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PEDRO MENDONÇA
TAC-TAC
O Futebol de Pep Guardiola
Periodizado Taticamente
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
Índice
Índice 3
Introdução 4
1. As “Ideias” de Pep Guardiola 5
2. Modelo de Jogo de Pep Guardiola 9
2.1. Organização Ofensiva 9
2.2. Transição Defensiva 35
2.3. Organização Defensiva 38
2.4. Transição Ofensiva 51
3. Morfociclo “Padrão” da Periodização Tática 54
3.1. Domingo - Jogo 55
3.2. 2ª feira - Folga 55
3.3. 3ª feira - Recuperação “Específica” 55
3.4. 4ª feira - Dia dos SubPrincípios e dos SubSubPrincípios com Tensão da Contração
Muscular Aumentada 62
3.5. 5ª feira - Dia dos MacroPrincípios e dos SubPrincípios com Duração da Contração
Muscular Aumentada 69
3.6. 6ª feira - Dia dos SubPrincípios e dos SubSubPrincípios com Velocidade da
Contração Muscular Aumentada 76
3.7. sábado - Dia da Pré-Ativação 83
Conclusão 88
Bibliografia 89
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
Introdução
Pep Guardiola, é considerado pela maioria da comunidade futebolística, como o treinador
que melhores Ideias tem para as suas equipas jogarem um futebol ofensivo de qualidade,
estético mas ao mesmo tempo com bons resultados.
No entanto, depois de analisar várias sessões de treino do treinador catalão ao serviço do
FC Barcelona e do FC Bayern Munique, tenho a sensação, que a metodologia de treino
(treino estruturado) que a sua equipa técnica emprega para que tais Ideias apareçam nos
jogos não é a que melhor corresponde ao seu génio.
Na minha opinião, a Periodização Tática é a metodologia de treino que melhor serviria o
melhor treinador do mundo de futebol em 2011.
Como tal, este livro pretende mostrar como operacionalizar tais Ideias através da
Periodização Tática.
A Periodização Tática foi amplamente descrita e exemplificada na minha obra anterior
(Mendonça, P. 2014).
Neste livro começarei por mostrar as Ideias de Pep Guardiola (extraídas do estudo das
magníficas obras de Balagué, G. (2012) e Perarnau, M. (2014)).
Em seguida sistematizarei todo o seu Modelo de Jogo.
Terminarei com a exemplificação de um Morfociclo Padrão que tenha em conta os
Princípios da Periodização Tática e que esteja direcionado para na prática levar os
jogadores a jogarem da forma pretendida.
Podem esclarecer qualquer dúvida sobre esta obra (e outros assuntos) através da minha
conta de Twitter: @PedMenCoach.
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- Importante também sempre sair a jogar desde trás com a bola controlada. Quem sai
bem desde trás, joga bem.
- As equipas que perdem poucas bolas são as equipas que estão sempre equilibradas.
- A bola é sempre mais veloz do que qualquer jogador adversário. Temos de a circular
rapidamente (no futebol a velocidade é dada pela bola e pelos passes).
- Dar um passe pensando já no seguinte (pensar para que pode servir o passe que se
vai dar).
- Necessidade de se “passar a bola com uma intenção, com a intenção de fazer golo na
baliza adversária, não passar por passar”.
- Descobrir constantemente onde está o companheiro livre de marcação: passar, passar,
passar e passar, para colocar a bola em zonas mais adiantadas.
f) Jogo Posicional:
- O principal princípio do jogo posicional é procurar em todos os momentos a
superioridade (numérica, posicional ou qualitativa).
- Superioridade numérica: incorporação de mais jogadores num determinado espaço/
linha. Por exemplo a “Saída Lavolpiana” em que os Centrais quando procuram sair
com a bola desde trás perante a oposição de dois Atacantes adversários são auxiliados
pelo recuo do Pivot, criando-se assim uma situação de vantagem numérica 3x2.
- Superioridade posicional: jogadores posicionados livres nos espaços entre-linhas,
através por exemplo da dinâmica do “Homem-Livre” em que o portador da bola, sem
oposição, a conduz para atrair um adversário. O colega do portador que era vigiado por
esse adversário que foi atraído, coloca-se nas suas costas (numa posição diagonal em
relação à bola) de forma a conseguir receber a bola nesse espaço entre-linhas. Outra
dinâmica muito utilizada é a do “3º Homem” em que por exemplo o Pivot coloca a bola
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para o seu Ponta de Lança e este a coloca para trás para que um dos seus Interiores
receba a bola no espaço entre-linhas, orientado para a baliza adversária.
- Superioridade qualitativa: procura de situações de 1x1 ou 2x2 em determinados
espaços do terreno de jogo em que conseguimos criar condições para que os nossos
melhores jogadores joguem de igual para igual com adversários inferiores. Por exemplo
circular a bola num determinado corredor para aí juntar a maior parte dos adversários e
em seguida enviar a bola para o outro lado onde o Extremo poderá enfrentar o Lateral
adversário 1x1 e ir em direção da baliza adversária.
- Uma vez que a equipa consegue ter uma das formas de superioridade (ou mais) a
equipa pode utilizá-la(s) para dominar o jogo.
- Fundamental a criação de superioridade atrás de cada linha de pressão da equipa
adversária de forma a termos homens livres entre as linhas.
- É um método de construção do jogo que tem de ser bem interpretado e entendido pelos
jogadores assim como bem estudado e trabalhado (ao mínimo detalhe) pelos
treinadores.
- Preferência sempre pela criação da superioridade no eixo vertical do campo (com
passes verticais) em detrimento da utilização de passes horizontais.
- Assim, o portador da bola deverá ter sempre 2-3 opções de passe (criação de
triângulos ou losângulos em relação à posição da bola) para continuar a ação de
ataque.
- Os jogadores sem bola deverão estar sempre disponíveis para auxiliar o portador,
procurando posições em que possam receber a bola em boas condições para darem
continuidade à jogada.
g) Defesa à Zona:
- Demonstrar uma mentalidade coletiva, todos devem trabalhar juntos na defesa.
- Um jogador por si só não é ninguém, necessita de todos os seus companheiros para o
ajudar a manifestar as suas qualidades em campo.
- Criação de uma responsabilidade coletiva a partir da solidariedade entre todo o grupo.
- Para se poder jogar com uma Defesa à Zona, tem-se que realizar um trabalho intenso e
detalhado para os jogadores poderem executar os movimentos corretos.
- Para Pep Guardiola “o fundamento do jogo é a forma de se defender”.
- Ter presente que quando atacámos o importante é estar bem preparado para defender
e vice-versa. “O futebol é atacar e defender. O que queremos é atacar muito e
conceder muitas poucas ocasiões ao adversário”.
- Existência de um Guião para a defesa e para o ataque, conhecido desde o Guarda-
Redes até ao Ponta de Lança.
- É muito melhor defender à zona do que individualmente. Quando se defende à zona os
jogadores estão sempre colocados nas suas posições o que facilitará a passagem ao
ataque.
- Todos os jogadores devem dominar os conceitos defensivos.
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i) O “Rondo”:
- O “Rondo” é a Bíblia de Pep Guardiola, o exercício a partir do qual o seu Modelo de
Jogo se consegue entender. É a pedra basilar do seu conceito futebolístico.
- Utiliza variados tipos de “Rondos”: 5x2, 6x2, 4x1, 8x2, etc.
- Neles a bola é jogada com grande velocidade (quase sempre jogados a 1 toque) o que
obriga os jogadores a jogarem e a pensarem rápido.
k) Fé:
- Fé, confiança, convicção de que tudo sairá bem.
- A equipa deve jogar com o treinador crê, sempre. Fundamental mantermo-nos fiéis às
nossas ideias.
- O treinador deve em todas as decisões tomadas, transmitir confiança e segurança.
- Paciência e persistência já que tudo nem sempre sairá bem (principalmente no início).
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• Jogadores bem distribuídos no espaço de jogo, com os três Atacantes bem dentro do
último terço, o triângulo do meio-campo bem subido, Centrais abertos pelos “bicos da
grande área” e Laterais totalmente abertos e profundos, quase sobre a linha de meio-
campo.
• Os Atacantes devem empurrar os defesas adversários para trás, dando profundidade
ao jogo ofensivo.
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• Sair a jogar desde trás com a bola controlada (seja da maneira que seja), utilizando os
Centrais como primeiros criadores de jogo.
• Possibilidade do Pivot se incorporar no meio dos Centrais para se realizar uma saída
com três jogadores de forma a se conseguir criar superioridade numérica contra uma
equipa que utiliza dois avançados centro (“Saída Lavolpiana”). O Pivot deve saber
como se colocar entre os Centrais para ajudá-los nos primeiros passes.
• Criação de superioridade numérica na saída da bola desde trás (2x1, 3x2, etc.).
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• Ter sempre muitos jogadores pelas zonas interiores (corredor central) e alguém por fora
bem aberto (nos corredores laterais).
• É importante que os Laterais e os Extremos estejam sempre em linhas diferentes.
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• Defesas devem preferir sair a jogar no corredor central, evitando sair a jogar por fora
(espaços laterais são muitas vezes zonas de pressão para os adversários).
• No entanto se os Laterais conseguirem receber à frente do seu adversário direto, deve-
se “Sair a Jogar por Fora”.
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• A equipa deve sair a jogar desde trás com claridade, através de uma sucessão de
passes que permita que os jogadores se desloquem juntos.
• Os jogadores estarem juntos na 1ª Fase de Construção permite que a equipa esteja
sempre em equilíbrio (o que facilitará a recuperação imediata da bola em caso de perda
da mesma pela aglomeração dos nossos jogadores em redor dela).
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• Sempre que possível deve colocar-se a bola nos jogadores que se encontram entre-
linhas.
• Preferencialmente tentar colocar a bola no espaço entre a linha média e defensiva da
equipa adversária num dos Atacantes, ou então entre a linha média e atacante da
equipa adversária num dos Médios.
• Para isto é necessário valentia e determinação dos Defesas para conseguirem “saltar”
as linhas adversárias.
• Utilização da dinâmica do “3º Homem”: quem está em posição adiantada em relação à
bola pede para dar a bola a quem está de frente para a baliza adversária (Defesa
coloca por exemplo no Ponta de Lança que de costas para a baliza adversária a coloca
para um dos Médios Interiores que a recebe de frente para a baliza adversária). Nesta
dinâmica é importante o timing de saída do “2º Homem” quando funcionar como ligação
para o “3º Homem”.
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• Circulação da bola entre os Defesas com o objetivo de mover os adversários, para superar a linha
atacante adversária (através de condução da bola).
• Necessidade dos Defesas serem muito bons em posse.
• Ultrapassar as linhas adversárias implica que os jogadores que o fazem sejam agressivos e valentes: ter
a bola e atravessar as linhas adversárias, sem medo ao vazio que fica nas suas costas.
• Deve-se atrair os adversários para em seguida os superar em condução (conduzir a bola para provocar
ou atrair adversários e não para os driblar).
• Criar situações de 2x1 e 3x2: dividir o adversário e passar para o colega (procurar o adversário com
agressividade para o atrair e assim poder dividi-lo).
• Os passes entre os Centrais devem ser sempre para a frente do colega (e nunca horizontais) de forma a
que ele veja facilitada a condução em profundidade ou o passe para o corredor central.
• Passar a bola para o colega recebê-la em movimento (bola no espaço e não no pé).
• Quando o Central avança com a bola, o Pivot deve compensar a sua posição.
• Utilização da dinâmica do “Homem Livre” (jogador com bola ataca o espaço livre forçando um adversário
a fazer-lhe oposição e libertando desta forma o jogador que estava a vigiar, fazendo dele o “Homem
Livre” que passa a poder receber a bola livre de oposição).
• Centrais provocam o adversário, convidam-no a avançar, e então, se o adversário exerce uma rápida
pressão, passam a bola ao outro Central que realiza um passe vertical, não para os Interiores que estão
de costas para a baliza adversária mas para os Atacantes entre-linhas (dinâmica do “3º Homem”).
• Centrais com coragem para se adiantarem conduzindo a bola, para se conseguir superioridade no centro
do campo.
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SubPrincípios Individuais:
• Posição idónea do corpo para dar fluidez à circulação da bola de maneira constante
(como colocar o corpo ao receber a bola para poder entregá-la de imediato e com a
maior eficácia).
• Intuir o seguinte passe inclusivamente antes de receber a bola.
• Passar a bola com uma intenção e colocar-se de imediato para a seguinte ação, de tal
forma que ofereça uma alternativa ao companheiro para que o movimento da bola
continue sem parar e que a sua equipa domine e controle o jogo (há que passar e
oferecer-se, às vezes movendo-se, às vezes ficando na posição original).
• Perfilar bem o corpo.
• Passar a bola à outra perna (a mais longe do jogador adversário).
• Atrevimento com bola, coragem para jogar com bola (jogadores devem querer ter a
bola e sentir-se bem com a sua posse).
• Posicionamento ao passar a bola e ao recebê-la.
• Circulação rápida da bola (passes com velocidade).
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• Quando a equipa adversária deixa muito espaço entre a linha de meio-campo e a linha
da defesa (por exemplo quando os Médios Centro adversários pressionam muito mas
os seus Defesas Centrais não os acompanham), os nossos Médios devem tentar
colocar a bola nesse espaço para um dos nossos Atacantes, ultrapassando a linha
média adversária.
• Defesas e Médios com valentia e determinação para saltar linhas adversárias através
de passe.
• Pivot com bola, Extremos bem abertos e profundos, com restantes “Atacantes” (Ponta
de Lança e Interiores) a moverem-se entre as linhas média e defensiva adversária.
Mover a linha de médios adversária (agitá-la, desordená-la, fazer crer que se passará a
bola por um lado e depois meter um passe por dentro para um dos “Atacantes” entre-
linhas (fazendo com que os Médios adversários fiquem a correr para a sua baliza,
rodando-os). É necessário perfilar o corpo ao receber a bola e enganar com o fazer o
passe para um corredor, quando na realidade tem o seu objetivo noutro lado.
• Aproveitamento da figura do “Falso 9” (Ponta de Lança que em vez de ficar fixo no
meio dos Centrais adversários, recua no terreno de jogo para criar superioridade
numérica no meio-campo e receber a bola entre-linhas dos Médios que conseguiram
saltar a linha média adversária).
• Utilização da dinâmica do “3º Homem”.
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• Fundamental para se conseguir realizar bem a transição defensiva (15 passes para
ordenar a nossa equipa e desordenar a equipa adversária).
• Tocar a bola entre os nossos jogadores para se juntar a equipa; chegar à 3ª Fase
mediante a sucessão de passes.
• Circular a bola com paciência, não se importando de regressar atrás se uma via de
ataque está fechada, nem se importando de insistir as vezes necessárias para
conseguir desordenar o adversário.
• Circulação rápida da bola através de passes com velocidade (ritmo alto de circulação
da bola).
• Capacidade para dominar o jogo, ditar o que ocorre em campo.
• Criação de espaços através da mobilidade constante dos jogadores.
• Ter a bola e passá-la no campo adversário com rapidez (passes rápidos ordenam a
nossa equipa e desordenam a equipa adversária).
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• Carregar muito de um lado para fazer com que os adversários basculem para aí.
• Atrair o adversário para um lado (“lado forte”) de forma a deixarem o outro lado (“lado
débil”). Depois resolver pelo lado libertado. Para que isso aconteça a bola deve ser
passada com intenção.
• Centrais quando não conseguem romper linhas podem enviar a bola em diagonal para
o Extremo oposto (sempre em zonas subidas, junto ao meio-campo, para facilitar a
recuperação da bola se houver perda da mesma).
• Os Extremos devem “pisar” a linha lateral e ter a capacidade para receber bolas longas
enviadas em diagonal pelo Central do lado oposto ao que se encontram.
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SubPrincípios Individuais:
Todos os Jogadores:
• Deve-se passar a bola com intenção e colocar-se de imediato para a seguinte ação, de
tal forma que ofereça uma alternativa ao companheiro para que o movimento da bola
continue sem parar e que a sua equipa controle e domine o jogo.
• Há que passar e oferecer-se, às vezes movendo-se, às vezes ficando na posição
original.
• Posição idónea do corpo para dar fluidez à circulação da bola de maneira constante,
perfilar bem o corpo.
• Intuir o seguinte passe, inclusivamente antes de receber a bola.
• Passes rápidos, com velocidade.
• Passar a bola para o espaço e não para o pé.
• Receber a bola em movimento.
• Passar a bola à outra perna (a mais afastada do adversário do companheiro a quem se
passou a bola).
• Jogadores devem querer ter a bola, para isso devem mostrar-se constantemente ao
portador.
Guarda-Redes:
• Orientado para o jogo, movendo-se em uníssono com a equipa (preparar a transição
defensiva - proteger espaços nas costas da sua linha defensiva).
• Ser uma alternativa de passe para se retirar a bola da zona de pressão.
Laterais:
• Dar profundidade e amplitude à equipa com a sua incorporação constante.
Centrais:
• Devem ser agressivos com a bola, levando-a para além do círculo central, tentando
atravessar as linhas adversárias sem medo.
Pivot:
• Quando tem a bola procurar as melhores soluções de passe (ver quem está livre e com
espaço à sua frente). Normalmente deve jogar com quem está mais próximo e
disponível mas se for benéfico, também pode lançar bolas nas costas da defesa
adversária para a entrada dos seus Atacantes.
Interiores e Pivot:
• Sacar a bola limpa, dividir o adversário e superar a sua linha média (atacar a fundo
quando dão o passo em frente).
Extremos:
• Abrirem bem o campo e correrem ao espaço.
• Devem sempre procurar as costas dos adversários ou em alternativa o espaço no
corredor central entre as linhas média e defensiva da equipa adversária.
Ponta de Lança:
• Atuar muitas vezes como “Falso 9”: após receber a bola entre as linhas média e
defensiva da equipa adversária e caso consiga ficar orientado para a baliza da outra
equipa, deve atacar os Centrais adversários e ir para o golo.
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• Equipa bem subida, para que os Extremos iniciem a jogada perto da baliza adversária
(em situações de igualdade/superioridade numérica).
• Colocação da linha defensiva muito adiantada (sobre a linha de meio-campo) de forma
a providenciar Unidade Ofensiva à equipa.
• Jogadores sempre muito próximos entre si.
• Juntos para ganharem as “segundas bolas”. Atacar o ressalto e a “2ª
jogada” (Atacantes, Médios e por vezes os Laterais).
• Possibilidade de sobreposições de Laterais aos Extremos vindos de posições
recuadas, por dentro ou por fora.
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• Entrada dos Atacantes nas costas da linha defensiva adversária após Médios
receberem a bola desde zonas laterais.
• Extremo em inferioridade numérica passa para Médio que procurará a associação por
dentro com os Atacantes mais centrais.
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• Atacantes devem arrastar os Defesas adversários das suas posições para a entrada
dos Interiores ou Laterais desde trás (aproveitando o espaço libertado pela mobilização
dos adversários).
• Arrastamento dos Centrais adversários por parte do Ponta de Lança (funcionando
como “Falso 9”) e entrada nesse espaço livre de um dos Interiores.
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SubPrincípio: “Equilíbrio”:
• A equipa deve estar sempre equilibrada, vigiando os adversários que ficam junto à linha
de meio-campo.
• Defesas devem gerir os jogadores adversários que ficam adiantados (colocados perto
do meio-campo para receber a bola após a sua equipa a recuperar).
• A maior parte dos jogadores devem estar próximos do ponto onde se perde a bola para
a poderem recuperar de imediato.
• Coberturas ofensivas permanentes ao portador da bola no último terço do campo.
• Guarda-Redes e Defesas devem proteger os espaços nas costas da linha defensiva.
• Importante atacar-se pensando sempre na possibilidade de se perder a bola.
• Crucial não se perder bolas em zonas interiores do campo.
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SubPrincípios Individuais:
Todos os Jogadores:
• Jogadores devem chegar à zona de remate final, sem estarem previamente nela à
espera da bola.
• Intuir a seguinte ação inclusivamente antes de receber a bola.
• Receber a bola em movimento, perfilado para a baliza adversária.
• Bola passada para o espaço e não para o pé.
• Acertar os remates na baliza (evitar rematar para fora).
• Jogadores com capacidade individual para resolver as situações em espaços
reduzidos.
• Jogadores devem querer ter a bola.
Guarda-Redes:
• Orientado para o jogo, movendo-se em uníssono com a equipa (preparar a transição
defensiva - proteger espaços nas costas da sua linha defensiva).
Laterais:
• Fazer sobreposições (por dentro ou por fora) aos Extremos.
• Capacidade de realizarem cruzamentos e remates.
• Controlar adversários junto à linha de meio-campo que esperam a recuperação da bola
pela sua equipa.
Centrais:
• Controlar adversários junto à linha de meio-campo que esperam a recuperação da bola
pela sua equipa.
Pivot:
• Juntar a equipa junto à baliza adversária para facilitar o ganho das “segundas bolas”.
• Capacidade para realizar remates de fora da grande área.
Interiores:
• Aproveitar espaços nas costas dos Defesas adversários por ação do “Falso 9”.
• Entrar na grande área para finalizar as jogadas.
Extremos:
• Capacidade para desequilibrarem por dentro (para posterior remate ou desmarcação
do colega que fez a sobreposição) ou por fora (para posterior cruzamento).
• Atacar adversário direto em 1x1 (se está só). Se têm dois adversários à sua frente
devem priorizar a colocação da bola num colega.
• Bem abertos e em ponta, usufruindo de espaço para receber e encarar a baliza de
frente (paciência).
Ponta de Lança:
• O Ponta de Lança ideal não deve estar fixo na área, mas sim chegar a ela para
culminar uma ação coletiva.
• Após receber a bola entre-linhas deve ir direto à baliza adversária para o golo - sempre
que consiga receber e rodar para a baliza/receber virado para a baliza adversária.
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
2ª Fase: Recuo:
• Quando a bola não é recuperada rapidamente a equipa deve recuar no terreno de jogo
para se organizar atrás.
• No entanto deve-se insistir na pressão alta já que a equipa fica mais vulnerável nesta 2ª
fase.
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
• Pressão forte, agressiva e breve para roubar a bola aos adversários o mais à frente
possível (“esfomeados pela bola”).
• O jogador mais próximo da bola deve sair a pressionar o adversário que recebe a bola,
sendo sempre apoiado pelos restantes companheiros.
• Os Atacantes funcionam como primeiros defesas.
• Pressionar os adversários de forma incansável até fechá-los num corredor lateral.
• Isto só será possível se as outras equipas saírem a jogar desde trás (a maior parte das
equipas lançarão bolas longas, oferecendo-nos dessa forma a bola).
• Linha defensiva subida no terreno de jogo (o objetivo é antecipar-se aos Atacantes
adversários, defender para a frente e não para trás, com velocidade, agressividade e
atrevimento).
• Lateral do lado da bola deve subir para pressionar Extremo adversário.
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
• A pressão aos adversários não deve requerer esforços longos dos nossos jogadores.
• A pressão pretendida dura “4 segundos a Top”.
• Os jogadores devem pressionar todos juntos durante esses poucos segundos para
recuperarem a bola de imediato e muito próximo da baliza da equipa adversária.
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
• A maior parte das equipas terão medo em sair a jogar desde trás com a bola
controlada. Assim enviarão a bola longa para os seus Atacantes.
• A linha defensiva deve saber bem o que fazer nestas situações: um dos Centrais salta
com o Ponta de Lança adversário enquanto os seus companheiros cobrem a sua
posição.
• Em seguida todos os jogadores recuperam rapidamente a sua posição e mantêm a
linha defensiva com distâncias curtas entre todos os Defesas.
• Basculação da linha defensiva (e dos restantes jogadores) para o lado em que a bola
foi enviada de forma a ganharem um eventual ressalto.
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
SubPrincípios Individuais:
• O mais importante quando se defende é a atitude correta dos jogadores.
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
• Os jogadores devem proteger os espaços centrais da equipa evitando que a bola passe
no seu meio.
• Grande capacidade para ler o adversário e intercetar os passes enviados para o interior
da nossa equipa.
• Evitar ser superado pelo adversário em condução de bola.
• Enviar equipa adversária para as zonas laterais.
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
• Quando um dos Centrais sai a pressionar o Ponta de Lança adversário que recebe a
bola, o outro Central deve cobrir a posição do seu colega. O Pivot nesse caso baixa
para a linha defensiva para compensar a saída do Central.
• Se é o Lateral que sai a pressionar o Extremo adversário, o Central mais perto cobre-o
e o Pivot compensa a posição que esse Central abandonou.
• Esses movimentos de cobertura entre os jogadores devem ser instantâneos.
• Se se consegue travar o adversário no corredor lateral, a cooperação do Lateral,
Interior e Extremo é decisiva para tirar-lhe a bola.
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
• Defesas mais afastados da bola devem vigiar sempre o seu companheiro que marca a
linha defensiva (colocar-se de forma a que se consiga olhá-lo constantemente, virados
para o seu colega).
• Todos os integrantes da linha defensiva nunca devem perder de vista o companheiro
que a marca.
• A linha defensiva é marcada pela posição da bola. O Defesa mais próximo da bola é
quem marca a linha (não interessa se é um Lateral ou um Central). Se é o Lateral quem
marca a linha (jogador mais próximo da bola), o Central mais próximo a ele deve vigiar-
lhe as costas, o outro Central vigia as costas do seu colega que cobre o Lateral e o
outro Lateral tem de vigiar as costas do Central que está próximo de si (neste último
caso o perigo é reduzido porque a bola se encontra demasiado afastada).
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• Cada jogador deve ocupar-se da sua zona e vigiar as costas do companheiro que está
colocado à sua frente.
• Nos Pontapés de Canto, colocados em 1-5-3-1-1 (primeiro jogador da 2ª linha
responsável por sair rápido a proteger canto curto por parte do adversário). A 2ª
posição da 2ª linha é ocupada pelo melhor jogador no jogo aéreo. Depois os 2 Centrais
e a última posição no 2º poste ocupada pelo que melhor correr para trás para
responder a um canto que vá muito longo. Se o canto é marcado com o pé
correspondente ao corredor (por exemplo um destro a marcar o canto no corredor
direito), a 2ª linha deve colocar-se em cima da linha da pequena área e subir no terreno
se a bola for enviada por exemplo, para a entrada da grande área (para deixar
adversários em fora de jogo). Se o canto é marcado com o pé não correspondente ao
corredor (por exemplo um canhoto a marcar canto no corredor direito), a 2ª linha deve
colocar-se a meio da pequena área, junto à baliza para evitar golo de canto direto.
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• Deixar sempre algum jogador mais adiantado para servir de apoio à transição ofensiva
logo após a recuperação da bola.
• Subir rapidamente no terreno de jogo após a bola ter sido enviada para a frente.
• Procurar sempre ganhar a bola e manter a sua posse fazendo interceções positivas,
isto é, ações que nos permitam manter a posse da bola e aproveitar os desequilíbrios
da equipa adversária.
• Nunca arriscar a perda da bola nestes momentos, privilegiar a segurança na transição.
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
• No momento em que se recupera a bola deve-se fazer com que ela progrida no terreno de jogo
(através de condução de bola ou através de passe para zonas mais adiantadas).
• Se o jogador que recuperou a bola (ou que ficou com a sua posse após interceção “positiva” de
um companheiro) tiver espaço livre à sua frente, deve conduzir a bola de forma a atrair os
adversários para si e libertar espaços para a entrada dos seus colegas.
• Se quando a recuperou vê que um colega seu pode receber a bola em zonas mais adiantadas,
ele deve colocar-lhe de imediato a bola.
• Toda a equipa deve subir em bloco no terreno de jogo de forma a apoiar a continuidade da
ação ofensiva.
• Jogador que recebe o passe em zonas mais adiantadas tem várias alternativas: i) pode receber
a bola com espaço e rodar para a baliza adversária conduzindo-a na sua direção; ii) ao receber
a bola é imediatamente pressionado o que o levará a passar de primeira (ou em poucos
toques) para um colega que aparece desde trás (o 1º homem - o que lhe passou inicialmente a
bola, ou o 3º homem - outro colega que entretanto surgiu em seu apoio); iii) pode também
mantê-la em sua posse, protegendo-a do adversário direto, esperando que os seus
companheiros rapidamente lhe façam uma sobreposição. Em seguida atua em conformidade:
se adversário acompanha o que faz a sobreposição, ele roda e avança com a bola; se continua
pressionado e jogador que faz sobreposição fica livre de oposição, ele coloca-lhe a bola.
• Se houver possibilidade de aproveitar o espaço nas costas dos defesas adversários e houver a
garantia que o nosso Ponta de Lança (ou outro jogador mais adiantado) irá chegar primeiro à
bola para aí enviada, deve-se aproveitar essa situação para se criar muito perigo aos
adversários.
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
fazendo nada, fazendo alguma coisa que ainda ajude! Portanto, aqui, alongamentos…
(…) este lado da agilização é muito importante! (…) o jogador até joga neste dia, e joga a
sério! E não é a mesma coisa, eu dizer assim: “Quem perder leva os mecos”! Paga 1
sumo!”, porque este lado da emoção é que põe o corpo inteiro! (…) os jogadores vão lá,
jogam 3 ou 4 vezes, fazem Meínhos, Ténis-Fut, etc., então não gostam? (…) Na
Periodização Tática os jogadores jogam futebol todos os dias! (…) Eu aqui não devo estar
preocupado com a aquisição. (…) Nós devemos mobilizar os abdominais, sem a
participação, ou tirando a participação do psoas-ilíaco. (…) Portanto, isto aqui é
fundamental, que é para alargar o tempo de separação da solicitação, portanto aí 1 tempo
para 5, mais ou menos, para outra repetição. Mas isto deve ser feito, 3x3 ou 2x2, (…) o
objetivo é a recuperação e sem perda da agilidade! E feito, Meínhos, Ténis-Fut, etc. (…)
Mas que tenha, um módulo pelo menos, ou dois, daqueles, porque são aqueles, com
remate, com carrinho, porque o perder vai fazer com que o jogador leve o outro às costas,
ou outra coisa qualquer!”. Frade, V. (2014)
4. Hidratação (2 minutos).
• A partir daqui faz-se a separação entre os jogadores que jogaram a maior parte do
tempo do jogo anterior e os que não jogaram ou que jogaram pouco tempo.
• Neste exemplo iremos presumir que 8 “jogadores de campo” realizaram o jogo
completo, sendo esse o número de jogadores à nossa disposição para o “Grupo dos
que Jogaram”. Idealmente deveria fazer-se um “Jogo GR+3x3+GR” para assegurarmos
a participação equitativa de todos os jogadores.
• Os restantes 12 “jogadores de campo” integrarão o “Grupo dos que Não Jogaram”.
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
6. Alongamentos/Abdominais/Dorsais (5 minutos).
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4. Hidratação (2 minutos).
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4. Hidratação (2 minutos).
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
9. Alongamentos (4 minutos).
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4. Hidratação (2 minutos).
9. Alongamentos (5 minutos).
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4. Hidratação (1 minuto).
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7. Alongamentos (5 minutos).
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
Conclusão
Foi minha intenção com esta obra, ajudar os treinadores de futebol espalhados pelo
mundo, a aplicarem nas suas equipas as Ideias de um dos melhores treinadores de
futebol de todos os tempos, com a que é atualmente a metodologia de treino de futebol
mais avançada.
Espero que consigam tirar proveito deste livro para colocarem as vossas equipas a jogar
um futebol de qualidade, com os vossos jogadores a divertirem-se em cada treino fazendo
aquilo que mais gostam: JOGAR FUTEBOL.
Se gostaram deste livro e o consideram de valor para os treinadores de futebol, espero
que me atribuam algum do vosso tempo, para deixar uma revisão (preferencialmente de 5
estrelas) no site da Amazon.
Se tiverem questões ou comentários podem colocá-los através da conta de Twitter:
@PedMenCoach.
Podem seguir o meu trabalho no site: http://pedmencoach.wix.com/comotreinarfutebol
muzunea@yahoo.com 14 Oct 2022
Bibliografia
Balagué, G. (2013). Pep Guardiola - Otra manera de ganar. Roca Editorial de Libros, S.L.
Frade, V. (2014). Síntese das “Ideias Força” da Periodização Tática. Não publicado.