes efpirituoíos, que fe applica em Soíutiva, faõ os medicamentos purgativos.
fórma de elcudo fobre o ettomago , e cora- Somnifera, fe chamaõ a todos os remedios,
qaõ para o fortificar. que pjovocaõ fomno.
Sebum , Sevum, feu Sepum, he huma gor¬ Spqradrapum, feu Tela Gualtern aut em-
dura de Carneiro, boy,ou de outros animaes, plajtrum ad fonticulos, he hum empladro di-
que depois de derretida fica dura. geílivo, e fuppurativo,eru que depois de der¬
Semicupium , hc, hum meyo banho,de agqa retido fe molha nclle hum bocado,ou tira de
tépida , que fe faz com cozimento de varias panno fino, e fe burne,e concerta para fervir
hervas confórme o achaque para í} fe applica. na cura das fontes, e lhe chamaõ encerado.
Sepíafiaria, feu unguentaria 9 faõ as drogas Spargiria? feu Spagíria,he a parte da Phar-
maceutica,
 Lexicon Pharmaceütíca
maceutíca, que fe chama Chymica.
SpttuUy he hum inftrumento de qualquer
itictal, páo , ou marfim comprido de palmo,
outios mayorcs, e menores, que lervem pa¬
ra tirar dos vaíos os medicamentos, e para
OS mexer, quando fie fermentaõ.
Splanchica , veja-fie Splemca.
Splenica , fieu Splenelica aut Splanchica faõ
lodos os, remedios apeiitivos, e proprios pa-
,ya acura do baco.
Staltica, fiao os remedios, que profundaõ,
gaílaõ,c aplainaõ as carnes creícidas ao redor
das chagas.
St atira, Balança.
Stegnçtica, medicam ema, fiao os remedios,
que fechaô, páraõ , e encrafiaõ.
Stephaniaa medicamenta , fiao os remedios,
que fie applicao íobre a fiotura coronal para
excitar a tranfpiraçaõ, e para tonificar o ce-
lebro. ^ ate íe derreter, e fazer purgar com a írrita-
Stihiaíia , faõ os remedios , cm que o An-
timonio fiaz a bale.
Stiãica, fiao os remedios adftringentes,que
fe appHcaõ exteriormente,affim como o Bo-
lo, Sangue dé Drago, Caparrofa, e outros.
Stiãiçjm empUfírum, he hum emplafiro
vulnerário , fortificante , e confiolidante, que
fe applica as eftocadas , golpes de efipada, e ás
mordeduras. ; .zm .i .
Stomacliica , fiao os remedios proprios pa¬
ra fortificar o eílomago, affim como Azevre ,
Kuybarho , Nós moficada , e outros.
Stomatica, nome Grego, fiaõ os remedios
deterfivGs, e algum tantodefecativos* affim
como as fimasdasSylvas c Amoras.
Stratificare) he pôr diffierentes matérias
por camadas humas cm cima de outras, que
he Jiratum fuperftra.tum, para que calcinando
as juntas, íe lhe cotnmunique a virtude de
jhuma matéria a outra, e jfique toda unida.
Stupefacientia, fiaõ os remedios anodinos,
tondenfantes, coagulantes, que inchaõ,affim
como os Narcóticos*
Stymnrata , nome Grego, faõ as matérias
4S7
mixto , o qual fe tira por exprefíaõ. v
Sujjuus , fexifujfimentâ aut Sujjumigia', fiaá
os perfumes, ou defumadouros, qtTe fie dao
•para vários achaques: affim como paraforti-
,hcar o cerebro, como para refiílir ao veneno
fie queimaõ as-.bagas d.o Junipero, Beijoim,
ou para abrandar , e íuípender o defiu£o:<k$
ioi oíidades do cerebro fie queima o Alambre,
e Acucar , ou para diffipar o humor rkeumá-
tico fe dao os fumos do éfpirito de'vinho
queimado,para fazer fiahir.0 humor pelos pó-
ros , ou para excitar falivacaõ, quando fie dao
os fumos do Cinabrio.
*■ Suppojiicrtum, he o me fim o que fubftitnir,
porque le ufa em lugar de ajuda , e fie chama,
■Mecha, que fe iaz de confeicoes purgativas
em forma folida de comprimento de hiim de-
do,-e aguda na ponta, e fie introduz pelofun-
damento no inteflino redto, e nelle fie deixa
caõ que faz - ‘ tor
Suppurativum unguentam, he o me finfo que
onnguento BafilicaÕ.
Synanchica, fiaõ os remedios deteríivos, e
refolutivos, que fie applicao interior e exte-
riormente para as inílanimacoes da garganta,
que fe chamaõ efquincncia:affim comò o Mel
rofiado, Agrimonia ? Figos paliados Chvyflaf herva
mineral, -A lha canis, a que alguns po1iticos*ialz*
com muita razaõ chamaõ herva fiem raiz. ,
. Synccmiftus pa tinis,hc pao feito com farinha
pev peneira. /. . >;
Syncoptica , fiaõ os remedios, que fie appli-
caõ nos desfidlecimentos das fiorcas,affim co-
mo nos accidentes.
Syncritica, faõ os remedios, que abrandaõ,
e relaxaõ.
Synthefis , he -huma compofiqaÕ de medi¬
camentos. > - '-*>rv
Symdotica medicamenta, faõ os remedios
proprios para cicatrizar as chagas.
Syrupus, nome Arabe, que lignifica bebi*
da , veja-fe o trat. 5. no principio.
: o3!. vifj isisrn o 'O J,

feccas, e çheirofias, que fie miíturaõ nos oleos srrrjtí np ■ Ç)

para os fazer groífos ; e de agradavel cheiro r
affim como o Coito, Mangerona,Hortelfita, e T
EUa Guaiterii, veja-fc fparadrapum. ;
Teiitipelliunij herhum remedio,que
«outros. ■ .
Styptàa’, faõ os remedios muito adílrin-eítende a pelle , e tira as.rugás. ?■ .tj u
gentesycòino a Caparrofa, Pedrahume,Mar* . Terra ddmmta , ifcu caput mortuum , he a
mel os y e Sorvâs feccas.' ■ V^v n terra , ou rçfiduo., que .fica dcquaLquer mix-
SubíUnetifo, he hurnaelcvaqaõqvAmvolati-to depois de ieparadas as fubítancias activas^
e fleuma pda diítillaqaõ:, e», íe, diz. principio
façaÔrde^jhalquer matéria , a q-ual fe faz em
Lambiqub'com a íbrqa< !do fogo, até que de paiíivo ,.ou:^aputmortuümíK'. < .
todo fe fublime, ou fuba á cabeqíulo vafo y .Terra d aipis Vitrioli >.flc aterra qué fica da
Caparrofa depois de befU'lavradá,de lúrte que
çm qtiefe fãV. efla opcraqaõ. ..-raz >.\o
StMiigM- vel sJhMtítíAKMifWH&i fjque lem ístí í fe.faz doce4epo.s dac,iíbt,
HyptgbtiiUsPiUiU.' j1< ■ . - ■■ l*qaó,
Suctüs, he u licor fubílancial de »Iguol üfiniüca mediameftW
dé
 4$S PharmacGfpi: Lufit. Augment Trat. XIII.
de quatro fimplices , ou hum xompoílo de qu e iiiaõ os Cirurgicens parafazerem Ofí&-
quatro'drogas, e propriamente fe chama aí- cio nocraneo, que querem trepanar j po-
fjm ao unguento Baíalicaõ. rem como eífe Audor da definicaõ naõ he
Theriaga , idefifera , porque na fua com- profeífor Chirurgico , feguirerros o que di#
pofiqaõ o principal fimpl-ez laõ ás víboras, he o inílgne Joaõ Lopes Corrêa no leu Caftello
huma Opiata, oti aiukloto famoío, que com- íórte de Cirurgia pag. 731. cap. 40, onde af-
pôs Andromaco. fi 1 ma cue Trigona he remedio de quatro fc-
ThCínianticay fao os remédios jXiueaquen- 'mentes,
taõ. ,7 T/7>c/;í7}termoAííroncmicopalavraGre-
T-hymianiayht hum perfume. ga , que vai o mefmo que figura triangular,
Tw&itra^â tirgere, tingir , he a tindura cada Trigono he hum aggregado de tres ft-
de hummixto, que íe tira>por infulaõ cm gnos celeBes da mefma natureza , e qualida-
menflruo , ou diilolvente conveniente á fua de, cuja fituaqaõ fôrma hum trino alpedo
natureza: aííim como quando íe tira a tindu- pela terceira parte do Ceo , em que cflaõ re-
ia de Caíloreo em eípirito de vinho. ciprocamente vendo, e affim confiitüem os
Tonita , feu Toiwtica, laoos oleos, ou un¬ Aílroncmos quatro Trigonos, hum ígneo, a
guentos , que fervem para confortar as par¬ faber cálido , e fccco, compofto de tres íi-
tes nervofas , untando-as, e esfregando-as gnos Aries, Leo,Sagittariojoutro terreo, a ót-
com os ditos oleos, ou unguentos. ber frio , e fecco , que contém em fiTauro,
Tópica, feu Ucaliareviedia, faõ os medica¬ V irgo , e Capricórnio y o terceiro aerio, a la¬
mentos Topicos, que ie applicaõ exterior¬ ber'cal ido , e húmido , queconfla deGemi-
mente ás partes enfermas. nis, Libra , e Aquário ; o quarto aquofo , a
Torcular, feu Torcuhm, 'lie huma impren- faber frio , e húmido, que fe fôrma dos ou-
fa , que ferve para cfprcmer os mixtos, e pa- tros tres fignos Cancro', Efcorpiaõ, e Pifeis;
ra tirar os curnos , e oleos. a cada huma defias tres triplicidades fazem
Torrefacio, torrarfeccar, hehum cozi- os Aftronomos prefidir dous, ou tres planc-
mento fecco dos niedicfememos, ou huma tas conforme as fuas qualidades, e naturezas
eípecie de alTaqaõ , como quando fe pôem pelas raaoens, que traz P tolo me o Quadrip.
«. torrar, ou defecar o Ruybarbo cortado lib. 1. cap. 16.
cm boccadinhos emeima de huma pá de fer- Trituratio, hc huma pulVerizaqaÕ fubtil de
ro, que fe pôem febre fogo para privar efta drogas fimplices, que fe faz fomente mexendo
xaiz de huma parte da fua qualidade purgari- a maõ do almofariz ao redor delle fem pi-
va , fazendo-o mais adílringente. far, como quando fe pifa a eícamonea, e
T üxtea, nome Grego , laõ as drogas vene-. terra frgillada.
rioías, c chêas de peçonha. Troúdjcus, nome Grego, he huma com-
rl rache a , faõ Os remedios afperos acres, poiicaõ, que fe faz de pós feccos miílurados
irritantes, e ulcerantes. em fórma de maifa dura , da qual fe fórmaÕ
Tragea granorum a-ãts , fáõ huns Tvo- depois os Trochifcos, huns redondos , ou-
chifcos feitos de cumo de bagas de Sabuguei- tros compridos, óvados,quadrados, e trian-
ro maduras, e de farinha de eenteyo amaíTa- guiares -, ou da fórte que querem, veja-fe a
da com outros qumos,que fervem para as de- definiqaõ .110 trat. deííes. 7 . > \
íinterias^ e a receita efereveo Quercetano. Triphera, nome A’rabe, que fignifíca cou-
Tr^;?y57zr/írf^í7.>.ihe!quando fe muda a natu- fa delicada ou de bom goíto. >
reza de hum mixto em outro mais perfeito : Turbit mitierale feu Vricipitatum flavum,
aíhm como fe do Cóbre, Arame , Eftanho , he huma preparacaõ de Mercúrio , que fica
e outros mineraes fe pudeííe fazer ouro, ou amarello j que he purgativo , e vomitivo.
prata. . T7"
Triapharmacam, he hum remedio Compo- *
fto de tres fimplices. T/^ Appa he o vinho, de qlie fe tem eva-
Tncongiusy era huma medida dos antigos, ff porado a mayor parte do eípirito.
que levava trinta libras de vinho, ou vinte e Vas circulatorium > veja-fe Pelicams.
fette de azeite, jí Vas iíifèrnaU, he hum vafo dc vidro, no
Triens i veja-fe o tfat. dos peíòè. 5 qual íh lhe junta hum funil do mefmo vidrò
Trigona , nome Grego, íaO-os reitiediós? bem lutàdo * e unido, pelo qual fe lhe lánqa.
compoftos de lementes, e outras drogas al- o licôr , c pelò bico do funil cahe no vafo, ©
gum tanto eftüpefacrentes, e narcóticas, co- depois ainda que o virem, naõ pôde fahir,
mo a fementedo Meimeudroi Dormideiras>; por cuja rázáõ lhe chamaõ vafo internai j fer-
e herva Moura, ainda que ha quem diga, qufe ve efle inífrumento de fazer algumas çireu*
Trigona^ he hum inítrumento triangular, de Íaqo£$. »
Vir .
.1
 Lexicon Pharmaceutico:
Vetfiaria medicamenta, faÕ todos os pur¬
gativos violentos.
Venter equinus , fe chama ao efterco de
Cavallo quente , quando nelle fe enterra,
ou mette algum vafo cheyo de algum medi¬
camento , para que no calor do efterco fe
fermente.
Vermífuga, faõ os remedios, que affugen-
taõ , e mataõ as lombrigas $ aílim como o
Mercúrio doce , Beldroegas, erva lombri-
gueira , Coralina e outras.
Vefina JEnea , he huma grande cabaça de
cobre , que ferve para a diiiillaçaõ das plan¬
tas , quando fe lhe quer tirar a agoa. Alam¬
bique.
Veficatoriuiu , he hum emplaftro , que le¬
vanta bexigas , ou bolhas, quando le appli*
ca fobre a pelle , e ordinariamente le diz
Vefcatorío.
Vinacia , he o bagaço das uvas depois de
efpremidas.
Vitriolum Lima-, he a prata diflolvida , e
criftalizada , e ie lhe chama Criftal de prata.
Vitriolum Veneris , he o cóbre diílòlvido ,
e criftalizado.
Vitriolum Martis, he o fal Martis feito
por criftalizaçaõ.
Vitrum Antimonii, he o Antimonio purifi¬
cado do feu enxofre grofteiro pela calcina-
çaõ , e vitrificado pela diftoluçaõ, ou fufiiõ.
Vivificantes, feu Imperial es Tabella , íao
humas Talhadas, a que chamaõ de longa vi¬
da , que fe fazem de confeição Alkermes , e
outras Cardíacas.
Une ia ; veja-fe o trat. dos pefos.
JJnguentum ab Ungere, untar, e fe diz
ungu ento.
Uretica j veja-fe Diurética.
Atltue h<ec diãa de compofitionemedicamentorwnfufficiunt; fitque fiemper
laus «loria , & honor Omnipotenti Deo , arque femper Vtrgtm
MARIAS per infinita fecula faculorum. Amen.
4S9
Urna j veja-fe o trat. dos pefos.
Ujtto , he quando le queima algum mixto
para o reduzirem a cinza , como quando fe
quer tirar o fal de alguma planta , ou para
íe fazer matéria Alkalina, como quando fe
queima o Marfim , e ponta de Veado, ou
para fortificar algumas partes nocivas, como
quando fe calcina o cóbre.
Uterina remedia , faõ os remedios pró¬
prios para os achaques da madre, aífim co¬
mo a Artemija , Caltoreo , e Alcamphor.
Vulneraria, laõ os remedios deterfivos,
defecativos, proprios para curar as chagas
affim como a Agoa Pbagedenica , Tindlura
de Azebre , Myrrha, Ariíloloquia, e outras.
X
X ErocoUiriam, medicamento, que ferve
para a cura dos olhos , aflim como os
Trochilcos de Rhazis.
Xeromyrrum, he huma miftura de Myr¬
rha , e Azevre.
Xerophthalmica , faõ os remedios proprios
para a infiammaçaõ fecca dos olhos, afiim
como o leite de mulher , Agoa de Celido-
nia , Euphrazia, e outras.
Va , ou Iva , he a Yva arthetica , Ca-
Y mepitis, ou erva Crina.
Z
Z íngiber laxativum; veja-fe, Diayngiber.
Zime, feu Zimofis, he o formento.
Zithus ) he a Sorveja.
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.M
 INDEX
Dos Achaques.
A.
A Branda as dores. Pag. 252. 233. 233. 301.
55 5* 3<í5- 370. 575* 3S1. 451.454. 264.
Abrandar, pag. 40. 51. 353. 354 350.3 90.
4I2. 415. 417.-41S. 424. 426. 427. 4>°*
4J7.45I.
Abforbente. pag, 55. 56. 57, çS. 222. 337. 3 3s 3 49-
Achaques capitaes. pag. 35. li>, II6. 184. ulquc ad
J S7. Ip4- 203. 2 2 J. 245.247. 24S. 2)2. 308. 3 lo.
3II. 3I2. 3I3. 346. 3 59*
Achaques da Bexiga, pag. 174.175. I99.
Achaques Hyftencos. pag. 39. 79- 99. lo6. I4I. 1S9.
I91. 205. 237. 27S. 29I. 300. 302. 358. 343* > > 3 -
372. 3S1.
Achaques uterinos, pag. 79. loS.
Acrimonia. pag. 353.
Acrimonia do langue, pag. 35. 61. 123.
Acrimonia dos humores, pag. 44 123. 13 7. *4í>. 158.
I60. 17j. 176. 1S4. 346* 347. 249. 412- 41 >•
4*4»
Accidentes. pag. ioS. I09. 144. i-S'6. 237. 25r. 2S7.
2S9. 3 31. 332 3 5^
Accidentes epylepticos. pag. 30. 76. 94. loS 237.442*
Accidentes uterinos, pag. 79.116. 267.
Accidos. pag 222.
Adelgaçar humores, pag. 50. 354. 357. 3^4-
Adoçar, pag. 217. 25 3. 293. 294. 3 5 5*
Alegria, pag. 46 230.307. 346.
Alimpar, pag; 40. 93. 3 ç3. 3 36. 571.
Alporcas. Vide EJcrophutos.
Àneurifnaa, pag. 453.
Anodino. pag. 43. 46. 264. 27S. 355. 378. 412.
Antrazes, pag. 433. 43 5* 447*
Apbriente. pag. 20. 19. 3 1. 32.34. 36. 37. 42. 50. 99.
I02. ui. 160. 168.205.336.270. 301.
Aperta, pag. 180.
Appetite. pag. 37. 79. 93- 94* 9%. ío'í>. 163.2I4. 2I5.
221. 217. 228. 288. 307. 314. 371.
Apoplexia, pag. 18. 19* 21. 30.45. 71*72. 73*74*
76. 79* Si. 84. 92. I08. 109. 124. 128. 143.144.157.
159. 174. 180. 204. 206. 208. 225.23S. 25 I. 278.
279. 2S7. 289. 291* jo9- 3 lo. 312. 332. 3 3 6. } 58.
370. 374* 37Ó* 37P.
Apoftcma. pag. 411. 46I.
Arcorrupto. pag. 73. 12. 75. 93-94* 2I2. 270. 27Í.
29Ç. 3°*- 323* 37°. 371. 374* 5S7. 4*4.
Ardor dc Entranhas, pag. 179- 3 4s*
Ardor dc Febre. pag. 164.165.166.181.282. 400. 163.
Ardor de Ourina. pag. 44. I07. 115. 114. 137. ij8.
366. 378.
Ardor do Sangue, pag. 29».
Ardor venereo. pag. 163. 179. lol,
Areyas, pag. 75* 82. IoI,135.137* 1S2. IS9. 270. 277.
3 3 5* 3 5 3* 3Ó1-37S.
/
Artéria rota. pag. 320. 311.
Alma. pag, 22. 34. 79. 80. 84.96. IoS. 117. fI<7.
I20. I21. 168. 170. 171, 176. 185. 209. 218. 214.
216. 218. 237. 245. 276. 291. 295. 296. 297. 300.
502. 327. 3 5 4* 34<>. 547. 3 51. 368. 3 75. 386.
Afpera arterea. pag. 353. 356.
Aftringentes. pag. 23. 29. 163. 32I. 357. 542. 336.
3 5 7. 3c3•
Attenuante. pag. 20. 39. 4!. 4S.15 3.314.3 5 3.356.363.
Augmenta elpíritos. pag. 46. 71. 79.
Augmema leite as Amas. pag. 36.1S4. 348.
B Aço. pag 35.47* 97* 155-153. 169. i8r.
183. i85. 186.217* 226. 232. 249.266.268.273.
274-2S8. 289.290. 295.305. 314. 335, 345. 357.
384. 448, 336.
Belida. pag. 307.
Eertoeja. pag. 13 j.
Bexiga, pag. 2S7. Vide Achaaties de Bexiga.
Bexigas, pag. 57. 96. ico. 153. 139.162.175.223.23 5.
237. 298. 309. 319. 324. 551. 337. 555.382.404.
416. 420. 460.
Bicho peçonhento, pag. 36. 225.237. 236.
Bocca. pag 305.
Bofes. pag. 80. 96. 97. IoS. Í09. 117. 120 I2r. j35.
142. 15;. 170. 171 - 176. 181. 199, 209. 241.255.
266. 315. 3 47. 3 5 5- 356.
Buboens. pag. 392. 41 1. 447.
c
C Abcça. pag. Si. 93. 124. 136.147. 169. 30S. 325.
434 433-
Cabello. pag. 8;. u 5. 36 I. 419.
Cachexia. pag. 32. t ço. 155. 18S. 204. 220. 256. 257.
278. 508. 322. 555. 54>*
Callos. pag. 424. 434. 451. 462. 463.
Callozidadcs. pag. 292.
Campainha da bocca relaxada, pag. 48.
Cancros, pag. So. 250. 2 5 8. 292.
Caõ damnado. pag. 223. 333.455.442.
Çarbunculo. pag. 411. 4; 3 ■ 43 5 • 447* 45°.
Carminativos, pag. 49. 51. 207,
Carne efponjofa. pag. 6I. 292. 342. 383. 429. 441.
Carne podre. pag. 3S3.
Carnofidades. pag. 4I0.
Caroços no pefcoço. pag. 447.
Cataratas, pag. 90. 255. 297. 505. 306. 349.
Catatros. pag. 115. 253. 237. 3°S. 3 3 5.5 58.561.375,
Cauftico. pag. 38. 459.
Cephalicos. pag. 33. 37. 48. 179.3°8. > 5T*
Cerebro. pag. 37. 42. 43. 45* 46. 47* 48. 50. 7*- 73*
74. 79. Si. 84. 95. 111. 11121. 124. 135.140.
143. 144. 146. 157. 165. 169. 176.174* >78. 1Í4.
186.
 492 Index dos Achaques.
1S5. 1S6 187.203. 204. 207. 206. 2I0. 212.2I4.'*
2i5.2iS.2ip. 223.225. 226. 22S.22p.230.247.
24S, 25I. 252. 253. 255. 261. 269. 280. 2S1.2S2.
2p7.3it.3i2. 3 r 5. 321. 325. 332. 331. 327. 336.
348. 357. 3$9. 367. 371-374- +19- 45s-
Cicatrizar, pag. 5S. 371. jSp. 3po, 5PI. 3P2. 3P4.400.
42P. 440. 442.
Cicatrizes, pag. 354. 399. 416.42®.
Circulação de efpiritos. pag. 187.
Circulaçaõ de humores, pdg. 187. 337.
Circulação de fangue.' pag. 2lp. 326.
Cobrclos. pag.407.
Cólera, pag. p6. I27. 144. 147. 136. l6l. 262. 163.
165. 167. 168 iSl. 182. 188. 191. Ip2. Ip4.lp5.
20I. 203.206. 21S. 225. 226.24S.25I. 255, 258,
274. 27J. 27S. 2S5. 2pi. 2p3. 308. 3I4. 317. 318.
Colcra negra. pag. 176.
Cólicas, pag. 80. Si. I7S. 206.223. 232,233. a;6.
235. 257. 2 6Ç. 266. 274. >2C 3 37. 3 39. 35 3- 3 54-
^ 371. 461.
427.
Cólicas de Meninos, pag. 46. 51.
Cólicas nephriticas. pag. 82. 81. Ici, I02. 175. ip6.
33 5* 3 5 3 - 3^°-
Comichão cutanea. pag. 154. 162. 172. 24P 36I.388.
403. 4®6.341.
Confortar, pag. pj. f63. 180. 542. 3 56.3 57.
Conjunção menfal. pag. 17. 20. 22. 30 32. 3 p. 40. 41.
45.46. 71. 74. 7P. pp. 107. ioS. íop.ni. 124.I29.
I42. 15 I. I 52. 153. 15 5. 162. I6p. 172. 178. I7P.
180. 18 j. I 83.204. 305.206. 218. 221.226.128.236.
.237.249.251. 256.259. 267. 268, 278. 2S2. 28S.
289. 299.303- 50S.3I4 316.518. 322.335.357.
" 340. 34?. >49. 440.
Confolidante. pag. 40. 331. 342.
Conílipaçaó de ventre, pag. 188. 27;.
Contra veneno, pag. 35. 36.46. 57. 84. 94. 95.99.
I05. 108. Ho. ui, 115. 143. 178. 1S4. 223.
235. 25 ç. 236. 29 7. 299. 308.311.330, 351.353.
361. 562. 446-
Contufoens. pag. 60. 300,320. 354. 372. 392. 4I0.
437. 45 4-
Convullbens. pag. 31. 44. 106. 124. 186. 236.378.
4I0. 411.
Coraçaó. pag. 45. 46. 47. ?o. 54. 57. 71. 74. 75- 83.
76. 83. 84. J07. 116. 122. 12S. 142.143. 144.161.
165. 17S. 182. 184. 1S7. 206. 210. 212. 214. 215.
217. 2I9. 223. 226. 227. 280. 3S5, 288. 298.308.
3 II. 322. 323. 324. 326. 327. 346. 348. 371. 587.
Cordeal. pag. 37. 48. 50. '5 I. 55. 83. I23. I64. I 78.
322. 325.351.
Coceira, pag. 3 r, 33, 87. 192.
Corroborar, pag. 36. 165. 346.426.
Corrupção de humores, pag, 164. 179. 2I2. 227.270.
271. 315. 116. 324. 346.
CorrupçaÕ do fangue. pag. 299.
Coze os humores, pag. 3 87. 424. 43 3.467. 45$,
Chagas, pag. j7. 4° • 43• 59. 5&. 61. 77. 60. 80. Sç.
86. 88. 87. 95. 103. 104. 113. li7. II6. 119. I32.
185. 192. 3 Ip. 331. 355. 561. 371. 37?. 378. 383.
389. 39I. 390, 392. 394, 400. 40S. 41 o. 430. 43 j.
43?. 436. 440. 443. 449. 46I. 462. 463, 459.460.
Chagas de queimaduras, pag. 388.431.
Chagas galicas. pag. 85. 86. 87. 88. II;. 176. 292.
306. 361. 41S. 451.
Chagas interiores, pag. 337. 347.
Chagas na garganta, pag. 353.
Chagas na bexiga, pag. 141. 270. 286. 293. 294. 33I.
334-
Chagas na bocca. pag. 333.
Chagas na cabeça, pag. 425, 43 3. 434. 460.
Chagas nas pernas, pag. 86. 391. 394. 400. 404. 412,
434. 459.
Chagas no bofe. pag. 119. 300.301.375.’
Chagas no peito. pag. 300.375. 437.
Chagas nos olhos. pag. 300. 306. 305. 307. 349. 391;
Chagas nos rins. pag. 140. 270. 277. 2P4.
Chagas venenofas. pag. 305.
Cravos nas maõs , e nos pe's. pag. 439.
Cruezas do eftomago. 207. 3 14.
Curfos. pag. 25. 27. 2p. 3S. 41. 43. 44. 56. 131. 134.
X40. 147. 158. 16o. 163. I64. 166. 173. 180. iSj.
212. 222. 225. 247. 276. 277. 282. 28p. 28'S. 2pS.
2pp. 300. 302. 321. 322. 324 337. 340. 34P. 3Sj.
3Só. 410.
D
D
\ a. >
Entes. pag. 40. 44. 48. 94. I04. 130. 302. 342.
343 - ?7». 4*7. 418. 45 3.455. 462.
Defcoagulantcs. pag. 38. 326. 337.
Defmayos. pag. 75 175. 3 3 8.
Defcucientes. pag. 39. 4I2,
Defeccativo. pag. Ip 58. Ic2. 503. 3 5 3.591.45 9.463.
Defobftruente. pag. 20. 48. 150. 15 2. 15 3.
Deter li vos. pag. 20. 33.4;. 34. 35.37. 39. 303. 399.
Deaphorctico. pag. 3 1 4. 519.325. ,
Dearreas. pag. 31. 128. I42. 159. 165. I72. 255. 284.
28;. 3 56. 427.
DigeHaõ. pag. 32.43. 30. 71. 78. 83. 84. I43. 144.
172. 178. 206. 2I4. 215. 2t6. 22I. 227.. 236. 242,
278. 290. 296, 307.32I. 371.436.
Digerir. pag.-4o. 51. 357. 364. 423.4?$ 45í>- }6o.46z.
Digeltivo pag. 34. 357. 33S.410.
Deflocaçoés. pag. 40. 80. 555. 357. 362. 372.}92-4*7.
434- 445-446. 4?2- 457.
Dilurias. pag. 386.334.
DiíTolvente. pag. 337.
Diurético, pag. 31 3.
Difentereas. pag. 95. 128. I3S. 14T. 159. 189.255.
2S2.2S4 285.287. 2SS. 321. 322. 357. 577. 4l 3.
Doenças contagiofas. pag. 237. 274. 295. 30I.3I9.
320. 324. 351. 414.
Doenças crônicas, pag. 257.
Doenças epidêmicas, pag. 501. 308, 5 19.
Doenças venenofas. pag. 95.299.
Dor de cabeça, pag. 40. 209. 230. 250. 252. 261.307.
3 7?. 3 $3- 3í>9- 402. 416. 41S. 445. 45 >.
Dor de caufa fria. pag. 368.
Dordc dentes, pag. 43.44. 113. 302. 3 IS. 373.462.
Dor de olhos. pag. 304. 306.
Dor interna, pag. 232. 357.
Dulcifica. pag. 276.
Durezas da madre. pag. 39. 46. 360. 36S. 413.414.
427.430-
Durezas do baço. pag. 41. 25S. 283. 409. 419.
Durezas do fígado, pag. 1S6. 399. 409. 4I9.
Durezas do ventre, pag. 73.
E
E Mbalfamar cadaveres. pag. 343. 344.''
Eméticos, pag. 91.
Emulientes. pag. 35.38. 39. 42. 132.
Empolas da cabeça. 58S.
Encarnar, pag. 390.
Enfermeiros, pag. 295.
Engroçar. pag. 44. I47. 163. 167. 17r.175>. 27<C 357-'
Entranhas quentes, pag. 30.160. 197.
Enxaquequa. pag.434.
Epidemia, pag. 332,
Epilepcia. pag. 18. 30.57. 73.74.76.79.81. 94. çç. 97.
99. 106. 121. ,‘124. 128. 157. 174. 1S4. 176. 207.
208.209. 2I4. 223. 237. 251. 309. 3i1.3i2.3i3.
332.336.379.
Epilc-
 Index dos Achaques, 495
Epilefia dc meninos, pag. 312.31$. 295. J 14- 326. 337. 339* 384. 44*. ,
Enfipela. pag. pç. 391. Fibras, pag. 43.
Elcarrosdc langue, pag. 34. 120. 13S. 167. 1S5. 222. Fontes, pag. 447.
23I.2X7.349. Forças perdidas pag. 46. S4. 112 2l3.2I7.22l.2S0.

Efcorbuto. pag. 19. 36. 37. 40. 104. 1S9.I35. 274. 299. 227. 34S.
276. 31S. 375. 579. 413. Fortifica, pag. 34. 60. 80. 154 15 5.425.

Efcrophulas. pag. 19.276.356.435. 44°. 450. 458. Fortifica o efiomago. pag. 29 52. 48.

462. Fortifica os nervos, pag.40.354. 39C- 394- 427i 3^3-

Efpafmo. pag. 3 59. 377. Flatos.spag 37 4(5.47. 48. 50. 51. 71. 78. 79. 94.

Elpcrta os íentidos. pag. 330. 115. 127. 144. 165. 169. 179- i8'9. 200. 215. 21S.

Efpintos. pag. 59. 82.83. I07. I09. I65. 166. 17S. 22 1. 24I.281. 289.295. 307. 3 I 8. 221. 5 3o. 3 54.

2I0. 212. 22S. 308. 346. 363. 365. 567 3<58. 370. 413. 426. 45 4. 4>*•
Efpiritos animaes. pag. 70. 82. 116. 221. 255. çcS. Fleuma, pag. 56. 94.96. 102. 119. 127. *88. I92.

196. 20Ó. 2 18. 223. 229. 245.248. 249. 251. 26 2.

325.
Elquinencia. pag. 94. 97. 1S8. 269. 2S3. 359. 432. 274. 275. 27S. 293. j iS.

Efiiliiddio. pag. 3 l. 34. Fleuma do pcico. pag. 21. 96. 218. 297-
Fleuma grufTr, pag. 52. 79. 163. 169. X 81. I91. 204.
Eílomago. pag. 47. 49. 71.73. 79. 82. 84. 96. I09.
1x4. 122. 140. 143. 145.152. içS. x 59. 16o. I63. 2i8 229.249. 296.

•Fleuma falgada. pag. 177.

I64. I65. 169.171-172.,75.l ?S. 182.183. 184,185.
187.2*6.207.210. 21 2. 21 4. 21 6. 2 17 2 IS. 221. Fleuma vifeofa. pag. 204. 214. 296.
222. 223. 225. 227- 228 236. 241. 242. 25 X. 252. Fluxo branco, pag. 141. 232.

Fluxo de langue, pag. 51. 120. 128. 131. 232.

254. 255.268. 276. 278. 279. 280. 281. 282. 285.
233. 284, 286. 209.300. 320. 32I. 335. 41 x.
288. 290. 296. 30I. 307. 3 14. 224. 33 7. 340. 349.
427.
351. 3 5 7. 362. 365. 367. 570. 3s4 4ij- 4H-4IÓ.
Fluxo hemorrhoidal. pag. 134. 135.140. 158. l<5;,
419. 436. 440.
164 1661 1 76. 180. i 83. 2 31. 23 2.
Eftomacal. pag. 37. 46.48. 5 0. 5!.
F/ux< mençai. pag. I 831 284. 285.
Ellemutatorio. pag. 48.
FIuxí es. pag. 122. 1(57- 172. i8i>, 232. 265. 2<56. 267.
Etica. pag. 386. 408.
269. 2S5. 287. 289. 294, 297.298. 316.321. 331.
Excita efcarros. pag. 35. 48. 51.77. 108. iro. 119.
121. 123. 155.167. 170. 172. X7Ç. 176. 18S. 2 16. ^ 3 5 5- 394. 446.
Fluxoés reumáticas, pag. 106 141,276.
217. 21S. 2I9. 276. 296.297.298.300.327.347,395,
Fraduras. pag. 40. 355. 427. 437. 443. 446. 452.
Excita ourina. pag. 1 8. 20. 33. 50. <51. 113.135. 153.
463.
172. 174. I 75. 1S0. 182. 1S4. i 88. 236. 269 277.
Frenezins. pag. 355. 356.
283. 327. 335- 3 75.
Frieiras* pag. 407.
Excita 1'uor. pag.57.162.165. ISS* 206. 277. 32S.334.

F Aflio. pag. 166.

Febre. pag. 27. 82. 84. T 3 ç. T4I. 142. I60. I65.
J
Álico. pag. rS. 84 85. 92.
124. 126. i;6. 156. 157. 176. 177. 192. 316.
xoo. 104. 105. 115.

3 75. 3 7 8. 39*. 43 5 46X.

I67. 169. 184. I9S. 202. 20 3. 213. 264. 316. 323.
Gangrenas, pag. 80. 86. 87. 115. 167. 385. 414. 432.
328. 337. 387. 400.
Garganta, pag. 44. 94. 95. 167. 3 3 3 - 3 46.
Febre aguda. pag. 282. 314.
Gafia os humores. 48.
Febre antiga, pag. 203.246. 390. 317. 329.
Gengivas, 40. 4». I04. I30. 303. 333. 373. 417.
pag
Febre ardente, pag. 118. 141. 147. i6x. 165. I9S.290.
Gonorrhcas. pag. 34 38. 74- 75- *°5- I29. I5I. I34.
35^. 366- 13 6. I37. *38. 16;. 176. 225. 23 1. 2 69. 270.277.
Febre beliofa. pag. 282.
282. 283. 285. 287,29;. 294. 302. 306. 340. 343.
Febre complicada, pag. 203.
Gota. pag. 58. 96. Xoo. 156. 180. 1S6. 188. 2oi, 204.
Febre continua, pag. 19S.
265.310. 3I6. 31S. 350. 3 5 8. 359. 361. 367, 377.
Febre Etica. pag. I09. 3 5<5. 3 66. 375,
3 78. 3 79- 4°2. 436. 445. 446. 447.
Febre Galica. pag. 156.
Gota coral. pag. 54. 71. 174.
Febre Humoral pag. I02,
Gotofos. pag. 201. 25 o. 251. 316. 374.
Febre Internitente, pag. 58. 144. 1^7. 1S5. 235. 236.
Glandulas. pag. II3.
237. 259. 2(52. 275. 275. 328. 329.
Febre maligna, pag. 95. ioo. Ioç. 116. 161. 162, 165.
167. 17 J. 184. 224. 235. 237. 299. 30I. 3 to. 319. H
324.325. 328. 330. 332.337. 3JI. 362.37x. 414. - • . .0.8 I .46»
Febre peftilencial, pag. 223.
Febre pituitofa. pag. 203.
H Emorrhagias. pag. 38. 44. 277. 2S2. 285. 299.
302. 320. 321. 536. 337. 340.
Febre vermelha, pag. 95.
Hemorrhoydas. pag. 138.344. 361. 381. 3S3.400.4i2.
Febrífugo, pag. lil. 330. 183. 415. 416. 4I7.
Feridas, pag. 375. 43;. 441. 446. 448. 458. 459. 463.
Hérnias, pag. 34S. 361. 385. 410. 411.428.429. 446.
Feridas da cabeça, pag. 360. 452-463.
Feridas dos nervos, pag. 399.
Hydropezias. pag. 19.40, 58. 59.84,96. 115.I35.T50.
Feridas do peito. pag. 366.
x 53. 159. 166. 188.204. 208. 220.249.260.268.282.
Fervor do fangue. pag. 167. 289- 290. 295. 3x5. 5I6. 318. 350. 382. 388. 427,
Feto. pag. 232.464. 444- 44S» 461.
Fígado, pag. 32. 41.129. I33. I4I. 150. 152.155. Hydropicos. pag. 171. 1S0. 1S7. 226. 243. 56j.
J 66. 169. 171. 1 Si. 1S3.215. 217.2J9. 220. 221. Hiflerico. pag. 53 9~. 9S>. 173. 179. 311.
226. 232. 255. 275. 274. 2S1. 2S2. 2S8. 289.290. Humores acres, pag 17. xx8. 120. jJ4> i4I. i4íí (47
 494 Index dos Achaques.
254. I S 9. 24S. 27 6. 29b 294.307. JI5.
Humores aduftos. pag. I54. 273. 31 7.
Humores aquolos. pag. 275. 275.
Humores belliofos. pag 17. 22. 23. 26. 40. 137. 147.
I54. 136. 163. iSc. 1S8. 202. 246. 247. 248. 252.
Humores frios. pag. 92. 98. 3i7.36I.36j.55S.
Humores glutinolbs. pag. 3 58.
Humores groífos. pag. 4S. 90.91.97.9S. 159.2I9.
246. 26I. 271. 363. 364. 36;. 396.
Humores hypicondriacos. pag. 159. 249.374.
Humores maos. pag. 105.
Humores melancólicos, pag. 17. 23. 24. 37.100.146.
147. I49. 154. 156. 161. 182. 186. 187. 188. aoi.
247. 249 2ç o, 261. 266. 272 273. 314. 218.
Humores nas juntas, pag 20. 196. 201. 250. 251. 267.
Humores nos olhos, pag 297. 305, 206. 207.
Humores pituitofos pag. 18. 20. I37.I4S.2I9.24I,
245. 247. 252. 267. 318. 396.
Humores feirrofos. pag. 92.
Humores forofos. pag. 17. 20. 58, 120. 144. 145. 147.
148. 155.180. 188. 201. 271. 273. 317. 454.
Humores tartareos. pag. 17. I37. 133. 249 259. 26I.
266. 273. 314. 318.
Humores vifeofos. pag. 40. 45.9!. 97. 118. 153. 246.
261. 29;. 314 261. 364. 565.
Humetaates. pag. 34. 146. 160. 18S. 3S6.
I / / Mordedura de caõ danado, pag. 30 r. Vide
224. 274- 296. 299. 3I9.323. 324. 325. 328. 330.
346. 351. 362. 370. 3S7.
Malignidade de humores, pag. 40. 48. 49. 50. 82. 83.
99. 111. 165. 166. 187. 2I4. 290. 30I. 322. 523.
3 334. 343- 3 +8* 370.
Mas cores. pag. 150. 152. 169. 1S3.I94. 203. 205,
249. 256. 2,9 268. 270. 27S. 282, 295. 290- joj-
3°7- 322- 33Í>. 34o- 344- 34Í-
Máo bafo. pag. 47.227, 277. 278. 296.
Maos humores, pag. ui. 128. 162. 165.169. 1S4.
213. 296. 299. 319. 323. 328. 332. 371.
Manchas no rolto. pag, 89, 361. 3 99.
Maníacos, pag. 22. 37. 154. 201. 209.
Maça (anguinana. pag. 27. 30.
Melancolia, pag. 31. 54. 57. 74. 107. 142. I49. 154.
15 6. 175. 178. 1S1. 182. 1S6. 187. 201. 211. 2I4.
22I. 223. 226. 262. 268. 307. 323.
Melancolia hipicondriaca. pag. 19. 33. 39. 92.149.
154. 159. 176. j8i. 2o 1. 205. 208. 219. 257. 258.
278. 514. 318. 321.338. 344.
Membros mortificados, pag, 115.
Memória, pag. 142. 229.230. 350. 37;.
Mezcntcrio. pag. 41. 153. 166. 169. 1S0.1Sl.25S.
268. 273. 274. 289. 290. 3o3& 33 5.
Mcdoina. pag. 93.
Mordedura de caó , ou bicho. pag. 36. 223. 299. 333.
5 61. 3 7°. 3 7 í. 43 5- 43 9- 442-
Caó da¬

I Ctericia. pag. 24. 2S2. 350.

Impingcns. pag. I05. i 13.407.
nado.
Mordedura de Vibora. pag. 58. 223. 235. 256. 237.
299.361. ,
Incarnativo. pag. 1 94. Movimento de humores, pag. 167. 186,
Incraffar. pag. 107. Movitos. pag. 444.
Infiammaçaõ. pag. 282. 326. 355. 561.3S1. 3S3. 390. Mundificar, pag. I44. 146. 5 89. 392. 394.
391. 395. J94 414. 4i 5* 4 5 9- Mufculos. pag. 180. 368. 444.
Infiammaçaõ da garganta, pag. 32.
Infiammaçaõ do ventrículo, pag. 282.355.
Infiammaçaõ dos olhos. pag. 107. 297.304. 306. 349.
N
592. 4I4. X J Arcotico. pag. 264.
Infiammaçaõ das feridas, pag. 409. S Nauzeas. pag. 94, 106.
Infiammaçaõ do fígado, pag. 282. 412. Nervos pag. 41. 43.98. 10S. 111. r69. iSo. 186.553.’
Incidentes, pag. 314.
357.358.35.9.360. 362.363. 367. 368. 372. 373.
lncrfivos. pag 20.34 39. 41.48. 238. 374- 376.378. 396.397. 599.410. 411. 413. 414.
Intemperança do fígado, pag. I77. ^ 434- 436. 437- 457. 45 9-
Intcílino. pag. 274. 320. Névoas nos olhos. pag. 89. 90. 107. 307. 3 50.
Ifchurias, pag. 3 3 c, Nodoas na cara. pag. 362. 599.
Juntas, pag. 196.20i.25i. 276-557. 35S. 360. 363. Nutriente, pag. 31. 107. 137.
368. 373. 377- 590. 397. 43o- 457.

I Axa o ventre, pag. 27. 31. 73. 97 - 15Ç - 172. 259.

O Bfirucçaõ. pag.
101.152.
1 8.
155. 166.
I 9. 20.
167.*68.
22. 41. çt. 9I.97.
*69. *71. I72.
j 364. 3S2. 179, 181.183. 185.186. 108. 189. 200. 203.204.
Lêndeas, pag. 39. 205. 226. 217.221. 226. 228. 249. 256. 257. 258.
Lepra. pag. 172. 176 235. 250. 361. 373. 37S. 406, 259. 261.267. 268. 270. 278. 2S8. 289. 290. 29ç.
Letargos, pag. 18. 21. 73. 74. 128. 307. 322. 324. 326. 339. J4°* 3 44. 3 45* 3 5 7 . 382.
Licnterias. pag. 357. 441 •
Lombrigas, pag 32.93. I02. I30. I39. 147.14S. I62. Olhos. pag. 37. 44. 58. 89. 90. 107. 209. 247. 24S.
164. 180. 186. 206. 2 I2, 222. 224. 227. 279. 288. 250. 294. 297. 300 305,306.307. 549. 350.402.
3 l5-35°-349. 3Ó5- 367.373. 388. 403. 40S. 420, 415.
449- 453- O (Tos. pag. 573.
Ourinar. pag UI. 166. 168.
M Ourinas. pag. 42. 47. 96.H0. I3S. 142. I72 17 Ç -

M Adre. pag, 74. S3. 1S1. 183. 221. 267. 335.

33s- 344- 3 53 - 36o> >63. 4*7- 43o- 44°- 45s-
1S2. 220. 259
Ouvidos,
263.266. 298. 535. I33. 361. 373.
pag. 86. 209; 247.357. 362 365.

461.
P
Madura, pag. 423. 424. 439. 459-
Maleitas, pag. 150.
Males contagiofos pag. 94. 37I/
P Alpitaçaõ do coraçaõ. pag. 57. 74. 211. 214.22I.
294- 3 03 >c 5 3 5 o- 3 iS
Malignas, pag. 57-58. 72. 73.95- 99* Uo. 1S4. 223. Parias, pag. 155. 290. 34°-.3 5 3- 4°7*
Farle-
 Jn Ux dos Achaques
Parlezias. pag. 19. 43. 45. 57. 76. 7 9. 81.84. 92. 9S.
icS. icp. 143. I57 174- 1 S t>. 204. 2cS. 125. 237.
2 46. 278. 279. 2S7 3 op. 312. 367. 36 S. 375- 574-
375. 576. 377- 396. 4«°.4,í-
Partes relaxadas, pag. 43.
Parto. pag. 46. 71. 81. I43. I 5 5. 22S, 288.290,359.
333- 3<51» 4^7.
Pedra, pag, 36. 6 1.75. IoI. lo2. Iíc. 114. ifj. 130.
220. 259. 2Ó$. 254- 270. 3 54- 3 3 5. 36 1- 573 37S.
406.
Peito. pag. 26. 34. 3Í. 43- 5 *. 75-?7-97. Ho.
í I S. J20. t 2 i. I 25. I 37. 140. 141. I46. 147.
I5I. 1 62. 167. lóS. I 7o. 174- I75. 176.
IS8‘. 189. 209. 216.217.223. 226. 25 3.
I 8 t.
266.
276. 29$. 294. 297. 3C0« 5°2. 141. 54Ó. 347- 34s.
351- 3 5 5- 395 .
Peitoral, pag. 51. 178.
Perfevejos. pag. 3; 2
peite. pag. 43. 72. 73- 7Ç. 16. 99- Hl 113. 162. 164.
184. 223. 224. 233. 237. 270. 271. 29®. 296, 301.
319. 323- 3 37. 351. 362. 371. 374-
Picaduras de cavalos, pag. 439.
Pifaduras. pag. 560.
Podndaó de humores, pag. 47. 61. 143. li3.2Ic.224.
245- 234. 311.314- 324- 346. 3 51.
Pontadas, pag. 368. 390. 409.
Purga com brandura, pag. 24. 6 3. 123. I 2 5. 128.133.
222. 23c. 252. 25 5. 237. 267. 268'. 270. 271. 273.
274-2S9. 203. 293 345.41.?.
Purga com violência, pag. 40. 139. iSS. 341.
Purga para meninos, pag. 403.
Purga todos os humores, pag. 91. 143. 146. 147.148.
134. Içi- 157. 193-204. 242. 244.245.247,23c.
25 1. 255. 2 6 O. 266. 2 71. 272. 2 78. 300. 5 17. 533.
3 54.
Purgações brancas, pag. 91.103.23 2.
Purgante, pag. 124.
Purifica o fangue. pag. 26 27. 30. 31. 32 33.40. 50.
94 95. 104. 105, i c9 11o. 124. í 56.143. f 5 5.156.
160. 161. 162- 172,182. 206. 230. 24S.251.254.
258 274. 297. 33°-
Pontura de nervos, pag. 5 33.
Ptifiulas. pag. li 3. 415.
Pleuriz. pag. 78. 118, I3S. 142. I47. 162. 167. T69.
170. 172. 202. 232. 29S. 327. 346. 353. 366. 367.
386. 589. 390. 409.
Prefervar. pag. 93. 132.
Provoca efearros. pag, 51. Ç2,
Q Q
Uartãas. pag. 36. 5S. 76. 92. 99. r35.i55.lio.
177. 186. 201. 204. 250.258.260.273.275.
27S. 329.
Quebraduras, pag. 42S. 462.
Quedas, pag. 319. 3 20. 3 3 7.
Queimaduras, pag. 306. 344. 354. 3S3. 384.591.400.
405. 414. 418. 420.
R 413, 4I5. 426.430. 432. 437. 44°. 44 442- 44^*
B Achas dos beiços, pag. 3 54. 39;. 4°7- 412.
Rachas dos peitos, pag. 393.407.
Refrefcar. pag I07, 122. I3Í. 137. *44* I4i- *64.
I 65. 166. 180. I 82. 188. 269. 35;.
Refrigerar, pag. 30. 97. I 07. 15 7.33 5* 4oi.
Renafcer nova carne. pag. 3 31.
Rcpercutivo. pag. 77- 3 5 5 *
Refpiraçaó. pag. 40. 52. 80. 96. 176. X79. 209. 2lj,
221. 296. 297. 299- 302’ 532- 34^*
Retenção de nr.ezcs. pag. 32.
49 >
Reun.atifmos. pag. 18. 51. 58. 39. I06. 1 $ 1.141.186.
249. 250. 417. 420. 434. 445.447. 454.
Rcziitc ao veneno, pag. 55. 49.
RcJolve. pag. 40. 41. 51. do. 336. 363. 564- 5 75 .424.
427.
Rciolutives. pag. 34 38. 39. 41- 42. 5M56. 3 57->5^.
3 59- 3^4.
Rins. pag. 75- 97. U2. I34. I7>. 125• 232* 3 5 5- 3^f-
385.
Roturas, pag. 428. 454. 462.
117. Roiio. pag. I07.
160.
10 5.
269.
S
Angue pela bocca. pag. I07. 185. 189. 253. 284.
L.,' Sardas, pag. 399.
Sarna. pag. 1 8. 5 í. 3 3 , 87. 89 67. 162. 172. 176.192.
235. 24S. 505.541. 36i. 36S. 388. 591. 392. 39$.
401 403. 407. 413. 418. 420. 478.
Sarampo, pag. 133. 173. 309. 319. 324. 330. 351.355.
Seccar Jeite. pag. 367.451.
Sede. pag. 27. 84. 163.290. 5 50.
Sorozidades. pag, 19. 21.22. 58. 59.145. 1S0. I9T.
200. 226. 253. 318'.
Sezoés. pag. 58. 76. Ij I. 329. 350.
Siatica. pag. 18. 59. 115. 186-223. 354. 3 58. 359.360.
362.365. 367. 373. 377. 397-4*7. 434- 444- 445*
. - 3 4.
Súrtrizar. Vide veabo Cicatrizar.
Sicatrizes. Vide verbo Cicatrizes.
Signaes de Bexigas, pag. 85.416. 417. 421.
Sincope, pag. 211.
Sinos. pag. 183. 220. 557. 564.419-
Soluços, pag. 175.
Somno. pag.44.95.423.112.118.157.167,158 179.424.
225.233 253.255.265. 269. 276. 277- 279. zo6.
302. 328. $37. 56 i 383.409416.
Sodorifc.ro. pag. ; $. 99. 1 o5. 3 11. 3 5o. 3 01. 327-
Suffocaçad da Ãladre pag. 357 36S 3 3 8.
Suor. pag, 44.46. 84. 96.99. 143.1S8. 253. 2S8. 302.
324. 327. 5 3 7. 3 5i.
Supreliols. pag 138,
Surdez, pag. 45.46. 85, 3 59.362. 3^4*
T
rp Alparíns. pag. 92.
J_ Tempera, pag. 27* 93 *
Tendões, pag. 52.
Tenafmo, pag. 128. 163.
Terçaãs. pag. 36. 76.107. 160. 167. I95. 260.26Í.
262. 273.275.329-
Tiricia. Vide lãericia.
Tinha. pag. 87. 115. I6l. 4®5’ 4°6-
Tiraõ os oílbs quebrados, pag. 43 6.
Tiraó o ferro , ou chumbo das feridas, pag. 459. 4< r-
Tifica. pag. 44. 50. icS, lc9, lio. 117. 12I. I2{.
I34. I39. 216.276. 29 5- 3 3 r- 3 34- 344. 54^-
Tumores, pag. 8o. 3;4. 3 5 6, 3 5 7 - 3 60. 577- 4°5- 4[
450. 452. 454- 46R 364-
Tremores, pag. jÇ9.
Triílezas. pag. 173-211.
V
V Apor hyíkrico. pag 38. 39. 45- 74 S3.i09.l1i.
141. 165- I7S. 228. 267. 288. 299. joo. }02.
32S. 343. 349. 371- 372. 376.
Vafos efpermatieos. pag. 394-
Vcya rota. pag. 320. 321.
Vento.
 49*> Index dos Achaques.
Veutozidades. pag 7^. 94. I64. ld(j. 173. Il2. 2 I Ç. 23I." 2J2. 2Ç2. 295. 3j£.
Ventie pag. 79. 81. 3 3 5 7. 3 70. 38;. 4to. 419. 432. 4j6.
Ventre inferior, pag 195. Vomitono. pag. 77.'91. 93. I5S. 159. 167. J4$»
Ventre lúbrico, pag 77. 388.
Ventrículo, pag. 147. 160. 173. I9I. 20;. 2I;. Vulnerios. pag. 32. 34. 55. 42.
220. 2jo. 241. 247 24S. 252. 254 274. 2&2. 290. Vreteras pag 293. 294.
J07. 320. 32T. >57- 37°. 4*6* 4j 1. Utero. pag. 105 278. 281.339. 461.
VermeHiidaó.' pag. 8;. Uterino, pag. 179. 278.
Vertigens, pag. 5 7. 76. I24. I94. 204. 20S. 225. 22;.
2lt- 3^5 3 74. 3 75.
Verrugas pag. 88.
Vigílias, pag. 106.
z
Viida. pag. 2;o. 505, jc6, 54?- ?>°*
Vomitos. pag. 29 43. 44. $0. 78. lotf. joj. 159. I63. z Unimentodos ouvidos, pag. 359, 361. 3^.

IN.
I
 Do que contêm efla Pharmacopea.
I .
A
A
Bluentia medicamenta, tratado 13.
na 4*5. i*,i . i'
Abfinthium , numero 28. tratado 1. pag. 52.
Abilergencia , trat. 13. pag. 4.6}.
Acacia , num, 50. trat. 7. pag. 254.;
Acacia , como fe faz n. 30. trat. 7. pag. 254.
Acerbus , trat. 13. pag. 465.
Acetabulum , trat. 2. pag. i4.
Acetum mulfum , trat. 3. pag. 9Í.
Acetum philofophicum , trat. 13. pag. 46j.
Acetum Saturni, trat I3.pag.4i5.-
Acintro , n. 2S. trat. I. pag 52.
Accidcntes , que caufaõ as Víboras, trat. 6, pag. 254.
Acopum , trat. i5. pag. 465.
Acoro , n. S l. trat. 1. pag. 5 o.
Acoviflica , trat. 15. pag. 4Í.5.
Aço abfoluté , trat. 5. pag. i 5 r.
como fe prepara ,0.54. trat. 5. pag. 152.
como fe prepara com Enxofre, trat. 9. pag. 155.
como (e prepara fem fogo , trat, p-, pag. 540.
Acuentia medicamenta , trat. 13. pag. 465,
Acumcli , trat. 13. pag. 461;.
Açúcar, n. 86. trat. 1. pag. ç 1.
de Pédra hume , trat. 9. pag. 5 52.
de Pérolas , trat. 9. pag. 349.
de Pérolas fem fogo , trat. 6. pag. 222.
dc Saturno , trat. 8. pag. 2S3.
rozado dc Alcvandria-, trat.4. pag. 123.
rozado commum , trat. 4. pag J22.
rozado de Pérolas , trat. 9. pag. 349.
Adullio Lanas , trat. 6. pag 201.
^gypciacura ,trat. I j. pag. 4Í5.
^.reoliis , trat. I 3 pag. 465.
■/Etherea fubilantia , trat. 13. pag. 46;.
yEduops mineralis , trat. 13. pag. 4Í5,
Adianrum , n. 34 trat. t.pag. 34.
Agarico , n. 4. trat. 1. pag. i$.
trochifcado , n. I;, trat. S. pag. 2S7.
trochifcado com Salgema , trat. 8. pag, 287.
trochifcado de trelco , trat. S. pag. 2S7.
Ageratum, n. 2 i. trat. í. pag. 31.
Agoa acoviflica , n. 59. trat. 5. pag. 85.
alcxipharmaca , n. 124. trat, 3. pag. I05.
alcxitcria , n. I; 9. trac. 3. pag. ] Io.
alummbla , n. io. trat. 3. pag. 06.
aluminofa de ííaudcron , n. 62. trat. 3. pag. Só.
afurmnolà ác Folopio , n. ó,l. trat. 3. pag 86.
aluminofa de Firnello , n. 63. trat. 3 pag. 86.
antiafmatica , n. 58 trat. 3. pag. 79.
antic''!ica de Lemcry , n 40. trat. 3. pag. So.
anticolica de 7uclpl.ero , n. 41. trat. 3. pag. So.
antiepiletica , n. 7 trat. 3, pag.. 73.
anricptica , n, I; 5. trat. 3 pag.<1,09.
antimclancoJica , n. ij, trat, 5, pag. 74.
antipleuritica , n, 30. trat. 3. pag. 78.
antivencreade Mangcto , n. 122. trat. 3. pag. I04.
apoplética , n. S. trat, 5. pag. 73.
pagU arterial , trat. 11. pag. 45 o. n. 7 3.
■!' aurça, trat. 3. pag. 79. n. 37.
bcnediêla, n. 2;. trat. 3. pag. 77.
-ti A bezoartica , n. lo, trat. 3. pag. 73.
carminativa de Lemery, n. 40, trat. 3. pag. So. *
Agoa carminativa de Ztielphero, n. 41. trat. 3. pag. So,
capilar, n. 147, trat. 3. pag, j 13,
cathartiça., n. I1 2. trat. 3. pag. 99.
cauitica , n. iS. trat. 3. pag. 87
* coptra luem veneream , n.’i2i’ trat. 3. pag. 104.
contra vermes, n. 11 7. trat. 5. pag. 102.
cordeal , n, 45. trat. 3. pag. §2.
cordcal fria , n. 40. trat. 3. pao-, $2.
cordeal temperada , n. 47. trat! 3. pag. S2.
colmetica,n. l4;.trat. j.pag. ,i2.°
coímet,ca odorífera, trat. 3. n. n9. pag„ lo3:
o c areta compolla , n. 52. trat. j pj 84.
■ clareta fimplez , n. 51. trat. pae.^4..
cnnal , n. 56. trat. 3. pag &
dc Almecega mugillral , ,'27. pag. roí.
de Ambar, n. 20. trat. 3. pao-, 7,
de Âmbar do Curvo , n. 21. "trat. 3. pag. 75.
dc Andorinhas de ,„ ,„t. ; (
dc Andorinhas dc 2, n. ... tm
de Area , trat. 4. n..67. pag
de Bardana, n. I43, trat. 3. pag. "11 r.
* de Canelia compojfa, n l. trat. 3. pag. 7r.
de Cane a de Lcmcnj, n. 2. trat. 3. pag. 7r.
de Canelia de Mathiolo, n. 4. trat. 3. pag. 71.
dc Canelia de Vekero, n. 3. trat.
de Caracocs, n. D I. trat. 3. pag. ,o7.
deCaítoreo,n.i3Í.trat. 3. pag. l09.
de Çumos para arcas, n. 118. trat. 5. pag. 102.
dc Femelio, n. 6',. trat. 3. pag. Si.
de Fragofo, n, 66. trat. 3. pag S7
de Genciana, n. 14,1. trat. 3'. pag. rro.
dc Lcao Franco. n. 58. trat. 3. pag. 85.
de Pari/o Sorbait, a. I 9. trat. 3. pag. 75,
de Serpentar.a , n. 29. trat. 3. pag. 77.
dc Sohma3,n. 57. trat. j.pag. 8e
diurética jn. ijS.trat. 3. pag. IIO,
cmnnonis , n. 42. trat. 3. pag. s f
epilctica Langij , n. 3 7/ trat. 3. pag. 79
eft.tica > trat. 12. pag. 450. n. 73.
enomachal, n. 134. trat. 3. pag. ,oS.
febrífuga magiftral, n. 22. trat. 3. pag. l6.
Agoa forte de Frago/o, n. 70. trat. 3. pag, 88.
forte de Poterio, n. 7 r. trat. 3. rag SS
golphiniana , n, iji.trat. 3. pag.ici.
liydrotica , n. 53. trat. 3. pag. 84.
Jiyfterica dc Citarás , n. 33. trat. 3. pag. 78.
Lyflertca de Lemen,, m 34. trat. 3. pag. 78.
hyfterica dc Rlvcrio ,0.35. trat. 3. pag. 79.
liyftcrica magiflral , n. li®, trat. 3. Pa\ 97.
imperial , n. u. trat. 3. pag. 7'jt 0
Sfí laxa
 49 8 Index do (jiie contem ejla íharmeteopea.
laxativa , n. 9. trat. 3. pag. 7 3-
Jipis , n. 72. trat. 3. pag. 88.
magiftral dc Çaracoes , n. I32. trat. 3. pag. I07.
magiftral de Erva cidreira, n. 12. trat. 3. pag. 74.
magiftral para gonorrheas, n. 114. trat. 3. pag.loi.
magiftral para a pedra , n. 18. trat. 3. pag. 7 5.
maftichina , n. 3I. trat, 3. pag. 78.
mirabilis , n. 13 o. trat 3. pag. I07.
mel, n. 26. trat. 3. pag. 77.
mercuriata , n. 64. trat. 3. pag. 85.
narcótica , n. 144. trat. 3. pag. 11 r.
nephritica , n. 113. trat. 3. pag. Io I.
nephritica corre&a, n.44. trat. 3. pag. Sr.
nephritica emendata , n. 43. trat. 3. pag. 81.
nephritica magiftral, n. 115. trat. 3. pag. 102.
ocular interna dc Lemery , n. 82. trat. 3. pag. 90.
optalmica , n. 78. trat. 3. pag. 89.
optalmica de Fragofo ,n. 79. trat. 3. pag. 89,
optalmica de Qjaercetann , n. 8l. trat. 3. pag. 90.
optalmica de Schrodcro , n. 70. trat. 3. pag. 90.
optalmica fubnigra , n. 12 9. trat. 3. pag. I07.
para a pedra , n. 16. trat. 3. pag. 75.
para a pedra de Fioravanto , n. iço. trat. 3.pag. 114.
para a pcfte de Fioravanto, n. 15 2. trat. 3. pag.‘ 114.
para chagas dc gengivas, n. 28. trat. 3. pág. 77.
para chagas antigas , n. r 19. trat. 3. pag 103.
Agoa para chagas gallicas , n. 148. trat. 3. pag. 113.
para confervar a mocidade, n. içi.tras 3.pag.114.
para febres malignas, n 12 3. trat. 3. pag. 1 o 5.
para gangrenas , n. 55. trat. 3. pag 87.
para gangrenas de Vidos , n. 153. trat. 3. pag. 114.
para gengivas podres, n 120. trat. 3. pag. 104,
para< gonorrheas dc Charás ,n. 14. trat. 3. pag. 74.
para gonorrheas de Riverio , n. I 5. trat. 3. pag. 74,
para névoas dos olhos , n. 77. trat. 3. pag. 89.
para farna , n. 57. trat 3. pag. 87.
para fuppreflbés , n. I37. trat. 3. pag. 109,
para tinha, n. 145. trat. 3. pag. 112.
para tirar manchas da cara , n. 5 4. trat. 3. pag. 84.
para tirar fignaes da cara ,0.55. trat. 3. pag. 85.
Paralítica , n. I33. trat. 3. pag. I®S.
peitoral, n. 140. trat. 3. pag. 1 r o,
pro matrice , n. 142. trat. 3. pag. 11 r.
prophiliatica, n 30. trat. 3. pag. 85.
real de Fioravanto , n, 149- trat. 5. pag. I r j.
rozada almifcrada , trat. 8 n. 2. pag 281.
fomnifera , n. I23. trat. 3. pag. loç.
fudorifera , n. 113. trat. 3. pag ioo.
ftomatica de Lemcrt/ , n. 32 trat. 3. pag. 78.
tberiacal alcanforada , n. 111 trat. 5. pag. 99.
thcriacal de Lemery , n 5. trat. 3. pag. 72.
theriacal de Zuelp/iero, n. 5. trat. 3. pag. 72.
verde de Hartmano , n. 69. trat. 3, pag. 87.
uterina magiftral, n. 128. trat. 3. pag. Ic6.
vulneraria, n 39. trat. 3. pag. 80.
Agno cafto ,trat. 3. pag. loi.n. 1*4.
Agoas cordeaes , trat 2. pag. 66.
antipleuriticas ,trat. 2 pag 66.
Agrimonea , n. 27. trat. 1. pag. 32,
Al, trat. 13. pag 453.
Alambre , n. tio. trat. 3. pag. 97.
como fe prepara , n. 9. trat. 8. pag. 2S4.
Aleaubulo , trat. 2. pag. 63.
Alembicum , trat. 13. pag. 466.
A lephanginaj, trat. 13 pag. 455.
Alexicacon , trat. 13. pag. 46tf.
Alcxireria , trat. 13. pag. 456.
Alipta mofeata , n. 3. trat 8. pag. 2S1. e 455.
Aloés , n. í. trat. I. pag 16.
rofata , n. 3. trat. 7. pag. 243.
violata, trat. 7, pag. 243.
Alcali , trat. 3. pag. ioo.
Alcaffús , n. 84. ttat. x. pag. 5 I.
Alcatira , n. 62. trat. I. pag. 44,
Alcebran , n. 11. trat. t. pag 21.
Alchimia ,trat, 13. pag. 455.
Alconvani, trat. 2. pag. 63.
Álcool, trat. 9 pag. 341.
Alcuatus , trat. 2. pag. 55,
Alkaes , trat. 13. pag. 465.
Alkali, trat.3. n. 112. pag. ioo. , e 466.
Alkool, trat. r 5. pag. 466.
Algalia ,n. 58. trat x.pag. 46.
Aljôfar , n. 90. trat. I. pag. 34.
como fe prepara , n. 27. trat. 6. pag. 2Io.
Almecega , n. 60. trat. 1. pag. 43.
Almifcar , n. 67. trat. I. pag. 45.
Almufeni , trat. 2. pag. 63.
Amalgamatio , trat. 13. pag. 466,
Alquetira , n. 52. trat. I. pag. 44.
Alterantes, trat. 2. pag. 66.
Alúmen faccharatum , n. 104. trat. 9, pag. 332.
Alvayade como fe lava, n. 28. trat. S. pag. 292.
Ameixas , n. 2 I. trat l.pag. 27.
de fenne , n. 23. tiat. 4. pag. I25.
folutivas , trat. 4. pag. 12 5.
purgativas, trat. 4. pag. 12 J.
Amêndoas abfolutè , trat. 6 pag. 191.
Amendoadas , n. 70, trat. 4. pag. I36.
Ameos , trat. 6. pag. 217.
em feu lugar , trat. 6. pag. 217,
Amido , n. 2. trat. 4. pag. 118.
Amilum, n. 2. trat. 4. pag. I r 8.
Ammoniaco , n. ç 3. trat. 1. pag. 41.
como fe depura , trat. 7. pag. 255.
Amuleta ,trat l3.pag. 466. I
Ambar, n. 66. trat. 1. pag. 43.
Amphibia , trat. 13 pag. 465.
Amphora , trat. 2. pag. 64.
Anna', trat. 2 pag. 65.
Anacardos , trat. 6. pag. 239.
como fe preparaó, trat 6. pag. 229.
Anacollcmata, trat. 13. pag, 465.
Analeptica , trat. 13. pag. 466.
Anaplerotica , trat, 13. pag. 466.
Anaftomica , trat. 13 pag. 466.
Angélica , trat. 8. pag 3o 1 n. 34.
Anathymiaíis, trat. i3.pag 455.
Anhaltina , trat 13.pag. 466.
Anima dulcis vitrioli, trat 9. n. 130. pag. 340.
vitrioli dulcifícata , trat. 9. pag 340,
Anodina ,trat. ij.pag. 467.
Antali, trat. 11< n. 45. pag. 398.
Anti , trat, 13 pag. 457.
Anti.apopleticos, trat. I3.pag. 467.
Antiallhmatica , trat. 13. pag. 467.
Anticolica , trat. 13. pag 447.
Antídoto Orvietano reformado, n. 48. trat. 6. pag. 222.
Antídoto , trat. 13. pag. 467.
Antidyfcnterica ,trat. 13. pag.457.
Antiepileptica , trat. 13. pag, 467'
AntifebriJ para pobres , n. 46 trat. 4. pag. ri0
Antiheptica , trat. 13. pag. 467.
Antihydropica , trat. 13. pag. 457.
Antihypocondriaca , trat. 13. pag
Antilyflus, trat. 13. pag. 457.
Antimelancolica, trat. i3-pag 467.
Antimonio d.agridiado ,n. 44. trat. 9. pag. 317.
diaphoretico , n. 44. trat. 7. pag. 262;
vidro , n 2. trat 9. pag 304.
Apenencia , trat. M.pag. 467.
Aperitivos, trat. 2. pag. 68.
Apio s
 Index do cjue contem ejta Thavmücopea
A pios, n. ii. trat. i. pag. 21.
2l
•
Aphronitrum , n. I02. trat. i.pag. tfi.
Apocruffica , trat. 13. pag. 467,
Apomcli, trat. ç. pag. iSj.n. ijí.
Apophlegmattfmus , trat. 13. pag. 467.
Apoteca , trat. 13. pag. 4(f7>
Apothermus , trat. 13. pag. 467.
A pole ma , trat. 13. pag. 467.
Aqua a:therea cinnamomi , n. 46. trat. 9. pag. 31 $
ad morbum gallicum , n. 53. trat. 3. pag. 84
aurea , trat. 3, pag. 79.
embrionis , n. 42. trat. 3. pag. 81.
Ladlis , n. 24, trat. 1. pag, 30.
mulfa , trat. 3. pag. iSç.
rofata mofchata , n. 2. trat. S. pag. 281.
'ita: hyftcrica camphorata , n. 49 trat. 3. pag. $3.
Aqua vitas Mathyoli, n. 48. trat. 3. pag. 83.
vitar mulierum , n. 49. trat. 3. pag. 83.
Aquila alba , n. 47. trat. 6. pag. 222
Areotica ,trat. 13. pag. 46$.
Arbor, trat. I. pag. 5.
Archangelica , trat. 8. pag. 3o 1. n. Í4.
Argenteus , trat. 2. pag. 6 3.
Arnoglo^a ,trat. 12. pag. 432. n. 20.
Ariroioquia ablolutè-, trat. 6. pag. 302.
Aromático rofado , n. 32. trat. 6. pag. 294
Arthanita , trat. 11. pag. 3 87. n. 16
Arcinum , trat. 2. pag. 63.
Arrátel , trat. 2. pag. <54.
Arrobe , o. 98. trat. 3, pag. 94.
abtolutè , trat. 3. pag. p4
dc Amoras , n. 99. trat. 3. pag. 9ç
de Berberis , n. 98. trat. 3 . pag. 95'
Cerejas , trat. 3. pag. 93.
de Engos , n. loi. trat. 3. pag. 93.
de Gmjas,n. 98. trat. 3. pag. nr
de Marmelos, trat. 3. pag. 93.
de Murtinhos, trat. j.pag. 95.
dc Nózes, n. 103 trat. 3 pag. 9<r.
de PaíTas , n. 5. trat. 4. pag. 119.
de Sabugo, n. roo. trat. 3. pag. 93.
dc Sabugueiro,n. i00. trat. 3. pag. 9;
dC vrarÍOS/rutos »trat- V pag. 93.
de verônica, n. 102. trat 3. pag. 96,
Afphalto . trat. 6. pa0-. 238
Aftafctida , n, 47. trat. 1. pag. 5 7,
Afta nus, trat. 2 pag. 53
Aftatio quid , trat. 1. pag. 13.
fciílc, n. 25. trat. <5. pag. 2o8.
A^cih quomodo pra;parantur, trat. 7. pag. 263.
Aftmtro , n, 28. trat. 1 pag. 3 2.
Açúcar. n. 85. trat. 1. pag. 51.
de Pedra hume , trat. 9. pag. 353. n. 104.
dc , ero as , trat. 9. pag. 349. n. 159.
de Pérolas fem fogo , trat 6. pag. 222. n. 46.
de Saturno, n.7. trat. 8 pag. 2S3.
ro7,do de Alexandria , trat. 4. pag. r2j.n. r6.
rozndode Pérolas , trat. 9. pag. 349. n, 159.
rozadocommum.trat 4. pag. i22.n ic
Attenuantes, trat. 2. pag. 67.
Avença, n. 34. trat. 1 pag. 34
Aureus , trat. 2. pag. tf 5.
A'arabacara , n. 8. trat. 1. pag. 2o.
A-a.o , n 8. trat. 1. pag. 20.
Azeite como fe lava , n. 7. trat. io. pag. 334
z.nKr>, trat. 6. pag >!+'
A’:«k.k com» fe prepara , n. 61. trat. <r. pag. 127.
Azevre , n. i. trat. I. pag. 16.
CO -..) fe lava , n. I. trat. 7. pag, 240.
rozad ►, trai 7. pag. 243.
violado , trat. 7. pag. 343.
A nr,
.
A7rmoriif> . rnnin 1_
/ _
s-^!
Azougue , como fe lava , n. 87. trat. I2. pag. 453.
Azymus panis, trat, 13. pag. 4tfS.
B
B A«jca , trat. 13. pag. 46 8.
Balnum Maria:, trat. 1 3. pag. 4<j8.
maris , trat. 13. pag. 468.
vaporis , trat. 13. pag. 46 8.
B. M. trat. 2. pag, 63.
■o. V. trat. 2. pag. 63.
Balon , trat. I3. pag. 4tf8.
Ba famita , n. 21. trat. !o. pag, 3 rp
Kalíamo Angélico reformado, n. 56. trat.lo. pag.370.
anod.no, n. 66. trat. lo. pag. 37,.
anodino magiflral , n. 83. trat. Io. pag. 378.
antiarthritico , n. 68. trat. lo. pag 373.
antivcnereo , n. 84. trat. lo, pag. 378.
apoplético ,034. trat. io. pag, 370,
apoplético Hoffaminiano , n. 70. trat. lo.pag, 374,
apoplético preciofo , trat. io. pag. 374.
artificial ,trat. Io. pag. 352,
befoarcico , n. 58. trat. io. pag. 371.
branco , trat. 11. pag. 419. n. 1(9.
cordeal , n. 57 trat. io. pag. 371.
de Alambre , n. Si. trat. io. pag. 378
de Azevre , n. 3. trat. 7. pag. 243.
de Enxofre amzado , n. 32. trat. 8. pag. 300.
de Enxofre commum , n. 71. trat. io. pag. 37*.
de Enxofre de Ruindo , trat. lo. pag. 375. n. 71.
de Enxofre fuccinado , trat. 8. pag. 300. n. 52.
de Enxofre tberebentinado, trat. io. pag. 375, n 71,
Balfamo de Sabaõ , n. 86. trat. lo. pag. 379.
do Brafil , trat. u. pag. 420.
dos Bofes , trat. 6. pag. 216. n. 33.
embrionis, n. 83. trat, lo. pag. 379;
eitomachico , n. 5;. trat. Io. pag. 370.
florentino , n. 63. trat. Io. pag. 373.
gariophilado , trat. lo.pag 375. n. 72,
lucatelli, n. 82. trat. lo. pag. 378.
natural, trat. io, pag. 352.
negro, trat. 11. pag. 419. n. II9.
odontalgico , n. 67. trat. lo. pag. 373.
paralítico , n. 69. trat. io. pag. 374.
para as mãos , n. 74. trat. Io. pag. 373.
para vertigens, n. 72. trat. 10. pag. 373.
polychrefto , n. 73. trat. ic. pag. 375.
pro dentitione puerorum facihtanda , n. 64. trat Io
Pag; 5 7 2.
Samaritano, n. 63. trat. 10. pag. 172
verdcn.6o.trat.ro. pag. 37".
uterino , n. 61. trat. 1 o. pag. 371.
vulgar de Lemcry , n. 59. trat. Io. pag. 371,
vulnerário , n. 63. trat. io. pag. 372,
Ealfamum quid, trat. lo.pag. 381, ‘
aloes , trat. 7. pag. 243. n. 3.
pulmonum , trat. 6. pag. 216.
fulphuris anifatum , tratado 8. pag. 30c. n, (2.
fulphuris Rulandi, trat. lo.pag. 375.
fulphuris fuccinatum , trat. 8. pag. 3Ò0. n. ez
fulphuris therebentinatum, trat. 10. pag.3 75.^71,
Banha de flor, n. 2. trat. 11, pag. 3S1.
Banho de meninos , trat n. pag. 4o8.*n. 7t.
Eechicos , trat. 2. pag. C9.
Benedida laxativa , n. 1 o. trat. 6. pag. 199
Bcijoim,trat. j.pag. 351. n. 170
Bem mequeres, trat. 3. pag. ioS. n. I33.
Befoartico animal , trat. 8. pag. 297. n. 43.
contra febres , trar. 9. pag 3 30. n. 95.
de eítanho , trat. 9. pag. 338 n. 124.
diaphoretico , trat. 9. pag. 530. n. 96.
jovis , trat. 9. pag, 33 8. n. 96»
mineral,
 500 Index do que contém ejía rhavmacíopen.
mineral , trat. 9. pag. ■524. n.72.
limplcz , trat. 9. pag. 3}o. n. 95.
Bedis , trat. 2. pag. <73.
Betume babilónico, trat. 6. pag. 2 3 S. n. 73.
judaico, trat, 4. pag. 238. n. 73.
Bex . trat. 2. pag. 43.
Bezoard animal, trat. 13. pag. 448.
Bezoard mineral, trat. 13. pag. 46'S.
Bichos contas como fe preparaõ, trat.7. pag.2 63.0.47.
Bicongius, trat. r 3. pag. 448.
Bijon , n. 100, trat. I. pag. 39. -
Bifiortus , trat. 13. pag. 459,
Bóies de Rapoza como fe preparaõ, trat.4.pag.i l7,n,2.
Bolça de Paítor , trat, 9, pag. 322. n, 44.
Bolo armênio abíòlutè , trat. 8. pag. 286. n. 11.
armênio verdadeiro , trat. 8. pag. 286. n. 11.
Bolus ,trat. Jt3. pag.46S.
Borax , trat. 11. pag. 398.
Borras de agoa forte , trat. 3. pag. SS. n. 70.
Burfa paíloris , trat. 9. pag. 322. n, 64.
Butyrum Antimonij, trat. 9. pag. 308. n. 20.
Bryonia, n. 12. trat. 1. pag. 21.
Achetica , trat. 15. pag. 469.
J Cadmia , n. 98. trat. I. pag. 59.
, trat. 13. pag. 469.
Cabaret, trat. I. pag. 20. n. 8.
Cal de Antimonío, trat. 7. pag. 262. n. 44.
como fe lava , trat. 11. pag. 3 SS. n. iS.
Cal a mo aromatico, n Sr. trat. I. pag. 50.
Calendula, trat. 3. pag. loS. n. I33.
Calcinatio Aluminis , n. 8o. trat. 11. pag. 4I0.
cornu Tauri, trat. 9. pag. 333. n. 114.
plumbi , n. 23. trat. 1 r. pag. 390.
falis, n. 27. trat. 8. pag. 292.
talei, n. 43. trat 9. pag. 32 f.
vitrioli, n. ç7. trat. 9. pag. 520.
Calcus , trat. 2. pag. 62.
Calomelanos , trat. 4. pag. 222. n. 47.
Caltha , trat. 3. pag. io8.
Camphora , trat. 3. pag. I08. n. 133.
como fe diífolve , trat. Io. pag. 371. n. çS.
como fe poem »o unguento alcamphorado, trat,11.
pag. 3 91. n. 26.
Canafiftola , n. 19. trat. r. pag. 26.
Canella , n. 70. trat. r. pag. 46'.
Caparroza , n. ioi. trat. r. pag. 4o.
de Alemanha , trat. I. pag. 4o. n. íoi.
de Inglaterra , trat I: pag. 60. ri. ior.
de Ungria , trat. í. pag. 4o. n. ior.
Romana , trat. r. pag. 40. n. loi.
Caparroza corno fe calcina , trat. 9. pag. 320 n (7
Capillus veneris , n.34. trat. 1. pag. 34,
Capitaes , trat. 2. pag. 4S.
Caputmortuum , trat. 13. pag. 449.
Caracacias, n, 11. trat. I. pag. a r.
Caracol , trat. 3. pag. 167. n. 131.
lut
Cardamomo , n. 79. trat. I. pag, 49;
Cardíacos , trat. 2. pag, 68.
Caranha , n. 32. trat. r. pag. 40,
Carat auri , trat. 15. pag 449.
Carrelet, trat. 13. pag, 449
Carminativos , trat. 2. pag, 69
Carthamo , n 34, trat. 1. pag. 3 3.
CaíTía cathartiça , n. 19. trat. r. pag, 24.
lignea , p. 7.0. trat, r. pag. 47.
nigra ,trat. 1. pag. 24. n. r9.
folutiva , trat. 1. pag. 24. n. 19.
Caíloreo , a. 6$: trat. 1. pag. 44; 1
Catagmatica, trat. 13. pag. 469. tr
Catalogica, trat. 13. pag. 449.
Catapaimata, trat. 13. pag. 469.
Cataplafmata, trat. 13. pag. 469.
Cataplafma dc bagas de Louro, n.71.trat.l2.pag.427.
perfervativa , trat. 12. pag. 434. n. 25.
Catapotia , trat. 7. pag. 239.
Cathartiça , trat. 13. pag. 449.
Cathcretiça 3 trat. 13. pag. 469.
Catilluscinercus , trat 13. pag. 449.
Catorctica, trat. 13. pag, 449.
Caulis, trat. 1. pag. 9.
Caules plantarum inutiles , trat. 1. pag. 9.
Cauía da lavaçaõ abfefiva , trat. I. pag. 14,
porque fe compõem os medicamentos,trat.i.pag,3.'
da trituraçaõ , trat. I. pag. 14.
porque fe inventáraõ as Pirolas , trat. 7, pag. 239.
Cebo confeito , trat. 11. pag. 4I2. n. 91.
confeito vermelho , trat. 11. pag. 41 2. n. 91.
Cebola albarraa , n. 9. trat. I. pag. 20.
como fe aíTa , trat.6. pag. 20S. n. 23.
como fe prepara , trat. 4. pag. 120. m lo.
quando fe colhe , trat. 8. pag. 291. n. 24.
Ccphalicos , trat. 2. pag. 48.
Centaurea , n. 3 7, trat. I. pag. 34.
Centaurium majus ,trat. 1. pag. 34.
minus , trat. 1. pag. 34.
Centenarius, trat. 2.pag. 43.
Ceraminuru, trat. 2. pag. 64.
Cera, n. SS.trat. 1. pag. 52.
Cera ablolutè , trat. 1 1. pag. 3S3. n. 4.
branca, trat, 1. pag. 53. n. 88.
negra , trat. 1. pag. 35. n. 88.
verde, trat. 1. pag. 33. n. 88.
vermelha, trat. i. pag 33.0. 88.
Ceration , trat. 2. pag. 42.
Ceratium , trat, 2. pag. 6 3,
Ceratum quid , trat. 12. pag. 422.
Ceroto aílringente, n. 103. trat. 12. pag. 46oj
. branco, 11. 114. trat. 12. pag.465.
capital , n. 94. trat. pag. 45 8,
cirino , n. I02. trat. 12 pag. 460.
cirino reformado , trat 12. pag. 440.
confortativo de Vigo., trat* 12. pag 4ç4. n. 89.
de Alabaítro, n. II3. trat. i2.pag. 444.
de Alvayade cozido , n. 94. trat.°i2. pag. 459.
de Betonica, n. ior. trat. l2. pag. 459^
Enxofre dc Charás, n 95. trat. 12. pag. 438;
de Enxofre de Lemen/, trat. i2. pag. 43 s" n. 93.
de Galbano, trat. 12. pag. 45 8. n. 93.
e HyíTópo de Galeno , n. I o o. trat, 12. pag, 439.
de Malvaifco , n. 91. traí. 12. pag. 457.
ds Minio, n. 97. trat. i2. pag. 459.
de Sandalos, n. 47. trat. lí. pag. 399.
diafulphuris de Lemenj , trat. t2. pag. 458. n, 93.
cromático , n. 90. trat. 1 2. pag. 4; 7.
rnagiijra] de Domjoaõ , n. 98. trat. 12. pag. 439.
magiflral de Tcnkc , trat. 12. pag. 462. n. 111. ’
marcial , n, 112, trat, 1 2. pag. 443.
matrical , n. 95. trat. 12. pag. 458.
para cal los, n. ii2. trat. 12. pag, 443.
polychreílo , n. 99, trat. 12. pa<r 439
refrigerante de Galeno , n. 48. trat. n‘. pa« 399.
rubro magíftral , n. 9S. trat. t2. pag. 459. °
fandahno , n. 47. trat. ir. pag. 399,
fíommatico, n. 9trat. i2. pag. 457.
Cerufla ferpentarue, trat. 11. pag 5pS n 43
Cicerbita , trat. 5. pag. 130. n 32
Cinnabrio abíòlutè , trat. 9. pag. 309. n. 20.
artincial , trat. 9. pag. 442.
dc Antimonio , trat. 5?>pag. 44!
nativo, trat. 9. pag. 442. &
Cinna*
 Index do que contêm ejla Vharmacopea.
Cinnarnornum, n. 70. trat. 1 pag, 46.5
ponitur pro xilocafia, trat. 7. pag. 245.
^mza dc Rans, n. 116.trat. 9.pag. 33c.*
Cyatus, trat. 2. pag. <j4.
Cyclaminurn , trat. 11. pag. 3 S 7.
Cynogloza, trat. 7. pag 252.
Gynqsbatos , n. 22. trat. 1. pag. 29.
Cynorrhodon, n. 2 2. trat 1. pag. 29.
C<yphi , n. 33. trat. 8. pag. 301.
^■odio aíTativa , trat. 1. pag. i5.
clixativa , trat. 1, pag. 13,
imtiirativa , trat. I. pag r4.
Colchicuoi , n. 7. trat. I. pag. 19.
Colle&io fru&uum ,trat. t. pag. 6,
gummi , trat. 1 pag. 6.
radicu;n , trat. i. pag 7,
Coliirio aloctico , h. 3. trat. 9. pag. 303.
branco de R.haz.is , n. 28. trat. 8 pag 295.
branco de ÍUW« fen* opio , n 28. trat. 8. pag. 293:
branco de Kàazisreformado, n 28 trat. 8. pag. 293.
cerúleo , n, 151 trat. 9. pag. 349.
de Antinionio , n. S. trat 9. pag 306.
de Cluivós , n. 4. trat S. pag. 303.
dc Leaõ Franco, 11. 9. trat. 9. pag. 3cí.
dc Myrrha , n, 12. trat. 9. pag. 306.
de Verdete , n. í 60, trat. 9. pag. 349,
detergente , n 2. trat. 9 pag. 304.
optairu cojii.ó trat 9 pag 305.
optalmico de bouquet, n n. trat. 9. png. 306.
para prefervar os olhos das bexigas, u. ,.tr;;t,9.
Pag joJ.
refrigerante , n. 1. trat 9, pag. 304.
fecco , n. 7. trat. 9. pag. 306.
verde , n. to. trat. 9 pag. 306.
uíoal rn. 9. trat. 9. pag, 306.
Collirium quid * trat. 9. pag. 304.
Colcotar, n. i o I. trat. 1. p^g. 6 o
Colocyntliida , n. 5. trat. s. pag.’r7.
C/oloplionia , n. 8. trat, 1 2, pag 427,
Coloquinthida , n. 3 trat. 1. pag. 17.
coroo fe prepara , n 19 trat. 8. pag. 2S9.
Condenfantes , trat. 2. pag. ,57.
Confortantes , trat. 2. pag Gd.
Copo kirkiriano, n uç.Vat 3. pag. Ioi.
Conchas abfolute, n. 87. trar. 9. pag. J2S.
Conchula, trat. 2. pag. 63.
Confcdio iiberans , n 71. trat. 9.pag. 323.
minus Chrifti pcrlarum , n. 4.6. trar. 6. par; ziV;
narcótica, n. çi. trat. d. pa^ 224
Co nfedio quid f trat. 6. pag. 1 90.
Confeição Alkermes, n. 27. trat. 6. pag. 209,
Alkermes completa, trat. 6. pag. 21 o.
Alkermes incompleta, trat. 6. pag. 2 lo.
Akcrmes reformada , trat. 6. pag. 209.
Anacardina de Arnaldo dc Villa-naoa , trat. 6.
pag. 229.
Anacardina de Mefnc , n. rS'4. trat. 6. pag. 22S.
Anacardina reformada , n 64. trat. 6. pag. 229.
cordcal, n 37. trat. 6 pag. 226.
cordcal reformado , n. '7. trat. 6. pag. 226.
contra vermes , n. 3 9, trat, rí. pag. 227.
dc Da&yles , n. r - trat. d. pag. I 90
de Dormideiras, n. 2. trat. 4. pag. 1 18.
dc Jacintos, n. 2S. trat. 6. pag 2 11.
dc Sábios , n. 64. trat. rí pag. 228.
Hamcch , n. 2. trat. 6. pag. 1 91.
Hamech (impl.cz , n. 2. trat.6. pag. 192.
Congius , trat. 2. pag. 64.
Conferva antipleuritica , n 22. trat. 4. pag. 124.
dc Ameixa* , n. 23. trat. 4 pag. I 2 5.
de cumo dc P^poylas, n. 22. trat. 4. pag. 124.
de herva cidreira > n. 21 • trat. 4. pag. 124.
joi
dc folhas dc llctonica, n. 2T. trat. 4. pag. I24.
de flor dc Alecrim , n. 1 9 trat 4 pag."A24,
dc flor dc Borragens , n. 17. trat. 4. pag. i2j>
dc flor de fumaria, n 20, trat. 4. pag i2_(.
dc flor dc Golphãos , n. 17. trat. 4. pag 1 2,;
dc flor de língua de vaca, trat!4 pag. i2 ,f *
de flor de Malvas, trat. 4. pag. 1 23.
de flor dc Pcojiia , trat. 4. pag. 1 2;.
dc flor dc Roímaninbo , n. 19. trat. 4. par. 124.
de flor dc Salva , n. 19.trat 4. pag. 124.
de Hera terrcílrc, n. 2r. trat. 4. pag. 124.
dc Molarinha , n. 2 c. trat. 4, pag. 124.
de Mofquctas , n. 1S. trat. 4. pag. 1 23.
dcPapoylas, n. 17 trat 4 pag. 123.
dc palias dc Uva , n. 24. trat 4. pag. 12 5.
de Roías dc Alexandria , n. 16. trat. 4. pa<r, i2?j
de todas as folhas, n. 21. trat. 4. pag. 1
de varias flores , n. 17. trat. 4. pag, 123. ’
magiRral para tilicos , n 25, trat. 4. pag. 125.
nacerina , n. 18. trat. 4. pag. 123.
Pcríica , n. 16. trat. 4. pag. 122.
Conferva paragalico , n. 26. trat. 4. pag. 125.
Rofada comcnüa, n. 15. trat. 4, pag.°i 22.
Turquefca , n. 27. trat. 4. pag.
violada,». 17. trat 4. pag. 12 d.
Conferva quid ; trat. 4. pag. 117.
Confervatio fruduuno , trat. 1. pag 7.
hepatis lupi, n. 41. trat. 7. pag 2Ó0,
radicum , trat I. pag. S.
la is tarcarí, n. 5. trat. 7. pag. 243.
feminum , trat. x. pag. <5.
fuccorum ,.trat. 1. pag. ir.
viperarum , n. 43. trat. S. pag. 297.
Coral, n. 89. trat. 1. pag. 33.
abfolute n. 12. trat. S. pag. 285.
como fc prepara , n. 29. trat. 6. pag. 2I2;
Coral tina, n. Irí2. trat. 9. pag. 349.
Cordeacs , trat. 2. pag. <sS.
Côr, trat. 2 pag. 70.
Corno de Veado c^rno fe prepara, n. 59. trat. 6.
Pag- 217.
como fe queima, n. 5 9 trat. d. pag. 227.
como fc prepara philoibphicamcnte , n. 20. trat. 9
pag f09.
dc Touro como fe calcina , n. 116. trat. 9. pag.333;
Coi tex arantioru m abfolute, n. 40. trat. 3. pag, 3o.
Peruviana , n. 96. trat. 1. pag. 3 8.
Córtex quid > trat. 1. pag. 9.
Corruptio radicum , trat. 1. pag. 9.
fuccorum , trat. 1. pag. u.
Viperarum , n. 93. trat. 9. pag. 329.
Cozimento abfterlivo, n. 48. trat. 4. pag. J33.
ad menfes provocandos, n. 41. trar. 4. pàg. 1 29,
ad varíolas , & morbillos , n. 3 S. trat. 4. pag. 13;.
ad varíolas , $í morbillos dc Rivcrio , n. 57. trac 4.
Pag- «H-
antefebril para pobres , n 4d. trat. 4. pag. I50.
branco , n. 37. trat. 4. pag. 12 8.
capital , n. 35. trat. 4. pag, 12 8.
carminativo , n. 33, trat. 4. pag. 127.
coramum , n. 28. trat. 4. pag.-12(5.
commum para ajudas , n. ço. trat. 4. pag. 13 3.
colcrico , n, 31. trat. 4. pag. 1 27.
corneai, n. 55. trat. 4. pag. 128.
cephalico , n. 2d. trat. 4. pag. 128.
deterfivo , n. 48. trat. 4. pag. 131
Cozimento cmollicntc , n. 5<5. trat 4. pag. I32.
fleumatico , n. 30. trat. 4 pag. 127.
hepático , n. 3 9. 'trat 4. pag. 1 2S.
liyílerico , n. 42? trat. 4. pag. 129.
maturativo , n. 54, trat. 4. pas:. 132.
melancólico , n. 32. trat. 4. pag. 127.
Ttt mundi-
 $02 Index do que contém ejla Fharmacopea
mundificativo , n. 5ç. trat. 4. pag. 132.
nephritico , n. 45. trat. 4. pag. 129.
para ajudas antcfebris , n. 49. trat. 4. pag. 13 í.
para ajudas de ameijoada , n. 51. trat. 4. pag. I 3 í.
para confervar os dentes , n. 4$. trat. 4. pag. I30.
para dylenterias , n. 38. trat. 4. pag. 128.
para gonorrhcas , n, 40. trat. 4. pag. 12 9.
para os dentes, n. 44. trat. 4. pag. 130.
pararheurriatifmos , n. 47. trat. 4. pag, 130.
peitoral , n. 29. trat. 4. pag. 125.
pleuritico , n. 7S, trat, 4. pag. 138.
pugino , n. 34. trat. 4. png. l 27-
prefervativo , n. 53. trat. 4. pag. 132.
refolvente , n. 52. trat. 4. pag. I32.
refolutivo , n. 52. trat. 4. pag. 132.
Cúbebas , n. 7 8. trat. 1. pag. 49.
Cúcufa , trat. 13. pag. 471.
Cucurbita , trat. 13. pag. 471.
Culeus , trat. 13. pag. 471.
Çumo , que hc , trat. I. pag. 9.
das hervas quando fe tira , trat. 1. pag. I*.
das hervas vifeofas , trat. I. pag. Io.
das flores, trat. 1. pag. lo.
das folhas , trat. I. pag. lo.
dc Agraço, n. 73. trat. ç. pag. 163.
de Alcaífús , trat. 7. pag. 246.
dc Almeirão , n. 64. trat. s pag, itfi.
de Azedas, n 65. trat. 5, pag. itfi.
dc Borragens , n. 62 trat. 5. pag. 16o.
de CaoiQczas, n. 114. trat. 5 . pag. 17S.
dc caibas dc Laranja , n. 80. trat. J. pag. I 6J.
dc Cebola albarraa, n, 97. trat. 3. pag. 94.
de Cidras , n. 77. trat. ç. pag. 164.
de Cidras como fe clarifica , n. 77. trat. 5. pag.l<í4.
de Eupatorio , n. 2. trat. 7. pag. 242.
dc Engos , n. 1I9. trat. 5. pag. 180.
de Hera terre ftre , n. 121. trau 5. pag. IS r.
de língua dc Vaca , n. 6$. trat. 5. pag. 151.
de Lofna comofe tira , n. 2. trat. 7. pa^. 242.
Çumo de Lofna como fcinlpiça, n. 2. trat. 7. pag*
242.
de Marmelos, a 74. trat. 5. pag. 16$.
de Peros , n. 114. trat. ç. pag. 1 7 8.
dc Romãs como fe depura, n 81. trat. 5. pig. 16 3.
cm que diftèrem da lagrima , trat. I. pag. 9.
dos fruítos quando fe tirão , trat. I. pag 9.
mucüaginnfos como fe tirão , trat. 1. pag. 9.
Çumos como fe clarificao , n. 61. trat. 5. pag. I60.
Chalcus , trat. 2. pag. 6 2.
Chalybisabfolutè , n. 34. trat. J. pag. f 51.
cum fulphure pra:paratus , n. 34. trat. ç. pag. IJI.
quomodo praeparatur, n. 34. trat. ç. pag. 151.
fine igne prseparatus , n. 129, trat. 9. pag. 340,
Cbamelea , n. il.trat. 1 pag. 21.
Chamepitis , n. I33. trat. 3. pag. loS,
Cheiro , que he , trat. 2. pag. 70.
Chema , trat. 3. pag. 64.
Cbryfantemon, n. 133. trat. 3. pag. Io8.
Chryílalizatio ,trat. 13. pag. 47*•
Chyft , trat. 2. pag. 64.
Cholagogos, trat. 2. pag. 68.
Chopin , trat. 2. pag. 64.
Chopine , trat 2. pag. 64.
Chumbo como fc lava > n. 42. trat. $. pag. 297J
como fe queima , n. 23. trat. 11. pag. 390.
Chus , trat. 2. pag. 64.
Crânio humano , n. 117- trat- ?• Pag- 3 3 &•
philofophicamente preparado, n. 21. trat. 9.
pag. 3 lo.
Cravo da Índia , n. 73. trat. I. pag. 47.
Cremores de Sevada ,11.65. írat- 4- Pag. * J4-
dc Tartaro , n. 39, trat. 7> Pag- 257.
Crepatura,trat. 13. pag. 47©.
Cryftal, n. 92. trat. i.pag. 5^»
mineral, n. 47. trat. 7. pag. 269.
Tartaro ,0.39. trai. 7. pag. 257.
Crocus Martis, o. 130. trat. 9. pag. 34©.
aperiente , n. 19, trat. 6. pag. 205.
aftringente , n. 9. trat. S. pag. 284.
metaliorum , n. 13 2. trat. 9. pag. 341.
Crucibulum , trat. 13. pag. 471.
D y
D Anich , trat. 2. pag. 63.
Darcheni , n. 70. trat. I. pag. 47.
Darchiminum , trat. 2. pag. 63.
Das raizes , que tem amargo fó fc ufa da calca , trat. I
pag. S.
Dccamech, trat. 2. pag. 63.
Decoctumantie&icum n. 13Ç. trat. 3 . pag. 109.
cephalico,n. \6. trat. 4. pag. 128.
Decripitatio , n. 27. trat. 8. pag. 292.
Dcfenfivo de Bolo , n. 29. trat. 11. pag. 394.
para bexigas , n. 1 io. trat. II. pag. 417.
Denarius ,trat. 2. pag. 63.
Dentali , n 45 .trat. 11. pag. 3 98.
Dentrificios , trat. 2. pag. 68.
Depurado Ammoniaci , n. 36. trat. 7. pag. 2J<f.
Sagapeni , n. 42. trat. 7. pag. 260.
Serapmi, n. 42. trat. 7. pag. 260.
Dcfiecantes , trat. 2. pag. 66.
Deterlivog , trat. 2. pag. 6S.
Dcunx , trat. 2. pag 63.
Dextanx , trat. 2 pag. 6 3.
Dia , trat. 15. pag. 472.
Diabalfemer j trat. 13. pag. 472.
Diacalciteos , trat. 13. pag. 472.
Diacarion ,trat. 13. pag 472.
Diacatholicaõ , n. 3. trat. 6. pag. 193;
Díacatholicon quid,trat. 6 pag.193.
Diacarthamo, n. 14. trat. 6. pag. 202.
em fôrma folida , trat 6. pag. 202.
reformado ,trat 6. pag 202.
Díachylaó branco, n 3. trat. 12. pag. 424.
gomado, n. 2. trat. 12 pag. 423.
mayor , n. I. trat I 2. pag. 422.
menor , n. 3. trat. 12. pag. 424,
frmpiez , trat 12. pag. 424. .
Diacinnabaris reformado , n. 28. trat. 9. pag. 3 Ij.
Diacymino, n. 37. trat. 6. pag 217.
Diacolto , n. 45. trat. 6. pag 221.
Diacodium Fernelij, n. 53. trat. 6. pag. 22;.
Diagridmm cydoneatum , n. 7 trat. 6 pag. 196,
glyfirrhifatum n. 7. trat. 6. pag. 197.
rofatum , n. 30. trat. 7. pag. 266.
íulphuratum , n, 7. trat. 6. pag. 197.
Deairis compofto , n. 38. trat. 6. pag. 21 í.
Diairis fimplez , n. 3 8. trat 6. pag. 218.
reformado ,trat. 6. pag. 21S.
Salomonis , n. 39. trat. 6. pag. 21S.
Dialaca mayor ,n. 41. trat. 6. pag. 2I9.
menor , n. 42 trat. 6. pag. 220.
Diamargaritaó frio , n.30. trat. 6. pag. 212.
fimplez , n. 159. trat. 9. pag. 349,
Diambar , n. 33.trat. 6. pag. 2I4.
Diamartis , n. 130. trat. 9. pag. 340.
Diamoraó , n. 104. trat. 3. pag. 96.
compofto, n. 104. trat 3. pag'96.
fimplez , n. 99. trat. 3. pag. 95.
Diamumia , n. I 20. tra^. 9. pag 337.
Diamufco doce , n. 31. trat. 6 pag. 213.
Diaolibano , n. 117. trat. 9. pag 336,
Diapencia, n. 39. trat. 3. pag. 80.
Diapa-
 Index do que contêm eja Tharmacopea.
D.apaparcf,n. 2. trat. 4. pag. Ií8. 7
D.aprunes fimplez , n. 8. trat. 6. pag. \97m
çompoito,n. p.trat.6. pag. ipp
laxativo , n. 9. trat. 6. pag. 199.
DiaphcnicaS, n. I. trat. 6. pag. 1*0.
Diaphorctico mineral , n. 44. trat. 7. pag. 2*2.
Diaphoreticos , trat. 2. pag. gS. & como le prepara ,0.45. trat. 7. pag. 2 <32.
larrhodao Abbade , n. 34. trat. g. pag. a,4.
retormado, n. 3 4. trat. g. pag. 215.
Diafcorduim Frafcatorij, n. 50. trat. 6. pag. 224.
tcformad„,)„.so.trat.6.pag.214 1 » *•
AJialaturno , n. Io8. trat. 9. pag. ,34.
Diafennc , n. , i. ,rat. ff. pa/2.o.
ialuccini, n. iip. trat. 9. pag. 337.
Diatragacantho frio , n. 33. trat. g, pag. 21 3.
reformado ,n. 35. trat. 6. pag, 215.
quente reformado, n. 5;. trat. 6. pag. 216.
Diatartaro , n. 4*3. trat. 9. pag. 317.
Diatartarum , n. <35. trat. 6. pag 230.
Diaturpcthi, n. 17. trat. 6. pag. 204.
Di/rerença das íementes, trat. 1. pag. <3.
entre goma , e rezina , trat. 1. pag 9.
entre medicamento, c veneno , trat. r. pag. 2.
entre medicamento, e alimento , irat. I. pag. 2
entre çumo , e lagrima , trat. r. p;g. lo. °
1 entre tallo , e tronco , trat. i. pag. 9.
Digeltivos , trat. 2. pag. 67.
Dimidium , trat. 2. pag. <54.
Divifad dos medicamentos, trat. I. pag. 1.
dos purgantes , trat. 2. pag, <30'.
Diuréticos , trat. 2. pag. óS.
Dodrans , trat. 2. pag. tf3.
Doronicos , n. 39. trat. S. pag 303.
cm leu lugar , n. 31. trat. g. pag. 2I3.
Doíi dasfloresde Enxofre , n. 3.trat. 7, pag. 244*
da Efperma Ceti, trat. 12. pag. 451.
do Sal tartaro, trat. 7. pag. 244.
Dofis quid : trat. 2. pag. 62.
Dueila , trat 2. pag. 63.
Dulcedo Aluminis , n. 104. trat. 9. pag. 333,
Dupondium , trat. 2. pag. 65.
Duraçaó das flores , trat. I. pag. ç.
das raizes , trat I. pag. 8.
das fementes, trat. 1. pag. g.
das tindturas, n. 7. trat. 3. pag.142.
dos cozimentos , n. 5S, trat. 4. pag. 135.
dos çurnos , trat. I. pag. II.
Dracma , trat. 2. pag. 62.
Draco metigacus , n. 47. trat. 6. pag. 222.
Dracunculus > n. jS. trat. 1. pag. 3 6.
E
E
Bulitio ,trat. 13. pag, 473.
Ecbolia , trat. i3.pag. 473.
Eccathartíca , trat. l3.pag. 47;.
Eccoprotica ,trat. 13. pag. 475.
Eclegma contra íluxum fanguinis , n. S. trat; 4. pag,
120. e pag. 475.
de Beldroegas , n. 11. trat, 4. pag. 121.
de Cebola albarrã , n. 4. trat. 4. pag. I iS,
de Malvaiíco , n. 12. trat. 4. pag. 121.
de Paffas, n. 14 trat. 4. pag. I2I.
de Pineis , n. ç. trat. 4. pag. 119.
de Scilla , n. 4. trat. 4. pag. 118.
de Zaragatôa , n. 9. trat. 4. pag. 120.
para afma , n. lo trat. 4. pag. I20.
paratizicos , n. 13.trat. 4. pag, I2I.
Eclegma quid ? trat. 4. pag. 117.
Ecphratica, trat. 13. pag. 475.
Eetylotica , trat l3.pag. 475*
Edulcoratio , trat. i3-pag. 47í.
e 0,
Efervecencia , trat. 13. pag. 473.
itcitos da mordedura da Víbora, n. 71 trat 6
Pag. 234.
adtenum , n. lo. trat. 1. pag. 21.
Eleboro , n. i3.trat. 1. pag. 22.
tlectio qmd ; trat. 1. pag. 12.
Eicdluario amargo , n. 21. trat. g. pag. 2cg.
antiepileptico , n, 32. trat. g. pag. 225.
Elcctuano antihydropico , n. 5 5. trat. 6. pag. 226.
aperiente , n. ig. trat. 6. pag. 204.
caryocoftino , n. 12. trat.6. pag. 20I.
chalibeado, n. 19. trat. g. pag. 205.
contra melancolia reformado, n. 57. trat g. pag.2a5.
contra melancolia , n. 57. trat. g. pag 226.
contra vermes , n. 59. trat. g. pag. 227.
, .
contra vermes de Lemenj n. 47. trat. 6 pag. 222.
e Aço de Zacato } n. S. trat. 6. pag. 204.
decalcas de Cidra, n. 5S. trat. 6.pag. 126.
e croco IVlartis , n. 54, trat g. pag. 225.
de çumo tle Arruda, n. 61. trat. g. pag. 227.
de çumo dc-Roías, n. 5. trat. 6. pag. 194.
v. diamanna, n. 5g. trat. 6, pag. 226.
de Efcoria dc Ferro , n. 62. trat. 6. pag, 22 S.
de Gcinmis , n. 40. trat. g. pag. 219.
de Gemmis fem efpccies> trat. g. pag. 3 ij.
de Pérolas, n. 40. trat, g, pag. 219.
de PeroJas lem efpccies , trat. g. pag. 2I9,
de Pomos , n. 60, trat. g. pag 237.
de Saííafraz , n. 20. trat. 6. pag. 20;.
de Tartaro ,0.55. trat. g. pag. 22(3.
de Zaragatôa , n. 13. trat. g. pag. 203.
de Zaragatôa reformado , trat. g. pag. 203.
diacarthamo , n. 14. trat. 6. pag. 202.
diacarthamo cm fôrma folida , trat. g. pag. 202.
diacarthamo reformado , trat. g. pag. 202.
diamanna,n. 5 ^7- trat. 6. pag. 225.
diaturpcthi , n. 17. trat. 6. pag. 204.
hydropico , trat. 6. pag. 226.
Indo mayor, n. 7. trat. g. pag. ryg.
Indo menor , n. g. trat. 6. pag. j 96.
lenitivo , n. 13. trat. 6. pag. 20I.
laetifícans , n. 44. trat. g. pag. 22r.
laetitiae N. Salemltani , n. 43. trat. g. pag 220.
orvietano de Fouquct, n. 49. trat 6. pag. 223.
orvietano reformado , n. 4$. trat. g. pag. 222.
rozado de Mejuo , n. 4. trat. 6. pag. I94.
Salomonis ,0.39, trat. g. pag 218.
fonifro ,n. 30. trat. g. pag. 224.
Elcétuarium quid 1 trat. g. pag. 190.
vita:, n. 63. trat. g. pag. 228.
Eleolaccharum cjuid í 0115 trat. 5. pag. 178.
Anili , n. II5. trat. 5. pag. 17S.
Cinnamomi , n, 113. trat. 5. pag. I 7S.
Garyophilorum , trat 5. pag. 178.
Elixir ad partum facilitandum , n. 13. trat. 5. pag. 143'
proprietatis, n, 12. trat. 5. pag. 143.
Elixir vitae, n. 14. trat. 5. pag. 143.
vit<e minus, n. 15, trat. 5. pag. 144.
Elixirium, íive Elixir quid; trat. 13. pag.47;.
Embrocatio, trat. 13. pag, 473.
Embroche ,trat. 13, pag. 475.
Emética , trat. 13. pag. 475.
Emmota , trat. 13. pag. 473,
Emollicntes, trat. 2. pag. g7.
Emollientia ,trat. I3. pag. 473.
Emulçaô antiptiíica , n. 8c. trat. 4. pag. I39.
aperiente , n. 73. trat. 4. pag. 173.
alfringente, n. 73. trat. 4. pag. 13S,
commúa , n. 72. trat. 4.pag. 137.
contra vermes , n. 79. trat.' 4. pag. I39.
de Amendoas,n. 70. trat. 4, p. 13g.
Laxa-
 yo4 Index do que contém ejta Vharmacopea.
Laxativa , n. 74. trat. 4. pag. 157,
para ardores de ourina , n. 76. trat. 4. pag. 13 8»
para bexigas , n. 81. trat. 4. pag. 139.
para gonorrheas , n. 7 7-trat. 4. pag. I3S.
peitoral, n. 71. trat. 4. pag. 13 7.
pleuritica , 11. 7S. trat. 4. pag. I3S.
refrigerante , n. 7;. trat. 4. pag. I37.
regia , n. 7 4- trat. 4. pag. 13 7.
Emultio quid f trat. 13. pag. 47.5.
Empafmata , trat. 13. pag. 475.
Emphraílica, trat. í3.pag. 47;.
Emplaftomcna , trat. 13. pag. 473.
Empireuma > trat. 1 3. pag, 473.
Emplaiiro ad abortum prohibendum , trat. 12. p. 4441
ad cxtrahendos globulos, & íagittas, n, 73. trat.12.
pag. 45 * •
ad foctum retinendum , n. 5 ç. trat. 1 2 pag. 444.
ad fraiiuras offium , 11. 60. trat. 12. pag. 445.
ad fontanellas , n. 53.trat. 12, pag. 417.
ad fonticulos, n. 54. trat. 12. pag. 447.
ad ganglias , n. 52. trat. 12. pag. 445.
antipodragico , n 38, trat. 12. pag. 443.
apoítolicon , n. 29, trat. 12. pag. 43 5.
arthritico , n. 57, trat, 12. pag. 445.
attraólivo , n. 79. trat. 12. pag. 432.
branco , n. 16. trat. 1 2. pag. 431.
capucho , n. 27. trat. 12. pag. 434.
calaminar , n. 72.trat. 12. pag. 443.
capital , n. S2. trat. 12. pag. 433.
catagmatico , n. 89.trat. 1 2. pag. 455.
carminativo de St/lvio, n. 104. trat. 12. pag. 450.
.cephalico , trat. 12. pag. 442. e 49.
conforcativo de Vigo , n. 89. trat. i 2. pag. 45 5,
confortativo de Lemenj > trat. 12. pag. 45 5.
Emplaiiro confortativo magiíiral , trat. 12. pag. 456.
contra roptura, n. 9. trat. 12. pag. 428.
contra vermes , n. St. trat. 12. p. 453.
das quatro gomas , n. 57. trat. 12. pag. 43.7,
de Alabaíiro , n 54. trat. 12. pag. 444.
de Almecega, n. 32. trat. 12. pag.435.
de Alvayade, n. 16. trat. 12. p. 431,
dc Alvayde queimado, n. 27 tra». 12. p. 434.
de Arnoglofa n. 20. trat. 12. p. 43 2.
de bagas de Louro j n. 7- trat. 12. p. 427.
de betonica , n. 24. trat. 12. p. 43 3.
de Ccntaurea ,n. 4. trat. 12. p. 424.
de Cera com Cominhos , n. 8;. trat. 12. p; 454.
de Cicuta , n. 43. trat. 12. p 440.
de côdeas de Paõ , n 18. trat. 12. p 432.
dc Enxofre , n. 84. trat. 12. p. 454.
de Herva fanta , n. 44. trat. 12. p. 441.
de Efperma Ceti , n. 74- trat. 12. p. 430.
de Efperma Ceti reformado , trat. 12. p. 450.’
de Euphorbio , n. 46. trat. 12. p. 441.
de Tucilagem ,n. 55. trat. 12. p. 447.
de Galbano , n. So. trat. 12. p. 432.
dc Goma Elemi, n. 41. trat. 12. p. 440.
deJanua , n. 24. trat. 12. p. 453.
de Joaó André da Cruz, , n. 34 trat. Iz. p. 4}7»
de linamento, n. 85. trat. iz.p 434.
de Lofna> n. 39. trat, 12. p. 439.
de Marcaíita de Donzeli, n. 42. trat. 12. p. 440,
de Marcaíita de Lemery , trat. 12. p. 440.
dc mica panis , n. 17 trat. 12 p. 431,
de mucilagens reformado ,0.33. trat 12. p. 4-5 5,
de mocilagens gomado , n. 33. trat. 12. p. 437.
de Niçoctana, n 44. trat. 12. p. 441.
de ninho de Andorinhas , n, I 9. trat. 1 2.p. 4; 2.
de ninho de Andorinhas de Antonio da Cruz,, trat. 12.
P- 43 2.
dc oximel, n. 25. trat. 12. p. 434.
dc pepinos de S, Grcgorio,n. 70, trat. i2.p. 44S.
de quatro gomas , n. 57. trat. 12. p. 447*
de Rans , n. 87, trat. 12. p. 4 5 5.
de Rans com dobrado Mercúrio ,trat. 12. p. 435.
de Rans com quadruplicado Mercúrio, trat,i2.p.45 5.
de Romans, n. 21. trat. 12. p. 43 3.
de Roptyras , n. I09. trat. 12. p, 482.
Emplaiiro dc Sabaó , n. 40. trat. 12. p. 440.
de Sangue humano , n. 6 8. trat. 12. p. 44Í.
dc Tanchagem , n. 20. trat. 1 2. p. 43 2.
dentelicio , n. ilo.trat. 12. p, 462.
diachylaó branco , n. 3. trat. 12. p. 424.
diachylaó gomado , n. 2.trat. 12. p. 423.
diachylaó mayor, n. 1. trat. 1 2. p. 422.
diachylaó menor , n. 3. trat. 12. p. 424.
díaphenicaó, n. 6. trat. 1 2. p. 426.
diaphoretico , n. 33. trat. 12. p 443.
diaphoretico de Lemery , trat. 12. p. 44;,
diapalma , n. 50. trat l 2. p. 442.
divino , n. 3 5. trat. 1 2. p. 437.
eiplenctico , n. 44. trat. 12. p. 441.
eíiitico deCrollio, n. 56. trat. 12. p. 437.
eiiiticode Crollio reformado , trat, l2.p. 438.
eíiomaticaó , n. 15. trat. 12. p. 431.
eftomaticaó da Pharmacopea Valentina,n, iç.trat.
li. p.431.
fiiij Zacharia: ,n. 14. trat. 12. p.4jo"
filij Zacharia: magiftralis , trat. r2. p, 430.
fios unguentorum , n. 52. trat. t2, p. 343.
Ga!banico,n. 108. trat. 12. p. 451.
Ge minis , n. 16. trat. 12. p. 45 4.
gratia Dei, n. 2 3. trat. 12. p. 43 3.
Guilherme Serven , n, 26. trat. 12. p. 434.
hepático , n. 44. trat 12. p. 441.
hepático de Lcmcry , n. 69 trat. 12. p. 448.
hydrargiro , n. 111. trat. 1 2. p 462.
ifchiadico , n. 36. trat 12. p. 443.
Ifis de Galeno n. jl.trat 12^,429.
Macedonio . n. 103, trat. n. p. 413.
magiíiral contra roptura , n. 7 8. trat. I 2. p. 4^2,
magiíiral de Tcnke, trat. 1 2. p. 452.
magnético arccnical, n. 73. trat. 12, p. 149.
magnético de Angelo Sala , trat. 12. p. 430.
manus Dei, n. 48. trat. 12. p. 442.
marcial , n. 11 3. trat, 12 p. 463.
maturativo , n. 22. trat. 12. p. 433.
raercurial , n. I07. trat. 12. p. 46 1.
milliloto de Lemery , n. 5. trat. 12. p; 423.'
milliloto de Mefue ,trat. 12. p.425.
mundificativo , n. 47. trat. p. 441.
negro , n. 2S. trat. 12. p. 43 5.
negro magiíiral, n. I06 trat. 12, p. 461.
nervino , n. 77. trat. 12. p 431.
oxicroceo de C/iarás , trat. 12. p. 427.
Emplaiiro oxicroceo de Nicoláo, n. 8. trat. 12. p. 427.
para a gota, n. 6i. trat. 12. p. 446.
para callos , n. 76. trat. 1 2. p. 451.
Paracelço , n. 30. trat. I 2. p. 436.
para dores de cabeça , n. 5 2. trat. 12. p. 443.
para dòr de dentes , n. 88. trat. 12. p. 45 3.
para hérnias, n. 1 o. trat. 12. p. 428.
para picaduras dc pés dc cavallos, n. 37. trat. 12,
P-4J9--
para os dentes , n. 88 trat. 12. p.,433.
polychreílo , n. 31. trat. 12. p. 443.
proluxatione,õc fra&urasoíTium, 0,89.^.12.0.45 6.
pro matricc de Charás , n. I 2. trat. 12. p. 429.
pro matrice de Lemery , trat. 12. p. 429.
pro matrice de Ovledo ,trat. 12 p. 430.
pro matrice ufual, n. I05. trat.12. p. 461.
purgante , n. 71. trat. 12. p. 448;
régio para hérnias ,0.83. trat. 12. p. 455,
Samaritano , n. 59. trat. 12. p. 445.
Sanda-
 Inàex do que contem cjla Pharmncopecti
Sandalmo, n.4ç.trat. iz.pag. 441.
Santo . n. 34. trat. \2. na» 437.
12. pag.
tonloris , n. 66. trat. 12, pag. 447.
triapharmaco , n. 13. trat. i3. pag. 450.
veíicatorio comraum , n. 38. trat. 12. pag. 4;9
univerfal, n. 39. trat. 12. pag. 44í.
acharis , n. 14. trat. 12. pag. 430.
3 4>9’
Zacharias magiflral , trat. u. pag. 430.
tmplaftrum quid * trat. i2. pag. 422.
Enema , trat. 1 3, pag. 475
Enemon , trat. tj pag 47í.
Encherid» , trat. i3. Pag. 476
Enchiloma , trat. 13. pag.476 ‘
Enchiftum , trat. tj. pag. 476.‘
Enchida , trat. 1 j, pag. 476.
Endivia domeflica , n. 32. trat. 3. pag. !{•.
Endivia fylveílris, trat. 5. pag. 158.
Ensvencris, trat. I 3. pag. 475.
nxofre doce de Vitriolo , n. I30. trat. 9. pag. 340;
tpicarpia , trat. 13, pag. 476.
Epidêmica trat. 13. pag. 47*.
Epiplaima , trat. I3. pag. 476.
Epithema , trat. 13. pag. 47í.
Errhina , trat. 13. pag. 476.
EryfipeJatodcs, trat. 13. pag 476.
Erva alcar , n. 11 8. trat. 3. pag. 102*
crina, n. 133. trat. 3. pag. 10S.
doce , n. 83. trat. 1. pag. 51.
lombrigueira , n. 79. trat. 4. pag. ijp.
Ervas capilares , trat. 2. pag. 65.
capitaes , trat. 2. pag. 55.
Ervas emollientes trat. 2. pag. 6$.
cpaticas , trat. 2. pag. 55.
efpleneticas, trat. 2. pag.
quando fe cdlhem , trat. I. pag. 4^
vulnerarias . trat. 2. pag. 65.
Efcama de Cobre, trat. i2.pag. 429.
comofe prepara, trat. 12. pag. 429.’
como fe prepara em Cadinho , trat. 12. pag. 42?.
Efcamonea , n. 2. trat. 1. pag 17
como fe faz ,trat. 1. pag. 17.
como fe prepara , trat. 6. pag. 196.
Efchariotica, trat. 13. pag. 476.
Efcropulo, trat. 2. pag. 62.
EíTentia quid t trat. 13. pag. 476.
Aloes , n. 3. trat. 7. pag. 243.
Cinnamomi, n. 115. trat. 5. pag. 179.
de Azevre, n. 3. trat. 7. pag. 243.
dc Laudano Cydoneado , trat. 7. pag. 3 <£2.
de Lofna , n. 47. trat. II. pag. 26;.
Efperma Ceti , n. 74. trat. 12. pag. 45o.
Efpecies cephalicas , n. 18. trat. 9. pag. 30$, .
Efpecifico cephalico de Etmulero, n.20. trat.9. P 30S.
Efpirito antipleuritico , n. 46. trat. io. pag. 3 66.
dc Nitro , n. 35 trat. 7. pag. 256.
de Nitro dulciíicado , n. 36. trat. 7. pag. 23Í.
de Tormentina, n. 66. trat. 11. pag. 404.
dc Vitriolo, n. 33. trat. 9. pag. 314.
Theriachal alcamphorado , n. lll.trat.3. pag. 99.
Efpodio , n. 44.trat. I. pag. 38.
Efquinanto , n. $0. trat. 1. pag. ço.
Eíterco de Pavaõ como fe prepara, n. 24. trat.9,
pag. 3 ir.
Eftomachicos, trít. 3. pag. 69.
Eftoraqile , ri. Ç S. trat. 1. pag. 42.
calamitha , trat. r. pag. 42.
liquido , trat. 1. pag. 42,
ruber , trat. I. pag. 42.
como fe pôcm nos unguentos , n. 5. trat. 12. p.^zâ.
Efula , n. li. trat. r. pag. 21.
a fua raiz como fe prepara , n. 12. trat. 7. pag. 249,
Euphorbio , n. 43. trat. i, pag. 38,
- r
como fc prepara , n. 24. trat. 6. pag. 207.
Eupatorio de Àviccna , n. 26. trat. 1. pag. 31.-
Exagium , trat. 2. pag. 63.
Exaltatio , trat. 13, pag. 476.
,
Excatifma trat. 13. pag. 47 6.
Exipotica , trat. £3. pag. 47 6.
Extergentia , trat. 13. pag. 476.
Extindlio , trat. 13, pag. 476.
Extraaio , trat. 13. pag. 476,
Extrado ante febril , n. 71. trat, 7. pag. 273.-
bezoartico , n. 72. trat. 7. pag. 273.
carminativo , n. 73. trat. 7. pag. 274.
catholico , n. 62. trat. 7. pag. 271.
de Agarico , n. 77. trat. 7. pag. 273.
de Alcaflús , n. 6. trat. 7, pag..245.
de Ammoniaco , n. 40. trat. 7. pag. 258.
de Açafraõ , n. 47. trat. 7. pag. 263.
de Azevre , n. -. trat. 7. pag. 243.
de Azevre comCjUmode Artemija , trat; 7. p. 246t
oe Canela, n. x 13 trat. 5. pag. 179.
de Cardo fanto , n. 13. trat. 7. pag. 261.
de Coloquinthida , n. 42. trat. 7. pag. 261.
de Coloquinthida dulcificado , trat. 7. pag. 261,
de Elleboro negro, n. 69. trat. 7. pag. 273.
dc herva Cidreira , n. 75. trat.7. pag.274.
de Efcamonea , n. 3. trat. 7. pag. 243.
de Genciana , n. 40. trat, 7, pag. 259.
dejalapa, n. 67. trat. 7. pag. 272.
de Kina Kina , n. 75. trat. 7. pag. 275^
de Laudano cydoneado , trat. 7. pag. 264.
de Mangerona , n, 75. trat. 7. pag. 274.
dc Marte aílringente, trat. 8. pag. 388.
dc Mechoacam , n. 68. trat. 7. pag. 273,
de Opio , n. 47. trat. 7. pag. 264.
dc Peonia , n.tfS. trat. 7. pag. 275.
de Polipodio , n. 74. trat. 7. pag. 274,
de Rofas, trat. 7. pag. 274.
de Ruibaibo , n. 41. trat. 7. pag.jtfo,
deScnne, n. 50. trat. 7. pag. 267.
de todas as flores , n. 73. trat. 7. pag. 274,
de Vifco querdno , n. 68. trat. 7. pag. 273.
dos aromáticos , n. 113. trat. 5. pag. 179.
lenetivo , n. 70. trat. 7. pag. 273.
Martis aíiringente , n. 9. trat. !. pag. 2S4.
panchimagogo , n. 64.trat. 7. pag. 271. \
panchimagogo de Hartmano , n. 65. trat. 7. P. 272.
panchimagogo de Ltmenj , n. 66. trat. 7. pag. 272.
polychrefto , n. 63. trat. 7. pag. 271.
Extraíhim quid { ri. 62. trat. 7. pag. 271.
Ezula , n. li. trat. x. pag. 21.
* fua raiz como fe prepara , n. 1 j. trat. 7. pag. 249
F
F Acihdadc , com que fc deve fazer a trituração ,
trat. 1. pag. 16. ‘
Fafciculo , trat. 2. pag. 64.
Fafciculus , trat. 2. pag. 64.
Fécula de raiz de Norça , n. 5 x. trat. 7. pag. 267.
de raiz dejaro, n. 4;. trat. 11. pag. 39$.
de raiz de Lirio roxo , n. çi. trat. 7. pag. 267.
dc raiz de Lirio branco , n. 51. trat; 7. pag. 267.
de raiz de Peonia , trat. 7. pag. 267.
de raiz de Serpcntaria , trat. 7. pag. 267.
Fdzes de ouroabfolutè , n. 17. trat. x"i. pag. 5SS.
Fígado de Lobo como fe confcrva , n. 41, trat. 7
pag. 260.
a fua preparaçao , trat. 7. pap. 260.
Filtrado , trat. 13. pag. 477.
Fiílicos , n. 3 I. trat. S. pag. 293.
Fleuma Vitrioli, n. 33. trat.9. pag. 3X4;
Fios quid f trat. I. pag. ç.
unguentorujn, n. 52, trat. i2. pag. 443.
Vrr flor
 jo6 Index do que contêm ejla Pharmãcopea.
Flor de Nóz mofcada, n. 72. trat. I. pag. 47.
Flores como íe fdccaó , trat. 1. pag, 5.
carminativas , trat. 2. pag. <56.
cordeaes , trat. 2. pag. 65.
de Beijoim , n. jç.trar, tf. pag. 21tf.
de Enxofre , n. 3. trat. 7. pag. 244.
de Enxofre beijoinadas , trat. 7. pag. 244.
de Eltanho , n. 124. trat. 9. pag. 338.
Jovis , n. 124. trat. 9. pag. 338.
Fogo de Reverberio , n. 119. trat. 3. pag. I04.
FoJia quid 1 trat. I. pag. 5.
Foliumquid * n. 26. trat. tf. pag.20$.
Fotus , trat. 13. pag. 477.
Funcho doce , n. 83. trat. I. pag. ji.
Fulrninatio, trat 13. pag. 477.
Fumigado, trat. 13. pag. 477.
Frutcx quid f trat. I. pag, 4.
Fiudus quid t trat. i. pag. tf.
G húmido , n. 8. trat. 12. pag. 423.
G A langa , n. 71. trat. t. pag. 47.
Galbaneta, trat. 13. pag. 477*
Galbano , n. 46. trat. 1. pag. 38.
Galega, n. 139. trat. j. pag. lio.
Galia abfolute , n. 31. trat. tf. pag. 2*3*
Gatia mofchata , n. 1 trat. 8. pag. 280,
Garganfma , trat. 13. pag 477.
Gelatina, trat. 13. pag. 477.
Geneliabim , trat. 13. pag. 477.
Gengibre , n. 74. trat. 1. pag. 48.
Gerça Serpentaria , n. 45. trat í I. pag. >98.
Goma abfoluté, n. 12. trat. 8. pag. 287.
Anime , n. 51. trat. 1. pag. 40.
Arabia , n. 63. trat. f. pag. 44.
Caranha , n. 52. trat. I. pag. 40.
de Guayaco , n 73- trat. i®. pag. 37;.
de Junipero , n. 7 *. trat. tf. pag. 235.
dc Trigo como fe faz , n. 2. trat. 4. pag. 111.
Elemi, n. 50. trat. I. pag. 40.
Gutta, n. 53.trat. 1. pag. 40,
Graxa, n. 54, trat. I. pag. 40.
Hcdera , n. 48. trat. I. pag. 39,
Lacca , n. 49. trat. I. pag. 39.
Gummia quid f trat. f. pag. 9.
Gutteta quid ? n. 37. trat. 9. pag. 312.'
Goflo , trat. 2. pag. 70.
Grana paradiíi, n. 79. trat. I. pag. 49.
tindorum , n. 27. trat. tf. pag. 209.
Grandeza, trat. 2. pag. 70.
Granulatio , trat. 13. pag. 477,
Granum quid ? trat. 2. pag. tf2.
Grãos de trituração, trat. I. pag. l 3.
Grãos Angélicos, n. 78. trat. 7. pag. 2732
GroíTura , trat. 2. pag. 70.
Grude no emplaftro diachilaô, n. I. trat. 12. pag. 423,
GJycea, trat. 13. pag.477.
Glycirrhifa , n. 84. trat. i. pag. 51.
H rozada dc 9. permutaçoens, trat. 5. pag. 141,
H Armei, n. 17. trat. 7. pag. 251.
Hedera arbórea , n. 48. trat. I. pag. 37.
Hedifmata , trat. 13. pag. 477.
Heliofis , trat. ij. pag. 477.
Hemina , trat. 2 pag. tf 4 .
Hcmixeílon , trat. 2. pag. tf4.
Hemoptoica , trat. 13. pag. 477.
Hepar Antimonij , trat 13. pag. 478.
Sulphuris, trat. 13. pag 478.
Hepáticos , trat, 2. pag. tfp.
Hepferaa , trat. 13. pag. 478.
Hcrmeticum íigillum , trat. 1 3. pag- 47#.
Hermodadilos > n. 7. trat. I. pag. *9-
Herba abfoluté , trat. I. pag. 4.
Hiera diacoloquinthidos, n. 2 6. trat. tf. pag. 208.
cx odo rebus , trat. 6. pag. 20tf.
Logadíj, n. 23. trat. tf. pag. 207.
Logadion , n. 2;. trat. tf. pag. 207.
magna Ni colai Alcxundruü , n. 23. trat. tf. pag. 207.
Pachij , n. 2tf. trat. tf. pag. 208.
Picraabfolatè, n. 23. trat. 6. pag. 207.
Picra de Mcjuc, n. 24. trat. tf. pag. 207.
Picra íiuipiez , n. 22. trat. tf. pag. joó.
Picra de Rkuz.it , n. 4. trat. 7. pag. 14 J 2
Hiera picra quid t trat. tf. pag 2otf.
Hiiloria concharum , n. S7. trat. 9. pag. 227.
granorum tindorum , trat. tf. pag. 209.
Mandragorx , n. I44. trat. 3. pag. 111.
Spcrmatis Ceti, n. 74. trat. 12. pag-45o*
Hiílopo n. 32. trat. I. pag. 30.
Hydragogos , trat. 2. pag. tf8.
Hydrclxum , trat. 13. pag. 47S.
Hydfowel , n. 136. trat. pag. l8ç.
Hydropica , trat. 13. pag. 478.
Hydrolaccaharum , trat. 13. pag. 478.
Hypelata , trat. 13. pag. 47S.
Hypercathartica , trat. I3.pag. 478.
Hypnotica, trat. *3. pag. 478.
Hypocauftum , trat. t 3. pag. 478.
Hypoglotides , trat. 13. pag. 47Í.
Hyftcricos , trat. 2. pag. 69.
Hortelãa romana , n. 2r trat. Io. pag. jjp.’
Humcdantcs, trat. 2. pag. tf tf.
J Alapa , n. 9;. trat. t. pag. çf.
Jeticucu , n. 99. trat. I.pag. 59-
Julep abfoluté, n. 1. trat. 3. pag. 140;
Alexandrino, n. I. trat. 5. pag. I40.
hyfterico, n. 4. trat. 5. pag. 141.
para chagas dos rin*, n. 2. trat. 5. pag. *4»I
peitoral, n, 3. trat. 5. pag. 141. ^
violado , n. 22. trat. 5. pag. I4tf.
Julep quid ! trat. 5. pag. 140.
Junipero , n. 7*. trat. 6. pag. 235.
Idericia, trat. 13. pag. 47
Immeríio , trat, *}.pag. 478.
Impalpablc , trat. 13. pag. 478.
Impaftatio , trat. l5. pag, 479.
Imprxgnatio , trat. ij. pag. 479.
Inciíiva , trat. ij. pag. 479,
IncraíTantes , trat. 2. pag. tf 8.
InfufaÕ Cathartica , n. 112, trat. 3. pag. 99.
de Alexandria , n. 5, trat. 5. pag. 14*.
de Mofquctas, trat. 3. pag. 14*.
dc Rofasde Alexandria , trat. 5. pag. 141.
dc Rofas feceas , n. 57. trat. 5. pag. 194.
de Rofas commúas, n. 5, trat. 5. pag. 14c.
rozada dc 5. permutaçoens , trat. 5. pag. 141.
violada dc 9. permutaçoens 1 trat. 5. pag. 14.1.
violada de 3. permutaçoens, trat, 5. pag. 141.
cm que licores fc devem fazer, trat. I. pag. 15.
In fu fio quid ? trat. i. pag. I,;.
Inícnço , n. 59. trat. 1. pag. 42.
femea , trat. I. pag. 42.
macho , trat. I. pag. 42.
Ivaartctica, n. 133, trat. 3. pag. icl;
Karab*
 Index do <jue contem ejla Vliarmacopea.
K dc ovelhas, trat. I. pag. 31.
Arab , n. Ho. trat. 3. pag. 98.
Kina Kina , n. yó.trat. i.pag. jí.
Kinkina, trat. 1. pag. ç 8.
vKirat, trat. 2. pag. 6a.
L por cl Je , trat. 5. pag. 217.
I Abdano, n. 8;. trat. i.pag. 51,
U liquido , trat. l. pag. 51.
folido . tfat. I. pag. 51.
Lac quid ? ,trat. i.pag. 10.
fulphuris , trat. 6. pag. 216.
Lacca , n. 49. trat. 1. pag. 3 9.
como lc lava, n. loa. trat. ç. pag. 175.
Lachrima quid t trat. i.pag. io,
quò diffcrtà fucco , trat. I. pag. Io.
Ladano , n. 8;. trat. 1. pag. 5 1.
liquido, trat. I. pag. 51.
Ladano folido , n. S 9. trat. I. pag 5 r.
Lam como fc queima , n. 11. trat. 6. pag. 2el.
Lapis ./Etites , n. ç 5. trat. la. pag. 444.
Alúmen abfolutè , n. 60. trat. 3. pag. 86.
Alumcn quomodo uritur, trat. 3. pag. Só.
Armenus , n. 11. trat. 6. pag. 200.
Bazar, n. p 3. trat. I. pag. ^ 6.
Calaminaris , n. 29. trat. ia. pag. 43ç,
cordialis , n. 94. trat. I . pag. 57.
conttayerva, n. 17-trat. 9. pag. 30S.
Lafuli, n. 40. trat. 1. pag. 37.
como fe prepara , n. 11. trat. 6. pag. aoij
Lipis, n. ioi. trat. i.pag. 61.
Lavaçaó , trat. I. pag. 14.
abeifiva , trat. I. pag. 14.
abftcrfiva , trat. I. pag. 14.
naagnificativa, trat I. pag. 14.
da Cal, n. 18. trat. II. pag. 3SS.
das Fezes de ouro , n. 75. trat. 11. pag. 407.;
das raizes » trat. I. pag. i.
de Alvayade , n. 28. trat. 8. pag. 292.
do Azeite , n 7. trat. io. pàg. 354.
do Azcvre , n. I. trat. 7. pag. 240.
do Azougue , n. 87. trat. 12. pag. 43 J.
do Chumbo , n. 42. trat. 8. pag. 297.
do Lythargirio , n. 73. trat. II. pag. 4°7«
do Mercúrio , n. 86. trat. iz pag. 455,
Lavatio abccfiva , trat. 1 pag. 14.
abíterfiva , trat. I. pag. 14.
Aloes, n. 1. trat. 7. pag. 240.
Caleis , n. iS. trat. 11. pag. j8$.
CeruíHe , n. 28. trat. 8. pag. 292.
Lythargij, n. 73. trat, H. pag.4°7«
magniticativa , trat. I. pag. 14.
Alercurij, n. S7. trat. 12 pag. 45
Olei, n« 7-trat. io. pag. 3S4-
Plumbi , n. 42. trat. S. pag. 297.
Radicuro , trat. I. pag. 8.
quid i trat. I. pag. 14.
Laudano cydoneado , n. 47. trat. 7. pag. 264-
liquido , n. 47. trat. 7. Pag- 265*
Opiado , n. 47. trat. 7. Pag- 2<*5-
Opiado de Hojfmano , trat. 7. pag. 264.
Opiado dc Morleji • trat. 7- pag- 264.
Opiado de Sc/irodero , trat. 7, pag. 264»
Laudano quid ? trat. 7. pag. 264.
Laureola , n. 43. trat. 11. pag. 390.
Laxantes , trat. 2. pag. 67.
Leite, n. 24. trat. I. pag, 31.
de burras , trat. I. pag. 31.
Leite de cabras > trat. I. pag. 31.
j-o7
de Enxofre , n. 3 5. trat. 6. pag. 216.
de vaccas, trat. i.pag. 31,
virginal, n. 73. trat. 3. pag. SS.
virginal de Baudcron, n. 74. trat. 3. pag. 88.
virginal de Fragofo , n. 7 Ç. trat. 3. pag. 88.
virginal dc Schfiodero, h. 76. trat. 3. pag. 89,'
Leviilicqs quid ! n. 37. trat 6. pag. 217.
Libra civil , trat. 2. pag 62.
medicinal, trat. 2. pag. 62.
menfural , trat. 2 pa. 63.
Lignum Aloes crudurn , n. 27. trat. 6. pag. 21®.
crucis , n. 29. trat. 6 pag. 212.
nephriticum , n. 115, trat. 3. pag. lol.
Rhodium , n. 121. trat. 3. pag. 104.
Lilium abíolutè, n. 3;. trat. t. pag. 3 j.
Limax , n. 131. trat. 3. pag. 107,
Lympha , trat 7. pag. 387.
Limonata Mellis, n. 76. trat. ç. pag. I64.
Smeragdina , n. 29. trat. 6. pag. 212.
Linimento cofmctico , n. 13 7. trat. 3. pag. 116.
contra vermes , n. I22. trat 11. pag. 420.
dentrificio, n. I&S. trat. 12. pag. 416.
defenfivode bexiga», n. iio.trat. u.pag. 417.
de Alvayade , n III. trat. 11. pag. 41 7.
dc Cebola para hemorrhoidas, n X04. trat.t j. p.416.
de Cfiarás para hemorrhoidas, n.l 04. trat.t t. p.415.
de Chumbo, n. III .trat. 11. pag. 417.
de mille pedes, n. I04. trat. 11. pag. 416.
de Saturno, n. 104. trat. 11. pag. 415.
magiftral para bexigas , n. 124. trat. 13. pag. 431.
para ciatica , n. 109. trat. 11. pag. 417.
para cicatrizes , n. lo5. trat. 11. pag. 416.
para dòr de cabeça , n. 113. trat. 11. pag. 41 8.
para dôrde pedra , n. 123. trat. 1 x. pag. 420.
para gengivas podres , n. Ii2.trat. u.pag. 417.
para hemorrhoidas, n. 104. trat. 11. pag. 413,
paravomitos, n. lo 6. trat. II. pag. 416.
fomnifero , n. 107. trat. II. pag.416.
Linimentum quid t trat, 11. pag. 3S0.
Lirio abfolutè , trat. I. pag. 35.
convallc , trat. 1. pag. 35.
Florentino , trat. í.pag. 3;.
roxo , n. 5 5. trat. 1. pag. 35.
Liquamentum quid 1 trat. I. pag. ir.'
radicum , trat. I. pag 12.
Lythargirio abfolutè , n. 17 trat. 11. pag. 3 88.
Loch cydoneorum , n. 9. trat. 4. pag. 120.
contra fluxum fanguinis , n. 8. trat. 4. pag. ia».
de Amigdalis, n. 6. trat. 4. pag. 115.
de Caulibus, n. 7. trat. 4 pag. 120.
de Scilla , n. 4. trat. 4, pag. 118.
de Zaragatòa ,0.9. trat 4. pag. 120.
pnpaverino , n. 2.trat. 4. pag. 117.
fanum , & expertum , n. 3. trat. 4. pag. II8.
feminis Lini, n. 9. trat. 4. pag. I20.
quid f trat. 4. pag. 11 7.
Loco Ameos, n. 37. trat. 6. pag. 117.
Bituminis Judaici, trat. 9. pag. 344.
foliorum Mandragorse , n. 5. trat. 11. pag. 383.
Hypofiftidos, n. 30. trat. 7. pag. 2?4.
Liviftici, n. 37. trat. 6. pag. 217.
fanguinis humani, n. 9. trat. J2. pag. 428.
feminis Sczelcos , n. 9. trat. 7. pag. 248.
feminis Silcris montani, trat. 7. pag. 248.
Lugar, trat, 2. pag. 69.
Lupinus , trat. 2. pag. 63.
Lutum , trat. 13. pag- 48».
LI acera*
 5°S Index do (jiie contêm ejia Vharmcicopea.
TV/T
"*■
M Aceratio , trat. 13. pag. 480.
Macis, n. 72. trat. x. pag. 47.
Macropiper , n. 77. trat. 1. pag. 49.
Madre Pcrola , n. 87. trat. 9. pag. 328.
como fe prepara , trat. 9. pag. 3 28.
Magdaleoens , trat. 13. pag. 480.
Magillerio de Aço , trat. 7. pag. 267.
de Ammoniaco , n. 40. trat. 7. pag. 258.
de Coral , n. 131. trat. 5. psg. 184.
dc Craneo humano , n. 117. trat. 9. pag. 336.
de Enxofre , n. 3 5. trat. 6. pag. 216.
de Efcamonea, n. 3.trat. 7. pag. 243.
de Eílanho , n. 124. trJtt. 9. pag. 338.
dejaiapa n. 30. trat. 7. pag. 26 6.
de ojlios de Caranguejos , n. 45. trat. 7. pag. 263.
Magirterio de Pedra hume , n. 1 04. trat. 9. p:g. 333.
de pedra de Percas , n. I 20. trat. 9. pag. 337.
de Pérolas , n. 131. trat. ç. pag. 1 84.
de Prata , n. 3 o. trat. 9. pag. 313.
de Saturno , n. 7. trat. 8. pag. 283.
de Tartaro purgante, n. 40. trat. 7. pag, jçS.
de Tartaro para as pilulas tartareas > n. 40. trat. 7J
pag. 2 5 8.
Jovis, n. 124. trat. 9 pag. 338.
Xapidis Percamm , n. 120. trat, 9. pag. 337.
Lu na; , n. 30. trat. 9. pag. 313.
Margarítarum, n. 13o. trat. 5. pag. 183.
Martis, n. çc.trat. 7. pag. 267.
oculorum cancrorum , n. 46. trat.7.pag. 2tf$.
rezinofo de Aramoniaco , n. 40. trat. 7. pag. 25 í.
Magiftcrium quid í trat. I j. pag. 480.
Ma gma, trat. 14. pag. 480.
Hydricoy , n. 38. trat. 8. pag. 296.
Hydricoon, n, 38.trat. 8. pag. 296.
Magnes arcenicalis , n. 73. trat. 12. pag.*4|9,
Magnefla opalina , trat. I 3. pag. 480.
Malasrtica, trat. 13.pag. 480.
Malageta, n. 79. trat. 1. pag. 49.
Malaxatio , trat. 13. pag. 480.
Maltachode , trat. 13. pag. 480.
Manna , n. xS.trat. I. pag. 24.
da índia, trat. I. pag. 26.
de forma, trat. I. pag. 25.
dc Infenço , n. 59. trat. i. pag. 43;
de lagrima , trat. t. pag. 25.
melofo , trat. 1. pag. 25.
ordinário , trat. I. pag. 2?.
Mandragora, n. I44. trat. 3. pag. III.
Manica Hypocratis, trat. 13. pag. 4S0.'
Hypocratica, trat. 13. pag. 480.
Manipulus , trat. 2. pag. 64.
Marcafita como fe prepara , n. 42. trat. 12, ípag 41o»
Marfim como fe prepara , n. 39. trat. 6. pag. 227.
Margaritas , n. 90. trat. I. pag. 54.
Margaritiferas , n. 87. trat. 9. pag. 527.
Maíiicatoria , trat. 13. pag. 481.
Maíía Turquefca, trat. 4. pag. 174.
Matratium , trat. 15. p. 481.
Matricalia , trat. 13. p. 481.
Méchas de Hiera picra, n. 22. trat. 6. p. 206.
Mcchoacaõ , n 99. trat. I. p. 39.
Meconium , n. 64. trat. I. p. 44,
Medicamento benigno , trat. I. p. 3.
comporto , trat. 1. p. 2.
Medicamento maligno , trat. I. p. %.
fimplez, trat. i. p. 2.
Medicamentos alimentofos, trat. 1. p. 2.'
bechicos, n. 40. trat. 8. p. 296.
cholagogos , n. 3 5. trat, 9. p. 3 * 4.
compoflos , que fc chamaó fimplcz , trat. I. p. I
Joviaes , n. 124. trat. 9. p. 338.
glIUJ ex UV.IUVIJ..
malignos accidenti , trat
>■>“ — t . p. 3» _
farcoticos, n. 99. trat. 9. p. 3 31.
Medicamcntum quid ? trat. 1. p.. I.
Mel i n. 87. trat. 1. p.52.
como fcefcuma, n. 4. trat. 4. p. 119.
crú > n. 31 . trat.6. p. 2I3.
de Anacardos , n. 64. trat. 6. p. 22*9.
dc Centaurea , n. 4. trat. 12. p. 424,
de Limoens , n. 7<J. trat. 5. p. 164.'
de Mirabolanos , n. 62, trat. 6. p 228.
de Mirabolanos emblicos , n. 40. trat. d, p. 2I9.
deNicociana, n I09. trat. 3. p. 97.
de PalVas . n. ;. trat. 4. p. 119.
Louro , n. 87. trat. I. p. 52.
mercurial,-fi. i 09. trat. 3. p. 97.
rozado , n. 21. trat 5. p. 146. ‘
rozado com Açúcar , n. 21. trat. 5, p. 14^.
violado, n. 108. trat/j. p. 97.
virgem, n. 87. trat. l.p. 52.
Melanagogos , trat. 2.p.
Mclicratum , n. 91. trat. 8, p. 294.
Melhmelum , trat, 13. p. 4S1. i
Mehloto verdadeiro , n. 5. trat. 12. p. 425.’
Menta romana , n. 22. trat. lo, p. 3 ; 9.
Menfis philofophicus , trat. 13. p. 481.
Menflrum , trat, 13. p. 481.
Menfura germanica, trat. 13. p. 4S1.
Mera, n. 71. trat. 6. p. 23 ç.
Mercúrio doce , n. 70, trat. 11, p. 406.
lavado, n. 87«trat. 12. p. 455,
Metrete , trafc 2, p. 64.
Metretcs, trat. 2. p. 64.
Metrenchica, trat. 13. p. 481.
Mezereao , n. 11. trat. 1, p. 21.
Mezereon, trat. I. p. 21.
Micleta quid i n. 66. trat. 6. p. 231.
Micleta , n. 66. trat. 6. p. 231.
MiUe pedes como fe preparaó , trat. 7. p, 263^
Mirabolanos , n. 14. trat. 1. p. a2.
Bellericos , n. 14. trat. I. p 23.
Mirabolanos Chebulos, n. 14. trat. I.p. 23.
Citrinos , trat. I. p. 22.
Emblicos , trat. I. p. 23.
Indos , trat. I. p. 22.
Myrrha , n. ç 7. trat. I». p. 41.
Mirtio quid ? trat, I. p. 12.
Miftrum magnum , trat. 2. p. 64. *
Mixtrum parvum , trat. 2. p. 64,
Mna , trat. 2. p. 53.
Modo de feccar as flores , trat. I. p. ç.
de feccar as raizes , trat. I. p. 8.
de feccar as de tenue fubftancia, trat.i. p.$.
de tirar o çumo da Cebola albarri, n. 97. trat. j;
P- 94.
dc tirar o çumo das hervas , trat. 1. p.’n.
de tirar o çumo das flores, trat. I. p. 1 r,
de tirar o çumo das folhas , trat. l. p. 11.
de tirar o çumo dos frutrtos , trat. 1. p. 11. «
de tirar.os çumos mucilaginofos , trat. I, p. Ii,
Molarinha, n. 30. trat. I. p. 33.
MÍorfcli quid i trat. 9. p. 304.
Morfuli, trat. 9. p. 304.
Mucilagem de Alcatira , n. 8. trat. 7. 247.
Mulfa , n. 31, trat. 8. p. 294.
Mufaajnea, n. 69. trat. 6. p. 232.
K
 Index do tjiie contem ejla Vlutrmaccpea.
N dc cafeas dc Cidra , n. I39. trat. p. pag. 345.
N Nas receitas , trat. 2. pag. 54.
. Narcótica, 13.pag. 482.
Nafalia, trat. 13. pag. 4S2.
Nehercfrnich, n. 44. trat 6. pag. 22 f.
Nephritica , trat. 13. pag. 482.
Nervina , trat. 13. p. 482.
Necociana , n. 136, trat. 3. pag, iSj,
Nitro , n. I02. trat. 1. pag. 61.
depurado , n. 5 7. trat. 7. pag, 2Í9.
No&icula , trat, 13. pag. 482.
Norça , n. 12. trat. I. pag. 21,
Nos medicamentos fe acliaó tres virtudes, trat. I.p.2.
fe achaótres faculdades , trat. 1. pag. 1,
Nos pós fe naó devem pòr çumos inlpiiiados, n. r i 8.
trat. 9. pag. 3} 6.
Nota da depuraçao dos çumos, n. 64. trat. 5. p.itfi.
Nota das infufoens , trat. 1. pag. 15.
das fementes no Diacathohcaò , n. 5. trat. 6. p. ip j.
do modo de com pôr as Filulas , trat, 7. pag. 271.
do ufo dos Collyrios , trat. 9. pag. 304.
do ulô das Pdulas ,de Aço, 11. 3 4. trat. 7. pag 233.
do xarope de Chicorea de Nicoláo , n. 32. trat. 5.
pag 149.
dos exíradlos, n. 70. trat, 7. pag. 273.
dos pós contra vermes , n. 39. trat 9, pag. 3 lí.
Nóz mofeada , n. 73. trat. 1 pag. 47.
aromatica , trat. 1. pag. 47.
miriftica , trat. 1. pag. 47.
Numcrus , trat. 2. pag. 6 4.
Nutritio quid í trat. 13. pag, 4S2.
Nux moichata , n. 72. trat, 1. pag. 47.
O.
O Bolus , trat. 2. pag. 62.
Obruentta medicamenta , trat. 13. pag. 4$:»,
Odtunx, trat. 2. pag, tfj.
Odontalgica , trat 13. pag. 482.
Odomtrotima , trat 13. 4S2.
Oleo antipleuritico , n. 44 trat. to. pag. 366.
balanino , trat. lo. pag j6í.
dc Açafraó , n. 22. trat. Io. pag. 339.
/ppí r
de Alacraos, n. 2;. trat. l®. pag. 360.
de Alecrim , n. 51. trat. Io. pag. 368.
dc Alcaparras, n. 13. trat. lo. pag. 337,
de Alfazema , n. 46. trat. p. pag 31S.
de Almccega, n. 14. trat. lo. pag. 337.
de Amêndoas doces, n. i.trat. lo. pag. 332.'
de Amêndoas amargas , n. 2j trat. 1 o. pag. 3 ç 3.
de Amêndoas doces lem fogo, trat, lo. pag. 353.
de Amêndoas amargas fem fogo , trat. lo. p. 353.
de Andorinhas , n. 21. trat. lo. pag. 359.
de Aparicio , n. 23 . trat. lo pag. 360.
de Aranhas , n. 33. trat. jo pag, 362.
dc Arruda diftillado, n. 12. trat. 12. pag. 429.
dc Arruda por cozimento , n. 7- trat. í ®. pag. 354.
de Açucenas , n. 7. trat. Io. pag 354.
de Avclans * n. 3 trat. lo. pag. 353.
dc bagas de Hera, n. 6. trat. io. pag. 334.
de bagas de Lcntifco , trat. lo. pag. 354.
dc bagas de Louro , n. 6, trat. I o. pag. 354»’
de Balfamo , n. 48. trat. ic. pag. 367.
deBen, n. 40. trat. lo. pag. 363.
de Cagados , n. 26. trat. lo. pag 361.
de Camphora , n. 61. trat. fo. pag. 373.
dc CandJa , n. 46. trat. p. pag. 317-
de Caõ novo , n. 32. trat. lo pag. 362.
dc Caranguejos do Rio > n. 2<5Vtrat. lo. png. 3ÍI.
de caroços dc Pccegos, n. 2. trat. 10. pag. 333.
509
decalcas dc Laranja, 0.139. trat. 9. pag. 343,
dc Calloreo , n. Ip.trat. r°. pag. 358.
dc Cicuta , n. 37. trat. Ic.pag. 364.
de cimas dc Lofna , n. 7. trat. jo. pag. 334;
dc Cominhos , n. 93. trat. 11, pag. 413.
dcCra\o da índia , n. 45. trat. 9. pag. 317.
de Cravos hortcnlcs , n. 40. trat. 1 0. pag. 353,
de Dormideiras , trat. lo. pag, 352.
dc Endros, n. 7. trat. io. pag, 354.
de Elpica, n. 13. trat. io. pag. 357.
de Erva doce , n. 46. trat. p. pag. 318.
de Erva (anta, n. 37. trat. 10. pag. 3^4.
dc Elloraque , n. 3 j. trat. i o. pag. 3 69.
de Euphortno comporto , n. 18. trat. Io. pag. 338.
de Euphorbio limplez , n. 17. trat. ic.pag, y S.
de flor de Alecrim , n. 6 . trat. 10. pag. 3 54,
de flor de Cidra , n. 40. trat. lo. pag. 365.
de flor dc Giefta , trat. 1®. pag, 365.
de dor de Laranja , trat. io, pag. 363.
dc flor de Laranja diíii]lado , n. "139. trat. 9. p. tit.
de flor de Malvaifco , n. 7. trat, lo. pag. 354.
de flor de Murta , n. 7. trat. ic. pag. 334.
de fiorde Sabugo, n. 7. trat. lo. pag. 554,
de flor de Golphãos , n. 7. trat. lo. pag. 354.
de flor de V iólas , n. 40. trat. lo. pag. 363.
de folhas de Murta r n. 12. trat. lo. pag. 357.
de Formigas por exprertaó , n.jl.trat. lo. p. 362.
deGoyvos, n. 7. trat. lo. pag. 354.
dc Golphãos , n. 7. trat. ío. pag. 354.
de Gerzelim , n. 4. trat. io. pag. 333.
de íiipericao comporto , n. 1 5. trat. lo. pag. 3 58.
Clco dc Hipericaõ fimplez , n. ló.trat. lo. pag. 338.
dejafmins , n. 40. trat. lo. pag. 36;.
de Lagartos, n, 29. trar, lo. pag, 361.
de Linhaça , n. 4. trat. lo. pag. 333.
de Linho canamo , trat. io, pag. 3 53.
de Lirio roxo , n. lo. trat. io. pag. 35Í.
de Lofna dilfillado , n. 106. trat. 1l.pag.4ri.
de Lofna por cozimento , trat. io. pag. 334.
de Macella , n. 7. trat. io. pag. 254.
de Mangerona comporto , n. 49. trat. lo. pag. 3Í7.
de Mangerona fimplez , trat. Io. pag. 367.
de Marmelos, n. n.trat. 10. pag. 53Í.
de Mathiolo , n. 53. trat. lo. pag. 36S.
de Mathiolo reformado, trat. lo. pag. 369.
de Minhocas, n. 24. trat. io. pag. 360.
dc Mofquetas, n. 7. trat. 10. pag, 334,
de Mortarda , n. 4. trat. lo.pag. 333.
de Murtinhos por cozimento , n. 12.trat. lo. P.33Í.
de Murtinhos por expreíTaó , n. 6. trat. lo. p. 334.
de Nardino,' n. I;. trat. lo. pag. 357.
de Nicociana , n. 37. trat. ro. pag. 3Í3.
de Nózes , n. 3. trat. lo. prg, 333,;
de Nózes mofeadas por exprertaó , n, 13S. trat. 9.
Pag. J4Ç.
de Nózes mofeadas dirtillado , n.73. trat. io.p.ytf,
de Ouro, n. 43. trat. 1 o. pag. 363.
de Hortelãa , n. 7. trat. lo. pag. 3 54.
dc Ovos , n. 5. trat. Io. pag. 333.
de Papoylas vermelhas , trat. 10. pag, 334.
de Páo de Rhodcs, trat. 9. pag. 11#«
dc Pão de Rofas, trat. 9. pag. 318.
dc Paparraz , n. 41. trat. 10. pag. 363.
de Philofophos , n. 50. trar. fo. pag. 387,
de Tartaro , n. 78. trat. I o. pag. 3 77-
de Tartaro por delíquio , trat. lo, pag. 377.
de todas as plantas, trat. Ic. pag. 57Ó.
de Rans , n. 26. trat. 10. pag. 31ÍI.
de Rapoza , n. 34. trat. lo. pag. -,62.
de Ratos, n. 30 trat. lo. pag. 3Ó2.
dc Rofas cheirofo , trat. 1 o. pag. 3 6$.
Xxx de
 5'°
Index do que contem eíia Thannacopea.
dc Sabao , n. 77. trat. lo. pag. 377.
dc Sabir.a , n. 7. trat. lo. pag. 3 54.
dc Salva dirtitlado , n. 76. trat. lo. pag. 376,
dc Sapos, n. 28. trat. lo. pag. 361.
de feccar Leite , n. 47. trat. lo. pag. 367.
dc (emente de Funcho , n. 1451. trat. 9. pag. }4<í.
de Temente de Alhos porros , n. 3 8. trat.I o. p.564.
de Temente de Dormideiras , n. i.trat. lo pag.332.
de Temente dc Nabos, n. 4. trat. io. pag. 353.
de Temente de Meimendro , n. 4. trat. lo. pag.353.
dcTormentina , n. 66. trat. 11. pag, 404.
de Terra , n. 82. trat. 12. pag.435.
de Tijolos , n. 50. trat. lo. pag. 367.
de varias flores , n. 40. trat. lo. pag. 363.
de varias plantas, n. 7. trat- lo. pag. 354.
de Viboras , n. 27. trat. lo. pag, 361.
das quatro Tementes frias , n. I, trat. Io. pag. 352.
dos vegetáveis aromáticos diílillado , n.57. trat. io.
pag- 5 71.
eftomachal, n. 42. trat. 1 o. pag. 365.
Mirtino, n. 12 trat. Io. pag. 357.
Mofchatum, n. 33. trat. Io. pag. 363.
Mafchxleum , trat. lo, png. 353.
Mufcelino , trat. lo. pag. 563.
Nephritico diílillado , n. Ho. trat. lo. pag. 37S.
Paralítico, n. 7 9-trat. I o. pag. 377.
para o Emplartro confortativo , trat. 12. pag. 45<?.
para Turdez , n. 38, trat. lo. pag. 354.
Petroleo, n. 82. trat. 12. pag 453.
Pleuritico dc çumos , n. 45. trat 1 o. pag. 36Í.'
Pleuritico de Vekcro , n. 46. trat. Io. pag. 366.
purgante , n. 39. trat. I o. pag. 554.
reTolutivo , n. 36. trat. lo. pag. 363.
rozado , n 7. trat. 10. pag. 354.
rozado abTplutè , n. S. trat. lo. pag. 333.
razado completo , trat. lo, pag. 355.
rozado dc Alexandria , trat. I c. pag. 3 3 3.
rozado incompleto, trat. lo. pag. 355.
rozado omphancino , n. S. trat. Io. pag. 333.
rozado íimplez , trat 10, pag. 553,
violado, n. 9. trat. lo. pag. 355.
vulnerário, trat. lo. pag. 372.
Olcoiaccharum , n. 114. trat. 5. pag. 17Í.
^Anifi , trat. 5. pag. 178.
Cinnamomi, trat. 5. pag. 178.
Garyophilorum, trat. 5. pag. 178.
Oleos como Te purificao , n. 26. trat. Io. pag. 3 61,
Oleos dirtillados de todos os aromáticos , n. 5 7. trat.'
Io. pag. 371.
eftomachicos , trat. 2. pag. 66.
Olcum quid ? trat. 1 o. pag. 352.
Olhos de Canranguejos, n. 64. trat. I. pag. 35;
como Tc preparad, n. 43. trat. 7» pag- 263.
Onolozar , trat. 2. pag. 63.
Ononis, n. 113. trat. 3. pag I08.
Ophtaimicos , trat. 2, pag. 6$.
Opiata , trat. 13. pag. 481.
Opio , n. 64. trat. I. pag. 44.
como te prepara , n. 47. trat. 7. pag, 2
como Te pulveriza, trat. i I. pag. 403).
Meconio , n. 64, trat. 1. pag. 44.
Thebayco x trat. 1. pag. 44.
Opoponaco , n. 4;. trat. I. pag. 38.
Óptica, trat. 13. pag. 482.
Orcancte , n, i.trat, 11. pag. 381.
Orelha de homem , n. 8. trat. 1. pag. 20.
Ortelã Franccza , n.ji.trnt, lo. pag. 359.
Pxomana , trat. Io. pag. 339.
Orvietanum , n. 48. trat, 6. pag. 223.
Os licores das plantas Te denominaõ com vários noraes>
trat. I. pag.9.
OíTo humano como Te calcina, n. 63. trat. 9, pag. 32I.
como Tc prepara , n. 5 2. trat. 6. pag. 223,
Oxipaphum , trat. 2. pag. 63.
Oxi crato , n. 27.trat. 3. pag. 77.
Oxidorcicum , n. 28. trat. 11. pag. 391.
Oxigala , trat. 13. pag. 483:
Oxiglice , trat. 13. pag. 483.
Oximel abfoluçè , n. Io,5. trat. 3. pag.97.
comporto , n. 106. trat. 3. pag. 97.
diurctico , trat. 3. pag. 97.
Scillitico , n. lo7,trat. 3. pag. 97.
Scillitico comporto , trat. 3. pag. 97.
Oxiperion , trat, 13. pag. 483.
Oxirrhodino , n. 97. trat. 9. pag, 3 31.
OxiTaccharo comporto , n. S 3, trat. 5. pag. \66.
Timplez , n. 84, trat. pag. 1 6 6.
vomitivo , n. 86. trat, 5. pag. 167.
Qxifaccharum quid í n. S4. trat. 5. pag. 166.
P
P Alleativa , trat. 13. pag. 483.
Panacea , trat. 13. pag. 483.
Mercurial, trat. 13. pag, 483.
Panchreitum , trat. 13. pag. 483.
Phanchimagogos, trat. 2. pag. 68.
Panus , trat. 13. pag. 483.
Páo de Aguila , n. 64. trat. I. pag. 6;.
de Funcho , n. 134. trat. 3, pag. II?.'
de Rhodes , n. 12 I. trat. 3. pag. I04.
de RoTas , trat. 3. píig. 104.
do Brazil, n. 82. trat. I. pag. 30.
nephritico , n. 115. trat. 3. pag. iol.
Papas das quatro farinhas , n. 25. trat. 12. pag, 454,
prefervativas , n. 25. trat. U. pag. 434.
Par , trat. 2. pag. 64. ‘
Pa/Tas laxativas , n. 24. trat. 4. pag. I2Ç:
Partilhas Angélicas, n.169. trat. 9. pag. IJI*
peitoraes , n. 169. trat. S, pag. 351»
Pharmacia quid ? trat. 1. pag. 12.
Chimica , trat. I. pag. Ij.
Galcnica , trat. 1. pag. 13.
Pharmacopea, trat. 13. pag. 4S3.
Pliarmacopaeus , trat. 13. pag. 483.
Pharmacopola , trat. I j. pag. 483<
Pharmacum , trat. 13. pag. *83. -
Phlegma, trat. 13. pag.4S4.
PhJemagoga , trat. 2. pag 6 8.
Philonio magno , n. 68, trat. 6. pag. 23».
Perfico, n. 67. trat. 6. pag. 238-
Romano , n. óS. trat. 6. pag. 232.
Tarfence , trat.6. pag.232.
Phoenigmus , trat. ij.pag. 484.
Phofphorus, trat. 13. pag. 484.
Phtartica , trat. 13. pag. 4S4,
Phthorica ,, trat. 13. pag. 4S4.
Phthoropaum, trat 13. pag. 484.
Phifogorum , trat. 13. pag, 484,
Pedra Armena , n. 39. trat. I. pag. 37.'
por cila , n. 11, trat. 6. pag, 200.
Bazar, n, 93. rrat. I. pag. 56.
Bazar de Bogio , trat. 1. pag. ç 6.
Bazar Occidental , trat. t. pag. 37.
Galaminar, n. 29. trat. 12. pag. 433.
Cordeal, n. 04. trat. I. pag. 37.
Cj riaca , n. 6. trat. 7- pag. 262.
de A guia como Te prepara , n. 33. trat. 12. pag.444.-
de Cevar como fc prepara , n. 12. trat. 12. pag.43o.
de Cevar de Saturno, trat. 9. pag. 341.
Hume abfolutè , n. 63. trat. 3. pag. 86.
Hume como Te purifica , trat. 9. pag. 454.
Hume como Te queima , n. I04, trat. 3. pag. 332.
Lazuli, n. 40. trat. 1. pag, 3 7.
Luzuli
 Index do que contem ePia Tharnwcopea.
Lazuli conao fc prepara , n. 11. trat. d. pag. 201.
Pedra Judaica , n, 46. trar. 7, pag. 262.
Judaica como íe prepara , trac. 7. pag. 262.
Lipis, n. loi. trat. 1. pag. 5c.
Medicamentoza , n. 6 8. trat. 11. pag. 4o;.
oinaca, n. 45. trat. 7. pag. 261.
Pedras preciofas, trat. 2. pag. 66.
Peitoraes , trat. 2. pag. 6 8.
Pellode Lebre como fe prepara , trat, 9. pag. 521.
etrolco, n. 83. trat. i2. pag. 453.
Pez Grego , n. 8. trat. i2. pagl 427.
liquido , trat. 12. pag. 427.
Naval , trat. 12. pag. 427.
Secco , trat. la. pag, 427.
Peonia , n. 23. trat. 1. pag. 30.
Pepinos dc S. Grcgorio , n, io, trat. I. { ag. aT,
Perca quid * n. 68. trat. 9, pag. 523.
Pérolas , n. 5?o. trat. 1, pag. 54.
1 ilocela , n. I iS. trat. 3. pag. ioz.
Pílula quid f trat. 7. pag. 259.
Pimenta branca , n. 76. trat. 1. pag. 48.
Longa , n. 77. trat. 1. pag. 49.
Negra , n. 7;. trat. i.pag. 48.'
Pingucdo quid í trat. i.pag. io.
Pinhocns dc Anacardos , trat. 6. pag, 230.
Pinta , n. 47. trat. 7. pag. 264.
Pilulas abforbentes , n. 121. trat, 9. pag. 337.
Aggrcgativas , n. 2. trat. 7. pag.241.
Alephanginas , n. 1. trat. 7. pag. 239.
Angélicas, n. 78. trat. 7. pag. 275.
Angélicas dc Rondelecto , n. 79. trat. 7, pag. 273.
Antacidas, n. 121. trat. 9. pag. 3 37.
Antecibum , n. 24. trat. 7. pag. 252.
Antefebris , n. 43. trat. 7. pag. 251.
Antefebris Cnoffelianas , n. 92. trat, 9. pag. 3 29.
Antefebris magiftraes , n. 93. trat. 9. pag. 329.
Antefebris tartarizadas, n. 91. trat. 9. pag. 339^
Antipeílilenciaes , n. 61. trat. 7. pag. 270.
Aperientes , n. 54. trat. 7. pag. 268.
Arabicas, n. 16. trat. 7. pag. 230.
Aromáticas, n. I.trat. 7. pag. 239.
Arteticas , n. iç.trat. 7. pag. 250.
Arthriticas, n. ço.trat, 7. pag. 266.
AíTaieret , n. lo. trat. 7. pag. 24$.
Áureas, n. 8. trat. 7. pag. 247.
Áureas reformadas, n. 8. trat. 7. pag. 247,
balfamicas , n. So. trat. 7. pag. 276.
bechicas, n. Si. trat. 7. pag. 276.
Pilulas bechicas negras , n. 82. trat. 7. pag. 276.'
catholicas, n. 3 2. trat. 7 • pag-23 ç.
catholicas Imperiaes , n. 31. trat. 7. pag. 25
catholicas reformadas, trat. 7. pag. 255.
chalibeadas de Lcmerij , 0.35. trat. 7. pag. 3; 6.
cephalicas , n. 4 trat. 7.pag.244.
cochias de Rhaiis, n. 4. trat. 7. pag- M4-
contra fluxum ventris , n. 30. trat. 7. pag. 254,
contra péflc-, n. 2S. trat, 7. pag. 253.
de Aço de Lemcrij , n. 3 ç. trat. 7. pag. 236.
de Aço de Rlverto , n. 34. trat. 7. pag- 25 J.
de Aço dc Tcwke, n. 34. trat. 7. pag. 368.
de Agarico , n. 5. trat. 7. pag. 245.
dc Alambre , n. 38. trat. 7. pag. 237.
de Alandal, n. 86. trat. 7. pag. 277.
de Ammoniaco , n. 90. trat. 7. pag. 278.
de Cynoglofa , n. 2 3. trat. 7. pag. 2 5 2.
de Diarrhodaó , n. 8S. trat. 7. pag. 27$.
dc Ffloraque , n. 89. trat. 7. pag. 278.
de Fumaria , n. IJ. trat. 7. pag. 248.
de Hiera com Agarico , n. 2 1. trat. 7. pag. 23I.
dc Hiera compofla » n. 22. trat. 7. pag. 23I.
de Hiera com poda reformadas, n. 22. trat. 7• P-2>2
dc Hermodaílylos mayores, n. 17- trat, 7.pag-2)0
^TT
dc Hcrmodadylos menores , n. I 8. trat. 7. pa^ 23 r
dc Lapis lazuli, n. 1 4. trat. 7. pag. 249. F ô 5
de Laudano , n. 49. trat. 7. pag. 233.
dc Opio , n. 26. trat. 7. pag. 253.
de Pacliio , n. 26. trat. 6. pag. 209.
de Ricardo Morton , n. So. trat. 7.' pag. 276.
de Ruybarbo , n. 6. trat. 7. pag. 243.
de Sagapeno , n. 42. trat. 7. pag. 260.
ce bagapeno reformadas , trat. 7. pag. 261.
dc Tormcntina cozida , n. 57. trat. 7. 269'
de lormentina magiflraes, n. 83. trat. 7. pag. 277.
dc Termcntma reformadas , n. 5ó. trat, 7. p. 260,
de tribus , n. 87. trat. 7. pag, 27S.
c.tomachicas, n. 23. trat. 7. pag. 252.
cftomachicas íimplez , trat 7. pag. 252.
1 tlulas febris , n. 44. trat. 7. pag. 262.
febris tartareadas , trat. 9, pag. 318.
fétidas mayores , n. 1 2. trat. 7. pag. 249.
harmônicas , n. 3 6. trat. 7. pag, í^S.
hydropicas , n. 53. trat. 7. trat. 258.
hypnoticas , n. 85. trat. 7, pag: 277.
hyitéricas , n, 51. trat. 7, pag. 267.
Imperiaes , n. 29, trat. 7. pag. 254.
Jndas, n. 13, trat. 7. pag. 2"49.
lúcidas mayores , n. 9. trat. 7. pag. 247.
magillraes dc Aço, m 3 3. trat. 7. pag. 25 3;'
marciaes de Lemenj, n. 3 5. trat. 7. pag. 25 6.
marciaes dc iSXaetJio , n. 37. trat. 7. pag. 237.
marciaes de Morleij,, n. 36. trat. 7. pag. 256.
imdichinas, n. 1 9. trat. 7. pag. 2 31.
mefentcricas , n. 52. trat. 7. pag. 268.
narcóticas, n. 27. trat. 7. pag. 253.
nephriticas , n. 46. trat. 7. pag. 262.
odoríferas, n. 84. trat. 7. pag. 277.
ópticas , n. 5. trat. 7. pag. 248.
pachias , n. 26. trat. 6. pag. 209.
para a tóífe , n. 5 5. trat. 7 pag. 248.
para dores de cólica , n. 41. trat. 7. pag. 260.
para fabres quartans, n. 45. trat. 7. pag. 262.
para o baço , n. 4S. trat. 7. pag. 266.
peitoraes , n. 47. trat. 7. pag. 263,
perpetuas, n. 91. trat. 7-pag. 278.
preíervativas da pede , n. 58, trat. 7. pag. 270;
peftilenciaes , n. 6o. trat. 7. pag 270.
polychrefías, n. 3. trat. 7. pag. 242.
pr© colico morbo , n. 41. trat. 7. pag. 260.
fine quibus , n. 7. trat. 7. pag. 245.
fiomachicas, n. 23. trat. 7. pag. 252.
fiomachicas fimplez , trat. 7. pag. 252.'
tartareas , n. 39. trat. 7. pag. 257.
tartareas dc Schrodero , n. 40, trat. 7. pag, 23SJ
tartareas reformadas, trat. 7. pag. 2 5 7.
Pilulas porque fe inventáraõ , trat. 7. pag. 239*
Pifeis lucius , n. 68. trat. 9. pag. 3 23.
Pidacia , n.31. trat. 8. pag. 294,
Planta frutice , trat. 1. pag. 4.
Planta fruticofa, trat. I. pag. 4.
Polipodio , n. 6. trat, l. pag, rp. |
Poma dulcia , n. 31. trat. 5. pag. 149,'
Pomada, n. 36. trat. I i. pag. 3 93.
Pompholix , n. 98. trat. !. pag. 39.
Pomo de Qnercetano, n.95. trat. 5. pag, 170.
Pondus abfolutè , trat. 2. pag. 62.
Pondus quid ! trat. 2. pag. 62.
Ponto nos cmpladros , n. 1. trat. 12. pag. 423.
Poyfon , trat. 2. pag. 64.
Porquinhas dc Santo AnlaÕ , trat. 7. pag. 263.
Por quatro caufas fc faz a affaçaó , trat. I. pag, 13.
Por cinco caufas fe faz a infuíaó , trat l pag. 1 ç.
Por tres caufas fe faz a trituraçaó , trat. 1. pag. 16,
Pofcaaquofa, n. 27. trat. 3. pag. 77.
Pós abforbentes magidracs, n. 12 r, trat. 9. pag. ; 3 7.
abiwr*
 y 12 ' Index do quê contem ejla Pharmacopea.
abforbentes de Uvedelio , n, 122. trat. 9. pag, 337.
ad cadavera loricanda , n. 13 p. trat. p. pag. 343,
ad cadavera loricanda de Lemerj, n I40.trat. p.p.344.
ad parturn facilitandum , trat. p. pag. 33P,
ad íedanda tormina polt partum , n. 127. trat. p.
pag.3 5P.
alexiterios de Barbete , n. 30. trat. p. pag. 318.
antidyfentericos , n. 62. trat, 9, pag. 321.
antiepileticos de Charás , n. 23 . trat. p. pag. 3 lo.
antiepileticos de Lemenj , n, 24. trat. p. pag. 31.
antiepileticos de Schrodero, n. 22. trat. p. pag. 3 lo.
antiepileticos ínfignes , n. 24. trat. 9. pag. 31 r.
anretebris Cnnfciámos, n, 92. trat. p. pag. 329
antefebris magiítracs , n. 93. trat. p. pag. 329.
antihydropicos de Baudéron , n. 3 6. trat. 9. pag.3 r ç.
antibydropicos de Quercetano, n. 3 3. trat. 9. p. 3 15.
antihydropicos reformados , trat. 9. pag. 315.
Pós aotiliíTos , n. 1 o;, trat. 9. pag 333.
antincphnticos, n. 114. trat. 9. pag. 333.
antipleuriticos, n. §5. trat. 9. pag. 327.
entipleuriticos de Hofmano , n. 8>. trat. 9. pag.327.
antipleuriticos fimplez , n. S6. trat. 9. pag. 327.
antitificos , n. 98. trat. p. pag! 3} t.
artheticos , n. 42. tçat.9. pag 315.
aídringentesde Charás, n, 5 8 trat. p. pag. 3 20.
aítringentes para o ufo externo, n. 57. trat.p. p. 320.
áureos, n. 113 trar. 9. pag. 33 5.
beneditinos , n. 13. trat. 9. pag. 307.
bezoarticos cum preciofis , n. 75. trat. 9. pag. 323.
bezoarticos de Charás , n. 72. trat. 9. pag. 324.
bezoarticos de Ho{f'mano , 73. trat. 9. pag. 324.
bezoarticos line preciofis , n. 7 t. trat. 9. pag. 324.'
cacheticos dc Lemenj , n 16. trat. 9. pag. 307.
cacheticos de Qiiercetano , n. 13. trat. 9. pag. 307.
cacheticos fimplez , n. 66. trat. 9. pag. 322.
carminativos , n. 60, trat. 9. pag. 3 21.
cephaücos , n. ioo. trat. 9. pag. 33I.
cholagogos, n. 33, trat. 9. pag. 314.
cholagogos fimplez , trat. 9. pag. 317.
contra abortum , n. 126, trat. 9. pag. 339.
' contra cafum de Guido , n. 5 6. trat. 9. pag. 320.
contra cafum de Lemenj , n. 35. trat. 9 pag. 3 20.
contra cafum de Zuelphero , n. 54. trat. 9. pag. 319?
contrafluxum fanguinis , n. 39. trat 9. pag. 320.
contra malignidade , n. 96. trat. 9. pag. 3; o.
contt3 malignidade reformados trat. 9. pag. 330.
contra peftem , n. 5 2. trat. 9, pag. 319.
contra rabiem , n, Io (.trat. 9 pag. 333.
contra vermes de Charás , n. 39. trat. 9. pag. 3 T í.
Pós contra vermes dc P alados , n. 162. trat. 9. p. 349.
contra vermes de Zuelphero, n. 38. trat. 9. p. 313.
contra vermes vulgares, n. 3 7. trat. 9. pag. 3(3.
cordeaes de H jfinano, n. 69. trat. 9. pag. 323.
cordeaes de Lemey , n. 7 1. trat. 9. pag. 323.
cordeaes reformados, n 67. trat. 9. pag. 322.
cordeaes faxonicos , n. 68, trat. 9. pag. 322.
cornachinos , n. 44. trat. 9. pag. 317.
cornacbinos dc LcmcHj , trat, 9. pag. 317.
de Aço , n. t 28. trat, 9. pag. 13 9
de Aço Pariíicnccs , n. I 29. trat. 9. pag. 339.
de Bolo , n. 109. trat. 9. nag. 3 3 4.
de Díacinnabaris reformados , n. 2S.trat.9. p. 3I2.
dc Diamartis, n. r ;o. trat. 9. pag. 340.
de Dia mu mia , n. 120. trat, 9. pag. 337.
de Óiàolibano , n. 1 17. trat. 9. pag. 33 6.
de Hiafaturno , n. 1 oS. trat. 9. pag. 334.
de Diafuccini, n. tf 9. trat. 9. pag. 337.
de Diatarraro , n. 26. trat. 9. pag 317.
de Gmteta dc Lemenj , n. 2 7. trat. 9. pag. 312.
dc Gutteta de Rrverro , n. 26. trat. 9. pag. 312.
dentifrícios, n. 13 7. trat. 9. pag. 3 42.
^ dentifrícios mofeados, n. 1 j5. trar. 9. pag. 343.
dejoannes , n r 3 ç. trat. 9. pag. 342.
dejoannes como íe conhecem, n. I5J. trat, 9.1
PaS- >42.
dc Joannes da Pharmacopea Valentina , trat. 9.
Pag. >42-
de Lemen/ ad cadavera loricanda , n. 140. trat. 9,
Pag. 3 44.
de Quintílio , n. 23 2, trat. 9. pag..341.
dc Rainha, n. IIo. trat. <7. pag. 334.
de Rubia , n. 11 8. trat. 9. pag. 3 36.
de Salça parrilha , n. 41. trat. 9. pag. 31^. ■■
de Senne. co npoílo , n. 3 2. trat. 9. pag. 3 r.4.1
de Senne preparados, n. 45. trat. 9. pag. 3 lí.
de toda abifrna , n. I34. trat. 9. pag. 342.
Pós de Tartaro folutivo , n 31. trar. 9. pag. 313;
degcltivos de Lemenj, n 14. trat. 9. pag. 307.
defentericos dc CroiLo , n 63 trat. 9.pag. 321.
difentericos de Hofmano , n. 6;. trat. 9. pag. 322.
difentericos de Lemenj , n. 54. trat 9. pag. 321.
do Conde de Uvarvich , n. 44. trat. 9. pag. 317.
epilcticos de Raucno , n. 26. trat. 9. pag. 31 2. :
epiléticos Marcbionis , n. 25. trat. 9. pag. 312.
epiléticos p?.ra meninos , n. 29. trat. 9, pag. 3I3.
epiléticos régios , n. 3 o. trat. 9. pag. 313.
cftiticos , n. 3 ; trat. 9. pag. 319. .1
eftemutatorios , n. 1 o 1. trat. 9. pag, 332.
edernutatonos de Lemerj , n. io2.trat. 9, pag.3} 1.
Euphrazianos, n 164. trat. 9. pag. 3 50.
febris le Sckcodero , n. 88. trat. 9 pag. 328.
febris dc Lemenj , n, 89. trat. 9. pag. 32S.
febris Lituanicos , n. 90. trat 9. pag. 3 28.
febris tartareados , n. 91. trat. 9. pag. 328.
febrífugos antemoniaes , n. 94. trat. 9. pag. 329.
Haly , n. i3i,trat. 9. pag. 340.
hydragogos de Baudéron , n. 3 6. trat. 9. pag. jlj.
hydragogos de Quercetano , trat. 9. pag. 3 15.
hyfiericos de Charás , n. 123. trat. 9. pag. 338.
hungaricos , n. 103. trat. 9. pag. 3 3 2.
Imperiaes , n. 61. trat. 9. pag. 32I.
Joviaes de Lemenj , n. 125. trat. 9. pag. 338.
Joviacs hyfiericos , n. 124. trat. 9. pag. 3 3 8.
laxativos de Salça parrilha , n. 40. trat. 9. pag. j ií,
liberantes de Lemenj , n. 71. trat. 9. pag. 3 23.
liberantes reformados, n.7c.trat. 9. pag. 3*5.
magiftraes contra peite , n. 168. trat. 9, pag. 3 5 r.
magiltraes de Colle , n. 107. trat. 9. p. 534.
Pós magiítraes de Sthocaldo, n. 47. trat.9. p. 318.
Marchionis , n. 23. trat. 9. p. 51 2.
Melanagogos , n. 34. trat. 9. p. 314.
Nephriticos de Charás , n. III. trat, 9. p. 334.
Nephriticos de Lemenj , n. 112. trat. 9. p. 3 j j.
panonicos , n. I03. trat. 9. p. 352.
para abrandar as dores do parto, n. I27. trat. 9.
P- 5 34.
para a fede , n. 166. trat. 9. p. 3 ço.
para a memória , n. 1 57. trat. 9. p. 3 50.
para chagas da garganta , n. 104. trat. 9. p. 3 3 2.
para barretes, n. 77. trat. 9. p. 32;.
para epithema do coraçaó ex Lcmertj , n, 7 9. trat. 9 ;
p.324.
para epithema do coraçaó ex Zuelphero , n. 78. trat.
9. p. 32c
para epithema do fígado Lemerj/., n. So. trat. 9.
P im¬
para epithema do fígado ex Zuelphero, n. Si, trat.
9. P» 326.
para cfiofar barretes , n. 76. trat. 9. p. 325.
para facilitar o parto , trat. 9. p. 339.
para frenezis , n. 97. trat. 9. p. 3 31.
para hemorrhagias , n.l 15. trat. 9, p. 335.
para hemorrhagias de Lemerj/ , n.l ló.trat. 9-P-3 3 J.
para farna, n. 133. trat. 9. p. 341*
para
 Index do (]ue contem ejla Tharnwcopea.
paratifica, 163. trat. 9 p. j4P.
pro denirificio , n 1*6. trac. 9. p. 542,
palía vanticos, n. 19. trat. 9. p. 508.'
pleuricicos , n. 84. trat. 9. p. jí7.
refe&ivos , n. 82 trat. 9. p. 325.
re fedi vos reformados , trat. 9. p. 326.
reftridivos, n. 134. trat, 9. p. 341.
rúbeos panonicos , n. 51. trat. 9. p. 319,
Sarcoticos, n. 99. trat. 9. p. 331.
Syrios, trat. 7. p. 243.
Solearcs de ttiüep , n. 155. trat 9. p ,Ço-
Solutivos Cnofteliatios, n. iotf.trat 9 p '333
Solutivos de Fouquet, n. 48. trat 9. p. 318.
Pósfolutivos de tribus , n. 45. trat. 9. p. 317/
fu dor i feros , n. S7. trat. 9. p 327.
n artareos de l-ouquet, n 49. trat. 9. p. 31S.
Tartanzados folutivos, trat 9. p. 3I3.
Viperinos, n. 95. trat. 9. p. 329.
Ungancos, trat. 9. p. ,J2.
Pugilus , trat. 2. p. 64.
Pulicaria, trat il.p 395
Pulvis comitis üvarvich , trat, 9. p. 317.
Haly , n. I5 I. trat. 9. p. 340.
quid : trat. 9. p. 304.,
Purificação da Pedra liume , trat. 9. p. 332.
do Cinnabrio de Antimonio , trat. 9. p. 308;
doCmnabrio nativo , trat 9. p. 3Ò9.
do Sal prunel, n. 57. trat. 7. p. 2 tf 9!
do íal Saturno , n. 7. trat. 8. p. 283.
do Tincal , n. 145. trat. 3. p. r 12.
dos oleos , n. 26. trat. i o. p. 3(jr.
Pulverizado Opij , n. 79. trat. ii. p. 409.
Prajcipitatio , trat. 13. p. 484.
Preparaçaõ da Cebolaalbarra, n. to. trat. 4. p, I20.
da Coloquinthida , n. 19. trat. 8. p, 2S9.
da Efcama de Cobre , trat, i2. p. 429.
da Efcamonea , n. 7. trat, tf. p. 197. *
da Efcoria de Ferro, n. 34. trat. $.p. i$i,
da Ezula , n. lo. trat. tf. p. 199.
da Marcafita , n. 42. trat. i2 p. 440.
da Pedra cerúlea , n. 11. trat. tf. p. 201.
da Pedra cianea , trat. tf. p 2oi.
da Pedra Syriaca , n. 4tf. trat. 7. p. 2tf2.
da Pedra de Aguia , trat. i2, p.444.
da Pedra de Cevar, n. 12. trat. 12. p. 430;
da PedraJudaica , n. 4,5. trat. 7. p. 262.
da Pedra Japis lazuli, trat. tf. p. 202.
da raiz da Ezula , n. 12. trat. 7. p. 249.
da Sarcocolla, n. 28. trat. 8. p. 292.
da Seda , n. l l.traC. tf. p. 20I.
da femente de Meymendro , n. 2ç. trat. 7. p. 2 JJ.
da Termentina , n. ç7.trat.7. p. 169.
da Tuttaj n. 77. trat. 3. p 89.
da unha de Grambefta , trat. 9. p, 310.'
das canas de Boy , n.io, trat. 11. p. 38ç;
das Viboras, n. 1 o trat. 8. p. 383,
de todas as pedras prcciofas, n. 28. trat. tf. p. 21!.’
Preparaçaõ de Aço . n. 34. trat. Ç. p. 151.
do Aço com Enxofre , trat. ç. p. jji.
do Aço fem fogo , trat. 9. p. 340.
doAlabaftro, n. 54. trat. 12. p 444.
do Alambre , n. 9. trat, 8. p. 284.
do Aljôfar, n. 27. trat. 6. p. 21o.
do Azeviche , n. tfi. trat. 6. p. 227.
do Cinnabrio nativo , n. 20. trat. 9. p. 309,
do Cobre, n. 11. trat 12. p. 429.
do corno de Veado , n. 59. trat. 6. p. 227.
do corno de Veado fem fogo , n. 59. trat. tf. p.227.'
do Coral , n. 29. trat. 6. p. 2I2.
do Cranco humano , n. 5 2. trat. <5. p. 223.
do Fllcboro , n. 45. trat. 7. p. 2tf2.
doeftcrco de Pavaõ , n. 24. trat. 9, p. 511,
515
do Euphorbio , n. 24. trat. tf. p. 207.
do Ferro , n. 34. trat. 5. p. 151.
do fígado de Lobo, n. 41. trat. 7. p. 2<ío,
do Marfim , n. 5 9. trat. 6. p. 227.
do Opio , n. 47. trat. 7. p. 263.
do pello de Lebre , n. 39. trat. 9. p. 320.
do langue dc Bóde , n. 43. trat. 8. p. 298.
do langue dc Vitélla , n. 13 5. trat. 3. p, ico,
do Turbit , trat. I; p. 15.
do Unicorneo , n. 23. trat. 9. p. 3 lo.
dos Anacardos , n. 64. trat. tf. p. 229.
dos bófes de ílapoza , n, 1. trat, 4, p. 117,
dos bofes dc Vitélla, n. l3 5,trat. 3.p. í0p.
dos Coentros, n. 27. trat. 7. p. 233.
dos Mille pedes, n. 46 trat, 7. p. 2tf 3.
dos olhos de Caranguejos, n. 46. trat. 7. p. 2^3,
dos offòs da perna dc Boy, n 10. trat. ir. p. 383.
philofophica do corno de Veado, n. 2r. trat. 9.
p. 509.
philolophica do Cranee humano, n. 21. trat. 9,
P- } 1 °.
philofophica da Unha de Grambefta , n. 21. trat. 9.
p. 3 io,
Prajparatio lapidis ^Etites , n.33.trat. 12. p 444.
niagnes arícnicalis , n. 7}. trat. 12. pag. 449.
raatris Perlarum , n. 87. trat. 9_p. 328.
Marcafita;, trat. 12. p. 440.
fecundinarum mulierum, n. 24. trat, 9. p. 31r.
quid ? trat. x. p. 12.
Primeira caufa da lavaçaõ, trat. 1. p. 14.
caufa da Afiaçaõ, trat. r. p. I3.
caufa da Infufaõ , trat. r. p. 13.
Primeira caufa da faculdade dos Medícamcutos, trat,
I. p. 2.
Pro foliis Mandragora;, n. 5. trat. U. p. 383.
Prophiliatica , trat. 13. p. 484.
Propolis , n. 29. trat. 12. p. 43
Propoleos, trat. 12. p. 435,
Projeótio , trat. ij.p. 4S4.
Prolífica , trat. 13. p. 484.
Pfeudo, trat. X3. p. 484.
Pfilotrum , trat. i3. p. 484.
Píbrica , trat. ij.p. 484.
Pfidica , trat. r 3. p 484.
Ptifana , trat 13. p. 484.
Pycenotica , trat. 13. p 484.
Pyríama trat. 13. p. 4S4.
Pyrothenia , trat. 13. p. 484.
Pyrotica, trat. 13. p. 4S4.
Q Q
Uadrans, trat. 2. p. <*3.
Quantidade de Açúcar nos Eledluaríos brandos
n. f. trat. 6. pag. 191.
de Açúcar nas opiatas , trat. tf. p. 191.
dc Açúcar nos Eledtuarios folidos, n. r. trat. tf.
p. ipr.
de Mel nos Eleóluarios brandos, n.i. trat. 6. p. I9I.
de Oleo nos unguentos , trat. 1 r. p. 380.
Quarta caufa, porque fe faz a Afiaçaõ , trat. x.p. íj.
caufa , porque fc faz a infufaõ , trat, I. p. 15.
Quartarius , trat. 2, p. <54.
Quartarium , trat. 2. p. <5:3.
Quartilho , trat. 2. p. 63.
Quatro farinhas , trat. 2. p. tftf.
quatro fcmcntesabfolutè , trat. 2. p. CC.
Quincunx, trat. 2. p. 63.
Quinta caufa , porque fc faz a Infufaõ, trat. I.
P. »5-
Quilate, trat. 13. p. 4 69.
Quinaquina , n, 96. trat. r. p. 5 $.
 514 Index do (jue contêm efla P harmacopea.
Quinquina, n. 9tf. trnt. I. p. 58.
Q. S. nas receitai, trat. 2. p. 60.
R .. :
R Aiz que hc , trat. I. p. 7.
compolta , trat 1. p. 7.
íimpléz , trat. í. p. 7.
de Peonia quando fc colhe , n. 25. trat. 9, p. 3I0.
Viperina, n. lo 1.trat. }. p. 17}.
Raizes abfoiutamente pedidas , n. 24. trat. S. p. 290.
aperientes, trat. 2. p. 05.
como fe ieccaõ , trat. 1. p. 8.
de tenue fubftancia como le lavao, trat. 1. p. 8.
diuréticas, trat. 2. p. tf}.
Rhamno cathartico , n. 142. trat. 5. p. 187.
lblutivo , trat. 5. p. 187.
Rhapontico , n. 57. trat. 1. p. 3 tf.
Rarefattio , trat. 13. p. 48;.
Rarefacicntes , trat. 2. p. 07.
Rqlio , trat. ij.p. 4&>-
Razao porque fe preparao os medicamentos, trat. I.
p. 12.
porque fe inventáraõ as pílulas, trat. 7. p- 2}P.
Recipiens , trat. 13. p 48;.
Rectihcatio , trat. 13. P.4S3.
Cinnabaris Antimonij , n. 20. trat. 9. P* 3°*»
Cinnabaris nativi, n. 21, trat. 9. p. 5 09•
eipiritus vitrioli , n. 3 3. trat. 9. p. } 14.
Rc fedi va , trat 13. p. 481;.
Refrigeratorium , trat. 13. p. 4^5"-
Regulus , trat. 13. p. 483.
Regulo de Antimonio ordinário > n. 92. trât* 7. p. *79*
Rhabarbaro , n. \ 5 . trat. 1. p. 23.
Relaxantia , trat. 13. p. 4*5*
Remedios que aquentaõ, trat. 2. p. tftf. , de Chumbo , n. 7, trat. 8. p. 2S3.
exteriores na mordedura da Vibora , n. 7\. trat. tf.
p. 233.
interiores na mordedura da Vibora, n. 71.trat. tf.
p. 23Ç.
Remcra aratri, n. 11}. trat. 3. p. 101.
Repelentia , trat. 13 p. 48,.
Requies magna, n. 70. trat. tf. p. 23 3.
Reíerantes, trat. 2. p. 67-
Refidentia , trat. 13. p. 4SÇ.
Refiduos de Agoa fórte , n. 70. trat. 3. p. 88.
Rczina abfolutè , trat. 1. p. 9.
de Ammoniaco , n. 40. trat. 7. p. 258.
de Batata, n. 99 trat. i. p. 39.
de Beijoim , n. 15. trat. 12. p. 431.
de Efcamonea , n. 5. trat. 7. pag. 243.
de Eitoraque , n. 15* trat. l2- P- 43 *•
de Guayaco , n. 7}. trat. ío. p. 375•
de Jalapa, n. ço.trat. 7- p. 2tftf.
Elemi, n. ço. trat. 1. p. 4o*
quid t trat.-l.p.9.
Relòlutivos, trat. 2 p. tf 7-
Refumptiva, trat. 13. p. 4^5*
Refta Eovis, trat. 3. p. i°t*
Retorta , trat. 13. p. 485.
Reverberatio , trat. 13. P- 4*3«
Revivificatiò, trat. I}. p. 4*5.
Rob PaíTularum , n. 3. trat. 4. p. H9*
quid n. 98. trat. 3. p. 9?-
Robub , n. 9$. trat. 3. p. 9}.
Rom , n. Ç3. trat. I. p. 4o-
Rofas abfoiutamente , n. 18. trat. 7. p.
Alexandrinas, n. 22. trat. I. p. 28.
brancas, n. 22. trat. I.p. 29.
caninas , n. 22. trat. I. p. 29.
Dafnafccnas , trat. i. p. 29.
dc Alexandria| trat. I. p. 2S.
de cem folhas, trat. I. p. 28.
de Toledo , trat. í. p. 29,
de Veludilho , trat. 1. p. 29.
Palidas encarnadas , trat. I. p. 28.
Perlicas, trat. I. p. 2Í.
Sativas , trat. I. p. 29-
vitriolados, n. 3 3. trat. 9» p. 314.
Ros Melis, trat. i}. p. 485.
Solis Febrífuga , trat. 13, p. 48 J.
Vitrioli , trat. 13. p 485.
Rofmaninho , n. 29. trat. 1. p. 32.
Rotula , trat. 13. p. 483.
Rotulus , trat. 2. p. 63.
Ruybarbo , n. 15. trat. I. p. 23.
Rupta Capraria , n. 139. trat. 3. p. II®.
Muraria, trat, 2. p. tf}.
■ S
S Accharum Aluminis , n. I04. trat. 9. p. 333.
rolatum Perlarum, n. 139. trat.9. p. 349.
Saturni, n. 7. trat. 8. p. 385.
Safi , trat. 2. p. tf4-
Sagapeno , n. 42. trat. I. p. 37.
como fc depura , n. 42. trat. 7. p. 2<ÍI.
Sal accido, trat. i3,p. 48tf.
Alkali, trat. 13. p. 48í.
Armoniaco natural , n. 1 io. trat. 3. p. 99.
Armoniaco purificado . n. 1 io. trat. 3. p. 99.
de Alambre volátil , n. 57. trat. 7. p. 269.
de Cardo fanto , n. 43, trat. 7. p 2tfi.
de Centáurea , n. 43. trat. 7. p. 202.
de Centaurea vitriolado , n. 91. trat. 9. p. jx*.
de Coral, n. 131. trat. 5. p. 184.
de Craneo humano , n. 117• trat. 9. P» 33<í.
de Efianho , n. I24. trat. 9. p. 33S.
de Lofna, n. 41. trat. 7. p. 2tfo.
de Perficaria , n. tf8. trat. 12. p. 44*-'
de Pérolas , n 13 1. trat. 5. p. 184.
dc Tamargueifa , n. 42. trat 7, p. 2tf I.
de Tartaro, n. 3. trat. 7. p. 243.
de Tartaro como fe coníerva , n. 3. trat. 7. p. 243.
de Tartaro fohado , rt. 40. trat. 7. p. 2}8.
de toda4as plantas , n. 4!. trat. 7. p. atfo.
dc Vitriolo , n. 73. trat. 12. p. 449-
eífencial , trat. 13. p. 48tf.
foffii, n. 149. trat. 3. p. H4-
fixo , trat. 13 v 'p. 48 tf»
Gema, n. 149. trat. } . p. I M-c 249-
.Jrtdo , fl. 13. tfát. 7. p. *49.
Jovis , n. 125. trat. 9. p-3 39.
Lapis Percarum , n. 120. trat. 9. p. 337,
Martis, n, 40;. trat. 7. p. 259.
Martis de Rivtrio , n. 40. trat. 7. p. zjj,
Martis fubdulce , trat. 7. p. 2J9. T-
«íiitro ,, n, I02. trat. I. p. 61.
Pctra , trat. I. p. tfl.
polychrefto , n. 57. trat. 7. p. 169,
pruncl, n. 37-, trat. 7- p. 2tf9.
primei como fc purifica , trat. 7. 2tf9*
Saturno , n. 7. traí. 8. p. 2S3.
Saturno como fe purifica , trat. S. p. 283.
Tartaro, n. 3. trat, 7-P- 243.
Tartaro como fe conferva , ttat. 7» p. 244*
Tartaro foliado , n. 40. trat. 7. p. 25S.
volátil, trat 15. p. 48tf.
volátil de Alambre , n. Ç 7- trat. 7. p. 269.
volátil de Corno de Veado , n. 24. trat. 9. p. 3II.
Salitre, n. ioi. trat. I. p. tf*.
Salfafrax , n. 154. trat. 5. P• *15•
Sal via vitae, trat. 2, p. tf}.
San d a-
 Index do (jue contem e fia Vfhtrmacopca.
Sandalos, n. 82. trot. 1. pag. j0.
brancos, traí. I. pag. 50.
citrinos, trat. i.pag. ;o.
vermelhos , trat. t. pag. ço.
Sandaraca , n. 54. trat. 1. pag. 40.
Sangue de Bode como íe prepara , n.4j, ttar.S. p.29 8.
de Drago , n. 56. trat. i.pag. 41.
Sanguinaria, n. 64. trat. 9. pag. 523.
Sanicula , n. 39. trat. 3. p. 8 o.
Santali Mafachari, n. 32. trat. 6. pag. 2I4.
Santonicum , n. 79. trat. 4. pag, 13 9.
Sapa quid » n. 9$. trat. j. pag. 95.
Sarcocolla , n. 41. trat. 1. pag. 37.
como te prepara , 11. aS. trat. 8. pag. 29a.
Saflafrax , n. 154. trat. 3. pag. 11 j.
S. a. quid í trat. 2. pag. 6;.
Saturnina, trat. 13. pag. 486.
Scamonea , n. a. trat. 1. pag. I7.
como fe faz , n. ç. trat. <j. pag. 19;.
Scelotirbica, trat. 13. pag. 485.
Scorburica , trat. 15. pag. 486.
Scrupuius , trat. 13. pag. 486.
Scenccio , trat. 2. pag. 6;.
Scutum , trat. 13. pag. 4S6.
Sebo confeito , n. 9i.trat. II. pag. 413.
confeito vermelho , n. 91. trat. 11. pag. 4!*.
Scbum quid ? trat. 13. pag. 486.
Secaniabim , n. lo;, trat. 3. pag. 96.
Secundinas como fe preparao, n. 24. trat. 9. pag;3 11.
Seda como le queima , n. 11. trat. 6. pag. 201.
Scdenegi, n. 9- trat. 8. pag. 284.
Segunda faculdade dos medicamentos , trat. I. pag.*,
caufa porque fe faz a aífaçaó , trat l. pag. 13.
caufa porque fe faz a lavaçaõ , trat. 1. pag. 14.
caufa porque fe faz a infufaó, trat. 1. pag, 15.
caufa porque fe faz a Tnturaçaó , trat. I, pag. I ç;
Semen quid 1 trat. I. pag. 6.
Semente de Alexandria , n. 7 9. trat. 4. pag. 139.
de Peoma quando fe colhe-,'m 23. trat.9.pag.3 Io,
Sementes frias mayores , trat. 2. pag. 66.
fiias menores , trat. 2. pag. 66.
lX
quentes mayores, trat. 2. pag. 66.
Sementes quentes menores, trat, 2. pag. 66i
Semicupium, trat. 13. pag. 48a. ■1 -
|l:<»;
Semiflem , trat. 2. pag. í4>
Senne; n. 1 7. trat. i. pag. 24.
Seplaciaria , trat. 13. pag. 4^6.
Separaçaõ do Oleo de Xartaro , trat, 3>pag, Ioj,'
Septa , trat. 13. pag. 489.
Septunx ', trat. 2. pag. 6i-
Serapino , n. 42. trat. I. pag. 37«
como fe prepara , n. 42. trat, 7. pag. 2<fl»
Serpentaria mayor, n. 3 8. trat. I.pag. 36.
menor, trat. I• pag. 36.
Serpcntin , trat; 13. pag. 4^6•
Sefcunx , trafà. pag. 63.
Sclctincia, trat. 2. pag. 63.
Scxtans , trat. 2. pag. 6 3.
Sextuns , trat. 2. pag. 63.
Sextarius , trát, 2. pag. 63.
Sextulus , trat 2. pag. 63.
Sigilum Salamonis , n. 11S. trat. 3, pag. I03,
Silicus, trat. 2. pag. 63.
Siliqua , trat. 2. pag.ós.
Sínza dc Rans , trat. 9- pag- 3 3 í-
Syrupus quid f trat- 3. pag. I40.
Centinodix , n. 70. trat. 5. pag. íiz.
compofitus , trat. 3. pag. 140.
dinarij , n. 90. trat 3. pag. tóS.
Genciana;, n. 44. trat. 5. pag. 13 $.
longa: vitae , n. 44. trat. 5. pag. 15 5.
Myraphatx ; n. 117. trat. 5. pag. 179.
5T5
Ononidis, n 70. trat. 5. pag. 162.
íetnpervivi compoíitus , n. 71. trat. 5. pag 163.
Sperma Ccti , n. 74. trat 12. pag. 430.
Sprritus aiuipieuriticus , n. 46 trat. lo. pag, 366.
Caílonj, n. 136. trat. 3. pag. 109.
Nitri, n. 36. trat. 7. pag. 2;6.
Nitri duleis , n. 30. trat. 7. pag. 236.
Volátil falis Armoniaci . n. Ii o. trat. 3, pag. 98,
Vitrioli , n. 33. trat. 9. pag. 214,
Species cephalicas, n. 18. trat. 9. pag. 30$,
Spica Nardi', n. 16. trat. í. pag. 24.
Celtica, trat. I.pag, 24.
Spina infcdlcria , n. 142. trat. 5. pag. 187.
Spleneticos , trat. a. pag. 69.
Spiífamentum , trat. i.pag. 11.
Spodio , n. 44. trat. r. pag. 38.
Solidus , n. 36. trat. 6. pag. 217.
Solidum , trat. 2. pag. 63.
Solimad, n. 27. trat. 8. pag. 29I.
Soníferos , trat. 2. pag. 67.
Soro , n. 24. trat. I. pag. 3 a.
abfolutè , trat. 1. pag. 3 r.
Status, trat. 2. pag, 63.
Styras rubeus , n. 39. trat. 6. pag. 21S.
como fe poem nas compofiçoensjii.j. trat.i 1^,426^
Subfrutex , trat, I. pag. 4,
Sublimado corrofivo , n. 27. trat. 8. pag. 29I.
Subftancia , trat. 2. pag. 70.
Succinum , n. I lo. trat. 3. pag. 9S.
Succi mucilaginoll , trat. i. pag. II.
Succus Abfinthij, trat. 7. pa^. 242,
Eupatorij, trat. 7. pag. 242)
foliorum , trat. i.pag.. 1.0. .
florum , trat. I. pag.. 1I. '
frucluum , trat. I. pag. II.
horbarum , trat. I. pag. lo,
plantarum vifeofarum , trat. I. pag. 1 r.
quid ? .trat. I. pag. 9,
Sudoriferos , trat. 2. pag. 6$.
Sulphur dulcis Vitrioli, n, 130. trat. 9, pag. 340,
Supofitorin, trat. i.pag. íei.
ex Hiera picra , trat. 6. pag. 2oi.
Scropulqs , trat, 2. pag. 62.
Scrupuius»* trat. 2. p^g. 62.
Synahchrca , trat. 13. pag 487.
Syncomilhis panis, trat. 13. pag. 487.
Sincopticaf trat. 13. pag. 487.
Syncritica ,• trat. J 5. pag. 4S7.
Synthcíis, trat, 13. pag. 487.
Synujqtica ji trat. 13. pag. 487.
T
T Abciac Ungaricaj, n. 103. trqt. 9. pag, 333*
Tabulie quid í trat. 9. pag. 304.
TaJco como fe calcina, n. 63. trat. 9. pag. 321*
como fe tritura , n 74 jra:. lo. pag. j66.
Tacai»ac{i, n.íí.trat i.pag. 43.
.
Talcntum , trat. 1 pag. 63.
Talos das planta6 í?.j inúteis , trat. I. pag- ?■
Talhadas ad Jac provocandum , n. I ç 5. trat.9. p,3+8.
Angélicas , 14. 169. trat. 9, pag. 3 51.
cacheticas de Charus^. 'n. 142. trat, 9. pag. 3 44*
cacheticís dç Lemcri/ , n. I4i.trat. 9. pag. ;4r*
Talhadas cordjats dc Ii.offniano , n.i 57. trac.9. pag.345-
cordiaes de Lcnery , 17. 148.trat. 9. pag. 34b-
cordiaes fem fogo , trat. 9. pag. 34Í.
como fe fa7.eiji, trat. 6. pag. 213.
de Althea compofías , n. 1 í 3- trat. 9- Pag- 347*
de Althea fimplcz , u. 1Ç2.trat. 9- Pso* 3 47.
de Althea fimplcz fem fogo, trat. 9. pag. 347*
de Beijoim , 11, J 7C- trat- 9- ? ir>
 516 Index ao (jite contem ejla Pharmacopea.
dc Crocus Martis comnoftas, n.i44.trat.p. pag.34;.
de Crocus Mnrtis fimplcz , n. I43. trat.p. pag, 344,
de Diamargaritaõ frio , trat. 9, pag. 348.
de Diarrhodaõ Abbade , trat. 9. pag. 34í.
de Diutragacantho frio , n. 1 ç6. trat. p. pag. 348.
de Diaiulphur , n. 15 3. trat. p. pag 347.
de Vlanus Chriiti, n. 139. trat. 9. pag. 348.
de Manus Chriiti fem fogo , trat. 9. pag. 349,
Eméticas, n. 145. trat. p pag, 34;.
Hungaricas , n. I03. trat. p. pag. 332.
para gonorrhcas , n. 145. trat. p. pag. 345.
para hérnias , n. x 5 8. trat. 9 pag 34$.
peitoraes , n. 149. trat. p. pag. 346.
peitoraes citrinas , n. 150. trat. 9. pag. 346.
peitoraes de Charús , n. i 51. trat. p. pag. 3 47.
r.efc di vas reformadas, n. 137. trat. p. pag. 34».
Ungaricas, trat. 9. pag. 332.
Tamarindos , n. 20. trat. i, pag. 17.
Tarraxacon, trat. 5. pag. 150.
Tartaro, n. 14*- trat. 3. pag. II3.
íblutivo, n. 31. trat p. pag. 313.
folavcl , n. 20. trat. 5 pag. 143.
vitnolado, trat. pag. 153,
Theriaga , trat 13. pag. 4SS.
Thermantica , trat. i3.pag. 4S8.
Therminus , trat. 2. pag. 63.
Telaaromatica , n. 139 trat. 9. pag, 243:
Gualteri , n. 64. trat. 1 2. pag. 447.
Tempo de colher as plantas , trat. I. pag. 4.
de colher as plantas fubfcutic.es » trat. I. pag. 4.
Tempo dc colher as ervas 3 trat. r. pag. 4.
de colher as flores, trat. i.pag. 3.
de colher os frudos , trat. 1. pag. 6.
de colher as raizes, trat. 1. pag. 7.
de colher as gomas, trat. I. pag. 9.
de colher as raizes de Peonia , n.23. trat.9. pag.3 Io.
de colher a femente de Peonia, n.2 3.trat.9.pag.j l o,
de colher a Cebolaalbarrã , trat. 8. pag. 291.
que durad os cozimentos , trat. 4. pag. 133.
que duraõ as tindúras , n. 7, trat. 5. p'ag. 142.
Terceira caufa porque fe faz a AíTaçaõ,trat. I. pag. Ij<
caufa porque fe faz a lavaçaõ , trat. 1. pag. 14.
caufa porque fe faz a Infufaõ , trat. I. pag. Iç.
caufa porque fe faz a trituraçaó , I. pag. 16,
faculdade dos Medicamentos , trat. I. pag. t.
Termentina, n ioo. trat. I. pag. 5 9.
como fc reduz a pó, n. 57. trat. 7. pag. 269.
como fe prepara , n. 57. trat. 7. pag. 269.
Tereniabim , n. 2. trat. 6. pag. I 92.
Terra de cevar de Saturno , n. 132. trat. 9. pag. j41.
deVitriolo, n. 130. trat. p. pag. 34°-
doce dc Vitriolo , trat. 9. pag. 340.
íoliada de Tartaro , n. 40. trat. 7- pag. 35Í.
figillada , n. H trat. 8. pag. 2S6.
fanta , n 132 . trat. p. pag 3 41.
Tinc.il , n. 145-trat. 3. pag. M 2.
Tindura, trat. t3.pag 4&S.
Tindura antipleuritica , h 1 o. trat. 5. Pag*
ccphalica, n. 11. trat. 3. pag. 142.
de Açafrad , n, 47. trat. 7. Pag- 26\.
de Aco aperiente , n. 36. trat. 7- Pag*
de Canela , n, 11;. trat. pag. 17 9-
de Caftoreo , n. 4. trat. 5. pag. Hr-
de Hypèricaó , n. 8. trat. 5. P*g' *4**
de Kina Kina , n.76. trat. 7. pag, 275.
de Lofna , n. p8. trat. 5. pag 172*
de O oi o , n. 47. trat. 7. pag 26^.
de Papoylas, n. 7. trat. pag. I42*
de Rofas , trat ;. pag. 141.
de Seda , n. 27. trat. 6. pag. 209.
de Scnne , n. 50.trat. 7. pag. 267-
dc Tartaro > n. 40. trat. 7. pag. 2>9-
Tin&ura de Violas, n. o. trat. ç. pag. 142.
Ti fana antipleuritica , n. 64. trat. 4. pag. 134.
aperiente, n. 60. trat. 4. pag. I33.
aiiringcnce , n. 61. trat. 4. pag. 134.
cotnmua, n. 39. trat. 4. pag. 133.
contra morburn , 11, 69. trat. 4. pag. 136.
contra morburn de Fóuquct , n. 6S. trat. 4, pag. I36,
de Aveya de Madama Fouquct, n. 67. trat.4. pag.13 Ç.
de Aveya , trat. 4. pag. I35.
Laxante , n. 6%. trat. 4. pag. 13 ç.
nutriente , n. 63. trat. 4. pag. 134.
ordinaria para hydropicos , n. 66. trat. 4. pag. 13 J.
para febres de meninos , n. 64. trat.4. pa. 134.
Tifana five Ptifana quid i trat. 4. pag. 133.
Toda a trituraçaó le deve fazer com facilidade , trat.
I. pag 13.
Todos os medicamentos fe devem preparar,trat.I.p.4,
Tomta feu Tonotica , trat. 13. pag. 486.
Tópica, trat. 13. pag. 486.
Torcular feu Torculum, trat. 13. pag. 486.
Torrefadio , trat. 13. pag 486,
Toxica, trat 13 pag 486.
Trachea, trat 13. pag. 486, (
granorum Ades, trat. 13. pag. 486b
Tranfmutatio , trat. 13. pag. 486.
Tricongius, trat. 13. pag. 489.
Triens, trat. I3.pag 485.
Trigona , trat. 13. pag 4S<>.
Trígono, trat. 13. pag. 4S6.
Triapharmacum , trat, 13. pag. 486.
Triaga magna Andromachi fenioris , n. 73. trat. 6.
■ ' P.ag 236.
de eímeraldas , n. 29. trat. 6. pag. 2I2.
dos pobres, n. 72 trat. 6. pag. 236.
reformada , n. 71. trat. 6. pag, 233.
Triafandalos , n. 36 trat.ó. pag 217.
Trituraçaó do Talco , n. 72. trat. Io. pag. 37/?.’
do Verdete , n. 4. trat. 11. pag. 3 82.
dos Unguentos, trat. 11, pag. 380.
Triturado quid ? trat. 13^ pag, 488.
Trochilcos anodinos magiílraes, n. 5 3 trat. S. pag,}®I.
aiKiafnaticos , n. j 9, trat 8. pag. 296,
bechicos brancos , n. 40. trat. 8. pag. 296.
bechicos negros , n 41. trat. 8. 297.
Cyphi , n. 5 3. trat, 8. pag. 300.
Trochifcos contra pe'ilc , n. 5+. trat. 8. pag. 30 Xi
dc Açafraó , n. 20. trat. 8. pag. 2S9.
de Agarico , n. 13. trat. 8. pag 287.
de Alcaparras, n. 8. trat, 8. pag 283.
de Alambre de Mejue, n. iz. trat. 8. pag. 286.
de Alambre de Varignann , n. Io. trat. II. pag.3 8$}
dc Alandal , n. 19. trat. 8. pag. 289.
de Alkekenges , n. 11. trat. 8 pag. 2S{.
dc Alkekenges reformados , trat. 8, pag. 285,
de Alipta mofchata , n. 3. trat. 8. pag. 281^
de Balauflias, n. 5 8. trat. 8. pag. 302.
de Beijoim , n. 48. trat. 8. pag. 299-
de Berberis, n. 7. trat. 8. pag. 2S2. ,
de Berberis reformados , trat. 8; pag. 28;.
de Champhora , n. 25. trat. S. pag. 290.
de Cebola albarã , n. 26, trat. S. pag. 29Í.
deChumbo , n 42. trat. 8. pag. 297.
de Coloquinthida , n. 1 9, trat. 8. pag. 289.
de Diarrhodaõ dc Mefue , n. 16. trat. 8. pag. 288.
de Diarrhodaõ dc Nicoláo , n. 17. trat. S, pag. 28S.
de Diarrhodaõ reformados , trat. 8. pag. 285.
de Doronicos , n. 5 9. trat. 8. pag, 302.
de Enula , n. 52. trat. 8 pag. 300.
dc Erva doce , n. 3 5. trat. S. pag. 259.
de Ffpodio , n. 5. trat. 8. pag. 2S2.
de Efpodio abfoíutè, trat. 8. pag. 2S2.
de Efpodio com fcaients.de Azcdasín.<J.trat.S,p.2S2,
de
 Index do que contém e/la Vharmacopea.
de eflancar fangue , n. ço. trat. 8‘. pag. 299.
de Eupatorio , n. 4. trat. 8. pag. 281.
de Fioravanto , trat. 9. pag. 283.
de Gallia mofchata de Mefue , n. f. trat.S. pag.280
de Gallia mofchata de Nicolao , n.2. trat.S.pag.2S0
de Gordonio , n. 31. trat. 8. pag. 29}.
de Gordonio reformados , trat. 8. pag. 294.
de Handal , n. 19. trat. 8. pag. 289.
de Incenfo , n. 29. trat. S. pag. 29J.
de Junça , n. 37. trat. 8. pag. 29$.
de Karabe de Mefue , n. 12. trat. S. pag. j86.
de Karabe de Vavignana , trat. 11. pag. 2S5.
de Lacca , n. 3d. trat, 8. pag. 29;.
de Lofna , n. 15. trat. 8. pag. 288.
de Lofna reformados , n. 15. trat. 8. pag. 288.
de Minio, n. 27. trat. 8. pag. 291.
Trochifcos de Minio reformados , trat. 8. pag. 29I*
de Myrrha , n. 14. trat. 8. pag. 2S7.
de Páo de Aguila, n. 23. trat. 8. pag. 290.
de Pedra hume , n. 5d. trat. 8. pag. 302.
de Pcrolas , n. 44. trat. 8. pag. 297.
de Ramich , n. io. trat. 8. pag. 28ç.
de Ramich reformados , trat. S. pag. 2Sç.
de Rhazis , n. 28. trat. 8. pag. 292.
de Rhazis reformados, trat. 8. pag. 292.
de Rhazis fem Opio , trat. 8. pag. 293.
de Rofas , n. 24. trat. 8. pag. 290.
de Ruybarbo, n. iS. trat. 8. pag. 289.
de Sandalos , n. 22. trat. S. pag. 290.
deTartaro, n. 31. trat. 9. pag. 313.
dc Terra figillada , n. 9. trat. 8. pag. 283.’
dc Terra ngillada reformados , trat. S. pag. 284,'
deValeriana, n. 2 r. trat. 8. pag. 2S9.
de Viboras, n. 45. trat. 8. pag. 298.
de Violas, n. 30. trat. 8. pag 293.
PIorcntinos, n. do. trat. 8. pag. 303.
Hydricoy , n. 38. trat. 8. pag. 296.
Jiyltericos , n. 49. trat. 8. pag, 299.
para diarrheas , n. 47. trat. 8. pag. 299.
para etfancar fangue , n. 50. trat. 8. pag. 299.’
para gonorrheas , n. 3 2. trat. 8. pag. 294.
para vomitos de fangue , n. 45. trat. 8. pag. 299.
pcitoraes , n. ç 7. trat. S. pag. 3 o 2.
pleuriticos , n. 43. trat. 8. pag. 297.
fublioguaes contra péfte , n. 34. trat. 8. pag. 295.
fubhnguaes para tiílcos, n. 33. trat. 8. pag. 294,
Viperinos, n. 4;. trat. 8. pag. 298.
Trochifcus quid ? trat. 8. pag. 280.
Trovifco , n. r t, trat. I. pag. 21.
Thus Judeorum , n. çS. trat. 1. pag. 42.
Turbit, n. 5.trat. i. pag. 18.
da terra , trat. I. pag. t9.
mineral, trat 13. pag. 488.
Tutia, n. 97. trat. t. pag. 5 8.
como fe prepara, n. 77. trat. 3. pag, 89.
V Uncia , trat. 2. pag. d2.
V Appa, trat. I3. pag. 488.
Vários Oleos , trat. Io. pag. 354.
veficatorios , trat. 12. pag. 439.
"Vaz circulatorium , trat. 15. pag. 488.
Infernal , trat. 13. pag. 488.
Ve&icaria medicamenta , trat. 13. pag. 489.
Venter equinüs , trat, 13. pag. 489.
Veratrum , n. 13. trat. I. pag. 22. ’
Verdete como fe tri&ura , n. 4. trat. II, pag. 382.'
Vermelhão , trat. 9. pag. 309. '
Verniz , n, 54. trat. i. pag. 40.
liquido , trat. 9. pag. 344.
Veficatorios , n. 38. trat. 12. pag, 430.
Veíicatorium , trat. 13. pag. 489. * ’-H
Viziuhanqa , trat. 2. pag. 6?.
/
yij
Viboras, n. 71. trat. 6. pag 234.
accidentcs que caufao , trat. 6. pag. 254.
como lc conlervaó , trat, 8, pag. 297,
como lc preparao , trat. 8 pag. 247.
effeitos que fazem , trat. d. pag 234.
remédios exteriores , trat. d. pag. 235.
remedios interiores, trat. <5. pag. 235.
virtude das Vi-boras , trat.6. pag. 235.
Vidro de Antimonio , trat. 9, pag. 304.
Vinacia , trat. I3. pag. 489.
Vinagre , n. I57. trat. 3. pag. iid.
aromatico , n. 15 ç. trat. 3. pag. 11 ç.
confortante , n. 1 ç <5. trat. 3. pag. 11 gt
cofmctico , n. 157. trat. 3. pag. 1 i6.
diaphoretico , n. i;4. trat. 3. pag. líç.
de Alfazema , n. 92. trat. 3, pag. 93.
de Arruda , n. 93. trat. 3. pag. 93.
de Cebola albarrã , n. 97. trat. 3, pa^, 94,
de qualquer flor, trat. 3. pag. 94.
de Rofrnaninho , trat. 3. pag. 93.
de Sabugueiro , n. 96. trat. 3. pag. 94.
de Salva , trat, 3. pag. 93.
purgativo , n. 94. trat. 3. pag. 93.
rozado , n. 92. trat. 3. pag. 93.
Scillitico , n. 97, trat. 3. pag. 94.
theriacal , n. 95. trat. 3. pag. 93.
Vincetoxicum , trat. 3. pag. m.
Vinho Antímonial , n. 85. trat. 3. pag. 9I.
Chalibeado, n. 83. trat. 3. pag 90^
Chalibeado de Poterio, n. 84. trat. 3. pa«\ oi.
emético, n. 85. trat. 3. pag. 91.
efhbiado , trat. 3. pag. 91.
eílitico , n. 9r; trat. 3. pag. 92.
magiífral folutivo , n. 90. trat. 3. pag. 92.
para Galico , p. 89 trat, 3 pag. 92.
purgante , n. 85. trat. 3. pag. 91,
Santo, n. 87, trat. 3. pag 91.
Santo de Schrodero , n. 88. trat. 3. pa9^.
Violas, n. 33. trat. I. pag 34. &
Violetas , n. 33. trat. I. pag. 34.
Virtude alterante nos medicamentos, trat.I, pag. 2.
purgante , trat. 1. pag. 2. 1
roborante , trat. I. pag 2.
Vitriolo , n. ior. trat. r. pag. 60.
azul , trat. I. pag. dr.
branco, trai. I. pag. 60.
de Alemanha , trat. i.pag. do.
ide Inglaterra , trat. I. pag. do.
de Ungria , trat. 1. pag. 6o.
Martis , n 29. trat. ç. pag. 14S.
Martisde RioerJo, n. 40. trat. 7. pag. 259,
Romano, trat. 1. pag do.
verde , trat. 1. pag. do.
Vifco quercino , n. 29. trat. d. pag. 212.
Vitisalba, n. 12. trat. I. pag 21.
Vomitivos , trat. 2. pag. 68.
Unguento Agripa ,0.3. trat. ir. pag. 382.
Agripa de Leiueiy , trat, rr. pag. 3S2.
ad hemorrhoidas , n. 90 trat. 11. pag. 4I2,
ad Infantum alvum laxandum , n.d7.trata 1. p. 40;.
ad partum facilitandum , n. 72. trat. 11. pag. 407.
ad partum facilitandum emendatum , trat.Ilfp.407.
amarelo , n. 4d. trat. 11. pag. 399.
anodino, n. 89. trat. li, pag. 412.
antimonial , n. 94. trat. 11, pag. 413,
antipleuritico , n. 78. trat. ir, pag. 499,
Apoílolorum , n. 20. trat. 11. pag 389.
Aregao , n. 43, trat. 1 r. pag. 395.
Arthanita mayor , n. id. trat. 11. pag. 3S7,
aflringente , n. 85. trat. II. pag. 410.
aurco , n, 22. trat. 1 pag. 3 90.
Z vl bazaíb
 518 Index do que contem efta Vharmacopea.
bazalicad , n. iç.trat. Il.pag. 387.
bazalicaõ mayor, trat. II. pag. 387.
bazalicad reformado , trac. i l. pag. 387.
branco alcamphorado , n. 26. trat. II. pag. 39I.
branco de Rbaus , n.25. trat. 1 1. pag. 3 <;l.
branco fem fogo , n. 17. trat, 11. pag. 388.
butyraceo emendado , n. 88. trat. u. pag, 41i.
Camelo , n. 50, trat. 11. pag. 400.
carminativo , n. 93. trat. 1 l. pag. 4I3.
citrino, n. 45.trat, II. pag 397.
citrino magiífral, trat. 11. pag. 3 98.
citrino reformado , trat. 11. pag. 398.
clifmatico , n. 9;. trat. II. pag 413.
cordcai , n. 14. trat. r I. pag 3S6.
cordeal de Lemerif , n. 96 trat. 11, pag. 4I3,
Unguento confortativo magiftral, n I i7.trat.II. P.41S.
contra vermes , n. 38. trac. II pag. 402.
contra vermes de Lcaiery , .
trat. 11 pag. 405.
contra vermes de Barbeie , trat. 11. pag. 403.
crinifico , n. 1 tp. trat. 11. pag. 419.
daCooídeça, n Io. trat. ir. pag 384.
da gota , n. 36, trat 11. pag. 402.
de Alabidro , n. ç 3. trat. 11. pag. 401.
de A aba'dro de Zaelphero , trat. 1 l. pag. 40I,
de Aiderete , n. 34 trat. 1 I. pag. 393.
de AlcaiTús , n. 102. trat. 11. pag. 413.
de Almofariz, n çl trat. II. pag. 400.
de Alporcas, n. 64. trat. II. pag. 404.
de Althca , n 21. trat. 11. pag. 389.
de Arthanita mayor, n. 16 trat. II. pag. 3J7.
de Azougue, n 27 trat U. pag. 391.
de Bedelio , n. 98 trat. 11. pag. 414.
de Cabaça , n 13. trat. II. pag. y&6.
de Cal , n. iS. trat. II. pag. 3 88.
de Caó novo , n. 81. trat. 11. pag.^lo.
de Camoezas , n. 36. trat. II pag. 393.
de cafcas de Gadanhas , n. 11. trat. 11. pag, 385.
de conchina , n. 54. trat. 11. pag. 401,
de çumos , n. 76. trat. 11. pag. 408.
de Chumbo , n. 23. trat. 11. pag. 390.
de Cynogloza , n. 30. trat. Il.pag. 392.
de Engos , n 57 trat. II. pag. 402.
de Erva moura, n, 73. trat. 11. pag. 407.
de Eítoraque , n. 92. trat. 11. pag. 4I2,
de fel de Touro , n 74. trat. 11. pag. 408.
de fezes de Ouro, n. 17. trat. Il.pag. 388.
de flor de Laranja , n. 2. trat. II. pag. 381.
de Gaynero , n. 14 trat. 11. pag. 386.
de Linaria , rt. 99• trat. 1 *• PaS- 4I4*
de Madama Foquet para farna, n. 32. trat.lI.p.401.
de Wercurio , n. 2 7. trat. I I. pag. 391.
de meya confeição , n. 41. trat. 11. pag. 394.
de Minio, n. 37. trat.'l I. .pag 39 J*
de Minio camphorado , trat. II. pag. 393.4
dc Pimenta, n. 121. trat. 11. pag. 420,
de queimaduras, n. 60. trat. II. pag. 493.
de Regadio , n. 91. trat. I I. pag. 412.
dcfeccativo , n. 3;. trat. 11. pag. 39?»
defeccativo rubro , n. 69. trat. I â. pag. 404.
defopdativo de çumos, n. 6 trat. H. pag. 3Í3,
defopilativo do baço , n. 7. trat. II. pag. 384.
defopilativo doeftomago , n. 9. trat. 11. pag. 3J4.
Unguento defopilativo do ligado n. 8. trat.l 1. p. 384.
defooilativo magiftral, n. 118. trat, li, pag. 419.
de Termentina , n. 82. trat. 11. pag.+io,
de Tutia , n 24. trat. 11. pag. 390.
d^^poftolos , n. 20 trat. II. pag. 3^9*
Egypciaco de Charás , trat. 11. pag. 382.
Egypciaco'de Gitido , trat, 11. pag. 382.
eftitico , n. 80. trat. II. pag. 409.
fórte , n. 62. trat. 11. pag. 403-
fórte fem pós, trat. 11. pag. 404*
fufco , n. 38 trat. 1l. pag. 394.
Gayncrio , trat. 11. pag. 3S6.
Gummi Elemi , 0.40. trat. II. pag. 394.
hurneótante de Amato , n. 75 trat. II. pag. 408.
Jovis, n. Ioi. trat. 11, pag. 414.
Jovis reformado , trat. 11. pag. 4I4.
Maccdonio , n. I03. trat. 11, pag. 4.1 ç.
magiftral de Sayaõ , n. 6 l. trat. I í. pag. 403,
magiftral para farna, n. 5 2. trat. 11. pag. 400.
Marciataó , n. 44. trat. 11. pag. 396.
Marciataóreformado, trat. II. pag. 397.
maftichino , n. 97.trat. 11. pag.414.
medicamentofo reformado, n.óS.trat. II. pag^oç.
Mercúrio, n. 27. trat. 11. pag 391.
Minio , n. 37. trat. II. pag. 393,
Minio camphorado, trat. li. pag. 393.
Mouro, n. 49. trat. II. pag. 400.
mundificativo de Aypo» n. 32. trat. I r. pag. 392,
mundihcativo de Rezina , n. 31. trat. 11. pag. 392*
Napolitano, n. 29. trat. 11. pag. 392.
narcotico , n. 79» trat. II. pag, 409.
negro, n. 8(5. trat. 11. pag. 411.
nervino , n. 87 trat. 11. pag. 411.
nervino reformado, trat, II. pag. 411.
nutritivo, n. 17. trat Il.pag. 3 88.
ophtal nico , n. 3 5. trat. 11. pag. 402.
oxidorcico, n. 28, trat. II. pag 391.
para almorreimas , n. 90. trat. 11 pag. 412.
para carnozidades , n. 84. trat. H. pag. 41 o.
para chagas de bexigas, n. 65. trat. 11. pag. 404,
para calcos de cavalo , n. 63. trat, 11. pag. 404.
para contufoens, n. 83. trat. il.pag, 41 o.
para frieiras, n. 71. trat. il.pag. 407.
Unguento para impigens , n. 70. trat. 11. pag. 4.06.
para laxar o ventre aos meninos, n 67. trat.ll.p.40^.
para purgar meninos, trat. II. pag. 405.
para queimaduras , n. 114, trat. 1.1. pag. 418.
para queimaduras de Agoa , n. 120. trat.lI. p.42».
para farna , n. 115. trat. 11. pag. 418.
para tinha , n. 66 trat. 11. pag. 404.
para tinha de Burneto , trat. Il.pag 40 Ç.
para tinha dc Hejfuianoy trat. 11. pag. 4»Ç„
peitoral de Leinery, n 42. trat. II. pag, 304* ,
peitoral de Hoffmano , trat. 11, pag. 395.
peitoral de SecareIJi, trat. U 1. pag. 39j„
pomado, n. 36. trat. il.pag. 393.
populeao , n. 5. trat. 11. pag. 3 83,
pleuritico , n. i 9. trat. 11. pag. 3 88.
pro fifluris manuum , n. 36. trat. H.pag. 39J.
Ragadio , ou Rhagadio, n. 9t.trat. II. pag. 4I2.
refrigerante de Galeno , n. 48. trat. il.pag. 399. ,7
refolutivo de çumos, n. 77- trat. 11. pag. 409,
refumptivo de Lemery, n. 12. trat. 11. pag. 38Í,
refumptivo de Ovledo , n. 12. trat. Il.pag. j8<f,
rozado, n. I, trat.-11. pag. 3S0.
rubro, 11.33! trat. 11. pag. 392.
rubro de Lemery , n. I00. trat. II. pag. 414.
Sandalino, n. 47. trat. il.pag. 399.
Suporativo , n. I ç. trat. Il.pag. 387.
tetrapharmacum , n. 15. trat. il.pag. 387.
triapharmacum , n. 17. trat. H. pag, 388.
Unguentos frios , trat. 2. pag. 66.
quentes , trat. 2. pag. 66.
Unguentum quid ? trat. M. pag. 380.
Ungula Aleis como fe prepara, 11.2 k trat.9. pag. j Io.
como fe prepara philofophicamente , n. 21. trat. 9.
pag. 3»o- ■ ■ -ri: \
Unha de Grambefta como fe prepara , n. 21. trat. 9.
pag. 310.
Unicornio como fe prepara , n. 2 3. trat. 9. pag. 3 I o.
fua virtude , trat. 9. pag. 3 lo.
Undúra fórte, n. 62. tiat. II. pag. 405.
Urm,
 1. pag. 64.
rtf*' pag- 64 I'i do 1Ue contêm eíía deVharmacopea.
Erva doce _ ..
xry J j. pag. 49
rffiedia, nat.i
• Pag- 4S9.
a* , trat. 13. pgl 4*9.
X de Erva lama reformado , n. 136. trat. 5. pag. 18j,
f. APC acctPí’° ompofto, n. 143. trat. ç. p.iSS.
■T1 ^ofo fimplc, n. 72. trat. ç. pag. T63.
Pf nuftrua provuanda , n. 33. trat. 5. pag. 150.
ptiepetica , n. b6. trat. ç. pag. 174.
ntimancolico , n. 126. trat 3. pag. 1X2.
fitipJeritico, n.?5;. trat. 5. pag. 170.
^ricre çachetio, n. 38. trat, ç. pag. rçj.
£reoin- 45. trat ç. píg. iç5.
Ehntiiicompoft , n í’1- trat. 3. pag. 16 S.
irtó fimplcz n. p >• trat. s. pag. 158.
n. 2S.:rat.
pag. i4S.
■o para moinos» n. 29. trat. 5. pag. 148,
nr> y n. 28 trat, 5. pag i4g.
‘o , n. 7* trat. ç
Pag. 152.
coitr^elancoli;, n. il7. trat. 3. pág. 1S2.
oagoi
. c, rr. 4<f- at.-5-pag. í56.
yfav n. 34. trat 3. pag. 151.
Z<,cí<í' n- i > • trat. 5. pag. 151.
je'M \e Zaca» , n. 3 5. trat. 3. pag. 152.
delg^nho, 1.112. trat. ç. pag. 175.
de grtça, n. 3;trat. ç. pag. 153.
a^lgr/0(ns, t I4S. trat. 5. pag. t 89.
de./ca/Tis, níp.trat. 5. pag. 158.
oe Imciriõ , .164 trat. 5. pag. I6í.
dc Ithca-, n. or.tat. 5. pag. 174.I
de itheá de FM, n. loS. trat. 5. pag. 175.
de ramoniacc, n. 2S. trat. 5. pag. 1S2.
deirtemija , 1.113 trat. 5. pag. 177.
«prtemija rccjrmaío , trat. 5. pag. i77l
dcAvenqa, 11 gc. tnt. 5. pag. 1 50.
Sç.tra. ç. pag. 15r.
n. I kl trat. 5. pag. 1 Xá.
•in-rrw- 5-pag. 1S4.
, m ^ «íivtrát. s. pag. i(jo.
oeüamoczít vn. fi^trat. 5. pag. 178.
e -amrezatíhm fojo , tiat. 5, pag. 17Í,
de^ieh MUç.trat,;. pag. 178.
oe jarooíanlo, o. 66. trat. 5. pag. 162.
dc afcss1 dcQdra, K 7*. trat. 3. pag. 16%.
de afea dc Uani*, n. 7P-trat.ç. pag. 163.
de piorei d; NiicAn ,in. 3 2. tnt. 5. pag. 149.
dc (hicoreacojn dob«ad[> Ruybaibo, trat.ç.p.iço;
de U|icoreafirnplcj, nJá 1. trat. 1. pag. 1 60.
íx>elc fi^ns <!e Oiros. ,1 n. 144. tnt. 5. pag. 1S8,
” ^'dteírnenoí, H.I39. trat. 5. pag. 16o.
thodía,\ n. 70.
1 trt|. 3.
y • pag. 112.
r o* *'
ejsnejres , n. I24. rat. 5. p;g. 1S1.
^entos,; n 115. tra(. 3 pag. 17$.
Lcni<>ida tnsyor, n 8. tat. 4. paj. I20.
: C4;id ,r. 113>.trat. ;*paL 1S3,
r \A'.
wavthifas, n. 13:. trat 5. p:g. 184.
Cravisl Arnchella, Irat 5, pig. 184.
C^vdQlndji, n. 134 tnt. 5. pag. 184.
| çiunc«c“rtgçs j 0. i li. tnt. ç.pag. 1S0.
llçurao,efoJh;s dePectguciro, n. 120. trat. 5.
rpaj. 13c
imos cRofa;, n. !^. trat. 3, pag. T4Ç.
imosotVa liicm gslicam t n.ío.trat.;,p.l5 7.
^ t- $7.traK 5.pag. t<j7.
trat; 3.
“4 ri- 1 í7.trat; ç. pag. 1S3.
t. tnt.
trat. pag. I ío,
:óA . -.--iV.
r' 5 \y r(trat.
v1 5. pag. 16 j.
dSpiViitnoi M.i , n. 109. t;al. 3. pag. 175.
timo ti trat. 5. [i *7S.
5*9
-- 115. trat. 5. pag. 178.
de trva cidre.ra , n. 133. trat. 5. pag. 184.
de fcrva lanta compolto, n. 156. trat.5. pag. 283.
de Erva lauta limplcz , n. 13 5. trat. 5. pa<r ,85
e Elcabiola , n. ^8, trat. 3, pag. 162.
de Elcamonca , n- 30. trat. 5. pag. 149
de Elcorcionctra , n. loi.trat. 5. pag. i‘72
de Hicord.o compofto , n. 6.7. trat. 5. pag.' i6l
de Elcordio fimplcz , n. 57. trat. ,. pag. 16i
de Eupatorio , 11.95. trat. 3. pag. t7o
de flor de Gicüa , n. 122, trat. 5. pag. iSt.
de fiorde Giefia compolto , n, taj. trat.ç. pag.iSt.
c flor de Laranja , n. 80. trat. ç, pag j *<■
dc flord. Macdi,, ,, rt. ««.V. p» .íL
de flor de Pcccgueiro , n. 1 20. trat. 5. pag. lSo
de Fumaria compolto , n. íoo. trat 5. na* l72 ‘
de Fumaria limplez , n. 99 trat. ç.pag. 1^72.
de Genciana , n. 44. trat. ç. pag. 13 3.
Xorópede Ginjas, n. 124. trat. 5. pag. i8r.
de Golphãos, n. 11 7. trat. 5. pag. i79. ’
de Grana tinctorum , ri. 141, trat. 5. pag. 187
de Hera terreilre , n. I2I. trat. 3. pag. 1S0. ’*
de íníTopo , n. 94. tr at, ç.pag 170.
dc Hortelã , n. 104. trat. 3. pag. 173.
de In fui ao de flor de Pecegueiro.n.l 2o.trat.j p 180;
OeJujubas, n. 97. trat. 5, pag. 17 1.
de Kina Kina , n. 129. trat, pag. 183.
de Lacca, n. io2. trat. ç. pag. 173.
de Lentilhas, n.103. trat, ç. pag 173.
de Limoens , n. 76. trat. 3. pag. 154.
de Limoens fem fogo, n. 76. trat. 3. pag. 164.
de Lingua de Vacca , n. 53. trat. 5. pag. 161.
de Longa vida , n. 44. trat. Ç.pag. 15 5.
de Lolna , n. 98. trat. 5. pag. 172.
de Luparos , n. 69. trat. 5. pag. 152.
de Macei la , trat. 5 pag. 162.
de Malvaifco, n. I07. trat. 3. pag. 174.
de Malvaifco de Fernelio , n. icS. trat. 3. pag. 175,'
de Marmelos , n. 74. trat. ç. pag 153
de Marroyos , n. l io. trat. 5. pag. I7<í.
de Mirnbulanos , n. I47. trat. 3. pag. 188.
de Morangos, n. 125. trat. 5. pag. 182.
de Mofquetas * n. 5 r. trat. 5. pag. 137.
de Mucilagens , n. 11 r. trat. 3. pag. 175.
de Murtinhos , n. 73. trat. ç. pag. 153.
de Ncveda , n. 116. trat. 5. pag. 179.
de Nicociana compoflo , n. 135. trat. ç. pag. 183.
de Nicociana reformado , trat. ç. pag. 1S5.
dc Nicociana fimplez , n. 13 5. trat. 3. pag. 1S3.
A de Páo fanto , n. 47. trat. ç.pag. Iç5.
"• de Papoylas, n. 88. trat. ç. pag. 167.
de Polipodio , n. 48. trat. ç. pag. 135.
de Peonia, n. loç. trat. 5. pag. I74.
de Pérolas de Lcmenj > n. 151. trat. 3. pag. 183,
de Perolas.de Poterio, n. í 30. trat. 5. pag. 183.
de Peros , n. 11 4. trat. ç. pag. 17 8.
de Peros fem fogo , trat. 3. pag. 178.
de Pomos magiftral, n. 40. trat. 5. pag. 134,
de Pomos folutivo, n. 41. trat. ç.pag. 134.
de piretro , n. 13 8. trat. ç. pag. 1 S6.
de Rhamno cithartico , n. 142 trat. Ç.pag. 1S7.
de Refia bovis , n. 70. trat. ç. pag. 16 j.
Xarope de Rey, n. aç. trat. ç. pag. 147.
deRomans, n. 81. trat. ç. pag. 165.
de Romans fem fogo , trat. ç. pag. 163.
de Rofmaninlio , n. 92. trat. ç. pag. 169. £
de Rofmaninho de FerneUo , n. 93. trat.3.‘pag.* 150^
de Rofas feccas , n. 3 7. trat. 5. pag. 159.
Oc. Ruybarbo, n. 26. trat. 3. pag. 147.
deSibor Rey dos Medos, n. 31. trat. Ç.pag. 149*
ds Saníaios citrinos > n, 113. trat. 5. pag. 178.
de
 tf 10 Index do <]tie contem e/lÀPharmaeovt
Vde Sayad, n. 7*• trat, ç.pag: 1 6?.
de Sayad eòmpoíto, trat. 5. pag. 163.
de Semente de Funcho , n. r ç o. trat. pag. 189,
de Semente de Funcho dc Lemciy , n. 115. trat. 5.
pag. 17#.
de Senne > n. 145. trat. 5. pag. iSS
dc cinco raizes , n. 83. trat. 5. pag. \66.
de Sorvas, n. 11 8. trat. ç. pag. 180.
de Sçabiofa , n. 68. trat. 5 pag. 162.
dc Scamonea, n. 30. trat. 5. pag. 149.
dc Scordio compolto, n. 67. trat. ç. pag. \6z.
dc Scordio fimpiez, n. 67. trat. 5. pag. 162.
dc Tanchagem , n. 70. trat. 5. pag. 162.
dc Tuciiágem , n. 68. trat. 5. pag. 162.
de Tribüs, n. 49-trat. *. pag 157.
de Unha gata , n. 7°. trat. 5. pag. 143.
dianucum , n. I45• trat. ç. pag. ISS
dínario limplez, n: 90. trat ç. pag. 168.
do azedo dá Cidra,- n. 77. trat. 5. pag. 164
do azedo da Cidra tem fogo, n.76. trat. 5. pag 164.
emetico , n. 53. trat. 5..pag. 158.
emetico dc Angelo Sala , n. 54. trat. Ç.pag. *5^*
emetico cathartico , n. 5 5. trat. 5 pag. 158.
exhilerans, n. 140. trat, 5. pag, 186.
Hidragogo , n. 142. trat. 5. pag. 187,
Kermezino , n. 141. trat. 5. pag. 187.
Kermezmo fem fogo , trat. 5. pag. 1S7.
Jicnterico , n. 52. trat. 5. pag. 16 8.
magiUral adftringente , n. 151. trat. 5. pag. 189.
magillral afitifcorbutico , n. 149. trat. 5. pag. 189.
Xaróp^e magiftral de Riverio. n. 3 9. trat. 5. pag. 153.
maftichino , n. tj4* trat. 5* P*1?'
mercurial folutivo , n. 42. trat. 5. pag. 154.
mercurial compolto, n. 44. trat. Ç. pag. i;j.
mercurial ítmplcz , n. 43. trat, 5. pag. 155»
Nymphxa: , n. 117. trat. ;. pag. 179.
ünonis > n. 70. trat. 5. pag. 162.
Oxiiacchiro compolto, t: at. ç. pi
Oxiiaccharo fimpiez , n. 8k at. 5. pag
Oxiíàcchkro vomitivo , n. jSc :rat. 5. pag.
.Períico de nove infufocns >117. t»at. ;. _
Perllco de'dobradasinfufoensl trat. 5. pag.
polychreíto, n, 20. trac. 5. pi I45.
roborante, n. 58. trat. ç. paal39.
Rozado fimpiez, n. i<s.trac/l pag. 144.
Rozado de nove infufocns aKofas dobr
18. trat. 5. pag. 145- V
Rozado compolto , n, 2Q. trat)
Vioiado fimpiez , n. 22. trat. 1
Violado magiítral , trat. ç. pa
Violado roxo, n. 23. trat. ç. p
Violado folutivo , n. 24. trat.
vomitivo de Schrodcro , n, ;6.
Xerocollyrium , trat. 13. pag. 48;
Xeromyrrum , trat. 13. pag 4S9. t /
Xeropthalmica , trat. 13. p g. 48
Xilocacia por ella Canela , irat. 7. >ag. 245.
f.
Y . 1 t g -
Va, ou Iva , trat. I}.pag<p.
*1
Aragatòa , n. 3I. trat. I. { g.
Z Zibeta, n. 68. trat. I. pasj 46
Zihetum , trat. I. pag.,46.
Zimbro, n. 71. trat. 6. pag»
Zune , -trat. 13. pag, 489.
Zimofis, trat. 13. pag. 4S9.
Zingiber , n. 74- tratil. pag
laxativum» trat. ij. pag.
Zythus, trat. 13. pag. 489

finiso lxj A XJ S D
•yr y • •

Virginique Matri.