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José Lopes Vieira

Genealogia
Hernâni L.S. Maia

José Lopes Vieira

Genealogia

BRAGA
2020
©
, 2020
Edição do autor
ÍNDICE

TRAÇOS BIOGRÁFICOS 9

Parte 1 — DE VILAEANDELO PARA O PORTO 11

Cap. 1 — Leonardo Teixeira, de Vilarandelo 15


Cap. 2 — Angélica Teresa Teixeira, de Vilarandelo 17
Cap. 3 — Luísa de Morais Bandeira, de Vilarandelo 21
Cap. 4 — Cândida Amália Lopes, de Vilarandelo 25

Parte 2 — ENTRE FÂNZERES E SÃO COSME 31

Cap. 5 — Maria de França, de Fânzeres


Cap. 6 — Domingos Marques, de Fânzeres 35
Cap. 7 — Maria Lourenço, de Fânzeres 39
Cap. 8 — Ana Martins, de Fânzeres 41

Parte 3 — MARTINS VIEIRA 43

Cap. 9 — Maria Antónia, de Fânzeres 47


Cap. 10 — Manuel Martins dos Santos, de Fânzeres 51
Cap. 11 — Maria Martins, de Fânzeres 53
Cap. 12 — Helena Martins dos Santos, de Fânzeres 55
Cap. 13 — Rosa Marques, de São Cosme 59
Cap, 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei 63

Parte 4 — LOPES VIEIRA 81

Parte 5 — JOSÉ LOPES VIEIRA 85

Lista de freguesias 89
CONVENÇÕES
As datas são aqui apresentadas no formato europeu, o que faculta a ordenação cronológica.
Quando num dado assento o dia e/ou o mês a que ele se refere é ilegível, o mesmo é substituído por “00”.

ACESSO ÀS FONTES PAROQUIAIS


A informação contida neste livro foi recolhida quase na totalidade em livros de assentos paroquiais que se
encontram disponíveis na Internet e estão aqui identificados por meio de notas de pé de página. Em cada uma
destas notas é indicado o nome da freguesia a que corresponde a fonte utilizada (livro de assentos paroquiais),
seguido de um código para identificação do respectivo livro. Neste código, as letras B, C, Cr, e O referem-se à
subdivisão em baptismos, casamentos, crismas e óbitos, respectivamente, nos termos do critério que presidiu à
digitalização das fontes paroquiais; a esta letra está associado um número de um ou dois dígitos que indica o
lugar ocupado pelo livro na ordenação cronológica dos livros referentes e esse tema (em casos mais recentes este
número tem quatro dígitos e corresponde ao ano a que o livro se reporta). Segue-se (i) um número de quatro a
seis dígitos, que identifica a imagem informática da folha do livro em que se encontra o assento paroquial
nomeado, (ii) um número de um a três dígitos precedido de “f.”, que é o número da folha do livro na sua forma
original em papel (a que corresponde a imagem informática), sendo que “v” significa “verso”, e (iii) o número de
ordem por que o assento paroquial pretendido se apresenta nessa folha. Para acesso aos livros paroquiais
recomenda-se o recurso à excelente base de dados “Tombo.pt”.

Na versão deste livro em suporte informático, o número acima referido que identifica a imagem informática
constitui um “ponto quente” de hiperligação (“hot point” / “link”) ao Arquivo Distrital onde o livro paroquial se
encontra, de tal modo que, colocando o cursor do rato sobre este número e clicando, o livro pretendido surge no
monitor do computador, aberto na sua primeira folha; bastará, então, usar este mesmo número para selecção da
folha / imagem pretendida.

ADVERTÊNCIA
Os registos paroquiais tiveram início em finais do séc. XVI, mas em algumas freguesias o primeiro livro é tardio,
datando de meados do séc. XVII, sendo muito raras as freguesias cujo primeiro livro foi iniciado tão cedo quanto
meados do séc. XVI. Como normalmente as pesquisas são feitas no sentido retrospectivo, nos casos em que um
dado casamento foi realizado numa freguesia diferente daquela onde nasciam os filhos, fica-se sem conhecer a
ascendência de pelo menos um dos nubentes, pelo que a pesquisa fica truncada. A partir de 1750 os registos
passaram a incluir também os nomes dos avós, tanto em baptismos como em casamentos, o que em muito veio a
facilitar a pesquisa.
Naturalmente estes registos são manuscritos em “letra antiga” de leitura difícil. Muitos livros encontram-se em
mau estado por terem apanhado humidade, tendo assim as letras trespassado e ficado sobrepostas com as da página
oposta; borrões e apagamento do texto pela má qualidade da tinta usada são outros factores que ocasionalmente
dificultaram a leitura. Por outro lado, a ortografia era fonética, isto é, escrevia-se como se pronunciava, como ´r o
caso da troca do “v” por “b”, e não estava sujeita a uma norma universal, sendo por exemplo usado “s” ou “ss” em
vez de “c” ou “ç”, e vice-versa. Assim, a informação aqui coligida poderá estar afectada dalgumas, embora raras,
incertezas por dificuldade de leitura das fontes.
Recomenda-se a leitura de “A primeira mulher de Camilo”, de Alberto Pimentel (Guimarães & Cia., Lisboa,
1916), que se encontra publicada em formato informático como “e-book” e acessível gratuitamente online em
Internet Archive. Este autor menciona datas que lhe foram transmitidas por membros da família da mãe da primeira
mulher de Camilo Castelo Branco; porém, essas datas nem sempre coincidem com aquelas que constam nas fontes
aqui utilizadas, as únicas confiáveis. Assinala-se em particular o caso do nascimento e baptismo de uma Libânea em
1830, seguida de uma Maria em 1831, que, como duas Anas, terão falecido com tenra idade; talvez por isso, foram
esquecidas, mas o seu nascimento faz aumentar para 13 o número de filhos gerados pelos pais da primeira mulher
de Camilo, em oposição ao número 11 encontrado em várias fontes secundárias supostamente idóneas.
AGRADECIMENTO
Devo à minha mulher, Raquel Gonçalves-Maia, professora catedrática aposentada da Universidade de Lisboa,
uma inestimável colaboração nas pesquisas em livros de registos paroquiais realizadas para este trabalho, sempre
mais cuidadas, rigorosas e pacientes do que eu sou capaz de fazer. Aqui lhe deixo o meu sentido reconhecimento.
TRAÇOS BIOGRÁFICOS
JOSÉ DOS SANTOS LOPES VIEIRA nasceu na freguesia jornalista, foi professor de ensino secundário no
de Caíde de Rei, concelho de Lousada, em 16 de conceituado Colégio de São Carlos, e da disciplina de
Fevereiro de 1877 e faleceu na Rua de Santo português na Escola Raul Dória e na Escola
Ildefonso, no Porto, em 4 de Janeiro de 1951. Era Industrial Infante Dom Henrique.
filho de Joaquim Vieira dos Santos (1847-1885) e Cruzou-se e conviveu com distintos intelectuais
de Cândida Amália Lopes Vieira (1846-1915). Em da primeira metade do século XX, como Júlio
16 de Julho de 1904 casou com Amélia de Almeida Dantas, Hernâni Cidade. António Botto, Ferreira de
Lopes (1877-1970), filha de José Martins de Castro, Urbano Rodrigues, Aquilino Ribeiro, Teixeira
Almeida Lopes e de Violante Moreira Pereira dos de Pascoaes, Magalhães Basto, Bernardino Machado,
Santos Lopes, da freguesia de São Cosme do Gomes Teixeira, Augusto Gama,… com quem fez
concelho de Gondomar. amizade que ficou registada em afectuosas
Diplomado com o Curso Superior de Comércio, foi dedicatórias em livros que estes autores lhe
jornalista, poeta e dramaturgo, tendo também assinado ofereceram.
algumas traduções. Em 1902 iniciou actividade como Na notícia do seu falecimento publicada em “O
redactor do jornal «O Primeiro de Janeiro», tendo em Primeiro de Janeiro”, foram listados mais de oito
1923 assumido a chefia da redacção por escolha dos dezenas de nomes ilustres que o acompanharam à
seus camaradas de então, função que desempenhou sepultura, incluindo escritores, universitários,
durante 28 anos, durante a qual foi uma referência no políticos, artistas plásticos e actores, como António
jornalismo português. Colaborou em diversos jornais, Cruz, Henrique Santana, Marta Mesquita da Câmara,
nomeadamente a «Voz Pública», «O Norte» e «A Russel de Sousa, Alberto Saavedra, Oswaldo
Tarde», de que foi director. Redigiu, primeiro em Lousada, Raul Caldevilla, Júlio Dantas, Gaspar
colaboração e depois sozinho, o «Almanaque de O Baltar, Ataíde Perry… Muitos jornais, diversas
Primeiro de Janeiro». instituições culturais e individualidades de renome,
Foi vice-presidente e presidente da Associação também do resto do País, estiveram representadas
dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Em nesta última homenagem. A Escola Industrial Infante
acumulação com a sua intensa actividade de Dom Henrique colocou a bandeira a meia haste
10 DE VILARANDELO PARA O PORTO
Parte 1
DE VILARANDELO PARA O PORTO

DE VILARANDELO PARA O PORTO 11


Família de José Lopes Vieira

V ILARANDELO É UMA PEQUENA FREGUESIA do combates e escaramuças alastrando principalmente


concelho de Valpaços, contígua à sede deste no norte. A guerra da Patuleia prolongou-se até
concelho, aproximadamente a meio da diagonal que, quase ao Verão do ano seguinte, terminando com
em pleno planalto transmontano, liga Vila Real a uma intervenção de forças espanholas e inglesas,
Bragança. Embora se trate dum povoado que parece que conduziu ao armistício celebrado em 29 de
ter tido a sua importância durante a ocupação Junho de 1847 na Casa Branca de Gramido, na
romana, o que é testemunhado pelo que sobra freguesia de Valbom. Entretanto, no Outono de
dalguns marcos miliários e dum castro muralhado, 1846, Valpaços fora palco duma dessas aguerridas
não apresenta os sinais de alguma opulência que se confrontações, 2 em que as tropas do general barão
encontram na vizinha sede do concelho. Digno de do Casal, que acompanhara Dom Pedro no célebre
nota, apenas se encontra a velha e austera igreja desembarque do Mindelo e era fiel à rainha,
matriz de São Vicente, em volta da qual se derrotaram as do Visconde de Sá da Bandeira, que
desenvolvem cinco povoados formando uma pequena combatiam do lado de Dom Miguel, que se
vila, do que teria resultado o nome Vilarandelo.1 A aquartelara em Valpaços; em consequência, em 15
torre sineira desta igreja é encimada pela cruz de de Novembro as tropas do barão do Casal saquearam
Malta, assinalando a sua ligação à Ordem Soberana e Vilarandelo. A barbaridade deste acto terá causado
Militar de Malta, também conhecida por Ordem dos medo, pânico, dor e deploráveis prejuízos nas
Hospitalários. Com efeito, no século XVIII alguns m o d e s t a s p o p u l a ç õ e s . Te r ã o p o r v e n t u r a
assentos em livros da paróquia mencionam o seu desencadeado antecipação das dores de parto em
privilégio de vigararia da Ordem de Malta, Luísa de Morais Bandeira, mulher de João Teixeira
pertencente ao termo e comarca de Chaves. Lopes, que seis dias depois do saque dava à luz uma
Curiosamente, entre 1722 e 1736, e 1741 e 1773, o menina a quem deram o nome Cândida Amália.
alto cargo de Grão Mestre desta ordem foi ocupado Como sempre, quem paga estas lutas entre os
por dois portugueses, respectivamente António senhoras da guerra são aqueles que nada têm que ver
Manuel de Vilhena, natural de Lisboa e que com os fúteis conflitos gerados, alimentados e
desempenhou a função de governador do aproveitados por tais senhores — sofrem
Arquipélago de Malta, onde a Ordem estava sediada principalmente os jovens e as gerações seguintes.
e onde faleceu, e Dom Frei Manuel Pinto da Fonseca, Vilarandelo empobreceu e alguns dos seus filhos
natural de Lamego, que instituiu para si próprio o acabaram emigrados noutras terras.
título de Sua Alteza Eminentíssima e que faleceu João Teixeira Lopes, o pai de Cândida Amália,
igualmente em Malta. casara por duas vezes no espaço de oito anos. Do
Após a derrota das tropas miguelistas em 1834, o primeiro casamento nasceram-lhe dois filhos; o
novo rei, Dom Pedro IV, não só aboliu em Portugal espaço de quatro anos que os separou sugere a perda
as ordens religiosas, em parte como retaliação pelo duma criança, a segunda que teria nascido. A mulher
seu suporte ao auto-proclamado rei Dom Miguel, faleceu, possivelmente de parto, dois anos depois do
como proibiu os enterramentos nas igrejas. Estas último que tivera com sucesso. Já a avó materna,
medidas foram muito mal aceites pelo povo, dando Clara Maria, e a mãe desta, Ventura Teixeira, tinham
origem, na primavera de 1846, à revolta popular casado duas vezes. Do segundo casamento de João
nascida na freguesia de Fontanela do concelho da Teixeira Lopes houve mais nove filhos. Quando
Póvoa de Lanhoso, encabeçada principalmente por nasceu Custódio, o irmão mais novo de Cândida
mulheres e que ficou conhecida por Revolução da Amália, os mais velhos, Francisco e António, já
Maria da Fonte. Rapidamente este movimento de tinham 18 e 16 anos, respectivamente, e ela 12. O
revoltosos alastrou por todo o norte do País, nascimento de Custódio teve lugar em Janeiro de
conduzindo à queda do governo de Costa Cabral e à 1859, mas, contra o hábito corrente de baptizar menos
sua substituição pelo de Pedro de Sousa Holstein, 1.º de uma semana após o nascimento, esta criança só foi
Duque de Palmela. Porém, num golpe de estado baptizada em Março. A aldeia deveria estar a sofrer
palaciano que ficou conhecido por Emboscada, em um surto epidémico, pois no mês seguinte ao
Outubro seguinte a rainha Dona Maria II demitiu baptismo, Abril, foi registado o óbito de tantas
Holstein e substituiu-o pelo marechal Saldanha. Este quantas vinte e oito crianças com idades variando
golpe gerou nova revolta popular com a dimensão entre alguns dias e alguns meses — era muito para
duma guerra civil, que ficou na História com o nome um terra daquela dimensão. Inúmeras destas crianças
de Patuleia — nome derivado de “pata ao léu” face tinham sido abandonadas ou eram filhos de mães
ao seu carácter de natureza popular. Esta guerra solteiras, o que revela uma grande debilidade social;
degenerou numa confrontação entre as facções porém, naquela ocasião também várias famílias
miguelista e constitucional do exército, com perderam filhos e algumas até mais do que um. A

1 Vilarandelo – Wikipédia, a enciclopédia livre


2 Revolução da Maria da Fonte – Wikipédia, a enciclopédia livre

12 DE VILARANDELO PARA O PORTO


Família de José Lopes Vieira

despeito dos sinais de enormes carências que à época Porto, na procura e esperança duma melhor vida. Os
assolariam Vilarandelo, devidas não só à sua rapazes já se aproximavam da idade em que à época
interioridade mas, principalmente, às nefastas era vulgar deixarem a casa dos pais e tornarem-se
consequências da guerra, no baptismo as crianças dum independentes; e era uso levarem uma irmã para lhes
número apreciável de famílias eram registadas com tratar da casa… Não teria sido uma jornada fácil, pois
dois nomes próprios, frequentemente em associações ao tempo ainda não havia comboios, embora já deles
de bom gosto — às vezes com Maria ou José como se falasse, e a falta de vias apropriadas era bem
segundo nome, nem sempre conforme se tratasse de conhecida. Porém, percorridas quatro a cinco léguas
menina ou menino; era uma modernidade que só mais até Chaves, o rio Tâmega talvez lhes tivesse
tarde veio a ser adoptada no Porto e freguesias proporcionado uma possibilidade para vencerem a
limítrofes. Terá sido talvez por essa altura que os três longa distância que os separava da cidade do seu
irmãos, Francisco, António e Cândida Amália, destino menos penosamente do que se o fizessem por
abandonaram a terra natal e rumaram a caminho do terra.

(continua na Parte 2)

DE VILARANDELO PARA O PORTO 13


Cap. 1
Leonardo Teixeira
de Vilarandelo

1.1 Leonardo Delgado


Casou em primeiras núpcias com Maria Gonçalves e viveram no lugar e freguesia de Vilarandelo do
concelho de Valpaços.
Casou em sequndas núpcias com Joana Dinis e viveram no lugar e freguesia de Vilarandelo.
Maria Gonçalves faleceu em 1681.07.143 na freguesia de Vilarandelo.
Joana Dinis faleceu em 1714.01.044 na freguesia de Vilarandelo e deixou o seu filho António por
testamenteiro.

Filhos com Maria Gonçalves:

2.1 Manuel
Foi baptizado em 1667.09.115 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Francisco
Lopes, do lugar de Quintela da freguesia de Frões, e Maria Gonçalves, viúva de Martim Vaz.

2.2 Maria
Foi baptizada em 1670.02.256 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos António
Rodrigues Fontoura e Joana Lopes, mulher de Matias Álvares.

2.3 Isabel
Foi baptizada em 1674.10.167 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Pedro Lopes e
Catarina Lopes, do lugar da Quintela da freguesia de Frões.

2.4 Martinho
Foi baptizada em 1678.11.178 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos António
Fernandes Marrão e Catarina Gonçalves, mulher de António Rodrigues Fontoura, todos da
freguesia de Vilarandelo.

Filhos com Joana Dinis:

2.5 Páscoa
Foi baptizada em casa em 1682.03.27 9 e na igreja paroquial de Vilarandelo em 1682.04.20, dia de
Páscoa, pelo Padre Pedro Gonçalves.

2.6 António
Foi baptizado em 1684.12.27 10 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Padre
Domingos Lopes e Merência da Cunha, mulher de António Teixeira.

2.7 Domingos

3 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, O1-0022 - f. 212-5.º


4 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, O1-0078 - f. ante-penúltima,v-3.º
5 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0008 - f. 8v-1.º
6 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0013 - f. 10v-3.º
7 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0020 - f. 17-2.º
8 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0030 -f. 28-5.º
9 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0042 - f. 40-2.º
10 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0051 - f. 67v-5.º

Cap. 1 — Leonardo Teixeira, de Vilarandelo 15


Família de José Lopes Vieira

Foi baptizado em 1687.00.0011 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos o Padre


Francisco … e ….

2.8 Leonardo Teixeira


Foi baptizado em 1690.02.0712 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos António
Fernandes Marrão e Dona Beatriz, mulher de … de Oliveira.
Prossegue no Cap. 2

2.9 João
Foi baptizado em 1692.11.2713 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Carlos Teixeira
e Maria Teixeira, do lugar de ….

11 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0069 - f. 61-3.º


12 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0075 - f. 66v-4.º
13 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0083 - f. 75- 3.º

16 Cap. 1 — Leonardo Teixeira, de Vilarandelo


Cap. 2
Angélica Teresa Teixeira
de Vilarandelo

1.1 João Fernandes


Era casado com Filipa Vaz e viviam na freguesia de Vilarandelo do concelho de Valpaços.

Filhos:

2.1 Filipe
Foi baptizado em 1678.05.0414 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Miguel … e
Águeda Lopes, muher de João Gl, todos da freguesia de Vilarandelo.

2.2 Maria
Foi baptizada em 1681.03.1315 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos João Gil e a
mulher de André Álvares, do lugar de Sá da freguesia de Vilarandelo.

2.3 Frutuoso
Foi baptizado em 1687.02.1216 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos José Álvares e
Merência da Cunha, mulher de António Teixeira, da freguesia de Vilarandelo.

2.4 João
Foi baptizado em 1689.03.0017 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Domingos
Lopes e Merência da Cunha, mulher de António Teixeira, da freguesia de Vilarandelo.

2.5 Domingos
Foi baptizado em 1691.11.1118 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos João
Gonçalves e Maria Teixeira, mulher de António Martins, todos da freguesia de Vilarandelo.

2.6 Ventura Teixeira


Foi baptizada em 1696.07.2219 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos … e Joana
Gonçalves, mulher de António Vaz, da freguesia de Vilarandelo.
Casou em primeiras núpcias em 1714.05.10, 20 na igreja paroquial de Vilarandelo, com Manuel
Martins Vila Nova, filho de de Francisco Martins e de Comba Lopes, sendo testemunhas Luís de
Azevedo, António Pimentel e o Padre João Lopes, todos da freguesia de Vilarandelo.
Casou em segundas núpcias em 1717.02.02, 21 na igreja paroquial de Vilarandelo, com Leonardo
Teixeira, filho de Leonardo Delgado e de Joana Dinis, sendo testemunhas António Nogueira e
João de Araújo, todos da freguesia de Vilarandelo. Viveram no lugar e freguesia de Vilarandelo.

Filhos com Leonardo Teixeira:

3.1 José

14 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0029 - f. 26v-1.º


15 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0039 - f. 36v-1.º
16 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0061 - f. 59-4.º
17 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0072 - f. 64-2.º
18 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0080 - f 72v-1.º
19 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B1-0090 - f. 82-3.º
20 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, C2-0002 - f. 2-1.º
21 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, C2-0004 - f. 4-2.º

Cap. 2 — Angélica Teresa Teixeira, de Vilarandelo 17c


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1719.05.1422 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em 1719.05.14,


sendo padrinhos João Lopes e Isabel Rodrigues, sua mulher.

3.2 João
Nasceu em 1721.06.2923 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em 1721.07.05,
sendo padrinhos o Padre João Evangelista de Carvalho, com procuração de seu pai,
Agostinho Rodrigues de Carvalho, de Chaves, e Olaia, solteira, filha de António Martins da
freguesia de Vilarandelo.

3.3 Angélica
Nasceu em 1723.11.2924 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1723.12.06,
sendo padrinhos Agostinho Rodrigues de Carvalho e Anastácia, solteira.

3.4 Agostinho
Nasceu em 1725.02.2125 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em 1725.02.26,
sendo padrinhos Agostinho Rodrigues de Carvalho, filho do vedor geral da província, e
Anastácia Lopes, mulher de Pedro Lopes, da freguesia de Vilarandelo.

3.5 Mónica
Nasceu em 1726.06.10 26 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1726.06.16,
sendo padrinhos Agostinho Rodrigues de Carvalho, filho do vedor geral da província, e
Anastácia Mendes, mulher de Pedro Gomes, todos da freguesia de Vilarandelo.

3.6 Mariana
Foi baptizada em 1727.12.1627 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Pedro
de Campos e sua filha Mariana, solteira, do lugar de Lubucão do concelho de Monforte.

3.7 Maria
Foi baptizada em 1728.10.3028 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Pedro
de Campos e sua filha Mariana de Campos, do lugar de Lubucão do concelho de Monforte.

3.8 Margarida
Nasceu em 1730.05.17 29 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1730.05.22,
sendo padrinhos Pedro de Campos e sua mulher Margarida de Campos, do lugar de
Lubucão do concelho de Monforte.

3.9 Maria Josefa


Nasceu em 1732.03.20 30 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1732.03.24,
sendo padrinhos Pedro Alves Campos e sua mulher Helena de Campos …, do lugar de
Lubucão do concelho de Monforte.

3.10 Francisco Manuel


Foi baptizado em 1734.05.1331 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos
Francisco Manuel e Angélica Teresa, filhos de Pedro Alves Campos e de sua mulher,
Helena de Campos, do lugar de Lubucão do concelho de Monforte.

22 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0020 - f. 19v-3.º. Admite-se que erradamente, a mãe é dada como sendo Maria
Lopes e não Ventura Teixeira.
23 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0028 - f. 28-1.º
24 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0038 - f. 37v-4.º
25 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0042 - f. 41v-1.º
26 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0047 - f. 46v-4.º
27 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0052 - f. 51v-2.º
28 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0056 - f. 55v-3.º
29 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0060 - f. 59v-5.º
30 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0065 - f. 64v-1.º
31 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0070 - f. 70-3.º

18 Cap. 2 — Angélica Teresa Teixeira, de Vilarandelo


Família de José Lopes Vieira

3.11 Teresa
Nasceu em 1735.09.1132 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1735.09.18,
sendo padrinhos Domingos Lopes sendo padrinhos Domingos Lopes e Catarina de Almeida
e Catarina de Almeida, sua mulher, da freguesia de Vilarandelo.

3.12 Brígida
Nasceu em 1737.09.14 33 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1737.09.19,
sendo padrinhos Domingos Lopes e Catarina de Almeida, sua mulher, da freguesia de
Vilarandelo.

3.13 Clara Maria [Teixeira]


Nasceu em 1739.02.24 34 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1739.01.03,
sendo padrinhos João Evangelista de Carvalho e sua mulher, Dona Maria Antónia de Abreu,
de Chaves.
Casou em primeiras núpcias com Francisco Manuel, filho de Manuel Gomes, da fregusia
de Murça, e de Caetana Maria, do lugar de São Lourenço da freguesia de Eiras, 35 do
concelho de Chaves.
Casou em segundas núpcias em 1782.04.1736 na igreja paroquial de Vilarandelo com José
Antunes, filho de José Antunes e de Senhorinha Teresa, sua mulher, do lugar de Fonte
Arcada, da freguesia Póvoa de Lanhoso, sendo testemunhas João Pinto Leite, Jacinto
Teixeira e Martinho de Almeida, todos da freguesia de Vilarandelo.
Francisco Manuel faleceu em 1780.02.12 37 na freguesia de Vilarandelo.

Filhos com Francisco Manuel:

4.1 Angélica Teresa Teixeira


Nasceu em 1775.03.2838 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em
1775.04.06, sendo padrinhos Martinho de Almeida e Domingas Delgado.
Prossege em Cap, 4

Filhos com José Antunes:

4.2 José Antunes


Nasceu em 1784.07.0639 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em
1784.07.08, sendo padrinhos o Padre José Lopes de Almeida, e Maria de Almeida,
solteira, ambos da freguesia de Vilarandelo.
Foi padrinho dos seus sobrinhos José e Custódio, filhos de Custódio José Lopes e de
Angélica Teresa Teixeira, em 1802.10.11 e 1804.04.08, respectivamente.

32 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0074 - f. 69v-4.º


33 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0079 - f. 75-5.º
34 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0084 - f. 79v-1.º. Foi registada como Maria, apenas.
35 Francisco Manuel deverá ter naascido por volta de 1740 na fregusia de Eiras, não existindo online registos de baptismos para o período
1628-1794.
36 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, C2-0092 - f. 96-2.º
37 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, O4-0098 - f. 97-3.º
38 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B4-0049 - f. 48-2.º
39 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B4-0101 - f. 99-2.º

Cap. 2 — Angélica Teresa Teixeira, de Vilarandelo 19


Cap. 3
Luísa de Morais Bandeira
de Vilarandelo

1.1 António de Morais


Era filho de Belchior Vaz e de Maria de Morais, da freguesia de Fornos de Pinhal.40
Casou em 1766.11.2741 na igreja paroquial de Vilarandelo com Comba Álvares, filha de António
Álvares, do lugar das Lagoas da freguesia de Valpaços, e de Maria Gonçalves, neta paterna de João
Álvares e de Maria Fernandes, do lugar das Lagoas da freguesia de Valpaços, e materna de João Afonso
de Medeiros e de Ana Álvares; foram testemunhas João Lopes do Santo, seu filho João e António Teixeira
Claro, todos da freguesia de Vilarandelo.
Comba Álvares nasceu em 1749.06.09 42 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em
1749.06.15, sendo padrinhos Tomás de Cepeda e sua mulher, Ana de Sousa, moradores na freguesia de
Vilarandelo.
António Álvares e Maria Gonçalves casaram em 1744.05.0743 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
testemunhas Francisco de Morais e João Lopes.
Outros filhos de António Álvares e de Maria Gonçalves: 1-Maria Joana (nasceu em 1747.03.12 44 e foi
baptizada em 1747.03.16, sendo padrinhos Tomás de Cepeda e sua mulher, Ana de Sousa, moradores na
freguesia de Vilarandelo).

Filhos:

2.1 Leonardo de Morais


Nasceu em 1768.05.1645 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em 1778.15.19, sendo
padrinhos Leonardo Álvares e sua irmã Comba Álvares, da Quinta das Lagoas, da freguesia de
Valpaços
Era casado com Ana Joaquina, filha de Bernardo Gomes e de Ana Maria de Sá, 46 da freguesia de
Oucidres, neta paterna de Francisco Gomes e de Margarida Rodrigues, do lugar de Avelelos, e
materna de Francisco Álvares, da freguesias de Oucidres, e de Maria de Morais, da freguesia de
Bobadela, 47 do concelho de Chaves. Viveram no lugar e freguesia de Vilarandelo.
Ana Joaquina nascera por volta de 1780, 48 na freguesia de Oucidres.
Ana Maria de Sá casara em primeiras núpcias em 1777.06.2549 na igreja paroquial de Oucidres,
com Francisco Gonçalves, filho de Brás Rodrigues, se São Julião, concelho de Chaves, e de Maria
Gonçalves, de Avelelos, sendo testemunhas João José e Salomão José, de Tinhela, João Lopes, de
Alvarelhos, Lourelo Caetano e Francisco de Morais, de …, e Bernardo de Morais, de Avelelas.
Casou em segundas núpcias em 1779.02.10 50 na igreja paroquial de Oucidres, com Bernardo
Gomes, filho de Francisco Gomes e de Margarida Rodrigues, do lugar de Avelelos, do concelho de
Monforte, sendo testemunhas Mateus, solteiro, filho de Francisco de Morais, e António Martins.

40 Os primeiros Registos Paroquiais dispníveis para a freguesia de Vilarandelo datam de 1860,


41 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, C2-0069 - f. 72-2.º
42 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B3-0041 - f. 39v-1.º
43 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, C2-0034 - f 34v-2.º
44 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B3-0024 - f. 22v-1.º. Não foram encontrados mais filhos.
45 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B3-0016 - f. 14v-2.º
46 Deverá ter nascido por volta de 1755, mas o primeiro livro de registos partoquiais disponível para baptismos da freguesia de Oucidres
refere-se a 1841-1859.
47 Teriam casado na freguesia de Bobadela, onde os primeiros registos de casdamentos disponíveis se referem a 1861.
48 O primeiro livro de registos partoquiais disponível para baptismos da freguesia de Oucidres refere-se a 1841-1859.
49 Registos Paroquiais da freguesia de Oucidres, C2-0041 - f. 38-1.º
50 Registos Paroquiais da freguesia de Oucidres, C2-0043 - f. 38-1.º

Cap. 3 — Luísa de Morais Bandeira, de Vilarandelo 21


Família de José Lopes Vieira

Filhos:

3.1 Maria
Foi baptizada em 1803.09.1451 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos
Francisco Lopes e sua mulher, Maria Gomes, da freguesia de Vilarandelo; foram
testemunhas Lourenço Manuel e Manuel de Sousa.

3.2 Francisco
Nasceu em 1806.07.18 52 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
padrinhos Francisco Gonçalves e Maria Gomes, da freguesia de Vilarandelo.

3.3 Ana
Nasceu em 1809.09.03 53 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos
Francisco Lopes e Maria Gomes, da freguesia de Vilarandelo.

3.4 Isabel
Nasceu em 1812.09.28 54 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos
Francisco Lopes e sua mulher, Maria Gomes, da freguesia de Vilarandelo.

3.5 Manuel
Nasceu em 1815.07.12 55 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
padrinhos Manuel Gomes e sua irmã Luísa dos Santos, do lugar de … da freguesia de Santo
André.

3.6 Luísa de Morais Bandeira


Nasceu em 1818.10.15 56 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos
Manuel Gomes e sua irmã Luísa dos Santos, da freguesia de Oucidres do concelho de
Monforte.
Prossegue no Cap. 4

3.7 Joaquim
Nasceu em 1824.08.18 57 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
padrinhos … Baptista e Luísa Rosa, solteira.

2.2 Francisco José de Morais Bandeira


Nasceu em 1769.12.0158 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em 1779.12.04, sendo
padrinhos Francisco Álvares e Comba Álvares, da Quinta das Lagoas, da freguesia de Valpaços.
Era casado com Ana Maria, filha de António Lopes, da freguesia de Vilarandelo e de Ana Maria,
da freguesia de Ervões. 59

2.3 Maria
Nasceu em 1771.10.0760 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1771.10.13, sendo
padrinhos João Lopes e sua irmã Maria Lopes.

2.4 João Lopes

51 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0069 - f. 66v-1.º


52 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0091 - f. 89-1.º
53 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0115 - f. 112-3.º
54 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0136 - f. 133-2.º
55 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0160 - f. 156v-1.º
56 Neste assento são referidos dois nomes /Emília e Antónia), sugerindo que o padre não se lembrava do nome da criança. Dado que a
madrinha se chamava Luísa dos Santos e deveria haver uma Luísa nascida por volta de 1818, deduz-se que se trata, de facto, de Luísa e
não de Emília ou Antónia… Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0182 - f. 179-1.º
57 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B6-0030 - f. 29-1º
58 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B3-0023 - f. 22-1.º
59 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B6-0024 - f. 23-1.º
60 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B4-0032 - f. 31v-3.º

22 Cap. 3 — Luísa de Morais Bandeira, de Vilarandelo


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1775.09.0 61 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1785.09.04, sendo


padrinhos João Lopes dos Santos e sua irmã, Maria Lopes.

2.5 Rosália de Morais


Nasceu em 1778.03.1062 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1788.03.14, sendo
padrinhos Pedro Gonçalves e Maria Madalena, mulher de João Lopes dos Santos.

61 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B4-0050 - f. 49-1.º


62 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B4-0063 - f. 62-1.º

Cap. 3 — Luísa de Morais Bandeira, de Vilarandelo 23


Cap. 4
Cândida Amália Lopes
de Vilarandelo
1.1 João Lopes
Era filho de João Lopes e de Ana Lopes, da freguesia de Vilarandelo.
Casou em em 1723.01.2663 na igreja paroquial de Vilarandelo, com Luzia Gonçalves, filha de João
Afonso e de Maria Gonçalves, sendo testemunhas os Padres José Fernandes e Gomingos Lopes, todos da
freguesia de Vilarandelo, onde v iveram.

Filhos:

2.1 Maria
Nasceu em 1725.01.1664 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1725.01.23, sendo
padrinhos o Padre Domingos Lopes e Maria, solteira, ambos da freguesia de Vilarandelo.

2.2 Francisco
Foi baptizado em 1727.10.0965 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos o Padre
Domingos Lopes e Maria Lopes, sua irmã, ambos da freguesia de Vilarandelo.

2.3 Comba
Nasceu em 1730.12.0366 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1730.12.10, sendo
padrinhos João Rodrigues e Maria Rodrigues, sua mulher, do lugar de Lama da freguesia de
Vilarandelo.

2.4 João Lopes do Santo


Nasceu em 1732.12.2667 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em 1732.12.31, sendo
padrinhos João Rodrigues e sua mulher, do lugar da Lama da freguesia de Vilarandelo.
Casou em 1777.07.2068 na igreja paroquial de Vilarandelo com Maria Madalena, sua parente em
2.º e 3.º grau, filha de Manuel de Sousa e de Catarina Gonçalves, neta paterna de Matias de Sousa
- f. e de Ana Martins, e materna de António Gonçalves e de Maria Gonçalves; todos da freguesia
de Vilarandelo, do concelho de Valpaços, onde viveram.
Maria Madalena nasceu em 1747.04.2169 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em
1747.04.21, sendo padrinhos António Teixeira de Melo e sua mulher, Isabel Lopes de Morais, da
freguesia de Vilarandelo. Faleceu viúva e pobre em 1837.03.31, 70 na freguesia de Vilarandelo.
Manuel de Sousa e de Catarina Gonçalves casaram em 1744.09.0971 na igreja paroquial de
Vilarandelo, sendo testemunhas António Martins e Domingos Martins. Viveram no lugar e
freguesia de Vilarandelo.
Outros filhos de Manuel de Sousa e de Catarina Gonçalves: 1-Isabel Maria (nasceu em
1749.03.0272 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1749.03.02, sendo padrinhos o
Capitão António Teixeira e sua mulher, Isabel Lopes de Morais), 2-Manuel (nasceu em

63 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, C2-0014 - f. 14-2.º


64 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0041 - f. 41-3.º
65 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0051 - f. 51-1.º
66 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0061 - f. 61-2.º
67 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0067 - f. 68v-4.º
68 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, C2-0086 - f. ?-2.º
69 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B3-0024 - f. 22v-3.º
70 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, O4-0169 - f. 164-2.º
71 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, C2-0035 - f. 36-2.º
72 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B3-0039 - f. 38-1.º

Cap. 4 — Cândida Amália Lopes, de Vilarandelo 25


Família de José Lopes Vieira

1751.02.2273 e foi baptizado em 1751.02.26, sendo padrinhos o Padre Domingos Lopes e Maria
Lopes de Morais, sua sobrinha).

Filhos:

3.1 João José Lopes dos Santos


Nasceu em 1778.06.0574 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em 1788.06.08,
sendo padrinhos Custódio José Lopes e Maria da Conceição, sua irmã.

3.2 Custódio José Lopes


Nasceu em 1779.12.1775 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em 1789.12.21,
sendo padrinhos o Padre Custódio José Lopes e Maria da Conceição, sua irmã.
Casou em 1801.10.1776 na igreja paroquial de Vilarandelo, com Angélica Teresa
Teixeira, 77 filha de Francisco Manuel, do lugar de São Lourenço da freguesia de Eiras, e de
Clara Maria, e neta paterna de José Manuel Rebelo, também do lugar de São Lourenço da
freguesia de Eiras, e de Caetana Maria, da freguesia de Vilarandelo, e materna de Leonardo
Teixeira e de Ventura Teixeira, da freguesia de Vilarandelo. Foram testemunhas António
José Teixeira e Manuel José. Viveram no lugar e freguesia de Vilarandelo.
Faleceu em 1836.10.27,78 na freguesia de Vilarandelo.
Angélica Teresa Teixeira faleceu viúva em 1837.12.28,79 na freguesia de c e fez testamento
de cento e cinquenta missas de catorze de sete padres.

Filhos:

4.1 José
Nasceu em 1802.10.07 80 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo, em
1802.10.11, sendo padrinhos José Antunes, tio materno, e Clara Maria, avó materna
do baptizado baptizado; foram testemunhas António José Teixeira e João Baptista.

4.2 Custódio
Foi baptizado em 1804.04.0881 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos
José Antunes, tio materno, e Clara Maria, avó materna do baptizado; foram
testemunhas o Padre João Gonçalves e João Lopes, todos da freguesia de
Vilarandelo.

4.3 António
Nasceu em 1806.01.0182 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em
1806.01.02, sendo padrinhos António Lopes, tio paterno, e Maria Madalena, avó
paterna do baptizado; foram testemunhas Miguel António e José Manuel Rebelo.

4.4 João Teixeira Lopes


Nasceu em 1807.12.2583 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
padrinhos o Padre João Manuel da Silva e a sua irmã Francisca.
Casou em primeiras núpcias em 1829.09.24, 84 na igreja paroquial de Vilarandelo,
com Constança Augusta, filha natural de Ana Teixeira e de pai incógnito, neta

73 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B3-0053 - f. 52-2.º


74 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B4-0065 - f. 62v-2.º
75 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B4-0077 - f. 76-1.º
76 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, C3-0027 - f. 26-1.º
77 Provém do Cap. 2
78 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, O4-0168 - f. 163-4.º
79 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, O4-0171 - f.166-1.º
80 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0063 - f. 61-2.º
81 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0075 - f.73-2.º
82 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0087 - f. 84v-2.º
83 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0103 - f. 101-1.º
84 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0081 - f. 80-1.º

26 Cap. 4 — Cândida Amália Lopes, de Vilarandelo


Família de José Lopes Vieira

materna de Isabel Maria, da cidade de Bragança, sendo testemunhas o Padre João


Teixeira da Silva e Luís Rebelo.
Casou em segundas núpcias em 1838.01.02, 85 casou na igreja paroquial de
Vilarandelo, com Luísa de Morais Bandeira, 86 filha de Leonardo de Morais e de
Ana Joaquina, sua mulher, todos da freguesia de Vilarandelo, neta paterna de
António de Morais, da freguesia de Fornos de Pinhal, e de Comba Alves, e materna
de Bernardo Gomes, de Aveleda (?) e de Ana Maria, da freguesia de Ouvirdes.
Viveram no lugar e freguesia de Vilarandelo.
Constança Augusta faleceu em 1838.07.3087 na freguesia de Vilarandelo, tendo sido
sepultada na Capela do Espírito Santo do cemitério da freguesia de Vilarandelo.

Filhos com Constança Augusta:

5.1 João
Nasceu em 1832.03.2188 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1832.03.25, sendo padrinhos Inácio Guedes e sua mulher, Dona Josefa de
Sousa Morais, da freguesia de Vilarandelo.

5.2 Ana
Nasceu em 1836.05.1089 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1836.05.11, sendo padrinhos o Santo António e Ana Francisca, avó
materna da baptizada.

Filhos com Luísa de Morais Bandeira:

5.3 Francisco Teixeira Lopes


Nasceu em 1840.10.1190 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1840.10.12, sendo padrinhos João Lopes de Sousa Morais e sua mulher,
Dona Francisca Teresa; foram testemunhas António Carlos e Luís Manuel
Teixeira.

5.4 António Teixeira Lopes


Nasceu em 1842.09.0291 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1842.09.10, sendo padrinhos João Lopes de Sousa e sua mulher, Dona
Francisca Teresa.

5.5 José
Nasceu em 1844.10.3192 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1844.11.03, sendo padrinhos o Padre António de carvalho Lopes e Ana de
Morais.

5.6 Cândida Amália Lopes


Nasceu em 1846.11.2193 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1846.11.24, sendo padrinhos Joaquim Manuel de Morais Bandeira e Ana
de Morais Bandeira.
Prossegue no Cap. 9

5.7 Joaquim

85 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, C3-0097 - f. 95v-3.º


86 Provém do Cap. 3
87 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, O4-0172 - f. 167-4.º
88 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B6-0094 - f. 92v-1.º
89 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B7-0012 - f. 12-4.º
90 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B7-0039 - f. 38v-1º
91 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B7-0054 - f. 54-2.º
92 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B7-0074 - f. 74-4.º
93 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B8-0009 - f. 8-3.º

Cap. 4 — Cândida Amália Lopes, de Vilarandelo 27


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1849.06.2494 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo


em 1849.06.24, sendo padrinhos o Padre Manuel António da Silva e Ana de
Morais, solteira.

5.8 Maria de Jesus Teixeira Lopes


Nasceu em 1851.11.0395 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1851.11.07, sendo padrinhos o Padre Manuel António da Silva e Ana de
Morais, solteira.

5.9 Álvaro
Nasceu em 1853.12.0396 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1854.01.15, sendo padrinhos o Padre Francisco Branco, da freguesa de
Baçal, e Emília de Morais Bandeira.

5.10 Manuel
Nasceu em 1856.08.22 97 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1856.09.03, sendo padrinhos o Padre Manuel António da Silva e Ana
Teixeira, solteira, filha de Manuel Teixeira.

5.11 Custódio
Nasceu em 1859.01.2698 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo
em 1859.03.08, sendo padrinhos o Padre Manuel António da Silva e Ana de
Morais Bandeira, solteira.

4.5 Maria
Nasceu em 1810.02.0999 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em
1810.02.09, sendo padrinhos o Padre João Manuel da Silva e sua irmã, Francisca
Teresa da Silva, da freguesia de Vilarandelo.

4.6 Maria
Nasceu em 1812.07.13100 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
padrinhos Francisco Teixeira … e Ana de Morais, do lugar de Sá da freguesia de
Ervões.

4.7 Francisco
Nasceu em 1815.07.18101 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo
padrinhos Ana de Morais, mulher de Francisco Teixeira, do lugar de Sá da freguesia
de Ervões.

3.3 António José Lopes


Nasceu em 1781.05.01102 e foi baptizada na igreja paroquial de Vilarandelo em 1781.05.06,
sendo padrinhos o Padre Custódio José Lopes e sua irmã, Maria da Conceição.
Foi padrinho de seu sobrinho António, filho de Custódio José Lopes e de Angélica Teresa
Teixeira, em 1806.01.02.103

2.5 Francisco

94 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B8-0030 - f. 27v-2.º


95 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B8-0054 - f. 51-3.º
96 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B8-0081 - f. 77v-1.º
97 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B8-0109 - f. 104v-1.º
98 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B8-0134 - f. 130-2.º
99 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0117 - f. 114-1.º
100 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0135 - f. 131v-2.º
101 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0159 - f. 156-3.º
102 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B4-0086 - f. 86v-1.º
103 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B5-0087 - f. 84v-2.º

28 Cap. 4 — Cândida Amália Lopes, de Vilarandelo


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1735.10.27104 e foi baptizado na igreja paroquial de Vilarandelo em 1735.10.30, sendo


padrinhos Manuel de Morais e Maria Lopes, sua mulher, da freguesia de Vilarandelo.

2.6 Ana
Foi baptizada em 1741.07.20105 na igreja paroquial de Vilarandelo, sendo padrinhos Francisco
Gomes e Maria Lopes, ambos da freguesia de Vilarandelo.

104 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0074 - f. 74-3.º


105 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarandelo, B2-0090 - f. 89v-4.º

Cap. 4 — Cândida Amália Lopes, de Vilarandelo 29


Parte 2
ENTRE FÂNZERES E SÃO COSME

ENTRE FÂNZERES E SÃO COSME 31


Família de José Lopes Vieira

A PROCURA DAS ORIGENS DA FAMÍLIA Lopes Vieira estas monarcas nascerem posteriormente; de resto, já
conduziu-nos para a freguesia de Fânzeres, contígua por aqui surgia este nome no início do século XVII.
à sede do concelho de Gondomar, menos envolvida Tiveram apenas uma filha, Maria de França, que
com a ourivesaria tão típica de São Cosme, do que casou em Fânzeres com Manuel Marques, filho
era com a agricultura e os serviços; também se doutro Manuel Marques e de Maria Miguel. Dos dez
ligavam à ancestral produção de linho, depois tecido filhos que vieram a ter, o sexto chamou-se Domingos
em inúmeros teares artesanais, a base duma indústria Marques e era, assim, trineto de João Tomé e de
com raízes no esfumar dos tempos. Antes que o ouro Isabel de França, de Bouça-Cova. Talvez por isso,
do Brasil inundasse Portugal, a riqueza de Gondomar num movimento de regresso à origens, casou em São
centrava-se na fertilidade da sua terra e era mais rico Cosme com Maria Martins, que se ocupava em
quem possuísse mais terra. Nesse tempo as mais tecelagem de linho. Embora o marido mantivesse
abastadas famílias desta região usavam os propriedades em Fânzeres, onde era lavrador, ficaram
sobrenomes Velho, Tomé, Martins, França e Castro a viver no lugar do Taralhão, por a mulher ter aí casa,
— que, por corruptela na forma de metátese se a poucos minutos de Bouça-Cova.
escrevia Crasto — e casavam os filhos em Outra família que se estabelecera neste lugar do
matrimónios cruzados, ou por troca, que eram Taralhão foi a dum filho de Lourenço Velho e de
laboriosa e rigorosamente arranjados por forma a Maria João, da aldeia das Azenhas da freguesia de
evitar a dispersão e, se possível, a agrupar várias São Cosme, igualmente chamado Lourenço Velho,
propriedades numa mesma família. Assim, casavam quando casou com Apolónia João. Esta opção pelo
um filho e uma filha duma família com uma filha e Taralhão deveu-se, como no caso anterior, embora
um filho doutra família (ou dois filhos com duas bem mais do que um século antes, aos pais da noiva,
filhas) no mesmo dia, para que não houvesse quebra Manuel João e a sua mulher, Maria João, terem casa
de compromisso. Casamentos cruzados eram, pois, nesta aldeia. No lugar das Azenhas havia uma quinta
sinal de riqueza e estes nomes de família provinham bastante importante através dos tempos, como
ou ligavam-se directa ou indirectamente com a aldeia importantes eram os seus proprietários, que então
de Bouça-Cova da freguesia de São Cosme. Nesta usavam o sobrenome Velho. Este casal teve cinco
aldeia havia uma importante quinta que em meados filhos e a segunda, Maria, casou tarde, quando já ia
do século XVIII ainda pertencia à família Castro fazer trinta anos; porém, para sua infelicidade, o
Pereira, então representada por José de Castro marido faleceu menos de quatro meses depois de se
Pereira, Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro-professo unirem, não sem lhe ter concebido um filho para
da Ordem de Cristo. criar, que nasceu exactamente um ano após o
Em finais de 1729, realizou-se na igreja de São casamento dos pais. Feitas as contas, a criança tinha
Cosme o casamento de Manuel Pereira dos Santos, sido concebida duas semanas antes da morte do pai, o
filho de Domingos Pereira e de Luísa dos Santos, do que certamente terá sido causa de grande
lugar de Cabanas da freguesia de Fânzeres, com Maria perturbação, até mental, para a mãe do menino, o que
Vitória de França, filha de João Tomé e de Isabel de é reflectido no nome que lhe pôs, Custódio. Durante
França, do lugar de Bouça-Cova da freguesia de São quase oito anos não voltou a casar mas, decorrido
Cosme. Mal tinha decorrido um ano quando lhes este tempo, veio efectivamente a constituir
nasceu a primeira filha, a que deram o nome Florência matrimónio, desta vez, como que pelo seguro, com
e de quem foram padrinhos Gonçalo de Almeida, um homem quase treze anos mais novo. Foi ele
Moço-fidalgo da Casa Real, Senhor Donatário Manuel de Miranda, natural da freguesia de Canelas
Alcaide Mor do Crato e Senhor da Vila de Caiz, e em Vila Nova de Gaia; ainda veio a ter uma filha,
José de Távora e Noronha Leme Cernache, do solar Maria, quando já atingia o fim do período de
de Campobelo de Vila Nova de Gaia, igualmente fertilidade — ia fazer quarenta e um anos. Com o
Moço-fidalgo da Casa Real. Dois anos e meio depois nome Maria Lourenço, como a mãe, esta menina
nasceu-lhes outra menina, Maria, de quem foram viria a casar por volta de 1762 com José Martins,
padrinhos os seus tios maternos José de França e natural de Quintã. Ficaram naturalmente a viver no
Isabel de França, de Bouça-Cova. Passados dois anos lugar do Taralhão, onde residiam os pais da noiva, e
nasceu Manuel, que, vinte e dois anos depois e com o aí tiveram uma filha de nome Ana, Ana Martins, que
nome Manuel Pereira de França, veio a casar com casou no lugar de Quintã com João Francisco, filho
Vitória Martins, de Fânzeres. A frequência com que o de Salvador Francisco e de Maria da Silva. Este novo
nome Vitória surgia naquele tempo em Gondomar em casal teve filhos, entre os quais uma menina que veio
nada se relacionava com a rainha Vitória que se a chamar-se Maria Martins; foi com ela que
celebrizou em Inglaterra, ou a sua mãe, porquanto Domingos Marques casou.

(continua na Parte 3)

32 ENTRE FÂNZERES E SÃO COSME


Cap. 5
Maria de França
de Fânzeres

1.1 Manuel Martins


Era filho de Manuel João e de sua mulher, Isabel João, do lugar de Tardinhade da freguesia de Fânzeres.
Casou em 1725.04.25 106 na igreja paroquial de Fânzeres com Maria Jorge, filha de António Jorge e de
sua mulher Ana Martins, do lugar de Tardinhade da freguesia de Fânzeres, onde viveram.

Filhos:

2.1 José
Nasceu em 1725.11.20 107 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1725.11.25, sendo
padrinhos José, solteiro, filho de Rosa Vieira …, e Madalena, solteira, filha de Manuel João,
viúvo, moradores no lugar de Tardinhade da freguesia de Fânzeres.

2.2 Ana
Nasceu em 1728.06.25108 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1728.06.27, sendo
padrinhos José e Madalena, ambos solteiros e filhos de Manuel João, viúvo, moradores no lugar de
Tardinhade da freguesia de Fânzeres.

2.3 Helena
Nasceu em 1730.09.16109 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1730.09.17, sendo
padrinhos António, solteiro, filho de Rosa Vieira, do lugar de Tardinhade, e Maria, solteira,, filh d
Ana Pinto, do lugar da Carvalha, todos da freguesia de Fânzeres.

2.4 Josefa
Nasceu em 1733.01.27110 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1733.01.30, sendo
padrinhos Manuel Jorge e Lourença, solteira, do lugar de Manariz, da freguesia de Fânzeres.

2.5 Vitória Martins


Nasceu em 1735.01.29111 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1735.01.31, sendo
padrinhos António, solteiro, filho de Manuel Martins, do lugar de Manariz, e Maria, solteira, filha
de Manuel Martins, do lugar do Outeiro, todos da freguesia de Fânzeres.
Casou em 1758.01.12112 na igreja paroquial de Fânzeres com Manuel Pereira de França, filho de
Manuel Pereira dos Santos e de Maria Vitória de França, neto paterno de Domingos Pereira e de
Luísa dos Santos, do lugar de Cabanas, e materno de João Tomé e de Isabel de França, do lugar de
Bouça-Cova da freguesia de São Cosme; foram testemunhas Gualter dos Santos, casado com
Maria Bento, do lugar da Costa, e Manuel Tomé, casado com Teresa Marques, do lugar do Paço,
todos da freguesia de Fânzeres. Viveram no lugar de Cabanas da freguesia de Fânzeres.
Manuel Pereira de França nasceu em 1735.10.03113 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres
em 1735.10.09, sendo padrinhos João Pinto e Isabel Marques, sua mulher, do lugar de Tardinhade.

106 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C3-0090- - f. 388v-1-º


107 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0228 - f. 127v-2.º
108 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0254 - f. 250-1.º
109 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0281 - f. 277v-2.º
110 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00208 - f. 4-2.º
111 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00229 - f. 24v-1.º
112 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C6-00792 - f. 174-1.º
113 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00236 - f. 32-1.º

Cap. 5 — Maria de França, de Fânzeres 33


Família de José Lopes Vieira

Manuel Pereira dos Santos e Maria Vitória de França casaram em 1729.11.28, 114 na igreja
paroquial de São Cosme, sendo testemunhas Manuel de Castro Façanha e José de França Pinto.
Outros filhos de Manuel Pereira dos Santos e de Maria Vitória de França: 1-Florência (nasceu em
1731.04.04115 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1731.04.04, sendo padrinhos
Gonçalo de Almeida, Moço-fidalgo da Casa de Sua Majestade, Senhor Donatário Alcaide Mor do
Crato e Senhor da Vila de Caiz, e José de Távora e Noronha Leme Cernache, Moço-fidalgo da
Casa de Sua Majestade, da cidade do Porto), 2-Maria (nasceu em 1733.10.10116 e foi baptizada na
igreja paroquial de Fânzeres em 1733.10.17, sendo padrinhos José de França e Isabel, ambos
solteiros e filhos de João Tomé da aldeia de Bouça-Cova da freguesia de São Cosme).
Vitória Martins, viúva de Manuel Pereira de França, faleceu em 1800.01.11 117 no lugar de Cabanas
da freguesia de Fânzeres.

Filhos:

3.1 Maria de França


Nasceu em 1759.03.06118 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1759.03.11,
sendo padrinhos Manuel Tomé, casado com Teresa Marques, do lugar do Paço, e Josefa,
solteira, tia materna da baptizada e filha de Manuel Martins e de Maria Jorge.
Prossegue no Cap. 6

2.6 Jerónima
Nasceu em 1738.08.12119 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1738.08.24, sendo
padrinhos António de Castro e sua mulher, Madalena Martins, do lugar de Tardinhade da freguesia
de Fânzeres.

2.7 António
Nasceu em 1740.08.11120 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1740.08.14, sendo
padrinhos Manuel dos Santos e sua mulher, Helena de Jesus, do lugar de Baguim do Monte da
freguesia de Rio Tinto.

2.8 Apolónia
Nasceu em 1742.01.04121 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1742.01.08, sendo
padrinhos João Vieira, solteiro, filho de Apolónia João, viúva, do lugar de Tardinhade, e Maria,
solteira, filha de Joana Pinto, viúva de Manuel Jorge, do lugar de Manariz da freguesia de
Fânzeres.

114 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, C3-00499 - f. 100v-1.´


115 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0286 - f. 282v-1.º
116 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00211 - f. 7-2.º
117 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, O10-00522 - f. 21v-1.º
118 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B6-00724 - f. 74v-1.º
119 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00279 - f. 75-1.º
120 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00303 - f. 99-1.º
121 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00317 - f. 112-2.º

34 Cap. 5 — Maria de França, de Fânzeres


Cap. 6
Domingos Marques
de Fânzeres

1.1 João Miguel


Era casado com Lourença Vieira e viviam no lugar de Regadas da freguesia de Fânzeres.

Filhos:

2.1 Maria Miguel


Nasceu em 1722.03.23122 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1722.03.29, sendo
padrinhos João Pinto…, solteiro, morador no lugar de Tardinhade, e Luzia, solteira, filha de
Faustina Pinto, viúva, moradora no lugar de Alvarinha da freguesia de Fânzeres.
Casou em 1747.09.25123 na igreja paroquial de Fânzeres com Manuel Marques, filho de Manuel
Marques e de Maria Tomé, do lugar de Cabanas, sendo testemunhas Custódio Martins, clérigo in
minoribus, filho de Manuel Martins de de Maria João, sua mulher, e o Padre Manuel Pinto, todos
do lugar das Regadas da freguesia de Fânzeres. Viveram no lugar de Cabanas da freguesia de
Fânzeres.
Manuel Marques nasceu em 1732.05.30124 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em
1732.06.02, sendo padrinhos Manuel e Helena. Ambos solteiros e filhos de Baltazar Tomé, do
lugar de Vilar da freguesia de São Cosme. Viveram no lugar de Cabanas da freguesia de Fânzeres.

Filhos:

3.1 Manuel Marques


Nasceu em 1749.10.09 125 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1749.10.11,
sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de Simão Jorge e de Isabel Marques, sua mulher, do
lugar de Santa Eulália, e Apolónia, solteira, tia materna da baptizada e filha de João Miguel
e de Lourença Vieira, sua mulher, do lugar das Regadas da freguesia de Fânzeres.
Casou em 1771.05.16126 na igreja paroquial de Fânzeres com Maria de França,127 filha de
Manuel Pereira de França e de Vitória Martins, do lugar de Cabanas, sendo testemunhas
Joaquim Heliodoro de Araújo Rangel, solteiro, e o seu irmão António Joaquim de Araújo
Rangel, clérigo in minoribus, filhos de João Tomás de Araújo Rangel e de Dona Josefa
Leonarda de Mesquita Pereira, do lugar de Montezelo da freguesia de Fânzeres. Viveram no
lugar de Cabanas da freguesia de Fânzeres.

Filhos:

4.1 Manuel
Nasceu em 1776.04.02128 e foi baptizado no mesmo dia na igreja paroquial de
Fânzeres em 1776.04.03, sendo padrinhos Manuel Marques, avô paterno, e sua filha
Maria, solteira, tia paterna do baptizado.

4.2 António

122 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0193 - f. 192-1.º


123 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C5-00571 - f. 164-1.º
124 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0299 - f. 296-1.º
125 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B5-00496 - f. 69v-1.º
126 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C7-01021 - f. 175v-1.º
127 Provém do Cap. 5
128 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B8-01105 - f. 56v-2.º

Cap. 6 — Domingos Marques, de Fânzeres 35


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1778.02.17129 e foi baptizado no mesmo dia na igreja paroquial de


Fânzeres, sendo padrinhos Manuel Marques, avô paterno, e sua filha Ana, solteira,
tia paterna do baptizado.

4.3 António
Nasceu em 1781.08.27130 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres, sendo
padrinhos Domingos e Isabel, ambos solteiros, tios paternos do baptizado e filhos de
Manuel Marques e de Maria Miguel, sua mulher.

4.4 Maria de França


Nasceu em 1785.07.12131 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em
1785.07.13, sendo padrinhos Domingos e Maria, ambos solteiros, tios paternos da
baptizada e filhos de Manuel Marques e de Maria Miguel, sua mulher-

4.5 José
Nasceu em 1788.12.13132 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em
1788.12.14, sendo padrinhos José, filho de João Ferreira e de sua mulher, Maria
Alves, morador na Rua de Santa Catarina da cidade do Porto, e Josefa, solteira, tia
paterna do batizado e filha de Manuel Marques e de Maria Miguel, sua mulher.

4.6 Domingos Marques


Nasceu e foi baptizado em 1791.12.14133 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo
padrinhos Domingos, solteiro, tio paterno do baptizado e filho de Manuel Marques e
de Maria Miguel, sua mulher, e Ana, solteira, filha de Manuel Tomé e de Maria
Martins, sua mulher, do lugar de Cabanas
Prossegue no Cap. 13

4.7 Jerónimo Marques


Nasceu em 1794.01.24134 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em
1794.01.30, sendo padrinhos Custódio Vieira Pinto, casado, do lugar de Mourinha, e
Josefa, solteira, tia paterna do baptizado e filha de Manuel Marques e de Maria
Miguel, sua mulher.

4.8 Joaquim
Nasceu em 1796.04.27135 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em
1796.04.28, sendo padrinhos Manuel Marque, avô paterno do baptizado, e Ana, filha
de Manuel Tomé e de Maria Martins, sua mulher, do lugar de Cabanas.

4.9 Ana Marques


Nasceu em 1798.11.16136 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em
1798.11.18, sendo padrinhos António, tio paterno do baptizado e filho de Manuel
Marques e de Maria Miguel, sua mulher, e Vitória Martins, casada com Domingos
Marques, do lugar de Cabanas, tios avós paternos da baptizada.

4.10 Teresa
Nasceu em 1802.01.11137 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em
1802.01.13, sendo padrinhos António, irmão da baptizada, e Teresa, solteira, filha de
Manuel Tomé e de Maria Martins, sua mulher, do lugar de Cabanas

129 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B8-01124 - f. 75v-1.º


130 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B8-01163 - f. 112v-2.º
131 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-00142 - f. 30-1.º
132 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-00184 - f. 72-1.º
133 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-00224 - f. 111v-2.º
134 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-00246 - f. 134-2.º
135 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B10-00364 - f. 15v-1.º
136 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B10-00382 - f. 33-1.º
137 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B10-00399 - f. 51-2.º

36 Cap. 6 — Domingos Marques, de Fânzeres


Família de José Lopes Vieira

3.2 Maria
Nasceu em 1753.08.06 138 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1753.08.12,
sendo padrinhos João, solteiro, filho de Simão Jorge e de Isabel Marques, sua mulher, do
lugar de Santa Eulália, e Isabel, solteira, tia materna da baptizada e filha de João Miguel e
de Lourença Vieira, sua mulher, do lugar das Regadas da freguesia de Fânzeres.

3.3 Ana
Nasceu em 1757.05.24 139 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1757.05.29,
sendo padrinhos Custódio, solteiro, tio materno da baptizada e filho de João Miguel e de
Lourença Vieira, sua mulher, do lugar das Regadas, e Maria, solteira, filha de Manuel
António e de Maria Pinto, sua mulher, do lugar de Tardinhade da freguesia de Fânzeres.

3.4 Isabel
Nasceu em 1761.03.19 140 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1761.03.24,
sendo padrinhos Manuel Marques, avô paterno da baptizada, e Aurélia, solteira, filha de
Manuel Martins e de Luzia Vieira, sua mulher, do lugar de Alvarinha da freguesia de
Fânzeres.

3.5 Domingos Marques


Nasceu em 1763.06.15 141 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1763.06.16,
sendo padrinhos Domingos Pinto, casado com Maria Pinto, e Maria, solteira, filha de
Manuel Afonso e de Maria antónia, sua mulher, do lugar do Outeiro da freguesia de
Fânzeres.
Casou em 1797.01.10142 na igreja paroquial de São Cosme, com Vitória Martins, filha de
António João de Castro e de Maria Antónia, neta paterna de Manuel João e de sua mulher,
Maria Martins, todos do lugar de Pevidal, e materna de Manuel António e de sua mulher,
Maria Pinto, do lugar de Tardinhade da freguesia de Fânzeres; foram testemunhas Manuel
de Oliveira Dias, do lugar de Rio Carreiro, e Manuel Vieira, do lugar das Cavadas, ambos
da freguesia de São Cosme.

3.6 Josefa Marques


Nasceu em 1766.09.24 143 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1766.09.28,
sendo padrinhos Manuel António Vieira, viúvo, e Vitória Martins, ambos viúvos e do lugar
de Tardinhade.

2.2 José
Nasceu em 1724.06.18144 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1724.06.19, sendo
padrinhos o Padre Manuel Pinto e Apolónia, solteira, filha de Pedro João, do lugar dos Veados, …
da freguesia de Fânzeres.

2.3 Apolónia
Nasceu em 1727.01.13145 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1727.01.16, sendo
padrinhos Manuel Gonçalves, do lugar da Venda Nova da freguesia de Rio Tinto, e Mariana Tomé,
viúva, do lugar de Regadas da freguesia de Fânzeres.

2.4 João

138 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B5-00542 - f. 116-1.º


139 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B6-00692 - f. 43-1.º
140 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B6.00751 - f. 62-1.º
141 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B7-00864 - f. 19-2.º
142 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C7-00653 - f. 150-1.º
143 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B7-00913 - f. 68-1.º
144 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0211 - f. 211-1.º
145 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0235 - f. 230-2.º

Cap. 6 — Domingos Marques, de Fânzeres 37


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1729.07.13146 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1729.07.14, sendo


padrinhos Manuel Martins do …, do lugar de Tardinhade, e Maria, solteira, filha de Manuel
António, do lugar da Carvalha, todos da freguesia de Fânzeres.

2.5 José
Nasceu em 1732.05.20147 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1732.06.01, sendo
padrinhos o Padre João Álvares, do lugar do Susão da freguesia de Valongo, e Maria, solteira, filha
de Manuel Fernandes, do lugar das Regadas da freguesia de Fânzeres.

2.6 Isabel
Nasceu em 1735.01.20148 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1735.01.22, sendo
padrinhos João Ferreira e Lourença, solteira, do lugar da Felga da freguesia de Fânzeres.

2.7 Inácio
Nasceu em 1738.03.25149 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1738.03.27, sendo
padrinhos Domingos, solteiro, filho de Clemência Tomé, do lugar de Manariz, e Francisca,
solteira, filha de Francisco Martins de Oliveira, do lugar de Alvarinha, todos da freguesia de
Fânzeres.

2.8 Custódio
Nasceu em 1741.08.22150 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1741.08.23, sendo
padrinhos Custódio, filho de Manuel Martins e Maria, filha de António Pinto.

2.9 Luís
Nasceu em 1744.09.14151 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1744.09.15, sendo
padrinhos Manuel Martins, casado com Ana Martins, e Ana, solteira, filha de António Pinto e de
sua mulher, Maria André, todos do lugar das Regadas.
:

146 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0264 - f. 261-1.º


147 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0299 - f. 295v-2.º
148 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00228 - f. 24-1.º
149 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00275 - f. 70v-2.º
150 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00311 - f. 107-1.º
151 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B5-00436 - f. 9v-1.º

38 Cap. 6 — Domingos Marques, de Fânzeres


.

Cap. 7
Maria Lourenço
de São Cosme
1.1 Lourenço Velho
Era filho de Lourenço Velho e de Maria João da aldeia das Azenhas da fregusia de São Cosme
Casou em 1691.10.05 152 na igreja paroquial de São Cosme com Apolónia João, filha de Manuel João e
de sua mulher, Maria João, da aldeia do Taralhão, sendo testemunhas o Padre Lucas Pinto, José Álvares e
Manuel Fernandes, todos da freguesian de São Cosme.

Filhos:

2.1 Apolónia
Nasceu em 1693.09.04153 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1693.09.06, sendo
padrinhos Tomás, solteiro, filho de Lourenço Velho, e Maria, filha de Cosme Tomé, do lugar de
Vilar, todos da freguesian de São Cosme.

2.2 Maria Lourenço


Nasceu em 1701.01.02154 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1701.01.05, sendo
padrinhos Isidoro de Moura, da freguesia de Fânzeres, e Mariana, solteira, filha de Cosme Tomé,
do lugar de Vilar, da freguesian de São Cosme.
Casou em primeiras núpcias em 1730.10.12155 com João de Almeida, filho de Manuel de Almeida
e de sua mulher, Luzia João, da aldeia de Gondomarinho da freguesian de São Cosme.
Casou em segundas núpcias em em 1738.09.21156 na igreja paroquial de São Cosme, com Manuel
de Miranda, filho de António de Almeida e de Maria de Miranda, da freguesia de Canelas do
concelho de Vila Nova de Gaia, sendo testemunhas o Padre José Rodrigues, coadjutor da paróquia
de São Pedro de Miragaia, e o Alferes Sebastião Martins de Castro, da freguesian de São Cosme.
Faleceu em 1767.01.04157 na aldeia do Taralhão da freguesia de São Cosme onde tinham vivido.
João de Almeida faleceu em 1731.02.02158 na aldeia do Taralhão da freguesian de São Cosme.
Manuel de Miranda nasceu no lugar do Outeiro, em 1713.08.03159 e foi baptizado na igreja
paroquial de Canelas em 1713.08.13, sendo padrinhos Francisco ferreira, do lugar do Outeiro, e
Maria Domingues, mulher de Manuel de Barros, do lugar do Curro, todas da fregusia de Canelas.

Filhos com João de Almeida:

3.1 Custódio
Nasceu em 1731.10.15160 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1731.10.17,
sendo padrinhos o Padre José de França, da aldeia das Azenhas, e maria, solteira, filha de
Agostinho Ferreira, da aldeia de Bouça-Cova, todos da freguesian de São Cosme.

Filhos com Manuel de Miranda:

152 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, C4-00180 - f. 194-1.º


153 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B5-00208 - f. 2v-1.º
154 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B5-00293 - f. 89-3.º
155 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, C6-00505 - f. 106v-2.º
156 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, C6-00540 - f. 141v-1º
157 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, O6-0244 - f. 245-2.º
158 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, O6-0116 - f. 114v-3.º
159 Registos Paroquiais da freguesia de Canelas, B25-0116 - f. 112v-2.º
160 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00323 - f. 20v-2.º

Cap. 7 — Maria Lourenço, de Fânzeres 39


Família de José Lopes Vieira

3.2 Maria Lourenço


Nasceu em 1741.12.29161 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1742.01.04,
sendo padrinhos Manuel Ferreira,, filho de Agostinho Ferreira, da aldeia de Bouça-Cova, da
freguesian de São Cosme.
Prossegue no Cap. 8

2.3 Lourenço
Nasceu em 1704.01.26162 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1704.01.29, sendo
padrinhos Manuel João do lugar do Taralhão, e Águeda, solteira, filha de Tomé Martins, do lugar
do Casal, todos da freguesian de São Cosme.

2.4 José
Nasceu em 1707.01.31163 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1707.01.31, sendo
padrinhos João Tomé, da aldeia de Bouça-Cova, e Maria, filha de Pascoal Pinto, da aldeia das
Cavadas, todos da freguesian de São Cosme.

2.5 Masnuel
Casou em 172204.21 164 na igreja paroquial de São Cosme, com Ana Martins, filha de João
Martins e de sua mulher, Ana Martins, da aldeia de Quintã, sendo testemunhas o Padre José
Ferreira, da aldeia de São Miguel de Baixo, e o Padre Francisco de Oliveira do lugar do Taralhão,
todos da freguesian de São Cosme.

161 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00416 - f. 114v-3.º


162 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B5-00324 - f. 119v-3.º
163 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B5-00352 - f. 147v-4.º
164 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, C6-00465 - f. 68-1.º

40 Cap. 7 — Maria Lourenço, de Fânzeres


Cap. 8
Ana Martins
de São Cosme

1.1 Manuel Martins


Era casado com Luísa de Sousa, tendo vivido no lugar de Quintã da fregusia de São Cosme.

Filhos:

2.1 Manuel
Nasceu em 1729.01.24165 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1729.01.30 , sendo
padrinhos Manuel de Castro e sua mulher, Maria de Castro, da aldeia de Quintã da fregusia de São
Cosme.

2.2 José
Nasceu em 1730.06.25166 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1730.07.02, sendo
padrinhos André de Moura e Maria de Lavrados da aldeia de Quintã da fregusia de São Cosme.

2.3 Maria
Nasceu em 1732.04.30167 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1732.05.03, sendo
padrinhos Manuel de Castro Moura e Ana, solteira, filha de André João, todos da aldeia de Quintã
da fregusia de São Cosme.

2.4 Clara
Nasceu em 1733.09.14168 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1733.09.22, sendo
padrinhos André, solteiro, filho de Silvestre Gonçalves e Joana, solteira, filha de Cosme Martins,
todos da aldeia de Valbom de Baixo da freguesia de Valbom.

2.5 José Martins


Nasceu em 1736.06.06169 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1736.06.10, sendo
padrinhos Geraldo e Antónia, ambos solteiros e filhos de André João, da aldeia de Quintã da
fregusia de São Cosme.
Casou por volta de 1762 com Maria Lourenço,170 filha de Manuel de Miranda e de Maria
Lourenço, neta paterna de António de Almeida e de Maria de Miranda, da freguesia de Canelas do
concelho de Vila Nova de Gaia, e materna de Lourenço Velho e de Apolónia João, da aldeia do
Taralhão da freguesian de São Cosme.

Filhos:

3.1 Custódio
Nasceu em 1763.05.11171 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1763.05.18,
sendo padrinhos Custódio de Almeida e sua mulher, Ana Pinto, do lugar de Regadas da
freguesia de São Cosme.

165 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B6-00278 - f. 272v-2.º


166 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00310 - f. 7v-3.º
167 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00329 - f. 26v-1º
168 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00347 - f. 45-3.º
169 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B6-00373 - f. 71v-3.º
170 Provém do Cap. 7
171 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00611 - f. 12v-2.º

Cap. 8 — Ana Martins, de Fânzeres 41


Família de José Lopes Vieira

3.2 Maria
Nasceu em 1766.04.20172 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1666.04.23,
sendo padrinhos Manuel João e Maria de Castro, ambos solteiros e do lugar de Vilar, da
freguesia de São Cosme; faleceu em 1766.09.03173).

3.3 Ana Martins


Nasceu 1766.04.20 174 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1666.04.23,
sendo padrinhos Manuel Martins, solteiro, do lugar de Vila Nova, e Ana, solteira, filha de
Maria Martins, viúva, do lugar das Azenhas, todos da freguesia de São Cosme.
Prossegue no Cap. 13

2.6 Manuel
Nasceu em 1741.04.16175 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1741.04.23, sendo
padrinhos João Simões e sua mulher, Maria Ribeiro, da aldeia de Valbom de Baixo da freguesia de
Valbom.

172 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B8-00638 - f. 42-2.º


173 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B8-00638 - f. 42-2.º. Não foi efectuado um registo autónom,o do óbito.
174 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B8-00638 - f. 42-2.º
175 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00419 - f. 114v-2.º

42 Cap. 8 — Ana Martins, de Fânzeres


Parte 3
MARTINS VIEIRA

NO PRINCÍPIO DO SÉCULO XIX vivia na freguesia de de Santa Maria da Feira, e Martins de origem em
Fânzeres um casal com os nomes José Martins dos Fânzeres. A mãe, Maria Antónia Vieira, tinha raízes
Santos e Helena Martins; por casamento, em 1801, em Fânzeres e em Rio Tinto, com Antónia
Helena juntara ao seu o sobrenome “dos Santos” do proveniente duma profusão de Antónias e Antónios
marido. Tiveram dois filhos espaçados de treze anos, ao longo de gerações, e Vieira com origem na
de nomes Sebastião e Agostinho. Se os pais não madrinha — desconcertantes liberdades doutros
estiveram ausentes de Fânzeres durante todo este tempos… Por sua vez, Helena Martins dos Santos era
tempo, tendo então tido mais filhos noutro lugar, o de Fânzeres durante pelo menos quatro gerações, já
que parece não ser o caso, ou padecido de doença desde o século XVII, com apenas um dos dezasseis
prolongada, o que também perece inverosímil, então bisavós proveniente doutro lugar, Milheirós, também
provavelmente o pai terá estado ausente por um largo de Santa Maria da Feira. Tendo começado por
período, por certo no Brasil, como acontecia ao trabalhar como alfaiate, Sebastião Martins dos
tempo em algumas famílias. José Martins dos Santos Santos, filho de José e de Helena, assim obteve
era de Fânzeres mas provinha duma família com independência económica que lhe permitiu casar em
origens dispersas por várias freguesias. Santos, do 1825, em São Cosme, com Maria Pereira de França,
pai, Manuel Martins dos Santos, tinha origem nas filha doutra Maria Pereira de França e de José Pinto
freguesias de São Roque e de Argoncilhe, da comarca de Castro, todos com ascendência nesta freguesia;

MARTINS VIEIRA 43
Família de José Lopes Vieira

ficaram a viver no lugar do Taralhão. A mulher de de sete anos, o que se concretizou no papel em
Sebastião era trineta de João Tomé e de Isabel de Outubro de 1826 — menos de um mês antes do
França de Bouça-Cova, tanto quanto Domingos nascimento de Joaquina. Quando, em 1828 Dom
Marques, acima referido, que sendo natural de Miguel chegou a Portugal para casar e jurar a
Fânzeres também ficara a viver no Taralhão, onde a Constituição, o que fazia parte do que fora acertado, as
mulher tinha casa e um tear onde tecia. Domingos era forças reaccionárias aclamara-no rei absoluto e ele
quinze anos mais velho do que Sebastião, mas casara simplesmente aboliu a Constituição.
apenas uma meia dúzia de anos antes; embora não se Entretanto, em casa de Sebastião e Maria nasceu
vislumbre que fossem parentes, sendo ambos naturais outra menina, Vitória como a tia materna, que foi a
da freguesia de Fânzeres, é expectável que Domingos madrinha, um nome que se tornara recorrente na
se tenha empenhado para obter alojamento para família França. Sebastião Martins dos Santos teria
Sebastião, que por casamento iria afinal passar a ser ideias formadas sobre as coisas da vida e da política, 176
seu parente, ainda que afastado. Ficaram vizinhos… pelo que não seria de excluir que esta escolha se
Os tempos estavam difíceis, pois, com a família tivesse baseado em alguma vitória da facção que mais
real no Brasil, após a derrota dos franceses o País lhe agradava no âmbito das confrontações políticas
tinha-se transformado numa verdadeira colónia que precederam aquele ano de 1829 — porventura a
britânica, o que causava restrições à exportação e de Dom Miguel… Encontrando-se novamente de
enorme prejuízo para a economia e para as famílias. esperanças, a seu tempo Maria, sua mulher, deu à luz
Consequentemente, no ano de 1820 houvera no Porto mais uma menina; Libânea não era nome vulgar e,
uma revolução com o objectivo de expulsar o muito menos, nome de família, mas a escolha talvez se
domínio inglês e, à imagem do que acontecera em ajustasse, ainda que de etimologia errada, a alguma
Espanha, estabalecer uma forma de governo de cariz inclinação libertária do pai da criança, desta vez na
liberal, o que não agradou a todos. Posto isto, o rei linha dos apoiantes constitucionalistas de Dom Pedro,
Dom João houve por bem regressar do Brasil no uma instabilidade das preferências políticas a fazer eco
intuito de pacificar as populações desavindas, e em da realpolitik. Porém, como acontecera com a
1822 acedeu a jurar a primeira Constituição, que Constituição, infelizmente a menina não vingou.
instaurava um regime de governo parlamentar. Foi Passado um ano exacto, nascia uma Maria — como a
uma acção que gerou inúmeras reacções adversas, rainha menina; estava-se em finais de 1831, quando
criando assim nova instabiliddae política. Durante Dom Pedro tinha abdicado do trono do Brasil e se
esta refrega, a nossa maior colónia iria tornar-se encontrava a caminho de Portugal, então já nos
independente pela mão do próprio príncipe Dom Açores, para tomar conta do governo da Nação, que
Pedro. tinha sido assaltado pelo odiado meio-irmão.
Ao cumprirem o primeiro ano de casados, Na Primavera de 1832 a família Martins dos
Sebastião Martins dos Santos e Maria Pereira de Santos ganhava outra filha, que ficou com o nome
França tiveram uma primeira filha, a que deram o Ana e teve Agostinho, tio paterno, como padrinho.
nome Joaquina, um nome que se popularizara, talvez Com catorze anos já feitos, é possível que nesse
por simpatia com a rainha, Dona Carlota Joaquina, que tempo ele acompanhasse o irmão como aprendiz da
acabava de enviuvar. A morte do rei ampliou sua arte de alfaiate. Em Junho seguinte Dom Pedro
enormemente a crise política que já se vivia. Com desembarcou com as suas tropas e tomou a cidade do
efeito, enquanto auto-proclamado Imperador do Brasil, Porto. Porém, cedo o exército do irmão avançou
Dom Pedro logo se aclamou rei de Portugal; deste sobre a cidade e cercou-a. Dom Miguel veio juntar-
modo, mantendo-se o rei no Brasil, no entender de se-lhe, avançando ao longo da Estrada de Dom
muitos Portugal passaria duma espécie de colónia Miguel, que lhes passava por assim dizer perto da
britânica a uma mera colónia brasileira. No entanto, a porta e cujo nome se mantém em lembrança do
Constituição brasileira salvou a situação por não sucedido. A cidade foi fortemente fustigada por
permitir uma tal acumulação de funções, pois doutro pesados bombardeios a acrescentar às imensas
modo voltaria à condição de colónia portuguesa. Com dificuldades de sobrevivência pela falta de alimento.
isto, Dom Pedro abdicou dos direitos à coroa de Mas o pior estava para vir: no primeiro dia de
Portugal a favor da filha Maria da Glória, então com Janeiro, aportou à Foz do Douro o vapor London
apenas sete anos. Foi uma solução muito mal recebida Marchant com duas centenas de soldados belgas
por uma grande maioria do povo conservador, que destinados a apoiar as tropas de Dom Pedro.
tinha desaprovado o juramento da nova Constituição Contudo, trazia a bordo um recruta infectado com a
da parte do soberano morto e a sua confirmação por cholera morbus que, vinda da India, grassava então
Dom Pedro. Para tentar pôr cobro aos rumores hostis por toda a Europa. A partir do Porto, esta epidemia
que já se pressentiam e a neutralizar eventuais causou em Portugal cerca de quarenta mil mortos,
movimentações militares, ele negociou o casamento da incluindo a infanta Dona Maria da Assunção, irmã
filha com Dom Miguel, seu irmão e tio da dita menina

176 Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive

44 MARTINS VIEIRA
Família de José Lopes Vieira

dos príncipes inimigos — incluindo também as duas Martins Vieira acabara de casar com a tetraneta dos
filhas mais novas de Sebastião e Maria. mesmos, Rosa Marques, tetraneta por ser filha de
Provavelmente aterrados com o efeito da peste, Domingos Marques.
como muitas outras famílias do epicentro onde ela Embora Rosa tivesse nascido e vivido em São
grassara, o casal tratou de fugir para o interior à Cosme, por o pai ter propriedades em Fânzeres, o
procura de abrigo e segurança. Após o nascimento de casamento teve lugar nesta freguesia, onde ficaram a
Ana, partiram para Ribeira de Pena numa viagem de viver — também era em Fânzeres que se encontrava
200 quilómetros, presumivelmente pelos rios Douro e a clientela que o noivo fizera como alfaiate. Aí
Tâmega; levaram apenas as filhas mais velhas, as que tiveram os primeiros oito filhos. Porém, a vida dá
lhes sobraram. Assentaram em Friúme, onde iriam ter voltas às vezes inexplicáveis; decorridos pouco mais
mais sete filhos, cinco raparigas e dois rapazes. de vinte anos, transferiram-se para Vila Nova de
Imitando o que Dom Pedro fizera com a filha Dona Gaia, mais especificamente para Vilar de Andorinho.
Maria da Glória, quando a sua Joaquina estava Uns dois anos depois, mudaram-se de novo, desta
próxima de completar 15 anos, Sebastião emancipou- vez para a Rua da Raínha (hoje Rua Antero de
a, negociando e promovendo o seu casamento com Quental), da freguesia de Cedofeita, no Porto. Estas
um mancebo apenas um ano mais velho, Camilo, um mudanças tiveram lugar na década de 60 do século
futuro estudante de medicina que afinal nunca XIX. No entanto, em finais da década de 40,
terminou um curso: não foi médico, nem foi padre, Agostinho fizera uma incursão ao Brasil, em que
foi apenas um boémio — e já então a caminho de levara António Martins dos Santos, então com onze
afamado escritor com o nome Camilo Castelo anos, que era um dos filhos do irmão. Regressou uns
Branco. Esta foi uma história triste que é contada dois anos depois e não voltou, mas o sobrinho acabou
noutro lado. 177 Em resumo, Joaquina teve uma filha, por lá ficar, provavelmente entregue a alguém de
mas morreram, mãe e filha, ao fim de escassos cinco confiança, dado que ao tempo havia inúmeros
anos, entre 1847 e 1848. A seguir a estas desgraças, portugueses no Brasil. Sendo analfabetos, os pais de
Sebastião e a mulher pouco mais teriam a fazer em Sebastião e Agostinho tiveram o bom senso de
Ribeira de Pena, pelo que regressaram à terra. Não mandar os filhos à escola, rudimentar nesse tempo,
Fânzeres ou São Cosme, mas a cidade do Porto, onde pelo que ambos não só liam — a Bíblia — e
a peste tinha sido varrida e a população regressara à escreviam bem, como valorizavam o conhecimento,
paz. Maria Pereira de França, atingia o fim do valores que transmitiram aos filhos.
período de fertilidade, mas ainda teve mais uma filha, Sebastião teve treze filhos: onze raparigas e dois
nascida já na cidade, em 1849; a mãe, que já ia a rapazes; com excepção de cinco raparigas em parte
caminho dos 45, deu~lhe o nome da primeira neta e perdidas com a peste, todos os demais chegaram a
até ali a única, Rosa — em adulta assinava Rosa adultos; destes oito, um rapaz e uma rapariga
Pereira França, nenhum sobrenome do pai. No Porto, faleceram com cerca de 20 anos e uma das raparigas
Sebastião Martins dos Santos veio a estabelecer um ficou solteira; os restantes constituiram famílias de
negócio de padaria na Rua do Sol, que depois sucesso, para o que também contribuiu terem sabido
transferiu para a Rua de Trás e, mais tarde, para uma fazer bons casamentos. Agostinho teve onze filhos:
casa maior na Rua Chã, onde veio a falecer em 1871. quatro raparigas e sete rapazes; uma das raparigas e
Quando Sebastião partiu para Ribeira de Pena cinco dos rapazes casaram e tiveram filhos; dois
com a família, Agostinho, seu irmão, estava com deles seguiram o rumo do exército, tendo o mais
quinze anos e é natural que, embora morando em velho chegado a atingir a patente de general; outros
Fânzeres, continuasse a visitar Domingos Marques e dois emigraram e casaram no Brasil, ambos no Rio
a mulher com alguma frequência, enquanto as filhas de Janeiro. Conforme já foi afirmado, Sebastião
do casal iam crescendo; a mais velha, Rosa era começou por ser alfaiate, profissão que deixou para
quatro anos mais nova do que Agostinho. As se estabelecer como vendeiro quando emigrou para
brincadeiras de criança e de adolescente gradual e Ribeira de Pena; de regresso ao Porto, enveredou
inevitávelmente deram lugar a brincadeiras de adulto. pela indústria de padaria. Por outro lado, Agostinho
E quando a menina atingiu os dezoito anos, casaram, terá herdado do irmão a profissão de alfaiate, e assim
ela como Rosa Marques e ele como Agostinho continuou até cerca de 1865, quando se mudou para a
Martins Vieira — deixando cair o sobrenome Santos Rua da Rainha (hoje Rua Antero de Quental), onde
e indo buscar Vieira à avó paterna, Maria Antónia mandou construir uma moradia em terreno
Vieira. Retomando o que foi afirmado atrás, enquanto anteriormente adqirido. A partir de então, seguindo
Sebastião casara com um trineta de João Tomé e de novamente o percurso do irmão, acabou por fazer-se
Isabel de França, de Bouça-Cova, o irmão Agostinho empresário de padaria, igualmente de sucesso.

(continua na Parte 4)

177 Hernâni L.S. Maia, “Rosa Pereira de França Botelho Castelo Branco - Genealogia”, Genealogia FB, Porto, 2020, in Google

MARTINS VIEIRA 45
Cap. 9
Maria Antónia
de Fânzeres

1.1 Matias André


Casou em 1685.10.30178 na igreja paroquial de Fânzeres, com Maria Antónia, sendo testemunhas
Francisco Martins e o Capitão João Vieira. Viveram na aldeia de Manariz da freguesia de Fânzeres.

Filhos:

2.1 Ana
Foi baptizada em 1689.03.06 179 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos o Padre
Francisco da Silva, morador defronte do Convento dos Loios (ou de Santo Eloi) da cidade do
Porto, e Maria, solteira, filha de João António, do lugar de Alvarenga da freguesia de Fânzeres.

2.2 António
Foi baptizado em 1691.11.12180 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos Manuel, solteiro,
filho de Ambrósio Jorge, e Maria, solteira, filha de Maria Manuel, viúva; foram testemunhas
Matias André e o padrinho, todos da aldeia de Manariz.

2.3 Maria
Nasceu em 1693.10.17181 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1693.10.18, sendo
padrinhos Manuel Álvares, da aldeia de Manariz, e Isabel Gonçalves, mulher de André António,
do lugar da Carvalha; foram testemunhas Domingos Gonçalves e Manuel Fernandes, todos da
freguesia de Fânzeres.

2.4 Teresa
Foi baptizada em 1696.01.10 182 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos Pedro Francisco
e Maria, solteira, filha de Manuel João, o …, todos da aldeia de Manariz; foram testemunhas
António João, pintieiro, do lugar da Costa, Manuel Martins, do lugar do Outeiro, e Manuel,
solteiro, do lugar da Felga, filho de Manuel Martins, pedreiro, todos da freguesia de Fânzeres.

2.5 Domingos
Foi baptizado em 1697.11.15183 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos Manuel Tomé,
solteiro, filho de LuziaVieira, viúva, e Lourença, filha de Maria Manuel, viúva; foram testemunhas
Pedro Francisco e João António, todos da aldeia de Manariz.

2.6 Bárbara Antónia


Foi baptizada em 1700.10.23184 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos João, filho de
Pedro Francisco, e Catarina, solteira, neta de Luzia Viera; foram testemunhas Manuel Tomé e João
Tomé, todos do lugar de Manariz, da freguesia de Fânzeres.
Casou em 1726.10.31185 na igreja paroquial de Fânzeres, com António Dias, filho de Silvestre
Dias e de Maria de Sá, do lugar da Vila, da freguesia de São Vicente de Louredo do concelho de
Santa Maria da Feira, neto paterno de Domingos de Oliveira e de Beatriz Dias, do lugar da …, e

178 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C2-0025 - f. 247-2.º


179 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2-0084 - f. 89v-5.º
180 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2-0095 - f. 95-2.º
181 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2-0105 - f. 107-2.º
182 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2-0118 - f. 1198v-2.º
183 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2-0127 - f. 176v-3.º
184 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0024 - f. 22v-3.º
185 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C3-0098 - f. 396v-1.º

Cap. 9 — Maria Antónia, de Fânzeres 47


Família de José Lopes Vieira

materno de António Francisco e de Maria de Sá, do lugar de São Vicente de Louredo; foram
testemunhas António de Sousa, de Santa Eulália, e Manuel João de Aleixo, da freguesia de
Fânzeres. Viveram na aldeia de Manariz da freguesia de Fânzeres.
António Dias nasceu em 1693.02.04186 e foi baptizado na igreja paroquial de São Vicente de
Louredo em 1693.02.08, sendo padrinhos João Manuel, de Vila Seca, e Isabel, solteira, da …
Silvestre Dias e de Maria de Sá casaram em 1784.06.13187 na igreja paroquial de São Vicente de
Louredo, sendo testemunhas Pedro André e Gonçalo da Silva, estudante, todos do mesmo lugar da ….
Viveram no lugar de vila Seca da freguesia de São Vicente de Louredo.
Outros filhos de Silvestre Dias e de Maria de Sá: 1-Manuel (nasceu em 1684.04.02188 e foi baptizado
em 1684.04.08, sendo padrinhos Pedro André e Isabel Vieira, mulher de Pedro Dias), 2-Ana (nasceu
em 1687.04.01189 e foi baptizada em 1687.04.05, sendo padrinhos Domingos de Oliveira, da
freguesia do Vale, e Maria Pereira, da freguesia de São Miguel do Mato), 3-Josefa (nasceu em
1695.07.18190 e foi baptizada em 1695.07.20, sendo padrinhos Gonçalo Ferreira, da freguesia de
Fermelã, e Maria Manu, 4-Domingos (nasceu em 1699.03.15191 e foi baptizado 1699.03.22, sendo
padrinhos Domingos Dias, do …, e Catarina Gonçalves, mulher de Manuel Francisco, da aldeia …).
António Francisco e Maria de Sá casaram em 1657.05.04192 na igreja paroquial de São Vicente de
Louredo, sendo testemunhas Lucas Lopes e Domingos Francisco, da freguesia de São Vicente de
Louredo.
Maria de Sá faleceu viúva de António Francisco em 1707.04.19 193 na freguesia de São Vicente de
Louredo, tendo o seu filho Manuel de Sá e o seu genro Silvestre Dias ficado como testamenteiros.

Filhos:

3.1 Maria Antónia


Nasceu em 1727.04.10 194 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1727.04.20,
sendo padrinhos João, solteiro, filho de Catarina Dias, viúva, da aldeia de Vilar da freguesia
de São Cosme, e Rosália, tia materna da baptizada, filha de Matias André, da aldeia de
Manariz; foram testemunhas José, solteiro, filho de Sebastiana, do lugar do Outeiro, e
Francisco, solteiro, filho de Manuel Moreira, da aldeia de Santa Ovaia, ambos da freguesia
de Fânzeres.195
Prossegue no Cap. 14

2.7 Matias
Nasceu em 1702.02.28196 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1702.03.05, sendo
padrinhos Manuel Teixeira Marinho, da Rua da Laje da cidade do Porto, e Roque, solteiro, filho de
João António, do lugar de Alvarinha; foram testemunhas Antonio João, do lugar do Outeiro, e
Manuel Tomé, do lugar de Tardinhade, todos da freguesia de Fânzeres.

2.8 José
Nasceu em 1704.02.28197 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1704.03.01, sendo
padrinhos Manuel João do Couto, da cidade do Porto, e Maria, solteira, filha de André António, do
lugar da Carvalha; foram testemunhas André Gonçalves, do lugar da Portelinha, e Cristóvão
Álvares, da aldeia de Manariz, todos da freguesia de Fânzeres.

186 Registos Paroquiais da freguesia de São Vicente de Louredo, B2-0131 - 1.º


187 Registos Paroquiais da freguesia de São Vicente de Louredo, C4-0239 - 1.º
188 Registos Paroquiais da freguesia de São Vicente de Louredo, B2-0079 - 1.º
189 Registos Paroquiais da freguesia de São Vicente de Louredo, B2-0092 - 1.º
190 Registos Paroquiais da freguesia de São Vicente de Louredo, B2-0148 - 1.º
191 Registos Paroquiais da freguesia de São Vicente de Louredo, B2-0178 - 4.º
192 Registos Paroquiais da freguesia de São Vicente de Louredo, C1-0295 - 1.º
193 Registos Paroquiais da freguesia de São Vicente de Louredo, O2-0419 - 3.º
194 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B5-0239 - f. 234-2.º
195 O pai da criança nasceu na freguesia de São Vicente de Louredo, do concelho de Santa Maria da Feira, e foi residente nas freguesias de
Landim, de Campnhã e São Cosme, antes de a ter concebido. Aparentemente ausentou-se para outra freguesia, pois não veio a conceber
outra criança na freguesia de Fânzeres.
196 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0034 - f. 32v.1.º
197 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0045 - f. 43v-3.º

48 Cap. 9 — Maria Antónia, de Fânzeres


Família de José Lopes Vieira

2.9 Rosália
Nasceu em 1706.02.18198 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1706.02.21, sendo
padrinhos João Vieira e Maria, solteira, filha de Cristóvão Álvares, da aldeia de Manariz; foram
testemunhas João Jorge, do lugar de Tardinhade, e o mesmo Cristóvão Álvares, todos da freguesia
de Fânzeres.

2.10 Josefa
Nasceu em 1709.03.27199 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1709.03.31, sendo
padrinhos André Álvares, do lugar de Vila Nova da freguesia de São Cosme, e Maria Álvares,
mulher Manuel André, da aldeia de Manariz da freguesia de Fânzeres; foram testemunhas o
mesmo Manuel André e Gonçalo Francisco, também da aldeia de Manariz.

198 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0063 - f. 61v.2.º


199 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0086 - f. 85-1.º

Cap. 9 — Maria Antónia, de Fânzeres 49


Cap. 10
Manuel Martins dos Santos
de Fânzeres

1.1 José de Oliveira


Era filho de Manuel António e de sua mulher, Luísa de Oliveira, do lugar da Venda Nova da freguesia de
Rio Tinto.
Casou em 1725.01.29 200 na igreja paroquial de Fânzeres, com Maria dos Santos, filha de Gabriel Gomes
e de sua mulher, Sebastiana dos Santos, do lugar de Vila Chã da freguesia de São Roque, do concelho de
Oliveira de Azemeis, sendo testemunhas João Martins, do lugar a Costa, e João Alves, do lugar de Santa
Eulália, da freguesia de Fânzeres. Viveram na aldeia da Felga da freguesia de Fânzeres,

Filhos:

2.1 Maria
Nasceu em 1727.04.22201 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1727.04.22, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de Manuel Jordão, e Maria, solteira, filha de Maria Martins,
viúva, todos da aldeia da Felga da freguesia de Fânzeres.

2.2 Isabel
Nasceu em 1730.04.13202 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1730.04.16, sendo
padrinhos José, solteiro, filho de Luís Moreira, do lugar da Costa, e Isabel, filha de de Manuel
Jordão, da aldeia da Felga da freguesia de Fânzeres.
Teve um relacionamento com João dos Santos, solteiro, filho de Francisco Pereira e de Maria
Pereira, do lugar de São Domingos, neto paterno de Jorge Fernandes e de Maria André e materno
de Manuel Francisco e de Maria Gonçalves, todos da freguesia de Argoncilhe.
Casou em 1751.04.16203 na igreja paroquial de Fânzeres, com José Martins dos Santos, filho de
Agostinho dos Santos e de Teresa de Jesus, do lugar de Pontelhas da freguesia de Rio Tinto, sendo
testemunhas o Padre António Jordão e o Padre Manuel Pinto, ambos da da freguesia de Fânzeres.
Francisco Pereira e Maria Pereira casaram em 1708.05.07204 na igreja paroquial de Argoncilhe,
sendo testemunhas Manuel Ferreira e João Martins.
Filhos de Francisco Pereira e Maria Pereira:205 1-Maria (nasceu em 1709.04.14. 206 e foi baptizada
na igreja paroquial de Argoncilhe em 1709.04.21, sendo padrinhos Domingos, solteiro, e Helena
Francisca), 2-Manuel (nasceu em 1711.03.07207 e foi baptizado na igreja paroquial de Argoncilhe
em 1711.03.15, sem menção do padrinhos), 3-António (nasceu em 1713.06.00208 e foi baptizado
na igreja paroquial de Argoncilhe).

Filhos com João dos Santos:

3.1 Manuel Martins dos Santos

200 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C3-0089 - f. 387v-1.º


201 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0240 - f. 234v-2.º
202 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0272 - f. 168v-2.º
203 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C5-00587 - f. 180-1.º
204 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C2-0061 - f. 78-1.º
205 Dado o mau estadio do livro existente, não foi possível identificar senão os três primeiro filhos; acresce que não existe o livrro em que
provavelmente deveria figurar o baptismo de Manuel.
206 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2- 0020 - f. 22-3.º
207 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2-0032 - f. 34-2.º. Assento incompleto.
208 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2-0040 - f. 43-3.º. Assento de leitura muito difícil devdo ao mau estado do livro.

Cap. 10 — Manuel Martins dos Santos, de Fânzeres 51


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1749.11.23209 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1749.11.26,


sendo padrinhos Manuel Ribeiro, marido de Teresa de Sousa, do lugar de Alvarinha, e Ana,
solteira, tia materna do baptizado.
Prossegue no Cap. 14

Filhos com José Martins dos Santos:

3.2 Maria
Nasceu em 1754.04.15 210 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1754.04.16,
sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de Domingos António e de sua mulher, Catarina
Gonçalves, do lugar da Felga freguesia de Fânzeres, e Maria, solteira, filha de Agostinho
dos Santos e de sua mulher, Teresa de Jesus, do lugar de Pontelhas da freguesia de Rio
Tinto, tia paterna da baptizada.

3.2 José Martins


Nasceu em 1757.03.10 211 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1757.03.13,
Manuel dos Santos, marido de Catarina Tomé, do lugar da Felga, e Maria, solteira, filha de
Manuel Martins e de Maria do Couto, do lugar do Outeiro, todos da freguesia de Fânzeres.

2.3 Ana
Nasceu em 1732.08.27212 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1732.08.21, sendo
padrinhos Joaquim Pereira e Maria do Couto, sua mulher, da aldeia de Santa Ovaia da freguesia de
Fânzeres.

2.4 Bárbara
Nasceu em 1735.05.08213 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1735.05.14, sendo
padrinho Manuel António, do lugar do Paço.

2.5 Bárbara
Nasceu em 1737.11.29 214 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1737.12.01, sendo
padrinhos Francisco Carneiro, filho de Maria Carneiro, viúva, e Josefa, solteira, filha de Luísa de
Oliveira, viúva, do lugar da Venda Nova da freguesia de Rio Tinto.

2.6 Jerónima
Nasceu em 1741.06.28215 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1741.07.09, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de Manuel António, e Micaela, solteira, filha de Manuel António,
do lugar da Venda Nova da freguesia de Rio Tinto.

2.7 Teresa
Nasceu em 1745.06.11 216 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1745.06.20, sendo
padrinhos Feliciano, solteiro, filho natural de Manuel Fernandes e de Maria de Almeida, do lugar
de Beduído da freguesia do mesmo nome, e Maria, solteira, irmã da baptizada.

209 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B5-00497 - f. 71-1.º


210 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B5-00552 - f. 125v-1.º
211 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B6-00688 - f. 39.-1.º
212 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0302 - f. 299-1.º
213 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00232 - f. 27v-1.º
214 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00272 - f. 67v-1.º
215 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00310 - f. 106-1.º
216 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B5-00448 - f. 21v-2.º

52 Cap. 10 — Manuel Martins dos Santos, de Fânzeres


Cap. 11
Maria Martins
de Fânzeres

1.1 Manuel Martins


Era filho de António Martins e de Maria João, moradores na aldeia de Manariz.
Casou em 1712.06.06 217 na igreja paroquial de Fânzeres com Domingas João, filha de Domingos
António e de Isabel João, também moradores na aldeia de Manariz, sendo testemimnhas João António,
viúvo, e Manuel António, ambos da aldeia de Manariz, e Manuel António, da aldeia de Tardinhade, todos
da fregusia de Fânzeres. Moraram no lugar da Portelinha no arrabalde da aldeia de Manariz da fregusia de
Fânzeres.

Filhos:

2.1 Maria
Nasceu em 1714.11.28 218 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1714.11.30, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de Manuel Martins, do lugar do Seixo, e Maria, solteira, filha de
Cosme João, do lugar de Manariz, todos da fregusia de Fânzeres.

2.2 Manuel
Nasceu em 1716.11.00 219 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1716.11.11, sendo
padrinhos Inácio, solteiro, filho de Manuel Martins, do lugar do Seixo, e Isabel, solteira, moradora
no lugar da Portelinha, todos da fregusia de Fânzeres.

2.3 Inácio
Nasceu em 1718.08.09220 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1718.08.14, sendo
padrinhos Inácio e Maria, ambos solteiros e filhos de Manuel Martins, moradores no lugar do
Seixo da fregusia de Fânzeres.

2.4 Ana
Nasceu em 1721.04.25221 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1721.04.27, sendo
padrinhos João Pinto, solteiro, cirurgião, morador no ligar de Tardinhade, Maria, solteira, filha de
Manuel Martins, o Pila, do lugar de Manariz, todos da fregusia de Fânzeres.

2.5 Manuel
Nasceu em 1725.08.26222 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1725.09.02, sendo
padrinhos o Padre Manuel …, vice-reitor da Igreja da Graça, extra-muros da cidade do Porto, e sua
irmã, Luzia, solteira, moradora no lugar das Regadas da freguesia de Fânzeres.

2.6 Manuel
Nasceu em 1727.09.27223 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1727.09.28, sendo
padrinhos Domingos, solteiro, filho de Manuel Martins, o Pila, do lugar de Manariz, e Catarina,
solteira, filha de Manuel Martins, do lugar do Seixo, todos da fregusia de Fânzeres.

217 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C3-0040 - f. 339-1.º


218 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0129 - f. 128-1.o
219 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0147 - f. 144v-3.º
220 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0162 - f. 161-1.º
221 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0186 - f. 184v-1.º
222 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0225 - f. 224v-1º
223 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0246 - f. 240v-1.º

Cap. 11 — Maria Martins, de Fânzeres 53


Família de José Lopes Vieira

2.7 Manuel Martins


Nasceu em 1730.04.14224 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1730.04.16, sendo
padrinhos o [Padre Manuel …] vice-reitor da Igreja da Graça do Convento dos Órfãos da cidade
do Porto, e Maria, solteira, filha de Manuel Tomé, do lugar de Vilar da freguesia de São Cosme.
Casou em 1753.02.07225 na igreja paroquial de Fânzeres com Maria Martins, filha de Manuel
Alves e de sua mulher, Maria Martins, neta paterna de Cristóvão Álvares e de sua mulher,
Margarida Álvares, e materna de Manuel Martins e de sua mulher, Luísa Martins, moradores no
lugar de Manariz; foram testemunhas o Padre Custódio Martins, do lugar das Regadas, e Filipe
Gomes de Santiago, marido de Maria Correia, todos da freguesia de Fânzeres. Viveram no lugar de
Manariz da freguesia de Fânzeres.
Maria Martins nasceu em 1724.09.09226 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em
1724.09.10, sendo padrinhos Manuel Martins e Luzia, solteira, tia paterna da baptizada e filha de
Cristóvão Álvares, do lugar de Manariz da freguesia de Fânzeres.
Manuel Alves e Maria Martins casaram em 1722.10.19 227 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo
testemunhas o Capitão João Vieira de Mesquita e o seu criado, Manuel, solteiro.
Outros filhos de Manuel Alves e Maria Martins: Manuel (nasceu em 1726.05.01228 e foi baptizado
na igreja paroquial de Fânzeres em 1728.05.02, sendo padrinhos Francisco Alves, de Ramalde, e
Catarina, solteira, tia paterna do baptizado e filha de Cristóvão Álvares, do lugar de Manariz da
freguesia de Fânzeres).

Filhos:

3.1 Maria Martins


Nasceu em 1753.09.26 229 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1753.09.30,
sendo padrinhos Inácio, solteiro, tio paterno da baptizada e filho de Manuel Martins e de
sua mulher, Domingas João, e Maria, solteira, filha de Domingos António e de sua mulher,
Helena Maria, todos do lugar de Manariz da freguesia de Fânzeres.
Prossegue no Cap. 12

3.2 Manuel
Nasceu em 1756.09.02 230 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1756.09.05,
sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de António João e de sua mulher, Maria João, do
lugar do Seixo, e Ana, solteira, tia paterna do baptizado e filha de Manuel Martins e de sua
mulher, Domingas João, do lugar de Manariz, todos da freguesia de Fânzeres.

20.8 António
Nasceu em 1734.12.28231 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1734.12.30, sendo
padrinho António, tio paterno do baptizado.

224 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0272 - f. 269-1.º


225 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C5-00597 - f. 189v-1.º
226 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0213 - f. 213-2.º
227 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C3-0074 - f. 373-1.º
228 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0253 - f. 248v-1.º
229 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B5-00545 - f. 118v-1.º
230 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B6-00678 - f. 28v-1.º
231 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00226 - f. 2-1.º

54 Cap. 11 — Maria Martins, de Fânzeres


Cap. 12
Helena Martins dos Santos
de Fânzeres

1.1 Silvestre de Carvalho


Casou em 1692.01.04232 na igreja paroquial de Fânzeres com Maria João. Viveram na aldeia de
Tardinhade da freguesia de Fânzeres.

Filhos:

2.1 Josefa
Foi baptizada em 1693.02.12233 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos Manuel, solteiro
e Teresa, tia da baptizada.

2.2 Ana João


Foi baptizada em 1700.05.06 234 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos João, solteiro,
filho de Domingos Manuel, e Domingas, solteira, filha de Antónia Martins, viúva.
Casou em 1730.11.28 235 na igreja paroquial de Fânzeres com Manuel João, filho de João de Sá e
de Maria João, e neto paterno de Manuel Gonçalves e de Maria de Sá, do lugar de Milheirós de
Poiares, da freguesia de Santa Maria da Feira e materno de Manuel João e de Maria Alves, do
lugar das Carvalhas da freguesia de Fânzeres, estes do lugar da Carvalha da freguesia de Fânzeres.
Manuel João deverá ter nascido por volta de 1695 ou posteriormente. 236
João de Sá e Maria João casaram em 1686.02.17237 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo
testemunhas Manuel João, do lugar da Alvarinha, Manuel Francisco do lugar do Seixo e Manuel
António do lugar de Tardinhade, todos da freguesia de Fânzeres. Viveram na aldeia da Carvalha da
freguesia de Fânzeres.
Outros filhos de João de Sá e Maria João: André (foi baptizado em 1686.12.14238 na igreja
paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos André Alves e Maria, solteira, filha de António Martins,
todos da aldeia de Vila Nova da freguesia de São Cosme), Maria (foi baptizada em 1688.04.30239
na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de António Martins, e
Maria, solteira, filha de António Vieira, todos do lugar da Carvalha da freguesia de Fânzeres),
Matias (foi baptizado em 1692.02.26240 na igreja paroquial de Fânzeres, sendo padrinhos
Jerónimo da Silva, do lugar da Carvalha, e Maria, solteira, filha de Vicente André, da aldeia de
Manariz, todos da freguesia de Fânzeres).

Filhos:

3.1 Maria
Nasceu em 1736.05.24 241 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1736.05.29,
sendo padrinhos Filipe Ferreira e Maria, solteira, filha de Silvestre João.

232 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C2-0033 - f. 155-1.º


233 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2-0102 - f. 104-1.º
234 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B3-0019 - f. 18-3.º
235 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C3-0113 - f. 412-1.º
236 O mau estado em que se encontram o livro de registos paroquiais relativo a esta época não permitiu localizar o assento do seu baptismo.
237 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C2-0027 - f. 148v-1.º
238 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2-0073 - f. 73-2.º
239 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2-0081 - f. 85v-2.º
240 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B2-0097 - f. 97-2.º
241 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00246 - f. 41v-1.º

Cap. 12 — Helena Martins dos Santos, de Fânzeres 55


Família de José Lopes Vieira

3.2 Ana
Nasceu em 1739.09.30 242 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1739.10-04,
sendo padrinhos José Álvares, do lugar de Santa Eulália, e Bárbara, solteira, do lugar do
Outeiro, todos da freguesia de Fânzeres

3.3 Custódio João


Nasceu em 1743.11.27243 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1743.11.30,
sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de António de Castro e de Luísa João, sua mulher,
do lugar de Manariz, e Rosa, solteira, enjeitada, moradores em casa de Mariana, solteira, do
lugar da Carvalha, todos da freguesia de Fânzeres.
Casou em primeiras núpcias em 1764.03.04, 244 na igreja paroquial de Salvador de Fânzeres,
com Águeda Antónia de Jesus, filha de João Teixeira e de Ana Antónia, do lugar de
Montezelo, neta paterna de Salomão Tavares e de Maria Teixeira, do lugar das Cavadas da
freguesia de Rossas, e materna de António João e de Maria Francisca, também do lugar de
Montezelo, da fregusia de Fânzeres.
Casou em segundas núpcias em 1772.02.25,245 na igreja paroquial de Fânzeres, com Maria
Martins,246 filha de Manuel Martins e de Maria Martins, neta paterna de Manuel Martins e
de Domingas João, e materna de Manuel Alves e de Maria Martins, todos do lugar de
Manariz, da freguesia de Fânzeres, onde viveram.
Águeda Antónia de Jesus faleceu em 1771.12.15247 no lugar da Carvalha da freguesia de
Fânzeres.
Manuel João e Ana João casaram em 1730.09.28,248 na igreja paroquial de Fânzeres.
Custódio João nasceu em 1743.11.27249 e foi baptizado na igreja paroquial de Salvador de
Fânzeres em 1743.11.30, sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de António de Castro e de
sua mulher, Luísa João, do lugar de Manariz, e Rosa, solteira, enjeitada, moradora em casa
de Mariana, solteira do lugar da Carvalha, da freguesia de Fânzeres.

Filhos com Águeda Antónia de Jesus:

4.1 Custódia
Nasceu em 1765.09.08 250 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1765.09.10,
sendo padrinhos Inácio João, viúvo, do lugar de Montezelo, e Ana João, viúva, avó paterna
da baptizada.

Filhos com Maria Martins:

4.2 Maria
Nasceu em 1773.02.16 251 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1773.02.18,
sendo padrinhos Manuel Martins, avô materno da baptizada, e Maria João, mulher de
António Francisco, do lugar da Carvalha da fregusia de Fânzeres.

4.3 Ana
Nasceu em 1774.10.15 252 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1774.10.16,
sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de Manuel Martins e de Maria Martins, tio paterno

242 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00292 - f. 87v-1.º


243 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00339 - f. 135-1.º
244 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C7-00982 - f. 137-1.º
245 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C7-00008 - f. 133-2.º
246 Provém do Cap. 11
247 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, O8-00074 - f. 200-2.º
248 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C3--0113 - f. 412-1.º
249 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B4-00339 - f. 135-1.º
250 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B7-00898 - f. 52v-2.º
251 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B8-01068 - 19v-1.º
252 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B8-01086 - f. 37v-2.º

56 Cap. 12 — Helena Martins dos Santos, de Fânzeres


Família de José Lopes Vieira

da baptizada, e Maria, solteira, filha de Leandro dos Santos, do lugar da Carvalha da


fregusia de Fânzeres.

4.4 Manuel
Nasceu em 1777.02.21 253 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1777.02.22,
sendo padrinhos Manuel Martins, avô materno do baptizado, e Maria, solteira, filha de …
dos Santos Barbosa, viúvo, e de Maria da Silva, do lugar da Carvalha da fregusia de
Fânzeres.

4.5 Helena Martins dos Santos


Nasceu em 1779.11.27 254 e foi baptizado no mesmo dia na igreja paroquial de Fânzeres,
sendo padrinhos João, solteiro, filho de Custódio Manuel Martins e de Maria Martins, e
Maria Martins dos Santos, casada, do lugar da Carvalha da fregusia de Fânzeres.
Prossegue no Cap. 14

4.5 João
Nasceu em 1783.04.12 255 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1783.04.14,
sendo padrinhos João de Sousa, casado com Teresa de Jesus, e Ana, solteira, filha de
Manuel Martins, tia materna do baptizado.

4.5 José
Nasceu em 1785.11.10256 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1785.11.11,
sendo padrinhos José Martins, casado com Maria Martins da Silva, do lugar de Manariz, e
Maria, solteira, filha de … de … e de sua mulher, Maria Antónia dos Santos, do lugar da
Carvalha da fregusia de Fânzeres.

4.7 Maria
Nasceu em 1788.05.05257 e foi baptizada no mesmo dia na igreja paroquial de Fânzeres,
sendo padrinhos Cap. 12, do lugar da Carvalha, e Helena, solteira, filha de Manuel Martins
e de Maria Martins, tia materna da baptizada.

4.8 Quitéria
Nasceu em 1788.05.05258 e foi baptizada no mesmo dia na igreja paroquial de Fânzeres,
sendo padrinhos Custódio Martins, casado, do lugar da Carvalha, e Ana, irmã da baptizada.

4.9 Jerónima
Nasceu em 1791.03.25 259 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1791.03.27,
sendo padrinhos João, solteiro, filho de João Afonso e de sua mulher, Ana Martins, do lugar
da Costa, e Ana, irmã da baptizada.

4.10 José
Nasceu em 1794.03.04 260 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1794.03.05,
sendo padrinhos Manuel, filho de Manuel Ferreira e de sua mulher, Maria Vieira, e Maria,
solteira, filha de Manuel António da Fonte e de sua mulher, Josefa Maria, do lugar de
Manariz.

411 António

253 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B8-01113 - f. 64v-2.º


254 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B8-01145 - f. 97-1.º
255 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B8.01188 - f. 131v-1.º
256 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-00145 - f. 33-2.º
257 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-00179 - f. 67-2.º
258 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-00180 - f. 67v-1.º
259 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-0215 - f. 103-1.º
260 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-00248 - f. 136-1.º

Cap. 12 — Helena Martins dos Santos, de Fânzeres 57


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1798.02.05261 e foi baptizado no mesmo dia na igreja paroquial de Fânzeres,


sendo padrinhos Manuel e Helena, solteiros,

261 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B10-00375 - f. 27-3.º

58 Cap. 12 — Helena Martins dos Santos, de Fânzeres


Cap. 13
Rosa Marques
de São Cosme

1.1 Manuel Tomé


Era casado com Teresa da Silva e viveram no lugar de Rio Carreiro da freguesia de São Cosme.

Filhos:

2.1 Maria da Silva


Nasceu em 1726.10.07262 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1726.10.13, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de João Miguel, e Maria, solteira, filha de Vicente de Sousa.
Casou em 1748.05.01263 na igreja paroquial de São Cosme, com Salvador Francisco, filho de
Domingos Gonçalves e de Ângela Francisca, do lugar do Crasto da freguesia de São Cosme, e neto
paterno de Pedro de … e de Maria Gonçalves, da freguesia de São Vicente de Louredo, e materno
de António Cardoso e de sua mulher, Isabel Francisca, da freguesia de Oliveira do concelho de
Ferreiros de Tendais, moradores na aldeia de Gondomarinho, sendo testemunhas Manuel António
de Castro, do lugar da Pedreira, e Francisco de Almeida Ribeiro, filho de Manuel de Almeida, do
lugar de Gondomarinho, todos da freguesia de São Cosme. Viveram no lugar do Crasto da
freguesia de São Cosme.
Salvador Francisco nasceu em 1726.09.22264 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em
1726.09.25 sendo padrinhos Manuel Fernandes e sua filha Maria, solteira, do lugar de Ramalde da
freguesia de São Cosme.
Domingos Gonçalves e Ângela Francisca casaram em 1718.10.17265 na igreja paroquial de São
Cosme, sendo testemunhas Bartolomeu João, da aldeia de Vilar, e Luís João, da aldeia das
Azenhas, ambos da freguesia de São Cosme. Viveram no lugar do Crasto da freguesia de São
Cosme.
Domingos Gonçalves fora casado em primeiras núpcias com Maria Antónia, filha de Domingos
Manuel e de sua mulher, Domingas Antónia, do lugar das Cavadas da freguesia de São Cosme.
Outros filhos de Domingos Gonçalves e de Ângela Francisca: 1-Manuel (nasceu em 1719.11.15266
e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1719.11.10, sendo padrinhos Manuel,
solteiro, filho de Manuel João, “o Gaio”, e Maria, solteira, filha de António Miguel, viúvo, todos
da aldeia de Vilar da freguesia de São Cosme, 2-José (nasceu em 1723.03.02267 e foi baptizado na
igreja paroquial de São Cosme em 1723.03.04, sendo padrinhos … João e sua mulher, Sebastiana
Gonçalves, da aldeia das Azenhas da freguesia de São Cosme).

Filhos:

3.1 Maria
Nasceu em 1749.02.27268 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1749.03.02,
sendo padrinhos José de Castro e Maria, ambos solteiros e filhos de José de Castro, da
aldeia de São Miguel de Baixo, da freguesia de São Cosme.

3.2 Manuel

262 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00250- - f. 244v-1.º


263 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, C6-00565 - f. 166v-1.º
264 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B6-00249- - f. 244-2.º
265 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, C6-00443 - f. 47-1.º
266 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B6-00154- - f. 149v-3.º
267 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B6-00204- - f. 199-1.º
268 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00487 - f. 187-1.º

Cap. 13 — Rosa Marques, de São Cosme 59


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1750.12.18269 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1750.13.21,


sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de Ana Miguel, viúva, da aldeia das Azenhas, da
freguesia de São Cosme, e Maria, solteira, filha de António da Silva, da freguesia de São
Pedro da Cova.

3.3 José
Nasceu em 1752.10.08 270 e foi baptizado no mesmo dia na igreja paroquial de São Cosme,
sendo padrinhos José da Silva, do lugar do Crasto, e Ana, solteira, filha de Baltazar Tomé,
da Aldeia de São Jomil, todos da freguesia de São Cosme.

3.4 José
Nasceu em 1754.06.27271 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1754.06.30,
sendo padrinhos Manuel de França, da aldeia do Paço, e Margarida da Silva, solteira, tia
materna do baptizado, todos da freguesia de São Cosme.

3.5 Salvador
Nasceu em 1755.12.22272 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1755.13.28,
sendo padrinhos Salvador Martins e Ana, solteira, filha de Maria de Castro, viúva, da aldeia
das Azenhas da freguesia de São Cosme.

3.6 Custódio
Nasceu em 1758.05.05273 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1758.05.07,
sendo padrinhos José de Castro e Ana, solteira, enjeitada, ambos da aldeia de Ramalde da
freguesia de São Cosme.

3.7 João Francisco


Nasceu em 1761.09.26274 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1761.09.29,
sendo padrinhos João, solteiro, filho de Manuel Tomé, do lugar de Rio Carreiro, e Maria,
solteira, filha de Domingos Pereira, do lugar das Cavadas, todos da freguesia de São
Cosme.
Casou em 1783.01.23275 na igreja paroquial de São Cosme, com Ana Martins,276 filha de
José Martins e de Maria Lourenço, do lugar do Taralhão, neta paterna de Manuel Martins e
de Luísa de Sousa, do lugar de Quintã, e materna de Manuel de Miranda e de Maria
Lourenço, do lugar do Taralhão, todos da freguesia de São Cosme; foram testemunhas o
Padre António Ramos e Salvador Francisco, ambos da freguesia de São Pedro da Cova.
Viveram no lugar do Taralhão da freguesia de São Cosme.

Filhos:

4.1 José
Nasceu em 1788.07.08 277 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em
1788.07.10, sendo padrinhos José de Castro, do lugar de Bouça-Cova, e Ana,
solteira, filha de João José Custódio, do lugar de Vilar, todos da freguesia de São
Cosme.

4.2 Maria Martins

269 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00503 - f. 202v-2.º


270 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00518 - f. 217v-1.º
271 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00531 - f. 230v-3.º
272 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00542 - f. 242-1.º
273 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00563 - f. 162v-2.º
274 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00592 - f. 292-2.º
275 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C7-00620 - f. 127v-1.º
276 Provém do Cap. 8
277 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B8-00726 - f- 221-4.º

60 Cap. 13 — Rosa Marques, de São Cosme


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1793.07.01 278 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em


1793.07.07, sendo padrinhos João Ferreira, viúvo, e Maria Lourenço, avó materna
da baptizada, todos da freguesia de São Cosme.
Casou por volta de 1821 com Domingos Marques, 279 filho de Manuel Marques e de
Maria de França, e neto paterno de Manuel Marques e de Maria Miguel, e materno
de Manuel Pereira de França e de Vitória Martins, todos do lugar de Cabanas da
freguesia de Fânzeres. Viveram no lugar do Taralhão da freguesia de São Cosme.

Filhos:

5.1 Rosa Marques


Nasceu em 1823.01.05 280 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme
em 1823.01.05, sendo padrinhos Manuel, filho de Domingos Marques, do
lugar de Cabanas da freguesia de Fânzeres, possivelmente tio avô paterno, e
Rosa Martins, do lugar do Taralhão da freguesia de São Cosme, tia materna
da baptizada.
Prossegue no Cap. 14

5.2 Ana
Nasceu em 1825.01.25 281 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme
em 1825.01.28, sendo padrinhos o Padre Joaquim Martins, com procuração
de Clara Rita Maria de Jesus.

4.3 Ana
Nasceu em 1795.05.15 282 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em
1795.05.20, sendo padrinhos João Pereira e sua mulher, Maria Lourenço, do lugar
do Taralhão, da freguesia de São Cosme.

4.4 Joaquina
Nasceu em 1798.05.12 283 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em
1798.05.17, sendo padrinhos Agostinho Pereira de Castro, do lagar de Quintã, e
Maria, filha de António dos santos, do lugar do Taralhão, da freguesia de São
Cosme.

4.5 Rosa Martins


Nasceu em 1799.07.22 284 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em
1799.07.24, sendo padrinhos Manuel Martins de Oliveira e sua mulher, Maria
Ferreira do Couto, do lugar do Taralhão, da freguesia de São Cosme.

3.8 Ana
Nasceu em 1763.12.17285 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1763.12.21,
sendo padrinhos Tomásia, solteira, e Inácio Jorge da aldeia de Bouça-Cova, da freguesia de
São Cosme.

39 Manuel

278 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B8-00773 - f. 267-4.º


279 Provém do Cap. 6
280 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B11-0099 - f. 245-3.º
281 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B11-0115 - f. 261-7.º
282 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B8-00788 - f. 280-3.º
283 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B9-00587 - f. 84-4.º
284 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B9-00602- f. 10 0-1.º
285 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B8-00617 - f. 20v-1.º

Cap. 13 — Rosa Marques, de São Cosme 61


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1766.03.11286 e foi baptizado na igreja paroquial de São Cosme em 1766.03.16,


sendo padrinhos Manuel Martinho, solteiro, da aldeia de Vila Nova, e Helena João, mulher
de Inácio Jorge, da aldeia de Bouça-Cova, todos da freguesia de São Cosme.

2.2 José
Nasceu em 1731.10.16287 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1731.10.21, sendo
padrinhos André, solteiro, filho de Manuel … e de sua mulher, Maria Tomé, do Porto, e Isabel,
solteira, filha de José Álvares e de sua mulher, Antónia de Castro, do lugar de Ramalde, todos da
freguesia de São Cosme.

2.3 Margarida
Nasceu em 1734.02.23288 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1734.02.28, sendo
padrinhos o Capitão Frei José de Castro Pereira, Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo, e dona
Clara Maria da Cunha de São Miguel e Vasconcelos da sua quinta na aldeia de Bouça-Cova, da
freguesia de São Cosme.

2.4 Silvestre
Nasceu em 1736.12.21289 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1736.01.01, sendo
padrinhos Luís João e sua mulher, Bernarda da Silva, da freguesia de São Pedro da Cova.

2.5 João
Nasceu em 1741.09.02290 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1741.09.03, sendo
padrinhos João de Moura e Maria, solteira, filha de Bernardo Pereira, todos da aldeia de Rio
Carreiro da freguesia de São Cosme.

2.6 Ana
Nasceu em 1743.11.26291 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1743.11.30, sendo
padrinhos Carlos, solteiro, filho de João de Sousa, da aldeia da … da freguesia de São Cosme, e
Maria, solteira, filha de Pedro Gomes, da aldeia da Ferreirinha da freguesia da Foz do Sousa.

2.7 Rosa
Nasceu em 1747.01.24292 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme em 1746.01.29, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de Clara Martins, viúva, da aldeia de são Martinho da freguesia
de Jovim, e Maria, solteira, filha de Domingos de Castro, da aldeia de Ramalde, da freguesia de
São Cosme.

286 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B8-00637 - f. 40v-2.º


287 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00323- - f. 21-2.º
288 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00351- - f. 48v-2.º
289 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00377- - f. 76-2.º
290 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00422- - f. 120v-1.º
291 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00445- - f. 146-3.º
292 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B7-00471 - f. 171v-1.º

62 Cap. 13 — Rosa Marques, de São Cosme


Cap. 14
José dos Santos Lopes Vieira
de Caíde de Rei

1.1 Maria Antónia293


Era filha de António Dias e de Bárbara Antónia, moradores no lugar de Manariz da freguesia de Fânzeres.
Casou em 1751.05.26,294 na igreja paroquial de Fânzeres, com Luís António filho de Manuel António e
de Maria Antónia, do lugar do Outeiro de Bela da freguesia de Rio Tinto; era neto paterno de Domingos
Manuel e de Isabel Antónia, da aldeia do Vale, e materno de Domingos António e da sua segunda mulher,
Maria Antónia, todos da freguesia de Valongo. Foram testemunhas Manuel do Couto, casado com Maria
Josefa do lugar de Manariz, e Manuel António, casado com Maria dos Santos, do lugar da Carvalha,
ambos da freguesia de Fânzeres. Viveram no lugar de Manariz da freguesia de Fânzeres.
Luís António terá nascido por volta de 1720 na aldeia do Crasto de Baguim do Monte.
Manuel António e Maria Antónia casaram em 1720.11.16295 e viveram na aldeia do Crasto de Baguim do
Monte, da freguesia de Rio Tinto.
Outros filhos de Manuel António e de Maria Antónia: 1-Maria (nasceu em 1709.05.28296 e foi baptizada
em 1709.05.30, sendo padrinhos João dos Couto, alfaiate, e Maria, solteira, filha de António Martins,
todos da aldeia do Crasto de Baguim do Monte), 2-Pedro (nasceu em 1711.06.03297 e foi baptizado em
1711.06.05, sendo padrinhos Pedro Domingos de Oliveira e Isabel Martins, da aldeia do Crasto de
Baguim do Monte), 3-Francisco (nasceu em 1711.06.03298 e foi baptizado em 1711.06.05, sendo
padrinhos Francisco Brás Fernandes e sua filha Maria, solteira, todos da aldeia do Crasto de Baguim do
Monte), 4-Isabel (nasceu em 1712.06.02 299 e foi baptizada em 1712.06.04, sendo padrinhos Domingos
João, do lugar da Cavada, e Isabel Ferreira, de Baguim do Monte), 5-Domingos (nasceu em 1716.04.11300
e foi baptizado em 1716.04.12, sendo padrinhos Domingos Tomé e Catarina Martins, sua mulher), 6-Ana
(nasceu em 1717.10.25301 e foi baptizado em 1717.10.28, sendo padrinhos Luís da Silva e sua irmã
Águeda, solteira, de Baguim do Monte), 7-Manuel (nasceu em 1724.01.26302 e foi baptizado em
1724.02.02, sendo padrinhos Manuel e Águeda, ambos solteiros e filhos de Maria Antónia, viúva, a
Bolarenta, todos da freguesia de Rio Tinto).

Filhos:

2.1 Maria Antónia Vieira


Nasceu em 1752.08.31303 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1752.09.03, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de Manuel Martins, então já falecido, e de Domingas João, sua
mulher, e Maria, solteira, filha de Manuel Vieira e de Ana Jorge, do lugar de Manariz, então já
falecidos. Foram testemunhas Manuel André e Manuel Martins, do lugar de Santa Eulália.

293 Provém do Cap. 9


294 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C5-00588 - f. 183-1.º
295 Registos Paroquiais da freguesia de Rio Tinto, C3-00068 - f. 223v-1.º
296 Registos Paroquiais da freguesia de Rio Tinto, B3-0048 - f. 44-2.º
297 Registos Paroquiais da freguesia de Rio Tinto, B3-0067 - f.64v-3.º
298 Registos Paroquiais da freguesia de Rio Tinto, B3-0067 - f.64v-3.º
299 Registos Paroquiais da freguesia de Rio Tinto, B3-0076 - f. 72-3.º
300 Registos Paroquiais da freguesia de Rio Tinto, B3-0119 - f. 144v-2.º
301 Registos Paroquiais da freguesia de Rio Tinto, B3-0135 - f. 151-4.º
302 Registos Paroquiais da freguesia de Rio Tinto, B4-00215 - f. 4-2.º
303 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B5-00530 - f. 104-2.º

Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei 63


Família de José Lopes Vieira

Casou em 1773.02.13304 com Manuel Martins dos Santos, 305 filho natural de João dos Santos,
solteiro, e de Isabel dos Santos, solteira, moradores no lugar do Outeiro da freguesia de Fânzeres,
neto paterno de Francisco Pereira e de Maria Pereira, do lugar de São Domingos da freguesia de
Argoncilhe, e materno de José de Oliveira e de Maria dos Santos, do lugar da Felga da freguesia
de Fânzeres. Foram testemunhas o Padre Manuel de Oliveira Coutinho, do lugar da Costa, e
António Joaquim de Araújo Rangel clérigo in minoribus, filho de João Tomás de Araújo Rangel e
Castro e de D. Josefa Leonarda de Mesquita Pereira do lugar de Montezelo, ambos da freguesia de
Fânzeres. Viveram no lugar da Carvalha da freguesia de Fânzeres.

Filhos:

3.1 José
Nasceu em 1773.12.13 306 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1773.12.23,
sendo padrinhos José, solteiro, filho de Manuel dos Santos e de Catarina Tomé, do lugar
dos Paço da freguesia de Fânzeres, e Maria, solteira, filha de Manuel André e de Isabel
Moreira, do lugar de Manariz; foram testemunhas Manuel dos Santos e Manuel André.

3.2 Maria
Nasceu em 1777.07.07 307 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1777.07.08,
sendo padrinhos José Martins, solteiro, tio paterno da baptizada, e Ana, solteira, tia materna
da baptizada.

3.3 Manuel Martins dos Santos308


Nasceu em 1779.12.07 309 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1779.12.08,
sendo padrinhos Domingos de ??? e Teresa, solteira, tia materna do baptizado.

3.4 José Martins dos Santos


Nasceu em 1783.10.30 310 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1783.10.31,
sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de António Martins de Oliveira e de Maria Vieira,
sua mulher, e Helena, solteira, tia materna do baptizado; foram testemunhas Manuel da
Silva Maia, parente do reitor da igreja paroquial de Fânzeres, e António José de Melo, do
lugar da Costa da freguesia de Fânzeres.
Casou em 1801.11.13311 com Helena Martins dos Santos, 312 filha de Custódio João e de
Maria Martins, neta paterna de Manuel João, do lugar da Carvalha, e de Ana João, de
Tardinhade e materna de Manuel Martins e de Maria Martins, do lugar de Manariz. Foram
testemunhas António dos Santos, viúvo, e Manuel Martins dos Santos, do lugar do Outeiro.
Era padeiro e viveram no lugar da Carvalha, da freguesia de Fânzeres.

Filhos:

4.1 Sebastião Martins dos Santos


Nasceu em 1806.01.20313 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em
1806.01.21, sendo padrinhos Domingos de Sousa e sua filha Maria, do lugar de
Manariz.

304 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C8-00015 - f. 139v-1.º


305 Provém do Cap. 10
306 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres B8-01078 - f. 29v-2.º
307 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B8-01117 - f. 69-2.º
308 Foi padrinho do seu sobrinho Agostinho Martins Vieira, em 1819.06.01, data em que era viúvo (Registos Paroquiais da freguesia de
Fânzeres, B11-00595 - f. 39v-2-º)
309 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B8-01146 - f. 97v-2.º. Assento parcialmente ilegível.
310 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B8-00120 - f.7v-1.º
311 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C10-00478 - f. 129v-2.º
312 Provém do Cap. 12
313 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B10-00416 - f. 67v-2.º

64 Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei


Família de José Lopes Vieira

Casou em 1825.12.12314 na igreja paroquial de São Cosme, com Maria Pereira de


França, filha de Manuel Pinto de Castro e de Maria Pereira de França, neta paterna
de Manuel de Castro e de Helena Pinto, do lugar de Quintã, e materna de Manuel
Pereira e de Custódia de França, da aldeia de Pevidal, todos da freguesia de são
Cosme do concelho de Gondomar; foram testemunhas José Ribeiro Alves, morador
no lugar da Igreja, e Manuel Pereira, do lugar da Gandra, ambos da freguesia de São
Cosme, e Bento Correia da Silva, da freguesia de Fânzeres. Viveram no lugar do
Taralhão da freguesia de São Cosme, até 1834, no lugar de Friúme da freguesias de
Ribeira de Pena de 1834 a 1849 e no Porto de 1849.a 1871.
Faleceu em 1871.09.23, 315 na Rua Chã, no Porto, onde era padeiro, e foi sepultado
no cemitério da freguesia de Cedofeita.

Filhos:

5.1 Joaquina Pereira de França Botelho Castelo Branco


Nasceu em 1826.11.23316 e foi baptizada em 1826.11.25 na igreja paroquial
de São Cosme, sendo padrinhos António Francisco Monteiro Guimarães, com
procuração a José Martins dos Santos, avô paterno da baptizada, e Joaquina
Vieira Pinto.
Casou em 1841.08.18317 na igreja paroquial de Ribeira de Pena, com Camilo
Ferreira Botelho Castelo Branco, sendo testemunhas o Padre José Maria de
Sousa, do lugar do Pontido da freguesia de Vila Pouca de Aguiar, e Francisco
Ribeiro Ferreira, do lugar de Friúme da freguesia de Ribeira de Pena, seu
primo por afinidade. Viveram no lugar de Friúme da freguesia de Ribeira de
Pena.
Faleceu em 1847.09.27318 no lugar de Friúme da freguesia de Ribeira de
Pena.
Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco era filho de Manuel Joaquim
Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira; nasceu
em 1825.03.16, 319 na Rua da Rosa e foi baptizado na freguesia dos Mártires,
da cidade de Lisboa, sendo padrinhos o Dr. José Camilo Ferreira Botelho, seu
parente pelo lado da avó paterna; no respectivo registo não foi mencionado o
nome da mãe. Faleceu como 1.º Visconde de Correia Botelho, em
1890.06.01, 320 no lugar do Souto da freguesia de São Miguel de Seide
(Famalicão).
Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco, faleceu viúvo de Jacinta Rosa do
Espírito Santo, na Rua dos Douradores, da freguesia de Socorro, em Lisboa,
em 1835.12.22. 321
Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira nasceu em 1799.01.27322 na freguesia
de Santiago de Sesimbra e faleceu em Lisboa em 1827.02.06. 323 Outros filhos
de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito
Santo Ferreira: 1-Carolina (nasceu em 1821.03.24, 324 e foi baptizada na
freguesia de Socorro, em Lisboa, sendo registada como filha de pais
incógnitos, mas em 1725.05.06 foi perfilhada pelo pai, embora mantida no

314 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, C9-0055 - f. 45-1.º


315 Registos Paroquiais da freguesia da Sé, O1871-0066 - f. 84v-2.º-n.º 351
316 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B11-0130 - f. 175v-1.º
317 Registos Paroquiais da freguesia de Ribeira de Pena, C1-0044 - 0044-43-1
318 Registos Paroquiais da freguesia de Ribeira de Pena, O2-0015 - f. 16-2.º
319 Registos Paroquiais da freguesia dos Mártires (Lisboa), B3-0674 - f. 141-1.º
320 Registos Paroquiais da freguesia de São Miguel de Seide (Famalicão), O4-Archeevo -38-36v-1
321 Registos Paroquiais da freguesia de Santa Justa (Lisboa), O6-0460 -20v-8
322 Registos Paroquiais da freguesia de freguesia de Socorro, B15-0062 - 0062-53-1
323 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
324 Registos Paroquiais da freguesia de Socorro (Lisboa), B7-0701- 112-3/4

Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei 65


Família de José Lopes Vieira

respectivo registo como filha de mãe incógnita; casou em 1839.10.05, 325 com
Francisco José de Azevedo, médico, da freguesia de Vilarinho de Samardã).

Filhos:

6.1 Rosa Pereira de França Botelho Castelo Branco


Nasceu em 1843.08.25 326.e foi baptizada na igreja paroquial de São
Salvador de Ribeira de Pena, sendo padrinhos Sebastião Martins dos
Santos, avô materno, e Vitória França, tia materna da baptizada,
ambos do ligar de Friúme da freguesia de Ribeira de Pena.
Faleceu em 1848.03.10327 no lugar de Friúme, da freguesia de Ribeira
de Pena.

5.2 Vitória Pereira França


Nasceu em 1829.02.09328 e foi baptizada em 1829.02.10 na igreja paroquial
de São Cosme, sendo padrinhos José Cardoso, da freguesia de São Tiago de
Piães (?) e Vitória, tia materna da baptizada.
Foi casada com António José Alves Pereira, que também usava o nome
António José Alves, padeiro. Era proprietária e não deixou filhos.
Faleceu viúva em 1906.11.26, 329 no n.º 284 da Rua do Rosário do Porto, e
fizera testamento em 1896.05.11,330 em que legava trinta mil reis à sua irmã
Rosa Pereira França [Lopes], legado que passaria para o sobrinho António
[dos Santos Lopes], caso a irmã Rosa não lhe sobrevivesse; nomeou como
única e universal herdeira do resto dos seus bens a sua afilhada e sobrinha do
lado do marido, Vitória de Jesus Alves Martins, que nomeou como primeira
testamenteira, casada com Manuel da Silva Martins, que ficou como segundo
testamenteiro; esta sobrinha era filha de Domingos José Alves em cuja
companhia a testadora vivia.

Filhos:

6.1 Ermelinda
Nasceu e foi baptizada em 1861.01.20331 na igreja paroquial de
Cedofeita, sendo padrinhos Sebastião Martins dos Santos, padeiro,
casado, e Jerónima Pereira França, solteira, respectivamente Avô e tia
Materna da baptizada, ambos moradores na Rua Chã.
Faleceu em 1862.08.10,332 na freguesia de Cedofeita.

5.3 Libânea
Nasceu em 1830.12.16 333 e foi baptizada na igreja paroquial de São Cosme
em 1830.12.18, sendo padrinhos António Francisco Monteiro Guimarães,
com procuração a António Pinto de Castro e Quitéria, tia materna da
baptizada. É provável que tenha falecido em criança.
Faleceu em 1831.02.16334 no lugar do Taralhão da frguesia de São Cosme.

5.4 Maria

325 Registos Paroquiais da freguesia de Vilarinho de Samardã, C5-0009 -29-1


326 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
327 Registos Paroquiais da freguesia de Ribeira de Pena, O2-0019 - f. 20-3.º
328 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B11-0145 - f. 290v-5.º
329 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, O1906-0155 - f. 152v-2-º-n.º 608
330 Gisa – Documento/Processo – Registo do testamento com que faleceu Vitória Pereira França
331 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1861-00018 - f. 13v-n.º 24
332 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, O1862-00103 - f. 39v-2.º
333 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B11-0157 - f. 139-3.º
334 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme,O9-0077 - f. 128v-5.º

66 Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1831.12.17335 e foi baptizada em 1831.12.18 na igreja paroquial


de São Cosme, sendo padrinhos Anastácio Martins de …, do lugar de Vilar,
da freguesia de São Cosme, e Maria, filha de Maria de Castro, da freguesia
de Fânzeres.

5.5 Ana Pereira de França


Nasceu em 1834.03.21336 e foi baptizada em 1834.03.22 na igreja paroquial
de São Cosme, sendo padrinhos Agostinho, tio paterno, e Ana de Jesus, tia-
avó paterna da baptizada. Terá falecido em criança, possivelmente bastante
antes de 1845.

5.6 Jerónima Pereira de França


Terá nascido em 1835.03.01. 337
Ficou solteira e depois da morte dos pais foi viver com a irmã Ermelinda, na
Rua de Cedofeita, no Porto. 338
Fez testamento em 1904.05.04339 a favor das sua sobrinha Maria (da
Conceição dos Santos Castro) e Cristina (dos Santos Castro), filhas de
Ermelinda Martins dos Santos Castro e de José Maria de Castro.
Faleceu em 1913.07.27, na Rua de Cedofeita, no Porto. 340

5.7 António Martins dos Santos


Terá nascido em 1837. 341
Foi para o Brasil em 1848 ao cuidado do tio paterno Agostinho Martins
Vieira,342 residente temporariamente no Rio de Janeiro. Viveu na freguesia de
Amparo da Barra Mansa, do concelho do Rio de Janeiro. Não teve filhos. 343

5.8 Engrácia Pereira França


Terá nascido em 1839. 344
Casou no Porto com Torcato José Pereira, que era proprietário e analfabeto.
Torcato José Pereira faleceu na Rua Costa Cabral, freguesia de Paranhos, em
1911.08.29 e fez testamento em 1891.01.28. 345 deixando “duas terças partes”
dos seus bens à filha de nome Rosa e a outra terça parte à mulher, Engrácia
Pereira França.

Filhos:

6.1 Rosa Pereira França do Amaral


Casou com António Pereira do Amaral, que faleceu em Novembro
de 1911.
Deste casamento ficaram seis filhos, residentes na Rua da
Constituição (Vila Torcato). 346

335 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B11-0164 - f. 145v-6.º. Foi baptizada como Maria, mas deverá ter mudado de nome
para Jerónima, que é como parece ter sido conhecida na família.
336 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, B11-0012 - f. 52v-3.º
337 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive. Segundo este autor
Jerónima teria nascido em 1 de Março de 1834, o que não poderá ser por nesse ano ter nascido Ana, que, segundo o mesmo autor, terá
morrido em criança. Depreende-se, então, que Jerónima tenha nascido um ano depois de Ana e dois anos antes de António. O livro de
assento dos baptismos anteriores a meados de 1844 em Ribeira de Pena não existe.
338 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
339 Gisa – Documento/Processo – Registo do testamento com que faleceu Jerónima Pereira França, dona da casa
340 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
341 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive. Cf. notas anteriores.
342 Agostinho Martins Vieira - Árvores genealógicas do MyHeritage - MyHeritage
343 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
344 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive. Cf. notas anteriores.
345 Gisa – Documento/Processo – Registo do testamento com que faleceu Torcato José Pereira, casado com Engrácia Pereira França,
proprietário
346 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.

Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei 67


Família de José Lopes Vieira

5.9 Salvador Martins dos Santos


Terá nascido em 1841. 347
Foi para o Brasil a convite do irmão, mas adoeceu e voltou para Portugal,
onde terá falecido em 1860, com 19 anos.348

5.10 Ermelinda Martins dos Santos Castro


Terá nascido em 1843.07.23. 349
Casou no Porto em 1859 com José Maria de Castro, negociante e
proprietário de padaria.
Faleceu aos 66 anos em 1909.06.17350 na Rua de Cedofeita, n.º 579, no Porto.
José Maria de Castro faleceu em 1915.12.19. 351

Filhos:

6.1 Maria da Conceição dos Santos Castro


Nasceu em 1860.03.02. 352

6.2 Vitória Rosa dos Santos Castro


Nasceu em 1866.05.29353 e foi baptizada na igreja paroquial de
Cedofeita em 1866.06.04, sendo padrinhos Sebastião Martins dos
Santos, casado, padeiro, e Rosa Pereira França, respectivamente avô e
tia materna da baptizada, moradores na Rua Chã, do Porto.
Casou com Manuel Fernandes Dias.

Filhos:

7.1 Maria Isabel354

6.3 António dos Santos Castro


Nasceu em 1868.05.11355 e foi baptizado na igreja paroquial de
Cedofeita em 1868.05.21, sendo padrinhos António José Alves,
casado, padeiro, e Vitória Pereira França, sua mulher, tios maternos da
baptizada, ambos moradores na Rua do Rosário.

6.4 Engrácia dos Santos Castro


Nasceu em 1872.05.17356 e foi baptizada na igreja paroquial de
Cedofeita em 1872.05.23, sendo padrinhos Francisco Teixeira Lopes,
casado, negociante, morador em Vila Nova de Gaia, e Jerónima
Pereira França, solteira, moradora da rua de Cedofeita, ambos tios
maternos da baptizada.

6.5 Avelino de Castro Martins


Nasceu em 1876.08.11357 e foi baptizado na igreja paroquial de
Cedofeita em 1876.09.04, sendo padrinhos Avelino Correia de
Magalhães, solteiro, negociante morador na Rua de Cedofeita, e Dona

347 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive. Cf. notas anteriores.
348 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
349 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive. Cf. notas anteriores.
350 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, O66-0078 - f. 75v-n.º 300
351 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
352 Agostinho Martins Vieira - Árvores genealógicas do MyHeritage - MyHeritage
353 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1866-0096 . f. 94v-n.º 186
354 Agostinho Martins Vieira - Árvores genealógicas do MyHeritage - MyHeritage Era conhecida como Mimi.
355 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1868-0097 - f. 95-n.º 187
356 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1872-0099 - f. 91v-n.º 192
357 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1876-0178 - f. 177v-n.º 352

68 Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei


Família de José Lopes Vieira

Elvira Augusta de Almeida Brandão, viúva, capitalista, representada


por António José Alves, casado, negociante, morador na Rua do
Rosário, no Porto, tio materno do baptizado.

6.6 Cristina dos Santos Castro


Nasceu em 1878.11.30358 e foi baptizada na igreja paroquial de
Cedofeita em 1878.12.22, sendo padrinhos Miguel António Martins,
casado, negociante, e sua mulher, Rosa Margarida Martins, moradores
na Rua da Reboleira, do Porto.
Faleceu em 1943.01.07,359 no Porto.

5.11 Ana
Nasceu em 1845.04.19360 e foi baptizada na igreja paroquial de São Salvador
de Ribeira de Pena em 1845.04.29, sendo padrinhos Francisco José Ribeiro e
Joaquina Pereira de França, do lugar de Friúme da freguesia de Ribeira de
Pena.
Faleceu em criança. 361

5.12 Tomásia Pereira França


Nasceu em 1847.05.28362 e foi baptizada na igreja paroquial de São Salvador
de Ribeira de Pena em 1848.05.29, sendo padrinhos Tomás Martins e
Joaquim Pinto de França, tio da baptizada, da freguesia de São Cosme de
Gondomar.
Terá falecido cedo. 363

5.13 Rosa Pereira França


Nasceu na Rua 29 de Setembro da freguesia do Bonfim da cidade do Porto,
em 1849.12.04 364 e foi baptizada na igreja paroquial do Bonfim em
1849.12.16, sendo padrinhos Francisco Martins do Espírito Santo e Vitória
Pereira (de França), irmã da baptizada, moradores na mesma rua, sendo
testemunhas José Joaquim e Bento Correia.
Casou em 1867.05.09,365 na igreja paroquial da Sé do Porto, com Francisco
Teixeira Lopes, filho de João Teixeira Lopes e de Luísa de Morais
[Bandeira], da freguesia de Vilarandelo, botequineiro, morador em Vila Nova
de Gaia. A contraente era padeira e vivia na Rua Chã, no Porto. Foram
testemunhas António José Alves, casado, padeiro, morador na Rua do
Rosário, e José Maria de Castro, casado, padeiro, morador na Rua de
Cedofeita, ambos cunhados da contraente.
Francisco Teixeira Lopes faleceu em 1895.366

Filhos:

6.1 António dos Santos Lopes


Nasceu em 1879, e casou com Lucinda Barroso, uma proprietária
bastante rica de Viseu, onde ele faleceu de tuberculose em 1902. 367

358 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1878-0316 - f. 312-n.º 620


359 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1878-0316 - f. 312-n.º 620
360 Registos Paroquiais da freguesia de Ribeira de Pena, B3-0011 - f. 9v-1.º
361 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
362 Registos Paroquiais da freguesia de Ribeira de Pena, B3-0049 - f. 48-1.º
363 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive. Não se encontrando um
Joaquim tio materno da baptizada, mas, antes, uma Joaquina tia materne e irmã gémea da mãe da baptizada, admite-se que o assento está
errado, até porque não era uso os homens servirem de madrinha — a menos que fossem padres.
364 Registos Paroquiais da freguesia do Bonfim, (Porto), B1-00857 - f. 256v-1.º
365 Registos Paroquiais da freguesia da Sé do Porto, C1877-0036 - f. 35-n.º 34
366 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
367 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.

Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei 69


Família de José Lopes Vieira

Faleceu em 1900.368

4.2 Agostinho Martins Vieira


Nasceu e foi baptizado em 1819.06.01369 na igreja paroquial de Salvador de
Fânzeres, sendo padrinhos Manuel Martins dos Santos, viúvo, e Ana, solteira, ambos
filhos de Maria Antónia Vieira, do lugar da Carvalha da freguesia de Fânzeres, tios
paternos do baptizado.
Casou em 1840.11.27370 na igreja paroquial de Salvador de Fânzeres, com Rosa
Marques, 371 filha de Domingos Marques, lavrador do lugar de Cabanas da freguesia
de Fânzeres, e de Maria Martins, tecedeira, do lugar do Taralhão da freguesia de São
Cosme, neta paterna de Manuel Marques e de Maria de França, do lugar de Cabanas
da freguesia de Fânzeres, e materna de João Francisco e de Ana Martins, do lugar do
Taralhão da freguesia de São Cosme; foram testemunhas o Padre João António dos
Santos e o Padre José Martins de Oliveira. Viveram no lugar da Carvalha da
freguesia de Fânzeres.
Casou em segundas núpcias em 1882.08.31372 na igreja paroquial de Cedofeita, com
Maria Rosa, “governadeira de casa”, de 63 anos, viúva de Manuel José Carneiro,
nascida em Lama, da freguesia de Santo Tirso, filha de José Alves Carneiro e de Ana
Maria, de Sequeiró da freguesia de Santo Tirso.
Faleceu viúvo em 1905.11.30,373 na Rua da Rainha (presentemente Rua Antero de
Quental) da freguesia de Cedofeita e fez testamento em 1903.02.19374 em que legou
as duas terças dos sues bens aos cinco filhos Augusto, Serafim, Domingos, Carolina
e Tomé, e aos vários netos que ficaram dos seus falecidos filhos José e Joaquim. A
terça parte dos seus bens de que podia dispor, legou-a à sua filha Carolina em
reconhecimento dos bons serviços e do carinho com que sempre o tratou.

Filhos:

5.1 Tomé Martins Vieira


Nasceu em 1843.03.25375 e foi baptizado na igreja paroquial de Salvador de
Fânzeres em 1843.03.26, sendo padrinhos o Padre José tomé de Castro e Ana
de Jesus, solteira, tia-avó paterna do baptizado; foram testemunhas José
Martins de Castro, casado, e Manuel de Castro, viúvo.
Casou em 1876.09.22, 376 na igreja paroquial dos Anjos, com Digna Emérita
Morales Viana, filha de José António Gomes Viana e de Luzia Constantina
Morales Viana, moradores na Rua dos Anjos, 96-1.º; foram testemunhas
Francisco José Monteiro, general de brigada, casado e morador na Calçada
do Combro, 9, e Augusto Frederico Morales Viana, irmão da contraente.
Casou em segundas núpcias em 1895.01.01377 na igreja paroquial de Santa
Maria Maior de Viana do Castelo, com Maria José da Costa, filha de Filipe
José da Costa e de Cândida Rosa da Costa, negociantes e naturais de Viana
do Castelo.
Digna Emérita Morales Viana faleceu em 1889.10.08, 378 na freguesia de
Caneças, concelho de Loures.

Filhos com Digna Emérita Morales Viana:

368 Cf. Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive.
369 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B11-00595 - f. 39v-2-º
370 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, C14-0004 - f. 111v-1º
371 Provém do Cap. 13
372 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, C1882-0130 - f. 128-n-º 127
373 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, O1905-0164 - f. 162v-2.º-n.º 644
374 Gisa – Documento/Processo – Registo do testamento com que faleceu Agostinho Martins Vieira, proprietário
375 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B14-0049 - f. 48v-1.º
376 Registos Paroquiais da freguesia dos Anjos (Lisboa), C14-0370 - f. 150-1.º
377 Registos Paroquiais da freguesia de Santa Maria Maior de Viana do Castelo, C26-0137 - f 168-1.º-n.º 1
378 Family Tree - Site de família - MyHeritage.

70 Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei


Família de José Lopes Vieira

6.1 Emérita Digna Morales Vieira


Nasceu em 1879.04.12. 379

6.2 Belmira Constantina Vieira


Nasceu em 1880.12.14,380 no n.º 24 - 2.º andar da Rua de São João da
Praça, em Lisboa, e foi baptizada na igreja paroquial de São João da
Praça em 1880.12.29, sendo padrinhos António Joaquim Correia
Viegas, solteiro, oficial do exército, morador na Rua da Prata, 93-4.º
andar, e Dona Luzia Ana Morales Viana, solteira, tia materna da
baptizada, moradora na Travessa da Verónica, 130, todos de Lisboa.
Casou em 1911.02.18381 na igreja paroquial de Santa Maria Maior de
Viana do Castelo, com Luís Augusto da Costa, filho de Filipe José da
Costa e de Dona Cândida Rosa da Costa, sendo testemunhas José
Maria do Carmo Pereira de Carvalho, ourives, casado, e Dona maria
Ernestina da Costa Carvalho, casada, ambos moradores em Viana do
castelo.

Filhos:

7.1 N°
Nasceu em Janeiro de 1913, mas faleceu 6 horas depois.

7.2 Maria da Conceição Assis Vieira da Costa


Nasceu em 1923.12.08 382 em Viana do Castelo.
Casou em 1941.12.30383 em Viana do Castelo, com António
Campos Alves Leão, ourives.

6.3 Jorge Augusto Martins Vieira


Nasceu em 1882.10.20,384 no n.º 24 - 2.º andar da Rua de São João da
Praça, em Lisboa, e foi baptizado na igreja paroquial de São João da
Praça em 1882.12.27, sendo padrinhos Jorge Henrique Luiselo,
casado, negociante, e Dona Adelaide dos Anjos Gonçalves Luiselo,
ambos primos maternos do baptizado e moradores na Rua Nova da
Trindade, em Lisboa.

6.4 Carlos Alberto da Costa Martins Vieira385


Nasceu em 16 de Setembro do ano de 1890 ou anterior. Era afilhado
de Emérita Digna de Morales Vieira, sua irmã. Estudou na Escola de
Guerra, em Lisboa e em Coimbra. Foi engenheiro militar.

Filhos com Maria José da Costa:

6.5 Fernando Eugénio da Costa Martins Vieira386


Nasceu em 6 de Outubro de 1898. Estudou no liceu, no Porto e,
também, no Colégio dos “Meninos da Luz”, em Lisboa. Foi militar e
combateu na na Grande Guerra, em França. Participou na contra-
revolução que se seguiu ao 28 de Maio, pelo que foi preso e demitido.

379 Family Tree - Site de família - MyHeritage. Não se encontra o assento deste baptismo nesta data.
380 Registos Paroquiais da freguesia de São João da Praça, B1880-0079 - f. 38-n.º 79
381 Registos Paroquiais da freguesia de Santa Maria Maior de Viana do Castelo, C28-0405 - f. 201-n.º 3
382 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
383 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
384 Registos Paroquiais da freguesia de São João da Praça, B1882-0809 - f. 32-n.º 70
385 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
386 Family Tree - Site de família - MyHeritage.

Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei 71


Família de José Lopes Vieira

6.6 Maria Helena da Costa Martins Vieira


Nasceu em 1900.05.30387 e foi baptizada na igreja paroquial de Santa
Maria Maior de Viana do Castelo em 1900.06.05, sendo padrinhos
Carlos Alberto da Costa Vieira, meio irmão da baptizada, e Maria
Ernestina da Costa Carvalho, casada.

5.2 Carolina Marques Vieira Ribeiro Macedo


Nasceu em 1844.11.05388 e foi baptizada na igreja paroquial de Salvador de
Fânzeres em 1844.11.06, sendo padrinhos José, solteiro, filho de António
Martins, primo direito do pai da baptizada, e Maria Martins, do lugar do
Taralhão da freguesia de São Cosme, avó materna da baptizada.
Casou em 1872.01.28,389 na igreja paroquial de Cedofeita, com Germano
Ribeiro Macedo, filho de Manuel Máximo Ribeiro e de Maria da Silva,
negociante, da freguesia de Lalim.

Filhos:

6.1 Rosa Ribeiro Macedo


Nasceu em 1872.10.29390 e foi baptizada na igreja paroquial de
Cedofeita em 1872.11.01, sendo padrinhos Agostinho Martins Vieira,
padeiro, e sua mulher, Rosa Marques, avós maternos da baptizada,
moradores na Rua da Rainha (hoje Rua Antero de Quental).

6.2 Joaquim Ribeiro Macedo


Nasceu em 1877.01.09. 391

6.3 Miguel Ribeiro Macedo


Nasceu em 1879.09.28 392 e foi baptizado na igreja paroquial de
Cedofeita em 1879.10.11, sendo padrinhos Miguel Faria Lopes dos
Santos, negociante, casado, e sua mulher, Dona Leonarda da
Conceição Faria Lopes dos Santos, moradores na Rua de São João.

6.4 Laura Vieira Machado


Nasceu em 1881.01.06393 e foi baptizada na igreja paroquial de
Cedofeita em 1881.03.06, sendo padrinhos António da Silva Moreira,
carpinteiro, casado, e a sua mulher, Bárbara Marques da Assunção,
moradores na Rua da Rainha (agora Rua Antero de Quental).

6.5 Deolinda Ribeiro Macedo


Nasceu em 1882.08.20394 e foi baptizada na igreja paroquial de
Cedofeita em 1882.09.20, sendo padrinhos Manuel Cerqueira Basto,
casado, negociante, e sua mulher Florinda Margarida de Sousa.
Moradores na Rua da Cancela Velha.

5.3 Luzia Martins Vieira


Nasceu em 1845.12.13395 e foi baptizado na igreja paroquial de Salvador de
Fânzeres em 1845.12.14, sendo padrinhos Joaquim solteiro, tio materno da
baptizada, e Maria, solteira, tia paterna da baptizada; foram testemunhas

387 Registos Paroquiais da freguesia de Santa Maria Maior de Viana do Castelo, B53-0132 - f. 64v-n.º 85
388 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B14-0049 - f. 48v-1.º
389 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, C1872-0006 - f. 3-n.º 4
390 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1872-0196 - f.195-n.º387
391 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
392 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1879-0234 - f. 231v-n.º 459
393 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1881-0063 - f. 160v-n.º 118
394 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1882-0245 - f. 243-n.º 483
395 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B15-0024 - f. 21v-2.º

72 Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei


Família de José Lopes Vieira

Joaquim de Moura, casado, e José Vieira Moutinho, solteiro, ambos do lugar


de Manariz.

5.4 Joaquim Vieira dos Santos396


Nasceu em Fânzeres em 1847.03.18397 e foi baptizado na igreja paroquial de
Salvador de Fânzeres em 1847.03.19, sendo padrinhos Joaquim, solteiro, tio
materno do baptizado, e Rosa Martins, viúva de António Pinto de Castro, do
lugar da Azenha da freguesia de São Cosme: foram testemunhas António de
Basto, casado, e Francisco Ferreira, casado, ambos do lugar da Costa.
Casou em 1869.04.04 398 na igreja paroquial de Nossa Senhora da Vitória,
com Cândida Amália Lopes,399 residente na Rua dos Caldeireiros, no Porto;
foram testemunhas Tomé Martins Vieira, solteiro, irmão do nubente, da Rua
de Cedofeita, e Rosa Pereira França, moradora em Vila Nova de Gaia, prima
direita paterna do nubente. Viveram no Porto, na Régua e em Caíde de Rei.
Era industrial de padaria.
Faleceu em 1885.05.12, 400 na Rua de Santa Catarina, n.º 190, da freguesia de
Santo Ildefonso, e foi sepultado no Cemitério do Prado Repouso, no Porto;
era negociante.
Cândida Amália Lopes Vieira faleceu em 1915.08.01, 401 na freguesia da Sé.

Filhos:

6.1 Rosa Amália Lopes Vieira Rodrigues


Nasceu na Rua de Camões em 1870.03.28402 e foi baptizada na igreja
paroquial de Santo Ildefonso em 1870.04.04, sendo padrinhos
Agostinho Martins Vieira e Rosa Marques, avós paternos da
baptizada, ambos moradores na Rua da Rainha (hoje Rua Antero de
Quental) da freguesia de Cedofeita.
Professora e Compositora de Música para piano.
Casou ca. 1900 com Bernardino Monteiro Rodrigues, empresário.

Filhos:

7.1 Vasco Fernando Vieira Rodrigues


Nasceu em 1901.02.11403
Casou com Margarida Helena de Oliveira Cidrais, filha de
José António Cidrais e de Rosalinda dos Anjos Oliveira.
Era jornalista, editor e tradutor.
Tiveram dois filhos: Carlos Cidrais Rodrigues (1925.09.14 404)
e Maria Fernanda Cidrais Rodrigues (1926.12.21405 )

6.2 Carolina Lopes Vieira


Nasceu em 1872.
Faleceu em 1872.

6.3 Otelinda Cândida Lopes Vieira Cardoso

396 Cândida Amália Lopes Vieira, * 1846 | Geneall.net


397 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B15-0047 - f. 24v-1.º
398 Registos Paroquiais da freguesia da Vitória, C1869-0023 - f. 21-n-º 21
399 Provém do Cap. 4
400 Registos Paroquiais da freguesia de Santo Ildefonso, O1885-0052 - f. 46v-2.º-n.º 190
401 Joaquim Vieira dos Santos | Geneall.net
402 Registos Paroquiais da freguesia de Santo Ildefonso, B1870-0080 - f. 79-n.º 157.
403 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
404 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
405 Family Tree - Site de família - MyHeritage.

Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei 73


Família de José Lopes Vieira

Nasceu na Rua da Rainha (presentemente Rua Antero de Quintal) em


1873.03.11 406 e foi baptizada na igreja paroquial de Cedofeita em
1873.03.15, sendo padrinhos Francisco Teixeira Lopes, negociante, e
sua mulher Rosa Pereira França Lopes, prima direita do pai da
baptizada, moradores em V. N. de Gaia.
Casou com Antonio Cardoso, que faleceu em 1900.05.16, 407 quando
estava ausente do Porto.
Faleceu em 1946.02.12408 na freguesia de Cedofeita.
Não tiveram descendência.

6.4 Ernesto Lopes Vieira


Nasceu na Rua da Rainha (presentemente Rua Antero de Quintal) em
1874.08.11 409 e foi baptizado na igreja paroquial de Cedofeita em
1874.08.20, sendo padrinhos Tomé Martins Vieira, alferes de artilharia
residente em Lisboa, com procuração a António Martins Vieira, seu
irmão, e Dona Maria de Jesus Teixeira Lopes, residente em
Vilarandelo, com procuração a António Teixeira Lopes, seu irmão,
morador no Corpo da Guarda.
Casou em 1896.10.10 410 na Sé do Porto com Albina Teresa, filha de
Francisco Manuel Clemente e de Maria Josefa da freguesia de Santa
Comba de Vilariça do concelho de Vila Flor, que nascera em
1876.11.27 411 e fora baptizada na igreja paroquial de Santa Comba de
Vilariça em 1876.12.05, sendo padrinhos Júlio Mendes e Albina
Teresa, sua mulher.
Faleceu em 1958.11.28, 412 em Lourenço Marques.
Albina Teresa faleceu em 1902.05.22. 413

Filhos:

7.1 Eduardo Lopes Vieira


Nasceu por volta de 1900414 no Porto.
Casou por volta de 1938 com Júlia Maria Marques.
Foi editor, jornalista e bancário.
Tiveram uma filha: Maria Eduarda Marques Vieira (Cedofeita,
1939.04.04415).

6.5 Clotilde Lúcia Lopes Vieira


Nasceu na Estação de Caminho de Ferro de Ermesinde em
1875.08.31, 416 e foi baptizada na igreja paroquial de Ermesinde em
1875.09.08, sendo padrinhos Pedro Ribeiro Marçano, chefe da
Estação de Caminho de Ferro de Ermesinde, e sua mulher, Dona Rosa
Lúcia Ribeiro Marçano.
Faleceu em 1892.08.26, 417 na Rua de Santa Catarina, n.º 188 e foi
sepultada no Cemitério do Prado Repouso, no Porto.

406 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita B1873-0058 - f. 57-1.º-n.º 111


407 Segundo carta de José dos Santos Lopes Vieira dirigida à sua noiva, Amélia de Almeida Lopes, de 1900.05.18
408 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita B1873-0058 - f. 57-1.º-n.º 111
409 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1874-0148 - f. 145v-n.º 129
410 Registos Paroquiais da freguesia da Sé do Porto, C1896-0086-85
411 Registos Paroquiais da freguesia da Santa Comba de Vilariça, B1876-0011 - f. 9v-1.º
412 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1874-0148 - f. 145v-n.º 129
413 Registos Paroquiais da freguesia da Sé do Porto, C1896-0086-85
414 Family Tree - Site de família - MyHeritage
415 Family Tree - Site de família - MyHeritage
416 Registos Paroquiais da freguesia de Ermesinde, B1875-00031 - f. 29v-n.º 26
417 Registos Paroquiais da freguesia de Santo Ildefonso, B1892-0084 - f. 82-n.º 325

74 Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei


Família de José Lopes Vieira

6.6 José dos Santos Lopes Vieira418


Nasceu no lugar da Estação de Caminho de Ferro de Caíde de Rei em
1877.02.16, 419 e foi baptizado na igreja paroquial de Caíde de Rei em
1877.02.23, sendo padrinhos José Manuel Rodrigues, empregado da
Estação de Caminho de Ferro de Caíde de Rei, e D. Maria Luísa
Rodrigues, sua mulher.
Casou em 1904.07.16, 420 na igreja paroquial de São Cosme, com
Amélia de Almeida Lopes, filha de José Martins de Almeida Lopes e
de Violante Moreira Pereira dos Santos, do lugar da Gandra. Foram
testemunhas pela parte da noiva, o Dr. Gaspar Ferreira Baltar Júnior,
proprietário do jornal “O Primeiro de Janeiro”, e D. Guilhermina
Machado Giddy, e, pela parte do noivo, João de Oliveira Ramos,
jornalista, com procuração a Joaquim Francisco de Oliveira Pacheco,
director do jornal “O Primeiro de Janeiro”, e D. Guilhermina Júlia
Vieira Soller, proprietária, todos do Porto. Viveram inicialmente na
Rua de Santa Catarina e, depois, na rua de Santo Ildefonso da mesma
freguesia do Porto.
Foi professor, poeta, dramaturgo e chefe de redacção de "O Primeiro
de Janeiro".
Faleceu em 1951.01.04421 na Rua de Santo Ildefonso, no Porto.
Amélia de Almeida Lopes faleceu em 1970.07.06, na Rua de Santo
Ildefonso, no Porto.
Não tiveram descendência.

6.7 Adelaide Luiza Lopes Vieira


Nasceu em 1879.07.18, 422 quando os pais moravam na Estação de
Caminho de Ferro de Peso da Régua, e foi baptizado na igreja
paroquial de São Faustino do Peso da Régua em 1879.07.31, sendo
padrinhos António Augusto de Barros e Araújo, empregado público, e
Dona Maria Adelaide da Cunha e Vasconcelos, sua mulher.
Foi professora de Português /Francês no Colégio Liverpool, no Porto.
Faleceu em 1971.03.05,423 no Porto.

6.8 Guilhermina Julia Lopes Vieira Soller


Nasceu em 1882.04.12424 quando os pais moravam na Estação de
Caminho de Ferro de Peso da Régua, e foi baptizado no mesmo dia na
igreja paroquial de São Faustino do Peso da Régua, sendo padrinhos
Francisco da Costa Guilherme e Rosa Amália Lopes Vieira, irmã da
baptizada.
Casou em 1900.01.29, 425 na igreja paroquial de Santo Ildefonso, com
Raul Augusto Soller, filho de Tomás Augusto Soller e de Amélia
Augusta de Almeida Soller; foram testemunhas José dos Santos Lopes
Vieira, estudante, irmão da nubente, e sua mãe, Cândida Amália Lopes
Vieira, moradora na Rua Formosa, e Álvaro Augusto de Almeida
Soller, casado, empregado comercial morador na Rua da Rainha
(presentemente Rua Antero de Quintal), e Dona Carlota Carolina Pinto
Soller, viuva, moradora na Rua de Fernandes Tomás.

418 Jose dos Santos Lopes Vieira, * 1877 | Geneall.net


419 Registos Paroquiais da freguesia de Caíde de Rei, B9-00028 - f. 26-2.º
420 Registos Paroquiais da freguesia de São Cosme, C1904-0023 - f. 22-n.´22
421 Registos Paroquiais da freguesia de Caíde de Rei, B9-00028 - f. 26-2.º
422 Registos Paroquiais da freguesia de Peso da Régua, B1879-0042 - f. 40v-n.º 77
423 Registos Paroquiais da freguesia de Peso da Régua, B1879-0042 - f. 40v-n.º 77
424 Registos Paroquiais da freguesia de Peso da Régua B1882-0020 - f. 20v-n.º 36
425 Registos Paroquiais da freguesia de Santo Ildefonso C1900-0016 - f. 15-n.º 15

Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei 75


Família de José Lopes Vieira

Foi diretora do Antigo Sanatório de Francelos e do Hospital do Terço,


no Porto.
Faleceu em 1976.09.26, 426 no lugar de Contumil da freguesia de
Campanhã.
Raul Augusto Soller faleceu em 1945.02.21. 427

Filhos:

7.1 Maria Alice Lopes Vieira Soller


Nasceu na Travessa do Monte Castro (ou Crasto?), na Foz do
Douro, em 1901.01.24, 428 e foi baptizada na igreja paroquial da
Foz do Douro em 1901.02.17, sendo padrinhos Artur Humberto
da Silva Carvalho, funcionário público, e Dona Emília Basto
Carvalho, casada, moradora no Passeio de São Lázaro no
Porto.

7.2 Maria Helena Lopes Vieira Soller. 429

6.9 Zulmira da Conceição Lopes Vieira


Nasceu na Rua Formosa em 1884.04.12 430 e foi baptizada na igreja
paroquial de Santo Ildefonso em 1884.05.01, sendo padrinhos José
Maria de Oliveira, solteiro, negociante, morador na Rua Formosa, e
Nossa Senhora da Conceição pela mão de Agostinho Alexandre
Vieira, solteiro, negociante, morador na Rua Fernandes Tomás.
Faleceu em 1885.07.15,431 na Rua Formosa, n.º 280, Porto.

6.10 Joaquim Artur Lopes Vieira


Nasceu em 1885.05.01 432 e foi baptizado na igreja paroquial de Santo
Ildefonso em 1885.05.30, sendo padrinhos Joaquim de Oliveira …
Ribeiro, casado, negociante, e Dona Lúcia Carolina Rangel de
Miranda Ribeiro, moradores em Vieira, concelho de …, que se
fizeram representar por Francisco Teixeira Lopes, casado, negociante
morador em Campanhã, e Dona Rosa Pereira França Lopes, sua
mulher, primos direitos do pai do baptizado.
Casou com Maria da Piedade.
Faleceu no Brasil.

Filhos:

7.1 Fernando Lopes Vieira


Nasceu por volta de 1915. 433

5.5 José Martins Vieira


Nasceu em 1849.03.05434 e foi baptizado na igreja paroquial de Salvador de
Fânzeres em 1849.03.06, sendo padrinhos José, solteiro, filho de António
Martins e primo direito do pai do baptizado, e Balbina, solteira, filha de
Manuel José Ribeiro, do lugar de Alvarenga.

426 Registos Paroquiais da freguesia de Peso da Régua B1882-0020 - f. 20v-n.º 36


427 Registos Paroquiais da freguesia de Peso da Régua B1882-0020 - f. 20v-n.º 36
428 Registos Paroquiais da freguesia da Foz do Douro, B1901-0019 - f. 16v-n.º 30
429 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
430 Registos Paroquiais da freguesia de Santo Ildefonso, B1884-0102 - f. 101-n.º 199.
431 Registos Paroquiais da freguesia de Santo Ildefonso, O1885-0082 - f.21-n.º 317
432 Registos Paroquiais da freguesia de Santo Ildefonso, B1885-0121 - f. 221-n.º 237
433 Family Tree - Site de família - MyHeritage.
434 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B15-0076 - f. 73v-2.º

76 Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei


Família de José Lopes Vieira

Casou em 1869.11.15, 435 na igreja paroquial de Cedofeita, com Maria do


Rosário, filha de Francisco da Silva e de Maria de Jesus, da freguesia de
Canavezes e moradores na Rua da Rainha (presentemente Rua Antero de
Quintal) da freguesia de Cedofeita. Era caleiro.
Faleceu antes do seu pai.

Filhos:

6.1 Agostinho
Nasceu em 1870.11.13436 e foi baptizado na igreja paroquial de
Cedofeita em 1870.11.20, sendo padrinhos Agostinho Martins Vieira e
Rosa Marques, avós paternos do baptizado, ambos moradores na Rua
da Rainha (hoje Rua Antero de Quental) da freguesia de Cedofeita.

6.2 Agostinho
Nasceu em 1872.01.26 437 e foi baptizado na igreja paroquial de
Cedofeita em 1872.02.02, sendo padrinhos Agostinho Martins Vieira e
Rosa Marques, avós paternos do baptizado, ambos moradores na Rua
da Rainha (hoje Rua Antero de Quental) da freguesia de Cedofeita.

5.6 Felicidade Martins Vieira


Nasceu em 1853.03.01438 e foi baptizada na igreja paroquial de Salvador de
Fânzeres em 1853.03.02, sendo padrinhos António, solteiro, filho de António
Martins, e Maria, solteira, filha de Francisco Jorge Vieira, do lugar da
Carvalha.
Faleceu antes do seu pai. Não teve descendência.

5.7 António Martins Vieira


Nasceu em 1856.10.30439 e foi baptizado na igreja paroquial de Salvador de
Fânzeres em 1856.11.01, sendo padrinhos António, solteiro, filho de Manuel
Martins, e Maria, solteira, filha de Francisco Jorge, todos do lugar da
Carvalha.
Faleceu solteiro em 1881.01.05, 440 na Rua da Rainha (presentemente Rua
Antero de Quental), n.º 368, da freguesia de Cedofeita. Era alferes de
infantaria. Não Quental teve descendência.

5.8 Domingos Martins Vieira


Nasceu em 1858.08.09441 e foi baptizado na igreja paroquial de Salvador de
Fânzeres no mesmo dia, sendo padrinhos Tomé e Carolina, solteiros, irmãos
do baptizado.
Casou em 1891.06.24442 na 3.ª Circunscrição do Rio de Janeiro, Brasil, com a
sua cunhada Maria do Rosário Vieira, filha de Francisco da Silva e de
Maria de Jesus, da freguesia de Canavezes e moradores na Rua da Rainha
(presentemente Rua Antero de Quental) da freguesia de Cedofeita, que fora
casada com o seu irmão José Martins Vieira.
Faleceu em 1968.10.17,443 na freguesia de Pias, do concelho de Lousada.

5.9 Serafim Martins Vieira

435 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, C1879-0072 - f. 70-n.º 70


436 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita B1870-0191 - f. 188v-n.º 375
437 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita B1872-0023 f. 22-n.º 41
438 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B16-0004 - f. 3-2.º
439 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B16-0048 - f. 46v-1.º
440 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, O18-0005 - f. 3-n.º 5
441 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B16-0066 - f. 64v-2.º
442 Domingos Martins Vieira - Árvores genealógicas do MyHeritage - MyHeritage
443 Domingos Martins Vieira - Árvores genealógicas do MyHeritage - MyHeritage

Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei 77


Família de José Lopes Vieira

Nasceu em 1860.05.17444 e foi baptizado na igreja paroquial de Salvador de


Fânzeres em 1860.05.20, sendo padrinhos Joaquim, alfaiate, e Carolina,
ambos solteiros e irmãos do baptizado.
Casou em 1899.07.15, 445 na 10ª Circunscrição, Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Brasil, com Laura Pinheiro Vieira, nascida em 1877, filha de
Frutuoso Antonio Pinheiro Amarante e de Maria Alice Vieira Amarante.
O casamento foi dissolvido em 1910.04.26, 446 por despacho do juiz da
Pretoria do Rio de Janeiro, de 1910.07.08, a requerimento da mulher, que
ficou com a custódia do filho do casal, recebendo uma pensão de mil reis
para a sua educação e sustento.

5.10 Augusto Martins Vieira


Nasceu em 1863.08.14447 e foi baptizado na igreja paroquial de Salvador de
Vilar de Andorinho em 1863.08.16, sendo padrinhos Joaquim Martins
Vieira,448 solteiro, caixeiro, e Carolina Marques, solteira, ambos irmãos do
baptizado.

5.11 Felismina Marques Vieira


Nasceu em 1865.07.15449 e foi baptizada na igreja paroquial de Cedofeita em
1865.07.18, sendo padrinhos Joaquim Martins Vieira,450 solteiro, caixeiro,
morador nas Devesas em Vila Nova de Gaia, e Carolina Marques, solteira,
moradora na Rua da Rainha (presentemente Rua Antero de Quintal), em
Cedofeita, ambos irmãos da baptizada.
Faleceu em 1867.04.10451 na Rua da Rainha (presentemente Rua Antero de
Quintal) da freguesia de Cedofeita.

3.5 António
Nasceu e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1786.08.17, 452 sendo padrinhos
Manuel Vieira, casado, e Maria, solteira, filha de António Martins de Oliveira e de Maria
Antónia Vieira, sua mulher, todos do lugar de Manariz da freguesia de Fânzeres.

3.6 António
Nasceu em 1791.07.24 453 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1791.07.25,
sendo padrinhos Manuel, solteiro, filho de Bartolomeu Tomé e de Eufêmia de Moura, sua
mulher, e Maria de Castro, mulher de Custódio Martins, do lugar da Carvalha da freguesia
de Fânzeres.

3.7 Ana de Jesus


Nasceu em 1794.02.20 454 e foi baptizada na igreja paroquial de Fânzeres em 1794.02.21,
sendo padrinhos Custódio Martins, casado com Maria Antónia, e Maria, irmã da baptizada;
foram testemunhas o Padre António de Castro e José Soares Vieira, do lugar da Costa da
freguesia de Fânzeres.

444 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B1860-0017 - f. 15v-n.º 27


445 Agostinho Martins Vieira na entrada para Serafim Martins Vieira e Laura Pinheiro Vieira, “Brasil, Rio de Janeiro, Registro Civil,
1829-2012” — FamilySearch.org — f. 15v
446 Agostinho Martins Vieira na entrada para Serafim Martins Vieira e Laura Pinheiro Vieira, “Brasil, Rio de Janeiro, Registro Civil,
1829-2012” — FamilySearch.org — f. 15v (averbamento)
447 Registos Paroquiais da freguesia de Vilar de Andorinho, B1863-0014 - f. 12-2.º
448 Deverá ser Joaquim Vieiras dos Santos.
449 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, B1865-0106 - f. 104-n.º 206
450 No assento do baptismo está registado Joaquim Martins dos Santos, o que estará errado.
451 Registos Paroquiais da freguesia de Cedofeita, O1867-0023 - f. 21v-2.º-n.º 80
452 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-00157 - f. 45-1.º
453 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-00218 - f. 106-3.º
454 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B9-0247 - f. 135-1.º. Foi madrinha do seu sobrinho Agostinho Martins Vieira, em
1819.06.01 (Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B11-00595 - f. 39v-2.º)

78 Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei


Família de José Lopes Vieira

2.2 Manuel
Nasceu em 1755.07.19455 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1755.08.03, sendo
padrinhos Manuel Tomé de Moura e sua mulher, Maria Antónia do Espírito Santo, do lugar de
Manariz.

2.3 Ana
Nasceu em 1758.10.12456 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1758.10.15, sendo
padrinhos Manuel Vieira, viúvo, e Maria, filha de José Ferreira e de Ana de Jesus, sua mulher.

2.4 Teresa
Nasceu em 1761.04.10457 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1761.04.12, sendo
padrinhos Manuel Marques, casado com Maria Tomé, do lugar de Cabanas, e Josefa Vieira, casada
com Manuel Jorge. Do lugar de Manariz.

2.5 Custódia
Nasceu em 1764.09.12458 e foi baptizado na igreja paroquial de Fânzeres em 1764.09.17, sendo
padrinhos Manuel, solteiro, filho de Manuel Martins e de Domingas João, do lugar de Manariz e
Engrácia, solteira, filha de Manuel da Costa de Azevedo e de Maria Antónia, do lugar de Venda
Nova da freguesia de Rio Tinto.

455 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B6-00659 - f. 9v-1.º


456 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B6-00715 - f. 66-1.º
457 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B6-0752 - f. 103-1.º
458 Registos Paroquiais da freguesia de Fânzeres, B7-00884 - f. 39-2.º

Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei 79


Cap. 14 — José dos Santos Lopes Vieira, de Caíde de Rei 80
Parte 4
LOPES VIEIRA

Publicado em «O Diário Ilustrado», Lisboa, 3 de Abril de 1873

LOPES VIEIRA 81
Família de José Lopes Vieira

JOAQUIM VIEIRA DOS SANTOS foi o quarto filho de casara com Francisco dois anos antes; necessitara de
Agostinho Martins Vieira e de Rosa Marques. autorização do pai, dado que ainda não completara
Nascido em Fânzeres no ano de 1847, aos dezasseis dezoito anos.
anos trabalhava como caixeiro; era o ano de 1863 e A ligação da via férrea entre Gaia e o Porto já
usava os sobrenomes do pai, Martins Vieira. Nesse estava a ser projectada e seria porventura objectivo de
ano os pais residiam em Vilar de Andorinho e Teixeira Lopes vir a abandonar as Devesas logo que o
Agostinho ainda era alfaiate. Porém, foi então que se terminal da Linha do Norte fosse transferido para o
transferiu para o Porto para se iniciar na área da Porto, e com ele transferir também o café. Contudo,
padaria. Joaquim ficou a residir em Vila Nova de estava em jogo construir o troço da linha que ainda
Gaia, no lugar das Devesas, onde em 1865 ainda faltava, e também uma ponte sobre o rio Douro, que
exercia a profissão de caixeiro. Dois anos antes fora iria ter o maior arco de ferro do mundo. O primeiro
inaugurada a Estação de Caminho de Ferro das projecto foi aprovado em Novembro desse ano de
Devesas, que passou a ser o terminal da Linha do 1869 e previa que a estação terminal se situasse no
Norte para ligação do Porto à cidade de Lisboa, Campo do Cirne, que ficava entre o Cemitério do
embora os comboios só lá chegassem a partir do ano Prado Repouso e o Campo de Mijavelhas (hoje Campo
seguinte, 1864. Em frente da Estação fora aberto um 24 de Agosto). Curiosamente este era o local onde
café para servir os passageiros que iriam embarcar Rosa tinha nascido. Porém, havia problemas técnicos
para sul e os que desembarcavam com rumo ao derivados da impossibilidade de os comboios
Porto. Pertencia a Francisco Teixeira Lopes, que vencerem os declives muito acentuados que o projecto
viera emigrado da freguesia de Vilarandelo, em implicava. E foi necessário analisar outras soluções e
Valpaços, à procura dum futuro melhor do que aquele elaborar dois novos projectos, com a estação terminal
que se lhe perpectivava onde nascera. Curiosamente, estabelecida noutro local. Deste modo, todo o processo
foi por essa mesma altura criada a Fábrica de veio a sofrer um atraso de cerca de dez anos.
Cerâmica das Devesas, propriedade de José Joaquim Entretanto, em 1871 Sebastião Martins dos
Teixeira Lopes (o pai do conhecido escultor António Santos, pai de Rosa Pereira França Lopes e sogro de
Teixeira Lopes), estatuário e ceramista que viera de Francisco Teixeira Lopes, faleceu na sua padaria da
Alijó, também uma freguesia do Douro vinhateiro. Rua Chã. Então, como a decisão sobre onde iria ficar
É bem possível que Francisco Teixeira Lopes situada a estação terminal do Porto tardasse, tudo
tivesse chegado à cidade pelo menos uns cinco anos indicando que seria por muito tempo, o casal
antes do comboio chegar às Devesas e sobrevivido resolveu tomar conta da padaria e trespassou o café
inicialmente como busboy em algum botequim. das Devesas — porém, não deixaram de ter em conta
Terá, porém, tido a perspicácia de, pelas notícias o andamento dos projectos em estudo, continuamente
dos jornais, seguir a evolução das obras dos discutidos e noticiados nos jornais. Por fim, em 1875
caminhos de ferro e, no momento certo, abrir um foi aprovado que a estação terminal seria localizada
café onde iria fazer falta. Joaquim Vieira dos Santos em Campanhã de Cima, de molde a servir de
fora provavelmente um dos seus primeiros clientes, interface com a Linha do Minho, com a Linha do
não se excluindo mesmo a eventualidade de ter Douro e com o ramal que ligaria ao centro da cidade
passado a trabalhar para Teixeira Lopes. Ainda que — e que a construção da ponte ficaria a cargo da
sete anos mais novo do que o dono do negócio, empresa Eiffel de Paris. O passo seguinte dos
sendo ambos solteiros, tiveram tempo e Teixeira Lopes foi habilitarem-se a tomar conta do
oportunidade para conversar sobre experiências de restaurante da Estação de Campanhã, o que veio a
vida e sobre as suas famílias. Assim, Francisco terá concretizar-se a tempo da sua inauguração em 15 de
ficado a saber que Joaquim tinha um tio que vivera Novembro de 1877. O casal passou a residir aí
mais de uma década com a família na margem mesmo, aí tiveram o seu único filho em 1879 e aí se
esquerda do mesmo rio Tâmega que banhava fixaram até ao falecimento de Francisco Teixeira
Chaves, a cidade mais próxima de Valpaços. E que Lopes em 1895.
esse tio tinha várias filhas, uma das quais já nascida Quando Joaquim e Cândida Amália casaram,
no Porto e que ao tempo andaria pelos quinze anos. foram viver para a Rua de Camões, no Porto, onde
Por sua vez, Joaquim também ficou a saber que o lhes nasceu a primeira filha, Rosa Amália, que teve
dono do café tinha uma irmã, igualmente solteira e a os avós paternos por padrinhos; o pai da criança deu-
residir na Rua dos Caldeireiros, no Porto, que seria se como padeiro, podendo bem estar a trabalhar com
da sua idade. Foi deste modo proporcionado o o tioSebastião na padaria da Rua Chã. Dois anos
encontro entre Francisco Teixeira Lopes e Rosa depois tiveram uma menina a que deram o nome
Pereira França. De igual modo se teria Carolina mas que morreu de seguida. Quando em
proporcionado um encontro entre Joaquim Vieira 1873 lhes nasceu a terceira filha, Otelinda, já o tio
dos Santos e Cândida Amália Lopes, a irmã de Sebastião tinha morrido. Foram padrinhos João
Francisco. Então, quando em 1869 estes jovens Teixeira Lopes e a mulher, tios maternos da menina,
casaram, ambos com vinte e dois anos, Rosa, que então a operarem a padaria da Rua Chã. Entretanto,
serviu de testemunha, já residia em Gaia, pois talvez por ter sido dispensado pela nova gerência,

82 LOPES VIEIRA
Família de José Lopes Vieira

Joaquim tinha-se mudado para a Rua da Raínha que afinal seria daí que partiria a ligação para Chaves,
(presentemente Rua Antero de Quental), onde os pais deixando cair a projectada opção pela Linha do Vale
ficaram a morar — curiosamente a mãe estava então do Tâmega e substituindo-a pela novo projecto da
grávida do último filho. Desta vez Joaquim deu-se Linha do Corgo. Fosse como fosse, mais uma vez
como negociante, pelo que estaria possivelmente a Joaquim seguiu o avançar das obras e transferiu a sua
trabalhar com o pai, que ao tempo era um bem residência para a própria Estação de Caminho de Ferro
sucedido empresário de padaria. Cerca de um ano e de Peso da Régua, de tal modo que três dias após a
meio depois, nasceu-lhes o primeiro filho, Ernesto, inauguração foi ali mesmo que lhe nasceu mais uma
que teve por padrinho o irmão mais velho de filha; ficou com o nome Adelaide em homenagem à
Joaquim, Tomé Martins Vieira, ao tempo ainda com a madrinha, Dona Maria Adelaide da Cunha e
patente de alferes. Para madrinha escolheram Maria Vasconcelos, mulher do padrinho, António Augusto de
de Jesus Teixeira Lopes, tia materna da criança, que, Barros e Araújo, funcionário público. Embora as obras
por residir em Vilarandelo, foi representada pelo de extensão da Linha do Douro continuassem, Peso da
irmão António Teixeira Lopes, tio materno do Régua era uma terra de riqueza; com efeito, situava-se
menino, então a residir no largo do Corpo da Guarda, no centro da produção intensiva de vinho do Porto e
junto à Sé do Porto. O pai do menino continuava a era notoriamente daquela freguesia que se fazia o
morar com os pais na Rua da Rainha, elo que se deu transporte para os armazéns de Vila Nova de Gaia.
novamente como padeiro. Então, permaneceram por mais algum tempo naquela
Talvez na esperança de um dia poderem visitar terra e desistiram da imaginária visita a Vilarandelo, já
Vilarandelo, sob a influência de Teixeira Lopes, seu que o ritmo a que a rede ferroviária estava a ser
cunhado, Joaquim conservou-se atento às notícias construída era desencorajador — com efeito, os
sobre a construção da Linha de Caminhos de Ferro comboios iriam chegar a Chaves apenas em 1921…
do Douro, notícias que poderia receber directamente Assim, ainda lhes nasceu mais uma filha na Régua,
daqueles que, como o cunhado, estavam ligados ao Guilhermina, na Primavera de 1882; teve por
empreendimento. Assim, terá em boa hora concorrido padrinhos Francisco da Costa Guilherme e Rosa
para tomar conta do restaurante da Estação de Amália Lopes Vieira, a sua irmã mais velha, então
Caminho de Ferro de Ermesinde e, aquando da com doze anos.
inauguração em dia 30 de Julho de 1875, já para lá se O casal já ia nos trinta e cinco anos e Joaquim não
tinha transferido com a mulher e as três crianças; andava de boa saúde; treze anos de casamento e sete
ficaram todos a viver na própria Estação. Um mês filhos para educar recomendavam o regresso ao Porto.
depois nasceu-lhes aí mesmo a terceira filha, Assim fizeram e, até poderem regressar à casa onde
Clotilde, que teve por padrinhos o chefe da Estação e m o r a v a m a n t e s d e p a r t i r, i n s t a l a r a m - s e
a mulher. Cinco meses mais tarde, dias antes do provisoriamente na Rua Formosa, quase ao lado do
Natal, foi inaugurada a Estação de Caíde de Rei, em bulício do velho Mercado do Bolhão, nesse tempo
Lousada, enquanto continuavam as obras de ainda de terra batida. Foi então, 1884, que lhes nasceu
construção da via até Peso da Régua. Caíde era um mais uma filha, Zulmira. Passado apenas um ano,
local estratégico no projecto ferroviário global do porque Cândida Amália já não pôde amamentar esta
norte, havendo quem vaticinasse que daí partiria a última filha, no dia primeiro de Maio de 1885 nasceu-
ligação para Chaves, o que alimentava a imaginação lhes um rapaz. Tendo conservado a casa da Rua
de Cândida Amália no seu desejo de um dia poder ir Formosa, nessa altura já estavam de volta à Rua de
visitar a irmã — anos mais tarde, quando o século Santa Catarina; embora ainda situada perto do
chegava ao fim, houve mesmo um projecto que assim mercado, esta casa estava suficientemente distanciada
estabelecia. Entretanto, o local era também do seu tumulto diário para nela poderem ganhar o
importante por permitir o escoamento da produção sossego que desejavam. Joaquim Vieira dos Santos
agrícola da região, e em 12 de Fevereiro de 1877 foi estava doente, bastante doente, e, a despeito da
aí inaugurada a feira quinzenal, para o que a direcção mudança, morreu doze dias depois do nascimento
dos caminhos de ferro do Minho e Douro anunciou deste último filho. Era muito novo, excessivamente
largamente a emissão de preços reduzidos para quem novo para morrer, pois tinha acabado de completar 38
se deslocasse a Caíde. Joaquim Vieira dos Santos não anos. Com este desfecho a criança só pôde ser
perdeu a oportunidade para obter bons lucros no seu baptizada muito mais tarde do que era hábito; foi
negócio de padaria e restauração e, aquando da feira, quase um mês depois, no dia 30 de Maio, e ficou com
já lá estava a viver com a famíla, precisamente no o nome do pai, Joaquim, que mal o pudera conhecer.
“lugar da Estação”. Quatro dias depois da feira, Foram padrinhos um casal da comarca de Elvas com
nasceu-lhe o segundo filho, a que deram o nome José nomes sonantes, um dos quais Rangel, possivelmente
dos Santos, sendo padrinhos um funcionário dos aparentados com os Rangel Pamplona que tinham
caminhos de ferro e a mulher. comprado a Quinta de Montezelos, em Fânzeres. Por
Em 15 de Julho de 1879 foi finalmente inaugurada morarem longe, fizeram-se representar por Francisco
a Estação da Régua, que iria ser por algum tempo o Teixeira Lopes e sua mulher, Rosa Pereira França
terminal da Linha do Douro. Estava então planeado Lopes, uma boa oportunidade para a mãe das crianças

LOPES VIEIRA 83
Família de José Lopes Vieira

reatar a estreita ligação que tinha desde sempre Dona Guilhermina Machado Giddy, pianista e
mantido com o irmão mais velho e a cunhada. abastada proprietária no Porto, em Matosinhos e em
Cândida Amália sobreviveu trinta anos ao marido São Cosme, que iria conservar-se por muitos anos
e vinte anos a este irmão. Voltou para a Rua Formosa, amiga da noiva e da sua família em São Cosme. Pela
onde, com o avançar da idade, a proximidade do parte do noivo foram testemunhas João de Oliveira
mercado era inegavelmente uma mais valia. Aí, Ramos, jornalista, com procuração a Joaquim
juntos, empenharam-se em educar os nove filhos; à Francisco de Oliveira Pacheco, director do jornal “O
data, a mais velha, Rosa Amália, tinha apenas quinze Primeiro de Janeiro”, e Dona Guilhermina Júlia
anos. Estudou música, e foi professora de piano e Vieira Soller, proprietária e irmã do noivo, todos do
compositora; tinha trinta anos quando casou com o Porto. Ficaram a morar no número 268 da Rua
empresário Bernardino Monteiro Rodrigues; tiveram Formosa. Em 1912 mandaram restaurar algumas das
apenas uma filha. Otelinda Cândida casou com mobílias e mudaram-se para o número 111 da Rua de
António Cardoso, que faleceu precoce e Santa Catarina, mas mudaram-se novamente, desta
inesperadamente, em 1900; por volta de 1914 foi feita para o número 480 da Rua de Santo Ildefonso,
viver para Lisboa, onde terá trabalhado nos onde viveram até ao fim. Não tiveram descendência.
Armazéns Grandella, no Chiado. Ernesto Lopes Adelaide, a sétima filha de Agostinho e Cândida
Vieira casou aos vinte e quatro anos com Albina Amália, foi professora de português e francês no
Teresa, dois anos mais nova do que ele e natural da Colégio Liverpool, no Porto. Guilhermina, que se
freguesia de Santa Comba de Vilariça do concelho de seguiu, casara aos dezassete anos, em 1900, com
Vila Flor; emigrou para Moçambique e por lá ficou. Raul Augusto Soller; foram padrinhos da noiva o seu
Clotilde faleceu solteira, sete anos depois do pai; irmão José dos Santos, então ainda a estudar, e a mãe,
tinha dezassete anos. José dos Santos Lopes Vieira, Dona Cândida Amália; Álvaro Augusto de Almeida
obteve o diploma do Curso Superior de Comércio. Soller e Dona Carlota Carolina Pinto Soller, foram
Iniciou-se como professor de português na Escola padrinhos do noivo, de quem eram irmão e avó.
Industrial Infante Dom Henrique, e de português e Cinco anos mais nova do que este padrinho, ela e ele
contabilidade na Escola Profissional Raul Dória. Em eram irmãos muito chegados. Numa carta enviada no
1902 iniciou actividade como jornalista de “O dia seguinte à noiva, José Lopes Vieira confessava
Primeiro de Janeiro”. Casou em 1904 com Dona que, embora desejando e tendo fé em que a mana
Amélia de Almeida Lopes, filha de José Martins de Guilhermina iria ser muito feliz com aquele também
Almeida Lopes e de Violante Moreira Pereira dos seu amigo, durante a cerimónia se sentira fortemente
Santos, cujo nome Pereira provinha da mãe, Ana comovido, como se tivesse sofrido uma perda. Dona
Pereira de França, que era prima direita de Maria Guilhermina foi directora do Antigo Sanatório de
Pereira de França, a mulher de Sebastião Martins dos Francelos e do Hospital do Terço, no Porto; viveram
Santos, seu tio avô. Foram testemunhas pela parte da na Foz do Douro e tiveram duas filhas. O irmão mais
noiva, o Dr. Gaspar Ferreira Baltar Júnior, novo, Joaquim Lopes Vieira casou, teve um filho e
proprietário do jornal “O Primeiro de Janeiro”, e faleceu no Brasil, para onde emigrara.

(continua na Parte 5)

84 LOPES VIEIRA
Parte 5
JOSÉ LOPES VIEIRA

José Lopes Vieira (à esquerda), em ambiente de trabalho

SEGUNDO ALBERTO PIMENTEL, 459 Rosa Pereira Rosa ao cunhado tivessem começado quando ela
França, a filha mais nova de Maria Pereira de França ainda era uma jovem rapariga, muito antes de ter
e de Sebastião Martins dos Santos, costumava visitar casado. Também segundo Pimentel, de todas as irmãs
Camilo Castelo Branco quando ele morava na Rua do de Joaquina, a tão cedo falecida primeira mulher de
Almada, num prédio fronteiro ao Colégio Podestà. Camilo, Rosa era a que mais se parecia fisicamente
Tanto Camilo como este colégio mudaram várias com a irmã. Assim, pode-se adivinhar que estas
vezes de morada no Porto. Porém, segundo um visitas seriam agradáveis para ambas as partes de
anúncio publicado em Outubro de 1870 no “Jornal do molde a causarem apreensão a Ana Plácido. Com
Porto”, nesse ano havia na Rua do Almada um efeito, se por um lado a parecença entre as irmãs
colégio que ostentava o nome “Madame F. Podestà”. pudesse constituir razão bastante para Camilo aceitar
Nesta data Camilo estava com quarenta e cinco anos e até estimular estas visitas, por outro, nessa data não
e Rosa com vinte e um, e casada há três. Em vida do só ele já era um escritor famoso envolvido numa
marido e antes de se tornar amante de Camilo, Ana atraente auréola de saboroso mistério como, por isso
Plácido vivia nesta rua; ela enviuvara sete anos antes mesmo, era também um homem cuja presença e
e a relação com o escritor já tinha mais outros tantos. atenção qualquer mulher apreciaria e mesmo se
Assim, a casa da Rua do Almada já era frequentada deixaria impressionar.
pelos amantes muito antes do Colégio Francês ter Nesta época José Lopes Vieira não era sequer
para lá mudado, sendo provável que as visitas de nascido. Porém, vários factos da vida dos seus pais e

459 Alberto Pimentel, “A primeira mulher de Camilo”, Guimarães & Cia., Lisboa, 1916, in Internet Archive

JOSÉ LOPES VIEIRA 85


Secção 3 — DE SÃO COSME PARA RIBEIRA DE PENA Família de Rosa Pereira de França Botelho Castelo Branco

da vida de Rosa e marido apontam para um durante anos foram as suas casas — e sempre que
relacionamento muito próximo e forte entre os dois Joaquim ou Cândida Amália vinham ao Porto,
casais. Com efeito, os maridos teriam sido os invariavelmente tinham de passar na estação de
catalisadores dos namoros que levaram ao casamento Campanhã e aí abraçar os cunhados.
de ambos os lados, Rosa e Francisco tinham sido Das informações que se tem, António, o único
padrinhos do casamento dos cunhados e do baptismo filho de Rosa, era dois e cinco anos anos mais novo
da sua terceira e, talvez, da segunda filha que falecera do que os primos José e Ernesto Lopes Vieira, que
à nascença. Foram ainda quem representou os tinham as idades oito e onze quando perderam o pai.
padrinhos de baptismo do último filho dos cunhados, Porém, por razão desconhecida e até algo misteriosa,
nas difíceis circunstâncias da criança ter perdido o dois anos depois da morte do pai, Ernesto, então com
pai dias depois de ter nascido. Não teria sido menos apenas treze anos, estava em África — mas
relevante o facto de ambos os casais terem regressou, dado que decorridos alguns anos estava do
desenvolvido profissões dirigidas para a restauração 460 novo no Porto, embora em vias de voltar
no âmbito das estações dos caminhos de ferro que definitivamente para o hemisfério sul. Carolina, a

"Meu caro Lopes Vieira! Adriano e Manuel Pinto! Dizei ao Povo a canseira que eu tive, pois nunca
minto! Bem alto quisera erguer a Instrução tão desejada... Com vontade trazer e não pude fazer nada!"

Desenho a tinta da china por Cruz Caldas, representando


Lopes Vieira, Manuel Pinto de Azevedo Júnior e Adriano Gomes Pimenta, recebendo Santos Silva
à saída da Estação de S. Bento, que foi publicado na capa do jornal «Córócócó», de 1 de Agosto de 1925 460

460 Arquivo Municipal do Porto, Gisa – Documento/Processo – [«Córócócó» : quando o nosso primo Santos Silva regressou ao jornal «O
Primeiro de Janeiro»]

86 JOSÉ LOPES VIEIRA


Família de Rosa Pereira de França Botelho Castelo Branco Secção 3 — DE SÃO COSME PARA RIBEIRA DE PENA

irmã mais velha de Joaquim Martins Vieira, casara e Vieira era o primo mais próximo de António, o filho
tivera dois filhos que eram da mesma idade que estes de Rosa; por esta razão e pelo que se afirmou acima
dois rapazes, mas viviam e estudavam longe, na Rua quanto à proximidade dos pais, os dois rapazes terão
da Rainha. José Martins Vieira, o irmão que se seguiu crescido e sido educados em conjunto ou, pelo
a Joaquim, teve dois filhos, ambos de nome menos, convivido frequentemente.
Agostinho e alguns anos mais velhos do que os As visitas de Rosa ao seu outro cunhado, Camilo
primos, também moradores na Rua da Rainha. Não Castelo Branco, deverão ter-lhe deixado recordações
tiveram mais irmãos, o que leva a depreender que o que se avivaram quando soube da sua trágica morte
pai tenha morrido muito cedo; com efeito, cerca de em 1890. José Lopes Vieira tinha treze anos, a idade
duas décadas depois, a mãe, Maria do Rosário Vieira, em que se estuda a nossa língua e se fala dos nossos
estava a casar no Rio de Janeiro com o cunhado escritores consagrados. A proximidade da tia Rosa e a
Domingos Martins Vieira. Serafim Martins Vieira, o indirecta proximidade dum escritor famoso, quase
irmão mais novo, emigrou igualmente para o Brasil, parente, que foi poeta, jornalista e dramaturgo, tudo
lá teve um filho e lá se divorciou. Que se saiba, estes complementado pelo que a tia lhe pôde e soube
foram os únicos netos, rapazes, de Agostinho Martins transmitir, terão sem dúvida contribuído para que, de
Vieira e, portanto, os únicos primos directos. Alberto contabilista diplomado, José Lopes Vieira cedo se
Pimentel refere que Rosa era amiga de crianças, pelo tivesse convertido ao ensino do português, à poesia, à
que é bem provável que tenha acompanhado de perto dramaturgia e ao jornalismo, o que praticou com
o crescimento dos sobrinhos e sobrinhas órfãos e que, esmero, devoção e empenho e, até, com uma pitada
tendo um só filho, estimulasse a sua convivência com de visível snobismo e dalguma talvez mais afirmada
os primos. Parece então razoável concluir que, pela em surdina do que real boémia praticada à imagem
idade e pelo local onde vivia no Porto, José Lopes do seu modelo.

***
“A morte do nosso querido camarada Lopes Vieira, que saudade comovida, com mágoa profunda. que
foi ilustre chefe da redacção deste jornal emocionou registamos o seu falecimento.” — O Primeiro de
profundamente todos os que trabalham nesta casa e Janeiro, 5 de Janeiro de 1951
consternou muitos dos seus amigos espalhados pelos
vários sectores do meio social portuense. A doença “O jornalismo perde, assim, não só um dos seus mais
desviara-o forçadamente da actividade do jornal mas a brilhantes e conscienciosos profissionais como,
sua personalidade não se afastara do nosso coração. E ainda, um camarada exemplar, leal, que soube
nem podia deixar de ser assim. Lopes Vieira era um leal sempre, de todas as maneiras, lidar generosamente,
companheiro de largos anos. Vivia no nosso afecto, no simpaticamente, com todos aqueles que no seu
nosso espírito. Despreocupado com a sua trabalho o rodeavam. Foi por isso grande a
individualidade, que brilhou neste sector mental, foi consternação que assinalou o seu falecimento; Lopes
sempre um afectivo e como tal conquistou a estima e a Vieira, um jornalista cheio de dignidade e de saber,
dedicação de todos os que com ele conviveram, tinha amigos em toda a parte. O golpe doloroso
especialmente daqueles que prestam serviços neste enlutou — repetimos — todo o Porto. Os seus
jornal. Delicada sensibilidade de poeta, não ocultava camaradas de redacção — todos, pois para todos,
os impulsos característicos de ingenuidade, traduzidos superiores ou subalternos, ele tinha, sempre,
sempre em manifestações generosas. Amigo dos palavras do mais simpático trato — os seus
humildes, procurou sempre rumos de justiça e de camaradas de redacção, dizíamos, sentiram mais
bondade inacessível ao egoísmo. intimamente a dor da sua perda.
Lopes Vieira vinha do tempo em que, no Prosador e poeta de apurada sensibilidade,
jornalismo portuense se evidenciava uma plêiade de Lopes Vieira deu o melhor do seu esforço, durante 28
mentalidades robustas e onde brilhava curiosa anos, na chefia da redacção daquele jornal, onde
boémia de espírito de que ele foi um dos últimos afirmou a par da brilhante competência profissional,
animadores. preciosos dotes de carácter. Não tendo nascido nesta
Entristeceu-nos a sua morte. Desaparece uma cidade mas nela vivendo há muitíssimos anos, foi a
nobre sensibilidade de jornalista, um temperamento ela — terra adoptiva — que Lopes Vieira dedicou o
liberal. Em quase meio século de contínua maior amor, palpitando e escrevendo; acompanhou
actividade profissional, demonstrada com perfeita os seus anseios através da sua vida quer
intuição e elevada proficiência em todas as Profissional, quer particular. Por isso o Porto —
modalidades do jornal, a sua personalidade todo o Porto — magoadamente, sentiu a sua falta”.
conquistara o prestígio e a autoridade de um mestre, — “Revista de Imprensa”, Emissor Regional do
a quem sempre votamos o devido respeito. É com Norte, Janeiro de 1951.

JOSÉ LOPES VIEIRA 87


88
Lista de freguesias

Freguesia Concelho Freguesia Concelho

Alvarenga Lousada Rio Tinto Gondomar


Amparo da Barra Mansa Rio de Janeiro Santa Maria Maior Viana do Castelo
Anjos Lisboa Santiago de Sesimbra Sesimbra
Argoncilhe Santa Maria da Feira Santo Ildefonso Porto
Baltar Paredes Santo Tirso Santo Tirso
Caíde de Rei Lousada São Cosme Gondomar
Campanhã Porto São João da Praça Lisboa
Caneças Loures São Miguel de Seide Vila Nova de Famalicão
Canelas Vila Nova de Gaia São Pedro da Cova Gondomar
Cedofeita Porto São Tiago de Piães Cinfães
Ermesinde Valongo Sé Porto
Fânzeres Gondomar Socorro Lisboa
Lalim Lamego Valbom Gondomar
Louredo Santa Maria da Feira Vila Pouca de Aguiar Vila Pouca de Aguiar
Mártires Lisboa Vilar de Andorinho Vila Nova de Gaia
Peso da Régua Peso da Régua Vilarinho de Samardã Vila Real
Pias Lousada Vitória Porto

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