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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 15575-1
Quarta ediç ã o
19.02.2013

Vá lida a partir de
19.07.2013

Edificaç õ es habitacionais — Desempenho


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Parte 1: Requisitos gerais


Residential buildings — Performance
Part 1: General requirements

ICS 91.040.01 ISBN 978-85-07-04036-1

Nú mero de referê ncia


ABNT NBR 15575-1:2013
71 pá ginas

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Sumá rio Pá gina

Prefá cio ...............................................................................................................................................ix


Introduç ã o ...........................................................................................................................................xi
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referê ncias normativas .....................................................................................................1
3 Termos e definiç õ es ...........................................................................................................5
4 Requisitos do usuá rio......................................................................................................11
4.1 Generalidades...................................................................................................................11
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4.2 Seguranç a .........................................................................................................................11


4.3 Habitabilidade ...................................................................................................................11
4.4 Sustentabilidade...............................................................................................................11
4.5 Nível de desempenho ......................................................................................................11
5 Incumbê ncias dos intervenientes...................................................................................12
5.1 Generalidades...................................................................................................................12
5.2 Fornecedor de insumo, material, componente e/ou sistema .......................................12
5.3 Projetista ...........................................................................................................................12
5.4 Construtor e incorporador ..............................................................................................12
5.5 Usuá rio ..............................................................................................................................13
6 Avaliaç ã o de desempenho ..............................................................................................13
6.1 Generalidades...................................................................................................................13
6.2 Diretrizes para implantaç ã o e entorno ...........................................................................14
6.2.1 Implantaç ã o ......................................................................................................................14
6.2.2 Entorno..............................................................................................................................14
6.2.3 Seguranç a e estabilidade ................................................................................................14
6.3 Mé todos de avaliaç ã o do desempenho ..........................................................................14
6.4 Amostragem .....................................................................................................................14
6.5 Relaç ã o entre normas ......................................................................................................15
6.6 Documento com os resultados da avaliaç ã o do sistema .............................................15
7 Desempenho estrutural ...................................................................................................15
8 Seguranç a contra incê ndio .............................................................................................15
8.1 Generalidades...................................................................................................................15
8.2 Requisito – Dificultar o princípio do incê ndio ...............................................................16
8.2.1 Crité rios para dificultar o princípio do incê ndio ...........................................................16
8.2.2 Mé todos de avaliaç ã o da seguranç a relativa ao princípio do incê ndio ......................16
8.2.3 Premissas de projeto .......................................................................................................16
8.3 Requisito – Facilitar a fuga em situaç ã o de incê ndio ...................................................16
8.3.1 Crité rio – Rotas de fuga ...................................................................................................17
8.3.2 Mé todos de avaliaç ã o ......................................................................................................17
8.4 Requisito – Dificultar a inflamaç ã o generalizada ..........................................................17
8.4.1 Crité rio – Propagaç ã o superficial de chamas................................................................17
8.4.2 Mé todos de avaliaç ã o da seguranç a à inflamaç ã o generalizada de incê ndio............17
8.5 Requisito – Dificultar a propagaç ã o do incê ndio ..........................................................17

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8.5.1 Crité rios.............................................................................................................................17


8.5.2 Mé todos de avaliaç ã o ......................................................................................................17
8.6 Requisito – Seguranç a estrutural em situaç ã o de incê ndio ........................................18
8.6.1 Crité rio...............................................................................................................................18
8.6.2 Mé todos de avaliaç ã o ......................................................................................................18
8.7 Requisito – Sistema de extinç ã o e sinalizaç ã o de incê ndio ........................................18
8.7.1 Crité rio – Equipamentos de extinç ã o, sinalizaç ã o e iluminaç ã o de emergê ncia .......18
8.7.2 Mé todos de avaliaç ã o ......................................................................................................18
9 Seguranç a no uso e na operaç ã o ...................................................................................18
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9.1 Generalidades...................................................................................................................18
9.2 Requisito – Seguranç a na utilizaç ã o do imó vel ............................................................19
9.2.1 Crité rio – Seguranç a na utilizaç ã o dos sistemas ..........................................................19
9.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................19
9.2.3 Premissas de projeto .......................................................................................................19
9.3 Requisito – Seguranç a das instalaç õ es .........................................................................19
9.3.1 Seguranç a na utilizaç ã o das instalaç õ es.......................................................................20
9.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................20
10 Estanqueidade ..................................................................................................................20
10.1 Generalidades...................................................................................................................20
10.2 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade externas à edificaç ã o ....................20
10.2.1 Crité rio – Estanqueidade à á gua de chuva e à umidade do solo e do lenç ol
freá tico ..............................................................................................................................20
10.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................20
10.2.3 Premissas de projeto .......................................................................................................20
10.3 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade internas à edificaç ã o .....................21
10.3.1 Crité rio – Estanqueidade à á gua utilizada na operaç ã o, uso e manutenç ã o do
imó vel ................................................................................................................................21
10.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................21
11 Desempenho té rmico .......................................................................................................21
11.1 Generalidades...................................................................................................................21
11.2 Simulaç ã o computacional – Introduç ã o.........................................................................21
11.3 Requisitos de desempenho no verã o .............................................................................22
11.3.1 Crité rio – Valores má ximos de temperatura...................................................................22
11.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................23
11.4 Requisitos de desempenho no inverno .........................................................................23
11.4.1 Crité rio – Valores mínimos de temperatura ...................................................................23
11.4.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................24
11.5 Edificaç õ es em fase de projeto .......................................................................................24
12 Desempenho acú stico .....................................................................................................25
12.1 Generalidades...................................................................................................................25
12.2 Requisito – Isolaç ã o acú stica de vedaç õ es externas ...................................................25
12.2.1 Crité rio – Desempenho acú stico das vedaç õ es externas ............................................25
12.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................26

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12.3 Requisito – Isolaç ã o acú stica entre ambientes.............................................................26


12.3.1 Crité rio – Isolaç ã o ao ruído aé reo entre pisos e paredes internas .............................26
12.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................26
12.4 Requisito – Ruídos de impactos .....................................................................................26
12.4.1 Crité rio – Ruídos gerados por impactos ........................................................................26
12.4.2 Mé todos de avaliaç ã o ......................................................................................................26
13 Desempenho lumínico .....................................................................................................26
13.1 Generalidades...................................................................................................................26
13.2 Requisito – Iluminaç ã o natural .......................................................................................26
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13.2.1 Crité rio – Simulaç ã o: Níveis mínimos de iluminâ ncia natural .....................................27
13.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................27
13.2.3 Crité rio – Mediç ã o in loco: Fator de luz diurna (FLD) ...................................................28
13.2.4 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................28
13.2.5 Premissas de projeto .......................................................................................................29
13.2.6 Comunicaç ã o com o exterior ..........................................................................................29
13.3 Requisito – Iluminaç ã o artificial .....................................................................................30
13.3.1 Crité rio – Níveis mínimos de iluminaç ã o artificial ........................................................30
13.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................31
14 Durabilidade e manutenibilidade ....................................................................................31
14.1 Generalidades...................................................................................................................31
14.2 Requisito – Vida ú til de projeto do edifício e dos sistemas que o compõ em .............31
14.2.1 Crité rio – Vida ú til de projeto...........................................................................................31
14.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................32
14.2.3 Crité rio – Durabilidade .....................................................................................................33
14.2.4 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................33
14.2.5 Premissas .........................................................................................................................33
14.3 Manutenibilidade ..............................................................................................................34
14.3.1 Requisito – Manutenibilidade do edifício e de seus sistemas .....................................34
14.3.2 Crité rio – Facilidade ou meios de acesso ......................................................................34
14.3.3 Mé todo de avaliaç ã o – Aná lise de projeto .....................................................................34
15 Saú de, higiene e qualidade do ar....................................................................................34
15.1 Generalidades...................................................................................................................34
15.2 Requisito – Proliferaç ã o de micro-organismos .............................................................34
15.2.1 Crité rio...............................................................................................................................34
15.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................34
15.3 Requisito – Poluentes na atmosfera interna à habitaç ã o .............................................34
15.3.1 Crité rio...............................................................................................................................35
15.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................35
15.4 Requisito – Poluentes no ambiente de garagem...........................................................35
15.4.1 Crité rio...............................................................................................................................35
15.4.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................35
16 Funcionalidade e acessibilidade ....................................................................................35
16.1 Requisito – Altura mínima de pé -direito ........................................................................35

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16.1.1 Crité rio – Altura mínima de pé -direito ............................................................................35


16.1.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................35
16.2 Requisito – Disponibilidade mínima de espaç os para uso e operaç ã o da
habitaç ã o...........................................................................................................................35
16.2.1 Crité rio – Disponibilidade mínima de espaç os para uso e operaç ã o da habitaç ã o...35
16.2.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................36
16.3 Requisito – Adequaç ã o para pessoas com deficiê ncias físicas ou pessoas com
mobilidade reduzida.........................................................................................................36
16.3.1 Crité rio – Adaptaç õ es de á reas comuns e privativas ...................................................36
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16.3.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................36


16.3.3 Premissas de projeto .......................................................................................................36
16.4 Requisito – Possibilidade de ampliaç ã o da unidade habitacional ..............................36
16.4.1 Crité rio – Ampliaç ã o de unidades habitacionais evolutivas ........................................36
16.4.2 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................37
17 Conforto tá til e antropodinâ mico ....................................................................................37
17.1 Generalidades...................................................................................................................37
17.2 Requisito – Conforto tá til e adaptaç ã o ergonô mica .....................................................37
17.2.1 Crité rio – Adequaç ã o ergonô mica de dispositivos de manobra .................................37
17.2.2 Mé todos de avaliaç ã o ......................................................................................................37
17.3 Requisito – Adequaç ã o antropodinâ mica de dispositivos de manobra .....................38
17.3.1 Crité rio – Forç a necessá ria para o acionamento de dispositivos de manobra ..........38
17.3.2 Mé todos de avaliaç ã o ......................................................................................................38
18 Adequaç ã o ambiental ......................................................................................................38
18.1 Generalidades...................................................................................................................38
18.2 Projeto e implantaç ã o de empreendimentos .................................................................38
18.3 Seleç ã o e consumo de materiais ....................................................................................38
18.4 Consumo de á gua e deposiç ã o de esgotos no uso e ocupaç ã o da habitaç ã o ..........39
18.4.1 Requisito – Utilizaç ã o e reuso de á gua ..........................................................................39
18.4.2 Crité rio...............................................................................................................................39
18.4.3 Mé todo de avaliaç ã o ........................................................................................................40
18.5 Consumo de energia no uso e ocupaç ã o da habitaç ã o ...............................................40
Bibliografia .........................................................................................................................................72

Anexos
Anexo A (informativo) Desempenho té rmico de edificaç õ es – metodologia e dados té cnicos ..41
A.1 Avaliaç ã o do desempenho té rmico de edificaç õ es por meio de mediç ã o .................41
A.2 Dados climá ticos brasileiros ...........................................................................................42
A.2.1 Mapa das zonas bioclimá ticas brasileiras .....................................................................42
Anexo B (normativo) Procedimento de avaliaç ã o do desempenho lumínico artificial ................48
B.1 Generalidades...................................................................................................................48
B.2 Mediç ã o in loco para iluminaç ã o artificial .....................................................................48
B.3 Mé todo de cá lculo para iluminaç ã o artificial .................................................................48

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Anexo C (informativo) Consideraç õ es sobre durabilidade e vida ú til............................................49


C.1 Conceituaç ã o ....................................................................................................................49
C.2 Determinaç ã o da vida ú til de projeto .............................................................................51
Anexo D (informativo) Diretrizes para o estabelecimento de prazos de garantia .........................59
D.1 Introduç ã o .........................................................................................................................59
D.2 Diretrizes ...........................................................................................................................59
D.3 Instruç õ es .........................................................................................................................59
D.3.1 Generalidades...................................................................................................................59
D.3.2 Prazos................................................................................................................................59
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Anexo E (informativo) Níveis de desempenho .................................................................................63


E.1 Generalidades...................................................................................................................63
E.2 Desempenho té rmico .......................................................................................................63
E.2.1 Valores má ximos de temperatura ...................................................................................63
E.2.2 Valores mínimos de temperatura ....................................................................................64
E.3 Desempenho lumínico .....................................................................................................64
E.3.1 Iluminaç ã o natural............................................................................................................64
E.3.2 Iluminaç ã o artificial ..........................................................................................................65
E.4 Durabilidade e manutenibilidade ....................................................................................65
E.4.1 Generalidades...................................................................................................................65
E.5 Desempenho acú stico .....................................................................................................66
E.5.1 Ruídos gerados por equipamentos prediais .................................................................66
E.5.2 Descriç ã o dos mé todos: Mé todo de engenharia e mé todo simplificado de campo ..66
E.5.2.1 Parâ metros de avaliaç ã o..................................................................................................66
E.5.2.2 Operaç ã o do equipamento ..............................................................................................66
E.5.2.3 Níveis de pressã o sonora de equipamento predial – Mé todos de avaliaç ã o ............67
E.5.2.4 Nível de desempenho – Níveis de pressã o sonora contínuo equivalente, LAeq,nT .....67
E.5.2.5 Nível de desempenho – Níveis de pressã o sonora má ximos, LASmá x.,nT........................67
Anexo F (informativo) Dimensõ es mínimas e organizaç ã o funcional dos espaç os .....................68

Figuras
Figura 1 – Sugestã o de alturas de janelas ......................................................................................30
Figura A.1 – Mapas das zonas climá ticas brasileiras ....................................................................42
C.1 – Desempenho ao longo do tempo ...........................................................................................50

Tabelas
Tabela 1 – Mé todos de mediç ã o de propriedades té rmicas de materiais e elementos
construtivos ......................................................................................................................22
Tabela 2 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de verã o ..................23
Tabela 3 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de inverno...............23
Tabela 4 – Níveis de iluminâ ncia geral para iluminaç ã o natural* .................................................27
Tabela 5 – Fator de luz diurna para os diferentes ambientes da habitaç ã o* ...............................28
Tabela 6 – Níveis de iluminamento geral para iluminaç ã o artificial .............................................30

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Tabela 7 – Vida ú til de projeto (VUP)* ..............................................................................................32


Tabela 8 – Parâ metros de qualidade de á gua para usos restritivos nã o potá veis ......................39
Tabela A.1 – Dados de algumas cidades brasileiras ......................................................................45
Tabela A. 2 – Dados de dias típicos de verã o de algumas cidades brasileiras ...........................46
Tabela A.3 – Dados de dias típicos de inverno de algumas cidades brasileiras .........................47
Tabela C.1 – Efeito das falhas no desempenho..............................................................................51
Tabela C.2 – Categoria de vida ú til de projeto para partes do edifício.........................................52
Tabela C.3 – Custo de manutenç ã o e reposiç ã o ao longo da vida ú til.........................................52
Tabela C.4 – Crité rios para o estabelecimento da VUP das partes do edifício ............................53
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Tabela C.5 – Vida ú til de projeto mínima e superior (VUP) a .........................................................54


Tabela C.6 – Exemplos de VUP a aplicando os conceitos deste Anexo ......................................55
Tabela D.1 – Prazos de garantia] ......................................................................................................60
Tabela E.1 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de verã o ..............63
Tabela E.2 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de inverno ...........64
Tabela E.3 – Níveis de iluminamento natural ..................................................................................64
Tabela E.4 – Fator de luz diurna para os diferentes ambientes da habitaç ã o .............................65
Tabela E.5 – Níveis de iluminamento geral para iluminaç ã o artificial ..........................................65
Tabela E.6 – Parâ metros acú sticos de verificaç ã o .........................................................................66
Tabela E.7 – Valores má ximos do nível de pressã o sonora contínuo equivalente, LAeq,nT,
medido em dormitó rios ...................................................................................................67
Tabela E.8 – Valores má ximos do nível de pressã o sonora má ximo, LASmá x.,nT, medido em
dormitó rios .......................................................................................................................67
Tabela F.1 – Mó veis e equipamentos-padrã o ..................................................................................68
Tabela F.2 – Dimensõ es mínimas de mobiliá rio e circulaç ã o ........................................................69

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ABNT NBR 15575-1:2013

Prefá cio

A Associaç ã o Brasileira de Normas Té cnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalizaç ã o. As Normas


Brasileiras, cujo conteú do é de responsabilidade dos Comitê s Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalizaç ã o Setorial (ABNT/ONS) e das Comissõ es de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sã o
elaboradas por Comissõ es de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laborató rios e outros).

Os Documentos Té cnicos ABNT sã o elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.


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A Associaç ã o Brasileira de Normas Té cnicas (ABNT) chama atenç ã o para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT nã o deve ser
considerada responsá vel pela identificaç ã o de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15575-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construç ã o Civil (ABNT/CB-02), pela
de Comissã o de Estudo de Desempenho de Edificaç õ es (CE-02:136.01). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 16.07.2012 a 13.09.2012, com o nú mero de Projeto
ABNT NBR 15575-1.

Esta Norma, sob o título geral “Edificaç õ es habitacionais – Desempenho”, tem previsã o de conter as
seguintes partes:

— Parte 1: Requisitos gerais;

— Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

— Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

— Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedaç õ es verticais internas e externas – SVVIE;

— Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;

— Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitá rios.

Esta parte da ABNT 15575 entra em vigor 150 dias apó s sua publicaç ã o. Devido à repercussã o que
esta parte da ABNT NBR 15575 terá sobre as atividades do setor da construç ã o civil, bem como
à necessidade de adequaç ã o de todos os segmentos desta cadeia produtiva, envolvendo projetistas,
fabricantes, laborató rios, construtores e governo.

Esta quarta ediç ã o cancela e substitui a ediç ã o anterior (ABNT NBR 15575-1:2012), a qual foi
tecnicamente revisada.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglê s é o seguinte:

Scope
This part of ABNT NBR 15575 provides the requirements and performance criteria that are applied to
residential buildings, as a whole integrated, as well as be evaluated in an isolated way for one or more
specific systems.

This part of ABNT NBR 15575 does not apply to:

— Works already completed,

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ABNT NBR 15575-1:2013

— Construction in progress on the date of exigibility of this Standard,

— Projects filed in the competent organs of the date of exigibility of this Standars,

— Renovation and repair works,

— Retrofit of buildings,

— Temporary building:

This part of ABNT NBR 15575 is used as a procedure for performance evaluation of constructive
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systems.

The requirements provided in this part of ABNT NBR 15575 (Clauses 4 to 17) are supplemented by the
requirements provided in ABNT NBR 15575-1 to ABNT NBR 15575-6.

The electrical systems of residential buildings are part of a broader set of Standards based on
ABNT NBR 5410 and, therefore, the performance requirements for these systems are not provided in
this part of ABNT NBR 15575.

This part of ABNT NBR 15575 provides criteria for thermal, acoustic, luminous and fire safety
performance, that shall be met individually and alone by the conflicting nature itself of the measurements
criteria, e.g., acoustic performance (window closed) versus ventilation performance (open window).

Requirements applicable only for buildings up to five floors will be specified in their respective Clauses.

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ABNT NBR 15575-1:2013

Introduç ã o

Normas de desempenho sã o estabelecidas buscando atender aos requisitos dos usuá rios, que, no caso
desta Norma, referem-se aos sistemas que compõ em edificaç õ es habitacionais, independentemente
dos seus materiais constituintes e do sistema construtivo utilizado.

O foco desta Norma está nos requisitos dos usuá rios para o edifício habitacional e seus sistemas,
quanto ao seu comportamento em uso e nã o na prescriç ã o de como os sistemas sã o construídos.

A forma de estabelecimento do desempenho é comum e internacionalmente pensada por meio da


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definiç ã o de requisitos (qualitativos), crité rios (quantitativos ou premissas) e mé todos de avaliaç ã o, os


quais permitem a mensuraç ã o clara do seu atendimento.

As Normas prescritivas estabelecem requisitos com base no uso consagrado de produtos ou


procedimentos, buscando o atendimento aos requisitos dos usuá rios de forma indireta.

Por sua vez, as Normas de desempenho traduzem os requisitos dos usuá rios em requisitos e crité rios,
e sã o consideradas complementares à s Normas prescritivas, sem substituí-las. A utilizaç ã o simultâ nea
delas visa atender aos requisitos do usuá rio com soluç õ es tecnicamente adequadas.

No caso de conflito ou diferenç a de crité rios ou mé todos entre as Normas requeridas e esta Norma,
deve-se atender aos crité rios mais exigentes.

A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes nã o sã o considerados em Normas
prescritivas específicas, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificaç ã o e
o conforto tá til e antropodinâ mico dos usuá rios.

Todas as disposiç õ es contidas nesta Norma aplicam–se aos sistemas que compõ em edificaç õ es
habitacionais, projetados, construídos, operados e submetidos a intervenç õ es de manutenç ã o que
atendam à s instruç õ es específicas do respectivo manual de uso, Operaç ã o e manutenç ã o.

Durante o período entre 12 de novembro de 2010 à 12 de març o de 2013, a exigibilidade da ediç ã o


anterior, ABNT NBR 15575–1:2012, foi suspensa.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15575-1:2013

Edificaç õ es habitacionais — Desempenho


Parte 1: Requisitos gerais

1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e crité rios de desempenho aplicá veis
à s edificaç õ es habitacionais, como um todo integrado, bem como a serem avaliados de forma isolada
para um ou mais sistemas específicos.
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1.2 Esta parte da ABNT NBR 15575 nã o se aplica a:

— obras já concluídas,

— obras em andamento na data da entrada em vigor desta Norma,

— projetos protocolados nos ó rgã os competentes até a data da entrada em vigor desta Norma,

— obras de reformas,

— retrofit de edifícios,

— edificaç õ es provisó rias.

1.3 Esta parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliaç ã o do desempe-
nho de sistemas construtivos.

1.4 Os requisitos estabelecidos nesta parte da ABNT NBR 15575 (Seç õ es 4 a 17) sã o complemen-
tados pelos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6.

1.5 Os sistemas elé tricos das edificaç õ es habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de
Normas com base na ABNT NBR 5410 e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas
nã o sã o estabelecidos nesta parte da ABNT NBR 15575.

1.6 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece crité rios relativos ao desempenho té rmico, acú stico,
lumínico e de seguranç a ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela pró pria
natureza conflitante dos crité rios de mediç õ es, por exemplo, desempenho acú stico (janela fechada)
versus desempenho de ventilaç ã o (janela aberta).

1.7 Requisitos aplicá veis somente para edificaç õ es de até cinco pavimentos sã o especificados em
suas respectivas seç õ es.

2 Referê ncias normativas


Os documentos relacionados a seguir sã o indispensá veis à aplicaç ã o deste documento. Para refe-
rê ncias datadas, aplicam-se somente as ediç õ es citadas. Para referê ncias nã o datadas, aplicam-se
as ediç õ es mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5382, Verificaç ã o de iluminâ ncia de interiores

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ABNT NBR 15575-1:2013

ABNT NBR 5410, Instalaç õ es elé tricas de baixa tensã o

ABNT NBR 5413, Iluminâ ncia de interiores

ABNT NBR 5419, Proteç ã o de estruturas contra descargas atmosfé ricas

ABNT NBR 5629, Execuç ã o de tirantes ancorados no terreno

ABNT NBR 5649, Reservató rio de fibrocimento para á gua potá vel – Requisitos

ABNT NBR 5671, Participaç ã o dos intervenientes em serviç os obras de engenharia e arquitetura
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ABNT NBR 5674, Manutenç ã o de edificaç õ es – Requisitos para o sistema de gestã o de manutenç ã o

ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento

ABNT NBR 6122, Projeto e execuç ã o de fundaç õ es

ABNT NBR 6136, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos

ABNT NBR 6479, Portas e vedadores – Determinaç ã o da resistê ncia ao fogo

ABNT NBR 6488, Componentes de construç ã o – Determinaç ã o da condutâ ncia e transmitâ ncia
té rmica – Mé todo da caixa quente protegida

ABNT NBR 6565, Elastô mero vulcanizado – Determinaç ã o do envelhecimento acelerado em estufa

ABNT NBR 7190, Projeto de estruturas de madeira

ABNT NBR 7398, Produto de aç o ou ferro fundido galvanizado por imersã o a quente – Verificaç ã o da
aderê ncia do revestimento – Mé todo de ensaio

ABNT NBR 7400, Galvanizaç ã o de produtos de aç o ou ferro fundido por imersã o a quente – Verificaç ã o
da uniformidade do revestimento – Mé todo de ensaio

ABNT NBR 8044, Projeto geoté cnico – Procedimento

ABNT NBR 8094, Material metá lico revestido e nã o revestido – Corrosã o por exposiç ã o à né voa salina
– Mé todo de ensaio

ABNT NBR 8096, Material metá lico revestido e nã o revestido – Corrosã o por exposiç ã o ao dió xido de
enxofre – Mé todo de ensaio

ABNT NBR 8491, Tijolo maciç o de solo-cimento – Especificaç ã o

ABNT NBR 8681, Aç õ es e seguranç a nas estruturas – Procedimento

ABNT NBR 8800, Projeto de estruturas de aç o e de estruturas mistas de aç o e concreto de edifícios

ABNT NBR 9050, Acessibilidade a edificaç õ es, mobiliá rio, espaç os e equipamentos urbanos

ABNT NBR 9062, Projeto e execuç ã o de estruturas de concreto pré -moldado

ABNT NBR 9077, Saídas de emergê ncia em edifícios

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ABNT NBR 15575-1:2013

ABNT NBR 9457, Ladrilho hidraú lico – Especificaç ã o

ABNT NBR 9575, Impermeabilizaç ã o – Seleç ã o e projeto

ABNT NBR 10151, Acú stica – Avaliaç ã o do ruído em á reas habitadas, visando o conforto da
comunidade – Procedimento

ABNT NBR 10152, Níveis de ruído para conforto acú stico – Procedimento

ABNT NBR 10834, Bloco vazado de solo-cimento sem funç ã o estrutural – Especificaç ã o
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ABNT NBR 10898, Sistema de iluminaç ã o de emergê ncia

ABNT NBR 11173, Projeto e execuç ã o de argamassa armada – Procedimento

ABNT NBR 11682, Estabilidade de encostas

ABNT NBR 12693, Sistemas de proteç ã o por extintores de incê ndio

ABNT NBR 12722, Discriminaç ã o de serviç os para construç ã o de edifícios – Procedimento

ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos

ABNT NBR 13434-1, Sinalizaç ã o de seguranç a contra incê ndio e pâ nico – Parte 1: Princípios de
projeto

ABNT NBR 13434-2, Sinalizaç ã o de seguranç a contra incê ndio e pâ nico – Parte 2: Símbolos e suas
formas, dimensõ es e cores

ABNT NBR 13438, Blocos de concreto celular autoclavado – Especificaç ã o

ABNT NBR 13523, Central de gá s liquefeito de petró leo – GLP

ABNT NBR 13714, Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incê ndio

ABNT NBR 13858-2, Telhas de concreto – Parte 2: Requisitos e mé todos de ensaio

ABNT NBR 14037, Diretrizes para elaboraç ã o de manuais de uso, operaç ã o e manutenç ã o das
edificaç õ es – Requisitos para elaboraç ã o e apresentaç ã o dos conteú dos

ABNT NBR 14323, Dimensionamento de estruturas de aç o de edifícios em situaç ã o de incê ndio –


Procedimento

ABNT NBR 14432, Exigê ncias de resistê ncia ao fogo de elementos construtivos de edificaç õ es –
Procedimento

ABNT NBR 14718, Guarda-corpos para edificaç ã o

ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aç o constituídas por perfis formados a frio

ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situaç ã o de incê ndio

ABNT NBR 15210-1, Telha ondulada de fibrocimento sem amianto e seus acessó rios – Parte 1:
Classificaç ã o e requisitos

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ABNT NBR 15575-1:2013

ABNT NBR 15215-3, Iluminaç ã o natural – Parte 3: Procedimento de cá lculo para a determinaç ã o da
iluminaç ã o natural em ambientes internosABNT NBR 15220-2, Desempenho té rmico de edificaç õ es –
Parte 2: Mé todos de cá lculo da transmitâ ncia té rmica, da capacidade té rmica, do atraso té rmico e do
fator solar de elementos e componentes de edificaç õ es

ABNT NBR 15220-3, Desempenho té rmico de edificaç õ es – Parte 3: Zoneamento bioclimá tico brasileiro
e diretrizes construtivas para habitaç õ es unifamiliares de interesse social

ABNT NBR 15220-4, Desempenho té rmico de edificaç õ es – Parte 4: Mediç ã o da resistê ncia té rmica
e da condutividade té rmica pelo princípio da placa quente protegida
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ABNT NBR 15319, Tubos de concreto, de seç ã o circular, para cravaç ã o – Requisitos e mé todos
de ensaio

ABNT NBR 15526, Redes de distribuiç ã o interna para gases combustíveis em instalaç õ es residenciais
e comerciais – Projeto e execuç ã o

ABNT NBR 15575-2, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 2: Requisitos
para os sistemas estruturais;

ABNT NBR 15575-3, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 3: Requisitos
para os sistemas de pisos internos;

ABNT NBR 15575-4, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 4: Sistemas
de vedaç õ es verticais externas e internas;

ABNR NBR 15575-5, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 5:
Requisitos para sistemas de coberturas

ABNT NBR 15575-6, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 6: Requisitos
para os sistemas hidrossanitá rios

ABNT NBR 15961-1, Alvenaria estrutural – Blocos de concreto – Parte 1 – Projeto

ABNT NBR 15961-2, Alvenaria estrutural – Blocos de concreto – Parte 2 – Execuç ã o e controle de
obras

ABNT NBR 17240, Sistemas de detecç ã o e alarme de incê ndio – Projeto, instalaç ã o, comissionamento
e manutenç ã o de sistemas de detecç ã o e alarme de incê ndio – Requisitos

ISO 7726, Ergonomics of the thermal environment – Instruments for measuring physical quantities

ISO 8302, Thermal insulation – Determination of steady-state thermal resistance and related properties
– Guarded hot plate apparatus

ISO 10052, Acoustics – Field measurements of airborne and impact sound insulation and of service
equipment sound – Survey method

ISO 15686-1, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 1: General principles and
framework

ISO 15686-2, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 2: Service life prediction
procedures

ISO 15686-3, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 3: Performance audits
and reviews

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ABNT NBR 15575-1:2013

ISO 15686-5, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 5: Life cycle costing

ISO 15686-6, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 6: Procedures for
considering environmental impacts

ISO 15686-7, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 7: Performance evaluation
for feedback of service life data from practice

ISO 16032, Acoustics – Measurement of sound pressure level from service equipment in buildings –
Engineering method

UNE – EN 410 – 1998, Vidrio para la edificació n – Determinació n de las características luminosas y
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solares de los acristalamientos

UNE – EN 12898, Vidrio para la edificació n – Determinació n de la emisividad

ANSI/ASHRAE 74, Method of measuring solar-optical properties of materials

BS 7453, Guide to durability of buildings and building elements, products and components

JIS A 1423, Simplified test method for emissivity by infrared radio meter

ASHRAE Standard 140, American society of heating, refrigerating and airconditioning engineers. New
ASHRAE standard aids in evaluating energy analysis programs: Standard 140-2007

Eurocode 2, Design of concrete structures

Eurocode 3, Design of steel structures

Eurocode 4, Design of composite steel and concrete structures

Eurocode 5, Design of timber structures

Eurocode 6, Design of mansory structures

Eurocode 9, Design of aluminium structures

ASTM C1371, Standard test method for determination of emittance of materials near room
temperature using portable emissometers

ASTM C177, Standard test method for steady-state heat flux measurements and thermal transmission
properties by means of the guarded-hot-plate apparatus

ASTM C351-92B, Standard test method for mean specific heat of thermal insulation

ASTM C518, Standard test method for steady-state thermal transmission properties by means of the
heat flow meter apparatus

ASTM E424-71, Standard test methods for solar energy transmittance and reflectance (Terrestrial) of
sheet materials

ASTM G154-06, Standard practice for operating fluorescent light apparatus for UV exposure of
nonmetallic materials

ASTM D1413-07, Standard test method for wood preservatives by laboratory soil-block cultures

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ABNT NBR 15575-1:2013

3 Termos e definiç õ es
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os seguintes termos e definiç õ es.

3.1
agente de degradaç ã o
tudo aquilo que age sobre um sistema, contribuindo para reduzir seu desempenho

3.2
absortâ ncia à radiaç ã o solar
quociente da taxa de radiaç ã o solar absorvida por uma superfície pela taxa de radiaç ã o solar incidente
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sobre esta mesma superfície (ver ABNT NBR 15220-1)

3.3
capacidade té rmica
quantidade de calor necessá ria para variar em uma unidade a temperatura de um sistema em
kJ/(m2.K) calculada conforme ABNT NBR 15220-2:2005, 4.3

3.4
componente
unidade integrante de determinado sistema da edificaç ã o, com forma definida e destinada a atender
funç õ es específicas (por exemplo, bloco de alvenaria, telha, folha de porta)

3.5
condiç õ es de exposiç ã o
conjunto de aç õ es atuantes sobre a edificaç ã o habitacional, incluindo cargas gravitacionais, aç õ es
externas e aç õ es resultantes da ocupaç ã o

3.6
construtor
pessoa física ou jurídica, legalmente habilitada, contratada para executar o empreendimento de acordo
com o projeto e em condiç õ es mutuamente estabelecidas

3.7
crité rios de desempenho
especificaç õ es quantitativas dos requisitos de desempenho, expressos em termos de quantidades
mensurá veis, a fim de que possam ser objetivamente determinados

3.8
custo global
custo total de uma edificaç ã o ou de seus sistemas, determinado considerando-se, alé m do custo
inicial, os custos de operaç ã o e manutenç ã o ao longo da sua vida ú til

3.9
degradaç ã o
reduç ã o do desempenho devido à atuaç ã o de um ou de vá rios agentes de degradaç ã o

3.10
desempenho
comportamento em uso de uma edificaç ã o e de seus sistemas

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ABNT NBR 15575-1:2013

3.11
dia típico de projeto de verã o
dia definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variá veis: temperatura do ar, umidade
relativa do ar, velocidade do vento e radiaç ã o solar incidente em superfície horizontal para o dia mais
quente do ano segundo a mé dia do período dos ú ltimos dez anos. A Tabela A.2 apresenta os dados
para algumas cidades

3.12
dia típico de projeto de inverno
dia definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variá veis: temperatura do ar, umidade
relativa do ar, velocidade do vento e radiaç ã o solar incidente em superfície horizontal para o dia mais
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frio do ano segundo a mé dia do período dos ú ltimos dez anos. A Tabela A.3 apresenta os dados para
algumas cidades

3.13
durabilidade
capacidade da edificaç ã o ou de seus sistemas de desempenhar suas funç õ es, ao longo do tempo
e sob condiç õ es de uso e manutenç ã o especificadas no manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o

NOTA O termo “durabilidade” é comumente utilizado como qualitativo para expressar a condiç ã o em que
a edificaç ã o ou seus sistemas mantê m seu desempenho requerido durante a vida ú til

3.14
elemento
parte de um sistema com funç õ es específicas. Geralmente é composto por um conjunto de componentes
(por exemplo, parede de vedaç ã o de alvenaria, painel de vedaç ã o pré -fabricado, estrutura de cobertura)

3.15
empresa especializada
organizaç ã o ou profissional liberal que exerce funç ã o na qual sã o exigidas qualificaç ã o e competê ncia
té cnica específica

3.16
especificaç õ es de desempenho
conjunto de requisitos e crité rios de desempenho estabelecidos para a edificaç ã o ou seus sistemas.
As especificaç õ es de desempenho sã o uma expressã o das funç õ es requeridas da edificaç ã o
ou de seus sistemas e que correspondem a um uso claramente definido; no caso desta parte da
ABNT NBR 15575, estas especificaç õ es referem-se a edificaç õ es habitacionais

3.17
requisitos do usuá rio
conjunto de necessidades do usuá rio da edificaç ã o habitacional e seus sistemas, tecnicamente
estabelecidas nesta parte da ABNT NBR 15575

3.18
estado da arte
está gio de desenvolvimento de uma capacitaç ã o té cnica em um determinado momento, em relaç ã o
a produtos, processos e serviç os, baseado em descobertas científicas e tecnoló gicas e experiê ncias
consolidadas e pertinentes

3.19
falha
ocorrê ncia que prejudica a utilizaç ã o do sistema ou do elemento, resultando em desempenho inferior
ao requerido

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ABNT NBR 15575-1:2013

3.20
fornecedor
organizaç ã o ou pessoa que fornece um produto (por exemplo, produtor, distribuidor, varejista ou
comerciante de um produto ou prestador de um serviç o ou informaç ã o)

3.21
garantia legal
direito do consumidor de reclamar reparos, recomposiç ã o, devoluç ã o ou substituiç ã o do produto
adquirido, conforme legislaç ã o vigente

3.22
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garantia contratual
condiç õ es dadas pelo fornecedor por meio de certificado ou contrato de garantia para reparos,
recomposiç ã o, devoluç ã o ou substituiç ã o do produto adquirido

3.23
incorporador
pessoa física ou jurídica, comerciante ou nã o, que, embora nã o efetuando a construç ã o, compromisse
ou efetive a venda de fraç õ es ideais de terreno, objetivando a vinculaç ã o de tais fraç õ es a unidades
autô nomas, em edificaç õ es a serem construídas ou em construç ã o sob regime condominial, ou que
meramente aceita propostas para efetivaç ã o de tais transaç õ es, coordenando e levando a termo
a incorporaç ã o e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega em certo prazo e preç o
e determinadas condiç õ es das obras concluídas

3.24
inovaç ã o tecnoló gica
aperfeiç oamento tecnoló gico, resultante de atividades de pesquisa, aplicado ao processo de produç ã o
do edifício, objetivando a melhoria de desempenho, qualidade e custo do edifício ou de um sistema

3.25
inspeç ã o predial de uso e manutenç ã o
aná lise té cnica, atravé s de metodologia específica, das condiç õ es de uso e de manutenç ã o preventiva
e corretiva da edificaç ã o

3.26
manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o
documento que reú ne as informaç õ es necessá rias para orientar as atividades de conservaç ã o,
uso e manutenç ã o da edificaç ã o e operaç ã o dos equipamentos

NOTA També m conhecido como manual do proprietá rio, quando aplicado para as unidades autô nomas,
e manual das á reas comuns ou manual do síndico, quando aplicado para as á reas de uso comum.

3.27
manutenç ã o
conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da
edificaç ã o e seus sistemas constituintes, a fim de atender à s necessidades e seguranç a dos seus
usuá rios

3.28
manutenibilidade
grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente de ser mantido ou recolocado no estado
no qual possa executar suas funç õ es requeridas, sob condiç õ es de uso especificadas, quando
a manutenç ã o é executada sob condiç õ es determinadas, procedimentos e meios prescritos

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ABNT NBR 15575-1:2013

3.29
norma de desempenho
conjunto de requisitos e crité rios estabelecidos para uma edificaç ã o habitacional e seus sistemas, com
base em requisitos do usuá rio, independentemente da sua forma ou dos materiais constituintes
3.30
norma prescritiva
conjunto de requisitos e crité rios estabelecidos para um produto ou um procedimento específico, com
base na consagraç ã o do uso ao longo do tempo
3.31
operaç ã o
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conjunto de atividades a serem realizadas em sistemas e equipamentos, com a finalidade de manter


a edificaç ã o em funcionamento adequado
3.32
manifestaç ã o patoló gica
irregularidade que se manifesta no produto em funç ã o de falhas no projeto, na fabricaç ã o, na instalaç ã o,
na execuç ã o, na montagem, no uso ou na manutenç ã o, bem como problemas que nã o decorram do
envelhecimento natural
3.33
pé -direito
distâ ncia entre o piso de um andar e o teto deste mesmo andar
3.34
prazo de garantia contratual
período de tempo, igual ou superior ao prazo de garantia legal, oferecido voluntariamente pelo
fornecedor (incorporador, construtor ou fabricante) na forma de certificado ou termo de garantia ou
contrato, para que o consumidor possa reclamar dos vícios aparentes ou defeitos verificados na
entrega de seu produto. Este prazo pode ser diferenciado para cada um dos componentes do produto,
a crité rio do fornecedor
3.35
prazo de garantia legal
período de tempo previsto em lei que o comprador dispõ e para reclamar dos vícios (defeitos) verificados
na compra de produtos durá veis. Na Tabela D.1 sã o detalhados prazos de garantia usualmente
praticados pelo setor da construç ã o civil, correspondentes ao período de tempo em que é elevada a
probabilidade de que eventuais vícios ou defeitos em um sistema, em estado de novo, venham a se
manifestar, decorrentes de anomalias que repercutam em desempenho inferior à quele previsto

3.36
requisitos de desempenho
condiç õ es que expressam qualitativamente os atributos que a edificaç ã o habitacional e seus sistemas
devem possuir, a fim de que possam atender aos requisitos do usuá rio
3.37
retrofit
remodelaç ã o ou atualizaç ã o do edifício ou de sistemas, atravé s da incorporaç ã o de novas tecnologias
e conceitos, normalmente visando à valorizaç ã o do imó vel, mudanç a de uso, aumento da vida ú til e
eficiê ncia operacional e energé tica

3.38
ruína
característica do estado-limite ú ltimo, por ruptura ou por perda de estabilidade ou por deformaç ã o
excessiva

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ABNT NBR 15575-1:2013

3.39
sistema
maior parte funcional do edifício. Conjunto de elementos e componentes destinados a atender a uma
macrofunç ã o que o define (por exemplo, fundaç ã o, estrutura, pisos, vedaç õ es verticais, instalaç õ es
hidrossanitá rias, cobertura)

NOTA As ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6 tratam do desempenho de alguns sistemas da
edificaç ã o.

3.40
transmitâ ncia té rmica
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transmissã o de calor em unidade de tempo e atravé s de uma á rea unitá ria de um elemento ou
componente construtivo; neste caso, dos vidros e dos componentes opacos das paredes externas
e coberturas, incluindo as resistê ncias superficiais interna e externa, induzida pela diferenç a de
temperatura entre dois ambientes. A transmitâ ncia té rmica deve ser calculada utilizando o mé todo
de cá lculo da ABNT NBR 15220-2 ou determinada atravé s do mé todo da caixa quente protegida da
ABNT NBR 6488

3.41
usuá rio
proprietá rio, titular de direitos ou pessoa que ocupa a edificaç ã o habitacional

3.42
vida ú til (VU)
período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam à s atividades para as quais
foram projetados e construídos, com atendimento dos níveis de desempenho previstos nesta Norma,
considerando a periodicidade e a correta execuç ã o dos processos de manutenç ã o especificados no
respectivo manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o (a vida ú til nã o pode ser confundida com prazo de
garantia legal ou contratual)

NOTA O correto uso e operaç ã o da edificaç ã o e de suas partes, a constâ ncia e efetividade das operaç õ es
de limpeza e manutenç ã o, alteraç õ es climá ticas e níveis de poluiç ã o no local da obra, mudanç as no entorno
da obra ao longo do tempo (trâ nsito de veículos, obras de infraestrutura, expansã o urbana etc.). Interferem
na vida ú til, alé m da vida ú til de projeto, das características dos materiais e da qualidade da construç ã o
como um todo. O valor real de tempo de vida ú til será uma composiç ã o do valor teó rico de vida ú til de projeto
devidamente influenciado pelas aç õ es da manutenç ã o, da utilizaç ã o, da natureza e da sua vizinhanç a. As
negligê ncias no atendimento integral dos programas definidos no manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o da
edificaç ã o, bem como aç õ es anormais do meio ambiente, irã o reduzir o tempo de vida ú til, podendo este ficar
menor que o prazo teó rico calculado como vida ú til de projeto.

3.43
vida ú til de projeto (VUP)
período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado, a fim de atender aos requisitos
de desempenho estabelecidos nesta Norma, considerando o atendimento aos requisitos das
normas aplicá veis, o está gio do conhecimento no momento do projeto e supondo o atendimento da
periodicidade e correta execuç ã o dos processos de manutenç ã o especificados no respectivo manual
de uso, operaç ã o e manutenç ã o (a VUP nã o pode ser confundida com o tempo de vida ú til, durabilidade,
e prazo de garantia legal ou contratual)

NOTA A VUP é uma estimativa teó rica do tempo que compõ e o tempo de vida ú til. O tempo de VU pode
ou nã o ser atingido em funç ã o da eficiê ncia e registro das manutenç õ es, de alteraç õ es no entorno da obra,
fatores climá ticos, etc.

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ABNT NBR 15575-1:2013

4 Requisitos do usuá rio


4.1 Generalidades

Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, apresenta-se uma lista geral de requisitos dos
usuá rios, descrita em 4.2 a 4.4 e utilizada como referê ncia para o estabelecimento dos requisitos
e crité rios. Sendo atendidos os requisitos e crité rios estabelecidos nesta Norma, considera-se para
todos os efeitos que estejam atendidos os requisitos do usuá rio.

4.2 Seguranç a
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Os requisitos do usuá rio relativos à seguranç a sã o expressos pelos seguintes fatores:

— seguranç a estrutural;

— seguranç a contra fogo;

— seguranç a no uso e na operaç ã o.

4.3 Habitabilidade

Os requisitos do usuá rio relativos à habitabilidade sã o expressos pelos seguintes fatores:

— estanqueidade;

— desempenho té rmico;

— desempenho acú stico;

— desempenho lumínico;

— saú de, higiene e qualidade do ar;

— funcionalidade e acessibilidade;

— conforto tá til e antropodinâ mico.

4.4 Sustentabilidade

Os requisitos do usuá rio relativos à sustentabilidade sã o expressos pelos seguintes fatores:

— durabilidade;

— manutenibilidade;

— impacto ambiental.

4.5 Nível de desempenho

4.5.1 Em funç ã o das necessidades bá sicas de seguranç a, saú de, higiene e economia, sã o estabe-
lecidos para os diferentes sistemas requisitos mínimos de desempenho (M) que devem ser conside-
rados e atendidos.

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ABNT NBR 15575-1:2013

4.5.2 As referencias informativas de valores relativos aos níveis intermediá rio (I) e superior (S) estã o
indicadas no Anexo E nesta parte da ABNT NBR 15575 e nas ABNT NBR 15575-2 e ABNT NBR
15575-3, no Anexo F da ABNT NBR 15575-4 e no Anexo I da ABNT NBR 15575-5.

5 Incumbê ncias dos intervenientes

5.1 Generalidades

As incumbê ncias té cnicas de cada um dos intervenientes encontram-se estabelecidas em 5.2 a 5.5
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e na ABNT NBR 5671.

5.2 Fornecedor de insumo, material, componente e/ou sistema

Cabe ao fornecedor de sistemas caracterizar o desempenho de acordo com esta Norma.

Convé m que fabricantes de produtos, sem normas brasileiras específicas ou que nã o tenham seus
produtos com o desempenho caracterizado, forneç am resultados comprobató rios do desempenho de
seus produtos com base nesta Norma ou em Normas específicas internacionais ou estrangeiras.

5.3 Projetista

Os projetistas devem estabelecer a vida ú til de projeto (VUP) de cada sistema que compõ e esta parte,
com base na Seç ã o 14.

Cabe ao projetista o papel de especificar materiais, produtos e processos que atendam ao desempenho
mínimo estabelecido nesta parte da ABNT NBR 15575 com base nas normas prescritivas e no
desempenho declarado pelos fabricantes dos produtos a serem empregados em projeto.

Quando as normas específicas de produtos nã o caracterizam desempenho, ou quando nã o existem


normas específicas, ou quando o fabricante nã o publica o desempenho de seu produto, é recomendá vel
ao projetista solicitar informaç õ es ao fabricante para balizar as decisõ es de especificaç ã o.

Quando forem considerados valores de VUP maiores que os mínimos estabelecidos nesta Norma,
estes devem constar nos projetos e/ou memorial de cá lculo.

5.4 Construtor e incorporador

5.4.1 Salvo convenç ã o escrita, é da incumbê ncia do incorporador, de seus prepostos e/ou dos pro-
jetistas envolvidos, dentro de suas respectivas competê ncias, e nã o da empresa construtora, a iden-
tificaç ã o dos riscos previsíveis na é poca do projeto, devendo o incorporador, neste caso, providenciar
os estudos té cnicos requeridos e prover aos diferentes projetistas as informaç õ es necessá rias. Como
riscos previsíveis, exemplifica-se: presenç a de aterro sanitá rio na á rea de implantaç ã o do empreen-
dimento, contaminaç ã o do lenç ol freá tico, presenç a de agentes agressivos no solo e outros riscos
ambientais.

5.4.2 Ao construtor ou incorporador cabe elaborar o manual de uso, o e manutenç ã o, ou documento


similar, conforme 3.26, atendendo à ABNT NBR 14037. O manual deve ser entregue ao proprietá rio
da unidade quando da disponibilizaç ã o da edificaç ã o para uso. Deve també m ser elaborado o manual
das á reas comuns, que deve ser entregue ao condomínio.

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ABNT NBR 15575-1:2013

5.4.3 O manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o da edificaç ã o (3.26) deve atender ao disposto
na ABNT NBR 14037, com explicitaç ã o pelo menos dos prazos de garantia aplicá veis ao caso, previs-
tos pelo construtor ou pelo incorporador, e citados no Anexo D.

NOTA Recomenda-se que os prazos de garantia estabelecidos no manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o,
ou documento similar, sejam iguais ou maiores aos apresentados no Anexo D.

5.5 Usuá rio


Ao usuá rio ou seu preposto cabe realizar a manutenç ã o, de acordo com o estabelecido na
ABNT NBR 5674 e o manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o, ou documento similar (ver 3.26).
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O usuá rio nã o pode efetuar modificaç õ es que prejudiquem o desempenho original entregue pela
construtora, sendo esta ú ltima nã o responsá vel pelas modificaç õ es realizadas pelo usuá rio.
NOTA Convé m que, para atendimento aos prazos de garantia indicados na garantia contratual, os
responsá veis legais mantenham prontamente disponíveis, quando solicitados pelo construtor ou incorporador,
conforme descrito na ABNT NBR 5674.

6 Avaliaç ã o de desempenho
6.1 Generalidades
6.1.1 A avaliaç ã o de desempenho busca analisar a adequaç ã o ao uso de um sistema ou de um pro-
cesso construtivo destinado a atender a uma funç ã o, independentemente da soluç ã o té cnica adotada.

6.1.2 Para atingir esta finalidade, na avaliaç ã o do desempenho é realizada uma investigaç ã o siste-
má tica baseada em mé todos consistentes, capazes de produzir uma interpretaç ã o objetiva sobre o
comportamento esperado do sistema nas condiç õ es de uso definidas. Em funç ã o disso, a avaliaç ã o do
desempenho requer o domínio de uma ampla base de conhecimentos científicos sobre cada aspecto
funcional de uma edificaç ã o, sobre materiais e té cnicas de construç ã o, bem como sobre os diferentes
requisitos dos usuá rios nas mais diversas condiç õ es de uso.

6.1.2.1 Recomenda-se que os resultados desta investigaç ã o sistemá tica, que orientaram a realiza-
ç ã o do projeto, sejam documentados por meio de registro de imagens, memorial de cá lculo, observa-
ç õ es instrumentadas, catá logos té cnicos dos produtos, registro de eventuais planos de expansã o de
serviç os pú blicos ou outras formas, conforme conveniê ncia.

6.1.3 Os requisitos de desempenho derivados de todos os requisitos dos usuá rios podem resultar
em uma lista muito extensa; neste sentido é conveniente limitar o nú mero de requisitos a serem con-
siderados em um contexto de uso definido. Dessa forma, nas Seç õ es 7 a 17 sã o estabelecidos os
requisitos e crité rios que devem ser atendidos por edificaç õ es habitacionais.

6.1.4 Os requisitos de desempenho previstos nesta Norma devem ser verificados aplicando-se os
respectivos mé todos de avaliaç ã o explicitados nas suas diferentes partes.

6.1.5 Todas as verificaç õ es devem ser realizadas com base nas condiç õ es do meio físico na é poca
do projeto e da execuç ã o do empreendimento.

6.1.6 A avaliaç ã o do desempenho de edificaç õ es ou de sistemas, de acordo com esta Norma, deve
ser realizada considerando as premissas bá sicas estabelecidas nesta Seç ã o.
NOTA Recomenda-se que a avaliaç ã o do desempenho seja realizada por instituiç õ es de ensino
ou pesquisa, laborató rios especializados, empresas de tecnologia, equipes multiprofissionais ou profissionais
de reconhecida capacidade té cnica.

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6.2 Diretrizes para implantaç ã o e entorno

6.2.1 Implantaç ã o

Para edifícios ou conjuntos habitacionais com local de implantaç ã o definido, os projetos de


arquitetura, da estrutura, das fundaç õ es, contenç õ es e outras eventuais obras geoté cnicas devem
ser desenvolvidos com base nas características do local da obra (topográ ficas, geoló gicas etc.),
avaliando-se convenientemente os riscos de deslizamentos, enchentes, erosõ es, vibraç õ es
transmitidas por vias fé rreas, vibraç õ es transmitidas por trabalhos de terraplenagem e compactaç ã o
do solo, ocorrê ncia de subsidê ncia do solo, presenç a de crateras em camadas profundas, presenç a
de solos expansíveis ou colapsíveis, presenç a de camadas profundas deformá veis e outros.
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Devem ainda ser considerados riscos de explosõ es oriundas do confinamento de gases resultantes de
aterros sanitá rios, solos contaminados, proximidade de pedreiras e outros, tomando-se as providê ncias
necessá rias para que nã o ocorram prejuízos à seguranç a e à funcionalidade da obra.

6.2.2 Entorno

Os projetos devem ainda prever as interaç õ es entre construç õ es pró ximas, considerando-se
convenientemente as eventuais sobreposiç õ es de bulbos de pressã o, efeitos de grupo de estacas,
rebaixamento do lenç ol freá tico e desconfinamento do solo em funç ã o do corte do terreno.

Tais fenô menos també m nã o podem prejudicar a seguranç a e a funcionalidade da obra, bem como de
edificaç õ es vizinhas.

O desempenho da edificaç ã o está intimamente associado a todos os projetos de implantaç ã o


e ao desempenho das fundaç õ es, devendo ser atendidas as disposiç õ es das Normas aplicá veis,
particularmente das ABNT NBR 8044, ABNT NBR 5629, ABNT NBR 11682, ABNT NBR 6122
e ABNT NBR 12722.

6.2.3 Seguranç a e estabilidade

Do ponto de vista da seguranç a e estabilidade ao longo da vida ú til da estrutura, devem ser consideradas
as condiç õ es de agressividade do solo, do ar e da á gua na é poca do projeto, prevendo-se, quando
necessá rio, as proteç õ es pertinentes à estrutura e suas partes.

6.3 Mé todos de avaliaç ã o do desempenho

6.3.1 Os requisitos de desempenho devem ser verificados aplicando-se os respectivos mé todos de


ensaio previstos nesta parte.

6.3.2 Os mé todos de avaliaç ã o estabelecidos nesta Norma consideram a realizaç ã o de ensaios la-
boratoriais, ensaios de tipo, ensaios em campo, inspeç õ es em protó tipos ou em campo, simulaç õ es e
aná lise de projetos. A realizaç ã o de ensaios laboratoriais deve ser baseada nas Normas explicitamen-
te referenciadas, em cada caso, nesta parte da ABNT NBR 15575.

6.4 Amostragem

6.4.1 No caso de sistemas construtivos já utilizados em outras obras, pode-se considerar na


avaliaç ã o a realizaç ã o de inspeç õ es de campo, atendendo aos requisitos e crité rios de desempenho
estabelecidos nesta Norma, desde que se comprove que a edificaç ã o habitacional ou o sistema seja
igual ao da avaliaç ã o que se deseja proceder.

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6.4.2 Do ponto de vista da durabilidade, as avaliaç õ es de campo somente devem ser aceitas se a
construç ã o ou instalaç ã o tiver ocorrido há pelo menos dois anos.

6.4.3 Sob qualquer aspecto, deve-se tomar a má xima precauç ã o para, com base nas aná lises de
campo, nã o se inferir ou extrapolar resultados para condiç õ es diversas de clima, implantaç ã o, agres-
sividade do meio e utilizaç ã o.

6.4.4 Sempre que a avaliaç ã o estiver baseada na realizaç ã o de ensaios de laborató rio, a amostra-
gem deve ser aleató ria.

6.5 Relaç ã o entre normas


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6.5.1 Quando uma Norma Brasileira prescritiva contiver requisitos suplementares a esta Norma, eles
devem ser integralmente atendidos.

6.5.2 Na ausê ncia de Normas Brasileiras prescritivas para sistemas, podem ser utilizadas Normas
Internacionais prescritivas relativas ao tema.

6.6 Documento com os resultados da avaliaç ã o do sistema


6.6.1 O relató rio resultante da avaliaç ã o de desempenho deve reunir informaç õ es que caracterizem
a edificaç ã o habitacional ou sistema analisado.

6.6.2 Quando houver a necessidade de realizaç ã o de ensaios laboratoriais, o relató rio de avaliaç ã o
deve conter a solicitaç ã o para realizaç ã o desses ensaios, com explicitaç ã o dos resultados pretendidos
e a metodologia a ser seguida, de acordo com as normas referenciadas nesta Norma.

6.6.3 A amostra tomada para ensaio deve ser acompanhada de todas as informaç õ es que a carac-
terizem, considerando sua participaç ã o no sistema.

6.6.4 A partir dos resultados obtidos deve ser elaborado um documento de avaliaç ã o do desempe-
nho, baseado nos requisitos e crité rios avaliados de acordo com esta Norma.

6.6.5 O relató rio deve ser elaborado pelo responsá vel pela avaliaç ã o e deve atender aos requisitos
estabelecidos em 6.7.

7 Desempenho estrutural
Ver ABNT NBR 15575-2.

8 Seguranç a contra incê ndio


8.1 Generalidades
Os requisitos desta Norma relativos à seguranç a contra incê ndio sã o pautados em:

— proteger a vida dos ocupantes das edificaç õ es, em caso de incê ndio;

— dificultar a propagaç ã o do incê ndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimô nio;

— proporcionar meios de controle e extinç ã o do incê ndio;

— dar condiç õ es de acesso para as operaç õ es do Corpo de Bombeiros.

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ABNT NBR 15575-1:2013

Os objetivos principais de garantir a resistê ncia ao fogo dos elementos estruturais sã o:

— possibilitar a saída dos ocupantes da edificaç ã o em condiç õ es de seguranç a;

— garantir condiç õ es para o emprego de socorro pú blico, onde se permita o acesso operacional de
viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo há bil para exercer as atividades de
salvamento (pessoas retidas) e combate a incê ndio (rescaldo e extinç ã o);

— evitar ou minimizar danos à pró pria edificaç ã o, à s outras adjacentes, à infraestrutura pú blica e ao
meio ambiente.
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De forma a atender aos requisitos do usuá rio quanto à seguranç a (ver 4.2), devem ser atendidos os
requisitos estabelecidos na legislaç ã o pertinente e na ABNT NBR 14432.

8.2 Requisito – Dificultar o princípio do incê ndio

Dificultar a ocorrê ncia de princípio de incê ndio por meio de premissas adotadas no projeto e na cons-
truç ã o da edificaç ã o.

8.2.1 Crité rios para dificultar o princípio do incê ndio

8.2.1.1 Proteç ã o contra descargas atmosfé ricas

Os edifícios multifamiliares devem ser providos de proteç ã o contra descargas atmosfé ricas, atendendo
ao estabelecido na ABNT NBR 5419 e demais Normas Brasileiras aplicá veis, nos casos previstos
na legislaç ã o vigente.

8.2.1.2 Proteç ã o contra risco de igniç ã o nas instalaç õ es elé tricas

As instalaç õ es elé tricas das edificaç õ es habitacionais devem ser projetadas de acordo com a
ABNT NBR 5410 e Normas Brasileiras aplicá veis.

NOTA Recomenda-se evitar o risco de igniç ã o dos materiais em funç ã o de curtos-circuitos e sobretensõ es.

8.2.1.3 Proteç ã o contra risco de vazamentos nas instalaç õ es de gá s

As instalaç õ es de gá s devem ser projetadas e executadas de acordo com as ABNT NBR 13523
e ABNT NBR 15526.

8.2.2 Mé todos de avaliaç ã o da seguranç a relativa ao princípio do incê ndio

A comprovaç ã o do atendimento ao requisito de 8.2, pelos crité rios estabelecidos em 8.2.1.1 a 8.2.1.3,
deve ser feita pela aná lise do projeto ou por inspeç ã o em protó tipo.

8.2.3 Premissas de projeto

Quando houver ambiente enclausurado, devem ser atendidas a ABNT NBR 15526 e outras Normas
Brasileiras aplicá veis.

8.3 Requisito – Facilitar a fuga em situaç ã o de incê ndio

Facilitar a fuga dos usuá rios em situaç ã o de incê ndio.

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8.3.1 Crité rio – Rotas de fuga

As rotas de saída de emergê ncia dos edifícios devem atender ao disposto na ABNT NBR 9077.

8.3.2 Mé todos de avaliaç ã o

Aná lise do projeto ou por inspeç ã o em protó tipo.

8.4 Requisito – Dificultar a inflamaç ã o generalizada

Dificultar a ocorrê ncia da inflamaç ã o generalizada no ambiente de origem de eventual incê ndio.
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8.4.1 Crité rio – Propagaç ã o superficial de chamas

Os materiais de revestimento, acabamento e isolamento termoacú stico empregados na face interna


dos sistemas ou elementos que compõ em a edificaç ã o devem ter as características de propagaç ã o
de chamas controladas, de forma a atender aos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3
a ABNT NBR 15575-5 e ABNT NBR 9442.

8.4.2 Mé todos de avaliaç ã o da seguranç a à inflamaç ã o generalizada de incê ndio

A comprovaç ã o do atendimento aos requisitos estabelecidos em 8.4.1 deve ser feita por inspeç ã o em
protó tipo ou ensaios conforme Normas Brasileiras específicas.

8.5 Requisito – Dificultar a propagaç ã o do incê ndio

Dificultar a propagaç ã o de incê ndio para unidades contíguas ou entre edificaç õ es.

Caso nã o seja possível o atendimento ao crité rio de isolamento de risco à distâ ncia ou proteç ã o
(8.5.1), a edificaç ã o nã o é considerada independente e o dimensionamento das medidas de proteç ã o
contra incê ndio deve ser feito considerando o conjunto de edificaç õ es como uma ú nica unidade.

8.5.1 Crité rios

8.5.1.1 Isolamento de risco à distâ ncia

A distâ ncia entre edifícios deve atender à condiç ã o de isolamento, considerando-se todas as interfe-
rê ncias previstas na legislaç ã o vigente.

8.5.1.2 Isolamento de risco por proteç ã o

As medidas de proteç ã o, incluindo no sistema construtivo o uso de portas ou selos corta-fogo, devem
possibilitar que o edifício seja considerado uma unidade independente.

8.5.1.3 Assegurar estanqueidade e isolamento

Os sistemas ou elementos de compartimentaç ã o que integram as edificaç õ es habitacionais devem


atender à ABNT NBR 14432 e à parte da ABNT NBR 15575 para minimizar a propagaç ã o do incê ndio,
assegurando estanqueidade e isolamento.

8.5.2 Mé todos de avaliaç ã o

Para isolamento de risco: aná lise do projeto e dimensionamento das distâ ncias seguras, tendo em
conta a igniç ã o-piloto por radiaç ã o e a convecç ã o atravé s da cobertura.

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ABNT NBR 15575-1:2013

Aná lise do projeto ou inspeç ã o em protó tipo atendendo à legislaç ã o vigente.

Para os sistemas da edificaç ã o, consultar as demais partes da ABNT NBR 15575.

8.6 Requisito – Seguranç a estrutural em situaç ã o de incê ndio

Minimizar o risco de colapso estrutural da edificaç ã o em situaç ã o de incê ndio.

8.6.1 Crité rio

8.6.1.1 Minimizar o risco de colapso estrutural


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A edificaç ã o habitacional deve atender à ABNT NBR 14432 e à s normas específicas para o tipo de
estrutura conforme mencionado em 8.6.2.

8.6.2 Mé todos de avaliaç ã o

Aná lise do projeto estrutural em situaç ã o de incê ndio.

Atendimento à s seguintes Normas de projeto estrutural:

— ABNT NBR 14323, para estruturas de aç o;

— ABNT NBR 15200, para estruturas de concreto;

— para as demais estruturas, aplica-se o Eurocode correspondente, em sua ú ltima ediç ã o.

8.7 Requisito – Sistema de extinç ã o e sinalizaç ã o de incê ndio

As edificaç õ es multifamiliares devem dispor de sistemas de alarme, extinç ã o, sinalizaç ã o e iluminaç ã o


de emergê ncia.

8.7.1 Crité rio – Equipamentos de extinç ã o, sinalizaç ã o e iluminaç ã o de emergê ncia

O edifício habitacional multifamiliar deve dispor de sistemas de alarme, extinç ã o, sinalizaç ã o


e iluminaç ã o de emergê ncia, conforme proposto nas ABNT NBR 17240, ABNT NBR 13434 (Partes 1,
2 e 3), ABNT NBR 12693, ABNT NBR 13714 e ABNT NBR 10898.

8.7.2 Mé todos de avaliaç ã o

Aná lise do projeto e, sendo possível, inspeç ã o em protó tipo atendendo à legislaç ã o vigente.

9 Seguranç a no uso e na operaç ã o


9.1 Generalidades

A seguranç a no uso e na operaç ã o dos sistemas e componentes da edificaç ã o habitacional deve


ser considerada em projeto, especialmente no que diz respeito a agentes agressivos (por exemplo,
proteç ã o contra queimaduras e pontos e bordas cortantes).

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ABNT NBR 15575-1:2013

9.2 Requisito – Seguranç a na utilizaç ã o do imó vel

Assegurar que tenham sido tomadas medidas de seguranç a aos usuá rios da edificaç ã o habitacional.

9.2.1 Crité rio – Seguranç a na utilizaç ã o dos sistemas

Os sistemas nã o podem apresentar:

a) rupturas, instabilidades, tombamentos ou quedas que possam colocar em risco a integridade


física dos ocupantes ou de transeuntes nas imediaç õ es do imó vel;
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b) partes expostas cortantes ou perfurantes;

c) deformaç õ es e defeitos acima dos limites especificados nas ABNT NBR 15575-2 a
ABNT NBR 15575-6.

9.2.2 Mé todo de avaliaç ã o

Aná lise do projeto ou inspeç ã o em protó tipo.

9.2.3 Premissas de projeto

Devem ser previstas no projeto e na execuç ã o formas de minimizar, durante o uso da edificaç ã o,
o risco de:

a) queda de pessoas em altura: telhados, á ticos, lajes de cobertura e quaisquer partes elevadas da
construç ã o;

b) acessos nã o controlados aos locais com riscos de quedas;

c) queda de pessoas em funç ã o de rupturas das proteç õ es, as quais devem ser ensaiadas conforme
ABNT NBR 14718 ou devem possuir memorial de cá lculo assinado por profissional responsá vel
que comprove seu desempenho;

d) queda de pessoas em funç ã o de irregularidades nos pisos, rampas e escadas, conforme a


ABNT NBR 15575-3;

e) ferimentos provocados por ruptura de subsistemas ou componentes, resultando em partes


cortantes ou perfurantes;

f) ferimentos ou contusõ es em funç ã o da operaç ã o das partes mó veis de componentes, como


janelas, portas, alç apõ es e outros;

g) ferimentos ou contusõ es em funç ã o da dessolidarizaç ã o ou da projeç ã o de materiais ou


componentes a partir das coberturas e das fachadas, tanques de lavar, pias e lavató rios, com ou
sem pedestal, e de componentes ou equipamentos normalmente fixá veis em paredes;

h) ferimentos ou contusõ es em funç ã o de explosã o resultante de vazamento ou de confinamento de


gá s combustível.

9.3 Requisito – Seguranç a das instalaç õ es

Evitar a ocorrê ncia de ferimentos ou danos aos usuá rios, em condiç õ es normais de uso.

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ABNT NBR 15575-1:2013

9.3.1 Seguranç a na utilizaç ã o das instalaç õ es

A edificaç ã o habitacional deve atender aos requisitos das Normas específicas.

NOTA Por exemplo, ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 13523, ABNT NBR 15526,
ABNT NBR 15575-6 etc.

9.3.2 Mé todo de avaliaç ã o

Aná lise do projeto ou inspeç ã o em protó tipo.


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10 Estanqueidade
10.1 Generalidades

A exposiç ã o à á gua de chuva, à umidade proveniente do solo e aquela proveniente do uso da


edificaç ã o habitacional devem ser consideradas em projeto, pois a umidade acelera os mecanismos de
deterioraç ã o e acarreta a perda das condiç õ es de habitabilidade e de higiene do ambiente construído.

10.2 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade externas à edificaç ã o

Assegurar estanqueidade à s fontes de umidades externas ao sistema.

10.2.1 Crité rio – Estanqueidade à á gua de chuva e à umidade do solo e do lenç ol freá tico

Atendimento aos requisitos especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.

10.2.2 Mé todo de avaliaç ã o

Aná lise do projeto e mé todos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.

10.2.3 Premissas de projeto

Devem ser previstos nos projetos a prevenç ã o de infiltraç ã o da á gua de chuva e da umidade do solo
nas habitaç õ es, por meio dos detalhes indicados a seguir:

a) condiç õ es de implantaç ã o dos conjuntos habitacionais, de forma a drenar adequadamente a á gua


de chuva incidente em ruas internas, lotes vizinhos ou mesmo no entorno pró ximo ao conjunto;

b) sistemas que impossibilitem a penetraç ã o de líquidos ou umidades de porõ es e subsolos, jardins


contíguos à s fachadas e quaisquer paredes em contato com o solo, ou pelo direcionamento das
á guas, sem prejuízo da utilizaç ã o do ambiente e dos sistemas correlatos e sem comprometer a
seguranç a estrutural. No caso de haver sistemas de impermeabilizaç ã o, estes devem seguir a
ABNT NBR 9575;

c) sistemas que impossibilitem a penetraç ã o de líquidos ou umidades em fundaç õ es e pisos em


contato com o solo;

d) ligaç ã o entre os diversos elementos da construç ã o (como paredes e estrutura, telhado e paredes,
corpo principal e pisos ou calç adas laterais).

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ABNT NBR 15575-1:2013

10.3 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade internas à edificaç ã o

Assegurar a estanqueidade à á gua utilizada na operaç ã o e manutenç ã o do imó vel em condiç õ es


normais de uso.

10.3.1 Crité rio – Estanqueidade à á gua utilizada na operaç ã o, uso e manutenç ã o do imó vel

Devem ser previstos no projeto detalhes que assegurem a estanqueidade de partes do edifício que
tenham a possibilidade de ficar em contato com a á gua gerada na ocupaç ã o ou manutenç ã o do
imó vel, devendo ser verificada a adequaç ã o das vinculaç õ es entre instalaç õ es de á gua, esgotos ou
á guas pluviais e estrutura, pisos e paredes, de forma que as tubulaç õ es nã o venham a ser rompidas
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ou desencaixadas por deformaç õ es impostas.

10.3.2 Mé todo de avaliaç ã o

Aná lise do projeto e mé todos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.

11 Desempenho té rmico
11.1 Generalidades

A edificaç ã o habitacional deve reunir características que atendam aos requisitos de desempenho
té rmico, considerando-se a zona bioclimá tica definida na ABNT NBR 15220-3.

Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece um procedimento normativo apresentado a seguir, com
um procedimento informativo mostrado no Anexo A para avaliaç ã o da adequaç ã o de habitaç õ es:

a) Procedimento 1 – Simplificado (normativo): atendimento aos requisitos e crité rios para os sistemas
de vedaç ã o e coberturas, conforme ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5. Para os casos em
que a avaliaç ã o de transmitâ ncia té rmica e capacidade té rmica, conforme os crité rios e mé todos
estabelecidos nas ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5, resultem em desempenho té rmico
insatisfató rio, o projetista deve avaliar o desempenho té rmico da edificaç ã o como um todo pelo
mé todo da simulaç ã o computacional conforme 11.2.

b) Procedimento 2 – Mediç ã o (informativo, Anexo A): verificaç ã o do atendimento aos requisitos


e crité rios estabelecidos nesta Norma, por meio da realizaç ã o de mediç õ es em edificaç õ es ou
protó tipos construídos. Este mé todo é de cará ter meramente informativo e nã o se sobrepõ e aos
procedimentos descritos no item a), conforme disposto na Diretiva 2 da ABNT.

11.2 Simulaç ã o computacional – Introduç ã o

Para a avaliaç ã o de desempenho té rmico por simulaç ã o computacional, os requisitos, crité rios
e mé todos sã o detalhados em 11.3 e 11.4.

Para a realizaç ã o das simulaç õ es computacionais, devem ser utilizadas como referê ncia as Tabelas A.1,
A.2 e A.3, que fornecem informaç õ es sobre a localizaç ã o geográ fica de algumas cidades brasileiras e
os dados climá ticos correspondentes aos dias típicos de projeto de verã o e de inverno.

Na falta de dados para a cidade onde se encontra a habitaç ã o, recomenda-se utilizar os dados
climá ticos de uma cidade com características climá ticas semelhantes e na mesma zona bioclimá tica
brasileira (conforme a parte 3 da ABNT NBR 15220-3).

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ABNT NBR 15575-1:2013

NOTA Arquivos climá ticos gerados por instituiç õ es de reconhecida capacitaç ã o té cnica (universidades ou
institutos de pesquisa) podem ser utilizados, desde que a fonte seja devidamente referenciada e os dados
sejam de domínio pú blico.

Para a realizaç ã o das simulaç õ es computacionais recomenda-se o emprego do programa EnergyPlus.


Outros programas de simulaç ã o podem ser utilizados, desde que permitam a determinaç ã o do
comportamento té rmico de edificaç õ es sob condiç õ es dinâ micas de exposiç ã o ao clima, sendo
capazes de reproduzir os efeitos de iné rcia té rmica e validados pela ASHRAE Standard 140.

Para a geometria do modelo de simulaç ã o, deve ser considerada a habitaç ã o como um todo,
considerando cada ambiente como uma zona té rmica. Na composiç ã o de materiais para a simulaç ã o,
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deve-se utilizar dados das propriedades té rmicas dos materiais e/ou componentes construtivos:

— obtidos em laborató rio, atravé s de mé todo de ensaio normalizado. Para os ensaios de laborató rio,
recomenda-se a utilizaç ã o dos mé todos apresentados na Tabela 1;

— na ausê ncia destes dados ou na impossibilidade de obtê -los junto aos fabricantes, é permitido
utilizar os dados disponibilizados na ABNT NBR 15220-2 como referê ncia.

Tabela 1 – Mé todos de mediç ã o de propriedades té rmicas de materiais


e elementos construtivos
Propriedade Determinaç ã o

Condutividade té rmica ASTM C518 ou ASTM C177 ou ISO 8302

Calor específico Mediç ã o ASTM C351 – 92b


Mediç ã o conforme mé todo de ensaio
Densidade de massa aparente preferencialmente normalizado, específico para o
material
Emissividade Mediç ã o JIS A 1423/ASTM C1371 – 04a
Mediç ã o ANSI/ASHRAE 74/88
Absortâ ncia à radiaç ã o solar
ASTM E1918-06, ASTM E903-96
Mediç ã o conforme ABNT NBR 6488 ou cá lculo
Resistê ncia ou transmitâ ncia té rmica de conforme ABNT NBR 15220-2, tomando-se por
elementos base valores de condutividade té rmica medidos
ASTM E903-96
Características fotoenergé ticas (vidros) EN 410 – 1998/EN 12898

11.3 Requisitos de desempenho no verã o

Apresentar condiç õ es té rmicas no interior do edifício habitacional melhores ou iguais à s do ambiente


externo, à sombra, para o dia típico de projeto de verã o, conforme 11.3.1.

11.3.1 Crité rio – Valores má ximos de temperatura

O valor má ximo diá rio da temperatura do ar interior de recintos de permanê ncia prolongada, como salas
e dormitó rios, sem a presenç a de fontes internas de calor (ocupantes, lâ mpadas, outros equipamentos
em geral), deve ser sempre menor ou igual ao valor má ximo diá rio da temperatura do ar exterior.

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O nível para aceitaç ã o é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao crité rio de 11.3.1 mostrado na
Tabela 2.

Tabela 2 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de verã o


Crité rio
Nível de desempenho
Zonas 1 a 7 Zona 8
M Ti,má x. ≤ Te,má x. Ti,má x. ≤ Te,má x.
Ti,má x. é o valor má ximo diá rio da temperatura do ar no interior da edificaç ã o, em graus Celsius.
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Te,má x. é o valor má ximo diá rio da temperatura do ar exterior à edificaç ã o, em graus Celsius.
NOTA Zonas bioclimá ticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

A Tabela E.1 apresenta a caracterizaç ã o para os níveis de desempenho I (intermediá rio) e S (superior)
opcionais.

11.3.2 Mé todo de avaliaç ã o

Simulaç ã o computacional conforme procedimentos apresentados em 11.2.

11.4 Requisitos de desempenho no inverno

Apresentar condiç õ es té rmicas no interior do edifício habitacional melhores que do ambiente externo,
no dia típico de projeto de inverno, conforme 11.4.1, nas zonas bioclimá ticas 1 a 5. Nas zonas 6, 7 e 8
nã o é necessá rio realizar avaliaç ã o de desempenho té rmico de projeto para inverno.

11.4.1 Crité rio – Valores mínimos de temperatura

Os valores mínimos diá rios da temperatura do ar interior de recintos de permanê ncia prolongada,
como salas e dormitó rios, no dia típico de projeto de inverno, devem ser sempre maiores ou iguais
à temperatura mínima externa acrescida de 3 °C.

O nível para aceitaç ã o é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao crité rio de 11.4.1 mostrado na
Tabela 3.

Tabela 3 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de inverno

Nível de Crité rio


desempenho Zonas bioclimá ticas 1 a 5 Zonas bioclimá ticas 6, 7 e 8
Nestas zonas, este crité rio nã o
M Ti,mín. ≥ (Te,mín. + 3 °C)
pode ser verificado
Ti,mín. é o valor mínimo diá rio da temperatura do ar no interior da edificaç ã o, em graus Celsius;
Te,mín. é o valor mínimo diá rio da temperatura do ar exterior à edificaç ã o, em graus Celsius.
NOTA Zonas bioclimá ticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

A Tabela E.2 apresenta a caracterizaç ã o para os níveis de desempenho I (intermediá rio) e S (superior)
opcionais.

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11.4.2 Mé todo de avaliaç ã o

Simulaç ã o computacional conforme procedimentos apresentados em 11.2.

11.5 Edificaç õ es em fase de projeto

A avaliaç ã o deve ser feita para um dia típico de projeto, de verã o e de inverno.

Para unidades habitacionais isoladas, seguir o procedimento estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2.

Para conjuntos habitacionais ou edifícios multipiso, selecionar unidades habitacionais representativas,


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conforme estabelecido a seguir:

a) conjunto habitacional de edificaç õ es té rreas: selecionar uma unidade habitacional com o maior
nú mero de paredes expostas e seguir o procedimento estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2;

b) edifício multipiso: selecionar uma unidade do ú ltimo andar, com cobertura exposta, e seguir o
procedimento estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2.

11.5.1 Simular todos os recintos da unidade habitacional, considerando as trocas té rmicas entre os
seus ambientes e avaliar os resultados dos recintos, dormitó rios e salas, considerando as condiç õ es
apresentadas abaixo.

Na entrada de dados, considerar que os recintos adjacentes, de outras unidades habitacionais,


separados, portanto, por paredes de geminaç ã o ou entrepisos, apresentem a mesma condiç ã o té rmica
do ambiente que está sendo simulado.

A edificaç ã o deve ser orientada conforme a implantaç ã o. A unidade habitacional desta edificaç ã o
escolhida para a simulaç ã o deve ser a mais crítica do ponto de vista té rmico.

Caso esta orientaç ã o da edificaç ã o nã o esteja definida, esta deve ser posicionada de tal forma que a
unidade a ser avaliada tenha a condiç ã o mais crítica do ponto de vista té rmico.

Como condiç ã o crítica do ponto de vista té rmico, adotar:

a) verã o: janela do dormitó rio ou da sala voltada para oeste e a outra parede exposta voltada para
norte. Caso nã o seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para oeste;

b) inverno: janela do dormitó rio ou da sala de estar voltada para o sul e a outra parede exposta
voltada para leste. Caso nã o seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada
para o sul;

c) obstruç ã o no entorno: considerar que as paredes expostas e as janelas estã o desobstruídas, ou


seja, sem a presenç a de edificaç õ es ou vegetaç ã o nas proximidades que modifiquem a incidê ncia
de sol e/ou vento. Edificaç õ es de um mesmo complexo, por exemplo um condomínio, podem
ser consideradas, desde que previstas para habitaç ã o no mesmo período. Esta informaç ã o deve
constar na documentaç ã o de comprovaç ã o de desempenho;

d) obstruç ã o por elementos construtivos previstos na edificaç ã o: dispositivos de sombreamento (por


exemplo, para-só is, marquises, beirais) devem ser considerados na simulaç ã o.

Adotar uma taxa de ventilaç ã o do ambiente de 1 ren/h. A taxa de renovaç ã o da cobertura deve ser a
mesma, de 1 ren/h.

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A absortâ ncia à radiaç ã o solar das superfícies expostas deve ser definida conforme a cor e as
características das superfícies externas da cobertura e das paredes expostas, conforme orientaç õ es
descritas a seguir:

a) cobertura: valor especificado no projeto, correspondente, portanto, ao material declarado para o


telhado ou outro elemento utilizado que constitua a superfície exposta da cobertura;

b) parede: assumir o valor da absortâ ncia à radiaç ã o solar correspondente à cor definida no projeto.
Caso a cor nã o esteja definida, simular para trê s alternativas de cor:

— cor clara: α = 0,3;


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— cor mé dia: α = 0,5;

— cor escura: α = 0,7.

11.5.2 A unidade habitacional que nã o atender aos crité rios estabelecidos para verã o deve ser simu-
lada novamente, considerando-se as seguintes alteraç õ es:

— ventilaç ã o: configuraç ã o da taxa de ventilaç ã o de cinco renovaç õ es do volume de ar do ambiente


por hora (5,0 ren/h) e janelas sem sombreamento;

— sombreamento: inserç ã o de proteç ã o solar externa ou interna da esquadria externa com dispositivo
capaz de cortar no mínimo 50 % da radiaç ã o solar direta que entraria pela janela, com taxa de
uma renovaç ã o do volume de ar do ambiente por hora (1,0 ren/h);

— ventilaç ã o e sombreamento: combinaç ã o das duas estraté gias anteriores, ou seja, inserç ã o de
dispositivo de proteç ã o solar e taxa de renovaç ã o do ar de 5,0 ren/h.

11.5.3 O Anexo A apresenta dados climá ticos brasileiros de referê ncia.

12 Desempenho acú stico


12.1 Generalidades

A edificaç ã o habitacional deve apresentar isolamento acú stico adequado das vedaç õ es externas, no
que se refere aos ruídos aé reos provenientes do exterior da edificaç ã o habitacional, e isolamento
acú stico adequado entre á reas comuns e privativas e entre á reas privativas de unidades autô nomas
diferentes.

12.2 Requisito – Isolaç ã o acú stica de vedaç õ es externas

Propiciar condiç õ es mínimas de desempenho acú stico da edificaç ã o, com relaç ã o a fontes normalizadas
de ruídos externos aé reos.

12.2.1 Crité rio – Desempenho acú stico das vedaç õ es externas

A edificaç ã o deve atender ao limite mínimo de desempenho conforme estabelecido nas


ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5.

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12.2.2 Mé todo de avaliaç ã o

Especificado nas ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5.

12.3 Requisito – Isolaç ã o acú stica entre ambientes

Propiciar condiç õ es de isolaç ã o acú stica entre as á reas comuns e ambientes de unidades habitacionais
e entre unidades habitacionais distintas.

12.3.1 Crité rio – Isolaç ã o ao ruído aé reo entre pisos e paredes internas
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Os sistemas de pisos e vedaç õ es verticais que compõ em o edifício habitacional devem ser projetados,
construídos e montados de forma a atender aos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3
e ABNT NBR 15575-4.

12.3.2 Mé todo de avaliaç ã o

Mé todos especificados nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-4.

12.4 Requisito – Ruídos de impactos

Propiciar condiç õ es mínimas de desempenho acú stico no interior da edificaç ã o, com relaç ã o a fontes
padronizadas de ruídos de impacto.

12.4.1 Crité rio – Ruídos gerados por impactos

Os sistemas que compõ em os edifícios habitacionais devem atender aos requisitos e crité rios
especificados nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-5.

12.4.2 Mé todos de avaliaç ã o

Aná lise do projeto e atendimento aos mé todos de ensaios especificados nas ABNT NBR 15575-3 e
ABNT NBR 15575-5.

13 Desempenho lumínico
13.1 Generalidades

Durante o dia, as dependê ncias da edificaç ã o habitacional listadas na Tabela 4 devem receber
iluminaç ã o natural conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente, atravé s de recintos
adjacentes.

Para o período noturno, o sistema de iluminaç ã o artificial deve proporcionar condiç õ es internas
satisfató rias para ocupaç ã o dos recintos e circulaç ã o nos ambientes com conforto e seguranç a.

13.2 Requisito – Iluminaç ã o natural

Durante o dia, as dependê ncias da edificaç ã o habitacional listadas na Tabela 4 devem receber
iluminaç ã o natural conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente, atravé s de recintos
adjacentes.

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ABNT NBR 15575-1:2013

13.2.1 Crité rio – Simulaç ã o: Níveis mínimos de iluminâ ncia natural

Contando unicamente com iluminaç ã o natural, os níveis gerais de iluminâ ncia nas diferentes
dependê ncias das construç õ es habitacionais devem atender ao disposto na Tabela 4.

Tabela 4 – Níveis de iluminâ ncia geral para iluminaç ã o natural*

Iluminâ ncia geral (lux) para o nível mínimo


Dependê ncia
de desempenho M
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Sala de estar
Dormitó rio
≥ 60
Copa/cozinha
Á rea de serviç o
Banheiro
Corredor ou escada interna à unidade
Corredor de uso comum (pré dios)
Nã o requerido
Escadaria de uso comum (pré dios)
Garagens/estacionamentos
(demais ambientes)
* Valores mínimos obrigató rios, conforme mé todo de avaliaç ã o de 13.2.2.

NOTA 1 Para os edifícios multipiso, sã o permitidos, para as dependê ncias situadas no pavimento
té rreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua, níveis de iluminâ ncia ligeiramente inferiores aos valores
especificados na tabela acima (diferenç a má xima de 20 % em qualquer dependê ncia).

NOTA 2 Os crité rios desta tabela nã o se aplicam à s á reas confinadas ou que nã o tenham iluminaç ã o
natural.

NOTA 3 Deve-se verificar e atender à s condiç õ es mínimas requeridas pela legislaç ã o local.

O Anexo E conté m recomendaç õ es de outros níveis de desempenho relativos a estes crité rios.

13.2.2 Mé todo de avaliaç ã o

As simulaç õ es para o plano horizontal, em períodos da manhã (9:30 h) e da tarde (15:30 h),
respectivamente, para os dias 23 de abril e 23 de outubro e sua avaliaç ã o devem ser realizadas com
emprego do algoritmo apresentado na ABNT NBR 15215–3, atendendo à s seguintes condiç õ es:

— considerar a latitude e a longitude do local da obra, supor dias com nebulosidade mé dia (índice
de nuvens 50 %);

— supor desativada a iluminaç ã o artificial, sem a presenç a de obstruç õ es opacas (janelas e cortinas
abertas, portas internas abertas, sem roupas estendidas nos varais etc.);

— simulaç õ es para o centro dos ambientes, na altura de 0,75 m acima do nível do piso;

— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados, considerar todas as
orientaç õ es típicas das diferentes unidades;

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ABNT NBR 15575-1:2013

— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multipiso, considerar, alé m das
orientaç õ es típicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posiç õ es dos apartamentos nos
andares;

— em qualquer circunstâ ncia, considerar os eventuais sombreamentos resultantes de edificaç õ es


vizinhas, taludes, muros e outros possíveis anteparos, desde que se conheç am o local e as
condiç õ es de implantaç ã o da obra.

13.2.3 Crité rio – Mediç ã o in loco: Fator de luz diurna (FLD)

Contando unicamente com iluminaç ã o natural, o fator de luz diurna (FLD) nas diferentes dependê ncias
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das construç õ es habitacionais deve atender ao disposto na Tabela 5 (ver ISO 5034–1).

Tabela 5 – Fator de luz diurna para os diferentes ambientes da habitaç ã o*


FLD (%) para o nível mínimo de
Dependê ncia
desempenho M
Sala de estar
Dormitó rio
≥ 0,50 %
Copa/cozinha
Á rea de serviç o
Banheiro
Corredor ou escada interna à unidade
Corredor de uso comum (pré dios)
Nã o requerido
Escadaria de uso comum (pré dios)
Garagens/estacionamentos
(demais ambientes)
* Valores mínimos obrigató rios, conforme mé todo de avaliaç ã o de 13.2.4.
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, sã o permitidos, para as dependê ncias situadas no pavimento
té rreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua, níveis de iluminâ ncia ligeiramente inferiores aos
valores especificados nesta tabela.
NOTA 2 Os crité rios desta tabela nã o se aplicam à s á reas confinadas ou que nã o tenham iluminaç ã o
natural.

O Anexo E conté m recomendaç õ es de outros níveis de desempenho relativos a estes crité rios.

13.2.4 Mé todo de avaliaç ã o

Realizaç ã o de mediç õ es no plano horizontal, com o emprego de luxímetro portá til, erro má ximo de
± 5 % do valor medido, no período compreendido entre 9 h e 15 h, nas seguintes condiç õ es:

— mediç õ es em dias com cobertura de nuvens maior que 50 %, sem ocorrê ncia de precipitaç õ es;

— mediç õ es realizadas com a iluminaç ã o artificial desativada, sem a presenç a de obstruç õ es opacas
(janelas e cortinas abertas, portas internas abertas, sem roupas estendidas nos varais etc.);

— mediç õ es no centro dos ambientes, a 0,75 m acima do nível do piso;

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ABNT NBR 15575-1:2013

— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados, considerar todas as
orientaç õ es típicas das diferentes unidades;

— para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multipiso, considerar, alé m das
orientaç õ es típicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posiç õ es dos apartamentos nos
andares;

— na ocasiã o das mediç õ es nã o pode haver incidê ncia de luz solar direta sobre os luxímetros, em
circunstâ ncia alguma;
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— o fator de luz diurna (FLD) é dado pela relaç ã o entre a iluminâ ncia interna e a iluminâ ncia externa
à sombra, de acordo com a seguinte equaç ã o:

Ei
FLD = 100 ×
Ee
onde

Ei é a iluminâ nica no interior da dependê ncia;

Ee é a iluminâ ncia externa à sombra.

13.2.5 Premissas de projeto

Os requisitos de iluminâ ncia natural podem ser atendidos mediante adequada disposiç ã o dos cô modos
(arquitetura), correta orientaç ã o geográ fica da edificaç ã o, dimensionamento e posiç ã o das aberturas,
tipos de janelas e de envidraç amentos, rugosidade e cores dos elementos (paredes, tetos, pisos etc.),
inserç ã o de poç os de ventilaç ã o e iluminaç ã o, eventual introduç ã o de domo de iluminaç ã o etc.

A presenç a de taludes, muros, coberturas de garagens e outros obstá culos do gê nero nã o podem
prejudicar os níveis mínimos de iluminâ ncia especificados.

Nos conjuntos habitacionais integrados por edifícios, a implantaç ã o relativa dos pré dios, de eventuais
caixas de escada ou de outras construç õ es, nã o podem prejudicar os níveis mínimos de iluminâ ncia
especificados.

13.2.6 Comunicaç ã o com o exterior

Recomenda-se que a iluminaç ã o natural das salas de estar e dormitó rios seja provida de vã os de
portas ou de janelas. No caso das janelas, recomenda-se que a cota do peitoril esteja posicionada
no má ximo a 100 cm do piso interno, e a cota da testeira do vã o no má ximo a 220 cm a partir do piso
interno, conforme Figura 1.

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≤ 220 cm
≤ 100 cm
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Figura 1 – Sugestã o de alturas de janelas

13.3 Requisito – Iluminaç ã o artificial

Propiciar condiç õ es de iluminaç ã o artificial interna, de modo a garantir a ocupaç ã o dos recintos
e circulaç ã o nos ambientes com conforto e seguranç a.

13.3.1 Crité rio – Níveis mínimos de iluminaç ã o artificial

Os níveis gerais de iluminaç ã o promovidos nas diferentes dependê ncias dos edifícios habitacionais
por iluminaç ã o artificial devem atender ao disposto na Tabela 6.

NOTA Para iluminaç ã o de emergê ncia, consultar ABNT NBR 10898.

Tabela 6 – Níveis de iluminamento geral para iluminaç ã o artificial


Iluminamento geral para o nível
Dependê ncia mínimo de desempenho
lux
Sala de estar
Dormitó rio
≥ 100
Banheiro
Á rea de serviç o
Copa/cozinha ≥ 200*
Corredor ou escada interna à unidade
Corredor de uso comum (pré dios)
Escadaria de uso comum (pré dios) ≥ 75*
Garagens/estacionamentos internos e
cobertos
Garagens/estacionamentos descobertos ≥ 20*
* Valores obtidos da ABNT NBR 5413.
NOTA Deve-se verificar e atender à s condiç õ es mínimas requeridas pela legislaç ã o local.

O Anexo E conté m recomendaç õ es de outros níveis de desempenho relativos a estes crité rios.

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13.3.2 Mé todo de avaliaç ã o

Aná lise de projeto ou inspeç ã o em protó tipo, utilizando um dos mé todos estabelecidos no Anexo B,
para iluminaç ã o artificial.

14 Durabilidade e manutenibilidade
14.1 Generalidades

A durabilidade do edifício e de seus sistemas é um requisito econô mico do usuá rio, pois está
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diretamente associado ao custo global do bem imó vel. A durabilidade de um produto se extingue
quando ele deixa de atender à s funç õ es que lhe forem atribuídas, quer seja pela degradaç ã o que o
conduz a um estado insatisfató rio de desempenho, quer seja por obsolescê ncia funcional. O período
de tempo compreendido entre o início de operaç ã o ou uso de um produto e o momento em que o seu
desempenho deixa de atender aos requisitos do usuá rio preestabelecidos é denominado vida ú til.
No Anexo C, é feita uma aná lise mais abrangente dos conceitos relacionados com a durabilidade e a
vida ú til, face à importâ ncia que representam para o desempenho do edifício e seus sistemas.

Projetistas, construtores e incorporadores sã o responsá veis pelos valores teó ricos de vida ú til de
projeto que podem ser confirmados por meio de atendimento à s Normas Brasileiras ou Internacionais
(por exemplo, ISO e IEC) ou Regionais (por exemplo, Mercosul) e, nã o havendo estas, podem ser
consideradas normas estrangeiras na data do projeto. Nã o obstante, nã o podem prever, estimar ou se
responsabilizar pelo valor atingido de vida ú til (VU), uma vez que este depende de fatores fora de seu
controle, como o correto uso e operaç ã o do edifício e de suas partes, a constâ ncia e efetividade das
operaç õ es de limpeza e manutenç ã o, alteraç õ es climá ticas e níveis de poluiç ã o no local, mudanç as
no entorno ao longo do tempo (trâ nsito de veículos, rebaixamento do nível do lenç ol freá tico, obras de
infraestrutura, expansã o urbana etc.).

O valor final atingido de vida ú til (VU) será uma composiç ã o do valor teó rico calculado como vida ú til de
projeto (VUP) influenciado positivamente ou negativamente pelas aç õ es de manutenç ã o, intempé ries
e outros fatores internos de controle do usuá rio e externos (naturais) fora de seu controle.

O Anexo D apresenta sugestã o de diretrizes para o estabelecimento de prazos de garantia.

O prazo de garantia da solidez e seguranç a das edificaç õ es é fixado por lei.

14.2 Requisito – Vida ú til de projeto do edifício e dos sistemas que o compõ em

Projetar os sistemas da edificaç ã o de acordo com valores teó ricos preestabelecidos de vida ú til de
projeto.

14.2.1 Crité rio – Vida ú til de projeto

O projeto deve especificar o valor teó rico para a vida ú til de projeto (VUP) para cada um dos sistemas
que o compõ em, nã o inferiores aos estabelecidos na Tabela 7, e deve ser elaborado para que
os sistemas tenham uma durabilidade potencial compatível com a vida ú til de projeto (VUP) a serem
considerados nos projetos elaborados a partir da exigibilidade desta parte da ABNT NBR 15575.

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Tabela 7 – Vida ú til de projeto (VUP)*


Sistema VUP mínima em anos
≥ 50
Estrutura
Conforme ABNT NBR 8681
Pisos internos ≥ 13
Vedaç ã o vertical externa ≥ 40
Vedaç ã o vertical interna ≥ 20
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Cobertura ≥ 20
Hidrossanitá rio ≥ 20
* Considerando periodicidade e processos de manutenç ã o segundo a ABNT NBR 5674 e
especificados no respectivo manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o entregue ao usuá rio
elaborado em atendimento à ABNT NBR 14037.

Na ausê ncia de indicaç ã o em projeto da VUP dos sistemas, serã o adotados os valores relacionados
na Tabela 7 para o desempenho mínimo.

Para os casos nã o abrangidos pela Tabela 7, a determinaç ã o da vida ú til de projeto (VUP) mínima
pode basear-se nas recomendaç õ es da Tabela C.4.

14.2.2 Mé todo de avaliaç ã o

O projeto do edifício deve atender aos parâ metros mínimos de VUP indicados na Tabela 7. Caso sejam
adotados valores superiores aos da Tabela 7, estes devem ser explicitados no projeto. Os sistemas
do edifício devem ser adequadamente detalhados e especificados em projeto, de modo a possibilitar
a avaliaç ã o da sua vida ú til de projeto. É desejá vel conhecer as especificaç õ es dos elementos e
componentes empregados, de modo que possa ser avaliada a sua adequabilidade de uso em funç ã o
da vida ú til de projeto (VUP) estabelecida para o sistema.

Na aná lise do projeto, a avaliaç ã o do atendimento à vida ú til de projeto (VUP) pode ser realizada
pela utilizaç ã o da metodologia proposta pelas ISO 15686-1 a 15686-3 e ISO 15686-5 a 15686-7.
Complementarmente, esta Norma relaciona a Bibliografia recomendada para avaliaç ã o do atendimento
à vida ú til de projeto (VUP).

O período de tempo a partir do qual se iniciam os prazos de vida ú til deve ser sempre a data de
conclusã o do edifício habitacional, a qual, para efeitos desta Norma, é a data de expediç ã o do auto
de conclusã o de edificaç ã o, “Habite-se” ou “auto de conclusã o” ou outro documento legal que ateste
a conclusã o das obras.

A avaliaç ã o da vida ú til de projeto (VUP) de qualquer um dos sistemas ou do edifício pode ser
substituída pela garantia por uma terceira parte (companhia de seguros) do desempenho destes.

Decorridos 50 % dos prazos da VUP descritos na Tabela 7, desde que nã o exista histó rico de
necessidade de intervenç oes significativas, considera-se atendido o requisito de VUP, salvo prova
objetiva em contrá rio.

A título informativo, a categoria D, conforme Tabela C.3, apresenta parâ metros para a definiç ã o de
custos significativos.

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Os prazos de vida ú til de projeto també m podem ser comprovados por verificaç õ es de atendimento das
normas nacionais prescritivas na data do projeto, bem como constataç õ es em obra do atendimento
integral do projeto pela construtora.

14.2.3 Crité rio – Durabilidade

O edifício e seus sistemas devem apresentar durabilidade compatível com a vida ú til de projeto (VUP)
preestabelecida em 14.2.1.

14.2.4 Mé todo de avaliaç ã o


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A avaliaç ã o pode ser realizada:

a) atravé s da verificaç ã o do atendimento dos requisitos estabelecidos em Normas Brasileiras


que estejam relacionadas com a durabilidade dos sistemas do edifício. Sã o exemplos de
Normas com estas características as ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062 e
ABNT NBR 14762;

b) pela comprovaç ã o da durabilidade dos elementos e componentes dos sistemas, bem como de
sua correta utilizaç ã o, conforme as Normas a elas associadas que tratam da especificaç ã o dos
elementos e componentes, sua aplicaç ã o e mé todos de ensaios específicos, como ABNT NBR 5649,
ABNT NBR 6136, ABNT NBR 8491, ABNT NBR 9457, ABNT NBR 10834, ABNT NBR 11173,
ABNT NBR 13281, ABNT NBR 13438, ABNT NBR 13858-2, ABNT NBR 15210-1,
ABNT NBR 15319, ABNT NBR 6565; ABNT NBR 7398; ABNT NBR 7400; ABNT NBR 9781;
ABNT NBR 13528 ABNT NBR 8094; ABNT NBR 8096 e outras Normas Brasileiras específicas,
conforme o caso;

c) na inexistê ncia de Normas Brasileiras, atravé s do atendimento dos requisitos estabelecidos em


Normas estrangeiras específicas e coerentes com os componentes empregados na construç ã o
e sua aplicaç ã o, como as ASTM G154-06, ASTM E424-71, ASTM D1413-07 e outras;

d) por aná lise de campo do sistema atravé s de inspeç ã o em protó tipos e edificaç õ es, que possibilite
a avaliaç ã o da durabilidade por conhecimento das características do sistema, obedecendo ao
tempo mínimo de comprovaç ã o da durabilidade (ver Seç ã o 6) e considerando a vida ú til pretendida;

e) pela aná lise dos resultados obtidos em estaç õ es de ensaios de durabilidade do sistema, desde
que seja possível comprovar sua eficá cia.

A Bibliografia constante nesta Norma pode auxiliar na avaliaç ã o da durabilidade.

14.2.5 Premissas

As condiç õ es de exposiç ã o do edifício devem ser especificadas em projeto, a fim de possibilitar uma


aná lise da vida ú til de projeto (VUP) e da durabilidade do edifício e seus sistemas.

As especificaç õ es relativas à manutenç ã o, uso e operaç ã o do edifício e seus sistemas que forem
consideradas em projeto para definiç ã o da vida ú til de projeto (VUP) devem estar també m claramente
detalhadas na documentaç ã o que acompanha o edifício ou subsidia sua construç ã o.

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14.3 Manutenibilidade

14.3.1 Requisito – Manutenibilidade do edifício e de seus sistemas

Manter a capacidade do edifício e de seus sistemas e permitir ou favorecer as inspeç õ es prediais,


bem como as intervenç õ es de manutenç ã o previstas no Manual de Uso, Operaç ã o e Manutenç ã o,
conforme responsabilidades estabelecidas na Seç ã o 5.

14.3.2 Crité rio – Facilidade ou meios de acesso

Convé m que os projetos sejam desenvolvidos de forma que o edifício e os sistemas projetados tenham
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o favorecimento das condiç õ es de acesso para inspeç ã o predial atravé s da instalaç ã o de suportes
para fixaç ã o de andaimes, balancins ou outro meio que possibilite a realizaç ã o da manutenç ã o.

14.3.3 Mé todo de avaliaç ã o – Aná lise de projeto

O projeto do edifício e de seus sistemas deve ser adequadamente planejado, de modo a possibilitar
os meios que favoreç am as inspeç õ es prediais e as condiç õ es de manutenç ã o.

A incorporadora ou construtora (no caso de nã o haver incorporaç ã o) deve fornecer ao usuá rio um
manual que atenda à ABNT NBR 14037.

Na gestã o de manutenç ã o, deve-se atender à ABNT NBR 5674, para preservar as características
originais da edificaç ã o e minimizar a perda de desempenho decorrente da degradaç ã o de seus
sistemas, elementos ou componentes.

15 Saú de, higiene e qualidade do ar


15.1 Generalidades

Os requisitos relativos à saú de devem atender à legislaç ã o vigente.

Alé m do estabelecido acima, atender aos requisitos de 15.2 e 15.3.

15.2 Requisito – Proliferaç ã o de micro-organismos

Propiciar condiç õ es de salubridade no interior da edificaç ã o, considerando as condiç õ es de umidade e


temperatura no interior da unidade habitacional, aliadas ao tipo dos sistemas utilizados na construç ã o.

15.2.1 Crité rio

O requisito mencionado deve atender aos crité rios fixados na legislaç ã o vigente.

15.2.2 Mé todo de avaliaç ã o

Verificaç ã o pelos mé todos de ensaios estabelecidos na legislaç ã o vigente.

15.3 Requisito – Poluentes na atmosfera interna à habitaç ã o

Os materiais, equipamentos e sistemas empregados na edificaç ã o nã o podem liberar produtos que


poluam o ar em ambientes confinados, originando níveis de poluiç ã o acima daqueles verificados no
entorno. Enquadram-se nesta situaç ã o os aerodispersoides, gá s carbô nico e outros.

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15.3.1 Crité rio

O requisito mencionado deve atender aos crité rios fixados na legislaç ã o vigente.

15.3.2 Mé todo de avaliaç ã o

Verificaç ã o pelos mé todos de ensaios estabelecidos na legislaç ã o vigente.

15.4 Requisito – Poluentes no ambiente de garagem

Gases de escapamento de veículos e equipamentos nã o podem invadir á reas internas da habitaç ã o.


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O sistema de exaustã o ou ventilaç ã o de garagens internas deve permitir a saída dos gases poluentes
gerados por veículos e equipamentos.

15.4.1 Crité rio

O requisito mencionado deve atender aos crité rios fixados na legislaç ã o vigente.

15.4.2 Mé todo de avaliaç ã o

Verificaç ã o pelos mé todos de ensaios estabelecidos na legislaç ã o vigente.

16 Funcionalidade e acessibilidade
16.1 Requisito – Altura mínima de pé -direito

Apresentar altura mínima de pé -direito dos ambientes da habitaç ã o compatíveis com as necessidades
humanas.

16.1.1 Crité rio – Altura mínima de pé -direito

A altura mínima de pé -direito nã o pode ser inferior a 2,50 m.

Em vestíbulos, halls, corredores, instalaç õ es sanitá rias e despensas, é permitido que o pé -direito seja
reduzido ao mínimo de 2,30 m.

Nos tetos com vigas, inclinados, abobadados ou, em geral, contendo superfícies salientes na altura
piso a piso e/ou o pé -direito mínimo, devem ser mantidos pelo menos 80 % da superfície do teto,
permitindo-se na superfície restante que o pé -direito livre possa descer até o mínimo de 2,30 m.

16.1.2 Mé todo de avaliaç ã o

Aná lise de projeto.

16.2 Requisito – Disponibilidade mínima de espaç os para uso e operaç ã o da habitaç ã o

Apresentar espaç os mínimos dos ambientes da habitaç ã o compatíveis com as necessidades humanas.

16.2.1 Crité rio – Disponibilidade mínima de espaç os para uso e operaç ã o da habitaç ã o

Para os projetos de arquitetura de unidades habitacionais, sugere-se prever no mínimo a disponibilidade


de espaç o nos cô modos da edificaç ã o habitacional para colocaç ã o e utilizaç ã o dos mó veis
e equipamentos-padrã o listados no Anexo F.

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16.2.2 Mé todo de avaliaç ã o

Aná lise de projeto.

16.3 Requisito – Adequaç ã o para pessoas com deficiê ncias físicas ou pessoas com
mobilidade reduzida

A edificaç ã o deve prever o nú mero mínimo de unidades para pessoas com deficiê ncia física ou com
mobilidade reduzida estabelecido na legislaç ã o vigente, e estas unidades devem atender aos requisitos
da ABNT NBR 9050. As á reas comuns devem prever acesso a pessoas com deficiê ncia física ou com
mobilidade reduzida e idosos.
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16.3.1 Crité rio – Adaptaç õ es de á reas comuns e privativas

As á reas privativas devem receber as adaptaç õ es necessá rias para pessoas com deficiê ncia física
ou com mobilidade reduzida nos percentuais previstos na legislaç ã o, e as á reas de uso comum sempre
devem atender ao estabelecido na ABNT NBR 9050.

16.3.2 Mé todo de avaliaç ã o

Aná lise de projeto.

16.3.3 Premissas de projeto

O projeto deve prever para as á reas comuns e, quando contratado, també m para as á reas privativas,
as adaptaç õ es que normalmente referem-se a:

a) acessos e instalaç õ es;

b) substituiç ã o de escadas por rampas;

c) limitaç ã o de declividades e de espaç os a percorrer;

d) largura de corredores e portas;

e) alturas de peç as sanitá rias;

f) disponibilidade de alç as e barras de apoio.

16.4 Requisito – Possibilidade de ampliaç ã o da unidade habitacional

Para unidades habitacionais té rreas e assobradadas, de cará ter evolutivo, já comercializadas, com
previsã o de ampliaç ã o, a incorporadora ou construtora deve fornecer ao usuá rio projeto arquitetô nico
e complementar juntamente com o manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o com instruç õ es para
ampliaç ã o da edificaç ã o, recomendando-se utilizar recursos regionais e os mesmos materiais
e té cnicas construtivas do imó vel original.

16.4.1 Crité rio – Ampliaç ã o de unidades habitacionais evolutivas

No projeto e na execuç ã o das edificaç õ es té rreas e assobradadas, de cará ter evolutivo, deve ser
prevista pelo incorporador ou construtor a possibilidade de ampliaç ã o, especificando-se os detalhes
construtivos necessá rios para ligaç ã o ou a continuidade de paredes, pisos, coberturas e instalaç õ es.

NOTA Edificaç õ es de cará ter evolutivo sã o aquelas comercializadas já com previsã o de ampliaç õ es.

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O incorporador ou construtor deve anexar ao manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o (3.26)


as especificaç õ es e detalhes construtivos necessá rios para ampliaç ã o do corpo da edificaç ã o, do piso,
do telhado e das instalaç õ es prediais, considerando a coordenaç ã o dimensional e as compatibilidades
físicas e químicas com os materiais disponíveis regionalmente, sempre que possível.

As especificaç õ es e detalhes construtivos fornecidos devem permitir no mínimo a manutenç ã o dos


níveis de desempenho da construç ã o nã o ampliada, relativos ao comportamento estrutural, seguranç a
ao fogo, estanqueidade à á gua, desempenho té rmico, desempenho acú stico e durabilidade.

As propostas de ampliaç ã o devem ser devidamente consideradas nos estudos de arquitetura, devendo
atender aos níveis de funcionalidade previstos nesta Norma.
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16.4.2 Mé todo de avaliaç ã o

Aná lise de projeto.

17 Conforto tá til e antropodinâ mico


17.1 Generalidades

As diretrizes para verificaç ã o dos requisitos dos usuá rios com relaç ã o a conforto tá til e antropodinâ mico
sã o normalmente estabelecidas nas respectivas Normas prescritivas dos componentes, bem como
nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-6.

No caso de edifícios habitacionais destinados aos usuá rios com deficiê ncias físicas e pessoas com
mobilidade reduzida (PMR), os dispositivos de manobra, apoios, alç as e outros equipamentos devem
atender à s prescriç õ es da ABNT NBR 9050.

17.2 Requisito – Conforto tá til e adaptaç ã o ergonô mica

Nã o prejudicar as atividades normais dos usuá rios, dos edifícios habitacionais, quanto ao caminhar,
apoiar, limpar, brincar e aç õ es semelhantes.

Nã o apresentar rugosidades, contundê ncias, depressõ es ou outras irregularidades nos elementos,


componentes, equipamentos e quaisquer acessó rios ou partes da edificaç ã o.

17.2.1 Crité rio – Adequaç ã o ergonô mica de dispositivos de manobra

Os elementos e componentes da habitaç ã o (trincos, puxadores, cremonas, guilhotinas etc.) devem ser
projetados, construídos e montados de forma a nã o provocar ferimentos nos usuá rios.

Relativamente à s instalaç õ es hidrossanitá rias, devem ser atendidas as disposiç õ es da


ABNT NBR 15575-6.

Os elementos e componentes que contam com normalizaç ã o específica (portas, janelas, torneiras
e outros) devem ainda atender aos requisitos das respectivas normas.

17.2.2 Mé todos de avaliaç ã o

Aná lise de projetos, mé todos especificados nas Normas Brasileiras de cada componente.

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17.3 Requisito – Adequaç ã o antropodinâ mica de dispositivos de manobra

Apresentar formato compatível com a anatomia humana. Nã o requerer esforç os excessivos para
a manobra e movimentaç ã o.

17.3.1 Crité rio – Forç a necessá ria para o acionamento de dispositivos de manobra

Os componentes, equipamentos e dispositivos de manobra devem ser projetados, construídos


e montados de forma a evitar que a forç a necessá ria para o acionamento nã o exceda 10 N nem
o torque ultrapasse 20 N.m.
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17.3.2 Mé todos de avaliaç ã o

Aná lise de projetos, mé todos de ensaio relacionados à s Normas Brasileiras específicas dos
componentes.

18 Adequaç ã o ambiental
18.1 Generalidades

18.1.1 Té cnicas de avaliaç ã o do impacto ambiental resultante das atividades da cadeia produtiva da
construç ã o ainda sã o objeto de pesquisa e, no atual estado da arte, nã o é possível estabelecer crité -
rios e mé todos de avaliaç ã o relacionados à expressã o desse impacto.

18.1.2 De forma geral, os empreendimentos e sua infraestrutura (arruamento, drenagem, rede de


á gua, gá s, esgoto, telefonia, energia) devem ser projetados, construídos e mantidos de forma a mini-
mizar as alteraç õ es no ambiente.

18.1.3 A ABNT NBR 15575-6 estabelece requisitos relativos ao consumo de á gua.

18.2 Projeto e implantaç ã o de empreendimentos

A implantaç ã o do empreendimento deve considerar os riscos de desconfinamento do solo, deslizamentos


de taludes, enchentes, erosõ es, assoreamento de vales ou cursos d’á gua, lanç amentos de esgoto
a cé u aberto, contaminaç ã o do solo ou da á gua por efluentes ou outras substâ ncias, alé m de outros
riscos similares.

Alé m do descrito anteriormente, devem ser atendidos os requisitos das ABNT NBR 8044
e ABNT NBR 11682, bem como da legislaç ã o vigente.

18.3 Seleç ã o e consumo de materiais

18.3.1 Recomenda-se que os empreendimentos sejam construídos mediante exploraç ã o e consumo


racionalizado de recursos naturais, objetivando a menor degradaç ã o ambiental, menor consumo de
á gua, de energia e de maté rias-primas. Na medida do possível, devem ser privilegiados os materiais
que causem menor impacto ambiental, desde as fases de exploraç ã o dos recursos naturais até a sua
utilizaç ã o final.

18.3.2 Recomenda-se a utilizaç ã o de madeiras cuja origem possa ser comprovada mediante
apresentaç ã o de certificaç ã o legal ou provenientes de plano de manejo aprovado pelos ó rgã os
ambientais.

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18.3.3 Recomenda-se recorrer ao uso de espé cies alternativas de madeiras que nã o estejam enqua-
dradas como madeiras em extinç ã o, sendo que as características destas espé cies podem ser encon-
tradas na Bibliografia.

18.3.4 Durante a construç ã o, deve-se implementar um sistema de gestã o de resíduos no canteiro de


obras, de forma a minimizar sua geraç ã o e possibilitar a segregaç ã o de maneira adequada para faci-
litar o reuso, a reciclagem ou a disposiç ã o final em locais específicos.

18.3.5 Recomenda-se aos projetistas que avaliem junto aos fabricantes de materiais, componentes e
equipamentos os resultados de inventá rios de ciclo de vida de seus produtos, de forma a subsidiar a
tomada de decisã o na avaliaç ã o do impacto que estes elementos provocam ao meio ambiente.
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18.4 Consumo de á gua e deposiç ã o de esgotos no uso e ocupaç ã o da habitaç ã o

18.4.1 Requisito – Utilizaç ã o e reuso de á gua

As á guas servidas provenientes dos sistemas hidrossanitá rios devem ser encaminhadas à s redes
pú blicas de coleta e, na indisponibilidade destas, devem utilizar sistemas que evitem a contaminaç ã o
do ambiente local.

NOTA É recomendado para as instalaç õ es hidrossanitá rias privilegiarem a adoç ã o de soluç õ es, caso
a caso, que minimizem o consumo de á gua e possibilitem o reuso, reduzindo a demanda da á gua da rede
pú blica de abastecimento e minimizando o volume de esgoto conduzido para tratamento, sem com isso
reduzir a satisfaç ã o do usuá rio ou aumentar a probabilidade de ocorrê ncia de doenç as.

18.4.2 Crité rio

No caso de reuso de á gua para destinaç ã o nã o potá vel, esta deve atender aos parâ metros estabelecidos
na Tabela 8.

Tabela 8 – Parâ metros de qualidade de á gua para usos restritivos nã o potá veis
Parâ metro Valor
Coliformes totais Ausê ncia em 100 mL
Coliformes termotolerantes Ausê ncia em 100 mL
Cloro residual livre a 0,5 mg/L a 3,0 mg/L
< 2,0 uT b, para usos menos restritivos
Turbidez
< 5,0 uT
Cor aparente (caso nã o seja utilizado nenhum
< 15uH c
corante, ou antes da sua utilizaç ã o)
Deve prever ajuste de pH para proteç ã o pH de 6,0 a 8,0 no caso de tubulaç ã o
das redes de distribuiç ã o, caso necessá rio de aç o-carbono ou galvanizado
NOTA Podem ser utilizados outros processos de desinfecç ã o alé m do cloro, como a aplicaç ã o de
raio ultravioleta e aplicaç ã o de ozô nio.
a No caso de serem utilizados compostos de cloro para desinfecç ã o.
b uT é a unidade de turbidez.
c uH é a unidade Hazen.

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18.4.3 Mé todo de avaliaç ã o

Aná lise de projetos, mé todos de ensaio relacionados à s Normas Brasileiras específicas.

18.5 Consumo de energia no uso e ocupaç ã o da habitaç ã o

As instalaç õ es elé tricas devem privilegiar a adoç ã o de soluç õ es, caso a caso, que minimizem o
consumo de energia, entre elas a utilizaç ã o de iluminaç ã o e ventilaç ã o natural e de sistemas de
aquecimento baseados em energia alternativa.

Convé m a adoç ã o de soluç õ es que minimizem o consumo de energia, entre elas a utilizaç ã o de
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iluminaç ã o e ventilaç ã o natural e de sistemas de aquecimento baseados em energia alternativa.

Tais recomendaç õ es devem també m ser aplicadas aos aparelhos e equipamentos utilizados
durante a execuç ã o da obra e no uso do imó vel (guinchos, serras, gruas, aparelhos de iluminaç ã o,
eletrodomé sticos, elevadores, sistemas de refrigeraç ã o etc.).

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Anexo A
(informativo)

Desempenho té rmico de edificaç õ es – Metodologia e dados té cnicos

A.1 Avaliaç ã o do desempenho té rmico de edificaç õ es por meio de mediç ã o


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A.1.1 A avaliaç ã o do desempenho té rmico de edificaç õ es, via mediç õ es in loco, deve ser feita em
edificaç õ es em escala real (1:1), seguindo o procedimento apresentado neste Anexo.

A.1.2 Medir a temperatura de bulbo seco do ar no centro dos recintos dormitó rios e salas,
a 1,20 m do piso. Para as mediç õ es de temperatura, seguir as especificaç õ es de equipamentos
e montagem dos sensores, apresentadas na ISO 7726.

A.1.3 Para avaliar edificaç õ es existentes, considerar as situaç õ es apresentadas a seguir e realizar
a avaliaç ã o conforme este Anexo:

a) no caso de uma ú nica unidade habitacional, medir nos recintos indicados neste Anexo, como se
apresentam;

b) em conjunto habitacional de unidades té rreas e edifícios multipiso, escolher uma ou mais unidades,
que possibilitem a avaliaç ã o nas condiç õ es estabelecidas a seguir:

— verã o: janela do dormitó rio ou sala voltada para oeste e outra parede exposta voltada para o
norte;

— inverno: janela do dormitó rio ou sala de estar voltada para o sul e outra parede exposta
voltada para o leste;

— no caso de edifício multipiso, selecionar unidades do ú ltimo andar;

— caso as orientaç õ es das janelas dos recintos nã o correspondam exatamente à s especificaç õ es


anteriores, priorizar as unidades que tenham o maior nú mero de paredes expostas e cujas
orientaç õ es das janelas sejam mais pró ximas da orientaç ã o especificada.

A.1.4 Para avaliaç ã o em protó tipos, recomenda-se que eles sejam construídos considerando-se
as condiç õ es estabelecidas a seguir:

— nas regiõ es bioclimá ticas 6 a 8 (ABNT NBR 15220-3), protó tipo com janela do dormitó rio ou sala
voltada para oeste;

— nas regiõ es bioclimá ticas 1 a 5 (ABNT NBR 15220-3), construir um protó tipo que atenda aos
requisitos especificados a seguir:

— condiç ã o de inverno: janela do dormitó rio ou sala de estar voltada para o sul e outra parede
exposta voltada para o leste;

— condiç ã o de verã o: janela do dormitó rio ou sala voltada para oeste e outra parede exposta
voltada para o norte.

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A.1.5 Obstruç ã o por elementos externos: quando possível, as paredes e as janelas dos protó tipos
devem ser desobstruídas (sem presenç a de edificaç õ es ou vegetaç ã o nas proximidades que
modifiquem a incidê ncia de sol e/ou vento).

NOTA No caso de avaliaç ã o em protó tipo, este deve reproduzir as condiç õ es mais semelhantes
possíveis à quelas que serã o obtidas pela edificaç ã o real, evitando-se desvios de resultados causados por
sombreamentos ou ventilaç ã o diferentes da obra real.

A.1.6 Período de mediç ã o: o dia tomado para aná lise deve corresponder a um dia típico de
projeto, de verã o ou de inverno, precedido por pelo menos um dia com características semelhantes.
Recomenda-se, como regra geral, trabalhar com uma sequê ncia de trê s dias e analisar os dados
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do terceiro dia. Para efeito da avaliaç ã o por mediç ã o, o dia típico é caracterizado unicamente pelos
valores da temperatura do ar exterior medidos no local.

A.1.7 Os valores da temperatura do ar exterior dos dias típicos de verã o e inverno de diversas
localidades sã o apresentados nas Tabelas A.2 e A.3. Caso a cidade nã o conste nestas tabelas, utilizar
os dados climá ticos da cidade mais pró xima, dentro da mesma regiã o climá tica, com altitude de
mesma ordem e grandeza.

A.2 Dados climá ticos brasileiros

A.2.1 Mapa das zonas bioclimá ticas brasileiras

70 50 40

00 00

10

Z1 00,8 %
Z2 06,4 %
20 Z3 06,5 % 20
Z4 02,0 %
Z5 05,6 %
Z6 12,6 %
Z7 12,6 %
Z8 53,7 %
30 30

70 60 50 40

Figura A.1 – Mapas das zonas climá ticas brasileiras

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70 50 40 70 50 40

00 00 00 00

10 10
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20 20 20 20

Zona 1 Zona 2
30 30 30 30

70 60 50 40 70 60 50 40

70 50 40 70 50 40

00 00 00 00

10 10

20 20 20 20

Zona 3 Zona 4
30 30 30 30

70 60 50 40 70 60 50 40

Figura A.1 (continuaç ã o)

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70 50 40 70 50 40

00 00 00 00

10 10
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20 20 20 20

Zona 5 Zona 6
30 30 30 30

70 60 50 40 70 60 50 40

70 50 40 70 50 40

00 00 00 00

10 10

20 20 20 20

Zona 7 Zona 8
30 30 30 30

70 60 50 40 70 60 50 40

Figura A.1 (continuaç ã o)

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Tabela A.1 – Dados de algumas cidades brasileiras


UF Zona bioclimá tica Cidade Latitude Longitude [m] Altitude
SE 8 Aracaju 10.92 S 37.05 W 5
PA 8 Belé m 1.45 S 48.47 W 10
MG 3 Belo Horizonte 19.93 S 43.93 W 850
DF 4 Brasília 15.78 S 47.93 W 1 160
MS 6 Campo Grande 20.45 S 54.62 W 530
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MT 7 Cuiabá 15.55 S 56.12 W 151


PR 1 Curitiba 25.42 S 49.27 W 924
SC 3 Florianó polis 27.58 S 48.57 W 2
CE 8 Fortaleza 3.77 S 38.6 W 26
GO 6 Goiâ nia 16.67 S 49.25 W 741
PB 8 Joã o Pessoa 7.1 S 34.87 W 7
AP 8 Macapá 0.03 N 51.05 W 14
AL 8 Maceió 9.67 S 35.7 W 65
AM 8 Manaus 3.13 S 60.02 W 72
RN 8 Natal 5.77 S 35.2 W 18
TO 7 Palmas 10.21 S 48.36 W 330
RS 3 Porto Alegre 30.02 S 51.22 W 47
RO 8 Porto Velho 8.77 S 63.08 W 95
PE 8 Recife 8.05 S 34.92 W 7
AC 8 Rio Branco 9.97 S 67.8 W 161
RJ 8 Rio de Janeiro 22.92 S 43.17 W 5
BA 8 Salvador 13.02 S 38.52 W 51
MA 8 Sã o Luiz 2.53 S 44.3 W 51
SP 3 Sã o Paulo 23.5 S 46.62 W 792
PI 7 Teresina 5.08 S 42.82 W 74
ES 8 Vitó ria 20.32 S 40.33 W 36

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Tabela A. 2 – Dados de dias típicos de verã o de algumas cidades brasileiras


Temperatura Amplitude Temperatura
Radiaç ã o
má xima diá ria de de bulbo Nebulosidade
Cidade solar
diá ria temperatura ú mido dé cimos
Wh/m2
°C °C °C
Aracaju 30,9 5,4 24,9 6 277 6
Belé m 33,4 10,5 26,1 4 368 6
Belo
32 10,3 21,7 4 641 6
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Horizonte
Boa Vista 35,3 9,8 25,8 6
Brasília 31,2 12,5 20,9 4 625 4
Campo
33,6 10 23,6 5 481 6
Grande
Cuiabá 37,8 12,4 24,8 4 972 6
Curitiba 31,4 10,2 21,3 2 774 8
Florianó polis 32,7 6,6 24,4 7
Fortaleza 32 6,5 25,1 5 611 5
Goiâ nia 34,6 13,4 21 4 455 4
Joã o Pessoa 30,9 6,1 24,6 5 542 6
Macapá 33,5 9 25,8 7
Maceió 32,2 8,2 24,6 5 138 6
Manaus 34,9 9,1 26,4 5 177 7
Natal 32,1 8 24,8 6 274 6
Porto Alegre 35,9 9,6 23,9 5 476 5
Porto Velho 34,8 12,5 26 6 666 7
Recife 31,4 7,4 24,7 5 105 6
Rio Branco 35,6 12,7 25,4 6 496 7
Rio de
35,1 6,4 25,6 5 722 5
Janeiro
Salvador 31,6 6,1 25 5 643 5
Sã o Luís 32,5 7,4 25,4 5 124 5
Sã o Paulo 31,9 9,2 21,3 5 180 6
Teresina 37,9 13,2 25,1 5 448 5
Vitó ria 34,6 7,4 25,9 4 068 5

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Tabela A.3 – Dados de dias típicos de inverno de algumas cidades brasileiras


Temperatura Amplitude Temperatura
Radiaç ã o
mínima diá ria de de bulbo Nebulosidade
Cidade solar
diá ria temperatura ú mido dé cimos
Wh/m2
°C °C °C
Aracaju 18,7 5,1 21,5 5 348 6
Belé m 20,4 10,0 25,5 4 161 6
Belo Horizon-
8,7 12,6 16,0 3 716 3
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te
Boa Vista 20,7 8,4 24,9 7
Brasília 10,0 12,2 14,8 4 246 3
Campo Gran-
13,7 11,5 17,3 4 250 4
de
Cuiabá 11,4 14,3 20,1 4 163 4
Curitiba 0,7 11,6 11,0 1 666 6
Florianó polis 6,0 7,4 13,4 6
Fortaleza 21,5 7,0 24,0 5 301 5
Goiâ nia 9,6 14,9 16,2 1 292 3
Joã o Pessoa 19,2 6,5 22,4 4 836 6
Macapá 21,8 6,5 24,9 8
Maceió 17,8 7,5 21,7 4 513 6
Manaus 21,4 7,9 25,0 4 523 7
Natal 19,1 7,8 22,5 5 925 5
Porto Alegre 4,3 8,6 12,1 2 410 6
Porto Velho 14,1 14,1 23,6 6 670 5
Recife 18,8 6,7 22,1 4 562 6
Rio Branco 11,9 14,9 22,1 6 445 6
Rio de Janei-
15,8 6,3 19,1 4 030 5
ro
Salvador 20,0 5,0 21,7 4 547 5
Sã o Luís 21,5 6,9 24,9 4 490 6
Sã o Paulo 6,2 10,0 13,4 4 418 6
Teresina 18,0 12,6 22,9 5 209 4
Vitó ria 16,7 6,9 20,4 2 973 5

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Anexo B
(normativo)

Procedimento de avaliaç ã o do desempenho lumínico artificial

B.1 Generalidades
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A verificaç ã o do atendimento aos requisitos e crité rios de desempenho lumínico deve ser efetuada por
meio de um dos mé todos propostos em B.2 e B.3, considerando que o uso dos mé todos de cá lculo
resultará em valores de iluminâ ncia mé dia com no má ximo 10 % de erro sobre os valores medidos
in loco.

B.2 Mediç ã o in loco para iluminaç ã o artificial


Realizaç ã o de mediç õ es no período noturno (sem presenç a de luz natural), no plano horizontal, a
0,75 ± 0,05 m acima do nível do piso, com o emprego de luxímetro portá til com erro má ximo de ± 5 %
do valor medido, nas seguintes condiç õ es:

— mediç õ es sem qualquer entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);

— mediç õ es realizadas com a iluminaç ã o artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presenç a
de obstruç õ es opacas (por exemplo, roupas estendidas nos varais);

— mediç õ es no centro dos ambientes;

— mediç õ es nos pontos centrais de corredores internos ou externos à unidade;

— para escadarias, mediç õ es nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central
de cada lance.

B.3 Mé todo de cá lculo para iluminaç ã o artificial


De acordo com a ABNT NBR 5382, para o período noturno, calculando o nível de iluminamento para
o plano horizontal sempre a 0,80 m acima do nível do piso, nas seguintes condiç õ es:

— cá lculos sem qualquer entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);

— cá lculos realizadas com a iluminaç ã o artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presenç a de
obstruç õ es opacas (por exemplo, roupas estendidas nos varais);

— cá lculos no centro dos ambientes;

— cá lculos nos pontos centrais de corredores internos ou externos à unidade;

— para escadarias, cá lculos nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central
de cada lance.

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Anexo C
(informativo)

Consideraç õ es sobre durabilidade e vida ú til

C.1 Conceituaç ã o
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A vida ú til (service life) é uma medida temporal da durabilidade de um edifício ou de suas partes
(sistemas complexos, do pró prio sistema e de suas partes: sistemas, elementos e componentes).

A vida ú til de projeto (design life) é definida pelo incorporador e/ou proprietá rio e projetista, e expressa
previamente.

Conceitua-se ainda a vida ú til estimada (predicted service life) como sendo a durabilidade prevista
para um dado produto, inferida a partir de dados histó ricos de desempenho do produto ou de ensaios
de envelhecimento acelerado.

A vida ú til de projeto (VUP) é basicamente uma expressã o de cará ter econô mico de um requisito
do usuá rio.

A melhor forma para se determinar a VUP para uma parte de uma edificaç ã o é atravé s de pesquisa
de opiniã o entre té cnicos, usuá rios e agentes envolvidos com o processo de construç ã o. Em países
europeus, isto foi feito durante as dé cadas de 60 e 70 para a regulamentaç ã o dos valores das VUP
mínimas requeridas.

A VUP pode ser ainda entendida como uma definiç ã o pré via da opç ã o do usuá rio pela melhor relaç ã o
custo global versus tempo de usufruto do bem (o benefício), sob sua ó ptica particular. Para produtos
de consumo ou para bens nã o durá veis, o usuá rio faz suas opç õ es por vontade pró pria e atravé s
de aná lise subjetiva, tendo por base as informaç õ es que lhe sã o disponibilizadas pelos produtores,
o efeito do aprendizado (atravé s de compras sucessivas) e a sua disponibilidade financeira. Assim,
para regular o mercado de bens de consumo, é suficiente que se imponha um prazo mínimo (dito “de
garantia” e de responsabilidade do fornecedor do bem), para proteç ã o do usuá rio, somente contra
defeitos “gené ticos”.

No entanto, para bens durá veis, de alto valor unitá rio e geralmente de aquisiç ã o ú nica, como é a
habitaç ã o, a sociedade tem de impor outros marcos referenciais para regular o mercado e evitar que
o custo inicial prevaleç a em detrimento do custo global e que uma durabilidade inadequada venha a
comprometer o valor do bem e a prejudicar o usuá rio. O estabelecimento em lei, ou em Normas, da
VUP mínima configura-se como o principal referencial para edificaç õ es habitacionais, principalmente
para as habitaç õ es subsidiadas pela sociedade e as destinadas à s parcelas da populaç ã o menos
favorecidas economicamente.

A VUP é uma decisã o de projetos que tem de ser estabelecida inicialmente para balizar todo o processo
de produç ã o do bem. Quando se projeta um sistema ou um elemento (por exemplo, a impermeabilizaç ã o
de uma laje), é possível escolher entre uma infinidade de té cnicas e materiais. Alguns, pelas suas
características, podem ter vida ú til de projeto (VUP) de 20 anos, sem manutenç ã o, e outros nã o mais
que cinco anos. Evidentemente, as soluç õ es tê m custo e desempenho muito diferentes ao longo do
tempo.

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ABNT NBR 15575-1:2013

Definida a VUP, estabelece-se a obrigaç ã o de que todos os intervenientes atuem no sentido de produzir
o elemento com as té cnicas adequadas para que a VU atingida seja maior ou igual à VUP. Sem este
balizamento, quem produz o bem pode adotar qualquer uma das té cnicas disponíveis e empregar
qualquer produto normalizado sem que ele esteja errado, do ponto de vista té cnico. É evidente que a
tendê ncia é optar pelo produto de menor custo inicial, ou seja, sem a definiç ã o da VUP, a tendê ncia é
de se produzir bens de menor custo inicial, poré m menos durá veis, de maior custo de manutenç ã o e
provavelmente de maior custo global.

A VU pode ser normalmente prolongada atravé s de aç õ es de manutenç ã o. Na Figura C.1 este


comportamento é esquematicamente representado. Quem define a VUP deve també m estabelecer
as aç õ es de manutenç ã o que devem ser realizadas para garantir o atendimento à VUP. É necessá rio
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salientar a importâ ncia da realizaç ã o integral das aç õ es de manutenç ã o pelo usuá rio, sem o que se
corre o risco de a VUP nã o ser atingida.

Por exemplo, um revestimento de fachada em argamassa pintado pode ser projetado para uma VUP
de 25 anos, desde que a pintura seja refeita a cada cinco anos, no má ximo. Se o usuá rio nã o realizar a
manutenç ã o prevista, a VU real do revestimento pode ser seriamente comprometida. Por consequê ncia,
as eventuais manifestaç õ es patoló gicas resultantes podem ter origem no uso inadequado e nã o em
uma construç ã o falha.
Desempenho

Manutenç ã o
desde a entrega

Desempenho
requerido

Tempo
T0 Vida ú til sem manutenç ã o Tf1 Tf2
VUP (manutenç ã o obrigató ria pelo usuá rio)

C.1 – Desempenho ao longo do tempo

O impacto no custo global da VUP é fator determinante para definiç ã o da durabilidade requerida.
O estabelecimento da VUP é , conceitualmente, resultado do processo de otimizaç ã o do custo global.
O sistema de menor custo global nã o é normalmente o de menor custo inicial nem o de maior
durabilidade; é um dos sistemas intermediá rios. O ideal do ponto de vista da sociedade é a otimizaç ã o
destes dois conceitos conflitantes, isto é , deve-se procurar estabelecer a melhor relaç ã o custo x
benefício. Atualmente, sem que o usuá rio tenha se conscientizado de suas escolhas, a opç ã o por
construç õ es de menor custo, poré m menos durá veis, está necessariamente transferindo o ô nus desta
escolha para as geraç õ es futuras.

O usuá rio de uma edificaç ã o tem limitaç õ es econô micas no momento de sua aquisiç ã o, poré m pode
nã o tê -las no futuro. Entã o, em princípio, pode optar por uma menor VUP em troca de um menor
investimento inicial, poré m esta escolha tem um limite inferior, abaixo do qual nã o é aceitá vel do
ponto de vista social, pois esta situaç ã o impõ e custos exagerados de reposiç ã o no futuro para toda

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ABNT NBR 15575-1:2013

a sociedade. Assim, considerando-se tanto as limitaç õ es de recursos da sociedade de investimento na


infraestrutura habitacional do País, quanto as necessidades de proteç ã o bá sica do usuá rio, é que se
estabelece nesta Norma o conceito de VUP mínima.

Outros países estabeleceram somente o conceito de VUP mínima e deixaram para o mercado
o estabelecimento da vida ú til de projeto alé m do mínimo. Nas ABNT NBR 15575-1 a
ABNT NBR 15575-6, propõ e-se uma classificaç ã o da VUP em dois níveis (mínimo e superior). Uma
VUP alé m do mínimo se justifica, neste momento, por diversas razõ es:

— como um balizador do que é possível ser tecnicamente obtido;


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— como estímulo à concorrê ncia e à competiç ã o no mercado empreendedor;

— para caracterizar que existe a opç ã o pela minimizaç ã o de custos de operaç ã o e manutenç ã o
ao longo do tempo atravé s de uma VUP maior;

— para induzir o mercado a buscar soluç õ es de melhor custo-benefício alé m das que atendam
à VUP mínima.

C.2 Determinaç ã o da vida ú til de projeto


Para a determinaç ã o da VUP mínima podem-se adotar diversas metodologias. A prevista nas
ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 incorpora trê s conceitos essenciais:

— o efeito que uma falha no desempenho do sistema ou elemento acarreta;

— a maior facilidade ou dificuldade de manutenç ã o e reparaç ã o em caso de falha no desempenho;

— o custo de correç ã o da falha, considerando-se inclusive o custo de correç ã o de outros subsistemas


ou elementos afetados (por exemplo, a reparaç ã o de uma impermeabilizaç ã o de piscina pode
implicar a substituiç ã o de todo o revestimento de piso e paredes, e o custo resultante é muito
superior ao custo da pró pria impermeabilizaç ã o).

Para parametrizaç ã o da VUP, com fundamento nestes conceitos, foram utilizados conhecimentos já
consolidados internacionalmente, principalmente os da BS 7453.

As Tabelas C.1 a C.3 relacionam os parâ metros adotados para a determinaç ã o da VUP.

Tabela C.1 – Efeito das falhas no desempenho


Categoria Efeito no desempenho Exemplos típicos
A Perigo à vida (ou de ser ferido) Colapso repentino da estrutura
B Risco de ser ferido Degrau de escada quebrado
C Perigo à saú de Sé ria penetraç ã o de umidade
D Interrupç ã o do uso do edifício Rompimento de coletor de esgoto
E Comprometer a seguranç a de uso Quebra de fechadura de porta
F Sem problemas excepcionais Substituiç ã o de uma telha
NOTA Falhas individuais podem ser enquadradas em duas ou mais categorias.

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Tabela C.2 – Categoria de vida ú til de projeto para partes do edifício


Categoria Descriç ã o Vida ú til Exemplos típicos

Muitos
Vida ú til mais curta que o edifício, sendo
revestimentos de
1 Substituível sua substituiç ã o fá cil e prevista na etapa
pisos, louç as e
de projeto
metais sanitá rios

Sã o durá veis, poré m necessitam de


manutenç ã o perió dica, e sã o passíveis Revestimentos de
2 Manutenível
de substituiç ã o ao longo da vida ú til do fachadas e janelas
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edifício

Devem ter a mesma vida ú til do edifício, Fundaç õ es e muitos


3 Nã o manutenível
por nã o possibilitarem manutenç ã o elementos estruturais

Tabela C.3 – Custo de manutenç ã o e reposiç ã o ao longo da vida ú til


Categoria Descriç ã o Exemplos típicos

Vazamentos em metais
A Baixo custo de manutenç ã o
sanitá rios

Pintura de revestimentos
B Mé dio custo de manutenç ã o ou reparaç ã o
internos

Mé dio ou alto custo de manutenç ã o ou reparaç ã o Pintura de fachadas,


C Custo de reposiç ã o (do elemento ou sistema) esquadrias de portas, pisos
equivalente ao custo inicial internos e telhamento

Alto custo de manutenç ã o e/ou reparaç ã o


Troca integral da
Custo de reposiç ã o superior ao custo inicial
D impermeabilizaç ã o de
Comprometimento da durabilidade afeta outras piscinas
partes do edifício

Alto custo de manutenç ã o ou reparaç ã o Troca integral dos


E revestimentos de fachada e
Custo de reposiç ã o muito superior ao custo inicial estrutura de telhados

NOTA A Tabela C.4 foi elaborada com base nos parâ metros descritos nas Tabelas C.1 a C.3.

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Tabela C.4 – Crité rios para o estabelecimento da VUP das partes do edifício
Categoria de
Valor sugerido de VUP para os sistemas, Efeito da falha Categoria de VUP
custos
elementos e componentes (Tabela C.1) (Tabela C.2)
(Tabela C.3)
Entre 5 % e 8 % da VUP da estrutura F 1 A
Entre 8 % e 15 % da VUP da estrutura F 1 B
Entre 15 % e 25 % da VUP da estrutura E, F 1 C
Entre 25 % e 40 % da VUP da estrutura D, E, F 2 D
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Entre 40 % e 80 % da VUP da estrutura Qualquer 2 D, E


Igual a 100 % da VUP da estrutura Qualquer 3 Qualquer
NOTA 1 As VUP entre 5 % e 15 % da VUP da estrutura podem ser aplicá veis somente a componentes.
As demais VUP podem ser aplicá veis a todas as partes do edifício (sistemas, elementos e componentes).
NOTA 2 Existem internacionalmente diversas e variadas proposiç õ es para determinaç ã o da VUP do edifício.
No entanto, em relaç ã o aos edifícios habitacionais, observa-se que elas apresentam notá vel convergê ncia,
situando a VUP destes edifícios entre 50 e 60 anos.

NOTA A entidade europeia de certificaç ã o té cnica de processos e componentes inovadores – European


Organization for Technical Approvals (ver CIB Report Publication 294, 2004) – ao estabelecer classes de VUP
para edificaç õ es, estabeleceu para a VUP normal o período de 50 anos.

Nesta Norma, recomenda-se a VUP mínima para as diversas partes do edifício, conforme consta na
Tabela C.6, adotando o período de 50 anos para a VUP mínima da estrutura do edifício, de modo a
compatibilizar, para a construç ã o de habitaç õ es de interesse social (HIS), as limitaç õ es quanto ao
custo inicial com os requisitos do usuá rio em relaç ã o à durabilidade e aos custos de manutenç ã o e de
reposiç ã o, visando garantir, por um prazo razoá vel, a utilizaç ã o em condiç õ es aceitá veis do edifício
habitacional.

Este prazo, inferior ao aceito internacionalmente como mínimo, foi adotado nas ABNT NBR 15575-1
a ABNT NBR 15575-6 em funç ã o das condiç õ es socioeconô micas existentes atualmente e pode ser
modificado quando da sua revisã o, recomendando-se manter os percentuais estabelecidos na Tabela C.4.
Deve-se atentar que um período de vida ú til de 50 anos implica que anualmente devem ser construídas
mais de 1,2 milhã o de habitaç õ es somente para repor o estoque habitacional existente hoje no País,
nú mero bastante expressivo diante da realidade atual.

Para a VUP de edificaç ã o de padrã o construtivo superior, recomenda-se o prazo de 75 anos (ver
Tabela C.5), de modo a balizar o setor da construç ã o de edificaç õ es em relaç ã o ao que é tecnicamente
possível de ser obtido, empregando os materiais e componentes e as té cnicas e processos construtivos

A VUP do edifício habitacional, estabelecida em comum acordo entre os empreendedores e


os projetistas, e també m os usuá rios, quando for o caso, ainda na fase de concepç ã o do projeto,
propicia seu atendimento. Poré m, para que possa ser atingida é necessá rio que sejam atendidos
simultaneamente todos os seguintes aspectos:

a) emprego de componentes e materiais de qualidade compatível com a VUP;

b) execuç ã o com té cnicas e mé todos que possibilitem a obtenç ã o da VUP;

c) atendimento em sua totalidade dos programas de manutenç ã o corretiva e preventiva;

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d) atendimento aos cuidados preestabelecidos para se fazer um uso correto do edifício;

e) utilizaç ã o do edifício em concordâ ncia ao que foi previsto em projeto.

Entre os aspectos previstos acima, as alíneas a) e b) sã o essenciais para que o edifício construído tenha
potencial de atender integralmente à VUP, e sua implementaç ã o depende do projetista, incorporador
e construtor. Já as alíneas c), d) e e) sã o essenciais para que se atinja efetivamente a VUP e dependem
dos usuá rios. No entanto, para que possam ser atendidas, é fundamental que estejam informadas no
manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o do edifício, a ser entregue pelo empreendedor aos usuá rios.

A definiç ã o da VUP é realizada pelo projetista de arquitetura e especificada em projeto para cada
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um dos sistemas, com base na Tabela 7, respeitando os períodos de tempo mínimos estabelecidos.
Na ausê ncia destas especificaç õ es, as ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 permitem que
sejam adotadas as VUP mínimas estabelecidas na Tabela 7. O projetista pode especificar també m a
VUP de partes do edifício nã o contemplados na Tabela 7, atendendo aos requisitos do usuá rio, e pode
tomar como base o que recomenda este Anexo.

Convé m que os fabricantes de componentes a serem empregados na construç ã o desenvolvam


produtos que atendam pelo menos à VUP mínima obrigató ria e informem em documentaç ã o té cnica
específica as recomendaç õ es para manutenç ã o corretiva e preventiva, contribuindo para que a VUP
possa ser atingida.

Aos usuá rios é incumbido realizar os programas de manutenç ã o, segundo ABNT NBR 5674,
considerando as instruç õ es do manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o e recomendaç õ es té cnicas
das inspeç õ es prediais.

A inspeç ã o predial configura-se como ferramenta ú til para verificaç ã o das condiç õ es de conservaç ã o
das edificaç õ es em geral, para atestar se os procedimentos de manutenç ã o adotados sã o insuficientes
ou inexistentes, alé m de fornecer subsídios para orientar o plano e programas de manutenç ã o, atravé s
das recomendaç õ es té cnicas indicadas no documento de inspeç ã o predial (ver Bibliografia).

Tabela C.5 – Vida ú til de projeto mínima e superior (VUP) a


VUP
Sistema anos
Mínimo Intermediá rio Superior
Estrutura ≥ 50 ≥ 63 ≥ 75
Pisos internos ≥ 13 ≥ 17 ≥ 20
Vedaç ã o vertical externa ≥ 40 ≥ 50 ≥ 60
Vedaç ã o vertical interna ≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
Cobertura ≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
Hidrossanitá rio ≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
a Considerando periodicidade e processos de manutenç ã o segundo a ABNT NBR 5674 e
especificados no respectivo manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o entregue ao usuá rio
elaborado em atendimento à ABNT NBR 14037.

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Tabela C.6 – Exemplos de VUP a aplicando os conceitos deste Anexo


VUP
Parte da edificaç ã o Exemplos anos

Mínimo Intermediá rio Superior

Fundaç õ es, elementos estruturais


(pilares, vigas, lajes e outros), paredes
Estrutura principal ≥ 50 ≥ 63 ≥ 75
estruturais, estruturas perifé ricas,
contenç õ es e arrimos
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Muros divisó rios, estrutura de escadas


Estruturas auxiliares ≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
externas

Paredes de vedaç ã o externas, painé is de


Vedaç ã o externa ≥ 40 ≥ 50 ≥ 60
fachada, fachadas-cortina

Paredes e divisó rias leves internas,


Vedaç ã o interna ≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
escadas internas, guarda-corpos

Estrutura da cobertura e coletores de


á guas pluviais embutidos
Telhamento ≥ 20 ≥ 25 ≥ 30

Calhas de beiral e coletores de á guas ≥ 13 ≥ 17 ≥ 20


Cobertura pluviais aparentes, subcoberturas ≥4 ≥5 ≥6
facilmente substituíveis
Rufos, calhas internas e demais ≥8 ≥ 10 ≥ 12
complementos (de ventilaç ã o, iluminaç ã o,
vedaç ã o)

Revestimento de piso, parede e teto: de


Revestimento
argamassa, de gesso, cerâ micos, pé treos, ≥ 13 ≥ 17 ≥ 20
interno aderido
de tacos e assoalhos e sinté ticos

Revestimentos de pisos: tê xteis,


Revestimento
laminados ou elevados; lambris; forros ≥8 ≥ 10 ≥ 12
interno nã o aderido
falsos

Revestimento de
Revestimento, molduras, componentes
fachada aderido e ≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
decorativos e cobre-muros
nã o aderido

Pé treo, cimentados de concreto e


Piso externo ≥ 13 ≥ 17 ≥ 20
cerâ mico

Pinturas internas e papel de parede


≥3 ≥4 ≥5
Pintura Pinturas de fachada, pinturas e
≥8 ≥ 10 ≥ 12
revestimentos sinté ticos texturizados

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Tabela C.6 (continuaç ã o)

VUP
Parte da edificaç ã o Exemplos anos

Mínimo Intermediá rio Superior

Componentes de juntas e
rejuntamentos; mata-juntas, sancas,
golas, rodapé s e demais componentes
Impermeabilizaç ã o ≥4 ≥5 ≥6
de arremate
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manutenível
sem quebra de Impermeabilizaç ã o de caixa d’á gua,
≥8 ≥ 10 ≥ 12
revestimentos jardineiras, á reas externas com
Impermeabilizaç ã o jardins, coberturas nã o utilizá veis,
manutenível somente calhas e outros
com a quebra dos Impermeabilizaç õ es de á reas
revestimentos internas, de piscina, de á reas
≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
externas com pisos, de coberturas
utilizá veis, de rampas de garagem etc.

Janelas (componentes fixos e


mó veis), portas-balcã o, gradis, grades
Esquadrias externas de proteç ã o, cobogó s, brises. Inclusos
≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
(de fachada) complementos de acabamento como
peitoris, soleiras, pingadeiras e
ferragens de manobra e fechamento

Portas e grades internas, janelas para


á reas internas, boxes de banho
Portas externas, portas corta-fogo,
portas e gradis de proteç ã o a espaç os ≥8 ≥ 10 ≥ 12
internos sujeitos à queda > 2 m ≥ 13 ≥ 17 ≥ 20
Esquadrias internas
Complementos de esquadrias
internas, como ferragens, fechaduras, ≥4 ≥5 ≥6
trilhos, folhas mosquiteiras, alizares e
demais complementos de arremate e
guarniç ã o

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Tabela C.6 (continuaç ã o)

VUP
Parte da edificaç ã o Exemplos anos
Mínimo Intermediá rio Superior
Tubulaç õ es e demais componentes
(inclui registros e vá lvulas) de
instalaç õ es hidrossanitá rios, de gá s,
de combate a incê ndio, de á guas
≥ 20 ≥ 25 ≥ 30
pluviais, elé tricos
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Instalaç õ es prediais
Reservató rios de á gua nã o
embutidas em vedaç õ es e
facilmente substituíveis, redes
manuteníveis somente por
alimentadoras e coletoras, fossas ≥ 13 ≥ 17 ≥ 20
quebra das vedaç õ es ou dos
sé pticas e negras, sistemas de
revestimentos (inclusive forros
drenagem nã o acessíveis e demais
falsos e pisos elevados nã o
elementos e componentes de difícil
acessíveis)
manutenç ã o e/ou substituiç ã o
≥3 ≥4 ≥5
Componentes desgastá veis e
de substituiç ã o perió dica, como
gaxetas, vedaç õ es, guarniç õ es
e outros
Tubulaç õ es e demais componentes
Aparelhos e componentes de
≥4 ≥5 ≥6
instalaç õ es facilmente substituíveis,
como louç as, torneiras, sifõ es, ≥3 ≥4 ≥5
Instalaç õ es aparentes ou em engates flexíveis e demais metais
espaç os de fá cil acesso sanitá rios, aspersores (sprinklers),
mangueiras, interruptores, tomadas,
disjuntores, luminá rias, tampas de
≥8 ≥ 10 ≥ 12
caixas, fiaç ã o e outros
Reservató rios de á gua
Equipamentos de recalque,
Mé dio pressurizaç ã o, aquecimento de
Equipamentos custo de á gua, condicionamento de ar, ≥8 ≥ 10 ≥ 12
funcionais manutenç ã o filtragem, combate a incê ndio e
manuteníveis outros
e substituíveis Equipamentos de calefaç ã o,
Alto custo de
transporte vertical, proteç ã o contra ≥ 13 ≥ 17 ≥ 20
manutenç ã o
descargas atmosfé ricas e outros
a Considerando periodicidade e processos de manutenç ã o segundo a ABNT NBR 5674 e especificados no respectivo
manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o entregue ao usuá rio, elaborado em atendimento à ABNT NBR 14037.

Para se atingir a VUP, os usuá rios devem desenvolver os programas de manutenç ã o segundo
ABNT NBR 5674. Os usuá rios devem seguir as instruç õ es do manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o,
as instruç õ es dos fabricantes de equipamentos e recomendaç õ es té cnicas das inspeç õ es prediais.
A inspeç ã o predial configura-se como ferramenta ú til para avaliaç ã o das condiç õ es de conservaç ã o
das edificaç õ es em geral, para atestar se os procedimentos de manutenç ã o adotados sã o insuficientes
ou inexistentes, alé m de fornecer subsídios para orientar o plano e programas de manutenç ã o, atravé s
das recomendaç õ es té cnicas indicadas no documento de inspeç ã o predial (ver Bibliografia).

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Anexo D
(informativo)

Diretrizes para o estabelecimento de prazos de garantia

D.1 Introduç ã o
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O desempenho dos sistemas que compõ em o edifício habitacional durante a sua vida ú til (VU) está
atrelado à s condiç õ es de uso para o qual foi projetado, à execuç ã o da obra de acordo com as Normas,
à utilizaç ã o de elementos e componentes sem defeito de fabricaç ã o e à implementaç ã o de programas
de manutenç ã o corretiva e preventiva no pó s-obra.

D.2 Diretrizes
D.2.1 Este Anexo fornece diretrizes para o estabelecimento dos prazos mínimos de garantia para
os elementos, componentes e sistemas do edifício habitacional.

D.2.2 Apesar desta Norma tratar do desempenho de sistemas e nã o do desempenho de elementos


e componentes, encontram-se indicados na Tabela D.1 alguns prazos de garantia, usualmente
praticados pelo setor da construç ã o civil, para que os elementos e componentes que usualmente
compõ em os sistemas contemplados atendam à s condiç õ es de funcionalidade. Esses prazos
correspondem ao período de tempo em que é elevada a probabilidade de que eventuais vícios ou
defeitos em um sistema, em estado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de anomalias que
repercutam em desempenho inferior à quele previsto.

D.3 Instruç õ es

D.3.1 Generalidades

D.3.1.1 Convé m que o incorporador ou o construtor indique um prazo de garantia para os elementos
e componentes de baixo valor e de fá cil substituiç ã o (por exemplo, engates flexíveis, gaxetas
elastomé ricas de caixilhos e outros).

D.3.1.2 Pode ocorrer que alguns elementos, componentes ou mesmo sistemas específicos,
pró prios de cada empreendimento, nã o estejam incluídos na Tabela D.1. Nestes casos, recomenda-se
ao construtor ou incorporador fazer constar, em seu manual de uso, operaç ã o e manutenç ã o ou de
á reas comuns, os prazos de garantia desses itens.

D.3.2 Prazos

D.3.2.1 A contagem dos prazos de garantia indicados na Tabela D.1 inicia-se a partir da expediç ã o
do “Habite-se” ou “Auto de Conclusã o”, ou outro documento legal que ateste a conclusã o das obras.

D.3.2.2 Para os níveis de desempenho I e S, recomenda-se que os prazos de garantia constantes


na Tabela D.1 sejam acrescidos em 25 % ou mais, para o nível I, e 50 % ou mais, para o nível S.

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Tabela D.1 – Prazos de garantia

Sistemas, elementos, Prazos de garantia recomendados


componentes e instalaç õ es
Um ano Dois anos Trê s anos Cinco anos

Seguranç a
e estabilidade
Fundaç õ es, estrutura principal,
global
estruturas perifé ricas, contenç õ es
Estanqueidade
e arrimos
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de fundaç õ es
e contenç õ es

Paredes de vedaç ã o, estruturas


auxiliares, estruturas de
cobertura, estrutura das Seguranç a e
escadarias internas integridade
ou externas, guarda-corpos,
muros de divisa e telhados

Equipamentos industrializados
(aquecedores de passagem ou
acumulaç ã o, motobombas, filtros, Instalaç ã o
interfone, automaç ã o de portõ es, Equipamentos
elevadores e outros)
Sistemas de dados e voz,
telefonia, vídeo e televisã o

Sistema de proteç ã o contra


descargas atmosfé ricas, Instalaç ã o
sistema de combate a incê ndio,
Equipamentos
pressurizaç ã o das escadas,
iluminaç ã o de emergê ncia,
sistema de seguranç a patrimonial

Integridade
Dobradiç as e
Porta corta-fogo de portas e
molas
batentes

Instalaç õ es elé tricas


Tomadas/interruptores/
Equipamentos Instalaç ã o
disjuntores/fios/cabos/eletrodutos/
caixas e quadros

Instalaç õ es hidrá ulicas - colunas


de á gua fria, colunas de á gua
Integridade e
quente, tubos de queda de esgoto
estanqueidade
Instalaç õ es de gá s - colunas
de gá s

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Tabela D.1 (continuaç ã o)

Sistemas, elementos, Prazos de garantia recomendados


componentes e instalaç õ es
Um ano Dois anos Trê s anos Cinco anos

Instalaç õ es hidrá ulicas e gá s


coletores/ramais/louç as/caixas
de descarga/bancadas/metais Equipamentos Instalaç ã o
sanitá rios/sifõ es/ligaç õ es flexíveis/
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vá lvulas/registros/ralos/tanques

Impermeabilizaç ã o Estanqueidade

Empenamento
Esquadrias de madeira Descolamento
Fixaç ã o

Fixaç ã o
Esquadrias de aç o
Oxidaç ã o

Partes mó veis
(inclusive Perfis de
Borrachas,
recolhedores alumínio,
escovas,
de palhetas, fixadores e
Esquadrias de alumínio e de PVC articulaç õ es,
motores e revestimentos
fechos e
conjuntos em painel de
roldanas
elé tricos de alumínio
acionamento)

Funcionamento
Fechaduras e ferragens em geral
Acabamento

Revestimentos de paredes, pisos Má aderê ncia


Estanqueidade
e tetos internos e externos do revestimento
de fachadas e
em argamassa/gesso liso/ Fissuras e dos
pisos em á reas
componentes de gesso para componentes
molhadas
drywall do sistema

Revestimentos
Estanqueidade
Revestimentos de paredes, pisos soltos,
de fachadas e
e tetos em azulejo/cerâ mica/ gretados,
pisos em á reas
pastilhas desgaste
molhadas
excessivo

Revestimentos
Estanqueidade
Revestimentos de paredes, pisos soltos,
de fachadas e
e teto em pedras naturais gretados,
pisos em á reas
(má rmore, granito e outros) desgaste
molhadas
excessivo

Empenamento,
Pisos de madeira – tacos, trincas na
assoalhos e decks madeira e
destacamento

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Tabela D.1 (continuaç ã o)

Sistemas, elementos, Prazos de garantia recomendados


componentes e instalaç õ es Um ano Dois anos Trê s anos Cinco anos

Destacamentos, Estanqueidade
Piso cimentado, piso acabado
fissuras, desgaste de pisos em
em concreto, contrapiso
excessivo á reas molhadas

Revestimentos especiais
(fó rmica, plá sticos, tê xteis,
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Aderê ncia
pisos elevados, materiais
compostos de alumínio)

Fissuras por
acomodaç ã o
Forros de gesso dos elementos
estruturais e de
vedaç ã o

Empenamento,
trincas na
Forros de madeira
madeira e
destacamento

Empolamento,
descascamento,
Pintura/verniz esfarelamento,
(interna/externa) alteraç ã o de cor
ou deterioraç ã o
de acabamento

Selantes, componentes de
Aderê ncia
juntas e rejuntamentos

Vidros Fixaç ã o

NOTA Recomenda-se que quaisquer falhas perceptíveis visualmente, como riscos, lascas, trincas em
vidros, etc., sejam explicitadas no termo de entrega.

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Anexo E
(informativo)

Níveis de desempenho

E.1 Generalidades
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E.1.1 As ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 estabelecem os níveis mínimos (M) de
desempenho para cada requisito, que devem ser atendidos.

E.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificaç ã o, com uma aná lise de
valor da relaç ã o custo/benefício dos sistemas, neste Anexo sã o indicados os níveis de desempenho
intermediá rio (I) e superior (S), e repetido o nível M para facilitar a comparaç ã o.

E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informe o nível de desempenho dos sistemas
que compõ em o edifício habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).

E.2 Desempenho té rmico

E.2.1 Valores má ximos de temperatura

O valor má ximo diá rio da temperatura do ar interior de recintos de permanê ncia prolongada, como salas
e dormitó rios, sem a presenç a de fontes internas de calor (ocupantes, lâ mpadas, outros equipamentos
em geral), deve ser sempre menor que o estabelecido em 11.3.1. Para maior conforto dos usuá rios,
recomenda-se para os níveis intermediá rio (I) e superior (S) os valores apresentados na Tabela E.1.

Tabela E.1 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de verã o
Crité rio
Nível de desempenho
Zonas 1 a 7 Zona 8
M Ti,má x. ≤ Te,má x. Ti,má x. ≤ Te,má x.
I Ti,má x. ≤ (Te,má x. – 2 °C) Ti,má x. ≤ (Te,má x. – 1 °C)
S Ti,má x. ≤ (Te,má x. – 4 °C) Ti,má x. ≤ (Te,má x. – 2 °C)
Ti,má x. é o valor má ximo diá rio da temperatura do ar no interior da edificaç ã o, em graus Celsius.
Te,má x. é o valor má ximo diá rio da temperatura do ar exterior à edificaç ã o, em graus Celsius.
Ti,mín. é o valor mínimo diá rio da temperatura do ar no interior da edificaç ã o, em graus Celsius.
Te,mín. é o valor mínimo diá rio da temperatura do ar exterior à edificaç ã o, em graus Celsius.
NOTA Zonas bioclimá ticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

Os mé todos de avaliaç ã o estã o estabelecidos em 11.3.

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E.2.2 Valores mínimos de temperatura


Os valores mínimos diá rios da temperatura do ar interior de recintos de permanê ncia prolongada,
como salas e dormitó rios, em um dia típico de projeto de inverno, devem ser sempre maiores do que o
estabelecido em 11.4.1. Para maior conforto dos usuá rios, recomenda-se, para os níveis intermediá rio
(I) e superior (S), os valores apresentados na Tabela E.2.

Tabela E.2 – Crité rio de avaliaç ã o de desempenho té rmico para condiç õ es de inverno
Crité rio
Nível de desempenho
Zonas bioclimá ticas 1 a 5 Zonas bioclimá ticas 6, 7 e 8
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M Ti,mín. ≥ (Te,mín. + 3 °C)


Nestas zonas, este crité rio nã o
I Ti,mín. ≥ (Te,mín. + 5 °C)
precisa ser verificado
S Ti,mín. ≥ (Te,mín. + 7 °C)
Ti,mín. é o valor mínimo diá rio da temperatura do ar no interior da edificaç ã o, em graus Celsius.
Te,mín. é o valor mínimo diá rio da temperatura do ar exterior à edificaç ã o, em graus Celsius.
NOTA Zonas bioclimá ticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

Os mé todos de avaliaç ã o sã o estabelecidos em 11.4.

E.3 Desempenho lumínico

E.3.1 Iluminaç ã o natural


Contando unicamente com iluminaç ã o natural, os níveis gerais de iluminamento nas diferentes
dependê ncias do edifício habitacional devem atender ao disposto para iluminaç ã o em 13.2.1 e 13.2.2.
Para maior conforto dos usuá rios, recomenda-se, para os níveis intermediá rio (I) e superior (S),
os valores apresentados nas Tabelas E.3 e E.4.

Tabela E.3 – Níveis de iluminamento natural


Iluminamento geral para os níveis de desempenho
Dependê ncia lux
Ma I S
Sala de estar, dormitó rio, copa/cozinha
≥ 60 ≥ 90 ≥ 120
e á rea de serviç o
Banheiro, corredor ou escada interna
à unidade, corredor de uso comum
Nã o requerido ≥ 30 ≥ 45
(pré dios), escadaria de uso comum
(pré dios), garagens/estacionamentos
a Valores mínimos obrigató rios, conforme 13.2.1.
NOTA 1 Para os edifícios multipiso, sã o permitidos, para as dependê ncias situadas no pavimento té rreo ou
em pavimentos abaixo da cota da rua, níveis de iluminâ ncia ligeiramente inferiores aos valores especificados
nesta Tabela (diferenç a má xima de 20 % em qualquer dependê ncia).
NOTA 2 Os crité rios desta Tabela nã o se aplicam à s á reas confinadas ou que nã o tenham iluminaç ã o natural.
NOTA 3 Deve-se verificar e atender à s condiç õ es mínimas requeridas pela legislaç ã o local.

Os mé todos de avaliaç ã o e premissas de projeto requeridos sã o estabelecidos em 13.2.1.

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Tabela E.4 – Fator de luz diurna para os diferentes ambientes da habitaç ã o


FLD (%) para os níveis de
Dependê ncia desempenho
Ma I S
Sala de estar, dormitó rio, copa/cozinha, á rea de serviç o ≥ 0,50 % ≥ 0,65 % ≥ 0,75 %
Banheiro, Corredor ou escada interna à unidade, corredor
Nã o
de uso comum (pré dios), escadaria de uso comum ≥ 0,25 % ≥ 0,35 %
requerido
(pré dios), Garagens/estacionamentos
a
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Valores mínimos obrigató rios, conforme 13.2.2.


NOTA 1 Para os edifícios multipiso, sã o permitidos, para as dependê ncias situadas no pavimento té rreo ou
em pavimentos abaixo da cota da rua, níveis de iluminâ ncia ligeiramente inferiores aos valores especificados
nesta Tabela (diferenç a má xima de 20 % em qualquer dependê ncia).
NOTA 2 Os crité rios desta Tabela nã o se aplicam à s á reas confinadas ou que nã o tenham iluminaç ã o
natural.

Os mé todos de avaliaç ã o e premissas de projeto requeridos sã o estabelecidos em 13.2.2.

E.3.2 Iluminaç ã o artificial

Os níveis gerais de iluminaç ã o promovidos nas diferentes dependê ncias dos edifícios habitacionais
por iluminaç ã o artificial devem atender ao disposto em 13.3.1. Para maior conforto dos usuá rios,
recomenda-se para os níveis intermediá rio (I) e superior (S), os valores apresentados na Tabela E.5.

Tabela E.5 – Níveis de iluminamento geral para iluminaç ã o artificial


Iluminamento geral para os níveis de desempenho
Dependê ncia lux
Ma I S
Sala de estar, dormitó rio, banheiro, á rea
de serviç o, garagens/estacionamentos ≥ 100 ≥ 150 ≥ 200
internos e cobertos
Copa/cozinha ≥ 200 ≥ 300 ≥ 400
Corredor ou escada interna à unidade,
corredor de uso comum (pré dios), ≥ 100 ≥ 150 ≥ 200
Escadaria de uso comum (pré dios)
Garagens/estacionamentos
≥ 20 ≥ 30 ≥ 40
descobertos
a Valores mínimos obrigató rios, conforme 13.3.1.

E.4 Durabilidade e manutenibilidade

E.4.1 Generalidades

As recomendaç õ es relativas aos níveis de desempenho mais exigentes que o mínimo para a vida ú til
de projeto estã o detalhadas no Anexo C.

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E.5 Desempenho acú stico

E.5.1 Ruídos gerados por equipamentos prediais


Equipamentos individuais cujo acionamento aconteç a por aç ã o do pró prio usuá rio (por exemplo,
trituradores de alimento em cozinha, persianas elé tricas, exaustã o de banheiros ou lavabos, etc.)
nã o podem ser avaliados por esse requisito; trata-se somente de equipamentos de uso coletivo
ou acionados por terceiros que nã o o pró prio usuá rio da unidade habitacional a ser avaliada.

A mediç ã o do desempenho acú stico deve ser realizada no dormitó rio da unidade habitacional ao lado,
acima ou abaixo do local onde o equipamento em estudo está instalado (ruído percebido) quando
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há o acionamento do equipamento (ruído emitido). A medida deve ser feita com todas as portas dos
banheiros, dormitó rios e de entrada, assim como todas as janelas das duas unidades habitacionais,
fechadas.
NOTA Geradores de emergê ncia, sirenes, bombas de incê ndio e outros dispositivos com acionamento
em situaç õ es de emergê ncia nã o sã o contemplados neste requisito.

E.5.2 Descriç ã o dos mé todos: Mé todo de engenharia e mé todo simplificado de campo


O mé todo de engenharia determina, em campo, de forma rigorosa, os níveis de pressã o sonora de
equipamento predial em operaç ã o. O mé todo é descrito na ISO 16032.

O mé todo simplificado de campo permite obter uma estimativa dos níveis de pressã o sonora de
equipamento predial em operaç ã o em situaç õ es onde nã o se dispõ e de instrumentaç ã o necessá ria
para medir o tempo de reverberaç ã o no ambiente de mediç ã o, ou quando as condiç õ es de ruído
ambiente nã o permitem obter este parâ metro. O mé todo simplificado é descrito na ISO 10052.

E.5.2.1 Parâ metros de avaliaç ã o

Os parâ metros de verificaç ã o utilizados nesta Norma constam na Tabela E.6.

Tabela E.6 – Parâ metros acú sticos de verificaç ã o

Símbolo Descriç ã o Norma Aplicaç ã o


Nível de pressã o sonora
Ruído gerado durante a operaç ã o
LAeq,nT equivalente, padronizado de ISO 16032
de equipamento predial
equipamento predial
Nível de pressã o sonora má ximo,
Ruído gerado durante a operaç ã o
LASmá x.,nT padronizado de equipamento ISO 16032
de equipamento predial
predial
Nível de pressã o sonora Nível de ruído no ambiente, com o
LAeq,ai equivalente no ambiente interno,
ISO 16032 equipamento fora de operaç ã o
com equipamento fora de
operaç ã o (ruído residual)

E.5.2.2 Operaç ã o do equipamento

O equipamento é operado conforme a ISO 16032, durante pelo menos um ciclo de operaç ã o.
As condiç õ es de operaç ã o do equipamento e os procedimentos de mediç ã o constam nas ISO 16032
e ISO 10052. Para a realizaç ã o dos ensaios, o ciclo de operaç ã o do produto deve atender aos
crité rios especificados na Norma Brasileira respectiva, como potê ncia ou velocidade mínima e má xima
de operaç ã o; tempo de acionamento etc.

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E.5.2.3 Níveis de pressã o sonora de equipamento predial – Mé todos de avaliaç ã o

Devem ser avaliados os dormitó rios das unidades habitacionais autô nomas. As portas e janelas
devem estar fechadas durante as mediç õ es. Se o nível de ruído má ximo no ambiente interno, com
equipamento fora de operaç ã o, LAeq,ai, no momento da mediç ã o, for superior aos valores da Tabela
E.7, o equipamento em questã o deve ser avaliado em outro horá rio mais silencioso em que seja
possível a mediç ã o.

Devem ser obtidos o nível de pressã o sonoro contínuo equivalente padronizado de um ciclo de
operaç ã o do equipamento predial, LAeq,nT, e o nível de pressã o sonora má ximo, LASmá x.,nT, do ruído
gerado pela operaç ã o do equipamento. O ciclo de operaç ã o do produto deve atender aos crité rios
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especificados na Norma Brasileira respectiva ao produto. Devem ser atendidos simultaneamente os


crité rios de 12.4.1 e 12.4.2.

E.5.2.4 Nível de desempenho – Níveis de pressã o sonora contínuo equivalente, LAeq,nT

Os valores de desempenho sã o indicados na Tabela E.7.

Tabela E.7 – Valores má ximos do nível de pressã o sonora contínuo equivalente, LAeq,nT,
medido em dormitó rios
LAeq,nT
Nível de desempenho
dB(A)
≤ 30 S
≤ 34 I
≤ 37 M

E.5.2.5 Nível de desempenho – Níveis de pressã o sonora má ximos, LASmá x.,nT

Os valores de desempenho sã o indicados na Tabela E.8.

Tabela E.8 – Valores má ximos do nível de pressã o sonora má ximo, LASmá x.,nT, medido em
dormitó rios
LASmá x.,nT
Nível de desempenho
dB(A)

≤ 36 S
≤ 39 I
≤ 42 M

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Anexo F
(informativo)

Dimensõ es mínimas e organizaç ã o funcional dos espaç os

Este Anexo visa apresentar como sugestã o algumas das possíveis formas de organizaç ã o dos
cô modos e dimensõ es compatíveis com as necessidades humanas.
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Nas á reas destinadas ao atendimento à s necessidades especiais, aplica-se a ABNT NBR 9050.

Recomenda-se que os projetos de arquitetura de edifícios habitacionais prevejam no mínimo a


disponibilidade de espaç o nos cô modos do edifício habitacional para colocaç ã o e utilizaç ã o dos
mó veis e equipamentos-padrã o listados na Tabela F.1, cujas dimensõ es sã o informadas na Tabela F.2.

Tabela F.1 – Mó veis e equipamentos-padrã o


Atividades essenciais/Cô modo Mó veis e equipamentos-padrã o
Cama de casal + guarda-roupa + criado-mudo
Dormir/Dormitó rio de casal
(mínimo 1)
Dormir/Dormitó rio para duas pessoas Duas camas de solteiro + guarda-roupa + criado-
(2º Dormitó rio) mudo ou mesa de estudo
Dormir/Dormitó rio para uma pessoa
Cama de solteiro + guarda-roupa + criado-mudo
(3º Dormitó rio)
Sofá de dois ou trê s lugares + armá rio/estante +
Estar
poltrona
Fogã o + geladeira + pia de cozinha + armá rio sobre
Cozinhar a pia + gabinete + apoio para refeiç ã o
(duas pessoas)
Alimentar/tomar refeiç õ es Mesa + quatro cadeiras
Lavató rio + chuveiro (box) + vaso sanitá rio
Fazer higiene pessoal NOTA No caso de lavabos, nã o é necessá rio o
chuveiro.
Tanque (externo para unidades habitacionais
Lavar, secar e passar roupas
té rreas) + má quina de lavar roupa
Estudar, ler, escrever, costurar, reparar e
Escrivaninha ou mesa + cadeira
guardar objetos diversos

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Tabela F.2 – Dimensõ es mínimas de mobiliá rio e circulaç ã o


Mobiliá rio

Dimensõ es Circulaç ã o
Ambiente Mó vel ou Observaç õ es
m m
equipamento
l p

Sofá de trê s lugares


1,70 0,70 A largura mínima da
com braç o
sala de estar deve
Sofá de dois lugares
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1,20 0,70 ser de 2,40 m


com braç o Prever espaç o de Nú mero mínimo
Poltrona com braç o 0,80 0,70 0,50 m na frente de assentos
do assento, para determinado
Sofá de trê s lugares sentar, levantar e pela quantidade
1,50 0,70
sem braç o circular de habitantes
Sala de estar
Sofá de dois lugares da unidade,
1,00 0,70 considerando o
sem braç o
nú mero de leitos
Poltrona sem braç o 0,50 0,70

Estante/armá rio para Espaç o para o mó vel


0,80 0,50 0,50 m
TV obrigató rio

Mesinha de centro Espaç o para o mó vel


– – –
ou cadeira opcional

Mesa redonda para A largura mínima da


D = 0,95 –
quatro lugares sala de estar/jantar
e da sala de jantar
Mesa redonda para
D = 1,20 – (isolada) deve ser de
seis lugares Circulaç ã o 2,40 m
Sala de estar/ mínima de
Mesa quadrada para Mínimo: uma mesa
jantar 1,00 1,00 0,75 m a partir da
quatro lugares para quatro pessoas
Sala de jantar/ borda da mesa
copa Mesa quadrada para (espaç o para É permitido leiaute
1,20 1,20
seis lugares afastar a cadeira com o lado menor da
Copa/cozinha
e levantar) mesa encostado na
Mesa retangular para
1,2 0,80 parede, desde que
quatro lugares
haja espaç o para seu
Mesa retangular para afastamento, quando
1,50 0,80
seis lugares da utilizaç ã o

Pia 1,20 0,50 Circulaç ã o Largura mínima da


mínima de 0,85 cozinha: 1,50 m
Fogã o 0,55 0,60
m frontal à pia, Mínimo: pia, fogã o e
Geladeira 0,70 0,70 fogã o e geladeira geladeira e armá rio
Cozinha
Armá rio sob a pia e Espaç o obrigató rio
– – –
gabinete para mó vel

Apoio para refeiç ã o Espaç o opcional


– – –
(duas pessoas) para mó vel

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Tabela F.2 (continuaç ã o)

Mobiliá rio

Dimensõ es Circulaç ã o
Ambiente Mó vel ou Observaç õ es
m m
equipamento
l p

Cama de casal 1,40 1,90 Mínimo: uma cama,


dois criados-mudos e
Criado-mudo 0,50 0,50
Circulaç ã o um guarda-roupa
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Dormitó rio casal mínima entre o É permitido somente


(dormitó rio mobiliá rio e/ou um criado-mudo,
principal) paredes de quando o 2º interferir
Guarda-roupa 1,60 0,50
0,50 m na abertura de
portas do guarda-
roupa

Circulaç ã o
mínima entre as
Dormitó rio para camas de 0,60 m Mínimo: duas camas,
duas pessoas Camas de solteiro 0,80 1,90 Demais um criado-mudo e
(2º dormitó rio) circulaç õ es, um guarda-roupa
mínimo de
0,50 m

Criado-mudo 0,50 0,50

Guarda-roupa 1,50 0,50

Espaç o para o mó vel


Mesa de estudo 0,80 0,60 –
opcional
Dormitó rio para
uma pessoa Cama de solteiro 0,80 1,90 Circulaç ã o
(3º dormitó rio) mínima entre o Mínimo: uma cama,
Criado-mudo 0,50 0,50
mobiliá rio um guarda-roupa e
e/ou paredes de um criado-mudo
Armá rio 1,20 0,50
0,50 m

Espaç o para o mó vel


Mesa de estudo 0,80 0,60 –
opcional

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Tabela F.2 (continuaç ã o)

Mobiliá rio
Dimensõ es Circulaç ã o
Ambiente Mó vel ou Observaç õ es
m m
equipamento
l p
Lavató rio 0,39 0,29
Lavató rio com
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0,80 0,55
bancada Circulaç ã o Largura mínima do
mínima de banheiro:
Vaso sanitá rio
0,60 0,70 0,4 m frontal 1,10 m, exceto no box
(caixa acoplada)
Banheiro ao lavató rio, Mínimo: um lavató rio, um
Vaso sanitá rio 0,60 0,60 vaso e bidê vaso e um box
Box quadrado 0,80 0,80
Box retangular 0,70 0,90
Bidê 0,60 0,60 – Peç a opcional
Tanque 0,52 0,53 Circulaç ã o
mínima de Mínimo: um tanque e uma
0,50 m má quina (tanque de no
Á rea de
Má quina de lavar frontal ao mínimo 20 L)
serviç o 0,60 0,65
roupa tanque e
má quina de
lavar
NOTA 1 Esta Norma nã o estabelece dimensõ es mínimas de cô modos, deixando aos projetistas a
competê ncia de formatar os ambientes da habitaç ã o segundo o mobiliá rio previsto, evitando conflitos com
legislaç õ es estaduais ou municipais que versem sobre dimensõ es mínimas dos ambientes.
NOTA 2 Em caso de adoç ã o em projeto de mó veis opcionais, as dimensõ es mínimas devem ser obedecidas.

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ABNT NBR 15575-1:2013

Bibliografia

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unidades

[2] ABNT NBR 15220-5, Desempenho té rmico de edificaç õ es – Parte 5: Mediç ã o da resistê ncia
té rmica e da condutividade té rmica pelo mé todo fluximé trico
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[5] American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. USA, Atlanta:
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[7] Publicaç ã o IPT N° 1157, Mé todos de Ensaios e Aná lises em Preservaç ã o de Madeiras,
Sã o Paulo

[8] Publicaç ã o IPT Nº 2980, Madeiras – Uso sustentá vel na construç ã o civil

[9] IBAPE/SP – 2007, Inspeç ã o Predial

[10] Resoluç ã o Nº 176, de 24/10/2000, Agê ncia Nacional de Vigilâ ncia Sanitá ria

[11] Lei 8078 de 11/9/90, Có digo de Defesa do Consumidor

[12] Portaria Nº 18, de 16 de janeiro de 2012, Serviç o Pú blico Federal – Ministé rio Do Desenvolvi-
mento, Indú stria E Comé rcio Exterior – Instituto Nacional De Metrologia, Qualidade E Tecnologia
– Inmetro

[13] Valentin, Joã o de- Avaliaç ã o da Resistê ncia de Produtos Fibrocimento Estruturais aos Esforç os
do Vento Coló quia 1987 Dpto. e Curso de Pó s Graduaç ã o em Engenharia Civil da UFRGS julho
de 1987

[14] Valentin, Joã o de– Aç ã o do vento nas edificaç õ es. . Manual Té cnico de Fibrocimento, Editora
PINI – ABCI – Agosto de 1988

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