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‘Ainda que fosse dbvio que a terapia ericksoniana ndo conststisse unicamente em contar histérias eanedotas, 0 certo que um dos seus elementos fundamentais era 0 que eu denominei de ‘contos didaticos” Em 1979, pouco antes de morrer, Erickson autorizou-me a escrever um livro sobre esses contos que foram narrados por ele a seus pacientes ¢ alunos. Para aqueles que como eu acompanharam a obra de Erickson desde as décadas de 40 ¢ 50, era gratificante saber que ele finalmente havia sido reconhecido e que seus métodos técnicas poderiam beneficiar muito mais pessoas."” Sidney Rosen Uh n e2MINHA ‘VOZ TRA CONTIGO Sidney Rose Sidney Rosen MINHA Voz IRA CONTIGO Os contos didaticos de Milton H. Erickson EDITORIAL PSY 1997, Taw orginal em ings My voice wil 4003 you, ‘The aching Ioles af Son H, Exikson Sidney Raven. M. 0. 1982 W.W. Nori Co. Nova locsue.Londees 2 edgdo revisads ~ 1997 Traduca Rogério Raut Monte Baler Revit tenien ‘Jose Carlos Vitor Gomes CRP: 06/ 9160-5 cape Jose Carton Vitor Gomes Miro tasee Comercial Lida, ~ ME Coordenacdo eduorat ‘cella Caravien Temple ISBN: §5.854019-1 Dieetos serendos para a lingua porwisies Eudora Psy Lat. ‘caw Postal 89: CEP. (3001-970 ‘Campinas/Sao Paulo - Brasil hispid fa enereionet com br -eventos E-Mail eventoseorretonel comb Tel (019) 231-9955 APRESENTACAO Gate $, Eu, que piodacumente pr vere pro er Nad como odes ox tna de coe (eos E Shi torr congo dum dee. Deseotn Sion Ericka a mipaose der aman: participanda dai Eaparesso © sistiseipane no Estado Unie. Entre Cina, come! a comprar libs pa az taiim Entre oss eros que de Brekse tame eniqueerd a bblbtea do oreo cnt iain coe Gr Eackson ner 17041818) poneav-se geo ipa poder sugestlnae ws joo pase naa sua conscncise ssa vontade Opt wl nila Oe en ne a er rere rer re rerererererarenens ase. criado por Braid, médico nls (1785-1860), teve por inspiracio Hypnos, 0 deus de sonoma ritolgia ares Na déeada de 90, na Bscola de Nancy. na Franga, Lie bavi, Berhcim. Couée outrascomecaram a modiflear se oon cites inlclas da hipnose. Para cies o anse hipmotics ora lum estado normal e nao patoldgico. As madificacdes see vam por meio da imaginaréo, + as sugestoes eam neciens ‘apenas quando encontravam no hipnotizado wes aco interes 4 hipnose classiea © as inovages conceituats da Es. «ola de Nancy foram desenvoltdas pe Milton Erickaon {1901 19801, psiquiatra norte-amertcano, que passotia ser charac ite Pai da Hipnose Moderna, dada «importance» orgies lidade da sua obra Para Erickson, o estado de tase hipnético ¢ um es {ado psicobioldeieo de homenm. Quakuer momento de far. asia, cistracao ow prencupacdo que hos absorva & uss cn {ado hipmotico, Nesses momeniosestamos execistanio's ron 4 rotina automatieamente, ea nossa atengdo cate foccla zada no nosso interior. Ao final deases procestos, em geeel ‘ems uma visio nova sobre algo ou resolvemos algun pro. blema. A hipnoterapia. ou hipnose cinica, segune Eick s0n. € uma extensao cuidadosamente planejada de proces: 308 que ocorrem no cotidiano. Na utiizaeao clinica co teare se hipnotico ficamos mais receptivos i nosse experienela in emma, € as sugestees do terapenta sio diigidae para a ex ploragdo eo desenvolvimento desse potencial interior do onsetente de cada um de nos, ‘No decorrer de seu trabalho, Erickson muitas vezes el ‘minos& formalidade eos ituats da hisnese. usando conver Sas hipnoticas, onde contava historias que erenmtoceen mpactavam 9 ouvinte focado naguete elato, e functonavany {erapesiticamente como metaforas ds rensagem pretendida or Erickson, Os problemas de cada pactente ceterminavam um pla Aejamento especifico e tnico de trabalho. 0 qual veis bse ‘constituir na chamada terapia estrategica de ricison [ste livro trax exemplos magnifies ¢ ‘epica naturalista, de utilizacio das respos Goan eda dversdade eens fe seu trabal ddos por Erickson. O amago de dade diante da singularidade de cada indi ‘Sidney Rosen eseolheu. organizou ec ag historias didaticas de Erickson nao aper ‘ipule aplicado. mas como um mestre eonta por si mesmo. Marsa Margarida refers de Patetngs, pasorerapeuta smembro da Aeademis Paul PREFACIO A EDICAO BRASIL Pare Paul Watelawick dedieon seu iit Cha Belekson. o homem que cur eom as esses ‘anc Inve para demonsteare dacutir muito dos ‘Quals eave mestre da pelcoterapia eda hipno ‘il no snanejo dae palacras. (ano pare ensir Os leitores devera fear atentos para o ft tériaaaqui deseritas serem chamiadas de “60 ras didaticas” para terapeutas que siaham ¢ aioe do planeta sm peregrinacdo a Phoenix fnde devem ser vistas com preserigoes para o pavientes endo sio apresentadas como se Ex Bo taser euras milagrosas cx dez SessOes em Tas Mesmo porque mustos pacientes que art rerapeuttas ericksamlanos” ¢ serian capazes de prods As histo Gas para ajuder os terapeutas a melkorarem s Como erapeutas, By kot uma das pe3s6as a! [eio de conviver com Erickson e se forteme do pelas suas mensegens verbals e ndo-verbais. Minka re ceptvidade ampliow-se deride aa fatode que es Geava a maior parte da tempo em estado de hiper-receptividade por nos conheeido como "transe", E cada um de nds estava conven: ‘ido de que muitas das suas historias estavam dire cionadas ppessoalmente a nds. Uma consideragao desapaixonacis tor ina dbvio que. por causa do nosso estado de transe. devido 20 fato de estarmos com Erickson, reqientemente aplica mos essas historias aos nossos ineresses e necessidades Da mesma forma, ea oui de muitas pessoas que leram este iro, desde a sua publicapso orignal em 1982, que esi ples leitura de sas histinias fia com que Reassensaliiadas dle eventuals estados de anstedade depressoes de muitos © muitos anos. Eu erio que esse benelicio deriva no apenas da antes meneionada tendencia de e apar esta ou aquela his torta a alquem ov a uma situacao-em especial, mas do. fato de que ha verdadeiramente uma grande sabedoriavelculada por meto des. Além de tudo iso, Ertckson dedicou toda a sta longa carceira. de mais de eingdenia anos, an exame, 8 explo rapio ¢ experimentacdo de eaminhes e formas pars ajuda pessoas. Ble aprendeu e derenvolve recursos eletivos para fajudar as pessoas a utilizar seus proprios recursos intertores deautocura e sua capacidade de "aprendisagem inconscien- 1°. Blecita, por fm. a ese propostta: Sewort nso peer fazer Isto por voct. eu posso fazer por voce. Assim, € 0bvio que a terapta ¢ muto mais um recurso Interior do paciente do que tima conseqiaenesa de habiida des extraordinarias de um terapetta Detonar reetss0s po- sitvas ¢ ireqdentemente mais importante da que tentar dre nar efeitos negatives memérias. Alguém poderia ouvir as pessoas apenas o sufiiente para conseauir slgumas das suse deias, seu vorabulisi e concettos. Erickson nfo estava i teressadio nes nsighise nas assoctacies do paciente. Ele t nnha clara Seu objetwo, que era a de levar 6 paciente a ter uma visto pastiva sobre a vida e sobre st mesune, Quase toe fo resto era “lixo" que bem paderia serjogado na lata ‘ais proxima A matoria das intervengSes terapeuea: claborava esta exempliieada nestas historia {taticos. como, por exemplo. a teenies de sor ressignifieagao, comunicagaa em maltplos terspéutico da inguagem. incuindo homénim f, naturalmente, sugestoes indiretas. ‘A indugaa formal de transe nao ¢ 9 ma ‘nem mesmo as prescricdeae dircuvas, quande forma concentrada e intensa. podem ter 0 mes sugestées hipnéticas quando se trata de um pe Sir Nos sempre vemos Erickson abordande = Seu Universo de refertneias. er exemplo, um policial aposentado est do. Uma jovem religiosa que deu um arate &d vara sua fé em Deus. arias teorias foram publicadas sobre ¢ trahatho de Brickson 189 eficiente Haley esereveu sabre prescricao de sint tos. os naurotingotstns aceasta tmportat co direcionamento”. Rossi enfatiza © “prine 80". ou aque Erickson classiicava como sera Sizagem inconsciente do paciente. Eu public “O que torna a Cerapia erlcksoniana tio efiei Developing ercksonion therapy state of Ce ¢ por Zeige Lankton. Brunner/Mazel Nova for frtigo eu aborde varios dos elementos em cut tomar qualquer psicoterapia mais eficiente. fui levadoa me lembrar dos eomentarios de 1 ‘do as pessoas dizvam 4 ele 0 que acreditava Quando diziam que a bipnese era sugestio. to, regressao ete Erekson geralmente respor das ito [48 obeiamente muito ais. © 08 Ie tardo em descobrir alguns desses elemento Av esorever este 79, 0 que eu de fato historia de amor. & fico molto feliz em sabe {ox tho bem seeebido pelos eatudiosos de todos os paises do ‘mundo. mas eu fico mats feliz ainda em saber que a vidra de Brickson © outros membros de sta familia earam agea- ddecidos pela apresentacio que fizd trabalho de seu pal Sidney Rosen M.D. Nova lorque AEstelle, Je Com todo SUMARIO Presi. iw — 1 Moanoo a were neous Medan ADORE nwa Hesronus oct norwat — Baataete aaa Base Stoo 3, Coma so Tec mconsexesTe 4. Seoesriesoinens sera Saujena mpc irl : Earanas “ tunis eae : : Yo nee eo Saeco Pesan fcc A scremcx0 oss usiacors sane, ra ces = 7 are io lca desis de = Fora vo pare ar = i Stage oe eres 6 Recmouwneveso 38 ‘Arma ii cl Sa he 2. Avexoea cow 9 exoeimescts 3 ‘Cormar 04 morn vn. E Sena conc ae ‘Ouussoo cox est out ocesTE to. Ostia ana SAL a8 BIFERESES par dead Cindionaldece aeons ower = Aes Secs pace joquts do avec = z Realtones 15.0 essno 008 vatones& os scrooteennin 7 biog ae PREeFAcio PR Bees, Os crauvos ¢ encantadores conto didatt Erickson. as historias que ele contava ans seu queles que o procuravam para escutaclo, sents és. so extracrainarios exemplos da arte di Mattos dizem que eles nio merecem umm ugar oe paiguiatras, mito embara seu pronto se pico, ji que cles fazem parts de uma tradieao te-americana multo mais ampla: a do talento cj exemplo maior ¢ Mark Twain, ‘Ou falar pela primetra vez das surproer 'nhas de Eriekson quando comecet a traalliar ex compilador no MEd — Mental Research Insiute fm 1963. Naquela epoca euestava selecionanda rer publicada no ler Teeniaas de tropa fe mente cam ay Haley. Ele tinba gravado multas versas com Erickson efalava-me sobre ele contat dota apesa outa eeu apreciava:as com todo er Essa experiencia fol parte da minha iniciacao Lerapia familiar € teve uma grande repereuss Dezoito anos mals tarde, sentnine extremament ser convidado para prefaciar a compllagdo dos tieos de Erickson felta por Sidney Rosen. Descrever a maneira de trabahar de Brickson no € simples, porque ele e814 na linha divisdria entre 0 medieo «| (0 posta, entre o cientista e lirica. Por mats magnilicas que seJam as transcrigées dos seus seminarios. de alguma for: ma cles sempre nos deixam frustrados. Ocorre simplesmente ‘gae a palavra eserta ¢ ineapaz de transmuti as pausas e 03 ‘bites olhares. penetrantes ¢ expressivos, com que Erick son permeava seus ates endo consegue registrar seu per felto dominto dos diferentes tons de vor. Em resurso. a pa laura escrita nto consegue éar uma idéia de como Erickson insinavarse.ciante dos seus ouvintes, Sidney Rosen resolveu esse problema, ainda que eu ndo teaba certeza quanto ao grau de exito que ele alcancou. Na (qualidade de discipulo, colega ¢ amigo de Erickson. este 0 ‘scoiheu para preparar este lvro e, come de costume. a sua Untwicao estava certa¢ mats uma vee nao Lhe falhou. Rosen ‘emum eito multe pecullar de nos peyar pelas mos ede nos lnsiquar que Erickson esta ems nossa presenca e nao parece haver entre ele ens qualquer obstacule Uma ver visite 9 Sea World na Flérida e assist = uma, ‘exbicio mostranda o mundo sulsmarine:e public fieava sen: {ido mum local situado abasso do nivel do solo eseparade por tunividro de um grande tanque de padras. Agua era tio clara tC ransparente que os peixes que se aprosimavams do vidro pareciam estar futuando no ar. A leitara deste lo fo! uma experitncia semelhante para mim, porgue Rosen canseque fazer com que perceba ‘es 0 campo relacionall eo ambiente natural onde Erickson viviac trabathava. O primeira capitulo eameca com uma b> Sesvagdo de Erickson Rosen sobre a natureza do incons: Cente. Na medida em que Erickson vat adicionando aos seus ‘eltos aa reminiseécina, dadoa biograticos pessoas, ideas Cuninsas on stitutes quase nao-conveneionais. Roser tam= ‘bem apresenta pequenos comentarios sobre 0 seu encontro pessoal com Erickson, suas associagoes diante de algum re lato in particular ea forma come ele (Rosen) empregou es- sas historias no seu proprio trabalho como terapeula por sua vez, val explicanda as diversas técnicas que © toe exemplificam, Assim, © comentario de fnesino o cenarc relacional onde {ais relatos ¢ ‘Alem disso, em nentm momento Roser cescrevendo, mas sim falando, fazendo wm pati Erickson, e sew estilo 6 ageadivel ecordial. tismos. € multo objeivo. Deliberadamente 9 Cstabelece um marco bastante neutro como qs tar. sabre este fando. 0 colorido e 9 britho cricksonianaa, De qualguer forma, o feito ze ‘co de cada elemento em particular. Muito at cag Gecada anedata. este experiente hipnocera tose operador das téenieas de Enckson entre tum lio que &, de fata, um relato didaticn sol dates E interessante mencionar eomn sucgers 0 de Rosen a partir dos relatos de Erickson. t¢ txemplo @ prisieira parte do capitulo 3, “Cor feonscente". Comega cantando breverente. qt fhunidade em que Erickson teve que fazer umd proviso, ele disse asi mesmo que deveria €ond {ode dias experténeias aeumladas no inec (és dos anos. Rosen destaca o tema da confl pris poderes nconscientes ¢inelsi.cm seguid pha historia eom o titulo de “Nevisea”. que dade gira em onno de wna recordacio de inf, mento em que esta recordaao fol Implantads JNease rlato seguem-se outros dots sobre om blumo, Erickson conta-aos de quando ele tint teaitla néofalava, ¢ para. as pessoas que seme cate [ato a sua mae diaia: “Vat falar, quand mento.” Rosen interrompe aqui a serie de fe dizer esurnidamente, que esta # uma boa his tar aos pacientes que esiap aprenendy ant O relatos segutr ¢ espléndigo. Intute cos", Descreve a Epoea em que 0 over Enel ‘ros para pager os estudos, e auina ecastio, ‘a vender alguns a uum velho granjeira, die de se conven ccerseste Ihe disse que nao queria comprar irr algua e que fosse oferecer a outros. Num impuileo, Erickson pega alguns aravetos do chao e comeca a cocar as costas dos porcos que ‘© granjeiro estava alimentando naquele momento, No mes zo tnstante o granjeiro muda de opinida e resolve comprar 98 livros. porque. afirma ele. “wor# eabe como eogar pores” Em seguida, Rosen comenta a anedota e passa a des: cereveraoeasido cm que a escutou pes primeira vez Ble havin Perguntado a Erickson qual arazto deel t-lo esclhide para escrever o preficio do seu lio Hypnotherapy. Depots de expliear porque Erickson aerescentou: “Gosto da maneira ‘com vor! coca 9 poreos. Esse fragmeniodi-nos uma tata da bela estrutura des te live, Cada relate €tratado come ae fosse um objeto pre ios de uma colecdo, um objeto que esta coberto de toeor ddagdes. & Rosen divide com Ietoros diferentes significa dlos que esses objetos despertam nele corn pessoa e como beolissional. Se eu Fosse tao sagaz come aguele granteir ompraria o livre. Sidney Rosen sabe coma enear poscos yen Hopinan Instituto Ackerman de Terapia Farniliar Intropucao GAR pee, Nodia27 de marco de 1980. uma quint naram-me do mes escritério de Nova lorque p UUtan. onde estava esquiande na temporada oh nleando-me que Milton Erickson bavia fale Betty Erickson e liguet para cla imeaiatamen se que na sextaeira Erickson havia conchalda cursos semanais e autografado doze livros: n tHusse um pouco cansado 0 cia todo e no dom nha, repentinamente, deseo de respirar Het respiracao artificial econsegusu reanimi lo. ( paramédieos ajudowa leva-le para 6 hospital Seguiram aumentar sua pressio arterial (ewjo festava a 40}, em mesmo com injegoes de dor evidenciado que Erickson havia sofnde um “ct llaenosticado como wna inlecgso de estreptoe ‘se manifestou sob a forma de uma peritonite. ministradas grandes quantilades ce anise A numerosa ¢ muito devotada fami ¢ quatco filhos e quatro fihas. netos e bisneias sos lugares dos Estados Unidos e permanece ‘quanto estava emestado semicomatoso, Pelo (ou. provavelmente Brickson tenha morrida com auitas ve 2s disse que queria fazi-: sorridente, raceadh rodeado por fami liares © amigos. Estava entio com 78 anos de idade Perguntel a Betty onde seria os faneraise ela respon- ddeueme: “Nao se preocupe, Sid. Faremos apenas wana teu igo intima, Vace sabe, muitas pessoas esto plancjande lazer hhomenagens & memiria de Eriekson em diversas cidades co pats.” Por sorte pude chegar de carro alé o eroporta de Salt Lake City e ajar para Phoensx num voo direto.O elima quer: Lee ameno de Phoenis contrastava com o vento e0 lta das montanhas que acabava de deixar. {A rounido realmente fot intima. © corpo e Erickson fo cremado ¢ suas cinzas espalhadas pelo pico Squaw. perto da sua casa. Durante 4 cerimonia, quatro pessoas laltram: oltrey Zotg, Robert Pearson, Kay Thompson Ernest Rost Lembro-me das palavras finais de Pearson: Erickson dess Now sozinho o sistema psiquiitrice estabelecide e oesireme- fom. Ble, entretanto, nae ge deram conta. Rossi conta mh sonho que havia tide um pouco antes de receber a noticia da morte de Erickson e do qual despertou em lagrimas, Logo apo fuera, Betty disque tina algo para mins eram as caries trocacns ent Eston © Saleader Minchin. Ele hava conheedo pesoalmente Srickson ape nestuma semana antes da ia morte. Erickson nto chadou ‘Ler altima ear que Winachin hava Ine enviad, ae Bete respondeua devicamentseps-he permis para gue reo dag crs ex eo Minchin gee Almenne concordou. Avtltima carta comeca assim: “Nosso encontro fo ura experiencia ineaquccivel. Em toda minha vida conliec ratas pesshds extracrdinanas: vocé ¢ uma delas.” E mais adiantc: “Piguet umensarmenteimpressionado com a sua eapaeidads de apreciar momentos simplese desereve-os em toda a sa proe Fundidade, assim como com sua conhanea na eapacidade dos seres humanos para usar orepertrto de experienekas que eles (ar dentro de si mesos © que no entanto o ignorat, ‘Quando visitet Phoents ent 1979. fet cont sir na pequena casa de hdspedes anexa a0 c& Erickson. aproveitel a oportunidade para dar ut Sua biblioteca e fiquet mpressionado com a at livros que tinham dedicatérias dos seus autor imuntosde gratidaa, Esses livros no eram ape? hose epofeoterapa, mas também sobre muitos tos: sobre Gordie, sobce planejamentourbar ratura, As dedicalécias beiravam a devorio, cot plo: ‘Obrigado por ensinar-me a diferenca ent ea sabedoria.” Para aqueles que, como eu, aconspanttar Erickson desde as Gécadas de 40 e 50. era ber que, acs quase SO anos. ele fnulmente fx inheeide por um publico maty amplo, © que se tenicas poderiam benetilar ryuito mas peso tow ireutos profissionats de hupnose. Eveksor ado uina personalidade proeminente. Fo fur {or da Soetedade Norte-amtericana de Hipaose ada de 50 teve sob sua responsabilldade a fo sobre hipnese para a Eneiclopédia Britan femente diversos ptofisionals soicitavam sua Ipnosee estados alterados da conseteneia, Nez cada, hiprotizou Aldous Husley e colaborou ¢ tudo desges estados. Blargaret Mead estou ct naisde quaenta anos. inclusive ehegow a fe ‘Gedade de lpnose Clinica. Jana céeada de 4 tecrevia sobre a obra de Erickson. Ey 1952.1 Vamente das Conferéncias Macy. onde auto ‘Grewory Bareson, Maryarer Mead eo eminent tence Kubie debateram quesioes que Ieve Ga cibernétien, apesar disso. a maioria 408 paicuerapeutts jamats havior ouside flat Quando seu nome Stee: “Ab! Sim, Erk Erickson" O interesse por Milton Erickson foiestimulaco pelos ros de Jay Haley. que estudou durante dezessete anos com cle tornou-se um importante expaente da terapla familar. Mais recentemente, tambem os escritos. seminicios € uworkeshops de Richard Bandler e John Grinder difundirasn as ideias eriexsonianas. A lista de pessoas que desejavam partitpar das ses 'sbes de grupe condusidas por Erickson era grande. A todos ‘os que no witimo ano» procuraram com tal propisito, fo ito {que terlam que esperar mais de um aro. que nao erlam pro- gramados novos grupos até o términe do Congressatnterma~ ‘ional de Hipnese Ericksonsana, que aconteceria em Phoenix, fem dezembra ce 1980, Ao apresentar sua obra a profissionals. com demons: tragses pratcas de hipnose e, 48 vezes, com a ajuda de tas, devideo. comproves que muitos cava ansiosos para Visita lo pessoaimerite. Como Isso era impossivel para a maioria cu me perguntava quais aspectos dos seus ensinamientos po ‘deriam transimitur melior, @ eases €2 GUUas pessoas, a e8 séncla dos seus métodos terapéuticos eo mest tempo i Sentumento de contato pessoal com cle. Revordo um didlogo ue aconteceu em 1879 entre Erie son e um dos psiquiatras que assistia a um dos seus seri- nanos. Fm um determinade moments, Erickson voltou-3¢ parao psiqulatra e, sorrinde, perguntou-he: “Por acaso voce Pensa que a terapia consists apenas em contar historias? Pots bem. ainda que fosee sbvio que a tecapia evicksoniana nao consistisse unicamente em contar historas eanedotas, certo e que um dos seus elementos fancamentals era 0 que ‘eu denominet “contas didaticos” Em agosto 1979, Erickson autona-meaescrever um Insta sobre esses “contos didaticas emncvembro cesse mes ‘wana acetot ser co-autor dalivrae frmanas nesse contrat Ge eaigdo uns tres meses antes do se falecimento [sees “comtos diaticos" foram narradas por Erickson 08 seus pacientes € alunos durante varies anes. Nos dtt- ‘mos sels anos, aproximadamente. reuntu-se psicoterapeutas quase todos 0s dias. em ses: Ge quatro s cinco horas de duracse. No decor bes, falava-se sobre a hipnose.a terapia e2 sen apelava generosament a esses “contos¢ A maioria dos nomes das pessoas que hhlstorias que se sequem s20 fewcias, com exe bres da familla Erickson: esses iltimos asseat ‘jo faziam nenhuma objecdo a utilizacio de Devo agradecer a Elaine Rosenfeld. Da Joan Poelvoorde a ajuda que me prestaram | ‘9 material: a Ernest Rossi. pelo seu apoio e ale Zeig, poo tempo que generosamente gastou co fnesuinavels ldélas. Betty Erickson merece un to especial. pela contianea que deposttow em aque eu no facia por desmerecer a obra do s sim como pelo tempo que decicow revisando 0¢ relatos relacionados com a familia. ¢ por « pata que eu fesse exato ata nos minimnos det to. cabe a mim a responsabilidade por quale relapdo as normas por ela estabelectdas Now "quero que evcalhas em momentos passa ura mentna ruta. puto peqwons. Ea murha Ee nunha tos se tomarda toe os ius pais fas emigas. tous eolagas de esata. tous col dras was professoras Eauera gu lea ‘Seon ua meniia pagina que se sents (guna cols. algo ue aconecs a Mato Lem Jems expec tama or.” ‘Um homem quent saber sobre suastet (ou geste fam dada are seu methor Fortran. tm di shogares a ponsar cor im sar hum omer cnalsar seus propros dad de ce hatmente imprimus sua resposa rua fla + Jaaam ester mayuinas, Ooms core stb. ISTOME LEBRA USL HISTORIA Capito 1 MUDANDO A MENTE INCONSCIENT Pres, “Oque voce nao percebe, Sid, equea maior parte vida ent determinada deforma inconseiente” Quando« seas palavras de Enekson, reagi da mesma forma ¢ zem muitos dos meus pacientes quando ex digo a mesm paraeles, Bu penset que o que eto queria cizer era qu dha vida estava predeterminada. © que uido 0 que eu. ria esperar era prevenir-me desses determinism ine entes to fememente estabelecidos. Porém, mais tarde preendi que oinconsciente nio ¢ umutavel, Todas e cae tte nossas experncias atwaisaletam tanta nossa meni ciente quanto nossa mente inconscieni, Se eia algun ‘que me inspira, minba mente inconsciente tera se mo {oro mesmo acantece se onlheco uma pessoa imports ‘importance para mim. Na verdade. a etieacia de quit pstcoterapia fundamenta-se na capacidade da pessoa p ‘ansformar.em grand: parte em consequéncia de um ¢ tro com outra ou com outras pessoas, [Na minha opinigo essa mudanca acontece det ra tanto mais eleva permanente, quanto mais se nha o terapeuta para influenciar a questoes iaconse do seu paciente que. frequentemente, nelucm seus valores fe mareos de refertncia. Erickson sustentava este mesmo po ode vista e. até o final da sua vids, desenvolveu um met do muito frutifero para alcancar este abjevior seus semina. os didsticos, Na ultima vez em que 0 encontrel ele esplicou-mte como novia surgido 8 idéia desse método:"O tempo que eu ded cava um so paciente era excessive, Meu propdsito era ceal mente ensinar muitas pessoas a pensar ea trabalhar seus problemas. Tenho recebido dezenas dezenas de eartas que ‘dizem: Voet mudou por completo a minha maneira de tra- tarmeus pacientes. Tenho um grande numero de pacientes pporém os vejo cada ver menos. € cada vee maior'a quant ade de pacientes que eu atendo e com sim tempo de dura av eada vex menor.” Eu perguntel "E isto e consequcncia ..2°F ele respondeu: “Do fato de ees terem vinda agus © terem me deisado ihes eontar algumas das minhas historkas. Depois retornavam ao lugar de onde vieram e modificavain asia praiea clinica” Como ¢ vio, o techo “do lato de eles terem vino aqul ‘me deneado thes contaralgueas das minha historias” im pllca espeecativas e miensagens em muftos plaiios. Por excin Plo. qualquer um que passasse wm tempo com Eclekson pri ‘vavelmente ceabaria experimentand diversos niveisde tai se hipnotco. A pessoa que em expectativas positives, emt estado de transe. encontrava-se em melhores condigdes pica acolher as mensagens e influéncias que Erickson the mitia por meio de suas historias. Ele armava que se 0 seu fowvinte “se esquecia" de algumas deseas historias, ow seja se desenvolvia uma amnésla em relacdo a histira, seu ef to podia er ainda mais forte, Em seu hibito de contar anedotas e eus0s, Erickson sequia uma tradicao muito antiga. Os comtos e lendas tem sido utlizados desde tempos imemoraveis para transmit valores morals, tices e eulturais. Sabe-ee que uma pila amarga pode se: engolida mais fcimente se fr enolic cosn uuma cobertura doce. Pade ser que a4 pessoas se chateiein ‘com uma prelegio moral direta. no entanio, a ori (es diredvas de outrem (hes parecem mais acesiav ‘do estdo inseridas em uma historia interessante. bem contada. Com esta fnalidade, os relatos d= pelam a multos arulicios de narracao, incluindo Inumor © de nformaedes Interessantes — por ext! os mediens, psicolagicas ¢ antropolosieas pouco co [As sugesteesterapeuticaa vem intercaladas em hist contetide tem um vineulo musta remoto com as ing {do paciente © cam os temas que 9 terapeua entor ins ostensia, O estado de transe, segundo Erickson. 8aque mais probablidades existem para que se produzar sizagem e2 abertara para uma mudanea: 040 $¢ © tstady de sonoleneia induzida. Os pacientes nic ‘nclides” nem drigidos pela vontade do terapetta dem o controle sobre os seus atos. Na realiade. ¢ Jum estado nawural, que todos nos experimentamto: doe transe com o qual estamos ma's familarizac “Senha acardad of devaneso, mas :ambem se pro tados de transe quando meditamos, orsmos ou ce determinados exercicios — como os exerccios nerot tem sido canhecides como uma espécie de “meditace vimenta”. Nessas situagdes. certas experiencias 5 te psiquicasinterlores assumem um carater vivido. bs sons e movimentos exteriors perdem sua mip No estada de transe os pactentes podem cor de maneirs mtitiva 9 significado dos sonhos. sim (as manifestagdee inconselentes. Despreocupa suas Idéias e dos seus problemas ¢ se aprostma Eniekson denomina “aprendieagem inconseiente aceltar, entao, com menos erticas us sugestdes ¢ tieador. No entanto, se elas entrain en ehoque ee lores que indridue apresenta. esta aceitaraa & ape sitoria owndo se produz. Poder rao recordar a ex Go transe au parte dea, porém isso nao constitu cessenctal Para ajudar opaciente a entrar em transe.o terapedta capta a atencao desse pactente e a dirige até 9 seu interior, para uma busea interna. de modo a prodszir uma resposta hipndties. Esta ultima esta relacionada com as necessida des e expectativas do paciente ® com a diretiva dada pelo terapeuta e prorém naturalmente do set amplo depaatto de ‘conlectnientos”. As sugestoes terapeutions que inate a ‘essa resposta podem ser indvelas e estarem entremeadas znuma eonversarao cortente ou na nagragdo de wina hist tha interessante. [Em seu lvro, Hypnotherapy, Erickson & Ernest Rossi descreveram alguns méiodos especiicns e utes para esse lim.) (0 cerapeuia mantém-se alerta para perceber ag musdan ‘cas sutis que indicam ograu de atengso responsiva’ do = siduo: um relaxamento dos masculos facials, @ olhar fsa sem piscar, uma imobilidade quase total. Se esta constela- (G40 de elementos eetiver presenta, terapeuta pode pres ‘mireom total eguranica que scu paciente entrou mua trans leve. Entao pode formular uma sugestao ow simplesmente uera ele: sso. Faga isto". na certera de que o se ‘estar acessando materials relacionados com a sugestaa dada, nas suas Jazicas inconecientes. As historias de Rrickson geralmente seguem modelos Aarquetipieos. como os que se apresentam nos contos de fa das, nas garabolas bibs e nos mitos populares, Ineluem ‘quace sompre, come nessa fontes ltadas. o tema da bus a, Ocumprimento de algunas das tarefasestabelecidas por Erickson falvee no tena a carter hericoda busca do Cas: Neal de Ouro. mas os sentimentas e dramas intertores so semelhantes, Em multas das suas historias. especialmente as que falom sobre sua familia exstem situagdes parties larmente norte-americanas. Por esse motive se diz que Erich son ¢ uma especie de herat popular dos Estados Unidos. ‘Nao obstante, alguém poder perguntar-se como o sim ples fato de eseutar ama historia, ainda que em transe hip ‘note, pode ser proveltaso para um pactente evs para um ay tno, Em misitos aspectes, 6 efeila€ semelhante a0 “ene que se sente apos assiatir a um born fil Fante a projecdo. multos espectadores e! lalterado de conseiencla: idenufteam-se €9 sonagens ¢ saem do cinema “transe-for: Ssentimento dura poueo. mais ou menos 4: tos. Em contraste com i280, as pessoas ¢ relato de Erickson vollam a referir-se a & anos toa tarde: a madanca que produzi ma sua conduta pode ter sido permanent Erickson explieava a durabilidade pelo fato de elas se produzirem no context le detinia como "a evocacioe a utiizneao inconsetentes” Se um terapeuta ¢c=paz. Ashistorias. de ajudar um paciente 2 entt seu:propio saber nao-aprovetade, © mai: incorpore A sua conduta esses conhecim: (que traga come resultado um camportam tivo e autofortalecedor. Em que se dilerencta este processe cerebral"? Talveza principal diferenga Se forgo cultural. as lavagens cecebrais ten Por exemplo, durante 2 guerra da Coréia ros de guerra narte-amerieanas foram sit cerebral para que aceltassem crengas Ihazes deles declararam prontamente qu necer na China eomunista em ver de rete Polo que parece, sem cxvica, depots de te dos, a maloria eles, se no todos, voltare crencas. [As intervengdes de Erickson. 20 con mudancas que se autoperpetuavam gerar as. Talve Isso acontecesse porque apont Creseinento © da “abertura” pessoal. Sem fia e permaneneia estavam mats asseqr: tetas tena ET os Sein Rasen congruente ¢ sintonizada com a filosofia de Erickson. segun {Goa qual cada individuo ¢ importante e poce methovar. ecad3| ‘um tem suas proprias possibilidades de erescimento, Mudancs inirapsiouica Cconmo ja dissemos, a mente inconsciente pode ser inf eneiada par estimulos pasitivos externas. O simples fata de re lacionar-se com um terapeuta come Erickson, oumista e con- ante no erescimento, pode convercer-se num destes estima Jos positives. o que ¢ relorcado. complementadoe direcionado ‘mediante 0 apeo das inlutnctas dos “contos ddatlews". Aa con- {ar suas historias, ele acreacentava dados novos, susetava no ‘os sentimentos,prescrevia nvas experiéneias. Por meio desta Instorss 0 inatviduo que uvesse lutado durante anos com sua prdpria concepea esireita eeulposa de vida, pode encontras~ ‘Se com uma filosofia permiseiva eeelebradora da vida, como {de Erickson, E essasidéias penetram nele em muitos nvels, Inclusive no nivel inconscicnte ‘As historias podem ser apresentadas em estado de vi gil ou durante a hipnese: em qualquer caso, 0 pactente des- ‘cobciri que nao Lem por que ficar preso as suas arraigueas ‘viclosas estruturas de pensamento, que nao tem que "ajus- t-laz"a cua limitada filosona e aos seus Iimitados mecanis- ‘mos mentals. Em part, gragas a estas historias, perceber’, ‘due existem para ele novas possibilidades e que élivre para tbragi-las ou rejlt-as, tanto em plano conseiente como tn Em algumas ocasiées, ele se entificara com 0 perso~ anagem de uma historia ou com 0 prepro Erickson —omes- ue capts de fazee lente, com éxito, a8 Arduos desafos da viea, Experimentard, nesse caso, un sentimento de reallza- so, que 9 habilitara para enfrentar determinada situacio Com maior conanga emt si mesmo. Um exemplo disso &0 tr tamento de prob: mas sexuais como o da gaculat fe: Se, durante urn transe hipndtico. @ paciens® 10 ‘venciar veariamente o ato sexual. 0 cerapenta t entado as stas recordaeneso sentiment de esto ttiva de que esse esito pode repedirse Portante, nem todos o8 contos diditicos de E porcesto nenhuim eles na sua totalidade’ em & Ge levar a0 inconsciente tals alluxos positivos, A fender emover e trazer para a consciéneia uma Ge falta de vitalidade, de paralisacao ou de fata d cidade. O suesto apelara,entZo. aos seus proprio inconscientes a fim ce remediat a situaei. Tart ‘chcontvar. em algumas histelas. apoio emccionalet ‘Ag vezes, basta recordar uns Oniea frase lt son em suas historias para que ee altere oda an ‘ser uma determinada si(uacao, Numa c=rta oc: te aconteceu quando ev caminhava por um carr pente, velo-me A mente uma pergunta que Bricks fa feito: “Voce eabla que eada fotha tem am tom de verde?" Olhei com mats atenca0 para o campo ‘deava, Bra verdade! Durante todo resto dodia.car (98 ollios mals abertoa do que de costume Muitas das historias de Erickson parecer inveracies pessoas ¢, ainda, wma manipulacio des seas. ealguem paderia concluir de forma equiv fue ele quer ¢ensinar as pessoasa manipuiar 08 festa muito lange da verdadeire propOsito das hi os seusefeitos, que se manifestam fandamenta hadancas interiares. Grande parte dagqueles qur fa eompravam que comecaram a trabalhar cor berdade ¢ eritiidade. e Isso, obviamente. proce tas muvdaneas Interiores, Talvez possamos compr fas mudaneas se entencermos as historics ¢ seu dens como representatives de esirucuras pslquie fea, Por exemplo, 08 pals que aparecem em uma, fias podein representar medelos ou guias. Fontes eapoto. ou mesmo de arientacdo teractoral: corr Oe Oe eee ew eee EEUU U EEE UuuuN enc, cepresentam a orgers de forgas coativas iracionals © menino de uma historia talvezestejarepresentando o que {emes dentro de nds: esse menino inexperiente, ansiose po? aprender. mas som saber como fazé-lo, natural ¢ espontd- ‘neo em sua ingenwiéade, dotade de um repertério limitado de respostas ede conduta, Seo ouvinteidentifia-se comm e880 menino c ouve que cle consegutu superar as obstacles que se opunham ao seu creseimentoe 4 sua liberdade, no &raro Aue se sinta cheso de esperanza, Aleumas mudaneas inirapsiquicas podem ser conse: uiencia do processo de “reparentalizacao”. conceito que Jacqui Lee Schill aplicos em seulivre Transectional analysis ‘eeaimentof psychosis, edo que Erekson empreso mais ar plamente em seu procedimento de substitsicao das ordens ‘arentais" prévias por novas ideias, Introduridas median te sugestoes pes-hspnstieas, Essas sugestdes pés-hipnéticas, as vezes. eram fact Iitadas mediante uma frase que Erickson ineluia em suas Inducbes hipnéticas:“E minha wos (rd contigo a todos os Iu gates.” Essa frase permitia-Ihe manter-se em contato comm 2 sujeito em estado de transe, independentemente da pro: undidade da sua regressio, uma vez que lhe servia como sinal indicative das sugestoes pos-bipndticas, Outra frase ‘que indica essa tendéncia era: E veras uma rajada de co res." Muito depots da sessio terapéutica. quando o pacien: le visse uma "rajada de cores", responderia as outras Suge toes ps-hipndticas formuladas 9 mesmo tempo que essa, Essa sugestoes poderiam inclurdiretivas ov ideas que se jam “ouvidas (com ireqdéneia na propela Vor de Erickson}, ‘coma se viessem de um pal introjetado ou um superego, Em ‘qualquer psicoterapla pode acontecer essa introjegio da vor do erapeuta, porem é multe mais provavel que isso aconte: ‘a quando paciente enconira-seem transe hiprotic, Una Las possivess esplicagaes para este fendmeno fo! 4 ue dew Lawrence Kuble. em uma reuniio da Associagao Psicanli- , "ea Norte-americana, declarandoque no trance hipnstico nse ha distincao entre o hspnotizacor eo pactente, O paciente stn ae va ene uve a vozdo hipnotizador como se ela vie ‘mente. como sua propria vaz nieror. Exat ‘a com Erickson. A voz dele ornava-se a fa com este 2 todas as partes, Bvidentemente que. para transeatt esas historias, ceriamos que faze-lo med ‘1 pelo menos com ftas cassetes. Sem di sim uma ideia melhor da impertaneia das fe Erickson. suas pausss, a posicao do ceircunstancia. seu comportamento ndo- te, naatualidade dispemos de poucas fas ria das fitas caseetes ado pouce intsigiv tayens da publicagso impressa dessa ht cisamente, assim sera mats fail examin: Inrenpreragoes dos mror reeapeuricos de Enickse © conjunto des casos tratados por velar curas que parecem magieas,ecertat ‘com uma certaineredulldade,outras tanta ainda que fossem escritos de forma mutt va, o8 felatos eran Hietieios. Minha obse Erickson, em seu trabalhe com pacientes fgurar que alguns desses relatos. pelo mt Rieieto. E ainda mais, creio que todos ele tos. e0 trabalho editorial a que foram 5 mats do que torna-tos fegveis e mals int contece habitualmente 4 materia dos inl tacbém pessoas convencidas de que Eric seus pacientes. akinos ¢ outros terapet: Incrivels, mas sustentam qu provavelme (cas eram zeaultado de algums eariema esp [Passivel de ser ensinadoa outros terapen ros ltimos tempos, houve tentativas de estudar de forma mais analities suas madalidades de comunicagao. [No seu livro Terapia ndo-convencional, Jay Haley colo ‘cou em evkdéncia o carater estrategico do método de Eric: ‘Son. Haley defini a“terapia estrategia” como aquela na qual “0 clinico toma a sniciativa do que devers ocorrer durante a terapia cestabelece um método particular para cada probe mma", Destacow que Erickson nao apenas se comunicara me- faloricamente com seus pacientes, como também “operava dentro da metifora para produsie uma mudanca”. Assit Jou que Erickson evtavn as interpretagdes e que, a0 eu i as interpretacses cradicenals, via Misighis, das comuniea- bes inconscientes sao abstsrdamente reducionistas. como Se pretendessemos resumira obra intra de Shakespeare em tima dines frase” Haley destacou que entre as earacterist- cas prineipais da terapia erickeoniana encontravamst 0 “lento da resistencia’, 0 -oferecimento de uma alternativa pioc, a “Teustragio de una resposta pata allmenta-la. a STemeadura de wieias™. 0 exagero estratéaico de uma pato- logit” ¢a“prescrigia do sintoma. Bandler ¢ Grinder, com seu enfoque “neurolingtisti" ‘nterpretaram mieroscopieamente as comunicagées de Erick ‘Son, assinalando, par eeemplo, sua tendéncia para "marcar” {5 sugestoes que ersm intercaladas em um relato, Reallza- ‘Yecessa "mareagio” por meio das pausas. do tom de vor. das Trudancas de postura corporal: ¢, tarabem. acrescentando, antes da sugest4o “marcada”, o nome do pactent. Ernest Rossi, nos livros, Hypnotic realttes © Hypno- therapy, dividin em eineo etapas as indugées hipnotices de Erickson ¢ sues formas indiretas de sugestoes. Eesas eta pas si 1) a fixagdo da atenco: 2) despotencializagso dos fpareos de referencias ¢ dos sistemas habituais de crencas: 3}.a busca ineonsclente: 4) o proceso inconsetente © S) a resposta hipobtca, Cada uma desoas etapas conduz a seguin te. Os autores denominaram esse método hipnoterspiea de fnétodo utiizacional”. Neseas obras e nas de Watzlawick. Change © The language of change. analisa-se a tese de que Brichson comunleava-se com o hemistério dieito: que se ocups mente dos preeessos prim fuagem arta, aogbes.0 espace. as formas et Em Os semindrios didduicas com Milton H. Jeifrey Zeigenumera as eegsintes vanautens pac lanedotas na terapia: 1] AS anedotas ao implica 2] Captim o interesse do ouvinte. 2) Estimulam dsacia do individuo, que e quem rem que contest iensagem. extrair sus proprias conclusdes ou sees par sua propria tniciativa. 3] Podem ser wil Superar a resistencia natural ts mudancas. 3) mr, egadas para controlar a relacdo estahelecids tiette. 6] Oferecem um modelo ce festblidade. 71 fConfusio e assim promover no paciente uma be hnipnotiea. 8] imprimem sua marca na memoria que a ideia exposta seja mais facllmente lembre Aplicacdes dos relatos diditicos wa ten LUmdos métodos mats Stes ¢ importantes ¢ é oque poveviamos denominar “Tetra da mente tio minuelosamente a conduta e as respostas do Cimoatrando-as coma se efleidas num espelln franemita-Ihes a sensacia de que sua mente era teque ele realmente 08 canhiees, Esse tipo de “ct for erta uma relagda intima. O rapport. esse vin pidade. que €imperativoaleancar em qualquer P paroniemente #e estabelece com mais rapide: hupnose (f Interessante destacar. nesse sentido Mrocmnee fot primeira a utilizar otermo rapport |Amatoria dos terapeutas. independentenente {que pertencam, concorda coma grande import culo médico-paciente”.o rapport. Um forte vino tera péttico faz com que o paciente sinta-3¢ confiante, ses\ure ¢ compreendido: que possa aventurar-se tami no mune terior como no interior. cam mais frmeza e maior dispost- 20 a correr isco. © tipo de “conhecimento™ a que fzemos referencia & mutto diferente do mode habitwal como 9 terapeuta analit ceo chega a conhecer “sobre” seu paciente, Sendo assim. Erick son nio precisava contar com grande quantidade de ante- ccedenies sobre umn paciente, muito menias sobre seus sinto mas. E valido especular que sew conhecimento era intuit vo". mas somente se entendermos que sua intuici basea) va-se num vasto, trabalhowo © minucioso treinamento ce observapd. Isso no ineluia apenas questies simples. como ‘movimentos corporal, respiragao e pulsacao fobservados 0 ppeseoco], mas tamnbem as reacdes do incvicia a6 eseutar as historias. Por exemplo, se num determinada ponto da his: ‘ora ele endirettavavse na cadeira ou feawa imével, taco era lum imdleio claro de que Erickson havia toeado num pont ‘have. Entio Erickson recorreria alguma outra historia 08 esenwolversa mais a que estava rlatanco, de forma a ine sificar essa resposta. Suas histéras nao eram somente Fapéutiens, eram tambem procedimentas diagnasticos Os contas dicaticos eram sempre apiieades por le — fe devem ser —em eonjunga0 com outros prineipios tera pia ericksoniana, js esbocados por Haley e outros autores, como a prescrieao do sintoma, a ullizagao da resistencia ¢ © reenguadramento. As vezes, ele prescrevia ao paciente a realizacio de certas atvidades eainda impunta tarefas pe Sadas ou saerificadas. A mudanca acontecia com @ resulta- doa micragin de tate ativades com as moeilicagées intra. psiquicas. no contestode wm vinewle medico-paciesteestreito econtiivel ‘Segundo o que cle mesmo deelarou, no seu iva Hypro therapy. Erickson eaptava a atencio do paciente por melo da surpresa. do impacto. pravacando divida e confusdo. recor endo amplamente a suas historias, a infereneias tacitas es it conipn perguntas, brineadeiras ¢trocadilhos. 7 Sas tinham estraturs e argumentoe qt lum final feliz. Avancavam até um cert lugar posteriormente a ums sonsagao d (emprego dos contos didéticos realca t lado por Erickson em Hypnotic reaties: dar wm problema diel. faga dele um ese Entao poder coneentrar-se nesse inter Superara tarefa angustante que esse pre primeiro Tugar. precisamos identificar reseante na resposias e sintomas do pe tesoolher uma ou varias hietrias que fore nalogia desses primeivos esquemas do 9 tna tarde. ober um esquema metior. 's termos para sta nora Cooke: “Prime cer um modelo de acordo com 0 mundo bfereca como modelo oxcoes relacionadas exemple disse & seguinte relat, intitul: Prazsa vicioso ‘Uma mulher de pouto mais de se:-Eu ache que voce nao quer me atens Eoque voce supde Interessaria saber ¢ “Averdade’, continuowela."é que na fo, Quando eu una 6 anos, men pai a {de mim: desde entao até os 17 anos. uti to sexual de forma regular. varias vezes wea que ele fazia Isto, es Ficava atemoria terror, Sentia-me suja. vulgar. envergo insignifieante. Quando completes 17 a1 bastante forte para afastar-me delee see que termine’ a escola secundsria, na es daria respelto por mis mesma. Mas o: centao que um diploma de licenciatura em artes me dara esse auto-respeit. Ari meu camminho para a universidade. Sen~ tia-meenvergonnada. vulgar. indecente. Era um terivel sen ‘umenta de desengaro, Pense! quea eeneiatra me dana ease auto-respetio, mas no foi assim. E durante toda minha car- ‘ira universitara, ate a liceneiatura, faziam-me propostas amorosas. Isso provava que ndo era merecedora deste auto- respeito. Pensel em seguir odoutorada, mass homens con: {inuaram fazendo-me propostas. Até que abandonel os e3- tudes e tornel-me uma prostituta vulgar. Mas s30 nae é mu to agradavel, Um certo homem convidou-me para viver com fle Bem, uma moca precisa comer « ter um tela para se abes= sar. ¢, pensando assim. eu acabet aceitando. 0 sexo fot para mim uma experigneta horevel. Um p&- nis €algo tio dure e tao ameacador... Eu feava passiva. cheia de wemor. Era uma experiencia horrivel e penosa. Fsse lio- mem cansou-se de mim e fui viver com outro. £9 mesmo voltou a acontecer ma eoutra vez, ate que dec vir ate aqui para consults lo. Sinto-me um lixo. Um pénis ereto aterro: fza-me e deixa-me impotente, débil e passiva. Fico conten te quando a homem acaba Mas o certo é que tenho que viver. Preeiso veslie-me © ter uni feto para me abeigar. Bu sinte essenciaimente que nso rmereco nada mats do que 1. Eu disse: E uma triste historia. E a parte realmente iste de tudo isto... que vor’ ¢ uma imbeeil! Voce me dis se que tem medo de tim penis ousado, duro. ereto! E is80 € Imbel! Voce sabe que voce tem uma vagina. e eu tamer so, Uma vagina €eapa de transformar 0 malor penis. o mals ‘usaido e pepoteate penis, num objeto completamente des- valido-e Irosko, & sua vagina pode extrair un prazer viciaso Teduaindo-o a esse objeto Jrauxo, impotent e semimort, Houve imediatamente uma transformacdo no seu ros: {o, seu semblante ficou maravilhoso e lumina, Tenho que fegressar a Los Angele eisse-me.‘Posso vollura vee dentro de tim mes?” Clare que sim’, assegures ‘um mes mais tarde ela voltou e disse: "Vor 240! Fui para a cama com um hoinem eve um {er viciazo em deixa-lo em franalios. N3o me © to tempo consegui-lo e eu também obtive wm ce E togo provei com outro homem ¢ aconteceu o me ‘outro, E um prazer enorme! Agora vou obter me fio e dedicar-me 4 paicopedagosta. ¢ esperar até (4 um homem com qual eu tentia vontade de + Eu chamet.a de tmbecit. Realmente cons: sua atengio, £ logo die ‘prazer vias. Sem Gavidas, ela sentia-ceultrajada pelos homens e feu menciones prazer'" Quande Erickson contou-me essa historia {eis Pela forma como vooe deserevens aquele pent parecer que cle era munto atraente e.. enigmat Inna como voce o fez, howve tarmbem uma certa s¢ bal. Voce estava penetrando-a verbal eimaginar A primeira parte do relaro que mereeo aca mais de que isto" € wna apresentag nie de um modelo do seu proprio mundo. Quan {sso a uma pessoa que tenha procuraco, tafeut Superar sua escassa auto-eatima mediante mud fhores faleancar titulos universitirios. deixar-se los otcos)¢ essa pessoa Sente-se ainda ameacacs estimulo febien (como o quc representa "um p lameacador), exisem boas possibilidadtes de que pelo menos num plane anconsesente. que a hist pparslelo com seu mundo real [A segunda parte, ade “olerecer an paciente dlisponivess no seu mundo. € cumpeica por Ericks (que ce conseguit atriraatengo doindiiduo. Su, ‘qualquer um que narrasse essa historia capraria e uvinte gracas 40 seu impacto dramético: 0 usa ¢ feomo “vagina, audacioso penis duro. ereto"& [Esnts opgtes sto modcladas nio 59 pelo cr sugestdes de Erickson, as também por sia atity ‘cupada e pelo humor com que repete e ceenguadra o pro blema. apresentando, em seguida, uma teformisiacao da eoP ‘uta 6a paciente em seu empenho por “viver". O problema —temor dos homens eo autogesprezn — ereennetado da sequinte forma: "Voce esta dzendo que tem medo de um Pénis audacioso, duro ereto."& palavra “medo* condenea 9s temores da pactente, nao apenas ne que diz respeito ans homens, mas tambem a vida em geral.Eassegurado a ela, firmemente. que esse temor é“imbeciT” que ela considers, vavse uma imbecil. A sentenga: Esse pénis duro e audacto. 59 pode entrar em sua vagina’ 6 uma stigestio pos hipntion ‘ue. ao ser accita pela paciente, trar-Mhe-d & memoria uma ‘sdo um tanto maternal e gostosa desse penis. antes amex ‘eader — esse “pénis duro ¢ audaciose” que, de tanto repe lira frase, Erickson a transtormou numa gozagio. numa brincadetra, (lume e etezante passo deste reenquadramento, pera ‘© paciente. se da quando Erickson diz: “E sua vagina pode extisir um prazer vicioso, reduzindo-o a wm objeto deswar (ea efrouxo.” Para o letor. 2 etapa final dessa modelagem de papeis {8 resolugao do problema ou acura, que. aa presente caso, Erickson fez com quea propria paciente desercvesse. Quando le ou qualquer outra pessoa narra um eelato como ese fea no ouvinte a esperanca de que os problemas desse tipo pos sam ser resolvdas. E. come fol dita, as “problemas desee tipo do slo apenas as diculdades sexuals provocadas por ura terentualincesto, mas também parler inch temoresfobices, sstuagdes que geram ansiedade ou impediments para a aft. ‘macio da propria personalidad. As metéloras desse relatn Dferecem multos "ganches” nos quais pode pendurar-se toda sorte de problemas de enfado, desamparo ¢ auto-alirmacto, “Prazervieios0"¢ um belo exemplo do sn de reenqua \dramento para trocar um sentimento de impotencta passt. ‘8 por um de domins avo, Tamim demonstra como se poe apelar an reenquadramento paca tirar uma pessoa de tna posieao de submissao para uma outra posiedo. na qual ¢ cia ‘quem conttola, Por mals que a paciente | do seu temore impotencia, Ericeson ave lambém um intenso ressentimente pelos ‘com um potencial prazer ok das qe ele em Irase ‘prazer victoso” Depois de ler ease relato, nos sentic 08 a admitie nossos ressentimentos ¢2 mes em melhores condigies para enfenta avassalam. ¢ comprazer-nos em domina Impoténcta? E provivel que o terapeuta que se dlasticos de Erickson experiments uma ¢ ansiedade habitual: podera. entdo. concer ‘assunto e aludar 0 paciente a mostrar-ee buscar novas solugoes para suas diieuld tos de refertncia. O simples fato de dispo de historias pode dar ao terapeuts um st trole, dominio e competencia, E. sinda 2 relatos de Erickson, nao € raro que ele ay tado de transe, seja por suas associacées, Erickson. seja pelo “efeito hipnatic” inet cease estado de transe nda apenas diinat mas também daré mais espaco assuas a2 lentes. Desa forma. estara mats nabilt clente a abandonar suas angastias, explo lidades ¢ deseobrir novas maneites de ve Eu comprovei que para terapeuta mento paraa selecdo de historias cansiste suas proprias associacdes litres. entend apenas as do ipo inteletal. mas amber porais. emordes. percepcies e. em partic Dares alguns exempios da minha apicacd Erickson mo tratamento dos meus pacien 0 primeira foi um jovers serhor joe lade. Poi-me indieado por sua esposa, a5 techicas erieksonianas © pensive que seu maride a resolver um problema bem antigo: era-lhe im. possvel levantar-se da cama numa hera razoavel. Desde que Corsara o decimo grat da eaeolajudaien, jamais Gna eon: ‘sequido levantar-se antes das 11 ou 12 horas da manhd. Por causa disso, nfo consegit manter nenhum emprego: ao bbstente, acomodou-se trabalhando nos negécios da fami tia, Fazia um ano que estavam casados, e a exposa achava desagradivel ter que perder diariamente uma hora pela mmanba, tentando fazer seu marido levantar-se. ‘Na primeira sesso o paciente contou-me que havia sido bipaatizado virias vezes por um ipnotizador multo coahe ido, Bste havia manifestado sua satisfaggo com o pacien- te. mvs paciente nao estava igualmente satisleito, Bu rea let uma indueze hipnética tradicional. empregando as tec: lens da levitagaa de Braco e da fxagao ocular, ele chegos 2 fechar os olhos e sentir a sensagao de peso no braco. ‘Anda assim, o Binal da sesso cle insistiu que nao havia sido bipnotizado, que simplesmante quis conperar comigo — fapesar de ter-lhe dito para que nao cooperssse comigo. Lo > apos otérmino da sesso ee lgox-me para dir que quar fo falow para sua esposa do procedimento hipnétice que eu fempreguel, ela duvideu que o método fosse suficientemen- te "ndo-convencional” para ser considerade um metodo crickesontane, [Na segunda sessao, comecel advertindo-os: “Jd estamos smeaconuegeldos de que voce no pode ser hipnotizado come ele ‘gnsarin, portals que es ou qualquer outro hipaotizador pen- Sissemos que voc tivesse sida hipnotizade, Como conse= {qatnela, nao perderemos mais tempo tentande convencé-lo ide que cle pode see hipnotizads.” Em resposta, 0 paciente con: tourme um easo sobre o qual ele e sua esposa haviam lid, que era o que eles entendiam por terapia “erleksoniana” Ericson havin tratado umm ensal de envirticas Fazenda com (que, todas as noites, se colaeassem de jorihos na cama. wri thassem alk mesma, €entso se destassein anbre os lenis me Ihados. ‘Eu inltei entdo uma longa divaancio soba mente inconsciente, em eujo transcurso o paciet tridentes sinais de relasamenta, suas palpebras See pareceu entrar em transe. Nao avaliet a pt do seu transe. s0 que. enquanto falava. comece Soclagdescom a historia dos enuréuicos. crecor’) trio que Erickson havia feito no final de outro ‘Quer saber qual a téenicainfalivel para viver uma Desperte iodas as mantis! € para assegurar-se mente vaidesperear pela mann. beba muito tigat ‘dormir, assim, tera que despertar para iro bank Depois de dizer-the isso, suger que bebes ros doque ltr de liquide todas tts, nis fe ir paraa cama, por tim periodo de 15 dius. « fneia hore. a cada noite, 6 horde de dormir. At Geitava-se por volta das 1rés da madrugada © = pelas LL horas: sugeri a ele que comecasse aie p Bs duase eis. depois ds duas. depots & uma « ite consesuir deitar-ce A meta-noite que era at ‘hua espasa habitualmente destava-se para dorm fecomencel que nap permanecesse acordade 03¢ devia estar assoriads a9 dormir e ap fazer anvor hnio conseguir dorm, deverta levantar-se cit ‘Ow assist televiago, Bantes de tr para aca. tninimo, um litre de qualquer cosa liquids. Assew este modo sua besiga estaria cheia dentro ae hnoras. e ee nda teria outro remédio a mito ser lev cama para urinar, Uma vez que ele 0 fazsse. t lucha de auia ria. se possivel. Entso eolorarsa fara o cafe da monha e sairia para trabalbar O gactente replicot: que nie gostava de de mana. que habstualmenteotazia 8 noite 1 ‘eo izesse pela manha, pelo menos até ter UP biema de despertar. Promeceu que assim ofa pas para coca 8 clonade o plan. Duas sem. WOU OO OOO UU Ue UU ewer UuEEL ‘formar que nao teve nenhum problema para dormir. nem para despersar. No dia seguinte, atendi uma mulher, inteligente e re- ‘nada. que fcialmente havia clicitado ajuda pore nha problemas para dormir ¢ uma dolorosa inflamayao na bex! 22. Ao Iniciar a sessio, eu ndg.estava dando muita tapor. taneta aos seus problemas de bexiga: sabia que na semana anterior ela havia se apresentado ao trbuntl para cone!iit luma ae judteial de diverci, ainda que, ao entrar ao con ultorio, sua aparéncta fosse ee calma e placides. Tamers ‘estavaa par de que ela tinha interesse pelos metodo terapen tteos de Erickson. Contei-he minha experiencia com o pa. ciente judeu. sobre mew conselho para beber Hquida antes de dormir. tmalmente. acrescentel um comentieio de Brick. son quando relatou um determinado caso: Todos comesa mos a mercer no momento em que nascemas”. disse. “Alaums ‘morrem mats rapidamente do que outros, Tudo o que pode’ ‘mos fazer em relacdo a iss0¢ great a vida.” Minha paciente comegou a chorar muita, Perguntet se fostaria de contar-me por que esiaya ehorsndo.(Perguatet ‘me s¢0 seu pranto tinha algo aver coma associacao des sous problemas unnarios e com o que eu havia relatado| Respom eusme que. ao falar da morte, eu havia feito com que ela sentisse que sua vida estava terminada. consiegeo au jv ‘ha elaborande haviaalgum tempo. Apesar do seu éxta pr. fissional cde ter eriado perfetamente os dois filios, pens '¥a que ja no inha motivos para continuar vivendo, Relacione #850 ao fato de que seus pais. separaclos es. sleque ela tina 11 anos, jamais tinham se divortiado. A rae ‘proibira de qualquer vinewo com opps, eizetdo-Ihe que in erpretaria 1550 como deslealdade da parte dela, se fosse contrartada. Em conseqiencia, minha pactente sentia que Una sido cezeeado seu vincalo com 9 pal: e pensava que. Se seus pats ivessem se divorsiado, teria tlds mator Her dace para vé-lo, Tera sido feito um acorda com ele para que Dudesse Visita-a ee. e teria existida entre ambos algum re Inevonaimenio. Dessa forma, assorsnea sew proprio divirrio 0 fato de dar mais liberdade aos seus f vex. consumado 0 processa, pensava qt fo que viver Isso feeeme lembrar ama autra h contar ihe. Depois de visitar Erickson p {uve um sonho durante o qual eu vi as “Voce nunca termina nada Sete anos va. em Phoenix. algumas ftas gravadas do de repente compreendi: "Quem disse ¢ sminar alguma coisa? Na realidade, aad Contet isso & minha pacientee dis pudesse conceber sua vida como a cont Seus pals. e a dos scus fos. como a1 Dropria vida: 0 processo proseessiria en Sobre a Terra, Essa iia paceceu-the rt CO mais importante desse resume € meus pacientes que a nutia selegso teve determinada por nenbuma nora pre ‘gu das minhas proprias associapoes li enciadas pelas experténctas da minha mais de trinta anes de prattca clinica. | porzane ¢ destacar que tudo s¢60 acon deboas relacdes teraptuticas Cada um dos pacientes selectonot das minhas historias — nao necessarian sei que ecolheriam. poréen foram utes aplicar ae seu caso, O pein em saan iti snacae om goal a experiencia agi: fr omer vueedanvo da enpenncis prason end convensdn de que coneg ereesidacestascas ma vid, nao see tC pettagn a detar cama ce mari. ta arava nn Tota da ath cor a ‘Satsesumotara um devia baat Nao€ provavel que aqueles que leem as histérias de Erick son optem por distanciar-se da vida Em certas ocasides, alguns pacientes confessam-me que, por mais que a0 consultériotveasem tida uma encust sismada sesssa congo, na quai imauinaram ou fancastaram sobre como resolver seus confitos. nada disso teve conse ‘gaéncing em suas vidas. Quenam-se dizendo que “no acon- teceu nenbuma mudanca em mim: fora do eonsulterio con- tinue fazendo.o mesmo que antes” Bm tais casos, o melhor e que o paciente permanega calado e passive enquanto the conta algumas das anedotas de Erickson. Talvez seja urna histieta comprida e aborrecida sobre o crespimento de uma certanea. eo final da sessao 0 paciente lamente que nd fo! 10 “boa como a anterior. e declare que prefere algo mais i= |ndmlco, Inchisive pode confessar-se aborrecide. Em tals cir cunstinetas, eu recordarei a ele que o trabalho que proex~ ramos realizar juntos acontece em um nivel sneonsciente © ‘que pauco importa o que faga a sua mente consciente nesse {nterim: mals adiante me dara conta de mudancas imporan- tes em stia vida. Por exempio. me informara que seus relax clonamentos saciats melhoraram, que 9e mostra mais em- Dpreendedor ou seguro de #1 mesmo, ow que tenha mudado ‘de trabalte, Dito de outro mode: sus atividade tem lugar fora dda sess: nesta, sou eu que assume Ha também pactentes que ade gostar que thes comn- temos histdrias eriadas por outros que nao 0 seu (erapeu- {: preferem tum tratamento mats personallzado. Obras.como ‘Therapeutic methaphers, de Dasid Gordon. inspiradas no uso qe Erickson fasta das metiforas, podem seruteis para aque- les terapeutas que, sem deixar de empregar 0 método geral fe Erickson, inelinam-se por eriar suas propria metaforas. E importante destacar que somente a Jeitura 0» re- Jato de algumas dessas historias nao prodiea, provavemer te, ransformacio alguma: esta somente acontecera quan: Goo receptor. talves tamivem e transmissor (denominacso que ltilizarel de agora em diante para o terapeuta). encontrar. Se num estade faverdvel. Como mencionet anteriormente. 3 focma mais simples ¢rapida de alcancar esse © Sal ae reeeptvidadeconstate em indusir um tas sei teeepeauco dtm no somenteo quese chia qeeuetepsrewaes stn aguele emaqveoterapest (Gi tennam etabelcido um rapport de fl fret ‘opeetivas mentes inconscientesrespendam P tema f outa, Se eases celatos fem lidos m9 "e3 {fa tates ojam subestimados eeonsiderados eaesat bana” ou bem “interessantes DOLE Merdres a. no catadabipndtico. no qual © Tincouo detudo o que oterapeta diz. qalqne! She puterassollas numa bso podem dee soma aca. sm safor'0termo que os cee Boats alican "hominag to" Carmo 2 HisTORIAS QUE MoTIVAM Pate proprio processo de vida «de ceatiment, Brickoon apelaen Sa Sone para dese do desenonimeno da cranes, desde primera inftneia: como aprenden a reconheccr sua propia hie, a ca de pa caminh ar Cia vex que me contars a storia qui se eer a esta prncias aprendeagens, cu revi, ‘emesiado de tronse.omenso esfergoefeaoentes ustracdes que ‘implica a aprentiangem de qualqasr nota hablade ou tare. © or sua wer eu nha ums pereita conscneia de que hata con Seguido aprender tac aqua. © etvolire era qoe-da mesma Ma es x dena superar qualqus out dat eve spe (Como Jay Haley desiaea em Torey ndo-convencional, Erickson ossoia uma nitida eoncepeao ante 9 desensolvmente normal do ‘er humaro, O que nie sienifica enquadrar todos os Indviduoe sentro ce um mesmo para’ sta que em cal pessoa exlte om fetta normal sao aves semetnante ao qu Karen Horney Ie ‘pominou “e st mesmo reat Conheepertetamente a muiplas fonmas que podem delormar e derensamishar @eresciments ¢& desenvolvimento. © pensava que trabal do erapeutacorlste fe volta a satura pessa no eeu "verdadeira cama’ [Uma das suas histiiss relacionadas com fx lo perdido que. quando Briekson ainda era So curral da sua ease © animal nie spreser (que otdeiicasse Erickson ores para flonase para tanto. impiesmenteo montows ‘gue paseaen poral desxou ques pri eas tr Sbinternha quando se asi da rota eo pastes peésomos da eetraca ou perambulavs Finalmente chegou com o cavalo até gran} Foe qutlometrs asa casa. 0 dono dessa sosesabia que ese eval era naeen?” Ercst Sabin. ocavalo sabia Tudo e que ff mar No comece de qualquer terapia eu curso pod nies do erdadecocaminho, Um exemplo dh ddatica de Erickson chamade "Asteadendo a Apnendendo a ieee de Aprendemos muttas coisas no pla pois nos esquecemas do que fot aprendi ‘moa a habilidade adguirids. Eu tive um Sobre os demats: ewe poliomelite. que tieo. com uma inflamaeao teo grave que sofeee de paralisia sensorial. Mas podia ‘inka audigdo nto sofreu nenhum dan serine, estendie na cama sem poder m nao fasze os olhas, Estive de quarenten com Sete irmas e um temao. meus pass ¢ que maneira poderia entretes-me? Con pessoas e o ambiente. Rapicamente apn ims podiam dizer “nao” quando na reall zersin"-€ podiam dizer "sim" ao mesma igor “nao”. As vezes, oferzcam uma m tnha.¢ depois a aegavam. E fol assim qt ftudar a linguagem nio-verbal ea lingus Eu Gnha uma irmazinba que ji havia aprendido a engatinhar de minha parte. eu achava que ela devia apren: ‘era fiene de pe e a caminhar. Imaginem eom que interesse observe! minha irmazinha enquanto passava do engatinhar para o Hear de pe. Nenhum de vocds sabe como aprendew a ‘eaminhae.Talvez pensem que sio capazes de eaminhar em linha reta seis quadras seguidas. se nao houver trinsito de pedestres ou de veiculos. Voces descontiecem que néo pode Hameamintar em linha reca manterio wm ritmo wniforme! \Vocés no sabem 0 que fazem ao carinhar. Nao sabem come aprenderam a ficar de pe. Apeenderam iss0 estenden dos mos eapotanée-se sobre elas. Essa pressao sobre as ios fev 60m que descabessem, por avidente. que podiam apotar ura peso sabre us és. [sso alg tremenidamente com pheado. porque es oelhos cedem...c. se eles se mansiverem firme, 9 que code s4o os quads. eos pés ticam travados. Nawal para fear de pé. porque Lantos joehox come o= gus Gris cedem. Om pes fleam eruzades..c logo a pessoa apren- de que deve armar-se de coragem e esforgar-se para ficar de ‘pe. Tomandn 6 culdada em manter es oe!has Fetes. por vez. Quando 2 pessoa ja aprensdeu ito, deve aprender como rmantar eto 0 quadri, Para isso ¢ preciso ter muita atengao, Assim, a pessoa comprova que deve estar bem atenta em ‘manter os oelbos e quaciisfirmes e. aomesimo tempa. 0s pés| lbem separadost Agora sim. finalmence. a pessoa posle man: ter-se de pe, com op pés separados. apolando-se nas mi, Em seguica temos tena Lieao em tres exapas. A pessoa, diatetbuto proprio peso nos dats pis c numa so mao. ja que a outra (Erickson levanta a mao esquerdal no nos suporta| lovalmente. Sineeramente so @ urna takefa aed, ge 08 permite aprender a Near de pé. eretos. como quadri reto, com os joelios retos. os pés Separados. cesta mao (a dire lal pressionande forte para baiso, Depols disso, a pessoa Sestobre como modiflear » equiibrio do corpo. Modtfiea-se © cquilibrio do corpo quando se nelina acabeca, quando se inclina o corpo. € preciso aprender a coordenar todas as mo" iieagses do equilizriacorparal quando & pessoa move uma ino, a cabega. um omibio, 0 corpo inteito. ede aprender toda 1390 apotado na outra mio. Ears terrvel: a formidavel aprendizagem de levant sndos e mové-las em odas as direcdes. depen Gas bases sélidas dos pes. bem separadus, € fquadris retos.. os joes retos, ¢ com a ateng. da, para que se passa observar os oclhos, 0s {go esquerdo, brace direito, eabeca. tronco. E quando ja se contava com a habilidade suficie tentava manter-se em equlibrio apoiada num s twabalho infernal! Come & possivelmanter 0 corpo inteiro, co retos. os joelhs etos, sentind 0 movimento ‘omorimenta da cabeca.o movimento do corpo. ¢ tar um pé, ealterar assim todo o centro de Jocthos lesionavarn-se..e.a pessoa caia sentad Ghvaseecomerava tide de novo. Até que apre {ar ua pe e dar um paseo... elsso parecia magn tavine repetia tudo autra ve... que boa & ist. E ro passo com a mesino pe que o primeite, cai. ¢ novamente! Gastava urn tempo alternandn dire diceta-esquerda, direita-esquerda. Eayora jp beagos paraa frente e para tras, mexera cabet ‘om lado e outro e seguir caminhando sem pres tengo a0s joelhos retos, 08 quads retos, povledar sumindnedua-ma ore vartagem so Sec apendagene resin de ae dena entre? commande Tenet et poner de obereagan, Contam ent Sere toda una ers sprendaaein — de sas ve incaneteme--exepliteana cons nossa 2 [Ao ceetr-se ao procesio de aprender a fica de pe. Tepedocinescutea ce peovavel que quem aes e¢ ctu seenedo na sus propria sensacao cnestsiea iano no procurar fleas de pee entre eruzat 08 PES Se reer rere re rere rere ranean fae todos nds expertmentamos quando queremos aprender algo Bo descrevera experiencia como den bebe que quer aprender aicar de pe ea corn. eatimul «regressdo do ouvinte ate 9 stagio da sua primera infanea. Oe faa. quae todos ve que eo tam essa historia entrarse em trae efarao a rears. A is ‘ris essa a aprendizagem de une hablidadeclementar. pine tiplo de mode conscience ate que se tore inconacient. Ulead «como indupae hignatica es imulaa egtessan ea manilestngso de laufomatismas. E interessante nolar que aa enuneiagées ¢0 ipo neqativo (gor exemple: e enia0 cata no chao") esto no tempo pasado. enquano para formulae ura sugestio do ip poctva ce tosaea presente a pessoa deecobre coma madificar eqiibis to corpo ‘Novemevo de quilgusr programs terapeuten ess hiatona sobre ums “matt precneaisposicae par a aprendizagen el porgue rion tao pacientes ura epoca anterer ap aparecmiento dos se po blemas neurldaitas.allerndo suns configuragses peiuieas eae — pelo menos temporariamente.Tenbem cotrora gue atada ae ‘saprenizagem posoa ser dil. a presoa aprender efor persis fente- cepa de tanta ciea, agora tae camishar sem estogo. Alem do mals, Erickson acentus nos que ji temos assentados ws elementos basteos da comstracan, eq levaremee eases element tos conosea ne fatuto. Como manineeriado no camp. Eriksen sempre se interessou gelas sementes que se tam eather no future Com essa historia, estabelece um dor elementos basicos para = construgie da teapia aorefei-se fora come as pessoas spre dem, Traga-nes n processo de apendiaagers como algo interessante (sem perigos Tambem comeea aukstrar alguns panos soe os (qats oltara uma eautes ver em ste telaton: ele aservava tudo muito atentaruene, aprendia alhanda ox outros Nesta mensagem ‘sta implieno: "Vote asta aga para aprender ea estinulagsn oe uma abertura ou disposi pera a apremdizagem. Paraliia & Inabltante: os pacientes. porsha ve. encontrar: se envolvdos en ‘itculdades que os nadia. Erichaon converte sua pals nim ffemenio Gl estava soni. na peda cnr em nine mals ‘toque em si mesmo ecomegns & sbaervar ‘Quando nos conta que uma india ofereea a outra wa mace f depos a negra seria sua intengde dine que ee pode nos oere ‘cera macd do saber «logo om sequlla negila? Ou que cada tt fe nds poe ferceer de sie negar an meant ‘niindo-nos om wma ow outa mensagem: na ‘hgem em multiples ets 2 mapa tae na Daraso, o comepo.aginese “imaginemcom que interease observe.” Agu a puavra maginer”-Portanto, 0 traball por melo de imagens, por melo ds imagina: (anda a indurso efocliands a atengao do elireyZeigcomentoso seguinte acerca dest tinha a capactdace de gar com a ateneio d bua propria stengao. Ae longo de tndor oe st voir aecntre dentes: ele etave diverinde-s {aaa ase dvertirem tambem: se alguem M0 alka ex da pessoe. De toda Fxma ce fara 0+ tia quando nie ea acito.Conhecemes ape bs procedimentos de Erickson: essere fh quando noe sentavamne rom le para et feito, descobramos que inhamos lead em fs, quando mult. uch poueo abauc da su Drestniee de rivets mals profundos. Quané Doladeuma maca. estava rabathando sso Sera. "0 que penea dm mening pesuena sabe tio, © que s fa com uma maps quonde se evans para professor, ¢ una fra de ast “Son conbecio @ nconsciente cas peesoes et Senta este ipo de palavea ou simbolo 8 dhuasem ceria aecoeagees Cbservanoa pe Fapldamente qualguer uma ce suas assoe: partir dene, Este tipo ce conesimenta em ¢ paralelo. Assim. uina pesson no sabe com pa mas o certo € que conta com esta inform este era ue dos principios fundamentals de stay possvem em sua propria histo nate Superare problema que as levow 2 solar = sta lmbraado-nos que eantamos com recs {unhamos percebido. ‘oempresar frases come esta: “Essa preastt peso sobre ce pls" estaea tranemiinde ma Ierapin “acigentes programacos” No se cole eterminada sicuagao, poderd descobre colsas.. sempre © quan: dose mantcaa stent. “tso é wna coisa temendamente complieada, porque 0 jothos cena eas clesse mantverem fetos.oque cede sda 0s quadris™ om frases como enter s relas" ow “Tea de pe", Erickson esta hwando sais ao inconsciente Mas aede. quando for rod Srestas palaveas ou frases na terapia. auomaticamente sera Creenda a dleposigio eaitude Lavoravel pore a aprendiagen © nenino estan onto pela manhs ‘Terminet a escola secundaria em junho de 1818. Em agosto eseutei o que trés médiens diziam a minha mac. no {quarto ao lade: “O menino estar’ morto pela maha.” (Erick Son teve sua primeira infeceao de poliomielite aos dezessete anos de dade.) ‘Como ett era um rapaz normal. io afetou-me. Nosso médico local nha chamado para a consulta dois homens de Chnieagp,e eles Uisseratn & minha mae: “O ment ne estara morte pela manta." Fiquei furioso, Como pode ocorrer aalguem dizer a uma inae que seu fh estaré morto pela manha? E wma barba: dade! Depois de um momenta, minha mae entrou no qua to. mperturbavel, Pensow que ev estava delirando, porque Inotst para que mudasse de hugar um grande bai que fa ‘ia no quarto, calocando-o num angulo clierente ern celacao ‘esta Ela colaeau-a perto da cama de um determinadbo jet. feu tornel a pedir gue 0 movesse para cd e para Ia. até que fugue! saifsetto. © au tapava a Janel e maldito toss 0 que ine izesse morrer sem ver 0 eropusculo! So pude ve-lo peta tnetade. Permaneel ineonsesente durante trés dias [Nao disse nada a minha mBe. Ela silo me disse nada. ‘Erekson contou-me esta histérs comovente em 1970. eet sua ajuda para melhorar ana mera por eembrar eos fda nde medacamente ees ‘Stra o2 relalomados com sm stro episcdla de esearta ‘Runado de mutta ebre, Por outro lado. meu desc de Pada para nomes ne ‘ol sats, So mais tarde ¢ Thue Brion ina intro ade que ew acetara esta mink “Bifipui me ansmiba + -ia fila quando se rele ‘pentane que sepa he" fet nos fimerass da me de nos funerals de mk; me me pal disse: Fol tr Tindo, emieanto. eelebiar 75.emas uma pessoa 80 F fe. que somos afortunades por est sito. lho eferese ae ba e 20 crept, estar transit Jeo itts vorias para gorara vida lave. inl Peseta nmponta'se sempre um abe eal. eesteia praelc era mate! remove absseuoe ve povapadia fase por st eame, necestou da 3) SORE Mratcatvo qu ee ato tesa a3 0 Dor TES, Gout hen sempre indlapenasvelexpiear 28 So octder ass que tenemos ojetvosimedias Disngio Erickson aunca sustentou que a hipnasetzesse mi Fepeti em reqaénela que todos nbs temios poderes¢ Bb uueamos, # que podem ser aprovetados com Giredvas movvadorse apropringas. Natroua store < ceeds ara pergumtas"A fipnose ¢uill no ram ceepeetrneiplimente em elacdo a0 seu vlor para 9 Extava implieito que, junto com tratament nals, como a eirurgia, 8 hipnose pode melhorar dacs de sobrevivencia do pactente CCroio que se pode fazer muito. O presidente da asso- ‘lage médica desse estado, une cirurgiao,indicou-me uma ‘mulher que tnha sido operada de um eaneee no utero ¢ de ois. de outro, de upe diferent, aa clo, ‘A mule: havia desenvotvide wma eontracdo do colo Inferior. que tamava o ato de defecar extzemamente dolore #0. ¢ foi ao consultrisdesse médico ara conseguir una lena © gradual dilatacde, Sofria de dares tertvets, © médlico per: fguntou-me: "Voce pode ajar essa mune com hipnose? Néo ‘quero fazer uma terceira cirarga.” Assim, ublize o estado de transe. Disse @ mulher que havia ido dois canceres de pes diferentes. que agora 30 fa de wma dolarosa contagaa no col inferior. que tase era ‘mutta doloroso e que precisava dilauilo, isse-Ihe que a latagde seris muito menos dolocosa se todos os dias ela co focasse seu traje de banho, Jogasse uma camara de ar de utomovel numa piscina ese dotagse sobre a mesma. e des” Teutasse do prazer de estar al Ela fez Ise todos 0s dias. 0 médica comentow comign ‘que a dilstaroavancava mutts mpidemente, numa progres ‘sto nao usual. Disse que a mulher continuava quetwando- se de dor como antes. mas num outro tom de vor: cle nao acreditava que estivesse deendo come antes. Depois de um sno, a mulher veo ver-me, abracou-me. Dejou-ie. © disse ‘quo maravilhosa eraavida. Seucoleestava curado: segundo © médico, estavanormal, Ele havis-tne extirpada tumor ear eeros0 ¢ nao hove reineidencla, Erickson estd sugerinde com to, que @“éilatacso” seré mutta ‘menos dolorosa para wma pessoa, quando esa omar agua i piscina esentar-seal comodomente Este preparando acena pata ‘terania posterior. ao insinuer que ato pode se realizado com = stv comodiade Tambim nginua qu ela peared ite als rapidamente. a uno velocidade nao usuale © sereiria € que & lernpla tert exit como tece dso eza muir apeser de slrer eum problema eertenete lata, Como neste case as dietivas — lum remeeto mass ensetra para a dor — frat seu poder fol muito maordo que tvesset fo de vigita E posse que Erikson elate uma hist ¢ slur uma meneagem a slgian membre de moclonal ou mentalmenic “constpado sensagem ¢ destinada a esse peoson em par diego enqaaeto drige sen vox em Outta ¢ ‘de voz ao alhar para essa peseos, ot vitane Brigas ‘Um homem da Fila, « quem dores de eabera, recomendou-mea tia ec ‘ses dois brigaram tados os dias da sua wit {de 20 anos que esto casados.” Eles vieram ver-me e ex thes disse bastante? Por que nae comegam a goea passaram ater uma vids muito mais ag) tou de persuadir sua tems — a mae dag {que viesse ver-me. pots era malto infeltz De maneicaindireta. como he € tipo. Eris ponce a aljunsenticos que ne perguntrarm ‘meno dos seus pacientes. Esclarece que 3 ¢ Deca ft eieas ja qe 9-hemem an Fade clea ieram.Tambem ¢dbvio que a siuaciod fer queatiaachou que Erickson pods ads sempre iniiawrelato de um eayo favendo ret teamerir,tratada com eto. E possve qu: fam es8a se na erupo eater alevem gue ae te com eleau consiga mest, Resailara a re Ease rlato pode pacccor poco sere sua impressonante simpieeade Pedi Erickson que dssesse algo mals sobre 9 contexto em ge foram feta aquelas tae singone sugestoes, Quanta tempo cesee vourse a0 estabeletmento do rapport? Woe® hipnotin 9 asa? Ele respondeu: “Simplesmente recor a um transe em viciia, gue ancformow-se num was eve. ersunte aes" Msp (Goede qorar a rida? Ja tveram mais de 90 aos de Urgas. C010 {queo matimonio dove cer algo para ae desfrtar.cjanio Ines es tam raaia muitos anos para éearutarem dele: . et algun ve, ‘le conseguiram exeutar 0 que Ines die, Muito terapeutas supdem que devam dirgt-a mudanen dos seus pacientes. aca ioe a mudar. terpia econo una bola de neve que se dei cai do alte de wana ontanha, Na media em que rola Si aumenta cada ver mais de tamanho, ese converte muha. lanche eval esculpinds a forme da moctanina,” Carirevo 3 CONFIA NO TEU INCONSCIENT Pare 8, Eu riya wpeeoio0 wuIto a faeldae de Oawego. em Nova lorgue. 0 proessor | tral Setabeooks dee me eva ver quand tt tai Tetvoce par air na convene de potessores hoje tat pessoas da cidade estariam presenfes e et i mi FEzer ancesde ir para oaueltano. cas gus anda tinh eonietoncia que en dover lazer Mas nao me Wigult Sabla que poder falar, tabla que poderia pensar. {ina apreneido mito com o passa dos anos. esse pequeno relat, © nos dots seuuntes. Ertckeo pnodle de suitude de conkanra nas propriss experier ‘Gave sont aculado ineemerientemente: Destara Inconsciente eum depbalo dz ecoreacoes © habla (din sor sucsnada's prontsmente. mesmo que texhae fhe multe tempo. Coe fos de Will Rogerss"O que nos rz problemas 930) “SStemes. 0 que aos raz problemas ep que sabemin Correuy* As quais Eickson areneemiac “Muito as Comuudo, tos ave aw einsss que sibemos, mas tos que aabemos: anlveistia respon! ole A neve xin suavesrente Na aldeta de Lowell. estado de Wisconsin, no outono, nevou pela primeira vez em 12,denovembro, pouco antes dns ‘quatro da tarde. £0 garote sentado na lerecira carteira, da ferceira fila de carteiras junto 4 janela da sala de aula, per euntava-se: “Por quanta tempo me lembrarei iste?” Eur simplesmente estava me perguntando... Eu sabia exatamente...Sabia que era 12 de novembro oano de 1912, Foi uma ise nevisca Nawal Tinhamos do's livros na fazenda: a historia dos Esta {40s Unidas e um divionario completo da lingua inglesa. Li aquele dieionsrto de Aa Z virias vezes. Eadquirt evidente- ‘mente um enorme voeabulaeo, Multa tempo depois, duran do estava dando aulas em Montana, tum médico convidou. me para passar a neite em sua casa. Durante a sobremesa ele rouse um objete motte peculiar em forma de eapleal. ¢ pperguntou-me: “Sabe oque isto?” Respondi: “Sim, & uma presa de narval.” Ele disse: “Voct ¢ a primeira pessoa que s6 de othar Ho revonheceu. Meu avd era cagador de baleias¢ tious tess de um narval, Desde emda. esta com a familia, E eu sem prea pego com muito euldado, deiso que as pessoas a exn- ‘minem e se questionem, ee guestionem., se questionem ‘Auora. como ¢ que voeé sabia que Isto cra uma presa de nara” Responds “Quando eu dna cinco ou seis anos, uma sgravura de um destes. num dictonario completo de lingwa tngless.” Vai falar Manta gente estava preocupada pore tro anos de idade e ainda nao flava, e+ ‘ha, dois anos mals nova, jéfalavs, €or até agora nao disse quase aia. E muttos ‘que eu era um menino de quatro anos q. ‘Mina mie dizla conflante: “Val fe ahora.” ste to relate desta a convee dB Serie mane nconsctns ra u Comecn a experiment ranse hore, Sotentda depts aguante Pens fezno impulse fer, oa sleque posta ron taper as Stas menaagen nconsctens Cogan poncos Num certo verto, eu vendia tudos na universidade. Um dia, volta das cinco da tarde edirii-me a0 pr fuatar-tne se desejava comprar alguns ¢ fisee: “Jovem, eu nao eto nada, Nao prec! coisa que me interessa sao.08 meus pore ~Enquantovoct esté ocupade alimer seré que eu incomodaria se fleasse aq ppouco?”, perguntelihe Nao", responden. “fale quanto ¢ sdiantard nada, Eu no vou prestar aten estou oeupado dando de comer aos metus Asim, fiquel falsnco sobre meus 1 tum eapaz que tina nascléo no campo. F ois gravetas do chio e, enquanto continuava falands, eo: ‘mecel a corarcom eles 3s castas dos porcos.O granjeto olbou Db queew faziae disse “Alguém que sabe como cocar as cos tas de um porco do jito que @ porco gosta é alguem que me interessa conhecer. O que voe# acha de vir fantar eomige hoje A noite? © pode ficar dormindo aqui. de graea, eeu tarsbem ‘our comprar seus livros. Os porees gostam de voc®. Voce sabe ‘ocd los do jeto que eles gostam.~ Erickson referee gut oma ce ag saeonscientemente, da fe ‘ma mais adequada para angi seu objeuvo — que nesse caso era ender ses livros. Observe que ee peyou easualmente” qualquer ‘raveto do chu para cogar as costs dos pocas, enqusno falar fom oranjes Escrespandes. tamer ineonscentement. au Jovem por quem sents afinidades Naturalinente que Enekson ago pretende eosinar aqul una ma Dien de vere vos oe manipular as pessoas. Seube rela ‘ar sede fora autencs como yranieio grarasem pare. 2 ato Serge ele mesmo ina sido cra em wha granja. fp ber ‘Sade que Erickron tina para expeeesarae, pie pi em prea ‘ca eens coca as cosias dos porcos. O glee az aga © mo {sar quem o eaeuta para que conte definiuvamente no act peo brio ineanacieate, coma ele havia elt, ¢ compe granjcio fez, a responser ine Esse relat lutea tambim o principio que eu cenomincl “liars 20 paciente Enekson contouie essa historia em agosto de 1978. quando eu perguntet tne o motto pelo qual ele exeatheu-me para aserever 9 Préloge do seu iro, Hypnacierapy. Antes de nila a historia so Ure eocar poreos. respondnu-me a sequinte: Es gostei de voce © ‘ye presenieou rinha esposa com uns 4 dourada.” (Quando © Stel pia primeira wee, em 170, 4 valfaya de Las angeles para Novaforque com una calegde de gocos, bora rs vivo, Bre Sestee-a com sma ela re amarela Continuo dizendo: “YocScaiusou-me ima boa impress to. Coste tie voce. Pot autéaic. Pot sincera. Pot refessv. Fol intligente © ‘sci vijar de Nova logue ae San Franlsco ou Los Angeles si Slesinentc porque gosta de rast Minha inspressdo acate momento Segue pelo eto wee gosta de qravuras Essa deve se a impres existe nete mais do que sentar-se nua polrons © st es como pecanalista Ha outros interesses, Eas ct Tange da peters. da psquiauta, da bteratura te. © fot grande lento do terminar seu erate, dastaceu o que queria doer, 3 feamente nor sinew de forme muito sincera © cordial ‘Soo da forma como vee8 cova os porcos” Dee tsi) (quraoescalber seus coinboradoces. como nas demi d= thimava, ele con iava em seu inconsciente Sere ssteriscos ‘Ui dos meus pacientes experimenta pessoa, com quem ffzemos muitos traballos. Era Find o daub delicenciadoeestava realmente indect ‘oseu futuro, Teabathamos experimentalmente cor Seconvenceu de que tinha uma mente inconstiente eclle mous livros de mediesaa ele ingressou na he medicina. Quande estava no oltimeano. um dos {escorea. que simpatizava muito com el, pergantor hur, que classilieagso voed acha que obter8 no ¢ Far comigo?” Arthur respondeus “Nao tere: enh com seu exame. Voce fara apenas dez perguntas, Sequimtes..- E entincsou as dee perguntas 0 professor admirou-se: “Caramiba, veo que tamente as perguntas que eu pensava fazer! E ai tna orde em que ew pensava dar. Por acaso voo? pia sula'econseguta uma cipia do exame?™ ‘arthur respond: “No, stmplesimente 6 5 voce perguntaria no exame final. (0 professor disse: Isso nao me ronvence. \ para falar com e diretor.~ 0 dicetor eseutou a historia e perguniou:* Arthur? Voce estava a par das perguntas?™ Faz tempo que en sel quals seriam as perguntas” res: pondeu Arthur. “ASsistiag seu curso eescute! todas a sues vias.” © diretor dectarou: “De alguma forma vcd conseguitt lama edpla do exame. Se vace nao demonstra 0 contedri, serel obrigado a impedt-o de fazer 0 exame, ¢ voce nao po. ‘dora graduar-se por causa da sta desonestidade Arthur disse: “Vocés querem ter uma prova de que eu sabia. antes do professor. quals seriam as suas perguntas Fodem mandar alguém ao meu quar para que traa as ano- lacdes que fiz nas suas aulas, e notarao que certos assun- tosestao marcados com asteriseas. Aa perguntas que. peo fessor ford no exam tém sete asterisces, eran que essas pet unias com asteriscos possuiem os mimeras I "2" ete Como ¢ de costume, o professor fazapenas det perguntss nos ‘exames, en:ao escolhi as dez que tinham sete asteriscos, porque foram esses os pontos em que elecolocox maior Ene fase. tanto durante o anc, como na aula de revisdo, doe timo aia.” ois bem. mandaram buscar o cademno de anotacées e Aecthur e comprovaram que ele havia marcado certos te ‘as com um asteris¢9, outros com dois, quatro cinco. seis, que havia somente dez com sete asteistos. Os temas com sete asteriseos estavam numerados de 1 4 10, mas nae de forma consecutiva. No meio havia um que levava p ntimers |e principio podia haver umde numero 9 ete Entio © diretor afirmou: “Voct nao precisara fazer 0 fexame, Arthur. Ouvi com atencdo 9 professor e eaptou 2 eatonacdo especial eam que ele falou sobre eaca um desses ‘Se uma pessoa escuta um professor, prestande aten: ‘An na enfase que ele dé aos diversas temas. pode selec ‘ar oque sera ineluide no exarae, Arthur era notdvel: na ‘uo ouvidonotavele um notavel senicn da modlagso da vas, fle modo que sempre sabia de antemdo quals 0s temas qe seria Inctuidos no exame. O professor deixa que isso trans area. Os professores repassam o mai [nem sempre que seus amos recone dcsos temaa. Aa verespeneam que ¢ i haverdade nin € Tena oeuidadode | Qe sir include no exame. A comuniet Shuto complieade, Noses expreseo facial Sa poviera, a forma como movemos otro aden, aorma como movemonacabera ‘movinentatnos certs maseulon.- Tudo Simasinformacoes esse relat € apresentado um Jovem pslce snesiema, que ns apenas Nava apeenido a te incaraciate, mas tambem a deseneoive Diigades pereptivas. Como disse seks, ‘Sem dUvida,a malria ds pensonstalves fades desensolvidas da rrevra forms, ras ‘posse podemos sentir nos estimulades a! Sremmostossonhas ou assoctagoes rece resp, 0 prolessor deste relat assinalava inconse lunos am coins que ele queria que eles apre fet ezendo que devemos atender a esse5 ftedante fl caps de tradustt sua percep lima Imguagem eonsetete nao obstanie que tan pede cesponder Se nuse mensagens 2b) ber-e isso sonsetentemente. De fto. et Naindugao euullzacae do estado de rance.E Sadia essa mesma ntitude de conianga em ‘ents por xemplo, como. expicaraoa Set Como vocts podem observar.a ind é nada trabalhosa. & simples confianea propria eapacidade de Induzir o trans Qualquer ser humano — snciwsindo pacs entrara em rane se voces trabalharer: {que ew esteja aronsethande 0 franse par? Cos. pols estes podem continuar parané) lado de transe: mas, experimentalmente, 4 comprovel que todo paciente. qualquer pessoa pode entrar em transe. Agora é necessiirio que a pessoa saiba que esti em transe? Nao, nio , E que grav de profundidade deve tro tra se2 Basta que, com seu nivel, permuta que a ments incons ‘lente dé sims olhada, uma olhasa mental, no que esta acoa- tecendo, Isso ¢ sufciente. Com esta visio e entendimento mentais, aprende-se muitissimo mais do que por vie de um cmpenho conseiente. F devem usar sua mente ao plane in conseiente ao mesmo tempo que também a usam no plane Conioss uma muiner que velo a unversiaace mantinba sem pre a mio esquerda sobre a boca. Na aula, disia suas licdes Soma man esquerda debas do nari. enbrino a baea, Gua {0 caminhava pela ra, cabria a boca om a mao esquerda, Nos restaurantes, 20 comer, oculaya a boca com a mio es querda, Quando dizia suas lies, carminhava pela rua. co: fia nos restaurantes, mantinha sempre a mio esquerda sobre a boca. Pois bem. isso atralu mew Interesse ¢ eu empenhel-me “em estabelocer relacdes com ela, Depots de musta insist. ‘fa. consegtt que ela me contasse uma terrivel expertencla| ‘ida aos dezanos de Wade. Bla sofrew um acidente de carro fotarremessada através do para-brisa — uma experténeta desesperadora para una menina de dez anos de idade. © vidro do para-brisa cortou sua boca. © havia mutto san- ue sobre 0 eapé do automével, Talves essa quantidade enorme de sandue. aterradora para uma menina de dez nos, fosse apenas wma mancha de sangue. mas para ela 6 ‘Tamanho da mancha era enorme, Crescets convencda de que lUnha na boca uma eicatrie horrivel...B era por isso que @ cobria, porgue nao querka que ninguém isse aqu trie” hoerve. Eu cisse-Ihe que lesse algo a respeit de cost assim ficou sabendo que havia “apliques” postit as as formas, cireulsres, em forma de ua, ex Getrotas ete Ficou sabendo também que as mult Cavam esses “apliques’ perto dos lugares que cans teativos. Convenci-a de que me tousesse agar fpliquees. edepols. na intimidade do seu quarto. © Se um esquema da sua eieatri em tamanho real. ¢ {0 fol uma estela de clnco pontas. de tamanhe ie tum aplique postin, No entanto, pare ela. acicatst tava ser mor que 0 r0sto, dances Deveria evar consigo has pesadas boas smantivcase as mans ccupadas onde dont Ne rane erae que se seguram,descobr e.g cn eee acomparnante a bees ao dsepe in Sigent le fala do indo da boca ae Barings que sun boca tivesse dot Tas: apt cere Baja onde nha acca 20 prime se panels nao sc snimows perme Sar Sea despedia O segundo bora dt lina com ogexto, © queen ndosabla que em se co ta cues po aun co $e cenneaecn para gesquerda oo seNnarigade aera do ads ct! aa ver que ento exon BitSri lho 201 ‘os ess a rd ngage ore pen arma oor daa a uber ase Sea vendo persnndo, Observe anh SATE Rita vines sous sips ranaios etic sobre que momo eln va Doar 9 notar para que lado essa moga inelinava sua cabe 8, de forma caracterstica, uanda tinha euriosidade por a. lgumacofsa. Erickson pode prever que ela inclinaria sua ca bea para o mesmo lade quando fossem beija-la. Esta nos ‘ensinando a importincia dese usar a informacae que o pa ciente pée. Inconscientemente, 4 nossa disposicaa. Erick. son ajudou a mova a descobrir que ele ja havia descober to, ou seja. que quando sua curloskdade era despertada ela inclinaya a cabega. Com o objetive de aluda-la a descobris fsso. ele impediusa de recorrer ao seu mecanismo habitual e defesa av cobrir a boca e sta eicatria com a mio es {querda, Desta forma, cntéo. ela pide conchuir que varios ho mens haviam-na beljado deste lado, © que nado era nada surpreendente, Econ uaa aqul uma etralsla bem conbectda pelos mg oe lie nosoaatencao par um determinade gar. ques Fealade ns cosas esiao aconceeenda em cute lugar Pot ene Blo. levanos a perguntar: por que cobrira-a boca com a mo e3 ‘4uerda’ Send que na vere co i importante, Fie eats oe sserando a manera como a moga insine seabeve. © oF oe ienpora em toda a histor. professor Rodniguee Ew entra em estados de transe para ser mass sensivel asentonacdes inflexies de vor das meus pacientes © pars poder eseatar methor, ver melhor, entra em transe c este jgorme da presenca de outras pessoas. E as pessoas perce- bem quo estou em transe ‘Um professor de psiquiarfa do Peru, chamado Rod! guez, esereveu-me dizenclo que queria fazer psicoterapia Comigo. Eu conhecia sua reputacio, Sabla que era mato mais cullo da que eu, Sabia que era mentalimente mats ag mais rapido de que eu. Considerava-o mals int [eis que me solietava para ser seu psice Perguntei-me: “Como posse trabalh ais brinante,cultoe agit do que eu?” E Castilla, extremamente arrogante...artos blensiva no trato.com as pessoas. Chame fe. Tomei nota do seu nome, agar de res! tstava hespedado, estado civil. todos 0s ‘a tevantet os olhes para perguatar-Ihe:¢ problema?” Ba cadeiraestava vazia ‘thet oreldgi: nto evar quase du quatro horas da tarde. Det-me conta deq tuma pasta de cartolina com folhas de > preend entdo que havia entrado em tar fenteevisttlo Um dia, depois de deze ou eatorze« Rodrigues dew um salige exclamou: "Dr | Despertete disse: "Sel que voce # mai Drithante do que ew, mentalmente mals cult, E que voc? é muito arrogante. Ach tratar seu eas0 pergunter-me como. fat ring da nossa primeira entrevista, soubi Inconsciente linha resolido tamar para st fem minha pasta tenho felhas de papel € tretanto, ato as, Lere! agora assim qu Rodriguez olhou-me colérico eapon fia disse, “Sao seus pais?” “Simm, respond “Qual é a oeupacdo do seu pal?” p “um lavendeiro aposentado”. res -Camponesest",exclamou Redrigu lem. eu sabia que ele era conhecee 80 disse-the: “Sim. eamponeses. E. pel fos meus antepassadas bastardes pode suas veias." Ele sabla muito bem que os vikings haviam com aquistado a Europa, Depois disso comportot-se coma wm bom rapaz. Bem. Isto devo sangue des meus antepassados bastardos poder esta correndo nas sins-veias” precio ocorrer-me rapidamente, Eu estava a par de que Rodriguez tna desxade a In glaterra sem pagar a Emeat Jones seus honeririos como Daleanalista. E que saiu da Duke University deisando di Gas para tris. No inieo da nossa altima semana, ped a le [que me desse 9 nome de todas 2s pessoas importantes que Gleconheria, eanotet seus enderecos. Be cou mult con: tente de poder sabar-se desta forma. Depots de escrever to dos. perguntel-Ihe: “Val pagar com cheque ou diaheiro?" [Ble respondeu: “Voes preparow-me uma eilads.” “peredite que fos necessirio™.repliques. "Devo cobra pelo que fago." [Assim, recebi meus honoraros, Por qual iro moiluo quereria eu averiuar nomes e enderecos de todos os seus, lgos importantes? Quand ele neni fs, pereebeu a chantagem. [Esser umn das ietorins preileas de Eiesuon para semons tare valor do estado de uanse para everapeua, qu Ihe permite ‘oeontraramelhor manera de eapondereieszmente aim pacer tes Quaye ate requer comentarios No reals. destaca-se a lmpor tancia de que, do ratar pactentesarrogante,o terapeuta “os do nine’ Brckson chcga a ss, acentuand inicalmente ent ques pectos ele realmente era Inferior a Rodriduee. Assim. [ato de er expre a lima palavra torna o trabalho mals eller. Nib esta {ranomitindo ura submensagen: mesmo quando nox antamos “inferlores" sutra gessoa, mesma quando nos aersdtames po ‘oqualiicados se now aprofursdarmon em nonsa mente ineoract ‘hie, eneontaremas recursos para fguslara witagso ou para sos ‘aarmos numa pongso sipeior Tale paca sso. tenbamgs fautrear ave noms antepannadon_como ez Erickson. enaDha nada tle mau atste. De ato. Eetekon nao abs (ena privado dos nossos lone recurso ferdndon Ele acrcita qyeenda peston deve war {edo 02 recursos que ea ter disponves 0s és sobainhios do Puro Dowald Ev tinha que escrever um artigo muito dit ‘ra uma eautra ver e sempre chegavn mum pont [até que um dia disse a mim a-ssmo: “Bem. hoje horas até que venhia o prosime paciente. Vou me entrar em tanse para vero que meu inconscient er sobre esse dill arugo" Esperet até uns qulmze minutos antes da he pacienteefquel surpreso ao encontrar sob: Bia wi caixa com livres 6e hstormhas dos m FHavia duas pilhs de Heros de historinhas..Ja e# meu pacents cheyar. entia coioguel de volts 0 Gaare ful até 0 consulténa para stend-t0 DDuas semanas mats tare. disse a mim mes ainda nao consegui uma solueto para este paige fina tum pouce de tempo kre, pegtel win Lapis ime a mente de tmedsato: E 0 Pato Donald disse a brinhos. Huguinh, Zerinho Luizinio..", © pet tido, que es livros do Pato Donald apelam igual para tinteligéneta do adsite como para a da cri erclares, pequenios e suils. Encio a me enconise ‘ides de exerever artigo. Neu mnconsciente sabi car oexeple Temosaqui outro relao sobre aerande valor do incon: Tamera autematice de probemas. Grickson eo ima aportunidade em que aia soletade feapei de Honovarws de pacientes e manhas dit, Cpmctarateneto no que dianease a aha mente incon tide ewrever, ect transe 3u89-Riphotse Par

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