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ETEC MARTINHO DI CIERO

CURSO DE TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

DISCIPLINA: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DOCENTE: WALKÍRIA MARIA S. V. LEIS

DISCENTE: MARIA BEATRIZ MARINONIO DE ALMEIDA

DATA: 14 DE MAIO DE 2021

TIPO: seminário apresentado em congresso

A Educação Ambiental na prática escolar brasileira

LIOTTI, Cortiano Luciane. A Educação Ambiental e o currículo escolar: As diferentes


concepções de E.A que orientam as práticas escolares, Educere, XII Congresso
Nacional de Educação. Paraná. out, 2015. (p. 3572 a 3583). Disponível em:
<https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/18678_7738.pdf/> Acesso em 11 de maio
de 2021

O artigo intitulado apresenta diferentes tipos de planejamentos curriculares de


Educação Ambiental dentro das escolas, trazendo uma discussão acerca de como sua
história, (inserida no cenário social na década de 60) e sua evolução na década de 70
(com conferências e seminários que mais tarde tornaram obrigatória a inclusão da
Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino) conduziram o
planejamento escolar. A autora usa como base de seus argumentos as ideias e
estudos dos autores Amaral, Gouvêa, Leff, Loureiro e Torales e buscando entender os
diferentes pontos de vista (políticos, sociais, biológicos, culturais, históricos, etc.) sobre
o assunto e como eles orientam a práticas e saberes para o planejamento do professor
sob a perspectiva de um meio escolar mais sustentável.

Como considerações finais o artigo trás uma reflexão sobre a escola ser um lugar onde
a prática educativa planejada se desnsenvolve de maneira extensa e contínua na vida
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das pessoas, além de dar ênfase a uma necessidade que se diz urgente sobre a
superação dos modelos tradicionais de educação, reconhecendo que essa mudança
depende da ação de todo o sistema de educação presente na escola para sua
efetivação, visto que a Educação ambiental está presente em diversos campos.

Para concluir, a Liotti afirma que dá pra construir uma Educação Ambiental mais
transformadora se o Estado assumir seu papel de gerenciador, fortalecendo as políticas
que orientam as ações ambientais e desenvolvendo um currículo escolar com a
comunidade escolar que proporcione diferenças no planejamento e prática para
esclarecer, juntar as práticas pedagógicas e o currículo escolar de modo que aborde
outros assuntos como cultura, política e ciência, tendo assim uma reflexão sobre
educação e educação ambiental, repensando a vida e o modelo de sociedade.

CITAÇÕES:

“[…] as discussões que permeiam as diferentes concepções sobre Educação


Ambiental constituem-se em uma das problemáticas mais complexas na área
da Educação, pois discutir Educação Ambiental significa discutir a própria
educação formal de modo abrangente[…]” (p. 3573)

De acordo com a autora “Os problemas ambientais estão intimamente relacionados aos
aspectos sociais e políticos, não podendo ser dissociados das questões que envolvem
o modo de vida das pessoas […]” (p.3574)

Segundo Liotti, do ponto de vista de Leff :

“a problemática ambiental não é ideologicamente neutra nem alheia a


interesses econômicos e sociais. Sua gênese dá-se num processo histórico da
explansão do modo capitalista […] guiada pelo propósito de maximizar os lucros
em curto prazo, numa ordem econômica mundial marcada pelas desigualdades
entre nações e classes sociais” (Leff, 2002, p.62. apud Liotti, 2015 p.3574)

A autora também mostra que foi apenas em 1962, com o lançamento do livro
“primavera silenciosa” de Rachel Carson, que os problemas realmente começaram a
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ser refletidos, fazendo com que a partir de 1972 a Educação Ambiental fosse o tema
principal das maiores Confências mundiais, criando relatórios e programas acerca do
desenvolvimento sustentável. (p.3575)

Além disso, Liotti dá ênfase ao Brasil dizendo que ele demorou um pouco mais dar a
devida atenção ao assunto e a todos os seus problemas pois, segundo ela:

“ […] as discussões sobre as questões de Educação Ambiental, apesar das


ausências, dificuldades e contradições observadas no contexto brasileiro,
alcançaram seu espaço social mais significativo somente na década de 1990,
após a realização da ECO 92- no Rio de Janeiro” (p.3575)

A autora cita o ponto de vista de Gouvêa, afirmando que

“ […] as leis que estruturam e direcionam o trabalho da educação Ambiental no


Brasil […] não ocorreu a contento, fato que reflete no âmbito escolar, uma vez
que, apesar da tentativa de implementação da Educação Ambiental nos
Currículos escolares pressupondo a sua imediata e adequada implementação,
não ocorreu como esperado” (Gouvêa, 2004. Apud Liotti, 2015, p. 3576)

Além disso, a autora aproveita o momento de crítica para reforçar:

“Ressalta-se aqui a importância do papel da escola como o cerne das


transformações sociais […] Tal impotância é decorrente das ações do coletivo
escolar, que no contexto atual, vem sendo reforçada devido à sua importância
como elemento essencial nos processos de reação social referentes aos
inúmeros desafios sociais contemporâneos, inclusive à demanda ambiental.” (p.
3576)

De acordo Torales (2013, p. 03)

“Um dos primeiros debates que surgiram, em relação à incorporação da


Educação Ambiental nos currículos escolares foi a forma e o modelo pelos
quais esse processo se efetivaria […] destacando três fundamentalmente […] o
interdisciplinar, o multidiscipliar e o transversal” (apud LIOTTI 2015, p.3578)
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“ Assim, nessa perspectiva, poder-se-ia admitir que os temas transversais


possibilitariam a “ aproximação entre os conhecimentos científicos, já que abordam
temáticas que se constituem como preocupações sociais contemporâneas” (TORALES,
2013, p.4 apud LIOTTI, 2015, p. 3578)

Liotti nos mostra também a perspectiva de Amaral (p.3579) que, a partir de seus
estudos organizou a ideia de Educação Ambiental desenvolvidas nos currículos e
separou em sete modalidades de ensino, sendo Elemento complementar, Elemento
suplementar, Elemento gerador, lemento de unidade programática, Elemento
transversal, Elemento essencial e Elemento implícito.

Sobre os modelos de Amaral (2003) e Torales (2013), a autora ressalta:

“Apesar de serem perspectivas diferentes […] estas posições acerca da


presença da Educação Ambiental nos currículos têm princípios comuns
indicando que as concepções neste campo de conhecimento apresentam-se
ainda atreladas a um sistema não eficiente de gestão pública, […] para que seja
desenvolvida uma proposta de escola como espaço educador sustentável, se
faz necessário a articulação de […] espaço físico, currículo e gestão, além de
envolver […] toda a comunidade escolar” (p.3.580)

“Salienta-se também a necessidade de que o Estado assuma o seu papel de


gerenciador e efetive o programa de educação ambiental, no sentido de fortalecer a
política que rege as ações ambientais” (p. 3581)

“ […] Somente vamos construir uma Educação Ambiental ttransformadora […]


se houver o desenvolvimento de um currículo numa dimensão processual que
propicie diferenças nas práticas dos professores e em seu planejamento […] a
qualidade dos programas de Educação Ambiental acontecerá pela
implementação efetiva de Legislações que focalizem fundamentalmente as
relações entre s práticas pedagógicas e o currículo escolar.” (p. 3582)

CONSIDERAÇÕES
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O artigo apresenta uma crítica ao currículo ambiental escolar, mostrando que houveram
avanços, porém a educação brasileira não está nem perto de se ter um programa de
educação ambiental realmente inovador e eficiente. Podemos observar isso quando
analisamos atentamente o currículo escolar do ensino fundamental, é possível notar
que quase não se fala sobre o meio ambiente, e a Educação Ambiental é dada de
forma muito superficial, (geralmente com ensinamentos simples como separar o lixo de
forma correta, fechar a torneira quando estiver escovando os dentes e lavando a louça,
apagar a luz ao sair do cômodo, etc.) E a maioria dos indivíduos acreditam que isso
realmente é a “educação ambiental por inteiro” enquanto pessoas graduadas e que
fazem curso que envolvem em seu currículo a parte ambiental sabem que isso
reprensenta apenas uma pequena parcela do que realmente é a Educação Ambiental.

O objetivo do Trabalho de conclusão de curso é justamente mostrar que educação


Ambiental vai muito além do que as pessoas estão acostumadas a aprender nas
escolas, e a autora mostra isso em seu artigo. Utilizando ele como exemplo e base
poderemos despertar a curiosidade do leitor e espalhar o conhecimento, para que
possamos não só melhorar o presente, mas cosntruir um futuro mais consciente.

INDICAÇÕES DA OBRA

A obra é indicada para toda a comunidade escolar, principalmente para os professores,


para que eles possam entender sua impotância na prática educativa e no
amadurecimento em relações as questões ambientais, repensando o desenvolvimento
do currículo e promovendo uma Educação Ambiental transformadora. Também é
indicada para membros do Estado, para que possam contribuir com uma grande
mudança, principalmente na implantação de Legislações eficazes que focrtalerão as
políticas que permeiam as questões ambientais.

LOCAL

Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/18678_7738.pdf


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