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Náu sem Rumo

Sou derradeiro avante por estas paragens.


Num limiar exíguo escuto as passadas do tempo ao meu redor.

Mudo, mudei de rumo e direção.

Equidistante a mim
Segue sem prumo
Modo ou condição
meu utópico destino.
Sem a mínima oportunidade de vir
A vislumbrar esse infortúnio

Sigo soturno
Ante as ilusões.

Completo o que há de vir


Com a esperança vã
D algum dia sorrir
E assim finjo
Que a dor que me subtrai 
Não atinge o âmago 
Da ferida aberta
Que corrói meu ser.

Diante de mim,
Sem que seja eu
Capaz de
Me tornar sujeito
Da minha própria existência.
Faço da vida saliência 
Da alegria de viver sabedoria,
Para seguir meus dias.

Sigo sem rumo


Força ou direção
Não há bússola que traga
Segurança a esta solidão

Sigo sem rumo, 


Força ou direção
Deixo a vida me levar
Pois da morte
Não quero nada não. 

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