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Carma dos Profetas

Vou sobre Pégaso, invocando o vento,


Esconjurar nas altas madrugadas,
Em alucinatórias cavalgadas,
O monstro que me assalta o pensamento!

Expulsarei ao sopro das rajadas


As velhas podridões do meu tormento
E, sob um relampejo violento,
Vomitarei as pragas mais pesadas!

Então, fixando o olhar além dos dramas,


Ao encarar de frente o meu destino,
Eu clamarei num brado repentino:

“Explodam-se de vez as vossas metas,


Já que minh’alma está vertendo as chamas
Do fogo que há no carma dos profetas!”

Maurício Babilônia

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