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reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrô nico ou mecâ nico, incluindo fotocó pia e microfilme, sem permissã o por
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9.1 Generalidades...................................................................................................................18
9.2 Requisito – Seguranç a na utilizaç ã o do imó vel ............................................................19
9.2.1 Crité rio – Seguranç a na utilizaç ã o dos sistemas ..........................................................19
9.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................19
9.2.3 Premissas de projeto .......................................................................................................19
9.3 Requisito – Seguranç a das instalaç õ es .........................................................................19
9.3.1 Seguranç a na utilizaç ã o das instalaç õ es.......................................................................20
9.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................20
10 Estanqueidade ..................................................................................................................20
10.1 Generalidades...................................................................................................................20
10.2 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade externas à edificaç ã o ....................20
10.2.1 Crité rio – Estanqueidade à á gua de chuva e à umidade do solo e do lenç ol
freá tico ..............................................................................................................................20
10.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................20
10.2.3 Premissas de projeto .......................................................................................................20
10.3 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade internas à edificaç ã o .....................21
10.3.1 Crité rio – Estanqueidade à á gua utilizada na operaç ã o, uso e manutenç ã o do
imó vel ................................................................................................................................21
10.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................21
11 Desempenho té rmico .......................................................................................................21
11.1 Generalidades...................................................................................................................21
11.2 Simulaç ã o computacional – Introduç ã o.........................................................................21
11.3 Requisitos de desempenho no verã o .............................................................................22
11.3.1 Crité rio – Valores má ximos de temperatura...................................................................22
11.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................23
11.4 Requisitos de desempenho no inverno .........................................................................23
11.4.1 Crité rio – Valores mínimos de temperatura ...................................................................23
11.4.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................24
11.5 Edificaç õ es em fase de projeto .......................................................................................24
12 Desempenho acú stico .....................................................................................................25
12.1 Generalidades...................................................................................................................25
12.2 Requisito – Isolaç ã o acú stica de vedaç õ es externas ...................................................25
12.2.1 Crité rio – Desempenho acú stico das vedaç õ es externas ............................................25
12.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................26
13.2.1 Crité rio – Simulaç ã o: Níveis mínimos de iluminâ ncia natural .....................................27
13.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................27
13.2.3 Crité rio – Mediç ã o in loco: Fator de luz diurna (FLD) ...................................................28
13.2.4 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................28
13.2.5 Premissas de projeto .......................................................................................................29
13.2.6 Comunicaç ã o com o exterior ..........................................................................................29
13.3 Requisito – Iluminaç ã o artificial .....................................................................................30
13.3.1 Crité rio – Níveis mínimos de iluminaç ã o artificial ........................................................30
13.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................31
14 Durabilidade e manutenibilidade ....................................................................................31
14.1 Generalidades...................................................................................................................31
14.2 Requisito – Vida ú til de projeto do edifício e dos sistemas que o compõ em .............31
14.2.1 Crité rio – Vida ú til de projeto...........................................................................................31
14.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................32
14.2.3 Crité rio – Durabilidade .....................................................................................................33
14.2.4 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................33
14.2.5 Premissas .........................................................................................................................33
14.3 Manutenibilidade ..............................................................................................................34
14.3.1 Requisito – Manutenibilidade do edifício e de seus sistemas .....................................34
14.3.2 Crité rio – Facilidade ou meios de acesso ......................................................................34
14.3.3 Mé todo de avaliaç ã o – Aná lise de projeto .....................................................................34
15 Saú de, higiene e qualidade do ar....................................................................................34
15.1 Generalidades...................................................................................................................34
15.2 Requisito – Proliferaç ã o de micro-organismos .............................................................34
15.2.1 Crité rio...............................................................................................................................34
15.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................34
15.3 Requisito – Poluentes na atmosfera interna à habitaç ã o .............................................34
15.3.1 Crité rio...............................................................................................................................35
15.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................35
15.4 Requisito – Poluentes no ambiente de garagem...........................................................35
15.4.1 Crité rio...............................................................................................................................35
15.4.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................35
16 Funcionalidade e acessibilidade ....................................................................................35
16.1 Requisito – Altura mínima de pé -direito ........................................................................35
Anexos
Anexo A (informativo) Desempenho té rmico de edificaç õ es – metodologia e dados té cnicos ..41
A.1 Avaliaç ã o do desempenho té rmico de edificaç õ es por meio de mediç ã o .................41
A.2 Dados climá ticos brasileiros ...........................................................................................42
A.2.1 Mapa das zonas bioclimá ticas brasileiras .....................................................................42
Anexo B (normativo) Procedimento de avaliaç ã o do desempenho lumínico artificial ................48
B.1 Generalidades...................................................................................................................48
B.2 Mediç ã o in loco para iluminaç ã o artificial .....................................................................48
B.3 Mé todo de cá lculo para iluminaç ã o artificial .................................................................48
Figuras
Figura 1 – Sugestã o de alturas de janelas ......................................................................................30
Figura A.1 – Mapas das zonas climá ticas brasileiras ....................................................................42
C.1 – Desempenho ao longo do tempo ...........................................................................................50
Tabelas
Tabela 1 – Mé todos de mediç ã o de propriedades té rmicas de materiais e elementos
construtivos ......................................................................................................................22
Tabela 2 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de verã o ..................23
Tabela 3 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de inverno...............23
Tabela 4 – Níveis de iluminâ ncia geral para iluminaç ã o natural* .................................................27
Tabela 5 – Fator de luz diurna para os diferentes ambientes da habitaç ã o* ...............................28
Tabela 6 – Níveis de iluminamento geral para iluminaç ã o artificial .............................................30
Prefá cio
A Associaç ã o Brasileira de Normas Té cnicas (ABNT) chama atenç ã o para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT nã o deve ser
considerada responsá vel pela identificaç ã o de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 15575-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construç ã o Civil (ABNT/CB-02), pela
de Comissã o de Estudo de Desempenho de Edificaç õ es (CE-02:136.01). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 16.07.2012 a 13.09.2012, com o nú mero de Projeto
ABNT NBR 15575-1.
Esta Norma, sob o título geral “Edificaç õ es habitacionais – Desempenho”, tem previsã o de conter as
seguintes partes:
Esta parte da ABNT 15575 entra em vigor 150 dias apó s sua publicaç ã o. Devido à repercussã o que
esta parte da ABNT NBR 15575 terá sobre as atividades do setor da construç ã o civil, bem como
à necessidade de adequaç ã o de todos os segmentos desta cadeia produtiva, envolvendo projetistas,
fabricantes, laborató rios, construtores e governo.
Esta quarta ediç ã o cancela e substitui a ediç ã o anterior (ABNT NBR 15575-1:2012), a qual foi
tecnicamente revisada.
Scope
This part of ABNT NBR 15575 provides the requirements and performance criteria that are applied to
residential buildings, as a whole integrated, as well as be evaluated in an isolated way for one or more
specific systems.
— Projects filed in the competent organs of the date of exigibility of this Standars,
— Retrofit of buildings,
— Temporary building:
This part of ABNT NBR 15575 is used as a procedure for performance evaluation of constructive
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systems.
The requirements provided in this part of ABNT NBR 15575 (Clauses 4 to 17) are supplemented by the
requirements provided in ABNT NBR 15575-1 to ABNT NBR 15575-6.
The electrical systems of residential buildings are part of a broader set of Standards based on
ABNT NBR 5410 and, therefore, the performance requirements for these systems are not provided in
this part of ABNT NBR 15575.
This part of ABNT NBR 15575 provides criteria for thermal, acoustic, luminous and fire safety
performance, that shall be met individually and alone by the conflicting nature itself of the measurements
criteria, e.g., acoustic performance (window closed) versus ventilation performance (open window).
Requirements applicable only for buildings up to five floors will be specified in their respective Clauses.
Introduç ã o
Normas de desempenho sã o estabelecidas buscando atender aos requisitos dos usuá rios, que, no caso
desta Norma, referem-se aos sistemas que compõ em edificaç õ es habitacionais, independentemente
dos seus materiais constituintes e do sistema construtivo utilizado.
O foco desta Norma está nos requisitos dos usuá rios para o edifício habitacional e seus sistemas,
quanto ao seu comportamento em uso e nã o na prescriç ã o de como os sistemas sã o construídos.
Por sua vez, as Normas de desempenho traduzem os requisitos dos usuá rios em requisitos e crité rios,
e sã o consideradas complementares à s Normas prescritivas, sem substituí-las. A utilizaç ã o simultâ nea
delas visa atender aos requisitos do usuá rio com soluç õ es tecnicamente adequadas.
No caso de conflito ou diferenç a de crité rios ou mé todos entre as Normas requeridas e esta Norma,
deve-se atender aos crité rios mais exigentes.
A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes nã o sã o considerados em Normas
prescritivas específicas, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificaç ã o e
o conforto tá til e antropodinâ mico dos usuá rios.
Todas as disposiç õ es contidas nesta Norma aplicam–se aos sistemas que compõ em edificaç õ es
habitacionais, projetados, construídos, operados e submetidos a intervenç õ es de manutenç ã o que
atendam à s instruç õ es específicas do respectivo manual de uso, Operaç ã o e manutenç ã o.
1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e crité rios de desempenho aplicá veis
à s edificaç õ es habitacionais, como um todo integrado, bem como a serem avaliados de forma isolada
para um ou mais sistemas específicos.
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— obras já concluídas,
— projetos protocolados nos ó rgã os competentes até a data da entrada em vigor desta Norma,
— obras de reformas,
— retrofit de edifícios,
1.3 Esta parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliaç ã o do desempe-
nho de sistemas construtivos.
1.4 Os requisitos estabelecidos nesta parte da ABNT NBR 15575 (Seç õ es 4 a 17) sã o complemen-
tados pelos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6.
1.5 Os sistemas elé tricos das edificaç õ es habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de
Normas com base na ABNT NBR 5410 e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas
nã o sã o estabelecidos nesta parte da ABNT NBR 15575.
1.6 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece crité rios relativos ao desempenho té rmico, acú stico,
lumínico e de seguranç a ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela pró pria
natureza conflitante dos crité rios de mediç õ es, por exemplo, desempenho acú stico (janela fechada)
versus desempenho de ventilaç ã o (janela aberta).
1.7 Requisitos aplicá veis somente para edificaç õ es de até cinco pavimentos sã o especificados em
suas respectivas seç õ es.
ABNT NBR 5649, Reservató rio de fibrocimento para á gua potá vel – Requisitos
ABNT NBR 5671, Participaç ã o dos intervenientes em serviç os obras de engenharia e arquitetura
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ABNT NBR 5674, Manutenç ã o de edificaç õ es – Requisitos para o sistema de gestã o de manutenç ã o
ABNT NBR 6136, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos
ABNT NBR 6488, Componentes de construç ã o – Determinaç ã o da condutâ ncia e transmitâ ncia
té rmica – Mé todo da caixa quente protegida
ABNT NBR 6565, Elastô mero vulcanizado – Determinaç ã o do envelhecimento acelerado em estufa
ABNT NBR 7398, Produto de aç o ou ferro fundido galvanizado por imersã o a quente – Verificaç ã o da
aderê ncia do revestimento – Mé todo de ensaio
ABNT NBR 7400, Galvanizaç ã o de produtos de aç o ou ferro fundido por imersã o a quente – Verificaç ã o
da uniformidade do revestimento – Mé todo de ensaio
ABNT NBR 8094, Material metá lico revestido e nã o revestido – Corrosã o por exposiç ã o à né voa salina
– Mé todo de ensaio
ABNT NBR 8096, Material metá lico revestido e nã o revestido – Corrosã o por exposiç ã o ao dió xido de
enxofre – Mé todo de ensaio
ABNT NBR 9050, Acessibilidade a edificaç õ es, mobiliá rio, espaç os e equipamentos urbanos
ABNT NBR 10151, Acú stica – Avaliaç ã o do ruído em á reas habitadas, visando o conforto da
comunidade – Procedimento
ABNT NBR 10152, Níveis de ruído para conforto acú stico – Procedimento
ABNT NBR 10834, Bloco vazado de solo-cimento sem funç ã o estrutural – Especificaç ã o
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ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos
ABNT NBR 13434-1, Sinalizaç ã o de seguranç a contra incê ndio e pâ nico – Parte 1: Princípios de
projeto
ABNT NBR 13434-2, Sinalizaç ã o de seguranç a contra incê ndio e pâ nico – Parte 2: Símbolos e suas
formas, dimensõ es e cores
ABNT NBR 13714, Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incê ndio
ABNT NBR 14037, Diretrizes para elaboraç ã o de manuais de uso, operaç ã o e manutenç ã o das
edificaç õ es – Requisitos para elaboraç ã o e apresentaç ã o dos conteú dos
ABNT NBR 14432, Exigê ncias de resistê ncia ao fogo de elementos construtivos de edificaç õ es –
Procedimento
ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aç o constituídas por perfis formados a frio
ABNT NBR 15210-1, Telha ondulada de fibrocimento sem amianto e seus acessó rios – Parte 1:
Classificaç ã o e requisitos
ABNT NBR 15215-3, Iluminaç ã o natural – Parte 3: Procedimento de cá lculo para a determinaç ã o da
iluminaç ã o natural em ambientes internosABNT NBR 15220-2, Desempenho té rmico de edificaç õ es –
Parte 2: Mé todos de cá lculo da transmitâ ncia té rmica, da capacidade té rmica, do atraso té rmico e do
fator solar de elementos e componentes de edificaç õ es
ABNT NBR 15220-3, Desempenho té rmico de edificaç õ es – Parte 3: Zoneamento bioclimá tico brasileiro
e diretrizes construtivas para habitaç õ es unifamiliares de interesse social
ABNT NBR 15220-4, Desempenho té rmico de edificaç õ es – Parte 4: Mediç ã o da resistê ncia té rmica
e da condutividade té rmica pelo princípio da placa quente protegida
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ABNT NBR 15319, Tubos de concreto, de seç ã o circular, para cravaç ã o – Requisitos e mé todos
de ensaio
ABNT NBR 15526, Redes de distribuiç ã o interna para gases combustíveis em instalaç õ es residenciais
e comerciais – Projeto e execuç ã o
ABNT NBR 15575-2, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 2: Requisitos
para os sistemas estruturais;
ABNT NBR 15575-3, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 3: Requisitos
para os sistemas de pisos internos;
ABNT NBR 15575-4, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 4: Sistemas
de vedaç õ es verticais externas e internas;
ABNR NBR 15575-5, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 5:
Requisitos para sistemas de coberturas
ABNT NBR 15575-6, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 6: Requisitos
para os sistemas hidrossanitá rios
ABNT NBR 15961-2, Alvenaria estrutural – Blocos de concreto – Parte 2 – Execuç ã o e controle de
obras
ABNT NBR 17240, Sistemas de detecç ã o e alarme de incê ndio – Projeto, instalaç ã o, comissionamento
e manutenç ã o de sistemas de detecç ã o e alarme de incê ndio – Requisitos
ISO 7726, Ergonomics of the thermal environment – Instruments for measuring physical quantities
ISO 8302, Thermal insulation – Determination of steady-state thermal resistance and related properties
– Guarded hot plate apparatus
ISO 10052, Acoustics – Field measurements of airborne and impact sound insulation and of service
equipment sound – Survey method
ISO 15686-1, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 1: General principles and
framework
ISO 15686-2, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 2: Service life prediction
procedures
ISO 15686-3, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 3: Performance audits
and reviews
ISO 15686-5, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 5: Life cycle costing
ISO 15686-6, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 6: Procedures for
considering environmental impacts
ISO 15686-7, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 7: Performance evaluation
for feedback of service life data from practice
ISO 16032, Acoustics – Measurement of sound pressure level from service equipment in buildings –
Engineering method
UNE – EN 410 – 1998, Vidrio para la edificació n – Determinació n de las características luminosas y
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BS 7453, Guide to durability of buildings and building elements, products and components
JIS A 1423, Simplified test method for emissivity by infrared radio meter
ASHRAE Standard 140, American society of heating, refrigerating and airconditioning engineers. New
ASHRAE standard aids in evaluating energy analysis programs: Standard 140-2007
ASTM C1371, Standard test method for determination of emittance of materials near room
temperature using portable emissometers
ASTM C177, Standard test method for steady-state heat flux measurements and thermal transmission
properties by means of the guarded-hot-plate apparatus
ASTM C351-92B, Standard test method for mean specific heat of thermal insulation
ASTM C518, Standard test method for steady-state thermal transmission properties by means of the
heat flow meter apparatus
ASTM E424-71, Standard test methods for solar energy transmittance and reflectance (Terrestrial) of
sheet materials
ASTM G154-06, Standard practice for operating fluorescent light apparatus for UV exposure of
nonmetallic materials
ASTM D1413-07, Standard test method for wood preservatives by laboratory soil-block cultures
3 Termos e definiç õ es
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os seguintes termos e definiç õ es.
3.1
agente de degradaç ã o
tudo aquilo que age sobre um sistema, contribuindo para reduzir seu desempenho
3.2
absortâ ncia à radiaç ã o solar
quociente da taxa de radiaç ã o solar absorvida por uma superfície pela taxa de radiaç ã o solar incidente
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3.3
capacidade té rmica
quantidade de calor necessá ria para variar em uma unidade a temperatura de um sistema em
kJ/(m2.K) calculada conforme ABNT NBR 15220-2:2005, 4.3
3.4
componente
unidade integrante de determinado sistema da edificaç ã o, com forma definida e destinada a atender
funç õ es específicas (por exemplo, bloco de alvenaria, telha, folha de porta)
3.5
condiç õ es de exposiç ã o
conjunto de aç õ es atuantes sobre a edificaç ã o habitacional, incluindo cargas gravitacionais, aç õ es
externas e aç õ es resultantes da ocupaç ã o
3.6
construtor
pessoa física ou jurídica, legalmente habilitada, contratada para executar o empreendimento de acordo
com o projeto e em condiç õ es mutuamente estabelecidas
3.7
crité rios de desempenho
especificaç õ es quantitativas dos requisitos de desempenho, expressos em termos de quantidades
mensurá veis, a fim de que possam ser objetivamente determinados
3.8
custo global
custo total de uma edificaç ã o ou de seus sistemas, determinado considerando-se, alé m do custo
inicial, os custos de operaç ã o e manutenç ã o ao longo da sua vida ú til
3.9
degradaç ã o
reduç ã o do desempenho devido à atuaç ã o de um ou de vá rios agentes de degradaç ã o
3.10
desempenho
comportamento em uso de uma edificaç ã o e de seus sistemas
3.11
dia típico de projeto de verã o
dia definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variá veis: temperatura do ar, umidade
relativa do ar, velocidade do vento e radiaç ã o solar incidente em superfície horizontal para o dia mais
quente do ano segundo a mé dia do período dos ú ltimos dez anos. A Tabela A.2 apresenta os dados
para algumas cidades
3.12
dia típico de projeto de inverno
dia definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variá veis: temperatura do ar, umidade
relativa do ar, velocidade do vento e radiaç ã o solar incidente em superfície horizontal para o dia mais
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frio do ano segundo a mé dia do período dos ú ltimos dez anos. A Tabela A.3 apresenta os dados para
algumas cidades
3.13
durabilidade
capacidade da edificaç ã o ou de seus sistemas de desempenhar suas funç õ es, ao longo do tempo
e sob condiç õ es de uso e manutenç ã o especificadas no manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o
NOTA O termo “durabilidade” é comumente utilizado como qualitativo para expressar a condiç ã o em que
a edificaç ã o ou seus sistemas mantê m seu desempenho requerido durante a vida ú til
3.14
elemento
parte de um sistema com funç õ es específicas. Geralmente é composto por um conjunto de componentes
(por exemplo, parede de vedaç ã o de alvenaria, painel de vedaç ã o pré -fabricado, estrutura de cobertura)
3.15
empresa especializada
organizaç ã o ou profissional liberal que exerce funç ã o na qual sã o exigidas qualificaç ã o e competê ncia
té cnica específica
3.16
especificaç õ es de desempenho
conjunto de requisitos e crité rios de desempenho estabelecidos para a edificaç ã o ou seus sistemas.
As especificaç õ es de desempenho sã o uma expressã o das funç õ es requeridas da edificaç ã o
ou de seus sistemas e que correspondem a um uso claramente definido; no caso desta parte da
ABNT NBR 15575, estas especificaç õ es referem-se a edificaç õ es habitacionais
3.17
requisitos do usuá rio
conjunto de necessidades do usuá rio da edificaç ã o habitacional e seus sistemas, tecnicamente
estabelecidas nesta parte da ABNT NBR 15575
3.18
estado da arte
está gio de desenvolvimento de uma capacitaç ã o té cnica em um determinado momento, em relaç ã o
a produtos, processos e serviç os, baseado em descobertas científicas e tecnoló gicas e experiê ncias
consolidadas e pertinentes
3.19
falha
ocorrê ncia que prejudica a utilizaç ã o do sistema ou do elemento, resultando em desempenho inferior
ao requerido
3.20
fornecedor
organizaç ã o ou pessoa que fornece um produto (por exemplo, produtor, distribuidor, varejista ou
comerciante de um produto ou prestador de um serviç o ou informaç ã o)
3.21
garantia legal
direito do consumidor de reclamar reparos, recomposiç ã o, devoluç ã o ou substituiç ã o do produto
adquirido, conforme legislaç ã o vigente
3.22
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garantia contratual
condiç õ es dadas pelo fornecedor por meio de certificado ou contrato de garantia para reparos,
recomposiç ã o, devoluç ã o ou substituiç ã o do produto adquirido
3.23
incorporador
pessoa física ou jurídica, comerciante ou nã o, que, embora nã o efetuando a construç ã o, compromisse
ou efetive a venda de fraç õ es ideais de terreno, objetivando a vinculaç ã o de tais fraç õ es a unidades
autô nomas, em edificaç õ es a serem construídas ou em construç ã o sob regime condominial, ou que
meramente aceita propostas para efetivaç ã o de tais transaç õ es, coordenando e levando a termo
a incorporaç ã o e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega em certo prazo e preç o
e determinadas condiç õ es das obras concluídas
3.24
inovaç ã o tecnoló gica
aperfeiç oamento tecnoló gico, resultante de atividades de pesquisa, aplicado ao processo de produç ã o
do edifício, objetivando a melhoria de desempenho, qualidade e custo do edifício ou de um sistema
3.25
inspeç ã o predial de uso e manutenç ã o
aná lise té cnica, atravé s de metodologia específica, das condiç õ es de uso e de manutenç ã o preventiva
e corretiva da edificaç ã o
3.26
manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o
documento que reú ne as informaç õ es necessá rias para orientar as atividades de conservaç ã o,
uso e manutenç ã o da edificaç ã o e operaç ã o dos equipamentos
NOTA També m conhecido como manual do proprietá rio, quando aplicado para as unidades autô nomas,
e manual das á reas comuns ou manual do síndico, quando aplicado para as á reas de uso comum.
3.27
manutenç ã o
conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da
edificaç ã o e seus sistemas constituintes, a fim de atender à s necessidades e seguranç a dos seus
usuá rios
3.28
manutenibilidade
grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente de ser mantido ou recolocado no estado
no qual possa executar suas funç õ es requeridas, sob condiç õ es de uso especificadas, quando
a manutenç ã o é executada sob condiç õ es determinadas, procedimentos e meios prescritos
3.29
norma de desempenho
conjunto de requisitos e crité rios estabelecidos para uma edificaç ã o habitacional e seus sistemas, com
base em requisitos do usuá rio, independentemente da sua forma ou dos materiais constituintes
3.30
norma prescritiva
conjunto de requisitos e crité rios estabelecidos para um produto ou um procedimento específico, com
base na consagraç ã o do uso ao longo do tempo
3.31
operaç ã o
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3.36
requisitos de desempenho
condiç õ es que expressam qualitativamente os atributos que a edificaç ã o habitacional e seus sistemas
devem possuir, a fim de que possam atender aos requisitos do usuá rio
3.37
retrofit
remodelaç ã o ou atualizaç ã o do edifício ou de sistemas, atravé s da incorporaç ã o de novas tecnologias
e conceitos, normalmente visando à valorizaç ã o do imó vel, mudanç a de uso, aumento da vida ú til e
eficiê ncia operacional e energé tica
3.38
ruína
característica do estado-limite ú ltimo, por ruptura ou por perda de estabilidade ou por deformaç ã o
excessiva
3.39
sistema
maior parte funcional do edifício. Conjunto de elementos e componentes destinados a atender a uma
macrofunç ã o que o define (por exemplo, fundaç ã o, estrutura, pisos, vedaç õ es verticais, instalaç õ es
hidrossanitá rias, cobertura)
NOTA As ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6 tratam do desempenho de alguns sistemas da
edificaç ã o.
3.40
transmitâ ncia té rmica
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transmissã o de calor em unidade de tempo e atravé s de uma á rea unitá ria de um elemento ou
componente construtivo; neste caso, dos vidros e dos componentes opacos das paredes externas
e coberturas, incluindo as resistê ncias superficiais interna e externa, induzida pela diferenç a de
temperatura entre dois ambientes. A transmitâ ncia té rmica deve ser calculada utilizando o mé todo
de cá lculo da ABNT NBR 15220-2 ou determinada atravé s do mé todo da caixa quente protegida da
ABNT NBR 6488
3.41
usuá rio
proprietá rio, titular de direitos ou pessoa que ocupa a edificaç ã o habitacional
3.42
vida ú til (VU)
período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam à s atividades para as quais
foram projetados e construídos, com atendimento dos níveis de desempenho previstos nesta Norma,
considerando a periodicidade e a correta execuç ã o dos processos de manutenç ã o especificados no
respectivo manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o (a vida ú til nã o pode ser confundida com prazo de
garantia legal ou contratual)
NOTA O correto uso e operaç ã o da edificaç ã o e de suas partes, a constâ ncia e efetividade das operaç õ es
de limpeza e manutenç ã o, alteraç õ es climá ticas e níveis de poluiç ã o no local da obra, mudanç as no entorno
da obra ao longo do tempo (trâ nsito de veículos, obras de infraestrutura, expansã o urbana etc.). Interferem
na vida ú til, alé m da vida ú til de projeto, das características dos materiais e da qualidade da construç ã o
como um todo. O valor real de tempo de vida ú til será uma composiç ã o do valor teó rico de vida ú til de projeto
devidamente influenciado pelas aç õ es da manutenç ã o, da utilizaç ã o, da natureza e da sua vizinhanç a. As
negligê ncias no atendimento integral dos programas definidos no manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o da
edificaç ã o, bem como aç õ es anormais do meio ambiente, irã o reduzir o tempo de vida ú til, podendo este ficar
menor que o prazo teó rico calculado como vida ú til de projeto.
3.43
vida ú til de projeto (VUP)
período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado, a fim de atender aos requisitos
de desempenho estabelecidos nesta Norma, considerando o atendimento aos requisitos das
normas aplicá veis, o está gio do conhecimento no momento do projeto e supondo o atendimento da
periodicidade e correta execuç ã o dos processos de manutenç ã o especificados no respectivo manual
de uso, operaç ã o e manutenç ã o (a VUP nã o pode ser confundida com o tempo de vida ú til, durabilidade,
e prazo de garantia legal ou contratual)
NOTA A VUP é uma estimativa teó rica do tempo que compõ e o tempo de vida ú til. O tempo de VU pode
ou nã o ser atingido em funç ã o da eficiê ncia e registro das manutenç õ es, de alteraç õ es no entorno da obra,
fatores climá ticos, etc.
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, apresenta-se uma lista geral de requisitos dos
usuá rios, descrita em 4.2 a 4.4 e utilizada como referê ncia para o estabelecimento dos requisitos
e crité rios. Sendo atendidos os requisitos e crité rios estabelecidos nesta Norma, considera-se para
todos os efeitos que estejam atendidos os requisitos do usuá rio.
4.2 Seguranç a
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— seguranç a estrutural;
4.3 Habitabilidade
— estanqueidade;
— desempenho té rmico;
— desempenho lumínico;
— funcionalidade e acessibilidade;
4.4 Sustentabilidade
— durabilidade;
— manutenibilidade;
— impacto ambiental.
4.5.1 Em funç ã o das necessidades bá sicas de seguranç a, saú de, higiene e economia, sã o estabe-
lecidos para os diferentes sistemas requisitos mínimos de desempenho (M) que devem ser conside-
rados e atendidos.
4.5.2 As referencias informativas de valores relativos aos níveis intermediá rio (I) e superior (S) estã o
indicadas no Anexo E nesta parte da ABNT NBR 15575 e nas ABNT NBR 15575-2 e ABNT NBR
15575-3, no Anexo F da ABNT NBR 15575-4 e no Anexo I da ABNT NBR 15575-5.
5.1 Generalidades
As incumbê ncias té cnicas de cada um dos intervenientes encontram-se estabelecidas em 5.2 a 5.5
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Convé m que fabricantes de produtos, sem normas brasileiras específicas ou que nã o tenham seus
produtos com o desempenho caracterizado, forneç am resultados comprobató rios do desempenho de
seus produtos com base nesta Norma ou em Normas específicas internacionais ou estrangeiras.
5.3 Projetista
Os projetistas devem estabelecer a vida ú til de projeto (VUP) de cada sistema que compõ e esta parte,
com base na Seç ã o 14.
Cabe ao projetista o papel de especificar materiais, produtos e processos que atendam ao desempenho
mínimo estabelecido nesta parte da ABNT NBR 15575 com base nas normas prescritivas e no
desempenho declarado pelos fabricantes dos produtos a serem empregados em projeto.
Quando forem considerados valores de VUP maiores que os mínimos estabelecidos nesta Norma,
estes devem constar nos projetos e/ou memorial de cá lculo.
5.4.1 Salvo convenç ã o escrita, é da incumbê ncia do incorporador, de seus prepostos e/ou dos pro-
jetistas envolvidos, dentro de suas respectivas competê ncias, e nã o da empresa construtora, a iden-
tificaç ã o dos riscos previsíveis na é poca do projeto, devendo o incorporador, neste caso, providenciar
os estudos té cnicos requeridos e prover aos diferentes projetistas as informaç õ es necessá rias. Como
riscos previsíveis, exemplifica-se: presenç a de aterro sanitá rio na á rea de implantaç ã o do empreen-
dimento, contaminaç ã o do lenç ol freá tico, presenç a de agentes agressivos no solo e outros riscos
ambientais.
5.4.3 O manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o da edificaç ã o (3.26) deve atender ao disposto
na ABNT NBR 14037, com explicitaç ã o pelo menos dos prazos de garantia aplicá veis ao caso, previs-
tos pelo construtor ou pelo incorporador, e citados no Anexo D.
NOTA Recomenda-se que os prazos de garantia estabelecidos no manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o,
ou documento similar, sejam iguais ou maiores aos apresentados no Anexo D.
O usuá rio nã o pode efetuar modificaç õ es que prejudiquem o desempenho original entregue pela
construtora, sendo esta ú ltima nã o responsá vel pelas modificaç õ es realizadas pelo usuá rio.
NOTA Convé m que, para atendimento aos prazos de garantia indicados na garantia contratual, os
responsá veis legais mantenham prontamente disponíveis, quando solicitados pelo construtor ou incorporador,
conforme descrito na ABNT NBR 5674.
6 Avaliaç ã o de desempenho
6.1 Generalidades
6.1.1 A avaliaç ã o de desempenho busca analisar a adequaç ã o ao uso de um sistema ou de um pro-
cesso construtivo destinado a atender a uma funç ã o, independentemente da soluç ã o té cnica adotada.
6.1.2 Para atingir esta finalidade, na avaliaç ã o do desempenho é realizada uma investigaç ã o siste-
má tica baseada em mé todos consistentes, capazes de produzir uma interpretaç ã o objetiva sobre o
comportamento esperado do sistema nas condiç õ es de uso definidas. Em funç ã o disso, a avaliaç ã o do
desempenho requer o domínio de uma ampla base de conhecimentos científicos sobre cada aspecto
funcional de uma edificaç ã o, sobre materiais e té cnicas de construç ã o, bem como sobre os diferentes
requisitos dos usuá rios nas mais diversas condiç õ es de uso.
6.1.2.1 Recomenda-se que os resultados desta investigaç ã o sistemá tica, que orientaram a realiza-
ç ã o do projeto, sejam documentados por meio de registro de imagens, memorial de cá lculo, observa-
ç õ es instrumentadas, catá logos té cnicos dos produtos, registro de eventuais planos de expansã o de
serviç os pú blicos ou outras formas, conforme conveniê ncia.
6.1.3 Os requisitos de desempenho derivados de todos os requisitos dos usuá rios podem resultar
em uma lista muito extensa; neste sentido é conveniente limitar o nú mero de requisitos a serem con-
siderados em um contexto de uso definido. Dessa forma, nas Seç õ es 7 a 17 sã o estabelecidos os
requisitos e crité rios que devem ser atendidos por edificaç õ es habitacionais.
6.1.4 Os requisitos de desempenho previstos nesta Norma devem ser verificados aplicando-se os
respectivos mé todos de avaliaç ã o explicitados nas suas diferentes partes.
6.1.5 Todas as verificaç õ es devem ser realizadas com base nas condiç õ es do meio físico na é poca
do projeto e da execuç ã o do empreendimento.
6.1.6 A avaliaç ã o do desempenho de edificaç õ es ou de sistemas, de acordo com esta Norma, deve
ser realizada considerando as premissas bá sicas estabelecidas nesta Seç ã o.
NOTA Recomenda-se que a avaliaç ã o do desempenho seja realizada por instituiç õ es de ensino
ou pesquisa, laborató rios especializados, empresas de tecnologia, equipes multiprofissionais ou profissionais
de reconhecida capacidade té cnica.
6.2.1 Implantaç ã o
Devem ainda ser considerados riscos de explosõ es oriundas do confinamento de gases resultantes de
aterros sanitá rios, solos contaminados, proximidade de pedreiras e outros, tomando-se as providê ncias
necessá rias para que nã o ocorram prejuízos à seguranç a e à funcionalidade da obra.
6.2.2 Entorno
Os projetos devem ainda prever as interaç õ es entre construç õ es pró ximas, considerando-se
convenientemente as eventuais sobreposiç õ es de bulbos de pressã o, efeitos de grupo de estacas,
rebaixamento do lenç ol freá tico e desconfinamento do solo em funç ã o do corte do terreno.
Tais fenô menos també m nã o podem prejudicar a seguranç a e a funcionalidade da obra, bem como de
edificaç õ es vizinhas.
Do ponto de vista da seguranç a e estabilidade ao longo da vida ú til da estrutura, devem ser consideradas
as condiç õ es de agressividade do solo, do ar e da á gua na é poca do projeto, prevendo-se, quando
necessá rio, as proteç õ es pertinentes à estrutura e suas partes.
6.3.2 Os mé todos de avaliaç ã o estabelecidos nesta Norma consideram a realizaç ã o de ensaios la-
boratoriais, ensaios de tipo, ensaios em campo, inspeç õ es em protó tipos ou em campo, simulaç õ es e
aná lise de projetos. A realizaç ã o de ensaios laboratoriais deve ser baseada nas Normas explicitamen-
te referenciadas, em cada caso, nesta parte da ABNT NBR 15575.
6.4 Amostragem
6.4.2 Do ponto de vista da durabilidade, as avaliaç õ es de campo somente devem ser aceitas se a
construç ã o ou instalaç ã o tiver ocorrido há pelo menos dois anos.
6.4.3 Sob qualquer aspecto, deve-se tomar a má xima precauç ã o para, com base nas aná lises de
campo, nã o se inferir ou extrapolar resultados para condiç õ es diversas de clima, implantaç ã o, agres-
sividade do meio e utilizaç ã o.
6.4.4 Sempre que a avaliaç ã o estiver baseada na realizaç ã o de ensaios de laborató rio, a amostra-
gem deve ser aleató ria.
6.5.1 Quando uma Norma Brasileira prescritiva contiver requisitos suplementares a esta Norma, eles
devem ser integralmente atendidos.
6.5.2 Na ausê ncia de Normas Brasileiras prescritivas para sistemas, podem ser utilizadas Normas
Internacionais prescritivas relativas ao tema.
6.6.2 Quando houver a necessidade de realizaç ã o de ensaios laboratoriais, o relató rio de avaliaç ã o
deve conter a solicitaç ã o para realizaç ã o desses ensaios, com explicitaç ã o dos resultados pretendidos
e a metodologia a ser seguida, de acordo com as normas referenciadas nesta Norma.
6.6.3 A amostra tomada para ensaio deve ser acompanhada de todas as informaç õ es que a carac-
terizem, considerando sua participaç ã o no sistema.
6.6.4 A partir dos resultados obtidos deve ser elaborado um documento de avaliaç ã o do desempe-
nho, baseado nos requisitos e crité rios avaliados de acordo com esta Norma.
6.6.5 O relató rio deve ser elaborado pelo responsá vel pela avaliaç ã o e deve atender aos requisitos
estabelecidos em 6.7.
7 Desempenho estrutural
Ver ABNT NBR 15575-2.
— proteger a vida dos ocupantes das edificaç õ es, em caso de incê ndio;
— dificultar a propagaç ã o do incê ndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimô nio;
— garantir condiç õ es para o emprego de socorro pú blico, onde se permita o acesso operacional de
viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo há bil para exercer as atividades de
salvamento (pessoas retidas) e combate a incê ndio (rescaldo e extinç ã o);
— evitar ou minimizar danos à pró pria edificaç ã o, à s outras adjacentes, à infraestrutura pú blica e ao
meio ambiente.
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De forma a atender aos requisitos do usuá rio quanto à seguranç a (ver 4.2), devem ser atendidos os
requisitos estabelecidos na legislaç ã o pertinente e na ABNT NBR 14432.
Dificultar a ocorrê ncia de princípio de incê ndio por meio de premissas adotadas no projeto e na cons-
truç ã o da edificaç ã o.
Os edifícios multifamiliares devem ser providos de proteç ã o contra descargas atmosfé ricas, atendendo
ao estabelecido na ABNT NBR 5419 e demais Normas Brasileiras aplicá veis, nos casos previstos
na legislaç ã o vigente.
As instalaç õ es elé tricas das edificaç õ es habitacionais devem ser projetadas de acordo com a
ABNT NBR 5410 e Normas Brasileiras aplicá veis.
NOTA Recomenda-se evitar o risco de igniç ã o dos materiais em funç ã o de curtos-circuitos e sobretensõ es.
As instalaç õ es de gá s devem ser projetadas e executadas de acordo com as ABNT NBR 13523
e ABNT NBR 15526.
A comprovaç ã o do atendimento ao requisito de 8.2, pelos crité rios estabelecidos em 8.2.1.1 a 8.2.1.3,
deve ser feita pela aná lise do projeto ou por inspeç ã o em protó tipo.
Quando houver ambiente enclausurado, devem ser atendidas a ABNT NBR 15526 e outras Normas
Brasileiras aplicá veis.
As rotas de saída de emergê ncia dos edifícios devem atender ao disposto na ABNT NBR 9077.
Dificultar a ocorrê ncia da inflamaç ã o generalizada no ambiente de origem de eventual incê ndio.
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A comprovaç ã o do atendimento aos requisitos estabelecidos em 8.4.1 deve ser feita por inspeç ã o em
protó tipo ou ensaios conforme Normas Brasileiras específicas.
Dificultar a propagaç ã o de incê ndio para unidades contíguas ou entre edificaç õ es.
Caso nã o seja possível o atendimento ao crité rio de isolamento de risco à distâ ncia ou proteç ã o
(8.5.1), a edificaç ã o nã o é considerada independente e o dimensionamento das medidas de proteç ã o
contra incê ndio deve ser feito considerando o conjunto de edificaç õ es como uma ú nica unidade.
A distâ ncia entre edifícios deve atender à condiç ã o de isolamento, considerando-se todas as interfe-
rê ncias previstas na legislaç ã o vigente.
As medidas de proteç ã o, incluindo no sistema construtivo o uso de portas ou selos corta-fogo, devem
possibilitar que o edifício seja considerado uma unidade independente.
Para isolamento de risco: aná lise do projeto e dimensionamento das distâ ncias seguras, tendo em
conta a igniç ã o-piloto por radiaç ã o e a convecç ã o atravé s da cobertura.
A edificaç ã o habitacional deve atender à ABNT NBR 14432 e à s normas específicas para o tipo de
estrutura conforme mencionado em 8.6.2.
Aná lise do projeto e, sendo possível, inspeç ã o em protó tipo atendendo à legislaç ã o vigente.
Assegurar que tenham sido tomadas medidas de seguranç a aos usuá rios da edificaç ã o habitacional.
c) deformaç õ es e defeitos acima dos limites especificados nas ABNT NBR 15575-2 a
ABNT NBR 15575-6.
Devem ser previstas no projeto e na execuç ã o formas de minimizar, durante o uso da edificaç ã o,
o risco de:
a) queda de pessoas em altura: telhados, á ticos, lajes de cobertura e quaisquer partes elevadas da
construç ã o;
c) queda de pessoas em funç ã o de rupturas das proteç õ es, as quais devem ser ensaiadas conforme
ABNT NBR 14718 ou devem possuir memorial de cá lculo assinado por profissional responsá vel
que comprove seu desempenho;
Evitar a ocorrê ncia de ferimentos ou danos aos usuá rios, em condiç õ es normais de uso.
NOTA Por exemplo, ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 13523, ABNT NBR 15526,
ABNT NBR 15575-6 etc.
10 Estanqueidade
10.1 Generalidades
10.2.1 Crité rio – Estanqueidade à á gua de chuva e à umidade do solo e do lenç ol freá tico
Atendimento aos requisitos especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.
Aná lise do projeto e mé todos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.
Devem ser previstos nos projetos a prevenç ã o de infiltraç ã o da á gua de chuva e da umidade do solo
nas habitaç õ es, por meio dos detalhes indicados a seguir:
d) ligaç ã o entre os diversos elementos da construç ã o (como paredes e estrutura, telhado e paredes,
corpo principal e pisos ou calç adas laterais).
10.3.1 Crité rio – Estanqueidade à á gua utilizada na operaç ã o, uso e manutenç ã o do imó vel
Devem ser previstos no projeto detalhes que assegurem a estanqueidade de partes do edifício que
tenham a possibilidade de ficar em contato com a á gua gerada na ocupaç ã o ou manutenç ã o do
imó vel, devendo ser verificada a adequaç ã o das vinculaç õ es entre instalaç õ es de á gua, esgotos ou
á guas pluviais e estrutura, pisos e paredes, de forma que as tubulaç õ es nã o venham a ser rompidas
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Aná lise do projeto e mé todos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.
11 Desempenho té rmico
11.1 Generalidades
A edificaç ã o habitacional deve reunir características que atendam aos requisitos de desempenho
té rmico, considerando-se a zona bioclimá tica definida na ABNT NBR 15220-3.
Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece um procedimento normativo apresentado a seguir, com
um procedimento informativo mostrado no Anexo A para avaliaç ã o da adequaç ã o de habitaç õ es:
a) Procedimento 1 – Simplificado (normativo): atendimento aos requisitos e crité rios para os sistemas
de vedaç ã o e coberturas, conforme ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5. Para os casos em
que a avaliaç ã o de transmitâ ncia té rmica e capacidade té rmica, conforme os crité rios e mé todos
estabelecidos nas ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5, resultem em desempenho té rmico
insatisfató rio, o projetista deve avaliar o desempenho té rmico da edificaç ã o como um todo pelo
mé todo da simulaç ã o computacional conforme 11.2.
Para a avaliaç ã o de desempenho té rmico por simulaç ã o computacional, os requisitos, crité rios
e mé todos sã o detalhados em 11.3 e 11.4.
Para a realizaç ã o das simulaç õ es computacionais, devem ser utilizadas como referê ncia as Tabelas A.1,
A.2 e A.3, que fornecem informaç õ es sobre a localizaç ã o geográ fica de algumas cidades brasileiras e
os dados climá ticos correspondentes aos dias típicos de projeto de verã o e de inverno.
Na falta de dados para a cidade onde se encontra a habitaç ã o, recomenda-se utilizar os dados
climá ticos de uma cidade com características climá ticas semelhantes e na mesma zona bioclimá tica
brasileira (conforme a parte 3 da ABNT NBR 15220-3).
NOTA Arquivos climá ticos gerados por instituiç õ es de reconhecida capacitaç ã o té cnica (universidades ou
institutos de pesquisa) podem ser utilizados, desde que a fonte seja devidamente referenciada e os dados
sejam de domínio pú blico.
Para a geometria do modelo de simulaç ã o, deve ser considerada a habitaç ã o como um todo,
considerando cada ambiente como uma zona té rmica. Na composiç ã o de materiais para a simulaç ã o,
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deve-se utilizar dados das propriedades té rmicas dos materiais e/ou componentes construtivos:
— obtidos em laborató rio, atravé s de mé todo de ensaio normalizado. Para os ensaios de laborató rio,
recomenda-se a utilizaç ã o dos mé todos apresentados na Tabela 1;
— na ausê ncia destes dados ou na impossibilidade de obtê -los junto aos fabricantes, é permitido
utilizar os dados disponibilizados na ABNT NBR 15220-2 como referê ncia.
O valor má ximo diá rio da temperatura do ar interior de recintos de permanê ncia prolongada, como salas
e dormitó rios, sem a presenç a de fontes internas de calor (ocupantes, lâ mpadas, outros equipamentos
em geral), deve ser sempre menor ou igual ao valor má ximo diá rio da temperatura do ar exterior.
O nível para aceitaç ã o é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao crité rio de 11.3.1 mostrado na
Tabela 2.
Te,má x. é o valor má ximo diá rio da temperatura do ar exterior à edificaç ã o, em graus Celsius.
NOTA Zonas bioclimá ticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.
A Tabela E.1 apresenta a caracterizaç ã o para os níveis de desempenho I (intermediá rio) e S (superior)
opcionais.
Apresentar condiç õ es té rmicas no interior do edifício habitacional melhores que do ambiente externo,
no dia típico de projeto de inverno, conforme 11.4.1, nas zonas bioclimá ticas 1 a 5. Nas zonas 6, 7 e 8
nã o é necessá rio realizar avaliaç ã o de desempenho té rmico de projeto para inverno.
Os valores mínimos diá rios da temperatura do ar interior de recintos de permanê ncia prolongada,
como salas e dormitó rios, no dia típico de projeto de inverno, devem ser sempre maiores ou iguais
à temperatura mínima externa acrescida de 3 °C.
O nível para aceitaç ã o é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao crité rio de 11.4.1 mostrado na
Tabela 3.
A Tabela E.2 apresenta a caracterizaç ã o para os níveis de desempenho I (intermediá rio) e S (superior)
opcionais.
A avaliaç ã o deve ser feita para um dia típico de projeto, de verã o e de inverno.
a) conjunto habitacional de edificaç õ es té rreas: selecionar uma unidade habitacional com o maior
nú mero de paredes expostas e seguir o procedimento estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2;
b) edifício multipiso: selecionar uma unidade do ú ltimo andar, com cobertura exposta, e seguir o
procedimento estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2.
11.5.1 Simular todos os recintos da unidade habitacional, considerando as trocas té rmicas entre os
seus ambientes e avaliar os resultados dos recintos, dormitó rios e salas, considerando as condiç õ es
apresentadas abaixo.
A edificaç ã o deve ser orientada conforme a implantaç ã o. A unidade habitacional desta edificaç ã o
escolhida para a simulaç ã o deve ser a mais crítica do ponto de vista té rmico.
Caso esta orientaç ã o da edificaç ã o nã o esteja definida, esta deve ser posicionada de tal forma que a
unidade a ser avaliada tenha a condiç ã o mais crítica do ponto de vista té rmico.
a) verã o: janela do dormitó rio ou da sala voltada para oeste e a outra parede exposta voltada para
norte. Caso nã o seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para oeste;
b) inverno: janela do dormitó rio ou da sala de estar voltada para o sul e a outra parede exposta
voltada para leste. Caso nã o seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada
para o sul;
Adotar uma taxa de ventilaç ã o do ambiente de 1 ren/h. A taxa de renovaç ã o da cobertura deve ser a
mesma, de 1 ren/h.
A absortâ ncia à radiaç ã o solar das superfícies expostas deve ser definida conforme a cor e as
características das superfícies externas da cobertura e das paredes expostas, conforme orientaç õ es
descritas a seguir:
b) parede: assumir o valor da absortâ ncia à radiaç ã o solar correspondente à cor definida no projeto.
Caso a cor nã o esteja definida, simular para trê s alternativas de cor:
11.5.2 A unidade habitacional que nã o atender aos crité rios estabelecidos para verã o deve ser simu-
lada novamente, considerando-se as seguintes alteraç õ es:
— sombreamento: inserç ã o de proteç ã o solar externa ou interna da esquadria externa com dispositivo
capaz de cortar no mínimo 50 % da radiaç ã o solar direta que entraria pela janela, com taxa de
uma renovaç ã o do volume de ar do ambiente por hora (1,0 ren/h);
— ventilaç ã o e sombreamento: combinaç ã o das duas estraté gias anteriores, ou seja, inserç ã o de
dispositivo de proteç ã o solar e taxa de renovaç ã o do ar de 5,0 ren/h.
A edificaç ã o habitacional deve apresentar isolamento acú stico adequado das vedaç õ es externas, no
que se refere aos ruídos aé reos provenientes do exterior da edificaç ã o habitacional, e isolamento
acú stico adequado entre á reas comuns e privativas e entre á reas privativas de unidades autô nomas
diferentes.
Propiciar condiç õ es mínimas de desempenho acú stico da edificaç ã o, com relaç ã o a fontes normalizadas
de ruídos externos aé reos.
Propiciar condiç õ es de isolaç ã o acú stica entre as á reas comuns e ambientes de unidades habitacionais
e entre unidades habitacionais distintas.
12.3.1 Crité rio – Isolaç ã o ao ruído aé reo entre pisos e paredes internas
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Os sistemas de pisos e vedaç õ es verticais que compõ em o edifício habitacional devem ser projetados,
construídos e montados de forma a atender aos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3
e ABNT NBR 15575-4.
Propiciar condiç õ es mínimas de desempenho acú stico no interior da edificaç ã o, com relaç ã o a fontes
padronizadas de ruídos de impacto.
Os sistemas que compõ em os edifícios habitacionais devem atender aos requisitos e crité rios
especificados nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-5.
Aná lise do projeto e atendimento aos mé todos de ensaios especificados nas ABNT NBR 15575-3 e
ABNT NBR 15575-5.
13 Desempenho lumínico
13.1 Generalidades
Durante o dia, as dependê ncias da edificaç ã o habitacional listadas na Tabela 4 devem receber
iluminaç ã o natural conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente, atravé s de recintos
adjacentes.
Para o período noturno, o sistema de iluminaç ã o artificial deve proporcionar condiç õ es internas
satisfató rias para ocupaç ã o dos recintos e circulaç ã o nos ambientes com conforto e seguranç a.
Durante o dia, as dependê ncias da edificaç ã o habitacional listadas na Tabela 4 devem receber
iluminaç ã o natural conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente, atravé s de recintos
adjacentes.
Contando unicamente com iluminaç ã o natural, os níveis gerais de iluminâ ncia nas diferentes
dependê ncias das construç õ es habitacionais devem atender ao disposto na Tabela 4.
Sala de estar
Dormitó rio
≥ 60
Copa/cozinha
Á rea de serviç o
Banheiro
Corredor ou escada interna à unidade
Corredor de uso comum (pré dios)
Nã o requerido
Escadaria de uso comum (pré dios)
Garagens/estacionamentos
(demais ambientes)
* Valores mínimos obrigató rios, conforme mé todo de avaliaç ã o de 13.2.2.
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, sã o permitidos, para as dependê ncias situadas no pavimento
té rreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua, níveis de iluminâ ncia ligeiramente inferiores aos valores
especificados na tabela acima (diferenç a má xima de 20 % em qualquer dependê ncia).
NOTA 2 Os crité rios desta tabela nã o se aplicam à s á reas confinadas ou que nã o tenham iluminaç ã o
natural.
NOTA 3 Deve-se verificar e atender à s condiç õ es mínimas requeridas pela legislaç ã o local.
O Anexo E conté m recomendaç õ es de outros níveis de desempenho relativos a estes crité rios.
As simulaç õ es para o plano horizontal, em períodos da manhã (9:30 h) e da tarde (15:30 h),
respectivamente, para os dias 23 de abril e 23 de outubro e sua avaliaç ã o devem ser realizadas com
emprego do algoritmo apresentado na ABNT NBR 15215–3, atendendo à s seguintes condiç õ es:
— considerar a latitude e a longitude do local da obra, supor dias com nebulosidade mé dia (índice
de nuvens 50 %);
— supor desativada a iluminaç ã o artificial, sem a presenç a de obstruç õ es opacas (janelas e cortinas
abertas, portas internas abertas, sem roupas estendidas nos varais etc.);
— simulaç õ es para o centro dos ambientes, na altura de 0,75 m acima do nível do piso;
— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados, considerar todas as
orientaç õ es típicas das diferentes unidades;
— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multipiso, considerar, alé m das
orientaç õ es típicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posiç õ es dos apartamentos nos
andares;
Contando unicamente com iluminaç ã o natural, o fator de luz diurna (FLD) nas diferentes dependê ncias
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das construç õ es habitacionais deve atender ao disposto na Tabela 5 (ver ISO 5034–1).
O Anexo E conté m recomendaç õ es de outros níveis de desempenho relativos a estes crité rios.
Realizaç ã o de mediç õ es no plano horizontal, com o emprego de luxímetro portá til, erro má ximo de
± 5 % do valor medido, no período compreendido entre 9 h e 15 h, nas seguintes condiç õ es:
— mediç õ es em dias com cobertura de nuvens maior que 50 %, sem ocorrê ncia de precipitaç õ es;
— mediç õ es realizadas com a iluminaç ã o artificial desativada, sem a presenç a de obstruç õ es opacas
(janelas e cortinas abertas, portas internas abertas, sem roupas estendidas nos varais etc.);
— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados, considerar todas as
orientaç õ es típicas das diferentes unidades;
— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multipiso, considerar, alé m das
orientaç õ es típicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posiç õ es dos apartamentos nos
andares;
— na ocasiã o das mediç õ es nã o pode haver incidê ncia de luz solar direta sobre os luxímetros, em
circunstâ ncia alguma;
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— o fator de luz diurna (FLD) é dado pela relaç ã o entre a iluminâ ncia interna e a iluminâ ncia externa
à sombra, de acordo com a seguinte equaç ã o:
Ei
FLD = 100 ×
Ee
onde
Os requisitos de iluminâ ncia natural podem ser atendidos mediante adequada disposiç ã o dos cô modos
(arquitetura), correta orientaç ã o geográ fica da edificaç ã o, dimensionamento e posiç ã o das aberturas,
tipos de janelas e de envidraç amentos, rugosidade e cores dos elementos (paredes, tetos, pisos etc.),
inserç ã o de poç os de ventilaç ã o e iluminaç ã o, eventual introduç ã o de domo de iluminaç ã o etc.
A presenç a de taludes, muros, coberturas de garagens e outros obstá culos do gê nero nã o podem
prejudicar os níveis mínimos de iluminâ ncia especificados.
Nos conjuntos habitacionais integrados por edifícios, a implantaç ã o relativa dos pré dios, de eventuais
caixas de escada ou de outras construç õ es, nã o podem prejudicar os níveis mínimos de iluminâ ncia
especificados.
Recomenda-se que a iluminaç ã o natural das salas de estar e dormitó rios seja provida de vã os de
portas ou de janelas. No caso das janelas, recomenda-se que a cota do peitoril esteja posicionada
no má ximo a 100 cm do piso interno, e a cota da testeira do vã o no má ximo a 220 cm a partir do piso
interno, conforme Figura 1.
≤ 220 cm
≤ 100 cm
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Propiciar condiç õ es de iluminaç ã o artificial interna, de modo a garantir a ocupaç ã o dos recintos
e circulaç ã o nos ambientes com conforto e seguranç a.
Os níveis gerais de iluminaç ã o promovidos nas diferentes dependê ncias dos edifícios habitacionais
por iluminaç ã o artificial devem atender ao disposto na Tabela 6.
O Anexo E conté m recomendaç õ es de outros níveis de desempenho relativos a estes crité rios.
Aná lise de projeto ou inspeç ã o em protó tipo, utilizando um dos mé todos estabelecidos no Anexo B,
para iluminaç ã o artificial.
14 Durabilidade e manutenibilidade
14.1 Generalidades
A durabilidade do edifício e de seus sistemas é um requisito econô mico do usuá rio, pois está
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diretamente associado ao custo global do bem imó vel. A durabilidade de um produto se extingue
quando ele deixa de atender à s funç õ es que lhe forem atribuídas, quer seja pela degradaç ã o que o
conduz a um estado insatisfató rio de desempenho, quer seja por obsolescê ncia funcional. O período
de tempo compreendido entre o início de operaç ã o ou uso de um produto e o momento em que o seu
desempenho deixa de atender aos requisitos do usuá rio preestabelecidos é denominado vida ú til.
No Anexo C, é feita uma aná lise mais abrangente dos conceitos relacionados com a durabilidade e a
vida ú til, face à importâ ncia que representam para o desempenho do edifício e seus sistemas.
Projetistas, construtores e incorporadores sã o responsá veis pelos valores teó ricos de vida ú til de
projeto que podem ser confirmados por meio de atendimento à s Normas Brasileiras ou Internacionais
(por exemplo, ISO e IEC) ou Regionais (por exemplo, Mercosul) e, nã o havendo estas, podem ser
consideradas normas estrangeiras na data do projeto. Nã o obstante, nã o podem prever, estimar ou se
responsabilizar pelo valor atingido de vida ú til (VU), uma vez que este depende de fatores fora de seu
controle, como o correto uso e operaç ã o do edifício e de suas partes, a constâ ncia e efetividade das
operaç õ es de limpeza e manutenç ã o, alteraç õ es climá ticas e níveis de poluiç ã o no local, mudanç as
no entorno ao longo do tempo (trâ nsito de veículos, rebaixamento do nível do lenç ol freá tico, obras de
infraestrutura, expansã o urbana etc.).
O valor final atingido de vida ú til (VU) será uma composiç ã o do valor teó rico calculado como vida ú til de
projeto (VUP) influenciado positivamente ou negativamente pelas aç õ es de manutenç ã o, intempé ries
e outros fatores internos de controle do usuá rio e externos (naturais) fora de seu controle.
14.2 Requisito – Vida ú til de projeto do edifício e dos sistemas que o compõ em
Projetar os sistemas da edificaç ã o de acordo com valores teó ricos preestabelecidos de vida ú til de
projeto.
O projeto deve especificar o valor teó rico para a vida ú til de projeto (VUP) para cada um dos sistemas
que o compõ em, nã o inferiores aos estabelecidos na Tabela 7, e deve ser elaborado para que
os sistemas tenham uma durabilidade potencial compatível com a vida ú til de projeto (VUP) a serem
considerados nos projetos elaborados a partir da exigibilidade desta parte da ABNT NBR 15575.
Cobertura ≥ 20
Hidrossanitá rio ≥ 20
* Considerando periodicidade e processos de manutenç ã o segundo a ABNT NBR 5674 e
especificados no respectivo manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o entregue ao usuá rio
elaborado em atendimento à ABNT NBR 14037.
Na ausê ncia de indicaç ã o em projeto da VUP dos sistemas, serã o adotados os valores relacionados
na Tabela 7 para o desempenho mínimo.
Para os casos nã o abrangidos pela Tabela 7, a determinaç ã o da vida ú til de projeto (VUP) mínima
pode basear-se nas recomendaç õ es da Tabela C.4.
O projeto do edifício deve atender aos parâ metros mínimos de VUP indicados na Tabela 7. Caso sejam
adotados valores superiores aos da Tabela 7, estes devem ser explicitados no projeto. Os sistemas
do edifício devem ser adequadamente detalhados e especificados em projeto, de modo a possibilitar
a avaliaç ã o da sua vida ú til de projeto. É desejá vel conhecer as especificaç õ es dos elementos e
componentes empregados, de modo que possa ser avaliada a sua adequabilidade de uso em funç ã o
da vida ú til de projeto (VUP) estabelecida para o sistema.
Na aná lise do projeto, a avaliaç ã o do atendimento à vida ú til de projeto (VUP) pode ser realizada
pela utilizaç ã o da metodologia proposta pelas ISO 15686-1 a 15686-3 e ISO 15686-5 a 15686-7.
Complementarmente, esta Norma relaciona a Bibliografia recomendada para avaliaç ã o do atendimento
à vida ú til de projeto (VUP).
O período de tempo a partir do qual se iniciam os prazos de vida ú til deve ser sempre a data de
conclusã o do edifício habitacional, a qual, para efeitos desta Norma, é a data de expediç ã o do auto
de conclusã o de edificaç ã o, “Habite-se” ou “auto de conclusã o” ou outro documento legal que ateste
a conclusã o das obras.
A avaliaç ã o da vida ú til de projeto (VUP) de qualquer um dos sistemas ou do edifício pode ser
substituída pela garantia por uma terceira parte (companhia de seguros) do desempenho destes.
Decorridos 50 % dos prazos da VUP descritos na Tabela 7, desde que nã o exista histó rico de
necessidade de intervenç oes significativas, considera-se atendido o requisito de VUP, salvo prova
objetiva em contrá rio.
A título informativo, a categoria D, conforme Tabela C.3, apresenta parâ metros para a definiç ã o de
custos significativos.
Os prazos de vida ú til de projeto també m podem ser comprovados por verificaç õ es de atendimento das
normas nacionais prescritivas na data do projeto, bem como constataç õ es em obra do atendimento
integral do projeto pela construtora.
O edifício e seus sistemas devem apresentar durabilidade compatível com a vida ú til de projeto (VUP)
preestabelecida em 14.2.1.
b) pela comprovaç ã o da durabilidade dos elementos e componentes dos sistemas, bem como de
sua correta utilizaç ã o, conforme as Normas a elas associadas que tratam da especificaç ã o dos
elementos e componentes, sua aplicaç ã o e mé todos de ensaios específicos, como ABNT NBR 5649,
ABNT NBR 6136, ABNT NBR 8491, ABNT NBR 9457, ABNT NBR 10834, ABNT NBR 11173,
ABNT NBR 13281, ABNT NBR 13438, ABNT NBR 13858-2, ABNT NBR 15210-1,
ABNT NBR 15319, ABNT NBR 6565; ABNT NBR 7398; ABNT NBR 7400; ABNT NBR 9781;
ABNT NBR 13528 ABNT NBR 8094; ABNT NBR 8096 e outras Normas Brasileiras específicas,
conforme o caso;
d) por aná lise de campo do sistema atravé s de inspeç ã o em protó tipos e edificaç õ es, que possibilite
a avaliaç ã o da durabilidade por conhecimento das características do sistema, obedecendo ao
tempo mínimo de comprovaç ã o da durabilidade (ver Seç ã o 6) e considerando a vida ú til pretendida;
e) pela aná lise dos resultados obtidos em estaç õ es de ensaios de durabilidade do sistema, desde
que seja possível comprovar sua eficá cia.
14.2.5 Premissas
As especificaç õ es relativas à manutenç ã o, uso e operaç ã o do edifício e seus sistemas que forem
consideradas em projeto para definiç ã o da vida ú til de projeto (VUP) devem estar també m claramente
detalhadas na documentaç ã o que acompanha o edifício ou subsidia sua construç ã o.
14.3 Manutenibilidade
Convé m que os projetos sejam desenvolvidos de forma que o edifício e os sistemas projetados tenham
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o favorecimento das condiç õ es de acesso para inspeç ã o predial atravé s da instalaç ã o de suportes
para fixaç ã o de andaimes, balancins ou outro meio que possibilite a realizaç ã o da manutenç ã o.
O projeto do edifício e de seus sistemas deve ser adequadamente planejado, de modo a possibilitar
os meios que favoreç am as inspeç õ es prediais e as condiç õ es de manutenç ã o.
A incorporadora ou construtora (no caso de nã o haver incorporaç ã o) deve fornecer ao usuá rio um
manual que atenda à ABNT NBR 14037.
Na gestã o de manutenç ã o, deve-se atender à ABNT NBR 5674, para preservar as características
originais da edificaç ã o e minimizar a perda de desempenho decorrente da degradaç ã o de seus
sistemas, elementos ou componentes.
O requisito mencionado deve atender aos crité rios fixados na legislaç ã o vigente.
O requisito mencionado deve atender aos crité rios fixados na legislaç ã o vigente.
O sistema de exaustã o ou ventilaç ã o de garagens internas deve permitir a saída dos gases poluentes
gerados por veículos e equipamentos.
O requisito mencionado deve atender aos crité rios fixados na legislaç ã o vigente.
16 Funcionalidade e acessibilidade
16.1 Requisito – Altura mínima de pé -direito
Apresentar altura mínima de pé -direito dos ambientes da habitaç ã o compatíveis com as necessidades
humanas.
Em vestíbulos, halls, corredores, instalaç õ es sanitá rias e despensas, é permitido que o pé -direito seja
reduzido ao mínimo de 2,30 m.
Nos tetos com vigas, inclinados, abobadados ou, em geral, contendo superfícies salientes na altura
piso a piso e/ou o pé -direito mínimo, devem ser mantidos pelo menos 80 % da superfície do teto,
permitindo-se na superfície restante que o pé -direito livre possa descer até o mínimo de 2,30 m.
Apresentar espaç os mínimos dos ambientes da habitaç ã o compatíveis com as necessidades humanas.
16.2.1 Crité rio – Disponibilidade mínima de espaç os para uso e operaç ã o da habitaç ã o
16.3 Requisito – Adequaç ã o para pessoas com deficiê ncias físicas ou pessoas com
mobilidade reduzida
A edificaç ã o deve prever o nú mero mínimo de unidades para pessoas com deficiê ncia física ou com
mobilidade reduzida estabelecido na legislaç ã o vigente, e estas unidades devem atender aos requisitos
da ABNT NBR 9050. As á reas comuns devem prever acesso a pessoas com deficiê ncia física ou com
mobilidade reduzida e idosos.
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As á reas privativas devem receber as adaptaç õ es necessá rias para pessoas com deficiê ncia física
ou com mobilidade reduzida nos percentuais previstos na legislaç ã o, e as á reas de uso comum sempre
devem atender ao estabelecido na ABNT NBR 9050.
O projeto deve prever para as á reas comuns e, quando contratado, també m para as á reas privativas,
as adaptaç õ es que normalmente referem-se a:
Para unidades habitacionais té rreas e assobradadas, de cará ter evolutivo, já comercializadas, com
previsã o de ampliaç ã o, a incorporadora ou construtora deve fornecer ao usuá rio projeto arquitetô nico
e complementar juntamente com o manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o com instruç õ es para
ampliaç ã o da edificaç ã o, recomendando-se utilizar recursos regionais e os mesmos materiais
e té cnicas construtivas do imó vel original.
No projeto e na execuç ã o das edificaç õ es té rreas e assobradadas, de cará ter evolutivo, deve ser
prevista pelo incorporador ou construtor a possibilidade de ampliaç ã o, especificando-se os detalhes
construtivos necessá rios para ligaç ã o ou a continuidade de paredes, pisos, coberturas e instalaç õ es.
NOTA Edificaç õ es de cará ter evolutivo sã o aquelas comercializadas já com previsã o de ampliaç õ es.
As propostas de ampliaç ã o devem ser devidamente consideradas nos estudos de arquitetura, devendo
atender aos níveis de funcionalidade previstos nesta Norma.
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As diretrizes para verificaç ã o dos requisitos dos usuá rios com relaç ã o a conforto tá til e antropodinâ mico
sã o normalmente estabelecidas nas respectivas Normas prescritivas dos componentes, bem como
nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-6.
No caso de edifícios habitacionais destinados aos usuá rios com deficiê ncias físicas e pessoas com
mobilidade reduzida (PMR), os dispositivos de manobra, apoios, alç as e outros equipamentos devem
atender à s prescriç õ es da ABNT NBR 9050.
Nã o prejudicar as atividades normais dos usuá rios, dos edifícios habitacionais, quanto ao caminhar,
apoiar, limpar, brincar e aç õ es semelhantes.
Os elementos e componentes da habitaç ã o (trincos, puxadores, cremonas, guilhotinas etc.) devem ser
projetados, construídos e montados de forma a nã o provocar ferimentos nos usuá rios.
Os elementos e componentes que contam com normalizaç ã o específica (portas, janelas, torneiras
e outros) devem ainda atender aos requisitos das respectivas normas.
Aná lise de projetos, mé todos especificados nas Normas Brasileiras de cada componente.
Apresentar formato compatível com a anatomia humana. Nã o requerer esforç os excessivos para
a manobra e movimentaç ã o.
17.3.1 Crité rio – Forç a necessá ria para o acionamento de dispositivos de manobra
Aná lise de projetos, mé todos de ensaio relacionados à s Normas Brasileiras específicas dos
componentes.
18 Adequaç ã o ambiental
18.1 Generalidades
18.1.1 Té cnicas de avaliaç ã o do impacto ambiental resultante das atividades da cadeia produtiva da
construç ã o ainda sã o objeto de pesquisa e, no atual estado da arte, nã o é possível estabelecer crité -
rios e mé todos de avaliaç ã o relacionados à expressã o desse impacto.
Alé m do descrito anteriormente, devem ser atendidos os requisitos das ABNT NBR 8044
e ABNT NBR 11682, bem como da legislaç ã o vigente.
18.3.2 Recomenda-se a utilizaç ã o de madeiras cuja origem possa ser comprovada mediante
apresentaç ã o de certificaç ã o legal ou provenientes de plano de manejo aprovado pelos ó rgã os
ambientais.
18.3.3 Recomenda-se recorrer ao uso de espé cies alternativas de madeiras que nã o estejam enqua-
dradas como madeiras em extinç ã o, sendo que as características destas espé cies podem ser encon-
tradas na Bibliografia.
18.3.5 Recomenda-se aos projetistas que avaliem junto aos fabricantes de materiais, componentes e
equipamentos os resultados de inventá rios de ciclo de vida de seus produtos, de forma a subsidiar a
tomada de decisã o na avaliaç ã o do impacto que estes elementos provocam ao meio ambiente.
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As á guas servidas provenientes dos sistemas hidrossanitá rios devem ser encaminhadas à s redes
pú blicas de coleta e, na indisponibilidade destas, devem utilizar sistemas que evitem a contaminaç ã o
do ambiente local.
NOTA É recomendado para as instalaç õ es hidrossanitá rias privilegiarem a adoç ã o de soluç õ es, caso
a caso, que minimizem o consumo de á gua e possibilitem o reuso, reduzindo a demanda da á gua da rede
pú blica de abastecimento e minimizando o volume de esgoto conduzido para tratamento, sem com isso
reduzir a satisfaç ã o do usuá rio ou aumentar a probabilidade de ocorrê ncia de doenç as.
No caso de reuso de á gua para destinaç ã o nã o potá vel, esta deve atender aos parâ metros estabelecidos
na Tabela 8.
Tabela 8 – Parâ metros de qualidade de á gua para usos restritivos nã o potá veis
Parâ metro Valor
Coliformes totais Ausê ncia em 100 mL
Coliformes termotolerantes Ausê ncia em 100 mL
Cloro residual livre a 0,5 mg/L a 3,0 mg/L
< 2,0 uT b, para usos menos restritivos
Turbidez
< 5,0 uT
Cor aparente (caso nã o seja utilizado nenhum
< 15uH c
corante, ou antes da sua utilizaç ã o)
Deve prever ajuste de pH para proteç ã o pH de 6,0 a 8,0 no caso de tubulaç ã o
das redes de distribuiç ã o, caso necessá rio de aç o-carbono ou galvanizado
NOTA Podem ser utilizados outros processos de desinfecç ã o alé m do cloro, como a aplicaç ã o de
raio ultravioleta e aplicaç ã o de ozô nio.
a No caso de serem utilizados compostos de cloro para desinfecç ã o.
b uT é a unidade de turbidez.
c uH é a unidade Hazen.
As instalaç õ es elé tricas devem privilegiar a adoç ã o de soluç õ es, caso a caso, que minimizem o
consumo de energia, entre elas a utilizaç ã o de iluminaç ã o e ventilaç ã o natural e de sistemas de
aquecimento baseados em energia alternativa.
Convé m a adoç ã o de soluç õ es que minimizem o consumo de energia, entre elas a utilizaç ã o de
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Tais recomendaç õ es devem també m ser aplicadas aos aparelhos e equipamentos utilizados
durante a execuç ã o da obra e no uso do imó vel (guinchos, serras, gruas, aparelhos de iluminaç ã o,
eletrodomé sticos, elevadores, sistemas de refrigeraç ã o etc.).
Anexo A
(informativo)
A.1.1 A avaliaç ã o do desempenho té rmico de edificaç õ es, via mediç õ es in loco, deve ser feita em
edificaç õ es em escala real (1:1), seguindo o procedimento apresentado neste Anexo.
A.1.2 Medir a temperatura de bulbo seco do ar no centro dos recintos dormitó rios e salas,
a 1,20 m do piso. Para as mediç õ es de temperatura, seguir as especificaç õ es de equipamentos
e montagem dos sensores, apresentadas na ISO 7726.
A.1.3 Para avaliar edificaç õ es existentes, considerar as situaç õ es apresentadas a seguir e realizar
a avaliaç ã o conforme este Anexo:
a) no caso de uma ú nica unidade habitacional, medir nos recintos indicados neste Anexo, como se
apresentam;
b) em conjunto habitacional de unidades té rreas e edifícios multipiso, escolher uma ou mais unidades,
que possibilitem a avaliaç ã o nas condiç õ es estabelecidas a seguir:
— verã o: janela do dormitó rio ou sala voltada para oeste e outra parede exposta voltada para o
norte;
— inverno: janela do dormitó rio ou sala de estar voltada para o sul e outra parede exposta
voltada para o leste;
A.1.4 Para avaliaç ã o em protó tipos, recomenda-se que eles sejam construídos considerando-se
as condiç õ es estabelecidas a seguir:
— nas regiõ es bioclimá ticas 6 a 8 (ABNT NBR 15220-3), protó tipo com janela do dormitó rio ou sala
voltada para oeste;
— nas regiõ es bioclimá ticas 1 a 5 (ABNT NBR 15220-3), construir um protó tipo que atenda aos
requisitos especificados a seguir:
— condiç ã o de inverno: janela do dormitó rio ou sala de estar voltada para o sul e outra parede
exposta voltada para o leste;
— condiç ã o de verã o: janela do dormitó rio ou sala voltada para oeste e outra parede exposta
voltada para o norte.
A.1.5 Obstruç ã o por elementos externos: quando possível, as paredes e as janelas dos protó tipos
devem ser desobstruídas (sem presenç a de edificaç õ es ou vegetaç ã o nas proximidades que
modifiquem a incidê ncia de sol e/ou vento).
NOTA No caso de avaliaç ã o em protó tipo, este deve reproduzir as condiç õ es mais semelhantes
possíveis à quelas que serã o obtidas pela edificaç ã o real, evitando-se desvios de resultados causados por
sombreamentos ou ventilaç ã o diferentes da obra real.
A.1.6 Período de mediç ã o: o dia tomado para aná lise deve corresponder a um dia típico de
projeto, de verã o ou de inverno, precedido por pelo menos um dia com características semelhantes.
Recomenda-se, como regra geral, trabalhar com uma sequê ncia de trê s dias e analisar os dados
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do terceiro dia. Para efeito da avaliaç ã o por mediç ã o, o dia típico é caracterizado unicamente pelos
valores da temperatura do ar exterior medidos no local.
A.1.7 Os valores da temperatura do ar exterior dos dias típicos de verã o e inverno de diversas
localidades sã o apresentados nas Tabelas A.2 e A.3. Caso a cidade nã o conste nestas tabelas, utilizar
os dados climá ticos da cidade mais pró xima, dentro da mesma regiã o climá tica, com altitude de
mesma ordem e grandeza.
70 50 40
00 00
10
Z1 00,8 %
Z2 06,4 %
20 Z3 06,5 % 20
Z4 02,0 %
Z5 05,6 %
Z6 12,6 %
Z7 12,6 %
Z8 53,7 %
30 30
70 60 50 40
70 50 40 70 50 40
00 00 00 00
10 10
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20 20 20 20
Zona 1 Zona 2
30 30 30 30
70 60 50 40 70 60 50 40
70 50 40 70 50 40
00 00 00 00
10 10
20 20 20 20
Zona 3 Zona 4
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Zona 5 Zona 6
30 30 30 30
70 60 50 40 70 60 50 40
70 50 40 70 50 40
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20 20 20 20
Zona 7 Zona 8
30 30 30 30
70 60 50 40 70 60 50 40
Horizonte
Boa Vista 35,3 9,8 25,8 6
Brasília 31,2 12,5 20,9 4 625 4
Campo
33,6 10 23,6 5 481 6
Grande
Cuiabá 37,8 12,4 24,8 4 972 6
Curitiba 31,4 10,2 21,3 2 774 8
Florianó polis 32,7 6,6 24,4 7
Fortaleza 32 6,5 25,1 5 611 5
Goiâ nia 34,6 13,4 21 4 455 4
Joã o Pessoa 30,9 6,1 24,6 5 542 6
Macapá 33,5 9 25,8 7
Maceió 32,2 8,2 24,6 5 138 6
Manaus 34,9 9,1 26,4 5 177 7
Natal 32,1 8 24,8 6 274 6
Porto Alegre 35,9 9,6 23,9 5 476 5
Porto Velho 34,8 12,5 26 6 666 7
Recife 31,4 7,4 24,7 5 105 6
Rio Branco 35,6 12,7 25,4 6 496 7
Rio de
35,1 6,4 25,6 5 722 5
Janeiro
Salvador 31,6 6,1 25 5 643 5
Sã o Luís 32,5 7,4 25,4 5 124 5
Sã o Paulo 31,9 9,2 21,3 5 180 6
Teresina 37,9 13,2 25,1 5 448 5
Vitó ria 34,6 7,4 25,9 4 068 5
te
Boa Vista 20,7 8,4 24,9 7
Brasília 10,0 12,2 14,8 4 246 3
Campo Gran-
13,7 11,5 17,3 4 250 4
de
Cuiabá 11,4 14,3 20,1 4 163 4
Curitiba 0,7 11,6 11,0 1 666 6
Florianó polis 6,0 7,4 13,4 6
Fortaleza 21,5 7,0 24,0 5 301 5
Goiâ nia 9,6 14,9 16,2 1 292 3
Joã o Pessoa 19,2 6,5 22,4 4 836 6
Macapá 21,8 6,5 24,9 8
Maceió 17,8 7,5 21,7 4 513 6
Manaus 21,4 7,9 25,0 4 523 7
Natal 19,1 7,8 22,5 5 925 5
Porto Alegre 4,3 8,6 12,1 2 410 6
Porto Velho 14,1 14,1 23,6 6 670 5
Recife 18,8 6,7 22,1 4 562 6
Rio Branco 11,9 14,9 22,1 6 445 6
Rio de Janei-
15,8 6,3 19,1 4 030 5
ro
Salvador 20,0 5,0 21,7 4 547 5
Sã o Luís 21,5 6,9 24,9 4 490 6
Sã o Paulo 6,2 10,0 13,4 4 418 6
Teresina 18,0 12,6 22,9 5 209 4
Vitó ria 16,7 6,9 20,4 2 973 5
Anexo B
(normativo)
B.1 Generalidades
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A verificaç ã o do atendimento aos requisitos e crité rios de desempenho lumínico deve ser efetuada por
meio de um dos mé todos propostos em B.2 e B.3, considerando que o uso dos mé todos de cá lculo
resultará em valores de iluminâ ncia mé dia com no má ximo 10 % de erro sobre os valores medidos
in loco.
— mediç õ es sem qualquer entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);
— mediç õ es realizadas com a iluminaç ã o artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presenç a
de obstruç õ es opacas (por exemplo, roupas estendidas nos varais);
— para escadarias, mediç õ es nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central
de cada lance.
— cá lculos sem qualquer entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);
— cá lculos realizadas com a iluminaç ã o artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presenç a de
obstruç õ es opacas (por exemplo, roupas estendidas nos varais);
— para escadarias, cá lculos nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central
de cada lance.
Anexo C
(informativo)
C.1 Conceituaç ã o
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A vida ú til (service life) é uma medida temporal da durabilidade de um edifício ou de suas partes
(sistemas complexos, do pró prio sistema e de suas partes: sistemas, elementos e componentes).
A vida ú til de projeto (design life) é definida pelo incorporador e/ou proprietá rio e projetista, e expressa
previamente.
Conceitua-se ainda a vida ú til estimada (predicted service life) como sendo a durabilidade prevista
para um dado produto, inferida a partir de dados histó ricos de desempenho do produto ou de ensaios
de envelhecimento acelerado.
A vida ú til de projeto (VUP) é basicamente uma expressã o de cará ter econô mico de um requisito
do usuá rio.
A melhor forma para se determinar a VUP para uma parte de uma edificaç ã o é atravé s de pesquisa
de opiniã o entre té cnicos, usuá rios e agentes envolvidos com o processo de construç ã o. Em países
europeus, isto foi feito durante as dé cadas de 60 e 70 para a regulamentaç ã o dos valores das VUP
mínimas requeridas.
A VUP pode ser ainda entendida como uma definiç ã o pré via da opç ã o do usuá rio pela melhor relaç ã o
custo global versus tempo de usufruto do bem (o benefício), sob sua ó ptica particular. Para produtos
de consumo ou para bens nã o durá veis, o usuá rio faz suas opç õ es por vontade pró pria e atravé s
de aná lise subjetiva, tendo por base as informaç õ es que lhe sã o disponibilizadas pelos produtores,
o efeito do aprendizado (atravé s de compras sucessivas) e a sua disponibilidade financeira. Assim,
para regular o mercado de bens de consumo, é suficiente que se imponha um prazo mínimo (dito “de
garantia” e de responsabilidade do fornecedor do bem), para proteç ã o do usuá rio, somente contra
defeitos “gené ticos”.
No entanto, para bens durá veis, de alto valor unitá rio e geralmente de aquisiç ã o ú nica, como é a
habitaç ã o, a sociedade tem de impor outros marcos referenciais para regular o mercado e evitar que
o custo inicial prevaleç a em detrimento do custo global e que uma durabilidade inadequada venha a
comprometer o valor do bem e a prejudicar o usuá rio. O estabelecimento em lei, ou em Normas, da
VUP mínima configura-se como o principal referencial para edificaç õ es habitacionais, principalmente
para as habitaç õ es subsidiadas pela sociedade e as destinadas à s parcelas da populaç ã o menos
favorecidas economicamente.
A VUP é uma decisã o de projetos que tem de ser estabelecida inicialmente para balizar todo o processo
de produç ã o do bem. Quando se projeta um sistema ou um elemento (por exemplo, a impermeabilizaç ã o
de uma laje), é possível escolher entre uma infinidade de té cnicas e materiais. Alguns, pelas suas
características, podem ter vida ú til de projeto (VUP) de 20 anos, sem manutenç ã o, e outros nã o mais
que cinco anos. Evidentemente, as soluç õ es tê m custo e desempenho muito diferentes ao longo do
tempo.
Definida a VUP, estabelece-se a obrigaç ã o de que todos os intervenientes atuem no sentido de produzir
o elemento com as té cnicas adequadas para que a VU atingida seja maior ou igual à VUP. Sem este
balizamento, quem produz o bem pode adotar qualquer uma das té cnicas disponíveis e empregar
qualquer produto normalizado sem que ele esteja errado, do ponto de vista té cnico. É evidente que a
tendê ncia é optar pelo produto de menor custo inicial, ou seja, sem a definiç ã o da VUP, a tendê ncia é
de se produzir bens de menor custo inicial, poré m menos durá veis, de maior custo de manutenç ã o e
provavelmente de maior custo global.
salientar a importâ ncia da realizaç ã o integral das aç õ es de manutenç ã o pelo usuá rio, sem o que se
corre o risco de a VUP nã o ser atingida.
Por exemplo, um revestimento de fachada em argamassa pintado pode ser projetado para uma VUP
de 25 anos, desde que a pintura seja refeita a cada cinco anos, no má ximo. Se o usuá rio nã o realizar a
manutenç ã o prevista, a VU real do revestimento pode ser seriamente comprometida. Por consequê ncia,
as eventuais manifestaç õ es patoló gicas resultantes podem ter origem no uso inadequado e nã o em
uma construç ã o falha.
Desempenho
Manutenç ã o
desde a entrega
Desempenho
requerido
Tempo
T0 Vida ú til sem manutenç ã o Tf1 Tf2
VUP (manutenç ã o obrigató ria pelo usuá rio)
O impacto no custo global da VUP é fator determinante para definiç ã o da durabilidade requerida.
O estabelecimento da VUP é , conceitualmente, resultado do processo de otimizaç ã o do custo global.
O sistema de menor custo global nã o é normalmente o de menor custo inicial nem o de maior
durabilidade; é um dos sistemas intermediá rios. O ideal do ponto de vista da sociedade é a otimizaç ã o
destes dois conceitos conflitantes, isto é , deve-se procurar estabelecer a melhor relaç ã o custo x
benefício. Atualmente, sem que o usuá rio tenha se conscientizado de suas escolhas, a opç ã o por
construç õ es de menor custo, poré m menos durá veis, está necessariamente transferindo o ô nus desta
escolha para as geraç õ es futuras.
O usuá rio de uma edificaç ã o tem limitaç õ es econô micas no momento de sua aquisiç ã o, poré m pode
nã o tê -las no futuro. Entã o, em princípio, pode optar por uma menor VUP em troca de um menor
investimento inicial, poré m esta escolha tem um limite inferior, abaixo do qual nã o é aceitá vel do
ponto de vista social, pois esta situaç ã o impõ e custos exagerados de reposiç ã o no futuro para toda
Outros países estabeleceram somente o conceito de VUP mínima e deixaram para o mercado
o estabelecimento da vida ú til de projeto alé m do mínimo. Nas ABNT NBR 15575-1 a
ABNT NBR 15575-6, propõ e-se uma classificaç ã o da VUP em dois níveis (mínimo e superior). Uma
VUP alé m do mínimo se justifica, neste momento, por diversas razõ es:
— para caracterizar que existe a opç ã o pela minimizaç ã o de custos de operaç ã o e manutenç ã o
ao longo do tempo atravé s de uma VUP maior;
— para induzir o mercado a buscar soluç õ es de melhor custo-benefício alé m das que atendam
à VUP mínima.
Para parametrizaç ã o da VUP, com fundamento nestes conceitos, foram utilizados conhecimentos já
consolidados internacionalmente, principalmente os da BS 7453.
As Tabelas C.1 a C.3 relacionam os parâ metros adotados para a determinaç ã o da VUP.
Muitos
Vida ú til mais curta que o edifício, sendo
revestimentos de
1 Substituível sua substituiç ã o fá cil e prevista na etapa
pisos, louç as e
de projeto
metais sanitá rios
edifício
Vazamentos em metais
A Baixo custo de manutenç ã o
sanitá rios
Pintura de revestimentos
B Mé dio custo de manutenç ã o ou reparaç ã o
internos
NOTA A Tabela C.4 foi elaborada com base nos parâ metros descritos nas Tabelas C.1 a C.3.
Tabela C.4 – Crité rios para o estabelecimento da VUP das partes do edifício
Categoria de
Valor sugerido de VUP para os sistemas, Efeito da falha Categoria de VUP
custos
elementos e componentes (Tabela C.1) (Tabela C.2)
(Tabela C.3)
Entre 5 % e 8 % da VUP da estrutura F 1 A
Entre 8 % e 15 % da VUP da estrutura F 1 B
Entre 15 % e 25 % da VUP da estrutura E, F 1 C
Entre 25 % e 40 % da VUP da estrutura D, E, F 2 D
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Nesta Norma, recomenda-se a VUP mínima para as diversas partes do edifício, conforme consta na
Tabela C.6, adotando o período de 50 anos para a VUP mínima da estrutura do edifício, de modo a
compatibilizar, para a construç ã o de habitaç õ es de interesse social (HIS), as limitaç õ es quanto ao
custo inicial com os requisitos do usuá rio em relaç ã o à durabilidade e aos custos de manutenç ã o e de
reposiç ã o, visando garantir, por um prazo razoá vel, a utilizaç ã o em condiç õ es aceitá veis do edifício
habitacional.
Este prazo, inferior ao aceito internacionalmente como mínimo, foi adotado nas ABNT NBR 15575-1
a ABNT NBR 15575-6 em funç ã o das condiç õ es socioeconô micas existentes atualmente e pode ser
modificado quando da sua revisã o, recomendando-se manter os percentuais estabelecidos na Tabela C.4.
Deve-se atentar que um período de vida ú til de 50 anos implica que anualmente devem ser construídas
mais de 1,2 milhã o de habitaç õ es somente para repor o estoque habitacional existente hoje no País,
nú mero bastante expressivo diante da realidade atual.
Para a VUP de edificaç ã o de padrã o construtivo superior, recomenda-se o prazo de 75 anos (ver
Tabela C.5), de modo a balizar o setor da construç ã o de edificaç õ es em relaç ã o ao que é tecnicamente
possível de ser obtido, empregando os materiais e componentes e as té cnicas e processos construtivos
Entre os aspectos previstos acima, as alíneas a) e b) sã o essenciais para que o edifício construído tenha
potencial de atender integralmente à VUP, e sua implementaç ã o depende do projetista, incorporador
e construtor. Já as alíneas c), d) e e) sã o essenciais para que se atinja efetivamente a VUP e dependem
dos usuá rios. No entanto, para que possam ser atendidas, é fundamental que estejam informadas no
manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o do edifício, a ser entregue pelo empreendedor aos usuá rios.
A definiç ã o da VUP é realizada pelo projetista de arquitetura e especificada em projeto para cada
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um dos sistemas, com base na Tabela 7, respeitando os períodos de tempo mínimos estabelecidos.
Na ausê ncia destas especificaç õ es, as ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 permitem que
sejam adotadas as VUP mínimas estabelecidas na Tabela 7. O projetista pode especificar també m a
VUP de partes do edifício nã o contemplados na Tabela 7, atendendo aos requisitos do usuá rio, e pode
tomar como base o que recomenda este Anexo.
Aos usuá rios é incumbido realizar os programas de manutenç ã o, segundo ABNT NBR 5674,
considerando as instruç õ es do manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o e recomendaç õ es té cnicas
das inspeç õ es prediais.
A inspeç ã o predial configura-se como ferramenta ú til para verificaç ã o das condiç õ es de conservaç ã o
das edificaç õ es em geral, para atestar se os procedimentos de manutenç ã o adotados sã o insuficientes
ou inexistentes, alé m de fornecer subsídios para orientar o plano e programas de manutenç ã o, atravé s
das recomendaç õ es té cnicas indicadas no documento de inspeç ã o predial (ver Bibliografia).
Revestimento de
Revestimento, molduras, componentes
fachada aderido e ≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
decorativos e cobre-muros
nã o aderido
VUP
Parte da edificaç ã o Exemplos anos
Componentes de juntas e
rejuntamentos; mata-juntas, sancas,
golas, rodapé s e demais componentes
Impermeabilizaç ã o ≥4 ≥5 ≥6
de arremate
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manutenível
sem quebra de Impermeabilizaç ã o de caixa d’á gua,
≥8 ≥ 10 ≥ 12
revestimentos jardineiras, á reas externas com
Impermeabilizaç ã o jardins, coberturas nã o utilizá veis,
manutenível somente calhas e outros
com a quebra dos Impermeabilizaç õ es de á reas
revestimentos internas, de piscina, de á reas
≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
externas com pisos, de coberturas
utilizá veis, de rampas de garagem etc.
VUP
Parte da edificaç ã o Exemplos anos
Mínimo Intermediá rio Superior
Tubulaç õ es e demais componentes
(inclui registros e vá lvulas) de
instalaç õ es hidrossanitá rios, de gá s,
de combate a incê ndio, de á guas
≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
pluviais, elé tricos
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Instalaç õ es prediais
Reservató rios de á gua nã o
embutidas em vedaç õ es e
facilmente substituíveis, redes
manuteníveis somente por
alimentadoras e coletoras, fossas ≥ 13 ≥ 17 ≥ 20
quebra das vedaç õ es ou dos
sé pticas e negras, sistemas de
revestimentos (inclusive forros
drenagem nã o acessíveis e demais
falsos e pisos elevados nã o
elementos e componentes de difícil
acessíveis)
manutenç ã o e/ou substituiç ã o
≥3 ≥4 ≥5
Componentes desgastá veis e
de substituiç ã o perió dica, como
gaxetas, vedaç õ es, guarniç õ es
e outros
Tubulaç õ es e demais componentes
Aparelhos e componentes de
≥4 ≥5 ≥6
instalaç õ es facilmente substituíveis,
como louç as, torneiras, sifõ es, ≥3 ≥4 ≥5
Instalaç õ es aparentes ou em engates flexíveis e demais metais
espaç os de fá cil acesso sanitá rios, aspersores (sprinklers),
mangueiras, interruptores, tomadas,
disjuntores, luminá rias, tampas de
≥8 ≥ 10 ≥ 12
caixas, fiaç ã o e outros
Reservató rios de á gua
Equipamentos de recalque,
Mé dio pressurizaç ã o, aquecimento de
Equipamentos custo de á gua, condicionamento de ar, ≥8 ≥ 10 ≥ 12
funcionais manutenç ã o filtragem, combate a incê ndio e
manuteníveis outros
e substituíveis Equipamentos de calefaç ã o,
Alto custo de
transporte vertical, proteç ã o contra ≥ 13 ≥ 17 ≥ 20
manutenç ã o
descargas atmosfé ricas e outros
a Considerando periodicidade e processos de manutenç ã o segundo a ABNT NBR 5674 e especificados no respectivo
manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o entregue ao usuá rio, elaborado em atendimento à ABNT NBR 14037.
Para se atingir a VUP, os usuá rios devem desenvolver os programas de manutenç ã o segundo
ABNT NBR 5674. Os usuá rios devem seguir as instruç õ es do manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o,
as instruç õ es dos fabricantes de equipamentos e recomendaç õ es té cnicas das inspeç õ es prediais.
A inspeç ã o predial configura-se como ferramenta ú til para avaliaç ã o das condiç õ es de conservaç ã o
das edificaç õ es em geral, para atestar se os procedimentos de manutenç ã o adotados sã o insuficientes
ou inexistentes, alé m de fornecer subsídios para orientar o plano e programas de manutenç ã o, atravé s
das recomendaç õ es té cnicas indicadas no documento de inspeç ã o predial (ver Bibliografia).
Anexo D
(informativo)
D.1 Introduç ã o
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O desempenho dos sistemas que compõ em o edifício habitacional durante a sua vida ú til (VU) está
atrelado à s condiç õ es de uso para o qual foi projetado, à execuç ã o da obra de acordo com as Normas,
à utilizaç ã o de elementos e componentes sem defeito de fabricaç ã o e à implementaç ã o de programas
de manutenç ã o corretiva e preventiva no pó s-obra.
D.2 Diretrizes
D.2.1 Este Anexo fornece diretrizes para o estabelecimento dos prazos mínimos de garantia para
os elementos, componentes e sistemas do edifício habitacional.
D.3 Instruç õ es
D.3.1 Generalidades
D.3.1.1 Convé m que o incorporador ou o construtor indique um prazo de garantia para os elementos
e componentes de baixo valor e de fá cil substituiç ã o (por exemplo, engates flexíveis, gaxetas
elastomé ricas de caixilhos e outros).
D.3.1.2 Pode ocorrer que alguns elementos, componentes ou mesmo sistemas específicos,
pró prios de cada empreendimento, nã o estejam incluídos na Tabela D.1. Nestes casos, recomenda-se
ao construtor ou incorporador fazer constar, em seu manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o ou de
á reas comuns, os prazos de garantia desses itens.
D.3.2 Prazos
D.3.2.1 A contagem dos prazos de garantia indicados na Tabela D.1 inicia-se a partir da expediç ã o
do “Habite-se” ou “Auto de Conclusã o”, ou outro documento legal que ateste a conclusã o das obras.
Seguranç a
e estabilidade
Fundaç õ es, estrutura principal,
global
estruturas perifé ricas, contenç õ es
Estanqueidade
e arrimos
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de fundaç õ es
e contenç õ es
Equipamentos industrializados
(aquecedores de passagem ou
acumulaç ã o, motobombas, filtros, Instalaç ã o
interfone, automaç ã o de portõ es, Equipamentos
elevadores e outros)
Sistemas de dados e voz,
telefonia, vídeo e televisã o
Integridade
Dobradiç as e
Porta corta-fogo de portas e
molas
batentes
vá lvulas/registros/ralos/tanques
Impermeabilizaç ã o Estanqueidade
Empenamento
Esquadrias de madeira Descolamento
Fixaç ã o
Fixaç ã o
Esquadrias de aç o
Oxidaç ã o
Partes mó veis
(inclusive Perfis de
Borrachas,
recolhedores alumínio,
escovas,
de palhetas, fixadores e
Esquadrias de alumínio e de PVC articulaç õ es,
motores e revestimentos
fechos e
conjuntos em painel de
roldanas
elé tricos de alumínio
acionamento)
Funcionamento
Fechaduras e ferragens em geral
Acabamento
Revestimentos
Estanqueidade
Revestimentos de paredes, pisos soltos,
de fachadas e
e tetos em azulejo/cerâ mica/ gretados,
pisos em á reas
pastilhas desgaste
molhadas
excessivo
Revestimentos
Estanqueidade
Revestimentos de paredes, pisos soltos,
de fachadas e
e teto em pedras naturais gretados,
pisos em á reas
(má rmore, granito e outros) desgaste
molhadas
excessivo
Empenamento,
Pisos de madeira – tacos, trincas na
assoalhos e decks madeira e
destacamento
Destacamentos, Estanqueidade
Piso cimentado, piso acabado
fissuras, desgaste de pisos em
em concreto, contrapiso
excessivo á reas molhadas
Revestimentos especiais
(fó rmica, plá sticos, tê xteis,
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Aderê ncia
pisos elevados, materiais
compostos de alumínio)
Fissuras por
acomodaç ã o
Forros de gesso dos elementos
estruturais e de
vedaç ã o
Empenamento,
trincas na
Forros de madeira
madeira e
destacamento
Empolamento,
descascamento,
Pintura/verniz esfarelamento,
(interna/externa) alteraç ã o de cor
ou deterioraç ã o
de acabamento
Selantes, componentes de
Aderê ncia
juntas e rejuntamentos
Vidros Fixaç ã o
NOTA Recomenda-se que quaisquer falhas perceptíveis visualmente, como riscos, lascas, trincas em
vidros, etc., sejam explicitadas no termo de entrega.
Anexo E
(informativo)
Níveis de desempenho
E.1 Generalidades
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E.1.1 As ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 estabelecem os níveis mínimos (M) de
desempenho para cada requisito, que devem ser atendidos.
E.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificaç ã o, com uma aná lise de
valor da relaç ã o custo/benefício dos sistemas, neste Anexo sã o indicados os níveis de desempenho
intermediá rio (I) e superior (S), e repetido o nível M para facilitar a comparaç ã o.
E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informe o nível de desempenho dos sistemas
que compõ em o edifício habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).
O valor má ximo diá rio da temperatura do ar interior de recintos de permanê ncia prolongada, como salas
e dormitó rios, sem a presenç a de fontes internas de calor (ocupantes, lâ mpadas, outros equipamentos
em geral), deve ser sempre menor que o estabelecido em 11.3.1. Para maior conforto dos usuá rios,
recomenda-se para os níveis intermediá rio (I) e superior (S) os valores apresentados na Tabela E.1.
Tabela E.1 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de verã o
Crité rio
Nível de desempenho
Zonas 1 a 7 Zona 8
M Ti,má x. ≤ Te,má x. Ti,má x. ≤ Te,má x.
I Ti,má x. ≤ (Te,má x. – 2 °C) Ti,má x. ≤ (Te,má x. – 1 °C)
S Ti,má x. ≤ (Te,má x. – 4 °C) Ti,má x. ≤ (Te,má x. – 2 °C)
Ti,má x. é o valor má ximo diá rio da temperatura do ar no interior da edificaç ã o, em graus Celsius.
Te,má x. é o valor má ximo diá rio da temperatura do ar exterior à edificaç ã o, em graus Celsius.
Ti,mín. é o valor mínimo diá rio da temperatura do ar no interior da edificaç ã o, em graus Celsius.
Te,mín. é o valor mínimo diá rio da temperatura do ar exterior à edificaç ã o, em graus Celsius.
NOTA Zonas bioclimá ticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.
Tabela E.2 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de inverno
Crité rio
Nível de desempenho
Zonas bioclimá ticas 1 a 5 Zonas bioclimá ticas 6, 7 e 8
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Os níveis gerais de iluminaç ã o promovidos nas diferentes dependê ncias dos edifícios habitacionais
por iluminaç ã o artificial devem atender ao disposto em 13.3.1. Para maior conforto dos usuá rios,
recomenda-se para os níveis intermediá rio (I) e superior (S), os valores apresentados na Tabela E.5.
E.4.1 Generalidades
As recomendaç õ es relativas aos níveis de desempenho mais exigentes que o mínimo para a vida ú til
de projeto estã o detalhadas no Anexo C.
A mediç ã o do desempenho acú stico deve ser realizada no dormitó rio da unidade habitacional ao lado,
acima ou abaixo do local onde o equipamento em estudo está instalado (ruído percebido) quando
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há o acionamento do equipamento (ruído emitido). A medida deve ser feita com todas as portas dos
banheiros, dormitó rios e de entrada, assim como todas as janelas das duas unidades habitacionais,
fechadas.
NOTA Geradores de emergê ncia, sirenes, bombas de incê ndio e outros dispositivos com acionamento
em situaç õ es de emergê ncia nã o sã o contemplados neste requisito.
O mé todo simplificado de campo permite obter uma estimativa dos níveis de pressã o sonora de
equipamento predial em operaç ã o em situaç õ es onde nã o se dispõ e de instrumentaç ã o necessá ria
para medir o tempo de reverberaç ã o no ambiente de mediç ã o, ou quando as condiç õ es de ruído
ambiente nã o permitem obter este parâ metro. O mé todo simplificado é descrito na ISO 10052.
O equipamento é operado conforme a ISO 16032, durante pelo menos um ciclo de operaç ã o.
As condiç õ es de operaç ã o do equipamento e os procedimentos de mediç ã o constam nas ISO 16032
e ISO 10052. Para a realizaç ã o dos ensaios, o ciclo de operaç ã o do produto deve atender aos
crité rios especificados na Norma Brasileira respectiva, como potê ncia ou velocidade mínima e má xima
de operaç ã o; tempo de acionamento etc.
Devem ser avaliados os dormitó rios das unidades habitacionais autô nomas. As portas e janelas
devem estar fechadas durante as mediç õ es. Se o nível de ruído má ximo no ambiente interno, com
equipamento fora de operaç ã o, LAeq,ai, no momento da mediç ã o, for superior aos valores da Tabela
E.7, o equipamento em questã o deve ser avaliado em outro horá rio mais silencioso em que seja
possível a mediç ã o.
Devem ser obtidos o nível de pressã o sonoro contínuo equivalente padronizado de um ciclo de
operaç ã o do equipamento predial, LAeq,nT, e o nível de pressã o sonora má ximo, LASmá x.,nT, do ruído
gerado pela operaç ã o do equipamento. O ciclo de operaç ã o do produto deve atender aos crité rios
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Tabela E.7 – Valores má ximos do nível de pressã o sonora contínuo equivalente, LAeq,nT,
medido em dormitó rios
LAeq,nT
Nível de desempenho
dB(A)
≤ 30 S
≤ 34 I
≤ 37 M
Tabela E.8 – Valores má ximos do nível de pressã o sonora má ximo, LASmá x.,nT, medido em
dormitó rios
LASmá x.,nT
Nível de desempenho
dB(A)
≤ 36 S
≤ 39 I
≤ 42 M
Anexo F
(informativo)
Este Anexo visa apresentar como sugestã o algumas das possíveis formas de organizaç ã o dos
cô modos e dimensõ es compatíveis com as necessidades humanas.
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Nas á reas destinadas ao atendimento à s necessidades especiais, aplica-se a ABNT NBR 9050.
Dimensõ es Circulaç ã o
Ambiente Mó vel ou Observaç õ es
m m
equipamento
l p
Mobiliá rio
Dimensõ es Circulaç ã o
Ambiente Mó vel ou Observaç õ es
m m
equipamento
l p
Circulaç ã o
mínima entre as
Dormitó rio para camas de 0,60 m Mínimo: duas camas,
duas pessoas Camas de solteiro 0,80 1,90 Demais um criado-mudo e
(2º dormitó rio) circulaç õ es, um guarda-roupa
mínimo de
0,50 m
Mobiliá rio
Dimensõ es Circulaç ã o
Ambiente Mó vel ou Observaç õ es
m m
equipamento
l p
Lavató rio 0,39 0,29
Lavató rio com
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0,80 0,55
bancada Circulaç ã o Largura mínima do
mínima de banheiro:
Vaso sanitá rio
0,60 0,70 0,4 m frontal 1,10 m, exceto no box
(caixa acoplada)
Banheiro ao lavató rio, Mínimo: um lavató rio, um
Vaso sanitá rio 0,60 0,60 vaso e bidê vaso e um box
Box quadrado 0,80 0,80
Box retangular 0,70 0,90
Bidê 0,60 0,60 – Peç a opcional
Tanque 0,52 0,53 Circulaç ã o
mínima de Mínimo: um tanque e uma
0,50 m má quina (tanque de no
Á rea de
Má quina de lavar frontal ao mínimo 20 L)
serviç o 0,60 0,65
roupa tanque e
má quina de
lavar
NOTA 1 Esta Norma nã o estabelece dimensõ es mínimas de cô modos, deixando aos projetistas a
competê ncia de formatar os ambientes da habitaç ã o segundo o mobiliá rio previsto, evitando conflitos com
legislaç õ es estaduais ou municipais que versem sobre dimensõ es mínimas dos ambientes.
NOTA 2 Em caso de adoç ã o em projeto de mó veis opcionais, as dimensõ es mínimas devem ser obedecidas.
Bibliografia
[1] ABNT NBR 15220-1, Desempenho té rmico de edificaç õ es – Parte 1: Definiç õ es, símbolos e
unidades
[2] ABNT NBR 15220-5, Desempenho té rmico de edificaç õ es – Parte 5: Mediç ã o da resistê ncia
té rmica e da condutividade té rmica pelo mé todo fluximé trico
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[5] American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. USA, Atlanta:
2001, Analysis Computer Programs
[6] Publicaç ã o IPT N° 1791, Fichas de características das madeiras Brasileiras, Sã o Paulo, 1989
[7] Publicaç ã o IPT N° 1157, Mé todos de Ensaios e Aná lises em Preservaç ã o de Madeiras,
Sã o Paulo
[8] Publicaç ã o IPT Nº 2980, Madeiras – Uso sustentá vel na construç ã o civil
[10] Resoluç ã o Nº 176, de 24/10/2000, Agê ncia Nacional de Vigilâ ncia Sanitá ria
[12] Portaria Nº 18, de 16 de janeiro de 2012, Serviç o Pú blico Federal – Ministé rio Do Desenvolvi-
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[14] Valentin, Joã o de– Aç ã o do vento nas edificaç õ es. . Manual Té cnico de Fibrocimento, Editora
PINI – ABCI – Agosto de 1988