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A PRESENCA DOS MORTOS* A‘Histoire de k jem-se constituido num fenémeno digno de nota na historiogra ia dos Gltimos dez anos. Trata-se de uma ampla posquisa desenvolvida na Franga sobre as atitudes os compk mentos dos homens diante da morte, bem como sobre as ‘les sofreram no decorrer dos séculos até 0 presente'. A fei publicada uma série de monografias e estudos isolados dos historia- dores Ph. P. Chaunu, F. Lebrun € M. Vovelle?, além do 1 uc Gl, Late Parsi, a sugestivo por um te Goothe, As Afinidades yer, =ustmeste oo 60 sobretudo, das relagies entre os vivos © 0s ja sepultura, a6 enti assegurada por meio de uma izando e colocando em confronto as eoncepgdes da pu no qual nfo € possivel acordo algum, néo apenas porqu ‘concepgées da familia em questo fo completamente opostos aos de Charlotte, ‘como famiérn porque ambos os lads argumentam em niveis absolutamente diferentes”. cin primeira parte, hi ‘© dama da aristocracia sepals, poi pi lo: Caixa dis veins is pedximas porta ds Fundos jor sve comoem vols du marco. pm ve sn. Way athe seBfon ea p29) asst passagem coloet Ao nivelar as, preocupado com a se “os olhos e a imaginacéo quedavam com pr ‘deuma nova aparéncia do cemitério. ‘mentos e de sua ordem hist6rico-erqueo ct {dade de “ordem” em geral e de racionalidade, o que também atende a0 possivel ap imento puro de um permanecer igual enfim alcangado” efetiva- Xo das sepulluras. O que na énfase desse sentimento aparece cobstinada inflexivel de nossa personalidade, de nossos fotos 1amentos” 6, & uz das antigas concepgesjurfdico-sociais, a presenga dos mortos como pessoas entre os vivos*. 0", “meméria”. No sentido ido abrangente da meméria também fica claro num texto publicado io da Kdade Moderna, em 1516, eno qual se viu “uma das primeiras grandes da Idade Moderna comecava a surgir no inicio do ia de Thomas Morus. No Livro It dessa obra, Morus trata da igo por que valeria a pena inrados Sem Iuto ou dor, tendo ‘mausoléus ergs em suas sepulturas. Apso retorno do funeral osaivos falaam slo cardter do morto e de suas agses, Nessa meméra, assim prossegue o text, os habitantes de Utopia véem um estimulo par os vivos, mas {gem (cultos) 0s mort. Pois les entendem que os motos estio presentes quando 8 fala sobre eles (mesmo nio estando visiveis aos olhes insensiveis dos vivos). Mortuos ergo uersari inter wiventes credunt, dictorum factorumque spectatores, eoque res agendas fidentius aggrediuatur, talibus welt frti praesidibus, et ab inhonesto secreto deterret eos, credita maiorum praesenta® (Por conseguiate, -meméria dos mortos significa sua pres forma, os motos so sujitos de rel asociedade utépies de Thomas Mon u passou em silénc! ‘sucossores. Os monges qu partindo dessa forma ‘uma outra forma do mim porta somentequeseietereda sempre por slo de proces mel rast lug; ele no deve ter podern o log del pra cor Assim, conclui o preficio da ‘Deus pela salvagéo do bispo, tanto mais que sabem de quanto aux ios, materiais como espirituais, desfrutam nesse lugar em que, gragas & orga & prudéncia do fundador, podem viver em , © autor da Benno-Vita percorreu a esfera do fendmeno meméria em suas diferentes dimen ses. O tema clissica da meméria historiogréfica é mencionado, mas imediata- 6 por 1ndo pode ser “objeto do dirsito real”, em especial do diteto de propriedade™=, ‘Também na arte, nas sepulturas dos séculos XIX e XX, sobretudo nos pafses do no om Wie ld Td ie p29 ns CE mat eter el Xs i," “1 eon do orn een pods eet como pa ® ‘A MORTE Nh oADE wna Hn'y a [oo] qu'une science besoin dunir etude des morta celle des vivant Universidade de HanBver {RIVCt a em epsit s yulel cleat de exenplor aps por Mice! Res, Natl 100 A PASTOI.AL DOS DOENTES E DOS MORIBUNDOS NOS SECULOS XII E XIII" Joh bit Aplicar a expressio “Pastoral” & hi ligiosa do Ocidente repre- trabalho que permitiram estendero domi Oeste do Nowe da Francs, assim como 3s da atua Bel {0 séealo XIll, a pastoral paroquial conhece um periodo de feno\ ‘GIO. AS reformas efetiiadas pelo 1215 6s propressos das cin de manus destinados & conhecer 0s prinepias; ¢ preciso ainda verficar como essas norma foram apicadas. Com essa intengS, além das legislgbes conelices in se 5 alas episcopal a8 ears def ‘efinidoras do estatuto dos vigavos. Mas fo manus pastoris, que constituem de cera forma a coluna vet documentagéo, que constuimos esta exposigio. Tenlaromes de ual era, na véspera do 1V Conelio de Lato, ocomportamento adatad pelos Vigiios em relacio 0s doentes e mobundos. A segunda parle port ern evidéncia o que ttazem os livros sinodais a pactr de algumas compilagtes caracteristies dos séculos Xille XIV e, para termiar, veremos eomo foram Postas em pritica as diretriaes pastoris preconizadas pelo papado e pelo piscopado. A PASTORAL DOS DOENTES NO SECULO XII A heranca carolingia Em 1173, bispos do Oeste da Franca reunidas em coneflio na Normandia, na cidade de Avranches, promulgavam uma viatena de efnones inspirados em sua PTS 0s Mou ' scutos xx dos atigos estipl 3: desse mod lisposigbes previsias no man de Tréves, peloabado de Prim, Ieito do doeate"e exorté-o i peniténcia, Em caso reconcilia © moribundo com a Igrea e Ihe do vist depois da confissio 0 doente recebe a ungio do éleo sanio e comungg ent corpo eo sangue de Cristo", Apenas.o pads est habilitdo, com excluséo de todo ‘qGes vém precisar a atitude a ad incapaz de falar: tudo deve ser feito para que o moribundo possa obter o perdio". Por outro lado, a aplicagio da férmula tantas vezes repetida “Ninguém deve morrer , tas como 0 uso, enlio dem uma exceed. Mutas voces, se acham mencionadas visit ea comunho dos denis aun st dee privada constitufam 2 oportunidade de 2, A partir da segunda metade ago anche, 0 dosdor estabeleceu que © monge do priorado nao podi

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