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Escola de Gestão, Hotelaria e Turismo

Universidade do Algarve

Conceitos de Base de Dados

Autor………Cidália Paço

2023/2023

(cpaco@ualg.pt)
Índice
O Definição de Sistemas de Informação (SI)
O Evolução dos SI
O Fases de Desenvolvimento de um SI
O Concepção de um SI
O Modelo Entidade-Associação
O Modelo Hierárquico
O Modelo em Rede
O Modelo Relacional
O Normalização
O Segurança e Restrições de integridade
Curso de Gestão
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Sistema de Informação:
Definição
O “Sistema capaz de recolher, armazenar, tratar e
fornecer informação”. (genérico)

O Exemplos:
O “conjunto formado por um arquivo suportado em papel, o processo de
recolha, actualização e divulgação usando meios convencionais
(circulação de papel, telefone,...) operado por funcionários
administrativos”

O “sofisticado arquivo residente em computador composto por uma ou


várias Bases de Dados, assistido por instrumentos de Interacção
Homem-Máquina (interface) e incluindo diversas Aplicações para
tratamento e selecção da informação residente.”

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Fases de Desenvolvimento
de Sistemas de Informação
O Não se pode partir para a criação de um SI sem
uma noção precisa e rigorosa do que se
pretende desenvolver.
O As fases de desenvolvimento de um sistema de
informação são:
O resultado da Fase de Análise e da Fase de
O Análise Desenho é designado por Especificação.
O Desenho
O Realização O conjunto constituído pela Fase de Realização
e pela Fase Implantação é designado por
O Implantação Concepção do SI.
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Modelos e concepção
O Modelo Conceptual: Modelo lógico que descreve a realidade
de forma abstracta.
O Modelo de base de dados: Descrição lógica dos objectos e das
relações entre eles, de modo a poderem ser estruturados
numa BD e como tal, processados informaticamente.
O Necessidade: Transformar o modelo conceptual num modelo
de dados suportado pelo Sistema de Gestão de Base de
Dados (SGBD) a utilizar, isto é, codificar e organizar os dados
de situações reais para estruturas informáticas.

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SGBD:
Definição
Os Sistemas de Base de Dados (SBD) são constituídos por:
O Bases de Dados (BD) e
O Sistema de Gestão de Base de Dados (SGBD).

O SGBD é uma aplicação que controla a informação armazenada na


BD e fornece o interface da mesma com os programas
aplicacionais.
O Permite:

O Actualização e manutenção da informação;


O Consulta da informação no écran ou impressora;
O Localização rápida da informação;
O Realização de cálculos estatísticos;
O ...

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Modelos de Dados
 Lógico Baseados em Objectos
O Modelo Entidade-Associação ou Entidade-Relação ou
Entidade-Relacionamento (1976 - Chen)
O Modelo Infolog (1983 e 1984 - Sernadas)
O ...
 Lógico Baseados em Registos
O Modelo Hierárquico
O Modelo em Rede
O Modelo Relacional (1970 - Codd)
O ... Existem vários modelos de desenho de BD que estão agrupados em 3
grupos:
 Modelos de dados físicos
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Modelos Lógicos baseados em
objetos
O São utilizados para descrever dados ao nível conceptual e
aplicacional;
O São caracterizados por fornecerem possibilidades de
estruturação flexíveis e permitir restrições de dados de
forma explícita.
O Modelos mais conhecidos:
O Modelo Entidade-Associação (mais utilizado; será
estudado);
O Modelo Binário;
O Modelo de dados semântico;
O Modelo Infolog;
O Modelo de dados funcional.
Modelo Entidade – Associação (EA)
Modelo Entidade – Relação (ER)
Modelo Entidade – Relacionamento (ER)
 Procura criar uma simulação da realidade!!
O Descrevendo a realidade em termos de uma colecção de
objectos (entidades) e das relações entre os objectos
(associações).
O Este modelo baseia-se na Teoria da Normalização e foi proposto
por Chen em 1976.

 Conceitos: Entidade, Associação (Relação) e Atributo.

O Exemplo:
O Numa Universidade temos as entidades: Professores, Alunos,
Disciplinas, ....
O As associações (relações) são estabelecidas por consequência
da vida académica.
O Os atributos descrevem as entidades e as associações
(relações).
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Modelo EA:
Entidades
O Entidades: conjunto de objectos do mesmo tipo acerca dos
quais se pretende recolher e registar informação;
O Representam elementos de natureza física (aluno) ou de
natureza imaterial (conceitos, exames,...)

N.º Nome Propina


112 Ana Sofia da Cunha 350 €
113 Pedro da Silva 450 €
114 Rute Ramos 500 €

Entidade: Alunos
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Modelo EA:
Associações / Relações
 Representam os relacionamentos existentes entre
os elementos das várias entidades.

Alunos Matrícula Disciplinas

 A colecção de associações é denominada por conjunto de


associações (palavra isolada associações substitui conjunto
de associações).
 As linhas interligam as entidades associadas à associação.
 Outro exemplo de uma associação entre alunos e disciplinas é
através da realização de exames. 11
Modelo EA:
Aridade das Associações
 Número n de entidades que participam na
associação:
O Unárias - Associação entre uma entidade e ela própria.
O Binárias - Associação entre duas entidades.
O Ternárias - Associação entre três entidades.
O N-árias - Associação entre n-entidades.

Uma associação com aridade n (associação n-ária) permite captar as


relações existentes entre as n entidades que participam na relação!!

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Modelo EA:
Exemplos de Aridade CIDADÃO

O Sistema de Informação do registo civil


casamento
em que se pretende saber a
identidade dos cidadãos casados.

O Sistema de Informação de Filmes em partic


ATOR FILM
que se pretende conhecer eventuais ipa E
participações de atores em
determinados filmes.

O Sistema de Informação de Filmes em ATOR participa FILME


que se pretende conhecer eventuais
participações de atores em
determinados filmes realizados por
determinados realizadores. REALIZADOR
Modelo EA:
Atributos
O Atributos são os diferentes elementos ou itens que caracterizam
determinada entidade ou relação, i.e., descrevem as suas
propriedades.
nome
nome
N.º

n n
Aluno Disciplina

morada
data

 Representação gráfica de uma Relação, onde as entidades e a


relação têm atributos próprios:

ou

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Modelo EA:
Exemplo de Entidade e Atributos
O Atributos da entidade Empregado:
O Nome
O Naturalidade Atributos Dados
O Estado Civil Nome: João da Silva
Naturalidade: Lisboa
O Data Nascimento Estado Civil: Solteiro Atributos Dados
Data Nascimento 12-09-76 Nome: Rute Ramos
O Data de Admissão Data Admissão: 12-09-98 Naturalidade: Faro
Casada
O Vencimento Vencimento 390000 Estado Civil:
Data Nascimento 12-07-65
Data Admissão: 12-09-98
Vencimento 390000

O Mesmos atributos e dados diferentes.


O Podem existir mais atributos que
caracterizam a entidade.
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Modelo EA:
Domínio do atributo
O Conjunto de todos os valores que o atributo pode assumir: domínio.
Só serão válidos os valores de atributos que pertençam ao domínio definido para esse
atributo.
O Exemplo de domínios para uma Entidade CONTRATOS:
Atributos Domínio Observações
N.º Conjunto de todos os nº Impede o registo de valores negativos
Contrato inteiros não negativos ou de valores que não sejam
registados exclusivamente por nºs.
Data Conjunto de todas as datas Impede o registo de um contrato com
num formato estabelecido, data posterior à data do dia em que é
mas não posteriores à data de feito o registo (data actual).
registo.
Montante Valor não negativo Impede o registo de letras ou valores
representando uma quantia negativos.
expressa numa determinada
unidade monetária.

O A cada atributo está associado um domínio.


O Um domínio não pode ser formado por um conjunto de subconjuntos!!!
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Modelo EA:
Atributos elementares e compostos
 Atributos elementares
O São atributos constituídos por elementos que
representam a mais pequena parcela de
informação que possua um sentido próprio no
contexto do Sistema de Informação.
O Exemplo: Data Nascimento (se é mais dividida pode perder o
significado), altura, nº de contribuinte, …

 Atributos compostos
O São atributos que podem ser subdivididos em
dois ou mais atributos elementares.
O Exemplo: Nome completo de uma pessoa (nome, apelido, outros
nomes), Morada de um empregado (rua, bloco, código postal,
localidade), …

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Modelo EA:
Atributos identificadores (Chaves)
 Atributos identificadores (Chaves)
Cada elemento de uma entidade representa um objecto com uma identificação
própria no mundo real  Um objecto identificável.

O conjunto dos atributos definidos para uma entidade deve incluir pelo menos
um atributo que identifique de forma única cada elemento dessa entidade.
Exemplo: entidade EMPREGADOS:
N.º nome
O N.º (único campo que não pode ser duplicado)
O Nome
O Dt Nasc
O Dt Admi Empregados
O Venci

O Outra representação: Dt nas Venci


Dt admi
EMPREGADOS(N.º, nome , dt nasc, dt admi, venci)
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Modelo EA:
Multiplicidade das Associações
 As relações são classificadas quanto à sua
multiplicidade:
O Relações de um-para-um (1:1)
O Exemplo: Um aluno de mestrado efectua uma só tese e cada tese só tem um aluno como autor.
1 1
Aluno Tese

O Relações de um-para-muitos (1:N)


O Exemplo: Cada disciplina é da responsabilidade de um núcleo, mas cada núcleo é responsável por
mais do que uma disciplina.
1 n
Núcleo Disciplina

O Relações de muitos-para-muitos (N:N)


O Exemplo: Um aluno pode matricular-se em várias disciplinas e cada disciplina poderá receber as
inscrições de vários alunos.
n n
Aluno Disciplina
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Modelo EA:
Entidade Obrigatória
O Uma entidade é obrigatória numa
associação quando todos os elementos
dessa entidade tiverem obrigatoriamente
que participar na relação.
O Exemplo:

O Uma empresa decidiu criar um Fundo de Pensões e estuda a


forma de registar na base de dados a relação entre os
empregados e o Fundo.
O
Que hipóteses se colocam?
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Modelo EA:
Hipóteses da Obrigatoriedade
 Hipótese 1:
O Todos os empregados participam no fundo de
pensões e só é permitida a participação de
empregados.
1 1
Empregados Associados

O A relação é de 1:1,
O Cada elemento da entidade Empregados está associado a um elemento
da entidade Associados ao Fundo de Pensões,
O Mas, é imposto que todos os empregados sejam associados e que
todos os associados sejam empregados,
 Ambas as entidades são obrigatórias.
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Modelo EA:
Hipóteses da Obrigatoriedade
 Hipótese 2:
O Todos os empregados são obrigatoriamente
associados, mas o Fundo é aberto à participação de
não empregados.
1 1
Empregados Associados

O A relação é de 1:1,
O Cada elemento da entidade Empregados está associado a um
elemento da entidade de Associados ao Fundo de Pensões,
O Mas, podem existir associados que não são funcionários da empresa.

 Apenas a entidade Empregados é obrigatória.

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Modelo EA:
Hipóteses da Obrigatoriedade
 Hipótese 3:
O A participação no fundo é livre para os empregados e o
Fundo é aberto à participação de não empregados.
1 1
Empregados Associados

O A relação é de 1:1,
O Pode haver elementos da entidade Empregados que não participam na
relação.
O E, podem existir associados que não são funcionários da empresa.

 Nenhuma entidade é obrigatória.

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Modelo EA:
Resumo dos Conceitos associados
 Entidades
O Entidade Obrigatória

 Relação ou Associação
O Aridade
O Multiplicidade (1:1; 1:n; n:n)

Uma relação com


 Atributo atributos
próprios pode ser
O Domínio
representada por:
O Atributo Composto
O Atributo Elementar
O Atributo Identificador (Chave)

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Modelo EA: Exercícios (1)
1. Num Sistema de Informação para identificação de veículos, são relevantes os
veículos e os proprietários. Um proprietário pode possuir mais do que um veículo e
um veículo pode ser propriedade de mais que um proprietário. Os veículos são
identificados pela respetiva matrícula e são caracterizados pela marca, cor e modelo.
Os proprietários são identificados pelo n.º de contribuinte e possuem ainda nome,
morada, data de nascimento e sexo. Os veículos possuem obrigatoriamente um
motor o qual é identificado pelo nº do motor e é caracterizado ainda pela cilindrada
e tipo de combustível. Desenhe um Modelo EA e apresente separadamente cada
entidade com os respetivos atributos.

2. Num sistema de Informação Bancário são relevantes os clientes e as suas contas.


Um cliente pode ser titular de várias contas e uma conta pode ter mais de um titular.
A entidade Cliente é caracterizada pelo Nº de Contribuinte, Nome, Rua e código
postal. A entidade Conta é caracterizada pelo nº Conta e pelo saldo. No registo de
Clientes por Conta é importante saber a data do último saldo. Para cada conta são
registados os movimentos de Conta, que são caracterizados por Nº Movimento, Data
e Valor. Desenhe o diagrama EA.

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Modelo EA: Exercícios (2)
3. Altere o diagrama obtido no exercício anterior (2.) considerando que:
 A instituição bancária em causa possui funcionários caracterizados de forma única
pelo nº de funcionário, e detêm ainda um nome, nº de extensão e nº telefone de
casa;
 Os funcionários ocupam escalões salariais que são caracterizados univocamente
pelo nº escalão e têm ainda a descrição e o salário associado;
 Os movimentos podem ser da responsabilidade de um funcionário ou então têm
origem em sistemas automáticos ou externos à instituição;
 Uma conta pertence a um só agência sendo esta caracterizada pelo código de
balcão e detendo ainda a sua designação;
 Um funcionário não trabalha obrigatoriamente numa agência (pode estar destacado
de um departamento central), podendo existir agências que não têm funcionários
associados;
 Uma agência é gerida obrigatoriamente por um único gerente (para todos os
efeitos um gerente é um funcionário que exerce essa função...) que não pode ser
gerente de mais nenhum balcão.

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Modelo EA: Exercícios (3)
5. A empresa fictícia Linha e Anzol opera no sector pesqueiro e possui uma frota
constituída por dezenas de barcos. Pretende-se obter o diagrama EA deste sistema
de informação, sabendo que:
 É indispensável existir uma relação dos barcos, que são caracterizados univocamente pela
sua matrícula (2 letras + 8 dígitos) e detêm ainda um nome, um peso (em Kg) e um tipo
(alto-mar, costa, ...);
 Interessa guardar o nº de funcionário (único), o nome, a morada completa, o nº de
telefone e o salário de cada tripulante;
 De entre os tripulantes, existe um que é responsável pelo barco e que é designado por
mestre;
 O sistema deve possuir uma relação das espécies de peixe a pescar caracterizados
univocamente pelo nº de espécie e conter a sua denominação (carapau, sardinha,
besugo, bacalhau, ...);
 Cada pescaria diz respeito a um único barco e caracteriza-se por um nº identificador único
e deve ainda guardar a data da sua realização;
 Em cada pescaria é apanhada uma determinada quantidade (em Kg) de cada espécie que
interessa guardar;
 O sistema deve guardar a relação dos tripulantes que são membros do sindicato e os
respectivos dados caracterizados pelo nº de associado e dos quais fazem parte ainda a
data de filiação e a quota mensal.
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Exercícios do Modelo EA
(4)
5 Desenhe o modelo Entidade-Associação que permita implementar um
Sistema de Informação associado a um grupo hoteleiro.
O O grupo deseja registar informação sobre os hotéis, os quartos, os clientes, os empregados e os tipos de
quarto. Sobre os hotéis interessa guardar a designação, a morada, o número de telefone e o número de
estrelas. Cada hotel possui vários quartos e cada quarto pertence a um tipo. Sobre os quartos interessa
guardar a designação e se estão ativos. Sobre os tipos de quarto importa guardar a designação. Num hotel
podem trabalhar vários empregados, mas um empregado pertence apenas a um hotel. Todos os hotéis têm
de ter empregados e todos os empregados têm de estar atribuídos a um hotel. Cada hotel tem um diretor,
escolhido de entre os seus empregados e um diretor apenas pode ser diretor de um hotel. Cada quarto
tem de ser da responsabilidade de um empregado, o qual pode ser responsável por vários quartos. Um
cliente pode reservar vários quartos e um quarto pode ser reservado por vários clientes, mas em datas
diferentes. É necessário guardar a data da dormida e a data da reserva. Para os clientes e empregados
interessa guardar o nome, morada, telefone, data de nascimento e NIF.

O Defina o diagrama Entidade – Associação do sistema, apresente a chave, os atributos, multiplicidade e a


obrigatoriedade das entidades.
Modelos Lógicos com base em
registo
O Usados para modelar dados aos níveis conceptual e
aplicacional.
O Usados para especificar a lógica global da BD e
fornecer uma descrição de alto nível da
implementação dessa BD.
O Modelos mais conhecidos:
O Modelo relacional (mais utilizado; será estudado);
O Modelo em rede;
O Modelo hierárquico.
Modelo Infolog
 Modelo desenvolvido por Sernadas entre
1983 e 1984. O nível de abstracção é
idêntico ao do modelo entidade-
associação.
O Este modelo permite captar aspectos estruturais e aspectos
dinâmicos.
O Pressupõem a troca de mensagens entre sistemas.

O Conceitos principais:
O Arquétipo representante (já inclui as propriedades do representante, ex: aluno);
O Arquétipo relação (associação entre dois representantes (n:n));
O Arquétipo característica (entidade fraca);
O Arquétipo particularização (sub-classe de uma classe ex: aluno de mestrado da classe
alunos) e
O Arquétipo agregação (ex: um monitor é do tipo representante aluno e do tipo representante
professor).

Curso de Gestão / Assessoria - Sistemas de Informação 2022-


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Modelo Hierárquico
O Modelo que tem por base o estabelecimento de
níveis (hierarquias) entre os diferentes campos de
informação de um registo.
 (Raiz da Árvore)

Nº Aluno Nome Morada CPostal Nº Aluno Nome Morada CPostal

676767 Rute Ramos Pátio da Alegria,15 8000 FARO 345543 José Nunes Rua Nascente, 78 8000 FARO

Disciplina Nota Disciplina Nota Disciplina Nota


Exemplo:
Inglês 12 Estatística 15 Inglês 12
Consultar as
notas de Inglês
de todos os
Desvantagens: alunos.
Estrutura muito rígida, dispêndio de tempo na procura de
informação, dados incoerentes resultantes de actualizações,
desperdício de espaço e só pode ter multiplicidade 1:1 e 1:n.
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Modelo em Rede
 É uma extensão do Modelo Hierárquico que permite que um registe
participe em múltiplas relações (elimina o conceito de hierarquia).
C.Turismo
C. Gestão Rute Ramos

Nuno Lago

S. Informação Informática Inglês

O Desvantagens:
Estrutura mais flexível (um registo do nível também pode estar ligado a um registo do
nível inferior),
Estrutura de dados e realização muito complexa,
Alterações de programas eram tão complicadas que implicavam a elaboração de novos,
Muito complicado manter a coerência dos dados na reorganização dos mesmos.
Nota:
O alunos apenas
estão inscritos nas
Curso de Gestão disciplinas que ainda
2022-2023 - Cidália Paço (cpaco@ualg.pt) não foram aprovados. 32
Modelo Relacional:
Conceitos
 No Modelo Relacional, os dados e as relações entre si são
representados ao nível lógico por uma colecção de tabelas de
dupla entrada (linhas e colunas).
 Conceitos: Relação / Tabela, Domínio e Atributo.
O Vantagens: Base teórica sólida baseada na teoria matemática das relações
entre conjuntos, estrutura de dados simples, poucos conceitos, independência
lógica e física dos dados, facilidade no desenvolvimento de aplicações,
performance, capacidade de crescimento, suporta base de dados distribuídas,
...
Exemplo: Considere-se o caso de um Aluno, com os atributos Número de Aluno, Nome, Localidade e
Data de Nascimento. Para determinado aluno teremos o conjunto de valores:
(676767,Rute Ramos, 8000 FARO, 12/07/65)
e para outro aluno: (252525,Pedro Silva, 1000 LISBOA, 14/09/70)
Para armazenar e organizar os vários conjuntos de uma entidade será utilizado uma Relação,
também designada por Tabela.
Baseado na Teoria de Conjuntos, surgiu em 1970 sob proposta de Codd.
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Modelo Relacional:
Tabelas / Relações
 Uma forma prática de organizar os dados relativos às várias
ocorrências de uma entidade consiste em criar uma tabela.
 Estrutura de uma tabela
O Nome: Identifica a entidade a que pertence os dados armazenados .
O Cabeçalho: Constituído pelo nome dos vários atributos .
O Linhas: Contém os valores associados aos atributos de cada elemento da entidade (Registos).
O Colunas: Cada coluna contém os valores de um atributo dos vários elementos que integram a
entidade (Campos).
Campo/Atributo/Coluna
Tabela:ALUNOS

Nº Aluno Nome Localidade Dt Nasc. Cabeçalho/Registo Cabeçalho


676767 Rute Ramos 8000 FARO 12-07-1965
Registo/Linha/Tuplo (tupple)
252525 Pedro Silva 1000 Lisboa 14-09-1967
111111 Ana Santos 8000 FARO 01-01-1966

NOME DA TABELA(Campo1, Campo2, ..., Campo n) ALUNOS(NºAluno,Nome, Localidade, Dt Nasc.)


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Modelo Relacional:
Relações
O Conceitos associados à noção de Relação / Tabela do Modelo
Relacional:
O Uma tabela é definida como um conjunto especial formado por registos e
por um conjunto de atributos.
O O número de registos representa a cardinalidade da relação.
O O número de atributos representa o grau da relação.
O Cada atributo tem associado um domínio, constituído pelo conjunto dos
valores que o atributo pode assumir.
O Propriedades de uma Relação / Tabela:
O Não podem existir linhas duplicadas; Conceptualmente, tabelas e relações
O A ordem das linhas não é significativa; são distintas. No entanto e por motivos
O Cada coluna tem um nome único e que se prendem com a documentação
O Cada Tabela tem um nome único. recomendada, vão utilizar-se os dois
termos indistintamente no modelo
relacional.
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Modelo Relacional:
Chaves
O Na modelização de dados é importante especificar como as
tabelas serão diferenciadas. Mas, a diferenciação tem de ser
realizada em termos dos seus atributos.
O Então, em cada tabela é necessário encontrar atributo(s)
identificador(es) - Chave(s)

O Chave Candidata: Combinação mínima de atributos identificadores,


eventualmente um só. Podem existir várias chaves candidatas.
O Chave Primária: A chave candidata escolhida do conjunto de candidatas.
O Chave Externa ou Estrangeira: Chave primária da tabela relacionada.
São a materialização da interligação entre duas relações.

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Modelo Relacional:
Exemplos de Chaves
O I - Sistema de Informação associado a uma empresa.

O FORNECEDORES (nºfornecedor, empresa, localidade, contacto)


O PRODUTOS (nºproduto, nome, preço, stock,…)

Distribuem
n n
Fornecedores Produtos

O II - Sistema de Informação associado a um Clube de Futebol.


O JOGOS (id_jogo, estádio, Equipa Adversária, Data,...)
O JOGADORES (id_jogador, nome, data_nasc,...)
O PARTICIPAÇÕES (id_jogo, id_jogador, golos, cartõesverm, ...)

Participações
n n
Jogos Jogadores

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Modelo Relacional:
Restrições de
O Integridade Referencial
Integridade
O Regra: O valor de uma chave externa tem de existir na tabela a que
esse valor faz referência.
O Exemplo: Não se pode encomendar um produto que não existe,
não pode ser registado numa encomenda um cliente que não
existe.
O Integridade de Entidades
O Regra: Nenhuma entidade (tabela) pode apresentar valores nulos
no atributo identificador.
O Exemplo: Um produto não pode ficar sem um número e um cliente
também não pode ficar sem um nºcliente.

Nota: Um valor nulo não significa um valor igual a zero, mas que não foi especificado
valor.
Atenção: Domínio de um atributo, também pode ser
referido como Integridade de domínio.
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Modelo Relacional:
Resumo dos conceitos
O Tabelas / Relações
O Estrutura
O Propriedades
O Grau
O Cardinalidade
O Domínio

O Chaves
O Primárias
O Candidatas
O Externas ou Estrangeiras

O Restrições de Integridade
O Integridade referencial
O Integridade de entidade

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Modelo Relacional:
a teoria e a realização prática
 Existem por vezes diferenças entre o modelo teórico e a implementação:
O Para a utilização informática das estruturas de dados é necessário realizar
algumas conversões para se desenvolver a BD associada;
O BD são criadas e mantidas pelos SGBDs que é software utilizado para
efectuar a gestão das BD;
O Um SGBD suporta uma determinada estrutura de dados e a BD tem ser
especificada em termos dessa estrutura de dados;
O É necessário converter o modelo Entidade-Associação ou o Relacional numa
estrutura de dados suportada pelo SGBD. A conversão mais simples é para
os SGBDs que suportam estruturas relacionais: designados por ema de
Gestão de Base de Dados Relacional (SGBDR).
O Será obtido um Modelo de Dados que reflectirá alterações para aplicação
às Bases de Dados Relacionais;
O O modelo Relacional detém uma estrutura próxima da suportada pelos
Sistemas de Gestão de Bases de Dados Relacionais.
Curso de Gestão
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Derivação do Modelo EA
para o Modelo Relacional
 Um sistema de informação representado pelo seu modelo Entidade-
Associação não é directamente realizado num SGBDR. É necessário que
se efectue uma derivação utilizando as seguintes regras mestras:
O Salvo em um caso bem definido, uma entidade dá origem a
uma relação/tabela no modelo relacional;
O O critério a aplicar a cada associação depende da sua aridade e
multiplicidade, bem como a obrigatoriedade das entidades
face a essa associação (detalhe nos próximos diapositivos);
O Qualquer associação que detenha atributos deve ser
representada por uma relação/tabela no modelo relacional;
O Cada atributo dá origem a um atributo/campo no modelo
relacional;
O As chaves das entidades serão chaves nas relações/tabelas no
modelo relacional correspondentes.
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41
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Derivação EA para Relacional:
Associações do tipo 1:1
O Uma associação entre duas entidades é do tipo 1:1 quando cada elemento de uma
entidade está associado (no máximo) com um elemento da outra entidade.
1 1
MÉDICOS ESPECIALIDADES

O Num determinado Centro de Saúde, existem vários Médicos e várias Especialidades. Mas, cada médico é
responsável por uma só especialidade e cada especialidade é da responsabilidade de um só médico. As
entidades Médicos e Especialidades dão origem às seguintes tabelas:
O MÉDICOS (id_medico, nome, idade,...)
O ESPECIALIDADES(especialidade, ...)

O A relação Médicos por Especialidade como se materializa numa tabela no Modelo Relacional dará origem à seguinte tabela:
O RESPONSÁVEL (id_medico, especialidade)
id_medico nome idade id_especialidade observações id_especialidade id_médico
pediatria pediatria 2
1 Rui Varela 34
ortopedia ortopedia 1
2 Luis vaz 45
clínica geral clínica geral 4
3 Figueiredo 36
4 Raquel 35
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Derivação EA para Relacional:
Derivação de associações 1:1
(ambas as entidades obrigatórias)
O Hipótese 1: Cada médico tem obrigatoriamente de ser responsável por
uma especialidade e cada especialidade tem obrigatoriamente de ser
da responsabilidade de um médico diferente existente no Centro.
MÉDICOS 1 1
ESPECIALIDADES

O As entidades Médicos e Especialidades dão origem às seguintes tabelas:

MÉDICOS (id_medico, nome, idade,...)


ESPECIALIDADES (especialidade, observações, ...)

O Como todos os médicos têm uma especialidade e todas as especialidades estão a cargo
dos médicos do centro, não haverá nenhum médico sem especialidade nem nenhuma
especialidade sem médico BASTA UMA TABELA
MÉDICOS (id_medico, nome, idade, ..., especialidade, observações,..)
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43
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Derivação EA para Relacional:
Derivação de associações 1:1
(uma entidade é obrigatória)
O Hipótese 2: Cada médico tem obrigatoriamente de ter uma
especialidade a seu cargo, mas pode haver especialidades que não
estão a cargo de nenhum médico do centro.
MÉDICOS 1 1
ESPECIALIDADES

O Uma vez que todos os médicos têm a seu cargo uma especialidade, a relação
entre médicos e especialidades pode ser assegurada através da inserção de um
atributo especialidade na tabela médicos (entidade obrigatória) . A tabela
especialidades é necessária para registar as especialidades que não estão a
cargo de nenhum médico e a tabela MÉDICOS passaria a ser representada por:

MÉDICOS (id_medico, nome, idade, ..., especialidade)


ESPECIALIDADES (especialidade, observações, ...)

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Derivação EA para Relacional:
Derivação de associações 1:1
(nenhuma entidade é obrigatória)
O Hipótese 3: Um médico não é obrigado a ter a cargo uma especialidade e
uma especialidade não precisa de estar a cargo de um médico do centro.

MÉDICOS 1 1
ESPECIALIDADES
O As entidades Médicos e Especialidades dão origem às seguintes tabelas:

MÉDICOS (id_medico, nome, idade,...)


ESPECIALIDADES (especialidade, observações, ...)

O Neste caso, é necessário a criação de uma tabela própria para representar a relação.
Só dessa forma se pode evitar a ocorrência do nulos na tabela médicos.

RESPONSÁVEL (id_medico, especialidade)

O Nulos num atributo significa que esse atributo não é propriedade da entidade
(elemento, pessoa,...) que está a ser registada informação. Por isso deve ser evitado o
uso de atributos que vão conter valores nulos.
Curso de Gestão 45
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Derivação EA para Relacional:
Associações do tipo 1:n
O Uma relação entre duas entidades é do tipo 1:n quando um elemento de um
entidade está associado a vários elementos de uma segunda entidade, mas um
elemento da segunda entidade pode estar associado (no máximo) com um
elemento da outra entidade.
1 n
MÉDICOS DOENTES

O Num determinado Centro de Saúde, existem vários Médicos e vários Doentes. Cada médico
é responsável por vários doentes, mas cada doente apenas tem um médico de família.

O As entidades Médicos e Doentes dão origem às seguintes tabelas:

MÉDICOS (id_medico, nome, morada, telefone,...)


DOENTES (id_doente, nome, morada, idade, observações, ...)

O A relação Médicos por Doentes como se materializa numa tabela no Modelo Relacional
dará origem à seguinte tabela:

RESPONSÁVEL (id_doente, id_medico, data)

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Derivação EA para Relacional:
Derivação de associações 1:n
(ambas as entidades são obrigatórias)
O Hipótese 1: Cada doente tem obrigatoriamente um médico de família,
um médico só pode ser considerado se tiver doentes.
(Ambas as entidades são obrigatórias)

MÉDICOS 1 n
DOENTES

O Como todos os médicos terão pelo menos um doente, e todos os doentes terão um
médico não haverá nulos na tabela DOENTES a associação e a tabela DOENTES pode
ser convertida numa única tabela.

MÉDICOS (id_medico, nome, morada, telefone, ...)


DOENTES (id_doente, nome, morada, idade, observações, ..., id_medico)

O BASTA COLOCAR O IDENTIFICADOR DE MÉDICO NA TABELA DOENTES.


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Derivação EA para Relacional:
Derivação de associações 1:n
(a entidade do lado 1 é obrigatória)
O Hipótese 2: Todos os médicos têm obrigatoriamente que ser
responsáveis por pelo menos um doente, mas pode haver doentes que
não têm médico de família.
MÉDICOS 1 n
DOENTES

MÉDICOS (id_medico, nome, morada, telefone, ...)


DOENTES (id_doente, nome, morada, idade, observações, ...)
RESPONSÁVEL (id_medico, id_doente,)

O CONVENIENTE CRIAR A TABELA DA ASSOCIAÇÃO: evita a ocorrência de


nulos na tabela da entidade do lado n e permite registar atributos
próprios da relação (ex: criar um histórico).

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48
2022-2023 - Cidália Paço (cpaco@ualg.pt)
Derivação EA para Relacional:
Derivação de associações 1:n
(a entidade do lado n é obrigatória)
O Hipótese 3: Todos os doentes têm obrigatoriamente de ter um médico
de família do centro, mas pode haver médicos que não são
responsáveis por nenhum doente do centro. (Uma entidade é
obrigatória)

MÉDICOS 1 n
DOENTES

MÉDICOS (id_medico, nome, morada, telefone, ...)


DOENTES (id_doente, nome, morada, idade, observações, ..., id_médico)

O BASTA COLOCAR O IDENTIDICADOR DA ENTIDADE DO LADO 1 NA TABELA DA ENTIDADE


DO LADO N. Não ocorrerão nulos na chave estrangeira porque a entidade do lado n é
obrigatória.

O Curso de Gestão
49
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Derivação EA para Relacional:
Derivação de associações 1:n
(nenhuma entidade é obrigatória)
O Hipótese 4: Pode haver doentes que não têm médico de família e pode
haver médicos que não são responsáveis por nenhum doente do centro.

1 n
MÉDICOS
DOENTES

MÉDICOS (id_medico, nome, morada, telefone, ...)


DOENTES (id_doente, nome, morada, idade, observações, ...)
RESPONSÁVEL (id_medico, id_doente)

O RECOMENDÁVEL A CRIAÇÃO DE UMA TABELA DA PRÓPRIA ASSOCIAÇÃO: evita nulos.

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50
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Derivação EA para Relacional:
Derivação de associações n:n
(independentemente da obrigatoriedade)
O Uma relação entre duas entidades é do tipo n:n quando um elemento de uma
entidade está associado a vários elementos de uma segunda entidade, e cada
elemento da segunda entidade está associado com vários elementos da primeira
entidade.
n n
MÉDICOS ENFERMEIROS

O Num determinado Centro de Saúde, existem vários Médicos e vários ENFERMEIROS. cada
médico pode utilizar os serviços de vários enfermeiros e cada enfermeiro pode prestar serviço a
vários médicos.

MÉDICOS (id_medico, nome, morada, telefone,...)


ENFERMEIRO (id_enfermeiro, nome, idade, categoria,...)
MÉDICOS POR ENFERMEIROS (id_medico, id_enfermeiro, data, hora)

O As associações do tipo n:n obrigam sempre à criação de uma tabela que materializa a
associação.
Curso de Gestão
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2022-2023 - Cidália Paço (cpaco@ualg.pt)
Derivação EA para Relacional:
Derivação de associações de aridade
igual ou a 3
 Codd não previu no seu modelo inicial relações de
aridade 3 ou es com multiplicidade diferente de n:n:n.
 Contudo, para derivar para o modelo relacional as
associações de aridade igual ou a 3 aplica-se a regra
geral mencionada para relações binárias n:n:
O Uma relação/tabela para cada entidade;

O Uma relação/tabela para a associação;

O A chave da relação/tabela derivada da associação é uma


chave composta da qual fazem parte todos os
atributos/campos das chaves primárias de todas as
entidades envolvidas na associação.
Curso de Gestão
52
2022-2023 - Cidália Paço (cpaco@ualg.pt)
Derivação EA para Relacional:
Exemplo de derivação de associações de aridade igual
ou a 3
n n
Filmes Têm Realizadores

n
Actores

Tabelas resultantes:
Filmes (cod_filme, título, ano_prod, ...)
Realizadores (realizador_id, nome, idade, ...)
Actores (nºactor, nome, anos_exp, ...)
F_R_A (cod_filme, realizador_id, nºactor, ...)
Curso de Gestão / Assessoria - Sistemas de Informação 2022-
53
2023 - Cidália Paço (cpaco@ualg.pt)
Derivação do MEA para Modelo Relacional:
Resumo das Regras
Associações 1:1
O Ambas as entidades são obrigatórias  Uma tabela para representar as duas entidades e a
associação;
O Apenas uma das entidades é obrigatória  Acrescentar a chave primária de uma tabela como
chave estrangeira na outra.
O Nenhuma entidade é obrigatória  É necessário a terceira tabela para representar a
associação.

Associações 1:n
O As entidades são obrigatórias  Acrescentar a chave primária da entidade do lado 1 na tabela
do lado n (basta duas tabelas);
O A entidade do lado 1 é obrigatória  Criar a tabela da associação para evitar os valores nulos;
O A entidade do lado n é obrigatória  Acrescentar a chave primária da entidade no lado 1 na
tabela do lado n;
O Nenhuma entidade é obrigatória  É necessário a terceira tabela para representar a
associação.

Associações n:n
O É sempre obrigatório a criação da tabela referente à relação (3 tabelas).

Nota: A ligação entre entidade e associação é transformada numa ligação


entre tabelas através de campos comuns (chave primária e chave estrangeira).

Curso de Gestão
54
2022-2023 - Cidália Paço (cpaco@ualg.pt)
Derivação EA para Relacional:
Exercícios
1. Utilizando as regras de derivação mencionadas
nos diapositivos anteriores obtenha o modelo
relacional para cada um dos Modelos EA obtidos
nos seguintes exercícios:

a) Exercício 1;
b) Exercício 2;
c) Exercício 3;
d) Exercício 4;
e) Exercício 5.
Curso de Gestão / Assessoria - Sistemas de Informação 2022-
55
2023 - Cidália Paço (cpaco@ualg.pt)
SGBD:
Características e funções
O Características:
O Proporcionar um ambiente eficaz para armazenamento e
consulta da informação;
O Zelar pela segurança da informação;
O Independência entre as aplicações de cada utilizador;
O Garantir informação coerente.

O Responsável por:
O Gestão de ficheiros físicos;
O Garantia da integridade;
O Garantia de segurança;
O Recuperação/ Tolerância a Falhas;
O Controlo da Concorrência.
OCurso de Gestão
O5
O2022-2023 - Cidália Paço
6
(cpaco@ualg.pt)
SGBD:
Requisitos fundamentais
O Segurança - definição do perfil do utilizador .
O A que parte da informação pode aceder (nível vista);
O De que forma pode aceder aos dados (regras de autorização).

O Integridade: imposição de regras “Restrições de Integridade”.


O (inerentes à realidade do sistema e inerentes ao modelo de base de dados
utilizado).
O “Um funcionário não pode pertencer a mais do que um departamento”.
O “O número do Bilhete de Identidade tem de ser positivo”.

O Controlo da Concorrência: para controlar o acesso simultâneo de vários


utilizadores e de aplicações.
O Acesso sequencial, em cada momento apenas um utilizador ou aplicação acede a
determinado dado.

O Recuperação/Tolerância a Falhas,
O Backups: cópias de segurança executadas periodicamente abrangendo toda a BD:
O Transaction Logging: Armazena as transacções realizadas após o último backup.

OCurso de Gestão
O5
O2022-2023 - Cidália Paço
7
(cpaco@ualg.pt)
Projecto de base de dados
O projecto de uma base de dados deve ter sempre como
principais objectivos a atingir:
1. Permitir guardar na base de dados todos os dados
relevantes do sistema de informação;
2. Manter o número de tabelas reduzido a um mínimo,
sem detrimento do disposto no objectivo 1.;
3. Eliminar todos os dados redundantes;
4. Normalizar todas as tabelas até à forma normal que
se adeqúe ao projecto.
Nota: Verifica-se que, tal como mencionado anteriormente, os dados
redundantes são eliminados com a normalização. Assim, os pontos 3
e 4 são resolvidos num só.

Curso de Gestão
58
2022-2023 - Cidália Paço (cpaco@ualg.pt)
Projecto de base de dados
O Considerando os objectivos apresentados anteriormente,
pode considerar-se uma boa sequência para o projecto de
uma base de dados:
1. Obtenção do Modelo EA detalhado para o SI;
2. Obtenção do Modelo Relacional correspondente
utilizando as regras de derivação mencionadas
anteriormente;
3. Obtenção da versão final do Modelo Relacional através
da aplicação da normalização.
Nota 1: Verifica-se na prática que quanto mais detalhada e completa for a análise do problema
(obtenção do modelo EA) menor será o grau de normalização necessário.

Nota 2: Por vezes, quando o problema tem um grau de complexidade pequeno, pode obter-se
directamente uma relação/tabela no Modelo Relacional que conte com todos os atributos
importantes para a base de dados. A essa relação/tabela que está na 1FN chama-se relação
universal.
Curso de Gestão / Assessoria - Sistemas de Informação 2022-
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2023 - Cidália Paço (cpaco@ualg.pt)
Resumo - Fases de
Desenvolvimento de SIs
Não se pode partir para a criação de um SI sem uma noção precisa
e rigorosa do que se pretende desenvolver.

Análise
Identificação dos objectos e representá-los no Modelo Entidade-Associação.

Desenho
Conversão para o Modelo Relacional e aplicação da Normalização às tabelas.

 Realização
Desenvolvimento do SGBDR.

Implantação
Colocação do sistema desenvolvido no ambiente real de utilização.

Curso de Gestão
60
2022-2023 - Cidália Paço (cpaco@ualg.pt)
Projeto SIO
O Os SI são desenvolvidos para produzir informação para:
O Apoio à tomada de decisão,
O Controlo das organizações.

cpaco@ualg.pt - ESGHT 61
Projeto de SI

O Principais motivações para a construção de um SI para uma


Organização
O A deteção de um problema organizacional, ou a tentativa de melhoria de uma
determinada área funcional.
 Pode levar à contratação de uma equipa externa ou interna.
 Os projetos são iniciados por encomenda.
 Muito específicos não têm aplicação noutro tipo de contexto.
O Ex: Melhorar a Inscrição dos Alunos nas Turmas.

O A detecção de uma possível solução informática genérica para um problema


de tipo padrão.
 Desenvolvidos por empresas independentes na área de informática.
 Principal objetivo é o de criar lucro.
O Ex: Criar uma Agenda Eletrónica ou Gestão de Stocks.
cpaco@ualg.pt - ESGHT 62
Projeto de SI
 Escolha do SI mais eficaz
 É necessário definir critérios para controlar e avaliar as propostas de SI apresentadas, a nível de:

 Considerações do Projeto de SI - Preocupações com o cumprimento dentro do tempo e do custo.


 Ex: Qual o risco associado às estimativas feitas para o tempo e para o custo?

 Considerações Comerciais – Preocupações de comercialização.


 Ex: Os benefícios compensam em relação aos riscos do seu desenvolvimento?

 Análise Técnica – Preocupações com a escolha da tecnologia.


 Ex: Existem recursos técnicos suficientes e adequados?

 Avaliações da Fabricação - Preocupações com o espaço, equipamentos e qualidade.


 Ex: Existem instalações disponíveis? Serão suficientes?

 Aspetos Humanos - Preocupações com os funcionários, clientes e sociedade.


 Ex: O Cliente compreende e concorda com a configuração? Temos recursos humanos suficientes?

 Interfaces – Preocupações com a apresentação e comunicação da informação.


 Ex: A Interface é compreensível e apresenta resposta adequadas à necessidade dos gestores?

 Legais - Preocupações com o cumprimento da Lei.


 Ex: Existe proteção de propriedade e de privacidade dos clientes?
63

cpaco@ualg.pt - ESGHT
Ciclo de Vida de um SI
Projeto de SI Planeamento (Início)

Manutenção Desenvolvimento
O 1ª Fase: planeamento:
O A) Características do sistema de informação Implementação
(âmbito da informação = Fluxo, Conteúdo e Estrutura da Informação)
O B) Objectivo do sistema de informação
O C) Recolha da informação (Dados de input)
O D) Tratamento da informação recolhida
O E) Armazenamento da informação
O F) Produção de Outputs
O G) Definição da equipa
O H) Selecção do Software a utilizar no desenvolvimento do SI
Fluxo de Informação - Forma e direcção que os dados e o controlo se movem no
sistema.
 Ex: Matrículas  Inscrições  Pautas

Conteúdo da Informação – As várias peças que constituem os dados.


 Ex: O Salário da Maria é de 1.000,00 Euros.

Estrutura da Informação Organização dos dados (forma como são armazenados). 64


 Ex: Numa tabela.

cpaco@ualg.pt - ESGHT
Projeto de SI

O 2º Fase: Desenvolvimento
O A) Análise do sistema;
O Definição do diagrama de fluxo de informação;
O Modelação dos dados referentes aos sistema – MEA
O B) Desenho do sistema
O Modelo Relacional e derivação
O C) Realização do sistema
O Elaboração de todas as componentes e funcionalidades do SI
O Entrada de dados;
O Armazenamento de dados;
O Saída de dados.
O Mecanismos para a transformação de dados em informação.
O Definição do comportamento da aplicação - Diagrama de transição de estados ou
Hierarquia de Menus,
O D) Testes e validações do sistema:
O Verifica se os objectivos foram atingidos,
O Se não tem erros de realização ou de concepção, entre outros.

cpaco@ualg.pt - ESGHT 65
Projeto de SI

O 3ª Fase: Exploração
O Instalação do SI no local onde se destina;
O Carregados os dados reais,
O Acções de formação aos técnicos e aos utilizadores do sistema,
O Entrada em funcionamento do SI e serão efectuados os ajustes
finais.
O 4ª Fase: Manutenção
O A) Apoio aos utilizadores;
O B) São efectuadas actualizações e correcção de anomalias que
sejam detectadas no sistema;
O C) Produção de um relatório com a revisão do sistema e com o
que pode ser melhorado ou remodelado, que implicará um novo
planeamento da integração destas alterações no sistema já
existente.
cpaco@ualg.pt - ESGHT 66
Bibliografia
O Carriço, J. A. (1996) Desenho de Bases de Dados – CTI – Centro de
Tecnologias de Informação, Lisboa.
O Gouveia, L.B. (2001) Gestão da Informação, Universidade Fernando Pessoa,
Porto.
O Guerreiro, R. (2001) Sistemas de Informação, Escola Superior de Gestão,
Hotelaria e Turismo - Universidade do Algarve, Faro.
O Laudon, K.C. e Laudon, J.P. (2008) Management Information Systems – 11ª
ed., Pearson Education, Inc.
O Oliveira, A. (1994) O valor da Informação in Sistemas de Informação, nº2, pp.
39-56.
O Rascão, J. (2001) Sistemas de Informação para as Organizações, Edições
Sílabo, Lisboa.
O Ross, M. (2005) Information Systems Technology, Prentice Hall.
O Turban, E.; Rainer, R.K. e Potter, R. (2007) Introduction to Information
Technology, 3ª ed., John Wiley & Sons, Inc.
O Varajão, J, E. Q. (1998) A arquitectura da Gestão de Sistemas de Informação,
FCA - Editora de Informática, Lisboa.
cpaco@ualg.pt - ESGHT 67
Lista de Siglas
O SI - Sistema de Informação
O BD - Base de Dados
O TI - Tecnologia de Informação
O SBD - Sistema de Base de Dados
O SGBD - Sistema de gestão de base de Dados
O SGBDR - Sistema de gestão de base de Dados Relacional
O EA - Modelo Entidade-Associação
O ER - Modelo Entidade-Relação ou Modelo Entidade-
Relacionamento
O 1FN - 1ª Forma Normal
O 2FN - 2ª Forma Normal
O 3FN - 3ª Forma Normal

Curso de Gestão
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2022-2023 - Cidália Paço (cpaco@ualg.pt)
Bibliografia
O Principal:
O Tecnologia de Base de Dados
O Desenho de Base de Dados
José Luís Pereira
José António Carriço FCA - Editora
Colecção ISTEC
O Relational Database
C.J. Date
O Secundária: Addison-Wesley Publishing
O Relational Database Design Company
Igor T.Hawryskiewwycz
Prentice Hall O Introdução às Bases de Dados
Relacionais Oracle
Henrique Madeira
O Introdução aos Sistemas e Base de Instituto Pedro Nunes
Dados - Texto de Apoio
Rogério Carapuça
Instituto Técnico

Curso de Gestão
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