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SISTEMAS ESTRUTURAIS II

ALUNOS: CAIQUE LIMA, EDUARDA TAMPIERI, LAUANY, BRUNA E IZA AVELAR


UNIDADE: TEÓ FILO OTONI - MG

Resumo – Cascas Cilíndricas


As cascas cilíndricas são estruturas muito utilizadas em diversas áreas da engenharia, pois
basicamente tem propriedade de suportar pressões laterais e cargas axiais, trazendo grande
vantagem em seu uso pelo fato de suportar esses carregamentos através de esforços de membrana,
proporcionando assim a construção de estruturas mais leves e esbeltas. As casas cilíndricas
apresentam um comportamento complexo se estiver em estado de carregamento pós critico, pelo
fato de ser linear geometricamente e sensível quantos ás imperfeições.

Em relação ás cascas cilíndricas esbeltas variando de suas dimensões , se pode utilizar enrijecedores
ao longo do seu comprimento normal e circunferencial.

Dentro dos estudos de engenharia estrutural, surge sempre novos métodos para deixar a estrutura
mais econômica e mais precisa, e assim proporcionando cada vez mais estruturas esbeltas e mais
complexas. Quanto mais esbelta a estrutura mais mudanças qualitativas pode sofrer o seu
mecanismo de colapso.

Podem ser citados três critérios de estudo do tipo de estabilidade de um sistema elástico
conservativo: critério de estabilidade, critério dinâmico de estabilidade e critério energético de
estabilidade.

Nos elementos esbeltos, a flambagem ocorre através da presença de grandes deflexões laterais,
fazendo assim que uma estrutura se rompa de forma diferente, considerando a resistência do
material aplicado na estrutura. Quanto mais esbelto a estrutura mais importa é a não linearidade
geométrica dando origem a vários fenômenos que envolve várias definições de equilíbrio estáveis ou
instáveis. E essa não linearidade exige amplo conhecimento dos comportamentos estruturais, pois
exige técnicas de cálculo cada vez mais complexas.

Estruturas de casca cilíndrica com problemas de instabilidade podem sofrer com a flambagem, e
muitas falhas em seu dimensionamento ocasionam problemas futuros na estrutura. Pode ser usado
ferramenta numéricas e softwares como por exemplo o MEF(Método de Elemento Finitos)

Esse método dos Elementos Finitos pode ser uma boa alternativa como solução dos problemas
estruturais mais complexos. As suas duas características básicas se consistem na subdivisão da
estrutura em elementos, formando malha de elementos finitos, e na escolha do elemento adequado
para modelar o problema físico estudado. O MEF garante condições de equilíbrio e compatibilidade
de deslocamentos não apenas nos nós, mas também nos contornos comuns entre os elementos, a
partir de relações entre deformações internas no elemento e os deslocamentos nodais. Além disso,
o campo de forças que possam atuar indiretamente no elemento eh representado por forças
discretas equivalentes nos nós.

Mas de forma geral o MEF eh um método que pode ser utilizado para analise das estruturas de
cascas cilíndricas, fornecendo importante informações sobre as reações desse tipo de estrutura.
No desenvolvimento da análise estática do comportamento linear e não linear de uma casca com
geometria cilíndrica, considera-se a mesma sendo constituída por um material isotrópico, linear e
elástico, bem como enrijecida radialmente por um aumento localizado em sua espessura. Para isso
utiliza-se o MEF através do programa comercial de computador ABAQUS®.

Suas estruturas são classificadas de acordo a curvatura (Xx = 1/Rx e Xy = 1/Ry), utilizando o X o
valor da curvatura e R o raio. As cascas cilíndricas são aquelas que possuem uma curvatura principal
nula e a outra constante em todos os pontos de sua superfície média (REIS; CAMOTIM, 2000).

Basicamente as fórmulas sofreram alterações no decorrer do tempo, em virtude das tensões


sofridas e descobertas em cada situação. Toda instabilidade sofrida representa um problema a ser
avaliado. Gonçalves (1983) desenvolveu um estudo analítico paramétrico baseado nós problemas de
autovalores com intuito de avaliar a influencia dos parâmetros geométricos da casca e dos
enrijecedores. No entanto, não foi suficiente para representar também as situações isoladas das
flambagens, então Junior (1988) desenvolveu uma formulação para análise linear das vibrações
livres e da instabilidade dinâmica de cascas cilíndricas circunferencialmente enrijecidas totalmente
submersas em meio fluido não viscoso e incompressível. Právia (1990) percebendo que todas as
análises eram em vibrações lineares criou um novo método que são longitudinalmente submetidas
a compressão axial. Consequentemente outros matemáticos e estudiosos avaliaram diversos tipos
de cascas cilíndricas e suas influências, chegando em outros resultados e possíveis situações que a
mesma pode vir a sofrer.

Em seguida a definição das grandezas geométricas da casca, modela-se a mesma no programa e


para obtenção de resultados com a precisão desejada realiza-se a análise de convergência da malha
da casca cilíndrica empregando os resultados da carga crítica em função do número de elementos da
malha da casca cilíndrica sem a presença dos enrijece dores. Para a montagem do modelo de casca
cilíndrica no software ABAQUS utilizando o MEF, inicialmente define-se a geometria da casca
utilizando os parâmetros geométricos raio (R), comprimento longitudinal (L), espessura (h) e o tipo
de elemento, que para o caso do nosso estudo se trata de um elemento do tipo casca, que é
delimitado por quadro nós, e cuja representação na linguagem do programa possui a seguinte
denominação: Shell (casca) Para a elaboração da malha da casca cilíndrica no programa
computacional ABAQUS, primeiramente cria-se um nó, definindo a numeração deste e suas
coordenadas no sistema circunferencial. Sequencialmente, geram-se os outros nós a partir do
primeiro ao longo do comprimento circunferencial gerando o primeiro conjunto de nós,
constituidores da base da casca cilíndrica.

Esse conjunto de nós é copiado para o topo e centro do comprimento da casca cilíndrica, de acordo
com o número de elementos que se deseja nessa direção. Após a etapa de criação de todos os nós,
define-se a malha a partir da criação dos elementos pela união de quatro nós adjacentes. Na
definição do material elástico-linear usados no modelo, disponível no programa ABAQUS, definem-
se os valores de módulo de elasticidade E coeficiente de Poisson. Após a definição da geometria, nós
e malha, as condições de contorno são caracterizadas pelos conjuntos de nós que formam a base e o
topo da casca cilíndrica restringidas na direção radial e na direção circunferencial.

A análise de Convergência Inicialmente, necessita-se um estudo de convergência da malha com o


objetivo de verificar o número de elementos necessárias na malha da casca cilíndrica para se obter
resultados com precisão satisfatória. Para a análise linear o programa utiliza a solução de um
problema de auto valor e auto vetor. Nessa análise obtêm-se as cargas críticas de flambagem e seus
valores são apresentados no quadro abaixo para cada caso estudado
A partir dos valores apresentados no quadro acima observa-se que à medida que se adiciona
enriquecedores à Casca 0 aumenta-se o valor da carga crítica, sendo o maior na Casca 5 onde há a
presença de três enriquecedores

Observa-se um aumento de apenas 1,2% no valor da carga crítica. Com isto, evidencia-se que a
escolha de um posicionamento adequado para um único enrijecedor resulta em um maior acréscimo
de carga crítica do que o aumento da quantidade destes enrijecedores na casca cilíndrica. Na
figura4.1 mostram-se os modos de flambagem para as seis configurações de casca cilíndrica
analisadas.

Na Figura 4.1 observa-se que os modos de flambagem possuem formas distintas em cada caso
analisado, apresentando formas assimétricas nas Casca 1, Casca 3 e Casca 4.

Observa-se a partir do Quadro 4.3 que a presença do enrijecedor aumenta bastante o número de
semi-ondas longitudinais, sendo que a presença do enrijecedor no meio do comprimento
longitudinal (Casca 3 e Casca 5) provoca o maior número de semi-ondas.

Análise Não Linear

Para a análise não linear aplica-se incrementos de carga sobre a casca com uma perturbação inicial
presente na ordem de 0.1% do deslocamento obtido no modo de flambagem da respectiva casca.
Esse deslocamento inicial é o menor valor obtido para que o processamento convergisse e é
considerado pelo programa como uma imperfeição inicial para ativar o modo não linear na obtenção
do caminho não linear de equilíbrio. Os deslocamentos radiais apresentados são os obtidos nos nós
que apresentam maiores deslocamentos na forma deformada da casca submetida ao carregamento
final analisado. Posteriormente os deslocamentos longitudinais são obtidos nos nós que apresentam
maiores deslocamentos na forma deformada da casca submetida ao carregamento final. Na Figura
4.5 apresenta-se o conjunto de nós de maior deslocamento para os casos estudados, esses nós se
localizam na coordenada longitudinal Z = 0
FIGURA:

Uma melhor compreensão do efeito da presença e localização dos enrijecedores no comportamento


da casaca, é mostrada na imagem abaixo:

FIGURA:

Essa é a trajetória de carga não linear versus deslocamento longitudinal, admensional pela espessura
da casca cilíndrica intacta para os seis casos estudados.

É notório que existe uma perda significativa da rigidez longitudinal quando acrescenta-se
enrijecedores na Casca, em especifico este caso evidencia um maior encurtamento no sentido
longitudinal comparado a todos os outros casos estudados, pois mostrou o maior valor de dureza
neste sentido.

A geometria de deformação da casca 1 e do caso 4 obtida pelo método linear é a inversa à forma de
deformação das cascas correspondentes obtidas pelo método não linear, sendo assim, o
endurecedor na casca 1 está sendo visto na parte inferior e os enrijecedores na casca 4, sendo da
base e no centro. Caso contrário não seria contrário não seria possível visualizar complemente tanto
o perfil distorcido quanto a contagem de meia onda, sem girar a imagem no programa ABAQUS.

IMAGENS:

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