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Financeira
Indaial – 2022
2a Edição
Elaboração:
Prof. Fernando Eduardo Cardoso
198p.
ISBN 978-85-515-0582-3
ISBN Digital 978-85-515-0576-2
“Graduação - EaD”.
1. Matemática 2. Financeira 3. Juros
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
Esse livro está organizado em três unidades e seus respectivos tópicos. Na Unidade
1, abordaremos os princípios básicos da matemática financeira. A partir desse norte, vamos
estudar algumas terminologias, como: valor presente do capital (PV); taxa de juros (i);
número de períodos de capitalização (n); tempo (t); valor futuro do capital (VF). Na sequência,
analisaremos o diagrama das operações financeiras, estudando os fluxos de caixa, tanto na
visão do tomador de decisão, quanto do ponto de vista do cliente/consumidor.
Bons estudos!
QR CODE
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
ENADE
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira,
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma
disciplina e com ela um novo conhecimento.
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................67
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................136
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 197
UNIDADE 1 -
INTRODUÇÃO À
MATEMÁTICA FINANCEIRA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de
reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
1
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 1!
Acesse o
QR Code abaixo:
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1 -
FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
FINANCEIRA
1 INTRODUÇÃO
A matemática financeira, de acordo com Jacques (2010), é uma área aplicada
da Matemática que estuda o comportamento de capitas no tempo. Em outras palavras,
como o valor do dinheiro de comporta no decorrer do tempo. Para o autor, essa área
estuda questões que fazem parte do dia a dia das pessoas, como, por exemplo, emprés-
timos, renegociação de débitos ou mesmo cálculo do valor de um desconto recebido,
por isso estudar matemática financeira é tão importante.
2 MATEMÁTICA FINANCEIRA
A Matemática Financeira, conforme Wakamatsu (2012), é uma ferramenta
bastante utilizada no dia a dia das pessoas, seja em operações simples, como um
desconto em uma compra realizada, até em situações mais complexas, como na
aplicação de juros de um empréstimo bancário. Para o autor, em ambas as formas, um
mínimo de conhecimento já pode ser bastante útil, porém, quanto mais profundo for
o entendimento sobre as questões ligadas à matemática financeira, mais liberdade as
pessoas têm para operar, tanto em questões profissionais como em decisões pessoais.
3
Um exemplo disso, de acordo com Vannucci (2017), é que a análise quantitativa
trouxe eficiência e rigor aos mercados financeiros e ao processo de investimento, e está
se tornando cada vez mais importante em questões regulatórias. Sendo assim, de forma
simples, podemos dizer que a matemática financeira consiste em aplicar a matemática
para resolver problemas financeiros, tanto de modelagem de mercados, como em análise
de dados financeiros, tornando ela uma área importante da matemática (VANNUCCI, 2017).
Gerenciamento de riscos
O uso da matemática financeira pode ajudar a identificar e gerenciar os riscos
financeiros. Os analistas financeiros costumam usar matemática financeira para analisar
dados de mercado, encontrar padrões em dados e prever riscos. Os riscos financeiros
podem ser classificados como:
Mineração de dados
Para Jacques (2010), a mineração de dados é o processo de identificar padrões
e anomalias nos dados para fazer previsões. Há muitos usos para mineração de dados,
incluindo gerenciamento de riscos financeiros, redução de despesas e muito mais.
Conforme Barros (2014), a mineração de dados também é usada em vários setores,
incluindo seguros, manufatura, bancos, tecnologia, varejo e muitos outros
4
Negociação de ações
Para Vanucci (2017), a negociação de ações é a compra e venda de ações em
um esforço para capitalizar os mercados em mudança. Compreender a matemática
financeira pode ajudar os traders a analisar dados financeiros para fazer previsões e
escolher as ações certas para comprar e vender.
Econometria
A econometria envolve o uso de habilidades em matemática financeira e estatística
para ajudar a analisar e interpretar dados econômicos para prever tendências futuras do
mercado. A econometria pode ajudar as empresas a planejar seu futuro, incluindo como elas
determinam e alocam seus orçamentos (VANNUCCI, 2017). Normalmente, a econometria se
concentra nas relações entre dados financeiros e variáveis (BARROS, 2014).
Previsão
A previsão consiste em usar dados existentes para gerar previsões sobre eventos
futuros, incluindo vendas, demanda e outros fatores de mercado. Existem muitos tipos
de previsão, incluindo previsão qualitativa e quantitativa (JACQUES, 2010). De acordo
com Wakamatsu (2012), a previsão é uma forma de ajudar as empresas a tomar decisões
financeiras inteligentes que podem contribuir para seu sucesso geral.
Marketing
A matemática financeira também pode auxiliar nas estratégias de marketing de
uma organização. Ao prever a demanda do mercado, você pode determinar quando deve
lançar campanhas de marketing e quais produtos deve comercializar mais (GIMENES,
2009). Isso pode permitir que você crie estratégias de marketing eficazes que tenham o
maior impacto possível.
Gestão de inventário
A matemática financeira também é útil na gestão de estoques, isso porque a
previsão da demanda do mercado pode permitir que você determine quanto estoque
manter disponível e quando você precisa aumentar seu estoque. Existem muitos métodos
de gerenciamento de estoque, e a compreensão da matemática financeira pode ajudar
os gerentes de estoque a tomar decisões de negócios inteligentes (GIMENES, 2009).
Estratégias de investimento
A matemática financeira também pode ser aplicada a estratégias de investi-
mento, uma vez pode auxiliar na compreensão de como analisar dados e fazer pre-
visões, ajudando a fazer investimentos inteligentes. Muitas vezes, os banqueiros de
investimento usam matemática financeira para fazer investimentos inteligentes e ge-
renciar portfólios.
5
2.2 USABILIDADE PARA MATEMÁTICA FINANCEIRA
Como vimos, a matemática financeira está relacionada a diversas áreas, conse-
quentemente, pessoas em muitas funções e instituições utilizam dela em suas funções.
As instituições que usam matemática financeira podem incluir bancos comerciais e de
investimento, companhias de seguros e muito mais (BARROS, 2014). Pessoas em mui-
tas carreiras também usam matemática financeira, como (GIMENES, 2009):
É importante que você grave essas representações, pois é comum que nos
cálculos financeiros essas operações sejam indicadas apenas por meio do símbolo.
6
Caro acadêmico, a seguir, vamos abordar de forma detalhada cada um dos
componentes da operação financeira.
DICA
Caro acadêmico, o objeto de aprendizagem trata de uma ferramenta
didática desenvolvida e utilizada com o intuito de apresentar ao acadêmico
um determinado tema e articular atividades relacionadas a ele, atendendo
ao princípio norteador da UNIASSELVI, de que “não basta saber, é preciso
saber fazer”. Dessa forma, nosso Objeto de Aprendizagem será composto
por duas etapas: uma contendo a apresentação do conteúdo, e a outra
contendo as atividades práticas relacionadas a ele.
Bons estudos!
7
3.3 NÚMERO DE PERÍODOS DE CAPITALIZAÇÃO (n) OU
TEMPO (t)
O número de período envolvido na operação (n) refere-se ao tempo, e ambos
devem estar no mesmo período que a taxa de juros (GIMENES, 2010). Para Wakamatsu
(2018) toda operação ocorre dentro de um determinado período (dias, semanas, meses,
anos etc.), sendo assim, o número de período (n) também pode ser chamado de tempo (t).
IMPORTANTE
Caro acadêmico, é importante ressaltar que, para cálculos de matemática
financeira, o tempo e a taxa devem sempre estar no mesmo período.
Exemplo: se a taxa estiver em meses, o tempo deverá estar em meses.
Se a taxa estiver em anos, o tempo deverá estar em anos também, ou
seja, sempre no mesmo período.
8
Os negócios que envolvem juros são compostos por uma “entrada” e por uma
“saída”, como no caso de um empréstimo bancários em que, de um lado, está o cliente e,
do outro lado, está a instituição financeira, que repassa o dinheiro (GIMENES, 2010). Para
Gimenes (2010), em ambos os lados (cliente, instituição financeira) o valor inicial e final
são os mesmos, o que se diferencia é o fluxo da quantia, se está entrando ou saindo.
$ 1.000
1 2 3 4 5
$ 1.100
FONTE: o autor
9
Como podemos observar na Figura 1, o primeiro círculo (o da esquerda)
apresenta a seta apontando para cima, isso significa que ela se refere a uma entrada
de dinheiro. Nesse círculo, discriminamos o valor do início do processo, ou seja, valor
emprestado da instituição financeira para o cliente, que, no nosso exemplo, é de R$
1.000,00 (WAKAMATSU, 2018).
Entre os dois círculos, temos a linha do tempo, que marca zero na entrada
e cinco na saída, e é o período pelo qual foi aplicado os juros, ou seja, é o tempo que a
instituição financeira levará para receber seu dinheiro de volta (WAKAMATSU, 2018).
$ 1.100
1 2 3 4 5
$ 1.000
FONTE: o autor
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
• O Valor presente (PV) refere-se ao valor inicial de uma operação e está representado
no instante “zero”.
• A taxa de juros periódica (I) vem do termo do inglês interest rate – taxa de juros.
• O número de período envolvido na operação (n) refere-se ao tempo que deve estar
no mesmo período (em acordo) com a taxa de juros.
• O valor futuro recebe outras denominações, como: valor de resgate, montante (M)
e saldo futuro (S).
11
AUTOATIVIDADE
1 No diagrama das operações financeiras, a compressão de uma situação que aborde
valor presente, tempo, taxa de juro pode ser representada em forma de diagrama,
chamado de fluxo de caixa, e é composto por: linha de tempo, valor de entrada e
valores de saída. Conceitue diagrama das operações financeiras.
4 Os negócios que envolvem juros são compostos por uma “entrada” e por uma “saída”,
como no caso de um empréstimo bancário, em que de um lado está o cliente e, do outro
lado, está a instituição financeira, que repassa o dinheiro. Com base nos componentes
das operações financeiras, associe os itens, utilizando o código a seguir:
12
( ) Vem do termo do inglês (interest rate), refere-se à taxa de juros cobrado por período
de capitalização.
( ) Refere-se ao valor inicial de uma operação, e está representado no instante “zero”.
( ) O valor futuro é representado no instante n, sendo composto de amortização mais
juros.
( ) Refere-se ao tempo que deve estar no mesmo período (em acordo) com a taxa de
juros.
a) ( ) II – I – IV – III
b) ( ) III – IV – II – I
c) ( ) I – III – II – IV
d) ( ) IV – I – III – II
13
14
UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
CALCULADORA FINANCEIRA HP12C
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, no decorrer deste tópico, você aprenderá a realizar cálculos por
meio da calculadora HP12C. De acordo com Gimenes (2010), a calculadora HP12C pode
ser de grande valia no dia a dia, auxiliando nos cálculos financeiros. Com a aprendizado
deste tópico, você será capaz de realizar cálculos, auxiliando no orçamento familiar, no
processo de tomada de decisão de compra e venda com relação à forma de pagamento,
bem como nas aplicações financeiras envolvendo empréstimos, investimentos etc.
O Guia da HP12C (2004) foi elaborado com intuito de auxiliar no uso e aproveitar o má-
ximo possível das funções da calculadora financeira programável HP12C. O manual apresenta
16 seções. Para aprofundar ainda mais o uso da calculadora, recomendamos a leitura das se-
ções: Seção 1: Começando; Seção 2: Funções de percentagem e calendário; Seção 3: Funções
financeiras básicas; Seção 5: Características operacionais adicionais; Seção 7: Funções mate-
máticas e de alteração de números. São seções de base, cujos pontos abordaremos neste livro.
DICA
Caro acadêmico, você pode baixar na internet o “guia do usuário da HP12C
calculadora financeira”, como também pode baixar o “Guia de inicialização
rápida da calculadora financeira HP12C”. Dessa forma, você conseguirá
aprofundar ainda mais o conhecimento e usabilidade da HP12C.
Bons estudos!
15
2 FUNCIONALIDADES DA HP12C
A calculadora HP12c é muito utilizada em operações que envolvem a matemática
financeira, pois apresenta uma série de funcionalidades, as quais, quando utilizadas de
forma correta, podem auxiliar nos cálculos financeiros. Nesse subtópico, aprenderemos
algumas das principais funções financeiras e de usabilidade da calculadora HP12C.
Vamos iniciar pela Golden. A seguir, na Figura 3, está uma representação dela
que irá nos auxiliar nos próximo tópicos, onde vamos estudar seus comandos. Assim,
você pode utilizar a imagem para compreender como seria o comando na prática.
16
2.1 LIGAMENTO E DESLIGAMENTO DA CALCULADORA HP12C
Para iniciar manualmente o uso da HP12C, aperte a tecla ON . Para desligar a
calculadora, basta apertar novamente a tecla ON . Caso o usuário da calculadora não a
desligue manualmente, ela se desligará automaticamente entre 8 e 17 minutos depois
do último uso.
17
2.3 TECLADO
A maioria das teclas da HP12C realizam duas ou até três funções. As funções
primárias das teclas são marcadas pelos caracteres impressos em branco na sua face
superior. A funções secundárias das teclas são indicadas pelos caracteres impressos em
letra dourada acima da tecla e em letra azul na sua face inferior. Essas funções secundárias
são ativadas pressionando a tecla de prefixo apropriada antes da tecla de função.
• quando você̂ aperta uma tecla de função (executando a função secundária da tecla);
• uma outra tecla de prefixo ( f ou g ); ou
• f PREFIX.
18
2.5 SEPARADORES DE DÍGITOS
Como já explicado, a função separadores de digito é representado pela tecla . .
Ao digitar um valor, a cada três números digitados, a calculadora insere automaticamente
um ponto decimal como separador. Caso você deseje, é possível configurar a calculadora
para inserir uma vírgula no lugar do ponto, apesar de não haver essa tecla disponível.
Para fazer essa inversão, basta desligar a calculadora, apertar e segurar a tecla
. e apertar e tecla ON simultaneamente. Para reverter, basta realizar essa operação
novamente, e a calculadora irá para voltar à configuração original de separador de
dígitos no mostrador.
19
FIGURA 6 – OPERAÇÕES QUE APAGAM OU ZERAM REGISTROS NA HP12C
NOTA
Caro acadêmico, neste livro, não iremos aprofundar o tema de estatística,
nem mesmo de programação, por ter uma disciplina específica para isso,
e iremos focar nas funções financeiras. Dessa forma, a função de apagar
ou zerar que iremos usar neste livro é f REG, pois trata-se da função
de zerando e apagando mais completa, zerando e apagando todos os
registros de armazenamento de dados, registros financeiros, registros da
pilha e LAXT X e mostrador.
Exemplo 1
Para configurar a calculadora para duas casas decimais, pressione a tecla f e o
número 2. No visor, irá aparecer 0,00, ou seja, duas casa após a virgula.
f 2
Resposta do visor: 0,00
Exemplo 2
Para configurar a calculadora para 7 casas decimais, pressione a tecla f e o
número 7. No visor irá aparecer 0,0000000, ou seja, 7 casa pós a virgula.
f 7
Resposta do visor: 0,0000000
20
DICA
Caro acadêmico, para os cálculos deste livro, configure a calculadora para
nove casas decimais. Dessa forma, ela proporcionará a obtenção de valores
exatos dos cálculos.
DICA
No início de cada cálculo, habitue-se a zerar toda a memória da calculadora.
Tome isso como hábito, evitando, assim, que o resultado dos cálculos seja
prejudicado por considerar outros valores constantes na memória da
HP12C.
21
2.10 MODO DE OPERAÇÃO
É comum que se tenha que realizar mais de uma operação sequencial para
realizar cálculos financeiros. Quando o cálculo envolve números em parênteses, que
exigem seu cálculo apartado dos demais da fórmula, a HP12C trabalha com o sistema
RPN (Reverse Polish Notation, em tradução livre: Notação Polenesa Reversa). Essa
função existe nas duas versões da HP12C (Golden e Platinum) (GIMENES, 2010).
IMPORTANTE
Caro acadêmico, todos os cálculos deste livro são realizados no sistema
RPN. Pede-se que a calculadora seja ajustada para o sistema RPN. Isso é
feito pressionando a tecla f , seguida da tecla RPN. O visor da Platium deve
mostrar o RPN aceso.
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No modo de operação RPN, disponível nas duas versões, a principal
característica consiste em realizar uma operação básica da seguinte forma: número,
enter, número, e, por fim, sinal da operação (GIMENES, 2010).
Caro acadêmico, o uso incorreto do estado C pode levar a erros no resultado dos
cálculos. Para evitar erros, lembre-se:
DICA
Caro acadêmico, para realizar os cálculos deste livro, sugerimos configurar
a calculadora para nove casas após a virgula, de forma a obter o valor mais
exato possível para realização dos cálculos propostos ao longo do livro,
bem como para evitar erros nos cálculos envolvendo data, onde é exigida
uma configuração com um maior número de casas decimais.
23
2.12 MODO DE PAGAMENTO - BEG END
Pressione g BEG para estabelecer o modo de pagamento para problemas de
fluxo de caixa. Use o modo Início para pagamentos ocorridos no começo do período
composto. Observe que será́ exibido o indicador "begin" (GUIA HP12C, 2004). A função
g BEG deve ser ativada nos casos em que você irá iniciar o pagamento com um valor de
entrada (1+8 vezes).
3 FUNÇÕES MATEMÁTICAS
Segundo o Guia da HP12C (2004), a calculadora apresenta diversas teclas
de funções matemáticas e de alteração de números, cuja função é realizar cálculos
financeiros específicos e para cálculos matemáticos em geral.
Exemplo:
/50 = 50 1/x = 0,02
1
Outros Exemplos:
61/2 = 6 ENTER 2 1/x YX = 2,4495
1,341/7 = 1,34 ENTER 7 1/x YX = 1,244
Exemplo
=5 g = 2,236067977
= 11 g = 3,316624790
24
3.3 LOGARITMO
Há duas formas de se calcular logaritmo, são elas: natural e comum. O logaritmo
natural (também chamado de neperiano), cujo símbolo matemático é (ln x), para ser
calculado, é preciso inserir o número que se pretende calcular e, em seguida, pressionar
as teclas g LN da HP12C.
Exemplo
ln50 = 50 g LN = 3,9120
ln3 = 3 g LN = 1,0986
ln10 = 10 g LN = 2,30258
Exemplo
ln50 = 50 g LN 10 g LN =1,6990
ln3 = 3 g LN 10 g LN = 0,4771
ln10 = 10 g LN 10 g LN = 1,0000
INTERESSANTE
No logaritmo com Base “e” Euller, o valor é de 2,7182818284590452353602874.
O número 𝑒 é um número irracional, ou seja, não é possível escrevê-lo em forma
de fração com numerador e denominador inteiros, portanto, ele possui infinitas
casas decimais não periódicas.
3.4 POTENCIAÇÃO
Cálculos relacionados a valores exponenciais podem ser realizados na HP12C
com ajuda da tecla YX. Quando fazemos essa ação, temos que ter o número que será
calculado (nesse caso, é o Y) e número ao qual se deseja elevar (nesse caso, é o x)
(GIMENES, 2010).
25
3. Digite o expoente (designado pelo “x” na face da tecla).
4. Aperte YX para calcular a potência.
Exemplo
42,6 = 4 ENTER 2,6 YX = 36,76
4-2,6 = 4 ENTER 2,6 CHS YX = 0,0272
(-3)4 = 3 CHS ENTER 4 YX = 81,00
DICA
Caro acadêmico, o objeto de aprendizagem trata de uma ferramenta didática
desenvolvida e utilizada com o intuito de apresentar um determinado tema e
articular atividades relacionadas a ele, atendendo ao princípio norteador da
UNIASSELVI, de que “não basta saber, é preciso saber fazer”. Dessa
forma, nosso Objeto de Aprendizagem será composto por duas
etapas: uma contendo a apresentação do conteúdo e a outra contendo as
atividades práticas relacionadas a ele.
Segue o link dos objetos de aprendizagem:
Bons estudos!
26
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
• Para iniciar manualmente o uso da HP12C, aperte a tecla ON. Para desligar a
calculadora, basta apertar novamente a tecla ON.
• A maioria das teclas da HP12C realizam duas ou até́ três funções. A função primária
de uma tecla é marcada pelos caracteres impressos em branco na sua face superior.
As funções secundárias de uma tecla são indicadas pelos caracteres impressos em
letra dourada acima da tecla e em letra azul na sua face inferior.
27
AUTOATIVIDADE
1 Calcule a radiciação e apresente o resultado com 4 casas após a virgula:
i) 1/13 =
ii) 201/2 =
iii) 2,611/5 =
a) =
b) =
c) =
i) ln30 =
ii) ln7 =
iii) ln15 =
28
4 Calcule o logaritmo comum e apresente o resultado com 4 casas após a virgula:
i) Log (30) =
ii) Log (7) =
iii) Log (15) =
i) 73,8 =
ii) 7-3,8 =
iii) (-5)6 =
29
30
UNIDADE 1 TÓPICO 3 -
CÁLCULOS DE PORCENTAGEM E CALENDÁRIO
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Castanheira e Macedo (2020), uma porcentagem de 1% é
quando dividimos o inteiro em 100 partes iguais e levamos em consideração apenas
umas dessas partes. É possível representar essa análise da seguinte forma: 1/100,
que é chamado de razão centesimal ou de razão porcentual, e lemos “um por cento”.
Continuando com pensamento de Castanheira e Macedo (2020), é utilizado o símbolo %
de forma a simbolizar a porcentagem.
2 FUNÇÕES DE PORCENTAGEM
O termo “por cento” significa “em cem”. Na matemática, porcentagens são
usadas como frações, decimais e como forma de descrever partes de um todo. Quando
se está usando porcentagens, considera-se que o todo é composto por cem (SAMANEZ,
2010). O símbolo “%” é usado para mostrar que um número é uma porcentagem.
31
Caro acadêmico, a calculadora HP12C disponibiliza essas três teclas para
solucionar problemas com percentagens: % , ∆%, e %T. Vamos ver a seguir como funciona
cada uma dessas funções.
2.1 PORCENTAGENS – %
Para sabermos o valor recebido ou descontado de uma quantia que tem um
desconto ou acréscimo com base em percentual, utilizamos a tecla %. A forma de calcu-
lar o valor recebido ou descontado pela aplicação do percentual na HP12C é a seguinte:
Exemplo 1
a) Um cliente comprou uma camisa no valor de R$ 250,00 e irá ganhar 18% de desconto
pelo pagamento à vista. Qual o valor do desconto no pagamento à vista?
Resolução:
250 ENTER
18 %
Resposta no visor: 45,00 (ou seja, R$ 45,00 recebidos de desconto)
Exemplo 2
Resolução:
5.000 ENTER
2,25 %
Resposta no visor: 112,5 (ou seja, R$ 112,50)
Exemplo 3
32
Resolução:
450.000 ENTER
6%
Resposta no visor: 27.000,00 (ou seja, R$ 27.000,00)
Interpretação:
Se o número for maior que o número base, a diferença percentual será positiva.
Se o número for menor que o número base, a diferença percentual será negativa.
Dessa forma, uma resposta positiva indica um aumento, enquanto uma resposta
negativa indica uma redução. Se você̂ estiver calculando a diferença percentual no
tempo, o número base é, normalmente, o valor que ocorre primeiro.
A tecla ∆% pode ser usada para saber o aumento do valor que um determinado
produto sofreu com o tempo em forma de percentual. Vejamos:
Exemplo 4
Ontem o valor das ações de um investidor caiu de R$ 70,60, para R$ 63,10. Qual
é a diferença percentual desses valores?
70,6 ENTER
63,10 ∆%
Resposta no visor: -10,62 (ou seja, uma queda de quase 11%)
Exemplo 5
115 ENTER
210 ∆%
Resposta no visor: 82,61 (ou seja, 82,61%)
33
2.3 PORCENTAGEM DO TOTAL – %T
A tecla porcentagem do total %T proporciona o cálculo para identificar qual é
a porcentagem da proporção de um número para outro. Deve-se seguir os seguintes
comandos:
Exemplo 6
Quanto corresponde, em percentual, R$ 30,00 em relação a R$ 400,00?
Resposta:
400 ENTER
30 %T
Exemplo 7
Resposta:
950 ENTER
400 %T
Exemplo 8
34
f REG
4,74 ENTER
5,37 +
7,82 +
5,37 %T
Resultado no visor: 29,95 (ou seja, quase 30%)
Por exemplo, para calcular qual percentagem das vendas totais no exemplo
anterior ocorreu na filial “A” e qual percentagem ocorreu na filial “C”:
Na filial “A”:
CLX 4,74 %T
Resposta no visor: 26,44 (ou seja, quase 27%).
Na filial “C”:
CLX 7,82 %T
Resposta no visor: 43,61 (ou seja, quase 44%).
Para calcular qual percentagem um número é de um total, quando você já sabe
o valor total, deve-se efetuar o seguinte comando:
Por exemplo, suponha que no exemplo anterior você já soubesse que as vendas
totais eram de R$ 17,93 milhões e desejasse descobrir qual percentagem do total ocorreu
na filial “B”:
f REG
17,93 ENTER
5,37 %T
Resultado no visor: 29,95 (ou seja, quase 30%)
35
3 FUNÇÕES DE CALENDÁRIO
A matemática financeira, de acordo com Samanez (2010), trabalha com duas
formas de calendário: ou com calendário comercial, também chamado de ano comercial,
ou com calendário civil, também chamado de ano civil. A seguir, vamos compreender
como funciona cada um deles e sua relevância na hora de realizar os cálculos.
Wakamatsu (2012) afirma que tais questões podem ser contornadas empregando
um modelo de ano comercial. Sob esse formato, cada mês do ano consiste em 30 dias,
e se torna muito mais fácil para as empresas compararem o desempenho e as despesas
mensais, assim como projetar números futuros e avaliar e gerenciar estoques (todos os
produtos acabados ou materiais usados na produção que foram armazenados).
36
Os calendários são úteis para indivíduos e empresas gerenciarem suas agendas,
planejarem eventos e atividades e marcarem ocasiões especiais no futuro. O advento
da tecnologia tornou o planejamento ainda mais fácil, pois os calendários agora são
facilmente acessíveis por meio de computadores, smartphones e outros dispositivos
pessoais (BARROS, 2014).
Um ano civil para indivíduos e muitas empresas é usado como o ano fiscal, ou
o período de um ano no qual seus impostos a pagar são calculados (GIMENES, 2009).
Algumas empresas optam por declarar seus impostos com base em um ano fiscal
(GIMENES, 2009). De acordo com Castanheira (2012), na maioria dos casos, esse período
começa em 1º de abril e termina em 31 de março e se adapta melhor aos padrões de
sazonalidade ou outras preocupações contábeis aplicáveis aos seus negócios.
O formato de data é utilizado tanto para interpretar datas quando são digitadas
quanto para exibi-las.
37
Quando os cálculos envolverem tempo, você precisará inserir a data no cálculo.
Isso pode ocorrer de duas formas, como vimos anteriormente, e a escolha desse
formato é indiferente, contudo, independentemente de qual for o escolhido, ele precisa
ser configurado, como veremos a seguir.
As datas são exibidas no mesmo formato. Por exemplo, para digitar 24 de maio
de 2022:
No visor ficará: 5,242022
• para usar formato dia-mês-ano, você deve apertar o comando g D.MY, e no visor irá
aparecer escrito D.MY;
• para usar o formato mês-dia-ano, você deve apertar o comando g M.DY, porém, no
visor, não irá aparecer nada escrito. Interpreta-se que a calculadora está configurada
para cálculos de datas de mês-dia-ano.
38
IMPORTANTE
Caro acadêmico, para todos os cálculos de data deste livro, iremos usar
o formato brasileiro de data, ou seja, dia-mês-ano. Dessa forma, deixe
sempre sua calculadora formatada para esse tipo de cálculo, da seguinte
forma: tecle g D.MY
39
INTERESSANTE
Caro acadêmico, o dia da semana indicado pela função DATE pode ser
diferente daquele registrado em textos históricos quando o calendário
juliano estava em uso. O calendário juliano era o padrão na Inglaterra
e em suas colônias até́ 14 de setembro de 1752, quando foi adotado o
calendário gregoriano. Outros países adotaram o calendário gregoriano
em momentos diferentes.
Exemplo 1
Resposta
g D.MY
27.072022 ENTER
0 g DATE
g D.MY
10.022022 ENTER
150 g DATE
Exemplo 2
Qual a data e qual dia da semana será 478 dias após o dia 01/08/2022?
Resposta:
01.082022 ENTER
478 g DATE
40
Exemplo 3
O bebê Pedro está com apenas 100 dias de vida. Se hoje é dia 07/09/2022, qual
a data que Pedro nasceu, e em qual dia da semana.
Resposta:
07.092022 ENTER
100 CHS g DATE
41
INTERESSANTE
Ano comercial e ano civil
O ano comercial é imutável (360 dias), enquanto o ano civil é variável (365
ou 366 dias). O ano comercial é inferior ao ano civil, visto este ter 365
ou 366 dias (em anos bissextos). O ano civil começa em 1º de janeiro e
termina em 31 de dezembro.
O civil é alterado de quatro em quatro anos, baseando-se no movimento
da Terra, somando-se um dia a mais no mês de fevereiro, que passa a ter
29 dias, assim como o ano civil passa a ter 366 dias, e a ser chamado de
ano bissexto.
FONTE: https://www.economias.pt/ano-comercial/
Exemplo 1
Resposta:
g D.MY
2,042022 ENTER
17,092023 g ∆DYS
Resposta no visor: 533 (número exato de dias)
x><y
Resposta no visor: 525 (número de dias baseado no calendário comercial.)
Exercício 2
Resposta:
g D.MY
14.072022 ENTER
31.102022 g ∆DYS
Resposta no visor: 109 (número exato de dias)
x><y
Resposta no visor: 107 (número de dias baseado no calendário comercial.)
42
Exercício 3
Resposta:
g D.MY
05.071970 ENTER
27.102054 g ∆DYS
Resposta no visor: 30.795 (número exato de dias com base no calendário civil)
x><y
Resposta no visor: 30.352 (número de dias baseado no calendário comercial
– mês com 30 dias)
43
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu:
• A HP12C fornece as funções de calendário nas teclas, DATA e ∆DYS, que trabalham
com datas entre 15 de outubro de 1582 e 25 de novembro de 4046.
• Para o cálculo das datas futuras ou passadas, usamos a tecla DATE, proporcionando
o cálculo para se identificar a data e dia da semana, que é um certo número de dias
depois ou antes de uma data fornecida.
44
AUTOATIVIDADE
1 A calculadora HP12C disponibiliza três teclas para solucionar problemas com
percentagens: % , ∆%, e %T . Com uso das teclas, não é preciso converter percentagens
nos equivalentes decimais; isso é feito automaticamente ao apertar qualquer uma
dessas teclas. Disserte sobre a funcionalidade das teclas ∆% e %T .
2 A HP12C fornece as funções de calendário nas teclas, DATA e ∆DYS, que trabalham
com datas entre 15 de outubro de 1582 e 25 de novembro de 4046. Qualquer data
fora desse período vai apresentar erro na calculadora HP12C. Disserte sobre a
funcionalidade das teclas DATE e ∆DYS .
a) ( ) R$ 31,70.
b) ( ) R$ 15,40.
c) ( ) R$ 23,90.
d) ( ) R$ 47,71.
a) ( ) R$ 800,00.
b) ( ) R$ 1.000,00.
c) ( ) R$ 1.200,00.
d) ( ) R$ 1.500,00.
a) ( ) R$ 392,00.
b) ( ) R$ 462,00.
c) ( ) R$ 528,00.
d) ( ) R$ 584,00.
a) ( ) -10,11.
b) ( ) -62,89.
45
c) ( ) -88,67.
d) ( ) -13,10.
7 Um produto custa R$ 400,00 na loja “A”, e na loja “B”, o mesmo produto custa R$
500,00. Qual a diferença percentual entre os valores?
a) ( ) 15%.
b) ( ) 20%.
c) ( ) 25%.
d) ( ) 30%.
a) ( ) 47,91%
b) ( ) 15,93%
c) ( ) 60,24%
d) ( ) 20,69%
a) ( ) 10%
b) ( ) 20%
c) ( ) 30%
d) ( ) 40%
10 Qual a data e qual dia da semana que será 1058 dias após o dia 10/06/2022?
a) ( ) 03.05.2025 6 (sábado).
b) ( ) 10.10.2024 7 (domingo).
c) ( ) 18.08.2028 1 (segunda-feira).
d) ( ) 23.02.2026 3 (quarta-feira).
11 Se hoje é dia 22/05/2022, qual a data e qual dia da semana foi 200 dias antes de
22/05/2022?
a) ( ) 28.04.2020 2 (terça-feira).
b) ( ) 03.11.2021 3 (quarta-feira).
c) ( ) 12.02.2022 5 (sexta-feira).
d) ( ) 09.09.2021 4 (quinta-feira).
46
12 Calcule número de dias exatos entre 22/04/1600 e 01/08/2022. Depois, calcule o
número de dias com base calendário comercial, ou seja, com mês de 30 dias, entre
22/04/1500 e 01/08/2022.
47
48
UNIDADE 1 TÓPICO 4 -
INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE CAPITALIZAÇÃO
SIMPLES E COMPOSTO
1 INTRODUÇÃO
Capitalização, de acordo com Castanheira e Macedo (2020), refere-se ao
processo de integração do juro ao capital que o gerou, sendo que o sistema de
capitalização está diretamente ligado a dois termos, “capital” e “juros”. Para os autores,
o capital refere-se ao valor expresso na moeda corrente de uma determinado país e
é disponível para operações financeiras, enquanto os juros nada mais são do que a
remuneração do capital.
49
Caro acadêmico, essas quatro etapas são muito úteis quando se está iniciando
o processo de aprendizado da matemática financeira, e à medida que você adquire a
prática, é possível encurtá-las ou mesmo deixar de realizá-las.
Etapa 1 e Etapa 2
Etapa 3
Após realizar a interpretação e separação dos dados, como vimos nas etapas
anteriores, agora é a hora de organizar o diagrama para retratar o problema, conforme
veremos no exemplo a seguir:
50
FIGURA 10 – DIAGRAMA
Etapa 4
Fn = P x (1 + i) n
F5 = 1.000 x (1 + 0,10)5
F5 = 1.000 x (1,10)5
F5 = 1.610,51
51
período são calculados sempre sobe o mesmo valor principal. Em outras palavras, em
um dado período de tempo, o cálculo dos juros incide sobre o valor inicial, e nunca sobre
o montante, que é o valor derivado da soma dos juros mais capital inicial.
QUADRO 2 – RESOLUÇÃO
Considerações:
• No primeiro mês, temos um capital inicial de R$ 1.000,00. Com uma taxa de juros
de 10%, obtemos um valor de juros do primeiro mês de R$ 100,00 (R$ 1.000,00 x 0,1).
O montante acumulado é de R$ 1.100,00 (R$ 1.000,00 capital + R$ 100,00 juros do
primeiro mês).
• No segundo mês, temos um capital inicial de R$ 1.000,00. Com uma taxa de juros
de 10%, obtemos um valor de juros do segundo mês de R$ 100,00 (R$ 1.000,00 x
0,1). O montante acumulado é de R$ 1.200,00 (R$ 1.000,00 capital + R$ 100,00 juros
do primeiro mês + R$ 100,00 juros do segundo mês).
• No Terceiro mês, temos um capital inicial de R$ 1.000,00. Com uma taxa de juros
de 10%, obtemos um valor de juros do terceiro mês de R$ 100,00 (R$ 1.000,00 x 0,1).
O montante acumulado é de R$ 1.300,00 (R$ 1.000,00 capital + R$ 100,00 juros do
primeiro mês + R$ 100,00 juros do segundo mês + R$ 100,00 juros do terceiro mês).
• No quarto mês, temos um capital inicial de R$ 1.000,00. Com uma taxa de juros de
10%, obtemos um valor de juros do quarto mês de R$ 100,00 (R$ 1.000,00 x 0,1). O
montante acumulado é de R$ 1.400,00 (R$ 1.000,00 capital + R$ 100,00 juros do
primeiro mês + R$ 100,00 juros do segundo mês + R$ 100,00 juros do terceiro mês
+ R$ 100,00 juros do quarto mês).
52
• No quinto mês, temos um capital inicial de R$ 1.000,00. Com uma taxa de juros de
10%, obtemos um valor de juros do quinto mês de R$ 100,00 (R$ 1.000,00 x 0,1). O
montante acumulado é de R$ 1.500,00 (R$ 1.000,00 capital + R$ 100,00 juros do
primeiro mês + R$ 100,00 juros do segundo mês + R$ 100,00 juros do terceiro mês
+ R$ 100,00 juros do quarto mês + R$ 100,00 juros do quinto mês).
NOTA
Em capitalização simples, os juros são sempre calculados sobre o capital
inicial.
A maioria das instituições bancárias utiliza juros compostos. A ideia por trás dos
juros compostos é que, no segundo ano, você deve receber juros sobre os juros que
ganhou no primeiro ano (VANNUCCI, 2017). Em outras palavras, os juros que você ganha
53
no primeiro ano são combinados com o principal e, no segundo ano, você ganha juros
sobre a soma combinada (BARROS, 2014).
Considerações
O Quadro 4 mostra a diferença entre valores que são obtidos com juros simples
e com juros compostos. Observe que, com o passar dos meses, a diferença entre eles
vai aumentando.
55
QUADRO 4 – COMPARAÇÃO ENTRE SISTEMA JUROS SIMPLES E COMPOSTO
DICA
Caro acadêmico, o objeto de aprendizagem trata de uma ferramenta didática desenvolvida
e utilizada com o intuito de apresentar ao acadêmico um determinado tema e articular
atividades relacionadas a ele, atendendo ao princípio norteador da UNIASSELVI, de que
“não basta saber, é preciso saber fazer”. Dessa forma, nosso Objeto de Aprendizagem
será composto por duas etapas: uma contendo a apresentação do conteúdo, e a outra
contendo as atividades práticas relacionadas a ele.
56
Segue o link dos objetos de aprendizagem:
- Regime de capitalização:
https://static.asselvi.com.br/objetos/aprendhtml5/disc/10049/index.html
Bons estudos!
57
LEITURA
COMPLEMENTAR
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Resolução:
58
No caso geral, para um capital C aplicado a juros simples durante n períodos a uma
taxa unitária i referida nesse período, tem-se uma Progressão Aritmética cujo primeiro
termo é C+Ci e a razão é Ci. Assim, lembrando que a equação que relaciona um termo
qualquer an de uma Progressão Aritmética com o primeiro termo a1 e a razão r é dada por
an = a1 (n-1)r,
Exemplo: Um artigo de preço à vista igual a $700,00 pode ser adquirido com
entrada de 20% mais um pagamento para 45 dias. Se o vendedor cobra juros simples de
8% ao mês, qual o valor do pagamento devido?
Resolução:
Exemplo: Um empréstimo foi efetuado a uma taxa linear de 1,8% ao mês e pago
um montante de $5.667,20 após 20 dias. Qual é o valor do empréstimo?
59
Resolução:
Resolução:
Resolução:
Calculando o montante Mn ao final de cada mês n, obtemos:
M1 = 1.000(0,1) + 1.000 = 1.100
M2 = 1.100(0,1) + 1.100 = 1.210
M3 = 1.210(0,1) + 1.210 = 1.331
M4 = 1.331(0,1) + 1.331 = 1.464,10
Note que, a cada mês, o montante é acrescido de 10% do seu valor. Assim,
podemos afirmar que os montantes formam uma Progressão Geométrica de razão 1,1.
60
De maneira geral, para um capital C, aplicado a juros compostos durante n
períodos a uma taxa unitária i referida nesse período, tem-se uma Progressão Geométrica
cujo primeiro termo é C(1+i) e a razão é (1+i). Portanto, lembrando que a equação que
relaciona um termo qualquer a_n de uma Progressão Geométrica com o primeiro termo
a1e a razão q é dada por
an = a1.q(n-1),
M = C(1+i)(1+i)(n-1)
M = C(1+i)n
61
Exemplo: Uma aplicação especial rende 1,5% ao mês em regime de juros
compostos. Certa pessoa deseja aplicar a quantidade $620,00 durante 2 anos. Qual é o
montante gerado por essa aplicação?
Resolução:
Resolução:
Resolução:
62
FONTE: Adaptado de https://bit.ly/3DtK5o2. Acesso em: 28 mai. 2022.
63
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu:
• O regime de juros simples refere-se ao sistema no qual a taxa de juros incide apenas
sobre o valor principal, de forma que não há incidência de juros sobre os juros
gerados a cada período.
64
AUTOATIVIDADE
1 Mesmo considerando que a financeira seja uma disciplina da área de ciências
exatas, é comum ela depender bastante da interpretação do leitor. Nesses termos,
é importante que o leitor, ao realizar a leitura dos dados apresentados pela questão,
realize a leitura e a interpretação para que seus dados sejam extraídos e trabalhados
de forma correta. Dessa forma, a literatura apresenta um método de resolução de
exercícios que envolve, essencialmente, quatro etapas. Sobre as etapas do método
de resolução de exercícios, assinale a alternativa CORRETA:
3 O sistema de capitalização é que irá definir a forma de acúmulo dos juros. O sistema
de capitalização apresenta dois tipos: sistema de capitalização simples e o sistema
de capitalização composto. De acordo com os princípios do sistema de capitalização,
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
65
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) F – V – F – V – F.
b) ( ) V – F – V – F – V.
c) ( ) F – V – V – V – V.
d) ( ) V – V – V – F – F.
5 No sistema de juros compostos, os juros incidem sobre o capital mais o juro acumulado
anteriormente. Conceitue regime de juros compostos.
66
REFERÊNCIAS
BARROS, D. M. Matemática Financeira. São Paulo: Rideel, 2014.
67
VANNUCCI, L. R. Matemática financeira e engenharia econômica princípios e
aplicações. 2ª Edição. São Paulo: Blucher, 2017.
68
UNIDADE 2 —
SISTEMA DE CAPITALIZAÇÃO
SIMPLES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de
reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
69
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 2!
Acesse o
QR Code abaixo:
70
UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
TAXA DE JUROS
1 INTRODUÇÃO
Os juros simples são um método utilizado no cálculo dos juros cobrados em um
empréstimo (BARROS, 2014). São calculados multiplicando a taxa de juros diária pelo
principal pelo número de dias decorridos desde o último pagamento (BARROS, 2014).
Sempre que se efetua qualquer pagamento de um empréstimo a juros simples, o ajus-
tamento é efetuado primeiramente pelo montante dos juros e do capital remanescente.
71
O valor do dinheiro no tempo é o conceito de que uma soma de dinheiro vale mais
agora do que a mesma soma valerá em uma data futura devido ao seu potencial de ganhos
nesse ínterim. Esse é um princípio fundamental das finanças (SAMANEZ, 2010). Uma soma
de dinheiro na mão tem valor maior do que ela soma a ser paga no futuro. O valor do dinheiro
no tempo também é conhecido como valor presente descontado (JACQUES, 2010).
Se não for investido, o valor do dinheiro corrói com o tempo. Se você esconder
R$ 3.000 em um colchão por cinco anos, perderá o dinheiro adicional que poderia ter
ganho ao longo desse tempo se investido (BARROS, 2014). Ele terá ainda menos poder
de compra quando você o recuperar, pois a inflação reduziu seu valor.
72
Valor do dinheiro no tempo X finanças
Seria difícil encontrar uma única área de finanças onde o valor do dinheiro no
tempo não influenciasse o processo de tomada de decisão. O valor do dinheiro no tem-
po é o conceito central na análise de fluxo de caixa descontado, que é um dos méto-
dos mais populares e influentes para avaliar oportunidades de investimento (BARROS,
2014). É também parte integrante das atividades de planejamento financeiro e gestão
de risco. Gestores de fundos de pensão, por exemplo, consideram o valor do dinheiro no
tempo para garantir que seus correntistas receberão fundos adequados na aposenta-
doria (VANNUCCI, 2017).
3 JUROS
Juros são o encargo monetário pelo privilégio de pedir dinheiro emprestado,
normalmente expresso como uma taxa percentual anual. Eles são a quantidade
de dinheiro que um credor ou instituição financeira recebe por emprestar dinheiro
(WAKAMATSU, 2012).
Juros são a taxa paga sobre uma quantia, seja ela emprestada ou investida
(BARROS, 2014).
73
• O risco de que o credor não possa pagar o empréstimo devido à inadimplência.
• Período em que o dinheiro está sendo emprestado.
• Possibilidade de intervenção do governo nas taxas de juros.
• Liquidez do empréstimo.
Tipos de taxas
Taxa de juros nominal: é uma taxa referencial onde os juros são capitalizados
mais de uma vez no período a que a taxa se refere. Em outras palavras, a taxa nominal
é aquela calculada com base no valor nominal (SAMANEZ, 2010).
Taxa de juros efetiva: é a taxa calculada com base no valor efetivamente apli-
cado ou tomado emprestado, ou seja, com base no valor colocado à disposição do banco
ou do cliente na data da aplicação ou do contrato de financiamento (SAMANEZ, 2010).
74
A dúvida moral de cobrar juros sobre empréstimos desapareceu durante o
Renascimento. As pessoas começaram a pedir dinheiro emprestado para expandir
negócios na tentativa de melhorar sua própria estação (JACQUES, 2010). Segundo
Barros (2014), mercados em crescimento e relativa mobilidade econômica tornaram os
empréstimos mais comuns e tornaram a cobrança de juros mais aceitável. Para o autor,
foi nessa época que o dinheiro começou a ser considerado uma mercadoria e o custo
de oportunidade de emprestá-lo passou a valer a pena cobrar.
Irã, Sudão e Paquistão usam sistemas bancários sem juros. O Irã é completamente
livre de juros, enquanto o Sudão e o Paquistão têm medidas parciais (JACQUES, 2010).
Essa tendência nos bancos islâmicos – recusar-se a receber juros sobre empréstimos
– tornou-se mais comum no final do século XX, independentemente das margens de
lucro (BARROS, 2014).
4 TAXA PROPORCIONAL
As taxas proporcionais são taxas de juros que se baseiam nas quantidades
de bens e serviços adquiridos. Normalmente, a proporção é uma porcentagem fixa
aplicada ao preço de compra dos itens adquiridos pelos compradores (GIMENES, 2009).
Essa abordagem é diferente de outras formas de classificação, como as abordagens
progressivas e regressivas que podem levar a uma mudança na taxa real com base
em fatores relevantes. Com uma taxa proporcional, os juros aplicados permanecem os
mesmos mesmo quando outros fatores mudam (CASTANHEIRA, 2010).
Caro acadêmico, use o Quadro 1 para ajudar no cálculo das taxas proporcionais.
75
TABELA 1 – TRANSFORMAÇÃO DAS TAXAS NO TEMPO
DICA
O objeto de aprendizagem trata de uma ferramenta didática desenvolvida e
utilizada com o intuito de apresentar ao acadêmico um determinado tema e
articular atividades relacionadas a ele, atendendo ao princípio norteador da
UNIASSELVI, de que “não basta saber, é preciso saber fazer”. Dessa forma,
nosso Objeto de Aprendizagem será composto por duas etapas: uma
contendo a apresentação do conteúdo e a outra contendo as atividades
práticas relacionadas a ele.
Bons estudos!
Exemplo 1a
Qual a taxa proporcional de 18,0% a.a. para ao mês?
Resolução:
18 / 12 = 1,5 (ou seja 1,5% a.m.)
76
Se temos uma taxa de 18,0% ao ano e queremos saber o quanto ela representa
a cada mês, basta dividir 18 por 12 e chegaremos a 1,5% de juros ao mês. O 12 representa
a quantidade de meses que tem em um ano, dessa forma, para descobrir a taxa de um
mês, basta dividir taxa de ano por 12.
Exemplo 1b
Qual a taxa proporcional de 1,5% a.m. para ao ano?
Resolução:
1,5 * 12 = 18,0 (ou seja 18,0% a.a.)
Se temos uma taxa de 1,5% ao mês e queremos saber o quanto ela representa
a cada ano, basta multiplicar 1,5 por 12 e chegaremos a 18,0% de juros ao ano. O 12
representa a quantidade de meses que tem em um ano, dessa forma, para descobrir a
taxa de um ano, basta multiplicar taxa de mês por 12.
Exemplo 2a
Qual a taxa proporcional de 2,0% a.m. para ao ano?
Resolução:
2,0 x 12 = 24 (ou seja 24,0% a.a.)
Se temos uma taxa de 2,0% ao mês e queremos saber o quanto ela representa a
cada ano, basta multiplicar 2 por 12 e chegaremos a 24% de juros ao ano. O 12 representa
a quantidade de meses que tem em um ano, dessa forma, para descobrir a taxa de um
mês, basta dividir taxa de ano por 12.
Exemplo 2b
Qual a taxa proporcional de 24,0% a.a. para ao mês?
Resolução:
24 / 12 = 2 (ou seja 2,0% a.m.)
Se temos uma taxa de 24,0% ao ano e queremos saber o quanto ela representa
a cada mês, basta dividirmos 24 por 12 e chegaremos a 2% de juros ao mês. O 12
representa a quantidade de meses que tem em um ano, dessa forma, para descobrir a
taxa de um ano, basta multiplicar taxa de mês por 12.
Exemplo 3a
Qual a taxa proporcional de 6,0% a.b. para ao semestre?
Resolução:
6 x 3 = 18 (ou seja 18,0% a.s.)
Se temos uma taxa de 6,0% ao bimestre e queremos saber o quanto ela representa
a cada semestre, basta multiplicar 6 por 3 e chegaremos a 18% de juros ao semestre.
O 3 representa a quantidade de bimestre que tem em um semestre, dessa forma, para
descobrir a taxa de um semestre, basta multiplicar taxa de semestre por 3 bimestres.
77
Exemplo 3b
Qual a taxa proporcional de 18,0% a.s. para ao bimestre?
Resolução:
18 / 3 = 6 (ou seja 6,0% a.b.)
Se temos uma taxa de 18,0% ao semestre e queremos saber o quanto ela
representa a cada semestre, basta dividir 18 por 3 e chegaremos a 6% de juros ao bimestre.
O 3 representa a quantidade de bimestre que tem em um semestre, dessa forma, para
descobrir a taxa de um bimestre, basta dividir taxa de semestre por 3 bimestres.
78
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
• Para realizar cálculo de taxa proporcional, basta dividir a taxa nominal de juros pela
fração do tempo que se quer calcular.
79
AUTOATIVIDADE
1 Normalmente, juros simples têm sua utilidade no curtíssimo prazo. O cálculo de juros
simples apresenta basicamente três passos: igualar os períodos; transformar a taxa
de percentual para decimal: calcular pela fórmula. Conceitue taxa proporcional.
2 Juros simples referem-se aos juros que são calculados sobre capital inicial, ou
seja, em juros simples não existe juros sobre juros, dessa forma, o capital cresce de
forma linear. A taxas podem ser apresentadas em diferentes períodos apresentado
diferentes simbologia para representar cada um dos períodos. Qual a simbologia de
cada período?
3 Uma característica importante de juros simples que é ele pode ser convertido para
qualquer outro prazo com a simples base de multiplicação ou divisões, sem prejudicar
seu valor intrínseco, mantendo a sua proporcionalidade. Quais são os diferentes
tempos e sua relação com anos, semestres, quadrimestre, trimestre, bimestres, mês
e dias?
4 As taxas proporcionais são taxas de juros que se baseiam nas quantidades de bens e
serviços adquiridos. Normalmente, a proporção é uma porcentagem fixa aplicada ao
preço de compra dos itens adquiridos pelos compradores. Qual a taxa proporcional de
6% a.s. para ao trimestre?
a) 1,5% a.m.
b) 2,7% a.m.
c) 1,0% a.m.
d) 0,5% a.m.
5 A ideia por trás de uma taxa proporcional é estabelecer um padrão que se aplique
a qualquer situação. Isso evita a necessidade de reconhecer e analisar uma ampla
gama de variáveis, uma tarefa que pode consumir muito tempo e complicar
significativamente o processo contábil. Qual a taxa proporcional de 6% a.a. para ao
quadrimestre?
a) 4,0% a.q.
b) 3,0% a.q.
c) 2,0% a.q.
d) 1,0% a.q.
80
6 A taxa proporcional, também chamada de taxa linear, refere-se às taxas nominais de
acordo com uma fração do tempo à qual elas correspondem. Para realizar seu cálculo,
basta dividir a taxa nominal de juros pela fração do tempo que se quer calcular. Qual
a taxa proporcional de 30% a.t. para ao mês?
a) 10,0% a.m.
b) 1,0% a.m.
c) 15,0% a.m.
d) 3,0% a.m.
a) 15,0% a.s.
b) 22,0% a.s.
c) 30,0% a.s.
d) 33,0% a.s.
a) 8,0% a.m.
b) 6,0% a.m.
c) 3,0% a.m.
d) 2,0% a.m.
81
82
UNIDADE 2 TÓPICO 2 -
JUROS SIMPLES
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 2, intitulado “Juros Simples”, abordaremos primeiramente
o conceito para entender as diferenças de juros simples ordinário e juros simples exato.
Em seguida, abordaremos os cálculos de juros simples pelas fórmulas, onde aprendere-
mos a principal fórmula de juros simples, bem como as suas derivadas. Posteriormente,
analisaremos os cálculos de juros simples pela calculadora HP12C, onde aprenderemos
os comandos para realizar os cálculos de juros simples ordinário.
INTERESSANTE
Regras de arredondamento
A ABNT/NBR 5891 dispõe sobre as regras de arredondamento da numeração decimal.
• Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado
for inferior a 5, o último algarismo a ser conservado permanecerá sem modificação.
Exemplo: 1,333 3 arredondado à primeira decimal, temos: 1,3.
• Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado for
superior a 5, ou, sendo 5, for seguido de no mínimo um algarismo diferente de zero, o
último algarismo a ser conservado deverá ser aumentado de uma unidade.
Exemplo A: 1,666 6 arredondado à primeira decimal, temos: 1,7.
Exemplo B: 4,850 5 arredondados à primeira decimal, temos: 4,9.
• Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado
for 5 seguido de zeros, dever-se-á arredondar o algarismo a ser conservado para o
algarismo par mais próximo. Consequentemente, o último a ser retirado, se for ímpar,
aumentará uma unidade.
Exemplo: 4,550 0 arredondados à primeira decimal, temos: 4,6.
83
• Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último a ser conservado for 5 seguido
de zeros, se for par o algarismo a ser conservado, ele permanecerá sem modificação.
Exemplo: 4,850 0 arredondados à primeira decimal, temos: 4,8.
Nos exemplos a seguir, estamos aplicando a regra da ABNT arredondando para duas casas
decimais. Repare na tabela que 0 é considerado par.
84
presente (VP) não possuem uma programação na HP12C, para esses cálculos você terá
que utilizar as fórmulas. Nesse livro, mostraremos as duas formas de fazer o cálculo de
juros simples, ou seja, pela fórmula e pela HP12C.
Em juros simples, trabalhamos com dois tipos de juros, o juro ordinário e juro
exato. O juro ordinário utiliza o calendário comercial onde todos os anos têm 360 dias
e todos os meses têm 30 dias. Já o juro exato utiliza o calendário civil, onde o ano tem
365 ou 366 dias, quando for ano bissexto.
IMPORTANTE
Caro acadêmico, esse tema é tão importante que vale a pena reforçar.
Em juros simples, trabalhamos com dois tipos de juros, o juro ordinário e
juro exato:
- O juro ordinário, que utiliza o calendário comercial onde todos os anos
têm 360 dias e todos os meses têm 30 dias.
- Já o juro exato utiliza o calendário civil, onde o ano tem 365 ou 366 dias,
quando for ano bissexto.
85
A taxas podem ser apresentadas em diferentes períodos apresentado a seguinte
simbologia para representar cada um dos períodos:
J=C*i*n
Onde:
• J = Juros simples
• C = Capital inicial ou capital principal, ou ainda valor presente (PV)
• I = taxa de juros (taxa de juros dividido por 100)
IMPORTANTE
Caro acadêmico, sempre que você for fazer cálculo de juros simples
utilizando algumas das fórmulas, lembre-se de que é obrigatório
dividir a taxa (que está em porcentagem) por cem (para transformar
a taxa em números decimais).
86
Existem outras fórmulas derivadas da principal:
IMPORTANTE
Caro acadêmico, para cálculos de juros simples na HP12C, SEMPRE se deve
deixar a taxa em ano e o tempo em dia.
87
ATENÇÃO
Quando se tratar de juros simples, na HP12C, só é possível calcular os
juros, o montante e o desconto (desconto é um assunto que vermos ainda
nesta unidade). A taxa, o tempo e o valor presente (VP) não possuem uma
programação na HP12C. Para esses cálculos, você terá que utilizar as fórmulas.
60 / 360 = 0,16666666667
Exemplo 2
Tomou-se emprestada uma quantia de R$ 2.500,00 pelo prazo de 3 anos e à
taxa de 15% ao ano. Qual o valor do juro simples ordinário a ser pago?
88
Resolução pela fórmula
Exemplo 3
Mario realizou uma aplicação de R$ 7.000,00 a uma taxa de 1,8% ao mês em
juros simples ordinário e gerou juros de R$ 800,00. Sabendo essas informações, calcule
por quantos meses o capital ficou aplicado.
89
Terceiro, calcular pela fórmula
J=C*i*n
800 = 7000 * 0,018 * n
800 = 126 * n
800 / 126 = n
n = 6,35 (ou seja 6,35 meses)
Exemplo 4
Considerando que um capital de R$ 3.000,00 é aplicado durante 15 meses e
produz juros de R$ 1.000,00. Tendo conhecimento destes dados, calcule a taxa mensal
dessa aplicação.
90
Resolução pela HP12C
Exemplo 5
Um capital foi aplicado durante 60 meses e a uma taxa de 24% ao ano.
Sabendo que os juros simples ordinário do período foram R$ 3.000,00, calcule o capital
inicialmente aplicado.
91
Quando se tratar de juros simples exatos, na HP12C, só é possível calcular os
juros, o montante e o desconto. A taxa, o tempo e o valor presente (VP) não possuem
uma programação na HP12C. Para esses cálculos você terá que utilizar as fórmulas.
Para cálculos de juros simples exatos, tanto no cálculo pela fórmula como no cálculo na
HP12C, SEMPRE deve deixar a taxa em ano e o tempo em dia.
92
IMPORTANTE
As quantidades n, i e PV podem ser informadas em qualquer ordem.
IMPORTANTE
Caro acadêmico, este tema é tão importante que vale a pena reforçar.
Em juros simples trabalhamos com dois tipos de juros, o juro ordinário e juro
exato:
- O juro ordinário utiliza o calendário comercial em que todos os anos têm
360 dias e todos os meses têm 30 dias.
- Já o juro exato utiliza o calendário civil, em que o ano tem 365 ou 366 dias,
quando for ano bissexto.
93
Terceiro, basta calcular pela fórmula
J = (C * i * n) / 365
J = (450 * 0,07 * 60) / 365
J = 1.890 / 365
J = 5,18 (ou seja, o valor dos juros acumulados é R$ 5,18)
M=C+J
M = 450 + 5,18
M = 455,18 (ou seja, montante com juros exatos de R$ 455,18)
Exemplo 2
M=C+J
M = 2500 + 1125
M = 3.625 (ou seja, montante de R$ 3.625,00)
94
Resolução pela HP12C
Ajuste do tempo: taxa sempre em ano; tempo sempre em dias
3 anos * 365 = 1.095 dias
95
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
• O juro ordinário utiliza o calendário comercial, em que todos os anos têm 360 dias e
todos os meses têm 30 dias.
• O juro exato utiliza o calendário civil, em que o ano tem 365 ou 366 dias, quando for
ano bissexto.
• Sempre que for fazer cálculo de juros simples utilizando algumas das fórmulas,
lembre-se de que é obrigatório dividir a taxa (que está em porcentagem) por cem
(para transformar a taxa em números decimais).
• Para cálculos de juros simples utilizando a fórmula, sempre é preciso ajustar a taxa
e o tempo para o mesmo período (unidade de tempo).
• A taxa, o tempo e o valor presente (VP) não possuem uma programação na HP12C
• Para cálculos de juros simples exatos, tanto no cálculo pela fórmula como no cálculo
na HP12C, SEMPRE se deve deixar a taxa em ano e o tempo em dia.
96
AUTOATIVIDADE
1 Um investido precisa de um empréstimo para começar mais uma empresa e pediu
R$ 5.000,00 emprestados por 180 dias. O banco empresta o dinheiro a juros simples
ordinários de 12% a.a. Qual é o valor dos juros acumulados que ele deverá após 180 dias?
a) R$ 300,00.
b) R$ 230,00.
c) R$ 450,00.
d) R$ 390,00.
a) R$ 7,530,00.
b) R$ 3,390,00.
c) R$ 5,620,00.
d) R$ 4,080,00.
3 Mario realizou uma aplicação de R$ 43.000,00 a uma taxa de 0,9% ao mês em juros
simples ordinário e gerou juros de R$ 5.000,00. Sabendo essas informações, calcule
por quantos meses o capital ficou aplicado.
a) 6,59 meses.
b) 8,34 meses.
c) 10,11 meses.
d) 12,92 meses.
a) 0,11% a.m.
b) 0,17% a.m.
c) 0,48% a.m.
d) 0,9% a.m.
5 Um capital foi aplicado durante 120 meses e a uma taxa de 18% ao ano. Sabendo que
os juros simples ordinário do período foram R$ 6.000,00, calcule o capital inicialmente
aplicado.
97
a) R$ 3.333,33.
b) R$ 5.500,10.
c) R$ 7,616,16.
d) R$ 9.000,00.
7 Tomou-se emprestada uma quantia de R$ 13.000,00 pelo prazo de 500 dias e à taxa
de juros exatos de 6% ao ano. Qual o valor dos juros simples exatos a serem pagos e
qual o valor do montante com base nos juros exatos?
8 O valor do empréstimo deve ser devolvido pela pessoa às autoridades no prazo com
um valor extra, que geralmente é o juro que você paga pelo empréstimo. Disserte
sobre a diferença de juros ordinário e juros exatos.
9 Quando investimos nosso dinheiro em qualquer banco, o banco nos fornece juros
sobre o nosso valor. Os juros aplicados pelos bancos são de vários tipos, um deles é o
juro simples. Disserte sobre o conceito de juros simples.
98
UNIDADE 2 TÓPICO 3 -
CÁLCULO DO MONTANTE
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 3, intitulado “cálculo do montante” abordaremos inicial-
mente o conceito de montante e sua usabilidade no mercado financeiro. Em seguida,
analisaremos os cálculos do montante pelas fórmulas, estudando as duas fórmulas bá-
sicas de montante. Na sequência, abordaremos o cálculo do montante pela calculadora
HP12C, onde estudaremos os comandos para realizar os cálculos de juros simples.
2 MONTANTE
O montante, segundo o Guia HP12C (2004), também chamado de valor total, é a
soma do valor principal mais juros acumulados. O montante refere-se à soma do capital
(valor presente) mais os juros referentes ao período de capitalização. Para cálculo do
montante, podemos usar basicamente duas fórmulas que veremos a seguir.
M=C+J
Onde:
• M = Montante
• C = Capital
• J = Juros
99
Outra fórmula é:
M = C * (1 + i * n)
100
Resolução pela fórmula
18 / 12 = 1,5% a.m.
Segundo, transformar a taxa de percentual para decimal dividindo a taxa por 100
1,5 / 100 = 0,015
Exemplo 2
101
Resolução pela fórmula
Segundo, transformar a taxa de percentual para decimal dividindo a taxa por 100
1 / 100 = 0,01 (1% dividido por 100 igual a 0,01 decimais)
Exemplo 3
Por quantos meses deve ser aplicado o capital de R$ 4.000,00 a uma taxa de
juros ordinário de 21,6% ao ano para obter um montante de R$ 4.576,00.
Segundo, transformar a taxa de percentual para decimal dividindo a taxa por 100
1,8 / 100 = 0,018
102
Terceiro, calcular pela fórmula
M = C * (1 + i * n)
4576 = 4.000 * (1 + 0,018 * n)
4576 / 4.000 = (1 + 0,018 * n)
1,144 = 1 + 0,018 * n
1,144 - 1 = 0,018 * n
0,144 = 0,018 * n
0,144 / 0,018 = n
n = 8 (ou seja, 8 meses)
Exemplo 4
Segundo, transformar a taxa de percentual para decimal dividindo a taxa por 100
A questão está justamente pedindo a taxa. Lembre-se de que, quando se busca
a taxa como resposta, é preciso multiplicar o resultado encontrado por 100, isso ocorre
porque a fórmula como padrão usa a taxa em números decimais e, ao multiplicar por
100, a taxa é transformada em percentual.
103
Resolução pela HP12C
104
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu:
• O montante, também chamado de valor total, é a soma do valor principal mais juros
acumulados.
• Para cálculos de juros simples na HP12C, SEMPRE se deve deixar a taxa em ano e o
tempo em dia.
• A taxa, o tempo e o valor presente (VP) não possuem uma programação na HP12C.
105
AUTOATIVIDADE
1 A matemática financeira faz parte da sua vida. Quanto maior for a compreensão de
seus conceitos, melhor será o entendimento das possíveis oscilações nas finanças.
Na prática, esses conceitos serão incorporados a uma série de fórmulas que, por
sua vez, vão servir como poderosos instrumentos para a obtenção de informações
estratégicas. Conceitue montante.
a) R$ 100.000,00.
b) R$ 140.000,00.
c) R$ 170.000,00.
d) R$ 190.000,00.
a) R$ 21.038,96.
b) R$ 33.560,10.
c) R$ 18.204,31.
d) R$ 40.790,53.
4 Por quantos meses deve ser aplicado o capital de R$ 68.000,00 a uma taxa de juros
ordinário de 19,4% ao ano para obter um montante de R$ 200.000,00?
a) 30 meses.
b) 60 meses.
c) 90 meses.
d) 120 meses.
5 Calcule a taxa de juros mensal ordinário, que deve ser aplicado um capital de R$
10.000,00, durante 18 meses, para obter um montante de R$ 20.000,00.
a) 7,80% a.m.
b) 4,29% a.m.
c) 5,56% a.m.
d) 11,13% a.m.
106
6 Um investidor precisa de um empréstimo para conectar mais uma empresa e pediu
R$ 5.000,00 emprestados por 180 dias. O banco empresta o dinheiro a juros simples
ordinário de 12% a.a. Qual é o valor do montante que ele deverá após 180 dias?
a) R$ 5.300,00.
b) R$ 5.230,00.
c) R$ 5.450,00.
d) R$ 5.390,00.
a) R$ 40,530,00
b) R$ 37,390,00..
c) R$ 39,620,00.
d) R$ 38,080,00.
8 O montante, também chamado de valor total, é a soma do valor principal mais juros
acumulados. O montante refere-se à soma do capital (valor presente) mais os juros
referentes ao período de capitalização. Disserte sobre montante.
107
108
UNIDADE 2 TÓPICO 4 -
OPERAÇÕES BANCÁRIAS
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 4, intitulado de “Operações Bancárias”, abordaremos
inicialmente os conceitos de desconto comercial ou bancário. Abordaremos os títulos
mais comuns que costumam sofrer operações de desconto. Abordaremos a função do
desconto no mercado comercial e bancário.
O aprendizado permite que o aluno saiba tanto a parte teórica como prática
dos cálculos do montante, não se limitando apenas aos cálculos via fórmula, mas
também com uso da HP12C. Os diversos exercícios apresentam resolução comentada
dos exercícios de forma a facilitar o entendimento nos estudos individuais, bem como
discussão em grupo das diversas formas de resolução de uma mesma questão.
2 OPERAÇÕES BANCÁRIAS
De acordo com Gimenes (2009), existem inúmeros tipos de bancos e instituições
financeiras atualmente operando no mundo. Para o autor, cada uma dessas instituições
busca fornecer um conjunto específico de serviços, não sendo incomum uma
organização adequar seus serviços a um determinado mercado ou tipo de investidor.
Banco de varejo
Em geral, muitas pessoas estão mais familiarizadas com o banco de varejo. O
banco de varejo presta serviços ao público em geral, incluindo empréstimos, depósitos e
contas correntes (GIMENES, 2009). Como esses bancos atendem à população em geral,
109
o mercado é altamente competitivo. Para construir uma base de clientes, a maioria dos
bancos se concentra em fornecer serviços altamente convenientes e acessíveis à sua
clientela (BARROS, 2014). Uma vez que um cliente contrata um banco para fornecer
um determinado serviço, como uma conta corrente, o banco normalmente incentiva o
cliente a abrir uma conta poupança também. As operações bancárias internas em um
banco de varejo envolvem a abertura de novas contas, a transferência de dinheiro entre
contas e a assistência aos clientes no gerenciamento de depósitos (GIMENES, 2009).
Banco de negócios
O banco de negócios é outra operação bancária comum. Em geral, os bancos em-
presariais funcionam de forma muito semelhante aos bancos de varejo, exceto que sua
clientela consiste principalmente em empresas (GIMENES, 2009). As empresas exigem
uma ampla variedade de serviços bancários, incluindo empréstimos iniciais, cobrança de
depósitos e investimentos. Devido às complexidades de muitos negócios, o banco de
negócios é muitas vezes mais complexo e sofisticado do que o banco de varejo (BARROS,
2014). As empresas geralmente dependem de bancos para funções de tesouraria, incluin-
do o gerenciamento de contas a receber e a pagar da empresa (GIMENES, 2009).
Banco privado
O banco privado tornou-se menos comum nos últimos anos, em parte devido à
tendência recente de bancos maiores abrirem departamentos de banco privado. O banco
privado é adaptado para clientes ricos que normalmente têm um patrimônio líquido su-
perior a US$ 1 milhão (GIMENES, 2009). Os serviços bancários privados envolvem contas
correntes e de poupança padrão, além de muitos serviços de planejamento imobiliário.
Devido à grande quantidade de riqueza que seus clientes possuem, os bancos privados
ou departamentos de banco privado ajudam os indivíduos a estabelecer relações de con-
fiança e garantir que estejam cumprindo as leis fiscais aplicáveis (BARROS, 2014).
Banco de investimento
O banco de investimento é um tipo altamente sofisticado de operação bancária.
Essas entidades são especializadas na prestação de serviços de subscrição, incluindo
ações e dívidas, criação de mercados de títulos, negociação de ações e prestação de
serviços de consultoria para clientes corporativos (GIMENES, 2009). Os bancos de investi-
mento são altamente voláteis, mas podem levar a enormes ganhos financeiros (BARROS,
2014). Exemplos comuns de transações que são tratadas por meio de instituições ban-
cárias de investimento incluem fusões e aquisições, negociação e mercados e vendas
de capitais. Essas instituições são fortemente escrutinadas por agências reguladoras e
devem cumprir toda uma série de regulamentações bancárias (GIMENES, 2009).
110
comercial é calculado sobre o valor da dívida no dia do seu vencimento. Para o autor,
se torna importante salientar que no cálculo do desconto, “n” refere-se ao número de
período antes do vencimento, ou seja, é o tempo faltante para vencer a dívida.
• Nota promissória.
• Letras de câmbio.
• Duplicatas.
• Cheques pré-datados.
Nota promissória
Uma nota promissória é um instrumento de dívida que contém uma promessa
escrita por uma parte (o emissor ou emitente da nota) de pagar à outra parte (o
beneficiário da nota) uma quantia definida de dinheiro, sob demanda ou em uma data
futura especificada. Uma nota promissória normalmente contém todos os termos
relativos ao endividamento, como valor principal, taxa de juros, data de vencimento,
data e local de emissão e assinatura do emissor (VANNUCCI, 2017).
Uma nota promissória pode ser vantajosa quando uma entidade não consegue
encontrar um empréstimo de um credor tradicional, como um banco. No entanto, notas
promissórias podem ser muito mais arriscadas porque o credor não possui os meios e a
escala de recursos encontrados nas instituições financeiras (VANNUCCI, 2017). Segundo
Castanheira e Serenato (2014), ao mesmo tempo, questões legais podem surgir tanto
para o emissor quanto para o beneficiário em caso de inadimplência. Para o autor, por
isso, obter uma nota promissória com firma reconhecida pode ser importante.
Letras de câmbio
Uma letra de câmbio é uma ordem escrita usada principalmente no comércio
internacional, que obriga uma parte a pagar uma quantia fixa de dinheiro a outra parte
sob demanda ou em uma data predeterminada. As letras de câmbio são semelhantes
a cheques e notas promissórias, podem ser sacadas por pessoas físicas ou bancárias e
geralmente são transferíveis por endossos (VANNUCCI, 2017).
111
Uma transação de letra de câmbio pode envolver até três partes (BARROS, 2014).
O sacado é a parte que paga a quantia indicada pela letra de câmbio. O beneficiário é
quem recebe essa soma. O sacador é a parte que obriga o sacado a pagar ao sacado. O
sacador e o beneficiário são a mesma entidade, a menos que o sacador transfira a letra
de câmbio para um terceiro beneficiário.
Se uma letra de câmbio for emitida por um banco, ela pode ser chamada de
saque bancário. O banco emissor garante o pagamento da transação. Se as letras
de câmbio forem emitidas por pessoas físicas, elas podem ser chamadas de saques
comerciais. Se os fundos forem pagos imediatamente ou sob demanda, a letra de
câmbio é conhecida como saque à vista. No comércio internacional, um saque à vista
permite que um exportador detenha a propriedade das mercadorias exportadas até
que o importador receba a entrega e pague imediatamente por elas. No entanto, se os
fundos forem pagos em uma data definida no futuro, isso é conhecido como saque a
prazo. Um saque a prazo dá ao importador um curto período para pagar o exportador
pelas mercadorias após recebê-las.
Se forma resumida, uma letra de câmbio é uma ordem escrita que obriga uma parte
a pagar uma quantia fixa de dinheiro a outra parte sob demanda ou em algum momento
no futuro. Uma letra de câmbio geralmente inclui três partes – o sacado é a parte que paga
a quantia, o beneficiário recebe essa quantia e o sacador é aquele que obriga o sacado a
pagar ao beneficiário. Uma letra de câmbio é usada no comércio internacional para ajudar
importadores e exportadores a realizar transações. Embora uma letra de câmbio não seja
um contrato em si, as partes envolvidas podem usá-la para especificar os termos de uma
transação, como os termos de crédito e a taxa de juros acumulados.
112
Duplicatas
Uma duplicata refere-se a um título de crédito que representa uma ordem de
pagamento, podendo ser emitido em duas situações específicas: na compra e venda de
produtos mercantis ou na prestação de serviços.
A lei que regulariza uma duplicata, é a Lei nº 5.474/1968, emitida pela empresa
cobradora para conseguir crédito e não para cobrar o pagamento. Ou seja, ela serve
como um adiantamento do valor.
De acordo com a Lei nº 5.474/1968, em seu artigo 2º, § 1º, uma duplicata deve
conter:
Cheques pré-datados
Um cheque pós-datado é um cheque em que o emitente declarou uma data
posterior à data atual. É utilizado quando o emissor deseja adiar o pagamento ao
destinatário, enquanto o destinatário pode aceitá-lo simplesmente porque o cheque
representa uma data firme em que poderá depositar o cheque.
Essa situação representa um risco para o destinatário do cheque, uma vez que
a passagem do tempo pode fazer com que não haja mais dinheiro na conta bancária
do emitente para ser utilizado no pagamento do valor constante do cheque quando
este eventualmente for apresentado ao banco para pagamento. Um cheque pré-datado
também é usado quando o destinatário exige que o emissor entregue um conjunto de
cheques pré-datados para cobrir uma série de pagamentos futuros, que o destinatário
concorda em descontar nas datas especificadas. Essa abordagem é usada para melhorar
as chances de ser pago.
113
Desconto comercial ou bancário é o tipo de desconto mais comum na
matemática financeira. Para realização do seu cálculo é necessário basicamente quatro
informações (dados):
• Valor nominal (N): também chamado de valor futuro ou de face, refere-se ao valor que
aparece no título, constituindo o valor que deve ser pago na data de seu vencimento.
• Valor líquido do título (VL): refere-se ao valor após o desconto aplicado pela
instituição financeira. O valor líquido é o valor pago pela instituição financeira ao
portador do título, após a operação de desconto. OU seja, é a diferença entre o valor
nominal menos o valor do desconto.
• Taxa de desconto (i): taxa cobrada pela instituição financeira, referente ao
desconto.
• Tempo (n): refere-se ao tempo faltante para cumprir o compromisso, ou tempo
faltante para vencimento do título.
d=N*i*n
Onde:
• d = desconto
• N = valor nominal título (ou valor de face)
• n = tempo
• i = taxa de desconto
IMPORTANTE
Caro acadêmico, sempre que você for fazer cálculo de juros simples utilizando
algumas das fórmulas, lembre-se de que é obrigatório dividir a taxa (que está
em porcentagem) por cem (para transformar a taxa em números decimais).
114
Fórmula do valor líquido (VL)
O valor líquido é realizado pelo cálculo da diferença entre o valor nominal (N) e o
valor do desconto bancário (d):
VL = N – d
VL = N • (1 – i • n)
3.3 EXERCÍCIOS
Exemplo 1 – exemplo de cálculo do desconto
A empresa Delta S.A. emitiu uma duplicata com valor nominal (N) de R$ 5.000,00
e com vencimento para 10 de dezembro de 2022. Porém, no dia 20 de outubro de 2022,
efetuou uma operação de desconto do título. A instituição financeira aplicou uma taxa de
3% ao mês de desconto bancário. Tendo conhecimento destas informações, determine
o valor do desconto (d). Depois determina qual valor líquido (VL).
115
De forma a conseguir calcular o número de dias entre duas datas, deve-se
utilizar o seguinte comando:
1. Digite a data mais antiga e aperte ENTER.
2. Digite a data mais recente e aperte g ∆DYS.
g D.MY
20.102022 ENTER
10.122022 g ∆DYS
Resposta no visor: 51 (ou seja, exatos 51 dias)
Conversão da taxa
Como o tempo está em dias, é preciso converter a taxa que está em meses para dias.
3 / 30 = 0,1 (ou seja 0,1%) *
* (dividimos a taxa de 3% por 30 dias que tem um mês no calendário comercial)
d=N*i*n
d = 5.000 * 0,001 * 51
d = 255 (ou seja, R$ 255,00).
Antecipando o título em 51 dias, obtemos um desconto de R$ 255,00)
VL = N – d
VL = 5.000 – 255
VL = 4.745 (ou seja, valor líquido (VL) de R$ 4.734,00)
51 n
36 i
5000 CHS PV
f INT
= 255 (ou seja, o valor do desconto é R$ 255,00)
- **
= 4.745 (ou seja, valor líquido de R$ 4.734,00)
116
** Observação: Aperte - para calcular o valor líquido, ou seja, o valor nominal (N) menos
os descontos acumulados exibidos no mostrador.
Conversão da taxa
Como o tempo está em dias, é preciso converter a taxa que está em anos para dias.
11,7 / 360 = 0,0325 (ou seja 0,0325%) *
* (dividimos a taxa de 11,7% por 360 dias que tem um ano no calendário comercial)
d=N*i*n
d = 23000 * 0,000325 * 255
d = 1906,13
VL = N – d
VL = 23.000 – 1.906,13
VL = 21.093,88 (ou seja, valor líquido de R$ 21.093,88)
** Observação: Aperte - para calcular o valor líquido, ou seja, o valor nominal (N) menos
os descontos acumulados exibidos no mostrador.
117
Exemplo 3 – exemplo de cálculo do N (valor nominal)
Uma empresa emitiu uma duplicata com vencimento daqui a 125 dias. Porém
hoje, a empresa deseja descontar o título em uma instituição financeira, que cobra
uma taxa de 2% a.m. de desconto bancário ou comercial, cobrando um desconto de
R$500,00. Sabendo essas informações, calcule o valor nominal da duplicata.
Resolução
Cálculos dos dias que o título foi antecipado
O enunciado do exercício já forneceu que são 125 dias
Conversão da taxa
Como o tempo está em dias, é preciso converter a taxa que está em meses para dias.
2 / 30 = 0,0666667 (ou seja 0,0666667%) *
* (dividimos a taxa de 2% por 30 dias que tem um mês no calendário comercial)
d=N*i*n
500 = N * 0,000666667 * 125
500 = N * 0,08333333333
500 / 0,08333333333 = N
N = 6000 (ou seja, R$ 6.000).
O valor nominal da duplicata é de R$6.000,00
IMPORTANTE
Caro acadêmico, quando se tratar de cálculo de desconto bancário ou
comercial, na HP12C só é possível calcular os descontos. A taxa (i), o tempo
(n) e o valor nominal (N) não possuem uma programação na HP12C. Para
esses cálculos, você terá que utilizar as fórmulas.
Resolução
118
Cálculos dos dias que o título foi antecipado
O enunciado do exercício já forneceu que são 100 dias
d=N*i*n
936 = 9000 * i * 52
936 = 468.000 * i
936 / 468.000 = i
i = 0,002 (decimais)
0,002 * 100 = 0,2% a.d.
Se o exercício pedisse a taxa ao ano, bastaria multiplicar a taxa a.d. por 360 dias
que tem no calendário comercial
IMPORTANTE
Caro acadêmico, quando se tratar de cálculo de desconto bancário ou
comercial, na HP12C só é possível calcular os descontos. A taxa (i), o tempo
(n) e o valor nominal (N) não possuem uma programação na HP12C. Para
esses cálculos você terá que utilizar as fórmulas.
Resolução
d=N*i*n
40,20 = 4000 * 0,00015 * n
40,20 = 0,6 * n
40,20 / 0,6 = n
n = 67 (ou seja, 67 dias)
119
IMPORTANTE
Caro acadêmico, quando se tratar de cálculo de desconto bancário ou
comercial, na HP12C só é possível calcular os descontos. A taxa (i), o tempo
(n) e o valor nominal (N) não possuem uma programação na HP12C. Para
esses cálculos, você terá que utilizar as fórmulas.
4 ANTECIPAÇÃO DE RECEBÍVEIS
A antecipação de recebíveis é uma alternativa de crédito por meio da qual
as empresas podem obter recursos financeiros para quitar dívidas ou até mesmo
realizar algum investimento no negócio (GONÇALVES; GOUVÊA; MANTOVANI, 2013). A
antecipação de recebíveis é uma oportunidade de melhorar o fluxo de caixa e ainda
evitar possíveis perdas de recursos (GONÇALVES; GOUVÊA; MANTOVANI, 2013).
Digamos que sua empresa forneça um serviço para clientes que, na maioria
das vezes, precisam de prazos maiores para efetuar seus pagamentos (CAPELLETTO,
CORRAR, 2008). É exatamente nesse caso que a antecipação de recebíveis pode ser
importante, ela permite que sua empresa receba valor por atender um cliente, mesmo
que o cliente não consiga pagar no momento da compra. Esse adiantamento de capital
permite que as empresas antecipem valores das parcelas que receberiam de seus
clientes (WOLF, 2008).
120
• Venda de recebíveis: transfere substancialmente o risco do instrumento financeiro
para quem adquire o título. Nessa modalidade, ocorre a efetiva venda do título e sua
respectiva baixa contábil pelo vendedor.
• Cheques com desconto ou boletos de aceites comerciais: a holding assume
o risco de não pagamento do título, utilizando o instrumento financeiro como mera
garantia para sua captação junto aos bancos. Essa é a modalidade mais comum,
principalmente no âmbito de pequenas empresas. Para o autor, nessa situação,
apenas a transferência de fundos do banco (ou operador financeiro) para a empresa
garante as duplicatas ou os cheques a receber. O tratamento contábil do segundo
tipo de transação é o mesmo da contabilização de um empréstimo.
121
Para se chegar ao valor do prazo médio, é preciso calcular a média ponderada
dos descontos por maior do prazo e valores nominais dos títulos (N) apresentados para
instituição financeira para aplicar o desconto.
INTERESSANTE
Caro acadêmico, aprenda a calcular média estatística uni e bivariada.
A HP12C pode executar cálculos estatísticos uni-variados e bivariados (GUIA HP12C, 2005).
Os dados são entrados na calculadora usando a tecla Σ+ , que automaticamente calcula e
armazena estatísticas dos dados nos registros de armazenamento R1 a R6. Antes de iniciar
os cálculos da média, é preciso zerar os registros estatísticos pressionando f SST.
Em cálculos estatísticos uni-variados, para entrar cada dado, denominado “valor x”,
1. Digite o valor x
2. Aperte Σ+.
3. g *, (calcula a média aritmética dos valores x)
Exemplo 1
Qual a média dos valores R$ 100,00; 200,00; 300,00
Calcula no HP12C
100 Σ+
200 Σ+
300 Σ+
g
No visor: 200 (ou seja média de R$ 200,00)
Em cálculos estatísticos bivariados, para entrar cada par ordenado, denominados “os
valores x e y”:
122
4. Aperte Σ+.
5. Apertando g calcula as médias aritméticas dos valores x (x) e dos
valores y ( y ).
• A média dos valores x aparece no mostrador depois de pressionar g
• A média dos valores y, aperte X><Y .
1. Aperte f Σ .
2. Digite o valor do item e aperte ENTER , depois digite seu peso e aperte Σ+. Digite o
valor do segundo item e aperte ENTER , depois digite o segundo peso e aperte Σ+.
Continue até́ entrar todos os valores dos itens e seus pesos correspondentes. A
regra para informar os dados é “item ENTER peso Σ+.”
3. Aperte g para calcular a média ponderada dos itens.
Suponha que você pare durante uma viagem de férias para comprar combustível
em quatro postos: 15 litros a R$1,16 por litro, 7 litros a R$1,24 por litro, 10 litros a R$1,20 por
litro e 17 litros a R$1,18 por litro. Você̂ quer calcular o custo médio por litro de combustível
comprado. Se você̂ tivesse comprado a mesma quantidade em cada posto, poderia usar
a média aritmética simples usando a tecla . Mas, como você sabe o valor do item
(combustível) e seu peso correspondente (número de litros comprados), utilize a tecla
para calcular a média ponderada (GUIA DA HP12C, 2005):
Resolução:
Teclas Mostrador
f Σ 0 Zera os registros estatísticos.
1,16 ENTER 15 Σ+ 1 Primeiro item e peso
1,24 ENTER 7 Σ+ 2 Segundo item e peso
1,20 ENTER 10 Σ+ 3 Terceiro item e peso
1,18 ENTER 17 Σ+ 4 Quarto item e peso
g 1,19 Ou seja, 1,19 litros
123
Exemplo 2
Calcule o prazo médio dos seguintes títulos, utilizando como peso de ponderação
os valores dos títulos:
Resolução:
Teclas Mostrador
f Σ 0 Zera os registros estatísticos.
22 ENTER 7.000 Σ+ 1 Primeiro item e peso
42 ENTER 3.000 Σ+ 2 Segundo item e peso
85 ENTER 55.000 Σ+ 3 Terceiro item e peso
12 ENTER 42.000 Σ+ 4 Terceiro item e peso
g 51 Ou seja, prazo médio de 51 dias
Exemplo 3
Calcule o prazo médio dos seguintes títulos, utilizando como peso de ponderação
os valores dos títulos:
Resolução
Teclas Mostrador
f Σ 0 Zera os registros estatísticos.
255 ENTER 30.000 Σ+ 1 Primeiro item e peso
179 ENTER 15.000 Σ+ 2 Segundo item e peso
47 ENTER 39.000 Σ+ 3 Terceiro item e peso
8 ENTER 3.000 Σ+ 4 Terceiro item e peso
g 140 Ou seja, prazo médio de 140 dias
124
IMPORTANTE
O objeto de aprendizagem trata de uma ferramenta didática desenvolvida
e utilizada com o intuito de apresentar ao acadêmico um determinado
tema e articular atividades relacionadas a ele, atendendo ao princípio
norteador da UNIASSELVI, de que “não basta saber, é preciso saber fazer”.
Dessa forma, nosso Objeto de Aprendizagem será composto por duas
etapas: uma contendo a apresentação do conteúdo e a outra contendo as
atividades práticas relacionadas a ele.
- Média: https://bit.ly/3LfWXzO
Bons estudos!
125
LEITURA
COMPLEMENTAR
A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA FINANCEIRA NO COTIDIANO E NA
CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
126
em função do tempo em que determinado valor financeiro fica emprestado. A taxa de
juro é citada como a vilã principal atrelada a volta da inflação galopante e destruidora da
economia de um país e, principalmente alvo da oposição nos ataques ao governo. Isso
não é “privilégio” somente do Brasil.
127
resolução deles, é preciso colocar o aluno em uma posição que exigirá dele o pensar, o
organizar de ideias e estratégias, o lançar mão de um leque de habilidades.
2 DESENVOLVIMENTO
Porém, a escola atual tem dado pouca ênfase a essas situações em detrimento
de conteúdos que exige aplicações de algoritmos e regras.
Por essa razão, o professor deve articular suas ações pedagógicas à visão de
mundo do aluno, auxiliá-los na construção de estratégias para resolução e formulação
de conceitos matemáticos, levá-los a fazer conexões matemáticas com seu mundo real,
isso exige, portanto, muita dedicação por parte do professor e estar apto a desenvolver-
se intelectual e profissionalmente, tornar-se um pesquisador no conhecimento acerca
dos conteúdos matemáticos, suas relações com outras áreas e com a prática social de
seus alunos e suas opções diante da vida, da história e do cotidiano.
128
E ainda, para a caracterização das concepções de Matemática Financeira dos
alunos, e, na tentativa de minimizar os efeitos da subjetividade, deve-se fundamentar
em Skemp (1976) apud Rezende (2002) que define em aprendizagem matemática
instrumental ou relacional.
Skemp (1976 apud REZENDE, 2002), indicam que as concepções dos alunos
podem influenciar na aprendizagem matemática e, isto não seria diferente com a
Matemática Financeira, para a qual adotar-se-á, neste trabalho porcentagem e juros
simples como ponto de partida, valendo-se da proposta da Modelagem Matemática que
consiste na arte de transformar problemas do cotidiano em problemas matemáticos,
apresentando soluções com linguagem do mundo real.
Uma mudança que vem ocorrendo nos nossos dias é que, ao contrário do que
vinha se pensando, a Matemática Financeira não é de uso exclusivo de administradores,
contadores e economistas e dos que trabalham nessa área, apesar de servir
essencialmente a esse grupo. O certo é que, assim como a economia passou de uma
simples troca de mercadorias, para uma rede mundial de importações e compras, esse
sistema também precisou se reorganizar e ser aprimorado. As aplicações da matemática
financeira estão se tornando mais comuns no cotidiano de todos os profissionais em
todas as áreas de atuação.
Por tais razões exige do professor de matemática uma maior atenção no preparo
dos conteúdos relacionados com porcentagens, potência, raízes, funções, visando uma
melhor qualidade na apresentação dos conteúdos juros simples e compostos, bem
como uma melhor seleção das situações problemas primando por temas atuais e que
despertem no aluno a necessidade de interpretar, apreender e buscar o conhecimento
necessário para a solução das propostas apresentadas.
129
2.1 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Foi neste pensando em contribuir para uma melhoria neste cenário que se de-
senvolveu este projeto usando a Resolução de Problemas como ferramenta metodoló-
gica na Matemática Financeira e introdução a função afim e exponencial, compreensão
e análise dos processos de organização das finanças a partir de problemas matemáticos
contextualizados, o que se exige a busca de novas metodologias, atividades e materiais
que contribuirão para o desenvolvimento do conhecimento matemático e para a cons-
trução da cidadania, conforme preceitua Onuchic (1999).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
130
exercício da cidadania e à economia familiar. Por isso, esperamos ter contribuído para
que os alunos tenham tido uma noção básica do conteúdo aplicado, que possa auxiliá-
los a melhorar as suas finanças: sabendo organizar, economizar e investir para cumprir
metas financeiras. Almejamos que possam levar essa aplicação em sua vida cotidiana e
induzi-los à busca de novos conhecimentos e solução de novos desafios.
131
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu:
• Valor nominal (N), também chamado de valor futuro ou de face, refere-se ao valor
que aparece no título, constituindo o valor que deve ser pago na data de seu
vencimento.
• Valor líquido do título (VL) refere-se ao valor após o desconto aplicado pela instituição
financeira. O valor líquido é o valor pago pela instituição financeira ao portador do
título, após a operação de desconto, ou seja, é a diferença entre o valor nominal
menos o valor do desconto.
• Taxa de desconto (i) é taxa cobrada pela instituição financeira referente ao desconto.
132
AUTOATIVIDADE
1 A prática demonstra que a operação de desconto é feita apenas em cima de títulos
de crédito, que por sua vez, representam soma líquida e certa, portanto de fácil
recuperação ao banco. De maneira análoga aos juros, os descontos são também
classificados em simples e composto, envolvendo cálculos lineares no caso do
desconto simples e exponencial no caso do desconto composto. Conceitue o termo
desconto.
2 Os Títulos Bancários são uma modalidade de investimento em Renda Fixa, que como
o nome já sugere, são emitidos por bancos. Sendo assim, os bancos captam recursos
provenientes de empréstimos realizados por investidores, ou seja, a instituição
financeira recolhe o dinheiro aplicado para oferecer a outras pessoas, que são os
seus credores. Quais são os títulos mais comum que costumam sofrer operações de
desconto?
3 Uma empresa emitiu uma duplicata com valor nominal de R$ 20.000,00 e com
vencimento para 25 de março de 2023. Porém, no dia 12 de setembro de 2022,
efetuou uma operação de desconto do título. A instituição financeira aplicou uma
taxa de 2% ao mês de desconto bancário. Tendo conhecimento destas informações,
determine o valor do desconto e determine qual valor líquido (VL).
5 Uma empresa emitiu uma duplicata com vencimento daqui a 300 dias. No entanto,
hoje, a empresa deseja descontar o título em uma instituição financeira, que cobra
uma taxa de 0,5% a.m. de desconto bancário ou comercial, cobrando um desconto de
R$2.000,00. Sabendo essas informações, calcule o valor nominal da duplicata.
133
a) R$ 15.000,00.
b) R$ 18.000,00.
c) R$ 40.000,00.
d) R$ 61.000,00.
6 Uma empresa emitiu uma duplicata com o valor nominal de R$ 45.000,00 e 77 dias
para o seu vencimento. Sabendo que o valor do desconto foi R$ 770,00, calcule a taxa
diária e qual é a taxa anual dessa operação de desconto.
a) 37 dias.
b) 55 dias.
c) 70 dias.
d) 93 dias.
8 Calcule o prazo médio dos seguintes títulos, utilizando como peso de ponderação os
valores:
a) 55 dias.
b) 60 dias.
c) 65 dias.
d) 70 dias.
134
9 Calcule o prazo médio dos seguintes títulos, utilizando como peso de ponderação os
valores:
a) 47 dias.
b) 91 dias.
c) 113 dias.
d) 139 dias.
135
REFERÊNCIAS
BARROS, D. M. Matemática Financeira. São Paulo: Rideel, 2014.
GUIA USUÁRIO HP12C. Hp 12c calculadora financeira, guia do usuário, 4ª ed. San
Diego, CA: HP INVENTE, 2004
136
LEITE, L. L. . Factoring no Brasil (12a ed., pp. 221-225). São Paulo: Atlas. 2011
137
138
UNIDADE 3 —
SISTEMA DE CAPITALIZAÇÃO
COMPOSTA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar
o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
139
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 3!
Acesse o
QR Code abaixo:
140
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
JUROS COMPOSTOS
1 INTRODUÇÃO
Juros compostos são os juros de um depósito calculados com base no principal
inicial e nos juros acumulados de períodos anteriores, ou seja, juros compostos são juros
adquiridos sobre juros. Quanto maior o número de períodos compostos, maior o juro
composto (CASTANHEIRA; LEITE, 2017).
Em outras palavras, o efeito juros sobre juros pode gerar retornos continuamente
crescentes com base no valor do seu investimento inicial. Assim, quanto mais
frequentemente o investidor economizar, e quanto maior o valor que economizar,
maiores serão os retornos de juros (BARROS, 2014).
Os juros compostos fazem com que sua riqueza cresça mais rapidamente, faz
uma soma de dinheiro crescer a uma taxa mais rápida do que os juros simples, porque
o investidor obterá retornos sobre o dinheiro investido, bem como sobre os retornos ao
final de cada período de capitalização (GIMENES, 2009). Isso significa que o investidor
não precisa guardar tanto dinheiro para alcançar seus objetivos!
141
2 INFLAÇÃO VS. DEFLAÇÃO
O quão rentável um investimento pode ser vai depender da inflação ou deflação
acumulada no período. Tanto a inflação como a deflação são calculadas sobre juros com-
postos, ou seja, juros sobre juros. O cálculo da inflação e da deflação são realizados por meio
dos juros compostos, proporcionando o cálculo perdas e ou ganhos ao longo do tempo.
A inflação é uma medida quantitativa da rapidez com que o preço dos bens em
uma economia está aumentando, podendo ser causada quando bens e serviços estão
em alta demanda, criando assim uma queda na disponibilidade. Os suprimentos podem
diminuir por vários motivos, por exemplo, um desastre natural pode acabar com uma
safra de alimentos, ou, quem sabe, um boom imobiliário pode esgotar os suprimentos de
construção etc. (BARTEL, 2011). Seja qual for o motivo, os consumidores estão dispostos
a pagar mais pelos itens que desejam, fazendo com que fabricantes e prestadores de
serviços cobrem mais (HOJI, 2012).
A inflação pode ser boa ou ruim, dependendo das razões e do nível de inflação.
De fato, uma completa falta de inflação pode ser bastante ruim para a economia, como
veremos a seguir com a deflação (PUJATTI; ALMEIDA, 2007). Uma quantia modesta de
inflação pode encorajar gastos e investimentos, pois a inflação pode corroer lentamente
o poder de compra do dinheiro (PAULANI; BRAGA, 2020).
2.1 INFLAÇÃO
A inflação é um aumento dos preços, que pode ser traduzido como o declínio
do poder de compra ao longo do tempo. A taxa na qual o poder de compra cai pode ser
refletida no aumento do preço médio de uma cesta de bens e serviços selecionados
durante algum período (BARTEL, 2011). O aumento dos preços, que muitas vezes é
expresso em porcentagem, significa que uma unidade de moeda efetivamente compra
menos do que em períodos anteriores. A inflação pode ser contrastada com a deflação,
que ocorre quando os preços caem e o poder de compra aumenta (SELEME, 2010).
143
A inflação visa medir o impacto geral das mudanças de preços para um conjunto
diversificado de produtos e serviços, gerando uma representação de valor único do
aumento do nível de preços de bens e serviços em uma economia durante um período
(PADOVEZE, 2016).
Para combater isso, a autoridade monetária (como o banco central) toma as medi-
das necessárias para gerenciar a oferta monetária e o crédito para manter a inflação dentro
dos limites permitidos e manter a economia funcionando sem problemas (HOJI; LUZ, 2018).
2.2 DEFLAÇÃO
A deflação é um declínio geral nos preços de bens e serviços, normalmente
associado a uma contração na oferta de moeda e crédito na economia. Durante a
deflação, o poder de compra da moeda aumenta ao longo do tempo (BARTEL, 2011).
A deflação faz com que os custos nominais de capital, trabalho, bens e serviços
caiam, embora seus preços relativos possam permanecer inalterados. A deflação tem
sido uma preocupação popular entre os economistas por décadas, em que à primeira
vista, a deflação beneficia os consumidores porque eles podem comprar mais bens e
serviços com a mesma renda nominal ao longo do tempo (PADOVEZE, 2016).
144
investimento que lhe rende 1,3% ao mês. A taxa equivalente proporciona converter as
taxas para o mesmo período e assim proporcionar a comparação de investimento e
decidir qual o mais rentável.
O cálculo das taxas equivalentes é realizado quando se tem duas taxas com
período de capitalização diferentes. O cálculo proporciona colocar a taxa no mesmo
período e, assim, poder compará-las. O cálculo das taxas equivalentes é realizado
utilizando as fórmulas de capitalização e descapitalização.
A fórmula da capitalização é:
O cálculo da taxa equivalente pode ser realizado pela HP12C, porém, como não é
informado o capital para que possamos calcular utilizando a calculadora, padronizamos
em utilizar SEMPRE um capital fictício no valor de R$ 100,00.
145
Exemplo 1:
Calcule qual é a taxa anual equivalente a uma taxa de 1% ao mês.
Observação: foi utilizado o expoente 12, pois um ano tem 12 meses, e como o
exemplo pedia para converter mês para ano, era necessário identificar quantos meses
tem no decorrer de um ano para colocar no expoente. Se em outro exemplo solicita-se
para converter mês para semestre, iremos usar o expoente 6, pois em um semestre
temos 6 meses.
f REG
100 CHS PV
1 i
12 n
FV
100 - .
No visor, irá aparecer: 12,682503 (ou seja, em juros compostos 1% ao mês é
equivalente a 12,68% ao ano).
A fórmula da descapitalização é:
O cálculo da taxa equivalente pode ser realizado pela HP12C, porém, como não é
informado o capital, para que possamos calcular utilizando a calculadora, padronizamos
em utilizar SEMPRE um capital fictício no valor de R$ 100,00.
146
Comandos para realizar o cálculo da descapitalização na HP12C:
1. Digite f REG para zerar a memória financeira da calculadora.
2. Digite o valor fictício de 100 e aperte CHS PV .
3. Digite o valor da taxa de juros e aperte i .
4. Digite o valor do tempo entre a taxa informada e a procurada e aperte 1/x n.
5. Aperte FV para calcular e exibir os juros equivalente.
6. Digite 100 e aperte - .
Exemplo 3:
Calcule qual é a taxa mensal equivalente a uma taxa de 20% ao ano.
Observação: foi utilizado o expoente 1/12, pois um ano tem 12 meses e, como o
exemplo pedia para converter ano para mês, era necessário identificar quantos meses
tem no decorrer de um ano para colocar no expoente. Se em outro exemplo solicita-se
para converter semestre para mês, iremos usar o expoente 1/6, pois em um semestre
temos 6 meses.
f REG
100 CHS PV
20 i
12 1/x n
FV
100 - .
No visor, irá aparecer: 1,530947% ao mês (ou seja, em juros compostos 20% ao
ano é equivalente a 1,53% ao mês).
4 JUROS COMPOSTOS
Juros compostos são os juros de um empréstimo ou depósito calculados com
base no valor principal (também chamado de capital inicial, valor emprestado) e nos
juros acumulados de períodos anteriores. Acredita-se que tenha se originado na Itália
147
do século XVII. Os juros compostos podem ser considerados como “juros sobre juros”
(SAMANEZ, 2010). Eles farão uma soma crescer a uma taxa mais rápida do que os juros
simples, que são calculados apenas sobre o valor principal.
DICA
Um mutuário é a pessoa que recebe um empréstimo para adquirir um
bem. Nesses casos, o mutuário recebe o valor logo após firmar contrato
e se torna responsável por pagar o montante adquirido ao banco ou à
instituição financeira em questão. Um exemplo de mutuário são as
pessoas que participam do programa Minha Casa Minha Vida. Nesse caso,
o consumidor recebe o subsídio do Governo Federal para compra de uma
casa ou apartamento.
148
4.2 COMO OS JUROS COMPOSTOS SÃO CALCULADOS
Os juros compostos são calculados aplicando um fator de crescimento expo-
nencial à taxa de juros ou taxa de retorno que está usando (SAMANEZ, 2010). Para cal-
cular juros compostos é preciso conhecer alguns conceitos:
FV = PV • (1 + i)n
Onde:
• FV = Montante ou Valor Futuro.
• PV = Capital inicial ou Valor Presente.
• i = taxa de juros.
• n = período(s) de capitalização(ões) ou tempo.
Exemplo 1
Calcule o valor futuro (FV) que será produzido se aplicarmos o capital inicial
de R$ 3.000,00 a uma taxa de 7% ao mês em Juros Compostos, durante o tempo de 3
meses.
149
Resolução pela hp12c
f REG
3000 CHS PV
7i
3n
FV = 3.675,13 (ou seja, o valor futuro é de R$ 3.675,13)
Exemplo 2
Calcule o valor futuro (FV) que será produzido se aplicarmos o valor presente de
R$ 5.000,00 a uma taxa de 4% ao mês em juros compostos, durante o tempo de 2 ano.
Resolução
Se preferir pode usar a função capitalização e/ou descapitalização para calcular
a taxa equivalente para igualar a taxa ao tempo. Ou pode converter o tempo para mesmo
período da taxa.
Como a taxa está ao mês, optamos em transformar o tempo, que está em ano
para ao mês.
Calcule o valor presente (PV) que, aplicado durante 12 meses e a uma taxa de
2% ao mês em juros compostos, produz o valor futuro (FV) de R$ 5.000,00.
150
5000/ 1,268241795 = PV
PV = 3.942,47 (ou seja, o valor presente é de R$ 3.942,47)
Exemplo 4
Calcule o valor presente (PV) que, aplicado durante 60 meses, a uma taxa de 8%
ao ano em juros compostos, produz o valor futuro (FV) de R$ 20.000,00.
Resolução
Se preferir, pode usar a função capitalização e/ou descapitalização para calcular
a taxa equivalente para igualar a taxa ao tempo. Ou pode converter o tempo para mesmo
período da taxa.
Como a taxa está ao ano, optamos em transformar o tempo, que está ao mês
para ao ano.
Como 1 ano tem 12 meses, então, dividimos 60 meses por 12 e obtemos que 60
meses é igual a 5 anos. (60 meses / 12 meses = 5 anos).
151
Resolução pela fórmula
i = 0,084471771 * 100
i = 8,4471771 (ou seja, uma taxa de 8,45% ao mês)
152
In (1,03) = 1,03 g LN
In (1,03) = 0,029558802
153
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
• A inflação é uma medida quantitativa da rapidez com que o preço dos bens em uma
economia está aumentando
• Capitalização de uma taxa refere-se ao processo realizado para identificar uma taxa
equivalente a um período MAIOR em relação à taxa que temos.
• Valor presente (PV), também chamado de valor do capital ou valor principal, refere-
se ao saldo inicial sobre o qual os juros estão sendo calculados.
154
AUTOATIVIDADE
1 Calcule qual é a taxa semestral equivalente a uma taxa de 2% ao mês.
a) ( ) 9,33% a.s.
b) ( ) 12,62% a.s.
c) ( ) 15,10% a.s.
d) ( ) 24,93% a.s.
a) ( ) 0,46% a.b.
b) ( ) 1,34% a.b.
c) ( ) 3,23% a.b.
d) ( ) 5,93% a.b.
3 Calcule o valor futuro (FV) que será produzido se aplicarmos o capital inicial de R$
8.000,00 a uma taxa de 4% ao mês em Juros Compostos, durante o tempo de 5
meses.
a) ( ) R$ 8.733,22.
b) ( ) R$ 4.190,52.
c) ( ) R$ 5.945,30.
d) ( ) R$ 6.274,91.
4 Calcule o valor futuro (FV) que será produzido se aplicarmos o valor presente (PV) de
R$ 600,00 a uma taxa de 1,8% ao mês em juros compostos, durante o tempo de 1
semestre.
a) ( ) R$ 679,15.
b) ( ) R$ 780,31.
c) ( ) R$ 961,10.
d) ( ) R$ 667,79.
5 Calcule o valor presente (PV) que, aplicado durante 18 meses e a uma taxa de 6% ao
mês em juros compostos, produz o valor futuro (FV) de R$ 6.500,00.
a) ( ) R$ 1.356,41.
b) ( ) R$ 2.789,73.
c) ( ) R$ 2.277,23.
d) ( ) R$ 3.738,44.
155
6 Calcule o valor presente (PV) que, aplicado durante 120 meses, a uma taxa de 9% ao
ano em juros compostos, produz o valor futuro (FV) de R$ 15.000,00.
a) ( ) R$ 3.900,61.
b) ( ) R$ 4.350,44.
c) ( ) R$ 6.336,16.
d) ( ) R$ 8.520,10.
a) ( ) 7,18% a.m.
b) ( ) 5,31% a.m.
c) ( ) 4,56% a.m.
d) ( ) 3,10% a.m.
a) ( ) 8,32 meses
b) ( ) 6,12 meses
c) ( ) 2,82 meses
d) ( ) 4,94 meses
9 O cálculo das taxas equivalentes é realizado quando se tem duas taxas com período
de capitalização diferentes. O cálculo proporciona colocar a taxa no mesmo período
e assim poder compará-las. O cálculo das taxas equivalentes é realizado utilizando
as fórmulas de capitalização e descapitalização. Disserte sobre o sistema de
capitalização e de descapitalização.
156
UNIDADE 3 TÓPICO 2 -
SÉRIE DE PAGAMENTO
1 INTRODUÇÃO
Um empréstimo parcelado é um tipo de acordo ou contrato envolvendo um
empréstimo que é pago ao longo do tempo com um número definido de pagamentos
programados. O prazo do empréstimo pode ser de apenas alguns meses ou mesmo
alguns anos (FERREIRA, 2014). Um empréstimo parcelado é uma quantia que o investidor
empresta e paga em pagamentos, ou parcelas, durante um período, geralmente meses
ou anos. Os empréstimos parcelados podem ser garantidos com garantias, como um
carro, ou não garantidos (SAMANEZ, 2010).
157
2 EMPRÉSTIMOS PARCELADOS
Um empréstimo parcelado, segundo Hazzan e Pompeo (2014), é um termo
amplo e geral que se refere à esmagadora maioria dos empréstimos pessoais e
comerciais concedidos aos mutuários. Para os autores, os empréstimos parcelados
incluem qualquer empréstimo que seja reembolsado com pagamentos ou prestações
regulares. Um empréstimo parcelado fornece ao mutuário uma quantia que deve ser
reembolsada com pagamentos programados regularmente. Cada pagamento de uma
dívida parcelada inclui o pagamento de uma parte do valor principal emprestado e o
pagamento de juros sobre a dívida (PADOVEZE, 2016).
Vantagens
Desvantagens
159
3 TIPOS DE SÉRIES DE PAGAMENTO
Caro acadêmico, as séries de pagamento podem ser tanto antecipadas como
potenciadas.
160
4 CÁLCULO DO ANTECIPADO
Caro acadêmico, como vimos anteriormente, a série de pagamento antecipada
ocorre quando o pagamento é realizado no início da série de pagamento (1 + n). Também
vimos que para calcular com uso da calculadora hp12c é preciso ativar a função BEGIN da
calculadora, por meio dos comandos: aperte g BEG ). A fórmula da série de pagamento
antecipado é:
Exemplo 1
161
5 CÁLCULO DO POSTECIPADO
Caro acadêmico, como vimos, a série de pagamento postecipado ocorre quando
o pagamento é realizado 30 dias após o início da série de pagamento (0 + n). Também
vimos que para calcular com uso da calculadora hp12c é preciso ativar a função END da
calculadora, por meio dos comandos: aperte g BEG . A fórmula da série de pagamento
postecipado é:
Exemplo 2
162
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
• Parcelamento não garantido ocorre quando o mutuário não apresenta nenhum bem
como garantia de pagamento do empréstimo.
163
AUTOATIVIDADE
1 Um terreno que custa à vista R$ 100.000,00 pode ser adquirido em 90 prestações
mensais e fixas, e a primeira prestação deve ser paga no ato do negócio. Considerando
que o parcelamento foi efetuado com uma taxa de 1,5% ao mês, calcule o valor das
prestações.
a) ( ) R$ 2.080,34.
b) ( ) R$ 2.002,08.
c) ( ) R$ 2.032,11.
d) ( ) R$ 2.052,10.
a) ( ) R$ 2.080,34
b) ( ) R$ 2.002,08
c) ( ) R$ 2.032,11
d) ( ) R$ 2.052,10
164
UNIDADE 3 TÓPICO 3 -
PLANOS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
E FINANCIAMENTOS
1 INTRODUÇÃO
A amortização é a forma como os pagamentos de empréstimos são aplicados
a certos tipos de empréstimos. Normalmente, o pagamento mensal permanece o
mesmo e é dividido entre custos de juros (o que seu credor recebe pelo empréstimo),
redução do saldo do empréstimo (também conhecido como "pagamento do principal do
empréstimo") e outras despesas, como impostos sobre a propriedade (BARTEL, 2011).
165
2 INTRODUÇÃO À AMORTIZAÇÃO
A amortização é uma técnica usada para reduzir periodicamente o valor de um
empréstimo ou de um ativo intangível durante um determinado período. No caso de um
empréstimo, a amortização concentra-se em distribuir os pagamentos do empréstimo
ao longo do tempo (SELEME, 2010).
166
2.2 AMORTIZAÇÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS
A amortização também pode se referir à amortização de intangíveis (BARTEL,
2011). Nesse caso, a amortização é o processo de despender o custo de um ativo
intangível ao longo da vida projetada do ativo, e mede o consumo do valor de um ativo
intangível, como fundo de comércio, patente, marca registrada ou direitos autorais
(SILVA, 2009).
167
3 CRONOGRAMA DE AMORTIZAÇÃO
Os empréstimos amortizados apresentam valores de pagamento nivelados ao
longo da vida do empréstimo, mas com proporções variadas de juros e principal que
compõem cada pagamento. Um cronograma de amortização é uma tabela que fornece
os detalhes dos pagamentos periódicos de um empréstimo amortizado (SILVA, 2009).
O principal de um empréstimo amortizado é pago ao longo da vida do empréstimo.
Normalmente, um valor igual de pagamento é feito a cada período (BARTEL, 2011).
O valor dos juros cobrados para cada período depende da taxa de juros pré-
determinada e do saldo devedor do empréstimo. A parte restante do pagamento
periódico é aplicada para reembolsar o principal (FERREIRA, 2014). Apenas a parcela do
reembolso do principal reduz o saldo remanescente do empréstimo.
168
3.2 MÉTODOS PARA CRONOGRAMA DE AMORTIZAÇÃO
Existem vários métodos para amortizar um empréstimo. Diferentes métodos
levam a diferentes cronogramas de amortização. A seguir, veremos alguns métodos
para cronograma de amortização.
1. Linha reta
2. Saldo decrescente
3. Anuidade
• anuidade ordinária, para a qual os pagamentos são feitos no final de cada período;
• anuidade vencida, para a qual os pagamentos são feitos no início de cada período.
4. Bullet
169
5. Balão
6. Amortização negativa
4 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO
A amortização é o processo financeiro pelo qual uma dívida é extinta gradativa-
mente por meio de pagamentos periódicos que podem ser de valores iguais ou diferen-
tes, ou seja, amortizar significa reembolsar gradualmente o capital de um empréstimo
ou de um crédito (SAMANEZ, 2010). O mais comum é que o pagamento dessas obriga-
ções seja feito por meio de desembolsos escalonados ao longo do tempo, embora tam-
bém possa ser acordado um único pagamento ao final do período (NETO, 2017).
170
(Pagamento = Amortização + Juros)
• Letras de câmbio.
• Títulos descontados em bancos.
• Certificados com prazo fixado para a renda final.
171
Exemplo de sistema de pagamentos variáveis
172
QUADRO 3 – SISTEMA AMERICANO
173
4.5 SISTEMA PRICE (SISTEMA FRANCÊS)
O sistema PRICE é caracterizado por uma prestação (pagamento) constante,
em contrapartida a amortização é crescente.
174
QUADRO 7 – SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTA (SAM)
175
5.1 CÁLCULO DO SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE
(SAC)
Exemplo 1
Resolução
176
QUADRO 10 – CRONOGRAMA DO SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)
PRAZO 1
177
PRAZO 2
PRAZO 3
178
Etapa 3 – Cálculo das prestações
Fórmulas:
Prestação = J + Amort.
Prestação = 466,66 + 23.333,33.
Prestação = 23.800,00 (ou seja, uma prestação de R$ 23.800,00)
Exemplo 2
Resolução:
179
Etapa 4 – Cálculo do Saldo Devedor (SD)
Fórmulas:
SD = SD Anterior – Amort.
PRAZO 1
180
Etapa 4 – Cálculo do Saldo Devedor (SD)
Fórmulas:
SD = SD Anterior – Amort.
SD = 300.000 – 60.000
SD = 240.000 (ou seja, saldo devedor de R$ 240.000,00)
Resolução:
181
Etapa 3 – Cálculo da amortização
Fórmulas:
Amortização = Prestação - J
182
Etapa 2 – Cálculo dos Juros
Fórmulas:
Juro = SD * i
Juro = 70.000 * 2%
Juro = 1.400 (ou seja, juros de R$ 1.400,00)
PRAZO 2
183
Etapa 3 – Cálculo da amortização
Fórmulas:
Amortização = Prestação - J
Amortização = 24.272,83 - 942,54
Amortização = 23.330,28 (ou seja, uma amortização de R$ 23.330,28)
PRAZO 3
184
Etapa 4 – Cálculo do Saldo Devedor (SD)
Fórmulas:
SD = SD Anterior – Amort.
SD = 23.796,89 – 23.796,89
SD = 0,00 (ou seja, um saldo devedor de R$ 0,00)
Exemplo 4
Resolução:
185
Etapa 4 – Cálculo do Saldo Devedor (SD)
Fórmulas:
SD = SD Anterior – Amort.
186
Etapa 2 – Cálculo dos Juros
Fórmulas:
Juro = SD * i
Juro = 300.000 * 4%
Juro = 12.000 (ou seja, juros de R$ 12.000,00)
187
LEITURA
COMPLEMENTAR
PERÍCIA CONTÁBIL-FINANCEIRA E OS SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO: SISTEMA
FRANCÊS VERSUS SISTEMA DE EQUIVALÊNCIA A JUROS SIMPLES
André Sekunda
1 INTRODUÇÃO
188
A perícia contábil é uma das espécies de perícias mais comuns em processos
judiciais de diferentes naturezas, visto que trata do patrimônio das pessoas físicas
e jurídicas. Portanto, é muito comum que em ações judiciais, arbitrais, e até mesmo
em conflitos extrajudiciais, seja demandada uma perícia de natureza contábil (NEVES
JUNIOR; BRITO, 2007).
Existem muitas razões que levam os litigantes a ajuizar demandas como essas
no Brasil, como a falta de segurança jurídica do sistema de contratos brasileiro, as falhas
nas redações dos contratos celebrados entre as partes, que empregam redações dúbias
e com diversas interpretações, a própria natureza belicosa do brasileiro em questões
processuais, mas certamente o motivo mais usado para fundamentar tais ações é a
alegada proibição da incidência de juros sobre juros no Brasil, prevista no Decreto no
22.626, de 7 de abril de 1933, também conhecido como a “Lei da Usura”.
Independentemente das razões que motivam tais ações, fato é que, de maneira
muito recorrente, são ajuizadas demandas judiciais visando discutir contratos que são
amortizados com base no sistema francês de amortização, e os pedidos nas ações são
igualmente diversos.
189
Por conta disso, e tendo em vista todos os problemas empíricos que contratos
amortizados com base no sistema francês de amortização causam tanto aos litigantes,
quanto aos juízes, quanto, inclusive, aos peritos contadores, o presente estudo visa res-
ponder à seguinte questão de pesquisa: Qual a economia proporcionada ao mutuário pela
amortização de um contrato de financiamento pelo SEJS em detrimento da tabela Price?
Com isso, acredita-se que o trabalho oferece sua parcela de contribuição tanto à
academia, propondo uma pesquisa sobre tema pouco explorado em periódicos e eventos
da área contábil, quanto aos profissionais, pois discute questões umbilicalmente ligadas
ao seu dia a dia profissional, sendo que pode servir de fonte de pesquisas futuras e
material, para fundamentação da sua atividade prática.
190
Por fim, o estudo possui a seguinte estruturação: esta seção introdutória, uma
seção de revisão de literatura, uma seção expondo os procedimentos metodológicos,
uma seção de análise dos resultados e, por fim, as considerações finais.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Nos termos do art. 156 do CPC, o juiz será assistido por perito quando a prova do
fato depender de conhecimento técnico ou científico (BRASIL, 2015). Ou seja, sempre que
o juiz se deparar com alguma situação envolvendo questões técnicas no processo, e que
isso de alguma forma dificulte seu trabalho de julgar a lide, será nomeado um perito para
a realização dos esclarecimentos de todos os aspectos técnicos ao juízo, de forma que o
processo possa seguir seu fluxo e ser julgado, dando fim à controvérsia judicial.
191
Saliente-se que nos termos da NBC PP 01 (CFC, 2015), o perito-assistente deve
declarar-se suspeito quando, após contratado, verificar a ocorrência de situações que
venham suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou independência e, dessa
maneira, comprometer o resultado do seu trabalho.
Embora não constitua uma exigência para atuação do perito, o CFC editou a
resolução 1.502/16 e alterações, instituindo o Cadastro Nacional de Peritos Contadores
(CNPC). O objetivo do cadastro, segundo o próprio CFC, é oferecer ao judiciário e à socie-
dade uma lista de profissionais qualificados e aptos a atuarem com perícias contábeis.
O CPC, em seu art. 465, dispõe que o juiz nomeará perito especializado no
objeto da perícia, evidenciando a necessidade de conhecimentos técnicos do perito
para atuação, visto que sem tais conhecimentos, não faria sequer sentido a atuação do
profissional em meio a questões técnicas especializadas (BRASIL, 2015).
Isso porque uma das principais tarefas do assistente técnico, senão a principal,
é justamente contrapor os pontos prejudiciais ao seu cliente do laudo pericial emitido
pelo perito, em defesa dos interesses da parte que lhe contratou. Evidentemente que
se o laudo apresentar pontos favoráveis, o assistente técnico não precisará discordar do
ponto de vista do perito em relação a esses pontos.
No tocante ao laudo pericial contábil, este deve seguir a estrutura indicada na NBC
TP 01 (CFC, 2015), bem como as disposições constantes do art. 473 do CPC, em especial
no tocante a conter a exposição do objeto da perícia, a análise técnica ou científica
realizada pelo perito, a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando
ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se
originou e, por fim, a resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz,
pelas partes e pelo órgão do Ministério Público (BRASIL, 2015).
192
E engana-se quem pensa que o trabalho do perito se encerra com a apresentação
do laudo pericial, visto que podem ser demandados do perito esclarecimentos e quesitos
complementares ao laudo, nos termos do art. 477 do CPC (BRASIL, 2015).
193
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu:
194
AUTOATIVIDADE
1 A amortização é uma técnica usada para reduzir periodicamente o valor de um
empréstimo ou de um ativo intangível durante um determinado período. No caso
de um empréstimo, a amortização concentra-se em distribuir os pagamentos do
empréstimo ao longo do tempo. O termo “amortização” refere-se a duas situações de
uso. Assinale a alternativa CORRETA sobre as duas situações de uso da amortização.
a) ( ) Tangível – Intangível.
b) ( ) Empréstimo – Ativos intangíveis.
c) ( ) Recursos – Bens.
d) ( ) Ativo – Positivo.
a) ( ) Especial – Padrão.
b) ( ) Própria – Terceiros.
c) ( ) Ordinária – Vencida.
d) ( ) Primária – Secundária.
195
a) ( ) Sistema Francês.
b) ( ) Sistema americano.
c) ( ) Sistema alemão.
d) ( ) Sistema de amortização constante.
196
REFERÊNCIAS
BARROS, D. M. Matemática Financeira. São Paulo: Rideel, 2014.
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010.
HOJI, M.; LUZ, A. E. da. Gestão financeira econômica. Rio de Janeiro: Atlas, 2018.
197
SAMANEZ, C. P. Matemática Financeira: aplicações à análise de investimentos. 5. ed.
São Paulo: Prentice Hall, 2010.
198