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Lopes Vieira - Genealogia
Lopes Vieira - Genealogia
Genealogia
Hernâni L.S. Maia
Genealogia
BRAGA
2020
©
, 2020
Edição do autor
ÍNDICE
TRAÇOS BIOGRÁFICOS 9
Lista de freguesias 89
CONVENÇÕES
As datas são aqui apresentadas no formato europeu, o que faculta a ordenação cronológica.
Quando num dado assento o dia e/ou o mês a que ele se refere é ilegível, o mesmo é substituído por “00”.
Na versão deste livro em suporte informático, o número acima referido que identifica a imagem informática
constitui um “ponto quente” de hiperligação (“hot point” / “link”) ao Arquivo Distrital onde o livro paroquial se
encontra, de tal modo que, colocando o cursor do rato sobre este número e clicando, o livro pretendido surge no
monitor do computador, aberto na sua primeira folha; bastará, então, usar este mesmo número para selecção da
folha / imagem pretendida.
ADVERTÊNCIA
Os registos paroquiais tiveram início em finais do séc. XVI, mas em algumas freguesias o primeiro livro é tardio,
datando de meados do séc. XVII, sendo muito raras as freguesias cujo primeiro livro foi iniciado tão cedo quanto
meados do séc. XVI. Como normalmente as pesquisas são feitas no sentido retrospectivo, nos casos em que um
dado casamento foi realizado numa freguesia diferente daquela onde nasciam os filhos, fica-se sem conhecer a
ascendência de pelo menos um dos nubentes, pelo que a pesquisa fica truncada. A partir de 1750 os registos
passaram a incluir também os nomes dos avós, tanto em baptismos como em casamentos, o que em muito veio a
facilitar a pesquisa.
Naturalmente estes registos são manuscritos em “letra antiga” de leitura difícil. Muitos livros encontram-se em
mau estado por terem apanhado humidade, tendo assim as letras trespassado e ficado sobrepostas com as da página
oposta; borrões e apagamento do texto pela má qualidade da tinta usada são outros factores que ocasionalmente
dificultaram a leitura. Por outro lado, a ortografia era fonética, isto é, escrevia-se como se pronunciava, como ´r o
caso da troca do “v” por “b”, e não estava sujeita a uma norma universal, sendo por exemplo usado “s” ou “ss” em
vez de “c” ou “ç”, e vice-versa. Assim, a informação aqui coligida poderá estar afectada dalgumas, embora raras,
incertezas por dificuldade de leitura das fontes.
Recomenda-se a leitura de “A primeira mulher de Camilo”, de Alberto Pimentel (Guimarães & Cia., Lisboa,
1916), que se encontra publicada em formato informático como “e-book” e acessível gratuitamente online em
Internet Archive. Este autor menciona datas que lhe foram transmitidas por membros da família da mãe da primeira
mulher de Camilo Castelo Branco; porém, essas datas nem sempre coincidem com aquelas que constam nas fontes
aqui utilizadas, as únicas confiáveis. Assinala-se em particular o caso do nascimento e baptismo de uma Libânea em
1830, seguida de uma Maria em 1831, que, como duas Anas, terão falecido com tenra idade; talvez por isso, foram
esquecidas, mas o seu nascimento faz aumentar para 13 o número de filhos gerados pelos pais da primeira mulher
de Camilo, em oposição ao número 11 encontrado em várias fontes secundárias supostamente idóneas.
AGRADECIMENTO
Devo à minha mulher, Raquel Gonçalves-Maia, professora catedrática aposentada da Universidade de Lisboa,
uma inestimável colaboração nas pesquisas em livros de registos paroquiais realizadas para este trabalho, sempre
mais cuidadas, rigorosas e pacientes do que eu sou capaz de fazer. Aqui lhe deixo o meu sentido reconhecimento.
TRAÇOS BIOGRÁFICOS
JOSÉ DOS SANTOS LOPES VIEIRA nasceu na freguesia jornalista, foi professor de ensino secundário no
de Caíde de Rei, concelho de Lousada, em 16 de conceituado Colégio de São Carlos, e da disciplina de
Fevereiro de 1877 e faleceu na Rua de Santo português na Escola Raul Dória e na Escola
Ildefonso, no Porto, em 4 de Janeiro de 1951. Era Industrial Infante Dom Henrique.
filho de Joaquim Vieira dos Santos (1847-1885) e Cruzou-se e conviveu com distintos intelectuais
de Cândida Amália Lopes Vieira (1846-1915). Em da primeira metade do século XX, como Júlio
16 de Julho de 1904 casou com Amélia de Almeida Dantas, Hernâni Cidade. António Botto, Ferreira de
Lopes (1877-1970), filha de José Martins de Castro, Urbano Rodrigues, Aquilino Ribeiro, Teixeira
Almeida Lopes e de Violante Moreira Pereira dos de Pascoaes, Magalhães Basto, Bernardino Machado,
Santos Lopes, da freguesia de São Cosme do Gomes Teixeira, Augusto Gama,… com quem fez
concelho de Gondomar. amizade que ficou registada em afectuosas
Diplomado com o Curso Superior de Comércio, foi dedicatórias em livros que estes autores lhe
jornalista, poeta e dramaturgo, tendo também assinado ofereceram.
algumas traduções. Em 1902 iniciou actividade como Na notícia do seu falecimento publicada em “O
redactor do jornal «O Primeiro de Janeiro», tendo em Primeiro de Janeiro”, foram listados mais de oito
1923 assumido a chefia da redacção por escolha dos dezenas de nomes ilustres que o acompanharam à
seus camaradas de então, função que desempenhou sepultura, incluindo escritores, universitários,
durante 28 anos, durante a qual foi uma referência no políticos, artistas plásticos e actores, como António
jornalismo português. Colaborou em diversos jornais, Cruz, Henrique Santana, Marta Mesquita da Câmara,
nomeadamente a «Voz Pública», «O Norte» e «A Russel de Sousa, Alberto Saavedra, Oswaldo
Tarde», de que foi director. Redigiu, primeiro em Lousada, Raul Caldevilla, Júlio Dantas, Gaspar
colaboração e depois sozinho, o «Almanaque de O Baltar, Ataíde Perry… Muitos jornais, diversas
Primeiro de Janeiro». instituições culturais e individualidades de renome,
Foi vice-presidente e presidente da Associação também do resto do País, estiveram representadas
dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Em nesta última homenagem. A Escola Industrial Infante
acumulação com a sua intensa actividade de Dom Henrique colocou a bandeira a meia haste
10 DE VILARANDELO PARA O PORTO
Parte 1
DE VILARANDELO PARA O PORTO
despeito dos sinais de enormes carências que à época Porto, na procura e esperança duma melhor vida. Os
assolariam Vilarandelo, devidas não só à sua rapazes já se aproximavam da idade em que à época
interioridade mas, principalmente, às nefastas era vulgar deixarem a casa dos pais e tornarem-se
consequências da guerra, no baptismo as crianças dum independentes; e era uso levarem uma irmã para lhes
número apreciável de famílias eram registadas com tratar da casa… Não teria sido uma jornada fácil, pois
dois nomes próprios, frequentemente em associações ao tempo ainda não havia comboios, embora já deles
de bom gosto — às vezes com Maria ou José como se falasse, e a falta de vias apropriadas era bem
segundo nome, nem sempre conforme se tratasse de conhecida. Porém, percorridas quatro a cinco léguas
menina ou menino; era uma modernidade que só mais até Chaves, o rio Tâmega talvez lhes tivesse
tarde veio a ser adoptada no Porto e freguesias proporcionado uma possibilidade para vencerem a
limítrofes. Terá sido talvez por essa altura que os três longa distância que os separava da cidade do seu
irmãos, Francisco, António e Cândida Amália, destino menos penosamente do que se o fizessem por
abandonaram a terra natal e rumaram a caminho do terra.
(continua na Parte 2)
2.1 Manuel
Foi baptizado em 1667.09.115 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Francisco
Lopes, do lugar de Quintela da freguesia de Frões, e Maria Gonçalves, viúva de Martim Vaz.
2.2 Maria
Foi baptizada em 1670.02.256 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos António
Rodrigues Fontoura e Joana Lopes, mulher de Matias Álvares.
2.3 Isabel
Foi baptizada em 1674.10.167 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Pedro Lopes e
Catarina Lopes, do lugar da Quintela da freguesia de Frões.
2.4 Martinho
Foi baptizada em 1678.11.178 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos António
Fernandes Marrão e Catarina Gonçalves, mulher de António Rodrigues Fontoura, todos da
freguesia de Vilarandelo.
2.5 Páscoa
Foi baptizada em casa em 1682.03.27 9 e na igreja paroquial de Vilarandelo em 1682.04.20, dia de
Páscoa, pelo Padre Pedro Gonçalves.
2.6 António
Foi baptizado em 1684.12.27 10 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Padre
Domingos Lopes e Merência da Cunha, mulher de António Teixeira.
2.7 Domingos
2.9 João
Foi baptizado em 1692.11.2713 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Carlos Teixeira
e Maria Teixeira, do lugar de ….
Filhos:
2.1 Filipe
Foi baptizado em 1678.05.0414 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Miguel … e
Águeda Lopes, muher de João Gl, todos da freguesia de Vilarandelo.
2.2 Maria
Foi baptizada em 1681.03.1315 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos João Gil e a
mulher de André Álvares, do lugar de Sá da freguesia de Vilarandelo.
2.3 Frutuoso
Foi baptizado em 1687.02.1216 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos José Álvares e
Merência da Cunha, mulher de António Teixeira, da freguesia de Vilarandelo.
2.4 João
Foi baptizado em 1689.03.0017 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Domingos
Lopes e Merência da Cunha, mulher de António Teixeira, da freguesia de Vilarandelo.
2.5 Domingos
Foi baptizado em 1691.11.1118 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos João
Gonçalves e Maria Teixeira, mulher de António Martins, todos da freguesia de Vilarandelo.
3.1 José
3.2 João
Nasceu em 1721.06.2923 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em 1721.07.05,
sendo padrinhos o Padre João Evangelista de Carvalho, com procuração de seu pai,
Agostinho Rodrigues de Carvalho, de Chaves, e Olaia, solteira, filha de António Martins da
freguesia de Vilarandelo.
3.3 Angélica
Nasceu em 1723.11.2924 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1723.12.06,
sendo padrinhos Agostinho Rodrigues de Carvalho e Anastácia, solteira.
3.4 Agostinho
Nasceu em 1725.02.2125 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em 1725.02.26,
sendo padrinhos Agostinho Rodrigues de Carvalho, filho do vedor geral da província, e
Anastácia Lopes, mulher de Pedro Lopes, da freguesia de Vilarandelo.
3.5 Mónica
Nasceu em 1726.06.10 26 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1726.06.16,
sendo padrinhos Agostinho Rodrigues de Carvalho, filho do vedor geral da província, e
Anastácia Mendes, mulher de Pedro Gomes, todos da freguesia de Vilarandelo.
3.6 Mariana
Foi baptizada em 1727.12.1627 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Pedro
de Campos e sua filha Mariana, solteira, do lugar de Lubucão do concelho de Monforte.
3.7 Maria
Foi baptizada em 1728.10.3028 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Pedro
de Campos e sua filha Mariana de Campos, do lugar de Lubucão do concelho de Monforte.
3.8 Margarida
Nasceu em 1730.05.17 29 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1730.05.22,
sendo padrinhos Pedro de Campos e sua mulher Margarida de Campos, do lugar de
Lubucão do concelho de Monforte.
22 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0020 - f. 19v-3.º. Admite-se que erradamente, a mãe é dada como sendo Maria
Lopes e não Ventura Teixeira.
23 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0028 - f. 28-1.º
24 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0038 - f. 37v-4.º
25 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0042 - f. 41v-1.º
26 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0047 - f. 46v-4.º
27 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0052 - f. 51v-2.º
28 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0056 - f. 55v-3.º
29 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0060 - f. 59v-5.º
30 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0065 - f. 64v-1.º
31 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0070 - f. 70-3.º
3.11 Teresa
Nasceu em 1735.09.1132 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1735.09.18,
sendo padrinhos Domingos Lopes sendo padrinhos Domingos Lopes e Catarina de Almeida
e Catarina de Almeida, sua mulher, da freguesia de Vilarandelo.
3.12 Brígida
Nasceu em 1737.09.14 33 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1737.09.19,
sendo padrinhos Domingos Lopes e Catarina de Almeida, sua mulher, da freguesia de
Vilarandelo.
Filhos:
Filhos:
3.1 Maria
Foi baptizada em 1803.09.1451 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos
Francisco Lopes e sua mulher, Maria Gomes, da freguesia de Vilarandelo; foram
testemunhas Lourenço Manuel e Manuel de Sousa.
3.2 Francisco
Nasceu em 1806.07.18 52 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
padrinhos Francisco Gonçalves e Maria Gomes, da freguesia de Vilarandelo.
3.3 Ana
Nasceu em 1809.09.03 53 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos
Francisco Lopes e Maria Gomes, da freguesia de Vilarandelo.
3.4 Isabel
Nasceu em 1812.09.28 54 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos
Francisco Lopes e sua mulher, Maria Gomes, da freguesia de Vilarandelo.
3.5 Manuel
Nasceu em 1815.07.12 55 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
padrinhos Manuel Gomes e sua irmã Luísa dos Santos, do lugar de … da freguesia de Santo
André.
3.7 Joaquim
Nasceu em 1824.08.18 57 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
padrinhos … Baptista e Luísa Rosa, solteira.
2.3 Maria
Nasceu em 1771.10.0760 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1771.10.13, sendo
padrinhos João Lopes e sua irmã Maria Lopes.
Filhos:
2.1 Maria
Nasceu em 1725.01.1664 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1725.01.23, sendo
padrinhos o Padre Domingos Lopes e Maria, solteira, ambos da freguesia de Vilarandelo.
2.2 Francisco
Foi baptizado em 1727.10.0965 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos o Padre
Domingos Lopes e Maria Lopes, sua irmã, ambos da freguesia de Vilarandelo.
2.3 Comba
Nasceu em 1730.12.0366 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1730.12.10, sendo
padrinhos João Rodrigues e Maria Rodrigues, sua mulher, do lugar de Lama da freguesia de
Vilarandelo.
1751.02.2273 e foi baptizado em 1751.02.26, sendo padrinhos o Padre Domingos Lopes e Maria
Lopes de Morais, sua sobrinha).
Filhos:
Filhos:
4.1 José
Nasceu em 1802.10.07 80 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo, em
1802.10.11, sendo padrinhos José Antunes, tio materno, e Clara Maria, avó materna
do baptizado baptizado; foram testemunhas António José Teixeira e João Baptista.
4.2 Custódio
Foi baptizado em 1804.04.0881 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos
José Antunes, tio materno, e Clara Maria, avó materna do baptizado; foram
testemunhas o Padre João Gonçalves e João Lopes, todos da freguesia de
Vilarandelo.
4.3 António
Nasceu em 1806.01.0182 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em
1806.01.02, sendo padrinhos António Lopes, tio paterno, e Maria Madalena, avó
paterna do baptizado; foram testemunhas Miguel António e José Manuel Rebelo.
5.1 João
Nasceu em 1832.03.2188 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1832.03.25, sendo padrinhos Inácio Guedes e sua mulher, Dona Josefa de
Sousa Morais, da freguesia de Vilarandelo.
5.2 Ana
Nasceu em 1836.05.1089 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1836.05.11, sendo padrinhos o Santo António e Ana Francisca, avó
materna da baptizada.
5.5 José
Nasceu em 1844.10.3192 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1844.11.03, sendo padrinhos o Padre António de carvalho Lopes e Ana de
Morais.
5.7 Joaquim
5.9 Álvaro
Nasceu em 1853.12.0396 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1854.01.15, sendo padrinhos o Padre Francisco Branco, da freguesa de
Baçal, e Emília de Morais Bandeira.
5.10 Manuel
Nasceu em 1856.08.22 97 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1856.09.03, sendo padrinhos o Padre Manuel António da Silva e Ana
Teixeira, solteira, filha de Manuel Teixeira.
5.11 Custódio
Nasceu em 1859.01.2698 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1859.03.08, sendo padrinhos o Padre Manuel António da Silva e Ana de
Morais Bandeira, solteira.
4.5 Maria
Nasceu em 1810.02.0999 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em
1810.02.09, sendo padrinhos o Padre João Manuel da Silva e sua irmã, Francisca
Teresa da Silva, da freguesia de Vilarandelo.
4.6 Maria
Nasceu em 1812.07.13100 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
padrinhos Francisco Teixeira … e Ana de Morais, do lugar de Sá da freguesia de
Ervões.
4.7 Francisco
Nasceu em 1815.07.18101 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
padrinhos Ana de Morais, mulher de Francisco Teixeira, do lugar de Sá da freguesia
de Ervões.
2.5 Francisco
2.6 Ana
Foi baptizada em 1741.07.20105 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Francisco
Gomes e Maria Lopes, ambos da freguesia de Vilarandelo.
A PROCURA DAS ORIGENS DA FAMÍLIA Lopes Vieira estas monarcas nascerem posteriormente; de resto, já
conduziu-nos para a freguesia de Fânzeres, contígua por aqui surgia este nome no início do século XVII.
à sede do concelho de Gondomar, menos envolvida Tiveram apenas uma filha, Maria de França, que
com a ourivesaria tão típica de São Cosme, do que casou em Fânzeres com Manuel Marques, filho
era com a agricultura e os serviços; também se doutro Manuel Marques e de Maria Miguel. Dos dez
ligavam à ancestral produção de linho, depois tecido filhos que vieram a ter, o sexto chamou-se Domingos
em inúmeros teares artesanais, a base duma indústria Marques e era, assim, trineto de João Tomé e de
com raízes no esfumar dos tempos. Antes que o ouro Isabel de França, de Bouça-Cova. Talvez por isso,
do Brasil inundasse Portugal, a riqueza de Gondomar num movimento de regresso à origens, casou em São
centrava-se na fertilidade da sua terra e era mais rico Cosme com Maria Martins, que se ocupava em
quem possuísse mais terra. Nesse tempo as mais tecelagem de linho. Embora o marido mantivesse
abastadas famílias desta região usavam os propriedades em Fânzeres, onde era lavrador, ficaram
sobrenomes Velho, Tomé, Martins, França e Castro a viver no lugar do Taralhão, por a mulher ter aí casa,
— que, por corruptela na forma de metátese se a poucos minutos de Bouça-Cova.
escrevia Crasto — e casavam os filhos em Outra família que se estabelecera neste lugar do
matrimónios cruzados, ou por troca, que eram Taralhão foi a dum filho de Lourenço Velho e de
laboriosa e rigorosamente arranjados por forma a Maria João, da aldeia das Azenhas da freguesia de
evitar a dispersão e, se possível, a agrupar várias São Cosme, igualmente chamado Lourenço Velho,
propriedades numa mesma família. Assim, casavam quando casou com Apolónia João. Esta opção pelo
um filho e uma filha duma família com uma filha e Taralhão deveu-se, como no caso anterior, embora
um filho doutra família (ou dois filhos com duas bem mais do que um século antes, aos pais da noiva,
filhas) no mesmo dia, para que não houvesse quebra Manuel João e a sua mulher, Maria João, terem casa
de compromisso. Casamentos cruzados eram, pois, nesta aldeia. No lugar das Azenhas havia uma quinta
sinal de riqueza e estes nomes de família provinham bastante importante através dos tempos, como
ou ligavam-se directa ou indirectamente com a aldeia importantes eram os seus proprietários, que então
de Bouça-Cova da freguesia de São Cosme. Nesta usavam o sobrenome Velho. Este casal teve cinco
aldeia havia uma importante quinta que em meados filhos e a segunda, Maria, casou tarde, quando já ia
do século XVIII ainda pertencia à família Castro fazer trinta anos; porém, para sua infelicidade, o
Pereira, então representada por José de Castro marido faleceu menos de quatro meses depois de se
Pereira, Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro-professo unirem, não sem lhe ter concebido um filho para
da Ordem de Cristo. criar, que nasceu exactamente um ano após o
Em finais de 1729, realizou-se na igreja de São casamento dos pais. Feitas as contas, a criança tinha
Cosme o casamento de Manuel Pereira dos Santos, sido concebida duas semanas antes da morte do pai, o
filho de Domingos Pereira e de Luísa dos Santos, do que certamente terá sido causa de grande
lugar de Cabanas da freguesia de Fânzeres, com Maria perturbação, até mental, para a mãe do menino, o que
Vitória de França, filha de João Tomé e de Isabel de é reflectido no nome que lhe pôs, Custódio. Durante
França, do lugar de Bouça-Cova da freguesia de São quase oito anos não voltou a casar mas, decorrido
Cosme. Mal tinha decorrido um ano quando lhes este tempo, veio efectivamente a constituir
nasceu a primeira filha, a que deram o nome Florência matrimónio, desta vez, como que pelo seguro, com
e de quem foram padrinhos Gonçalo de Almeida, um homem quase treze anos mais novo. Foi ele
Moço-fidalgo da Casa Real, Senhor Donatário Manuel de Miranda, natural da freguesia de Canelas
Alcaide Mor do Crato e Senhor da Vila de Caiz, e em Vila Nova de Gaia; ainda veio a ter uma filha,
José de Távora e Noronha Leme Cernache, do solar Maria, quando já atingia o fim do período de
de Campobelo de Vila Nova de Gaia, igualmente fertilidade — ia fazer quarenta e um anos. Com o
Moço-fidalgo da Casa Real. Dois anos e meio depois nome Maria Lourenço, como a mãe, esta menina
nasceu-lhes outra menina, Maria, de quem foram viria a casar por volta de 1762 com José Martins,
padrinhos os seus tios maternos José de França e natural de Quintã. Ficaram naturalmente a viver no
Isabel de França, de Bouça-Cova. Passados dois anos lugar do Taralhão, onde residiam os pais da noiva, e
nasceu Manuel, que, vinte e dois anos depois e com o aí tiveram uma filha de nome Ana, Ana Martins, que
nome Manuel Pereira de França, veio a casar com casou no lugar de Quintã com João Francisco, filho
Vitória Martins, de Fânzeres. A frequência com que o de Salvador Francisco e de Maria da Silva. Este novo
nome Vitória surgia naquele tempo em Gondomar em casal teve filhos, entre os quais uma menina que veio
nada se relacionava com a rainha Vitória que se a chamar-se Maria Martins; foi com ela que
celebrizou em Inglaterra, ou a sua mãe, porquanto Domingos Marques casou.
(continua na Parte 3)
Filhos:
2.1 José
Nasceu em 1725.11.20 107 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1725.11.25, sendo
padrinhos José, solteiro, filho de Rosa Vieira …, e Madalena, solteira, filha de Manuel João,
viúvo, moradores no lugar de Tardinhade da freguesia de Fânzeres.
2.2 Ana
Nasceu em 1728.06.25108 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1728.06.27, sendo
padrinhos José e Madalena, ambos solteiros e filhos de Manuel João, viúvo, moradores no lugar de
Tardinhade da freguesia de Fânzeres.
2.3 Helena
Nasceu em 1730.09.16109 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1730.09.17, sendo
padrinhos António, solteiro, filho de Rosa Vieira, do lugar de Tardinhade, e Maria, solteira,, filh d
Ana Pinto, do lugar da Carvalha, todos da freguesia de Fânzeres.
2.4 Josefa
Nasceu em 1733.01.27110 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1733.01.30, sendo
padrinhos Manuel Jorge e Lourença, solteira, do lugar de Manariz, da freguesia de Fânzeres.
Manuel Pereira dos Santos e Maria Vitória de França casaram em 1729.11.28, 114 na igreja
paroquial de São Cosme, sendo testemunhas Manuel de Castro Façanha e José de França Pinto.
Outros filhos de Manuel Pereira dos Santos e de Maria Vitória de França: 1-Florência (nasceu em
1731.04.04115 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1731.04.04, sendo padrinhos
Gonçalo de Almeida, Moço-fidalgo da Casa de Sua Majestade, Senhor Donatário Alcaide Mor do
Crato e Senhor da Vila de Caiz, e José de Távora e Noronha Leme Cernache, Moço-fidalgo da
Casa de Sua Majestade, da cidade do Porto), 2-Maria (nasceu em 1733.10.10116 e foi baptizada na
igreja paroquial de Fânzeres em 1733.10.17, sendo padrinhos José de França e Isabel, ambos
solteiros e filhos de João Tomé da aldeia de Bouça-Cova da freguesia de São Cosme).
Vitória Martins, viúva de Manuel Pereira de França, faleceu em 1800.01.11 117 no lugar de Cabanas
da freguesia de Fânzeres.
Filhos:
2.6 Jerónima
Nasceu em 1738.08.12119 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1738.08.24, sendo
padrinhos António de Castro e sua mulher, Madalena Martins, do lugar de Tardinhade da freguesia
de Fânzeres.
2.7 António
Nasceu em 1740.08.11120 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1740.08.14, sendo
padrinhos Manuel dos Santos e sua mulher, Helena de Jesus, do lugar de Baguim do Monte da
freguesia de Rio Tinto.
2.8 Apolónia
Nasceu em 1742.01.04121 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1742.01.08, sendo
padrinhos João Vieira, solteiro, filho de Apolónia João, viúva, do lugar de Tardinhade, e Maria,
solteira, filha de Joana Pinto, viúva de Manuel Jorge, do lugar de Manariz da freguesia de
Fânzeres.
Filhos:
Filhos:
Filhos:
4.1 Manuel
Nasceu em 1776.04.02128 e foi baptizado no mesmo dia na igreja paroquial de
Fânzeres em 1776.04.03, sendo padrinhos Manuel Marques, avô paterno, e sua filha
Maria, solteira, tia paterna do baptizado.
4.2 António
4.3 António
Nasceu em 1781.08.27130 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres, sendo
padrinhos Domingos e Isabel, ambos solteiros, tios paternos do baptizado e filhos de
Manuel Marques e de Maria Miguel, sua mulher.
4.5 José
Nasceu em 1788.12.13132 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em
1788.12.14, sendo padrinhos José, filho de João Ferreira e de sua mulher, Maria
Alves, morador na Rua de Santa Catarina da cidade do Porto, e Josefa, solteira, tia
paterna do batizado e filha de Manuel Marques e de Maria Miguel, sua mulher.
4.8 Joaquim
Nasceu em 1796.04.27135 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em
1796.04.28, sendo padrinhos Manuel Marque, avô paterno do baptizado, e Ana, filha
de Manuel Tomé e de Maria Martins, sua mulher, do lugar de Cabanas.
4.10 Teresa
Nasceu em 1802.01.11137 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em
1802.01.13, sendo padrinhos António, irmão da baptizada, e Teresa, solteira, filha de
Manuel Tomé e de Maria Martins, sua mulher, do lugar de Cabanas
3.2 Maria
Nasceu em 1753.08.06 138 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1753.08.12,
sendo padrinhos João, solteiro, filho de Simão Jorge e de Isabel Marques, sua mulher, do
lugar de Santa Eulália, e Isabel, solteira, tia materna da baptizada e filha de João Miguel e
de Lourença Vieira, sua mulher, do lugar das Regadas da freguesia de Fânzeres.
3.3 Ana
Nasceu em 1757.05.24 139 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1757.05.29,
sendo padrinhos Custódio, solteiro, tio materno da baptizada e filho de João Miguel e de
Lourença Vieira, sua mulher, do lugar das Regadas, e Maria, solteira, filha de Manuel
António e de Maria Pinto, sua mulher, do lugar de Tardinhade da freguesia de Fânzeres.
3.4 Isabel
Nasceu em 1761.03.19 140 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1761.03.24,
sendo padrinhos Manuel Marques, avô paterno da baptizada, e Aurélia, solteira, filha de
Manuel Martins e de Luzia Vieira, sua mulher, do lugar de Alvarinha da freguesia de
Fânzeres.
2.2 José
Nasceu em 1724.06.18144 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1724.06.19, sendo
padrinhos o Padre Manuel Pinto e Apolónia, solteira, filha de Pedro João, do lugar dos Veados, …
da freguesia de Fânzeres.
2.3 Apolónia
Nasceu em 1727.01.13145 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1727.01.16, sendo
padrinhos Manuel Gonçalves, do lugar da Venda Nova da freguesia de Rio Tinto, e Mariana Tomé,
viúva, do lugar de Regadas da freguesia de Fânzeres.
2.4 João
2.5 José
Nasceu em 1732.05.20147 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1732.06.01, sendo
padrinhos o Padre João Álvares, do lugar do Susão da freguesia de Valongo, e Maria, solteira, filha
de Manuel Fernandes, do lugar das Regadas da freguesia de Fânzeres.
2.6 Isabel
Nasceu em 1735.01.20148 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1735.01.22, sendo
padrinhos João Ferreira e Lourença, solteira, do lugar da Felga da freguesia de Fânzeres.
2.7 Inácio
Nasceu em 1738.03.25149 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1738.03.27, sendo
padrinhos Domingos, solteiro, filho de Clemência Tomé, do lugar de Manariz, e Francisca,
solteira, filha de Francisco Martins de Oliveira, do lugar de Alvarinha, todos da freguesia de
Fânzeres.
2.8 Custódio
Nasceu em 1741.08.22150 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1741.08.23, sendo
padrinhos Custódio, filho de Manuel Martins e Maria, filha de António Pinto.
2.9 Luís
Nasceu em 1744.09.14151 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1744.09.15, sendo
padrinhos Manuel Martins, casado com Ana Martins, e Ana, solteira, filha de António Pinto e de
sua mulher, Maria André, todos do lugar das Regadas.
:
Cap. 7
Maria Lourenço
de São Cosme
1.1 Lourenço Velho
Era filho de Lourenço Velho e de Maria João da aldeia das Azenhas da fregusia de São Cosme
Casou em 1691.10.05 152 na igreja paroquial de São Cosme com Apolónia João, filha de Manuel João e
de sua mulher, Maria João, da aldeia do Taralhão, sendo testemunhas o Padre Lucas Pinto, José Álvares e
Manuel Fernandes, todos da freguesian de São Cosme.
Filhos:
2.1 Apolónia
Nasceu em 1693.09.04153 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1693.09.06, sendo
padrinhos Tomás, solteiro, filho de Lourenço Velho, e Maria, filha de Cosme Tomé, do lugar de
Vilar, todos da freguesian de São Cosme.
3.1 Custódio
Nasceu em 1731.10.15160 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1731.10.17,
sendo padrinhos o Padre José de França, da aldeia das Azenhas, e maria, solteira, filha de
Agostinho Ferreira, da aldeia de Bouça-Cova, todos da freguesian de São Cosme.
2.3 Lourenço
Nasceu em 1704.01.26162 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1704.01.29, sendo
padrinhos Manuel João do lugar do Taralhão, e Águeda, solteira, filha de Tomé Martins, do lugar
do Casal, todos da freguesian de São Cosme.
2.4 José
Nasceu em 1707.01.31163 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1707.01.31, sendo
padrinhos João Tomé, da aldeia de Bouça-Cova, e Maria, filha de Pascoal Pinto, da aldeia das
Cavadas, todos da freguesian de São Cosme.
2.5 Masnuel
Casou em 172204.21 164 na igreja paroquial de São Cosme, com Ana Martins, filha de João
Martins e de sua mulher, Ana Martins, da aldeia de Quintã, sendo testemunhas o Padre José
Ferreira, da aldeia de São Miguel de Baixo, e o Padre Francisco de Oliveira do lugar do Taralhão,
todos da freguesian de São Cosme.
Filhos:
2.1 Manuel
Nasceu em 1729.01.24165 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1729.01.30 , sendo
padrinhos Manuel de Castro e sua mulher, Maria de Castro, da aldeia de Quintã da fregusia de São
Cosme.
2.2 José
Nasceu em 1730.06.25166 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1730.07.02, sendo
padrinhos André de Moura e Maria de Lavrados da aldeia de Quintã da fregusia de São Cosme.
2.3 Maria
Nasceu em 1732.04.30167 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1732.05.03, sendo
padrinhos Manuel de Castro Moura e Ana, solteira, filha de André João, todos da aldeia de Quintã
da fregusia de São Cosme.
2.4 Clara
Nasceu em 1733.09.14168 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1733.09.22, sendo
padrinhos André, solteiro, filho de Silvestre Gonçalves e Joana, solteira, filha de Cosme Martins,
todos da aldeia de Valbom de Baixo da freguesia de Valbom.
Filhos:
3.1 Custódio
Nasceu em 1763.05.11171 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1763.05.18,
sendo padrinhos Custódio de Almeida e sua mulher, Ana Pinto, do lugar de Regadas da
freguesia de São Cosme.
3.2 Maria
Nasceu em 1766.04.20172 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1666.04.23,
sendo padrinhos Manuel João e Maria de Castro, ambos solteiros e do lugar de Vilar, da
freguesia de São Cosme; faleceu em 1766.09.03173).
2.6 Manuel
Nasceu em 1741.04.16175 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1741.04.23, sendo
padrinhos João Simões e sua mulher, Maria Ribeiro, da aldeia de Valbom de Baixo da freguesia de
Valbom.
NO PRINCÍPIO DO SÉCULO XIX vivia na freguesia de de Santa Maria da Feira, e Martins de origem em
Fânzeres um casal com os nomes José Martins dos Fânzeres. A mãe, Maria Antónia Vieira, tinha raízes
Santos e Helena Martins; por casamento, em 1801, em Fânzeres e em Rio Tinto, com Antónia
Helena juntara ao seu o sobrenome “dos Santos” do proveniente duma profusão de Antónias e Antónios
marido. Tiveram dois filhos espaçados de treze anos, ao longo de gerações, e Vieira com origem na
de nomes Sebastião e Agostinho. Se os pais não madrinha — desconcertantes liberdades doutros
estiveram ausentes de Fânzeres durante todo este tempos… Por sua vez, Helena Martins dos Santos era
tempo, tendo então tido mais filhos noutro lugar, o de Fânzeres durante pelo menos quatro gerações, já
que parece não ser o caso, ou padecido de doença desde o século XVII, com apenas um dos dezasseis
prolongada, o que também perece inverosímil, então bisavós proveniente doutro lugar, Milheirós, também
provavelmente o pai terá estado ausente por um largo de Santa Maria da Feira. Tendo começado por
período, por certo no Brasil, como acontecia ao trabalhar como alfaiate, Sebastião Martins dos
tempo em algumas famílias. José Martins dos Santos Santos, filho de José e de Helena, assim obteve
era de Fânzeres mas provinha duma família com independência económica que lhe permitiu casar em
origens dispersas por várias freguesias. Santos, do 1825, em São Cosme, com Maria Pereira de França,
pai, Manuel Martins dos Santos, tinha origem nas filha doutra Maria Pereira de França e de José Pinto
freguesias de São Roque e de Argoncilhe, da comarca de Castro, todos com ascendência nesta freguesia;
MARTINS VIEIRA 43
Família de José Lopes Vieira
ficaram a viver no lugar do Taralhão. A mulher de de sete anos, o que se concretizou no papel em
Sebastião era trineta de João Tomé e de Isabel de Outubro de 1826 — menos de um mês antes do
França de Bouça-Cova, tanto quanto Domingos nascimento de Joaquina. Quando, em 1828 Dom
Marques, acima referido, que sendo natural de Miguel chegou a Portugal para casar e jurar a
Fânzeres também ficara a viver no Taralhão, onde a Constituição, o que fazia parte do que fora acertado, as
mulher tinha casa e um tear onde tecia. Domingos era forças reaccionárias aclamara-no rei absoluto e ele
quinze anos mais velho do que Sebastião, mas casara simplesmente aboliu a Constituição.
apenas uma meia dúzia de anos antes; embora não se Entretanto, em casa de Sebastião e Maria nasceu
vislumbre que fossem parentes, sendo ambos naturais outra menina, Vitória como a tia materna, que foi a
da freguesia de Fânzeres, é expectável que Domingos madrinha, um nome que se tornara recorrente na
se tenha empenhado para obter alojamento para família França. Sebastião Martins dos Santos teria
Sebastião, que por casamento iria afinal passar a ser ideias formadas sobre as coisas da vida e da política, 176
seu parente, ainda que afastado. Ficaram vizinhos… pelo que não seria de excluir que esta escolha se
Os tempos estavam difíceis, pois, com a família tivesse baseado em alguma vitória da facção que mais
real no Brasil, após a derrota dos franceses o País lhe agradava no âmbito das confrontações políticas
tinha-se transformado numa verdadeira colónia que precederam aquele ano de 1829 — porventura a
britânica, o que causava restrições à exportação e de Dom Miguel… Encontrando-se novamente de
enorme prejuízo para a economia e para as famílias. esperanças, a seu tempo Maria, sua mulher, deu à luz
Consequentemente, no ano de 1820 houvera no Porto mais uma menina; Libânea não era nome vulgar e,
uma revolução com o objectivo de expulsar o muito menos, nome de família, mas a escolha talvez se
domínio inglês e, à imagem do que acontecera em ajustasse, ainda que de etimologia errada, a alguma
Espanha, estabalecer uma forma de governo de cariz inclinação libertária do pai da criança, desta vez na
liberal, o que não agradou a todos. Posto isto, o rei linha dos apoiantes constitucionalistas de Dom Pedro,
Dom João houve por bem regressar do Brasil no uma instabilidade das preferências políticas a fazer eco
intuito de pacificar as populações desavindas, e em da realpolitik. Porém, como acontecera com a
1822 acedeu a jurar a primeira Constituição, que Constituição, infelizmente a menina não vingou.
instaurava um regime de governo parlamentar. Foi Passado um ano exacto, nascia uma Maria — como a
uma acção que gerou inúmeras reacções adversas, rainha menina; estava-se em finais de 1831, quando
criando assim nova instabiliddae política. Durante Dom Pedro tinha abdicado do trono do Brasil e se
esta refrega, a nossa maior colónia iria tornar-se encontrava a caminho de Portugal, então já nos
independente pela mão do próprio príncipe Dom Açores, para tomar conta do governo da Nação, que
Pedro. tinha sido assaltado pelo odiado meio-irmão.
Ao cumprirem o primeiro ano de casados, Na Primavera de 1832 a família Martins dos
Sebastião Martins dos Santos e Maria Pereira de Santos ganhava outra filha, que ficou com o nome
França tiveram uma primeira filha, a que deram o Ana e teve Agostinho, tio paterno, como padrinho.
nome Joaquina, um nome que se popularizara, talvez Com catorze anos já feitos, é possível que nesse
por simpatia com a rainha, Dona Carlota Joaquina, que tempo ele acompanhasse o irmão como aprendiz da
acabava de enviuvar. A morte do rei ampliou sua arte de alfaiate. Em Junho seguinte Dom Pedro
enormemente a crise política que já se vivia. Com desembarcou com as suas tropas e tomou a cidade do
efeito, enquanto auto-proclamado Imperador do Brasil, Porto. Porém, cedo o exército do irmão avançou
Dom Pedro logo se aclamou rei de Portugal; deste sobre a cidade e cercou-a. Dom Miguel veio juntar-
modo, mantendo-se o rei no Brasil, no entender de se-lhe, avançando ao longo da Estrada de Dom
muitos Portugal passaria duma espécie de colónia Miguel, que lhes passava por assim dizer perto da
britânica a uma mera colónia brasileira. No entanto, a porta e cujo nome se mantém em lembrança do
Constituição brasileira salvou a situação por não sucedido. A cidade foi fortemente fustigada por
permitir uma tal acumulação de funções, pois doutro pesados bombardeios a acrescentar às imensas
modo voltaria à condição de colónia portuguesa. Com dificuldades de sobrevivência pela falta de alimento.
isto, Dom Pedro abdicou dos direitos à coroa de Mas o pior estava para vir: no primeiro dia de
Portugal a favor da filha Maria da Glória, então com Janeiro, aportou à Foz do Douro o vapor London
apenas sete anos. Foi uma solução muito mal recebida Marchant com duas centenas de soldados belgas
por uma grande maioria do povo conservador, que destinados a apoiar as tropas de Dom Pedro.
tinha desaprovado o juramento da nova Constituição Contudo, trazia a bordo um recruta infectado com a
da parte do soberano morto e a sua confirmação por cholera morbus que, vinda da India, grassava então
Dom Pedro. Para tentar pôr cobro aos rumores hostis por toda a Europa. A partir do Porto, esta epidemia
que já se pressentiam e a neutralizar eventuais causou em Portugal cerca de quarenta mil mortos,
movimentações militares, ele negociou o casamento da incluindo a infanta Dona Maria da Assunção, irmã
filha com Dom Miguel, seu irmão e tio da dita menina
176 Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive
44 MARTINS VIEIRA
Família de José Lopes Vieira
dos príncipes inimigos — incluindo também as duas Martins Vieira acabara de casar com a tetraneta dos
filhas mais novas de Sebastião e Maria. mesmos, Rosa Marques, tetraneta por ser filha de
Provavelmente aterrados com o efeito da peste, Domingos Marques.
como muitas outras famílias do epicentro onde ela Embora Rosa tivesse nascido e vivido em São
grassara, o casal tratou de fugir para o interior à Cosme, por o pai ter propriedades em Fânzeres, o
procura de abrigo e segurança. Após o nascimento de casamento teve lugar nesta freguesia, onde ficaram a
Ana, partiram para Ribeira de Pena numa viagem de viver — também era em Fânzeres que se encontrava
200 quilómetros, presumivelmente pelos rios Douro e a clientela que o noivo fizera como alfaiate. Aí
Tâmega; levaram apenas as filhas mais velhas, as que tiveram os primeiros oito filhos. Porém, a vida dá
lhes sobraram. Assentaram em Friúme, onde iriam ter voltas às vezes inexplicáveis; decorridos pouco mais
mais sete filhos, cinco raparigas e dois rapazes. de vinte anos, transferiram-se para Vila Nova de
Imitando o que Dom Pedro fizera com a filha Dona Gaia, mais especificamente para Vilar de Andorinho.
Maria da Glória, quando a sua Joaquina estava Uns dois anos depois, mudaram-se de novo, desta
próxima de completar 15 anos, Sebastião emancipou- vez para a Rua da Raínha (hoje Rua Antero de
a, negociando e promovendo o seu casamento com Quental), da freguesia de Cedofeita, no Porto. Estas
um mancebo apenas um ano mais velho, Camilo, um mudanças tiveram lugar na década de 60 do século
futuro estudante de medicina que afinal nunca XIX. No entanto, em finais da década de 40,
terminou um curso: não foi médico, nem foi padre, Agostinho fizera uma incursão ao Brasil, em que
foi apenas um boémio — e já então a caminho de levara António Martins dos Santos, então com onze
afamado escritor com o nome Camilo Castelo anos, que era um dos filhos do irmão. Regressou uns
Branco. Esta foi uma história triste que é contada dois anos depois e não voltou, mas o sobrinho acabou
noutro lado. 177 Em resumo, Joaquina teve uma filha, por lá ficar, provavelmente entregue a alguém de
mas morreram, mãe e filha, ao fim de escassos cinco confiança, dado que ao tempo havia inúmeros
anos, entre 1847 e 1848. A seguir a estas desgraças, portugueses no Brasil. Sendo analfabetos, os pais de
Sebastião e a mulher pouco mais teriam a fazer em Sebastião e Agostinho tiveram o bom senso de
Ribeira de Pena, pelo que regressaram à terra. Não mandar os filhos à escola, rudimentar nesse tempo,
Fânzeres ou São Cosme, mas a cidade do Porto, onde pelo que ambos não só liam — a Bíblia — e
a peste tinha sido varrida e a população regressara à escreviam bem, como valorizavam o conhecimento,
paz. Maria Pereira de França, atingia o fim do valores que transmitiram aos filhos.
período de fertilidade, mas ainda teve mais uma filha, Sebastião teve treze filhos: onze raparigas e dois
nascida já na cidade, em 1849; a mãe, que já ia a rapazes; com excepção de cinco raparigas em parte
caminho dos 45, deu~lhe o nome da primeira neta e perdidas com a peste, todos os demais chegaram a
até ali a única, Rosa — em adulta assinava Rosa adultos; destes oito, um rapaz e uma rapariga
Pereira França, nenhum sobrenome do pai. No Porto, faleceram com cerca de 20 anos e uma das raparigas
Sebastião Martins dos Santos veio a estabelecer um ficou solteira; os restantes constituiram famílias de
negócio de padaria na Rua do Sol, que depois sucesso, para o que também contribuiu terem sabido
transferiu para a Rua de Trás e, mais tarde, para uma fazer bons casamentos. Agostinho teve onze filhos:
casa maior na Rua Chã, onde veio a falecer em 1871. quatro raparigas e sete rapazes; uma das raparigas e
Quando Sebastião partiu para Ribeira de Pena cinco dos rapazes casaram e tiveram filhos; dois
com a família, Agostinho, seu irmão, estava com deles seguiram o rumo do exército, tendo o mais
quinze anos e é natural que, embora morando em velho chegado a atingir a patente de general; outros
Fânzeres, continuasse a visitar Domingos Marques e dois emigraram e casaram no Brasil, ambos no Rio
a mulher com alguma frequência, enquanto as filhas de Janeiro. Conforme já foi afirmado, Sebastião
do casal iam crescendo; a mais velha, Rosa era começou por ser alfaiate, profissão que deixou para
quatro anos mais nova do que Agostinho. As se estabelecer como vendeiro quando emigrou para
brincadeiras de criança e de adolescente gradual e Ribeira de Pena; de regresso ao Porto, enveredou
inevitávelmente deram lugar a brincadeiras de adulto. pela indústria de padaria. Por outro lado, Agostinho
E quando a menina atingiu os dezoito anos, casaram, terá herdado do irmão a profissão de alfaiate, e assim
ela como Rosa Marques e ele como Agostinho continuou até cerca de 1865, quando se mudou para a
Martins Vieira — deixando cair o sobrenome Santos Rua da Rainha (hoje Rua Antero de Quental), onde
e indo buscar Vieira à avó paterna, Maria Antónia mandou construir uma moradia em terreno
Vieira. Retomando o que foi afirmado atrás, enquanto anteriormente adqirido. A partir de então, seguindo
Sebastião casara com um trineta de João Tomé e de novamente o percurso do irmão, acabou por fazer-se
Isabel de França, de Bouça-Cova, o irmão Agostinho empresário de padaria, igualmente de sucesso.
(continua na Parte 4)
177 Hernâni L.S. Maia, “Rosa Pereira de França Botelho Castelo Branco - Genealogia”, Genealogia FB, Porto, 2020, in Google
MARTINS VIEIRA 45
Cap. 9
Maria Antónia
de Fânzeres
Filhos:
2.1 Ana
Foi baptizada em 1689.03.06 179 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos o Padre
Francisco da Silva, morador defronte do Convento dos Loios (ou de Santo Eloi) da cidade do
Porto, e Maria, solteira, filha de João António, do lugar de Alvarenga da freguesia de Fânzeres.
2.2 António
Foi baptizado em 1691.11.12180 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos Manuel, solteiro,
filho de Ambrósio Jorge, e Maria, solteira, filha de Maria Manuel, viúva; foram testemunhas
Matias André e o padrinho, todos da aldeia de Manariz.
2.3 Maria
Nasceu em 1693.10.17181 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1693.10.18, sendo
padrinhos Manuel Álvares, da aldeia de Manariz, e Isabel Gonçalves, mulher de André António,
do lugar da Carvalha; foram testemunhas Domingos Gonçalves e Manuel Fernandes, todos da
freguesia de Fânzeres.
2.4 Teresa
Foi baptizada em 1696.01.10 182 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos Pedro Francisco
e Maria, solteira, filha de Manuel João, o …, todos da aldeia de Manariz; foram testemunhas
António João, pintieiro, do lugar da Costa, Manuel Martins, do lugar do Outeiro, e Manuel,
solteiro, do lugar da Felga, filho de Manuel Martins, pedreiro, todos da freguesia de Fânzeres.
2.5 Domingos
Foi baptizado em 1697.11.15183 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos Manuel Tomé,
solteiro, filho de LuziaVieira, viúva, e Lourença, filha de Maria Manuel, viúva; foram testemunhas
Pedro Francisco e João António, todos da aldeia de Manariz.
materno de António Francisco e de Maria de Sá, do lugar de São Vicente de Louredo; foram
testemunhas António de Sousa, de Santa Eulália, e Manuel João de Aleixo, da freguesia de
Fânzeres. Viveram na aldeia de Manariz da freguesia de Fânzeres.
António Dias nasceu em 1693.02.04186 e foi baptizado na igreja paroquial de São Vicente de
Louredo em 1693.02.08, sendo padrinhos João Manuel, de Vila Seca, e Isabel, solteira, da …
Silvestre Dias e de Maria de Sá casaram em 1784.06.13187 na igreja paroquial de São Vicente de
Louredo, sendo testemunhas Pedro André e Gonçalo da Silva, estudante, todos do mesmo lugar da ….
Viveram no lugar de vila Seca da freguesia de São Vicente de Louredo.
Outros filhos de Silvestre Dias e de Maria de Sá: 1-Manuel (nasceu em 1684.04.02188 e foi baptizado
em 1684.04.08, sendo padrinhos Pedro André e Isabel Vieira, mulher de Pedro Dias), 2-Ana (nasceu
em 1687.04.01189 e foi baptizada em 1687.04.05, sendo padrinhos Domingos de Oliveira, da
freguesia do Vale, e Maria Pereira, da freguesia de São Miguel do Mato), 3-Josefa (nasceu em
1695.07.18190 e foi baptizada em 1695.07.20, sendo padrinhos Gonçalo Ferreira, da freguesia de
Fermelã, e Maria Manu, 4-Domingos (nasceu em 1699.03.15191 e foi baptizado 1699.03.22, sendo
padrinhos Domingos Dias, do …, e Catarina Gonçalves, mulher de Manuel Francisco, da aldeia …).
António Francisco e Maria de Sá casaram em 1657.05.04192 na igreja paroquial de São Vicente de
Louredo, sendo testemunhas Lucas Lopes e Domingos Francisco, da freguesia de São Vicente de
Louredo.
Maria de Sá faleceu viúva de António Francisco em 1707.04.19 193 na freguesia de São Vicente de
Louredo, tendo o seu filho Manuel de Sá e o seu genro Silvestre Dias ficado como testamenteiros.
Filhos:
2.7 Matias
Nasceu em 1702.02.28196 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1702.03.05, sendo
padrinhos Manuel Teixeira Marinho, da Rua da Laje da cidade do Porto, e Roque, solteiro, filho de
João António, do lugar de Alvarinha; foram testemunhas Antonio João, do lugar do Outeiro, e
Manuel Tomé, do lugar de Tardinhade, todos da freguesia de Fânzeres.
2.8 José
Nasceu em 1704.02.28197 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1704.03.01, sendo
padrinhos Manuel João do Couto, da cidade do Porto, e Maria, solteira, filha de André António, do
lugar da Carvalha; foram testemunhas André Gonçalves, do lugar da Portelinha, e Cristóvão
Álvares, da aldeia de Manariz, todos da freguesia de Fânzeres.
2.9 Rosália
Nasceu em 1706.02.18198 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1706.02.21, sendo
padrinhos João Vieira e Maria, solteira, filha de Cristóvão Álvares, da aldeia de Manariz; foram
testemunhas João Jorge, do lugar de Tardinhade, e o mesmo Cristóvão Álvares, todos da freguesia
de Fânzeres.
2.10 Josefa
Nasceu em 1709.03.27199 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1709.03.31, sendo
padrinhos André Álvares, do lugar de Vila Nova da freguesia de São Cosme, e Maria Álvares,
mulher Manuel André, da aldeia de Manariz da freguesia de Fânzeres; foram testemunhas o
mesmo Manuel André e Gonçalo Francisco, também da aldeia de Manariz.
Filhos:
2.1 Maria
Nasceu em 1727.04.22201 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1727.04.22, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de Manuel Jordão, e Maria, solteira, filha de Maria Martins,
viúva, todos da aldeia da Felga da freguesia de Fânzeres.
2.2 Isabel
Nasceu em 1730.04.13202 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1730.04.16, sendo
padrinhos José, solteiro, filho de Luís Moreira, do lugar da Costa, e Isabel, filha de de Manuel
Jordão, da aldeia da Felga da freguesia de Fânzeres.
Teve um relacionamento com João dos Santos, solteiro, filho de Francisco Pereira e de Maria
Pereira, do lugar de São Domingos, neto paterno de Jorge Fernandes e de Maria André e materno
de Manuel Francisco e de Maria Gonçalves, todos da freguesia de Argoncilhe.
Casou em 1751.04.16203 na igreja paroquial de Fânzeres, com José Martins dos Santos, filho de
Agostinho dos Santos e de Teresa de Jesus, do lugar de Pontelhas da freguesia de Rio Tinto, sendo
testemunhas o Padre António Jordão e o Padre Manuel Pinto, ambos da da freguesia de Fânzeres.
Francisco Pereira e Maria Pereira casaram em 1708.05.07204 na igreja paroquial de Argoncilhe,
sendo testemunhas Manuel Ferreira e João Martins.
Filhos de Francisco Pereira e Maria Pereira:205 1-Maria (nasceu em 1709.04.14. 206 e foi baptizada
na igreja paroquial de Argoncilhe em 1709.04.21, sendo padrinhos Domingos, solteiro, e Helena
Francisca), 2-Manuel (nasceu em 1711.03.07207 e foi baptizado na igreja paroquial de Argoncilhe
em 1711.03.15, sem menção do padrinhos), 3-António (nasceu em 1713.06.00208 e foi baptizado
na igreja paroquial de Argoncilhe).
3.2 Maria
Nasceu em 1754.04.15 210 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1754.04.16,
sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de Domingos António e de sua mulher, Catarina
Gonçalves, do lugar da Felga freguesia de Fânzeres, e Maria, solteira, filha de Agostinho
dos Santos e de sua mulher, Teresa de Jesus, do lugar de Pontelhas da freguesia de Rio
Tinto, tia paterna da baptizada.
2.3 Ana
Nasceu em 1732.08.27212 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1732.08.21, sendo
padrinhos Joaquim Pereira e Maria do Couto, sua mulher, da aldeia de Santa Ovaia da freguesia de
Fânzeres.
2.4 Bárbara
Nasceu em 1735.05.08213 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1735.05.14, sendo
padrinho Manuel António, do lugar do Paço.
2.5 Bárbara
Nasceu em 1737.11.29 214 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1737.12.01, sendo
padrinhos Francisco Carneiro, filho de Maria Carneiro, viúva, e Josefa, solteira, filha de Luísa de
Oliveira, viúva, do lugar da Venda Nova da freguesia de Rio Tinto.
2.6 Jerónima
Nasceu em 1741.06.28215 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1741.07.09, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de Manuel António, e Micaela, solteira, filha de Manuel António,
do lugar da Venda Nova da freguesia de Rio Tinto.
2.7 Teresa
Nasceu em 1745.06.11 216 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1745.06.20, sendo
padrinhos Feliciano, solteiro, filho natural de Manuel Fernandes e de Maria de Almeida, do lugar
de Beduído da freguesia do mesmo nome, e Maria, solteira, irmã da baptizada.
Filhos:
2.1 Maria
Nasceu em 1714.11.28 218 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1714.11.30, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de Manuel Martins, do lugar do Seixo, e Maria, solteira, filha de
Cosme João, do lugar de Manariz, todos da fregusia de Fânzeres.
2.2 Manuel
Nasceu em 1716.11.00 219 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1716.11.11, sendo
padrinhos Inácio, solteiro, filho de Manuel Martins, do lugar do Seixo, e Isabel, solteira, moradora
no lugar da Portelinha, todos da fregusia de Fânzeres.
2.3 Inácio
Nasceu em 1718.08.09220 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1718.08.14, sendo
padrinhos Inácio e Maria, ambos solteiros e filhos de Manuel Martins, moradores no lugar do
Seixo da fregusia de Fânzeres.
2.4 Ana
Nasceu em 1721.04.25221 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1721.04.27, sendo
padrinhos João Pinto, solteiro, cirurgião, morador no ligar de Tardinhade, Maria, solteira, filha de
Manuel Martins, o Pila, do lugar de Manariz, todos da fregusia de Fânzeres.
2.5 Manuel
Nasceu em 1725.08.26222 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1725.09.02, sendo
padrinhos o Padre Manuel …, vice-reitor da Igreja da Graça, extra-muros da cidade do Porto, e sua
irmã, Luzia, solteira, moradora no lugar das Regadas da freguesia de Fânzeres.
2.6 Manuel
Nasceu em 1727.09.27223 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1727.09.28, sendo
padrinhos Domingos, solteiro, filho de Manuel Martins, o Pila, do lugar de Manariz, e Catarina,
solteira, filha de Manuel Martins, do lugar do Seixo, todos da fregusia de Fânzeres.
Filhos:
3.2 Manuel
Nasceu em 1756.09.02 230 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1756.09.05,
sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de António João e de sua mulher, Maria João, do
lugar do Seixo, e Ana, solteira, tia paterna do baptizado e filha de Manuel Martins e de sua
mulher, Domingas João, do lugar de Manariz, todos da freguesia de Fânzeres.
20.8 António
Nasceu em 1734.12.28231 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1734.12.30, sendo
padrinho António, tio paterno do baptizado.
Filhos:
2.1 Josefa
Foi baptizada em 1693.02.12233 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos Manuel, solteiro
e Teresa, tia da baptizada.
Filhos:
3.1 Maria
Nasceu em 1736.05.24 241 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1736.05.29,
sendo padrinhos Filipe Ferreira e Maria, solteira, filha de Silvestre João.
3.2 Ana
Nasceu em 1739.09.30 242 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1739.10-04,
sendo padrinhos José Álvares, do lugar de Santa Eulália, e Bárbara, solteira, do lugar do
Outeiro, todos da freguesia de Fânzeres
4.1 Custódia
Nasceu em 1765.09.08 250 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1765.09.10,
sendo padrinhos Inácio João, viúvo, do lugar de Montezelo, e Ana João, viúva, avó paterna
da baptizada.
4.2 Maria
Nasceu em 1773.02.16 251 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1773.02.18,
sendo padrinhos Manuel Martins, avô materno da baptizada, e Maria João, mulher de
António Francisco, do lugar da Carvalha da fregusia de Fânzeres.
4.3 Ana
Nasceu em 1774.10.15 252 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1774.10.16,
sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de Manuel Martins e de Maria Martins, tio paterno
4.4 Manuel
Nasceu em 1777.02.21 253 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1777.02.22,
sendo padrinhos Manuel Martins, avô materno do baptizado, e Maria, solteira, filha de …
dos Santos Barbosa, viúvo, e de Maria da Silva, do lugar da Carvalha da fregusia de
Fânzeres.
4.5 João
Nasceu em 1783.04.12 255 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1783.04.14,
sendo padrinhos João de Sousa, casado com Teresa de Jesus, e Ana, solteira, filha de
Manuel Martins, tia materna do baptizado.
4.5 José
Nasceu em 1785.11.10256 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1785.11.11,
sendo padrinhos José Martins, casado com Maria Martins da Silva, do lugar de Manariz, e
Maria, solteira, filha de … de … e de sua mulher, Maria Antónia dos Santos, do lugar da
Carvalha da fregusia de Fânzeres.
4.7 Maria
Nasceu em 1788.05.05257 e foi baptizada no mesmo dia na igreja paroquial de Fânzeres,
sendo padrinhos Cap. 12, do lugar da Carvalha, e Helena, solteira, filha de Manuel Martins
e de Maria Martins, tia materna da baptizada.
4.8 Quitéria
Nasceu em 1788.05.05258 e foi baptizada no mesmo dia na igreja paroquial de Fânzeres,
sendo padrinhos Custódio Martins, casado, do lugar da Carvalha, e Ana, irmã da baptizada.
4.9 Jerónima
Nasceu em 1791.03.25 259 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1791.03.27,
sendo padrinhos João, solteiro, filho de João Afonso e de sua mulher, Ana Martins, do lugar
da Costa, e Ana, irmã da baptizada.
4.10 José
Nasceu em 1794.03.04 260 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1794.03.05,
sendo padrinhos Manuel, filho de Manuel Ferreira e de sua mulher, Maria Vieira, e Maria,
solteira, filha de Manuel António da Fonte e de sua mulher, Josefa Maria, do lugar de
Manariz.
411 António
Filhos:
Filhos:
3.1 Maria
Nasceu em 1749.02.27268 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1749.03.02,
sendo padrinhos José de Castro e Maria, ambos solteiros e filhos de José de Castro, da
aldeia de São Miguel de Baixo, da freguesia de São Cosme.
3.2 Manuel
3.3 José
Nasceu em 1752.10.08 270 e foi baptizado no mesmo dia na igreja paroquial de São Cosme,
sendo padrinhos José da Silva, do lugar do Crasto, e Ana, solteira, filha de Baltazar Tomé,
da Aldeia de São Jomil, todos da freguesia de São Cosme.
3.4 José
Nasceu em 1754.06.27271 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1754.06.30,
sendo padrinhos Manuel de França, da aldeia do Paço, e Margarida da Silva, solteira, tia
materna do baptizado, todos da freguesia de São Cosme.
3.5 Salvador
Nasceu em 1755.12.22272 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1755.13.28,
sendo padrinhos Salvador Martins e Ana, solteira, filha de Maria de Castro, viúva, da aldeia
das Azenhas da freguesia de São Cosme.
3.6 Custódio
Nasceu em 1758.05.05273 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1758.05.07,
sendo padrinhos José de Castro e Ana, solteira, enjeitada, ambos da aldeia de Ramalde da
freguesia de São Cosme.
Filhos:
4.1 José
Nasceu em 1788.07.08 277 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em
1788.07.10, sendo padrinhos José de Castro, do lugar de Bouça-Cova, e Ana,
solteira, filha de João José Custódio, do lugar de Vilar, todos da freguesia de São
Cosme.
Filhos:
5.2 Ana
Nasceu em 1825.01.25 281 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme
em 1825.01.28, sendo padrinhos o Padre Joaquim Martins, com procuração
de Clara Rita Maria de Jesus.
4.3 Ana
Nasceu em 1795.05.15 282 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em
1795.05.20, sendo padrinhos João Pereira e sua mulher, Maria Lourenço, do lugar
do Taralhão, da freguesia de São Cosme.
4.4 Joaquina
Nasceu em 1798.05.12 283 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em
1798.05.17, sendo padrinhos Agostinho Pereira de Castro, do lagar de Quintã, e
Maria, filha de António dos santos, do lugar do Taralhão, da freguesia de São
Cosme.
3.8 Ana
Nasceu em 1763.12.17285 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1763.12.21,
sendo padrinhos Tomásia, solteira, e Inácio Jorge da aldeia de Bouça-Cova, da freguesia de
São Cosme.
39 Manuel
2.2 José
Nasceu em 1731.10.16287 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1731.10.21, sendo
padrinhos André, solteiro, filho de Manuel … e de sua mulher, Maria Tomé, do Porto, e Isabel,
solteira, filha de José Álvares e de sua mulher, Antónia de Castro, do lugar de Ramalde, todos da
freguesia de São Cosme.
2.3 Margarida
Nasceu em 1734.02.23288 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1734.02.28, sendo
padrinhos o Capitão Frei José de Castro Pereira, Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo, e dona
Clara Maria da Cunha de São Miguel e Vasconcelos da sua quinta na aldeia de Bouça-Cova, da
freguesia de São Cosme.
2.4 Silvestre
Nasceu em 1736.12.21289 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1736.01.01, sendo
padrinhos Luís João e sua mulher, Bernarda da Silva, da freguesia de São Pedro da Cova.
2.5 João
Nasceu em 1741.09.02290 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1741.09.03, sendo
padrinhos João de Moura e Maria, solteira, filha de Bernardo Pereira, todos da aldeia de Rio
Carreiro da freguesia de São Cosme.
2.6 Ana
Nasceu em 1743.11.26291 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1743.11.30, sendo
padrinhos Carlos, solteiro, filho de João de Sousa, da aldeia da … da freguesia de São Cosme, e
Maria, solteira, filha de Pedro Gomes, da aldeia da Ferreirinha da freguesia da Foz do Sousa.
2.7 Rosa
Nasceu em 1747.01.24292 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1746.01.29, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de Clara Martins, viúva, da aldeia de são Martinho da freguesia
de Jovim, e Maria, solteira, filha de Domingos de Castro, da aldeia de Ramalde, da freguesia de
São Cosme.
Filhos:
Casou em 1773.02.13304 com Manuel Martins dos Santos, 305 filho natural de João dos Santos,
solteiro, e de Isabel dos Santos, solteira, moradores no lugar do Outeiro da freguesia de Fânzeres,
neto paterno de Francisco Pereira e de Maria Pereira, do lugar de São Domingos da freguesia de
Argoncilhe, e materno de José de Oliveira e de Maria dos Santos, do lugar da Felga da freguesia
de Fânzeres. Foram testemunhas o Padre Manuel de Oliveira Coutinho, do lugar da Costa, e
António Joaquim de Araújo Rangel clérigo in minoribus, filho de João Tomás de Araújo Rangel e
Castro e de D. Josefa Leonarda de Mesquita Pereira do lugar de Montezelo, ambos da freguesia de
Fânzeres. Viveram no lugar da Carvalha da freguesia de Fânzeres.
Filhos:
3.1 José
Nasceu em 1773.12.13 306 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1773.12.23,
sendo padrinhos José, solteiro, filho de Manuel dos Santos e de Catarina Tomé, do lugar
dos Paço da freguesia de Fânzeres, e Maria, solteira, filha de Manuel André e de Isabel
Moreira, do lugar de Manariz; foram testemunhas Manuel dos Santos e Manuel André.
3.2 Maria
Nasceu em 1777.07.07 307 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1777.07.08,
sendo padrinhos José Martins, solteiro, tio paterno da baptizada, e Ana, solteira, tia materna
da baptizada.
Filhos:
Filhos:
respectivo registo como filha de mãe incógnita; casou em 1839.10.05, 325 com
Francisco José de Azevedo, médico, da freguesia de Vilarinho de Samardã).
Filhos:
Filhos:
6.1 Ermelinda
Nasceu e foi baptizada em 1861.01.20331 na igreja paroquial de
Cedofeita, sendo padrinhos Sebastião Martins dos Santos, padeiro,
casado, e Jerónima Pereira França, solteira, respectivamente Avô e tia
Materna da baptizada, ambos moradores na Rua Chã.
Faleceu em 1862.08.10,332 na freguesia de Cedofeita.
5.3 Libânea
Nasceu em 1830.12.16 333 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme
em 1830.12.18, sendo padrinhos António Francisco Monteiro Guimarães,
com procuração a António Pinto de Castro e Quitéria, tia materna da
baptizada. É provável que tenha falecido em criança.
Faleceu em 1831.02.16334 no lugar do Taralhão da frguesia de São Cosme.
5.4 Maria
Filhos:
335 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B11-0164 - f. 145v-6.º. Foi baptizada como Maria, mas deverá ter mudado de nome
para Jerónima, que é como parece ter sido conhecida na família.
336 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B11-0012 - f. 52v-3.º
337 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive. Segundo este autor
Jerónima teria nascido em 1 de Março de 1834, o que não poderá ser por nesse ano ter nascido Ana, que, segundo o mesmo autor, terá
morrido em criança. Depreende-se, então, que Jerónima tenha nascido um ano depois de Ana e dois anos antes de António. O livro de
assento dos baptismos anteriores a meados de 1844 em Ribeira de Pena não existe.
338 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
339 Gisa – Documento/Processo – Registo do testamento com que faleceu Jerónima Pereira França, dona da casa
340 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
341 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive. Cf. notas anteriores.
342 Agostinho Martins Vieira - Árvores genealógicas do MyHeritage - MyHeritage
343 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
344 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive. Cf. notas anteriores.
345 Gisa – Documento/Processo – Registo do testamento com que faleceu Torcato José Pereira, casado com Engrácia Pereira França,
proprietário
346 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
Filhos:
Filhos:
347 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive. Cf. notas anteriores.
348 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
349 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive. Cf. notas anteriores.
350 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, O66-0078 - f. 75v-n.º 300
351 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
352 Agostinho Martins Vieira - Árvores genealógicas do MyHeritage - MyHeritage
353 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1866-0096 . f. 94v-n.º 186
354 Agostinho Martins Vieira - Árvores genealógicas do MyHeritage - MyHeritage Era conhecida como Mimi.
355 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1868-0097 - f. 95-n.º 187
356 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1872-0099 - f. 91v-n.º 192
357 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1876-0178 - f. 177v-n.º 352
5.11 Ana
Nasceu em 1845.04.19360 e foi baptizada na igreja paroquial de São Salvador
de Ribeira de Pena em 1845.04.29, sendo padrinhos Francisco José Ribeiro e
Joaquina Pereira de França, do lugar de Friúme da freguesia de Ribeira de
Pena.
Faleceu em criança. 361
Filhos:
Faleceu em 1900.368
Filhos:
368 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
369 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B11-00595 - f. 39v-2-º
370 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C14-0004 - f. 111v-1º
371 Provém do Cap. 13
372 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, C1882-0130 - f. 128-n-º 127
373 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, O1905-0164 - f. 162v-2.º-n.º 644
374 Gisa – Documento/Processo – Registo do testamento com que faleceu Agostinho Martins Vieira, proprietário
375 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B14-0049 - f. 48v-1.º
376 Registos Paroquiais da freguesia dos Anjos (Lisboa), C14-0370 - f. 150-1.º
377 Registos Paroquiais da freguesia de Santa Maria Maior de Viana do Castelo, C26-0137 - f 168-1.º-n.º 1
378 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
Filhos:
7.1 N°
Nasceu em Janeiro de 1913, mas faleceu 6 horas depois.
379 Family Tree - Site de família - MyHeritage. Não se encontra o assento deste baptismo nesta data.
380 Registos Paroquiais da freguesia de São João da Praça, B1880-0079 - f. 38-n.º 79
381 Registos Paroquiais da freguesia de Santa Maria Maior de Viana do Castelo, C28-0405 - f. 201-n.º 3
382 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
383 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
384 Registos Paroquiais da freguesia de São João da Praça, B1882-0809 - f. 32-n.º 70
385 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
386 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
Filhos:
387 Registos Paroquiais da freguesia de Santa Maria Maior de Viana do Castelo, B53-0132 - f. 64v-n.º 85
388 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B14-0049 - f. 48v-1.º
389 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, C1872-0006 - f. 3-n.º 4
390 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1872-0196 - f.195-n.º387
391 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
392 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1879-0234 - f. 231v-n.º 459
393 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1881-0063 - f. 160v-n.º 118
394 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1882-0245 - f. 243-n.º 483
395 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B15-0024 - f. 21v-2.º
Filhos:
Filhos:
Filhos:
Filhos:
Filhos:
Filhos:
6.1 Agostinho
Nasceu em 1870.11.13436 e foi baptizado na igreja paroquial de
Cedofeita em 1870.11.20, sendo padrinhos Agostinho Martins Vieira e
Rosa Marques, avós paternos do baptizado, ambos moradores na Rua
da Rainha (hoje Rua Antero de Quental) da freguesia de Cedofeita.
6.2 Agostinho
Nasceu em 1872.01.26 437 e foi baptizado na igreja paroquial de
Cedofeita em 1872.02.02, sendo padrinhos Agostinho Martins Vieira e
Rosa Marques, avós paternos do baptizado, ambos moradores na Rua
da Rainha (hoje Rua Antero de Quental) da freguesia de Cedofeita.
3.5 António
Nasceu e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1786.08.17, 452 sendo padrinhos
Manuel Vieira, casado, e Maria, solteira, filha de António Martins de Oliveira e de Maria
Antónia Vieira, sua mulher, todos do lugar de Manariz da freguesia de Fânzeres.
3.6 António
Nasceu em 1791.07.24 453 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1791.07.25,
sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de Bartolomeu Tomé e de Eufêmia de Moura, sua
mulher, e Maria de Castro, mulher de Custódio Martins, do lugar da Carvalha da freguesia
de Fânzeres.
2.2 Manuel
Nasceu em 1755.07.19455 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1755.08.03, sendo
padrinhos Manuel Tomé de Moura e sua mulher, Maria Antónia do Espírito Santo, do lugar de
Manariz.
2.3 Ana
Nasceu em 1758.10.12456 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1758.10.15, sendo
padrinhos Manuel Vieira, viúvo, e Maria, filha de José Ferreira e de Ana de Jesus, sua mulher.
2.4 Teresa
Nasceu em 1761.04.10457 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1761.04.12, sendo
padrinhos Manuel Marques, casado com Maria Tomé, do lugar de Cabanas, e Josefa Vieira, casada
com Manuel Jorge. Do lugar de Manariz.
2.5 Custódia
Nasceu em 1764.09.12458 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1764.09.17, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de Manuel Martins e de Domingas João, do lugar de Manariz e
Engrácia, solteira, filha de Manuel da Costa de Azevedo e de Maria Antónia, do lugar de Venda
Nova da freguesia de Rio Tinto.
LOPES VIEIRA 81
Família de José Lopes Vieira
JOAQUIM VIEIRA DOS SANTOS foi o quarto filho de casara com Francisco dois anos antes; necessitara de
Agostinho Martins Vieira e de Rosa Marques. autorização do pai, dado que ainda não completara
Nascido em Fânzeres no ano de 1847, aos dezasseis dezoito anos.
anos trabalhava como caixeiro; era o ano de 1863 e A ligação da via férrea entre Gaia e o Porto já
usava os sobrenomes do pai, Martins Vieira. Nesse estava a ser projectada e seria porventura objectivo de
ano os pais residiam em Vilar de Andorinho e Teixeira Lopes vir a abandonar as Devesas logo que o
Agostinho ainda era alfaiate. Porém, foi então que se terminal da Linha do Norte fosse transferido para o
transferiu para o Porto para se iniciar na área da Porto, e com ele transferir também o café. Contudo,
padaria. Joaquim ficou a residir em Vila Nova de estava em jogo construir o troço da linha que ainda
Gaia, no lugar das Devesas, onde em 1865 ainda faltava, e também uma ponte sobre o rio Douro, que
exercia a profissão de caixeiro. Dois anos antes fora iria ter o maior arco de ferro do mundo. O primeiro
inaugurada a Estação de Caminho de Ferro das projecto foi aprovado em Novembro desse ano de
Devesas, que passou a ser o terminal da Linha do 1869 e previa que a estação terminal se situasse no
Norte para ligação do Porto à cidade de Lisboa, Campo do Cirne, que ficava entre o Cemitério do
embora os comboios só lá chegassem a partir do ano Prado Repouso e o Campo de Mijavelhas (hoje Campo
seguinte, 1864. Em frente da Estação fora aberto um 24 de Agosto). Curiosamente este era o local onde
café para servir os passageiros que iriam embarcar Rosa tinha nascido. Porém, havia problemas técnicos
para sul e os que desembarcavam com rumo ao derivados da impossibilidade de os comboios
Porto. Pertencia a Francisco Teixeira Lopes, que vencerem os declives muito acentuados que o projecto
viera emigrado da freguesia de Vilarandelo, em implicava. E foi necessário analisar outras soluções e
Valpaços, à procura dum futuro melhor do que aquele elaborar dois novos projectos, com a estação terminal
que se lhe perpectivava onde nascera. Curiosamente, estabelecida noutro local. Deste modo, todo o processo
foi por essa mesma altura criada a Fábrica de veio a sofrer um atraso de cerca de dez anos.
Cerâmica das Devesas, propriedade de José Joaquim Entretanto, em 1871 Sebastião Martins dos
Teixeira Lopes (o pai do conhecido escultor António Santos, pai de Rosa Pereira França Lopes e sogro de
Teixeira Lopes), estatuário e ceramista que viera de Francisco Teixeira Lopes, faleceu na sua padaria da
Alijó, também uma freguesia do Douro vinhateiro. Rua Chã. Então, como a decisão sobre onde iria ficar
É bem possível que Francisco Teixeira Lopes situada a estação terminal do Porto tardasse, tudo
tivesse chegado à cidade pelo menos uns cinco anos indicando que seria por muito tempo, o casal
antes do comboio chegar às Devesas e sobrevivido resolveu tomar conta da padaria e trespassou o café
inicialmente como busboy em algum botequim. das Devesas — porém, não deixaram de ter em conta
Terá, porém, tido a perspicácia de, pelas notícias o andamento dos projectos em estudo, continuamente
dos jornais, seguir a evolução das obras dos discutidos e noticiados nos jornais. Por fim, em 1875
caminhos de ferro e, no momento certo, abrir um foi aprovado que a estação terminal seria localizada
café onde iria fazer falta. Joaquim Vieira dos Santos em Campanhã de Cima, de molde a servir de
fora provavelmente um dos seus primeiros clientes, interface com a Linha do Minho, com a Linha do
não se excluindo mesmo a eventualidade de ter Douro e com o ramal que ligaria ao centro da cidade
passado a trabalhar para Teixeira Lopes. Ainda que — e que a construção da ponte ficaria a cargo da
sete anos mais novo do que o dono do negócio, empresa Eiffel de Paris. O passo seguinte dos
sendo ambos solteiros, tiveram tempo e Teixeira Lopes foi habilitarem-se a tomar conta do
oportunidade para conversar sobre experiências de restaurante da Estação de Campanhã, o que veio a
vida e sobre as suas famílias. Assim, Francisco terá concretizar-se a tempo da sua inauguração em 15 de
ficado a saber que Joaquim tinha um tio que vivera Novembro de 1877. O casal passou a residir aí
mais de uma década com a família na margem mesmo, aí tiveram o seu único filho em 1879 e aí se
esquerda do mesmo rio Tâmega que banhava fixaram até ao falecimento de Francisco Teixeira
Chaves, a cidade mais próxima de Valpaços. E que Lopes em 1895.
esse tio tinha várias filhas, uma das quais já nascida Quando Joaquim e Cândida Amália casaram,
no Porto e que ao tempo andaria pelos quinze anos. foram viver para a Rua de Camões, no Porto, onde
Por sua vez, Joaquim também ficou a saber que o lhes nasceu a primeira filha, Rosa Amália, que teve
dono do café tinha uma irmã, igualmente solteira e a os avós paternos por padrinhos; o pai da criança deu-
residir na Rua dos Caldeireiros, no Porto, que seria se como padeiro, podendo bem estar a trabalhar com
da sua idade. Foi deste modo proporcionado o o tioSebastião na padaria da Rua Chã. Dois anos
encontro entre Francisco Teixeira Lopes e Rosa depois tiveram uma menina a que deram o nome
Pereira França. De igual modo se teria Carolina mas que morreu de seguida. Quando em
proporcionado um encontro entre Joaquim Vieira 1873 lhes nasceu a terceira filha, Otelinda, já o tio
dos Santos e Cândida Amália Lopes, a irmã de Sebastião tinha morrido. Foram padrinhos João
Francisco. Então, quando em 1869 estes jovens Teixeira Lopes e a mulher, tios maternos da menina,
casaram, ambos com vinte e dois anos, Rosa, que então a operarem a padaria da Rua Chã. Entretanto,
serviu de testemunha, já residia em Gaia, pois talvez por ter sido dispensado pela nova gerência,
82 LOPES VIEIRA
Família de José Lopes Vieira
Joaquim tinha-se mudado para a Rua da Raínha que afinal seria daí que partiria a ligação para Chaves,
(presentemente Rua Antero de Quental), onde os pais deixando cair a projectada opção pela Linha do Vale
ficaram a morar — curiosamente a mãe estava então do Tâmega e substituindo-a pela novo projecto da
grávida do último filho. Desta vez Joaquim deu-se Linha do Corgo. Fosse como fosse, mais uma vez
como negociante, pelo que estaria possivelmente a Joaquim seguiu o avançar das obras e transferiu a sua
trabalhar com o pai, que ao tempo era um bem residência para a própria Estação de Caminho de Ferro
sucedido empresário de padaria. Cerca de um ano e de Peso da Régua, de tal modo que três dias após a
meio depois, nasceu-lhes o primeiro filho, Ernesto, inauguração foi ali mesmo que lhe nasceu mais uma
que teve por padrinho o irmão mais velho de filha; ficou com o nome Adelaide em homenagem à
Joaquim, Tomé Martins Vieira, ao tempo ainda com a madrinha, Dona Maria Adelaide da Cunha e
patente de alferes. Para madrinha escolheram Maria Vasconcelos, mulher do padrinho, António Augusto de
de Jesus Teixeira Lopes, tia materna da criança, que, Barros e Araújo, funcionário público. Embora as obras
por residir em Vilarandelo, foi representada pelo de extensão da Linha do Douro continuassem, Peso da
irmão António Teixeira Lopes, tio materno do Régua era uma terra de riqueza; com efeito, situava-se
menino, então a residir no largo do Corpo da Guarda, no centro da produção intensiva de vinho do Porto e
junto à Sé do Porto. O pai do menino continuava a era notoriamente daquela freguesia que se fazia o
morar com os pais na Rua da Rainha, elo que se deu transporte para os armazéns de Vila Nova de Gaia.
novamente como padeiro. Então, permaneceram por mais algum tempo naquela
Talvez na esperança de um dia poderem visitar terra e desistiram da imaginária visita a Vilarandelo, já
Vilarandelo, sob a influência de Teixeira Lopes, seu que o ritmo a que a rede ferroviária estava a ser
cunhado, Joaquim conservou-se atento às notícias construída era desencorajador — com efeito, os
sobre a construção da Linha de Caminhos de Ferro comboios iriam chegar a Chaves apenas em 1921…
do Douro, notícias que poderia receber directamente Assim, ainda lhes nasceu mais uma filha na Régua,
daqueles que, como o cunhado, estavam ligados ao Guilhermina, na Primavera de 1882; teve por
empreendimento. Assim, terá em boa hora concorrido padrinhos Francisco da Costa Guilherme e Rosa
para tomar conta do restaurante da Estação de Amália Lopes Vieira, a sua irmã mais velha, então
Caminho de Ferro de Ermesinde e, aquando da com doze anos.
inauguração em dia 30 de Julho de 1875, já para lá se O casal já ia nos trinta e cinco anos e Joaquim não
tinha transferido com a mulher e as três crianças; andava de boa saúde; treze anos de casamento e sete
ficaram todos a viver na própria Estação. Um mês filhos para educar recomendavam o regresso ao Porto.
depois nasceu-lhes aí mesmo a terceira filha, Assim fizeram e, até poderem regressar à casa onde
Clotilde, que teve por padrinhos o chefe da Estação e m o r a v a m a n t e s d e p a r t i r, i n s t a l a r a m - s e
a mulher. Cinco meses mais tarde, dias antes do provisoriamente na Rua Formosa, quase ao lado do
Natal, foi inaugurada a Estação de Caíde de Rei, em bulício do velho Mercado do Bolhão, nesse tempo
Lousada, enquanto continuavam as obras de ainda de terra batida. Foi então, 1884, que lhes nasceu
construção da via até Peso da Régua. Caíde era um mais uma filha, Zulmira. Passado apenas um ano,
local estratégico no projecto ferroviário global do porque Cândida Amália já não pôde amamentar esta
norte, havendo quem vaticinasse que daí partiria a última filha, no dia primeiro de Maio de 1885 nasceu-
ligação para Chaves, o que alimentava a imaginação lhes um rapaz. Tendo conservado a casa da Rua
de Cândida Amália no seu desejo de um dia poder ir Formosa, nessa altura já estavam de volta à Rua de
visitar a irmã — anos mais tarde, quando o século Santa Catarina; embora ainda situada perto do
chegava ao fim, houve mesmo um projecto que assim mercado, esta casa estava suficientemente distanciada
estabelecia. Entretanto, o local era também do seu tumulto diário para nela poderem ganhar o
importante por permitir o escoamento da produção sossego que desejavam. Joaquim Vieira dos Santos
agrícola da região, e em 12 de Fevereiro de 1877 foi estava doente, bastante doente, e, a despeito da
aí inaugurada a feira quinzenal, para o que a direcção mudança, morreu doze dias depois do nascimento
dos caminhos de ferro do Minho e Douro anunciou deste último filho. Era muito novo, excessivamente
largamente a emissão de preços reduzidos para quem novo para morrer, pois tinha acabado de completar 38
se deslocasse a Caíde. Joaquim Vieira dos Santos não anos. Com este desfecho a criança só pôde ser
perdeu a oportunidade para obter bons lucros no seu baptizada muito mais tarde do que era hábito; foi
negócio de padaria e restauração e, aquando da feira, quase um mês depois, no dia 30 de Maio, e ficou com
já lá estava a viver com a famíla, precisamente no o nome do pai, Joaquim, que mal o pudera conhecer.
“lugar da Estação”. Quatro dias depois da feira, Foram padrinhos um casal da comarca de Elvas com
nasceu-lhe o segundo filho, a que deram o nome José nomes sonantes, um dos quais Rangel, possivelmente
dos Santos, sendo padrinhos um funcionário dos aparentados com os Rangel Pamplona que tinham
caminhos de ferro e a mulher. comprado a Quinta de Montezelos, em Fânzeres. Por
Em 15 de Julho de 1879 foi finalmente inaugurada morarem longe, fizeram-se representar por Francisco
a Estação da Régua, que iria ser por algum tempo o Teixeira Lopes e sua mulher, Rosa Pereira França
terminal da Linha do Douro. Estava então planeado Lopes, uma boa oportunidade para a mãe das crianças
LOPES VIEIRA 83
Família de José Lopes Vieira
reatar a estreita ligação que tinha desde sempre Dona Guilhermina Machado Giddy, pianista e
mantido com o irmão mais velho e a cunhada. abastada proprietária no Porto, em Matosinhos e em
Cândida Amália sobreviveu trinta anos ao marido São Cosme, que iria conservar-se por muitos anos
e vinte anos a este irmão. Voltou para a Rua Formosa, amiga da noiva e da sua família em São Cosme. Pela
onde, com o avançar da idade, a proximidade do parte do noivo foram testemunhas João de Oliveira
mercado era inegavelmente uma mais valia. Aí, Ramos, jornalista, com procuração a Joaquim
juntos, empenharam-se em educar os nove filhos; à Francisco de Oliveira Pacheco, director do jornal “O
data, a mais velha, Rosa Amália, tinha apenas quinze Primeiro de Janeiro”, e Dona Guilhermina Júlia
anos. Estudou música, e foi professora de piano e Vieira Soller, proprietária e irmã do noivo, todos do
compositora; tinha trinta anos quando casou com o Porto. Ficaram a morar no número 268 da Rua
empresário Bernardino Monteiro Rodrigues; tiveram Formosa. Em 1912 mandaram restaurar algumas das
apenas uma filha. Otelinda Cândida casou com mobílias e mudaram-se para o número 111 da Rua de
António Cardoso, que faleceu precoce e Santa Catarina, mas mudaram-se novamente, desta
inesperadamente, em 1900; por volta de 1914 foi feita para o número 480 da Rua de Santo Ildefonso,
viver para Lisboa, onde terá trabalhado nos onde viveram até ao fim. Não tiveram descendência.
Armazéns Grandella, no Chiado. Ernesto Lopes Adelaide, a sétima filha de Agostinho e Cândida
Vieira casou aos vinte e quatro anos com Albina Amália, foi professora de português e francês no
Teresa, dois anos mais nova do que ele e natural da Colégio Liverpool, no Porto. Guilhermina, que se
freguesia de Santa Comba de Vilariça do concelho de seguiu, casara aos dezassete anos, em 1900, com
Vila Flor; emigrou para Moçambique e por lá ficou. Raul Augusto Soller; foram padrinhos da noiva o seu
Clotilde faleceu solteira, sete anos depois do pai; irmão José dos Santos, então ainda a estudar, e a mãe,
tinha dezassete anos. José dos Santos Lopes Vieira, Dona Cândida Amália; Álvaro Augusto de Almeida
obteve o diploma do Curso Superior de Comércio. Soller e Dona Carlota Carolina Pinto Soller, foram
Iniciou-se como professor de português na Escola padrinhos do noivo, de quem eram irmão e avó.
Industrial Infante Dom Henrique, e de português e Cinco anos mais nova do que este padrinho, ela e ele
contabilidade na Escola Profissional Raul Dória. Em eram irmãos muito chegados. Numa carta enviada no
1902 iniciou actividade como jornalista de “O dia seguinte à noiva, José Lopes Vieira confessava
Primeiro de Janeiro”. Casou em 1904 com Dona que, embora desejando e tendo fé em que a mana
Amélia de Almeida Lopes, filha de José Martins de Guilhermina iria ser muito feliz com aquele também
Almeida Lopes e de Violante Moreira Pereira dos seu amigo, durante a cerimónia se sentira fortemente
Santos, cujo nome Pereira provinha da mãe, Ana comovido, como se tivesse sofrido uma perda. Dona
Pereira de França, que era prima direita de Maria Guilhermina foi directora do Antigo Sanatório de
Pereira de França, a mulher de Sebastião Martins dos Francelos e do Hospital do Terço, no Porto; viveram
Santos, seu tio avô. Foram testemunhas pela parte da na Foz do Douro e tiveram duas filhas. O irmão mais
noiva, o Dr. Gaspar Ferreira Baltar Júnior, novo, Joaquim Lopes Vieira casou, teve um filho e
proprietário do jornal “O Primeiro de Janeiro”, e faleceu no Brasil, para onde emigrara.
(continua na Parte 5)
84 LOPES VIEIRA
Parte 5
JOSÉ LOPES VIEIRA
SEGUNDO ALBERTO PIMENTEL, 459 Rosa Pereira Rosa ao cunhado tivessem começado quando ela
França, a filha mais nova de Maria Pereira de França ainda era uma jovem rapariga, muito antes de ter
e de Sebastião Martins dos Santos, costumava visitar casado. Também segundo Pimentel, de todas as irmãs
Camilo Castelo Branco quando ele morava na Rua do de Joaquina, a tão cedo falecida primeira mulher de
Almada, num prédio fronteiro ao Colégio Podestà. Camilo, Rosa era a que mais se parecia fisicamente
Tanto Camilo como este colégio mudaram várias com a irmã. Assim, pode-se adivinhar que estas
vezes de morada no Porto. Porém, segundo um visitas seriam agradáveis para ambas as partes de
anúncio publicado em Outubro de 1870 no “Jornal do molde a causarem apreensão a Ana Plácido. Com
Porto”, nesse ano havia na Rua do Almada um efeito, se por um lado a parecença entre as irmãs
colégio que ostentava o nome “Madame F. Podestà”. pudesse constituir razão bastante para Camilo aceitar
Nesta data Camilo estava com quarenta e cinco anos e até estimular estas visitas, por outro, nessa data não
e Rosa com vinte e um, e casada há três. Em vida do só ele já era um escritor famoso envolvido numa
marido e antes de se tornar amante de Camilo, Ana atraente auréola de saboroso mistério como, por isso
Plácido vivia nesta rua; ela enviuvara sete anos antes mesmo, era também um homem cuja presença e
e a relação com o escritor já tinha mais outros tantos. atenção qualquer mulher apreciaria e mesmo se
Assim, a casa da Rua do Almada já era frequentada deixaria impressionar.
pelos amantes muito antes do Colégio Francês ter Nesta época José Lopes Vieira não era sequer
para lá mudado, sendo provável que as visitas de nascido. Porém, vários factos da vida dos seus pais e
459 Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive
da vida de Rosa e marido apontam para um durante anos foram as suas casas — e sempre que
relacionamento muito próximo e forte entre os dois Joaquim ou Cândida Amália vinham ao Porto,
casais. Com efeito, os maridos teriam sido os invariavelmente tinham de passar na estação de
catalisadores dos namoros que levaram ao casamento Campanhã e aí abraçar os cunhados.
de ambos os lados, Rosa e Francisco tinham sido Das informações que se tem, António, o único
padrinhos do casamento dos cunhados e do baptismo filho de Rosa, era dois e cinco anos anos mais novo
da sua terceira e, talvez, da segunda filha que falecera do que os primos José e Ernesto Lopes Vieira, que
à nascença. Foram ainda quem representou os tinham as idades oito e onze quando perderam o pai.
padrinhos de baptismo do último filho dos cunhados, Porém, por razão desconhecida e até algo misteriosa,
nas difíceis circunstâncias da criança ter perdido o dois anos depois da morte do pai, Ernesto, então com
pai dias depois de ter nascido. Não teria sido menos apenas treze anos, estava em África — mas
relevante o facto de ambos os casais terem regressou, dado que decorridos alguns anos estava do
desenvolvido profissões dirigidas para a restauração 460 novo no Porto, embora em vias de voltar
no âmbito das estações dos caminhos de ferro que definitivamente para o hemisfério sul. Carolina, a
"Meu caro Lopes Vieira! Adriano e Manuel Pinto! Dizei ao Povo a canseira que eu tive, pois nunca
minto! Bem alto quisera erguer a Instrução tão desejada... Com vontade trazer e não pude fazer nada!"
460 Arquivo Municipal do Porto, Gisa – Documento/Processo – [«Córócócó» : quando o nosso primo Santos Silva regressou ao jornal «O
Primeiro de Janeiro»]
irmã mais velha de Joaquim Martins Vieira, casara e Vieira era o primo mais próximo de António, o filho
tivera dois filhos que eram da mesma idade que estes de Rosa; por esta razão e pelo que se afirmou acima
dois rapazes, mas viviam e estudavam longe, na Rua quanto à proximidade dos pais, os dois rapazes terão
da Rainha. José Martins Vieira, o irmão que se seguiu crescido e sido educados em conjunto ou, pelo
a Joaquim, teve dois filhos, ambos de nome menos, convivido frequentemente.
Agostinho e alguns anos mais velhos do que os As visitas de Rosa ao seu outro cunhado, Camilo
primos, também moradores na Rua da Rainha. Não Castelo Branco, deverão ter-lhe deixado recordações
tiveram mais irmãos, o que leva a depreender que o que se avivaram quando soube da sua trágica morte
pai tenha morrido muito cedo; com efeito, cerca de em 1890. José Lopes Vieira tinha treze anos, a idade
duas décadas depois, a mãe, Maria do Rosário Vieira, em que se estuda a nossa língua e se fala dos nossos
estava a casar no Rio de Janeiro com o cunhado escritores consagrados. A proximidade da tia Rosa e a
Domingos Martins Vieira. Serafim Martins Vieira, o indirecta proximidade dum escritor famoso, quase
irmão mais novo, emigrou igualmente para o Brasil, parente, que foi poeta, jornalista e dramaturgo, tudo
lá teve um filho e lá se divorciou. Que se saiba, estes complementado pelo que a tia lhe pôde e soube
foram os únicos netos, rapazes, de Agostinho Martins transmitir, terão sem dúvida contribuído para que, de
Vieira e, portanto, os únicos primos directos. Alberto contabilista diplomado, José Lopes Vieira cedo se
Pimentel refere que Rosa era amiga de crianças, pelo tivesse convertido ao ensino do português, à poesia, à
que é bem provável que tenha acompanhado de perto dramaturgia e ao jornalismo, o que praticou com
o crescimento dos sobrinhos e sobrinhas órfãos e que, esmero, devoção e empenho e, até, com uma pitada
tendo um só filho, estimulasse a sua convivência com de visível snobismo e dalguma talvez mais afirmada
os primos. Parece então razoável concluir que, pela em surdina do que real boémia praticada à imagem
idade e pelo local onde vivia no Porto, José Lopes do seu modelo.
***
“A morte do nosso querido camarada Lopes Vieira, que saudade comovida, com mágoa profunda. que
foi ilustre chefe da redacção deste jornal emocionou registamos o seu falecimento.” — O Primeiro de
profundamente todos os que trabalham nesta casa e Janeiro, 5 de Janeiro de 1951
consternou muitos dos seus amigos espalhados pelos
vários sectores do meio social portuense. A doença “O jornalismo perde, assim, não só um dos seus mais
desviara-o forçadamente da actividade do jornal mas a brilhantes e conscienciosos profissionais como,
sua personalidade não se afastara do nosso coração. E ainda, um camarada exemplar, leal, que soube
nem podia deixar de ser assim. Lopes Vieira era um leal sempre, de todas as maneiras, lidar generosamente,
companheiro de largos anos. Vivia no nosso afecto, no simpaticamente, com todos aqueles que no seu
nosso espírito. Despreocupado com a sua trabalho o rodeavam. Foi por isso grande a
individualidade, que brilhou neste sector mental, foi consternação que assinalou o seu falecimento; Lopes
sempre um afectivo e como tal conquistou a estima e a Vieira, um jornalista cheio de dignidade e de saber,
dedicação de todos os que com ele conviveram, tinha amigos em toda a parte. O golpe doloroso
especialmente daqueles que prestam serviços neste enlutou — repetimos — todo o Porto. Os seus
jornal. Delicada sensibilidade de poeta, não ocultava camaradas de redacção — todos, pois para todos,
os impulsos característicos de ingenuidade, traduzidos superiores ou subalternos, ele tinha, sempre,
sempre em manifestações generosas. Amigo dos palavras do mais simpático trato — os seus
humildes, procurou sempre rumos de justiça e de camaradas de redacção, dizíamos, sentiram mais
bondade inacessível ao egoísmo. intimamente a dor da sua perda.
Lopes Vieira vinha do tempo em que, no Prosador e poeta de apurada sensibilidade,
jornalismo portuense se evidenciava uma plêiade de Lopes Vieira deu o melhor do seu esforço, durante 28
mentalidades robustas e onde brilhava curiosa anos, na chefia da redacção daquele jornal, onde
boémia de espírito de que ele foi um dos últimos afirmou a par da brilhante competência profissional,
animadores. preciosos dotes de carácter. Não tendo nascido nesta
Entristeceu-nos a sua morte. Desaparece uma cidade mas nela vivendo há muitíssimos anos, foi a
nobre sensibilidade de jornalista, um temperamento ela — terra adoptiva — que Lopes Vieira dedicou o
liberal. Em quase meio século de contínua maior amor, palpitando e escrevendo; acompanhou
actividade profissional, demonstrada com perfeita os seus anseios através da sua vida quer
intuição e elevada proficiência em todas as Profissional, quer particular. Por isso o Porto —
modalidades do jornal, a sua personalidade todo o Porto — magoadamente, sentiu a sua falta”.
conquistara o prestígio e a autoridade de um mestre, — “Revista de Imprensa”, Emissor Regional do
a quem sempre votamos o devido respeito. É com Norte, Janeiro de 1951.
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